Você está na página 1de 8

MÓDULO

ORÇABIM

Quantitativos
Critérios com fórmulas
O Autor

Dionísio Augusto Americano de Neves e Souza

Engenheiro civil, com 40 anos de experiência em engenharia


estrutural, Dionísio possui várias especializações na área de
estruturas e pós-graduação em Gestão Empresarial.

Atuou como diretor técnico e sócio de construtora com sede


no Rio de Janeiro, por 15 anos. Além disso, exerceu a função
de professor universitário, coordenador de Escritório Modelo
de projetos, coordenador de curso e diretor de Centro
Universitário particular no Rio de Janeiro (1999-2009).

Trabalhou como estagiário e assumiu a função de engenheiro


calculista estrutural no escritório de projetos do Professor
Francisco Ney Lèbre e Azevedo Pondé (UFRJ) e depois em
empresa própria, a Proger Engenharia Ltda, desde 1999 até
esta data.

2
ORÇABIM – QUANTITATIVOS – CRITÉRIOS COM FÓRMULAS 
  DIONÍSIO AUGUSTO AMERICANO DE NEVES E SOUZA 
 
ARTIGO 01 ‐ 01/04/2019 

ORÇABIM – QUANTITATIVOS ‐ CRITÉRIOS COM FÓRMULAS 
INTRODUÇÃO À SÉRIE DE ARTIGOS ‐ OBJETIVOS 

Como já conhecemos, a utilização do trio de ferramentas Orçafascio, OrçaBIM e Revit criou um


novo marco para a disciplina de orçamentação de projetos. Estabelecendo novos paradigmas para
a área e criando novos fluxos de trabalhos possíveis para as equipes de projeto e de orçamentação,
a utilização do OrçaBIM vem demonstrando versatilidade na resposta a problemas de quantificação
de elementos dos modelos BIM e da ligação destas quantificações diretamente a bancos de dados
de custos, como SINAPI, SBC e outros.
O objetivo desta série de pequenos artigos, além da conversa informal sobre as boas práticas da
metodologia BIM para os projetos de uma forma geral, será também a demonstração de alguns
fluxos de trabalhos possíveis para os levantamentos quantitativos e orçamentação, principalmente
ligados à disciplina de projetos estruturais (minha área direta de atuação) mas também à de
arquitetura, já que tais disciplinas sempre estiveram intimamente ligadas. Nos basearemos
diretamente na modelagem das disciplinas no Revit, visando os levantamentos quantitativos e
orçamentação, com a ajuda do OrçaBIM e Orçafascio, em várias fases de desenvolvimento do
projeto de edificações em BIM.

O FLUXO DE TRABALHO NO MODELO DO PROJETO ESTRUTURAL 
Nosso fluxo de trabalho na engenharia estrutural, aqui na empresa (PROGER), requer o
lançamento das peças estruturais (lajes, vigas e pilares) no Revit, para posterior envio ao programa
especialista de cálculo estrutural (em nosso caso o TQS). No TQS o pré-dimensionamento do
lançamento das peças estruturais feito anteriormente no Revit é verificado (validado ou corrigido),
as peças são numeradas e o modelo estrutural é enviado de volta ao ambiente de trabalho no Revit.
Quem recebe este modelo de trabalho é um template próprio (PROGER) já com parâmetros
especiais configurados em função de exigências do Plano de Execução BIM conjunto de todas as
disciplinas. Normalmente, este plano de trabalho, em equipes que utilizam a plataforma Autodesk,
exige que as formas do projeto estrutural sejam diretamente geradas pela geometria das peças
estruturais do modelo no Revit e que os quantitativos pertinentes (áreas de formas e volume de
concreto) possam ser também retirados deste modelo. Sobre o quantitativo de armações, falaremos
em outros artigos, posteriormente.

INFRAESTRUTURA – FUNDAÇÕES DIRETAS – QUANTITATIVOS DE FORMAS 
Para que possamos criar tabelas, no Revit, com os quantitativos de formas para sapatas, por
exemplo, bem como para algumas outras famílias de peças estruturais como vigas e pilares,
precisamos criar parâmetros de instância na modelagem, pois tais peças estruturais só possuem
parâmetros de tipo para algumas medidas importantes, necessárias à quantificação principalmente
da área de formas; parâmetros de tipo, nas famílias, não são tabeláveis diretamente pelo Revit.
Vamos ver um exemplo nas famílias de sapatas (fundações diretas), criadas pelo plugin TQS para
Revit:

1/5 
ORÇABIM – QUANTITATIVOS – CRITÉRIOS COM FÓRMULAS 
  DIONÍSIO AUGUSTO AMERICANO DE NEVES E SOUZA 
 
ARTIGO 01 ‐ 01/04/2019 

Os parâmetros originais da família de Sapatas estão marcados em vermelho (1) na Figura 1. Estes parâmetros 
não podem ser tabelados diretamente pelo Revit. Precisamos, então, criar os parâmetros compartilhados 
marcados em verde (2) para conseguirmos tabelar as unidades e obter a área de formas, através de fórmulas, 
nas tabelas do Revit. 
Da mesma forma que na Figura 1 acima, as medidas dos lados da sapata também precisam de parâmetros 
compartilhados, pelo mesmo motivo, para poderem ser tabeladas pelo Revit e participarem de parâmetros 
que requerem fórmulas.  
  1 2

Figura 1: Parâmetros originais (de tipo) e parâmetros compartilhados (de instância). 

 
 
  Figura 2: Parâmetros compartilhados criados na base da sapata. 

2/5 
ORÇABIM – QUANTITATIVOS – CRITÉRIOS COM FÓRMULAS 
  DIONÍSIO AUGUSTO AMERICANO DE NEVES E SOUZA 
 
ARTIGO 01 ‐ 01/04/2019 
 

Demos  notar  que,  na  Figura  2,  DIMX  e  DIMY  são  os  parâmetros  originais  da  família  e  SLA  e  SLB  são  os 
parâmetros compartilhados criados. 
Reparem agora, na Figura 3, que para obtermos a área de formas da sapata, precisamos de uma fórmula e 
os campos disponíveis são apenas os que criamos a mais na família (SLA, SLB e SHR – lado A e lado B da base 
da  sapata  e  altura  do  rodapé,  respectivamente);  os  parâmetros  de  tipo  originais  da  família  não  ficam 
disponíveis para as fórmulas, no Revit. 

 
Figura 3: Utilização de fórmulas com parâmetros compartilhados nas tabelas do Revit. 

Na  Figura  4  abaixo  poderemos  ver  o  contexto  da  definição  das  fundações  do  modelo  BIM  do  projeto 
estrutural utilizado para este artigo. 
 

 
 
  Figura 4: Planta de definição das fundações diretas em sapatas isoladas do modelo BIM. 

3/5 
ORÇABIM – QUANTITATIVOS – CRITÉRIOS COM FÓRMULAS 
  DIONÍSIO AUGUSTO AMERICANO DE NEVES E SOUZA 
 
ARTIGO 01 ‐ 01/04/2019 
 

 
Vamos agora verificar, no contexto de uma orçamentação, como poderíamos quantificar e orçar a área de 
formas das sapatas deste projeto, com o Orçafascio e o OrçaBIM. 
Para  estabelecermos  critérios  de  quantificação  no  OrçaBIM,  podemos  utilizar  categorias,  materiais  ou 
fórmulas, dando grande versatilidade às pesquisas. 
Para o caso de formas de sapatas devemos escolher o critério de fórmulas e poderemos utilizar a mesma 
formulação que inserimos na tabela do Revit, ou seja (SLA+SLB)*2*SHR (parâmetros compartilhados criados 
na família, ou seja parâmetros de instância utilizados nas tabelas do Revit). 

 
Figura 5: Utilização de fórmulas nos critérios do OrçaBIM, com parâmetros compartilhados, criados nas famílias. 

 
O interessante é que o OrçaBIM, para quantificar a área de formas das sapatas  não precisaria que criássemos 
os parâmetros compartilhados nas famílias, pois o poderoso mecanismo de pesquisa do programa permite 
a pesquisa também em parâmetros de tipo, que, como já sabemos, não podem ser tabelados pelo próprio 
Revit. 
A fórmula a ser construída no editor de critérios, no caso da utilização de parâmetros de tipo da família, que 
poderão ser verificados nas figuras 1 e 2 acima, seriam DIMX, DIMY e H0, respectivamente os lados da sapata 
e a altura do rodapé (onde efetivamente se colocam formas de madeira).  
Ficaria assim a fórmula: (DIMX+DIMY)*2*H0 (em parâmetros de tipo, que seria equivalente à fórmula  
(SLA+SLB)*2*SHR com a utilização dos parâmetros de instância, criados nas famílias, para que pudessem ser 
tabelados pelo Revit. 
Vejamos a Figura 6 abaixo: 
 

4/5 
ORÇABIM – QUANTITATIVOS – CRITÉRIOS COM FÓRMULAS 
  DIONÍSIO AUGUSTO AMERICANO DE NEVES E SOUZA 
 
ARTIGO 01 ‐ 01/04/2019 
 

 
Figura 6: Critério de fórmula sendo utilizado no OrçaBIM com parâmetros de tipo não tabeláveis pelo Revit. 

 A  conclusão  que  chegamos,  com  esta  demonstração,  é  que  no  fluxo  de  trabalho  para  quantificação  e 
orçamentação com modelos BIM, a utilização do OrçaBIM pode eliminar etapas, superando até algumas 
limitações ainda existentes nos recursos de tabelas do Revit.  
Depois da quantificação e verificação visual fornecida pelas janelas de diálogo do OrçaBIM, a orçamentação 
deste item estará concluída, em função da composição unitária de custos e do banco de dados de custo 
escolhido (neste caso utilizamos o excelente banco de custos do SBC do professor Miguel Stabile) – Figura 7 
abaixo. 
No próximo artigo continuaremos a demonstrar algumas outras utilizações do recurso de fórmulas para os 
critérios de quantificação do OrçaBIM; até lá! 

 
Figura 7: Utilização do banco de custos do SBC no item quantificado. 

5/5 
Faça um teste grátis do OrçaFascio por 7 dias
e conheça todas as vantagens de usar o maior
software de orçamento de obras do Brasil.

Começar teste grátis

www.orcafascio.com

Você também pode gostar