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A Saúde Coletiva contemporânea está alicerçada em três grandes pilares: estudo da cariologia e epidemiologia,
planejamento de estratégias e programas, conhecimento das políticas públicas de atenção relacionadas ao Sistema
Único de Saúde.
A Saúde coletiva clássica, originada dos conceitos de Odontologia preventiva e Social, irá enfatizar a cárie,
níveis de Prevenção e suas características, assim como a Fluorterapia.
Os conhecimentos destes conceitos permitem que o colega entenda a estrutura de saúde vigente no país.
Todas as vezes que as responsabilidades sociais de uma Nação estão sobre a responsabilidade do Estado,
englobamos um Conceito de Seguridade.
Por ex: a vigilância sanitária no Brasil e o próprio Sistema de Saúde são de responsabilidade do Estado (previsto na CF
de 1988).
Já para o conceito de Seguro, imagine o seguro de seu automóvel, aposentadoria ou plano de saúde privado,
isto é, além dos impostos pagos (Seguro obrigatório, taxa de licenciamento, etc.) o colega como usuário do serviço
público recorre a uma seguradora particular. Estamos abordando aí o Conceito de Seguro Social.
Fica claro que o Brasil permite que as duas estruturas (público governamental e privada) convivam em harmonia.
O Brasil, assim como o Canadá, Reino Unido, França e países nórdicos da Europa, são considerados países de
bem-estar social, isto é, o Estado brasileiro, prioriza as ações de sua responsabilidade público governamental, sem abrir
mão dos interesses privados e dos interesses da Sociedade.
Em alguns países como parte da China, Cuba, Coréia do Norte ou a antiga URSS, tomam o Estado com
exclusivo, isto é, não contam com a participação do poder privado. São os países comunistas, derivados de um Estado
Guardião. Nestes países só exite o conceito de Seguridade Social.
O Estados Unidos da América do Norte, por sua vez prioriza as ações privadas. Não quer dizer que o Estado
não influencie a vida das pessoas, mas a responsabilidade, proveniente de aspectos culturais, sociais e históricos deste
país, permite aceitar uma menor influência sobre as responsabilidades do Estado na vida da Sociedade. Por outro lado,
nesta condição alguns princípios, como por exemplo, o direito à saúde fica influenciado sobre as leis de mercado, por
uma influência do modelo de Seguro Social. Este país é apontado como sendo neoliberal.
ATENÇÃO:
O colega erra ao tentar admitir que um modelo é melhor ou mais justo do que o outro, pois muitas vezes um
mesmo modelo apresenta distinções entre os diversos países que adotam políticas de saúde semelhantes.
A melhor forma de avaliar um modelo de saúde é através de indicadores sociais, econômicos e
epidemiológicos resultante das políticas de saúde adotadas.
Modelos de Seguridade
Estado
Incumbências
do Estado
Sociedade
Figura 1: Modelo de Bem-estar social. Enfoque em Seguridade.
Estado
Incumbências
do Estado
Modelos de Seguro
Estado
Sociedade
Para melhor compreender o mundo contemporâneo alguns autores englobam alguns conceitos definidos em
setores sociais. Estes setores são classificados em:
ATENÇÃO:
Fique atento no 3º setor social, pois ele é o que mais influencia, através de organizações da sociedade, as
regras de ação do mundo contemporâneo.Lembre-se das ONGs.
a ) primários ( essenciais): dieta cariogênica, hospedeiro sucetível , microbiota específica e o fator tempo
b) secundários (modificadores): saliva, hábitos, comortamentos, fatores etiológicos.
É importante não confundir a Epidemiologia com a etiologia da cárie dentária. A epidemiologia irá abordar o
comportamento da cárie com uma visão coletiva, já a etiologia irá estudar os principais mecanismos (primários e
secundários de origem da cárie).
Portanto a epidemiologia irá abordar ocorrência e magnitude, por ex: se o fenômeno da doença está aumentando,
diminuindo ou está estabilizado.
1. Definição:
É o estudo ordenado das causas e efeitos biológicos, sociais e culturais das doenças em populações humanas, tendo a
comunidade e não o indivíduo como unidade de interesse.
Os dois tipos de estudo são importantes e se complementa em planejamentos de programas coletivos visando
Políticas de Saúde.
Nos estudos descritivos o fenômeno é descrito e a partir dele são iniciados os mecanismos de prevenção,
recuperação e controle.
Por ex: estudos que evidenciam óbito de crianças em creches através da ocorrência de fatores que devem ser evitados
através de métodos preventivos (vacinas, dieta adequada, segurança, instalações físicas adequadas, etc.).
Os estudos descritivos necessitam ser registrados de forma confiável para mensurar o problema e a eficácia das
políticas de saúde. Isto pode ser realizado através de índices.
3. Índice
Definição: é um instrumento quantitativo ou qualitativo que me permite mensurar a doença.
A cárie dentária, como doença de saúde pública é constantemente analisada e mensurada, o que permite
comentar que os fatores coletivos de risco são bem conhecidos. Alguns autores apresentam fatores de risco que podem
ser considerados válidos para apoiar o planejamento de ações, porém não são estudos conclusivos e estão em desuso.
(verifique o edital de seu concurso, pois ainda são freqüentes questões sobre o assunto).
• Idade
Existe uma correlação positiva entre idade e prevalência da cárie dental, isto é, quanto maior a idade, maior a
ocorrência da doença (a não ser que haja perda patológica do dente ou intervenção externa). Ocorrem períodos de
exacerbação aguda, alternados com períodos de inatividade ou lenta progressão ao longo da vida na população.
• Gênero (não é um fator confiável para o estudo do comportamento da cárie dentária), porém os resultados
clássicos apontam como:
Existe maior prevalência de cárie no gênero feminino.
Possíveis explicações para este fenômeno:
-Erupção mais cedo
-Diferenças morfológicas
Se aceita que povos tradicionalmente com baixos índices, quando expostos à uma dieta industrializada têm os índices
elevados.
• Nível sócio-econômico
Por si só esse fator não exerce influência sobre a prevalência ou incidência de cárie.
• Situação geográfica (estudos que abordam este fator sempre são passíveis de discussão, portanto não é um
fator seguro para explicar o comportamento de cárie em nível individual ou populacional)
Se aceita, historicamente, que há menor prevalência de cárie em populações que vivem em áreas com sol
abundante, distantes do mar, baixas latitudes e escassez de água. (Austrália): por favor, verifique que são locais em
que a distribuição populacional é menor.
Em países provenientes de zonas frias ocorrem mais cáries.(Cuidado, pois estes estudos são em condições
aonde Não Há acesso a Políticas Públicas de Saúde). (Portanto NÃO PODEMOS afirmar esta conclusão para países
nórdicos da Europa e o Canadá)
O conceito de história natural é muito utilizado por epidemiologistas para compreender em que momento se está
atuando em relação ao comportamento de uma doença. Este conceito se baseia em uma lógica de que toda doença se
não tratada evolui naturalmente apresentando como conseqüências lesões irreversíveis ou óbito dos indivíduos.
Conhecer a história natural da doença permite antever a ocorrência da oportunidade, isto é, se o planejamento
de tratamento frente a uma doença ocorre em momento apropriado ou não.
A história natural de qualquer doença, incluindo aí, obviamente a cárie dentária, significa que iremos
acompanhar o fenômeno de evolução da doença sem nos intrometermos nesta “história”.
Prevenção é a interposição de qualquer barreira na história natural das doenças com o sentido de evitá-las, se
interpostas na fase pré-patogênica. Controlá-las ou eliminá-las, se inseridas na fase patogênica de evolução. Se
interpostas na fase pós-patogênica, no sentido de reabilitar um indivíduo ou tomar o devidos cuidados sanitários após o
seu óbito.
1. Classificação:
• Prevenção primária: é aquela que ocorre antes do advento da doença.
• Prevenção secundária: é aquela que ocorre a partir do momento do início da doença até que a evolução
sacrifique o órgão ou o indivíduo (óbito).
• Prevenção terciária: é aquela que ocorre após o fenômeno da doença. Por exemplo: reabilitação. (perceba que
com este critério Implantes e Próteses tradicionais estão enquadrados no conceito de Prevenção).
ATENÇÃO:
Não confunda prevenção primária com a classificação de atenção primária (básica) de saúde, pois são
conceitos distintos.
A classificação de atenção em primária (básica), secundária e terciária, envolve o nível de complexidade das
ações, por exemplo, atenção básica (saneamento básico) é menos complexa do que a secundária (ações
ambulatoriais) e terciária (ações hospitalares).
Estes dois médicos sanitaristas embasaram uma classificação muito prática do momento da oportunidade de ação,
considerando o conhecimento do processo da história natural da doença.
Esta classificação é muito utilizada, ela não é exclusiva para a área da Odontologia, o que às vezes confunde muito o
colega. A melhor forma de conhecer o assunto é associar o tema ao conceito de prevenção.
CLASSIFICAÇÃO
São todas as ações que ocorrem na fase pré-patogênica da doença, porém possuem como característica a
INESPECIFICIDADE, isto é, são ações que não possuem relação direta entre causa e efeito.
Ex: condições de moradia adequada, condições de lazer, saneamento básico.
São todas as ações que ocorrem na fase pré-patogênica da doença, porém possuem como característica a
ESPECIFICIDADE, isto é, são ações que possuem relação direta entre causa e efeito.
Os exemplos são fáceis.Basta verificar se estamos frente a uma condição de prevenção na ausência de uma doença e
se há relação direta (específica) entre a ação de prevenção e uma doença específica.
Cabem aqui alguns exemplos: Fluoretação, Vacinação, Iodização do sal de cozinha para consumo humano.
Esta é a fase da oportunidade do diagnóstico. Estamos na fase em que a doença está se desenvolvendo em uma fase
inicial, portanto ela já existe e os sinais e sintomas muitas vezes ainda não estão evidentes.
Importante: esta fase corresponde à OPORTUNIDADE do diagnóstico. Cuidado a doença já existe.
Exemplos: exame papanicolau, remineralização de mancha branca por cárie, auto-exame de câncer de mama, achados
laboratoriais ou radiográficos.
Nesta fase não cabe mais o diagnóstico conclusivo e sim a limitação de um processo patológico já instalado que está
na eminência de prejudicar ainda mais o paciente.
São as intervenções Radicais.
• 5º NÍVEL: REABILITAÇÃO
Este nível irá corresponder à fase pós-patogênica, isto é ações que permitam que o indivíduo mutilado seja reabilitado:
estética, funcional e socialmente.
Quando existem ações que enfatizam este nível é porque todas as outras oportunidades de políticas de saúde
falharam anteriormente.
A reabilitação envolve ações protéticas.
Este médico e dentista sanitarista desenvolveu uma classificação muito prática e inteligente, pois determina para
as ações de prevenção comentadas acima, níveis de competência e responsabilidade. Portanto estes níveis de Mario
Chaves são complementares aos níveis de prevenção.
Cuidado: O colega dentista deve compreender que são classificações distintas.
São as ações de responsabilidade tomadas pela maior instância política de planejamento e execução. Para o nosso
país são ações de saúde de responsabilidade do Ministério da Saúde.
Ações de planejamento e elaboração de recursos para a saúde em Nível Federal.
São as ações de responsabilidade direta do cirurgião dentista (prestador de serviço) em relação aos seus usuários.
São as ações em que ocorre uma delegação de função, considerando a racionalidade do trabalho. Trata-se de uma
responsabilidade compartilhada. Um exemplo importante é aquele que trata das ações dos Agentes Comunitários de
Saúde.
São aquelas ações que estão relacionadas ao indivíduo.Em estruturas com baixo acesso à saúde, muitas vezes a ação
individual ocorre sem que haja controle, o que pode acarreta em insucesso de uma ação em saúde. Por exemplo:
automedicação.
A ação individual é desejável a partir do momento em que o indivíduo de forma consciente e motivado exerça ações
individuais que estão relacionadas aos níveis de prevenção, como uso de preservativos, higiene oral correta, tomada de
medicamentos indicados de forma racional, etc.
Assunto: Biossegurança
A Portaria nº 1943, de 18 de outubro de 2001, definiu a relação de doenças de notificação compulsória para todo o
território nacional e a Portaria nº 33, de 14 de julho de 2005, incluiu mais de quatro doenças à relação de notificação
compulsória, definiu agravos de notificação imediata e a relacionou aos resultados laboratoriais que devem ser
notificados pelos laboratórios de referência nacional. Segue abaixo, lista de agravos de notificação compulsória:
Segundo a Portaria SVS/MS n° 344, de 12 de maio de 1998 - Regulamento técnico sobre substâncias e medicamentos
sujeitos a controle especial, pertencem a este grupo os medicamentos constantes nas listas B1 (psicotrópicos) e B2
(psicotrópicos anorexígenos). A notificação de receita B (talonário) deverá ser impressa às expensas do profissional ou
instituição interessada. A notificação de receita B poderá conter prescrição de apenas uma substância e terá validade
por um período de trinta dias, contados a partir de sua emissão, e somente dentro da Unidade Federativa que concedeu
a numeração. Poderá conter no máximo cinco ampolas e, para as demais formas farmacêuticas, a quantidade para o
tratamento correspondente a no máximo sessenta dias.
As notificações de receitas A (receituário amarelo) e C (receituário branco), em duas vias, devem seguir as orientações
da Portaria SVS/MS n.° 344, de 12 de maio de 1998 - Regulamento técnico sobre substâncias e medicamentos sujeitos
a controle especial e suas atualizações, ou a que vier substituí-la.
Os profissionais da área da saúde, por estarem mais expostos, possuem um risco elevado de aquisição de doenças
infecciosas, devendo estar devidamente imunizados. O profissional deve estar atento às características da região e da
população a ser atendida, pois diferentes vacinas podem ser indicadas. Caso haja alguma contra-indicação ao uso das
vacinas disponíveis na rede pública, o profissional poderá recorrer aos Centros de Referência em Imunobiológicos
Especiais. (BRASIL,1999) As vacinas mais importantes para os profissionais da Odontologia são contra hepatite B,
influenza, tríplice viral e dupla tipo adulto. Essas vacinas devem ser preferencialmente administradas nos serviços
públicos de saúde ou na rede credenciada para a garantia do esquema vacinal, do lote e da conservação adequada.
Deve ser feita em três doses, em períodos de zero, um e seis meses de intervalo; dois meses após o esquema vacinal
completo, recomenda-se a realização de testes sorológicos para verificar a soroconversão das pessoas vacinadas.
Doses de reforço não têm sido recomendadas, sendo indicada a realização de testes sorológicos para avaliar a
manutenção da imunidade. Os indivíduos que não responderem ao primeiro esquema vacinal deverão ser submetidos à
revacinação com as três doses da vacina.
O processamento de artigos compreende a limpeza e a desinfecção e/ou esterilização de artigos. Esses processos
devem seguir o fluxo descrito no quadro abaixo, de modo a evitar o cruzamento de artigos não processados (sujos) com
artigos desinfetados ou esterilizados (limpos). Para facilitar a adequação dos procedimentos e orientar o processamento
dos artigos, adota-se a classificação que leva em consideração o risco potencial de transmissão de infecção. Os artigos
são classificados em críticos, semicríticos e não-críticos.
Artigos críticos: materiais utilizados em procedimentos de alto risco para desenvolvimento de infecções ou que
penetram em tecido conjuntivo ou ósseo (áreas corporais desprovidas de flora própria). Requerem esterilização para
uso (ex.: agulhas, seringas, materiais para os implantes, pinças, instrumentos de corte ou pontiagudos, cinzel, raspador,
cureta e osteótomo, alavancas, broca cirúrgica, instrumentos endodônticos e outros).
Artigos semicríticos: materiais que entram em contato com as membranas mucosas íntegras e pele não-íntegra.
Requerem a desinfecção de alto ou médio nível ou a esterilização para uso (ex.: espelhos clínicos, moldeiras,
condensadores, instrumentais para amálgama e outros).
Artigos não-críticos: materiais utilizados em procedimentos com baixíssimo risco de desenvolvimento de infecção
associada ou que entram em contato apenas com pele íntegra. Requerem limpeza ou desinfecção de baixo ou médio
nível, dependendo do risco de transmissão secundária de microorganismos de importância epidemiológica (ex.:
superfícies do equipo odontológico, placas de vidro e potes de Dappen, mufla, arco de Young e outros).
DEFINIÇÃO:
Prevalência: é um dado estático que permite identificar o comportamento de determinada doença em um instante fixo
na população.
Incidência: é um dado dinâmico que permite identificar o comportamento de determinada doença em um intervalo de
tempo na população.
CPO-D
É o índice que mede a história da cárie dentária em dentes permanentes através dos componentes: C (cariado), P
(perdidos: divididos em E: extraídos e Ei extração indicada) e obturados (componente O).
Atual: C+Ei
Passada: O + E
Tipos:
Existem vários tipos que diferem em relação às indicações: para pesquisa, exame ambulatorial, necessidades
individuais, comunitárias e principalmente populacionais.
SB Brasil
È o último grande levantamento de cárie realizado no Brasil: traz subsídios para o planejamento de programa conforme
orientações da OMS (verificar Metas da OMS)
Calibração:
Para realização de um exame e para que os resultados sejam confiáveis, com frequencia, em levantamentos
epidemiológicos são utilizados recursos para garantir a diminuição de erros e dúvidas que possam surgir no momento
do exame.
Os erros entre examinadores buscam diminuir as dúvidas entre 2 ou mais examinadores envolvidos com o
Levantamento das doenças.
O erro intra examinador visa diminuir o vício de diagnóstico e de conhecimento de um índice que por ventura um
examinador possa ter.
São metas (desafios) estabelecidos pela OMS e FDI para os países membros visando a melhoria da condição bucal,
dentro de um contexto de promoção de saúde e qualidade de vida. Irão utilizar índices populacionais consagrados
como: Índice CPO e Índices de fluorose: Dean, TF.
O Levantamento Saúde Bucal 2000 foi realizado, entre outros objetivos para evidenciar a situação de políticas de ação
em saúde coletiva no país.
Temos dois conceitos de metas importantes:
Metas para 2000 ( Saúde para todos no ano 2000) e Metas para 2010, ainda em discussão.
Metas em Saúde Bucal relativas à prevalência da cárie dentária, em diferentes idades, nos anos 2000 e
2010 e resultados obtidos no levantamento epidemiológico “Condições de Saúde Bucal no Estado de São
Paulo em 2002”.
Conhecendo-se as metas da OMS, o Ministério da Saúde, em seu planejamento de políticas de ação voltadas para
saúde coletiva propõe a estratégia, entre outras medidas, de estabelecer na população um grupo de indivíduos, ou
comunidade, com maior risco de desenvolver a doença cárie, este grupo, considerando como prioritário, deverá receber
maior enfoque nas medidas de prevenção e econtrole da doença.
Para esses grupos fica estabelecido por exemplo, o seguinte método visando programas:
São os méodos preventivos de cárie que possuem como objetivo o controle da doença em nível populacional.
O flúor é o elemento mais eletronegativo da natureza, portanto possui maior capacidade de reação, isto é sempre
aparecerá no formato de um sal.
O metabolismo do flúor irá explicar a forma como o composto é absorvido no organismo: por igestão ou inalação,
distribuído ( cai na corrente sangúinea atingindo ossos e dentes) e eliminado, principalmente pelos rins.
O mecanismo de ação será diferente segundo o método utilizado:
Sistêmico: transformando os cristais de hidroxiapatita em cristais de fluorapatita (apatita fluoretada)
Tópico: formando uma película de fluoreto de Cálcio.
Fluoretação da água
O Flúor na água é o método mais seguro e de maior benefício para a redução dos valores de cárie, sendo eleito o
método prioritário na decisão de sua eleição dentro de políticas de saúde.
Sua descoberta ocorreu na ITÁLIA, através de epidemiologia analítica relacionada a regiões com fluorose endêmica.
Concentração Ideal
O cálculo da dosagem ideal leva em conta: a umidade relativa do ar, a média das temperaturas anuais, o consumo
médio de água pela população e a quantidade de flúor natural encontrado na água
Custo:
Compostos Utilizados
•Fluossilicato de sódio
•Ácido fluossilícico , é o mais utilizado por ser líquido e ser um sub produto dos fertilizantes, portanto ecologicamente e
economicamente viável.
•Fluoreto de sódio
•Fluoreto de cálcio (fluorita)
Vantagens
Desvantagens
•Desperdício
•Exige tratamento de água
•Potencial: má chance na associação empregada (risco de fluorose)
Descontinuação De Uso
•Aumento da cárie
•Recomeçar
Lembrar: fluoretação do sal de cozinha para consumo humano
O conhecimento desse assunto fornece subsídio para a criação de programas, definindo os recursos
necessários,quando existe limitação dos mesmos.
Para que os problemas possam ser discutidos consideram-se os conceitos de saúde e de saúde pública.
Conceito
Definição de Saúde: segundo a Organização Mundial da Saúde, é o completo bem estar físico mental e social do
indivíduo e não apenas a ausência de doença.
Conceito
Quando deve ser considerado um problema em saúde pública?
Os Principais Problemas podem ser considerados considerando, por exemplo outras hipóteses para que o
encarregado do planejamento de programas possa definir, por exemplo
2- seriedade do dano
2- adolescentes, 15 a 19 anos
4- adultos em geral
O enfoque agora será no modelo brasileiro que é o resultado das aspirações e conquistas de nossa sociedade.
Não se esqueça, todos os dias o colega está usando este modelo, isto é, ele não é exclusivamente assistencialista.
Portanto o SUS é o sistema de saúde público vigente no Brasil. Ele decorre de uma conquista do Movimento
Sanitarista brasileiro da década de 70 que propunha a descentralização da saúde (municipalização) no país e
participação da população exigindo o seu direito através de ações democráticas e de cidadania.
Ele propõe alguns princípios que ficaram perpetuados através da Constituição Federal Brasileira de 1988. Entre eles:
universalização, descentralização, regionalização, equidade e integração institucional.
“Saúde é um direito do cidadão, um dever do Estado”: nessa frase está inserido o contexto de Seguridade Social
característico de países como, por exemplo, o Canadá, que possuem como característica o Estado de Bem-estar social
(wellfare state).
Atenção: Em nenhum momento foi afirmado que o dever do estado é exclusivo, isto é, ele não exclui a sociedade na
tomada das decisões.
É a ênfase para a municipalização, isto é, o SUS procura dar maior autonomia para que os municípios resolvam a sua
questão relacionada com a saúde.
A partir da CF de 1988 fica instituído que Saúde é direito de todos e dever do Estado, garantido por políticas sociais e
econômicas.
As ações e serviços públicos de saúde integram uma rede regionalizada (região Federal, Estadual e Municipal)
e hierarquizada (o nível Federal toma decisões que prevalecem sobre o nível estadual e respectivamente sobre o nível
municipal) constituindo um sistema único.
Baseado nos preceitos constitucionais, a construção do SUS norteia-se pelos seguintes princípios doutrinários:
• UNIVERSALIDADE
• EQUIDADE
• INTEGRALIDADE
• REGIONALIZAÇÃO ou HIERARQUIZAÇÃO
• DESCENTRALIZAÇÃO ou MUNICIPALIZAÇÃO
• PARTICIPAÇÃO DOS CIDADÃOS
Existe uma discussão filosófica que comenta que os princípios são decorrentes de conquistas sociais
irreversíveis na história da humanidade (por exemplo, o direito à vida) e que as diretrizes nada mais são do que os
caminhos (políticas de saúde) que cada Estado adota para atingir estes objetivos.
1. Universalidade
• Preconiza que todas as pessoas têm direito ao atendimento independentemente de cor, raça, religião, local de
moradia, situação de emprego, renda, etc.
2. Equidade
• Preconiza que todo cidadão é igual perante o SUS e será atendido conforme suas necessidades.
• Deve-se considerar que em cada população existem grupos que vivem de forma diferente, os serviços de saúde
devem trabalhar de acordo com cada necessidade, respeitando esta diferença.
• O SUS deve tratar desigualmente os desiguais.
• As ações devem ser combinadas e voltadas, ao mesmo tempo, para a prevenção e a cura.
• O atendimento deve ser feito para a saúde e não somente para a doença.
As ações de Promoção da Saúde: envolvem ações também em outras áreas, como habitação, meio ambiente,
educação.
As ações de Proteção: envolvem Saneamento básico, imunizações, ações coletivas e preventivas, vigilância à saúde e
sanitária, etc.
As ações de Recuperação: envolvem atendimento médico, odontológico, tratamento e reabilitação para os doentes.
4. Regionalização ou Hierarquização
• O acesso deve dar-se por intermédio dos serviços do nível primário de atenção, este deve resolver os principais
problemas de demanda. Portanto perceba a forte ênfase à atenção básica de saúde, o que equivale a dizer que as
necessidades da população brasileira serão dadas em razão das Unidades Básicas de Saúde. (UBS).
• Os problemas mais complexos devem ser referenciados. Neste momento deve ser entendido o Sistema de
Referência (quando o paciente é encaminhado através de uma UBS para um serviço em que ocorrerá um atendimento
com maior complexidade) e Contra-Referência (quando o paciente tem alta do serviço de maior complexidade, isto é, o
centro de referência e RETORNA para a UBS de origem para manutenção e controle da necessidade de saúde).
5. Descentralização ou Municipalização
• Propõem que haja racionalização do gerenciamento das ações descentralizando (isto é tirando do poder central:
Ministério da saúde em nível Federal) e delegando as tomadas de decisão para os Municípios.
• Propõe a redistribuição de responsabilidades pelas ações e serviços de saúde entre os vários níveis de governo
• Considera que quanto mais perto do fato a decisão for tomada, mais chance haverá de acerto.
• É a garantia constitucional de que a população poderá participar do processo de formulação das políticas de
saúde e de controle de sua execução em todos os níveis, desde o federal até o loca. l
• Essa participação deve dar-se nos conselhos de saúde.
Lembrar que esta participação será estimulada pela Lei MS-SUS 8080/90 e principalmente pela Lei MS-SUS 8142/90.
Lembrar também que o 3º Setor Social bem organizado irá encontrar nesta estrutura organizacional campo para
exercer o chamado CONTROLE SOCIAL. (controle exercido pelo poder popular).
Dispõe sobre as condições para a promoção, proteção e recuperação da saúde, a organização e o funcionamento dos
serviços correspondentes e dá outras providências.
Art. 1º - Esta Lei regula, em todo o território nacional, as ações e serviços de saúde, executados, isolada ou
conjuntamente, em caráter permanente ou eventual, por pessoas naturais ou jurídicas de direito público ou privado.
Art. 2º - A saúde é um direito fundamental do ser humano, devendo o Estado prover as condições indispensáveis ao
seu pleno exercício.
§ 1º - O dever do Estado de garantir a saúde consiste na reformulação e execução de políticas econômicas e sociais
que visem à redução de riscos de doenças e de outros agravos no estabelecimento de condições que assegurem
acesso universal e igualitário às ações e aos serviços para a sua promoção, proteção e recuperação.
§ 2º - O dever do Estado não exclui o das pessoas, da família, das empresas e da sociedade.
§ 1º - Estão incluídas no disposto neste artigo as instituições públicas federais, estaduais e municipais de controle de
qualidade, pesquisa e produção de insumos, medicamentos inclusive de sangue e hemoderivados, e de equipamentos
para a saúde.
§ 2º - A iniciativa privada poderá participar do Sistema Único de Saúde-SUS, em caráter complementar.
CAPÍTULO III
Da Organização, da Direção e da Gestão
Art. 8º - As ações e serviços de saúde, executados pelo Sistema Único de Saúde-SUS, seja diretamente ou mediante
participação complementar da iniciativa privada, serão organizados de forma regionalizada e hierarquizada em níveis de
complexidade crescente.
Art. 9º - A direção do Sistema Único de Saúde-SUS é única, de acordo com o inciso I do artigo 198 da Constituição
Federal, sendo exercida em cada esfera de governo pelos seguintes orgãos:
I - no âmbito da União, pelo Ministério da Saúde;
II - no âmbito dos Estados e do Distrito Federal, pela respectiva secretaria de saúde ou órgão equivalente; e
III - no âmbito dos Municípios, pela respectiva secretaria de saúde ou órgão equivalente.
Art. 10º - Os Municípios poderão constituir consórcios para desenvolver, em conjunto, as ações e os serviços de saúde
que lhes correspondam.
§ 1º - Aplica-se aos consórcios administrativos intermunicipais o princípio da direção única e os respectivos atos
constitutivos disporão sobre sua observância.
§ 2º - No nível municipal, o Sistema Único de Saúde-SUS poderá organizar-se em distritos de forma a integrar e
articular recursos, técnicas e práticas voltadas para a cobertura total das ações de saúde.
Art. 12º - Serão criadas comissões intersetoriais de âmbito nacional, subordinadas ao Conselho Nacional de Saúde,
integradas pelos ministérios e órgãos competentes e por entidades representativas da sociedade civil.
Parágrafo único - As comissões intersetoriais terão a finalidade de articular políticas e programas de interesse para a
saúde, cuja execução envolva áreas não compreendidas no âmbito do Sistema Único de Saúde-SUS.
Art. 13º - A articulação das políticas e programas, a cargo das comissões intersetoriais, abrangerá, em especial, as
seguintes atividades:
I - alimentação e nutrição;
II - saneamento e meio ambiente;
III - Vigilância Sanitária e farmacoepidemiologia;
IV - recursos humanos;
V - ciência e tecnologia; e
VI - saúde do trabalhador.
Art. 14. Deverão ser criadas comissões permanentes de integração entre os serviços de saúde e as instituições de
ensino profissional e superior.
Parágrafo único - Cada uma dessas comissões terá por finalidade propor prioridades, métodos e estratégias para a
formação e educação continuada dos recursos humanos do Sistema Único de Saúde-SUS, na esfera correspondente,
assim como em relação à pesquisa e à cooperação técnica entre essas instituições.
CAPÍTULO IV
Da Competência e das Atribuições
SEÇÃO I
das Atribuições Comuns
Art. 15º A União, os estados, o Distrito Federal e os municípios exercerão, em seu âmbito administrativo, as seguintes
atribuições:
I - definição das instâncias e mecanismos de controle, avaliação e fiscalização das ações e serviços de saúde;
II - administração dos recursos orçamentários e financeiros destinados, em cada ano, à saúde;
III - acompanhamento, avaliação e divulgação do nível de saúde da população e das condições ambientais;
IV - organização e coordenação do sistema de informação em saúde;
V - elaboração de normas técnicas e estabelecimento de padrões de qualidade e parâmetros de custos que
caracterizam a assistência à saúde;
CAPÍTULO I
Dos Recursos
Art. 31. O orçamento da Seguridade Social destinará ao Sistema Único de Saúde-SUS, de acordo com a receita
estimada, os recursos necessários à realização de suas finalidades, previstos em propostas elaborada pela sua direção
nacional, com a participação dos órgãos de previdência social e da assistência social, tendo em vista as metas e
prioridades estabelecidas na Lei de Diretrizes Orçamentárias.
Art. 32. São considerados de outras fontes os recursos provenientes de:
II - serviços que possam ser prestados sem prejuízo da assistência à saúde;
III - ajuda, contribuições, doações e donativos;
IV - alienações patrimoniais e rendimentos de capital;
V - taxas, multas, emolumentos e preços públicos arrecadados no âmbito do Sistema Único de Saúde-SUS; e
VI - rendas eventuais, inclusive comerciais e industriais.
§ 1º Ao sistema Único de Saúde-SUS caberá metade da receita de que trata o inciso I deste artigo, apurada
mensalmente, a qual será destinada à recuperação de viciados.
§ 2º As receitas geradas no âmbito do Sistema Único de Saúde-SUS serão creditadas diretamente em contas
especiais, movimentadas pela sua direção, na esfera de poder onde forem arrecadadas.
§ 3º As ações de saneamento, que venham a ser executadas supletivamente pelo Sistema Único de Saúde-SUS, serão
financiadas por recursos tarifários específicos e outros da União, Estados, Distrito Federal, Municípios e, em particular,
do Sistema Financeiro da Habitação-SFH.
§ 5º As atividades de pesquisa e desenvolvimento científico e tecnológico em saúde serão co-financiadas pelo Sistema
Único de Saúde-SUS, pelas universidades e pelo orçamento fiscal, além de recursos de instituições de fomento e
financiamento ou de origem externa e receita próprias das instituições executoras.
•Lei 8142/90: estabelece o protocolo de participação popular para garantir e assegurar o acesso da população, dentro
das caracterìsticas democráticas, à saúde.
• NOB 01/96: estabelece o piso de atenção primária e define os tipos de gestão municipal em relação à autonomia e
tomada de decisões. Está dividida em dois tipos: gestão plena de atenção municipal e gestão plena de assistência.
Estabelece, portanto:
•financiamento do SUS
•Tipos de gestão: gestão plena de sáude e gestão plena de atenção básica
•Unidades de Referência e Contra-Referência, fluxo de entrada e de movimenação dos pacientes entre as unidades de
atendimento primário e as unidades especializadas (referência). Após o atendimento do paciente nas unidades de
referência, ele volta para a Unidade Básica de Saúde (UBS). Esse fenômeno caracteriza a contra-referência.
“ Promover e consolidar o pleno exercício, por parte do poder público municipal e do Distrito Federal, da função
de gestor da atenção à saúde de seus municípios”.
• O acesso de todos os cidadãos aos serviços necessários à resolução de seus problemas de saúde, em qualquer
nível de atenção, diretamente ou mediante o estabelecimento de compromissos entre gestores para o atendimento de
referências intermunicipais.
• Elaboração do Plano Diretor de Regionalização coordenado pelas Secretarias Estaduais de Saúde (SES), envolvendo
o conjunto dos municípios como forma de organização de sistemas funcionais e resolutivos em seus diversos níveis;
• Fortalecimento da capacidade gestora do SUS, voltada para consolidação do caráter público da gestão do sistema;
• Atualização dos critérios e do processo de habilitação de estados e municípios passando do caráter meramente
cartorial para um processo de responsabilização real, com pactuação de compromissos e metas pelos gestores.
A Atenção Básica perpassa todos os grupos de estratégias citados acima, por englobar um conjunto de ações que deve
ser ofertado em todos os municípios do país, independentemente de seu porte.
A experiência em curso, proporcionada pela implantação do Piso da Atenção Básica (PAB), a partir da habilitação dos
municípios na NOB 01/96, possibilitou inquestionável avanço na organização dos serviços em diversos municípios.
Entretanto, persistem problemas em muitos outros que, ao não assumirem suas responsabilidades gestoras e de
prestação de serviços, contribuem para a desorganização do sistema como um todo, transpondo os limites de seu
território municipal.
A proposta de ampliação da Atenção Básica trazida pela NOAS busca definir inequivocamente as responsabilidades e
ações estratégicas mínimas que todos os municípios brasileiros devem desenvolver.
São elas:
Controle da Tuberculose, Eliminação da Hanseníase, Controle da Hipertensão, Controle da Diabetes Melittus, Ações de
Saúde Bucal, Ações de Saúde da Criança e Ações de Saúde da Mulher.
•Cartão SUS: permite o controle dos usuários e de procedimentos no serviços de saúde do SUS.
Processo Saúde-Doença: compreende a importância da relação qualidade/acesso aos serviços de saúde buscando
promoção e qualidade de vida.
Conselho Municipal De Saúde:
Fundamental para compreender a participação popular: reuniões em que a população + técnicos+governo
discutem e decidem a tomada de decisões, em nível municipal à saúde.Conquista da Lei 8142/90.
As Conferências Nacionais de Saúde representam a evolução democrática das discussões referentes ao tema
saúde, levando em consideração a participação dos mais diferenciados atores sociais e possibilitando a evolução do
sistema de saúde vigente.
A cada CNS, o SUS está se firmando no processo de construção, ratificando as diretrizes e princípios de saúde.
– Algumas características de destaque para Odontologia Coletiva relacionadas à 11ª e 12ª CNS:
11ª Conferência Nacional de Saúde
Características principais:
Ampliar e assegurar o acesso às ações integrais de saúde bucal em todo o SUS, estendendo-as a todas as faixas
etárias, segundo a recomendação da OMS, incluindo:
I. atendimento básico, prótese, endodontia, tratamentos correlatos de reabilitação, atenção a pessoas com
necessidades especiais, e outras especialidades;
II. promoção e prevenção à saúde bucal em todas as faixas etárias mediante a orientação para a escovação e para
limpeza da cavidade bucal dos recém-nascidos após a mamada;
III. a ênfase para as crianças e outros grupos de maior risco; IV. a distribuição trimestral gratuita de escova e creme
dental fluoretado em todas as escolas públicas desde a creche até a oitava série do ensino fundamental;
V. as equipes de saúde bucal, que devem incluir um dentista, um técnico em higiene dental (THD) e um atendente de
consultório dentário (ACD), com trabalho em tempo integral, com isonomia salarial, em conformidade com a Norma
Operacional Básica de Recursos Humanos (NOB-RH/SUS) e realização de concurso público para seleção e
contratação dos profissionais;
VI. a garantia de fornecimento trimestral de kits de higiene bucal para o desenvolvimento de atividades educativas nos
municípios;
VII. a exigência de “escovatórios” próximos aos refeitórios das creches, das escolas de ensino fundamental e nas
unidades básicas
VIII. o fornecimento de orientação alimentar nas creches e escolas, com vistas a uma merenda mais saudável e menos
cariogênica, com recomendação do consumo de alimentos prescritos por nutricionistas e prevenção de doces e
refrigerantes nas cantinas escolares;
IX. a formação de agentes promotores de saúde bucal e educação nutricional nos currículos das 7ª e 8ª séries das
escolas de ensino fundamental para garantir os programas de promoção e prevenção em saúde bucal das crianças na
faixa etária entre 2 e 14 anos;
X. a garantia de aumento do volume de recursos destinados a essas ações e o incentivo financeiro em todas as esferas
de governo destinado às equipes de saúde bucal;
XI. o incentivo à implantação de referência de especialidades definindo no Plano Diretor Regional as responsabilidades
dos gestores que o integram.
Consolidação do SUS
O Sistema Único de Saúde - SUS é uma política pública que acaba de completar uma década e meia de existência.
Nesses poucos anos, foi construído no Brasil, um sólido sistema de saúde que presta bons serviços à população
brasileira.
Ao longo de sua história houve muitos avanços e também desafios permanentes a superar. Isso tem exigido, dos
gestores do SUS, um movimento constante de mudanças, pela via das reformas incrementais. Contudo, esse modelo
parece ter se esgotado, de um lado, pela dificuldade de imporem-se normas gerais a um país tão grande e desigual; de
outro, pela sua fixação em conteúdos normativos
de caráter técnico-processual, tratados, em geral, com detalhamento excessivo e enorme complexidade.
Estas prioridades são expressas em objetivos e metas no Termo de Compromisso de Gestão e estão detalhadas no
documento Diretrizes Operacionais do Pacto pela Saúde 2006
O Pacto pela Vida está constituído por um conjunto de compromissos sanitários, expressos em objetivos de processos
e resultados e derivados da análise da situação de saúde do País e das prioridades definidas pelos governos federal,
estaduais e municipais. Significa uma ação prioritária no campo da saúde que deverá ser executada com foco em
resultados e com a explicitação inequívoca dos compromissos orçamentários e financeiros para o alcance desses
resultados.
SAÚDE DO IDOSO:
Implantar a Política Nacional de Saúde da Pessoa Idosa, buscando a atenção integral.
PROMOÇÃO DA SAÚDE:
Elaborar e implantar a Política Nacional de Promoção da Saúde, com ênfase na adoção de hábitos saudáveis por parte
da população brasileira, de forma a internalizar a responsabilidade individual da prática de atividade física regula,r
alimentação saudável e combate ao tabagismo.
O Pacto em Defesa do SUS envolve ações concretas e articuladas pelas três instâncias federativas no sentido de
reforçar o SUS como política de Estado mais do que política de governos; e de defender, vigorosamente, os princípios
basilares dessa política pública, inscritos na Constituição Federal.
A concretização desse Pacto passa por um movimento de repolitização da saúde, com uma clara estratégia de
mobilização social envolvendo o conjunto da sociedade brasileira, extrapolando os limites do setor e vinculada ao
processo de instituição da saúde como direito de cidadania, tendo o financiamento público da saúde como um dos
pontos centrais.
Mostrar a saúde como direito de cidadania e o SUS como sistema público universal garantidor desses direitos;
Alcançar, no curto prazo, a regulamentação da Emenda Constitucional nº 29, pelo Congresso Nacional;
Garantir, no longo prazo, o incremento dos recursos orçamentários e financeiros para a saúde.
Aprovar o orçamento do SUS, composto pelos orçamentos das três esferas de gestão, explicitando o compromisso de
cada uma delas.
Aprova a Política Nacional de Atenção Básica, estabelecendo a revisão de diretrizes e normas para a organização da
Atenção Básica para o Programa Saúde da Família (PSF) e o Programa Agentes Comunitários de Saúde (PACS).
• A Atenção Básica caracteriza-se por um conjunto de ações de saúde, no âmbito individual e coletivo, que
abrangem a promoção e a proteção da saúde, a prevenção de agravos, o diagnóstico, o tratamento, a reabilitação e a
manutenção da saúde. É desenvolvida por meio do exercício de práticas gerenciais e sanitárias democráticas e
participativas, sob forma de trabalho em equipe, dirigidas a populações de territórios bem delimitados, pelas quais
assume a responsabilidade sanitária, considerando a dinamicidade existente no território em que vivem essas
populações. Utiliza tecnologias de elevada complexidade e baixa densidade, que devem resolver os problemas de
saúde de maior freqüência e relevância em seu território. É o contato preferencial dos usuários com os sistemas de
saúde.
ORGANIZAÇÃO DE SERVIÇOS
Definição:
Estabelece o nível de gerenciamento de um país, através de suas instituições para poder fornecer atendimento da
população dentro do contexto de seguridade social.
Como funciona:
No Brasil está estruturado dentro de iniciativas institucionais governamentais, privadas, particulares e públicas.
•Organização Pública
•Organização Privada:
–com fins lucrativos
–sem fins lucrativos
•Organização Privatizada: deve-se tomar o cuidado de entender a privatização como sendo um fenômeno que permite
considerar a passagem da instituição, em nível gerencial de governamental para privado com diferentes tipos de
privatização ( diferentes proporções).
•Organização não governamental
ORGANIZAÇÃO DO TRABALHO
Caracteriza-se por uma forma de organização administrativa que visa o aumento de produtividade ns serviços públicos
sem perder a qualidade e garantindo a relação custo-benefício.
CONCEITOS:
–PRODUTIVIDADE: relação entre o produto final produzido e o tempo.
–RENDIMENTO: quanto mais rápido o produto for produzido, obviamente mantendo a qualidade da linh de produção,
melhor o rendimento.
–RENTABILIDADE : assim como a EFICIÊNCIA, está ligado ao custo.
–INSTRUMENTO: conjunto de recursos necessários para a execução do produto
–CONCENTRAÇÃO: são as repetições involuntárias dentro da linha de produção. Encarecem o produto final. Em
Odontologia define a Hora Clínica.
•AVALIAÇÃO DE PRODUTIVIDADE
COMPARAÇÃO DE RESULTADOS
COMPARAÇÃO DE CONSULTÓRIOS
ORGANIZAÇÃO DO PAGAMENTO
Definição: estabelece como as instituições e os profissionais de saúde devem entender o processo de financiamento
da saúde bucal dentro do contexto de saúde pública ou privada.
Deve-se discutir e entender algumas formas que auxiliam na Organização do pagamento, principalmente considerando
o modelo tradicional liberal de produção de serviços.
•Cartão de crédito
•Notas promissórias
•Recibo
•Cheque de terceiros
•Juros
Deve-se entender como se atinge o nível justo de remuneração calculado através doconhecimento de algumas
variáveis, entre elas:
•Custos Fixos: é o custo que o gerente do serviço (administrador) deve arcar independente de apórtice financeiro. Por
exemplo:taxas, recursos humanos, taxas administrativas, etc.
•Custos Variáveis: : é o custo que o gerente do serviço (administrador) deve arcar quando realiza algum gasto que
não está inserido dentro da rotina frequente do serviço. Por exemplo:taxa de manutenção de equipamentos, materiais
de consumo, etc.
•Custo Direto: está ligado diretamente ao produto final produzido.
•Custo Indireto: não está ligado diretamente ao produto final produzido.
RECURSOS HUMANOS
É importante o conhecimento das etapas de desenvolvimento profissional para poder entender quando o recurso
humano, principalmente o recurso auxiliar, se enquadra:
Ocupação indiferenciada; Ocupação diferenciada; Inicialização profissional; Intermediária e Avançada.
- PESSOAL PROFISSIONAL
- PESSOAL AUXILIAR:
• THD
• AUXILIAR DE HIGIENE.
ATENÇÃO:
THD REALIZA ATIVIDADE REVERSÍVEL
•FASES:
–Planejamento
–Elaboração
–Execução
–Avaliação de programas
Para cada fase é importante que o gerente envovido com o programa considere:
•Definição De Recursos: consideram-se os recursos disponíveis e os necessários sob o ponto de vista táico diretivo.
• Elaboração De Programas: é a fase em que o programa sai de um contexto normativo e passa a ser
perpetuado dentro de considerações em busca de parcerias e participações anteriores à execuão propriamente
dita.
• Diretrizes Básicas
Integração institucional: cada instituição mantém a sua independência e orçamento, porém a influência do Nível Federal
prevalece.
Regionalização: estratificar ações da periferia urbana e zona rural até os centros populacionais mais densos.
Estabelece incentivo financeiro para a reorganização da atenção à saúde bucal prestada nos municípios por meio do
Programa de Saúde da Família, em vigor desde 01/01/01.
Art.1- Cria o incentivo de Saúde Bucal para o financiamento de ações e da inserção de profissionais de saúde bucal no
PSF.(trabalho de campo e de núcleo)
Art.4.
I- Cada equipe de saúde bucal deverá atender, em média, 6900 habitantes;
II- Para cada equipe de saúde bucal a ser implantada, deverão estar implantadas duas equipes de saúde da família;
(atenção hoje esta proporção é de 1:1)
III- Para municípios com menos de 6900 habitantes, poderá ser implantada uma equipe de saúde bucal com uma ou
duas equipes de saúde da família implantadas.
Os municípios estabelecerão as formas de inserção das equipes e das ações de saúde bucal junto ao PSF,
considerando a atual capacidade instalada de equipamentos de Odontologia e as modalidades inovadoras da
reorganização da atenção à saúde bucal.
Bibliografia de apoio:
O conceito de promoção de saúde na construção de sistemas de atenção em saúde bucal coletiva-Samuel Jorge
Moysés in ABOPREV: Promoção de Saúde Bucal (coord. Léo Kriger); Artes Médicas 2ª ed. 1999.
Plano de Reorganização das Ações de Saúde Bucal na Atenção Básica, contido na Portaria Nº267, de 06/03/01
Estratégias. O mesmo Plano estabelece as seguintes estratégias ou condições para alcançar estes objetivos:
• Modalidades de equipes: A inclusão dos profissionais de saúde bucal nas equipes de saúde da família (ESF)
segue duas modalidades: Modalidade I, com um cirurgião dentista (CD) e um atendente de consultório dentário (ACD);
e Modalidade II, que além do CD e do ACD, possui um técnico em higiene dental (THD), todos com carga horária de
trabalho de 40 horas semanais.
• Parâmetros de cobertura: Cada Equipe de Saúde Bucal (ESB) deverá atender, em média, 6.900 habitantes. Isto
significa ESB uma para cada duas ESF, exceto em municípios com 6.900 habitantes, onde a relação pode ser de 1:1.
Instalações: A adequação de espaços para a estruturação dos serviços odontológicos deve levar em conta as
instalações já existentes e as iniciativas locais de organização dos serviços, desde que atendam os critérios de
referência territorial e a facilidade do acesso da população.
• Ações: As ESF executarão integralmente, no âmbito da atenção básica, ações de promoção e de prevenção de
saúde bucal em sua área adscrita, planejadas e desenvolvidas de forma interdisciplinar e segundo os critérios de
territorialização estipulados.
• Atribuições dos profissionais: Todos os membros da ESB possuem atribuições comuns e específicas.
• Referência: As ações especializadas de saúde bucal devem ser referenciadas no próprio território municipal ou
no município sede, conforme o Plano Diretor de Regionalização do SUS.
• Sistema de Informação: O registro das atividades de saúde bucal será feito no Sistema de Informação da
Atenção Básica (SIAB), utilizando instrumento próprio, para fins de planejamento, monitoramento e avaliação das
equipes.
•A implementação do PACS é considerada uma estratégia transitória para o estabelecimento de vínculos entre os
serviços de saúde e a população.
•Fica responsável pelo acompanhamento de aproximadamente 150 famílias que vivem no seu território de atuação.
•É necessariamente um morador da localidade onde trabalha e, por isso, está totalmente identificado com a sua
comunidade, com seus valores, seus costumes e sua linguagem.
• Sua capacidade de liderança se converte em ações que melhoram a condição de vida da e de saúde da comunidade.
•Nas áreas onde o PSF não foi implantado, os Agentes Comunitários estão vinculados às unidades básicas tradicionais
e são capacitados e supervisionados por enfermeiros para o desenvolvimento de ações de prevenção de doenças e
promoção de saúde.
•Segundo, M.S., em outubro de 2002 o país possuía 140 mil Agentes Comunitários de Saúde, localizados em 4 mil
municípios do país, atendendo 80 milhões de pessoas aproximadamente.
Elaboração do PSF
Na segunda metade da década de 90, a política de saúde no Brasil apresentou uma importante e significativa mudança.
Após vários anos privilegiando a atenção hospitalar e a busca de instrumentos orçamentários e mecanismos financeiros
que viabilizassem o pagamento de serviços prestados por hospitais contratados pelo SUS, a Atenção Básica passou a
ser área de concentração de esforços, programas e investimentos, com a criação de incentivos financeiros federais
calculados e transferidos em base per capita.
A partir de setembro de1988, o programa abandonou o caráter emergencial, adquirindo características de extensão de
cobertura e de interiorização das ações de saúde. Os agentes comunitários de saúde passaram a atuar em 45
municípios do interior do estado, para “melhorar a capacidade da comunidade de cuidar de sua própria saúde” por meio
de visitas domiciliares regulares às famílias, sendo cada agente comunitário de saúde (ACS) responsável por 50 a 100
famílias na área rural e por 150 a 250 famílias nas áreas urbanas.
Em 1991, a experiência bem-sucedida do Ceará estimulou o Ministério da Saúde a propor o Programa Nacional de
Agentes Comunitários de Saúde (PNAS), vinculado à Fundação Nacional de Saúde (Funasa), implantado, inicialmente,
na Região Nordeste e, em seguida, na Região Norte, e “formulado tendo como objetivo central contribuir para a redução
da mortalidade infantil e mortalidade materna” (VIANA e DAL POZ, 1998, p. 19).
Com o PACS, começou-se a enfocar a família como unidade de ação programática de saúde e não o indivíduo, e foi
introduzida a noção de área de cobertura (por família)
Outras experiências como o Programa Médico de Família, desenvolvido a partir de 1992 em Niterói (RJ), influenciaram
a decisão do Ministério da Saúde, em 1993, de criar o
Programa Saúde da Família (PSF).
Nesse período, o PSF não representava uma proposta de substituição do PACS e sua implantação privilegiava áreas
de maior risco social – inicialmente, população residente nas localidades delimitadas no Mapa da Fome do IPEA e,
posteriormente, municípios inseridos no Programa Comunidade Solidária ou no Programa de Redução da Mortalidade
Infantil.
Em janeiro de 1996, o PSF passou a ser remunerado pela tabela de procedimentos do SIA/SUS, porém de forma
diferenciada: “a consulta do PSF equivalia ao dobro da consulta do SUS. Nos documentos de 1997 e 1998, o PSF foi
apresentado como proposta de reorientação do modelo assistencial a partir da Atenção Básica, em conformidade com
os princípios do Sistema Único de Saúde (SUS).
Portaria Ministerial, de dezembro de 1997, estabeleceu, no Plano de Metas do Ministério da Saúde, prioridade para o
PACS e PSF e aprovou normas e diretrizes dos programas.
Em 1998, com a implantação da Norma Operacional Básica do Sistema Único de Saúde – 1996 (NOB-SUS 96),que
estabeleceu o Piso de Atenção Básica (PAB), os programas ganharam novo impulso.
O PAB fixo– recursos per capita/ano para a Atenção Básica – inaugurou a modalidade de transferência, de forma
regular e automática, de recursos do Fundo Nacional de Saúde para os Fundos Municipais de Saúde, possibilitando
maior autonomia na gestão municipal e maior responsabilização do dirigente municipal com o atendimento à saúde dos
munícipes.
Em dezembro de 1998, o PSF estava implantado em 1.219 municípios de 24 estados (ausente apenas em Roraima,
Amapá e Distrito Federal), e contava com 3.119 equipes de Saúde da Família (ESF).
Em dezembro de 1999, o PSF estava implantado em 1.870 municípios nas 27 unidades federadas. No entanto, ao
longo de 1999, o Ministério da Saúde diagnosticou que o sucesso da implantação do PSF em grande número de
municípios encobria a baixa cobertura de suas populações.
O Ministério da Saúde, a partir de novembro de 1999, reajustou os valores dos repasses e introduziu uma nova
modalidade para o cálculo dos incentivos financeiros do PAB variável referente ao PSF, remunerando melhor os
municípios com maior cobertura populacional das ESF.
Em maio de 2000, os municípios com cobertura de, no mínimo, 70% de sua população haviam crescido em 42%. Em
dezembro do mesmo ano, o PSF existia em 3.090 municípios e estavam constituídas 10.473 ESF, com uma cobertura
de 22% da população brasileira, e 145.299 agentes comunitários de saúde atuavam em 4.610 municípios, envolvendo
cerca de 51% da população do País.
Em 1998, foi estruturado o Sistema de Informações da Atenção Básica (Siab) para acompanhar a implementação e
monitorar os resultados do PSF. O sistema é utilizado para coletar dados e orientar a avaliação e supervisão das
atividades desenvolvidas.
Dentre as informações do Siab são selecionados indicadores e marcadores de acompanhamento que possibilitam
avaliar a produção e o desempenho das equipes, observando-se as prioridades de intervenção.
A Saúde da Família, desenhada inicialmente como um programa, passou a ser considerada pelo Ministério da Saúde
como uma estratégia estruturante dos sistemas municipais de Saúde, visando à reorientação do modelo de atenção e a
uma nova dinâmica da organização dos serviços e ações de saúde. Tem como objetivo substituir ou converter o modelo
tradicional de assistência à saúde, historicamente caracterizado como atendimento da demanda espontânea,
eminentemente curativo, hospitalocêntrico, de alto custo, sem instituir redes hierarquizadas por complexidade, com
baixa resolutividade e, no qual, a equipe de saúde não estabelece vínculos de cooperação e co-responsabilidade com a
comunidade.
Recomenda- se que cada ESF assista de 600 a 1.000 famílias, o que corresponde de 2.400 a 4.500 habitantes (limite
máximo) e que cada agente comunitário de saúde da equipe acompanhe, aproximadamente, de 200 a 250 famílias,
dependendo da densidade populacional e da facilidade de acesso à USF, responsabilizando-se por uma microárea
onde residem de 440 a 750 pessoas.
Atenção Básica foi definida, em documento do Ministério da Saúde (1999), como “um conjunto de ações, de caráter
individual ou coletivo, situadas no primeiro nível de atenção dos sistemas de Saúde, voltadas para a promoção da
saúde, a prevenção dos agravos, o tratamento e a reabilitação”.
Parece ser consensual que o PSF não encontra dificuldades de implementação em municípios de pequeno porte, com
pequena ou nenhuma capacidade instalada, que não dispõem, portanto, de uma rede consolidada de assistência. No
entanto, das avaliações realizadas, bem como da percepção advinda do acompanhamento rotineiro do PSF, foram
detectados três grandes grupos de problemas para a sua implementação: os relacionados à dificuldade de substituir o
modelo e a rede tradicional de atenção à saúde, proposta denominada pelo Ministério da Saúde como de conversão de
modelo; aspectos afetos à inserção e desenvolvimento de recursos humanos; e o monitoramento efetivo do processo e
resultados do PSF, incluindo os instrumentos e estratégias de sua avaliação.
É uma evolução do Saúde da Família, pois se trata de uma estratégia exclusiva odontológica, formada por equipes de
CD, ACD e/ou THD, com ênfase em atendimento de atenção primária, definindo referência e contra-referência e
estabelecendo, conforme as necessidades epidemiológicas, atendimento protético realizado nas unidades básicas de
saúde. A fluoretação compulsória tem destaque nessa estratégia.
Queremos um SUS humanizado. Entendemos que essa tarefa nos convoca a todos: gestores, trabalhadores e usuários.
Queremos um SUS - em todas as suas instâncias, programas e projetos - comprometido com a humanização.
Valorização dos diferentes sujeitos implicados no processo de produção de saúde: usuários, trabalhadores e gestores;
Mudança nos modelos de atenção e gestão dos processos de trabalho tendo como foco as necessidades dos cidadãos
e a produção de saúde;
O pacto entre os diferentes níveis de gestão do SUS (federal, estadual e municipal), entre as diferentes instâncias de
efetivação das políticas públicas de saúde (instâncias da gestão e da atenção), assim como entre gestores,
trabalhadores e usuários desta rede;
O resgate dos fundamentos básicos que norteiam as práticas de saúde no SUS, reconhecendo os gestores,
trabalhadores e usuários como sujeitos ativos e protagonistas das ações de saúde;
Valorização da dimensão subjetiva e social em todas as práticas de atenção e gestão no SUS, fortalecendo o
compromisso com os direitos do cidadão, destacando-se o respeito às questões de gênero, etnia, raça, orientação
sexual e às populações específicas (índios, quilombolas, ribeirinhos, assentados, etc.);
Fortalecimento do controle social com caráter participativo em todas as instâncias gestoras do SUS;
Compromisso com a democratização das relações de trabalho e valorização dos profissionais de saúde, estimulando
processos de educação permanente.
O Brasil Sorridente é um programa que engloba diversas ações do Ministério da Saúde e busca melhorar as condições
de saúde bucal da população brasileira. Serão investidos aproximadamente R$ 1,3 bilhão até o final de 2006.
Além do atendimento básico, pelo Brasil Sorridente a população passa a ter acesso também a tratamentos
especializados, como canal, doenças da gengiva, cirurgias odontológicas, câncer bucal em estágio mais avançado,
endodontia e ortodontia. Isso será possível com a construção de Centros de Referência. Antes do Brasil Sorridente
apenas 3.3% dos tratamentos especializados eram feitos pelo Sistema Único de Saúde. Dois desses centros já estão
em funcionamento: um em Sobral (CE) e um em Caruaru (PE). Até o final de 2006, 354 centros de referência serão
inaugurados em todo o País, sendo 100 em 2004.
O município deve ter equipes do Programa de Saúde da Família - PSF e poderá implantar o mesmo número de equipes
de Saúde Bucal - SB. O Ministério da Saúde garante o repasse dos incentivos financeiros na relação de uma equipe de
Saúde Bucal para cada equipe do Saúde da Família, de acordo com a Portaria n° 673/GM de 03 de junho de 2003.
Caso o município não possua equipes do Saúde da Família, ele poderá solicitar sua qualificação e implantação. O
processo é semelhante ao descrito para as equipes de Saúde Bucal. O Ministério da Saúde poderá auxiliar o município
por meio da Coordenação de Gestão da Atenção Básica
Outra frente de atuação preventiva do Brasil Sorridente é a garantia da fluoretação da água em 100% dos municípios
com sistema de abastecimento. Atualmente, 60% das cidades têm o serviço. Onde não há flúor na água a incidência
de cáries é 49% maior. Outra ação do Brasil Sorridente é a orientação e a distribuição de kits como pasta e escovas de
dente pelas equipes da saúde bucal para as famílias mais carentes.
O município que implantar equipes de Saúde Bucal na estratégia Saúde da Família receberá, após o processo de
qualificação do município e implantação das equipes, os seguintes recursos da União:
Incentivo financeiro mensal para custeio das ações de saúde bucal no âmbito do Saúde da Família no valor de R$
1.700,00 por equipe, quando o seu cadastramento for do tipo MODALIDADE 1 (equipe composta de 1 Cirurgião-
Dentista - CD e 1 Auxiliar de Consultório Dentário - ACD) e R$ 2.200,00 por equipe, quando o cadastramento for do tipo
MODALIDADE 2 (equipe composta de 1 Cirurgião-Dentista - CD, 1 Auxiliar de Consultório Dentário - ACD e 1 Técnico
em Higiene Dental - THD);
Incentivo financeiro adicional de R$ 6.000,00 por equipe, transferido em parcela única, destinada à compra de
equipamentos e materiais permanentes clínicos, inclusive os utilizados para a confecção de próteses dentárias;
Conjuntos de insumos odontológicos para cada equipe de Saúde Bucal, contendo: 1.000 escovas de dente, 1.000 tubos
de creme dental, 3 caixas de ionômero de vidro (caixa com 10g pó/8ml líquido), 500 saches de 1g de flúor em pó (para
preparo de solução de bochecho semanal) e 6 tubos de flúor-gel acidulado. Estes conjuntos serão incluídos na
Farmácia Básica do Saúde da Família e distribuídos trimestralmente, sendo enviados diretamente aos municípios, para
a realização de procedimentos clínicos restauradores e preventivos, assim como o trabalho de promoção da saúde
junto à comunidade;
Um equipamento odontológico completo (cadeira, equipo de 3 pontas, unidade auxiliar, mocho e refletor) para cada
equipe de Saúde Bucal (MODALIDADE 2) implantada ou que vier a ser implantada. Este equipo será destinado ao
trabalho clínico do Técnico em Higiene Dental— THD.
Na atenção básica, o objetivo do Ministério da Saúde é implementar 13 mil Equipes de Saúde Bucal. Já existem 11 mil.
Até o fim de 2005 haverá pelo menos 400 Centros de Especialidades implementados. Já estão em funcionamento 168
CEOs e outros 106 receberam recursos do ministério e têm até 90 dias para começar a atender à população.
•IDOSOS
•ADOLESCENTES
•GESTANTES
•PACIENTES ESPECIAIS
•PACIENTES INSTITUCIONALIZADOS
–“Na visão generalista, .....
•Em Saúde Pública
SISTEMA INCREMENTAL
•O QUE É?
•TIPOS: AIMORÉS, RICHMOND E FUNDAÇÃO SESP
•CONCEITOS:
–COBERTURA
–CICLO
–NÍVEL DE APLICAÇÃO
–GRAU DE ATENÇÃO
•PREVALÊNCIA E INCIDÊNCIA
•COMO FUNCIONA SISTEMA DE AIMORÉS?
Apresentaremos um documento que registra muito bem o planejamento e as políticas de aúde contemporâneas, vale
como uma recordação final que sintetizará a apostila.
A construção do Plano Municipal de Saúde de Betim tem como princípio básico ampliar a qualidade do atendimento aos
usuários do sistema, buscando soluções e alternativas que integrem os anseios e reivindicações da população.
Considerando que o município de Betim terá suas ações voltadas para a transformação do modelo de Atenção Básica,
busca-se constituir as Unidades Básicas de Saúde como a porta de entrada preferencial do sistema, acompanhando
permanentemente os cidadãos e organizando o fluxo entre os serviços, visando a promoção, prevenção, recuperação e
reabilitação dos agravos à saúde.
De acordo com a Organização Mundial de Saúde entende-se por saúde o completo bem estar físico, mental e social, e
não apenas a ausência de doenças. Saúde traz hoje para a população em geral a idéia de ausência de doenças e
apenas isso.
O direito à saúde só passou a ser tratado a partir da Constituição Italiana de 1948. A saúde não é mais concebida
apenas como fator de produtividade, mas como um direito do cidadão.
Entretanto, somente com a publicação da Constituição Brasileira de 1988, é que o direito à saúde passa a ser
garantido. Estabeleceu que “a saúde é direito de todos e dever do Estado”, que deve implementar políticas
econômicas e sociais que viabilizem esse direito por meio de ações de promoção, proteção, recuperação e reabilitação
da saúde; enumera “participação da comunidade’ como uma das diretrizes do Sistema Único de Saúde. Por sua vez,
constituições estaduais e leis orgânicas municipais têm estabelecido Conselhos que também objetivam garantir os
legítimos direitos do cidadão, tratando de fiscalizar a atenção administrativa”.
O processo de municipalização teve inicio em 1992, marcado pela assinatura do Termo de Adesão ao SUS, com
repasse pelo INAMPS/MS e SES de 4 Unidades de Saúde; em 1994 o município assume a Gestão Semi-Plena do
Sistema, segundo a Norma Operacional Básica - NOB 01/93, implantando ações de Vigilância Sanitária,
Epidemiológica, Controle e Avaliação e Gerência das Unidades de Saúde.
Em 1998, o município aderiu à Gestão Plena do Sistema Municipal, conforme a NOB-SUS / 96. A redefinição do
financiamento, ampliando a transferência de recursos fundo a fundo e a criação do Piso de Atenção Básica Assistencial
– PAB, mudou a lógica do sistema.
Em 2000 a Emenda Constitucional Nº 29 regulamenta o financiamento do SUS nos níveis Federal, Estadual e Municipal
representando um marco histórico.
A Norma Operacional de Assistência à Saúde – NOAS 01/2002 – possibilita a conciliação da autonomia dos municípios
com necessidade de articulação e integração dos recursos disponíveis, particularmente nos níveis micro-regionais e
regionais. O município classificado como pólo da micro-região Assistencial II implementa através da Secretaria de
Estado da Saúde - SES o Plano Diretor de Regionalização e participa ativamente do processo de elaboração da
Programação Pactuada Integrada – PPI, , sendo referência para 14 cidades perfazendo um total de 524.649 habitantes.
O conceito fundamental na política municipal de saúde e que garantirá a reorientação do modelo de atenção em Betim
nos próximos anos dar-se-á através do Sistema Integrado de Serviços de Saúde, “no lugar certo, de modo certo e
com custo certo”. Muito além do atendimento à demanda que deve ser realizado sempre com muito respeito e
qualidade, o atendimento humanizado será norteado pelo ‘’Acolhimento’’ em todos os projetos, programas e
instâncias da Secretaria Municipal de Saúde.
Para Merhy ( 1997 )‘’ O acolhimento significa a humanização do atendimento, o que pressupõe a garantia de acesso a
todas as pessoas ( acessibilidade universal ). Diz respeito, ainda, à escuta de problemas de saúde do usuário, de forma
qualificada, dando-lhe sempre uma resposta positiva e responsabilizando com a resolução do seu problema. Por
conseqüência, o Acolhimento deve garantir a resolubilidade que é o objetivo final do trabalho em saúde, resolver
efetivamente o problema do usuário. A responsabilização para com o problema de saúde vai além do atendimento
propriamente dito, diz respeito também ao vínculo necessário entre o serviço e a população usuária.’’
Integração entre toda rede de saúde garantindo: Programa de ações preventivas; Ações de promoção à saúde na
atenção básica e média complexidade; Acesso de toda população aos atendimentos e ações de saúde; Vínculo das
unidades com a população;
Avanço do controle social, através de implantação e implementação dos conselhos de saúde locais.
Para garantir a melhoria da Gestão do Acesso e da Qualidade das Ações e Serviços de Saúde, preconizado pela NOAS
01/2002, o Sistema Integrado de Saúde de Betim será operacionalizado por meio de:
Quando a sociedade se organiza visando propor ações, projetos e acompanhar a execução destas propostas, eles
estão efetivando o CONTROLE SOCIAL, que acontece em três instâncias, quais sejam: Município, Estado e Federação.
Temos no município de Betim o Conselho Municipal e os Conselhos Locais de Saúde, que têm acompanhado, avaliado
e fiscalizado visando a melhoria do atendimento aos usuários do Sistema de Saúde.
A participação popular é importante para fazer valer os direitos conquistados e reforçar o projeto de Cidadania.
È através dela que você pode atuar, contribuindo com os rumos que se dá a saúde, na Unidade de seu Bairro e no seu
município. E garantido assim o direito à informação, aos serviços existentes e como utilizá-los.
O Compromisso do Município de Betim é priorizar na prática a Atenção Básica integrando-a com a média e alta
complexidade, consolidando um modelo assistencial voltado para a humanização do atendimento ao usuário, através
da regulação assistencial e de gestão, garantindo o acesso e aumentando a resolutividade das ações de prevenção,
promoção, recuperação e vigilância a saúde.
Acreditamos que a saúde vista como um bem social e de construção coletiva necessita de formas concretas de
financiamento, com alocação proporcional de mais recursos também por parte das esferas estadual e federal para
atenção básica, pilar de sustentação de todo o Sistema Único de Saúde.
Definições:
Saúde
“Estado de completo bem estar físico, mental e social do indivíduo e não apenas ausência de doença”
OMS
“Em seu sentido mais abrangente, a saúde é resultante das condições de alimentação, habitação, educação, renda,
meio-ambiente, trabalho, transporte, emprego, lazer, liberdade, acesso e posse da terra e acesso a serviços de saúde.
É, assim, antes de tudo, o resultado das formas de organização social da produção, as quais podem gerar grandes
desigualdades nos níveis de vida”
8º CNS - Conferência Nacional de Saúde
Saúde Pública
“É a ciência e a arte de promover, proteger e recuperar a saúde, através de medidas de alcance coletivo e de motivação
da população”
Critérios de Sinai
Prioridades
“Prioridade não significa exclusividade e sim ênfase, pressupondo que o grupo ou dano que ficou em posição
secundária vá ser contemplado com um menor volume de recursos ou de tempo e não ser esquecido.”
Vitor Gomes Pinto
Contudo, esta seqüência pode ser modificada até mesmo de maneira radical ao serem consideradas outras faixas
etárias ou agrupamentos humanos que tenham características distintas - Conhecimento da realidade na comunidade.
Cárie
Cárie (sinal)
Doença multifatorial (transmissível) caracterizada por desmineralização das estruturas dentárias
Microbiota específica
Fase inicial
streptococcus mutans
Streptococcus sobrinus
Fase avançada
Lactobacillus
Esmalte dental
Composição:
–inorgânica: 96% sais de cálcio e fósforo
apatita Ca10(PO4)6
hidroxiapatita Ca10(PO4)6(OH)2
–orgânica: 4%, e desta, 90% é representada por água, assim a fração proteica é representada por 0,4%.
História Natural
É o desenvolvimento de uma doença sem que haja interferência externa, no sentido de coibí-la.
Mancha Branca
Cavidade em esmalte
Cavidade em dentina
Contaminação pulpar
Grande perda estrutural, envolvimento do periodonto
Perda do elemento
Prevenção
1º Promoção da Saúde
2º Proteção Específica
3º Diagnóstico Precoce e
Tratamento Imediato
4º Limitação do Dano
5º Reabilitação
3º Relação Paciente-Profissional
5º Ação Individual
Epidemiologia
Epidemia: Surgimento de uma doença infecciosa ou distúrbio que ataca muitas pessoas ao mesmo tempo e na “mesma
área geográfica”.
Dicionário Médico enciclopédico Taber - 17ºed.
Epidemia: É a manifestação, em uma coletividade ou região, de um grupo de casos de alguma enfermidade que excede
claramente a incidência prevista. O número de casos que indica a existência de uma epidemia varia com o agente
infeccioso, o tamanho e as características da população exposta, sua experiência prévia ou falta de exposição à
enfermidade e o local e a época do ano em que ocorre.
Saúde e Cidadania – Glossário
Endemia: É a presença contínua de uma enfermidade ou de um agente infeccioso dentro de uma zona geográfica
determinada; pode também expressar a prevalência usual de uma doença particular numa zona geográfica.
Saúde e Cidadania – Glossário
Endêmico: Doença que ocorre continuamente em determinada população, mas com baixa taxa de mortalidade, como o
Sarampo.
Dicionário Médico enciclopédico Taber - 17ºed.
A própria etimologia da palavra endemia denota este atributo. Endemos, em grego clássico, significa "originário de um
país, indígena", "referente a um país", "encontrado entre os habitantes de um mesmo país".
Dicionário etimológico e circunstanciado de biologia, de J. L. Soares: "doença habitualmente comum entre pessoas de
uma região, cuja incidência se prende à ocorrência de determinados fatores locais".
Pandemia: Epidemia de uma doença que afeta pessoas em muitos países e continentes.
Saúde e Cidadania - Glossário
O conceito moderno de pandemia é o de uma epidemia de grandes proporções, que se espalha a vários países e a
mais de um continente. Exemplo tantas vezes citado é o da chamada "gripe espanhola", que se seguiu à la. Guerra
Mundial, nos anos de 1918-1919, e que causou a morte de cerca de 20 milhões de pessoas em todo o mundo.
Surto: Aumento súbito na incidência de uma doença ou distúrbio, numa área específica.
Dicionário Médico enciclopédico Taber - 17ºed.
Descritivos
A investigação é do tipo descritiva quando é planejada para colher dados sem o propósito de estabelecer alguma
relação entre eles ou responder a uma determinada questão.
Entre os estudos descritivos destaca-se os Levantamentos Epidemiológicos, nesses estudos os dados são colhidos em
um determinado momento.
Analíticos
Estudos analíticos podem ser produzidos a partir de vários estudos descritivos realizados sob as mesmas condições
durante um determinado intervalo de tempo. A comparação de levantamentos epidemiológicos de cárie pode ser um
estudo descritivo, mas pode ser também analítico no qual pode se verificada a influência de certas variáveis no
fenômeno, alimentação, fluoretação, etc...
Fatores Epidemiológicos
• Idade
• Sexo
• Cor da pele / Etnia
• Acesso à informação/educação
• Nível sócio econômico
• Área geográfica
Epidemiologia da Cárie
Idade
Sexo
Povos tradicionalmente com baixos índices, quando expostos à uma dieta industrializada têm os índices elevados.
• Por sí só esse fator não exerce influência sobre a prevalência ou incidência de cárie.
• Poderoso catalizador da inexistência de cuidados de saúde bucal e geral nas comunidades de baixa renda.
Situação geográfica
• Alemanha: 2º guerra
• País / cultura / alimentação
• Brasil: diferenças estatísticas relacionadas ao acesso à informação
Índices de Cárie
“Índice da saúde dental e das cáries com base no número de dentes ou superfícies dentais – índice CPO”
Dicionário Médico Enciclopédico Taber
Tipos de Índice
CPO (ou CPOD)
Dentição permanente
Unidade Dente
Componentes : C P(E + Ei) O
Klein & Palmer 1937
CPOS
Dentição permanente
Unidade Superfície
Componentes : C P(E + Ei) O
Adaptação do CPOD
ceo
Dentição temporária
Unidade dente
Componentes : c ei o
ceos
Dentição temporária
Unidade superfície
Componentes : c ei o
- Fornecem um quadro com informações apuradas das condições de saúde bucal e das necessidades de tratamento de
uma população e podem propiciar condições para controlar as mudanças nos níveis ou padrões da doença.
- Pode-se aferir a média de cárie por pessoa na país e com isto avaliar a eficácia dos programas governamentais de
prevenção em saúde bucal e planejar outras ações.
Calibração:
Para realização de um exame e para que os resultados sejam confiáveis, com frequencia, em levantamentos
epidemiológicos são utilizados recursos para garantir a diminuição de erros e dúvidas que possam surgir no momento
do exame.
Os erros entre examinadores buscam diminuir as dúvidas entre 2 ou mais examinadores envolvidos com o
Levantamento das doenças.
O erro intra examinador visa diminuir o vício de diagnóstico e de conhecimento de um índice que por ventura um
examinador possa ter.
As medidas preventivas básicas disseminadas pela OMS e outros diversos organismos internacionais além das
entidades representativas dos profissionais de odontologia e governos de todo o mundo são:
Características do Flúor
Fonte de obtenção:
Solos, minerais, água e erupções vulcânicas
SISTÊMICO X TÓPICO
SISTÊMICO
INGERIDO ou inalado
(meios naturais)
INGERIDO
(métodos)
TÓPICO
APLICADO SOBRE O DENTE
Métodos Tópicos:
Métodos Preventivos
Flúor Sistêmico
“Um dos mais importantes meios de saúde pública, sendo considerado o método de prevenção de cárie mais efetivo em
termos de abrangência coletiva”
Histórico
1901 - Eager verificou em Nápoles, na Itália as mesmas características de dentes mosqueados em pessoas na região,
geograficamente rica em vulcões.
1928 - Kempf e McKay realizaram estudo em crianças e jovens com idades de 5 a 18 anos após solicitação do Serviço
Publico de Saúde e concluíram haver prevalência muito grande de esmalte mosqueado na região.
1931 - Churchill, analisando quimicamente a água, encontrou concentrações de flúor na ordem de 13,7 ppm,
relacionando esse elemento como agente etiológico das alterações no esmalte.
Tal confirmação ocorreu 10 anos após a mudança de captação de água, portanto em 1938, quando Dean, McKay e
Elvove, ao examinarem as crianças da cidade, costataram a diminuição da prevalência de manchas do esmalte.
1942 - Estudos para buscar qual concentração de flúor na água provocaria manchamento, ao mesmo tempo em que
buscava descobrir concentrações capazesde uma ação preventiva na redução da cárie dentária.
“Estudo das 21 cidades”
1945 - Estudos para descobrir níveis de fluoretação artificial das águas de abastecimento público, estudos em torno de
1ppm.
Fluoretação no Brasil
1953 - Baixo Guandu, no Espirito Santo, experimentando desde esta data até 1967 uma redução de 65,4% de cárie
dentária em crianças de 6 a 12 anos.
Poder Preventivo
Legislação Brasileira
• Lei federal 6050, de 24 de maio de 1974 - Dispõe sobre a fluoretação da água em sistemas públicos de
abastecimento, sendo devidamente regulamentada pelo decreto federal 76872 de 22/12/1975.
• Portaria do Ministério da Saúde 635/Bsb, 26/12/1975, aprova e determina normas e padrões a serem seguidos para
correta fluoretação das águas, concentração, médias de temperaturas anuais e compostos recomendados.
• Portarias do Ministério da Saúde 3313 janeiro de 1998 e 1469 dezembro de 2000, estabelecem os procedimentos e
responsabilidades relativas ao controle e à vigilância da qualidade da água para consumo humano.
Subproduto da industria fertilizante, baixo custo, forma líquida, dosificador simples e barato, manejo altamente facilitado
do material.
• NaSiF6 Fluossilicato de SódioPó, requer espaço para armazenamento, produz soluções corrosivas, requer cuidados no manuseio.
• CaF2 Fluoreto de CálcioPó, aplicação juntamente com sulfato de alumínio, baixo custo, cuidados com poeira e respingos.
• NaF Fluoreto de SódioPó ou cristal, manuseio requer pesagem, mistura e medição, custo alto.
Vantagens
Desvantagens
Água mineral
Atenção!!! Lembrar: é um meio natural! Já tem certa quantidade de flúor na composição, não é adicionado flúor.
Deve mostrar a quantidade de Flúor na embalagem (composição química).
Variação na concentração de flúor.
Fluoretação do Sal
• Ao final de 1990, houve uma tentativa, de adicionar flúor no Sal de cozinha das regiões, Norte, Nordeste e parte da
Centro-Oeste (Portaria 1437 do Ministério da Saúde).• OMS reconhece o método como viável, prático, seguro e
eficiente, porém, em termos nacionais, não ocorreu efetivamente um controle adequado do teor de flúor, somado à
suspensão da água fluoretada em municípios onde aconteceu a tentativa de implantar esse novo sistema.•Em 1992, a
Portaria Ministerial 851, revogou definitivamente a fluoretação de Sal no Brasil.
• Lembrar que a iodatação do sal é obrigatória desde 1953, prevenção do bócio endêmico.
Fluoretação do Leite
• O flúor no leite é incompletamente ionizado, provocando efeitos pós-eruptivos inferiores ao método de fluoretação da
água.
• Direito individual da livre escolha.
• Em alguns países como: Bulgária, China, Reino Unido, Chile, 5mg de flúor são adicionados para cada litro de leite,
sendo que cada criança recebe 200 ml a cada dia letivo.
• Redução do consumo de leite com o crescimento das crianças e diversidade de consumos entre diferentes pessoas.
• Estudos ainda não consistentes, e existem outros métodos mais práticos e mais efetivos.
• Pesquisas na Finlândia.
• Indicado para grupos alto risco de cárie.
• A partir de 1 ppm de flúor há redução do poder desmineralizante da sacarose.
• Estimulo a utilização do açúcar, prejudicial para cárie.
• Estudos da OMS considerando implicações de ordem econômica, política e de saúde geral, sugerem a realização de
mais estudos .
Comprimidos e gotas
• Em documento sobre as “Recomendações sobre o uso de produtos fluoretados no âmbito do SUS/SP em função do
risco de cárie”, encontramos que:
O uso pré-natal de medicamentos fluoretados (ex: complementos vitamínicos) não se justifica por não causar
nenhum benefício. O uso pós-natal, mesmo em regiões sem água fluoretada, não é recomendado em saúde pública se
a população infantil tem acesso a dentifrícios fluoretados. É uma tendência mundial a afirmação de que experiências em
saúde pública com uso pós-natal de soluções e comprimidos diários não têm mostrado resultados positivos. Mesmo do
ponto de vista individual, sua prescrição seria extremamente limitada.
Gomas de mascar
Flúor: O poder preventivo depende, além da concentração de flúor, da sua efetiva liberação durante a mastigação que
deve ser lenta e metódica, do uso regular, ademais de estar condicionado à capacidade de compra e compreensão do
cliente. Necessita cuidados !!! Atenção a super dosagem de flúor, quando já se utilizam outros métodos.
Controle de cárie pode ser realizado em parte mediante a goma de mascar sem açúcar, ação de limpeza e melhora do
fluxo salivar.
Utilizar gomas de mascar sem sacarose, gomas com adoçantes não cariogênicos. Ex: xilitol, sorbitol
Flúor Tópico
• Dentifrício
• Bochecho
• Verniz
• ATFP gel
Dentifrícios
- 1988- foi adicionado flúor no Kolynos Super Branco (hoje- Sorriso). Aproximadamente 50% do mercado de venda.
- 1989- foi fluoretado o Close-up. Aproximadamente 9% de venda.
- Portaria nº22 de 20/12/1989 regulamenta incorporação de flúor nos dentifrícios (sem obrigatoriedade).“flúor solúvel ou
ionizável; mínimo de 1000ppm e máximo 1500ppm. Mínimo de 600ppm após 1 ano e mínimo de 450ppm no restante da
validade.”
- Portaria SNVS nº71, de 29/05/1996 - que teve alguns anexos revogadas pela Resolução nº79, de 28/08/2000 “não há
obrigatoriedade de os dentifrícios comercializados conterem flúor mas, se tiverem, devem obedecer às recomendações
em relação ao tipo e características do composto de flúor.”
Os dentifrícios também são utilizados nas ações coletivas como veículo para flúor tópico durante a escovação
supervisionada. Esta atividade deve ser realizada no mínimo trimestralmente, em todas as pessoas, seja qual for o
grupo de risco em que estejam incluídas.
“Seu uso diário é um dos maiores responsáveis pela redução dos níveis de cárie dentária, devido à ação tópica do flúor
na cavidade bucal.”
Abrasivo=20-50%
Umectante=20-40%
Água=20-35%
Ligante=1-2%
Detergente =1-3%
Flavolizante=1-2%
Conservante=0,05-0,5%
Preventivo/Terapêuticos=0,4-1%
Anticárie
Antiplaca (antisséptico)
Antitártaro (quelantes)
Antinflamatório
Anti-sensibilidade dentinária
Clareadores dentais
Concentrações de Flúor
sem Flúor
com 500 ppm
com 1100 ppm
com 1500 ppm
Deglutição
Técnicas
Técnica Transversal:
Consiste em, com o tubo do dentifrício em posição perpendicular ao longo eixo da escova, dispensar no centro da ponta
ativa do instrumento, uma quantidade de dentifrício correspondente a metade da sua largura da ponta ativa.
( crianças 5..., adolescentes e adultos)
Técnica da Tampa:
Consiste em, com a bisnaga fechada, pressionar levemente o tubo de modo a que fique retida, na parte interna da
tampa, uma pequena quantidade de pasta. Então abre-se o tubo e pressiona-se a ponta ativa da escova contra a parte
interna da tampa.
( primeiros anos até 4 anos)
N.P.
2º nível: Proteção Específica
N.A.
2º nível: ação governamental restrita
3º nível: profissional/paciente
4º nível: pessoal auxiliar/paciente
5º nível: ação individual
Bochechos
Indicações
Contra - Indicações
Vantagens
Desvantagens
Deglutição
Cuidados:
• 6 e 7 anos = utilizar 5 ml
• maiores de 7 anos = utilizar 10ml
Principais Compostos
N.P.
2º nível: Proteção Específica
N.A.
2º nível: ação governamental restrita
3º nível: profissional/paciente
4º nível: pessoal auxiliar/paciente
5º nível: ação individual
Verniz Fluoretado
Material viscoso e aderente aplicado à superfície dental, onde permanece por algum tempo, promovendo uma liberação
lenta e gradativa de flúor.
Indicações
Poder Preventivo
Composição
Profilaxia;
Lavar e sugar;
Isolamento relativo;
Secagem dos dentes com ar;
Aplicação do verniz (cotonete, pincel ou escovas pequenas);
Gotejar água.
Recomendações:
Vantagens
hipersensibilidade ao produto;
coloração antiestética;
custo.
N.P.
2º nível: Proteção Específica
N.A.
3º nível: profissional/paciente
4º nível: pessoal auxiliar/paciente
ATFP – gel
Indicações
• Prevenção de cárie
• Indivíduos que apresentam grande atividade de cárie
• Dentes em erupção
• Indivíduos que apresentam deficiência salivar
• Pacientes especiais
• Pacientes com aparelhos ortodônticos
• Em Saúde Coletiva, essa indicação deve estar de acordo com o risco/atividade de cárie da população beneficiada.
Principais Compostos
N.P.
2º nível: Proteção Específica
N.A.
3º nível: profissional/paciente
4º nível: pessoal auxiliar/paciente
Técnicas de Aplicação
Técnica de Aplicação
Moldeiras pré-fabricadas ou de cera
- Profilaxia
- Posicionamento do paciente
- Seleção da moldeira
- Preenchimento da moldeira
- Secagem com jato de ar
- Moldeira em posição
- Sugador
- Espera 1 a 4 minutos
- Retira a moldeira
- Paciente deve cuspir todo excesso
Recomendações:
30 minutos sem beber e comer
- Profilaxia
- Posicionamento do paciente
- Isolamento relativo
- Secagem com jato de ar
- Sugador
- Aplicação
- Espera 1 a 4 minutos
- Paciente deve cuspir todo excesso
- Recomendações
Técnica de Aplicação
Técnica da escova (Ações Coletivas)
Neste momento o objetivo é a aplicação de flúor e não a escovação, portanto, quem aplica o flúor é o agente de ação e
NÃO a criança.
Intoxicação Aguda
TOXICIDADE AGUDA
Sangue
Acidose, hipocalcemia, hipomagnesemia, hipercalemia
(NEWBRUN, 1987)
• Cálcio (leite) via oral e observar por algumas horas • Esvaziar o estômago induzindo o vômito
• Induzir vômito, se necessário • Cálcio solúvel (glucamato de cálcio 5%) via
oral
• Observar paciente em ambiente hospitalar
Acima de 15 mg/Kg
Intoxicação Crônica
FLUOROSE DENTÁRIA
Fluorose Dentária: distúrbio de natureza sistêmica devido a ingestão crônica de flúor em excesso durante a formação
dental.
Excesso de flúor durante o período de formação dos dentes
Alteração estrutural do esmalte (hipocalcificação)
Variam de linhas opacas brancas e finas cruzando a superfície dentária até perda de estrutura de esmalte
Severidade depende da dose, duração da exposição, estágio da atividade do ameloblasto, idade do indivíduo e
suscetibilidade individual.
DEAN (0-5)
T-F (0-9)
O flúor do dentifrício é fundamental para o controle da cárie, no entanto há maior risco de fluorose onde a água é
fluoretada, assim recomenda-se:
Documento:
“Recomendações sobre o uso de produtos fluoretados no âmbito do SUS/SP em função do risco de cárie”
Saúde e doença são determinadas por fatores sociais, econômicos e psicológicos. Mais importante é a
incorporação das preocupações com a saúde nas discussões e implementações de políticas públicas baseadas num
modelo socioeconômico, objetivando o desenvolvimento de estilos de vida saudáveis.
Nesse sentido, admite-se que a promoção da saúde bucal é o processo social de produção de condições gerais de
vida e de trabalho favoráveis a um desenvolvimento sadio da boca, compreendida em sua integralidade biológica e
a
social. Portanto, e conforme a 2 Conferência Nacional de Saúde Bucal, (Brasília, 25 a 27 de setembro, 1993) "(...) a
saúde bucal é parte integrante e inseparável da saúde geral do indivíduo e está relacionada diretamente com as
condições de saneamento, alimentação, moradia, trabalho, educação, renda, transporte, lazer, liberdade, acesso e
posse da terra, aos serviços de saúde e à informação".
Nestas “Recomendações” admite-se que, para uma avaliação sumária do risco de cárie, são necessárias
informações adicionais às relacionadas às características biológicas individuais e que, em relação a estas, algumas são
suficientes para caracterizar o risco individual. Esta opção visa apenas à simplificação operacional de procedimentos e
não significa que, com outras finalidades, informações adicionais não sejam necessárias.
Uma das características epidemiológicas da cárie dentária é o fenômeno da polarização. Observa-se que, em
situações de baixa prevalência de cárie dentária, cerca de um quarto da população concentra aproximadamente 75%
das necessidades de tratamento decorrentes de cárie. Esta distribuição não uniforme da doença entre os indivíduos faz
Alguns fatores têm sido identificados nas pesquisas científicas que abordam o risco de cárie dentária. Eles estão
identificados no Quadro 1.
Na possibilidade de investigar aspectos socioculturais e hábitos do indivíduo, estes podem esclarecer a conduta e
a conseqüente condição de saúde bucal encontrada. Isso deve, inclusive, favorecer a orientação para uma mudança
nos hábitos, tentando reverter um quadro desfavorável.
A experiência prévia de cárie é identificada pelos dentes restaurados, cariados e perdidos por cárie.
Quanto à localização da lesão, esta pode indicar uma alta atividade de cárie dentária e com isso, orientar a
conduta terapêutica mais adequada ao paciente, individualmente. No entanto, em ações coletivas, o fato de alguém
apresentar uma lesão de cárie, independentemente de sua localização, já é um indicativo de risco e este deve receber
tratamento.
Tendo em vista a relação existente entre os fatores de risco apresentados no Quadro 1, busca-se uma
classificação clínica que também seja compatível com a operacionalização das ações coletivas em saúde bucal, onde o
exame clínico e a anamnese não são viáveis.
Com base nos fatores de risco expostos no Quadro 1, cada indivíduo pode ser classificado num dos 3 grupos de
risco apresentados no Quadro 2. Deve-se esclarecer que esta proposta da SES-SP é baseada em várias experiências
municipais realizadas no Estado e, certamente, não é a única forma de classificar os indivíduos com relação ao risco de
cárie.
A divisão em grupos (A, B, C, D, E, F) é proposta para facilitar a referência dos indivíduos que necessitem de
tratamento odontológico, segundo suas necessidades mais imediatas, para as Unidades Básicas de Saúde, no caso de
ações coletivas. Naqueles que já estão em tratamento na Unidade de Saúde, essa classificação pode orientar um
agendamento mais propício para cada caso, em que os que apresentam um quadro mais grave devem ser atendidos
com maior freqüência.
A possibilidade de acesso à água de abastecimento público fluoretada deve ser universal. Entretanto, há situações
em que isto não acontece, seja em comunidades rurais ou mesmo em alguns núcleos urbanos. No Quadro 3 são
apresentadas recomendações para exposição dos indivíduos a diferentes combinações de produtos fluorados, segundo
o grupo de risco, considerando-se a condição de acesso à água fluoretada.
A escolha do produto fluorado dependerá, entre outros aspectos, dos recursos disponíveis, da facilidade de
aplicação da técnica e do grupo populacional – alvo da ação programática.
Quadro 3 – Exposição individual a produtos fluorados segundo o grupo de risco e o acesso à água fluoretada.
Nota: Embora esta classificação se refira a indivíduos, sua finalidade é auxiliar na tomada de decisão sobre ações
coletivas. Assim, para facilitar a operacionalização das ações, recomenda-se levar em consideração a situação
epidemiológica em cada local onde a ação coletiva será realizada. Dessa forma, a situação epidemiológica deve ser a
base para a tomada de decisão. Por exemplo: mesmo em indivíduos com acesso à água fluoretada, bochechos
fluorados* (desde que realizados semanalmente, totalizando, no mínimo, 25 aplicações durante um ano) podem estar
indicados quando o valor do Índice CPO-D for maior que 3 aos 12 anos; ou se a proporção de indivíduos de 12 anos
com índice CPO-D igual a zero for menor do que 30%.
A aplicação do flúor pode ser realizada em espaços coletivos ou nas Unidades Básicas de Saúde, de acordo com
o risco apresentado pelo paciente. O Quadro 4 refere-se à freqüência de aplicação dos diferentes produtos fluorados,
considerando-se a condição de acesso à água fluoretada.
Estas recomendações estão baseadas em minuciosa revisão da literatura científica e expressam uma (mas não a
única) possibilidade de consenso sobre o assunto. Dadas as características da produção científica, prevê-se a edição
de novas “Recomendações” no futuro, sendo fundamentais nesse processo dinâmico de aperfeiçoamento, as
contribuições decorrentes das experiências daqueles que estão à frente dos serviços.
O texto de apoio para a elaboração destas Recomendações poderá ser consultado no site www.saude.sp.gov.br
Luta pela garantia do direito universal à saúde e construção de um sistema único e estatal de serviços
a
8 Conferência Nacional de Saúde - 1986
Seção II - Da Saúde
Art. 196. A saúde é direito de todos e dever do Estado, garantido mediante políticas sociais e econômicas que visem à
redução do risco de doença e de outros agravos e ao acesso universal e igualitário às ações e serviços para sua
promoção, proteção e recuperação.
Art. 197. São de relevância pública as ações e serviços de saúde, cabendo ao poder público dispor, nos termos da lei,
sobre sua regulamentação, fiscalização e controle, devendo sua execução ser feita diretamente ou através de terceiros
e, também, por pessoa física ou jurídica de direito privado.
Art. 198. (*) As ações e serviços públicos de saúde integram uma rede regionalizada e hierarquizada e constituem um
sistema único, organizado de acordo com as seguintes diretrizes:
I - descentralização, com direção única em cada esfera de governo;
II - atendimento integral, com prioridade para as atividades preventivas, sem prejuízo dos serviços assistenciais;
III - participação da comunidade.
Parágrafo único. O Sistema Único de Saúde será financiado, nos termos do art. 195, com recursos do orçamento da
seguridade social, da União, dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios, além de outras fontes.
(*) Emenda Constitucional nº 29, de 2000.
Art. 200. Ao Sistema Único de Saúde compete, além de outras atribuições, nos termos da lei:
I - controlar e fiscalizar procedimentos, produtos e substâncias de interesse para a saúde e participar da produção de
Conselhos de Saúde
• Usuários acompanham e fiscalizam a execução da política de saúde e participam da formulação das estratégias do
SUS.
• Participação da comunidade: Garantida a partir da Lei 8142/90
• Instituiu os Conselhos e as Conferências de Saúde como instância de controle social do SUS nas três esferas de
governo.
• 50% da composição das conselhos é formada por representantes de usuários do SUS, 25% por trabalhadores de
saúde e 25% por prestadores e gestores.
• Os conselhos de saúde, nacional, estadual ou municipal têm garantido por lei a paridade entre os usuários do SUS
(50%) e os prestadores de serviços, profissionais de saúde e gestor/governo (50%), independente do número de
conselheiros.
A comunidade, não apenas o governo, deve participar das decisões, propor ações e programas para resolução de seus
problemas de saúde e, principalmente, controlar a qualidade e o modo como está sendo desenvolvida a oferta de
atenção. Deve ainda fiscalizar a aplicação dos recursos públicos destinados à saúde.
Princípios do SUS
Baseado nos preceitos constinucionais, a construção do SUS norteia-se pelos seguintes princípios doutrinários:
• UNIVERSALIDADE
• EQUIDADE
• INTEGRALIDADE
• REGIONALIZAÇÃO ou HIERARQUIZAÇÃO
• DESCENTRALIZAÇÃO ou MUNICIPALIZAÇÃO
• PARTICIPAÇÃO DOS CIDADÃOS
UNIVERSALIDADE
• Todos as pessoas tem direito ao atendimento independentemente de cor, raça, religião, local de moradia, situação de
emprego, renda, etc
• A saúde é direito de cidadania e dever dos governos municipal, estadual e federal
EQUIDADE
• Todo cidadão é igual perante ao SUS e será atendido conforme suas necessidades
• Deve-se considerar que em cada população existem grupos que vivem de forma diferente, os serviços de saúde
devem trabalhar de acordo com cada necessidade.
• O SUS deve tratar desigualmente os desiguais
• As ações devem ser combinadas e voltadas, ao mesmo tempo, para a prevenção e a cura
• O atendimento deve ser feito para a saúde e não somente para a doença
• É preciso garantir acesso as ações de:
- Promoção
- Proteção
- Recuperação
• Promoção:
Envolve ações também em outras áreas, como habitação, meio ambiente, educação.
• Proteção:
Saneamento básico, imunizações, ações coletivas e preventivas, vigilância à saúde e sanitária, etc...
• Recuperação:
Atendimento médico, odontológico, tratamento e reabilitação para os doentes.
REGIONALIZAÇÃO ou HIERARQUIZAÇÃO
DESCENTRALIZAÇÃO
• Redistribuição de responsabilidades pelas ações e serviços de saúde entre os vários níveis de governo
• Quanto mais perto do fato a decisão for tomada, mais chance haverá de acerto
• MUNICIPALIZAÇÃO
• Ao município cabe a maior responsabilidade na implementação das ações de saúde, diretamente voltadas para os
seus cidadãos
• Garantia constitucional de que a população poderá participar do processo de formulação das políticas de saúde e de
controle de sua execução em todos os níveis, desde o federal até o local
• Essa participação deve dar-se nos conselhos de saúde
• Normatização do S.U.S.
• “refletem a intenção do Estado em cumprir a Constituição” (Romano, 1998)
• Detalhamento maior da Lei Orgânica
• NOB 01/91 – pagamento por produção = repasse da verba de acordo com os procedimentos realizados no município
• NOB 01/96:
• Criação do PAB – valor per capita
• Repasse fundo a fundo (Fundo Nacional de Saúde para os Fundos Municipais de Saúde)
• Dois tipos de gestão municipal:
-plena da atenção básica
-plena do sistema
16 a 19 de dezembro de 2000
RELATÓRIO FINAL
Efetivando o SUS:
Acesso, Qualidade e Humanização na Atenção à Saúde, com Controle Social
07 a 11 de dezembro de 2003
Saúde Bucal: Ampliar e assegurar o acesso às ações integrais de saúde bucal em todo o SUS, estendendo-as a todas
as faixas etárias, segundo a recomendação da OMS, incluindo:
I. atendimento básico, prótese, endodontia, tratamentos correlatos de reabilitação, atenção a pessoas com
necessidades especiais, e outras especialidades;
II. promoção e prevenção à saúde bucal em todas as faixas etárias mediante a orientação para a escovação e para
limpeza da cavidade bucal dos recém-nascidos após a mamada;
III. a ênfase para as crianças e outros grupos de maior risco;
IV. a distribuição trimestral gratuita de escova e creme dental fluoretado em todas as escolas públicas desde a creche
até a oitava série do ensino fundamental;
V. as equipes de saúde bucal, que devem incluir um dentista, um técnico em higiene dental (THD) e um atendente de
consultório dentário (ACD), com trabalho em tempo integral, com isonomia salarial, em conformidade com a Norma
Operacional Básica de Recursos Humanos (NOB-RH/SUS) e realização de concurso público para seleção e contratação
dos profissionais;
VI. a garantia de fornecimento trimestral de kits de higiene bucal para o desenvolvimento de atividades educativas nos
municípios;
VII. a exigência de “escovatórios” próximos aos refeitórios das creches, das escolas de ensino fundamental e nas
unidades básicas;
VIII. o fornecimento de orientação alimentar nas creches e escolas, com vistas a uma merenda mais saudável e menos
cariogênica, com recomendação do consumo de alimentos prescritos por nutricionistas e prevenção de doces e
refrigerantes nas cantinas escolares;
IX. a formação de agentes promotores de saúde bucal e educação nutricional nos currículos das 7ª e 8ª séries das
escolas de ensino fundamental para garantir os programas de promoção e prevenção em saúde bucal das crianças na
faixa etária entre 2 e 14 anos;
X. a garantia de aumento do volume de recursos destinados a essas
ações e o incentivo financeiro em todas as esferas de governo destinado às equipes de saúde bucal;
XI. o incentivo à implantação de referência de especialidades definindo no Plano Diretor Regional as responsabilidades
dos gestores que o integram.
14 a 18 de novembro de 2007
“É chegada a hora do momento mais esperado pelos conselheiros de saúde de todo o País, a Conferência Nacional de
Saúde. Após quatro anos da realização da 12ª Conferência Nacional de Saúde, o Conselho Nacional de Saúde (CNS) e
o Poder Executivo irão convocar a 13ª Conferência Nacional para os dias 14 a 18 de novembro de 2007, em Brasília -
DF.”
O tema da Conferência será: Saúde e qualidade de vida: Política de estado e desenvolvimento, esse será o tema da 13ª
Conferência Nacional de Saúde que foi aprovada na reunião ordinária do CNS, nos dia 12 e 13 de fevereiro de 2007.
Em 1991 é lançado o Programa de Agentes Comunitários de Saúde (PACS) – Família como unidade de ação
programática.
Com os bons resultados do PACS, principalmente na redução dos índices de mortalidade infantil, buscou-se uma
ampliação e maior resolutividade das ações e, a partir de 1994, começaram a ser formadas as primeiras equipes de
Saúde da Família.
De acordo com o documento oficial do Ministério da Saúde, no qual estão explicitados os princípios do PSF, a
estratégia de Saúde da Família “reafirma e incorpora os princípios básicos do SUS”.
A base operacional desse novo sistema é a Unidade de Saúde da Família (USF), que tem como princípios:
- Caráter substitutivo
- Integralidade e hierarquização
- Territorialização e adscrição da clientela
- Equipe multiprofissional
Caráter substitutivo:
Não significa a criação de novas estruturas de serviços, exceto em áreas desprovidas, e sim a substituição das
práticas convencionais de assistência por um novo processo de trabalho, cujo eixo está centrado na vigilância à saúde;
Integralidade e hierarquização:
A USF está inserida no primeiro nível de ações e serviços do sistema local de saúde, denominado atenção
básica. Deve estar vinculada à rede de serviços de forma que se garanta atenção integral aos indivíduos e famílias e
seja assegurado a referência e contra-referência para os diversos níveis do sistema, sempre que for requerido maior
complexidade tecnológica para a resolução dos problemas identificados na atenção básica;
Equipe multiprofissional:
A ESF é composta minimamente por 1 médico generalista ou médico de família, 1 enfermeiro, 1 auxiliar em
enfermagem e de 4 a 6 ACS. O número de ACS varia de acordo com o número de pessoas sob a responsabilidade da
equipe – numa proporção média de um agente para 500 pessoas acompanhadas.
A Saúde da Família constitui uma estratégia para a organização e fortalecimento da Atenção Básica como o primeiro
nível de atenção à saúde no SUS
Procura o fortalecimento da atenção por meio da ampliação do acesso, a qualificação e reorientação das práticas de
saúde embasadas na Promoção da Saúde
Conhecer a realidade das famílias pelas quais são responsáveis e identificar os problemas de saúde mais comuns e
situações de risco aos quais a população está exposta;
Executar, de acordo com a qualificação de cada profissional, os procedimentos de vigilância à saúde e de vigilância
epidemiológica, nos diversos ciclos da vida;
Garantir a continuidade do tratamento, pela adequada referência do caso;
Prestar assistência integral, respondendo de forma contínua e racionalizada à demanda, buscando contactos com
indivíduos sadios ou doentes, visando promover a saúde por meio da educação sanitária;
Promover ações intersetoriais e parcerias com organizações formais e informais existentes na comunidade para o
enfrentamento conjunto dos problemas;
Discutir, de forma permanente, junto à equipe e à comunidade, o conceito de cidadania, enfatizando os direitos de
saúde e as bases legais que os legitimam;
Incentivar a formação e/ou participação ativa nos conselhos locais de saúde e no Conselho Municipal de Saúde.
“A noção de consulta é superada por outra ação de maior amplitude, que passa a ser concebida como cuidado, uma
nova atitude frente aos processos de saúde-doença da comunidade”
Saúde da Família
Equipe de Saúde Bucal
•Art.1- Criar o incentivo de Saúde Bucal para o financiamento de ações e da inserção de profissionais de saúde bucal
no PSF.
•Art. 3- Os municípios que se qualificarem às ações receberam incentivo financeiro anual.
• Médico
• Enfermeiro
• Auxiliares de enfermagem
• Agentes comunitários de saúde
• Cirurgião-Dentista
• Auxiliar de consultório dentário e/ou
• Técnico de higiene dental
• I – Realizar diagnóstico com a finalidade de obter o perfil epidemiológico para o planejamento e a programação em
saúde bucal
• II – Realizar os procedimentos clínicos da Atenção Básica em saúde bucal, incluindo atendimento das urgências e
pequenas cirurgias ambulatoriais.
• III – Realizar a atenção integral em saúde bucal (proteção da saúde, prevenção de agravos, diagnóstico, tratamento,
reabilitação e manutenção da saúde) individual e coletiva, a todas as famílias, a indivíduos e a grupos específicos, de
acordo com o planejamento local, com resolubilidade.
• IV – Encaminhar e orientar usuários, quando necessário, a outros níveis de assistência, mantendo sua
responsabilização pelo acompanhamento do usuário e o segmento do tratamento.
• V – Coordenar e participar de ações coletivas voltadas à promoção da saúde e à prevenção de doenças bucais.
• VI – Acompanhar, apoiar e desenvolver atividades referentes à saúde bucal com os demais membros da Equipe
Saúde da Família, buscando aproximar e integrar ações de saúde de forma multidisciplinar.
• VII – Contribuir e participar das atividades de Educação Permanente do THD, ACD e ESF.
• VIII – Realizar supervisão técnica do THD e ACD.
• IX – Participar do gerenciamento dos insumos necessários para o adequado funcionamento da USF.
• I – Realizar a atenção integral em saúde bucal (promoção, prevenção, assistência e reabilitação) individual e coletiva a
todas as famílias, a indivíduos e a grupos específicos, segundo programação e de acordo com suas competências
técnicas e legais.
• II – Coordenar e realizar a manutenção e a conservação dos equipamentos odontológicos.
• III – Acompanhar, apoiar e desenvolver atividades referentes à saúde bucal com os demais membros da Equipe
Saúde da Família, buscando aproximar e integrar ações de saúde de forma multidisciplinar.
• IV – Apoiar as atividades dos ACD e ACS nas ações de prevenção e promoção da saúde bucal.
• V – Participar do gerenciamento dos insumos necessários para o adequado funcionamento da USF.
• I – Realizar ações de promoção e prevenção em saúde bucal para as famílias, grupos e indivíduos, mediante
planejamento local e protocolos de atenção à saúde.
• II – Proceder à desinfecção e à esterilização de materiais e instrumentos utilizados.
• III – Preparar e organizar instrumental e materiais necessários.
• IV – Instrumentalizar e auxiliar o cirurgião dentista e/ou o THD nos procedimentos clínicos.
• V – Cuidar da manutenção e conservação dos equipamentos odontológicos.
• VI – Organizar a agenda clínica.
• VII – Acompanhar, apoiar e desenvolver atividades referentes à saúde bucal com os demais membros da Equipe
Saúde da Família, buscando aproximar e integrar ações de saúde de forma multidisciplinar.
• VIII - Participar do gerenciamento dos insumos necessários para o adequado funcionamento da USF.
Federal
Elaborar as diretrizes da política nacional de atenção básica
Co-financiar o sistema de atenção básica
Ordenar a formação de recursos humanos
Propor mecanismos para a programação, controle, regulação e avaliação da atenção básica
Manter as bases de dados nacionais
Estadual
Acompanhar a implantação e execução das ações de atenção básica em seu território
Regular as relações inter-municipais
Coordenar a execução das políticas de qualificação de recursos humanos em seu território
Co-financiar as ações de atenção básica
Auxiliar na execução das estratégias de avaliação da atenção básica em seu território.
Cárie
Doença Periodontal
Doença Periodontal
Menos de 22% da população adulta e menos de 8% dos idosos apresentam gengivas sadias
• A percentagem de pessoas sem nenhum problema periodontal nas faixas etárias de:
15 a 19 = 46,2%
35 a 44 = 21,9%
65 a 74 = 7,9%
Uma pior condição foi encontrada na Região Sudeste na faixa de 35 a 44 anos e na Região Norte na faixa de 65 a 74
anos.
• Chama atenção o grande número de sextantes excluídos, este fato acaba gerando baixa prevalência de doença
periodontal severa, por exemplo na faixa etária 65 a 74 anos, onde 80% dos sextantes examinados foram excluídos.
Edentulismo
Anormalidades Dentofaciais
• Na idade 5 anos, observa-se que a prevalência de problemas oclusais moderador ou severos foi de 14,5% no Brasil,
variando de um mínimo 5,6% na Região Norte e 19,4% na Região Sul.
• A prevalência da condição oclusal muito severa ou incapacitante foi cerca de 21% nas crianças de 12 anos e cerca de
19% em adolescentes de 15 a 19 anos.
Fluorose
Caracterização Socioeconômica
•A percentagem de pessoas relatando uma situação de saúde bucal péssima, ruim ou regular foi de:
15 a 19 anos = 44,7%
35 a 44 anos = 59,2%
65 a 74 anos = 43,6%
• A dificuldade mastigatória (regular/ruim/péssima) foi:
15 a 19 anos = 22,8%
35 a 44 anos = 43,8%
65 a 74 anos = 47,8%
• A prevalência da dor dentária (pouca/média/alta) nos últimos seis meses foi de 35,7% em adolescentes, 34,8% em
adultos e 22,2% em idosos.
No dia 17 de março de 2004 foi lançado em Sobral, no Ceará, o primeiro programa criado pelo governo federal voltado
para o setor odontológico.
Os Centros de especialidades Odontológicas estão preparados para oferecer à população, no mínimo, os seguintes
serviços:
• Construção de aproximadamente 400 centros odontológicos em municípios estratégicos, que servirão de referência
para as suas regiões.
O tratamento oferecido no CEO é uma continuidade do trabalho realizado pela rede de atenção básica e no caso
dos municípios que estão na Estratégia Saúde da Família, pelas equipes de saúde bucal.
Os profissionais da atenção básica são responsáveis pelo primeiro atendimento ao paciente e pelo
encaminhamento aos centros especializados apenas casos mais complexos.
Para viabilizar a instalação dos CEOs, os incentivos financeiros dependem do tamanho das unidades. Os centros são
organizados conforme três modelos de consultório:
• Tipo I, que possui três cadeiras odontológicas, recebe R$ 40 mil para a aquisição de equipamentos e reforma ou
ampliação. Para a manutenção das atividades, os CEOs Tipo I recebem, mensalmente, um incentivo de R$ 6,6 mil;
• Tipo II possuem, no mínimo, quatro cadeiras odontológicas e recebem até R$ 50 mil. Mensalmente, um incentivo de
R$ 8,8 mil;
• Tipo III apresentam sete ou mais cadeiras e recebem até R$ 80mil reais. Mensalmente, um incentivo de R$ 15 mil.
Fases de um Planejamento
Conhecimento da realidade
Conhecimento epidemiológico
Hierarquização dos problemas
Definição de prioridades
Elaboração
Execução
Avaliação