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Faculdade de ciências aplicadas – UNICAMP

Carlos Gabriel Rufino 195412

Micael Angelo Alves 203722

Thamires Elizeu 206143

Nathaly Duarte 204088

Sistemas de proteção social

Tripé da seguridade social I – SAÚDE

Limeira-SP
2017
• Etapa I

As primeiras ações de Saúde Pública no Brasil aconteceram em um período


em que o Brasil ainda era uma colônia, essas ações se deram inicio
principalmente pela vinda da família real (1808) e o interesse na manutenção
da mão-de-obra saudável para manter os negócios promovidos pela realeza.
Naquela época muitas doenças tropicais acometiam a população, além
daquelas que eram trazidas pelos navios portugueses, e o conhecimento no
controle, cura e transmissão ainda era muito frágil, possibilitando diferentes
visões sobre as doenças.

• Etapa II

• Gasto social Público Federal em Saúde (% do PIB) 1995-2001

%PIB
2,2

1,8

1,6

1,4

1,2
1995 1996 1997 1998 1999 2000 2001
%PIB
• Gasto social Público Federal em Saúde (% do PIB) 2002-2015

% PIB
2,2

1,8

1,6

1,4

1,2
2002 2003 2004 2005 2006 2007 2008 2009 2010 2011 2012 2013 2014 2015

% PIB

Na década de 1980, a saúde baseava-se em recursos de previdência social


e orçamento fiscal. Os recursos previdenciários se direcionavam para pessoas
que participavam do mercado formal de trabalho, enquanto os recursos fiscais
bancavam ações de saúde pública (vigilância, controle de doenças
transmissíveis e vacinação) . Os dois orçamentos foram bastante desigual no
gasto federal com saúde, tanto em relação á assistência prestada quanto ao
financiamento.

A criação da Seguridade social estabeleceu que ela deveria ser financiada


com recursos provenientes dos orçamentos da União, dos estados, do Distrito
Federal e dos municípios e de contribuições sociais. 30% dos recursos do
Orçamento da Seguridade Social deveria ser destinado á saúde. O percentual
de 30% não foi cumprido em 1990 e 1991. A Emenda Constitucional 29 (EC 29)
confirmou a participação das três esferas de governo no financiamento das
ações e dos serviços públicos de saúde, a partir da definição de um aporte anual
mínimo de recursos. A EC 29 começou a ter vigência em 2000, e o aumento da
participação de estados e municípios no financiamento da saúde teve como
consequência um intenso incremento de recursos para saúde. Em conclusão,
percebe-se que do ano de 1995 até 2015 mesmo havendo variações nas taxas,
no geral houve aumento nos gastos sociais com saúde, em 1995 correspondia
a 1,8% do PIB, e em 2015 correspondia a 2,1% do PIB.
• Etapa III
Seguridade social. A definição de Seguridade social na
constituição federal está no TÍTULO VIII Da Ordem Social, no
CAPÍTULO II Da Seguridade Social, SEÇÃO I Disposições Gerais,
sendo o artigo de numero 194.
Art. 194. A seguridade social compreende um conjunto integrado de
ações de iniciativa dos Poderes Públicos e da sociedade, destinadas a
assegurar os direitos relativos à saúde, à previdência e à assistência
social.

Sistema Único de Saúde.

As diretrizes:
• Art. 198. As ações e serviços públicos de saúde integram uma rede
regionalizada e hierarquizada e constituem um sistema único,
organizado de acordo com as seguintes diretrizes:
• I – descentralização, com direção única em cada esfera de governo;
• II – atendimento integral, com prioridade para as atividades preventivas,
sem prejuízo dos serviços assistenciais;
• III – participação da comunidade.

As competências:
• Art. 200. Ao sistema único de saúde compete, além de outras
atribuições, nos termos da lei:
• I – controlar e fiscalizar procedimentos, produtos e substâncias de
interesse para a saúde e participar da produção de medicamentos,
equipamentos, imunobiológicos, hemoderivados e outros insumos;
• II – executar as ações de vigilância sanitária e epidemiológica, bem
como as de saúde do trabalhador;
• III – ordenar a formação de recursos humanos na área de saúde; IV –
participar da formulação da política e da execução das ações de
saneamento básico;
• V – incrementar, em sua área de atuação, o desenvolvimento científico e
tecnológico e a inovação; (Redação dada pela EC n. 85/2015)
• VI – fiscalizar e inspecionar alimentos, compreendido o controle de seu
teor nutricional, bem como bebidas e águas para consumo humano;
• VII – participar do controle e fiscalização da produção, transporte,
guarda e utilização de substâncias e produtos psicoativos, tóxicos e
radioativos;
• VIII – colaborar na proteção do meio ambiente, nele compreendido o do
trabalho.

Financiamento:
• Art. 198
• Parágrafo único. O Sistema Único de Saúde será financiado, nos termos
do art. 195, com recursos do orçamento da seguridade social, da União,
dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios, além de outras
fontes.

Lei orgânica em Saúde (1990)

Dos objetivos:

• Art. 5º São objetivos do Sistema Único de Saúde SUS:


• I - a identificação e divulgação dos fatores condicionantes e
determinantes da saúde;
• II - a formulação de política de saúde destinada a promover, nos campos
econômico e social, a observância do disposto no § 1º do art. 2º desta
lei;
• III - a assistência às pessoas por intermédio de ações de promoção,
proteção e recuperação da saúde, com a realização integrada das ações
assistenciais e das atividades preventivas.

Dos princípios e diretrizes:

• Art. 7º As ações e serviços públicos de saúde e os serviços privados


contratados ou conveniados que integram o Sistema Único de Saúde
(SUS), são desenvolvidos de acordo com as diretrizes previstas no art.
198 da Constituição Federal, obedecendo ainda aos seguintes princípios:
• I - universalidade de acesso aos serviços de saúde em todos os níveis de
assistência;
• II - integralidade de assistência, entendida como conjunto articulado e
contínuo das ações e serviços preventivos e curativos, individuais e
coletivos, exigidos para cada caso em todos os níveis de complexidade
do sistema;
• III - preservação da autonomia das pessoas na defesa de sua integridade
física e moral;
• IV - igualdade da assistência à saúde, sem preconceitos ou privilégios de
qualquer espécie;
• V - direito à informação, às pessoas assistidas, sobre sua saúde;
• VI - divulgação de informações quanto ao potencial dos serviços de saúde
e a sua utilização pelo usuário;
• VII - utilização da epidemiologia para o estabelecimento de prioridades, a
alocação de recursos e a orientação programática;
• VIII - participação da comunidade;
• IX - descentralização político-administrativa, com direção única em cada
esfera de governo:

• a) ênfase na descentralização dos serviços para os municípios;


• b) regionalização e hierarquização da rede de serviços de saúde;
• X - integração em nível executivo das ações de saúde, meio ambiente e
saneamento básico;
• XI - conjugação dos recursos financeiros, tecnológicos, materiais e
humanos da União, dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios na
prestação de serviços de assistência à saúde da população;
• XII - capacidade de resolução dos serviços em todos os níveis de
assistência; e
• XIII - organização dos serviços públicos de modo a evitar duplicidade de
meios para fins idênticos.
• XIV – organização de atendimento público específico e especializado para
mulheres e vítimas de violência doméstica em geral, que garanta, entre
outros, atendimento, acompanhamento psicológico e cirurgias plásticas
reparadoras, em conformidade com a Lei nº 12.845, de 1º de agosto de
2013. (Redação dada pela Lei nº 13.427, de 2017)

Abaixo segue os acréscimos legais que contribuíram para a configuração do


Sistema Único de Saúde.

• Acréscimos à Lei 8.080:

Lei 9.836 (Setembro de 1999) - Acrescenta dispositivos à Lei no 8.080,


de 19 de setembro de 1990, instituindo o Subsistema de Atenção à Saúde
Indígena.

Lei 10.424 (Abril de 2002) - Acrescenta capítulo e artigo à Lei no 8.080,


de 19 de setembro de 1990, regulamentando a assistência domiciliar no
Sistema Único de Saúde.

Lei 11.108 (Abril de 2005) - Altera a Lei no 8.080, de 19 de setembro de


1990, para garantir às parturientes o direito à presença de acompanhante
durante o trabalho de parto, parto e pós-parto imediato, no âmbito do Sistema
Único de Saúde.

Lei 8.142 (Dezembro de 1990) - que estabelece o formato da participação


popular no SUS e dispõe sobre as transferências intergovernamentais de
recursos financeiros na área da saúde

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