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TRANSFORMANDO MENINOS
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EM HOMENS
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Dados Internacionais de Catalogação na Publicação (CIP)
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m Tranformando meninos em homens : mesmo depois de
adulto / Raphael Soares. -- São José, SC : EAGLE,
2022.

ISBN 978-65-84650-12-1

1. Amadurecimento 2. Desenvolvimento pessoal


3. Homens - Aspectos psicológicos 4. Homens -
Aspectos religiosos - Cristianismo
Cristianismo I. Título.

22-116278 CDD-248.8 42

Índices para catálogo sistemático:

1. Homens : Conduta de vida : Cristianismo 248.842

Autor: Raphael Soares


Revisão: Ricardo Marques
Capa: André Aquino
Diagramação: Eagle Editora

instagram.com/eagleeditora

comercial@eagleeditora.com

www.eagleeditora.com
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DEDICATÓRIA
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Dedico este livro a todos os homens que decidi-


ram deixar de serem meninos para se transfor-
marem em homens, mesmo depois de adultos.
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AGRADECIMENTO
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A Deus,
Deus, por me conceder a oportunidade de ser um
instrumento para restaurar famílias, de clarificar o verda-
deiro papel do homem na sociedade.
À minha amada esposa, Aline Soares, pois ela foi
a maior incentivadora para eu escrever este livro. Ela me
impulsionou, incentivou, cobrou e ajudou a trazer à exis-

tência aquilo que era apenas um sonho.


Às minhas filhas, Rafaela e Betina, que vocês estejam
sensíveis à voz de Deus para compreenderem o que queima
em seus corações, a fim de viverem seus propósitos. Que
nada e nenhum bloqueio as impeça de viverem aquilo que
Deus tem para vocês. Papai ama vocês!
Ao meu querido Pastor Josué e todos os membros
da Igreja Batista Atitude, que confiaram em mim e segui-
ram ao comando de Deus, permitindo-me exercer a nobre
missão de liderar o departamento de homens por muitos
anos.
Ao Pablo Marçal, que se permitiu ser instrumento
de Deus para me desbloquear e também me ativar para
escrever este livro.
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Aos meus pais, Carlos Alberto Fr Freitas
eitas Soares (in me-
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morian), conhecido como Tetê, e Maria Rosaria da Silva
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Soares e meus irmãos, Carlos Alexandre da Silva Soares e
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Luiz Felipe
Felipe da Silva Soares, pois foi através
atra vés deles e da expe-
riência vivida nesta família, que me despertou a construir
a minha própria família, com sólidos princípios e valores
balizados em Deus.
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PREFÁCIO
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Existem pelo menos dois tipos de pessoas nes-


te mundo: as que estão paradas e aquelas que estão em
movimento. A grande sacada é que, quanto mais você se
movimenta, mais energia é gerada por você. Quando isso
acontece, inevitavelmente você entre num processo de
transformação e quando alguém é transformado, o trans-

bordo acontece. Acredite, é um caminho sem volta.


O Raphael Soares é uma dessas pessoas que estão
em movimento. Desde a primeira vez que o vi, percebi
algo diferente nele, um posicionamento, uma frequên-
cia. Naquela ocasião, fiz um convite para que ele estivesse
e stivesse
presente em um evento para homens, que aconteceu na
cidade de São Paulo. Desejei muito sua presença naque-
le local. Lá eu percebi que ele é alguém que possui um
chamado para ativar homens. Não é por acaso que ele
já aten
atendeu
deu diver
diversos
sos lutado
lutadores
res do UFC, tanto no Brasil
quanto no exterior
exterior..
O meu desejo é que você abra o seu coração e anote
todos os códigos pesados contidos neste livro. Permita-se
ser transformado pelo Senhor, de menino para um verda-
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deiro homem, um general do reino para tocar o terror na
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Terra, assim como foi Gideão com os 300.
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O processo é simples e só depende de você.
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Cuide da sua vida e “cai pra dentro”!


Pablo Marçal
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SUMÁRIO
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Introdução ......................................................................................... 09
01 - Ah... se fosse comigo… ............................................................. 14

02 - Mas por que eu? ...........................


.....................................
....................
....................
....................
..............
.... 22
03 - Suportando as pressões
pressões da vida .............
............................
.............................
................ 52
04 - O chama
chamado
do ..........
....................
.....................
.....................
....................
....................
....................
....................
.......... 71

05 - A coragem
coragem para ser homem ..........
.....................
.....................
....................
...................
......... 87
06 - Onde não há coragem, a frouxidão reina .............
...........................
.............. 103
07 - Ele confunde os sábios .......................................................... 128

08 - Fui parar no UFC, acredita? ................................................... 139

09 - Enfrentar ou fugir? ................................................................. 160

Conclusão ......................................................................................... 172

ANEXO I ...............................................................................................176
ANEXO II ............................................................................................. 177
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INTRODUÇÃO

INTRODUCAO I
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Afinal de contas, o que é ser homem?


homem?

Se analisarmos
perspectiva o queos éhomens
de Hollywood, ser homem comserbase
deveriam na
seme-
lhantes ao personagem James Bond, que preferia as mulhe-
res casadas, ou até mesmo com Homer Simpson, aquele
“fanfarrão” que está sentado se embebedando enquanto
sua mulher faz tudo, além de ter seus filhos completamen-
te perdidos, revoltados e carentes de atenção.

Isso é o que a mídia ensina sobre o que é ser ho-


mem, porém, eu não acredito neste modelo.
Você que é homem
homem com certeza tem uma resposta
resposta
clara para pergunta que fiz no início deste texto. Você, mu-
lher e que está lendo este livro, provavelmente também tem
uma resposta. A grande pergunta que não quer calar é a se-
guinte: será que ser homem é apenas isso que respondemos?

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Esta é uma pergunta que fiz a mim mesmo há mui-
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tos anos, quando resolvi mergulhar na identidade do ho-
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mem, para que eu pudesse entender o que de fato é o ho-
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mem na sociedade, como parte de um todo, isto é, pai,


marido e tantas outras funções. Acredito piamente que nós
esperamos muito mais de nós homens, e é por isso que
resolvi mergulhar nessa aventura incrível, para entender de
maneira clara o que é ser homem.
Talvez você que é homem
home m e esteja lendo este livro

possa estar pensando


— Quem assim:
é você para falar o que é ser homem?
— Não preciso disso!
Eu sou aquele
a quele que procurou saber o que de fato é
ser homem. Para que isso fosse possível, foi necessária uma
desconstrução total e profunda de mim mesmo. Eu tenho
certeza de que este livro ampliará sua mente e lhe propor-

cionará vislumbrar novos horizontes e uma nova dimensão


do maravilhoso ser que é ser homem.
Somos homens e não ratos.
r atos. Aliás, você conhece a
origem da expressão: você é um homem ou um rato?
Segundo os historiadores, em Portugal, a expressão
é utilizada como pergunta retórica indicativa de que al-
guém que está a se portar de modo canalha e apelando a

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que se porte de modo mais corajoso e brioso1. A reflexão é
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muito mais profunda do que você imagina.
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Considerando este contexto, ser rato faz alusão àque-
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les que vivem nas sombras, se alimentam das sobras, prolife-


ram doenças e não são notados. Já parou para pensar nisso?
Ser um rato significa ser uma pessoa que não tem coragem
para assumir a sua própria identidade, vive sem ser notado,
contentando-se
contentando- se com as sobras e migalhas da vida e espalhan-
do doenças contagiosas: a principal é o medo.

Talvez
Medo devocê esteja seus
assumir se perguntando,
fracassos. medo de quê?
Medo de assumir seu life style.
Medo de assumir sua imaturidade em algumas áreas.
Medo de lutar contra o seu próprio orgulho e pedir
ajuda.
Medo de decepcionar os outros e não fazer o que

precisa ser feito;


Chega de ser rato!
Ao longo da leitura deste livro você entrará numa
jornada de transformação. Você
Você verá que os maiores acon-
tecimentos da vida se dão quando menos esperamos e de
maneira improvável. Você perceberá que ter coragem é
1- https://www
https://www.dicionarioin
.dicionarioinformal.com.br/sign
formal.com.br/significado/%E9s+um+ho
ificado/%E9s+um+homem+ou-
mem+ou-
+%E9s+um+rato/16443/

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muito mais do que encarar o medo.
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Acredite, nada neste mundo acontece por acaso. Se
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você está lendo este livro, é porque, com certeza, há um
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propósito divino. Existem tesouros contidos nesta obra


que foram postos aqui especialmente para você. O meu
desejo é que não haja impedimentos nem desculpas que o
impeça de concluir a leitura deste livro.
Faça as tarefas, reflita em cada palavra e abra o seu
coração para a transformação que acontecerá na sua vida.

Eu sou muito grato a Deus por ser homem.


E você?

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CAPÍTULO 1

AH... SE FOSSE COMIGO…

AH... SE FOSSE
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capítulo 01
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Você é homem de verdade?

Certa
cebi que ele vez, eu com
estava estavao atendendo um homem
semblante muito triste, eapre-
per-
sentava uma baixa autoestima. Começou a sua narrativa
muito entristecido, parecendo justificar alguma coisa, não
sendo objetivo no que queria dizer.
dizer. O relato deste homem
é na verdade uma história que se repete em muitos lares.
O casamento estava passando por uma crise. Por algum

motivo, sua esposa o irritou, tirando-o do sério. Naquele


momento, ele não teve inteligência emocional suficiente
para se controlar e acabou agredindo-a com um tapa no
rosto muito forte. Após o ocorrido, ele chorou por não ter
conseguido se controlar
controlar..
Talvez você já tenha ouvido uma história semelhan-
te a esta. Homens agredindo mulheres.
mulheres. Esposos agredindo

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esposas. É bem provável que ele desejasse ouvir de mim o
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seguinte:
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- Vamos
Vamos orar
orar. Deus sabe de todas as coisas.
c oisas. O inimi-
inimi-
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go está furioso.
Este é o posicionamento de muitos líderes num mo-
mento como este. A mulher é agredida, e o agressor recebe
o afago do seu mentor, em vez de ser confrontado. Para
surpresa dele, minha resposta foi muito diferente do que as
pessoas estão acostumadas a dizer, pois exclamei o seguin-

te: - Ah, se fosse comigo!


- Se eu fosse o pai desta mulher, quebraria você ao
meio e te deixaria do avesso.
- Deixaria você envergado, andando torto para o
resto da vida!

Este é o posicionamento de muitos líderes


num momento como este. A mulher é
agredida, e o agressor recebe
recebe o afago do seu
mentor, em vez de ser confrontado

Ele sabe que pratico artes marciais há muito tempo,


por isso, ficou olhando para mim com aspecto de assusta-

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do, isto é, literalmente chocado.
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Pare e pense:
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O que você teria feito no meu lugar?
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Muitos homens gostam de falar que perderam a cabeça,
que a carne é fraca, situações deste tipo, acreditando que
as pessoas produzirão algum tipo de sentimento positivo

em relação a eeles.
sensibilizam O pior éa que
amenizam muitos
situação, líderes realmente se
dizendo:
- É… eu te entendo.
- É assim mesmo. Tem que vigiar mais.
- A gente perde a cabeça e faz o que não quer…
Eu agi diferente, colocando-me no lugar do pai da
mulher agredida.

O que você faria no lugar do pai desta mulher?


É chegada a hora de levantarmos homens de ver-
dade, que não compactuam com este tipo de situação. A
maneira como me posicionei produziu nele um choque
de lucidez inesperado e assustador. Obviamente, o meu
objetivo não era agredi-lo, mas provocar nele um forte
impacto emocional, pois ele precisava saber que a pessoa

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na qual ele está “descendo a mão” tem pai, mãe, uma
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família, que muito provavelmente confiou a ele os cuida-
cuida -
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dos que ele deveria dar como homem para sua mulher, e
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não as agressões.
O que a Bíblia diz sobre isso?

Maridos, ame cada um à sua mulher,


mulher, assim como
Cristo amou a igreja e entregou-se por ela.
Efésios 5. 25

A percepção que tenho deste


deste modelo
modelo de maturidade
maturidade
cristã para homens é que eles são vistos como agressores
destemperados, desequilibrados e extremamente fragili-
zados. Além disso, quando precisam de uma orientação
para superar uma determinada fase da vida, geralmente se
deparam com um enredo em que os líderes, em vez de
confrontá-los, os tratavam com muito amor e carinho. O
resultado era o seguinte:

1. Potencialização de sua fragilidade;


2. Reforço do seu comportamento agressivo;
3. Falta de clareza
clareza de quem
quem o indivíduo
indivíduo realmente é.

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O objetivo foi alcançado, pois o choque de lucidez
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produziu nele a consciência de que ele estava completa-
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mente errado, e que na verdade ele deveria proteger sua
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mulher.. Essa mudança foi perceptível na conduta dele com


mulher
a esposa, pois o acompanhei durante um tempo. Foi grati-
ficante e ao mesmo tempo marcante para mim. Pela pri-
meira vez, disse que “quebraria
“quebraria”” alguém ao
a o meio para hon-
rar minha filha. No final da conversa, disse a ele que sou
pai de duas meninas e que não pensaria duas vezes para

fazer
sobreoeste
que assunto
fosse necessário
na minha pararede
protegê-las. Eu comentei
social. Acesse o QR
CODE e veja.

O homem precisa tomar um choque de realidade


para entender sobre sua identidade. É muito fácil estar
numa palestra, como eu já fiz com uma plateia repleta de
homens, e fazer a seguinte pergunta:
- Quantos aqui são do sexo masculino?

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Oprecisa
homemtomar
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um choque de
realidade para

entender
sobre sua
identidade
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É bem provável que muitos levantem as mãos e res-
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pondam, porém, muito mais desafiador é responder à per-
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gunta:
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- Quem aqui é homem?


Esta pergunta poucos sabem responder
responder,, pois se per-
guntarmos para aqueles que levantarem as mãos, o que
significa ser homem, acredito que a grande maioria não
saberá responder de forma coerente, correta. Na verdade,
responderá conforme a sua percepção de vida. Foi baseado

nessas
saber equestões
aprenderque resolvi
o que é sermergulhar
homem denesta temática para
verdade.
Você está disposto a embarcar nesta viagem comigo?
Você é homem de verdade?

Tarefa:

O que significa ser homem para você?

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CAPÍTULO 2

MAS POR QUE EU?

MAS POR QUE


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capítulo 02
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Como entender os propósitos de Deus?

Quando
idade, os eu era
meus rins pequeno
pararam e tinha apenas
de funcionar.
funcionar oito anos de
. Fui internado às
pressas num hospital para realizar um tratamento. Naquela
ocasião, os médicos determinaram que eu poderia ingerir
apenas um copinho de 300 ml de água. Recordo-me como
se fosse hoje de que não poderia comer sal em hipótese
alguma. Fiquei por um período naquele hospital e fazia

exames todos os dias. Tudo era milimetricamente aferido,


minha mãe me me acompanhava. Certa ocasião, o sal que
que era
para ela foi adicionado na minha comida, resultado, meus
rins pararam por completo.
No dia seguinte, após o exame, o médico identifi-
cou que seria necessário realizar uma hemodiálise, pois os
meus rins estavam comprometidos. Ao receber a notícia

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do médico especialista, minha mãe ficou desesperada e co-
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meçou a rezar muito. Ela pôs a fé em ação e realmente o
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milagre aconteceu. Antes de realizar o procedimento no
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m

dia seguinte, minha mãe recebeu a notícia de que, de uma


maneira sobrenatural, meus rins haviam voltado a funcio-
nar.
Milagre não se explica, milagre se vive.
A manifestação do milagre foi tão grande que os mé-
dicos não quiseram cobrar as despesas dos honorários, pois

para eles, éo que


realizado que aaconteceu foi sobrenatural.
doença diagnosticada Outro milagre
é chamada de glo-
merulonefrite. É praticamente impossível alguém receber
o diagnóstico dela e não ficar com algum tipo de sequela.
Naquela época, para glória de Deus, não houve sequela
alguma em mim. Fiz o acompanhamento por mais de seis
meses, a doença simplesmente desapareceu. Foi a minha

primeira experiência sobre fé e milagre.


Eu era um improvável…
Com 14 anos de idade, sofri um acidente automo-
bilístico gravíssimo de carona. Eu e meu irmão estávamos
num carro que bateu a mais de 140 km/h. Naquela oca-
sião, levei mais de duzentos pontos no meu rosto e fiz mais
de quatro cirurgias plásticas. Até hoje tenho cacos de vi-

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dro no pescoço. Em função do acidente, ganhei muitos
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apelidos, como por exemplo, cara de retalho, frankenstein,
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dentre outros. Meus olhos caíram, minhas pálpebras tam-
o
m

bém caíram, fiquei sem enxergar por mais de um mês, pois


meus olhos ficaram cheios de pedaços de vidro. Não podia
sentar porque os joelhos ficaram roxos. Não falava, pois a
minha língua ficou pendurada e toda costurada. Meu pes-
coço ficou destruído. Sobreviver foi um milagre sem igual.
Não estou vivo por acaso!

Estava Aos 18 anosRio


na rodovia de idade,
- Santoseueme vi literalmente
capotei morto.
a uma velocidade
de 180 km/h. Novamente de carona, eu me vi fora do meu
corpo. Vi o carro dos bombeiros. Eu tive perda de massa
encefálica pelo ouvido. Isso mesmo, perdi parte do meu
cérebro. Humanamente falando, deveria estar vivendo
num estado vegetativo. Quando abri meus olhos, estava no

hospital e minha mãe estava gritando desesperadamente.


Por algumas vezes, eu quase morri.
Naquela época minha mãe era católica com um
pouco de sincretismo religioso. Em uma das reuniões que
ela frequentava, disseram a ela:
- Estão machucando, estão ferindo, mas não irão
levar.

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No meu momento de intimidade com Deus, per-
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guntei a Ele:
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- Por
Por que eu não morri?
morri ? Por
Por que preservaste
preser vaste a minha
minh a
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vida?
Ele me respondeu:
- Tentaram te levar, mas, Eu não deixei. Eu tenho
um propósito na sua vida.
Essa resposta foi suficiente para mim.

A AUTOIMAGEM
Passei boa parte da minha jornada tentando ser uma
pessoa provável, aceita e validada, o grande problema é que
quem tenta, não consegue. Durante muito tempo, tive di-
ficuldade em seguir uma vida normal, visto que vivi mui-
tas rejeições em relação à minha imagem e também pelo

acidente que me deformou por inteiro. Estes episódios in-


terferiram diretamente na minha autoestima, a ponto de
pensar que não seria merecedor de encontrar uma mulher
digna e bonita.
Além disso, sofria terrivelmente com a síndrome do
filho do meio, que é uma crença que afirma que os filhos
prediletos são os caçulas e os mais velhos. Pode ter sido

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uma visão deturpada minha, mas eu me sentia muito des-
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confortável com isso. Eu não entendia o porquê de muitas
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coisas. Durante um período da minha vida, sofri com in-
ternações. Geralmente elas ocorriam no fim do período
letivo. Naquela época, eu estudava num colégio bem rí-
gido. Foi lá que sofri minha primeira grande decepção na
vida: fui reprovado na quarta série. O pior é que a escola
não fazia a renovação de matrículas de crianças reprovadas,

como foi o meu caso.


Meu irmão sempre foi muito estudioso. Ele costu-
mava tirar as melhores notas. Sempre ficava entre o primei-
ro e segundo lugar. Minha reprovação também o afetou,
pois ele também teve que estudar em outra escola. Virei
uma grande decepção para minha família. Essa decepção
marcou profundamente minha vida, a ponto de me blo-
quear.
Como assim?
Nos períodos seguintes, repeti todos os anos do en-
sino fundamental. Isso mesmo, quinta, sexta, sétima e oi-
tava séries, sem exagero. A única coisa que me lembro des-
ses anos é do nome da professora da quarta série. Na área
relacional, não foi diferente. Tive um histórico negativo e

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continuei obtendo resultados deste tipo de forma recor-
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rente. A grande pergunta que não quer calar é a seguinte:
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como
públicoeumasculino,
me tornaria alguém
militar habilitado
sobre temas tãopara falar para
profundos parao
homens?
Nada me credenciava. Fui rejeitado várias vezes, so-
fri traições, levei golpe de mulheres que se envolveram co-
migo. Golpe no sentido real da palavra, crime financeiro,
crime social, crime contra minha primeira filha.

Tudo
vez mais isso contribuía
isso contribuía
improvável. Como para
podeque um eu
ehomem
u me tornasse cada
improvável,
cheio de problemas para resolver
resolver,, com histórico negativo
negativo em
diversas áreas, traumatizado com a vida, recebe um convite
para ser a provável referência num modelo de homem?
A resposta é simples: Deus elege os loucos deste
mundo!
Ele escolhe os que não são para os que são.
Ele escolhe aqueles
aqueles que nunca foram
foram para que sejam.
Ele escolhe aqueles que foram rejeitados pelo mun-
do para serem aceitos por Ele.
Fiz uma postagem acerca deste assunto na minha
rede social. Acesse o QR CODE e veja.

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Ele escolhe aqueles que olharam para o mundo à sua


volta e decidiram não se moldar aos conceitos deste mun-

do, mas buscar


diversas o verdadeiro
vezes, quando estavamodelo do mundo
no seminário, eu eterno.
olhava Por
em
volta da minha sala e buscava uma resposta coerente para
justificar minha presença naquele lugar
lugar,, mas não encon-
trava. Eu estudei numa das faculdades mais exigentes do
Brasil, no que diz respeito à Teologia.
Em meio aos questionamentos, a única coisa que eu
ouvia de Deus era:
- Só fica.
E eu fiquei.
Quando comecei minha caminhada cristã, decidido
estar ao lado de Jesus, eu observava as pessoas na igreja e
notava que ali existiam alguns modelos prováveis de ho-
mens de Deus. Eram pessoas com aparência de serem tão

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santas que me faziam sentir-me um horror. Algumas pes-
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soas decidiram viver uma vida separada para Deus, inclusi-
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ve casar era
detalhe virgem. Quanto
a soberba a isso,nas
incutida nãopessoas.
há problema, o grande
O fato de alguém decidir viver uma vida devota e
separada para Deus não faz dela uma pessoa melhor do
que ninguém. Mas, infelizmente, muita gente não pensa
assim e também não age assim.

VOCÊ JÁ VIVENCIOU UM CONFLITO INTERNO?


Preciso ser sincero com você e admitir que passei
por esta fase na minha vida. Eu era cristão e estava con-
victo da minha decisão ao lado de Jesus, entendia sobre o
reino, porém, não o vivia. Considerava-me um grande ho-
mem, porém as coisas não davam certo para mim, apesar
de ter muitas certezas.

Naquela época eu tinha convicção de que meu pai


era uma boa referência para mim, pois ele era um exem-
plo para sociedade, honrado, marido de uma única mulher
e extremamente respeitador. Alguns inclusive o temiam.
Nada desabonava sua conduta. O comportamento dele me
fez enxergá-lo como uma pessoa a ser modelada para servir
ser vir
de referência de homem maduro, apesar de não ser cristão.

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Curiosamente, em uma célula que começou na casa dele e
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que, posteriormente, tornou-se uma igreja.
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Eu era cristão e estava convicto da minha


decisão ao lado de Jesus, entendia sobre o
reino, porém, não o vivia.

Apesar de tud
Apesar tudoo isso,
isso, eu senti
sentiaa que
que algo esta
estava
va acon
aconte-
te-
cendo de errado, pois me relacionei com uma pessoa preco-

cemente e, em pouco tempo, eu já era pai. Em meio a essas


reflexões, recebi uma palavra que rasgou o meu coração, digo
no sentido positivo da expressão. A palavra era a seguinte:
- Raphael, as coisas não estão dando certo para você,
correto? Então, mude a estratégia.
Essa palavra trouxe paz ao meu coração, pois a par-
tir daí comecei a perceber que, apesar de ter uma excelen-
te referência de pai e também de um homem de caráter,
eu precisava de um modelo para ser criado como filho de
Deus, nosso Pai
Pai celestial, dessa forma, eu descobriria o que
é ser homem segundo a vontade de Deus.
Mergulhei nessa busca!
Fui procurar na literatura a resposta para minha
pergunta. O livro é um grande professor. Muitas
Muitas vezes, so-

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mos afrontados e confrontados através da leitura de um
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livro, mas não temos a opção de revidar a ofensa. Através
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da leitura de um livro, temos vários insights. Isso é tremen-
do. Enquanto procurava informações e assuntos pertinen-
tes à temática de ser homem segundo a vontade de Deus,
identifiquei algo estarrecedor: não temos literatura que fale
sobre este assunto. Encontrei alguns livros que discorrem
sobre o que significa ser pai, isto é, sobre a paternidade.
Encontrei livros que discorriam sobre o desafio de ser mu-

lher, ser mãe, mas, sobre ser homem, não encontrei. Não
havia nada publicado sobre ser homem.

O livro é um grande professor. Muitas vezes,


somos afrontados e confrontados através
através da
leitura de um livro, mas não temos a opção
de revidar a ofensa

Por incrível que pareça, toda temática era insupor-


tavelmente voltada para assuntos sobre ser pai, marido e
outros aspectos da masculinidade, menos ser homem.
Também não encontrei nada a respeito deste tema nos
cursos presenciais. Qual a consequência disso? Antes de ser
um bom marido e um bom pai, o homem precisa aprender

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a ser homem de verdade. Este aprendizado precisa acon-
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tecer antes do casamento, pois é sabido que o casamento
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não
homemtemde
o poder
Deus. de
Às transformar o marido
vezes é melhor ema um
derrubar grande
construção
e começar de novo. Reconstruir dá mais trabalho do que
construir. Em alguns casos, as desconstruções e constru-
ções serão necessárias.
A partir daquele momento, comecei uma verdadei-
ra saga em busca de mais conhecimento sobre o assunto.
a ssunto.

Neste período de busca incessante na revelação im-


pressa de Deus, percebi algo muito interessante e descone-
xo. Muita
Muita coisa que estava escrito não fazia conexão com o
que estava sendo pregado. O que escutamos nos púlpitos
na maioria das vezes não passa de teorias religiosas do ho-
mem, mas, não bíblicas. Muitas vezes, um versículo é cita-
do, mas não há a completude bíblica. Por
Por exemplo:

Mulheres, sujeitem-se a seus maridos, como ao


Senhor, pois o marido é o cabeça da mulher,
como também Cristo é o cabeça da igreja, que é o
seu corpo, do qual ele é o Salvador. Assim como
a igreja está sujeita a Cristo, também as mulheres
estejam em tudo sujeitas a seus maridos. Maridos,

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amem suas mulheres, assim como Cristo amou a
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igreja e entregou-se a si mesmo por ela.
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Efésios 5.22-25
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Às vezes é melhor
melhor derrubar a construção
e começar de nov
novo.
o. Reconstruir dá mais
trabalho do que construir
construir.. Em alguns casos,
as desconstruções e construções serão
necessárias

Muitos homens aproveitavam estes


e stes versículos para
detonar as mulheres, pois eles eram inseguros e frágeis.
Para que a mulher não pudesse viver a sua vida individual
como mulher, alguns homens diziam:
- Você precisa se sujeitar a mim, porque eu sou o
cabeça, isto é, o chefe da casa.

mos o Analisando friamente


quanto os homens nãoesta colocação,elogo
se garantem percebe-
atuam como
“moleques” (imaturos) em situações em que se espera uma
atitude mais enérgica de homem maduro. Os religiosos
adoram citar alguns versículos isolados e não fazem uso do
contexto para explanação do que foi citado. O que eles se
esquecem é de que até o diabo citou a Bíblia contra Jesus.

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Antes de ser um
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bom marido e

um bom pai, o
homem precisa

aprender
homem de a ser

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Querem sujeitar as mulheres, mas não se transfor-
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maram em homens suficientes para isso.
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Estava
sobre este muitoOclaro
assunto. para mim
arcabouço que faltava
teológico conteúdo
disponível so-
bre este tema não era suficiente para atender às demandas
pertinentes a esta área da vida. Foi então que comecei a
perceber que, sutilmente, algo estava me chamando para
este propósito.

DE IMPROVÁVEL A PROVÁVEL
Aconteceu que eu, o improvável
improvável,, comecei a avan-
çar, mesmo sendo cada vez mais improvável. Eu estava em
um lugar onde a minha figura era totalmente atípica. O
meu molde, o meu formato era outro. Não que me sen-
tisse destacado, não era uma questão de me sentir, eu era

destacado, fora dos padrões. O modelo religioso não cabia


dentro de mim e sofri muitos ajustes em consequência dis-
so. Todos os dias perguntava para Deus o motivo de estar
ali naquele lugar,
lugar, e Ele me respondia:
- Apenas continue.
E eu continuei. A minha desconstrução era latente e
perceptível, até mesmo dentro do seminário. Consequen-

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temente, pude perceber que alguns professores não gos-
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tavam muito de mim e da maneira com que conduzia o
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rompimento
parecia ser a de alguns
última paradigmas.
chance daquelesOque
seminário teológico
não deram cer-
to em lugar nenhum. Muitas pessoas tinham o seminário
como uma espécie de refúgio, depois de não terem êxito
em outras áreas profissionais, sendo assim, apenas o que
lhes restara era pastorear uma igreja. Quanto a mim, não
me importava com a condição dos outros, essa não era a

minha condição. Meu propósito era compreender o que


Deus queria de mim naquele lugar.
Após iniciar o seminário teológico, já mergulhado
no evangelho, comecei a fazer estudos sobre hombridade.
Nesse momento, algo atípico começou a acontecer
acontecer.. De re-
pente, eu me via em rodas nas quais possuía respostas para
perguntas, assuntos, questionamentos que naturalmente
não saberia responder. Tais respostas não vinham daquilo
que eu achava. As minhas respostas vinham de verdadeiras
convicções. Eu era muito firme e claro nessas respostas, e
essa certeza era algo fora do comum, algo que não vinha de
mim, vinha de Deus. Não vinha de mim, vinha de valores
que estavam sendo reajustados em mim, alguns até mesmo
descartados, mas outros reconfigurados.

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Por algumas vezes, tive a experiência de estar em
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ambientes em que eram pontuadas questões em que mi-
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nhas
comorespostas davamfrequentes
por exemplo, clareza absoluta
debatesa assuntos relativos,
sobre o papel do
homem. Essas respostas, alicerçadas na verdade bíblica, vi-
nham como feixe de luz cortando o escuro. NãoNão se tratava
de “decoreba”, não eram frases feitas para resolver valores
que não estavam dentro de mim. Há pessoas que falam
sobre assuntos, mas não praticam tais assuntos. Aqueles

assuntos eu resolvi praticar.


Quando comecei o seminário teológico, fiz um
voto com o Senhor e o mantive em silêncio. Eu não que-
ria tocar em ninguém, porque decidi me descontruir
como homem. No meu interior, havia certezas de
d e valores
que meu pai tinha inserido em mim em relação a hom-
bridade, mas, ao mesmo tempo, eu tinha dúvidas em re-
lação aos valores eternos do que é ser homem segundo a
vontade de Deus.
Nesse instante de decisão, uma certeza guiava a mi-
nha mente: eu sei o que eu fiz, eu sei o que eu quero e eu
não quero mais isso. Eu me encontrava em um momento
de reconfiguração total, trazendo como experiência tudo
aquilo que havia vivido, o lugar para o qual não iria mais

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voltar. Meu interior clamava por mudança, eu precisava
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fazer uma atualização nos meus drivers mentais, e eu sabia
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que eles tinham
no secreto entre de vir edoeu.céu. Resolvi manter esse assunto
Deus
Dentro de mim, existia o entendimento de que pe-
cado não é o ato em si, pecado é defraudar alguém, é des-
pertar o amor antes da hora. Fiz um pacto com os meus
olhos, resolvi não olhar para nenhuma mulher que não
fosse a minha. A todo instante, minha natureza carnal mi-

litava contra a decisão do meu espírito, ainda mais por ser


um homem experiment
experimentado.
ado. Trilhar o caminho
caminho da pureza
pureza e
me resguardar não foi uma tarefa fácil, mas com certeza foi
uma grande aventura.
Cheguei a um momento da minha vida em que eu
respirava igreja. Fazia seminário presencial diariamente, ti-
nha um dia para treinar Jiu-jitsu, participava de todos os
cultos regulares. Eram praticamente seis dias da semana
dentro da igreja. Alguns fatores religiosos imputavam pen-
samentos pré-moldados, os quais eram questionados por
mim segundo a palavra de Deus.
Percebi que pessoas começaram a me procurar, al-
gumas delas experimentando dores que eu já tinha expe-
rimentado. Traição,
Traição, rejeição, sentimento de inferioridade,

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programação para dar errado, críticas dentro da igreja. Foi
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então que entendi que se minhas lágrimas foram derramas
derr amas
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para
Todaajudar
vez queosalguém
outros,vinha
minhas
comlágrimas
uma dorvaleram
forte, euapensa-
pena.
.c
o
m

va: já chorei sobre esse assunto. Se chorei para ajudar essa


pessoa, está valendo a pena.
Naturalmente, criou-se um ambiente de procura e
aconselhamento, em que as respostas vinham a mim, e eu
tenho a certeza de que as respostas que eram dadas não pro-

vinham de mim. Sei que, através da minha vida, ecoava algo


algo
incrível e entendi o que é ser usado por Deus. Não existe
coisa mais gostosa do que ver vidas sendo transformadas, ver
os olhos de pessoas que, outrora estavam entristecidas,
entristecidas, volta-
rem a brilhar.
brilhar. Meu objetivo era me manter nessa
nessa intimidade
com Deus e se necessitava ser casto para isso acontecer, que
assim fosse. Ter intimidade com Deus é mais prazeroso do
que qualquer coisa. Somar na vida das pessoas é gratificante
e recompensador, e ali eu me completei.
Pare e pense:
O que você tem feito para intensificar sua intimida-
de com Deus?
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Ter intimidade com Deus é mais prazeroso
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do que qualquer coisa


.c
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O improvável começou a se tornar provável


provável,, ao
passo que os certos, os prováveis obviamente se incomo-
daram. Essas procuras não deveriam existir ao Raphael.
Quando me olhava no espelho, ainda me via como uma
pessoa errada. As procuras por aconselhamento me fizeram

compreender que as respostas que saíam de mim não eram


oriundas do meu conhecimento, mas através de mim se
apresentava a sabedoria que veio de cima.
Hoje, é fácil falar de mim, aquela pessoa que tinha
uma programação para dar errado. Claro que não é essa a
intenção dos pais, mas o sentimento de rejeição, desvalo-
rização, de traição eram iminentes na vida do improvável.
Traumas em alguns ambientes e a cura vindo de forma qua-
se que orgânica, digo orgânica para não falar sobre milagres.
O improvável começou a se tornar provável mesmo ainda
sem conseguir se olhar no espelho como alguém validado.
Era interessante como algumas pessoas vinham me
procurar para aconselhamento e direção. A maioria delas,
ou talvez todas, me enxergavam de uma maneira que eu

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mesmo não me via. Eu continuava me vendo o pior de
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todos, continuava me vendo como o ruim da história, con-
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tinuava
que não me vendo
sercomo o cara deformado, de retalhos,
.c
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m

poderia bem-sucedido. Essas convicções eram


coisas que eu trazia como programação dos próprios pais,
já que o mérito do sucesso era só do mais velho.
Meus conselhos e direcionamentos, até mesmo
profissionais, alavancavam pessoas e mudavam trajetórias.
Por diversas vezes, fui usado para algumas pessoas na área

profissional, devido à minha capacidade de fazer negócios.


Apesar de ser uma pessoa validada
validada para os outros em mui-
tos aspectos, o meu espelho sempre esteve muito sujo. Eu
via meu reflexo e não me validava. É nesse momento que
podemos entender a profundidade de um bloqueio, de um
trauma. É claro que o seu propósito está ligado ao seu blo-
queio, e durante muitos anos sendo bloqueado, acabei me
tornando provável
provável..
Um tempo depois, eu me mudei para um outro
bairro da cidade onde havia uma igreja maravilhosa. Ali
fui acolhido por pessoas que me ouviam e acreditavam no
evangelho da cruz, o qual testificava através da minha vida.
Rapidamente pude me sentar ao lado de pessoas grandes
naquele ministério, mesmo me achando o menor de todos.

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MAS POR QUE EU?
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Em dado momento dessa caminhada, pessoas co-
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meçaram a frequentar a célula que eu liderava, porque eu
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tinha algo denão


diferente naformado
teologia.em
Dediquei-me a estu-
.c
o
m

dar teologia, para ser uma profissão, fui


buscar a teologia para conhecer Jesus. Sou um aficionado
pela palavra de Deus, e as minhas palavras a respeito dEle
sempre foram temperadas com paixão. Em alguns meses, a
minha célula lotou. Cheguei ao ponto de líderes e supervi-
sores me proibirem de aceitar líderes de outras células. As

pessoas não cabiam mais no meu apartamento, no salão de


festas. Tivemos
Tivemos que ir para a rua e posteriormente foi mon-
tada uma igreja em Nova Iguaçu. Embora tivesse passado
por tudo isso, minha visão a respeito de mim mesmo con-
tinuava turva. O improvável já era provável, entretanto,
honestamente, o meu espelho continuava embaçado.
Todas as manhãs
manhãs no culto
cult o eu me reunia
reu nia com
c om algu-
algu-
mas pessoas da igreja na salinha onde era servido
ser vido o café. Os
encontros tinham cerca de 8, 10, 12 homens. Nós conver-
sávamos a respeito de vários temas, como oração, firmeza,
santidade, valores, paternidade e conselho. Aquilo já era
uma liderança, era um aconselhamento para homens. Na-
quele momento, eu ainda não enxergava isso, mas alguém
enxergava, Aquele que me criou, enxergava. Certo dia me

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chamaram para liderar o ministério de homens de uma das
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igrejas mais influentes do Brasil. Naquela
Naquela época, só da igre-
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ja localnível
davamundo,
para somar maiseudeeradezlíder
mildos
mil homens.
líderes.Era
Euuma
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igreja na qual me
deparei com homens de culturas diferentes, de condições
financeiras e sociais totalmente aleatórias. O evangelho é
para todos. Do sofisticado ao iletrado, do bilionário ao
morador de comunidade.
Durante muitos meses, alguns pastores me diziam:

o ministério de homens tem que ter a cara do líder. A ver-


dade era que eu não queria aparecer, não queria me ex-
por. Pedia para que não postassem fotos minhas nas re-
des sociais. Eu sabia que centenas de milhares de pessoas
assistiam às programações da igreja, por isso não queria
aparecer, me achava impuro, improvável e não merecedor.
Após quatro meses de relutância comigo mesmo, resolvi
me expor. Raphael Soares, o homem que teve uma vida
pregressa indigna, injusta, comparada ao que se costuma
pregar nas religiões. Eu estava lá, líder do ministério dos
homens. Colegas de seminário que torciam o nariz para
mim começaram a aparecer falando como admiravam a
minha intimidade com Deus. O improvável se tornou pro-
vável.

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MAS POR QUE EU?
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Incrível aventur
aventuraa foi lidera
liderarr os homens. Toda
Toda vez
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que os encontrava, vinha uma memória da minha história
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de
umavida, vinha algodoque
céu,Deus tinha me ensinado, avinha
.c
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m

direção vinda um milagre acontecendo olho


nu.
Por que esse
esse movimento do improvável
i mprovável se tornou
provável?
Afinal de contas, quais foram os valores que entra-
ram na minha cabeça que, de forma involuntária e imper-

ceptível, eu estava externando? O que é ser homem? De


onde eu comecei a extrair esse novo modelo de hombrida-
de? Modelo que chamou atenção por fugir do padrão do
que antes era visto e ensinado. Qual era a grande questão?
Quando adentrava
a dentrava em uma igreja, em um movi-
mento cristão ou em qualquer outro modelo que tratasse
de posicionamento masculino, tinha a sensação de total
castração da identidade do homem.
O que se ouviam eram falácias usadas com algu- a lgu-
mas referências bíblicas tiradas de contexto para justificar
o papel do homem, como por exemplo, não poder falar
alto, não poder se rígido, etc. Essa estratégia é muito usada
por religiosos para manipular a Bíblia de acordo com a sua
própria vontade. Percebia
Percebia que os homens perdiam seu ím-

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peto pela vida, seu vigor, sua força e seu posicionamento.
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Afinal de contas, o que era ser homem? No No mundo se fala
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de
falaum
duraextremo:
e valente.um
O cara forte,
nãobravo, rígido,. troncudo,
.c
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m

homem pode chorar.


chorar
Também há em nossa nossa socieda
sociedade
de o modelo
mo delo de ho-
mem garanhão, galanteador
galanteador,, sempre com várias mulheres.
Afinal de contas, isso é ser homem?
Claro que o homem pode ser rígido, quando o mes-
mo se posiciona em detrimento da sua família. O homem

tem que estar pronto para guerra a todo o instante, para


proteger aquilo que foi confiado a ele. O homem tem seus
sentimentos de tristeza, o homem também chora. Assim
como as mulheres têm TPM todo mês, o homem passa
por um momento de profunda inferência, profunda refle-
xão e por consequência, tristeza. A sociedade imputa que
o homem não deve ser frágil, não pode ceder,
ceder, e por isso ele
mascara e oculta seus sentimentos.
Onde está a delicadeza no trato com sua esposa e
com seus filhos? Onde estão os sentimentos que podem
ser entoados através de carisma? Se até Jesus chorou, por
que o homem não deveria chorar? Onde está a pureza do
homem? A cultura ensina que o homem é sujo. O homem
de verdade topa qualquer negócio, e isso inclui mulheres.

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MAS POR QUE EU?
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Nem que para isso ele precise engolir seus princípios, suas
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vontades e seus valores. No meio dessa promiscuidade,
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onde está a espiritualidade
O homem pode terdoohomem?
seu vigor físico usado de
forma apropriada. Ele deve posicionar-se com retidão.
No casamento, por exemplo, nem tudo é acordo, como
é ensinado nos cursos da igreja. Isso é uma mentira que
causa dor, divórcio e castração dos homens.
home ns. Na verdade,
tudo tem acordo, agora quando não há acordo e existe

uma decisão a ser tomada, o homem não pode ser anu-


lado. A responsabilidade
responsabilidade da tomada de decisão é dele, e
por isso o mesmo não deve ser inerte, omitindo sua voz
de poder
p oder..

No casamento, por exemplo, nem tudo


é acordo, como é ensinado nos cursos da
igreja. Isso é uma mentira que causa dor,
divórcio
div órcio e castração dos homens

Um exemplo prático: certa vez, um homem pre-


cisava mudar de cidade para mudar de profissão e con-
sequentemente ganhar mais. Ele levou esse assunto até a
sua esposa, que não concordou. E que pena, ele negou a

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Se até Jesus
chorou, por
que o homem
não deveria
chorar?

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MAS POR QUE EU?
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mudança, o upgrade em sua vida profissional e, por conse-
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quência, também geográfica. Meses depois, foi demitido.
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m Todas
segura as alegações
saindo da mesma
da cidade, mulher,
por ficar pertoque
dosnão se sentia
parentes, da
escola da criança e tudo aquilo que ela poderia argumentar
para poder sair da sua zona de conforto, foi por terra. No
final das contas, o homem é quem paga as consequências,
porque a decisão é dele.
A sociedade grita para que o homem se envolva se-

xualmente com as mulheres e se esquece que existe um laço


de alma que vai ecoar pela eternidade. Cada vez que você
se envolve com uma pessoa, um pedaço da sua intimidade
é doado para alguém que não foi concebido para ser seu.
Existe homem bravo e puro? Sim, a Bíblia nos mostra em
1 Timóteo 4:12 o apóstolo Paulo se referindo a um jovem
chamado Timóteo. E ele falava:

Ninguém menospreze o fato de seres jovem, mas


procura ser exemplo para os fiéis, na palavra, no
comportamento, no amor,
amor, na fé e na pureza.

Amor, pureza e bom comportamento. Aqui vemos


Amor,
que o homem tem o seu vigor a ser aplicado e o homem

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tem a sua pureza a ser explorada. Os dois têm que cami-
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nhar juntos.
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A sociedade grita para que o homem se


envolva sexualmente com as mulheres e se
esquece que existe um laço de alma que vai
ecoar pela eternidade
eternidade..

No meio disso tudo, o jovem Timóteo recebe uma

voz para falar sobre pureza e posicionamento, mesmo sen-


do solteiro e claramente dominando o ímpeto voraz da sua
natureza carnal. Ele pode sim pastorear uma igreja e acon-
selhar casais, porque a resposta não vem por experiência,
mas sim por revelação. Isso se derramou na minha vida
como um bálsamo, porque eu, anteriormente solteiro, li-
derava homens casados, pais, avós, viúvos, jovens, adoles-
centes. Eu, um homem que tinha uma vida pregressa, mas
que no momento estava me preparando para encontrar a
minha esposa. Como poderia direcioná-los? Como poderia
aconselhá-los? Da mesma maneira que Timóteo poderia.
Sendo um exemplo no agir, no fazer, no espiritual. Cul-
turalmente todos falam: solteiros não podem aconselhar
casados, então isso foi uma virada de chave revolucionária.

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Foi assim que se iniciou o ministério dos homens.
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Tarefa:
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Qual é o seu maior desafio em atender ao chamado


de Deus?
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CAPÍTULO 3

SUPORTANDO AS PRESSÕES
DA VIDA
SUPORTANDO I

AS PRESSOES
DA VIDA

capítulo 03
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Em certaUMocasião,
EMPURRÃOZINHO DE DEUS
estava vivendo uma vida que não
era um modelo de Deus para mim. Encontrava-me numa
zona de conforto de uma empresa, em que tinha um sócio,
tinha um andar inteiro e mais de sessenta colaboradores.
Era um negócio bem promissor e meu sócio era uma pes-
soa bem resolvida financeiramente, mas quando Deus te
chama, não tem o que impeça, nem você mesmo é capaz
de impedir o Seu desígnio, a soberania de Deus tem que
prevalecer.
Recordo-me de uma vez que saí do culto e fui para
casa. Tinha um relacionamento muito ruim, marcado
por traições e vergonha da outra parte. Lembro-me que
morava numa super casa e estava fazendo um churrasco

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para mim mesmo. Estava sentado perto da churrasqueira
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olhando à minha volta e pensava que aquela
a quela era uma super
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m mansão, olha onde eu estou, onde eu cheguei, aí eu olhei
e parecia cena de novela das oito, eu tinha dois cachorri-
nhos, um deles era um Golden Retriever,
Retriever, ele correndo em
volta da minha piscina magnífica e da minha bela mansão.
Eu observava minha sala, para a profundidade dela e per-
cebi o quanto parecia novela das oito mesmo, parecia que
eu estava num filme. Aí eu fiz uma oração, acho que não
devia fazer essa oração, mas brincadeiras à parte, fiz uma
oração. Eu falei:
- Deus, as coisas estão indo tão bem, só que parece
que eu estou numa mentira e eu sei quem é o pai da men-
tira, parece que eu vivo de mentira, isso aqui não parece
de verdade.
Porque mesmo visualmente tendo tanta coisa, eu
vivia enrolado, eu vivia às vezes me enrolando financeira-
mente, me enrolando em sobrecarga de grana, de trabalho,
de problemas...
Então, eu olhei e falei:
- Deus, isso não é de verdade, tem alguma coisa de
errado. Senhor,
Senhor, eu sei quem é o pai da mentira e se isso que
eu estou vivendo é uma mentira, me tira daqui.

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Isso aconteceu num domingo, na mesma semana, o
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meu sócio quebrou, enquanto pessoa e em todas as áreas
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m dele. Ele não tinha apartamentos, ele tinha prédios, con-
juntos, estabelecimentos
estabelecimentos locados, negócios e ele tinha uma
parte, a minha empresa estava no prédio dele, era um pré-
dio inteiro, uma coisa de alto padrão. Eu sei que nessa
semana eu não sabia o que ele fazia exatamente, o que ele
fez de verdade, porque ele herdou muito patrimônio.
O fato é que ele quebrou e, claro, arrastou a em-
presa junto, a empresa quebrou. A tal ponto que o banco
tomou o prédio. Não tenho dúvidas de que foi o resultado
da oração, ou seja, a empresa simplesmente parou de fun-
cionar,, eu parei de ter receita, tivemos que nos mudar e ele
cionar
falou assim:
- Toma para você, eu vou arrumar alguém de sócio
para você, estou cuidando de outras coisas.
Ele me deu um negócio parado, sem funcionar,
funcionar, sem
ter meio de sobrevivência. Nessa mesma semana, a minha
esposa simulou uma cena de ciúme quando a gente estava
num shopping e falou que não precisava mais de mim.
Dias difíceis!
Quando fui ao banco ver como estavam minhas
finanças, vi que estava compensando alguns cheques,

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aliás, vários cheques, e não entendi porque o gerente
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estava segurando uma conta que eu não movimentava.
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m Ele me deu essa informação, disse que estava seguran-
do os cheques para mim, mas eu afirmei que não usava
essa conta há muito tempo. Ao verificar o que houve,
percebi que uma pessoa muito próxima a mim, havia
falsificado as folhas de cheque. Enfim, foi um golpe e
antes de fechar uma semana, Deus me tirou da menti-
ra que eu vivia. Foi preciso coragem para continuar,
conforme eu comentei no vídeo disponível no QR
CODE a seguir.

Cheguei à estaca zero. Fui dormir na casa da minha


mãe, mesmo tendo uma casa, pois decidi alugá-la. Sentei,
olhei à minha volta e falei: o que é isso, Deus? Nesse dia,
veio à memória tudo, hoje eu não tenho nada, eu só tenho
ao Senhor e na hora me veio uma resposta, na verdade, eu
nunca tive nada, eu sempre só precisei ter o Senhor
Senhor..

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Ocorreu alguma inversão de valores na caminhada.
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Essa virada de chave, parecida com um empurrão, me en-
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m sinou o seguinte:
- Agora, eu respiro só o evangelho, agora eu só res-
piro buscar a Deus, agora eu só respiro viver para Cristo,
mudarei a estratégia.
Recomecei praticamente do zero. Neste dia, decidi
abrir mão de todos os meus sonhos, mas ainda queria ter
uma família, mas todos os meus sonhos financeiros, todos
os meus desejos financeiros, todos, joguei fora, ou seja, um
empurrãozinho de Deus.

ONDE EU ESTOU E PARA ONDE VOU?


Eu tinha certa consciência de que não possuía abso-
lutamente nada e quando imaginei a possibilidade de viver
uma vida sob a orientação de Deus, pensei que meus so-
nhos financeiros e materiais não fossem se realizar.
realizar. Foi um
momento desafiador. Os recursos financeiros acabaram,
minha empresa era uma farsa, pois descobri que ela estava
atolada em dívidas, em função de uma péssima adminis-
tração. Eu era tão focado na tecnologia que quando assumi
a empresa, muitos pensaram que eu não conseguiria ser

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um gestor.
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Eram muitas pressões. Mesmo tendo um espelho
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m visual bem deturpado, entendi que não era um homem
mulherengo, porque eu não queria me envolver com diver-
sas mulheres, ao contrário do que os outros faziam. Meu
objetivo era ter um relacionamento para casar, mas não
deu muito certo, porque minhas escolhas não foram no
ambiente correto. Não estou julgando as pessoas, estou
julgando o ambiente onde eu vivia, enfim.

Os recursos financeiros acabaram, minha


empresa era uma farsa, pois descobri que
ela estava atolada em dívidas, em função de
uma péssima administração

Então, uma certeza eu tinha: queria me casar. Meu


desejo era formar uma família. Por que isso? Vivi uma re-
ferência familiar estável, porém, não era uma referência de
valores familiares que julgava ser o modelo que precisava.
Reproduzir aquele padrão familiar era um cuidado que eu
deveria ter, mas desejava ter um lar, porque o homem se
completa em sua casa, isso estava no meu DNA de ma-
neira muito aflorada. Eu queria ter mais uma criança para

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cuidar, ensiná-la a servir a Jesus e buscar o reino de Deus.
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Eu precisava que a justiça e as demais coisas me fossem
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m acrescentadas.
Nessa época, para mim, as demais coisas eram nada.
Resumiam-se a andar a pé, roupa remediada. Eu tinha um
caco de uma empresa que assumi com alguns milhões de
dívidas e com uma renda bruta que não pagava minhas
despesas fixas. Fiz acordo com os colaboradores, pagamos
todos. Chamei um por um e falei com Deus para me aju-
dar a honrar o salário de cada um. Meu sócio estava deven-
do três meses de salário para os colaboradores, esse salário
era para pagar comida, sustentar a luz de casa e eu não
quero tirar um real desse deles.
Todos entenderam que eles eram prioridade. Ob-
viamente, me mantive no lar dos meus pais, porque eu
entendia que na palavra de Deus o homem vai deixar o seu
pai e a sua mãe para se casar. Apesar de ter uma casa em
Nova Iguaçu, eu queria realmente aplicar tudo que estava
escrito na palavra de Deus, mesmo não conseguindo ver
com os olhos naturais o cumprimento da palavra dEle, re-
solvi obedecer.
Mudei a minha estratégia, decidi que sairia da casa
dos meus pais para me casar. Mesmo depois de adulto,

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existem algumas etapas na nossa vida que precisam ser vi-
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venciadas, essa foi a lição que aprendi. Naquela época, eu
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m já não era mais um adolescente, por isso, falei para mim
mesmo que faria exatamente como diz a palavra de Deus e
obedeci a meus pais. Muitas vezes, passei por situações em
que eu dizia não, mesmo com meu corpo gritando sim. Eu
estava decidido a obedecer. Muita coisa não fazia sentido
para mim.
Mergulhei na tecnologia, na minha empresa. Con-
segui honrar o salário de todo mundo, não tirei um real do
salário de ninguém, porque é justo que se pague o salário
dos colaboradores. A palavra de Deus diz que, “digno é
o trabalhador do seu salário”. (Lucas 10. 7) Trabalhei em
diversas áreas, fiz muitas coisas e às vezes eu não tinha di-
nheiro para comprar peças de reposição. Fiz o que poderia
ser feito e Deus foi enviando os clientes.
Tenho colaboradores desde aquela época até hoje,
alguns deles abriram um negócio parecido com o que eu
tenho hoje, somos parceiros, ou seja, a imagem que eu dei-
xei naquela época foi muito positiva, porque era algo além
de mim que me mandava fazer.

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Eu estava
decidido a
obedecer

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Isso tudo foi reconstruído e eu aprendi a respeitar e
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honrar meus pais. Aprendia a desligar meu ouvido, escuta-
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va vários questionamentos sobre Deus e diversas compara-


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ções com meus irmãos. Eu fazia cara de paisagem e falava


com Deus que eu tomava muita pancada, mas eu passava
por cima e recolhia aquilo que era bom e principalmente,
experimentei algo de Deus fora da curva. Ele é capaz de
suprir todas as coisas. Absolutamente, todas.

Fiz o que poderia ser feito e Deus foi


enviando os clientes

FAZENDO TUDO CERTO AINDA TEM CHANCE DE DAR ERRADO


Certa feita, depois de uma completa frustração no
relacionamento, eu estava sem chão, sem teto e olhando
à minha volta, dizia assim: absolutamente nada mais faz
sentido para mim, porque realmente existe uma razão em
tudo o que eu escutava à minha volta, eu tenho alguma
coisa de errado em mim. Eu estava muito, muito destruído
moralmente, psicologicamente e socialmente.
Eu estava esperando o término do culto para falar
com meu pastor à época, me lembro que tinha tanta coisa

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para falar, que chegou a hora de me aproximar dele, ele
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colocou a mão no meu ombro e não me deixou falar uma
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palavra, ele só falou uma coisa:


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- Fica tranquilo, Raphael, nós sabemos que você fez


de tudo para dar certo.
Foi só isso, foi o suficiente para que eu pudesse chorar
copiosamente,
copiosament e, na minha memória hoje passaria um reels de
trinta segundos que seria toda a história da minha vida.
Lembro-me do quanto me esforcei para acertar, o
quanto busquei ser um homem melhor, um melhor pai,
um marido
marid o melhor, enfim, ser uma referênci
referência.
a. Tudo
Tudo aquilo
que poderia manchar o nome e a imagem de um homem,
tirei nessa caminhada, olhei e demorei a acreditar que ele
tinha razão. Depois do universo inteiro, das pessoas pelas
quais você tem a maior expectativa de ser aceito, daquelas
pessoas que você tem como referência, tudo aquilo te piso-
tear,, eu custei muito a acreditar que ele tinha razão.
tear
Quantos bilhões de “e se” eu fizesse, se acontecesse,
e se isso, e se aquilo, e se, e se, e se, e se foram jogados
fora, como demorei a entender que ele tinha razão, eu fiz
de tudo, mas por que não deu certo? E eu voltei com isso
encucado, por que não deu certo? Por Por que não está dando
certo? Por
Por que que não está acontecendo? Eu senti uma res-

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posta sobre isso, quando a gente procura fazer tudo certo,
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existe ainda uma chance de dar errado, mas quando você
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está na direção errada, mesmo fazendo tudo certo, mas na


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direção errada, existe uma grande chance de dar errado.


Pode haver misericórdia, uma intervenção divina
para que dê certo, porque pela graça você pode renovar
tudo isso, mas as chances de dar
da r errado são incríveis. Nesse
dia, foi um dos pontos de decisão em que eu pensei:
- Pararei com tudo para me reconstruir, pois mesmo
fazendo tudo certo, a direção que eu estou tomando é errada.
Desconstruir esse modelo de hombridade em relação à sexua-
lidade foi bem longo, mas entendi que precisava de santidade,
precisava aprender a olhar e não desejar outra mulher
mulher,, senão a
minha, de não despertar o amor antes da hora.
E começaram a ecoar no meu cérebro tantas mensa-
gens de Deus que eu lia e passava até desapercebido. Não des-
pertar o amor da donzela, da mulher antes da hora, não olhar
e desejar uma mulher que não
não será sua. Para que defraudar al-
guém? Para que perder tempo numa defraudação emocional
tendo intimidade sexual, sabendo que aquilo não vai prolife-
rar para futuro nenhum. Para quê? Aquilo virou uma chave
tão forte que de um religioso eu passei a ser um praticante do
evangelho, de mudar meu life style, mas a minha carne gritava.

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Quando a gente procura


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fazer tudo certo,


certo, existe
existe
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ainda uma chance de dar


errado, mas quando você
está na direção errada,
mesmo fazendo tudo
certo, mas na direção
errada, existe uma
grande chance de dar
errado
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Pare e pense:
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Como você tem buscado sua conexão com Deus?
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Eu olhava à minha volta e pensava assim: por que


que você está se relacionando com aquela mulher? Você
não vai ter intimidade, qual sentido disso? E eu comecei a
questionar absolutamente tudo e percebi que eu precisava
mudar a minha rota. Mesmo fazendo, querendo tudo cer-
to eu tinha que estar na direção certa, porque é uma ques-
tão de lógica: como é que eu vou ter alguém buscando nos
lugares errados? Esse não é o life style que eu quero, então,
isso validou muito a minha mudança.
Ao terminar o seminário, isso me veio à memória,
pois havia feito um voto, meu compromisso de não me
relacionar com nenhuma mulher que não fosse a minha es-

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posa. Naquele período, uma pessoa se interessou por mim,
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oramos sobre esse assunto sem mantermos contato físico
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íntimo. O pastor dela foi categórico em cortar essa rela-


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ção e falou mil coisas mentirosas a meu respeito. Acabei


posteriormente me envolvendo com outra pessoa. Mesmo
eu fazendo tudo certo, tive a chance de dar errado e na
prática deu errado, a pessoa que conheci não foi a mulher
com quem me casei. Posteriormente, veio à memória essa
mensagem de muitos anos atrás:
- Raphael, você fez o certo, mas sabe aquela chance
de dar errado? Pode
Pode acontecer, mesmo sendo mínima. Deu
errado, mas vai de novo, que vai dar certo.

Mesmo eu fazendo tudo certo, tive a chance


de dar errado e na prática deu errado, a
pessoa que conheci não foi a mulher com
quem me casei

DESAFIO FORTE
Imagine um homem com um voto de santidade,
buscando a face de Deus e por alguns anos sem nenhum
tipo de contato com uma mulher,
mulher, imaginou? Certa vez, na

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casa da sua mãe, ele tinha acabado de retornar de aula do
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seminário. Era sexta-feira, um dia muito desafiador para
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quem busca uma vida separada para Deus. Ele recebeu


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uma ligação de uma pessoa que não via há muitos anos,


uma pessoa bonita, atraente, interessante, só que ele não
tinha contato há muitos anos Ninguém sabia do contato.
Uma verdadeira surpresa.
A primeira surpresa foi a própria ligação. A outra
surpresa foi ouvir a história da pessoa. Ela estava casada,
morava em um outra cidade do estado e tinha visto o seu
caminhar rumo à intimidade com Jesus Cristo, e o resumo
da conversa é o seguinte:
- O meu marido não me tem como mulher há mais
de dois meses, e eu não quero saber,
saber, estou indo ao seu en-
contro, vou te pegar.
Esse homem, que estava em santidade, desligou o
telefone, sentou-se na cama e falou assim: meu Deus, por
que eu não disse não? Veio uma tentação daquelas, e ele
sentiu de Deus uma estratégia, ligou e falou:
- Você sabe que eu estou na casa da minha mãe,
e você não vai conseguir entrar no condomínio, não tem
acesso, não vai ter autorização, e ela debochou que agora
ele estava com papo de crente.

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- Você não vai entrar, mas eu vou te fazer uma pro-
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posta: se amanhã você continuar firme nessa ideia, a gente
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m sai para conversar e quem sabe, né?
Desligou o telefone.
Ele falou para si mesmo: por que eu não disse não,
meu Deus?
Outro pensamento que veio à memória: Jesus, eu
estou em santidade, logo a esposa de alguém, vou fornicar,
fornicar,
vou destruir um casamento. Aqueles pensamentos tene-
brosos rondavam a mente desse homem.
No dia seguinte, a mulher liga chorando, porque o
impulso passou, a consciência veio à tona e o assunto foi
encerrado. Passados
Passados alguns anos, quem visita a célula desse
homem já formado, liderando célula? Quem aparece? Essa
mulher e seu marido se mudaram para perto da igreja na
qual eles congregam e foram visitar a célula por ser uma
referência positiva para o casal.
Esse é mais um daqueles ensinamentos que Deus
mostra como é possível mudar uma história com um ato
errado. Possivelmente
Possivelmente esta mulher não estaria casada, gera-
ria um divórcio, esse homem talvez não estaria liderando,
estaria corrompido e não teria continuado na sua na cami-
nhada ministerial. Também
Também sendo feito isso, ela não
nã o o veria

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como uma referência de vida cristã, de postura cristã, de
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princípio e valor, ética, caráter,
caráter, e ela viu a ponto de querer
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m visitar e congregar próximo a esse homem que se mostrou
firme com Deus, é óbvio que você sabe que esse homem
sou eu.
Eu fiquei refletindo e pensando assim, como é bom,
coisas que para muitos parecem ser insignificantes no pas-
sado, vão deixando um selo daquilo que é uma caminhada
com Deus. Como é bom!

Tarefa:

Qual é a maior pressão que você está passando neste


momento? Apresente-a a Deus agora!
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CAPÍTULO 4

O CHAMADO

O CHAMADO

capítulo 04
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Qual é o Seu Chamado?


Sou oriundo de uma família católica tradicional, a
qual admiro até hoje. Eu e meus irmãos sempre recebemos o
que eles podiam nos dar. Meu pai era bem sisudo, extrema-
mente sério. Às vezes, quando olhávamos para ele, sentíamos
medo. O seu olhar nos fazia estremecer. Minha mãe sempre
foi firme no tocante a nossa correção, entretanto, ela expres-
sava um amor inefável por nós, disso, não posso reclamar.
Tínhamos um modelo exemplar de família, porém, mesmo
sem saber explicar, eu sabia que precisava de algo mais.
Quando eu era ainda muito novo, frequentava a
Igreja Católica, nela eu fiz a primeira comunhão e partici-
pei do grupo de Catecismo, tenho umas fotos até hoje de
quando eu estava no altar soltando pombinhas brancas. Eu
era muito novo, não entendia nada acerca do reino espiri-

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tual, conversava com o padre e tentava entender a respeito
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de Deus, mas não fazia a mínima ideia de quem era Deus
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m de verdade. Além de sermos uma família que praticava al-
guns ritos da Igreja Católica, não na sua totalidade, minha
mãe também fazia parte da religião espírita e o meu pai
foi maçom durante muito tempo . Cresci em meio a um
sincretismo religioso e isso dificultava conhecer a Deus de
verdade, visto que haviam outros deuses envolvidos.
Apesar de ser minha família, eu me sentia um peixe
fora d’água. Movido por este sentimento, saí muito cedo
de casa. Com 18 anos, comecei a trabalhar e a seguir o meu
caminho. O meu modelo mental era o seguinte:
seg uinte:
1. Trabalhar;
2. Gerar recursos;
3. Ter uma esposa
esposa;;
4. Ter filhos para formar uma família.

Formar uma família era o meu principal alvo, po-


rém, ao analisar como eu estava naquele momento da mi-
nha vida, posso afirmar que eu era
er a um jovem adulto muito
imaturo. Certa ocasião eu estava num quiosque bebendo
cerveja, quando de repente me deparei com um grupo de
cristãos evangelizando. Pelo aspecto, pareciam ser aqueles

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irmãos bem conservadores e pentecostais. Recordo-me de
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que ouvi um evangelista dizendo para o outro;
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m - Não passe ali.
Eu entendi que eu e as pessoas que estavam ali po-
deriam oferecer algum risco, pois existem algumas condu-
tas a serem aplicadas quando se faz um evangelismo. Eu
queria algo mais. Peguei-o pelo braço e disse:
- Por favor, fale de Jesus para mim.
Confesso que não me lembro muito bem de como
era a pessoa, mas, foi impossível esquecer a mensagem.
Ele me falou sobre o plano da salvação, falou do Jesus que
morreu na cruz. Eu não me converti naquele momento,
mas, com certeza, uma semente poderosa foi plantada.
A semente foi germinando, germinando e crescendo aos
poucos. Continuei a minha vida, todavia, aquele dia foi
marcante. Nunca deixe de plantar sementes.
Certa feita, um primo de consideração me levou
numa igreja. Eu me senti um pouco desconfortável, em
função da gritaria dos irmãos, mas, ao mesmo tempo, o
meu coração me dizia que ali tinha algo que eu estava bus-
cando. Frequentei
Frequentei aquele lugar durante um tempo, conhe-
ci uma pessoa e me tornei pai muito novo. Eu
Eu era imaturo,
meu relacionamento se desgastou rápido. Quando minha

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filha nasceu, tanto eu quanto sua mãe nos batizamos. Ape-
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sar de tudo o que estava acontecendo, ali virou uma chave.
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o
m Mesmo o meu casamento não dando certo, percebi que
existia um modelo de família diferente do que aprendi.
Fique
Fique atento aos sinais de Deus!

Nunca deixe de plantar sementes

Ali começou a minha caminhada. Eu não tinha uma


referência de família cristã. De uma forma inexplicável, come-
cei a entender que eu não pertencia a este mundo. Eu estava
começando a entender por que não me encaixava no estilo
de vida no qual eu vivia. Às vezes, saía com meus amigos na
“noitada”. Estava com eles, mas não entendia o motivo pelo
qual não gostava de tudo aquilo. Em alguns momentos, eu
bebia demasiadamente para me anestesiar, mas não resolvia o
problema. Algumas coisas começaram a acontecer comigo.
1. Indignação com o mundo;
2. Meus pais achavam que
que eu estava ficando
ficando louco.
louco. Che-
garam a me levar ao médico para constatar minha lou-
cura, mas estavam enganados;
3. Comecei a praticar lutas
lutas para extravasar minha ira;
4. Pensei em tirar minha própria vida algumas vezes;
vezes;

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m

Fique atento
aos sinais de

Deus!

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Nada acontece na nossa vida por acaso. Os momen-
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tos difíceis que você vive hoje têm a ver com um propósito
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m muito maior do que você imagina.
E por falar em propósito...
Acesse o QR CODE.
CODE.

Pare e pense:
O que te faz levantar da cama todos os dias?
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A PREPARAÇÃO E O CONTATO COM O MUNDO DO UFC


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Você acredita em propósito?


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m Imagina a história de um menino que, com quase
dezoito, anos pegou a sua primeira faixa preta. Esse menino
treinava karatê shotokan, kickboxing, sempre foi adepto à
luta, mas não entendia o propósito disso, mesmo porque
ele era o único branco numa academia e que geralmente
não tinha modelo de profissão. Existiam dois caminhos:
ou você se torna um professor de luta ou segurança de al-
guma boate, de algum shopping. Só que nesse dia em que
ele pegou sua faixa preta, olhou para a porta da academia
e refletiu sobre isso: o que eu vou fazer da vida? Não faz
o menor sentido lutar, não vou seguir este caminho como
profissão. Se eu for lutar,
lutar, vou virar segurança ou então não
faz sentido, percebendo que tinha alguma missão ali que
havia sido cumprida. Este menino era eu.
Demorou alguns anos para pensar em utilizar a mi-
nha faixa preta. O tempo passou, voltei à luta, só que foi
para o jiu-jitsu, também me graduei faixa preta, só que
nesse momento alguma coisa já fazia sentido. Fazia senti-
do porque um belo dia recebi uma ligação de uma pessoa
procurando um psicólogo para um atleta, já era formado
em psicanálise, já estava cursando teologia e o atleta estava

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há quinze dias dentro de um quarto numa profunda de-
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pressão.
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o
m Naturalmente, eu fui procurando os contatos, os re-
lacionamentos dos melhores profissionais e, claro, a agenda
deles era muito lotada, logo, resolvi ousar. Disse o seguinte:
- Eu sou profissional da área, sou formado e sou
lutador,, quero ouvi-lo antes de indicá-lo a outra pessoa.
lutador
Bom, essa história reflete o primeiro dia em que
um atleta do UFC me procurou. Nesse momento, absolu-
tamente tudo fazia sentido. Por que fazia sentido? Porque
queimava no meu coração ajudar o próximo, e a luta não
dava entendimento
entendimento a mim do que eu poderia ajudar
ajudar.. Ao ou-
vir o atleta, eu entendi que o assunto era muito mais amplo,
muito além da ciência da psicologia, esse assunto era uma
questão espiritual, comportamental,
comportamental, existencial e como gra-
duado, eu era muito mais ouvido por ele, pois o entendia.
Eu o entendi a tal ponto que falava sobre ordens, direções,
clarezas antagônicas, alguns dos treinadores não me apoia-
vam, na verdade, eu não estava nem aí, meu propósito era
tratar do indivíduo. No capítulo 8, detalharei esta história.
Algumas coisas interessantes que eu falava, levo para
vida e compartilhei com o ministério de homens, é que
você é preparado para o seu treinador, aquele que muita
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gente chama de coach, de referência, modelagem, etc., seja
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lá qual for a nomenclatura que você dá, mas só você é capaz
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o
m de tomar essa decisão. Então, eu treinava já os atletas para
esse fim. Olha só, você está ali, está no seu quórum, en-
tendia, programava-o mentalmente para conseguir apenas
ouvir o que os ruídos a sua volta eram horríveis. O clamor
do público por vitória ou derrota pode tirar concentração.
Isso reflete na vida de todos os homens, mas ele tinha que
ouvir e seguir aquilo que fazia sentido. Um exemplo práti-
co: como lutador, sei que em muitas ocasiões o atleta está
lá lutando e o seu treinador pode gritar e mandar assim:
- Joga pro chão, joga pro chão, derruba ele, derruba
ele.
Às vezes, ele recebeu um chute na costela que nin-
guém percebeu. Só que a costela dele está doendo e muito.
Ele não vai ter curvatura para dar uma queda no atleta,
ele tem que bater distância para se recuperar. Então, são
vozes
voz es que você pode ouvir a direção, mas nunca quem
dá direção está dentro de você, para poder saber o que
você está sentindo, para que você possa tomar a decisão
decisão
correta. Muitas vezes recebemos direções muito boas, mas
no momento, você não pode aplicar e não adianta você
explicar algo que não dá para apresentar: os sentimentos.
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O clamor do
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público por
vitória ou
derrota pode
tirar
concentração
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Outra pessoa pode ter até uma certa empatia e falar:
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poxa, eu estou sentindo
sen tindo sua dor. Não,
Não, ela não está sentindo
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m sua dor, porque ela não está vivenciando essa dor. A dor
para muitos pode ser mais forte ou mais pesada, mas só
quem está dentro da dor vai sentir, porque cada um reage
de uma forma. Isso funcionou de uma forma muito forte,
o resultado foi gritante, a ponto de eu começar a receber
muitos lutadores do UFC.

Muitas vezes recebemos direções muito boas,


mas no momento, você não pode aplicar e
não adianta você explicar algo que não dá
para apresentar: os sentimentos

Esse lutador em questão, que estava há quinze dias


sem sair do seu próprio quarto, já disputou o cinturão,
e eu comecei a receber diversos lutadores do UFC, por-
que eu entendia o desafio da luta, o desafio da batalha,
mas também entendi que ele tem um desafio como cida-
dão, como homem, como pai, como filho, como marido e
como parte da sociedade. As pessoas não entendiam que o
lutador é um cidadão, assim como um homem que está ali
na sua profissão, uma das mais desafiadoras, isso foi uma
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mudança a olho nu, foi uma mudança a tal ponto que o
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UFC enviava cartas para poder enviar as pessoas para que
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fossem tratadas por mim. Pessoas de outros países, de ou-
tras línguas, de outras culturas, algumas eu podia atender,
porque facilitava a minha comunicação, no caso de outras,
como o russo, era praticamente inviável eu conseguir aten-
der, por conta do desafio do idioma, e isso foi um marco
na minha caminhada, antes de ainda as coisas começarem
a fazer sentido. Isso foi algo que validou muito: o resultado
final de tantos atletas tratados, de tantos lutadores (não
foram só atletas do UFC, eu tratei atleta olímpico e tenho
relato em áudio do quanto o tratamento foi importante
para a conquista da vitória dele), a direção em relação à
identidade, principalmente identidade, isso começou a va-
lidar o ministério que estava sendo preparado.
Neste momento, comecei a perceber que as coisas
que eu fazia e que não havia o menor sentido para mim,
faziam sentido, principalmente para Deus. Para cumprir
meu chamado, a luta fez todo o sentido, ser atleta fez todo
sentido, passar por muitas dores fez todo o sentido, passar
por alguns flagelos fez sentido, enfim, tudo, absolutamen-
a bsolutamen-
te tudo começou a fazer sentido. Algumas comprovações
que eu tenho são de atletas olímpicos que moravam nos
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Estados Unidos, que tratei e que voltaram a ser vitoriosos:
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relatos em áudio que a pessoa fala assim: “cara, você me
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fez ganhar” e eu obviamente corrigi isso, porque eu não
fiz ninguém ganhar, pessoas que precisavam de um con-
dicionamento mental, controle e gestão de si próprias no
absoluto, como da área de segurança, pessoas que foram
fazer provas para o BOPE e para quem eu dava instrução
e a direção de como manter o controle diante da agressão,
diante dos seus testes de resistência, e eles passaram e fize-
ram bom testemunho em relação a isso. Esse policial que
passou, a filha dele foi para Força Aérea Brasileira e pre-
cisava se controlar fielmente para poder passar nas provas
de piloto, porque se você errar uma vez, nunca mais tem
outra chance, mas ela passou para essa prova e tudo isso
começou a se conectar num imenso quebra-cabeça.
Absolutamente quando vem essa mensagem na mi-
nha memória
memóri a eu lembro assim: “uau, isso faz valer”. Um dos
atletas do UFC chegou a um ponto em que foi responsável
pelo meu TCC (Trabalho de Conclusão de Curso), o meu
estudo de caso de um atleta de UFC transformado através
do aconselhamento espiritual. E isso foi uma grande prova
de que o aconselhamento espiritual, a direção espiritual foi
que fez valer. Não foi psicologia, não foi psicanálise, não
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foi absolutamente nada disso, foi um compêndio de infor-
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mações, mas que todas elas emergem de Cristo, e isso sim
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começou a validar uma grande caminhada.


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E não parou por aí...

DA MORTE PARA A VIDA ETERNA


Certa vez, num domingo à noite atípico, sempre
sempre quan-
do tenho um momento de apelo, de oração, gosto muito de
orar pelos novos que estão ali clamando ao Senhor, como de
costume na nossa igreja, depois de orar por um homem que
eu vi que estava ávido por algo, desejoso por uma resposta de
Deus, fui lá e orei por essa pessoa e logo depois nós saímos por
trás da plataforma e oramos em especial para alguma coisa.
Esse homem estava um pouco mais calmo, então, conversa-
mos e eu anotei os dados dele, falei que íamos orar por ele e
que íamos fazer contato. Perguntei se ele gostaria que orásse-
mos por mais alguém. Ele respondeu assim:
- Eu preciso ser sincero, estou aqui porque vim pe-
dir uma direção de Deus, porque amanhã eu ia matar uma
pessoa. Estou certo, eu estava certo.
Ele disse exatamente as palavras: eu estou certo.
Daí ele retornou à consciência, dizendo que estava
certo de que amanhã iria matar uma pessoa.
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- Tudo resolvido, e eu senti de vir aqui, e a sua ora-
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ção fez com que Deus falasse para eu não fazer mais isso...
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Todas as vezes que eu me lembro


lem bro disso,
disso , fico emocio-
emoc io-
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nado, porque eu vi os olhos daquele homem antes, quando


ele estava indo para o altar, e vi os olhos daquele homem
depois, aquele brilho nos olhos dele depois não veio de
uma oração, não veio de mim, veio de Deus, são mila-
gres que as pessoas não percebem, têm pessoas que estão
querendo glamour, porém, aquilo é o evangelho, aquilo
é vida com Deus, aquilo vai muito além do que você vê
numa plataforma. O evangelho fica por detrás disso, tenho
convicção de que uma vida foi salva, uma família foi esta-
belecida e uma nova vida foi instaurada naquele
n aquele momento
através do sangue de Cristo.
Tarefa:

Qual é a sua causa? Deus te chamou para que?


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CAPÍTULO 5

A CORAGEM PARA SER HOMEM

A CORAGEM
PARA SER
HOMEM

capítulo 05
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Qual é o modelo bíblico de ser homem?


Salomão ouviu de seu pai, Davi, que era para deixar
de ser frouxo e virar homem, porque ele estava indo para o
lugar onde todo mundo iria. Esta é uma referência na qual
me espelhei muito, me ajudou a ter clareza, me encheu de
tanta paz, porque eu nunca fui tão questionado na minha
vida em relação à minha hombridade quanto no meio re-
ligioso.
No meio religioso, por eu ser atleta de contato, ou
seja, lutador,
lutador, as pessoas questionavam a respeito do o meu
caráter. Até no seminário fui chamado de gladiador e al-
gumas pessoas comentaram que eu não poderia fazer as
duas coisas. De quantos lutadores do UFC tratei... um de-
les entrou em colapso porque foi procurar o seu pastor e
ele falou assim:
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- Eu não posso te ajudar.
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- Por que você não pode ajudar, pastor?
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- Porque
Porque quando você entra no octógono, Deus não
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entra ali.
Quanta ignorância! Pastor de “meia tigela”. Como
ele pode falar isso? É engraçado que a maioria das igre-
jas praticam esporte, como por exemplo o futebol, o es-
porte que mais gera agressão e morte. Em relação a lutas
de contato, como MMA, jiu-jítsu, kickboxing, qualquer
outro meio de luta de contato, o índice de lesões graves
é raro, ao contrário do futebol, mas não estou aqui para
fazer apenas essa analogia. A história do rei Davi me fez
questionar sobre o meu modelo de homem, porque eu sou
um camarada rústico e muita gente questionava sobre isso.
Ser machão significa ser forte, não chora, tampouco não
demonstra emoção nenhuma. É claro, emoção que você
demonstra é raiva, ira e eu fui questionado sobre isso, mas
foi quando eu coloquei uma interrogação – ser homem se
resume a isso?
Bom, talvez se resuma, mas não só isso. Onde fica
a força interior, vigor, a paixão, o amor, os atributos como
respeito, zelo, afeto? Porque no meu íntimo eu sinto isso.
Posso ter cara de durão, mas tenho afeto, carinho e com-
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paixão. Aliás, isso são prerrogativas do que é ser homem, é
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claro, o detalhe é que essas não podem ser apenas as prer-
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rogativas do homem, ele não pode ser apenas um eterno


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apaixonado, como intitulam por aí, respeito o zelo, afeto.


O homem também tem que ser durão, a pureza do ho-
mem é necessária e onde eu busquei isso? Fui escutar
escutar sobre
Samuel, 1 Samuel 16-18:19.

Então respondeu um dos moços: Eis que tenho


visto um filho de Jessé, ele é belemita, sabe tocar,
tocar,
é valente, vigoroso, homem de guerra, prudente
em palavras e de gentil presença, o senhor é com
ele e Saul enviou mensageiros a Jessé dizendo,
envia-me Davi, teu filho que está com as ovelhas.

Vou pontuar algumas questões que me deram cla-

reza. Primeiro ele era valente, posso dizer aqui que Davi
era bom de pancada, porque ele era um cara de guerra, ele
já tinha uma referência de homem que era bravo, está es-
crito na palavra de Deus. Ele um homem vigoroso, estava
em forma e bom de briga, ele era um homem destemido.
Homem de Deus é homem de guerra.
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Em segundo lugar,
lugar, ele sabia falar e ser gentil.
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Não é porque você é um homem que sai para de-
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fender a sua família, que agirá o tempo todo como se es-


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tivesse numa eterna guerra, ou seja, o homem em tempos


de guerra tem que ser programado para guerrear, papel de
homem, bravo, todavia, na mesa de jantar em família, ele
tem que ser prudente, gentil em palavras e de boa presen-
ça, como diz a própria palavra “de gentil presença”.
presença”.
O problema é que existem dois extremos em relação
a isso. O equilíbrio entre essas duas partes se faz necessário,
o homem não precisa ser só gentil, afeminado e não ser um
homem de guerra, bravo quando é necessário. O interes-
sante é que também Davi foi chamado enquanto ele estava
trabalhando, correto? Ele estava ocupado, não fica perden-
do tempo, ele não é vagabundo. Tem muitos homens que
falam que não conseguem fazer nada, vou servir a Deus.
Vagabundos!
Homem vagabundo não é modelo de homem.
E o interessante é que Davi, por conclusão, foi reco-
nhecido claramente como o único homem que Deus decla-
rou, um homem segundo o coração de Deus. Ele cometeu
seus erros, mas a pureza do seu coração, o template que ele
tinha aqui era de um homem segundo o coração de Deus.
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Homem de
Deus é
homem de
guerra
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Quando descobri esta verdade, enlouqueci e disse:
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eu sou isso!
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Eu tenho que aprender a ser um pouco mais gentil,
presença, etc, mas ninguém mais pode me falar que por
conta da minha força física, por conta do meu porte
por te atléti-
co, por eu ser um lutador, eu não sou homem de Deus.
Então, eu tinha uma postura muito firme perante a socie-
dade, firme perante fugir da aparência do mal e muito fir-
me perante os religiosos, fariseus modernos, que tentavam
me castrar. É preciso ter coragem! Falei sobre isso nas redes
sociais. Confira no QR CODE.

Em suma, primeiro ponto é ter clareza: o que é ser


homem? A resposta é: ser “bravo” e ter gentil presença.
Precisei aprender um pouco a ter um espírito manso, mas
aprendi, glória a Jesus.
Isso aqui é ser homem segundo o coração de Deus
e disse a Deus:
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- Senhor, nesse meio aqui eu escuto muita gente te
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envergonhando, a única coisa que eu não quero fazer é
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trazer vergonha para o Seu nome, retiro-me daqui se for
necessário.
Segunda coisa que eu queria aprender: eu sou ho-
mem, agora eu tenho clareza a respeito disso.
Pare e pense:
O que significa ser um homem segundo o coração
de Deus para você?
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TUDO É LÍCITO E TUDO CONVÉM


Certa vez, entrei no estacionamento da igreja e esta-
va muito cheio. Sempre quando entro, as pessoas que tra-
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balham na recepção que ajuda a parar os carros (são quatro
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mil membros) são carinhosas e ajudam a achar uma vaga.
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Só que dessa vez, um deles me falou:
- Pastor (eu não sou pastor), eu preciso falar com
você.
Então, abaixei o vidro e ele não viu que eu estava
com a minha esposa no banco de trás, com a minha filha
e ele me disse:
- Pastor, preciso tirar uma dúvida.
Ele queria marcar, mas eu disse para que ele falasse
naquele momento, aí ele disse:
- Pastor, eu vivo embarcado, de quinze em quinze
dias, estou embarcado, trabalho no mar, só que eu fico
muito, muito, muito ausente, fico em abstinência de sexo,
aí eu ligo para minha esposa e a gente fala umas coisas um
para o outro, sabe? A gente brinca muito por telefone, isso
é pecado?
Sabe o que me complica sobre essa pergunta, o que
me deixa bem chateado com isso? Os religiosos sempre fa-
laram contra isso, falam assim:
- Olha, não dê lugar à carne, blá blá blá, aquele mo-
ralismo idiota, medíocre, que me revolta.
Minha direção foi e clara e bíblica. Eu perguntei:
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- É sua esposa, meu filho?
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- É, respondeu ele.
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- Irmão, “cai pra dentro”, fala um monte de coisa e
ela também, se quiser mandar nude...
Ele riu, sem graça. Então eu falei:
- Vocês são uma só carne, sacia a carne dela, e ela a
sua, mesmo à distância, porque senão pode ser desafiador,
“vá pra cima”, que Deus é contigo.
Minha esposa ria no banco de trás escondida, quan-
do ele saiu, fechei o carro e a gente riu muito porque não
é uma direção comum, e eu tenho absoluta certeza de que
se ele pediu direção a um outro pastor, ouviu para buscar
o espiritual, aquele discurso idiota até que o menino possa
cair, né?
A carne está gritando, eles são uma só carne e segun-
do a palavra de Deus, com relação à sexualidade do casal,
estando em acordo, tudo é lícito e tudo convém, tenho
dito, sendo casados.
Maturidade é a palavra-chave.
Por que um homem maduro pouco se importa com
a opinião de pessoas que não foram validadas por ele?
Certa ocasião eu ouvi de um palestrante que os ho-
mens consomem mais produtos porque eles têm vergonha
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de desagradar os vendedores. Na verdade, não considero
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homens, mas meninos. Apenas meninos ficam preocupa-
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dos quando fazem alguma coisa que possa desagradar ou-
tros meninos. Eles têm o medo da rejeição. É óbvio que
essa desconstrução do modelo masculino é oriunda da au-
sência da figura paterna no lar. Este medo da rejeição é
porque ele já foi rejeitado pelo seu pai. Esse sentimento de
rejeição precisa ser tratado.

Maturidade é a palavra-chave

Então, o que leva um homem a ter coragem para


desagradar alguém quando necessário?
A resposta é simples. Quando alguém fere seus prin-
cípios e valores. Há um renomado escritor que diz o se-
guinte:
“O homem decide amadurecer”.
Isso significa que o homem amadurece tomando de-
cisões. Lembre-se que não decidir também é tomar uma
decisão. Geralmente a decisão que os homens são doutri-
nados a tomar é: fazer acordo com todos.
Homem de verdade tem coragem de desagradar a
todos se for necessário. Não quero dizer aqui que o homem
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precise ser grosso e ríspido, mas o que ele precisa é saber se
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posicionar quando necessário, sempre com respaldo bíbli-
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co. Quando o homem decide tomar decisões, ele amadu-
rece. Ter coragem para validar valores imutáveis e eternos
é mais do que necessário para que ele se torne homem de
verdade.
Ter coragem para ser homem num mundo de frou-
xos não é tarefa para meninos, mas para homens.
O homem que não se omite em tomar decisões e
tem coragem de não viver para agradar aos outros se tor-
na cada vez mais maduro em cada decisão tomada. Vale a
pena ressaltar que o homem precisa primeiramente cons-
truir seus valores morais para balizar suas decisões. Deixo
registrado aqui que existe diferença entre tomar decisões e
acertar.. São situações completamente diferentes.
acertar
Os acertos vêm no percurso.
Já errei muito, porém, quanto mais eu refino meus
valores e não me omito em tomar decisão, eu me aproximo
dos acertos, pois a curva de aprendizagem diminui consi-
deravelmente. O meu desejo de acertar não é o desejo de
querer ser Deus. Somente Ele não erra.
erra. Vamos
Vamos errar
errar,, é fato,
porém o erro trágico é ferir os valores e princípios eternos.
Se errarmos o trajeto, basta ajustarmos a direção, enten-
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deu? Onde não há coragem, há frouxidão. Na
Na maioria das
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vezes, os homens ficam aguardando uma direção dos pais,
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amigos e colegas para tomar uma decisão e não
nã o carregarem
o peso da responsabilidade dos resultados. Isso é muito sé-
rio. Tenha coragem para decidir para de sobrecarregar às
pessoas.
Quando essa realidade elucidou a minha visão,
percebi que muitas pessoas que eu admirava não eram o
modelo de ser homem no qual eu poderia modelar. Eu
observava-os e percebia que, em diversas situações, eles não
agiam como homens. Foi necessário coragem para me po-
sicionar e seguir o modelo bíblico.
Como cuidar de multidões sem cuidar da própria
família?
Precisei
Precisei confrontar muitos deles. Não digo isso por ar-
rogância, mas com sentimento de misericórdia muito grande.
Eu entendia as dificuldades deles, porém, eu também sabia
que o modelo que Deus queria de mim não era aquele. Tudo
Tudo
o que vivo hoje não é uma teoria. Muito pelo contrário, fui
experimentado, vivi na prática no campo de batalha. Mui-
tas vezes era orientado a não fazer aquilo que Deus havia me
designado a fazer. A intenção das pessoas era até boa, mas a
vontade de Deus está acima de qualquer intenção humana.
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Quando o

homem
decide tomar

decisões, ele
amadurece
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Certa vez, um pastor me disse:
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- Raphael, só te falta uma coisa para você ser um
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grande pastor.
Eu respondi:
- Só uma, pastor?
Comecei a rir dele e emendei:
- Faltam muitas coisas, pastor, mas acredito que fal-
tam muitas coisas para você ser um grande homem, e o
engraçado é que você é pastor
pastor..
Falei com tom de naturalidade, e o semblante dele
mudou.
A verdade é que faltam muitas coisas em nós, mas,
acima de tudo, falta um posicionamento nosso.

Na maioria das vezes, os homens ficam


aguardando
aguardando uma direção dos pais, amigos
e colegas para tomar uma decisão e não
carregarem o peso da responsabilidade
dos resultados. Isso é muito sério. Tenha
coragem para decidir para de sobrecarregar
às pessoas
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Tarefa:
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Qual é a área da sua vida que você precisa se posicio-
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nar como homem e que tem lhe faltado coragem? Resolva
essa treta agora!
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CAPÍTULO 6

ONDE NÃO HÁ CORAGEM, A


I
I

FROUXIDÃO
ONDE NAO HA REINA
CORAGEM, I

A FROUXIDAO
REINA

capítulo 06
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ACORDO SIM, MAS NEM TANTO...


É interessante que muito se ensina sobre as questões
de decisões, mas quando se refere a casais, falam que ab-
solutamente tudo tem que estar em acordo. O que é um
grande erro, uma grande mentira e é o que gera muitas dis-
cussões e crises familiares. É claro que o homem tem que
ter tomado decisões de amadurecimento para que ele se
torne homem de fato, para que aí sim ele possa tomar de-
cisões assertivas, mas existem decisões que o homem tem
que tomar. Isso conforme a palavra de Deus e, é óbvio,
conforme a responsabilidade do homem.
Vou citar uns exemplos bíblicos, em Gênesis 3:6
Adão entrou em acordo com Eva,Eva, e ele poderia
poderia ter se posi-
cionado, porque quem recebeu a ordem foi ele. Deus sem-
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pre foi ter com Adão. Ele foi cobrado pelo erro de não ter
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cumprido aquilo que foi determinado a ele. Mas eles são
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completos na sua carne, ele poderia ter falado não para
Eva, para pagar esse preço e resolver esse negócio. A con-
sequência disso foi a queda, o pecado original e tudo que
a gente sabe hoje.

Adão entrou em acordo


acordo com Eva,
Eva, e ele
poderia ter se posicionado, porque quem
recebeu a ordem foi ele

Sarai resolveu quebrar um galho para Deus, resolveu


que já havia sido impedido, que seus ciclos já fecharam, então
vou arrumar uma serva a Sarai para cumprir o propósito de
Deus. Entendo que é bem comum, costume de época, ceder
a escrava para o marido, mas a promessa de Deus era com
Abraãoo e Sarai
Abraã Sarai,, obvia
obviame
mente
nte Abr
Abraão
aão foi
foi omis
omisso
so.. É preci
preciso
so ter
ter
princípios e valores para tomar decisões. Valores são eternos
e imutáveis, o tratado foi esse. A consequência da omissão de
Abraã
Ab raãoo é o cao
caoss em qu
quee a gent
gentee vive
vive até
até hoje
hoje.. Olh
Olhee a famí
famíliliaa
que foi gerada com Agar, veja o que aconteceu.
Agoraa vamos
Agor vamos falar
falar sobre
sobre exemplo
exemploss de homens
homens de co-co-
ragem. Josué ouviu de Deus ser forte, corajoso, ele tomou
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a decisão, sou forte, sou corajoso, primeira decisão. Jó ou-
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viu sua esposa, e eu entendo o posicionamento da esposa,
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ela não estava tentando derrubar Jó. Imagina uma esposa
que ama o seu marido definhando em chagas. Ela fala para
ele resolver isso, para acabar com essa dor. Quem nunca fez
queixa com Deus, levante a mão! A esposa de Jó também ao
ver o marido amado sofrer. Mas ele se posicionou, ele sabe
que é Deus. Homem reto e temente a Deus e disse assim:

- Mas tu estás louca, mulher? Assim como falas


loucos, fala tu, como vou receber o bem, não vou
receber mal de Deus.
Jó 2.10

Ele sabia que tinha que tomar decisões e não ne-


cessariamente entrar em acordo com a sua esposa, clara-
mente homens maduros tomam decisões quando necessá-
rio, porque entendo que quando acontece um problema,
a responsabilidade cai no colo do homem. Não adianta o
homem ser negligente na criação do seu filho, porque na
hora que der um problema com o filho, a responsabilidade
principal cai no colo do homem, por isso que mais de 80%
dos traumas são referentes à figura paterna.
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Para concluir, meninos transferem decisões, é bem
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claro e sabido que nós temos, por herança, um pecado adâ-
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mico, Deus quando fala para Adão “a mulher que tu me
deste”, Ele não fala tom de ironia, fala com naturalidade,
muitos apregoam, não. Ele falou uma verdade, a mulher
você me deu, me deu o fruto e eu comi, isso virou uma
queda, uma consequência natural da queda, ou seja, trans-
ferência de responsabilidade. Então, de nada adianta você
falar para uma esposa que está faltando comida no lar:
- Amor,
Amor, mas você falou que não era para eu ter acei-
tado aquela opção.
É claro que é bem verdade que o homem sábio es-
cuta a esposa, mas a decisão é dele. A mulher que está fa-
minta e tem que dar a comida aos filhos vai olhar para um
menino que não soube tomar decisões. “A mulher que tu
me deste” até hoje é aplicado, a mulher que tu me deste, eu
transfiro a responsabilidade da tomada de decisão, aquela
decisão séria, que dá arrepios, tem que ser tomada pelo ho-
mem. Aquela decisão séria, que você fala assim, “vou bater
no peito e resolverei essa parada
parada”” tem que ser tomada pelo
homem. E não falar assim, “vou transferir para a mulher
que tu me deste”. Transferirei a responsabilidade e as con-
sequências da vida? Não! O homem maduro que aprendeu
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a tomar decisões, e algumas delas erradas, possivelmente
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continuará errando, continuará tomando decisões. Enfim,
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para concluir: acordo, sim, mas nem tanto.

POSTURA DE HOMEM
Eu costumava ouvir muito, enquanto atleta, que de-
veria ter postura de atleta, postura ereta, posição de sentido,
postura de homem. Na verdade, essa sociedade é ridícula,
porque essa sociedade é pseudomoderna, mas é uma piada de
péssimo gosto em que você vê a ação da destruição da figura
masculina de forma contínua e incessante, por isso, considero
necessário que alguém nos lembre de quem somos.
Fiz muita questão de me posicionar muito firme-
mente e confesso que muitas vezes fui até um pouco rude,
mas homem, às vezes, tem que ser rude e ponto final. Ho-
mem não tem modelo de perfeição, ele tem modelo de
firmeza e retidão. Esse modelo politicamente correto, você
se cansa disso e vai para a igreja, aí você vê um relativismo
gospel, com sincretismo religioso, com imagens endeusan-
do pessoas e não Aquele que nos criou.
Aquele modelo religioso de muitas pessoas que me
procuraram e tinham o modelo do homem agressor, aí a
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liderança era compassiva de acordo com o seu nível social e
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um modelo anulado, anulado por uma mulher
mulher,, geralmen-
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Ed
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te mulheres, geralmente sociedade, o homem castrado.
Isso era para ser um absurdo, uma aberração, porque
quando a gente discorre na palavra de Deus, você vê mui-
tas referências de postura de homem e uma das referências
que eu tive muito forte de conduta de homem, e passei isso
adiante, foi do livro que estava
estava em 1Reis 2, enfim, o rei Davi
estava dando uma instrução a Salomão que ele ia morrer,
simples, ele ia morrer, “Eu vou seguir para o caminho de
todo mundo, eu vou rodar, tá? Eu estou no final, por isso,
seja forte, seja homem”, ou seja, Salomão deveria provavel-
mente estar de “mi-mi-mi”, como os homens de hoje, só
que o pai falou assim, “olha só, vou morrer filho, estou
estou indo
para o lugar que todo mundo vai, seja forte, seja homem”.
Trouxe à memória o papel da masculinidade necessária para
que Salomão pudesse continuar o que o rei Davi fez. E o
que era ser homem, segundo o rei Davi, em 2 Reis 2, falava
e isso foi muito precioso na minha caminhada de identida-
de de homem. O que é ser homem, papaizinho? Deve ter
perguntado Salomão. Em 2 Reis 2 Davi fala, “obedeça ao
Senhor”, e ele exige: ande nos seus caminhos, obedeça aos
seus decretos, aos seus mandamentos, às suas ordenanças e
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aos seus testemunhos, conforme está escrito na lei e, assim,
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por consequência, tu prosperarás o que tu fizeres.
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Ou seja, um homem falecendo e dando instrução,


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passando essa unção de hombridade que todo pai deveria


passar para o seu filho e falar assim:
assim: “seja
“seja forte,
forte, vire homem”.
homem”.
Papai o que que é ser homem?
Cumpra o que Deus ordenou segundo as escrituras,e scrituras,
obedeça ao que está escrito no Livro da Lei, que assim você
vai arrepiar aqui nessa terra, tu vais arregaçar. Que coisa
linda, que lição! O que é ser pai? Quando olhei aquilo, eu
falei, nossa, isso é ser pai, isso é ser homem. Tenha
Tenha coragem
para ser homem. Algumas lições que eu guardei no meu
coração eu já transmiti em muitos cultos de homens, mui-
tas mensagens de homem, que eu falei, diante do óbvio,
“você precisa ser homem, a sociedade de afeminados, de
frouxo, de homem sem voz, homem reduzido, sem moral,
quem manda na casa é a mulher, isso é falta de hombri-
dade. As mulheres mandonas clamam por homens que as
substituam na questão da autoridade”.
Segundo ponto que eu aprendi é deixar de ser frou-
xo. Salomão, não afrouxe, não afina, em provérbios 24:10:
Se te mostrares frouxo no dia da angústia a tua
força será pequena.
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O que ele está falando? Se você afrouxar a sua régua
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de fé é a mesma da sua força, se você tem pouca força,


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pouca fé, a mesma aferição se leva as duas.


Hoje, os homens nem se vestem mais como homem,
nem se posicionam mais como homem, eu não estou falan-
do do modelo de vestimenta quadrado, é o contrário, eu
também vivo atualizado, mas a maneira como os homens
se vestem, como é que a gente vai querer que se comporte
como homem? Homens de cinquenta anos que você olha
e percebe que só falta dar um pirulito quando ele sai de
um médico, porque parece que ele está indo num pedia-
tra. Está cheio de crente modinha cheio de coisa, cheio de
frescura, cheio de “mi-mi-mi”,
“mi-mi-mi”, os irmãos não entendem.
Entenda o clamor por homens que existe nessa so-
ciedade. Eu não estou falando que você não deve se cuidar,
cuidar,
estou falando que você tem que ter cara de homem. Você
tem que ter postura de homem. Eu também cuido da mi-
nha beleza, parece que não, mas eu cuido. Agora se você
tem dúvida, olha para um homem, você não tem dúvida
quando você olha o homem vê postura de homem, traje
de homem, olhar de homem, retidão de homem, conduta
de homem. Olha para dez homens agora a sua volta, con-
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venhamos, coisa esquisita que tu vais ver, né, filho? Pode
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olhar até para papai, para aquilo que você vê como autori-
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dade, coisa esquisita que você vai ver, né?


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Então, a lição que você precisa ter de homem de


Deus é postura de homem, braveza de um homem, brave-
za não é de ser grosso e brigão. Braveza é contra aquilo que
Deus te manda enfrentar, deixar de ser frouxo, resistir ao
diabo e ele fugirá. Tem
Tem crente que vê o diabo se manifestar
sai correndo, não tem poder e autoridade nem de homem
para impor sua condição e colocar ele para vazar,
vazar, cambada
de frouxo! Isso aqui é mais um desabafo do que um teste-
munhal, homens frouxos em tempos em que a sociedade
vai se sucumbir com isso. Acesse o QR CODE.
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SER HOMEM
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Certa vez, eu tive a oportunidade de divulgar o Mi-


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nistério para um ambiente de mais de três mil pessoas. No
meio daquela multidão de homens alvoroçados, dei um
comando que suscitou ainda mais os que estavam presen-
tes:
- Quem é homem aí, levanta a mão!
Naquele
Naqu ele ambiente de mais de três mil pessoas, mui-
tos homens levantaram a mão empolgados. Então, prosse-
gui fazendo uma pergunta bem ousada que gerou muito
questionamento:
- Eu perguntei quem é homem, não quem é do sexo
masculino! Vamos fazer de novo? Quem é homem? Vou
fazer perguntas para quem levantar a mão.
Muitas pessoas que outrora levantaram a mão, dessa

vez
que sea preocupação
recusaram a levantar.
de não seIsso é dejádar
expor é oarrepios.
suficienteImagine
para o
homem negar a sua masculinidade. Veio-me um forte in-
sight naquele dia. Com muito temor que falo sobre isso, e
também com muito carinho aos homens que lidero, pois te-
nho sido vocacionado a falar para eles. Como fazê-los enten-
der uma pergunta tão complexa? Como falar para aqueles

homens o que é ser homem? Será que eles sabiam a resposta?


resposta?
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Imagine que a
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preocupação de

não se expor já
é o suficiente

para o homem
negar a sua
114 masculinidade
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O que me preocupa são os homens indefinidos em
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relação ao quem são. O que me passou pela cabeça foi o
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fato de que ali tinham muitos pais, avós, adultos. É obvio


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que muitos deles torceram o nariz quando eu fiz a per-


gunta. O olhar de muitas pessoas, quando eu afirmo sobre
a posição de homem, é bastante claro em relação a isso.
Minha preocupação não é o que eles pensam sobre mim,
minha preocupação é que eles não fazem a menor ideia de
como isso afeta a sociedade como um todo. Será que eles
sabem que 80% dos traumas, que são gerados na infância,
juventude e vida adulta, vêm
vêm do pai, do homem? Será que
eles sabem o impacto que gera a ausência do homem para
os seus filhos? Alguns ausentes fisicamente, outros ausentes
moralmente e outros ausentes como referência.
Algumas perguntas ventilaram na minha memória
enquanto pensava no desafio que seria estar à frente dos
homens, mas sempre me lembrava: “se cada lágrima que
escorreu do meu rosto foi para abençoar essas famílias, vai
valer a pena”.
pena”. Ainda me recordo de muitas dessas lágrimas.
Será que eles têm noção do impacto que causam em uma
geração ao abandonar uma mulher? Será que eles não fa-
zem ideia de quanto será frustrante a própria existência
enquanto eles pensarem que a vida é só futebol e chopi-
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nho? Naquele dia, quando olhei para a multidão, vi que
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uma grande parte abaixou
a baixou a mão, pude concluir que é por
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isso que o meio em que nós vivemos está completamente


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desfigurado.
Continuando a definição do que é ser homem e por
que que muitos homens baixaram as mãos, eu acredito que
hoje se você perguntar a um grupo de dez homens, terá
dez respostas diferentes por conta da singularidade do en-
tendimento o que é ser homem. Basicamente, isso é trans-
ferido como forma de uma herança. A referência paterna,
geralmente, eram os pais que antigamente repassavam o
modelo de hombridade.
Alguns pais entendem que ser homem é prover o
sustento da família, é trabalhar incessantemente, ser au-
sente e fornecer recursos necessários para o alimento, sus-
tento e a progressão dos filhos. Na visão deles, entendem
que estão fazendo, com toda clareza de empenho, o que é
ser homem e, obviamente, vão se frustrar. Eles vão enten-
der que a sua família não vai retribuir da mesma forma,
porque esse modelo que é um pouco antigo foi repassa-
do em momentos de muita crise. Tem aqueles que são os
homens que protegem e cuidam, de toda forma nenhum
desses modelos estão errados, mas no conceito ser exclusi-
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vamente o modelo de hombridade não é só de proteger e
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cuidar.
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Alguns pais entendem que ser


ser homem é
prover
prover o sustento da família, é trabalhar
incessantemente, ser ausente e fornecer
recursos necessários para o alimento,
sustento e a progressão dos filhos

Certa vez, eu ouvi uma história em que o homem


protegia muito o seu filho, absurdamente, extremamente,
e em contrapartida tinha um outro que morava próximo
que deixava o filho bem mais solto, o filho dele bem mais
disponível para os riscos da vida hora e outra o filho se
acidentava, machucava os joelhos, as pernas, correndo e
brincando se machucava. Só que, certa vez, o filho des-
se homem superprotetor foi atravessar a rua e ele faleceu,
porque ele não sabia lidar com a sua tomada de decisão,
quiçá para atravessar uma rua, já que ele era cercado por
superproteção. Essa história possivelmente não é verídica,
mas ela é bem palpável e pode ser a realidade de muitos,
talvez, por conta do extremismo, as pessoas podem rejeitá-
-la já que veio um falecimento, mas o fato é que você tendo
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uma superproteção na condição de pai, vai gerar filho frá-
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geis. Se você der muita segurança e estabilidade, você não
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vai gerar desafios para que seu filho possa cumprir.
cumprir. Então,
a receita para ser homem é um pouco delicada. Na minha
busca profunda e real, eu queria realmente entender o que
que é ser homem, não ser aceito como homem na socieda-
de. Quanto a isso, eu não me importava mais. Eu queria de
fato ser aceito por Deus e ser entendido como um homem.
Nos dois cenários que eu pontuei, falei do papel do
pai e o momento de ser marido. Então, retrocedendo um
pouco, eu entendo e acredito verdadeiramente que para ser
um bom pai, ser um bom marido é muito fácil, é absurda-
mente fácil. Não tem o menor mistério, basta para isso que
você aprenda a ser homem, se você souber o que é ser ho-
mem com clareza, os outros atributos que você vai ter por
consequência da sua masculinidade vai ser fácil, você vai
tirar de letra. Então, na verdade o que é ser um homem?
Realmente ser homem no momento atual exige
muito do próprio homem, primeiro porque tem muita
confusão. Segundo que o conceito do homem de verda-
de faz necessário resgatar modelos bíblicos. Aí você fala
assim: “ah, você está sendo um baita de um religioso, eu
vou rejeitar isso”. Bom, o conceito da sociedade em que
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vivemos está contido na Bíblia, o modelo familiar contido
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na Bíblia, muitas palavras do jurídico e muitos atributos
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jurídicos são da Bíblia.
Bíblia.
Então, querido defensor da liberdade de expressão
ou do não cristianismo, tudo que você faz está pautado na
Bíblia, quer você queira ou não e isso é uma coisa que você
tem que resolver em relação a isso, tudo está pautado na
bíblia, “para ela que eu vou, para ela que eu me modelo”.
A gente tem que estabelecer o princípio bíblico de
de mascu-
linidade, o princípio estabelecido por Deus. Existe alguns
pontos que eu posso remeter e dar mais clareza, pontos
elementares.
Primeiro
Prim eiro no Éden, em Gênesis 1:25-26:

E fez Deus as feras da terra conforme a sua es-


pécie, e o gado conforme a sua espécie, e todo
o réptil da terra conforme a sua espécie; e viu
Deus que era bom. E disse Deus: Façamos o
homem à nossa imagem, conforme a nossa se-
melhança; e domine sobre os peixes do mar, e
sobre as aves dos céus, e sobre o gado, e sobre
toda a terra, e sobre todo o réptil que se move
sobre a terra.
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Eu vou pontuar algumas coisas importantes que dão
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clareza ao nosso papel: primeiro, papel do homem, nós
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carregamos a imagem de Cristo. NósNós temos estampado no
nosso rosto a semelhança, nossa criação, não é a semelhan-
ça em nível espiritual, é a nossa semelhança visual, isso é
claro, isso é evidente. Nós somos o único modelo da cria-
ção em que somos semelhantes ao Dono, ao Criador. Isso
dá um peso de responsabilidade completo, ou seja, a forma
como testificamos, seja positiva ou negativa, não importa,
nós estamos testificando o nosso criador; segundo ponto
importante: domine, o homem está aqui para governar,
para dominar sobre tudo que está na terra e é por isso que
o homem sempre está sendo castrado no seu papel prin-
cipal, que é ter domínio. E chega ao ponto do domínio
patológico que é o conceito do dominador controlador,
isso é uma psicopatologia, é grave, deve ser tratado, mas o
homem tem domínio sobre absolutamente tudo na terra.
Ele abriu mão por decisão e por confusão; o terceiro ponto
que eu considero importantíssimo, no verso 27 ele fala:
“Deus criou o homem a sua imagem e semelhança, ho-
mem e mulher criou”. O homem só é homem de verdade,
um homem completo quando ele se completa na mulher.
Logo, em seguida, teve uma passagem que você entende
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que Deus deu um profundo sono a Adão, tirou a costela
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dele e construiu, da parte dele, a mulher
mulher,, ou seja, o homem
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já começou a sua parte incompleta,
incompleta, isto é, já ficou faltando
algo, mas aí eles estavam juntos e sem pecado.
Com o pecado original, cada um seguiu o seu rumo,
r umo,
mas o homem voltou a se completar, sendo um homem
completo como no casamento. Então, vamos começar
a entender o seguinte, nós conseguimos ser um homem
completo enquanto solteiro provisoriamente, mas o ho-
mem só se completa na esposa. O homem só se completa
no modelo original de Gênesis 1:27, quando ele vira uma
só carne, homem e mulher.
“Ah, mas sou solteiro, você quer entender o que é
um homem completo?” Não, eu queria entender o meu
papel enquanto solteiro e já tinha clareza de que só eu te-
ria completude na vida com uma mulher, não umas, mas
exclusivamente uma.
Continuando e confirmando isso em Gênesis 2:15-
16:
“Tomou
“T omou o senhor
senh or Deus, o homem
homem postou no Jardim
do Éden para lavrar eu guardar
guardar,, ou seja, cultivar e guardar,
guardar,
guarde isso e ordenou o senhor ao homem dizendo, de
toda árvore, você come livremente, você tem domínio so-
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bre isso”. Então, aí nós já temos duas funções claras: pri-
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meiro é de o homem cultivar e guardar.
guardar. O homem deve, de
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verdade, cultivar e guardar. Cultivar é trabalhar para fazer
com que as coisas cresçam, e guardar é proteger, sustentar
o processo já alcançado. Opa! Já tive o entendimento de
que o homem só se completa com uma mulher, mas aqui
nós já temos o papel do homem em ação, mesmo enquan-
to solteiro. Ele deve trabalhar,
trabalhar, Deus não disse a Adão para
viver de renda, filho, viver de passivo, não! Ele disse: faça
algo útil, cultive, trabalhe, produza, cuide!
O segundo passo é guardar, proteger, sustentar,
acompanhar
acompan har o progresso.
progress o. Você
Você pode perceber
perceb er que todo ho-
mem tem no seu DNA o proteger.
proteger. Isso é, dando a própria
vida. Você acha que é “por acaso” o porquê de o exército
só ter homens no fronte? Eles têm no seu código genético
algo que diz o seguinte, dê a sua própria vida para proteger
a sua família, a sua nação.
Para concluir, nós podemos exercer toda a nossa
masculinidade, o que é ser homem? Ele deve saber quem
ele é. Imagem e semelhança. Seus deveres e responsabilida-
des. Cultivar e guardar agindo com sabedoria. Então, esses
foram os primeiros passos da clareza que eu tive em relação
à identidade do homem.
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Numa determinada ocasião, um casal jovem que me
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procurou através da internet e não fazia parte da igreja a
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qual eu liderava os homens, entretanto, devido aos progra-
mas de televisão e das ministrações, vieram até mim para
buscar ajuda. Eles eram jovens bem-sucedidos, tinham
uma condição de vida boa, mas viviam em crise e brigan-
do. A jovem falava que queria se batizar e, como a maioria
das vezes, as mulheres estão clamando por homens, só que
se casaram com menininhos. Mesmo sendo adultos, ma-
duros, bem-sucedidos financeiramente, com graduação,
pós-graduação, são menininhos. O cenário desse casal era
de muita atipicidade.
A jovem vivia em intensa provação de abstinência da
intimidade com seu marido. Ela relatava que vivia sendo
tentada até mesmo em seu trabalho e ele não se importava
com isso. Ele realmente a desprezava devido a um bloqueio
de rejeição muito forte, todavia, um fato me chamou a
atenção. Certa vez, eles estavam em quarentena dentro de
casa por conta da pandemia de Covid-19, na ocasião, ela
me relatou que o marido ficava cerca de cinco horas por
dia jogando videogame. Tal
Tal jovem, uma alma aflita, saiu de
casa, foi à farmácia, comprou pacotes de fraldas e jogou em
cima dele e do videogame. Isso gerou uma briga tremenda
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entre os dois. Depois dela ter me comunicado o ocorrido,
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seu marido veio conversar comigo. Ele me relatou que a
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esposa estava fora de si. Ele me disse:
- Minha mulher está maluca, eu tenho que me se-
parar.. Ela sabe que eu jogo videogame, e ela me tacou um
parar
monte de fraldas.
A primeira ação que tomo enquanto realizo os aten-
dimentos é orar e pensar no conjunto psicológico e espi-
ritual do que está sendo dito. Em seguida, resolvo dar um
choque no jovem rapaz dizendo:
- Libera ela. Se você está precisando jogar videoga-
me, ela está precisando fazer sexo, e você está prendendo a
sua esposa. Já que você está se omitindo como marido, faz
o divórcio. Ela precisa de um homem.
De maneira nenhuma tenho a intenção de gerar o
divórcio, e não vou gerar, mas eu sabia que esse “insight”
chamaria atenção ao seguinte: ninguém está preso a tal
ponto de se sujeitar ao
a o ridículo.
Rapidamente, ele tirou o pé do acelerador e não to-
cou mais nesse assunto de divórcio. O homem não enten-
de a linguagem subjetiva, o homem só entende o óbvio,
enquanto a mulher entende subjetivamente e, por conse-
quência, fala subjetivamente. Por questões espirituais e clí-
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nicas, eu tenho essa leitura subjetiva. Então, disse-lhe:
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- Sua esposa te vê como um menino jogando vide-
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ogame. Ela jogou fraldas em você para lhe dizer que quer
formar uma família, ela precisa conceber, está no DNA
dela o desejo de ser mãe.
O jovem parou por alguns segundos e silenciou-se.
O casamento foi concebido para a multiplicação,
para gerar filhos, e os filhos estavam ausentes dos planos
do homem, entretanto, no código genético dela estavam
gritando: eu quero gerar filhos! Ela não jogou roupa ín-
tima querendo ter sexo, ela jogou fraldas. Ele sabia que
eu estava falando de algo muito forte. Meses se passa-
ram e, então, recebo uma agradável surpresa, uma foto
da ultrassonografia dos filhos dele. Ele entendeu a men-
sagem.
O casamento deles foi restaurado e a família rees-
tabelecida e ampliada. É gratificante ser usado por Deus
para salvar famílias. O choque de realidade era necessário
para que o jovem marido pudesse enxergar o que ele estava
deixando escapar despercebidamente. Tudo que sua esposa
precisava era formar uma família. Ela estava casada com
um menino que se tornou um homem e que provavelmen-
te já é pai.
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O homem não
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entende a linguagem
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subjetiva, o homem

só entende o óbvio,
enquanto a mulher
entende
subjetivamente e,
por consequência,
fala subjetivamente
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Tarefa:
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Faça uma oração por você e sua família.
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CAPÍTULO 7

ELE CONFUNDE OS SÁBIOS

ELE CONFUNDE I

OS SABIOS

capítulo 07
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Você já foi surpreendido por Deus?


Veja o que aconteceu comigo!
Ainda titubeando, mesmo tendo esse posiciona-
mento firme, essa clareza, essa postura em relação ao meu
chamado, eu não queria estar no fronte, não queria me
expor,, mesmo porque eu tinha uma vida
expor v ida pregressa que pa-
recia que fugia do modelo aceitável. E eu sempre buscava
aprender com homens de Deus, líderes religiosos. Então,
sempre estava ao máximo de tempo possível disponível
para levá-los aos debates e conferências. Quando era se-
minarista, viajei boa parte do país com pastores, líderes,
ministros que também não tinham lá os seus acertos, mas
eu estava ali por trás dos panos, sempre andei pelas reta-
guardas, minha profissão me permitia isso.
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Acontece que, incrivelmente, fui levar um pastor
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para um evento numa TV cristã, naquele dia havia falta-
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do alguns pastores convidados, por questão de quórum, o
programa seria cancelado. Enfim, me chamaram e falaram
para que eu debatesse com eles. Olhei em minha volta,
havia pastores de história, pastores que você os conhecida
pela televisão ou pelos livros, pastores que movimentavam
multidões. Confesso que pensei em não dar certo, pois não
sabia o tema, logo, também não havia estudado.

Quando era seminarista, viajei boa


parte do país com pastores, líderes,
líderes,
ministros que também não tinham lá
os seus acertos, mas eu estava ali por
trás dos panos, sempre andei pelas
retaguardas,
retaguar das, minha profissão me
permitia isso

Quando o debate começou, as perguntas vieram,


fui respondendo com toda minha firmeza, uma firmeza
oriunda do céu, sem dúvida nenhuma, principalmente em
relação aos valores que eu tenho enraizado nessa busca. Em
resumo, fui bem claro, bem objetivo e, principalmente,
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muito firme em relação aos meus valores nesse programa, a
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tal ponto que o âncora do programa, que inclusive era um
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dos diretores, um dos donos da TV, ao final do programa
falou assim:
- Olha, você sabe que você está conosco, né?
Eu respondi:
- Como assim?
Ele disse:
- Vou te chamar agora para todos os programas.
Para resumir eu era bem cotado, sempre solicitado,
eu fazia em média três programas por semana nessa TV.
Tenho uma história nessa emissora e, principalmente, em
programas que tinham temas polêmicos. Debati com pro-
fessores de teologia, com reitores, com escritores de livros
teológicos e o debate era de igual para igual, e as pessoas,
às vezes, vinham me falar assim: “rapaz você topou esse
desafio?”
Eu sempre respondia:
- Estou dentro e Deus me dava luz.
A simplicidade do evangelho é o que mais me faz
admirar e, graças a Deus, eu tinha a teologia que Deus der-
ramava também através de mim. Minha paixão por servir a
Cristo é maior que qualquer outra ciência.
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Minha paixão

por servir a
Cristo é maior

que qualquer
outra ciência
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Pare e pense:
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Se você deixa o machado perder o corte e não o afia,
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terá de trabalhar muito mais. É mais inteligente planejar
antes de agir
agir.. (Eclesiastes 10. 10 versão NTLH)
Como você tem afiado o seu machado?
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Tivemos diversos debates bem interessantes. Alguns
eram no formato perguntas e respostas, era ao vivo, toda
sexta-feira sempre estava lá. Teve um caso que um cristão
tinha um sex shop, foi um debate bem duro, mas muito
engraçado, muito agradável porque eu fazia alguns pasto-
res torcerem o nariz. A visão de alguns pastores era bem
diferente, eles falavam algumas besteiras. Nesse debate so-
bre questão do sex shop, em defesa, falei segundo a palavra
de Deus, os dois se casaram e estavam em comum acordo,
não há ilicitude nisso, então vá lá e escolhe alguma coisa
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para dar um plus na relação. Daí um pastor,
pastor, até renomado
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− aliás muitos deles não tinham muita estima por mim,
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mas, eu não fazia a menor questão de agradar ninguém,
ao contrário − falou, “mas
“mas ir em um sex shop comprar um
consolo, um objeto, uma coisa para introduzir?”
Falei, “bom pastor, isso está na sua mente, se o seu
objetivo é ir a um sex shop pensando só em consolo, tudo
bem. Agora, a minha mente como cristão é comprar uma
roupa diferente, um perfume diferenciado, agora, depende
da mente de quem tem, a sua mente pensa em consolo,
a minha mente pensa em roupa, então, a mentalidade de
cada que vai condenar ou não, e não a instituição comer-
cial”. Arrumei um problema daqueles, mas particularmen-
te, adorei. Foi um programa memorável.
Participei de muitos programas sobre teologia, fa-
lando de doutrina, as cartas de Paulo, sobre perguntas e
respostas. Eu tinha uma particularidade: fazia absoluta
questão de não saber o tema, pois o debatedor tinha essa
opção. As pessoas ligavam assim, “olha, quarta-feira está
disponível?”. Eu respondia:
- Sim, estou disponível, porém, o tema não quero
saber.. Não queria, porque eu tenho uma mentalidade que,
saber
você precisa estar preparado em tempo e fora de tempo,
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você tem que estar pronto, disponível. Então é só você
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transbordar aquilo que você tem retido todos os dias e ob-
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viamente, nunca deixei, um dia sequer, de estudar, não


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apenas ler palavras de Deus, mas estudar teologia.

Você precisa estar


Você estar preparado
preparado em tempo e
fora de tempo, você tem que estar pronto,
disponível

Tenho livros que remexo, de vez em quando estou


lendo minhas marcações. Procuro ler novidades porque
isso sempre mantém minha memória fresca e aí no mo-
mento certo, Deus traz à mente aquilo que você precisa
falar. Fiz programas também na 93 FM, na TV Super, na
Rádio Betel, Mundial, na TV Atitude, fui âncora do pro-
grama Papo Reto, programa de devocionais, sempre era
convidado para algum holofote. Obviamente que senti
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um pouco da falta de contato humano, relacionamento,
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networking. Eu gostava de tudo aquilo porque sempre me


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mantinha afiado. Isso é bom, mas sentia falta de contato,


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abraço, etc.
Nos debates era comum a presença de pessoas
conceituadas. Naquela época me comprometi em par-
ticipar pelo menos três vezes por semana do programa.
Os convidados debatiam sobre determinado tema e uma
vez por semana acontecia um programa de perguntas e
respostas. Eu apenas
apena s me respaldava nan a Bíblia. Não era o
que eu achava, era e é o que a Bíblia diz.
Para maioria dos grandes líderes, suas palavras são
verdades absolutas e as pessoas não têm o direito de dis-
cordar. Eu contradizia a maioria absoluta de suas opini-
ões. A Bíblia é a palavra de contém as verdades eternas,
somente ela. Certa vez, no intervalo do programa me
perguntaram:
- Raphael, não é melhor pegar mais leve?
Eu respondi:
- Eu sugiro que vocês peguem mais leve, pois impor
mentiras nas costas das ovelhas não é legal, correto? Vamos
Vamos
à Bíblia.
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Para maioria dos


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grandes líderes,
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suas palavras
são verdades
absolutas e as
pessoas não têm
o direito de
discordar 137

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Num dos programas, uma pessoa disse que a pessoa
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precisava melhorar antes de se batizar. A pergunta é a se-
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guinte: quem somos nós para dizer ao outro que ele precisa
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melhorar para se batizar? Acredito que haviam se esqueci-


do do caso do evangelista Felipe e o eunuco. O Espírito
Santo é quem nos ajuda
ajuda a melhorar.
melh orar. Ele
Ele me olhou com um
olhar fulminante.
Foi um período incrível de muito crescimento. Eu
tinha certeza de que as respostas não eram minhas, pois vi-
nham de Deus.
Deu s. Tudo
Tudo o que eu fazia
faz ia era transborda
transbordarr, apenas
transbordar.

Tarefa:

O que a bíblia significa para você?


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CAPÍTULO 8

FUI PARAR NO UFC, ACREDITA?

FUI PARAR
NO UFC,
ACREDITA

capítulo 08
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Como comecei a atender os atletas do tão famoso


UFC?

Eu era formado, já tinha uma pós-graduação em


Psicanálise Clínica e cursando Teologia, Deus estava re-
construindo minha vida, mas ainda não entendia muito as
coisas em relação ao meu propósito, estava só no trajeto.
A gente conhece o propósito no trajeto,
tra jeto, eu nunca experi-
mentei tanto isso. Certa vez, uma pessoa que eu conhecia
de longa data, me fez um contato e perguntou:
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- Raphael, você conhece alguém da psicologia?
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E eu falei:
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- Olha, conheço.
E ela continuou:
- Mas tem que ser alguém muito bom, muito bom.
E eu disse que quem eu conhecia era muito bom, só
tinha janela para daqui seis meses e quis saber o porquê.
Ela me explicou que tinha um atleta do UFC e que ele
estava numa profunda depressão, havia três semanas que
ele não saía do seu quarto. Na hora me virou uma chave na
cabeça, eu nunca experimentei isso.

PRIMEIRO CASO
Nunca ousei como tal, foi uma direção divina de-
mais, eu virei a chave e falei assim:
- Ué, ele é lutador e eu também, vamos lá, eu posso
ouvi-lo? Eu sou profissional, você sabe, sou formado, não
pratico, mas eu posso ouvi-lo?
Ela falou,
- Claro que pode!
Então, marquei uma consulta e fui até ele, obvia-
mente não tenho consultório, nunca tive e nem pretendia
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ter, apesar de que dado momento de tanto lutador que eu
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atendi eu pensei em locar alguns dias de consultório, mas
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não pretendia ter, naquele momento e eu fui à academia
onde treinava, ele só foi lá porque ele estaria me esperando
e começamos um tratamento.
A primeira coisa que a gente faz é uma anamnese,
escutar bastante e, à medida que ele ia falando, eu ia ano-
tando, e Deus ia revelando que não era sobre aquilo que eu
deveria falar,
falar, sobre a ciência apenas, isso é óbvio. Apliquei
Apliquei
ciência demais, minha formação eu apliquei muito, mas
era algo além da ciência que eu tinha para tratar, era algo a
nível de aconselhamento cristão.
O rapaz era um homem bom, tinha princípios não
tão claros, mas com uma certa facilidade poderíamos ajus-
tá-lo de uma origem muito simples, e eu falei assim, “eu
vou aplicar aconselhamento espiritual nele”, e comecei o
tratamento. Obviamente, a primeira semana eu usei um
método que faz um impacto muito forte, e a gente come-
çou tendo o primeiro resultado para ele validar e falar as-
sim: “é, realmente eu preciso continuar”. Em resumo, rece-
bi o primeiro paciente, ele teve um resultado fora da curva
em vinte e cinco. Geralmente, na psicanálise breve ou na
psicologia, até na cognitiva comportamental, o prazo mí-
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nimo chamado até de breve eram seis meses e o resultado
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de mudança de visão de mundo foi em duas semanas. Em
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três semanas, ele já começou a gerar uma expectativa posi-
tiva. Isso foi forte e logo, em seguida, ele marcou uma luta.
Enfim, eu tinha um modelo que não existia no mer-
cado, atender lutadores, atender atletas de alto rendimen-
to, então não existiria um roteiro a ser praticado na psico-
logia breve, na psicanálise breve, na terapia, não existem
um roteiro. Então, criei o meu modelo. Então, tive que
criar o meu modelo, meu template foi criado a partir dos
lutadores, eu entendia da mentalidade deles, praticava a
mentalidade deles em relação ao controle mental, domí-
nio mental, institui modelos que deveriam ser aplicados na
academia. Por exemplo, na academia tinha que ter o day
off, pois tinha o dia de treinar em pé, o dia de luva, o dia
daquilo, então tinha que ter o dia do nada, fazer nada faz
parte do exercício, faz parte da terapia e faz parte da vida
do atleta.
O day off era necessário e eu implementei. Alguns
não tinham e não gostavam, mas em três meses esse atle-
ta foi disputar uma luta e saiu vencedor, o meu objetivo
não era apenas torná-lo vencedor, era torná-lo um homem
melhor. Meu foco principal no tratamento nessa janela foi
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saber quem ele era como filho, como ele continua sendo
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como filho, porque ele ainda é filho. Como ele era como
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pai, porque ele era pai, como marido e como homem. Seus
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valores, clareza de quem ele é, uma pergunta clássica que


muitos lutadores não sabiam responder era “quem você é?”.
Você olha para rede social, você é um Instagram,
você é digital influencer, você é segurança nas horas vagas,
não, você é lutador, tem que ter clareza no seguinte: você
faz parte de um seleto time, de uma profissão que ninguém
é capaz por falta de opção, a única profissão em que nin-
guém é capaz de ir por falta de opção, é de lutador. Você
não fala assim: “ah, não dei certo em nada, vou lá encarar
e vou descer a mão em alguém, vou tomar um banho de
pancada, vou lutar”. Ninguém é capaz disso. Isso é uma
vocação, você nasce pronto para isso e é modelado na sua
formação, na sua caminhada.
Então, eu compartilhava essa clareza e isso os dei-
xavam mais convictos na sua identidade e não titubeava
quando eram questionados sobre a sua competência como
profissionais, porque eu não os via como lutadores, eu
via como profissionais. Enfim, o resultado foi incrível, eu
viajava com todos os atletas que eu tratava, fazia absoluta
questão, salvo um que foi para Chicago e, na véspera, eu
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resolvi visitar meu pai, eu vivi alguns atritos com ele por
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conta da agressividade dele e, nesse dia, eu fui visitá-lo.
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Antes dele ir embora, eu tive uma experiência de filho,
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pensei assim: “se eu for para Chicago, meu pai não está
muito bem, então eu vou lá lá”,
”, e foi inesperada
inespera da a morte dele,
ninguém esperava. Ele colocou a mão na minha perna, fa-
lou: “filho”, e depois morreu. Como foi que eu me senti?
Eu me senti filho, como foi bom me sentir filho. O lutador
falou que venceria para honrar meu pai, enfim eu acom-
panhava os lutadores porque eu tenho um método, mas o
ambiente em volta poderia defraudar o método.
O tempo passou e foi surpreendente a recuperação
dele, a vitória foi incrivelmente surreal, inclusive o foco
com que ele voltou à luta, claro teve diversos outros tra-
tamentos que inserimos para que ele fosse cada vez mais
focado, treinamos muita visualização, muito condiciona-
mento mental, muito foco, eliminar ruídos externos, con-
seguir interpretar apenas a voz dos seus coaches que ficavam
à volta do seu octógono, entender o momento certo, foi
uma história que disparou para muitos outros atendimen-
tos. Com isso, vieram outros lutadores até que o UFC en-
tendeu e começou a enviarem oficialmente.
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Eu me senti
filho, como foi
bom me sentir
filho
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Essa é a história que eu costumo chamar do zero ao
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topo, porque esse mesmo atleta em depressão, que pensou
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em voltar a sua vida anterior, já disputou o cinturão e é
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um lutador muito famoso e muito bem-sucedido na sua


profissão de lutador como ele é até hoje, ganhou grandes
lutas, melhor nocaute, a melhor luta da noite, ou seja, é
um grande lutador.

Pare e pense:
A diferença entre o seu presente e o seu futuro, está
no conhecimento e na execução do que você aprendeu.
Quem são os seus mentores?
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SEGUNDO CASO
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Num outro momento, tratei de um lutador que es-


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tava tendo problemas na sua luta porque estava tendo cri-
se no seu casamento. Ele já estava no acompanhamento,
tratando outras demandas e é claro, quando você trata de
um atleta, você não trata de uma máquina, você trata de
um homem, você trata como um indivíduo na sociedade,
parte de um todo na sociedade, você trata de um filho,

de umopai,
tratar casal.de um marido e, nesse cenário, foi necessário
Escutei os dois individualmente, depois no coletivo
e uma chave que foi muito forte, virou para ele. Hoje ele
também mora no exterior
exterior,, está muito bem-sucedido como
atleta. Aquele momento era crucial na vida dele, pois estava
numa virada de chave, então ou virava ou ele ia realmente

declinar e acabar, por fim, sendo demitido do UFC. Ele


enfrentava uma crise conjugal muito forte. Por conta dis-
so, um fator crucial no atendimento dele foi a esposa. Em
atendimento, ela falou comigo que queria ter uma família
como a dos pais. Perguntei como essa família era, o que ela
havia aprendido. Ela disse que eles tinham trinta e cinco
anos de casado, que eram unidos, nunca tiveram traição,
etc. Quando terminei de ouvir, eu perguntei para ela:
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- Você se comporta como a sua mãe se comportou
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diante dos conflitos?
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Nessa hora ela entendeu
entendeu o que eu quis dizer, que um
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relacionamento que dura trinta anos, tem muitos desafios,


tem muitas batalhas e tem muitos momentos que a gente
tem que engolir em seco. Eu costumava brincar falando
que, às vezes, engolir um boi com chifre e tudo.
Aí eu perguntava:
- Você já engoliu os sapos que a sua mãe já engoliu
do seu pai? Você já engoliu para poder ter paz, não estou
falando para ela ser uma pessoa que deveria simplesmente
engolir em seco, aturar e suportar até não aguentar mais.
Mas isso aí é de forma bilateral, muitas vezes o marido en-
gole também o boi com o chifre, engole conflitos porque a
prioridade é a família.
Naquele momento, ela começou a falar sobre os de-
safios que o casal teve, como os pais dela teve. Disse que,
de maneira nenhuma, suportava qualquer desafio. Em
qualquer atrito ela sempre tinha que se sobressair, sempre
tinha que responder,
responder, sempre tinha que sair por cima e isso
foi uma parte importante porque a gente, às vezes, olha o
resultado como ela olhou, trinta e cinco anos de casado,
fala em bom tom, alta voz, muito bom, olha que orgulho,
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legal, mas quando a gente vai nas entrelinhas desses trinta
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e cinco anos, quem está próximo testemunha grandes de-
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safios, os grandes conflitos, os pontos de decisão, os mo-
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mentos que uns tiveram que se recolher, porque o outro


estava alterado, os momentos em que um teve que abraçar
porque acabavam os recursos verbais, os momentos de lá-
grimas, de dor, de sofrimento porque casal que tem trinta
anos, tem momentos de lágrimas, sim. Os que não têm são
fraudes, são piadas.
Isso tudo foi passado em vários atendimentos e ela
começou a observar o marido como um grande homem,
não somente com as suas falhas, começou a observar o ho-
mem que tinha e entender a mulher que ela era. E, com
isso, os dois começaram a chegar em acordo, conseguiu
avançar muito mais e, consequentemente, a evolução do
atleta, do profissional, foi exponencial. Hoje ele mora no
exterior, tem a família dele até hoje, muito bem estabele-
cido, tem seu filho. E gozam de uma paz dentro do lar,
imperceptível isso.
Claro que problemas virão, mas como é importan-
te para o indivíduo, para o homem ter uma mulher que
consiga, às vezes, observar o seguinte, a minha visão não
é a sua porque sou homem e você mulher. Isso eu passei
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para ela também e passei para ele também que a visão da
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mulher é completamente diferente da visão do homem.
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Quando a gente entende a diferença é o princípio da cura.
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Isso serve para qualquer profissional, que quando tem crise


no lar,
lar, tem crise em todas as áreas da vida.
O homem tem que entender que a mulher vê di-
ferente, que ela tem percepção diferente, tem sensações
diferentes. A mulher tem cosmovisão diferente, tem a
construção do seu cérebro diferente do homem. E é óbvio
que a construção fisiológica dela inteira é completamente
diferente e, por consequência, naturalmente pensa diferen-
te, vê diferente, assim como ele, quando a gente entende
isso, começa a produzir paz. E esse atleta tinha um grande
desafio, que era a sua luta e, com isso, graças a Deus, gra-
ças a esse tratamento eu tenho convicção disso, sagrou-se
campeão.

TERCEIRO CASO - INTERNACIONAL


Foi o primeiro atendimento de um atleta que não
era brasileiro, um atleta internacional. Uma das coisas que
foi muito marcante em todos os atendimentos de atletas
para a anamnese era perguntar: “Qual era o propósito da-
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quilo para o que ele estava fazendo?”. Esse, em especial, foi
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a resposta que eu estou citando, mas foi de muitos lutado-
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res, muitos atletas vinham com essa resposta, “eu quero a
m

glória, eu quero a fama”.


Por incrível que pareça, subjetivamente, eu sempre
trabalhei para mudar o propósito, porque, incondicional-
mente, todos os atletas que eu tratei que tinha como desejo
a fama, a glória, não decolavam, eles não viravam a chave.
O meu objetivo ali não era que ele decolasse apenas como
lutador na sua profissão, porque ser bem-sucedido numa
profissão é uma consequência natural de você ser bem-su-
cedido em todas as suas áreas elementares e uma das áreas
que eu considero importantes para o homem ser bem-su-
cedido é ter um propósito claro para o próximo.
É perceptível que todo mundo que tem uma base e
que conseguiu avançar muito, deixou um legado e quem
quer a glória para si, esquece dos outros. Então, eu sempre
trabalhei sutilmente para que ele tivesse uma percepção,
uma cosmovisão, uma percepção mais ampla do mun-
do, para que ele começasse a entender que a vida faz mais
sentido na do outro. Mas ele não era muito focado nisso,
tinha uma outra cultura, então é um pouco difícil de asso-
ciar alguns valores e é obviamente por consequência.
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Quem quer a
glória para si,
esquece dos
outros
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Todos aqueles que tiveram interesse no agora não
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viraram a chave. Alguns mudaram o conceito, tinham uma
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percepção mais ampla, estavam mais sensíveis, talvez lhes
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faltasse uma direção ou uma organização daquilo que eu


entendia o que é glória.
E quando alguns viravam a chave, realmente avan-
çavam profissionalmente, avançavam como um todo. Ago-
ra, sempre foi muito mais fácil tratar aqueles que queriam
deixar um legado. Um exemplo, alguns brasileiros, muitos
deles vieram de uma comunidade, eram de um ambiente
muito carente e todos eles falaram assim, eu quero mos-
trar para a minha comunidade que é possível, eu quero
deixar alguma coisa na minha comunidade que possa mu-
dar a vida dos garotos. Então, muitos deles contribuem
socialmente, tem centro social, investem a sua imagem de
forma gratuita para divulgar eventos que ajudem ao próxi-
mo. Esses alcançaram lugares altos, lugares de destaque na
sua profissão e foi mais fácil de tratar, em resumo foi uma
comprovação clara de que quando a gente pensa no próxi-
mo, avançamos mais, quando a gente pensa em si próprio
a gente não avança, então para concluir esse pensamento
desse atleta internacional que foi o primeiro que me veio à
memória, que ele citava sobre isso.
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Vieram muitos outros, muitos brasileiros também:
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“quando a gente pensa em si próprio, geralmente não
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avança. Por
Por mais que a gente tente construir, por mais que
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tenha muita técnica, por mais aguerrido, conquiste muitas


coisas, mas não conquista paz, não conquista a sua pleni-
tude da profissão e tudo o mais
mais”.
”.
Fez-me lembrar hoje uma das tratativas em um
evento em Las Vegas. Eu estava no Mandalay Bay, um
dos hotéis mais luxuosos e absurdamente top, pensando
o quanto é importante seu posicionamento, o quanto seu
caráter é testificado, como é que minha relação de confian-
ça com o atleta, tudo isso seria validado se eu titubeasse no
meu caráter,
caráter, na minha personalidade.
Eu me lembro de um evento que já havia terminado
o último treino do atleta, tinha feito um tratamento com
ele, já tinha feito tudo e pensei: “vou deixar um pouco”.
Estava uns 51 graus
g raus lá em Las Vegas,
Vegas, então, fui para a pis-
cina. Aí, o diabo não brinca, né? Estava no deserto, estava
lá na piscina, aí olhei as várias piscinas e uma delas total-
mente fechada, o UFC Pool Party. Falei, “UFC sou eu, te-
nho credencial, tenho validação”, então fui procurar saber
informações. Entrei na fila e pensei: “rapaz, o que você está
fazendo ai?”. O evento era fechado. só para nossa galera,
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porém o ambiente não condizia com os meus princípios
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e valores. Já estava com o carimbo na minha mão para
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entrar, aí olhei para o meu punho e falei assim: “Raphael,
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tudo isso aqui pode ser posto à prova neste momento”.


momento”. Saí
da fila pensando no quanto era simples se desviar, é só se
deixar levar.
Fui para o meu quarto, peguei meu livro e fui lê-lo.
Essa história foi marcante porque eu também evitava que
os atletas saíssem, tinham pool party’s
party’s e eventos, mas tinha
boates na noite antes do evento, depois do evento, tem
glamour envolvido nisso. E nessas horas, as pessoas tentam
tragar os lutadores, quem está comigo não é tragado. Na
verdade, o atleta de UFC é diferente. Por exemplo, um
outro tipo de esporte como futebol que tem onze, se você
ficar mal, se você ficar fadigado, tem dez para te ajudar a
se sustentar,
sustentar, lá não, é só ele e seu oponente. Então, se você
estiver com o ímpeto meio fraquinho, não funciona. Eu
dei esse referencial para eles em tratamento e também dei
em vida.
Eu dizia que a gente tem que guardar seu potencial,
sua testosterona, seu ímpeto para apontar para o seu opo-
nente. Por que eu soube fazer isso? Eu posso lhe falar que
foi na trajetória que eu fiquei na minha abstinência de in-
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timidade, enquanto eu estava na minha santificação, para
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conhecer minha esposa. Eu pegava o meu ímpeto voraz de
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querer engolir uma mulher viva e eu direcionava para algo,
m

para a prática de esportes, para a luta, para o meu trabalho,


às vezes eu arrumava uma lesão, deve ser por isso, eu estava
um monstro, meu personal trainer me chamava de psico-
pata por conta do meu vínculo todo mundo, sabia que eu
tratava os lutadores e da minha pegada, mas por quê? Eu
tinha algo guardado, mas direcionar, apontar, então, sobre
isso também apliquei em mim e nos atletas.
Uma peculiaridade que eu tinha também de luta-
dor era entender qual é uma das perguntas da anamnese.
Alguns respondiam que queriam a fama e o pódio. O in-
teressante é que todo mundo que queria a glória e a fama
não evoluiu, mas todos que queriam um legado, voaram.
É impressionante o que o objetivo final faz com a pessoa.
Todo mundo que falava da glória, que queria glória para
si, não alcançou a glória. Todo mundo que queria deixar
um legado, ajudar as pessoas mais simples, fazer um centro
social dentro na comunidade onde viveu, doaram seu di-
nheiro, seus recursos, todos esses voaram.
Religiosos sempre colocam paredes onde a gente
está. Eu estava ali como mensageiro
mensageiro do amor de Deus.
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FUI PARAR NO UFC, ACREDITA?
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Chamei-o a um movimento de santidade e o mostrei que
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ele é realmente era um homem Deus. Muitas vezes lutei
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contra a barreira dos religiosos para os atletas. Certa oca-
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sião no Seminário, no intervalo, um professor


professor que
que inclu-
sive era pastor, falou que eu era um animal, um monstro,
só porque lutava. Ele disse que eu estava no lugar errado.
Pessoas como ele destroem vidas em vez de restaurá-las,
cada vez que eu ouvia mais sobre isso, eu tinha mais certeza
sobre a minha vocação, sobre o meu chamado.

Tarefa:

Escreva 3 motivos pelos quais você tem convicção


da sua vocação.
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CAPÍTULO 9

ENFRENTAR OU FUGIR?

ENFRENTAR
OU FUGIR

capítulo 09
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ENFRENT
ENFRENTAR
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O SA
SAVATE E JESUS
VATE
Dando testemunho no savate, no boxe francês, re-
cordo-me que no começo dessa transição eu estava trei-
nando boxe francês numa academia muito famosa, muito
conhecida, e o professor era uma grande figura da luta, ele
foi o introdutor do boxe francês savate no Brasil inteiro, e
era meu professor,
professor, então, toda semana tinha lá o Clube da
Luta, aquele “treininho” livre, aquele que a gente chama de
conferência para ver como é que estava afiado. Duas coisas
eu recordo daquela data, sobre isso: a primeira delas é que
eu sei que ele era budista, não falava de Jesus e eu falava
assim: “como eu vou falar de Jesus?”. Eu pensei: “vou fazer
conforme diz a Bíblia, servir a seus senhores como se serve
ao Senhor”. Então, eu era o primeiro a chegar, o último a
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sair, ajudava ele a guardar as luvas, eu estava disponível,
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sempre topando fighting, forte e, aí, eu me lembro que cer-
or
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ta vez eu estava treinando, e ele me recomendou um livro
m

para ler sobre Buda, sobre budismo.


Eu orei muito a Deus para que aquilo não me con-
taminasse e li o livro, quando ele me perguntou o que eu
tinha achado, disse que o livro era fantástico, muito bom,
mas ele chegava num teto e esse teto fechava, “Eu posso te
garantir que tem algo além desse teto, te garanto com mui-
ta certeza”,
certeza”, mas fiquei na minha e fui fazer um sparring.
Nesse sparring fui lutar com uma pessoa que iria par-
ticipar de uma competição, treinou duro, só que eu estava
descendo a mão, mas aí percebi que no sparring eu é quem
deveria estar tomando coro e quem deveria treinar habilida-
de era ele. Aí, eu acenei com a mão e pedi perdão a ele, e o
chamei para descer a mão em mim e fechei minha guarda.
Eu sei que o mestre começou a gritar e eu ri tanto, fiquei
rindo no meu interior, foi demais. Ele falou assim: “desce a
mão nele, Raphael! O Raphael tem a mão pesada, Raphael
de Jesus, pode bater que tu vais para o céu. Raphael
Raphael de Jesus,
pode descer a mão nesse cara, desce a mão!”. Eu ri muito
porque eu não tinha falado nem da fé que eu confessava

para ele, entendeu? O que o testemunho não faz, né?


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Como está o seu testemunho?
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Num outro episódio, cheguei no final do dia e fui
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treinar savate. Fecharam o octógono, era um treino livre
m

para lutador profissional, aí quando fechou, foi a primeira


vez que eu vacilei, não na minha condição mental, mas fiz
uma inferência, falei assim: “trabalhei o dia inteiro, eu ro-
dei muito, dirigi de carro, tenho um dia inteiro de deman-
da para vir aqui, no final do dia fazer uma luta. A pessoa
que lutarei é profissional, está o dia inteiro treinando isso.
O que eu estou fazendo aqui?”. Enfim, quando eu pensei
nisso, eu só trabalhei na defensiva, me protegendo, man-
tendo o oponente afastado até terminar um round, depois
gerava o rodízio.
Eu fiquei refletindo sobre isso e escrevi um artigo
chamado “O tamanho do problema”, pois quando olha-
mos para o nosso problema, para o tamanho dele tendemos
a afrouxar. Então, eu administrei a luta, resolvi o proble-
ma, mas geralmente a Bíblia nos ensina que quando Deus
nos manda avançar não devemos olhar para o tamanho do
desafio, devemos apenas ir.
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Pare e pense:
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Você tem olhado para o tamanho do seu problema
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ou para o tamanho do seu Deus?
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VISUALIZAÇÃO: PERDEU O MELHOR AMIGO, MAS SAL


SALVOU
VOU O

CASAMENTO
Teve um atendimento que minha esposa sempre
traz à memória porque foi um atendimento muito forte
para ela. Eu recebi uma ligação de um líder que estava com
um homem em crise no casamento, com a sua existência,
estava desistindo de tudo, tinha perdido o emprego, enfim,
uma crise generalizada, que é mais comum do que imagi-
namos.
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Eu me prontifiquei, sempre disposto, disponível,
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solícito a servir, atendi, pedi para passar meu contato e
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quando ele me procurou no WhatsApp, fizemos contato


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telefônico. E a queixa dele era que ele estava cansado da


vida, que ele foi flagrado em adultério e que a mulher bri-
gava muito com ele e que, por fim, ele estava em casa sem
fazer nada, desempregado, ela muito queixosa e acabou
flagrando-o vendo pornografia, ou seja, ainda tinha um
cenário desfavorável, o que deixou a mulher ainda mais
chateada e reclamando. Ele relatou que ela estava chateada
por causa da traição, eles não tinham mais intimidade, e
disse a famosa frase de que ele era homem.
Nesse momento eu senti de Deus algo que eu gosto
de dar um choque de lucidez para trazer a sobriedade a essa
molecada, mesmo idosos, esses meninos. Eu confesso que
em dado momento
momento me dá vontade de dar uma um a “moca
“moca”” nes-
ses moleques, na minha época era um cascudinho, né? Por- Por-
que mesmo adultos e maduros, quer dizer, adultos avan-
çados não são maduros, enfim, senti que era momento de
fazer uma visualização rápida com ele, eu falei para que ele
se sentasse, relaxasse a cabeça, fechasse os olhos, pedi para
que relaxasse o semblante, as pálpebras, os ombros, o pes-
coço, que tivesse um momento confortável.

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Ao pedir para ele visualizar o seguinte cenário, para
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visualizar o melhor amigo. Talvez apareça na sua mente,
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porque é inconsciente, uma pessoa que você não está esco-


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lhendo, porque o seu inconsciente entende que essa pessoa


é seu melhor amigo. “Apareceu alguém, não preciso saber
quem é, você já está vendo essa pessoa?”, ele confirmou
que sim e eu disse, “ele é seu melhor amigo, você está en-
tendendo isso?”.
Ele é seu melhor amigo e ele confirmava que sim.
Então falei, “muito bom, você está vendo o ambiente?”,
ele falou de um gramado, um ambiente calmo, isolado
e só tinha ele. Então pedi, para que ele imaginasse a sua
esposa se aproximando, “veja ela chegando perto do seu
amigo. Agora, visualiza como o seu amigo está vestido”, e
ele descreveu sua roupa: “está vestido com uma calça jeans
clara”, eu não me esqueço desses detalhes. Falei então, “a
sua esposa está se abaixando lentamente, ela está abrindo
a calça jeans do seu do seu amigo, do seu melhor amigo.
Você está vendo isso?”, e eu aguardei até a confirmação
dele, ele começou a ficar um pouco aguçado e continuei,
“ela está colocando o pênis do seu melhor amigo para fora
e está começando a fazer sexo oral com o seu melhor ami-
go. Você está vendo isso? .

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Ele ficou enfurecido. Falei qual é a sensação que
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você está tendo agora? O cara queria matar a mulher dele,
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estava sentindo ódio e eu falei que naquele momento ele


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estava sentindo o que a esposa dele estava sentindo, “Agora


“Agora
você quer que ela seja um doce com você? Você consegui-
ria ser um doce se isso fosse uma realidade? Meu querido,
você está errado, ela está com essa sensação agora como
você está se sentindo! Você
Você entendeu agora, você está erra-
do! Você
Você está provocando
provocando dor e ela está reativa.
reativa. Agora,
Ago ra, meu
amigo, se vira, você tem que ser amigável, manso, compas-
sivo, você tem que tratar essa ferida, tem que ser carinhoso,
tem que engolir sapo, engolir boi com chifre tudo, quando
ela te der uma bronca é porque ela está ferida pelo que você
viu e você tem que sorrir, ser carinhoso, não sei dos recur-
sos, mas convide-a para jantar, para dar uma volta, faça
uma refeição para ela, lave a louça, sirva o café da manhã,
ela vai lhe dar um monte de grosseria, mas você vai fazer
porque o que você sentiu na visualização é o que ela está
sentindo vinte e quatro horas por dia e você só visualizou,
ela está lidando com um fato. Então, amadureça, entenda
a dor da sua esposa e cure isso. Essa ferida é sua, cure”.
Bom, a conclusão que eu tenho é que certamente
ele perdeu o seu melhor amigo, mas a minha expectativa é

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que ele tenha preservado esse casamento e acompanhei por
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algum tempo e estava evoluindo bem. Quando começa a
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evoluir,, geralmente a pessoa some. Mas eu tenho convicção


evoluir
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que esse melhor amigo acabou. Não há como ele visualizar,


visualizar,
olhar para ele, ele vai se lembrar da visualização, sem dúvi-
da, mas prefiro perder um amigo e salvar um casamento do
que perder o casamento e manter um amigo.

A DOR DA ALMA
ALM A DE UM ADUL
A DULTÉRIO
TÉRIO E O RETORNO
R ETORNO
Imagina um homem que procura um atendimento,
uma direção, um discipulado e um homem que sempre foi
fiel à sua esposa, sempre foi cuidadoso, mas em um mo-
mento que foi sair com os amigos do trabalho em um ha-
ppy hour, tropeçou e gerou uma queda, gerou um pecado,
ele pecou, ele foi adúltero. Obviamente, essa é a história
de um casamento, ele tinha uma esposa e uma filha, e a
esposa tomou conhecimento e essa foi a primeira vez que
o casamento chegou a ser destruído.
A esposa
esposa não
não quis
quis se rec
reconci
onciliar
liar,, perdoou
perdoou,, mas pedi
pediuu
divórcio por todas as tentativas frustradas, esse ciclo foi con-
cluído e esse pecado gerou a morte de um casamento. Só
que esse homem estava conversando naquele momento so-
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bre um outro assunto, que é entendido como uma extensão
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do pecado, dessa queda. Esse homem estava mais destruído
or

do que no primeiro episódio, em que ele selou o fim do


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casamento com um ato imprudente. Ele confrontou a apa-


rência do mal e levou uma queda, o homem culturalmente
tem o hábito de fugir das coisas erradas e enfrentar as coisas
erradas. A palavra de Deus fala que nós devemos fugir da
aparência do mal e o homem bancando de governante, gos-
ta de enfrentar a aparência do mal. A palavra de Deus fala
que é para nós resistirmos ao diabo que ele fugirá de vós e
o homem gosta de fugir do diabo, tem medo do diabo, essa
inversão acarreta geralmente essa queda.
O homem estava realmente bem destruído porque
a mulher reconstruiu sua família. Ela conheceu um novo
homem, se envolveu, vivia junto, não tínhamos clareza se
estavam casados ou não, mas esse homem estava relatando
que o atual companheiro da sua ex-esposa estava abusando
sexualmente da sua filha. O sentimento de culpa domi-
nava a alma, o íntimo da alma dessa pessoa, porque ele se
lembrou de que tudo começou a ruir no momento em que
ele rompeu uma aliança, ou seja, aquele prazer momentâ-
neo gerou a destruição do casamento e, por consequência,
a filha dele estava sendo molestada pelo padrasto.

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Como cuidar disso, como entender que existem coi-
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sas que voltam? A responsabilidade era do padrasto, mas
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não dê lugar ao inimigo, ele tão somente veio para ma-


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tar, roubar e destruir. Esse foi um ponto muito forte, eu


sempre trago à minha memória isso quando eu tenho que
atender algum homem cujos pontos de decisão precede
uma queda.
Enfim, comecei a ajudar diversas pessoas depois que
descobri quem eu sou em Deus e qual o chamado dele para
minha vida. Acesse
Acesse o QR CODE.

Tare
Tarefa
fa::

Descreve o que você mais gostou neste livro e com-


partilhe o seu aprendizado com pelo menos 5 pessoas.
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Na verdade, não há conclusão, pois muitas histó-


rias continuam sendo escritas. Este livro é apenas o pon-
tapé inicial de um grande e longo projeto arquitetado por
Deus. Eu apenas me permiti ser um instrumento para ser
usado com uma voz profética neste tempo.
Hoje, posso afirmar sem titubear que aquilo que era
um sonho se tornou
tornou um fato. Valeu
Valeu a pena esperar,
es perar, pagar o
preço, acreditar na Bíblia e suas promessas, honrar o voto
que fiz, derramar lágrimas para ajudar pessoas, enfim, tudo
isso valeu muito a pena, pois aquilo que era totalmente
improvável se tornou notoriamente provável
provável..
Deus foi misericordioso comigo e preparou uma
mulher linda para mim. Lembro-me que quando a conhe-
ci, ela segurava em suas mãos um dos livros de F. F. Bruce.
Na ocasião, cheguei a falar para mim mesmo nossa, ela faz

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teologia”. Sensacional! Ela é a mulher que sempre sonhei,
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mesmo não me sentindo merecedor naquelana quela época. Orei a
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Deus, fui ousado e recebi a minha bênção. Permanecemos
Permanecemos
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juntos, graças a Deus. Naquela


Naquela ocasião considerei uma
uma pa-
lavra de uma pastora que me disse:
– Raphael, você já pensou em ter mais uma criança?
Naquele
Naqu ele momento uma chave virou na minha ca-
beça. Confesso que já havia descartado esta possibilidade,
mas dessa vez a palavra entrou na minha alma e fiquei a
semana inteira pensando sobre isso. As pessoas mais pró-
ximas a mim chegaram a pensar que eu havia feito algum
procedimento cirúrgico para não ter mais filhos. Ledo en-
gano! Como diz o Pablo Marçal, “o seu bloqueio tem inti-
midade com o seu propósito”.
Ao conhecer a minha esposa, no nosso primeiro
jantar,, a primeira pergunta que ela me fez foi
jantar foi a seguinte:
– Você quer ter filhos?
Eu sorri e disse para
par a ela:
– Até uma semana atrás eu não queria, mas hoje,
quero. A seguir relatei essa história a ela.
Se eu permanecesse
permanecesse bloqueado, com certeza não teria
tido minha filha Betina, um verdadeiro presente que Deus
me deu após restaurar minha vida, minha família, que é um

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sonho realizado, enfim, muita coisa não teria acontecido.
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Eu tinha (e tenho) tanta certeza de que minha esposa é a
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mulher da minha vida, que nos casamos em 8 meses.
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Tudo valeu
valeu muito
mui to a pena, inclusive as experiê
experiências
ncias
negativas que tive, pois elas me se serviram de exemplo
para cuidar da minha família e também me ajudaram a
forjar o meu caráter
Até o casamento improvável se tornou provável e
realizado!
Todos os dias podemos melhorar, pois não existe
nada que seja tão bom que não possa melhorar.
E para você que não procrastinou e chegou até aqui,
tenho um bônus surpresa. Acesse o QR CODE e descubra
o que é.

Aguarde as cenas dos próximos capítulos e lembre-


-se: a bênção de Deus está sobre a sua vida!
Raphael Soares

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ANEXO I
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Vamos interagir?
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ANEXO II
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nos doVeja
UFCalgumas fotos dos treinamentos dos meus alu-
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no momento de concentração.
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TRANSFORMANDO MENINOS EM HOMENS
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