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de
SABER
GEOGRAFIA
Ensino Fundamental – Anos Finais
Componente curricular: Geografia
MANUAL DO PROFESSOR
6
Neiva Camargo Torrezani
• Licenciada e bacharela em Geografia pela Universidade Estadual de Londrina (UEL-PR).
• Especialista em Análise e Educação Ambiental em Ciências da Terra pela UEL-PR.
• Mestra em Geografia pela UEL-PR.
• Atuou como professora de Geografia em escolas da rede particular de ensino.
18-20787 CDD-372.891
Índices para catálogo sistemático:
Proposta teórico-metodológica
da coleção .................................................... XXXII
O ensino de Geografia ....................................................................... XXXII
Importantes estratégias para o ensino de Geografia ........XXXVI
Principais conceitos/categorias da Geografia .....................XXXIX
Habilidades do 6o ano de
Geografia na BNCC .................................................. XLIII
Livro do aluno
A presente coleção é composta de quatro pósito de investigar o conhecimento prévio
volumes, correspondentes aos anos finais do dos alunos, incentivando sua colaboração no
Ensino Fundamental: 6o, 7o, 8o e 9o anos. Ca- estudo do tema abordado. De modo geral,
da volume apresenta oito capítulos, organi- cada capítulo é composto de dois blocos de
zados internamente em temas e subtemas. atividades. Antes do último bloco, constará
Os capítulos têm início em páginas de aber- uma seção cuja intenção é, além da leitura e
tura duplas, que apresentam recursos defla- interpretação de textos e imagens, contextua-
gradores dos assuntos a serem estudados. lizar o que foi estudado com situações e/ou
As páginas de conteúdos são organizadas acontecimentos locais ou globais.
em textos principais intercalados com dife- Os capítulos são encerrados com uma se-
rentes seções e boxes, que complementam, ção que visa recapitular o que foi estudado.
ampliam e dinamizam o trabalho teórico. Veja, a seguir, informações mais deta-
Em alguns momentos, em meio à teoria, lhadas sobre a estrutura dos capítulos.
algumas questões são sugeridas com o pro-
Página de abertura
Tem como principais
objetivos explorar o
conhecimento prévio e
despertar o interesse dos
alunos em relação aos
temas que serão abordados.
Por meio de imagens e textos
nas aberturas, o professor
vai encontrar alguns
questionamentos para análise
dos recursos apresentados.
Esses questionamentos
propiciam a exploração de
habilidades fundamentais
para o estudante, como
observação, comparação,
investigação, reflexão e
descrição. Além disso, com
a mediação do professor, o
leque de interpretações pode
ser aberto e enriquecido. página de abertura podem ser muito da disciplina, sejam alcançados.
Há questões específicas de úteis, também, como forma No processo de ensino-aprendizagem,
exploração do conhecimento de comparar os conhecimentos dos o professor trabalha como mediador
prévio que propiciam um alunos antes e depois do trabalho para que o aluno supere o senso
importante momento de com os assuntos do capítulo. comum e construa um conhecimento
interação e troca de ideias O papel do professor como mediador mais sistematizado. O aluno deve
entre professor e alunos, assim é fundamental para que os objetivos perceber que o conteúdo estudado
como dos alunos entre si. propostos nas aberturas e, no decorrer dos capítulos está
As questões propostas nessa consequentemente, o ensino relacionado à realidade de onde vive.
Momento da Cartografia
A Cartografia é uma ferramenta
muito importante para o ensino de
Geografia, uma vez que, por meio
dela, é possível representar diferentes
aspectos do espaço geográfico.
Essa seção terá como principal
objetivo desenvolver, cada vez mais, as
noções cartográficas dos educandos,
seja ampliando as que eles já possuem,
seja criando situações em que possam
se apropriar de novos conhecimentos.
Além disso, nessa seção, por meio do
trabalho com a Cartografia Escolar,
será possível desenvolver conteúdos
procedimentais que envolvam
produção, leitura e interpretação
de representações gráficas. Desse
modo, o aluno será fundamentado
na compreensão do espaço
geográfico, por meio da elaboração
das competências e habilidades que
deve desenvolver. Os temas
cartográficos são trabalhados com
graus de complexidade que respeitam
o nível cognitivo dos alunos.
VI
Explorando o tema
Seção apresentada em todos os
capítulos. Diferentes recursos são
utilizados, como textos teóricos,
literários, jornalísticos ou textos
elaborados pela autora que,
acrescidos de imagens diversas, como
mapas, gráficos, fotografias e
ilustrações, levarão o aluno a refletir
sobre temas contemporâneos,
indicados pela BNCC. Em geral
acompanhada de questionamentos,
debates e sugestões de pesquisa,
essa seção contribui para o
aprimoramento da aprendizagem dos
alunos, estimulando-os à reflexão e à
tomada de atitudes em situações que
envolvem essas temáticas.
VII
Atividades
As atividades apresentam respostas
para o professor, porém é fundamental
que os alunos sejam estimulados a
elaborar respostas com suas próprias
palavras, baseadas na interpretação
dos assuntos trabalhados, e não
produzir uma simples cópia. Os debates,
quando apresentados, têm como
principal objetivo estimular atitudes
voltadas à socialização, à colaboração,
ao respeito às opiniões dos colegas e,
sobretudo, à tomada de decisões.
VIII
Atividades
Atividades
Exercícios de compreensão
1. Podemos afirmar que as paisagens 4. Podemos afirmar que a velocidade
são constantemente modificadas e com que a dinâmica da natureza trans-
em ritmos diferentes? Justifique forma as paisagens terrestres é sem-
sua resposta no caderno. pre igual? Justifique sua resposta.
2. Explique a relação entre trabalho, 5. Por que é importante preservar nas
técnica e transformação das paisa- paisagens atuais alguns elementos
gens.
3. Explique o que é espaço geográfico.
culturais construídos em diferentes
tempos históricos? Exercícios de compreensão Atividades • Exercícios
1. Podemos afirmar que as paisagens de4.compreensão
Podemos afirmar que a velocidade
Geografia no contexto
6. Observe as imagens a seguir. Elas retratam a praia de Botafogo e o morro do Pão
de Açúcar, na cidade do Rio de Janeiro, em dois momentos históricos diferentes.
são constantemente modificadas e com que a dinâmica da natureza trans-
A
Composta
forma as de questões de é sem-
Marc Ferrez/Coleção Gilberto Ferrez/Acervo Instituto Moreira
Salles, São Paulo
Visita ao
museu
Com o professor
Capítulo 8
organizem uma
visita ao museu
ou à prefeitura de
sua cidade a fim
de verem o
acervo de
técnica e transformação das paisa- paisagens atuais alguns elementos
gens. culturais construídos em diferentes
fotografias
Atividades
históricas. Nesse
a sociedade?
conversem sobre
as transformações
Geografia no contexto
que ocorreram nas
paisagens e depois
produzam um
9. Observe no planisfério
Exercícios de áreas
as principais compreensão
de desmatamento e desertificação
relatório sobre
esse aspecto.
ou à prefeitura de 4. O mapa abaixo foi produzido emgrafia?1725 por John Senex. Compare-o com o mapa
Justifique sua resposta.
Composta de atividades mais contextualizadas, sua cidade a fim de Francesco Rosselli, mostrado na página 43, e responda às questões a seguir
Geografia no contexto
4. O mapa abaixo foi produzido em 1725 por John Senex. Compare-o com o mapa
com a exploração de diferentes recursos, como de verem o
acervo de no caderno. de Francesco Rosselli, mostrado na página 43, e responda às questões a seguir
no caderno.
que ocorreram nas b ) Que mapa representa a América do Sul de forma mais precisa?
c ) Cite um exemplo de recurso tecnológico utilizado na produção de mapas na
paisagens e depois
a ) As manchetes se referem a dois tipos de poluição. Quais são eles?
atualidade.
b ) Quais são os principais problemas gerados por esses tipos de poluição para
a sociedade? produzam um 5. A seguir são apresentadas situações em que o emprego de inovações tecnológicas e
relatório
9. Observe no planisfério as principais sobre
áreas de desmatamento e desertificação
de instrumentos sofisticados na Cartografia se tornou imprescindível para a obtenção
de resultados mais precisos da superfície da Terra. De acordo com o que você estudou,
no planeta.
esse aspecto. 2 340
identifique que recurso tecnológico está sendo empregado4 680 km um dos casos:
em cada
a ) Uma organização não governamental (ONG) faz o monitoramento da Mata
Mundo: áreas de desmatamento
Atlântica por meio de um sistema de alta tecnologia. Esse sistema utiliza in-
e desertificação – 2015
Fontes: GIRARDI, Gisele;
formações de sensoresROSA,
instaladosJussara Vaz.
em satélites Atlas
artificiais localizados a quilô-
metros de distância da Terra.
geográfico do estudante. São Paulo: FTD, 2016. p. 166.
48
IBGE. Atlas geográfico escolar. 7. ed.
Rio de Janeiro, 2016. p. 63.
• Comparando• as
E. Cavalcante
O que podemos
imagens acima,concluir ao compararmos
identifique, as áreas
no caderno, quais de desmatamento
alterações foram com as
a ) Quais são as principais diferenças entre essas representações cartográficas?
realizadas pelodeser
risco de desertificação?
humano, observadas na Justifique
imagemsua B. resposta.
b ) Que mapa representa a América do Sul de forma mais precisa?
38 Atividades • Pesquisando
Pesquisando c ) Cite um exemplo de recurso tecnológico utilizado na produção de mapas na
2 340 4 680 km
Capítulo 4
recursos
Os boxes são utilizados hídricos
nesta coleção com o objetivo de complementar os
assuntos estudados e torná-los mais interessantes para os alunos.
A apropriação dos recursos hídricos é uma prática humana que tem ocorrido das
mais diversas formas ao longo da história. Atualmente, mais do que nunca, a utiliza-
ção da água, além de ter se intensificado, tem ocorrido de maneira mais vantajosa,
pois os recursos hídricos podem servir para a irrigação na produção de alimentos,
para a geração de energia elétrica ou como vias de transporte, por exemplo.
Apesar dos benefícios causados à humanidade, a intensa exploração das fontes de
A sociedade e a apropriação dos
água, sobretudo nos dias atuais, tem ocasionado prejuízos sociais e degradações
Capítulo 4
ambientais. Vamos observar o caso Boxe complementar
recursos hídricos
A apropriação dos recursos hídricos é uma prática humana que tem ocorrido das do Mar de Aral.
mais diversas formas ao longo da história. Atualmente, mais do que nunca, a utiliza-
ção da água, além de ter se intensificado, tem ocorrido de maneira mais vantajosa,
pois os recursos hídricos podem servir para a irrigação na produção de alimentos, Ampliar o conhecimento dos educandos,
O esgotamento do Mar de Aral
para a geração de energia elétrica ou como vias de transporte, por exemplo.
Apesar dos benefícios causados à humanidade, a intensa exploração das fontes de
água, sobretudo nos dias atuais, tem ocasionado prejuízos sociais e degradações
com novas leituras de textos e imagens
O Mar de Aral era, originalmente, um importante reservatório de água salgada, mas seu
interessantes, que tragam assuntos
ambientais. Vamos observar o caso do Mar de Aral.
O esgotamento do Mar de Aral abastecimento era proveniente, principalmente, das bacias hidrográficas de dois importantes rios: o
O Mar de Aral era, originalmente, um importante reservatório de água salgada, mas seu
abastecimento era proveniente, principalmente, das bacias hidrográficas de dois importantes rios: o
Amu Darya e o Syr Darya. Veja a localização no mapa.
relacionados ao tema em estudo,
Amu Darya e o Syr Darya. Veja a localização no mapa.
O uso da irrigação é milenar na região do Mar de
Localização do Mar de Aral O uso da irrigação é milenar na região do Mar detambém está entre os objetivos de
Localização do Mar de Aral
Aral, onde atuam os climas semiárido e desértico.
No entanto, a exploração desenfreada das águas dos 60° L
Aral, onde atuam os climas semiárido e desértico.
N
L
e, principalmente, ambientais incalculáveis. Aral Rio
y Lago N
S
O L
ya
S
a
Veja, a seguir, a rápida degradação do Mar de O nível do Mar de Aral foi baixando e, de complementar o assuntoBalkash
estudado,
E. Cavalcante
AFEGANISTÃO
rD
Aral representada por meio de imagens de satélite 0 240 km
retratadas ao longo de aproximadamente 40 anos.
atualmente, bancos de sal e água contaminada por
ar
aprimorar a competência leitora e auxiliar
ya
1973 1987 1999 2014 agrotóxicos predominam onde antes a atividade da UZBEQUISTÃO
pesca era fonte de alimento e renda para muitas
na elaboração do saber geográfico dos alunos.
Fotos: NASA/SPL/Fotoarena
pessoas. TURCOMENISTÃO
Fonte: Reference atlas of the Ri
o
world. 9. ed. London: Dorling Am
Kindersley, 2013. p. 144-145. u 40° N
Da
ry CHINA
• Com os colegas, converse sobre os prejuízos para nossa sociedade ao nos apropriarmos desse a
recurso hídrico de maneira predatória.
Veja, a seguir, a rápida degradação do Mar de
E. Cavalcante
133 AFEGANISTÃO
Aral representada por meio de imagens de satélite 0 240 km
Fotos: NASA/SPL/Fotoarena
visite
• Com os colegas, converse sobre os prejuízos para nossa sociedade ao nos apropriarmos desse
recurso hídrico de maneira predatória.
Capítulo 4
caderno.
no caderno. em relação à à realidade.
a ) Identifique o rio principal desta bacia. realidade.
b ) Qual o nome de seus afluentes representados no mapa?
c ) Em que estado brasileiro es-
Bacia hidrográfica do rio Jequitinhonha
tá localizada a nascente do
E. Cavalcante
rio principal? BA
d ) Onde o rio principal deságua?
e ) Diferencie a nascente da foz Rio São F
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de um rio. Rio S
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io 17° S
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no caderno.
Jequitinhonha
Seção localizada no final de todos os Rios
capítulos.
a ) Identifique o rio principal desta bacia.
b ) Qual o nome de seus afluentes representados no mapa?
MG permanentes
c ) Em que estado brasileiro es-
Bacia hidrográfica do rio Jequitinhonha Fonte: IBGE (Instituto Brasileiro de
Essa seção trará afirmações relacionadas aos
tá localizada a nascente do
Geografia e Estatística). Bacia do Rio
E. Cavalcante
Ped
o
diagnosticos_levantamentos/jequitinhonha/
r
nha
0 60 km
Com base nelas, 42° O o aluno será
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iruç u
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a ca
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Ar
Ri o
do P
io 17° S
R
iau
Bacia do rio
Jequitinhonha
MG Rios permanentes
Fonte: IBGE (Instituto Brasileiro de
Objetivos do capítulo
No início de cada capítulo, são apresentados os objetivos
a serem desenvolvidos pelos alunos. Você pode utilizar
essa seção como modo de orientar suas aulas e também
para acompanhar o aprendizado dos alunos.
Orientações gerais
A fim de orientar o trabalho com os conteúdos
(proposto em páginas de teoria e em seções, como
Respostas
Momento da Cartografia e Explorando o tema),
Esse boxe é utilizado sempre que houver
serão apresentadas instruções, informações
necessidade de apresentar resposta às questões
complementares, sugestões e outras orientações
nas laterais ou nos rodapés.
que vão auxiliá-lo na condução da aula.
XII
XIII
Material digital
Integrando saberes
Esse quadro apresenta sugestões ao
Esse boxe apresenta as relações de
longo do conteúdo para a utilização do
determinados conteúdos com outros
material digital (sequências didáticas,
componentes curriculares,
projetos integradores e avaliações).
possibilitando uma articulação entre
as diferentes áreas do conhecimento.
XIV
XV
XVI
XVII
As competências da BNCC
A organização da BNCC foi estabelecida nas atividades e nas propostas disponibili-
por meio da definição de competências ge- zadas nas orientações ao professor. Nes-
rais, competências específicas de área e ses momentos, os alunos serão incentiva-
competências específicas dos componen- dos a realizar reflexões que os levem a de-
tes curriculares. senvolver seu senso crítico e sua capaci-
Nesta coleção, as competências gerais dade de mobilização social diante dos de-
serão trabalhadas ao longo dos conteúdos, safios contemporâneos.
Fonte: BRASIL. Ministério da Educação. Base Nacional Comum Curricular. 2017. p. 9-10.
Disponível em: <http://basenacionalcomum.mec.gov.br>. Acesso em: 5 set. 2018.
XVIII
CG 1, 2, 5 CG 4, 7, 8, 9 CG 1, 4, 7
Em atividades que permitem Diferentes abordagens de diá- Durante a coleção, os alunos
desenvolver essas competên- logo são propostas ao longo da poderão utilizar os conhecimen-
cias, os alunos são orientados a coleção, nas quais os alunos tos construídos ao longo dos
usar de modo responsável os são levados a utilizar diversas capítulos para expressar-se por
meios digitais, além de exerci- linguagens para se expressar, meio da linguagem escrita para
tar sua curiosidade intelectual. desenvolvendo também a ca- argumentar, formular reflexões,
pacidade de argumentação. registrar informações etc.
CG 6, 8, 10 CG 1, 4, 7 CG 1, 2, 3
Em alguns momentos da cole- Para compreender de modo As análises de imagens permi-
ção, serão estabelecidas rela- crítico os conteúdos apresen- tem que os alunos desenvol-
ções entre os conteúdos e o tados no material, é necessário vam seu senso estético, valori-
contexto de vivência dos alu- trabalhar a capacidade de in- zando diferentes manifesta-
nos. Desse modo, eles poderão terpretação. Desse modo, os ções culturais.
refletir sobre a realidade em alunos terão fundamentação
que vivem para que possam para explicar a realidade e re-
propor possíveis intervenções. conhecer a diversidade.
XIX
Fonte: BRASIL. Ministério da Educação. Base Nacional Comum Curricular. 2017. p. 355.
Disponível em: <http://basenacionalcomum.mec.gov.br>. Acesso em: 5 set. 2018.
Fonte: BRASIL. Ministério da Educação. Base Nacional Comum Curricular. 2017. p. 364.
Disponível em: <http://basenacionalcomum.mec.gov.br>. Acesso em: 5 set. 2018.
XX
XXI
O papel do professor
O professor vem desempenhando cada des do relacionamento professor-aluno e
vez mais um papel de mediador entre os con- aluno-aluno, intervindo em casos de possí-
teúdos específicos de cada componente cur- veis dificuldades de aprendizagem e con-
ricular e os conhecimentos adquiridos pelos duzindo suas aulas de modo a promover a
alunos. Assim, o professor deve desenvolver construção do conhecimento pautada em
de maneira constante a reflexão para de- respeito e empatia. Para isso, o docente de-
monstrar que o ato de estudar não é apenas ve ter autonomia, tanto perante seus alu-
fundamental, mas também prazeroso, des- nos quanto perante os colegas. Essa auto-
pertando, assim, o interesse dos alunos. nomia refere-se à capacidade de fazer es-
colhas e de posicionar-se, participando de
A união entre teoria e prática geralmen-
maneira cooperativa diante de percalços e
te ocorre quando o professor propicia aos
desafios. É importante que, ao adotar essa
alunos momentos em que eles possam de-
postura, o professor se esquive de atitudes
bater, refletir e emitir opiniões sobre acon-
impositivas, alheias ao interesse coletivo, e
tecimentos ocorridos em contextos locais e
se dispa de conceitos preestabelecidos.
mundiais. Dessa forma, a prática reflexiva
sobre os conteúdos estudados é essencial Além disso, faz parte do papel do profes-
para o ensino contextualizado. sor estimular a autonomia do estudante, a
fim de que ele assuma um papel proativo
É fundamental que o professor tenha
em sala de aula – e, também, fora dela –,
sensibilidade para perceber as singularida-
encorajando e sendo encorajado ao questio-
XXII
Práticas pedagógicas
A avaliação
A importância da avaliação O professor pode desenvolver, dentro de
A avaliação é um instrumento que o pro- sua atuação em sala de aula, três tipos de
fessor possui para diagnosticar, analisar, avaliação: diagnóstica, formativa e somativa
sistematizar e orientar suas ações pedagó- (também conhecida como classificatória).
gicas. Entende-se a avaliação como um diá- A avaliação diagnóstica deve ser realiza-
logo contínuo entre professor e aluno, uma da a cada início de um ciclo de estudos, já
vez que, quando elaborada em concordância que se constitui uma sondagem do que os
com o conteúdo ensinado, serve como res- alunos conhecem, ao mesmo tempo que é
posta concreta à prática do professor e ao uma projeção do que o professor deverá
processo de ensino-aprendizagem. planejar para seu trabalho com os próximos
conteúdos. Segundo Santos e Varela (2007,
No contexto em que atua, deve estar cla-
p. 4), “É uma etapa do processo educacional
ro para o professor que além de a avaliação
que tem por objetivo verificar em que medi-
ser importante, seu processo deve ser con-
da os conhecimentos anteriores ocorreram
tínuo e não se restringir a resultados ou a
e o que se faz necessário planejar para sele-
momentos definidos e estanques, pois ela
cionar dificuldades encontradas.”.
diagnostica os reais problemas e defasa-
gens na aprendizagem dos alunos e colabo- Já a avaliação formativa é importante
ra para a evolução de seu conhecimento. que seja utilizada durante todo o processo
de ensino-aprendizagem, pois está relacio-
Segundo Bonesi e Souza, a avaliação é
nada aos aspectos que proporcionam a for-
definida como:
mação dos alunos e considera o processo
de aprendizagem tão importante quanto
[...] o ato por meio do qual A e B avaliam aquilo que se aprende.
juntos a prática implementada, as apren-
dizagens efetivadas, as conquistas erigi-
A avaliação formativa privilegia a ob-
das, o desenvolvimento conquistado, os
servação do processo ensino-aprendiza-
obstáculos encontrados ou os erros e
gem por meio de diversos instrumentos
equívocos porventura cometidos. Daí
que podem ser utilizados para verificar o
seu caráter dialógico.
alcance dos objetivos almejados, o domí-
BONESI, Patrícia Góis; SOUZA, Nadia Aparecida de. Fatores que
dificultam a transformação da avaliação na escola. Estudos em nio do conhecimento, os avanços, as difi-
avaliação educacional, v. 17, n. 34, maio/ago. 2006. p. 134.
culdades em que o aluno necessita de
uma nova abordagem. O erro é visto como
Assim, professores e alunos participam parte integrante de uma caminhada e re-
da avaliação, que só acontece efetivamente vela a necessidade interventiva em deter-
se as dificuldades, os erros e os acertos fize- minado conteúdo ou em dado momento.
rem sentido para ambos, como uma via de GAVASSI, Susana Lisboa. Avaliação formativa:
um desafio aos professores das séries finais do ensino
mão dupla para o ensino e a aprendizagem. fundamental. Medianeira: UTFPR, 2012. p. 21.
XXIII
Quando elaborada, aplicada e revisada • O que aprendi com elas? O que mais
corretamente, a avaliação perde seu caráter poderia aprender?
punitivo e excludente e passa a avaliar o • O que eu aprendi, com meus colegas e
aluno de maneira formativa e continuada, professores, a ser e a fazer?
além de possibilitar que o professor reveja • De que forma contribuí para que todos
sua prática pedagógica. aprendessem mais?
XXIV
XXV
O ensino interdisciplinar
O conceito norteador de um trabalho pedagogia integradora, é o de interdiscipli-
educacional feito em parceria, fruto de uma na, definido a seguir.
XXVI
XXVII
A competência leitora
De acordo com pesquisas recentes, uma
Extrair o significado do texto, de ma-
parcela significativa dos brasileiros, apesar
neira global, ou dos diferentes itens in-
de saber ler e escrever, não consegue com- cluídos nele.
preender textos mais extensos ou comple-
Saber reconduzir sua leitura, avan-
xos, ou seja, não tem competência leitora çando ou retrocedendo no texto, para se
de qualidade. Sabendo que a capacidade de adequar ao ritmo e às capacidades ne-
apreender aquilo que se lê e observa é im- cessárias para ler de forma correta.
prescindível para participar efetivamente Conectar novos conceitos com os con-
da vida em sociedade, é importante que a ceitos prévios que lhe permitirão incor-
escola possibilite ao aluno desenvolver es- porá-los a seu conhecimento.
tratégias de leitura contínua e atenta que o SERRA, Joan; OLLER, Carles. Estratégias de leitura e compreensão
de texto no ensino fundamental e médio. In: TEBEROSKY, Ana
auxiliem a compreender e explorar mensa- et al. Compreensão de leitura: a língua como procedimento.
Tradução: Fátima Murad. Porto Alegre: Artmed, 2003. p. 36-37.
gens, verbais ou não verbais, em diversos
níveis de cognição. O fato de um aluno ser Além da leitura, a escrita também deve
considerado alfabetizado não significa que ser constantemente estimulada. A produ-
ele consiga utilizar a leitura e a escrita co- ção de textos incentiva os alunos a pensa-
mo maneiras de se expressar. rem criticamente e a refletirem sobre aqui-
Nesse sentido, a noção de competência lo que estão escrevendo.
leitora, especificamente, está ligada à práti-
ca de estratégias de leitura que possibili- [...]
tem ao aluno explorar as mensagens (este- Num mundo como o atual, em que os
jam elas em textos, imagens, gráficos, for- textos estão por toda parte, entender o
mulários ou tabelas, por exemplo) em di- que se lê é uma necessidade para poder
versos níveis de cognição, o que viabiliza a participar plenamente da vida social. Pro-
fessores como você têm um papel funda-
interpretação e a compreensão para uma
mental nessa tarefa [...]. Independente-
leitura mais crítica e autônoma, além da
mente de seu campo de atuação, você
construção de novos saberes. pode ajudar os alunos a ler e compreen-
A prática da leitura é importante para der diferentes tipos de texto, incentivan-
ampliar o vocabulário dos alunos e, conse- do-os a explorar cada um deles. Pode en-
siná-los a fazer anotações, resumos, co-
quentemente, torná-los mais seguros para
mentários, facilitando a tarefa da inter-
desenvolver suas habilidades de comuni-
pretação. Pode, enfim, encaminhá-los pa-
cação oral e escrita. Ao desenvolver a com- ra a escrita, enriquecida pelos conheci-
petência leitora, o aluno estabelece mais mentos adquiridos na exploração de li-
facilmente relações entre os diversos as- vros, revistas, jornais, filmes, obras de arte
suntos que fazem parte do seu repertório e manifestações culturais e esportivas.
cultural. Nesse sentido, é importante a [...]
criação de estratégias de leitura que permi- RATIER, Rodrigo. O desafio de ler e compreender em todas as
disciplinas. Nova Escola. São Paulo: Abril, 10 jan. 2010. Disponível
tirão ao aluno: em: <https://novaescola.org.br/conteudo/1535/o-desafio-de-ler-e-
compreender-em-todas-as-disciplinas>. Acesso em: 6 set. 2018.
XXVIII
Recursos didáticos
O uso de diferentes recursos didáticos ção ocorre em tempo real mesmo entre
propicia maior dinâmica em sala de aula, pessoas distantes geograficamente.
além de possibilitar que o aluno tenha aces- A presença das TICs ampliou a gama de
so à informação por meio de diferentes lin- elementos disponíveis para enriquecer o
guagens, desenvolvendo assim estratégias trabalho em sala de aula, que há muito tem-
de aprendizagem diversas, afinal, realizar po já contava com recursos tecnológicos co-
uma pesquisa em um livro é diferente de mo televisão, filmes, músicas e projeções.
realizar a mesma pesquisa em uma revista
O uso de tecnologias em sala de aula
ou na internet, ainda que seja sobre o mes-
potencializa o processo de aprendizagem,
mo assunto, ler uma imagem é diferente de
favorecendo a interação entre professor,
ler um texto verbal, e assim por diante.
aluno e conhecimento. Além disso, por
Dessa maneira, é importante compreen- meio da internet, os recursos e as ferra-
der quais recursos podem ser utilizados em mentas tecnológicas transformam a escola
sala de aula e como esse uso pode efetiva- em um espaço aberto, conectado com o
mente auxiliar o aluno a ser protagonista mundo, capaz de promover trocas de expe-
de seu aprendizado. riências entre professores e alunos de ou-
tras localidades.
Tecnologia
É importante ressaltar, porém, que o uso
A tecnologia faz parte da evolução do
de TICs é um instrumento para o processo de
ser humano e da história da humanidade.
ensino-aprendizagem, e não o foco. A lousa,
Atualmente, temos as tecnologias de infor-
o giz e o professor compartilham espaço na
mação e comunicação (TICs), que modifi-
sala de aula com televisores, CDs, DVDs,
cam as noções de tempo e espaço e in-
computadores, softwares, lousas digitais e
fluenciam diretamente as relações huma-
projetores multimídia e não reduzem o papel
nas. Elas permitem o processamento de
da escola ou do professor na educação.
qualquer tipo de informação, e a comunica-
XXIX
XXX
XXXI
O ensino de Geografia
O mundo atual é marcado por uma inten- de nos perguntamos: Como fica o ensino de
sa rede de relações econômicas, sociais e Geografia, que busca refletir sobre a relação
culturais, sendo denominada, em muitos es- entre sociedade e natureza nessa atual or-
tudos, de globalização. Diante dessa realida- ganização do espaço geográfico mundial?
XXXII
XXXIII
XXXIV
Princípio Descrição
XXXV
Planejamento
O planejamento se torna uma estratégia Portanto, o planejamento deve contem-
fundamental para a reflexão do professor plar desde a delimitação do tema e o levan-
sobre como, onde, quando e o que traba- tamento de hipóteses, passando pela inves-
lhar para desenvolver diferentes habilida- tigação do problema e a sistematização dos
des nos alunos ou para abordar diferentes conceitos, até a avaliação dos conteúdos.
conteúdos conceituais, procedimentais e
atitudinais.
Trabalho em grupo
O trabalho em grupo se torna uma ferra-
Cabe ressaltar que o ato de planejar não
menta fundamental para o incentivo à ação
pode ser um impulso alheio aos objetivos
coletiva. Trabalhar coletivamente, organi-
finais, nem ser totalmente destituído de
zar ideias e realizá-las em grupo são ações
visões políticas e sociais, como mostra o
extremamente importantes para desenvol-
texto a seguir.
ver a socialização dos alunos, como explica
Celso Antunes no texto a seguir.
O planejamento não será nem ex-
clusivamente um ato político-filosófi- Colocar os alunos em grupos não os
co, nem exclusivamente um ato técni- faz necessariamente aprender a “traba-
co; será, sim, um ato ao mesmo tempo lhar juntos”; portanto, torna-se essencial
político-social, científico e técnico: po- ensiná-los a cooperar, somar, dividir res-
lítico-social, na medida em que está ponsabilidades, interagir. Ensinar os alu-
comprometido com as finalidades so- nos a trabalhar em equipes, despertar-
ciais e políticas; científico, na medida -lhes a sensibilidade para o relacionamen-
em que não se pode planejar sem um to interpessoal, para a descoberta de si
conhecimento da realidade; técnico, na mesmo através da descoberta do outro [...]
medida em que o planejamento exige ANTUNES, Celso. Novas maneiras de ensinar, novas formas
uma definição de meios eficientes para de aprender. Porto Alegre: Artmed, 2002. p. 102.
se obter os resultados.
LUCKESI, Cipriano Carlos. Avaliação da aprendizagem escolar: O trabalho em grupo desenvolve a auto-
estudos e proposições. São Paulo: Cortez, 1999. p. 108.
nomia individual, o poder de tomar deci-
sões, de concordar ou não com o que o co-
Contudo, ao focar no objetivo a ser alcan- lega propõe e de ponderar a compreensão
çado para a aprendizagem de cada assunto, do outro sobre determinado assunto.
o planejamento permite, ao professor, ade- Além disso, quando se proporciona um
quar-se ao tempo disponível e estabelecer o trabalho em grupo no qual a cooperação é
tempo necessário para cada atividade. O verdadeiramente necessária, seu objetivo
texto a seguir fala sobre a importância do principal, que é o enriquecimento da apren-
planejamento para alcançar resultados. dizagem, é facilmente alcançado.
XXXVI
XXXVII
XXXVIII
XXXIX
XL
XLI
XLII
EF06GE08 Medir distâncias na superfície pelas escalas gráficas e numéricas dos mapas.
BRASIL. Ministério da Educação. Secretaria da Educação Básica. Base Nacional Comum Curricular, 2017. p. 382-383.
XLIII
XLIV
Veja a seguir o quadro detalhado de conteúdos do 6o ano. Nele, você também vai encontrar CG: Competência geral
as relações entre os objetos de conhecimento do 6o e do 7o ano da BNCC, que indicam as pro- CECH: Competência específica de
Ciências Humanas
gressões de conteúdos ao longo da coleção. CEG: Competência específica de Geografia
_g20_ftd_mp_6vsg_ger_p001a048.indd 44
Principais conceitos Temas
Objetos de conhecimento Habilidades Competências
e noções contemporâneos
ítulo
Ca p
• Elementos da paisagem • Identidade sociocultural. • EF06GE01 • CECH4 • Vida familiar e social.
naturais e culturais. • Transformação das paisagens • EF06GE02 • CECH5 • Trabalho.
• Transformação das naturais e antrópicas. • EF06GE06 • CECH7 • Educação para o
paisagens. • Fenômenos naturais e sociais • EF06GE07 • CEG2 consumo.
• O domínio de técnicas e a representados de diferentes • EF06GE09 • CEG3 • Diversidade cultural.
interferência humana na maneiras. • EF06GE11 • CEG4
Lugares e paisagem. • Biodiversidade e ciclo • CG10
paisagens • Fatores naturais na hidrológico.
transformação das
• CG2
paisagens. 7o ano • CG3
• A formação do espaço • Ideias e concepções • CG4
geográfico. sobre a formação territorial • CG6
do Brasil. • CG7
• Biodiversidade brasileira. • CG9
ítulo
Ca p
• Evolução da cartografia ao • Fenômenos naturais e sociais • EF06GE08 • CEG4 • Ciência e tecnologia.
longo da história. representados de diferentes • CG1 • Educação ambiental.
• Diferentes formas de maneiras. • CG2
representação do espaço • CG4
7o ano
terrestre.
• Convenções cartográficas. • Mapas temáticos do Brasil.
Cartografia e
• Orientação e localização na
representação superfície terrestre.
do espaço • Pontos cardeais e
geográfico coordenadas geográficas.
• O uso da escala.
10/16/18 3:29 PM
ítulo
Cap
• Surgimento do • Identidade sociocultural. • EF06GE01 • CECH7 • Educação ambiental.
planeta Terra. • Relações entre os componentes • EF06GE02 • CEG5 • Diversidade cultural.
• Tempo geológico físico-naturais. • EF06GE03 • CG1
e tempo histórico. • EF06GE05 • CG2
7o ano
_g20_ftd_mp_6vsg_ger_p001a048.indd 45
• Movimentos do • CG3
planeta Terra. • Biodiversidade brasileira.
Conhecendo o • Zonas térmicas.
planeta Terra • Fusos horários.
ítulo
Ca p
• O relevo terrestre. • Relações entre os • EF06GE03 • CECH1 • Educação ambiental.
• Dinâmica interna da Terra. componentes físico-naturais. • EF06GE04 • CECH3 • Trabalho.
• Formas de relevo. • Fenômenos naturais e • EF06GE05 • CECH7
• Ações naturais que sociais representados de • EF06GE09 • CEG2
interferem no relevo. diferentes maneiras. • EF06GE10 • CEG3
O relevo, • A interferência humana • Biodiversidade e ciclo hidrológico. • EF06GE11 • CEG4
nas formas de relevo. • EF06GE12 • CEG5
as águas e as 7o ano
• Mapa altimétrico e perfis • Biodiversidade brasileira. • CG2
paisagens de relevo. • CG4
• Águas oceânicas e • CG6
continentais.
• CG7
• Bacias hidrográficas. • CG10
• O uso e a importância dos
recursos hídricos.
ítulo
Cap
• Composição e características • Identidade sociocultural. • EF06GE02 • CECH1 • Educação alimentar e
da atmosfera. • Relações entre os componentes • EF06GE03 • CECH6 nutricional.
• Elementos atmosféricos físico-naturais. • EF06GE05 • CECH7 • Diversidade cultural.
(ventos, temperatura, • Transformação das paisagens • EF06GE06 • CEG7 • Vida familiar e social.
pressão, massas de ar). naturais e antrópicas. • EF06GE07 • CG1 • Educação ambiental.
O clima, a • Clima e tempo. • Biodiversidade e ciclo • EF06GE10 • CG2
• Principais tipos de clima hidrológico. • EF06GE11 • CG4
vegetação e do Brasil e do mundo.
as paisagens 7o ano • CG6
• O clima e o modo de vida • CG8
das pessoas. • Biodiversidade brasileira.
• CG10
• O clima e as formações
vegetais do planeta.
XLV
10/16/18 3:29 PM
Principais conceitos Temas
Objetos de conhecimento Habilidades Competências
e noções contemporâneos
XLVI
ítulo
Ca p
_g20_ftd_mp_6vsg_ger_p001a048.indd 46
• El Niño. • Biodiversidade e ciclo • EF06GE07 • CEG3
• As relações entre sociedade hidrológico. • EF06GE10 • CEG6
A natureza e natureza (hidrovias, • EF06GE11 • CG1
e a sociedade agricultura, energia elétrica). 7o ano
• EF06GE12 • CG2
nas paisagens • Biodiversidade brasileira.
• CG3
• CG4
ítulo
Cap
• A organização do espaço • Identidade sociocultural. • EF06GE02 • CECH7 • Educação ambiental.
geográfico. • Transformação das paisagens • EF06GE06 • CEG1 • Trabalho.
• As atividades econômicas e naturais e antrópicas. • EF06GE07 • CEG3 • Saúde.
os recursos da natureza. • Biodiversidade e ciclo • EF06GE11 • CEG5 • Ciência e tecnologia.
• Recursos naturais renováveis hidrológico. • CEG6 • Educação para o
e não renováveis. • CEG7 consumo.
A sociedade, 7o ano
• Extrativismo mineral, • CG1 • Educação financeira.
as atividades agropecuária, indústria e • Produção, circulação e
econômicas comércio. consumo de mercadorias. • CG2
• Desigualdade social e • CG4
e o espaço trabalho. • CG6
geográfico • Biodiversidade brasileira. • CG7
• CG10
ítulo
Cap
• Problemas ambientais • Transformação das paisagens • EF06GE06 • CECH2 • Educação ambiental.
(poluição atmosférica, naturais e antrópicas. • EF06GE07 • CECH3 • Saúde.
mudanças climáticas, • Biodiversidade e ciclo • EF06GE11 • CECH6 • Educação para o
poluição do solo, hidrológico. • EF06GE12 • CECH7 consumo.
desertificação e poluição • Atividades humanas e dinâmica
das águas).
• EF06GE13 • CEG1
climática. • CEG3
A natureza, • Fontes de energia (gás
as atividades natural, carvão mineral, 7o ano • CEG4
petróleo). • Produção, circulação e • CEG6
econômicas e • CEG8
• Exploração de petróleo consumo de mercadorias.
os problemas no Brasil. • Biodiversidade brasileira. • CG2
ambientais • Fontes de energia mais • CG7
limpas.
10/16/18 3:29 PM
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XLVII
XLVIII
SABER
GEOGRAFIA
Ensino Fundamental – Anos Finais
Componente curricular: Geografia
6
Neiva Camargo Torrezani
• Licenciada e bacharela em Geografia pela Universidade Estadual de Londrina (UEL-PR).
• Especialista em Análise e Educação Ambiental em Ciências da Terra pela UEL-PR.
• Mestra em Geografia pela UEL-PR.
• Atuou como professora de Geografia em escolas da rede particular de ensino.
18-20787 CDD-372.891
Índices para catálogo sistemático:
Os autores.
Dja65/Shutterstock.com
i za
que nortearão o estudo do capítulo.
an
o rg
m o seu livro está
Co
Investigando
na prática
Nesta seção, você
encontrará atividades
que podem ser realizadas
tanto na escola quanto em
casa ou em um trabalho
de campo. Nesse
momento, você também
conhecerá, na prática, as
características naturais
e sociais do espaço
geográfico que o cerca.
os es e s
vr m it
l
Fi
Li
no
R esp os
R esp
ícone, significa ícone, significa
que as atividades que as atividades
podem ser devem ser
respondidas respondidas no
oralmente. caderno.
Momento da
Cartografia
Nesta seção, você
conhecerá diferentes
representações para
contemplar os aspectos
do espaço geográfico.
Encontro com...
Nesta seção, são
apresentados
conteúdos que podem
ser trabalhados em
conjunto com outros
componentes
curriculares e que
contribuirão para
seus estudos em
Geografia.
o
f
Pr o p
C o r-
ícone, significa ícone, significa
que as cores das que as imagens
imagens não não estão em
correspondem proporção entre si.
às reais.
Atividades
Nesta seção, você
realizará atividades que o
auxiliarão a desenvolver
habilidades fundamentais
para a compreensão dos
assuntos trabalhados, além
de conferir e revisar o que
foi estudado.
Glossário
Os significados de algumas palavras pouco
mencionadas em nosso dia a dia ou que podem
gerar dúvidas em relação ao sentido utilizado
no texto serão destacados nas páginas para
auxiliar sua compreensão.
ítulo
Cap
Lugares e paisagens 12
A Geografia e os lugares 14 O ser humano e as transformações
A relação entre os lugares 16 das paisagens 28
Os sentidos e as paisagens
das paisagens 32
ck.
sto
Momento da Cartografia 22
ter
Geografia em foco 33
ut
Sh
Planos da paisagem
k/
od
Je
fW
Atividades 24
O espaço geográfico 34
As transformações das paisagens 26
Explorando o tema 36
A ação da natureza e a As paisagens e o patrimônio
transformação das paisagens 26 cultural da humanidade
As paisagens são transformadas
em ritmos diferentes 27 Atividades 38
ítulo
Cap
Cartografia e representação
do espaço geográfico 40
Cartografia: dos antigos registros Orientação pelos pontos cardeais 56
à atualidade 42 Orientação e localização por meio das
Cartografia e tecnologia 44 coordenadas geográficas 58
u
Kr
gu
s O mapa é fruto da visão vertical 54
In
Orientação e localização na
superfície terrestre 56
. Fo Sgutterstock.com
Geografia em foco 76
A tabela do tempo geológico Fusos horários da Terra 88
Fusos horários no Brasil 89
tos: N
As esferas terrestres 77
gemtende/
Encontro com... Ciências 78 Explorando o tema 90
n
i
mo Ben
A origem da noite
a
Terra: um planeta no Universo
nt
to
Atividades 92
Fo
Atividades 80
A forma e os movimentos da Terra 81
Geografia em foco 81
Observações cotidianas
ítulo
Cap
Vulcanismo 98
O movimento da água
Geografia em foco 99 pelo nosso planeta
Vulcão Etna volta a entrar
Axiom
O clima, a vegetação
e as paisagens 138
Atmosfera: a camada de gases Atividades 156
que envolve a Terra 140
Climas do mundo 158
Elementos atmosféricos 141 Climas do Brasil 160
Temperatura 141
O clima e o modo de vida
Pressão atmosférica 145
das pessoas 162
Ventos: o ar em movimento 146
O clima e as formações vegetais
Circulação atmosférica global 147 do planeta 164
Umidade 148
Explorando o tema 168
roj
ya
Alimentos da floresta
rtp
Le
at
rip Tempo e clima, qual a diferença? 152
Pu
Atividades 170
Climogramas 154
ítulo
Cap
A natureza e a sociedade
nas paisagens 172
As relações entre os elementos Atividades 181
da natureza nas paisagens
As relações entre a natureza
terrestres 174
e a sociedade nas paisagens 183
A interdependência dos elementos da
Os rios e a energia hidrelétrica 184
k.com
10
A sociedade, as atividades
econômicas e o espaço geográfico 192
As atividades econômicas Agricultura 202
e a organização do espaço Pecuária 206
geográfico 194
Indústria 208
utterstock.com
As atividades econômicas Os diferentes tipos de indústrias 208
e os recursos da natureza 196
O comércio e a prestação
Geografia em foco 196 de serviços 210
ck/Sh
Recursos naturais renováveis
dnia
e não renováveis Geografia em foco 211
Wo
Jef
Recursos naturais O comércio eletrônico
e o extrativismo 197 Explorando o tema 212
Geografia em foco 199 Refletindo sobre o consumo
O garimpo e seus impactos Atividades 214
ambientais e sociais
Atividades 200
Agropecuária 202
ítulo
Cap
A natureza, as atividades
econômicas e os problemas
ambientais 216
Os problemas ambientais 218 Fontes de energia e as
Poluição atmosférica 218 atividades econômicas 236
Gás natural 236
A Wire/Ala /Fotoarena
Bioindicadores de poluição do ar
sia/
climáticas 224
SIP
11
Lugares e
além do lugar onde vive,
existem muitos outros
lugares diferentes.
paisagens
• Identificar como as
pessoas se relacionam
com os lugares.
• Perceber que o modo
de vida das pessoas tor-
na os lugares diferentes
entre si.
• Compreender como os
lugares se inter-relacio-
nam.
• Distinguir os elementos
naturais e culturais que
compõem as paisagens.
• Verificar que cada lu-
gar possui uma paisa-
gem diferente.
• Perceber que alguns
elementos da paisagem
Shutterstock.com
12
Flaper
não somente os lugares
perto de onde vivemos,
mas também os mais
longínquos. É necessário
compreender a dinâmica
terrestre, suas constantes
A obra de arte Ponte japonesa e
mudanças, visando sem-
lírios-d’água foi produzida pelo pintor pre a preservação e a con-
francês Claude Monet, em 1899. servação da natureza pelo
Veja as respostas das questões ser humano.
nas orientações ao professor.
A Descreva o lugar que era
importante para o artista Orientações gerais
Claude Monet e que foi re-
gistrado em uma de suas • Comente com os alu-
mais belas pinturas. nos que vários outros
artistas, assim como o
B Se você fosse pintar um pintor francês Claude
lugar de que gosta muito, Monet, também retra-
qual lugar seria? taram lugares especiais
C Em seu dia a dia você fre- para eles, como o pintor
quenta lugares diferentes? holandês Vincent van
Quais são eles? Cite alguns Gogh, que pintou seu
para os colegas. quarto e a casa amarela
onde morou em Arles.
Para conhecer algumas
de suas obras sugerimos
o acesso ao site a seguir.
> A galeria de Vincent
van Gogh. Disponível
em: <http://livro.pro/
k4hjhe>. Acesso em: 11
13 set. 2018.
:42 PM Respostas
g20_ftd_lt_6vsg_c1_p012a025.indd 13 10/15/18 2:42 PM
A O lugar que era importante para Claude B Resposta pessoal. Incentive os alunos a C Resposta pessoal. Caso considere interes-
Monet é um jardim com diversos tipos de pintar esse “lugar especial” e socialize as pin- sante, escreva no quadro os lugares citados
plantas, algumas apenas folhagens verdes, turas deles. Incentive o respeito à expressão pelos alunos. Verifique com eles se frequen-
outras com flores coloridas e um lago onde foi de todos. Monte um painel com a produção tam lugares em comum.
construída uma ponte. dos alunos.
13
Sun_Shine/Shutterstock.com
habitações são cabanas
com os alunos que as po- produzidas com estacas de
pulações citadas nestas madeira e esterco de vaca e
páginas retratam uma ordenadas em círculos, com os
parte da grande riqueza animais domésticos dispostos
sociocultural dos lugares ao centro. Desse modo, evitam
que sejam capturados por
onde vivem.
animais silvestres, pois esses
• O tema destas páginas rebanhos são bens preciosos
também favorece uma para eles. Na fotografia,
abordagem da compe- podemos ver homem massai
próximo à sua moradia, na
tência específica de
Tanzânia, África, 2018.
Ciências Humanas 4. Du-
rante o estudo, evite es-
tereótipos, apresentando
aos alunos de maneira
imparcial o modo de vida
das populações citadas
no livro.
0º Equador 0º Equador
• Conhecer diferentes
lugares e paisagens pelo BRASIL
mundo e suas caracterís-
ticas permite aos alunos
Assim como outros
também reconhecerem grandes centros
Rubens Chaves/Pulsar Imagens
Meridiano de Greenwich
Meridiano de Greenwich
urbanos, a cidade de
gens no lugar em que vi- São Paulo é
ve, contemplando o tra- caracterizada por uma
balho com as habilidades concentração de
culturas, pelas
EF06GE01 e EF06GE02.
numerosas construções
verticais, pelo intenso
trânsito de veículos e
Orientações gerais pedestres. Ao lado,
paisagem da cidade de
• Aproveite a opinião São Paulo (SP), 2018.
dos alunos e reitere a
importância de estudar
os lugares em Geografia 0 1 210 2 420 km 0 1 210 2 420 km
para conhecer e compre- 0º 0
ender algo mais sobre as Fonte: IBGE. Atlas geográfico escolar. 7. ed. Rio de Janeiro, 2016. p. 32.
14
Capítulo 1
pratica a religião conhecida
da natureza, como vegetação, clima e relevo, mas também pelo modo como Hinduísmo. O Pesquisa sobre
como vivem seus habitantes. A maneira como as pessoas se relacionam hinduísmo é uma das mais diferentes culturas
antigas religiões do mundo.
com a natureza, a língua falada, o jeito de se vestir, de se alimentar, as Objetivos
Nômade: povo que não
crenças religiosas, ou seja, a cultura dos povos é diferente em vários tem habitação fixa; que • Conhecer diferentes
constantemente muda de culturas.
lugares do mundo. lugar, à procura de
Observe, a seguir, alguns lugares do mundo e conheça um pouco o alimento para si e para • Valorizar a diversidade
seus rebanhos, onde possa cultural.
modo de vida das pessoas que neles vivem. se fixar por um
determinado período. a ) Solicite que os alunos
se organizem em grupos
a fim de pesquisarem em
livros, revistas e na in-
ternet informações so-
bre a cultura e as princi-
pais manifestações de
povos de outros países
Jorgen Udvang/Alamy/Fotoarena
do mundo.
b) Determine qual país
cada grupo deve pesqui-
sar, a fim de evitar que
muitos estudem sobre o
mesmo povo. O enfoque
também pode ser a cultu-
MIANMAR
ra local, com base no que
o aluno conhece e vive.
ÍNDIA
Os mokens são um povo nômade que c ) Com a pesquisa pron-
passa grande parte da vida em barcos. ta, solicite aos alunos
Habitam, predominantemente, o que elaborem cartazes,
arquipélago de Mergui, localizado
QUÊNIA com imagens e textos
próximo a Mianmar, onde é possível
avistar, no horizonte, seus pequenos sobre as informações
barcos, os kabangs. Do mar eles que obtiveram. Em se-
retiram os alimentos que consomem, guida, cada grupo deve
além de conchas e ostras para apresentar o cartaz que
comercializar.
produziu aos demais
Eles vivem em terra firme somente no
alunos da sala.
período em que as chuvas e os ventos
De Visu/Shutterstock.com
15
15
Salvador Aznar/Shutterstock.com
entre si e, por vezes, as-
sumem mais de uma fun-
ção no processo de pro-
dução.
16
Orientações gerais
g20_ftd_lt_6vsg_c1_p012a025.indd 16 10/15/18 2:42 PM g20_
• As imagens contidas nesta ou em qualquer outra pá- trativos, ou seja, serviram para exemplificar a relação
gina do livro possuem interesse exclusivamente didáti- que existe entre os lugares na fabricação de um produ-
co, sem finalidade de promover marcas ou produtos. to. Para tanto, comente a sequência substituindo o trigo
• Esclareça aos alunos que os lugares mostrados em por outro produto e seus derivados (leite, queijo, iogurte;
cada uma das etapas da produção do macarrão são ilus- cana-de-açúcar, açúcar, biscoito doce).
16
Capítulo 1
Os lugares e a internet
Pesquisa na internet
ges
serem pesquisados, co-
Ingridhi Bor
mo localização, dados fí-
sicos, populacionais,
s:
çõe
econômicos, históricos e
a
str
culturais.
Ilu
c ) Indique para os alu-
A farinha é utilizada por algumas O macarrão produzido na indústria é
nos alguns sites de bus-
indústrias que produzem diversos tipos de levado a diversos estabelecimentos
alimentos, entre eles o macarrão, como comerciais, onde é posto à venda e o ca, como Google, Achei e
podemos observar na fotografia abaixo, consumidor pode adquiri-lo, como mostra Yahoo!.
de uma indústria na Itália, 2017. a fotografia abaixo, de um supermercado d) Oriente os alunos a
na Tailândia, 2018. pesquisarem em sites
confiáveis. Uma dica é
observar a extensão final
dos endereços eletrôni-
cos: .org (organização
Giorgio Rossi/Shutterstock.com
Extarz/Shutterstock.com
:42 PM
Orientações gerais
g20_ftd_lt_6vsg_c1_p012a025.indd 17 10/15/18 2:42 PM
17
Valentyn Volkov/Shutterstock.com
sua descrição para os co-
legas da sala.
b) Por meio dessa ativi-
dade, oriente os alunos a
compreenderem que a
percepção dos elemen-
tos de uma mesma pai-
sagem não ocorre da
mesma maneira entre
diferentes pessoas. Isso
acontece porque cada
pessoa tem uma maneira
diferente e única de per-
ceber e descrever a mes- A fotografia acima, mostra paisagem localizada em Saint-Croix-du-Verdon, França, 2017.
ma paisagem.
c ) Incentive os alunos a B
Kagan Kaya/Shutterstock.com
perceberem a presença
de elementos culturais,
tais como estradas e
construções, além de
elementos naturais, co-
mo rio, relevo e vegeta-
ção. Caso escolha uma
fotografia que retrate o
espaço rural, apesar de
apresentar elementos
naturais, ele também é
construído culturalmen-
te, pois as espécies pre-
sentes são artificialmen- Visão panorâmica de um porto em Barcelona, Espanha, 2017.
te trazidas e cultivadas
pelo homem. Isso será • Em qual das imagens, A ou B, predominam elementos naturais? Em qual delas
aprofundado no estudo predominam elementos culturais? Naturais: A. Culturais: B.
da página 19.
18
• O tema desta página desenvolve um estudo mudada pelo esforço humano. Se no passado havia A paisagem é um conjunto heterogêneo de
relacionado à paisagem. O texto a seguir con- a paisagem natural, hoje essa modalidade de paisa- formas naturais e artificiais; é formada por fra-
siste em uma importante fonte de apoio teóri- gem praticamente não existe mais. Se um lugar não ções de ambas, seja quanto ao tamanho, volume,
co ao trabalho com esse conceito. é fisicamente tocado pela força do homem, ele, to- cor, utilidade, ou por qualquer outro critério. A
davia, é objeto de preocupações e de intenções eco- paisagem é sempre heterogênea. [...]
A paisagem artificial é a paisagem transformada
nômicas ou políticas. Tudo hoje se situa no campo SANTOS, Milton. Metamorfoses do espaço habitado. 5. ed. São
pelo homem, enquanto grosseiramente podemos Paulo: Hucitec, 1997. p. 64-65.
de interesse da história, sendo, desse modo, social.
dizer que a paisagem natural é aquela ainda não
18
Capítulo 1
construções
não são iguais • Para trabalhar o tema
As paisagens não são
Os elementos que compõem as
rio vegetação iguais, peça aos alunos
paisagens podem se repetir entre que se juntem em grupos
de dois a quatro inte-
uma e outra, porém não exatamente
grantes para conversa-
Paulo Vilela/Shutterstock.com
com as mesmas características. Por rem sobre as caracterís-
isso, cada paisagem é única e, geral- ticas que diferenciam os
mente, apresenta aspectos distintos. elementos que compõem
Observe as imagens dos municí- as paisagens apresenta-
das nesta página. Pos-
pios de Curitiba e de Carolina. Tanto
Vista do município de Curitiba (PR), 2017. teriormente, analise as
em uma quanto na outra, podemos imagens com a classe e
observar os mesmos tipos de ele- oriente-os a registrarem
mentos. No entanto, a maneira como
Rosalba Matta-Machado/Shutterstock.com
vegetação suas conclusões no ca-
eles estão organizados e as caracte- derno. Os alunos pode-
rio
rísticas diversas desses lugares tor- rão perceber que, apesar
nam suas paisagens diferentes. de os elementos serem
comuns, suas caracte-
1. Converse com os colegas sobre as rísticas próprias e orga-
características que diferenciam os nização no espaço fazem
construções
elementos que compõem as pai- com que as paisagens
sagens. Resposta esperada: os elementos sejam distintas.
que compõem as paisagens podem se repetir, porém o
modo como são organizados e as suas características • A questão apresenta-
podem ser diferentes. Um exemplo são os rios, que da nesta página tem o
apresentam quantidade de água e extensão variadas. objetivo de avaliar o co-
As construções podem ser mais antigas ou mais Vista do município de Carolina (MA), 2017.
modernas. O tipo de vegetação pode ser diferente. nhecimento prévio dos
alunos. Verifique se eles
Os elementos são naturais, mas a identificam que, embora
paisagem é cultural os elementos sejam na-
turais, eles foram plan-
Observe a imagem abaixo. tados pelo ser humano
e, por isso, a paisagem é
2. Em sua opinião, essa paisagem pode ser considerada natural ou cultural? considerada cultural.
Resposta pessoal.
À primeira vista, podemos pensar que a imagem abaixo retrata uma paisagem natu-
ral. No entanto, se analisarmos essa fotografia considerando que os girassóis, embora Material digital
sejam elementos naturais, cresceram nesse lugar porque foram plantados pelo ser •A sequência didática
humano e não em consequência da ação da natureza, compreendemos que essa pai- 1, localizada no material
sagem é cultural. digital, propõe um tra-
Lavoura de girassóis na Ucrânia, 2018. balho em que os alunos
S.Borisovich/Shutterstock.com
deverão investigar com
familiares ou moradores
antigos informações so-
bre a ocupação do bairro,
assim como o registro e a
pesquisa de imagens so-
bre seu lugar de vivência.
Essa sequência auxilia
no desenvolvimento das
habilidades EF06GE01
e EF06GE02. É possí-
vel também trabalhar
19 com as competências
gerais 9 e 10 da BNCC,
pois estimulam o diálo-
go e o convívio entre os
:42 PM g20_ftd_lt_6vsg_c1_p012a025.indd 19 10/15/18 2:42 PM familiares e pessoas do
bairro, o que também
propicia contemplar o te-
ma contemporâneo Vida
familiar e social.
19
Na fotografia, a
Orientações gerais
professora
• Solicite aos alunos que Eloíza organiza
cuidem da limpeza e or- nas carteiras os
ganização da sala após o materiais
selecionados,
trabalho prático. em Londrina
(PR), 2014.
20
• O texto a seguir fundamenta a realização do inato para experienciar. Que órgão do sentido começa a divergir numa idade bem precoce. Co-
trabalho proposto nesta seção. seja mais exercitado, varia com o indivíduo e mo resultado, não somente as atitudes para com
[...] Um ser humano percebe o mundo simul- sua cultura. Na sociedade moderna, o homem o meio ambiente diferem, mas difere a capacida-
taneamente através de todos os seus sentidos. A tem que confiar mais e mais na visão. [...] de real dos sentidos, de modo que uma pessoa
informação potencialmente disponível é imen- Embora todos os seres humanos tenham ór- em determinada cultura pode desenvolver um
sa. No entanto, no dia a dia do homem, é utiliza- gãos dos sentidos similares, o modo como as olfato aguçado para perfumes, enquanto os de
da somente uma pequena porção do seu poder suas capacidades são usadas e desenvolvidas outra cultura adquirem profunda visão estereos-
20
Capítulo 1
• Durante a execução
da atividade, estimule
C Em grupos, com olhos vendados e com os alunos a participa-
ajuda do professor, os alunos devem re- rem. Para isso você pode
tornar ao local da atividade e se dirigir separá-los em pares, per-
até a fileira de carteiras. Toque cada um mitindo que um aluno au-
xilie o outro, e vice-versa,
dos materiais dispostos sobre a mesa.
observando sempre para
que ambos toquem e sin-
a/ASC Imagens
tam elementos distintos
dispostos na mesa.
21
22
22
Capítulo 1
• O conteúdo abordado
nestas páginas embasa
os alunos para que anali-
sem e comparem os con-
juntos de elementos das
paisagens, tanto natu-
A paisagem destas páginas foi retratada por meio de uma fotografia, na qual po- rais quanto modificadas
demos verificar os elementos que a compõem e sua organização. Observe os planos pelos diferentes tipos
da paisagem no esquema a seguir. de sociedades, desen-
volvendo as habilidades
EF06GE01 e EF06GE02,
Linha do
sendo estas fundamen-
horizonte. tais para que os alunos
desenvolvam e exerci-
tem posteriormente a
Victor FlowerFly/Shutterstock.com
•O desenvolvimento
do raciocínio espacial,
por meio do uso de lin-
No terceiro plano da paisagem, guagens cartográficas
observamos uma montanha com ao analisar os planos da
o pico coberto de neve.
paisagem, contempla
o trabalho com a com-
petência específica de
Ciências Humanas 7.
Esse trabalho envol-
ve, no que tange a essa
competência, o desen-
volvimento do raciocínio
espaço-temporal que se
relaciona a noções de
distância, direção, si-
multaneidade, sucessão
No segundo plano da paisagem, e conexão.
podemos observar a presença de
vegetação e de algumas pessoas.
No primeiro plano da
paisagem, observamos
um canteiro de flores.
23
:42 PM
Orientações gerais
g20_ftd_lt_6vsg_c1_p012a025.indd 23 10/15/18 2:42 PM
• Comente com os alunos que durante a observação dos compreender aspectos fundamentais da realidade: a locali-
planos de uma paisagem, caso haja algum elemento no zação e a distribuição dos fatos e fenômenos na superfície
céu, como nuvens e balões, ele também poderá ser con- terrestre, o ordenamento territorial, as conexões existentes
siderado um plano da paisagem. entre componentes físico-naturais e as ações antrópicas.
• De acordo com a BNCC: [...]
[...] BRASIL. Ministério da Educação. Secretaria da Educação Básica. Base
O raciocínio geográfico, uma maneira de exercitar o pen- Nacional Comum Curricular. Versão final. Brasília: MEC, 2017. Disponível em
samento espacial, aplica determinados princípios [...] para <http://basenacionalcomum.mec.gov.br>. Acesso em: 25 set. 2018. p. 357.
23
3. b) As
aluno desenvolver a lin- paisagens se
guagem oral. tornam únicas
porque seus
elementos
nunca
apresentam
exatamente
as mesmas
características
e estão,
geralmente,
organizados
de formas
diferentes.
Orientações gerais
g20_ftd_lt_6vsg_c1_p012a025.indd 24 10/15/18 2:42 PM g20_
• A atividade 2 aborda o tema da página 18 sobre a im- como traduzir essa concepção de mundo em nossas aulas?
portância do estudo da paisagem pela Geografia. Leia Primeiramente, não sobrecarregando o aluno com milhões
o texto a seguir que trata da importância do ensino de de informações que são inutilmente decoradas. [...] A for-
Geografia na formação de nossos alunos. ma como trabalhamos e construímos o conhecimento com
[...] a geografia existe desde sempre, e nós a fazemos os alunos é o cerne de uma educação mais democrática e
diariamente. Romper então com aquela visão de que geo- comprometida na luta contra a repetência e a exclusão so-
grafia é algo que só veremos em aulas de geografia. Mas, cial. [...] Mais importante do que listar muitos conteúdos
24
Capítulo 1
rentes lugares. Observe as imagens abaixo e responda às questões no caderno.
• Explique aos alunos
1 2 3 que reflorestamento é
a prática de constituir
Mikhail Olykainen/Shutterstock.com
Ralph Orlowski/Getty Images
Mendenhall Olga/Shutterstock.com
ou restaurar a cobertu-
ra vegetal de uma área.
O reflorestamento pode
ser realizado com intuito
ambiental, a fim de re-
cuperar uma formação
vegetal, ou com o obje-
tivo de produzir maté-
4 5 rias-primas para serem
exploradas comercial ou
Emile Wamsteker/
Bloomberg/Getty Images
Gerson Gerloff/
Pulsar Imagens
industrialmente.
Etapas de
produção
de um lápis
de cor.
Plantação
de flores
na Holanda,
2017.
25
é entender o fio condutor que constrói as paisagens: os para que ele não só se aproprie do vocabulário específico
homens na sua luta pela sobrevivência. [...] desta área de conhecimento, mas, sobretudo, se capacite
Partimos do pressuposto que a geografia é um ramo do para a “leitura-entendimento do espaço geográfico” próxi-
conhecimento que, tal qual a matemática, a língua mater- mo ou distante. [...]
na, a história, etc., tem uma linguagem específica, própria CASTROGIOVANNI, Antonio Carlos (Org.). Geografia em sala de aula: práticas
e como tal é necessário “alfabetizar o aluno em geografia” e reflexões. 2. ed. Porto Alegre: Editora da UFRGS, 1999. p. 11-12.
25
26
Capítulo 1
em ritmos diferentes • Após a leitura do texto
sobre o Grand Canyon,
A natureza transforma as paisagens terrestres em ritmos diferentes. Enquanto comente com os alunos
algumas são transformadas em poucos minutos, como quando ocorre um terremoto que no Brasil também
existem cânions que fo-
ou tsunami, outros eventos podem levar milhares de anos para provocar uma alte-
ram esculpidos pela ação
ração na superfície terrestre. É o caso da formação dos cânions, onde as águas de das águas ao longo de
um rio levam milhares de anos para remover sedimentos e escavar a rocha, forman- milhões de anos, como o
do profundos vales. Conheça o exemplo da formação do Grand Canyon, nos Estados Cânion Itaimbezinho (no
Unidos, no texto a seguir. Rio Grande do Sul), Câ-
nion do Xingó (em Ser-
Grand Canyon gipe), Cânion Guartelá
Conhecido por suas formas e cores fantásticas, o Grand Canyon é uma das (no Paraná), Cânion de
Capitólio (em Minas Ge-
paisagens mais espetaculares dos Estados Unidos. O extenso cânion foi escul-
rais), entre outros. Para
pido em suas muitas camadas de pedra pelas águas barrentas do rio Colorado. conhecer estes e outros
Ele se estende por 466 quilômetros através do noroeste do estado do Arizona, cânions pelo Brasil, su-
variando de 200 metros a 29 quilômetros de lar- gerimos o acesso ao site
gura. Em alguns lugares, tem mais de 1,5 qui- Grand Canyon – Estados Unidos
a seguir.
E. Cavalcante
lômetro de profundidade. Parque Nacional Utah > Cinco cânions para co-
Grand Canyon
Algumas das rochas do Grand Canyon têm Limite estadual nhecer no Brasil, do Rio
4 bilhões de anos. O rio Colorado começou a cor-
Cidade
Rio
Grande do Sul a Alagoas.
Folha de S.Paulo. Dispo-
roer, ou desgastar, as pedras há cerca de 6 mi- Nevada
nível em: <http://livro.
lhões de anos. O vento e a chuva ajudaram nesse Las Vegas
pro/viyj5u>. Acesso em:
35° N
processo, chamado erosão. Algumas das torres de 13 set. 2018.
Rio Color
pedra que sobem das profundezas do cânion pa- Arizona N
recem castelos e templos. O cânion é principal-
ado
O L Flagstaff
Material digital
mente vermelho, mas várias camadas de pedra Califórnia
•O
S
tema As transfor-
0 60 km
são marrons, roxas, verdes, cor-de-rosa e cinza. 113° O
27
b) Explique aos alunos que a Via Expressa in- c ) Caso você utilize outras manchetes, é im-
Tráfego no túnel sob a Via Expressa dicada na manchete é uma avenida localizada portante solicitar aos alunos que encontrem a
deve ser liberado no próximo mês no município de Fortaleza, Ceará. Peça para os localização do país, para que eles tenham o
alunos localizarem o Japão no planisfério polí- hábito de manusear instrumentos como pla-
O Povo Online, 5 set. 2018. Disponível em: <www.opovo.
com.br/noticias/fortaleza/2018/09/trafego-no-tunel-sob- tico da página 254. nisférios e globo terrestre.
a-via-expressa-deve-ser-liberado-no-proximo-mes.html>.
Acesso em: 13 set. 2018.
27
Paulo Vilela/Shutterstock.com
ensão da realidade que o
Acervo Iconographia/Reminicências
cerca, podendo ser tra-
balhada a competência
específica de Geografia
3, assim como poderá
compreender as modi-
ficações ocorridas na
paisagem pelos nossos
ancestrais, possibilitan-
do um trabalho com a
competência específica
Avenida Paulista em São Paulo (SP), 1902. Avenida Paulista em São Paulo (SP), 2017.
de Ciências Humanas 5 e
a habilidade EF06GE02. • Com base no que revelam as imagens, identifique as principais transformações
• Para contextualizar observadas na paisagem da Avenida Paulista. As áreas de vegetação foram praticamente
eliminadas, assim como as casas, que deram
o tema para a realida- espaço aos grandes edifícios.
de próxima dos alunos, Analisando essas imagens, podemos perceber que o entorno da Avenida Paulista
procure na prefeitura ou passou por intensas transformações no decorrer do tempo. A vegetação e as poucas
em museus de sua cida- casas foram retiradas e em seus lugares foram construídos vários prédios, ruas, ou
de fotografias como as
seja, nessa paisagem passaram a predominar os elementos culturais.
expostas nesta página
e apresente-as aos alu- As pessoas transformam as paisagens dos lugares, seja com maior ou menor
nos. Em seguida, peça intensidade. Nossos ancestrais faziam poucas modificações. Quando retiravam da
a eles que identifiquem natureza recursos necessários para sua sobrevivência, como materiais para cons-
as principais transfor- truir moradias, produzir vestimentas ou coletar alimentos, o faziam sem grandes
mações que ocorreram alterações nas paisagens. Com o passar do tempo, as transformações provocadas
nessa paisagem ao lon-
pelas pessoas tornaram-se cada vez mais significativas. Atualmente, são poucas as
go do tempo, exercitan-
do assim as habilidades paisagens do nosso planeta que ainda não foram transformadas diretamente pela
EF06GE01 e EF06GE07. ação humana.
Em algumas paisagens que observamos na atualidade, é possível verificar a exis-
tência de elementos culturais produzidos por grupos humanos em diferentes tempos
Moais da
Ilha de históricos. A imagem abaixo mostra uma dessas paisagens transformadas pelo ser
Material audiovisual Páscoa, humano no passado e que preservam alguns elementos culturais até hoje.
• Um dos materiais dis- Chile, 2017.
kataleewan intarachote/Shutterstock.com
poníveis nesta coleção
trata das transformações
das paisagens ao longo
do tempo, que será apre-
sentado em formato de
vídeo curta-metragem.
Nesse vídeo é abordado
o conceito de paisagem,
com destaque para suas
transformações. Como
exemplos, são apresen-
tadas as cidades de São
Paulo e Brasília. 28
Integrando saberes
g20_ftd_lt_6vsg_c1_p026a039.indd 28 10/15/18 2:57 PM g20_
• O tema desta página possibilita um momento de arti- moais na Ilha de Páscoa. Hoje a ilha é bastante visitada
culação com o componente curricular de História. Con- por turistas que procuram conhecer essas estátuas e as
verse com o professor deste componente e solicite que paisagens desse lugar. Aproveite e peça para os alunos
trabalhe com os alunos as teorias sobre a construção dos localizarem o Chile no planisfério político da página 254.
28
Capítulo 1
• Ao reconhecer que é
transformações das paisagens por meio do trabalho e
das técnicas que o ser
Observe as imagens a seguir. humano transforma as
paisagens em busca de
suprir suas necessida-
des, estão sendo desen-
Jasni/Shutterstock.com
o tema contemporâneo
Trabalho. Apesar de per-
mear o cotidiano de to-
dos, poucas vezes os alu-
nos são levados a refletir
sobre o assunto. Com o
objetivo de incentivar o
exercício da cidadania,
leve os alunos à reflexão,
abordando o trabalho
como algo útil e neces-
sário a toda a sociedade.
Engenheiros analisando a planta de uma Coletores de lixo trabalhando em uma rua Mostre que o trabalho,
obra em Saint Louis, Estado Unidos, 2018. de Kajang, Malásia, 2018. de qualquer natureza, é
honroso a todo cidadão.
As imagens acima retratam pessoas realizando diferentes tipos de trabalho.
Trabalho é toda atividade realizada pela ação humana com a finalidade de suprir
necessidades. É por meio do trabalho que o ser humano vem, historicamente, se
relacionando com a natureza e transformando as paisagens.
As transformações promovidas pelo ser humano estão diretamente relacionadas
ao conhecimento técnico acumulado por uma sociedade, com o passar dos anos. As
técnicas consistem na aplicação dos conhecimentos desenvolvidos pelas pessoas
nos modos de trabalho ou na criação de ferramentas e de outros instrumentos para
a realização de um trabalho.
Conforme uma sociedade amplia seus conhecimentos e os aplica em novas técni-
cas e instrumentos de trabalho, as transformações nas paisagens são realizadas de
maneiras diferentes, menos ou mais intensas.
29
:57 PM
Orientações gerais
g20_ftd_lt_6vsg_c1_p026a039.indd 29 10/15/18 2:57 PM
• Sugerimos a leitura do texto a seguir, que das novas técnicas vemos a substituição de uma nem sistemas de objetos e sistemas sociais. [...]
auxilia na compreensão sobre a relação entre forma de trabalho por outra, de uma configura- A paisagem não é dada para todo o sempre, é
paisagem e técnica. ção territorial por outra. Por isso, o entendimen- objeto de mudança. [...] É uma espécie de marca
Em cada momento histórico, os modos de to do fato geográfico depende tanto do conheci- da história do trabalho, das técnicas. [...]
fazer são diferentes, o trabalho humano vai tor- mento dos sistemas técnicos.
SANTOS, Milton. Metamorfoses do espaço
nando-se cada vez mais complexo, exigindo mu- O homem vai construindo novas maneiras de habitado. 5. ed. São Paulo: Hucitec, 1997. p. 67-68.
danças correspondentes às inovações. Através fazer coisas, novos modos de produção que reú-
29
B
Orientações gerais
sar do tempo? Justifique > Como era a paisagem há 2 milhões de anos? Quais > Resposta: Com o passar do tempo a vegetação que se
sua resposta. elementos mais se destacavam? encontrava em abundância foi dando lugar a pastos, la-
> Resposta: Não, pois vouras e construções.
> Resposta: A paisagem era pouco modificada, com
mesmo que a vegetação
grande presença de vegetação e animais. > Sugira aos alunos que façam um quadro-síntese das
esteja presente em todas as
paisagens, ela se modificou > A partir da análise da sequência de imagens, descreva diferenciações apresentadas nas paisagens. Eles pode-
com o passar dos anos. a evolução da vegetação com o passar o tempo. rão seguir este modelo:
30
Capítulo 1
C
As técnicas ao longo
do tempo
11 mil Objetivos
anos atrás • Conhecer o aperfeiço-
amento das técnicas ao
longo do tempo.
a ) Sugira ao professor
de História uma ativida-
de conjunta de pesquisa
utilizando livros e revis-
tas ou a internet. O pro-
fessor de História tam-
bém pode comentar mais
algumas informações
sobre os períodos pré-
-históricos apresentados
nestas páginas.
b) Divida os alunos em
grupos e oriente-os a
Há cerca de 11 mil anos, no início do período Neolítico, o ser humano passou a se organizar buscar informações so-
em comunidades e a desenvolver técnicas mais eficientes que favoreceram o bre técnicas humanas
desenvolvimento da agricultura e a criação de animais, ampliando a produção de alimentos e que foram aperfeiçoadas
criando novas atividades. Nessa fase, inicia-se um período de crescentes e significativas ao longo do tempo.
transformações no espaço geográfico promovidas pelo ser humano. c ) Cada grupo pode ficar
responsável por uma
técnica em especial,
D apresentando as infor-
Ilustração: Flaper
mações em um cartaz,
possibilitando assim um
trabalho com as habili-
Sociedade dades EF06GE01 e
atual EF06GE06. Sugerimos
os seguintes temas para
os cartazes:
> Construção civil e evo-
lução das técnicas de
construção.
> Criação de animais e
evolução da pecuária.
> Agricultura e evolução
das técnicas de plantio.
d) Após a pesquisa, cada
grupo deverá escolher
um aluno que ficará res-
ponsável por comparti-
A sociedade atual é marcada pelo elevado nível tecnológico empregado no desenvolvimento dos lhar as informações em
mais diferentes produtos. A criação de máquinas e equipamentos modernos promoveu o sala de aula. Atividades
aumento da produção nas indústrias, a substituição de imensas áreas de florestas por lavouras como esta possibilitam
e pastagens, o crescimento das cidades, além de dinamizar as relações entre as pessoas. que os alunos desenvol-
vam a competência geral
Fonte: PALMER, Douglas. Evolução, a história da vida. São Paulo: Larousse do Brasil, 2009. p. 221-243.
2 da BNCC, pois, ao fazer
a pesquisa, terão que re-
fletir em grupo quais in-
O trabalho e o uso de técnicas cada vez mais desenvolvidas fazem parte da vida formações são mais im-
do ser humano, desde seus mais antigos ancestrais. portantes, de que forma
vão apresentar, quem
31 será o aluno a apresentar,
entre outras atitudes.
:57 PM g20_ftd_lt_6vsg_c1_p026a039.indd 31
Instrumentos de trabalho Vestimentas 10/15/18 2:57 PM
Moradia
Não havia moradia fixa, utilizando cavernas e árvores
2 milhões de anos Rocha e osso Sem vestimentas
para se abrigar
200 mil anos Fogo e madeira Pele de animais Abrigos utilizando peles de animais e ossos
11 mil anos Rocha lapidada e madeira ‒ machado Tecidos rústicos Casas com materiais mais resistentes, como madeira e palha
sociedade atual Máquina colheitadeira e celular Variedade de tecidos e acessórios Casas e prédios de alvenaria
31
Amir Cohen/Reuters/Fotoarena
Prath/Shutterstock.com
as interferências em cada
paisagem mostrada, dei-
xando-os responder oral-
mente. Aproveite também
para questioná-los sobre
os elementos presentes
nessas paisagens e ava-
liar o que compreende-
ram do conteúdo até o
momento.
• Solicite aos alunos que
localizem no planisfério
político, na página 254, os
países apresentados nes-
ta página: Israel, China,
França e Estados Unidos.
A fotografia acima, mostra área irrigada no Vale de Nesta fotografia observamos túnel construído em
Hula, Israel, 2017. Hong Kong, China, 2018.
Stephane ROUSSEL/Alamy/Fotoarena
MaRap/Shutterstock.com
A imagem acima, mostra uma rodovia construída Na fotografia acima, podemos observar a barragem
sobre região montanhosa da França, 2017. de Glen Canyon, construída em um trecho do rio
Colorado no Arizona, Estados Unidos, 2017.
32
32
Capítulo 1
A coexistência de • Para a realização da
em foco técnicas diferentes atividade proposta, pro-
cure orientar os alunos a
Atualmente, em diferentes locais do planeta, tanto as técnicas rudimentares se dividirem em grupos
quanto as mais elaboradas se mantêm na execução de atividades econômicas. para a troca de ideias e
informações. Depois, so-
A existência de diferentes técnicas permite que as ações humanas transformem cialize o debate com to-
de maneira mais ou menos intensa as paisagens. dos os grupos. Verifique
Veja alguns exemplos de técnicas nas imagens abaixo. se os alunos percebem
que diferentes técnicas
podem coexistir durante
smereka/Shutterstock.com
o processo de produção,
ou seja, que técnicas
em diferentes níveis de
avanço tecnológico po-
dem ser utilizadas para
a elaboração de um mes-
mo produto (os exem-
plos podem se referir a
atividades do campo ou
Agricultor arando
a terra com ajuda
da cidade, de preferência
de cavalos em do lugar onde vivem).
Kaluch, Ucrânia,
2017.
Linha de produção
de automóveis em
Emden, Alemanha,
2017.
Como podemos observar nas imagens acima, algumas atividades são realizadas
por meio de técnicas artesanais, enquanto outras são desempenhadas com o auxí-
lio de técnicas bem mais sofisticadas. No exemplo de Kaluch, Ucrânia, a agricultura
está sendo praticada por meio de técnicas agrícolas rudimentares. Já em Emden,
Alemanha, as indústrias apresentam técnicas sofisticadas, com maquinários mo-
dernos. Desse modo, podemos perceber que em nossa sociedade coexistem dife-
rentes níveis técnicos na execução das mais diversas atividades econômicas.
33
:57 PM Resposta
g20_ftd_lt_6vsg_c1_p026a039.indd 33 10/15/18 2:57 PM
• Espera-se que os alunos mencionem a produção de maquinário avançado. Os alunos também podem citar a
alimentos, por exemplo, o macarrão, que pode ser pro- fabricação de objetos de decoração, como vasos de ce-
duzido utilizando-se máquinas com aplicação de tecno- râmica, que em muitos lugares são fabricados em indús-
logia e também pode ser fabricado artesanalmente, ou trias cerâmicas e em outros o oleiro utiliza as mãos para
seja, produzido pelas mãos do ser humano sem o uso de moldar a argila.
33
Lestertair/Shutterstock.com
O consumo estimula as
indústrias a fabricar novos
produtos e, assim, a utilizar
cada vez mais matérias-
-primas, mantendo a
transformação do espaço
geográfico. Nesta
fotografia, vemos um
supermercado em Madri,
Espanha, 2018.
34
• Ao trabalhar este tema, chame a atenção bre o próprio espaço, intermediados pelos objetos, a paisagem. O espaço contém o movimento. Por
dos alunos para conceberem o espaço geográ- naturais e artificiais. [...] isso, paisagem e espaço são um par dialético.
fico como um produto das relações sociais e A paisagem é diferente do espaço. A primeira Complementam-se e se opõem. Um esforço ana-
lítico impõe que os separemos como categorias
da interação delas com a natureza. O texto a é a materialização de um instante da sociedade.
diferentes, se não queremos correr o risco de não
seguir fala sobre a diferença entre paisagem e Seria, numa comparação ousada, a realidade de reconhecer o movimento da sociedade.
espaço geográfico. homens fixos, parados como numa fotografia. O SANTOS, Milton. Metamorfoses do espaço habitado. São Paulo:
[...] O espaço é resultado da ação dos homens so- espaço resulta do casamento da sociedade com Hucitec, 1988. p. 25.
34
Capítulo 1
Munique Bassoli/Pulsar Imagens
• Aproveite a oportuni-
dade para avaliar a com-
preensão dos alunos,
verificando, desta forma,
se eles percebem a dife-
rença entre paisagem e
A fim de atender às
espaço geográfico. Para
necessidades de moradia e
do desenvolvimento de
isso, sugerimos as ques-
atividades econômicas, tões a seguir.
realizamos transformações > Uma fotografia repre-
no espaço geográfico. Na
senta uma paisagem ou
fotografia ao lado, pessoas
construindo habitações no
o espaço geográfico?
município de Taquaritinga > Resposta: Uma paisa-
(SP), 2018. gem.
> Por que uma fotografia
representa uma paisa-
Paolo Bona/Shutterstock.com
gem?
> Resposta: Porque na
fotografia vemos a mate-
rialização de um instante
As relações sociais que da sociedade relacionan-
estabelecemos
do-se com a natureza.
caracterizam os espaços
onde elas ocorrem. As > Por que não é possível
áreas de lazer, por observar o espaço geo-
exemplo, são construídas gráfico em uma fotogra-
para momentos de
fia?
descanso e convívio social
e fazem parte do espaço > Resposta: Porque o es-
geográfico. Na fotografia, paço geográfico é dinâ-
podemos ver parte do mico, compreende todos
Central Park em Nova York,
os espaços da superfície
Estados Unidos, 2018.
terrestre que o ser huma-
no ocupa e transforma
A Geografia analisa as relações entre sociedade e natureza que se Arqueologia: ciência que direta ou indiretamente
desenvolvem no espaço geográfico. Assim, procuramos compreender estuda aspectos culturais, por meio de sua relação
de antigas sociedades, por
de que forma as relações sociais e as dinâmicas da natureza ocorrem meio de vestígios fósseis e com a natureza e está em
e interagem em diferentes lugares do planeta. Também é importante de construções que constante movimento.
restaram do passado.
observar de que maneira essas ocorrências e interações permanecem
ou não registradas nas paisagens terrestres.
Muitas vezes, ao estudar Geografia, necessitamos do auxílio de outras ciências para
compreender certos aspectos do espaço geográfico. Quando estudamos, por exemplo,
o modo de vida, as técnicas e as características do espaço habitado por nossos an-
tepassados há milhões de anos, buscamos os conhecimentos desenvolvidos pela
Arqueologia.
Portanto, por meio dos estudos geográficos podemos conhecer melhor a realidade
do lugar onde vivemos e como ele se relaciona com outros lugares do espaço geo-
gráfico. Podemos, também, refletir sobre as ações humanas e as transformações que
elas realizam nas paisagens terrestres. E, principalmente, reconhecer qual a nossa
participação na construção e na transformação do espaço geográfico.
35
35
36
• Para iniciar o tema, explique aos alunos que outros bens a que damos valor e que acom- bens patrimoniais que devem ser reconheci-
cada um tem seu patrimônio junto à família. panham nossa memória afetiva. Os alunos dos como tal e valorizados, por fazerem parte
Por exemplo, uma receita de bolo da avó, uma também possuem seu patrimônio: uma bone- de nossa identidade. Converse com os alunos
fotografia que sua mãe guardou dos seus ca que ganhou da mãe quando era bebê, uma para que eles indiquem o que eles consideram
avós, uma poltrona que seu pai ajudou o pai história que o avô sempre conta, entre outros. como seu patrimônio.
dele a fazer, uma cantiga que seu tio canta Se ampliarmos para o bairro, a escola, a ci-
originada no estado onde ele morava, entre dade... Em todos os lugares vamos encontrar
36
Capítulo 1
• No Brasil existem vá-
rios patrimônios naturais
e culturais como: o Cen-
As pirâmides Qu tro Histórico de Salva-
éops, Quéfren e
Miquerinos estão
localizadas em Giz dor, na Bahia; o Parque
próximo à cidade é,
do Cairo, no Egito
.A Nacional do Iguaçu, no
mais alta, Quéops
, tem 147 metros Paraná; a área de con-
altura e é a maior de
construção maciç servação do Pantanal
feita pelo homem. a
Até hoje, é um e do Cerrado; o Centro
mistério como as
rochas, que pesa Histórico de Diamantina,
média 2500 kg, m em
foram erguidas, há
2500 anos, sem em Minas Gerais; o Par-
o uso de equipam
modernos, como entos que Nacional da Serra
guindastes. Exist
outras pirâmides em da Capivara, no Piauí; as
no Egito e em ou
regiões da África tras paisagens cariocas, no
que foram constru
especialmente pa ídas Rio de Janeiro; as reser-
ra fins funerários.
conta de sua rep Por
resentatividade vas de Fernando de No-
histórica e cultural ronha; as ruínas de São
, as pirâmides sã
patrimônio da hu o
manidade. Miguel das Missões, no
Rio Grande do Sul; entre
Gizé, Egito, 2016.
outros.
• Pelo mundo existem
locais que foram altera-
dos pelos povos locais
em busca de proteção,
produção de alimentos,
espaço para moradia e
trabalho etc. Em razão da
Construída há aproximadamente 500 anos, importância desses lu-
Machu Picchu, a cidade perdida dos incas, revela gares para esses povos,
estruturas muito interessantes, como relógios de eles foram reconhecidos
sol e pequenas salas. Estudos sugerem que a como patrimônios cul-
motivação para a sua construção foi servir de
turais da humanidade.
fortaleza e espaço para dedicação espiritual.
Esses locais, geralmente,
Com a chegada dos espanhóis, os povos incas
foram dizimados e Machu Picchu ficou
são protegidos pelo Es-
escondida por muitos anos. Somente há pouco tado e é importante que
mais de um século, esse patrimônio da a população conheça a
humanidade foi revelado e hoje é um dos locais importância de cada um
mais visitados do mundo. para que, assim, auxilie
em sua conservação.
Machu Picchu,
Veja as respostas das questões nas Peru, 2017.
orientações ao professor.
a ) Analise os patrimônios que estão nas imagens e escreva o que
Stephanie Kenner, totophotos, Pavel Savchuk,
37
:57 PM Respostas
g20_ftd_lt_6vsg_c1_p026a039.indd 37 10/15/18 2:57 PM
A Resposta pessoal. Neste item o aluno deve B Resposta pessoal. Espera-se que os alu- C Resposta pessoal. O aluno deverá dispor
analisar as fotos e escrever sobre o que mais nos mencionem que eles possuem importân- em uma cartolina fotos que considerar im-
lhe chamou a atenção. Valorize as opiniões cia ligada à identidade, estética, ciência, an- portantes para apresentar aos colegas, expli-
pessoais, os diferentes pontos de vista etc. tropologia e à memória de diversos povos. cando por que escolheu aquela imagem e o
Como são raros e não existem outros exem- que ela representa.
plares iguais, devem ser preservados.
37
• Auxilie os alunos na
e os colegas,
organizem uma
elaboração prévia das visita ao museu
questões para a entrevis- ou à prefeitura de
sua cidade a fim
ta. Veja sugestões: de verem o
> Há quanto tempo você acervo de
fotografias
reside no bairro?
históricas. Nesse
> No passado, como caso, observem Praia de Botafogo e, ao fundo, o Pão de Açúcar, no Rio de Janeiro (RJ), 1980.
eram as construções que como eram as
paisagens da
predominavam no bairro? cidade e
B
• Em sala de aula, peça • Para realizar a visita ao museu ou à prefeitura munici- de aula, estabeleça as regras de comportamento e os ob-
aos alunos que apresen- pal, lembre-se de agendar com antecedência e visitar o jetivos do trabalho de campo.
tem sua entrevista, ex- local antes para verificar a disponibilidade dos materiais • Para a produção do relatório, aponte aos alunos o que
plicando transformações necessários e a infraestrutura. Providencie os termos de deverá constar a respeito das transformações das paisa-
ocorridas nas paisagens autorização a serem encaminhados aos pais e, em sala gens retratadas nas fotografias.
do lugar onde vivem.
38
Capítulo 1
[...] • Para enriquecer o
questionamento propos-
Outro dia, caminhando para o viaduto do Chá, observava to na questão b da ativi-
como tudo havia mudado em volta, ou quase tudo. O Teatro dade 7, os alunos podem
Municipal repintado de cores vivas, ostentava sua qualidade fazer uma pequena en-
trevista com algum mo-
de vestígio destacado do conjunto urbano. Nesse momento rador antigo do bairro.
descobri, sob meus pés, as pedras do calçamento, as mesmas Entretanto, oriente-os a
que pisei na infância. Senti um grande conforto [...]. estarem acompanhados
dos pais ou responsá-
As pedras resistiram e em íntima comunhão com elas os
veis. Se houver possi-
meninos brincando nos lances da escada [...]. bilidade, convide algum
BOSI, Ecléa. Memória e sociedade: lembranças de velhos. morador antigo do bair-
São Paulo: Companhia das Letras, 1999. p. 444.
ro da escola para ir até
a ) Quais elementos da paisagem permaneceram ao longo do tempo? a classe e responder às
Elementos culturais, ou seja, o teatro e o calçamento. perguntas dos alunos
b ) No lugar onde você mora, existe algum elemento natural ou cultural que re- sobre a paisagem antiga.
sistiu às transformações da paisagem ao longo do tempo? Caso você não sai-
ba identificar esses elementos, pergunte a algum morador mais antigo do
bairro. Depois escreva no caderno suas observações. Resposta pessoal.
Pesquisando
8. Realize uma pesquisa sobre alguma situação ocorrida próximo de onde você vi-
ve que esteja de acordo com a seguinte afirmação:
39
:57 PM
Refletindo sobre o capítulo
g20_ftd_lt_6vsg_c1_p026a039.indd 39 10/15/18 2:57 PM
• Esta seção tem o intuito de propor uma re- alunos solicitando-lhes que realizem a proposta • Avalie se os alunos desenvolveram as ha-
flexão. Leia com os alunos as informações e de autoavaliação. Explique-lhes que, caso não bilidades indicadas no decorrer deste capí-
promova uma conversa sobre os temas. Esse tenham compreendido alguma das afirmações, tulo. Se necessário, verifique a necessidade
é um bom momento para identificar possíveis é importante que o professor seja informado de utilizar outras estratégias de aprendiza-
dúvidas dos alunos. para que possa retomar o conteúdo correspon- gem para que as habilidades e os objetivos
• Estimule a autonomia na aprendizagem dos dente e sanar as deficiências na aprendizagem. sejam alcançados.
39
produzidos.
• Verificar a diferença
entre globos terrestres e
planisfério.
• Reconhecer a maquete
como uma representação
tridimensional do espaço.
• Identificar os diferentes
pontos de vista (horizon-
tal, oblíquo e vertical) e
compreender que o mapa
é fruto da visão vertical.
• Reconhecer o uso dos
pontos de referência pa-
ra a localização espacial.
• Exercitar o uso dos
pontos cardeais para se
orientar no espaço (rosa
dos ventos, bússola).
• Identificar paralelos e
meridianos, latitudes e
longitudes.
• Reconhecer as coorde-
nadas geográficas como
uma técnica de orienta-
ção e localização espacial.
• Compreender o que
são convenções carto-
gráficas.
• Constatar que a escala
cartográfica estabelece
a relação de proporção Jovem consultando
entre o espaço real e a um mapa em um
ponto turístico de
representação.
Macau, China, 2017.
40
• Para explorar a foto em que o jovem observa descrevam para os colegas da sala como foi a ve para a sala de aula alguns mapas antigos
o mapa, incentive os alunos a relatarem oral- situação. e promova uma conversa sobre as mudanças
mente se já passaram por uma situação em • Se possível, leve um mapa da cidade para a sala nas técnicas de representação cartográfica,
que estiveram acompanhados de algum adul- de aula a fim de que os alunos o observem. Orien- como o traço e o tipo de papel, e sobre os ele-
to que precisou recorrer à observação de um te-os a encontrar no mapa a localização da escola. mentos presentes na legenda. Procure esses
mapa para definir seu destino. Peça-lhes que mapas em sites, revistas ou livros.
• Como outra opção para essa atividade, le-
40
Coleção particular
• O conteúdo trabalha-
do na imagem da pági-
na favorece abordagens
das competências gerais
1, 2 e 4 da BNCC, pois
a imagem de abertu-
ra apresenta um turista
procurando localizar-se
por meio de um mapa,
utilizando seus conhe-
cimentos geográficos e
estabelecendo conexões
sobre sua realidade, de-
senvolvendo seu pensa-
mento espacial através
do uso de uma repre-
sentação cartográfica,
ou seja, utilizando-se de
uma linguagem específi-
ca em sua vivência.
Orientações gerais
41
:03 PM Respostas
g20_ftd_lt_6vsg_c2_p040a047.indd 41 10/15/18 3:03 PM
A É importante o aluno perceber que a repre- eles em que a representação cartográfica foi dos. Oriente-os no decorrer da conversa, con-
sentação cartográfica é um mapa. essencial. Eles podem citar, por exemplo, a uti- duzindo a adequada manifestação de cada um.
lização de um mapa, planta e globo terrestre. Eles podem exemplificar o uso das represen-
B Globo terrestre e um mapa fixado na parede.
D Resposta pessoal. Verifique se as conside- tações em atividades cotidianas, como encon-
C Resposta pessoal. Incentive os alunos a ex- rações dos alunos estão coerentes com a ativi- trar um lugar, ou o uso por profissionais como
porem para a turma a situação vivenciada por dade proposta. Estimule a participação de to- taxistas ou engenheiros e arquitetos etc.
41
•O tema Cartografia:
Cartografia: dos antigos registros à
dos antigos registros à
atualidade traz uma li-
atualidade
nha do tempo marcada As representações da superfície terrestre fazem parte da vida do ser humano há
com diferentes repre- milhares de anos, antes mesmo da escrita. Diferentes povos, no passado, como ba-
sentações cartográficas bilônios, egípcios, chineses e maias, já tinham o hábito de representar o espaço onde
produzidas pelo ser hu- viviam, os percursos de caça, os trajetos dos rios, os territórios conquistados, entre
mano. Chame a atenção
outros. Para isso, utilizavam materiais disponíveis na época, como argila, conchas,
dos alunos para o fato de
que as técnicas mais mo- pedaços de madeira, que podiam ser fixados nas paredes das cavernas ou em tron-
dernas, como a captura cos de árvores.
de imagens da Terra por
Ao lado, pinturas rupestres
Integrando saberes
• A linha do tempo re- rio Norte
presentada nessas pági-
nas permite um trabalho Uma das representações
em conjunto com a disci- cartográficas mais antigas
plina de História. de que se tem registro foi
Science Source/Fotoarena
montanhas
• Converse com o pro-
encontrada na região da
Mesopotâmia, onde hoje
fessor dessa disciplina se localiza o Iraque. Trata-se
sobre a possibilidade de de um mapa conhecido
uma atividade em con- por Ga-Sur, produzido em
junto para trabalhar a uma pequena placa de
análise da linha do tempo. Leste argila cozida, entre os
Oeste anos 2400 e 2200 a.C.
•É possível comparar
o período representado
com o período de um ano,
Acredita-se que o Ga-Sur, ao lado, representa aspectos
a fim de facilitar a com-
que caracterizam a região onde foi encontrado.
preensão de noções mais
abstratas de períodos de
tempo tão extensos, para 42
uma referência comum e
mais concreta ao aluno.
42
Capítulo 2
terrestre fez o ser humano desenvolver e aprimorar as técnicas de representação do • Aproveite as imagens
espaço. Estudos e descobertas realizados por diversos povos, como chineses, árabes expostas no livro para
e europeus, contribuíram para que essas técnicas se tornassem cada vez mais ela- explicar a questão tem-
boradas. Todo esse movimento levou à evolução da Cartografia, que consiste em um poral a partir dos ma-
conjunto de técnicas e métodos científicos e artísticos para elaborar mapas. pas. Oriente-os a colo-
car os mapas expostos
em ordem cronológica e
propor – a partir das ca-
racterísticas observáveis
43
Orientações gerais
• Aproveite os aspectos
ilustrativos das páginas,
explorando a fotografia
aérea com os alunos e ex-
plicando e associando-a à
ilustração da página 45.
• Talvez a imagem aérea
exposta nas páginas se-
ja o primeiro contato de
seu aluno com tal repre-
sentação. Explore a ima-
gem, identificando ruas,
edificações ou vegetação
e pontos como os carros
ou mesmo outros aspec-
tos que eles destacarem.
Fotografia aérea do
município de Taboão
da Serra (SP), 2018.
44
Objetivos a ) Separe a turma em grupos que morem na c ) Proponha que construam uma rota (mapa
• Conhecer uma fotografia aérea e seus detalhes. mesma localidade (proximidade e semelhan- mental) entre a casa deles e a escola.
ça de rotas entre a escola e a casa). d) Peça que indiquem os pontos de referência
• Associar a foto ao seu cotidiano, construin- b) Peça que observem atentamente a fotografia que consideram mais importantes nesse ca-
do um mapa mental.
aérea do livro. Oriente-os a anotar no caderno minho.
Para desenvolver esta atividade, proponha detalhes (pontos de referência, por exemplo) e ) Solicite que expliquem oralmente as rotas
aos alunos o seguinte: que achem importantes para sua realidade. que construíram para a turma toda.
44
Capítulo 2
no espaço geográfico, como rios, plantações, construções, rodovias, entre outros. • Retome brevemente a
Além disso, permitiu a elaboração de mapas mais completos e com informações questão da linha do tem-
mais pertinentes aos estudos dos espaços representados. po dos mapas.
• Localize essas repre-
Google Maps
sentações mais moder-
nas na linha do tempo.
Registro de fotografias aéreas Na internet, você pode encontrar sites de
pesquisa, como o Google Maps, que disponibilizam,
gratuitamente, mapas e imagens de satélites.
• Explique que as novas
tecnologias da informa-
Acessando sites como esse, você pode visualizar e
Fonte: IBGE. Atlas localizar diferentes partes do mundo. O Google ção geográfico-cartográ-
geográfico escolar.
Maps pode ser acessado pelo endereço eletrônico: fica estão baseadas nas
Gilberto Alicio
45
Orientações gerais
:03 PM g20_ftd_lt_6vsg_c2_p040a047.indd 45 10/15/18 3:04 PM
• O texto a seguir contribui para entender Imagens de satélite e sua distribuição imagens do CBERS-2 (Satélite Sino-Brasileiro de
melhor a política de acesso de dados espaciais A política de dados pelo Brasil tem sido refe- Recursos Terrestres). Atualmente, as imagens
no Brasil. As imagens são disponibilizadas de rência mundial na área de Observação da Terra. do satélite CBERS-4 são fornecidas sem custo
forma gratuita, utilizando um satélite brasilei- A distribuição gratuita através da internet co- para qualquer usuário no mundo.
meçou em 2004, através do portal do Instituto BRASIL. Agência Espacial Brasileira. Disponível em: <http://
ro, em parceria com a China. www.aeb.gov.br/servicos/imagens-de-satelites/>. Acesso em:
Nacional de Pesquisas Espaciais (INPE), com as 13 set. 2018.
45
46
46
Capítulo 2
• No trabalho com a
Fonte: FLORENZANO, Teresa
página 47 você po-
Galloti. Imagens de satélite de começar a abordar
para estudos ambientais.
questões que envolvam
Leonardo Mari
São Paulo: Oficina de Textos,
2002. p. 9. a captação e o tratamen-
to de dados relativos às
imagens, ou seja, o sen-
soriamento remoto.
• Oriente os alunos a fa-
zer a leitura da imagem
destacada na parte su-
perior da página.
• Reproduza para os
alunos o vídeo educativo
do site Sensoriamento
Remoto. Inpe (Instituto
Nacional de Pesqui-
sas Espaciais). Dispo-
nível em: <http://livro.
Os raios solares chegam à superfície terrestre. Aqueles pro/4dpc8d>. Acesso
que não são absorvidos são refletidos pelos diferentes
em: 13 set. 2018.
elementos que compõem a superfície terrestre, como
casas, rodovias, vegetação, rios, formas de relevo e
cultivos agrícolas. Por meio de sensores colocados em Material audiovisual
satélites artificiais, que estão orbitando a Terra, é
possível captar a energia refletida pelos elementos da • Esse material audiovi-
superfície terrestre e usá-la para compor as imagens de sual apresenta um pano-
satélite, que irão auxiliar no mapeamento e no estudo rama do sensoriamento
de fenômenos que ocorrem na Terra. remoto, desde o espectro
eletromagnético até os
diferentes tipos de sen-
cobertura vegetal sores, colaborando tanto
para a introdução da te-
mática junto ao aluno co-
rio
mo para sua ampliação.
47
47
48
Capítulo 2
seu município. Para isso, está utilizando imagens obtidas com câmeras foto- • No trabalho com a
gráficas especiais instaladas em aviões. Fotografias aéreas. atividade 6, aproveite o
estudo já realizado a res-
6. Observe a imagem de satélite a seguir de uma área localizada em Sacramento, peito da imagem de sa-
no estado da Califórnia, Estados Unidos, 2018. No caderno, identifique os ele- télite na página 46 a fim
mentos indicados pelas letras. A: rio; B: área agrícola; C: área urbana. de explorar esse rcurso.
Retome com os alunos
tal trabalho e, ainda ten-
do dúvidas, ajude-os a
Landsat/Copernicus/Google Earth
resolver a questão.
• Na atividade 7 faça
uma leitura comparti-
lhada em voz alta com os
A
alunos. Dê condições pa-
ra eles efetuarem a pes-
quisa, solicitando uma
pesquisa prévia para,
então, executar o estudo
em sala de aula.
Pesquisando
7. Leia o texto a seguir.
Orientações gerais
:19 PM g20_ftd_lt_6vsg_c2_p048a059.indd 49 10/15/18 4:19 PM
• Para avaliar a aprendizagem dos alunos até aqui, veri- ços, insira em seu planejamento de aula todas as obser-
fique suas respostas em uma roda de conversa, estimu- vações que considerar pertinentes, relativas às suas es-
lando todos a falar dos principais conceitos aprendidos e tratégias de ensino e às observações realizadas com os
em que as atividades propostas contribuíram para isso. alunos, a fim de tomar decisões de retomada de explica-
• Como forma de avaliar o conhecimento dos alunos, ções ou novos exercícios que possam auxiliar os alunos
acompanhando suas percepções, dificuldades e avan- em suas aprendizagens.
49
• Ao iniciar o estudo
Diferentes representações do
desta página, incentive
os alunos a falarem sobre
espaço terrestre
os mapas que conhecem • Você já precisou utilizar um mapa? Em qual situação? Conte aos colegas.
(guias de rua, por exem- Resposta pessoal. Verifique se a resposta dos alunos está coerente com a atividade proposta.
plo). Caso a escola dispo-
nha de um globo terres-
Os mapas
tre ou de um planisfério, Os mapas são representações do espaço geográfico elaboradas em uma superfície
leve-o para a classe e plana e em tamanho reduzido. Neles, são registradas várias características da superfí-
deixe que os alunos o
cie terrestre, por meio de diferentes símbolos e outros recursos visuais, como: altitudes
manuseiem livremente.
do relevo, tipos de clima e de vegetação, estradas e rodovias ou ainda a distribuição da
Oriente-os a achar o pa-
ís onde moram, depois população por um território.
o estado e, finalmente, a Os mapas podem fornecer muitas informações que auxiliam na compreensão de
capital do estado. fenômenos naturais ou de intervenções do ser humano no espaço geográfico.
• Incentive os alunos
Para que possamos interpretar um mapa corretamente, devemos identificar cada
a observarem os ele-
um dos elementos que constituem uma representação cartográfica. Veja abaixo.
mentos cartográficos
presentes no mapa do
estado do Pará, como
orientação, escala, título Pará: divisão política - 2015 título
e legenda. Caso seja pos-
E. Cavalcante
50
50
Capítulo 2
• Nesta página temos um
Tanto o globo terrestre como o pla- modelo clássico de dife-
nisfério representam de maneiras dife- renciação de representa-
rentes a superfície do nosso planeta. ções cartográficas (globo
terrestre e planisfério).
Os globos terrestres representam a
superfície da Terra de maneira mais • Antes de considerá-los
para a classe, pergunte
aproximada de sua forma real. No en-
S-F/Shutterstock.com
quais são as represen-
tanto, por causa desse formato arredon- tações cartográficas que
dado, não conseguimos ver, de uma só eles observam na página.
vez, toda a superfície representada. Já os
planisférios representam a Terra em
• Questione sobre suas
semelhanças e diferen-
uma superfície plana. Graças a essa ca- ças, que podem ser:
racterística, conseguimos observar toda > Globo terrestre: mais
a superfície do planeta, mas com algu- próximo do real, formato
mas distorções. arredondado e não pla-
no, está representando
os continentes; visuali-
zação em partes (não é
possível visualizar todas
as informações de uma
Globo terrestre. só vez); menos distor-
ções; escala pequena;
três dimensões.
> Planisfério: formato
Mundo: divisão política plano, com muitas dis-
OCEANO GLACIAL ÁRTICO torções; visualização de
Círculo Polar Ártico
todos os continentes e
oceanos da Terra de uma
vez só; duas dimensões.
•O programa de com-
putador chamado Goo-
Trópico de Câncer gle Earth está disponível
OCEANO OCEANO PACÍFICO gratuitamente através de
ATLÂNTICO
download e também on-
E. Cavalcante
Equador
0° -line na internet. Com ele
é possível trabalhar com
Meridiano de Greenwich
OCEANO PACÍFICO
OCEANO ÍNDICO
os alunos alguns concei-
Trópico de Capricórnio
tos da cartografia, tais
como escala, diferentes
tipos de representação,
N
0 2 340 4 680 km
O L
geotecnologias e muito
1: 234 000 000 S
Círculo Polar Antártico OCEANO GLACIAL ANTÁRTICO mais, de uma forma inte-
Limite internacional
rativa e estimulante para
0° os alunos. Disponível em:
Fonte: IBGE. Atlas geográfico escolar. 7. ed. Rio de Janeiro, 2016. p. 32.
<http:/livro.pro/uqvebz>
Acesso em: 13 set. 2018.
51
• Exemplifique con-
O mapa transpõe as características de um espaço tridimensional para uma repre-
cretamente com os alu-
nos as representações sentação bidimensional. Isso pode ser observado quando elaboramos uma planta da
em 3D, mostrando, por sala de aula, por exemplo, com base em uma maquete desse local. Veja a seguir
exemplo, em um globo como isso é possível.
ou maquete as dimen- Para produzir a maquete da sala de aula, é possível utilizar materiais recicláveis,
sões de comprimento,
como embalagens de papel ou plástico (sucata), que podem representar os elemen-
largura e altura, assim
como as representações
tos que compõem o espaço da sala.
em 2D, mostrando, por Veja, abaixo, os principais materiais necessários para elaborar uma maquete da
exemplo, em um mapa sala de aula.
as dimensões de com-
primento e largura.
Flaper
52
Orientações gerais
g20_ftd_lt_6vsg_c2_p048a059.indd 52 10/15/18 4:19 PM g20_
• O texto a seguir trata da importância da maquete na sar de não seguir uma escala única), permite ao aluno ver o
passagem do tridimensional ao bidimensional. todo e, portanto, refletir sobre ele. Além disso, as maquetes
são conhecidas das crianças, acostumadas com brinquedos
[...] O uso de maquetes favorece a passagem da represen- que são miniaturas de objetos reais. O principal objetivo do
tação tridimensional para a bidimensional, por possibilitar trabalho com maquete é chegar ao ponto de vista vertical,
domínio visual do espaço, a partir de um modelo reduzido. por isso não é necessário construí-la em escala. [...]
[...] Essa redução, apesar de não conservar as mesmas rela- ALMEIDA, Rosângela Doin de. Do desenho ao mapa: iniciação cartográfica na
ções de comprimento, área e volume do real (ou seja, ape- escola. 5. ed. São Paulo: Contexto, 2014. p. 77-78.
52
Capítulo 2
aula, como carteiras, armário etc. Lembre-se de que se um móvel for maior que ou- • Oriente os alunos nes-
tro na realidade, na maquete também deverá ser, respeitando a proporcionalidade. ta produção, indicando
Disponha os objetos como se encontram em sua sala. que para representar o
espaço por meio da ma-
quete é necessário guar-
A maquete permite a visualização dar algumas proporções,
do espaço sob diferentes pontos de como utilizar elementos
vista, sobretudo da visão vertical, da (caixa, tampinhas, entre
outras sucatas) com for-
qual se produzem as plantas e os
mas e tamanhos aproxi-
mapas. madamente proporcio-
Com a maquete da sala pronta, é nais uns em relação aos
possível produzir uma planta, que é um outros.
tipo de mapa que representa espaços
menores. Material digital
• A sequência didática 3,
localizada no material
digital, apresenta uma
Observando a maquete do ponto de
oportunidade de trabalho
vista vertical, pode-se registrar em uma de construção de mapa
folha de papel o espaço da sala, o formato tridimensional, amplian-
dos objetos que representam os elemen- do as noções cartográfi-
tos do lugar, como são vistos de cima cas dos alunos, além do
para baixo. trabalho em equipe.
Veja, ao lado, como pode ser uma plan-
ta elaborada com base em uma maquete.
• Elabore, com os colegas, uma maquete da sala de aula de vocês. Sigam as etapas
demonstradas acima e, depois, produzam uma planta da sala, observando a ma-
quete do ponto de vista vertical.
Ilustrações: Flaper
53
53
Diego Grandi/Shutterstock.com
plicando que o mapa não
apresenta essas duas vi-
sões.
• Divida a sala em pe-
quenos grupos explo-
rando essas duas visões,
perguntando: que ele-
mentos podem ser visu-
alizados na visão hori-
zontal que não se obser-
va na oblíqua?
• Dê exemplos de situ-
ações que vivenciou nas
quais teve oportunidade
de observar paisagens
nas visões oblíqua e ho-
rizontal no município.
Peça aos alunos que de-
em exemplos também.
• Contextualize os di- Visão horizontal do Museu de Arte de São Paulo (Masp) em São Paulo (SP), 2017. Observe que sob esse
ferentes pontos de vista ponto de vista os elementos do espaço geográfico são vistos de frente.
que se pode ter durante
uma partida de futebol, Visão oblíqua
seja ao vivo, seja por
Rubens Chaves/Pulsar Imagens
54
Capítulo 2
Digital Globe/Google Earth
• Peça que comparem as
duas representações, ex-
pondo suas semelhanças
e diferenças, que podem
ser: as formas de repre-
sentação, as cores, a pre-
sença de espaços vazios
ou não etc.
• Peça aos alunos que
observem que cada con-
junto de elementos repre-
sentados foi generaliza-
do, ou seja, foi agrupado
e identificado sem grande
detalhamento. Para essa
simplificação, escolhe-se
uma maneira que melhor
represente cada elemen-
to, tal como ícones, cores
Visão vertical de parte da cidade de São Paulo (SP), 2017, em que os elementos do espaço geográfico ou hachuras.
observado são vistos do alto, de cima para baixo.
Leonardo Mari
0 200 m
A representação acima foi elaborada com base na visão vertical, mostrada na imagem anterior.
Observe como cada conjunto de elementos dessa paisagem foi delimitado e representado de maneira
mais simplificada, ou seja, sem muitos detalhes.
55
• Para complementar o
Orientação e localização na superfície
estudo deste tema, co-
mente com os alunos
terrestre
que, no decorrer da his- Para nos orientarmos quando nos deslocamos de um lugar para outro, ou quando
tória da humanidade, os precisamos encontrar determinado local, utilizamos pontos de referência. Esses
astros também tiveram pontos de referência podem ser elementos da paisagem, como um estabelecimento
grande importância na comercial, uma escola ou uma árvore. Por isso, frequentemente utilizamos expres-
orientação e localização
sões como “ao lado do supermercado”, “em frente da escola”, “logo após a farmácia”
na superfície do plane-
ta. Ainda hoje, pessoas ou “onde há uma árvore grande em frente” para localizar um lugar.
se orientam por meio Além desses pontos, existem outras formas de nos orientarmos no espaço geo-
dos astros observando gráfico. Vamos estudar algumas delas.
a posição do Sol ou da
Lua para encontrarem
os pontos cardeais e, as- Orientação pelos pontos cardeais
sim, se guiarem em seus
Podemos nos orientar por meio dos pontos cardeais Norte, Sul, Leste e Oeste.
caminhos, como os pes-
cadores que saem para A orientação pelos pontos cardeais está presente em nosso dia a dia quando obser-
realizar suas atividades vamos placas indicando direções como “zona norte”, “zona sul”. Outro exemplo são os
em mar aberto. estados do Rio Grande do Norte ou de Mato Grosso do Sul. Nesses casos, os pontos
• Diga também que no cardeais compõem o nome de alguns lugares na tentativa Orientação e mapas
Hemisfério Sul (hemisfé- de auxiliar sua localização. Eduardo Banquieri. São Paulo:
rio onde está localizada Escala Educacional, 2007.
Os pontos cardeais também são muito importantes
a maior parte do Brasil) (Guia de Campo).
é possível observar as quando precisamos entender as informações presentes Nesse livro, são apresentadas
estrelas que compõem nas representações cartográficas ou em procedimentos as coordenadas geográficas,
escalas, métodos de orientação
o Cruzeiro do Sul e en- de orientação. Observe na imagem abaixo como podemos e interpretação de mapas,
contrar o ponto cardeal identificar os pontos cardeais orientando-nos pelo Sol. entre outros temas.
sul, além dos demais
pontos cardeais. Sugira
que, acompanhados de
Flaper
56
Orientações gerais
g20_ftd_lt_6vsg_c2_p048a059.indd 56 10/15/18 4:19 PM g20_
• O texto a seguir explica a diferença entre norte geo- magnético terrestre não está alinhado com a direção Norte-
gráfico e norte magnético. Sul e, consequentemente, a agulha da bússola não aponta
Não se sabe exatamente a origem desse comportamen- para o Norte Geográfico. Chama-se de norte magnético a
to, mas nosso planeta possui um campo magnético próprio direção das linhas do campo magnético da Terra em um
e pode ser comparado a um grande ímã. As extremidades ponto qualquer.
desse ímã, também conhecidas como polos magnéticos, FRIEDMANN, Raul M. P. Fundamentos de orientações, cartografia e navegação
não coincidem com os polos geográficos. Por causa desta terrestre: um livro sobre GPS, bússola e mapas para aventureiros radicais e
diferença entre os polos magnético e geográfico, o campo moderados, civis e militares. 2. ed. Curitiba: Editora UTFPR, 2008. p. 30.
56
Capítulo 2
A rosa dos ventos é um símbolo muito utilizado para NO
NNO NNE
NE • Ao trabalhar com a
Orientação pela bússola,
orientar as representações cartográficas e serve para indi- ONO ENE explique aos alunos que
car os pontos cardeais, representados na rosa dos ventos
Clarissa França
O L esse é um instrumento
por siglas. Observe. composto por uma agu-
OSO ESE
Algumas rosas dos ventos também indicam a direção lha imantada que direcio-
SO SE na constantemente uma
dos chamados pontos colaterais, denominados nordeste SSO SSE
de suas pontas para a di-
(NE), sudeste (SE), noroeste (NO) e sudoeste (SO). Outras, S reção norte. A agulha da
ainda, apresentam os pontos subcolaterais, que são NNE bússola é fixada em um
Ilustração da rosa dos
(nor-nordeste), ENE (es-nordeste), ESE (es-sudeste), SSE eixo que lhe permite gi-
ventos indicando pontos
(su-sudeste), SSO (su-sudoeste), OSO (oes-sudoeste), cardeais, colaterais e rar sobre uma superfície
ONO (oes-nordeste) e NNO (nor-noroeste). subcolaterais. plana, na qual estão indi-
cados os pontos cardeais,
muitas vezes, na forma
de rosa dos ventos. Des-
Orientação pela bússola se modo, quem utiliza a
A bússola é um instrumento de orientação muito antigo. Estudos bússola pode localizar, a
indicam que ela foi criada pelos chineses, no século X, e depois partir do norte, os demais
aperfeiçoada por outros povos, principalmente árabes e europeus. pontos cardeais.
Na atualidade, a bússola é utilizada em viagens marítimas e aéreas; • Esclareça aos alunos
Shutterstock.com
Tatiana Popova/
além disso, é um instrumento muito importante para pessoas que que a direção para onde
realizam expedições em florestas, montanhas ou desertos. a agulha desse instru-
Bússola.
mento aponta não cor-
responde ao norte geo-
gráfico, mas sim ao norte
magnético da Terra.
• Explique aos alunos que
a bússola ao lado apre-
senta as siglas dos pontos
cardeais em inglês, sen-
do E (east) o mesmo que
leste e W (west) o mesmo
que oeste.
57
57
Paralelos e latitudes
Os paralelos são linhas circulares imaginárias, traçadas horizontalmente sobre as
representações do planeta no sentido leste-oeste.
O principal paralelo, conhecido por linha do equador, é disposto na porção mais
larga do planeta, à mesma distância tanto do Polo Norte quanto do Polo Sul, dividin-
do o globo em duas partes: Hemisfério Norte e Hemisfério Sul.
A latitude, medida em graus (o), corresponde à distância dos paralelos em relação
à linha do equador. Desse modo, a linha do equador apresenta latitude 0o. A latitude
dos paralelos que se distanciam dessa marca na direção norte ou na direção sul au-
menta gradativamente, chegando, no máximo, à latitude de 90o nos polos.
Paralelos e latitudes
Trópico de Câncer
Hemisfério
Luciane Mori
Norte
Linha do equador
Hemisfério
Sul
Trópico de Capricórnio
Fonte: DUARTE, Paulo Araújo. Além da linha do equador, os paralelos que também têm nomes específicos
Fundamentos de Cartografia. são: o Trópico de Câncer e o Círculo Polar Ártico, no Hemisfério Norte; e o
Florianópolis: UFSC, 2002. p. 48-54. Trópico de Capricórnio e o Círculo Polar Antártico, no Hemisfério Sul.
58
• O texto a seguir trata da importância do estudo das cada vez mais seguras de determinar a localização, tanto
coordenadas geográficas. ao elaborar mapas, quanto durante as navegações e jorna-
[...] Os referenciais geográficos de localização foram de- das por terra. Este caráter imposto pela necessidade social
finidos a partir da observação dos astros e deram origem e histórica traz, para a abordagem do tema na escola, uma
ao sistema de coordenadas geográficas. Este foi construído discussão sobre seu significado na formação atual dos alu-
historicamente, resultando da necessidade de maneiras nos. Hoje ninguém precisa apoiar-se nessas coordenadas
58
Capítulo 2
Os meridianos são linhas imaginárias traçadas nas representações da superfície ter- • Explique aos alunos
que todos os meridia-
restre que se prolongam verticalmente, ou seja, de um polo a outro, no sentido norte-sul. nos possuem um anti-
O principal meridiano, conhecido por Meridiano de Greenwich, divide o planeta em meridiano situado no
duas partes: Hemisfério Oriental e Hemisfério Ocidental. hemisfério oposto. Por
exemplo: o Meridiano de
A longitude, medida em graus (o), corresponde à distância dos meridianos em Greenwich possui um
relação ao Meridiano de Greenwich, que apresenta longitude 0o. A longitude dos me- antimeridiano que é o
ridianos que se distanciam nas direções leste ou oeste vai aumentando aos poucos, meridiano de 180o, co-
até atingir 180o. nhecido também como
Linha Internacional da
Meridianos e longitudes Mudança de Data.
• Para facilitar a com-
preensão, leve para a
sala de aula um globo e
Hemisfério Ocidental Hemisfério Oriental permita que os alunos
observem como a Linha
Internacional de Mudan-
ça de Data está oposta ao
Meridiano de Greenwich.
Veja na imagem a seguir.
Meridiano de Greenwich
Antimeridiano (Linha
Meridiano de
Internacional de
Greenwich
Luciane Mori
Mudança de Data)
10h 8h
12h 6h
4h
14h
16h 2h
18h
20h 22h
N. Akira
Domingo
Segunda-feira
O Meridiano de Greenwich
também é conhecido como
meridiano de origem, por Fonte: SCHÄFFER, Neiva
Fonte: DUARTE, Paulo Araújo.
apresentar longitude 0°. Otero et al. Um globo em suas
Fundamentos de Cartografia. mãos: práticas para a sala de
Florianópolis: UFSC, 2002. p. 48-54. aula. Porto Alegre: Editora da
UFRGS/Núcleo de Integração
Universidade & Escola da
L
paralelo e um meridiano, marcados O
59
para deslocar-se de um lugar para outro (exceto nas nave- volvidos no conceito de mapa. Um mapa é obtido por meio
gações aérea e marítima, apoiadas por instrumentos sofis- da malha de coordenadas que amarra a superfície repre-
ticados). Por que, então, o cidadão comum precisa saber o sentada com a superfície da Terra, envolvendo, também,
que são paralelos, meridianos, latitude e longitude? Penso projeção e escala. [...]
que há apenas uma razão realmente pertinente para que ALMEIDA, Rosângela Doin de. Do desenho ao mapa: iniciação cartográfica na
alguém tenha que aprender esses conceitos: eles estão en- escola. São Paulo: Contexto, 2001. p. 51.
59
E. Cavalcante
70º 60º 50º 40º N
uma roda de conversa São Paulo Porto Alegre (RS) 30o S 51o O
para tirar dúvidas e com- Trópico de Cap
ricórnio
BNCC 30º
Teresina (PI) 5o S 42o O
• O trabalho com co- Limite internacional
Limite estadual
0 530 km
Resposta
g20_ftd_lt_6vsg_c2_p060a069.indd 60 10/15/18 3:35 PM g20_
60
Capítulo 2
• Durante o estudo das
Os mapas registram uma série de informações importantes do espaço terrestre. Convenções Cartográfi-
Essas informações são representadas por diversos símbolos e outros recursos visuais cas, traga para a sala de
que traduzem para o mapa os fenômenos escolhidos. aula diferentes tipos de
mapas temáticos, com
Esses recursos cartográficos podem ser representados de diferentes maneiras, isto os diversos símbolos
é, no formato de linhas, pontos, formas geométricas, hachuras, cores, números, letras, existentes nas repre-
entre outras. O significado desses recursos cartográficos é indicado na legenda, a fim sentações cartográficas,
de auxiliar a leitura e a compreensão dos mapas. além dos apresentados
nesta página.
Para criar uma identidade visual e facilitar a interpretação das informações nos
mapas, alguns símbolos cartográficos foram padronizados. São as chamadas • Você pode encontrar
mapas temáticos na
convenções cartográficas. prefeitura de sua cida-
Entre os exemplos de convenções cartográficas, podemos citar: cor azul para re- de, em atlas, e também
presentar rios e oceanos; uma linha com pequenos traços sobrepostos indicando as no site do IBGE. Extraí-
ferrovias; e figuras geométricas para indicar uma localização pontual, como cidade do de: Atlas geográfico
escolar. IBGE (Instituto
ou indústria. Nos quadros abaixo estão representados alguns símbolos e outros re-
Brasileiro de Geografia
cursos utilizados em diferentes mapas. Observe. e Estatística). Disponí-
vel em: <http://livro.pro/
tqdd99>. Acesso em: 13
Linhas Cores set. 2018.
Qualidade Quantidade
0 10 50 100
demográfica
Aeroporto habitantes/km2
61
61
Orientações gerais
para as características
das imagens, principal-
mente suas semelhanças
e diferenças.
• Instrua-os a perceber
que as imagens não são Na imagem 2, também de 2018, observamos a Arena da Amazônia e uma área
totalmente iguais, pois bem maior a sua volta.
alguns elementos que
aparecem em uma não
2
são visíveis em outra em
razão da escala em que
cada uma foi produzida.
• Diga que essa condi-
ção é definida pela escala
e que depende da distân-
cia (altura) da captação
da imagem pelo sensor.
CNES/Airbus/Google Earth
62
Capítulo 2
1 : 5 000
Nos mapas, a escala informa a proporção em que a • O texto a seguir apre-
representação está reduzida em relação à realidade. Por isso, senta informações com-
dizemos que as escalas estabelecem uma relação de pro- O número 1, Já o número 5 000 plementares sobre as
chamado de indica a quantidade escalas e os tipos de re-
porcionalidade entre a representação e a área correspon- numerador da de vezes que a
dente da superfície terrestre. Veja como podemos identificar presentações.
escala, indica medida da área real
essa relação de proporção por meio das escalas, na explica- a unidade de da superfície [...] cartas e plantas são
medida terrestre foi mapas, mas nem todo ma-
ção do quadro ao lado. pa é carta ou planta. [...]
utilizada. reduzida para a
elaboração do mapa. Planta seria também
De acordo com a explicação do quadro, uma unidade no mapa Esse número é uma espécie de mapa em
representa 5 mil unidades da realidade. Em geral, a unidade conhecido por grande escala, em que a
utilizada é o centímetro. Então, neste caso, cada 1 centímetro no denominador da curvatura da Terra pode
mapa corresponde a 5 mil centímetros na realidade. escala.
ser desprezada, cujo docu-
mento destina-se a forne-
Compare, nos mapas a seguir, a representação do estado da Bahia em escalas cer informações detalha-
das de uma parte pouco
diferentes. extensa da superfície ter-
Brasil: estados e capitais restre como, por exemplo,
um terreno, uma rua ou
um bairro. Até mesmo a
Boa Vista Amapá planta de uma casa não
Roraima (AP) deixa de ser uma espécie
(RR) Macapá Equador
0° de mapa.
Belém
São Luís Mapa, por sua vez, po-
Manaus Fortaleza demos entender como
Fonte: IBGE. Atlas Amazonas
Pará
Maranhão
(MA)
Rio Grande
Ceará do Norte qualquer representação,
(AM)
geográfico escolar. (PA) Teresina (CE) (RN) Natal geralmente plana (existe
7. ed. Rio de Janeiro, Paraíba João
Piauí (PB) Pessoa técnica de confecção em
2016. p. 90. Acre
(AC) Palmas
(PI) Pernambuco (PE) Recife
Alagoas
alto-relevo), parcial ou
Porto Velho
Rio Branco Rondônia Sergipe
(AL) Maceió total da superfície de um
Tocantins
(RO) (TO) (SE) Aracaju astro (Terra, Lua, Marte,
Mato Grosso Bahia
Bahia: divisão (MT) Distrito (BA) Salvador etc.) ou mesmo do céu,
Federal
em escala reduzida, mos-
política Cuiabá (DF)
Goiânia Brasília OCEANO trando seus componentes
Goiás ATLÂNTICO
PE Minas Gerais por meio de símbolos e, às
Campo (GO) (MG)
MA PI Grande Belo Horizonte Espírito vezes, cores também, con-
Santo (ES)
OCEANO
AL Mato Grosso Vitória
cebidos arbitrariamente
do Sul São Paulo
PACÍFICO
(MS) (SP) Rio de Janeiro (RJ) ou respeitando o estabe-
TO
SE Paraná
Rio de Janeiro lecido em planos técnicos.
São Paulo Trópico de
(PR) Capric
Curitiba ó r ni o DUARTE, Paulo Araújo.
Santa N Fundamentos de cartografia.
Catarina Florianópolis
12° S (SC) 2. ed. Florianópolis: Editora da
O L
Rio Grande UFSC, 2006. p. 123-124.
do Sul Porto Alegre 0 400 km
BA (RS)
S
Salvador
E. Cavalcante
Limite estadual
Capital federal
50° O
GO Capital estadual
OCEANO
ATLÂNTICO Fonte: IBGE. Mapa político do estado da Bahia. Disponível em:
Limite municipal <ftp://geoftp.ibge.gov.br/cartas_e_mapas/mapas_estaduais_e_
distrito_federal/politico/2015/ba_politico1300k_2015.pdf>.
Limite estadual MG Acesso em: 2 jul. 2018.
Capital estadual N
S
quanto maior a área representada, maior será
ES 0 110 km
42° O o valor do denominador da escala.
63
63
0 10 20 30 km medida real
Orientações gerais
medida do mapa
E. Cavalcante
rica e gráfica, consulte o Equador
0°
manual de Noções Bá-
Meridiano de Greenwich
OCEANO PACÍFICO
sicas de Cartografia do OCEANO ÍNDICO
Limite internacional
0°
Fonte: IBGE. Atlas geográfico escolar. 7. ed. Rio de Janeiro, 2016. p. 32.
64
64
Capítulo 2
dois pontos no mapa. Calculando distâncias
Conforme observamos, os mapas podem representar áreas utilizando diferentes Objetivos
escalas, de acordo com os detalhes que se deseja mostrar. • Realizar cálculos de
Veja como isso é possível utilizando as cidades de Coxim e Selvíria como exemplo, escalas com base na es-
cala do globo terrestre ou
ambas no estado de Mato Grosso do Sul.
em um planisfério.
1 Meça a distância em centímetros entre as cidades de Coxim e Selvíria. • Comparar distâncias
entre diferentes rotas.
Estado de Mato Grosso do Sul • Utilizar a internet co-
mo ferramenta digital de
MT pesquisa.
GO • Conhecer característi-
cas de diferentes lugares
José Vitor Elorza/ASC Imagens
BOLÍVIA Coxim
do mundo.
MS
Materiais
• Globo terrestre ou pla-
Inocência MG
20º S
Miranda
Campo nisfério
Selvíria
Grande
• Papel
• Lápis
SP
Limite internacional • Borracha
• Calculadora
Limite estadual
Capital estadual
Cidade PARAGUAI • O procedimento para
Trópico de Capricórnio
PR
N
a realização dessa ativi-
E. Cavalcante
Iguatemi O L
dade foi extraído do livro
Japorã 0 100 km
Fonte: IBGE. Atlas geográfico escolar. Um globo em suas mãos:
S
7. ed. Rio de Janeiro, 2016. p. 178. 55º O
práticas para a sala de
aula. Leia o trecho a se-
guir.
2 Verifique na escala do mapa a distância real correspondente
Os alunos observam a
a cada centímetro (cm). Nesse caso, 1 cm corresponde a escala do globo, e o pro-
100 quilômetros (km). fessor questiona sobre o
0 100 km quanto a Terra foi dimi-
3 Multiplique o valor equivalente a cada centímetro na escala nuída. Pede que escrevam
pelos centímetros que você encontrou em linha reta no ma- a escala e a utilizem para
65
66
66
Capítulo 2
• Aproveite a oportuni-
As imagens a seguir mostram o avanço do desmatamento (áreas escuras) em uma dade e comente com os
área da Floresta Amazônica no município de Alta Floresta, estado de Mato Grosso. alunos sobre a impor-
tância da utilização dos
recursos tecnológicos
NASA/Landsat8
NASA/Landsat8
na preservação do meio
ambiente.
Respostas
A Resposta esperada: o
avanço do desmatamen-
to foi intenso nessa área
da floresta. Incentive os
alunos a comentarem as
Imagem capturada em 1984. Imagem capturada em 2017.
impressões que tiveram
ao comparar as duas
a ) Ao comparar as imagens de satélite, como você avalia o avanço do desmata-
imagens.
mento nessa área da Floresta Amazônica? Troque ideia com os colegas.
B Resposta pessoal.
b) Faça uma pesquisa em jornais, revistas ou na internet sobre notícias que abor- Eles podem citar notícias
dem o monitoramento de florestas por meio de imagens de satélite. Escreva sobre o monitoramento
um resumo da notícia. Avalie, por meio das informações obtidas, se algo real- de áreas com focos de
mente tem sido feito para resolver o problema do desmatamento no local no- queimadas e de desma-
ticiado. Conte aos colegas e discutam possibilidades de como o monitoramento tamento. Verifique se as
pode orientar ações concretas para a conservação da natureza. considerações dos alu-
nos estão coerentes com
Veja as respostas das questões nas orientações ao professor.
a atividade proposta. Es-
timule a participação de
todos.
CPTEC/INPE
67
67
50˚
50˚
40˚
Paris 40˚
Pequim
Ajigasawa
30˚ Houston 30˚
Agadir
Trópico de Câ
ncer Cairo
20˚ 20˚
OCEANO PACÍFICO
10˚ OCEANO 10˚
ATLÂNTICO
reenwich
Equador
0˚ 0˚
OCEANO ÍNDICO
10˚ 10˚
ano de G
O L 40˚
40˚
E. Cavalcante
Capital do país S
OCEANO GLACIAL ANTÁRTICO 50˚
50˚ Cidade ntártico
0 2 340 4 680 km
Polar A
Círculo
160˚ 140˚ 120˚ 100˚ 80˚ 60˚ 40˚ 20˚ 0˚ 20˚ 40˚ 60˚ 80˚ 100˚ 120˚ 140˚ 160˚ 180˚ 160˚ 140˚
Fonte: Reference atlas of the world. 9. ed. London: Dorling Kindersley, 2013. p. XXVIII-XXIX.
5. Ainda utilizando o mapa, calcule a distância em linha reta, em km, entre as se-
guintes cidades:
a ) Houston e Agadir; c ) Cairo e Ajigasawa; e ) Houston e Buenos Aires;
8 892 km. 10 530 km. 10 062 km.
b ) Buenos Aires e Pequim; d ) Paris e Curitiba; f ) Pequim e Ajigasawa.
19 890 km. 11 466 km. 2 340 km.
68
68
Capítulo 2
a ) Qual é a informação principal apresentada nesse mapa? • No material digital, a
A distribuição das agroindústrias na região Centro-Oeste. Avaliação 1 propicia um
b ) Qual é a fonte das informações apresentadas? momento de verifica-
GIRARDI, Gisele; ROSA, Jussara Vaz. Atlas geográfico do estudante. São Paulo: FTD, 2016. p. 73.
c ) Quantos quilômetros representa cada centímetro desse mapa? Em que parte ção da aprendizagem
dos alunos, por meio de
do mapa é possível obter essa informação? Representa 250 km. Na escala.
diferentes atividades
d ) Quais recursos gráficos estão sendo utilizados neste mapa? Cores, linhas e figuras. abordando assuntos dos
capítulos 1 e 2.
Centro-Oeste: distribuição
das agroindústrias
AM PA
TO
RO
BA
MT
DF 15° O
Cuiabá GO Brasília
Goiânia Principais setores
agroindustriais
Beneficiamento de arroz
MG Usina de açúcar e álcool
MS Óleos vegetais
Campo Capital estadual
Grande Capital federal
N
SP Limite internacional
O L Limite estadual
Trópico de Capricórnio
E. Cavalcante
69
:35 PM
Refletindo sobre o capítulo
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• Esta seção tem o intuito de propor uma re- não tenham compreendido alguma das afir- ficando conceitos não apreendidos e que te-
flexão. Leia com os alunos as informações e mações, é importante que o professor seja rão que ser retrabalhados.
promova uma conversa sobre os temas. Esse informado para que possa retomar o conteú- • Avalie se os alunos desenvolveram as habili-
é um bom momento para identificar dúvidas. do correspondente e sanar as deficiências na dades indicadas no decorrer deste capítulo. Se
• Estimule a autonomia na aprendizagem dos aprendizagem. necessário, verifique a necessidade de utilizar
alunos solicitando-lhes que realizem a pro- • Auxilie os alunos que apresentarem mais outras estratégias de aprendizagem para que
posta desta seção. Explique-lhes que, caso dificuldades no trabalho com o capítulo, veri- as habilidades e os objetivos sejam alcançados.
69
Conhecendo
Objetivos do capítulo Cap
• Conhecer o processo
de formação do planeta
o planeta
Terra.
• Identificar as diferen-
ças entre o tempo histó-
Terra
rico e o tempo geológico.
• Reconhecer que as
esferas terrestres são
importantes para o de-
senvolvimento da vida
no planeta.
• Reconhecer que o pla-
neta Terra faz parte, as-
sim como os outros pla-
netas, do Sistema Solar.
• Identificar a forma es-
Giovanni Benintende/Shutterstock.com
Fotomontagem. Fotos: Nada Sertic e
férica da Terra.
• Compreender que a
sucessão dos dias e das
noites está relacionada
ao movimento de rota-
ção da Terra.
• Identificar as zonas
térmicas da Terra e com-
preender os fatores que
dão origens a elas.
• Compreender que as
estações do ano acon-
tecem em consequência
do movimento de trans-
lação da Terra e do seu
eixo de inclinação.
• Compreender o siste-
ma de fusos horários da
Terra.
• Compreender que as
expressões culturais in-
dígenas fazem parte da
identidade desses povos
e que a expressão cultu-
ral de cada povo deve ser
valorizada e mantida.
Planeta Terra
visto do espaço.
70
Orientações gerais
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• Para investigar os conhecimentos prévios dos alunos tas páginas. Questione os alunos sobre o que pode ser
em relação ao tema que será trabalhado neste capítulo, observado nesta imagem e deixe que eles comentem
aproveite as perguntas da página 71. Incentive os alunos sobre os elementos, como os continentes e oceanos. Ve-
a contarem sobre filmes ou livros que já tenham visto. rifique se os alunos percebem que a atmosfera pode ser
• Comente sobre a imagem da Terra representada nes- observada pelas nuvens.
70
Respostas
A Resposta pessoal. Es-
timule-os a expressar co-
nhecimentos sobre o as-
sunto, ainda que sejam de
ordem fictícia ou lendária.
Flaper
Essas também são pro-
duções culturais impor-
tantes. Oriente os alunos
a respeitar as mais diver-
sas opiniões sobre o sur-
gimento da Terra que ve-
nham a ser apresentadas.
B Resposta pessoal.
Veja as respostas das questões nas orientações ao professor. Verifique se a opinião
A Você já ouviu alguma hipótese sobre o sur- dos alunos está coerente
gimento do nosso planeta? Converse sobre com a atividade propos-
esse assunto com seus colegas. ta. Estimule a participa-
B Na sua opinião, o conhecimento que o ho- ção de todos.
mem vem adquirindo a respeito do nosso C Resposta pessoal. Ca-
planeta ao longo da história é importante so considere interessan-
para a vida na Terra? Por quê? te, promova uma roda de
conversa com os alunos
C O que você sabe a respeito da Terra? Se
de modo que troquem
fosse para descrevê-la, levando em consi- ideias sobre a atividade
deração suas características, por exemplo, proposta. Verifique se
sua forma, localização e os movimentos que existe um consenso em
realiza, o que você diria? relação às respostas
apresentadas por eles.
71
71
Trilobita.
Integrando saberes Primeiras plantas
•O estudo do tema A aquáticas. 2
origem da Terra permite
um trabalho em conjun-
to com o componente
Primeiros
curricular de Ciências.
organismos
Para isso, converse com unicelulares. 4 5
o professor do compo- 3
nente e elaborem jun-
Primeiros Primeiros
tos uma atividade para Primeiras plantas
vertebrados. anfíbios.
que os alunos possam terrestres.
conhecer mais sobre os 1
seres que originaram a
vida na Terra.
•A atividade pode ser Condensação: passagem do estado gasoso para o estado líquido.
feita em forma de pes- Crosta terrestre: camada mais superficial do planeta Terra,
quisa realizada na in- composta por rochas e minerais.
ternet ou na biblioteca Trilobita: animal que viveu no fundo dos oceanos há,
aproximadamente, 500 milhões de anos. Atualmente, os trilobitas
da escola, para a qual os são encontrados apenas na forma de fóssil.
alunos devem recolher
imagens e informações 72
sobre os organismos uni-
celulares e a vida que se
originou a partir desses
organismos. É possível g20_ftd_lt_6vsg_c3_p070a080.indd 72 10/15/18 3:48 PM g20_
pedir que os alunos apre-
sentem a pesquisa em
forma de cartazes, que
poderão ficar expostos
nos corredores da escola.
72
Capítulo 3
plantas, como as samambaias, e de animais invertebrados, surgiram as primeiras plantas coníferas 6 .
como as baratas, as aranhas e os escorpiões, que viviam E cerca de 200 milhões de anos atrás, várias • Para aprofundar seus
na água, passaram a viver em ambientes terrestres. espécies de plantas e grandes répteis, conhecidos conhecimentos a respeito
Nessa época surgiram também os primeiros vertebrados por dinossauros, habitaram os continentes da da forma e dimensões do
4 . Mais tarde, há 350 milhões de anos, a superfície Terra 7 . Há cerca de 70 milhões de anos, planeta Terra, sugerimos
terrestre já era coberta por densas florestas. Neste ocorreu a extinção dos dinossauros,
a leitura do texto a seguir.
ambiente, surgiram os anfíbios que, posteriormente, se e, nesta época, a superfície terrestre passou a ser
desenvolveram e se tornaram sapos e rãs 5 . povoada por mamíferos 8 . Os primeiros [...] Para podermos de-
ancestrais do ser humano surgiram na Terra há finir as linhas da rede
cerca de 2,5 milhões de anos 9 . geográfica (paralelos e
meridianos), a Terra é con-
7 siderada como uma esfera
Aparecimento
dos dinossauros.
perfeita, mesmo sabendo-
-se que existe um pequeno
achatamento polar. [...] Por
outro lado, quando a Terra
é vista do cosmos, ela se
apresenta também com
esta forma, não se per-
cebendo o achatamento
polar. Imaginemos que es-
tamos no espaço cósmico
e, aos poucos, vamos nos
aproximando da Terra.
Conforme fôssemos che-
gando mais perto, pode-
ríamos perceber que nos-
Luciane Mori
so planeta tem uma forma
bastante irregular, se con-
siderarmos as saliências e
reentrâncias do relevo. No
Grandes entanto, quando se trata
mamíferos. de estabelecer medidas
para fins de mapeamento,
a irregularidade da super-
fície terrestre, em razão
6
Aparecimento do relevo e também do
das coníferas. achatamento polar, é pre-
judicial. Por isso, os cien-
tistas se preocuparam em
definir uma forma para o
planeta, de maneira que
os cálculos pudessem ser
facilitados [...].
9 Foi então que surgiu o
elipsoide, que pode ser
Aparecimento dos definido como uma su-
seres humanos. perfície teórica, para fins
científicos, resultante do
movimento de rotação da
Terra em torno de seu eixo
menor, sendo semelhante
a uma elipse [...].
DUARTE, Paulo Araújo.
Conífera: grupo de plantas, como os pinheiros, que
Fundamentos de Cartografia.
apresentam os órgãos de reprodução em sementes com 2. ed. Florianópolis: Editora da
formato de cone. UFSC, 2002. p. 65.
Invertebrado: animal que não possui coluna vertebral. Fonte: A Terra. São Paulo: Ática,
1995. p. 10-11. (Atlas visuais).
Vertebrado: animal que possui coluna vertebral.
73
73
Tempo histórico
presente unidade.
Littleaom/
74
74
Capítulo 3
Passado Tempo geológico Tempo histórico
a história do ser humano estejam interli- •A sequência didática
Surgimento dos 4, localizada no material
gadas, a história humana iniciou-se muito Aparecimento dos
Remoto primeiros ancestrais digital, pode comple-
depois, ou seja, há uma grande diferença primeiros seres vivos.
do ser humano.
mentar o trabalho com o
entre elas na escala de tempo. Assim, o Formação de cadeias
Invenção da tema Tempo geológico e
significado de passado recente e passado montanhosas como tempo histórico.
Recente televisão e dos
remoto pode ter conotações diferentes se os Andes, na América
tiver como referência o tempo geológico do Sul.
satélites artificiais. • Ao utilizar este mate-
rial, é possível trabalhar
ou o tempo histórico. com a competência geral
Recente: que aconteceu recentemente.
Remoto: que sucedeu há muito tempo; antigo. 3 da BNCC e a competên-
cia específica de Geogra-
fia 5, pois propõe desper-
Podemos observar, nesta fotografia,
tar nos alunos a curiosi-
aspectos da paisagem que nos remetem ao
tempo geológico, como a formação do
dade intelectual e o uso
vulcão Vesúvio em um tempo de práticas de investiga-
geologicamente remoto. Em relação ao ção sobre o surgimento
tempo histórico recente, podemos da espécie humana.
• Além disso, aproveite o
observar parte da cidade
Tempo geológico e do porto de Nápoles,
Foram necessárias centenas de milhões de anos para Itália, 2018. momento para trabalhar
que a Terra adquirisse as formas e características que em conjunto com os com-
apresenta atualmente. Essa configuração é resultado ponentes curriculares de
de sucessivas transformações provocadas por História e Matemática.
fenômenos naturais.
Os Andes
Algumas transformações na paisagem dos lugares,
Os Andes são a cadeia de montanhas mais longa do
ocasionadas por fatores naturais (como os vulcões e
mundo, com aproximadamente 7 500 km de
terremotos), deixaram marcas na superfície de nosso extensão. É também conhecida como Cordilheira
planeta que podem ser vistas até os dias de hoje. dos Andes e se estende pelos seguintes países:
Todo esse tempo ao longo do qual vem se construindo Venezuela, Colômbia, Equador, Peru, Bolívia, Chile e
a história da Terra é chamado tempo geológico. Argentina. Você pode encontrar mais informações
sobre essa cadeia de montanhas consultando o site:
<http://livro.pro/xzrbad>. Acesso em: 14 maio 2018.
75
75
76
Capítulo 3
• Este conteúdo favore-
ce o trabalho com o tema
À medida que nosso planeta se formou, também tiveram origem elementos que
contemporâneo Educa-
proporcionaram as condições necessárias para que a vida se desenvolvesse na Terra. ção ambiental. Proponha
Entre eles, podemos citar o solo, o ar e a água, em determinada temperatura e com- uma discussão com a tur-
posição. Esses elementos estão distribuídos em três grandes porções da Terra, deno- ma sobre a importância
minadas esferas terrestres. Observe a tela abaixo e veja a representação de cada uma do equilíbrio entre as três
dessas esferas. esferas terrestres (litos-
fera, atmosfera e hidros-
fera) para a manutenção
Litosfera: corresponde Atmosfera: é composta Hidrosfera: compreende toda a água da vida em nosso planeta.
às camadas em que
estão as rochas e os
pelos gases que envolvem
o planeta, entre eles o
existente em nosso planeta em
suas diferentes formas, como rios,
• Ao utilizar a tela de
Paul Cézanne, um recur-
solos existentes no oxigênio, do qual nossa oceanos e aquíferos (líquida), vapor
planeta. sobrevivência depende. de água (gasosa) e geleiras (sólida).
so da linguagem icono-
gráfica e artística, para
abordar o tema sobre as
esferas terrestres, é pos-
sível realizar um trabalho
Museu Metropolitano de Arte, Nova York, EUA
abrangendo a compe-
tência geral 3. Comente
com os alunos que esse
artista costumava pin-
tar diferentes paisagens.
Aproveite e retome com
os alunos as característi-
cas dos elementos natu-
rais e culturais.
• Caso queira apresen-
tar outras obras desse
artista para os alunos e
conhecer um pouco mais
sobre sua biografia, su-
gerimos o acesso ao site
a seguir.
> Paul Cézanne, Histó-
ria das Artes. Disponível
em: <http://livro.pro/
sivm7x>. Acesso em:
17 set. 2018.
Orientações gerais
77
Galáxia: concentração
de estrelas e de outros
Orientações gerais corpos celestes que
giram em torno de um
• Durante o estudo des- centro comum.
te tema, incentive os alu-
nos a observarem a ima-
gem da Via Láctea, seu
formato e cores. Ressalte
que a Terra é apenas um
pequeno ponto em meio
a tantos outros, chaman-
do a atenção para que os
alunos percebam a gran-
Imagem da Via
diosidade dessa galáxia.
Láctea, galáxia na
• Para auxiliar a com- qual está localizado
preensão da diferença o nosso planeta,
entre as teorias helio- 2018.
cêntrica e geocêntrica,
apresente aos alunos a
origem da formação des- A compreensão da Terra como centro do Universo é conhecida como geocentrismo
sas palavras: e foi aceita como verdadeira até o século XV. A teoria geocentrista, defendida pelo
> HELIO = de origem pensador grego Aristóteles (384-322 a.C.) e
Biblioteca Nacional da
Austrália, Camberra
o movimento de transla-
ção, que o nosso planeta 78
realiza em torno do Sol,
serão apresentadas nas
páginas seguintes.
Orientações gerais
g20_ftd_lt_6vsg_c3_p070a080.indd 78 10/15/18 3:48 PM g20_
• Comente com os alunos que, durante muito tempo, esses cientistas. Leia com os alunos o texto a seguir, que
Plutão foi considerado um planeta. Ele deixou de assu- aborda essa discussão.
mir essa condição quando cientistas estabeleceram al- […] para ser considerado um planeta, o astro deve orbi-
guns critérios de classificação de um astro como plane- tar o Sol, ser esférico [...] e ter limpado a vizinhança de sua
ta. As características apresentadas por Plutão não mais órbita. Essa última condição significa que: o astro deve ter
condiziam com os requisitos julgados necessários por eliminado os corpos celestes próximos de sua órbita, seja
78
Capítulo 3
gatou os estudos do grego Aristarco (310-230 a.C.) e Meu endereço no
publicou um livro no qual defendia a ideia de que a Universo
Terra gira ao redor do Sol, não o contrário. Essa teo- • Convide o professor
JPL/NASA/SPL/Fotoarena
Netuno Estado Paraná
Município Londrina
Rua/ Duque
Saturno Avenida de Caxias
Urano Número Nº 635
Marte
• Esta atividade pode
ser registrada em um
cartaz ou em uma folha
Júpiter de sulfite em que cada
Terra
aluno constrói seu en-
dereço residencial e seu
Vênus
pertencimento a esse es-
paço maior que o planeta
Terra no universo.
Mercúrio
Órbita:
trajetória
definida por Resposta
um astro ao
redor do outro. • A terra ocupa a tercei-
ra posição no Sistema
Representação Solar.
do Sistema Solar.
Fonte: LUHR, James F. (Ed.). Earth: the definitive visual guide. London: Dorling Kindersley, 2007. p. 118-119.
colidindo (batendo) com eles, capturando-os como satéli- limpado a sua órbita. Portanto, Plutão deixou de ser con-
tes (luas) ou tendo expulsado esses corpos para longe. Em siderado um planeta. Agora, ele pertence à categoria dos
resumo, esse critério requer que o candidato a planeta seja planetas-anões [...]
maior que todos os corpos próximos a ele. Essa condição MAKLER, Martín. Você sabia que Plutão não é mais um planeta? Ciência Hoje das
não se aplica a Plutão, pois ele é pequeno demais para ter Crianças, Rio de Janeiro, Instituto Ciência Hoje, ano 19, n. 175, dez. 2006. p. 12.
79
5 Por volta de 550 milhões de anos atrás, seres vivos, como estrelas-do-
-mar e trilobitas, passaram a habitar os oceanos. No entanto, somente
após cerca de 500 milhões de anos, algumas espécies de bactérias, fun-
gos e algas passaram a se desenvolver fora da água.
80
80
Capítulo 3
• A charge como recur-
so didático contempla a
Veja a charge a seguir.
competência específica
de Ciências Humanas
Laerte
Laerte
7, pois aborda o uso de
Eg
yp
diferentes gêneros tex-
tia
nS
tuais, aliando linguagem
tu dio
verbal e não verbal para
/S h u
tterstock.c
a compreensão do con-
teúdo proposto. Antes
om
de iniciar o tema, avalie
o conhecimento prévio
dos alunos sobre o con-
LAERTE. Classificados 1. São Paulo: Devir, 2001. p. 52.
teúdo da charge e averi-
A charge acima satiriza uma antiga crença de alguns povos de que a Ter- gue se eles conseguem
Planeta Terra
ra seria plana. Portanto, se alguém navegasse em linha reta pelos oceanos, visto do espaço.
interpretá-la.
“cairia” do planeta. Contudo, com base em muitos estudos e observações, o
ser humano foi capaz de perceber que o planeta e sua superfície possuíam Orientações gerais
forma arredondada.
• Comente com os alu-
A forma esférica de nosso planeta foi verificada com a criação de moder- Telescópio: nos que a charge ilustra
nas tecnologias de exploração do Universo, como os satélites artificiais e os aparelho utilizado um momento histórico
para observação dos
telescópios. Mesmo antes da criação de tais instrumentos e da exploração corpos celestes e
do conhecimento huma-
espacial, já existiam hipóteses sobre o formato arredondado da Terra. Dessa que permite no, em que as concep-
forma, além de revolucionar a visão que a humanidade tinha da Terra, foi aproximar e ampliar ções sobre o formato do
a imagem planeta não indicavam
possível esclarecer inúmeras dúvidas a respeito de outros corpos celestes. observada.
que ele poderia ser esfé-
rico. No entanto, há sécu-
Geografia Observações cotidianas los o ser humano passou
a criar hipóteses sobre a
em foco esfericidade da Terra, te-
oria que foi comprovada
Mesmo antes da criação de instrumentos modernos e da exploração espacial, já se apenas no século XX.
acreditava no formato arredondado da Terra. As observações de algumas situações
do cotidiano forneciam evidências da forma esférica do planeta. Veja um exemplo.
81
• O trabalho com este tema pode ser complementado • Esta atividade permite um trabalho com o tema con-
temporâneo Diversidade cultural, ao incentivar a valo-
com o desenvolvimento do projeto integrador referen-
rização e o respeito a manifestações culturais de dife-
te ao 2º bimestre apresentado no material digital, com
rentes povos.
ênfase nas variadas teorias construídas no decorrer da
história da humanidade, para explicar a origem da Terra
e seus fenômenos.
81
Luciane Mori
do
o professor desse com- equ
dia ado
ponente e elaborem jun- r
tos uma atividade para
Tr ó
que os alunos possam p i co
conhecer mais sobre os de C
apr
movimentos da Terra. i có r
nio
Cí r
• Levem para a sala de cul
oP
aula um globo terrestre ola noite
rA
e permita que os alunos n tá
rtic
os auxiliem na represen- o
tação dos movimentos
que a Terra realiza. Utili-
ze o globo para mostrar o S
movimento de rotação e,
com o auxílio de um ob-
jeto qualquer que repre-
Fonte: CHRISTOPHERSON, Robert W. Geossistemas: uma introdução à Geografia física.
sente o Sol, demonstre Tradução: Francisco Eliseu Aquino et al. 7. ed. Porto Alegre: Bookman, 2012. p. 52.
o movimento de trans-
lação. A visualização 82
desses movimentos na
prática favorece a com-
preensão dos alunos.
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82
Capítulo 3
O movimento aparente do Sol • Este estudo favorece a
Sarawut Suksao/Alamy/Fotoarena
Ao observamos o Sol em diferentes abordagem da habilida-
posições ao longo do dia, temos a de EF06GE03. Comente
impressão de que é esse astro que se com os alunos que, devi-
move no sentido leste-oeste. Movimento aparente do Sol
do à inclinação do eixo e
(sentido leste-oeste).
Essa impressão, de que o Sol executa à forma arredondada do
um movimento contrário ao de rotação da planeta, os raios solares
Terra, é chamada de movimento aparente incidem de forma dife-
do Sol. renciada (com maior ou
Veja no esquema ao lado o que nos menor intensidade) na
leva a pensar que é o Sol, e não a Terra, Movimento da Terra superfície terrestre.
(sentido oeste-leste).
que se move. A Terra, ao realizar o
movimento de rotação, no sentido oeste-
• Para demonstrar esse
fenômeno à turma, leve
leste, nos dá a impressão de que o Sol se
para a sala de aula um
move no céu, no sentido leste-oeste.
globo terrestre e uma
lanterna. Com o apoio
dos alunos, segure o glo-
Zonas térmicas da Terra bo inclinado, em seguida
direcione a luz da lan-
A inclinação do eixo de rotação da Terra e a sua forma arredondada são caracte-
terna para ele (mante-
rísticas que contribuem para que os raios solares incidam de maneira desigual em nha uma distância entre
cada parte do globo. Dessa forma, ocorre uma distribuição diferenciada de energia o globo e a lanterna de
do Sol em nosso planeta. Veja, no esquema abaixo, como isso ocorre. mais ou menos 80 cen-
tímetros). Solicite que os
Raios solares na superfície terrestre alunos observem a inci-
e Mori
dência da luz no globo e
Lucian
raios solares verifiquem quais pontos
1 recebem mais ou menos
Os raios incidem de maneira inclinada luz. Relacione a atividade
Cí r
nas porções da Terra localizadas cul à distribuição diferencia-
oP
próximo aos polos, ola da da energia solar em
rÁ
dispersando seu calor por rtic
o nosso planeta.
áreas de grandes
dimensões. Desse Tr ó
pi c
modo, essas áreas od
eC
são menos ânc
aquecidas e,
er
consequentemente, Li n raios solares
apresentam ha
do
temperaturas equ
ado
mais baixas. r
Tr ó
pi c
od
eC
apr
i có
rnio
Cí r
cul
oP
ola
rA
n tá 2
rtic Nas áreas perto da linha do
o equador, as temperaturas são mais
Fonte: CHRISTOPHERSON, Robert elevadas, pois, nessas porções do
W. Geossistemas: uma introdução à
planeta, os raios solares incidem
Geografia física. Tradução: Francisco
Eliseu Aquino et al. 7. ed. Porto de maneira direta e concentrada
Alegre: Bookman, 2012. p. 48. na superfície terrestre.
83
83
84
Capítulo 3
A Terra também realiza um movimento ao redor do Sol, chamado movimento de
• Ao trabalhar o tema
Movimento de transla-
translação, que leva, aproximadamente, um ano (365 dias, cinco horas e 48 minutos) ção, explique que o mo-
para ser completado. vimento da Terra ao re-
Ao longo desse percurso, em razão da órbita elíptica que percorre e da inclinação dor do Sol dura 365 dias,
de seu eixo de rotação, algumas regiões de nosso planeta recebem quantidades di- 5 horas e 48 minutos, ou
ferentes de radiação solar em determinados períodos do ano. Essa distribuição desi- 365,25 dias. Comente
que os egípcios, há mais
gual da radiação contribui para a existência das quatro estações do ano: primavera,
de 2 mil anos, por con-
verão, outono e inverno. venção, decidiram juntar
As estações do ano ocorrem de maneira oposta nos Hemisférios Norte e Sul, por essa fração, equivalente
causa da quantidade diferenciada de radiação solar que esses hemisférios recebem. a um quarto de dia, fa-
Por isso, enquanto no Hemisfério Norte é inverno, no Hemisfério Sul é verão, e assim zendo com que, a cada
sucessivamente. Veja, no esquema abaixo, como isso ocorre. quatro anos, o calendário
anual tivesse um dia a
mais no mês de fevereiro.
Movimento de translação Solstício de 21 de dezembro
Início do verão no Hemisfério Sul e do inverno
• Caso considere inte-
ressante, proponha uma
Equinócio de 21 de março no Hemisfério Norte. A posição da Terra nesse
A partir dessa data, os Hemisférios dia propicia uma incidência maior dos raios pesquisa em livros, re-
Norte e Sul da Terra recebem solares na região do Trópico de Capricórnio. vistas ou na internet so-
quantidades semelhantes de bre a origem do nome e
radiação solar. É quando se curiosidades referentes
iniciam a primavera no ao ano bissexto. Orga-
Hemisfério Norte e
nize a turma em roda de
o outono no
Hemisfério
conversa, a fim de criar
Sul. uma discussão sobre os
resultados da pesquisa.
Aproveite para avaliar
a participação de cada
Luciane Mori
aluno. Convide o pro-
fessor de Ciências para
participar das atividades
propostas e, assim, con-
Equinócio de tribuir com informações
23 de setembro complementares.
Nessa data, iniciam-se o
Solstício de outono no Hemisfério Norte • Caso julgue pertinente,
21 de junho e a primavera no Hemisfério antes de propor a pes-
Início do inverno no Hemisfério Sul e do verão Sul. A partir de então, os quisa, apresente aos alu-
no Hemisfério Norte. A posição da Terra nesse Hemisférios Norte e Sul passam nos a reportagem “Ano
dia permite uma maior incidência dos raios a receber quantidades
bissexto, o ano da confu-
solares sobre o Trópico de Câncer. semelhantes de radiação solar.
são”, disponível no site a
Fonte: seguir.
Solstícios e equinócios CHRISTOPHERSON,
Robert W. > Ano bissexto, o ano da
Geossistemas: uma
Os solstícios marcam o início do verão e do inverno nos Hemisférios Norte e Sul da Terra. introdução à confusão. Ciência Hoje
Eles acontecem em dois dias do ano, nos quais os raios solares incidem com intensidades Geografia física.
das Crianças. Disponí-
Tradução: Francisco
diferentes nesses hemisférios, com incidência máxima em um e incidência mínima em outro. Eliseu Aquino et al. vel em: <http://livro.pro/
Nos dias de solstício, os dias e as noites no planeta têm durações diferentes. 7. ed. Porto Alegre:
Bookman, 2012. p. 52. mx9i93>. Acesso em:
Os equinócios marcam o início da primavera e do outono nos Hemisférios Norte e Sul da 17 set. 2018.
Terra. Durante esses dias, os hemisférios recebem a mesma quantidade de luz e calor do Sol,
pois os raios solares incidem perpendicularmente sobre a linha do equador. Além disso, • Comente com os alunos
durante o equinócio, o dia e a noite em nosso planeta têm, praticamente, a mesma duração. que, nos dias de equinó-
cio, os hemisférios Norte
e Sul recebem o mesmo
85 tempo de luminosidade
solar. E aproveite para
ressaltar que no inverno
o dia de solstício é o mais
:59 PM g20_ftd_lt_6vsg_c3_p081a093.indd 85 10/15/18 3:59 PM longo do ano.
85
Outono Inverno
86
86
Capítulo 3
raturas elevadas o ano todo. Além disso, algumas áreas apresentam um período chu- Localizando países
voso e outro seco. Isso ocorre em uma extensa área do território brasileiro. nas zonas térmicas
Objetivos
• Compreender as di-
Sara Winter/Shutterstock.com
ponsável por uma zona
térmica (polar norte, po-
lar sul, temperada norte,
temperada sul e tropical).
c ) Solicite que realizem
uma pesquisa na biblio-
teca da escola ou na in-
ternet e tragam imagens
de paisagens dos países
presentes na tabela em
que possam ser percebi-
dos elementos climáti-
cos (presença de neve,
chuva, desertos etc.).
d) Solicite que os grupos
organizem as imagens
em cinco painéis que se-
Paisagem de Lofoten, Noruega, 2016, na estação do inverno, em que os dias são pouco iluminados. rão confeccionados utili-
zando as cartolinas (um
As quatro estações e outros haicais para cada zona térmica).
Massau Simizo. São Paulo: Aymará, 2009. e ) Para finalizar, cada
Neste livro são apresentados pequenos poemas que descrevem de maneira grupo deverá apresentar
simples as principais características de cada uma das estações do ano.
as imagens, relacionan-
87 do suas paisagens às ca-
racterísticas climáticas.
Os painéis poderão ser
expostos nos corredores
da escola, com autoriza-
:59 PM g20_ftd_lt_6vsg_c3_p081a093.indd 87 10/15/18 3:59 PM
ção da direção.
87
E. Cavalcante
OCEANO GLACIAL ÁRTICO
80°
70°
Círculo Polar Ártico
60°
Vancouver Berlim
50° OCEANO
ATLÂNTICO
40° Tóquio
OCEANO
PACÍFICO
30°
Trópico de Câncer
20° Dacar
10°
OCEANO
Equador PACÍFICO
0° Nairóbi
10°
Lima Brasília OCEANO
ÍNDICO
Meridiano de Greenwich
30° N
O L
40° Horário fracionado
S Linha Internacional
50° 0 1 400 2 800 km da Data
Fontes: IBGE. Atlas geográfico escolar. 7. ed. Rio de Janeiro, 2016. p. 35. DSHO (Divisão Serviço da Hora).
Disponível em: <http://pcdsh01.on.br>. Acesso em: 14 ago. 2018.
88
Capítulo 3
O território brasileiro está totalmente localizado no Hemisfério Ocidental, a oeste
• Complemente o estu-
do do tema apresentan-
do Meridiano de Greenwich. Portanto, todos os fusos horários do Brasil têm horas do aos alunos o texto a
atrasadas em relação a Greenwich. seguir sobre a existência
Em virtude da grande extensão do território brasileiro, nosso país tem quatro do horário de verão bra-
sileiro.
fusos horários.
[...]
Você já reparou que,
Fusos horários do Brasil de outubro a fevereiro, al-
guns estados brasileiros
têm de adiantar o relógio
Boa Vista em uma hora? Isso é que o
Amapá
Roraima Macapá chamamos de horário de
Equador
0° verão! Mas por que será
Manaus Belém que existe essa mudança
São Luís Fortaleza no horário?
Amazonas
Pará
Maranhão
Ceará
Rio Grande Fernando de
do Norte Noronha
Para podermos aprovei-
Teresina
Natal tar mais o dia, ora! Duran-
Piauí
Paraíba João Pessoa te esse período – de outu-
Pernambuco Recife
Acre
Rio
Porto Palmas
bro a fevereiro –, as áreas
Velho Alagoas Maceió
Branco mais próximas ao Trópico
Sergipe Aracaju
Rondônia Tocantins
Bahia
de Capricórnio recebem
Mato Grosso
Distrito Salvador luz do Sol por um período
Federal OCEANO maior, então, os dias são
Brasília ATLÂNTICO
Cuiabá
Goiânia mais longos do que as noi-
Goiás Minas Gerais tes. Ao adiantarmos o re-
Mato Grosso
do Sul Belo Horizonte Espírito Santo lógio, podemos aproveitar
OCEANO Campo Grande Vitória uma hora a mais de luz na-
PACÍFICO São Paulo
Rio de Janeiro
tural e, assim, economizar
São Paulo
Rio de Janeiro Trópico d
e Capricó
energia elétrica. [...]
Paraná rnio
Curitiba No Brasil, o horário de
Santa Limite internacional verão foi adotado [...] em
Catarina Florianópolis
Limite estadual 1931. O objetivo era o mes-
Rio Grande
do Sul Porto Alegre
Capital federal mo dos países da Europa:
Capital estadual
economizar energia. [...]
N
Mas já que o horário
E. Cavalcante
O L
0 380 km de verão nos traz tantos
50° O S
benefícios, por que ele
Fontes: IBGE. Atlas geográfico escolar. 7. ed. Rio de Janeiro, 2016. p. 35. DSHO só existe em uma parte
(Divisão Serviço da Hora). Disponível em: <http://pcdsh01.on.br/>. Acesso em: 30 jul 2018.
do país? Como as regiões
Observando o mapa acima, verifique que: Norte e Nordeste estão
próximas à linha do Equa-
• O fuso onde se localiza Brasília, instituído como o horário oficial brasileiro, está dor, os dias e as noites ali
3 horas atrasado em relação ao Meridiano de Greenwich. Nesse fuso, estão to- têm quase o mesmo tama-
dos os estados das regiões Sul, Sudeste e Nordeste, como também os estados nho em todas as épocas do
ano. [...]
do Amapá, Pará, Goiás, Tocantins e o Distrito Federal.
PEGORIM, Eliana. Oba! Mais uma
• Os estados de Roraima, Amazonas, Rondônia, Mato Grosso e Mato Grosso do hora de sol! Ciência Hoje das
Crianças, Instituto Ciência Hoje, 23
Sul estão 4 horas atrasados em relação ao Meridiano de Greenwich e, conse- dez. 2004. Disponível em: <http://
quentemente, têm 1 hora a menos que o horário oficial brasileiro. chc.org.br/oba-mais-uma-hora-
de-sol/>. Acesso em: 17 set. 2018.
• O fuso horário que compreende a ilha de Fernando de Noronha tem 1 hora a mais
em relação a Brasília e 2 horas a menos em relação ao meridiano de Greenwich.
• O Acre e parte do Amazonas estão 5 horas atrasados em relação ao meridiano de
Greenwich e, consequentemente, têm 2 horas a menos que o horário de Brasília.
89
• Com o objetivo de identificar os estados que adotaram • Comente com os alunos que as ilhas brasileiras de
o horário de verão, caso considere interessante, apre- Trindade, Martim Vaz, arquipélago de São Pedro e São
sente aos alunos o site do Observatório Nacional, que Paulo e o Atol das Rocas, por conta da escala do mapa,
apresenta a Hora legal brasileira. não aparecem na imagem, no entanto também possuem
> Hora legal brasileira. Observatório Nacional. Disponível uma hora a mais em relação a Brasília e duas horas a me-
em: <http://livro.pro/cdd5t5>. Acesso em: 17 set. 2018. nos em relação a Greenwich.
89
Integrando saberes
• Se considerar per-
tinente, converse com
o professor de Língua
Portuguesa, que poderá
contribuir com o traba-
lho destas páginas, que
Daniel Araujo
apresentam um texto
que se encaixa no gêne-
ro lenda e valoriza ainda
mais a expressão cultural
de um povo, seu conheci-
mento e suas linguagens.
90
90
Capítulo 3
• Ao trabalhar com esta
seção, você também po-
derá desenvolver um tra-
balho com o tema con-
temporâneo Diversidade
cultural, ao valorizar a
diversidade de saberes
e vivências culturais das
sociedades, conforme
orienta a competência
geral 6. Incentive o res-
peito e a valorização às
tradições no momento
A filha da serpente aborreceu-se, pois deveria descobrir como separar em que os alunos realiza-
rem a pesquisa sobre os
o dia da noite. Assim, ao surgir a grande estrela da madrugada, criou o
mitos e lendas.
pássaro cujubim, ordenando-lhe que cantasse para que nascesse a ma-
nhã. Em seguida, criou o pássaro inhambu, que deveria cantar à tarde, até
que viesse a noite. Criou ainda outros pássaros para alegrar o dia, diferen-
ciando-o da noite.
Aos mensageiros desobedientes, lançou sua ira, transformando-os em
macacos de boca preta – devido à fumaça usada para abrir o tucumã – e
risca amarela – pela cera derretida.
Então, a filha da serpente finalmente se deitou e todos os seres pude-
ram dormir.
SILVA, Walde-Mar de Andrade e. Lendas e mitos dos índios brasileiros. 4. ed. São Paulo: FTD, 2015. p. 56, 58.
91
:59 PM Respostas
g20_ftd_lt_6vsg_c3_p081a093.indd 91 10/15/18 3:59 PM
A De acordo com a lenda, a noite surgiu quando índios a diversidade cultural, que enriquece a vida em socieda-
curiosos abriram um fruto de tucumã onde ela estava de, amplia nossos conhecimentos e estimula o respeito
guardada. à expressão de opinião e modos de vida diferentes.
B Resposta pessoal. Verifique se os alunos percebem C Resposta pessoal. Se considerar pertinente, comente
que respeitar outras culturas faz parte de valorizarmos sobre algumas lendas conhecidas na região onde moram.
91
c ) Berlim 12 h f ) Dacar 11 h
6. No lugar onde você mora, as estações do ano são bem definidas? Descreva as
características da estação do ano de que você mais gosta.
Resposta pessoal. Verifique se o texto elaborado pelos alunos está coerente com a atividade proposta.
Geografia no contexto
7. Leia o texto abaixo. Ele traz uma explicação mitológica do povo do antigo Egito
para a existência dos dias e das noites.
92
Capítulo 3
[...] Convide o professor do
componente curricular
Na região em que eu morava, o inverno era terrivelmente frio. Era um de História para organi-
descampado, varrido pelo vento e sujeito a longas temporadas de chuva no zarem juntos a pesquisa
inverno. Mas quando chegava a primavera, aí pelo mês de abril, cessava a proposta na atividade
chuva e a paisagem mudava inteiramente. Nos campos, em volta de nossa 9. Orientem os alunos a
aldeia, as plantações de trigo despontavam, o barro dos caminhos secava e buscarem informações
a gente saía para olhar as árvores se cobrirem de folhinhas. [...] em livros e revistas sobre
o assunto, além de sites
PINSKY, Mirna. Carta errante, avó atrapalhada, menina aniversariante. São Paulo: FTD, 2012. p. 23.
confiáveis na internet.
• O texto acima descreve uma região localizada na zona térmica temperada ou tro-
pical? Justifique sua resposta no caderno. Resposta esperada: na zona térmica temperada.
Essa zona térmica apresenta as estações do ano mais marcadas,
Pesquisando ou seja, com maiores transformações nas paisagens.
9. Em 1961, o cosmonauta russo Yuri Gagarin, a bordo de uma nave espacial deno-
minada Vostok 1, foi o primeiro ser humano a observar, do espaço, a Terra. Nessa
ocasião o cosmonauta obteve uma importante comprovação para a humanidade.
Pesquise em livros como foi este acontecimento e qual foi a comprovação do cos-
monauta russo. O cosmonauta comprovou que nosso planeta tem o formato esférico.
Cosmonauta: termo utilizado mais frequentemente pelos russos para nomear os astronautas.
93
93
• Compreender
paisagem de relevo
a dinâ- e hidrografia na
mica do ciclo da água. Islândia, 2017.
• Perceber que os rios
94
interferem nas formas
de relevo que percorrem
e vice-versa.
• Compreender como Orientações gerais
são delimitadas as ba- g20_ftd_lt_6vsg_c4_p094a103.indd 94 10/15/18 4:27 PM g20_
cias hidrográficas. • Incentive os alunos a observarem a paisagem retra- rando as questões apresentadas na página seguinte.
• Reconhecer a impor- tada nestas páginas. Estimule-os a comentar sobre os • Estabeleça uma ligação entre o relevo observado na
tância das águas subter- diferentes elementos presentes na paisagem, como as paisagem e o relevo de seu município. Comente sobre as
râneas para a sociedade. montanhas, a vegetação e o curso do rio. Leve-os a per- diferentes altitudes da região onde vivem. Ressalte que
ceber a diferença entre a altitude do conjunto de monta- os rios e cursos d’água percorrem as regiões mais altas
nhas e da planície onde se localiza o rio. em direção às regiões de menor altitude. Leve-os a per-
• Avalie os conhecimentos prévios dos alunos, explo- ceber o relevo próximo de onde vivem.
94
95
:27 PM
Respostas
g20_ftd_lt_6vsg_c4_p094a103.indd 95 10/15/18 4:28 PM
a ) A força das águas está alterando a paisagem à medi- c ) Resposta pessoal. Verifique se a opinião dos alunos
da que desgasta o relevo e amplia a largura e a profundi- está coerente com a atividade proposta. Estimule a par-
dade do curso do rio. ticipação de todos.
b) Resposta pessoal. Oriente os alunos a pensar nas for-
mas de relevo do lugar onde vivem, as que observaram
durante uma viagem, em uma fotografia etc.
95
rena
do interior da Terra, co- temperatura pode variar entre 800 ºC
ki/SPL/Fotoa
e 1 000 ºC.
mo temperatura e com-
posição.
zej Wojcic
• Após apresentar as in- Manto
formações sobre a perfu- É a camada localizada entre a crosta
Andr
ração da crosta terrestre e o núcleo. Sua espessura é de
para os alunos, peça que aproximadamente 2 800 km e sua
temperatura pode chegar a 2 000 ºC.
realizem um debate sobre
O manto possui uma composição
a seguinte afirmação: “As pastosa denominada magma.
perfurações realizadas
até hoje correspondem a
pequenos ‘arranhões’ na Núcleo
crosta terrestre”. É a região central do interior da Terra, composta
• Verifique se concluíram em sua maioria por ferro e níquel. O núcleo é
dividido em:
Fontes: TEIXEIRA, Wilson et al. (Org.). Decifrando a Terra.
São Paulo: Companhia Editora Nacional, 2000. p. 49.
que a perfuração na cros-
ta terrestre, já alcançada • Núcleo externo: Consiste em uma camada mais LEINZ, Viktor; AMARAL, Sérgio Estanislau do. Geologia Geral.
São Paulo: Companhia Editora Nacional, 2003. p. 17-20.
fluida, com cerca de 2 200 km de espessura e
pelo ser humano, é insig- temperatura de aproximadamente 3 000 ºC. Magma: material rochoso e de consistência pastosa,
nificante quando compa- • Núcleo interno: É a parte sólida do núcleo, composto por ferro, silício, cobre e outros minerais,
rada ao raio da Terra. com aproximadamente 1 300 km de espessura presente no interior da Terra, e que pode chegar à
que pode atingir 6 000 ºC. superfície por meio de atividades vulcânicas.
96
96
Capítulo 4
• O questionamento in-
transformam o relevo terrestre centiva o aluno a argu-
mentar a partir de análi-
Os vulcões e terremotos são fenômenos naturais ocasionados por forças originadas ses e reflexões de dados
ofertados, o que possibi-
no interior do planeta, que atuam intensamente na modelagem do relevo terrestre.
lita a aproximação com a
Ao se estudar fenômenos como vulcões e terremotos, é necessário compreender competência geral 7 da
que a litosfera não é formada por uma camada rochosa inteiriça. Ela é dividida em BNCC.
grandes partes, denominadas placas litosféricas, ou placas tectônicas, as quais des-
lizam lentamente sobre o manto terrestre. Veja essas placas e as áreas de maior
ocorrência de terremotos e vulcanismos nos mapas abaixo. Orientações gerais
E. Cavalcante
PLACA AFRICANA DO PACÍFICO
Equador
0° laia, o Círculo de Fogo e o
Meridiano de Greenwich
97
98
Capítulo 4
Vulcão Etna volta a • Comente com os alu-
em foco entrar em erupção nos que a nuvem de
cinzas é composta por
vapor-d’água, gás e se-
O vulcão Etna, localizado na Itália, entrou em erupção entre os dias 27 e 28 de
dimentos, e pode ultra-
fevereiro de 2017. Embora a erupção tenha causado explosões impressionantes e passar os 100 oC.
deixado autoridades e especialistas em alerta, não representou perigo aos morado-
res da região. • Explique que vulcões
em forma de cone são
Veja a seguir como foi a ocorrência desse fenômeno. mais propícios a erup-
ções explosivas, pois,
O vulcão Etna entrou em erupção nesta terça-feira [28], revelando explosões durante o período em
incandescentes, emissões de cinzas e vazamento de lava. [...] que estão adormecidos,
uma grande quantidade
Segundo o Instituto Nacional de Geofísica e Vulcanologia da cidade siciliana de material rochoso se
da Catânia, desde as 18h (14h de Brasília) de segunda-feira (27), a atividade na acumula em seu topo.
cratera sudeste, iniciada no dia 23 de janeiro, se intensificou de forma gradual. Quando o vulcão entra
Os tremores vulcânicos alcançaram seus níveis mais elevados, quando o vulcão em atividade, a grande
começou a expelir lava a centenas de metros de altura. quantidade de gases e a
Também houve explosões de fogo e vazamento de magma, que desceu em elevada pressão fazem
direção ao pico Monte Frumento Supino, segundo o instituto de Catânia. que o material deposi-
tado em seu topo seja
Os fenômenos se concentraram na zona superior do vulcão ativo mais alto da expelido de maneira vio-
Europa, e não representam um perigo para a população, embora os moradores lenta, em uma explosão.
das localidades de Zaf-ferana e Liguaglossa, situadas nas proximidades, tenham Esses materiais incan-
notado uma modesta chuva de cinzas. descentes, também cha-
As autoridades italianas acompanham com atenção a situação das estradas mados de piroclásticos,
próximas. O aeroporto da Catânia segue operando normalmente. são arremessados alea-
VÍDEO mostra detalhes de erupção de vulcão Etna, na Itália. G1, 1o mar. 2017. toriamente na natureza
e podem atingir o que
Salvatore Allegra/Shutterstock.com
Disponível em: <https://g1.globo.com/mundo/noticia/video-mostra-detalhes-de-
erupcao-de-vulcao-etna-na-italia.ghtml>. Acesso em: 31 ago. 2018.
estiver no caminho, a
grandes distâncias. A fu-
Na fotografia podemos observar a cidade siciliana de Catânia e, ao
maça quente e composta
fundo, o vulcão Etna, no dia 16 de fevereiro de 2017, dias antes
de entrar em erupção. No detalhe, vemos o vulcão em plena
de gases e cinzas pode
erupção no dia 27 de fevereiro de 2017. atingir quilômetros de
distância. Por isso, para
populações que vivem
ao redor de um vulcão,
Messana/AFP
Marie-Laure uma explosão vulcânica
é sempre muito perigosa.
• Comente sobre a ex-
plosão do vulcão Vesú-
vio, no ano 79 d.C., que
destruiu as cidades de
Pompeia e Herculano. Se
julgar pertinente, solicite
aos alunos uma pesquisa
sobre outras explosões
vulcânicas que modi-
ficaram a paisagem ao
seu redor. Caso julgue
pertinente, solicite ao
professor de História
99 que conte aos alunos
sobre os registros histó-
ricos referentes ao dia da
erupção e como a cidade
se encontra hoje.
:28 PM Orientações gerais
g20_ftd_lt_6vsg_c4_p094a103.indd 99 10/15/18 4:28 PM
• Os filmes a seguir retratam erupções vulcânicas ex- > O Inferno de Dante. Direção de Roger Donaldson,
plosivas e suas consequências. Tratam-se de produções 1997. (108 min).
cinematográficas, mas podem servir de demonstração • Em 2014, o filme Pompeia também retratou nas telas
para o tema. do cinema a erupção do Vesúvio no ano de 79 d.C.
> Volcano – A fúria. Direção de Mick Jackson, 1997. > Pompeia. Direção de Paul W. S. Anderson, 2014.
(104 min). (102 min).
99
100
Capítulo 4
lentas alterações no relevo • Para explicar aos alu-
nos como ocorrem as
As forças originadas no interior da Terra provocam movimentos que podem cau- dobras, utilize três ou
sar dobras ou fraturas (também chamadas de falhas) nas estruturas rochosas do quatro folhas de EVA so-
brepostas e empurre as
relevo terrestre. No entanto, esses tipos de alterações ocorrem de maneira bem mais
extremidades das folhas
lenta do que as alterações provocadas por vulcões e terremotos. em sentido contrário, de
As falhas originam-se quando rochas rígidas da crosta terrestre rompem-se em modo que vão se formar
razão da forte pressão provocada por forças do interior da Terra. as dobras do relevo (nes-
te caso, as montanhas),
Em decorrência desse rompimento, as par- conforme a ilustração
das áreas de
planalto, serras.
Nigel Jarvis/Shutterstock.com
sões horizontais exercidas sobre rochas consi-
deradas menos resistentes e mais elásticas.
Ao serem pressionadas, essas rochas tendem
a se dobrar em vez de quebrar. Assim, por
causa das forças aplicadas em suas laterais,
elas se tornam arqueadas ou enrugadas.
Na crosta terrestre, verificamos dobramentos
de diferentes dimensões: podem abranger pe-
quenos trechos da superfície terrestre ou vastas
extensões, como grandes cadeias de monta-
nhas, como os Andes e o Himalaia.
Esquema de dobras
101
101
os recursos naturais. E
desses, você já deve saber, rochas preexistentes, que podem ser ígneas ou
temos mesmo que cuidar, sedimentares, submetidas a variações de tem-
porque são limitados e po- peratura e pressão, passam por alterações,
dem acabar. dando origem a um novo tipo de rocha. São
FERNANDES, Luiz Alberto.
O mundo micro das rochas
exemplos de rochas metamórficas: mármore,
sedimentares. Ciência Hoje das gnaisse e ardósia.
Crianças, Rio de Janeiro, SBPC,
ano 22, n. 202, jun. 2009. p. 10-11.
Sedimento: partícula desagregada da rocha de origem
por ação das águas, dos ventos e de outros agentes.
102
• Para aprofundar o tema, sugerimos o acesso > Rochas e minerais: como iniciar uma co-
• Um dos materiais disponíveis nesta cole-
ção trata da formação de diferentes tipos de
ao material a seguir, que apresenta explicações leção e as características usadas na identi- rocha, da ação do intemperismo e a formação
sobre a identificação de características para ficação. Geologia na escola: rochas e mine- dos solos. Essas explicações são apresentadas
classificação de rochas e minerais e que, caso rais. Mineropar. Disponível em: <http://livro. por meio de uma animação, ou seja, um ví-
julgue pertinente, pode complementar o traba- pro/83ahzy>. Acesso em: 22 set. 2018. deo curta-metragem que apresenta imagens
lho com os alunos. acompanhadas por textos explicativos.
102
Capítulo 4
• Como forma de avaliar
O território brasileiro é rico em jazidas minerais. Em algumas regiões esses mine- o conhecimento prévio
rais são encontrados em grande quantidade. dos alunos sobre os usos
Os minerais que têm valor econômico são chamados minério. das rochas e minerais
no cotidiano, apresente
Observe no mapa abaixo a localização das principais jazidas e regiões minerado- o quadro a seguir, sobre
ras do Brasil. alguns exemplos dos di-
ferentes tipos de rochas.
Brasil: principais minérios e regiões mineradoras - 2013 • Divida a turma em
seis grupos de modo que
E. Cavalcante
cada grupo ficará res-
ponsável por um tipo de
AP
RR rocha indicado no qua-
Equador
0° dro a seguir. Eles devem
pesquisar em livros e na
Jazida: depósito
PA natural de uma ou
internet em quais objetos
AM
MA mais substâncias essas rochas são utiliza-
CE
RN fósseis ou minerais, das. Peça aos alunos que
PB
localizadas no anotem no caderno e tra-
PI
PE interior ou na
AC superfície da Terra. gam para a sala de aula
AL
TO
SE
e compartilhem com os
RO
MT BA colegas.
• Esta estratégia con-
DF templa a habilidade
MG
EF06GE11 e também fa-
GO
OCEANO
ATLÂNTICO
vorece uma abordagem
OCEANO ES da competência geral 6
MS
PACÍFICO
SP da BNCC, sendo comple-
RJ
Trópico d
e Capricó
mentada pela competên-
PR
r n io
cia específica de Geo-
grafia 5, uma vez que
SC
valoriza os processos de
Principais recursos minerais RS investigação do espaço.
Bauxita Chumbo Manganês N
Carvão Estanho Níquel
O L
Cobre Ferro Urânio
0 360 km
Nióbio Ouro Diamante S
Cromo 50° O
Região aurífera – Jazidas de ouro Fontes: GIRARDI, Gisele; ROSA, Jussara Vaz. Atlas geográfico
do estudante. São Paulo: FTD, 2016. p. 78.
Região diamantífera – Jazidas de diamante
IBGE. Atlas Nacional do Brasil Milton Santos. Jazimentos
Região de gemas coradas – Jazidas de pedras minerais. Rio de Janeiro, 2010. p. 64. Disponível em: <https://
preciosas e semipreciosas www.ibge.gov.br/apps/atlas_nacional/>. Acesso em: 30 jul. 2018.
No ano de 2016, o Brasil se destacou por ter sido o maior produtor mundial do
minério nióbio, matéria-prima utilizada na fabricação de máquinas e equipamentos
de alta tecnologia. O Brasil foi o quinto maior produtor mundial de manganês, utili-
zado na fabricação do aço e de diversos produtos químicos; o segundo maior produ-
tor mundial de ferro, minério empregado na fabricação de aço; e o terceiro maior
produtor mundial de bauxita, matéria-prima do alumínio.
• Identifique no mapa acima os tipos de minérios encontrados no estado onde
você mora. Resposta pessoal. Verifique se os alunos identificaram os ícones dos minérios presentes
no estado em que vivem.
103
:48 AM
Rochas ígneas
g20_ftd_lt_6vsg_c4_p094a103.indd 103
Rochas sedimentares Rochas metamórficas 10/15/18 4:28 PM
103
• Para complementar o
estudo do tema, solicite
aos alunos que obser-
vem no caminho de ca- Rochas e minerais bem perto de você
sa até a escola objetos
produzidos com rochas Muitas rochas e minerais existentes em nosso planeta são utilizados na fabricação
e minerais. Em sala de de objetos presentes em nosso dia a dia. Observe a imagem a seguir e conheça as
aula, peça que relatem o rochas e os minerais que estão presentes na paisagem da rua retratada.
que observaram.
• Sugira também que
Suporte de metal:
durante o trajeto cole- Tijolo: argila.
ferro.
tem amostras de rochas
ou minerais, como brita
Coprid/Shutterstock.com
(basalto), areia (quartzo), www.sandatlas.org/
Shutterstock.com
pedaços de tijolo (argila).
• Com o material reco-
lhido, promova na sala
de aula uma exposição
sobre rochas e minerais.
O tema da exposição po-
de ser “Os minerais em
nosso dia a dia”. Para a
realização da exposição,
divida a turma em gru-
pos de três alunos. Cada
grupo será responsável
por pesquisar em livros
ou na internet alguns ob-
jetos utilizados em nosso
dia a dia, produzidos a
partir da coleta de rochas
ou minerais.
Integrando saberes
• Durante a exposição,
cada grupo deve expor
suas amostras e citar al-
guns objetos produzidos
com os minerais e rochas
exemplificados pelas
amostras. Para enrique-
cer a exposição, convide o
professor de Ciências pa-
ra conversar com os alu-
nos sobre a composição
dos solos ou a importân-
cia dos minerais para o
crescimento das plantas.
104
BNCC
g20_ftd_lt_6vsg_c4_p104a115.indd 104 10/15/18 4:38 PM g20_
• Esta seção favorece uma abordagem das competên- uso dos recursos naturais.
cias gerais 2, 4 e 6 da BNCC, sendo complementada • Comente com os alunos que argila, areia, calcário, ardó-
pela competência específica de Geografia 2, ao buscar sia, granito e mármore são rochas e que cobre, feldspato,
compreender as formas como os seres humanos fazem talco, caulim, titânio e óxidos metálicos são minerais.
104
Capítulo 4
possuem rochas ou minerais em sua composição. Anote no caderno o que vocês • Para complementar o
constataram. Veja a resposta da questão nas orientações ao professor. estudo desta seção, su-
gerimos o acesso ao ma-
Vidro: areia,
calcário e feldspato. terial a seguir, que apre-
Piso de pedra: ardósia,
granito e mármore. senta objetos de casa e
as rochas e minerais que
photka/Shutterstock.com
os compõem.
Shutterstock.com
> Geologia na escola: a
Tyler Boyes/
A fotografia mostra
uma rua da cidade
de Paraty (RJ), 2018.
105
:38 PM Resposta
g20_ftd_lt_6vsg_c4_p104a115.indd 105 10/15/18 4:38 PM
105
106
Capítulo 4
A ação erosiva
e as formas do relevo no relevo
Objetivo
As formas do relevo terrestre também são modeladas por agentes externos, ou
seja, pela ação da água das chuvas, dos rios, dos oceanos e mares, e dos ventos.
• Elaborar e analisar si-
mulação de fenômeno
A seguir, vamos conhecer melhor a ação de alguns desses agentes externos. erosivo na superfície ter-
restre.
Ação erosiva no relevo a ) Proponha a seguinte
atividade prática com os
A ação de vários agentes naturais, como a água, o gelo, os ventos, a variação da alunos: em uma caixa de
temperatura, as plantas e os animais, ocasiona constante alteração no relevo. A atua- madeira, simule diferen-
ção desses agentes desencadeia processos erosivos, isto é, causa a desintegração e tes formas de relevo, uti-
o transporte de fragmentos de rocha, o que altera as formas do relevo. Veja a seguir lizando o solo encontra-
aspectos da ação modeladora de alguns desses agentes. do nas proximidades da
escola. Procure produzir
A água das chuvas atua constantemente na transformação do relevo. O escoa- formas de relevo como
mento superficial das águas pluviais ocorre quando a quantidade de água que se montanhas, planícies e
precipita é maior e mais rápida que a quantidade e a velocidade com que essa água depressões.
consegue se infiltrar no solo. Desse modo, podem se formar filetes que transportam b) Essa caixa deverá ser
sedimentos em pequenas quantidades. Também podem se formar enxurradas que deixada exposta à ação
concentram maior volume e força no escoamento da água, carregando grandes quan- do tempo, ou seja, chuva,
tidades de sedimentos, provocando processos erosivos mais acentuados. sol e vento. No decorrer
de 30 dias, aproximada-
Nos rios, a água ocasiona alterações do relevo ao carregar sedimentos, promovendo mente, leve os alunos
o alargamento ou aprofundamento dos cursos de água. Há casos também, principalmen- para observarem a caixa
te na falta de vegetação ciliar (vegetação existente nas margens nos rios), em que os e perceberem as mudan-
sedimentos transportados pelas águas vão sendo depositados em alguns trechos do rio, ças, como a ausência de
reduzindo a profundidade do seu leito, em um processo denominado assoreamento. chuvas causando o res-
secamento do solo, a for-
No litoral, a água dos mares esculpe paredões de rochas, que chamamos de falésia. ça do vento alterando a
forma do relevo, a au-
Na fotografia, podemos observar um exemplo de falésia no município de Porto Seguro (BA), 2017.
sência de vegetação in-
tensificando a ação ero-
siva e causando, muitas
107
108
108
Capítulo 4
O ser humano altera constantemente o relevo, de várias formas: constrói aterros
• O conteúdo desta pá-
gina e da seguinte se
e túneis, retira a vegetação e realiza cortes e desmontes de morros para a exploração aproxima da competên-
de minérios, entre outras ações. cia geral 6, sendo com-
Entretanto, muitas das ações humanas têm prejudicado o meio ambiente. O des- plementada pela com-
petência específica de
matamento ou a exploração inadequada do solo, por exemplo, podem provocar pro-
Geografia 5, ao permitir
cessos erosivos. As chuvas carregam as partes mais férteis do solo e formam grandes que o aluno reflita so-
sulcos no terreno chamados voçorocas, como mostra a fotografia abaixo. bre as transformações
na paisagem decorren-
tes da ocupação inade-
Gerson Gerloff/Pulsar Imagens
Aterro:
local quada do espaço e suas
nivelado
consequências, propon-
geralmente
por meio do ações sobre as ques-
do acúmulo tões socioambientais.
• Pergunte
de terra.
aos alunos
se eles já escutaram ou
viram notícias em jornais
ou revistas sobre algum
deslizamento de terra.
Comente sobre os gran-
des deslizamentos de ter-
ra, em lugares ocupados
por moradias irregulares,
que são noticiados pela
televisão no período de
chuvas em todo o Brasil.
Apresente as seguintes
questões aos alunos:
> Em sua opinião, por
que as pessoas moram
Voçoroca no município de Manoel Viana (RS), 2018. em áreas com risco de
deslizamento?
A vegetação oferece uma proteção Marcos Amend/Pulsar Imagens > De que maneira a ren-
ao solo contra a força física da água. A da familiar pode influen-
água da chuva, ao se precipitar sobre ciar na localização da
uma área onde haja cobertura vegetal, moradia das pessoas?
principalmente as mais densas, encon- • Instigue-os a pensar
tra diversas barreiras até atingir o solo que esse problema não é
somente ambiental, mas
(folhas das copas, galhos, troncos e ve-
também um problema
getação rasteira). Nesses casos, a água socioeconômico.
que chega ao solo infiltra-se em menor
quantidade e mais lentamente, provo-
cando menor ação erosiva.
109
109
Eduardo Anizelli/
nesses locais?
Folhapress
• Ao final das discus-
sões, solicite que os gru-
pos apresentem possí-
veis soluções. Oriente-os
a lançar um olhar crítico
na busca de soluções.
110
110
Capítulo 4
• Comente com os alu-
As principais formas do relevo terrestre, resultado da ação das dinâmicas interna nos que o relevo cons-
e externa da Terra, podem ser classificadas em: depressões, planícies, planaltos e titui a porção terrestre
montanhas. A seguir, vamos estudar cada uma delas. onde vivemos. No en-
tanto, essa porção não é
As depressões são formas de relevo de altitudes mais baixas do que aquelas que semelhante em todas as
estão ao seu redor. Quando sua altitude está equiparada ao nível do mar, as depres- partes e apresenta-se
sões são chamadas de relativas, e quando a altitude está abaixo do nível do mar, são em variados níveis na
chamadas de absolutas. superfície terrestre.
• Destaque as quatro
principais formas de re-
111
111
Marc Bruxelle/Alamy/Fotoarena
112
112
Capítulo 4
A maior parte do território brasileiro é formada por terrenos antigos, resultantes de
• Incentive os alunos a
localizar no mapa o tipo
fenômenos provocados pela dinâmica interna do planeta há dezenas de milhões de anos. de relevo predominante
Desde então, a dinâmica interna não tem causado impactos de grandes propor- no estado onde vivem.
ções no relevo brasileiro, porém, ao longo de todo esse tempo, os processos erosivos Leve para a classe um
mapa político do Brasil
vêm atuando na transformação do relevo do nosso país.
para facilitar aos alunos
Esses processos erosivos desgastaram as áreas de maiores elevações, dando ori- a localização dos estados
gem às bacias sedimentares existentes no território brasileiro. As bacias sedimenta- do país.
res são terrenos extensos rebaixados em relação ao seu entorno, preenchidos ao • Se considerar neces-
longo do tempo por uma grande quantidade de sedimentos. sário, peça aos alunos
que comparem o mapa
Além dos agentes erosivos, a ação do ser humano também contribui considera-
desta página com o ma-
velmente para esculpir as formas do relevo em nosso país. pa político do Brasil.
O relevo brasileiro foi classificado em porções denominadas unidades de relevo. • Aproveite a oportuni-
Essa classificação foi baseada em diferentes aspectos, como os tipos de rochas, as dade para avaliar a es-
formas e as altitudes do relevo, assim como seus processos de formação. Dessa for- pacialização dos alunos,
ma, existem no Brasil três grandes unidades principais: os planaltos, as planícies e como a capacidade de
as depressões. Veja abaixo. reconhecer, no mapa, a
região onde vivem e de
interpretar informações
Brasil: unidades do relevo contidas no mapa.
Rio
5 Planaltos
Bacias sedimentares
5 1 - Planalto da Amazônia oriental
13 Equador 2 - Planaltos e chapadas da bacia do Parnaíba
0°
23 3 - Planaltos e chapadas da bacia do Paraná
12
Intrusões e coberturas residuais de plataforma
1
1 28 4 - Planaltos e chapada dos Parecis
5 - Planaltos residuais norte-amazônicos
12 6 2 6 - Planaltos residuais sul-amazônicos
Cinturões orogênicos
6 14
12 6 7 - Planaltos e serras do Atlântico leste-sudeste
6 2
10 8 - Planaltos e serras de Goiás-Minas
2 9 - Serras residuais do Alto Paraguai
6 6
Núcleos cristalinos arqueados
6 20 10 - Planalto da Borborema
25 24 19
4 11 - Planalto sul-rio-grandense
15
Depressões
17 9 16 8 12 - Depressão da Amazônia ocidental
13 - Depressão marginal norte-amazônica
28 14 - Depressão marginal sul-amazônica
26
OCEANO 15 - Depressão do Araguaia
7 ATLÂNTICO 16 - Depressão cuiabana
18 17 - Depressão do Alto Paraguai-Guaporé
9 3
18 - Depressão do Miranda
OCEANO 19 - Depressão sertaneja e do São Francisco
21
PACÍFICO Trópico d 20 - Depressão do Tocantins
E. Cavalcante
e Capri
7 córn io 21 - Depressão periférica da borda leste da
bacia do Paraná
22 - Depressão periférica sul-rio-grandense
Planícies
23 - Planície do rio Amazonas
22 27
24 - Planície do rio Araguaia
11 N 25 - Planície e pantanal do rio Guaporé
26 - Planície e Pantanal Mato-grossense
O L
27 - Planície da lagoa dos Patos e Mirim
0 370 km
S 28 - Planícies e tabuleiros litorâneos
50° O
Fonte: ROSS, Jurandyr L. S. (Org.). Geografia do Brasil. São Paulo: Edusp, 2008. p. 53.
113
113
350 ou mais
N. Akira
0 390 m
300 A cor laranja indica as altitudes
250
114
114
Capítulo 4
Maquete
Objetivos
Em um mapa altimétrico, as linhas representadas, tanto na visão horizontal quanto
na visão vertical (visão apresentada no mapa do Morro do Pão de Açúcar e do Morro
• Compreender o siste-
ma de cotas utilizado nos
da Urca), são chamadas de curvas de nível. Cada uma delas compreende partes do mapas altimétricos.
relevo que possuem a mesma altitude. Para distinguir uma curva de nível da outra, • Verificar as formas de
convencionou-se utilizar cores diferentes para representar as faixas de altitude. relevo representadas na
Agora, observe o mapa altimétrico do Brasil e em seguida responda às questões maquete.
em seu caderno. Materiais
Aproximadamente 93% do relevo brasileiro é formado por terrenos que apresentam • Tesoura com pontas
arredondadas.
altitudes inferiores a 900 metros em relação ao nível do mar. Dessa maneira, o Brasil
é considerado um país em que predominam terrenos não muito elevados. Os dois pontos • Folhas de borracha
considerados os mais elevados do país, o Pico da Neblina e o 31 de Março, localizados EVA coloridas.
no estado do Amazonas, não ultrapassam os 3 000 metros de altitude. • Papel vegetal.
• Papel-carbono.
Brasil: mapa altimétrico • Cola para EVA.
N • Tinta azul.
O L
• Pincel.
S
a ) Selecione mapas alti-
métricos e organize a sa-
la em cinco grupos. Cada
mapa deve apresentar
uma escala de, no míni-
mo, 1:50 000, pois mapas
muito pequenos podem
dificultar a realização da
atividade.
b ) Oriente os alunos so-
bre as cores de EVA que
serão utilizadas nessa
maquete, verificando a
quantidade de cotas que
serão representadas.
Oriente os alunos a utili-
zarem as cores do mapa
apresentado nesta página.
c ) Coloque o papel vege-
tal sobre o mapa e trace
Altitudes em metros
as cotas do relevo, enu-
1 200 ou mais
800
merando-as. Em segui-
500 da, coloque o papel-car-
200
0
Fonte: IBGE. bono sobre o EVA e so-
Atlas
bre este o papel vegetal
geográfico
escolar. com o traçado das cotas.
E. Cavalcante
115
• Selecione um ma-
pa altimétrico e de uso
do solo da cidade on-
de vivem. Apresente os Perfil de altitudes Minas Gerais: altitudes do
relevo e hidrografia
mapas para os alunos do relevo
com a proposta de que
E. Cavalcante
N
BA
possam identificar os Os mapas altimétricos re- Altitudes em metros
O L
sc o
pontos mais altos e os presentam as diferentes altitu-
ci
Acima de 800 S
an
De 500 a 800
DF Fr
mais baixos e o uso do des do relevo terrestre. Veja, ao De 200 a 500
S ão
De 0 a 200
solo (moradias, comér- lado, o mapa altimétrico do es- Hidrografia GO
A
onha
cio, indústrias) a partir tinh
qui
tado de Minas Gerais. Je
da altimetria apresenta-
da. A atividade pode ser Com base em um mapa alti- ba
anaí
MG 18° S
Par
realizada em grupos de métrico é possível construir um B
aproximadamente três gráfico denominado perfil do Grand
e
ES
ce
pessoas. relevo. Em um perfil de relevo,
Do
• Solicite aos alunos podemos observar com mais SP
que analisem se há ou detalhes as irregularidades pre-
OCEANO
ATLÂNTICO
suas hipóteses.
• Posteriormente, pro-
No eixo vertical do
gráfico está indicada
Porção onde está localizado o
ponto mais elevado por onde
Nessa área localiza-se o
ponto mais baixo do relevo
mova uma discussão a altitude do relevo passa o segmento de reta A̶B. no segmento de reta A̶B.
com os alunos de forma
que todos possam ex-
pressar suas opiniões e Altitude Rio
construir uma hipótese (em metros) Jequitinhonha
coletiva. 800
Rio
São Francisco
Renan Fonseca
500
Fonte:
200 Elaborado
pela autora.
0
A B
Resposta
g20_ftd_lt_6vsg_c4_p116a126.indd 116 10/15/18 4:43 PM g20_
116
Capítulo 4
• Conforme estudamos
neste capítulo, a ação
Exercícios de compreensão humana altera cons-
tantemente o relevo
1. Quais são as principais unidades do relevo brasileiro? Planaltos, planícies e depressões. terrestre. Solicite aos
alunos que pesquisem
2. Observe novamente o mapa da página 113 e identifique.
um exemplo da ação
a ) Qual a unidade do relevo predominante na porção Sul do Brasil? E na porção humana na modificação
Norte? Na porção Sul predominam os planaltos e na porção Norte, as depressões. do relevo que eles vêm
b ) Qual(is) unidade(s) do relevo está(ão) presente(s) no estado onde você mora? percebendo próximo do
Resposta pessoal. Auxilie os alunos a identificar a(s) unidade(s) de relevo e a descrevê-las corretamente no caderno. lugar onde moram.
3. Uma pesquisa científica detectou, em uma região do fundo dos oceanos, grandes
montanhas com intensa atividade vulcânica. De acordo com o que você estudou,
• Os alunos devem foto-
grafar ou desenhar o que
a qual forma de relevo submarino a pesquisa científica está se referindo? observaram para mos-
A pesquisa científica está se referindo a uma cordilheira oceânica. trar aos colegas em sala
Geografia no contexto de aula.
4. Observe o mapa e responda às questões no caderno. • Em seguida, sugira que
a ) Qual faixa de altitude predomina no pesquisem em livros e na
Pará: altitudes do relevo internet outros lugares
estado do Pará? Predomina a faixa de
altitude de 200 m a 500 m. N
que apresentam alguma
b ) Em qual faixa de altitude são encon- O L
modificação semelhante
tradas a Serra do Cachimbo e a Serra S
à que eles observaram.
dos Carajás? Na faixa de altitude entre
500 m a 800 m. • Verifique se a pesqui-
c ) Em qual faixa de altitude está locali- sa elaborada pelos alu-
zada a capital do estado? Oriximiná
B
Belém
nos está coerente com
a atividade proposta.
d ) Observe o perfil do relevo Estimule-os a analisar as
A Altamira
abaixo e identifique a qual fotografias ou desenhos
segmento traçado no mapa D dos colegas e verificar
ele se refere? Ao segmento C-D. Eldorado
outras transformações
C
4. c) A capital do estado está localizada São Felix
dos Carajás
ocorridas no relevo.
na faixa de altitude de 0 a 100 m. Novo Progresso
do Xingu
Altitudes em metros
800 E
500
Fonte: IBGE. Atlas 200 F
geográfico escolar. 7. ed. 100
0
E. Cavalcante
Rio de Janeiro, 2016. p. 159. Rios permanentes
Capital estadual
Cidade
0 490 km
Perfil do relevo
Altitude
(em metros)
800
700
600
500
400
300
200
Keithy Mostachi
100 Fonte:
Elaborado
0 pela autora.
117
117
• Auxilie os alunos na
interpretação dos gráfi- Observe a imagem a seguir.
cos desta página. Cha-
2. Resposta
me a atenção para o fato
subterrânea
doce
Total de
4. Troque ideias com os colegas sobre co-
68,9%
água da Calotas polares e geleiras mo é a distribuição total de água na su-
Terra 97,5%
Água salgada perfície terrestre. Verifique se os alunos
concluíram que as águas oceânicas representam
a maior parte das águas do planeta.
Fonte: REBOUÇAS, Aldo da C.; BRAGA, Benedito; TUNDISI, José G. (Org.).
Águas doces no Brasil: capital ecológico, uso e conservação. 2. ed. São
Paulo: Escrituras, 2002. p. 8.
118
118
Luciane Mori
1
119
:43 PM Respostas
g20_ftd_lt_6vsg_c4_p116a126.indd 119 10/15/18 4:43 PM
a ) É importante que os alunos reconheçam o Sol b) Incentive os alunos a serem observadores elevadas para as mais baixas do relevo, e ex-
e a emissão de calor provocando a evaporação da desse e de outros fenômenos da natureza. Por postas ao calor proveniente do Sol ao evapo-
água, e que a força da gravidade pode ser identi- exemplo, reconhecerem a chuva como parte rar e formar as nuvens que dão continuidade a
ficada inicialmente pela precipitação da chuva e do ciclo que a água cumpre na natureza; as esse ciclo etc.
pelo escoamento da água das partes mais eleva- enxurradas e os rios como o escoamento des-
das para as partes mais baixas do relevo. sas águas, deslocando-se das partes mais
119
Tipo de mar que apresenta É aquele que se comunica É o mar que não tem
uma grande ligação com os com os oceanos por meio de ligação direta com os
oceanos e mares vizinhos, pequenos canais naturais, oceanos e outros mares,
como o mar do Caribe. denominados estreitos, como o mar Cáspio.
como o mar Mediterrâneo.
• Comente com os alunos que os oceanos dia até a Antártida, sendo possível observá- entre a Indonésia e o Japão, a Fossa das Ma-
também possuem relevos. Explique a eles so- -la em algumas imagens de satélite. Incentive rianas é o local mais profundo da superfície
bre a maior cadeia de montanhas oceânicas, a os alunos a buscarem imagens e informações terrestre. Nele, está localizado o ponto de
Dorsal Meso-Oceânica, localizada entre o con- sobre essa cordilheira submarina em livros e maior profundidade da crosta, conhecido co-
tinente americano e os continentes europeu e na internet. mo Challenger Deep. Esse vale atinge, apro-
africano, bem ao centro do oceano Atlântico, • Comente com os alunos que, no fundo do ximadamente, 11 quilômetros abaixo do nível
seguindo em sentido norte-sul, desde a Islân- oceano Pacífico, a leste das ilhas Marianas, do mar.
120
Capítulo 4
• Realize uma dinâmica
As águas oceânicas representam uma im- de tempestade cerebral
zahimmohd/Shutterstock.com
nômicas realizadas nos oceanos é a pesca. É ção de meio de transpor-
te, entre outros.
praticada em pequenas embarcações e equipa-
mentos rudimentares, denominada pesca arte-
sanal, mais voltada para o sustento do pescador
e sua família do que para a atividade comercial.
Também ocorre em grandes embarcações
com equipamentos modernos, denominada
pesca comercial. Esse tipo de pesca possibilita
a obtenção de grande quantidade de pescados.
121
121
Goran Bogicevic/Shutterstock.com
B D
Auke/Shutterstock.com
• Como a água está sendo utilizada em cada uma das situações mostradas acima?
Esse uso reflete a importância desse recurso para as pessoas?
Na fotografia A, para a atividade doméstica; na fotografia B, para a irrigação de plantação; na fotografia C, para
a atividade industrial; e, na fotografia D, para a pesca. Espera-se que os alunos digam que sim, em cada situação
122 mostrada nas fotografias o uso da água é muito importante para as atividades econômicas e cotidianas.
122
Capítulo 4
• Este tema possibilita a
Os rios sempre foram as fontes de água mais exploradas pela sociedade, seja no articulação com o com-
passado ou no presente. ponente curricular de
O ser humano sempre procurou as margens dos rios para se fixar. Desde os tem- Língua Portuguesa na
pos mais remotos até a atualidade, os rios são fontes de água para muitas socieda- compreensão da impor-
des, que retiram deles a água necessária para sua sobrevivência e também para a tância da água.
prática de diversas atividades econômicas, para a geração de energia, como via de • Converse com o pro-
transportes e lazer etc. fessor desse componen-
te curricular para propor,
em conjunto, a produção
IR Stone/Shutterstock.com
123
pelo rio.
124
124
Capítulo 4
• Ao trabalhar As partes
de um rio, apresente aos
alunos informações so-
bre as extensões de im-
Nascente: local
portantes rios do mun-
onde o rio nasce e
inicia o seu curso.
do, mostradas na tabela
Rios de planalto: esses rios
correm por terrenos com maiores
abaixo.
desníveis de altitude, onde • Solicite aos alunos que
algumas porções mostram-se mais pesquisem sobre um dos
elevadas que outras. Essa rios apresentados na ta-
irregularidade da superfície gera o
escoamento mais rápido, ou seja,
bela. Oriente-os a pes-
com maior velocidade das águas quisar aspectos como
do rio ao longo de seu percurso. clima, vegetação e relevo
existentes na região on-
de o rio está localizado.
Peça também que pes-
Corredeiras: trechos
quisem sobre a utiliza-
de um rio em que o ção do rio pela sociedade
relevo apresenta Afluente ou e a possível existência de
declividades acentuadas. tributário: rios problemas ambientais.
menores que deságuam
no leito do rio principal.
• Determine qual rio ca-
da aluno deve pesquisar,
a fim de evitar que mui-
tos estudem o mesmo
rio. Caso considere per-
tinente, promova uma
Cachoeira: forma-se em
locais de desnível
pesquisa em grupo.
repentino do relevo por
onde passa o curso do rio.
Material digital
•A proposta da se-
quência didática 6,
localizada no material
digital, pode comple-
mentar o trabalho com
o tema da importância
dos rios.
Lago: área de
depressão do relevo
que propicia o acúmulo
de água, formando um
tipo de reservatório.
125
:43 PM
Rio
g20_ftd_lt_6vsg_c4_p116a126.indd 125
Extensão (km) Localização Rio Extensão (km)
10/15/18 4:44 PM
Localização
Nilo 6 671 África Madeira-Mamoré 3 200 América do Sul
Congo 4 200 África Yang-Tsé 5 800 Ásia
Mackenzie 4 241 América do Norte Huang He 4 845 Ásia
Mississippi 3 778 América do Norte Volga 3 531 Europa
Prata-Paraná 4 700 América do Sul Danúbio 2 860 Europa
Fonte: ATLAS National Geographic: a Terra em números. São Paulo: Abril, 2008. v. 19. p. 86-87.
125
Luciane Mori
Amazônia e a Cordilheira
Ilustrações:
dos Andes.
Nos períodos de vazante, muitos rios chegam a secar e expor seu leito por longos
trechos de seu curso. Esses rios são conhecidos como rios temporários.
Em razão da influência do clima quente, marcado pela baixa umidade do ar e lon-
gos períodos de seca, alguns rios da região Nordeste do Brasil são temporários, pois
secam completamente no período das vazantes. No entanto, a maior parte dos rios
brasileiros não seca, independentemente da estação do ano. Esses rios são chama-
dos de permanentes ou perenes.
126
• O texto a seguir pode colaborar nas discus- Os rios são os principais agentes geológicos Os rios cobrem a maior parte da superfície
sões da temática. Leia-o para os alunos e de- que atuam na superfície da Terra. À medida que terrestre e são os principais modeladores da
pois realize uma discussão buscando associar erodem o substrato rochoso e transportam e de- paisagem dos continentes. Eles erodem as mon-
os rios às paisagens ilustradas no livro, bem positam areia, cascalho e lama, todos os rios, des- tanhas, levam os produtos do intemperismo até
de os pequenos riachos até os mais caudalosos, os oceanos e acumulam, nos depósitos de barras
como às paisagens de algum rio localizado na
são proeminentes escultores da paisagem. [...] fluviais e planícies de inundação ao longo do ca-
cidade onde vivem.
126
Capítulo 4
A presença dos rios, associada a outros elementos da natureza, torna as paisagens
terrestres diferentes umas das outras. Isso ocorre porque os rios proporcionam carac-
terísticas peculiares às paisagens dos lugares por onde passam, por exemplo, desgas-
tando o relevo ou propiciando o desenvolvimento da vegetação em seu entorno.
Por outro lado, as características de alguns rios também são influencia- Rios
das por vários elementos da natureza. O clima da região por onde o rio cor- Andrew Haslam;
re, como vimos na página 126, interfere diretamente em seu regime fluvial. Barbara Taylor. São
Paulo: Scipione, 1999.
O relevo também interfere diretamente nas características de um rio, (Mãos à Obra!).
O livro traz as principais
pois, se ele percorrer terrenos com grande declividade, seu escoamento
características dos rios
será mais rápido e, ainda, existirá a possibilidade de formação de cachoei- e sugestões de projetos
ras. Já um rio que corre por terrenos planos tende a ter um curso mais práticos, maquetes e
experiências relacionadas
lento e sinuoso. Veja as imagens a seguir. ao tema tratado.
Trecho de um rio
Andre Dib/Pulsar Imagens
de planalto
localizado no
município de Alto
Paraíso de
Goiás (GO), 2018.
1. Resposta esperada:
o rio mostrado na
B imagem A possui
cachoeiras
decorrentes dos
desníveis do relevo de
planalto por onde
passa. Já o rio
mostrado na imagem
B possui grande
sinuosidade em razão
do relevo de planície.
Na fotografia ao
Delfim Martins/Pulsar Imagens
lado, vemos um
rio de planície,
localizado no
município
de Barra do
Garça (MT), 2018.
127
PI
PE
Tocantins
AL
10º S
TO
SE
d e
ran
Pa
G OCEANO
ram
raguaçu ATLÂNTICO
Pa
irim
BA
o
GO
Verde ncisc
a
Fr
o
Sã
Grande
DF nha
itinho
Jequ
atu
Rio
das
Pa
Paran ba
aí rio São Francisco Esse rio é um dos afluentes do São Francisco.
a
Rio
s
ce
Grande
Do
N
ES
E. Cavalcante
O L
Fonte: IBGE. Atlas geográfico
SP
a do S S 0 190 km escolar. 7. ed. Rio de Janeiro,
aíb RJ ul 40º O
Pa r 2016. p. 105.
128
128
Capítulo 4
• Este tema permite
A partir de 2003, o Conselho Nacional de Recursos Hídricos, órgão do Governo uma abordagem das ha-
Federal, passou a classificar a rede hidrográfica brasileira em unidades chamadas bilidades EF06GE11 e
regiões hidrográficas, que podem abrigar uma ou mais bacias hidrográficas. Para EF06GE12 ao possibili-
tar que o aluno identifi-
delimitar essas regiões, foram considerados, além de aspectos físicos, aspectos cul-
que as regiões hidrográ-
turais e econômicos que abrangem um rio principal e seus afluentes, desde a nas-
ficas brasileiras e de que
cente até a foz. O Brasil possui 12 grandes regiões hidrográficas, que, juntas, formam forma ocorre o consumo
uma das mais extensas redes hidrográficas do mundo. Observe no mapa. dos recursos hídricos
nessas regiões.
Brasil: regiões hidrográficas
E. Cavalcante
N
O L Orientações gerais
• Traga
S
J
para a sala de
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o
Equador
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Trombeta
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Solimões dar
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bacias hidrográficas pa-
T
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ra que os alunos possam
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Pa que moram e a área da
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Tocantins
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região hidrográfica.
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ATLÂNTICO
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a explorá-los. Busque
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Pa
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ções cartográficas, para
Paragu
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OCEANO Região Amazônica
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Ivin
PACÍFICO h em Região Tocantins-Araguaia
Pa
Sul
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Paran
pan etê raíb Região Paraguai que os rios não “correm
a
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em
a
io
e Capricórn
Iv
aí Região Paraná para cima”, por exemplo.
Trópico d Região Uruguai
Iguaç
u Desta forma, os alunos
Região Atlântico Sul
g ua
i Itajaí-Açu
Região Parnaíba conseguem visualizar
ru Pe Cano
U lot
as
as Região São Francisco melhor em relação a um
Ibicuí
Jacuí
Região Atlântico Sudeste mapa exposto na parede,
Região Atlântico Leste
o qual pode apresentar
Região Atlântico Nordeste Ocidental
Região Atlântico Nordeste Oriental dificuldades para asso-
0 360 km Rio ciar com a representação
50° O
real do espaço.
Fonte: IBGE. Atlas geográfico escolar. 7. ed. Rio de Janeiro, 2016. p. 105.
129
130
130
Capítulo 4
Importantes bacias hidrográficas no mundo
Vamos conhecer e analisar as principais características de algumas das mais importantes
• Leve o globo terrestre
e deixe que os alunos
bacias hidrográficas do mundo.
possam explorá-lo para
identificar a localização
gvictoria/Shutterstock.com
alimento para milhões de pessoas que vivem possível a fixação ao solo,
ao longo de suas margens, principalmente no ou seja, deixar de ser nô-
Sudão e no Egito. As variações no nível do rio made para a constituição
ao longo do ano são particularmente de uma sociedade.
importantes, pois as inundações periódicas
causadas pelas cheias do Nilo fertilizam os • Comente com os alu-
solos e possibilitam a prática da agricultura nos que, além de pro-
em uma região de clima desértico. O Nilo ver água para consumo,
conta ainda com vários trechos navegáveis e alimentos e transporte,
com algumas usinas hidrelétricas para a existem rios que têm
geração de energia. Essas usinas são um valor sagrado para
importantes para o desenvolvimento algumas culturas, como
econômico da região, mas vêm alterando o é o caso do rio Ganges,
regime de cheias e vazantes do rio, gerando na Índia. Os hinduístas
Lavoura cultivada às margens do rio Nilo em uma região
impactos ambientais e sociais. acreditam que as águas
agrícola do Egito, 2016.
Bacia do rio Yangtsé: formada pelo rio do rio Ganges são sagra-
Yangtsé ou Azul, como também é chamado na das e as utilizam para se
Zolnierek/Shutterstock.com
China, esse rio e seus tributários são de banhar, lavar roupas, be-
grande relevância histórica e econômica para ber, cozinhar etc. Porém,
a China. Boa parte do rio Yangtsé apresenta eles também as utilizam
grau elevado de ocupação de suas margens, para rituais de purifica-
marcadas pela presença de cidades, regiões
ção e é onde depositam
industriais e polos agrícolas importantes.
suas oferendas (as cin-
Entretanto, o uso intenso de suas águas para
abastecimento da população e para a irrigação zas dos corpos crema-
de cultivos agrícolas, somado ao dos). Por esses e outros
desmatamento e à presença de indústrias e motivos, o rio encontra-
áreas urbanas ao longo de suas margens, tem -se com um nível alto
provocado diversos impactos ambientais no de contaminação bac-
rio Yangtsé. Entre os graves impactos teriana. Aproveite este
podemos citar a poluição de suas águas por A poluição das águas é um dos impactos ambientais que momento e reforce com
agrotóxicos. degrada o rio Yangtsé. Na fotografia, trecho desse rio os alunos que devemos
em Xangai, 2017.
respeitar as diferentes
características religiosas
131 e promover a valorização
da identidade cultural,
conforme orienta a com-
petência específica de
:49 PM g20_ftd_lt_6vsg_c4_p127a137.indd 131 10/15/18 4:49 PM Ciências Humanas 1.
131
GO
conhecido por Aquífero Guarani. Segundo a Compa-
N DF
MT
Aquífero Guarani, aces- O L
Cuiabá Brasília
sível apenas por suas S
Goiânia
nhia de Pesquisa de Recursos Minerais, o Aquífero
bordas – uma vez que há Guarani possui uma área total de aproximadamen-
BOLÍVIA
uma camada de basalto MG
com dois quilômetros de MS te 1,2 milhão de km2 e passa pela Argentina, pelo
Campo
extensão sobre o reserva- Grande Paraguai, pelo Uruguai e pelo Brasil, e a maior parte
tório de água –, as áreas PARAGUAI
BACIA DO PARANÁ
SP de sua área está concentrada no território brasileiro.
do Aquífero Amazônia são io São Paulo No Brasil, o aquífero tem uma extensão de cerca de
Trópico de Capricórn
permanentemente livres.
PR
840 mil km2 e atravessa oito estados — Paraná,
Em áreas de floresta, es-
sa exposição do aquífero
ARGENTINA Curitiba Mato Grosso, Mato Grosso do Sul, Goiás, Minas Ge-
26º S
não representa um risco. SC
rais, São Paulo, Rio Grande do Sul e Santa Catarina.
Florianópolis
Já em áreas urbanas, como BACIA Além da qualidade de sua água, o Aquífero Guarani
nas capitais dos estados CHACO-PARANAENSE RS
apresenta um grande potencial hídrico capaz de
Porto Alegre
amazônicos, isso pode re-
promover um abastecimento público eficiente e dar
presentar um problema OCEANO
sério. [...]
ATLÂNTICO
suporte para o desenvolvimento das atividades in-
ALISSON, Elton. Amazônia tem URUGUAI 0 260 km
dustriais, agroindustriais e turísticas.
“oceano subterrâneo”. Agência
Fapesp, 5 ago. 2014. Disponível Fonte: OEA (Organização dos Estados Americanos). Aquífero Guarani: programa
Área do Aquífero Guarani estratégico de ação. 2009. Disponível em: <http://www.mma.gov.br/publicacoes/
em: <http://agencia.fapesp. 55° O
Capital federal agua/category/42-recursos-hidricos.html?download=883:programa-estrategico-
br/amazonia-tem-oceano-
subterraneo/19541/>. Acesso em: Capital estadual de-acao>. Acesso em: 20 ago. 2018.
23 set. 2018.
132
132
Capítulo 4
• Este tema permite
recursos hídricos uma reflexão sobre a
forma como a socieda-
A apropriação dos recursos hídricos é uma prática humana que tem ocorrido das de vem se apropriando
mais diversas formas ao longo da história. Atualmente, mais do que nunca, a utiliza- dos recursos hídricos e
a questão apresentada
ção da água, além de ter se intensificado, tem ocorrido de maneira mais vantajosa,
nesta página poderá ser
pois os recursos hídricos podem servir para a irrigação na produção de alimentos, utilizada para realizar um
para a geração de energia elétrica ou como vias de transporte, por exemplo. debate com os alunos,
Apesar dos benefícios causados à humanidade, a intensa exploração das fontes de possibilitando um traba-
água, sobretudo nos dias atuais, tem ocasionado prejuízos sociais e degradações lho com as habilidades
ambientais. Vamos observar o caso do Mar de Aral. EF06GE10 e EF06GE12.
• Com este estudo os
alunos também poderão
O esgotamento do Mar de Aral analisar o modo como a
O Mar de Aral era, originalmente, um importante reservatório de água salgada, mas seu sociedade tem interferi-
abastecimento era proveniente, principalmente, das bacias hidrográficas de dois importantes rios: o do nos ciclos da natureza
Amu Darya e o Syr Darya. Veja a localização no mapa. e as consequências que
O uso da irrigação é milenar na região do Mar de essas ações têm ocasio-
Aral, onde atuam os climas semiárido e desértico. Localização do Mar de Aral
nado nas paisagens, in-
No entanto, a exploração desenfreada das águas dos 60° L N
clusive propondo formas
rios Amu Darya e o Syr Darya, a fim de ampliar a O L
de minimizar os danos,
produção irrigada, gerou prejuízos socioeconômicos Mar de
Aral Rio
CAZAQUISTÃO S
conforme orienta a com-
e, principalmente, ambientais incalculáveis.
y Lago petência específica de
S
O nível do Mar de Aral foi baixando e, Balkash Ciências Humanas 3.
rD
atualmente, bancos de sal e água contaminada por
ar
ya
agrotóxicos predominam onde antes a atividade da UZBEQUISTÃO
pesca era fonte de alimento e renda para muitas Resposta
pessoas. TURCOMENISTÃO
Fonte: Reference atlas of the Ri • Resposta pessoal. Es-
world. 9. ed. London: Dorling
o
Am timule os alunos a um
Kindersley, 2013. p. 144-145. u
Da 40° N momento de reflexão
ry CHINA sobre o uso correto dos
a
Veja, a seguir, a rápida degradação do Mar de recursos hídricos.
E. Cavalcante
AFEGANISTÃO
Aral representada por meio de imagens de satélite 0 240 km
retratadas ao longo de aproximadamente 40 anos.
• Com os colegas, converse sobre os prejuízos para nossa sociedade ao nos apropriarmos desse
recurso hídrico de maneira predatória. Veja a resposta da questão nas orientações ao professor.
133
• Para complementar o estudo sobre a intensa explora- > QOBIL, Rustam; HARRIS, Paul. Projeto tenta devolver
ção do Mar de Aral, sugerimos a leitura do texto a seguir, vida ao Mar de Aral, destruído por planos soviéticos de
que apresenta informações de um projeto que tem como irrigação. BBC, 4 jun. 2018. Disponível em: <http://livro.
objetivo o reflorestamento da região. pro/otcsjt>. Acesso em: 23 set. 2018.
133
134
Orientações gerais
g20_ftd_lt_6vsg_c4_p127a137.indd 134 10/15/18 4:49 PM g20_
• Peça aos alunos que busquem identificar os proble- • Como produto final, solicite aos alunos que produzam
mas relacionados à utilização de aquíferos. um cartaz com ilustrações ou charges para conscientizar
• Em seguida, divida os alunos em duplas e solicite que a comunidade escolar sobre a importância da preser-
levantem soluções para evitar a exploração excessiva vação não somente dos rios que correm em superfície
das águas de aquíferos e sua contaminação. terrestre, mas também dos aquíferos. Desta forma, ex-
ponha os cartazes em local movimentado.
134
Capítulo 4
• Explique aos alunos
a ) O abastecimento de água em seu município provém de como é realizado o arma-
Alguns países que utilizam
aquíferos? zenamento dos resíduos
águas subterrâneas
sólidos gerados no mu-
b ) Você já observou, no município em que vive, alguns dos nicípio onde vivem. Essa
Brasil Dinamarca problemas ambientais mostrados neste esquema e que informação pode ser ad-
Estados Unidos França podem contaminar as águas subterrâneas? O que é pos- quirida na prefeitura.
sível fazer para evitar que isso ocorra? Converse com os
Alemanha Marrocos Aterro Sanitário
colegas. Veja as respostas das questões nas orientações ao professor.
O Aterro Sanitário é um
Áustria Índia
aprimoramento de uma
Bélgica das técnicas mais antigas
No espaço rural, grande utilizadas pelo homem
6 para descarte de seus re-
parte da água de
aquíferos é explorada para síduos, que é o aterramen-
a irrigação de lavouras. to. Modernamente, é uma
obra de engenharia que
tem como objetivo acomo-
dar no solo resíduos no
menor espaço prático pos-
4 O acúmulo de lixo sobre o sível, causando o menor
solo desprotegido produz o dano possível ao meio am-
chorume, que se infiltra biente ou à saúde pública.
no solo e contamina as Essa técnica consiste
águas subterrâneas. basicamente na compac-
tação dos resíduos no so-
lo, na forma de camadas
que são periodicamente
cobertas com terra ou ou-
tro material inerte. [...]
O aterro sanitário deve
Os fluidos depositados 7 A aspersão de operar de modo a fornecer
5 agrotóxicos em lavouras,
em fossas negras proteção ao meio ambien-
estão contaminando se aplicados em grandes te, evitando a contamina-
quantidades, pode
vários aquíferos ção das águas subterrâ-
contaminar os aquíferos.
no mundo. neas pelo chorume (líqui-
do de elevado potencial
Fonte: TEIXEIRA, Wilson Chorume: fluido formado poluidor, de cor escura e
et al. (Org.). Decifrando a
Terra. São Paulo: Oficina de
a partir da decomposição de odor desagradável, re-
Textos, 2000. p. 439-441.
de matéria orgânica sultado da decomposição
presente no lixo.
da matéria orgânica), evi-
Fossa negra: escavação
no solo destinada a
tando o acúmulo do bio-
receber esgoto doméstico gás resultante da decom-
em áreas que não posição anaeróbia do lixo
possuem serviço de no interior do aterro. [...]
tratamento de esgoto. COMPANHIA Ambiental do Estado
de São Paulo (Cetesb). 2018.
Disponível em: <https://cetesb.
sp.gov.br/biogas/aterro-sanitario>.
Acesso em: 23 set. 2018.
135
:49 PM Respostas
g20_ftd_lt_6vsg_c4_p127a137.indd 135 10/15/18 4:49 PM
a ) Resposta pessoal. Caso os alunos não tenham co- b) Resposta pessoal. Comente com os alunos que, mes-
nhecimento de onde provém a água que abastece o mo que o município onde vivem não seja abastecido por
município, instrua-os na pesquisa para a obtenção des- aquíferos, ações como as mostradas nesse esquema con-
sa informação. Eles podem pesquisar, por exemplo, no tribuem para a contaminação dessas águas.
site da prefeitura.
135
136
Capítulo 4
no caderno. • No material digital há
a ) Identifique o rio principal desta bacia. Rio Jequitinhonha. uma proposta de acom-
panhamento de apren-
b ) Qual o nome de seus afluentes representados no mapa? Rios Itacambiruçu, Araçuaí, Piauí,
São Miguel, São Pedro e São Francisco. dizagem referente ao
c ) Em que estado brasileiro es- 2º bimestre como su-
Bacia hidrográfica do rio Jequitinhonha
tá localizada a nascente do gestão de avaliação que
E. Cavalcante
rio principal? No estado de pode auxiliá-lo a acom-
Minas Gerais. BA
panhar a aprendizagem
d ) Onde o rio principal deságua? dos alunos em relação às
No oceano Atlântico.
e ) Diferencie a nascente da foz Rio São F
r an
cis
habilidades desenvolvi-
de um rio. Rio S das neste capítulo.
co
ão Ped
Nascente é o local onde o rio o
r
nha
nasce e inicia o seu curso. Foz uit i
nh o
ig u el
biruç u
am Jeq
é a parte do rio que deságua o It a c Ri
o
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Ri
em outro rio, lago ou oceano. ua
í
R io
Sã
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Ar
Ri o
do P
io 17° S
íiau
Bacia do rio
Jequitinhonha
MG Rios permanentes
Fonte: IBGE (Instituto Brasileiro de
Geografia e Estatística). Bacia do Rio OCEANO
Jequitinhonha. Disponível em: <www.ibge. N ATLÂNTICO
gov.br/home/geociencias/recursosnaturais/ O L ES
diagnosticos_levantamentos/jequitinhonha/ 0 60 km
mapa.htm>. Acesso em: 20 ago. 2018. S
42° O
137
• Avalie se os alunos desenvolveram as habilidades in- jam alcançados. É fundamental que os alunos percebam
dicadas no decorrer deste capítulo. Se necessário, ve- a importância de realizar a autoavaliação com seriedade
rifique a necessidade de utilizar outras estratégias de para que reconheçam o que aprenderam e se precisam
aprendizagem para que as habilidades e os objetivos se- do auxílio do professor para rever algum conteúdo.
137
as paisagens
atmosféricos e compre-
ender como eles intera-
gem na formação de fe-
nômenos, como a chuva
e o vento.
• Compreender o que
são massas de ar e sua
atuação na dinâmica do
clima.
• Reconhecer a diferen-
ça entre clima e tempo
atmosférico.
• Compreender como é
realizada a previsão do
tempo atmosférico e sua
importância para a so-
ciedade.
• Ler e interpretar climo-
gramas.
• Identificar os principais
tipos de clima existentes
no mundo e no Brasil.
• Reconhecer como o
clima interfere no modo
de vida das pessoas.
• Refletir a respeito de
como o clima interfere na
distribuição das forma-
ções vegetais do mundo.
• Analisar a interferên-
cia das atividades huma-
nas nas formações vege-
tais do mundo.
• Reconhecer e valorizar
a importância da Flores-
ta Amazônica para os
povos que a habitam e
os benefícios das plan-
tas para a alimentação e
a medicina.
Trilha em meio à
vegetação no
Parque Nacional
de Fiordland, Nova
Zelândia, 2017.
138
Orientações gerais
g20_ftd_lt_6vsg_c5_p138a149.indd 138 10/15/18 4:55 PM g20_
• Solicite aos alunos que procurem no planisfério po- tar com os colegas os elementos que podem caracterizar
lítico das páginas 254 a localização da Nova Zelândia. o clima da região, como a vegetação. Você pode iniciar o
Comente com os alunos que a Nova Zelândia é um país estudo desse tema para desenvolver uma dinâmica de
conhecido por suas belezas naturais e pela intensa pre- “tempestade cerebral”, ou seja, incentivar os alunos a
sença de parques e reservas florestais. expor oralmente suas ideias sobre o assunto abordado
• Incentive os alunos a observar a fotografia e a comen- nestas páginas relacionado à fotografia.
138
139
139
• Oriente os alunos a
Atmosfera: a camada
realizar a leitura deste
infográfico de baixo para
de gases que envolve a Terra
cima, ou seja, das cama-
A maior parte das formas de vida da Terra necessita da atmosfera para sobrevi-
das mais próximas à su- ver. Sem ela, provavelmente não existiria vida em nosso planeta.
perfície terrestre até as A atmosfera da Terra é composta de vários gases, no entanto, o nitrogênio e o oxigê-
mais distantes. nio são seus principais componentes, correspondendo, respectivamente, a 78% e 21% de
sua composição, assim como outros tipos de gases representam 1% de sua totalidade.
De acordo com estudos baseados em dados obtidos por diferentes equipamentos, como
balões atmosféricos e foguetes de observação, a atmosfera terrestre é composta de cinco
camadas. Veja, na imagem a seguir, as principais características de cada uma delas.
Raios ultravioleta: radiação de ondas eletromagnéticas emitidas pelo Sol, não visíveis ao olho humano. A radiação
ultravioleta atua na produção de vitamina D na pele, mas o excesso de exposição a ela pode causar doenças.
Exosfera
Está a mais de 500 km de altitude da superfície
Exosfera
da Terra. Em todas as camadas da atmosfera o
ar torna-se cada vez mais rarefeito conforme a
500 km altitude aumenta. Na exosfera o ar torna-se
intensamente rarefeito, até o ponto em que
deixa de existir, no espaço sideral.
Termosfera Mesosfera
Esta camada alcança até aproximadamente 80
km do solo. Nela, conforme a altitude aumenta, a
temperatura diminui, atingindo cerca de ‒90 oC.
Estratosfera
Situa-se a até 50 km de altitude. Nela,
diferentemente da camada anterior, a
temperatura aumenta conforme a altitude
aumenta. Além disso, a maior parte do ozônio
80 km (O3), que é o gás que absorve parte dos raios
ultravioleta emitidos pelo Sol, está localizada
nesta camada da atmosfera.
Mesosfera
50 km
Estratosfera Troposfera
15 km
Tem aproximadamente 15 km de altitude. Sua
Troposfera temperatura diminui cerca de 6,5 ° C a cada
quilômetro que se distancia do solo. Esta
camada concentra praticamente todo o vapor
de água da atmosfera, e nela ocorre a dinâmica
Fonte: Tempo & clima. Rio de da maior parte dos fenômenos atmosféricos
Janeiro: Abril Livros, 1995.
que caracterizam o clima, como os ventos, as
p. 110-111. (Ciência & Natureza).
massas de ar e as nuvens.
140
Orientações gerais
g20_ftd_lt_6vsg_c5_p138a149.indd 140 10/15/18 4:55 PM g20_
• O texto a seguir trata da evolução do conhecimento O domínio do mundo grego pelo Império Romano pro-
humano a respeito da atmosfera terrestre. vocou uma queda considerável da produção intelectual no
período, pois os romanos, diferentemente dos gregos, esta-
[...] foram os gregos os primeiros a produzir e registrar
vam mais preocupados com o expansionismo do Império
de forma mais direta suas reflexões sobre o comporta-
mento da atmosfera, decorrentes das observações feitas que com o aprofundamento das reflexões sobre o compor-
acerca da diferenciação dos lugares e em navegações pelo tamento dos fenômenos da natureza. [...]
mar Mediterrâneo. [...] Foi a partir de movimentos como o Renascimento que as
140
Capítulo 5
• Trabalhe com os alu-
nos o tema integrador
Na atmosfera do nosso planeta ocorrem diversos fenômenos O tempo
Educação alimentar e
atmosféricos, como os ventos, as nuvens e as precipitações Eduardo Banqueri. São Paulo: Escala
nutricional, explicando
Educacional, 2007. (Guia de Campo).
(chuva, geada e neve). que a vitamina D é im-
Nesse livro são apresentados os
Esses fenômenos ocorrem quando os elementos atmosféricos, climas da Terra, tipos de nuvens, portante para o organis-
como temperatura, pressão e umidade, interagem na atmosfera composição da atmosfera, entre mo por atuar no forta-
outros temas relacionados aos
terrestre, sobretudo na troposfera, sua camada inferior. lecimento dos ossos do
fenômenos atmosféricos.
corpo humano, além de
Temperatura prevenir outras doenças.
Explique que essa vita-
A variação de temperatura na atmosfera está, em grande parte, relacionada ao mina pode ser elaborada
aquecimento da superfície terrestre. pelo organismo humano
em exposição modera-
Quanto maior for a intensidade de energia recebida do Sol e refletida pela superfície, da à luz solar (cerca de
maior será o aquecimento do ar que, consequentemente, apresentará temperaturas 15 minutos). A vitamina
mais elevadas. Por outro lado, quanto menor a intensidade de calor recebido e emitido também promove a ab-
pela superfície terrestre, menores serão as temperaturas registradas. sorção de cálcio pelo or-
ganismo.
Isso quer dizer que a quantidade de calor emitido pela superfície terrestre, em
determinado lugar e momento, pode proporcionar a ocorrência de dias mais quentes
ou mais frios ao longo do ano. Orientações gerais
Veja, no esquema a seguir, como ocorre o aquecimento do ar atmosférico. • Solicite aos alunos
Veja no material audiovisual o vídeo
uma leitura atenciosa do
Radiação solar e o aquecimento do ar atmosférico sobre Clima e reequilíbrio ambiental. infográfico da radiação
solar e do aquecimento
do ar atmosférico. Peça
Reemissão de energia Fonte: DEMILLO, Rob. Como funciona o clima. Vista do município de
(calor) pela superfície São Paulo: Quark Books, 1998. p. 34-35.
Campo Grande (MS), 2018.
141
preocupações com a atmosfera foram retoma- Após esse período, os saltos foram sendo cada lise e o monitoramento minuto a minuto das
das, no sentido de desvendar seu funcionamen- vez mais rápidos e mais intensos, pois o conhe- condições atmosféricas em escala regional e
to. Alguns resultados daquelas preocupações cimento sistemático e detalhado da natureza planetária.
podem ser identificados na invenção do termô- era imperativo ante a necessidade de expansão
MENDONÇA, Francisco; DANNI-OLIVEIRA, Inês Moresco.
metro, por Galileu Galilei, em 1593, e na inven- capitalista europeia. Climatologia: noções básicas e climas do Brasil. São Paulo:
ção do barômetro, por Torricelli, em 1643. [...] O lançamento de satélites meteorológi- Oficina de Textos, 2007. p. 11-13.
cos, a partir da década de 1960, permitiu a aná-
141
DEA/Getty Images
cânica.
V. GIANNELLA/
• Solicite aos alunos que
pesquisem outras forma-
ções de relevo de elevada
altitude, localizadas em
regiões intertropicais e
que também possuem o
cume recoberto de gelo.
142
142
Capítulo 5
Os efeitos da continentalidade e da maritimidade estão diretamente relacionados • Comente com os alunos
que Ilhéus (BA) e Cuiabá
à proximidade ou não de vastas superfícies hídricas, como os mares e os oceanos.
(MT) encontram-se em
O efeito da continentalidade acontece em áreas afastadas das grandes massas de latitudes semelhantes.
água, onde a temperatura do ar se aquece e se resfria mais rapidamente. Em decor- Portanto, o clima, que
rência disso, nessas áreas há uma maior variação da temperatura, como em Cuiabá, poderia ser igual, muda
no estado do Mato Grosso. devido à influência de
outros fatores, inclusive
O efeito da maritimidade ocorre em áreas próximo a mares e oceanos, onde as
da continentalidade e da
águas se aquecem e se resfriam mais lentamente. Como consequência, nessas áreas, maritimidade.
a variação da temperatura é menor, como se verifica em Ilhéus, no estado da Bahia.
• Faça questionamentos
Veja no mapa abaixo a localização de Cuiabá, no interior do continente, e de Ilhéus, sobre o efeito da con-
no litoral. tinentalidade e da ma-
ritimidade, tomando o
contexto do lugar onde
Cuiabá (MT) e Ilhéus (BA) vivem. Traga um mapa
político do Brasil para a
E. Cavalcante
N
sala de aula e, conside-
O L
rando a localização do
RR AP S
município onde moram,
Equador
0º
questione qual dos efei-
tos exerce maior influ-
ência sobre o clima que
AM MA CE
PA RN atua localmente.
PI PE
PB
• Caso vivam em um
AC município litorâneo, uti-
AL
RO TO lize as características da
SE
MT BA pequena amplitude tér-
Cuiabá mica registrada. O inver-
DF Ilhéus
GO
so pode ser verificado,
ou seja, uma amplitude
MG
MS ES térmica mais elevada,
SP
caso vivam em um mu-
RJ nicípio distante do litoral.
Trópico de Ca
PR pricórnio • Depois da contextua-
SC lização proposta, procu-
OCEANO re avaliar se os alunos
RS compreenderam os efei-
ATLÂNTICO
Fonte: IBGE. Atlas
geográfico escolar.
tos da continentalidade
OCEANO
PACÍFICO
0 410 km
7. ed. Rio de Janeiro, e da maritimidade, com
50º O 2016. p. 90. base no exemplo do mu-
nicípio onde vivem e, se
Como se calcula a amplitude térmica necessário, realize ou-
Em geral, a temperatura do ar atmosférico, em um determinado lugar, varia du- tras exemplificações.
rante o dia e a noite. Em grande parte da superfície terrestre, durante o dia as tem-
peraturas registradas são mais elevadas que as da noite.
Para sabermos a variação da temperatura em um determinado lugar basta verificar a
diferença entre a temperatura máxima e a temperatura mínima registradas nesse lugar,
em um determinado período de tempo. A essa diferença de temperatura, em um deter-
minado local, em determinado espaço de tempo, dá-se o nome de amplitude térmica.
143
143
Paralaxis/Alamy/Fotoarena
do facilmente em lojas
de utilidades domésti-
cas ou de artigos para
turistas. Caso os alunos
não disponham de um
termômetro, organize Cuiabá, no estado de Mato
um rodízio, em que cada Grosso, é um município onde se
um leva o termômetro verifica o efeito da
providenciado para casa continentalidade, por estar longe
de grandes massas de água.
em um determinado dia,
Localizado na latitude 15o S,
para que as medições se- apresenta amplitude térmica
jam realizadas e trazidas anual de 12 oC, com 33 oC de
para serem confrontadas média máxima e 21 oC de média
pela turma. mínima anuais. Ao lado, vista do
município de Cuiabá (MT), 2018.
Vinicius Tupinamba/Shutterstock.com
No município de Ilhéus, no
estado da Bahia, por ser
litorâneo, verifica-se o efeito da
maritimidade. Localizado na
latitude 14o S, apresenta
amplitude térmica anual de 7 oC,
com 28 oC de média máxima e
21 oC de média mínima anuais.
Ao lado, vista do município de
Ilhéus (BA), 2018.
144
144
Capítulo 5
A pressão atmosférica pode ser definida como o peso que o ar exerce sobre qual-
• Comente com os alu-
nos que as pessoas que
quer lugar da superfície terrestre. Assim, tudo o que existe na superfície do planeta, não estão acostumadas
como construções, automóveis, vegetação e inclusive nós, seres humanos, sofre a a viver em lugares com
ação da pressão atmosférica. altitudes elevadas, acima
A pressão do ar não é a mesma em todos os lugares da superfície terrestre, pois de 2 800 metros acima
ela pode variar de acordo com a temperatura e a altitude. do nível do mar, ao via-
jar para cidades como
Em lugares onde a temperatura é baixa, como nas regiões polares, as moléculas La Paz (Bolívia), Cusco
que compõem os gases da atmosfera se comprimem, tornando o ar mais denso e (Peru) e Quito (Equador),
com maior pressão. muitas vezes são acome-
Em situações opostas, como nas áreas de temperaturas elevadas, as moléculas dos tidas pela hipobaropatia,
gases que compõem o ar se expandem, tornando o ar menos denso e com pressão menor. mais conhecida como
Agora, veja no esquema abaixo como a pressão atmosférica varia de acordo com a “mal de altitude”. Esse
mal-estar é um distúrbio
altitude.
causado pela baixa pres-
Molécula: representa tanto a estrutura como
Altitude e pressão atmosférica também as propriedades de uma substância que é
são parcial de oxigênio,
formada pela ligação de um ou mais átomos. levando a sua baixa di-
fusão nos pulmões, com
Altitude (em metros)
4 000 diferentes sintomas em
nosso organismo: dor de
Nas regiões de altitudes
Coluna de ar elevadas, onde a coluna
cabeça, falta de ar, enjoo,
Luciane Mori
1 000
alta
pressão
145
145
Fonte das ilustrações: Tempo & clima. Rio de Janeiro: baixa pressão alta pressão
Abril Livros, 1995. p. 42-43. (Ciência & Natureza)
146
146
Capítulo 5
•O trabalho com o
assunto desta página
Vimos na página anterior como ocorre a formação dos ventos em escala local. No
contempla a habilidade
entanto, esse deslocamento do ar também ocorre em escala global e tem caracterís-
EF06GE03, ao propor a
ticas diferentes entre algumas porções do planeta. associação entre os mo-
O mesmo mecanismo que diferencia temperatura e pressão, atuante no desloca- vimentos do planeta e a
mento do ar em escala local, também age em escala global. Desse modo, podemos circulação da atmosfe-
identificar esse deslocamento das áreas de alta pressão para as de baixa pressão no ra global. Ainda que os
mecanismos dos ventos
globo terrestre.
locais sejam semelhan-
O deslocamento ocorre por meio de células, que são grandes correntes circulares tes aos que movem os
de vento. Essas células também originam ventos superficiais, como os ventos alísios, ventos em escala global,
os ventos de oeste e os ventos polares. os movimentos e a di-
nâmica atmosférica do
Vamos analisar no esquema abaixo a dinâmica da circulação atmosférica global. planeta são influencia-
dos pelas áreas de baixa
Dinâmica global da atmosfera e alta pressão do globo.
célula polar
Orientações gerais
Ventos polares: • Realize com os alunos
deslocam-se a partir dos célula a leitura do texto acom-
polos em direção às regiões de Ferrel
de baixas latitudes.
panhada da observação
da ilustração.
Ventos alísios:
deslocam-se dos trópicos • Para acompanhar em
para a região equatorial. célula tempo real as condições
de Hadley
Gary Hincks/SPL/Latinstock
O efeito de Coriólis
Outros fatores interferem na circulação atmosférica global, como o movimento de rotação da
Terra, que atua na circulação dos ventos atmosféricos globais. A força do movimento rotacional
do planeta, de oeste para leste, muda a trajetória desses ventos em relação à superfície,
recebendo o nome efeito de Coriólis.
O efeito de Coriólis também atua na direção de furacões e tempestades de grandes
dimensões, em que volumosas massas de ar em movimentos circulares giram em sentido
horário no Hemisfério Sul e anti-horário no Hemisfério Norte.
147
147
148
Orientações gerais
g20_ftd_lt_6vsg_c5_p138a149.indd 148 10/15/18 4:55 PM g20_
• Leia o texto a seguir, que descreve a antiga técnica de Pesquisa obtém água com ‘coletor de névoa’
coleta de água pelos povos que vivem no Atacama. Essa no deserto chileno do Atacama
técnica é utilizada pelos antigos habitantes locais e é efi- [...]
caz para suprir as necessidades na atualidade. Como já fizeram antes as comunidades indígenas, na re-
gião chilena do Atacama o deserto mais árido do mundo é
alvo do recolhimento das gotas de sua camanchaca, a névoa
148
Capítulo 5
O vapor de água contido na atmosfera, ao ser aquecido pelos raios solares, torna-se • Existem diferentes fe-
nômenos relacionados
menos denso e se eleva. Em elevadas altitudes, o vapor de água se resfria e conden- à condensação da água
sa-se, formando as nuvens. presente na atmosfera,
Quando as nuvens se tornam saturadas de água, ocorrem as precipitações na for- além dos apresentados,
ma de chuva (estado líquido), neve ou granizo (estado sólido). como o orvalho e a gea-
da. É do que trata o texto
• Neve: forma-se quando o vapor de água, que se eleva e forma nuvens, encontra a seguir.
temperaturas muito baixas e se congela, transformando-se em cristais de gelo. [...]
Esses cristais precipitam-se na forma de flocos de gelo, chamados neve. O orvalho é a condensa-
ção do vapor d’água sobre
uma superfície cuja tem-
Stefy Morelli/Shutterstock.com
Saturado:
tornar-se peratura tenha se reduzido
cheio, pelo resfriamento radiati-
encher ao vo até abaixo da tempera-
máximo. tura de ponto de orvalho
do ar em contato com ele.
Há dois processos de
formação do orvalho. O
primeiro é aquele em que,
sob condições calmas, o
vapor d’água difunde-se
para cima, a partir do so-
lo, para a superfície ex-
A fotografia ao
lado mostra
posta e em processo de
precipitação de
congelamento, tal como
neve em Turim, a grama em contato com
Itália, 2018. ele, e aí se condensa.
O segundo é aquele em
• Granizo: forma-se quando as gotas de água, carregadas pelos ventos para as que, sob condições de ven-
to fraco, acontece a trans-
porções mais elevadas das nuvens onde as temperaturas são mais baixas, trans-
ferência turbulenta para
formam-se em cristais de gelo. Ao se juntarem, os cristais de gelo tornam-se baixo de vapor d’água da
cada vez maiores até precipitarem-se e atingirem a superfície terrestre na forma atmosfera para a superfí-
de pedras de gelo. cie fria. Isto é conhecido
como “orvalhada” e ocor-
re menos comumente do
GeorgeVieiraSilva/Shutterstock.com
costeira que cobre durante a madrugada estes céus límpidos. acumular, gota a gota, o precioso líquido.
Os “coletores de névoa” são telas de polipropileno insta- [...]
ladas entre dois postes que se erguem sobre locais áridos PESQUISA obtém água com ‘coletor de névoa’ no deserto chileno do
do deserto do Atacama como cartazes publicitários. As go- Atacama. G1, 6 maio 2016. Disponível em: <http://g1.globo.com/natureza/
noticia/2016/05/pesquisa-obtem-agua-com-coletor-de-nevoa-no-deserto-
tas d’água da camanchaca se condensam na malha, antes mais-arido-do-mundo.html>. Acesso em: 14 set. 2018.
de deslizarem para os recipientes localizados abaixo para
149
Ilustrações: E. Cavalcante
folhas. O vaso deve ficar
localizado em um local
exposto ao sol e ao calor.
Evite fazer o experimen-
to em dias nublados.
• Cerca de uma hora de-
pois, mostre aos alunos
o resultado: a superfície
interna do saco plástico
deverá conter gotículas
de água, pois o vapor
de água eliminado pe- N N
las folhas se condensou, O L O L
transformando-se em 0 590 km
S
0 590 km
S
líquido, ou seja, a planta
Fonte dos mapas: GIRARDI, Gisele; ROSA, Jussara Vaz. Atlas geográfico do estudante. São Paulo: FTD, 2016. p. 62.
retém umidade e a libera
para a atmosfera. • Observando os mapas e o quadro acima, qual(is) massa(s) de ar atua(m) durante
• Proponha uma refle- o verão no estado onde você mora? E durante o inverno? Resposta pessoal. Auxilie-os a
xão com os alunos sobre identificarem no mapa as massas de ar que atuam no estado onde moram, tanto no verão quanto no inverno.
a atuação desse fenô- 150
meno em grandes áreas
de formações vegetais,
como a Floresta Ama-
zônica. Assim os alunos g20_ftd_lt_6vsg_c5_p150a159.indd 150 10/16/18 8:17 AM g20_
poderão relacionar com
o tema das páginas 148
e 149, sobre umidade e
precipitação.
150
Capítulo 5
cida por frente. • Acompanhe a leitura
De acordo com o tipo de massa de ar, existe uma frente específica: e observe a sequência de
imagens de satélite e o
• frente quente: forma-se quando uma massa de ar quente avança sobre uma deslocamento da massa
massa de ar frio; de ar, principalmente na
• frente fria: forma-se quando uma massa de ar frio avança sob uma massa de porção sul do Brasil.
ar quente. • Para complementar o
Normalmente, a chegada de uma massa de ar a um lugar causa intensas transfor- estudo desse tema, peça
aos alunos que realizem
mações nas condições meteorológicas, caso, nesse lugar, esteja atuando uma massa
uma pesquisa em jor-
de ar com características diferentes da que está chegando. Uma frente fria, por nais, revistas ou na in-
exemplo, ao chegar em uma região onde há uma massa de ar quente provoca, geral- ternet sobre a chegada
mente, o aumento de ventos e a ocorrência de chuvas, seguidos, mais tarde, de sen- de massa de ar na região
sível queda da temperatura e diminuição da frequência das chuvas. onde moram, ou em al-
As imagens abaixo retratam a sequência de deslocamento de uma massa de ar guma região que preten-
dam visitar.
frio por uma porção do Brasil, durante três dias do mês de agosto, no ano de 2018.
• Solicite aos alunos que
Dia 01/08/2018 Dia 02/08/2018 escrevam as possíveis
mudanças no tempo at-
1 2 mosférico em decorrên-
cia da aproximação des-
sa massa de ar. Depois,
peça a eles que apresen-
tem sua pesquisa aos
colegas. Caso considere
interessante, realize a
pesquisa sugerida em
grupos de, no máximo,
quatro alunos.
• Os alunos podem en-
contrar essas informa-
ções nas previsões de
tempo disponíveis em
jornais ou em sites es-
pecializados em tempo
Dia 03/08/2018 e clima, como o Centro
Ao analisar as imagens 1 a 3, se necessário, de Previsão de Tem-
3 consulte o mapa da página 254. po e Estudos Climáti-
1 No dia 1o, uma massa de ar polar começa a cos (CPTEC). Veja mais
se deslocar da Argentina em direção ao em Previsão do tempo.
Brasil. CPTEC (Centro de Previ-
são de Tempo e Estudos
2 No dia 2, a massa de ar atingiu a porção
Climáticos). Disponível
sul do Brasil.
em: <http://livro.pro/
3 No dia 3, a mesma massa de ar desloca-se ruakdw>. Acesso em:
em direção ao oceano Atlântico. 14 set. 2018.
Fotos: CPTEC/INPE
151
151
Orientações gerais
o vídeo disponível no
site a seguir, que mos- 3
boia
Pulsar Imagens
152
Capítulo 5
em um determinado momento e lugar. Quando dizemos frases como: “Hoje o dia • Comente com os alu-
está frio e chuvoso.” ou, então, “Ontem o dia estava quente e ensolarado.”, esta- nos que na agricultura,
mos caracterizando o tempo atmosférico, e não o clima. por exemplo, a previsão
do tempo é fundamental
• O clima corresponde ao conjunto das condições do tempo atmosférico de um
para o planejamento dos
lugar, registradas em um período mínimo de 30 anos. Desse modo, para identi-
melhores períodos para
ficar o clima de uma região, é necessário que, ao longo desse período, sejam o plantio ou a colheita de
registradas as condições do tempo atmosférico, principalmente a temperatura e lavouras.
a precipitação. Com base nesses registros, identifica-se o tipo de clima atuante.
• Comente com os alu-
nos que existem ou-
Apostando na previsão do tempo tros dizeres populares
como “Sapo coaxando,
Por muito tempo, as pessoas interpretavam situações do dia a dia buscando prever a
sol chegando”, “Ossos
ocorrência de fenômenos atmosféricos. Exemplos disso são dizeres populares como: “Andorinha
voando baixo: tempo chuvoso” e “Andorinha voando alto: tempo ensolarado”. quebrados doendo, sinal
de mau tempo”. Como
Atualmente, temos acesso às previsões de tempo atmosférico em diferentes meios de
curiosidade, sugerimos
comunicação, como jornais, rádios, televisão e internet. Essas previsões são realizadas pela
o acesso ao site a se-
Meteorologia, ciência que estuda os fenômenos atmosféricos, e são baseadas em dados e
informações capazes de prever o tempo atmosférico com pequena margem de erro.
guir. É um blog de uma
meteorologista que tem
A previsão do tempo tem colaborado consideravelmente com o trabalho de muitas pessoas, como objetivo divulgar
pois, por meio dela, é possível saber com antecedência sobre a ocorrência de chuvas, de dias
a meteorologia de forma
ensolarados, de períodos de calor ou de quedas bruscas de temperatura. Para prever as
mais fácil para adultos e
condições do tempo são realizadas medições diárias da temperatura atmosférica, da umidade do
ar, da pressão e da circulação dos ventos e das massas de ar. A imagem a seguir mostra, de crianças. Nessa página
maneira esquemática, como essas informações são coletadas. você poderá encontrar
expressões populares de
alguns países europeus.
1 Os satélites meteorológicos capturam imagens da atmosfera > Ditados e expressões
terrestre durante o dia todo. Por meio das imagens, os me- populares relacionados
teorologistas analisam a movimentação das massas de ar de com Meteorologia de al-
nosso planeta. guns países europeus.
2 Os balões e aviões meteorológicos e as radiossondas possuem Metrópole. Disponível
sensores que coletam dados em grandes altitudes. em: <http://livro.pro/
3 Há, também, estações meteorológicas nos continentes e as boias gvdt6a>. Acesso em: 14
meteorológicas no mar, que coletam informações como tempera- set. 2018.
tura, pressão do ar, umidade e direção dos ventos.
153
153
CPTEC
No site é disponibilizada a previsão do tempo atmosférico dos municípios brasileiros.
Aproveite e consulte o tempo atmosférico do município onde você mora.
<http://livro.pro/e76gn2>. Acesso em: 16 ago. 2018.
154
Material digital
g20_ftd_lt_6vsg_c5_p150a159.indd 154 10/15/18 5:00 PM g20_
154
Capítulo 5
em seu caderno. • Auxilie os alunos na
identificação das tem-
Cairo (Egito) peraturas máximas e
mínimas aproximadas,
registradas nos climo-
Precipitação (mm) Temperatura (°C) gramas da cidade do
300 30 Cairo (Egito) e de Barce-
lona (Espanha). Localize,
250 25 também, essas cidades
em um planisfério.
200 20 • Chame a atenção dos
alunos para os indica-
150 15 dores de precipitação e
temperatura dos climo-
100 10 gramas representados
nesta página. Explique
Fonte: WMO (World que a escala de preci-
50 5 Meteorological pitação do climograma
Organization). World
Weather Information do Cairo e de Barcelona
0 0 Service. Disponível em: é marcada de cinquenta
J F M A M J J A S O N D <http://worldweather.
Meses wmo.int/en/city.
em cinquenta milíme-
html?cityId=248>. tros e que a temperatura
Acesso em: 12 mar. 2018. é marcada de cinco em
cinco graus Celsius. Ve-
rifique se os alunos per-
Barcelona (Espanha) cebem que o volume de
chuvas no Cairo é consi-
Precipitação (mm) Temperatura (°C) deravelmente inferior ao
de Barcelona.
300 30
• Faça o mesmo com as
escalas de temperatura
250 25 dos dois climogramas,
certificando-se de que
200 20 os alunos perceberam
que a temperatura do
150 15 Cairo é aproximadamen-
te 5 °C mais alta que a de
100 10 Barcelona.
Fonte: WMO (World
50 5 Meteorological
Ilustrações: Keithy Mostachi
Organization). World
Weather Information
0 0 Service. Disponível em:
J F M A M J J A S O N D <http://www.worldweather.
org/en/city.
Meses html?cityId=1232>.
Acesso em: 12 mar. 2018.
155
a ) Qual é a amplitude térmica desses municípios? Porto Velho: 16o C, Maceió: 10o C.
b ) Qual cidade apresentou maior amplitude térmica? Porto Velho.
c ) Explique a influência exercida pelos efeitos da continentalidade e da maritimi-
dade na diferença de amplitude térmica dos municípios indicados no mapa.
6. Leia a manchete abaixo:
156
156
Capítulo 5
a ) De acordo com o que você estudou, a manchete está informando sobre mu- Telejornal
danças no tempo atmosférico ou no clima? Ela informa mudanças no Objetivos
tempo atmosférico.
b ) No caderno, elabore um texto do tipo manchete de jornal, que retrate uma • Pesquisar informações
mudança no tempo atmosférico. Resposta pessoal. Verifique se a manchete elaborada pelos sobre previsão do tempo.
alunos está coerente com a atividade proposta.
7. O mapa abaixo mostra a previsão do tempo atmosférico para o território brasi-
• Utilizar a linguagem
corporal e sonora para
leiro em 25 de agosto de 2018. Observe-o e responda às questões a seguir. compartilhar informa-
ções.
Previsão do tempo para o Brasil, 25/08/2018 a ) Aproveite o mapa
apresentado na ativida-
E. Cavalcante
N
Boa Vista
26 ºC /35 ºC
O L
de 7 e promova uma si-
Macapá
25 ºC /33 ºC
S
mulação de telejornal na
Belém São Luís
Fortaleza
qual os alunos devem
24 ºC /32 ºC
Manaus
24 ºC /30 ºC 23 ºC /31 ºC realizar a apresentação
25 ºC /36 ºC Natal
23 ºC /30 ºC de previsão do tempo.
Teresina João Pessoa
22 ºC /37 ºC 22 ºC /28 ºC b) Para isso, divida a sala
Porto Velho
23 ºC /32 ºC
Recife
22 ºC /28 ºC
em grupos e explique
Palmas
Rio Branco 24 ºC /36 ºC Maceió
23 ºC /28 ºC
que cada equipe deverá
20 ºC /35 ºC
Aracajú
23 ºC /28 ºC
apresentar a previsão do
Possibilidade de
Brasília
Salvador tempo atmosférico de
Cuiabá 22 ºC /29 ºC
pancadas de chuva
22 ºC /25 ºC 18 ºC /30 ºC
18 ºC /30 ºC uma capital estadual.
Pancadas de chuva à tarde
Belo Horizonte c ) Se julgar pertinente,
Pancadas de chuva
Campo Grande 15 ºC /28 ºC Vitória auxilie os alunos a bus-
Parcialmente nublado 14 ºC /21 ºC 21 ºC /29 ºC
Predomínio de sol Rio de Janeiro car informações atuais
Chuvas periódicas
São Paulo 19 ºC /29 ºC
16 ºC /25 ºC
na internet, apontando
Curitiba novamente para a im-
12 ºC /18 ºC Fonte: CPTEC (Centro de
Florianópolis Previsão de Tempo e portância de se certifica-
13 ºC / 21 ºC
Porto Alegre
Estudos Climáticos). rem da credibilidade da
Disponível em: <http://
10 ºC / 15 ºC
tempo.cptec.inpe.br/>.
informação, dando pre-
0 490 km
Acesso em: 23 ago. 2018. ferência aos sites com
extensão .org ou .gov.
a ) Qual capital estadual apresentou a temperatura mínima mais baixa prevista
nesse dia? Porto Alegre, no Rio Grande do Sul.
b ) Qual capital estadual apresentou a temperatura máxima mais elevada?
Teresina, no Piauí.
c ) Imagine que você tenha um amigo que mora em Recife, no estado de Pernam-
buco. Em 25/08/2018 ele pretende ir à praia, acreditando que poderia aproveitar
o dia todo de sol. De acordo com o mapa, seu amigo está certo? Por quê?
d ) Elabore um texto narrativo descrevendo a previsão do tempo para a capital do
estado onde você mora, para o dia 25 de agosto de 2018, de acordo com esse
mapa. Resposta pessoal. Verifique se o texto elaborado pelos alunos está coerente com a atividade
proposta.
7. c) Ele não está certo. De acordo com a previsão do tempo atmosférico haverá pancadas
Pesquisando de chuva em Recife para esse dia.
8. Pesquise em jornais ou na internet o mapa da previsão do tempo atmosférico
para o Brasil de algum dia do mês. Após a leitura do mapa, elabore um texto
descrevendo as condições do tempo para seu estado, informando se o dia estará
chuvoso, nublado ou com predomínio de Sol, e as temperaturas máxima e míni-
ma previstas. Traga o resultado da sua pesquisa para a sala de aula e apresen-
te-a para seus colegas. Resposta pessoal. Verifique se os alunos elaboraram textos adequados à
previsão do tempo, de acordo com o material pesquisado.
157
157
• Auxilie os alunos na
leitura e interpretação Existem vários tipos de clima no mundo, e cada um tem características diferentes.
dos climogramas desta Alguns climas apresentam, em geral, temperatura e umidade elevadas, sendo consi-
página e da seguinte. Le- derados quentes e úmidos. Outros apresentam temperatura e umidade baixas, e são
ve-os a perceber que os considerados frios e secos. Fatores como latitude, altitude, continentalidade e mari-
climogramas apresen-
timidade, já estudados nas páginas 142 e 143, influenciam nas características dos
tam graduações de tem-
peraturas e precipitações climas da Terra.
diferentes. Veja a seguir a distribuição dos principais tipos Climas do mundo
• Explique que os eixos de climas no mundo e suas características mais
dos climogramas exibi- marcantes.
dos nessas páginas não
apresentam a mesma Edmonton (Canadá) 1
demarcação de valores.
Clima frio: os períodos de
Comente que essa varia- verão são curtos e os invernos
1
ção de valores é bastante são rigorosos, com
comum, a qual ocorre em temperaturas baixas e intensa
virtude da variação entre precipitação de neve.
2
as médias de tempera- Precipitação (mm) Temperatura (°C)
200 20
tura e de precipitação de
cada local e da necessi- 150 10
dade de melhorar a re- 100 0
E. Cavalcante
presentação gráfica das 3
–10
informações. 50
4
0 –20
J F M A M J J A S O N D
Meses
160 20
Clima equatorial: é caracterizado pela
120 15 grande quantidade de chuvas durante Petrolina (Brasil) 4
80 10 o ano todo e, também, por apresentar
Clima semiárido: caracteriza-se
40 5 temperaturas médias elevadas,
por longos períodos de seca e
0 0
superiores a 20 oC ao longo do ano.
J F M A M J J A S O N D períodos com poucas chuvas,
Precipitação (mm) Temperatura (°C)
Meses acompanhados de
350 35
temperaturas médias elevadas.
300 30
250 25
200 20
Fontes dos climogramas: WMO 150 15
(World Meteorological Organization).
World Weather Information Service. 100 10
Disponível em: <http://worldweather. 50 5
wmo.int/en/city.html?cityId=1237>.
CLIMATEMPO. Climatologia. 0 0
Disponível em: <www.climatempo. J F M A M J J A S O N D
com.br>. Acesso em: 14 mar. 2018. Meses
158
158
Capítulo 5
120 30
Clima mediterrâneo:
100 25 Clima temperado: tem as • Após o estudo destas
apresenta invernos 80 20 quatro estações do ano bem páginas, avalie a com-
úmidos e verões 60 15 definidas. Os verões são preensão dos alunos so-
quentes com baixo quentes e os invernos bre as relações dos com-
40 10
rigorosos, com temperaturas
volume de
20 5 ponentes físico-naturais
precipitação. baixas e frequente precipitação
0 0 de neve.
como temperatura e pre-
J F M A M J J A S O N D
Meses cipitação para a definição
Precipitação (mm) Temperatura (°C)
120 30
das condições climáticas.
100 25
Para isso, os alunos de-
80 20
vem se dividir em du-
60 15
plas para analisarem os
climogramas apresenta-
8 40 10
20 5
dos. Com base em cada
9 0 0
um dos climogramas de-
J F M A M J J A S O N D
Meses
vem responder às ques-
7 tões a seguir.
> Quais são os meses que
10 Tiksi (Rússia) 8
registram maior volume
6 Clima polar: na maior parte do de chuvas? E em quais
ano, as temperaturas são muito meses registra-se o me-
5 baixas, em geral abaixo de 0 oC,
nor volume de chuvas?
apresentando pouca umidade.
Nestas regiões, as precipitações > Quais são os meses em
ocorrem principalmente em que as temperaturas se
forma de neve. mantêm mais elevadas? E
Precipitação (mm) Temperatura (°C) em quais meses elas per-
50 10
manecem mais baixas?
40 0
30 –10
20 –20
10 –30
0 – 40
J F M A M J J A S O N D
Meses
Fonte: IBGE.
Atlas geográfico
km escolar. 7. ed. Rio Ulan Bator (Mongólia) 7
de Janeiro, 2016. p. 58.
Clima desértico: caracteriza-se por ser
Bangalore (Índia) 5 Lhasa (Tibete – China) 6 extremamente seco durante a maior
parte do ano, sendo quente durante o
Clima tropical: tem como Clima de altas montanhas: ocorre dia e muito frio à noite. Existem climas
característica marcante o em áreas de elevada altitude, com desérticos com temperaturas médias
verão e o inverno bem verões curtos e invernos longos, elevadas, e também desertos frios,
definidos, ou seja, inverno seco apresentando temperaturas com temperaturas abaixo de 0 ° C em
e verão úmido e quente. baixas praticamente o ano todo. vários meses do ano.
Ilustrações: E. Cavalcante
159
159
E. Cavalcante
Ocorre em grande parte da
mas identificados em ca-
porção norte do país. Esse
da uma delas. clima é influenciado pelas
massas de ar equatorial
continental quente e úmida, e
pela presença da densa
Floresta Amazônica e de sua
vasta rede hidrográfica.
Apresenta temperaturas
elevadas, com médias de 25 oC,
e chuvas abundantes durante a
maior parte do ano.
As temperaturas permanecem
elevadas ao longo do ano,
com médias de 22 oC. As
chuvas são abundantes no
verão, e o inverno é seco.
Esse clima é influenciado
pelas massas de ar tropical
continental, equatorial
continental, tropical marítima
e pelas massas de ar polares,
no inverno.
Amazônia: Um caminho
para o sonho.
M. C. Jachnkee. São Paulo:
Independente, 2011.
O livro narra a história de
cinco jovens que embarcam
em uma viagem para a
região amazônica. Lá eles
se encantam com os
aspectos naturais da
região, como o clima, os
mistérios, a cultura e o
meio ambiente amazônico. N N
160
160
Capítulo 5
1. Qual(is) tipo(s) de clima atua(m) no estado onde você mora?
• Para trabalhar de for-
ma lúdica com os alu-
Resposta pessoal. Verifique se os alunos identificaram no estado o tipo de clima atuante nele.
2. Converse com os colegas e com o professor sobre as características do clima do nos sobre as condições
lugar onde vocês moram. Resposta pessoal. Verifique se as considerações dos
alunos estão coerentes com a atividade proposta.
climáticas, sugerimos o
acesso ao site indicado a
seguir. Nesse site estão
disponíveis histórias em
quadrinhos sobre dife-
rentes condições climáti-
cas, experiências que os
alunos podem fazer em
Clima semiárido: casa e na escola, assim
Quente e seco com chuvas como consultar a previ-
concentradas em alguns são do tempo.
meses do ano e longos
> Clima Kids Turma
períodos de estiagem,
apresentando temperaturas da Mônica. Disponível
médias superiores a 26 oC. em: <http://livro.pro/
Recebe influência tanto das p88keg>. Acesso em: 14
massas de ar equatoriais set. 2018.
quanto tropicais marítimas
e, ocasionalmente, de
massas de ar polares.
Clima subtropical:
Apresenta verões quentes por
conta da influência das
massas de ar tropical marítima
e tropical continental, com
temperaturas que alcançam
30 oC. O inverno é
influenciado pela massa de
ar polar marítima, que torna
as temperaturas mais baixas,
muitas vezes com ocorrência
de geada e neve em algumas
localidades. As chuvas são
bem distribuídas ao longo do
ano.
161
161
R R/Shutterstock.com
alunos que pesquisem
em livros, revistas e na
internet textos, fotogra-
fias ou ilustrações que
mostrem a influência de
algum tipo de clima so-
bre as atividades huma-
nas como, por exemplo,
os povos ribeirinhos do
Brasil, os inuítes no Po-
lo Norte e os moken no
sudeste da Ásia. Entre os
aspectos que podem ser
pesquisados, temos os
hábitos alimentares, os
tipos de moradia e ves-
tuário, as técnicas uti- Na fotografia acima, podemos observar pessoas com roupas apropriadas para enfrentar as baixas
lizadas para se adaptar temperaturas registradas em Sófia, Bulgária, 2018.
às condições climáticas
O modo como nos vestimos está relacionado com o clima do lugar onde moramos.
etc. Peça aos alunos que
apresentem aos demais Em regiões de clima polar, por exemplo, é necessário o uso de roupas grossas para
colegas as informações manter o corpo aquecido.
que obtiveram em suas Devido ao clima quente e chuvas escassas ao longo do ano, no Mali, país do continen-
pesquisas. te africano, existem moradias construídas com barro e sem telhados inclinados, pois não
• Aproveite a oportu- há necessidade de escoamento da água das chuvas em razão da escassez de precipitação.
nidade para incentivar
ações de valorização e
Souleymane Ag Anara/AFP
respeito às diferentes
identidades dos povos
pelo mundo. Para que
sejamos respeitados por
nossos hábitos e costu-
mes, é necessário que
também respeitemos os
demais. Esse tema pos-
sibilita um trabalho com
o tema contemporâneo
Diversidade cultural.
• Com este trabalho
podem ser desenvol-
vidas as habilidades
EF06GE06 e EF06GE07
podem ser desenvolvi-
das com estes conteú- Na fotografia, um conjunto de casas de telhado reto em Gao, Mali, 2018.
dos, pois os alunos serão
capazes de identificar 162
nas paisagens as trans-
formações realizadas
pelo trabalho humano
buscando adequar-se às g20_ftd_lt_6vsg_c5_p160a171.indd 162 10/15/18 5:10 PM g20_
162
Capítulo 5
guns meses do ano, as moradias são construídas com telhados bem inclinados para O clima e os modos
evitar o acúmulo de neve sobre elas durante esses períodos. de vida
Objetivos
• Compreender a influ-
DJ Cockburn/Shutterstock.com
c ) Organize com eles al-
gumas perguntas que
poderão fazer para os
entrevistados. Peça que
tragam a entrevista para
a sala de aula e proponha
que conversem com os
colegas sobre o tema.
d) Esta atividade possi-
bilita um trabalho com o
tema contemporâneo Vi-
da familiar e social, ao
estimular o convívio fa-
miliar e com diferentes
pessoas do bairro e da
cidade.
163
163
Orientações gerais
Floresta pluvial tropical Temperaturas elevadas e grande precipitação durante todo o ano. Jacarandá e mogno.
Vegetação do tipo caducifólia,
Floresta temperada Clima temperado.
como a faia, o carvalho e a sequoia.
Regiões próximas às zonas polares da Terra, onde o clima apresenta
Floresta de coníferas Pinheiros adaptados ao inverno rigoroso.
temperaturas extremamente baixas.
164
Capítulo 5
Rita Barreto/Fotoarena
Desenvolve-se na porção intertropical do
• Oriente os alunos a
localizarem o Brasil no
planeta, que apresenta temperaturas elevadas e mapa e a identificarem
grande precipitação durante todo o ano. Suas as formações vegetais
florestas são densas e ricas em biodiversidade. existentes no país. Veri-
Os jacarandás e o mogno são espécies comuns fique se os alunos con-
nessas florestas. cluem que uma grande
parte do Brasil é coberta
A Floresta Amazônica (na América do pela vegetação de Flo-
Sul), a Floresta de Bornéu (na Ásia) e a Flo- resta pluvial tropical e
resta do Congo (na África), embora também outra pela vegetação de
recebam o nome de florestas equatoriais, são Savana (Cerrado).
exemplos de florestas tropicais.
Floresta tropical no estado do Amazonas (AM), 2016.
Floresta temperada
Tundra
Ray Bulson/Alamy/Fotoarena
Desenvolve-se em regiões de clima polar
no curto período do verão, quando ocorre o
degelo de algumas áreas. Caracteriza-se co-
mo uma vegetação rasteira, composta basi-
camente por musgos, plantas herbáceas e
liquens.
Biodiversidade: termo utilizado para se referir à grande diversidade biológica, ou seja, variedade de espécies
vivas existentes em uma área.
Caducifólia: tipo de planta que perde suas folhas na estação fria ou no período de seca. Esse tipo de vegetação é
comum nas florestas do leste da América do Norte, no leste da Ásia e no oeste da Europa.
Líquen: grande grupo de organismos originados da união de algas e fungos. Os liquens podem crescer em rochas
e troncos de árvores.
Planta herbácea: vegetal de pequeno porte cujo caule e ramos são verdes e flexíveis.
165
:10 PM
Formação vegetal
g20_ftd_lt_6vsg_c5_p160a171.indd 165
Características climáticas Espécies vegetais encontradas
10/15/18 5:10 PM
Tundra Clima polar no curto período do verão. Musgos, plantas herbáceas e liquens.
Savana Clima tropical típico, com uma estação seca e outra chuvosa. Gramíneas e capins.
Estepes são encontradas em regiões de clima semiárido,
Estepe e pradaria Gramíneas, arbustos e plantas herbáceas.
já as pradarias, em áreas de clima mais úmido.
Vegetação do deserto Clima árido. Cactos.
165
Zoonar GmbH/Alamy/Fotoarena
• Uma estratégia para sobre Fatores do clima e vegetação.
vídeo curta-metragem
Vegetações constituídas de gramíneas, ar-
que apresenta imagens
acompanhadas de textos bustos e plantas herbáceas, encontradas princi-
explicativos. palmente nas zonas temperadas do planeta. A
diferença entre essas vegetações é que as estepes
são encontradas em regiões de clima semiárido, já
as pradarias, em áreas de clima mais úmido. Ge-
ralmente, nas áreas de pradarias são desenvolvi-
das atividades pecuárias, pois a vegetação serve
como pastagem natural. No sul do Brasil, esse ti-
po de vegetação é denominado pampa.
Vegetação de pradaria em São Borja (RS), 2017.
Deserto
Edwin Remsberg/Alamy/Fotoarena
166
166
Capítulo 5
Formações vegetais e a ação humana • Aproveite esse mo-
Atualmente, as áreas originais das formações vegetais, mostradas no mapa da página 164, mento para trabalhar o
encontram-se bastante alteradas. Veja no planisfério a seguir as áreas alteradas das formações tema contemporâneo
vegetais do planeta e algumas causas da devastação em determinados países do mundo. Educação ambiental,
apontando para a im-
portância da preserva-
Formações vegetais e áreas ção e da conservação do
alteradas pelo ser humano ambiente natural para a
manutenção da vida no
planeta. Leve-os à re-
flexão sobre as causas
1
do desmatamento e ex-
4 plique que a devastação
7 mostrada no mapa é ge-
ralmente causada pela
6
ação humana. Com base
nisso, solicite a eles que
E. Cavalcante
3
5 construam argumentos
2
para a defesa do meio
ambiente. Esse conteú-
do possibilita uma abor-
dagem da competência
específica de Ciências
Humanas 6, assim como
da habilidade EF06GE11.
0 2 680 5 360 km
167
• Comente com os alunos que o futuro das • Explique aos alunos que os eucaliptos tam- as formações vegetais e a ação humana, su-
florestas tropicais é uma preocupação para a bém formam florestas, porém não apresen- gerimos a leitura a seguir.
humanidade. O rápido crescimento dos cen- tam as mesmas características de biodiver- > MORAN, Emilio F.; OSTROM, Elinor (Org.).
tros urbanos, acompanhado do corte de árvo- sidade, assim como os habitáts para muitas
res para a extração de madeira e a criação de Ecossistemas florestais: interação homem-
espécies de animais e plantas nativas. -ambiente. Tradução: Diógenes S. Alves e Ma-
áreas de pastagem ou lavouras, vem destruin-
do vastas áreas dessa formação vegetal. • Para aprofundar seus conhecimentos sobre teus Batistella. São Paulo: Senac/Edusp, 2009.
167
mirella cosimato/
Shutterstock.com
Amazônica. Contudo, a
a habilidade EF06GE02 derrubada das castanheiras
e a competência geral 6 para a construção de estradas,
da BNCC. barragens e criação de gado
1
2
168
Orientações gerais
g20_ftd_lt_6vsg_c5_p160a171.indd 168 10/15/18 5:10 PM g20_
168
Capítulo 5
• O conteúdo desta pá-
gina permite um traba-
Muitos alimentos da floresta possuem lho com a competência
alto valor nutricional, veja. geral 8 da BNCC. Para
Calorias / Vitaminas e
a ) Você já conhecia algum desses frutos? Sa- complementar o estudo,
Fruta bia da importância que eles têm para os leia o texto a seguir.
100 g minerais
povos da floresta ou para diversas ativida- > Bacuri – É proveniente
B2, cálcio, ferro, de uma árvore alta, o ba-
Açaí 58 kcal des econômicas?
fósforo curizeiro, da família das
b) Em sua opinião, como podemos contribuir clusiáceas. O fruto tem
C, ferro, fósforo,
Bacuri 105 kcal para manter a biodiversidade da região
cálcio tamanho semelhante ao
amazônica e de outras formações vege- de uma maçã e é usado
Camu-camu 31 kcal C tais, principalmente daquelas existentes para fazer sucos, sorve-
nas proximidades de onde você vive? tes e doces. Em seu caule
Castanha do Cálcio, fósforo,
643 kcal Veja as respostas das questões nas há látex e possui uso me-
Brasil ferro
orientações ao professor. dicinal, pois apresenta
B1, B2, cálcio,
propriedades diuréticas.
Cupuaçu 49 kcal 3 Nos terrenos mais baixos, à beira de rios,
ferro, fósforo > Camu-camu – É pro-
de igarapés e em solos permanentemente
alagados, desenvolve-se uma vegetação
veniente de uma árvore
Fonte: BRASIL. Ministério da Saúde. Disponível em:
<http://189.28.128.100/dab/docs/portaldab/publicacoes/livro_ denominada mata de igapó, composta de porte médio e é a fru-
alimentos_regionais_brasileiros.pdf>. Acesso em: 1º set. 2018. basicamente por árvores, arbustos e cipós. ta que mais possui vita-
Nessas áreas, é muito comum a presença mina C até o momento,
Valentina Razumova/
Shutterstock.com
diversas maneiras como palmeiras de buriti e açaí, e
Videowokart/
para fazer chá, pois es-
alimento e também para a seringueiras, que chegam a
atingir mais de 40 metros de
tudos revelaram haver
fabricação de cosméticos.
altura. Esses terrenos são propriedades para me-
caracterizados por inundações lhorar a imunidade. É
periódicas que fertilizam o solo A vitória-régia, que pode chegar a 2 metros muito usada em produ-
com nutrientes depositados de diâmetro, é comumente utilizada na tos cosméticos antienve-
pelos rios. alimentação, em tratamentos medicinais e lhecimento.
na indústria de cosméticos.
> Açaí – tipo de palmeira
que produz um fruto rico
em ferro e muito presente
na alimentação da popu-
lação da região Norte do
Brasil. Atualmente, tem
sido amplamente comer-
cializado pelo restante do
país, consumido na for-
ma de suco ou congelado.
Também é utilizado na in-
dústria de cosméticos.
Luciane Mori
169
Integrando saberes 3. b) Resposta 2. Por que o clima é considerado o elemento natural que mais interfere no desenvol-
pessoal.
• Apresente aos alunos Incentive os
alunos a
vimento das formações vegetais? Explique, escrevendo sua resposta no caderno.
os gráficos a seguir, que pensarem 3. Compare o mapa da página 164 com o apresentado na página 167 e responda às
contêm o percentual de sobre os
benefícios das questões a seguir.
área desmatada e de re- formações
manescente florestal de vegetais a ) Identifique, no caderno, quais formações vegetais encontram-se mais alteradas.
alguns países. Esta ativi- nativas para o As florestas temperadas e a vegetação mediterrânea.
ser humano. b ) Por que é importante preservar essas formações vegetais?
dade favorece uma abor- Comente sobre
dagem da competência a relação das
formações 4. Conforme você estudou, escreva, no caderno, quais são as principais causas
específica de Ciências
Humanas 6, pois esti-
vegetais com a da devastação das formações vegetais no planeta. A atividade agropecuária, a
biodiversidade industrialização, a extração de madeira para consumo da população, a expansão urbana, a mineração etc.
mula nos alunos a cons- e com o clima,
entre outros Geografia no contexto
ciência socioambiental
aspectos.
ao incentivar a análise 5. Os climogramas abaixo representam dois tipos de climas diferentes. Observe-os
dos gráficos referentes e depois responda às questões no caderno.
ao desmatamento.
• Você poderá utilizar Copenhague (Dinamarca) Jacarta (Indonésia)
esta atividade como
complemento do conteú-
Precipitação (mm) Temperatura (°C) Precipitação (mm) Temperatura (°C)
do da página 167. 400 40 400 40
66% 80 8 80 8
Ilustrações: E. Cavalcante
0 0 0 0
J F M A M J J A S O N D J F M A M J J A S O N D
Meses Meses
China
China
Fonte: WMO (World Meteorological Organization). World Weather Fonte: WMO (World Meteorological Organization). World Weather
Information Service. Disponível em: <https://worldweather.wmo. Information Service. Disponível em: <https://worldweather.wmo.
22%
int/en/city.html?cityId=190>. Acesso em: 16 ago. 2018. int/en/city.html?cityId=310>. Acesso em: 16 ago. 2018.
23%
Keithy Mostachi
Ilustrações:
a ) Qual país possui a menor quantidade de formações extração de madeira para consumo da população, a ex-
vegetais remanescentes? pansão urbana, a mineração etc.
Fonte dos gráficos: FAO (Food d) Por que é importante preservar essas formações vegetais?
and Agriculture Organization).
Resposta: China. Resposta: Resposta pessoal. Incentive os alunos a pen-
Disponível em: <www.fao.org.br/ b) Qual país possui a menor área desmatada? sarem sobre os benefícios das formações vegetais na-
download/i2000e. pdf>. Acesso
em: 3 dez. 2014. Resposta: República do Congo. tivas para o ser humano. Comente sobre a relação das
c ) Quais as principais causas do desmatamento no mundo? formações vegetais com a biodiversidade e com o clima,
entre outros aspectos.
170
Capítulo 5
capítulo
Paraná, no ano de 2017. Sabendo que neste estado predomina o clima subtropi-
cal, como você explica a opção dos agricultores em alternar os tipos de lavouras • Comente com os alu-
em suas propriedades? Anote a resposta no caderno. nos que a realização da
autoavaliação é impor-
tante para refletir sobre
o que e como aprendeu,
Ernesto Reghran/Pulsar Imagens
171
tu
e compre-
A natureza e a
pí
Ca
ender a relação de in-
terdependência dos ele-
mentos da natureza nas
sociedade nas
paisagens terrestres.
• Relacionar o processo
de formação dos solos
paisagens
à interdependência dos
elementos da natureza.
• Compreender a influ-
ência das correntes ma-
rítimas na característica
de alguns tipos de clima.
• Compreender a dinâ-
mica básica do fenôme-
no El Niño, suas causas e
consequências.
• Identificar a relação
entre a altitude do relevo
e a vegetação.
• Observar as interações
de sociedade e natureza,
que se manifestam na
paisagem, retratadas em
pinturas ou fotografias.
• Identificar as relações
entre os elementos da
natureza e a sociedade.
• Relacionar as trans-
formações identificadas
nas paisagens à intera-
ção da sociedade com
meio natural.
• Reconhecer a utiliza-
ção da rede hidrográfica
para a geração de ener-
gia hidrelétrica e também
como vias de transporte.
• Relacionar as caracte-
rísticas do clima, do rele-
vo e dos solos à ativida-
de agrícola.
Na fotografia
podemos observar o
Mosteiro Meteora
na Grécia, 2018.
172
Orientações gerais
g20_ftd_lt_6vsg_c6_p172a183.indd 172 10/15/18 4:49 PM g20_
• Incentive os alunos a observarem a foto- alto avanço tecnológico na área de enge- • Comente com os alunos que os mosteiros
grafia e leve-os a perceber os diferentes ele- nharia civil. são espaços religiosos habitados por mon-
mentos naturais e culturais ali retratados. • Dê exemplos de construções semelhantes ges e/ou monjas. As edificações do Mostei-
• Comente com eles sobre os possíveis de- a essas no Brasil, por exemplo, a igreja da ro Meteora começaram a ser construídas no
safios encontrados para construir as edi- Penha, na cidade do Rio de Janeiro, construí- século XV. Pesquisadores estimam que as
ficações no alto do morro. Esclareça que da no alto de um morro, ou procure exemplos formações rochosas tenham começado há
construções como essas dependem de um de construções desse tipo em seu município. 60 milhões de anos pela erosão fluvial.
172
Zoran Milosavljevic/
Shutterstock.com
Como estudamos anteriormente, o relevo, o • Este estudo favore-
clima e a vegetação estão em constante inter- ce uma abordagem das
dependência, atribuindo características dife- competências específi-
rentes às paisagens. O tipo de vegetação cas de Geografia 1, 2 e 3.
Incentive os alunos a re-
encontrado em um lugar, por exemplo, é o re-
fletirem sobre a interação
sultado da interação entre clima, solo e relevo. humana com a natureza
O ser humano, por sua vez, interage com a e entre as sociedades.
natureza, criando elementos culturais e trans- Aproveite para promover
formando as paisagens de diversas maneiras. com os alunos o levan-
A construção do mosteiro da fotografia, por tamento de hipóteses
através de um diálogo
exemplo, foi realizada em um lugar de difícil
em grupo para compre-
acesso e nos mostra como o ser humano in- ender o uso e a ocupação
terfere nas paisagens. do espaço. Em conjunto
Neste capítulo, vamos estudar algumas das a esse trabalho, propicia-
relações entre o ser humano e os elementos na- -se o desenvolvimento
das competências gerais
turais, ou seja, entre a sociedade e a natureza.
Veja as respostas das questões nas 1 e 2 da BNCC, visto que
orientações ao professor. as questões e as reflexões
A Quais são os elementos naturais e propostas instigam e va-
culturais presentes na fotografia? lorizam o conhecimento
B De que maneira você percebe a físico e social e estimulam
ação do ser humano na paisagem a curiosidade intelectual.
mostrada na fotografia? • Aproveite as questões
para avaliar os conheci-
mentos prévios dos alu-
nos. Questione-os tam-
bém sobre o que pensam
que seja a definição de
“sociedade”, levando-os
à compreensão de que
fazem parte dela.
• Por meio das questões
é possível desenvolver
a habilidade de resolver
problemas, estimulando
o senso crítico e a auto-
nomia para compreen-
são e raciocínio geográ-
fico na análise da ocupa-
ção humana e produção
do espaço.
Orientações gerais
• Verifique a capacida-
de de análise dos alunos
quanto à interação desse
grupo humano com o lo-
cal e suas adversidades
climáticas e de relevo,
173 assim como a manu-
tenção da sobrevivência
com tais condições e a
dificuldade de acesso a
:49 PM Respostas
g20_ftd_lt_6vsg_c6_p172a183.indd 173 10/15/18 4:49 PM outras cidades. Ajude-os
a relacionar essa intera-
A Como elemento cultural temos as edificações do
ção desde da construção
mosteiro, e como elementos naturais os alunos podem do edifício, até a organi-
citar a vegetação e as formações rochosas. zação deles no cotidiano,
B Pela construção do mosteiro no alto do morro. trazendo para a reflexão
as diferentes atividades
humanas.
173
• Explore
Iguaçu, localizadas na fronteira
as dinâmicas entre o Brasil e a Argentina, 2018.
apresentadas nestas
paisagens. No caso das
Nessa paisagem, os ventos des-
cataratas, explique a re-
fokke baarssen/Shutterstock.com
174
Capítulo 6
Observando o solo da
da natureza e a formação dos solos escola
O solo é extremamente importante para nossa sobrevivência. Sobre ele, construímos Objetivos
nossas moradias, realizamos atividades como cultivo de lavouras, destinadas à nossa • Observar a composi-
alimentação, e de pastos, para alimentar as criações de animais, entre outros usos. ção do solo e a interde-
pendência dos elemen-
Os solos se originam da desintegração das rochas, em um processo que envolve tos.
a ação de outros elementos da natureza, como o calor do sol, a água das chuvas, os
ventos, os animais e as plantas. Esse processo de formação dos solos, também co-
• Comparar as caracte-
rísticas do solo da esco-
nhecido como pedogênese, pode durar vários anos, dependendo do tipo de solo. la com as do lugar onde
Existem diversos tipos de solo que se diferenciam de acordo com vários fatores, moram.
como o tipo de rocha do qual se origina, as características climáticas da região em a ) Leve os alunos ao jar-
que se encontra e a quantidade de matéria orgânica em sua composição. Veja, na dim da escola e deixe-os
observar a composição
sequência abaixo, como ocorre a formação dos solos.
do solo, incentivando-os
Formação dos solos a verificar os organismos
vivos, a cor e a textura do
Matéria orgânica: matéria derivada
de moléculas orgânicas em
solo, o cheiro etc.
decomposição de organismos naturais b) Questione-os sobre
(restos de plantas e de animais). os elementos que estão
envolvidos na formação
1
do solo, como a água, os
As rochas passam por um processo de fragmentação provocado ventos e as plantas.
pela ação de agentes naturais, como a variação de temperatura,
as águas, os ventos, as plantas, os animais, entre outros fatores.
c ) Peça para eles obser-
Esse processo recebe o nome de intemperismo, também varem se esse solo é ri-
chamado por alguns estudiosos de erosão elementar. co ou pobre em matéria
orgânica.
d) Se julgar pertinente,
oriente-os a comparar as
2 características observa-
das com as característi-
3
Na camada mais próxima da superfície,
o solo apresenta quantidades maiores
de matéria orgânica e microrganismos,
Nesta camada, a como bactérias e fungos.
quantidade de
matéria orgânica Camada onde se encontra a
é menor. Nela, é rocha matriz, ou seja, rocha
possível encontrar que deu origem ao solo.
fragmentos
maiores de rocha.
175
• O conteúdo desta página permite o trabalho em con- ra simular a formação do solo. O professor de Ciências
junto com o componente curricular de Ciências. Conver- pode aproveitar o momento para trabalhar a temática
se com o professor desse componente e proponha uma dos organismos vivos que participam da formação e do
atividade em conjunto. Poderá ser trabalhada a inter- enriquecimento biológico dos solos.
pretação das imagens ou a construção de maquete pa-
175
E. Cavalcante
ções e às características
dessas correntes. De-
pois, leia os nomes das
correntes e sua trajetó-
ria, destacando também
algumas correntes mais
conhecidas próximas a
alguns continentes e ao
Brasil.
• Para complementar o 0 2 500 km 5 000 km
estudo desse tema, pe- Fonte: Reference atlas of the world. 9. ed.
ça aos alunos que em London: Dorling Kindersley, 2013. p. XX-XXI.
176
176
Capítulo 6
El Niño • Traga informações
em foco jornalísticas atuais so-
bre efeitos de El Niño e
O El Niño é um fenômeno que consiste em modificações na dinâmica dos ven- La Niña que porventura
tos e no aquecimento das águas superficiais do oceano Pacífico, que repercutem estejam ocorrendo no
em alterações climáticas locais e em outros lugares do planeta. Veja, no esquema corrente ano de estudo e
a seguir, como ocorre o El Niño. se estão sendo sentidos
no lugar em que vivem,
El Niño a fim de contextualizar o
Nos anos em que o El Niño não atua, as águas O fenômeno El Niño ocorre quando esse sistema presente estudo com os
superficiais da região equatorial do oceano Pacífico é modificado pelo enfraquecimento dos ventos alunos.
são levadas para as proximidades da Austrália por
ventos alísios que se deslocam de leste para oeste,
alísios e, por vezes, pela inversão dos ventos de
oeste para leste. Isso contribui para o
• Explique aos alunos
ocasionando chuvas nessa região. Desse modo, as aquecimento das águas do Pacífico na costa
que a tradução do es-
águas mais frias e profundas vêm à superfície, oeste da América do Sul, que passam a panhol El Niño em por-
fenômeno chamado de ressurgência, e banham a apresentar temperaturas mais elevadas que nos tuguês é “o menino”. O
costa oeste da América do Sul. períodos em que o El Niño não atua. nome foi dado por pesca-
dores do Peru e do Equa-
Luciane Mori
dor pois sua chegada
ocorre próximo ao Natal,
fazendo referência ao
nascimento do “menino
Jesus”.
• Comente com os alu-
nos sobre outro fenô-
meno relacionado à in-
Fontes: EDEN, Philip; TWIST, Clint. Minienciclopédia: atmosfera teração da atmosfera
e clima. Lisboa: Texto, 1998. p. 50.
América INPE (Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais). Disponível América e das águas oceânicas,
do Sul em: <http://enos.cptec.inpe.br/>. Acesso em: 31 jul. 2018. do Sul denominado La Niña .
Esse fenômeno ocorre
Ao modificar a circulação dos ventos e consequentemente das massas de ar, o quando as águas equa-
El Niño aumenta a quantidade de chuvas em determinadas regiões e provoca seca toriais do oceano Pacífi-
em outras. Veja, no mapa abaixo, os efeitos climáticos globais provocados pela co tornam-se mais frias
ocorrência mais severa de El Niño, em um período de dezembro a fevereiro. que o normal. O texto a
seguir pode ampliar seus
Efeitos do El Niño no mundo conhecimentos sobre
La Niña.
E. Cavalcante
177
178
178
Capítulo 6
• Este conteúdo permite
a comparação entre os
No pico da cordilheira, há neve
e gelo eternos, ou seja, que diferentes tipos de ve-
não derretem ao longo do ano. getação, possibilitando
um momento de articu-
lação com o componente
curricular de Ciências.
5 000 m Estimule os alunos a
compararem os diferen-
tes níveis de altitude e
os tipos de vegetação
Luciane
Mori
da ilustração e também
A formação vegetal que se a recorrerem a seus co-
desenvolve antes dos picos nhecimentos prévios,
nevados são os prados alpinos, comparando com outras
pequenos arbustos com
formações vegetais que
predomínio de plantas rasteiras.
eles conhecem. O pro-
fessor desse componen-
4 000 m te poderá abordar outras
características desse ti-
po de vegetação.
3 000 m
2 000 m
Nas áreas de menores altitudes, a
temperatura e as condições de umidade
permitem o desenvolvimento de vegetação
típica de floresta tropical.
1 000 m
Fonte: SAUVAIN,
Philip. Montanhas.
Os terrenos na porção inferior das São Paulo:
encostas do Himalaia são comumente Scipione, 1998.
p. 14. (Geodetetive).
utilizados para a produção de arroz em
terraços.
179
179
Pinacoteca do Estado de
São Paulo, São Paulo
da paisagem por meio de
pinturas permite ao alu-
no ampliar a capacidade
de interpretar diferentes
recursos, desenvolvendo
o raciocínio espaço-tem-
poral, conforme orienta a
competência específica
de Ciências Humanas 7. O artista Johann Moritz
Rugendas registrou, no
século XIX, elementos
Orientações gerais naturais da paisagem do
Brasil. Nesta imagem, o
• Comente com os alu- rio segue seu percurso
nos que os artistas sobre um relevo plano
cercado por floresta
Johann Moritz Rugendas
nativa. Floresta virgem
e Jules Marie Vincent de perto de Mangaratiba.
Sinety produziram várias
obras no Brasil, retratan-
do cenas do cotidiano da
Já outras imagens artísticas registram paisagens que mostram a combinação de
época. Para encontrar elementos naturais e culturais. Nessas obras, podemos observar a relação entre a
mais imagens de suas sociedade e a natureza expressa nas paisagens registradas. Veja o exemplo a seguir.
obras, sugerimos o aces-
B
180
Capítulo 6
alunos estão coerentes com a atividade proposta.
• As atividades propos-
2. Os fatores que diferenciam os tipos de solo são o tipo de rocha do tas podem ser maneiras
qual se origina, as características climáticas da região em que se
de avaliar por meio de
Exercícios de compreensão encontra e a quantidade de matéria orgânica em sua composição.
acompanhamento da
aprendizagem dos alu-
1. No caderno, descreva uma paisagem 4. Observe novamente o mapa da pági-
nos, de acordo com a re-
do lugar onde você vive, explicando a na 176 e explique, no caderno, qual a
solução que apresentam
relação entre os elementos naturais provável influência que a corrente a cada uma delas.
existentes. Depois, apresente seu marítima de Benguela exerce no cli-
texto aos colegas. ma da costa oeste da África.
• Os exercícios de com-
preensão retomam,
2. Existem vários fatores que contribuem 5. Explique como a corrente marítima primeiramente, os con-
ceitos de paisagem e de
para que existam diferentes tipos de do Golfo do México influencia a tem-
formação do solo. Peça
solo. Explique quais são esses fatores. peratura de alguns países localizados
que eles mencionem di-
na região noroeste da Europa. ferentes tipos de paisa-
3. Escreva em seu caderno como ocorre 3. As rochas passam por um processo de fragmentação provocado
o processo de formação do solo. pela ação de agentes naturais, como as águas, os ventos, as plantas,
gens que já foram vistas
os animais, a temperatura, entre outros fatores. Com o passar do nas aulas anteriores e
tempo, os fragmentos menores de rocha misturam-se com restos de outras que eles conhe-
Geografia no contexto animais e plantas, criando uma mistura orgânica em que diversos
çam. Questione-os sobre
tipos de animais e vegetais passam a viver.
6. a) Relevo, hidrografia e vegetação. os tipos de solo que eles
6. Conforme você estudou, os elemen-
• Nas atividades Geografia no contexto, solicite que os rimos o acesso ao site a seguir.
alunos respondam individualmente, verificando assim se > Frans Post. Enciclopédia Itaú Cultural. Disponível em:
compreenderam o conteúdo até o momento. <http://livro.pro/xa7s5o>. Acesso em: 18 set. 2018.
• Comente com os alunos que o artista Frans Post tam- • Aproveite a atividade 7 e questione os alunos de que
bém costumava retratar, em muitas de suas obras, as maneira uma corrente marítima pode influenciar o clima
paisagens brasileiras. Para conhecer outras obras, suge- de determinada região.
181
E. Cavalcante
dade 8, peça aos alunos da costa oeste da América do
que observem o mapa da Sul? Essa corrente marítima
página 177. é quente ou fria? Que argu-
• Para ampliar os conhe- mento você utilizaria para
cimentos dos alunos, na explicar sua resposta?
atividade 9, forneça al- Corrente do Peru ou de
gumas informações so- Humboldt. Essa corrente
bre a Serra da Mantiquei- é fria pelo fato de se
originar na região do
ra. Ela se localiza entre os Círculo Polar Antártico.
estados de Minas Gerais,
São Paulo e Rio de Ja-
neiro e está entre os três
maiores picos do Brasil.
Comente com os alunos
que essa serra é bastan- Fonte: Reference atlas of the 0 1 350 km
[...] começa a nossa caminhada nos céus, ou pelo menos essa é a impres-
são quando se está a mais de 2 400 metros de altitude.
A vegetação é típica das alturas, rasteira, arbustiva e monocromática. Em
vez de árvores, destacam-se as formações rochosas. Os campos de altitude
são um dos ecossistemas associados à Mata Atlântica, bioma predominante
na unidade de conservação, e como o nome indica, ocorre apenas nas alturas,
mais especificamente acima dos 1 500 metros. Apesar das condições mais
inóspitas, são ecossistemas ricos [...]
MENEGASSI; Duda. Uma travessia nos céus: os caminhos da Serra da Mantiqueira. O Eco, 12 nov. 2017.
Disponível em: <https://www.oeco.org.br/reportagens/uma-travessia-nos-ceus-os-caminhos-
da-serra-da-mantiqueira/>. Acesso em: 4 ago. 2018.
• O trecho cita uma inter-relação de aspectos naturais. Que relação é essa? Des-
creva-a no caderno. A relação entre relevo e vegetação. Quanto maior a altitude do relevo,
menores são as temperaturas, o que influencia na formação da vegetação que se desenvolve. Nesse caso, os
182 campos de altitude se desenvolvem apenas em relevos com mais de 1 500 metros acima do nível do mar.
182
Capítulo 6
Vistas e paisagens do Brasil
• Os conteúdos deste
e a sociedade nas paisagens
Nereide Shilaro S. Rosa. Rio de tema possibilitam uma
Janeiro: Pinakotheke, 2005.
abordagem das compe-
Nesse livro são apresentadas paisagens
Desde o seu surgimento, o ser humano intervém na natureza, das mais variadas regiões do país, tências específicas de
captadas pela visão e inspiração de Geografia 1, 2 e 3, ao es-
retirando dela recursos para suprir suas necessidades, cultivando grandes artistas brasileiros. São tabelecer conexões entre
lavouras, construindo moradias, estradas, viadutos e indústrias. imagens que abrangem desde a pintura
os diversos elementos
documental dos viajantes, nos séculos
Há situações em que os aspectos naturais influenciam direta- XVII a XIX, até a visão contemporânea físico-naturais e a so-
mente nas atividades desenvolvidas pelas pessoas. e abstrata de alguns artistas. ciedade, permitindo que
A interação da sociedade com o meio natural ocorre por meio do trabalho realiza- os alunos desenvolvam
do pelo ser humano, o que resulta nas transformações e adaptações do meio obser- o senso crítico em busca
de soluções para os pro-
vadas nas paisagens.
blemas.
Orientações gerais
• Conforme verificamos nas imagens acima, a interação da sociedade com a nature-
za é visível nas paisagens, revelada pela presença de elementos naturais e cul- • Desenvolva uma con-
versa com os alunos so-
turais. No lugar onde você vive, é possível perceber essa interação? Com os
bre as maneiras como o
colegas, citem exemplos. Resposta pessoal. ser humano se relaciona
183 com os elementos da na-
tureza e de que forma es-
sa relação está presente
no cotidiano. Aproveite
e avalie os conhecimen-
:49 PM Material digital
g20_ftd_lt_6vsg_c6_p172a183.indd 183 10/15/18 4:49 PM tos prévios deles com as
questões a seguir.
• O conteúdo desta seção pode ser explorado utilizan-
do a sequência didática 9, disponível no material digital, > Qual a relação entre os
pois aborda a interdependência dos elementos da natu- rios, o relevo e a energia
reza e da sociedade. elétrica?
> Os rios podem ser usa-
dos como meio de trans-
porte?
183
Orientações gerais
os rios têm potencial para aproveitamento instalação, foi necessário inundar uma área de 18/12/2015. Aneel (Agência Nacional de
hidrelétrico. de aproximadamente 2 430 km2 da Floresta Energia Elétrica). Disponível em: <http://li-
• Comente com os alunos que a construção Amazônica. vro.pro/ih5q5e>. Acesso em: 18 set. 2018.
da Usina Hidrelétrica de Itaipu envolveu a • No mapa estão indicadas as principais hi-
parceria entre Brasil e Paraguai, por isso ela drelétricas do país e acessando o site a seguir
é considerada binacional. A usina hidrelétri- encontra-se a relação das demais usinas bra-
ca de Tucuruí foi construída no rio Tocantins, sileiras.
184
Capítulo 6
• Comente com os alu-
Além da geração de energia elétrica, a hidrografia estabelece outro tipo de relação nos que na região Norte
entre sociedade e natureza: ela é considerada “estrada aquática”, ou seja, hidrovia. do Brasil os rios são a
Nessa “estrada”, podem navegar desde pequenos barcos até grandes embarcações, principal via de transpor-
dependendo da largura do leito do rio. te de pessoas e mercado-
rias, devido à sua extensa
Em geral, as hidrovias estão localizadas em rios de planície, nos quais o relevo rede hidrográfica.
favorece o deslocamento das embarcações. Em rios de planalto, é necessária a cons-
trução de eclusas.
• Para acessar um mapa
ampliado das hidrovias
Eclusa: canal
O Brasil possui mais de 41 000 quilômetros de hidrovias espalhadas por seu construído para
brasileiras, sugerimos o
território. No entanto, considerando a extensa rede hidrográfica que ele tem possibilitar a passagem site a seguir, que apre-
para a navegação, a utilização dos rios em nosso país como hidrovia é limitada. de embarcações em senta um mapa hidroviá-
trechos onde o leito dos rio do Brasil.
rios apresenta desnível.
Observe, no mapa abaixo, a localização das principais hidrovias do país. > Mapa hidroviário do
Brasil. Ministério dos
Hidrovias brasileiras Transportes. Disponível
E. Cavalcante
N
em: <http://livro.pro/
O L
e5z8vk>. Acesso em: 18
S
set. 2018.
• Promova uma dis-
cussão entre os alunos
sobre a afirmação “O
Brasil possui uma enor-
me extensão de rios na-
vegáveis, porém apre-
senta poucas hidrovias”.
Oriente-os a perceber
que, mesmo possuindo
uma extensa rede hidro-
gráfica, as hidrovias em
nosso país são subapro-
veitadas e os recursos
destinados à utilização
delas são reduzidos.
Rio perene
Rio temporário Fonte: IBGE.
Atlas
Hidrovias
geográfico
Capital estadual escolar.
0 330 km Capital federal
7. ed. Rio de
Janeiro,
2016. p. 143. Orientações gerais
1. De acordo com o mapa, em qual parte do território brasileiro está concentrada a Apresente aos alunos
a lista de algumas hidro-
maioria das hidrovias? Na porção norte do país.
vias por região do Brasil,
2. Com base no mapa, existe alguma hidrovia no estado onde você mora? relacionando a tabela
Resposta pessoal. Verifique se as hidrovias citadas pelos alunos estão corretas. com o mapa da página e,
185 em seguida, localizem as
hidrovias no mapa e ano-
tem no caderno.
185
Plantação, em
curvas de nível
em Londrina
(PR), 2017.
Lavoura de
arroz cultivada
em terraços no
Vietnã, 2017.
186
Capítulo 6
Existem vários cultivos que se desenvolvem melhor em áreas que apresentam cli-
• Nesta página são apre-
sentados exemplos da re-
mas com temperaturas mais elevadas, e outros onde predominam tipos de climas frios. lação entre elementos da
No entanto, o clima não pode ser entendido como uma barreira para o cultivo de natureza, no caso, as inte-
diferentes lavouras. Como vimos na página 186, o ser humano vem aprimorando rações entre clima e pro-
técnicas de cultivo que permitem cada vez mais a adaptação de lavouras em regiões dução agrícola. Apresente
do planeta que apresentam condições climáticas desfavoráveis para a prática da outros exemplos aos alu-
agricultura. Um exemplo disso é o cultivo de frutas características de climas tropi- nos, comentando que a
cais, como o abacaxi e o melão, em regiões de clima frio. relação entre o relevo e o
clima, além de influenciar
Observe o mapa a seguir. Nele estão representadas as principais regiões de culti- certas características da
vo de beterraba e cana-de-açúcar no mundo. produção agrícola, tam-
bém pode afetar o hábito
Cultivo de cana-de-açúcar alimentar das pessoas, já
e beterraba no mundo que interfere no preço dos
produtos.
• As regiões Norte e
INGLATERRA Nordeste do Brasil, por
exemplo, ao comprar
alguns tipos de frutas e
hortaliças das regiões
Sul e Sudeste, revendem
aos consumidores com
preços mais elevados em
E. Cavalcante
comparação aos produ-
tos regionais. O mesmo
ocorre com produtos
provenientes dessas re-
giões no Sul e Sudeste
do país, como o açaí, fru-
ta típica da região ama-
zônica. Essa situação
0 2 500 km 5 000 km acaba por influenciar o
Fonte: GOODE’S world atlas. 23. ed. Estados Unidos: Rand Mcnally, 2017. p. 67. hábito de consumo de
determinados alimentos.
Adriano Kirihara/Pulsar Imagens
michael smith/Alamy/Fotoarena
• Compare o mapa acima com o mapa das páginas 158 e 159, que mostra a distri-
buição dos climas no mundo. Qual das culturas mostradas no mapa acima se de-
senvolve melhor em clima frio? E em clima quente? Clima frio: beterraba. Clima quente: cana-de-açúcar.
187
187
Plantação de batatas em
Voivodina, Sérvia, 2016.
188
Orientações gerais
g20_ftd_lt_6vsg_c6_p184a191.indd 188 10/15/18 4:40 PM g20_
• Leia o texto com os alunos, retomando al- culdades que os agricultores dessas regiões • Explique para os alunos que melhoramento
guns conceitos que julgar necessários. Apro- enfrentam para irrigar as plantações. genético é um termo alternativo para nomear
veite e avalie os conhecimentos prévios dos • Auxilie-os na análise da fotografia, atentan- os (OGM) Organismos Geneticamente Modi-
alunos sobre o assunto. do para os símbolos que aparecem na ima- ficados, também conhecidos popularmente
• Pergunte aos alunos quais regiões desér- gem. Faça uma relação entre os elementos pelo termo “transgênicos”.
ticas e semiáridas eles conhecem no mundo representados pelos símbolos em uma roda
e no Brasil. Comente com eles sobre as difi- de conversa.
188
Capítulo 6
a ) A prática agrícola com
alta tecnologia, conecti-
Tecnologias relacionadas à robótica e à informática também estão cada vez mais vidade, produtividade e
inseridas nas atividades agrícolas, como mostra o trecho de reportagem a seguir. respeito ao meio am-
biente e à saúde pública.
O dispositivo é pequeno. Tem menos de 200 gramas e cabe na palma da mão. Um b) Resposta pessoal. Es-
tamanho oposto ao das mudanças que está ajudando a provocar na produção de pera-se que os alunos
alimentos no mundo: trazer alta conectividade à agropecuária. O sistema é apenas percebam que essas tec-
nologias podem estar
um exemplo dos vários que compõem a chamada Agricultura 4.0, que alia alta tec-
presentes em constru-
nologia, conectividade, produtividade e respeito ao meio ambiente e à saúde pública. ções, indústrias, entre ou-
189
189
Material digital
g20_ftd_lt_6vsg_c6_p184a191.indd 190 10/15/18 4:41 PM g20_
190
Capítulo 6
o capítulo
que elas apresentam. Resposta: A-III; B-II; C- I
• Esta seção tem como
A propósito revisar os con-
Seca atrasa plantio de trigo no Paraná teúdos vistos no capítu-
e preocupa produtores de milho lo. Leia com os alunos as
frases e aproveite o mo-
Terra, 26 abr. 2018. Disponível em: <https://www.terra.com.br/economia/seca-atrasa-plantio-de-
mento para identificar
trigo-no-parana-e-preocupa-produtores-de-milho-2-safra,f1e0958e136a9c8449bb9a519 dúvidas. Promova tam-
abcdd0673eg7sp7.html>. Acesso em: 4 ago. 2018. bém a construção coleti-
va de saberes, permitin-
B
do que eles resolvam as
Estudos para a implantação da atividades em duplas.
hidrovia do Rio Amazonas são • Auxilie os alunos que
apresentados em Macapá apresentarem mais di-
ficuldades no trabalho
Globo, 28 out. 2017. Disponível em: <https://g1.globo.com/ap/amapa/noticia/estudos-para-a-implantacao- com o capítulo, verifi-
da-hidrovia-do-rio-amazonas-sao-apresentados-em-macapa.ghtml>. Acesso em: 4 ago. 2018.
cando conceitos apreen-
C didos e indicando como
relacionar os diferentes
Novidades e desafios para plantar assuntos.
tomates nas montanhas • Relacione os assuntos
Montanhas capixabas, 29 ago. 2017. Disponível em: <http://www.montanhascapixabas.com.br/ vistos com os elementos
site/index.php/pt-br/geral/1572-novidades-e-desafios-para-plantar-tomates-nas- que existem na região da
montanhas>. Acesso em: 4 ago. 2018.
sua cidade e da própria
escola. Comente sobre
I Agricultura e altitude. II Rios e hidrovias. III Clima e agricultura.
os rios, as plantações da
região, as características
Pesquisando específicas do clima de
7. Pesquise em jornais e revistas uma paisagem que mostre a relação entre natu- acordo com a altitude.
reza e sociedade. Você também pode utilizar uma fotografia do lugar onde vive • Avalie se os alunos
ou fazer um desenho desse lugar. Recorte e cole a imagem em uma folha de desenvolveram as ha-
papel, identificando o tipo de relação que apresenta. Depois de pronto, compare bilidades indicadas no
decorrer deste capítulo.
seu trabalho com o de seus colegas. Resposta pessoal. Verifique se a pesquisa elaborada pelos
alunos está coerente com a atividade proposta. Se necessário, verifique
a necessidade de utili-
Refletindo sobre o capítulo zar outras estratégias de
Agora que você concluiu o estudo deste capítulo, reflita sobre os temas nele apresentados. aprendizagem para que
as habilidades e os obje-
Faça uma autoavaliação do seu aprendizado a partir das afirmações a seguir.
tivos sejam alcançados.
• As paisagens possuem características diferentes de acordo com as combinações que se • Os assuntos tratados
estabelecem entre relevo, vegetação, solo, clima e hidrografia. neste capítulo estão vin-
• Os solos se originam a partir de um processo que envolve a ação do calor do sol, da culados à compreensão
água das chuvas, dos ventos, dos animais e das plantas que desintegram as rochas. de como o relevo, a ve-
getação, o solo, o clima
• As correntes marítimas influenciam as características climáticas de certas regiões do pla- e a hidrografia moldam
neta, principalmente de áreas costeiras. as paisagens naturais e
• O El Niño é um fenômeno que consiste em modificações na dinâmica dos ventos e no como o homem modifica
aquecimento das águas superficiais do oceano Pacífico. tais paisagens de acordo
com suas necessidades
• As altitudes do relevo influenciam na formação da vegetação natural de determinada região. e as tecnologias dispo-
• O ser humano adapta e transforma o meio natural a fim de suprir suas necessidades. níveis para adaptar os
diferentes espaços para
191 seu uso. É fundamental
que esses assuntos te-
nham sido relacionados
e que os alunos tenham
compreendido cada um
:41 PM Orientações gerais
g20_ftd_lt_6vsg_c6_p184a191.indd 191 10/15/18 4:41 PM
deles separadamente e
Se possível, realize uma exposição nos corredores da com a colaboração de outros professores, sugerindo a que consigam fazer a co-
escola com os resultados das pesquisas gerados pelos suas turmas que explorem a exposição e façam pergun- nexão entre eles.
alunos na atividade 7. Convide-os para apresentar seus tas para os autores dos trabalhos.
trabalhos para outras turmas. Isso pode ser articulado
191
A sociedade, as
• Compreender que o
ser humano transforma
as paisagens e constrói
atividades econômicas
o espaço geográfico por
meio do trabalho.
• Reconhecer que é por
meio do trabalho que o
ser humano desenvolve
as atividades econômi-
e o espaço geográfico
cas, como a agropecuá-
ria e a indústria.
• Compreender que as
sociedades que possuem
técnicas mais avançadas
transformam mais inten-
samente o espaço geo-
gráfico.
• Diferenciar os recur-
sos naturais renováveis
dos recursos naturais
não renováveis.
• Diferenciar extrati-
vismo vegetal, animal e
mineral.
• Identificar as diferen-
ças entre a agricultura
moderna e a agricultura
tradicional.
• Reconhecer a impor-
tância da agricultura fa-
miliar para a produção de
alimentos no Brasil.
• Perceber que a ativi-
dade pecuária pode ser
desenvolvida de maneira
intensiva ou extensiva.
• Conhecer os diferentes
tipos de indústrias.
• Reconhecer o comér-
cio como uma atividade
econômica.
• Reconhecer os três se-
tores da economia.
• Compreender que a
prestação de serviços
consiste na venda do tra-
balho e da habilidade de
determinados profissio- Lavoura de arroz
nais. cultivada em terraços
na Tailândia, 2017.
• Refletir sobre as atitu-
des referentes ao consu- 192
mo consciente.
192
Jef Wodniack/Shutterstock.com
nômicas estabelecidas
no espaço geográfico.
Dessa forma, são con-
templadas as habilidades
EF06GE06 e EF06GE07,
complementadas pelas
habilidades EF06GE02 e
EF06GE011.
• Para tanto, valoriza-se
o desenvolvimento de
conhecimentos que pos-
sam refletir a sociedade
a partir de suas trans-
formações e inter-rela-
ções socioambientais e
econômicas no espaço
geográfico, por meio da
investigação, da argu-
mentação e do desen-
volvimento da reflexão
coletiva e autônoma.
• Os temas abordados
favorecem as competên-
cias gerais 1, 2, 4 e 10 da
BNCC, as quais são com-
plementadas pelas com-
Na paisagem da fotografia é possível iden- petências específicas de
Geofrafia 1, 3, 5 e 6.
tificar o trabalho do ser humano transforman-
do o espaço geográfico pela prática de uma • Os conteúdos aborda-
dos neste capítulo tam-
atividade econômica. Neste capítulo, vamos bém favorecem o traba-
verificar que, por meio do trabalho, o ser hu- lho com os temas con-
mano desenvolve atividades econômicas a fim temporâneos Educação
de obter o que necessita, e com isso transfor- ambiental e Trabalho.
ma constantemente o espaço geográfico.
Veja as respostas das questões nas Respostas
orientações ao professor.
A De que maneira as pessoas estão trans- a ) Com a construção de
formando o espaço geográfico na pai- terraços para o plantio de
sagem da fotografia? arroz em áreas de terre-
nos íngremes.
B Qual o principal motivo que leva as pes-
soas a transformarem o espaço geográ-
b) Para obtenção de ali-
mentos.
fico como retratado na fotografia?
c ) Resposta pessoal. Ve-
C Você identifica a prática da atividade rifique se as respostas
econômica mostrada na fotografia no apresentadas pelos alu-
município onde você vive? Identifique nos estão coerentes com
semelhanças e diferenças entre essas a prática agrícola do mu-
práticas, se houver. Troque ideias com nicípio onde vivem. A
os colegas. técnica de terraceamento,
provavelmente, não será
identificada, mas oriente
193
os alunos a fazerem a
analogia entre plantações
de alimentos no municí-
pio em que vivem, técni-
:59 PM g20_ftd_lt_6vsg_c7_p192a203.indd 193 10/15/18 3:59 PM
cas de curvas de nível ou
lândia, país localizado na Ásia. Explique ainda que os terra- deram essas transformações ao longo dos tempos. tipos de lavouras que
porventura sejam desen-
ços são técnicas desenvolvidas pelo ser humano para apro-
veitar plantações agrícolas em vertentes de montanhas.
• Diga que as transformações no espaço podem ser volvidos em áreas de ter-
vistas por meio de patrimônios históricos e fotografias,
• Discuta com os alunos a importância do desenvolvi- por exemplo, que deixam registrados no espaço os tem-
renos íngremes.
mento das técnicas pelo ser humano e como elas auxi- pos em transformação, e no imaginário das pessoas as
liaram nas transformações pelas quais o mundo passou
transformações nas relações vividas.
ao longo dos séculos. Busque discutir também como se
193
homem
Transformações nas paisagens e a construção do espaço geográfico
O conceito de transfor-
mação está presente em
todo o estudo do espaço, 1
uma vez que a socieda-
de humana, ao satisfazer
as necessidades que ela
mesma cria, atua sobre a
natureza e modifica seu
espaço. Essa intervenção
se dá com a apropriação
da natureza, ou seja, o ho-
mem não se submete ao
espaço natural; cada vez
mais ele o altera por meio
do trabalho.
A transformação ocorre
de várias maneiras, nas
mais diversas atividades,
como agricultura, indús- 2
tria e pecuária, causando
o chamado “impacto am-
biental”, uma alteração no
equilíbrio da natureza que
pode resultar em poluição
das águas, do solo, do ar,
alterações climáticas ou o
esgotamento de recursos
ambientais, como a água
e o petróleo, por exemplo.
Ilustrações: Flaper
É a intervenção dos gru-
pos humanos que constrói
formas espaciais caracte- Fonte das ilustrações: elaborado pela autora.
rísticas, como as cidades
e os campos de cultivo, em No capítulo 1, você estudou que, no decorrer de sua história, o ser humano veio
lugar da natureza selva-
gem ou primitiva, anterior aprimorando continuamente suas ferramentas e técnicas, com o objetivo de extrair
à ação humana. da natureza os recursos de que necessita para viver.
[...] O trabalho possui um papel muito importante nesse processo, pois é por meio
KOZEL, Salete; FILIZOLA, Roberto.
Didática de Geografia – memórias dele que o ser humano desenvolve atividades econômicas (como extrativismo, agri-
da terra: o espaço vivido. São cultura, pecuária, indústria, comércio e prestação de serviços), as quais lhe permitem
Paulo: FTD, 1996. p. 28.
obter o que necessita. Portanto, é por meio do trabalho, ao desenvolver as diferentes
• Relembre também
atividades econômicas, que as pessoas fazem intervenções na natureza, transformando
com os alunos o concei-
to de paisagem, que po- as paisagens terrestres.
de estar associada aos Podemos afirmar que se estabelece, então, uma relação entre sociedade e natureza
sentidos, principalmente que resulta na produção, na organização e na transformação do espaço geográfico.
àquilo que está no campo
da visão. 194
• Auxilie os alunos a
perceberem as altera-
ções ocorridas nas pai-
sagens representadas Material audiovisual194
g20_ftd_lt_6vsg_c7_p192a203.indd 10/15/18 3:59 PM g20_
nestas páginas.
• Um dos materiais disponíveis nesta coleção apresen-
ta uma linha do tempo animada, no formato de um vídeo
curta-metragem. A apresentação dessas imagens permite
acompanhar as mudanças das paisagens a partir do surgi-
mento de uma cidade e suas alterações ao longo do tempo.
194
Capítulo 7
ou seja, no trabalho desenvolvido pela sociedade que altera progressivamente o es- • O texto a seguir pode
paço conforme suas necessidades. ampliar seus conheci-
mentos sobre o tema
O modo como a sociedade transforma as paisagens e organiza o espaço geográ- proposto nestas páginas.
fico está diretamente relacionado com as atividades econômicas que desenvolve e o Nesse texto, o geógra-
trabalho que realiza. Verificamos essa situação em sociedades que dominam técnicas fo Milton Santos explica
avançadas de trabalho, pois elas transformam mais intensamente o espaço geográ- a inter-relação entre a
fico do que aquelas em que as técnicas utilizadas são mais rudimentares. produção do espaço geo-
gráfico, o trabalho e as
técnicas.
3 [...]
A natureza se transfor-
ma pela produção e não
há produção sem instru-
mentos de trabalho. Des-
de o início dos tempos his-
tóricos, o homem-produ-
tor idealizava e construía
os seus instrumentos de
trabalho com suas pró-
prias mãos; transportava-
-o, cada dia, de sua casa
ao lugar de trabalho e uti-
lizava-o como um prolon-
gamento imediato do seu
corpo; havia uma comu-
4 nhão quase total entre o
homem e os instrumentos
que ele utilizava e mani-
pulava na tarefa cotidiana
de produzir. Era também
assim que ele imprimia a
sua marca sobre a nature-
za: transformando-a.
Com a complicação do
processo produtivo, so-
Ilustrações: Flaper bretudo depois da neces-
sidade que se impôs, da
troca especulativa dos ex-
Fonte das ilustrações: elaborado pela autora.
cedentes da produção, os
instrumentos de trabalho
foram se tornando maio-
res e mais complicados e,
• Converse com seus colegas e com o professor sobre quais foram as principais igualmente, deixando de
transformações que ocorreram na paisagem mostrada nessas imagens. ser apêndices do corpo
Os elementos naturais, como o rio e a vegetação, foram sendo transformados por uma pequena cidade e pela construção de uma do homem, que ele trans-
ponte e de uma estrada. Aos poucos a cidade foi crescendo e surgiram áreas agrícolas no entorno, além de uma barragem de usina
hidrelétrica que foi construída. A interferência humana foi se tornando cada vez mais portava cada dia com suas
Os setores da economia intensa, com destaque para a ampliação da cidade, o surgimento de indústria e de um mãos, para se tornarem
As atividades econômicas desenvolvidas pelo ser humano podem ser classificadas em três depósito de um apêndice da própria
lixo. natureza. Pode-se agora
setores. As atividades relacionadas à produção de bens e matérias-primas, como a agricultura, a
pecuária e o extrativismo, atividades que estudaremos detalhadamente nas próximas páginas, falar de instrumentos de
formam o setor primário da economia. As atividades econômicas ligadas à transformação das trabalho fixos e, nessa ca-
matérias-primas em produtos manufaturados, ou seja, as atividades industriais, constituem o tegoria se incluem, de um
setor secundário. As atividades econômicas voltadas à circulação e ao consumo de produtos e lado os meios diretos de
serviços são desempenhadas pelo comércio e pela prestação de serviços e formam o setor terciário. produção aplicados à pro-
dução propriamente dita
— como uma casa de fa-
195 rinha, celeiros, engenhos
etc. e também relaciona-
dos com outros momen-
tos de produção, como a
circulação dos homens e
:59 PM g20_ftd_lt_6vsg_c7_p192a203.indd 195 10/15/18 3:59 PM
dos produtos — os veícu-
los, as estradas, as pontes.
[...]
SANTOS, Milton. Por uma
Geografia nova. Da crítica da
Geografia a uma Geografia crítica.
4. ed. São Paulo: Hucitec, 1996. p.
172-173.
195
196
196
Capítulo 7
O extrativismo é a atividade econômica por meio da qual são extraídos diferentes
• O tema do Extrativis-
mo animal possibilita
recursos da natureza utilizados de diferentes formas pela sociedade. uma articulação com os
Existem três tipos de atividades extrativas: vegetal, animal e mineral. componentes curricula-
res de Ciências e Língua
Extrativismo vegetal Portuguesa na busca da
compreensão de algu-
O extrativismo vegetal consiste na coleta de produtos de
Delfim Martins/Tyba
mas consequências de
origem vegetal existentes em áreas de vegetação nativa, atividades relacionadas
que são comercializados ou destinados às indústrias. Como ao tema.
exemplo desses produtos, podemos citar diversos tipos de • Em um primeiro mo-
sementes, frutos, folhas, fibras, óleos e seivas de plantas. mento, comente com os
A exploração da madeira é um dos exemplos de extra- alunos sobre a Lei no 9.605,
de 12 de fevereiro de
tivismo vegetal mais praticado na atualidade. No entanto,
1998, também conheci-
boa parte dessa prática é realizada de maneira ilegal, em da como Lei dos Crimes
áreas e em quantidades não autorizadas para exploração. Ambientais. Sugerimos
No Brasil, há muitas espécies de árvores que possuem que, caso seja possível,
alto valor comercial, por serem utilizadas na fabricação de encaminhe os alunos até
o laboratório de informá-
móveis por causa de sua beleza e resistência. Essas árvores
tica da escola e explore o
são conhecidas como madeiras de lei e são exemplos dessas texto dessa lei, realizan-
espécies: mogno, cedro, jatobá, jacarandá, imbuia e peroba. Área desmatada da Floresta Amazônica no do leituras, análises crí-
Muitas dessas madeiras de lei estão ameaçadas de extinção. município de São Félix do Xingu (PA), 2016. ticas e interpretações do
conteúdo disponibiliza-
Extrativismo animal do, em conjunto com os
professores de Ciências
A caça e a pesca são atividades que compreendem o extrativismo animal.
e Língua Portuguesa.
A caça representa a captura de animais silvestres, ou > Lei dos Crimes Am-
Ricardo Teles/Pulsar Imagens
seja, não domesticados, que vivem na natureza. Porém, bientais. Ibama (Insti-
muitas espécies, como tartarugas, jacarés, macacos e dife- tuto Brasileiro do Meio
rentes aves e peixes, estão sendo prejudicadas pela caça Ambiente e Recursos
predatória. Naturais Renováveis).
Disponível em: <http://
Atualmente, existem leis que regulamentam a prática livro.pro/no73zb>. Aces-
dessas atividades predatórias. No entanto, em muitos ca- so em: 26 set. 2018.
sos essas leis não são respeitadas, a fiscalização de seu
• Comente também com
cumprimento não é suficiente e são numerosos os crimes os alunos, contando com
ligados à caça e à pesca predatórias, tornando-se uma o auxílio do professor
ameaça à fauna. de Ciências, sobre a im-
Embora o Brasil possua um extenso litoral e grande nú- portância de extrair os
recursos naturais de ma-
mero de rios volumosos, a atividade pesqueira não é pro-
neira consciente.
porcionalmente expressiva. Grande parte da pesca extrativa
em nosso país é realizada de maneira artesanal, correspon- • Ao final, os alunos po-
Pescadores em um rio no município derão produzir fôlderes
dendo, aproximadamente, a 40% da atividade pesqueira ex- de Mucuri (BA), 2018.
informativos para a co-
trativa nacional. munidade escolar sobre
o extrativismo animal,
Caça predatória: captura de animais silvestres sem a Seiva: substância líquida que possui nutrientes e informando sobre as
devida autorização e em quantidade que pode circula no interior dos vegetais. consequências de ações
desencadear o processo de extinção de uma espécie.
predatórias e indicando
atitudes que devemos
197 tomar para reverter esse
processo. Esse trabalho
que envolve a sensibi-
lização socioambiental
:59 PM g20_ftd_lt_6vsg_c7_p192a203.indd 197
Orientações gerais
10/15/18 3:59 PM
permite uma abordagem
da competência especí-
• Comente com os alunos que as Reservas Extrativistas sobre as Resex, sugerimos o acesso ao site a seguir. fica de Geografia 7.
(Resex) são unidades de conservação que têm como um > Reserva extrativista. Instituto Socioambiental. Dis-
dos seus objetivos aliar a conservação ao uso sustentá- ponível em: <http://livro.pro/fik8m8>. Acesso em: 26
vel dos recursos naturais, por meio do extrativismo rea- set. 2018.
lizado por populações tradicionais. Para conhecer mais
197
Pierre-Yves Babelon/Shutterstock.com
produtos como fios elé- tração de alguns minerais ainda são considera-
tricos, aparelhos eletro- das rudimentares. O garimpo, por exemplo, é
domésticos, automóveis,
uma prática artesanal de extração, utilizada, ge-
instrumentos cirúrgicos,
ralmente, para a retirada de pedras preciosas e
entre outros produtos
fabricados a partir de ouro. No garimpo do ouro, muitas vezes, utiliza-
material obtido com o -se mercúrio para separar esse metal dos sedi-
extrativismo mineral. mentos em que é encontrado. Essa prática cau-
• Comente que algumas sa poluição ambiental, pois contamina a água e
áreas de mineração são o solo. Além disso, o garimpo, quando realizado
desativadas sem o devi- em terrenos de barrancos, pode provocar seu
do cuidado, podendo ser Garimpo de ouro sendo realizado às margens de rio desmoronamento, causando assoreamento de
transformadas em áreas próximo à cidade de Vohemar, Madagascar, 2017. rios e mananciais e deixando o solo danificado.
de risco para as popula-
ções e para o ambiente. A extração mineral realizada em larga escala, ou seja, que explora grande quanti-
Explique, portanto, que dade de minérios, é feita por meio de máquinas e equipamentos especiais, e é cha-
são necessárias medidas mada de indústria extrativa mineral. Esse tipo de atividade também é responsável
corretivas e preventivas por vários problemas ambientais registrados nos dias atuais, e pode ocasionar alte-
para a desativação cor- rações irreversíveis nos ambientes explorados.
reta desses locais. Al-
guns são recuperados e Atualmente, sabe-se que algumas maneiras de se praticar a atividade extrativa no
reintegrados ao ambien- Brasil e no mundo estão comprometendo as fontes de matérias-primas minerais e
te, enquanto outros são vegetais e, além disso, têm levado diversas espécies vegetais e animais à extinção,
aproveitados e transfor- prejudicando a manutenção da biodiversidade do planeta.
mados em áreas de ativi- Rubens Chaves/Pulsar Imagens
198
198
Capítulo 7
O garimpo e seus impactos • Este conteúdo permite
em foco ambientais e sociais um trabalho com o tema
contemporâneo Saúde
e pode ser abordado em
O mercúrio é considerado um dos metais mais tóxicos para a vida humana, mas
conjunto com o compo-
os garimpeiros o utilizam intensamente na exploração do ouro em garimpos.
nente curricular de Ciên-
Ao retirar o cascalho arenoso do leito dos rios ou do subsolo, o garimpeiro adi- cias.
ciona o mercúrio nesse material bruto. O mineral possui a propriedade de agregar • Solicite aos alunos
os pequenos grãos de ouro, formando uma liga metálica. Depois que esta liga é uma pesquisa em revis-
aquecida, parte do mercúrio evapora e o ouro torna-se evidente. tas, jornais e na internet,
Rejeitos do mercúrio descartado junto com a lama produzida no processo de sobre o tema “Os riscos
garimpagem causam sérios problemas ao meio ambiente, entre eles o assorea- do garimpo”. Oriente-os
mento do leito dos rios e a contaminação de suas águas. a buscar informações
sobre as possíveis in-
Além desse grave impacto ambiental, a poluição provocada pelos garimpos oca- toxicações que podem
siona problemas sociais. Há muitos casos em que esses garimpos são explorados ser causadas aos garim-
em terras indígenas, fazendo alguns desses povos terem seu território invadido e peiros ao exercerem a
degradado, seus mananciais poluídos e assoreados e sua saúde comprometida com atividade. Junto com o
a contaminação pelo mercúrio, substância altamente tóxica para o organismo huma- professor de Ciências,
no. Veja o que descreve o texto a seguir. verifique se as pesquisas
apontam para o risco da
A mineração ilegal no Brasil é vista por muitos como um mal que polui utilização do mercúrio
a Amazônia, envenena tribos indígenas e rouba a nação de sua riqueza. na atividade garimpeira.
Para outros, é um modo de vida. [...] Comente com os alunos
Acredita-se que a área total explorada por garimpeiros no Brasil seja peque- sobre os efeitos nocivos
causados à saúde de-
na. Entretanto, elementos químicos como o mercúrio, que garimpeiros em
correntes do despejo de
Creporização usam para separar ouro de areia, podem deixar uma grande mar-
mercúrio nos rios feito
ca de contaminação. pelo garimpo.
[...] um estudo revelou níveis alarmantes de mercúrio em aldeias indíge-
nas no estado de Roraima.
Um grupo de indígenas teve mais do que o dobro do nível de mercúrio
considerado grave risco para a saúde — como danos no sistema nervoso cen-
tral, rins, coração e sistema reprodutivo — encontrado em seus fios de cabelos.
[...]
DOCE, Nacho. Garimpeiros buscam ouro em minas ilegais na Amazônia. Reuters, 14 set. 2017.
Disponível em: <https://br.reuters.com/article/topNews/idBRKCN1BP2KH-OBRTP>. Acesso em: 8 ago. 2018.
199
199
ambiente físico
se tornem
desfavoráveis à
renovação, Área de extração de
quando minério de ferro em
intensamente Divrgi, Turquia, 2018.
degradado, ele
não conseguirá
se recompor.
B
isarescheewin/Shutterstock.com
Mulher realizando a
extração de látex na
Tailândia, 2017.
200
Capítulo 7
• As páginas de ativida-
A borracha natural pode ser extraída de mais de 20 árvores de diversas des favorecem o acom-
zonas tropicais do planeta. Nenhuma, porém, equipara-se à seringueira [...] panhamento da aprendi-
em qualidade e produtividade. A grande vantagem da seringueira é que es- zagem dos alunos. Outra
ta fornece o látex boa parte do ano, sem que a árvore sofra. [...] sugestão para avaliar o
que os alunos compre-
MEIRELLES, João Filho. O livro de ouro da Amazônia: mitos e verdades sobre
a região mais cobiçada do planeta. Rio de Janeiro: Ediouro, 2004. p. 121. enderam até o momento,
é solicitar que produzam
O extrativismo vegetal, com a um mapa conceitual em
a ) Que atividade econômica é apresentada no texto? exploração do látex. 8. b) Não, folha sulfite tendo co-
pois o texto
b ) De acordo com o texto, essa prática prejudica a natureza? Explique. relata que o mo base a expressão
látex pode ser “transformação do espa-
9. Identifique qual atividade está representada em cada uma das imagens abaixo. extraído das
ço geográfico”. No dia da
Descreva as principais características dessas atividades e cite dois produtos ob- seringueiras entrega, construa coleti-
sem que a
tidos por meio de cada uma delas. Anote suas respostas no caderno. árvore seja vamente um mapa con-
prejudicada.
ceitual da turma sobre
A B a temática, promovendo
Gerson Gerloff/Pulsar Imagens
Watchares Hansawek/Shutterstock.com
C
201
E. Cavalcante
Produção
cultura (em milhões-ton)
desenvolvida
2500
por meio da
atividade 2250
agrícola,
como milho, 2000
1 890
feijão, arroz,
soja, café, 1750
entre outros. 1500
1250
1 060
1000
500
334 377 334
250
0
Cana- Milho Arroz Trigo Batata Soja
-de-açúcar Produtos
Seu João tem uma fazenda muito grande onde vezes, seu João perde boa parte de sua produção. que compra a produção de seu João. Felipe, que
planta milho o ano todo, quase não usando adu- O vizinho do seu João, seu Luiz, planta na sua é empregado do seu Luiz, pediu permissão a ele
bo e utilizando o arado puxado a boi. Ele não es- fazenda feijão, soja, algodão e também milho, para fazer uma plantação em uma pequena área
tá muito satisfeito, pois de vez em quando o do- usando um arado puxado a trator, colocando o próxima à sua casa onde ele planta nas horas de
no do moinho de fubá, para quem ele vende sua adubo adequado na plantação e utilizando defen- folga, de tudo um pouco: feijão, mandioca, abóbo-
produção, não quer comprá-la, porque existem sivos quando preciso. Para seu Luiz as coisas vão ra, couve, inhame, hortaliças, etc. A produção de
vários agricultores como ele produzindo mui- bem, pois para cada tipo de produto ele tem com- Felipe é pequena, não dando para comercializar,
to milho e o moinho não tem capacidade para prador diferente, embora ele também seja forne- mas dá para o seu sustento e o de sua família.
202
Capítulo 7
• Comente com os alu-
Dentre diversas possibilidades de classificação, a atividade agrícola pode ser divi- nos que na agricultura
dida em dois tipos: agricultura moderna e agricultura tradicional. moderna é possível en-
contrar lavouras equipa-
das com maquinários e
A agricultura moderna é responsável pela produção tanto de alimentos quanto de matérias-primas instrumentos agrícolas
empregadas na fabricação de bens e de fontes energéticas para o abastecimento de outros setores da de alta tecnologia em
economia, como a indústria e o comércio. Por isso, também pode ser chamada agricultura comercial. médias e pequenas pro-
Nessa atividade agrícola, são empregados maquinários e implementos agrícolas altamente so- priedades.
fisticados, sementes selecionadas, insumos agrícolas, como fertilizantes, além de herbicidas e fun- • Explique a eles que
gicidas para o controle de pragas e doenças nas plantações. Em geral, a agricultura moderna é a agricultura moderna
desenvolvida em grandes propriedades rurais, necessita de altos investimentos e se caracteriza ou comercial também é
por apresentar elevada produtividade. denominada agricultura
Colheita de soja sendo realizada por meio de colheitadeira moderna no município de Leópolis (PR), 2018.
intensiva.
Raksha Shelare/Shutterstock.com
Sergio Ranalli/Pulsar Imagens
203
203
Sugestão de atividade
Refletindo sobre a
agricultura orgânica
Objetivos
• Ler e interpretar texto Mundo: principais áreas agrícolas
sobre agricultura orgâ-
nica.
• Refletir sobre a técnica
de produção de alimen-
tos orgânicos e sua im-
portância.
a ) Comente com os alu-
E. Cavalcante
nos que existe uma téc-
nica de produção agríco-
la denominada orgânica.
b) Aborde o assunto por
meio do texto a seguir.
Fontes: GIRARDI, Gisele;
Agricultura orgânica ROSA, Jussara Vaz. Atlas
geográfico do estudante.
A agricultura orgânica São Paulo: FTD, 2016. p. 169.
defende que seja dada Atlas National Geographic: a Terra e o
0 2 880 5 760 km
maior atenção aos aspec- Universo. São Paulo: Abril, 2008. v. 12. p. 56-57.
tos ecológicos envolvidos
na atividade agrícola,
Ernesto Reghran/Pulsar Imagens
Agatha Kadar/Shutterstock.com
destacando-se a micro-
biologia do solo. Os agri-
cultores orgânicos procu-
ram desenvolver culturas
sem o uso de agrotóxicos,
com a intenção de pro-
teger o meio ambiente,
produzir alimentos mais
nutritivos e evitar intoxi- Na agricultura moderna, o emprego de Na agricultura tradicional, a plantação
cações de agricultores e maquinários, como tratores e colheitadeiras, e a colheita, geralmente, são realizadas
consumidores. Por isso, possibilita que as lavouras cultivadas sejam com auxílio de força animal e, em algumas
cuidadas por um número reduzido de mão de áreas, por muitos trabalhadores rurais.
geralmente, a produção
obra. A fotografia mostra colheita de soja no Na fotografia, trabalho manual na lavoura de
dos agricultores orgâ- município de Formosa do Rio Preto (BA), 2017. arroz em Madagascar, África, 2016.
nicos é consumida por
quem busca produtos 204
mais saudáveis. [...]
O solo é um elemento
fundamental para o fun-
cionamento de qualquer
agroecossistema. Ele é tão ativo, resulta em plantas,204
g20_ftd_lt_6vsg_c7_p204a215.indd animais e seres humanos saudá- mente em climas tropicais como o do Brasil. Nesse sentido,10/15/18 3:46 PM g20_
importante para a agri- veis. [...] além das práticas convencionais de manejo e conservação
cultura orgânica que um A agricultura orgânica também dedica uma atenção es- do solo, são propostas outras técnicas visando preservar e
dos lemas desta é “deve-se pecial à manutenção da diversidade dos microorganismos incentivar sua atividade biológica, como a manutenção da
alimentar o solo e não a subterrâneos, que, mesmo numerosos, não podem ser vis- sua cobertura, a redução do uso de máquinas agrícolas, a
planta”, pois ele é a fonte tos a olho nu. [...] extinção da prática de revolvimento ou aração profunda, a
de vida e, quando equili- Dada a sua importância, os agricultores orgânicos enten- aplicação de adubação verde e outras técnicas alternativas.
brado e biologicamente dem que o solo merece uma proteção especial, principal- ROSA, Antônio Vítor. Agricultura e meio ambiente.
São Paulo: Atual, 1998. p. 80.
204
Capítulo 7
• O conteúdo desta pá-
A maior parte da produção de alimentos que abastece a população brasileira é pro- gina contribui para o tra-
veniente da agricultura familiar, composta por pequenos e médios produtores rurais. balho com a habilidade
Em nosso país, cerca de 89% das propriedades rurais possuem área menor que EF06GE06 da BNCC.
100 hectares. Nessas propriedades, geralmente a terra é cultivada por membros da • Aproveite para ques-
própria família, sem nenhuma ou com reduzida mão de obra externa. Muitos agricul- tionar os alunos sobre
a agricultura familiar no
tores familiares, além de cultivarem lavouras, como arroz e feijão, criam gado para
município onde vivem.
produção leiteira e aves. Questione se sabem da
Observe, no quadro abaixo, as produções em que a agricultura familiar é mais importância dos peque-
representativa em nosso país. nos produtores locais de
alimentos, como frutas,
Leite Suínos Feijão Mandioca verduras e ovos, que dia-
riamente estão na mesa
60% familiar 59% familiar 70% familiar 87% familiar do brasileiro.
40% patronal 41% patronal 30% patronal 13% patronal • Se possível, traga um
produtor rural que traba-
Fonte: BRASIL. Secretaria Especial de Agricultura Familiar e do Desenvolvimento agrário. Brasil: 70% dos alimentos que vão à lhe em sistema de agri-
mesa dos brasileiros são da agricultura familiar. Brasília, 2017. Disponível em: <http://www.mda.gov.br/sitemda/noticias/brasil-
70-dos-alimentos-que-v%C3%A3o-%C3%A0-mesa-dos-brasileiros-s%C3%A3o-da-agricultura-familiar>. Acesso em: 4 ago. 2018. cultura familiar para ser
entrevistado pela turma
• Converse com seus colegas e com o professor sobre os principais pro- e relatar um pouco so-
dutos agrícolas cultivados no lugar onde vocês vivem. bre como é seu trabalho,
Resposta pessoal. sua rotina diária. Desse
modo, incentivamos os
alunos a valorizarem os
A merenda escolar e a agricultura familiar pequenos produtores
Patronal:
Em 16 de junho de 2009, o Governo Federal sancionou a Lei nº 11 947. Essa lei denominação dada à que são responsáveis
determina que parte dos recursos destinados à aquisição de alimentos para a produção proveniente pela produção da maior
merenda escolar de escolas públicas ou de entidades filantrópicas brasileiras seja de grandes
produtores rurais, parte dos alimentos que
utilizada para adquirir produtos que tenham origem na agricultura familiar da região. consumimos.
cujas propriedades
Isso contribui para o desenvolvimento da agricultura familiar e ainda proporciona são extensas e a
uma merenda saudável aos alunos, com alimentos variados e frescos. produção alcança
Cesar Diniz/Pulsar Imagens
grandes quantidades.
Entidade
filantrópica:
Cultivo de hortaliças no instituição
município de Ibiúna (SP), 2018. beneficente sem fins
lucrativos que presta
serviços à sociedade.
205
205
Criação de ovinos em Merthyr Tydfil, País de Gales, 2018. Criação de aves no município de Jandaia do Sul (PR), 2016.
1 200 1 173
1 002 981
900
600
206
206
Capítulo 7
A pecuária pode ser classificada em extensiva e intensiva.
• Ressalte aos alunos
que a pecuária extensi-
A pecuária extensiva caracteriza-se pela criação do animal solto, em grandes ex- va e a intensiva também
tensões de terra, com a alimentação baseada, sobretudo, em pastagens. Geralmente, podem ser desenvolvi-
o gado é vacinado, porém não recebe determinados cuidados como na pecuária in- das com outros tipos de
tensiva, o que significa que na pecuária extensiva o proprietário não investe tanto criações, como ovinos e
quanto na pecuária intensiva. caprinos.
De maneira geral, na criação extensiva, a produtividade é menor, pois o ganho de • Em nosso país, aproxi-
peso pelo animal por dia é lento, até atingir o ponto de ser abatido e comercializado. madamente 4 milhões de
cabeças de gado bovino
Em nosso país, a pecuária extensiva destina-se, principalmente, à produção de são criadas em sistema
carne e couro. Atualmente, o Brasil é o segundo maior produtor de carne bovina do de confinamento, tendo a
mundo. Cerca de 97% da bovinocultura brasileira, ou seja, criação de bois e vacas, é produção de carne como
realizada de maneira extensiva. principal finalidade.
• Oriente os alunos a
voltarem à página 188
Cesar Diniz/Pulsar Imagens
Criação
extensiva de
gado bovino no
município de
Amambai (MS),
2018.
Criação de gado
bovino confinado,
em propriedade
rural do município
de São Sebastião
da Amoreira (PR),
2017.
207
207
Lavoura de
algodão
Fabricação
de fiação
Vista panorâmica de indústrias na cidade de São Paulo (SP), 2018.
Fábrica de
tecidos
Os diferentes tipos de indústrias
Fábrica de A atividade industrial pode ser dividida em três categorias: bens de produção ou
roupas de base, bens intermediários e bens de consumo. Essa divisão está relacionada ao
tipo de atividade fabril desenvolvida e à finalidade dos produtos fabricados. Vamos
Loja estudar cada uma dessas categorias.
(comércio)
Fabril: relativo a produto desenvolvido em fábrica.
• Nesse momento, discu-
ta com os alunos a inter- 208
dependência entre o cam-
po e a cidade, reforçando
a habilidade EF06GE07.
Explique aos alunos que
g20_ftd_lt_6vsg_c7_p204a215.indd 208 10/15/18 3:46 PM g20_
do campo extrai-se a ma- Orientações gerais
téria-prima para produ-
ção, bem como o campo
• Organize um trabalho de campo para visitar alguma • Providencie a autorização com os responsáveis e trace
indústria do município onde moram. um percurso.
precisa dos produtos da
cidade, havendo uma de- • Para tanto, verifique com antecedência as possibilidades • Em sala de aula, monte um roteiro de entrevista com
pendência de uma região de visita assistida a determinada indústria e uma data com- os alunos. Solicite auxílio do professor do componente
com a outra. patível com o local e a coordenação pedagógica da escola. curricular de Língua Portuguesa. Busque construir o
208
Capítulo 7
Utilizando a matéria-prima bruta, ou seja, como ela é encontrada na natureza, co- • Traga para a sala de
aula algumas imagens de
mo petróleo, carvão e minérios, esse tipo de indústria fabrica produtos que servirão produtos ou indústrias.
de base para a produção realizada por outras indústrias. Distribua-as entre os alu-
Geralmente, as indústrias de bens de produ- nos e peça-lhes que clas-
sifiquem em que tipo de
Marten_House/Shutterstock.com
ção se localizam próximo às regiões de onde se
extrai sua matéria-prima ou próximo às vias de indústria foram produzi-
dos: indústria de base, de
escoamento, como ferrovias, rodovias e portos.
bens intermediários ou de
Indústrias siderúrgicas, metalúrgicas, pe- bens de consumo. Utilize,
troquímicas e de papel são alguns exemplos por exemplo, imagens de
de indústrias de bens de produção. navios sendo construídos
ou aportados em grandes
portos, eletrodomésticos
Na fotografia ao lado, observamos operário e embalagens de óleo mi-
em uma siderúrgica na China, 2017.
neral para lubrificação de
motores.
Indústria de bens intermediários • Para aprimorar os
Skycolors/Shutterstock.com
conhecimentos desse
Essa categoria de indústria fabrica máqui-
tema, solicite aos alu-
nas e equipamentos que darão suporte para o nos que pesquisem em
desenvolvimento de outras atividades fabris e, revistas, jornais e na
até mesmo, de outros ramos da economia, co- internet as característi-
mo a agricultura e o extrativismo. A esse tipo cas produtivas (tipo de
de atividade industrial correspondem a indús- indústria e categoria em
tria naval, responsável pela fabricação de navios que se enquadra) de uma
e equipamentos navais, a indústria mecânica, indústria do estado onde
moram. Peça a eles que
que fabrica peças de máquinas industriais, e a
anotem as informações
indústria de autopeças, que produz peças de Na fotografia acima, podemos observar uma indústria obtidas no caderno a fim
automóveis. que monta aviões na França, 2017.
de comparar com as in-
formações dos demais
Indústria de bens de consumo colegas de turma.
209
roteiro coletivamente para auxiliar em possíveis difi- exemplo: um aluno fica responsável por fotografar o lo-
culdades. cal, outro por gravar e os demais pela entrevista.
• Imprima uma cópia do roteiro de entrevista para cada • Ao final, sugerimos que construam o relatório de campo
aluno. Divida-os em grupos de aproximadamente qua- coletivamente, para que os alunos tenham um momento
tro integrantes, em que cada um possa ficar responsável de trocar as experiências vividas.
por uma função no momento do trabalho de campo, por
209
jayk67/Shutterstock.com
seja próximo e que traba- na troca de um produto por dinheiro ou, ainda,
lhe no comércio ou com por outro produto. Em geral, é classificado co-
prestação de serviços. mo varejista ou atacadista.
• Junto com o professor No comércio varejista, os produtos são ven-
do componente curricu- didos diretamente ao consumidor final. Já no
lar de Língua Portugue- comércio atacadista, a venda de mercadorias,
sa, auxilie os alunos na geralmente em grandes quantidades, é feita pa-
construção de um roteiro
ra comerciantes intermediários que, depois, re-
de entrevista.
venderão esses produtos a outros comerciantes
• Oriente-os a organizar ou aos consumidores finais.
as informações coleta-
das em tabelas. Leve- O shopping center é um exemplo de local
-os a questionar se o onde se realiza o comércio varejista. Ao lado,
entrevistado trabalha shopping center localizado em Dubai, 2017.
no comércio varejista
ou atacadista ou o tipo Além do varejo e do atacado, o comércio tam-
Philip Pilosian/Shutterstock.com
210
210
Capítulo 7
O comércio • Este estudo trabalha
em foco eletrônico com o tema contempo-
râneo Ciência e tecno-
logia. Reforce com os
Nos últimos anos, o comércio e a prestação de serviços passaram a contar com
alunos a importância dos
uma nova ferramenta, a internet. Muitas empresas vêm expandindo seus negócios avanços tecnológicos
e, consequentemente, se tornando cada vez mais lucrativas devido à inserção da para a ligação entre os
compra e venda de seus produtos e serviços na rede mundial de computadores. diversos pontos do glo-
Do mesmo modo, muitas pessoas estão preferindo adquirir aquilo de que ne- bo, reduzindo tempos e
cessitam utilizando a internet por conta da comodidade e da praticidade que ela distâncias. Comente com
oferece, já que, geralmente, a compra e o recebimento dos produtos acontecem em os alunos sobre as faci-
algum estabelecimento residencial. Diversos tipos de mercadorias e serviços estão lidades do comércio ele-
trônico, alertando para a
atualmente à disposição para serem adquiridos pelas pessoas por meio de lojas vir-
importância de comprar
tuais. Entre as mercadorias podemos citar eletrodomésticos, móveis, vestuário, em sites seguros, pois
calçados, brinquedos, telefones etc. Já com relação à prestação de serviços, exis- existe o risco de fraudes
tem a emissão de boletos, extratos e pagamentos on-line, por exemplo. pela internet.
Janaina Oliveira/ASC Imagens
Mulher realizando
compra on-line em
sua residência no
município de
Londrina (PR), 2018.
Janaina Oliveira/ASC Imagens
Mulher recebendo
em casa produto
comprado pela
internet no
município de
Londrina (PR), 2018.
211
211
212
212
Capítulo 7
• Para ler na íntegra a
Lei no 8.078/90 do Có-
Você sabia que produtos comprados pela internet podem ser devolvi- digo de Defesa do Con-
dos no prazo de até sete dias após o recebimento, caso o consumidor não sumidor, acesse o site a
fique satisfeito com a compra? É o chamado “direito de arrependimento”. seguir.
> Código de Defesa do
Esse e outros direitos constam na Lei 8.078/90 do Código de Defesa Consumidor. Brasil. Dis-
do Consumidor. ponível em: <http://livro.
pro/qeiah3>. Acesso em:
26 set. 2018.
4 Criar condições
Consumir de maneira consciente não
significa que precisamos deixar de lado todos
os nossos desejos ou sonhos. Podemos nos
planejar para adquirir algo que queremos.
Para isso, temos que criar condições para
fazê-lo no momento certo.
Algumas dessas condições são poupar e
realizar compras conscientes, colocando em
prática todas as atitudes anteriores!
3 Controlar o orçamento
Somente depois de fazermos a pesquisa e
de sabermos o orçamento de que dispomos,
Flaper
:46 PM Respostas
g20_ftd_lt_6vsg_c7_p204a215.indd 213 10/15/18 3:46 PM
A Resposta pessoal. Verifique se os alunos co- produtos em certos momentos. situações malsucedidas.
mentam sobre atitudes comuns do dia a dia em B Resposta pessoal. Verifique o que os alu- C Resposta pessoal. Oriente-os a citarem
que precisam repensar gastos, saber o valor nos aprenderam sobre o tema e estimule-os a exemplos de ações que devem tomar para
dos produtos, controlar orçamentos e criar con- um momento de reflexão sobre situações vi- evitar situações adversas que envolvam o
dições para que possam adquirir determinados venciadas anteriormente, principalmente em consumo.
213
Yupa Watchanakit/
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studiovin/Shutterstock.com
kzww/Shutterstock.com
Vladyslav Starozhylov/
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7. Observe a tela abaixo para responder às questões no caderno.
214
214
Capítulo 7
capítulo
b ) De acordo com essa tela, a atividade representada pode ser classificada como um
modo de produção agrícola moderno ou tradicional? Justifique sua resposta. Auxilie os alunos que
Tradicional, pois a colheita é feita manualmente. apresentarem mais di-
8. O quadro abaixo apresenta algumas das principais indústrias do Brasil, no ano ficuldades no trabalho
de 2016, com alguns de seus respectivos setores. De acordo com o que você com o capítulo, verifique
o desenvolvimento das
estudou, especifique, no caderno, a categoria a que cada uma delas pertence.
habilidades e se os ob-
jetivos do capítulo foram
As empresas citadas nesta
Maiores indústrias alcançados.
Tipo de indústria ou em outras páginas do
no Brasil livro foram utilizadas com
Leia com os alunos as
objetivo exclusivamente
didático, sem finalidade de afirmações desta seção.
Petrobras Químico e petroquímico promover marcas ou
Indústria de base ou de produtos. Caso julgue pertinente,
bens de produção você poderá desenvolver
Vale do Rio Doce Mineradora a atividade a seguir, so-
Indústria de base ou de licitando aos alunos que
bens de produção Fonte: MELHORES e Maiores –
as 500 maiores empresas do
completem as lacunas.
Cargill Insumos agrícolas
Indústria de bens de Brasil. Exame, São Paulo, a ) O desenvolvimento
consumo não duráveis Abril, 11 ago. 2017. Disponível em:
<https://exame.abril.com.br/revista-
das atividades econômi-
Bunge Alimentícia exame/500-maiores-empresas/>. cas ocorre por meio do
Indústria de bens de
consumo não duráveis
Acesso em: 9 ago. 2018. .
Resposta: trabalho hu-
mano.
b) A relação entre socie-
Refletindo sobre o capítulo dade e natureza produz o
.
Agora que você concluiu o estudo deste capítulo, reflita sobre os temas nele apresentados.
Resposta: espaço geo-
Faça uma autoavaliação do seu aprendizado a partir das afirmações a seguir.
gráfico.
• A relação entre sociedade e natureza se estabelece em consequência do desenvolvimento c ) As atividades econô-
das atividades econômicas realizadas por meio do trabalho humano. Essa relação produz micas podem ser dividi-
o espaço geográfico. das em , e .
Resposta: setor primário,
• As atividades econômicas podem ser divididas em três setores: primário, secundário e setor secundário e setor
terciário.
terciário.
• O aumento das necessidades humanas intensificou a exploração dos recursos naturais d) O é uma ativida-
renováveis e dos recursos naturais não renováveis. de econômica por meio
da qual o homem extrai
• O extrativismo é uma atividade econômica, por meio da qual o homem extrai recursos da recursos da natureza.
natureza. Ele pode ser vegetal, animal ou mineral.
Resposta: extrativismo.
• A agricultura moderna difere da agricultura tradicional, principalmente, por utilizar-se de e ) O extrativismo pode
técnicas e maquinários avançados, de sementes selecionadas e de insumos e implemen- ser de três tipos: ,
tos agrícolas, o que permite uma alta produtividade. A agricultura tradicional caracteriza- e .
-se pelo uso restrito de máquinas modernas e insumos agrícolas. Resposta: vegetal, ani-
mal ou mineral.
• A pecuária, além de produzir alimentos, abastece as atividades econômicas do comércio
f ) A agricultura moder-
e da indústria. Ela pode ser praticada de forma extensiva ou intensiva.
na utiliza técnicas e ma-
• A atividade industrial pode ser dividida em três categorias diferentes, de acordo com o quinários , de se-
tipo de atividade desenvolvida e a finalidade dos produtos fabricados. mentes selecionadas e de
insumos e implementos
• O comércio é a atividade econômica que se caracteriza pela troca de produtos por dinhei- agrícolas, o que permite
ro ou por outros produtos.
uma produtividade.
Resposta: avançados/
215 alta.
:46 PM g) A agricultura
g20_ftd_lt_6vsg_c7_p204a215.indd 215caracteriza-se pelo uso Resposta: comércio/indústria. Resposta:
10/15/18 três/atividade
3:46 PM desenvolvida/pro-
restrito de máquinas modernas e insumos i ) A pecuária pode ser praticada de duas for- dutos fabricados.
agrícolas. mas: ou . k ) A troca de produtos por dinheiro ou por
Resposta: tradicional. Resposta: extensiva ou intensiva. outros produtos caracteriza a atividade eco-
h) A pecuária, além de produzir alimentos, j ) A atividade industrial pode ser dividida em nômica conhecida como .
abastece as atividades econômicas do e categorias diferentes, de acordo com o Resposta: comércio.
da . tipo de e a finalidade dos .
215
A natureza, as
Objetivos do capítulo pít
Ca
• Reconhecer que os pro-
blemas ambientais são
atividades
decorrentes do desenvol-
vimento de diferentes ati-
vidades econômicas.
econômicas e os
• Identificar as causas e
as consequências da po-
luição atmosférica.
problemas
• Compreender como
ocorrem o efeito estufa
natural e o artificial.
ambientais
• Refletir sobre a po-
luição atmosférica e as
mudanças climáticas no
planeta e sobre o aqueci-
mento global.
• Relacionar o uso ina-
dequado dos solos com
problemas ambientais,
como erosão e contami-
nação dos solos e dos
lençóis freáticos.
• Reconhecer que as
atividades humanas
contribuem para a ace-
leração do processo de
desertificação, assim
como para a poluição
das águas do planeta.
• Reconhecer que os re-
síduos domésticos tam-
bém podem poluir os
recursos hídricos.
• Reconhecer as princi-
pais fontes de energia uti-
lizadas pelo ser humano.
• Identificar as áreas de
SIPA Asia/ZUMA Wire/
Alamy/Fotoarena
exploração de petróleo
no Brasil.
• Reconhecer e analisar
as principais fontes de
energia limpa.
• Reconhecer o croqui Na fotografia,
como uma maneira de crianças plantando
árvores em Rugao,
representação das pai- China, 2018. A ação
sagens terrestres. ocorre todos os anos
• Para incentivar a participação dos alunos e avaliar ambientais, como rios e lagos poluídos, áreas que tive-
seus conhecimentos prévios sobre o assunto a ser abor- ram suas árvores cortadas ou queimadas, indústrias ou
dado neste capítulo, promova uma conversa sobre lu- carros que lançam fumaça na atmosfera etc.
gares que eles conhecem e que apresentam problemas
216
per
desta página e verifique
Fla
se os alunos percebem
a importância da preser-
vação do meio ambiente.
Esse pode ser um bom
momento para avaliar a
participação dos alunos.
A técnica de tempestade
Embora os problemas ambientais constantemente ocorram, é cerebral pode ser utiliza-
possível colocar em prática ações que os combatam. Ainda que se- da para iniciar essa aula.
jam atitudes simples em nosso cotidiano, elas podem contribuir
para a preservação e a recuperação dos recursos da natureza, além
de beneficiar as gerações futuras.
Veja as respostas das questões nas orientações ao professor.
A Atitudes semelhantes à mostrada na fotografia também
são tomadas no lugar onde vocês vivem? Conte aos colegas.
B Você considera importante preservar o meio ambiente?
Converse com seus colegas sobre esse assunto.
217
:38 PM Respostas
g20_ftd_lt_6vsg_c8_p216a227.indd 217 10/15/18 3:38 PM
A Resposta pessoal. Auxilie os alunos, caso eles não B Resposta pessoal. Promova uma roda de conversa
apontem ações semelhantes. Nesse momento, inclusive, com os alunos de modo que troquem ideias sobre a ati-
podem ser propostas, em conjunto, ações a serem reali- vidade proposta. Verifique se existe um consenso em
zadas pela turma. relação às respostas apresentadas por eles.
217
Poluição atmosférica
bens não essenciais para sua sobrevivência, geralmente
compreender a realida-
impulsionado por propagandas ou pela moda.
de, refletir sobre suas
ações para então propor A poluição atmosférica é atualmente um dos mais graves problemas ambientais.
soluções para a resolu-
É importante destacar que a poluição provocada pelas técnicas de cultivo de nossos
ção dos problemas que
promovam a consciên- ancestrais não se compara ao elevado índice de poluição que as atividades econômi-
cia socioambiental e o cas atuais causam ao meio ambiente. Isso porque, naquela época, o ser humano já
consumo consciente. realizava atividades que agrediam o meio ambiente, emitindo substâncias poluentes
Para desenvolver uma no ar, porém em quantidades muito pequenas.
atividade em sala sobre
esse tema, sugerimos o À medida que as atividades humanas se diversificaram e se intensificaram, elas
acesso ao site do Institu- passaram a poluir cada vez mais o ar atmosférico. Veja, no esquema a seguir, as
to Akatu, uma organiza-
atividades humanas que mais emitem gases poluentes na atmosfera atualmente.
ção não governamental
(ONG) sem fins lucra- Atividades humanas e a
tivos que trabalha pela
poluição atmosférica
sensibilização e mobili-
zação da sociedade para
o consumo consciente.
> Conheça os 12 princí- Residencial e
pios do consumo cons- comercial 12%.
ciente. Akatu. Disponível
em: <http://livro.pro/
jfps9b>. Acesso em: 20
set. 2018.
grandes quantidades de
CO2 na atmosfera. O va-
por produzido nesse pro-
cesso é o que movimenta
as turbinas da usina ter-
melétrica, gerando a ele-
tricidade.
218
Capítulo 8
grandes centros urbanos, a poluição Comente com os alu-
atmosférica é ocasionada pela intensa nos que a poluição do ar
emissão de gases e resíduos tóxicos na China ainda é superior
expelidos, sobretudo, pelas indústrias e ao que a Organização
pelos escapamentos de automóveis. Mundial da Saúde (OMS)
considera seguro. Mas
Somadas a outras fontes de poluição,
desde 2014 a China tem
essas substâncias contribuem para a
decretado “guerra” con-
péssima qualidade do ar urbano e para tra a poluição. O governo
o surgimento ou agravamento de doen- chinês tem tomado me-
testing/Shutterstock.com
ças, em especial aquelas relacionadas didas enérgicas quanto
às vias respiratórias, como bronquite e à busca pela redução dos
asma. níveis de poluição. Com
isso, segundo pesquisa-
As atividades agrícolas também con- dores, em algumas ci-
tribuem para tornar o ar atmosférico A emissão de poluentes por automóveis está entre as maiores dades a concentração de
impróprio para o ser humano. A pulveri- fontes poluidoras da atmosfera. Na fotografia, vemos pessoas partículas diminuiu até
zação de agrotóxicos nas plantações, a usando máscaras em razão da poluição nas ruas de Beijing, 32%. Algumas ações que
China, 2017.
queima da palha da cana-de-açúcar, pas- têm sido realizadas são:
tagens e matas emitem grandes quanti- > Novas termelétricas
O que está acontecendo com nossa Terra?
dades de gases tóxicos na atmosfera. foram proibidas, as já
Kristina Michahelles. Rio de Janeiro: IBGE, 2002.
existentes tiveram que
Fonte: EUROPEAN ENVIRONMENT AGENCY. Sectoral Neste livro são apresentados alguns questionamentos
greenhouse gas emissions by IPCC sector. Disponível em: relacionados ao acelerado aumento da temperatura
diminuir sua emissão de
<https://www.eea.europa.eu/data-and-maps/daviz/
do planeta e sugestões de como contribuir para gases poluentes e as que
change-of-co2-eq-emissions-2#tab-dashboard-01>.
Acesso em: 31 ago. 2018.
diminuir os efeitos deste aquecimento. não conseguiram troca-
ram seu combustível por
gás natural.
> Restrição da quantida-
de de carros circulando
nas ruas.
> Em muitas residências
Flaper
e espaços de trabalho os
aquecedores a carvão
mineral tiveram que ser
removidos.
Agricultura e
outras atividades
humanas 20%.
Indústria 19%.
Transporte 20%.
219
219
Substituir os combustíveis
fósseis por outras fontes de
energia que sejam menos
poluentes e agressivas ao
meio ambiente, como as
Ilustrações: Camila
220
220
Capítulo 8
na prática Bioindicadores de A atividade sugerida
nesta página pode ser
poluição do ar realizada em conjunto
com o componente cur-
ricular de Ciências. As
Por meio de nossos sentidos podemos perceber diversas alterações no ambiente
atividades realizadas
onde vivemos, como a mudança de temperatura, de cheiro, sons, entre outros. Essas fora de sala de aula cos-
percepções também acontecem com relação à qualidade do ar. Em alguns casos, tumam despertar nos
quando a qualidade do ar está ruim, o corpo humano pode manifestar algumas rea- alunos a curiosidade in-
ções, como problemas respiratórios, irritação nos olhos, alergias etc. telectual para pesquisar
e investigar o mundo que
Você sabia que alguns seres vivos são muito sensíveis à existência de poluentes
os cerca. Com base nos
no ar? Os liquens, por exemplo, só vivem em lugares onde a qualidade do ar é mui- conhecimentos de dife-
to boa. Desta maneira, em lugares onde o ar está poluído esse tipo de organismo rentes áreas, os alunos
dificilmente sobrevive. Por conseguir identificar a presença de poluentes, eles são podem descobrir as cau-
considerados bioindicadores. sas e elaborar respostas
Será que existem liquens no bairro de sua escola? Vamos verificar como está a para o objeto de estudo.
Assim, esta atividade fa-
qualidade do ar nesse ambiente. Realize a atividade a seguir e descubra a resposta.
vorece uma abordagem
da competência geral 2
O que você vai precisar da BNCC.
• Providencie antecipa-
damente na prefeitura
Como fazer do município a planta do
bairro onde se localiza a
A Com o professor e os colegas de turma, escola, em seguida, repro-
221
Renan Fonseca
• Solicite aos alunos que Mudanças Climáticas), afirmam
recolham recortes de que a concentração excessiva de
notícias de jornais e re- gases poluentes no ar é respon- CO2 Temperatura
vistas sobre as mudan- sável pelo aumento gradativo da (em ppm*) (em oC)
ças climáticas, ou sobre temperatura média da atmosfe- 800
fenômenos relacionados
ra, na atualidade.
à poluição atmosférica, e 700
tragam para a sala de au- Veja no gráfico o aumento 600
la. Leia algumas notícias da emissão (gás carbônico) de 500
e discuta com os alunos CO2 na atmosfera e o compor-
as causas dos fenôme- 400
tamento da temperatura média
nos relatados e como da atmosfera terrestre desde o 300
a poluição atmosférica
século passado. 200
pode influenciar os fenô-
100
menos climáticos.
0
Fonte: IPCC (Intergovernmental Panel on 1900 1950 2000 2050** 2100**
Climate Change). Disponível em: <www. *Partículas por milhão **Estimativa
ipcc-data.org/>. Acesso em: 22 ago. 2018.
Alguns gases poluentes emitidos para a atmosfera, como o CO2 e o CH4 (gás metano),
têm por característica reter o calor do sol próximo à superfície terrestre. A emissão
excessiva desses gases vem intensificando o fenômeno denominado efeito estufa arti-
ficial e, consequentemente, provocando o aquecimento global.
O aquecimento global é o fenômeno caracterizado pelo aumento da temperatura
média da atmosfera terrestre.
Jean-Sebastien/AFP
Na fotografia, crianças
se refrescam em uma
fonte durante onda de
calor em Nantes,
França, 2016.
Temperaturas elevadas
têm sido registradas
com maior frequência
nos verões europeus.
222
222
Capítulo 8
estufa artificial, veja os esquemas a seguir. • Explique aos alu-
nos que alguns estudos
científicos afirmam que
Efeito estufa natural
o aquecimento global é
O efeito estufa natural ocorre um fenômeno natural do
nosso planeta. Nesses
quando:
estudos, a teoria de que o
A A Grande parte dos raios so- aquecimento da tempe-
lares que atinge a superfície ratura média da atmosfe-
terrestre é refletida para o ra terrestre é provocado
pela ação do ser humano
espaço.
Fotomontagem de Carmen Martinez. Foto: Delfim Martins/Pulsar Imagens
223
223
224
224
Capítulo 8
• Para aprofundar o
estudo destas páginas,
apresente aos alunos o
texto a seguir, que mos-
tra um dos efeitos das
mudanças climáticas.
A elevação do nível
dos oceanos
O aumento da tempe-
ratura média da atmosfe-
ra vem ocasionando o de-
gelo de parte das calotas
polares. Estudos indicam
que as águas provenien-
tes desse degelo aumen-
tam o volume de água
dos oceanos, causando,
assim, a elevação do nível
dos mares em diversas
regiões do mundo.
Somente no século
XX, o nível médio dos
oceanos subiu quase 20
centímetros e, segundo
estimativas do The Inter-
governmental Panel on
Climate Change (IPCC),
órgão internacional que
estuda as mudanças cli-
máticas da Terra, esse
nível poderá se elevar,
aproximadamente, 26 a
55 centímetros no de-
correr de cem anos.
Se o nível dos mares
aumentar, provavelmen-
te provocará a inundação
de cidades localizadas
em áreas costeiras. Além
disso, diversas ilhas lo-
calizadas no Caribe e no
oceano Pacífico poderão
ficar submersas.
Camila Ferreira
Texto da autora.
N N
O L O L
S S
0 1 000
0 2 000
1 000
km 2 000 km
Fonte: SCHOFFHAM, Stephen. Atlas geográfico
mundial: versão essencial. São Paulo:
Fundamento Educacional, 2007. p. 12-13.
225
225
226
226
Capítulo 8
de adensamento urbano. O contrário também ocorre, ou seja, a temperatura média é • Agora que os alunos co-
mais baixa em áreas de menor concentração urbana e em áreas rurais, onde predo- nhecem medidas capazes
mina vegetação. de minimizar as ilhas de
calor, proponha a eles uma
Portanto, as ilhas de calor se formam, principalmente, em grandes centros urbanos,
pesquisa na internet sobre
onde a quantidade de edifícios é maior e a presença de árvores e áreas verdes tende cidades que vêm execu-
a ser menor. As áreas verdes, como praças e parques, e os espelhos d’água, como la- tando ações em busca da
gos que proporcionam sombra e redução do aquecimento
umidade, aquecem e resfriam lenta- Ilha de calor do ar nas áreas urbanas.
mente, o que reduz o aquecimento Eles devem anotar as in-
do ar nesses núcleos urbanos. formações pesquisadas
no caderno para que, em
Fonte: CHRISTOPHERSON, Robert W.
Geossistemas: uma introdução à
sala de aula, comparti-
geografia física. Tradução: Francisco lhem-nas com os colegas.
Eliseu Aquino et al. Porto Alegre:
Bookman, 2012. p. 108.
Somma Studio
públicos ligados ao planejamento
urbano e ao meio ambiente.
• Plantio de árvores.
• Implementação de telhados verdes, jardins verti-
cais ou “muros vivos”.
• Uso de materiais refletores da luz e do calor solar
em telhados.
• Construção de lagos.
• Aumento de áreas permeáveis no solo, como gra-
mados.
• Construções planejadas que facilitem a circulação
natural do ar nas ruas e em ambientes fechados.
227
227
Técnica de rotação de cultura em dois períodos distintos no município de Londrina (PR), 2015. No exemplo
mostrado, ocorre a rotação de cultura, pois nessa lavoura são cultivados soja na estação do verão (fotografia A)
e trigo na estação do inverno (fotografia B).
228
228
Capítulo 8
Ao extrair minerais, como o ferro, o manganês e o carvão mineral, também são • Oriente os alunos a
voltar à página 107 e re-
removidas grandes porções de solo, chamadas rejeito. lembrar o que significa
O rejeito, na maioria das vezes, não é utilizado pelo ser humano e, por isso, é assoreamento. Oriente-
despejado em locais a céu aberto, ficando exposto à ação do vento e da água da -os também a voltar ao
chuva. Gradativamente, partículas do rejeito são transportadas para outras áreas, esquema das páginas 124
e 125 para relembrar as
causando, principalmente, o assoreamento de rios.
partes de um rio.
• Comente com os alu-
Andre Dib/Pulsar Imagens
Na fotografia, podemos
visualizar assoreamento
em um trecho do rio
Jequitinhonha, que
ocorreu por causa do
garimpo de diamantes em
Diamantina (MG), 2018.
229
229
Sobrepastoreio:
Minas e Espírito prática de realizar o
Santo pastoreio em uma
Área afetada aumentou área por um longo
482% nos últimos cinco período de tempo,
ou seja, sem
anos devido ao desmata- possibilitar a
mento da caatinga e do recuperação natural
cerrado, ao uso intensivo da vegetação e do
do solo, à irrigação inade- solo existentes.
quada e à mineração ex-
cessiva. [...]
Correio Braziliense, 20 maio Área de
2018. Disponível em: <www.
correiobraziliense.com.br/app/ desertificação do solo
noticia/brasil/2018/05/20/ decorrente de uso
interna-brasil,681929/ intensivo e falta de
desertificacao-cresce-e-ameaca- cobertura vegetal em
terras-do-nordeste-minas-e-
espirito-sa.shtml>. Acesso em: Cabrobó (PE), 2018.
20 set. 2018.
230
Capítulo 8
Desertificação do Sahel • Relembre os alunos de
que, na região onde se
No idioma árabe, Sahel significa “margem”, nome dado por causa de sua abran- localiza o Sahel, o clima
gência, que vai de leste a oeste do continente africano, ocupando a área de dez paí- predominante é o semiá-
ses. Já no sentido norte-sul, o Sahel ocupa uma faixa semiárida ao longo do sul do rido e sua vegetação é a
deserto do Saara. Veja o mapa abaixo. de estepe. Retome as ca-
racterísticas desse clima
Essa região é atingida pelo processo de desertificação, provocado por, entre outras e vegetação no capítulo 5.
causas, escassez de chuvas, aridez do solo e mudanças nas atividades humanas e
em suas formas de ocupação do território, como:
• Para mais informações
sobre a Convenção das
• a sedentarização das populações, antes nômades; Nações Unidas de Com-
• a modernização e ampliação da exploração dos recursos naturais, antes realiza- bate à Desertificação e
da de maneira tradicional; Mitigação dos Efeitos da
Seca, sugerimos o aces-
• o desmatamento para a produção de energia e incorporação de novas terras so ao site a seguir.
agricultáveis;
> Convenção das Nações
• o aumento do mercado consumidor de produtos agrícolas em zonas áridas. Unidas de Combate à
Entre os anos de 1968 e 1973 ocorreu na Desertificação e Mitiga-
África: região do Sahel e desertos ção dos Efeitos da Seca.
região do Sahel uma grande seca, que le-
Renan Fonseca
N
Ministério do Meio Am-
vou cerca de 500 mil pessoas que lá vi-
biente. Disponível em:
O L
231
231
232
Capítulo 8
Luciana Whitaker/Pulsar Imagens
de toneladas de poluentes por dia. Esses po- • Comente com os alu-
luentes têm diferentes origens, como atividades nos que em 2015, em
industriais, esgotos domésticos e escoamento de uma reunião da Organi-
produtos químicos agrícolas. Ao atingirem as zação das Nações Unidas
águas oceânicas, essas substâncias geralmente (ONU), foram feitas pro-
postas para decidir sobre
causam problemas à vida marinha.
novos caminhos, bus-
Em muitas praias, é possível encontrar um cando melhorar a vida
grande volume de resíduos sólidos, como garrafas das pessoas e do planeta
e embalagens plásticas, latas, vidros e pneus, que, até 2030, que culminou
além de deixar as praias sujas e impróprias para nos 17 Objetivos do De-
Acima, lixo despejado em praia do
banho, podem ser transportados para alto-mar município do Rio de Janeiro (RJ), 2016. senvolvimento Sustentá-
vel (ODS). Entre os obje-
pelo movimento das marés, colocando em risco
tivos estão “Assegurar a
a vida da fauna e da flora marítimas. disponibilidade e gestão
Kertu Saarits/Alamy/Fotoarena
O fluxo de navios-petroleiros também é uma sustentável da água e o
fonte de poluição. O petróleo vazado dos tanques saneamento para todos”
dessas embarcações polui as águas oceânicas (ODS 6) e “Conservar e
nas áreas localizadas em suas rotas. usar sustentavelmente
os oceanos, os mares e
os recursos marinhos
Na fotografia podemos visualizar manchas para o desenvolvimento
de petróleo no mar, provenientes de sustentável” (ODS 14).
vazamentos de grandes embarcações, em Converse com os alunos
Dubai, Emirados Árabes Unidos, 2018.
e proponha uma refle-
xão relacionando esses
temas com o que estuda-
O mapa mostra as principais áreas poluídas pela circulação de navios-petroleiros ram até o momento.
no mundo.
Mundo: áreas poluídas por
• Para mais informações
sobre os ODS, sugerimos
navios-petroleiros – 2015 o acesso ao site a seguir,
N que também apresenta o
O L documento que contém
S os elementos orientado-
res da posição brasileira
diante dos ODS.
> Objetivo do Desen-
volvimento Sustentável.
Ministério das Rela-
E. Cavalcante
0 2 340 4 680 km
Fontes: FERREIRA, Graça Maria Lemos. Atlas geográfico: espaço mundial. 4. ed. São Paulo: Moderna, 2013. p. 30.
GIRARDI, Gisele; ROSA, Jussara Vaz. Atlas geográfico do estudante. São Paulo: FTD, 2016. p. 166.
233
233
234
Capítulo 8
• A atividade 10 contem-
pla um trabalho com as
a ) As manchetes se referem a dois tipos de poluição. Quais são eles? competências específi-
Poluição das águas e poluição atmosférica. cas de Geografia 1 e 3,
b ) Quais são os principais problemas gerados por esses tipos de poluição para
pois o aluno será capaz
a sociedade? A poluição torna as águas impróprias para o consumo humano, além de causar a morte de animais de utilizar os conheci-
que serviriam de alimento para a população. A poluição da atmosfera causa doenças respiratórias e
9. Observe no planisfério as principais áreas de desmatamento e desertificação interfere na mentos apreendidos para
dinâmica compreender as intera-
no planeta. climática da
Terra. ções entre sociedade e
natureza e de que forma
Mundo: áreas de desmatamento a ocupação humana ori-
e desertificação – 2015 ginou os problemas am-
bientais.
Material digital
• Utilize o projeto inte-
grador para o 4o bimes-
tre, localizado no mate-
rial digital, como forma
de avaliar o aprendizado
dos alunos e comple-
mentar noções sobre os
E. Cavalcante
problemas ambientais.
Esta atividade propõe
a análise e reflexão da
realidade próxima dos
alunos, levando-os a se
reconhecer como agen-
tes transformadores e a
se posicionar diante das
situações de seu cotidia-
no, conforme orientam
as competências especí-
2 340 4 680 km
ficas de Ciências Huma-
Fontes: GIRARDI, Gisele; ROSA, Jussara Vaz. Atlas nas 2, 3 e 6.
geográfico do estudante. São Paulo: FTD, 2016. p. 166.
IBGE. Atlas geográfico escolar. 7. ed.
Rio de Janeiro, 2016. p. 63.
235
L
trico, entre outras.
O
28,3% 30,4% Oriente Médio
Reservas de petróleo S
47,7%
Reservas de gás 9,5% 42,5%
América do Norte Reservas de carvão
22,8%
13,3%
6%
0,1%
Keithy Mostachi
review-2017/bp-statistical- 9,4%
7,5% 7,6% 2,8%
review-of-world-energy- 1,2%
2017-full-report.pdf>.
Acesso em: 20 jul. 2018.
0 3 930 7 860 km
Gás natural
Daniel Derevecki/Fotoarena
236
236
Capítulo 8
Análise de gráfico
O carvão mineral é um recurso fóssil encontrado no subsolo, formado nos últimos Objetivos
300 milhões de anos com a decomposição de restos de vegetais.
• Ler e interpretar infor-
As maiores reservas de carvão mineral do mundo estão localizadas nos Estados mações numéricas por
Unidos, na China e na Rússia. Esses três países juntos são responsáveis por aproxima- meio de representações
damente 65% da produção mundial de carvão, muito utilizado em siderúrgicas e usinas gráficas.
termelétricas. Veja, no gráfico abaixo, o consumo mundial desse recurso fóssil. • Analisar informações
relativas ao consumo
Consumo de carvão mineral no mundo de recursos minerais no
mundo.
Consumo Termelétrica: usina
(em milhões de toneladas equivalentes de petróleo) que gera energia elétrica a ) Aproveite o gráfico
com o calor liberado, desta página e realize
4 000 normalmente, na queima
3 732 uma atividade de análise
de combustíveis, como
petróleo, gás e carvão. de gráfico com os alunos.
3 500
Utilizando a linguagem
gráfica para análise de
3 000
informações referentes
ao consumo de carvão
2 500 2 296
2 236 mineral no mundo, pode-
2 072
2 000
-se trabalhar com a com-
1 591
petência específica de
1 500
1 431 Fonte: BP. BP Global. Disponível Ciências Humanas 7.
em: <https://www.bp.com/content/
dam/bp/en/corporate/pdf/energy-
b) Para auxiliar na leitu-
1 000 economics/statistical-review-2017/ ra e interpretação do grá-
E. Cavalcante
1965 1975 1985 1995 2005 2016 bp-statistical-review-of-world- fico e para reforçar os
Anos energy-2017-full-report.pdf>.
Acesso em: 23 ago. 2018. conteúdos sobre o car-
vão mineral, sugerimos
Entre os recursos naturais fósseis, o carvão é o que mais polui a atmosfera, pois as questões a seguir.
sua queima libera uma grande quantidade de gás CO2. Desse modo, nos últimos anos > Em que ano foi o maior
esse combustível passou a ser considerado um dos grandes causadores do efeito consumo de carvão?
estufa artificial. Resposta: 2016.
No Brasil, as principais jazidas de carvão mi- Brasil: principais reservas de > Em 1985, qual foi a
neral estão localizadas na região Sul do país, carvão mineral – 2010 quantidade de carvão
consumida?
E. Cavalcante
principalmente nos estados de Santa Catarina e
do Rio Grande do Sul. Resposta: 2 072 milhões
de toneladas.
No mapa ao lado estão representadas as prin- > Em quais usinas o car-
cipais jazidas de carvão mineral no território vão mineral é mais utili-
brasileiro. zado?
O carvão mineral explorado no Brasil não é su- Resposta: Usinas side-
ficiente para atender à demanda do nosso país. Por rúrgicas e termelétricas.
isso, o Brasil precisa importar cerca de 79% do car- > Em quais estados bra-
vão mineral que utiliza. sileiros existem reservas
de carvão mineral?
Resposta: Pará, Para-
Reservas de carvão ná, Santa Catarina e Rio
N
Grande do Sul.
Fonte: IBGE. Atlas Nacional Digital do Brasil. O L
Disponível em: <https://www.ibge.gov.br/apps/ 350 km
S
atlas_nacional/>. Acesso em: 23 ago. 2018.
237
237
Derivados do petróleo
Tanques
Extração
Leonardo Mari
238
238
Capítulo 8
De acordo com a BP, aproximadamente 48% das reservas mundiais estão localizadas em • Auxilie os alunos a
países do Oriente Médio, que consomem apenas 9% da produção mundial. Já os Estados localizar os países do
Unidos possuem apenas cerca de 3% das reservas petrolíferas mundiais, porém eles con- Oriente Médio no pla-
somem aproximadamente 20% de todo o petróleo produzido no planeta. nisfério político da pági-
na 254.
Diariamente são extraídos cerca de 92 milhões de barris de petróleo no mundo.
Nas refinarias, o petróleo é processado e separado em subprodutos, BP: importante empresa do ramo • Para enriquecer seus
conhecimentos sobre o
como a gasolina, o óleo diesel e o querosene. petrolífero, comumente conhecida
por British Petroleum, que a partir petróleo, sugerimos a
Assim como os demais combustíveis fósseis, o petróleo é um dos do ano 2000 passou a ser leitura do texto a seguir,
identificada apenas como BP. que discute as possibi-
principais responsáveis pela poluição atmosférica. Ao ser queimado,
Barril de petróleo: medida
ele libera grande quantidade de gases poluentes, causando sérios geralmente utilizada para expressar
lidades de outros com-
danos ao meio ambiente. o volume de petróleo. Cada barril bustíveis em substitui-
corresponde a 159 litros. ção ao petróleo.
> DIEGUEZ, Flávio. O
Ana Flašker/Alamy/Fotoarena
Torres de destilação
Forno
GLP
Gás liquefeito de petróleo
Gasolina
Nafta
Querosene de avião
Óleo diesel
Óleo lubrificante
Asfalto
239
239
E. Cavalcante
N
3 000 m
4 000 m
5 000 m
Pós-sal
6 000 m
Sal
7 000 m
Luciane Mori
N Pré-sal
E. Cavalcante
240
240
Capítulo 8
A intensa utilização das fontes de energia fósseis tem provocado sérios danos ao
• É importante explicar
aos alunos que a energia
meio ambiente. Um exemplo disso é a elevada emissão de gases poluentes no ar, hidrelétrica é considera-
causada pela queima de carvão mineral, gás natural e petróleo. Além da poluição, a da limpa; no entanto, a
excessiva exploração de combustíveis fósseis pode provocar o esgotamento de suas construção de uma usina
reservas no planeta, uma vez que constituem recursos naturais não renováveis. geralmente causa impac-
Na tentativa de minimizar esses pro- tos ambientais, ao alagar
Energia extensas áreas, e sociais,
blemas, diversos países têm investido Descrição
limpa pois desaloja famílias.
no desenvolvimento de fontes de ener-
gia eficientes e, ao mesmo tempo, “lim- Eólica
Energia gerada pelo uso da força dos ventos
para a produção de energia elétrica.
• Comente com os alu-
pas”, com o intuito de não agredir o nos que a produção de
Energia produzida com a utilização do calor
meio ambiente ao serem produzidas, ou biocombustíveis tam-
Solar do sol para aquecer a água e,
que sejam derivadas de materiais orgâ- posteriormente, gerar energia elétrica. bém possui aspectos
nicos renováveis (que são menos po- Energia produzida com a utilização da força ecológicos negativos.
luentes que os combustíveis fósseis). Hidrelétrica das águas para mover geradores de energia Veja alguns deles a seguir.
elétrica. > As lavouras utiliza-
Veja os exemplos no quadro ao lado.
Energia gerada por um processo chamado das para a produção dos
Os biocombustíveis estão entre as fissão nuclear, que, ao liberar calor, aquece
Nuclear biocombustíveis conso-
mais importantes alternativas de ener- a água e produz vapor que move turbinas
geradoras de energia elétrica. mem grande quantidade
gia limpa. Eles são produzidos de ma- de água.
téria orgânica, ou seja, produtos vegetais ou compostos de origem animal. Entre eles
> O consumo intenso de
destacam-se o etanol, derivado de vegetais como cana-de-açúcar e milho, e o biodie-
fertilizantes nas lavouras
sel, produzido com gorduras animais ou óleos vegetais extraídos de espécies como
causa sérios problemas
mamona, dendê, girassol, babaçu, amendoim, pinhão-manso e soja. ao meio ambiente, como
a contaminação do solo e
Os biocombustíveis brasileiros do lençol freático.
> Muitas áreas de flores-
Etanol vai começar novo ciclo de crescimento tas são desmatadas para
no Brasil a ampliação das lavouras
utilizadas para a produ-
Gazeta Online, 7 maio 2018. Disponível em: <https://www.gazetaonline.com.br/noticias/
economia/2018/05/etanol-vai-comecar-novo-ciclo-de-crescimento- ção dos biocombustíveis.
no-brasil-1014130133.html>. Acesso em: 30 ago. 2018. > As queimadas nas
plantações de cana-de-
Produção de biodiesel atinge maior patamar -açúcar liberam volumo-
nos últimos dez anos sas quantidades de CO2
Governo do Brasil, 23 maio 2018. Disponível em: <http://www.brasil.gov.br/ na atmosfera terrestre.
editoria/infraestrutura/2018/05/producao-de-biodiesel-atinge-maior-patamar-nos- > A produção de alimen-
ultimos-dez-anos>. Acesso em: 30 ago. 2018.
tos pode ser reduzida em
Conforme podemos observar nessas manchetes de jornal, o biocombustível tem sido tema de decorrência da diminui-
discussão recente, na qual o Brasil ocupa lugar de destaque. Isso ocorre porque o nosso país tem ção das áreas cultivadas.
se destacado como pioneiro no desenvolvimento de tecnologias de produção desse tipo de
energia, principalmente do etanol, biocombustível produzido da cana-de-açúcar.
• Para aprofundar seus
conhecimentos sobre a
O governo brasileiro criou, em 1975, o Proálcool, um programa que incentivou o desenvolvimento energia nuclear, sugeri-
da produção de etanol em nosso território. A partir de então, o consumo desse recurso aumentou, mos ler o texto a seguir,
fazendo o principal desafio do nosso país atualmente ser o abastecimento do mercado interno de
que explica o processo
etanol. Esse consumo tem aumentado ainda mais recentemente com o desenvolvimento de motores
de geração de energia a
de tecnologia “flex”, ou seja, que podem ser abastecidos tanto com álcool quanto com gasolina, além
da adição obrigatória de 25% a 27,5% de etanol à gasolina brasileira.
partir do processo de fis-
são nuclear.
Hoje, o Brasil é o segundo maior produtor de etanol do mundo, ficando atrás apenas dos
Estados Unidos, que produzem etanol do milho. > GONÇALVES, Odair
Dias; ALMEIDA, Ivan Pe-
dro Salati de. A energia
241 nuclear e seus usos na
sociedade. Ciência Hoje.
Disponível em: <http://
livro.pro/acesqc>. Aces-
:03 PM Orientações gerais
g20_ftd_lt_6vsg_c8_p238a247.indd 241 10/15/18 3:03 PM so em: 20 set. 2018.
Promova uma pesquisa sobre os biocombustíveis bra- os demais colegas, conversem sobre como o Brasil tem
sileiros. Solicite aos alunos que pesquisem em revistas, avançado na produção de combustíveis derivados de
jornais e na internet reportagens atuais que abordem a outras fontes, como o girassol e a mamona.
produção de biocombustíveis diferentes daqueles pro-
duzidos com cana-de-açúcar. Peça-lhes que tragam
para a sala de aula as informações pesquisadas e, com
241
r
850. Col ão particula
Johann Moritz Rugendas (1802-1858)
eç
nasceu em uma família de pintores, na
Alemanha. Chegou ao Brasil em 1822
com o intuito de registrar as
. c. 1
paisagens e os povos da América. É
ls
sem dúvida um dos maiores pintores e eng
sta
nf
an
z
uma expedição Fr
242
• Para complementar o tema, sugerimos a fenômenos e dos processos físico-naturais e hu- da fotografia não substitui o aspecto pedagógico
leitura do texto a seguir, que trata sobre a im- manos. [...] da elaboração de um croqui por observação di-
portância da produção de croquis. O acesso aos registros por meio das fotogra- reta ou com base em fotografias frontais aéreas.
O croqui é um desenho, um esquema rápido, fias no trabalho de campo e as mudanças meto- [...]
utilizado antigamente pelos geógrafos nos tra- dológicas da observação direta, in loco, provoca- O croqui no trabalho de campo. Nas séries ini-
balhos de campo e também pelos professores de ram o abandono dos croquis como esquema e ciais do ensino fundamental, o professor orienta
Geografia em sala de aula, para explicação dos esboço tanto no campo quanto na escola. O uso o olhar para os aspectos principais, seja de uma
242
Capítulo 3
Auxilie os alunos a in-
terpretar os croquis e a
Compare a fotografia abaixo com o croqui que foi produzido com base nela. reconhecer os elementos
nele presentes. Aprovei-
te e relembre com eles
Sergey Kamshylin/Shutterstock.com
dos planos e elementos
da paisagem, assunto
abordado no capítulo 1.
Somma Studio
edificação, seja de um conjunto de edificações, seja de uma terminadas concentrações (edificações, eixos rodoviários,
vista do campo ou de uma cidade. Algumas orientações po- favelas, etc.).
dem contribuir para a elaboração de um croqui, tais como o PONTUSCHKA, Nídia Nacib; PAGANELLI, Tomoko Iyda; CACETE, Núria Hanglei.
uso de uma prancheta e de material de desenho. [...] Para ensinar e aprender Geografia. São Paulo: Cortez, 2007. p. 303-307.
O croqui pode ser um ponto de partida para um estudo
mais detalhado de fenômeno que se destaca na paisagem
(morro-testemunho, lagunas, restingas e outros) ou de de-
243
• Para a atividade do
croqui, a prancheta pode
ser substituída por outro
tipo de suporte no tama-
nho do papel sulfite, co- Você e seus colegas da sala vão produzir um croqui de uma mesma paisagem
mo a capa de um caderno existente no município. Para isso, providenciem os materiais solicitados e sigam as
ou um papelão rígido. O
instruções descritas abaixo.
importante é que o papel
esteja fixado sobre algo
firme e liso para servir de O que você vai precisar
apoio, facilitando a reali-
zação do desenho. • 1 folha de papel sulfite branco;
• Visualize previamente • 1 prancheta de mão;
algumas paisagens do • lápis;
município, de preferên-
• borracha.
cia nos arredores da es-
cola.
Como fazer
• Oriente os alunos a
não mudar de posição
A Com o professor e os colegas de turma, dirija-se até a paisagem selecionada pe-
durante todo o desenho
do croqui, pois isso po- lo professor. Observem atentamente os elementos presentes na paisagem.
de alterar a distância e o Lembre-se que quanto mais elementos puderem ser observados ao horizonte,
ângulo de visualização mais completo o croqui ficará.
de cada elemento da pai-
sagem.
• Lembre-os de que a
paisagem pode ser divi-
dida em planos, ou seja,
Flaper
em partes, as quais apa-
recem dispostas hori-
zontal ou paralelamente
à linha do horizonte.
•A produção de cro-
quis, seja por meio da
observação direta, seja
por meio de paisagens
em imagens, favorece
a aproximação entre os
documentos geográficos
e a realidade dos alunos.
Após esse trabalho, em
sala de aula utilize os
apontamentos da página
seguinte para auxiliar os
alunos na condução de
suas observações duran-
te e após a conclusão do
croqui.
• Se considerar pertinen-
te, organize, junto com os
alunos, uma exposição
dos croquis como forma
244
de valorizar o trabalho
artístico dos alunos.
244
Capítulo 3
A produção de cro-
qui também pode ser
feita com base em
slides, fotografias aéreas
e imagens de satélite.
B Comece a produzir o croqui desenhando os Veja algumas instruções
elementos da paisagem que você observa. a seguir:
Desenhe cada um deles representando seu • Para slides , projete
formato da maneira que você os vê. uma paisagem na pare-
de e solicite aos alunos
que tracem um esboço
com base na imagem.
Em seguida, oriente-os
a criar convenções, re-
presentando a paisagem
por meio de símbolos,
como áreas hachuradas
para representar lavou-
ras, desenhos de casas
C Com o croqui finalizado, obser- para representar mora-
ve a organização dos elementos dias, símbolos de plantas
que você desenhou. para representar áreas de
vegetação nativa, entre
outros.
• Para fotografias aé-
reas, com uma folha de
papel transparente sobre
a foto, oriente os alunos
a desenhar os princi-
pais traços da paisagem,
também fazendo con-
venções cartográficas
para diferenciar as áreas.
D Compare o seu croqui com o de seus co-
legas. Identifique as semelhanças e as
• Para imagens de saté-
lites, utilize as imagens
diferenças entre eles. disponíveis em sites ou no
Ilustrações: Flaper
próprio material didático.
:03 PM Respostas
g20_ftd_lt_6vsg_c8_p238a247.indd 245 10/15/18 3:03 PM
• Resposta pessoal. Verifique se a resposta • Resposta pessoal. Auxilie os alunos, caso que, dependendo da posição de cada um em
apresentada pelos alunos está coerente com eles tenham dificuldade em identificar o tipo relação à paisagem observada, alguns ele-
a atividade. Estimule a participação de todos. de visão (horizontal, oblíqua ou vertical) por mentos podem ou não ser visualizados por
• Resposta pessoal. Verifique se a classifica- meio da qual observaram a paisagem para a todos.
ção dos elementos representados pelos alu- elaboração do croqui.
nos no croqui está correta. • Resposta pessoal. Comente com os alunos
245
Santiago
quadrinhos e pretende
sensibilizar os alunos
para a consciência de
preservação e consumo
consciente.
246
Capítulo 8
vida levam a uma exploração cada vez maior dos recursos da natureza. A importância
das ONGs
Na segunda metade do século XX, por conta da preocupação com a preservação
e a recuperação da natureza, foram criados vários movimentos ambientalistas. Em Objetivos
geral, esses movimentos visavam promover a preservação do meio ambiente. Para • Refletir sobre a impor-
isso, divulgavam ideias de conscientização sobre a importância dos recursos naturais tância da atuação das
ONGs ambientais.
e, também, comportamentos e atitudes em favor do meio ambiente.
a ) Para complementar o
Atualmente, entre os movimentos ambientalistas, várias ONGs realizam campa- estudo do tema, peça aos
nhas buscando a preservação do meio ambiente. Vamos conhecer um pouco sobre a alunos que escolham
atuação de duas delas. uma das ONGs citadas
nesta página ou outra que
conheçam e pesquisem
WWF-Brasil
247
Integrando saberes
Shutterstock.com
que eles não vão durar pa- tampouco os imensos depósitos de carvão espalhados pelo sobre as condições climáticas do planeta. [...]
ra sempre. Em pouco tem- mundo poderão ser extraídos para sempre. BERRY, Siân. 50 formas inteligentes de preservar o planeta: como usar a
po não vamos mais conse- O segundo e mais grave problema é o dióxido de carbo- água e energia sem desperdício. Tradução: Clara Allain. São Paulo: Publifolha,
no liberado pela queima de combustíveis fósseis. À medida 2009. p. 7-8.
guir aumentar o ritmo em
que bombeamos petróleo que ele se acumula na atmosfera, vai provocando a eleva-
das profundezas para sa-
248
Capítulo 8
Quanto de lixo, poluição e destruição estão associados a esse progresso? • Após a leitura do texto
sugerido na página ante-
Basta lembrar o carro, um dos protótipos atuais do modelo de desenvolvimento.
rior, converse com os alu-
As nossas cidades são desenhadas para eles e não para nós, cidadãs e cidadãos. E,
nos sobre algumas atitu-
no entanto, quase não andamos, por conta dos monumentais engarrafamentos. des que podemos adotar
Será que para viver bem precisamos sempre de mais? Ter mais e mais bens, tro- para economizar água e
cados sempre porque estragam logo (feitos para não durar) ou pela compulsão, que energia em nosso dia a
o ideal nos impõe, de adquirir o último modelo. Isso só gera destruição em todo ci- dia. Dessa forma serão
clo, da extração das matérias-primas ao lixão onde jogamos os bens em desuso. Já contemplados os temas
paramos para pensar quem está ganhando nessa história? [...] contemporâneos Educa-
ção ambiental e Educa-
Apenas 20% da humanidade consome mais de 80% dos recursos naturais e dos bens ção para o consumo.
e serviços produzidos por esse sistema. E se tal padrão de consumo fosse generalizado,
• Escolham algumas
faltaria planeta, faltariam recursos naturais para atender a todos os seres humanos! dessas atitudes e elabo-
[...] rem cartazes informati-
GRZYBOWSKI, Cândido. Mudar mentalidades e práticas: um vos para serem fixados
imperativo. Le Monde Diplomatique Brasil, 30 maio 2011. Disponível em lugares da escola on-
em: <https://diplomatique.org.br/mudar-mentalidades-e-praticas-
um-imperativo-2/>. Acesso em: 24 ago. 2018.
de outros alunos possam
vê-los. Os cartazes po-
dem ser produzidos em
Reflorestamento cartolinas, com textos
sendo realizado por
estudantes e
e colagens. Cada cartaz
moradores em local pode ser feito com base
público de Mae Sot, em uma atitude espe-
Tailândia, 2016. cífica, explicando como
deve ser tomada e co-
mo ela pode auxiliar na
preservação da água. Os
alunos podem precisar
de materiais como carto-
lina, cola, tesoura, cane-
tas coloridas, revistas e
jornais para recortes.
249
:53 PM Resposta
g20_ftd_lt_6vsg_c8_p248a253.indd 249 10/15/18 2:53 PM
249
Keithy Mostachi
N
OCEANO GLACIAL ÁRTICO
tante antiga em algumas Círculo Polar Ártico
O L
regiões, principalmente S
no Nordeste brasileiro.
No entanto, a região Su-
OCEANO
deste do Brasil, abaste- Trópico de Câncer ATLÂNTICO
OCEANO
PACÍFICO
cida por grandes rios e
com clima mais chuvoso
Equador
que o Nordeste, passou 0°
OCEANO
nos últimos anos por
Meridiano de Greenwich
PACÍFICO OCEANO ÍNDICO
graves problemas de Trópico de Capricórnio
abastecimento de água
potável, especialmente
nos municípios da região
Círculo Polar Antártico OCEANO GLACIAL ANTÁRTICO
metropolitana da capital
do estado de São Paulo. Disponibilidade de água em m3 por pessoa (2014)
0°
0 2 890 5 780 km
Abundante (5 000 ou mais) No limite (500- 999)
Esses problemas são de- Suficiente (3 000- 4 999) Escassa (menos de 500)
correntes, principalmen- Insuficiente (1 000- 1 699) Dados não disponíveis
Fonte de água
(rios, aquíferos etc.)
12% é destinada ao
uso doméstico.
250
250
Capítulo 8
Debate sobre a crise
Praticar o consumo consciente de água, tanto por meio de ações individuais quan- da água
to por ações colaborativas no convívio familiar, é a base fundamental para garantir a Objetivos
existência de água potável nos próximos anos. • Estimular a reflexão e a
expressão da opinião dos
Veja a seguir um comparativo entre os usos da água potável.
alunos a respeito de pro-
blemas ambientais rela-
O uso inadequado da água em O uso consciente da água em cionados a recursos hí-
nosso dia a dia nosso dia a dia dricos, seu uso e ameaça.
Fatores como a utilização inadequada Ao adotar algumas atitudes cotidianas, a ) Aproveite a oportuni-
dos recursos hídricos, o desperdício, o podemos contribuir com a preservação da dade para realizar uma
aumento do uso, a poluição das águas, água de nosso planeta. Veja alguns exemplos: atividade de debate, divi-
entre outros, têm ameaçado a qualidade e
o acesso à água potável. No início do
• tome banhos rápidos, de até 5 minutos, dindo os alunos em dois
que consomem cerca de 45 litros de água; grupos.
século XXI, cerca de 500 milhões de
pessoas no mundo enfrentaram problemas • ao escovar os dentes ou lavar louça, b) Um dos grupos deve
mantenha, sempre que possível, a apontar as principais
de escassez de água, e esse número tende
a aumentar. Estima-se que, no ano 2050, torneira fechada; causas da falta de água
4 bilhões de pessoas sofrerão com a falta • verifique sempre se existem vazamentos em algumas regiões bra-
de água no mundo. Esse problema pode e mantenha as torneiras fechadas sileiras, e o outro deve
afetar não só a humanidade, como corretamente. apontar medidas para
também a sobrevivência de milhares de amenizar esse problema.
espécies animais e vegetais. Responda às questões a seguir no caderno. c ) Para estimular a dis-
• Um banho de aproximadamente a ) Observe o mapa da página anterior e cite o nome cussão, apresente aos
15 minutos gasta em média 135 litros alunos as manchetes a
de alguns países que apresentam escassez de água.
de água; seguir.
Para auxiliar na resposta dessa questão, utilize o
• desperdício de água ao escovar os planisfério apresentado nas páginas 254 e 255.
23% das cidades brasi-
dentes ou lavar a louça. Uma torneira leiras sofreram com falta
aberta durante um minuto desperdiça b ) O consumo inadequado da água potável em paí- d’água em 2017
Uol, 19 mar. 2018. Disponível
aproximadamente 20 litros de água; ses como Brasil, Canadá e Austrália pode causar em: <https://economia.
• um simples vazamento que goteje problemas de escassez de água? Justifique sua uol.com.br/noticias/
bloomberg/2018/03/19/23-das-
apenas uma vez por segundo gera resposta. cidades-brasileiras-sofreram-
um desperdício anual de mais de com-falta-dagua-em-2017.htm>.
7 mil litros de água.
c ) Entre as atitudes cotidianas de economia de água, Acesso em: 20 set. 2018.
qual delas você já pratica? Qual ainda não pratica? Nova crise da água? O
Veja as respostas das questões nas orientações ao professor. que pode ser feito para
evitar outra seca em São
Fonte: FAO (Food and Agriculture Organization of the Paulo
United Nations). Disponível em: <http://www.fao.org/nr/
water/aquastat/tables/WorldData-Withdrawal_eng.pdf>. Bol, 1º ago. 2018. Disponível
19% é consumida em: <https://noticias.bol.
Acesso em: 23 ago. 2018.
pela indústria. uol.com.br/ultimas-noticias/
ciencia/2018/08/01/nova-crise-da-
agua-o-que-pode-ser-feito-para-
69% é empregada evitar-outra-seca-em-sao-paulo.
no uso agrícola. htm>. Acesso em: 20 set. 2018.
d) Comente com os alu-
nos que as causas da seca
nos estados do Sudeste
existem há muito tempo,
e estão, de modo geral,
relacionadas a diversas
ações humanas.
251
:53 PM Respostas
g20_ftd_lt_6vsg_c8_p248a253.indd 251 10/15/18 2:53 PM
A Possível resposta: Mauritânia, Argélia, Níger, Egito, diminuir ou se esgotar se não a utilizarem de maneira
Arábia Saudita, Iêmen e Jordânia. consciente.
B Resposta esperada: sim. Países como Brasil, Canadá C Resposta pessoal. Esse também é um bom momento
e Austrália, embora apresentem água potável em abun- para fazer um trabalho em conjunto com o componente
dância, poderão correr o risco de esse recurso natural curricular de Ciências sobre economia de água.
251
Keithy Mostachi
Fonte: BP. BP Statistical Review of World Energy June 2017.
5. A utilização Disponível em: <https://www.bp.com/content/dam/bp/en/corporate/
inadequada pdf/energy-economics/statistical-review-2017/bp-statistical-review-
dos recursos of-world-energy-2017-full-report.pdf>. Acesso em: 23 ago. 2018.
hídricos, o
desperdício, o Disponibilidade de água
aumento do 8. Observe o gráfico ao lado e responda às ques-
uso, a poluição tões no caderno. para consumo no mundo
das águas. per capita – 2015
7. b) 85% a ) Qual informação foi apresentada pelo gráfico?
(somatória das
porcentagens b ) De acordo com o gráfico, a água está distribuí- Água em
de gás natural, abundância
carvão e
da de maneira uniforme entre os habitantes 12%
Água
petróleo). de nosso planeta? Justifique sua resposta. escassa
13% Água
8. a) A Não, porque uma pequena parcela (12%) da população tem no limite
disponibilidade acesso à água em abundância, enquanto o restante tem acesso 50%
de água para à água no limite, insuficiente ou de maneira escassa. Água
consumo por insuficiente
pessoa no 25%
Fonte: FAO (Food and Agriculture Organization of the
mundo.
E. Cavalcante
United Nations). Aquastat. Disponível em: <http://www.
fao.org/nr/water/aquastat/data/query/results.html html>.
Acesso em: 23 ago. 2018.
252
252
Capítulo 8
capítulo
ano de 2017. A faixa diz “Planeta Terra em primeiro lugar”. Observe-a e, em se-
guida, responda às questões no caderno. • Esta seção tem o intuito
de propor uma reflexão.
Leia com os alunos as
© Greenpeace
informações e promova
uma conversa sobre os
temas. Esse é um bom
momento para identifi-
car dúvidas dos alunos e
verificar se os objetivos
do capítulo foram alcan-
çados.
• Estimule a autonomia
na aprendizagem dos
As imagens
contidas nesta alunos solicitando-lhes
ou em outras que realizem a proposta
páginas do
livro foram de autoavaliação. Expli-
utilizadas com
objetivo
que-lhes que, caso não
exclusivamente tenham compreendido
didático, sem
finalidade de alguma das afirmações,
promover
marcas ou
é importante que o pro-
produtos. fessor seja informado
A legenda da imagem não foi inserida para não interferir na resolução das atividades. para que possa retomar o
a ) Qual a principal mensagem que o Greenpeace procura transmitir na manifes- conteúdo corresponden-
tação? Uma manifestação em favor do meio ambiente. te e sanar as deficiências
na aprendizagem.
b ) Em sua opinião, é importante realizar campanhas como a mostrada na imagem?
Justifique sua resposta. Resposta pessoal. Caso considere interessante, promova um debate entre os alunos
para que compartilhem as opiniões. Ao final, peça a eles que registrem as conclusões no
caderno.
Refletindo sobre o capítulo
Agora que você concluiu o estudo deste capítulo, reflita sobre os temas nele apresentados.
Faça uma autoavaliação do seu aprendizado com base nas afirmações a seguir.
• A intensificação das atividades econômicas vem aumentando o processo de degradação
ambiental, poluindo as águas, os solos e o ar que respiramos.
• A poluição atmosférica é causada pela emissão de gases poluentes.
• O efeito estufa natural ocorre por causa da camada de gases e poeira existente na atmos-
fera terrestre, o que retém uma parte dos raios solares refletidos pela superfície do planeta.
O efeito estufa artificial é a intensificação do efeito estufa natural.
• A poluição das águas de rios, mares e lagos é ocasionada tanto por esgotos domésticos
quanto por atividades fabris, agropecuárias e extrativas.
• Diversos fatores, como a utilização inadequada de técnicas agrícolas, estão tornando os
solos improdutivos.
• O gás natural, carvão e petróleo são recursos naturais fósseis, utilizados como combustí-
veis. Esses recursos são poluidores da atmosfera.
• Os biocombustíveis, como o etanol e o biodiesel, são combustíveis que emitem menores
quantidades de gases poluentes.
• As fontes de energia eólica, solar e hidrelétrica são consideradas energias limpas.
253
253
g20_ftd_mp_6vsg_c8_p254a256.indd 254
254
Planisfério político
OCEANO GLACIAL ÁRTICO
Groenlândia Mar da Mar de Mar da
Baía de (DINAMARCA) Groenlândia Barents Sibéria Oriental
g20_ftd_lt_6vsg_finais_p254a256.indd 254
Baffin
Círculo Polar Ártico Mar do
Alasca ISLÂNDIA Norte
(ESTADOS UNIDOS) RÚSSIA Mar
Baía de
Hudson Mar de de Bering
C AN ADÁ Mar do
Golfo do Okhotsk 1- ANDORRA
Labrador 2- LUXEMBURGO
Alasca
3- REPÚBLICA TCHECA
CA ZA Q UIS TÃ O 4- ESLOVÁQUIA
Mar Mar de MO NGÓ L IA 5- ESLOVÊNIA
Cáspio Aral 6- CROÁCIA
Mapas
Ilhas Turks
e Caicos Is. Falkland/Malvinas
(RUN) (RUN)
Anguilla
(RUN)
Ilhas Virgens
Meridiano de Greenwich
10/15/18 2:47 PM
10/16/18 3:19 PM
g20_
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