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ORÇABIM
Quantitativos
Critérios com fórmulas
O Autor
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ORÇABIM – QUANTITATIVOS – CRITÉRIOS COM FÓRMULAS
DIONÍSIO AUGUSTO AMERICANO DE NEVES E SOUZA
ARTIGO 01 ‐ 01/04/2019
ORÇABIM – QUANTITATIVOS ‐ CRITÉRIOS COM FÓRMULAS
INTRODUÇÃO À SÉRIE DE ARTIGOS ‐ OBJETIVOS
O FLUXO DE TRABALHO NO MODELO DO PROJETO ESTRUTURAL
Nosso fluxo de trabalho na engenharia estrutural, aqui na empresa (PROGER), requer o
lançamento das peças estruturais (lajes, vigas e pilares) no Revit, para posterior envio ao programa
especialista de cálculo estrutural (em nosso caso o TQS). No TQS o pré-dimensionamento do
lançamento das peças estruturais feito anteriormente no Revit é verificado (validado ou corrigido),
as peças são numeradas e o modelo estrutural é enviado de volta ao ambiente de trabalho no Revit.
Quem recebe este modelo de trabalho é um template próprio (PROGER) já com parâmetros
especiais configurados em função de exigências do Plano de Execução BIM conjunto de todas as
disciplinas. Normalmente, este plano de trabalho, em equipes que utilizam a plataforma Autodesk,
exige que as formas do projeto estrutural sejam diretamente geradas pela geometria das peças
estruturais do modelo no Revit e que os quantitativos pertinentes (áreas de formas e volume de
concreto) possam ser também retirados deste modelo. Sobre o quantitativo de armações, falaremos
em outros artigos, posteriormente.
INFRAESTRUTURA – FUNDAÇÕES DIRETAS – QUANTITATIVOS DE FORMAS
Para que possamos criar tabelas, no Revit, com os quantitativos de formas para sapatas, por
exemplo, bem como para algumas outras famílias de peças estruturais como vigas e pilares,
precisamos criar parâmetros de instância na modelagem, pois tais peças estruturais só possuem
parâmetros de tipo para algumas medidas importantes, necessárias à quantificação principalmente
da área de formas; parâmetros de tipo, nas famílias, não são tabeláveis diretamente pelo Revit.
Vamos ver um exemplo nas famílias de sapatas (fundações diretas), criadas pelo plugin TQS para
Revit:
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Os parâmetros originais da família de Sapatas estão marcados em vermelho (1) na Figura 1. Estes parâmetros
não podem ser tabelados diretamente pelo Revit. Precisamos, então, criar os parâmetros compartilhados
marcados em verde (2) para conseguirmos tabelar as unidades e obter a área de formas, através de fórmulas,
nas tabelas do Revit.
Da mesma forma que na Figura 1 acima, as medidas dos lados da sapata também precisam de parâmetros
compartilhados, pelo mesmo motivo, para poderem ser tabeladas pelo Revit e participarem de parâmetros
que requerem fórmulas.
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Figura 1: Parâmetros originais (de tipo) e parâmetros compartilhados (de instância).
Figura 2: Parâmetros compartilhados criados na base da sapata.
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Demos notar que, na Figura 2, DIMX e DIMY são os parâmetros originais da família e SLA e SLB são os
parâmetros compartilhados criados.
Reparem agora, na Figura 3, que para obtermos a área de formas da sapata, precisamos de uma fórmula e
os campos disponíveis são apenas os que criamos a mais na família (SLA, SLB e SHR – lado A e lado B da base
da sapata e altura do rodapé, respectivamente); os parâmetros de tipo originais da família não ficam
disponíveis para as fórmulas, no Revit.
Figura 3: Utilização de fórmulas com parâmetros compartilhados nas tabelas do Revit.
Na Figura 4 abaixo poderemos ver o contexto da definição das fundações do modelo BIM do projeto
estrutural utilizado para este artigo.
Figura 4: Planta de definição das fundações diretas em sapatas isoladas do modelo BIM.
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Vamos agora verificar, no contexto de uma orçamentação, como poderíamos quantificar e orçar a área de
formas das sapatas deste projeto, com o Orçafascio e o OrçaBIM.
Para estabelecermos critérios de quantificação no OrçaBIM, podemos utilizar categorias, materiais ou
fórmulas, dando grande versatilidade às pesquisas.
Para o caso de formas de sapatas devemos escolher o critério de fórmulas e poderemos utilizar a mesma
formulação que inserimos na tabela do Revit, ou seja (SLA+SLB)*2*SHR (parâmetros compartilhados criados
na família, ou seja parâmetros de instância utilizados nas tabelas do Revit).
Figura 5: Utilização de fórmulas nos critérios do OrçaBIM, com parâmetros compartilhados, criados nas famílias.
O interessante é que o OrçaBIM, para quantificar a área de formas das sapatas não precisaria que criássemos
os parâmetros compartilhados nas famílias, pois o poderoso mecanismo de pesquisa do programa permite
a pesquisa também em parâmetros de tipo, que, como já sabemos, não podem ser tabelados pelo próprio
Revit.
A fórmula a ser construída no editor de critérios, no caso da utilização de parâmetros de tipo da família, que
poderão ser verificados nas figuras 1 e 2 acima, seriam DIMX, DIMY e H0, respectivamente os lados da sapata
e a altura do rodapé (onde efetivamente se colocam formas de madeira).
Ficaria assim a fórmula: (DIMX+DIMY)*2*H0 (em parâmetros de tipo, que seria equivalente à fórmula
(SLA+SLB)*2*SHR com a utilização dos parâmetros de instância, criados nas famílias, para que pudessem ser
tabelados pelo Revit.
Vejamos a Figura 6 abaixo:
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Figura 6: Critério de fórmula sendo utilizado no OrçaBIM com parâmetros de tipo não tabeláveis pelo Revit.
A conclusão que chegamos, com esta demonstração, é que no fluxo de trabalho para quantificação e
orçamentação com modelos BIM, a utilização do OrçaBIM pode eliminar etapas, superando até algumas
limitações ainda existentes nos recursos de tabelas do Revit.
Depois da quantificação e verificação visual fornecida pelas janelas de diálogo do OrçaBIM, a orçamentação
deste item estará concluída, em função da composição unitária de custos e do banco de dados de custo
escolhido (neste caso utilizamos o excelente banco de custos do SBC do professor Miguel Stabile) – Figura 7
abaixo.
No próximo artigo continuaremos a demonstrar algumas outras utilizações do recurso de fórmulas para os
critérios de quantificação do OrçaBIM; até lá!
Figura 7: Utilização do banco de custos do SBC no item quantificado.
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