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A ORAÇÃO DE JESUS – MATEUS 6.

9-13

A VONTADE DE DEUS: “Faça-se a tua vontade, assim na terra como nos céus”

Ao orar assim, Jesus está deixando claro que Deus tem uma vontade, ele tem um
plano. O Pai não está no céu esperando que o avisemos da nossa vontade para que assim ele
possa abençoá-la. O Pai Celeste tem a sua própria e soberana vontade sobre toda a criação.

Exercício: Cite uma vontade de uma criança que não é o melhor para ela
(exemplo: comer chocolate no lugar almoço). Assim como crianças tem vontades que precisam
ser corrigidas pelos pais, vontades essas que podem até mesmo causar algum mal a elas, nós
temos vontades que devem ser moldadas e corrigidas pelo nosso Pai Celeste.

Reflexão:

A vontade de Deus é boa, é perfeita, é agradável (Rm 12.2): Deus tem uma
vontade soberana, e para que possamos experimentar a vontade de Deus temos primeiro que ter
a nossa mente renovada, sem nos amoldarmos aos padrões deste mundo. Isso quer dizer que,
no nosso dia-a-dia, a cada decisão que tomamos, temos que questionar aquilo que fazemos e
está em desacordo com a santidade de Deus. Somente ao fazer aquilo que reflete a santidade de
Deus em nós, podemos experimentar a boa, e perfeita, e agradável vontade de Deus.

Quando vivemos a vontade de Deus, socorremos o próximo que está necessitado,


proclamamos justiça onde tudo é injusto, somos luz onde as trevas dominam. E quando um
lugar é iluminado pela luz de Jesus, só então vemos ali a boa, e perfeita, e agradável vontade
de Deus se concretizar.

Por isso, quando pedimos a Deus para que a vontade dele seja feita em nossas
vidas, nós estamos reconhecendo o governo dele sobre nós, e estamos dizendo que queremos
ter uma vida que honre a sua santidade, uma vida de fidelidade, uma vida com a mente renovada
pelo poder do Senhor.

O plano do Senhor é soberano (Jó 42.2; Jr 1.12): nada pode acontecer para
mudar ou frustrar o plano de Deus. Ele faz a sua palavra se cumprir como ele mesmo decretou.
Deus não altera o seu plano. Portanto, quando oramos não é para que a vontade do Pai mude,
mas é para que ela entre em nosso coração a fim de participarmos dela. Deus graciosamente
nos capacita a orar para nos permitir ser parte de sua obra no mundo.
Parte da obra: Deus está salvando o seu povo pela pregação do Evangelho,
então quando oramos pelo cumprimento da vontade do Pai, oramos para que ele nos leve a
pregar a salvação. Deus está restaurando casamentos que pareciam perdidos, portanto quando
oramos “faça-se a tua vontade” neste casamento, estamos orando para que ele nos use nessa
obra de restauração. Deus está orientando o confuso e desorientados, por isso quando oramos
assim estamos pedindo que o Senhor nos envie a dar palavras de orientação e consolo.

Oração é dependência (Sl 120.1): quando oramos buscamos a providência do


Senhor. Assim, reconhecemos que dele vem o nosso socorro e que não podemos viver sem a
sua direção e o seu governo sobre nós. Deste modo, quando nós oramos pelo cumprimento da
vontade de Deus em nossas vidas, disciplinamos nosso coração a se voltar para a vontade de
Deus em nosso dia-a-dia.

No texto de Marcos 1.35-39 podemos ver como Jesus orou ao Pai para saber o
que ele deveria fazer em seguida. E no texto de Lucas 22.39-44 vemos como o nosso Senhor,
mesmo abrindo o coração colocando a vontade da sua agonia, se submete à direção do Pai.

Na terra como no céu: no céu a vontade de Deus já está sendo cumprida


plenamente por todos aqueles que estão diante de sua presença. Ao orar pela vontade do Pai,
nós estamos pedindo para que Deus faça na terra, e em nossas vidas agora, aquilo que já está
acontecendo no céu. Ou seja, ao orar pela vontade do Pai, estamos pedindo para desfrutarmos
daquilo que só o Reino dos céus pode nos proporcionar pela obra de Jesus.

Assim, oremos na dependência do Governo do Senhor.

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