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ÍNDICE

INTRODUÇÃO .......................................................................................................................... 2
OBJECTIVOS ............................................................................................................................ 3
Objectivo Geral ....................................................................................................................... 3
Objectivo Espefíficos .............................................................................................................. 3
HIPÓTESE ................................................................................................................................. 4
JUSTIFICATIVAS ..................................................................................................................... 5
FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA ............................................................................................. 6
Teorias demográficas .............................................................................................................. 6
Objetivo das teorias demográficas .......................................................................................... 6
1 A TEORIA MALTHUSIANA ........................................................................................ 7
1.1 As principais críticas relacionadas a teoria malthusiana................................................... 8
1.2 Por que a teoria malthusiana não se concretizou .............................................................. 8
1.3 Características da teoria malthusiana ................................................................................ 9
2. TEORIA NEOMALTHUSIANA ......................................................................................... 10
2.1 Teoria neomalthusiana segundo lucci e outros autores................................................... 11
2.2 Pontos positivos da Teoria Neomalthusiana ................................................................... 11
2.3 Pontos negativos da Teoria Neomalthusiana .................................................................. 11
2.4 Diferenças entre a Teoria Neomalthusiana e a Teoria Malthusiana ............................... 12
3 TEORIA REFORMISTA ...................................................................................................... 14
3.1 Diferenças entre Teoria Neomalthusiana e a Teoria Reformista .................................... 14
3.2 A teoria da transição demográfica .................................................................................. 15
3.3 Quatro diferentes fases indicadas na teoria da transição demográfica ........................... 15
4 TEORIA REFORMISTA ...................................................................................................... 16
5 A TEORIA REFORMISTA FACE AO CRESCIMENTO POPULACIONAL ................... 17
CONCLUSÃO .......................................................................................................................... 20
SUGESTÕES ........................................................................................................................... 21
REFERÊNCIA BIBLIOGRÁFICA .......................................................................................... 22
INTRODUÇÃO

Os estudiosos de todos os tempos têm se dedicado ao problema da população e seus


reflexos, principalmente, na economia e no meio ambiente. Sabe- se que as populações vivem
de acordo com as condições daquele ambiente em termos de alimentação, vestimentas,
habitações e muitos outros elementos sociais e ambientais que a comunidade precisa. Estas
questões têm deixado às autoridades e estudiosos vinculados aos problemas populacionais,
numa ligação direta com a produção de alimentos e infraestrutura para esta população que
cresce continuamente. No intuito de dar respostas a estes problemas, inúmeras teorias foram
elaboradas para tentar explicar o crescimento populacional. Dentre elas, é comum se destacarem
três, que estão profundamente inter-relacionadas: a malthusiana, a neomalthusiana e a
reformista.

Assim, é necessário um maior aprofundamento dos estudos sobre a questão da população.


Nesse sentido, o presente trabalho consiste num estudo sobre as teorias de Malthus e reformista.

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OBJECTIVOS

Objectivo Geral

 Compreender os fundamentos teóricos das prncipais teorias populacionais, e em desta-


que a abordagem malthusiana.

Objectivo Espefíficos

 Dar a entender o porquê Malthus entendia que o crescimento das subsistencia não
acompanha o crescimento populacional

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HIPÓTESE

 Ocrescimento populacional superaria a oferta de alimentos, gerando fome e miséria no


mundo todo.
 Se não houvesse pobreza as pessoas teriam acesso a educação, saúde, higiene, etc.,
o que regularia, naturalmente, o crescimento populacional.

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JUSTIFICATIVAS

A questão populacional é coisa séria e precisa de muito debate e discussão, com a teoria de
Malthus e reformista teremos algumas ideias de como lidar com esse drama.

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FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA

As teorias demográficas têm como principal objetivo a análise da evolução


das populações no decorrer do tempo, identificando os fatores socioeconômicos que interferem
no seu crescimento e quais são os impactos desse processo no meio. As principais são:

 teoria malthusiana;
 teoria neomalthusiana;
 teoria reformista;

Algumas teorias populacionais são bastante pessimistas e alarmistas no que diz respeito à
relação entre crescimento demográfico e a disponibilidade de alimentos e recursos naturais,
como as teorias malthusiana e neomalthusiana. Outras apontam o crescimento como
consequência do subdesenvolvimento, como a teoria reformista. Já a teoria da transição
demográfica prevê a estagnação do crescimento populacional ao fim de diferentes fases de
transformação, o que acontece em momentos distintos nos países.

Teorias demográficas

Têm como objetivo o entendimento da evolução das populações com o passar do tempo.
As dinâmicas das populações são explicadas por diferentes teorias demográficas. Existem
quatro teorias muito discutidas nos estudos populacionais da demografia e aplicadas também
em outras áreas das ciências humanas:

 teoria malthusiana;
 teoria neomalthusiana;
 teoria reformista;
 teoria da transição demográfica.

Na sequência conheceremos as principais características e proposições de cada uma das teorias


demográficas listadas.

Objetivo das teorias demográficas

As teorias demográficas são importantes instrumentos de análise que têm como objetivo
o estudo da evolução das populações no decorrer do tempo mediante a identificação dos fatores
e fenômenos socioeconômicos responsáveis por ocasionar seu crescimento. Para além disso, as
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teorias demográficas visam à análise de como os recursos naturais disponíveis no planeta
Terra e as transformações econômicas se correlacionam com as dinâmicas populacionais,
propondo soluções para potenciais problemas que podem surgir no âmbito dessas relações.

1 A TEORIA MALTHUSIANA

A teoria malthusiana diz que a população cresce continuamente e em ritmo mais acelerado
do que a oferta de alimentos, dinâmica essa que acentuaria a pobreza e a miséria no mundo.
Para conter esse cenário, propunha a adoção de medidas conservadoras no campo dos costumes
para a população mais pobre.

A teoria malthusiana foi publicada, pela primeira vez, no ano de 1798 pelo economista e
clérigo britânico Thomas Malthus (1766-1834), e por isso recebeu esse nome. Ela foi
desenvolvida mediante as observações realizadas por Malthus do crescimento populacional em
curso na Inglaterra, em um contexto de Primeira Revolução Industrial, e também nos Estados
Unidos. É considerada uma teoria bastante pessimista, que relaciona o acelerado e constante
crescimento da população mundial com a escassez de recursos, o desabastecimento e a fome.

De acordo com a teoria malthusiana, a população e a oferta de alimentos crescem em


ritmos desproporcionais. Enquanto a população cresce seguindo uma progressão geométrica (2,
4, 16, 32, 64…), a produção de alimentos se expande em progressão aritmética (2, 4, 6, 8, 10…),
seguindo, portanto, um ritmo mais lento. A teoria malthusiana acredita que a população mundial
dobra a cada período de 25 anos, enquanto não há capacidade da terra de produzir alimentos
em ritmo suficiente para suprir essa demanda.

Além de desconsiderar os progressos técnicos que promoveriam um aumento da


capacidade produtiva dos solos em todo o mundo, bem como os avanços na medicina,
as soluções propostas por Malthus para evitar a miséria generalizada prevista por sua teoria
geraram muitas críticas.

Segundo a teoria malthusiana, mudanças comportamentais, como a abstinência sexual e


o adiamento dos matrimônios, seriam algumas das medidas para conter o crescimento
populacional. No entanto, essas medidas seriam direcionadas principalmente às camadas mais
pobres da população. Algumas das críticas ao malthusianismo surgiram na forma de novas
teorias demográficas, como foi o caso da teoria reformista.

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1.1 As principais críticas relacionadas a teoria malthusiana.

A teoria foi considerada muito pessimista, já que malthus acreditava que a humanidade
estava fadada ao fracasso;

Malthus acreditava também em uma redução do assistencialismo para as populações mais


pobres, e isso foi extremamente criticado por outros pensadores da economia;

Malthus não viu soluções eficientes como a emancipação das mulheres no mercado de
trabalho para a redução da taxa de natalidade.

Por isso, hoje em dia, as contribuições de Malthus tem muito mais respaldo sobre o estudo
da evolução do pensamento social e econômico. A teoria não traz muitas contribuições práticas
para serem utilizadas no mundo atual.

Apesar disso, esse episodio serviu de exemplo para entender que o ser humano tem uma
capacidade incrível de inovar e se adaptar a uma demanda específica.

1.2 Por que a teoria malthusiana não se concretizou

A teoria de Malthus não se concretizou no mundo real, uma vez que suas premissas
estavam erradas na hora de elaborar sua teoria.

De fato: ele analisou as condições de crescimento da população usando um espaço


geográfico limitado e considerando uma população predominantemente rural, atribuindo a
mesma dinâmica para todo o mundo.

Entretanto, este não conseguiu prever que a Revolução Industrial promoveria uma
mudança significativa na produtividade do mercado, que a cada ano torna-se capaz de produzir
mais alimentos de maneira mais eficiente.

Ou seja: com isso, a oferta de alimentos aumentou e não há uma crise mundial de
alimentos, equilibrando a lei da oferta e da demanda. Apesar disso, algumas regiões e países
subdesenvolvidos ainda sofrem com esse tipo de problema.

Além disso, a população não cresceu em progressão geométrica, contrariando as


estimativas de Malthus.

Ainda que, de fato, a população no mundo continue a crescer, o ritmo de crescimento não
foi tão grande e tem, inclusive, diminuído em muitas partes do mundo.
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1.3 Características da teoria malthusiana

O pensamento malthusiano considera que a população mundial cresceria seguindo uma


progressão geométrica enquanto a produção dos alimentos ocorreria apenas em uma progressão
aritmética. Ou seja: a população cresceria de maneira exponencial (por exemplo: de 2 para 4,
de 4 para 8, de 8 para 16…) e os alimentos aumentariam sua produção de maneira apenas linear
(por exemplo: de 2 para 4, de 4 para 6, de 6 para 10…).

Malthus usou como base o elevado crescimento ocorrido na Grã-Bretanha entre 1750 e
1850, quando a população multiplicou-se rapidamente.

Dessa forma, a população iria crescer de uma maneira mais rápida do que seria possível
sustentável, uma vez que não seria possível produzir alimento para tantas pessoas. Sendo assim,
haveria fome no mundo.

Assim, analisando os dados dos Estados Unidos e outras colônias britânicas, sua
estimativa era de que a população dobraria de número a cada 25 anos. Enquanto isso, a produção
de alimentos não conseguiria acompanhar a demanda.

Além disso, vale notar que Malthus via a desigualdade como algo inevitável e que, se
todos fossem prósperos, haveria uma aumento descontrolado na população e consequente
desequilíbrio entre oferta e demanda de alimentos.

Entretanto, foi possível crescer a produção de alimentos graças a novas tecnologias, o que
resultou na criação de riqueza em várias regiões do mundo.

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2. TEORIA NEOMALTHUSIANA

A teoria neomalthusiana demonstra preocupação quanto ao crescimento populacional


acelerado em países subdesenvolvidos e a disponibilidade de recursos naturais. As soluções
propostas incluem a utilização de métodos contraceptivos.

A teoria neomalthusianan foi desenvolvida dois séculos após o advento da teoria


malthusiana, mais precisamente no período posterior ao da Segunda Guerra Mundial (1939-
1945). Essa teoria adota o mesmo tom alarmista do malthusianismo, avaliando que o
crescimento da população mundial em um ritmo acelerado levará ao comprometimento dos
recursos naturais disponíveis no planeta. Isso conduziria a um cenário de desaceleração no
desenvolvimento socioeconômico dos países, à diminuição da renda da população e ao
consequente aumento da pobreza. O neomalthusianismo se baseou no crescimento
populacional ocorrido em países subdesenvolvidos e emergentes a partir da segunda metade do
século XX e que se deu de forma rápida e acelerada. Esse movimento foi observado em nações
da América Latina, inclusive no Brasil, da Ásia e da África. Com um maior número de
habitantes, principalmente jovens, os Estados direcionariam recursos que seriam investidos no
desenvolvimento econômico dos países, como na construção de infraestrutura, para áreas em
que houvesse aumento de demanda, em especial a saúde e a educação.

Diferentemente da teoria malthusiana, no entanto, as soluções propostas pelo


neomalthusianismo se pautam na utilização de métodos contraceptivos e no planejamento
familiar para frear as altas taxas de natalidade nos países subdesenvolvidos e conter o
crescimento populacional, o que evitaria o cenário devastador previsto, mas que acabou não se
concretizando.

Entre as medidas defendidas pelos neomalthusianos para controlar o crescimento


populacional, estavam:

 Abstinência sexual (Malthus);


 Casamento tardio (Malthus);
 Restrição de número de filhos por família (Neomalthusiana);
 Ampla utilização de anticoncepconais (Neomalthusiana).

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2.1 Teoria neomalthusiana segundo lucci e outros autores

A explosão demográfica do século XX foi um fenômeno do mundo subdesenvolvido,


que a partir da década de 1950 passou a registrar elevadas taxas de crescimento demográfico.
Alguns países subdesenvolvidos chegaram a dobrar a sua taxa de crescimento em menos
de três décadas. Foram esses países que mais contribuíram para o crescimento da população
mundial nesse século. Atualmente eles concentram 80% da população do planeta, esse índice
tende a aumentar.

O fenômeno da explosão demográfica assustou o mundo e fez surgirem novas teorias


demográficas. As primeiras associavam o crescimento demográfico à questão do
desenvolvimento e propunham soluções antinatalistas para os problemas econômicos
enfrentados pelos países subdesenvolvidos. Ficaram conhecidas como teorias
neomalthusianas, por serem catastróficas e apontar o controle populacional como única saída.

2.2 Pontos positivos da Teoria Neomalthusiana

A Teoria Neomalthusiana foi uma concepção demográfica bastante difundida na segunda


metade do século XX, mediante o registro do aumento da população mundial. Tal teoria tem
como elemento positivo a preocupação com o suprimento das necessidades da população
mundial, especialmente a garantia de acesso aos meios básicos, como a alimentação.

Essa teoria também teve como função importante o desenvolvimento de novas visões
sobre o panorama demográfico mundial que foram corretamente problematizadas com o avanço
dos estudos populacionais.

2.3 Pontos negativos da Teoria Neomalthusiana

A Teoria Neomalthusiana equivocou-se ao subestimar a capacidade de desenvolvimento


das estruturas produtivas globais. Tal teoria ficou presa em um tom alarmista, de modo
que desconsiderou os progressos da sociedade em campos como a medicina e a agricultura. A
modernização da sociedade, por meio de processos como urbanização e industrialização, gerou
certo controle populacional.

Outro ponto negativo da Teoria Neomalthusiana é a defesa de métodos de controle que


muitas vezes ultrapassam a liberdade individual dos indivíduos. As políticas de filho único, por
exemplo, foram defendidas por parte dos neomalthusianos.
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2.4 Diferenças entre a Teoria Neomalthusiana e a Teoria Malthusiana

A Teoria Malthusiana foi desenvolvida pelo economista inglês Thomas Malthus (1736–
1834). Ele defendia que a população mundial cresceria em progressão geométrica, enquanto a
produção de alimentos cresceria em progressão aritmética.

Portanto, haveria um grande descompasso entre a população mundial e a produção


alimentar, gerando um cenário de desabastecimento. Logo, a Teoria Malthusiana defendia
métodos conservadores para a diminuição do crescimento da população, como a abstinência
sexual, o planejamento familiar e o controle gestacional.

Essa teoria estava muito voltada aos países subdesenvolvidos, que apresentavam um
elevado crescimento da sua população, especialmente após a segunda metade do século XX. A
diminuição da taxa de mortalidade infantil, junto dos avanços em medicina e economia, gerava
o temor de uma possível explosão demográfica em nível mundial.

Já a Teoria Neomalthusiana é entendida como uma releitura da Teoria Malthusiana. Os


neomalthusianos, assim como os malthusianos, adotavam um tom alarmista sobre o
crescimento da população, associando o incremento populacional ao aumento da pobreza. Tal
teoria teve como pano de fundo o registro do aumento da taxa de natalidade mundial após as
duas Grandes Guerras. Os neomalthusianos defendiam medidas menos conservadoras que os
malthusianos, mas ainda assim voltadas para o controle populacional.

Sendo assim, os neomalthusianos defendiam o controle populacional. São métodos


defendidos dentro desse pensamento:

 ampla utilização de métodos contraceptivos;


 adoção do planejamento familiar;
 definição de políticas públicas de controle populacional.

É importante mencionar que o cenário alarmista defendido pelos neomalthusianos não se


concretizou, já que a modernização dos âmbitos econômicos, políticos e sociais culminou em
uma queda agressiva da taxa de natalidade mundial. A entrada das mulheres no mercado de
trabalho e o aumento do custo de vida são fatores que explicam esse cenário. É possível dizer
que a teoria de malthus é válida para os nossos dias!

A teoria populacional malthusiana tem pouco mais de 200 anos em que foi escrita.
Limitações teóricas e empíricas e a própria historia econômica de lá para cá praticamente
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desmoronaram seus principais argumentos. Suas propostas “alternativas” de controle
populacional pode ser vista atualmente como piada, face a extrema liberdade sexual em que
vivemos e as múltiplas maneiras de evitar a concepção.

Além, é claro, do volume de alimentos produzido atualmente, maior que o crescimento


demográfico Entretanto, algumas questões não podem fugir do nosso cotidiano demográfico, e
por incrível que pareça Malthus está mais vivo do que nunca.

Desse modo, mesmo que combatemos o expediente malthusiano da relação equivocada


entre população e alimentos, enfrentamos uma realidade demograficamente explosiva. E a
população mundial não pára de crescer.

Mesmo que tenhamos certeza que vivemos em um mundo abundante em termos de


recursos materias, porém pessimamente distribuídos, a chamada bomba demográfica é uma
certeza, mesmo que as taxas de crescimento sejam cada vez menores, mas o volume
demográfica ainda é considerável (são mais de 80 milhões de nascimentos por ano), e o
problema não seria apenas econômico, mas cultural e principalmente de cunho religioso.

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3 TEORIA REFORMISTA
Os reformistas atribuem aos países ricos ou desenvolvidos a responsabilidade pela intensa
exploração imposta aos países pobres ou subdesenvolvidos, que resultou em um excessivo
crescimento demográfico e pobreza generalizada. Defendem a adoção de reformas
socioeconômicas para superar os graves problemas.

A teoria reformista é a principal teoria crítica ao malthusianismo, e defende que o


crescimento populacional é consequência do subdesenvolvimento e da pobreza, e não suas
causas. As soluções propostas se encontram no campo das políticas públicas para a garantia de
melhorias socioeconômicas.

A teoria reformista é conhecida também como teoria marxista. Trata-se de um dos


principais contrapontos à teoria de Thomas Malthus e surgiu no mesmo contexto histórico da
teoria neomalthusiana, ou seja, na segunda metade do século XX, em um momento de
crescimento populacional nos países subdesenvolvidos.

Os reformistas defendem que o crescimento populacional não é responsável pela pobreza


e pelo menor índice de desenvolvimento dos países. Ao contrário, o crescimento demográfico
é, na verdade, uma das consequências do subdesenvolvimento. Esse aspecto, por sua vez, é
decorrente da própria dinâmica do sistema econômico vigente no mundo, caracterizado pela má
distribuição de renda e pelas desigualdades sociais.

Nesse sentido, países mais pobres que enfrentam escassez de recursos e infraestrutura
tendem a apresentar taxas mais altas de natalidade, decorrentes da baixa escolaridade e do
pouco acesso à informação e também a métodos contraceptivos eficazes, por exemplo. Para
solucionar esse problema, os teóricos reformistas propõem a maior atuação do Estado na
implementação de políticas públicas que atuem no sentido de promover o desenvolvimento
socioeconômico e fornecer melhores condições de vida para sua população, o que acarretaria
em desaceleração do crescimento populacional.

3.1 Diferenças entre Teoria Neomalthusiana e a Teoria Reformista

De forma distinta das teorias Neomalthusiana e Malthusiana, a Teoria Reformista entende


o crescimento populacional como fruto da pobreza da população. Portanto, há uma inversão da
lógica das chamadas teorias demográficas alarmistas, especialmente dos neomalthusianos, uma
vez que a pobreza é vista como a causa do crescimento exacerbado da população.

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A Teoria Reformista é baseada em estudos que apontam que o aumento da qualidade de
vida da população em âmbitos como emprego e renda tem como consequência direta a
diminuição dos índices de natalidade. Portanto, a fim de evitar o crescimento populacional
exacerbado, é necessário desenvolver as sociedades, ou seja, promover políticas públicas de
combate à pobreza, ao desemprego e à desigualdade social.

3.2 A teoria da transição demográfica

Explica que as populações não crescem desenfreadamente, mas sim passam por fases
evolutivas, que culminam na estabilização do crescimento populacional.

A teoria da transição demográfica é hoje uma das principais utilizadas nos estudos
populacionais. Desenvolvida no ano de 1929, pelo demógrafo estadunidense Frank
Notestein (1902-1983), essa teoria identifica que o crescimento populacional não acontece de
forma contínua e constante. Pelo contrário, a evolução de determinada população se dá por
meio de diferentes fases, que passam pela explosão demográfica e chegam até a estagnação do
crescimento.

Essa teoria leva em consideração a forma como a taxa de fecundidade varia na medida
em que há transformações internas no território, como o crescimento econômico e melhorias
nos indicadores de desenvolvimento. Ela surgiu mediante análises feitas a partir da Revolução
Industrial, do século XVIII. Dessa forma, embora seja possível identificar padrões entre países
desenvolvidos, emergentes e subdesenvolvidos, cada caso deve ser analisado em particular.

3.3 Quatro diferentes fases indicadas na teoria da transição demográfica

 Primeira fase: antecipa a transição demográfica; é marcada pelas altas taxas de


natalidade e de mortalidade;
 Segunda fase: a modernização técnica e os avanços científicos na medicina e na saúde
pública proporcionam queda das taxas de mortalidade de uma população, causando um
acelerado crescimento populacional (explosão demográfica);
 Terceira fase: a continuidade do desenvolvimento leva a uma redução gradual das
taxas de natalidade, condicionando a diminuição da taxa de crescimento populacional;
 Quarta fase: a queda das taxas de natalidade e de mortalidade conduz a um cenário de
estabilização do crescimento populacional, que caracteriza a última fase da transição
demográfica;
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4 TEORIA REFORMISTA
A teoria reformista é, de fato, a teoria que mais fez críticas à Teoria Neomalthusiana.
Sendo assim, os reformistas seguiam ideias contrárias às ideias de Malthus.

Por exemplo: para os reformistas, as taxas de natalidade que estavam aumentando eram
fruto do subdesenvolvimento no mundo, e não a sua causa.

Ou seja: segundo a teoria dos reformistas, a pobreza existia porque havia problemas na
educação, saúde e saneamento básico dos países.

Dessa forma, se as políticas públicas para educação, saúde e áreas relacionadas fossem
para frente e passassem a dar resultados, seria possível controlar o crescimento da população
de maneira sustentável.

A tese da teoria reformista colabora com a realidade, uma vez que países que se
desenvolvem vão, com o tempo, diminuindo sua natalidade. Há casos extremos como o do
Japão, inclusive, que sofre de baixíssima natalidade entre seus habitantes.

As conclusões foram retiradas de países desenvolvidos, com elevada população jovem,


e onde as taxas de natalidade caíram de maneira espontânea sem nenhum dos eventos citados
por Malthus. Também nesses países não foram verificados os princípios da teoria
neomalthusiana porque os jovens tinham acesso a emprego e, em consequência, a produção de
alimentos era adequada e suficiente.

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5 A TEORIA REFORMISTA FACE AO CRESCIMENTO POPULACIONAL

Nos países subdesenvolvidos, as taxas de crescimento demográfico começaram a baixar


após a segunda metade do século XX. Nesses países, a redução das taxas de mortalidade se
deveu ao uso das melhorias médico-sanitárias e ao uso de inseticidas que combatem agentes
transmissores de doenças. A urbanização provocou transformações sociais que ajudam a
explicar essa redução dos índices de natalidade, como: o trabalho familiar, o custo da criação
dos filhos, o trabalho da mulher e os métodos anticoncepcionais. Mas, essas mudanças
ocorreram em apenas alguns países (por exemplo, Argentina, Coreia do Sul, Brasil, Chile,
Uruguai, México).

Na maioria das nações africana (por exemplo, Serra Leoa, Nigéria, Quênia) e em algumas
asiáticas (Laos, Nepal, Bangladesh), as taxas de crescimento vegetativo continuaram altas. Já
nos países desenvolvidos, as taxas de natalidade começaram a diminuir a partir do final do
século XIX. Tal fato decorre da melhoria das condições de saneamento básico e a descoberta
de vacinas e antibióticos, as taxas de mortalidade nesses países diminuíram. Mais tarde, os
métodos anticoncepcionais, a urbanização e a participação cada vez maior das mulheres no
mercado de trabalho contribuíram para a redução das taxas de natalidade.

A diminuição do crescimento demográfico nos países desenvolvidos trouxe um problema


que eles tentam resolver: o elevado número de idosos, hoje, representa um aumento dos
encargos para com a previdência social.

É importante enfatizar que nos países desenvolvidos, o crescimento da popula-ção que


não trabalha decorre principalmente do aumento da população idosa, pois as baixas taxas de
fecundidade não têm contribuído para a formação de um grupo etário jovem numeroso.
Enquanto a média mundial de fecundidade da mulher encontra-se em torno de 2,6 filhos, nos
países desenvolvidos é de 1,5 e nos países subdesenvolvidos, de 2,8 filhos. Para que um país
possa manter a sua população em volume constante, é necessário que a taxa seja de
aproximadamente dois filhos para cada mulher.

Esse aumento dos idosos no conjunto total da população é denomina-do envelhecimento


da população. O número de idosos tem aumentado e o de nascimento, diminuído, a ponto de
alguns países desenvolvidos, oferecerem ajuda financeira aos casais que resolvam ter filhos.
Projeções da ONU indicam que o número de pessoas no mundo com mais de 60 anos triplicará,
passando dos atuais 606 milhões para 2 bilhões, na metade do século XXI.
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O número de pessoas com mais de 80 anos subirá de 69 milhões para 379 milhões. A
Itália, que é o primeiro país com maior número de pessoas acima de 60 anos, deverá ser
ultrapassada pela Espanha, em 2050.O aumento da população mundial tem sido frequentemente
responsabilizado pela destruição do meio ambiente. E os países subdesenvolvidos têm sido
responsabilizados por esta problemática, por motivo do acelerado crescimento populacional.
Assim, o controle das taxas de natalidade nesses países passou a ser, para muitas pessoas,
prioritário para um mundo mais sustentável.

Todavia, é importante enfatizar que num mundo em que o consumo tornou--se meta para
a construção da sociedade, e a aspiração e o acesso aos objetos de serviços do mundo moderno
se transformaram em modo de vida, a dilapidação dos recursos naturais têm sido inevitável. O
avanço tecnológico e científico, ao mesmo tempo em que possibilita a popularização do
consumo, torna produtos obsoletos num espaço de tempo cada vez menor. Mas, as verdadeiras
sociedades de consumo estão situadas nos países desenvolvidos do planeta. A apropriação dos
recursos da natureza ocorre justamente na parte menos populosa do mundo, nos países
desenvolvidos.

Os Estados Unidos, que possuem cerca de 6% da população mundial, são os responsáveis


por cerca de 1/4 de todos os produtos consumidos no mundo e lançaram na atmosfera cerca de
25% dos gases poluentes responsáveis pelo efeito estufa. Podem-se relacionar diversos fatores
que justificam a pobreza e a fome nos países subdesenvolvidos, por exemplo: o crescimento
vegetativo alto; a baixa cotação dos produtos primários no mercado internacional ora pela
capacidade de manipulação das transnacionais (geralmente empresas dos países ricos), ora por
seus próprios preços serem baixos; dependência das importações em face da introdução da
plantation nos países periféricos, produção destinada mais ao mercado externo que ao interno;
a racionalidade especulativa do lucro e do mercado na economia capitalista.

A ONU afirma que cerca de 1 bilhão de pessoas passam fome no mundo, em bora a
produção global de alimentos seja suficientes para alimentar todos os seus habitantes. A
população mundial está crescendo e há sinais sugerindo que se pode chegar a um ponto onde a
demanda por comida seja superior àquilo que pode ser cultivado. Em países como a Etiópia,
esta situação já está ocorrendo, tendo consequentemente resultados catastróficos, como fome,
doença e grande sofrimento para as pessoas. São muitos os problemas que afetam a
população mundial e o meio ambiente.

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Mas, o grande consumo dos recursos naturais se dá nos países desenvolvidos. E a questão
da fome está relacionada à distribuição de riquezas de forma desigual. Diante dessa pressão
sobre os recursos naturais e da grande desigualdade social, pode-se concluir que é necessário
ser criado um novo modelo de desenvolvimento socioeconômico, sob pena de se colocar em
risco a sobrevivência do planeta, com a destruição do meio ambiente. A pressão sobre o meio
ambiente talvez cresça, ao invés de diminuir. Ao mesmo tempo, a necessidade de se produzir
mais alimentos provavelmente criará problemas adicionais.

A engenharia genética; por exemplo, já é um tema que vem causando alguma polêmica.
Os cientistas agora podem alterar a herança genética de um organismo. Talvez, também, se
torne mais fácil criar variedades resistentes a doenças. Os ambientalistas se opõem a essas
técnicas; eles acreditam que os riscos de se liberar organismos modificados geneticamente são
enormes.

O quadro não é totalmente negro, já que medidas positivas têm sido tomadas. Em
alguns países montaram-se bancos de sementes, numa tentativa de salvar o material genético
contido nas plantas que já deixaram de ser popularmente conhecidas . Há um fato importante,
também, a destacar: a globalização por meio dos seus agentes (bancos internacionais,
transnacionais e fundos de pensão e de investimentos), provocou nas últimas décadas uma
acumulação ainda maior de capital nos países em desenvolvimento, aumentado as
desigualdades entre países ricos e pobres.

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CONCLUSÃO

Os estudos dos neomalthusianos estavam centrados na defesa do controle populacional por


meio do uso de diversas ferramentas de diminuição da natalidade. A Teoria Neomalthusiana
teve forte embasamento na Teoria Malthusiana, uma vez que ambas viam o crescimento
populacional como a principal causa da pobreza.

Já a Teoria Reformista tem como premissa a ideia de que a pobreza é a principal causa do
crescimento da população. A discussão sobre as diferentes teorias demográficas foram
fundamentais para o desenvolvimento dos estudos populacionais. Portanto, para os seguidores
do neomalthusianismo, a pobreza está diretamente relacionada ao aumento da população.

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SUGESTÕES

Para controlar a alta taxa de natalidade, deveriamos pensar antes o estado econômico famíliar

A política do casamento tárdio, acreditamos que, se casarmos tarde a taxa de natalidade sera
menos.

Os alimentos são necessário à existecia do homem;

A paixão recíproca entre os sexos é uma necessidade e assim permanecerá.

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REFERÊNCIA BIBLIOGRÁFICA

FREITAS, Eduardo de. Teoria antimalthusiana; Brasil Escola. Disponível em:


https://brasilescola.uol.com.br/geografia/teoria-antimalthusiana.htm. Acesso em 16 de
novembro de 2023

Teoria antimalthusiana" https://brasilescola.uol.com.br/geografia/teoria antimalthusiana.htm

https://educacao.uol.com.br/disciplinas/geografia/teorias-demograficas-malthusianos
neomalthusianos-e-reformistas.htm cmpid=copiaecola.

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