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Material de concordância verbal.

Imperdível para quem tem português como


um calo seco (eca). Pois bem, vamos lá? Já fomos!

Olá, amigos, vamos estudar um pouco de Concordância Verbal? Tudo muito


simples e prazeroso, pois amamos a Língua portuguesa!

CONCORDÂNCIA VERBAL

Sujeito Simples

CONCORDÂNCIA COM O SUJEITO COLETIVO – O coletivo é


singular na forma, mas expressa idéia de pluralidade. Portanto, o verbo
concordará no singular quando o sujeito for coletivo:

● O exército infiel foi derrotado.

● O povo aplaudiu o orador.

Observação: Se o coletivo vier seguido de substantivo plural e anteceder ao


verbo, poderá ir para o plural quando se quer salientar não a ação do conjunto,
mas a dos indivíduos: Uma porção de índios surgiram do meio das árvores.

● Uma multidão de crianças penetraram (ou: penetrou) na caverna.

A MAIOR PARTE, GRANDE PARTE METADE DE, A MAIORIA DE


– Com estas expressões quantitativas seguidas de substantivo ou pronome no
plural, o verbo pode ir para o singular (concordando com o coletivo) ou para
o plural (concordando com o substantivo ou pronome):

● A maioria das pessoas não sabe ou sabem isso.

● Metade dos alunos fez ou fizeram o trabalho.

Cuidado na escolha! Veja:

● Grande parte dos homens ficou preocupada.<= grande parte.

● Grande parte dos homens ficaram preocupados. <= os homens.

NAS EXPRESSÕES: MAIS DE, MENOS DE, CERCA DE, PERTO DE o


verbo sempre concorda com o [numeral]:

● Mais de um estudante honra esse nome.


● Menos de duas pessoas entraram no cinema.

● Perto de mil crianças estão desaparecidas.

Mas, atenção: Com a expressão [mais de um] pode ocorrer [plural] em duas
situações:

1ª. Quando a expressão mais de um vem [repetida]:

● Mais de um oficial, mais de um general foram mortos.

● Mais de um padre, mais de um bispo estavam presentes.

2ª. Quando o verbo dá ideia de [ação recíproca]:

● Mais de um veículo se entrechocaram.

● Mais de um jogador se abraçaram depois da partida.

CONCORDÂNCIA COM NOMES PRÓPRIOS NO PLURAL – Se o


sujeito for constituído por nomes próprios que só tem no plural, temos duas
construções possíveis:

1ª. Se tais nomes não vierem precedidos [de artigo plural], o verbo fica
sempre no singular: Itens nunca teve acento.

● Minas Gerais possui grandes jazidas de ferro.

2ª. Quando esses nomes são usados com o [artigo no plural], levam o verbo
para o plural, concordando com o artigo:

● As Minas Gerais foram o cenário da Conjuração Mineira.

● Os Andes ficam na América do Sul.

Títulos de Obras Literárias também seguem a mesma regra:

● Os Lusíadas tornaram Camões imortal.

Mas, atenção: Embora precedido de artigo, o verbo pode [ficar no singular],


por efeito da [concordância ideológica] feita com um termo implícito, [a obra]
ou o [o livro]: (a obra) Os Lusíadas tornou Camões imortal.

● (o livro) Os Sertões glorificou nossa literatura.


NOS NOMES DE FILMES E TELENOVELAS NO PLURAL o verbo
fica sempre no singular: Os Mansos rendeu bom dinheiro a seu diretor.

● Os Imigrantes agradou a todos os telespectadores.

CONCORDÂNCIA VERBAL

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Sujeito Simples e Composto

OS PRONOMES DE TRATAMENTO exigem o verbo na [3ª pessoa]


(singular ou plural), embora se refiram a 2ª pessoa:

● Vossa Excelência agiu (e não: agiste) com moderação.

● Vossas Excelências se enganaram (e não: enganaste).

► Não se esqueça de que “você” também é um pronome de tratamento: Você


está (e não: estais) absolutamente certo.

DE NÓS, DE VÓS, DENTRE NÓS – Se antes de qualquer destas expressões


vier um pronome indefinido (alguns, muitos, poucos, etc.) ou interrogativo
(quais? quantos? etc.), no plural, há duas situações a considerar:

1ª. O verbo vai para a terceira pessoa do plural, concordando com o pronome
indefinido ou interrogativo:

● Alguns de nós partiram. (alguns partiram)

● Poucos dentre nós conhecem as leis. (poucos conhecem)

2ª. O verbo concorda com o pronome pessoal – nós ou vós:

● Alguns de nós partimos.

● Poucos dentre nós conhecemos as leis.

Mas, atenção: com o pronome interrogativo ou indefinido no singular, o


verbo fica, obrigatoriamente, na terceira pessoa do singular:

● Algum de nós partiu. / Qual de nós sairá?

COM O PRONOME RELATIVO “QUEM”o verbo fica na terceira pessoa


do singular ou concorda com o antecedente do pronome (eu, tu, nós, etc.):
● Somos nós quem duvida. Ou: Somos nós quem duvidamos.

● Foram eles quem escreveu (ou escreveram) errado.

Mas, atenção: Se no lugar de [quem] aparece [que], o verbo concorda


somente com o antecedente, ou seja, com o pronome do caso reto:

● São coisas que passaram. / Somos nós que duvidamos.

● Foram eles que escreveram errado.

UM E OUTRO / NEM UM NEM OUTRO – nos sujeitos formados por


essas expressões, o verbo concorda de preferência no plural, mas admite
o singular: Um e outro livro me agradou(aram) muito.

● Nem uma nem outra foto prestava(m).

● Uma e outra família tinha(m) parentes no Rio.

O substantivo que se segue à expressão [um e outro] só se usa no singular:

● Uma e outra coisa lhe desagrada(m).

COM [UM OU OUTRO] o verbo concorda no singular:

● Sempre tem um ou outro que vai dando dinheiro.

● Uma ou outra pode dar o lugar a senhora.

NOS SUJEITOS UNIDOS POR [OU] há duas situações a considerar:

1ª. Se a conjunção [ou] indicar exclusão, ou a idéia de exclusão, o verbo


concordará com o núcleo do sujeito mais próximo:

● Luís ou Manuel apitará nosso jogo amanhã.

► Quantos juízes existem numa partida de futebol? Somente um. Então a


conjunção [ou] nos indica que haverá uma exclusão. Ou o Luís apitará, ou o
Manuel. Veja esses outros exemplos: Eu ou Ele casará com Teresa.

● Ele ou Eu casarei com Teresa.

2ª. Se a conjunção não indicar exclusão, ou não der idéia de exclusão, o verbo
concordará no plural:

● Luís ou Manuel (ou ambos) viajarão conosco.


● Eu ou ele (ou ambos) jantaremos com Teresa.

COM [UM DOS QUE / UMA DAS QUE], o verbo pode ir para o plural (o
mais comum) ou ficar no singular (o mais raro) os escritores modernos
preferem o plural: Paulo é um dos que mais estudam.

Deixa-se, contudo, o verbo no singular quando se deseja destacar o indivíduo


do grupo: Robinho é um dos jogadores brasileiros que mais se destacou.

HAJA VISTA, e não haja visto. Pode ser construída de dois modos:

1º. A expressão fica invariável, seguida ou não da preposição:

● Haja vista os livros desse autor. (= por exemplo, veja)

● Haja vista aos livros desse autor. (= atente-se para)

2º. Pode variar o verbo se a expressão não vier seguida de preposição:


Hajam vista os livros desse autor (= tenham vista).

Note que [vista], nesses casos, fica sempre invariável.

Material cedido pela professora auxiliar Fabíola Cândido

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