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Anhanguera Educacional LTDA

Curso de Psicologia

Trabalho Escrito – SAÚDE MENTAL E OUTROS TEMAS DE INTERESSE A


PSICOLOGIA

São Luís (MA)

2023
Discentes:
- Paloma De Fátima Costa Pavão– 5° período
- Myllena Anaille Pinto de Matos – 3° período

Trabalho Apresentado ao curso de Psicologia


da faculdade Anhanguera, como requisito de
nota para parcial II, para aprovação na
disciplina de Políticas Públicas.
Orientador: Prof.ª Maria Yhasmym B. Barreto.

São Luís (MA)

2023
Introdução
Na seção 4.4 do livro psicologia e políticas públicas de Eliane da Silva, que trata da
saúde mental e de outros temas de interesse da psicologia. Nesta seção, a autora aborda
os seguintes pontos:
A história da saúde mental no Brasil, desde o modelo asilar até a reforma psiquiátrica e
a construção da rede de atenção psicossocial, destacando os avanços e os desafios para a
garantia dos direitos humanos das pessoas em sofrimento mental.
A organização da política de saúde mental no SUS, apresentando os princípios, as
diretrizes, os dispositivos e os serviços que compõem o sistema de cuidado integral e
intersetorial, bem como o papel do psicólogo nesse contexto.
O programa da política nacional de saúde mental no SUS, descrevendo as ações
estratégicas, os eixos prioritários, os indicadores e as metas para a implementação e a
avaliação da política, além das interfaces com outras políticas públicas, como a de
álcool e outras drogas, a de saúde indígena e a de saúde da população negra.
A saúde mental e outros temas de interesse da psicologia, como a violência, a
sexualidade, o envelhecimento, a diversidade cultural e a educação, enfatizando a
importância de uma abordagem crítica, ética e comprometida com a promoção da
cidadania e da emancipação dos sujeitos.

A HISTÓRIA DA SAÚDE MENTAL NO BRASIL PASSOU POR VÁRIAS FASES,


CADA UMA COM SUAS CARACTERÍSTICAS E DESAFIOS ESPECÍFICOS,
TAIS ELES:
Modelo asilar (séculos XVII e XVIII): Durante este período, a loucura foi confinada em
hospitais e asilos, onde os indivíduos eram isolados da sociedade. Essas instituições
eram dominadas por uma abordagem punitiva e repressiva, muitas vezes marcada por
maus-tratos e violações dos direitos humanos.
Reforma psiquiátrica (final do século XVIII): A concepção de loucura começou a
mudar, surgindo a psiquiatria como um novo campo do saber. O asilo passou a ser um
lugar onde o louco era observado, classificado, controlado e normatizado. No entanto,
as práticas psiquiátricas ainda eram marcadas por uma abordagem disciplinadora e
muitas vezes punitiva.
Movimento dos trabalhadores em saúde mental (anos 1970): Este movimento marcou o
início da luta pela reforma psiquiátrica no Brasil. Ele defendia uma nova abordagem
para a saúde mental, baseada na garantia dos direitos humanos, na
desinstitucionalização e na inclusão social das pessoas em sofrimento mental.
Construção da rede de atenção psicossocial (a partir de 1980): Com a criação do sistema
único de saúde (SUS) e a implementação da política nacional de saúde mental, iniciou-
se a construção de uma rede de atenção psicossocial, composta por serviços
comunitários como os centros de atenção psicossocial (CAPS). Essa rede busca
promover o cuidado integral e intersetorial, respeitando os direitos e a dignidade das
pessoas em sofrimento mental.
Apesar dos avanços significativos, ainda há muitos desafios para a garantia dos direitos
humanos das pessoas em sofrimento mental no Brasil. Entre eles, destacam-se a
necessidade de ampliar a cobertura e a qualidade dos serviços de saúde mental, de
fortalecer as políticas de prevenção e promoção da saúde mental, e de combater o
estigma e a discriminação associados à loucura.

A seção 4.4 do livro Psicologia Pública, de Eliane da Silva e Claudia Capeline


Picirilli, aborda a Saúde Mental e outros temas de interesse da psicologia, como a
violência, a sexualidade, o envelhecimento, a diversidade cultural e a educação,
enfatizando a importância de uma abordagem crítica, ética e comprometida com a
promoção da cidadania e da emancipação dos sujeitos. Alguns dos pontos
principais dessa seção são:
A saúde mental é um campo de atuação da psicologia pública que visa garantir o direito
à saúde e à vida digna das pessoas em situação de sofrimento psíquico, por meio de
práticas de cuidado integral, intersetorial e participativo, baseadas nos princípios do
SUS e da reforma psiquiátrica.
A violência é um fenômeno social complexo e multifacetado, que afeta a saúde mental e
o bem-estar das pessoas, especialmente das crianças, adolescentes, mulheres, idosos,
negros e LGBTS. A psicologia pública deve atuar na prevenção, no enfrentamento e na
superação da violência, por meio de ações de proteção, promoção e defesa dos direitos
humanos.
A sexualidade é uma dimensão fundamental da subjetividade humana, que envolve
aspectos biológicos, psicológicos, sociais e culturais. A psicologia pública deve
reconhecer e valorizar a diversidade sexual e de gênero, bem como contribuir para a
educação sexual crítica e emancipatória, que respeite a autonomia, a liberdade e o
prazer das pessoas.
O envelhecimento é um processo natural e inevitável da vida, que implica mudanças
físicas, psicológicas, sociais e culturais. A psicologia pública deve promover o
envelhecimento ativo, saudável e cidadão, por meio de ações de prevenção, promoção e
assistência à saúde, bem como de valorização e participação social dos idosos.
A diversidade cultural é uma riqueza e um desafio para a convivência humana, que
requer o reconhecimento e o respeito às diferenças étnicas, raciais, religiosas, regionais
e de classe. A psicologia pública deve atuar na promoção da interculturalidade, por meio
de ações de educação, comunicação e diálogo, que favoreçam a construção de uma
sociedade plural, democrática e solidária.

A educação é um direito social e um instrumento de transformação pessoal e coletiva,


que envolve processos de ensino, aprendizagem e desenvolvimento humano. A
psicologia pública deve atuar na educação formal e não formal, por meio de ações de
pesquisa, intervenção e formação, que contribuam para a qualidade da educação, a
inclusão social e a emancipação dos sujeitos.

CONCLUSÃO
Ao longo da história da Política De Saúde Mental No Brasil, verificam-se diversas
inovações, sobretudo, na trajetória da Reforma Psiquiátrica, que vem sendo discutida no
país desde a segunda metade da década de 70. Ocorre que, embora essas novas práticas
venham sendo implementadas, muitos dos direitos das pessoas com transtornos mentais
continuam sendo violados. O que se evidencia é uma tradição fundada na negação dos
direitos humanos dos pacientes psiquiátricos que não contam com uma rede de serviços
de atenção à saúde mental estruturada, capaz de prestar assistência de forma contínua e
integral. São escassas as políticas públicas de promoção à saúde mental, de promoção à
convivência familiar e de prevenção aos transtornos mentais. Mesmo o Programa Saúde
da Família (PSF), implementado a partir de 1994, como proposta de reorientação da
atenção básica, não tem propiciado, de forma sistemática, uma atenção à saúde mental
nas comunidades assistidas.

REFERÊNCIAS
Silva, Eliane e Capelini Picirilli.– Londrina : Editora E Distribuidora Educacional S.A.,
2016. 240 P. Políticas Públicas.

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