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FACULDADE UNIME DE CIÊNCIAS EXATAS E TECNOLÓGICAS (FTC).

ENGENHARIA ELÉTRICA.

TAÍS SALUSTIANA.

EQUAÇÃO DIFERENCIAL ORDINÁRIA (EDO)


ATIVIDADE DISCURSIVA.

LAURO DE FREITAS - BA
2023
FACULDADE UNIME DE CIÊNCIAS EXATAS E TECNOLÓGICAS (FTC).
Curso: Engenharia Elétrica.
Discente: Taís Salustiana dos Santos.
Disciplina: Cálculo Diferencial e Integral III.
INTRODUÇÃO

Este documento possui como finalidade demonstrar de forma prática a atribuição de uma
Equação Diferencial Ordinária (EDO) na sociedade, visando a agilidade e simplificação na
resolução de problemas aplicando o método de solução da EDO. Sob essa ótica, sabemos que
este tipo de função é muito utilizada no ramo da engenharia, porém pode ter diversas
aplicações em situações rotineiras, do qual não é explorado e praticado. Acerca dessa lógica,
será demonstrado de maneira análoga ao cotidiano como a EDO pode ser utilizada na
sociedade.

O QUE É UMA EQUAÇÃO DIFERENCIAL ORDINÁRIA?

EDO é uma abreviação de Equação Diferencial Ordinária. É uma equação matemática


envolvendo uma função desconhecida e suas derivadas em relação a uma variável
independente. Essas equações são postas para descrever fenômenos físicos, químicos,
biológicos e outros que envolvem taxas de variação. As EDOs são fundamentais para
modelagem e solução de problemas e são amplamente utilizadas em vários campos da ciência
e da engenharia.

ORDEM E GRAU DE UMA EQUAÇÃO DIFERENCIAL ORDINÁRIA:

Determinamos a ordem de uma equação diferencial como a derivada de maior ordem que
aparece na equação. Chamamos de grau de uma equação diferencial o valor do expoente para
a derivada de maior valor.

Exemplo: y” + 3y’ + 6y = sin(x) que têm ordem 2 e grau 1.

Exemplo: M(x, y)dx + N(x, y)dy = 0 com ordem 1 e grau 1.


SOLUÇÃO DE UMA EQUAÇÃO DIFERENCIAL ORDINÁRIA:

Encontrar uma solução para uma equação diferencial é achar uma função que satisfaz
identicamente a equação.Sendo que uma equação diferencial admite uma solução geral ou
soluções particulares.

Exemplo: y(x) = e −x é uma solução particular de y’ + y = 0 e y(x) = Cex é a solução geral de


y’ + y = 0.

Exemplo: y(x) = sin(x) é uma solução particular de y”+y = 0 e y(x) = Asin(x)+Bcos(x) = 0 é


a solução geral de y” + y = 0.

EXEMPLO DE UMA EDO SENDO APLICADA NO DIA A DIA:

Em muitas situações, o atual sistema financeiro utiliza o regime de juros compostos, pois ele
oferece uma maior rentabilidade se comparado ao regime de juros simples. As modalidades
de investimentos e financiamentos são calculadas de acordo com esse sistema, portanto é de
grande utilidade estudá-lo. Aplicações financeiras baseadas em juros compostos podem ser
modeladas por uma equação diferencial.

Suponha que uma quantia de dinheiro é depositada em um banco que paga juros a uma taxa r
ao mês. O valor S(t) do investimento em qualquer instante t depende tanto da frequência de
capitalização dos juros, ou seja, da periodicidade em que os juros são aplicados, quanto da
taxa de juros. Se supusermos que a capitalização é feita continuamente, pode-se montar um
problema de valor inicial simples que descreve o crescimento do investimento.

A taxa de variação do valor do investimento é dS/ dt . Essa quantidade é igual a taxa segundo
a qual os juros acumulam, que é a taxa de juros r, vezes o valor atual do investimento S(t).
Então obtemos a equação diferencial de primeira ordem que descreve o processo:

dS /dt = rS

Novamente encontramos uma equação diferencial linear ordinária de 1 a ordem.

Supondo que o valor inicial de investimento é S0, encontram-se os valores de S para qualquer
instante de tempo t. Como resultado, obtém-se:
S(t) = S0e rt

Portanto, como mostra a equação, uma conta bancária com juros capitalizados continuamente
cresce exponencialmente! Podemos agora supor que possam existir, além do acúmulo de
juros, depósitos e retiradas ocorrendo a uma taxa constante k. Matematicamente, esses
depósitos e retiradas entram como uma contribuição aditiva na equação:

dS /dt = rS + k

Onde k > 0 representa depósitos e k < 0 retiradas. A solução geral dessa equação é:

S(t) = cert − k /r

Onde c é uma constante arbitrária. Para satisfazer a condição inicial S(0) = S0 :

c = S0 + k/ r

Logo, a solução do problema de valor inicial é:

S(t) = S0e rt + k/ r (e rt − 1)

Onde S0e rt é a parte que representa os juros compostos em si, e k/ r (e rt − 1) é a parte


referente a depósitos ou retiradas a uma taxa k. Dessa forma, simula-se uma situação mais
real, onde há uma flexibilidade para o cliente de um banco, por exemplo, realizar depósitos ou
retirar dinheiro de uma conta poupança.

A Figura mostra como o saldo S varia com o tempo t para os diversos valores de k.
Figura: Capital S em função do tempo t para S0 = 100 e diferentes valores
de k. Azul: k > 0; Verde: k = 0; Vermelho: k < 0.

CONCLUSÃO
Portanto, é notório que até mesmo as equações diferenciais mais simples são
capazes de modelar matematicamente situações cotidianas.

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