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Relação contratual - Igreja versus pastor e demais ministros


religiosos
Se há um assunto que necessita ser tratado com a máxima seriedade em ambiente eclesiástico, este é o que diz respeito à contratação do
demais ministros religiosos pelas Igrejas. Quase sempre, as bases da contratação deixam a desejar e, muitas vezes, não são sequer form
nem tampouco registrados em atas (Ao final, ofereço um modelo de contrato, que pode ser útil às Igrejas quando da contratação do seu
outros ministros religiosos, tais como ministro de adoração, ministro de educação religiosa, educado cristão etc).
É certo que a contratação do ministro religioso não se dá nos termos da CLT (Consolidação das Leis do Trabalho), mas já se tornou cultur
conceder ao seu ministro religioso direitos análogos ao dos trabalhadores celetistas, por mera liberalidade, visto que não existe previs
Quando eu digo que não se dá nos termos da CLT, refiro-me específica e elementarmente ao artigo 3º daquele diploma legal, que assim p
“Considera-se empregado toda pessoa física que prestar serviços de natureza não eventual a empregador, sob a dependência deste e
salário”.
Em linguagem simples e amistosa, merecem comentários os seguintes pontos desse artigo, os quais jogam por terra a teoria de que o
religioso deve ser contratado pelo regime da CLT, como empregado:
a) Prestação pessoal de serviços: eventualmente, sem qualquer prejuízo para as partes, o ministro religioso pode solicitar o auxílio de out
substituí-lo em seu ofício, como, por exemplo, na realização de batismos, pregação, celebração da ceia do Senhor, visitações, aconselhame
b) Prestação de serviços sob dependência: aqui, o legislador está se referindo à relação do empregador com o empregado. A CLT di
direitos e das obrigações de um e de outro. As perguntas que se deve fazer são as seguintes: Em ambiente eclesiástico, quem será o “p
pastor? Quem será o responsável por sua assiduidade, suas faltas e atrasos, sua disciplina, advertência, suspensão e até demissão com
justa causa? Seria natural a Igreja exigir do seu pastor o cumprimento de metas? O fator contraprestação seria cabível?
c) Prestação de serviços mediante salário: até as pedras deveriam saber que o ministro de confissão religiosa não recebe sa
nomenclaturas apropriadas e aceitas pelas Normas Brasileiras de Contabilidade, tais como “sustento ministerial”, “proventos min
“prebenda” (latim: praebenda), “côngruas” (pensão), “renda eclesiástica”, “múnus eclesiástico” e até “óbolo” (pequena oferta).
Quem recebe salário é assalariado, regido pela CLT ou por estatutos, da mesma forma que militar recebe soldo, profissionais liberais
honorários e empresários recebem “pró-labore”.
Nos últimos tempos têm surgido formas alternativas de vínculo dos ministros religiosos com as Igrejas que os contratam e, neste artigo,
lançar luz sobre esse tema controverso, mas que quero fazê-lo com verdade, ética, respeito e transparência, o que tem sido fruto da
reflexões à luz da lei civil, mas principalmente à luz da lei moral.
Para contribuir com o meu posicionamento que expressarei abaixo, passo a narrar um acontecimento inusitado ocorrido em minha class
O assunto era ética cristã e foi inevitável falar sobre jogos de azar. Um dos alunos assumiu publicamente que jogava na loteria e que não v
nisso, pois, a Bíblia nada diz a respeito. A bem da verdade, a Bíblia não fala claramente que o cristão não deve jogar na loteria, mas implic
nos traz conselhos que nos fazem entender de forma inequívoca que devemos ficar longe de tais práticas.
Feito este longo pano de fundo, vamos direto ao ponto: tem chegado ao meu conhecimento que alguns pastores estão sendo orientad
empresas (EIRELI – Empresa Individual de Responsabilidade Limitada; MEI - Microempresário Individual) e mediante emissão de nota
serviços recebem da Igreja os seus proventos periódicos. Com isso, surge a dúvida: Isto é legal?
Antes de dar a minha resposta e supondo que os ministros religiosos que assim procedem o fazem por orientação de algum profiss
gostaria de saber o real sentido disso. Se for por reflexão à luz do direito, da ética e da moral, sem o vírus da maldade, tudo bem; mas, se
ludibriar o fisco, aqui registro o meu repúdio.
Penso que o pastor de Igreja local que for orientado a usar desses artifícios para receber os seus proventos mediante emissão de nota
serviços prestados cometerá um equívoco, do ponto de vista fiscal e moral. Fica fácil provar, à luz de um simples estudo tributário, q
vantajoso organizar uma empresa para receber proventos pastorais. Sem falar da ausência dessa categoria no rol das atividades permit
legislação pertinente do MEI.
Há profissionais da contabilidade e do Direito que estão orientando mal as Igrejas e seus pastores. Se invocam a lei, ou silêncio dela, e
saber se estão se referindo à lei civil ou à lei moral. Ora, a lei moral transcende a lei civil.
O fato de o IBGE fazer constar em sua Classificação Brasileira de Ocupações (CBO) a atividade de pastor, não significa que possa ser ap
Igrejas locais aleatoriamente. Afinal de contas, pastor atua em outros ambientes que não templos de qualquer culto. O código 2631 re
“Ministros de Culto” e em seu detalhamento tem até uma classificação separada para pastores, missionários e teólogos. Um homem
jamais pode ser equiparado à categoria de micro, pequeno, médio ou megaempresário.
Já ouvi argumento favorável à “pejotização” de pastores para facilitar a contratação de planos de saúde, já que as operadoras não recon
relação da Igreja com os pastores para que eles sejam incluídos em um plano corporativo que custa menos. Não havendo vínculo con
trabalho do pastor com a Igreja através da CLT, a Igreja que quiser conceder esse benefício ao seu pastor, o faz em nome da pessoa físic
por isso um valor consideravelmente maior. Mas isso é outra história.
Por oportuno, observe-se que a legislação previdenciária não deixa dúvidas quanto ao tratamento que deve ser dado ao ministro religio
contribuinte obrigatório da Previdência Social, sendo equiparado a autônomo. E mais: a legislação previdenciária é tão benéfica que f
ministro religioso efetuar a sua contribuição mensal de acordo com o valor por ele declarado, respeitados o piso e o teto, e não o percentu
sobre os seus ganhos, como é o caso aplicado aos demais trabalhadores autônomos.
Paralelamente a esta questão vemos muitas informações e desinformações sobre a natureza dos proventos recebidos pelo ministro reli
quem defenda a isenção do imposto de renda sobre os ganhos do ministro religioso, o que é um erro. O Regulamento do Imposto de Re
que a “imunidade, isenção ou não incidência concedida às pessoas jurídicas não aproveita aos que dela percebam rendimentos sob qualq
e forma”. Os rendimentos percebidos pelos pastores devem ser oferecidos à tributação normalmente, devendo-se aplicar a tabela pr
mensal e às demais regras de retenção e deduções da base de cálculo para o imposto de renda.
No próximo artigo apresentarei uma sugestão de termo de compromisso mútuo a ser celebrado entre Igreja x pastor e demais ministros re

Jonatas Na
Profissional contábil, diácon
e autor da obra “Cartilha da Igre
E-mail: jonatasnascimento@hor

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