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Teoria da

Contabilidade
Módulo - A

Módulo A – Conceito de Contabilidade


Conceito de Contabilidade
• Para Ribeiro (2005), a contabilidade é uma ciência
social que tem por objeto o patrimônio das entidades
econômico-administrativas. Seu objetivo principal é
controlar o patrimônio das entidades em decorrência
de suas variações.
• “Contabilidade é a ciência que estuda e pratica as
funções de orientação, de controle e de registro dos
atos e fatos de uma administração econômica”.
Conceito de Contabilidade
• Contabilidade além de estudar os fenômenos
econômicos que afetam o patrimônio das entidades
pratica, ou seja, executa determinadas funções que ao
longo do nosso curso estudaremos com mais detalhes.
Contabilidade orienta, controla e registra os atos e
fatos; a fim de atingir a sua finalidade básica, qual seja,
a de fornecer informações sobre a situação financeira e
patrimonial da entidade, a Contabilidade utiliza-se de
técnicas que permitem orientar, controlar e registrar os
atos e fatos contábeis da entidade.
Conceito de Contabilidade
• Para compreender a contabilidade, antes de entrar nos
números você precisa tornar-se familiarizado com os
conceitos básicos.
• Os sete conceitos e o vocabulário seguinte não são um
conjunto de leis, mas sim um conjunto de normas
orientadoras que estão por trás de todas as regras e
relatórios contábeis são eles:
Conceito de Contabilidade
• A Entidade
• Contabilidade em base de caixa e em base de
competência
• Objetividade
• Conservadorismo
• Continuidade
• Consistência
• Materialidade
Conceito de Contabilidade
• A Entidade
Os relatórios contábeis comunicam as atividades
de uma entidade específica.
Os parâmetros cobertos pelo relatório de um
contador devem ser claros.
Uma entidade pode ser uma mercearia, uma
unidade de produção, ema empresa inteira ou um
comglomerado.
Conceito de Contabilidade
• Contabilidade em base de caixa e em base de
competência
Usando-se a contabilidade em base de caixa, as
transações são registradas apenas quando o dinheiro
muda de mãos.
A contabilidade em base de competência
reconhece o efeito financeiro de uma atividade quando a
atividade acontece, sem levar em consideração o
movimento de caixa.
Conceito de Contabilidade
• Objetividade
• Definição de transação e Objetividade
- Os registros contábeis contem apenas transações que foram
“completadas” e que tenham um valor monetário “quantificável”.
- As vendas que não tiverem sido completadas mas que não são
consideradas “garantidas” não podem ser registradas.
- Para fins contábeis a venda não aconteceu.
- Os contadores também tem uma regra de objetividade para orientá-los
quando em dúvida.
- Tem de haver uma prova segura e confirmável para apoiar a transação,
caso contrário, ela não é registrada.
Conceito de Contabilidade
• Conservadorismo
• Quando as empresas sofrem prejuízos que são prováveis e
que podem ser razoavelmente estimados, os contadores os
registram, mesmo que os prejuízos não tenha acontecidos de
fato.
• Quando se esperam lucros, os contadores adiam o seu
registro até que eles aconteçam realmente.
• O conservadorismo contábil governa o preparo dos
demonstrativos financeiros.
• Quando em dúvida , seja conservador.
• Os registros contábeis contem apenas propriedades, dívidas,
vendas e custos mensuráveis e comprováveis.
Conceito de Contabilidade
• Continuidade
• Os demonstrativos financeiros descrevem as empresas como
entidades em funcionamento.
• Os valores atribuídos a itens na contabilidade partem do
pressuposto de que a empresa é uma empresa em atividade
contínua.
• Os contadores presumem que as empresas continuarão a
operar em um futuro previsível, portanto, os valores
atribuídos nos demonstrativos financeiros não são preços de
“liquidação”.
Conceito de Contabilidade
• Consistência
• O conceito de consistência é fundamental para os leitores de
demonstrativos financeiros.
• As regras de contabilidade exigem que uma entidade use as
mesmas regras, entra ano, sai ano, exemplo as regras que
avaliam os estoques (FIFO, LIFO e CM)
• Isso possibilita a um analista comparar resultados anteriores
com resultados atuais.
• Se uma mudança de método contábil for necessária por
motivo substancial, os demonstrativos financeiros deverão
expor o motivo nas Notas Explicativas.
Conceito de Contabilidade
• Materialidade
• Uma advertência importante com relação aos
demonstrativos financeiros é que eles não são exatos até os
centavos, muito embora se esperasse que os contadores
pertinazes produzissem relatórios desse tipo.
• Na verdade eles são apenas uma visão adequadamente
apresentada da posição em que a entidade se encontra.
• Os demonstrativos financeiros apresentam um retrato
materialmente exato, para se tomar decisões bem
fundamentadas com base nos relatórios.
Conceito de Contabilidade
- Objeto da Contabilidade
O objeto da contabilidade é o PATRIMÔNIO.
Patrimônio é conjunto de bens, direitos e obrigações de uma
determinada entidade.
São itens avaliados em moeda capazes de satisfazer às necessidades das
Bens entidades, sejam pessoas físicas ou jurídicas.

Exemplo: Veículos utilizados nas atividades da empresa

São os valores a receber de terceiros, gerados por meio de operações da


entidade.
Direitos
Exemplo:Duplicatas a receber geradas pela venda de
mercadorias a prazo.

Representam as dívidas que a entidade contrata junto a terceiros.

Obrigações Exemplo: Valores a pagar gerados pela obtenção de empréstimo


junto a um banco
Conceito de Contabilidade
- Objeto da Contabilidade

Assim, por meio da Contabilidade, podemos ter controle sobre o


patrimônio da entidade:
- saber o quantitativo de mercadorias no estoque da empresa,
- a quantidade de veículos disponíveis,
- as despesas administrativas incorridas pela empresa, tais como
salários, aluguéis, etc.
Conceito de Contabilidade
- Campo de Aplicação
O campo de aplicação é a gestão e organização do Patrimônio.

Assim, a Contabilidade se aplica tanto em entidades que possuam


fins lucrativos, como também naquelas em que não há fins lucrativos.
A doutrina também refere-se como campo de aplicação da
Contabilidade as entidades econômico-administrativas.
Conceito de Contabilidade
• Finalidade da Contabilidade

Basicamente a Contabilidade possui a finalidade de controlar o patrimônio administrado


e fornecer informações sobre a composição e as variações patrimoniais, bem como
sobre o resultado das atividades econômicas desenvolvidas pela entidade para alcançar
seus fins.

Assim, a Contabilidade por meio do controle do patrimônio fornece informações úteis


para a tomada de decisão.
Funções da Contabilidade
• Segundo a doutrina, a Contabilidade possui duas funções, quais
sejam:
- A função administrativa e

- A função econômica.

Vejamos objetivamente cada uma delas.


Funções da Contabilidade
- A função administrativa:
- A contabilidade tem por função administrativa o controle do
patrimônio da entidade mediante registro dos fatos contábeis em
livros apropriados.
- Os principais livros são o Diário e o Razão.
Funções da Contabilidade
- A função administrativa:
- A contabilidade tem por função administrativa o controle do
patrimônio da entidade mediante registro dos fatos contábeis em
livros apropriados.
- Os principais livros são o Diário e o Razão.
- Patrimônio: Parte impessoal da organização observada sob dois
aspectos principais: quantitativo e qualitativo. (Sá, Antônio Lopes de –
Dicionário de Contabilidade, 7ª. Ed. SP – Ed. Atlas 1983)
Funções da Contabilidade
- A função administrativa:
Observe que tanto o atributo quantitativo como o atributo qualitativo
delimitam o objeto de estudo da Contabilidade.
• Quantitativamente, o Patrimônio Organização representa os valores
monetários do bem, direito ou obrigação.
O aspecto qualitativo do patrimônio é entendido como a natureza dos
elementos que o compõem, como dinheiro, valores a receber ou a
pagar expressos em moeda, máquinas, estoques de materiais ou de
mercadorias etc.
Por exemplo, na compra de um veículo por determinada empresa no valor de R$
30.000,00, temos:
Aspecto Quantitativo: R$ 30.000,00 Aspecto Qualitativo: Veículo
Funções da Contabilidade
- A função econômica:
- A contabilidade tem por função econômica a apuração do resultado líquido
(rédito), o qual pode ser positivo (lucro líquido) ou negativo (prejuízo líquido).
Funções da Contabilidade
- A função econômica:
• Vejamos de forma objetiva a classificação das organizações:
- Quanto aos fins a que se destinam as organizações
classificam-se em:
- Organizações sociais: não visam lucros.
Exemplo: associações beneficentes, culturais, esportivas, recreativas,
entre outras;
- Organizações econômico-sociais: além das finalidades
sociais, visam também ao lucro, com o objetivo de prestar
serviços, pecúlios e benefícios às pessoas que contribuíram para
sua constituição.
Exemplo: institutos de pensão, pecúlio, aposentadoria e previdência.
Funções da Contabilidade
- A função econômica:
- Organizações econômicas: finalidade é a geração de lucros.
Exemplo: sociedades comerciais, agrícolas, industriais, de serviços, entre
outras.
Quanto aos seus proprietários as organizações classificam-se em:
- Organizações públicas: pertencem à sociedade, porém
podem estar sob a administração do poder público ou privado.
Exemplo: sindicatos, fundações e o próprio Estado
- Organizações particulares: propriedades particulares
pertencentes a uma pessoa ou a um grupo de pessoas, como as
sociedades civis ou comerciais ou o próprio patrimônio de uma família.
• Portanto, quanto aos fins a que se destinam, as entidades são:
sociais, econômicas e econômico-sociais.
Funções da Contabilidade
- A função econômica:

- Organizações particulares: propriedades particulares


pertencentes a uma pessoa ou a um grupo de pessoas, como as
sociedades civis ou comerciais ou o próprio patrimônio de uma
família.

• Portanto, quanto aos fins a que se destinam, as entidades são:


sociais, econômicas e econômico-sociais.
Técnicas Contábeis

Segundo a doutrina, as técnicas contábeis são o conjunto de


procedimentos utilizados pela contabilidade para registrar ou
levantar os fatos contábeis.

Nesse sentido, as técnicas são as seguintes:


Técnicas Contábeis

Escrituração: essa técnica é utilizada para registro dos fatos


contábeis;

Demonstrações Contábeis: técnica que possui, basicamente, o


objetivo de evidenciar os fatos contábeis escriturados;

Análise das Demonstrações Contábeis: possui o objetivo de extrair


informações sobre a situação financeira, econômica e patrimonial da
entidade, a fim de subsidiar o processo de tomada de decisões.

Auditoria: possui o objetivo de examinar a escrituração e


evidenciação das informações financeiras verificando se essas
informações foram elaboradas de acordo com as normas vigentes e os
princípios contábeis.
Técnicas Contábeis

- Usuários e suas necessidades de informação

Entre os usuários das demonstrações contábeis


incluem-se investidores atuais e potenciais,
empregados, credores por empréstimos, fornecedores
e outros credores comerciais, clientes, governos e suas
agências e o público. Eles usam as demonstrações
contábeis para satisfazer algumas das suas diversas
necessidades de informação. Essas necessidades
incluem:
Técnicas Contábeis

- Usuários e suas necessidades de informação

- Investidores
- Empregados
- Credores por empréstimos
- Fornecedores e outros credores comerciais
- Clientes
- Governo e suas agências
- Público
Técnicas Contábeis

- Usuários e suas necessidades de informação

- Investidores

Os provedores de capital de risco e seus analistas que se


preocupam com o risco inerente ao investimento e o retorno
que ele produz.

Eles necessitam de informações para ajudá-los a decidir se


devem comprar, manter ou vender investimentos.
Os acionistas também estão interessados em informações
que os habilitem a avaliar se a entidade tem capacidade de
pagar dividendos.
Técnicas Contábeis

- Usuários e suas necessidades de informação

- Empregados

Os empregados e seus representantes estão interessados em


informações sobre a estabilidade e a lucratividade de seus
empregadores.

Também se interessam por informações que lhes permitam


avaliar a capacidade que tem a entidade de prover sua
remuneração, seus benefícios de aposentadoria e suas
oportunidades de emprego.
Técnicas Contábeis

- Usuários e suas necessidades de informação

- Credores por empréstimos

Estes estão interessados em informações que lhes


permitam determinar a capacidade da entidade em pagar
seus empréstimos e os correspondentes juros no
vencimento.
Técnicas Contábeis

- Usuários e suas necessidades de informação

- Fornecedores e outros credores comerciais


Os fornecedores e outros credores estão interessados em
informações que lhes permitam avaliar se as importâncias
que lhes são devidas serão pagas nos respectivos
vencimentos.
Os credores comerciais provavelmente estarão
interessados em uma entidade por um período menor do
que os credores por empréstimos, a não ser que
dependam da continuidade da entidade como um cliente
importante.
Técnicas Contábeis

- Usuários e suas necessidades de informação

- Clientes

Os clientes têm interesse em informações sobre a


continuidade operacional da entidade, especialmente
quando têm um relacionamento a longo-prazo com ela,
ou dela dependem como fornecedor importante.
Técnicas Contábeis

- Usuários e suas necessidades de informação

- Governo e suas agências

Os governos e suas agências estão interessados na destinação


de recursos e, portanto, nas atividades das entidades.

Necessitam também de informações a fim de regulamentar as


atividades das entidades, estabelecer políticas fiscais e servir
de base para determinar a renda nacional e estatísticas
semelhantes.
Técnicas Contábeis

- Usuários e suas necessidades de informação

- Público

As entidades afetam o público de diversas maneiras. Elas


podem, por exemplo, fazer contribuição substancial à
economia local de vários modos, inclusive empregando
pessoas e utilizando fornecedores locais.

As demonstrações contábeis podem ajudar o público


fornecendo informações sobre a evolução do desempenho da
entidade e os desenvolvimentos recentes.
Módulo - B
• Módulo B – Os Relatórios Contábeis
Relatórios Contábeis
• Relatório Contábil é a
exposição resumida e
ordenada de dados colhidos
pela Contabilidade.
Ele objetiva relatar às
pessoas que utilizam os
dados contábeis os principais
fatos registrados por
aquele setor em determinado
período.
Relatórios Contábeis Obrigatórios

• Sociedades limitadas
• Balanço Patrimonial
• Demonstração do Resultado do Exercício
• Demonstração de Lucros e Prejuízos Acumulados
Relatórios Contábeis Obrigatórios

• Sociedades anônimas
• Balanço Patrimonial
• Demonstração do Resultado do Exercício
• Demonstração de Lucros e Prejuízos Acumulados ou
Demonstração das Mutações do Patrimônio Líquido
• Demonstração dos Fluxos de Caixa
• Demonstração do Valor Adicionado
Complementação às Demonstrações
Contábeis
• Notas explicativas
• Relatório da diretoria (ou da Administração
• Mudanças futuras previstas
• Fato relevante
• Parecer dos auditores
• Parecer confiável
• Contabilidade social
• Contabilidade ambiental
Aspectos sobre a Estrutura Conceitual Básica da
Contabilidade
Regras que regem as Demonstrações Financeiras

Regras Regras

BALANÇO PATRIMONIAL DEMONSTRAÇÃO DO RESULTADO


ATIVO PASSIVO e PL (+) Receita xxxxxx
xxx
xxx0 xxx1 xxx0 (-) CMV (xxxxx)
1
AC PC
(-) Despesas (xxxxx)
RLP ELP
AP PL (-) Impostos (xxxx)
Total Total (=) resultado (xxxx)
Postulados, Princípios e Convenções

O edifício contábil (construção)


TELHADO – CONVENÇÕES
Objetividade Restrições às paredes. Norteiam
Materialidade
a conduta do profissional
Consistência
Conservadorismo contábil, limitando seu
campo de ação.

PAREDE – PRINCÍPIOS
Custo Histórico
Está limitada pelo telhado e
Denominador Comum Monetário
Realização da Receita
é suportada pelo alicerce,
Confrontação da Despesa por colunas chamadas
Essência sobre a Forma postulados.

ALICERCE – POSTULADOS
São verdades indiscutíveis,
Entidade Contábil Continuidade
axiomas, que dão suportes aos
princípios e convenções.
O postulado da Entidade
•Qualquer indivíduo, empresa,
grupo de empresas ou
entidades, que efetue
movimentações quantificáveis
monetariamente, desde que
haja necessidade de manter
contabilidade.
O postulado da Entidade

• A contabilidade e as entidades

• Entidade contábil
• O patrimônio de uma entidade não se confunde com o
de outra;
• Os patrimônios dos sócios não se confundem com os
da empresa.
O postulado da Entidade
• O exemplo de Anthony
• Um casal mora num sobrado, na parte alta do mesmo. No nível da rua,
exerce pequena atividade comercial. As contas de água, luz, telefone, etc.
vêm para o sobrado como um todo. O princípio da entidade manda que se
faça um esforço para verificar, se necessário por critérios de rateio, qual
parte das despesas que vieram numa conta só, indiscriminada, deve ser
apropriada à entidade que exerce a atividade comercial e qual à entidade
familiar.

• Consolidado – uma outra entidade


O postulado da Entidade

• Ampliando o conceito de entidade


• Conceito macro: consolidado
• Conceito micro: considerar por divisão da empresa

• Econômico versus Jurídico


O postulado da Continuidade

• O Princípio da Continuidade pressupõe


que a Entidade continuará em
operação no futuro e, portanto, a
mensuração e a apresentação dos
componentes do patrimônio levam em
conta esta circunstância.
O postulado da Continuidade
• Continuidade versus descontinuidade
É a premissa de que uma entidade irá operar por um período
de tempo relativamente longo no futuro e esta premissa
somente é abandonada quando um histórico de prejuízos
persistentes e a perda de substância econômica e de
competitividade de mercado e mesmo o fim jurídico da
sociedade justifiquem o fato de a Contabilidade sinalizarem
para que aquela entidade esteja prestes a uma
descontinuidade.
O postulado da Continuidade
• As embarcações: apurado somente no final do ciclo
• Contratar os marinheiros, armar o navio, partir para a
expedição, comprar as especiarias e vender os
carregamentos.
• Apuração de resultados periódicos
• Going-Concern (em andamento)
• Valores de saída versus de entrada
• A essência da contabilidade: na venda, o ponto de
confronto entre o mercado e a contabilidade
• Valores de saída na continuidade
• Metodologia na descontinuidade
Custo original como base de valor

• O Princípio do Registro pelo Valor


Original determina que os componentes
do patrimônio devem ser inicialmente
registrados pelos valores originais das
transações, expressos em moeda
nacional.
Bases de mensuração

• Custo histórico
• Variação do Custo histórico
• Custo corrente;
• Valor realizável;
• Valor presente;
• Valor justo;
• Atualização monetária.
Bases de mensuração
• São resultantes da adoção da atualização monetária:

I – a moeda, embora aceita universalmente como medida de valor, não


representa unidade constante em termos do poder aquisitivo;

II – para que a avaliação do patrimônio possa manter os valores das transações


originais, é necessário atualizar sua expressão formal em moeda nacional, a fim
de que permaneçam substantivamente corretos os valores dos componentes
patrimoniais e, por consequência, o do Patrimônio Líquido;

III – a atualização monetária não representa nova avaliação, mas tão somente o
ajustamento dos valores originais para determinada data, mediante a aplicação
de indexadores ou outros elementos aptos a traduzir a variação do poder
aquisitivo da moeda nacional em um dado período.
Custo original como base de valor

• O mais discutido

• O caso de doações: hoje devemos registrar


pelo valor de quanto pagaríamos por um bem
em estado de conservação semelhante, no
mercado de novos ou usados, se existir.
Conceito de Goodwill

• Ativo intangível: diferença entre o valor


contábil e o valor de mercado de uma
empresa);
• Somente contabilizado se adquirido;
• Ainda hoje permanece o conceito de que o
valor de entrada deve permanecer (e não o
valor criado pela entidade durante o curso
de suas operações)
Custo original como base de valor

• Opção dos valores de entrada


• Com o decurso do tempo, o valor de um bem
se distancia do valor econômico em função de:
• Desgaste físico e natural do ativo
• Flutuações específicas do preço do ativo;
• Mudanças tecnológicas e obsolescência.
• Valor nominal e benefícios
• Inflação: permitida até 1995.
Denominador Comum Monetário

• Por meio da avaliação monetária, a


contabilidade homogeneíza e agrega
diferentes itens em um denominador comum
monetário num único relatório contábil.
Denominador Comum Monetário

• Vantagens deste princípio


• A moeda e a informação
• Correção na comparação
• Valor presente
Realização da Receita

• A receita é reconhecida no período contábil


em que foi gerada, ou seja, quando os bens ou
serviços são transferidos aos compradores em
troca de dinheiro, à vista ou a prazo, ou por
permuta.
Realização da Receita
• Contabilidade versus Economia
A contabilidade apresenta uma grande necessidade de
objetividade e de consistência em seus procedimentos
pois os registros e demonstrações contábeis podem ter
reflexos até em disputas judiciais. Nesse aspecto, a
contabilidade diferencia-se bastante da economia que,
muitas vezes, enuncia e define conceitos que se refletem
sobre as entidades, sem a necessidade ou obrigação de
mensurá-los de forma sistemática e repetitiva.
Realização da Receita

• Competência (fato gerador)versus Caixa (reconhecimento


financeiro)

• O ponto de transferência na maioria dos casos coincide com


o momento da venda.
Realização da Receita

• Quatro argumentos para o reconhecimento da receita:


• A transferência do bem ou serviço, quando o esforço para obter
receita já foi desenvolvido;
• Exatidão do valor;
• Todos os custos conhecidos ou estimáveis;
• Boa garantia de recebimento.
Realização da Receita
• Receitas a serem reconhecidas
proporcionalmente a certo período contábil
decorrido
• Reconhecimento da parcela proporcional ao tempo
decorrido
• Horas trabalhadas também são base para o faturamento
Realização da Receita
• Produtos ou serviços de longo prazo de
execução (superior a um exercício social)
• Esperar a transferência ao cliente? ou
• Reconhecer proporcionalmente :
• Às etapas físicas da construção (grau de
acabamento) ou
• Aos custos incorridos?
• Pode haver problema quando um acionista quer
sair antes do fim do projeto.
Realização da Receita
• Produtos ou serviços de longo prazo de execução
(superior a um exercício social)
• Reconhecer proporcionalmente se:
• O preço do produto pode ser determinado objetivamente;
• Há pouca incerteza com relação ao recebimento;
• Os custos podem ser estimados de forma razoável.
• Como calcular as receitas?
• Normalmente o critério de custos incorridos é
o melhor critério.
Realização da Receita
• Reconhecimento de receita antes da
transferência
• Exemplos: envelhecimento do vinho, do whisky,
crescimento do gado, estufas de plantas.
• Condições:
• É possível determinar o valor dos estoques;
• Atividade primária e custo de produção difícil de ser estimado.
• O processo de obtenção do lucro é muito mais um processo
vegetativo do que pela operação de venda e entrega do bem.
Realização da Receita
• Reconhecimento de receita após a
transferência
• No caso de ativo não monetário, recebido em
troca por uma venda efetuada, sem valor
conhecido de mercado;
• Se o recebimento for a etapa mais difícil do
processo de ganho de receita, registra-se
conforme regime de caixa.
• Negócios altamente especulativos.
Reconhecimento das despesas e seu
confronto com as receitas

• No momento em que for reconhecida a


receita, associa-se com a despesa sacrificada
para obtê-la.
• Está relacionado ao consumo de ativos, à
ocorrência de um fato gerador da despesa e a
seu confronto com as receitas atribuídas ao
período.
Reconhecimento das despesas e seu
confronto com as receitas

• O perfeito confronto
• Despesas do período
• Propaganda
• Absoluta certeza
• Pré-operacional
• Despesas de exercícios anteriores
Regime de competência

Receitas e despesas devem ser reconhecidas e


atribuídas aos períodos contábeis de acordo
com a ocorrência de fatos geradores
específicos e não pela entrada ou saída de
caixa. As despesas deverão, sempre que
possível, ser confrontadas diretamente com as
receitas reconhecidas no período.
Essência sobre a forma

No registro de uma transação, a contabilidade


deverá observar sua forma legal e essência
econômica. Entretanto, quando a forma não
for clara, a essência econômica da transação
deve prevalecer sobre a forma.
Essência sobre a forma

• O mais novo princípio


• A fidelidade dos registros
• A arte de bem informar
• Recompra
Momento – Peer to peer

Item 2.4
Módulo - C
• Módulo C – Definição e Critérios Ativos
Conceituação de Ativo

• Definição Introdutória
O Ativo tem sido definido de várias maneiras, sendo a mais tradicional
a do tipo ...”ativo é o conjunto de bens e direitos à disposição da
administração...” ou variantes como... “ativos são os meios conferidos
à administração para gerirem a entidade ...” e parecidas.
Conceituação de Ativo
• Ativos, transformando-se em dinheiro
• Todos os ativos são, no final das contas, potenciais para se
transformar em dinheiro, inclusive na pessoa física:
• Jóias de família
• Carro para trabalho e lazer
• Imóvel em que se reside
• Aplicações financeiras
Conceituação de Ativo
• Potencial de benefícios
• Uma empresa usa seus ativos para manter suas operações,
a fim de gerar receitas que superem o valor dos ativos
sacrificados em troca.
• Em todos os ativos há o objetivo e a esperança imediata ou
mediata de garantir um fluxo de caixa, no futuro.
Conceituação de Ativo
• Em última análise
• Dinheiro é ativo por excelência.
• No futuro, o que realmente se quer é mais dinheiro.
• Então: ATIVO PODE SER CONCEITUADO COMO ALGO QUE
POSSUI UM POTENCIAL DE SERVIÇOS EM SEU BOJO, PARA A
ENTIDADE, CAPAZ, DIRETA OU INDIRETAMENT, IMEDIATA
OU NO FUTURO, DE GERAR FLUXOS DE CAIXA
Conceituação de Ativo
• Ativo na continuidade
• A empresa não mantém seus
ativos para serem vendidos. Em
conjunto, devem gerar fluxos
positivos de caixa.
Avaliação do Ativo e outras características

• Custo histórico (original): valor original da transação.


• Vantagem: objetividade.
• Desvantagem: perde a substância econômica com o tempo;
a avaliação monetária fica defasada se não corrigido pela
variação do poder aquisitivo da moeda.
• Diferença entre itens monetários e não monetários.
Avaliação do Ativo e outras características

• Custo histórico corrigido:


• como o anterior, mas corrigido por índices como o IGP,
INPC ou indexadores como UFIR.
• Correção dos valores originais do ativo.
• Avaliação interessante em países com altos índices de
inflação.
Avaliação do Ativo e outras características
• Custo de reposição
• Custo corrente: valor corrente dos insumos contidos
no ativo com características iguais.
• Custo original corrigido no estado em que se encontra:
valor residual corrigido pela inflação.
• Custo de reposição: em estado novo, o preço de
mercado para repor o ativo, no modelo de agora.
• Custo de reposição no estado em que se encontra: o
quanto pagariam no mercado pelo bem no estado em
que se encontra hoje.
Avaliação do Ativo e outras características
• Custo de reposição - Vantagens:
• leva em conta a flutuação específica dos preços;
• Dá idéia para um outro investidor de quanto vale
montar uma mesma empresa (em termos de estrutura
física);
• Seria mais fácil de se apurar a economia de custo
realizada:
Tradicional Custos de reposição
Venda - 40 Venda - 40
Custo das vendas – 25 Custo de reposição – 30
Lucro - 15 Economia de custo – 05
Lucro - 15
Avaliação do Ativo e outras características
• Custo de reposição - desvantagem:
• Só é válido se o bem de fato for reposto.
• Efetivo para se olhar o BP no momento em que se
apura o custo de reposição. Comparar dois períodos
com custo de reposição não faz sentido.
• Pode não haver mercado de reposição para o item
específico.
Avaliação do Ativo e outras características

• Custo de reposição corrigido


• Custo de reposição em t1 150
• Custo de reposição em t0 corrigido 140
(100 x 1,40 taxa da inflação)
• Valorização real 10
• Atentar para: objetividade dos procedimentos,
comparabilidade entre empresas e custo-benefício da
informação.
Avaliação do Ativo e outras características

• Um só critério ou uma combinação?

• Homogeneizar: custo histórico corrigido.


Outras considerações

• Para se considerar um elemento de ativo:


• propriedade e posse
• só propriedade
• só posse
• outras características: controle
Passivo (Exigibilidades)

• Uma característica essencial de uma exigibilidade é que a empresa


tem uma obrigação no momento da avaliação. Uma obrigação é o
dever ou a responsabilidade de agir ou de cumprir de uma certa
forma.
Passivo (Exigibilidades)

• As obrigações podem ser legalmente executáveis como uma


conseqüência de um contrato restritivo (obrigatório) ou algum
requisito estatutário ou legal. Esse é normalmente o caso, por
exemplo, com valores a pagar correspondentes a bens e serviços
recebidos.
Passivo (Exigibilidades)
• Práticas Comerciais
• Exemplo: provisão para garantia
• Presente x futuro
• Obrigação presente (registra) x
comprometimento futuro (não
se registra. Ex: decisão de se
adquirir no ano seguinte
ativos.)
Passivo (Exigibilidades)
• Pagamentos – a liquidação de uma dívida ocorre por:
• Pagamento em dinheiro;
• Transferência de outros ativos;
• Execução de serviços;
• Substituição de exigibilidades;
• Conversão da exigibilidade em capital.
• Resultam de transações já ocorridas (no passado) ou
outros eventos passados.
Passivo (Exigibilidades)

• Provisões:
• quando há a utilização de estimativa.
• Se envolver obrigação presente.
• Exemplos: provisão para garantia, provisão para pagto. de pensões e
aposentadorias, provisão para contingência (quando prováveis de acontecer).
• Juros a vencer
Outras classificações do Passivo

• Exigíveis Onerosos e Não Oneroso


• Exigíveis Fixos e Exigíveis Variáveis
• Exigíveis de Coligadas (empresas do grupo) e Exigíveis
de Terceiros (dívidas de maior responsabilidade)
Outras classificações do Passivo

• No caso de falência, a prioridade para pagamento é:


• Gastos com a falência;
• Empregados e encargos sociais;
• Dívidas com garantias reais;
• Governo (impostos)
• Outros créditos
• Exigível quirografário (os demais)
Patrimônio Líquido

• Definido de forma simples,


pode ser caracterizado
como a diferença entre
Ativo e Exigibilidades (Passivo).
Patrimônio Líquido
• Detalhamento
• Numa grande empresa, por exemplo, os recursos
conferidos pelos acionistas, os lucros retidos, as
reservas que representam apropriações de lucros
retidos e as reservas que representam ajustes de
capital podem ser demonstradas separadamente;
aliás, é costumeiro fazer-se isso.
Patrimônio Líquido
• A Criação de reservas muitas vezes é requerida
pela lei ou estatuto da empresa.
• O montante pelo qual o PL é demonstrado no BP
depende da avaliação dos ativos e passivos
(exigibilidades).
• O valor do PL normalmente não é igual ao valor
de mercado das ações da entidade ou à soma dos
ativos líquidos.
Teoria do Proprietário
• O Patrimônio Líquido pode ser visualizado também
conforme a teoria de controle predominante. Pela
Teoria do Proprietário, aplicável principalmente nas
sociedades de menor vulto mas, teoricamente
também aplicável em grandes empresas, desde que
haja um quotista absolutamente predominante, o
patrimônio líquido, como diferença entre ativo e
passivo, pertence ao proprietário. Assim, a equação
patrimonial é expressa por:

ATIVO - PASSIVO = PATRIMÔNIO LÍQUIDO.


Teoria da Entidade
• O patrimônio dos acionistas ou quotistas, pessoas
físicas ou jurídicas, não se confunde com o
patrimônio líquido da entidade, na continuidade.
Tanto que o lucro líquido em si, apurado ao final
de um exercício, não pode, sumariamente, ser
distribuído todo aos acionistas, sendo necessária
uma decisão de assembléia, para fazê-lo, e após as
reservas legais e estatutárias terem sido
acantonadas.
Teoria da Entidade
• Pela teoria da entidade, o PL, na continuidade,
pertence à entidade, sendo que o acionista não
pode retirar-se a qualquer tempo.

ATIVO = PASSIVO + PL DA ENTIDADE

ou ATIVO = PASSIVO
Teoria dos fundos
• Segundo esta teoria, o Ativo é o somatório das
aplicações que foi possível fazer pela utilização dos
recursos provindos de terceiros e de capitais próprios.
Assim, a representação da equação patrimonial,
segundo esta teoria é:

APLICAÇÕES (RECURSOS ou USOS) = FONTES


Teoria do Comando
• Uma espécie de visualização do conjunto
patrimonial de uma entidade de grandes
proporções por parte de sua administração
profissional. Segundo esta teoria, os
administradores têm possibilidade de comando
somente sobre aquela parcela do patrimônio que
pode ser movimentada através de uma simples
orientação da administração profissional, sem
precisar de autorização expressa dos acionistas,
ou do conselho de administração.
Composição do PL

• Capital Contribuído Pelos Sócios (Efetivamente Integralizado)


• Reservas de Lucros
• Reservas Especiais de Capital
• Lucros (Prejuízos) Acumulados
Patrimônio Líquido

• O patrimônio líquido, em essência, é o resultado final de todo o


esforço feito pela entidade para alocar seus ativos (e passivos) da
forma mais eficiente e lucrativa possível
Patrimônio Líquido

• Manutenção do PL:
PL final = PL inicial x (1+p) x (1+i)

Onde:
P é a taxa de inflação
I é a taxa desejada de retorno.
Generalidades

• Forma de apurar resultados


• Limitações deste método
• A melhor definição de lucro
• Limite dos dividendos
Receitas: conceituação e mensuração

• “o acréscimo de benefícios econômicos durante o período contábil na


forma de entrada de ativos ou decréscimos de exigibilidades e que
redunda num acréscimo do patrimônio líquido, outro que não o
relacionado a ajustes de capital...”
Receitas: conceituação e mensuração

• Operacional e não operacional


• Princípio da realização da receita
• Ganhos
• Ganhos não realizados
• Evidenciado separadamente
• Renda
• Receita não operacional
Receitas: Expressões norte-americanas

Income é a palavra genérica, que engloba receitas


e ganhos
Revenue, significa Receita, propriamente,
derivante de atividades normais (vendas
propriamente ditas)
Gains, são os ganhos extraordinários descritos
acima.
Despesas e Perdas

• Sacrifício para se obter receita


• Perdas
• Exemplos
DRE

* (incluindo Ganhos e Perdas)


Módulo - D
• Módulo D – Aspectos sobre Escrituração
Contábil
As principais teorias da Escola Européia
(escritas por Francisco D’Auria)

• Teoria das cincos contas gerais


• Teoria Personalista
• Teoria Materialista
• Teoria Matemática
• Teoria Econômica
• Teoria Patrimonial
• Teoria Positiva
Teoria das cinco contas gerais

• Debitar o próprio comerciante, sob o nome dessa conta em particular


• Contas gerais
• Capital
• Lucros e Perdas
• Caixa
• Mercadorias
• Créditos e Débitos
• Debitar aquela que recebe e creditar aquela que fornece
Teoria Personalista

• Para a arte das contas, todo o direito, seja real ou pessoal, deve ser
considerado pessoal.
• Onde há deve e haver, é claro que há uma pessoa que deve e outra
pessoa que tem haver donde o princípio: “cada conta é aberta a uma
pessoa, ou a uma personalidade da qual representa os direitos e as
obrigações”.
• Situação jurídica ajustadas às relações de direitos e obrigações entre
pessoas.
Teoria Materialista
• Como se materializam os fatos que a contabilidade
registra.
• Débito/crédito: abolido.
• O que vigora:
• Carga /descarga
• Mais/menos
• Positivo/negativo
• Aumento ou diminuição das espécies materiais
Teoria Matemática
• Qualquer que seja o conceito de conta, em seu
significado concreto, é sempre o de uma entidade
matemática, isto é, uma grandeza, pondo em
evidência o valor de uma coisa e as variações nele
havidas.
• Débito = positivo (ativo)
Crédito = negativo (ativo)
E vice versa para o passivo.
• Poderia ser substituída por + e -.
Teoria Econômica

• A conta é o centro da gravidade.


• Raciocínio aritmético para medir a grandeza dos valores relacionados
entre si e as pessoas.
• A idéia de valor implica a de riqueza: economia.
• O quadro técnico “conta” foi considerado em função das pessoas a
que estava ligada a riqueza.
• Vínculo entre valor e pessoa.
• Débito/crédito -> + / -
Teoria Patrimonial

• A contabilidade aplicada ao patrimônio.


• No início, registravam-se apenas fatos da administração pública.
• Débito/crédito -> + / -
Teoria Positiva

• Teoria baseada em fatos comprovados.


• Debitar uma conta é inscrever uma importância na sua coluna
esquerda; creditar uma conta é inscrever uma importância na sua
coluna da direita.
O pragmatismo da Escola Norte-americana

• O Fantasma do “débito e crédito”


• Débito desfavorável?
• Crédito favorável?
• Débito (lado esquerdo) e crédito (lado direito) são
simplesmente convenções contábeis.
• Debitar e creditar: verbos
• Saldo devedor e saldo credor.
O pragmatismo da Escola Norte-americana

• Método das partidas dobradas: frei Luca Pacioli, na


Itália, séc.XV, universalmente aceito.
• Conteúdo do método: não há débito (s) sem crédito
(s) correspondente.
As normas do Conselho
• A NBC-T-2 Da Escrituração Contábil, trata
exaustivamente da Escrituração e Documentação no
processo contábil.
• A NBC-T-2-1 Das Formalidades da Escrituração
Contábil, estabelece que a Entidade deve manter um
sistema de escrituração uniforme dos seus atos e
fatos administrativos, através de processo manual,
mecanizado ou eletrônico.
As normas do Conselho

• Sistema de escrituração
• Contas de compensação
• Filiais
• Plano de Contas
As NBC’s (Normas Brasileiras de
Contabilidade)
NBC-T-2.1 - DAS FORMALIDADES DA ESCRITURAÇÃO CONTÁBIL
NBC-T-2 - DA ESCRITURAÇÃO CONTÁBIL
NBC-T-2.2 DA DOCUMENTAÇÃO CONTÁBIL
NBC-T-2.4 DA RETIFICAÇÃO DE LANÇAMENTOS
NBC-T-2.5 DAS CONTAS DE COMPENSAÇÃO
NBC-T-2.6 DA ESCRITURAÇÃO CONTÁBIL DAS FILIAIS
NBC-T-2.7 DO BALANCETE

NBC-T-6 - DA DIVULGAÇÃO DAS


DEMONSTRAÇÕES CONTÁBEIS
Origem da contabilidade

Pode-se afirmar com certa segurança que a origem do campo de


conhecimento do que mais tarde se consubstanciaria como
Contabilidade (“Accounting” em inglês, “Ragioneria” em italiano) situa-
se em torno de 4000 anos a.C.. Alguns historiadores fazem remontar a
bem antes, por volta do sexto milênio A.C.
Origem da contabilidade
• Números: o progresso da contabilidade com a
capacidade de contar.
• Moeda: 2.000 a.C. (em forma de moeda mesmo)
• Balanço: diferenças de Patrimônios Líquidos, sem
identificação das suas causas.
• A história no ensino: muitas escolas começam por
ensinar o BP inicialmente para após demonstrar
os registros contábeis.
Contabilidade no Tempo

• O início da era moderna na contabilidade


• O Tratado de Luca Pacioli (Frei Franciscano) – Summa de aritmetica,
geometria, proportioni et proportionalita que contempla o Tractatus de
computis et scripturis, 1494.
• 1202 – Leonardo Fibonacci
• 1340 – Francesco di Balduccio Pegolotti Práticas
comerciais
• 1458 – Benedetto Cotrugli
Contabilidade no Tempo

• Evolução da contabilidade no século XIX e inícios do século


XX
• Até meados do séc. XIX era tratada como método de escrituração.
• Roupagem científica com grandes mestres
• 1840 – Francesco Villa
• 1867 – Francesco Marchi
• 1886 – Giuseppe Cerboni
Contabilidade no Tempo

• Evolução da contabilidade no século XIX e inícios do século


XX
• O maior mestre: Fábio Besta, 1891 (1º. Vol), 1910 (os três volumes)
• Definição de Fabio Besta: Contabilidade é a ciência do Controle Econômico
das Entidades.
• Assim, séc. XIX foi de grande progresso para a disciplina.
Contabilidade no Tempo

• Evolução da contabilidade no século XIX e inícios do século


XX
• Correntes européias recentes, no séc. XX na Itália, Alemanha e Holanda.
• Correntes americanas recentes: séc. XX: Anthony, Horngren, Edwards e Bell.
• Outras universidades pelo mundo.
Contabilidade no Tempo

• Contabilidade no Brasil
• S.A. no Brasil (lei 6.404/76 e 11.638/07)
• A inflação, até 1.994
• A USP avançando: Francisco D’Auria, Lopes de Sá
• Entidades contábeis: CFC, Ibracon, CVM e CPC. Banco Central e Receita
Federal também contribuem
O CPC - Origem
O Comitê de Pronunciamentos Contábeis (CPC) foi idealizado a partir
da união de esforços e comunhão de objetivos das seguintes entidades:
- ABRASCA;
- APIMEC NACIONAL;
- BOVESPA;
- Conselho Federal de Contabilidade;
- FIPECAFI; e
- IBRACON.
O CPC - Origem
Criado em função das necessidades de:
- convergência internacional das normas contábeis (redução de custo de
elaboração de relatórios contábeis, redução de riscos e custo nas
análises e decisões, redução de custo de capital);
- centralização na emissão de normas dessa natureza (no Brasil, diversas
entidades o fazem);
- representação e processo democráticos na produção dessas informações
(produtores da informação contábil, auditor, usuário, intermediário,
academia, governo).
CPC – Criação e objetivo
Criado pela Resolução CFC nº 1.055/05, o CPC tem como objetivo
"o estudo, o preparo e a emissão de Pronunciamentos Técnicos
sobre procedimentos de Contabilidade e a divulgação de
informações dessa natureza, para permitir a emissão de normas
pela entidade reguladora brasileira, visando à centralização e
uniformização do seu processo de produção, levando sempre em
conta a convergência da Contabilidade Brasileira aos padrões
internacionais".
CPC – Características Básicas
• O CPC é totalmente autônomo das entidades representadas,
deliberando por 2/3 de seus membros;
• O Conselho Federal de Contabilidade fornece a estrutura necessária;
• As seis entidades compõem o CPC, mas outras poderão vir a ser
convidadas futuramente;
• Os membros do CPC, dois por entidade, na maioria Contadores, não
auferem remuneração.
CPC – Características Básicas
• Além dos 12 membros atuais, serão sempre convidados a participar
representantes dos seguintes órgãos:
- Banco Central do Brasil;
- Comissão de Valores Mobiliários (CVM);
- Secretaria da Receita Federal;
- Superintendência de Seguros Privados (SUSEP).
• Outras entidades ou especialistas poderão ser convidados. Poderão ser
formadas Comissões e Grupos de Trabalho para temas específicos.
CPC – Características Básicas
• Produtos do CPC:
- Pronunciamentos Técnicos;
- Orientações; e
- Interpretações.
• Os Pronunciamentos Técnicos serão obrigatoriamente submetidos a
audiências públicas. As Orientações e Interpretações poderão, também,
sofrer esse processo.
Perspectivas

• Tendências
• Internacionalização dos mercados com
harmonização dos princípios contábeis.
• Aprimoramento da teoria da contabilidade de
custos, englobando qualidade, competitividade e
eficiência
• Fusão de contabilidade gerencial e financeira.
Perspectivas

• Necessidades emergentes
• avançar com os desenvolvimentos econômicos e
sociais
• Suprir necessidades dos usuários considerando o
custo/benefício.
• Contabilidade é informação
Leitura

O SACRISTÃO E O CONTADOR

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