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DETALHAMENTO

LAJES TRELIÇADAS
NO REVIT
FERRAMENTAS E FLUXO DE TRABALHO

ENG. FABRICIO FERREIRA


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POR QUE DETALHAR LAJE
TRELIÇADA NO REVIT?
Essa é uma questão muito interessante e
pertinente. Se já temos detalhamento de
lajes treliçadas em softwares de cálculo
como TQS e Eberick, porque detalhar no
Revit? A resposta mais simples é porque
melhoramos drasticamente a apresentação
da documentação complementar sem perder
produtividade, pois o tempo gasto é
praticamente o mesmo. Entretanto, para que
tenhamos produtividade é importante
trabalhar muito bem a integração entre as
ferramentas. Já para quem utiliza o Cypecad,
não há muita escolha, pois ele não detalha
lajes treliçadas.

É muito importante entender que não se


trata apenas de modelagem, mas
principalmente de informação. Com este
detalhamento no Revit, quantificamos de
forma executiva as vigotas, treliças, blocos
de enchimento, ferros negativos e concreto.

Este ebook tem como finalidade explicar


resumidamente os procedimentos para este
detalhamento. Lembrando que o curso de
Revit | Detalhamento de Concreto Armado
aborda este e todos os demais assuntos para
documentar o projeto estrutural no Revit.

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INTEGRAÇÃO
Primeiro precisamos entender que os
modelos digitais devem ser exportados dos
softwares de cálculo para o Revit. Assim,
continuamos a documentar de forma
complementar, sem perder qualquer
geometria ou informação.

Fundações, vigas, pilares e lajes não


precisam ser remodelados. O único
lançamento é das vigotas, armadura
construtiva (malha pop) e ferros negativos.

Isso seguindo exatamente o que foi


dimensionado no TQS ou Eberick. Do Cypecad
extraímos os momentos fletores e podemos
utilizar planilhas para chegar ao
dimensionamento, para então detalhar no
Revit.

Esse trabalho de edição de armaduras já teria


que ser feito de qualquer forma no software
de cálculo como está escrito mais acima. Nas
próximas páginas você verá um fluxo de
trabalho prático e direito para este assunto.

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VIGOTAS
Para agilizar a modelagem, desenvolvemos
uma família de vigotas treliçadas, baseada
em sistema de vigas. Assim, lançamos as
vigotas definindo o limite da laje e a sua
direção principal. Utilizamos a mesma treliça
detalhada no TQS ou Eberick e todos os
blocos de enchimento são lançados
automaticamente.

Essa família faz parte do nosso template EB-


EST-V06 do curso de Revit | Detalhamento de
Estruturas de Concreto Armado. Estamos
fazendo alguns ajustes para em breve
compartilhar esta família gratuitamente.

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TELA SOLDADA
Precisamos seguir a sequência construtiva
para que o modelo digital seja fiel a
estrutura que será executada e após o
lançamento das vigotas e blocos de
enchimento, utilizamos o comando de tela
soldada por área para lançar a malha pop.

Com este comando escolhemos a tela


utilizada, neste caso uma Gerdau Q92.
Também definimos os traspasses e emendas
para que o Revit quantifique exatamente a
área necessária ou quantidade de rolos.

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Nas imagens abaixo temos o modelo
construtivo com vigotas, blocos de
enchimento e malha pop.

Podemos observar que modelo digital segue


fiel a estrutura a ser executada, não somente
com relação a sua geometria, mas também
com informações. Essa malha é lançada
apenas definindo o limite da sua aplicação,
com as informações de emendas e
sobreposições, podemos otimizar o corte dos
rolos, economizando material e mão de obra.

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FERRO NEGATIVO
Nos softwares de cálculo fazemos a
modelagem da estrutura, lançamos
carregamentos, analisamos os modelos de
grelha, dimensionamos a laje, trabalhamos
nas faixas de esforços e editamos critérios
para diminuir a segmentação de barras.
Mesmo após todos estes processos, ainda
precisamos editar as armaduras com o
objetivo de facilitar a execução da laje. Esse
trabalho de edição, nós fazemos no Revit.

Seguindo a ordem construtiva, temos vigotas


e blocos de enchimento, malha pop
construtiva (tela soldada) e agora também os
ferros negativos. Para agilizar a modelagem,
nesta padronização, utilizamos o comando
vergalhão com quantidade e espaçamento
definidos para que cada barra fique alinhada
com sua respectiva nervura. No exemplo da
imagem abaixo, com 43 cm por ser a
distância entre eixos de vigotas:

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DETALHAMENTO
Ao final dos processos, podemos documentar
praticamente de qualquer forma desejada. Na
imagem abaixo temos o detalhamento com
destaque para a tela soldada e ferros
negativos. A planta de montagem de vigotas
está na página 4.

Apesar de parecer complexo ou trabalhoso,


esse nível de documento é gerado de forma
automatizada após a configuração correta do
template, dos vários modelos de vista,
identificadores e pranchas. Após modelado,
basta escolher a forma que desejamos
representar os nossos projetos.

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QUANTITATIVOS
Como se não bastasse o alto nível de detalhe
e documentação, como a modelagem foi feita
de forma consistente, podemos extrair
quantitativos precisos de todos os elementos
modelados, como todos os tipos e
comprimentos de cada uma das vigotas, a
quantidade de blocos de enchimento, até
mesmo de blocos de EPS cortados ou meia
lajota. Temos também a área exata de tela
soldada e ferros negativos por diâmetros,
comprimentos e pesos. Na imagem abaixo
temos algumas tabelas deste tipo.

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DE FORMA RESUMIDA, ESTES SÃOS OS PROCESSOS QUE UTILIZAMOS


PARA DOCUMENTAR NOSSOS PROJETOS DE ESTRUTURAS DE
CONCRETO ARMADO COM SOLUÇÕES EM LAJES PRÉ-FABRICADAS

Espero que este material tenha colaborado


para seu entendimento de um processo
integrado de desenvolvimento de projetos
com softwares de cálculo e o Revit. Você vai
encontrar mais informações no nosso canal
no YouTube e plataforma engenhaBIM.com.
Recomendamos também o curso de
Detalhamento de Estruturas de Concreto
Armado no Revit.

ENG. FABRICIO FERREIRA


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