BOLETIM DO OBSERVATÓRIO ®T® Dü MHMCM

CENTRO DE CIÊNCIAS E TECNOLOGIA

DEPARTAMENTO DE GEOCIÊNCIAS
uniUERsmnoE esth d u b l do c er r á

O COMETA DE HALLEY EM 1985 - Aspecto do

cometa como foi visto no Observatório Oto
de Alencar na noite do dia 16 de dezembro.
AR=23hllmin/Dec.=21°40m(R.Azevedo)

ANO II - FORTALEZA-CEARÂ - JANEIRO A MARÇO/1985 - N9 05

0 HALLEY NA UECe

Montado o telescópio principal, de 16 cm de abertura,

refletor, em montagem equatorial, preparou-se o Observatório
Oto de Alencar para abrir suas portas um dia da semana, para
a visitação pública, a fim de mostrar o Cometa de Halley.
Infelizmente, as condiçoes meteorológicas mostraram
se adversas, ao mesmo tempo que o cometa, contrariando as
previsões, por demais otimistas, nao se apresentou convenien
temente. Ã medida que passavam os dias, a situação climática
apresentava pioras, enquanto o cometa caminhava rapidamente
para as proximidades do Sol. Por sua vez, o horizonte se mo^
trava sempre com uma névoa cerrada, o que ficou provado atra_
vés da péssima "performance" de Júpiter, um planeta de fácil
observação, que se mostrou com uma imagem borrada, indefini
vel mesmo com os menores aumentos.
Decidiu a Coordenadoria do Observatório partir para
outro tipo de trabalho, tratando agora de substituir o telej;
copio de 16 cm por outro de 20 cm de abertura, com 133m de
foco. Como o mau tempo não permitia qualquer tipo de pesqui
sa, o tempo foi inteiramente dedicado a complementaçao do no
vo telescópio, também refletor, nas oficinas do Colégio Chij;
tus sob a orientação de Dermeval Carneiro Neto, Presidente
da Sociedade Brasileira dos Amigos da Astronomia e Coordena_
dor do Observatório Christus.
Dentro de aproximadamente 15 dias, estará o Oto de A
lencar dispondo de novo aparelho capaz de propiciar traba.
lhos de alto nível.
Quanto ao Cometa de Halley, estaremos todos a postos
para observá-lo, desenhá-lo e fotografá-lo a partir de sua
retomada de caminho, após passar pelo periélio. A partir dos
primeiros dias de março o Observatório estará trabalhando
sobre o Halley.
De acordo com as previsões, o cometa passará a astro
matutino a partir de meados de fevereiro. Nos começos de ma_r
ço estará em Capricornus, com magnitude 3,5, perfeitamente
visível a olho nú. Entre 7 e 12 de abril seu brilho aumenta
rã mais ainda e ocorrerá sua maior proximidade da Terra.
0 observatório será aberto ao público justamente nes
ta oportunidade, quando o cometa poderá ser visível cedo da
noite. No mês de março, serão desenvolvidos trabalhos inter
nos, pois seria de grande incômodo para o grande público com
parecer pela madrugada.
0 Observatório realizará um patrulhamento intenso do
cometa, tendo já na sua programaçao distribuido as tarefas

essenciais. Rubens de Azevedo ficara encarregado dos dese
nhos do núcleo do cometa, além de seus aspectos pictoricosT
Como artista plástico, além de astrônomo, realizará uma se
rie de telas do cometa, mostrando a paisagem que o cerca,pa
ra o aspecto documental. 0 desenho nuclear obedecerá ás ne
cessidades sugeridas pelos especialistas: registro de modi
ficaçoes, jatos gasosos, caudas suplementares, anticauda, 7
etc., bem como o registro das cores apresentadas pelo come
ta. 0 prof. Rubens também tentará obter fotografias do nu
cleo do cometa através de grande ampliaçao.
0 prof. Cláudio Pamplona, que trabalha em seu Obser
vatorio Herschel-Einstein, ficará encarregado no Oto de A até fim do mes, permanecerá praticamente com o mesmo brilho,
lencar, da plotagem das posiçoes do cometa e fará, também,
desenhos db núcleo cometário.
o prof. Dermeval Carneiro, que tem no Oto de Alencar
as funções de calculistq e observador, realizará o trabalho
de plotagem das posiçoes do Halley e fará fotografias no 0
to de Alencar e no Christus.
Os resultados dos trabalhos do Observatório da UECe
serao reunidos numa monografia que será publicada pela Grã
fica Universitária da UECe.
VISIBILIDADE DO HALLEY EM 1985
Muitos foram os livros publicados sobre o cometa de
Halley, para esta visita. Para dar aos leitores uma idéia
dos aspectos apresentados pelo cometa no seu período de mai.
or brilho, transcrevemos a sequir um trecho do excelente
trabalho 0 COMETA DE HALLEY, de Irineu Gomes Varela, Artur
Quirino, Elias Tyrrel Tavares Jr. e Paulo Gomes Varella, de
Sao Paulo.:
" As previsões indicam que, no princípio de dezem
bro, sua magnitude aparente será tal que poderá ser observa
do a olho nú na primeira metade da noite. Na cidade de Sao
Paulo, entretanto, onde encontramos uma extensa rede de ilu
minaçao pública, será sempre aconselhável o uso de, pelo me
nos, um binóculo.
Todavia esse período de observaçao será interrompido
em meados de janeiro, pois o cometa, agora muito muito pró
ximo do Sol, estará na região do firmamento junto ás luzes
do crepúsculo vespertino, o que praticamente impedira a sua
observação.
Cerca de um mês depois, poderemos observá-lo do ou
tro lado do Sol, após sua passagem pelo periélio, por volta
das 5h e 15m. Também nessa ocasião, a observação será difí_
5
cil, pela grande proximidade do cometa em relação ao horizon
te leste e, também, pela presença, agora, das luzes do cre
púsculo matutino.
Esta situaçao, contudo, vai gradativamente se modifi
cando, favorecendo sua observação, em virtude do surgimento
do cometa passar a ocorrer, a cada dia, mais cedo. Desde sua
reaparição, em meados de fevereiro, o cometa Halley será um
astro da madrugada. No princípio de março, com brilho relati
vãmente grande (m = 3,5), estará localizado em Capricornus e
caminhando para Sagittarius.
0 período que aí tem início, será o mais apropriado
para a observação, particulamente para os habitantes do he
misfério sul da Terra, por três motivos fundamentais.
Primeiro, o seu brilho aumentará ainda mais, atingin
do o seu máximo valor entre 7 e 12 de abril, quando também,
ocorrerá sua maior aproximaçao em relaçao â Terra (0,36 UA =
54 milhões de quilômetros).
Como segundo motivo, te-lo-emos acima do horizonte d_u
rante praticamente a noite inteira, surgindo em torno das
18h e só se pondo após o nascer do Sol, já em pleno dia.
Finalmente, saindo de Sagittarius, no final de março,
deslocar-se-á para as constelações austrais de Scorpius, Lu
pus e Centaurus, que se encontram bem elevadas sobre o hor^
zonte nesta época do ano, no período das 22h is 2h.
0 ponto de referência marcante, para localizar aque
las constelações ê o Cruzeiro do Sul, bastante conhecido dos
brasileiros. Envolvendo-o, está o Centauro. A leste do Cen
tauro está o Lobo e a leste deste, o Escorpião.
Por mais uma semana, depois de sua passagem pelo Cen
tauro, ainda poderá ser visto com o auxílio de pequenos bino
culos. Seu brilho começará, entao, a declinar lentamente, e
o cometa, que tao ansiosamente aquardáramos nestes últimos a
nos, continuará afastando-se do Sol na sua jornada pela imen
sidao do espaço interplanetário, deixando para trás a Terra.
Retornará, outra vez, somente em 2062."
MODELOS PARA 0 ENSINO DA ASTRONOMIA
0 modelo ao lado nos mostra um plano sobre o qual se
veêm as órbitas da Terra e de um planeta interior - pode ser
Mercúrio ou Vênus. Por detrás, há um "êcrán" onde se projeta
a órbita do planeta interno. Observando-se o modelo, perc^
be-se que o observador colocado na Terra jamais poderá ver
 6 7
Venus ou Mercúrio, tarde da de junho, sendo pesquisado pelo instrumento de que dispunha
noite; como as orbitas são mos, não mais pudemos avistar a cauda do Cometa de Halley"T
internas, esses astros só Acreditamos que o trabalho do professor Diniz foi um
poderão ser vistos pela ma dos raros realizados no Brasil e acreditamos que seria inte
drugada ou ao anoitecer, de ressante se o livro fosse publicado em segunda edição por
vido a abertura angular de um editor interessado em documentos históricos. Talvez o
suas órbitas quando vistas Instituto Histórico da Bahia pudesse fazer uma nova edição
da Terra. Chama-se elonga desse valioso trabalho, que mostra a pujança do professor
çao, â maior altura que um bahiano. Reproduzimos, a sequir algumas das observações do
planeta interior atinge so professor Alpheu Diniz Guimaraes.
bre o horizonte oriental ou
ocidental. 0 modelo pode
ser utilizado de varias ma
neiras quanto a posição, pa
ra melhor explanaçao do fe
nomeno das elongaçoes.

OBSERVAÇÕES DO HALLEY EM 1910, NA BAHIA

Quando de sua ultima apariçao, nos céus da Bahia, o

Cometa de Halley foi observado, minuciosamente pelo profes
sor Alpheu Diniz Gonçalves. 0 resultado do seu trabalho
consta da monografia intitulada Observações Astronômica so
bre o Cometa de Halley a Vista do Ceu da Bahia em 1910. 0
Dr. Alpheu era engenheiro e professor da Escola Politicni
ca da Bahia e o livro foi publicado pela Tipografia Bahia
na, de Cincinnato Melchiades, à rua do Arsenal de Marinha,
em Salvador.
Vale destacar que as pesquisas do Dr. Diniz se fizj;
ram sob o mais alto espirito cientifico e os cálculos mui
to precisos. Ele utilizou os sequíntes instrumentos:Sextan
te de Heath & Co. Ltd., Crayford, Londres, dotado de lune
ta astronômica; um Octômetro de Hughes, Horizonte Artificji
al de Mercúrio e cronômetro de L.E.Gurley; Barômetro For_
tin, de L. Casella, Londres; Termômetro do mesmo fabriean
te, Tabua de Logaritmos dè F. Callet, revista e ampliada
por M. Saigey e um exemplar do Connaissance des Temps, de Observações do Cometa de Halley realizadas
Paris. por Alpheu Diniz Gonçalves, em Salvador.
Declara Diniz, entre outras informações: "Pudemos
observar no dia 19 de abril a cauda do cometa de Halley
com amplitude angular de cerca 4 graus. No dia 2 de maio,
apresentou-se de 7 graus; no dia 6 de maio de 20 graus,
no dia 17 do nascente ao zênite, com cerca de 82 graus.
Ao depois, foi diminuindo gradativamente ati que no dia 18
 /

8 9
LIVROS SOBRE 0 HALLEY

COMO OBSERVAR E FOTOGRAFAR O COMETA DE

HALLEY - Ronaldo Rogério de Freitas
Mourao/Editora VOZES, Rio. Excelente
manual, dá as informações necessárias
para um completo seguimento do cometa
e dá as informações sobre como obser
var e fotografar. Como os anteriores
trabalhos de Mourao, é um repositório
precioso de informações em linguagem
elegante e despojada. Recomendamos vi
vãmente esta obra que vem muito a pro
põsito.

AO ENCONTRO DO HALLEY - Luiz Eduardo da

Silva Machado e Júlio A. Fernandez/ Li
vro destinado ao publico em geral, aprj;
senta, em linguagem acessível um valio
so acervo cultural sobre o Cometa de
Halley, reportando-se à historia dos co
metas, o Cometa de Halley e suas aparai
çoes e as condiçoes observacionais do
famoso astro. Os dois astronomos, do
"staff" do Observatório do Valongo,pres
tam valioso apoio aos observadores-

COMETAS: DO MITO Ã CIÊNCIA - Oscar T.

Matsuura. 0 a"strofísic.o da USP nos
presenteia com uma obra fundamental
sobre os cometas, mostrando a impor
tãncia cultural desses astros através
da Historia do Homem. Livro de alto
cunho humanista, é, ao mesmo tempo,
uma obra de grande oportunidade do
ponto de vista das necessidades atu_
ais dos astronomos brasileiros, amadc)
do mil© res ou profissionais. 0 livro e edita,
do pela CONE Editora, de S.Paulo. É
iri
bra altamente recomendada.
0 Cometa de Halley em 17 de maio de 1910
Observação de Alpheu Diniz Gonçalves.
 10

CURSOS E PALESTRAS SOBRE O HALLEY

Durante o mês de março terao lugar vários cursos

sobre o Cometa de Halley, no Colégio Christus e no Nucleo
de Astronomia da UECE. As aulas serao ministradas pelos
professores Rubens de Azevedo, Dermerval Carneiro e Cláu­
dio Benevides Pamplona. Ao mesmo tempo, serao realizadas
palestras em colégios e entidades culturais. No dia 17 de
fevereiro, o professor Rubens de Azevedo foi convidado a
proferir uma palestra sobre o tema na Sociedade Cearense
de Geografia e Historia, no auditório da Academia Cearense
de Letras, a convite do Presidente da entidade, Dr. Alba-
no Amora.
Cogita-se também realizar palestras em algumas ci­
dades do interior do Estado do- Ceará, estando na pauta as
cidades de Sobral, Aracoiaba, Redenção, Juazeiro do Norte
e outras.

AMPLIA-SE A REDE ASTRONÔMICA CEARENSE

A visita do Halley propiciou aos cearenses a possi
bilidade da instalaçao de postos de observaçao astronômica
em várias localidades. Assim é que estuda-se a possibilida
de da instalaçao de pequenos observatórios nas cidades de
Redenção, Aracoiaba, Juazeiro do Norte, Limoeiro e outras.
A Universidade Estadual do Ceará está disposta a ajudar na
instalaçao destes observatórios a fim de realizar um traba
lho de conjunto, com o Observatório Leal da Costa. Os re­
sultados obtidos poderão ser enviados aos grandes centros
astronômicos brasileiros e realizados convênios de grande
oportunidade.

0 Telescópio "Ginelli", da Estaçao Astronô­

Vista geral da Estaçao Astronômica Beta, mica Beta, do Observatório Christus, de For
taleza. Tem um espelho "Cutler" de 318mm de
do Colégio Christus
diâmetro e 1929mm de distância focal.
 12
ASTROBIOLOGIA - Flávio Pfereira. Traço Editora. S. Paulo.Pu
blicada em 3a. edição, este polêmico livro
do professor Flãvio Augusto Pereira, fundador do Instituto
Brasileiro de Estudos Espaciais - IBACE, vem mesmo a propó
sito neste momento em que, sacudido pelo aparecimento do
Cometa de Halley, o panorama cientifico volta-se novamen­
te para o magno tema da habitabilidade de planetária. A Desde sua instalação, a SBAA vem promovendo a Astronomia no
obra nao chega a 100 páginas, mas exaure de forma inteli -
gente, o fascinante tema. Idéia acalentada por grandes fi­
lósofos do passado e mais modernamente por Fontenelle e
Flammarion, sempre foi ridicularizada por gente muito im­
portante, como Leverrier. 0 tema volta a ser discutido com
ardor e milhões de dólares já foram investidos na busca do
contato com seres inteligentes de outro planeta, como foi
o caso do famoso projeto OZMA. 0 livro de Flávio Augusto
Pereira fala de evolucionismo, origem da vida, escolas de
Astrobotanica e Astrobiologia dos Estados Unidos, França ,
Uniao Soviética e outras nações. Discute as contribuições
mundiais e estabelece os princípios da Exossociobiologia -
Ciência das Civilizações Extraterrestres.
INTRODUÇÃO AOS COMETAS - Ronaldo Rogério de Freitas Mou-
rão - Editora Francisco Alves.Eis
uma obra fundamental sobre o atual tema dos cometas. Ronal
do Mourão, astrônomo do Observatório Nacional/CNPq, neste
volume de mais de 600 páginas exaure todo o assunto e nos
conta a história dos cometas através da História. Fala da
natureza e comportamento dos cometas, sua estrutura e ori­
entação, discute a morfologia do núcleo e das caudas,o bri
lho, as observações em vários comprimentos de onda, as Ór­
bitas, os catálogos. Descreve os mais notáveis cometas, e
também os rasantes ao Sol e a Terra; comenta os que se di­
videm ou se desagregam. A origem e a morte dos cometas. Os
meteoros, etc. Dá todas as informações sobre o Cometa de
Halley, descrevendo sua "performance" através das idades .
Discute a teoria muito atual que atribui aos cometas o apa
recimento da vida sobre a Terra. Descreve com minúcias os
programas espaciais destinados aos cometas, notadamente o
Halley. Discute os mitos e crendices acerca dos cometas ,
conta a história de idéias e feitos relativos ã cometrogra
fia. 0 livro é profusamente ilustrado e representa um ma­
nual completo de informações sobre o assunto.
13
39 ANOS DA SBAA
A Sociedade Brasileira dos Amigos da Astronomia ,
primeira agremiação no gênero no Brasil, foi fundada na
noite do dia 26 de fevereiro de 1947, em Fortaleza; complji
ta, neste ano, trinta e nove anos de atividade ininterrup­
ta, graças ao denodo e dedicaçao daqueles que a compoem
Ceará, através de palestras, conferências, simpósios, expo
sições e demonstrações de Astronomia com instrumentos pos­
tos a disposição do público. Publica um periódico denomina
do ZODÍACO, que já conquistou no Brasil e alguns pontos do
exterior a maior credibilidade.
Embora considerada de Utilidade Pública no próprio
ano de sua fundação, até hoje a agremiação nunca recebeu
subvenção dos orgaos públicos, vivendo as expensas das men
salidades dos sócios e algumas valiosas doaçoes de sócios
Beneméritos. Atualmente, a SBAA funciona nas dependências
do Colégio Christus, onde dispõe de dois observatórios pa­
ra as suas pesquisas e trabalhos de divulgaçao. Presidida
pelo professor Dermeval Carneiro, a SBAA tem realizado tra
balho de vulto no campo da observaçao de. estrelas variá­
veis, meteoros, Lua, Sol, etc. e pretende dinamizar seus
Departamentos para um trabalho mais efetivo, a partir do
momento em que se instala, no Christus, um observatório bem
aparelhado capaz de permitir pesquisas de vulto.
Auguramos i primeira sociedade de Astronomia do
Brasil nossos mais sinceros votos de progresso neste novo
ano que se inicia.
NOTICIÁRIO
MACHADO NA COMISSÃO DA IAU - 0 prof. Dr. Luís Eduardo da Si
va Machado, Diretor do Observatório do Valongo, da Univers
dade Federal do Rio de Janeiro, acaba de ser indicado par.
fazer parte da Comissão 20, reunida recentemente, em Nov,
Delhi, índia, na 19a Assembléia da União Internacional de A
tronomia.
Trata-se de honraria mais que merecida, uma vez que o Dr. M
chado é um dos mais conhecidos e ativos astrônomos brasile
ros, desenvolvendo no Observatório do Valongo valioso trab
lho de pesquisa, sem contar com o aspecto educacional, o V
longo mantém Curso de Astronomia. Nossos parabéns.
 14
GIORDANO BRUNO MUDA DE NOME E ENDEREÇO! - O Observatório Gi
ordáno Bruno, que possui ura dos mais sofisticados instrumen
tais do Brasil, acaba de ser adquirido pelo Colégio Chris
tus, de Fortaleza. A partir de agora, denominar-se-á Observa
tório Christus, Estação Beta e destina-se a pesquisa astrono
mica. A Estaçao Alfa ficara ã disposição dos alunos do Col¥
gio e sócios da Sociedade Brasileira dos Amigos da Astrono UNIVERSIDADE ESTADUAL DO CEARÃ
mia (SBAA), que funciona no mesmo colégio. Estao de parabéns
o Diretor do Colégio Christus, Dr. José de Carvalho Rocha e CENTRO DE CIÊNCIAS E TECNOLOGIA
o professor Dermeval Carneiro, presidente da SBAA e coordena
dor dos Observatórios CHRISTUS. NÚCLEO DE ASTRONOMIA

ALUNOS DA UECe VÃO FAZER PESQUISA ASTRONÔMICA - Os alunos da OBSERVATÓRIO OTO DE ALENCAR
Cadeira de Geografia Astronômica da UECe, a partir de março,
vao realizar pesquisas astronômicas no Observatório Oto de A
lencar. Os programas de trabalho jã estao elaborados e con
tam com a observação fotográfica e desenho da Lua e do Sol,
acompanhamento de TLPs, observação de estrelas variáveis e REITOR
outros aspectos de alto interesse da Astronomia. Os alunos
serao orientados pelo corpo diretor e técnico do Observat£ Prof. Cláudio Régis de Lima Quixadá
rio.

CORRESPONDÊNCIA DIRETOR DO CENTRO

Do Prof. Dr. Oscar T. Matsuura, astrônomo do IAG / Prof. Francisco Pessoa Furtado
USP, recebemos, dirigida ao Prof. Rubens de Azevedo a se i
quinte carta:
Prezado Professor, CHEFE DO DEPARTAMENTO

Fiquei muitíssimo honrado e satisfeito ao ler suas Prof. Elton Castelo Benevides
referencias elogiosas ao meu livro "Cometa: do Mito ã Cien
cia". Entre os comentários que venho recebendo, guardarei
sua carta com carinho muito especial. COORDENADOR DO NÚCLEO
Além de suas obras anteriores, tomei conhecimento/
também de seu recente livro sobre o Halley. Expresso aqui Prof. Rubens de Azevedo
a minha admiração pela sua dedicaçao em divulgar a astrono
mia entre crianças e jovens, faixa de público tao motivada
para esse qssunto, mas tão carente de bibliografia nacio
nal.
Terei muito gosto em receber informações sobre os
recursos instrumentais astronômicos disponíveis aí em Fo£
taleza. São dados importantes sobre os quais, confesso,
nao tenho bom conhecimento.

a) Oscar Toshiaki Matsuura