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Material

Complementar

Nutrição em Crianças, Adolescentes e Idosos


Livro base: Nutrição – Conceitos e
Controvérsias. 8ed, 2003.

2019
SciNutri©
Todos os direitos reservados
Material Complementar
CURSO DE NUTRIÇÃO BÁSICA MÓDULO I

Uma criança de 1 ano necessita de 1000 calorias por dia. De 3 anos, 300
calorias mais. Os 7 anos seguintes adicionam mais 700 calorias para um total
de 2000.

O crescimento aumenta a demanda de todos os nutrientes por quilograma.

 As necessidades de nutrientes das crianças refletem sua fase de


crescimento. A orientação positiva dos pais é capaz de estabelecer
padrões alimentares que fornecem a nutrição adequada para o
crescimento sem obesidade.

Os alimentos cozidos devem ser servidos mornos e não quentes, pois a boca
de uma criança é muito mais sensível que de um adulto.

A criança pode não emitir nenhum som quando está sufocando.

Incentive as crianças a escutarem seu corpo, e não torne um problema a


aceitação do alimento.

Uma atmosfera viva, sem pressa, livre de conflitos, conduz ao bom apetite.
Crianças adoram ser incluídas na preparação da refeição, e gostam de comer
alimentos que ajudaram a preparar. Elogiar um trabalho bem feito expanda
senso de orgulho da criança.

 Hábitos sadios de alimentação e relações positivas com os alimentos


são aprendidos na infância. Os pais ensinam melhor as crianças por
exemplo.

Aptidão alimentar em idade Pré-escolar:

- Idade de 1-2 anos (quando grandes músculos se desenvolvem) a criança: usa


colher de cabo curto, alimenta-se com ajuda, consegue beber do copo, ajuda a
mexer, rasgar, partir ou mergulhar alimentos.

- Aos 3 anos (quando músculos médios da mão desenvolvem-se) a criança:


espeta o alimento com o garfo, alimenta-se de modo independente, ajuda a
embrulhar, derramar, misturar, agitar ou espalhar alimentos; ajuda a quebrar
nozes com supervisão.

- Com 4 anos (quando pequenos músculos dos dedos desenvolvem-se) a


criança: usa todos os utensílios e o guardanapo, ajuda a enrolar, fazer suco,
amassar ou descascar alimentos; quebra a casca do ovo.

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- Aos 5 anos (quando coordenação motora fina dos dedos e mãos se


desenvolve) a criança: ajuda medir, moer, cortar e ralar; usa batedeira de ovos
de manivela com supervisão.

Estudo com crianças britânicas observou que cerca de 40% delas ingeriam
menos da metade das quantidades recomendadas de folato, vitamina D, cálcio,
ferro, magnésio, selênio, zinco e muitos outros minerais. Aquelas que tinham
recebido suplementos obtiveram escores significativamente mais altos nos
testes.

 Nas nações desenvolvidas, os efeitos nocivos das deficiências de


nutrientes em crianças podem ser sutis. A deficiência de ferro é o mais
difundido problema de nutrição infantil e provoca anormalidades na
saúde física e no comportamento. A intoxicação por ferro é a principal
forma de envenenamento em crianças.

Outra forma de envenenamento é a ingestão de chumbo, que pode causar


anemia por deficiência de ferro, além de que, criança com deficiência de ferro
tem 3 vezes mais probabilidade de apresentar níveis elevados de chumbo no
sangue do que criança saudável. Quantidades adequadas de cálcio podem
retardar a absorção do chumbo ou interferir os efeitos tóxicos para o corpo. Isto
ocorre porque bebês gostam de explorar, e põem tudo na boca, incluindo
coisas como lascas de pintura de parede e pedaços de metal.

Exposição ao chumbo pode prejudicar permanentemente o cérebro, sistema


nervoso e desenvolvimento psicológico. As crianças mais velhas apresentam
problemas físicos e muitas vezes são rebeldes, agressivas e desatentas.

O chumbo é um elemento metálico indestrutível, o corpo não é capaz de alterá-


lo. O banimento da gasolina com chumbo e sua redução em outras aplicações
reduziram dramaticamente a quantidade de chumbo no sangue das crianças
desde 1970.

 O envenenamento por chumbo declinou acentuadamente nas últimas


duas décadas, mas sua ocorrência é capaz de provocar graves danos,
irreparáveis em crianças em crescimento. Conhecer as fontes que
podem causar envenenamento por chumbo ajudará a reduzir o índice
atual de sua ocorrência.

Alergia: Uma reação imunológica a uma substância estranha, tal como um


componente do alimento. Também chamada hipersensibilidade pelos
pesquisadores.

Antígeno: Uma substância estranha ao corpo que provoca a formação de


anticorpos ou reação de inflamação a partir das células do sistema
imunológico. Os antígenos alimentares são geralmente glicoproteínas (grandes

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proteínas ligadas a moléculas de glicose). A inflamação consiste em edema e


irritação locais e atrai glóbulos brancos (leucócitos) para o local.

Anticorpos: Grandes moléculas de proteína que são produzidas em resposta


à presença de antígenos e que inativam sua ação.

Histamina: Uma substância que participa da etiologia da inflamação; produzida


por células do sistema imunológico como parte de uma reação imunológica
local a um antígeno.

Intolerância alimentar: Um efeito adverso de um alimento ou aditivo alimentar


que não envolve a resposta imunológica.

Choque anafilático: Uma reação alérgica do corpo todo a uma substância


agressora que põe em risco a vida.

A prevalência da alergia alimentar em crianças é muito menor (até 8%) do que


muitos adultos acreditam. Em adultos a ocorrência é de 2%. Uma alergia
alimentar verdadeira ocorre quando uma proteína inteira ou grande molécula
do alimento entra nos tecidos do corpo.

Quase 75% das alergias alimentares são causadas por apenas três alimentos:
ovos, amendoins e leite.

Alergias não podem ser diagnosticadas a partir dos sintomas unicamente. Elas
são diagnosticadas a partir de testes de anticorpos. Estes teste são, no
entanto, demorados e muitas vezes caros. Existem neste meio, charlatães que
oferecem trabalho laboratorial rápido e fácil, como por exemplo, testes
citotóxicos que misturam sangue com alimentos para ver como as células
sanguíneas reagem; este teste não é válido para detectar alergia porque as
células isoladas do sangue estão separadas do sistema imunológico do corpo;
outros termos de charlatanismo são alergia cerebral e síndrome de rejeição
metabólica.

Sinais de aviso de choque anafilático: formigamento da língua e aperto na


garganta, dor abdominal, pele coçando e com manchas, náusea, vômito,
diarreia, membranas nasais inflamadas, dor torácica, inchaço, pressão arterial
baixa, choque e parada respiratória.

 Alergias alimentares causam enfermidade, mas o diagnóstico é difícil.


Testes são obrigatórios para determinar se existe alergia. Aversões
alimentares podem ser relacionadas a alergias ou reações adversas a
alimentos.

Aversão alimentar: Repulsa intensa a um alimento, possivelmente de


natureza biológica, resultante de uma doença ou outra experiência negativa
associada a esse alimento.

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Hiperatividade: (em crianças) uma síndrome caracterizada por desatenção,


impulsividade e excessiva atividade motora; geralmente diagnosticada antes da
idade de 7 anos, se prolonga por 6 meses ou mais, e em geral não acarreta
enfermidade ou retardo mental. Corretamente chamada distúrbio de déficit de
atenção/hiperatividade (DDAH ou TDAH), pode ser associada com lesão
cerebral mínima.

Dificuldades de aprendizado: Um grupo de condições que resultam em uma


capacidade alterada de desenvolver habilidades cognitivas básicas, como ler,
escrever e raciocínio lógico.

Um dos estudos encontrou associação entre doses do corante tartrazina e


irritabilidade aumentada, agitação e perturbações do sono em uma pequena
porcentagem de crianças hiperativas.

Os estimuladores normalmente aceleram a atividade das pessoas, mas


acalmam as crianças com DDAH.

 A hiperatividade, corretamente chamada distúrbio de déficit de atenção e


hiperatividade, não é causada por má nutrição. O comportamento
hiperativo temporário pode ser reflexo do consumo excessivo de cafeína
ou atenção insuficiente. Pais sensatos limitarão as ingestões de cafeína
e preencherão as necessidades de estrutura para prevenir tensão e
fadiga.

Crianças norte americanas, em uma porcentagem de 25%, assistem 4 horas ou


mais de televisão todo dia; e 67% assistem 2 ou mais horas.

 Ver televisão pode contribuir para obesidade ao estimular o


sedentarismo e o consumo excessivo de petiscos e lanches. Os
anúncios de alimentos açucarados veiculados promovem o consumo de
açúcar e a cárie dentária.

Um modo fácil de determinar as necessidades de fibra das crianças é o método


idade + 5.

 As crianças estão se tornando mais obesas e enfrentam o avanço dos


riscos de doenças. A obesidade infantil exige tratamento cuidadoso.

Um estudo canadense observou que espantosos 15% a 20% das crianças


chegavam à escola uma ou mais vezes por semana sem terem tomado café da
manha e apenas 30% consumiam porções diárias adequadas de todos os
grupos de alimentos.

 O desjejum é crítico para o desempenho escolar. Nem todas as crianças


começam o dia com uma refeição apropriada, mas os programas

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federais de desjejum escolar estão ajudando a preencher a


necessidades de algumas.
 Os almoços escolares são projetados para satisfazer pelo menos 1/3
dos nutrientes diários necessitados pelas crianças em crescimento e
ficam dentro dos limites estabelecidos pelo Guia Dietético para
Americanos. As máquinas de venda, fast-food, lanchonetes escolares,
com alimentos ricos em gorduras e açúcares, atraem muitos estudantes.

A associação Dietética Americana estabeleceu padrões de nutrição para


programas de assistência a crianças. Entre eles, as refeições devem: Ser
nutricionalmente adequadas; envolver os pais no planejamento; satisfazer ao
guia dietético para americanos; obedecer aos padrões recomendados de
refeições, ao mesmo tempo respeitando as diferenças culturais e étnicas;
minimizar gordura, açúcar e sódio adicionados; enfatizar frutas secas, vegetais
frescos e congelados, e grãos integras; respeitar o apetite menor das crianças.

O programa Nutrition Education and Training NET (educação e treinamento em


nutrição): incentiva as crianças e pais a terem hábitos alimentares sadios;
educa os fornecedores e outros na preparação de refeições; apoia a educação
em nutrição na sala de aula; promove aos educadores recursos e ideias para
combinar experiências em sala de aula e na hora de refeições.

 As escolas compartilham com as famílias a responsabilidade de oferecer


as crianças educação sobre nutrição.

Placa epifisária: Camada grossa semelhante à cartilagem que forma novas


células, que, calcificadas, alongam o osso (epífise vem do grego e significa
crescimento).

Os estirões das meninas começam aos 10 ou 11 anos de idade e alcançam o


máximo com cerca de 12 anos. Os dos meninos começam aos 12-13 anos e
alcançam o máximo com cerca de 14 anos, retardando-se aos 19.

Os pais devem vigiar apenas o progresso razoavelmente lento; exigir padrões


externos que uma criança não é capaz de cumprir é convidar a uma auto-
imagem diminuída.

 As necessidades de nutrientes e calorias de adolescentes variam de


acordo com o sexo, estrutura corporal e nível de atividade. Os padrões
de crescimento variam amplamente.

Puberdade: Fase da vida em que se desenvolve a maturidade sexual e a


capacidade de reprodução.

Tensão pré-menstrual (TPM): Conjunto de sintomas que algumas mulheres


experimentam antes e durante a menstruação. Incluem, entre outros, cólicas

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abdominais, dor nas costas, edema, cefaleia, mamas doloridas e alterações do


humor.

NUTRIÇÃO E TPM

Os sintomas podem variar de queixas brandas a uma forma grave que alerta a
vida, o transtorno disfórico pré menstrual, que causa sérios problemas às
mulheres e aos clínicos. O diagnostico de TPM é baseado na cronologia e no
padrão de sintomas registrados diariamente. Um dos candidatos como causa
da TPM é a resposta alterada dois principais hormônios regulares do ciclo
menstrual, estrógeno e progesterona. A elevação e queda naturais das
concentrações de estrógeno no sangue podem afetar as atividades da
serotonina no cérebro durante a última metade de cada ciclo menstrual.

Durante as 2 semanas que antecedem à menstruação, acredita-se que duas


coisas acontecem, podendo afetar o metabolismo energético da mulher: A taxa
metabólica basal durante o sono acelera-se, embora a taxa diurna não possa
se alterar; o apetite e às ingestões calóricas podem aumentar.

Um sintoma particularmente comum do TPM é o acumulo de sódio com a


retenção de água. A terapia diurética causa perda de minerais como potássio,
possivelmente agravando os sintomas da TPM. Por outro lado, se mulheres
retiverem sódio e água, imediatamente antes da menstruação, o seu efeito
pode ser normal e desejável.

Efeito placebo é extraordinariamente poderoso na TPM.

Vitamina E suplementar trouxe alívio para o caso de mamas doloridas


associadas a TPM. É possível que a deficiência da vitamina E não causa TPM,
mas pode agravar sintomas associados com o período menstrual.

O consumo de chá tem sido fortemente ligado a TPM. Mulheres que bebem
mais chá parecem ter os piores sintomas. Quanto mais bebidas contendo
cafeína, até 10 xícaras por dia, mais sintomas de TPM.

Guardião: No contexto nutricional, uma pessoa-chave que controla o acesso


das demais pessoas aos alimentos, desse modo, afetando profundamente sua
nutrição. Exemplos são o cônjuge que compra e cozinha o alimento, o pai que
alimenta as crianças, e a funcionária da creche de assistência diurna.

Em média, cerca de ¼ da ingestão de calorias diárias totais de um adolescente


vem de merendas, lanches, petiscos e refeições fora de hora.

Acne: Inflamação crônica dos folículos da pele e das glândulas que produzem
óleo, os quais se acumulam dentro dos ductos, ao redor dos pelos. Geralmente
associado a maturação dos adolescentes.

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 Com planejamento, o guardião pode incentivar os adolescentes a


satisfazer suas necessidades de nutrientes ao prover merendas
nutritivas.

Um tratamento médico para acne consiste em aplicar um parente da vitamina


A, o ácido reinóico ou Retin-A. Isso afrouxa os tampões que se formam nos
canais, permitindo que o óleo flua normalmente. Todavia, o ácido pode queimar
a pele e causar a formação de depressões, fazendo a acne parecerem pior a
principio.

 Embora nenhum alimento tenha sido demonstrado como agravante da


acne, o estresse pode piorá-la. Suplementos são inúteis como forma de
combate, mas o alívio do estresse, banho solar e medicações
comprovadas podem ajudar.

Expectativa de vida: Número médio de anos vividos pelas pessoas em uma


dada sociedade.

Duração de vida: O número máximo de anos de vida atingível pelo membro de


uma espécie.

Longevidade: Duração longa de vida.

O modo como você vive e pensa aos 20 anos pode afetar profundamente a
qualidade de sua vida aos 60 ou 80 anos. Pessoas que temem a idade podem
cometer o erro de associar a idade a doença. A proporção de pessoas idosas
em comparação aos jovens está se tornando maior. Desde 1950 o numero de
pessoas acima de 65 anos duplicou, e as pessoas com mais de 85 anos
constituem o grupo etário que está crescendo em nível mais acentuado. A
expectativa de vida quase duplicou no século XX.

Estima-se que 25 mil norte-americanos hoje têm 100 anos ou mais.

 A expectativa de vida dos adultos norte-americanos aumentou no século


XX e pode aumentar ainda mais com os avanços genéticos e médicos.

As necessidades de nutrientes tornam-se mais individuais com a idade,


dependendo da genética e do histórico médico.

 As necessidades de nutrientes modificam-se com a idade. O histórico


individual influencia fortemente as necessidades de nutrientes das
pessoas mais velhas.

As necessidades calóricas muitas vezes diminuem com o avançar da idade. O


número de células ativas de cada órgão diminui, reduzindo a taxa metabólica.
Idosos reduzem sua atividade física e tecido magro diminui. Em pessoas com

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mais de 70 anos, a melhor saúde foram observadas entre pessoas com 25 – 32


de IMC. Depois dos 50 a recomendação de ingestão calórica pressupõe uma
redução de 5% no débito de calorias por década. Há pouca tolerância na dieta
para alimentos de baixa densidade de nutrientes como açúcares e,
evidentemente, álcool.

Níveis sanguíneos adequados de nutrientes associam-se a uma resposta


imunológica saudável, função muitas vezes diminuída no idoso. Os
definhamentos referem-se a: perda de peso; função mental diminuída;
diminuição da capacidade física; afastamento social e desnutrição.

 As necessidades calóricas diminuem com a idade, mas os exercícios


queimam o combustível em excesso, mantêm o tecido magro e trazem
benefícios a saúde.

Exemplos de mudanças físicas provocadas pelo envelhecimento que afetam


nutrição:

Trato Digestório: Os intestinos perdem a força muscular, o que resulta em


motilidade retardada levando à constipação. Inflamação do estômago,
crescimento bacteriano anormal e grande redução do débito de ácido
prejudicam a digestão e a absorção. As dores podem causar recusa de
alimento ou ingestão reduzida.

Hormônios: Por exemplo, o pâncreas secreta menos insulina, e as células


tornam-se menos responsivas, causando metabolismo anormal da glicose.

Boca: Perda de dentes, doença gengival e redução do débito salivar impedem


a mastigação e a deglutição. Sufocação pode tornar-se provável; dores podem
causar a recusa de alimentos difíceis de mastigar.

Órgãos sensitivos: A diminuição dos sentidos do olfato e paladar podem reduzir


o apetite; visão diminuída pode dificultar a compra e a preparação de
alimentos.

Composição corporal: Perda de peso e declínio de massa corporal magra


levam a necessidades diminuídas de calorias. Pode ser evitável ou reversível
com a prática de atividades físicas.

Idosos ativos têm maior flexibilidade, tem maior fluxo sanguíneo ao cérebro,
sistema imunológico mais resistente, gozam de melhor saúde global e até
mesmo vivem mais tempo que os semelhantes que gostam do sofá.

Idoso fraco pode melhorar a função em notáveis 200% com um curto programa
de exercício focalizado. Nenhum aspecto isolado de envelhecimento pode
afetar mais dramaticamente o metabolismo basal, sensibilidade à insulina,

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ingestão de calorias, apetite, respiração, deambulação, mobilidade e


independência do que a massa muscular.

Até mesmo pessoas com 90 anos ou mais vivendo em asilos, foram capazes
de ganhar massa e força musculares para readquirir o equilíbrio e acrescentar
algum vigor às suas caminhadas depois de apenas 8 semanas de treinamento
com pesos (musculação).

Alguns profissionais inescrupulosos tendem vender a pessoas idosas a terapia


com hormônio do crescimento (GH), mas a ciência ainda não apoia sua
utilidade ou segurança para reverter a perda tecidual do envelhecimento.

Qualquer exercício proporciona benefício.

A recomendação de 6 a 11 porções de pães, grãos ou massa é apropriada


para pessoas mais velhas. Com a idade, a fibra assume importância extra pelo
seu papel contra constipação, queixa comum em adultos mais velhos e
especialmente em residentes de instituições. Idosos geralmente não obtém os
27 a 40 gramas diários recomendados de fibra; quando ingestões são
combinadas com baixas ingestões de líquidos, exercício inadequado e
medicações constipantes, a constipação torna-se quase inevitável.

 São recomendadas ingestões generosas de carboidratos aos adultos


mais velhos. A inclusão de fibra na dieta é importante para evitar a
constipação.

Artrite: Inflamação das articulações, geralmente dolorosa, causada por muitas


condições, incluindo infecções, perturbações metabólicas ou traumatismo
geral, resulta em estrutura articular alterada e perda de função.

Gota: Forma dolorosa de artrite, resultado de uma anormalidade metabólica na


qual quantidades excessivas do produto de eliminação do ácido úrico
concentram-se no sangue, e o sal do ácido úrico (urato) é depositado nas
articulações sob a forma de cristais.

Idosos devem limitar a gordura na dieta por muitas razões. A gordura além de
causar obesidade é fator de risco para desenvolvimento de artrite. Dois tipos de
artrite afetam os ossos: osteoartrite e artrite reumatoide. As extremidades dos
ossos são protegidas por pequenas bolsas de líquido que atuam como
lubrificantes; com a artrite, as bolsas apresentam erosão, as cartilagens e
extremidades ósseas se desintegram, e as articulações se deformam causando
dor ao movimento. A artrite reumatoide pode aparecer em qualquer idade,
origina-se do mau funcionamento do sistema imunológico; o sistema ataca
equivocadamente as coberturas dos ossos. A nutrição centraliza-se em torno
dos antioxidantes dietéticos e do ácido graxo ômega 3, EPA, encontrado no
óleo de peixe. Suplementos de vitamina E podem ajudar reduzir estresse
oxidativo mas eles não melhoram casos crônicos de artrite reumatoide.

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 Uma dieta rica em frutas e vegetais e pobre em gorduras de carnes e


laticínios pode melhorar alguns sintomas da artrite. Ácidos graxos
ômega-3 também podem ter um efeito positivo. Alimentos ricos em
purinas podem agravar a artrite da gota.

A necessidade de proteína em pessoas idosas permanece as mesmas que a


dos adultos jovens. Proteína demais, porém, pode ser nociva aos idosos por
causa da carga extra de excretar seu nitrogênio.

 As necessidades de proteínas permanecem aproximadamente as


mesmas durante toda a vida adulta, mas escolher alimentos proteicos,
ricos em fibras e pobres em gordura, pode ajudar a controlar outros
problemas de saúde.

Cataratas: Opacificação do cristalino que pode levar à cegueira. Cataratas


podem ser decorrentes de trauma, infecção viral, substâncias tóxicas,
distúrbios genéticos e, possivelmente, de algumas deficiências ou desequilíbrio
de nutrientes.

A vitamina A tem sua absorção aumentada na velhice. Pesquisadores


propuseram reduzir o nível recomendado de vitamina A em idosos. Adultos
idosos enfrentam risco maior de deficiência de vitamina D que os mais jovens;
por baixa exposição a luz solar (especialmente residentes em asilos) e baixo
consumo de alimentos enriquecidos; além da síntese de vitamina D declinar em
75% em idosos, duplicando para 10 microgramas o consumo diário.

A DRI recomenda adultos com idade a partir dos 51 anos que obtenham 2,4
microgramas de vitamina B12 diariamente. Refletindo uma constatação de que
10% a 30% das pessoas com mais de 50 anos perdem a capacidade de
produzir suficiente ácido no estômago para fabricar a forma ligada à proteína
da vitamina B12.

Existem teorias que associam nutrientes fitoquímicos a alterações da visão


relacionadas à idade. Essa teoria diz respeito à principal causa de perda de
visão irreversível em pessoas com mais de 60 anos. Pessoas que consumiram
grandes quantidades de vegetais toda a vida, particularmente vegetais folhosos
verde-escuros como espinafre e couve, raramente sofrem de degeneração
macular.

Apenas 5% das pessoas com menos de 50 anos sofrem de catarata; aos 65, a
porcentagem aumenta para mais de 50%. O cristalino, lente do olho, é
facilmente oxidado.

 A absorção de vitamina A aumenta com o envelhecimento. As pessoas


idosas sofrem mais de deficiência de vitamina D que as jovens.

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Cataratas e degeneração macular muitas vezes ocorrem devido a baixas


ingestões de frutas e vegetais.

A desidratação é um dos maiores riscos para idosos. Com a idade o


mecanismo de sede pode tornar-se impreciso. Os rins também perdem
gradualmente capacidade de recapturar de modo eficiente a água. Adultos
necessitam beber de 6 a 8 copos de água por dia.

A anemia por deficiência de ferro é menos comum em idosos do que em


pessoas mais jovens. Outros fatores tornam provável a deficiência de ferro:
perda crônica de sangue, causada por úlceras, hemorroidas ou similares; má
absorção de ferro devido a secreção ácida reduzida no estômago; uso de
antiácido, que interfere na absorção de ferro; uso de remédios que causam
perda de sangue, incluindo anticoagulantes, aspirina e remédios para artrite.

As deficiências de zinco são comuns em idosos. Muitos não consomem a


quantidade que necessitam ou erram em mais da metade. Muitas medicações
interferem na absorção ou no uso de zinco pelo organismo. Mas isto depende,
alguns idosos podem necessitar de menos zinco do que quando eram mais
jovens.

O cálcio é indispensável (por muito que já foi discutido até então)


especialmentepara mulheres.

 O envelhecimento altera as necessidades de vitaminas e minerais.


Algumas necessidades elevam-se enquanto outras declinam.

Pesquisadores focalizaram-se nos hábitos de saúde e identificaram seis fatores


que afetam a idade fisiológica, três relacionados com a nutrição: abstinência ou
moderação no uso do álcool, refeições regulares e controle de peso. Outros
foram sono regular adequado, abstinência de fumo e atividade física regular.
Alguns idosos que relataram essas 6 práticas foram comparados com pessoas
30 anos mais jovens, as quais relataram poucas ou nenhuma das práticas.

Ratos pareceram manter a juventude por mais tempo e desenvolver menos dos
fatores de risco a doenças crônicas com restrição calórica. Ratos
geneticamente obesos vivem mais tempo quando a energia é restringida, ainda
que sua gordura corporal permaneça semelhante à dos ratos não obesos
deixados para comer livremente. Em experiências, quando homens de peso
normal cortaram sua ingestão usual de calorias em 20%, o seu peso corporal,
gordura corporal e pressão arterial caíram, e o seu HDL colesterol elevou-se.

 Elementos do estilo de vida podem influenciar o envelhecimento. Em


ratos, a privação de energia alimentar pode prolongar a vida dos que
sobrevivem ao tratamento. Alegações de prolongamento da vida por
meio de antioxidantes ou outros suplementos são fraudes comuns.

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Demência senil: A perda de função cerebral além da perda normal de aptidão


física e memória que ocorre com o envelhecimento.

A doença de Alzheimer é o terceiro mais oneroso problema de saúde nos EUA;


é a forma mais prevalente de demência senil, o cérebro se deteriora de modo
anormal com morte das células cerebrais ocorrendo nas áreas que coordenam
a memória e a cognição. Perdas de memoria e racionínio, capacidade de
comunicar-se e capacidades físicas, finalmente causando a morte. A nutrição
apresenta apenas fracas ligações com a doença de Alzheimer, centradas
principalmente em uma acumulação de metais, incluindo alumínio, no tecido
cerebral (parece improvável uma correlação causal com alumínio). O cérebro
de uma pessoa com doença de Alzheimer tem uma quantidade anormalmente
pequena de uma enzima que fabrica um composto a partir de colina que é
essencial para memória.

 A doença de Alzheimer causa algum grau de deterioração cerebral em


até 1/5 das pessoas com mais de 65 anos. Uma relação genética pode
abrir o caminho à prevenção. O tratamento atual ajuda apenas
marginalmente; o alumínio na dieta provavelmente não está relacionado
à doença.

Evidências sustentam a ideia de que um único comprimido de multivitamínico-


mineral de baixa dose por dia pode melhorar a resistência a doenças.

Alguns obstáculos são: pessoas que vivem sós, com outras ou em instituições.
Dificuldade de mastigação por causa de perda de dentes e então não procuram
uma ampla variedade de alimentos; abuso do álcool. Nos EUA abuso do álcool
ou problemas com bebidas em idosos é estimada entre 2% e 10%. Se
acumulando evidências de que solidão, isolamento e depressão acompanham
o uso excessivo de álcool.

Os preditores determinantes de desnutrição no idoso são: doença; má


alimentação; perda de dentes ou dor de dente; privação econômica; contato
social reduzido; múltiplas medicações; perda ou ganho involuntários de peso;
necessidade de cuidados; idoso com mais de 80 anos.

Os nutricionistas pecam por não considerar separadamente as ingestões de


nutrientes e alimentos dos idosos, porque as interações sociais podem ser
igualmente importantes. Um professor de psiquiatria escreveu: “Não é o que a
pessoa idosa come, mas com quem, que será o fator decisivo no cuidado
adequado para com ela. Muitas vezes a queixa repetida do paciente idoso, de
que ele tem pouco incentivo para preparar alimento somente para si próprio,
não é meramente uma declaração, mas também uma repreensão ao
questionador, que falha ao não perceber seu isolamento e sua solidão, e que
não entende que cozinhar... para si próprio não possui um condimento da

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presença de outra pessoa, que pode transformar a comida mais simples em um


ato cerimonial, com todo o seu significado compartilhado”.

 As escolhas alimentares dos idosos são afetadas pelo envelhecimento,


estado de saúde modificado e circunstâncias alteradas de vida. Os
programas de auxílio podem ajudar, tanto fornecendo refeições nutritivas
quanto aliviando problemas financeiros. O contato social também
estimula pessoas a comer bem, aliviando solidão.

CONTROVÉRSIA: ALIMENTO, MENTE E MEMÓRIA

Barreira sangue-cérebro (barreira hematoencefálica): Uma barreira


composta pelas células que revestem os vasos sanguíneos no cérebro. Estas
células são tão firmemente coladas umas às outras que as substâncias
transportadas pelo sangue não conseguem entram no cérebro por entre as
células, mas apenas atravessando os próprios corpos celulares. Assim as
células, usando todo o seu sofisticado equipamento, são capazes de fazer a
triagem das substâncias para entrar.

Catecolaminas: Neurotransmissores fabricados a partir do aminoácido


tirosina: dopamina, epinefrina e norepinefrina.

Neurotransmissor: Um mensageiro químico liberado por uma célula nervosa


quando essa célula está descarregando (conduzindo impulso nervoso). O
neurotransmissor difunde-se para a célula nervosa seguinte e altera a
membrana dessa célula, tornando-a menos ou mais tendente a descarregar-se.
Exposta a moléculas de neurotransmissores suficientes, a célula nervosa
seguinte a descarregará.

Controle de precursor: Controle da síntese de um composto pela


disponibilidade do precursor desse composto. Quanto mais precursor exista,
mais composto é fabricado.

Serotonina: Um composto relacionado em estrutura ao (e fabricado a partir do)


aminoácido triptofano. Ela serve como um dos principais neurotransmissores
do cérebro.

O cérebro contem 15% do sangue do corpo, e devora 20% a 30% dos


combustíveis que sustentam o metabolismo basal.

Os aminoácidos são usados para formar neurotransmissores no mesmo dia em


que são ingeridos. Alguns servem como material de partida do qual alguns
neurotransmissores são construídos; vitaminas e minerais auxiliam as enzimas
nas sínteses de neurotransmissores.

A liberação de serotonina afeta sensações e humor. A pesquisa mostra que


uma falta de triptofano fluindo para dentro do cérebro pode manifestar-se por

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insônia, humor de deprimido, tendência a assustar-se e sensibilidade


aumentada à dor.

A insulina impulsiona os outros aminoácidos, mas não o triptofano, paradentro


das células do corpo, deixando o triptofano livre para entrar no cérebro sem
competição. Quando uma refeição provoca desempenho mental excelente, o
cérebro do comensal pode ser treinado para preferir esses alimentos e assim
escolhê-los mais frequentemente. As pessoas parecem naturalmente preferir
refeições a alimentos isolados.

De acordo com uma teoria, ao elevar a serotonina cerebral, uma refeição com
alto carboidrato satisfaz necessidade e assim reduz o estímulo para comer
mais carboidrato. Quando uma pessoa insulino resistente ingere carboidrato,
as ações normais da insulina não sucedem e as células continuam com fome
de glicose. Além disso a serotonina cerebral não sobe, e o desejo de
carboidrato é intensificado.

Quando se restringe o triptofano na dieta, algumas pessoas relatam


sentimentos depressivos. Quando restaurado, os sentimentos depressivos
diminuem, mas no seu lugar vem sonolência, agressividade e retardamento
mental.

Sintomas mentais da anemia: apatia, desatenção, distúrbios do


comportamento; agressividade; hiperatividade; irritabilidade; falta de apetite;
distúrbios do aprendizado (vocabulário, percepção); baixos escores em latência
e reações associativas; QI reduzido; capacidade diminuída de trabalho físico;
movimentos repetitivos de mãos e pés; duração encurtada da atenção.

É possível que, de algum modo, a glicemia estimule a formação de memória ou


melhore a rememoração. As pessoas que lancham no intervalo de uma tarefa
de aprendizado exibem melhor rememoração mais tarde, do que quando nada
é administrado.

Refeições mistas geralmente garantem o funcionamento mental. Se o


estudante tende a cochilar, evitar alimentos extremamente ricos em
carboidratos e pobres em proteína nas horas que antecedem a prova. O
carboidrato pode acelerar a produção de serotonina no cérebro produzindo
sonolência mental. O efeito calmante da serotonina, que causa sonolência, é
exatamente o efeito que o aluno agitado pode precisar (um efeito calmante).

Constatação comum é revertério pós almoço. Período no começo da tarde com


desempenho mental abaixo do normal. Tarefas que exigem mais atenção
podem parecer mais difíceis após o almoço, especialmente depois de uma
refeição grande.

O desempenho mental parece ser mais adversamente afetado quando se come


um alimento que é diferente do costumeiro. Não alterar a rotina alimentar no

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dia do exame. Mantenha as escolhas normais nas refeições para evitar efeitos
adversos. Para pessoas que procurem efeito calmante da serotonina para
induzir o sono, vigora o conselho oposto.

Líquidos são importantes. Até mesmo uma leve desidratação pode causar
confusão.

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