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A
população brasileira foi estimada em 184,4 milhões de habitantes, em 2005, segundo
a PNAD, sendo que 91 milhões de pessoas se declararam de cor/raça parda ou preta,
aproximando-se bastante da população branca, estimada em 92 milhões. Assim, os
negros (pardos e pretos) correspondem, hoje, praticamente à metade da população do país.
Destes, 35,8 milhões residem na Região Nordeste e 32 milhões, no Sudeste.
O Estado de São Paulo contava, em 2005, com a maior população negra do país, com
aproximadamente 12,5 milhões de pessoas de raça/cor preta ou parda, correspondendo
a 31% dos habitantes do Estado, segundo dados divulgados pela PNAD. Entretanto, em
termos relativos, é um dos Estados com menor proporção de negros, juntamente com
os da Região Sul, pois, nos demais, as pessoas que se declararam pretas ou pardas
equivalem a mais de 50% da população. Bahia, Amazonas e Pará são os Estados com
maiores proporções de negros, próximas a 80%. Somando-se os Estados de São Paulo,
Bahia e Minas Gerais, têm-se mais de 30 milhões de negros do país (Tabela 1).
Seade 1
TABELA 1
População, por Raça/Cor
Unidades da Federação
2005
Negros
Unidades da Federação Brancos Negros (1) Total (2)
(%)
Seade 2
DISTRIBUIÇÃO DA POPULAÇÃO NEGRA PAULISTA EM 2000
Da mesma forma como a proporção de negros varia entre as unidades de Federação, no Estado
de São Paulo a concentração de negros difere segundo a região de residência. O Mapa 1 e a
Tabela 2 apresentam a distribuição da população por raça/cor e sexo, para as 15 regiões
administrativas.
TABELA 2
Distribuição da População, por Raça/Cor
Regiões Administrativas do Estado de São Paulo
2000
Em porcentagem
População Total
Regiões Administrativas Total (1) Branca Negra (2)
(Nos Abs.)
As regiões com maiores proporções da população negra situam-se ao sul do Estado: Regiões
Metropolitanas de São Paulo e da Baixada Santista e a Região Administrativa de Registro.
Segundo o Censo Demográfico de 2000, a maior proporção de negros residia na Região
Metropolitana da Baixada Santista, com 34,8% de sua população (aproximadamente 514 mil
pessoas), seguida pela RMSP, com 32,1% (5,7 milhões de pessoas), e a RA de Registro, com
32% (aproximadamente 85 mil pessoas), em 2000. Ao norte do Estado, com exceção da região
de São José do Rio Preto, a população negra variava de 25% a 30% e, nas regiões situadas ao
centro do Estado, oscilava de 20% a 25%. A menor concentração de negros foi observada na
RA de São José do Rio Preto, com 17,2%, e na RA de Sorocaba, com 18,8%.
Seade 3
O Mapa 2 apresenta a distribuição da população negra segundo os municípios paulistas, para
2000. Entre aqueles com mais de 100 mil habitantes, Cubatão registrou uma das proporções
mais elevadas (50%) de pessoas que se declaram de raça/cor negra. Os demais municípios, de
mesmo porte populacional e que apresentaram proporções superiores a 40%, pertencem à
Região Metropolitana de São Paulo e da Baixada Santista.
MAPA 1
Participação da População Negra (1) no Total de Habitantes
Regiões Administrativas do Estado de São Paulo
2000
Araçatuba
Riberâo Preto
Central
Campinas
São José
dos Campos
População Negra
Até 20% RMSP
Sorocaba
Mais de 20% a 25%
Mais de 25% a 30%
Mais de 30%
0 50 100 150 Santos
Quilômetros Registro
Seade 4
MAPA 2
Participação da População Negra (1) no Total de Habitantes
Municípios do Estado de São Paulo
2000
Municípios
Regiões Administrativas
População Negra
Até 10%
Mais de 10% a 20%
Mais de 20% a 30%
Mais de 30% a 40%
Mais de 40%
0 50 100 150
Quilômetros
Seade 5
MAPA 3
Participação da População Negra (1) no Total de Habitantes
Municípios da Região Metropolitana de São Paulo e Distritos da Capital
2000
Em 2000, 15 eram os distritos da capital com mais de 40% da população negra: Cidade
Tiradentes, Guaianases, Itaim Paulista, Jardim Helena, Lajeado, Vila Curuçá e Vila Jacuí.(Zona
Leste); Capão Redondo, Cidade Ademar, Grajaú, Jardim Ângela, Jardim São Luís, Marsilac,
Parelheiros e Pedreira (Zona Sul).
Seade 6
CRESCIMENTO DA POPULAÇÃO NEGRA
A Tabela 3 apresenta a distribuição da população do Estado de São Paulo por raça/cor de forma
desagregada para homens e mulheres, nas datas censitárias. A maioria da população dos
habitantes do Estado declarou-se de raça/cor branca (aproximadamente 70%) no
recenseamento de 2000, seguidos por pardos, com 22,8%, e pretos, com 4,4%. Em
comparação às informações censitárias de 1991, o aumento foi registrado entre as pessoas que
se declararam de raça/cor parda e preta. Assim, a população negra passou de 25,5% para
27,2%, entre os dois censos, e as informações mais recentes, das PNADs de 2004 e 2005,1
indicam que este aumento manteve-se no qüinqüênio seguinte, passando para
aproximadamente 30% (Tabela 4). Este crescimento da parcela negra da população vem sendo
observado em praticamente todos os Estados brasileiros, seja por uma maior miscigenação, seja
por maior identificação das pessoas com a raça/cor preta ou parda.
TABELA 3
População, por Sexo, segundo Raça/Cor
Estado de São Paulo
1991 - 2000
Fonte: IBGE. Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios – PNAD; Fundação Seade.
(1) Inclui a população amarela, indígena e sem declaração de raça/cor.
Nota: População em 1º de julho.
Segundo o censo de 2000, no Estado de São Paulo as mulheres são ligeiramente mais
numerosas do que os homens, ou seja, para cada 100 homens, existem quatro mulheres a mais.
No caso dos brancos, são oito mulheres a mais. Entretanto, para pardos e pretos, a relação é
contrária, isto é, para cada 100 homens de raça/cor negra correspondem 96 mulheres. Desta
forma, a distribuição por raça/cor, segundo sexo, sugere uma proporção ligeiramente superior
de brancas, entre as mulheres, enquanto no sexo masculino as proporções de pardos e pretos
são maiores, embora estas relações variem conforme a idade, a região e o ano da pesquisa.
A população negra é mais jovem do que a branca, pois 58% possuíam menos de 30 anos,
contra 53,2% dos brancos, segundo o censo de 2000 (pirâmide populacional). A partir dos 40
anos, a proporção de brancos supera a dos negros e, no grupo de idosos (com mais de 60
anos), a proporção de pessoas de raça/cor branca alcança 10%, em comparação a 6% de
negros. Esta diferença aumenta segundo o sexo, pois a presença de mulheres, geralmente,
supera a dos homens devido à sobremortalidade masculina: as brancas idosas correspondiam a
11%, enquanto os homens brancos equivaliam a 8,9%; entre os negros, as mulheres idosas
eram 6,6% e os homens, 5,4% (Tabela 5).
Seade 8
Em algumas regiões estas proporções são maiores, devido à maior sobrevida da população em
geral, como, por exemplo, naquelas situadas ao noroeste do Estado (São José do Rio Preto,
Araçatuba, Presidente Prudente); onde as proporções de pessoas com mais de 60 anos são
superiores à média do Estado, tanto para brancos como para negros. No total do Estado, a
proporção de idosos varia em torno de 9%, enquanto nas regiões mencionadas supera 12%.
Vale chamar a atenção para o caso da Baixada Santista, onde a proporção de mulheres idosas
brancas é bastante elevada (13,5%), o que não se observa entre os homens brancos ou na
população negra, provavelmente reflexo das condições socioeconômicas e de saúde destes
grupos aí residentes.
Tabela 5
Distribuição da População, por Raça/Cor e Sexo, segundo Grupos de Idade
Estado de São Paulo
2000
Em porcentagem
Grupos de Total (1) Brancos Negros (2)
Idade Total Homens Mulheres Total Homens Mulheres Total Homens Mulheres
Seade 9
Pirâmide da População, por Sexo e Idade, segundo Raça/Cor
Estado de São Paulo
2000
75+
70-74
65-69
60-64
55-59
50-54
45-49
40-44
Ne-H Negros (1)
Br-H
35-39 Brancos
30-34
25-29
20-24
15-19
10-14
5-9
0-4
Homens Mulheres
Seade 10