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Comunicação química em Artrópodes:

Feromônios

São Paulo
2015
Comunicação química em Artrópodes:
Feromônios

Driellen Caroline Freire B464DF-7


Marcela Gonçalves T418JG-5
Profª. Mariana Garcia
APS - Zoologia de invertebrados

São Paulo
2015
Sumário

Introdução ..................................................................................................... 3

1 - Principais tipos de feromônios..................................................................4

1.1 - Feromônios Sexuais ou Agregação......................................................... 4

1.2 - Feromônios de Marcação de Trilha........................................................ 4

1.3 - Feromônios de alarme ........................................................................... 5

1.4 - Feromônios de Marcação de Território.................................................. 5

2 - Conclusão................................................................................................... 7

Referências bibliográficas................................................................................ 8

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Introdução

A comunicação é um das parte mais importantes do comportamento animal,


que em algumas situações, conferem vantagens apenas para o organismo emissor e
seu grupo; em outras, apenas para os organismos receptores ou para ambos
(NASCIMENTO et al., 2001). Os insetos são os seres vivos que mais utilizam os
odores para desempenhar suas funções vitais como localização de presas, defesa e
agressividade, seleção de plantas hospedeiras, escolha dos locais para oviposição,
rituais de corte e acasalamento (TEGONI et al., 2004).
Os insetos exercem suas relações ecológicas com o mundo ao seu redor e
com os outros organismos de várias maneiras, sendo uma das mais importantes a
comunicação por meio de compostos químicos, os chamados semioquímicos. É
através da detecção e emissão destes compostos que os insetos encontram parceiros
para o acasalamento, alimento, escolhem local para oviposição, se defendem contra
predadores e organizam suas comunidades. Os semioquímicos possuem duas
classificações; a primeira está relacionada com a espécie do emissor e do receptor do
sinal químico, e a segunda, de acordo com os resultados decorrentes desta
comunicação. Quando os compostos são mediadores de comunicação intraespecífica,
ou seja, emissor e receptor do sinal químico são da mesma espécie, este
semioquímico é denominado de feromônio ( Paulo H. g. Zarbin* e Mauro A. C. M.
Rodrigues, 2009).
Feromônios são substâncias excretadas para o meio ambiente por organismos
vivos e detectadas por outros indivíduos da mesma espécie, produzindo mudanças de
comportamento específicas. Essas substâncias são neurosecretoras e são produzidas
nos corpos celulares, transportadas ao longo dos axonios e armazenada nos terminais
(S. K. Barnes, P. Calow P. J. W. Olive; D.W. Golding & J. I. Spicer, 2008).

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1- Principais tipos de feromônios
Como já mencionado anteriormente, os comportamentos mais comuns
mediados por feromônios são: a atração de indivíduos para acasalamentos, chamados
de feromônios sexuais; a demarcação de espaço ou formação de trilhas, através de
feromônios classificados como de marcação ou trilha, feromônios de alarme para
detecção de possíveis perigos, e marcação de territórios (Richard Brusca e Gary
Brusca, 2007)

1.1 - Feromônios Sexuais ou Agregação

São substâncias emitidas por um macho ou fêmea de uma espécie para atrair
o sexo oposto, com o propósito do acasalamento. Este tipo de semioquímico é uma
ferramenta importante para o controle de praga.
Na maioria dos casos são as fêmeas que liberam compostos voláteis de uma
glândula tipicamente localizada na extremidade do abdome. Em algumas espécies
ocorre um sistema duplo, no qual ambos os sexos emitem substâncias químicas
causadoras de agregação, possibilitando a cópula, como é o caso de Grapholita
molesta. Feromônios de agregação são comuns em himenópteros sociais, em baratas
e em besouros, como escolitídeos.

O escaravelho Phyllophaga teve sua mistura feromonal identificada


apresentando dois compostos majoritários:
(a) (S)-2-amino-3-metilbutanoato de metila e
(b) (2S,3S)-2-amino-3-metilpentanoato de metila.

1.2 - Feromônios de Marcação de Trilha

Este tem o propósito de orientar os insetos de uma colônia em direção a uma


fonte de alimento. Estes feromônios são liberados por um primeiro indivíduo e, então,
detectados pelos outros indivíduos da colônia. Muitas espécies de formiga apresentam
dois tipos de trilhas, sendo uma principal e outras secundárias.
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Apesar de sempre associados com formigas, também são produzidos por
outros insetos como as abelhas Trigon recursa
(a) feromônio de decanoato de hexila (nas1 abelhas servem para orientação
das operárias no caminho entre a colmeia e a fonte de alimento)
(b) 4-metilpirrol-2-carboxilato de metila e o (c) 3-etil-2,5dimetilpirazina (na

formiga cortadeira)

1.3 - Feromônios de alarme

São compostos com dispersão rápida e curta duração, que são usados
principalmente por insetos em situações de perigo.
A vespa Vespa mandarinia libera uma mistura de compostos (a) 2-pentanol, (b)
3-metil-1-butano e (c)3-metil-butanoato de 1-metil-butila – quando em perigo. Estes
compostos atraem outras vespas, que atacam o predador.

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1.4 - Feromônios de Marcação de Território

Os feromônios de marcação de território são usados por insetos para marcar


uma área específica onde a colônia está estabelecida, identificar a entrada do ninho e
diferenciar ninhos de colônias diferentes.
(a) heptadecano, (b) 8,11-nonadecadieno, (c) (Z)-9-nonadeceno e (d) (Z)-9-
tricosaeno. São utilizados para marcação de território e exalados pelas glândulas das
operárias da formiga cortadeira (Atta laevigata).

(Profa. Assist. Dra. Maria Aparecida Castellani Boaretto e Prof. Adjunto Esp. André
Luiz Santos Brandão, 2000).
Há basicamente duas maneiras principais para extrair o feromônio de um
inseto. A primeira é por meio de um processo chamado ‘aeração’(figura 5), no qual
todas as substâncias voláteis que estariam sendo exaladas pelos insetos (incluindo os
feromônios) são carreadas por um fluxo constante de ar e adsorvidas em polímeros
especiais. Tais substâncias são posteriormente dessorvidas pela ação de solventes e
analisadas.A segunda maneira é por meio da extração direta das glândulas
responsáveis pela produção de feromônios, geralmente localizadas na parte posterior
do abdômen do inseto. Isso é feito com a imersão do inseto em um frasco contendo
um solvente apropriado que extrai as substâncias orgânicas ali presentes. Nos dois
casos, a solução final apresenta uma mistura muito grande de substâncias além
daquelas que fazem parte do feromônio. É nesse ponto que começam as
complicações que os químicos têm que enfrentar para poder decifrar a linguagem
desses pequenos seres (J. Tércio B. Ferreira (in memoriam) Paulo H.G. Zarbin,
1998).

(Figura 5: Sistema de aeração)


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2 - Conclusão
Concluímos que os feromônios são substâncias secretadas por indivíduos, que
permitem a comunicação com outro indivíduo da mesma espécie através da emissão
de odores. Cada espécie possui o seu próprio semioquimico de comunicação baseado
nas diferenças estruturais dos compostos contidos nos odores emitidos.
Atualmente alguns pesquisadores tem utilizado os ferômonios no controle de
pragas em lavouras pois os insetos são geralmente bastante sensíveis à ação de
feromônios, uma mínima quantidade pode causar excitação a quilômetros de
distância. Essas substâncias são usadas como armadilhas, liberando uma certa
quantidade desses feromônios, o inseto é atraído e então eliminado por meios
químicos, biológicos ou físicos.
Portanto, além de importantes para a própria manutenção de vida dos insetos,
os feromônios são uteis para o ser humano no combate ao controle de pragas, visto
que, os insetos são os seres vivos que mais competem conosco em termos de
alimentação além de serem os vetores de sérias doenças epidemiológicas como
dengue, febre amarela e malária.

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Referências bibliográficas:

Arquitetura animal e o conceito de Bauplan (Richard Brusca e Gary Brusca, 2007)

Os invertebrados - Uma síntese (R. S. K. Barnes, P. Calow P. J. W. Olive; D.W. Golding & J. I.
Spicer, 2008)

http://qnesc.sbq.org.br/online/qnesc07/quimsoc.pdf

http://www.uesb.br/entomologia/ferom.html

http://profvicenteneto.blogspot.com.br/2013/01/comunicacao-quimica-dos-insetos.html

http://www.scielo.br/scielo.php?pid=S0100-40421999000200018&script=sci_arttext

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