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VONTADE

de

SABER
GEOGRAFIA
Ensino Fundamental – Anos Finais
Componente curricular: Geografia

MANUAL DO PROFESSOR

6
Neiva Camargo Torrezani
• Licenciada e bacharela em Geografia pela Universidade Estadual de Londrina (UEL-PR).
• Especialista em Análise e Educação Ambiental em Ciências da Terra pela UEL-PR.
• Mestra em Geografia pela UEL-PR.
• Atuou como professora de Geografia em escolas da rede particular de ensino.

1a edição • São Paulo • 2018

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Copyright © Neiva Camargo Torrezani, 2018.
Diretor editorial Antonio Luiz da Silva Rios
Diretora editorial adjunta Silvana Rossi Júlio
Gerente editorial Roberto Henrique Lopes da Silva
Editor João Paulo Bortoluci
Gerente de produção editorial Mariana Milani
Coordenador de produção editorial Marcelo Henrique Ferreira Fontes
Gerente de arte Ricardo Borges
Coordenadora de arte Daniela Máximo
Projeto de capa Sergio Cândido
Foto de capa Klaus Balzano/Getty Images
Supervisor de arte Vinicius Fernandes
Coordenadora de preparação e revisão Lilian Semenichin
Supervisora de preparação e revisão Adriana Soares
Supervisora de iconografia e licenciamento de textos Elaine Bueno
Supervisora de arquivos de segurança Silvia Regina E. Almeida
Diretor de operações e produção gráfica Reginaldo Soares Damasceno
Projeto e produção editorial Scriba Soluções Editoriais
Edição Karolyna Aparecida Lima dos Santos
Assistência editorial Raffael Garcia da Silva
Revisão e preparação Amanda de Camargo Mendes, Moisés Manzano da Silva
Projeto gráfico Laís Garbelini
Edição de arte Barbara Sarzi
Iconografia Soraya Pires Momi
Tratamento de imagens Equipe Scriba
Diagramação Leda Teodorico
Editoração eletrônica Renan de Oliveira

Dados Internacionais de Catalogação na Publicação (CIP)


(Câmara Brasileira do Livro, SP, Brasil)
Torrezani, Neiva Camargo
Vontade de saber : geografia : 6o ano : ensino
fundamental : anos finais / Neiva Camargo
Torrezani. — 1. ed. — São Paulo : Quinteto
Editorial, 2018.
“Componente curricular: Geografia.”
ISBN 978-85-8392-155-4 (aluno)
ISBN 978-85-8392-156-1 (professor)
1. Geografia (Ensino fundamental) I. Título.

18-20787 CDD-372.891
Índices para catálogo sistemático:

1. Geografia : Ensino fundamental 372.891

Maria Alice Ferreira - Bibliotecária - CRB-8/7964

Em respeito ao meio ambiente, as folhas


deste livro foram produzidas com fibras
obtidas de árvores de florestas plantadas,
com origem certificada.
Reprodução proibida: Art. 184 do Código Penal e Lei 9.610
de 19 de fevereiro de 1998. Todos os direitos reservados à
Impresso no Parque Gráfico da Editora FTD
QUINTETO EDITORIAL CNPJ 61.186.490/0016-33
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Apresentação
As transformações que estão ocorrendo no mundo globalizado têm
exigido, cada vez mais, mudanças na educação. É preciso formar cida-
dãos capazes de analisar e interpretar criticamente a grande quantida-
de de informações transmitidas a eles diariamente.
Nesse sentido, esta coleção foi elaborada e organizada para o en-
sino de conceitos e temas geográficos, mas também para colaborar
com esse objetivo.
A fim de contribuir ainda mais com esse trabalho, este Manual
do professor apresenta-se como um guia prático com comentários
e sugestões que cooperam com o trabalho docente, tornando as
aulas mais atraentes e agradáveis.
Inicialmente, este manual apresenta textos que discorrem so-
bre a importância do ensino de Geografia, destacando também
os principais objetivos que norteiam o processo de ensino-
-aprendizagem dessa disciplina na presente coleção.
Ainda nessas orientações iniciais, você pode encontrar in-
formações sobre a estrutura da obra, ou seja, a maneira como
os capítulos do volume estão organizados, além de mapa de
conteúdos do ano letivo com os principais conceitos e no-
ções, objetos de conhecimento, habilidades, competências e
temas contemporâneos presentes na obra.
Já as laterais e os rodapés das orientações específicas
apresentam sugestões para o desenvolvimento dos capítu-
los e para o trabalho em sala de aula. São apresentados co-
mentários a respeito de algumas atividades, sugestões de
como trabalhar alguns conceitos, atividades complementa-
res, entre outros. Há, também, textos adicionais, extraídos
de fontes variadas, que contemplam diferentes assuntos
tratados nos capítulos e que apresentam informações úteis
para o professor e, em muitos casos, para os alunos. Esses
textos permitem ao professor aprofundar seus conhecimen-
tos e podem ser úteis na preparação das aulas.
Espero, sinceramente, que você, professor, realize um
bom trabalho!
A autora.

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Sumário

A estrutura da obra ...........................................V


Livro do aluno ................................................................................................ V
Manual do professor ................................................................................ XII
Material digital ..........................................................................................XVI

A Base Nacional Comum Curricular ............ XVII


As competências da BNCC ............................................................... XVIII
Os temas contemporâneos e a formação cidadã ...................... XX

O papel do professor .................................... XXII

Práticas pedagógicas ................................... XXIII


A avaliação ................................................................................................XXIII
A defasagem em sala de aula ........................................................... XXV
O ensino interdisciplinar ...................................................................XXVI
A competência leitora ......................................................................XXVIII
Recursos didáticos ................................................................................XXIX

Proposta teórico-metodológica
da coleção .................................................... XXXII
O ensino de Geografia ....................................................................... XXXII
Importantes estratégias para o ensino de Geografia ........XXXVI
Principais conceitos/categorias da Geografia .....................XXXIX

Habilidades do 6o ano de
Geografia na BNCC .................................................. XLIII

Quadro de conteúdos Geografia 6o ano ..... XLIV

Referências bibliográficas .......................... XLVII

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A estrutura da obra

Livro do aluno
A presente coleção é composta de quatro pósito de investigar o conhecimento prévio
volumes, correspondentes aos anos finais do dos alunos, incentivando sua colaboração no
Ensino Fundamental: 6o, 7o, 8o e 9o anos. Ca- estudo do tema abordado. De modo geral,
da volume apresenta oito capítulos, organi- cada capítulo é composto de dois blocos de
zados internamente em temas e subtemas. atividades. Antes do último bloco, constará
Os capítulos têm início em páginas de aber- uma seção cuja intenção é, além da leitura e
tura duplas, que apresentam recursos defla- interpretação de textos e imagens, contextua-
gradores dos assuntos a serem estudados. lizar o que foi estudado com situações e/ou
As páginas de conteúdos são organizadas acontecimentos locais ou globais.
em textos principais intercalados com dife- Os capítulos são encerrados com uma se-
rentes seções e boxes, que complementam, ção que visa recapitular o que foi estudado.
ampliam e dinamizam o trabalho teórico. Veja, a seguir, informações mais deta-
Em alguns momentos, em meio à teoria, lhadas sobre a estrutura dos capítulos.
algumas questões são sugeridas com o pro-

Página de abertura
Tem como principais
objetivos explorar o
conhecimento prévio e
despertar o interesse dos
alunos em relação aos
temas que serão abordados.
Por meio de imagens e textos
nas aberturas, o professor
vai encontrar alguns
questionamentos para análise
dos recursos apresentados.
Esses questionamentos
propiciam a exploração de
habilidades fundamentais
para o estudante, como
observação, comparação,
investigação, reflexão e
descrição. Além disso, com
a mediação do professor, o
leque de interpretações pode
ser aberto e enriquecido. página de abertura podem ser muito da disciplina, sejam alcançados.
Há questões específicas de úteis, também, como forma No processo de ensino-aprendizagem,
exploração do conhecimento de comparar os conhecimentos dos o professor trabalha como mediador
prévio que propiciam um alunos antes e depois do trabalho para que o aluno supere o senso
importante momento de com os assuntos do capítulo. comum e construa um conhecimento
interação e troca de ideias O papel do professor como mediador mais sistematizado. O aluno deve
entre professor e alunos, assim é fundamental para que os objetivos perceber que o conteúdo estudado
como dos alunos entre si. propostos nas aberturas e, no decorrer dos capítulos está
As questões propostas nessa consequentemente, o ensino relacionado à realidade de onde vive.

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Geografia em foco
Essa seção terá por finalidade ampliar
e/ou aprofundar o assunto estudado,
visto que a complexidade de alguns
deles exige um trabalho diferenciado.
Por meio dessa seção serão
apresentados aos alunos conceitos e
temas importantes para a construção
do conhecimento geográfico,
relacionados à teoria apresentada.
Em alguns momentos, essa seção
poderá desempenhar uma função
menos teórica, na qual será possível
desenvolver trabalhos que envolvam
acontecimentos factuais, com novas
leituras de textos e imagens
interessantes que contribuirão
para o enriquecimento do assunto
estudado. Além disso, a seção
permitirá desenvolver conteúdos
procedimentais, muito importantes
para o ensino de Geografia.

Momento da Cartografia
A Cartografia é uma ferramenta
muito importante para o ensino de
Geografia, uma vez que, por meio
dela, é possível representar diferentes
aspectos do espaço geográfico.
Essa seção terá como principal
objetivo desenvolver, cada vez mais, as
noções cartográficas dos educandos,
seja ampliando as que eles já possuem,
seja criando situações em que possam
se apropriar de novos conhecimentos.
Além disso, nessa seção, por meio do
trabalho com a Cartografia Escolar,
será possível desenvolver conteúdos
procedimentais que envolvam
produção, leitura e interpretação
de representações gráficas. Desse
modo, o aluno será fundamentado
na compreensão do espaço
geográfico, por meio da elaboração
das competências e habilidades que
deve desenvolver. Os temas
cartográficos são trabalhados com
graus de complexidade que respeitam
o nível cognitivo dos alunos.

VI

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Investigando na prática
Essa seção tem por
finalidade desenvolver atividades
investigativas de um dos temas
apresentados no capítulo.
As atividades propostas podem
ser realizadas em sala de aula, em
casa, no pátio da escola ou em um
trabalho de campo. Com elas, os
alunos podem desenvolver
habilidades práticas de análise das
características naturais e sociais do
espaço geográfico que os cerca.
Outro objetivo dessa seção é fazer
a aproximação entre as teorias e as
práticas geográficas, incentivando
assim o levantamento de hipóteses
por meio de questionamentos
e conduzindo o assunto
de modo a desenvolver os
conhecimentos geográficos.

Explorando o tema
Seção apresentada em todos os
capítulos. Diferentes recursos são
utilizados, como textos teóricos,
literários, jornalísticos ou textos
elaborados pela autora que,
acrescidos de imagens diversas, como
mapas, gráficos, fotografias e
ilustrações, levarão o aluno a refletir
sobre temas contemporâneos,
indicados pela BNCC. Em geral
acompanhada de questionamentos,
debates e sugestões de pesquisa,
essa seção contribui para o
aprimoramento da aprendizagem dos
alunos, estimulando-os à reflexão e à
tomada de atitudes em situações que
envolvem essas temáticas.

VII

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Encontro com...
Os diversos assuntos nos quais os
conhecimentos geográficos estão
integrados aos saberes de outras
ciências são abordados nessa
seção. Nela, você pode realizar
trabalhos em conjunto com
professores de outras disciplinas,
a fim de contribuir para o
enriquecimento do tema estudado,
propiciando a compreensão dos
alunos de modo abrangente.

Atividades
As atividades apresentam respostas
para o professor, porém é fundamental
que os alunos sejam estimulados a
elaborar respostas com suas próprias
palavras, baseadas na interpretação
dos assuntos trabalhados, e não
produzir uma simples cópia. Os debates,
quando apresentados, têm como
principal objetivo estimular atitudes
voltadas à socialização, à colaboração,
ao respeito às opiniões dos colegas e,
sobretudo, à tomada de decisões.

Essas atividades têm como


objetivo principal desenvolver
habilidades fundamentais para
a compreensão dos assuntos
trabalhados, além de verificar
e revisar o que foi estudado.
Os questionamentos sugeridos
contribuem com a formação da
competência leitora, visto que,
para respondê-los de maneira
satisfatória, os alunos precisam
retomar o que foi estudado.

VIII

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Bloco de atividades com questões não consumíveis sugeridas
para serem realizadas em sala de aula. Essa seção está
organizada em três subseções:

Atividades

Atividades
Exercícios de compreensão
1. Podemos afirmar que as paisagens 4. Podemos afirmar que a velocidade
são constantemente modificadas e com que a dinâmica da natureza trans-
em ritmos diferentes? Justifique forma as paisagens terrestres é sem-
sua resposta no caderno. pre igual? Justifique sua resposta.
2. Explique a relação entre trabalho, 5. Por que é importante preservar nas
técnica e transformação das paisa- paisagens atuais alguns elementos
gens.
3. Explique o que é espaço geográfico.
culturais construídos em diferentes
tempos históricos? Exercícios de compreensão Atividades • Exercícios
1. Podemos afirmar que as paisagens de4.compreensão
Podemos afirmar que a velocidade
Geografia no contexto
6. Observe as imagens a seguir. Elas retratam a praia de Botafogo e o morro do Pão
de Açúcar, na cidade do Rio de Janeiro, em dois momentos históricos diferentes.
são constantemente modificadas e com que a dinâmica da natureza trans-
A
Composta
forma as de questões de é sem-
Marc Ferrez/Coleção Gilberto Ferrez/Acervo Instituto Moreira
Salles, São Paulo

em ritmos diferentes? Justifique paisagens terrestres


sua resposta no caderno. verificação
pre igual? de conteúdo.
Justifique sua resposta.
visite

Visita ao
museu
Com o professor

2. Explique a relação entre trabalho, 5. Por que é importante preservar nas


e os colegas,

Capítulo 8
organizem uma
visita ao museu
ou à prefeitura de
sua cidade a fim
de verem o
acervo de
técnica e transformação das paisa- paisagens atuais alguns elementos
gens. culturais construídos em diferentes
fotografias

Atividades
históricas. Nesse

a ) As manchetes se referem a dois tipos de poluição. Quais são eles?


caso, observem Praia de Botafogo e, ao fundo, o Pão de Açúcar, no Rio de Janeiro (RJ), 1980.
como eram as
paisagens da
tempos históricos?
3. Explique o queb )éQuais
espaço geográfico.
cidade e
B
Chico Ferreira/Pulsar Imagens

são os principais problemas gerados por esses tipos de poluição para


comparem com
a paisagem atual.
Ao final,

a sociedade?
conversem sobre
as transformações

Geografia no contexto
que ocorreram nas
paisagens e depois
produzam um

9. Observe no planisfério
Exercícios de áreas
as principais compreensão
de desmatamento e desertificação
relatório sobre
esse aspecto.

6. Observe as imagens a seguir. Elas retratam a praia de Botafogo e o morro do Pão


no planeta.
Praia de Botafogo e, ao fundo, o Pão de Açúcar, no Rio de Janeiro (RJ), 2018.
1. Com
de Açúcar, na cidade do Rio de Janeiro, basemomentos
em dois no que você estudou,diferentes.
históricos defina, no caderno, o que é Cartografia.
• Comparando as imagens acima, identifique, no caderno, quais alterações foram
realizadas pelo ser humano, observadas na imagem B.
A
2.Mundo:
Dê um exemplo
áreas dededesmatamento
como eram realizados os primeiros registros cartográficos

Marc Ferrez/Coleção Gilberto Ferrez/Acervo Instituto Moreira


Salles, São Paulo
eproduzidos pelo ser humano.
38
desertificação – 2015
g20_ftd_lt_6vsg_c1_p026a039.indd 38 10/15/18 2:57 PM
3. De acordo com o que você estudou, podemos afirmar que o desenvolvimento
A ividades
tecnológico tem contribuído de tmaneira
visite

Visita ao significativa para a evolução da Carto-


museu grafia? Justifique sua resposta.Exercícios de compreensão
Com o professor 1. Com base no que você estudou, defina, no caderno, o que é Cartografia.
2. Dê um exemplo de como eram realizados os primeiros registros cartográficos
e os colegas,
Geografia no contexto produzidos pelo ser humano.

Atividades • Geografia no contexto organizem uma


visita ao museu
3. De acordo com o que você estudou, podemos afirmar que o desenvolvimento
tecnológico tem contribuído de maneira significativa para a evolução da Carto-

ou à prefeitura de 4. O mapa abaixo foi produzido emgrafia?1725 por John Senex. Compare-o com o mapa
Justifique sua resposta.

Composta de atividades mais contextualizadas, sua cidade a fim de Francesco Rosselli, mostrado na página 43, e responda às questões a seguir
Geografia no contexto
4. O mapa abaixo foi produzido em 1725 por John Senex. Compare-o com o mapa
com a exploração de diferentes recursos, como de verem o
acervo de no caderno. de Francesco Rosselli, mostrado na página 43, e responda às questões a seguir
no caderno.

imagens, reportagens, charges etc. fotografias

John Senex/Coleção particular

John Senex/Coleção particular


E. Cavalcante
históricas. Nesse
caso, observem Praia de Botafogo e, ao fundo, o Pão de Açúcar, no Rio de Janeiro (RJ), 1980.
como eram as
paisagens da
cidade e
B
Chico Ferreira/Pulsar Imagens
comparem com
a paisagem atual.
Ao final,
conversem sobre
as transformações a ) Quais são as principais diferenças entre essas representações cartográficas?
Capítulo 8

que ocorreram nas b ) Que mapa representa a América do Sul de forma mais precisa?
c ) Cite um exemplo de recurso tecnológico utilizado na produção de mapas na
paisagens e depois
a ) As manchetes se referem a dois tipos de poluição. Quais são eles?
atualidade.
b ) Quais são os principais problemas gerados por esses tipos de poluição para
a sociedade? produzam um 5. A seguir são apresentadas situações em que o emprego de inovações tecnológicas e
relatório
9. Observe no planisfério as principais sobre
áreas de desmatamento e desertificação
de instrumentos sofisticados na Cartografia se tornou imprescindível para a obtenção
de resultados mais precisos da superfície da Terra. De acordo com o que você estudou,
no planeta.
esse aspecto. 2 340
identifique que recurso tecnológico está sendo empregado4 680 km um dos casos:
em cada
a ) Uma organização não governamental (ONG) faz o monitoramento da Mata
Mundo: áreas de desmatamento
Atlântica por meio de um sistema de alta tecnologia. Esse sistema utiliza in-
e desertificação – 2015
Fontes: GIRARDI, Gisele;
formações de sensoresROSA,
instaladosJussara Vaz.
em satélites Atlas
artificiais localizados a quilô-
metros de distância da Terra.
geográfico do estudante. São Paulo: FTD, 2016. p. 166.
48
IBGE. Atlas geográfico escolar. 7. ed.
Rio de Janeiro, 2016. p. 63.

Praia de Botafogo e, ao fundo, o Pão de Açúcar, no Rio de Janeiro (RJ), 2018.


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• Comparando• as
E. Cavalcante

O que podemos
imagens acima,concluir ao compararmos
identifique, as áreas
no caderno, quais de desmatamento
alterações foram com as
a ) Quais são as principais diferenças entre essas representações cartográficas?
realizadas pelodeser
risco de desertificação?
humano, observadas na Justifique
imagemsua B. resposta.
b ) Que mapa representa a América do Sul de forma mais precisa?
38 Atividades • Pesquisando
Pesquisando c ) Cite um exemplo de recurso tecnológico utilizado na produção de mapas na
2 340 4 680 km

Composta de atividades que


10. Nas páginas 228 a 233 vocêatualidade.
estudou sobre os problemas ambientais que o ser
Fontes: GIRARDI, Gisele; ROSA, Jussara Vaz. Atlas
geográfico do estudante. São Paulo: FTD, 2016. p. 166.

necessitam dode pesquisa para


IBGE. Atlas geográfico escolar. 7. ed.
Rio de Janeiro, 2016. p. 63.

humano tem provocado5.na A natureza,


seguir sãocomo a poluição
apresentadas ar, do
situações emsolo
que eo das águas.de inovações tecnológicas e
emprego
• O que podemos concluir ao compararmos as áreas de desmatamento com as
de risco de desertificação? Justifique sua resposta.
g20_ftd_lt_6vsg_c1_p026a039.indd 38 No lugar onde você morade ouinstrumentos serem
próximo a ele concluídas.
existe algum
sofisticados problema se
na Cartografia relacionado
tornou
10/15/18 a
imprescindível
2:57 PM para a obtenção
Pesquisando esses tipos de poluição? Pesquise qual mais
de resultados é o tipo de poluição,
precisos como da
da superfície elaTerra.
ocorre, Deoacordo
que com o que você estudou,
10. Nas páginas 228 a 233 você estudou sobre os problemas ambientais que o ser
humano tem provocado na natureza, como a poluição do ar, do solo e das águas.
No lugar onde você mora ou próximo a ele existe algum problema relacionado a
vem acarretando à natureza e descreva-a
identifique no caderno.
que recurso Descreva
tecnológico também
está sendo o que é em cada um dos casos:
empregado
esses tipos de poluição? Pesquise qual é o tipo de poluição, como ela ocorre, o que
vem acarretando à natureza e descreva-a no caderno. Descreva também o que é
possível fazer para solucionar esseorganização
a ) Uma problema, senão houver.
governamental (ONG) faz o monitoramento da Mata
possível fazer para solucionar esse problema, se houver.
235 Atlântica por meio de um sistema de alta tecnologia. Esse sistema
235 utiliza in-
formações de sensores instalados em satélites artificiais localizados a quilô-
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metros de distância da Terra.
48 IX
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Os boxes A sociedade e a apropriação dos

Capítulo 4
recursos
Os boxes são utilizados hídricos
nesta coleção com o objetivo de complementar os
assuntos estudados e torná-los mais interessantes para os alunos.
A apropriação dos recursos hídricos é uma prática humana que tem ocorrido das
mais diversas formas ao longo da história. Atualmente, mais do que nunca, a utiliza-
ção da água, além de ter se intensificado, tem ocorrido de maneira mais vantajosa,
pois os recursos hídricos podem servir para a irrigação na produção de alimentos,
para a geração de energia elétrica ou como vias de transporte, por exemplo.
Apesar dos benefícios causados à humanidade, a intensa exploração das fontes de
A sociedade e a apropriação dos
água, sobretudo nos dias atuais, tem ocasionado prejuízos sociais e degradações

Capítulo 4
ambientais. Vamos observar o caso Boxe complementar
recursos hídricos
A apropriação dos recursos hídricos é uma prática humana que tem ocorrido das do Mar de Aral.
mais diversas formas ao longo da história. Atualmente, mais do que nunca, a utiliza-
ção da água, além de ter se intensificado, tem ocorrido de maneira mais vantajosa,
pois os recursos hídricos podem servir para a irrigação na produção de alimentos, Ampliar o conhecimento dos educandos,
O esgotamento do Mar de Aral
para a geração de energia elétrica ou como vias de transporte, por exemplo.
Apesar dos benefícios causados à humanidade, a intensa exploração das fontes de
água, sobretudo nos dias atuais, tem ocasionado prejuízos sociais e degradações
com novas leituras de textos e imagens
O Mar de Aral era, originalmente, um importante reservatório de água salgada, mas seu
interessantes, que tragam assuntos
ambientais. Vamos observar o caso do Mar de Aral.

O esgotamento do Mar de Aral abastecimento era proveniente, principalmente, das bacias hidrográficas de dois importantes rios: o
O Mar de Aral era, originalmente, um importante reservatório de água salgada, mas seu
abastecimento era proveniente, principalmente, das bacias hidrográficas de dois importantes rios: o
Amu Darya e o Syr Darya. Veja a localização no mapa.
relacionados ao tema em estudo,
Amu Darya e o Syr Darya. Veja a localização no mapa.
O uso da irrigação é milenar na região do Mar de
Localização do Mar de Aral O uso da irrigação é milenar na região do Mar detambém está entre os objetivos de
Localização do Mar de Aral
Aral, onde atuam os climas semiárido e desértico.
No entanto, a exploração desenfreada das águas dos 60° L
Aral, onde atuam os climas semiárido e desértico.
N

rios Amu Darya e o Syr Darya, a fim de ampliar a

No entanto, a exploração desenfreada das águas dosensino desta 60°coleção.


O L

produção irrigada, gerou prejuízos socioeconômicos Mar de CAZAQUISTÃO S

L
e, principalmente, ambientais incalculáveis. Aral Rio
y Lago N
S

O nível do Mar de Aral foi baixando e, Balkash


rD

rios Amu Darya e o Syr Darya, a fim de ampliar a


Desse modo, apresentamos algumas
atualmente, bancos de sal e água contaminada por
ar

O L
ya

agrotóxicos predominam onde antes a atividade da UZBEQUISTÃO


pesca era fonte de alimento e renda para muitas
pessoas. TURCOMENISTÃO produção irrigada, gerou prejuízos socioeconômicos Mar de CAZAQUISTÃO S
e, principalmente, ambientais incalculáveis. sugestões nesses boxes, com o intuito
Aral Rio
Fonte: Reference atlas of the Ri
o
world. 9. ed. London: Dorling Am
Kindersley, 2013. p. 144-145. u 40° N
Da
ry CHINA y Lago

S
a
Veja, a seguir, a rápida degradação do Mar de O nível do Mar de Aral foi baixando e, de complementar o assuntoBalkash
estudado,
E. Cavalcante

AFEGANISTÃO

rD
Aral representada por meio de imagens de satélite 0 240 km
retratadas ao longo de aproximadamente 40 anos.
atualmente, bancos de sal e água contaminada por

ar
aprimorar a competência leitora e auxiliar

ya
1973 1987 1999 2014 agrotóxicos predominam onde antes a atividade da UZBEQUISTÃO
pesca era fonte de alimento e renda para muitas
na elaboração do saber geográfico dos alunos.
Fotos: NASA/SPL/Fotoarena

pessoas. TURCOMENISTÃO
Fonte: Reference atlas of the Ri
o
world. 9. ed. London: Dorling Am
Kindersley, 2013. p. 144-145. u 40° N
Da
ry CHINA
• Com os colegas, converse sobre os prejuízos para nossa sociedade ao nos apropriarmos desse a
recurso hídrico de maneira predatória.
Veja, a seguir, a rápida degradação do Mar de

E. Cavalcante
133 AFEGANISTÃO
Aral representada por meio de imagens de satélite 0 240 km

g20_ftd_lt_6vsg_c4_p127a137.indd 133 10/15/18 4:49 PM


retratadas ao longo de aproximadamente 40 anos.

1973 1987 1999 2014

Fotos: NASA/SPL/Fotoarena
visite

• Com os colegas, converse sobre os prejuízos para nossa sociedade ao nos apropriarmos desse
recurso hídrico de maneira predatória.

Sugestão Sugestão de Sugestão de sites Visita 133


de livros filmes Apresenta a descrição Sugestão de visita
Apresenta a sinopse Apresenta a sinopse resumida e o endereço a lugares como
de livros que tratam dog20_ftd_lt_6vsg_c4_p127a137.indd
filme que 133
do site que contextualiza museus feiras-livres,
10/15/18 4:49 PM

de temas contextualiza e e enriquece o tema praças etc., com


relacionados ao enriquece o tema abordado. o intuito de
assunto estudado. abordado. complementar o
estudo dos temas
abordados em sala
de aula.

_g20_ftd_mp_6vsg_ger_p001a048.indd 10 10/16/18 3:29 PM


Os ícones
Para ajudar a organizar o estudo dos alunos e o andamento das aulas, a
coleção conta com ícones que indicam o momento dos questionamentos ao
longo do livro. Veja a seguir explicações sobre cada um deles.

Ícone oral Ícone no Ícone Ícone cor


Este ícone indica caderno proporção Este ícone indica
que a resposta Este ícone indica Este ícone indica que as cores dos
da atividade deve que a resposta que o elemento elementos
ser apresentada da atividade deve representado está representados
oralmente. 8. Observe a bacia hidrográfica no mapa abaixo. fora
ser realizada no de proporção
Em seguida responda às questões se assemelham

Capítulo 4
caderno.
no caderno. em relação à à realidade.
a ) Identifique o rio principal desta bacia. realidade.
b ) Qual o nome de seus afluentes representados no mapa?
c ) Em que estado brasileiro es-
Bacia hidrográfica do rio Jequitinhonha
tá localizada a nascente do

E. Cavalcante
rio principal? BA
d ) Onde o rio principal deságua?
e ) Diferencie a nascente da foz Rio São F
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de um rio. Rio S
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io 17° S

Refletindo sobre o capítulo


R

íiau

8. Observe a bacia hidrográfica no mapa abaixo. Em seguida responda às questões


Bacia do rio
Capítulo 4

no caderno.
Jequitinhonha
Seção localizada no final de todos os Rios
capítulos.
a ) Identifique o rio principal desta bacia.
b ) Qual o nome de seus afluentes representados no mapa?
MG permanentes
c ) Em que estado brasileiro es-
Bacia hidrográfica do rio Jequitinhonha Fonte: IBGE (Instituto Brasileiro de
Essa seção trará afirmações relacionadas aos
tá localizada a nascente do
Geografia e Estatística). Bacia do Rio
E. Cavalcante

rio principal? BA OCEANO


d ) Onde o rio principal deságua? Jequitinhonha. Disponível em: <www.ibge. ATLÂNTICO
N
e ) Diferencie a nascente da foz
de um rio. Rio S
ão
Rio São F
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principais assuntos estudados
gov.br/home/geociencias/recursosnaturais/ ES no capítulo.
O L
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diagnosticos_levantamentos/jequitinhonha/
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0 60 km
Com base nelas, 42° O o aluno será
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mapa.htm>. Acesso em: 20 ago. 2018. S


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Ar
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do P

io 17° S
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orientado a refletir e a realizar uma


í

Bacia do rio
Jequitinhonha
MG Rios permanentes
Fonte: IBGE (Instituto Brasileiro de

autoavaliação, estabelecendo relações


Geografia e Estatística). Bacia do Rio OCEANO

Refletindo sobre o capítulo


Jequitinhonha. Disponível em: <www.ibge. N ATLÂNTICO
gov.br/home/geociencias/recursosnaturais/ O L ES
diagnosticos_levantamentos/jequitinhonha/ 0 60 km
mapa.htm>. Acesso em: 20 ago. 2018. S
42° O

Refletindo sobre o capítulo


com reflita
Agora que você concluiu o estudo deste capítulo, o quesobre
aprendeu.
os temas nele apresentados.
Agora que você concluiu o estudo deste capítulo, reflita sobre os temas nele apresentados.
Faça uma autoavaliação do seu aprendizado a partir das afirmações a seguir. Faça uma autoavaliação do seu aprendizado a partir das afirmações a seguir.
• Relevo é o conjunto das formas que a superfície da Terra apresenta, que são formadas e
• Relevo é o conjunto das formas que a superfície da Terra apresenta, que são formadas e
transformadas por agentes internos, como os terremotos e vulcões, e externos, como a
água, o vento e o gelo.
• As camadas internas da Terra se diferenciam de acordo com a profundidade, a composi-
ção e a temperatura. São elas: crosta, manto e núcleo.
transformadas por agentes internos, como os terremotos e vulcões, e externos, como a
• A crosta terrestre é dividida em grandes partes denominadas placas litosféricas, que des-
lizam sobre o manto.
água, o vento e o gelo.
• As camadas internas da Terra se diferenciam de acordo com a profundidade, a composi-
• As rochas que compõem a superfície terrestre são formadas por minerais de característi-
cas distintas e podem ser classificadas como ígneas, metamórficas ou sedimentares.
• As principais formas do relevo continental são classificadas em: depressões, planícies,
planaltos e montanhas. ção e a temperatura. São elas: crosta, manto e núcleo.
• As águas oceânicas possuem características diferentes de acordo com a temperatura e a
salinidade. A temperatura das águas oceânicas varia de acordo com a latitude.
• As águas continentais compreendem as porções de águas, em sua maioria doce, existen- • A crosta terrestre é dividida em grandes partes denominadas placas litosféricas, que des-
lizam sobre o manto.
tes tanto na superfície quanto no subsolo dos continentes.
• A variação do volume e do nível das águas dos rios é chamada de regime fluvial e divide-se
em dois períodos: o da vazante e o da cheia.
• Bacia hidrográfica compreende o conjunto de terras de uma porção do relevo por onde
correm um rio principal e seus afluentes.
• As rochas que compõem a superfície terrestre são formadas por minerais de característi-
cas distintas e podem ser classificadas como ígneas, metamórficas ou sedimentares.
137

• As principais formas do relevo continental são classificadas em: depressões, planícies,


g20_ftd_lt_6vsg_c4_p127a137.indd 137
planaltos e montanhas.
10/15/18 4:49 PM

• As águas oceânicas possuem características diferentes de acordo com a temperatura e a


salinidade. A temperatura das águas oceânicas varia de acordo com a latitude. XI
• As águas continentais compreendem as porções de águas, em sua maioria doce, existen-
tes tanto na superfície quanto no subsolo dos continentes.
• A variação do volume e do nível das águas dos rios é chamada de regime fluvial e divide-se
em dois períodos: o da vazante e o da cheia.
_g20_ftd_mp_6vsg_ger_p001a048.indd 11 • Bacia hidrográfica compreende o conjunto de terras de uma porção do relevo por onde 10/16/18 3:29 PM
Manual do professor
O Manual do professor apresentado gunda parte do manual, por sua vez, é
nesta coleção é organizado em duas partes. composta de orientações nas laterais e nos
Na primeira, que está localizada no início rodapés, que buscam subsidiar e comple-
de cada volume, estão presentes as infor- mentar o trabalho em sala de aula. A se-
mações gerais sobre a coleção, as relações guir, veja as características das seções pre-
estabelecidas com a BNCC e a fundamen- sentes neste manual.
tação teórico-metodológica adotada. A se-

Objetivos do capítulo
No início de cada capítulo, são apresentados os objetivos
a serem desenvolvidos pelos alunos. Você pode utilizar
essa seção como modo de orientar suas aulas e também
para acompanhar o aprendizado dos alunos.

Orientações gerais
A fim de orientar o trabalho com os conteúdos
(proposto em páginas de teoria e em seções, como
Respostas
Momento da Cartografia e Explorando o tema),
Esse boxe é utilizado sempre que houver
serão apresentadas instruções, informações
necessidade de apresentar resposta às questões
complementares, sugestões e outras orientações
nas laterais ou nos rodapés.
que vão auxiliá-lo na condução da aula.

XII

_g20_ftd_mp_6vsg_ger_p001a048.indd 12 10/16/18 3:29 PM


BNCC
Nessa seção são indicadas as relações entre os
conteúdos da coleção e a BNCC. Assim, são elencados
os temas contemporâneos, as competências gerais,
as competências específicas para a área de Ciências
Humanas e para o componente curricular Geografia,
bem como as habilidades.

Sugestão de atividade Indicações de outras fontes


Serão indicadas sugestões de atividades As Orientações gerais também
a serem abordadas pelo professor com a apresentam indicações de livros, sites e
turma, para aprofundar os conteúdos filmes para ampliar seus conhecimentos.
quando oportuno.

XIII

_g20_ftd_mp_6vsg_ger_p001a048.indd 13 10/16/18 3:29 PM


Refletindo sobre o capítulo
Ao final de cada capítulo são apresentadas
orientações para o professor explorar essa
seção com os alunos, auxiliando-os na
autoavaliação e verificando o desenvolvimento
das habilidades da BNCC.

Material digital
Integrando saberes
Esse quadro apresenta sugestões ao
Esse boxe apresenta as relações de
longo do conteúdo para a utilização do
determinados conteúdos com outros
material digital (sequências didáticas,
componentes curriculares,
projetos integradores e avaliações).
possibilitando uma articulação entre
as diferentes áreas do conhecimento.

XIV

_g20_ftd_mp_6vsg_ger_p001a048.indd 14 10/16/18 3:29 PM


Material audiovisual
Nas indicações relacionadas a esse tipo de
Textos complementares
material, são apresentadas sugestões de Nas Orientações gerais também
arquivo de áudios e vídeos que serão apresentados textos que
possibilitam uma complementação do poderão contribuir com a sua
conteúdo abordado no livro do aluno. formação ou ser utilizados no
trabalho com os alunos.

XV

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Material digital
Esta coleção oferece um Material digital • Projeto integrador que articula objetos
que foi elaborado para contribuir com a orga- de conhecimento e habilidades de dife-
nização do trabalho do professor em sala de rentes componentes curriculares.
aula. Assim como este manual, o Material di-
gital apresenta recursos que propiciam o de- Projeto integrador
senvolvimento de objetos de conhecimento e Cada plano de desenvolvimento apresenta
habilidades em consonância com a Base Na- um projeto integrador. Além de viabilizar o
cional Comum Curricular (BNCC). Esses re- trabalho com componentes curriculares inte-
cursos são organizados em: planos de desen- grados, esse recurso é organizado em etapas
volvimento, projetos integradores, sequên- conduzidas de modo a auxiliar na gestão da
cias didáticas, propostas de acompanhamen- sala de aula e no acompanhamento das
to das aprendizagens e material audiovisual. aprendizagens dos alunos. Cada etapa desen-
Cada um dos elementos que compõem o volve atividades direcionadas à elaboração de
Material digital está estruturado em bimes- um produto final a ser apresentado pelos alu-
tres e alinhado a esta coleção. Neste Manual nos aos seus familiares, a toda a comunidade
do professor, são identificadas oportunida- escolar ou à comunidade em geral.
des para aplicação deles junto aos alunos. Va-
le salientar que essas oportunidades configu- Sequências didáticas
ram um complemento ao trabalho em sala de Para cada bimestre são apresentadas
aula, portanto não devem ser consideradas três sequências didáticas.
como as únicas ferramentas de ensino. As sequências didáticas são atividades
A seguir, são descritos mais detalhes sobre complementares, independentes do livro
os elementos que compõem esse material. do aluno, conduzidas de modo a auxiliar na
gestão da sala de aula e com orientações a
Plano de desenvolvimento
respeito do acompanhamento das aprendi-
Cada bimestre apresenta um plano de zagens dos alunos. Esses recursos se orga-
desenvolvimento. nizam com base em objetivos de aprendi-
O plano de desenvolvimento apresenta zagens relacionados aos objetos de conhe-
um panorama da distribuição dos objetos cimento e às habilidades propostos no pla-
de conhecimento e suas respectivas habili- no de desenvolvimento para cada bimestre.
dades na BNCC em cada bimestre do livro
do aluno. Além disso, esse elemento reúne Proposta de acompanhamento
orientações que podem auxiliar o trabalho da aprendizagem
do professor em diversos momentos. Se- O Material digital oferece ferramentas
guem algumas delas. bimestrais para contribuir no processo de
• Práticas didático-pedagógicas relacio- acompanhamento da aprendizagem dos
nadas às habilidades desenvolvidas objetos de conhecimento e habilidades de-
em cada bimestre. senvolvidos a cada bimestre. Cada propos-
• Práticas recorrentes na sala de aula ta de acompanhamento da aprendizagem é
que favorecem o desenvolvimento de composta de uma avaliação e uma ficha de
habilidades vinculadas aos conteúdos acompanhamento das aprendizagens.
do bimestre.
• Objetivos de aprendizagem e habilida- Avaliação
des essenciais para os alunos avança- Cada avaliação apresenta dez questões
rem nos estudos. em uma estrutura pronta para ser entregue
• Indicações de livros, filmes, sites, entre aos alunos.
outras fontes de pesquisa e consulta que Essas avaliações são acompanhadas de
se relacionam aos conteúdos do bimestre. gabaritos que contemplam as respostas

XVI

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corretas, possíveis interpretações das res- dividuais e podem auxiliar o trabalho do
postas dos alunos e sugestões de reorien- professor, principalmente, nas reuniões do
tação de planejamento, de modo a contri- conselho de classe e no atendimento dos
buir com o acompanhamento das aprendi- pais ou responsáveis pelos alunos.
zagens dos alunos. Além disso, as avalia-
ções apresentam uma grade de correção Material digital audiovisual
com o objetivo de facilitar a aferição das O material digital audiovisual é direcio-
habilidades avaliadas. nado aos alunos e composto de áudios e
vídeos que podem ser utilizados para sin-
Ficha de acompanhamento tetizar os assuntos estudados, aprofundar
das aprendizagens conceitos ou contribuir para a compreen-
As fichas de acompanhamento das são de determinados conteúdos.
aprendizagens são instrumentos que pos- Esse material é direcionado ao estudante
sibilitam uma aferição de aprendizagem e tanto o livro do aluno quanto este manual
objetiva em relação aos objetivos de apren- identificam oportunidades em que os áudios
dizagem do bimestre. Essas fichas são in- e vídeos sugeridos podem ser trabalhados.

A Base Nacional Comum Curricular


A Base Nacional Comum Curricular
necessidades, as possibilidades e os inte-
(BNCC) tem como objetivo definir as apren-
resses dos estudantes e, também, com os
dizagens essenciais que os alunos desen-
desafios da sociedade contemporânea.
volverão de modo progressivo ao longo das
Isso supõe considerar as diferentes in-
etapas da educação básica. Em consonân-
fâncias e juventudes, as diversas cultu-
cia com as Diretrizes Curriculares Nacio- ras juvenis e seu potencial de criar novas
nais da Educação Básica, esse documento formas de existir.
normativo apresenta uma concepção de BRASIL. Ministério da Educação. Base Nacional Comum
educação baseada em princípios éticos, Curricular. 2017. p. 14. Disponível em: <http://basenacionalcomum.
mec.gov.br>. Acesso em: 5 set. 2018.
políticos e estéticos que favorecem a for-
mação integral dos estudantes.
Na etapa do Ensino Fundamental (Anos
Nesse sentido, a BNCC valoriza a forma- Finais), a BNCC sugere que seja feito um
ção cognitiva dos alunos, mas também re- trabalho de retomada e aprofundamento
conhece a necessidade de trabalhar com do que foi desenvolvido na etapa dos Anos
aspectos socioemocionais, buscando com- Iniciais, principalmente por causa da maior
bater problemas como o preconceito e va- especialização assumida pelos compo-
lorizar a diversidade. Além disso, a BNCC nentes curriculares. Nos Anos Finais, os
apresenta orientações para a construção alunos devem fortalecer também sua au-
de uma sociedade justa, democrática, in- tonomia ao refletir de modo crítico, reali-
clusiva e preocupada com os problemas zando argumentações coerentes, análises
contemporâneos. embasadas criteriosamente e buscando
sempre valorizar o diálogo e os princípios
Independentemente da duração da dos direitos humanos.
jornada escolar, o conceito de educação
Nesse período da vida escolar, os estu-
integral com o qual a BNCC está compro-
dantes vivenciam uma etapa de transição à
metida se refere à construção intencio-
adolescência, o que impõe muitos desafios
nal de processos educativos que promo-
em relação à formação de sua personalida-
vam aprendizagens sintonizadas com as
de, por exemplo. Eles também estão inseri-

XVII

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dos em uma cultura digital em ascensão, tende contribuir para evitar análises super-
que deve ser pouco a pouco incorporada ficiais, fragmentadas e imediatistas, bus-
pela escola de modo crítico e responsável. cando fornecer subsídios para o desenvol-
Considerando esse contexto, a BNCC pre- vimento pleno, social e pessoal dos alunos.

As competências da BNCC
A organização da BNCC foi estabelecida nas atividades e nas propostas disponibili-
por meio da definição de competências ge- zadas nas orientações ao professor. Nes-
rais, competências específicas de área e ses momentos, os alunos serão incentiva-
competências específicas dos componen- dos a realizar reflexões que os levem a de-
tes curriculares. senvolver seu senso crítico e sua capaci-
Nesta coleção, as competências gerais dade de mobilização social diante dos de-
serão trabalhadas ao longo dos conteúdos, safios contemporâneos.

Competências gerais da BNCC


1 Valorizar e utilizar os conhecimentos historica- 6 Valorizar a diversidade de saberes e vivências
mente construídos sobre o mundo físico, so- culturais e apropriar-se de conhecimentos e
cial, cultural e digital para entender e explicar experiências que lhe possibilitem entender as
a realidade, continuar aprendendo e colaborar relações próprias do mundo do trabalho e fazer
para a construção de uma sociedade justa, de- escolhas alinhadas ao exercício da cidadania e
mocrática e inclusiva. ao seu projeto de vida, com liberdade, autono-
mia, consciência crítica e responsabilidade.
2 Exercitar a curiosidade intelectual e recorrer à
abordagem própria das ciências, incluindo a in- 7 Argumentar com base em fatos, dados e infor-
vestigação, a reflexão, a análise crítica, a ima- mações confiáveis, para formular, negociar e
ginação e a criatividade, para investigar cau- defender ideias, pontos de vista e decisões co-
sas, elaborar e testar hipóteses, formular e muns que respeitem e promovam os direitos
resolver problemas e criar soluções (inclusive humanos, a consciência socioambiental e o con-
tecnológicas) com base nos conhecimentos sumo responsável em âmbito local, regional e
das diferentes áreas. global, com posicionamento ético em relação ao
cuidado de si mesmo, dos outros e do planeta.
3 Valorizar e fruir as diversas manifestações ar-
tísticas e culturais, das locais às mundiais, e 8 Conhecer-se, apreciar-se e cuidar de sua saúde
também participar de práticas diversificadas física e emocional, compreendendo-se na diver-
da produção artístico-cultural. sidade humana e reconhecendo suas emoções
e as dos outros, com autocrítica e capacidade
4 Utilizar diferentes linguagens ‒ verbal (oral ou
para lidar com elas.
visual-motora, como Libras, e escrita), corpo-
ral, visual, sonora e digital ‒, bem como conhe- 9 Exercitar a empatia, o diálogo, a resolução de
cimentos das linguagens artística, matemática conflitos e a cooperação, fazendo-se respeitar e
e científica, para se expressar e partilhar in- promovendo o respeito ao outro e aos direitos
formações, experiências, ideias e sentimentos humanos, com acolhimento e valorização da di-
em diferentes contextos e produzir sentidos versidade de indivíduos e de grupos sociais, seus
que levem ao entendimento mútuo. saberes, identidades, culturas e potencialidades,
sem preconceitos de qualquer natureza.
5 Compreender, utilizar e criar tecnologias digi-
tais de informação e comunicação de forma 10 Agir pessoal e coletivamente com autonomia,
crítica, significativa, reflexiva e ética nas di- responsabilidade, flexibilidade, resiliência e de-
versas práticas sociais (incluindo as escolares) terminação, tomando decisões com base em
para se comunicar, acessar e disseminar infor- princípios éticos, democráticos, inclusivos, sus-
mações, produzir conhecimentos, resolver pro- tentáveis e solidários.
blemas e exercer protagonismo e autoria na
vida pessoal e coletiva.

Fonte: BRASIL. Ministério da Educação. Base Nacional Comum Curricular. 2017. p. 9-10.
Disponível em: <http://basenacionalcomum.mec.gov.br>. Acesso em: 5 set. 2018.

XVIII

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O trabalho com desenvolvimento das tências gerais, auxiliando os alunos a mo-
competências gerais auxilia os alunos a es- bilizar seus conhecimentos para se torna-
tabelecer relações com sua vida cotidiana, rem pessoas atuantes na sociedade. Leia a
resolver problemas e atuar de modo cons- seguir algumas estratégias didáticas que
ciente no mundo. podem ser desenvolvidas para que as com-
Algumas iniciativas em sala de aula po- petências gerais sejam contempladas no
dem favorecer o trabalho com as compe- trabalho com esta coleção.

Pesquisa Diálogo Produção de textos escritos

CG 1, 2, 5 CG 4, 7, 8, 9 CG 1, 4, 7
Em atividades que permitem Diferentes abordagens de diá- Durante a coleção, os alunos
desenvolver essas competên- logo são propostas ao longo da poderão utilizar os conhecimen-
cias, os alunos são orientados a coleção, nas quais os alunos tos construídos ao longo dos
usar de modo responsável os são levados a utilizar diversas capítulos para expressar-se por
meios digitais, além de exerci- linguagens para se expressar, meio da linguagem escrita para
tar sua curiosidade intelectual. desenvolvendo também a ca- argumentar, formular reflexões,
pacidade de argumentação. registrar informações etc.

Contexto local Interpretação Análise de imagens

CG 6, 8, 10 CG 1, 4, 7 CG 1, 2, 3
Em alguns momentos da cole- Para compreender de modo As análises de imagens permi-
ção, serão estabelecidas rela- crítico os conteúdos apresen- tem que os alunos desenvol-
ções entre os conteúdos e o tados no material, é necessário vam seu senso estético, valori-
contexto de vivência dos alu- trabalhar a capacidade de in- zando diferentes manifesta-
nos. Desse modo, eles poderão terpretação. Desse modo, os ções culturais.
refletir sobre a realidade em alunos terão fundamentação
que vivem para que possam para explicar a realidade e re-
propor possíveis intervenções. conhecer a diversidade.

Esta coleção também contempla as competências específicas de área e as competên-


cias específicas dos componentes curriculares, propostas pela BNCC.

Competências específicas de Ciências Humanas


1 Compreender a si e ao outro como identidades 4 Interpretar e expressar sentimentos, crenças e
diferentes, de forma a exercitar o respeito à dúvidas com relação a si mesmo, aos outros e
diferença em uma sociedade plural e promover às diferentes culturas, com base nos instrumen-
os direitos humanos. tos de investigação das Ciências Humanas, pro-
movendo o acolhimento e a valorização da di-
2 Analisar o mundo social, cultural e digital e o
versidade de indivíduos e de grupos sociais, seus
meio técnico-científico-informacional com base
saberes, identidades, culturas e potencialidades,
nos conhecimentos das Ciências Humanas, con-
sem preconceitos de qualquer natureza.
siderando suas variações de significado no tem-
po e no espaço, para intervir em situações do 5 Comparar eventos ocorridos simultaneamente
cotidiano e se posicionar diante de problemas no mesmo espaço e em espaços variados, e
do mundo contemporâneo. eventos ocorridos em tempos diferentes no
mesmo espaço e em espaços variados.
3 Identificar, comparar e explicar a intervenção
do ser humano na natureza e na sociedade, 6 Construir argumentos, com base nos conheci-
exercitando a curiosidade e propondo ideias e mentos das Ciências Humanas, para negociar e
ações que contribuam para a transformação defender ideias e opiniões que respeitem e
espacial, social e cultural, de modo a participar promovam os direitos humanos e a consciên-
efetivamente das dinâmicas da vida social. cia socioambiental, exercitando a responsabili-

XIX

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dade e o protagonismo voltados para o bem tecnologias digitais de informação e comuni-
comum e a construção de uma sociedade jus- cação no desenvolvimento do raciocínio espa-
ta, democrática e inclusiva. ço-temporal relacionado a localização, distân-
7 Utilizar as linguagens cartográfica, gráfica e cia, direção, duração, simultaneidade, suces-
iconográfica e diferentes gêneros textuais e são, ritmo e conexão.

Fonte: BRASIL. Ministério da Educação. Base Nacional Comum Curricular. 2017. p. 355.
Disponível em: <http://basenacionalcomum.mec.gov.br>. Acesso em: 5 set. 2018.

Competências específicas de Geografia


1 Utilizar os conhecimentos geográficos para en- 5 Desenvolver e utilizar processos, práticas e pro-
tender a interação sociedade/natureza e exer- cedimentos de investigação para compreender
citar o interesse e o espírito de investigação e o mundo natural, social, econômico, político e o
de resolução de problemas. meio técnico-científico e informacional, avaliar
2 Estabelecer conexões entre diferentes temas do ações e propor perguntas e soluções (inclusive
conhecimento geográfico, reconhecendo a impor- tecnológicas) para questões que requerem co-
tância dos objetos técnicos para a compreensão nhecimentos científicos da Geografia.
das formas como os seres humanos fazem uso 6 Construir argumentos com base em informa-
dos recursos da natureza ao longo da história. ções geográficas, debater e defender ideias e
3 Desenvolver autonomia e senso crítico para pontos de vista que respeitem e promovam a
compreensão e aplicação do raciocínio geográ- consciência socioambiental e o respeito à bio-
fico na análise da ocupação humana e produ- diversidade e ao outro, sem preconceitos de
ção do espaço, envolvendo os princípios de qualquer natureza.
analogia, conexão, diferenciação, distribuição, 7 Agir pessoal e coletivamente com respeito,
extensão, localização e ordem. autonomia, responsabilidade, flexibilidade, re-
4 Desenvolver o pensamento espacial, fazendo siliência e determinação, propondo ações so-
uso das linguagens cartográficas e iconográfi- bre as questões socioambientais, com base
cas, de diferentes gêneros textuais e das geo- em princípios éticos, democráticos, sustentá-
tecnologias para a resolução de problemas veis e solidários.
que envolvam informações geográficas.

Fonte: BRASIL. Ministério da Educação. Base Nacional Comum Curricular. 2017. p. 364.
Disponível em: <http://basenacionalcomum.mec.gov.br>. Acesso em: 5 set. 2018.

Os temas contemporâneos e a formação cidadã


No decorrer desta coleção, procuramos
direito de ser negro, índio, homossexual,
estimular os alunos à participação social,
mulher, sem ser discriminado. De prati-
política e cidadã. Para isso, nesta obra, os
car uma religião sem ser perseguido.
alunos encontrarão auxílio para compre-
Há detalhes que parecem insignifican-
ender a cidadania como a efetivação de seus
tes, mas revelam estágios da cidadania:
direitos básicos, de modo a combater as di-
respeitar o sinal vermelho no trânsito,
versas formas de segregação. não jogar papel na rua, não destruir tele-
fones públicos. Por trás desse comporta-
É muito importante entender bem o mento está o respeito à coisa pública.
que é cidadania. Trata-se de uma palavra
O direito de ter direitos é uma con-
usada todos os dias, com vários sentidos.
quista da humanidade. [...]
Mas hoje significa, em essência, o direito
DIMENSTEIN, Gilberto. O cidadão de papel: a infância, a adolescência
de viver decentemente. e os direitos humanos no Brasil. São Paulo: Ática, 2005. p. 12-13.

Cidadania é o direito de ter uma ideia


e poder expressá-la. É poder votar em Ao longo da coleção, a noção de cidada-
quem quiser sem constrangimento, pro- nia será trabalhada de modo integrado aos
cessar um médico que tenha agido com temas contemporâneos apontados pela
negligência. É devolver um produto es- BNCC. Conheça mais sobre esses temas no
tragado e receber o dinheiro de volta. É o quadro abaixo.

XX

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Direitos da
criança e do
O Estatuto da Criança e do Adolescente (ECA), aprovado no Brasil em 1990, trata da necessidade de
adolescente
conceder proteção integral à criança e ao adolescente, atribuindo prioridade a essa parcela da socieda-
de em diversos setores públicos e na destinação de recursos. Essa nova concepção acerca das crianças
e dos adolescentes passou a compreendê-los como pessoas em estágio de desenvolvimento e que re-
querem atenção e proteção da sociedade como um todo. Nesse sentido, prima-se por uma educação
que destaque elementos como a prevenção do trabalho e a exploração infantil, a promoção da convi-
vência familiar saudável, a prevenção da violência intrafamiliar, além do incentivo e apoio à ampliação
do universo cultural das crianças e adolescentes.
Educação
para o
Problemas relacionados à convivência no trânsito se impõem como um dos grandes desafios atuais,
trânsito
principalmente em um mundo cada vez mais urbanizado e com escassos investimentos em planejamen-
to de infraestrutura. Nesse sentido, a educação para o trânsito tem como objetivo contribuir para re-
flexões sobre posturas responsáveis e sustentáveis de pedestres, ciclistas e motoristas.
Educação
ambiental
Considerando as perspectivas alarmantes divulgadas nos últimos anos sobre a situação do planeta, dis-
cutir a educação ambiental na escola tornou-se algo essencial. Essa formação visa preparar cidadãos
que sejam preocupados, conscientes e que consigam tomar atitudes adequadas em relação ao consu-
mo de recursos, à poluição, ao despejo indevido de resíduos, à implantação de energias alternativas,
entre outras questões. Nesse sentido, assuntos como o desenvolvimento sustentável e o consumo
consciente devem fazer parte do cotidiano dos alunos.
Educação
alimentar e
A preocupação com a alimentação e com o aprimoramento nutricional também é muito importante no
nutricional
contexto atual. Com os altos níveis de industrialização vivenciados nos últimos anos e com a acelera-
ção do ritmo de vida imposta pelo sistema capitalista, nos submetemos a uma alimentação muitas ve-
zes de má qualidade e sem critérios adequados para saúde. Assim, a educação nutricional se faz neces-
sária, para que possamos identificar e seguir melhores hábitos.
Processo de
envelhecimento,
O Estatuto do Idoso foi aprovado no Brasil em 2003, visando garantir o bem-estar das pessoas com
respeito e valori-
idade igual ou superior a 60 anos. Nesse documento, uma série de leis busca promover o respeito, a
zação do idoso
autonomia, a integração e a participação efetiva dos idosos na sociedade brasileira. A educação tem
um papel relevante a cumprir na efetivação dessas leis, atuando na conscientização dos alunos sobre a
importância das pessoas idosas em nossa sociedade, buscando promover a sociabilização e o comparti-
lhamento de experiências entre pessoas idosas e alunos.
Educação
em direitos
A noção de direitos humanos foi construída historicamente, ao longo de anos de lutas e mobilizações.
humanos
Tratar o outro com dignidade, considerando sua condição humana fundamental, é um dever de todos. A
escola se apresenta então como um espaço ideal para que essas noções sejam discutidas. Desse modo,
busca-se combater concepções e atitudes que tenham como base perspectivas discriminatórias.
Educação das relações
étnico-raciais e ensino
A aprovação de leis afirmativas, como a lei no 10.639, de 2003, que determinou a introdução do ensino de
de história e cultura
história da África e da cultura afro-brasileira, e a lei no 11.645 de 2008, que estabeleceu a obrigatorieda-
afro-brasileira,
de da inclusão de história e cultura dos povos indígenas aos alunos dos níveis fundamental e médio, cola- africana e indígena
bora para a desconstrução de preconceitos e estereótipos sobre africanos e indígenas, fortemente im-
pregnados no conteúdo escolar. No caso da inserção da história da África e da cultura afro-brasileira e da
história e cultura indígenas nos currículos dos ensinos fundamental e médio, vemos a expansão dos direi-
tos de grupos tradicionalmente marginalizados, os quais têm agora sua cultura e sua contribuição para a
construção da sociedade brasileira reconhecidas, ao mesmo tempo que as especificidades desses grupos
devem ser valorizadas como responsáveis por contribuições originais na formação de nosso povo.
Saúde
A escola apresenta um papel importante nas reflexões dos estudantes sobre sua saúde. Os conheci-
mentos apreendidos com base nos componentes curriculares e na convivência diária no ambiente esco-
lar devem sempre contribuir para a formação de hábitos saudáveis como a prática de exercícios físicos
e a higiene, além de promover o cuidado com o bem-estar físico, mental e emocional.
Vida familiar
e social
Conceber a convivência familiar e social como um tema significativo de ser abordado com os estudan-
tes faz parte da proposta de educação integral. Assim, é necessário que se tenha na escola reflexões
sobre: diferentes constituições familiares, conceito de concepções patriarcais e matrilineares, papel
dos membros familiares, regras de convivência com diferentes grupos, importância do diálogo e do res-
peito, entre outras discussões.

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Educação para
o consumo
Nos últimos anos, o estabelecimento de políticas responsáveis de consumo tem sido um grande desafio,
levando em conta a repercussão dos meios de comunicação em incentivar o consumo de bens e servi-
ços de modo desenfreado. Com isso, a educação para o consumo visa contribuir para que os estudan-
tes analisem criticamente o contexto atual, identificando assim atitudes consumistas e possíveis alter-
nativas sustentáveis em seu dia a dia.
Educação
financeira
É papel do cidadão compreender as dinâmicas que envolvem a aplicação de investimentos tributários pelo
e fiscal
poder público e também saber lidar com aspectos da economia. Assim, a escola pode contribuir para a for-
mação inicial dos estudantes em relação à educação financeira, apresentando reflexões que envolvam no-
ções de planejamento financeiro, aplicação, investimentos, consumo consciente, tomada de decisões etc.
Trabalho
Reflexões sobre as relações de trabalho são importantes para os alunos compreenderem de modo críti-
co o mundo em que vivemos. Temas como trabalho infantil, desemprego, direitos trabalhistas, impor-
tância dos sindicatos e trabalho escravo devem ser abordados em sala de aula para auxiliar os alunos a
perceber as dinâmicas do sistema capitalista nas quais estão inseridos. A partir de discussões como
essas, é possível auxiliar os alunos a analisarem as condições adversas que podem estar presentes em
seu dia a dia, como é o caso da desigualdade social.
Ciência e
tecnologia
Refletir criticamente sobre as aplicações do desenvolvimento científico, analisando as tecnologias sob
diferentes perspectivas e olhares, torna-se essencial no contexto contemporâneo. O espaço escolar
deve estar aberto às transformações e às modernizações, aplicando-as com responsabilidade e capaci-
tando os alunos a desenvolver o uso consciente desses recursos.
Diversidade
cultural
Entrar em contato com povos e culturas variados permite aos estudantes desenvolverem a ideia de
diversidade, reconhecendo, portanto, que o mundo é formado por diferentes modos de vida e tradi-
ções. Uma educação escolar voltada à valorização da diversidade favorece a desconstrução de ideias
etnocêntricas. Nesse sentido, o Brasil surge como país privilegiado para discutir tais questões, vista a
grande diversidade de etnias que contribuíram para a formação do povo brasileiro.

O papel do professor
O professor vem desempenhando cada des do relacionamento professor-aluno e
vez mais um papel de mediador entre os con- aluno-aluno, intervindo em casos de possí-
teúdos específicos de cada componente cur- veis dificuldades de aprendizagem e con-
ricular e os conhecimentos adquiridos pelos duzindo suas aulas de modo a promover a
alunos. Assim, o professor deve desenvolver construção do conhecimento pautada em
de maneira constante a reflexão para de- respeito e empatia. Para isso, o docente de-
monstrar que o ato de estudar não é apenas ve ter autonomia, tanto perante seus alu-
fundamental, mas também prazeroso, des- nos quanto perante os colegas. Essa auto-
pertando, assim, o interesse dos alunos. nomia refere-se à capacidade de fazer es-
colhas e de posicionar-se, participando de
A união entre teoria e prática geralmen-
maneira cooperativa diante de percalços e
te ocorre quando o professor propicia aos
desafios. É importante que, ao adotar essa
alunos momentos em que eles possam de-
postura, o professor se esquive de atitudes
bater, refletir e emitir opiniões sobre acon-
impositivas, alheias ao interesse coletivo, e
tecimentos ocorridos em contextos locais e
se dispa de conceitos preestabelecidos.
mundiais. Dessa forma, a prática reflexiva
sobre os conteúdos estudados é essencial Além disso, faz parte do papel do profes-
para o ensino contextualizado. sor estimular a autonomia do estudante, a
fim de que ele assuma um papel proativo
É fundamental que o professor tenha
em sala de aula – e, também, fora dela –,
sensibilidade para perceber as singularida-
encorajando e sendo encorajado ao questio-

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namento e à argumentação em suas toma- Para adotar a postura mediadora, a for-
das de decisões. Para isso, o professor deve mação do professor deve ser constante, ex-
assumir a responsabilidade no processo trapolando a sua formação inicial e firman-
ensino-aprendizagem, preservando a cons- do-se em uma carreira docente construída
ciência de que suas ações refletem direta- por meio da observação dos alunos e da
mente no desenvolvimento dos alunos. atualização de práticas e conteúdos.

Práticas pedagógicas

A avaliação
A importância da avaliação O professor pode desenvolver, dentro de
A avaliação é um instrumento que o pro- sua atuação em sala de aula, três tipos de
fessor possui para diagnosticar, analisar, avaliação: diagnóstica, formativa e somativa
sistematizar e orientar suas ações pedagó- (também conhecida como classificatória).
gicas. Entende-se a avaliação como um diá- A avaliação diagnóstica deve ser realiza-
logo contínuo entre professor e aluno, uma da a cada início de um ciclo de estudos, já
vez que, quando elaborada em concordância que se constitui uma sondagem do que os
com o conteúdo ensinado, serve como res- alunos conhecem, ao mesmo tempo que é
posta concreta à prática do professor e ao uma projeção do que o professor deverá
processo de ensino-aprendizagem. planejar para seu trabalho com os próximos
conteúdos. Segundo Santos e Varela (2007,
No contexto em que atua, deve estar cla-
p. 4), “É uma etapa do processo educacional
ro para o professor que além de a avaliação
que tem por objetivo verificar em que medi-
ser importante, seu processo deve ser con-
da os conhecimentos anteriores ocorreram
tínuo e não se restringir a resultados ou a
e o que se faz necessário planejar para sele-
momentos definidos e estanques, pois ela
cionar dificuldades encontradas.”.
diagnostica os reais problemas e defasa-
gens na aprendizagem dos alunos e colabo- Já a avaliação formativa é importante
ra para a evolução de seu conhecimento. que seja utilizada durante todo o processo
de ensino-aprendizagem, pois está relacio-
Segundo Bonesi e Souza, a avaliação é
nada aos aspectos que proporcionam a for-
definida como:
mação dos alunos e considera o processo
de aprendizagem tão importante quanto
[...] o ato por meio do qual A e B avaliam aquilo que se aprende.
juntos a prática implementada, as apren-
dizagens efetivadas, as conquistas erigi-
A avaliação formativa privilegia a ob-
das, o desenvolvimento conquistado, os
servação do processo ensino-aprendiza-
obstáculos encontrados ou os erros e
gem por meio de diversos instrumentos
equívocos porventura cometidos. Daí
que podem ser utilizados para verificar o
seu caráter dialógico.
alcance dos objetivos almejados, o domí-
BONESI, Patrícia Góis; SOUZA, Nadia Aparecida de. Fatores que
dificultam a transformação da avaliação na escola. Estudos em nio do conhecimento, os avanços, as difi-
avaliação educacional, v. 17, n. 34, maio/ago. 2006. p. 134.
culdades em que o aluno necessita de
uma nova abordagem. O erro é visto como
Assim, professores e alunos participam parte integrante de uma caminhada e re-
da avaliação, que só acontece efetivamente vela a necessidade interventiva em deter-
se as dificuldades, os erros e os acertos fize- minado conteúdo ou em dado momento.
rem sentido para ambos, como uma via de GAVASSI, Susana Lisboa. Avaliação formativa:
um desafio aos professores das séries finais do ensino
mão dupla para o ensino e a aprendizagem. fundamental. Medianeira: UTFPR, 2012. p. 21.

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A avaliação somativa pretende ajuizar o A autoavaliação
progresso realizado pelo aluno no final de A autoavaliação tem papel fundamental
uma unidade de aprendizagem, no sentido na democratização da avaliação. A utiliza-
de aferir resultados já colhidos por avalia- ção dessa ferramenta possibilita tanto a
ções do tipo formativa e obter indicadores alunos quanto a professores avaliarem seu
que permitam aperfeiçoar o processo de desempenho em sala de aula.
ensino. Corresponde a um balanço final, a
uma visão de conjunto relativo a um todo
sobre o qual, até então, só haviam sido fei- [...] Para o aluno autoavaliar-se é alta-
tos juízos parcelares. É fato que a avaliação mente favorável o desafio do professor,
provocando-o a refletir sobre o que está
somativa é a mais utilizada nas escolas e
fazendo, retomar passo a passo seus pro-
que, em muitos casos, representa um cará-
cessos, tomar consciência das estratégias
ter classificatório.
de pensamento utilizadas. Mas não é ta-
Cabe ao professor pensar na avaliação refa simples. Para tal, ele precisará ajus-
como um processo que vai além de sua tar suas perguntas e desafios às possibi-
mera realização, que precisa ser cuidado- lidades de cada um, às etapas do proces-
samente elaborado. O resultado dessa ava- so em que se encontra, priorizando uns e
liação, por sua vez, deve ser devolvido e outros aspectos, decidindo sobre o quê,
revisado com os alunos, para perceberem o como e quando falar, refletindo sobre o
ensino como um processo, o que implica seu papel frente à possível vulnerabilida-
rever os motivos de seus erros a fim de de do aprendiz. [...]
avançar na aprendizagem. O planejamento HOFFMANN, Jussara. Avaliar para promover:
as setas do caminho. Porto Alegre: Mediação, 2001. p. 54.
do processo de avaliação deve incluir con-
teúdos trabalhados em sala de aula de ma-
neira contextualizada e reflexiva, levando Portanto, ao desafiar os alunos, o pro-
em consideração o processo de aprendiza- fessor também passa a refletir sobre a sua
gem do aluno. Deve, ainda, na medida do atuação nos processos didáticos, adequan-
possível, conter atividades que valorizem do-se às necessidades do dia a dia em sala
diferentes formas de expressão do conhe- de aula e tomando consciência de seu pa-
cimento do aluno, como exercícios objeti- pel diante dos desafios do processo de en-
vos, dissertativos, trabalhos em grupo, de- sino-aprendizagem.
bates, e assim por diante. Veja a seguir sugestões de questiona-
Para que a avaliação não se torne uma mentos autoavaliativos que podem ser
forma de seleção e exclusão, focada apenas apresentados aos alunos.
em princípios de eficiência e competitivi- • O que estou aprendendo?
dade, é importante haver um canal de co- • O que eu já aprendi?
municação entre alunos e professor. Desse • De que forma poderia aprender melhor?
modo, os critérios da avaliação, seja ela
formativa ou somativa, precisam ser apre-
• Como poderia agir/participar para
aprender mais?
sentados e discutidos antes de sua realiza-
ção, para que o aluno saiba como e sob • Que tarefas e atividades foram
quais aspectos será avaliado. realizadas?

Quando elaborada, aplicada e revisada • O que aprendi com elas? O que mais
corretamente, a avaliação perde seu caráter poderia aprender?
punitivo e excludente e passa a avaliar o • O que eu aprendi, com meus colegas e
aluno de maneira formativa e continuada, professores, a ser e a fazer?
além de possibilitar que o professor reveja • De que forma contribuí para que todos
sua prática pedagógica. aprendessem mais?

XXIV

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A defasagem em sala de aula
Cada aluno aprende de um jeito. Dentro O rendimento escolar dos alunos e a
de uma mesma sala de aula temos uma di- possível defasagem em sala de aula podem
versidade de alunos quando pensamos em ser influenciados por aspectos cognitivos
características comportamentais e cogniti- (crianças com necessidades especiais rela-
vas. Cada um tem uma história, que é úni- cionadas à linguagem, à percepção ou ao
ca, e decorre das particularidades de sua raciocínio, por exemplo, ou outros proble-
estrutura biológica, psicológica, familiar e mas de saúde), socioculturais (ambiente
sociocultural, resultando em diferenças familiar, lugar onde mora, convívio social,
que interferem diretamente na maneira co- oportunidade de desenvolvimento de ativi-
mo eles se apropriam do conhecimento na dades extracurriculares, tempo e lugar pa-
escola, ou seja, eles aprendem de formas ra se dedicar aos estudos em casa, relação
diversas. Como salienta Bencini (2003), da família com a escola e participação no
“As crianças [e os adolescentes] são o re- processo de educação, entre outros) e polí-
sultado de suas experiências. Para com- tico-institucionais (legislação educacional,
preender seu desenvolvimento é preciso trabalhista e de saúde em seus diversos ní-
considerar o espaço em que elas vivem, a veis, metodologia de ensino adotada pela
maneira como constroem significados, as escola, corpo diretivo escolar, qualificação
práticas culturais etc.”. A questão nortea- e motivação dos professores, infraestrutu-
dora do trabalho docente deve ser: como ra da escola etc.). Desse modo, é necessário
enfrentar a heterogeneidade das turmas? refletirmos a respeito das situações de en-
Tendo em vista essas condições, é im- sino e aprendizagem que podem detectar
portante estarmos conscientes de que os ní- os tipos de defasagens dos alunos.
veis de aprendizagem em uma sala de aula Para conhecer os níveis de aprendizagem
serão distintos, e devemos estar preparados dos alunos e detectar uma possível defasa-
para lidar com esse aspecto do trabalho do- gem, as ferramentas de avaliação e o traba-
cente, de modo que o desenvolvimento dos lho do professor em conjunto com a coorde-
alunos não seja prejudicado. É função da es- nação pedagógica da escola são fundamen-
cola “[...] detectar a diversidade presente nas tais. “O diagnóstico inicial, as provas, a ob-
salas de aula e criar condições para que os servação de sala de aula, as atividades de
conteúdos trabalhados, quando não são sondagem, as tarefas de casa e a análise de
bem compreendidos, sejam retomados em
cadernos e portfólios são alguns dos instru-
classe com novas atividades e estratégias de
mentos que ajudam a ter um panorama da
ensino” (FRAIDENRAICH, 2010).
turma.” (FRAIDENRAICH, 2010).
Antes mesmo de refletirmos sobre ren-
Geralmente, o que se faz em sala de aula
dimento e defasagem escolar, salientamos
é desenvolver o mesmo tipo de atividade
que, para um bom desempenho dos alunos
para todos os alunos. Em vários casos, al-
em sala de aula, é fundamental que eles
guns alunos terminam mais rápido, outros
compreendam a importância dos estudos e
precisam de mais tempo e outros nem con-
abandonem a visão pessimista que muitos
seguem realizar a atividade, de maneira que
têm de que “estudar é chato”. Atividades
o objetivo de ensino-aprendizagem nem
instigantes, desafiadoras e que saiam da
sempre é atingido. Essa situação acaba de-
rotina contribuem para atrair a atenção do
sestimulando aqueles que têm resultados e
aluno e para o desenvolvimento de compe-
ritmos diferentes da maioria da classe.
tências que favoreçam tanto a aprendiza-
gem quanto a sua formação socioemocio- Uma possibilidade de auxiliar todos a
nal. O envolvimento da família nesse pro- atingirem os objetivos de aprendizagem de
cesso é de suma importância para criar maneira satisfatória e eficiente é diversifi-
uma relação de confiança com a escola. car as estratégias de ensino, respeitando

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essa diversidade de modo a potencializar músicas, filmes – que desafiam o aluno a
as habilidades de cada aluno. refletir e a diversificar as formas de aprendi-
E quais são as estratégias de ensino que zagem e expressão do conhecimento for-
podem contribuir para corrigir as defasagens mulado. Isso porque há alunos que são mais
dos alunos? São muitas e devem variar de visuais, outros que são mais auditivos e ou-
acordo com a realidade de cada comunidade tros, cinestésicos. A avaliação diagnóstica
escolar. No entanto, podem começar pelo es- inicial, com atividades variadas de escrita,
paço da sala de aula: em vez de trabalhar per- leitura e interpretação de diferentes lingua-
manentemente com as carteiras enfileiradas, gens, auxilia a detectar as principais carac-
é possível alterar a organização delas em cír- terísticas dos alunos, pois alguns podem ter
culo ou em grupos, para que a interação entre dificuldades em interpretar uma música (es-
os alunos flua. O importante é que a sala de tímulo auditivo), por exemplo, enquanto ou-
aula seja um ambiente flexível. tros podem ter bom desempenho em anali-
sar uma imagem (estímulo visual).
Também devem fazer parte da rotina os
trabalhos em grupo, em dupla e individuais. Utilizar ferramentas digitais também é um
Para cada um deles, é possível desenvolver ótimo recurso, quando corretamente empre-
diferentes habilidades. Ao propor trabalhos gado e mediado pelo professor. No caso das
em dupla ou em grupo, é importante mistu- escolas que tenham sala de tecnologia, o pro-
rar alunos que possuam diferentes níveis de fessor pode usar as ferramentas como sites e
aprendizagem, pois dessa forma um ajuda o aplicativos para corrigir as defasagens.
outro e desenvolvem diferentes competên- Em alguns casos, quando se detecta que
cias, como trabalho em equipe, organização, a defasagem de determinado aluno está
liderança e empatia. Em outros momentos, muito aquém do desempenho da turma, é
concentrar nos grupos os alunos com níveis importante desenvolver atividades educa-
de aprendizagem semelhantes é relevante tivas separadas dos demais, para avançar
para dar a atenção necessária, e de maneira com ele na compreensão de certos conteú-
integrada, para o grupo. Já os trabalhos in- dos. Para isso, sempre que possível, reser-
dividuais permitem ao aluno momentos de ve momentos, ainda que semanais, para
autonomia e criatividade. acompanhar individualmente as atividades
Do mesmo modo, é importante utilizar realizadas por alguns alunos. Em outros
outros espaços, além da sala de aula, para casos, atividades extras em sala separada,
atividades de ensino e aprendizagem, como com auxílio de outro professor e da coorde-
o pátio da escola, o laboratório, o bairro, uma nação pedagógica, são conduções relevan-
praça, um parque municipal, um museu etc. tes para a progressão do aluno.
Tais espaços possibilitam, muitas vezes, a Em todas essas situações, o professor
aprendizagem de forma lúdica, informal, deve planejar seu cotidiano, “Por isso, é pa-
permanecendo o objetivo educativo. pel de todo professor ter muito claros os ob-
Outro ponto importante é alternar o uso jetivos e resultados que pretende alcançar
de materiais pedagógicos – revistas, mapas, com uma atividade, para não exigir mais
jogos didáticos, histórias em quadrinhos, nem menos da turma.” (BENCINI, 2003).

O ensino interdisciplinar
O conceito norteador de um trabalho pedagogia integradora, é o de interdiscipli-
educacional feito em parceria, fruto de uma na, definido a seguir.

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volvimento dos alunos motiva o fortaleci-
[...]
mento das relações entre professores de
Interdisciplina — Interação existente diferentes componentes curriculares.
entre duas ou mais disciplinas. Essa inte-
ração pode ir da simples comunicação
[...] O estilo de educação que priori-
de ideias à integração mútua dos concei- za o trabalho em equipe, que busca a
tos diretores da epistemologia, da termi- interdisciplinaridade e o compromisso
nologia, da metodologia, dos procedi- com a integralidade das ações e que
mentos, dos dados e da organização refe- procura respeitar as especificidades de
rentes ao ensino e à pesquisa. Um grupo cada profissão, está pautado nas con-
interdisciplinar compõe-se de pessoas cepções teóricas das metodologias ati-
que receberam sua formação em diferen- vas de ensino-aprendizagem. [...]
tes domínios do conhecimento (discipli- BASSIT, Ana Zahira (Org.). O interdisciplinar: olhares
contemporâneos. São Paulo: Factash Editora, 2010. p. 118.
nas) com seus métodos, conceitos, dados
e termos próprios.
[...] Na escola, uma postura interdisciplinar
FAZENDA, Ivani Catarina Arantes. Integração e
traz contribuições quando os alunos come-
interdisciplinaridade no ensino brasileiro: efetividade
ou ideologia. 6. ed. São Paulo: Loyola, 2011. p. 54.
çam a estabelecer um relacionamento de
parceria e colaboração com a equipe esco-
lar, bem como com a comunidade onde a
Em sala de aula, essa interação pode escola está inserida.
ocorrer, por exemplo, por meio de projetos
Propostas como essas abrangem estra-
investigativos ou de pesquisa. Por apre-
tégias mais dinâmicas, interativas e cola-
sentarem etapas, como planejamento, le-
borativas em relação à gestão do ensino e
vantamento de hipóteses, coletas de dados,
da aprendizagem; possibilita a formulação
análises, deduções e conclusões, essas ati-
de um saber crítico-reflexivo com base no
vidades possibilitam maior integração en-
diálogo entre os conteúdos de diferentes
tre os componentes curriculares. Além dis-
componentes curriculares; e permite uma
so, elas podem criar situações de aprendi-
nova postura de professores e alunos dian-
zagem de forma dinâmica, por meio da re-
te do conhecimento, deixando de concebê-
flexão, do questionamento e da argumen-
-lo como algo estanque.
tação dos alunos.
Dentro dessa perspectiva, um trabalho [...]
interdisciplinar preocupa-se em relacionar
“Interdisciplinaridade” é um termo
os conceitos de maneira articulada, levan-
utilizado para caracterizar a colaboração
do em conta os objetivos gerais e específi-
existente entre disciplinas diversas ou
cos de cada componente curricular envol- entre setores heterogêneos de uma mes-
vido, com o propósito de evitar a fragmen- ma ciência [...]. Caracteriza-se por uma
tação do conhecimento e instigar o interes- intensa reciprocidade nas trocas, visan-
se dos alunos para envolvê-los diretamente do a um enriquecimento mútuo.
no processo de aprendizagem. Cabe enfati- [...]
zar que o trabalho interdisciplinar deve es- FAZENDA, Ivani Catarina Arantes. Integração
e interdisciplinaridade no ensino brasileiro: efetividade
tar ligado à vida dos alunos e às suas moti- ou ideologia. 6. ed. São Paulo: Loyola, 2011. p. 73.
vações, de modo que os envolva e se torne,
além de útil, prazeroso. A fim de promover a superação da frag-
Nessas atividades, os alunos aprendem mentação disciplinar, em sintonia com a
a trabalhar coletivamente, privilegiando a BNCC, esta coleção propõe em diversos mo-
interação com os colegas e favorecendo o mentos uma articulação entre os compo-
desenvolvimento da capacidade de argu- nentes curriculares e seus respectivos obje-
mentar e organizar as informações. O en- tos de conhecimento com base em temas,

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conteúdos, recursos e seções que favoreçam sentadas orientações de desenvolvimento
tal abordagem. A seção Encontro com..., por específicas para compreender quais compo-
exemplo, apresenta essa proposta de ma- nentes podem ser desenvolvidos com base
neira clara e fácil de ser reconhecida pelo na leitura de um texto ou na resolução de
professor. Em outros momentos, são apre- uma determinada atividade.

A competência leitora
De acordo com pesquisas recentes, uma
Extrair o significado do texto, de ma-
parcela significativa dos brasileiros, apesar
neira global, ou dos diferentes itens in-
de saber ler e escrever, não consegue com- cluídos nele.
preender textos mais extensos ou comple-
Saber reconduzir sua leitura, avan-
xos, ou seja, não tem competência leitora çando ou retrocedendo no texto, para se
de qualidade. Sabendo que a capacidade de adequar ao ritmo e às capacidades ne-
apreender aquilo que se lê e observa é im- cessárias para ler de forma correta.
prescindível para participar efetivamente Conectar novos conceitos com os con-
da vida em sociedade, é importante que a ceitos prévios que lhe permitirão incor-
escola possibilite ao aluno desenvolver es- porá-los a seu conhecimento.
tratégias de leitura contínua e atenta que o SERRA, Joan; OLLER, Carles. Estratégias de leitura e compreensão
de texto no ensino fundamental e médio. In: TEBEROSKY, Ana
auxiliem a compreender e explorar mensa- et al. Compreensão de leitura: a língua como procedimento.
Tradução: Fátima Murad. Porto Alegre: Artmed, 2003. p. 36-37.
gens, verbais ou não verbais, em diversos
níveis de cognição. O fato de um aluno ser Além da leitura, a escrita também deve
considerado alfabetizado não significa que ser constantemente estimulada. A produ-
ele consiga utilizar a leitura e a escrita co- ção de textos incentiva os alunos a pensa-
mo maneiras de se expressar. rem criticamente e a refletirem sobre aqui-
Nesse sentido, a noção de competência lo que estão escrevendo.
leitora, especificamente, está ligada à práti-
ca de estratégias de leitura que possibili- [...]
tem ao aluno explorar as mensagens (este- Num mundo como o atual, em que os
jam elas em textos, imagens, gráficos, for- textos estão por toda parte, entender o
mulários ou tabelas, por exemplo) em di- que se lê é uma necessidade para poder
versos níveis de cognição, o que viabiliza a participar plenamente da vida social. Pro-
fessores como você têm um papel funda-
interpretação e a compreensão para uma
mental nessa tarefa [...]. Independente-
leitura mais crítica e autônoma, além da
mente de seu campo de atuação, você
construção de novos saberes. pode ajudar os alunos a ler e compreen-
A prática da leitura é importante para der diferentes tipos de texto, incentivan-
ampliar o vocabulário dos alunos e, conse- do-os a explorar cada um deles. Pode en-
siná-los a fazer anotações, resumos, co-
quentemente, torná-los mais seguros para
mentários, facilitando a tarefa da inter-
desenvolver suas habilidades de comuni-
pretação. Pode, enfim, encaminhá-los pa-
cação oral e escrita. Ao desenvolver a com- ra a escrita, enriquecida pelos conheci-
petência leitora, o aluno estabelece mais mentos adquiridos na exploração de li-
facilmente relações entre os diversos as- vros, revistas, jornais, filmes, obras de arte
suntos que fazem parte do seu repertório e manifestações culturais e esportivas.
cultural. Nesse sentido, é importante a [...]
criação de estratégias de leitura que permi- RATIER, Rodrigo. O desafio de ler e compreender em todas as
disciplinas. Nova Escola. São Paulo: Abril, 10 jan. 2010. Disponível
tirão ao aluno: em: <https://novaescola.org.br/conteudo/1535/o-desafio-de-ler-e-
compreender-em-todas-as-disciplinas>. Acesso em: 6 set. 2018.

XXVIII

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Se o objetivo principal é formar leitores cados, aumentando a autonomia dos alu-
autônomos com base na leitura de textos e nos e tornando-os sujeitos mais ativos no
imagens, é preciso favorecer esse processo próprio aprendizado. Para favorecer a aná-
escolhendo temas relevantes e interessan- lise desses recursos, são propostas ques-
tes à sua faixa etária; selecionando textos tões de interpretação no livro do aluno,
verbais com vocabulário e extensão ade- além de sugestões de questões de análise
quados; apresentando ao aluno o objetivo nas orientações ao professor.
das leituras, a fim de que ele perceba que
em alguns momentos lemos para buscar Promover atividades em que os alunos
informações e, em outros, a leitura consiste tenham que perguntar, prever, recapitular
em diversão, por exemplo; orientando co- para os colegas, opinar, resumir, compa-
mo a leitura deverá ocorrer: silenciosamen- rar suas opiniões com relação ao que le-
te, guiada, em grupo etc. ram, tudo isso fomenta uma leitura inteli-
gente e crítica, na qual o leitor vê a si
Ao longo desta coleção, o desenvolvi-
mesmo como protagonista do processo
mento da competência leitora é constante-
de construção de significados. [...]
mente estimulado por meio da utilização
SOLÉ, Isabel. Estratégias de leitura. Tradução: Cláudia
de recursos textuais e imagéticos diversifi- Schilling. 6. ed. Porto Alegre: Artmed, 1988. p. 173.

Recursos didáticos
O uso de diferentes recursos didáticos ção ocorre em tempo real mesmo entre
propicia maior dinâmica em sala de aula, pessoas distantes geograficamente.
além de possibilitar que o aluno tenha aces- A presença das TICs ampliou a gama de
so à informação por meio de diferentes lin- elementos disponíveis para enriquecer o
guagens, desenvolvendo assim estratégias trabalho em sala de aula, que há muito tem-
de aprendizagem diversas, afinal, realizar po já contava com recursos tecnológicos co-
uma pesquisa em um livro é diferente de mo televisão, filmes, músicas e projeções.
realizar a mesma pesquisa em uma revista
O uso de tecnologias em sala de aula
ou na internet, ainda que seja sobre o mes-
potencializa o processo de aprendizagem,
mo assunto, ler uma imagem é diferente de
favorecendo a interação entre professor,
ler um texto verbal, e assim por diante.
aluno e conhecimento. Além disso, por
Dessa maneira, é importante compreen- meio da internet, os recursos e as ferra-
der quais recursos podem ser utilizados em mentas tecnológicas transformam a escola
sala de aula e como esse uso pode efetiva- em um espaço aberto, conectado com o
mente auxiliar o aluno a ser protagonista mundo, capaz de promover trocas de expe-
de seu aprendizado. riências entre professores e alunos de ou-
tras localidades.
Tecnologia
É importante ressaltar, porém, que o uso
A tecnologia faz parte da evolução do
de TICs é um instrumento para o processo de
ser humano e da história da humanidade.
ensino-aprendizagem, e não o foco. A lousa,
Atualmente, temos as tecnologias de infor-
o giz e o professor compartilham espaço na
mação e comunicação (TICs), que modifi-
sala de aula com televisores, CDs, DVDs,
cam as noções de tempo e espaço e in-
computadores, softwares, lousas digitais e
fluenciam diretamente as relações huma-
projetores multimídia e não reduzem o papel
nas. Elas permitem o processamento de
da escola ou do professor na educação.
qualquer tipo de informação, e a comunica-

XXIX

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trução de conceitos científicos e os concei-
[...] Os recursos semióticos que en-
tos errôneos presentes em muitas ideias de
contramos nas telas dos computadores
senso comum. Os filmes e a televisão têm
são basicamente os mesmos que pode-
em comum o aspecto motivador e, depen-
mos encontrar em uma sala de aula
dendo da ação do professor, podem ser
convencional: letras e textos escritos,
contextualizados com os conceitos científi-
imagens estáticas ou em movimento,
linguagem oral, sons, dados numéri-
cos do currículo escolar. Ao longo da cole-
cos, gráficos, etc. A novidade, em resu- ção são encontradas orientações de traba-
mo, está realmente no fato de que as lho com essas ferramentas.
TIC digitais permitem criar ambientes
que integram os sistemas semióticos Artes gráficas e literatura
conhecidos e ampliam até limites ini- O trabalho com leitura de imagens é ex-
magináveis à capacidade humana de tremamente importante e pode ser utiliza-
(re)apresentar, processar, transmitir e do em diferentes momentos. O próprio ma-
compartilhar grandes quantidades de terial didático apresenta fotografias, pintu-
informação com cada vez menos limi- ras, murais, entre outras imagens que po-
tações de espaço e de tempo, de forma
dem ser exploradas em sala de aula, consi-
quase instantânea e com um custo
derando sempre que possível o contexto
econômico cada vez menor (COLL e
em que a imagem foi produzida, a técnica
MARTÍ, 2001). [...]
utilizada, o artista que a produziu (quando
COLL, César; MAURI, Teresa; ONRUBIA, Javier. A incorporação
das tecnologias da informação e da comunicação na educação: do for o caso) e o objetivo da imagem (apre-
projeto técnico-pedagógico às práticas de uso. In: COLL,
César; MONEREO, Carles. Psicologia da educação virtual: aprender sentar uma crítica social, expressar um
e ensinar com as tecnologias da informação e da comunicação.
Porto Alegre: Artmed, 2010. p. 76. sentimento, retratar um momento etc.).
Outra possibilidade é o trabalho com li-
Ao longo da coleção, é possível encon- teratura, que, além de estimular a leitura,
trar sugestões de como aproveitar as novas permite aos alunos o desenvolvimento da
ferramentas e recursos tecnológicos multi- criatividade e da imaginação. É importante
midiáticos e multimodais, presentes no dia que o professor conheça o contexto da obra
a dia dos alunos, para ampliar o campo da (autor, época, público) para que, dessa for-
educação e torná-la mais significativa e ma, o conteúdo se torne mais instigante.
prazerosa, um desafio para a formação das Algumas atividades podem ser realizadas
novas e futuras gerações. de modo a desenvolver nos alunos a com-
petência leitora e a habilidade de interpre-
É inegável que a educação seja influen-
tar textos literários.
ciada pela tecnologia e pelas diferentes formas
de comunicação, assim como não é possível
desvincular o ensino da comunicação em Jornais e revistas
massa, seja ela impressa ou digital. Por is- A leitura de jornal traz diversos benefí-
so, propomos também a utilização de ou- cios ao trabalho em sala de aula, pois, além
tros recursos no ensino, como programas de contribuir para o desenvolvimento da
de televisão, filmes, pinturas, esculturas, competência leitora, ele é uma importante
histórias em quadrinhos, literatura variada, fonte de informação. Nele estão registradas
jornais, revistas ou trechos de livros paradi- informações, opiniões, fatos históricos,
dáticos, recursos que permitem ao profes- descobertas científicas e conflitos políticos
sor avançar na prática pedagógica. e econômicos. Trata-se de um veículo de
comunicação capaz de auxiliar na forma-
Televisão e cinema ção de cidadãos críticos.
A televisão e o cinema podem ser utili- O trabalho com jornais na escola desen-
zados para mostrar fatos históricos, a cons- volve nos alunos habilidades como: identi-

XXX

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ficar, relacionar, combinar, comparar, sele- passa a assumir o papel de orientador e tu-
cionar, classificar e ordenar, codificar, es- tor. Ao aluno cabe a responsabilidade pela
quematizar, reproduzir, transformar, me- busca do conhecimento básico, e os está-
morizar, conceituar, criar e reaplicar co- gios mais avançados são norteados pelo
nhecimentos. Esse trabalho também pro- docente e pelo grupo, o que torna o proces-
move a capacidade de indução, dedução, so mais criativo e empreendedor. Nesta co-
levantamento e verificação de hipóteses. leção, o professor encontra sugestões me-
Além de se depararem com textos repro- todológicas que dialogam com essa prática,
duzidos de importantes jornais brasileiros, por exemplo, quando solicita ao aluno uma
ao aluno e ao professor são feitas indica- pesquisa prévia sobre determinado con-
ções de diferentes veículos de comunica- teúdo que venha a ser trabalhado.
ção que podem contribuir com o processo
de ensino e aprendizagem.
[...]
As revistas especializadas (História,
O importante para inverter a sala de
Ciências, Linguística) geralmente têm uma aula é engajar os alunos em questiona-
preocupação com o caráter didático de mentos e resolução de problemas, re-
suas reportagens, o que facilita a compre- vendo, ampliando e aplicando o que foi
ensão e aumenta o comprometimento com aprendido on-line com atividades bem
o assunto estudado. Elas são indicadas planejadas e fornecendo-lhes feedback
tanto para a sua leitura quanto para a do imediatamente.
aluno, sempre que o momento for propício. Há muitas formas de inverter o pro-
cesso de aprendizagem. Pode-se come-
Sala de aula invertida çar por projetos, pesquisa, leituras pré-
A sala de aula invertida é, atualmente, vias e produções dos alunos e depois
um recurso que promove o protagonismo promover aprofundamentos em classe
do aluno, incentivando a participação mais com a orientação do professor. [...]
ativa dele no processo de aprendizagem. MORAN, José. Metodologias ativas para uma aprendizagem
mais profunda. In: BACICH, Lilian; MORAN, José (Orgs.).
Consiste em o professor sugerir ao aluno Metodologias ativas para uma educação inovadora: uma
abordagem teórico-prática. Porto Alegre: Penso, 2018. p. 14.
projetos ou pesquisas como atividade ini-
cial. O docente lança um tema ou assunto a
ser pesquisado de acordo com o perfil e a
autonomia do aluno, que se empenha na Pesquisa
busca pelas informações por meio das tec- O ato de pesquisar é fundamental para o
nologias da informação e da comunicação, processo de aprendizagem e está direta-
somadas aos recursos físicos, como livros, mente ligado à proposta da sala de aula in-
enciclopédias, dicionários e combinadas vertida. Nesta coleção, em vários momen-
com seus conhecimentos prévios e estraté- tos, os alunos são instruídos a realizar pes-
gias particulares de estudo. Posteriormen- quisas, tanto individuais quanto coletivas.
te ele compartilha suas descobertas, im- Para que a pesquisa escolar obtenha resul-
pressões, conclusões e dúvidas com a tur- tados satisfatórios, existem algumas eta-
ma sob a monitoração do professor. pas importantes que devem ser seguidas
A sala de aula invertida é um ambiente sempre que possível: definição do tema,
de interação resultante da participação, da planejamento, coleta de dados, análise e in-
troca, da síntese e da discussão entre cole- terpretação dos dados, produção do texto,
gas com a supervisão do professor, que revisão, socialização.

XXXI

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Proposta teórico-metodológica da coleção
O trabalho com o ensino de Geografia, fessor na investigação dos conhecimentos
sempre que possível, deve partir da refle- prévios dos alunos.
xão do espaço vivido pelos alunos, ou seja, A utilização de recursos didáticos varia-
de situações em que os educandos relacio- dos, como textos literários, entrevistas, poe-
nem sua vivência com a de outros lugares mas, obras de arte e histórias em quadri-
do mundo. Essas situações são importantes nhos, também contribui para que os alunos
à medida que estimulam os alunos a refleti- reflitam sobre o espaço vivido e realizem
rem sobre diferentes aspectos do mundo analogias com outros espaços. Além de se-
atual, levando-os, assim, a construir conhe- rem úteis para a investigação dos conheci-
cimentos cada vez mais complexos sobre a mentos prévios, os recursos didáticos
relação sociedade e natureza. constituem importantes deflagradores pa-
É necessário compreender que nossos ra o trabalho com os temas propostos, tor-
alunos chegam à escola repletos de conhe- nando assim o estudo mais dinâmico e in-
cimentos, os quais necessitam ser sistema- teressante aos alunos. Por meio desses re-
tizados e enriquecidos no decorrer do pro- cursos, os alunos reconhecem as informa-
cesso de ensino-aprendizagem. Por essa ções geográficas explícitas ou implícitas
razão, em vários momentos desta coleção, nesses diferentes meios, de modo que o
os alunos são estimulados a expor o que professor, por sua vez, encontre formas di-
sabem sobre os conteúdos estudados. versificadas de dinamizar e estimular a
aprendizagem em sala de aula.
Uma vez que o aluno interage diutur- Veja no quadro a seguir alguns dos re-
namente com o universo no qual ele vi- cursos utilizados no decorrer das páginas
ve, torna-se inerente ao procedimento desta coleção.
didático do professor inteirar-se desse
universo. O aluno na escola, o aluno na Textos
aula de Geografia não é um fragmento
de pessoa, ele é esta pessoa como um to- • Jornalísticos (livros, revistas e internet).
do, ele é um feixe de modos de ser no • Literários (poemas, crônicas etc.).
qual se inclui também o ser cognitivo a • Entrevistas.
quem se pretende disponibilizar algu- • Histórias em quadrinhos e charges.
mas formas de compreender geografica-
mente o mundo. Imagens
[...]
KIMURA, Shoko. Geografia no ensino básico: questões
• Mapas, gráficos e tabelas.
e propostas. São Paulo: Contexto, 2008. p. 118-119.
• Fotografias.
• Ilustrações e esquemas.
Com vistas a atingir tais objetivos, res- • Obras de arte.
saltamos a importância do trabalho do pro- • Imagens de satélite.

O ensino de Geografia
O mundo atual é marcado por uma inten- de nos perguntamos: Como fica o ensino de
sa rede de relações econômicas, sociais e Geografia, que busca refletir sobre a relação
culturais, sendo denominada, em muitos es- entre sociedade e natureza nessa atual or-
tudos, de globalização. Diante dessa realida- ganização do espaço geográfico mundial?

XXXII

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Em razão desse e de outros questionamen- A abordagem integrada entre aspectos
tos, muito se tem discutido sobre os caminhos físicos e humanos possibilita aos alunos
a serem seguidos no ensino de Geografia. perceberem a relação de interdependência
Um dos consensos dessas discussões é o entre tais elementos, além de compreende-
de que os materiais didáticos atuais neces- rem que essa interdependência figura co-
sitam ser muito mais que apenas um elenco mo a principal responsável pela transfor-
de conteúdos descritivos de fenômenos geo- mação constante das paisagens e da cons-
gráficos, sejam eles naturais ou sociais. Na trução do espaço geográfico.
atualidade, tornou-se imprescindível que A proposta desta coleção está baseada
esses materiais sejam instrumentos compe- no trabalho com conteúdos que possibilitem
tentes, úteis e interessantes aos olhos da- aos alunos compreenderem de que maneira
queles que se encontram envolvidos no pro- as sociedades humanas se relacionaram,
cesso de ensino-aprendizagem, principal- entre si e com a natureza, ao longo do tem-
mente os professores e os alunos. po, e como essas relações se apresentam na
atualidade. Esse estudo serve de base para a
Pensando nisso, apresentamos esta co-
compreensão do espaço geográfico, vislum-
leção voltada para o ensino da ciência geo-
brado nas paisagens.
gráfica, que tem como foco os alunos dos
anos finais do Ensino Fundamental. Entendemos que, com base nesse estu-
do, os alunos têm condições de identificar
A proposta de trabalho desta coleção foi
as particularidades do lugar em que vivem,
estruturada de acordo com as mais recen-
assim como as diferentes relações que es-
tes discussões sobre o ensino de Geografia,
se lugar estabelece com outros lugares do
nas quais os objetivos de estudo dessa planeta. A presente coleção também prima
ciência na escola voltam-se, principalmente, pelo desenvolvimento de valores éticos e
para a compreensão da produção e da or- de preservação ambiental. Os trabalhos com
ganização do espaço geográfico de manei- esses valores estão diretamente relaciona-
ra integrada às variáveis que determinam dos à elaboração do saber geográfico, à
essa produção e organização. De acordo medida que incentivam os alunos a assu-
com Lana de Souza Cavalcanti: mirem posturas críticas diante de diferen-
tes situações, com o intuito de atuar por
[...] A finalidade de ensinar Geografia um mundo cada vez melhor.
para crianças e jovens deve ser justamente Os temas apresentados abordam, sem-
a de os ajudar a formar raciocínios e con-
pre que possível, os aspectos físicos e hu-
cepções mais articulados e aprofundados
manos de maneira integrada, visto que no
a respeito do espaço. Trata-se de possibili-
tar aos alunos a prática de pensar os fatos
processo de ensino da Geografia é necessá-
e acontecimentos enquanto constituídos rio promover situações por meio das quais
de múltiplos determinantes; de pensar os os alunos possam refletir a respeito das re-
fatos e acontecimentos mediante várias lações sociais, culturais, econômicas e natu-
explicações, dependendo da conjugação rais em conjunto, reconhecendo tanto suas
desses determinantes, entre os quais se particularidades em escala local, a exemplo
encontra o espacial. A participação de do espaço vivido por eles, quanto as carac-
crianças e jovens na vida adulta, seja no terísticas dessas relações em escala global.
trabalho, no bairro em que moram, no la-
zer, nos espaços de prática política explíci- Os objetivos que norteiam
ta, certamente será de melhor qualidade o ensino de Geografia
se estes conseguirem pensar sobre seu es-
Como sabemos, os objetivos são os
paço de forma mais abrangente e crítica.
principais norteadores do processo de en-
[...] sino-aprendizagem. Ao estabelecê-los, es-
CAVALCANTI, Lana de Souza. Geografia, escola e construção
de conhecimentos. 4. ed. Campinas: Papirus, 2003. p. 24. tamos direcionando a prática docente e de-

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terminando bases conscientes de trabalho,
tação e distância, de modo que se des-
com as quais podemos dialogar e vislum-
loque com autonomia e represente os
brar a finalidade de contribuir com a cons-
lugares onde vive e se relaciona;
trução do conhecimento feita pelos alunos.
• Reconhecer a importância de uma ati-
Para o ensino de Geografia nos anos finais tude responsável de cuidado com o
do Ensino Fundamental, consideramos perti- meio em que vive, evitando o desperdí-
nente que cada aluno atinja objetivos como: cio e percebendo os cuidados que se
devem ter na preservação e na conser-
vação da natureza;
• Reconhecer que a sociedade e a natu-
reza possuem princípios e leis pró- [...]
prios e que o espaço geográfico resul- • Compreender que as melhorias nas
ta das interações entre elas, historica- condições de vida, os direitos políticos,
mente definidas; os avanços técnicos e tecnológicos e as
[...] transformações socioculturais são con-
quistas decorrentes de conflitos e acor-
• Reconhecer a importância da cartogra-
fia como uma forma de linguagem pa- dos que ainda não são usufruídas por
ra trabalhar em diferentes escalas es- todos os seres humanos e, dentro de
paciais as representações locais e glo- suas possibilidades, empenhe-se em
bais do espaço geográfico; democratizá-las;
[...] [...]
• Compreender que os conhecimentos • Fazer leituras de imagens, de dados e
geográficos que adquiriram ao longo de documentos de diferentes fontes de
da escolaridade são parte da constru- informação, de modo que interprete,
ção da sua cidadania, pois os homens analise e relacione informações sobre
constroem, se apropriam e interagem o território e os lugares e as diferentes
com o espaço geográfico nem sempre paisagens;
de forma igual; • Utilizar a linguagem gráfica para obter
informações e representar a espaciali-
• Perceber, na paisagem local e no lugar
em que vivem, as diferentes manifesta- dade dos fenômenos geográficos;
ções da natureza, sua apropriação e [...]
transformação pela ação da coletivida- • Fortalecer o significado da cartografia
de de seu grupo social; como uma forma de linguagem que dá
• Reconhecer e comparar a presença da identidade à Geografia, mostrando que
natureza, expressa na paisagem local, ela se apresenta como uma forma de
com as manifestações da natureza pre- leitura e de registro da espacialidade
sentes em outras paisagens; dos fatos, do seu cotidiano e do mundo;
• Reconhecer semelhanças e diferenças • Criar condições para que o aluno possa
nos modos que diferentes grupos so- começar, a partir de sua localidade e
ciais se apropriam da natureza e a do cotidiano do lugar, a construir sua
transformam, identificando suas deter- ideia do mundo, valorizando inclusive
minações nas relações de trabalho, nos o imaginário que tem dele.
hábitos cotidianos, nas formas de se BRASIL. Ministério da Educação. Secretaria
de Educação Fundamental. Parâmetros curriculares
expressar e no lazer; nacionais: Geografia. Brasília, 1998. p. 53-100.

• Conhecer e começar a utilizar fontes


de informação escritas e imagéticas
utilizando, para tanto, alguns procedi- A BNCC e o ensino
mentos básicos; de Geografia
[...] O estudo da ciência geográfica é funda-
• Reconhecer, no seu cotidiano, os refe- mental para que os alunos compreendam
renciais espaciais de localização, orien- o mundo atual, marcado por uma comple-

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xa rede de relações econômicas, sociais e leitura cada vez mais realista e crítica do
culturais, que são, ao mesmo tempo, glo- mundo, apoiados por um pensamento es-
bais e locais. pacial, por meio do raciocínio geográfico.
É importante que os alunos consigam
compreender a relação entre os conteúdos [...]
do currículo e possam agir com base nos Essa é a grande contribuição da Geo-
conhecimentos elaborados ao longo de sua grafia aos alunos da Educação Básica:
vida escolar e social, reconhecendo-se co- desenvolver o pensamento espacial, esti-
mo protagonistas na busca por soluções mulando o raciocínio geográfico para re-
para os problemas da vida cotidiana, indi- presentar e interpretar o mundo em per-
vidual ou coletiva. De acordo com a BNCC: manente transformação e relacionando
componentes da sociedade e da nature-
[...] No Ensino Fundamental – Anos za. Para tanto, é necessário assegurar a
Finais, espera-se que os alunos com- apropriação de conceitos para o domínio
preendam os processos que resultaram do conhecimento fatual (com destaque
na desigualdade social, assumindo a res- para os acontecimentos que podem ser
ponsabilidade de transformação da atual observados e localizados no tempo e no
realidade, fundamentando suas ações espaço) e para o exercício da cidadania.
em princípios democráticos, solidários e [...]
de justiça. Dessa maneira, possibilita-se BRASIL. Ministério da Educação. Secretaria da Educação
Básica. Base Nacional Comum Curricular, 2017. p. 358.
o entendimento do que é Geografia, com
base nas práticas espaciais, que dizem
respeito às ações espacialmente localiza- Desenvolver nos alunos o senso crítico e
das de cada indivíduo, considerado co- as habilidades que permitam o uso de ferra-
mo agente social concreto. [...] mentas para analisar e interpretar a realidade
BRASIL. Ministério da Educação. Base Nacional Comum
Curricular. Versão final. Brasília: MEC, 2017. Disponível em:
é uma das grandes contribuições da Geogra-
<http://basenacionalcomum.mec.gov.br>. Acesso em: 1o out. 2018. fia para a Educação Básica. O raciocínio geo-
gráfico tem como base alguns princípios nor-
O objetivo é levar os alunos a se apro- teadores para que os alunos consigam de-
priar de conhecimentos e desenvolver ha- senvolver, exercitar ou aperfeiçoar o pensa-
bilidades com as quais possam fazer uma mento espacial. Observe o quadro a seguir.

Princípio Descrição

Um fenômeno geográfico sempre é comparável a outros. A identificação das


Analogia semelhanças entre fenômenos geográficos é o início da compreensão da unida-
de terrestre.

Um fenômeno geográfico nunca acontece isoladamente, mas sempre em intera-


Conexão
ção com outros fenômenos próximos ou distantes.

É a variação dos fenômenos de interesse da Geografia pela superfície terrestre


Diferenciação
(por exemplo, o clima), resultando na diferença entre áreas.

Distribuição Exprime como os objetos se repartem pelo espaço.

Extensão Espaço finito e contínuo delimitado pela ocorrência do fenômeno geográfico.

Posição particular de um objeto na superfície terrestre. A localização pode ser


Localização absoluta (definida por um sistema de coordenadas geográficas) ou relativa (ex-
pressa por meio de relações espaciais topológicas ou por interações espaciais).

Ordem Ordem ou arranjo espacial é o princípio geográfico de maior complexidade.

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Importantes estratégias para o ensino de Geografia
O ensino de Geografia pode valer-se de
O ser humano age em função de cons-
alguns instrumentos ou técnicas que se
truir resultados. Para tanto, pode agir
transformam verdadeiramente em estraté-
aleatoriamente ou de modo planejado.
gias de ação para o processo de ensino-
Agir aleatoriamente significa “ir fazendo
-aprendizagem. Essas estratégias podem
as coisas”, sem ter clareza de onde se
ser utilizadas pelo professor de Geografia a
quer chegar; agir de modo planejado sig-
qualquer momento que julgar pertinente, nifica estabelecer fins e construí-los por
além de poder adotar sugestões que estão meio de uma ação intencional. [...]
presentes em toda a coleção. LUCKESI, Cipriano Carlos. Avaliação da aprendizagem escolar:
estudos e proposições. São Paulo: Cortez, 1999. p. 102.

Planejamento
O planejamento se torna uma estratégia Portanto, o planejamento deve contem-
fundamental para a reflexão do professor plar desde a delimitação do tema e o levan-
sobre como, onde, quando e o que traba- tamento de hipóteses, passando pela inves-
lhar para desenvolver diferentes habilida- tigação do problema e a sistematização dos
des nos alunos ou para abordar diferentes conceitos, até a avaliação dos conteúdos.
conteúdos conceituais, procedimentais e
atitudinais.
Trabalho em grupo
O trabalho em grupo se torna uma ferra-
Cabe ressaltar que o ato de planejar não
menta fundamental para o incentivo à ação
pode ser um impulso alheio aos objetivos
coletiva. Trabalhar coletivamente, organi-
finais, nem ser totalmente destituído de
zar ideias e realizá-las em grupo são ações
visões políticas e sociais, como mostra o
extremamente importantes para desenvol-
texto a seguir.
ver a socialização dos alunos, como explica
Celso Antunes no texto a seguir.
O planejamento não será nem ex-
clusivamente um ato político-filosófi- Colocar os alunos em grupos não os
co, nem exclusivamente um ato técni- faz necessariamente aprender a “traba-
co; será, sim, um ato ao mesmo tempo lhar juntos”; portanto, torna-se essencial
político-social, científico e técnico: po- ensiná-los a cooperar, somar, dividir res-
lítico-social, na medida em que está ponsabilidades, interagir. Ensinar os alu-
comprometido com as finalidades so- nos a trabalhar em equipes, despertar-
ciais e políticas; científico, na medida -lhes a sensibilidade para o relacionamen-
em que não se pode planejar sem um to interpessoal, para a descoberta de si
conhecimento da realidade; técnico, na mesmo através da descoberta do outro [...]
medida em que o planejamento exige ANTUNES, Celso. Novas maneiras de ensinar, novas formas
uma definição de meios eficientes para de aprender. Porto Alegre: Artmed, 2002. p. 102.

se obter os resultados.
LUCKESI, Cipriano Carlos. Avaliação da aprendizagem escolar: O trabalho em grupo desenvolve a auto-
estudos e proposições. São Paulo: Cortez, 1999. p. 108.
nomia individual, o poder de tomar deci-
sões, de concordar ou não com o que o co-
Contudo, ao focar no objetivo a ser alcan- lega propõe e de ponderar a compreensão
çado para a aprendizagem de cada assunto, do outro sobre determinado assunto.
o planejamento permite, ao professor, ade- Além disso, quando se proporciona um
quar-se ao tempo disponível e estabelecer o trabalho em grupo no qual a cooperação é
tempo necessário para cada atividade. O verdadeiramente necessária, seu objetivo
texto a seguir fala sobre a importância do principal, que é o enriquecimento da apren-
planejamento para alcançar resultados. dizagem, é facilmente alcançado.

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Trabalho de campo Providencie termos de autorização a se-
O trabalho de campo é uma ferramenta rem encaminhados aos pais ou responsá-
fundamental para a compreensão do espaço veis pelos alunos, solicitando possíveis
geográfico. Ele se torna o elo entre o conteú- materiais necessários, assim como trajes e
do trabalhado em sala de aula e a realidade calçados adequados.
externa. É durante o trabalho de campo que Em sala de aula, estabeleça com os alu-
o aluno pode vislumbrar e vivenciar os con- nos e os demais professores o objetivo do
ceitos fundamentais dessa ciência, além de trabalho de campo a ser realizado, assim
perceber o espaço geográfico como aquele como os elementos e conteúdos que de-
próximo a si e não apenas aquele teorizado vem ser observados durante o trabalho.
pelos professores durante as aulas. É a
oportunidade que a Geografia proporciona Durante o trabalho de campo
ao seu estudante de aproximar-se do foco Incentive a observação e o registro das
de estudo, seja ele ambiental, populacional, informações por meio de anotações, dese-
econômico etc., de acordo com o objetivo nhos, croquis, fotografias, filmagens ou até
estabelecido para o trabalho de campo. mesmo gravações de áudios.
O trabalho de campo ainda favorece mo- Esteja atento à participação, asseguran-
mentos de socialização, permitindo maior do que as informações possam ser alcan-
convívio entre os alunos, e até mesmo entre çadas ou acessadas por todos os alunos.
alunos e professores, além de proporcionar
momentos incomuns, como a pesquisa, a Lembre-se de mostrar os pontos, as si-
observação fora do ambiente escolar e o tra- tuações ou os elementos que devem ser
balho em conjunto com outras disciplinas. considerados, de acordo com os conteúdos
que dizem respeito à aula.
No entanto, para os trabalhos de campo,
são necessários alguns cuidados que devem Após o trabalho de campo
ser observados pela escola e pelo professor.
De volta à sala de aula, promova um
Preparando o diálogo entre os alunos, para que a expe-
trabalho de campo riência seja compartilhada, considerando
que a percepção de cada indivíduo sobre o
Inicie o planejamento da atividade sele-
mesmo elemento pode ser sempre dife-
cionando previamente o local a ser estuda-
renciada.
do durante o trabalho de campo. Em segui-
da, verifique com a direção da escola a me- Certifique-se da participação de todos,
lhor data, a disponibilidade do transporte valorizando o convívio e o respeito às opi-
para os alunos e a possibilidade de contar niões diversas.
com a participação de outros professores e Oriente-os na produção do trabalho
funcionários. que deve resultar dessa experiência. Esti-
Visite o local previamente, estabeleça o mule a criatividade dos alunos, solicitando
tempo necessário para a realização do tra- a apresentação desse trabalho de diferen-
balho e verifique questões como acessibili- tes maneiras, como textos, cartazes, paró-
dade e infraestrutura de apoio, como locais dias, peças teatrais, entre outras, apon-
de paradas para descanso e/ou explicações tando os principais elementos que devem
teóricas sobre o que pode ser observado. ser relatados.
Organize regras de comportamento a Avalie os resultados do trabalho de cam-
serem estabelecidas previamente para os po de maneira integral. Não considere ape-
alunos. Essas regras podem, inclusive, ser nas um ou outro momento, mas observe o
organizadas com a participação dos alunos quanto ele foi enriquecedor para a elaboração
e dos outros professores. do conhecimento geográfico de cada aluno.

XXXVII

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Tempestade cerebral
zônia, o padrão de dispersão da
A técnica da tempestade cerebral é uma população e outras característi-
estratégia de ensino geralmente muito utili- cas. Logo anuncia aos alunos que,
zada pelo professor de Geografia, principal- empregando a técnica de Tempes-
mente para investigar os conhecimentos tade cerebral, gostaria de solici-
que os alunos trazem para a sala de aula. tar-lhes ideias – as mais originais
Essa técnica ainda favorece a socialização e inovadoras possíveis – para
deles, estimulando a criatividade individual conseguir a alfabetização sólida e
e o respeito ao outro. Aplique essa dinâmica rápida de toda a população ama-
como estratégia didática sempre que julgar zônica. [...]
pertinente, especialmente para iniciar um
novo capítulo. O texto a seguir trata a tem- Como gerar as ideias
pestade cerebral de maneira sistematizada. 1. Os participantes devem expressar,
em frases ou palavras curtas, todas
as ideias sugeridas pela questão
Tempestade cerebral proposta, com toda liberdade e con-
A “tempestade cerebral” constitui forme surjam em seu espírito.
um modo de estimular a geração de no- 2. Devem eliminar toda atitude críti-
vas ideias. Fundamenta-se no plano de ca que levaria a emitir um juízo e
captar as ideias em estado nascente, selecionar as ideias próprias ou as
antes de serem submetidas aos esque- dos outros.
mas fechados e rígidos dos processos 3. Como exercício de imaginação po-
de pensamento lógico. Ao mesmo tem- dem-se emitir ideias originais ainda
po que nos comprometemos a nos con- que inspiradas nas ideias emitidas
siderar como uma equipe durante a por outros. Cada ideia pode ser de-
sessão, estabelecemos a regra de que senvolvida, transformada ou achar
cada um é capaz de produzir ideias. Em outra que se oponha a ela.
lugar de proceder à análise crítica dos
Devemos observar a regra geral da
elementos que possuímos, solicita-se
Tempestade cerebral:
ao grupo que deixe funcionar sua ima-
ginação, evitando o controle, seja a res- Os participantes não devem rodear-se
peito dos critérios de coerência interna de garantias, verificando hipóteses, an-
da série de ideias produzidas, seja a tes de emitir suas ideias. O animador es-
respeito de critérios exteriores à ativi- tabelecerá a duração da sessão de 10 mi-
dade presente. nutos a uma hora. [...]
BORDENAVE, Juan Díaz; PEREIRA, Adair Martins. Estratégias
Sem pretender opor-se ou sobrepor- de ensino-aprendizagem. Petrópolis: Vozes, 1994. p. 157-158.
-se às técnicas clássicas de reflexão, a
tempestade cerebral trata de preservar
Para explorar essa técnica em sala de
a parte de imaginação criadora. Apoia-
aula, anote no quadro as palavras ou frases
da na educação ativa, a tempestade ce-
levantadas pelos alunos e, ao final do tem-
rebral tem sido usada em muitas uni-
po determinado, leia as anotações para
versidades e empresas de publicidade,
eles, de modo a elaborar uma linha de par-
que organizam ciclos regulares de exer-
tida para o trabalho. Se julgar necessário,
cício para a criatividade.
solicite aos alunos que também anotem as
Exemplos de Tempestade cerebral palavras no caderno. Em seguida, ao refle-
tir sobre o assunto tratado no capítulo, re-
1. O professor descreve aos alunos
tome as ideias iniciais, construindo um pa-
as condições ecológicas da Ama-
ralelo com os conhecimentos adquiridos.

XXXVIII

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Principais conceitos/categorias da Geografia
O trabalho e o entendimento de determi-
nados conceitos e categorias da ciência geo- Na Geografia Humanística, lugar é o
gráfica, como lugar, paisagem, região, territó- espaço que se torna familiar ao indivíduo,
é o espaço do vivido, do experienciado. [...]
rio e espaço geográfico, são essenciais no
processo de ensino-aprendizagem. Pela com- Na concepção histórico-dialética, lu-
preensão desses conceitos, os alunos passam gar pode ser considerado no contexto do
a realizar uma efetiva transposição do senso processo de globalização. A globalização
comum para os conhecimentos científicos. indica uma tensão contraditória entre a
homogeneização das várias esferas da vi-
Nossa proposta nesta coleção é desen- da social e fragmentação, diferenciação e
volver um estudo em espiral, que envolva, antagonismos sociais. Por ser assim, a
em cada um dos volumes, os conteúdos compreensão da globalização requer a
com um nível maior de complexidade so- análise das particularidades dos lugares,
bre os conceitos e os temas próprios dessa que permanecem, mas que não podem
ciência, respeitando o nível cognitivo dos ser entendidas nelas mesmas. O que há
alunos. Essa proposta de trabalho visa pro- de específico nas particularidades deve
mover um estudo integrado entre cada um ser encarado na mundialidade, ou seja, o
dos volumes e, sobretudo, possibilitar que problema local deve ser analisado como
os educandos compreendam cada vez mais problema global, pois há na atualidade
a dinâmica do espaço onde vivem e atuam. um “deslocamento” (no sentido de deslo-
car) das relações sociais.
Lugar [...]
O lugar corresponde à porção do espaço CAVALCANTI, Lana de Souza. Geografia, escola e construção de
conhecimentos. 4. ed. Campinas: Papirus, 2003. p. 89-90.
vivido, onde as pessoas estabelecem suas
relações mais diretas, sobretudo as afeti-
vas. Os lugares, apesar de terem caracte- Região
rísticas mundiais manifestas, também são A noção de região está ligada à noção de
únicos, carregados de características pró- diferenciação de áreas. Neste sentido, uma
prias que os diferem dos demais lugares, região é delimitada por apresentar um con-
como aspectos físicos, sociais, econômicos, junto de características distintas em rela-
culturais e políticos. ção a outras áreas. O texto a seguir aborda
O texto abaixo complementa a definição o conceito de região.
de lugar.
É possível, então, compreender a re-
O lugar é a porção do espaço apropriá- gião, na atualidade, como uma área for-
vel para a vida — apropriada através do mada por articulações particulares no
corpo — dos sentidos — dos passos de quadro de uma sociedade globalizada.
seus moradores, é o bairro, é a praça, é a Essa região é definida a partir de recortes
rua, e nesse sentido poderíamos afirmar múltiplos, complexos e mutáveis, mas
que não seria jamais a metrópole ou mes-
destacando-se, nesses recortes, elemen-
mo a cidade lato sensu a menos que seja
tos fundamentais, como a relação de per-
a pequena vila ou cidade – vivida/conhe-
tencimento e identidade entre os homens
cida/reconhecida em todos os cantos.
e seu território, o jogo político no estabe-
CARLOS, Ana Fani Alessandri. O lugar no/do mundo.
São Paulo: Hucitec, 1996. p. 20-21. lecimento de regiões autônomas ante um
poder central, a questão do controle e da
Veja o texto a seguir, que apresenta o gestão de um território (Gomes 1995).
conceito de lugar visto por diferentes pers- CAVALCANTI, Lana de Souza. Geografia, escola e construção de
conhecimentos. 4. ed. Campinas: Papirus, 2003. p. 104.
pectivas.

XXXIX

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Território Espaço geográfico
Territórios são delimitados por relações O espaço geográfico é a materialização
de poder e, na maioria das vezes, são asso- da relação dinâmica entre sociedade e na-
ciados à figura do Estado, como território tureza no decorrer do tempo. Um dos prin-
nacional. Veja o texto a seguir. cipais objetivos da ciência geográfica é
compreender o dinamismo da transforma-
[...] Territórios existem e são construí- ção e da construção do espaço geográfico.
dos (e desconstruídos) nas mais diversas Para essa ciência, o espaço é um conjunto
escalas, da mais acanhada (p. ex., uma
de relações entre os objetos sociais e naturais,
rua) à internacional (p. ex., a área forma-
animados pelo movimento da sociedade.
da pelo conjunto dos territórios dos paí-
ses-membros da Organização do Tratado O espaço é resultado de um conjunto inse-
do Atlântico Norte – OTAN); territórios parável de sistemas de objetos (casas, ruas,
são construídos (e desconstruídos) den- lavouras, indústrias) e sistemas de ações (tra-
tro de escalas temporais as mais diferen- balho, comércio, relações sociais e familiares).
tes: séculos, décadas, anos, meses ou
dias; territórios podem ter um caráter
permanente, mas também podem ter O espaço é resultado da ação dos ho-
uma existência periódica, cíclica. [...] mens sobre o próprio espaço, intermedia-
SOUZA, Marcelo José Lopes. O território: sobre espaço e poder,
dos pelos objetos, naturais e artificiais. [...]
autonomia e desenvolvimento. In: CASTRO, Iná Elias de (Org.). SANTOS, Milton. Metamorfoses do espaço habitado.
Geografia: conceitos e temas. Rio de Janeiro: Bertrand Brasil, 1995. p. 81. 5. ed. São Paulo: Hucitec, 1997. p. 71.

Os territórios podem ser destituídos na


medida em que as relações de poder ces- O espaço é formado por um conjunto
sam. Em escala nacional, o Estado é o gestor indissociável, solidário e também contra-
do território e, quando finda seu poder, aca- ditório, de sistemas de objetos e siste-
ba também sua soberania sobre o território. mas de ações, não considerados isolada-
mente, mas como o quadro único no
Paisagem qual a história se dá. [...] O espaço é hoje
A paisagem é aquilo que se apreende um sistema de objetos cada vez mais ar-
pela visão. Essa categoria não é estática, tificiais, povoado por sistemas de ações
nela estão presentes elementos como co- igualmente imbuídos de artificialidade,
res, sons, odores e movimentos. e cada vez mais tendentes a fins estra-
Ela exprime as relações entre o homem nhos ao lugar e a seus habitantes.
SANTOS, Milton. A natureza do espaço: técnica e tempo, razão
e a natureza, ocorridas em momentos e lu- e emoção. 4. ed. São Paulo: Edusp, 2004. p. 63.
gares específicos.
O geógrafo Milton Santos diferencia pai-
sagem artificial ou cultural de paisagem Cartografia e o ensino
natural, sendo a primeira aquela transfor- de Geografia
mada pelo homem, e a segunda, aquela No ensino de Geografia, a aquisição de
que ainda não sofreu nenhuma interferên- noções cartográficas pelos alunos é essen-
cia da ação humana. cial para sua interpretação e intervenção na
realidade. Assim, um dos objetivos da Geo-
A paisagem é um conjunto heterogê- grafia, como disciplina escolar, é preparar
neo de formas naturais e artificiais; é for- alunos leitores e produtores de mapas. Esse
mada por frações de ambas, seja quanto processo possibilita a eles uma maior cons-
ao tamanho, volume, cor, utilidade, ou ciência de sua prática social, pois, de certa
por qualquer outro critério. A paisagem maneira, todo produtor de mapas tem apri-
é sempre heterogênea. [...]
moradas suas habilidades de observação,
SANTOS, Milton. Metamorfoses do espaço
habitado. 5. ed. São Paulo: Hucitec, 1997. p. 65. interpretação, análise, síntese, entre outras.

XL

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Embora saibamos que a Cartografia te-
[...]
nha significativa importância no processo
O aluno precisa ser preparado para de ensino-aprendizagem, é preciso ter al-
“ler” representações cartográficas. Só lê guns cuidados muito claros no ensino das
mapas quem aprendeu a construí-los. [...] linguagens e noções cartográficas na esco-
O fundamental no ensino da Geogra- la. De acordo com Ângela Massumi Katuta,
fia é que o aluno/cidadão aprenda a fa- existem dois pressupostos para o ensino
zer uma leitura crítica da representação da Cartografia.
cartográfica, isto é, decodificá-la, trans-
pondo suas informações para uso do co-
tidiano. [...] [...]
CASTROGIOVANNI, Antonio Carlos. Apreensão e compreensão
do espaço geográfico. In: CASTROGIOVANNI, Antonio Carlos (Org.).
Primeiro pressuposto: a apropriação
Ensino de Geografia: práticas e textualizações no cotidiano. e o uso da linguagem cartográfica de-
Porto Alegre: Mediação, 2000. p. 39.
vem ser entendidos no contexto da
construção dos conhecimentos geográ-
A consulta a mapas e a globos terrestres ficos, o que significa dizer que não se
precisa fazer parte do cotidiano escolar no pode usá-la per se, mas como instru-
decorrer das aulas, sobretudo nas aulas de mental primordial, porém não único,
Geografia. para a elaboração de saberes sobre ter-
Esses instrumentos não podem ser utili- ritórios, regiões, lugares e outros. Se a
zados em eventuais situações e como algo supervalorizarmos, em detrimento do
incomum, e sim regularmente, a fim de in- saber geográfico, corremos o sério risco
centivar os alunos a consultarem mapas, de defender a linguagem por ela mes-
atlas e globos, com o intuito de extrair in- ma, o que, a nosso ver, a esvazia em im-
formações desses recursos. Nesse sentido, portância e significado tanto no ensino
superior quanto no básico. É preciso
ressaltamos a importância da presença
que ocorra a aprendizagem e o uso da
constante desses materiais em sala, como
linguagem cartográfica para, sobretudo,
fundamentado pelo texto a seguir.
entendermos a lógica da (re)produção
dos territórios; caso contrário, ela perde
A formação dos alunos para entender seu sentido ou razão de ser no ensino
os fatos geográficos em sua espacialida- geográfico superior e básico.
de necessita de mapas e globos como
Segundo pressuposto: a apropriação e
acervos permanentes nas salas de aula,
[a] utilização da linguagem cartográfica
sem que haja necessidade de transporte
depende não só, mas em grande parte,
a cada aula. Paralelamente à necessidade
das concepções de Geografia e do ensino
de o professor de Geografia possibilitar a
dessa disciplina que os professores e
visualização do espaço geográfico em es-
seus alunos possuem. Por exemplo: se
tudo, os mapas e globos são um convite
entendermos que ela é uma ciência e/ou
para os alunos pensarem o espaço. [...]
disciplina que tem como objetivo apenas
Como sabemos, todo fato ocorre em localizar e descrever lugares, o uso que
um lugar e em um determinado tempo, se fará da linguagem cartográfica e de
portanto não há necessidade de se pla- seus produtos, tais como mapas, carto-
nejar uma aula específica para traba- diagramas, gráficos, quadros, plantas e
lhar com mapas, pois estes devem fazer outros, será o de mera localização e des-
parte do material de todo estudante — crição de fenômenos.
como a carteira, o dicionário, o caderno,
[...]
os estojos etc. [...]
KATUTA, Ângela Massumi. A linguagem cartográfica no ensino
PASSINI, Elza Yasuko. Alfabetização cartográfica. In: PASSINI, superior e básico. In: PONTUSCHKA, Nídia Nacib; OLIVEIRA,
Elza Yasuko; ALMEIDA Rosângela D. de (Org.). Prática de ensino de Ariovaldo Umbelino de (Org.). Geografia em perspectiva: ensino e
Geografia e estágio supervisionado. São Paulo: Contexto, 2007. p. 143. pesquisa. São Paulo: Contexto, 2002. p. 133-134.

XLI

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Os conteúdos a serem Os conteúdos procedimentais envol-
considerados em Geografia vem propostas que possibilitam ao aluno
Os conteúdos desta coleção estão orga- buscar cada vez mais autonomia visando
nizados e apresentados com o objetivo de compreender as informações e a forma-
estabelecer relação entre a educação esco- ção do conhecimento. Esses conteúdos
lar e a realidade dos alunos, tendo em vista instrumentalizam os alunos, capacitando-
suas relações sociais e, posteriormente, o -os intelectualmente a buscar novos co-
mundo do trabalho. Desse modo, essa pro- nhecimentos. Sendo assim, as atividades
posta possibilita ao professor trabalhar envolvidas por conteúdos procedimentais,
com os conteúdos conceituais, atitudinais e nesta coleção, incentivam o aluno a obser-
procedimentais, permeados por oportuni- var, ler, descrever, comparar, analisar, re-
dades de desenvolver com os alunos valo- fletir, interpretar, inferir, levantar hipóte-
res, habilidades e competências que lhes ses, registrar, produzir textos, entre outras
permitam tornarem-se indivíduos atentos ações, a respeito de conceitos e situações
ao que ocorre à sua volta, autônomos na presentes em seu cotidiano.
obtenção e análise de informações e críti- Já os conteúdos atitudinais estão rela-
cos ao perceberem o importante papel que cionados ao conhecimento escolar em um
desempenham no mundo em que vivem. contexto socializador e de formação cida-
Assim, as atividades propostas, como dã. Esses conteúdos privilegiam a forma-
análises de imagens, pesquisas, debates, ção de valores e atitudes que visam à con-
produções de textos e até mesmo as per- vivência social, seja na escola ou em outras
guntas orais sugeridas ao professor para comunidades de vivência do aluno. Portan-
verificar conhecimentos prévios dos alu- to, as atividades que envolvem o trabalho
nos, tornam-se momentos muito impor- com conteúdos atitudinais propiciam o diá-
tantes de aprendizagem, considerando que logo, a expressão de opiniões, o respeito
o aprendizado é um movimento constante mútuo, o repúdio ao preconceito, entre ou-
entre o pensar e o fazer consciente. tras propostas.

Sendo assim, os conteúdos conceituais Cabe ressaltar a importância do papel da


permitem que o aluno entre em contato escola para o desenvolvimento de cada tipo
com noções e conceitos importantes que de conteúdo relacionado anteriormente,
envolvem cada disciplina escolar. Esses assim como é de responsabilidade de cada
conceitos são a base para a compreensão e área do conhecimento e do professor a re-
organização dos fatos na realidade. flexão sobre esses conteúdos, com vistas a
viabilizar e desenvolver cada um deles de
Desse modo, a fim de que esses concei- acordo com a realidade que os rodeia.
tos estejam contextualizados à realidade
vivida pelo aluno, e façam sentido em seus Em Geografia esses conteúdos são tra-
estudos, torna-se imprescindível que a balhados por meio da espacialização, pos-
sondagem da vivência e da realidade próxi- sibilitando aos alunos compreender o es-
ma do aluno seja a base para o planeja- paço geográfico com base no próprio coti-
mento do professor, para que ele possa or- diano e estabelecer relações sociais em seu
ganizar seu trabalho de maneira eficaz. dia a dia.

XLII

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Habilidades do 6o ano de Geografia na BNCC

Comparar modificações das paisagens nos lugares de vivência e os usos


EF06GE01
desses lugares em diferentes tempos.

Analisar modificações de paisagens por diferentes tipos de sociedade, com


EF06GE02
destaque para os povos originários.

Descrever os movimentos do planeta e sua relação com a circulação geral


EF06GE03
da atmosfera, o tempo atmosférico e os padrões climáticos.

Descrever o ciclo da água, comparando o escoamento superficial no am-


biente urbano e rural, reconhecendo os principais componentes da morfo-
EF06GE04
logia das bacias e das redes hidrográficas e a sua localização no modelado
da superfície terrestre e da cobertura vegetal.

EF06GE05 Relacionar padrões climáticos, tipos de solo, relevo e formações vegetais.

Identificar as características das paisagens transformadas pelo trabalho hu-


EF06GE06 mano a partir do desenvolvimento da agropecuária e do processo de indus-
trialização.

Explicar as mudanças na interação humana com a natureza a partir do sur-


EF06GE07
gimento das cidades.

EF06GE08 Medir distâncias na superfície pelas escalas gráficas e numéricas dos mapas.

Elaborar modelos tridimensionais, blocos-diagramas e perfis topográficos


EF06GE09 e de vegetação, visando à representação de elementos e estruturas da su-
perfície terrestre.

Explicar as diferentes formas de uso do solo (rotação de terras, terracea-


mento, aterros etc.) e de apropriação dos recursos hídricos (sistema de ir-
EF06GE10
rigação, tratamento e redes de distribuição), bem como suas vantagens e
desvantagens em diferentes épocas e lugares.

Analisar distintas interações das sociedades com a natureza, com base na


EF06GE11 distribuição dos componentes físico-naturais, incluindo as transformações
da biodiversidade local e do mundo.

Identificar o consumo dos recursos hídricos e o uso das principais bacias


EF06GE12 hidrográficas no Brasil e no mundo, enfatizando as transformações nos
ambientes urbanos.

Analisar consequências, vantagens e desvantagens das práticas humanas


EF06GE13
na dinâmica climática (ilha de calor etc.).

BRASIL. Ministério da Educação. Secretaria da Educação Básica. Base Nacional Comum Curricular, 2017. p. 382-383.

XLIII

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Quadro de conteúdos Geografia • 6o ano

XLIV
Veja a seguir o quadro detalhado de conteúdos do 6o ano. Nele, você também vai encontrar CG: Competência geral
as relações entre os objetos de conhecimento do 6o e do 7o ano da BNCC, que indicam as pro- CECH: Competência específica de
Ciências Humanas
gressões de conteúdos ao longo da coleção. CEG: Competência específica de Geografia

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Principais conceitos Temas
Objetos de conhecimento Habilidades Competências
e noções contemporâneos
ítulo
Ca p
• Elementos da paisagem • Identidade sociocultural. • EF06GE01 • CECH4 • Vida familiar e social.
naturais e culturais. • Transformação das paisagens • EF06GE02 • CECH5 • Trabalho.
• Transformação das naturais e antrópicas. • EF06GE06 • CECH7 • Educação para o
paisagens. • Fenômenos naturais e sociais • EF06GE07 • CEG2 consumo.
• O domínio de técnicas e a representados de diferentes • EF06GE09 • CEG3 • Diversidade cultural.
interferência humana na maneiras. • EF06GE11 • CEG4
Lugares e paisagem. • Biodiversidade e ciclo • CG10
paisagens • Fatores naturais na hidrológico.
transformação das
• CG2
paisagens. 7o ano • CG3
• A formação do espaço • Ideias e concepções • CG4
geográfico. sobre a formação territorial • CG6
do Brasil. • CG7
• Biodiversidade brasileira. • CG9

ítulo
Ca p
• Evolução da cartografia ao • Fenômenos naturais e sociais • EF06GE08 • CEG4 • Ciência e tecnologia.
longo da história. representados de diferentes • CG1 • Educação ambiental.
• Diferentes formas de maneiras. • CG2
representação do espaço • CG4
7o ano
terrestre.
• Convenções cartográficas. • Mapas temáticos do Brasil.
Cartografia e
• Orientação e localização na
representação superfície terrestre.
do espaço • Pontos cardeais e
geográfico coordenadas geográficas.
• O uso da escala.

10/16/18 3:29 PM
ítulo
Cap
• Surgimento do • Identidade sociocultural. • EF06GE01 • CECH7 • Educação ambiental.
planeta Terra. • Relações entre os componentes • EF06GE02 • CEG5 • Diversidade cultural.
• Tempo geológico físico-naturais. • EF06GE03 • CG1
e tempo histórico. • EF06GE05 • CG2
7o ano

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• Movimentos do • CG3
planeta Terra. • Biodiversidade brasileira.
Conhecendo o • Zonas térmicas.
planeta Terra • Fusos horários.

ítulo
Ca p
• O relevo terrestre. • Relações entre os • EF06GE03 • CECH1 • Educação ambiental.
• Dinâmica interna da Terra. componentes físico-naturais. • EF06GE04 • CECH3 • Trabalho.
• Formas de relevo. • Fenômenos naturais e • EF06GE05 • CECH7
• Ações naturais que sociais representados de • EF06GE09 • CEG2
interferem no relevo. diferentes maneiras. • EF06GE10 • CEG3
O relevo, • A interferência humana • Biodiversidade e ciclo hidrológico. • EF06GE11 • CEG4
nas formas de relevo. • EF06GE12 • CEG5
as águas e as 7o ano
• Mapa altimétrico e perfis • Biodiversidade brasileira. • CG2
paisagens de relevo. • CG4
• Águas oceânicas e • CG6
continentais.
• CG7
• Bacias hidrográficas. • CG10
• O uso e a importância dos
recursos hídricos.

ítulo
Cap
• Composição e características • Identidade sociocultural. • EF06GE02 • CECH1 • Educação alimentar e
da atmosfera. • Relações entre os componentes • EF06GE03 • CECH6 nutricional.
• Elementos atmosféricos físico-naturais. • EF06GE05 • CECH7 • Diversidade cultural.
(ventos, temperatura, • Transformação das paisagens • EF06GE06 • CEG7 • Vida familiar e social.
pressão, massas de ar). naturais e antrópicas. • EF06GE07 • CG1 • Educação ambiental.
O clima, a • Clima e tempo. • Biodiversidade e ciclo • EF06GE10 • CG2
• Principais tipos de clima hidrológico. • EF06GE11 • CG4
vegetação e do Brasil e do mundo.
as paisagens 7o ano • CG6
• O clima e o modo de vida • CG8
das pessoas. • Biodiversidade brasileira.
• CG10
• O clima e as formações
vegetais do planeta.

XLV

10/16/18 3:29 PM
Principais conceitos Temas
Objetos de conhecimento Habilidades Competências
e noções contemporâneos

XLVI
ítulo
Ca p

• As relações entre os • Identidade sociocultural. • EF06GE01 • CECH7 • Educação ambiental.


elementos da natureza nas • Transformação das paisagens • EF06GE02 • CEG1 • Ciência e tecnologia.
paisagens terrestres. naturais e antrópicas. • EF06GE06 • CEG2

_g20_ftd_mp_6vsg_ger_p001a048.indd 46
• El Niño. • Biodiversidade e ciclo • EF06GE07 • CEG3
• As relações entre sociedade hidrológico. • EF06GE10 • CEG6
A natureza e natureza (hidrovias, • EF06GE11 • CG1
e a sociedade agricultura, energia elétrica). 7o ano
• EF06GE12 • CG2
nas paisagens • Biodiversidade brasileira.
• CG3
• CG4
ítulo
Cap
• A organização do espaço • Identidade sociocultural. • EF06GE02 • CECH7 • Educação ambiental.
geográfico. • Transformação das paisagens • EF06GE06 • CEG1 • Trabalho.
• As atividades econômicas e naturais e antrópicas. • EF06GE07 • CEG3 • Saúde.
os recursos da natureza. • Biodiversidade e ciclo • EF06GE11 • CEG5 • Ciência e tecnologia.
• Recursos naturais renováveis hidrológico. • CEG6 • Educação para o
e não renováveis. • CEG7 consumo.
A sociedade, 7o ano
• Extrativismo mineral, • CG1 • Educação financeira.
as atividades agropecuária, indústria e • Produção, circulação e
econômicas comércio. consumo de mercadorias. • CG2
• Desigualdade social e • CG4
e o espaço trabalho. • CG6
geográfico • Biodiversidade brasileira. • CG7
• CG10
ítulo
Cap
• Problemas ambientais • Transformação das paisagens • EF06GE06 • CECH2 • Educação ambiental.
(poluição atmosférica, naturais e antrópicas. • EF06GE07 • CECH3 • Saúde.
mudanças climáticas, • Biodiversidade e ciclo • EF06GE11 • CECH6 • Educação para o
poluição do solo, hidrológico. • EF06GE12 • CECH7 consumo.
desertificação e poluição • Atividades humanas e dinâmica
das águas).
• EF06GE13 • CEG1
climática. • CEG3
A natureza, • Fontes de energia (gás
as atividades natural, carvão mineral, 7o ano • CEG4
petróleo). • Produção, circulação e • CEG6
econômicas e • CEG8
• Exploração de petróleo consumo de mercadorias.
os problemas no Brasil. • Biodiversidade brasileira. • CG2
ambientais • Fontes de energia mais • CG7
limpas.

10/16/18 3:29 PM
Referências bibliográficas
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XLVII

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VONTADE
de

SABER
GEOGRAFIA
Ensino Fundamental – Anos Finais
Componente curricular: Geografia

6
Neiva Camargo Torrezani
• Licenciada e bacharela em Geografia pela Universidade Estadual de Londrina (UEL-PR).
• Especialista em Análise e Educação Ambiental em Ciências da Terra pela UEL-PR.
• Mestra em Geografia pela UEL-PR.
• Atuou como professora de Geografia em escolas da rede particular de ensino.

1a edição • São Paulo • 2018

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Copyright © Neiva Camargo Torrezani, 2018.
Diretor editorial Antonio Luiz da Silva Rios
Diretora editorial adjunta Silvana Rossi Júlio
Gerente editorial Roberto Henrique Lopes da Silva
Editor João Paulo Bortoluci
Gerente de produção editorial Mariana Milani
Coordenador de produção editorial Marcelo Henrique Ferreira Fontes
Gerente de arte Ricardo Borges
Coordenadora de arte Daniela Máximo
Projeto de capa Sergio Cândido
Foto de capa Klaus Balzano/Getty Images
Supervisor de arte Vinicius Fernandes
Coordenadora de preparação e revisão Lilian Semenichin
Supervisora de preparação e revisão Adriana Soares
Supervisora de iconografia e licenciamento de textos Elaine Bueno
Supervisora de arquivos de segurança Silvia Regina E. Almeida
Diretor de operações e produção gráfica Reginaldo Soares Damasceno
Projeto e produção editorial Scriba Soluções Editoriais
Edição Karolyna Aparecida Lima dos Santos
Assistência editorial Raffael Garcia da Silva
Revisão e preparação Amanda de Camargo Mendes, Moisés Manzano da Silva
Projeto gráfico Laís Garbelini
Edição de arte Barbara Sarzi
Iconografia Soraya Pires Momi
Tratamento de imagens Equipe Scriba
Diagramação Leda Teodorico
Editoração eletrônica Renan de Oliveira

Dados Internacionais de Catalogação na Publicação (CIP)


(Câmara Brasileira do Livro, SP, Brasil)
Torrezani, Neiva Camargo
Vontade de saber : geografia : 6o ano : ensino
fundamental : anos finais / Neiva Camargo
Torrezani. — 1. ed. — São Paulo : Quinteto
Editorial, 2018.
“Componente curricular: Geografia.”
ISBN 978-85-8392-155-4 (aluno)
ISBN 978-85-8392-156-1 (professor)
1. Geografia (Ensino fundamental) I. Título.

18-20787 CDD-372.891
Índices para catálogo sistemático:

1. Geografia : Ensino fundamental 372.891

Maria Alice Ferreira - Bibliotecária - CRB-8/7964

Em respeito ao meio ambiente, as folhas


deste livro foram produzidas com fibras
obtidas de árvores de florestas plantadas,
com origem certificada.
Reprodução proibida: Art. 184 do Código Penal e Lei 9.610
de 19 de fevereiro de 1998. Todos os direitos reservados à
Impresso no Parque Gráfico da Editora FTD
QUINTETO EDITORIAL CNPJ 61.186.490/0016-33
Rua Rui Barbosa, 156 – Bela Vista – São Paulo – SP Avenida Antonio Bardella, 300
CEP 01326-010 – Tel. 0800 772 2300 Guarulhos-SP – CEP 07220-020
Caixa Postal 65149 – CEP da Caixa Postal 01390-970 Tel. (11) 3545-8600 e Fax (11) 2412-5375

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Apresentação
Estudar Geografia é uma oportunidade de ficarmos cada vez
mais atentos ao mundo em que vivemos, não apenas como simples
observadores, mas como indivíduos atuantes e críticos em relação
a tudo o que está a nossa volta.
Além desses benefícios, o estudo da Geografia nos leva a conhecer
o modo de vida de diferentes povos e a compreender os motivos
pelos quais o ser humano utilizou os recursos da natureza,
transformando as paisagens terrestres, descobrindo e criando
novos espaços geográficos.
O conhecimento geográfico também contribui para pensarmos
e agirmos de modo a estabelecer relações entre o lugar em
que vivemos e outros lugares, conscientes de fazermos parte
de um mundo conectado.
Considerando tudo isso, esta coleção foi elaborada com
o intuito de tornar seu estudo ainda mais agradável e de
auxiliar você a se preparar para os desafios tanto do presente
quanto do futuro.

Os autores.
Dja65/Shutterstock.com

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do
Abertura de capítulo
Nestas páginas, você verá imagens e questionamentos

i za
que nortearão o estudo do capítulo.

an
o rg
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Co

Geografia em foco Boxe complementar


Nesta seção, algumas informações Aqui você encontrará informações
referentes ao assunto estudado complementares, como textos e
serão acrescentadas. É um momento imagens, que vão enriquecer seu
em que você desenvolverá trabalhos aprendizado.
relacionados a acontecimentos reais,
enriquecendo o conteúdo.

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Explorando o tema
Nesta seção, serão
apresentados textos e
imagens que o levarão
a refletir sobre temas
contemporâneos
relevantes para sua
formação como
cidadão.

Investigando
na prática
Nesta seção, você
encontrará atividades
que podem ser realizadas
tanto na escola quanto em
casa ou em um trabalho
de campo. Nesse
momento, você também
conhecerá, na prática, as
características naturais
e sociais do espaço
geográfico que o cerca.

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sugestões de leituras sugestões de filmes sugestões de sites
que tratam de temas relacionados ao relacionados ao
relacionados ao assunto que você assunto que você
assunto estudado. está estudando. está estudando.

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ta oral Sempre que você n o c a d er Sempre que você
os encontrar este a
encontrar este

no
R esp os
R esp
ícone, significa ícone, significa
que as atividades que as atividades
podem ser devem ser
respondidas respondidas no
oralmente. caderno.

Momento da
Cartografia
Nesta seção, você
conhecerá diferentes
representações para
contemplar os aspectos
do espaço geográfico.

Encontro com...
Nesta seção, são
apresentados
conteúdos que podem
ser trabalhados em
conjunto com outros
componentes
curriculares e que
contribuirão para
seus estudos em
Geografia.

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t a si a Sempre que você

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f

Pr o p
C o r-
ícone, significa ícone, significa
que as cores das que as imagens
imagens não não estão em
correspondem proporção entre si.
às reais.

Atividades
Nesta seção, você
realizará atividades que o
auxiliarão a desenvolver
habilidades fundamentais
para a compreensão dos
assuntos trabalhados, além
de conferir e revisar o que
foi estudado.

Refletindo sobre o capítulo


Neste momento, você poderá
retomar os conteúdos abordados
no capítulo, além de promover a
reflexão e o diálogo com os
colegas. Você também poderá
fazer uma autoavaliação sobre
o conteúdo aprendido.

Glossário
Os significados de algumas palavras pouco
mencionadas em nosso dia a dia ou que podem
gerar dúvidas em relação ao sentido utilizado
no texto serão destacados nas páginas para
auxiliar sua compreensão.

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Sumário

ítulo
Cap

Lugares e paisagens 12
A Geografia e os lugares 14 O ser humano e as transformações
A relação entre os lugares 16 das paisagens 28

Os lugares e as paisagens 18 O trabalho, as técnicas e as


transformações das paisagens 29
As paisagens não são iguais 19
Os elementos são naturais, Encontro com... História 30
mas a paisagem é cultural 19 Trabalho e técnica ao
longo do tempo
Investigando na prática 20
Técnicas e transformações
com

Os sentidos e as paisagens
das paisagens 32
ck.
sto

Momento da Cartografia 22
ter

Geografia em foco 33
ut
Sh

Planos da paisagem
k/

ni A coexistência de técnicas diferentes


ac

od
Je
fW
Atividades 24
O espaço geográfico 34
As transformações das paisagens 26
Explorando o tema 36
A ação da natureza e a As paisagens e o patrimônio
transformação das paisagens 26 cultural da humanidade
As paisagens são transformadas
em ritmos diferentes 27 Atividades 38

ítulo
Cap

Cartografia e representação
do espaço geográfico 40
Cartografia: dos antigos registros Orientação pelos pontos cardeais 56
à atualidade 42 Orientação e localização por meio das
Cartografia e tecnologia 44 coordenadas geográficas 58

Atividades 48 Convenções cartográficas 61


Diferentes representações Escalas 62
do espaço terrestre 50 Explorando o tema 66
.com

Os mapas 50 As imagens de satélites e os


oc k

O globo e o planisfério 51 problemas ambientais


rst
tte
hu

As representações tridimensionais 52 Atividades 68


/S
tis
kli

u
Kr
gu
s O mapa é fruto da visão vertical 54
In

Orientação e localização na
superfície terrestre 56

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ítulo
Cap

Conhecendo o planeta Terra 70


A origem da Terra 72 A Terra não para 82
O tempo geológico e o Movimento de rotação 82

ada Sertic e Giovanni


tempo histórico 74 Zonas térmicas da Terra 83
Movimento de translação 85

. Fo Sgutterstock.com
Geografia em foco 76
A tabela do tempo geológico Fusos horários da Terra 88
Fusos horários no Brasil 89

tos: N
As esferas terrestres 77

gemtende/
Encontro com... Ciências 78 Explorando o tema 90

n
i
mo Ben
A origem da noite

a
Terra: um planeta no Universo

nt
to
Atividades 92

Fo
Atividades 80
A forma e os movimentos da Terra 81
Geografia em foco 81
Observações cotidianas

ítulo
Cap

O relevo, as águas e as paisagens 94


O relevo terrestre 96 Momento da Cartografia 114
Dinâmica interna da Terra e Mapa altimétrico e o perfil do relevo
as formas de relevo 96
Atividades 117
Vulcões e terremotos transformam
As águas e as paisagens terrestres 118
o relevo terrestre 97
Encontro com... Ciências 119
- RF/Fotoarena

Vulcanismo 98
O movimento da água
Geografia em foco 99 pelo nosso planeta
Vulcão Etna volta a entrar
Axiom

em erupção As águas oceânicas 120


ma/

Terremotos 100 Importância das águas oceânicas 121


ost
rt P

Dobramentos e falhamentos: lentas As águas continentais 122


e b
Ro

alterações no relevo 101 A importância dos rios 123


As rochas e seus minerais 102 As partes de um rio 124
O Brasil e seus principais Regime dos rios 126
minerais 103 Os rios e as paisagens 127
Encontro com... Ciências 104 Bacias hidrográficas 128
Rochas e minerais bem perto de você
As regiões hidrográficas do Brasil 129
Atividades 106 As águas subterrâneas 132
Dinâmica externa da Terra e as A sociedade e a apropriação dos
formas do relevo 107 recursos hídricos 133
Ação erosiva no relevo 107
Explorando o tema 134
Ação humana e erosão 109 Aquíferos: reservas superexploradas
As formas do relevo terrestre 111 Atividades 136
O relevo brasileiro 113

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ítulo
Cap

O clima, a vegetação
e as paisagens 138
Atmosfera: a camada de gases Atividades 156
que envolve a Terra 140
Climas do mundo 158
Elementos atmosféricos 141 Climas do Brasil 160
Temperatura 141
O clima e o modo de vida
Pressão atmosférica 145
das pessoas 162
Ventos: o ar em movimento 146
O clima e as formações vegetais
Circulação atmosférica global 147 do planeta 164
Umidade 148
Explorando o tema 168
roj
ya

Massas de ar, tempo e clima 150


un

Alimentos da floresta
rtp

Le
at
rip Tempo e clima, qual a diferença? 152
Pu
Atividades 170
Climogramas 154

ítulo
Cap

A natureza e a sociedade
nas paisagens 172
As relações entre os elementos Atividades 181
da natureza nas paisagens
As relações entre a natureza
terrestres 174
e a sociedade nas paisagens 183
A interdependência dos elementos da
Os rios e a energia hidrelétrica 184
k.com

natureza e a formação dos solos 175


terstoc

As interações do clima com Os rios e as hidrovias 185


Relevo e agricultura 186
t

as correntes marítimas 176


/Shu
evic

Clima e agricultura 187


Geografia em foco 177
avlj
ilos

El Niño Explorando o tema 188


M
ran

As relações entre a altitude do Tecnologia e paisagens


Zo

relevo e a vegetação 178


Atividades 190
Encontro com... Artes 180
As paisagens registradas
nas pinturas em telas

_g20_ftd_lt_6vsg_p001a011_iniciais.indd 10 10/16/18 8:42 AM _g20_ftd_

10

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ítulo
Cap

A sociedade, as atividades
econômicas e o espaço geográfico 192
As atividades econômicas Agricultura 202
e a organização do espaço Pecuária 206
geográfico 194
Indústria 208

utterstock.com
As atividades econômicas Os diferentes tipos de indústrias 208
e os recursos da natureza 196
O comércio e a prestação
Geografia em foco 196 de serviços 210

ck/Sh
Recursos naturais renováveis

dnia
e não renováveis Geografia em foco 211

Wo
Jef
Recursos naturais O comércio eletrônico
e o extrativismo 197 Explorando o tema 212
Geografia em foco 199 Refletindo sobre o consumo
O garimpo e seus impactos Atividades 214
ambientais e sociais
Atividades 200
Agropecuária 202
ítulo
Cap
A natureza, as atividades
econômicas e os problemas
ambientais 216
Os problemas ambientais 218 Fontes de energia e as
Poluição atmosférica 218 atividades econômicas 236
Gás natural 236
A Wire/Ala /Fotoarena

Geografia em foco 220


É possível cuidar do ar Carvão mineral 237
my

que respiramos? Petróleo 238

Investigando na prática 221 Geografia em foco 240


O petróleo brasileiro
Z UM

Bioindicadores de poluição do ar
sia/

Consequências das mudanças Fontes de energia mais limpas 241


AA

climáticas 224
SIP

Momento da Cartografia 242


Poluição do solo 228 Croqui: desenhando paisagens
Geografia em foco 230 Consciência ambiental 246
O fenômeno ambiental da
desertificação Geografia em foco 248
O que estamos fazendo para
Poluição das águas 232
garantir o futuro do nosso planeta?
Atividades 234
Explorando o tema 250
Água sob ameaça
Atividades 252

Mapas 254 Bibliografia 255

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11

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Objetivos do capítulo u lo
pít
• Compreender que, Ca

Lugares e
além do lugar onde vive,
existem muitos outros
lugares diferentes.

paisagens
• Identificar como as
pessoas se relacionam
com os lugares.
• Perceber que o modo
de vida das pessoas tor-
na os lugares diferentes
entre si.
• Compreender como os
lugares se inter-relacio-
nam.
• Distinguir os elementos
naturais e culturais que
compõem as paisagens.
• Verificar que cada lu-
gar possui uma paisa-
gem diferente.
• Perceber que alguns
elementos da paisagem
Shutterstock.com

podem ser verificados


Jef Wodniack/

por meio de outros sen-


tidos, além da visão.
• Verificar que os ele-
mentos das paisagens
podem ser reconhecidos
por meio da observação
e da delimitação dos pla-
nos das paisagens.
• Compreender que as
paisagens estão em cons-
tantes transformações.
• Identificaras trans-
formações das paisa-
gens por meio da ação
da natureza.
• Verificar que as pai-
sagens são transforma-
das pelo ser humano por
meio de técnicas e traba-
lho diferentes.
• Compreender que o
ser humano vem trans-
A fotografia
formando e ainda trans- retrata a ponte
forma o espaço geográfi- japonesa,
co ao longo do tempo. localizada em

• Perceber que o espaço Giverny,


França, 2018.
geográfico compreen-
de a porção da superfí- 12
cie terrestre ocupada e
transformada pelo ser
humano.
• Reconhecer os patri- Orientações gerais
g20_ftd_lt_6vsg_c1_p012a025.indd 12 10/15/18 2:42 PM g20_
mônios naturais e cultu-
rais como elementos das
• Para explorar a tela do artista Claude Monet e a foto-
grafia, utilize como recurso a dinâmica da tempestade
paisagens que revelam cerebral. Essa dinâmica consiste em incentivar os alu-
as características e a his- nos a expor oralmente suas ideias sobre o assunto que
tória do lugar. está sendo abordado em aula. Além disso, consiste em
um importante instrumento para o professor investigar
o conhecimento prévio dos alunos.

12

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BNCC
Esta fotografia retrata o jardim da casa do • Promova uma conver-
artista Claude Monet, localizada em Giverny, sa na classe para que os
França. Por considerar esse lugar especial, alunos falem de quais lu-
Monet decidiu reproduzir a paisagem desse gares gostam e com quem
costumam frequentá-los.
jardim em uma tela.
A atividade de socializa-
Em nosso dia a dia frequentamos lugares ção de opiniões é impor-
que consideramos especiais, por exemplo, a tante para que os alunos
nossa casa. Estudar os lugares é muito im- entrem em contato com
portante, pois podemos conhecer a relação a diversidade de gostos e
entre o modo de vida das pessoas e as pai- opiniões e saibam respei-
tá-la, conforme orienta a
sagens desses lugares.
competência geral 4 da
BNCC. Além disso, incen-

Museu de Arte da Filadélfia, EUA


tive os alunos a falarem
livremente suas hipóte-
ses sobre a importância
de estudar os lugares.
Com base no que expu-
serem, conduza a discus-
são: é importante estudar

Flaper
não somente os lugares
perto de onde vivemos,
mas também os mais
longínquos. É necessário
compreender a dinâmica
terrestre, suas constantes
A obra de arte Ponte japonesa e
mudanças, visando sem-
lírios-d’água foi produzida pelo pintor pre a preservação e a con-
francês Claude Monet, em 1899. servação da natureza pelo
Veja as respostas das questões ser humano.
nas orientações ao professor.
A Descreva o lugar que era
importante para o artista Orientações gerais
Claude Monet e que foi re-
gistrado em uma de suas • Comente com os alu-
mais belas pinturas. nos que vários outros
artistas, assim como o
B Se você fosse pintar um pintor francês Claude
lugar de que gosta muito, Monet, também retra-
qual lugar seria? taram lugares especiais
C Em seu dia a dia você fre- para eles, como o pintor
quenta lugares diferentes? holandês Vincent van
Quais são eles? Cite alguns Gogh, que pintou seu
para os colegas. quarto e a casa amarela
onde morou em Arles.
Para conhecer algumas
de suas obras sugerimos
o acesso ao site a seguir.
> A galeria de Vincent
van Gogh. Disponível
em: <http://livro.pro/
k4hjhe>. Acesso em: 11
13 set. 2018.

:42 PM Respostas
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A O lugar que era importante para Claude B Resposta pessoal. Incentive os alunos a C Resposta pessoal. Caso considere interes-
Monet é um jardim com diversos tipos de pintar esse “lugar especial” e socialize as pin- sante, escreva no quadro os lugares citados
plantas, algumas apenas folhagens verdes, turas deles. Incentive o respeito à expressão pelos alunos. Verifique com eles se frequen-
outras com flores coloridas e um lago onde foi de todos. Monte um painel com a produção tam lugares em comum.
construída uma ponte. dos alunos.

13

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A Geografia e os lugares
BNCC
• O tema abordado nes-
tas páginas favorece o
No dia a dia, além da nossa casa, frequentamos outros lugares. Vamos à escola, à
trabalho com o tema
contemporâneo Diver- casa de um vizinho ou de um parente, circulamos pelas ruas do bairro. Nesses am-
sidade cultural, ofere- bientes, convivemos com outras pessoas e vivemos experiências que tornam tais
cendo elementos para lugares significativos para nós.
a compreensão de que Além desses espaços que conhecemos e vivenciamos, existem muitos outros bem
existem diferentes luga-
diferentes entre si, tanto nas áreas urbanas quanto nas áreas rurais.
res e modos de vida pelo
mundo e que é funda-
mental valorizar e res- Planisfério político:
peitar as diferenças étni- O povo massai vive na porção
povos e culturas leste da África. Suas
cas e culturais. Comente

Sun_Shine/Shutterstock.com
habitações são cabanas
com os alunos que as po- produzidas com estacas de
pulações citadas nestas madeira e esterco de vaca e
páginas retratam uma ordenadas em círculos, com os
parte da grande riqueza animais domésticos dispostos
sociocultural dos lugares ao centro. Desse modo, evitam
que sejam capturados por
onde vivem.
animais silvestres, pois esses
• O tema destas páginas rebanhos são bens preciosos
também favorece uma para eles. Na fotografia,
abordagem da compe- podemos ver homem massai
próximo à sua moradia, na
tência específica de
Tanzânia, África, 2018.
Ciências Humanas 4. Du-
rante o estudo, evite es-
tereótipos, apresentando
aos alunos de maneira
imparcial o modo de vida
das populações citadas
no livro.
0º Equador 0º Equador
• Conhecer diferentes
lugares e paisagens pelo BRASIL
mundo e suas caracterís-
ticas permite aos alunos
Assim como outros
também reconhecerem grandes centros
Rubens Chaves/Pulsar Imagens

as diferenças nas paisa-

Meridiano de Greenwich

Meridiano de Greenwich
urbanos, a cidade de
gens no lugar em que vi- São Paulo é
ve, contemplando o tra- caracterizada por uma
balho com as habilidades concentração de
culturas, pelas
EF06GE01 e EF06GE02.
numerosas construções
verticais, pelo intenso
trânsito de veículos e
Orientações gerais pedestres. Ao lado,
paisagem da cidade de
• Aproveite a opinião São Paulo (SP), 2018.
dos alunos e reitere a
importância de estudar
os lugares em Geografia 0 1 210 2 420 km 0 1 210 2 420 km
para conhecer e compre- 0º 0
ender algo mais sobre as Fonte: IBGE. Atlas geográfico escolar. 7. ed. Rio de Janeiro, 2016. p. 32.

diversas paisagens e cul-


turas dos mais diferentes
lugares do mundo.
14

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14

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Entretanto, eles não são diferentes apenas por causa dos elementos Hinduísta: pessoa que Sugestão de atividade

Capítulo 1
pratica a religião conhecida
da natureza, como vegetação, clima e relevo, mas também pelo modo como Hinduísmo. O Pesquisa sobre
como vivem seus habitantes. A maneira como as pessoas se relacionam hinduísmo é uma das mais diferentes culturas
antigas religiões do mundo.
com a natureza, a língua falada, o jeito de se vestir, de se alimentar, as Objetivos
Nômade: povo que não
crenças religiosas, ou seja, a cultura dos povos é diferente em vários tem habitação fixa; que • Conhecer diferentes
constantemente muda de culturas.
lugares do mundo. lugar, à procura de
Observe, a seguir, alguns lugares do mundo e conheça um pouco o alimento para si e para • Valorizar a diversidade
seus rebanhos, onde possa cultural.
modo de vida das pessoas que neles vivem. se fixar por um
determinado período. a ) Solicite que os alunos
se organizem em grupos
a fim de pesquisarem em
livros, revistas e na in-
ternet informações so-
bre a cultura e as princi-
pais manifestações de
povos de outros países

Jorgen Udvang/Alamy/Fotoarena
do mundo.
b) Determine qual país
cada grupo deve pesqui-
sar, a fim de evitar que
muitos estudem sobre o
mesmo povo. O enfoque
também pode ser a cultu-
MIANMAR
ra local, com base no que
o aluno conhece e vive.
ÍNDIA
Os mokens são um povo nômade que c ) Com a pesquisa pron-
passa grande parte da vida em barcos. ta, solicite aos alunos
Habitam, predominantemente, o que elaborem cartazes,
arquipélago de Mergui, localizado
QUÊNIA com imagens e textos
próximo a Mianmar, onde é possível
avistar, no horizonte, seus pequenos sobre as informações
barcos, os kabangs. Do mar eles que obtiveram. Em se-
retiram os alimentos que consomem, guida, cada grupo deve
além de conchas e ostras para apresentar o cartaz que
comercializar.
produziu aos demais
Eles vivem em terra firme somente no
alunos da sala.
período em que as chuvas e os ventos
De Visu/Shutterstock.com

se tornam mais intensos, dificultando d) Converse com o pro-


Meridiano de Greenwich

a navegação. Na fotografia, mokens fessor de História sobre


em seus kabangs, Mianmar, 2017. as possibilidades de rela-
cionar esta atividade aos
assuntos de interesse de
sua disciplina, como a
origem cultural dos dife-
rentes povos do mundo,
por exemplo.
O rio Ganges é sagrado para os
hinduístas. Para eles as águas desse rio
purificam a existência. Diariamente, nte
• Qual dos ambientes
lca
milhares de pessoas banham-se no Ganges, E.C
ava e povos mostrados
0º bebem suas águas e depositam nele as mais chamou sua
cinzas de seus mortos. Na fotografia, atenção? Por quê?
pessoas banhando-se nas águas do Ganges,
Resposta pessoal.
na cidade de Varanasi, Índia, 2018.

15

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Sugestão de atividade
A relação entre os lugares
De onde vem esse
produto? Frequentamos lugares diferentes em nosso cotidiano. Esses lugares podem estar
Objetivos perto de onde moramos ou em bairros mais distantes. Também nos relacionamos
• Refletir sobre a relação com lugares situados em outros municípios, estados e até mesmo em outros países.
entre diferentes lugares. Essas relações podem acontecer de diversas maneiras, como ao realizarmos uma
• Identificar a origem viagem e ao assistirmos a um programa de televisão que aborde notícias de outros
dos produtos consumi- lugares.
dos diariamente.
Os produtos que consumimos diariamente também são meios pelos quais pode-
Para desenvolver essa
mos nos relacionar com diferentes lugares, pois alguns deles são fabricados em ou-
atividade, oriente os alu-
nos da seguinte maneira: tros locais, muitas vezes em lugares distantes. Além disso, durante o processo de
a ) Peça antecipadamen- produção, podem passar por etapas que, em geral, são realizadas em diferentes lo-
te que tragam para a sala calizações.
de aula algumas embala- A seguir, podemos observar algumas etapas do processo de produção do macarrão.
gens de produtos utiliza-
dos em seu dia a dia e
identifiquem nos rótulos
dos produtos os lugares
onde foram produzidos.
1 2
b) Solicite a eles que re-
flitam sobre as relações
entre os lugares pelos
quais esse produto pas-
sou até chegar ao lugar
onde moram. Neste mo-
mento é possível traba-
lhar com o tema contem-
porâneo Educação para o O processo de produção do macarrão Depois de colhido, o trigo é transportado
tem início em uma plantação de trigo, até uma indústria de moagem, também
consumo, pois os alunos
conforme mostra a fotografia abaixo, conhecida como moinho, onde é
poderão conhecer a ori- no município de Três de Maio (RS), transformado em farinha. Na fotografia
gem dos produtos e re- 2017. abaixo, grãos de trigo passando por
fletir sobre seu consumo. moagem, nas Ilhas Canárias, Região
c ) Esclareça que os luga- Autônoma da Espanha, 2017.
res envolvidos na produ-
ção do item investigado
têm múltiplas relações
Gerson Gerloff/Pulsar Imagens

Salvador Aznar/Shutterstock.com
entre si e, por vezes, as-
sumem mais de uma fun-
ção no processo de pro-
dução.

16

Orientações gerais
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• As imagens contidas nesta ou em qualquer outra pá- trativos, ou seja, serviram para exemplificar a relação
gina do livro possuem interesse exclusivamente didáti- que existe entre os lugares na fabricação de um produ-
co, sem finalidade de promover marcas ou produtos. to. Para tanto, comente a sequência substituindo o trigo
• Esclareça aos alunos que os lugares mostrados em por outro produto e seus derivados (leite, queijo, iogurte;
cada uma das etapas da produção do macarrão são ilus- cana-de-açúcar, açúcar, biscoito doce).

16

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Sugestão de atividade

Capítulo 1
Os lugares e a internet
Pesquisa na internet

Fotomontagem. Fotos: Andrey_Popov e


Circle Creative Studio/Shutterstock.com
Quantos lugares diferentes você já conheceu por meio de uma
Objetivos
revista, de um livro, de um jornal ou, ainda, pela programação da
televisão? • Utilizar a internet co-
Os meios de comunicação, como os citados acima, trazem
mo ferramenta digital de
informações sobre as características de diferentes locais, que podem pesquisa.
estar próximo ou muito distantes de onde moramos. Entre os diversos • Conhecer característi-
meios de comunicação a que atualmente temos acesso está a internet. cas de diferentes lugares
Ela é a rede mundial de computadores e nos mostra, de maneira rápida do mundo.
e abrangente, diferentes informações sobre os lugares do mundo. Acessando um site de busca, em pouco
tempo temos informações sobre uma Ao abordar o tema Os
Com a internet é possível, em poucos instantes, obter informações infinidade de lugares, como mostra a lugares e a internet, su-
sobre como vivem as pessoas e também observar paisagens de fotografia, onde de sua casa, a menina tem gira uma pesquisa na
outras regiões. acesso a paisagem de Paris, França, 2018.
rede mundial de compu-
tadores sobre diferentes
O jardim secreto lugares no mundo. Para
Direção de Agnieszka Holland. EUA: Warner Home Video, 1993. (101 min). isso, sugerimos alguns
Uma garota transforma um jardim abandonado em um lugar muito especial para um grupo procedimentos.
de crianças. Nesse lugar, o grupo consegue superar uma série de problemas que vivenciam.
a ) Escolha previamente
alguns lugares que deve-
rão ser pesquisados.
3 4
b) Determine com os
alunos alguns aspectos a

ges
serem pesquisados, co-

Ingridhi Bor
mo localização, dados fí-
sicos, populacionais,

s:
çõe
econômicos, históricos e

a
str
culturais.

Ilu
c ) Indique para os alu-
A farinha é utilizada por algumas O macarrão produzido na indústria é
nos alguns sites de bus-
indústrias que produzem diversos tipos de levado a diversos estabelecimentos
alimentos, entre eles o macarrão, como comerciais, onde é posto à venda e o ca, como Google, Achei e
podemos observar na fotografia abaixo, consumidor pode adquiri-lo, como mostra Yahoo!.
de uma indústria na Itália, 2017. a fotografia abaixo, de um supermercado d) Oriente os alunos a
na Tailândia, 2018. pesquisarem em sites
confiáveis. Uma dica é
observar a extensão final
dos endereços eletrôni-
cos: .org (organização
Giorgio Rossi/Shutterstock.com

Extarz/Shutterstock.com

sem fins lucrativos), .edu


(organização ligada ao
ensino), .gov (organização
relacionada ao governo).
e ) Oriente os alunos que,
caso utilizem imagens
ou textos citados da in-
ternet, é importante ela-
borarem seus respecti-
vos créditos.
f ) Peça aos alunos que
apresentem sua pesqui-
sa aos demais alunos da
sala. O resultado da pes-
quisa pode ser utilizado
17 para a confecção de um
painel com o título: A in-
ternet e os lugares.

:42 PM
Orientações gerais
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• Informe ao aluno que EUA é uma sigla referente ao pa-


ís norte-americano Estados Unidos da América.
• Se possível, reproduza o filme O jardim secreto e de-
pois organize uma roda de conversa sobre a relação es-
tabelecida entre o grupo de crianças e o lugar especial
para elas que era o jardim.

17

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Sugestão de atividade
Descrevendo uma
Os lugares e as paisagens
paisagem Paisagem é tudo aquilo que vemos em determinado lugar, em dado momento, e
Objetivos algumas de suas características também são percebidas por meio de sons, odores e
• Descrever os elemen- movimentos.
tos de uma paisagem.
Existem paisagens que são formadas por elementos naturais, como rios, oceanos,
• Compreender que a formas de relevo, vegetação que foram formados por processos naturais, sem inter-
percepção da paisagem
venção direta do ser humano. Desse modo, por não apresentarem evidências da
pode ocorrer de manei-
ras diferentes. ação humana, elas são consideradas paisagens naturais. Entretanto, atualmente, em
a ) Apresente aos alunos, nosso planeta há poucas que não receberam intervenção direta ou mesmo indireta
por meio de imagem di- do ser humano.
gital, fotocópia, recorte Em outras paisagens, predominam elementos culturais, também chamados de ar-
de jornal ou revista, a tificiais ou humanizados, ou seja, produzidos pela ação humana, como casas, edifícios,
imagem de uma paisa-
escolas, rodovias e lavouras. As paisagens compostas por esses elementos são con-
gem. Solicite que cada
um dos alunos descreva-
sideradas paisagens culturais. Veja os exemplos a seguir.
-a no caderno. Depois,
peça a cada um que leia A

Valentyn Volkov/Shutterstock.com
sua descrição para os co-
legas da sala.
b) Por meio dessa ativi-
dade, oriente os alunos a
compreenderem que a
percepção dos elemen-
tos de uma mesma pai-
sagem não ocorre da
mesma maneira entre
diferentes pessoas. Isso
acontece porque cada
pessoa tem uma maneira
diferente e única de per-
ceber e descrever a mes- A fotografia acima, mostra paisagem localizada em Saint-Croix-du-Verdon, França, 2017.
ma paisagem.
c ) Incentive os alunos a B

Kagan Kaya/Shutterstock.com
perceberem a presença
de elementos culturais,
tais como estradas e
construções, além de
elementos naturais, co-
mo rio, relevo e vegeta-
ção. Caso escolha uma
fotografia que retrate o
espaço rural, apesar de
apresentar elementos
naturais, ele também é
construído culturalmen-
te, pois as espécies pre-
sentes são artificialmen- Visão panorâmica de um porto em Barcelona, Espanha, 2017.
te trazidas e cultivadas
pelo homem. Isso será • Em qual das imagens, A ou B, predominam elementos naturais? Em qual delas
aprofundado no estudo predominam elementos culturais? Naturais: A. Culturais: B.
da página 19.
18

Orientações gerais g20_ftd_lt_6vsg_c1_p012a025.indd 18 10/15/18 2:42 PM g20_

• O tema desta página desenvolve um estudo mudada pelo esforço humano. Se no passado havia A paisagem é um conjunto heterogêneo de
relacionado à paisagem. O texto a seguir con- a paisagem natural, hoje essa modalidade de paisa- formas naturais e artificiais; é formada por fra-
siste em uma importante fonte de apoio teóri- gem praticamente não existe mais. Se um lugar não ções de ambas, seja quanto ao tamanho, volume,
co ao trabalho com esse conceito. é fisicamente tocado pela força do homem, ele, to- cor, utilidade, ou por qualquer outro critério. A
davia, é objeto de preocupações e de intenções eco- paisagem é sempre heterogênea. [...]
A paisagem artificial é a paisagem transformada
nômicas ou políticas. Tudo hoje se situa no campo SANTOS, Milton. Metamorfoses do espaço habitado. 5. ed. São
pelo homem, enquanto grosseiramente podemos Paulo: Hucitec, 1997. p. 64-65.
de interesse da história, sendo, desse modo, social.
dizer que a paisagem natural é aquela ainda não

18

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Orientações gerais
As paisagens

Capítulo 1
construções
não são iguais • Para trabalhar o tema
As paisagens não são
Os elementos que compõem as
rio vegetação iguais, peça aos alunos
paisagens podem se repetir entre que se juntem em grupos
de dois a quatro inte-
uma e outra, porém não exatamente
grantes para conversa-

Paulo Vilela/Shutterstock.com
com as mesmas características. Por rem sobre as caracterís-
isso, cada paisagem é única e, geral- ticas que diferenciam os
mente, apresenta aspectos distintos. elementos que compõem
Observe as imagens dos municí- as paisagens apresenta-
das nesta página. Pos-
pios de Curitiba e de Carolina. Tanto
Vista do município de Curitiba (PR), 2017. teriormente, analise as
em uma quanto na outra, podemos imagens com a classe e
observar os mesmos tipos de ele- oriente-os a registrarem
mentos. No entanto, a maneira como

Rosalba Matta-Machado/Shutterstock.com
vegetação suas conclusões no ca-
eles estão organizados e as caracte- derno. Os alunos pode-
rio
rísticas diversas desses lugares tor- rão perceber que, apesar
nam suas paisagens diferentes. de os elementos serem
comuns, suas caracte-
1. Converse com os colegas sobre as rísticas próprias e orga-
características que diferenciam os nização no espaço fazem
construções
elementos que compõem as pai- com que as paisagens
sagens. Resposta esperada: os elementos sejam distintas.
que compõem as paisagens podem se repetir, porém o
modo como são organizados e as suas características • A questão apresenta-
podem ser diferentes. Um exemplo são os rios, que da nesta página tem o
apresentam quantidade de água e extensão variadas. objetivo de avaliar o co-
As construções podem ser mais antigas ou mais Vista do município de Carolina (MA), 2017.
modernas. O tipo de vegetação pode ser diferente. nhecimento prévio dos
alunos. Verifique se eles
Os elementos são naturais, mas a identificam que, embora
paisagem é cultural os elementos sejam na-
turais, eles foram plan-
Observe a imagem abaixo. tados pelo ser humano
e, por isso, a paisagem é
2. Em sua opinião, essa paisagem pode ser considerada natural ou cultural? considerada cultural.
Resposta pessoal.
À primeira vista, podemos pensar que a imagem abaixo retrata uma paisagem natu-
ral. No entanto, se analisarmos essa fotografia considerando que os girassóis, embora Material digital
sejam elementos naturais, cresceram nesse lugar porque foram plantados pelo ser •A sequência didática
humano e não em consequência da ação da natureza, compreendemos que essa pai- 1, localizada no material
sagem é cultural. digital, propõe um tra-
Lavoura de girassóis na Ucrânia, 2018. balho em que os alunos
S.Borisovich/Shutterstock.com
deverão investigar com
familiares ou moradores
antigos informações so-
bre a ocupação do bairro,
assim como o registro e a
pesquisa de imagens so-
bre seu lugar de vivência.
Essa sequência auxilia
no desenvolvimento das
habilidades EF06GE01
e EF06GE02. É possí-
vel também trabalhar
19 com as competências
gerais 9 e 10 da BNCC,
pois estimulam o diálo-
go e o convívio entre os
:42 PM g20_ftd_lt_6vsg_c1_p012a025.indd 19 10/15/18 2:42 PM familiares e pessoas do
bairro, o que também
propicia contemplar o te-
ma contemporâneo Vida
familiar e social.

19

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Orientações gerais
• Para realizar a ativida-
Investigando
de proposta nesta seção, na prática Os sentidos
solicite com antecedên-
cia aos alunos que tra- e as paisagens
gam de casa plantas que
julgarem interessantes,
bonitas e perfumadas, Vamos realizar uma atividade em que você vai investigar como é possível perce-
ou pequenos pedaços de ber alguns elementos da paisagem com outros sentidos, além da visão.
rochas (pedras) de dife-
rentes texturas e cores,
que podem ser encon- O que você vai precisar
tradas no quintal de suas
casas ou no caminho • vasos com diferentes tipos de plantas, ou • algodão;
entre a casa e a escola. seja, com texturas, cheiros e tamanhos de • folhas secas;
Traga também elemen- folhas diferentes, como hortelã, capim-
• gravetos;
tos diferentes para com- -cidreira e alecrim;
por a atividade. • carteiras;
• areia;
• Oriente os alunos para • pedaços de tecido para
que não tragam plantas
• pedras pequenas; vendar os olhos.
que, ao serem manuse-
adas, possam machucar,
ou seja, plantas que pos-
suam espinhos ou folhas Como fazer
cortantes. Também so-
licite que peçam auxílio A Organize os materiais que vocês trouxeram em um local da escola e aguardem na
de um adulto para cole- sala de aula.
tar esses materiais e que
B O professor deve organizar as carteiras em uma fileira. Em cada carteira deverá
tragam no máximo dois
exemplares de cada tipo. colocar os materiais selecionados.
• Organize os elementos
na mesa agrupando de

José Vitor Elorza/ASC Imagens


acordo com suas carac-
terísticas, de modo que
elementos com caracte-
rísticas semelhantes fi-
quem próximos. Essa or-
ganização possibilita aos
alunos sentir e perceber
pequenas diferenças
entre elementos seme-
lhantes, como a textura
das folhas ou o tamanho
médio das pedras.

Na fotografia, a
Orientações gerais
professora
• Solicite aos alunos que Eloíza organiza
cuidem da limpeza e or- nas carteiras os
ganização da sala após o materiais
selecionados,
trabalho prático. em Londrina
(PR), 2014.

20

Orientações gerais g20_ftd_lt_6vsg_c1_p012a025.indd 20 10/15/18 2:42 PM g20_

• O texto a seguir fundamenta a realização do inato para experienciar. Que órgão do sentido começa a divergir numa idade bem precoce. Co-
trabalho proposto nesta seção. seja mais exercitado, varia com o indivíduo e mo resultado, não somente as atitudes para com
[...] Um ser humano percebe o mundo simul- sua cultura. Na sociedade moderna, o homem o meio ambiente diferem, mas difere a capacida-
taneamente através de todos os seus sentidos. A tem que confiar mais e mais na visão. [...] de real dos sentidos, de modo que uma pessoa
informação potencialmente disponível é imen- Embora todos os seres humanos tenham ór- em determinada cultura pode desenvolver um
sa. No entanto, no dia a dia do homem, é utiliza- gãos dos sentidos similares, o modo como as olfato aguçado para perfumes, enquanto os de
da somente uma pequena porção do seu poder suas capacidades são usadas e desenvolvidas outra cultura adquirem profunda visão estereos-

20

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Orientações gerais

Capítulo 1
• Durante a execução
da atividade, estimule
C Em grupos, com olhos vendados e com os alunos a participa-
ajuda do professor, os alunos devem re- rem. Para isso você pode
tornar ao local da atividade e se dirigir separá-los em pares, per-
até a fileira de carteiras. Toque cada um mitindo que um aluno au-
xilie o outro, e vice-versa,
dos materiais dispostos sobre a mesa.
observando sempre para
que ambos toquem e sin-

a/ASC Imagens
tam elementos distintos
dispostos na mesa.

Fotos: José Vitor Elorz


BNCC
•A atividade proposta
nestas páginas também
tem como objetivo insti-
Os alunos da professora Eloíza tocam gar no aluno a curiosida-
e sentem o cheiro dos materiais
de intelectual e a investi-
sobre as carteiras. Fotografia
registrada em Londrina (PR), 2014. gação, conforme orienta
a competência geral 2
da BNCC. Para explorar
mais este tema, sugira
que os alunos escolham
uma paisagem do lugar
Nesta fotografia os alunos onde moram e realize
sentem os materiais por meio das essa mesma experiência.
mãos, em Londrina (PR), 2014.
Depois, reserve um mo-
mento da aula para que
eles possam comentar
D Em seguida, sinta o cheiro dos materiais
o que perceberam nessa
para percebê-los por meio do olfato. ocasião.
visite

Visita ao parque ou praça Resposta


Com o professor e os colegas, visite um parque
ou praça do município onde mora. Nesse lugar,
• Resposta pessoal.
por meio da visão, procure identificar os • Resposta pessoal.
elementos presentes nessa paisagem. Depois,
utilizando outros sentidos humanos, perceba os
• Espera-se que os alu-
cheiros, os sons e os movimentos presentes na nos respondam que por
paisagem visitada. meio do tato é possível
sentir a textura do tronco
das árvores e das folhas
e por meio do olfato é
Converse sobre suas observações possível sentir os cheiros
Veja as respostas das questões nas orientações ao professor. Com os olhos vendados, das flores e das frutas.
• O que você sentiu ao tocar os materiais que fazem parte da atividade? aluna sente o cheiro de
• Auxilie os alunos a
alecrim. Fotografia
• Quais cheiros você sentiu? registrada em Londrina perceberem os elemen-
• Assim como na atividade, também podemos perceber os elementos das (PR), 2014. tos presentes na paisa-
paisagens por meio do tato e do olfato? Dê exemplos. gem, como os cheiros,
a forma, a textura, entre
• Com seus amigos caminhe pelo pátio da escola e use seus sentidos outros. Além de utilizar
como o tato, o olfato e a visão para perceber os elementos da paisagem. as mãos, eles também
podem aguçar o tato
21 andando descalços pelo
gramado e pela calçada.

:42 PM g20_ftd_lt_6vsg_c1_p012a025.indd 21 10/15/18 2:42 PM

cópica. Ambos os mundos são predominantemente visuais:


um será enriquecido por fragrâncias, o outro pela agudeza
tridimensional dos objetos e espaços.
TUAN, Yi-Fu. Topofilia: um estudo da percepção, atitudes e valores do meio
ambiente. Tradução: Livia de Oliveira. São Paulo: Difel, 1980. p. 12-14.

21

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Orientações gerais
Momento da
• Para trabalhar o tema
destas páginas, retome Cartografia Planos da paisagem
com os alunos a ideia de
que a paisagem é forma-
da tanto por elementos
naturais quanto por ele-
Podemos analisar uma paisagem por partes, verificando os conjuntos de elementos
mentos culturais. Chame
a atenção deles para ob-
em cada uma delas. Essas partes, chamadas planos da paisagem, aparecem dispostas
servarem esses elemen- horizontalmente ou paralelas à linha do horizonte.
tos na imagem dessas No primeiro plano da paisagem estão os elementos mais próximo de quem a ob-
páginas. serva e, no último, os elementos mais distantes.
• Oriente os alunos a
As fotografias constituem um importante recurso para observação e análise dos
perceberem que:
planos das paisagens.
> o primeiro plano da
paisagem apresenta o
predomínio de elemen-
tos naturais (canteiro de
flores);
> o segundo plano apre-
senta tanto elementos
naturais quanto elemen-
tos culturais (vegetação
e pessoas); Paisagem do Monte Fuji,
Japão, 2017.
> o terceiro plano apre-
senta o predomínio de
elementos naturais (mon-
tanha com neve no topo).

22

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22

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BNCC

Capítulo 1
• O conteúdo abordado
nestas páginas embasa
os alunos para que anali-
sem e comparem os con-
juntos de elementos das
paisagens, tanto natu-
A paisagem destas páginas foi retratada por meio de uma fotografia, na qual po- rais quanto modificadas
demos verificar os elementos que a compõem e sua organização. Observe os planos pelos diferentes tipos
da paisagem no esquema a seguir. de sociedades, desen-
volvendo as habilidades
EF06GE01 e EF06GE02,
Linha do
sendo estas fundamen-
horizonte. tais para que os alunos
desenvolvam e exerci-
tem posteriormente a

Fotomontagem de Barbara Sarzi. Foto:


habilidade EF06GE09.

Victor FlowerFly/Shutterstock.com
•O desenvolvimento
do raciocínio espacial,
por meio do uso de lin-
No terceiro plano da paisagem, guagens cartográficas
observamos uma montanha com ao analisar os planos da
o pico coberto de neve.
paisagem, contempla
o trabalho com a com-
petência específica de
Ciências Humanas 7.
Esse trabalho envol-
ve, no que tange a essa
competência, o desen-
volvimento do raciocínio
espaço-temporal que se
relaciona a noções de
distância, direção, si-
multaneidade, sucessão
No segundo plano da paisagem, e conexão.
podemos observar a presença de
vegetação e de algumas pessoas.

No primeiro plano da
paisagem, observamos
um canteiro de flores.

23

:42 PM
Orientações gerais
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• Comente com os alunos que durante a observação dos compreender aspectos fundamentais da realidade: a locali-
planos de uma paisagem, caso haja algum elemento no zação e a distribuição dos fatos e fenômenos na superfície
céu, como nuvens e balões, ele também poderá ser con- terrestre, o ordenamento territorial, as conexões existentes
siderado um plano da paisagem. entre componentes físico-naturais e as ações antrópicas.
• De acordo com a BNCC: [...]
[...] BRASIL. Ministério da Educação. Secretaria da Educação Básica. Base
O raciocínio geográfico, uma maneira de exercitar o pen- Nacional Comum Curricular. Versão final. Brasília: MEC, 2017. Disponível em
samento espacial, aplica determinados princípios [...] para <http://basenacionalcomum.mec.gov.br>. Acesso em: 25 set. 2018. p. 357.

23

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BNCC Atividades
• A atividade 4 desta pá-
gina favorece uma abor-
dagem da competência
Exercícios de compreensão
específica de Geografia
1. Resposta
4, pois possibilita exerci- pessoal.
1. Escolha um lugar que você frequenta em seu dia a dia. Elabore um texto descre-
tar o pensamento espa- Verifique se o vendo, no caderno, as características desse lugar e o que você costuma fazer nele.
cial utilizando a lingua- texto elaborado
gem cartográfica.
pelos alunos 2. Em sua opinião, é importante estudar as paisagens na Geografia? Por quê?
está coerente Possível resposta: com o estudo das paisagens podemos compreender fenômenos naturais, sociais e as
• Ao final da pesquisa com a atividade 3. Responda no caderno. transformações que ocorreram nos lugares onde vivemos e em outros lugares
proposta. do mundo. Compartilhe e complemente as respostas dos alunos.
de imagem realizada pe-
3. a) As paisagens a ) O que caracteriza uma paisagem natural? E uma paisagem cultural?
los alunos na questão e, naturais são
aproveite para solicitar a formadas por b ) Com base no que você estudou, o que torna as paisagens únicas?
elementos
eles que expliquem o re- naturais. Já as c ) Como é a paisagem do lugar onde você vive? Descreva os elementos culturais
sultado da pesquisa e co- paisagens culturais e naturais que você observa nela. Resposta pessoal.
mo identificaram os ele- apresentam
elementos
mentos e planos da paisa- produzidos Geografia no contexto
gem. Este é um momento pelo ser
humano, ou
oportuno para exercitar a seja, 4. A fotografia a seguir retrata uma paisagem do Rio de Janeiro. Observe-a.
competência geral 4 da elementos
BNCC, pois oportuniza ao culturais.
Alexandre Rotenberg/Shutterstock.com

3. b) As
aluno desenvolver a lin- paisagens se
guagem oral. tornam únicas
porque seus
elementos
nunca
apresentam
exatamente
as mesmas
características
e estão,
geralmente,
organizados
de formas
diferentes.

Paisagem da cidade do Rio de Janeiro (RJ), 2018.

Agora, responda no caderno.


a ) Quais elementos da paisagem mostrada acima compõem o primeiro, o segun-
do e o terceiro planos? Primeiro plano: mar. Segundo plano: área urbana
com edificações. Terceiro plano: vegetação e morros.
b ) A fotografia retrata uma paisagem com predomínio de elementos naturais ou
culturais? Justifique sua resposta. Elementos naturais. Porque a maior parte da paisagem
retratada é tomada pelo mar e pelos morros cobertos pela mata.
c ) Identifique e escreva o nome de dois elementos naturais que você pode visua-
lizar na paisagem. Resposta esperada: morros, vegetação e mar.
d ) Em qual dos planos da paisagem você observa mais elementos culturais?
No segundo plano.
e ) Pesquise em revistas ou na internet uma imagem em que seja possível identifi-
car os planos da paisagem. Nela, trace a linha dos planos, inclusive a linha do
horizonte. Depois, descreva os elementos que constituem cada um dos planos da
paisagem e classifique-os como elementos naturais ou culturais.
Resposta pessoal. Verifique se a pesquisa elaborada pelos alunos está coerente com a atividade proposta.
24

Orientações gerais
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• A atividade 2 aborda o tema da página 18 sobre a im- como traduzir essa concepção de mundo em nossas aulas?
portância do estudo da paisagem pela Geografia. Leia Primeiramente, não sobrecarregando o aluno com milhões
o texto a seguir que trata da importância do ensino de de informações que são inutilmente decoradas. [...] A for-
Geografia na formação de nossos alunos. ma como trabalhamos e construímos o conhecimento com
[...] a geografia existe desde sempre, e nós a fazemos os alunos é o cerne de uma educação mais democrática e
diariamente. Romper então com aquela visão de que geo- comprometida na luta contra a repetência e a exclusão so-
grafia é algo que só veremos em aulas de geografia. Mas, cial. [...] Mais importante do que listar muitos conteúdos

24

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5. Ao consumirmos determinados produtos, fazemos parte de relações entre dife- Orientações gerais

Capítulo 1
rentes lugares. Observe as imagens abaixo e responda às questões no caderno.
• Explique aos alunos
1 2 3 que reflorestamento é
a prática de constituir

Mikhail Olykainen/Shutterstock.com
Ralph Orlowski/Getty Images

Mendenhall Olga/Shutterstock.com
ou restaurar a cobertu-
ra vegetal de uma área.
O reflorestamento pode
ser realizado com intuito
ambiental, a fim de re-
cuperar uma formação
vegetal, ou com o obje-
tivo de produzir maté-
4 5 rias-primas para serem
exploradas comercial ou

Emile Wamsteker/
Bloomberg/Getty Images

Gerson Gerloff/
Pulsar Imagens
industrialmente.

Etapas de
produção
de um lápis
de cor.

a ) Ordene as imagens acima escrevendo, no caderno, os números de acordo com


as etapas de produção do lápis. 2, 3, 5, 4 e 1.
b ) De onde vem a madeira, uma das matérias-primas para a produção desse lápis?
De uma área de reflorestamento.
c ) Onde essa matéria-prima é transformada em um produto? Em uma indústria.
d ) De acordo com as imagens, quais lugares estabeleceram relações durante a
produção do lápis? Aa madeira
área rural de reflorestamento, de onde é extraída a madeira; os lugares por onde
cortada é transportada; a indústria, onde a madeira é transformada em
lápis; e o estabelecimento comercial, onde as pessoas podem adquiri-lo.
e ) Cite um exemplo de como, em nosso dia a dia, estamos nos relacionando com
Resposta pessoal. Possível resposta:
outros lugares por meio dos produtos que consumimos. quando compramos produtos fabricados
em lugares distantes de onde moramos, como tênis, produtos eletrônicos e brinquedos, estamos nos relacionando com
6. Observe a fotografia abaixo. esses lugares. Comente com os alunos que, além da madeira, o grafite também é
utilizado como matéria-prima na fabricação do lápis.
• Que argumento você utilizaria para explicar a uma pessoa que a imagem abaixo não
retrata uma paisagem natural e sim uma paisagem cultural?
Embora os elementos que a formem sejam naturais, eles foram cultivados pelo trabalho humano e, por
isso, constituem uma paisagem cultural.
Photos by D/Shutterstock.com

Plantação
de flores
na Holanda,
2017.

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é entender o fio condutor que constrói as paisagens: os para que ele não só se aproprie do vocabulário específico
homens na sua luta pela sobrevivência. [...] desta área de conhecimento, mas, sobretudo, se capacite
Partimos do pressuposto que a geografia é um ramo do para a “leitura-entendimento do espaço geográfico” próxi-
conhecimento que, tal qual a matemática, a língua mater- mo ou distante. [...]
na, a história, etc., tem uma linguagem específica, própria CASTROGIOVANNI, Antonio Carlos (Org.). Geografia em sala de aula: práticas
e como tal é necessário “alfabetizar o aluno em geografia” e reflexões. 2. ed. Porto Alegre: Editora da UFRGS, 1999. p. 11-12.

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BNCC
• Por meio do estudo do As transformações das paisagens
conteúdo destas pági- Ao observarmos uma paisagem pela segunda vez não a veremos exatamente como
nas, o aluno será capaz
a vimos pela primeira. Isso acontece porque as paisagens estão em constante
de identificar e explicar
transformação, que ocorre em períodos diversos e com diferentes durações. Algumas
as transformações das
paisagens pela ação da são modificadas pela ação da natureza, seja pela força da dinâmica interna da Terra,
natureza e pela ação hu- como vulcões e terremotos, seja pela ação de agentes externos, como os ventos, as
mana e de reconhecer águas das chuvas e dos rios. Outras paisagens são alteradas pela ação humana por
que as interações entre meio da construção ou reformas de edifícios e casas, aberturas de novas ruas e até
sociedade e natureza mesmo pelo movimento de carros e pessoas. Cada uma dessas transformações afeta
deixam marcas nas pai- a paisagem em maior ou menor grau, dependendo de sua intensidade e natureza.
sagens e pode contem-
plar, o trabalho com as
habilidades EF06GE07 e
A ação da natureza e a
EF06GE11. transformação das paisagens
• Incentive os alunos a A ação da natureza está constantemente transformando as paisagens do planeta.
observarem as transfor- Entre essas ações da natureza, podemos citar a ocorrência de um tornado em uma
mações das ruas perto
cidade, a ação modeladora das águas do mar ao esculpir as rochas do litoral ou do
da escola ou de onde
rio ao escavar um vale, a erupção de um vulcão, a ocorrência de um terremoto, entre
moram. Oriente-os a
analisar se há modifi- muitas outras.
cações e se as pessoas As imagens a seguir mostram exemplos de transformações das paisagens provo-
que caminham pelo local cadas pela dinâmica da natureza, ainda que se trate de paisagens de lugares que já
acabam alterando aquela passaram pela interferência da ação humana. Observe-as.
paisagem, reforçando a
habilidade EF06GE01.

Nguyên Quý Trung/Xinhua/ZUMA Wire/Fotoarena


A fotografia ao lado mostra
uma área onde a força e a
grande quantidade de água
Material digital
da chuva provocaram um
•A sequência didática deslizamento de terra, em Lai
2, disponível no material Chau, Vietnã, 2018.
digital, propõe um traba-
lho de análise das paisa-
gens, dos elementos que
as compõem, suas trans-
formações e impactos
(causas e consequên-
cias). Essa sequência
auxilia no desenvolvi-

Sebastian Ramos/NurPhoto/ZUMA Wire/Fotoarena


Esta fotografia mostra uma
mento das habilidades área do município de Coquimbo,
EF06GE01, EF06GE02, Chile, após a ocorrência de um
EF06GE06, EF06GE07 tsunami, 2015.
e EF06GE11. É possível Tornado: grandes redemoinhos
também trabalhar com de ventos que se formam em
as competências gerais áreas continentais de baixa
pressão atmosférica. Os ventos
4 e 7 ao permitir que o de um tornado podem alcançar
aluno elabore represen- até 500 quilômetros por hora.
tações e textos expres- Tsunami: onda marítima gigante
sando informações e que é formada em decorrência de
tremores ocorridos no fundo dos
análises. Também con- oceanos. Esse tipo de onda pode
templa as competências atingir até 30 metros de altura.
gerais 9 e 10 da BNCC,
pois estimula o diálogo e 26
o trabalho em equipe.

Sugestão de atividade Análise de manchete


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Objetivos a ) Utilize manchetes de jornal como as apre-


sentadas a seguir para avaliar o conhecimen-
• Extrair informações de manchetes jornalís- to prévio dos alunos e se eles identificam qual
Japão: forte terremoto é sentido em
ticas. Tóquio
é o agente transformador das paisagens: a
• Diferenciar as transformações das paisa- ação humana ou a ação da natureza. A primei- Gazeta Online, 7 jul. 2018. Disponível em:
<www.gazetaonline.com.br/noticias/mundo/2018/07/
gens causadas por ações da natureza daque- ra manchete refere-se a evento natural, en- japao-forte-terremoto-e-sentido-em-toquio-1014138873.
las causadas por ações do ser humano. quanto a segunda indica uma ação humana. html>. Acesso em: 13 set. 2018.

26

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Orientações gerais
As paisagens são transformadas

Capítulo 1
em ritmos diferentes • Após a leitura do texto
sobre o Grand Canyon,
A natureza transforma as paisagens terrestres em ritmos diferentes. Enquanto comente com os alunos
algumas são transformadas em poucos minutos, como quando ocorre um terremoto que no Brasil também
existem cânions que fo-
ou tsunami, outros eventos podem levar milhares de anos para provocar uma alte-
ram esculpidos pela ação
ração na superfície terrestre. É o caso da formação dos cânions, onde as águas de das águas ao longo de
um rio levam milhares de anos para remover sedimentos e escavar a rocha, forman- milhões de anos, como o
do profundos vales. Conheça o exemplo da formação do Grand Canyon, nos Estados Cânion Itaimbezinho (no
Unidos, no texto a seguir. Rio Grande do Sul), Câ-
nion do Xingó (em Ser-
Grand Canyon gipe), Cânion Guartelá
Conhecido por suas formas e cores fantásticas, o Grand Canyon é uma das (no Paraná), Cânion de
Capitólio (em Minas Ge-
paisagens mais espetaculares dos Estados Unidos. O extenso cânion foi escul-
rais), entre outros. Para
pido em suas muitas camadas de pedra pelas águas barrentas do rio Colorado. conhecer estes e outros
Ele se estende por 466 quilômetros através do noroeste do estado do Arizona, cânions pelo Brasil, su-
variando de 200 metros a 29 quilômetros de lar- gerimos o acesso ao site
gura. Em alguns lugares, tem mais de 1,5 qui- Grand Canyon – Estados Unidos
a seguir.

E. Cavalcante
lômetro de profundidade. Parque Nacional Utah > Cinco cânions para co-
Grand Canyon

Algumas das rochas do Grand Canyon têm Limite estadual nhecer no Brasil, do Rio
4 bilhões de anos. O rio Colorado começou a cor-
Cidade
Rio
Grande do Sul a Alagoas.
Folha de S.Paulo. Dispo-
roer, ou desgastar, as pedras há cerca de 6 mi- Nevada
nível em: <http://livro.
lhões de anos. O vento e a chuva ajudaram nesse Las Vegas
pro/viyj5u>. Acesso em:
35° N
processo, chamado erosão. Algumas das torres de 13 set. 2018.
Rio Color
pedra que sobem das profundezas do cânion pa- Arizona N
recem castelos e templos. O cânion é principal-
ado

O L Flagstaff
Material digital
mente vermelho, mas várias camadas de pedra Califórnia

•O
S

tema As transfor-
0 60 km
são marrons, roxas, verdes, cor-de-rosa e cinza. 113° O

Fonte: NPS (National Park mações das paisagens


[...] Service). Disponível em: pode auxiliar no trabalho
<https://www.nps.gov/
BRITANNICA. Grand Canyon. 2018. Reprinted with permission from
grca/planyourvisit/upload/
com o projeto integra-
Enciclopédia Escolar Britannica, © 2018 by Encyclopædia Britannica, Inc.
Disponível em: <https://escola.britannica.com.br/levels/fundamental/ GRCAmap2.pdf>. dor proposto para o 1º bi-
article/Grand-Canyon/481397>. Acesso em: 15 ago. 2018. Acesso em: 9 ago. 2018. mestre no material digi-
tal, pois permite ao aluno
reconhecer as transfor-
mações das paisagens
Vista do Grand Canyon nos Estados
Shutterstock.com

Unidos, 2018. Essa formação é


pela ação da natureza e
resultado da força das águas ao pela ação do ser humano
Lollipor/

longo de milhões de anos. e contextualizá-las para


sua realidade próxima e
perceber as mudanças
ao longo do tempo.

27

:57 PM g20_ftd_lt_6vsg_c1_p026a039.indd 27 10/15/18 2:57 PM

b) Explique aos alunos que a Via Expressa in- c ) Caso você utilize outras manchetes, é im-
Tráfego no túnel sob a Via Expressa dicada na manchete é uma avenida localizada portante solicitar aos alunos que encontrem a
deve ser liberado no próximo mês no município de Fortaleza, Ceará. Peça para os localização do país, para que eles tenham o
alunos localizarem o Japão no planisfério polí- hábito de manusear instrumentos como pla-
O Povo Online, 5 set. 2018. Disponível em: <www.opovo.
com.br/noticias/fortaleza/2018/09/trafego-no-tunel-sob- tico da página 254. nisférios e globo terrestre.
a-via-expressa-deve-ser-liberado-no-proximo-mes.html>.
Acesso em: 13 set. 2018.

27

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BNCC
O ser humano e as
• Ao aplicar os conheci-
Veja no material audiovisual

transformações das paisagens


o vídeo sobre os diversos
tempos em uma paisagem.
mentos geográficos na
análise das transforma-
ções das paisagens, o
As imagens a seguir mostram a paisagem de um mesmo lugar, porém em épocas
aluno desenvolve o sen- diferentes. Observe.
so crítico para a compre-

Paulo Vilela/Shutterstock.com
ensão da realidade que o

Acervo Iconographia/Reminicências
cerca, podendo ser tra-
balhada a competência
específica de Geografia
3, assim como poderá
compreender as modi-
ficações ocorridas na
paisagem pelos nossos
ancestrais, possibilitan-
do um trabalho com a
competência específica
Avenida Paulista em São Paulo (SP), 1902. Avenida Paulista em São Paulo (SP), 2017.
de Ciências Humanas 5 e
a habilidade EF06GE02. • Com base no que revelam as imagens, identifique as principais transformações
• Para contextualizar observadas na paisagem da Avenida Paulista. As áreas de vegetação foram praticamente
eliminadas, assim como as casas, que deram
o tema para a realida- espaço aos grandes edifícios.
de próxima dos alunos, Analisando essas imagens, podemos perceber que o entorno da Avenida Paulista
procure na prefeitura ou passou por intensas transformações no decorrer do tempo. A vegetação e as poucas
em museus de sua cida- casas foram retiradas e em seus lugares foram construídos vários prédios, ruas, ou
de fotografias como as
seja, nessa paisagem passaram a predominar os elementos culturais.
expostas nesta página
e apresente-as aos alu- As pessoas transformam as paisagens dos lugares, seja com maior ou menor
nos. Em seguida, peça intensidade. Nossos ancestrais faziam poucas modificações. Quando retiravam da
a eles que identifiquem natureza recursos necessários para sua sobrevivência, como materiais para cons-
as principais transfor- truir moradias, produzir vestimentas ou coletar alimentos, o faziam sem grandes
mações que ocorreram alterações nas paisagens. Com o passar do tempo, as transformações provocadas
nessa paisagem ao lon-
pelas pessoas tornaram-se cada vez mais significativas. Atualmente, são poucas as
go do tempo, exercitan-
do assim as habilidades paisagens do nosso planeta que ainda não foram transformadas diretamente pela
EF06GE01 e EF06GE07. ação humana.
Em algumas paisagens que observamos na atualidade, é possível verificar a exis-
tência de elementos culturais produzidos por grupos humanos em diferentes tempos
Moais da
Ilha de históricos. A imagem abaixo mostra uma dessas paisagens transformadas pelo ser
Material audiovisual Páscoa, humano no passado e que preservam alguns elementos culturais até hoje.
• Um dos materiais dis- Chile, 2017.
kataleewan intarachote/Shutterstock.com
poníveis nesta coleção
trata das transformações
das paisagens ao longo
do tempo, que será apre-
sentado em formato de
vídeo curta-metragem.
Nesse vídeo é abordado
o conceito de paisagem,
com destaque para suas
transformações. Como
exemplos, são apresen-
tadas as cidades de São
Paulo e Brasília. 28

Integrando saberes
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• O tema desta página possibilita um momento de arti- moais na Ilha de Páscoa. Hoje a ilha é bastante visitada
culação com o componente curricular de História. Con- por turistas que procuram conhecer essas estátuas e as
verse com o professor deste componente e solicite que paisagens desse lugar. Aproveite e peça para os alunos
trabalhe com os alunos as teorias sobre a construção dos localizarem o Chile no planisfério político da página 254.

28

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O trabalho, as técnicas e as
BNCC

Capítulo 1
• Ao reconhecer que é
transformações das paisagens por meio do trabalho e
das técnicas que o ser
Observe as imagens a seguir. humano transforma as
paisagens em busca de
suprir suas necessida-
des, estão sendo desen-

Cesar Diniz/Pulsar Imagens

Luciana Whitaker/Pulsar Imagens


volvidas as habilidades
EF06GE06 e EF06GE07.
• Aproveite a oportuni-
dade e comente com os
alunos sobre a importân-
cia de respeitar os dife-
rentes tipos de trabalho
na sociedade, exercidos
tanto por homens quan-
to por mulheres. Dessa
forma, possibilita-se um
trabalho com as compe-
Agricultor trabalhando em horta no Pedreiros trabalhando em construção tências gerais 6 e 9 da
município de Naviraí (MS), 2018. no município de Silva Jardim (RJ), 2018.
BNCC.
• Neste momento tam-
bém pode ser trabalhado
Jon Rehg/Shutterstock.com

Jasni/Shutterstock.com
o tema contemporâneo
Trabalho. Apesar de per-
mear o cotidiano de to-
dos, poucas vezes os alu-
nos são levados a refletir
sobre o assunto. Com o
objetivo de incentivar o
exercício da cidadania,
leve os alunos à reflexão,
abordando o trabalho
como algo útil e neces-
sário a toda a sociedade.
Engenheiros analisando a planta de uma Coletores de lixo trabalhando em uma rua Mostre que o trabalho,
obra em Saint Louis, Estado Unidos, 2018. de Kajang, Malásia, 2018. de qualquer natureza, é
honroso a todo cidadão.
As imagens acima retratam pessoas realizando diferentes tipos de trabalho.
Trabalho é toda atividade realizada pela ação humana com a finalidade de suprir
necessidades. É por meio do trabalho que o ser humano vem, historicamente, se
relacionando com a natureza e transformando as paisagens.
As transformações promovidas pelo ser humano estão diretamente relacionadas
ao conhecimento técnico acumulado por uma sociedade, com o passar dos anos. As
técnicas consistem na aplicação dos conhecimentos desenvolvidos pelas pessoas
nos modos de trabalho ou na criação de ferramentas e de outros instrumentos para
a realização de um trabalho.
Conforme uma sociedade amplia seus conhecimentos e os aplica em novas técni-
cas e instrumentos de trabalho, as transformações nas paisagens são realizadas de
maneiras diferentes, menos ou mais intensas.
29

:57 PM
Orientações gerais
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• Sugerimos a leitura do texto a seguir, que das novas técnicas vemos a substituição de uma nem sistemas de objetos e sistemas sociais. [...]
auxilia na compreensão sobre a relação entre forma de trabalho por outra, de uma configura- A paisagem não é dada para todo o sempre, é
paisagem e técnica. ção territorial por outra. Por isso, o entendimen- objeto de mudança. [...] É uma espécie de marca
Em cada momento histórico, os modos de to do fato geográfico depende tanto do conheci- da história do trabalho, das técnicas. [...]
fazer são diferentes, o trabalho humano vai tor- mento dos sistemas técnicos.
SANTOS, Milton. Metamorfoses do espaço
nando-se cada vez mais complexo, exigindo mu- O homem vai construindo novas maneiras de habitado. 5. ed. São Paulo: Hucitec, 1997. p. 67-68.
danças correspondentes às inovações. Através fazer coisas, novos modos de produção que reú-

29

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Encontro com... História
BNCC
•A integração com o
Estas ilustrações são
componente curricular representações artísticas
de História permite ao
Trabalho e técnica ao longo do tempo
produzidas com base em
pesquisas históricas.
aluno compreender o
processo histórico das As imagens a seguir revelam como o desenvolvimento, cada vez maior, de técni-
transformações das pai- cas e instrumentos de trabalho se refletiu na transformação, também mais intensa,
sagens ao longo do tem- das paisagens terrestres.
po, de que forma ocor-
reram as intervenções
humanas e o uso dos A
recursos da natureza,
dando destaque para a 2 milhões
competência específica
de Geografia 2. de anos
atrás
• A análise e a compa-
ração das imagens, que
apresentam as transfor-
mações em diferentes
tempos por nossos an-
cestrais e pelo ser huma-
no, contemplam o traba-
lho com as habilidades
EF06GE01 e EF06GE02.

Há cerca de 2 milhões de anos, início do período Paleolítico, as atividades desenvolvidas pelos


Homo habilis, ancestrais do ser humano moderno, não implicavam alterações significativas na
natureza, de modo que a transformação do espaço onde viviam era quase imperceptível e
facilmente recuperável pela própria dinâmica natural.

B
Orientações gerais

• Sugerimos a seguir al- 200 mil


gumas questões de con-
dução do tema e explora-
anos atrás
ção das imagens.
> Incentive os alunos a
observarem as imagens,
de modo que percebam
como as técnicas e as
paisagens foram sendo
alteradas ao longo do
tempo.
> Comente que a modi-
ficação das paisagens é
o resultado da evolução
do conhecimento das
Por volta de 200 mil anos atrás, final do período Paleolítico, o ser humano passou a aprimorar e
técnicas com o passar do a desenvolver novas técnicas, ampliando sua defesa e adaptação aos lugares. Nesse período, as
tempo. transformações no espaço geográfico promovidas pelo ser humano passaram a ser mais intensas.
> Observem cada ima-
gem e identifiquem os 30
elementos naturais e os
elementos humanizados.
Esses elementos perma-
necem iguais com o pas- g20_ftd_lt_6vsg_c1_p026a039.indd 30 10/15/18 2:57 PM g20_

sar do tempo? Justifique > Como era a paisagem há 2 milhões de anos? Quais > Resposta: Com o passar do tempo a vegetação que se
sua resposta. elementos mais se destacavam? encontrava em abundância foi dando lugar a pastos, la-
> Resposta: Não, pois vouras e construções.
> Resposta: A paisagem era pouco modificada, com
mesmo que a vegetação
grande presença de vegetação e animais. > Sugira aos alunos que façam um quadro-síntese das
esteja presente em todas as
paisagens, ela se modificou > A partir da análise da sequência de imagens, descreva diferenciações apresentadas nas paisagens. Eles pode-
com o passar dos anos. a evolução da vegetação com o passar o tempo. rão seguir este modelo:

30

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Sugestão de atividade

Capítulo 1
C
As técnicas ao longo
do tempo
11 mil Objetivos
anos atrás • Conhecer o aperfeiço-
amento das técnicas ao
longo do tempo.
a ) Sugira ao professor
de História uma ativida-
de conjunta de pesquisa
utilizando livros e revis-
tas ou a internet. O pro-
fessor de História tam-
bém pode comentar mais
algumas informações
sobre os períodos pré-
-históricos apresentados
nestas páginas.
b) Divida os alunos em
grupos e oriente-os a
Há cerca de 11 mil anos, no início do período Neolítico, o ser humano passou a se organizar buscar informações so-
em comunidades e a desenvolver técnicas mais eficientes que favoreceram o bre técnicas humanas
desenvolvimento da agricultura e a criação de animais, ampliando a produção de alimentos e que foram aperfeiçoadas
criando novas atividades. Nessa fase, inicia-se um período de crescentes e significativas ao longo do tempo.
transformações no espaço geográfico promovidas pelo ser humano. c ) Cada grupo pode ficar
responsável por uma
técnica em especial,
D apresentando as infor-

Ilustração: Flaper
mações em um cartaz,
possibilitando assim um
trabalho com as habili-
Sociedade dades EF06GE01 e
atual EF06GE06. Sugerimos
os seguintes temas para
os cartazes:
> Construção civil e evo-
lução das técnicas de
construção.
> Criação de animais e
evolução da pecuária.
> Agricultura e evolução
das técnicas de plantio.
d) Após a pesquisa, cada
grupo deverá escolher
um aluno que ficará res-
ponsável por comparti-
A sociedade atual é marcada pelo elevado nível tecnológico empregado no desenvolvimento dos lhar as informações em
mais diferentes produtos. A criação de máquinas e equipamentos modernos promoveu o sala de aula. Atividades
aumento da produção nas indústrias, a substituição de imensas áreas de florestas por lavouras como esta possibilitam
e pastagens, o crescimento das cidades, além de dinamizar as relações entre as pessoas. que os alunos desenvol-
vam a competência geral
Fonte: PALMER, Douglas. Evolução, a história da vida. São Paulo: Larousse do Brasil, 2009. p. 221-243.
2 da BNCC, pois, ao fazer
a pesquisa, terão que re-
fletir em grupo quais in-
O trabalho e o uso de técnicas cada vez mais desenvolvidas fazem parte da vida formações são mais im-
do ser humano, desde seus mais antigos ancestrais. portantes, de que forma
vão apresentar, quem
31 será o aluno a apresentar,
entre outras atitudes.

:57 PM g20_ftd_lt_6vsg_c1_p026a039.indd 31
Instrumentos de trabalho Vestimentas 10/15/18 2:57 PM
Moradia
Não havia moradia fixa, utilizando cavernas e árvores
2 milhões de anos Rocha e osso Sem vestimentas
para se abrigar

200 mil anos Fogo e madeira Pele de animais Abrigos utilizando peles de animais e ossos

11 mil anos Rocha lapidada e madeira ‒ machado Tecidos rústicos Casas com materiais mais resistentes, como madeira e palha

sociedade atual Máquina colheitadeira e celular Variedade de tecidos e acessórios Casas e prédios de alvenaria

31

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Orientações gerais
Técnicas e transformações das paisagens
• Para avaliar o conheci-
mento prévio dos alunos, As técnicas, algumas rudimentares, outras mais sofisticadas, possibilitaram às
explore as imagens conti- pessoas transformar as paisagens dos lugares onde viviam e permitiram que a hu-
das na página, incentivan- manidade povoasse grande parte da superfície do planeta.
do os alunos a perceber
Veja nas imagens a seguir algumas paisagens transformadas. Verifique como o
as interferências huma-
nas presentes em cada conhecimento técnico foi importante para que a humanidade ocupasse os mais dife-
uma. Pergunte quais são rentes lugares da Terra.
as razões que movem o
ser humano a promover

Amir Cohen/Reuters/Fotoarena

Prath/Shutterstock.com
as interferências em cada
paisagem mostrada, dei-
xando-os responder oral-
mente. Aproveite também
para questioná-los sobre
os elementos presentes
nessas paisagens e ava-
liar o que compreende-
ram do conteúdo até o
momento.
• Solicite aos alunos que
localizem no planisfério
político, na página 254, os
países apresentados nes-
ta página: Israel, China,
França e Estados Unidos.

A fotografia acima, mostra área irrigada no Vale de Nesta fotografia observamos túnel construído em
Hula, Israel, 2017. Hong Kong, China, 2018.

Stephane ROUSSEL/Alamy/Fotoarena

MaRap/Shutterstock.com
A imagem acima, mostra uma rodovia construída Na fotografia acima, podemos observar a barragem
sobre região montanhosa da França, 2017. de Glen Canyon, construída em um trecho do rio
Colorado no Arizona, Estados Unidos, 2017.

32

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32

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Orientações gerais
Geografia

Capítulo 1
A coexistência de • Para a realização da
em foco técnicas diferentes atividade proposta, pro-
cure orientar os alunos a
Atualmente, em diferentes locais do planeta, tanto as técnicas rudimentares se dividirem em grupos
quanto as mais elaboradas se mantêm na execução de atividades econômicas. para a troca de ideias e
informações. Depois, so-
A existência de diferentes técnicas permite que as ações humanas transformem cialize o debate com to-
de maneira mais ou menos intensa as paisagens. dos os grupos. Verifique
Veja alguns exemplos de técnicas nas imagens abaixo. se os alunos percebem
que diferentes técnicas
podem coexistir durante

smereka/Shutterstock.com
o processo de produção,
ou seja, que técnicas
em diferentes níveis de
avanço tecnológico po-
dem ser utilizadas para
a elaboração de um mes-
mo produto (os exem-
plos podem se referir a
atividades do campo ou
Agricultor arando
a terra com ajuda
da cidade, de preferência
de cavalos em do lugar onde vivem).
Kaluch, Ucrânia,
2017.

Dpa picture alliance/Alamy/Fotoarena

Linha de produção
de automóveis em
Emden, Alemanha,
2017.

Como podemos observar nas imagens acima, algumas atividades são realizadas
por meio de técnicas artesanais, enquanto outras são desempenhadas com o auxí-
lio de técnicas bem mais sofisticadas. No exemplo de Kaluch, Ucrânia, a agricultura
está sendo praticada por meio de técnicas agrícolas rudimentares. Já em Emden,
Alemanha, as indústrias apresentam técnicas sofisticadas, com maquinários mo-
dernos. Desse modo, podemos perceber que em nossa sociedade coexistem dife-
rentes níveis técnicos na execução das mais diversas atividades econômicas.

• Converse com os colegas da sala e identifiquem outras atividades econômicas que


vocês conhecem e que são realizadas por meio de técnicas diferentes.
Veja a resposta da questão nas orientações ao professor.

33

:57 PM Resposta
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• Espera-se que os alunos mencionem a produção de maquinário avançado. Os alunos também podem citar a
alimentos, por exemplo, o macarrão, que pode ser pro- fabricação de objetos de decoração, como vasos de ce-
duzido utilizando-se máquinas com aplicação de tecno- râmica, que em muitos lugares são fabricados em indús-
logia e também pode ser fabricado artesanalmente, ou trias cerâmicas e em outros o oleiro utiliza as mãos para
seja, produzido pelas mãos do ser humano sem o uso de moldar a argila.

33

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O espaço geográfico
BNCC
• Nestas páginas o alu-
no poderá estabelecer
No decorrer de sua evolução, o ser humano tem se relacionado com a natureza
conexões entre os con-
ceitos de lugar, paisagem por meio do trabalho e de seus conhecimentos técnicos, transformando diferentes
e espaço geográfico de lugares e paisagens da Terra.
forma a compreender de Ao transformar lugares e paisagens, o ser humano acaba constantemente cons-
que maneira atuam na truindo e modificando o espaço geográfico.
construção e transfor-
mação do espaço geo- Assim, o espaço geográfico compreende todos os espaços da superfície terrestre
gráfico, conforme orienta que o ser humano ocupa e transforma direta ou indiretamente por meio de sua rela-
a competência específi- ção com a natureza.
ca de Geografia 2.
Desse modo, podemos dizer que o lugar onde moramos e os lugares com os quais
• Por meio do reconheci- nos relacionamos por meio dos produtos que consumimos, por exemplo, fazem par-
mento de que as ativida-
te do espaço geográfico.
des econômicas deixam
marcas na paisagem e Vivemos no espaço geográfico e atuamos em sua construção e transformação,
transformam o espaço como podemos observar nos exemplos das fotografias a seguir.
geográfico, contempla-
-se o trabalho com as

ZUMA Press, Inc./Alamy/Fotoarena


habilidades EF06GE06 e
EF06GE07. Solicite aos
alunos exemplos de ati-
vidades que demonstrem
as relações de consumo
que ocorrem no espaço
geográfico e que o trans-
Extensas áreas de lavoura
formam cotidianamente. são cultivadas para
Incentive-os a refletir atender, sobretudo, à
sobre seu cotidiano para demanda de matérias-
buscar esses exemplos, -primas industriais e
assim pode-se trabalhar alimentícias. Na fotografia
ao lado, podemos
com o tema contempo-
observar colheita de
râneo Educação para o algodão em Xinjiang,
consumo. China, 2017.

Lestertair/Shutterstock.com
O consumo estimula as
indústrias a fabricar novos
produtos e, assim, a utilizar
cada vez mais matérias-
-primas, mantendo a
transformação do espaço
geográfico. Nesta
fotografia, vemos um
supermercado em Madri,
Espanha, 2018.

34

Orientações gerais g20_ftd_lt_6vsg_c1_p026a039.indd 34 10/15/18 2:57 PM g20_

• Ao trabalhar este tema, chame a atenção bre o próprio espaço, intermediados pelos objetos, a paisagem. O espaço contém o movimento. Por
dos alunos para conceberem o espaço geográ- naturais e artificiais. [...] isso, paisagem e espaço são um par dialético.
fico como um produto das relações sociais e A paisagem é diferente do espaço. A primeira Complementam-se e se opõem. Um esforço ana-
lítico impõe que os separemos como categorias
da interação delas com a natureza. O texto a é a materialização de um instante da sociedade.
diferentes, se não queremos correr o risco de não
seguir fala sobre a diferença entre paisagem e Seria, numa comparação ousada, a realidade de reconhecer o movimento da sociedade.
espaço geográfico. homens fixos, parados como numa fotografia. O SANTOS, Milton. Metamorfoses do espaço habitado. São Paulo:
[...] O espaço é resultado da ação dos homens so- espaço resulta do casamento da sociedade com Hucitec, 1988. p. 25.

34

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Orientações gerais

Capítulo 1
Munique Bassoli/Pulsar Imagens
• Aproveite a oportuni-
dade para avaliar a com-
preensão dos alunos,
verificando, desta forma,
se eles percebem a dife-
rença entre paisagem e
A fim de atender às
espaço geográfico. Para
necessidades de moradia e
do desenvolvimento de
isso, sugerimos as ques-
atividades econômicas, tões a seguir.
realizamos transformações > Uma fotografia repre-
no espaço geográfico. Na
senta uma paisagem ou
fotografia ao lado, pessoas
construindo habitações no
o espaço geográfico?
município de Taquaritinga > Resposta: Uma paisa-
(SP), 2018. gem.
> Por que uma fotografia
representa uma paisa-
Paolo Bona/Shutterstock.com

gem?
> Resposta: Porque na
fotografia vemos a mate-
rialização de um instante
As relações sociais que da sociedade relacionan-
estabelecemos
do-se com a natureza.
caracterizam os espaços
onde elas ocorrem. As > Por que não é possível
áreas de lazer, por observar o espaço geo-
exemplo, são construídas gráfico em uma fotogra-
para momentos de
fia?
descanso e convívio social
e fazem parte do espaço > Resposta: Porque o es-
geográfico. Na fotografia, paço geográfico é dinâ-
podemos ver parte do mico, compreende todos
Central Park em Nova York,
os espaços da superfície
Estados Unidos, 2018.
terrestre que o ser huma-
no ocupa e transforma
A Geografia analisa as relações entre sociedade e natureza que se Arqueologia: ciência que direta ou indiretamente
desenvolvem no espaço geográfico. Assim, procuramos compreender estuda aspectos culturais, por meio de sua relação
de antigas sociedades, por
de que forma as relações sociais e as dinâmicas da natureza ocorrem meio de vestígios fósseis e com a natureza e está em
e interagem em diferentes lugares do planeta. Também é importante de construções que constante movimento.
restaram do passado.
observar de que maneira essas ocorrências e interações permanecem
ou não registradas nas paisagens terrestres.
Muitas vezes, ao estudar Geografia, necessitamos do auxílio de outras ciências para
compreender certos aspectos do espaço geográfico. Quando estudamos, por exemplo,
o modo de vida, as técnicas e as características do espaço habitado por nossos an-
tepassados há milhões de anos, buscamos os conhecimentos desenvolvidos pela
Arqueologia.
Portanto, por meio dos estudos geográficos podemos conhecer melhor a realidade
do lugar onde vivemos e como ele se relaciona com outros lugares do espaço geo-
gráfico. Podemos, também, refletir sobre as ações humanas e as transformações que
elas realizam nas paisagens terrestres. E, principalmente, reconhecer qual a nossa
participação na construção e na transformação do espaço geográfico.
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BNCC
• Esta seção possibilita
Explorando
um trabalho com o tema
contemporâneo Diver-
o tema As paisagens e o
sidade cultural. Comen- patrimônio cultural
te com os alunos que o
patrimônio cultural se da humanidade
refere às manifestações
artísticas e culturais de Ao observarmos as paisagens de alguns lugares, podemos não perceber o quanto
diferentes povos e po- da história da Terra e da humanidade elas carregam. Por sua importância, lugares
dem ser tanto materiais como esses são considerados patrimônios culturais ou patrimônios naturais.
(como o centro histórico
Os patrimônios culturais estão ligados à identidade cultural e à memória dos mais
de Salvador e as pirâ-
diversos povos, por preservarem parte de sua trajetória em diferentes momentos históri-
mides do Egito) quanto
imateriais ou intangíveis, cos. Já os patrimônios naturais são formações físicas, biológicas e geológicas que, por
que compreendem as sua relevância estética e científica, precisam ser preservados.
expressões dos modos Veja abaixo alguns exemplos de patrimônios culturais e naturais no Brasil e no mundo.
de vida e tradições dos
povos (como o frevo e
o acarajé). Conhecer e Salvador
valorizá-las é uma forma (BA), 2017.

de manter viva a cultura O centro histórico de Sal


vador
de seu povo, conforme col oni zação
revela muitos traços da
orienta a competência São cas arõ es com
portuguesa.
geral 3 da BNCC. al, ruas de
arquitetura monument
igrejas. Por
• Para conhecer outros moledo (pedra
ânc
s),
ia
mu
his
itas
tór ica, cultural e
bens patrimoniais mate- sua imp ort
erado
riais e imateriais do Bra- arquitetônica é consid
ôni o his tór ico do Brasil.
sil, acesse o site a seguir. patrim

> Instituto do Patrimô-


nio Histórico e Artístico
Nacional (Iphan). Dispo-
nível em: <http://livro.
pro/dndshz>. Acesso
em: 13 set. 2018.

As Cataratas do Iguaçu, localizadas em Foz do


Iguaçu, no Paraná, são uma importante formação
natural. Sua origem decorre de atividades vulcânicas
ocorridas na região, que provocaram o
derramamento de lava em três momentos diferentes
e resultaram em uma estrutura em degraus, por
onde correm as águas do rio Iguaçu. Por conter
belezas naturais, formações geológicas importantes
e abundância de águas, as Cataratas do Iguaçu são
Foz do Iguaçu
(PR), 2017. consideradas patrimônio natural do Brasil.

36

Orientações gerais g20_ftd_lt_6vsg_c1_p026a039.indd 36 10/15/18 2:57 PM g20_

• Para iniciar o tema, explique aos alunos que outros bens a que damos valor e que acom- bens patrimoniais que devem ser reconheci-
cada um tem seu patrimônio junto à família. panham nossa memória afetiva. Os alunos dos como tal e valorizados, por fazerem parte
Por exemplo, uma receita de bolo da avó, uma também possuem seu patrimônio: uma bone- de nossa identidade. Converse com os alunos
fotografia que sua mãe guardou dos seus ca que ganhou da mãe quando era bebê, uma para que eles indiquem o que eles consideram
avós, uma poltrona que seu pai ajudou o pai história que o avô sempre conta, entre outros. como seu patrimônio.
dele a fazer, uma cantiga que seu tio canta Se ampliarmos para o bairro, a escola, a ci-
originada no estado onde ele morava, entre dade... Em todos os lugares vamos encontrar

36

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Orientações gerais

Capítulo 1
• No Brasil existem vá-
rios patrimônios naturais
e culturais como: o Cen-
As pirâmides Qu tro Histórico de Salva-
éops, Quéfren e
Miquerinos estão
localizadas em Giz dor, na Bahia; o Parque
próximo à cidade é,
do Cairo, no Egito
.A Nacional do Iguaçu, no
mais alta, Quéops
, tem 147 metros Paraná; a área de con-
altura e é a maior de
construção maciç servação do Pantanal
feita pelo homem. a
Até hoje, é um e do Cerrado; o Centro
mistério como as
rochas, que pesa Histórico de Diamantina,
média 2500 kg, m em
foram erguidas, há
2500 anos, sem em Minas Gerais; o Par-
o uso de equipam
modernos, como entos que Nacional da Serra
guindastes. Exist
outras pirâmides em da Capivara, no Piauí; as
no Egito e em ou
regiões da África tras paisagens cariocas, no
que foram constru
especialmente pa ídas Rio de Janeiro; as reser-
ra fins funerários.
conta de sua rep Por
resentatividade vas de Fernando de No-
histórica e cultural ronha; as ruínas de São
, as pirâmides sã
patrimônio da hu o
manidade. Miguel das Missões, no
Rio Grande do Sul; entre
Gizé, Egito, 2016.
outros.
• Pelo mundo existem
locais que foram altera-
dos pelos povos locais
em busca de proteção,
produção de alimentos,
espaço para moradia e
trabalho etc. Em razão da
Construída há aproximadamente 500 anos, importância desses lu-
Machu Picchu, a cidade perdida dos incas, revela gares para esses povos,
estruturas muito interessantes, como relógios de eles foram reconhecidos
sol e pequenas salas. Estudos sugerem que a como patrimônios cul-
motivação para a sua construção foi servir de
turais da humanidade.
fortaleza e espaço para dedicação espiritual.
Esses locais, geralmente,
Com a chegada dos espanhóis, os povos incas
foram dizimados e Machu Picchu ficou
são protegidos pelo Es-
escondida por muitos anos. Somente há pouco tado e é importante que
mais de um século, esse patrimônio da a população conheça a
humanidade foi revelado e hoje é um dos locais importância de cada um
mais visitados do mundo. para que, assim, auxilie
em sua conservação.
Machu Picchu,
Veja as respostas das questões nas Peru, 2017.
orientações ao professor.
a ) Analise os patrimônios que estão nas imagens e escreva o que
Stephanie Kenner, totophotos, Pavel Savchuk,

mais lhe chamou a atenção em cada um.


Jess Kraft, MIKHAIL GRACHIKOV e Chinch/
PROMJIAM, Cabeca de Marmore, niroworld,
Fotomontagem de Carmen Martinez. Fotos:

Evikka, Perutskyi Petro, Elena Odareeva,


kataleewan intarachote, BOONCHUAY

b ) Em sua opinião, por que é importante respeitar os patrimônios cul-


turais e naturais?
c) Pesquise outros exemplos de patrimônios culturais ou naturais na
Shutterstock.com

cidade onde você vive e em outros lugares do Brasil ou do mundo.


Registre-os por meio de fotografias ou desenhos e, em seguida,
prepare um cartaz para apresentá-los aos colegas.

37

:57 PM Respostas
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A Resposta pessoal. Neste item o aluno deve B Resposta pessoal. Espera-se que os alu- C Resposta pessoal. O aluno deverá dispor
analisar as fotos e escrever sobre o que mais nos mencionem que eles possuem importân- em uma cartolina fotos que considerar im-
lhe chamou a atenção. Valorize as opiniões cia ligada à identidade, estética, ciência, an- portantes para apresentar aos colegas, expli-
pessoais, os diferentes pontos de vista etc. tropologia e à memória de diversos povos. cando por que escolheu aquela imagem e o
Como são raros e não existem outros exem- que ela representa.
plares iguais, devem ser preservados.

37

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Sugestão de atividade Atividades 1. Sim, pois as paisagens estão em constantes transformações causadas
tanto pela ação da natureza como pela ação humana. Essas transformações
Resgatando o passa- podem ocorrer em ritmos diferentes, ou seja, lentamente ou rapidamente.
2. As paisagens são constantemente modificadas pela ação do trabalho humano, e as
do nas paisagens técnicas utilizadas nesse trabalho também estão em constante desenvolvimento. Por conta
3. O espaço
Objetivos geográfico Exercícios de compreensão disso, o ser humano tem alterado de maneira mais intensa as
paisagens terrestres.
corresponde a todos
• Investigar as transfor- os espaços da 1. Podemos afirmar que as paisagens 4. Podemos afirmar que a velocidade
mações das paisagens superfície terrestre
ocupados e são constantemente modificadas e com que a dinâmica da natureza trans-
por meio de entrevistas. transformados em ritmos diferentes? Justifique forma as paisagens terrestres é sem-
• Compreender por que direta ou
indiretamente pelo sua resposta no caderno. pre igual? Justifique sua resposta.
as paisagens são trans- ser humano, por
formadas. meio de sua 2. Explique a relação entre trabalho, 5. Por que é importante preservar nas
relação com a
Materiais natureza. técnica e transformação das paisa- paisagens atuais alguns elementos
• caderno 4. Não. Enquanto gens.
algumas
culturais construídos em diferentes
• lápis paisagens são 3. Explique o que é espaço geográfico. tempos históricos?
Essas marcas nas paisagens contam um pouco
• borracha transformadas
em poucos minutos, quando, por exemplo, ocorre um da história e do modo de vida das pessoas que
• gravador portátil ou terremoto,
outras ações
Geografia no contexto
fizeram parte desses lugares.
telefone celular (se pos-
podem levar
sível) milhares de anos 6. Observe as imagens a seguir. Elas retratam a praia de Botafogo e o morro do Pão
Procedimento para revelarem de Açúcar, na cidade do Rio de Janeiro, em dois momentos históricos diferentes.
uma alteração
• Proponha aos alunos na superfície
A

Marc Ferrez/Coleção Gilberto Ferrez/Acervo Instituto Moreira


Salles, São Paulo
que convidem um antigo terrestre, por
exemplo,
morador do bairro onde a formação dos
moram para uma entre- cânions.
visite

vista sobre as transfor- Visita ao


mações ocorridas nas museu
paisagens do bairro. Com o professor

• Auxilie os alunos na
e os colegas,
organizem uma
elaboração prévia das visita ao museu
questões para a entrevis- ou à prefeitura de
sua cidade a fim
ta. Veja sugestões: de verem o
> Há quanto tempo você acervo de
fotografias
reside no bairro?
históricas. Nesse
> No passado, como caso, observem Praia de Botafogo e, ao fundo, o Pão de Açúcar, no Rio de Janeiro (RJ), 1980.
eram as construções que como eram as
paisagens da
predominavam no bairro? cidade e
B

Chico Ferreira/Pulsar Imagens


> Quais elementos do comparem com
a paisagem atual.
passado permanecem na
Ao final,
paisagem atual? conversem sobre
> Quais eram os lugares as transformações
que ocorreram nas
de uso coletivo, como paisagens e depois
praças e escolas? produzam um
> Como funcionavam os relatório sobre
esse aspecto.
serviços básicos, como
abastecimento de água e
energia elétrica?
> Como eram os estabe-
lecimentos comerciais? Praia de Botafogo e, ao fundo, o Pão de Açúcar, no Rio de Janeiro (RJ), 2018.
> Qual é a principal di-
ferença entre o modo de • Comparando as imagens acima, identifique, no caderno, quais alterações foram
vida das pessoas naque- realizadas pelo ser humano, observadas na imagem B.
la época e atualmente? A construção de aterro na base do morro do Pão de Açúcar, prédios e casas e a ocupação dos morros.
• Oriente os alunos a 38
anotarem no caderno as
respostas do entrevista-
do ou a verificarem se ele
permite que a entrevista g20_ftd_lt_6vsg_c1_p026a039.indd 38 10/15/18 2:57 PM g20_

seja gravada. Orientações gerais

• Em sala de aula, peça • Para realizar a visita ao museu ou à prefeitura munici- de aula, estabeleça as regras de comportamento e os ob-
aos alunos que apresen- pal, lembre-se de agendar com antecedência e visitar o jetivos do trabalho de campo.
tem sua entrevista, ex- local antes para verificar a disponibilidade dos materiais • Para a produção do relatório, aponte aos alunos o que
plicando transformações necessários e a infraestrutura. Providencie os termos de deverá constar a respeito das transformações das paisa-
ocorridas nas paisagens autorização a serem encaminhados aos pais e, em sala gens retratadas nas fotografias.
do lugar onde vivem.

38

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7. Leia o depoimento a seguir. Depois, responda às questões no caderno. Orientações gerais

Capítulo 1
[...] • Para enriquecer o
questionamento propos-
Outro dia, caminhando para o viaduto do Chá, observava to na questão b da ativi-
como tudo havia mudado em volta, ou quase tudo. O Teatro dade 7, os alunos podem
Municipal repintado de cores vivas, ostentava sua qualidade fazer uma pequena en-
trevista com algum mo-
de vestígio destacado do conjunto urbano. Nesse momento rador antigo do bairro.
descobri, sob meus pés, as pedras do calçamento, as mesmas Entretanto, oriente-os a
que pisei na infância. Senti um grande conforto [...]. estarem acompanhados
dos pais ou responsá-
As pedras resistiram e em íntima comunhão com elas os
veis. Se houver possi-
meninos brincando nos lances da escada [...]. bilidade, convide algum
BOSI, Ecléa. Memória e sociedade: lembranças de velhos. morador antigo do bair-
São Paulo: Companhia das Letras, 1999. p. 444.
ro da escola para ir até
a ) Quais elementos da paisagem permaneceram ao longo do tempo? a classe e responder às
Elementos culturais, ou seja, o teatro e o calçamento. perguntas dos alunos
b ) No lugar onde você mora, existe algum elemento natural ou cultural que re- sobre a paisagem antiga.
sistiu às transformações da paisagem ao longo do tempo? Caso você não sai-
ba identificar esses elementos, pergunte a algum morador mais antigo do
bairro. Depois escreva no caderno suas observações. Resposta pessoal.

Pesquisando
8. Realize uma pesquisa sobre alguma situação ocorrida próximo de onde você vi-
ve que esteja de acordo com a seguinte afirmação:

O espaço geográfico é constantemente


transformado e construído pela sociedade.

• Depois descreva no caderno o resultado da sua pesquisa.


Resposta pessoal. Verifique se a pesquisa elaborada pelos alunos está coerente com a atividade proposta.

Refletindo sobre o capítulo


Agora que você concluiu o estudo deste capítulo, reflita sobre os temas nele apresentados.
Faça uma autoavaliação do seu aprendizado a partir das afirmações a seguir.
• Em nosso planeta existem muitos lugares além daqueles que frequentamos diariamente.
• Diariamente, nos relacionamos com lugares próximos e distantes de onde vivemos.
• A paisagem compreende tudo aquilo que podemos observar em um lugar, em um dado
momento.
• As paisagens são transformadas constantemente pela ação da natureza e pela ação hu-
mana.
• O ser humano transforma as paisagens por meio de seu trabalho.
• Atualmente, técnicas rudimentares e sofisticadas coexistem, porém não estão distribuídas
igualmente no espaço.
• O espaço geográfico corresponde a toda porção da superfície terrestre onde o ser huma-
no, geralmente em sociedade, se relaciona com a natureza.

39

:57 PM
Refletindo sobre o capítulo
g20_ftd_lt_6vsg_c1_p026a039.indd 39 10/15/18 2:57 PM

• Esta seção tem o intuito de propor uma re- alunos solicitando-lhes que realizem a proposta • Avalie se os alunos desenvolveram as ha-
flexão. Leia com os alunos as informações e de autoavaliação. Explique-lhes que, caso não bilidades indicadas no decorrer deste capí-
promova uma conversa sobre os temas. Esse tenham compreendido alguma das afirmações, tulo. Se necessário, verifique a necessidade
é um bom momento para identificar possíveis é importante que o professor seja informado de utilizar outras estratégias de aprendiza-
dúvidas dos alunos. para que possa retomar o conteúdo correspon- gem para que as habilidades e os objetivos
• Estimule a autonomia na aprendizagem dos dente e sanar as deficiências na aprendizagem. sejam alcançados.

39

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Objetivos do capítulo ítulo
Cap
• Compreender
Cartografia e
que a
Cartografia consiste na
arte ou técnica de elabo-
rar mapas.
• Perceber que a locali-
zação espacial é uma ne- representação do
espaço geográfico
cessidade do ser huma-
no há milhares de anos.
• Verificar que as novas
tecnologias possibilitam
representações cada vez
mais precisas da superfí-
cie terrestre.
• Compreender o que
são mapas e como são Shutterstock.com
Ingus Kruklitis/

produzidos.
• Verificar a diferença
entre globos terrestres e
planisfério.
• Reconhecer a maquete
como uma representação
tridimensional do espaço.
• Identificar os diferentes
pontos de vista (horizon-
tal, oblíquo e vertical) e
compreender que o mapa
é fruto da visão vertical.
• Reconhecer o uso dos
pontos de referência pa-
ra a localização espacial.
• Exercitar o uso dos
pontos cardeais para se
orientar no espaço (rosa
dos ventos, bússola).
• Identificar paralelos e
meridianos, latitudes e
longitudes.
• Reconhecer as coorde-
nadas geográficas como
uma técnica de orienta-
ção e localização espacial.
• Compreender o que
são convenções carto-
gráficas.
• Constatar que a escala
cartográfica estabelece
a relação de proporção Jovem consultando
entre o espaço real e a um mapa em um
ponto turístico de
representação.
Macau, China, 2017.

40

Orientações gerais g20_ftd_lt_6vsg_c2_p040a047.indd 40 10/15/18 3:03 PM g20_

• Para explorar a foto em que o jovem observa descrevam para os colegas da sala como foi a ve para a sala de aula alguns mapas antigos
o mapa, incentive os alunos a relatarem oral- situação. e promova uma conversa sobre as mudanças
mente se já passaram por uma situação em • Se possível, leve um mapa da cidade para a sala nas técnicas de representação cartográfica,
que estiveram acompanhados de algum adul- de aula a fim de que os alunos o observem. Orien- como o traço e o tipo de papel, e sobre os ele-
to que precisou recorrer à observação de um te-os a encontrar no mapa a localização da escola. mentos presentes na legenda. Procure esses
mapa para definir seu destino. Peça-lhes que mapas em sites, revistas ou livros.
• Como outra opção para essa atividade, le-

40

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BNCC
Neste capítulo, você vai conhecer diferentes • Os temas trabalhados
representações cartográficas do espaço terres- neste capítulo favore-
tre e como elas foram aprimoradas até os dias cem uma abordagem da
atuais. Também vai perceber como o conheci- habilidade EF06GE08.
Comente com os alunos
mento cartográfico está presente em várias si-
que, com base nos ma-
tuações do nosso cotidiano. pas, é possível calcular
Representação cartográfica: representação da configuração distâncias entre diferen-
do espaço terrestre, elaborada por meio de mapa, globo tes lugares no planeta
terrestre, carta e planta.
Terra, utilizando-se de
sua escala.

Coleção particular
• O conteúdo trabalha-
do na imagem da pági-
na favorece abordagens
das competências gerais
1, 2 e 4 da BNCC, pois
a imagem de abertu-
ra apresenta um turista
procurando localizar-se
por meio de um mapa,
utilizando seus conhe-
cimentos geográficos e
estabelecendo conexões
sobre sua realidade, de-
senvolvendo seu pensa-
mento espacial através
do uso de uma repre-
sentação cartográfica,
ou seja, utilizando-se de
uma linguagem específi-
ca em sua vivência.

Orientações gerais

• Peça para os alunos


Gravura de cartógrafo produzida por observarem com aten-
Martin Engelbrecht, 1740. ção a imagem menor.
Veja as respostas das questões nas Chame a atenção deles
orientações ao professor. para a alguns detalhes
A Que tipo de representação cartográ-
na imagem, tais como
fica a pessoa da fotografia ao lado
as vestimentas da época
está observando?
e os homens que estão
B Quais representações cartográficas no segundo plano. É im-
são mostradas na gravura acima? portante que percebam
C Você já utilizou algum tipo de repre- que a cartografia e a re-
sentação cartográfica em seu dia a presentação cartográfica
dia? Qual? Ela auxiliou você em quê? nos remetem a tempos
bem antigos.
D Converse com os colegas da sala
sobre a importância das representa-
ções cartográficas.

41

:03 PM Respostas
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A É importante o aluno perceber que a repre- eles em que a representação cartográfica foi dos. Oriente-os no decorrer da conversa, con-
sentação cartográfica é um mapa. essencial. Eles podem citar, por exemplo, a uti- duzindo a adequada manifestação de cada um.
lização de um mapa, planta e globo terrestre. Eles podem exemplificar o uso das represen-
B Globo terrestre e um mapa fixado na parede.
D Resposta pessoal. Verifique se as conside- tações em atividades cotidianas, como encon-
C Resposta pessoal. Incentive os alunos a ex- rações dos alunos estão coerentes com a ativi- trar um lugar, ou o uso por profissionais como
porem para a turma a situação vivenciada por dade proposta. Estimule a participação de to- taxistas ou engenheiros e arquitetos etc.

41

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Orientações gerais

•O tema Cartografia:
Cartografia: dos antigos registros à
dos antigos registros à
atualidade traz uma li-
atualidade
nha do tempo marcada As representações da superfície terrestre fazem parte da vida do ser humano há
com diferentes repre- milhares de anos, antes mesmo da escrita. Diferentes povos, no passado, como ba-
sentações cartográficas bilônios, egípcios, chineses e maias, já tinham o hábito de representar o espaço onde
produzidas pelo ser hu- viviam, os percursos de caça, os trajetos dos rios, os territórios conquistados, entre
mano. Chame a atenção
outros. Para isso, utilizavam materiais disponíveis na época, como argila, conchas,
dos alunos para o fato de
que as técnicas mais mo- pedaços de madeira, que podiam ser fixados nas paredes das cavernas ou em tron-
dernas, como a captura cos de árvores.
de imagens da Terra por
Ao lado, pinturas rupestres

Parque Nacional Cavernas do Peruaçu, Januário/Andre


Dib/Pulsar Imagens
satélites, surgiram muito representando seres humanos e
recentemente, em rela- animais em cena de caça,
ção ao tempo registrado registradas, aproximadamente, há
na linha do tempo. 10 mil anos, no município de

• Tire eventuais dúvidas Januária (MG), 2017.

que apareçam quanto à


linha do tempo (termos, Além do espaço em que viviam, os povos
sua disposição nas pá- antigos representavam suas explicações
ginas, a linearidade do sobre fenômenos da natureza e cenas
do convívio em sociedade. Essas
tempo histórico etc.).
representações, como as pinturas
• Comente com os alu- rupestres, eram repletas de mitos e
nos que, além das repre- expressavam as crenças desses povos.
sentações da superfície
terrestre mostradas nas
páginas 40 e 41, existem
outras, produzidas pelo
homem ao longo do tem-
po, as quais se utilizam 6000 a.C. 5500 a.C. 5000 a.C. 4500 a.C. 4000 a.C. 3500 a.C. 3000 a.C. 2500 a.C. 2000 a.C.
de inúmeras técnicas e
materiais.

Integrando saberes
• A linha do tempo re- rio Norte
presentada nessas pági-
nas permite um trabalho Uma das representações
em conjunto com a disci- cartográficas mais antigas
plina de História. de que se tem registro foi
Science Source/Fotoarena

montanhas
• Converse com o pro-
encontrada na região da
Mesopotâmia, onde hoje
fessor dessa disciplina se localiza o Iraque. Trata-se
sobre a possibilidade de de um mapa conhecido
uma atividade em con- por Ga-Sur, produzido em
junto para trabalhar a uma pequena placa de
análise da linha do tempo. Leste argila cozida, entre os
Oeste anos 2400 e 2200 a.C.
•É possível comparar
o período representado
com o período de um ano,
Acredita-se que o Ga-Sur, ao lado, representa aspectos
a fim de facilitar a com-
que caracterizam a região onde foi encontrado.
preensão de noções mais
abstratas de períodos de
tempo tão extensos, para 42
uma referência comum e
mais concreta ao aluno.

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42

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Ao longo do tempo, a necessidade crescente de se registrar áreas da superfície Orientações gerais

Capítulo 2
terrestre fez o ser humano desenvolver e aprimorar as técnicas de representação do • Aproveite as imagens
espaço. Estudos e descobertas realizados por diversos povos, como chineses, árabes expostas no livro para
e europeus, contribuíram para que essas técnicas se tornassem cada vez mais ela- explicar a questão tem-
boradas. Todo esse movimento levou à evolução da Cartografia, que consiste em um poral a partir dos ma-
conjunto de técnicas e métodos científicos e artísticos para elaborar mapas. pas. Oriente-os a colo-
car os mapas expostos
em ordem cronológica e
propor – a partir das ca-
racterísticas observáveis

Museu Marítimo Nacional, Londres, Inglaterra


Entre os séculos XV e XVI,
quando os europeus promoveram dos mapas – justificati-
as Grandes Navegações, as vas para suas opiniões/
representações cartográficas
respostas.
passaram por importantes
avanços. Nesse período, os • Enumere as imagens
participantes dessas viagens de escrevendo na lousa da
exploração necessitavam de seguinte forma: 1- pin-
mapas cada vez mais precisos
tura rupestre; 2- ma-
das rotas oceânicas e das terras
conhecidas. As descrições das pa Ga-Sur; 3- mapa de
rotas e das terras recém- Francesco Rosseli; 4-
-descobertas foram essenciais imagem de satélite, para
para que os novos mapas orientar os alunos na lei-
passassem a representar a
tura da ordem cronológi-
superfície do planeta com mais A representação cartográfica acima, produzida pelo pintor italiano
detalhes e precisão. Francesco Rosselli, 1508, representa um dos mais importantes mapas ca da linha do tempo.
elaborados nessa época. • Explore as imagens
(mapas) explicando que
nossa civilização há mui-
to tempo se orienta por
meio de representações,
independente das tecno-
logias que existiam dis-
1500 a.C. 1000 a.C. 500 a.C. 0 500 d.C. 1000 d.C. 1500 d.C. 2000 d.C. poníveis em cada época.
• Comente sobre as
Grandes Navegações e
sobre o período mercan-
NASA

No decorrer do século XX, tilista, exaltando o mapa


várias inovações tecnológicas como um instrumento
foram incorporadas à
essencial na organização
Cartografia, como fotografias
aéreas e imagens de satélite.
e transformação de nos-
Desse modo, é possível notar sa história, além de estar,
um aprimoramento das atualmente, em constan-
técnicas cartográficas. te evolução técnica em
Nos dias de hoje, podemos busca do aprimoramento
encontrar variados tipos de
das informações que ne-
representações bem
detalhadas e fidedignas em
le são representadas.
relação ao espaço e às • Pergunte se eles se
informações representadas. orientam por meio de
Observando a imagem do planisfério acima, de 2018, podemos verificar
mapas em seu dia a dia.
como a superfície terrestre pode ser representada de maneira detalhada
com base em imagens de satélite.
Dê ênfase novamente à
questão da representação
Grandes Navegações: viagens ultramarinas (transoceânicas) realizadas principalmente por cartográfica, associando
portugueses e espanhóis, aproximadamente entre os séculos XV e XVI. A busca por especiarias, os dados e as informa-
metais preciosos e conquistas territoriais motivou os europeus a fazer essas expedições. ções contidos no mapa
como uma representação
43 de uma dada realidade.

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43

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BNCC
• Esta seção favore-
Cartografia e tecnologia
ce uma abordagem da O uso de novas tecnologias na Cartografia tem possibilitado a produção de repre-
competência específi- sentações cartográficas cada vez mais sofisticadas e precisas, assim como o aprimo-
ca de Geografia 4, pois ramento e o desenvolvimento de instrumentos de localização, orientação e registro
apresenta aspectos que
têm permitido ao ser humano representar a superfície terrestre com mais eficiência.
abordam a interface ca-
da vez mais constante de A utilização desses equipamentos altamente sofisticados tem se tornado impres-
cartografia e tecnologia. cindível não apenas para o trabalho dos cartógrafos, mas também para outros pro-
Nesse momento é im- fissionais ligados às ciências da Terra, como os geógrafos e os geólogos, que, com
portante destacar alguns esses recursos, obtêm informações bem mais detalhadas da superfície do planeta.
elementos que fazem
parte das novas tecnolo- Fotografias aéreas
gias em Geografia, ou se-
ja, as geotecnologias. O As fotografias aéreas são imagens de uma determinada área da superfície terres-
satélite é um desses pro- tre obtidas por meio de sensores geralmente instalados em aeronaves.
dutos tecnológicos. Por
Seu uso na produção de representações cartográficas mais aperfeiçoadas, desde
meio de imagens de sa-
o início do século XX, ocasionou uma revolução na produção dessas representações.
télites, a realidade da re-
presentação cartográfica
se alterou totalmente.
Atualmente, dispomos
de acesso a informações
Digital Globe/
Google Earth

sobre inúmeros luga-


res com uma exatidão
e clareza jamais vistas.
Muitas contribuições no
sentido do melhoramen-
to das fotografias aéreas
também foram obtidas.

Orientações gerais

• Aproveite os aspectos
ilustrativos das páginas,
explorando a fotografia
aérea com os alunos e ex-
plicando e associando-a à
ilustração da página 45.
• Talvez a imagem aérea
exposta nas páginas se-
ja o primeiro contato de
seu aluno com tal repre-
sentação. Explore a ima-
gem, identificando ruas,
edificações ou vegetação
e pontos como os carros
ou mesmo outros aspec-
tos que eles destacarem.
Fotografia aérea do
município de Taboão
da Serra (SP), 2018.

44

Sugestão de atividade Mapa mental


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Objetivos a ) Separe a turma em grupos que morem na c ) Proponha que construam uma rota (mapa
• Conhecer uma fotografia aérea e seus detalhes. mesma localidade (proximidade e semelhan- mental) entre a casa deles e a escola.
ça de rotas entre a escola e a casa). d) Peça que indiquem os pontos de referência
• Associar a foto ao seu cotidiano, construin- b) Peça que observem atentamente a fotografia que consideram mais importantes nesse ca-
do um mapa mental.
aérea do livro. Oriente-os a anotar no caderno minho.
Para desenvolver esta atividade, proponha detalhes (pontos de referência, por exemplo) e ) Solicite que expliquem oralmente as rotas
aos alunos o seguinte: que achem importantes para sua realidade. que construíram para a turma toda.

44

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Esse recurso propiciou a análise, em conjunto, dos diferentes elementos existentes Orientações gerais

Capítulo 2
no espaço geográfico, como rios, plantações, construções, rodovias, entre outros. • Retome brevemente a
Além disso, permitiu a elaboração de mapas mais completos e com informações questão da linha do tem-
mais pertinentes aos estudos dos espaços representados. po dos mapas.
• Localize essas repre-
Google Maps
sentações mais moder-
nas na linha do tempo.
Registro de fotografias aéreas Na internet, você pode encontrar sites de
pesquisa, como o Google Maps, que disponibilizam,
gratuitamente, mapas e imagens de satélites.
• Explique que as novas
tecnologias da informa-
Acessando sites como esse, você pode visualizar e
Fonte: IBGE. Atlas localizar diferentes partes do mundo. O Google ção geográfico-cartográ-
geográfico escolar.
Maps pode ser acessado pelo endereço eletrônico: fica estão baseadas nas
Gilberto Alicio

7. ed. Rio de Janeiro,


2016. p. 27. <http://livro.pro/qf5u64>. fotografias aéreas (mais
Acesso em: 24 jul. 2018. antigas) e nas imagens
*Resposta pessoal. Os alunos poderão citar ruas, rodovias,
plantações, rios, edifícios, casas, entre outros. de satélite (atuais), que
serão trabalhadas nas
As fotografias aéreas são obtidas por páginas posteriores.
meio de uma câmera fotográfica
especial, denominada
• Comente com os alu-
aerofotogramétrica, instalada na nos que, no Brasil, o
parte inferior de aviões, como órgão responsável por
mostra a ilustração ao lado. pesquisas relacionadas
As fotografias são obtidas com à ciência e tecnologia, na
intervalos de distâncias de acordo
área espacial e no am-
com o objetivo que se tem com elas.
biente terrestre, chama-
-se Inpe (Instituto Nacio-
nal de Pesquisas Espa-
ciais), o qual tem insta-
lações em diversas áreas
do território brasileiro.
• Compare o trabalho
sugerido sobre mapas
mentais com bases car-
tográficas profissionais e
digitalizadas, explorando
as diferenças entre pro-
duzir uma representação
cartográfica à mão e em
numa plataforma digital,
acessando previamente
o site do Inpe (Instituto
Nacional de Pesquisas
Espaciais) Disponível em:
<http://livro.pro/beywtn>.
Acesso em: 13 set. 2018.

• Imagine que fotografias aéreas fossem


tiradas do bairro onde você vive. Conte
aos colegas o que poderia ser visualiza-
do nas imagens fotografadas.*

45

Orientações gerais
:03 PM g20_ftd_lt_6vsg_c2_p040a047.indd 45 10/15/18 3:04 PM

• O texto a seguir contribui para entender Imagens de satélite e sua distribuição imagens do CBERS-2 (Satélite Sino-Brasileiro de
melhor a política de acesso de dados espaciais A política de dados pelo Brasil tem sido refe- Recursos Terrestres). Atualmente, as imagens
no Brasil. As imagens são disponibilizadas de rência mundial na área de Observação da Terra. do satélite CBERS-4 são fornecidas sem custo
forma gratuita, utilizando um satélite brasilei- A distribuição gratuita através da internet co- para qualquer usuário no mundo.
meçou em 2004, através do portal do Instituto BRASIL. Agência Espacial Brasileira. Disponível em: <http://
ro, em parceria com a China. www.aeb.gov.br/servicos/imagens-de-satelites/>. Acesso em:
Nacional de Pesquisas Espaciais (INPE), com as 13 set. 2018.

45

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Orientações gerais
Imagens de satélite
• Semelhante ao que
As imagens de satélite são obtidas pela técnica do sensoriamento remoto e têm a
foi proposto com a foto-
grafia aérea, estimule os finalidade de obter informações a respeito da superfície terrestre. Por meio do sen-
alunos a observarem a soriamento remoto é possível captar imagens de grandes extensões e acompanhar
imagem de satélite. as alterações que possam ocorrer nessas áreas, uma vez que as informações sobre
• Nesse caso, alguns um mesmo local são obtidas pelos sensores e registradas diversas vezes em inter-
pontos estão indicados. valos que podem variar entre algumas horas e alguns dias.
Comente as diferenças Desse modo, com o uso do sensoriamento, é possível elaborar diferentes tipos de
visuais que observam na
mapas, identificar regiões de florestas em processo de desmatamento, analisar as
diferenciação entre área
agrícola, área urbana, rio,
condições meteorológicas e visualizar as áreas urbana e agrícola nos municípios, co-
cobertura vegetal e bar- mo podemos observar na imagem a seguir.
ragem da represa.
• Mostre que informa-
ções como essas estão
localizadas e são expres-
sas em formatos e tons
de cores diferentes (li- área agrícola
nhas ou áreas).
• Pergunte aos alunos
as principais diferenças e
semelhanças entre uma
fotografia aérea e uma
imagem de satélite. Ape-
sar de os dois exemplos
estarem em escalas dife-
rentes, é esperado que os
alunos percebam que as
duas representações es-
tão sendo vistas de cima,
ou seja, verticalmente.
• Aproveite a oportuni-
dade e comente com os área urbana
alunos sobre a impor-
tância do emprego de
tecnologia e utilização de
instrumentos modernos
na elaboração de mapas.

A imagem de satélite mostra parte do


município de Itumbiara (GO), 2018.
Nela, é possível visualizar elementos
naturais e culturais que compõem a
paisagem conforme as indicações.

46

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Sensoriamento remoto Orientações gerais

Capítulo 2
• No trabalho com a
Fonte: FLORENZANO, Teresa
página 47 você po-
Galloti. Imagens de satélite de começar a abordar
para estudos ambientais.
questões que envolvam

Leonardo Mari
São Paulo: Oficina de Textos,
2002. p. 9. a captação e o tratamen-
to de dados relativos às
imagens, ou seja, o sen-
soriamento remoto.
• Oriente os alunos a fa-
zer a leitura da imagem
destacada na parte su-
perior da página.
• Reproduza para os
alunos o vídeo educativo
do site Sensoriamento
Remoto. Inpe (Instituto
Nacional de Pesqui-
sas Espaciais). Dispo-
nível em: <http://livro.
Os raios solares chegam à superfície terrestre. Aqueles pro/4dpc8d>. Acesso
que não são absorvidos são refletidos pelos diferentes
em: 13 set. 2018.
elementos que compõem a superfície terrestre, como
casas, rodovias, vegetação, rios, formas de relevo e
cultivos agrícolas. Por meio de sensores colocados em Material audiovisual
satélites artificiais, que estão orbitando a Terra, é
possível captar a energia refletida pelos elementos da • Esse material audiovi-
superfície terrestre e usá-la para compor as imagens de sual apresenta um pano-
satélite, que irão auxiliar no mapeamento e no estudo rama do sensoriamento
de fenômenos que ocorrem na Terra. remoto, desde o espectro
eletromagnético até os
diferentes tipos de sen-
cobertura vegetal sores, colaborando tanto
para a introdução da te-
mática junto ao aluno co-
rio
mo para sua ampliação.

Digital Globe/Google Earth


barragem Satélite artificial:
da represa equipamento fabricado pelo
ser humano, lançado ao
espaço e colocado em órbita
do Sol, de um planeta e até
mesmo de outro satélite
artificial. Esse tipo de
satélite, geralmente, é
utilizado como instrumento
de captação de informações
para pesquisas científicas e
como parte do sistema de
telecomunicações.
Órbita: trajetória realizada
por um corpo celeste, como
um satélite ou um astro, em
torno de outro.

47

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Orientações gerais Atividades
• Na atividade 1, por se
tratar de uma temática
ampla, resgate os sabe- 1. Cartografia pode ser definida como um conjunto de técnicas,
2. Resposta Exercícios de compreensão métodos científicos e artísticos para se elaborar mapas.
res anteriores do capítu- esperada: as
lo listando os seguintes representações 1. Com base no que você estudou, defina, no caderno, o que é Cartografia.
eram
conceitos que dão sen- elaboradas
tido à grande área que 2. Dê um exemplo de como eram realizados os primeiros registros cartográficos
com materiais
é a Cartografia: repre- como argila, produzidos pelo ser humano.
conchas e
sentação cartográfica, pedaços de 3. De acordo com o que você estudou, podemos afirmar que o desenvolvimento
sensoriamento remoto, madeira, que
podiam ser tecnológico tem contribuído de maneira significativa para a evolução da Carto-
convenções cartográfi-
fixados nas grafia? Justifique sua resposta. Possível resposta: sim, porque o emprego de novas tecnologias na
cas, fotografia aérea e paredes de Cartografia tem possibilitado a produção de representações
imagem de satélite. cavernas ou cartográficas cada vez mais sofisticadas e precisas.
• Quanto ao mapa refe-
em troncos Geografia no contexto
de árvores.
rente à atividade 4, asso- Esses mapas 4. O mapa abaixo foi produzido em 1725 por John Senex. Compare-o com o mapa
cie a observação visual, representavam
o espaço onde de Francesco Rosselli, mostrado na página 43, e responda às questões a seguir
expondo características foram
elaborados e,
no caderno.
gráficas, tais como co-
muitas vezes,

John Senex/Coleção particular


res, traços, áreas, linhas continham
e pontos, para facilitar elementos
a resolução da ques- míticos do
período e local
tão, além das referências em que foram
geográficas (localização e confeccionados.
orientação) associadas
às questões tecnológicas
já abordadas.
• Leve um planisfério
para a sala de aula para
que os alunos possam vi-
sualizar a representação
atual da América do Sul.
• Para uma melhor com-
preensão sobre a Car-
tografia e sua história,
assista ao vídeo indicado
a seguir: História da Car-
tografia. Youtube. Dis-
ponível em: <http://livro. a ) Quais são as principais diferenças entre essas representações cartográficas?
pro/iychv3>. Acesso em: b ) Que mapa representa a América do Sul de forma mais precisa?
13 set. 2018. O mapa de John Senex, de 1725.
4. a) As c ) Cite um exemplo de recurso tecnológico utilizado na produção de mapas na
principais
diferenças atualidade. Possíveis respostas: fotografia aérea e sensoriamento remoto.
estão nas
formas dos 5. A seguir são apresentadas situações em que o emprego de inovações tecnológicas e
continentes
representados de instrumentos sofisticados na Cartografia se tornou imprescindível para a obtenção
em cada mapa. de resultados mais precisos da superfície da Terra. De acordo com o que você estudou,
Os alunos
podem identifique que recurso tecnológico está sendo empregado em cada um dos casos:
detalhar a a ) Uma organização não governamental (ONG) faz o monitoramento da Mata
indicação
dessas Atlântica por meio de um sistema de alta tecnologia. Esse sistema utiliza in-
diferenças com formações de sensores instalados em satélites artificiais localizados a quilô-
o nome dos
continentes. metros de distância da Terra. Sensoriamento remoto.
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b ) Luísa está fazendo um trabalho escolar e precisa identificar o uso do solo em Orientações gerais

Capítulo 2
seu município. Para isso, está utilizando imagens obtidas com câmeras foto- • No trabalho com a
gráficas especiais instaladas em aviões. Fotografias aéreas. atividade 6, aproveite o
estudo já realizado a res-
6. Observe a imagem de satélite a seguir de uma área localizada em Sacramento, peito da imagem de sa-
no estado da Califórnia, Estados Unidos, 2018. No caderno, identifique os ele- télite na página 46 a fim
mentos indicados pelas letras. A: rio; B: área agrícola; C: área urbana. de explorar esse rcurso.
Retome com os alunos
tal trabalho e, ainda ten-
do dúvidas, ajude-os a

Landsat/Copernicus/Google Earth
resolver a questão.
• Na atividade 7 faça
uma leitura comparti-
lhada em voz alta com os
A
alunos. Dê condições pa-
ra eles efetuarem a pes-
quisa, solicitando uma
pesquisa prévia para,
então, executar o estudo
em sala de aula.

Pesquisando
7. Leia o texto a seguir.

Monitoramento inteligente por satélite


projeta produtividade da colheita
Tecnologia promete localizar pragas, identificar áreas mais e menos fér-
teis, prever quanto a safra vai produzir, além de gerar comparativos entre
cultivos anteriores e atuais.
Canal Rural, 22 out. 2017. Disponível em: <canalrural.uol.com.br/noticias/agricultura/monitoramento-inteligente-por-
satelite-projeta-produtividade-colheita-69449/>. Acesso em: 9 jul. 2018.

• O texto acima retrata a utilização de imagens de satélites na realização de uma


atividade econômica no campo. Faça uma pesquisa em jornais, revistas e na
internet de outros exemplos de uso desse tipo de tecnologia.
Possível resposta: estudos meteorológicos, análises de desmatamento, visualização de áreas urbanas.
49

Orientações gerais
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• Para avaliar a aprendizagem dos alunos até aqui, veri- ços, insira em seu planejamento de aula todas as obser-
fique suas respostas em uma roda de conversa, estimu- vações que considerar pertinentes, relativas às suas es-
lando todos a falar dos principais conceitos aprendidos e tratégias de ensino e às observações realizadas com os
em que as atividades propostas contribuíram para isso. alunos, a fim de tomar decisões de retomada de explica-
• Como forma de avaliar o conhecimento dos alunos, ções ou novos exercícios que possam auxiliar os alunos
acompanhando suas percepções, dificuldades e avan- em suas aprendizagens.

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Orientações gerais

• Ao iniciar o estudo
Diferentes representações do
desta página, incentive
os alunos a falarem sobre
espaço terrestre
os mapas que conhecem • Você já precisou utilizar um mapa? Em qual situação? Conte aos colegas.
(guias de rua, por exem- Resposta pessoal. Verifique se a resposta dos alunos está coerente com a atividade proposta.
plo). Caso a escola dispo-
nha de um globo terres-
Os mapas
tre ou de um planisfério, Os mapas são representações do espaço geográfico elaboradas em uma superfície
leve-o para a classe e plana e em tamanho reduzido. Neles, são registradas várias características da superfí-
deixe que os alunos o
cie terrestre, por meio de diferentes símbolos e outros recursos visuais, como: altitudes
manuseiem livremente.
do relevo, tipos de clima e de vegetação, estradas e rodovias ou ainda a distribuição da
Oriente-os a achar o pa-
ís onde moram, depois população por um território.
o estado e, finalmente, a Os mapas podem fornecer muitas informações que auxiliam na compreensão de
capital do estado. fenômenos naturais ou de intervenções do ser humano no espaço geográfico.
• Incentive os alunos
Para que possamos interpretar um mapa corretamente, devemos identificar cada
a observarem os ele-
um dos elementos que constituem uma representação cartográfica. Veja abaixo.
mentos cartográficos
presentes no mapa do
estado do Pará, como
orientação, escala, título Pará: divisão política - 2015 título
e legenda. Caso seja pos-
E. Cavalcante

sível, leve para a sala de


aula mapas com escalas OCEANO
diferenciadas e chame a ATLÂNTICO
AP legenda
atenção dos alunos para RR
essa questão.
• Promova um debate Belém

sobre a utilidade de ca-


da uma dessas repre- AM
sentações, aproveitan-
do a oportunidade para
avaliar a compreensão
MA
dos alunos. 4° S

• Para mais informações PA


sobre representações do Limite internacional
espaço terrestre a partir Limite estadual
de suas diferenciações, Limite municipal
consulte o site do IBGE: Capital estadual
Atlas geográfico esco-
lar. IBGE (Instituto Bra- TO
sileiro de Geografia e N
Estatística) Disponível O L
em: <http://livro.pro/ MT 0 130 km
S
52° O
tqdd99> Acesso em: 13
Fonte: IBGE. Mapa político do estado do Pará. Disponível em:
set. 2018. <ftp://geoftp.ibge.gov.br/cartas_e_mapas/mapas_estaduais_e_
distrito_federal/politico/2015/pa_politico1750k_2015_v2.pdf>.
Acesso em: 2 jul. 2018.

fonte escala rosa dos ventos

50

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Orientações gerais
O globo e o planisfério

Capítulo 2
• Nesta página temos um
Tanto o globo terrestre como o pla- modelo clássico de dife-
nisfério representam de maneiras dife- renciação de representa-
rentes a superfície do nosso planeta. ções cartográficas (globo
terrestre e planisfério).
Os globos terrestres representam a
superfície da Terra de maneira mais • Antes de considerá-los
para a classe, pergunte
aproximada de sua forma real. No en-

S-F/Shutterstock.com
quais são as represen-
tanto, por causa desse formato arredon- tações cartográficas que
dado, não conseguimos ver, de uma só eles observam na página.
vez, toda a superfície representada. Já os
planisférios representam a Terra em
• Questione sobre suas
semelhanças e diferen-
uma superfície plana. Graças a essa ca- ças, que podem ser:
racterística, conseguimos observar toda > Globo terrestre: mais
a superfície do planeta, mas com algu- próximo do real, formato
mas distorções. arredondado e não pla-
no, está representando
os continentes; visuali-
zação em partes (não é
possível visualizar todas
as informações de uma
Globo terrestre. só vez); menos distor-
ções; escala pequena;
três dimensões.
> Planisfério: formato
Mundo: divisão política plano, com muitas dis-
OCEANO GLACIAL ÁRTICO torções; visualização de
Círculo Polar Ártico
todos os continentes e
oceanos da Terra de uma
vez só; duas dimensões.
•O programa de com-
putador chamado Goo-
Trópico de Câncer gle Earth está disponível
OCEANO OCEANO PACÍFICO gratuitamente através de
ATLÂNTICO
download e também on-

E. Cavalcante
Equador
0° -line na internet. Com ele
é possível trabalhar com
Meridiano de Greenwich

OCEANO PACÍFICO
OCEANO ÍNDICO
os alunos alguns concei-
Trópico de Capricórnio
tos da cartografia, tais
como escala, diferentes
tipos de representação,
N
0 2 340 4 680 km
O L
geotecnologias e muito
1: 234 000 000 S
Círculo Polar Antártico OCEANO GLACIAL ANTÁRTICO mais, de uma forma inte-
Limite internacional
rativa e estimulante para
0° os alunos. Disponível em:
Fonte: IBGE. Atlas geográfico escolar. 7. ed. Rio de Janeiro, 2016. p. 32.
<http:/livro.pro/uqvebz>
Acesso em: 13 set. 2018.

• Converse com os colegas e o professor: qual das duas formas de representação


cartográfica permite visualizar todos os continentes e oceanos ao mesmo tempo?
O planisfério.
51

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Orientações gerais
As representações tridimensionais
• Nas páginas 50 e 51
foram apresentadas al- As características do espaço terrestre também podem ser registradas por meio de
gumas representações, representações tridimensionais, a exemplo do globo mostrado na página 51. Esse
tanto em duas dimen- tipo de representação apresenta três dimensões do espaço – comprimento, largura e
sões (mapa político do altura –, diferentemente das representações bidimensionais, como os mapas, que
Pará e planisfério) como apresentam duas dimensões – comprimento e largura.
em três dimensões (glo-
bo terrestre e a maquete). As maquetes também são representa-

Egberto Ras/D.A Press


ções tridimensionais muito comuns no es-
• Retome brevemente
essas imagens, antes tudo do espaço. Esse tipo de representação
de iniciar os trabalhos nos permite observar o espaço concebido
com a maquete, pergun- de diferentes pontos de vista.
tando aos alunos o que
eles entendem por 2D e
3D. Essas duas abrevia- As construtoras costumam elaborar maquetes
ções (principalmente 3D) de seus empreendimentos imobiliários, de modo
que os futuros compradores possam ter uma
são bastante utilizadas
visão panorâmica do imóvel que pretendem
atualmente, devido às adquirir em tamanho menor e guardadas as
inovações tecnológicas devidas proporções. Observe a maquete ao lado.
oriundas da mídia em
geral (games, sites, cine- Maquete de um empreendimento no município
ma, vídeos, imagens etc.). do Rio de Janeiro (RJ), 2015.

• Exemplifique con-
O mapa transpõe as características de um espaço tridimensional para uma repre-
cretamente com os alu-
nos as representações sentação bidimensional. Isso pode ser observado quando elaboramos uma planta da
em 3D, mostrando, por sala de aula, por exemplo, com base em uma maquete desse local. Veja a seguir
exemplo, em um globo como isso é possível.
ou maquete as dimen- Para produzir a maquete da sala de aula, é possível utilizar materiais recicláveis,
sões de comprimento,
como embalagens de papel ou plástico (sucata), que podem representar os elemen-
largura e altura, assim
como as representações
tos que compõem o espaço da sala.
em 2D, mostrando, por Veja, abaixo, os principais materiais necessários para elaborar uma maquete da
exemplo, em um mapa sala de aula.
as dimensões de com-
primento e largura.

Flaper

52

Orientações gerais
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• O texto a seguir trata da importância da maquete na sar de não seguir uma escala única), permite ao aluno ver o
passagem do tridimensional ao bidimensional. todo e, portanto, refletir sobre ele. Além disso, as maquetes
são conhecidas das crianças, acostumadas com brinquedos
[...] O uso de maquetes favorece a passagem da represen- que são miniaturas de objetos reais. O principal objetivo do
tação tridimensional para a bidimensional, por possibilitar trabalho com maquete é chegar ao ponto de vista vertical,
domínio visual do espaço, a partir de um modelo reduzido. por isso não é necessário construí-la em escala. [...]
[...] Essa redução, apesar de não conservar as mesmas rela- ALMEIDA, Rosângela Doin de. Do desenho ao mapa: iniciação cartográfica na
ções de comprimento, área e volume do real (ou seja, ape- escola. 5. ed. São Paulo: Contexto, 2014. p. 77-78.

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Escolha os materiais que representem aproximadamente os elementos da sala de Orientações gerais

Capítulo 2
aula, como carteiras, armário etc. Lembre-se de que se um móvel for maior que ou- • Oriente os alunos nes-
tro na realidade, na maquete também deverá ser, respeitando a proporcionalidade. ta produção, indicando
Disponha os objetos como se encontram em sua sala. que para representar o
espaço por meio da ma-
quete é necessário guar-
A maquete permite a visualização dar algumas proporções,
do espaço sob diferentes pontos de como utilizar elementos
vista, sobretudo da visão vertical, da (caixa, tampinhas, entre
outras sucatas) com for-
qual se produzem as plantas e os
mas e tamanhos aproxi-
mapas. madamente proporcio-
Com a maquete da sala pronta, é nais uns em relação aos
possível produzir uma planta, que é um outros.
tipo de mapa que representa espaços
menores. Material digital
• A sequência didática 3,
localizada no material
digital, apresenta uma
Observando a maquete do ponto de
oportunidade de trabalho
vista vertical, pode-se registrar em uma de construção de mapa
folha de papel o espaço da sala, o formato tridimensional, amplian-
dos objetos que representam os elemen- do as noções cartográfi-
tos do lugar, como são vistos de cima cas dos alunos, além do
para baixo. trabalho em equipe.
Veja, ao lado, como pode ser uma plan-
ta elaborada com base em uma maquete.

• Elabore, com os colegas, uma maquete da sala de aula de vocês. Sigam as etapas
demonstradas acima e, depois, produzam uma planta da sala, observando a ma-
quete do ponto de vista vertical.
Ilustrações: Flaper

53

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Orientações gerais
O mapa é fruto da visão vertical
• Aproveite as imagens
da página e faça uma lei- Um mapa representa uma ou mais características da superfície terrestre ou de
tura coletiva delas. parte dela. Todo mapa representa o ponto de vista vertical da superfície, ou seja,
• Diferencie, em um pri- aquele por meio do qual a observamos do alto e de cima para baixo. Veja.
meiro momento, a visão
horizontal e oblíqua, ex- Visão horizontal

Diego Grandi/Shutterstock.com
plicando que o mapa não
apresenta essas duas vi-
sões.
• Divida a sala em pe-
quenos grupos explo-
rando essas duas visões,
perguntando: que ele-
mentos podem ser visu-
alizados na visão hori-
zontal que não se obser-
va na oblíqua?
• Dê exemplos de situ-
ações que vivenciou nas
quais teve oportunidade
de observar paisagens
nas visões oblíqua e ho-
rizontal no município.
Peça aos alunos que de-
em exemplos também.
• Contextualize os di- Visão horizontal do Museu de Arte de São Paulo (Masp) em São Paulo (SP), 2017. Observe que sob esse
ferentes pontos de vista ponto de vista os elementos do espaço geográfico são vistos de frente.
que se pode ter durante
uma partida de futebol, Visão oblíqua
seja ao vivo, seja por
Rubens Chaves/Pulsar Imagens

meio de uma transmis-


são de TV.
• Exponha aos alunos a
seguinte situação:
> Se vou ao estádio de
futebol ver um jogo, pos-
so ter contato com os di-
ferentes pontos de vista.
> Visão horizontal: quan-
do levo diante da grade,
junto ao campo, vendo os
jogadores mais ou menos
na minha frente.
> Visão oblíqua: quando
estou no alto da arqui-
bancada para ver o jogo.
> Visão vertical: quan-
do levo meu celular e
estou acompanhando o Visão oblíqua de parte da cidade de São Paulo (SP), 2018, em que os elementos do espaço geográfico
são vistos mais do alto.
jogo pela TV e eles estão
mostrando o campo de 54
uma câmera suspensa
ou por meio de um drone.

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Visão vertical Orientações gerais

Capítulo 2
Digital Globe/Google Earth
• Peça que comparem as
duas representações, ex-
pondo suas semelhanças
e diferenças, que podem
ser: as formas de repre-
sentação, as cores, a pre-
sença de espaços vazios
ou não etc.
• Peça aos alunos que
observem que cada con-
junto de elementos repre-
sentados foi generaliza-
do, ou seja, foi agrupado
e identificado sem grande
detalhamento. Para essa
simplificação, escolhe-se
uma maneira que melhor
represente cada elemen-
to, tal como ícones, cores
Visão vertical de parte da cidade de São Paulo (SP), 2017, em que os elementos do espaço geográfico ou hachuras.
observado são vistos do alto, de cima para baixo.

Representação da visão vertical

Leonardo Mari

0 200 m

A representação acima foi elaborada com base na visão vertical, mostrada na imagem anterior.
Observe como cada conjunto de elementos dessa paisagem foi delimitado e representado de maneira
mais simplificada, ou seja, sem muitos detalhes.

• Observe e compare as imagens. Em seguida, identifique um ou mais elemen-


tos visualizados por meio da visão oblíqua e que não são visualizados na visão
horizontal. Possíveis respostas: área de vegetação e a avenida logo atrás do Masp, além dos prédios
mais distantes ao fundo do museu.
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Orientações gerais

• Para complementar o
Orientação e localização na superfície
estudo deste tema, co-
mente com os alunos
terrestre
que, no decorrer da his- Para nos orientarmos quando nos deslocamos de um lugar para outro, ou quando
tória da humanidade, os precisamos encontrar determinado local, utilizamos pontos de referência. Esses
astros também tiveram pontos de referência podem ser elementos da paisagem, como um estabelecimento
grande importância na comercial, uma escola ou uma árvore. Por isso, frequentemente utilizamos expres-
orientação e localização
sões como “ao lado do supermercado”, “em frente da escola”, “logo após a farmácia”
na superfície do plane-
ta. Ainda hoje, pessoas ou “onde há uma árvore grande em frente” para localizar um lugar.
se orientam por meio Além desses pontos, existem outras formas de nos orientarmos no espaço geo-
dos astros observando gráfico. Vamos estudar algumas delas.
a posição do Sol ou da
Lua para encontrarem
os pontos cardeais e, as- Orientação pelos pontos cardeais
sim, se guiarem em seus
Podemos nos orientar por meio dos pontos cardeais Norte, Sul, Leste e Oeste.
caminhos, como os pes-
cadores que saem para A orientação pelos pontos cardeais está presente em nosso dia a dia quando obser-
realizar suas atividades vamos placas indicando direções como “zona norte”, “zona sul”. Outro exemplo são os
em mar aberto. estados do Rio Grande do Norte ou de Mato Grosso do Sul. Nesses casos, os pontos
• Diga também que no cardeais compõem o nome de alguns lugares na tentativa Orientação e mapas
Hemisfério Sul (hemisfé- de auxiliar sua localização. Eduardo Banquieri. São Paulo:
rio onde está localizada Escala Educacional, 2007.
Os pontos cardeais também são muito importantes
a maior parte do Brasil) (Guia de Campo).
é possível observar as quando precisamos entender as informações presentes Nesse livro, são apresentadas
estrelas que compõem nas representações cartográficas ou em procedimentos as coordenadas geográficas,
escalas, métodos de orientação
o Cruzeiro do Sul e en- de orientação. Observe na imagem abaixo como podemos e interpretação de mapas,
contrar o ponto cardeal identificar os pontos cardeais orientando-nos pelo Sol. entre outros temas.
sul, além dos demais
pontos cardeais. Sugira
que, acompanhados de
Flaper

um adulto, em uma noite


estrelada, realizem essa
atividade. Explique que,
para localizar o ponto
cardeal sul com base na
observação do Cruzeiro
do Sul, é necessário pro-
jetar quatro vezes e meia
a extensão de seu seg-
mento maior na direção
em que ele aponta para a
superfície terrestre. Ca-
so considere pertinente, • A posição em que o Sol aparece no horizonte ao
anote essas orientações amanhecer é a direção leste, como podemos observar
na lousa e peça aos alu- nesta imagem.
nos que as copiem para • Olhando para a direção oposta ao leste, localizaremos o
a realização da atividade. oeste, onde o Sol desaparece no horizonte, no final da tarde.
• Esticando o braço direito na direção leste e o esquerdo na
direção oeste, à nossa frente encontraremos a direção
norte; atrás de nós, a direção sul.

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Orientações gerais
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• O texto a seguir explica a diferença entre norte geo- magnético terrestre não está alinhado com a direção Norte-
gráfico e norte magnético. Sul e, consequentemente, a agulha da bússola não aponta
Não se sabe exatamente a origem desse comportamen- para o Norte Geográfico. Chama-se de norte magnético a
to, mas nosso planeta possui um campo magnético próprio direção das linhas do campo magnético da Terra em um
e pode ser comparado a um grande ímã. As extremidades ponto qualquer.
desse ímã, também conhecidas como polos magnéticos, FRIEDMANN, Raul M. P. Fundamentos de orientações, cartografia e navegação
não coincidem com os polos geográficos. Por causa desta terrestre: um livro sobre GPS, bússola e mapas para aventureiros radicais e
diferença entre os polos magnético e geográfico, o campo moderados, civis e militares. 2. ed. Curitiba: Editora UTFPR, 2008. p. 30.

56

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Orientações gerais
A rosa dos ventos e os pontos cardeais N

Capítulo 2
A rosa dos ventos é um símbolo muito utilizado para NO
NNO NNE
NE • Ao trabalhar com a
Orientação pela bússola,
orientar as representações cartográficas e serve para indi- ONO ENE explique aos alunos que
car os pontos cardeais, representados na rosa dos ventos

Clarissa França
O L esse é um instrumento
por siglas. Observe. composto por uma agu-
OSO ESE
Algumas rosas dos ventos também indicam a direção lha imantada que direcio-
SO SE na constantemente uma
dos chamados pontos colaterais, denominados nordeste SSO SSE
de suas pontas para a di-
(NE), sudeste (SE), noroeste (NO) e sudoeste (SO). Outras, S reção norte. A agulha da
ainda, apresentam os pontos subcolaterais, que são NNE bússola é fixada em um
Ilustração da rosa dos
(nor-nordeste), ENE (es-nordeste), ESE (es-sudeste), SSE eixo que lhe permite gi-
ventos indicando pontos
(su-sudeste), SSO (su-sudoeste), OSO (oes-sudoeste), cardeais, colaterais e rar sobre uma superfície
ONO (oes-nordeste) e NNO (nor-noroeste). subcolaterais. plana, na qual estão indi-
cados os pontos cardeais,
muitas vezes, na forma
de rosa dos ventos. Des-
Orientação pela bússola se modo, quem utiliza a
A bússola é um instrumento de orientação muito antigo. Estudos bússola pode localizar, a
indicam que ela foi criada pelos chineses, no século X, e depois partir do norte, os demais
aperfeiçoada por outros povos, principalmente árabes e europeus. pontos cardeais.
Na atualidade, a bússola é utilizada em viagens marítimas e aéreas; • Esclareça aos alunos

Shutterstock.com
Tatiana Popova/
além disso, é um instrumento muito importante para pessoas que que a direção para onde
realizam expedições em florestas, montanhas ou desertos. a agulha desse instru-
Bússola.
mento aponta não cor-
responde ao norte geo-
gráfico, mas sim ao norte
magnético da Terra.
• Explique aos alunos que
a bússola ao lado apre-
senta as siglas dos pontos
cardeais em inglês, sen-
do E (east) o mesmo que
leste e W (west) o mesmo
que oeste.

1. Qual é a direção da prefeitura em relação à escola?


Direção leste.
2. E a direção da escola em relação à prefeitura?
Direção oeste.
3. Qual é a direção da igreja em relação à prefeitura?
Direção sul.

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Orientações gerais
Orientação e localização por meio das
• Para trabalhar o as-
coordenadas geográficas
sunto de coordenadas
geográficas, disponibili- Imagine que os tripulantes de um barco que está navegando em meio ao oceano
ze o globo terrestre para Atlântico precisem saber qual é sua localização nessa imensidão de água. Você sabe
os alunos observarem. como eles podem obter essa informação?
• Localize os paralelos A localização do barco, como qualquer outro ponto situado na superfície terrestre
e mostre as medidas em
– seja no meio do oceano, do espaço aéreo ou em qualquer parte de um continente
graus, as latitudes. Faça o
da Terra –, pode ser dada por meio das coordenadas geográficas. Vamos aprender
mesmo com os meridia-
nos e aponte as medidas
como isso é possível.
em graus, as longitudes. Para determinar as coordenadas geográficas precisamos, em primeiro lugar, compreen-
der o que são os paralelos e as latitudes, e também os meridianos e as longitudes.

Paralelos e latitudes
Os paralelos são linhas circulares imaginárias, traçadas horizontalmente sobre as
representações do planeta no sentido leste-oeste.
O principal paralelo, conhecido por linha do equador, é disposto na porção mais
larga do planeta, à mesma distância tanto do Polo Norte quanto do Polo Sul, dividin-
do o globo em duas partes: Hemisfério Norte e Hemisfério Sul.
A latitude, medida em graus (o), corresponde à distância dos paralelos em relação
à linha do equador. Desse modo, a linha do equador apresenta latitude 0o. A latitude
dos paralelos que se distanciam dessa marca na direção norte ou na direção sul au-
menta gradativamente, chegando, no máximo, à latitude de 90o nos polos.

Paralelos e latitudes

Círculo Polar Ártico

Trópico de Câncer

Hemisfério
Luciane Mori

Norte
Linha do equador
Hemisfério
Sul

Trópico de Capricórnio

Círculo Polar Antártico

Fonte: DUARTE, Paulo Araújo. Além da linha do equador, os paralelos que também têm nomes específicos
Fundamentos de Cartografia. são: o Trópico de Câncer e o Círculo Polar Ártico, no Hemisfério Norte; e o
Florianópolis: UFSC, 2002. p. 48-54. Trópico de Capricórnio e o Círculo Polar Antártico, no Hemisfério Sul.

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Orientações gerais

• O texto a seguir trata da importância do estudo das cada vez mais seguras de determinar a localização, tanto
coordenadas geográficas. ao elaborar mapas, quanto durante as navegações e jorna-
[...] Os referenciais geográficos de localização foram de- das por terra. Este caráter imposto pela necessidade social
finidos a partir da observação dos astros e deram origem e histórica traz, para a abordagem do tema na escola, uma
ao sistema de coordenadas geográficas. Este foi construído discussão sobre seu significado na formação atual dos alu-
historicamente, resultando da necessidade de maneiras nos. Hoje ninguém precisa apoiar-se nessas coordenadas

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Orientações gerais
Meridianos e longitudes

Capítulo 2
Os meridianos são linhas imaginárias traçadas nas representações da superfície ter- • Explique aos alunos
que todos os meridia-
restre que se prolongam verticalmente, ou seja, de um polo a outro, no sentido norte-sul. nos possuem um anti-
O principal meridiano, conhecido por Meridiano de Greenwich, divide o planeta em meridiano situado no
duas partes: Hemisfério Oriental e Hemisfério Ocidental. hemisfério oposto. Por
exemplo: o Meridiano de
A longitude, medida em graus (o), corresponde à distância dos meridianos em Greenwich possui um
relação ao Meridiano de Greenwich, que apresenta longitude 0o. A longitude dos me- antimeridiano que é o
ridianos que se distanciam nas direções leste ou oeste vai aumentando aos poucos, meridiano de 180o, co-
até atingir 180o. nhecido também como
Linha Internacional da
Meridianos e longitudes Mudança de Data.
• Para facilitar a com-
preensão, leve para a
sala de aula um globo e
Hemisfério Ocidental Hemisfério Oriental permita que os alunos
observem como a Linha
Internacional de Mudan-
ça de Data está oposta ao
Meridiano de Greenwich.
Veja na imagem a seguir.
Meridiano de Greenwich

Antimeridiano (Linha
Meridiano de
Internacional de
Greenwich

Luciane Mori
Mudança de Data)
10h 8h
12h 6h

4h
14h

16h 2h

18h
20h 22h

N. Akira
Domingo

Segunda-feira

O Meridiano de Greenwich
também é conhecido como
meridiano de origem, por Fonte: SCHÄFFER, Neiva
Fonte: DUARTE, Paulo Araújo.
apresentar longitude 0°. Otero et al. Um globo em suas
Fundamentos de Cartografia. mãos: práticas para a sala de
Florianópolis: UFSC, 2002. p. 48-54. aula. Porto Alegre: Editora da
UFRGS/Núcleo de Integração
Universidade & Escola da

Coordenadas geográficas São Paulo: coordenada geográfica


Prorext/UFRGS, 2003. p. 105.

No ponto de encontro entre um 50º O 46º O N

L
paralelo e um meridiano, marcados O

por suas respectivas medidas em S


20º S
23º S
graus (latitude e longitude), temos
uma coordenada geográfica. É ela
que fornece a localização de qual- Trópico de Capricórn io 46º O
quer ponto da superfície terrestre.
São Paulo 23º S
Veja, ao lado, como encontra- Limite estadual
E. Cavalcante

Limite internacional OCEANO


mos uma determinada coordenada Capital estadual 0 170 km
ATLÂNTICO
geográfica.
Fonte: IBGE. Atlas geográfico escolar. 7. ed.
Rio de Janeiro, 2016. p. 174.

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para deslocar-se de um lugar para outro (exceto nas nave- volvidos no conceito de mapa. Um mapa é obtido por meio
gações aérea e marítima, apoiadas por instrumentos sofis- da malha de coordenadas que amarra a superfície repre-
ticados). Por que, então, o cidadão comum precisa saber o sentada com a superfície da Terra, envolvendo, também,
que são paralelos, meridianos, latitude e longitude? Penso projeção e escala. [...]
que há apenas uma razão realmente pertinente para que ALMEIDA, Rosângela Doin de. Do desenho ao mapa: iniciação cartográfica na
alguém tenha que aprender esses conceitos: eles estão en- escola. São Paulo: Contexto, 2001. p. 51.

59

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Orientações gerais
As coordenadas geográficas do Brasil
• Peça aos alunos que
Observe no mapa a seguir a localização de algumas cidades brasileiras por meio
observem as linhas que
se entrecruzam no mapa de sua coordenada geográfica apresentada na tabela.
do Brasil. Diga que essas
são as coordenadas geo-
gráficas. Coordenada
Coordenadas geográficas Cidade
• Caso haja dúvidas, in-

E. Cavalcante
70º 60º 50º 40º N

forme aos alunos que as O L

medidas em graus das S


Localiza-se na latitude
0º Equador
latitudes se iniciam na de 23o ao sul da linha
linha do equador e as Manaus do equador e a 46o a
medidas em graus das São Paulo (SP)
oeste do meridiano de
Teresina
longitudes têm início no Greenwich. Então,
Meridiano de Greenwich. dizemos: 23o S 46o O
• Uma
10º
dessas tecnolo-
gias é o GPS. Leia o texto
da página em voz alta e OCEANO
Manaus (AM) 3o S 60o O
de forma compartilhada Campo
ATLÂNTICO

com a turma, abrindo 20º


Grande

uma roda de conversa São Paulo Porto Alegre (RS) 30o S 51o O
para tirar dúvidas e com- Trópico de Cap
ricórnio

plementar os saberes já OCEANO


adquiridos. PACÍFICO Campo Grande (MS) 20o S 54o O
Porto Alegre

BNCC 30º
Teresina (PI) 5o S 42o O
• O trabalho com co- Limite internacional
Limite estadual
0 530 km

ordenadas geográficas, Capital estadual


Fonte: IBGE. Atlas geográfico escolar. 7. ed. Rio de Janeiro, 2016. p. 152.
assim como o estudo so-
bre a tecnologia da loca-
lização por meio de GPS
favorecem a abordagem GPS
de um dos princípios do Conhecido por Global Positioning System (Sistema de Posicionamento Global), o GPS foi
raciocínio geográfico criado na década de 1970, nos Estados Unidos, para fins militares. Além de fornecer a localização
da localização, que tem exata de objetos ou pessoas na superfície terrestre, as informações obtidas por meio dele
como premissa que o auxiliam a delimitação e a medição de elementos que, depois, serão representados
aluno possa encontrar a cartograficamente, como limites de municípios, propriedades, rios, morros, entre outros.
posição de um objeto na Atualmente, o GPS é utilizado para as mais diversas
BorneoRimbawan/Shutterstock.com

superfície terrestre, seja finalidades, como para navegação, aviação ou


por meio de coordena- simplesmente por uma pessoa que queira saber sua
da geográfica (posição localização, o melhor trajeto a ser percorrido e o tempo
absoluta) ou por meio gasto no trânsito e em roteiros de viagens. Na agricultura,
de relações topológicas o GPS vem sendo utilizado na coleta de dados para
ou referenciais (posição mapear extensas lavouras, identificando áreas mais
relativa). Também per- produtivas ou que apresentam problemas e que
necessitam de tratamento especial.
mite contemplar a com-
petência específica da • Converse com os colegas sobre a presença do GPS
Geografia 4 da BNCC, no cotidiano de muitas pessoas.
Veja a resposta da questão nas orientações ao professor.
em que se busca o de-
senvolvimento do pen- Pessoa utilizando GPS em
samento espacial por alto mar na Malásia, 2018.
meio da linguagem car-
tográfica.
60

Resposta
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• Peça que os alunos expressem as vivências que já


tiveram com o manuseio de aparelhos de GPS ou com
aplicativos de telefones celulares que indicam a localiza-
ção pessoal e endereços. Comente que essas tecnologias
fazem uso dos sistemas de satélites para a localização do
aparelho e para orientar os usuários sobre trajetos.

60

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Orientações gerais
Convenções cartográficas

Capítulo 2
• Durante o estudo das
Os mapas registram uma série de informações importantes do espaço terrestre. Convenções Cartográfi-
Essas informações são representadas por diversos símbolos e outros recursos visuais cas, traga para a sala de
que traduzem para o mapa os fenômenos escolhidos. aula diferentes tipos de
mapas temáticos, com
Esses recursos cartográficos podem ser representados de diferentes maneiras, isto os diversos símbolos
é, no formato de linhas, pontos, formas geométricas, hachuras, cores, números, letras, existentes nas repre-
entre outras. O significado desses recursos cartográficos é indicado na legenda, a fim sentações cartográficas,
de auxiliar a leitura e a compreensão dos mapas. além dos apresentados
nesta página.
Para criar uma identidade visual e facilitar a interpretação das informações nos
mapas, alguns símbolos cartográficos foram padronizados. São as chamadas • Você pode encontrar
mapas temáticos na
convenções cartográficas. prefeitura de sua cida-
Entre os exemplos de convenções cartográficas, podemos citar: cor azul para re- de, em atlas, e também
presentar rios e oceanos; uma linha com pequenos traços sobrepostos indicando as no site do IBGE. Extraí-
ferrovias; e figuras geométricas para indicar uma localização pontual, como cidade do de: Atlas geográfico
escolar. IBGE (Instituto
ou indústria. Nos quadros abaixo estão representados alguns símbolos e outros re-
Brasileiro de Geografia
cursos utilizados em diferentes mapas. Observe. e Estatística). Disponí-
vel em: <http://livro.pro/
tqdd99>. Acesso em: 13
Linhas Cores set. 2018.

Hidrografia Clima polar

Ferrovia Área de planalto

Rodovia Criação de gado extensiva

Fluxos Área urbana

Qualidade Quantidade

Indústria automobilística Cidade


menor maior

Criação de gado bovino


Densidade
Ilustrações: Renan Fonseca

0 10 50 100
demográfica
Aeroporto habitantes/km2

Capital de estado Áreas alagadas


menos mais

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Escalas
Integrando saberes
• O tema Escalas apre-
sentado nestas páginas Observe as imagens a seguir. As duas imagens têm a mesma dimensão. No en-
possibilita um traba- tanto, na imagem 1, de 2018, podemos visualizar com detalhes a área onde se loca-
lho em conjunto com o
liza o estádio de futebol Arena da Amazônia, em Manaus, e algumas construções em
componente curricular
Matemática. Converse seu entorno.
com o professor desse
componente a fim de 1
organizarem juntos uma
atividade na qual os alu-
nos possam exercitar o
cálculo de escalas.

Orientações gerais

• Peça aos alunos que


façam uma leitura das
duas imagens da página
62.
• Chame a atenção deles
CNES/Airbus/Google Earth

para as características
das imagens, principal-
mente suas semelhanças
e diferenças.
• Instrua-os a perceber
que as imagens não são Na imagem 2, também de 2018, observamos a Arena da Amazônia e uma área
totalmente iguais, pois bem maior a sua volta.
alguns elementos que
aparecem em uma não
2
são visíveis em outra em
razão da escala em que
cada uma foi produzida.
• Diga que essa condi-
ção é definida pela escala
e que depende da distân-
cia (altura) da captação
da imagem pelo sensor.
CNES/Airbus/Google Earth

Ao observar as imagens acima, percebemos que, quando a porção da superfície


terrestre retratada é maior, os detalhes visíveis na imagem se tornam menores, ou
seja, quanto maior for a área representada, menores serão os detalhes mostrados.
62

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Isso também acontece nas representações cartográficas. Orientações gerais

Capítulo 2
1 : 5 000
Nos mapas, a escala informa a proporção em que a • O texto a seguir apre-
representação está reduzida em relação à realidade. Por isso, senta informações com-
dizemos que as escalas estabelecem uma relação de pro- O número 1, Já o número 5 000 plementares sobre as
chamado de indica a quantidade escalas e os tipos de re-
porcionalidade entre a representação e a área correspon- numerador da de vezes que a
dente da superfície terrestre. Veja como podemos identificar presentações.
escala, indica medida da área real
essa relação de proporção por meio das escalas, na explica- a unidade de da superfície [...] cartas e plantas são
medida terrestre foi mapas, mas nem todo ma-
ção do quadro ao lado. pa é carta ou planta. [...]
utilizada. reduzida para a
elaboração do mapa. Planta seria também
De acordo com a explicação do quadro, uma unidade no mapa Esse número é uma espécie de mapa em
representa 5 mil unidades da realidade. Em geral, a unidade conhecido por grande escala, em que a
utilizada é o centímetro. Então, neste caso, cada 1 centímetro no denominador da curvatura da Terra pode
mapa corresponde a 5 mil centímetros na realidade. escala.
ser desprezada, cujo docu-
mento destina-se a forne-
Compare, nos mapas a seguir, a representação do estado da Bahia em escalas cer informações detalha-
das de uma parte pouco
diferentes. extensa da superfície ter-
Brasil: estados e capitais restre como, por exemplo,
um terreno, uma rua ou
um bairro. Até mesmo a
Boa Vista Amapá planta de uma casa não
Roraima (AP) deixa de ser uma espécie
(RR) Macapá Equador
0° de mapa.
Belém
São Luís Mapa, por sua vez, po-
Manaus Fortaleza demos entender como
Fonte: IBGE. Atlas Amazonas
Pará
Maranhão
(MA)
Rio Grande
Ceará do Norte qualquer representação,
(AM)
geográfico escolar. (PA) Teresina (CE) (RN) Natal geralmente plana (existe
7. ed. Rio de Janeiro, Paraíba João
Piauí (PB) Pessoa técnica de confecção em
2016. p. 90. Acre
(AC) Palmas
(PI) Pernambuco (PE) Recife
Alagoas
alto-relevo), parcial ou
Porto Velho
Rio Branco Rondônia Sergipe
(AL) Maceió total da superfície de um
Tocantins
(RO) (TO) (SE) Aracaju astro (Terra, Lua, Marte,
Mato Grosso Bahia
Bahia: divisão (MT) Distrito (BA) Salvador etc.) ou mesmo do céu,
Federal
em escala reduzida, mos-
política Cuiabá (DF)
Goiânia Brasília OCEANO trando seus componentes
Goiás ATLÂNTICO
PE Minas Gerais por meio de símbolos e, às
Campo (GO) (MG)
MA PI Grande Belo Horizonte Espírito vezes, cores também, con-
Santo (ES)
OCEANO
AL Mato Grosso Vitória
cebidos arbitrariamente
do Sul São Paulo
PACÍFICO
(MS) (SP) Rio de Janeiro (RJ) ou respeitando o estabe-
TO
SE Paraná
Rio de Janeiro lecido em planos técnicos.
São Paulo Trópico de
(PR) Capric
Curitiba ó r ni o DUARTE, Paulo Araújo.
Santa N Fundamentos de cartografia.
Catarina Florianópolis
12° S (SC) 2. ed. Florianópolis: Editora da
O L
Rio Grande UFSC, 2006. p. 123-124.
do Sul Porto Alegre 0 400 km
BA (RS)
S

Salvador
E. Cavalcante

Limite estadual
Capital federal
50° O
GO Capital estadual
OCEANO
ATLÂNTICO Fonte: IBGE. Mapa político do estado da Bahia. Disponível em:
Limite municipal <ftp://geoftp.ibge.gov.br/cartas_e_mapas/mapas_estaduais_e_
distrito_federal/politico/2015/ba_politico1300k_2015.pdf>.
Limite estadual MG Acesso em: 2 jul. 2018.
Capital estadual N

O L Verifique, nos mapas acima e ao lado, que


E. Cavalcante

S
quanto maior a área representada, maior será
ES 0 110 km
42° O o valor do denominador da escala.
63

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BNCC Existem dois tipos de escala: numérica e gráfica. Veja.
• O estudo das escalas
numérica e gráfica, as-
sociado à observação, à Escala numérica
análise e ao cálculo de Pode ser representada das seguintes maneiras:
distâncias, tendo como 1/100 000, em que se lê: um sobre cem mil.
base diferentes escalas, 1 : 100 000, em que se lê: um por cem mil.
permite ao aluno desen-
volver noções relaciona-
das à redução do espaço
na representação, con- Escala gráfica
templando assim o tra-
balho com a habilidade Essa escala é composta por uma reta horizontal dividida em segmentos, que indica a
correspondência entre a medida do mapa e a medida real.
EF06GE08 da BNCC.

0 10 20 30 km medida real

Orientações gerais
medida do mapa

• Disponibilize vários ti-


pos de mapas temáticos
aos alunos.
• Peça que façam, tal O planisfério abaixo mostra a apresentação da escala numérica e da escala gráfica.
como está orientado na Observe que a relação de proporcionalidade entre as medidas da superfície real e do
página, o mesmo exercí- mapa é igual nos dois tipos de escala. O que muda é apenas a maneira de se apre-
cio em diferentes pontos sentar essa proporção.
e localidades.
• Oriente-os no uso da
régua, caso tenham al-
Planisfério político
guma dificuldade.
• Com a prática de cálcu- OCEANO GLACIAL ÁRTICO

lo de escala, os alunos po- Círculo Polar Ártico

dem explorar ainda mais


os conhecimentos sobre
representações cartográ-
ficas e suas escalas.
• Para
Trópico de Câncer
mais informa-
OCEANO PACÍFICO
ções sobre escala numé- OCEANO
ATLÂNTICO

E. Cavalcante
rica e gráfica, consulte o Equador

manual de Noções Bá-
Meridiano de Greenwich

OCEANO PACÍFICO
sicas de Cartografia do OCEANO ÍNDICO

IBGE, no site: <http://li- Trópico de Capricórnio Escala


vro.pro/ieun6r>. Acesso gráfica
Escala
em: 14 set. 2018. numérica N
0 2 500 5 000 km
O L

1: 250 000 000 S


Círculo Polar Antártico OCEANO GLACIAL ANTÁRTICO

Limite internacional

Fonte: IBGE. Atlas geográfico escolar. 7. ed. Rio de Janeiro, 2016. p. 32.

• Quantos quilômetros estão representados em cada centímetro desse mapa?


Cada centímetro representa 2 500 quilômetros.

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Com a escala, podemos calcular a distância real aproximada, em linha reta, entre Sugestão de atividade

Capítulo 2
dois pontos no mapa. Calculando distâncias
Conforme observamos, os mapas podem representar áreas utilizando diferentes Objetivos
escalas, de acordo com os detalhes que se deseja mostrar. • Realizar cálculos de
Veja como isso é possível utilizando as cidades de Coxim e Selvíria como exemplo, escalas com base na es-
cala do globo terrestre ou
ambas no estado de Mato Grosso do Sul.
em um planisfério.
1 Meça a distância em centímetros entre as cidades de Coxim e Selvíria. • Comparar distâncias
entre diferentes rotas.
Estado de Mato Grosso do Sul • Utilizar a internet co-
mo ferramenta digital de
MT pesquisa.

GO • Conhecer característi-
cas de diferentes lugares
José Vitor Elorza/ASC Imagens

BOLÍVIA Coxim
do mundo.
MS
Materiais
• Globo terrestre ou pla-
Inocência MG
20º S
Miranda
Campo nisfério
Selvíria
Grande
• Papel
• Lápis
SP
Limite internacional • Borracha
• Calculadora
Limite estadual
Capital estadual
Cidade PARAGUAI • O procedimento para
Trópico de Capricórnio
PR
N
a realização dessa ativi-

E. Cavalcante
Iguatemi O L
dade foi extraído do livro
Japorã 0 100 km
Fonte: IBGE. Atlas geográfico escolar. Um globo em suas mãos:
S
7. ed. Rio de Janeiro, 2016. p. 178. 55º O
práticas para a sala de
aula. Leia o trecho a se-
guir.
2 Verifique na escala do mapa a distância real correspondente
Os alunos observam a
a cada centímetro (cm). Nesse caso, 1 cm corresponde a escala do globo, e o pro-
100 quilômetros (km). fessor questiona sobre o
0 100 km quanto a Terra foi dimi-
3 Multiplique o valor equivalente a cada centímetro na escala nuída. Pede que escrevam
pelos centímetros que você encontrou em linha reta no ma- a escala e a utilizem para

José Vitor Elorza/ASC Imagens


calcular distâncias entre,
pa. Com esse cálculo, é possível obter a distância real apro- por exemplo, as cidades
ximada, em linha reta, entre as duas cidades. Considerando de: (a) Porto Alegre e São
que no mapa a distância entre Coxim e Selvíria, em linha Paulo; (b) São Paulo e Be-
lém; (c) São Paulo e Mon-
reta, é 4 cm e que, nessa representação, cada centímetro tevidéu; (d) São Paulo e
equivale a 100 km, a distância real aproximada entre as Vitória; (e) São Paulo e
duas cidades é 400 km. Buenos Aires. O professor
propõe que comparem as
distâncias e as escrevam
em ordem crescente.
4 ✕ 100 = 400 [...] Podem fazer o mes-
mo com percursos de ôni-
bus ou de outros meios de
transporte comuns na re-
• Agora, calcule a distância real aproximada, em linha reta, entre as seguintes cidades: gião e os respectivos cus-
a ) Inocência e Japorã; Distância real aproximada 510 km. tos das passagens.
b ) Selvíria e Iguatemi. Distância real aproximada 460 km. [...]
SCHÄFFER, Neiva Otero et al.
65 Um globo em suas mãos: práticas
para a sala de aula. Porto Alegre:
Editora da UFRGS, 2003. p. 82.

:35 PM g20_ftd_lt_6vsg_c2_p060a069.indd 65 10/15/18 3:35 PM


Orientações gerais
• Para facilitar a medida das distâncias na superfície • A atividade também pode ser feita com o uso de um
curva do globo, peça aos alunos que utilizem um bar- planisfério para medir as distâncias.
bante para medir a distância entre as localidades e de- • Pode-se complementar a atividade relacionando o pre-
pois meçam na régua o segmento do barbante. ço das passagens entre os diferentes modais e países.

65

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Orientações gerais
Explorando
• No estudo do tema
As imagens de satéli- o tema As imagens de satélites e
tes e os problemas am-
bientais, promova uma
os problemas ambientais
conversa com os alunos
sobre a importância do
uso de tecnologias na As imagens de satélites têm contribuído de maneira significativa para o monito-
preservação do meio ramento de problemas ambientais, como erosão dos solos, desmatamento, desertifi-
ambiente, destacando cação e inundações. Com essas imagens, é possível detectar alterações ocorridas
o tema contemporâneo com o passar do tempo.
Ciência e Tecnologia.
Durante a conversa, co- Assim, para controlar e, principalmente, conter a degradação ambiental da Floresta
mente que o Inpe realiza Amazônica, foram implantados no Brasil mecanismos de monitoramento da região.
o monitoramento de áre- Além de estudos voltados para dinâmicas climáticas, o Instituto Nacional de Pesquisas
as de queimada no terri- Espaciais (Inpe) também desenvolve um sistema de acompanhamento de intervenções
tório brasileiro. humanas nos domínios da floresta, utilizando, para isso, recursos tecnológicos, como o
• Oriente os alunos a sensoriamento remoto e as imagens de satélite.
identificarem os elemen-
Atualmente, o Inpe consegue monitorar focos de queimadas e de desmatamento
tos presentes nas ima-
gens disponíveis, como na Amazônia. As imagens de satélite e o mapeamento, resultantes desse monitora-
área urbana, cobertura mento, visam agilizar e facilitar as operações de fiscalização realizadas por órgãos
vegetal, nuvens e rios. como o Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis
• Nas imagens da pági- (Ibama) e a Polícia Federal.
na 67, as cores em tons Na imagem, podemos observar uma das salas do Inpe, em
São José dos Campos (SP), 2018, onde são utilizados
de branco e rosa repre-
computadores e aparelhos de alta tecnologia.
sentam as construções
e edificações de caráter
urbano, enquanto as co-
res em tons de verde re-
presentam a área de ve-
getação. Comente tam-
bém sobre os traços de
cor mais escura, os quais
representam os cursos
de água.
• Aproveite o ensejo
e acesse o site do Inpe
e tenha acesso a mais
imagens e representa-
ções cartográficas que
abordam as questões
ambientais, especifi-
camente em relação a
queimadas: Programa
queimadas. Inpe (Instituto
Nacional de Pesquisas
Espaciais). Disponível
em: <http://livro.pro/
ptfysc>. Acesso em: 14
set. 2018.

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Orientações gerais

Capítulo 2
• Aproveite a oportuni-
As imagens a seguir mostram o avanço do desmatamento (áreas escuras) em uma dade e comente com os
área da Floresta Amazônica no município de Alta Floresta, estado de Mato Grosso. alunos sobre a impor-
tância da utilização dos
recursos tecnológicos
NASA/Landsat8

NASA/Landsat8
na preservação do meio
ambiente.

Respostas

A Resposta esperada: o
avanço do desmatamen-
to foi intenso nessa área
da floresta. Incentive os
alunos a comentarem as
Imagem capturada em 1984. Imagem capturada em 2017.
impressões que tiveram
ao comparar as duas
a ) Ao comparar as imagens de satélite, como você avalia o avanço do desmata-
imagens.
mento nessa área da Floresta Amazônica? Troque ideia com os colegas.
B Resposta pessoal.
b) Faça uma pesquisa em jornais, revistas ou na internet sobre notícias que abor- Eles podem citar notícias
dem o monitoramento de florestas por meio de imagens de satélite. Escreva sobre o monitoramento
um resumo da notícia. Avalie, por meio das informações obtidas, se algo real- de áreas com focos de
mente tem sido feito para resolver o problema do desmatamento no local no- queimadas e de desma-
ticiado. Conte aos colegas e discutam possibilidades de como o monitoramento tamento. Verifique se as
pode orientar ações concretas para a conservação da natureza. considerações dos alu-
nos estão coerentes com
Veja as respostas das questões nas orientações ao professor.
a atividade proposta. Es-
timule a participação de
todos.

CPTEC/INPE

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Orientações gerais Atividades
• Proponha outras ati-
vidades em sala de aula 2. Latitude é a distância, medida em graus, dos paralelos em
em relação ao cálculo 3. Resposta Exercícios de compreensão relação à linha do equador. Longitude é a distância, medida em
graus, dos meridianos em relação ao Meridiano de Greenwich.
de escalas, solicitando esperada: um
planisfério. O 1. Além dos pontos de referência, de que outras maneiras podemos nos orientar no
apoio do professor de planisfério
Matemática para isso. permite a espaço geográfico? Por meio de pontos cardeais, bússola e coordenadas geográficas.
visualização de
• Solicite à escola cola- toda a 2. No caderno, explique o que é latitude e o que é longitude.
boração para fazer mais superfície
terrestre de 3. Imagine que você precisasse fazer um trabalho de Geografia em que fosse neces-
trabalhos externos, uti- uma só vez. Já
lizando GPS (ou mesmo o globo
sário mostrar todos os continentes e os oceanos da superfície terrestre de uma
celulares), observando o terrestre só vez. Qual representação cartográfica você utilizaria: um globo terrestre ou um
não possibilita planisfério? Justifique sua resposta.
espaço geográfico e len- essa
do a paisagem. visualização,
pois é Geografia no contexto
• Fomente a constru- necessário
ção de representações girá-lo para 4. Localize no mapa e escreva no caderno o nome de cada cidade cuja localização
cartográficas a partir observar as em coordenadas geográficas é dada abaixo.
demais partes
desses trabalhos com- da Terra. a ) 29o N 95o O; c ) 48o N 2o L; e ) 40o N 140o L;
plementares, tais como Houston – Estados Unidos. Paris – França. Ajigasawa – Japão.
mapas mentais, croquis b ) 25o S 49o O; d ) 30o N 9o O; f ) 42o N 116o L.
ou mesmo captação de Curitiba – Brasil. Agadir – Marrocos. Pequim – China.
imagens para entendi-
mento espacial. Planisfério: coordenadas geográficas
170˚ 150˚ 130˚ 110˚ 90˚ 70˚ 50˚ 30˚ 10˚ 10˚ 30˚ 50˚ 70˚ 90˚ 110˚ 130˚ 150˚ 170˚ 170˚ 150˚ 130˚ 110˚
Círc 70˚
ulo
Pola
r Árti
OCEANO GLACIAL ÁRTICO
60˚ co
60˚

50˚
50˚

40˚
Paris 40˚
Pequim
Ajigasawa
30˚ Houston 30˚
Agadir
Trópico de Câ
ncer Cairo
20˚ 20˚
OCEANO PACÍFICO
10˚ OCEANO 10˚
ATLÂNTICO
reenwich

Equador
0˚ 0˚
OCEANO ÍNDICO
10˚ 10˚
ano de G

20˚ Trópico de Capricórnio Curitiba 20˚


Meridi

30˚ Buenos Aires 30˚


OCEANO PACÍFICO N

O L 40˚
40˚
E. Cavalcante

Capital do país S
OCEANO GLACIAL ANTÁRTICO 50˚
50˚ Cidade ntártico
0 2 340 4 680 km
Polar A
Círculo
160˚ 140˚ 120˚ 100˚ 80˚ 60˚ 40˚ 20˚ 0˚ 20˚ 40˚ 60˚ 80˚ 100˚ 120˚ 140˚ 160˚ 180˚ 160˚ 140˚
Fonte: Reference atlas of the world. 9. ed. London: Dorling Kindersley, 2013. p. XXVIII-XXIX.

5. Ainda utilizando o mapa, calcule a distância em linha reta, em km, entre as se-
guintes cidades:
a ) Houston e Agadir; c ) Cairo e Ajigasawa; e ) Houston e Buenos Aires;
8 892 km. 10 530 km. 10 062 km.
b ) Buenos Aires e Pequim; d ) Paris e Curitiba; f ) Pequim e Ajigasawa.
19 890 km. 11 466 km. 2 340 km.
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Material digital
6. Observe o mapa abaixo para responder às seguintes questões no caderno.

Capítulo 2
a ) Qual é a informação principal apresentada nesse mapa? • No material digital, a
A distribuição das agroindústrias na região Centro-Oeste. Avaliação 1 propicia um
b ) Qual é a fonte das informações apresentadas? momento de verifica-
GIRARDI, Gisele; ROSA, Jussara Vaz. Atlas geográfico do estudante. São Paulo: FTD, 2016. p. 73.
c ) Quantos quilômetros representa cada centímetro desse mapa? Em que parte ção da aprendizagem
dos alunos, por meio de
do mapa é possível obter essa informação? Representa 250 km. Na escala.
diferentes atividades
d ) Quais recursos gráficos estão sendo utilizados neste mapa? Cores, linhas e figuras. abordando assuntos dos
capítulos 1 e 2.
Centro-Oeste: distribuição
das agroindústrias

AM PA

TO
RO
BA
MT

DF 15° O
Cuiabá GO Brasília
Goiânia Principais setores
agroindustriais
Beneficiamento de arroz
MG Usina de açúcar e álcool
MS Óleos vegetais
Campo Capital estadual
Grande Capital federal
N
SP Limite internacional
O L Limite estadual
Trópico de Capricórnio
E. Cavalcante

S Fonte: GIRARDI, Gisele; ROSA, Jussara


0 250 km PR OCEANO Vaz. Atlas geográfico do estudante.
55° S ATLÂNTICO São Paulo: FTD, 2016. p. 73.

Refletindo sobre o capítulo


Agora que você concluiu o estudo deste capítulo, reflita a respeito dos temas estudados.
Faça uma autoavaliação do seu aprendizado com base nas afirmações a seguir.
• Para nos orientarmos e nos localizarmos no espaço geográfico, podemos utilizar os pontos
cardeais (norte, sul, leste e oeste) com o auxílio de uma bússola ou por meio das coorde-
nadas geográficas, usando um mapa ou um GPS.
• Os mapas são representações do espaço elaboradas sobre uma superfície plana.
• Tanto os globos terrestres quanto os planisférios representam toda a superfície do nosso
planeta, porém de maneiras diferentes.
• Os globos, assim como as maquetes, são representações tridimensionais do espaço e permi-
tem observá-lo sob diferentes pontos de vista.
• Um mesmo espaço pode ser observado sob diferentes pontos de vista: ponto de vista
horizontal, ponto de vista oblíquo e ponto de vista vertical.
• As convenções cartográficas padronizam os símbolos e facilitam a leitura e a interpretação
dos mapas.
• As escalas dos mapas informam a proporção em que tal representação está reduzida em
relação à realidade.

69

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Refletindo sobre o capítulo
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• Esta seção tem o intuito de propor uma re- não tenham compreendido alguma das afir- ficando conceitos não apreendidos e que te-
flexão. Leia com os alunos as informações e mações, é importante que o professor seja rão que ser retrabalhados.
promova uma conversa sobre os temas. Esse informado para que possa retomar o conteú- • Avalie se os alunos desenvolveram as habili-
é um bom momento para identificar dúvidas. do correspondente e sanar as deficiências na dades indicadas no decorrer deste capítulo. Se
• Estimule a autonomia na aprendizagem dos aprendizagem. necessário, verifique a necessidade de utilizar
alunos solicitando-lhes que realizem a pro- • Auxilie os alunos que apresentarem mais outras estratégias de aprendizagem para que
posta desta seção. Explique-lhes que, caso dificuldades no trabalho com o capítulo, veri- as habilidades e os objetivos sejam alcançados.

69

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ítulo

Conhecendo
Objetivos do capítulo Cap
• Conhecer o processo
de formação do planeta

o planeta
Terra.
• Identificar as diferen-
ças entre o tempo histó-

Terra
rico e o tempo geológico.
• Reconhecer que as
esferas terrestres são
importantes para o de-
senvolvimento da vida
no planeta.
• Reconhecer que o pla-
neta Terra faz parte, as-
sim como os outros pla-
netas, do Sistema Solar.
• Identificar a forma es-
Giovanni Benintende/Shutterstock.com
Fotomontagem. Fotos: Nada Sertic e

férica da Terra.
• Compreender que a
sucessão dos dias e das
noites está relacionada
ao movimento de rota-
ção da Terra.
• Identificar as zonas
térmicas da Terra e com-
preender os fatores que
dão origens a elas.
• Compreender que as
estações do ano acon-
tecem em consequência
do movimento de trans-
lação da Terra e do seu
eixo de inclinação.
• Compreender o siste-
ma de fusos horários da
Terra.
• Compreender que as
expressões culturais in-
dígenas fazem parte da
identidade desses povos
e que a expressão cultu-
ral de cada povo deve ser
valorizada e mantida.

Planeta Terra
visto do espaço.

70

Orientações gerais
g20_ftd_lt_6vsg_c3_p070a080.indd 70 10/15/18 3:48 PM g20_

• Para investigar os conhecimentos prévios dos alunos tas páginas. Questione os alunos sobre o que pode ser
em relação ao tema que será trabalhado neste capítulo, observado nesta imagem e deixe que eles comentem
aproveite as perguntas da página 71. Incentive os alunos sobre os elementos, como os continentes e oceanos. Ve-
a contarem sobre filmes ou livros que já tenham visto. rifique se os alunos percebem que a atmosfera pode ser
• Comente sobre a imagem da Terra representada nes- observada pelas nuvens.

70

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BNCC
• As atividades propos-
tas nesta página favore-
cem uma abordagem da
competência geral 1 da
BNCC, pois apresentam
Como a Terra foi formada? Qual a localização do
questionamentos que
nosso planeta no Universo? Que movimentos a Terra permitem a valorização
realiza? Perguntas como essas sempre despertaram a e utilização de conheci-
curiosidade do ser humano, que, no decorrer de sua mentos historicamen-
história, vem tentando compreender cada vez mais o te construídos sobre o
planeta em que vive. mundo físico.
Neste capítulo vamos estudar diferentes caracte- • Aproveite o conteúdo
para promover com a
rísticas do planeta Terra, o que nos possibilitará am-
turma uma reflexão so-
pliar nosso entendimento sobre a história e a dinâmica
bre a necessidade do ser
do mundo em que vivemos. humano em compreen-
der as características e
dinâmicas do mundo em
que vivemos.

Respostas
A Resposta pessoal. Es-
timule-os a expressar co-
nhecimentos sobre o as-
sunto, ainda que sejam de
ordem fictícia ou lendária.

Flaper
Essas também são pro-
duções culturais impor-
tantes. Oriente os alunos
a respeitar as mais diver-
sas opiniões sobre o sur-
gimento da Terra que ve-
nham a ser apresentadas.
B Resposta pessoal.
Veja as respostas das questões nas orientações ao professor. Verifique se a opinião
A Você já ouviu alguma hipótese sobre o sur- dos alunos está coerente
gimento do nosso planeta? Converse sobre com a atividade propos-
esse assunto com seus colegas. ta. Estimule a participa-
B Na sua opinião, o conhecimento que o ho- ção de todos.
mem vem adquirindo a respeito do nosso C Resposta pessoal. Ca-
planeta ao longo da história é importante so considere interessan-
para a vida na Terra? Por quê? te, promova uma roda de
conversa com os alunos
C O que você sabe a respeito da Terra? Se
de modo que troquem
fosse para descrevê-la, levando em consi- ideias sobre a atividade
deração suas características, por exemplo, proposta. Verifique se
sua forma, localização e os movimentos que existe um consenso em
realiza, o que você diria? relação às respostas
apresentadas por eles.

71

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71

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Orientações gerais

• Antes de iniciar es-


A origem da Terra
ta seção, é interessante A busca do ser humano para esclarecer a origem de nosso planeta incentivou o
avaliar os conhecimen- desenvolvimento de importantes teorias científicas. Atualmente, as teorias mais acei-
tos prévios dos alunos tas afirmam que a formação da Terra teve início há cerca de 4,5 bilhões de anos.
em relação ao tema A
origem da Terra. Ques- A seguir, apresentamos algumas fases importantes do processo de evolução do
tione como eles imagi- nosso planeta, segundo essas pesquisas.
nam os primeiros seres
No início, a Terra era semelhante a uma grande bola composta por
vivos do nosso planeta minerais fundidos e incandescentes. Próximo à superfície, esse material
e como ocorreu a evolu- pastoso e quente se resfriou lentamente e se solidificou, dando origem
ção até surgirem os pri- a grandes placas rochosas que formaram a crosta terrestre.
meiros ancestrais do ser O processo de formação da crosta liberou uma grande quantidade de
humano. gases e vapores-d’água, que mais tarde deram origem à atmosfera
primitiva da Terra. Os vapores-d’água formaram nuvens espessas
• Solicite que façam que, ao se condensarem, provocaram volumosas chuvas.
desenhos representan- Na crosta, a água acumulada nas porções mais baixas
do essas fases e apre- do relevo originou os primeiros oceanos do planeta.
sentem aos colegas da Há cerca de 3,3 bilhões de anos, os primeiros
seres vivos, tais como as bactérias e as
turma. Após o estudo
algas, surgiram nos oceanos 1 .
do esquema apresenta-
Por volta de 550 milhões de anos atrás, Pequenos
do nas páginas 72 e 73, mamíferos.
outros seres vivos, como estrelas-do-
proponha que realizem
-mar e trilobitas, passaram a habitar os
uma análise comparativa oceanos 2 . No entanto, somente após 8
entre o esquema e os de- cerca de 500 milhões de anos, algumas
senhos confeccionados espécies de bactérias, fungos e algas
por eles e verifiquem se passaram a se desenvolver fora da água.
Ao morrerem, essas bactérias tornaram-se
as teorias conferem com
uma espécie de adubo que propiciou, mais
o modo em que imagi- tarde, o desenvolvimento das primeiras
naram a origem dos pri- plantas terrestres 3 .
meiros seres vivos do
planeta Terra.

Trilobita.
Integrando saberes Primeiras plantas
•O estudo do tema A aquáticas. 2
origem da Terra permite
um trabalho em conjun-
to com o componente
Primeiros
curricular de Ciências.
organismos
Para isso, converse com unicelulares. 4 5
o professor do compo- 3
nente e elaborem jun-
Primeiros Primeiros
tos uma atividade para Primeiras plantas
vertebrados. anfíbios.
que os alunos possam terrestres.
conhecer mais sobre os 1
seres que originaram a
vida na Terra.
•A atividade pode ser Condensação: passagem do estado gasoso para o estado líquido.
feita em forma de pes- Crosta terrestre: camada mais superficial do planeta Terra,
quisa realizada na in- composta por rochas e minerais.
ternet ou na biblioteca Trilobita: animal que viveu no fundo dos oceanos há,
aproximadamente, 500 milhões de anos. Atualmente, os trilobitas
da escola, para a qual os são encontrados apenas na forma de fóssil.
alunos devem recolher
imagens e informações 72
sobre os organismos uni-
celulares e a vida que se
originou a partir desses
organismos. É possível g20_ftd_lt_6vsg_c3_p070a080.indd 72 10/15/18 3:48 PM g20_
pedir que os alunos apre-
sentem a pesquisa em
forma de cartazes, que
poderão ficar expostos
nos corredores da escola.

72

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Há cerca de 400 milhões de anos, algumas espécies de Há, aproximadamente, 230 milhões de anos, Orientações gerais

Capítulo 3
plantas, como as samambaias, e de animais invertebrados, surgiram as primeiras plantas coníferas 6 .
como as baratas, as aranhas e os escorpiões, que viviam E cerca de 200 milhões de anos atrás, várias • Para aprofundar seus
na água, passaram a viver em ambientes terrestres. espécies de plantas e grandes répteis, conhecidos conhecimentos a respeito
Nessa época surgiram também os primeiros vertebrados por dinossauros, habitaram os continentes da da forma e dimensões do
4 . Mais tarde, há 350 milhões de anos, a superfície Terra 7 . Há cerca de 70 milhões de anos, planeta Terra, sugerimos
terrestre já era coberta por densas florestas. Neste ocorreu a extinção dos dinossauros,
a leitura do texto a seguir.
ambiente, surgiram os anfíbios que, posteriormente, se e, nesta época, a superfície terrestre passou a ser
desenvolveram e se tornaram sapos e rãs 5 . povoada por mamíferos 8 . Os primeiros [...] Para podermos de-
ancestrais do ser humano surgiram na Terra há finir as linhas da rede
cerca de 2,5 milhões de anos 9 . geográfica (paralelos e
meridianos), a Terra é con-
7 siderada como uma esfera
Aparecimento
dos dinossauros.
perfeita, mesmo sabendo-
-se que existe um pequeno
achatamento polar. [...] Por
outro lado, quando a Terra
é vista do cosmos, ela se
apresenta também com
esta forma, não se per-
cebendo o achatamento
polar. Imaginemos que es-
tamos no espaço cósmico
e, aos poucos, vamos nos
aproximando da Terra.
Conforme fôssemos che-
gando mais perto, pode-
ríamos perceber que nos-

Luciane Mori
so planeta tem uma forma
bastante irregular, se con-
siderarmos as saliências e
reentrâncias do relevo. No
Grandes entanto, quando se trata
mamíferos. de estabelecer medidas
para fins de mapeamento,
a irregularidade da super-
fície terrestre, em razão
6
Aparecimento do relevo e também do
das coníferas. achatamento polar, é pre-
judicial. Por isso, os cien-
tistas se preocuparam em
definir uma forma para o
planeta, de maneira que
os cálculos pudessem ser
facilitados [...].
9 Foi então que surgiu o
elipsoide, que pode ser
Aparecimento dos definido como uma su-
seres humanos. perfície teórica, para fins
científicos, resultante do
movimento de rotação da
Terra em torno de seu eixo
menor, sendo semelhante
a uma elipse [...].
DUARTE, Paulo Araújo.
Conífera: grupo de plantas, como os pinheiros, que
Fundamentos de Cartografia.
apresentam os órgãos de reprodução em sementes com 2. ed. Florianópolis: Editora da
formato de cone. UFSC, 2002. p. 65.
Invertebrado: animal que não possui coluna vertebral. Fonte: A Terra. São Paulo: Ática,
1995. p. 10-11. (Atlas visuais).
Vertebrado: animal que possui coluna vertebral.

73

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73

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O tempo geológico e o tempo histórico
BNCC
• O tema trabalhado nes-
ta página favorece uma
O tempo em que a Terra se formou e passou por transformações (que ainda continuam)
abordagem da habilida-
de EF06GE01. Comente é imensamente diferente do tempo histórico, com o qual lidamos cotidianamente e que
com os alunos que as se refere à história do ser humano em nosso planeta. As paisagens com predomínio de
paisagens se modificam elementos naturais resultam das transformações ocorridas ao longo do tempo geológico.
ao longo do tempo, sen- Veja a seguir a diferença entre o tempo geológico e o tempo histórico.
do por ação da natureza,
Ao compararmos o tempo geológico e o tempo histórico, percebemos que existe
processo que ocorre de
maneira lenta (tempo ge- uma grande diferença temporal entre eles. Como exemplo, podemos citar o surgi-
ológico), ou pela ação an- mento do ser humano. Para nós, esse acontecimento parece ter ocorrido há muito
trópica, que ocorre mais tempo. No entanto, trata-se de um período consideravelmente recente se comparado
rapidamente (tempo his- à origem do nosso planeta.
tórico), se comparado ao
tempo geológico. Retome
noções e exemplos trata-
dos no estudo da unidade
1 amplie-as inserindo as
transformações citadas
naquele estudo no con-
texto temporal tratado na
Shutterstock.com

Tempo histórico
presente unidade.
Littleaom/

Em um período da história da Terra em que o


planeta já havia adquirido características bem
próximas das atuais, surgiram os primeiros
Orientações gerais ancestrais do ser humano. Desde então, teve
início a história da humanidade, também
• Explore a imagem com conhecida por tempo histórico.
os alunos, elencando os Ao longo do tempo, o ser humano também foi
elementos da paisagem responsável por mudanças significativas nas
paisagens terrestres. Essas mudanças,
que revelam a temporali-
geradas por meio de seu trabalho,
dade de sua composição. contribuíram para moldar muitas das
Inicialmente, peça que características da superfície do nosso planeta.
localizem a paisagem
por meio da leitura da
legenda e, se necessário,
encontrem em um pla-
nisfério a Itália e a cidade
de Nápoles. Em seguida,
solicite que localizem
e nominem os elemen-
tos e sua localização no
tempo histórico ou ge-
ológico. Por exemplo:
vulcão (tempo geológi-
co); embarcações (tempo
histórico); mar (tempo
geológico); construções
(tempo histórico) e assim
por diante.

74

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Portanto, embora a história da Terra e Material digital

Capítulo 3
Passado Tempo geológico Tempo histórico
a história do ser humano estejam interli- •A sequência didática
Surgimento dos 4, localizada no material
gadas, a história humana iniciou-se muito Aparecimento dos
Remoto primeiros ancestrais digital, pode comple-
depois, ou seja, há uma grande diferença primeiros seres vivos.
do ser humano.
mentar o trabalho com o
entre elas na escala de tempo. Assim, o Formação de cadeias
Invenção da tema Tempo geológico e
significado de passado recente e passado montanhosas como tempo histórico.
Recente televisão e dos
remoto pode ter conotações diferentes se os Andes, na América
tiver como referência o tempo geológico do Sul.
satélites artificiais. • Ao utilizar este mate-
rial, é possível trabalhar
ou o tempo histórico. com a competência geral
Recente: que aconteceu recentemente.
Remoto: que sucedeu há muito tempo; antigo. 3 da BNCC e a competên-
cia específica de Geogra-
fia 5, pois propõe desper-
Podemos observar, nesta fotografia,
tar nos alunos a curiosi-
aspectos da paisagem que nos remetem ao
tempo geológico, como a formação do
dade intelectual e o uso
vulcão Vesúvio em um tempo de práticas de investiga-
geologicamente remoto. Em relação ao ção sobre o surgimento
tempo histórico recente, podemos da espécie humana.
• Além disso, aproveite o
observar parte da cidade
Tempo geológico e do porto de Nápoles,
Foram necessárias centenas de milhões de anos para Itália, 2018. momento para trabalhar
que a Terra adquirisse as formas e características que em conjunto com os com-
apresenta atualmente. Essa configuração é resultado ponentes curriculares de
de sucessivas transformações provocadas por História e Matemática.
fenômenos naturais.
Os Andes
Algumas transformações na paisagem dos lugares,
Os Andes são a cadeia de montanhas mais longa do
ocasionadas por fatores naturais (como os vulcões e
mundo, com aproximadamente 7 500 km de
terremotos), deixaram marcas na superfície de nosso extensão. É também conhecida como Cordilheira
planeta que podem ser vistas até os dias de hoje. dos Andes e se estende pelos seguintes países:
Todo esse tempo ao longo do qual vem se construindo Venezuela, Colômbia, Equador, Peru, Bolívia, Chile e
a história da Terra é chamado tempo geológico. Argentina. Você pode encontrar mais informações
sobre essa cadeia de montanhas consultando o site:
<http://livro.pro/xzrbad>. Acesso em: 14 maio 2018.

75

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BNCC
• O conteúdo desta se- Geografia A tabela do tempo geológico
ção favorece uma abor- em foco
dagem da competência
geral 2 da BNCC, pois
situa os principais acon-
Os principais eventos que marcaram a história da Terra podem ser apresentados
tecimentos da história do em uma tabela conhecida como tabela do tempo geológico. Nela, os acontecimentos
nosso planeta e suas eras mais antigos são apresentados na parte inferior, enquanto os mais recentes, na par-
geológicas, exercitando te superior. Veja.
a curiosidade intelectual
ao recorrer à abordagem Principais acontecimentos Tempo em anos Período Era
própria da ciência. Apro-
veite o conteúdo para Invenção da lâmpada elétrica, automóvel,
promover com a turma avião, televisão, satélite artificial, computador,
uma reflexão sobre a im- entre outros.
Cerca de 100 anos
portância de cada perío- Descoberta da penicilina.
até hoje
do na evolução do plane- Acontecem a Primeira e a Segunda Guerras Quaternário
ta e da humanidade. Mundiais.
O Brasil torna-se República.
Cenozoica
Os europeus colonizam a América. 500 anos atrás
Sugestão de atividade
Surgem os primeiros ancestrais do ser humano
Linha do tempo na África.
Objetivos Formação das cadeias de montanhas: Andes e Há cerca de 65 a
Terciário
• Exercitar raciocínios Montanhas Rochosas (América); Alpes, Pirineus
e Apeninos (Europa); Himalaia (Ásia); Atlas
2 milhões de anos
que envolvam eventos
(África).
ocorridos no tempo ge-
ológico e no tempo his- Os dinossauros são extintos e o planeta passa
tórico. a ser dominado pelos mamíferos. Cretáceo
Há cerca de 248 a
Surgem as plantas com flores (angiospermas). Jurássico Mesozoica
Materiais 65 milhões de anos
Os dinossauros dominam a Terra. Triássico
• Canetas hidrocor. Aparecem os mamíferos e as aves.
• Cartolina. Os anfíbios vão para a terra. Surgem os
• Tesoura com pontas primeiros répteis e insetos. Permiano
arredondadas. Formação das cadeias montanhosas dos Há cerca de 350 a
Carbonífero
248 milhões de anos
• Tubos de cola. Apalaches (América) e Urais (Ásia).
Devoniano
Aparecem os primeiros peixes no meio Paleozoica
a ) Reúna a turma em
aquático e vegetação primitiva nos
grupos de quatro alunos. Siluriano
continentes.
Cada equipe deverá pes- Há cerca de 545 a
Surgem os invertebrados no meio aquático, Ordoviciano
quisar e recolher na in- 350 milhões de anos
entre eles o molusco. Cambriano
ternet ou na biblioteca da
escola imagens e infor- Aparecem os primeiros seres vivos (crustáceos, Aproximadamente
mações sobre os aconte- algas, bactérias, fungos, entre outros). 2 bilhões de anos Algonquiano
cimentos nas eras geoló- Surgem os oceanos e mares nas grandes atrás
Pré-
gicas (Pré-cambriana – depressões.
-cambriana
Paleozoica – Mesozoica Origem da crosta terrestre com as rochas Aproximadamente
– Cenozoica). mais antigas da Terra. 4,5 bilhões de anos Arqueano
Formação do planeta Terra. atrás
b) Solicite que cada gru-
po organize o material Fontes: TEIXEIRA, Wilson et al (Org.). Decifrando a Terra. São Paulo: Companhia Editora Nacional, 2008. p. 558-559.
LEINZ, Viktor; AMARAL, Sérgio Estanislau do. Geologia geral. 14. ed. São Paulo: Companhia Editora Nacional, 2003. v. 1. p. 27.
selecionado em cartoli-
nas (uma para cada era Penicilina: antibiótico natural, proveniente de um fungo. Foi descoberto na década de 1920 pelo médico
geológica), formando uma escocês Alexander Fleming e muito utilizado nas décadas de 1950 a 1980.
linha do tempo.
c ) Para finalizar, peça 76
que os grupos apresen-
tem seus trabalhos, os
quais poderão ser expos-
tos na sala de aula para Orientações gerais
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que constantemente os
alunos possam consul- • No estudo de A tabela do tempo geológico, apresente Jurássico por causa das montanhas de Jura, cordilheira,
tá-los. aos alunos a origem dos nomes de alguns períodos geo- localizada ao norte dos Alpes, na Europa.
lógicos, conforme trata o texto a seguir. Permiano pela província de Perm, na Rússia.
Vários períodos geológicos foram batizados de acordo Cambriano por ser o nome romano de Gales, na atual
com o local onde as rochas da idade em questão foram es- França.
tudadas pela primeira vez: Outros foram batizados em razão de um traço específico

76

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As esferas terrestres BNCC

Capítulo 3
• Este conteúdo favore-
ce o trabalho com o tema
À medida que nosso planeta se formou, também tiveram origem elementos que
contemporâneo Educa-
proporcionaram as condições necessárias para que a vida se desenvolvesse na Terra. ção ambiental. Proponha
Entre eles, podemos citar o solo, o ar e a água, em determinada temperatura e com- uma discussão com a tur-
posição. Esses elementos estão distribuídos em três grandes porções da Terra, deno- ma sobre a importância
minadas esferas terrestres. Observe a tela abaixo e veja a representação de cada uma do equilíbrio entre as três
dessas esferas. esferas terrestres (litos-
fera, atmosfera e hidros-
fera) para a manutenção
Litosfera: corresponde Atmosfera: é composta Hidrosfera: compreende toda a água da vida em nosso planeta.
às camadas em que
estão as rochas e os
pelos gases que envolvem
o planeta, entre eles o
existente em nosso planeta em
suas diferentes formas, como rios,
• Ao utilizar a tela de
Paul Cézanne, um recur-
solos existentes no oxigênio, do qual nossa oceanos e aquíferos (líquida), vapor
planeta. sobrevivência depende. de água (gasosa) e geleiras (sólida).
so da linguagem icono-
gráfica e artística, para
abordar o tema sobre as
esferas terrestres, é pos-
sível realizar um trabalho
Museu Metropolitano de Arte, Nova York, EUA

abrangendo a compe-
tência geral 3. Comente
com os alunos que esse
artista costumava pin-
tar diferentes paisagens.
Aproveite e retome com
os alunos as característi-
cas dos elementos natu-
rais e culturais.
• Caso queira apresen-
tar outras obras desse
artista para os alunos e
conhecer um pouco mais
sobre sua biografia, su-
gerimos o acesso ao site
a seguir.
> Paul Cézanne, Histó-
ria das Artes. Disponível
em: <http://livro.pro/
sivm7x>. Acesso em:
17 set. 2018.

Orientações gerais

• Ao trabalhar este te-


Na tela O Golfo de Marselha visto de L’Estaque, produzida pelo pintor francês Paul Cézanne em 1885, ma, é importante que os
é retratada a região do porto de Marselha, na França. alunos compreendam
que a vida na Terra só é
possível a partir da in-
A inter-relação das três esferas terrestres compõe a biosfera do planeta, também teração das três esferas
conhecida por “esfera da vida”. É na biosfera que as mais variadas formas de vida se apresentadas (hidrosfera
– atmosfera – litosfera).
desenvolvem e encontram, em diferentes tipos de ambientes, as condições necessá-
Deixe claro que a “esfera
rias para sobreviver. da vida” é o todo, o pon-
77 to em comum (biosfera).
Ressalte também a im-
portância da conserva-
ção de cada uma dessas
esferas para perpetua-
ção da vida no planeta,
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das rochas do período, como: pois elas foram forma-


Carbonífero por suas camadas ricas em carvão. das ao longo de bilhões
Cretáceo do latim creta, “greda”, por causa dos grandes de anos.
depósitos de greda que se formam na época.
SCROGGIE, Justin et al. Planeta Terra e o Universo. Tradução: Claudio
Coutinho de Biasi. Rio de Janeiro: Reader’s Digest, 2005. p. 72.

77

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Encontro com... Ciências
BNCC
• Este conteúdo permi-
te uma abordagem da
competência geral 1 da
BNCC, pois apresenta Terra: um planeta no Universo
questionamentos que Hoje sabemos que a Terra é apenas um dos planetas que existem no Universo.
favorecem a valorização
Mas, durante muito tempo, acreditou-se erroneamente que ela fosse o centro do Uni-
e a utilização de conheci-
mentos históricos cons-
verso, estando os demais planetas ao seu redor.
truídos sobre o mundo Com base na teoria heliocêntrica, apresentada pelo cientista polonês Nicolau Co-
físico, social, cultural e pérnico no século XVI, a humanidade, aos poucos, passou a compreender o Universo
digital. Aproveite o te- de outra forma. Segundo o heliocentrismo, o Sol não gira ao redor da Terra, como
ma para promover com se acreditava anteriormente, e sim o nosso planeta é que gira ao redor do Sol.
a turma uma reflexão so-
bre as teorias historica- A Terra está localizada no Sistema Solar, que pertence à galáxia Via Láctea, que,
mente construídas refe- por sua vez, contém em torno de 100 bilhões de estrelas. A imagem a seguir repre-
rentes ao planeta Terra e senta a Via Láctea.
à dinâmica do Universo. gurb101088/Shutterstock.com

Galáxia: concentração
de estrelas e de outros
Orientações gerais corpos celestes que
giram em torno de um
• Durante o estudo des- centro comum.
te tema, incentive os alu-
nos a observarem a ima-
gem da Via Láctea, seu
formato e cores. Ressalte
que a Terra é apenas um
pequeno ponto em meio
a tantos outros, chaman-
do a atenção para que os
alunos percebam a gran-
Imagem da Via
diosidade dessa galáxia.
Láctea, galáxia na
• Para auxiliar a com- qual está localizado
preensão da diferença o nosso planeta,
entre as teorias helio- 2018.
cêntrica e geocêntrica,
apresente aos alunos a
origem da formação des- A compreensão da Terra como centro do Universo é conhecida como geocentrismo
sas palavras: e foi aceita como verdadeira até o século XV. A teoria geocentrista, defendida pelo
> HELIO = de origem pensador grego Aristóteles (384-322 a.C.) e
Biblioteca Nacional da
Austrália, Camberra

grega, significa SOL; pelo astrônomo grego Ptolomeu (século II),


> GEO = de origem gre- afirmava que a Terra permanecia imóvel no
ga, significa TERRA. centro do Universo, enquanto o Sol e de-
• Faça a ligação entre mais astros giravam ao seu redor.
essas palavras e as teo-
rias as quais represen-
tam: Geocentrismo, na
qual a Terra é o centro, e
Heliocentrismo, na qual
o Sol é o centro. A imagem ao lado mostra um esquema de como o

• As explicações sobre mundo era compreendido a partir do geocentrismo.

o movimento de transla-
ção, que o nosso planeta 78
realiza em torno do Sol,
serão apresentadas nas
páginas seguintes.
Orientações gerais
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• Comente com os alunos que, durante muito tempo, esses cientistas. Leia com os alunos o texto a seguir, que
Plutão foi considerado um planeta. Ele deixou de assu- aborda essa discussão.
mir essa condição quando cientistas estabeleceram al- […] para ser considerado um planeta, o astro deve orbi-
guns critérios de classificação de um astro como plane- tar o Sol, ser esférico [...] e ter limpado a vizinhança de sua
ta. As características apresentadas por Plutão não mais órbita. Essa última condição significa que: o astro deve ter
condiziam com os requisitos julgados necessários por eliminado os corpos celestes próximos de sua órbita, seja

78

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No século XVI, Nicolau Copérnico (1473-1543) res- Sugestão de atividade

Capítulo 3
gatou os estudos do grego Aristarco (310-230 a.C.) e Meu endereço no
publicou um livro no qual defendia a ideia de que a Universo
Terra gira ao redor do Sol, não o contrário. Essa teo- • Convide o professor

Biblioteca Nacional da Austrália, Camberra


ria, conhecida como heliocentrismo (helios, em gre- de Ciências para juntos
go, significa Sol), foi retomada e aperfeiçoada, mais construírem um esque-
tarde, no século XVII, pelo cientista italiano Galileu ma de endereço que le-
ve em consideração o
Galilei (1564-1642).
Universo e não apenas a
localização na superfície
A imagem ao lado retrata um terrestre. Veja o exem-
esquema do heliocentrismo. plo a seguir, que mostra
o endereço completo de
A Terra no Sistema Solar um morador da Avenida
Duque de Caxias, nº 635,
O Sistema Solar é composto pelo Sol e por vários outros corpos celestes, entre Londrina, Paraná.
eles o planeta onde vivemos.
Universo
Além da Terra, há mais sete planetas que formam o Sistema Solar. Atraídos pela Via Láctea
força de gravidade do Sol, todos os planetas giram em redor dessa estrela em órbita.
Sistema Solar
Veja na imagem abaixo um esquema semelhante ao Sistema Solar.
Planeta Terra
Sistema Solar Continente América
País Brasil

JPL/NASA/SPL/Fotoarena
Netuno Estado Paraná
Município Londrina
Rua/ Duque
Saturno Avenida de Caxias
Urano Número Nº 635

Marte
• Esta atividade pode
ser registrada em um
cartaz ou em uma folha
Júpiter de sulfite em que cada
Terra
aluno constrói seu en-
dereço residencial e seu
Vênus
pertencimento a esse es-
paço maior que o planeta
Terra no universo.
Mercúrio
Órbita:
trajetória
definida por Resposta
um astro ao
redor do outro. • A terra ocupa a tercei-
ra posição no Sistema
Representação Solar.
do Sistema Solar.

Fonte: LUHR, James F. (Ed.). Earth: the definitive visual guide. London: Dorling Kindersley, 2007. p. 118-119.

• Iniciando a contagem por Mercúrio, que é o primeiro planeta mais próximo do


Sol, qual é a posição da Terra no Sistema Solar? Veja a resposta da questão nas
orientações ao professor.
79

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colidindo (batendo) com eles, capturando-os como satéli- limpado a sua órbita. Portanto, Plutão deixou de ser con-
tes (luas) ou tendo expulsado esses corpos para longe. Em siderado um planeta. Agora, ele pertence à categoria dos
resumo, esse critério requer que o candidato a planeta seja planetas-anões [...]
maior que todos os corpos próximos a ele. Essa condição MAKLER, Martín. Você sabia que Plutão não é mais um planeta? Ciência Hoje das
não se aplica a Plutão, pois ele é pequeno demais para ter Crianças, Rio de Janeiro, Instituto Ciência Hoje, ano 19, n. 175, dez. 2006. p. 12.

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Integrando saberes Atividades
• A atividade da seção
Geografia no contex- 1. O tempo geológico corresponde ao tempo ao longo do qual vem
se construindo a história da Terra. Já o tempo histórico
to possibilita o trabalho 3. Hidrosfera: Exercícios de compreensão corresponde à história da humanidade, ou seja, é contado a partir
conjunto com o compo- compreende do surgimento do ser humano na Terra.
todas as
nente curricular de Lín- formas de
1. Qual é a principal diferença existente entre o tempo geológico e o tempo histórico?
gua Portuguesa. Articu- água
existentes no 2. Cite um exemplo de acontecimento que se refere ao tempo geológico e um exem-
le com o professor desse
planeta. plo que se refere ao tempo histórico. Possível resposta: tempo geológico: surgimento de mamíferos
componente e progra- Atmosfera: e aves. Tempo histórico: colonização europeia da América.
mem juntos a realização composta 3. No caderno, caracterize as três esferas que compõem a biosfera terrestre.
pelos gases
desta atividade. Discu- que envolvem
tam o tema com a turma 4. Descreva a teoria geocêntrica.
o planeta.
e proponham aos alunos Litosfera:
corresponde à
5. De acordo com o que você estudou, o planeta Terra é o único corpo celeste do
que ordenem cronologi- camada onde Sistema Solar? Explique sua resposta no caderno.
camente e ilustrem em se encontram Não. O Sistema Solar é composto pelo Sol e por vários outros corpos celestes, que
forma de infográficos a as rochas e os giram ao seu redor atraídos pela força da gravidade, entre eles o nosso planeta.
sequência de aconteci-
solos Geografia no contexto
existentes no
mentos que descrevem planeta. 6. Indique a sequência numérica que ordena cronologicamente as frases abaixo,
a formação do planeta 4. A teoria que descrevem a formação do nosso planeta. Anote sua resposta no caderno.
Terra. Ao final, organi- geocêntrica, 1, 4, 5, 3, 2 e 6.
defendida
zem uma exposição de pelo pensador
trabalhos nos corredores grego 1 A Terra era semelhante a uma grande bola composta por minerais fun-
da escola. Aristóteles e
pelo didos e incandescentes. Próximo à superfície, esse material pastoso e
astrônomo quente se resfriou lentamente e solidificou-se, dando origem a grandes
também grego
Ptolomeu, placas rochosas que formaram a crosta terrestre.
afirmava que a
Terra era o
centro do
Universo e que 2 Extinção dos dinossauros.
o Sol e os
demais astros
giravam em
torno dela.
3 Algumas espécies de plantas, como as samambaias, e de animais inver-
tebrados, como as baratas, aranhas e escorpiões, que viviam na água,
passaram a viver no ambiente terrestre. Nessa época surgiram também
os primeiros peixes vertebrados.

4 O resfriamento da crosta liberou vapores de água que formaram espes-


sas nuvens. Ao se condensarem, essas nuvens ocasionaram volumosas
chuvas. Na crosta, a água acumulada nas porções mais baixas do relevo
deu origem aos primeiros oceanos do planeta.

5 Por volta de 550 milhões de anos atrás, seres vivos, como estrelas-do-
-mar e trilobitas, passaram a habitar os oceanos. No entanto, somente
após cerca de 500 milhões de anos, algumas espécies de bactérias, fun-
gos e algas passaram a se desenvolver fora da água.

6 Surgem os primeiros ancestrais do ser humano.

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A forma e os movimentos da Terra BNCC

Capítulo 3
• A charge como recur-
so didático contempla a
Veja a charge a seguir.
competência específica
de Ciências Humanas

Laerte
Laerte
7, pois aborda o uso de

Eg
yp
diferentes gêneros tex-

tia
nS
tuais, aliando linguagem

tu dio
verbal e não verbal para

/S h u
tterstock.c
a compreensão do con-
teúdo proposto. Antes

om
de iniciar o tema, avalie
o conhecimento prévio
dos alunos sobre o con-
LAERTE. Classificados 1. São Paulo: Devir, 2001. p. 52.
teúdo da charge e averi-
A charge acima satiriza uma antiga crença de alguns povos de que a Ter- gue se eles conseguem
Planeta Terra
ra seria plana. Portanto, se alguém navegasse em linha reta pelos oceanos, visto do espaço.
interpretá-la.
“cairia” do planeta. Contudo, com base em muitos estudos e observações, o
ser humano foi capaz de perceber que o planeta e sua superfície possuíam Orientações gerais
forma arredondada.
• Comente com os alu-
A forma esférica de nosso planeta foi verificada com a criação de moder- Telescópio: nos que a charge ilustra
nas tecnologias de exploração do Universo, como os satélites artificiais e os aparelho utilizado um momento histórico
para observação dos
telescópios. Mesmo antes da criação de tais instrumentos e da exploração corpos celestes e
do conhecimento huma-
espacial, já existiam hipóteses sobre o formato arredondado da Terra. Dessa que permite no, em que as concep-
forma, além de revolucionar a visão que a humanidade tinha da Terra, foi aproximar e ampliar ções sobre o formato do
a imagem planeta não indicavam
possível esclarecer inúmeras dúvidas a respeito de outros corpos celestes. observada.
que ele poderia ser esfé-
rico. No entanto, há sécu-
Geografia Observações cotidianas los o ser humano passou
a criar hipóteses sobre a
em foco esfericidade da Terra, te-
oria que foi comprovada
Mesmo antes da criação de instrumentos modernos e da exploração espacial, já se apenas no século XX.
acreditava no formato arredondado da Terra. As observações de algumas situações
do cotidiano forneciam evidências da forma esférica do planeta. Veja um exemplo.

Ao observar embarcações próximo ao 1 2 3


litoral, pode-se vê-las por completo,
imagem 1 . À medida que se distancia
do litoral, parte da embarcação passa
a não ser vista, devido à curvatura da
Terra, imagens 2 e 3 .
Flaper

Fonte: MATSUURA, Oscar.


Atlas do Universo. São
Paulo: Scipione, 1996. p. 10.

81

:48 PM Material digital


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• O trabalho com este tema pode ser complementado • Esta atividade permite um trabalho com o tema con-
temporâneo Diversidade cultural, ao incentivar a valo-
com o desenvolvimento do projeto integrador referen-
rização e o respeito a manifestações culturais de dife-
te ao 2º bimestre apresentado no material digital, com
rentes povos.
ênfase nas variadas teorias construídas no decorrer da
história da humanidade, para explicar a origem da Terra
e seus fenômenos.

81

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BNCC
• O tema proposto nes- A Terra não para
ta página favorece uma
A Terra realiza movimentos que são responsáveis pela manutenção da vida e da
abordagem da habilida-
dinâmica da natureza em nosso planeta. Vamos estudar, a seguir, os movimentos de
de EF06GE03. Promova
com a turma uma refle- rotação e de translação da Terra.
xão sobre fenômenos
naturais que comprovam Movimento de rotação
que o planeta Terra não
é estático no Universo. A sucessão dos dias e das noites em nosso planeta ocorre em razão de um dos
Ou seja, ela realiza movi- movimentos que a Terra realiza. Nesse movimento, conhecido por rotação, a Terra
mentos que lhe conferem gira ao redor de si mesma em relação a um eixo imaginário, inclinado a 23 graus, que
variações de temperatu- atravessa o seu centro de polo a polo, como representa a imagem abaixo. A rotação
ra e luz entre a noite e o ocorre de oeste para leste e leva, aproximadamente, um dia (24 horas) para dar uma
dia, estações do ano, va-
volta completa.
riação das marés, movi-
mento de translação etc. Em decorrência desse movimento, a incidência dos raios solares sobre uma por-
Para isso, solicite que os ção do globo modifica-se gradativamente à medida que a Terra gira. Desse modo,
alunos façam anotações enquanto uma de suas faces encontra-se amplamente iluminada pelo Sol, caracteri-
e desenhos, a partir da zando o dia, em outra não há iluminação solar, o que caracteriza a noite.
observação da posição
do Sol durante um dia.
Com base nessas ano-
tações, proponha uma
análise das percepções
dos alunos em relação ao
N eixo
imaginário
Cí r
tema. movimento cul
oP
de rotação ola

rtic
o
Integrando saberes Tr ó
p i co
• Este estudo permite de C
ânc
um trabalho em conjun- er
to com o componente
curricular de Ciências. Li n
Para isso, converse com ha

Luciane Mori
do
o professor desse com- equ
dia ado
ponente e elaborem jun- r
tos uma atividade para
Tr ó
que os alunos possam p i co
conhecer mais sobre os de C
apr
movimentos da Terra. i có r
nio
Cí r
• Levem para a sala de cul
oP
aula um globo terrestre ola noite
rA
e permita que os alunos n tá
rtic
os auxiliem na represen- o
tação dos movimentos
que a Terra realiza. Utili-
ze o globo para mostrar o S
movimento de rotação e,
com o auxílio de um ob-
jeto qualquer que repre-
Fonte: CHRISTOPHERSON, Robert W. Geossistemas: uma introdução à Geografia física.
sente o Sol, demonstre Tradução: Francisco Eliseu Aquino et al. 7. ed. Porto Alegre: Bookman, 2012. p. 52.
o movimento de trans-
lação. A visualização 82
desses movimentos na
prática favorece a com-
preensão dos alunos.
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82

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BNCC

Capítulo 3
O movimento aparente do Sol • Este estudo favorece a

Sarawut Suksao/Alamy/Fotoarena
Ao observamos o Sol em diferentes abordagem da habilida-
posições ao longo do dia, temos a de EF06GE03. Comente
impressão de que é esse astro que se com os alunos que, devi-
move no sentido leste-oeste. Movimento aparente do Sol
do à inclinação do eixo e
(sentido leste-oeste).
Essa impressão, de que o Sol executa à forma arredondada do
um movimento contrário ao de rotação da planeta, os raios solares
Terra, é chamada de movimento aparente incidem de forma dife-
do Sol. renciada (com maior ou
Veja no esquema ao lado o que nos menor intensidade) na
leva a pensar que é o Sol, e não a Terra, Movimento da Terra superfície terrestre.
(sentido oeste-leste).
que se move. A Terra, ao realizar o
movimento de rotação, no sentido oeste-
• Para demonstrar esse
fenômeno à turma, leve
leste, nos dá a impressão de que o Sol se
para a sala de aula um
move no céu, no sentido leste-oeste.
globo terrestre e uma
lanterna. Com o apoio
dos alunos, segure o glo-
Zonas térmicas da Terra bo inclinado, em seguida
direcione a luz da lan-
A inclinação do eixo de rotação da Terra e a sua forma arredondada são caracte-
terna para ele (mante-
rísticas que contribuem para que os raios solares incidam de maneira desigual em nha uma distância entre
cada parte do globo. Dessa forma, ocorre uma distribuição diferenciada de energia o globo e a lanterna de
do Sol em nosso planeta. Veja, no esquema abaixo, como isso ocorre. mais ou menos 80 cen-
tímetros). Solicite que os
Raios solares na superfície terrestre alunos observem a inci-

e Mori
dência da luz no globo e

Lucian
raios solares verifiquem quais pontos
1 recebem mais ou menos
Os raios incidem de maneira inclinada luz. Relacione a atividade
Cí r
nas porções da Terra localizadas cul à distribuição diferencia-
oP
próximo aos polos, ola da da energia solar em

dispersando seu calor por rtic
o nosso planeta.
áreas de grandes
dimensões. Desse Tr ó
pi c
modo, essas áreas od
eC
são menos ânc
aquecidas e,
er
consequentemente, Li n raios solares
apresentam ha
do
temperaturas equ
ado
mais baixas. r
Tr ó
pi c
od
eC
apr
i có
rnio

Cí r
cul
oP
ola
rA
n tá 2
rtic Nas áreas perto da linha do
o equador, as temperaturas são mais
Fonte: CHRISTOPHERSON, Robert elevadas, pois, nessas porções do
W. Geossistemas: uma introdução à
planeta, os raios solares incidem
Geografia física. Tradução: Francisco
Eliseu Aquino et al. 7. ed. Porto de maneira direta e concentrada
Alegre: Bookman, 2012. p. 48. na superfície terrestre.

83

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Sugestão de atividade Assim, em nosso planeta é possível identificar diferentes zonas térmicas, que se
Os países e as zonas caracterizam de acordo com a distribuição da radiação solar sobre sua superfície. As
térmicas da Terra zonas térmicas da Terra são: zona tropical ou intertropical, zona temperada do norte,
Objetivos zona temperada do sul, zona polar norte e zona polar sul. As zonas térmicas da Ter-
• Identificar a delimita- ra estão representadas no esquema a seguir.
ção das zonas térmicas
em uma representação
Zonas térmicas da Terra
do planeta Terra. Radiação: ato ou efeito de
• Identificar a localiza- irradiar; emissão de raios.

ção de alguns países nas


diferentes zonas térmi-
cas da Terra. Cí r 1
cul
oP
Materiais ola

• Globo terrestre ou pla- rtic
o
nisfério. Tr ó
p i co 2
• Folha de sulfite ou ca- de C
ânc
derno. er

• Lápis e borracha. Luciane Mori


Li n
ha
do
a ) Esta atividade pode equ 3
ado
auxiliar a avaliar o co- r
nhecimento dos alunos Tr ó
p i co
em relação à delimitação de C
apr
das zonas térmicas da i có r
nio 3
Terra. Solicite a eles que
citem países que possu- Cí r
cu
am climas diferentes, ob- A n lo P o
tá r l 2
servando a incidência de t i co a r
neve, chuva, seca, entre
Fonte: SCHÄFFER, Neiva Otero et al.
outros e, a partir da refle- Um globo em suas mãos: práticas 1
xão sobre o assunto, le- para a sala de aula. Porto Alegre:
Editora da UFRGS, 2003. p. 57.
vantem algumas hipóte-
ses sobre as causas das
diferenças climáticas en- Zonas polares: a incidência dos raios solares que atingem
1
tre as regiões do planeta.
essas zonas se dá de maneira bastante inclinada e com
b) Para melhor compre-
pouca intensidade. O frio é intenso e contínuo ao longo
ensão da influência das
zonas térmicas na confi- do ano nessas regiões.
guração dos climas, leve
um globo terrestre para a
sala de aula e, com base 2 Zonas temperadas: nessas regiões, os raios solares
no esquema proposto atingem a superfície terrestre com certa inclinação.
nesta página, com a tur-
Assim, ocorre um equilíbrio entre os dias quentes e frios.
ma, localizem e relacio-
nem alguns países às
suas zonas térmicas (po-
lares, temperadas e tro- 3 Zonas tropicais: nessas regiões, os raios solares incidem
picais). sobre a superfície do planeta praticamente sem
c ) Em seguida, elaborem inclinação. Em razão dessa incidência concentrada, as
um quadro demonstrati- regiões tropicais apresentam temperaturas altas e
vo, como no modelo a
constantes durante o ano todo.
seguir, e escrevam o no-
me de alguns países re-
lacionando-os à zona 84
térmica a que perten-
cem. Aponte a existência
de países que se locali-
zam em mais de uma zo- Países e sua localização
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na térmica. Solicite o re- nas zonas térmicas


gistro da tabela no ca-
Zonas Zonas
derno, pois ela servirá polares
Zonas temperadas
tropicais
como base para outra
atividade que será expli- Suécia Alemanha Brasil
cada na página 87.

84

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Orientações gerais
Movimento de translação

Capítulo 3
A Terra também realiza um movimento ao redor do Sol, chamado movimento de
• Ao trabalhar o tema
Movimento de transla-
translação, que leva, aproximadamente, um ano (365 dias, cinco horas e 48 minutos) ção, explique que o mo-
para ser completado. vimento da Terra ao re-
Ao longo desse percurso, em razão da órbita elíptica que percorre e da inclinação dor do Sol dura 365 dias,
de seu eixo de rotação, algumas regiões de nosso planeta recebem quantidades di- 5 horas e 48 minutos, ou
ferentes de radiação solar em determinados períodos do ano. Essa distribuição desi- 365,25 dias. Comente
que os egípcios, há mais
gual da radiação contribui para a existência das quatro estações do ano: primavera,
de 2 mil anos, por con-
verão, outono e inverno. venção, decidiram juntar
As estações do ano ocorrem de maneira oposta nos Hemisférios Norte e Sul, por essa fração, equivalente
causa da quantidade diferenciada de radiação solar que esses hemisférios recebem. a um quarto de dia, fa-
Por isso, enquanto no Hemisfério Norte é inverno, no Hemisfério Sul é verão, e assim zendo com que, a cada
sucessivamente. Veja, no esquema abaixo, como isso ocorre. quatro anos, o calendário
anual tivesse um dia a
mais no mês de fevereiro.
Movimento de translação Solstício de 21 de dezembro
Início do verão no Hemisfério Sul e do inverno
• Caso considere inte-
ressante, proponha uma
Equinócio de 21 de março no Hemisfério Norte. A posição da Terra nesse
A partir dessa data, os Hemisférios dia propicia uma incidência maior dos raios pesquisa em livros, re-
Norte e Sul da Terra recebem solares na região do Trópico de Capricórnio. vistas ou na internet so-
quantidades semelhantes de bre a origem do nome e
radiação solar. É quando se curiosidades referentes
iniciam a primavera no ao ano bissexto. Orga-
Hemisfério Norte e
nize a turma em roda de
o outono no
Hemisfério
conversa, a fim de criar
Sul. uma discussão sobre os
resultados da pesquisa.
Aproveite para avaliar
a participação de cada

Luciane Mori
aluno. Convide o pro-
fessor de Ciências para
participar das atividades
propostas e, assim, con-
Equinócio de tribuir com informações
23 de setembro complementares.
Nessa data, iniciam-se o
Solstício de outono no Hemisfério Norte • Caso julgue pertinente,
21 de junho e a primavera no Hemisfério antes de propor a pes-
Início do inverno no Hemisfério Sul e do verão Sul. A partir de então, os quisa, apresente aos alu-
no Hemisfério Norte. A posição da Terra nesse Hemisférios Norte e Sul passam nos a reportagem “Ano
dia permite uma maior incidência dos raios a receber quantidades
bissexto, o ano da confu-
solares sobre o Trópico de Câncer. semelhantes de radiação solar.
são”, disponível no site a
Fonte: seguir.
Solstícios e equinócios CHRISTOPHERSON,
Robert W. > Ano bissexto, o ano da
Geossistemas: uma
Os solstícios marcam o início do verão e do inverno nos Hemisférios Norte e Sul da Terra. introdução à confusão. Ciência Hoje
Eles acontecem em dois dias do ano, nos quais os raios solares incidem com intensidades Geografia física.
das Crianças. Disponí-
Tradução: Francisco
diferentes nesses hemisférios, com incidência máxima em um e incidência mínima em outro. Eliseu Aquino et al. vel em: <http://livro.pro/
Nos dias de solstício, os dias e as noites no planeta têm durações diferentes. 7. ed. Porto Alegre:
Bookman, 2012. p. 52. mx9i93>. Acesso em:
Os equinócios marcam o início da primavera e do outono nos Hemisférios Norte e Sul da 17 set. 2018.
Terra. Durante esses dias, os hemisférios recebem a mesma quantidade de luz e calor do Sol,
pois os raios solares incidem perpendicularmente sobre a linha do equador. Além disso, • Comente com os alunos
durante o equinócio, o dia e a noite em nosso planeta têm, praticamente, a mesma duração. que, nos dias de equinó-
cio, os hemisférios Norte
e Sul recebem o mesmo
85 tempo de luminosidade
solar. E aproveite para
ressaltar que no inverno
o dia de solstício é o mais
:59 PM g20_ftd_lt_6vsg_c3_p081a093.indd 85 10/15/18 3:59 PM longo do ano.

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BNCC As estações do ano e as paisagens terrestres
•O estudo deste con-
teúdo favorece uma Durante as estações do ano, as paisagens de diferentes lugares do nosso planeta
abordagem das habi- passam por alterações por conta da atuação das condições climáticas que caracteri-
lidades EF06GE03 e zam cada um desses períodos.
EF06GE05. Importante
De acordo com as zonas térmicas da Terra, as estações do ano apresentam carac-
avaliar os conhecimen-
tos prévios dos alunos terísticas diferentes, as quais se refletem nas paisagens.
referentes às estações As zonas temperadas da Terra são as porções do planeta onde as quatro estações são
do ano e suas caracte- bem marcadas, apresentando verões quentes, invernos com temperaturas próximo de
rísticas, relacionando 0 °C, além de primaveras e outonos com temperaturas amenas. Cada uma dessas condi-
suas falas com as ima-
ções reflete-se nas paisagens de lugares das zonas temperadas, que se diferenciam a
gens apresentadas na
página. Questione-os se
cada estação, como observamos a seguir em uma paisagem de Baviera, Alemanha, 2017.
em todas as regiões do
Primavera Verão
planeta as estações pos-
suem as mesmas carac-
terísticas e intensidade,
relacionando os comen-
tários com as caracte-
rísticas das estações de
acordo com o clima da
região onde moram.

Outono Inverno

Fotos: Willy Matheisl/Alamy/Fotoarena

86

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Na porção intertropical da Terra, as estações do ano se caracterizam por tempe- Sugestão de atividade

Capítulo 3
raturas elevadas o ano todo. Além disso, algumas áreas apresentam um período chu- Localizando países
voso e outro seco. Isso ocorre em uma extensa área do território brasileiro. nas zonas térmicas
Objetivos
• Compreender as di-

Andre Dib/Pulsar Imagens


ferenças e as mudanças
entre as estações do ano.
• Relacionar as estações
do ano e as zonas térmi-
cas.
Materiais
• Cartolina.
• Recortes de paisagens.
• Tesoura com pontas
arredondadas.
• Tubo de cola.
a ) Resgate a tabela de-
monstrativa dos países e
as zonas térmicas, su-
gestão indicada na pági-
na 84. Relembre junto
Paisagem do município de Corumbá (MS), 2017, na estação chuvosa.
aos alunos as principais
características das zonas
Nas zonas polares, as médias térmicas se mantêm baixas durante todo o ano, embo-
térmicas e alguns países
ra haja uma acentuada variação de temperatura entre uma estação e outra. Nessas áreas,
que as compõem.
o inverno apresenta ausência de luz e o verão se caracteriza por um período sem noites.
b) Em seguida, reúna a
turma em cinco grupos;
cada equipe ficará res-

Sara Winter/Shutterstock.com
ponsável por uma zona
térmica (polar norte, po-
lar sul, temperada norte,
temperada sul e tropical).
c ) Solicite que realizem
uma pesquisa na biblio-
teca da escola ou na in-
ternet e tragam imagens
de paisagens dos países
presentes na tabela em
que possam ser percebi-
dos elementos climáti-
cos (presença de neve,
chuva, desertos etc.).
d) Solicite que os grupos
organizem as imagens
em cinco painéis que se-
Paisagem de Lofoten, Noruega, 2016, na estação do inverno, em que os dias são pouco iluminados. rão confeccionados utili-
zando as cartolinas (um
As quatro estações e outros haicais para cada zona térmica).
Massau Simizo. São Paulo: Aymará, 2009. e ) Para finalizar, cada
Neste livro são apresentados pequenos poemas que descrevem de maneira grupo deverá apresentar
simples as principais características de cada uma das estações do ano.
as imagens, relacionan-
87 do suas paisagens às ca-
racterísticas climáticas.
Os painéis poderão ser
expostos nos corredores
da escola, com autoriza-
:59 PM g20_ftd_lt_6vsg_c3_p081a093.indd 87 10/15/18 3:59 PM
ção da direção.

87

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Fusos horários da Terra
Orientações gerais

• Peça aos alunos que


observem no mapa al- Ao longo do tempo, muitos povos, cada um a seu modo, desenvolveram técnicas
guns países, como China para contar o tempo a fim de organizar suas atividades diárias e registrar aconteci-
e Índia, que possuem as mentos de sua história.
linhas dos fusos diferen- No entanto, a padronização da contagem do tempo é recente, pois foi estabelecida
tes dos estabelecidos pe- apenas no final do século XIX. Em 1884, nos Estados Unidos, uma conferência realiza-
lo traçado do meridiano. da por astrônomos fundamentou um sistema de convenções de horas, chamado fusos
Nesses casos há defini- horários, por meio do qual se regulamentou as horas entre os países do mundo.
ções de horas quebradas
devido a questões espe-
De acordo com esse sistema, a Terra foi dividida em 24 faixas imaginárias iguais,
cíficas do país. denominadas, então, fusos horários. Cada fuso da Terra corresponde a uma hora e o
seu conjunto equivale às 24 horas do dia.
• Explique aos alunos
A contagem das horas foi estabelecida a partir do fuso que coincide com o Meri-
que, conforme informado
no mapa, as linhas dos fu- diano de Greenwich. A leste de Greenwich, as horas dos 12 fusos aumentam grada-
sos não coincidem neces- tivamente. Por outro lado, as horas dos 12 fusos que estão a oeste de Greenwich são
sariamente com o traçado atrasadas à medida que esses fusos se afastam do meridiano.
dos meridianos. Oriente-
-os a olhar, na imagem, Convenção: acordo sobre Existem países, ainda, que, por As linhas dos fusos não coincidem
determinado assunto;
para as linhas/demarca- combinação; tratado.
uma série de conveniências, necessariamente com o traçado
ções em vermelho. usam horas fracionadas, ou seja, dos meridianos. Há algumas
as horas não são exatas, pois são regiões em que os fusos foram
Fusos horários acrescidas de alguns minutos. adaptados por decisões políticas.
da Terra
180˚ 165˚ 150˚ 135˚ 120˚ 105˚ 90˚ 75˚ 60˚ 45˚ 30˚ 15˚ 0˚ 15˚ 30˚ 45˚ 60˚ 75˚ 90˚ 105˚ 120˚ 135˚ 150˚ 165˚ 180˚

E. Cavalcante
OCEANO GLACIAL ÁRTICO

80°

70°
Círculo Polar Ártico

60°

Vancouver Berlim
50° OCEANO
ATLÂNTICO

40° Tóquio
OCEANO
PACÍFICO
30°
Trópico de Câncer
20° Dacar
10°
OCEANO
Equador PACÍFICO
0° Nairóbi
10°
Lima Brasília OCEANO
ÍNDICO
Meridiano de Greenwich

20° Trópico de Capricórnio

30° N

O L
40° Horário fracionado
S Linha Internacional
50° 0 1 400 2 800 km da Data

+12 –12 –11 –10 –9 –8 –7 –6 –5 –4 –3 –2 –1 0 +1 +2 +3 +4 +5 +6 +7 +8 +9 +10 +11 +12 –12

Fontes: IBGE. Atlas geográfico escolar. 7. ed. Rio de Janeiro, 2016. p. 35. DSHO (Divisão Serviço da Hora).
Disponível em: <http://pcdsh01.on.br>. Acesso em: 14 ago. 2018.

• Se em Londres forem 9 horas da manhã, em Berlim serão 10 horas e em Brasília,


6 horas. Isso ocorre porque a cada fuso à direita de Greenwich soma-se uma
hora. Por outro lado, a cada fuso à esquerda do meridiano inicial subtraímos
uma hora. A partir dos horários de Berlim e Brasília, identifique o horário das
demais cidades apresentadas nesse mapa, observando a localização de cada uma
delas em relação a Greenwich. Vancouver: 1 h. Lima: 4 h. Dacar: 9 h. Nairóbi: 12 h. Tóquio: 18 h.
88

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Orientações gerais
Fusos horários no Brasil

Capítulo 3
O território brasileiro está totalmente localizado no Hemisfério Ocidental, a oeste
• Complemente o estu-
do do tema apresentan-
do Meridiano de Greenwich. Portanto, todos os fusos horários do Brasil têm horas do aos alunos o texto a
atrasadas em relação a Greenwich. seguir sobre a existência
Em virtude da grande extensão do território brasileiro, nosso país tem quatro do horário de verão bra-
sileiro.
fusos horários.
[...]
Você já reparou que,
Fusos horários do Brasil de outubro a fevereiro, al-
guns estados brasileiros
têm de adiantar o relógio
Boa Vista em uma hora? Isso é que o
Amapá
Roraima Macapá chamamos de horário de
Equador
0° verão! Mas por que será
Manaus Belém que existe essa mudança
São Luís Fortaleza no horário?
Amazonas
Pará
Maranhão
Ceará
Rio Grande Fernando de
do Norte Noronha
Para podermos aprovei-
Teresina
Natal tar mais o dia, ora! Duran-
Piauí
Paraíba João Pessoa te esse período – de outu-
Pernambuco Recife
Acre
Rio
Porto Palmas
bro a fevereiro –, as áreas
Velho Alagoas Maceió
Branco mais próximas ao Trópico
Sergipe Aracaju
Rondônia Tocantins
Bahia
de Capricórnio recebem
Mato Grosso
Distrito Salvador luz do Sol por um período
Federal OCEANO maior, então, os dias são
Brasília ATLÂNTICO
Cuiabá
Goiânia mais longos do que as noi-
Goiás Minas Gerais tes. Ao adiantarmos o re-
Mato Grosso
do Sul Belo Horizonte Espírito Santo lógio, podemos aproveitar
OCEANO Campo Grande Vitória uma hora a mais de luz na-
PACÍFICO São Paulo
Rio de Janeiro
tural e, assim, economizar
São Paulo
Rio de Janeiro Trópico d
e Capricó
energia elétrica. [...]
Paraná rnio
Curitiba No Brasil, o horário de
Santa Limite internacional verão foi adotado [...] em
Catarina Florianópolis
Limite estadual 1931. O objetivo era o mes-
Rio Grande
do Sul Porto Alegre
Capital federal mo dos países da Europa:
Capital estadual
economizar energia. [...]
N
Mas já que o horário
E. Cavalcante

O L
0 380 km de verão nos traz tantos
50° O S
benefícios, por que ele
Fontes: IBGE. Atlas geográfico escolar. 7. ed. Rio de Janeiro, 2016. p. 35. DSHO só existe em uma parte
(Divisão Serviço da Hora). Disponível em: <http://pcdsh01.on.br/>. Acesso em: 30 jul 2018.
do país? Como as regiões
Observando o mapa acima, verifique que: Norte e Nordeste estão
próximas à linha do Equa-
• O fuso onde se localiza Brasília, instituído como o horário oficial brasileiro, está dor, os dias e as noites ali
3 horas atrasado em relação ao Meridiano de Greenwich. Nesse fuso, estão to- têm quase o mesmo tama-
dos os estados das regiões Sul, Sudeste e Nordeste, como também os estados nho em todas as épocas do
ano. [...]
do Amapá, Pará, Goiás, Tocantins e o Distrito Federal.
PEGORIM, Eliana. Oba! Mais uma
• Os estados de Roraima, Amazonas, Rondônia, Mato Grosso e Mato Grosso do hora de sol! Ciência Hoje das
Crianças, Instituto Ciência Hoje, 23
Sul estão 4 horas atrasados em relação ao Meridiano de Greenwich e, conse- dez. 2004. Disponível em: <http://
quentemente, têm 1 hora a menos que o horário oficial brasileiro. chc.org.br/oba-mais-uma-hora-
de-sol/>. Acesso em: 17 set. 2018.
• O fuso horário que compreende a ilha de Fernando de Noronha tem 1 hora a mais
em relação a Brasília e 2 horas a menos em relação ao meridiano de Greenwich.
• O Acre e parte do Amazonas estão 5 horas atrasados em relação ao meridiano de
Greenwich e, consequentemente, têm 2 horas a menos que o horário de Brasília.
89

:59 PM Orientações gerais


g20_ftd_lt_6vsg_c3_p081a093.indd 89 10/16/18 8:21 AM

• Com o objetivo de identificar os estados que adotaram • Comente com os alunos que as ilhas brasileiras de
o horário de verão, caso considere interessante, apre- Trindade, Martim Vaz, arquipélago de São Pedro e São
sente aos alunos o site do Observatório Nacional, que Paulo e o Atol das Rocas, por conta da escala do mapa,
apresenta a Hora legal brasileira. não aparecem na imagem, no entanto também possuem
> Hora legal brasileira. Observatório Nacional. Disponível uma hora a mais em relação a Brasília e duas horas a me-
em: <http://livro.pro/cdd5t5>. Acesso em: 17 set. 2018. nos em relação a Greenwich.

89

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BNCC
• O estudo de como os
Explorando
povos observavam e ex-
plicavam os elementos
o tema A origem da noite
naturais e as transfor-
mações da paisagem fa-
vorece a abordagem da
habilidade EF06GE02. A origem de fenômenos naturais sempre despertou curiosidade no ser humano. Em
• Comente com os alu- busca de explicações, diversos povos criaram, ao longo do tempo, mitos e lendas que,
nos que, ao longo do segundo suas crenças, esclareciam mistérios, como o surgimento do dia e o da noite.
tempo, povos originá- Essas histórias, contadas há muitos anos, fazem parte de diferentes culturas. Re-
rios, como alguns povos contá-las é uma forma de preservar e valorizar a identidade de cada uma delas.
indígenas, explicavam
os fenômenos naturais a Conheça a seguir a lenda indígena do Tucumã, de origem tupi, que explica como
partir de mitos e lendas. surgiu a noite.
Leia com a turma a lenda
indígena de origem tupi,
A origem da noite, que
tem como intuito explicar,
para o povo indígena tupi,
a separação do dia e da
noite. Em seguida, sugira
uma análise do enredo,
observando os elementos
naturais que compõem a
trama. No início, não existia a noite. Essa pertencia a uma enorme serpente,
que a mantinha no fundo das águas. Quando a filha da serpente se casou,
• Este é um momento
exigiu que a noite fosse com ela [...]. O esposo, então, enviou três mensa-
oportuno para trabalhar
a competência específi- geiros para que a trouxessem.
ca de Ciências Humanas A serpente, senhora da noite, recebeu-os com indiferença. Mesmo assim,
7 e a competência es- entregou-lhes um tucumã, lacrado com cera de abelha, dizendo-lhes que ali
pecífica de Geografia 4, estava o que vieram buscar. Não deveriam, entretanto, abri-lo, pois a noite
ao utilizar a lenda como
poderia escapar.
um recurso pedagógico
e desenvolver a compre- Na volta, os índios perceberam que saíam ruídos de sapos e grilos do
ensão de outro gênero tucumã. Um deles, o mais curioso, convenceu os companheiros a abri-lo. E
textual. assim o fizeram. Logo que derreteram a cera, a noite saiu, escurecendo o dia.

Integrando saberes
• Se considerar per-
tinente, converse com
o professor de Língua
Portuguesa, que poderá
contribuir com o traba-
lho destas páginas, que
Daniel Araujo

apresentam um texto
que se encaixa no gêne-
ro lenda e valoriza ainda
mais a expressão cultural
de um povo, seu conheci-
mento e suas linguagens.

90

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BNCC

Capítulo 3
• Ao trabalhar com esta
seção, você também po-
derá desenvolver um tra-
balho com o tema con-
temporâneo Diversidade
cultural, ao valorizar a
diversidade de saberes
e vivências culturais das
sociedades, conforme
orienta a competência
geral 6. Incentive o res-
peito e a valorização às
tradições no momento
A filha da serpente aborreceu-se, pois deveria descobrir como separar em que os alunos realiza-
rem a pesquisa sobre os
o dia da noite. Assim, ao surgir a grande estrela da madrugada, criou o
mitos e lendas.
pássaro cujubim, ordenando-lhe que cantasse para que nascesse a ma-
nhã. Em seguida, criou o pássaro inhambu, que deveria cantar à tarde, até
que viesse a noite. Criou ainda outros pássaros para alegrar o dia, diferen-
ciando-o da noite.
Aos mensageiros desobedientes, lançou sua ira, transformando-os em
macacos de boca preta – devido à fumaça usada para abrir o tucumã – e
risca amarela – pela cera derretida.
Então, a filha da serpente finalmente se deitou e todos os seres pude-
ram dormir.
SILVA, Walde-Mar de Andrade e. Lendas e mitos dos índios brasileiros. 4. ed. São Paulo: FTD, 2015. p. 56, 58.

Veja as respostas das questões nas orientações ao professor.


a ) De acordo com a lenda, como surgiu a noite?
b) O texto que você leu é um exemplo de expressão cultural de origem indígena.
Em sua opinião, por que devemos respeitar as manifestações culturais?
c ) Você conhece outros exemplos de mitos e lendas que retratam a origem da
Terra, do dia, da noite ou de outros fenômenos naturais? Faça uma pesquisa
e registre no caderno as informações encontradas.

91

:59 PM Respostas
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A De acordo com a lenda, a noite surgiu quando índios a diversidade cultural, que enriquece a vida em socieda-
curiosos abriram um fruto de tucumã onde ela estava de, amplia nossos conhecimentos e estimula o respeito
guardada. à expressão de opinião e modos de vida diferentes.
B Resposta pessoal. Verifique se os alunos percebem C Resposta pessoal. Se considerar pertinente, comente
que respeitar outras culturas faz parte de valorizarmos sobre algumas lendas conhecidas na região onde moram.

91

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Orientações gerais Atividades
• Você pode aproveitar
as atividades propos-
tas nesta e na página
seguinte para avaliar a Exercícios de compreensão
aprendizagem dos alu-
3. Durante o
nos ao final deste capítu- movimento de 1. Por que temos a impressão de que todos os dias o Sol realiza um movimento no
lo. Esta é uma forma de translação, céu? Anote sua resposta no caderno. Porque durante o movimento de rotação a Terra se move
no sentido oeste-leste, dando-nos a impressão de que o
averiguar se houve algu- algumas
regiões de Sol se move no céu no sentido leste-oeste.
ma dificuldade de apren- nosso planeta 2. No caderno, explique o movimento de translação realizado pela Terra.
dizagem no decorrer dos recebem É o movimento que a Terra realiza em torno do Sol, e que leva aproximadamente 365 dias, ou seja, 1 ano, para
quantidades ser completado.
estudos. 3. Qual a relação entre o movimento de translação e as quatro estações do ano?
diferentes de
radiação solar Anote sua resposta no caderno.
em
determinados
períodos do 4. Nas férias escolares, Juliana e sua família viajaram para Manaus, no estado do
ano. Essa Amazonas. Um dia, às 16 horas, Juliana telefonou para Luísa, uma de suas ami-
distribuição
desigual da gas que mora em Porto Alegre, no estado do Rio Grande do Sul, para falar sobre
radiação sua viagem. Que horas eram, no lugar onde Luísa mora, quando recebeu o tele-
contribui para
a existência fonema de Juliana? Anote sua resposta no caderno. Eram 17 h.
das quatro
estações do
ano: 5. Considere o horário das 8 horas da manhã em Brasília. Com base nisso e obser-
primavera, vando o mapa de fusos horários na página 88, escreva, no caderno, que horas
verão, outono
e inverno. seriam nas cidades indicadas abaixo.
a ) Vancouver 3 h d ) Nairóbi 14 h
b ) Tóquio 20 h e ) Lima 6h

c ) Berlim 12 h f ) Dacar 11 h

6. No lugar onde você mora, as estações do ano são bem definidas? Descreva as
características da estação do ano de que você mais gosta.
Resposta pessoal. Verifique se o texto elaborado pelos alunos está coerente com a atividade proposta.

Geografia no contexto
7. Leia o texto abaixo. Ele traz uma explicação mitológica do povo do antigo Egito
para a existência dos dias e das noites.

Todo dia, na alvorada, o deus-sol nascia da deusa-céu. Ele atingia a ma-


turidade ao meio-dia e envelhecia ao entardecer. No anoitecer, ia para o
mundo subterrâneo. [...]
WILLIS, Roy. Mitologias: deuses, heróis e xamãs nas tradições e lendas de
todo o mundo. São Paulo: Publifolha, 2007. p. 46.

Agora, responda às questões no caderno.


a ) A explicação mitológica do povo egípcio para a existência dos dias e das noi-
tes está relacionada ao movimento de rotação da Terra? Justifique sua
resposta. Não. Para os egípcios, os dias e as noites estão relacionados ao ciclo de vida do deus-sol.
b ) Descreva, de acordo com o que estudamos neste capítulo, a explicação cientí-
fica para a existência dos dias e das noites. Os dias e as noites são resultado do movimento
de rotação, que leva 1 dia para ser completado. Em decorrência desse movimento, a incidência dos raios solares sobre
92 uma porção do globo modifica-se gradativamente à medida que a Terra gira. Assim, enquanto uma de suas porções é
amplamente iluminada pelo Sol, caracterizando o dia, em outra não há iluminação solar direta, o que caracteriza a noite.

Refletindo sobre o capítulog20_ftd_lt_6vsg_c3_p081a093.indd 92 10/15/18 3:59 PM g20_


Estimule a autonomia na aprendizagem tomar o conteúdo correspondente e sanar as a ) As teorias científicas mais aceitas na atua-
dos alunos solicitando-lhes que realizem a deficiências na aprendizagem. lidade afirmam que a origem da Terra teve iní-
proposta de autoavaliação desta seção. Expli- Se julgar pertinente, você pode usar os pon- cio há cerca de:
que-lhes que, caso não tenham compreendi- tos indicados e formular questões para um ( ) 2 bilhões de anos ( ) 500 mil anos
do alguma das afirmações, é importante que jogo de perguntas e respostas, conforme os
o professor seja informado para que possa re- exemplos a seguir. (X) 4,5 bilhões de anos ( ) 1 bilhão de anos

92

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8. Leia o texto a seguir. Integrando saberes

Capítulo 3
[...] Convide o professor do
componente curricular
Na região em que eu morava, o inverno era terrivelmente frio. Era um de História para organi-
descampado, varrido pelo vento e sujeito a longas temporadas de chuva no zarem juntos a pesquisa
inverno. Mas quando chegava a primavera, aí pelo mês de abril, cessava a proposta na atividade
chuva e a paisagem mudava inteiramente. Nos campos, em volta de nossa 9. Orientem os alunos a
aldeia, as plantações de trigo despontavam, o barro dos caminhos secava e buscarem informações
a gente saía para olhar as árvores se cobrirem de folhinhas. [...] em livros e revistas sobre
o assunto, além de sites
PINSKY, Mirna. Carta errante, avó atrapalhada, menina aniversariante. São Paulo: FTD, 2012. p. 23.
confiáveis na internet.
• O texto acima descreve uma região localizada na zona térmica temperada ou tro-
pical? Justifique sua resposta no caderno. Resposta esperada: na zona térmica temperada.
Essa zona térmica apresenta as estações do ano mais marcadas,
Pesquisando ou seja, com maiores transformações nas paisagens.

9. Em 1961, o cosmonauta russo Yuri Gagarin, a bordo de uma nave espacial deno-
minada Vostok 1, foi o primeiro ser humano a observar, do espaço, a Terra. Nessa
ocasião o cosmonauta obteve uma importante comprovação para a humanidade.
Pesquise em livros como foi este acontecimento e qual foi a comprovação do cos-
monauta russo. O cosmonauta comprovou que nosso planeta tem o formato esférico.
Cosmonauta: termo utilizado mais frequentemente pelos russos para nomear os astronautas.

Refletindo sobre o capítulo


Agora que você concluiu o estudo deste capítulo, reflita sobre os temas nele
apresentados. Faça uma autoavaliação do seu aprendizado a partir das afirma-
ções a seguir.
• As teorias científicas mais aceitas na atualidade afirmam que a origem da Ter-
ra teve início há cerca de 4,5 bilhões de anos.
• A biosfera é formada pela inter-relação das três esferas terrestres — a atmos-
fera, a litosfera e a hidrosfera — e é nela que a vida se desenvolve no planeta.
• Tempo geológico é o tempo que se refere à origem e à evolução do planeta
Terra, e tempo histórico refere-se ao tempo contado a partir do surgimento do
ser humano.
• A partir da teoria heliocêntrica de Copérnico, a humanidade passou a compreen-
der que a Terra é apenas mais um planeta no Universo e que ela gira em torno
do Sol.
• Rotação é o movimento que a Terra faz em torno de seu próprio eixo e deter-
mina os dias e as noites. Translação é o movimento em torno do Sol e
determina a duração do ano e de suas quatro estações.
• Durante as estações do ano, as paisagens de diversos lugares do planeta se
alteram devido às condições climáticas que caracterizam cada período.
• Os fusos horários são 24 faixas imaginárias dispostas sobre a Terra, e cada
uma delas corresponde a uma hora.
• O Brasil, localizado no Hemisfério Ocidental, tem quatro fusos horários atrasados
em relação a Greenwich. O horário oficial do Brasil é correspondente ao fuso ho-
rário que passa pela capital, Brasília, e tem 3 horas a menos que Greenwich.

93

:59 PM g20_ftd_lt_6vsg_c3_p081a093.indd 93 10/15/18 3:59 PM


b) A biosfera é formada pela inter-relação das ( ) do Sol ( ) de outros planetas e ) Quantos fusos horários existem no mundo?
três esferas terrestres. Em qual delas encon- ( ) da Lua (X) do seu próprio eixo ( ) 12 ( ) 36
tram-se as rochas e o solo?
d) Translação é o movimento que a Terra faz (X) 24 ( )4
( ) Atmosfera (X) Litosfera
em torno do quê? f ) Quantos fusos horários existem no Brasil?
( ) Hidrosfera ( ) Estratosfera
(X) do Sol ( ) de outros planetas (X) 4 ()2
c ) Rotação é o movimento que a Terra faz em
torno do quê? ( ) da Lua ( ) do seu próprio eixo ( )1 ()3

93

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Objetivos do capítulo ítulo
Cap
• Identificar
O relevo,
as partes
que compõem a estrutura
interna de nosso planeta.
• Compreender a ação
da dinâmica interna da
Terra na modelagem do
as águas e as
relevo terrestre.
• Identificar os tipos de
rochas e minerais que
paisagens
compõem a superfície
terrestre.
• Verificar que as rochas
são formadas por mine-
rais e relacioná-las ao
seu uso pela sociedade.
• Identificar os agentes
externos modeladores
do relevo e compreender
como eles atuam.
• Perceber que a so-
ciedade interfere sobre
o relevo, o que, muitas
vezes, causa problemas
ambientais.
• Identificaras princi-
pais formas de relevo
continental.
• Conhecer as principais
características das unida-
des do relevo brasileiro.
• Compreender como são
produzidos um mapa al-
timétrico e um perfil do
relevo.
• Analisar a distribuição
de água em nosso pla-
neta.
• Reconhecer as princi-
pais características das
águas oceânicas e conti-
nentais.
• Valorizar a água como
elemento fundamental
para a preservação da
vida.
• Identificar
as partes Na imagem,
que compõem um rio. observamos uma

• Compreender
paisagem de relevo
a dinâ- e hidrografia na
mica do ciclo da água. Islândia, 2017.
• Perceber que os rios
94
interferem nas formas
de relevo que percorrem
e vice-versa.
• Compreender como Orientações gerais
são delimitadas as ba- g20_ftd_lt_6vsg_c4_p094a103.indd 94 10/15/18 4:27 PM g20_

cias hidrográficas. • Incentive os alunos a observarem a paisagem retra- rando as questões apresentadas na página seguinte.
• Reconhecer a impor- tada nestas páginas. Estimule-os a comentar sobre os • Estabeleça uma ligação entre o relevo observado na
tância das águas subter- diferentes elementos presentes na paisagem, como as paisagem e o relevo de seu município. Comente sobre as
râneas para a sociedade. montanhas, a vegetação e o curso do rio. Leve-os a per- diferentes altitudes da região onde vivem. Ressalte que
ceber a diferença entre a altitude do conjunto de monta- os rios e cursos d’água percorrem as regiões mais altas
nhas e da planície onde se localiza o rio. em direção às regiões de menor altitude. Leve-os a per-
• Avalie os conhecimentos prévios dos alunos, explo- ceber o relevo próximo de onde vivem.

94

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BNCC
• Para este capítulo, se
faz importante valorizar
os conhecimentos do co-
tidiano dos alunos, bem
como investigar, refletir

Robert Postma/Axiom RF/Design


Pics Inc/Alamy/Fotoarena
criticamente e autono-
mamente as diversas re-
lações estabelecidas en-
tre natureza e sociedade
e suas implicâncias.
• As temáticas aborda-
das favorecem as compe-
tências gerais 2, 4, 6, 7 e
Nosso planeta é repleto de diferentes 10 da BNCC, as quais são
paisagens. Ao longo do tempo, elas vêm complementadas pelas
sendo constantemente transformadas competências específi-
cas de Geografia 2 e 3.
pela ação de diferentes fatores, como
vento, água das chuvas, rios e mares, • Além disso, elas
abrangem principal-
atividade vulcânica e também pela ação
mente as habilidades
do ser humano. EF06GE03, EF06GE04,
Neste capítulo, vamos estudar esses EF06GE05 e EF06GE11.
fatores que atuam na transformação das • Os temas contempo-
formas de relevo terrestre. Vamos co- râneos que abrangem o
nhecer e refletir sobre a importância da capítulo estão relaciona-
água para a manutenção da vida em dos à Educação ambien-
nosso planeta. Veja as respostas das questões tal e Trabalho.
nas orientações ao professor.

A Como a ação das águas está


alterando a paisagem repre-
sentada na fotografia?
B Você já viu alguma forma de
relevo parecida com a mos-
trada nessa fotografia? Con-
te para os colegas.
C Você e seus colegas conhe-
cem alguns dos fatores que
modificam a paisagem da
Terra? Quais?

95

:27 PM
Respostas
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a ) A força das águas está alterando a paisagem à medi- c ) Resposta pessoal. Verifique se a opinião dos alunos
da que desgasta o relevo e amplia a largura e a profundi- está coerente com a atividade proposta. Estimule a par-
dade do curso do rio. ticipação de todos.
b) Resposta pessoal. Oriente os alunos a pensar nas for-
mas de relevo do lugar onde vivem, as que observaram
durante uma viagem, em uma fotografia etc.

95

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Orientações gerais

• Explique aos alunos


O relevo terrestre
que dos 6 340 km que Na superfície terrestre podemos observar a existência de vários tipos de terrenos:
separam a superfície da uns mais elevados, outros mais planos. Esse conjunto de formas variadas da super-
Terra de seu núcleo, o ser fície do nosso planeta é chamado de relevo.
humano perfurou cerca
de 10 km, ou seja, apenas As características do relevo são modificadas por agentes internos e externos, que
0,1% (apresente aos alu- formam e transformam o modelado terrestre. As diferentes formas de relevo exis-
nos a imagem da perfu- tentes são resultado da combinação das dinâmicas interna e externa da Terra.
ração da crosta terrestre
mostrada abaixo). Dessa
profundidade em diante, Dinâmica interna da Terra
torna-se difícil perfurar e e as formas de relevo
medir a crosta, já que as
rochas que a compõem As forças que caracterizam a dinâmica interna da Terra existem desde a formação
são muito resistentes e do nosso planeta. O conhecimento atual sobre o interior da Terra foi obtido com ba-
a temperatura delas é se nas observações feitas na superfície terrestre de fenômenos naturais originados
muito alta (atinge apro- no interior do planeta. Outro recurso utilizado foi a comparação de dados obtidos de
ximadamente 1 000 oC). algumas perfurações pouco profundas.
Além disso, cálculos in-
dicam que após 10 km Estudos geológicos demonstraram que o nosso planeta apresenta três grandes
de profundidade, mesmo subdivisões internas: a crosta, o manto e o núcleo. Essas camadas diferenciam-se,
utilizando os melhores principalmente, por causa de sua profundidade, composição e temperatura. Observe
recursos disponíveis na a ilustração abaixo.
atualidade, a perfuração
não avançaria mais que Estrutura interna da Terra
1 centímetro por dia.
• Comente que as per- Crosta
furações realizadas na É a camada mais superficial do nosso
crosta terrestre são im- planeta, composta por rochas e
portantes para conhecer minerais. Sua espessura média é de
algumas caraterísticas 40 km aproximadamente. Sua

rena
do interior da Terra, co- temperatura pode variar entre 800 ºC

ki/SPL/Fotoa
e 1 000 ºC.
mo temperatura e com-
posição.

zej Wojcic
• Após apresentar as in- Manto
formações sobre a perfu- É a camada localizada entre a crosta

Andr
ração da crosta terrestre e o núcleo. Sua espessura é de
para os alunos, peça que aproximadamente 2 800 km e sua
temperatura pode chegar a 2 000 ºC.
realizem um debate sobre
O manto possui uma composição
a seguinte afirmação: “As pastosa denominada magma.
perfurações realizadas
até hoje correspondem a
pequenos ‘arranhões’ na Núcleo
crosta terrestre”. É a região central do interior da Terra, composta
• Verifique se concluíram em sua maioria por ferro e níquel. O núcleo é
dividido em:
Fontes: TEIXEIRA, Wilson et al. (Org.). Decifrando a Terra.
São Paulo: Companhia Editora Nacional, 2000. p. 49.
que a perfuração na cros-
ta terrestre, já alcançada • Núcleo externo: Consiste em uma camada mais LEINZ, Viktor; AMARAL, Sérgio Estanislau do. Geologia Geral.
São Paulo: Companhia Editora Nacional, 2003. p. 17-20.
fluida, com cerca de 2 200 km de espessura e
pelo ser humano, é insig- temperatura de aproximadamente 3 000 ºC. Magma: material rochoso e de consistência pastosa,
nificante quando compa- • Núcleo interno: É a parte sólida do núcleo, composto por ferro, silício, cobre e outros minerais,
rada ao raio da Terra. com aproximadamente 1 300 km de espessura presente no interior da Terra, e que pode chegar à
que pode atingir 6 000 ºC. superfície por meio de atividades vulcânicas.

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Vulcões e terremotos
BNCC

Capítulo 4
• O questionamento in-
transformam o relevo terrestre centiva o aluno a argu-
mentar a partir de análi-
Os vulcões e terremotos são fenômenos naturais ocasionados por forças originadas ses e reflexões de dados
ofertados, o que possibi-
no interior do planeta, que atuam intensamente na modelagem do relevo terrestre.
lita a aproximação com a
Ao se estudar fenômenos como vulcões e terremotos, é necessário compreender competência geral 7 da
que a litosfera não é formada por uma camada rochosa inteiriça. Ela é dividida em BNCC.
grandes partes, denominadas placas litosféricas, ou placas tectônicas, as quais des-
lizam lentamente sobre o manto terrestre. Veja essas placas e as áreas de maior
ocorrência de terremotos e vulcanismos nos mapas abaixo. Orientações gerais

• Solicite aos alunos que


Principais placas litosféricas da Terra analisem algumas regiões
OCEANO GLACIAL ÁRTICO com maior atividade de
Círculo Polar Ártico vulcanismo ou de terre-
motos da Terra a partir da
PLACA PLACA EURASIÁTICA comparação dos mapas
NORTE-AMERICANA
apresentados. Espera-se
OCEANO
PACÍFICO
que os alunos destaquem
Trópico de Câncer OCEANO
ATLÂNTICO a Cordilheira dos Andes,
PLACA
DO PACÍFICO
PLACA
a Cordilheira do Hima-

E. Cavalcante
PLACA AFRICANA DO PACÍFICO
Equador
0° laia, o Círculo de Fogo e o
Meridiano de Greenwich

PLACA Japão. Para tal, leve para


SUL-AMERICANA OCEANO
PLACA ÍNDICO a sala de aula um globo
Trópico de Capricórnio PLACA INDO-AUSTRALIANA
DE NAZCA
terrestre e peça-lhes que
OCEANO PACÍFICO
identifiquem, no globo,
N as regiões em destaque.
O L
Círculo Polar Antártico OCEANO GLACIAL ANTÁRTICO Fonte: Reference atlas
• Caso seja possível,
S
of the world. London: comente com os alunos
PLACA ANTÁRTICA
0 2 670 5 340 km
0° Sentido do movimento das placas Dorling Kindersley, acerca dessas regiões e
2013. p. XIV.
Limite entre as placas
a importância das placas
tectônicas para elas.
Principais áreas de ocorrência
• Ao final, avalie os alu-
de terremotos e vulcanismos nos questionando-os
Jack Brodóski em resgate sobre os motivos pelos
no círculo de fogo quais o Brasil não apre-
Flavio de Souza. São Paulo: senta vulcanismo nem
Companhia das Letrinhas, 2002. abalos sísmicos de gran-
E. Cavalcante

O livro narra a história de Jack, de magnitude. Os alu-


um menino que vai de um
extremo ao outro do planeta,
nos devem ser levados a
juntamente com sua família e buscar a resposta, prin-
um professor de Geografia. cipalmente pelos mapas
Durante o percurso o professor
Área de ocorrência apresentados.
de terremotos ensina sobre vulcanismo, placas
• Espera-se
4 690 9 380 km
Vulcões ativos atuais litosféricas, ondas gigantes e como res-
Fonte: IBGE. Atlas geográfico escolar. outros fenômenos da Terra.
7. ed. Rio de Janeiro, 2016. p. 12-13.
posta que os alunos
possam identificar que
Ao compararmos os mapas, verificamos que as porções da Terra onde há maior o Brasil não se encontra
em uma região de limite
frequência de terremotos e vulcanismos são aquelas em que as placas litosféricas se
de placas tectônicas, fi-
encontram. Isso porque, nessas áreas, há intensa liberação de energia proveniente do cando distante dos fenô-
interior da Terra. menos ocasionados de
tal origem.
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Orientações gerais
Vulcanismo
• Comente que o forma- A atividade vulcânica ocorre quando forças provenientes do manto forçam a
to cônico dos vulcões é
formado paulatinamen- saída do magma para a superfície, na forma de lava. As erupções vulcânicas podem
te, a partir de sucessivas causar grandes modificações no relevo, além da queima da vegetação e a destruição
erupções e liberação de de construções feitas pelo ser humano.
magma em forma de la-
Muitas vezes, o vulcanismo está associado a terremotos, pois o magma, ao ser
va e de seu resfriamento.
expelido para a superfície, causa tremores de terra que podem ser sentidos a quilô-
• Explique que a lava,
metros de distância.
quando passa pelo pro-
cesso de resfriamento Algumas atividades vulcânicas ocorrem a partir
Usgs/Planet Pix/ZUMA Wire/Fotoarena
em virtude de seu con- de profundas rachaduras na crosta terrestre, deno-
tato com a atmosfera, dá minadas fissuras, por meio das quais a lava é expe-
origem a alguns tipos de lida para a superfície na forma de derrames.
rochas e de relevo.
No Brasil, há cerca de 180 milhões de anos, onde
• Traga para a sala de
hoje existe a formação geológica denominada Serra
aula algumas imagens de
vulcões e, se possível, al- Geral, várias fendas abriram-se na crosta e, por meio
guns vídeos ilustrativos delas, derramaram-se grandes quantidades de lava.
para que possam compre- A fotografia ao lado mostra uma das áreas de ocorrên-
ender melhor o processo cia dessas atividades vulcânicas.
de vulcanismo, como o
vídeo indicado a seguir. Vulcão Krakatoa na Indonésia, 2018.
> Vulcões. AFPBR. Dis-
ponível em: <http:// Lava: material em estado incandescente e fluido que apresenta temperaturas muito elevadas (entre 800 °C
e 1200 °C) e é expelido do interior da Terra por meio de atividades vulcânicas.
livro.pro/9f25f9>. Acesso
Serra Geral: formação geológica resultante de um extenso derrame de lavas provocado por atividades
em: 22 set. 2018. vulcânicas ocorridas na porção Centro-Sul do Brasil e em áreas do Paraguai, Uruguai e Argentina, há
• Sugerimos que apre- aproximadamente 180 milhões de anos, durante a Era Mesozoica.
sente imagens do vulcão A forma de relevo mostrada abaixo faz parte da
Kilauea, no Havaí. Apro- formação Serra Geral, localizada no Parque Nacional da
veite para comentar com Serra Geral no município de São José
dos Ausentes (RS), 2016.
os alunos que a ilha em
Zig Koch/
Pulsar Imagens

questão foi formada por


sucessivas erupções vul-
cânicas, as quais foram
acumulando material
magmático até atingir a
superfície oceânica, dan-
do formato à ilha. Para
comentar com os alunos
sobre a erupção desse
vulcão ocorrida em maio
de 2018, apresente o ví-
deo a seguir.
> Erupção do vulcão Ki-
lauea cria nova ilha no
Havaí. Bom Dia Brasil.
Disponível em: <ht-
tp://livro.pro/iem8r6>.
Acesso em: 22 set. 2018.
• Apresente aos alunos
outros casos de ilhas
cuja origem está rela- 98
cionada à atividade vul-
cânica, como o Japão e o
arquipélago de Fernando
de Noronha, para que
g20_ftd_lt_6vsg_c4_p094a103.indd 98 10/15/18 4:28 PM g20_
eles percebam as dife-
rentes formas de trans-
formação da paisagem.

98

g20_ftd_mp_6vsg_c4_p094a137.indd 98 10/16/18 3:11 PM


Orientações gerais
Geografia

Capítulo 4
Vulcão Etna volta a • Comente com os alu-
em foco entrar em erupção nos que a nuvem de
cinzas é composta por
vapor-d’água, gás e se-
O vulcão Etna, localizado na Itália, entrou em erupção entre os dias 27 e 28 de
dimentos, e pode ultra-
fevereiro de 2017. Embora a erupção tenha causado explosões impressionantes e passar os 100 oC.
deixado autoridades e especialistas em alerta, não representou perigo aos morado-
res da região. • Explique que vulcões
em forma de cone são
Veja a seguir como foi a ocorrência desse fenômeno. mais propícios a erup-
ções explosivas, pois,
O vulcão Etna entrou em erupção nesta terça-feira [28], revelando explosões durante o período em
incandescentes, emissões de cinzas e vazamento de lava. [...] que estão adormecidos,
uma grande quantidade
Segundo o Instituto Nacional de Geofísica e Vulcanologia da cidade siciliana de material rochoso se
da Catânia, desde as 18h (14h de Brasília) de segunda-feira (27), a atividade na acumula em seu topo.
cratera sudeste, iniciada no dia 23 de janeiro, se intensificou de forma gradual. Quando o vulcão entra
Os tremores vulcânicos alcançaram seus níveis mais elevados, quando o vulcão em atividade, a grande
começou a expelir lava a centenas de metros de altura. quantidade de gases e a
Também houve explosões de fogo e vazamento de magma, que desceu em elevada pressão fazem
direção ao pico Monte Frumento Supino, segundo o instituto de Catânia. que o material deposi-
tado em seu topo seja
Os fenômenos se concentraram na zona superior do vulcão ativo mais alto da expelido de maneira vio-
Europa, e não representam um perigo para a população, embora os moradores lenta, em uma explosão.
das localidades de Zaf-ferana e Liguaglossa, situadas nas proximidades, tenham Esses materiais incan-
notado uma modesta chuva de cinzas. descentes, também cha-
As autoridades italianas acompanham com atenção a situação das estradas mados de piroclásticos,
próximas. O aeroporto da Catânia segue operando normalmente. são arremessados alea-
VÍDEO mostra detalhes de erupção de vulcão Etna, na Itália. G1, 1o mar. 2017. toriamente na natureza
e podem atingir o que

Salvatore Allegra/Shutterstock.com
Disponível em: <https://g1.globo.com/mundo/noticia/video-mostra-detalhes-de-
erupcao-de-vulcao-etna-na-italia.ghtml>. Acesso em: 31 ago. 2018.
estiver no caminho, a
grandes distâncias. A fu-
Na fotografia podemos observar a cidade siciliana de Catânia e, ao
maça quente e composta
fundo, o vulcão Etna, no dia 16 de fevereiro de 2017, dias antes
de entrar em erupção. No detalhe, vemos o vulcão em plena
de gases e cinzas pode
erupção no dia 27 de fevereiro de 2017. atingir quilômetros de
distância. Por isso, para
populações que vivem
ao redor de um vulcão,
Messana/AFP
Marie-Laure uma explosão vulcânica
é sempre muito perigosa.
• Comente sobre a ex-
plosão do vulcão Vesú-
vio, no ano 79 d.C., que
destruiu as cidades de
Pompeia e Herculano. Se
julgar pertinente, solicite
aos alunos uma pesquisa
sobre outras explosões
vulcânicas que modi-
ficaram a paisagem ao
seu redor. Caso julgue
pertinente, solicite ao
professor de História
99 que conte aos alunos
sobre os registros histó-
ricos referentes ao dia da
erupção e como a cidade
se encontra hoje.
:28 PM Orientações gerais
g20_ftd_lt_6vsg_c4_p094a103.indd 99 10/15/18 4:28 PM

• Os filmes a seguir retratam erupções vulcânicas ex- > O Inferno de Dante. Direção de Roger Donaldson,
plosivas e suas consequências. Tratam-se de produções 1997. (108 min).
cinematográficas, mas podem servir de demonstração • Em 2014, o filme Pompeia também retratou nas telas
para o tema. do cinema a erupção do Vesúvio no ano de 79 d.C.
> Volcano – A fúria. Direção de Mick Jackson, 1997. > Pompeia. Direção de Paul W. S. Anderson, 2014.
(104 min). (102 min).

99

g20_ftd_mp_6vsg_c4_p094a137.indd 99 10/16/18 3:11 PM


Orientações gerais
Terremotos
• Informe aos alunos que
a escala ficou conhecida Os abalos sísmicos, também conhecidos por terremotos, são vibrações ou tremores
como “escala Richter” em da crosta terrestre causados pela liberação de energia proveniente de movimentos das
homenagem a um dos placas litosféricas ou, ainda, de atividades vulcânicas.
seus criadores, o sismó-
Todos os anos ocorre cerca de um milhão de terremotos em nosso planeta, porém
logo americano Charles
Francis Richter. Informe-
apenas uma pequena quantidade deles pode ser sentida pelas pessoas. A maior par-
-os, porém, de que exis- te desses abalos é registrada por equipamentos especiais, denominados sismógrafos,
tem outras escalas que que são sensíveis aos tremores de terra.
medem a intensidade Um terremoto de grande intensidade pode modificar porções do relevo e, conse-
dos sismos, como a es- quentemente, as paisagens. Veja na fotografia um exemplo.
cala de Mercalli. Explique
que essa escala consiste
em uma classificação fei- Como os terremotos Escala Richter
ta com base na intensi- são medidos Terremoto
- em graus (°)
dade em que as pessoas Para medir a força dos abalos sísmicos,
sentem os abalos sísmi- utiliza-se uma escala de magnitude Tremores pequenos,
Menos de 3
cos. Já a escala Richter denominada escala Richter. que não causam danos.
mede a energia liberada A escala Richter representa, por meio de
durante os terremotos. Terremoto moderado,
graus (o), a energia liberada por um 5a6
que pode causar danos.
Para aprofundar seus terremoto. Veja ao lado.
conhecimentos sobre o Fonte: TEIXEIRA, Wilson et al. (Org.). Tremores com grande
tema, sugerimos a leitura Decifrando a Terra. São Paulo: Acima de 7
poder de destruição.
MARKA/Alamy/

Companhia Editora Nacional, 2009. p. 52.


a seguir.
Fotoarena

> KOBAYASHI, Eliza. O


Fotografia de Pescada del Tronto, Itália, 2016, após a ocorrência de um terremoto.
que são terremotos e
como se mede sua in-
tensidade? Nova Esco-
la, 1O ago. 2009. Dispo-
nível em: <http://livro.
pro/5k4pnw>. Acesso
em: 22 set. 2018.
• Veja o texto a seguir,
que aborda o uso da pa-
lavra terremoto.
Embora a palavra “ter-
remoto” seja utilizada
mais para falar dos gran-
des eventos destrutivos,
enquanto os menores são
chamados de abalos ou
tremores de terra, todos
são resultados do mes-
mo processo geológico de
acúmulo lento e libera-
ção rápida de tensões. A
principal diferença entre
os grandes terremotos
e os pequenos tremores
é o tamanho da área de
ruptura, o que determina
a intensidade das vibra-
ções emitidas.
TEIXEIRA, Wilson et.al. (Org.).
Decifrando a Terra. São Paulo: 100
Oficina de Textos, 2000. p. 45-46.

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100

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Orientações gerais
Dobramentos e falhamentos:

Capítulo 4
lentas alterações no relevo • Para explicar aos alu-
nos como ocorrem as
As forças originadas no interior da Terra provocam movimentos que podem cau- dobras, utilize três ou
sar dobras ou fraturas (também chamadas de falhas) nas estruturas rochosas do quatro folhas de EVA so-
brepostas e empurre as
relevo terrestre. No entanto, esses tipos de alterações ocorrem de maneira bem mais
extremidades das folhas
lenta do que as alterações provocadas por vulcões e terremotos. em sentido contrário, de
As falhas originam-se quando rochas rígidas da crosta terrestre rompem-se em modo que vão se formar
razão da forte pressão provocada por forças do interior da Terra. as dobras do relevo (nes-
te caso, as montanhas),
Em decorrência desse rompimento, as par- conforme a ilustração

Luciano Queiroz/Pulsar Imagens


tes das rochas podem se deslocar, deslizando do esquema de dobras
umas sobre as outras, ou afastando-se umas desta página. Já para ex-
das outras, formando, assim, grandes fraturas plicar como ocorrem as
ou rachaduras na superfície da Terra. Essas falhas, utilize quadrados
falhas podem se estender por grandes exten- de isopor ou de madeira
sões ou apenas por pontos específicos do relevo. e movimente-os tanto na
vertical quanto na hori-
As escarpas da Serra do Mar, mostradas na zontal, conforme a ilus-
imagem ao lado, são um exemplo de formação tração do esquema de
originada por falhamentos. Além das escarpas falhas desta página.
das serras, os vales são outras formas de re-
levo que também podem ser originadas pela
ocorrência de falhas.
Esquema de falha
Escarpa: parede
muito íngreme
Vista da Serra do Mar no
presente na borda
município de Urubici (SC), 2017.
Luciane Mori

das áreas de
planalto, serras.

As dobras são originadas pelas fortes pres-

Nigel Jarvis/Shutterstock.com
sões horizontais exercidas sobre rochas consi-
deradas menos resistentes e mais elásticas.
Ao serem pressionadas, essas rochas tendem
a se dobrar em vez de quebrar. Assim, por
causa das forças aplicadas em suas laterais,
elas se tornam arqueadas ou enrugadas.
Na crosta terrestre, verificamos dobramentos
de diferentes dimensões: podem abranger pe-
quenos trechos da superfície terrestre ou vastas
extensões, como grandes cadeias de monta-
nhas, como os Andes e o Himalaia.
Esquema de dobras

Dobramento de formação rochosa,


em Agios Povlos, Grécia, 2016.
Luciane Mori

101

:28 PM g20_ftd_lt_6vsg_c4_p094a103.indd 101 10/15/18 4:28 PM

101

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Orientações gerais

• Leia para os alunos o


As rochas e seus minerais
texto a seguir, que abor- A litosfera terrestre é composta por diferentes tipos de rochas. As rochas, por sua
da a importância das ro- vez, são formadas por um ou mais minerais de características distintas, como cor e
chas sedimentares. brilho. Assim, elas se diferenciam umas das outras dependendo do mineral ou dos
As rochas e os minerais que as constituem.
recursos naturais Na litosfera, podemos encontrar três tipos

Martin Siepmann/ImageBROKER/Glow Images


Sabia que uma rocha
de rochas. Veja, a seguir, as principais caracte-
sedimentar pode se com-
portar como uma esponja? rísticas de cada uma delas.
Pode, sim! É que em seus Rochas ígneas ou magmáticas: formam-se,
poros a rocha sedimentar
basicamente, a partir da solidificação da lava no
pode guardar água, gás ou
petróleo. interior da crosta, ou quando chega à superfície
A água subterrânea, por por meio de derrames vulcânicos. São exem-
exemplo, é, na verdade, plos de rochas ígneas: basalto, granito e riolito.
resultado da acumulação,
no interior da rocha, da Veja no material audiovisual o vídeo
água que cai na superfície sobre Rochas e solos, seus tipos e
de um terreno. Parte da suas formações.

chuva que cai no chão in-


Exploração de basalto em
filtra-se lentamente pelos Burgenland, Áustria, 2015.
poros das rochas. Ali, ela
forma uma reserva subter-
rânea, como uma esponja Rochas sedimentares: são formadas pela
Parmna/Shutterstock.com

encharcada. Se não toma- compactação de sedimentos provenientes de


mos cuidado, junto com a
outras rochas e também de restos de animais e
água infiltram-se substân-
cias que nos fazem mal. vegetais. Os sedimentos que se desprendem
[...] das rochas depositam-se, principalmente, nas
Pesquisar as rochas partes mais baixas do relevo, formando cama-
sedimentares, portanto, das que, ao longo do tempo, são compactadas
é hoje muito importante por novas camadas de sedimentos. Em razão
para que se possa locali-
da pressão exercida pelo peso das camadas su-
zar reservatórios naturais
de água potável, além de periores, as porções mais profundas de sedi-
fontes de energia como mentos passam por transformações, originando
petróleo e gás. As informa- novas rochas. São exemplos de rochas sedi-
ções obtidas com o estudo mentares: varvito, calcário e arenito.
dessas rochas também
ajudam os especialistas a Paisagem de mineração de
planejarem e orientarem calcário em Kampot, Camboja, 2016.
as pessoas sobre a manei-
ra mais adequada de usar
Rochas metamórficas: formam-se quando
Seitan Lucian/Shutterstock.com

os recursos naturais. E
desses, você já deve saber, rochas preexistentes, que podem ser ígneas ou
temos mesmo que cuidar, sedimentares, submetidas a variações de tem-
porque são limitados e po- peratura e pressão, passam por alterações,
dem acabar. dando origem a um novo tipo de rocha. São
FERNANDES, Luiz Alberto.
O mundo micro das rochas
exemplos de rochas metamórficas: mármore,
sedimentares. Ciência Hoje das gnaisse e ardósia.
Crianças, Rio de Janeiro, SBPC,
ano 22, n. 202, jun. 2009. p. 10-11.
Sedimento: partícula desagregada da rocha de origem
por ação das águas, dos ventos e de outros agentes.

Exploração de mármore em Tasos, Grécia, 2017.

102

Orientações gerais g20_ftd_lt_6vsg_c4_p094a103.indd 102 Material audiovisual 10/16/18 10:48 AM g20_

• Para aprofundar o tema, sugerimos o acesso > Rochas e minerais: como iniciar uma co-
• Um dos materiais disponíveis nesta cole-
ção trata da formação de diferentes tipos de
ao material a seguir, que apresenta explicações leção e as características usadas na identi- rocha, da ação do intemperismo e a formação
sobre a identificação de características para ficação. Geologia na escola: rochas e mine- dos solos. Essas explicações são apresentadas
classificação de rochas e minerais e que, caso rais. Mineropar. Disponível em: <http://livro. por meio de uma animação, ou seja, um ví-
julgue pertinente, pode complementar o traba- pro/83ahzy>. Acesso em: 22 set. 2018. deo curta-metragem que apresenta imagens
lho com os alunos. acompanhadas por textos explicativos.

102

g20_ftd_mp_6vsg_c4_p094a137.indd 102 10/16/18 3:11 PM


Orientações gerais
O Brasil e seus principais minerais

Capítulo 4
• Como forma de avaliar
O território brasileiro é rico em jazidas minerais. Em algumas regiões esses mine- o conhecimento prévio
rais são encontrados em grande quantidade. dos alunos sobre os usos
Os minerais que têm valor econômico são chamados minério. das rochas e minerais
no cotidiano, apresente
Observe no mapa abaixo a localização das principais jazidas e regiões minerado- o quadro a seguir, sobre
ras do Brasil. alguns exemplos dos di-
ferentes tipos de rochas.
Brasil: principais minérios e regiões mineradoras - 2013 • Divida a turma em
seis grupos de modo que

E. Cavalcante
cada grupo ficará res-
ponsável por um tipo de
AP
RR rocha indicado no qua-
Equador
0° dro a seguir. Eles devem
pesquisar em livros e na
Jazida: depósito
PA natural de uma ou
internet em quais objetos
AM
MA mais substâncias essas rochas são utiliza-
CE
RN fósseis ou minerais, das. Peça aos alunos que
PB
localizadas no anotem no caderno e tra-
PI
PE interior ou na
AC superfície da Terra. gam para a sala de aula
AL
TO
SE
e compartilhem com os
RO
MT BA colegas.
• Esta estratégia con-
DF templa a habilidade
MG
EF06GE11 e também fa-
GO
OCEANO
ATLÂNTICO
vorece uma abordagem
OCEANO ES da competência geral 6
MS
PACÍFICO
SP da BNCC, sendo comple-
RJ
Trópico d
e Capricó
mentada pela competên-
PR
r n io
cia específica de Geo-
grafia 5, uma vez que
SC
valoriza os processos de
Principais recursos minerais RS investigação do espaço.
Bauxita Chumbo Manganês N
Carvão Estanho Níquel
O L
Cobre Ferro Urânio
0 360 km
Nióbio Ouro Diamante S

Cromo 50° O

Região aurífera – Jazidas de ouro Fontes: GIRARDI, Gisele; ROSA, Jussara Vaz. Atlas geográfico
do estudante. São Paulo: FTD, 2016. p. 78.
Região diamantífera – Jazidas de diamante
IBGE. Atlas Nacional do Brasil Milton Santos. Jazimentos
Região de gemas coradas – Jazidas de pedras minerais. Rio de Janeiro, 2010. p. 64. Disponível em: <https://
preciosas e semipreciosas www.ibge.gov.br/apps/atlas_nacional/>. Acesso em: 30 jul. 2018.

No ano de 2016, o Brasil se destacou por ter sido o maior produtor mundial do
minério nióbio, matéria-prima utilizada na fabricação de máquinas e equipamentos
de alta tecnologia. O Brasil foi o quinto maior produtor mundial de manganês, utili-
zado na fabricação do aço e de diversos produtos químicos; o segundo maior produ-
tor mundial de ferro, minério empregado na fabricação de aço; e o terceiro maior
produtor mundial de bauxita, matéria-prima do alumínio.
• Identifique no mapa acima os tipos de minérios encontrados no estado onde
você mora. Resposta pessoal. Verifique se os alunos identificaram os ícones dos minérios presentes
no estado em que vivem.
103

:48 AM
Rochas ígneas
g20_ftd_lt_6vsg_c4_p094a103.indd 103
Rochas sedimentares Rochas metamórficas 10/15/18 4:28 PM

Granito Argila Ardósia


Basalto Areia Mármore

103

g20_ftd_mp_6vsg_c4_p094a137.indd 103 10/16/18 3:11 PM


Encontro com... Ciências
Orientações gerais

• Para complementar o
estudo do tema, solicite
aos alunos que obser-
vem no caminho de ca- Rochas e minerais bem perto de você
sa até a escola objetos
produzidos com rochas Muitas rochas e minerais existentes em nosso planeta são utilizados na fabricação
e minerais. Em sala de de objetos presentes em nosso dia a dia. Observe a imagem a seguir e conheça as
aula, peça que relatem o rochas e os minerais que estão presentes na paisagem da rua retratada.
que observaram.
• Sugira também que
Suporte de metal:
durante o trajeto cole- Tijolo: argila.
ferro.
tem amostras de rochas
ou minerais, como brita

Coprid/Shutterstock.com
(basalto), areia (quartzo), www.sandatlas.org/
Shutterstock.com
pedaços de tijolo (argila).
• Com o material reco-
lhido, promova na sala
de aula uma exposição
sobre rochas e minerais.
O tema da exposição po-
de ser “Os minerais em
nosso dia a dia”. Para a
realização da exposição,
divida a turma em gru-
pos de três alunos. Cada
grupo será responsável
por pesquisar em livros
ou na internet alguns ob-
jetos utilizados em nosso
dia a dia, produzidos a
partir da coleta de rochas
ou minerais.

Integrando saberes
• Durante a exposição,
cada grupo deve expor
suas amostras e citar al-
guns objetos produzidos
com os minerais e rochas
exemplificados pelas
amostras. Para enrique-
cer a exposição, convide o
professor de Ciências pa-
ra conversar com os alu-
nos sobre a composição
dos solos ou a importân-
cia dos minerais para o
crescimento das plantas.

104

BNCC
g20_ftd_lt_6vsg_c4_p104a115.indd 104 10/15/18 4:38 PM g20_

• Esta seção favorece uma abordagem das competên- uso dos recursos naturais.
cias gerais 2, 4 e 6 da BNCC, sendo complementada • Comente com os alunos que argila, areia, calcário, ardó-
pela competência específica de Geografia 2, ao buscar sia, granito e mármore são rochas e que cobre, feldspato,
compreender as formas como os seres humanos fazem talco, caulim, titânio e óxidos metálicos são minerais.

104

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• Com os colegas, observem a sala de aula e identifiquem dois elementos que Orientações gerais

Capítulo 4
possuem rochas ou minerais em sua composição. Anote no caderno o que vocês • Para complementar o
constataram. Veja a resposta da questão nas orientações ao professor. estudo desta seção, su-
gerimos o acesso ao ma-
Vidro: areia,
calcário e feldspato. terial a seguir, que apre-
Piso de pedra: ardósia,
granito e mármore. senta objetos de casa e
as rochas e minerais que

photka/Shutterstock.com
os compõem.

Shutterstock.com
> Geologia na escola: a

Tyler Boyes/

Rubens Chaves/Pulsar Imagens


sua casa vem da minera-
Pintura (tinta): calcário, ção. Mineropar. Disponí-
talco, caulim, titânio, vel em: < http://livro.pro/
óxidos metálicos. 3dfomu>. Acesso em: 22
set. 2018.
• O material sugerido a
Dr Ajay Kumar Singh/ seguir também permite
Shutterstock.com
um trabalho com o com-
ponente curricular de
Ciências. Se considerar
pertinente, em conjunto,
desenvolva algumas ati-
vidades com os alunos
em laboratório.
> Geologia no laborató-
rio: atividades práticas.
Mineropar. Disponível
em: < http://livro.pro/
5zksot>. Acesso em: 22
set. 2018.

A fotografia mostra
uma rua da cidade
de Paraty (RJ), 2018.

105

:38 PM Resposta
g20_ftd_lt_6vsg_c4_p104a115.indd 105 10/15/18 4:38 PM

• Resposta pessoal. Auxilie os alunos na identificação


dos elementos existentes na sala de aula e dos minerais
que os compõem.

105

g20_ftd_mp_6vsg_c4_p094a137.indd 105 10/16/18 3:11 PM


Orientações gerais Atividades
• Leia o texto a seguir pa-
ra os alunos sobre o surgi-
mento da ilha Surtsey. Exercícios de compreensão
[...] Em 14 de novem-
bro de 1963, um barco de 1. As rochas mais rígidas da crosta terrestre rompem-se por causa da forte pressão
pesca, o Isleifur II, mo- provocada por forças do interior da Terra, podendo se deslocar, deslizando lado a
via-se lentamente atra- lado ou afastando-se umas das outras. Que nome recebem essas deformações?
vés do mar ocidental de Fraturas, também chamadas de falhas.
Geirfuglasker, na Islândia. 2. As rochas menos resistentes e mais elásticas tendem a se deformar ao sofrerem
A manhã que começava pressões horizontais provenientes das forças do interior da Terra. Que nome re-
era tranquila e pacífica, cebem essas deformações? Dobras.
enquanto a tripulação
ordenava no chão suas
longas linhas de pesca do Geografia no contexto
bacalhau. De repente uma
3. Responda às questões no caderno.
grande onda golpeou o na-
vio [...]. Quando recupera-
ram o equilíbrio, os pesca-
Adrian Baker/Shutterstock.com

dores viram uma alta colu-


na de fumaça ao sudoeste.
O capitão do Isleifur II
pensou que estava arden-
do um barco, transmitiu
por rádio a situação à
guarda costeira [...]. Po-
rém, quando os pescado-
res se aproximaram do
fogo, constataram a reali-
dade. Não ardia nenhum
barco, era uma erupção
vulcânica que explodia
através do mar. [...] Nu-
vens de vapor subiam da
água. Explosões periódi-
cas lançavam rochas pelo
ar. Depois de três horas da Vulcão Mayon em erupção nas Filipinas, 2018.
primeira erupção a coluna
de fumaça e cinzas havia
ascendido 3 660 m. [...] A
a ) Qual fenômeno natural está retratado na imagem acima? Erupção vulcânica.
3. b) As erupções
coluna da erupção pôde vulcânicas b ) De que maneira esse fenômeno pode transformar as paisagens terrestres?
ser vista desde Reykjavk, a atuam
capital da Islândia, situa- intensamente 4. Leia a manchete abaixo e responda às questões a seguir no caderno.
na modelagem
da 120 km para o noroes- do relevo
te. Depois de dois dias de terrestre e
observação, os cientistas também alteram Terremoto de magnitude 5,5 atinge a região sul do Irã
foram capazes de distin- os solos,
provocam
guir um objeto no coração queimas na
Estadão, 19 abr. 2018. Disponível em: <https://internacional.estadao.com.br/noticias/geral,terremoto-
da densa nuvem. Uma vegetação e
de-magnitude-5-5-atinge-a-regiao-sul-do-ira,70002275118>. Acesso em: 23 ago. 2018.
grande aresta de rocha destroem as
começou a tomar forma. construções a ) Qual fenômeno natural é abordado na manchete acima? O terremoto.
Depois, se fez claramente humanas.
b ) De acordo com o que você estudou, quais as causas desse fenômeno?
visível uma grande ilha de O terremoto ocorre pela liberação de energia, que pode ser proveniente de atividades vulcânicas ou dos
40 m de altura e 550 m de movimentos das placas litosféricas.
extensão. [...] Pesquisando
ATLAS do extraordinário:
prodígios da natureza. Madrid:
5. Faça uma pesquisa em sua casa sobre alguns minerais usados no seu dia a dia
Ediciones del Prado, 1995. v. 2. e qual a sua utilização. Depois, compare sua pesquisa com a de seus colegas.
p. 192. Resposta pessoal. Verifique se a pesquisa elaborada pelos alunos está coerente com a atividade proposta.
106

Sugestão de atividade A formação da Ilha Surtsey


g20_ftd_lt_6vsg_c4_p104a115.indd 106 10/15/18 4:38 PM g20_
Objetivo a ) O texto descreve um fenômeno natural que Resposta: com a ocorrência do fenômeno na-
• Conhecer e analisar informações a respeito age na transformação do relevo terrestre. Que tural, ou seja, o vulcanismo, surgiu no mar
de um fenômeno de origem interna da Terra fenômeno é esse? ocidental de Geirfuglasker uma grande ilha de
na transformação do relevo e das paisagens. Resposta esperada: vulcanismo. 40 m de altura e 550 m de extensão.
Com base na leitura do texto sobre a Ilha b) Explique como o fenômeno natural citado c ) Como você classifica o ritmo de transformação
Surtsey, peça aos alunos que respondam às no texto transformou a paisagem do mar oci- da paisagem descrita no texto: rápido ou lento?
questões a seguir. dental de Geirfuglasker. Resposta esperada: como ritmo rápido.

106

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Dinâmica externa da Terra
Sugestão de atividade

Capítulo 4
A ação erosiva
e as formas do relevo no relevo
Objetivo
As formas do relevo terrestre também são modeladas por agentes externos, ou
seja, pela ação da água das chuvas, dos rios, dos oceanos e mares, e dos ventos.
• Elaborar e analisar si-
mulação de fenômeno
A seguir, vamos conhecer melhor a ação de alguns desses agentes externos. erosivo na superfície ter-
restre.
Ação erosiva no relevo a ) Proponha a seguinte
atividade prática com os
A ação de vários agentes naturais, como a água, o gelo, os ventos, a variação da alunos: em uma caixa de
temperatura, as plantas e os animais, ocasiona constante alteração no relevo. A atua- madeira, simule diferen-
ção desses agentes desencadeia processos erosivos, isto é, causa a desintegração e tes formas de relevo, uti-
o transporte de fragmentos de rocha, o que altera as formas do relevo. Veja a seguir lizando o solo encontra-
aspectos da ação modeladora de alguns desses agentes. do nas proximidades da
escola. Procure produzir
A água das chuvas atua constantemente na transformação do relevo. O escoa- formas de relevo como
mento superficial das águas pluviais ocorre quando a quantidade de água que se montanhas, planícies e
precipita é maior e mais rápida que a quantidade e a velocidade com que essa água depressões.
consegue se infiltrar no solo. Desse modo, podem se formar filetes que transportam b) Essa caixa deverá ser
sedimentos em pequenas quantidades. Também podem se formar enxurradas que deixada exposta à ação
concentram maior volume e força no escoamento da água, carregando grandes quan- do tempo, ou seja, chuva,
tidades de sedimentos, provocando processos erosivos mais acentuados. sol e vento. No decorrer
de 30 dias, aproximada-
Nos rios, a água ocasiona alterações do relevo ao carregar sedimentos, promovendo mente, leve os alunos
o alargamento ou aprofundamento dos cursos de água. Há casos também, principalmen- para observarem a caixa
te na falta de vegetação ciliar (vegetação existente nas margens nos rios), em que os e perceberem as mudan-
sedimentos transportados pelas águas vão sendo depositados em alguns trechos do rio, ças, como a ausência de
reduzindo a profundidade do seu leito, em um processo denominado assoreamento. chuvas causando o res-
secamento do solo, a for-
No litoral, a água dos mares esculpe paredões de rochas, que chamamos de falésia. ça do vento alterando a
forma do relevo, a au-
Na fotografia, podemos observar um exemplo de falésia no município de Porto Seguro (BA), 2017.
sência de vegetação in-
tensificando a ação ero-
siva e causando, muitas

Tales Azzi/Pulsar Imagens


vezes, o deslizamento de
terras. Retome com eles
a temática de como os
agentes externos modi-
ficam o relevo.
c ) Esta estratégia favo-
rece a abordagem da
competência geral 2 da
BNCC, sendo comple-
mentada pela compe-
tência específica de
Geografia 5, ao desen-
volver e utilizar proces-
sos, práticas e procedi-
mentos de investigação
para compreender o
mundo e avaliar ações
para questões que re-
107 querem conhecimentos
científicos de Geografia.
A atividade também
contempla a habilidade
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EF06GE05.

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Orientações gerais A atuação dos ventos na transformação do relevo ocorre quando o ar em movi-
• Pergunte aos alunos se mento carrega partículas de sedimentos, transportando-as para outros lugares, como
eles já observaram pai- ocorre com as dunas. O vento também faz essas partículas se chocarem contra for-
sagens como as mostra- mações rochosas, que, ao longo do tempo, são desgastadas por esse processo.
das nesta página. Ques-
tione se conhecem dunas

Cecilia Colussi Stock/Alamy/Fotoarena


e verifique o grau de en-
tendimento da ação dos
agentes naturais modifi-
cando o relevo terrestre.
• Comente sobre a re-
lação existente entre a
ação dos ventos na mo-
dificação do relevo e a
formação de bacias se-
dimentares. Relembre o
conteúdo acerca das ro-
chas sedimentares.
• Explique que as partí-
culas de poeira que são
abrasadas e carregadas
pelo vento tendem a ser
depositadas em relevos
em baixas altitudes. O
sucessivo depósito des- A fotografia acima retrata uma paisagem esculpida pela ação do vento, entre outros agentes, no Parque
se material cria cama- Nacional de Badlands, localizado no estado de Dakota do Sul, porção centro-norte dos Estados Unidos, 2016.
das, as quais, depois de
milhares de anos, se tor- Em algumas regiões frias da Terra, é comum o acúmulo de grandes quantidades
nam bacias de sedimen- de gelo e neve. Esses aglomerados de gelo, denominados geleiras, ao se movimen-
tos diversos. tarem, carregam consigo fragmentos de rocha, provocando alterações no relevo.
Alguns vales são exemplos de formas de relevo esculpidas por geleiras.
Goran Vrhovac/Shutterstock.com

A fotografia acima mostra a geleira Soelden na Áustria, 2018.

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Ação humana e erosão BNCC

Capítulo 4
O ser humano altera constantemente o relevo, de várias formas: constrói aterros
• O conteúdo desta pá-
gina e da seguinte se
e túneis, retira a vegetação e realiza cortes e desmontes de morros para a exploração aproxima da competên-
de minérios, entre outras ações. cia geral 6, sendo com-
Entretanto, muitas das ações humanas têm prejudicado o meio ambiente. O des- plementada pela com-
petência específica de
matamento ou a exploração inadequada do solo, por exemplo, podem provocar pro-
Geografia 5, ao permitir
cessos erosivos. As chuvas carregam as partes mais férteis do solo e formam grandes que o aluno reflita so-
sulcos no terreno chamados voçorocas, como mostra a fotografia abaixo. bre as transformações
na paisagem decorren-
tes da ocupação inade-
Gerson Gerloff/Pulsar Imagens

Aterro:
local quada do espaço e suas
nivelado
consequências, propon-
geralmente
por meio do ações sobre as ques-
do acúmulo tões socioambientais.
• Pergunte
de terra.
aos alunos
se eles já escutaram ou
viram notícias em jornais
ou revistas sobre algum
deslizamento de terra.
Comente sobre os gran-
des deslizamentos de ter-
ra, em lugares ocupados
por moradias irregulares,
que são noticiados pela
televisão no período de
chuvas em todo o Brasil.
Apresente as seguintes
questões aos alunos:
> Em sua opinião, por
que as pessoas moram
Voçoroca no município de Manoel Viana (RS), 2018. em áreas com risco de
deslizamento?
A vegetação oferece uma proteção Marcos Amend/Pulsar Imagens > De que maneira a ren-
ao solo contra a força física da água. A da familiar pode influen-
água da chuva, ao se precipitar sobre ciar na localização da
uma área onde haja cobertura vegetal, moradia das pessoas?
principalmente as mais densas, encon- • Instigue-os a pensar
tra diversas barreiras até atingir o solo que esse problema não é
somente ambiental, mas
(folhas das copas, galhos, troncos e ve-
também um problema
getação rasteira). Nesses casos, a água socioeconômico.
que chega ao solo infiltra-se em menor
quantidade e mais lentamente, provo-
cando menor ação erosiva.

Área recoberta por vegetação no


município de Caracaraí (RR), 2016.

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Orientações gerais Com o solo desprotegido de cobertura vegetal em virtude de desmatamento ou
• Comente com os alu- queimada, as chuvas carregam essas porções de solo para o leito dos rios, provocan-
nos sobre os riscos de do assoreamento, como estudamos anteriormente.
construção de moradias Muitas áreas são desmatadas para dar lugar à expansão das cidades ou de lavouras.
irregulares em encos-
Em algumas cidades, em encostas de morros, a vegetação é retirada para a construção
tas, sendo uma conse-
quência do processo de
de moradias. No entanto, esses são lugares de risco, pois a falta da cobertura vegetal
segregação residencial e favorece a saturação do solo pela água da chuva, provocando erosões ou mesmo des-
exclusão social. lizamentos de terra. Observe como isso ocorre.
• Inicie um diálogo com
os alunos acerca dos Ao retirar a Os deslizamentos oferecem Sem a vegetação, nos períodos de chuvas
conceitos de segregação cobertura vegetal, o grandes riscos à vida das intensas, aumenta a probabilidade de ocorrer
residencial, exclusão so- ser humano deixa o pessoas, pois, quando deslizamentos, já que o solo fica encharcado e
cial e ocupação do solo solo desprotegido e, ocorrem, além da grande vulnerável ao intenso fluxo de água que escoa
consequentemente, porção de solo deslocado, as com maior rapidez pelas encostas.
para que, posteriormen-
mais exposto à águas levam consigo blocos
te, possa associá-los às ação erosiva das de rochas e vegetação que
moradias irregulares. águas das chuvas. acabam por atingir e
• Evidencie aos alunos soterrar muitas moradias.
Deslizamento de terra ocorrido
que a retirada da cober- em Mairiporã (SP), 2016.
tura vegetal associada
às chuvas pode acarretar
deslizamentos de terras.
• Neste momento, divi-
da os alunos em grupos
de três pessoas e apre-
sente a eles imagens de
moradias irregulares.
Em sequência, coloque
as questões a seguir para
que os grupos discutam.
> Como podem identi-
ficar a segregação resi-
dencial e a exclusão so-
cial nas imagens?
> Seria esse um local
apropriado para a insta-
lação de moradias?
> Qual fator leva essas
pessoas a morarem em
uma área de risco?
> Quais as consequên-
cias da instalação de
moradias irregulares

Eduardo Anizelli/
nesses locais?

Folhapress
• Ao final das discus-
sões, solicite que os gru-
pos apresentem possí-
veis soluções. Oriente-os
a lançar um olhar crítico
na busca de soluções.

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As formas do relevo terrestre
Orientações gerais

Capítulo 4
• Comente com os alu-
As principais formas do relevo terrestre, resultado da ação das dinâmicas interna nos que o relevo cons-
e externa da Terra, podem ser classificadas em: depressões, planícies, planaltos e titui a porção terrestre
montanhas. A seguir, vamos estudar cada uma delas. onde vivemos. No en-
tanto, essa porção não é
As depressões são formas de relevo de altitudes mais baixas do que aquelas que semelhante em todas as
estão ao seu redor. Quando sua altitude está equiparada ao nível do mar, as depres- partes e apresenta-se
sões são chamadas de relativas, e quando a altitude está abaixo do nível do mar, são em variados níveis na
chamadas de absolutas. superfície terrestre.
• Destaque as quatro
principais formas de re-

Leo Caldas/Pulsar Imagens


levo a partir dos textos
apresentados nestas pá-
ginas, mas evidencie aos
alunos que há outros ti-
pos de relevo, tais como:
serra, cordilheira, vale,
colina, entre outros.
• Explique para os alu-
nos que o termo cordi-
lheira também é utilizado
para indicar um conjunto
de cadeias de montanhas.
• Lembre-os dos agen-
tes internos e externos
de modelagem do rele-
Na fotografia, vemos a depressão Sertaneja no município de Teixeira (PB), 2017. vo. Comente e relembre
alguns dos principais
Os planaltos constituem formas de relevo irregulares, que apresentam áreas mais
agentes externos: chuva,
planas ou acidentadas e com altitudes variáveis. São áreas que resultam de proces- variação térmica, vento,
sos erosivos antigos e intensos, além de, normalmente, estarem sujeitas a sofrer intemperismo, erosão e
mais desgastes que os terrenos ao seu entorno. ação da água.

João Prudente/Pulsar Imagens

Na fotografia, podemos observar parte da Serra da Mantiqueira, área de planalto localizada


no município de Maria da Fé (MG), 2017.

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Material digital As planícies são formas de relevo basicamente planas que podem ser encontra-
• A sequência didática das em todas as altitudes. Porém, é mais comum que apresentem baixas altitudes.
5, localizada no material De origem sedimentar, essas áreas recebem, constantemente, grande quantidade de
digital, pode comple- sedimentos provenientes de outros terrenos.
mentar o trabalho com o
tema relevo e seus agen-

Marco Antonio Sa/kino.com.br


tes modeladores.

Vista aérea da planície do Pantanal Mato-Grossense no município de Poconé (MT), 2016.

As montanhas são um tipo de relevo que possui as maiores altitudes do planeta.


A ação intensa de agentes naturais, como água, vento e calor do sol, vai desgastando
as montanhas, gerando sedimentos que são depositados nos terrenos mais baixos.
Geralmente, essas formações estão organizadas em cadeias, isto é, em um conjunto
de montanhas dispostas umas próximas às outras.

Marc Bruxelle/Alamy/Fotoarena

Na fotografia, vemos a cordilheira do Himalaia, no Nepal, 2015.

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Orientações gerais
O relevo brasileiro

Capítulo 4
A maior parte do território brasileiro é formada por terrenos antigos, resultantes de
• Incentive os alunos a
localizar no mapa o tipo
fenômenos provocados pela dinâmica interna do planeta há dezenas de milhões de anos. de relevo predominante
Desde então, a dinâmica interna não tem causado impactos de grandes propor- no estado onde vivem.
ções no relevo brasileiro, porém, ao longo de todo esse tempo, os processos erosivos Leve para a classe um
mapa político do Brasil
vêm atuando na transformação do relevo do nosso país.
para facilitar aos alunos
Esses processos erosivos desgastaram as áreas de maiores elevações, dando ori- a localização dos estados
gem às bacias sedimentares existentes no território brasileiro. As bacias sedimenta- do país.
res são terrenos extensos rebaixados em relação ao seu entorno, preenchidos ao • Se considerar neces-
longo do tempo por uma grande quantidade de sedimentos. sário, peça aos alunos
que comparem o mapa
Além dos agentes erosivos, a ação do ser humano também contribui considera-
desta página com o ma-
velmente para esculpir as formas do relevo em nosso país. pa político do Brasil.
O relevo brasileiro foi classificado em porções denominadas unidades de relevo. • Aproveite a oportuni-
Essa classificação foi baseada em diferentes aspectos, como os tipos de rochas, as dade para avaliar a es-
formas e as altitudes do relevo, assim como seus processos de formação. Dessa for- pacialização dos alunos,
ma, existem no Brasil três grandes unidades principais: os planaltos, as planícies e como a capacidade de
as depressões. Veja abaixo. reconhecer, no mapa, a
região onde vivem e de
interpretar informações
Brasil: unidades do relevo contidas no mapa.

Rio
5 Planaltos
Bacias sedimentares
5 1 - Planalto da Amazônia oriental
13 Equador 2 - Planaltos e chapadas da bacia do Parnaíba

23 3 - Planaltos e chapadas da bacia do Paraná
12
Intrusões e coberturas residuais de plataforma
1
1 28 4 - Planaltos e chapada dos Parecis
5 - Planaltos residuais norte-amazônicos
12 6 2 6 - Planaltos residuais sul-amazônicos
Cinturões orogênicos
6 14
12 6 7 - Planaltos e serras do Atlântico leste-sudeste
6 2
10 8 - Planaltos e serras de Goiás-Minas
2 9 - Serras residuais do Alto Paraguai
6 6
Núcleos cristalinos arqueados
6 20 10 - Planalto da Borborema
25 24 19
4 11 - Planalto sul-rio-grandense
15
Depressões
17 9 16 8 12 - Depressão da Amazônia ocidental
13 - Depressão marginal norte-amazônica
28 14 - Depressão marginal sul-amazônica
26
OCEANO 15 - Depressão do Araguaia
7 ATLÂNTICO 16 - Depressão cuiabana
18 17 - Depressão do Alto Paraguai-Guaporé
9 3
18 - Depressão do Miranda
OCEANO 19 - Depressão sertaneja e do São Francisco
21
PACÍFICO Trópico d 20 - Depressão do Tocantins
E. Cavalcante

e Capri
7 córn io 21 - Depressão periférica da borda leste da
bacia do Paraná
22 - Depressão periférica sul-rio-grandense

Planícies
23 - Planície do rio Amazonas
22 27
24 - Planície do rio Araguaia
11 N 25 - Planície e pantanal do rio Guaporé
26 - Planície e Pantanal Mato-grossense
O L
27 - Planície da lagoa dos Patos e Mirim
0 370 km
S 28 - Planícies e tabuleiros litorâneos
50° O

Fonte: ROSS, Jurandyr L. S. (Org.). Geografia do Brasil. São Paulo: Edusp, 2008. p. 53.

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BNCC
• O conteúdo desta se-
Momento da
ção permite desenvolver
a habilidade EF06GE09
Cartografia Mapa altimétrico
ao propor que os alunos e o perfil do relevo
compreendam como se
elaboram um mapa al- As altitudes do relevo terrestre podem ser representadas por meio de um mapa,
timétrico e um perfil to-
chamado mapa altimétrico. Nesse tipo de representação, as altitudes do relevo são
pográfico como forma de
projetadas em uma superfície plana. Veja nas imagens a seguir como isso é possível.
representar elementos
da superfície terrestre.
•O
Tony Monti/Shutterstock.com
uso da linguagem
cartográfica contribui
para o desenvolvimento
do pensamento espacial, Na fotografia, de 2017, vemos
conforme orientam a a imagem do Morro do Pão de
competência específica Açúcar (à esquerda, ao fundo) e
do Morro da Urca (à frente) no
de Ciências Humanas 7 e
Rio de Janeiro (RJ). Abaixo, na
a competência específi- ilustração desse morro em
ca de Geografia 4. visão horizontal, as linhas
traçadas delimitam as faixas de
altitudes dessa forma de relevo.

Mapa altimétrico do Morro do Pão


de Açúcar e do Morro da Urca
Altitude
em metros A representação ao lado é uma visão horizontal,
400
ou seja, é um perfil do Pão de Açúcar e do
300 Morro da Urca. As linhas traçadas delimitam as
faixas de altitudes dessa forma de relevo.
200
O mapa ao lado representa a visão vertical do
100
morro Pão de Açúcar. Nele, podemos perceber
0
A B
as linhas que distinguem as faixas de altitude,
0 200 400 600 800 1000 1200 1400 1600
mostradas na ilustração.
OCEANO
Praia Geralmente, para as altitudes mais baixas, são
Vermelha
ATLÂNTICO
utilizadas tonalidades de cores mais claras,
que se intensificam conforme as faixas de
Pão de
Açúcar
Morro
da Urca altitudes são mais elevadas. Veja como as
A B
cores foram utilizadas nesta representação.
A cor verde foi utilizada para representar as
Praia
de Fora
atitudes entre 0 e 100 metros acima do nível
Urca do mar.
Praia
da Urca Enseada
Altitudes
A cor amarela indica as faixas de altitude entre
100 e 200 metros acima do nível do mar.
de Botafogo
em metros

350 ou mais
N. Akira

0 390 m
300 A cor laranja indica as altitudes
250

Fonte: IBGE. Atlas geográfico escolar:


200 compreendidas entre 200 e 300 metros acima
150
ensino fundamental do 6o ao 9o ano. 100 do nível do mar, e a cor marrom, as altitudes
50
2. ed. Rio de Janeiro, 2015. p. 12. 0 acima de 300 metros do nível do mar.

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Sugestão de atividade

Capítulo 4
Maquete
Objetivos
Em um mapa altimétrico, as linhas representadas, tanto na visão horizontal quanto
na visão vertical (visão apresentada no mapa do Morro do Pão de Açúcar e do Morro
• Compreender o siste-
ma de cotas utilizado nos
da Urca), são chamadas de curvas de nível. Cada uma delas compreende partes do mapas altimétricos.
relevo que possuem a mesma altitude. Para distinguir uma curva de nível da outra, • Verificar as formas de
convencionou-se utilizar cores diferentes para representar as faixas de altitude. relevo representadas na
Agora, observe o mapa altimétrico do Brasil e em seguida responda às questões maquete.
em seu caderno. Materiais
Aproximadamente 93% do relevo brasileiro é formado por terrenos que apresentam • Tesoura com pontas
arredondadas.
altitudes inferiores a 900 metros em relação ao nível do mar. Dessa maneira, o Brasil
é considerado um país em que predominam terrenos não muito elevados. Os dois pontos • Folhas de borracha
considerados os mais elevados do país, o Pico da Neblina e o 31 de Março, localizados EVA coloridas.
no estado do Amazonas, não ultrapassam os 3 000 metros de altitude. • Papel vegetal.
• Papel-carbono.
Brasil: mapa altimétrico • Cola para EVA.
N • Tinta azul.
O L
• Pincel.
S
a ) Selecione mapas alti-
métricos e organize a sa-
la em cinco grupos. Cada
mapa deve apresentar
uma escala de, no míni-
mo, 1:50 000, pois mapas
muito pequenos podem
dificultar a realização da
atividade.
b ) Oriente os alunos so-
bre as cores de EVA que
serão utilizadas nessa
maquete, verificando a
quantidade de cotas que
serão representadas.
Oriente os alunos a utili-
zarem as cores do mapa
apresentado nesta página.
c ) Coloque o papel vege-
tal sobre o mapa e trace
Altitudes em metros
as cotas do relevo, enu-
1 200 ou mais
800
merando-as. Em segui-
500 da, coloque o papel-car-
200
0
Fonte: IBGE. bono sobre o EVA e so-
Atlas
bre este o papel vegetal
geográfico
escolar. com o traçado das cotas.
E. Cavalcante

7. ed. Rio de Cada cota do relevo de-


0 350 km
Janeiro, 2016. verá ser traçada sobre a
p. 88.
folha de EVA na cor cor-
Veja as respostas das questões nas orientações ao professor. respondente. Por exem-
a ) Em quais estados brasileiros predominam as maiores altitudes do relevo? plo, a área de menor alti-
b) No estado do Amazonas, predomina qual faixa de altitude do relevo? tude pode ser traçada na
folha verde e a de maior
c ) No estado onde você mora, quais faixas de altitude são encontradas? altitude, na marrom.
d) Após desenharem to-
115 das as cotas, os alunos
precisam recortar as fo-
lhas de EVA seguindo as
linhas traçadas e, em se-
:38 PM Respostas
g20_ftd_lt_6vsg_c4_p104a115.indd 115 10/15/18 4:38 PM guida, as cotas serão co-
locadas uma sobre a ou-
a ) Minas Gerais, Goiás, Bahia, São Paulo, Paraná e San- tra, conforme o mapa
ta Catarina. original do relevo a ser
b) De 0 a 200 metros. representado na maque-
c ) Resposta pessoal. Verifique se os alunos identifica- te. Ao final, eles devem
ram as faixas de altitude do estado em que moram. pintar os rios existentes
no relevo.

115

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Orientações gerais

• Selecione um ma-
pa altimétrico e de uso
do solo da cidade on-
de vivem. Apresente os Perfil de altitudes Minas Gerais: altitudes do
relevo e hidrografia
mapas para os alunos do relevo
com a proposta de que

E. Cavalcante
N

BA
possam identificar os Os mapas altimétricos re- Altitudes em metros
O L

sc o
pontos mais altos e os presentam as diferentes altitu-

ci
Acima de 800 S
an
De 500 a 800
DF Fr
mais baixos e o uso do des do relevo terrestre. Veja, ao De 200 a 500

S ão
De 0 a 200
solo (moradias, comér- lado, o mapa altimétrico do es- Hidrografia GO
A
onha
cio, indústrias) a partir tinh
qui
tado de Minas Gerais. Je
da altimetria apresenta-
da. A atividade pode ser Com base em um mapa alti- ba
anaí
MG 18° S

Par
realizada em grupos de métrico é possível construir um B
aproximadamente três gráfico denominado perfil do Grand
e
ES

ce
pessoas. relevo. Em um perfil de relevo,

Do
• Solicite aos alunos podemos observar com mais SP
que analisem se há ou detalhes as irregularidades pre-
OCEANO
ATLÂNTICO

não relação do uso do RJ


sentes na superfície de deter-
solo a partir da altime- 0 140 km

minado terreno. Veja como isso 45° O


tria apresentada. Peça- Fonte: IBGE. Atlas geográfico escolar. 7.
-lhes que justifiquem é possível. ed. Rio de Janeiro, 2016. p. 171.

suas hipóteses.
• Posteriormente, pro-
No eixo vertical do
gráfico está indicada
Porção onde está localizado o
ponto mais elevado por onde
Nessa área localiza-se o
ponto mais baixo do relevo
mova uma discussão a altitude do relevo passa o segmento de reta A̶B. no segmento de reta A̶B.
com os alunos de forma
que todos possam ex-
pressar suas opiniões e Altitude Rio
construir uma hipótese (em metros) Jequitinhonha
coletiva. 800
Rio
São Francisco
Renan Fonseca

500
Fonte:
200 Elaborado
pela autora.
0
A B

No eixo horizontal do gráfico está indicado o segmento A̶B,


que corresponde à reta traçada no mapa altimétrico.

Para produzir um perfil, é necessário traçar um segmento de reta no mapa altimé-


trico utilizado como referência. As altitudes do relevo por onde essa reta passa são
representadas em um gráfico, formando o perfil do relevo. O perfil mostrado acima
foi elaborado com base no segmento de reta A—B, traçada no mapa altimétrico de
Minas Gerais.
Observando esse perfil, podemos verificar, por exemplo, as diferentes altitudes do
relevo, a localização dos pontos mais elevados e as áreas mais baixas do estado, na
trajetória da linha do perfil.
• Compare o perfil com as altitudes do relevo por onde a reta foi traçada no mapa.
Depois, anote no caderno quais pontos estão localizados nas porções mais baixas
do relevo e quais estão localizados nas porções mais elevadas.
Veja a resposta da questão nas orientações ao professor.
116

Resposta
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• A porção mais baixa do relevo representada no perfil


mede de 0 a 200 metros de altitude. Já a porção mais
elevada localiza-se acima de 800 metros, terreno per-
corrido pelo rio Jequitinhonha.

116

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Atividades Orientações gerais

Capítulo 4
• Conforme estudamos
neste capítulo, a ação
Exercícios de compreensão humana altera cons-
tantemente o relevo
1. Quais são as principais unidades do relevo brasileiro? Planaltos, planícies e depressões. terrestre. Solicite aos
alunos que pesquisem
2. Observe novamente o mapa da página 113 e identifique.
um exemplo da ação
a ) Qual a unidade do relevo predominante na porção Sul do Brasil? E na porção humana na modificação
Norte? Na porção Sul predominam os planaltos e na porção Norte, as depressões. do relevo que eles vêm
b ) Qual(is) unidade(s) do relevo está(ão) presente(s) no estado onde você mora? percebendo próximo do
Resposta pessoal. Auxilie os alunos a identificar a(s) unidade(s) de relevo e a descrevê-las corretamente no caderno. lugar onde moram.
3. Uma pesquisa científica detectou, em uma região do fundo dos oceanos, grandes
montanhas com intensa atividade vulcânica. De acordo com o que você estudou,
• Os alunos devem foto-
grafar ou desenhar o que
a qual forma de relevo submarino a pesquisa científica está se referindo? observaram para mos-
A pesquisa científica está se referindo a uma cordilheira oceânica. trar aos colegas em sala
Geografia no contexto de aula.
4. Observe o mapa e responda às questões no caderno. • Em seguida, sugira que
a ) Qual faixa de altitude predomina no pesquisem em livros e na
Pará: altitudes do relevo internet outros lugares
estado do Pará? Predomina a faixa de
altitude de 200 m a 500 m. N
que apresentam alguma
b ) Em qual faixa de altitude são encon- O L
modificação semelhante
tradas a Serra do Cachimbo e a Serra S
à que eles observaram.
dos Carajás? Na faixa de altitude entre
500 m a 800 m. • Verifique se a pesqui-
c ) Em qual faixa de altitude está locali- sa elaborada pelos alu-
zada a capital do estado? Oriximiná
B
Belém
nos está coerente com
a atividade proposta.
d ) Observe o perfil do relevo Estimule-os a analisar as
A Altamira
abaixo e identifique a qual fotografias ou desenhos
segmento traçado no mapa D dos colegas e verificar
ele se refere? Ao segmento C-D. Eldorado
outras transformações
C
4. c) A capital do estado está localizada São Felix
dos Carajás
ocorridas no relevo.
na faixa de altitude de 0 a 100 m. Novo Progresso
do Xingu

Altitudes em metros
800 E
500
Fonte: IBGE. Atlas 200 F
geográfico escolar. 7. ed. 100
0

E. Cavalcante
Rio de Janeiro, 2016. p. 159. Rios permanentes
Capital estadual
Cidade
0 490 km

Perfil do relevo
Altitude
(em metros)
800
700
600
500
400
300
200
Keithy Mostachi

100 Fonte:
Elaborado
0 pela autora.

117

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As águas e as paisagens terrestres
Orientações gerais

• Auxilie os alunos na
interpretação dos gráfi- Observe a imagem a seguir.
cos desta página. Cha-
2. Resposta
me a atenção para o fato

Aitor Gonzalez Frias/Shutterstock.com


esperada: a
de que apenas 2,5% das água está
presente nos
águas do planeta estão rios, lagos,
nos continentes, possí- geleiras, no ar
veis de serem aproveita- (na forma de
vapor de água),
das para o consumo hu- infiltrada no
mano, e, destas, 68,9% solo,
estão nas calotas polares acumulada em
aquíferos etc.
ou nas geleiras.
3. Resposta
• Comente com os esperada:
alunos os problemas percebemos
que a água é
que a falta de água em essencial para
grandes cidades pode nossa existência
acarretar. Apresente as quando
sentimos sede,
manchetes abaixo e pro- quando
mova um debate entre precisamos
eles sobre a importância fazer a nossa
higiene e ainda
do consumo adequado quando
da água potável. preparamos
nossos Na fotografia, podemos visualizar paisagem litorânea do arquipélago das Ilhas Virgens, Caribe, 2017.
Maior aquífero do alimentos.
mundo fica no Brasil
e abasteceria o 1. De que maneira a água faz parte da paisagem mos- Como cuidar da
nossa água
planeta por 250 anos trada acima? Ela faz parte dessa paisagem porque
está presente no mar e nas nuvens. Laura Aguiar; Regina Scharf.
UOL Notícias, 21 mar. 2015.
Disponível em: <https:// 2. Além dos mares e das nuvens, de que outras manei- 3. ed. São Paulo: BEI, 2010.
noticias.uol.com.br/cotidiano/ (Coleção Entenda e Aprenda).
ultimas-noticias/2015/03/21/ ras a água está presente em nosso planeta?
Este livro apresenta a
maior-aquifero-do-mundo-
fica-no-brasil-e-abasteceria- 3. A água é essencial para o desenvolvimento da vida distribuição da água no planeta
o-planeta-por-250-anos.htm>. Terra, além de outros aspectos,
Acesso em: 22 set. 2018. na Terra. Em quais situações do nosso dia a dia per- como o uso desse recurso, a
cebemos que a água é um elemento vital para nossa poluição e o desperdício.
SP e outras 10 existência?
cidades do mundo
que podem ficar A água é um dos elementos imprescindí-
sem água como a Distribuição de água na Terra veis para a manutenção da vida na Terra.
Cidade do Cabo Além disso, as águas agem intensamente
0,9%
BBC Brasil, 11 fev. 2018. Disponível
0,3% Outros na constituição e transformação das paisa-
em: <www.bbc.com/portuguese/ reservatórios
internacional-42996544>. Acesso Água doce nos gens terrestres.
em: 22 set. 2018. rios e lagos
No entanto, a distribuição dessas águas é
29,9% desigual pelo nosso planeta. Veja o esque-
2,5% Água
Água doce ma ao lado.
Renan Fonseca

subterrânea
doce
Total de
4. Troque ideias com os colegas sobre co-
68,9%
água da Calotas polares e geleiras mo é a distribuição total de água na su-
Terra 97,5%
Água salgada perfície terrestre. Verifique se os alunos
concluíram que as águas oceânicas representam
a maior parte das águas do planeta.
Fonte: REBOUÇAS, Aldo da C.; BRAGA, Benedito; TUNDISI, José G. (Org.).
Águas doces no Brasil: capital ecológico, uso e conservação. 2. ed. São
Paulo: Escrituras, 2002. p. 8.

118

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Encontro com... Ciências
Orientações gerais

• Converse com o pro-


fessor do componente
O movimento da água pelo nosso planeta curricular de Ciências
para propor aos alunos
Em nosso planeta encontramos a água em diferentes lugares e em diferentes es- a produção de um de-
tados físicos: senho/esquema de ciclo
• em estado líquido, como nos oceanos, mares, rios, lagos e aquíferos; d'água direcionando-o
para o lugar onde vi-
• em estado sólido, como a neve e o gelo nas altas montanhas e regiões polares; vem. Esta atividade é um
• em estado gasoso, como o vapor de água na atmosfera. complemento da ativida-
de b, ao final da página.
A mudança da água de um estado físico para outro é desencadeada por vários
O conteúdo referente a
fenômenos, sendo os principais a ação da energia solar e a força da gravidade. Nes-
este tema contempla a
se processo, a água cumpre um ciclo que a mantém em constante movimento em habilidade EF06GE04.
nosso planeta, chamado ciclo da água.
• Para complementar o
Observe abaixo como esse fenômeno ocorre na natureza. estudo sobre o ciclo da
água, sugerimos o aces-
1 evaporação
so ao site a seguir, que
Ciclo da água 2 condensação apresenta infográficos e
3 precipitação dados referentes ao ciclo
da água, quantidade e
4 infiltração
2 qualidade da água, usos
da água, entre outros.
> Conjuntura dos Recur-
sos Hídricos 2017. Agên-
cia Nacional de Águas
(ANA). Disponível em:
< http://livro.pro/4dvc4t>.
Acesso em: 23 set. 2018.
3
1

Luciane Mori
1

Fonte: A Terra. São Paulo: Ática, 1994. p. 40. (Atlas Visuais).

a ) Identifique na imagem a ação da energia solar e da força da gravidade, que são


propulsores do ciclo da água.
b) Acompanhe, seguindo a numeração, o caminho da água em seu ciclo e procure
identificar cada uma dessas fases em seu dia a dia, no lugar onde vive.
Veja as respostas das questões nas orientações ao professor.

119

:43 PM Respostas
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a ) É importante que os alunos reconheçam o Sol b) Incentive os alunos a serem observadores elevadas para as mais baixas do relevo, e ex-
e a emissão de calor provocando a evaporação da desse e de outros fenômenos da natureza. Por postas ao calor proveniente do Sol ao evapo-
água, e que a força da gravidade pode ser identi- exemplo, reconhecerem a chuva como parte rar e formar as nuvens que dão continuidade a
ficada inicialmente pela precipitação da chuva e do ciclo que a água cumpre na natureza; as esse ciclo etc.
pelo escoamento da água das partes mais eleva- enxurradas e os rios como o escoamento des-
das para as partes mais baixas do relevo. sas águas, deslocando-se das partes mais

119

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As águas oceânicas
Orientações gerais

• Comente com os alu-


nos que a temperatura As águas oceânicas correspondem às águas salgadas existentes nos mares e
mencionada no texto oceanos. Elas representam 97% do total das águas do planeta.
também varia conforme As águas oceânicas localizadas nas regiões mais próximas dos continentes, ou até
a salinidade, a ocorrên- mesmo no interior deles, são denominadas mares. Em relação aos oceanos, os mares
cia de correntes maríti- apresentam menor profundidade, maiores variações de salinidade e temperatura e
mas quentes ou frias e a
recebem muito mais quantidade de sedimentos provenientes das áreas litorâneas.
profundidade das águas,
pois os raios solares não Observe no mapa abaixo. Salinidade: relativo à
atingem áreas abaixo de concentração de sais minerais
250 metros. A partir de Distribuição dos oceanos dissolvidos na água marinha.
determinada profundi- e tipos de mares
dade, as águas oceânicas
tornam-se mais densas
e frias.
• Oriente os alunos a 2 3
retomar o esquema das
zonas térmicas da Terra
na página 84.
• Explique aos alunos
que quanto maior a eva- 1
poração da água, maior
é a concentração de sais
Renan Fonseca

minerais nas águas.


• O sal contido nas águas
oceânicas tem sua ori-
gem na decomposição de
rochas que se acumula-
ram no fundo dos ocea- 2 500 5 000 km
nos ao longo de milhões
Fonte: IBGE. Atlas geográfico escolar. 7. ed. Rio de Janeiro, 2016. p. 33.
de anos.

1 Mar aberto 2 Mar interior 3 Mar fechado

Tipo de mar que apresenta É aquele que se comunica É o mar que não tem
uma grande ligação com os com os oceanos por meio de ligação direta com os
oceanos e mares vizinhos, pequenos canais naturais, oceanos e outros mares,
como o mar do Caribe. denominados estreitos, como o mar Cáspio.
como o mar Mediterrâneo.

As águas oceânicas apresentam características que as diferenciam das águas con-


tinentais, como temperatura, salinidade e deslocamento, além de uma rica diversidade
de fauna e flora.
A temperatura das águas dos oceanos e mares varia conforme a latitude. As águas
oceânicas próximas da linha do equador, onde a radiação solar é maior, são mais
quentes. Já as águas oceânicas mais próximas dos polos são mais frias.
As massas de água com temperatura e salinidade semelhantes que se deslocam
nos oceanos são chamadas correntes marítimas. Essas correntes podem ser quentes,
se originadas na zona térmica tropical, e frias, se forem formadas nas zonas polares.
As correntes marítimas influenciam as temperaturas e, consequentemente, o clima
das regiões por onde passam.
120

Orientações gerais g20_ftd_lt_6vsg_c4_p116a126.indd 120 10/15/18 4:43 PM g20_

• Comente com os alunos que os oceanos dia até a Antártida, sendo possível observá- entre a Indonésia e o Japão, a Fossa das Ma-
também possuem relevos. Explique a eles so- -la em algumas imagens de satélite. Incentive rianas é o local mais profundo da superfície
bre a maior cadeia de montanhas oceânicas, a os alunos a buscarem imagens e informações terrestre. Nele, está localizado o ponto de
Dorsal Meso-Oceânica, localizada entre o con- sobre essa cordilheira submarina em livros e maior profundidade da crosta, conhecido co-
tinente americano e os continentes europeu e na internet. mo Challenger Deep. Esse vale atinge, apro-
africano, bem ao centro do oceano Atlântico, • Comente com os alunos que, no fundo do ximadamente, 11 quilômetros abaixo do nível
seguindo em sentido norte-sul, desde a Islân- oceano Pacífico, a leste das ilhas Marianas, do mar.

120

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Orientações gerais
Importância das águas oceânicas

Capítulo 4
• Realize uma dinâmica
As águas oceânicas representam uma im- de tempestade cerebral

Tales Azzi/Pulsar Imagens


portante fonte de diferentes recursos para a com os alunos, buscando
avaliar o que eles sabem
sociedade. Veja a seguir alguns exemplos de
sobre a importância das
atividades econômicas realizadas pelos se- águas oceânicas. Inicie
res humanos. questionando-os sobre
A elevada salinidade das águas oceânicas qual a importância das
permite à sociedade extrair dos oceanos diver- águas oceânicas para a
sociedade. Ajude-os nas
sos sais minerais, sendo o mais importante de-
respostas. Na sequên-
les o cloreto de sódio, conhecido popularmente cia, incentive-os a citar
como sal de cozinha. produtos advindos das
águas oceânicas que
Na fotografia, podemos observar uma área de consomem ou utilizam
salinas no município de Galinhos (RN), 2018. no dia a dia. Espera-se
que os alunos comentem
sobre o cloreto de sódio,
Uma das mais importantes atividades eco- peixes variados, utiliza-

zahimmohd/Shutterstock.com
nômicas realizadas nos oceanos é a pesca. É ção de meio de transpor-
te, entre outros.
praticada em pequenas embarcações e equipa-
mentos rudimentares, denominada pesca arte-
sanal, mais voltada para o sustento do pescador
e sua família do que para a atividade comercial.
Também ocorre em grandes embarcações
com equipamentos modernos, denominada
pesca comercial. Esse tipo de pesca possibilita
a obtenção de grande quantidade de pescados.

Na fotografia, vemos pesca comercial


sendo realizada na Malásia, 2017.

As águas oceânicas também são utiliza-

Tales Azzi/Pulsar Imagens


das pela sociedade como vias de transpor-
tes. Pelos oceanos e mares é transportada
diariamente uma infinidade de produtos que
serão comercializados em diferentes partes
do mundo, como automóveis e aparelhos
eletrônicos, gêneros agropecuários, recursos
minerais e produtos energéticos, como pe-
tróleo e carvão.

Ao lado, vemos o porto de Santos (SP), 2018, de


onde partem e chegam, todos os anos, milhares
de toneladas de diferentes produtos.

121

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BNCC
• Aproveite as ques-
As águas continentais
tões desta página para
As águas continentais compreendem tanto as porções de água da superfície, co-
refletir com os alunos
sobre a forma como eles mo rios e lagos, quanto as águas subterrâneas existentes nos continentes, e são
utilizam a água no dia a compostas, em sua maioria, de águas doces. A maior parte das águas doces do nos-
dia, ou seja, de que for- so planeta está localizada nas calotas polares, sob a forma de gelo, e no subsolo, na
ma ocorre a apropriação forma líquida, em águas subterrâneas.
dos recursos hídricos
A água representa um dos recursos naturais mais preciosos do nosso planeta, além
pela sociedade, tanto no
de ser um componente essencial para a manutenção da dinâmica da natureza. Utili-
espaço rural quanto no
espaço urbano, e quais zamos a água em diversas atividades em nosso dia a dia. Observe alguns exemplos.
alterações nas paisagens
são realizadas. Ao de-
A C
senvolver o senso críti-
co para compreensão da

Goran Bogicevic/Shutterstock.com

Tales Azzi/Pulsar Imagens


realidade, baseando-se
nos conhecimentos geo-
gráficos, este tema per-
mite um trabalho com a
habilidade EF06GE10 e
contempla a competên-
cia específica de Geo-
grafia 3.

Utilização da água na atividade doméstica Uso da água no processo de lavagem de maçãs em


nos Estados Unidos, 2018. indústria de beneficiamento do município de Bom
Jardim da Serra (SC), 2017.

B D
Auke/Shutterstock.com

Chico Ferreira/Pulsar Imagens


Irrigação de plantação em Flevopolder, Holanda, 2018. Pescador lançando tarrafa no rio Camboriú, no
município de Balneário Camboriú (SC), 2016.

• Como a água está sendo utilizada em cada uma das situações mostradas acima?
Esse uso reflete a importância desse recurso para as pessoas?
Na fotografia A, para a atividade doméstica; na fotografia B, para a irrigação de plantação; na fotografia C, para
a atividade industrial; e, na fotografia D, para a pesca. Espera-se que os alunos digam que sim, em cada situação
122 mostrada nas fotografias o uso da água é muito importante para as atividades econômicas e cotidianas.

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Integrando saberes
A importância dos rios

Capítulo 4
• Este tema possibilita a
Os rios sempre foram as fontes de água mais exploradas pela sociedade, seja no articulação com o com-
passado ou no presente. ponente curricular de
O ser humano sempre procurou as margens dos rios para se fixar. Desde os tem- Língua Portuguesa na
pos mais remotos até a atualidade, os rios são fontes de água para muitas socieda- compreensão da impor-
des, que retiram deles a água necessária para sua sobrevivência e também para a tância da água.
prática de diversas atividades econômicas, para a geração de energia, como via de • Converse com o pro-
transportes e lazer etc. fessor desse componen-
te curricular para propor,
em conjunto, a produção
IR Stone/Shutterstock.com

de uma história em qua-


drinhos que tenha como
tema a utilização e a im-
portância da água no co-
tidiano dos alunos.
• Peça que, em um pri-
meiro momento, o pro-
fessor explique aos alu-
Na fotografia nos esse gênero textual
podemos observar e a linguagem a ser uti-
Londres, capital da lizada na atividade. Após
Inglaterra, 2015, que as devidas explicações,
se desenvolveu em
providencie papel sulfite
torno das margens do
rio Tâmisa.
e solicite aos alunos lápis
de cor e canetas hidrocor
e dê início às produções.
Esse reconhecimento nos leva a refletir sobre como a água é um recurso impor-
tante para a natureza e, principalmente, para o modo de vida praticado pela humani- • Ao final, exponha os
trabalhos em um local
dade nos dias atuais. movimentado da escola
A produção e o consumo cada vez maiores, dos mais variados tipos de produtos, para que a comunidade
envolvem também uma avançada exploração dos recursos da natureza, sendo o prin- escolar possa observar
cipal deles a água. as produções realizadas.
Desse modo, temos acompanhado a exploração desenfreada e muitas vezes a de- •O uso de outros gê-
gradação de muitos rios. Podemos citar exemplos no Brasil como o rio Tietê, que sofre neros textuais, como a
com a poluição proveniente da maior cidade da América Latina, e o rio São Francisco, história em quadrinhos,
é um bom recurso para a
que corta a região Nordeste e tem sido drenado para levar recursos hídricos para di-
aprendizagem dos temas
versas localidades. O rio Ganges, na Índia, é intensamente poluído por dejetos domés- geográficos e permite
ticos, industriais e também por agrotóxi- Léo Burgos/Pulsar Imagens
aos alunos se comunicar
cos. Na Europa, o rio Danúbio sofre com e transmitir informações
a poluição industrial e das cidades que aos colegas, conforme
cresceram ao seu redor. orienta a competência
Ainda que o uso desses recursos seja geral 4 da BNCC.
indispensável para a vida e as atividades •A proposta da ativi-
humanas, o consumo excessivo, além do dade também favorece
mau uso e o desperdício têm tornado essa a abordagem da compe-
tência geral 7 da BNCC,
utilização predatória no Brasil e no mundo.
sendo complementada
pela competência es-
Rio Pinheiros poluído em razão do descarte incorreto pecífica de Geografia 3,
do lixo no município de São Paulo (SP), 2017.
ao desenvolver autono-
mia e senso crítico para
123 compreensão e exercício
do raciocínio geográfico
na análise da ocupação
humana e da produção
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Orientações gerais
As partes de um rio
• Oriente os alunos a re-
alizar a leitura deste info- Os rios são cursos de água que, partindo de sua nascente, correm seguindo a
gráfico da nascente para inclinação do terreno, ou seja, de uma parte mais alta para uma mais baixa. Poste-
a foz. riormente, deságuam em um lago, em outro rio ou no oceano.
• Explique aos alunos Os rios são formados por diferentes partes, e cada uma delas tem características
que alguns rios nascem próprias e recebe um nome específico, conforme estudaremos
do degelo de neve em
no infográfico a seguir.
áreas montanhosas, co-
mo o Rio Amazonas, que
nasce do derretimento
de neve nos Andes. Já
outros rios nascem do
afloramento de lençóis Rios de planície: esses rios
de água subterrâneos. percorrem áreas de relevo

• Observe com os alunos plano com declividades suaves.


Geralmente, suas águas escoam
que a direção de um rio com menor velocidade e em
é definida pela altitude cursos sinuosos, ou seja, com
das nascentes. É impor- muitas curvas, chamadas de
tante evitar a associação meandros.

indevida de “norte” com


“em cima”, muito comum
nessa faixa etária.
• Discuta com os alunos
o potencial envolvendo
os rios de planalto. Evi-
dencie que esses rios
correm por terrenos
com maiores desníveis
de altitude, onde algu-
mas porções mostram-
-se mais elevadas que as
outras. Nesse processo,
os rios de planalto apre-
sentam um escoamento Margem: área localizada
mais rápido em relação ao lado do rio. Portanto,
aos demais. os rios possuem margem
esquerda e direita.
• Em decorrência des- Rio principal:
rio onde um ou
ses fatores, os rios de
mais afluentes
planalto têm um grande deságuam.
potencial hidrelétrico.
Leito: superfície do
relevo que compõe
o trajeto percorrido
Luciane Mori

pelo rio.

Foz: parte do rio


que deságua em
outro rio, em um
lago ou no oceano.
Fonte: STRADLING, Jan. The
wonders inside the Earth. San Diego:
Silver Dolphin, 2009. p. 32-33, 72-73.

124

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Orientações gerais

Capítulo 4
• Ao trabalhar As partes
de um rio, apresente aos
alunos informações so-
bre as extensões de im-
Nascente: local
portantes rios do mun-
onde o rio nasce e
inicia o seu curso.
do, mostradas na tabela
Rios de planalto: esses rios
correm por terrenos com maiores
abaixo.
desníveis de altitude, onde • Solicite aos alunos que
algumas porções mostram-se mais pesquisem sobre um dos
elevadas que outras. Essa rios apresentados na ta-
irregularidade da superfície gera o
escoamento mais rápido, ou seja,
bela. Oriente-os a pes-
com maior velocidade das águas quisar aspectos como
do rio ao longo de seu percurso. clima, vegetação e relevo
existentes na região on-
de o rio está localizado.
Peça também que pes-
Corredeiras: trechos
quisem sobre a utiliza-
de um rio em que o ção do rio pela sociedade
relevo apresenta Afluente ou e a possível existência de
declividades acentuadas. tributário: rios problemas ambientais.
menores que deságuam
no leito do rio principal.
• Determine qual rio ca-
da aluno deve pesquisar,
a fim de evitar que mui-
tos estudem o mesmo
rio. Caso considere per-
tinente, promova uma
Cachoeira: forma-se em
locais de desnível
pesquisa em grupo.
repentino do relevo por
onde passa o curso do rio.

Material digital
•A proposta da se-
quência didática 6,
localizada no material
digital, pode comple-
mentar o trabalho com
o tema da importância
dos rios.

Lago: área de
depressão do relevo
que propicia o acúmulo
de água, formando um
tipo de reservatório.

125

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Rio
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Extensão (km) Localização Rio Extensão (km)
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Localização
Nilo 6 671 África Madeira-Mamoré 3 200 América do Sul
Congo 4 200 África Yang-Tsé 5 800 Ásia
Mackenzie 4 241 América do Norte Huang He 4 845 Ásia
Mississippi 3 778 América do Norte Volga 3 531 Europa
Prata-Paraná 4 700 América do Sul Danúbio 2 860 Europa
Fonte: ATLAS National Geographic: a Terra em números. São Paulo: Abril, 2008. v. 19. p. 86-87.

125

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Orientações gerais
Regime dos rios
• Comente com os alu-
nos que quando um rio Assim como outros elementos da natureza, os rios também se modificam. O vo-
é formado pela chuva, lume e o nível de suas águas não são sempre os mesmos, pois sofrem alterações,
ele tem característica principalmente por causa das condições climáticas das regiões por onde passam.
de regime pluvial. No Essa mudança do volume e do nível das águas dos rios é um fenômeno denominado
entanto, quando o volu- regime fluvial, que se divide em período de cheia e período de vazante. Observe
me de água de um rio é abaixo o exemplo de um rio cujo regime é determinado pelas chuvas.
formado por degelo em
montanhas, é chamado

Delfim Martins/Pulsar Imagens


de regime nival. Explique
aos alunos que no Brasil
Período de cheia
temos um rio que apre-
senta os dois tipos de Nos períodos do ano em que o volume de
regime: o Rio Amazonas. chuvas é maior, os rios,
consequentemente, recebem quantidades
• Instigue-os a identi- maiores de água, aumentando assim seu
ficar os motivos pelos volume e nível. Esses períodos são
quais o Rio Amazonas chamados de períodos de cheia.
apresenta os dois tipos
de regime. Espera-se
que os alunos possam
identificar que na re-
gião, em virtude da ve-
getação em abundância
(Floresta Amazônica), há Na fotografia, período de cheia do rio Tapajós, no município de
uma grande quantidade Santarém (PA), 2014.

de chuvas que abaste- Fonte: WICANDER, Reed; MONROE, James S.


cem os leitos dos rios, Fundamentos de geologia. Tradução: Harue Ohara
Delfim Martins/Pulsar Imagens

Avritcher. São Paulo: Cengage Learning, 2009. p. 270.


mas que, apesar de ser
em pouca quantidade,
Período de vazante
as águas são formadas
também pelo derreti- Já em épocas mais secas, nas quais a
mento de gelo da Cordi- quantidade de chuva é reduzida, os rios
têm seus volumes e níveis reduzidos. Esse
lheira dos Andes.
período é conhecido como período seco ou
• Leve para os alunos de vazante.
um globo terrestre para
que possam localizar a

Luciane Mori
Amazônia e a Cordilheira

Ilustrações:
dos Andes.

Na fotografia, período de vazante do rio Tapajós, no município de


Santarém (PA), 2014.

Nos períodos de vazante, muitos rios chegam a secar e expor seu leito por longos
trechos de seu curso. Esses rios são conhecidos como rios temporários.
Em razão da influência do clima quente, marcado pela baixa umidade do ar e lon-
gos períodos de seca, alguns rios da região Nordeste do Brasil são temporários, pois
secam completamente no período das vazantes. No entanto, a maior parte dos rios
brasileiros não seca, independentemente da estação do ano. Esses rios são chama-
dos de permanentes ou perenes.
126

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Orientações gerais

• O texto a seguir pode colaborar nas discus- Os rios são os principais agentes geológicos Os rios cobrem a maior parte da superfície
sões da temática. Leia-o para os alunos e de- que atuam na superfície da Terra. À medida que terrestre e são os principais modeladores da
pois realize uma discussão buscando associar erodem o substrato rochoso e transportam e de- paisagem dos continentes. Eles erodem as mon-
os rios às paisagens ilustradas no livro, bem positam areia, cascalho e lama, todos os rios, des- tanhas, levam os produtos do intemperismo até
de os pequenos riachos até os mais caudalosos, os oceanos e acumulam, nos depósitos de barras
como às paisagens de algum rio localizado na
são proeminentes escultores da paisagem. [...] fluviais e planícies de inundação ao longo do ca-
cidade onde vivem.

126

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Os rios e as paisagens

Capítulo 4
A presença dos rios, associada a outros elementos da natureza, torna as paisagens
terrestres diferentes umas das outras. Isso ocorre porque os rios proporcionam carac-
terísticas peculiares às paisagens dos lugares por onde passam, por exemplo, desgas-
tando o relevo ou propiciando o desenvolvimento da vegetação em seu entorno.
Por outro lado, as características de alguns rios também são influencia- Rios
das por vários elementos da natureza. O clima da região por onde o rio cor- Andrew Haslam;
re, como vimos na página 126, interfere diretamente em seu regime fluvial. Barbara Taylor. São
Paulo: Scipione, 1999.
O relevo também interfere diretamente nas características de um rio, (Mãos à Obra!).
O livro traz as principais
pois, se ele percorrer terrenos com grande declividade, seu escoamento
características dos rios
será mais rápido e, ainda, existirá a possibilidade de formação de cachoei- e sugestões de projetos
ras. Já um rio que corre por terrenos planos tende a ter um curso mais práticos, maquetes e
experiências relacionadas
lento e sinuoso. Veja as imagens a seguir. ao tema tratado.

Trecho de um rio
Andre Dib/Pulsar Imagens

de planalto
localizado no
município de Alto
Paraíso de
Goiás (GO), 2018.

1. Resposta esperada:
o rio mostrado na
B imagem A possui
cachoeiras
decorrentes dos
desníveis do relevo de
planalto por onde
passa. Já o rio
mostrado na imagem
B possui grande
sinuosidade em razão
do relevo de planície.

Na fotografia ao
Delfim Martins/Pulsar Imagens

lado, vemos um
rio de planície,
localizado no
município
de Barra do
Garça (MT), 2018.

1. Quais são as principais diferenças entre os rios mostrados acima?


2. Existem rios próximos do lugar onde você mora? Descreva algumas característi-
cas desse rio. Resposta pessoal. Verifique se os alunos identificaram o nome do rio e se já observaram
suas características.
127

:44 PM g20_ftd_lt_6vsg_c4_p127a137.indd 127 10/15/18 4:49 PM


minho, bilhões de toneladas de sedimentos. Nas dimentos clásticos e, além disso, 2 a 4 bilhões tar dos rios aumentou devido à agricultura e à
suas desembocaduras, na borda dos continen- de toneladas de material dissolvido. Os huma- erosão acelerada. Em outros, a carga sedimentar
tes, eles descarregam quantidades ainda maio- nos são responsáveis por grande parte da carga foi reduzida pela construção de barragens, que
res de sedimentos, construindo novos terrenos atual dos rios. De acordo com certas estimativas, retêm os sedimentos atrás de seus diques de
mar adentro. o transporte de sedimentos, antes do surgimen- contenção. [...]
Em todo o mundo, os rios transportam, anual- to do homem, era algo em torno de 9 bilhões de
PRESS, Frank et al. Para entender a Terra. Tradução: Rualdo
mente, cerca de 16 bilhões de toneladas de se- toneladas por ano, menos da metade da quanti- Menegat. 4. ed. Porto Alegre: Bookman, 2006. p. 341-342.
dade atual. Em certos lugares, a carga sedimen-

127

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Bacias hidrográficas
Orientações gerais

• Apresente aos alunos


o mapa físico do estado As águas continentais formam conjuntos ou redes hidrográficas, que podem ser com-
onde vivem. Para isso, postas por uma ou mais bacias hidrográficas. Cada bacia hidrográfica compreende o
acesse o site a seguir. conjunto de terras de uma porção do relevo por onde correm um rio principal e seus
> Mapas. IBGE (Instituto afluentes.
Brasileiro de Geografia No limite entre uma bacia e outra está o divisor de águas. Trata-se da porção mais
e Estatística). Disponí-
elevada do relevo, que pode ser representada, por exemplo, por morros, chapadas ou
vel em: <http://livro.pro/
serras.
xykvcb>. Acesso em: 8
out. 2018. Veja, abaixo, a ilustração de uma bacia hidrográfica e a representação cartográfica
• Com os alunos, iden- da bacia hidrográfica do rio São Francisco, em que se observam o rio principal e
tifique, por exemplo, as alguns de seus mais importantes afluentes.
áreas do estado que pos-
Bacias hidrográficas
suem maior quantidade
de rios, algumas bacias Chapada: termo utilizado no Brasil para
hidrográficas e a exis- Divisor de água nomear os relevos de grandes superfícies
tência de rios na divisa planas e com aproximadamente
Rio principal Rio principal 600 metros de altitude ou mais. Essa
com demais estados, en- formação geológica pode ser encontrada
tre outras características. nas regiões Centro-Oeste e Nordeste do
nosso país.
Serra: conjunto de elevações do terreno
que possuem grandes desníveis.
Afluente
Afluente Por meio dos divisores de águas,
que são as partes mais altas do
relevo que dividem as bacias
hidrográficas, os rios são
Luciane Mori

escoados e direcionados para


um rio principal, como podemos
observar neste esquema.
Fonte: FILIZOLA, Roberto. Meu mundo em
mapas. Curitiba: Positivo, 2008. p. 39.
Bacia hidrográfica
do rio São Francisco
íba

Marcos Amend/Pulsar Imagens


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Na fotografia acima, podemos observar o Rio das


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Área da bacia do Velhas no município de Lagoa Santa (MG), 2018.


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aí rio São Francisco Esse rio é um dos afluentes do São Francisco.
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E. Cavalcante

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Fonte: IBGE. Atlas geográfico
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a do S S 0 190 km escolar. 7. ed. Rio de Janeiro,
aíb RJ ul 40º O
Pa r 2016. p. 105.

128

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As regiões hidrográficas do Brasil BNCC

Capítulo 4
• Este tema permite
A partir de 2003, o Conselho Nacional de Recursos Hídricos, órgão do Governo uma abordagem das ha-
Federal, passou a classificar a rede hidrográfica brasileira em unidades chamadas bilidades EF06GE11 e
regiões hidrográficas, que podem abrigar uma ou mais bacias hidrográficas. Para EF06GE12 ao possibili-
tar que o aluno identifi-
delimitar essas regiões, foram considerados, além de aspectos físicos, aspectos cul-
que as regiões hidrográ-
turais e econômicos que abrangem um rio principal e seus afluentes, desde a nas-
ficas brasileiras e de que
cente até a foz. O Brasil possui 12 grandes regiões hidrográficas, que, juntas, formam forma ocorre o consumo
uma das mais extensas redes hidrográficas do mundo. Observe no mapa. dos recursos hídricos
nessas regiões.
Brasil: regiões hidrográficas

E. Cavalcante
N

O L Orientações gerais

• Traga
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aí Região Paraná para cima”, por exemplo.
Trópico d Região Uruguai
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Região Atlântico Sul
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Região Parnaíba conseguem visualizar
ru Pe Cano
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as Região São Francisco melhor em relação a um
Ibicuí
Jacuí
Região Atlântico Sudeste mapa exposto na parede,
Região Atlântico Leste
o qual pode apresentar
Região Atlântico Nordeste Ocidental
Região Atlântico Nordeste Oriental dificuldades para asso-
0 360 km Rio ciar com a representação
50° O
real do espaço.
Fonte: IBGE. Atlas geográfico escolar. 7. ed. Rio de Janeiro, 2016. p. 105.

Cada região hidrográfica pode apresentar características diferentes, de acordo


com a forma de relevo onde estão localizadas, entre outros fatores. Como exemplos,
podemos citar a região hidrográfica Amazônica, que possui 37% das hidrovias do
país, e a região hidrográfica do Paraná, que detém 48% do potencial de energia ins-
talado do país. Veja, a seguir, algumas peculiaridades das demais regiões hidrográfi-
cas brasileiras. 1. Resposta pessoal. Alguns estados podem se estender por duas ou mais regiões hidrográficas.
1. A qual região hidrográfica pertence o estado onde você mora?
2. Identifique o nome de um dos rios que fazem parte da região hidrográfica situada
em seu estado. Resposta pessoal. Verifique se os alunos identificaram, corretamente, o(s) rio(s)
da(s) região(ões) hidrográfica(s) situada(s) no estado em que moram.
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Orientações gerais
Área no território
Principal uso
• Analise junto com os Regiões hidrográficas brasileiro
das águas
alunos os dados da ta- (mil km2)
bela apresentada nesta Região Amazônica 3870 32% consumo dos animais
página. Peça a eles que
Região Tocantins-Araguaia 920 62% irrigação
verifiquem, por exem-
plo, qual região conso- Região Paraguai 363 34% consumo dos animais
me maior volume desse Região Paraná 879 24% abastecimento urbano
recurso na irrigação, no Região Uruguai 274 82% irrigação
consumo dos animais e
no abastecimento urba- Região Atlântico Sul 187 66% irrigação
no. Solicite que identifi- Região Parnaíba 333 73% irrigação
quem como é distribuído Região São Francisco 638 77% irrigação
o consumo de água na
Região Atlântico Sudeste 214 49% abastecimento urbano
região hidrográfica onde
está localizado o estado Região Atlântico Leste 388 47% irrigação
onde moram. Região Atlântico Nordeste Ocidental 274 48% abastecimento urbano
• Solicite aos alunos que Região Atlântico Nordeste Oriental 286 62% irrigação
pesquisem qual é o rio Fonte: BRASIL. ANA (Agência Nacional de Águas). Conjuntura dos recursos hídricos no Brasil: regiões hidrográficas brasileiras.
que corre mais próximo Brasília: ANA, 2015. Disponível em: <http://www.snirh.gov.br/portal/snirh/centrais-de-conteudos/
de onde vivem e investi- conjuntura-dos-recursos-hidricos/regioeshidrograficas2014.pdf>. Acesso em: 17 ago. 2018.
guem para qual finalida- Região Hidrográfica Amazônica: apresenta ampla disponibilidade de recursos hí-
de a água desse curso de
dricos. O relevo de planície dificulta a exploração do potencial hidrelétrico dos rios
água é utilizada. Oriente-
-os a pesquisar essas in- amazônicos, porém esses cursos formam uma grande rede navegável e servem como
formações na prefeitura vias de transporte, principalmente para as populações ribeirinhas, que também utilizam
ou na companhia de sa- suas águas para a pesca. Ao longo do rio Amazonas e de seus afluentes estão algumas
neamento do município das áreas mais povoadas e industrializadas da região Norte do país.
onde moram.
Região Hidrográfica do São Francisco: principal rio dessa região, o São Francisco
• Verifique, também, se é o único rio perene que cruza o semiárido nordestino. Suas águas são bastante uti-
constataram a influên-
lizadas para a irrigação e possibilitaram o desenvolvimento de polos agrícolas regio-
cia da ação humana no
nais dedicados, sobretudo, à fruticultura. Por ser um rio de planalto, o São Francisco
rio, como a presença de
poluição, resíduos sóli- apresenta ainda bom potencial hidrelétrico, explorado por meio de algumas hidrelé-
dos nas margens, entre tricas instaladas em seu curso. Seu principal trecho navegável situa-se entre as ci-
outros. dades de Juazeiro (BA), Petrolina (PE) e Pirapó(MG).
Região Hidrográfica do Paraná: abrange parte da bacia do rio Paraná. As águas
dessa região hidrográfica são largamente utilizadas para o abastecimento de áreas
urbanas e também para irrigação de cul-
tivos agrícolas no sul e sudeste do país.
Rubens Chaves/Pulsar Imagens

Nesses rios foram construídas usinas hi-


drelétricas de grande porte, responsáveis
por abastecer a região Sudeste, a mais
industrializada do país. Além disso, a
maioria desses cursos de água apresenta
intensa ocupação de suas margens e a
poluição das águas é um grave problema.

Vista de trecho intensamente poluído do rio


Tietê na cidade de São Paulo (SP), 2018.

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Orientações gerais

Capítulo 4
Importantes bacias hidrográficas no mundo
Vamos conhecer e analisar as principais características de algumas das mais importantes
• Leve o globo terrestre
e deixe que os alunos
bacias hidrográficas do mundo.
possam explorá-lo para
identificar a localização

Paul Brady Photography/Shutterstock.com


Bacia do rio Mississippi: formada pelo rio
dos pontos indicados
Mississippi e seus tributários, é a mais
importante bacia hidrográfica dos Estados
nesta página.
Unidos. O aproveitamento para geração de • Realize um debate com
eletricidade é baixo, mas o relevo facilita a os alunos sobre a impor-
navegação e o acesso ao oceano Atlântico tância das bacias hidro-
com um importante fluxo no transporte de gráficas indicadas para a
mercadorias. Suas águas também são população que reside em
utilizadas para abastecimento da população e sua área de abrangência.
para a irrigação, sendo a agricultura a
principal atividade econômica realizada ao • Comente também com
longo de suas margens. Consequentemente, a os alunos que o rio Ni-
poluição de suas águas por agrotóxicos está lo tem uma importância
O rio Mississippi tem grande importância para a economia
entre os principais impactos ambientais histórica ainda maior. Em
estadunidense em razão do escoamento de sua produção
verificados na bacia do rio Mississippi. por meio do transporte fluvial. Na fotografia acima, trecho
suas margens foi possí-
Bacia do rio Nilo: localizada no nordeste do rio Mississippi em Nashville, Estados Unidos, 2017. vel o desenvolvimento da
da África, tem como rio principal o Nilo. Esse agricultura por povos nô-
rio é uma indispensável fonte de água e mades e, a partir dela, foi

gvictoria/Shutterstock.com
alimento para milhões de pessoas que vivem possível a fixação ao solo,
ao longo de suas margens, principalmente no ou seja, deixar de ser nô-
Sudão e no Egito. As variações no nível do rio made para a constituição
ao longo do ano são particularmente de uma sociedade.
importantes, pois as inundações periódicas
causadas pelas cheias do Nilo fertilizam os • Comente com os alu-
solos e possibilitam a prática da agricultura nos que, além de pro-
em uma região de clima desértico. O Nilo ver água para consumo,
conta ainda com vários trechos navegáveis e alimentos e transporte,
com algumas usinas hidrelétricas para a existem rios que têm
geração de energia. Essas usinas são um valor sagrado para
importantes para o desenvolvimento algumas culturas, como
econômico da região, mas vêm alterando o é o caso do rio Ganges,
regime de cheias e vazantes do rio, gerando na Índia. Os hinduístas
Lavoura cultivada às margens do rio Nilo em uma região
impactos ambientais e sociais. acreditam que as águas
agrícola do Egito, 2016.
Bacia do rio Yangtsé: formada pelo rio do rio Ganges são sagra-
Yangtsé ou Azul, como também é chamado na das e as utilizam para se
Zolnierek/Shutterstock.com
China, esse rio e seus tributários são de banhar, lavar roupas, be-
grande relevância histórica e econômica para ber, cozinhar etc. Porém,
a China. Boa parte do rio Yangtsé apresenta eles também as utilizam
grau elevado de ocupação de suas margens, para rituais de purifica-
marcadas pela presença de cidades, regiões
ção e é onde depositam
industriais e polos agrícolas importantes.
suas oferendas (as cin-
Entretanto, o uso intenso de suas águas para
abastecimento da população e para a irrigação zas dos corpos crema-
de cultivos agrícolas, somado ao dos). Por esses e outros
desmatamento e à presença de indústrias e motivos, o rio encontra-
áreas urbanas ao longo de suas margens, tem -se com um nível alto
provocado diversos impactos ambientais no de contaminação bac-
rio Yangtsé. Entre os graves impactos teriana. Aproveite este
podemos citar a poluição de suas águas por A poluição das águas é um dos impactos ambientais que momento e reforce com
agrotóxicos. degrada o rio Yangtsé. Na fotografia, trecho desse rio os alunos que devemos
em Xangai, 2017.
respeitar as diferentes
características religiosas
131 e promover a valorização
da identidade cultural,
conforme orienta a com-
petência específica de
:49 PM g20_ftd_lt_6vsg_c4_p127a137.indd 131 10/15/18 4:49 PM Ciências Humanas 1.

131

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Orientações gerais
As águas subterrâneas
• Comente com os alu-
nos que pesquisadores As águas subterrâneas correspondem a aproximadamente 30% de toda a água
da Universidade Federal doce que compõe as águas continentais. Essas águas estão distribuídas por grandes
do Pará estão estudando extensões do subsolo e atingem profundidades que variam de dezenas até milhares
o que pode ser conside- de metros. Elas formam grandes reservatórios, os quais são chamados aquíferos ou
rado maior aquífero do lençóis subterrâneos. Muitos deles estão localizados abaixo de lugares extremamen-
mundo, conhecido como te secos de nosso planeta, no entanto, em muitos casos, esses aquíferos podem aflo-
Sistema Aquífero Grande
rar e formar na superfície terrestre nascentes de rios.
Amazônia (SAGA). Suge-
rimos a leitura do texto a Águas subterrâneas 1 2
seguir para conhecer mais Ao longo do tempo, os aquíferos Armazenadas entre as rochas de natureza
desse complexo reserva- são abastecidos por parte da água permeável da crosta, as águas
tório. da chuva que se infiltra pelo solo. subterrâneas levam geralmente milhares de
[...] A Amazônia possui anos para formar grandes reservatórios.
uma reserva de água sub-
terrânea com volume esti-
mado em mais de 160 tri-
lhões de metros cúbicos
[...]. 1
O volume é 3,5 vezes
maior do que o do Aquífe-
ro Guarani [...].
O conhecimento sobre
esse “oceano subterrâneo”,
contudo, ainda é muito
escasso e precisa ser apri-
morado tanto para avaliar Fonte: PRESS, Frank et al.
Luciane Mori

a possibilidade de uso pa- Para entender a Terra.


22 4. ed. Porto Alegre:
ra abastecimento humano Bookman, 2006. p. 324.
como para preservá-lo em
razão de sua importância
para o equilíbrio do ciclo
hidrográfico regional. [...] Área do Aquífero Guarani Na América do Sul está localizado um dos maio-
D i f e re n t e m e n t e d o res reservatórios de água subterrânea do mundo,
E. Cavalcante

GO
conhecido por Aquífero Guarani. Segundo a Compa-
N DF
MT
Aquífero Guarani, aces- O L
Cuiabá Brasília
sível apenas por suas S
Goiânia
nhia de Pesquisa de Recursos Minerais, o Aquífero
bordas – uma vez que há Guarani possui uma área total de aproximadamen-
BOLÍVIA
uma camada de basalto MG

com dois quilômetros de MS te 1,2 milhão de km2 e passa pela Argentina, pelo
Campo
extensão sobre o reserva- Grande Paraguai, pelo Uruguai e pelo Brasil, e a maior parte
tório de água –, as áreas PARAGUAI
BACIA DO PARANÁ
SP de sua área está concentrada no território brasileiro.
do Aquífero Amazônia são io São Paulo No Brasil, o aquífero tem uma extensão de cerca de
Trópico de Capricórn
permanentemente livres.
PR
840 mil km2 e atravessa oito estados — Paraná,
Em áreas de floresta, es-
sa exposição do aquífero
ARGENTINA Curitiba Mato Grosso, Mato Grosso do Sul, Goiás, Minas Ge-
26º S
não representa um risco. SC
rais, São Paulo, Rio Grande do Sul e Santa Catarina.
Florianópolis
Já em áreas urbanas, como BACIA Além da qualidade de sua água, o Aquífero Guarani
nas capitais dos estados CHACO-PARANAENSE RS
apresenta um grande potencial hídrico capaz de
Porto Alegre
amazônicos, isso pode re-
promover um abastecimento público eficiente e dar
presentar um problema OCEANO

sério. [...]
ATLÂNTICO
suporte para o desenvolvimento das atividades in-
ALISSON, Elton. Amazônia tem URUGUAI 0 260 km
dustriais, agroindustriais e turísticas.
“oceano subterrâneo”. Agência
Fapesp, 5 ago. 2014. Disponível Fonte: OEA (Organização dos Estados Americanos). Aquífero Guarani: programa
Área do Aquífero Guarani estratégico de ação. 2009. Disponível em: <http://www.mma.gov.br/publicacoes/
em: <http://agencia.fapesp. 55° O
Capital federal agua/category/42-recursos-hidricos.html?download=883:programa-estrategico-
br/amazonia-tem-oceano-
subterraneo/19541/>. Acesso em: Capital estadual de-acao>. Acesso em: 20 ago. 2018.
23 set. 2018.
132

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A sociedade e a apropriação dos BNCC

Capítulo 4
• Este tema permite
recursos hídricos uma reflexão sobre a
forma como a socieda-
A apropriação dos recursos hídricos é uma prática humana que tem ocorrido das de vem se apropriando
mais diversas formas ao longo da história. Atualmente, mais do que nunca, a utiliza- dos recursos hídricos e
a questão apresentada
ção da água, além de ter se intensificado, tem ocorrido de maneira mais vantajosa,
nesta página poderá ser
pois os recursos hídricos podem servir para a irrigação na produção de alimentos, utilizada para realizar um
para a geração de energia elétrica ou como vias de transporte, por exemplo. debate com os alunos,
Apesar dos benefícios causados à humanidade, a intensa exploração das fontes de possibilitando um traba-
água, sobretudo nos dias atuais, tem ocasionado prejuízos sociais e degradações lho com as habilidades
ambientais. Vamos observar o caso do Mar de Aral. EF06GE10 e EF06GE12.
• Com este estudo os
alunos também poderão
O esgotamento do Mar de Aral analisar o modo como a
O Mar de Aral era, originalmente, um importante reservatório de água salgada, mas seu sociedade tem interferi-
abastecimento era proveniente, principalmente, das bacias hidrográficas de dois importantes rios: o do nos ciclos da natureza
Amu Darya e o Syr Darya. Veja a localização no mapa. e as consequências que
O uso da irrigação é milenar na região do Mar de essas ações têm ocasio-
Aral, onde atuam os climas semiárido e desértico. Localização do Mar de Aral
nado nas paisagens, in-
No entanto, a exploração desenfreada das águas dos 60° L N
clusive propondo formas
rios Amu Darya e o Syr Darya, a fim de ampliar a O L
de minimizar os danos,
produção irrigada, gerou prejuízos socioeconômicos Mar de
Aral Rio
CAZAQUISTÃO S
conforme orienta a com-
e, principalmente, ambientais incalculáveis.
y Lago petência específica de

S
O nível do Mar de Aral foi baixando e, Balkash Ciências Humanas 3.

rD
atualmente, bancos de sal e água contaminada por

ar
ya
agrotóxicos predominam onde antes a atividade da UZBEQUISTÃO
pesca era fonte de alimento e renda para muitas Resposta
pessoas. TURCOMENISTÃO
Fonte: Reference atlas of the Ri • Resposta pessoal. Es-
world. 9. ed. London: Dorling
o
Am timule os alunos a um
Kindersley, 2013. p. 144-145. u
Da 40° N momento de reflexão
ry CHINA sobre o uso correto dos
a
Veja, a seguir, a rápida degradação do Mar de recursos hídricos.

E. Cavalcante
AFEGANISTÃO
Aral representada por meio de imagens de satélite 0 240 km
retratadas ao longo de aproximadamente 40 anos.

1973 1987 1999 2014


Fotos: NASA/SPL/Fotoarena

• Com os colegas, converse sobre os prejuízos para nossa sociedade ao nos apropriarmos desse
recurso hídrico de maneira predatória. Veja a resposta da questão nas orientações ao professor.

133

:49 PM Orientações gerais


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• Para complementar o estudo sobre a intensa explora- > QOBIL, Rustam; HARRIS, Paul. Projeto tenta devolver
ção do Mar de Aral, sugerimos a leitura do texto a seguir, vida ao Mar de Aral, destruído por planos soviéticos de
que apresenta informações de um projeto que tem como irrigação. BBC, 4 jun. 2018. Disponível em: <http://livro.
objetivo o reflorestamento da região. pro/otcsjt>. Acesso em: 23 set. 2018.

133

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Integrando saberes
• Este
Explorando
o tema
tema permite
o trabalho em conjun- Aquíferos: reservas
to com o componente
curricular de Ciências, superexploradas
abordando o tema con-
temporâneo Educação
ambiental. Aproveite a Desde as antigas civilizações, os aquíferos são utilizados como fonte de água po-
oportunidade e promo- tável. No entanto, nos últimos 50 anos, eles vêm sendo explorados de forma exces-
va uma conversa com o siva e sem planejamento. Desse modo, a parcela de água infiltrada não tem sido
professor desse compo- suficiente para manter o nível desses aquíferos, pondo em risco o abastecimento de
nente, envolvendo ques- água para as populações que dependem deles.
tões como a importância
da qualidade da água Atualmente, a superexploração e a contaminação das águas dos aquíferos são os
para a saúde humana, os principais problemas que atingem as águas subterrâneas no mundo.
processos de tratamen-
to, as doenças adquiridas
pelo contato ou consumo 3 O despejo de esgoto
1 Em muitos países, os doméstico e
de águas contaminadas, aquíferos estão se industrial, sem o
entre outros. esgotando em decorrência devido tratamento,
• Leve os alunos a per- de uma exploração maior
que sua capacidade de
contamina as águas
ceberem as mudanças de rios e aquíferos.
reabastecimento.
em seu dia a dia, incen-
Impermeabilização:
tivando-os a comentar efeito ocasionado por
sobre as atitudes que pisos (calçadas,
podem tomar, dentro de asfalto) que evita a
infiltração, sobretudo
casa, para a preservação de líquidos, na
e conservação das águas A impermeabilização do solo superfície.
2
subterrâneas. Assim, o impede a infiltração da água
trabalho com a compe- das chuvas, e isso acontece
tência geral 10 da BNCC principalmente nas cidades, em
será comtemplado. razão da pavimentação de ruas
e calçadas e da cimentação de
• Comente que a dimi- construções.
nuição da produção de
Flaper

resíduos sólidos está en-


tre as principais atitudes.
Explique a eles que uma
das maneiras de arma-
zenar resíduos sólidos,
gerados pelas atividades
humanas, é o aterro sani-
tário. Quando construí-
dos de maneira correta,
esses locais de armaze-
namento de resíduos não
poluem o meio ambiente.
Leia o texto apresentado
na página seguinte que o
auxiliará neste tema.

134

Orientações gerais
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• Peça aos alunos que busquem identificar os proble- • Como produto final, solicite aos alunos que produzam
mas relacionados à utilização de aquíferos. um cartaz com ilustrações ou charges para conscientizar
• Em seguida, divida os alunos em duplas e solicite que a comunidade escolar sobre a importância da preser-
levantem soluções para evitar a exploração excessiva vação não somente dos rios que correm em superfície
das águas de aquíferos e sua contaminação. terrestre, mas também dos aquíferos. Desta forma, ex-
ponha os cartazes em local movimentado.

134

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Orientações gerais

Capítulo 4
• Explique aos alunos
a ) O abastecimento de água em seu município provém de como é realizado o arma-
Alguns países que utilizam
aquíferos? zenamento dos resíduos
águas subterrâneas
sólidos gerados no mu-
b ) Você já observou, no município em que vive, alguns dos nicípio onde vivem. Essa
Brasil Dinamarca problemas ambientais mostrados neste esquema e que informação pode ser ad-
Estados Unidos França podem contaminar as águas subterrâneas? O que é pos- quirida na prefeitura.
sível fazer para evitar que isso ocorra? Converse com os
Alemanha Marrocos Aterro Sanitário
colegas. Veja as respostas das questões nas orientações ao professor.
O Aterro Sanitário é um
Áustria Índia
aprimoramento de uma
Bélgica das técnicas mais antigas
No espaço rural, grande utilizadas pelo homem
6 para descarte de seus re-
parte da água de
aquíferos é explorada para síduos, que é o aterramen-
a irrigação de lavouras. to. Modernamente, é uma
obra de engenharia que
tem como objetivo acomo-
dar no solo resíduos no
menor espaço prático pos-
4 O acúmulo de lixo sobre o sível, causando o menor
solo desprotegido produz o dano possível ao meio am-
chorume, que se infiltra biente ou à saúde pública.
no solo e contamina as Essa técnica consiste
águas subterrâneas. basicamente na compac-
tação dos resíduos no so-
lo, na forma de camadas
que são periodicamente
cobertas com terra ou ou-
tro material inerte. [...]
O aterro sanitário deve
Os fluidos depositados 7 A aspersão de operar de modo a fornecer
5 agrotóxicos em lavouras,
em fossas negras proteção ao meio ambien-
estão contaminando se aplicados em grandes te, evitando a contamina-
quantidades, pode
vários aquíferos ção das águas subterrâ-
contaminar os aquíferos.
no mundo. neas pelo chorume (líqui-
do de elevado potencial
Fonte: TEIXEIRA, Wilson Chorume: fluido formado poluidor, de cor escura e
et al. (Org.). Decifrando a
Terra. São Paulo: Oficina de
a partir da decomposição de odor desagradável, re-
Textos, 2000. p. 439-441.
de matéria orgânica sultado da decomposição
presente no lixo.
da matéria orgânica), evi-
Fossa negra: escavação
no solo destinada a
tando o acúmulo do bio-
receber esgoto doméstico gás resultante da decom-
em áreas que não posição anaeróbia do lixo
possuem serviço de no interior do aterro. [...]
tratamento de esgoto. COMPANHIA Ambiental do Estado
de São Paulo (Cetesb). 2018.
Disponível em: <https://cetesb.
sp.gov.br/biogas/aterro-sanitario>.
Acesso em: 23 set. 2018.

135

:49 PM Respostas
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a ) Resposta pessoal. Caso os alunos não tenham co- b) Resposta pessoal. Comente com os alunos que, mes-
nhecimento de onde provém a água que abastece o mo que o município onde vivem não seja abastecido por
município, instrua-os na pesquisa para a obtenção des- aquíferos, ações como as mostradas nesse esquema con-
sa informação. Eles podem pesquisar, por exemplo, no tribuem para a contaminação dessas águas.
site da prefeitura.

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Orientações gerais Atividades 1. Não. Possível resposta: as águas oceânicas existem em maior proporção
em nosso planeta; elas correspondem a 97% do total de água na Terra,
• Sugerimos que, ao fi- enquanto as águas continentais representam 3%.
nal do estudo deste ca-
pítulo, seja realizado um 2. Mares
Exercícios de compreensão 4. O que são as correntes marítimas?
trabalho de campo com abertos: tipo Anote sua resposta no caderno.
de mar que 1. Podemos afirmar que as águas conti-
os alunos no município apresenta uma nentais e oceânicas estão presentes na 5. Cite dois exemplos da importância
onde moram. Escolha grande ligação
com os mesma proporção em nosso planeta? das águas oceânicas para a sociedade.
algumas das áreas onde Possível resposta: para a pesca e como vias de transporte.
oceanos e Justifique sua resposta no caderno.
vivem, onde eles con- mares vizinhos. 6. De acordo com o que você estudou
sigam identificar, por Mares 2. No caderno, explique o que são ma- neste capítulo, cite dois exemplos de
fechados: são
exemplo, as caracterís- mares que não res abertos, mares fechados e mares como as águas dos rios são utiliza-
ticas do relevo. Além têm ligação de interiores. das pela sociedade.
disso, caso exista algum direta com os Possível resposta: irrigação, consumo próprio,
oceanos e
rio no município, é inte- outros mares.
3. Descreva, no caderno, a relação exis- alimentação, transporte, uso industrial.
ressante levá-los até lá, Mares tente entre latitude e temperatura das
para identificarem algu- interiores: são A temperatura das águas dos oceanos varia de acordo com a latitude. Em latitudes
aqueles que se águas oceânicas.mais baixas, ou seja, mais próximas à linha do equador, a temperatura da água é maior;
mas de suas partes estu- comunicam e em latitudes mais elevadas, próximas aos polos, a temperatura das águas diminui.
dadas neste capítulo. com os
oceanos por
Geografia no contexto
meio de 7. As imagens a seguir mostram um rio, localizado no Mato Grosso, em dois perío-
pequenos
canais naturais, dos diferentes de seu regime fluvial, no ano de 2013. Observe.
denominados
estreitos. A B
4. São massas
de água com
características
de
temperatura e
salinidade
semelhantes,
que se
deslocam em
meio aos
oceanos.
7. b) Resposta
esperada: a
paisagem, que
apresentava
um volume e
nível de águas
maior durante
o período de
cheias do rio,
passou a
apresentar um
baixo nível de
suas águas no
período seco,
inclusive com
exposição de
parte do seu

Fotos: Fabio Colombini


leito.

a) Na imagem A é retratado o período de cheias


Agora, responda às questões no caderno. e na imagem B, o período de vazantes.
a ) Qual período do regime fluvial é retratado na imagem A? E na imagem B?
b ) Escreva um pequeno texto descrevendo a transformação na paisagem desse
rio com a mudança de seu regime fluvial.
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8. Observe a bacia hidrográfica no mapa abaixo. Em seguida responda às questões Material digital

Capítulo 4
no caderno. • No material digital há
a ) Identifique o rio principal desta bacia. Rio Jequitinhonha. uma proposta de acom-
panhamento de apren-
b ) Qual o nome de seus afluentes representados no mapa? Rios Itacambiruçu, Araçuaí, Piauí,
São Miguel, São Pedro e São Francisco. dizagem referente ao
c ) Em que estado brasileiro es- 2º bimestre como su-
Bacia hidrográfica do rio Jequitinhonha
tá localizada a nascente do gestão de avaliação que

E. Cavalcante
rio principal? No estado de pode auxiliá-lo a acom-
Minas Gerais. BA
panhar a aprendizagem
d ) Onde o rio principal deságua? dos alunos em relação às
No oceano Atlântico.
e ) Diferencie a nascente da foz Rio São F
r an
cis
habilidades desenvolvi-
de um rio. Rio S das neste capítulo.

co
ão Ped
Nascente é o local onde o rio o

r
nha
nasce e inicia o seu curso. Foz uit i
nh o

ig u el
biruç u
am Jeq
é a parte do rio que deságua o It a c Ri
o

oM
Ri
em outro rio, lago ou oceano. ua
í

R io



Ar

Ri o
do P
io 17° S

íiau
Bacia do rio
Jequitinhonha
MG Rios permanentes
Fonte: IBGE (Instituto Brasileiro de
Geografia e Estatística). Bacia do Rio OCEANO
Jequitinhonha. Disponível em: <www.ibge. N ATLÂNTICO
gov.br/home/geociencias/recursosnaturais/ O L ES
diagnosticos_levantamentos/jequitinhonha/ 0 60 km
mapa.htm>. Acesso em: 20 ago. 2018. S
42° O

Refletindo sobre o capítulo


Agora que você concluiu o estudo deste capítulo, reflita sobre os temas nele apresentados.
Faça uma autoavaliação do seu aprendizado a partir das afirmações a seguir.
• Relevo é o conjunto das formas que a superfície da Terra apresenta, que são formadas e
transformadas por agentes internos, como os terremotos e vulcões, e externos, como a
água, o vento e o gelo.
• As camadas internas da Terra se diferenciam de acordo com a profundidade, a composi-
ção e a temperatura. São elas: crosta, manto e núcleo.
• A crosta terrestre é dividida em grandes partes denominadas placas litosféricas, que des-
lizam sobre o manto.
• As rochas que compõem a superfície terrestre são formadas por minerais de característi-
cas distintas e podem ser classificadas como ígneas, metamórficas ou sedimentares.
• As principais formas do relevo continental são classificadas em: depressões, planícies,
planaltos e montanhas.
• As águas oceânicas possuem características diferentes de acordo com a temperatura e a
salinidade. A temperatura das águas oceânicas varia de acordo com a latitude.
• As águas continentais compreendem as porções de águas, em sua maioria doce, existen-
tes tanto na superfície quanto no subsolo dos continentes.
• A variação do volume e do nível das águas dos rios é chamada de regime fluvial e divide-se
em dois períodos: o da vazante e o da cheia.
• Bacia hidrográfica compreende o conjunto de terras de uma porção do relevo por onde
correm um rio principal e seus afluentes.

137

:49 PM Refletindo sobre o capítulo


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• Avalie se os alunos desenvolveram as habilidades in- jam alcançados. É fundamental que os alunos percebam
dicadas no decorrer deste capítulo. Se necessário, ve- a importância de realizar a autoavaliação com seriedade
rifique a necessidade de utilizar outras estratégias de para que reconheçam o que aprenderam e se precisam
aprendizagem para que as habilidades e os objetivos se- do auxílio do professor para rever algum conteúdo.

137

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Objetivos do capítulo Capítulo

• Identificar quais são as


camadas que compõem O clima, a
vegetação e
a atmosfera.
• Determinar as carac-
terísticas dos elementos

as paisagens
atmosféricos e compre-
ender como eles intera-
gem na formação de fe-
nômenos, como a chuva
e o vento.
• Compreender o que
são massas de ar e sua
atuação na dinâmica do
clima.
• Reconhecer a diferen-
ça entre clima e tempo
atmosférico.
• Compreender como é
realizada a previsão do
tempo atmosférico e sua
importância para a so-
ciedade.
• Ler e interpretar climo-
gramas.
• Identificar os principais
tipos de clima existentes
no mundo e no Brasil.
• Reconhecer como o
clima interfere no modo
de vida das pessoas.
• Refletir a respeito de
como o clima interfere na
distribuição das forma-
ções vegetais do mundo.
• Analisar a interferên-
cia das atividades huma-
nas nas formações vege-
tais do mundo.
• Reconhecer e valorizar
a importância da Flores-
ta Amazônica para os
povos que a habitam e
os benefícios das plan-
tas para a alimentação e
a medicina.
Trilha em meio à
vegetação no
Parque Nacional
de Fiordland, Nova
Zelândia, 2017.

138

Orientações gerais
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• Solicite aos alunos que procurem no planisfério po- tar com os colegas os elementos que podem caracterizar
lítico das páginas 254 a localização da Nova Zelândia. o clima da região, como a vegetação. Você pode iniciar o
Comente com os alunos que a Nova Zelândia é um país estudo desse tema para desenvolver uma dinâmica de
conhecido por suas belezas naturais e pela intensa pre- “tempestade cerebral”, ou seja, incentivar os alunos a
sença de parques e reservas florestais. expor oralmente suas ideias sobre o assunto abordado
• Incentive os alunos a observar a fotografia e a comen- nestas páginas relacionado à fotografia.

138

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BNCC
• Ao explorar as pá-
ginas de abertura, já é
possível trabalhar com a
habilidade EF06GE05,
pois os alunos poderão
mencionar os compo-
O ser humano sempre buscou compreender nentes físico-naturais
os fenômenos atmosféricos observados em (clima e vegetação) que
estabelecem relações de
nosso planeta, como a chuva, os ventos, os
integração expressos na
tornados e os furacões. paisagem representada
No decorrer deste capítulo, vamos estudar na fotografia.
esses fenômenos atmosféricos, os principais
tipos de climas existentes em nosso planeta e
sua relação com as formações vegetais nati- Orientações gerais
vas nos mais diferentes lugares. • Aproveite estas ques-
Veja as respostas das questões nas tões e avalie os conhe-
orientações ao professor.
A Converse com os colegas e cimentos prévios dos
identifiquem algumas caracte- alunos. Verifique se eles
rísticas da vegetação retratada percebem a relação exis-
na fotografia. tente entre o clima e a
B Ainda observando a formação vegetação.
vegetal, você conclui que ela se
desenvolve em uma área de cli- Respostas
ma quente e úmido ou em uma A Os alunos podem des-
área de clima frio e seco? crever que a vegetação é
C No lugar onde você vive, quais bastante densa e com-
são os meses do ano que nor- posta por uma grande va-
malmente registram as tempe- riedade de espécies ve-
raturas mais elevadas? E quais
getais.
são os que geralmente registram B Conclui-se que a ve-
as temperaturas mais amenas? getação se desenvolve
Troque ideias com os colegas. em uma área de clima
quente e úmido. Comple-
mente para os alunos os
aspectos que denotam
tais características, como
o aspecto verdejante e
úmido da vegetação.
C Resposta pessoal.
Verifique se a resposta
dos alunos está coerente
com a atividade propos-
Puripat Lertpunyaroj/Alamy/Fotoarena

ta. Estimule a participa-


ção de todos.

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Orientações gerais

• Oriente os alunos a
Atmosfera: a camada
realizar a leitura deste
infográfico de baixo para
de gases que envolve a Terra
cima, ou seja, das cama-
A maior parte das formas de vida da Terra necessita da atmosfera para sobrevi-
das mais próximas à su- ver. Sem ela, provavelmente não existiria vida em nosso planeta.
perfície terrestre até as A atmosfera da Terra é composta de vários gases, no entanto, o nitrogênio e o oxigê-
mais distantes. nio são seus principais componentes, correspondendo, respectivamente, a 78% e 21% de
sua composição, assim como outros tipos de gases representam 1% de sua totalidade.
De acordo com estudos baseados em dados obtidos por diferentes equipamentos, como
balões atmosféricos e foguetes de observação, a atmosfera terrestre é composta de cinco
camadas. Veja, na imagem a seguir, as principais características de cada uma delas.
Raios ultravioleta: radiação de ondas eletromagnéticas emitidas pelo Sol, não visíveis ao olho humano. A radiação
ultravioleta atua na produção de vitamina D na pele, mas o excesso de exposição a ela pode causar doenças.

Exosfera
Está a mais de 500 km de altitude da superfície
Exosfera
da Terra. Em todas as camadas da atmosfera o
ar torna-se cada vez mais rarefeito conforme a
500 km altitude aumenta. Na exosfera o ar torna-se
intensamente rarefeito, até o ponto em que
deixa de existir, no espaço sideral.

Fotomontagem de Luciane Mori. Foto: Npeter/Shutterstock.com


Termosfera
Está entre 80 e 500 km de altitude da
superfície terrestre. Sua temperatura se eleva
conforme a altitude aumenta. É nessa camada
que se refletem as ondas de radiotelefonia que
possibilitam as transmissões de rádio entre
todos os lugares do mundo.

Termosfera Mesosfera
Esta camada alcança até aproximadamente 80
km do solo. Nela, conforme a altitude aumenta, a
temperatura diminui, atingindo cerca de ‒90 oC.

Estratosfera
Situa-se a até 50 km de altitude. Nela,
diferentemente da camada anterior, a
temperatura aumenta conforme a altitude
aumenta. Além disso, a maior parte do ozônio
80 km (O3), que é o gás que absorve parte dos raios
ultravioleta emitidos pelo Sol, está localizada
nesta camada da atmosfera.
Mesosfera
50 km
Estratosfera Troposfera
15 km
Tem aproximadamente 15 km de altitude. Sua
Troposfera temperatura diminui cerca de 6,5 ° C a cada
quilômetro que se distancia do solo. Esta
camada concentra praticamente todo o vapor
de água da atmosfera, e nela ocorre a dinâmica
Fonte: Tempo & clima. Rio de da maior parte dos fenômenos atmosféricos
Janeiro: Abril Livros, 1995.
que caracterizam o clima, como os ventos, as
p. 110-111. (Ciência & Natureza).
massas de ar e as nuvens.

140

Orientações gerais
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• O texto a seguir trata da evolução do conhecimento O domínio do mundo grego pelo Império Romano pro-
humano a respeito da atmosfera terrestre. vocou uma queda considerável da produção intelectual no
período, pois os romanos, diferentemente dos gregos, esta-
[...] foram os gregos os primeiros a produzir e registrar
vam mais preocupados com o expansionismo do Império
de forma mais direta suas reflexões sobre o comporta-
mento da atmosfera, decorrentes das observações feitas que com o aprofundamento das reflexões sobre o compor-
acerca da diferenciação dos lugares e em navegações pelo tamento dos fenômenos da natureza. [...]
mar Mediterrâneo. [...] Foi a partir de movimentos como o Renascimento que as

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Elementos atmosféricos BNCC

Capítulo 5
• Trabalhe com os alu-
nos o tema integrador
Na atmosfera do nosso planeta ocorrem diversos fenômenos O tempo
Educação alimentar e
atmosféricos, como os ventos, as nuvens e as precipitações Eduardo Banqueri. São Paulo: Escala
nutricional, explicando
Educacional, 2007. (Guia de Campo).
(chuva, geada e neve). que a vitamina D é im-
Nesse livro são apresentados os
Esses fenômenos ocorrem quando os elementos atmosféricos, climas da Terra, tipos de nuvens, portante para o organis-
como temperatura, pressão e umidade, interagem na atmosfera composição da atmosfera, entre mo por atuar no forta-
outros temas relacionados aos
terrestre, sobretudo na troposfera, sua camada inferior. lecimento dos ossos do
fenômenos atmosféricos.
corpo humano, além de
Temperatura prevenir outras doenças.
Explique que essa vita-
A variação de temperatura na atmosfera está, em grande parte, relacionada ao mina pode ser elaborada
aquecimento da superfície terrestre. pelo organismo humano
em exposição modera-
Quanto maior for a intensidade de energia recebida do Sol e refletida pela superfície, da à luz solar (cerca de
maior será o aquecimento do ar que, consequentemente, apresentará temperaturas 15 minutos). A vitamina
mais elevadas. Por outro lado, quanto menor a intensidade de calor recebido e emitido também promove a ab-
pela superfície terrestre, menores serão as temperaturas registradas. sorção de cálcio pelo or-
ganismo.
Isso quer dizer que a quantidade de calor emitido pela superfície terrestre, em
determinado lugar e momento, pode proporcionar a ocorrência de dias mais quentes
ou mais frios ao longo do ano. Orientações gerais
Veja, no esquema a seguir, como ocorre o aquecimento do ar atmosférico. • Solicite aos alunos
Veja no material audiovisual o vídeo
uma leitura atenciosa do
Radiação solar e o aquecimento do ar atmosférico sobre Clima e reequilíbrio ambiental. infográfico da radiação
solar e do aquecimento
do ar atmosférico. Peça

Fotomontagem de Barbara Sarzi. Foto: Cesar Diniz/Pulsar Imagens


100% emitido
pelo Sol.
que eles descrevam co-
mo sentem a temperatu-
ra do ar, seja ao estarem
Ao receber a energia expostos ao sol, ao en-
proveniente do Sol, a trarem em um ambiente
superfície do planeta é aquecido em um dia de
aquecida e parte dessa elevada temperatura etc.
27% refletido energia é liberada para
20% absorvido pelas nuvens. o ar, aquecendo-o.
pela atmosfera.
Material audiovisual
• Um dos materiais dis-
poníveis nesta coleção
permite compreender a
50% chega
importância de estudar
à superfície. 3% refletido
pela superfície. os mecanismos do clima,
pois trata das alterações
climáticas, apresenta-
do em formato de vídeo
curta-metragem. Aborda
as mudanças climáticas
e a influência antrópica
nesse processo.

Reemissão de energia Fonte: DEMILLO, Rob. Como funciona o clima. Vista do município de
(calor) pela superfície São Paulo: Quark Books, 1998. p. 34-35.
Campo Grande (MS), 2018.

141

:55 PM g20_ftd_lt_6vsg_c5_p138a149.indd 141 10/15/18 4:55 PM

preocupações com a atmosfera foram retoma- Após esse período, os saltos foram sendo cada lise e o monitoramento minuto a minuto das
das, no sentido de desvendar seu funcionamen- vez mais rápidos e mais intensos, pois o conhe- condições atmosféricas em escala regional e
to. Alguns resultados daquelas preocupações cimento sistemático e detalhado da natureza planetária.
podem ser identificados na invenção do termô- era imperativo ante a necessidade de expansão
MENDONÇA, Francisco; DANNI-OLIVEIRA, Inês Moresco.
metro, por Galileu Galilei, em 1593, e na inven- capitalista europeia. Climatologia: noções básicas e climas do Brasil. São Paulo:
ção do barômetro, por Torricelli, em 1643. [...] O lançamento de satélites meteorológi- Oficina de Textos, 2007. p. 11-13.
cos, a partir da década de 1960, permitiu a aná-

141

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Orientações gerais A temperatura do ar atmosférico também varia devido à latitude, altitude, mariti-
• Retome com os alunos midade e continentalidade, como veremos a seguir.
as noções sobre a for-
ma e os movimentos da Radiação solar na superfície da Terra Latitude
Terra, assim como sobre
radiação solar na super- Nas regiões polares, a radiação solar incide
fície terrestre, já trata- 1 em um ângulo mais inclinado 1 e, por isso, dis-
das nas páginas 82 a 87, Cír
cu tribui-se por uma área maior, o que torna essas
para explicar o efeito da lo
Árt Pola
ico r
porções da Terra menos aquecidas do que as
latitude na caracterização Tró
pic
o d
Raios que estão próximo à linha do equador (latitude
da atmosfera terrestre. e C solares
â nc 0°). Na região equatorial do planeta, a atmos-
• Peça aos alunos que Lin
ha
er
fera terrestre tende a ser mais aquecida, pois
identifiquem, no planisfé- Luciane Mori do
Eq os raios solares incidem de maneira mais dire-
ua
rio político da página 254 Tró do
r
a localização do Quênia e
pic
o d
ta 2 e intensa sobre ela. Portanto, de modo
e C
da Tanzânia. ap geral, nas regiões de menor latitude a tempe-
ric
órn Raios
ratura média do ar atmosférico é mais elevada,
• Oriente os alunos na
Cír
cu
l
An o Po
io solares
leitura da imagem, re- tár l e nas regiões de maior latitude a temperatura
tic ar
conhecendo que em pri- o média do ar atmosférico tende a ser menor.
meiro plano a área de 2
Fonte: FILIZOLA, Roberto. Meu mundo em mapas.
savana apresenta uma Curitiba: Positivo, 2008. p. 25.
vegetação predominan- Altitude
temente rasteira e ama-
relada. Essas caracterís- Na troposfera, quanto maior a altitude em relação à superfície terrestre, menor a
ticas revelam o aspecto temperatura do ar. Desse modo, em geral, as áreas localizadas em altitudes elevadas,
de clima quente e seco mesmo as situadas em áreas tropicais, apresentam temperaturas baixas.
que atua na região. Ao
Um exemplo desse fato acontece com o vulcão Quilimanjaro que, embora localizado
fundo, o vulcão com seu
cume nevado revela co-
próximo à linha do equador, tem o topo coberto de neve por conta de sua elevada al-
mo a temperatura do ar titude, 5 895 metros.
vai diminuindo confor- A fotografia abaixo mostra, ao fundo, o
me a altitude aumenta, Monte Quilimanjaro, localizado na porção
ao ponto de formar uma centro-leste da África, na divisa entre os
cobertura de gelo no to- países Quênia e Tanzânia, 2018.
po dessa formação vul-

DEA/Getty Images
cânica.

V. GIANNELLA/
• Solicite aos alunos que
pesquisem outras forma-
ções de relevo de elevada
altitude, localizadas em
regiões intertropicais e
que também possuem o
cume recoberto de gelo.

142

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Orientações gerais
Continentalidade e maritimidade

Capítulo 5
Os efeitos da continentalidade e da maritimidade estão diretamente relacionados • Comente com os alunos
que Ilhéus (BA) e Cuiabá
à proximidade ou não de vastas superfícies hídricas, como os mares e os oceanos.
(MT) encontram-se em
O efeito da continentalidade acontece em áreas afastadas das grandes massas de latitudes semelhantes.
água, onde a temperatura do ar se aquece e se resfria mais rapidamente. Em decor- Portanto, o clima, que
rência disso, nessas áreas há uma maior variação da temperatura, como em Cuiabá, poderia ser igual, muda
no estado do Mato Grosso. devido à influência de
outros fatores, inclusive
O efeito da maritimidade ocorre em áreas próximo a mares e oceanos, onde as
da continentalidade e da
águas se aquecem e se resfriam mais lentamente. Como consequência, nessas áreas, maritimidade.
a variação da temperatura é menor, como se verifica em Ilhéus, no estado da Bahia.
• Faça questionamentos
Veja no mapa abaixo a localização de Cuiabá, no interior do continente, e de Ilhéus, sobre o efeito da con-
no litoral. tinentalidade e da ma-
ritimidade, tomando o
contexto do lugar onde
Cuiabá (MT) e Ilhéus (BA) vivem. Traga um mapa
político do Brasil para a

E. Cavalcante
N
sala de aula e, conside-
O L
rando a localização do
RR AP S
município onde moram,
Equador

questione qual dos efei-
tos exerce maior influ-
ência sobre o clima que
AM MA CE
PA RN atua localmente.
PI PE
PB
• Caso vivam em um
AC município litorâneo, uti-
AL
RO TO lize as características da
SE
MT BA pequena amplitude tér-
Cuiabá mica registrada. O inver-
DF Ilhéus
GO
so pode ser verificado,
ou seja, uma amplitude
MG
MS ES térmica mais elevada,
SP
caso vivam em um mu-
RJ nicípio distante do litoral.
Trópico de Ca
PR pricórnio • Depois da contextua-
SC lização proposta, procu-
OCEANO re avaliar se os alunos
RS compreenderam os efei-
ATLÂNTICO
Fonte: IBGE. Atlas
geográfico escolar.
tos da continentalidade
OCEANO
PACÍFICO
0 410 km
7. ed. Rio de Janeiro, e da maritimidade, com
50º O 2016. p. 90. base no exemplo do mu-
nicípio onde vivem e, se
Como se calcula a amplitude térmica necessário, realize ou-
Em geral, a temperatura do ar atmosférico, em um determinado lugar, varia du- tras exemplificações.
rante o dia e a noite. Em grande parte da superfície terrestre, durante o dia as tem-
peraturas registradas são mais elevadas que as da noite.
Para sabermos a variação da temperatura em um determinado lugar basta verificar a
diferença entre a temperatura máxima e a temperatura mínima registradas nesse lugar,
em um determinado período de tempo. A essa diferença de temperatura, em um deter-
minado local, em determinado espaço de tempo, dá-se o nome de amplitude térmica.
143

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Orientações gerais Veja, no exemplo a seguir, o cálculo da amplitude térmica medida entre as 7 e as
• Proponha cálculos da 18 horas de um dia na cidade de São Paulo.
amplitude térmica de um
determinado período do Temperatura máxima – Temperatura mínima = Amplitude térmica
dia com os alunos. Vocês 28 oC – 13 oC = 15 oC
podem realizar medições
na escola, no horário de Como vimos na página 143, os efeitos da maritimidade e da continentalidade
entrada e próximo ao ho- influenciam na variação da temperatura, ou seja, na amplitude térmica de um lugar.
rário de saída, no período Isso porque, no interior dos continentes, a superfície das áreas é aquecida rapidamente
de aula dos alunos. durante o dia, resfriando-se, também rapidamente, durante a noite. Isso ocasiona uma
• Também é possível amplitude térmica maior, ou seja, uma grande diferença entre as temperaturas do dia
sugerir aos alunos que e da noite. Já em áreas do litoral, as águas se aquecem lentamente durante o dia e
realizem medições em
liberam calor também de maneira lenta durante a noite, ocasionando uma amplitude
casa e tragam as in-
formações para serem
térmica menor nas áreas próximo a essas massas hídricas. Assim, a diferença de
comparadas na escola. temperatura entre o dia e a noite torna-se menor.
Para realizar essas me- Vamos analisar o exemplo das duas cidades apresentadas no mapa da página 143,
dições, providencie um Cuiabá e Ilhéus, localizadas praticamente na mesma latitude, estando uma na porção
termômetro simples de central do continente e outra no litoral.
temperatura ambiente,
que pode ser encontra-

Paralaxis/Alamy/Fotoarena
do facilmente em lojas
de utilidades domésti-
cas ou de artigos para
turistas. Caso os alunos
não disponham de um
termômetro, organize Cuiabá, no estado de Mato
um rodízio, em que cada Grosso, é um município onde se
um leva o termômetro verifica o efeito da
providenciado para casa continentalidade, por estar longe
de grandes massas de água.
em um determinado dia,
Localizado na latitude 15o S,
para que as medições se- apresenta amplitude térmica
jam realizadas e trazidas anual de 12 oC, com 33 oC de
para serem confrontadas média máxima e 21 oC de média
pela turma. mínima anuais. Ao lado, vista do
município de Cuiabá (MT), 2018.

Vinicius Tupinamba/Shutterstock.com
No município de Ilhéus, no
estado da Bahia, por ser
litorâneo, verifica-se o efeito da
maritimidade. Localizado na
latitude 14o S, apresenta
amplitude térmica anual de 7 oC,
com 28 oC de média máxima e
21 oC de média mínima anuais.
Ao lado, vista do município de
Ilhéus (BA), 2018.

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Orientações gerais
Pressão atmosférica

Capítulo 5
A pressão atmosférica pode ser definida como o peso que o ar exerce sobre qual-
• Comente com os alu-
nos que as pessoas que
quer lugar da superfície terrestre. Assim, tudo o que existe na superfície do planeta, não estão acostumadas
como construções, automóveis, vegetação e inclusive nós, seres humanos, sofre a a viver em lugares com
ação da pressão atmosférica. altitudes elevadas, acima
A pressão do ar não é a mesma em todos os lugares da superfície terrestre, pois de 2 800 metros acima
ela pode variar de acordo com a temperatura e a altitude. do nível do mar, ao via-
jar para cidades como
Em lugares onde a temperatura é baixa, como nas regiões polares, as moléculas La Paz (Bolívia), Cusco
que compõem os gases da atmosfera se comprimem, tornando o ar mais denso e (Peru) e Quito (Equador),
com maior pressão. muitas vezes são acome-
Em situações opostas, como nas áreas de temperaturas elevadas, as moléculas dos tidas pela hipobaropatia,
gases que compõem o ar se expandem, tornando o ar menos denso e com pressão menor. mais conhecida como
Agora, veja no esquema abaixo como a pressão atmosférica varia de acordo com a “mal de altitude”. Esse
mal-estar é um distúrbio
altitude.
causado pela baixa pres-
Molécula: representa tanto a estrutura como
Altitude e pressão atmosférica também as propriedades de uma substância que é
são parcial de oxigênio,
formada pela ligação de um ou mais átomos. levando a sua baixa di-
fusão nos pulmões, com
Altitude (em metros)
4 000 diferentes sintomas em
nosso organismo: dor de
Nas regiões de altitudes
Coluna de ar elevadas, onde a coluna
cabeça, falta de ar, enjoo,
Luciane Mori

de ar sobre a superfície cansaço, entre outros. E


baixa pressão
é menor, a pressão por que isso acontece?
atmosférica também é Conforme a altitude au-
menor. menta, a pressão atmos-
3 000 férica diminui e menos
Coluna de ar moléculas de oxigênio
estão disponíveis no ar
mais rarefeito.
Já nas regiões de baixa
altitude, onde o ar é mais
denso e a coluna de ar sobre
2 000 a superfície terrestre é
maior, a pressão atmosférica
também é maior.

1 000

alta
pressão

Fonte: PETERSEN, James F; SACK, Dorothy;


GABLER, Robert E. Fundamentos de Geografia
Física. São Paulo: Cengage Learning, 2014. p. 77.

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Orientações gerais
Ventos: o ar em movimento
• Relembre os alunos de Certamente você já percebeu a presença do vento, observando o movimento da ve-
que os fortes ventos po-
dem se transformar em getação ou sentindo o contato dele com o seu corpo. O vento é o ar em movimento.
grandes redemoinhos As diferenças de temperatura e de pressão estão diretamente relacionadas ao des-
que se formam em áre- locamento do ar. Isso ocorre porque o ar sempre se desloca das áreas de alta pressão
as continentais de baixa
para as áreas de baixa pressão. Veja como isso ocorre nos esquemas a seguir.
pressão atmosférica, co-
mo os tornados. Se con- Deslocamento do ar
siderar pertinente, retome
o conteúdo da página 26
para que os alunos relem-
brem as consequências alta pressão
de um tornado nas pai-
sagens. Para identificar a
diferença entre tornado,
furacão e tufão, sugeri-
baixa pressão
mos a leitura da reporta-
gem a seguir. Os ventos partem das áreas
> BARBOSA, Vanessa. de alta pressão, chamadas
Qual a diferença entre de dispersoras de ventos,
em direção às áreas de
tornado, tufão e furacão?
baixa pressão, denominadas
Exame, 24 set. 2018. receptoras de ventos.
Disponível em: <http://
livro.pro/6xbjzj>. Acesso Os ventos se deslocam em diferentes escalas espaciais, ou seja, eles podem se
em: 14 set. 2018. movimentar em escala global e em escala local. Veja, a seguir, um exemplo de como
isso ocorre em escala local, ou seja, em uma área litorânea.

Deslocamento do ar durante o dia

Nas regiões litorâneas, durante o dia, os raios solares


aquecem mais rapidamente as áreas do continente do
que as massas de água. Nesse caso, criam-se uma área
de alta pressão sobre o mar e uma área de baixa
pressão sobre o continente. Dessa forma, os ventos se
alta pressão baixa pressão deslocam do mar em direção ao continente, originando
a brisa marítima.

Deslocamento do ar durante a noite

Durante a noite, o continente perde o calor


acumulado durante o dia mais rapidamente que a
água, tornando-se, então, mais frio. Já as águas
liberam seu calor lentamente, permanecendo mais
quentes que o continente. O vento, neste caso,
se desloca do continente (alta pressão) para o

Ilustrações: Luciane Mori


mar (baixa pressão), originando a brisa terrestre.

Fonte das ilustrações: Tempo & clima. Rio de Janeiro: baixa pressão alta pressão
Abril Livros, 1995. p. 42-43. (Ciência & Natureza)

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Circulação atmosférica global BNCC

Capítulo 5
•O trabalho com o
assunto desta página
Vimos na página anterior como ocorre a formação dos ventos em escala local. No
contempla a habilidade
entanto, esse deslocamento do ar também ocorre em escala global e tem caracterís-
EF06GE03, ao propor a
ticas diferentes entre algumas porções do planeta. associação entre os mo-
O mesmo mecanismo que diferencia temperatura e pressão, atuante no desloca- vimentos do planeta e a
mento do ar em escala local, também age em escala global. Desse modo, podemos circulação da atmosfe-
identificar esse deslocamento das áreas de alta pressão para as de baixa pressão no ra global. Ainda que os
mecanismos dos ventos
globo terrestre.
locais sejam semelhan-
O deslocamento ocorre por meio de células, que são grandes correntes circulares tes aos que movem os
de vento. Essas células também originam ventos superficiais, como os ventos alísios, ventos em escala global,
os ventos de oeste e os ventos polares. os movimentos e a di-
nâmica atmosférica do
Vamos analisar no esquema abaixo a dinâmica da circulação atmosférica global. planeta são influencia-
dos pelas áreas de baixa
Dinâmica global da atmosfera e alta pressão do globo.

célula polar
Orientações gerais
Ventos polares: • Realize com os alunos
deslocam-se a partir dos célula a leitura do texto acom-
polos em direção às regiões de Ferrel
de baixas latitudes.
panhada da observação
da ilustração.
Ventos alísios:
deslocam-se dos trópicos • Para acompanhar em
para a região equatorial. célula tempo real as condições
de Hadley
Gary Hincks/SPL/Latinstock

Ventos de oeste: da circulação atmosféri-


deslocam-se dos trópicos ca, sugerimos o acesso
para as regiões polares.
aos sites a seguir.
Células de Ferrel: célula > Earth Nullschool. Dis-
circulação dos ventos de Hadley
entre as regiões dos ponível em: <http://livro.
trópicos e dos círculos pro/yfeua2>. Acesso em:
polares (norte ou sul). 14 set. 2018.
Células de Hadley: célula > Windy. Disponível
circulação dos ventos de Ferrel
em: <http://livro.pro/
entre as regiões do
equador e dos trópicos. 7c8bwf>. Acesso em: 14
set. 2018.
célula polar
Fonte: CAVALCANTI, Iracema Fonseca de A. et
al. (Org.). Tempo e clima no Brasil. São Paulo:
Oficina de Textos, 2009. p. 17.

O efeito de Coriólis
Outros fatores interferem na circulação atmosférica global, como o movimento de rotação da
Terra, que atua na circulação dos ventos atmosféricos globais. A força do movimento rotacional
do planeta, de oeste para leste, muda a trajetória desses ventos em relação à superfície,
recebendo o nome efeito de Coriólis.
O efeito de Coriólis também atua na direção de furacões e tempestades de grandes
dimensões, em que volumosas massas de ar em movimentos circulares giram em sentido
horário no Hemisfério Sul e anti-horário no Hemisfério Norte.

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Orientações gerais
Umidade
• Peça aos alunos que
A umidade está presente na atmosfera terrestre na forma de vapor de água. Ela
identifiquem, no planis-
fério político da página é o resultado da evaporação da água de oceanos, lagos, rios e, também, da transpi-
254, onde está localiza- ração de plantas e animais.
do o Chile. A umidade do ar atmosférico varia conforme o lugar, visto que, em nosso planeta,
• Em lugares com condi- há lugares extremamente secos e outros cuja umidade é elevada. Veja a seguir um
ções climáticas extremas, exemplo de cada caso.
como os apresentados
nesta página, as pessoas

Jose Luis Stephens/Alamy/Fotoarena


precisam adaptar suas
atividades do cotidiano
para vencer as adversida-
O deserto do Atacama,
des da natureza, como no mostrado na imagem
deserto do Atacama, em ao lado, em fotografia
que a população buscou de 2018, está
alternativas para abas- localizado entre o
tecer de água algumas oceano Pacífico e a
cordilheira dos
comunidades do norte
Andes, no Chile.
chileno. Ao abordar esse É considerado um dos
tema, é possível trabalhar lugares mais secos do
com a competência geral planeta. Existem áreas
1 da BNCC. desse deserto onde é
registrada uma média
de apenas 20 milímetros
de chuvas ao longo
do ano.

Suamy Beydoun/Futura Press


O município de
Manaus pode ser
considerado um dos
mais úmidos do Brasil.
Anualmente, são
registrados,
em média,
2 300 milímetros de
chuva. Na fotografia
pode-se observar céu
nublado e com chuva
próximo ao Teatro
Amazonas, no centro
da cidade de
Manaus (AM), 2016.

Chuva de hora certa em Manaus


Antes ou depois da chuva? Essa é a pergunta que os moradores do município de Manaus fazem
quase sempre ao marcar um encontro com alguém ou mesmo para compromissos profissionais.
A chuva é utilizada como referência para a realização de muitas das tarefas do cotidiano
porque acontecem praticamente todos os dias, geralmente, no horário de almoço.

148

Orientações gerais
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• Leia o texto a seguir, que descreve a antiga técnica de Pesquisa obtém água com ‘coletor de névoa’
coleta de água pelos povos que vivem no Atacama. Essa no deserto chileno do Atacama
técnica é utilizada pelos antigos habitantes locais e é efi- [...]
caz para suprir as necessidades na atualidade. Como já fizeram antes as comunidades indígenas, na re-
gião chilena do Atacama o deserto mais árido do mundo é
alvo do recolhimento das gotas de sua camanchaca, a névoa

148

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Orientações gerais
Precipitação

Capítulo 5
O vapor de água contido na atmosfera, ao ser aquecido pelos raios solares, torna-se • Existem diferentes fe-
nômenos relacionados
menos denso e se eleva. Em elevadas altitudes, o vapor de água se resfria e conden- à condensação da água
sa-se, formando as nuvens. presente na atmosfera,
Quando as nuvens se tornam saturadas de água, ocorrem as precipitações na for- além dos apresentados,
ma de chuva (estado líquido), neve ou granizo (estado sólido). como o orvalho e a gea-
da. É do que trata o texto
• Neve: forma-se quando o vapor de água, que se eleva e forma nuvens, encontra a seguir.
temperaturas muito baixas e se congela, transformando-se em cristais de gelo. [...]
Esses cristais precipitam-se na forma de flocos de gelo, chamados neve. O orvalho é a condensa-
ção do vapor d’água sobre
uma superfície cuja tem-
Stefy Morelli/Shutterstock.com

Saturado:
tornar-se peratura tenha se reduzido
cheio, pelo resfriamento radiati-
encher ao vo até abaixo da tempera-
máximo. tura de ponto de orvalho
do ar em contato com ele.
Há dois processos de
formação do orvalho. O
primeiro é aquele em que,
sob condições calmas, o
vapor d’água difunde-se
para cima, a partir do so-
lo, para a superfície ex-
A fotografia ao
lado mostra
posta e em processo de
precipitação de
congelamento, tal como
neve em Turim, a grama em contato com
Itália, 2018. ele, e aí se condensa.
O segundo é aquele em
• Granizo: forma-se quando as gotas de água, carregadas pelos ventos para as que, sob condições de ven-
to fraco, acontece a trans-
porções mais elevadas das nuvens onde as temperaturas são mais baixas, trans-
ferência turbulenta para
formam-se em cristais de gelo. Ao se juntarem, os cristais de gelo tornam-se baixo de vapor d’água da
cada vez maiores até precipitarem-se e atingirem a superfície terrestre na forma atmosfera para a superfí-
de pedras de gelo. cie fria. Isto é conhecido
como “orvalhada” e ocor-
re menos comumente do
GeorgeVieiraSilva/Shutterstock.com

que o primeiro processo.


[...]
Diz-se que a geada ocor-
re quando a temperatura
do ar em contato com o so-
lo ou com anteparos está
abaixo do ponto de conge-
lamento, produzindo “gea-
da superficial” e “geada
do ar”, respectivamente. O
termo “geada” é também
Granizo usado para descrever os
acumulado em depósitos de gelo sobre o
uma rua de solo ou sobre objetos em
Viana do tais condições de tempe-
Castelo,
ratura. [...]
Portugal, 2018.
AYOADE, J. O. Introdução à
climatologia para os trópicos.
• Qual dos tipos de precipitação você já observou? Descreva-a para os colegas. Tradução: Maria Juraci Zani dos
Santos. São Paulo: Difel, 1986. p.
Resposta pessoal. Verifique se a descrição dos alunos está coerente com a atividade proposta.
154-158.
149

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costeira que cobre durante a madrugada estes céus límpidos. acumular, gota a gota, o precioso líquido.
Os “coletores de névoa” são telas de polipropileno insta- [...]
ladas entre dois postes que se erguem sobre locais áridos PESQUISA obtém água com ‘coletor de névoa’ no deserto chileno do
do deserto do Atacama como cartazes publicitários. As go- Atacama. G1, 6 maio 2016. Disponível em: <http://g1.globo.com/natureza/
noticia/2016/05/pesquisa-obtem-agua-com-coletor-de-nevoa-no-deserto-
tas d’água da camanchaca se condensam na malha, antes mais-arido-do-mundo.html>. Acesso em: 14 set. 2018.
de deslizarem para os recipientes localizados abaixo para

149

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Massas de ar, tempo e clima
Sugestão de atividade
Experimento sobre
evapotranspiração Na atmosfera existem grandes porções de ar que apresentam características in-
Objetivos ternas semelhantes, como temperatura, pressão e umidade. Essas características
• Compreender como podem ser diferentes de outras porções de ar ao seu redor. Essas porções de ar são
ocorre o fenômeno da denominadas massas de ar.
evapotranspiração. As massas de ar podem ser quentes ou frias, secas ou úmidas, pois suas carac-
• Relacionar os compo- terísticas são adquiridas de acordo com a área de onde se originam.
nentes físico-naturais.
Por exemplo, as massas formadas nas regiões polares marítimas são frias e úmidas,
Materiais ao contrário daquelas originadas em regiões tropicais continentais, que se mostram
• Vaso com planta. quentes e secas. Uma exceção são as massas de ar tropicais originadas em áreas
• Saco plástico transpa- equatoriais, onde encontramos densas coberturas vegetais, semelhantes à Amazônia.
rente. Nessas áreas a intensa evapotranspiração da vegetação libera grande umidade para
• Fita adesiva. a atmosfera, deixando as massas de ar com características de tropical úmida.
• Para desenvolver o ex- Ao se deslocarem, essas massas interagem com os elementos atmosféricos dos
perimento com a evapo- locais por onde passam, como umidade e temperatura e, gradativamente, modificam
transpiração e despertar suas características. Desse modo, ao passar por uma área com temperatura mais
a curiosidade intelectual elevada, a temperatura da massa de ar eleva-se, assim como, ao passar por uma área
dos alunos para a inves-
de temperatura mais baixa, sua temperatura tende a diminuir.
tigação, siga os passos a
seguir. Essa é uma opor- Evapotranspiração: Perda
tunidade de realizar um de água para a atmosfera Grupo principal Massas de ar Características
trabalho com a compe- ocasionada simultaneamente
pelo processo de Polar Marítima Fria e úmida
tência geral 2 da BNCC. transpiração das plantas e de Polar (P)
• Cubra a planta (ou evaporação da água do solo. Polar Continental Fria e seca
uma parte dela, caso seja Fonte: AYOADE, J. O. Introdução à Tropical (T) Tropical Marítima Quente e úmida
grande) utilizando o saco climatologia para os trópicos. (incluindo a
plástico. Tradução: Maria Juraci Zani dos Santos. Tropical Continental Quente e seca
Equatorial)
São Paulo: Difel, 1986. p. 100-101.
• Em seguida, prenda o
saco plástico utilizando a
fita adesiva, com cuida- Brasil: massas de ar no verão Brasil: massas de ar no inverno
do para não prejudicar as

Ilustrações: E. Cavalcante
folhas. O vaso deve ficar
localizado em um local
exposto ao sol e ao calor.
Evite fazer o experimen-
to em dias nublados.
• Cerca de uma hora de-
pois, mostre aos alunos
o resultado: a superfície
interna do saco plástico
deverá conter gotículas
de água, pois o vapor
de água eliminado pe- N N
las folhas se condensou, O L O L
transformando-se em 0 590 km
S
0 590 km
S
líquido, ou seja, a planta
Fonte dos mapas: GIRARDI, Gisele; ROSA, Jussara Vaz. Atlas geográfico do estudante. São Paulo: FTD, 2016. p. 62.
retém umidade e a libera
para a atmosfera. • Observando os mapas e o quadro acima, qual(is) massa(s) de ar atua(m) durante
• Proponha uma refle- o verão no estado onde você mora? E durante o inverno? Resposta pessoal. Auxilie-os a
xão com os alunos sobre identificarem no mapa as massas de ar que atuam no estado onde moram, tanto no verão quanto no inverno.
a atuação desse fenô- 150
meno em grandes áreas
de formações vegetais,
como a Floresta Ama-
zônica. Assim os alunos g20_ftd_lt_6vsg_c5_p150a159.indd 150 10/16/18 8:17 AM g20_
poderão relacionar com
o tema das páginas 148
e 149, sobre umidade e
precipitação.

150

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A área de contato entre duas massas de ar com características diferentes é conhe- Orientações gerais

Capítulo 5
cida por frente. • Acompanhe a leitura
De acordo com o tipo de massa de ar, existe uma frente específica: e observe a sequência de
imagens de satélite e o
• frente quente: forma-se quando uma massa de ar quente avança sobre uma deslocamento da massa
massa de ar frio; de ar, principalmente na
• frente fria: forma-se quando uma massa de ar frio avança sob uma massa de porção sul do Brasil.
ar quente. • Para complementar o
Normalmente, a chegada de uma massa de ar a um lugar causa intensas transfor- estudo desse tema, peça
aos alunos que realizem
mações nas condições meteorológicas, caso, nesse lugar, esteja atuando uma massa
uma pesquisa em jor-
de ar com características diferentes da que está chegando. Uma frente fria, por nais, revistas ou na in-
exemplo, ao chegar em uma região onde há uma massa de ar quente provoca, geral- ternet sobre a chegada
mente, o aumento de ventos e a ocorrência de chuvas, seguidos, mais tarde, de sen- de massa de ar na região
sível queda da temperatura e diminuição da frequência das chuvas. onde moram, ou em al-
As imagens abaixo retratam a sequência de deslocamento de uma massa de ar guma região que preten-
dam visitar.
frio por uma porção do Brasil, durante três dias do mês de agosto, no ano de 2018.
• Solicite aos alunos que
Dia 01/08/2018 Dia 02/08/2018 escrevam as possíveis
mudanças no tempo at-
1 2 mosférico em decorrên-
cia da aproximação des-
sa massa de ar. Depois,
peça a eles que apresen-
tem sua pesquisa aos
colegas. Caso considere
interessante, realize a
pesquisa sugerida em
grupos de, no máximo,
quatro alunos.
• Os alunos podem en-
contrar essas informa-
ções nas previsões de
tempo disponíveis em
jornais ou em sites es-
pecializados em tempo
Dia 03/08/2018 e clima, como o Centro
Ao analisar as imagens 1 a 3, se necessário, de Previsão de Tem-
3 consulte o mapa da página 254. po e Estudos Climáti-
1 No dia 1o, uma massa de ar polar começa a cos (CPTEC). Veja mais
se deslocar da Argentina em direção ao em Previsão do tempo.
Brasil. CPTEC (Centro de Previ-
são de Tempo e Estudos
2 No dia 2, a massa de ar atingiu a porção
Climáticos). Disponível
sul do Brasil.
em: <http://livro.pro/
3 No dia 3, a mesma massa de ar desloca-se ruakdw>. Acesso em:
em direção ao oceano Atlântico. 14 set. 2018.
Fotos: CPTEC/INPE

151

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BNCC
Tempo e clima, qual a diferença?
• Para contemplar o tra-
balho com a habilidade Leia o texto a seguir.
EF06GE06, explique
aos alunos que o traba-
lho permitiu o aperfei- Frente fria muda o tempo no
çoamento das técnicas Espírito Santo a partir de domingo
de produção ao longo O sol e o tempo mais firme devem continuar a imperar no estado pelo menos até
do tempo, em que novas sábado (01). De acordo com o Instituto Climatempo, a frente fria reaparece no domingo
tecnologias e os avanços (02) e faz com que a chuva, que deu uma trégua nos últimos dias, volte a aparecer no
da ciência beneficiaram Espírito Santo. A umidade juntamente com a nebulosidade e as baixas temperaturas tam-
a produção agrícola e bém devem influenciar o tempo nos próximos dias.
pecuária em regiões do
[...]
planeta que naturalmen- FRENTE fria muda o tempo no Espírito Santo a partir de domingo. Gazeta Online, 30 jun. 2017.
te não apresentam con- Disponível em: <https://www.gazetaonline.com.br/noticias/cidades/2017/06/frente-fria-muda-o-
dições climáticas favorá- tempo-no-espirito-santo-a-partir-de-domingo-1014072196.html>. Acesso em: 24 ago. 2018.

veis para tal. Por exem-


plo, as frutas cultivadas Conforme verificamos no texto acima, a chegada de uma frente fria pode alterar
no Semiárido brasileiro as condições do tempo atmosférico de uma localidade. Nesse exemplo, a frente fria
utilizam técnicas de irri- ocasiona chuvas, aumenta a umidade, a nebulosidade e provoca queda nas tempera-
gação, já que necessitam turas no estado do Espírito Santo.
de mais umidade, natu- Algumas pessoas utilizam os termos “tempo” e “clima” como sinônimos, ou seja,
ralmente indisponível com o mesmo significado. No entanto, esses termos têm significados diferentes.
nesse ecossistema.
Produção da previsão do tempo atmosférico
Material digital
2 avião meteorológico
• Como forma de ava-
satélite
2 radiossonda 2 balão meteorológico
liar a aprendizagem dos 1 meteorológico
alunos sobre os elemen-
tos da dinâmica atmos-
férica, sugerimos que
desenvolva a sequência
didática 7, localizada no
material digital. Por meio
da relação entre os com-
ponentes físico-naturais,
o aluno será capaz de
identificar e descrever os
elementos e fatores que
compõem a dinâmica
atmosférica, conforme a
habilidade EF06GE11 da
BNCC.

Orientações gerais

• Apresente aos alunos


Fotomontagem de Leonardo
Mari. Foto: Delfim Martins/

o vídeo disponível no
site a seguir, que mos- 3
boia
Pulsar Imagens

tra alguns instrumentos meteorológica


Fonte: Tempo & clima. Rio de
usados em uma estação Janeiro: Abril Livros, 1995.
p. 110-111. (Ciência & Natureza).
meteorológica.
> Chove ou não chove? 152
Ciência Hoje das Crian-
ças. Disponível em: <http:
// li v ro. p ro/2q 2 b r p >.
Acesso em: 14 set. 2018. g20_ftd_lt_6vsg_c5_p150a159.indd 152 10/15/18 5:00 PM g20_

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• Tempo atmosférico pode ser entendido como as características da atmosfera Orientações gerais

Capítulo 5
em um determinado momento e lugar. Quando dizemos frases como: “Hoje o dia • Comente com os alu-
está frio e chuvoso.” ou, então, “Ontem o dia estava quente e ensolarado.”, esta- nos que na agricultura,
mos caracterizando o tempo atmosférico, e não o clima. por exemplo, a previsão
do tempo é fundamental
• O clima corresponde ao conjunto das condições do tempo atmosférico de um
para o planejamento dos
lugar, registradas em um período mínimo de 30 anos. Desse modo, para identi-
melhores períodos para
ficar o clima de uma região, é necessário que, ao longo desse período, sejam o plantio ou a colheita de
registradas as condições do tempo atmosférico, principalmente a temperatura e lavouras.
a precipitação. Com base nesses registros, identifica-se o tipo de clima atuante.
• Comente com os alu-
nos que existem ou-
Apostando na previsão do tempo tros dizeres populares
como “Sapo coaxando,
Por muito tempo, as pessoas interpretavam situações do dia a dia buscando prever a
sol chegando”, “Ossos
ocorrência de fenômenos atmosféricos. Exemplos disso são dizeres populares como: “Andorinha
voando baixo: tempo chuvoso” e “Andorinha voando alto: tempo ensolarado”. quebrados doendo, sinal
de mau tempo”. Como
Atualmente, temos acesso às previsões de tempo atmosférico em diferentes meios de
curiosidade, sugerimos
comunicação, como jornais, rádios, televisão e internet. Essas previsões são realizadas pela
o acesso ao site a se-
Meteorologia, ciência que estuda os fenômenos atmosféricos, e são baseadas em dados e
informações capazes de prever o tempo atmosférico com pequena margem de erro.
guir. É um blog de uma
meteorologista que tem
A previsão do tempo tem colaborado consideravelmente com o trabalho de muitas pessoas, como objetivo divulgar
pois, por meio dela, é possível saber com antecedência sobre a ocorrência de chuvas, de dias
a meteorologia de forma
ensolarados, de períodos de calor ou de quedas bruscas de temperatura. Para prever as
mais fácil para adultos e
condições do tempo são realizadas medições diárias da temperatura atmosférica, da umidade do
ar, da pressão e da circulação dos ventos e das massas de ar. A imagem a seguir mostra, de crianças. Nessa página
maneira esquemática, como essas informações são coletadas. você poderá encontrar
expressões populares de
alguns países europeus.
1 Os satélites meteorológicos capturam imagens da atmosfera > Ditados e expressões
terrestre durante o dia todo. Por meio das imagens, os me- populares relacionados
teorologistas analisam a movimentação das massas de ar de com Meteorologia de al-
nosso planeta. guns países europeus.
2 Os balões e aviões meteorológicos e as radiossondas possuem Metrópole. Disponível
sensores que coletam dados em grandes altitudes. em: <http://livro.pro/
3 Há, também, estações meteorológicas nos continentes e as boias gvdt6a>. Acesso em: 14
meteorológicas no mar, que coletam informações como tempera- set. 2018.
tura, pressão do ar, umidade e direção dos ventos.

4 Todas as informações obtidas são enviadas para os computa-


Radiossonda: aparelho, transportado por balões, dores de grandes centros meteorológicos. Com base nesses
que registra dados sobre as condições de vento, dados, os meteorologistas realizam cálculos matemáticos para
temperatura e pressão atmosférica à medida que chegar a uma previsão do tempo mais segura possível. Depois,
ganha altitude. Os dados recolhidos são utilizados as informações da previsão do tempo nos próximos dias são
em estudos meteorológicos em terra. transmitidas às pessoas pelos meios de comunicação.

3 estação meteorológica 4 instituto meteorológico

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BNCC
• O trabalho com os cli- Climogramas
mogramas permite exer-
O climograma é uma representação gráfica de dados climáticos. Esse gráfico apre-
citar nos alunos a lingua-
senta informações sobre as médias mensais da precipitação e da temperatura de um
gem matemática e grá-
fica para compreensão determinado lugar, durante o período de um ano.
das informações sobre Veja a seguir o climograma da cidade de Rio Branco, no estado do Acre.
precipitação e tempera-
tura, relacionando-as,
para obter dados climá- As barras verticais representam A linha traçada ao longo do gráfico
ticos, conforme orientam as precipitações médias mostra a temperatura média de
a competência geral 4 e registradas durante cada mês. cada mês durante o ano.
a competência específica
de Ciências Humanas 7.
Rio Branco (AC)
Integrando saberes
Precipitação (mm) Temperatura (°C)
•O estudo dos climo-
gramas permite um tra- 300 30
balho em conjunto com
o componente curricular
250 25
de Matemática. Para is-
so, converse com o pro-
fessor desse componen- 200 20
te para que, juntos, auxi-
liem os alunos na leitura
e interpretação destas 150 15
representações gráficas.
Vocês poderão inclusive
construir junto com os 100 10
alunos um climograma
com informações obtidas
no site do Centro de Pre- 50 5
visão de Tempo e Estu-
dos Climáticos (CPTEC).
0 0
> Previsão do tempo. J F M A M J J A S O N D
Keithy Mostachi

CPTEC (Centro de Previ- Meses


são de Tempo e Estudos
Climáticos). Disponível Fonte: CLIMATEMPO. Climatologia. Disponível em: <www.climatempo.com.br/
em: <http://livro.pro/ climatologia/6/riobranco-ac>. Acesso em: 12 mar. 2018.
e76gn2>. Acesso em: 15
set. 2018. No climograma acima, podemos analisar algumas características do clima de Rio
Branco, como:
• a temperatura durante o ano não apresenta grande variação, permanecendo ele-
vada com média anual próximo aos 26 oC;
• o período mais seco do ano ocorre entre os meses de junho e agosto;
• os meses mais chuvosos são aqueles de novembro a março.

CPTEC
No site é disponibilizada a previsão do tempo atmosférico dos municípios brasileiros.
Aproveite e consulte o tempo atmosférico do município onde você mora.
<http://livro.pro/e76gn2>. Acesso em: 16 ago. 2018.

154

Material digital
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• O trabalho com o tema Climogramas pode ser com-


plementado e vivenciado com o projeto integrador pro-
posto para o 3º bimestre no material digital. O projeto
permite que os alunos realizem a coleta de dados de
temperatura e pluviosidade local e representem tais da-
dos por meio de um climograma.

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Agora, observe os climogramas de outras duas cidades e responda às questões Orientações gerais

Capítulo 5
em seu caderno. • Auxilie os alunos na
identificação das tem-
Cairo (Egito) peraturas máximas e
mínimas aproximadas,
registradas nos climo-
Precipitação (mm) Temperatura (°C) gramas da cidade do
300 30 Cairo (Egito) e de Barce-
lona (Espanha). Localize,
250 25 também, essas cidades
em um planisfério.
200 20 • Chame a atenção dos
alunos para os indica-
150 15 dores de precipitação e
temperatura dos climo-
100 10 gramas representados
nesta página. Explique
Fonte: WMO (World que a escala de preci-
50 5 Meteorological pitação do climograma
Organization). World
Weather Information do Cairo e de Barcelona
0 0 Service. Disponível em: é marcada de cinquenta
J F M A M J J A S O N D <http://worldweather.
Meses wmo.int/en/city.
em cinquenta milíme-
html?cityId=248>. tros e que a temperatura
Acesso em: 12 mar. 2018. é marcada de cinco em
cinco graus Celsius. Ve-
rifique se os alunos per-
Barcelona (Espanha) cebem que o volume de
chuvas no Cairo é consi-
Precipitação (mm) Temperatura (°C) deravelmente inferior ao
de Barcelona.
300 30
• Faça o mesmo com as
escalas de temperatura
250 25 dos dois climogramas,
certificando-se de que
200 20 os alunos perceberam
que a temperatura do
150 15 Cairo é aproximadamen-
te 5 °C mais alta que a de
100 10 Barcelona.
Fonte: WMO (World
50 5 Meteorological
Ilustrações: Keithy Mostachi

Organization). World
Weather Information
0 0 Service. Disponível em:
J F M A M J J A S O N D <http://www.worldweather.
org/en/city.
Meses html?cityId=1232>.
Acesso em: 12 mar. 2018.

1. Qual cidade apresenta clima mais seco?Cairo.


2. Qual cidade possui o clima mais frio? Barcelona.
3. Qual é a amplitude térmica anual, aproximada, de cada uma dessas cidades?
A amplitude térmica aproximada do Cairo é de 14 ºC. A amplitude térmica média de Barcelona é de 15 oC.
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BNCC Atividades
• As atividades propos-
tas nesta página têm co- 1. A atmosfera é composta de cinco camadas: exosfera,
mo objetivo desenvolver termosfera, mesosfera, estratosfera e troposfera. É na troposfera
3. As massas Exercícios de compreensão que ocorre a maior parte dos fenômenos meteorológicos.
a habilidade EF06GE03. de ar são
grandes 1. Explique como a atmosfera pode 3. O que são massas de ar? Como
Aproveite o momen- porções de ar
to para avaliar o que os com ser dividida. Depois, indique em elas podem interferir no tempo
alunos compreenderam características qual camada ocorre a maior parte atmosférico de um lugar?
internas de
e, caso ainda tenham dú- temperatura, dos fenômenos meteorológicos.
vidas a respeito da circu- pressão e 4. Explique a diferença entre tempo
lação geral da atmosfera umidade 2. Quais fatores influenciam na varia- atmosférico e clima.
semelhantes, o
e padrões climáticos, re- que as ção da temperatura na atmosfera?
tome alguns pontos ao diferencia das A altitude, a latitude, a continentalidade e a maritimidade.
acompanhar a realização áreas ao seu Geografia no contexto
redor. Uma
das atividades. massa de ar, ao 5. O mapa abaixo apresenta as temperaturas médias, máximas e mínimas, registra-
chegar a uma
região com das ao longo do ano em dois municípios do nosso país.
características
Orientações gerais bem diferentes
das suas, Estados do Brasil
• Faça as correções da provoca
mudanças nos
N 5. c) Porto Velho é influenciado
pela continentalidade, pois no
análise do mapa sobre a ventos, nas interior do continente a
O L

amplitude térmica dos precipitações e S


Equador temperatura do ar eleva-se e baixa
municípios representa- na 0º mais rapidamente, proporcionando
temperatura. maior amplitude térmica. Já Maceió
dos, executando os cálcu- é influenciado pela maritimidade,
los junto com os alunos. 4. O tempo pois em regiões próximo ao litoral a
atmosférico temperatura do ar eleva-se e baixa
Caso perceba que ainda corresponde às mais lentamente, gerando menor
restam dúvidas, proponha características amplitude térmica.
novos cálculos, se possí- da atmosfera
num
vel com dados locais. determinado
lugar em um 34 oC 30 oC
determinado 18 oC 20 oC
momento. Já o
clima é a OCEANO
síntese das OCEANO ATLÂNTICO
características PACÍFICO
do tempo
atmosférico de Fontes: IBGE. Atlas geográfico
um lugar,
Limite internacional escolar. 7. ed. Rio de Janeiro, 2016.
observadas ao p. 152.
longo de um Limite estadual
CLIMATEMPO. Climatologia.
E. Cavalcante

período de Capital estadual


Disponível em: <www.climatempo.
tempo. 0 510 km com.br/climatologia/6/riobranco-ac>.
50º O Acesso em: 12 mar. 2018.

a ) Qual é a amplitude térmica desses municípios? Porto Velho: 16o C, Maceió: 10o C.
b ) Qual cidade apresentou maior amplitude térmica? Porto Velho.
c ) Explique a influência exercida pelos efeitos da continentalidade e da maritimi-
dade na diferença de amplitude térmica dos municípios indicados no mapa.
6. Leia a manchete abaixo:

Massa de ar frio que derrubou temperaturas no Sul


avança para Sudeste e Centro-Oeste
G1, 18 jul. 2017. Disponível em: <https://g1.globo.com/natureza/noticia/massa-de-ar-frio-que-derrubou-
temperaturas-no-sul-avanca-para-sudeste-e-centro-oeste.ghtml>. Acesso em: 24 ago. 2018.

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Agora, de acordo com a manchete, responda às questões no caderno. Sugestão de atividade

Capítulo 5
a ) De acordo com o que você estudou, a manchete está informando sobre mu- Telejornal
danças no tempo atmosférico ou no clima? Ela informa mudanças no Objetivos
tempo atmosférico.
b ) No caderno, elabore um texto do tipo manchete de jornal, que retrate uma • Pesquisar informações
mudança no tempo atmosférico. Resposta pessoal. Verifique se a manchete elaborada pelos sobre previsão do tempo.
alunos está coerente com a atividade proposta.
7. O mapa abaixo mostra a previsão do tempo atmosférico para o território brasi-
• Utilizar a linguagem
corporal e sonora para
leiro em 25 de agosto de 2018. Observe-o e responda às questões a seguir. compartilhar informa-
ções.
Previsão do tempo para o Brasil, 25/08/2018 a ) Aproveite o mapa
apresentado na ativida-

E. Cavalcante
N

Boa Vista
26 ºC /35 ºC
O L
de 7 e promova uma si-
Macapá
25 ºC /33 ºC
S
mulação de telejornal na
Belém São Luís
Fortaleza
qual os alunos devem
24 ºC /32 ºC
Manaus
24 ºC /30 ºC 23 ºC /31 ºC realizar a apresentação
25 ºC /36 ºC Natal
23 ºC /30 ºC de previsão do tempo.
Teresina João Pessoa
22 ºC /37 ºC 22 ºC /28 ºC b) Para isso, divida a sala
Porto Velho
23 ºC /32 ºC
Recife
22 ºC /28 ºC
em grupos e explique
Palmas
Rio Branco 24 ºC /36 ºC Maceió
23 ºC /28 ºC
que cada equipe deverá
20 ºC /35 ºC
Aracajú
23 ºC /28 ºC
apresentar a previsão do
Possibilidade de
Brasília
Salvador tempo atmosférico de
Cuiabá 22 ºC /29 ºC
pancadas de chuva
22 ºC /25 ºC 18 ºC /30 ºC
18 ºC /30 ºC uma capital estadual.
Pancadas de chuva à tarde
Belo Horizonte c ) Se julgar pertinente,
Pancadas de chuva
Campo Grande 15 ºC /28 ºC Vitória auxilie os alunos a bus-
Parcialmente nublado 14 ºC /21 ºC 21 ºC /29 ºC
Predomínio de sol Rio de Janeiro car informações atuais
Chuvas periódicas
São Paulo 19 ºC /29 ºC
16 ºC /25 ºC
na internet, apontando
Curitiba novamente para a im-
12 ºC /18 ºC Fonte: CPTEC (Centro de
Florianópolis Previsão de Tempo e portância de se certifica-
13 ºC / 21 ºC
Porto Alegre
Estudos Climáticos). rem da credibilidade da
Disponível em: <http://
10 ºC / 15 ºC
tempo.cptec.inpe.br/>.
informação, dando pre-
0 490 km
Acesso em: 23 ago. 2018. ferência aos sites com
extensão .org ou .gov.
a ) Qual capital estadual apresentou a temperatura mínima mais baixa prevista
nesse dia? Porto Alegre, no Rio Grande do Sul.
b ) Qual capital estadual apresentou a temperatura máxima mais elevada?
Teresina, no Piauí.
c ) Imagine que você tenha um amigo que mora em Recife, no estado de Pernam-
buco. Em 25/08/2018 ele pretende ir à praia, acreditando que poderia aproveitar
o dia todo de sol. De acordo com o mapa, seu amigo está certo? Por quê?
d ) Elabore um texto narrativo descrevendo a previsão do tempo para a capital do
estado onde você mora, para o dia 25 de agosto de 2018, de acordo com esse
mapa. Resposta pessoal. Verifique se o texto elaborado pelos alunos está coerente com a atividade
proposta.
7. c) Ele não está certo. De acordo com a previsão do tempo atmosférico haverá pancadas
Pesquisando de chuva em Recife para esse dia.
8. Pesquise em jornais ou na internet o mapa da previsão do tempo atmosférico
para o Brasil de algum dia do mês. Após a leitura do mapa, elabore um texto
descrevendo as condições do tempo para seu estado, informando se o dia estará
chuvoso, nublado ou com predomínio de Sol, e as temperaturas máxima e míni-
ma previstas. Traga o resultado da sua pesquisa para a sala de aula e apresen-
te-a para seus colegas. Resposta pessoal. Verifique se os alunos elaboraram textos adequados à
previsão do tempo, de acordo com o material pesquisado.
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Climas do mundo
Orientações gerais

• Auxilie os alunos na
leitura e interpretação Existem vários tipos de clima no mundo, e cada um tem características diferentes.
dos climogramas desta Alguns climas apresentam, em geral, temperatura e umidade elevadas, sendo consi-
página e da seguinte. Le- derados quentes e úmidos. Outros apresentam temperatura e umidade baixas, e são
ve-os a perceber que os considerados frios e secos. Fatores como latitude, altitude, continentalidade e mari-
climogramas apresen-
timidade, já estudados nas páginas 142 e 143, influenciam nas características dos
tam graduações de tem-
peraturas e precipitações climas da Terra.
diferentes. Veja a seguir a distribuição dos principais tipos Climas do mundo
• Explique que os eixos de climas no mundo e suas características mais
dos climogramas exibi- marcantes.
dos nessas páginas não
apresentam a mesma Edmonton (Canadá) 1
demarcação de valores.
Clima frio: os períodos de
Comente que essa varia- verão são curtos e os invernos
1
ção de valores é bastante são rigorosos, com
comum, a qual ocorre em temperaturas baixas e intensa
virtude da variação entre precipitação de neve.
2
as médias de tempera- Precipitação (mm) Temperatura (°C)
200 20
tura e de precipitação de
cada local e da necessi- 150 10
dade de melhorar a re- 100 0

E. Cavalcante
presentação gráfica das 3
–10
informações. 50
4
0 –20
J F M A M J J A S O N D
Meses

Atlanta (Estados Unidos) 2

Clima subtropical: apresenta


temperaturas elevadas no verão
e precipitações bem distribuídas
ao longo do ano. No outono e no
inverno, as temperaturas tendem
a ser mais baixas.
Precipitação (mm) Temperatura (°C)
240 30
200 25 Manaus (Brasil) 3 0 1560 3120 km 0 1560 3120 km

160 20
Clima equatorial: é caracterizado pela
120 15 grande quantidade de chuvas durante Petrolina (Brasil) 4
80 10 o ano todo e, também, por apresentar
Clima semiárido: caracteriza-se
40 5 temperaturas médias elevadas,
por longos períodos de seca e
0 0
superiores a 20 oC ao longo do ano.
J F M A M J J A S O N D períodos com poucas chuvas,
Precipitação (mm) Temperatura (°C)
Meses acompanhados de
350 35
temperaturas médias elevadas.
300 30
250 25
200 20
Fontes dos climogramas: WMO 150 15
(World Meteorological Organization).
World Weather Information Service. 100 10
Disponível em: <http://worldweather. 50 5
wmo.int/en/city.html?cityId=1237>.
CLIMATEMPO. Climatologia. 0 0
Disponível em: <www.climatempo. J F M A M J J A S O N D
com.br>. Acesso em: 14 mar. 2018. Meses

158

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158

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Orientações gerais
Sevilha (Espanha) 10 Precipitação (mm) Temperatura (°C) Frankfurt (Alemanha) 9

Capítulo 5
120 30

Clima mediterrâneo:
100 25 Clima temperado: tem as • Após o estudo destas
apresenta invernos 80 20 quatro estações do ano bem páginas, avalie a com-
úmidos e verões 60 15 definidas. Os verões são preensão dos alunos so-
quentes com baixo quentes e os invernos bre as relações dos com-
40 10
rigorosos, com temperaturas
volume de
20 5 ponentes físico-naturais
precipitação. baixas e frequente precipitação
0 0 de neve.
como temperatura e pre-
J F M A M J J A S O N D
Meses cipitação para a definição
Precipitação (mm) Temperatura (°C)
120 30
das condições climáticas.
100 25
Para isso, os alunos de-
80 20
vem se dividir em du-
60 15
plas para analisarem os
climogramas apresenta-
8 40 10
20 5
dos. Com base em cada
9 0 0
um dos climogramas de-
J F M A M J J A S O N D
Meses
vem responder às ques-
7 tões a seguir.
> Quais são os meses que
10 Tiksi (Rússia) 8
registram maior volume
6 Clima polar: na maior parte do de chuvas? E em quais
ano, as temperaturas são muito meses registra-se o me-
5 baixas, em geral abaixo de 0 oC,
nor volume de chuvas?
apresentando pouca umidade.
Nestas regiões, as precipitações > Quais são os meses em
ocorrem principalmente em que as temperaturas se
forma de neve. mantêm mais elevadas? E
Precipitação (mm) Temperatura (°C) em quais meses elas per-
50 10
manecem mais baixas?
40 0

30 –10

20 –20

10 –30

0 – 40
J F M A M J J A S O N D
Meses

Fonte: IBGE.
Atlas geográfico
km escolar. 7. ed. Rio Ulan Bator (Mongólia) 7
de Janeiro, 2016. p. 58.
Clima desértico: caracteriza-se por ser
Bangalore (Índia) 5 Lhasa (Tibete – China) 6 extremamente seco durante a maior
parte do ano, sendo quente durante o
Clima tropical: tem como Clima de altas montanhas: ocorre dia e muito frio à noite. Existem climas
característica marcante o em áreas de elevada altitude, com desérticos com temperaturas médias
verão e o inverno bem verões curtos e invernos longos, elevadas, e também desertos frios,
definidos, ou seja, inverno seco apresentando temperaturas com temperaturas abaixo de 0 ° C em
e verão úmido e quente. baixas praticamente o ano todo. vários meses do ano.
Ilustrações: E. Cavalcante

159

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Orientações gerais
Climas do Brasil
• Aproveite o mapa de
O território brasileiro está localizado em áreas de baixas latitudes, ou seja, entre
Climas do Brasil para
explorar ainda mais esse 5o de latitude norte e 33o de latitude sul.
tema com os alunos. Uti- A maior parte do nosso território localiza-se na zona tropical da superfície terres-
lize as informações, con- tre, o que influencia a ocorrência de climas com temperaturas elevadas praticamente
tidas na tabela a seguir,
o ano todo. No entanto, cada um desses climas apresenta características particulares,
de três cidades brasilei-
ras, para questioná-los, como veremos a seguir.
por exemplo, sobre qual
o tipo de clima predo- Climas do Brasil
mina nessas cidades e
quais são as principais Clima equatorial:
características dos cli-

E. Cavalcante
Ocorre em grande parte da
mas identificados em ca-
porção norte do país. Esse
da uma delas. clima é influenciado pelas
massas de ar equatorial
continental quente e úmida, e
pela presença da densa
Floresta Amazônica e de sua
vasta rede hidrográfica.
Apresenta temperaturas
elevadas, com médias de 25 oC,
e chuvas abundantes durante a
maior parte do ano.

Clima tropical típico:

As temperaturas permanecem
elevadas ao longo do ano,
com médias de 22 oC. As
chuvas são abundantes no
verão, e o inverno é seco.
Esse clima é influenciado
pelas massas de ar tropical
continental, equatorial
continental, tropical marítima
e pelas massas de ar polares,
no inverno.

Amazônia: Um caminho
para o sonho.
M. C. Jachnkee. São Paulo:
Independente, 2011.
O livro narra a história de
cinco jovens que embarcam
em uma viagem para a
região amazônica. Lá eles
se encantam com os
aspectos naturais da
região, como o clima, os
mistérios, a cultura e o
meio ambiente amazônico. N N

O L O 0 L 240 0km 240 km


Fonte: IBGE. Atlas
geográfico escolar. 7. ed. S S

Rio de Janeiro, 2016. p. 99.

160

g20_ftd_lt_6vsg_c5_p160a171.indd 160 10/15/18 5:10 PM g20_


Características climáticas de algumas cidades do Brasil
Manaus–AM São Joaquim–SC Petrolina–PE
Temperatura média: Temperatura média: Temperatura média:
27 °
C 14 °
C 26,3 °
C
Fonte: CLIMATEMPO.
Precipitação média: Precipitação média: Precipitação média:
Climatologia. Disponível em:
190 mm 141 mm 50 mm <www.climatempo.com.br>.
Acesso em: 14 set. 2018.

160

g20_ftd_mp_6vsg_c5_p138a171.indd 160 10/16/18 3:15 PM


Orientações gerais

Capítulo 5
1. Qual(is) tipo(s) de clima atua(m) no estado onde você mora?
• Para trabalhar de for-
ma lúdica com os alu-
Resposta pessoal. Verifique se os alunos identificaram no estado o tipo de clima atuante nele.
2. Converse com os colegas e com o professor sobre as características do clima do nos sobre as condições
lugar onde vocês moram. Resposta pessoal. Verifique se as considerações dos
alunos estão coerentes com a atividade proposta.
climáticas, sugerimos o
acesso ao site indicado a
seguir. Nesse site estão
disponíveis histórias em
quadrinhos sobre dife-
rentes condições climáti-
cas, experiências que os
alunos podem fazer em
Clima semiárido: casa e na escola, assim
Quente e seco com chuvas como consultar a previ-
concentradas em alguns são do tempo.
meses do ano e longos
> Clima Kids Turma
períodos de estiagem,
apresentando temperaturas da Mônica. Disponível
médias superiores a 26 oC. em: <http://livro.pro/
Recebe influência tanto das p88keg>. Acesso em: 14
massas de ar equatoriais set. 2018.
quanto tropicais marítimas
e, ocasionalmente, de
massas de ar polares.

Clima tropical úmido:


Apresenta temperatura
média de 22 oC, com chuvas
abundantes, ocasionadas
pela influência das massas
de ar equatorial e tropical
marítimas. Durante o
inverno, com a aproximação
da massa de ar polar
marítima, as temperaturas
tendem a ser mais amenas.

Clima subtropical:
Apresenta verões quentes por
conta da influência das
massas de ar tropical marítima
e tropical continental, com
temperaturas que alcançam
30 oC. O inverno é
influenciado pela massa de
ar polar marítima, que torna
as temperaturas mais baixas,
muitas vezes com ocorrência
de geada e neve em algumas
localidades. As chuvas são
bem distribuídas ao longo do
ano.

161

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161

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BNCC
• Ao estudar as influên- O clima e o modo de vida das pessoas
cias do clima nos modos
O ser humano procurou se adaptar, entre outros aspectos, ao tipo de clima existente
de vida das pessoas, é
nas diversas áreas da superfície terrestre que passou a habitar. Dessa forma, podemos
possível desenvolver um
trabalho contemplando relacionar alguns hábitos alimentares, tipos de moradia e de vestuário das pessoas às
a competência especí- características climáticas da região onde vivem. Observe alguns exemplos abaixo.
fica de Ciências Huma-
nas 1. Para isso, peça aos

R R/Shutterstock.com
alunos que pesquisem
em livros, revistas e na
internet textos, fotogra-
fias ou ilustrações que
mostrem a influência de
algum tipo de clima so-
bre as atividades huma-
nas como, por exemplo,
os povos ribeirinhos do
Brasil, os inuítes no Po-
lo Norte e os moken no
sudeste da Ásia. Entre os
aspectos que podem ser
pesquisados, temos os
hábitos alimentares, os
tipos de moradia e ves-
tuário, as técnicas uti- Na fotografia acima, podemos observar pessoas com roupas apropriadas para enfrentar as baixas
lizadas para se adaptar temperaturas registradas em Sófia, Bulgária, 2018.
às condições climáticas
O modo como nos vestimos está relacionado com o clima do lugar onde moramos.
etc. Peça aos alunos que
apresentem aos demais Em regiões de clima polar, por exemplo, é necessário o uso de roupas grossas para
colegas as informações manter o corpo aquecido.
que obtiveram em suas Devido ao clima quente e chuvas escassas ao longo do ano, no Mali, país do continen-
pesquisas. te africano, existem moradias construídas com barro e sem telhados inclinados, pois não
• Aproveite a oportu- há necessidade de escoamento da água das chuvas em razão da escassez de precipitação.
nidade para incentivar
ações de valorização e
Souleymane Ag Anara/AFP

respeito às diferentes
identidades dos povos
pelo mundo. Para que
sejamos respeitados por
nossos hábitos e costu-
mes, é necessário que
também respeitemos os
demais. Esse tema pos-
sibilita um trabalho com
o tema contemporâneo
Diversidade cultural.
• Com este trabalho
podem ser desenvol-
vidas as habilidades
EF06GE06 e EF06GE07
podem ser desenvolvi-
das com estes conteú- Na fotografia, um conjunto de casas de telhado reto em Gao, Mali, 2018.
dos, pois os alunos serão
capazes de identificar 162
nas paisagens as trans-
formações realizadas
pelo trabalho humano
buscando adequar-se às g20_ftd_lt_6vsg_c5_p160a171.indd 162 10/15/18 5:10 PM g20_

condições climáticas dos


lugares que habitam.

162

g20_ftd_mp_6vsg_c5_p138a171.indd 162 10/16/18 3:15 PM


Já em alguns países de clima frio, onde a precipitação de neve é intensa em al- Sugestão de atividade

Capítulo 5
guns meses do ano, as moradias são construídas com telhados bem inclinados para O clima e os modos
evitar o acúmulo de neve sobre elas durante esses períodos. de vida
Objetivos
• Compreender a influ-

David Noton Photography/Alamy/Fotoarena


ência do clima no lugar
onde vivem.
• Realizar entrevistas
com pessoas da comuni-
dade para conhecer seus
modos de vida.
a ) Peça aos alunos que
organizem a sala de aula
colocando as carteiras em
um grande círculo. Per-
gunte a eles de que forma
o clima exerce influência
em seu cotidiano.
b ) Proponha que eles rea-
lizem entrevistas com al-
gumas pessoas da comu-
nidade (determine a quan-
Acima, um conjunto de casas de telhados inclinados em Valais, Suíça, 2018. tidade, por exemplo, dois
ou três entrevistados por
aluno). O objetivo é des-
A atividade agrícola está diretamente relacionada às características climáticas da re-
cobrir qual a influência do
gião onde é desenvolvida. Ao observarmos as paisagens rurais, percebemos que, geral- clima nos hábitos do dia a
mente, são cultivadas lavouras que se desenvolvem melhor no clima que ocorre no lugar. dia dessas pessoas, por
O trigo, a cevada e o centeio, por exemplo, são cereais que se desenvolvem melhor em exemplo, na alimentação,
regiões de clima que apresentam temperaturas mais amenas. Já o feijão, o milho e a no vestuário, no lazer, en-
soja são plantas que preferem temperaturas mais elevadas para se desenvolver. tre outras informações
que os alunos consegui-
rem obter.

DJ Cockburn/Shutterstock.com
c ) Organize com eles al-
gumas perguntas que
poderão fazer para os
entrevistados. Peça que
tragam a entrevista para
a sala de aula e proponha
que conversem com os
colegas sobre o tema.
d) Esta atividade possi-
bilita um trabalho com o
tema contemporâneo Vi-
da familiar e social, ao
estimular o convívio fa-
miliar e com diferentes
pessoas do bairro e da
cidade.

Na fotografia, vemos uma lavoura de trigo em Faversham, Inglaterra, 2018.

163

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163

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BNCC
• A relação entre os pa- O clima e as formações
drões climáticos e as
formações vegetais per-
vegetais do planeta
mite um trabalho com as A superfície terrestre é composta por diversas paisagens. O que torna essas pai-
habilidades EF06GE05 sagens diferentes entre si é a interação dos elementos naturais, como clima, relevo,
e EF06GE11. Converse
solo, hidrografia e vegetação.
com os alunos e ques-
tione-os de que forma o Em nosso planeta, podemos observar paisagens com variados tipos de vegetação:
clima influencia na com- extensas florestas, vegetação escassa em meio aos desertos, vegetação que durante
posição das formações boa parte do ano sobrevive sob uma camada de gelo, entre outros.
vegetais.
O tipo de solo e o relevo são fatores importantes no desenvolvimento das forma-
ções vegetais, no entanto, o clima é o elemento natural que mais interfere nessas
Integrando saberes
formações. Isso ocorre porque o padrão de chuvas e de temperaturas, próprios de
• O tema abordado nes- cada tipo climático, favorece ou não o desenvolvimento de determinadas espécies
tas páginas possibilita vegetais.
uma articulação com o
componente curricular Vamos observar a seguir a distribuição das principais formações vegetais em nos-
de Ciências, na medida so planeta e conhecer características específicas de algumas delas.
em que transita pelas
características físico-
-naturais das formações
vegetais. Para enrique- Formações vegetais do mundo
cer o estudo, converse
com o professor desse
componente e solicite a
ele que apresente mais
informações sobre as es-
pécies vegetais comuns
nas formações estuda-
das e também espécies
da fauna encontradas
E. Cavalcante

nas regiões em que essas


formações se localizam.

Orientações gerais

• Para avaliar a aprendi-


zagem dos alunos a res-
peito do clima e das for-
mações vegetais, solicite
a eles que elaborem um
quadro-síntese das prin- 0 2 340 4680 km
cipais informações sobre
as características físico- Fonte: IBGE.
-naturais das formações Atlas
geográfico
vegetais. Peça que ela- escolar. 7. ed.
borem o quadro-síntese Rio de Janeiro,
em uma folha de papel 2016. p. 61.
sulfite, na horizontal, pa-
ra as informações fica-
rem mais bem dispostas.
Acompanhe a execução • Identifique, no mapa acima, qual formação vegetal é predominante nas zonas
da atividade para certi- tropicais da Terra. Floresta pluvial tropical.
ficar-se de que as infor-
mações estão corretas. 164
Eles poderão utilizar o
modelo a seguir.

Formação vegetal Características climáticas


g20_ftd_lt_6vsg_c5_p160a171.indd 164
Espécies vegetais encontradas 10/15/18 5:10 PM g20_

Floresta pluvial tropical Temperaturas elevadas e grande precipitação durante todo o ano. Jacarandá e mogno.
Vegetação do tipo caducifólia,
Floresta temperada Clima temperado.
como a faia, o carvalho e a sequoia.
Regiões próximas às zonas polares da Terra, onde o clima apresenta
Floresta de coníferas Pinheiros adaptados ao inverno rigoroso.
temperaturas extremamente baixas.

164

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Orientações gerais
Floresta pluvial tropical

Capítulo 5
Rita Barreto/Fotoarena
Desenvolve-se na porção intertropical do
• Oriente os alunos a
localizarem o Brasil no
planeta, que apresenta temperaturas elevadas e mapa e a identificarem
grande precipitação durante todo o ano. Suas as formações vegetais
florestas são densas e ricas em biodiversidade. existentes no país. Veri-
Os jacarandás e o mogno são espécies comuns fique se os alunos con-
nessas florestas. cluem que uma grande
parte do Brasil é coberta
A Floresta Amazônica (na América do pela vegetação de Flo-
Sul), a Floresta de Bornéu (na Ásia) e a Flo- resta pluvial tropical e
resta do Congo (na África), embora também outra pela vegetação de
recebam o nome de florestas equatoriais, são Savana (Cerrado).
exemplos de florestas tropicais.
Floresta tropical no estado do Amazonas (AM), 2016.

Floresta temperada

Bill Lea/Dembinsky Photo Associates/Alamy/Fotoarena


Desenvolve-se em áreas com predomínio
de clima temperado. Sua biodiversidade é
menor que a das florestas tropicais, no en-
tanto, maior que a da floresta de coníferas.
As florestas temperadas são compostas
principalmente pela vegetação do tipo cadu-
cifólia, como a faia, o carvalho e a sequoia.
Essa formação vegetal se localiza basica-
mente entre os círculos polares e os trópicos.

Floresta temperada em Tennessee, Estados Unidos, 2017.

Tundra

Ray Bulson/Alamy/Fotoarena
Desenvolve-se em regiões de clima polar
no curto período do verão, quando ocorre o
degelo de algumas áreas. Caracteriza-se co-
mo uma vegetação rasteira, composta basi-
camente por musgos, plantas herbáceas e
liquens.

Vegetação de tundra no Alasca,


Estados Unidos, 2017.

Biodiversidade: termo utilizado para se referir à grande diversidade biológica, ou seja, variedade de espécies
vivas existentes em uma área.
Caducifólia: tipo de planta que perde suas folhas na estação fria ou no período de seca. Esse tipo de vegetação é
comum nas florestas do leste da América do Norte, no leste da Ásia e no oeste da Europa.
Líquen: grande grupo de organismos originados da união de algas e fungos. Os liquens podem crescer em rochas
e troncos de árvores.
Planta herbácea: vegetal de pequeno porte cujo caule e ramos são verdes e flexíveis.

165

:10 PM
Formação vegetal
g20_ftd_lt_6vsg_c5_p160a171.indd 165
Características climáticas Espécies vegetais encontradas
10/15/18 5:10 PM

Tundra Clima polar no curto período do verão. Musgos, plantas herbáceas e liquens.
Savana Clima tropical típico, com uma estação seca e outra chuvosa. Gramíneas e capins.
Estepes são encontradas em regiões de clima semiárido,
Estepe e pradaria Gramíneas, arbustos e plantas herbáceas.
já as pradarias, em áreas de clima mais úmido.
Vegetação do deserto Clima árido. Cactos.

165

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Material digital
Floresta de coníferas Veja no material audiovisual o vídeo

Zoonar GmbH/Alamy/Fotoarena
• Uma estratégia para sobre Fatores do clima e vegetação.

avaliar a aprendizagem Desenvolve-se em regiões próximo às zonas


dos alunos sobre os tipos
polares da Terra, onde o clima apresenta tempera-
de clima e sua relação
com as formações vege-
turas extremamente baixas. A floresta de coníferas,
tais e outros elementos é ou floresta boreal, é constituída principalmente por
desenvolver a sequência pinheiros adaptados a invernos bastante rigorosos.
didática 8, disponível no
material digital, pois esse
material permite traba-
Floresta de coníferas na Sibéria, Rússia, 2016.
lhar com as habilidades
EF06GE03, EF06GE05,
EF06GE10 e EF06GE11. Savana
Zoonar GmbH/Alamy/Fotoarena

Vegetação composta por gramíneas e capins


Material audiovisual que recobrem o solo e ainda por árvores e arbus-
• Um dos materiais dis- tos dispersos. É encontrada em regiões de clima
poníveis nesta coleção tropical típico, com uma estação seca e outra chu-
trata dos fatores do cli- vosa. No Brasil, esse tipo de vegetação recebe o
ma e sua relação com nome de cerrado.
as formações vegetais,
assim como da ação do
ser humano interferin-
Paisagem de savana no parque Massai Mara no Quênia, 2017.
do no clima e na vege-
tação. Trata-se de uma
animação, ou seja, um Estepe e pradaria
Gerson Gerloff/Pulsar Imagens

vídeo curta-metragem
Vegetações constituídas de gramíneas, ar-
que apresenta imagens
acompanhadas de textos bustos e plantas herbáceas, encontradas princi-
explicativos. palmente nas zonas temperadas do planeta. A
diferença entre essas vegetações é que as estepes
são encontradas em regiões de clima semiárido, já
as pradarias, em áreas de clima mais úmido. Ge-
ralmente, nas áreas de pradarias são desenvolvi-
das atividades pecuárias, pois a vegetação serve
como pastagem natural. No sul do Brasil, esse ti-
po de vegetação é denominado pampa.
Vegetação de pradaria em São Borja (RS), 2017.

Deserto
Edwin Remsberg/Alamy/Fotoarena

Vegetação que se desenvolve em regiões de


clima árido, adaptada à escassez de água e à
grande variação de temperatura entre os dias e as
noites. Algumas espécies possuem raízes profun-
das para alcançar os lençóis subterrâneos de água,
enquanto outras nascem, florescem e morrem em
poucos dias, por causa da falta de água. Os cactos
são um exemplo de plantas nativas dos desertos.
Vegetação de deserto na Namíbia, África, 2017.

166

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BNCC

Capítulo 5
Formações vegetais e a ação humana • Aproveite esse mo-
Atualmente, as áreas originais das formações vegetais, mostradas no mapa da página 164, mento para trabalhar o
encontram-se bastante alteradas. Veja no planisfério a seguir as áreas alteradas das formações tema contemporâneo
vegetais do planeta e algumas causas da devastação em determinados países do mundo. Educação ambiental,
apontando para a im-
portância da preserva-
Formações vegetais e áreas ção e da conservação do
alteradas pelo ser humano ambiente natural para a
manutenção da vida no
planeta. Leve-os à re-
flexão sobre as causas
1
do desmatamento e ex-
4 plique que a devastação
7 mostrada no mapa é ge-
ralmente causada pela
6
ação humana. Com base
nisso, solicite a eles que

E. Cavalcante
3
5 construam argumentos
2
para a defesa do meio
ambiente. Esse conteú-
do possibilita uma abor-
dagem da competência
específica de Ciências
Humanas 6, assim como
da habilidade EF06GE11.
0 2 680 5 360 km

Fontes: IBGE. Atlas


geográfico escolar. Integrando saberes
• Convide
7. ed. Rio de Janeiro,
2016. p. 61-63. o professor
de Ciências para desen-
volver uma atividade
1 Entre os motivos do desmatamento no Canadá, estão a agropecuária, a expansão urbana e a de reconhecimento dos
construção de vias de transporte. impactos causados nas
formações vegetais do
2 No Brasil, a agropecuária, a expansão urbana, a construção de usinas hidrelétricas e o
consumo de madeira pela população estão entre as causas do desmatamento florestal. mundo. Oriente os alu-
nos a escreverem uma
3 Entre os motivos do desmatamento na República do Congo estão a prática da agricultura, a carta direcionada a um
expansão urbana, a mineração, a extração de madeira e a construção de estradas. colega de turma sobre
como ele imagina que
4 Na Espanha, a agropecuária, a extração de madeira e as queimadas estão entre as causas do
desmatamento florestal. será o mundo caso o
desmatamento continue.
5 Grandes extensões de floresta sofrem com queimadas na Indonésia. O desmatamento também Aproveite o momento
acontece devido à extração de madeira para o consumo da população, áreas mineradoras e para avaliar a compre-
plantação de palma para a produção de óleo. ensão dos alunos sobre
6 Entre as causas do desmatamento na Índia, temos a construção de usinas hidrelétrica e a responsabilidade ética
nuclear, a extração de madeira para a indústria de papel e a expansão das áreas urbanas e que cada ser humano
agropecuárias. tem sobre o meio am-
biente, conforme orienta
7 Na China, intensa industrialização e extensas áreas de plantação de eucalipto estão entre as a competência geral 10
causas do desmatamento. da BNCC.

167

:10 PM Orientações gerais


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• Comente com os alunos que o futuro das • Explique aos alunos que os eucaliptos tam- as formações vegetais e a ação humana, su-
florestas tropicais é uma preocupação para a bém formam florestas, porém não apresen- gerimos a leitura a seguir.
humanidade. O rápido crescimento dos cen- tam as mesmas características de biodiver- > MORAN, Emilio F.; OSTROM, Elinor (Org.).
tros urbanos, acompanhado do corte de árvo- sidade, assim como os habitáts para muitas
res para a extração de madeira e a criação de Ecossistemas florestais: interação homem-
espécies de animais e plantas nativas. -ambiente. Tradução: Diógenes S. Alves e Ma-
áreas de pastagem ou lavouras, vem destruin-
do vastas áreas dessa formação vegetal. • Para aprofundar seus conhecimentos sobre teus Batistella. São Paulo: Senac/Edusp, 2009.

167

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BNCC
• Comente com os alu-
Explorando
nos que os povos da
floresta, também conhe-
o tema Alimentos da floresta
cidos como populações
tradicionais da Amazô-
nia, são grupos de pes- Os povos que habitam algumas áreas da Floresta Amazônica sabem dos benefícios
soas que têm seus mo- das plantas, das flores e das frutas nativas dessa região, por isso as utilizam na
dos de vida e sustento alimentação e também para fins medicinais.
por meio da extração de
Conheça as principais características do perfil da vegetação amazônica e
recursos naturais, como
os seringueiros, os cas- algumas espécies de frutas e plantas existentes em cada parte da floresta.
tanheiros e os indígenas.
Muitos se dedicam tam- 1 Nos terrenos mais altos e afastados dos rios, encontram-se os
solos mais pobres, porém com árvores de grande porte, como a
bém à caça e à pesca não castanheira, a sumaúma, a sapopema e a maçaranduba. Esse
predatória e também à grupo de vegetação é conhecido por mata de terra firme. A
agricultura de subsistên- serrapilheira, camada de folhas e de outros restos de plantas que
cia. Os saberes e vivên- se acumula na porção superficial do solo, fornece os nutrientes
cias desses povos fazem necessários para a sustentação dessa parte da floresta.

parte de sua identidade, e


conhecer suas caracterís-
ticas é uma forma de va- A produção e a venda da
lorizá-los e respeitá-los. castanha garantem o sustento
de muitas famílias na região
Esse assunto contempla

mirella cosimato/
Shutterstock.com
Amazônica. Contudo, a
a habilidade EF06GE02 derrubada das castanheiras
e a competência geral 6 para a construção de estradas,
da BNCC. barragens e criação de gado

• Ao reconhecer a im- está colocando essa espécie


em risco de extinção.
portância que as flores-
tas têm para esses povos,
os alunos serão capazes
de agir com respeito e
responsabilidade diante
das questões socioam-
bientais postas nestas
páginas, podendo assim
desenvolver um traba-
lho com a competência
específica de Ciências
Humanas 6 e a com-
petência específica de
Geografia 7.

1
2

168

Orientações gerais
g20_ftd_lt_6vsg_c5_p160a171.indd 168 10/15/18 5:10 PM g20_

• As atividades econômicas exercidas pelos povos da rimos a leitura do texto a seguir.


floresta devem estar em consonância com a conserva- > LINHARES, Jairo Fernando Pereira. Populações tradi-
ção ambiental para manutenção da biodiversidade. Para cionais da Amazônia. Disponível em: <http://livro.pro/
aprofundar seus conhecimentos sobre esse tema, suge- suu88i>. Acesso em: 14 set. 2018.

168

g20_ftd_mp_6vsg_c5_p138a171.indd 168 10/16/18 3:16 PM


Orientações gerais

Capítulo 5
• O conteúdo desta pá-
gina permite um traba-
Muitos alimentos da floresta possuem lho com a competência
alto valor nutricional, veja. geral 8 da BNCC. Para
Calorias / Vitaminas e
a ) Você já conhecia algum desses frutos? Sa- complementar o estudo,
Fruta bia da importância que eles têm para os leia o texto a seguir.
100 g minerais
povos da floresta ou para diversas ativida- > Bacuri – É proveniente
B2, cálcio, ferro, de uma árvore alta, o ba-
Açaí 58 kcal des econômicas?
fósforo curizeiro, da família das
b) Em sua opinião, como podemos contribuir clusiáceas. O fruto tem
C, ferro, fósforo,
Bacuri 105 kcal para manter a biodiversidade da região
cálcio tamanho semelhante ao
amazônica e de outras formações vege- de uma maçã e é usado
Camu-camu 31 kcal C tais, principalmente daquelas existentes para fazer sucos, sorve-
nas proximidades de onde você vive? tes e doces. Em seu caule
Castanha do Cálcio, fósforo,
643 kcal Veja as respostas das questões nas há látex e possui uso me-
Brasil ferro
orientações ao professor. dicinal, pois apresenta
B1, B2, cálcio,
propriedades diuréticas.
Cupuaçu 49 kcal 3 Nos terrenos mais baixos, à beira de rios,
ferro, fósforo > Camu-camu – É pro-
de igarapés e em solos permanentemente
alagados, desenvolve-se uma vegetação
veniente de uma árvore
Fonte: BRASIL. Ministério da Saúde. Disponível em:
<http://189.28.128.100/dab/docs/portaldab/publicacoes/livro_ denominada mata de igapó, composta de porte médio e é a fru-
alimentos_regionais_brasileiros.pdf>. Acesso em: 1º set. 2018. basicamente por árvores, arbustos e cipós. ta que mais possui vita-
Nessas áreas, é muito comum a presença mina C até o momento,
Valentina Razumova/

de vitórias-régias, plantas com imensas ganhando inclusive da


Shutterstock.com

2 Em terrenos um pouco mais folhas arredondadas que flutuam sobre a


elevados, desenvolve-se a mata acerola. Seu aspecto é
superfície das águas mais rasas e calmas.
de várzea, composta de ervas parecido com o de uma
e capins comuns à região, ameixa, e as suas folhas
O açaí é utilizado de árvores mais altas, como podem ser aproveitadas

Shutterstock.com
diversas maneiras como palmeiras de buriti e açaí, e

Videowokart/
para fazer chá, pois es-
alimento e também para a seringueiras, que chegam a
atingir mais de 40 metros de
tudos revelaram haver
fabricação de cosméticos.
altura. Esses terrenos são propriedades para me-
caracterizados por inundações lhorar a imunidade. É
periódicas que fertilizam o solo A vitória-régia, que pode chegar a 2 metros muito usada em produ-
com nutrientes depositados de diâmetro, é comumente utilizada na tos cosméticos antienve-
pelos rios. alimentação, em tratamentos medicinais e lhecimento.
na indústria de cosméticos.
> Açaí – tipo de palmeira
que produz um fruto rico
em ferro e muito presente
na alimentação da popu-
lação da região Norte do
Brasil. Atualmente, tem
sido amplamente comer-
cializado pelo restante do
país, consumido na for-
ma de suco ou congelado.
Também é utilizado na in-
dústria de cosméticos.
Luciane Mori

> Cupuaçu – É prove-


niente de uma árvore de
porte médio, e os frutos
3 são marrons, compridos,
com uma média de 20
centímetros de altura. Na
169 alimentação é usado pa-
ra a produção de musses,
sucos, cremes e sorvetes.
Nos cosméticos seu uso
:10 PM Respostas
g20_ftd_lt_6vsg_c5_p160a171.indd 169 10/15/18 5:10 PM é para a produção de
óleos, hidratantes, xam-
A Resposta pessoal. O aluno deve expor se já conhece para termos esses e muitos outros frutos e espécies à
pus e sabonetes.
algum desses frutos e refletir sobre a importância deles disposição das populações que dependem deles, e tam-
para as situações citadas. bém pela preservação da flora e da fauna. Cuidando da
B Resposta pessoal. Devemos respeitar o meio ambien- floresta teremos à disposição vários compostos que po-
te, não utilizar recursos naturais sem necessidade ou de dem, inclusive, conter princípios e fármacos para a cura
maneira predatória. Devemos conservar a biodiversidade de doenças graves como o câncer, por exemplo.

169

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Orientações gerais Atividades 1. As diferenças nas temperaturas podem ser explicadas pelo
• Para responder à ativi- tipo de clima que atua nas cidades mencionadas. Na cidade
de Manaus ocorre o clima equatorial, que apresenta
dade 5, peça aos alunos temperaturas elevadas durante a maior parte do ano. Já em
que atentem para a gra- 2. Isso ocorre
porque o padrão
Exercícios de compreensão São Joaquim atua o clima subtropical, cujas temperaturas
duação do eixo da preci- de chuvas e de são mais baixas, sendo comum ocorrerem geada e neve.
pitação. Explique que o temperaturas, 1. No dia 15 de julho de 2010, a cidade de Manaus, no estado do Amazonas, regis-
próprios de cada trou uma temperatura máxima de 31 oC. Nesse mesmo dia, em São Joaquim, no
eixo da precipitação de tipo climático,
Jacarta tem valores mui- favorece ou não o estado de Santa Catarina, a temperatura máxima registrada foi de 14 oC. Como
to mais elevados que o desenvolvimento
de determinadas
você explica o fato de ocorrerem em um mesmo dia temperaturas tão diferentes
de Copenhague. espécies vegetais. em duas cidades localizadas no Brasil?

Integrando saberes 3. b) Resposta 2. Por que o clima é considerado o elemento natural que mais interfere no desenvol-
pessoal.
• Apresente aos alunos Incentive os
alunos a
vimento das formações vegetais? Explique, escrevendo sua resposta no caderno.
os gráficos a seguir, que pensarem 3. Compare o mapa da página 164 com o apresentado na página 167 e responda às
contêm o percentual de sobre os
benefícios das questões a seguir.
área desmatada e de re- formações
manescente florestal de vegetais a ) Identifique, no caderno, quais formações vegetais encontram-se mais alteradas.
alguns países. Esta ativi- nativas para o As florestas temperadas e a vegetação mediterrânea.
ser humano. b ) Por que é importante preservar essas formações vegetais?
dade favorece uma abor- Comente sobre
dagem da competência a relação das
formações 4. Conforme você estudou, escreva, no caderno, quais são as principais causas
específica de Ciências
Humanas 6, pois esti-
vegetais com a da devastação das formações vegetais no planeta. A atividade agropecuária, a
biodiversidade industrialização, a extração de madeira para consumo da população, a expansão urbana, a mineração etc.
mula nos alunos a cons- e com o clima,
entre outros Geografia no contexto
ciência socioambiental
aspectos.
ao incentivar a análise 5. Os climogramas abaixo representam dois tipos de climas diferentes. Observe-os
dos gráficos referentes e depois responda às questões no caderno.
ao desmatamento.
• Você poderá utilizar Copenhague (Dinamarca) Jacarta (Indonésia)
esta atividade como
complemento do conteú-
Precipitação (mm) Temperatura (°C) Precipitação (mm) Temperatura (°C)
do da página 167. 400 40 400 40

República do Congo 320 32 320 32


Congo
240 24 240 24

34% 160 16 160 16

66% 80 8 80 8

Ilustrações: E. Cavalcante
0 0 0 0
J F M A M J J A S O N D J F M A M J J A S O N D
Meses Meses
China
China
Fonte: WMO (World Meteorological Organization). World Weather Fonte: WMO (World Meteorological Organization). World Weather
Information Service. Disponível em: <https://worldweather.wmo. Information Service. Disponível em: <https://worldweather.wmo.

22%
int/en/city.html?cityId=190>. Acesso em: 16 ago. 2018. int/en/city.html?cityId=310>. Acesso em: 16 ago. 2018.

78% a ) Qual climograma representa o clima equatorial? E qual representa o clima


temperado? Oclimograma
climograma de Jacarta representa o clima equatorial e o
de Copenhague representa o clima temperado.
b ) Com base nas informações apresentadas nos climogramas, descreva as carac-
terísticas do clima equatorial e do clima temperado.
Índia O clima equatorial, representado pelo climograma de Jacarta, é caracterizado por apresentar temperaturas médias elevadas
Índia 170 e por registrar grande quantidade de chuvas ao longo do ano. Já o clima temperado, representado pelo climograma de
Copenhague, apresenta verões quentes e invernos rigorosos, com temperaturas baixas e frequente precipitação de neve.

23%
Keithy Mostachi
Ilustrações:

77% • Aproveite para trabalhar com as seguintes questões.


g20_ftd_lt_6vsg_c5_p160a171.indd 170 Resposta: A atividade agropecuária, a industrialização, a10/15/18 5:10 PM g20_

a ) Qual país possui a menor quantidade de formações extração de madeira para consumo da população, a ex-
vegetais remanescentes? pansão urbana, a mineração etc.
Fonte dos gráficos: FAO (Food d) Por que é importante preservar essas formações vegetais?
and Agriculture Organization).
Resposta: China. Resposta: Resposta pessoal. Incentive os alunos a pen-
Disponível em: <www.fao.org.br/ b) Qual país possui a menor área desmatada? sarem sobre os benefícios das formações vegetais na-
download/i2000e. pdf>. Acesso
em: 3 dez. 2014. Resposta: República do Congo. tivas para o ser humano. Comente sobre a relação das
c ) Quais as principais causas do desmatamento no mundo? formações vegetais com a biodiversidade e com o clima,
entre outros aspectos.

170

g20_ftd_mp_6vsg_c5_p138a171.indd 170 10/16/18 3:16 PM


6. As imagens a seguir retratam lavouras temporárias desenvolvidas no estado do Refletindo sobre o

Capítulo 5
capítulo
Paraná, no ano de 2017. Sabendo que neste estado predomina o clima subtropi-
cal, como você explica a opção dos agricultores em alternar os tipos de lavouras • Comente com os alu-
em suas propriedades? Anote a resposta no caderno. nos que a realização da
autoavaliação é impor-
tante para refletir sobre
o que e como aprendeu,
Ernesto Reghran/Pulsar Imagens

Sergio Ranalli/Pulsar Imagens


tomando consciência do
seu percurso de aprendi-
zagem.
• Leia com os alunos as
informações, promova
uma conversa sobre os
temas e avalie se o estu-
do atingiu seus objetivos
e se os alunos desenvol-
veram as habilidades in-
dicadas no decorrer deste
capítulo.
> Averigue se eles iden-
Lavoura de trigo, no período de inverno no estado do Lavoura de soja, no período de verão no estado do tificam quais são as ca-
Paraná, 2017. Paraná, 2017. madas que compõem a
Nesse tipo de clima os invernos são amenos e mais secos, condições melhores para o desenvolvimento de lavouras de trigo. No atmosfera e as caracte-
verão o clima é mais úmido e com temperaturas mais elevadas, ideais para o desenvolvimento de lavouras de soja.
rísticas dos elementos
Lavoura temporária: lavoura que se desenvolve em períodos de curta duração. atmosféricos.
> Observe se eles com-
Refletindo sobre o capítulo preendem como os ele-
Agora que você concluiu o estudo deste capítulo, reflita sobre os temas nele apresentados. mentos atmosféricos
Faça uma autoavaliação do seu aprendizado a partir das afirmações a seguir. interagem na formação
de fenômenos, como a
• A atmosfera da Terra é dividida em cinco camadas: troposfera, estratosfera, mesosfera, chuva, o vento e as mas-
termosfera e exosfera. sas de ar.
• Ventos, nuvens e precipitações são fenômenos atmosféricos que se formam a partir da > Certifique-se de que
interação de elementos atmosféricos, como temperatura, pressão e umidade. os alunos compreende-
ram a diferença entre
• A temperatura atmosférica varia de acordo com a latitude, a altitude, a maritimidade e a tempo atmosférico e cli-
continentalidade. ma e como se realizam
• A pressão atmosférica pode ser definida como o peso que o ar exerce sobre qualquer a previsão do tempo e a
lugar da superfície terrestre. análise do climograma.
• As diferenças de temperatura e de pressão atuam no deslocamento do ar, que se desloca > Constate se eles iden-
das áreas de alta pressão para as áreas de baixa pressão. Esse movimento do ar pode tificam com clareza os
ocorrer em escala global ou local. principais tipos de clima
existentes no mundo e
• Tempo atmosférico corresponde às características da atmosfera em um determinado mo- no Brasil e como o clima
mento e lugar. Já o clima corresponde às características do tempo atmosférico de um interfere no cotidiano
lugar, registradas ao longo de um período mínimo de tempo de 30 anos. das pessoas.
• Os climas da Terra são influenciados por fatores como latitude, altitude, continentalidade > Verifique se os alunos
e maritimidade. reconhecem que o clima
interfere na distribuição
• O clima influencia as formações vegetais do planeta que, atualmente, se encontram bas- das formações vegetais e
tante alteradas pela ação humana. se analisam criticamente
a interferência das ativi-
171 dades humanas.
> Examine a percepção
dos alunos quanto à im-
portância da Floresta
:10 PM g20_ftd_lt_6vsg_c5_p160a171.indd 171 10/15/18 5:10 PM Amazônica para os po-
vos que a habitam e os
benefícios das plantas
para a alimentação e a
medicina.

171

g20_ftd_mp_6vsg_c5_p138a171.indd 171 10/16/18 3:16 PM


Objetivos do capítulo lo
• Identificar

tu
e compre-

A natureza e a


Ca
ender a relação de in-
terdependência dos ele-
mentos da natureza nas

sociedade nas
paisagens terrestres.
• Relacionar o processo
de formação dos solos

paisagens
à interdependência dos
elementos da natureza.
• Compreender a influ-
ência das correntes ma-
rítimas na característica
de alguns tipos de clima.
• Compreender a dinâ-
mica básica do fenôme-
no El Niño, suas causas e
consequências.
• Identificar a relação
entre a altitude do relevo
e a vegetação.
• Observar as interações
de sociedade e natureza,
que se manifestam na
paisagem, retratadas em
pinturas ou fotografias.
• Identificar as relações
entre os elementos da
natureza e a sociedade.
• Relacionar as trans-
formações identificadas
nas paisagens à intera-
ção da sociedade com
meio natural.
• Reconhecer a utiliza-
ção da rede hidrográfica
para a geração de ener-
gia hidrelétrica e também
como vias de transporte.
• Relacionar as caracte-
rísticas do clima, do rele-
vo e dos solos à ativida-
de agrícola.

Na fotografia
podemos observar o
Mosteiro Meteora
na Grécia, 2018.

172

Orientações gerais
g20_ftd_lt_6vsg_c6_p172a183.indd 172 10/15/18 4:49 PM g20_

• Incentive os alunos a observarem a foto- alto avanço tecnológico na área de enge- • Comente com os alunos que os mosteiros
grafia e leve-os a perceber os diferentes ele- nharia civil. são espaços religiosos habitados por mon-
mentos naturais e culturais ali retratados. • Dê exemplos de construções semelhantes ges e/ou monjas. As edificações do Mostei-
• Comente com eles sobre os possíveis de- a essas no Brasil, por exemplo, a igreja da ro Meteora começaram a ser construídas no
safios encontrados para construir as edi- Penha, na cidade do Rio de Janeiro, construí- século XV. Pesquisadores estimam que as
ficações no alto do morro. Esclareça que da no alto de um morro, ou procure exemplos formações rochosas tenham começado há
construções como essas dependem de um de construções desse tipo em seu município. 60 milhões de anos pela erosão fluvial.

172

g20_ftd_mp_6vsg_c6_p172a191.indd 172 10/16/18 3:35 PM


BNCC

Zoran Milosavljevic/
Shutterstock.com
Como estudamos anteriormente, o relevo, o • Este estudo favore-
clima e a vegetação estão em constante inter- ce uma abordagem das
dependência, atribuindo características dife- competências específi-
rentes às paisagens. O tipo de vegetação cas de Geografia 1, 2 e 3.
Incentive os alunos a re-
encontrado em um lugar, por exemplo, é o re-
fletirem sobre a interação
sultado da interação entre clima, solo e relevo. humana com a natureza
O ser humano, por sua vez, interage com a e entre as sociedades.
natureza, criando elementos culturais e trans- Aproveite para promover
formando as paisagens de diversas maneiras. com os alunos o levan-
A construção do mosteiro da fotografia, por tamento de hipóteses
através de um diálogo
exemplo, foi realizada em um lugar de difícil
em grupo para compre-
acesso e nos mostra como o ser humano in- ender o uso e a ocupação
terfere nas paisagens. do espaço. Em conjunto
Neste capítulo, vamos estudar algumas das a esse trabalho, propicia-
relações entre o ser humano e os elementos na- -se o desenvolvimento
das competências gerais
turais, ou seja, entre a sociedade e a natureza.
Veja as respostas das questões nas 1 e 2 da BNCC, visto que
orientações ao professor. as questões e as reflexões
A Quais são os elementos naturais e propostas instigam e va-
culturais presentes na fotografia? lorizam o conhecimento
B De que maneira você percebe a físico e social e estimulam
ação do ser humano na paisagem a curiosidade intelectual.
mostrada na fotografia? • Aproveite as questões
para avaliar os conheci-
mentos prévios dos alu-
nos. Questione-os tam-
bém sobre o que pensam
que seja a definição de
“sociedade”, levando-os
à compreensão de que
fazem parte dela.
• Por meio das questões
é possível desenvolver
a habilidade de resolver
problemas, estimulando
o senso crítico e a auto-
nomia para compreen-
são e raciocínio geográ-
fico na análise da ocupa-
ção humana e produção
do espaço.

Orientações gerais
• Verifique a capacida-
de de análise dos alunos
quanto à interação desse
grupo humano com o lo-
cal e suas adversidades
climáticas e de relevo,
173 assim como a manu-
tenção da sobrevivência
com tais condições e a
dificuldade de acesso a
:49 PM Respostas
g20_ftd_lt_6vsg_c6_p172a183.indd 173 10/15/18 4:49 PM outras cidades. Ajude-os
a relacionar essa intera-
A Como elemento cultural temos as edificações do
ção desde da construção
mosteiro, e como elementos naturais os alunos podem do edifício, até a organi-
citar a vegetação e as formações rochosas. zação deles no cotidiano,
B Pela construção do mosteiro no alto do morro. trazendo para a reflexão
as diferentes atividades
humanas.

173

g20_ftd_mp_6vsg_c6_p172a191.indd 173 10/16/18 3:35 PM


BNCC
• Ao analisar as intera- As relações entre os elementos da
ções dos elementos fí-
sico-naturais nas paisa-
natureza nas paisagens terrestres
gens, o aluno pode com- Os elementos da natureza, como vegetação, clima, relevo, solo e hidrografia, es-
preender o dinamismo tabelecem diferentes combinações entre si na superfície terrestre. Cada uma dessas
de suas combinações,
combinações resulta em paisagens com características diferentes.
contemplando a habili-
dade EF06GE11. Veja alguns exemplos de combinação, ou seja, de interdependência dos elementos
da natureza com as paisagens terrestres.

Orientações gerais Nessa paisagem, as águas do rio


Tales Azzi/Pulsar Imagens
Iguaçu correm sobre gigantescos
• Para iniciar o estudo
degraus de rochas, formando várias
do tema, chame a aten-
quedas-d’água.
ção dos alunos para as
fotografias e questione-
-os sobre os elementos
naturais que estabele-
cem relações e formam A fotografia ao lado mostra a
cada uma das paisagens relação entre hidrografia e relevo
apresentadas. na paisagem das Cataratas do

• Explore
Iguaçu, localizadas na fronteira
as dinâmicas entre o Brasil e a Argentina, 2018.
apresentadas nestas
paisagens. No caso das
Nessa paisagem, os ventos des-
cataratas, explique a re-
fokke baarssen/Shutterstock.com

lação do relevo com o locam constantemente os grãos de


fluxo da água e a presen- areia e transformam continuamente
ça constante desse fe- o relevo de dunas.
nômeno. Para as dunas,
explique o dinamismo
delas ao serem constan-
temente movidas pelo
vento. Se necessário, A interdependência de clima e
volte à página 107 e re- relevo pode ser verificada na
lembre o significado de paisagem de deserto em Dubai,
falésia com os alunos, Emirados Árabes Unidos, 2017.
explicando como a ação
do mar gera uma erosão As águas do mar desgastam as
Roney Lucio/Shutterstock.com

constante no relevo que formações rochosas litorâneas e lan-


tem uma dinâmica lenta, çam sedimentos contra esses pare-
mas constante.
dões, o que modifica gradativamente
• Relembre com os alu- o relevo litorâneo.
nos o conceito de pai-
sagem e de elementos
naturais e culturais tra-
balhados no capítulo 1 A relação entre as águas do mar e
o relevo pode ser vista na paisagem
deste volume.
mostrada ao lado, que apresenta
falésias localizadas em uma praia
de Porto Seguro (BA), 2017.

Nas páginas seguintes, vamos estudar outros exemplos de interdependência dos


elementos da natureza.
174

g20_ftd_lt_6vsg_c6_p172a183.indd 174 10/15/18 4:49 PM g20_

174

g20_ftd_mp_6vsg_c6_p172a191.indd 174 10/16/18 3:35 PM


Sugestão de atividade
A interdependência dos elementos

Capítulo 6
Observando o solo da
da natureza e a formação dos solos escola
O solo é extremamente importante para nossa sobrevivência. Sobre ele, construímos Objetivos
nossas moradias, realizamos atividades como cultivo de lavouras, destinadas à nossa • Observar a composi-
alimentação, e de pastos, para alimentar as criações de animais, entre outros usos. ção do solo e a interde-
pendência dos elemen-
Os solos se originam da desintegração das rochas, em um processo que envolve tos.
a ação de outros elementos da natureza, como o calor do sol, a água das chuvas, os
ventos, os animais e as plantas. Esse processo de formação dos solos, também co-
• Comparar as caracte-
rísticas do solo da esco-
nhecido como pedogênese, pode durar vários anos, dependendo do tipo de solo. la com as do lugar onde
Existem diversos tipos de solo que se diferenciam de acordo com vários fatores, moram.
como o tipo de rocha do qual se origina, as características climáticas da região em a ) Leve os alunos ao jar-
que se encontra e a quantidade de matéria orgânica em sua composição. Veja, na dim da escola e deixe-os
observar a composição
sequência abaixo, como ocorre a formação dos solos.
do solo, incentivando-os
Formação dos solos a verificar os organismos
vivos, a cor e a textura do
Matéria orgânica: matéria derivada
de moléculas orgânicas em
solo, o cheiro etc.
decomposição de organismos naturais b) Questione-os sobre
(restos de plantas e de animais). os elementos que estão
envolvidos na formação
1
do solo, como a água, os
As rochas passam por um processo de fragmentação provocado ventos e as plantas.
pela ação de agentes naturais, como a variação de temperatura,
as águas, os ventos, as plantas, os animais, entre outros fatores.
c ) Peça para eles obser-
Esse processo recebe o nome de intemperismo, também varem se esse solo é ri-
chamado por alguns estudiosos de erosão elementar. co ou pobre em matéria
orgânica.
d) Se julgar pertinente,
oriente-os a comparar as
2 características observa-
das com as característi-

Ilustrações: Luciane Mori


Com o passar do tempo, os fragmentos
cas do solo encontrado
menores de rocha misturam-se com restos nos terrenos da casa ou
de animais e plantas, criando uma mistura dos arredores de onde
orgânica em que diversos tipos de animais moram e a levar as ano-
Fonte: POPP, José
Henrique. Geologia
e vegetais passam a viver. tações para a sala de aula
Geral. 2. ed. Rio de
Janeiro/São Paulo: para compartilhar com
LTC, 1988. p. 68. os colegas.

3
Na camada mais próxima da superfície,
o solo apresenta quantidades maiores
de matéria orgânica e microrganismos,
Nesta camada, a como bactérias e fungos.
quantidade de
matéria orgânica Camada onde se encontra a
é menor. Nela, é rocha matriz, ou seja, rocha
possível encontrar que deu origem ao solo.
fragmentos
maiores de rocha.

175

:49 PM Integrando saberes


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• O conteúdo desta página permite o trabalho em con- ra simular a formação do solo. O professor de Ciências
junto com o componente curricular de Ciências. Conver- pode aproveitar o momento para trabalhar a temática
se com o professor desse componente e proponha uma dos organismos vivos que participam da formação e do
atividade em conjunto. Poderá ser trabalhada a inter- enriquecimento biológico dos solos.
pretação das imagens ou a construção de maquete pa-

175

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Orientações gerais
As interações do clima
• Realize uma leitu-
com as correntes marítimas
ra conduzida do mapa
desta página, a princí- Durante seu deslocamento pelos oceanos, as correntes marítimas ou oceânicas
pio chamando a atenção influenciam as características climáticas de regiões do planeta, principalmente das
dos alunos para as cores
regiões costeiras. Isso ocorre porque, em geral, as correntes marítimas modificam a
das correntes marítimas
que identificam a prin- temperatura, a pressão e a umidade das massas de ar que circulam sobre elas. Veja,
cipal característica delas no planisfério abaixo, a direção dos movimentos das correntes oceânicas.
(quente ou fria). Analise
com eles a predominân- Correntes marítimas
cia de correntes quentes
nas porções próximo à
linha do equador e dos
trópicos. Já ao norte e ao
sul dos círculos polares,
há a presença das cor-
rentes frias. Relacione
com eles as zonas térmi-
cas da terra a essas por-

E. Cavalcante
ções e às características
dessas correntes. De-
pois, leia os nomes das
correntes e sua trajetó-
ria, destacando também
algumas correntes mais
conhecidas próximas a
alguns continentes e ao
Brasil.
• Para complementar o 0 2 500 km 5 000 km

estudo desse tema, pe- Fonte: Reference atlas of the world. 9. ed.
ça aos alunos que em London: Dorling Kindersley, 2013. p. XX-XXI.

grupos realizem uma Roger Hollingsworth/Alamy/Fotoarena

Quando uma corrente marítima quente passa por uma


pesquisa em revistas, li-
vros e na internet sobre região com temperaturas baixas, ela aquece o ar e traz
a influência da corrente umidade para aquela região. Já as correntes frias exercem
marítima de Humboldt na influência contrária, ou seja, diminuem a temperatura e a
quantidade de peixes e umidade das regiões por onde passam.
na atividade pesqueira de A corrente marítima quente do Golfo do México, por
países como Chile e Peru.
exemplo, influencia o clima de alguns países localizados na
• Peça-lhes que regis- região noroeste da Europa. Essa corrente ameniza as baixas
trem a pesquisa no ca-
temperaturas e leva umidade a países como a Inglaterra.
derno e apresentem os
resultados obtidos aos A Cornualha, região localizada na porção sudoeste da In-
demais alunos. glaterra, recebe forte influência das águas quentes da
corrente do Golfo do México. A influência dessa corrente
impede, normalmente, que as temperaturas sejam muito
baixas, tornando os invernos mais amenos e os verões
mais frescos do que em outras áreas da Europa.

Parque na região da Cornualha na Inglaterra, 2016.

176

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Orientações gerais
Geografia

Capítulo 6
El Niño • Traga informações
em foco jornalísticas atuais so-
bre efeitos de El Niño e
O El Niño é um fenômeno que consiste em modificações na dinâmica dos ven- La Niña que porventura
tos e no aquecimento das águas superficiais do oceano Pacífico, que repercutem estejam ocorrendo no
em alterações climáticas locais e em outros lugares do planeta. Veja, no esquema corrente ano de estudo e
a seguir, como ocorre o El Niño. se estão sendo sentidos
no lugar em que vivem,
El Niño a fim de contextualizar o
Nos anos em que o El Niño não atua, as águas O fenômeno El Niño ocorre quando esse sistema presente estudo com os
superficiais da região equatorial do oceano Pacífico é modificado pelo enfraquecimento dos ventos alunos.
são levadas para as proximidades da Austrália por
ventos alísios que se deslocam de leste para oeste,
alísios e, por vezes, pela inversão dos ventos de
oeste para leste. Isso contribui para o
• Explique aos alunos
ocasionando chuvas nessa região. Desse modo, as aquecimento das águas do Pacífico na costa
que a tradução do es-
águas mais frias e profundas vêm à superfície, oeste da América do Sul, que passam a panhol El Niño em por-
fenômeno chamado de ressurgência, e banham a apresentar temperaturas mais elevadas que nos tuguês é “o menino”. O
costa oeste da América do Sul. períodos em que o El Niño não atua. nome foi dado por pesca-
dores do Peru e do Equa-

Luciane Mori
dor pois sua chegada
ocorre próximo ao Natal,
fazendo referência ao
nascimento do “menino
Jesus”.
• Comente com os alu-
nos sobre outro fenô-
meno relacionado à in-
Fontes: EDEN, Philip; TWIST, Clint. Minienciclopédia: atmosfera teração da atmosfera
e clima. Lisboa: Texto, 1998. p. 50.
América INPE (Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais). Disponível América e das águas oceânicas,
do Sul em: <http://enos.cptec.inpe.br/>. Acesso em: 31 jul. 2018. do Sul denominado La Niña .
Esse fenômeno ocorre
Ao modificar a circulação dos ventos e consequentemente das massas de ar, o quando as águas equa-
El Niño aumenta a quantidade de chuvas em determinadas regiões e provoca seca toriais do oceano Pacífi-
em outras. Veja, no mapa abaixo, os efeitos climáticos globais provocados pela co tornam-se mais frias
ocorrência mais severa de El Niño, em um período de dezembro a fevereiro. que o normal. O texto a
seguir pode ampliar seus
Efeitos do El Niño no mundo conhecimentos sobre
La Niña.
E. Cavalcante

Ressurgência: fenômeno que ocorre


nos oceanos quando os ventos
presentes na costa deslocam as
La Niña
águas superficiais, permitindo que as [...]
águas profundas e frias se elevem. El Niño representa um
dos extremos da oscila-
ção meridional; o outro
extremo, chamado La
Niña (“a menina”, em es-
panhol), ocorre quando
as correntes de ar e água
se reforçam mutuamente
e produzem ventos alísios
de intensidade incomum.
Fonte: L’Atlas de
l’environement Le Monde
Um volume de água quen-
0 3 750 km 7 500 km
diplomatique. Paris: te muito superior ao usual
Armand Colin, 2008. p. 44. é varrido para oeste, ao
longo do oceano, trazendo
chuvas torrenciais à Ásia e
177 causando graves secas na
América do Sul.
TEMPO & clima. Tradução: Júlio
Fischer. São Paulo: Abril, 1995.
p. 141.
:49 PM Orientações gerais
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• Para ampliar o estudo sobre El Niño e La Niña, suge-


rimos o acesso ao site a seguir, onde é apresentada uma
série de informações e infográficos relacionados a esses
fenômenos.
> Possível ocorrência de El Niño. Inpe (Instituto Nacio-
nal de Pesquisas Espaciais). Disponível em: <http://
livro.pro/dsengy>. Acesso em: 18 set. 2018.

177

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BNCC
• Ao analisar as relações
As relações entre a altitude
entre o relevo e altitude do relevo e a vegetação
e o uso do solo por meio
de terraços é possível
Como estudamos no capítulo 5, a temperatura diminui cerca de 6,5 oC a cada quilô-
contemplar a habilidade metro que se distancia da superfície terrestre. Assim, quanto mais elevada a altitude,
EF06GE10. mais baixa torna-se a temperatura do ar. Desse modo, em áreas de altitude mais eleva-
da, desenvolve-se um tipo de vegetação que se adapta a temperaturas mais amenas.
A ilustração mostra diferentes formações vegetais que se desenvolvem, por exem-
Orientações gerais plo, na cordilheira do Himalaia, de acordo com as faixas de altitude.
• Oriente os alunos a rea- A cordilheira do
lizar a leitura da ilustração
Himalaia e a vegetação
de baixo para cima, ou se-
ja, iniciando pelos terra-
ços na porção inferior das
encostas do Himalaia.
• Comente que nos terre-
nos da porção inferior das
encostas do Himalaia de-
senvolve-se o terracea-
Em faixas de altitudes elevadas,
mento, técnica utilizada
desenvolvem-se as coníferas,
na agricultura e que será vegetação do tipo pinheiro. No
estudada na página 186. Himalaia, essa vegetação é
• Explique aos alunos encontrada em altitudes médias
de 3 000 metros.
que as plantações de ar-
roz precisam de muita
irrigação e muitas vezes
são feitas em terrenos
alagados e que os terra- Em áreas um pouco mais
ços são excelentes para elevadas, desenvolve-se
plantações desse tipo. vegetação do tipo caducifólia,
que solta suas folhas durante as
estações do outono e do inverno.

178

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Integrando saberes
6 000 m

Capítulo 6
• Este conteúdo permite
a comparação entre os
No pico da cordilheira, há neve
e gelo eternos, ou seja, que diferentes tipos de ve-
não derretem ao longo do ano. getação, possibilitando
um momento de articu-
lação com o componente
curricular de Ciências.
5 000 m Estimule os alunos a
compararem os diferen-
tes níveis de altitude e
os tipos de vegetação
Luciane
Mori

da ilustração e também
A formação vegetal que se a recorrerem a seus co-
desenvolve antes dos picos nhecimentos prévios,
nevados são os prados alpinos, comparando com outras
pequenos arbustos com
formações vegetais que
predomínio de plantas rasteiras.
eles conhecem. O pro-
fessor desse componen-
4 000 m te poderá abordar outras
características desse ti-
po de vegetação.

3 000 m

2 000 m
Nas áreas de menores altitudes, a
temperatura e as condições de umidade
permitem o desenvolvimento de vegetação
típica de floresta tropical.

1 000 m

Fonte: SAUVAIN,
Philip. Montanhas.
Os terrenos na porção inferior das São Paulo:
encostas do Himalaia são comumente Scipione, 1998.
p. 14. (Geodetetive).
utilizados para a produção de arroz em
terraços.

179

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BNCC
• Esta seção possibili- Encontro com... Artes
ta um trabalho com as
competências gerais 3 e
4, pois utiliza outras lin-
As paisagens registradas nas pinturas em telas
guagens, como a artísti- Por meio de pinturas as pessoas têm registrado as mais diferentes paisagens ter-
ca e a iconográfica, para restres. Alguns desses registros mostram a relação entre elementos naturais, como
abordar o conhecimento um rio com cachoeiras correndo por formas de relevo íngremes ou, ainda, o relevo
geográfico e valorizar as
litorâneo sendo esculpido pela ação das águas do mar. Veja a imagem abaixo.
manifestações artísticas.
• Além disso, a análise A

Pinacoteca do Estado de
São Paulo, São Paulo
da paisagem por meio de
pinturas permite ao alu-
no ampliar a capacidade
de interpretar diferentes
recursos, desenvolvendo
o raciocínio espaço-tem-
poral, conforme orienta a
competência específica
de Ciências Humanas 7. O artista Johann Moritz
Rugendas registrou, no
século XIX, elementos
Orientações gerais naturais da paisagem do
Brasil. Nesta imagem, o
• Comente com os alu- rio segue seu percurso
nos que os artistas sobre um relevo plano
cercado por floresta
Johann Moritz Rugendas
nativa. Floresta virgem
e Jules Marie Vincent de perto de Mangaratiba.
Sinety produziram várias
obras no Brasil, retratan-
do cenas do cotidiano da
Já outras imagens artísticas registram paisagens que mostram a combinação de
época. Para encontrar elementos naturais e culturais. Nessas obras, podemos observar a relação entre a
mais imagens de suas sociedade e a natureza expressa nas paisagens registradas. Veja o exemplo a seguir.
obras, sugerimos o aces-
B

Pinacoteca do Estado de São Paulo, São Paulo


so aos sites a seguir.
> Johann Moritz Ru-
gendas. Enciclopédia
Itaú Cultural. Disponível
em: <http://livro.pro/
k4yntz>. Acesso em: 18
set. 2018.
> Jules Marie Vincent de
Sinety. Brasil Iconogra-
fia. Disponível em: <ht-
O artista
tp://livro.pro/n5awc2>. Jules-Marie-Vincent de
Acesso em: 18 set. 2018. Sinety representou, na
• Convide o professor de tela A Glória, elementos
culturais e naturais da
Arte para participar da
paisagem do Rio de
atividade proposta nes- Janeiro, no século XIX.
ta página, para que ele
aborde alguns aspectos
artísticos das obras. • No caderno, identifique quais elementos naturais e culturais estão registrados
nas imagens acima. Veja a resposta da questão nas orientações ao professor.
• Proponha uma ativida-
de na qual os alunos re- 180
tratem uma paisagem em
tela, o que pode auxiliar na
avaliação dos dois com-
ponentes curriculares.
Respostas
g20_ftd_lt_6vsg_c6_p172a183.indd 180 10/15/18 4:49 PM g20_
Depois, organizem juntos
uma mostra de arte com • Na imagem A estão registrados apenas elementos na-
as telas produzidas. turais que são a vegetação, o relevo e o rio. Na imagem B
estão registrados elementos naturais (mar, relevo e ve-
getação) e elementos culturais (construções, ruas, car-
roça, entre outros).

180

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Atividades 1. Resposta pessoal. Verifique se as descrições dos
Orientações gerais

Capítulo 6
alunos estão coerentes com a atividade proposta.
• As atividades propos-
2. Os fatores que diferenciam os tipos de solo são o tipo de rocha do tas podem ser maneiras
qual se origina, as características climáticas da região em que se
de avaliar por meio de
Exercícios de compreensão encontra e a quantidade de matéria orgânica em sua composição.
acompanhamento da
aprendizagem dos alu-
1. No caderno, descreva uma paisagem 4. Observe novamente o mapa da pági-
nos, de acordo com a re-
do lugar onde você vive, explicando a na 176 e explique, no caderno, qual a
solução que apresentam
relação entre os elementos naturais provável influência que a corrente a cada uma delas.
existentes. Depois, apresente seu marítima de Benguela exerce no cli-
texto aos colegas. ma da costa oeste da África.
• Os exercícios de com-
preensão retomam,
2. Existem vários fatores que contribuem 5. Explique como a corrente marítima primeiramente, os con-
ceitos de paisagem e de
para que existam diferentes tipos de do Golfo do México influencia a tem-
formação do solo. Peça
solo. Explique quais são esses fatores. peratura de alguns países localizados
que eles mencionem di-
na região noroeste da Europa. ferentes tipos de paisa-
3. Escreva em seu caderno como ocorre 3. As rochas passam por um processo de fragmentação provocado
o processo de formação do solo. pela ação de agentes naturais, como as águas, os ventos, as plantas,
gens que já foram vistas
os animais, a temperatura, entre outros fatores. Com o passar do nas aulas anteriores e
tempo, os fragmentos menores de rocha misturam-se com restos de outras que eles conhe-
Geografia no contexto animais e plantas, criando uma mistura orgânica em que diversos
çam. Questione-os sobre
tipos de animais e vegetais passam a viver.
6. a) Relevo, hidrografia e vegetação. os tipos de solo que eles
6. Conforme você estudou, os elemen-

Museu de Arte de São Paulo Assis Chateaubriand, São Paulo


aprenderam. Caso ne-
tos da natureza estão em constante cessário, retome com os
interdependência, o que atribui carac- alunos esses conteúdos
terísticas diferentes a cada paisagem nas páginas 174 e 175.
terrestre. Sabendo disso, observe a • Em seguida, para os
imagem ao lado. exercícios 4 e 5, sugi-
ra uma conversa com o
a ) Quais são os elementos naturais
grupo relembrando com
que mais se destacam na paisagem? eles como é a dinâmica
b ) Quais relações entre os elementos das correntes marítimas
da natureza estão evidentes nessa nos oceanos e como a
paisagem? Descreva-as no caderno. temperatura das águas
A relação entre o relevo e a hidrografia na interfere nos climas de
formação da cachoeira no curso do rio. A determinadas regiões.
formação natural da cachoeira só ocorre porque Permita que eles expli-
o relevo é acidentado.
quem com suas próprias
4. A corrente de Benguela, por ser fria, tende a
tornar as temperaturas mais baixas e o ar mais palavras e colabore para
seco na costa oeste da África. que as associações se-
5. Essa corrente ameniza as baixas temperaturas e leva jam feitas corretamente.
umidade a países como a Inglaterra. A Cornualha, região
localizada na porção sudoeste da Inglaterra, recebe forte
influência das águas A tela A cachoeira de Paulo
quentes da corrente do Afonso foi produzida em
Golfo. A influência dessa 1649 pelo artista holandês
corrente impede, normalmente, Frans Post.
que as temperaturas sejam muito baixas,
tornando os invernos mais amenos e os verões mais frescos do que em outras áreas da Europa.
7. A costa oeste da América do Sul sofre influência de uma corrente marítima que
diminui a temperatura e a umidade na região norte do Chile, e essa corrente
contribui, junto a outros fatores, para a existência do deserto do Atacama. Nor-
malmente ela provoca precipitações sobre os oceanos, fazendo que as massas de
ar cheguem secas ao continente. Observe o mapa na página seguinte e responda
às questões no caderno.
181

:49 PM Orientações gerais


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• Nas atividades Geografia no contexto, solicite que os rimos o acesso ao site a seguir.
alunos respondam individualmente, verificando assim se > Frans Post. Enciclopédia Itaú Cultural. Disponível em:
compreenderam o conteúdo até o momento. <http://livro.pro/xa7s5o>. Acesso em: 18 set. 2018.
• Comente com os alunos que o artista Frans Post tam- • Aproveite a atividade 7 e questione os alunos de que
bém costumava retratar, em muitas de suas obras, as maneira uma corrente marítima pode influenciar o clima
paisagens brasileiras. Para conhecer outras obras, suge- de determinada região.

181

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Orientações gerais • Qual o nome da corrente ma- Corrente de Humboldt
• Para realizar a ativi- rítima que interfere no clima

E. Cavalcante
dade 8, peça aos alunos da costa oeste da América do
que observem o mapa da Sul? Essa corrente marítima
página 177. é quente ou fria? Que argu-
• Para ampliar os conhe- mento você utilizaria para
cimentos dos alunos, na explicar sua resposta?
atividade 9, forneça al- Corrente do Peru ou de
gumas informações so- Humboldt. Essa corrente
bre a Serra da Mantiquei- é fria pelo fato de se
originar na região do
ra. Ela se localiza entre os Círculo Polar Antártico.
estados de Minas Gerais,
São Paulo e Rio de Ja-
neiro e está entre os três
maiores picos do Brasil.
Comente com os alunos
que essa serra é bastan- Fonte: Reference atlas of the 0 1 350 km

te visitada por pessoas world. 9. ed. London: Dorling


Kindersley, 2013. p. XX-XXI.
interessadas em belezas
naturais, devido às suas 8. O texto trata do fenômeno El Niño. Ele ocorre com modificações na dinâmica
8. Leia o texto a seguir. dos ventos alísios e no sistema de deslocamento das águas no oceano Pacífico.
paisagens exuberantes Essas modificações provocam o aquecimento das águas na costa oeste da
com remanescentes da América do Sul. Esse aquecimento ocasiona aumento da quantidade de chuvas
Mata Atlântica. Em sua [...] em determinadas regiões e secas em outras.
área, existem diversas A atuação do fenômeno tende a deixar o inverno mais frio e tempestuoso
unidades de conserva- em todo o sul dos Estados Unidos, chuvoso na Califórnia e mais quente no
ção, como a Área de Pro- Noroeste do Pacífico e no Norte das Montanhas Rochosas. Na América do Sul,
teção Ambiental Serra
o Brasil pode ficar mais seco em algumas áreas, principalmente no Centro-
da Mantiqueira, o Parque
-Norte e mais úmido no Sul, enquanto que a Argentina pode ter mais chuvas.
Nacional de Itatiaia, os
Parques Estaduais Serra [...]
do Brigadeiro e Serra do SIMIÃO, Jhonatas. Aumentam para 70% chances de El Niño no fim de 2018 e início de 2019, diz NOAA. Notícias
Agrícolas, 16 jul. 2018. Disponível em: <https://www.noticiasagricolas.com.br/noticias/clima/217491-aumentam-para-70-
Papagaio e Campos do
chances-de-el-nino-no-fim-de-2018-e-inicio-de-2019-diz-noaa.html#.W2Wd7tJKgdW>. Acesso em: 4 ago. 2018.
Jordão.
• Qual é o nome do fenômeno natural que provoca os efeitos descritos no texto?
No caderno, explique como ele ocorre.
9. Leia o trecho abaixo, retirado de uma reportagem de revista.

[...] começa a nossa caminhada nos céus, ou pelo menos essa é a impres-
são quando se está a mais de 2 400 metros de altitude.
A vegetação é típica das alturas, rasteira, arbustiva e monocromática. Em
vez de árvores, destacam-se as formações rochosas. Os campos de altitude
são um dos ecossistemas associados à Mata Atlântica, bioma predominante
na unidade de conservação, e como o nome indica, ocorre apenas nas alturas,
mais especificamente acima dos 1 500 metros. Apesar das condições mais
inóspitas, são ecossistemas ricos [...]
MENEGASSI; Duda. Uma travessia nos céus: os caminhos da Serra da Mantiqueira. O Eco, 12 nov. 2017.
Disponível em: <https://www.oeco.org.br/reportagens/uma-travessia-nos-ceus-os-caminhos-
da-serra-da-mantiqueira/>. Acesso em: 4 ago. 2018.

• O trecho cita uma inter-relação de aspectos naturais. Que relação é essa? Des-
creva-a no caderno. A relação entre relevo e vegetação. Quanto maior a altitude do relevo,
menores são as temperaturas, o que influencia na formação da vegetação que se desenvolve. Nesse caso, os
182 campos de altitude se desenvolvem apenas em relevos com mais de 1 500 metros acima do nível do mar.

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As relações entre a natureza
BNCC

Capítulo 6
Vistas e paisagens do Brasil
• Os conteúdos deste
e a sociedade nas paisagens
Nereide Shilaro S. Rosa. Rio de tema possibilitam uma
Janeiro: Pinakotheke, 2005.
abordagem das compe-
Nesse livro são apresentadas paisagens
Desde o seu surgimento, o ser humano intervém na natureza, das mais variadas regiões do país, tências específicas de
captadas pela visão e inspiração de Geografia 1, 2 e 3, ao es-
retirando dela recursos para suprir suas necessidades, cultivando grandes artistas brasileiros. São tabelecer conexões entre
lavouras, construindo moradias, estradas, viadutos e indústrias. imagens que abrangem desde a pintura
os diversos elementos
documental dos viajantes, nos séculos
Há situações em que os aspectos naturais influenciam direta- XVII a XIX, até a visão contemporânea físico-naturais e a so-
mente nas atividades desenvolvidas pelas pessoas. e abstrata de alguns artistas. ciedade, permitindo que
A interação da sociedade com o meio natural ocorre por meio do trabalho realiza- os alunos desenvolvam
do pelo ser humano, o que resulta nas transformações e adaptações do meio obser- o senso crítico em busca
de soluções para os pro-
vadas nas paisagens.
blemas.

Rubens Chaves/Pulsar Imagens


A construção de túneis, por • Destaque para os alu-
exemplo, consiste em uma trans- nos que a relação entre
formação realizada pelas pessoas, os elementos da na-
a fim de se deslocarem de um lu- tureza e da sociedade
gar para outro. Para construir es- ocorre desde o tempo
sa via de transporte, muitas vezes dos nossos mais antigos
ancestrais, por meio do
é necessário transpor uma área
trabalho e de suas técni-
de relevo acidentado. cas, conceitos vistos no
6º ano e que reforçam as
habilidades EF06GE01 e
EF06GE02.
Na fotografia, • Comente com os alu-
observa-se túnel nos que o trabalho exe-
construído em
cutado nas mais diver-
Cubatão (SP), 2018.
sas atividades econômi-
cas, como agricultura,
Existem moradias humanas, as mineração e indústrias,

Luciana Whitaker/Pulsar Imagens


palafitas, que foram adaptadas transforma as paisagens
para serem erguidas sobre estacas e constrói ou modifica
de madeira às margens de rios co- constantemente o es-
mo uma forma de adaptação à hi- paço geográfico, rela-
drografia. cionando as habilidades
EF06GE06 e EF06GE07.
Essas estacas sustentam as Assim, não existe relação
casas sobre as águas na época entre sociedade e natu-
das cheias dos rios. reza que não resulte na
construção do espaço
geográfico ou espaço ge-
ográfico que não seja o
Na fotografia, observam-se resultado da interação de
palafitas às margens do rio
ser humano e natureza.
Tocantins em
Cametá (PA), 2017.

Orientações gerais
• Conforme verificamos nas imagens acima, a interação da sociedade com a nature-
za é visível nas paisagens, revelada pela presença de elementos naturais e cul- • Desenvolva uma con-
versa com os alunos so-
turais. No lugar onde você vive, é possível perceber essa interação? Com os
bre as maneiras como o
colegas, citem exemplos. Resposta pessoal. ser humano se relaciona
183 com os elementos da na-
tureza e de que forma es-
sa relação está presente
no cotidiano. Aproveite
e avalie os conhecimen-
:49 PM Material digital
g20_ftd_lt_6vsg_c6_p172a183.indd 183 10/15/18 4:49 PM tos prévios deles com as
questões a seguir.
• O conteúdo desta seção pode ser explorado utilizan-
do a sequência didática 9, disponível no material digital, > Qual a relação entre os
pois aborda a interdependência dos elementos da natu- rios, o relevo e a energia
reza e da sociedade. elétrica?
> Os rios podem ser usa-
dos como meio de trans-
porte?

183

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Orientações gerais
Os rios e a energia hidrelétrica
•O estudo deste te-
ma possibilita o traba- Os rios apresentam características relacionadas ao clima e ao relevo dos locais por
lho com as habilidades onde passam.
EF06GE10, EF06GE11 e Os rios que correm por relevos de planaltos normalmente apresentam maior vazão
EF06GE12, pois aborda
e, por isso, podem ser mais bem aproveitados para a geração de energia.
a utilização dos rios para
aproveitamento socio- No território brasileiro, encontramos muitos rios propícios à exploração de energia
econômico, neste caso, hidrelétrica. Da energia elétrica consumida no Brasil, 80% são gerados em usinas
para as hidrelétricas e hi- hidrelétricas instaladas junto a barragens que represam os rios. Observe no mapa e
drovias, e as transforma- no quadro abaixo a localização de algumas importantes usinas hidrelétricas do país.
ções ocorridas nas pai-
sagens. Os alunos serão
capazes de desenvolver Usinas hidrelétricas do Brasil
o senso crítico para os N
problemas acarretados Capacidade
O L Usina Rio
pela ocupação humana instalada
hidrelétrica principal
e produção do espaço,
S
(kW)
podendo construir argu- A ‒ Itaipu
B C 14 000 000 Paraná
mentos que promovam Binacional
a consciência socioam- B ‒ Belo Monte 11 233 890 Xingu
biental, conforme orien-
C ‒ Tucuruí 8 535 000 Tocantins
tam as competências D
específicas de Geografia F D ‒ Ilha Solteira 3 444 000 Paraná
3 e 6. E ‒ Xingó 3 162 000
São

• Antes de iniciar o estu- F ‒ Paulo


Francisco
São
do do tema, faça com os 2 462 400
H G Afonso IV Francisco
alunos um levantamento
sobre a hidrografia do E G ‒ Itumbiara 2 146 500 Paranaíba
município onde vivem H ‒ São Simão 1 796 200 Paranaíba
e dos rios que têm rela-
I I ‒ Governador
ções com a comunidade,
Bento Munhoz
questionando se eles 1 676 000 Iguaçu
Hidrelétrica da Rocha Neto
percebem sua presença
E. Cavalcante

A Itaipu F Paulo Afonso IV


(Foz do Areia)
no cotidiano. B Belo Monte G Itumbiara 0 470 km
C Tucuruí H São Simão Fonte: ANEEL (Agência Nacional de Energia Elétrica).
• Oriente-os a pesqui- D
E
Ilha Solteira I
Xingó
Foz do Areia
Fonte: IBGE. Atlas geográfico escolar. Disponível em: <http://www.aneel.gov.br/>.
sar sobre a qualidade 7. ed. Rio de Janeiro, 2016. p. 142. Acesso em: 27 jul. 2018.

dos rios do município ou


próximos ao local onde
Embora a fonte de energia hidrelétrica seja renovável e considerada uma fonte de
vivem, observando se a
exploração humana tem energia limpa, isto é, que não prejudica o meio ambiente ao ser produzida, a cons-
degradado ou não es- trução de usinas hidrelétricas transforma intensamente uma paisagem. Isso porque,
se ambiente, e leve-os a além de alterar o curso e a vazão dos rios, na maioria das vezes os reservatórios das
considerar a necessida- usinas inundam extensas áreas, o que pode causar problemas ambientais e sociais.
de da preservação das
Como exemplo desses problemas, podemos citar a destruição de formações vege-
águas para a continui-
dade da relação entre a tais, o que compromete a vida animal existente nas proximidades. Outra consequência
sociedade e os recursos comum é o desalojamento de famílias que vivem próximo aos rios, chamadas de
hídricos. Esse é um mo- populações ribeirinhas, e a redução de áreas cultiváveis.
mento para desenvolver
um trabalho com o tema
Vazão: volume de água que escoa em um determinado lugar, como parte de um
contemporâneo Educa- rio, por exemplo, em um período de tempo, como minutos, horas, entre outros.
ção ambiental.
184

Orientações gerais

• Comente com os alunos que nem todos no estado


g20_ftd_lt_6vsg_c6_p184a191.indd 184 do Pará, no ano de 1984. Para sua > Usinas hidrelétricas em operação até a data10/15/18 4:40 PM g20_

os rios têm potencial para aproveitamento instalação, foi necessário inundar uma área de 18/12/2015. Aneel (Agência Nacional de
hidrelétrico. de aproximadamente 2 430 km2 da Floresta Energia Elétrica). Disponível em: <http://li-
• Comente com os alunos que a construção Amazônica. vro.pro/ih5q5e>. Acesso em: 18 set. 2018.
da Usina Hidrelétrica de Itaipu envolveu a • No mapa estão indicadas as principais hi-
parceria entre Brasil e Paraguai, por isso ela drelétricas do país e acessando o site a seguir
é considerada binacional. A usina hidrelétri- encontra-se a relação das demais usinas bra-
ca de Tucuruí foi construída no rio Tocantins, sileiras.

184

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Orientações gerais
Os rios e as hidrovias

Capítulo 6
• Comente com os alu-
Além da geração de energia elétrica, a hidrografia estabelece outro tipo de relação nos que na região Norte
entre sociedade e natureza: ela é considerada “estrada aquática”, ou seja, hidrovia. do Brasil os rios são a
Nessa “estrada”, podem navegar desde pequenos barcos até grandes embarcações, principal via de transpor-
dependendo da largura do leito do rio. te de pessoas e mercado-
rias, devido à sua extensa
Em geral, as hidrovias estão localizadas em rios de planície, nos quais o relevo rede hidrográfica.
favorece o deslocamento das embarcações. Em rios de planalto, é necessária a cons-
trução de eclusas.
• Para acessar um mapa
ampliado das hidrovias
Eclusa: canal
O Brasil possui mais de 41 000 quilômetros de hidrovias espalhadas por seu construído para
brasileiras, sugerimos o
território. No entanto, considerando a extensa rede hidrográfica que ele tem possibilitar a passagem site a seguir, que apre-
para a navegação, a utilização dos rios em nosso país como hidrovia é limitada. de embarcações em senta um mapa hidroviá-
trechos onde o leito dos rio do Brasil.
rios apresenta desnível.
Observe, no mapa abaixo, a localização das principais hidrovias do país. > Mapa hidroviário do
Brasil. Ministério dos
Hidrovias brasileiras Transportes. Disponível

E. Cavalcante
N
em: <http://livro.pro/
O L
e5z8vk>. Acesso em: 18
S
set. 2018.
• Promova uma dis-
cussão entre os alunos
sobre a afirmação “O
Brasil possui uma enor-
me extensão de rios na-
vegáveis, porém apre-
senta poucas hidrovias”.
Oriente-os a perceber
que, mesmo possuindo
uma extensa rede hidro-
gráfica, as hidrovias em
nosso país são subapro-
veitadas e os recursos
destinados à utilização
delas são reduzidos.

Rio perene
Rio temporário Fonte: IBGE.
Atlas
Hidrovias
geográfico
Capital estadual escolar.
0 330 km Capital federal
7. ed. Rio de
Janeiro,
2016. p. 143. Orientações gerais

1. De acordo com o mapa, em qual parte do território brasileiro está concentrada a Apresente aos alunos
a lista de algumas hidro-
maioria das hidrovias? Na porção norte do país.
vias por região do Brasil,
2. Com base no mapa, existe alguma hidrovia no estado onde você mora? relacionando a tabela
Resposta pessoal. Verifique se as hidrovias citadas pelos alunos estão corretas. com o mapa da página e,
185 em seguida, localizem as
hidrovias no mapa e ano-
tem no caderno.

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Hidrovias brasileiras por região
Hidrovia Localização Hidrovia Localização
Solimões-Amazonas Norte Tocantins-Araguaia Norte/Nordeste/Centro-Oeste Fonte: ANTAQ (Agência Nacional
de Transportes Aquaviários).
Madeira Norte Paraná-Tietê Sul/Sudeste/Centro-Oeste Anuário Estatístico Aquaviário
2013. Disponível em: <http://
Tapajós Norte/Centro-Oeste São Francisco Sudeste/Nordeste/Centro-Oeste
www.antaq.gov.br/Portal/
Sul Sul Parnaíba Nordeste Anuarios/Anuario2013/Tabelas/
Anuario2013.zip>. Acesso em:
Paraguai Sul/Centro-Oeste Uruguai Sul 10 abr. 2015.

185

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BNCC
• Por meio do estudo das Relevo e agricultura
relações entre os elemen- Além do clima e do solo, o relevo é outro elemento da natureza que influencia
tos da natureza, relevo, diretamente a atividade agrícola.
clima e agricultura, os
alunos poderão identifi- Em terrenos com certa inclinação, por exemplo, são necessárias técnicas especiais
car as características das de plantio, para que, durante as chuvas, as enxurradas não carreguem parte do solo
paisagens transformadas e da lavoura. Nessas áreas, costuma-se utilizar a técnica conhecida como cultivo em
pelo trabalho humano, curvas de nível.
desenvolvendo as ha-
bilidades EF06GE06 e
No Brasil, é muito comum observarmos o cultivo em curvas de nível. Essa técnica
EF06GE10. tem como principal objetivo proteger o solo da erosão provocada pelo escoamento
em grande velocidade da água das chuvas em terrenos com certa inclinação.
• Converse com os alu-
nos sobre as atividades
Curva de nível:

Ernesto Reghran/Pulsar Imagens


agrícolas que eles obser- técnica de plantio em
vam no município em que linha curva passando
vivem e os leve a uma pelos pontos do
terreno que possuem
reflexão sobre o uso do a mesma altitude.
solo e as transformações
ocorridas nas paisagens.

Plantação, em
curvas de nível
em Londrina
(PR), 2017.

Em terrenos muito íngremes, como nas encostas de montanhas, são necessárias


técnicas especiais de plantio, como a do terraceamento.
O terraceamento consiste em produzir terraços, ou seja, degraus nas encostas de
montanhas, com a finalidade de proteger o solo da erosão que a água das chuvas
causa. Além disso, os terraços são utilizados em muitos países para aumentar a ex-
tensão de áreas agricultáveis.
thi/Shutterstock.com

Lavoura de
arroz cultivada
em terraços no
Vietnã, 2017.

O plantio em encostas de montanhas, feito por meio da técnica do terraceamento,


é muito comum em países do Sudeste Asiático, como Filipinas, Vietnã e Indonésia.
Nessa região, podem ser encontradas áreas de terraços construídas há mais de 2 mil
anos, onde até hoje são cultivadas lavouras de arroz.
186

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Orientações gerais
Clima e agricultura

Capítulo 6
Existem vários cultivos que se desenvolvem melhor em áreas que apresentam cli-
• Nesta página são apre-
sentados exemplos da re-
mas com temperaturas mais elevadas, e outros onde predominam tipos de climas frios. lação entre elementos da
No entanto, o clima não pode ser entendido como uma barreira para o cultivo de natureza, no caso, as inte-
diferentes lavouras. Como vimos na página 186, o ser humano vem aprimorando rações entre clima e pro-
técnicas de cultivo que permitem cada vez mais a adaptação de lavouras em regiões dução agrícola. Apresente
do planeta que apresentam condições climáticas desfavoráveis para a prática da outros exemplos aos alu-
agricultura. Um exemplo disso é o cultivo de frutas características de climas tropi- nos, comentando que a
cais, como o abacaxi e o melão, em regiões de clima frio. relação entre o relevo e o
clima, além de influenciar
Observe o mapa a seguir. Nele estão representadas as principais regiões de culti- certas características da
vo de beterraba e cana-de-açúcar no mundo. produção agrícola, tam-
bém pode afetar o hábito
Cultivo de cana-de-açúcar alimentar das pessoas, já
e beterraba no mundo que interfere no preço dos
produtos.
• As regiões Norte e
INGLATERRA Nordeste do Brasil, por
exemplo, ao comprar
alguns tipos de frutas e
hortaliças das regiões
Sul e Sudeste, revendem
aos consumidores com
preços mais elevados em

E. Cavalcante
comparação aos produ-
tos regionais. O mesmo
ocorre com produtos
provenientes dessas re-
giões no Sul e Sudeste
do país, como o açaí, fru-
ta típica da região ama-
zônica. Essa situação
0 2 500 km 5 000 km acaba por influenciar o
Fonte: GOODE’S world atlas. 23. ed. Estados Unidos: Rand Mcnally, 2017. p. 67. hábito de consumo de
determinados alimentos.
Adriano Kirihara/Pulsar Imagens

michael smith/Alamy/Fotoarena

Lavoura de cana-de-açúcar no município de Plantação de beterraba na Inglaterra, 2018.


Prata (MG), 2018.

• Compare o mapa acima com o mapa das páginas 158 e 159, que mostra a distri-
buição dos climas no mundo. Qual das culturas mostradas no mapa acima se de-
senvolve melhor em clima frio? E em clima quente? Clima frio: beterraba. Clima quente: cana-de-açúcar.
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BNCC
• A seção permite con-
Explorando
ciliar as habilidades
EF06GE06, EF06GE10
o tema Tecnologia e
e EF06GE11, relacio- paisagens
nando a compreensão
da formação do solo e
das modificações da Hoje em dia é possível encontrar lavouras em regiões do planeta que naturalmen-
paisagem geradas pe- te não apresentam condições climáticas favoráveis para a produção agrícola. Um
las atividades humanas. exemplo disso são os cultivos agrícolas em áreas de clima desértico ou semiárido.
Com a mecanização do
A presença de lavouras nessas áreas se tornou possível porque o ser humano
campo, os processos são
acelerados e essas mo- desenvolveu técnicas agrícolas cada vez mais elaboradas.
dificações na paisagem O aprimoramento constante das técnicas de irrigação, que é utilizada desde a An-
ocorrem de forma mais tiguidade, e o preparo do solo foram fundamentais para que houvesse atividade agrí-
intensa. É fundamental cola em áreas desérticas.
que os alunos percebam
essas interações de so- Mais recentemente, muitas pesquisas científicas foram direcionadas para o me-
ciedade e natureza. lhoramento genético de plantas que, com suas características originais, não sobre-
• Esse tema permite viveriam nesses lugares.
um trabalho com o tema
contemporâneo Ciência e
Melhoramento genético: pesquisas e experimentos científicos que resultam em
tecnologia, pois apresen- alterações de algumas características de plantas e animais, como tempo de crescimento,
ta as transformações re- resistência a doenças, tamanho etc. Por meio do melhoramento genético desenvolvido
alizadas na paisagem por por especialistas, é possível, por exemplo, um agricultor aumentar a produtividade de
sua lavoura e um criador de gado bovino obter animais com maior capacidade produtiva,
meio da aplicação de téc- em menos tempo e com custos mais baixos.
nicas avançadas que per-
mitiram ao ser humano
ocupar áreas improváveis.
Plantação sendo monitorada por meio
do uso de tecnologias avançadas.

Plantação de batatas em
Voivodina, Sérvia, 2016.

188

Orientações gerais
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• Leia o texto com os alunos, retomando al- culdades que os agricultores dessas regiões • Explique para os alunos que melhoramento
guns conceitos que julgar necessários. Apro- enfrentam para irrigar as plantações. genético é um termo alternativo para nomear
veite e avalie os conhecimentos prévios dos • Auxilie-os na análise da fotografia, atentan- os (OGM) Organismos Geneticamente Modi-
alunos sobre o assunto. do para os símbolos que aparecem na ima- ficados, também conhecidos popularmente
• Pergunte aos alunos quais regiões desér- gem. Faça uma relação entre os elementos pelo termo “transgênicos”.
ticas e semiáridas eles conhecem no mundo representados pelos símbolos em uma roda
e no Brasil. Comente com eles sobre as difi- de conversa.

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Respostas

Capítulo 6
a ) A prática agrícola com
alta tecnologia, conecti-
Tecnologias relacionadas à robótica e à informática também estão cada vez mais vidade, produtividade e
inseridas nas atividades agrícolas, como mostra o trecho de reportagem a seguir. respeito ao meio am-
biente e à saúde pública.
O dispositivo é pequeno. Tem menos de 200 gramas e cabe na palma da mão. Um b) Resposta pessoal. Es-
tamanho oposto ao das mudanças que está ajudando a provocar na produção de pera-se que os alunos
alimentos no mundo: trazer alta conectividade à agropecuária. O sistema é apenas percebam que essas tec-
nologias podem estar
um exemplo dos vários que compõem a chamada Agricultura 4.0, que alia alta tec-
presentes em constru-
nologia, conectividade, produtividade e respeito ao meio ambiente e à saúde pública. ções, indústrias, entre ou-

Fotomontagem de Barbara Sarzi e Rogério Cassagrande.


Fotos: oticki, nito e Zapp2Photo/Shutterstock.com
Basta acoplá-lo à máquina agrícola para que se possa acompanhar, de dentro da tros. Os alunos também
própria máquina ou no sofá de casa, pela internet, cada movimento do plantio, pul- podem citar os alimentos
verização e colheita no campo. [...] e diversos outros produ-
tos de seu dia a dia, que
As operações podem ser acompanhadas por meio de um aplicativo, que reproduz, podem ter sido produzi-
virtualmente, exatamente o cenário da lavoura. A máquina e a área de produção são dos com o uso de tecnolo-
transformadas numa espécie de desenho animado. Os movimentos observados na gias avançadas.
tela geram mapas instantâneos da propriedade, como a quantidade de sementes lan- c ) Resposta pessoal. In-
çadas no solo ou o volume colhido. centive os alunos a com-
partilharem as informa-
[...]
ções encontradas.
SAVENHAGO, Igor. Agricultura 4.0? G1 explica tecnologia que soma conectividade e produtividade para ganhos no campo, G1,
2 maio 2018. Disponível em: <https://g1.globo.com/sp/ribeirao-preto-franca/agrishow/2018/noticia/agricultura-40-g1-explica-
tecnologiaque-soma-conectividade-e-produtividade-para-ganhos-no-campo.ghtml>. Acesso em: 15 ago. 2018.

a ) O que o texto chama de Agricultura 4.0?


b) Em sua opinião, de que forma as tecnologias avançadas estão sendo utilizadas
para alterar as paisagens de seu cotidiano?
c ) Faça uma pesquisa na internet em busca de mais informações a respeito da
Agricultura 4.0, como vantagens, desvantagens e quais os principais benefícios
para a prática agrícola. Veja as respostas das questões nas orientações ao professor.

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Orientações gerais Atividades 1. Alterando o curso e a vazão do rio onde é instalada, causando
inundações de vastas áreas durante a formação de seu
Estimule a autonomia reservatório de águas. Essas inundações podem cobrir áreas de
na aprendizagem dos alu- formações vegetais naturais, áreas agrícolas e mesmo áreas
nos solicitando-lhes que 2. Proteger o Exercícios de compreensão habitáveis, alterando intensamente a paisagem.
procurem no livro e nas solo da erosão
provocada pelo 1. Explique, no caderno, como a cons- mente baixas em grande parte do
anotações que eles rea- escoamento
lizaram nos cadernos as trução de uma usina hidrelétrica pode ano. De acordo com o que você estu-
superficial das
informações que podem águas das chuvas transformar a paisagem do local onde dou, escreva, no caderno, qual argu-
em terrenos é instalada.
servir para identificar as inclinados. mento você utilizaria para explicar o
respostas possíveis. cultivo de abacaxi nesse país?
3. O ser humano 2. No Brasil é muito comum observar-
vem aprimorando
cada vez mais as
mos a técnica do cultivo em curvas de 4. Como o clima interfere na agricultura
Integrando saberes técnicas de cultivo. nível em propriedades agrícolas. Qual
Isso tem
praticada na região onde você mora?
Como forma de utilizar possibilitado a a principal finalidade dessa técnica? Procure saber os cultivos realizados e
outras estratégias para adaptação de
avaliação da aprendiza- lavouras em 3. O abacaxi é uma fruta que se desen- a relação que estabelecem com o clima
regiões do planeta volve em regiões de clima quente. No e outros aspectos naturais na região
gem deste capítulo, traga que não
para a sala de aula poe- apresentam entanto, é possível encontrarmos o onde vive. Registre as informações
mas, letras de músicas e condições cultivo dessa fruta na Finlândia, país obtidas no caderno e apresente-as
propícias
imagens de obras de arte para o seu que apresenta temperaturas extrema- aos colegas.
que retratem os temas desenvolvimento. Resposta pessoal. Verifique se a pesquisa
apresentados. As obras Um exemplo elaborada pelos alunos está coerente com a
disso é o que Geografia no contexto atividade proposta.
de arte podem ser apre- vem ocorrendo
sentadas aos alunos por com o cultivo 5. Observe a fotografia a seguir.
de abacaxi, uma
slides ou livros de arte. fruta típica de
Se possível, caso exista clima tropical,

Rubens Chaves/Pulsar Imagens


uma pinacoteca no mu- cultivada na
Finlândia,
nicípio, promova uma vi- um país
sita com os alunos. Esse de clima frio.
trabalho pode ser desen-
volvido em conjunto com
os componentes curri-
culares de Arte e Língua
Portuguesa. Sugerimos
trabalhar com a música
Sobradinho, de auto-
ria de Luiz Carlos Sá e
Guttemberg Guarabyra,
ou com o livro Meu jar-
dim secreto, escrito por
Shu-Nu Yan, 2009.

Paisagem de uma praia de São Sebastião (SP), 2018.

a ) Quais são os elementos naturais retratados na imagem acima? E quais são os


elementos culturais? Anote as respostas no caderno.
Elementos naturais: morros, mar e vegetação. Elementos culturais: estrada e construções.
b ) No caderno, descreva uma relação existente entre a natureza e a sociedade
observada na imagem. É possível observar que parte da vegetação foi
retirada para a construção de casas próximo à praia.
190

Material digital
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Aproveite o momento de fechamento dos conteúdos


do capítulo para avaliar a aprendizagem dos alunos.
Além das questões propostas nesta e na página seguin-
te, sugerimos a avaliação do 3o bimestre, que está dis-
ponível no material digital.

190

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6. Leia as manchetes abaixo e faça as relações de interdependência dos elementos Refletindo sobre

Capítulo 6
o capítulo
que elas apresentam. Resposta: A-III; B-II; C- I
• Esta seção tem como
A propósito revisar os con-
Seca atrasa plantio de trigo no Paraná teúdos vistos no capítu-
e preocupa produtores de milho lo. Leia com os alunos as
frases e aproveite o mo-
Terra, 26 abr. 2018. Disponível em: <https://www.terra.com.br/economia/seca-atrasa-plantio-de-
mento para identificar
trigo-no-parana-e-preocupa-produtores-de-milho-2-safra,f1e0958e136a9c8449bb9a519 dúvidas. Promova tam-
abcdd0673eg7sp7.html>. Acesso em: 4 ago. 2018. bém a construção coleti-
va de saberes, permitin-
B
do que eles resolvam as
Estudos para a implantação da atividades em duplas.
hidrovia do Rio Amazonas são • Auxilie os alunos que
apresentados em Macapá apresentarem mais di-
ficuldades no trabalho
Globo, 28 out. 2017. Disponível em: <https://g1.globo.com/ap/amapa/noticia/estudos-para-a-implantacao- com o capítulo, verifi-
da-hidrovia-do-rio-amazonas-sao-apresentados-em-macapa.ghtml>. Acesso em: 4 ago. 2018.
cando conceitos apreen-
C didos e indicando como
relacionar os diferentes
Novidades e desafios para plantar assuntos.
tomates nas montanhas • Relacione os assuntos
Montanhas capixabas, 29 ago. 2017. Disponível em: <http://www.montanhascapixabas.com.br/ vistos com os elementos
site/index.php/pt-br/geral/1572-novidades-e-desafios-para-plantar-tomates-nas- que existem na região da
montanhas>. Acesso em: 4 ago. 2018.
sua cidade e da própria
escola. Comente sobre
I Agricultura e altitude. II Rios e hidrovias. III Clima e agricultura.
os rios, as plantações da
região, as características
Pesquisando específicas do clima de
7. Pesquise em jornais e revistas uma paisagem que mostre a relação entre natu- acordo com a altitude.
reza e sociedade. Você também pode utilizar uma fotografia do lugar onde vive • Avalie se os alunos
ou fazer um desenho desse lugar. Recorte e cole a imagem em uma folha de desenvolveram as ha-
papel, identificando o tipo de relação que apresenta. Depois de pronto, compare bilidades indicadas no
decorrer deste capítulo.
seu trabalho com o de seus colegas. Resposta pessoal. Verifique se a pesquisa elaborada pelos
alunos está coerente com a atividade proposta. Se necessário, verifique
a necessidade de utili-
Refletindo sobre o capítulo zar outras estratégias de
Agora que você concluiu o estudo deste capítulo, reflita sobre os temas nele apresentados. aprendizagem para que
as habilidades e os obje-
Faça uma autoavaliação do seu aprendizado a partir das afirmações a seguir.
tivos sejam alcançados.
• As paisagens possuem características diferentes de acordo com as combinações que se • Os assuntos tratados
estabelecem entre relevo, vegetação, solo, clima e hidrografia. neste capítulo estão vin-
• Os solos se originam a partir de um processo que envolve a ação do calor do sol, da culados à compreensão
água das chuvas, dos ventos, dos animais e das plantas que desintegram as rochas. de como o relevo, a ve-
getação, o solo, o clima
• As correntes marítimas influenciam as características climáticas de certas regiões do pla- e a hidrografia moldam
neta, principalmente de áreas costeiras. as paisagens naturais e
• O El Niño é um fenômeno que consiste em modificações na dinâmica dos ventos e no como o homem modifica
aquecimento das águas superficiais do oceano Pacífico. tais paisagens de acordo
com suas necessidades
• As altitudes do relevo influenciam na formação da vegetação natural de determinada região. e as tecnologias dispo-
• O ser humano adapta e transforma o meio natural a fim de suprir suas necessidades. níveis para adaptar os
diferentes espaços para
191 seu uso. É fundamental
que esses assuntos te-
nham sido relacionados
e que os alunos tenham
compreendido cada um
:41 PM Orientações gerais
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deles separadamente e
Se possível, realize uma exposição nos corredores da com a colaboração de outros professores, sugerindo a que consigam fazer a co-
escola com os resultados das pesquisas gerados pelos suas turmas que explorem a exposição e façam pergun- nexão entre eles.
alunos na atividade 7. Convide-os para apresentar seus tas para os autores dos trabalhos.
trabalhos para outras turmas. Isso pode ser articulado

191

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Objetivos do capítulo Capítulo

A sociedade, as
• Compreender que o
ser humano transforma
as paisagens e constrói

atividades econômicas
o espaço geográfico por
meio do trabalho.
• Reconhecer que é por
meio do trabalho que o
ser humano desenvolve
as atividades econômi-
e o espaço geográfico
cas, como a agropecuá-
ria e a indústria.
• Compreender que as
sociedades que possuem
técnicas mais avançadas
transformam mais inten-
samente o espaço geo-
gráfico.
• Diferenciar os recur-
sos naturais renováveis
dos recursos naturais
não renováveis.
• Diferenciar extrati-
vismo vegetal, animal e
mineral.
• Identificar as diferen-
ças entre a agricultura
moderna e a agricultura
tradicional.
• Reconhecer a impor-
tância da agricultura fa-
miliar para a produção de
alimentos no Brasil.
• Perceber que a ativi-
dade pecuária pode ser
desenvolvida de maneira
intensiva ou extensiva.
• Conhecer os diferentes
tipos de indústrias.
• Reconhecer o comér-
cio como uma atividade
econômica.
• Reconhecer os três se-
tores da economia.
• Compreender que a
prestação de serviços
consiste na venda do tra-
balho e da habilidade de
determinados profissio- Lavoura de arroz
nais. cultivada em terraços
na Tailândia, 2017.
• Refletir sobre as atitu-
des referentes ao consu- 192
mo consciente.

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Orientações gerais
• Aproveite as questões desta página para avaliar os cionadas pelos alunos e busque relacioná-las às discus-
conhecimentos prévios dos alunos sobre o assunto que sões iniciais do capítulo.
será trabalhado neste capítulo. Incentive-os a observar a • Verifique se os alunos compreendem a atividade agríco-
paisagem retratada na fotografia, questionando-os so- la, a técnica do terraceamento, a estrada e as construções
bre os elementos culturais que podem ser observados como elementos culturais. Explique que a imagem repre-
na imagem. Registre na lousa as palavras-chave men- senta uma lavoura de arroz cultivada em terraços na Tai-

192

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BNCC
• Neste capítulo, discu-
tem-se as relações eco-

Jef Wodniack/Shutterstock.com
nômicas estabelecidas
no espaço geográfico.
Dessa forma, são con-
templadas as habilidades
EF06GE06 e EF06GE07,
complementadas pelas
habilidades EF06GE02 e
EF06GE011.
• Para tanto, valoriza-se
o desenvolvimento de
conhecimentos que pos-
sam refletir a sociedade
a partir de suas trans-
formações e inter-rela-
ções socioambientais e
econômicas no espaço
geográfico, por meio da
investigação, da argu-
mentação e do desen-
volvimento da reflexão
coletiva e autônoma.
• Os temas abordados
favorecem as competên-
cias gerais 1, 2, 4 e 10 da
BNCC, as quais são com-
plementadas pelas com-
Na paisagem da fotografia é possível iden- petências específicas de
Geofrafia 1, 3, 5 e 6.
tificar o trabalho do ser humano transforman-
do o espaço geográfico pela prática de uma • Os conteúdos aborda-
dos neste capítulo tam-
atividade econômica. Neste capítulo, vamos bém favorecem o traba-
verificar que, por meio do trabalho, o ser hu- lho com os temas con-
mano desenvolve atividades econômicas a fim temporâneos Educação
de obter o que necessita, e com isso transfor- ambiental e Trabalho.
ma constantemente o espaço geográfico.
Veja as respostas das questões nas Respostas
orientações ao professor.
A De que maneira as pessoas estão trans- a ) Com a construção de
formando o espaço geográfico na pai- terraços para o plantio de
sagem da fotografia? arroz em áreas de terre-
nos íngremes.
B Qual o principal motivo que leva as pes-
soas a transformarem o espaço geográ-
b) Para obtenção de ali-
mentos.
fico como retratado na fotografia?
c ) Resposta pessoal. Ve-
C Você identifica a prática da atividade rifique se as respostas
econômica mostrada na fotografia no apresentadas pelos alu-
município onde você vive? Identifique nos estão coerentes com
semelhanças e diferenças entre essas a prática agrícola do mu-
práticas, se houver. Troque ideias com nicípio onde vivem. A
os colegas. técnica de terraceamento,
provavelmente, não será
identificada, mas oriente
193
os alunos a fazerem a
analogia entre plantações
de alimentos no municí-
pio em que vivem, técni-
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cas de curvas de nível ou
lândia, país localizado na Ásia. Explique ainda que os terra- deram essas transformações ao longo dos tempos. tipos de lavouras que
porventura sejam desen-
ços são técnicas desenvolvidas pelo ser humano para apro-
veitar plantações agrícolas em vertentes de montanhas.
• Diga que as transformações no espaço podem ser volvidos em áreas de ter-
vistas por meio de patrimônios históricos e fotografias,
• Discuta com os alunos a importância do desenvolvi- por exemplo, que deixam registrados no espaço os tem-
renos íngremes.
mento das técnicas pelo ser humano e como elas auxi- pos em transformação, e no imaginário das pessoas as
liaram nas transformações pelas quais o mundo passou
transformações nas relações vividas.
ao longo dos séculos. Busque discutir também como se

193

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As atividades econômicas e a
Orientações gerais
• O texto a seguir pode
auxiliar nas discussões
acerca das transforma-
organização do espaço geográfico
ções da natureza pela Observe a sequência de ilustrações mostradas nas páginas 194 e 195. Ela mos-
sociedade. tra um exemplo de transformações nas paisagens e na construção do espaço geo-
Transformando a gráfico.
Veja no material audiovisual o vídeo sobre As mudanças
natureza e o próprio na paisagem com o surgimento de uma cidade.

homem
Transformações nas paisagens e a construção do espaço geográfico
O conceito de transfor-
mação está presente em
todo o estudo do espaço, 1
uma vez que a socieda-
de humana, ao satisfazer
as necessidades que ela
mesma cria, atua sobre a
natureza e modifica seu
espaço. Essa intervenção
se dá com a apropriação
da natureza, ou seja, o ho-
mem não se submete ao
espaço natural; cada vez
mais ele o altera por meio
do trabalho.
A transformação ocorre
de várias maneiras, nas
mais diversas atividades,
como agricultura, indús- 2
tria e pecuária, causando
o chamado “impacto am-
biental”, uma alteração no
equilíbrio da natureza que
pode resultar em poluição
das águas, do solo, do ar,
alterações climáticas ou o
esgotamento de recursos
ambientais, como a água
e o petróleo, por exemplo.

Ilustrações: Flaper
É a intervenção dos gru-
pos humanos que constrói
formas espaciais caracte- Fonte das ilustrações: elaborado pela autora.
rísticas, como as cidades
e os campos de cultivo, em No capítulo 1, você estudou que, no decorrer de sua história, o ser humano veio
lugar da natureza selva-
gem ou primitiva, anterior aprimorando continuamente suas ferramentas e técnicas, com o objetivo de extrair
à ação humana. da natureza os recursos de que necessita para viver.
[...] O trabalho possui um papel muito importante nesse processo, pois é por meio
KOZEL, Salete; FILIZOLA, Roberto.
Didática de Geografia – memórias dele que o ser humano desenvolve atividades econômicas (como extrativismo, agri-
da terra: o espaço vivido. São cultura, pecuária, indústria, comércio e prestação de serviços), as quais lhe permitem
Paulo: FTD, 1996. p. 28.
obter o que necessita. Portanto, é por meio do trabalho, ao desenvolver as diferentes
• Relembre também
atividades econômicas, que as pessoas fazem intervenções na natureza, transformando
com os alunos o concei-
to de paisagem, que po- as paisagens terrestres.
de estar associada aos Podemos afirmar que se estabelece, então, uma relação entre sociedade e natureza
sentidos, principalmente que resulta na produção, na organização e na transformação do espaço geográfico.
àquilo que está no campo
da visão. 194
• Auxilie os alunos a
perceberem as altera-
ções ocorridas nas pai-
sagens representadas Material audiovisual194
g20_ftd_lt_6vsg_c7_p192a203.indd 10/15/18 3:59 PM g20_

nestas páginas.
• Um dos materiais disponíveis nesta coleção apresen-
ta uma linha do tempo animada, no formato de um vídeo
curta-metragem. A apresentação dessas imagens permite
acompanhar as mudanças das paisagens a partir do surgi-
mento de uma cidade e suas alterações ao longo do tempo.

194

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A construção do espaço geográfico somente é possível com base na ação humana, Orientações gerais

Capítulo 7
ou seja, no trabalho desenvolvido pela sociedade que altera progressivamente o es- • O texto a seguir pode
paço conforme suas necessidades. ampliar seus conheci-
mentos sobre o tema
O modo como a sociedade transforma as paisagens e organiza o espaço geográ- proposto nestas páginas.
fico está diretamente relacionado com as atividades econômicas que desenvolve e o Nesse texto, o geógra-
trabalho que realiza. Verificamos essa situação em sociedades que dominam técnicas fo Milton Santos explica
avançadas de trabalho, pois elas transformam mais intensamente o espaço geográ- a inter-relação entre a
fico do que aquelas em que as técnicas utilizadas são mais rudimentares. produção do espaço geo-
gráfico, o trabalho e as
técnicas.
3 [...]
A natureza se transfor-
ma pela produção e não
há produção sem instru-
mentos de trabalho. Des-
de o início dos tempos his-
tóricos, o homem-produ-
tor idealizava e construía
os seus instrumentos de
trabalho com suas pró-
prias mãos; transportava-
-o, cada dia, de sua casa
ao lugar de trabalho e uti-
lizava-o como um prolon-
gamento imediato do seu
corpo; havia uma comu-
4 nhão quase total entre o
homem e os instrumentos
que ele utilizava e mani-
pulava na tarefa cotidiana
de produzir. Era também
assim que ele imprimia a
sua marca sobre a nature-
za: transformando-a.
Com a complicação do
processo produtivo, so-
Ilustrações: Flaper bretudo depois da neces-
sidade que se impôs, da
troca especulativa dos ex-
Fonte das ilustrações: elaborado pela autora.
cedentes da produção, os
instrumentos de trabalho
foram se tornando maio-
res e mais complicados e,
• Converse com seus colegas e com o professor sobre quais foram as principais igualmente, deixando de
transformações que ocorreram na paisagem mostrada nessas imagens. ser apêndices do corpo
Os elementos naturais, como o rio e a vegetação, foram sendo transformados por uma pequena cidade e pela construção de uma do homem, que ele trans-
ponte e de uma estrada. Aos poucos a cidade foi crescendo e surgiram áreas agrícolas no entorno, além de uma barragem de usina
hidrelétrica que foi construída. A interferência humana foi se tornando cada vez mais portava cada dia com suas
Os setores da economia intensa, com destaque para a ampliação da cidade, o surgimento de indústria e de um mãos, para se tornarem
As atividades econômicas desenvolvidas pelo ser humano podem ser classificadas em três depósito de um apêndice da própria
lixo. natureza. Pode-se agora
setores. As atividades relacionadas à produção de bens e matérias-primas, como a agricultura, a
pecuária e o extrativismo, atividades que estudaremos detalhadamente nas próximas páginas, falar de instrumentos de
formam o setor primário da economia. As atividades econômicas ligadas à transformação das trabalho fixos e, nessa ca-
matérias-primas em produtos manufaturados, ou seja, as atividades industriais, constituem o tegoria se incluem, de um
setor secundário. As atividades econômicas voltadas à circulação e ao consumo de produtos e lado os meios diretos de
serviços são desempenhadas pelo comércio e pela prestação de serviços e formam o setor terciário. produção aplicados à pro-
dução propriamente dita
— como uma casa de fa-
195 rinha, celeiros, engenhos
etc. e também relaciona-
dos com outros momen-
tos de produção, como a
circulação dos homens e
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dos produtos — os veícu-
los, as estradas, as pontes.
[...]
SANTOS, Milton. Por uma
Geografia nova. Da crítica da
Geografia a uma Geografia crítica.
4. ed. São Paulo: Hucitec, 1996. p.
172-173.

195

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As atividades econômicas e
Orientações gerais
• O tema Recursos natu-
rais renováveis e não re-
nováveis permite traba-
os recursos da natureza
lhar o tema contemporâ- Conforme já estudamos, o ser humano sempre se relacionou com a natureza, re-
neo Educação ambiental. tirando dela os recursos naturais necessários para a sobrevivência.
Solicite aos alunos que
observem em seu próprio Entretanto, ao longo do tempo, a necessidade de mais alimentos e de produtos
material escolar quais industrializados foi ampliada pela sociedade, que passou a exigir das atividades eco-
são os produtos de ori- nômicas um ritmo mais acelerado de produção. Além disso, o acúmulo de conheci-
gem natural renováveis e mento permitiu ao ser humano explorar cada vez mais os recursos naturais.
quais são de origem na- Essa exploração intensa tem ocasionado interferências extremas, de modo que,
tural não renováveis. em algumas situações, a natureza não consegue repor tudo o que é retirado dela,
• Para despertar a curio- pois nela existem recursos naturais renováveis e recursos naturais não renováveis.
sidade, pergunte sobre a Veja a seguir o que isso significa.
origem de cada material
que o aluno utiliza para
escrever um texto. Verifi-
que se eles percebem que
Geografia Recursos naturais
o papel e o lápis são pro- em foco renováveis e não renováveis
duzidos da madeira, por-
tanto são materiais reno- Os recursos naturais renováveis compreen-
váveis, e que os materiais

Sergio Ranalli/Pulsar Imagens


dem os elementos naturais, como a água e a ve-
plásticos são produzidos
a partir do petróleo, um getação, que após serem extraídos pelo ser hu-
recurso não renovável. mano podem ser repostos pela própria natureza,
de acordo com a escala de tempo da vida humana.
• Para os alunos co-
nhecerem exemplos de O reflorestamento, por exemplo, é uma maneira
recursos naturais não de obter recursos naturais renováveis, neste ca-
renováveis e sua trans- so, de madeira.
formação, sugerimos os Contudo, essa renovação só é possível desde
vídeos a seguir, os quais
que o ambiente não esteja intensamente degra-
apresentam o proces-
dado e as condições do ambiente físico, do qual
so de transformação de
petróleo em gasolina e o o recurso natural faz parte, forem favoráveis para
Área de reflorestamento com plantação de
ciclo do gás natural. eucaliptos no espaço rural do município de
que ele se recomponha.
> O caminho da gasoli- Ortigueira (PR), 2016. Diante disso, é importante destacar que al-
na. Petrobras. Disponí- guns desses recursos renováveis poderão se
Delfim Martins/Pulsar Imagens

vel em: <http://livro.pro/ esgotar ao longo do tempo se a sociedade não


wnd7ub>. Acesso em: 23 controlar sua exploração.
set. 2018.
Os recursos naturais não renováveis referem-
> O caminho do gás na-
-se aos elementos da natureza que necessitam de
tural. Petrobras. Dispo-
centenas de milhões de anos para se formarem,
nível em: <http://livro.
pro/ttmted>. Acesso em: ou seja, não se regeneram na escala de tempo da
23 set. 2018. vida humana. Desse modo, se forem utilizados
pelo ser humano de maneira desenfreada, pro-
vavelmente esses elementos se esgotarão na na-
tureza. Os minerais e os combustíveis fósseis,
Unidade de bombeio de poço produtor de
como o carvão mineral e o petróleo, são exem-
petróleo no município de Carmópolis (SE), 2018. plos de recursos naturais não renováveis.

196

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Material audiovisual
• A sequência didática 12, disponível no material digi-
tal, pode complementar o trabalho com o tema Recur-
sos naturais renováveis e não renováveis. A atividade
proposta poderá ser trabalhada em conjunto com o
componente curricular de Ciências.

196

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Recursos naturais e o extrativismo Integrando saberes

Capítulo 7
O extrativismo é a atividade econômica por meio da qual são extraídos diferentes
• O tema do Extrativis-
mo animal possibilita
recursos da natureza utilizados de diferentes formas pela sociedade. uma articulação com os
Existem três tipos de atividades extrativas: vegetal, animal e mineral. componentes curricula-
res de Ciências e Língua
Extrativismo vegetal Portuguesa na busca da
compreensão de algu-
O extrativismo vegetal consiste na coleta de produtos de

Delfim Martins/Tyba
mas consequências de
origem vegetal existentes em áreas de vegetação nativa, atividades relacionadas
que são comercializados ou destinados às indústrias. Como ao tema.
exemplo desses produtos, podemos citar diversos tipos de • Em um primeiro mo-
sementes, frutos, folhas, fibras, óleos e seivas de plantas. mento, comente com os
A exploração da madeira é um dos exemplos de extra- alunos sobre a Lei no 9.605,
de 12 de fevereiro de
tivismo vegetal mais praticado na atualidade. No entanto,
1998, também conheci-
boa parte dessa prática é realizada de maneira ilegal, em da como Lei dos Crimes
áreas e em quantidades não autorizadas para exploração. Ambientais. Sugerimos
No Brasil, há muitas espécies de árvores que possuem que, caso seja possível,
alto valor comercial, por serem utilizadas na fabricação de encaminhe os alunos até
o laboratório de informá-
móveis por causa de sua beleza e resistência. Essas árvores
tica da escola e explore o
são conhecidas como madeiras de lei e são exemplos dessas texto dessa lei, realizan-
espécies: mogno, cedro, jatobá, jacarandá, imbuia e peroba. Área desmatada da Floresta Amazônica no do leituras, análises crí-
Muitas dessas madeiras de lei estão ameaçadas de extinção. município de São Félix do Xingu (PA), 2016. ticas e interpretações do
conteúdo disponibiliza-
Extrativismo animal do, em conjunto com os
professores de Ciências
A caça e a pesca são atividades que compreendem o extrativismo animal.
e Língua Portuguesa.
A caça representa a captura de animais silvestres, ou > Lei dos Crimes Am-
Ricardo Teles/Pulsar Imagens

seja, não domesticados, que vivem na natureza. Porém, bientais. Ibama (Insti-
muitas espécies, como tartarugas, jacarés, macacos e dife- tuto Brasileiro do Meio
rentes aves e peixes, estão sendo prejudicadas pela caça Ambiente e Recursos
predatória. Naturais Renováveis).
Disponível em: <http://
Atualmente, existem leis que regulamentam a prática livro.pro/no73zb>. Aces-
dessas atividades predatórias. No entanto, em muitos ca- so em: 26 set. 2018.
sos essas leis não são respeitadas, a fiscalização de seu
• Comente também com
cumprimento não é suficiente e são numerosos os crimes os alunos, contando com
ligados à caça e à pesca predatórias, tornando-se uma o auxílio do professor
ameaça à fauna. de Ciências, sobre a im-
Embora o Brasil possua um extenso litoral e grande nú- portância de extrair os
recursos naturais de ma-
mero de rios volumosos, a atividade pesqueira não é pro-
neira consciente.
porcionalmente expressiva. Grande parte da pesca extrativa
em nosso país é realizada de maneira artesanal, correspon- • Ao final, os alunos po-
Pescadores em um rio no município derão produzir fôlderes
dendo, aproximadamente, a 40% da atividade pesqueira ex- de Mucuri (BA), 2018.
informativos para a co-
trativa nacional. munidade escolar sobre
o extrativismo animal,
Caça predatória: captura de animais silvestres sem a Seiva: substância líquida que possui nutrientes e informando sobre as
devida autorização e em quantidade que pode circula no interior dos vegetais. consequências de ações
desencadear o processo de extinção de uma espécie.
predatórias e indicando
atitudes que devemos
197 tomar para reverter esse
processo. Esse trabalho
que envolve a sensibi-
lização socioambiental
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Orientações gerais
10/15/18 3:59 PM
permite uma abordagem
da competência especí-
• Comente com os alunos que as Reservas Extrativistas sobre as Resex, sugerimos o acesso ao site a seguir. fica de Geografia 7.
(Resex) são unidades de conservação que têm como um > Reserva extrativista. Instituto Socioambiental. Dis-
dos seus objetivos aliar a conservação ao uso sustentá- ponível em: <http://livro.pro/fik8m8>. Acesso em: 26
vel dos recursos naturais, por meio do extrativismo rea- set. 2018.
lizado por populações tradicionais. Para conhecer mais

197

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Orientações gerais
Extrativismo mineral
• Ao trabalhar o tema
O extrativismo mineral é a atividade econômica em que são extraídos da nature-
Extrativismo mineral,
comente com os alunos za minerais de grande importância para a sociedade. Muitos desses minerais, como
que essa atividade é de o ferro, o ouro e o diamante, apresentam alto valor comercial e, por isso, são explo-
extrema importância rados continuamente.
para os diversos ramos Em razão das riquezas minerais presentes no território brasileiro, a extração mi-
da indústria e está liga-
neral é uma atividade muito importante para a economia do nosso país. Para se ter
da diretamente ao dia
a dia das pessoas. Dê uma ideia, o Brasil é o segundo maior produtor de minério de ferro do mundo.
exemplos disso citando Muitas das técnicas empregadas para a ex-

Pierre-Yves Babelon/Shutterstock.com
produtos como fios elé- tração de alguns minerais ainda são considera-
tricos, aparelhos eletro- das rudimentares. O garimpo, por exemplo, é
domésticos, automóveis,
uma prática artesanal de extração, utilizada, ge-
instrumentos cirúrgicos,
ralmente, para a retirada de pedras preciosas e
entre outros produtos
fabricados a partir de ouro. No garimpo do ouro, muitas vezes, utiliza-
material obtido com o -se mercúrio para separar esse metal dos sedi-
extrativismo mineral. mentos em que é encontrado. Essa prática cau-
• Comente que algumas sa poluição ambiental, pois contamina a água e
áreas de mineração são o solo. Além disso, o garimpo, quando realizado
desativadas sem o devi- em terrenos de barrancos, pode provocar seu
do cuidado, podendo ser Garimpo de ouro sendo realizado às margens de rio desmoronamento, causando assoreamento de
transformadas em áreas próximo à cidade de Vohemar, Madagascar, 2017. rios e mananciais e deixando o solo danificado.
de risco para as popula-
ções e para o ambiente. A extração mineral realizada em larga escala, ou seja, que explora grande quanti-
Explique, portanto, que dade de minérios, é feita por meio de máquinas e equipamentos especiais, e é cha-
são necessárias medidas mada de indústria extrativa mineral. Esse tipo de atividade também é responsável
corretivas e preventivas por vários problemas ambientais registrados nos dias atuais, e pode ocasionar alte-
para a desativação cor- rações irreversíveis nos ambientes explorados.
reta desses locais. Al-
guns são recuperados e Atualmente, sabe-se que algumas maneiras de se praticar a atividade extrativa no
reintegrados ao ambien- Brasil e no mundo estão comprometendo as fontes de matérias-primas minerais e
te, enquanto outros são vegetais e, além disso, têm levado diversas espécies vegetais e animais à extinção,
aproveitados e transfor- prejudicando a manutenção da biodiversidade do planeta.
mados em áreas de ativi- Rubens Chaves/Pulsar Imagens

dades de lazer, entre ou- Área de exploração de


tras funções. Caso seja minério de ferro no
possível, apresente uma município de Congonhas
imagem ou fotografia (MG), 2016. A imagem
mostra intensa
do Teatro Ópera de Ara-
transformação do espaço.
me, construído em uma
área antiga de minera-
ção de basalto, na cidade
de Curitiba, Paraná, em
1992.
• Caso considere inte-
ressante, retome com os
alunos as páginas 104 e
105, que tratam da uti-
lização de minerais em
nosso dia a dia.

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Orientações gerais
Geografia

Capítulo 7
O garimpo e seus impactos • Este conteúdo permite
em foco ambientais e sociais um trabalho com o tema
contemporâneo Saúde
e pode ser abordado em
O mercúrio é considerado um dos metais mais tóxicos para a vida humana, mas
conjunto com o compo-
os garimpeiros o utilizam intensamente na exploração do ouro em garimpos.
nente curricular de Ciên-
Ao retirar o cascalho arenoso do leito dos rios ou do subsolo, o garimpeiro adi- cias.
ciona o mercúrio nesse material bruto. O mineral possui a propriedade de agregar • Solicite aos alunos
os pequenos grãos de ouro, formando uma liga metálica. Depois que esta liga é uma pesquisa em revis-
aquecida, parte do mercúrio evapora e o ouro torna-se evidente. tas, jornais e na internet,
Rejeitos do mercúrio descartado junto com a lama produzida no processo de sobre o tema “Os riscos
garimpagem causam sérios problemas ao meio ambiente, entre eles o assorea- do garimpo”. Oriente-os
mento do leito dos rios e a contaminação de suas águas. a buscar informações
sobre as possíveis in-
Além desse grave impacto ambiental, a poluição provocada pelos garimpos oca- toxicações que podem
siona problemas sociais. Há muitos casos em que esses garimpos são explorados ser causadas aos garim-
em terras indígenas, fazendo alguns desses povos terem seu território invadido e peiros ao exercerem a
degradado, seus mananciais poluídos e assoreados e sua saúde comprometida com atividade. Junto com o
a contaminação pelo mercúrio, substância altamente tóxica para o organismo huma- professor de Ciências,
no. Veja o que descreve o texto a seguir. verifique se as pesquisas
apontam para o risco da
A mineração ilegal no Brasil é vista por muitos como um mal que polui utilização do mercúrio
a Amazônia, envenena tribos indígenas e rouba a nação de sua riqueza. na atividade garimpeira.
Para outros, é um modo de vida. [...] Comente com os alunos
Acredita-se que a área total explorada por garimpeiros no Brasil seja peque- sobre os efeitos nocivos
causados à saúde de-
na. Entretanto, elementos químicos como o mercúrio, que garimpeiros em
correntes do despejo de
Creporização usam para separar ouro de areia, podem deixar uma grande mar-
mercúrio nos rios feito
ca de contaminação. pelo garimpo.
[...] um estudo revelou níveis alarmantes de mercúrio em aldeias indíge-
nas no estado de Roraima.
Um grupo de indígenas teve mais do que o dobro do nível de mercúrio
considerado grave risco para a saúde — como danos no sistema nervoso cen-
tral, rins, coração e sistema reprodutivo — encontrado em seus fios de cabelos.
[...]
DOCE, Nacho. Garimpeiros buscam ouro em minas ilegais na Amazônia. Reuters, 14 set. 2017.
Disponível em: <https://br.reuters.com/article/topNews/idBRKCN1BP2KH-OBRTP>. Acesso em: 8 ago. 2018.

Creporização: garimpo localizado


Diego Padgurschi/Folhapress

no município de Itaiatuba, Pará.


Liga metálica: material de
característica metálica, composto
por elementos químicos, dos quais
pelo menos um é metal.

Na fotografia ao lado, podemos


observar aspecto do garimpo
realizado no rio Madeira em
Aripuanã (AM), 2016. Neste caso,
os garimpeiros despejam
os rejeitos de lama e mercúrio
no rio, assoreando-o.

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BNCC Atividades
• As propostas das ativi-
dades das páginas 200 e 1. Resposta pessoal. Verifique se os alunos perceberam que é por
201 favorecem a aborda- 2. Porque a Exercícios de compreensão meio do trabalho que o ser humano desenvolve as atividades
gem da competência es- necessidade econômicas, e com isso transforma e constrói o espaço geográfico.
de obter mais 1. Converse com seus colegas sobre a 5. Imagine que uma empresa localiza-
pecífica de Geografia 3 alimentos e
ao desenvolver autono- produtos relação entre trabalho, atividade da em seu município vem explo-
mia e senso crítico para a industrializados
tem exigido
econômica e espaço geográfico. rando um recurso não renovável
compreensão e aplicação maior produção Depois, registre suas conclusões. sem qualquer tipo de planejamento
dos conhecimentos ge- das atividades
econômicas. e cuidado com a natureza. Cite a
ográficos. As atividades 2. Explique por que o ser humano vem
principal consequência dessa ex-
também contemplam as 3. Os recursos explorando de maneira cada vez mais
habilidades EF06GE06 e renováveis podem intensa os recursos da natureza. ploração ao longo do tempo. Veja a
resposta da questão nas orientações ao professor.
EF06GE07. ser reconstituídos
pela própria 6. Classifique, no caderno, os recursos
• As atividades apre- natureza após a 3. Escreva, no caderno, qual é a dife- a seguir em renováveis ou não re-
sentadas estão relacio- sua extração. Já os rença entre recurso renovável e re-
recursos não nováveis.
nadas às competências renováveis levam curso não renovável.
centenas de a ) Petróleo d ) Carvão mineral
gerais 2, 6 e 7, ao insti- não renovável não renovável
milhões de anos 4. Um recurso natural renovável pode b ) Madeira e ) Cana-de-açúcar
gar os alunos a associar para serem
se esgotar? Justifique sua resposta. renovável renovável
as informações, as rela- reconstituídos. c ) Água f ) Ouro
ções sociais, econômicas renovável não renovável
e ambientais, construin-
do um olhar crítico para Geografia no contexto
o que foi estudado até o 7. Observe as fotografias a seguir e, depois, responda às questões no caderno.
momento.
4. Resposta A
esperada: o
esgotamento de
um recurso
renovável pode
ocorrer, pois,
caso as
condições do
OVKNHR/Shutterstock.com

ambiente físico
se tornem
desfavoráveis à
renovação, Área de extração de
quando minério de ferro em
intensamente Divrgi, Turquia, 2018.
degradado, ele
não conseguirá
se recompor.
B
isarescheewin/Shutterstock.com

Mulher realizando a
extração de látex na
Tailândia, 2017.

• Quais elementos naturais estão sendo extraídos? Classifique-os como recurso


renovável ou não renovável. Fotografia A: Minério de ferro, um recurso natural não renovável.
Fotografia B: Látex, um recurso natural renovável.
200

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8. Leia atentamente o texto a seguir. Orientações gerais

Capítulo 7
• As páginas de ativida-
A borracha natural pode ser extraída de mais de 20 árvores de diversas des favorecem o acom-
zonas tropicais do planeta. Nenhuma, porém, equipara-se à seringueira [...] panhamento da aprendi-
em qualidade e produtividade. A grande vantagem da seringueira é que es- zagem dos alunos. Outra
ta fornece o látex boa parte do ano, sem que a árvore sofra. [...] sugestão para avaliar o
que os alunos compre-
MEIRELLES, João Filho. O livro de ouro da Amazônia: mitos e verdades sobre
a região mais cobiçada do planeta. Rio de Janeiro: Ediouro, 2004. p. 121. enderam até o momento,
é solicitar que produzam
O extrativismo vegetal, com a um mapa conceitual em
a ) Que atividade econômica é apresentada no texto? exploração do látex. 8. b) Não, folha sulfite tendo co-
pois o texto
b ) De acordo com o texto, essa prática prejudica a natureza? Explique. relata que o mo base a expressão
látex pode ser “transformação do espa-
9. Identifique qual atividade está representada em cada uma das imagens abaixo. extraído das
ço geográfico”. No dia da
Descreva as principais características dessas atividades e cite dois produtos ob- seringueiras entrega, construa coleti-
sem que a
tidos por meio de cada uma delas. Anote suas respostas no caderno. árvore seja vamente um mapa con-
prejudicada.
ceitual da turma sobre
A B a temática, promovendo
Gerson Gerloff/Pulsar Imagens

Edson Sato/Pulsar Imagens


discussões e alinhamen-
tos do que foi estudado.

Trabalhador em mina de ametista no Trabalhador coletando açaí no


município de Ametista do Sul (RS), 2018. município de Ubatuba (BA), 2015.

Watchares Hansawek/Shutterstock.com
C

Trabalhadores no rio Bangpakong no leste da Tailândia, 2016.


9. A - Extrativismo mineral. Atividade econômica na qual se extraem da natureza minerais com valor
comercial. Possível resposta: ametista, ouro, ferro. B - Extrativismo vegetal. Atividade econômica na qual
Pesquisando se extraem produtos de origem vegetal para comercialização ou uso industrial. Possível resposta: madeira,
látex. C - Extrativismo animal. Atividade econômica baseada na caça e na pesca de animais. Possível
10. Pesquise em sua casa produtos obtidos por meio da atividade econômica do ex- resposta:
peixe,
trativismo. Faça uma lista destes produtos em seu caderno separando-os em camarão.
extrativismo vegetal, animal ou mineral. Depois apresente o resultado de sua
pesquisa aos colegas. Resposta pessoal. Verifique se a pesquisa dos alunos está coerente com a
atividade proposta.
201

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201

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Agropecuária
Orientações gerais
• Para complementar o
estudo deste tema, su- Há milhares de anos, o ser humano passou a criar animais e cultivar lavouras
gerimos a leitura do tex- para obter seu próprio alimento. Essas práticas contribuíram tanto para o surgimen-
to abaixo para os alunos.
to de um novo modo de vida quanto para o início de uma das mais importantes
Após a leitura do texto,
verifique se os alunos atividades econômicas do mundo: a agropecuária.
percebem que João e A agropecuária engloba a prática de duas atividades econômicas, que são a agri-
Luiz trabalham com cultura e a pecuária. A seguir, estudaremos cada uma delas.
agricultura tradicional,
enquanto Felipe prati-
ca agricultura familiar Agricultura
e Fernando, agricultura
A agricultura é uma atividade econômica de grande importância para o ser huma-
moderna. Quanto à pe-
cuária, observe se eles no. Desde que passou a ser praticada, há cerca de 11 mil anos, a agricultura permitiu
percebem que Paulo ao ser humano produzir alimentos e matérias-primas por meio do cultivo de diferen-
trabalha com pecuária tes tipos de plantas.
extensiva e que José e Como a atividade agrícola foi desenvolvida em praticamente todas as partes do
Regina querem trabalhar
mundo e por diferentes povos, a variedade de gêneros agrícolas que surgiram, ao
com pecuária intensiva a
longo do tempo, é numerosa e diversificada. Plantações como as de algodão, milho,
fim de vender facilmente
sua produção na cidade trigo, soja, café, feijão e arroz tornaram-se alguns dos cultivos mais importantes pa-
mais próxima. ra a humanidade. O gráfico abaixo mostra importantes gêneros agrícolas cultivados
atualmente no mundo. Observe-o.

Gênero Mundo: importantes produtos agrícolas cultivados – 2016


agrícola:
tipo de

E. Cavalcante
Produção
cultura (em milhões-ton)
desenvolvida
2500
por meio da
atividade 2250
agrícola,
como milho, 2000
1 890
feijão, arroz,
soja, café, 1750
entre outros. 1500

1250
1 060
1000

750 741 749

500
334 377 334
250

0
Cana- Milho Arroz Trigo Batata Soja
-de-açúcar Produtos

Fonte: FAO (Food and Agriculture Organization). Disponível em:


<http://www.fao.org/faostat/en/#data/QC>. Acesso em: 14 mar. 2018.

Há países que, embora possuam outras atividades altamente desenvolvidas, de-


pendem da produção agrícola, mesmo que importada de outros países, por causa da
demanda de matérias-primas para a indústria e de alimentos para sua população.
Dessa forma, podemos observar que a atividade agrícola é essencial para todos os
países do mundo.
202

Atividade agrícola transformar


g20_ftd_lt_6vsg_c7_p192a203.indd 202 tanto milho em fubá. Com isso, às cedor de milho para o mesmo moinho de fubá10/15/18 3:59 PM g20_

Seu João tem uma fazenda muito grande onde vezes, seu João perde boa parte de sua produção. que compra a produção de seu João. Felipe, que
planta milho o ano todo, quase não usando adu- O vizinho do seu João, seu Luiz, planta na sua é empregado do seu Luiz, pediu permissão a ele
bo e utilizando o arado puxado a boi. Ele não es- fazenda feijão, soja, algodão e também milho, para fazer uma plantação em uma pequena área
tá muito satisfeito, pois de vez em quando o do- usando um arado puxado a trator, colocando o próxima à sua casa onde ele planta nas horas de
no do moinho de fubá, para quem ele vende sua adubo adequado na plantação e utilizando defen- folga, de tudo um pouco: feijão, mandioca, abóbo-
produção, não quer comprá-la, porque existem sivos quando preciso. Para seu Luiz as coisas vão ra, couve, inhame, hortaliças, etc. A produção de
vários agricultores como ele produzindo mui- bem, pois para cada tipo de produto ele tem com- Felipe é pequena, não dando para comercializar,
to milho e o moinho não tem capacidade para prador diferente, embora ele também seja forne- mas dá para o seu sustento e o de sua família.

202

g20_ftd_mp_6vsg_c7_p192a215.indd 202 10/16/18 3:17 PM


Orientações gerais
A agricultura moderna e a agricultura tradicional

Capítulo 7
• Comente com os alu-
Dentre diversas possibilidades de classificação, a atividade agrícola pode ser divi- nos que na agricultura
dida em dois tipos: agricultura moderna e agricultura tradicional. moderna é possível en-
contrar lavouras equipa-
das com maquinários e
A agricultura moderna é responsável pela produção tanto de alimentos quanto de matérias-primas instrumentos agrícolas
empregadas na fabricação de bens e de fontes energéticas para o abastecimento de outros setores da de alta tecnologia em
economia, como a indústria e o comércio. Por isso, também pode ser chamada agricultura comercial. médias e pequenas pro-
Nessa atividade agrícola, são empregados maquinários e implementos agrícolas altamente so- priedades.
fisticados, sementes selecionadas, insumos agrícolas, como fertilizantes, além de herbicidas e fun- • Explique a eles que
gicidas para o controle de pragas e doenças nas plantações. Em geral, a agricultura moderna é a agricultura moderna
desenvolvida em grandes propriedades rurais, necessita de altos investimentos e se caracteriza ou comercial também é
por apresentar elevada produtividade. denominada agricultura
Colheita de soja sendo realizada por meio de colheitadeira moderna no município de Leópolis (PR), 2018.
intensiva.

Raksha Shelare/Shutterstock.com
Sergio Ranalli/Pulsar Imagens

Agricultor realizando plantio com o auxílio de tração animal, Índia, 2018.

Na agricultura tradicional, o uso de máquinas sofisticadas e insumos agrícolas é restrito. O pro-


dutor geralmente utiliza técnicas tradicionais de cultivo, como arados de tração animal, e o trabalho
é realizado por mão de obra familiar.
As áreas destinadas à prática desse tipo de agricultura, em geral, são pequenas e apresentam
baixa produtividade. Isso se deve, principalmente, à ausência de investimentos em recursos tecnoló-
gicos capazes de ampliar a produção.
A forma de produção tradicional também é praticada em lavouras de subsistência, ou seja, em plan-
tações desenvolvidas basicamente para suprir as necessidades do próprio agricultor e de sua família.

Implemento agrícola: conjunto de equipamentos utilizados como instrumentos


auxiliares às atividades agrícolas, entre elas, a semeadura, o plantio e a colheita.
Insumo: material utilizado na produção agrícola, como fertilizantes, mudas e sementes.
Produtividade: relação eficiente entre os recursos produtivos utilizados, que objetiva
alcançar a produção máxima em menos tempo e com o menor custo.

203

:59 PM Perto das fazendas de João e Luiz existe a


g20_ftd_lt_6vsg_c7_p192a203.indd 203 quase não cuida de sua criação, tomando ape- de serem10/15/18ordenhadas,
3:59 PM receberem tratamento
enorme fazenda de seu Fernando, onde ele pro- nas cuidado para que os bois não fiquem doen- contra doenças e comerem ração própria para
duz só cacau, utilizando muitos empregados só tes e mais magros dando assim menos lucro na produzirem mais leite, que será vendido para a
na época da colheita. Seu Fernando vende quase hora do abate. cooperativa da cidade.
que a totalidade de sua produção para a Suíça, Seu José e sua esposa, dona Regina, estão [...]
onde são fabricados deliciosos chocolates. procurando uma fazenda para comprar, mas RUA, João et al. Para ensinar Geografia.
Em um lugar bem distante de quase tudo, há esta tem que ser próxima a uma cidade, pois Contribuição para o trabalho com 1º e 2º graus.
a fazenda de seu Paulo, onde ele cria gado solto, ele quer criar bois de raças selecionadas, onde Rio de Janeiro: Access, 1993. p. 133-134.
nas imensas pastagens lá existentes. Seu Paulo as vacas vão todos os dias para o curral, a fim

203

g20_ftd_mp_6vsg_c7_p192a215.indd 203 10/16/18 3:17 PM


Orientações gerais Dentro de um mesmo país, como o Brasil, ou entre diferentes países do mundo, a
• Oriente os alunos a agricultura moderna convive com a agricultura tradicional. Isso acontece porque nem
compararem as imagens todos os agricultores, que almejam modernizar suas propriedades, possuem condi-
e suas características, ções financeiras que possibilitem a utilização de equipamentos e o desenvolvimento
evidenciando a coexis-
de técnicas sofisticadas. Veja nas imagens a seguir duas realidades bem distintas da
tência entre a agricultura
moderna e a tradicional
agricultura mundial.
em uma mesma região Na fotografia, lavoura de soja no estado de Na China, a produção de batatas corresponde,
ou país. Illinois, Estados Unidos, 2018. Os Estados aproximadamente, a 26% do total produzido no

• Destaque o mapa e o Unidos são o maior produtor mundial desse


grão e colhem, aproximadamente, 35% do
mundo por ano. Na fotografia, área de cultivo
de batatas em pequena propriedade rural em
que ele representa. Soli- total produzido no mundo por ano. Zhangye, China, 2018.
cite que os alunos obser-
vem a legenda e a utili-

Daniel Acker/Bloomberg/Getty Images

SIPA Asia/ZUMA Wire/Fotoarena


zação do solo no mundo,
dando ênfase ao Brasil.

Sugestão de atividade
Refletindo sobre a
agricultura orgânica
Objetivos
• Ler e interpretar texto Mundo: principais áreas agrícolas
sobre agricultura orgâ-
nica.
• Refletir sobre a técnica
de produção de alimen-
tos orgânicos e sua im-
portância.
a ) Comente com os alu-

E. Cavalcante
nos que existe uma téc-
nica de produção agríco-
la denominada orgânica.
b) Aborde o assunto por
meio do texto a seguir.
Fontes: GIRARDI, Gisele;
Agricultura orgânica ROSA, Jussara Vaz. Atlas
geográfico do estudante.
A agricultura orgânica São Paulo: FTD, 2016. p. 169.
defende que seja dada Atlas National Geographic: a Terra e o
0 2 880 5 760 km

maior atenção aos aspec- Universo. São Paulo: Abril, 2008. v. 12. p. 56-57.
tos ecológicos envolvidos
na atividade agrícola,
Ernesto Reghran/Pulsar Imagens

Agatha Kadar/Shutterstock.com
destacando-se a micro-
biologia do solo. Os agri-
cultores orgânicos procu-
ram desenvolver culturas
sem o uso de agrotóxicos,
com a intenção de pro-
teger o meio ambiente,
produzir alimentos mais
nutritivos e evitar intoxi- Na agricultura moderna, o emprego de Na agricultura tradicional, a plantação
cações de agricultores e maquinários, como tratores e colheitadeiras, e a colheita, geralmente, são realizadas
consumidores. Por isso, possibilita que as lavouras cultivadas sejam com auxílio de força animal e, em algumas
cuidadas por um número reduzido de mão de áreas, por muitos trabalhadores rurais.
geralmente, a produção
obra. A fotografia mostra colheita de soja no Na fotografia, trabalho manual na lavoura de
dos agricultores orgâ- município de Formosa do Rio Preto (BA), 2017. arroz em Madagascar, África, 2016.
nicos é consumida por
quem busca produtos 204
mais saudáveis. [...]
O solo é um elemento
fundamental para o fun-
cionamento de qualquer
agroecossistema. Ele é tão ativo, resulta em plantas,204
g20_ftd_lt_6vsg_c7_p204a215.indd animais e seres humanos saudá- mente em climas tropicais como o do Brasil. Nesse sentido,10/15/18 3:46 PM g20_

importante para a agri- veis. [...] além das práticas convencionais de manejo e conservação
cultura orgânica que um A agricultura orgânica também dedica uma atenção es- do solo, são propostas outras técnicas visando preservar e
dos lemas desta é “deve-se pecial à manutenção da diversidade dos microorganismos incentivar sua atividade biológica, como a manutenção da
alimentar o solo e não a subterrâneos, que, mesmo numerosos, não podem ser vis- sua cobertura, a redução do uso de máquinas agrícolas, a
planta”, pois ele é a fonte tos a olho nu. [...] extinção da prática de revolvimento ou aração profunda, a
de vida e, quando equili- Dada a sua importância, os agricultores orgânicos enten- aplicação de adubação verde e outras técnicas alternativas.
brado e biologicamente dem que o solo merece uma proteção especial, principal- ROSA, Antônio Vítor. Agricultura e meio ambiente.
São Paulo: Atual, 1998. p. 80.

204

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Orientações gerais
A importância da agricultura familiar no Brasil

Capítulo 7
• O conteúdo desta pá-
A maior parte da produção de alimentos que abastece a população brasileira é pro- gina contribui para o tra-
veniente da agricultura familiar, composta por pequenos e médios produtores rurais. balho com a habilidade
Em nosso país, cerca de 89% das propriedades rurais possuem área menor que EF06GE06 da BNCC.
100 hectares. Nessas propriedades, geralmente a terra é cultivada por membros da • Aproveite para ques-
própria família, sem nenhuma ou com reduzida mão de obra externa. Muitos agricul- tionar os alunos sobre
a agricultura familiar no
tores familiares, além de cultivarem lavouras, como arroz e feijão, criam gado para
município onde vivem.
produção leiteira e aves. Questione se sabem da
Observe, no quadro abaixo, as produções em que a agricultura familiar é mais importância dos peque-
representativa em nosso país. nos produtores locais de
alimentos, como frutas,
Leite Suínos Feijão Mandioca verduras e ovos, que dia-
riamente estão na mesa
60% familiar 59% familiar 70% familiar 87% familiar do brasileiro.

40% patronal 41% patronal 30% patronal 13% patronal • Se possível, traga um
produtor rural que traba-
Fonte: BRASIL. Secretaria Especial de Agricultura Familiar e do Desenvolvimento agrário. Brasil: 70% dos alimentos que vão à lhe em sistema de agri-
mesa dos brasileiros são da agricultura familiar. Brasília, 2017. Disponível em: <http://www.mda.gov.br/sitemda/noticias/brasil-
70-dos-alimentos-que-v%C3%A3o-%C3%A0-mesa-dos-brasileiros-s%C3%A3o-da-agricultura-familiar>. Acesso em: 4 ago. 2018. cultura familiar para ser
entrevistado pela turma
• Converse com seus colegas e com o professor sobre os principais pro- e relatar um pouco so-
dutos agrícolas cultivados no lugar onde vocês vivem. bre como é seu trabalho,
Resposta pessoal. sua rotina diária. Desse
modo, incentivamos os
alunos a valorizarem os
A merenda escolar e a agricultura familiar pequenos produtores
Patronal:
Em 16 de junho de 2009, o Governo Federal sancionou a Lei nº 11 947. Essa lei denominação dada à que são responsáveis
determina que parte dos recursos destinados à aquisição de alimentos para a produção proveniente pela produção da maior
merenda escolar de escolas públicas ou de entidades filantrópicas brasileiras seja de grandes
produtores rurais, parte dos alimentos que
utilizada para adquirir produtos que tenham origem na agricultura familiar da região. consumimos.
cujas propriedades
Isso contribui para o desenvolvimento da agricultura familiar e ainda proporciona são extensas e a
uma merenda saudável aos alunos, com alimentos variados e frescos. produção alcança
Cesar Diniz/Pulsar Imagens

grandes quantidades.
Entidade
filantrópica:
Cultivo de hortaliças no instituição
município de Ibiúna (SP), 2018. beneficente sem fins
lucrativos que presta
serviços à sociedade.

205

:46 PM c ) Após a leitura do texto, solicite que respondam às


g20_ftd_lt_6vsg_c7_p204a215.indd 205 > Quem são os principais consumidores dos produtos
10/15/18 3:46 PM

questões a seguir. orgânicos?


> Escreva no caderno qual é a principal característica da Resposta: Consumidores que buscam produtos mais
agricultura orgânica. saudáveis.
Resposta: Espera-se que os alunos percebam que a agri- > Como os agricultores orgânicos veem o solo?
cultura orgânica não utiliza agrotóxicos, com a intenção Resposta: Eles entendem que o solo necessita de uma
de proteger o solo. proteção especial.

205

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Orientações gerais
Pecuária
• Comente com os alu-
nos que bufalinos refere- Por meio da criação de animais, a pecuária fornece alimentos e matérias-primas
-se a búfalos; caprinos que abastecem o comércio e diversas indústrias, como a têxtil (indústria de tecidos),
refere-se a cabras e bo- a de laticínios (indústria que fabrica produtos derivados do leite) e a de vestuário.
des; ovinos, a carneiros
Assim, muitos dos produtos que consumimos ou utilizamos em nosso dia a dia, a
e ovelhas; e muares, a
burros. exemplo da carne, do leite, dos ovos, dos calçados e das roupas, estão relacionados
à atividade pecuária.
BNCC A atividade pecuária se dedica à criação de vários animais, entre eles aves, bovi-
• Auxilie os alunos na nos, suínos, bufalinos, caprinos, ovinos e muares.
análise do gráfico sobre
as importantes criações
de animais. Exercitar a
Ceri Breeze/Shutterstock.com

Ernesto Reghran/Pulsar Imagens


linguagem matemática
por meio do uso de gráfico
para transmitir informa-
ções de cunho geográfico
permite uma abordagem
da competência geral 4
da BNCC e da competên-
cia específica de Ciências
Humanas 7.

Criação de ovinos em Merthyr Tydfil, País de Gales, 2018. Criação de aves no município de Jandaia do Sul (PR), 2016.

No gráfico abaixo, podemos observar os números referentes a importantes cria-


ções de animais no mundo.

Mundo: importantes criações de animais – 2016


Número de animais
(em milhões-cabeças)
1 500 1 474

1 200 1 173

1 002 981
900

600

Fonte: FAO (Food


300 and Agriculture
199
Organization).
Disponível em:
0 <http://www.fao.org/
E. Cavalcante

Bovinos Ovinos Caprinos Suínos Bufalinos faostat/en/#data/


QC>. Acesso em:
Criações 14 mar. 2018.

206

g20_ftd_lt_6vsg_c7_p204a215.indd 206 10/15/18 3:46 PM g20_

206

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Orientações gerais
A pecuária extensiva e a pecuária intensiva

Capítulo 7
A pecuária pode ser classificada em extensiva e intensiva.
• Ressalte aos alunos
que a pecuária extensi-
A pecuária extensiva caracteriza-se pela criação do animal solto, em grandes ex- va e a intensiva também
tensões de terra, com a alimentação baseada, sobretudo, em pastagens. Geralmente, podem ser desenvolvi-
o gado é vacinado, porém não recebe determinados cuidados como na pecuária in- das com outros tipos de
tensiva, o que significa que na pecuária extensiva o proprietário não investe tanto criações, como ovinos e
quanto na pecuária intensiva. caprinos.
De maneira geral, na criação extensiva, a produtividade é menor, pois o ganho de • Em nosso país, aproxi-
peso pelo animal por dia é lento, até atingir o ponto de ser abatido e comercializado. madamente 4 milhões de
cabeças de gado bovino
Em nosso país, a pecuária extensiva destina-se, principalmente, à produção de são criadas em sistema
carne e couro. Atualmente, o Brasil é o segundo maior produtor de carne bovina do de confinamento, tendo a
mundo. Cerca de 97% da bovinocultura brasileira, ou seja, criação de bois e vacas, é produção de carne como
realizada de maneira extensiva. principal finalidade.
• Oriente os alunos a
voltarem à página 188
Cesar Diniz/Pulsar Imagens

para reverem o signifi-


cado de melhoramento
genético.

Criação
extensiva de
gado bovino no
município de
Amambai (MS),
2018.

Na pecuária intensiva, o animal é criado em confinamento, ou seja, em uma área


delimitada, e recebe tratamentos específicos, como alimentação balanceada em
quantidade e qualidade, cuidados especiais de higiene, acompanhamento especial de
veterinários no controle de medicamentos, vacinas e melhoramento genético. Graças
a esses procedimentos, a criação de modo intensivo é mais produtiva que a pecuária
extensiva. Nesse modo de criação, os animais ganham mais peso por dia e o ponto
de abate leva menos tempo para ser atingido.
No Brasil, a pecuária intensiva não tem grande representatividade, visto que ape-
nas cerca de 3% do gado é criado em confinamento.
Ernesto Reghran/Pulsar Imagens

Criação de gado
bovino confinado,
em propriedade
rural do município
de São Sebastião
da Amoreira (PR),
2017.

207

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207

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Indústria
Orientações gerais
• Antes de iniciar o es-
tudo deste tema, reali- Grande parte dos produtos que consumimos ou utilizamos diariamente é indus-
ze uma atividade para trializada, ou seja, é produzida a partir da transformação das matérias-primas nas
avaliar o conhecimento
fábricas, por meio de uma atividade econômica conhecida como atividade industrial.
prévio dos alunos sobre
o tema abordado nas Esta atividade compõe o setor secundário da economia.
páginas seguintes. Peça Desde então, a atividade industrial mostra-se cada vez mais avançada, produzin-
a eles que observem ob- do mercadorias com tecnologias altamente sofisticadas.
jetos presentes na sala
de aula, como cadeira, As indústrias interferem diretamente no desenvolvimento de outras atividades
carteira, janela, além de econômicas. Na agropecuária, por exemplo, pode fornecer maquinários, agrotóxicos
roupas e calçados deles e fertilizantes, além de produtos para o cuidado animal. Em relação ao comércio, a
mesmos. Pergunte como indústria é responsável por grande parte das mercadorias que adquirimos em nosso
foram produzidos esses dia a dia.
itens, ressaltando as ma-
térias-primas utilizadas

Rubens Chaves/Pulsar Imagens


na sua fabricação, ou seja,
produtos de origem vege-
tal, mineral ou animal.
• Utilize o esquema a
seguir sobre as etapas
de produção de uma ca-
miseta. Se preferir, utili-
ze outros produtos como
exemplo. Essa dinâmica
ajuda os alunos na com-
preensão das etapas da
produção industrial, e,
caso julgue pertinente,
questione-os sobre as
alterações nas paisagens
a partir do trabalho hu-
mano empregado, abor-
dando assim a habilidade
EF06GE06.

Lavoura de
algodão

Fabricação
de fiação
Vista panorâmica de indústrias na cidade de São Paulo (SP), 2018.
Fábrica de
tecidos
Os diferentes tipos de indústrias
Fábrica de A atividade industrial pode ser dividida em três categorias: bens de produção ou
roupas de base, bens intermediários e bens de consumo. Essa divisão está relacionada ao
tipo de atividade fabril desenvolvida e à finalidade dos produtos fabricados. Vamos
Loja estudar cada uma dessas categorias.
(comércio)
Fabril: relativo a produto desenvolvido em fábrica.
• Nesse momento, discu-
ta com os alunos a inter- 208
dependência entre o cam-
po e a cidade, reforçando
a habilidade EF06GE07.
Explique aos alunos que
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do campo extrai-se a ma- Orientações gerais
téria-prima para produ-
ção, bem como o campo
• Organize um trabalho de campo para visitar alguma • Providencie a autorização com os responsáveis e trace
indústria do município onde moram. um percurso.
precisa dos produtos da
cidade, havendo uma de- • Para tanto, verifique com antecedência as possibilidades • Em sala de aula, monte um roteiro de entrevista com
pendência de uma região de visita assistida a determinada indústria e uma data com- os alunos. Solicite auxílio do professor do componente
com a outra. patível com o local e a coordenação pedagógica da escola. curricular de Língua Portuguesa. Busque construir o

208

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Orientações gerais
Indústria de bens de produção ou de base

Capítulo 7
Utilizando a matéria-prima bruta, ou seja, como ela é encontrada na natureza, co- • Traga para a sala de
aula algumas imagens de
mo petróleo, carvão e minérios, esse tipo de indústria fabrica produtos que servirão produtos ou indústrias.
de base para a produção realizada por outras indústrias. Distribua-as entre os alu-
Geralmente, as indústrias de bens de produ- nos e peça-lhes que clas-
sifiquem em que tipo de

Marten_House/Shutterstock.com
ção se localizam próximo às regiões de onde se
extrai sua matéria-prima ou próximo às vias de indústria foram produzi-
dos: indústria de base, de
escoamento, como ferrovias, rodovias e portos.
bens intermediários ou de
Indústrias siderúrgicas, metalúrgicas, pe- bens de consumo. Utilize,
troquímicas e de papel são alguns exemplos por exemplo, imagens de
de indústrias de bens de produção. navios sendo construídos
ou aportados em grandes
portos, eletrodomésticos
Na fotografia ao lado, observamos operário e embalagens de óleo mi-
em uma siderúrgica na China, 2017.
neral para lubrificação de
motores.
Indústria de bens intermediários • Para aprimorar os

Skycolors/Shutterstock.com
conhecimentos desse
Essa categoria de indústria fabrica máqui-
tema, solicite aos alu-
nas e equipamentos que darão suporte para o nos que pesquisem em
desenvolvimento de outras atividades fabris e, revistas, jornais e na
até mesmo, de outros ramos da economia, co- internet as característi-
mo a agricultura e o extrativismo. A esse tipo cas produtivas (tipo de
de atividade industrial correspondem a indús- indústria e categoria em
tria naval, responsável pela fabricação de navios que se enquadra) de uma
e equipamentos navais, a indústria mecânica, indústria do estado onde
moram. Peça a eles que
que fabrica peças de máquinas industriais, e a
anotem as informações
indústria de autopeças, que produz peças de Na fotografia acima, podemos observar uma indústria obtidas no caderno a fim
automóveis. que monta aviões na França, 2017.
de comparar com as in-
formações dos demais
Indústria de bens de consumo colegas de turma.

Alex Tauber/Pulsar Imagens


As indústrias dessa categoria produzem
mercadorias diretamente para o grande mer-
cado consumidor, ou seja, para serem consu-
midas pela população. Seus produtos podem
ser divididos em: bens de consumo não durá-
veis e bens de consumo duráveis.
Entre os bens de consumo não duráveis, pode-
mos citar os cosméticos, as roupas, os calçados,
os alimentos e as bebidas industrializadas. Já
os bens de consumo duráveis são exemplifica- Na fotografia acima, vemos operários trabalhando
dos por móveis, eletrodomésticos como fogões, em indústria de geladeira localizada no município de
geladeiras, televisores e automóveis. Joinville (SC), 2017.

Siderúrgica: indústria que se dedica à fabricação e tratamento do ferro e do aço.


Metalúrgica: indústria voltada para a fabricação de metais, como alumínio, cobre e titânio.
Petroquímica: indústria que utiliza o petróleo bruto para produzir outros tipos de produtos, como
querosene, lubrificantes, diesel e gasolina que servirão de base para outros setores industriais.

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roteiro coletivamente para auxiliar em possíveis difi- exemplo: um aluno fica responsável por fotografar o lo-
culdades. cal, outro por gravar e os demais pela entrevista.
• Imprima uma cópia do roteiro de entrevista para cada • Ao final, sugerimos que construam o relatório de campo
aluno. Divida-os em grupos de aproximadamente qua- coletivamente, para que os alunos tenham um momento
tro integrantes, em que cada um possa ficar responsável de trocar as experiências vividas.
por uma função no momento do trabalho de campo, por

209

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O comércio e a prestação de serviços
Orientações gerais
• Proponha aos alunos
uma entrevista com al-
A atividade econômica do comércio consiste
guém da família ou que

jayk67/Shutterstock.com
seja próximo e que traba- na troca de um produto por dinheiro ou, ainda,
lhe no comércio ou com por outro produto. Em geral, é classificado co-
prestação de serviços. mo varejista ou atacadista.
• Junto com o professor No comércio varejista, os produtos são ven-
do componente curricu- didos diretamente ao consumidor final. Já no
lar de Língua Portugue- comércio atacadista, a venda de mercadorias,
sa, auxilie os alunos na geralmente em grandes quantidades, é feita pa-
construção de um roteiro
ra comerciantes intermediários que, depois, re-
de entrevista.
venderão esses produtos a outros comerciantes
• Oriente-os a organizar ou aos consumidores finais.
as informações coleta-
das em tabelas. Leve- O shopping center é um exemplo de local
-os a questionar se o onde se realiza o comércio varejista. Ao lado,
entrevistado trabalha shopping center localizado em Dubai, 2017.
no comércio varejista
ou atacadista ou o tipo Além do varejo e do atacado, o comércio tam-
Philip Pilosian/Shutterstock.com

de prestação de serviço, bém pode ser classificado como comércio interno,


o tipo de produto que quando a compra e a venda de mercadorias
é vendido, a opinião do
ocorrem dentro de um mesmo país, e como co-
trabalhador sobre a ati-
vidade que realiza, entre mércio externo, quando a compra e a venda de
outras que considerar mercadorias são realizadas entre pessoas ou em-
pertinentes. presas de países diferentes.
No comércio externo, quando um país vende
suas mercadorias, dizemos que ele está expor-
tando, e quando ele compra produtos de outros
países, ele está importando.

Contêiner em porto de Los Angeles,


Califórnia, Estados Unidos, 2018.
pppp1991/Shutterstock.com

Assim como o comércio, a prestação de ser-


viços é igualmente importante para a economia
de um país, pois gera uma numerosa oferta de
empregos. A prestação de serviços corresponde
à venda do trabalho, da habilidade, de determina-
dos profissionais, como coletores de lixo, dentis-
tas, motoristas, professores, bancários, médicos,
engenheiros e mecânicos.
O comércio e a prestação de serviços são co-
nhecidos como o setor terciário da economia.

Coleta de lixo sendo realizada em


uma cidade da Colômbia, 2018.

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Orientações gerais
Geografia

Capítulo 7
O comércio • Este estudo trabalha
em foco eletrônico com o tema contempo-
râneo Ciência e tecno-
logia. Reforce com os
Nos últimos anos, o comércio e a prestação de serviços passaram a contar com
alunos a importância dos
uma nova ferramenta, a internet. Muitas empresas vêm expandindo seus negócios avanços tecnológicos
e, consequentemente, se tornando cada vez mais lucrativas devido à inserção da para a ligação entre os
compra e venda de seus produtos e serviços na rede mundial de computadores. diversos pontos do glo-
Do mesmo modo, muitas pessoas estão preferindo adquirir aquilo de que ne- bo, reduzindo tempos e
cessitam utilizando a internet por conta da comodidade e da praticidade que ela distâncias. Comente com
oferece, já que, geralmente, a compra e o recebimento dos produtos acontecem em os alunos sobre as faci-
algum estabelecimento residencial. Diversos tipos de mercadorias e serviços estão lidades do comércio ele-
trônico, alertando para a
atualmente à disposição para serem adquiridos pelas pessoas por meio de lojas vir-
importância de comprar
tuais. Entre as mercadorias podemos citar eletrodomésticos, móveis, vestuário, em sites seguros, pois
calçados, brinquedos, telefones etc. Já com relação à prestação de serviços, exis- existe o risco de fraudes
tem a emissão de boletos, extratos e pagamentos on-line, por exemplo. pela internet.
Janaina Oliveira/ASC Imagens

Loja virtual: empresas


que vendem seus produtos
ou serviços por meio de
site, acessado via internet.

Mulher realizando
compra on-line em
sua residência no
município de
Londrina (PR), 2018.
Janaina Oliveira/ASC Imagens

Mulher recebendo
em casa produto
comprado pela
internet no
município de
Londrina (PR), 2018.

Atualmente no mundo existem cerca de 3,4 bilhões de internautas, que ficam


em média 6 horas por dia navegando. Esse volume cada vez mais crescente de
internautas movimenta cerca de 25,3 trilhões de dólares em compras on-line.

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Orientações gerais
• O conteúdo desta se-
Explorando
ção aborda os temas o tema Refletindo sobre
contemporâneos Edu-
cação ambiental, Edu- o consumo
cação para o consumo e Consumir é inevitável. Todos os dias consumimos diversos produtos que são essen-
Educação financeira.
ciais à nossa sobrevivência, como alimentos e roupas. Porém, a capacidade humana de
• Comente com os alu- consumir tem ultrapassado o limite de nossas necessidades básicas, transformando-
nos que em 2015, em
-se, cada vez mais, em uma prática exagerada.
uma reunião da Organi-
zação das Nações Unidas Você já percebeu que, o tempo todo, recebemos informações sobre novos produ-
(ONU), foram feitas pro- tos ou serviços? Basta ligarmos a televisão, o rádio, acessarmos a internet ou lermos
postas para decidir sobre revistas, jornais e anúncios publicitários para ficarmos atualizados sobre as novida-
novos caminhos, bus- des dos bens de consumo.
cando melhorar a vida
das pessoas e do planeta Essas propagandas são criadas para despertar nas pessoas o desejo de consumo.
até 2030, que culmina- Diante de tantos estímulos, precisamos avaliar a real necessidade de adquirir algum
ram nos 17 Objetivos do item e, assim, praticar o consumo consciente.
Desenvolvimento Sus-
tentável (ODS). Entre os Veja a seguir algumas atitudes que contribuem para essa atitude.
objetivos está “Assegu-
rar padrões de produção 1 Refletir sobre a necessidade
e consumo sustentáveis” Muitos produtos são atraentes. Portanto,
(ODS 12). Converse com precisamos estar sempre atentos às reais
os alunos e proponha necessidades de adquiri-los. Busque consumir
uma reflexão relacionan- apenas o que realmente estiver precisando.
do esse objetivo com o
que estudaram até o mo-
mento. Para saber mais
sobre esse ODS, acesse o
site a seguir.
> ODS 12. ONU (Organi-
zação das Nações Uni-
das). Disponível em: <ht-
tp://livro.pro/rmhfpo>.
Acesso em: 26 set. 2018.
• Para complementar o
estudo do tema, apresen-
te aos alunos os vídeos a
seguir, que abordam o te-
ma consumo consciente.
> Minuto Ambiental: 2 Saber o valor
Consumo Consciente. Definindo que a compra é necessária, é preciso
YouTube. Disponível em: saber qual é o valor do produto.
<http://livro.pro/scnzcf>. Um mesmo produto pode ser produzido por diversas
empresas e, sendo assim, apresentar diferentes
Acesso em: 26 set. 2018.
valores. Por exemplo, mesmo que um par de tênis
> Consciente coletivo: seja semelhante a outro, seu preço pode variar por
como consumir de forma causa da marca ou do modelo. Essa variação pode
consciente. Akatu. Dis- ocorrer também entre uma loja e outra, apesar de o
produto ser o mesmo. Portanto, é importante
ponível em: <http://livro.
pesquisar sempre o melhor preço.
pro/x3od7v>. Acesso
em: 26 set. 2018.

212

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Orientações gerais

Capítulo 7
• Para ler na íntegra a
Lei no 8.078/90 do Có-
Você sabia que produtos comprados pela internet podem ser devolvi- digo de Defesa do Con-
dos no prazo de até sete dias após o recebimento, caso o consumidor não sumidor, acesse o site a
fique satisfeito com a compra? É o chamado “direito de arrependimento”. seguir.
> Código de Defesa do
Esse e outros direitos constam na Lei 8.078/90 do Código de Defesa Consumidor. Brasil. Dis-
do Consumidor. ponível em: <http://livro.
pro/qeiah3>. Acesso em:
26 set. 2018.
4 Criar condições
Consumir de maneira consciente não
significa que precisamos deixar de lado todos
os nossos desejos ou sonhos. Podemos nos
planejar para adquirir algo que queremos.
Para isso, temos que criar condições para
fazê-lo no momento certo.
Algumas dessas condições são poupar e
realizar compras conscientes, colocando em
prática todas as atitudes anteriores!

3 Controlar o orçamento
Somente depois de fazermos a pesquisa e
de sabermos o orçamento de que dispomos,
Flaper

podemos decidir a quantia a ser gasta.


Quando compramos o melhor produto com
o menor preço, economizamos e, ao
comprarmos algo dentro do nosso
orçamento, evitamos adquirir dívidas.

a ) Você costuma seguir os passos do consumo consciente? Converse sobre esse


assunto com os colegas.
b ) Descreva situações de compras bem-sucedidas ou malsucedidas vivenciadas
por você e sua família.
c) Escreva alguns hábitos que você e sua família podem incorporar no dia a dia
ao realizar uma compra. Compartilhe suas experiências com os colegas.
Veja as respostas das questões nas orientações ao professor.
213

:46 PM Respostas
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A Resposta pessoal. Verifique se os alunos co- produtos em certos momentos. situações malsucedidas.
mentam sobre atitudes comuns do dia a dia em B Resposta pessoal. Verifique o que os alu- C Resposta pessoal. Oriente-os a citarem
que precisam repensar gastos, saber o valor nos aprenderam sobre o tema e estimule-os a exemplos de ações que devem tomar para
dos produtos, controlar orçamentos e criar con- um momento de reflexão sobre situações vi- evitar situações adversas que envolvam o
dições para que possam adquirir determinados venciadas anteriormente, principalmente em consumo.

213

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Material digital Atividades 1. A agricultura moderna comercial é caracterizada pela alta produtividade
e por utilizar maquinários e implementos agrícolas sofisticados, sementes
• Como uma estraté- selecionadas e insumos. Na agricultura tradicional, a utilização desses
gia diferente de avaliar insumos e maquinários modernos é restrita, assim como, geralmente, utiliza
técnicas tradicionais de cultivo, como arados de tração animal, e
os alunos sobre temas 2. Resposta
pessoal.
Exercícios de compreensão o trabalho é realizado por mão de obra familiar.
trabalhados neste ca-
Verifique se os
pítulo, sugerimos a se- elementos
1. Diferencie a agricultura moderna 4. Quais são as principais diferenças
quência didática 10, citados pelos comercial da agricultura tradicional. entre a pecuária intensiva e a pecuá-
alunos estão
disponível no material coerentes com 2. No município onde você vive pre- ria extensiva?
digital, que permite prin- a proposta.
cipalmente uma abor- domina a agricultura moderna ou a 5. Explique em que consiste a presta-
dagem das habilidades 3. A maior parte tradicional? Dê exemplos. ção de serviços e cite dois exemplos
da produção dos desse tipo de atividade existentes
EF06GE06 e EF06GE07. alimentos que 3. Qual a importância da agricultura
abastecem a no lugar onde você vive. Anote sua
população brasileira familiar para a produção de alimen-
é proveniente da tos no Brasil? resposta no caderno.
Prestação de serviço é a venda do trabalho e
agricultura familiar, da habilidade de determinados profissionais,
composta por como médicos e professores. Verifique se os
pequenos e Geografia no contexto elementos citados pelos alunos estão
médios produtores coerentes com a atividade.
rurais, como a 6. Relacione as atividades econômicas citadas abaixo aos produtos e serviços re-
produção de
feijão, que advém tratados nas imagens a seguir. Anote sua resposta no caderno.
de 70% de mão As legendas das imagens não foram inseridas para não interferir na resolução das atividades.
de obra familiar. 1 Agropecuária 2 Indústria 3 Prestação de serviços
2 – Indústria. 1 – Agropecuária e
2 – Indústria. 3 – Prestação de serviços.
2 – Indústria.

Yupa Watchanakit/
Shutterstock.com
studiovin/Shutterstock.com

kzww/Shutterstock.com

Vladyslav Starozhylov/
Shutterstock.com
7. Observe a tela abaixo para responder às questões no caderno.

Museu de Orsay, Paris, França


4. Na pecuária
intensiva, os
animais são criados
confinadamente,
com alimentação
balanceada e
acompanhamento
especial de
veterinários. Na
pecuária extensiva,
os animais são
criados soltos em
pastos e recebem
acompanhamento
apenas para o
controle de
doenças. Tela As respigadoras, do pintor francês Jean-François de Millet, produzida em 1857.

214

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a ) Qual atividade econômica está representada na imagem? Agricultura. Refletindo sobre o

Capítulo 7
capítulo
b ) De acordo com essa tela, a atividade representada pode ser classificada como um
modo de produção agrícola moderno ou tradicional? Justifique sua resposta. Auxilie os alunos que
Tradicional, pois a colheita é feita manualmente. apresentarem mais di-
8. O quadro abaixo apresenta algumas das principais indústrias do Brasil, no ano ficuldades no trabalho
de 2016, com alguns de seus respectivos setores. De acordo com o que você com o capítulo, verifique
o desenvolvimento das
estudou, especifique, no caderno, a categoria a que cada uma delas pertence.
habilidades e se os ob-
jetivos do capítulo foram
As empresas citadas nesta
Maiores indústrias alcançados.
Tipo de indústria ou em outras páginas do
no Brasil livro foram utilizadas com
Leia com os alunos as
objetivo exclusivamente
didático, sem finalidade de afirmações desta seção.
Petrobras Químico e petroquímico promover marcas ou
Indústria de base ou de produtos. Caso julgue pertinente,
bens de produção você poderá desenvolver
Vale do Rio Doce Mineradora a atividade a seguir, so-
Indústria de base ou de licitando aos alunos que
bens de produção Fonte: MELHORES e Maiores –
as 500 maiores empresas do
completem as lacunas.
Cargill Insumos agrícolas
Indústria de bens de Brasil. Exame, São Paulo, a ) O desenvolvimento
consumo não duráveis Abril, 11 ago. 2017. Disponível em:
<https://exame.abril.com.br/revista-
das atividades econômi-
Bunge Alimentícia exame/500-maiores-empresas/>. cas ocorre por meio do
Indústria de bens de
consumo não duráveis
Acesso em: 9 ago. 2018. .
Resposta: trabalho hu-
mano.
b) A relação entre socie-
Refletindo sobre o capítulo dade e natureza produz o
.
Agora que você concluiu o estudo deste capítulo, reflita sobre os temas nele apresentados.
Resposta: espaço geo-
Faça uma autoavaliação do seu aprendizado a partir das afirmações a seguir.
gráfico.
• A relação entre sociedade e natureza se estabelece em consequência do desenvolvimento c ) As atividades econô-
das atividades econômicas realizadas por meio do trabalho humano. Essa relação produz micas podem ser dividi-
o espaço geográfico. das em , e .
Resposta: setor primário,
• As atividades econômicas podem ser divididas em três setores: primário, secundário e setor secundário e setor
terciário.
terciário.
• O aumento das necessidades humanas intensificou a exploração dos recursos naturais d) O é uma ativida-
renováveis e dos recursos naturais não renováveis. de econômica por meio
da qual o homem extrai
• O extrativismo é uma atividade econômica, por meio da qual o homem extrai recursos da recursos da natureza.
natureza. Ele pode ser vegetal, animal ou mineral.
Resposta: extrativismo.
• A agricultura moderna difere da agricultura tradicional, principalmente, por utilizar-se de e ) O extrativismo pode
técnicas e maquinários avançados, de sementes selecionadas e de insumos e implemen- ser de três tipos: ,
tos agrícolas, o que permite uma alta produtividade. A agricultura tradicional caracteriza- e .
-se pelo uso restrito de máquinas modernas e insumos agrícolas. Resposta: vegetal, ani-
mal ou mineral.
• A pecuária, além de produzir alimentos, abastece as atividades econômicas do comércio
f ) A agricultura moder-
e da indústria. Ela pode ser praticada de forma extensiva ou intensiva.
na utiliza técnicas e ma-
• A atividade industrial pode ser dividida em três categorias diferentes, de acordo com o quinários , de se-
tipo de atividade desenvolvida e a finalidade dos produtos fabricados. mentes selecionadas e de
insumos e implementos
• O comércio é a atividade econômica que se caracteriza pela troca de produtos por dinhei- agrícolas, o que permite
ro ou por outros produtos.
uma produtividade.
Resposta: avançados/
215 alta.

:46 PM g) A agricultura
g20_ftd_lt_6vsg_c7_p204a215.indd 215caracteriza-se pelo uso Resposta: comércio/indústria. Resposta:
10/15/18 três/atividade
3:46 PM desenvolvida/pro-
restrito de máquinas modernas e insumos i ) A pecuária pode ser praticada de duas for- dutos fabricados.
agrícolas. mas: ou . k ) A troca de produtos por dinheiro ou por
Resposta: tradicional. Resposta: extensiva ou intensiva. outros produtos caracteriza a atividade eco-
h) A pecuária, além de produzir alimentos, j ) A atividade industrial pode ser dividida em nômica conhecida como .
abastece as atividades econômicas do e categorias diferentes, de acordo com o Resposta: comércio.
da . tipo de e a finalidade dos .

215

g20_ftd_mp_6vsg_c7_p192a215.indd 215 10/16/18 3:17 PM


u lo

A natureza, as
Objetivos do capítulo pít
Ca
• Reconhecer que os pro-
blemas ambientais são

atividades
decorrentes do desenvol-
vimento de diferentes ati-
vidades econômicas.

econômicas e os
• Identificar as causas e
as consequências da po-
luição atmosférica.

problemas
• Compreender como
ocorrem o efeito estufa
natural e o artificial.

ambientais
• Refletir sobre a po-
luição atmosférica e as
mudanças climáticas no
planeta e sobre o aqueci-
mento global.
• Relacionar o uso ina-
dequado dos solos com
problemas ambientais,
como erosão e contami-
nação dos solos e dos
lençóis freáticos.
• Reconhecer que as
atividades humanas
contribuem para a ace-
leração do processo de
desertificação, assim
como para a poluição
das águas do planeta.
• Reconhecer que os re-
síduos domésticos tam-
bém podem poluir os
recursos hídricos.
• Reconhecer as princi-
pais fontes de energia uti-
lizadas pelo ser humano.
• Identificar as áreas de
SIPA Asia/ZUMA Wire/
Alamy/Fotoarena

exploração de petróleo
no Brasil.
• Reconhecer e analisar
as principais fontes de
energia limpa.
• Reconhecer o croqui Na fotografia,
como uma maneira de crianças plantando
árvores em Rugao,
representação das pai- China, 2018. A ação
sagens terrestres. ocorre todos os anos

• Desenvolver noções de no Dia Nacional do


Plantio de Árvores, a
conservação ambiental. fim de inspirar as
• Perceber as consequên- pessoas a cuidarem
do meio ambiente.
cias da escassez de água
para a vida na Terra. 216
• Desenvolver noções e
valorizar o uso conscien-
te da água.
Orientações gerais
g20_ftd_lt_6vsg_c8_p216a227.indd 216 10/15/18 3:38 PM g20_

• Para incentivar a participação dos alunos e avaliar ambientais, como rios e lagos poluídos, áreas que tive-
seus conhecimentos prévios sobre o assunto a ser abor- ram suas árvores cortadas ou queimadas, indústrias ou
dado neste capítulo, promova uma conversa sobre lu- carros que lançam fumaça na atmosfera etc.
gares que eles conhecem e que apresentam problemas

216

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BNCC
• Este capítulo permite
desenvolver um traba-
lho em conjunto com os
temas contemporâne-
os Educação ambiental
e Saúde, pois trata dos
problemas ambientais
acarretados pelas ações
humanas ao desenvolver
as atividades econômi-
cas, tanto no espaço ur-
Ao desenvolver as atividades econômicas, o ser humano pro- bano quanto no espaço
move a produção dos bens de consumo para a sociedade e trans- rural, para suprir suas
forma, constantemente, o espaço geográfico. necessidades. Esses da-
nos à natureza envolvem
Contudo, muitas dessas transformações têm ocasionado pro- diretamente a sociedade,
blemas ambientais em razão da intensa exploração dos recursos pois prejudicam nossa
naturais, além da maneira irregular como algumas atividades têm saúde e a conservação
sido realizadas. É o que vamos estudar neste capítulo. dos recursos naturais do
planeta.
• Os alunos serão ca-
pazes de identificar as
características das pai-
sagens transformadas
pelo trabalho humano
e as consequências do
uso inadequado dos re-
cursos, contemplando as
habilidades EF06GE06,
EF06GE07, EF06GE11,
EF06GE12 e EF06GE13.
• Aproveite as questões

per
desta página e verifique

Fla
se os alunos percebem
a importância da preser-
vação do meio ambiente.
Esse pode ser um bom
momento para avaliar a
participação dos alunos.
A técnica de tempestade
Embora os problemas ambientais constantemente ocorram, é cerebral pode ser utiliza-
possível colocar em prática ações que os combatam. Ainda que se- da para iniciar essa aula.
jam atitudes simples em nosso cotidiano, elas podem contribuir
para a preservação e a recuperação dos recursos da natureza, além
de beneficiar as gerações futuras.
Veja as respostas das questões nas orientações ao professor.
A Atitudes semelhantes à mostrada na fotografia também
são tomadas no lugar onde vocês vivem? Conte aos colegas.
B Você considera importante preservar o meio ambiente?
Converse com seus colegas sobre esse assunto.

217

:38 PM Respostas
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A Resposta pessoal. Auxilie os alunos, caso eles não B Resposta pessoal. Promova uma roda de conversa
apontem ações semelhantes. Nesse momento, inclusive, com os alunos de modo que troquem ideias sobre a ati-
podem ser propostas, em conjunto, ações a serem reali- vidade proposta. Verifique se existe um consenso em
zadas pela turma. relação às respostas apresentadas por eles.

217

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BNCC
• É fundamental que os Os problemas ambientais
alunos percebam que o A natureza vem passando por um processo de degradação por causa do desen-
modo de vida consumis-
ta de grande parte da volvimento de diferentes atividades econômicas, que, mesmo com a crescente cons-
população na atualidade cientização ambiental, vêm sendo intensificadas, ao longo do tempo, para atender às
tem gerado graves reper- necessidades da população mundial, cada vez mais numerosa e consumista. Os efei-
cussões na disponibilida- tos desse processo manifestam-se em problemas ambientais, como poluição do ar
de dos recursos naturais.
Esse assunto permite que respiramos, do solo onde cultivamos lavouras e pastagens e das águas que uti-
o trabalho com o tema lizamos.
contemporâneo Educa- Veremos, a seguir, alguns dos principais problemas ambientais e os malefícios
ção para o consumo.
que eles causam não só para o meio ambiente, mas também para as demais formas
• Conforme orienta a de vida do nosso planeta.
competência geral 7
da BNCC, o aluno deve Consumista: indivíduo que tem o hábito de consumir

Poluição atmosférica
bens não essenciais para sua sobrevivência, geralmente
compreender a realida-
impulsionado por propagandas ou pela moda.
de, refletir sobre suas
ações para então propor A poluição atmosférica é atualmente um dos mais graves problemas ambientais.
soluções para a resolu-
É importante destacar que a poluição provocada pelas técnicas de cultivo de nossos
ção dos problemas que
promovam a consciên- ancestrais não se compara ao elevado índice de poluição que as atividades econômi-
cia socioambiental e o cas atuais causam ao meio ambiente. Isso porque, naquela época, o ser humano já
consumo consciente. realizava atividades que agrediam o meio ambiente, emitindo substâncias poluentes
Para desenvolver uma no ar, porém em quantidades muito pequenas.
atividade em sala sobre
esse tema, sugerimos o À medida que as atividades humanas se diversificaram e se intensificaram, elas
acesso ao site do Institu- passaram a poluir cada vez mais o ar atmosférico. Veja, no esquema a seguir, as
to Akatu, uma organiza-
atividades humanas que mais emitem gases poluentes na atmosfera atualmente.
ção não governamental
(ONG) sem fins lucra- Atividades humanas e a
tivos que trabalha pela
poluição atmosférica
sensibilização e mobili-
zação da sociedade para
o consumo consciente.
> Conheça os 12 princí- Residencial e
pios do consumo cons- comercial 12%.
ciente. Akatu. Disponível
em: <http://livro.pro/
jfps9b>. Acesso em: 20
set. 2018.

Orientações gerais Geração de


energia 29%.
• Ao apresentar o es-
quema sobre as ati-
vidades humanas e a
poluição atmosférica,
explique aos alunos que
a poluição do ar oca-
sionada pela geração
de eletricidade se deve,
principalmente, à ativi-
dade das termelétricas
movidas a combustíveis
fósseis. Nelas, os com-
bustíveis, como petróleo,
carvão e gás natural, são 218
queimados para aquecer
a água transformando-a
em vapor; a queima des-
ses combustíveis libera g20_ftd_lt_6vsg_c8_p216a227.indd 218 10/15/18 3:38 PM g20_

grandes quantidades de
CO2 na atmosfera. O va-
por produzido nesse pro-
cesso é o que movimenta
as turbinas da usina ter-
melétrica, gerando a ele-
tricidade.

218

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Nos dias de hoje, principalmente nos Orientações gerais

Capítulo 8
grandes centros urbanos, a poluição Comente com os alu-
atmosférica é ocasionada pela intensa nos que a poluição do ar
emissão de gases e resíduos tóxicos na China ainda é superior
expelidos, sobretudo, pelas indústrias e ao que a Organização
pelos escapamentos de automóveis. Mundial da Saúde (OMS)
considera seguro. Mas
Somadas a outras fontes de poluição,
desde 2014 a China tem
essas substâncias contribuem para a
decretado “guerra” con-
péssima qualidade do ar urbano e para tra a poluição. O governo
o surgimento ou agravamento de doen- chinês tem tomado me-

testing/Shutterstock.com
ças, em especial aquelas relacionadas didas enérgicas quanto
às vias respiratórias, como bronquite e à busca pela redução dos
asma. níveis de poluição. Com
isso, segundo pesquisa-
As atividades agrícolas também con- dores, em algumas ci-
tribuem para tornar o ar atmosférico A emissão de poluentes por automóveis está entre as maiores dades a concentração de
impróprio para o ser humano. A pulveri- fontes poluidoras da atmosfera. Na fotografia, vemos pessoas partículas diminuiu até
zação de agrotóxicos nas plantações, a usando máscaras em razão da poluição nas ruas de Beijing, 32%. Algumas ações que
China, 2017.
queima da palha da cana-de-açúcar, pas- têm sido realizadas são:
tagens e matas emitem grandes quanti- > Novas termelétricas
O que está acontecendo com nossa Terra?
dades de gases tóxicos na atmosfera. foram proibidas, as já
Kristina Michahelles. Rio de Janeiro: IBGE, 2002.
existentes tiveram que
Fonte: EUROPEAN ENVIRONMENT AGENCY. Sectoral Neste livro são apresentados alguns questionamentos
greenhouse gas emissions by IPCC sector. Disponível em: relacionados ao acelerado aumento da temperatura
diminuir sua emissão de
<https://www.eea.europa.eu/data-and-maps/daviz/
do planeta e sugestões de como contribuir para gases poluentes e as que
change-of-co2-eq-emissions-2#tab-dashboard-01>.
Acesso em: 31 ago. 2018.
diminuir os efeitos deste aquecimento. não conseguiram troca-
ram seu combustível por
gás natural.
> Restrição da quantida-
de de carros circulando
nas ruas.
> Em muitas residências

Flaper
e espaços de trabalho os
aquecedores a carvão
mineral tiveram que ser
removidos.
Agricultura e
outras atividades
humanas 20%.

Indústria 19%.

Transporte 20%.

219

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BNCC
• Promova uma conver- Geografia É possível cuidar do ar que
sa para incentivar os alu- em foco respiramos?
nos a refletirem sobre as
atitudes que podem to-
mar em seu dia a dia para A poluição atmosférica é um problema ambiental que, além de causar danos ao
a conservação do meio meio ambiente, traz sérios riscos à saúde das pessoas. Diante desse fato, é possí-
ambiente. É importante vel colocarmos em prática diversas atitudes, tanto na cidade quanto no campo, que
que os alunos reconhe- podem contribuir para melhorar a qualidade do ar que respiramos. Veja algumas
çam a responsabilidade dessas atitudes.
que cada um tem para a
manutenção da vida no Não promover queimadas em
planeta, agindo etica-
lavouras, pastagens e florestas.
mente de forma a res-
peitar a convivência em Priorizar a utilização de métodos
sociedade, tornando-se
naturais, em vez do uso de
capaz de propor ações
sobre as questões am-
agrotóxicos, no controle de
bientais, conforme orien- pragas nas lavouras. Os métodos
ta a competência especí- naturais consistem na ação de
fica de Geografia 8. predadores, como larvas,
lagartas e insetos, no combate a
organismos que prejudicam as
Orientações gerais
plantações.
• Durante a conversa, so-
licite que os alunos citem Preservar florestas e demais
exemplos de atitudes in- áreas de matas nativas e
dividuais em prol do meio recuperar aquelas que foram
ambiente, como evitar degradadas.
o desperdício de água,
promover a coleta seleti- Implantar equipamentos de
va do lixo e dar preferên- filtragem nas chaminés de
cia, quando possível, aos indústrias e escapamentos dos
transportes coletivos ou carros para reduzir a emissão
então ao uso da bicicleta, de gases poluentes na
entre outras ações.
atmosfera. Além disso, fazer
uso, sempre que possível, de
transporte coletivo.

Substituir os combustíveis
fósseis por outras fontes de
energia que sejam menos
poluentes e agressivas ao
meio ambiente, como as
Ilustrações: Camila

energias solar e eólica.


Ferreira

Combustíveis fósseis: substâncias que possuem carbono em sua


composição e que são utilizadas como fonte de energia. A queima desses
combustíveis libera carbono para a atmosfera e, por isso, são
considerados altamente poluentes.

220

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Investigando Integrando saberes

Capítulo 8
na prática Bioindicadores de A atividade sugerida
nesta página pode ser
poluição do ar realizada em conjunto
com o componente cur-
ricular de Ciências. As
Por meio de nossos sentidos podemos perceber diversas alterações no ambiente
atividades realizadas
onde vivemos, como a mudança de temperatura, de cheiro, sons, entre outros. Essas fora de sala de aula cos-
percepções também acontecem com relação à qualidade do ar. Em alguns casos, tumam despertar nos
quando a qualidade do ar está ruim, o corpo humano pode manifestar algumas rea- alunos a curiosidade in-
ções, como problemas respiratórios, irritação nos olhos, alergias etc. telectual para pesquisar
e investigar o mundo que
Você sabia que alguns seres vivos são muito sensíveis à existência de poluentes
os cerca. Com base nos
no ar? Os liquens, por exemplo, só vivem em lugares onde a qualidade do ar é mui- conhecimentos de dife-
to boa. Desta maneira, em lugares onde o ar está poluído esse tipo de organismo rentes áreas, os alunos
dificilmente sobrevive. Por conseguir identificar a presença de poluentes, eles são podem descobrir as cau-
considerados bioindicadores. sas e elaborar respostas
Será que existem liquens no bairro de sua escola? Vamos verificar como está a para o objeto de estudo.
Assim, esta atividade fa-
qualidade do ar nesse ambiente. Realize a atividade a seguir e descubra a resposta.
vorece uma abordagem
da competência geral 2
O que você vai precisar da BNCC.

• planta do bairro onde a escola está • lápis;


localizada; • borracha. Orientações gerais

• Providencie antecipa-
damente na prefeitura
Como fazer do município a planta do
bairro onde se localiza a
A Com o professor e os colegas de turma, escola, em seguida, repro-

Janaina Oliveira/ASC Imagens


caminhem por algumas ruas do bairro on- duza-a e entregue uma
de fica a escola. Durante o percurso, iden- cópia para cada aluno.
tifiquem a existência de liquens. Eles po- • Certifique-se de que
dem ser encontrados em rochas; no solo; todos os alunos estejam
em troncos, galhos e folhas de árvores. cientes das regras de
comportamento, como
B Na planta do bairro, marquem os locais não se distanciar do gru-
onde foram encontrados os liquens. po, tomar cuidado ao atra-
vessar ruas e avenidas e
C Nos locais onde não há presença de li-
manter-se atento. Escla-
quens, anotem as possíveis fontes polui- Menina observando liquens em tronco de árvore, em reça que se trata de uma
doras do ar. uma rua do município de Londrina (PR), 2018. atividade escolar, e não
apenas de um passeio.
Converse sobre suas observações • Explique aos alunos
Veja as respostas das questões nas orientações ao professor. que o líquen é um tipo de
• Compare a sua planta do bairro com a de seus colegas. Identifique as fungo que se associa a al-
semelhanças e as diferenças entre as informações coletadas. gas ou a cianobactérias.
• De acordo com as informações obtidas, podemos considerar que o ar do bairro Ele fornece nutrientes e
minerais a esses orga-
tem boa qualidade ou está poluído?
nismos e em troca recebe
• O que pode ser feito para contribuir com a diminuição da poluição do ar nesse glicose e outros compos-
ambiente? tos necessários para o
seu desenvolvimento.
221
• Ao retornar à sala de
aula, incentive os alunos
a conversarem sobre
suas observações. Para
:38 PM Respostas
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isso, faça as perguntas
• Resposta pessoal. Verifique se as comparações feitas relação às respostas apresentadas por eles. orais desta página.
pelos alunos estão de acordo com a atividade proposta. • Resposta pessoal. Auxilie os alunos, caso eles não
Estimule a participação de todos. apontem atitudes que possam contribuir com a diminui-
• Resposta pessoal. Promova uma roda de conversa ção da poluição do ar no ambiente. Se considerar per-
com os alunos de modo que troquem ideias sobre a ati- tinente, anote na lousa as sugestões apresentadas por
vidade proposta. Verifique se existe um consenso em eles.

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BNCC Poluição atmosférica e as mudanças climáticas no planeta
• Este conteúdo con-
templa o trabalho com O clima do nosso planeta já foi muito diferente de como é atualmente. A temperatura
a habilidade EF06GE13, média atual da atmosfera terrestre é de 15 oC, mas já passou por inúmeras variações na
ao permitir que os alu- história geológica da Terra. Há cerca de 10 mil anos ocorreu a última glaciação terrestre,
nos compreendam as período em que vastas áreas da superfície da Terra ficaram cobertas por gelo.
causas e consequências
das atividades humanas Estudos científicos, especial-
Emissão de CO2 e temperatura
na alteração dos pa- mente os realizados pelo IPCC média da Terra
drões climáticos. (Painel Intergovernamental sobre

Renan Fonseca
• Solicite aos alunos que Mudanças Climáticas), afirmam
recolham recortes de que a concentração excessiva de
notícias de jornais e re- gases poluentes no ar é respon- CO2 Temperatura
vistas sobre as mudan- sável pelo aumento gradativo da (em ppm*) (em oC)
ças climáticas, ou sobre temperatura média da atmosfe- 800
fenômenos relacionados
ra, na atualidade.
à poluição atmosférica, e 700
tragam para a sala de au- Veja no gráfico o aumento 600
la. Leia algumas notícias da emissão (gás carbônico) de 500
e discuta com os alunos CO2 na atmosfera e o compor-
as causas dos fenôme- 400
tamento da temperatura média
nos relatados e como da atmosfera terrestre desde o 300
a poluição atmosférica
século passado. 200
pode influenciar os fenô-
100
menos climáticos.
0
Fonte: IPCC (Intergovernmental Panel on 1900 1950 2000 2050** 2100**
Climate Change). Disponível em: <www. *Partículas por milhão **Estimativa
ipcc-data.org/>. Acesso em: 22 ago. 2018.

Alguns gases poluentes emitidos para a atmosfera, como o CO2 e o CH4 (gás metano),
têm por característica reter o calor do sol próximo à superfície terrestre. A emissão
excessiva desses gases vem intensificando o fenômeno denominado efeito estufa arti-
ficial e, consequentemente, provocando o aquecimento global.
O aquecimento global é o fenômeno caracterizado pelo aumento da temperatura
média da atmosfera terrestre.
Jean-Sebastien/AFP

Na fotografia, crianças
se refrescam em uma
fonte durante onda de
calor em Nantes,
França, 2016.
Temperaturas elevadas
têm sido registradas
com maior frequência
nos verões europeus.

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Para compreender a diferença existente entre o efeito estufa natural e o efeito Orientações gerais

Capítulo 8
estufa artificial, veja os esquemas a seguir. • Explique aos alu-
nos que alguns estudos
científicos afirmam que
Efeito estufa natural
o aquecimento global é
O efeito estufa natural ocorre um fenômeno natural do
nosso planeta. Nesses
quando:
estudos, a teoria de que o
A A Grande parte dos raios so- aquecimento da tempe-
lares que atinge a superfície ratura média da atmosfe-
terrestre é refletida para o ra terrestre é provocado
pela ação do ser humano
espaço.
Fotomontagem de Carmen Martinez. Foto: Delfim Martins/Pulsar Imagens

é contestada com base na


B Uma porção desses raios análise de dados sobre
refletidos é retida na atmos- a emissão de CO2 e nos
B fera por uma camada de ga- registros históricos da
ses e poeira, contribuindo temperatura atmosférica
terrestre. Na sugestão
para o aquecimento da Terra
de leitura a seguir, Luiz
a uma temperatura média de Carlos Baldicero Molion,
15 oC, o que permite a exis- cientista brasileiro, es-
tência da vida em nosso pla- clarece um pouco mais a
neta. Esse é o chamado efeito ideia defendida por esses
estufa natural. estudos.
> Luiz Carlos Baldicero
Molion. Considerações
Paisagem do município de Itumbiara (GO), 2018. sobre o aquecimento
global antropogênico.
Disponível em: <http://
Efeito estufa artificial livro.pro/zbjxqs>. Aces-
so em: 19 set. 2018.
O efeito estufa artificial ocorre
A quando:
A É menor a quantidade de
raios solares refletidos para
o espaço.
B Por conta da concentração de
Fotomontagem de Carmen Martinez. Foto: Delfim Martins/Pulsar Imagens

gases poluentes na atmosfe-


ra, os raios solares refletidos
B
são retidos em maior quanti-
dade na atmosfera terrestre,
intensificando o efeito estufa
natural e ocasionando um
maior aquecimento da tem-
peratura média do planeta.
Esse é o chamado efeito es-
tufa artificial.

Paisagem do município de Itumbiara (GO), 2018.

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Orientações gerais
Consequências das mudanças climáticas
• Auxilie os alunos na
leitura e interpretação do Há indícios de que o aquecimento global tem provocado mudanças climáticas no
mapa apresentado nes- planeta. Porém, é muito difícil prever exatamente o que esse fenômeno pode causar.
tas páginas. Aproveite e Estudos indicam que algumas regiões do mundo já estariam vivenciando mudan-
questione-os sobre quais ças climáticas, como a diminuição da massa total de gelo no planeta, percebida em
são os possíveis efeitos algumas áreas mais frias, e a ocorrência de verões mais quentes. Alguns estudiosos
das mudanças climáticas do clima atribuem essas mudanças ao aquecimento global.
no Brasil e, caso julgue
pertinente, solicite a eles Veja no mapa outras possíveis consequências do aquecimento global.
que façam uma pesqui-
Mundo: efeitos das mudanças climáticas
sa sobre quais possíveis
prejuízos poderiam ocor-
rer na agricultura com
essas alterações no clima.

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Orientações gerais

Capítulo 8
• Para aprofundar o
estudo destas páginas,
apresente aos alunos o
texto a seguir, que mos-
tra um dos efeitos das
mudanças climáticas.
A elevação do nível
dos oceanos
O aumento da tempe-
ratura média da atmosfe-
ra vem ocasionando o de-
gelo de parte das calotas
polares. Estudos indicam
que as águas provenien-
tes desse degelo aumen-
tam o volume de água
dos oceanos, causando,
assim, a elevação do nível
dos mares em diversas
regiões do mundo.
Somente no século
XX, o nível médio dos
oceanos subiu quase 20
centímetros e, segundo
estimativas do The Inter-
governmental Panel on
Climate Change (IPCC),
órgão internacional que
estuda as mudanças cli-
máticas da Terra, esse
nível poderá se elevar,
aproximadamente, 26 a
55 centímetros no de-
correr de cem anos.
Se o nível dos mares
aumentar, provavelmen-
te provocará a inundação
de cidades localizadas
em áreas costeiras. Além
disso, diversas ilhas lo-
calizadas no Caribe e no
oceano Pacífico poderão
ficar submersas.
Camila Ferreira

Texto da autora.
N N

O L O L

S S

0 1 000
0 2 000
1 000
km 2 000 km
Fonte: SCHOFFHAM, Stephen. Atlas geográfico
mundial: versão essencial. São Paulo:
Fundamento Educacional, 2007. p. 12-13.

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BNCC Microclimas e ilhas de calor
• Uma das consequên-
Quando você entra em uma sala, quarto ou mesmo loja, em que há um condicio-
cias do intenso proces-
so de urbanização pelo
nador de ar mantendo determinada temperatura e umidade no ambiente, pode obser-
qual têm passado várias var um microclima. Como o termo indica, microclima é um conjunto de características
cidades brasileiras é o climáticas que ocorrem em pequena escala, ou seja, nas porções da atmosfera mais
aumento da temperatu- próximo do solo, em área restrita e em determinado período de tempo.
ra média do ar. O estudo Os microclimas são muito comuns nas áreas urbanas e sofrem influência da for-
desse conteúdo con- mação de ilhas de calor, por causa de características próprias à urbanização. Veja, a
templa o trabalho com seguir, algumas dessas principais características.
a habilidade EF06GE13.
Aproveite o momento e • Áreas que concentram concreto edificado e asfaltamento aquecem com mais fa-
avalie os conhecimentos cilidade e liberam o calor absorvido dos raios solares para o ar atmosférico,
prévios dos alunos sobre aquecendo-o mais rapidamente que em áreas com maior presença de vegetação.
o tema, questionando-os, • A aglomeração de construções e suas formas irregulares podem afetar a circu-
por exemplo, se existe di- lação dos ventos nos centros urbanos, o que dificulta a dispersão do ar quente
ferença na temperatura e dos poluentes emitidos para a atmosfera.
do ar quando estamos
em uma área arborizada • Os poluentes emitidos por automóveis, indústrias, entre outras fontes, ao ficarem
e quando estamos em suspensos no ar atmosférico, contribuem para a retenção do ar quente próximo
um bairro com alta den- à superfície, aumentando a temperatura local. Também intensificam a formação
sidade de edificações. de nuvens de chuva.
• A intensa impermeabilização do solo acentua a retenção do calor nas áreas urba-
nas, pois a água escoa para outras áreas e infiltra em menor quantidade no solo,
o que permite seu maior aquecimento. Em áreas de menor impermeabilização, a
água infiltra em maior quantidade no solo e auxilia na manutenção da temperatu-
ra por causa de sua propriedade de reter e liberar calor mais lentamente.
Edson Grandisoli/
Pulsar Imagens

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Observe, no esquema abaixo, como a temperatura média do ar eleva-se em áreas Orientações gerais

Capítulo 8
de adensamento urbano. O contrário também ocorre, ou seja, a temperatura média é • Agora que os alunos co-
mais baixa em áreas de menor concentração urbana e em áreas rurais, onde predo- nhecem medidas capazes
mina vegetação. de minimizar as ilhas de
calor, proponha a eles uma
Portanto, as ilhas de calor se formam, principalmente, em grandes centros urbanos,
pesquisa na internet sobre
onde a quantidade de edifícios é maior e a presença de árvores e áreas verdes tende cidades que vêm execu-
a ser menor. As áreas verdes, como praças e parques, e os espelhos d’água, como la- tando ações em busca da
gos que proporcionam sombra e redução do aquecimento
umidade, aquecem e resfriam lenta- Ilha de calor do ar nas áreas urbanas.
mente, o que reduz o aquecimento Eles devem anotar as in-
do ar nesses núcleos urbanos. formações pesquisadas
no caderno para que, em
Fonte: CHRISTOPHERSON, Robert W.
Geossistemas: uma introdução à
sala de aula, comparti-
geografia física. Tradução: Francisco lhem-nas com os colegas.
Eliseu Aquino et al. Porto Alegre:
Bookman, 2012. p. 108.

Vamos conhecer algumas medi-


das capazes de reduzir o aqueci-
mento do ar nas áreas urbanas, bem
como a formação de ilhas de calor,
as quais podem ser executadas tan-
to por moradores quanto por órgãos

Somma Studio
públicos ligados ao planejamento
urbano e ao meio ambiente.

• Plantio de árvores.
• Implementação de telhados verdes, jardins verti-
cais ou “muros vivos”.
• Uso de materiais refletores da luz e do calor solar
em telhados.
• Construção de lagos.
• Aumento de áreas permeáveis no solo, como gra-
mados.
• Construções planejadas que facilitem a circulação
natural do ar nas ruas e em ambientes fechados.

Na fotografia podemos observar“telhado verde”do prédio


da prefeitura da cidade de São Paulo (SP), 2018. Essa solução
se destaca em meio à aglomeração de edifícios. É utilizada
para auxiliar no controle térmico, reduzindo a necessidade de
uso dos condicionadores de ar no interior do edifício.

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Integrando saberes
Poluição do solo
• Este tema possibilita
um trabalho em conjun- Um número cada vez maior de áreas da superfície terrestre vem sendo destinado
to com o componente ao crescimento de cidades e à agropecuária. Como consequência, o desmatamento
curricular de Ciências. de diversas formações vegetais naturais também aumentou, a fim de atender às ne-
Comente com os alunos
cessidades de uma população mundial cada dia mais numerosa e consumista.
que o solo contamina-
do pode abrigar agentes
causadores de doenças. Agricultura e degradação do solo
• Convide o professor Os solos, em diferentes partes do mundo, estão sendo degradados e tornando-se
desse componente para improdutivos por diversos fatores, como a retirada excessiva da cobertura vegetal, a
trabalhar com os alunos utilização inadequada de técnicas agropecuárias e o despejo de resíduos tóxicos em
técnicas de cultivo agrí- lugares impróprios.
cola que favorecem a re-
cuperação do solo, man- O uso excessivo do solo pela agricultura tem gerado graves problemas ambientais.
tendo suas propriedades Entre eles, podemos destacar a erosão e a contaminação do solo e de lençóis freáti-
biológicas e garantindo a cos pelo uso de fertilizantes e pesticidas. Atualmente, 25% dos solos degradados no
sua fertilidade, tais como mundo têm como agente causador as atividades agrícolas.
a intercalação, agroflo-
restal, silvo-pastagem, No entanto, existem diversas medidas que podem ser tomadas pelos agricultores
adubação verde, amanho para proteger o solo. Uma delas é evitar a realização das queimadas após as colhei-
de conservação, controle tas como técnica de limpeza do terreno para o próximo plantio, prática muito comum
biológico e manejo inte- na agricultura de subsistência. Em muitos casos, o uso dessa técnica pode prejudicar
grado de pragas. O uso a fertilidade do solo e comprometer a produtividade das lavouras.
adequado do solo é uma
forma de preservação
Algumas técnicas que visam à preservação dos nutrientes e à fertilidade do solo
ambiental. Para aprofun- têm sido empregadas em diferentes culturas. Um exemplo é a rotação de culturas.
dar seus conhecimentos Essa técnica consiste em intercalar, em uma mesma área de lavoura, o cultivo de
sobre essas técnicas, su- gêneros agrícolas diferentes. Com isso, a cada plantio, diversifica-se a adubação do
gerimos o livro a seguir. solo, evita-se o esgotamento de um mesmo tipo de nutriente, de modo que se obte-
> CONWAY, Gordon. nha um aumento da produtividade das lavouras.
Produção de alimentos
no século XXI: biotec-
nologia e meio ambiente. A B
Delfim Martins/Pulsar Imagens

Delfim Martins/Pulsar Imagens


Tradução: Celso Mauro
Paciornik. São Paulo: Es-
tação Liberdade, 2003.

Técnica de rotação de cultura em dois períodos distintos no município de Londrina (PR), 2015. No exemplo
mostrado, ocorre a rotação de cultura, pois nessa lavoura são cultivados soja na estação do verão (fotografia A)
e trigo na estação do inverno (fotografia B).

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Orientações gerais
Mineração e degradação do solo

Capítulo 8
Ao extrair minerais, como o ferro, o manganês e o carvão mineral, também são • Oriente os alunos a
voltar à página 107 e re-
removidas grandes porções de solo, chamadas rejeito. lembrar o que significa
O rejeito, na maioria das vezes, não é utilizado pelo ser humano e, por isso, é assoreamento. Oriente-
despejado em locais a céu aberto, ficando exposto à ação do vento e da água da -os também a voltar ao
chuva. Gradativamente, partículas do rejeito são transportadas para outras áreas, esquema das páginas 124
e 125 para relembrar as
causando, principalmente, o assoreamento de rios.
partes de um rio.
• Comente com os alu-
Andre Dib/Pulsar Imagens

nos que em 2015, na


cidade histórica de Ma-
riana (Minas Gerais),
houve um dos acidentes
mais graves envolvendo
atividade mineradora já
registrados no Brasil. O
rompimento da barra-
gem de uma minerado-
Na estação
ra foi responsável pelo
mineradora mostrada
na fotografia,
lançamento de 34 mi-
podemos observar lhões de metros cúbicos
amontoado de rejeitos de lama, resultantes da
em um garimpo de produção de minério de
ouro no município de ferro. Aproximadamente
Poconé (MG), 2017.
660 quilômetros de rios
e córregos e mais de mil
O assoreamento pode trazer sérios problemas aos cursos de água, pois, além de hectares de áreas de ve-
reduzir a profundidade de seu leito, muitas vezes impede a navegação de embarca- getação foram atingidos,
ções e ainda pode modificar o trajeto do rio. A retirada de matas ciliares das mar- causando a morte de vá-
gens dos rios também é uma das principais causas do assoreamento. Além disso, rias espécies da fauna e
flora da região, além do
sem a vegetação ciliar, a água das chuvas escoa rapidamente pela superfície, com-
soterramento de casas.
prometendo a infiltração e o armazenamento no subsolo. A consequência disso é a A lama foi transportada
diminuição da água nas nascentes. pelos rios até desaguar
no oceano, no estado do
Mata ciliar: formação Espírito Santo.
Andre Dib/Pulsar Imagens

vegetal presente nas margens


dos cursos de água e nas
nascentes. É considerada
“área de preservação
permanente” pelo Código
Florestal Federal, e a
dimensão da faixa de mata a
ser preservada depende da
largura do curso de água.

Na fotografia, podemos
visualizar assoreamento
em um trecho do rio
Jequitinhonha, que
ocorreu por causa do
garimpo de diamantes em
Diamantina (MG), 2018.

229

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Sugestão de atividade
Debate sobre Geografia O fenômeno ambiental
a desertificação em foco da desertificação
Objetivos
• Estimular a reflexão e A desertificação consiste na formação de áreas degradadas com características
a expressão da opinião desérticas em regiões de clima árido e semiárido. Embora seja um fenômeno natural
dos alunos a respeito de relacionado à mudança climática, determinadas atividades humanas, que gradativa-
problemas ambientais mente causam a destruição de recursos naturais vitais, como água, vegetação e,
relacionados ao proces- principalmente, solo, aceleram o processo de desertificação.
so de desertificação.
a ) Apresente o texto a Atividades humanas, como técnicas de cultivo intensivo sem manejo adequado,
seguir para os alunos e, desmatamento e mineração indiscriminados, irrigação sem cuidados ambientais e
em uma roda de conver- sobrepastoreio de gado, vêm acelerando o processo de desertificação em áreas de
sa, proponha um debate risco em diversas regiões do mundo.
sobre as causas e conse-
De acordo com o Ministério do Meio Ambiente, no Brasil, as Áreas Suscetíveis à
quências do processo de
desertificação no Brasil.
Desertificação (ASD) estão localizadas, sobretudo, na região Nordeste.
A página ao lado aborda o processo de desertificação na região do Sahel, no con-
Desertificação
tinente africano.
cresce e ameaça
terras do Nordeste,
Delfim Martins/Pulsar Imagens

Sobrepastoreio:
Minas e Espírito prática de realizar o
Santo pastoreio em uma
Área afetada aumentou área por um longo
482% nos últimos cinco período de tempo,
ou seja, sem
anos devido ao desmata- possibilitar a
mento da caatinga e do recuperação natural
cerrado, ao uso intensivo da vegetação e do
do solo, à irrigação inade- solo existentes.
quada e à mineração ex-
cessiva. [...]
Correio Braziliense, 20 maio Área de
2018. Disponível em: <www.
correiobraziliense.com.br/app/ desertificação do solo
noticia/brasil/2018/05/20/ decorrente de uso
interna-brasil,681929/ intensivo e falta de
desertificacao-cresce-e-ameaca- cobertura vegetal em
terras-do-nordeste-minas-e-
espirito-sa.shtml>. Acesso em: Cabrobó (PE), 2018.
20 set. 2018.

b) Você pode conduzir o


Juan Vilata/Alamy/

debate provocando as Área de desertificação na região


seguintes reflexões: do Sahel em Senegal, África, 2017.
Fotoarena

> Quais as principais


causas da desertificação
no Brasil?
> Quais as consequên-
cias desse problema para
o meio ambiente? E co-
mo isso afeta as ativida-
des humanas?
> De que forma esses
problemas podem ser
evitados?
c ) A realização desta ati-
vidade com os alunos 230
possibilita um espaço de
construção de argumen-
tos utilizando os conhe-
cimentos geográficos g20_ftd_lt_6vsg_c8_p228a237.indd 230 10/15/18 3:13 PM g20_
para promover a sensibi-
lização socioambiental e
propor soluções para os
problemas apresenta-
dos, conforme orienta a
competência específica
de Geografia 6.

230

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Orientações gerais

Capítulo 8
Desertificação do Sahel • Relembre os alunos de
que, na região onde se
No idioma árabe, Sahel significa “margem”, nome dado por causa de sua abran- localiza o Sahel, o clima
gência, que vai de leste a oeste do continente africano, ocupando a área de dez paí- predominante é o semiá-
ses. Já no sentido norte-sul, o Sahel ocupa uma faixa semiárida ao longo do sul do rido e sua vegetação é a
deserto do Saara. Veja o mapa abaixo. de estepe. Retome as ca-
racterísticas desse clima
Essa região é atingida pelo processo de desertificação, provocado por, entre outras e vegetação no capítulo 5.
causas, escassez de chuvas, aridez do solo e mudanças nas atividades humanas e
em suas formas de ocupação do território, como:
• Para mais informações
sobre a Convenção das
• a sedentarização das populações, antes nômades; Nações Unidas de Com-
• a modernização e ampliação da exploração dos recursos naturais, antes realiza- bate à Desertificação e
da de maneira tradicional; Mitigação dos Efeitos da
Seca, sugerimos o aces-
• o desmatamento para a produção de energia e incorporação de novas terras so ao site a seguir.
agricultáveis;
> Convenção das Nações
• o aumento do mercado consumidor de produtos agrícolas em zonas áridas. Unidas de Combate à
Entre os anos de 1968 e 1973 ocorreu na Desertificação e Mitiga-
África: região do Sahel e desertos ção dos Efeitos da Seca.
região do Sahel uma grande seca, que le-

Renan Fonseca
N
Ministério do Meio Am-
vou cerca de 500 mil pessoas que lá vi-
biente. Disponível em:
O L

viam à morte. Essa tragédia chamou a S


<http://livro.pro/iwjhin>.
atenção mundial em virtude da gravidade Acesso em: 28 set. 2018.
de seu problema.
Promover políticas específicas para as
regiões semiáridas do mundo tornou-se
necessário, de modo que em 1994 foi cria-
da a Convenção das Nações Unidas de
Combate à Desertificação. Essa convenção
estabeleceu as diretrizes de ação para a
prevenção e reversão do quadro de deser-
tificação. Desde então, diversos países, in-
cluindo o Brasil, se mobilizaram no combate
a esse problema ambiental.
0 990 km

Fonte: Goode’s World Atlas. 23. ed.


Chicago: Rand McNally, 2017. p. 276.

231

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Integrando saberes
Poluição das águas
• Este tema permite um
trabalho em conjunto Embora a água seja uma substância imprescindível para a vida na Terra, nem
com o componente cur- sempre o ser humano tem se preocupado em preservar esse recurso.
ricular de Ciências, abor-
dando o tema contem- Muitas indústrias poluem rios, mares e lagos ao despejarem parte de seus resíduos
porâneo Saúde. Solicite sem o tratamento devido. Geralmente tóxicas, essas substâncias vão parar nos cursos
ao professor desse com- de água, causando a morte de vá-

Luciana Whitaker/Pulsar Imagens


ponente que converse rias espécies animais e vegetais,
com os alunos sobre os além de ocasionarem problemas
tipos de doenças que po- de saúde para as pessoas que
dem ser contraídas pela entrarem em contato com essas
ingestão de água sem
águas ou se alimentarem de peixes
tratamento adequado. A
que nelas vivem.
seguir, apresentamos al-
guns exemplos.
> Cólera-morbo: doença
que afeta habitantes de
áreas com saneamento Trecho de rio no município de
básico precário e água São Gonçalo (RJ) poluído pelo
imprópria para consumo. despejo de esgoto, 2016.
Caracteriza-se por gerar
infecção intestinal, diar-
Além da poluição industrial, a eliminação de resíduos domésticos, como o lixo e
reia e vômito. Pessoas
que consomem alimen- os esgotos, também atua na contaminação dos recursos hídricos do planeta.
tos que tiveram contato Em muitas cidades, em razão da falta de infraestrutura e de conscientização por
com água contaminada parte da população, é comum o despejo de materiais poluentes diretamente nos cursos
também podem contrair dos rios.
a doença.
A poluição das águas, ocasionada pelo despejo do esgoto sem tratamento, pode levar
> Tifo ou febre tifoide:
caracteriza-se por uma à disseminação de diversas doenças, como a cólera-morbo e a febre tifoide. Segundo
infecção bacteriana trans- a Organização Mundial da Saúde, a cada ano, aproximadamente 1,7 milhão de pessoas
mitida por meio da água no mundo morrem em decorrência de doenças relacionadas à água contaminada.
contaminada ou inges- Já nas atividades agrícolas, o uso indevido de agrotóxicos nas plantações pode
tão de alimentos tam-
ocasionar a poluição das águas por meio do escoamento de substâncias tóxicas para
bém contaminados. Essa
lençóis freáticos, rios e lagos próximos.
doença provoca manchas
rosadas pelo corpo, tosse
e febre elevada contínua.
Thomaz Vita Neto/Pulsar Imagens

Cólera-morbo: doença intestinal


> Poliomielite: uma das infecciosa transmitida sobretudo
formas de transmissão pela água contaminada.
dessa doença é por meio Febre tifoide: doença infecciosa
da ingestão da água con- adquirida, principalmente, por meio
do consumo de água e alimentos
taminada. Caracteriza-se contaminados. Normalmente causa
por desencadear febre e febre prolongada, diarreia e dores
dores musculares e, em de cabeça. Os órgãos geralmente
mais afetados pela doença são
casos mais graves, o sis- intestino, fígado e baço.
tema nervoso central é
afetado, causando para- Pulverização de lavoura
lisia nos músculos. em plantação de
• Questione os alunos amendoim no município
de Barretos (SP), 2016.
sobre outras atitudes
que podem ser tomadas
para a conservação da 232
água de nosso planeta.
Incentive-os a contar aos
colegas as próprias ati-
tudes nesse sentido. Orientações gerais
g20_ftd_lt_6vsg_c8_p228a237.indd 232 10/15/18 3:13 PM g20_

• Promova um momento de reflexão sobre as enchen-


tes e secas que frequentemente afetam vários estados
brasileiros. Destaque a importância da água mediante
alguns desses episódios, como a seca, e estabeleça uma
conexão com a questão das mudanças climáticas. Para
isso, retome o mapa das páginas 224 e 225.

232

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As águas oceânicas também recebem milhões Orientações gerais

Capítulo 8
Luciana Whitaker/Pulsar Imagens
de toneladas de poluentes por dia. Esses po- • Comente com os alu-
luentes têm diferentes origens, como atividades nos que em 2015, em
industriais, esgotos domésticos e escoamento de uma reunião da Organi-
produtos químicos agrícolas. Ao atingirem as zação das Nações Unidas
águas oceânicas, essas substâncias geralmente (ONU), foram feitas pro-
postas para decidir sobre
causam problemas à vida marinha.
novos caminhos, bus-
Em muitas praias, é possível encontrar um cando melhorar a vida
grande volume de resíduos sólidos, como garrafas das pessoas e do planeta
e embalagens plásticas, latas, vidros e pneus, que, até 2030, que culminou
além de deixar as praias sujas e impróprias para nos 17 Objetivos do De-
Acima, lixo despejado em praia do
banho, podem ser transportados para alto-mar município do Rio de Janeiro (RJ), 2016. senvolvimento Sustentá-
vel (ODS). Entre os obje-
pelo movimento das marés, colocando em risco
tivos estão “Assegurar a
a vida da fauna e da flora marítimas. disponibilidade e gestão

Kertu Saarits/Alamy/Fotoarena
O fluxo de navios-petroleiros também é uma sustentável da água e o
fonte de poluição. O petróleo vazado dos tanques saneamento para todos”
dessas embarcações polui as águas oceânicas (ODS 6) e “Conservar e
nas áreas localizadas em suas rotas. usar sustentavelmente
os oceanos, os mares e
os recursos marinhos
Na fotografia podemos visualizar manchas para o desenvolvimento
de petróleo no mar, provenientes de sustentável” (ODS 14).
vazamentos de grandes embarcações, em Converse com os alunos
Dubai, Emirados Árabes Unidos, 2018.
e proponha uma refle-
xão relacionando esses
temas com o que estuda-
O mapa mostra as principais áreas poluídas pela circulação de navios-petroleiros ram até o momento.
no mundo.
Mundo: áreas poluídas por
• Para mais informações
sobre os ODS, sugerimos
navios-petroleiros – 2015 o acesso ao site a seguir,
N que também apresenta o
O L documento que contém
S os elementos orientado-
res da posição brasileira
diante dos ODS.
> Objetivo do Desen-
volvimento Sustentável.
Ministério das Rela-
E. Cavalcante

ções Exteriores. Dispo-


nível em: <http://livro.
pro/38pgkg>. Acesso
em: 20 set. 2018.

0 2 340 4 680 km

Fontes: FERREIRA, Graça Maria Lemos. Atlas geográfico: espaço mundial. 4. ed. São Paulo: Moderna, 2013. p. 30.
GIRARDI, Gisele; ROSA, Jussara Vaz. Atlas geográfico do estudante. São Paulo: FTD, 2016. p. 166.

233

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Sugestão de atividade Atividades 1. A péssima qualidade do ar urbano e algumas doenças, principalmente as
relacionadas ao sistema respiratório.
Sou responsável pelo
2. A emissão excessiva de gases poluentes na atmosfera retém o calor do sol próximo à superfície terrestre,
meio ambiente? intensificando o efeito estufa artificial; com isso, provoca o aumento da temperatura média da atmosfera terrestre,
Objetivos Exercícios de compreensão resultando no fenômeno denominado aquecimento global e
acarretando mudanças climáticas no planeta.
3. Os possíveis
• Estimular o debate efeitos das
mudanças
1. A poluição atmosférica tem se inten- 4. O uso indevido do solo tem provo-
consciente das questões climáticas são sificado muito nas últimas décadas e cado diversos problemas ao meio
ambientais. áreas com risco gerado diversos problemas. Cite, no ambiente. Cite um exemplo da degra-
• Refletir a posição de de inundações,
caso o nível dos caderno, dois problemas ocasionados dação provocada pelo ser humano
sujeito diante de proble- oceanos por esse tipo de poluição. nos solos.
mas e soluções para o aumente; áreas
meio ambiente.
mais úmidas e 2. No caderno, explique qual é a relação 5. No caderno, explique qual a relação
igualmente
a ) Como forma de ava- áreas mais entre a poluição atmosférica e as entre degradação dos solos e o pro-
liar a aprendizagem dos secas. Essas mudanças climáticas. cesso de desertificação.
mudanças
alunos sobre os proble- causariam 3. De acordo com o mapa das páginas 6. Escreva, no caderno, quando ocorre o
prejuízos para a Por conta da
mas ambientais e a rela- 224 e 225, quais são os possíveis efeito estufa artificial. concentração de
agricultura.
ção com a natureza e as efeitos das mudanças climáticas no gases poluentes na atmosfera, os raios solares
4. Possível refletidos são retidos em maior quantidade na
atividades econômicas, resposta: Brasil? Anote a resposta no caderno. atmosfera terrestre, intensificando o efeito estufa
propomos uma atividade erosão natural e ocasionando um maior aquecimento da
de debate. Por meio des- provocada pela Geografia no contexto temperatura média do planeta, já que é menor a
exploração quantidade de raios solares refletidos para o espaço.
sa prática os alunos po- mineral,
assoreamento
7. Leia o texto abaixo. Em seguida, responda às questões no caderno.
derão compreender que
dos rios pela
fazem parte do meio am- retirada da
biente e que todos são O Deserto do Saara expandiu-se cerca de 10% desde 1920, aponta estudo
cobertura
responsáveis pela con- vegetal, perda de cientistas da Universidade de Maryland, nos EUA [...].
da fertilidade e
servação e manutenção desertificação. [...] pesquisadores analisaram os dados sobre as chuvas registrados por
da vida no planeta. Tam- 5. Atividades toda a África entre 1920 e 2013, revelando que o Saara, que ocupa grande
bém podem refletir e como parte do Norte do continente, aumentou em aproximadamente 10% seu ta-
adotar atitudes em res- agricultura e
mineração manho de acordo com essas tendências anuais. Já quando eles analisaram
peito à natureza e com deixam os solos as tendências sazonais no mesmo período, essa expansão se mostrou ainda
posicionamento ético, de desprotegidos,
favorecem os maior no verão, com um aumento de quase 16% na área média sazonal do
consumo responsável,
processos deserto nos 93 anos estudados.
como orienta a compe- erosivos, que
tência geral 7 da BNCC. transportam os [...]
nutrientes do
b) Para isso, leia o texto solo. A falta Segundo os pesquisadores, os resultados sugerem que as mudanças cli-
a seguir sobre o tema. desses máticas induzidas pela ação humana, em conjunto com ciclos climáticos
nutrientes
Meio ambiente causa a naturais [...], levaram ao aumento de área do Saara.
desertificação. MUDANÇAS climáticas e ciclos naturais fazem Saara crescer. O Globo, 4 abr. 2018.
[...] Em se tratando de 7.b) O aumento da Disponível em: <https://oglobo.globo.com/sociedade/sustentabilidade/mudancas-climaticas-ciclos-naturais-
um assunto que vem temperatura fazemsaaracrescer-22549341>. Acesso em: 30 ago. 2018.
conquistando cada vez global causada
mais espaço e prestígio pela emissão
excessiva de gases
no mundo moderno, é ur- poluentes na a ) De acordo com o texto, qual problema está ocorrendo no deserto do Saara?
gente que todos possamos atmosfera. O deserto do Saara está aumentando.
perceber a ordem de gran- b ) Conforme o texto, o que provavelmente está provocando esse problema?
deza em que se situa hoje
a questão ambiental e,
8. Leia as manchetes abaixo. Em seguida, responda às questões no caderno.
talvez surpreendidos, nos
darmos conta de como is-
so nos alcança de forma Poluição com plástico Poluição do ar é problema
profunda, visceral. aumenta nas águas do Ártico em várias cidades brasileiras
Um erro bastante co- Correio Braziliense, 19 abr. 2017. Disponível em: <https://www. Portal EBC, 12 ago. 2015. Disponível em: <http://
mum é confundir meio correiobraziliense.com.br/app/noticia/mundo/2017/04/19/interna_ www.ebc.com.br/noticias/2015/08/poluicao-do-ar-e-
ambiente com fauna e mundo,589773/poluicao-com-plastico-aumenta-nas-aguas-do- problema-em-varias-cidade-brasileiras>.
flora, como se fossem si- artico.shtml>. Acesso em: 30 ago. 2018. Acesso em: 30 ago. 2018.
nônimos. É grave também
a constatação de que a 234
maioria dos brasileiros
não se percebe como par-
te do meio ambiente, nor-
malmente entendido co- deg20_ftd_lt_6vsg_c8_p228a237.indd
nós, alcançando tudo o 234que nos cerca e as relações que 10/15/18 3:13 PM g20_
mo algo de fora, que não estabelecemos com o universo. Trata-se de um assunto tão
nos inclui. A expansão da rico e vasto que suas ramificações atingem de forma trans-
consciência ambiental se versal todas as áreas do conhecimento. [...]
dá na exata proporção em
que percebemos meio am- TRIGUEIRO, André (Coord.). Meio ambiente no século 21: 21 especialistas
biente como algo que co- falam da questão ambiental nas suas áreas de conhecimento. Rio de Janeiro:
Sextante, 2003. p. 13.
meça dentro de cada um

234

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BNCC

Capítulo 8
• A atividade 10 contem-
pla um trabalho com as
a ) As manchetes se referem a dois tipos de poluição. Quais são eles? competências específi-
Poluição das águas e poluição atmosférica. cas de Geografia 1 e 3,
b ) Quais são os principais problemas gerados por esses tipos de poluição para
pois o aluno será capaz
a sociedade? A poluição torna as águas impróprias para o consumo humano, além de causar a morte de animais de utilizar os conheci-
que serviriam de alimento para a população. A poluição da atmosfera causa doenças respiratórias e
9. Observe no planisfério as principais áreas de desmatamento e desertificação interfere na mentos apreendidos para
dinâmica compreender as intera-
no planeta. climática da
Terra. ções entre sociedade e
natureza e de que forma
Mundo: áreas de desmatamento a ocupação humana ori-
e desertificação – 2015 ginou os problemas am-
bientais.

Material digital
• Utilize o projeto inte-
grador para o 4o bimes-
tre, localizado no mate-
rial digital, como forma
de avaliar o aprendizado
dos alunos e comple-
mentar noções sobre os

E. Cavalcante
problemas ambientais.
Esta atividade propõe
a análise e reflexão da
realidade próxima dos
alunos, levando-os a se
reconhecer como agen-
tes transformadores e a
se posicionar diante das
situações de seu cotidia-
no, conforme orientam
as competências especí-
2 340 4 680 km
ficas de Ciências Huma-
Fontes: GIRARDI, Gisele; ROSA, Jussara Vaz. Atlas nas 2, 3 e 6.
geográfico do estudante. São Paulo: FTD, 2016. p. 166.
IBGE. Atlas geográfico escolar. 7. ed.
Rio de Janeiro, 2016. p. 63.

• O que podemos concluir ao compararmos as áreas de desmatamento com as


de risco de desertificação? Justifique sua resposta.
Possível resposta: podemos concluir que muitas das áreas de risco de desertificação coincidem com as
áreas de desmatamento.
Pesquisando
10. Nas páginas 228 a 233 você estudou sobre os problemas ambientais que o ser
humano tem provocado na natureza, como a poluição do ar, do solo e das águas.
No lugar onde você mora ou próximo a ele existe algum problema relacionado a
esses tipos de poluição? Pesquise qual é o tipo de poluição, como ela ocorre, o que
vem acarretando à natureza e descreva-a no caderno. Descreva também o que é
possível fazer para solucionar esse problema, se houver.
Resposta pessoal. Verifique se a pesquisa elaborada pelos alunos está coerente com a atividade proposta.
235

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Orientações gerais

• Para iniciar o trabalho


Fontes de energia e as
com este tema, ques-
tione os alunos sobre
atividades econômicas
qual(is) fonte(s) está(ão) O ser humano sempre utilizou as fontes naturais de energia para realizar suas
presente(s) em suas ca- atividades.
sas. Verifique se eles
Atualmente, as fontes de energia são, em grande parte, provenientes da exploração
identificam, em seu co-
dos combustíveis fósseis, como gás natural, carvão mineral e petróleo. Os combustíveis
tidiano, a presença de
energia em atividades fósseis são substâncias que possuem carbono em sua composição e que são utilizadas
como acender a lâm- como fonte de energia. A preferência pelo uso desses combustíveis se deve à proprie-
pada, tomar banho em dade que eles têm de liberar grande quantidade de calor quando queimados.
chuveiro aquecido por O mapa abaixo mostra a distribuição das reservas de combustíveis fósseis no mundo.
energia elétrica, solar ou
a gás, ligar um aparelho Mundo: reservas de combustíveis fósseis – 2016
eletrodoméstico, acen-
% em relação ao
der o fogão a gás ou elé- total mundial
Eurásia
N

L
trico, entre outras.
O
28,3% 30,4% Oriente Médio
Reservas de petróleo S
47,7%
Reservas de gás 9,5% 42,5%
América do Norte Reservas de carvão

22,8%
13,3%
6%
0,1%

Fonte: BP. BP Statistical Ásia Oriental


Review of World Energy e Oceania
June 2017. Disponível em:
América Central 46,5%
<https://www.bp.com/
e do Sul
content/dam/bp/en/
corporate/pdf/energy- 19,2%
economics/statistical- África
1,2% 4,1%

Keithy Mostachi
review-2017/bp-statistical- 9,4%
7,5% 7,6% 2,8%
review-of-world-energy- 1,2%
2017-full-report.pdf>.
Acesso em: 20 jul. 2018.

0 3 930 7 860 km

Gás natural
Daniel Derevecki/Fotoarena

O gás natural é um recurso fóssil gasoso encontrado no subsolo ter-


restre, muitas vezes associado a jazidas de petróleo.
Quando comparado aos demais combustíveis fósseis, ele é conside-
rado menos poluente, uma vez que, ao ser queimado, libera menor
quantidade de resíduos tóxicos ao meio ambiente.
O gás natural é um combustível que apresenta alto rendimento.
Atualmente, corresponde a cerca de 24% da energia consumida no
planeta, sendo utilizado nas indústrias, no comércio, nas residências e,
até mesmo, como combustível em automóveis.
A distribuição do gás natural, na maioria das vezes, é realizada por
meio de uma rede de tubulações, denominada gasodutos, pelos quais o
gás natural passa para ir da fonte produtora até os locais de consumo.
A fotografia mostra trecho de gasoduto que interliga Brasil e Bolívia,
conhecido como Gasbol, no município de Araucária (PR), 2015.

236

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Sugestão de atividade
Carvão mineral

Capítulo 8
Análise de gráfico
O carvão mineral é um recurso fóssil encontrado no subsolo, formado nos últimos Objetivos
300 milhões de anos com a decomposição de restos de vegetais.
• Ler e interpretar infor-
As maiores reservas de carvão mineral do mundo estão localizadas nos Estados mações numéricas por
Unidos, na China e na Rússia. Esses três países juntos são responsáveis por aproxima- meio de representações
damente 65% da produção mundial de carvão, muito utilizado em siderúrgicas e usinas gráficas.
termelétricas. Veja, no gráfico abaixo, o consumo mundial desse recurso fóssil. • Analisar informações
relativas ao consumo
Consumo de carvão mineral no mundo de recursos minerais no
mundo.
Consumo Termelétrica: usina
(em milhões de toneladas equivalentes de petróleo) que gera energia elétrica a ) Aproveite o gráfico
com o calor liberado, desta página e realize
4 000 normalmente, na queima
3 732 uma atividade de análise
de combustíveis, como
petróleo, gás e carvão. de gráfico com os alunos.
3 500
Utilizando a linguagem
gráfica para análise de
3 000
informações referentes
ao consumo de carvão
2 500 2 296
2 236 mineral no mundo, pode-
2 072
2 000
-se trabalhar com a com-
1 591
petência específica de
1 500
1 431 Fonte: BP. BP Global. Disponível Ciências Humanas 7.
em: <https://www.bp.com/content/
dam/bp/en/corporate/pdf/energy-
b) Para auxiliar na leitu-
1 000 economics/statistical-review-2017/ ra e interpretação do grá-
E. Cavalcante

1965 1975 1985 1995 2005 2016 bp-statistical-review-of-world- fico e para reforçar os
Anos energy-2017-full-report.pdf>.
Acesso em: 23 ago. 2018. conteúdos sobre o car-
vão mineral, sugerimos
Entre os recursos naturais fósseis, o carvão é o que mais polui a atmosfera, pois as questões a seguir.
sua queima libera uma grande quantidade de gás CO2. Desse modo, nos últimos anos > Em que ano foi o maior
esse combustível passou a ser considerado um dos grandes causadores do efeito consumo de carvão?
estufa artificial. Resposta: 2016.
No Brasil, as principais jazidas de carvão mi- Brasil: principais reservas de > Em 1985, qual foi a
neral estão localizadas na região Sul do país, carvão mineral – 2010 quantidade de carvão
consumida?

E. Cavalcante
principalmente nos estados de Santa Catarina e
do Rio Grande do Sul. Resposta: 2 072 milhões
de toneladas.
No mapa ao lado estão representadas as prin- > Em quais usinas o car-
cipais jazidas de carvão mineral no território vão mineral é mais utili-
brasileiro. zado?
O carvão mineral explorado no Brasil não é su- Resposta: Usinas side-
ficiente para atender à demanda do nosso país. Por rúrgicas e termelétricas.
isso, o Brasil precisa importar cerca de 79% do car- > Em quais estados bra-
vão mineral que utiliza. sileiros existem reservas
de carvão mineral?
Resposta: Pará, Para-
Reservas de carvão ná, Santa Catarina e Rio
N
Grande do Sul.
Fonte: IBGE. Atlas Nacional Digital do Brasil. O L
Disponível em: <https://www.ibge.gov.br/apps/ 350 km
S
atlas_nacional/>. Acesso em: 23 ago. 2018.

237

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Orientações gerais
Petróleo
• Para ampliar seus co- O petróleo é um recurso natural fóssil originado nos últimos 250 milhões de anos,
nhecimentos sobre a
ação das indústrias pe- com a deposição e a decomposição de restos de plantas e animais em áreas que
trolíferas, sugerimos os foram, ou ainda são, fundo dos oceanos, mares e lagos.
filmes a seguir. Ao longo do tempo, a matéria orgânica acumulada foi soterrada. Em seguida,
> Horizonte profundo – compactada pelos sedimentos que foram acomodados sobre sua superfície. Depois
desastre no Golfo. Dire- de determinado tempo, após intensa pressão exercida pelos sedimentos das cama-
ção de Peter Berg, 2016.
das superiores e pelo calor proveniente do interior da Terra, essa matéria orgânica
(107 min).
transformou-se em uma substância oleosa de coloração predominantemente escura,
> Virunga. Direção de
o petróleo.
Orlando von Einsiedel,
2014. (90 min). Os diferentes usos do petróleo
Desde as civilizações antigas, o petróleo é utilizado para diversos fins. Muitos po-
vos faziam uso desse recurso para pavimentar estradas, iluminar e aquecer casas e
grandes construções. Porém, naquela época ainda não existiam tecnologias capazes
de explorar o petróleo da maneira como é realizada nos dias de hoje. Aqueles povos
limitavam-se a aproveitar as porções de petróleo que afloravam na superfície do so-
lo. A exploração das reservas de petróleo foi intensificada em meados do século XIX,
quando esse combustível se tornou a principal fonte de energia consumida pelas
atividades humanas.
Atualmente, a obtenção do petróleo é feita por meio de equipamentos de alta tec-
nologia, capazes de extrair esse material do interior das rochas sedimentares, as
quais se encontram a quilômetros de profundidade.
Além de constituírem uma importante fonte de energia para indústrias e meios de
transporte, alguns subprodutos do petróleo também são utilizados como matéria-
-prima para a fabricação de diversos produtos de nosso dia a dia, como plásticos,
tintas, remédios, borrachas sintéticas, diversos produtos químicos, fertilizantes e
pesticidas.
O esquema abaixo mostra alguns subprodutos do petróleo.

Derivados do petróleo
Tanques

Extração
Leonardo Mari

Fonte: CHARADA no fundo da Terra. Ciência Hoje das Crianças.


Rio de Janeiro, SBPC, ano 13, n. 108, nov. 2000. p. 18. Disponível em:
<http://chc.org.br/edicao/108/>. Acesso em: 23 ago. 2018.

238

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A distribuição geográfica das jazidas de petróleo não ocorre de maneira regular. Orientações gerais

Capítulo 8
De acordo com a BP, aproximadamente 48% das reservas mundiais estão localizadas em • Auxilie os alunos a
países do Oriente Médio, que consomem apenas 9% da produção mundial. Já os Estados localizar os países do
Unidos possuem apenas cerca de 3% das reservas petrolíferas mundiais, porém eles con- Oriente Médio no pla-
somem aproximadamente 20% de todo o petróleo produzido no planeta. nisfério político da pági-
na 254.
Diariamente são extraídos cerca de 92 milhões de barris de petróleo no mundo.
Nas refinarias, o petróleo é processado e separado em subprodutos, BP: importante empresa do ramo • Para enriquecer seus
conhecimentos sobre o
como a gasolina, o óleo diesel e o querosene. petrolífero, comumente conhecida
por British Petroleum, que a partir petróleo, sugerimos a
Assim como os demais combustíveis fósseis, o petróleo é um dos do ano 2000 passou a ser leitura do texto a seguir,
identificada apenas como BP. que discute as possibi-
principais responsáveis pela poluição atmosférica. Ao ser queimado,
Barril de petróleo: medida
ele libera grande quantidade de gases poluentes, causando sérios geralmente utilizada para expressar
lidades de outros com-
danos ao meio ambiente. o volume de petróleo. Cada barril bustíveis em substitui-
corresponde a 159 litros. ção ao petróleo.
> DIEGUEZ, Flávio. O
Ana Flašker/Alamy/Fotoarena

mundo sem petróleo.


Superinteressante, 26
set. 2017. Disponível
em: <http://livro.pro/
wree6c>. Acesso em: 20
set. 2018.

Campo de exploração de petróleo próximo ao mar Cáspio, Azerbaijão, 2016.

Torres de destilação
Forno

GLP
Gás liquefeito de petróleo

Gasolina

Nafta
Querosene de avião

Óleo diesel

Óleo lubrificante

Asfalto

239

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239

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Orientações gerais

• Comente com os alu- Geografia O petróleo brasileiro


nos que, quando ocorrem em foco
acidentes nas platafor-
mas de petróleo, como Atualmente o Brasil explora cerca de 2,6 milhões de barris de petróleo por dia.
vazamentos de tubula- Veja no mapa abaixo onde estão localizados os principais pontos de extração e as
ções das plataformas e
principais reservas desse combustível fóssil.
de navios-petroleiros, os
danos causados à vida Em nosso país foram descobertos grandes volumes de petróleo em uma cama-
marinha são enormes. O da do subsolo oceânico denominada pré-sal.
petróleo fica na super-
O pré-sal é uma faixa subterrânea de rochas situada abaixo de uma densa ca-
fície da água marinha,
formando uma densa ca-
mada de sal, em áreas marinhas, que se estende desde o litoral do estado de San-
mada, impossibilitando a ta Catarina até o litoral do Espí-
Brasil: áreas de extração
entrada de luz solar, o que rito Santo, aproximadamente. e refino de petróleo
dificulta a fotossíntese Sua profundidade pode chegar

E. Cavalcante
N

das algas, por exemplo. a mais de 7 mil metros. O L

Além disso, pode atingir


diretamente as aves ma- Segundo pesquisas geológi- S

rinhas e outros animais cas, essa reserva pode colocar o


como peixes e tartaru- Brasil entre os países que mais
gas. Quando o derrama- produzem petróleo no mundo.
mento de petróleo atin- Veja na imagem abaixo a lo-
ge as praias, contamina
calização do pré-sal no subsolo
extensas faixas de areia
e torna imprópria a água oceânico e na costa brasileira.
para os banhistas.
• Para complementar
Fonte: PETROBRAS. Principais operações. Disponível
em: <www.petrobras.com.br/pt/nossas-atividades/
o estudo desta página, principais-operacoes/>. Acesso em: 23 ago. 2018.
solicite aos alunos que
realizem uma pesquisa
sobre acidentes com pe- 0 600 km

tróleo no Brasil e sobre


os problemas ambientais
gerados. Depois, peça a Brasil: área do pré-sal
eles que compartilhem Pré-Sal
Profundidade
o resultado da pesquisa
1 000 m
com os colegas. Oceano
2 000 m

3 000 m

4 000 m

5 000 m
Pós-sal
6 000 m
Sal
7 000 m
Luciane Mori

N Pré-sal
E. Cavalcante

O L Fonte: PETROBRAS. Pré-sal. Disponível em:


0 350 km
S <http://www.petrobras.com.br/pt/nossas-
atividades/areas-de-atuacao/exploracao-e-
Fonte: Brasil. Disponível em: <http://www.brasil.gov.br/editoria/
producao-de-petroleo-e-gas/pre-sal/>.
infraestrutura/2014/07/brasilpresal.jpg>. Acesso em: 23 ago. 2018.
Acesso em: 23 ago. 2018.

240

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Orientações gerais
Fontes de energia mais limpas

Capítulo 8
A intensa utilização das fontes de energia fósseis tem provocado sérios danos ao
• É importante explicar
aos alunos que a energia
meio ambiente. Um exemplo disso é a elevada emissão de gases poluentes no ar, hidrelétrica é considera-
causada pela queima de carvão mineral, gás natural e petróleo. Além da poluição, a da limpa; no entanto, a
excessiva exploração de combustíveis fósseis pode provocar o esgotamento de suas construção de uma usina
reservas no planeta, uma vez que constituem recursos naturais não renováveis. geralmente causa impac-
Na tentativa de minimizar esses pro- tos ambientais, ao alagar
Energia extensas áreas, e sociais,
blemas, diversos países têm investido Descrição
limpa pois desaloja famílias.
no desenvolvimento de fontes de ener-
gia eficientes e, ao mesmo tempo, “lim- Eólica
Energia gerada pelo uso da força dos ventos
para a produção de energia elétrica.
• Comente com os alu-
pas”, com o intuito de não agredir o nos que a produção de
Energia produzida com a utilização do calor
meio ambiente ao serem produzidas, ou biocombustíveis tam-
Solar do sol para aquecer a água e,
que sejam derivadas de materiais orgâ- posteriormente, gerar energia elétrica. bém possui aspectos
nicos renováveis (que são menos po- Energia produzida com a utilização da força ecológicos negativos.
luentes que os combustíveis fósseis). Hidrelétrica das águas para mover geradores de energia Veja alguns deles a seguir.
elétrica. > As lavouras utiliza-
Veja os exemplos no quadro ao lado.
Energia gerada por um processo chamado das para a produção dos
Os biocombustíveis estão entre as fissão nuclear, que, ao liberar calor, aquece
Nuclear biocombustíveis conso-
mais importantes alternativas de ener- a água e produz vapor que move turbinas
geradoras de energia elétrica. mem grande quantidade
gia limpa. Eles são produzidos de ma- de água.
téria orgânica, ou seja, produtos vegetais ou compostos de origem animal. Entre eles
> O consumo intenso de
destacam-se o etanol, derivado de vegetais como cana-de-açúcar e milho, e o biodie-
fertilizantes nas lavouras
sel, produzido com gorduras animais ou óleos vegetais extraídos de espécies como
causa sérios problemas
mamona, dendê, girassol, babaçu, amendoim, pinhão-manso e soja. ao meio ambiente, como
a contaminação do solo e
Os biocombustíveis brasileiros do lençol freático.
> Muitas áreas de flores-
Etanol vai começar novo ciclo de crescimento tas são desmatadas para
no Brasil a ampliação das lavouras
utilizadas para a produ-
Gazeta Online, 7 maio 2018. Disponível em: <https://www.gazetaonline.com.br/noticias/
economia/2018/05/etanol-vai-comecar-novo-ciclo-de-crescimento- ção dos biocombustíveis.
no-brasil-1014130133.html>. Acesso em: 30 ago. 2018. > As queimadas nas
plantações de cana-de-
Produção de biodiesel atinge maior patamar -açúcar liberam volumo-
nos últimos dez anos sas quantidades de CO2
Governo do Brasil, 23 maio 2018. Disponível em: <http://www.brasil.gov.br/ na atmosfera terrestre.
editoria/infraestrutura/2018/05/producao-de-biodiesel-atinge-maior-patamar-nos- > A produção de alimen-
ultimos-dez-anos>. Acesso em: 30 ago. 2018.
tos pode ser reduzida em
Conforme podemos observar nessas manchetes de jornal, o biocombustível tem sido tema de decorrência da diminui-
discussão recente, na qual o Brasil ocupa lugar de destaque. Isso ocorre porque o nosso país tem ção das áreas cultivadas.
se destacado como pioneiro no desenvolvimento de tecnologias de produção desse tipo de
energia, principalmente do etanol, biocombustível produzido da cana-de-açúcar.
• Para aprofundar seus
conhecimentos sobre a
O governo brasileiro criou, em 1975, o Proálcool, um programa que incentivou o desenvolvimento energia nuclear, sugeri-
da produção de etanol em nosso território. A partir de então, o consumo desse recurso aumentou, mos ler o texto a seguir,
fazendo o principal desafio do nosso país atualmente ser o abastecimento do mercado interno de
que explica o processo
etanol. Esse consumo tem aumentado ainda mais recentemente com o desenvolvimento de motores
de geração de energia a
de tecnologia “flex”, ou seja, que podem ser abastecidos tanto com álcool quanto com gasolina, além
da adição obrigatória de 25% a 27,5% de etanol à gasolina brasileira.
partir do processo de fis-
são nuclear.
Hoje, o Brasil é o segundo maior produtor de etanol do mundo, ficando atrás apenas dos
Estados Unidos, que produzem etanol do milho. > GONÇALVES, Odair
Dias; ALMEIDA, Ivan Pe-
dro Salati de. A energia
241 nuclear e seus usos na
sociedade. Ciência Hoje.
Disponível em: <http://
livro.pro/acesqc>. Aces-
:03 PM Orientações gerais
g20_ftd_lt_6vsg_c8_p238a247.indd 241 10/15/18 3:03 PM so em: 20 set. 2018.
Promova uma pesquisa sobre os biocombustíveis bra- os demais colegas, conversem sobre como o Brasil tem
sileiros. Solicite aos alunos que pesquisem em revistas, avançado na produção de combustíveis derivados de
jornais e na internet reportagens atuais que abordem a outras fontes, como o girassol e a mamona.
produção de biocombustíveis diferentes daqueles pro-
duzidos com cana-de-açúcar. Peça-lhes que tragam
para a sala de aula as informações pesquisadas e, com

241

g20_ftd_mp_6vsg_c8_p216a253.indd 241 10/16/18 3:18 PM


BNCC
•O
Momento da
Cartografia
trabalho com cro-
qui permite que o aluno Croqui: desenhando
paisagens
utilize a linguagem car-
tográfica para aprimorar
o raciocínio geográfico,
conforme orientam a A técnica de registrar uma paisagem por meio de croqui é anterior à invenção da
competência específica
fotografia.
de Ciências Humanas 7 e
a competência específi- O croqui consiste na representação, em um desenho rápido, dos aspectos naturais
ca de Geografia 4. e culturais que compõem uma paisagem, sem a necessidade de elaboradas técnicas
• Caso julgue pertinente, artísticas ou de elementos cartográficos como escala, fonte, entre outros. O impor-
convide o professor do tante é que se consiga expressar cada conjunto de elementos na paisagem.
componente curricular
Desde o século XVI, viajantes que exploravam o território brasileiro por meio de
de Arte para conversar
com os alunos sobre
expedições de reconhecimento eram acompanhados por artistas que costumavam
como o croqui pode ser registrar em croqui as paisagens observadas.
utilizado em produções Observe o croqui de uma paisagem brasileira produzido no século XIX por Johann
artísticas. Moritz Rugendas.

Museu Paulista da USP, São Paulo


O croqui ao
lado,
produzido
por
Rugendas,
representa
uma vista
da Baía de
Guanabara,
no Rio de
Janeiro (RJ),
em meados
de 1840.

r
850. Col ão particula
Johann Moritz Rugendas (1802-1858)


nasceu em uma família de pintores, na
Alemanha. Chegou ao Brasil em 1822
com o intuito de registrar as

. c. 1
paisagens e os povos da América. É

ls
sem dúvida um dos maiores pintores e eng
sta
nf

desenhistas que veio para o Brasil em


Ha

an
z

uma expedição Fr

242

Orientações gerais g20_ftd_lt_6vsg_c8_p238a247.indd 242 10/15/18 3:03 PM g20_

• Para complementar o tema, sugerimos a fenômenos e dos processos físico-naturais e hu- da fotografia não substitui o aspecto pedagógico
leitura do texto a seguir, que trata sobre a im- manos. [...] da elaboração de um croqui por observação di-
portância da produção de croquis. O acesso aos registros por meio das fotogra- reta ou com base em fotografias frontais aéreas.
O croqui é um desenho, um esquema rápido, fias no trabalho de campo e as mudanças meto- [...]
utilizado antigamente pelos geógrafos nos tra- dológicas da observação direta, in loco, provoca- O croqui no trabalho de campo. Nas séries ini-
balhos de campo e também pelos professores de ram o abandono dos croquis como esquema e ciais do ensino fundamental, o professor orienta
Geografia em sala de aula, para explicação dos esboço tanto no campo quanto na escola. O uso o olhar para os aspectos principais, seja de uma

242

g20_ftd_mp_6vsg_c8_p216a253.indd 242 10/16/18 3:18 PM


Orientações gerais

Capítulo 3
Auxilie os alunos a in-
terpretar os croquis e a
Compare a fotografia abaixo com o croqui que foi produzido com base nela. reconhecer os elementos
nele presentes. Aprovei-
te e relembre com eles

Sergey Kamshylin/Shutterstock.com
dos planos e elementos
da paisagem, assunto
abordado no capítulo 1.

Paisagem rural em Lausanne, Suíça, 2018.

Somma Studio

Croqui da fotografia acima.

Perceba que, no croqui, alguns elementos foram representados de maneira simpli-


ficada, como as árvores, e que o traçado da vegetação e das casas foi produzido sem
muitos detalhes.
243

:03 PM g20_ftd_lt_6vsg_c8_p238a247.indd 243 10/15/18 3:03 PM

edificação, seja de um conjunto de edificações, seja de uma terminadas concentrações (edificações, eixos rodoviários,
vista do campo ou de uma cidade. Algumas orientações po- favelas, etc.).
dem contribuir para a elaboração de um croqui, tais como o PONTUSCHKA, Nídia Nacib; PAGANELLI, Tomoko Iyda; CACETE, Núria Hanglei.
uso de uma prancheta e de material de desenho. [...] Para ensinar e aprender Geografia. São Paulo: Cortez, 2007. p. 303-307.
O croqui pode ser um ponto de partida para um estudo
mais detalhado de fenômeno que se destaca na paisagem
(morro-testemunho, lagunas, restingas e outros) ou de de-

243

g20_ftd_mp_6vsg_c8_p216a253.indd 243 10/16/18 3:18 PM


Orientações gerais

• Para a atividade do
croqui, a prancheta pode
ser substituída por outro
tipo de suporte no tama-
nho do papel sulfite, co- Você e seus colegas da sala vão produzir um croqui de uma mesma paisagem
mo a capa de um caderno existente no município. Para isso, providenciem os materiais solicitados e sigam as
ou um papelão rígido. O
instruções descritas abaixo.
importante é que o papel
esteja fixado sobre algo
firme e liso para servir de O que você vai precisar
apoio, facilitando a reali-
zação do desenho. • 1 folha de papel sulfite branco;
• Visualize previamente • 1 prancheta de mão;
algumas paisagens do • lápis;
município, de preferên-
• borracha.
cia nos arredores da es-
cola.
Como fazer
• Oriente os alunos a
não mudar de posição
A Com o professor e os colegas de turma, dirija-se até a paisagem selecionada pe-
durante todo o desenho
do croqui, pois isso po- lo professor. Observem atentamente os elementos presentes na paisagem.
de alterar a distância e o Lembre-se que quanto mais elementos puderem ser observados ao horizonte,
ângulo de visualização mais completo o croqui ficará.
de cada elemento da pai-
sagem.
• Lembre-os de que a
paisagem pode ser divi-
dida em planos, ou seja,

Flaper
em partes, as quais apa-
recem dispostas hori-
zontal ou paralelamente
à linha do horizonte.
•A produção de cro-
quis, seja por meio da
observação direta, seja
por meio de paisagens
em imagens, favorece
a aproximação entre os
documentos geográficos
e a realidade dos alunos.
Após esse trabalho, em
sala de aula utilize os
apontamentos da página
seguinte para auxiliar os
alunos na condução de
suas observações duran-
te e após a conclusão do
croqui.
• Se considerar pertinen-
te, organize, junto com os
alunos, uma exposição
dos croquis como forma
244
de valorizar o trabalho
artístico dos alunos.

g20_ftd_lt_6vsg_c8_p238a247.indd 244 10/15/18 3:03 PM g20_

244

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Orientações gerais

Capítulo 3
A produção de cro-
qui também pode ser
feita com base em
slides, fotografias aéreas
e imagens de satélite.
B Comece a produzir o croqui desenhando os Veja algumas instruções
elementos da paisagem que você observa. a seguir:
Desenhe cada um deles representando seu • Para slides , projete
formato da maneira que você os vê. uma paisagem na pare-
de e solicite aos alunos
que tracem um esboço
com base na imagem.
Em seguida, oriente-os
a criar convenções, re-
presentando a paisagem
por meio de símbolos,
como áreas hachuradas
para representar lavou-
ras, desenhos de casas
C Com o croqui finalizado, obser- para representar mora-
ve a organização dos elementos dias, símbolos de plantas
que você desenhou. para representar áreas de
vegetação nativa, entre
outros.
• Para fotografias aé-
reas, com uma folha de
papel transparente sobre
a foto, oriente os alunos
a desenhar os princi-
pais traços da paisagem,
também fazendo con-
venções cartográficas
para diferenciar as áreas.
D Compare o seu croqui com o de seus co-
legas. Identifique as semelhanças e as
• Para imagens de saté-
lites, utilize as imagens
diferenças entre eles. disponíveis em sites ou no

Ilustrações: Flaper
próprio material didático.

Veja as respostas das questões


Converse sobre suas observações nas orientações ao professor.

• Cite os principais elementos representados em seu croqui.


• Classifique os elementos que você representou em: naturais e culturais.
• Identifique o tipo de visão (horizontal, oblíqua ou vertical) com que você
observou a paisagem durante a elaboração do croqui.
• Você desenhou algum elemento da paisagem diferente dos representados por
seus colegas? Explique por que isso aconteceu.
245

:03 PM Respostas
g20_ftd_lt_6vsg_c8_p238a247.indd 245 10/15/18 3:03 PM

• Resposta pessoal. Verifique se a resposta • Resposta pessoal. Auxilie os alunos, caso que, dependendo da posição de cada um em
apresentada pelos alunos está coerente com eles tenham dificuldade em identificar o tipo relação à paisagem observada, alguns ele-
a atividade. Estimule a participação de todos. de visão (horizontal, oblíqua ou vertical) por mentos podem ou não ser visualizados por
• Resposta pessoal. Verifique se a classifica- meio da qual observaram a paisagem para a todos.
ção dos elementos representados pelos alu- elaboração do croqui.
nos no croqui está correta. • Resposta pessoal. Comente com os alunos

245

g20_ftd_mp_6vsg_c8_p216a253.indd 245 10/16/18 3:18 PM


Consciência ambiental
Material digital
A sequência didática
11, localizada no mate-
Observe a charge a seguir.
rial digital, propõe uma
atividade utilizando o
recurso da história em

Santiago
quadrinhos e pretende
sensibilizar os alunos
para a consciência de
preservação e consumo
consciente.

SANTIAGO. A natureza se defende. Rio de Janeiro: Europa, 1992. p. 109.


2. Possível resposta: o desmatamento deixa o solo desprotegido, destruindo espécies vegetais, assim como o
habitat de espécies animais. A retirada de áreas de vegetação também pode interferir na dinâmica climática
local e até mesmo global.
1. Qual problema ambiental está representado na charge? O desmatamento.
2. Converse com os colegas sobre como esse problema tem afetado o meio ambiente.
3. Você identifica o problema ambiental retratado na charge no município onde vive?
3. Resposta A charge mostrada acima foi publicada em um livro no início da década de 1990.
pessoal. Caso
seja possível, Naquele momento histórico, as atenções da sociedade civil e de líderes mundiais
leve para sala estavam voltadas para a realização da Conferência Rio–92, que promoveu importan-
de aula
reportagens tes discussões com o intuito de propor medidas e soluções para problemas ambien-
ou apresente tais no mundo. Esse movimento envolveu 182 países e representantes de Organiza-
exemplos que
enfoquem o ções Não Governamentais (ONGs), que desde aquela época têm alertado e refletido
desmatamento
no município
sobre a degradação ambiental provocada por desmatamentos, poluição dos rios, do
onde vivem. ar, do solo etc., problemas que até hoje em dia ameaçam o meio ambiente. Portanto,
podemos afirmar que essa charge aborda um problema ambiental ainda muito pre-
ocupante na atualidade.
246

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As atividades econômicas e o consumismo que caracterizam nosso atual modo de Sugestão de atividade

Capítulo 8
vida levam a uma exploração cada vez maior dos recursos da natureza. A importância
das ONGs
Na segunda metade do século XX, por conta da preocupação com a preservação
e a recuperação da natureza, foram criados vários movimentos ambientalistas. Em Objetivos
geral, esses movimentos visavam promover a preservação do meio ambiente. Para • Refletir sobre a impor-
isso, divulgavam ideias de conscientização sobre a importância dos recursos naturais tância da atuação das
ONGs ambientais.
e, também, comportamentos e atitudes em favor do meio ambiente.
a ) Para complementar o
Atualmente, entre os movimentos ambientalistas, várias ONGs realizam campa- estudo do tema, peça aos
nhas buscando a preservação do meio ambiente. Vamos conhecer um pouco sobre a alunos que escolham
atuação de duas delas. uma das ONGs citadas
nesta página ou outra que
conheçam e pesquisem
WWF-Brasil

informações sobre algu-


A organização não governamental
ma campanha que ela es-
WWF-Brasil se dedica à conservação
da natureza e tem os objetivos de
teja desenvolvendo a fa-
harmonizar a atividade humana com vor do meio ambiente.
a conservação da biodiversidade e b) Solicite que anotem,
de promover o uso racional dos no caderno ou em uma
recursos naturais em benefício dos
folha à parte, a causa de-
cidadãos de hoje e das futuras
gerações. Foi criada em 1996 e
fendida, as ações realiza-
desenvolve projetos em todo o país. das, as principais infor-
Também integra a Rede WWF, que mações e as fontes con-
atua em mais de 130 países e conta sultadas (revistas, jor-
com o apoio de cerca de nais, livros ou sites).
5 milhões de pessoas, incluindo
associados e voluntários. c ) Em seguida, solicite
que elaborem um resu-
mo, organizando as infor-
mações pesquisadas para
posteriormente apresen-
tá-las aos demais cole-
gas. A apresentação dos
SOS Mata Atlântica

Organização não governamental resultados pode ser feita


brasileira, a Fundação SOS Mata
em forma de debate sobre
Atlântica atua, desde 1986, na
conservação da diversidade biológica
as causas defendidas pe-
e cultural da Mata Atlântica, para a las ONGs pesquisadas.
presente e as futuras gerações. d) Para conhecer o traba-
lho de algumas organiza-
ções não governamentais
As imagens contidas nesta ou em outras páginas do
livro foram utilizadas com objetivo exclusivamente atuantes no Brasil, sugira
didático, sem finalidade de promover marcas ou
produtos.
aos alunos que acessem
os seguintes sites:
> Conservação Interna-
cional Brasil. Disponível
em: <http://livro.pro/
wsfvfk>. Acesso em: 29
1001 maneiras de salvar o planeta: ideias práticas set. 2018.
para tornar o mundo melhor
O livro apresenta ideias práticas para garantir um futuro
> Greenpeace. Dispo-
melhor. Traz sugestões de como economizar energia, não nível em: <http://livro.
desperdiçar água, poluir menos o ar, usar alternativas aos pro/kvbray>. Acesso em:
produtos industrializados e manter um ritmo de vida menos
agitado, entre outras.
29 set. 2018.
> SOS Mata Atlântica.
247 Disponível em: <http://
livro.pro/i49x7o>. Aces-
so em: 29 set. 2018.
> WWF Brasil. Disponí-
:03 PM g20_ftd_lt_6vsg_c8_p238a247.indd 247 10/15/18 3:03 PM vel em: <http://livro.pro/
wwb42s>. Acesso em:
29 set. 2018.

247

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Orientações gerais

• Aproveite a oportuni- Geografia O que estamos fazendo para


dade e comente com os em foco garantir o futuro do nosso planeta?
alunos sobre a importân-
cia de práticas sustentá- As características da sociedade em que vivemos estão relacionadas a um modelo
veis que evitem proble- econômico industrial e consumista, o qual visa, sobretudo, produzir cada vez mais.
mas ambientais.
Esse modelo tem ocasionado uma série de problemas ambientais, que interferem na
• Oriente os alunos a dinâmica do planeta.
procurarem no dicioná-
rio as palavras do texto O texto a seguir apresenta pontos que nos levam a refletir sobre o que devemos fazer
cujos significados por- com o planeta que queremos para nós e para os que viverão nele em um futuro próximo.
ventura não conheçam.
• Para complementar o Mudar mentalidades e práticas: um imperativo
assunto, retome com os [...]
alunos a discussão sobre
as formas de preserva- Não importa o lugar que ocupamos neste planeta único e finito, o fato é que
ção e conservação do precisamos mudar. Está em questão a integridade da vida, sua visceral relação com
meio ambiente, e ques- o meio ambiente, e, portanto, da humanidade inteira. [...]
tione sobre como é pos-
Desenvolvimento lembra imediatamente progresso. E quem não quer progresso?
sível economizar energia
O problema é que deixamos de discutir a qualidade de vida que nos traz o progresso.
com a finalidade de di-
minuir a exploração dos
recursos naturais.
SOMRERK WITTHAYANANT/

Integrando saberes
Shutterstock.com

Este tema permite um


trabalho em conjunto com
o componente curricular
de Ciências. Convide o
professor dessa disciplina
para juntos desenvolve-
rem a atividade de leitura
e interpretação do texto
apresentado a seguir, que
comenta a importância de
preservarmos a água e a
energia.
Água
[...] A economia de água
também gera economia
de energia. A água que sai
da torneira usa energia
duas vezes: primeiro para
ser limpa e purificada e
depois para ser tratada,
após descer pelo ralo.
[...] A partir do momento
em que você estiver prati-
cando a conservação de
água e usando menos que
a média das residências,
acompanhe a evolução
do medidor de consumo,
e verá como suas contas
vão diminuir.
248
Energia
[...] A queima de com-
bustíveis fósseis gera dois
problemas. O primeiro é tisfazer nossa demanda. As
g20_ftd_lt_6vsg_c8_p248a253.indd 248 reservas de gás são limitadas, e ção da temperatura, [...] e isso já começa a exercer impacto10/15/18 2:53 PM g20_

que eles não vão durar pa- tampouco os imensos depósitos de carvão espalhados pelo sobre as condições climáticas do planeta. [...]
ra sempre. Em pouco tem- mundo poderão ser extraídos para sempre. BERRY, Siân. 50 formas inteligentes de preservar o planeta: como usar a
po não vamos mais conse- O segundo e mais grave problema é o dióxido de carbo- água e energia sem desperdício. Tradução: Clara Allain. São Paulo: Publifolha,
no liberado pela queima de combustíveis fósseis. À medida 2009. p. 7-8.
guir aumentar o ritmo em
que bombeamos petróleo que ele se acumula na atmosfera, vai provocando a eleva-
das profundezas para sa-

248

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Orientações gerais

Capítulo 8
Quanto de lixo, poluição e destruição estão associados a esse progresso? • Após a leitura do texto
sugerido na página ante-
Basta lembrar o carro, um dos protótipos atuais do modelo de desenvolvimento.
rior, converse com os alu-
As nossas cidades são desenhadas para eles e não para nós, cidadãs e cidadãos. E,
nos sobre algumas atitu-
no entanto, quase não andamos, por conta dos monumentais engarrafamentos. des que podemos adotar
Será que para viver bem precisamos sempre de mais? Ter mais e mais bens, tro- para economizar água e
cados sempre porque estragam logo (feitos para não durar) ou pela compulsão, que energia em nosso dia a
o ideal nos impõe, de adquirir o último modelo. Isso só gera destruição em todo ci- dia. Dessa forma serão
clo, da extração das matérias-primas ao lixão onde jogamos os bens em desuso. Já contemplados os temas
paramos para pensar quem está ganhando nessa história? [...] contemporâneos Educa-
ção ambiental e Educa-
Apenas 20% da humanidade consome mais de 80% dos recursos naturais e dos bens ção para o consumo.
e serviços produzidos por esse sistema. E se tal padrão de consumo fosse generalizado,
• Escolham algumas
faltaria planeta, faltariam recursos naturais para atender a todos os seres humanos! dessas atitudes e elabo-
[...] rem cartazes informati-
GRZYBOWSKI, Cândido. Mudar mentalidades e práticas: um vos para serem fixados
imperativo. Le Monde Diplomatique Brasil, 30 maio 2011. Disponível em lugares da escola on-
em: <https://diplomatique.org.br/mudar-mentalidades-e-praticas-
um-imperativo-2/>. Acesso em: 24 ago. 2018.
de outros alunos possam
vê-los. Os cartazes po-
dem ser produzidos em
Reflorestamento cartolinas, com textos
sendo realizado por
estudantes e
e colagens. Cada cartaz
moradores em local pode ser feito com base
público de Mae Sot, em uma atitude espe-
Tailândia, 2016. cífica, explicando como
deve ser tomada e co-
mo ela pode auxiliar na
preservação da água. Os
alunos podem precisar
de materiais como carto-
lina, cola, tesoura, cane-
tas coloridas, revistas e
jornais para recortes.

Veja a resposta da questão nas orientações ao professor.


• Converse com os colegas sobre as atitudes que devemos
tomar em nosso cotidiano e sobre aquelas que a socie-
dade deve adotar para minimizar os problemas ambien-
tais que têm prejudicado a vida em nosso planeta.

249

:53 PM Resposta
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• Resposta pessoal. Verifique se as respostas apresen-


tadas pelos alunos estão coerentes com os problemas
ambientais que podem ser minimizados.

249

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Orientações gerais
Explorando
• Estimule os alunos a
refletirem sobre o pro- o tema Água sob ameaça
blema da falta de água,
que ocorreu nos últimos
anos, no estado de São
Paulo. Aproveite a ques- Em nosso planeta, há lugares onde a água potável está disponível em abundância
tão b da página seguinte e outros onde esse recurso é escasso. Veja no mapa abaixo o panorama dessa es-
e ressalte que, apesar de cassez no mundo.
o Brasil ser um país com
abundância de água, o
problema da seca é uma Mundo: escassez de água - 2014
questão histórica bas-

Keithy Mostachi
N
OCEANO GLACIAL ÁRTICO
tante antiga em algumas Círculo Polar Ártico
O L

regiões, principalmente S

no Nordeste brasileiro.
No entanto, a região Su-
OCEANO
deste do Brasil, abaste- Trópico de Câncer ATLÂNTICO
OCEANO
PACÍFICO
cida por grandes rios e
com clima mais chuvoso
Equador
que o Nordeste, passou 0°
OCEANO
nos últimos anos por

Meridiano de Greenwich
PACÍFICO OCEANO ÍNDICO
graves problemas de Trópico de Capricórnio

abastecimento de água
potável, especialmente
nos municípios da região
Círculo Polar Antártico OCEANO GLACIAL ANTÁRTICO
metropolitana da capital
do estado de São Paulo. Disponibilidade de água em m3 por pessoa (2014)

0 2 890 5 780 km
Abundante (5 000 ou mais) No limite (500- 999)
Esses problemas são de- Suficiente (3 000- 4 999) Escassa (menos de 500)
correntes, principalmen- Insuficiente (1 000- 1 699) Dados não disponíveis

te, do uso inadequado e


indiscriminado da água. Fonte: IBGE. Atlas geográfico escolar. 7. ed. Rio de Janeiro, 2016. p. 66.

Agora, observe o esquema a seguir.

De toda a água doce


utilizada em nosso planeta:
Flaper

Fonte de água
(rios, aquíferos etc.)
12% é destinada ao
uso doméstico.

250

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Sugestão de atividade

Capítulo 8
Debate sobre a crise
Praticar o consumo consciente de água, tanto por meio de ações individuais quan- da água
to por ações colaborativas no convívio familiar, é a base fundamental para garantir a Objetivos
existência de água potável nos próximos anos. • Estimular a reflexão e a
expressão da opinião dos
Veja a seguir um comparativo entre os usos da água potável.
alunos a respeito de pro-
blemas ambientais rela-
O uso inadequado da água em O uso consciente da água em cionados a recursos hí-
nosso dia a dia nosso dia a dia dricos, seu uso e ameaça.
Fatores como a utilização inadequada Ao adotar algumas atitudes cotidianas, a ) Aproveite a oportuni-
dos recursos hídricos, o desperdício, o podemos contribuir com a preservação da dade para realizar uma
aumento do uso, a poluição das águas, água de nosso planeta. Veja alguns exemplos: atividade de debate, divi-
entre outros, têm ameaçado a qualidade e
o acesso à água potável. No início do
• tome banhos rápidos, de até 5 minutos, dindo os alunos em dois
que consomem cerca de 45 litros de água; grupos.
século XXI, cerca de 500 milhões de
pessoas no mundo enfrentaram problemas • ao escovar os dentes ou lavar louça, b) Um dos grupos deve
mantenha, sempre que possível, a apontar as principais
de escassez de água, e esse número tende
a aumentar. Estima-se que, no ano 2050, torneira fechada; causas da falta de água
4 bilhões de pessoas sofrerão com a falta • verifique sempre se existem vazamentos em algumas regiões bra-
de água no mundo. Esse problema pode e mantenha as torneiras fechadas sileiras, e o outro deve
afetar não só a humanidade, como corretamente. apontar medidas para
também a sobrevivência de milhares de amenizar esse problema.
espécies animais e vegetais. Responda às questões a seguir no caderno. c ) Para estimular a dis-
• Um banho de aproximadamente a ) Observe o mapa da página anterior e cite o nome cussão, apresente aos
15 minutos gasta em média 135 litros alunos as manchetes a
de alguns países que apresentam escassez de água.
de água; seguir.
Para auxiliar na resposta dessa questão, utilize o
• desperdício de água ao escovar os planisfério apresentado nas páginas 254 e 255.
23% das cidades brasi-
dentes ou lavar a louça. Uma torneira leiras sofreram com falta
aberta durante um minuto desperdiça b ) O consumo inadequado da água potável em paí- d’água em 2017
Uol, 19 mar. 2018. Disponível
aproximadamente 20 litros de água; ses como Brasil, Canadá e Austrália pode causar em: <https://economia.
• um simples vazamento que goteje problemas de escassez de água? Justifique sua uol.com.br/noticias/
bloomberg/2018/03/19/23-das-
apenas uma vez por segundo gera resposta. cidades-brasileiras-sofreram-
um desperdício anual de mais de com-falta-dagua-em-2017.htm>.
7 mil litros de água.
c ) Entre as atitudes cotidianas de economia de água, Acesso em: 20 set. 2018.
qual delas você já pratica? Qual ainda não pratica? Nova crise da água? O
Veja as respostas das questões nas orientações ao professor. que pode ser feito para
evitar outra seca em São
Fonte: FAO (Food and Agriculture Organization of the Paulo
United Nations). Disponível em: <http://www.fao.org/nr/
water/aquastat/tables/WorldData-Withdrawal_eng.pdf>. Bol, 1º ago. 2018. Disponível
19% é consumida em: <https://noticias.bol.
Acesso em: 23 ago. 2018.
pela indústria. uol.com.br/ultimas-noticias/
ciencia/2018/08/01/nova-crise-da-
agua-o-que-pode-ser-feito-para-
69% é empregada evitar-outra-seca-em-sao-paulo.
no uso agrícola. htm>. Acesso em: 20 set. 2018.
d) Comente com os alu-
nos que as causas da seca
nos estados do Sudeste
existem há muito tempo,
e estão, de modo geral,
relacionadas a diversas
ações humanas.

251

:53 PM Respostas
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A Possível resposta: Mauritânia, Argélia, Níger, Egito, diminuir ou se esgotar se não a utilizarem de maneira
Arábia Saudita, Iêmen e Jordânia. consciente.
B Resposta esperada: sim. Países como Brasil, Canadá C Resposta pessoal. Esse também é um bom momento
e Austrália, embora apresentem água potável em abun- para fazer um trabalho em conjunto com o componente
dância, poderão correr o risco de esse recurso natural curricular de Ciências sobre economia de água.

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Material digital Atividades 1. Porque as fontes de energia fóssil, para gerarem energia, precisam de
combustão e consequentemente emitem grande quantidade de CO2, um
Além das atividades dos gases mais poluentes da atmosfera.
propostas nestas pági- 2. Os biocombustíveis constituem uma fonte de energia limpa, pois são combustíveis derivados de materiais
nas, você também po- orgânicos renováveis. O etanol e o biodiesel são exemplos de biocombustíveis. A importância de sua utilização
derá utilizar a proposta
3. Possível
resposta:
Exercícios de compreensão está no fato de agredirem menos o meio ambiente.
de acompanhamento biocombustível,
energia eólica, 1. De acordo com o que você estudou 4. Explique a relação entre:
de aprendizagem do 4o energia solar e neste capítulo, explique, no caderno, a ) Carvão mineral e poluição
bimestre, disponível no energia
material digital, para hidrelétrica. Elas por que o uso intenso de combustí-
são chamadas b ) Gás e distribuição
avaliar o desempenho veis fósseis vem causando proble-
de limpas por c ) Energias renováveis e biocom-
dos alunos. não agredirem o mas ao meio ambiente?
meio ambiente, bustíveis
como as fontes 2. O que são biocombustíveis? Qual a
de energia 5. Quais fatores são considerados uma
fósseis. importância ambiental de se utilizar
ameaça à qualidade da água potável
4. a) O carvão essas fontes de energia atualmen-
mineral é o no mundo?
combustível fóssil
te? Anote a resposta no caderno.
mais poluente, 6. Em sua opinião, que atitudes pode-
pois emite uma 3. No caderno, cite dois exemplos de mos adotar em nosso dia a dia para
grande fontes de energia consideradas limpas
quantidade de minimizar a escassez de água no
CO2, o gás e diga por que recebem esse nome.
causador do
planeta?
6. Possível resposta: diminuir ou eliminar o desperdício e a poluição das águas. Evitar banhos demorados,
efeito estufa ao consertar torneiras com vazamento ou não mantê-las abertas por longos períodos também são atitudes que
ser queimado.
b) O gás natural é
Geografia no contexto contribuem para a preservação da água no planeta.

distribuído por Mundo: fontes de


gasodutos, que 7. Observe o gráfico ao lado, que mostra as princi- energia – 2016
são tubulações pais fontes de energia produzidas no mundo. De-
que levam o gás
da fonte pois, responda no caderno às questões a seguir. Renováveis
produtora até o 10%
local de consumo.
a ) Qual é o tipo de energia mais produzido no Nuclear
c) Os mundo? Petróleo. 5%
biocombustíveis
são fontes b ) De acordo com o gráfico, qual é a porcenta-
Petróleo
renováveis de gem total de combustíveis fósseis produzida
energia, pois são 33%
produzidos com no mundo? Gás natural
vegetais c ) Entre os combustíveis fósseis apresentados no 24%
cultivados, como
a cana-de-açúcar, gráfico, qual é considerado menos poluente?
o milho e a soja. O gás natural. Carvão
28%

Keithy Mostachi
Fonte: BP. BP Statistical Review of World Energy June 2017.
5. A utilização Disponível em: <https://www.bp.com/content/dam/bp/en/corporate/
inadequada pdf/energy-economics/statistical-review-2017/bp-statistical-review-
dos recursos of-world-energy-2017-full-report.pdf>. Acesso em: 23 ago. 2018.
hídricos, o
desperdício, o Disponibilidade de água
aumento do 8. Observe o gráfico ao lado e responda às ques-
uso, a poluição tões no caderno. para consumo no mundo
das águas. per capita – 2015
7. b) 85% a ) Qual informação foi apresentada pelo gráfico?
(somatória das
porcentagens b ) De acordo com o gráfico, a água está distribuí- Água em
de gás natural, abundância
carvão e
da de maneira uniforme entre os habitantes 12%
Água
petróleo). de nosso planeta? Justifique sua resposta. escassa
13% Água
8. a) A Não, porque uma pequena parcela (12%) da população tem no limite
disponibilidade acesso à água em abundância, enquanto o restante tem acesso 50%
de água para à água no limite, insuficiente ou de maneira escassa. Água
consumo por insuficiente
pessoa no 25%
Fonte: FAO (Food and Agriculture Organization of the
mundo.
E. Cavalcante
United Nations). Aquastat. Disponível em: <http://www.
fao.org/nr/water/aquastat/data/query/results.html html>.
Acesso em: 23 ago. 2018.

252

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9. A imagem abaixo retrata uma manifestação do Greenpeace, em Hamburgo, no Refletindo sobre o

Capítulo 8
capítulo
ano de 2017. A faixa diz “Planeta Terra em primeiro lugar”. Observe-a e, em se-
guida, responda às questões no caderno. • Esta seção tem o intuito
de propor uma reflexão.
Leia com os alunos as

© Greenpeace
informações e promova
uma conversa sobre os
temas. Esse é um bom
momento para identifi-
car dúvidas dos alunos e
verificar se os objetivos
do capítulo foram alcan-
çados.
• Estimule a autonomia
na aprendizagem dos
As imagens
contidas nesta alunos solicitando-lhes
ou em outras que realizem a proposta
páginas do
livro foram de autoavaliação. Expli-
utilizadas com
objetivo
que-lhes que, caso não
exclusivamente tenham compreendido
didático, sem
finalidade de alguma das afirmações,
promover
marcas ou
é importante que o pro-
produtos. fessor seja informado
A legenda da imagem não foi inserida para não interferir na resolução das atividades. para que possa retomar o
a ) Qual a principal mensagem que o Greenpeace procura transmitir na manifes- conteúdo corresponden-
tação? Uma manifestação em favor do meio ambiente. te e sanar as deficiências
na aprendizagem.
b ) Em sua opinião, é importante realizar campanhas como a mostrada na imagem?
Justifique sua resposta. Resposta pessoal. Caso considere interessante, promova um debate entre os alunos
para que compartilhem as opiniões. Ao final, peça a eles que registrem as conclusões no
caderno.
Refletindo sobre o capítulo
Agora que você concluiu o estudo deste capítulo, reflita sobre os temas nele apresentados.
Faça uma autoavaliação do seu aprendizado com base nas afirmações a seguir.
• A intensificação das atividades econômicas vem aumentando o processo de degradação
ambiental, poluindo as águas, os solos e o ar que respiramos.
• A poluição atmosférica é causada pela emissão de gases poluentes.
• O efeito estufa natural ocorre por causa da camada de gases e poeira existente na atmos-
fera terrestre, o que retém uma parte dos raios solares refletidos pela superfície do planeta.
O efeito estufa artificial é a intensificação do efeito estufa natural.
• A poluição das águas de rios, mares e lagos é ocasionada tanto por esgotos domésticos
quanto por atividades fabris, agropecuárias e extrativas.
• Diversos fatores, como a utilização inadequada de técnicas agrícolas, estão tornando os
solos improdutivos.
• O gás natural, carvão e petróleo são recursos naturais fósseis, utilizados como combustí-
veis. Esses recursos são poluidores da atmosfera.
• Os biocombustíveis, como o etanol e o biodiesel, são combustíveis que emitem menores
quantidades de gases poluentes.
• As fontes de energia eólica, solar e hidrelétrica são consideradas energias limpas.

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254

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254
Planisfério político
OCEANO GLACIAL ÁRTICO
Groenlândia Mar da Mar de Mar da
Baía de (DINAMARCA) Groenlândia Barents Sibéria Oriental

g20_ftd_lt_6vsg_finais_p254a256.indd 254
Baffin
Círculo Polar Ártico Mar do
Alasca ISLÂNDIA Norte
(ESTADOS UNIDOS) RÚSSIA Mar
Baía de
Hudson Mar de de Bering
C AN ADÁ Mar do
Golfo do Okhotsk 1- ANDORRA
Labrador 2- LUXEMBURGO
Alasca
3- REPÚBLICA TCHECA
CA ZA Q UIS TÃ O 4- ESLOVÁQUIA
Mar Mar de MO NGÓ L IA 5- ESLOVÊNIA
Cáspio Aral 6- CROÁCIA
Mapas

Mar Negro GEÓRGIA UZBEQUISTÃO


QUIRGUISTÃO
Mar do 7- BÓSNIA-HERZEGÓVINA
COREIA Japão
13 14 8- SÉRVIA
E STAD OS U N ID OS TURCOMENISTÃOTADJIQUISTÃO DO NORTE
9- MONTENEGRO
Mar COREIA 10 -MACEDÔNIA
Mediterrâneo CHIPRE SÍRIA CHINA JAPÃO
OCEANO IRÃ AFEGANISTÃO DO SUL 11 -ALBÂNIA
TUNÍSIA LÍBANO IRAQUE
ATLÂNTICO MARROCOS ISRAELJORDÂNIA KUWAIT 12 -MOLDÁVIA
ARGÉLIA BUTÃO 13 -ARMÊNIA
Golfo PAQUISTÃO NEPAL 14 -AZERBAIJÃO
Golfo do Saara LÍBIA BAREIN Pérsico
Trópico de Câncer BAHAMAS Ocidental EGITO 15 -CATAR
México ARÁBIA 15 16 BANGLADESH
(ESPANHA/MARROCOS) TAIWAN 16 -EMIRADOS
CUBA REPÚBLICA SAUDITA
Havaí /Sandwich (EUA) MÉXICO Mar OMÃ ÍNDIA MIANMAR I. Formosa ÁRABES UNIDOS
DOMINICANA MAURITÂNIA Mar da LAOS 17 - LIECHTENSTEIN
JAMAICA HAITI
Porto Rico CABO VERDE MALI Vermelho
BELIZE (ESTADOS UNIDOS) NÍGER Arábia Ilhas Marianas
GUATEMALA HONDURAS Mar do SENEGAL CHADE ERITREIA IÊMEN
GÂMBIA BURKINA
Golfo de TAILÂNDIA VIETNÃ do Norte (EUA)
Caribe SUDÃO Bengala
OCEANO PACÍFICO EL SALVADOR NICARÁGUA TRINIDAD GUINÉ- FASSO NIGÉRIA DJIBUTI CAMBOJA FILIPINAS Mar das Guam (EUA) Ilhas Marshall
COSTA RICA E TOBAGO -BISSAU GUINÉ BENIN ETIÓPIA Filipinas OCEANO
PANAMÁ VENEZUELA SERRA LEOA GANA REP. CENTRO-
GUIANA SURINAME -AFRICANA SUDÃO SRI LANKA BRUNEI
LIBÉRIA DO SUL MALDIVAS PALAU PACÍFICO
COLÔMBIA Guiana Francesa (FRANÇA) TOGO CAMARÕES SOMÁLIA M A L Á S I A MICRONÉSIA
COSTA GUINÉ REP. UGANDA CINGAPURA
Equador DO EQUATORIAL DEMOCRÁTICA
MARFIM GABÃO DO CONGO QUÊNIA 0°
KIRIBATI EQUADOR NAURU
CONGO RUANDA
I N D
Cabinda BURUNDITANZÂNIA O N É S I A PAPUA-NOVA GUINÉ
(ANGOLA)
BRASIL SEICHELES TIMOR LESTE Ilhas Salomão
PERU MALAUÍ
ANGOLA
OCEANO ÍNDICO TUVALU
COMORES
ZÂMBIA
BOLÍVIA FIJI
SAMOA ZIMBÁBUE MADAGASCAR
TONGA Polinésia Francesa (FRA) NAMÍBIA VANUATU
PARAGUAI MOÇAMBIQUE
Trópico de Capricórnio BOTSUANA

CHILE SUAZILÂNDIA AUSTRÁLIA

ARGENTINA ÁFRICA LESOTO


URUGUAI DO SUL
Mar da
Tasmânia
I. Tasmânia NOVA
ZELÂNDIA

Ilhas Turks
e Caicos Is. Falkland/Malvinas
(RUN) (RUN)
Anguilla
(RUN)
Ilhas Virgens
Meridiano de Greenwich

(EUA) Ilha de S. Martin


(FRA e HOL)
ANTÍGUA E BARBUDA
Ilha de Guadalupe Círculo Polar Antártico OCEANO GLACIAL ANTÁRTICO SUÉCIA
SÃO CRISTÓVÃO (FRA) FINLÂNDIA
E NÉVIS DOMINICA N NORUEGA
Mar do Ilha de Martinica
Caribe Ilha de (FRA) Mar De ESTÔNIA
Montserrat Weddell O L REINO LETÔNIA
(RUN) SANTA LÚCIA
0 790 1 580 km UNIDO DINAMARCA LITUÂNIA
Antilhas Holandesas BARBADOS
(HOL) SÃO VICENTE A N TÁ R T I D A
S IRLANDA HOLANDA POLÔNIA BELARUS
E GRANADINAS GRANADA 0°
0 300 km BÉLGICA ALEMANHA
2 3 UCRÂNIA
Fonte: GIRARDI, Gisele; ROSA, Jussara Vaz. 4
FRANÇA 17 ÁUSTRIA 12
HUNGRIA
E. Cavalcante SUÍÇA 5
Atlas geográfico do estudante. São Paulo: FTD, 2016. p. 154. 6 ROMÊNIA
7 8
1
9 BULGÁRIA
ESPANHA ITÁLIA 11 10
PORTUGAL 0 470 km GRÉCIA TURQUIA

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