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Papo sobre música rende. Primeiro, porque todos gostam, embora, “ajustar” o tom seja sempre um desafio. Quem nos
faz rir sobre o tema é o músico e ator brasileiro Dorival Caymmi, cuja paráfrase é: “quem não gosta de ´música´, bom
sujeito não é”.
Segundo, saber o que pensam os músicos, pode render bom “ibope”. Durante a produção de textos noticiosos ouvi
muita coisa. Por isso, resolvi fazer um “pinga-fogo” de trechos selecionados, aberto a participação do público.
O que atrai um repórter é a notícia. De bloco ou smartphone na mão, ele vai atrás da caça, com astúcia e objetividade.
Quando se trata de músicos, a tarefa se agiganta, pois, em sua grande maioria são tímidos, todavia, compenetrados
naquilo que mais gostam de fazer: música.
Contudo, quando ganham a confiança, eles falam, abrem-se, questionam, e nos levam a refletir no poder, encanto e
missão da rainha das artes. Na “roda de papo” de hoje, participam Daniel Salles[1], Eduardo Batista[2], Ariney
Oliveira[3], Gilberto Theiss[4] e Herbert Cleber[5].
Começa o “Pinga-Fogo”
Como moderador, inicio com a primeira pergunta: “É possível organizar um ministério de louvor sem perder a identidade
adventista?
Eduardo Batista: “Sim. A identidade adventista existe por conta da singularidade da mensagem bíblica do santuário, do
sábado e do grande conflito. Dessa forma, a mensagem cantada deve ser contextualizada, sem contudo, perder as
marcas distintivas que a Igreja Adventista prega e defende”.
Gilberto Theiss: “Perfeito. O louvor deve ser intencional porque Deus é o centro da adoração. Intencionalidade atribui
significado e valor, portanto, ter intencionalidade é questão primordial no culto de adoração”
Daniel Salles: “Por isso, o ministro de música deve ter formação acadêmica, com habilidades e competências musicais.
Além disso, é necessário ter conhecimento teológico, domínio da Bíblia e consagração pessoal para que a
intencionalidade seja marcante”.
Moderador: Fala-se em preparo acadêmico. Então, como fazer em igreja de poucos recursos?
Ariney Oliveira: “Nunca se deve dizer `minha igreja é pequena e não tem condições´. Se você pensa assim, ela sempre
será assim. A igreja será aquilo que faço dela”.
Daniel Salles: “Congregações grandes ou pequenas, todas precisam buscar informação. Nas editoras cristãs há livros
que orientam como organizar um ministério de louvor. Existem também na Internet programas que ensinam tocar, reger
e até compor”.
Ariney Oliveira: “A ´Academia de Louvor‘ é isso. Você entra na Internet e clica no programa de treinamento que mais
você necessita. Neste site você treinar toda igreja. É simples e prático”.
Herbert Cleber: “Este assunto é relevante. Treinar diretores, ministros de louvor, regentes e instrumentistas é
importante. Mas a congregação também precisa ser instruída sobre a adoração. A visão de Deus deve impactar a vida
do adorador”.
Gilberto Theiss: “O ato de adorar não termina quando o louvor cessa. Na verdade, o ápice da adoração acontece
quando há entrega plena, quando a Palavra é exposta e quando Deus fala. Assim, o ministério de música organizado,
despojado dos interesses e sob guia do Espírito Santo fará toda diferença e será uma bênção”.
Eduardo Batista: “Já que é “pinga-fogo”, então, os jovens devem (1) escolher com discernimento. (2) Ministrar à
diversidade. (3) Ser intencional com foco na missão. (4) Aconselhar-se com os pastores e líderes. E, finalmente, (5) ter
visão 360 graus sem perder a identidade.
Herbert Cleber: “Ao tocar seu instrumento ou liderar o vocal pense na diversidade. A música é um elemento agregador
dentro da adoração. Por isso, planeje, ore e ministre sob guia do Espírito para alcançar aqueles que ainda não têm uma
experiência com Cristo”.
Gilberto Theiss: “Cito Horton Davies: ´A adoração é a alegre resposta que os cristãos dão ao amor santo e redentor de
Deus[6]´. Desta forma, a adoração, é antes de tudo, um estilo de vida, mais do que um ritual de culto”.