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INSTITUTO POLITÉCNICO ÍNDICO

=IPI=
CURSO DE TÉCNICOS DE ESTATÍSTICA SANITÁRIA

QUALIDADE DE DADOS NOS INSTRUMENTOS DE REGISTO DO PROGRAMA


ALARGADO DE VACINÇÃO (PAV), NO CENTRO DE SAÚDE SEDE DO DISTRITO
DE MARRACUENE - IV TRIMESTRE DE 2017.

AUTORA
GILVÂNDIA CLÁUDIA FOLEGE

XAI-XAI, OUTUBRO DE 2018


INSTITUTO POLITÉCNICO ÍNDICO
=IPI=
CURSO DE TÉCNICOS DE ESTATÍSTICA SANITÁRIA

QUALIDADE DE DADOS NOS INSTRUMENTOS DE REGISTO DO PROGRAMA


ALARGADO DE VACINÇÃO (PAV), NO CENTRO DE SAÚDE SEDE DO DISTRITO
DE MARRACUENE - IV TRIMESTRE DE 2017.

AUTORA
GILVÂNDIA CLÁUDIA FOLEGE

Relatório de pesquisa a ser apresentada no


Instituto Politécnico Índico requisito para a
obtenção do grau de Técnico de Estatística
Sanitária.
Orientador:

XAI-XAI, OUTUBRO DE 2018


DECLARAÇÃO DE ORIGINALIDADE

Declaro por minha honra que o presente trabalho reflecte um estudo original, que nunca
foi apresentado em nenhuma instituição para obtenção parcial ou completa de qualquer grau
académico.

Assinatura

_______________________________________

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QUALIDADE DE DADOS NOS INSTRUMENTOS DE REGISTO DO PROGRAMA ALARGADO DE VACINÇÃO, NO
CENTRO DE SAÚDE SEDE DO DISTRITO DE MARRACUENE - IV TRIMESTRE DE 2017

DEDICATÓRIA

Dedico:

Aos meus pais, que com muito amor, carinho e dedicação souberam educar-me, ensinaram-me a
enfrentar os desafios da vida que Deus os tenha em sua glória.

Aos meus familiares, amigos, colegas e todos aqueles que tornaram possível a realização deste
trabalho.

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CENTRO DE SAÚDE SEDE DO DISTRITO DE MARRACUENE - IV TRIMESTRE DE 2017

AGRADECIMENTOS

A Deus que sempre nos protegeu em todos os momentos desde o início das aulas até ao fim da
realização deste trabalho.

À minha supervisora Arsénia Elias Matavel, pela paciência e dedicação na supervisão durante
todo o trabalho.

Aos meus colegas da Instituto Politécnico Índico, em especial do Curso de Técnicos de


Estatística Sanitária que estivemos juntos durante este percurso de formação e que em muitas
vezes ajudamo-nos para que atingíssemos os nossos objectivos.

A todos que directa ou indirectamente contribuíram para que este trabalho se tornasse uma
realidade.

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CENTRO DE SAÚDE SEDE DO DISTRITO DE MARRACUENE - IV TRIMESTRE DE 2017

EPÍGRAFE

“Quando o homem começa com certezas, termina com


dúvidas, mas se ele se contenta em começar com dúvidas
terminará com certezas”.

Francis Bacon (Filósofo inglês)

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RESUMO

Introdução: Sem nenhuma dificuldade, poderíamos listar uma infinidade de situações quotidianas onde as
informações são utilizadas para orientar a tomada de decisões. As tais informações, são o produto obtido a partir de
uma determinada combinação de dados, da avaliação e do juízo que fazemos sobre certa situação (…). Sendo a
informação a base para o funcionamento de qualquer instituição, viu-se a necessidade de se fazer o presente estudo
com o tema “Qualidade de Dados nos Instrumentos de Registo do Programa Alargado de Vacinação, no Centro de
Saúde Sede do Distrito de Marracuene Referente ao IV Trimestre de 2017. Objectivo: Avaliar a gestão e a
qualidade de dados produzidos pelo SIS naquela Unidade Sanitária. Metodologia: Foi conduzido um estudo de
abordagem Quali-quantitativa. Participaram do estudo, profissionais de saúde que desempenham suas actividades
naquela Unidade Sanitária. Os dados foram recolhidos através da técnica de observação e entrevista com aplicação
de um formulário do tipo checklist (guião de observação) e um guião de entrevista. A análise dos dados foi feita com
recurso a técnica de análise do conteúdo e os resultados foram expressos por tabelas e gráficos. Resultados: Os
dados do estudo revelaram uma adequação concernente a periodicidade de envio dos dados, disponibilidade dos
instrumentos de registo, a qualidade de registo e a consistência dos mesmos. Conclusões: A gestão de dados
produzidos no Centro de Saúde Sede de Marracuene, é aceitável e a qualidade de dados produzidos pelo SIS é de
boa qualidade, este cenário é justificado pelo seguimento um instrumento normativo que regulamenta a actividade
por parte das entidades competentes e a aplicação de boas práticas para a melhoria de qualidade de dados.
Recomendações: Recomenda-se ao Centro de Saúde Sede a capacitar regularmente os profissionais envolvidos no
desenvolvimento das actividades do sistema, fazendo-os reconhecer a extrema importância dos dados e o quão
prejudicam quando não são de boa qualidade, para minimizar os pequenos problemas atravessados pelo SIS naquela
Unidade Sanitária.

Palavras-chave: Qualidade, Instrumentos, Registo, SIS, Gestão, Dados, Informação.

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LISTA DE ABREVIATURAS, SIGLAS E ACRÔNIMOS

ABNT – Associação Brasileira de Normas Técnicas;


AQD – Avaliação de Qualidade de Dados
BCG – Bacilo de Calmette-Guérin
CS – Centro de Saúde
DPT – Vacina tetra valente Difteria, Tétano, Pólio
DQS – Auto-avaliação da Qualidade de Dados
HepB – Hepatite B
MISAU – Ministério de Saúde
NED- Núcleo de Estatística Distrital
PAV – Programa Alargado de Vacinação
REMITILD – Rede Mosquiteira Tratada com Insecticida e Desinfectada
RV – Rota Vírus
SDMAS – Serviços Distrital de Saúde Mulher e Acção Social
SIS - Sistema de Informação de Saúde
SIS_M&A – Sistema de Informação de Saúde para Monitoria e Avaliação
SNS – Serviço Nacional de Saúde
US- Unidade Sanitária

ÍNDICE

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QUALIDADE DE DADOS NOS INSTRUMENTOS DE REGISTO DO PROGRAMA ALARGADO DE VACINÇÃO, NO
CENTRO DE SAÚDE SEDE DO DISTRITO DE MARRACUENE - IV TRIMESTRE DE 2017

DECLARAÇÃO DE ORIGINALIDADE....................................................................................i
DEDICATÓRIA............................................................................................................................ii
AGRADECIMENTOS.................................................................................................................iii
EPÍGRAFE....................................................................................................................................iv
RESUMO........................................................................................................................................v
LISTA DE ABREVIATURAS, SIGLAS E ACRÔNIMOS......................................................vi
CAPÍTULO I. INTRODUÇÃO…………………………………………………………………1

1.1. Delimitação do tema.............................................................................................................3


1.2. OBJECTIVOS.......................................................................................................................4
1.2.1. Geral...................................................................................................................................4
1.2.2. Específicos.........................................................................................................................4
1.3. Problematização....................................................................................................................5
1.3.1. Pergunta de Partida............................................................................................................5
1.4. Justificativa...........................................................................................................................6
CAPÍTULO II. PROCEDIMENTOS METODOLÓGICOS....................................................7
2.1. Tipos de Pesquisa..................................................................................................................7
2.1.1. Quanto à natureza:.............................................................................................................7
2.1.2. Quanto ao método científico:.............................................................................................7
2.1.3. Quanto ao objectivo do estudo...........................................................................................9
2.1.4. Quanto procedimento técnico............................................................................................9
2.1.5. Quanto à abordagem..........................................................................................................9
2.1.6. Técnica e instrumentos de recolha de dados....................................................................10
2.2. Situação Geográfica e Divisão Administrativa do Distrito de Marracuene........................10
2.2.1. Situação Geográfica.........................................................................................................10
2.2.1.1. Local do estudo.............................................................................................................10
2.2.2. Divisão Administrativa....................................................................................................11
2.3. Variáveis.............................................................................................................................11

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2.4. Considerações éticas...........................................................................................................12


CAPÍTULO III. REVISÃO DA LITERATURA......................................................................12
3.1. Importância de um Sistema de Informação de Saúde (SIS)................................................13
3.2. Objectivo de um SIS...........................................................................................................13
3.3. Importância de colher dados certos.....................................................................................14
3.4. Uso de informação..............................................................................................................14
3.5. Definição de conceitos........................................................................................................15
3.6. Orçamento...........................................................................................................................18
3.7. Cronograma.........................................................................................................................19
3.8. Resultados Esperados..........................................................................................................19
CAPÍTULO IV. RESULTADOS, ANÁLISE E DISCUSSÃO DE DADOS...........................19
4.1. Resultados do Perfil Sociodemográfico..............................................................................20
4.2. Resultados das Variáveis do Estudo...................................................................................21
CONCLUSÕES E RECOMENDAÇÕES..................................................................................24
CONCLUSÕES............................................................................................................................24
RECOMENDAÇÕES..................................................................................................................25
CONSTATAÇOES......................................................................................................................26
APÊNDICES................................................................................................................................26
ANEXOS.......................................................................................................................................29
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS.......................................................................................30

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Índice de Anexos
Anexo I: SDSMAS-Marracuene....................................................................................................26
Anexo II: NED-SDSMAS Marracuene.........................................................................................27

Índice de Apêndices
Apêndice 1: Guião de entrevista semi-estruturado........................................................................26
Apêndice 2: Guião de Observação...............................................................................................27
Apêndice 3: Guião de Observação...............................................................................................28

Índice de figuras
Figura 1: Mapa do Distrito de Marracuene.....................................................................................8
Figura 1: Fluxo de dados do PAV e NED.......................................................................................8

Índice de tabelas
Tabela 1: Distribuição dos profissionais segundo o género..........................................................19
Tabela 2: Distribuição dos profissionais segundo o nível de escolaridade...................................19
Tabela 3: Tempo de serviço dos profissionais do PAV, NED e RCDPS do distrito de
Marracuene....................................................................................................................................20
Tabela 4: Qualidade no Registo de dados......................................................................................20
Tabela 5: Cruzamento de Dados dos Indicadores Prioritários do PAV a Nível da US e Distrital,
referente ao IV Trimestre de 2017.................................................................................................23
Índice de gráficos
Gráfico 1: Periodicidade de envio de dados do PAV e NED........................................................13

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I. CAPÍTULO

INTRODUÇÃO

A Organização Mundial da Saúde definiu Sistema de Informação em Saúde (SIS) como um


mecanismo de colecta, processamento, análise e transmissão da informação necessária para se
planear, organizar e avaliar os serviços da saúde.
Segundo Carvalho (1997), os registos sobre doenças e doentes foram feitas por Hipócrates por
volta de 460 a.C. Nos séculos posteriores, pouco se registou sobre doenças. Em 1137, já havia
registos relativos aos pacientes no Hospital são Bartolomeu em Londres, a primeira instituição
Hospitalar de que se tem notícia.

Em 1580, na Itália, o religioso Camilo de Lellis aperfeiçoou a assistência aos doentes


Hospitalizados com mais organização nas prescrições médicas, nos relatórios de enfermagem e
nas prescrições do regime alimentar. Em 1897, nos Estados Unidos, o Hospital Geral de
Massachussets foi o primeiro a organizar um serviço de arquivo médico e estatística. Em 1913, o
Colégio Americano de Cirurgiões, para credenciar hospitais, exigia registo completo dos casos e
arquivamento dos processos dos doentes (Mezzomo, 1982).

Malagoñ (2003), define registo clínico como sendo um registo que contem informação clínica da
saúde e doença de um paciente, após este ter procurado auxílio médico. Habitualmente as notas
são feitas por médicos, enfermeiros e outros profissionais de saúde. Estes registos contêm
considerações, achados, resultados de meios complementares de diagnóstico e informações sobre
o tratamento patológico.

Em Moçambique, o Sistema Nacional de Informação Sanitária é componente essencial do


Serviço Nacional de Saúde. Tem por finalidade melhorar o funcionamento do macro-sistema de
saúde, do qual é componente e o seu primeiro objectivo é apoiar as tomadas de decisão
estratégicas, apoiar o planeamento e a gestão de programas, monitorizar o desempenho diário e
fornecer avaliações periódicas para os objectivos fixados.
No contexto do trabalho em consideração, a avaliação da qualidade de dados vai-se cingir ao
cruzamento de dados colhidos nas diversas fontes de informações concretamente em livros de
registos, resumos mensais e Sistema de Informação de Saúde para Monitoria e Avaliação
(SIS_M&A).

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Portanto, um Sistema de Informação para Saúde é muito relevante para todos profissionais de
saúde e gestores de programa pois facilita a tomada de decisão, e toda informação na saúde e
importante que não de deve ser desperdiçada.

O trabalho está organizado em 4 capítulos, onde o primeiro (Introdução) faz uma resenha breve
do projecto ao que vai se desenrolar ao longo do mesmo e uma descrição dos objectivos
traçados, o segundo Capítulo (Procedimentos Metodológicos) descreve os procedimentos e
técnicas que guiarão para o alcance dos objectivos do Capítulo anterior, o Capítulo (Revisão da
Literatura) dá suporte científico de modo que o leitor se informe do tema em discussão e o
último Capítulo (Resultados da Pesquisa), faz uma apresentação, análise e discussão de dados
colhidos.

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1.1. Delimitação do tema

O projecto vai ser realizado no distrito de Marracuene, em especial no Centro de Saúde Sede,
com maior atenção no Programa Alargado de Vacinação referente ao IV trimestre de 2017 e as
técnicas aplicadas para recolha de dados vão a Observação e a Entrevista.

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1.2. OBJECTIVOS

1.2.1. Geral

 Avaliar a qualidade de dados nos instrumentos de registo do programa de PAV, no


Centro de Saúde Sede do distrito de Marracuene, referente ao IV trimestre de 2017.

I.2.2. Específicos

 Verificar

 Identificar os instrumentos de registo nos programas de PAV em uso no SNS;


 Seleccionar os instrumentos de registo do PAV;
 Verificar a qualidade de registo de dados dos instrumentos seleccionados;
 Recontar os dados dos livros de registo, livro de bolinhas, relatórios mensais e SIS-M&A
no programa de PAV;
 Comparar os dados colhidos nos livros de registo, relatórios mensais SIS-M&A.

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1.3. Problematização

Os dados só poderão ser processados se existirem. Por isso, os dados devem ser registados e
recolhidos. Contudo, um aspecto que deve merecer maior atenção antes do seu processamento e
a necessidade de termos dados de boa qualidade. Esta etapa do SIS, é muito crucial quer para os
supervisores de qualidade, quer os produtores de dados estatísticos, pois esta garante a consistência dos
dados, consequentemente a fiabilidade dos mesmos (MISAU, 2009).
Dados que possuem estas características são a chave para uma boa tomada de decisão com base
em factos reais, uma planificação apropriada dos recursos existentes, eficiente monitoria e
avaliação das actividades, e para ajudar na melhoria da cobertura e qualidade de cuidados de
prestação de serviços de saúde (Ibid).
Por outro lado, se os dados colhidos estiverem errados, então os gestores, supervisores e
trabalhadores em geral não usarão a informação gerada a partir desses dados, logo, todo o
esforço e tempo terá sido em vão, o que pode contribuir para a desmotivação dos trabalhadores
de saúde envolvidos nesta actividade. Contudo, se os dados estiverem errados, e mesmo assim o
pessoal de saúde não notar estas imprecisões, a consequência imediata será o uso da informação
errada para a planificação de actividades e tomada de decisões erradas (Ibid).

Ciente de que a maioria dos problemas que afectam a qualidade de dados está relacionado à má
digitação, falta de reportagem de dados observados, entre outros, assim, surge então, a
necessidade de querer perceber:

1.3.1. Pergunta de Partida

Aferir até que ponto os dados colhidos, compilados e armazenados (eventos observados e
registados) do PAV no Centro de Saúde Sede de Marracuene, foram reportados?

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1.4. Justificativa

A escolha do tema em causa, toma em consideração que a informação é a base para o


funcionamento de qualquer instituição, os dados representam os alicerces para o desempenho de
políticas de saúde públicas consistentes, programar e gerir programas e serviços de saúde, a base
de alocação eficiente e eficaz de recursos e sustentam o processo de monitoria e avaliação de
actividades preventivas, promotivas e curativas, e a utilização de Sistemas de Informação de
Saúde (SIS) permite aumentar o conhecimento e melhorar a qualidade dos serviços de saúde
prestados a população.

Nesta perspectiva, sabe-se que a gestão em saúde envolve um processo administrativo complexo
com uma gestão estratégica, a fim de alcançar metas e objectivos através de um planeamento
conciso. Contudo, a qualidade de dados estatísticos sanitários constitui uma prioridade para todos
os níveis ou Órgãos de Gestão do Sector de Saúde, é neste contexto que a sua melhoria figura-se
de suma impotência para o Sistema de Informação em Saúde para Monitoria e Avaliação das
políticas deste sector, que espelha a realidade de cada área de saúde (evidências).

Por esta razão, houve necessidade de se fazer o presente estudo no Centro de Saúde Sede do
distrito de Marracuene, para verificar essencialmente, sobre como os eventos observados e
registados foram reportados e a partir dos resultados obtidos na pesquisa, contemplar se há
necessidade de melhoria, de tal forma a se produzir informação com a qualidade exigida.

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II. CAPÍTULO

PROCEDIMENTOS METODOLÓGICOS

Metodologia

De acordo com Trujillo Ferrari (1974), o método científico é um traço característico da ciência,
constituindo-se em instrumento básico que ordena, inicialmente, o pensamento em sistemas e
traça os procedimentos do cientista ao longo do caminho até atingir o objectivo científico
preestabelecido.

2.1. Tipos de Pesquisa

2.1.1. Quanto à natureza:

Pesquisa Aplicada
Visa gerar conhecimentos para aplicação prática, dirigidos à solução de problemas específicos.
Envolve verdades e interesses locais (PRODANOV & FREITAS, 2013).
2.1.2. Quanto ao método científico:

a) Abordagem (Indutiva)
O argumento passa do particular para o geral, uma vez que as generalizações derivam de
observações de casos da realidade concreta, isto é, as variáveis as quais serão estudadas os
resultados vão ser generalizados para o programa do PAV desta Unidade Sanitária (US).

b) Procedimento (Estatístico)

“O método estatístico passa a se caracterizar por razoável grau de precisão, o que o torna
bastante aceito por parte dos pesquisadores com preocupações de ordem quantitativa.” (GIL,
2008, p. 17). Nesse sentido, os procedimentos estatísticos fornecem considerável reforço às
conclusões obtidas, sobretudo, mediante a experimentação e a observação.

Técnicas de análise de dados do método estatístico empregadas no estudo

De forma que fique possível o fornecimento de respostas para o problema proposto, os processos
de análise de dados vão assumir, tomando como referência Gil (2006), os seguintes passos:
 Tabulação;

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 Triangulação;
 Análise estatística dos dados.

Tabulação
A tabulação vai consistir em agrupar e contar os casos que estão nas várias categorias de análise.
O processamento por computador será empregue para o caso dos levantamentos, não apenas
porque o tempo destinado à tabulação fica reduzido, mas também pelo facto de o computador
armazenar os dados de maneira acessível, organizá-los e analisá-los estatisticamente.

Triangulação

Processo de comparação entre os dados oriundos de diferentes fontes (livros de registo, resumos
mensais e SIS-MA), no intuito de tornar mais convincentes e precisas as informações obtidas.

Análise estatística dos dados

O tratamento matemático dos dados convém ser processado ou submetido à uma fórmula, através
da geração (o emprego de técnicas de cálculo matemático), da apresentação (organizados em
gráficos ou tabelas) e da interpretação (a descrição dos resultados).
Conforme o objecto a ser estudado e de suas características, vai ser conseguido por meio de um
processo de mensuração característico aplicável às características de uma escala ordinal como
um passo adequado para a interpretação dos resultados, de acordo como ilustra a tabela abaixo:

Fórmula para o Cálculo de Desvio de Dados

(Dados SISMA – Dados Livro)


Desvio = X 100%
Dados Livro

Metodologia Avaliação de Resultados

Cores Designação Parâmetros Interpretação


Verde 0% Boa Qualidade
Amarela 1% à 10% Média Qualidade
Vermelha 11% em diante Baixa Qualidade
Nota: Por convicção, os dados de Média Qualidade são enquadrados na escala de dados de Boa
Qualidade.

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2.1.3. Quanto ao objectivo do estudo

Descritivo

Conforme PRODANOV e FREITAS (2013, p. 52), o pesquisador apenas regista e descreve os


fatos observados sem interferir neles. Visa a descrever as características de determinada
população ou fenómeno ou o estabelecimento de relações entre variáveis. Envolve o uso de
técnicas padronizadas de colecta de dados: questionário e observação sistemática. Assume, em
geral, a forma de levantamento.

2.1.4. Quanto procedimento técnico

Pesquisa Documental

Gil (2008) destaca que a pesquisa documental baseia-se em materiais que não receberam ainda
um tratamento analítico ou que podem ser reelaborados de acordo com os objectivos da pesquisa.
Na visão de FONSECA (2002, p. 32), pesquisa documental recorre a fontes mais diversificadas e
dispersas, sem tratamento analítico, tais como: tabelas estatísticas, jornais, revistas, relatórios,
documentos oficiais, cartas, (...) relatórios de empresas, vídeos de programas de televisão, etc. A
característica da pesquisa documental é que a fonte de colecta de dados está restrita a
documentos, escritos ou não, constituindo o que se denomina de fontes primárias. Estas podem
ser feitas no momento em que o fato ou fenómeno ocorre, ou depois.

2.1.5. Quanto à abordagem

Quali-quantitativa

A combinação destas abordagens justifica-se no facto de a primeira analisar indutivamente, isto


é, o foco ou a essência da pesquisa é qualitativa e os dados como base do processo de análise do
problema e, quantitativa porque pretende-se enumerar ou medir unidades, categorias ou
variáveis.

2.1.6. Técnica e instrumentos de recolha de dados

Como forma de serem alcançados os objectivos traçados, as técnicas empregues para o estudo
vão ser a Entrevista (Guião de entrevista) e Observação (Guião de observação/Check list), o
facto de a primeira consistir numa conversa entre duas ou mais pessoas onde o entrevistador
lança perguntas de modo a obter informações necessárias por parte do entrevistado, a segunda
realizar uma verificação minuciosa nos instrumentos de recolha de dados.

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2.2. Situação Geográfica e Divisão Administrativa do Distrito de Marracuene

2.2.1. Situação Geográfica

2.2.1.1. Local do estudo

O estudo vai ser realizado no Distrito de Marracuene em especial no Centro de Saúde de


Marracuene, onde localiza-se à Sul de Moçambique à Norte da Província de Maputo no extremo
oriental e dista 40 km da cidade da Matola entre:
 Norte Distrito de Manhiça;
 Sul Cidade de Maputo;
 Este Oceano Índico;
 Oeste Distrito da Moamba e Cidade da Matola.

Figura 1:Mapa do Distrito de Marracuene.

Fonte: NED-SDSMAS de Marracuene

2.2.2. Divisão Administrativa

O Distrito tem 2 Postos Administrativos e 7 Localidades a destacar:


a) Posto Administrativo de Machubo com duas localidades
 Macandza
 Thaula.

b) Posto Administrativo Marracuene-Sede com 5 Localidades;


 Marracuene-Sede;
 Macaneta;
 Ngalunde;

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 Matalane;
 Michafutene.

2.3. Variáveis

2.4. Variáveis sociodemográficas:

 Sexo;
 Tempo de Serviço;
 Nível de escolaridade.

2.5. Variáveis do estudo:

 Período de envio de dados;


 Fluxo de envio de dados;
 Qualidade de registo.

2.6. Considerações éticas

Uma vez que os dados colectados serão relativos aos profissionais desta US e da saúde da
criança, onde desenvolvem as suas respectivas actividades, os aspectos éticos relativos ao
projecto vão garantir de que não haverá discriminação na selecção de indivíduos nem exposição
destes à riscos desnecessários, a garantia da preservação da privacidade das informações
assegurando a preservação dos dados, a confidencialidade e o anonimato dos indivíduos
pesquisados, mantendo-os informados dos objectivos do estudo e os procedimentos a que serão
submetidos.
O trabalho em pesquisa foi antes submetido direcção do Instituto Politécnico Índico (IPI) para a
verificação dos aspectos morais a considerar numa pesquisa de género e depois de ser aprovado
submeteu-se a autorização da direcção do Centro de Saúde Sede Marracuene para sua realização.
A finalidade deste estudo procura aferir até que ponto os eventos observados e registados (a
gestão de dados) foram reportados nesta US.

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III. CAPÍTULO

REVISÃO DA LITERATURA

A revisão de literatura tem papel fundamental no trabalho académico, pois é através dela que o
investigador situa seu trabalho dentro da grande área de pesquisa da qual faz parte,
contextualizando-o dando definição de conceitos.

A Organização Mundial da Saúde (OMS), definiu Sistema de Informação em Saúde (SIS) como
um mecanismo de colecta, processamento, análise e transmissão da informação necessária para
se planear, organizar e avaliar os serviços da saúde.

Para LAUDON (1996), Sistemas de informação, são componentes relacionados entre si actuando
conjuntamente para colectar, processar e fornecer informações aos sistemas ou processos de
decisão,

No sistema de informação para saúde não basta ter dado para a produção de informação, o
importante e que os dados sejam suficientes para que possa gerir uma informação relevante, pode
dizer se que a diferença entre dado i informação reside exactamente no facto de a maioria dos
sistemas de informação de saúde recolherem enormes quantidades de dados mas que entre tanto
não conseguem transforma-lo para satisfazer em termos informação, as necessidades de gestão
(Ibid).

O uso das informações em saúde e já bastante conhecida a sua importância no planeamento e na


avaliação dos serviços de saúde o uso das informações epidemiológicas na gestão dos serviços de
saúde vem sendo enfatizado no processo de municipalização como um dos importantes
mecanismos para a definição politicas locais (MARCIA FURQUIM DA ALMEIDA).

O uso dessas informações tem sido restringidos a elaboração de diagnosticou planos municipais
de saúde, que nem sempre tem servido de base para a programação de acções de saúde. Há ainda
um uso muito limitado das informações epidemiológicas na definição de metas e prioridades da
programação de saúde bem como de sua utilização na avaliação da qualidade dos serviços de
saúde (Ibid).

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Analisando-se os sistemas de informação em saúde existentes observa-se que a uma dicotomia


entre os sistemas de informação epidemiológica e os sistemas de agenciamentos dos serviços de
saúde.

3.1. Importância de um Sistema de Informação de Saúde (SIS)

Um sis, serve como um instrumento para avaliar a utilização adequada dos recursos do sistema
de informação (Manual do SIS).

3.2. Objectivo de um SIS

 Um SIS ajuda a decidir objectivos;


 Ajuda na distribuição de recursos e a programar actividades;
 Permite avaliar as decisões tomadas através do processo de avaliação ou monitoria;
 Informa sobre o número de crianças de ate 11 vacinadas nos anteriores numa certa
comunidade;
 Informa sobre os recursos disponíveis
 Permite saber até que ponto conseguiu-se realizar as actividades programadas.

Um sistema de informação para saúde (SIS), deve incluir todos os dados necessários aos
profissionais de saúde e utilizadores do sistema com o objectivo de desenvolverem e protegerem
a saúde da população.

Segundo a (OMS), o investimento nestes sistemas de informação possui vários benefícios como
ao nível do auxílio aos tomadores de decisão, no controle e detenção de problemas de saúde
endémicos na monitorização de progressos e metas preestabelecidas na promoção da equidade e
da qualidade dos serviços.

3.3. Importância de colher dados certos

Se os dados colhidos de uma maneira geral estão errados, então os gestores, supervisores e
trabalhadores em geral não usarão a informação gerada partir desses dados, se as pessoas não
usam a informação, então todo esforço e tempo que as pessoas gastam a colher dados e
desenvolver sistemas de informação terá sido em vão, o que pode contribuir para a desmotivação
de trabalhadores de saúde envolvidos na colheita de dados e geração de informação (MISAU,
2009).

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E lembrar que, se os dados estão errados, e mesmo assim o pessoal de saúde não nota estas
imprecisões, a consequência imediata será o uso da informação errada para a planificação de
actividades e tomada de decisões erradas (Idid).

3.4. Uso de informação

Com base nos produtos das etapas anteriores do ciclo, o uso da informação e muito mais do que
a complicação dos resumos agregados, o seu envio ao nível provincial e o arquivo das cópias em
pastas.

A finalidade principal de todo o exercício de registar, recolher, analisar, e apresentar dados e a


possibilidade de utilizar informação para o conhecimento e gestão da situação de saúde,
incluindo a distribuição de recursos, o controlo adequado dos surtos de doenças entre outros

As acções podem também ser viradas para corrigir a gestão corrente de fundos, pessoal, meios de
transportes para serviços e áreas mais afectadas e necessidades a monitoria dos resultados dos
planos durante os exercícios de autoavaliação deveria ser implementada como um hábito dentro
da gestão de saúde (Manual de SIS).

A informação não se concentra apenas nas finalidades de gestão de programas, ela pode ser para
o tratamento dos doentes, pelo pessoal clínico dos Postos de Saúde (PS), Centro de Saúde (CS), e
Hospitais que eventualmente recolheram e analisaram a sua própria informação por vezes a
informação sobre a mortalidade e a morbilidade a nível distrital pode ajudar o atendimento de
pessoas numa ou outra área afectada que ainda não se aperceberam da natureza das doenças.

O ponto de origem da informação e a população, por essa razão a informação elaborada pelas
estruturas saúde deve ser relacionada a população a disseminação da infirmação com o formato
do boletim, cartazes, relatórios, entrevistas com os jornais comunicados para a rádio e outros
órgãos de comunicação representam a conclusão do ciclo normal da informação. O público e os
utentes reagem a informação fornecida com acções e mudanças de opiniões. Uma das finalidades
do Serviço Nacional de Saúde (SNS) e ajudar a comunidade a preservar e melhor a saúde
(MISAU, 2019).

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3.5. Definição de conceitos

Gestão é um acto de usar os recursos de maneira eficiente (MISAU, 2009).

Avaliação – é uma análise esporádica (não rotineira) das actividades em curso ou já completadas
para julgar a natureza dos seus resultados e colher lições que permitam melhorar futuras
estratégias, planos, acções e decisões. (MISAU, 2009).

Qualidade: É a conjunção da conformidade dos produtos, da optimização do consumo do


recurso e da satisfação do cliente. (SARMENTO, 2003)

Dados são observações documentadas ou resultados da medição. Os dados podem ser obtidos
pela percepção através dos sentidos (por exemplo observação) ou pela execução de um processo
de medição. (MISAU 2009).

Segundo Hélder Martins, define indicador como sendo uma variável que permite medir
alterações de uma determinada situação.

Indicador é um tipo de informação que toma a forma duma razão, duma proporção ou duma
taxa. Por outras palavras: São variáveis que ajudam a medir directa ou indirectamente as
modificações na situação sanitária e a avaliar até que ponto os objectivos e as metas de um
programa estão a ser atingidos (MISAU 2009).

Meta é o número de indivíduos, dentro de cada grupo alvo, aos quais foi programado dar
assistência durante um certo período (MISAU 2009).

Instrumentos – são impressos e livros de registo que os dados são registados, recolhidos e
enviados (MISAU 2009).

Normas – são instruções que definem Quem (deve realizar as actividades), Como (devem ser
realizadas) e Quando (qual a Periodicidade de envio “semanal, mensal, trimestral” e qual o
Fluxo que os instrumentos devem seguir) (MISAU 2009).

Registar
É oriundo do termo latino Registru, isto é, enumerar certos factos por escrito.
O registo consiste em tomar nota, num impresso, sobre:
 Um caso diagnosticado no ambulatório ou na enfermaria (ex: um caso de diarreia);

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 Duma actividade realizada (ex: a administração duma 3ª dose de vacina anti-


poliomielite);
 Ou dum recurso existente ou recebido (ex: a chegada dum kit de medicamentos
essenciais).

Segundo Carvalho (1997), os registos sobre doenças e doentes foram feitas por Hipócrates por
volta de 460 a.C. Nos séculos posteriores, pouco se registou sobre doenças. Em 1137, já havia
registos relativos aos pacientes no Hospital são Bartolomeu em Londres, a primeira instituição
Hospitalar de que se tem notícia.

Em 1580, na Itália, o religioso Camilo de Lellis aperfeiçoou a assistência aos doentes


Hospitalizados com mais organização nas prescrições médicas, nos relatórios de enfermagem e
nas prescrições do regime alimentar. Em 1897, nos Estados Unidos, o Hospital Geral de
Massachusetts foi o primeiro a organizar um serviço de arquivo médico e estatística. Em 1913, o
Colégio Americano de Cirurgiões, para credenciar hospitais, exigia registo completo dos casos e
arquivamento dos processos dos doentes (Mezzomo, 1982).

Malagoñ (2003), define registo clínico como sendo um registo que contem informação clínica da
saúde e doença de um paciente, após este ter procurado auxílio médico. Habitualmente as notas
são feitas por médicos, enfermeiros e outros profissionais de saúde. Estes registos contêm
considerações, achados, resultados de meios complementares de diagnóstico e informações sobre
o tratamento patológico.

A informação existente num registo clínico corresponde a informação maioritariamente


alfanumérica, ou seja que pode ser representada por caracteres ou dígitos. A restante informação
não textual, fundamentalmente aquela proveniente dos meios complementares de diagnóstico,
como sinal ou imagem, habitualmente não está disponível juntamente com o processo do doente,
não ficando toda informação clínica de um dado doente disponível como um todo.

Neste tipo de registo podemos distinguir na sua organização dados de carácter administrativo
como (nome, data de nascimento, a identificação do doente), dados de carácter médicos fixos
(sexo, grupo sanguíneo, alergias), outros dados médicos (historia clínica, exame objectivo,
diagnósticos, procedimentos, terapêutica, etc.).

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3.5.1. Aspectos para elaboração para um bom registo de enfermagem segundo Nettina
(2007)
 Manter letra legível que permita a compreensão de todos;
 Não rasurar ou aplicar correctivo;
 Evitar frases genéricas ou vazias;
 Evitar pressa e outros factores que prejudiquem a atenção no momento do registo;
 Registar todos os factos;
 Não deixar espaços em branco;
 Quando alguma prescrição for questionada, registar que foi procurado esclarecimento;
 Nunca registar por pessoa;
 Começar cada registo com e dia e hora e terminar com assinatura, carimbo e se possível
número de registo;
 Atentar que toda e qualquer alteração no estado do cliente exige registo imediato e
detalhado.

3.5.2. Finalidades dos registos


Segundo Potter e Perry (2006) existem seis (6) finalidades dos registos.
 Auxiliar o planeamento dos cuidados;
 Auxiliar no processo de comunicação;
 Auxiliar no processo de pesquisa;
 Base para os processos de pesquisa;
 Base para os processos de auditoria;
 Formar documentação legal.

3.5.3. Qualidades de um bom registo


 Clareza: deve ser o mais claro possível, permitindo a compreensão por todos;
 Concisão: transmitir o máximo de informações com poucas palavras;
 Objectividade: deve ser direito na transmissão de informações;
 Actual: registos dos factos no momento em que ocorrem;
 Organização: disposto em ordem que permita claro entendimento;
 Legível: deve ser de fácil leitura.

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Segundo Nettina e Cols (2007), uma importante função dos registos é estabelecer comunicaçao
multidisciplinar com os outros membros da equipe de saúde. Um registo correcto permite melhor
comunicação com os outros membros da equipe, o que torna o cuidado prestado eficiente.

3.6. Orçamento

3.6.1. Material Necessário


Preço Unitário Total do Custo
Material Quantidade
(Mt) (Mt)
A4 resmas 2 150 300
Caneta 2 10 20
Lapis 2 5 10
Boracha 1 50 50
Computador 1 16000 16000
Flesh 1 500 500
Telefone 1 8000 8000
Credito 1 600 600
Modem 1 800 800
Total 26115 26280

3.7. Cronograma

Actividades Fev. Mar. Abr. Mai. Jun. Jul. Ago. Set.


Escolha do Tema
Revisão da literatura e
Objectivo
Procedimentos Metodológicos
Revisão da Literatura
Recolha de dados no Campo
Compilação e Análise de dados
Apresentação do trabalho final

3.8. Resultados Esperados

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Com este estudo espera-se que sejam alcançados satisfatoriamente os objectivos traçados,
visando ser um trabalho de referência e contribua como um suporte às outras pesquisas na esfera
académica estimulando assim a busca do conhecimento.

IV. CAPÍTULO

RESULTADOS, ANÁLISE E DISCUSSÃO DE DADOS

Com intuito de fazer uma melhor apresentação dos resultados do presente estudo, os dados foram
organizados e processados no programa informático do Microsoft Office Excel 2007, e optou-se
em organizá-los de forma sequenciada, os dados relativos ao perfil sociodemográfico da
população estudada, e, seguidamente as variáveis do estudo referentes aos sectores dos
profissionais em relação ao tema em causa.

4.1. Resultados do Perfil Sociodemográfico


Tabela 1: Distribuição dos profissionais segundo o género

Género Frequência %
Masculino 4 44.4

Feminino 5 55.6
Total 9 100
Fonte: Dados do estudo.

Conforme os resultados ilustram há um predomínio do sexo feminino no seio da amostra em


relação ao sexo oposto em que 9 profissionais no âmbito do presente estudo 5 são do sexo
feminino e 4 são do sexo masculino e em termos percentagem corresponde a 55.6% e 44.4%
respectivamente segundo a tabela 1.

Tabela 2: Distribuição dos profissionais segundo o nível de escolaridade

Nível de escolaridade Frequência %


Elementar 0 0.0
Básico 0 0.0
Nível Técnico-profissional 8 88.9
Nível Superior 1 11.1
Total 9 100

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Fonte: Dados do estudo.


Em termos de nível de escolaridade, mais de 80% dos profissionais ocupam o Nível Técnico-
profissional, com uma proporção de 88.9%, contra os do Nível Superior que corresponde a
11.1%, e sem profissionais com nível Elementar e Básico como mostra a tabela acima.

Tabela 3: Tempo (em anos) de serviço dos profissionais do PAV, Núcleo de Estatística
Distrital (NED) e Repartição de Controlo de Doenças e Promoção da Saúde (RCDPS) do
distrito de Marracuene

Tempo de serviço (anos) Frequência %


<1 0 0.0
1– 3 2 22.2
4–6 6 66.7
6 - 10 1 11.1
>10 0 0.0
Total 9 100
Fonte: Dados do estudo.

Segundo como ilustra na tabela acima, os inquiridos apresentam uma desigualdade no que diz
respeito ao tempo de serviço (em anos), no Serviço Nacional de Saúde (SNS) e o tempo com que
se lidam com registos, onde a maior parte destes 7 (77.8%) lida-se com os registos a mais de 3
anos, o que pode significar que estes funcionários estão abalizados suficientemente as normas
que regem o registo, recolha e armazenamentos dos dados e em contrapartida, os demais que
corresponde a 22.2% está a trabalhar no SNS entre 1 à 3 anos.

4.2. Resultados das Variáveis do Estudo

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Tabela 4: Qualidade no Registo de dados


Completude no preenchimento Ortografia

Total
Fichas Observadas Completo (%) Não (%) Legíve (%) Não (%)
completo l legível

Fichas de resumo 9 100% 0 0% 9 9 100 0 0%


mensal da US e %
distrito

Livros de Registo 3 100% 0 0% 10 2 66.7 1 33.3


% %

Fonte: Dados do estudo.


Em relação à qualidade no registo dos instrumentos de recolha, constata-se que são seguidas as
normas de preenchimento dos mesmos e com caligrafias legíveis na sua completude.

Figura 2: Fluxo de Dados do PAV, NED no Distrito de Marracuene

Fonte: Dados do estudo.


No que diz respeito ao fluxo de dados, observa-se que esta US segue o modelo de discussão de
dados efectuando-se assim o Controlo de Qualidade de Dados em todos níveis de atenção.

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Gráfico 2: Periodicidade de envio de dados do PAV, NED no Distrito de Marracuene


Legenda:
A. Diário;
B. Semanal;
C. Mensal;
D. Trimestral.

Fonte: Dados do estudo.


Segundo como ilustra o gráfico acima, os dados são enviados mensalmente para o nível superior,
tanto a nível da Unidade Sanitária quanto ao do distrito.

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Tabela 5: Cruzamento de Dados dos Indicadores Prioritários do PAV a Nível da US e Distrital, referente
ao IV Trimestre de 2017

Componente de notificação

Ficha de
Nº de Livro de
Ordem
Variável a verificar Resumo Diferença SIS-M&A Desvio
Registo
Mensal da US
Nº de crianças < 1 ano de
1 idade vacinadas com BCG 365 358 -7 358 -2%

Nº de crianças < 1 ano de


2 idade vacinadas com Polio 257 249 -8 249 -3%
Primario

Nº de crianças < 1 ano de


idade vacinadas com 1ª
3 342 321 -21 321 -6%
dose de
DPT/HepB/Hib/PCV/RV
PAV

Nº de crianças < 1 ano de


idade vacinadas com 3ª
4 303 309 6 309 2%
dose de
DPT/HepB/Hib/PCV/RV
Nº de crianças < 1 ano de
5 idade vacinadas com 270 274 4 274 1%
Sarampo

Nº de crianças < 1 ano de


6 idade consideradas CCV 276 274 -2 274 -1%

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Fonte: Dados do estudo.


Em relação a discrepância de dados entre o livro de registo deo PAV e o SISMA, pode-se
constatar observar que num parâmetro aceitável abaixo do padrão normal de Desvio.

CONCLUSÕES E RECOMENDAÇÕES

CONCLUSÕES

Os principais resultados do estudo indicam uma adequação no que concerne ao fluxo de envio de
dados e a periodicidade de envio dos mesmos, partindo da Unidade Sanitária (PAV) onde são
produzidos os dados, de seguida são enviados aos responsáveis ou pontos focais distritais e
posteriormente enviados ao NED, à DPS, ao MISAU e outros níveis de Cooperação, todavia, os
dados seguem o fluxo recomendado. Um facto importante nisso, é que em todos os níveis de
atenção é aplicado o Controlo de Qualidade, Planificação e Gestão, Monitoria e Avaliação assim
como a tomada de decisão.

No que diz respeito ao registo de dados e armazenamento dos instrumentos de registo, constatou-
se que tanto na US como no distrito há existência de um cacifo, onde os livros de registo, relatórios
e formulários/fichas de resumo mensais são armazenados e facilmente localizados, cujos mesmos
instrumentos são organizados em pastas por ordem de data e registados com caligrafias legíveis.

Na componente de notificação de dados, a qualidade dos mesmos é boa, isto é, o desvio dos
dados encontram-se num parâmetro aceitável espelhando assim que todos os eventos observados,
e registados são reportados a todos os níveis.

Portanto, num âmbito geral tanto na gestão de dados como no armazenamento dos mesmos nesta
US o SIS segue as normas que o definem.

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CONSTATAÇOES

Aspectos Positivos
Foram identificadas boas práticas que podem ser expandidas para melhorar a qualidade dos
dados a destacar:
 Uso de instrumentos padronizadas;
 Boa conservação dos instrumentos de registo de dados;
 Bom registo nos instrumentos de registo e com caligrafias legíveis;
 Realização de auditoria de dados e monitoria do preenchimento dos novos instrumentos
trimestralmente;
 Cumprimento do calendário estatistico;
 Reuniões mensais de discussão de dados;
 Confrontação ou cruzamento mensal dos dados no SIS-M&A com os relatórios físicos;
 Apoio técnico na elaboração de relatórios mensais em todas Unidades Sanitárias.

Aspectos Negativos
 Fraca monitoria dos dados;
 Erros de somatório.

RECOMENDAÇÕES

 Intensificar as capacitações regularmente aos profissionais envolvidos no


desenvolvimento das actividades do registo, recolha, envio e recepção dos dados,
fazendo-os reconhecer a extrema importância dos dados e o quão prejudicam quando não

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são de boa qualidade, para minimizar os pequenos problemas atravessados pelo SIS nesta
Unidade Sanitária.

 Fazer o somatório do final de página facilita a análise dos dados e a elaboração dos
relatórios mensais, reduzindo a sobrecarga no final do mês. Neste caso, devem ser feitos
os somatórios (das paginas completas) no final do dia, quando a US estiver com menos
movimento, reduzindo também o cometimento de erros de somatórios;

APÊNDICES

Instrumentos de Recolha de dados

ANEXO I: MINI-QUESTIONÁRIO SEMIESTRUTURADO

Instituto Politécnico Índico


Curso de Técnico de Estatística Sanitária

Questionário dirigido ao profissional do Sector Sector de:_____________


Avaliação de Dados no Âmbito da Avaliação de Qualidade de Dados (AQD), no Programa do
PAV no Centro de Saúde de Marracuene, referente ao IV Trimestre de 2017.

Preencha as informaões demográficas que se seguem relativas ao profissional do sector ou


repartição.
Código:______Data do preenchimento do questionário:____/___/2018
Letras iniciais do entrevistado:____/____/____
I. Identificação do profissional
1. Sexo: M ( ) F ( )
2. Anos de serviço:_____anos

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3. Nível de escolaridade:
Elementar ( ) Básico ( ) Médio ( ) Superior ( )

4. Periodicidade de cruzamento de dados antes do seu envio para o nível superior


Diário( ) Semanal ( ) Mensal ( ) Trimestral ( )
5.
6. Periodicidade de envio de dados para o nível superior
Diário( ) Semanal ( ) Mensal ( ) Trimestral ( )
7. Fluxo de envio de dados
Resp. Distrital do Programa ( ) NED ( ) DPS ( ) MISAU ( )

ANEXO II: GUIÃO DE OBSERVAÇÃO

Perguntas padrão para avaliar o sistema de monitoria ao nível da US e do distrito.

No de Pergunta a ser feita para


Pergunta Sim Não *N.A
Ord. investigar
Componente de Armazenamento
Existe um local onde os
livros de registo, relatórios Disponibilidade dos instrumentos de
1
e formulários/fichas de registo
registo são arquivados?
As cópias de todos os
2 relatórios podem ser Para o período em causa
encontradas?

Os relatórios são A principal preocupação e que os


3
organizados no arquivo relatórios são facilmente localizados
por ordem de data?
Componente de registo
1 Caligrafias legíveis Os dados devem ser de fácil leitura
Os livros e as Todos os campos foram
fichas/formulários foram preenchidos de acordo com as
2
correctamente normas e nas correspondentes
preenchidos? variáveis?
Os livros e as
Todas variáveis foram registadas (não
fichas/formulários foram
3 há campos livres)
preenchidos
completamente?
*N.A – Não aplicável

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ANEXO IIII: GUIÃO DE OBSERVAÇÃO

Avaliação qualitativa de desvio de dados nos instrumentos de registo.

Componente de notificação
US Distrito
Nº de Ficha de
Variável a verificar Desvio
Ord. Livro de Resumo Diferença
SIS-M&A
Registo Mensal da
US

Nº de crianças < 1 ano de


1
idade vacinadas com BCG

Nº de crianças < 1 ano de


2 idade vacinadas com Polio
Primario
Nº de crianças < 1 ano de
idade vacinadas com 1ª
3
dose de
DPT/HepB/Hib/PCV/RV
Nº de crianças < 1 ano de
idade vacinadas com 3ª
4
dose de
DPT/HepB/Hib/PCV/RV
Nº de crianças < 1 ano de
5 idade vacinadas com
Sarampo

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Nº de crianças < 1 ano de


6
idade consideradas CCV

ANEXOS

Figura 2: Serviços Distritais de Saúde, Mulher e Acção Social-Marracuene

Figura 3: NED-SDSMAS de Marracuene

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REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

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Procedimentos de Estatística Sanitária e Sistemas de Informação para Saúde, s/ed.,
Nampula-Moçambique, 2011, Pp. 110-123.
2. Instituto Nacional de Estatística (INE). III Recenseamento Geral da População e
Habitação.2007.Disponívelem:<http://www.clubofmozambique.com/pt/sectionnews.php?
secao=mocambique&id=14594&tipo=one>Acesso em: Mar. 2013.
3. MARCONI, Maria de Andrade; LAKATOS, Eva Maria; Fundamentos de Metodologia
Cietífica, 5ª ed., São Paulo-Brasil, Editora Atlas, 2003, P. 147.
4. MISAU, Curso Integrado de Planificação, Monitoria e Avaliação e Sistemas de
Informação em Saúde, 1a ed., Maputo, 2009, Pp. 13-87.
5. OMS, Instrumento de Auto Avaliação da Qualidade de Gestão de Dados de Vacinação,
s/ed., Genebra, 2004, P. 12.

6. PRODANOV, Cleber Cristiano; FREITAS, Ernani Cesar de; METODOLOGIA DO


TRABALHO CIENTÍFICO: Métodos e Técnicas da Pesquisa e do Trabalho Acadêmico;
2a ed., Novo Hamburgo - Rio Grande do Sul – Brasil, Editora Feevale, 2013, Pp. 113-
135.
7. UNIVERSIDADE FEDERAL DO RIO GRANDE DO SUL; Métodos de Pesquisa, 1 a
ed., Brasil, Editora da UFRGS, 2009, Pp. 255-310.

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QUALIDADE DE DADOS NOS INSTRUMENTOS DE REGISTO DO PROGRAMA ALARGADO DE VACINÇÃO, NO
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