ESTUDO DIRIGIDO

Ênfase Clínica – Clínica em Psicanálise

Freud, S. (1901). O esquecimento de palavras e frases. Em: A psicopatologia da vida

cotidiana (1901). Edição Standard Brasileiras das Obras Psicológicas Completas de
Sigmund Freud. (Imago)
1. Por que esquecemos algumas palavras e frases? Por que alguns nomes, palavras ou frases
escapam da memória por um tempo?
2. Quais complexos podem perturbar a lembrança?
3. O que significa dizer que os nomes evocados - porém descartados - se estruturam como
uma formação de compromisso?

Freud, S. (1917). Os sonhos. Em: Conferências Introdutórias. Edição Standard Brasileiras

das Obras Psicológicas Completas de Sigmund Freud. (Imago) e outras leituras
complementares
4. Qual a diferença entre se tomar um sonho como uma composição pictórica e como uma
composição pictográfica?
5. Descreva como você apresentaria a regra fundamental da psicanálise ao seu paciente?
6. Explique os conceito de: conteúdo manifesto, conteúdo latente, trabalho do sonho, trabalho
de análise, “ponto nodal”, deslocamento e condensação.
7. A partir do que foi discutido em sala de aula, exemplifique que tipos de questões poderiam
ser feitas para a intepretação de um sonho. E quais tipos de pergunta o analista deve
evitar?
8. O que significa dizer que um sonho é um “rébus”? Dê um exemplo de um possível rébus no
sonho.
9. Tente se recordar de algum sonho seu, e proceda sua análise a partir do método freudiano.
Exemplo:

Enquanto estudava sobre a interpretação dos sonhos tive um sonho:

"Estão colhendo minha digital e que minha L.E.R. (Lesão por esforço repetitivo) doía.”
"Colhendo minha digital" recentemente fui fazer meu passaporte na polícia federal. Lá
colheram minha digital. Digital me faz pensar também naquele traço mais característico
que nós temos, que nos diferencia.
"Colhendo" acho curioso ter usado essa palavra e não coletando, me lembra também
colheita, aquela expressão o que se planta se colhe.
"Minha Lesão por esforço repetitivo" eu realmente tenho dores fortes que acredito que
sejam LER. Mas recentemente estava estudando sobre a intepretação do sonho ser uma
operação de leitura de um texto escrito. L.E.R. talvez me remete ao verbo ler. Mas antes de
tudo que essa leitura é minha, apenas eu posso fazer.
"Doía" me remete ao quando difícil é transmistir psicanálise.

Em seguida tente criar uma hipótese de qual o possível desejo realizado neste sonho.
 10. Leia o caso a seguir:
Serafim é engenheiro, é um calculista de concreto. Procura análise com cerca de
sessenta anos de idade, dizendo que está mal na vida porque, mais uma vez, a firma dele
está ruim. Na história de sua firma, houve momentos alternados de crescimento e de
perda. Descobre, na análise, que os momentos ruins se dão quando ele perde o seu sócio e
os momentos de crescimento quando ele refaz uma sociedade. A análise revela que a
sociedade ia bem até um certo ponto, quando o sócio começava a se destacar... aí, ele
desfazia a sociedade... a firma caía... nova sociedade... e assim por diante. No decurso da
análise se revela algo que, para ele, não era evidente: todos os sócios que teve nessas
subidas e descidas eram pessoas da família, normalmente bem mais moços que ele e
também engenheiros.
Um belo dia, ele teve um sonho: estava andando a cavalo, no interior, em uma fazenda
no sertão; no cavalo da frente ia o seu pai, abrindo as picadas no mato fechado. As
associações desse sonho... (insisto, eu estou resumindo) o levam a uma cena de quando ele
tinha treze anos de idade e foi fazer o ginásio na cidade grande - no caso, Recife, pois na
fazenda onde nasceu, só havia escola primária. Quando ele volta para as suas primeiras
férias, o pai, à noite, pergunta-lhe o que ele estava estudando. Então, ele começa a ensinar
para o pai as equações de 1º grau, pois estava feliz de haver começado a estudar
matemática. O pai não consegue entender suas explicações e Serafim relata isso, em
sessão, com bastante angústia e peso - ele não podia continuar falando ao pai, porque
"como eu, garoto, podia estar ensinando alguma coisa para um homem que me tinha
criado e a todos os meus irmãos (que não eram poucos), sabendo apenas as quatro
operações fundamentais: adição, subtração, multiplicação e divisão?
(http://www.jorgeforbes.com.br/arq/Psicanalise%20Alem%20do%20Edipo%20I.pdf)

11. Como você interpretaria o sonho de Serafim? Quais enigmas e respostas podemos
extrair desse sonho a serem elaborados ao longo da análise?

Freud, S. (1901). Atos casuais e sintomáticos. Em: A psicopatologia da vida cotidiana

(1901). Edição Standard Brasileiras das Obras Psicológicas Completas de Sigmund Freud.
(Imago)
12. O que são atos casuais e sintomáticos?
13. Quais intenções secretas podem estar envolvidas no ato de “perder coisas”?
14. A partir de qual material podemos analisar a ação sintomática? Como poderíamos
constatar que nossa intepretação de uma ação sintomática foi eficaz?

Fink, B. (2018). Introdução clínica à psicanálise lacaniana. Editora: Zahar Quinet, A.

(2009). Leitura complementar: As funções das entrevistas preliminares. Em: As 4+1
condições da análise. Editora: Jorge Zahar.

15. O que são as entrevistas preliminares? Quais os seus objetivos?

16. Quais situações/momentos uma intervenção como a escansão ou o corte da sessão
pode ser recomendável?
17. No que consiste a interpretação como pontuação?
18. No que consiste a operação da retificação subjetiva que buscamos no início do
tratamento?
19. A partir do texto, como poderíamos definir o conceito de “Desejo do analista”?