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Introdução à Terapia Tântrica

“O Tantra não é racional, não é lógico.


É sensorial, desrepressor.
Ele não acontece no hemisfério esquerdo e sim no direito.

Ele não pode ser retido, não pode ser apoderado, não pode ser apropriado.
O Tantra permanecerá livre e dissociado do ego.
Sempre que existir um julgamento o Tantra não estará presente.

O Tantra amplia a percepção, acessa os sentidos e não passa pelo racional.


Quando você acessa os sentidos através de uma ampliação de percepção, um
salto quântico acontece. Pode até ser que padrões da infância estejam
presentes, mas o Tantra trás um salto quântico na identificação com esses
padrões, faz com que uma grande ressignificação em relação aos padrões
aconteça.

A energia que possibilita o despertar tântrico tem uma peculiaridade incomum;


ela se manifesta em forma de vibração.

É esse estado vibracional, típico do Tantra que nos permite identificar que a
pessoa está sintonizada.

E nessa sintonia ela é iniciada e tem acesso ao saber tântrico.


Esse saber é pessoal e intransferível”. (Deva Nishok)
O Tantra é o conhecimento mais profundo que existe sobre a energia sexual, a
energia vital. A energia que possibilita a harmonia com o fluxo da vida, que
torna o ser humano desprendido e natural. Que abre o coração e confia na
existência.

“O sexo é tão sagrado quanto o samádi, o mais baixo e o mais elevado são
partes de um só continuum.

O degrau mais baixo da escada é tão importante quanto o mais alto; eles não
estão divididos em lugar nenhum.
E se você negar o mais baixo, nunca será capaz de alcançar o mais alto”.
Osho
O Tantra

O Tantra é uma filosofia oriental milenar, adaptada pelo Ocidente sob inúmeras
formas e definições. Em uma delas, é a junção de ddois fonemas: "Tan"
(expansão, irradiação) e "Tra" (libertação, salvação). Em suma, trata- se do
conhecimento que é irradiado para salvar.

Historicamente, o tantrismo perpassa milênios incorporando-se de lendas


populares, ritos mágicos e divindades das mais diversas regiões e períodos da
Índia, elaborados pelos brâmanes principalmente durante a Idade Média.

O resultado, embora muito distante de ser um conjunto de ensinamentos linear


e uniforme, congrega desde o tantra hindu, passando pela corrente Shakta e
chegando até o budismo tântrico, com textos e práticas riquíssimos como iogas,
mantras e tantos outros recursos acessíveis ao público em geral.

A dimensão da totalidade de tão diversificados e profundos ensinamentos que


fundamentam o Tantra é gigantesca. Contudo, o fato de ainda termos à frente
um longo e maravilhoso caminho - com tantos conhecimentos a serem ainda
descobertos, acessados e vivenciados - não nos impede de usufruir desde já
em nossas próprias jornadas de aprimoramento humano os benefícios do contato
com esse néctar transformador!

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História do Tantra – Origem

O Tantra na origem trata-se de uma filosofia milenar, uma tradição iniciática


que se originou no Oriente, onde seus ensinamentos permaneceram secretos
por muitos anos.

O objetivo principal dessa filosofia é a busca pela Iluminação Espiritual.

A palavra tantra significa literalmente “aquilo que libera da escuridão” e


suas práticas, ao contrário do que muitos pensam, estão centradas na meditação.

As escrituras sagradas do Tantra são tão secretas que é muito difícil encontrar
literatura que fale sobre o Tantra e a maioria dos textos secretos está em
sânscrito. O que se sabe é que três mil anos antes de Cristo o Tantra já
florescia em Mohenjo Daro (Paquistão), de onde surgiu a cultura Harappa, do
qual foram encontrados vestígios raros e importantes do ponto de vista histórico,
como imagens e desenhos que sugeriam uma prática tântrica.

A dificuldade de encontrarmos informações sobre o Tantra ocorre porque existe


um nível de qualidade de verdade que é alcançado em estado de silêncio e que
não é alcançado através do verbo. Há coisas que não podem ser traduzidas
em palavras. Tanto é que dentro das tradições não existem ensinamentos
passados gradativamente. Existem iniciações, que são chamadas de “sanskra”
(Cerimônias sagradas) e é dado através de um kripá (gesto), e é através desse
processo que o mestre conecta com o discípulo. O kripá era um toque na testa,
uma queimadura na testa ou através de um toque sexual, através da
penetração, todos esses kripás são de origem ancestral.

Os textos tântricos estão entre os mais antigos do Hinduísmo e do Budismo.

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A influencia do tantrismo se faz perceber hoje em praticamente todas as correntes
filosóficas hindus, principalmente no Sul da Índia, bem como no Japão e
Coréia (Zen e Sun Tântricos), na China (taoísmo tântrico) e no Tibet ( Budismo
Tibetano). Conceitos de práticas tântricas também são utilizados pelos Rosa
Cruzes, pela Eubiose, Gnose, Teosofia e outras escolas iniciáticas. Na psicologia
Carl Gustav Jung estudou e desenvolveu teoria sobre mandalas que envolvem
os ensinamentos do tantrismo.

No budismo, o tantrismo é considerado uma via rápida para a iluminação. Os


tantras (ensinamentos do tantra) são escritos de maneira simbólica e
constituem um guia para a vida.

O hinduísmo, por sua vez, ressalta que as energias masculinas e femininas se


integram através do Tantra, obtendo o prazer total e alcançado a elevação.

História do Tantra – Neo Tantra

“Há coisas que ainda não são verdadeiras, que, talvez, não tenham o direito de

ser verdadeiras,

mas que poderão ser amanhã”.

C.G.Jung

Recentemente surgiu o Neo Tantra, onde técnicas foram desenvolvidas para se


viver o Tantra e não mais como o Tantra original, onde todo o ensinamento era
passado do mestre para o discípulo.

No Neo Tantra se mescla diversas ferramentas e utiliza-se de diversas formas,


onde cada facilitador direciona de maneira personalizada.

As ferramentas mais utilizadas são técnicas de meditações ativas e passivas,


entoação de mantras, visualizações de yantras* e mandalas, além de trabalhos
corporais diversos, entre eles bioenergética, dança e massagens.
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No mundo ocidental o tantra tende a estar associado à práticas sexuais que
procuram um melhor aproveitamento da energia, na maioria das vezes não
dando o valor necessário para os aspectos espirituais.

Assim como acontece com a ioga e com outras práticas milenares, a versão
ocidentalizada do tantra perde relevância espiritual e profundidade e está mais
associada ao corpo do que à espiritualidade. Muitos vêm o tantra como um
conjunto de técnicas para melhor a vida sexual e tratar de disfunções sexuais e
nada mais.

* YANTRA literalmente significa "apoio" e "instrumento". Trata-se de um


desenho geométrico que atua como uma ferramenta altamente eficiente para a
contemplação, a concentração e a meditação. O Yantra fornece um ponto focal
que é uma janela para o absoluto.

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KULARNAVA TANTRA

O Kularnava Tantra é provavelmente o mais importante texto adotado pela


escolar tântrica Kaula. É citado constantemente como uma autoridade, na
literature tântrica. Essa obra foi publicada em sânscrito por Arthur Avalon
(pseudônimo de Sir John Woodroffe), em 1916.

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▪ KAULA TANTRA

O Kularnava Tantra prescreve os modos pelos quais um adepto do Kaula deve


se preparar para a busca espiritual mais elevada. Aborda aspectos de ética,
religião, filosofia e yoga, orientando o praticante através de rituais, repetição
(japa), mantras e práticas devocionais. Discute também que tipo de pessoa está
preparada para seguir o caminho do Tantra, assim como os requisitos e a
responsabilidade do guia espiritual (guru).

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A corrente específica de tantrismo associada ao Kularnava Tantra é chamada
de Kaula ou Kula describes. Mais especificamente, esse texto está associado à
corrente Kaula do Sul da Índia, em Kerala, que adota como principais escrituras:
Kularnava Tantra, Maha Nirvana Tantra, Tantraloka, Sakthi Tantra e Tantra
Manchiri. O Maha Nirvana Tantra, que foi totalmente traduzido para o inglês por
Arthur Avalon (Sir John Woodroffe), é a mais conhecida dessas escrituras.

A palavra sânscrita “kula” significa grupo ou família. No âmbito filosófico,


representa uma unidade espiritual. Quando adotada no contexto
tântrico, costuma ser interpretada como o grupo de praticantes, a
família espiritual formada por eles. Alguns autores interpretam “kula” como a
unidade subjacente a todos os seres do universo, que pode ser identificada com
Shiva ou com a Grande Deusa indiana.

Apresentaremos a seguir alguns dos conceitos básicos da tradição Kaula: os


de pureza, sacrifício, liberdade, guru e coração.

Nessa tradição, nenhum objeto ou atividade é considerado impuro em si


mesmo. A pureza ou impureza de qualquer depende da atitude da pessoa.
A única impureza absoluta é a ignorância, e o conhecimento é puro. Assim, uma
obra tântrica (Tantraloka) recomenda: “Neste sacrifício, o sábio deve utilizar os
próprios ingredientes que são proibidos nas escrituras. Ele fica imerso no néctar
da mão esquerda.” Tudo se torna puro quando a pessoa se identifica com
a consciência suprema. O praticante não é afetado pelas impurezas externas,
e faz uso daquilo que costuma ser proibido ou criticado, para atingir a
transcendência. É esse aspecto que torna antissocial ou antiético o Tantra da mão
esquerda (que inclui a tradição Kaula).

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Os rituais ou sacrifício (yajña) realizados na tradição Kaula são definidos
primariamente como atos internos, com o propósito de evocar a realidade
suprema. No entanto, se o sacrifício fosse realizado apenas internamente, isso
caracterizaria um dualismo ou limitação. Por isso, os praticantes Kaula também
realizam rituais simbólicos externos que dão apoio à prática interna. Nesses
sacrifícios são utilizados principalmente seis suportes ou ajudas: a realidade
externa; o(a) companheiro(a) ou parceiro(a); o corpo; o canal energético central
(sushumna); a mente; e a Grande Deusa, Shakti.

Todo o discurso dos textos Kaula enfatiza a ideia de liberdade,


autossuficiência, quebra de vínculos, libertação. Sob o ponto de vista social,
o praticante do Kaula se desliga da sociedade, adotando a família espiritual
do seu guru. O abandono das conexões sociais tem por objetivo ajudar a
produzir a liberdade mental interna e a superação das limitações do ego,
assim como a liberação dos preconceitos culturais e das regras sociais. No
nível ético, há uma liberdade pelo abandono das regras a respeito do que é
considerado puro ou impuro. No nível energético, a liberdade é atingida pelo
despertar da Kundalini com a utilização de asana, pranayama, mudra e
mantras. A energia vital é sublimada para produzir a elevação da consciência.

A culminação esperada desse processo é a iluminação espiritual, pela


revelação da unidade entre o eu individual e a divindade, um estado descrito
como atma-vyapti, ou reabsorção no verdadeiro eu (atman). Também é
denominado Shiva-vyapti, ou reabsorção na consciência suprema de Shiva.
Essa iluminação traz, segundo a tradição Kaula, a libertação da necessidade
de renascer.

A consciência se expande ao nível da realidade pura, além do tempo e do


espaço, onde não há limites para a sabedoria, onde se encontra uma felicidade
completa. O caminho da prática tântrica é conduzido por um Guru. O discípulo
deve se entregar ao seu mestre ou guru, aceitando suas orientações e
conectando-se a ele de uma forma profunda. Através dessa conexão, que
envolve um vínculo afetivo e uma grande confiança, os discípulos partilham
das vivências do guru, ligam-se diretamente ao coração iluminado do mestre
e assim aprendem a atingir o estado mais elevado de consciência. O guru e o
discípulo formam uma única pessoa, através dessa conexão. Como uma vela
que se acende a tocar a chama de outra vela, a revelação do eu supremo
passa do guru ao discípulo diretamente, não através de palavras ou práticas
externas, mas pela transferência direta do poder ou Shakti.
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Os Chakras

O sistema de energia do nosso corpo é muito mais complexo do que se possa


imaginar. Além das sete camadas que compõem a aura, existem também sete
chakras, ou centros de energias principais, dispostos em uma linha vertical
que passa pelo centro do corpo, estendendo-se desde a parte inferior do
tronco até o topo da cabeça. Esse pode ser um conceito difícil de entender a
princípio, especialmente porque os chakras não se manifestam fisicamente.
No entanto, eles existem no nível energético, no qual permitem que o corpo
se regule e funcione de forma eficiente. Existem também 21 chakras menores,
localizados principalmente no tronco, mas também nas mãos (particularmente
importantes quando se praticam técnicas de cura), na cabeça, no joelho e nos
pés. E existem também vários chakras superiores, dos quais ainda pouco
sabemos.

Chakra é a palavra sânscrita para roda, pois os chakras são vistos pelos
clarividentes como espirais de energia. Quando um chakra gira perfeitamente,
sem obstrução, distorção ou lentidão, isso indica que ele está funcionando
bem e não irá causar nenhum problema físico, emocional ou mental. No entanto,
esses problemas vão começar a se manifestar se o chakra para de girar por
algum motivo. Você pode pensar nisso como uma bateria fraca: tudo que é
abastecido pela bateria também vai começar a perder a força.

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O que são os Chakras?

A aura consiste numa rede de linhas finas, cada uma delas chamada nadí. Os
chakras são as junções onde essas muitas linhas de energia se encontram.
Os principais chakras localizam-se em sete pontos para onde converge o
maior número de linhas. Cada grande chakra está associado a partes
específicas do corpo, a uma etapa do desenvolvimento físico e a uma cor. Os
chakras secundários ficam nos 21 pontos em que um número menor de linhas se
encontram. Cientistas descobriram que esses chakras coincidem com áreas do
corpo ricas em terminações nervosas.

O que os Chakras fazem?

Cada chakra regula uma área específica do corpo, assim como as emoções, a
perspectiva mental e o propósito espiritual ligado a essa parte do corpo. Por
exemplo, se alguém diz que está com o coração partido por causa do fim de um
relacionamento, isso significa que o seu chakra cardíaco precisa de atenção. Os
chakras também nos permitem usar as nossas capacidades mediúnicas e a nos
comunicarmos no nível psíquico. Por exemplo, os agentes de cura usam os
chakras cardíaco, das mãos e do plexo solar quando tratam seus pacientes.

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Os Chakras Superiores

Além dos sete chakras que estão localizados no corpo humano propriamente
dito, estudiosos consideram agora a possibilidade de que existam vários outros,
embora seu número exato ainda seja algo aberta à discussão. Isso ocorre
porque eles ainda estão sendo descobertos, e em alguns casos existe ainda
um certo desacordo quanto à sua localização na aura humana. No entanto, isso
não reduz, de maneira alguma, o poder desses chakras ou a integridade das
pessoas que trabalham com eles. Conhecidos como “chakras superiores”, eles
estão relacionados com o nosso propósito mais elevado e com o Eu
Superior. Às vezes, são chamados de chakras da “Nova Era”,
para que possam se distinguir dos sete chakras tradicionais.

Em algumas fontes, os chakras cardíaco, laríngeo, frontal e coronário são


chamados de “chakras superiores” devido à sua localização física na aura. Aqui,
no entanto, esse termo refere-se aos novos chakras descritos aqui.

O Ponto Transpessoal

Esse chakra, também chamado de Estrela da Alma, está localizado acima da


cabeça, por isso faz parte da nossa aura e não tem nenhuma ligação aparente
com o nosso corpo físico. Supõe-se que ele seja o elo entre o ego (ou mente
consciente) e o Eu superior, e quando nos conectamos com ele somos capazes
de ver nossa vida uma perspectiva mais imparcial e objetiva. Por exemplo,
é esse ponto que nos permite ter uma idéia das lições que podemos aprender
com as situações difíceis. A ativação desse chakra por meio da meditação
nos dá uma visão melhor da nossa vida e do propósito da nossa encarnação.

O Hara

Embora a localização deste chakra, perto do umbigo, sugira que ele


interpenetra o corpo físico da mesma forma que os sete chakras principais, na
verdade, ele só existe na aura. Trata-se de um vórtice de energia localizado na
aura, entre os chakras sexual e do plexo solar. Embora todos nós tenhamos
um Hara, ele não está necessariamente ativo em todas as pessoas.

Agentes de cura trabalham com o chakra Hara sentem uma poderosa energia
de cura que muitas vezes é mais forte do que a que sentem quando trabalham
com o chakra cardíaco.

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O Alto Maior
Este chakra está localizado na parte de trás da cabeça, perto da nuca, e está
lidago ao antigo córtex cerebral. O Alto Maior pode ser sentido em torno do nariz,
na parte frontal do rosto. Ele nos ajuda a entrar em contato com os nossos
instintos e a nossa intuição, portanto é importante ativá-lo se você quiser
desenvolver suas habilidades psíquicas.

O Chakra Cardíaco Superior

Localizado na aura, entre os chakras cardíaco e laríngeo, esse chakra superior


também é conhecido como a “sede da alma” ou chakra do timo. O chakra
cardíaco superior nos ajuda a ativar a nossa consciência maior, e também
regula as nossas intenções, que passam do chakra cardíaco, através do chakra
cardíaco superior, para o chakra laríngeo, onde elas são transformadas em ação.
O chakra cardíaco superior pode ficar bloqueado quando reprimimos nossas
emoções.

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O Chakra Básico

Chamado de primeiro chakra, este chakra está localizado na base da coluna


vertebral, na região do períneo (o espaço entre os genitais e o ânus). Como
você deve imaginar, o chakra básico ou da raiz é o da natureza mais física e
terrena. Na verdade, ele é o mais denso dos sete chakras e o que vibra mais
lentamente, pois tem uma forte ligação com o corpo físico.

Funções deste Chakra

Uma das funções mais importantes do chakra básico é aterrar e estabilizar.


Sem essa conexão essencial com a terra, a pessoa perderia o contato com
o ambiente que a cerca e se sentiria desorientada emocionalmente. Ela
provavelmente teria problemas de dinheiro, pois não se sentiria conectada com
o mundo material à sua volta. (Por outro lado, a pessoa com um chakra básico
dominante geralmente é excessivamente materialista, mundana e sexual, além
de lhe faltar criatividade e imaginação).

Outra função essencial desse chakra é enviar energia para todos os noutros
chakras acima dele. Se ele, portanto, não estiver funcionando adequadamente,
for mal desenvolvido ou estiver bloqueado, o chakra sexual, logo acima dele,
também apresentará mau funcionamento, pois não receberá energia suficiente.

O chakra básico está ligado à sobrevivência física, por isso é


instantaneamente ativado quando a pessoa está em perigo. Se ele não estiver
funcionando bem, a pessoa pode sentir medo de não sobreviver no mundo
físico. Ela também pode encontrar dificuldade para cuidar de si mesma, tanto
do ponto da emocional quanto físico, especialmente se não teve um vínculo
forte com a mãe quando era bebê. A capacidade de nos nutrirmos está associada
a esse chakra.

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O Chakra Sexual

Acima do chakra básico ou primeiro chakra, o segundo é conhecido como


chakra sexual. Sua posição exata é de dois dedos abaixo do umbigo. Ele não
vibra tão lentamente quanto o chakra básico, mas ainda assim é um dos três
chakras associados com a vida física (outros dois são os chakras básico e o do
plexo solar).

Funções deste Chakra

O chakra sexual está conectado principalmente com o criativo com a


criatividade, em todas as suas formas. Ele rege a nossa capacidade de
reprodução, por isso está intimamente ligado à concepção e ao parto, e à
nossa capacidade de criar com a imaginação. A criatividade assume muitas
roupagens diferentes, e qualquer forma de expressão criativa, como escrever
ou pintar, é regida pelo chakra sexual em conjunto com o chakra laríngeo.

Bloqueios no chakra sexual se manifestam fisicamente com problemas nos


órgãos reprodutores, tais como dificuldades relacionadas à menstruação ou
para engravidar. Esses bloqueios também podem se manifestar como problemas
ligados a sexualidade, como frigidez ou transtornos sexuais. Os problemas
na bexiga e nos rins também são causados pelo mau funcionamento desse
chakra. Com muita frequência eles vêm acompanhados de um enfraquecimento
do chakra laríngeo.

Outro fator relacionado a esse chakra é a nossa atitude com relação à mudança
e ao movimento, seja físico ou metafórico. Esse chakra fraco ou bloqueado
pode levar uma grande resistência à mudança e a um apego ao status quo.
Isso também pode causar falta de flexibilidade no corpo, como rigidez nas
costas e nos quadris.

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O Chakra do Plexo Solar

Este vê o terceiro dos chakras e o último que está ligado integralmente ao nosso
eu físico. Ele vibra numa freqüência mais elevada que os dois chakras abaixo
dele e se localiza no abdome superior, abaixo do esterno.

Muitos de nós estamos conscientes do chakra do plexo solar, mesmo sem


saber o nome dele, porque ele reage a todos os estímulos emocionais. É nesse
chakra que registramos e guardamos as nossas emoções – por isso sentimos
frio na barriga quando estamos nervosos, ou sentimos nosso estômago revirar
quando algo nos deixa chocado.

Funções deste Chakra

Este chakra está associado com a vontade, a motivação e os impulsos. É graças


a ele que tomamos consciência da nossa força (ou falta dela), que nos sentimos
livres para sermos nós mesmos ou que sentimos que a nossa individualidade
está bloqueada por algum motivo. O chakra do plexo solar é que determina
se somos capazes de enfrentar aqueles que querem nos dominar, se
desmoronamos e deixamos que eles nos oprimam ou se somos nós quem
estamos abusando do poder. O mau funcionamento desse chakra pode fazer
com que nos sintamos inadequados ou incapazes de enfrentar os desafios da
vida. Podemos nos sentir perdidos, deixar que os outros tomem decisões por
nós, ou raramente tomar a iniciativa.

Como o plexo solar é o reservatório das nossas emoções, podemos acumular


ali muitas emoções difíceis que acabam por nos deixar doentes, caso não
consigamos eliminá-las. Amargura, ressentimento, raiva originária da infância e
sentimentos de inadequação e arrogância podem estar guardados ali, gerando
problemas físicos nas regiões do corpo regidas por esse chakra.

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O Chakra Cardíaco

Esse é o chakra que fica na parte central do nosso corpo e, portanto,


proporciona a ligação básica entre as nossas qualidades humanas (governadas
pelos chakras básico, sexual e do plexo solar) e divinas (governadas pelos
chakras laríngeo, frontal e coronário.)

O chakra cardíaco está localizado no centro do peito, um ponto à direita do


coração físico. Tem duas cores, roa e verde, sendo verde4 a cor
predominante.

Funções deste Chakra

O chakra cardíaco rege a nossa capacidade de amar os outros de maneira mais


pura e compassiva que podemos. Ele é o chakra do amor incondicional, e do
amor dirigido a todo universo, em vez de a uma determinada pessoa. Quando
falamos que uma pessoa está fazendo algo de “coração”, isso significa que ela
está agindo com base no chakra cardíaco.

Quando o chakra cardíaco funciona bem, a pessoa é calorosa, compassiva


e empática. Pode haver uma atração pela cura ou por alguma outra forma
de serviço humanitário. Todo chakra precisa se fechar ou se abrir de acordo
com a circunstância, e se o chakra cardíaco estiver permanentemente aberto,
ele levará a pessoa ao desgaste emocional, pois as emoções a assaltarão o
tempo todo ela estará permanentemente “de prontidão” com relação às outras
pessoas.

Por outro lado, se o chakra cardíaco não se abrir do modo apropriado, a pessoa
tem dificuldades para perdoar e oferecer amor incondicional. Ela pode se recusar
a demonstrar afeição, depois de passar por uma grande perda ou decepção.
Bloqueios e outros problemas com esse chakra podem causar distúrbios
respiratórios, como asma e enfisema, má circulação e enfermidades cardíacas.

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O Chakra Laríngeo

Como você pode imaginar pelo nome, este chakra rege a comunicação e a
autoexpressão em todas as suas formas. Isso significa que ele rege a nossa
capacidade (ou falta de capacidade) para dizer o que realmente pensamos e
sermos sinceros, tanto com nós mesmos quanto com os outros. Este chakra se
desenvolve durante os últimos anos da adolescência, que é geralmente uma
época de autodescoberta, quando aprendemos a nos separar dos nossos pais e
desenvolver as nossas próprias idéias sobre a vida.

Funções deste Chakra

Se não conseguimos nos comunicar, sentimos como se algo muito importante


estivesse faltando na nossa vida. Pode haver razões emocionais para essa
incapacidade, como o medo de sermos criticados e expusermos nossa
opinião, ou de não atendermos às expectativas dos outros e sermos
ridicularizados. Também podemos acreditar que as nossas palavras têm
tamanho poder que elas destruirão as pessoas, caso expressemos o que
pensamos. Podemos ter crescido numa família em que havia um acordo tácito
para não falarmos a verdade caso houvesse o risco de ferirmos alguém e em
que todos recorriam a eufemismo, em vez de expor os fatos sem rodeios. O
chakra laríngeo influencia todas essas situações e muitas outras.

Por outro lado, um chakra laríngeo pouco desenvolvido pode levar a uma
tagarelice incessante, em que a pessoa não fala nada de importante. Nesse
caso, ela está tentando evitar o silêncio com palavras, talvez pelo medo do que
acontecerá se parar para pensar. Problemas físicos ligados ao mau
funcionamento desse chakra podem incluir dor de garganta, rouquidão e hipo
ou hipertireoidismo.

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O Chakra Frontal

O espaço entre os olhos é a localização do terceiro olho, outro nome do chakra


frontal. Esse chakra é o nosso olho interior, que nos confere uma visão espiritual
capaz de nos fazer entrar em sintonia com a intuição e com os nossos
guias espirituais. É esse chakra que se abre durante a meditação criativa e
orientada, dando-nos um vislumbre de outros mundos e de diferentes dimensões
da existência. Juntamente com o chakra laríngeo e o coronário, o chakra frontal
é um dos três chakras que nos conecta com a Divindade e com a vida espiritual.

Funções deste Chakra

O chakra frontal rege a visão em todas as suas formas, seja física, intuitiva,
psíquica ou criativa. O mau funcionamento desse chakra pode dificultar a
conexão com nossa intuição, de modo que nos desligamos da nossa orientação
interior.

Podemos considerar tolas as nossas idéias criativas e não tentar executá-las,


ou até mesmo descartá-las quando nos ocorrerem, por estarmos convencidos
de que não têm valor. Isso significa que também achamos difícil fazer contato
com nosso anjo da guarda, e estamos, portanto, desconectados de uma
importante fonte de amor e orientação. Também haverá um impacto físico,
como problemas de visão, como vista cansada; dores de cabeça e enxaqueca.
Quando esse chakra está enfraquecido a pessoa se refugia na lógica e na
racionalidade, a ponto de considerar tolice ou bobagem qualquer coisa que não
se encaixe nessas categorias.

Quando esse chakra é superdesenvolvido, a pessoa pode achar difícil com a


vida cotidiana, porque, metaforicamente, ela vive com a cabeça nas nuvens.

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O Chakra Coronário

Localizado no topo da cabeça, o chakra coronário é extremamente sensível.


Mesmo que você ache difícil sentir os outros chakras, muito provavelmente já
sentiu este. Se uma pessoa olhar fixamente para você às suas costas, talvez
você um formigamento no couro cabeludo ou uma constrição na cabeça. Esse
é o sétimo chakra do sistema, aquele que nos liga diretamente com a Divindade,
qualquer que seja a forma pela qual ele se manifeste.

Funções deste Chakra

O chakra coronário é o nosso passaporte para os reinos superiores, que incluem


nossas almas gêmeas que estão no mundo espiritual, nossos guias espirituais
ou o Criador. Quando praticamos a cura ou canalização, conectamo-nos
conscientemente à Divindade por meio desse chakra. A mesma coisa acontece
inconscientemente quando rezamos. No entanto, quando essa conexão com a
Divindade é fraca ou não existe, somos assaltados pelo pensamento de que
Deus nos abandonou ou que ele não existe.

O chakra coronário afeta a saúde do nosso cérebro e, quando ele está


enfraquecido ou fechado, a pessoa pode ter episódios de depressão ou
desespero. Também pode haver distúrbios neurológicos, como epilepsia, ou
doenças mentais. Assim como o chakra básico está ligado à mãe, o chakra
coronário está ligado ao pai.

Um relacionamento difícil com a figura paterna, que pode ser ausente ou


autoritária demais, pode fazer com que esse chakra se feche. Se ele não
estiver funcionando bem, podemos ter problemas para aceitar ou acatar a
autoridade de outra pessoa.

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A Kundalini

A Kundalini é uma metáfora para os movimentos ascendentes espiralados da


energia espiritual e consciência, desde a base da coluna vertebral até o cérebro
e sua subida ativaria os diversos chakras.

No Hatha Yoga, a kundalini é descrita como uma serpente enrolada na base da


espinha vertebral, que seria um grande reservatório de energia espiritual criativa
(Shakti) e as religiões do extremo Oriente falam de uma força mística chamada
kundalini, que também é chamada de : elã vital, bio- eletricidade, prana, espírito,
orgônio (W.Reich).

Conhecendo o funcionamento dos chakras, o que é a kundalini, podemos


levar em conta algumas posturas que nos facilitaram a vivenciar o Tantra:

- Seguir os “Caminhos do Coração”

- Deixar-nos conduzir pelo amor

- Exercer nossa totalidade e valorizar a nossa intimidade

- Aceitar a Terra como uma escola divina

- Conhecermos a nós mesmos e nos sermos fiel

- Procurarmos expandir nossa consciência a cada momento

- Compartilharmos a vida com um parceiro de forma sagrada, criativa e


respeitosa

- Exercitarmos nossa sabedoria pessoal com base no coração e na nossa


inteligência

- Te alegrar a cada momento sem expectativas quanto ao future.

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ABERTURA DE PORTAIS DOS CHACRAS

1º CHACRA – MULADHARA – EU ME ENTREGO (ORIGEM MEDO)


2º CHACRA – SVADHISHTANA – EU ME ACEITO (ORIGEM CULPA)
3º CHACRA – MANIPURA - EU CONFIO (ORIGEM CONTROLE/RAIVA)
4º CHACRA – ANAHATA – EU ME AMO (ORIGEM – APEGO/ DESAMOR)
EU LIBERO E FICO PREENCHIDA (O)
5º CHACRA – VISHUDDA – EU SOU A VERDADE (ORIGEM MENTIRA)
EU COMPREENDO
EU SOU COMPREENDIDO (A)
6º CHACRA – AJNA - EU VEJO (ORIGEM FALTA DE FÉ)
EU CONECTO COM ALGO MAIOR
7º CHACRA – SAHASRARA- EU FAÇO PARTE DO TODO (ORIGEM
DESCONEXÃO COM A VIDA)
EU E O TODO SOMOS UM

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Guia de Meditações Ativas

MEDITAÇÃO KUNDALINI
Uma meditação em quatro estágios de quinze minutos cada um, envolvendo
movimento, dança, imobilidade e relaxamento. Tem como objetivo o despertar
das energias bloqueadas, dissolvendo as couraças corporais e permitindo que
está interiormente petrificado torne-se líquido, fluido, abundante. Deve ser
sempre feita no final da tarde ou no início da noite. Funciona também como um
banho energético, dissolvendo as preocupação e estresse acumulados e
deixando-o refrescado e tranquilo.
Primeiro estágio: Solte-se e deixe seu corpo todo chacoalhar, sentindo a
energia vindo de seus pés. Mantenha os pés fixos no chão, os joelhos soltos.
Permita que o chacoalhar aconteça e trone-se o chacoalhar. Quando seu corpo
começar a tremer, coopere, mas não seja o fazedor, pois isso não é um exercício
físico. Simplesmente permita que o chacoalhar aconteça. Assim, ninguém está
fazendo isso, está simplesmente acontecendo.
Segundo estágio: dance com totalidade, da maneira que você sentir, de
preferência com os olhos fechados. Deixe que todo seu corpo se movimente
livremente. Dance, da maneira que sentir mais a vontade e espontâneo com você
mesmo, deixe que todo seu corpo flua e se movimente com a música.
Terceiro estágio: Sentado ou em pé, com os olhos fechados, permaneça
imóvel, receptivo para a música e observando, testemunhando , tudo que
acontece dentro de você.
Quarto estágio: com os olhos fechados, deite-se e relaxe, até ouvir o gongo que
indica o final da meditação.

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MEDITAÇÃO DINÂMICA
Uma meditação específica para as primeiras horas da manhã, com cinco
estágios perfazendo um tempo de 60 minutos. Esta é uma meditação na qual
você deve estar continuamente alerta, consciente e atento a tudo que fizer,
durante todos os estágios.
Primeiro estágio: no primeiro estágio você tem que respirar o mais rápido e
profundamente possível durante dez minutos, colocando toda a sua energia
nisso, mas permanecendo uma testemunha, observando o que está
acontecendo, como um espectador – algo está acontecendo no corpo e a
consciência fica no centro, como uma testemunha. A respiração, pelo nariz, com
a concentração maior na expiração, deve ser caótica, com mudança constante
de ritmo, o mais rápido e forte que puder, até você se tornar a própria respiração.
Segundo estágio: O segundo estágio, de dez minutos, é a catarse consciente.
Deixe sair tudo que precisa vir para fora. Fique totalmente louco: grite, berre,
chore, pule, sacuda-se, dance, cante, ria... não segure nada. Seja total, mas
permaneça uma testemunha.
Terceiro estágio: no terceiro estágio, também de dez minutos, os braços devem
ficar para cima, enquanto você salta no mesmo lugar, gritando o mantra “Hoo!
Hoo! Hoo!”, cada vez que seus pés baterem no chão. Dê tudo que puder, até a
exaustão.
Quarto estágio: No quarto estágio, ao ouvir o grito “Pare!”, fique imóvel durante
15 minutos, na posição em que estiver, sem ajeitar o corpo. Qualquer movimento
dissipará o fluxo da energia e o esforço será perdido.
Quinto estágio: no quinto estágio, celebre e dance! E carregue essa energia com
você por todo o dia.
Observação: Essa meditação deve ser feita preferencialmente em grupo, mas
é uma experiência individual. Assim, desse-se ignorar a presença dos outros e
manter os olhos fechados durante todo o tempo. Se necessário use uma venda.

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MEDITAÇÃO NATARAJ
Esta é uma meditação dançante de 65 minutos de duração em três estágios,
com música específica criada para ela ponto desaparecido na dança, relaxando
no silêncio na tranquilidade, é a rota interior para este método.
Esqueça do Dançarino, o centro do Ego, torne-se a dança. Essa é a meditação.
Dance tão profundamente que você esquece completamente que você está
dançando e começa a sentir que você é a dança. A divisão tem que desaparecer,
assim e se torna uma meditação.
Se a divisão estiver presente, então é apenas um exercício agradável, saudável,
mas não pode ser tido como espiritual. É apenas uma simples dança. A dança é
boa em si mesma, até onde for, ela é boa. Após isso, você se sentirá refrescada,
jovem. Mas isso ainda não é meditação.
O dançarino tem que ir, até que somente a dança permaneça, não fique de pé
ao lado, não seja apenas um observador. Participe!
E seja brincalhão. lembre-se sempre da palavra brincalhão; ela é muito básica.

Primeiro estágio: - 40 minutos - Com os olhos fechados, dance como possuído.


Deixe seu inconsciente assumir o controle totalmente. Não controle seus
movimentos nem seja uma testemunha para o que está acontecendo. Apenas
seja total na dança.
Segundo estágio: - 20 minutos - Mantenha os olhos fechados, deite-se
imediatamente. fique em silêncio e relaxado.
Terceiro estágio: - 5 minutos - Celebre dançando e deleite-se.

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MEDITAÇÃO NADABRAHMA
Meditação Nadabrahma é uma velha técnica de meditação tibetana que,
originalmente, era praticada nas primeiras horas da manhã. Mas ela pode ser
praticada qualquer hora do dia, desde que o estômago já esteja vazio. A
meditação têm três estágios e dura uma hora. É, também, uma meditação
curativa.
Primeiro estágio: Sentado numa posição relaxada, com os olhos fechados
fazendo o som “mmmmmmm......” durante 30 minutos, sentindo-se,
internamente, ou como um Bambu, de modo que a vibração tome conta de todo
seu interior.
Segundo estágio: O segundo estágio é dividido em dois movimentos de sete
minutos e meio cada um. Na primeira metade, se movem circularmente, de
forma lenta e quase imperceptível de dentro para fora, a partir do umbigo, com
as palmas das mãos voltadas para cima, com a consciência de que se está
dando a própria energia interior para o universo. No segundo movimento, as
mãos se movem na direção oposta, com as palmas voltadas para baixo, trazendo
então a energia para dentro.
Terceiro estágio: Por 15 minutos, sentado ou deitado, absolutamente quieto e
silencioso.

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MEDITAÇÃO GOURISHANKAR
Essa técnica noturna consiste de quatro estágios de 15 minutos cada. Os
primeiros dois estágios são uma preparação para um Latihan espontâneo do
terceiro estágio. Se a respiração for feita corretamente no primeiro estágio, O
dióxido de carbono formado na corrente sanguínea fará você se sentir tão alto
quanto o Gurishankar (Monte Everest).
Primeiro estágio: Em 15 minutos sente-se com os olhos fechados. Respire
profundamente pelo nariz, enchendo os pulmões. Segure a respiração tanto
tempo quanto possível, não exale suavemente pela boca e mantenha os
pulmões vazios por tanto tempo quando for possível. Continue essa respiração
por todo este estágio.
Segundo estágio: 15 minutos retorna a respiração normal e contemple
suavemente a chama da vela ou uma luz azul cintilante mantenha seu corpo
quieto.

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Terceiro estágio: 15 minutos (Latihan) - com os olhos fechados, fique de pé e
deixe seu corpo solto e receptivo. Permita seu corpo mover-se suavemente para
onde ele quiser. Não faça o movimento, apenas deixe que ele aconteça gentil e
graciosamente.
Quarto estágio: 15 minutos - deite-se com os olhos fechados, silencioso e
quieto.

MEDITAÇÃO MANDALA

Primeiro estágio: - 15 minutos -Com os olhos abertos corra sem sair do lugar,
comece devagar e gradualmente, cada vez mais rápido. Eleve seus joelhos tanto
quanto for possível. Respirando profundo e uniformemente, irá movimentar a
energia interior. Esqueça a mente e o corpo. Continue indo...

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Segundo estágio: - 15 minutos - Sente-se com os olhos fechados e a boca
aberta e relaxada. Gire suavemente seu corpo a partir da cintura como uma
haste balançando ao vento. Sinta o vento lhe balançando de um lado para o
outro, para frente e para trás. Isso guiará sua energia desperta para o centro do
umbigo.
Terceiro estágio: - 15 minutos - Deite-se de Costas, com os olhos abertos e a
cabeça imóvel, movimente os olhos no sentido horário. Desde seus olhos
giraram totalmente em suas órbitas, Como se você tivesse seguindo um grande
relógio, tão rápido quanto possível. É importante que a boca permaneça aberta
e a mandíbula relaxada com uma respiração suave e uniforme. E será trazer as
energias entradas para o terceiro olho.
Quarto estágio: - 15 minutos - Feche os olhos e fique quieto.

MEDITAÇÃO CHAKRA SOUNDS

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Esta meditação tem a duração de uma hora e visa equilibrar e harmonizar as
energias dos sete chakras, trazendo consciência para eles.

Primeiro estágio: - 45 minutos - No primeiro estágio da meditação, o meditador


faz três passagens pelos sete chakras, fazendo ele mesmo sons vocais, sempre
acompanhado por música especialmente criada para atuar em cada um dos sete
chakras.
De Pé, sentado confortavelmente ou deitado, como você preferir, mantenha a
sua coluna reta e o corpo relaxado. Respire mais com o abdômen do que com o
peito. Sons devem ser feitos com a boca aberta e o maxilar relaxado. Mantenha
a boca aberta por todo o tempo.
Feche os olhos e escute a música. Sinta a música vibrando dentro do primeiro
chakra.Aos poucos comece a emitir sons dentro do primeiro chakra. Você pode
se manter em um único tom ou numa variedade de tons. Deixe a música guiar
você. Esteja relaxado e sinta o som pulsando bem no centro do chakra, mesmo
que, no princípio, parecia ser simplesmente imaginação. Você pode usar a
imaginação para ajudá-lo a sintonizar-se com o chakra. A imaginação poderá
levá-lo a uma experiência de vibração interior em cada centro. Após fazer os
sons no primeiro chakra, você ouvirá na música os tons mudando para uma
graduação mais alta. Isso é uma indicação para fazer e sentir o som no segundo
chakra.
Este processo é repetido até o sétimo chakra à medida em que você sobe chakra
por chakra, deixe que os seus sons assumam tons cada vez mais altos.
Após ouvir e fazer sons no sétimo chakra, os tons vão descendo um a um através
de todos os chakras. À medida que os tons vão descendo, ouça e faça o sons
em cada chakra.
O total dessa descida dura cerca de 2 minutos. Sinta o interior de seu corpo
tornando-se oco como uma flauta de bambu, permitindo que os sons ressoem
desde o topo da sua cabeça até a base da espinha. Ao final da sequência você
perceberá uma pausa antes de se iniciar a próxima sequência. Este movimento
de subida e descida do som será repetida três vezes no total de
aproximadamente 45 minutos.
Não há necessidade de se criar imagens, mas simplesmente estar receptivo
caso apareçam visualizações em cada chakra focalizado.
Segundo estágio: - em 15 minutos - No segundo estágio, o meditador
simplesmente Relaxa, tornando-se uma testemunha do que quer que se passa
em seu interior.

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OSHO OVERTONE CHAKRA MEDITATION
Esta meditação tem adoração total de 60 minutos.
Primeiro estágio: É composto de diferentes íons que se relacionam com os sete
chakras. Ouvir receptivamente cada tom a pessoa tem a oportunidade de dirigir
sua consciência para cada chakra, permitindo, assim, que ele se abra e expanda
a sua energia.
Segundo estágio: O segundo estágio corresponde a um relaxamento de 15
minutos.
MEDITAÇÃO DE KALI
A meditação de Kali é uma poderosa meditação de poder pessoal e de
reprogramação. Utiliza a energia e a egrégora de Kali, a ceifadora de cabeças,
para pagar e desconectar as memórias e fantasmas do passado do momento
presente.

Primeiro estágio: Respiração um por três, puxa-se o ar em um grande


inspiração, e solta-se em três fases, três expirações, repetidamente.

Segundo estágio: Estágio cortar as cabeças. Nesta fase, utilizando-se o poder


de gerado pela respiração, o meditador em Cunha a espada de Kali em ambas
as mãos, e com os olhos arregalados e a língua para fora da boca, começa a
cortar as cabeças dos "dragões", os medos, fantasmas e obstáculos que te
impedem de realizar seus sonhos e objetivos.

Terceiro estágio: Estágio da dança de Kali, uma dança de celebração e


conexão com o ser que o meditador virá a ser. Conexão com o amor que espera,
e com o desdobramento do novo, de tudo o que poderá ocupar o espaço que foi
aberto no segundo estágio. Uma dança de libertação, de abrir os caminhos, onde
o meditador dança, e pede, até mesmo em voz alta, as realizações que desejam
alcançar.

Quarto estágio: Deitar-se ou sentar-se em silêncio para integrar a experiência


por 15 minutos.

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MEDITAÇÃO GIBBERISH
Esta é uma técnica altamente catalítica que encoraja os movimentos expressivos
do corpo. Deve ser distinguida da meditação de Devanani, que é bastante
delicada. São quatro estágios:

Primeiro estágio: Gibberish - 15 minutos - Fique de pé, sentado ou deitado,


conforme as instruções. Comece a fazer sons sem nenhum sentido - Gibberish.
Som que você goste ou odeia, mas não saia nenhuma língua, Nem use palavras
que você conheça, permita-se expressar o que quer que precisa ser expresso
dentro de você. Jogue tudo fora, fique totalmente louco, conscientemente. A
mente pensa em termos de palavras. O Gibberish ajuda a quebrar esse padrão
de verbalização continua. Sem suprimir seus pensamentos, você pode jogá-los
fora, no Gibberish.
Tudo é permitido: cantar, chorar, vírgula, gritar mais alto e loucamente possível,
murmurar, falar.
Deixe seu corpo fazer o que quer que ele queira: pule, deite-se, ande , sente-se,
dê ponta-pés e assim por diante. Não deixe acontecer espaços vazios. Se você
não encontrar sons para Gibberishar, apenas diga lá , lá , lá, mas não
permaneça silencioso.
Evite qualquer tipo de comunicação ou diálogo com outras pessoas, não interfira
com elas e não permita também interferências, de jeito nenhum. Fique apenas
com o que está acontecendo a você e não se importe com que os outros estejam
fazendo.

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Segundo estágio: Testemunhando - 15 minutos - Quando soar o sinal, fica em
pé ou sente-se absolutamente imóvel, silencioso e relaxado, reunindo sua
energia dentro de você, deixando os pensamentos serem levados cada vez mais
longe de você, permitindo-se entrar em profundo silêncio e na profunda paz que
está no seu centro. Você pode se sentar no chão, mas a cabeça e as costas
devem ficar eretas, o corpo relaxado, os olhos fechados e a respiração natural.
Fique consciente, esteja totalmente no momento presente. Fique como um
observador nas colinas, testemunhando o que quer que passe por ali.
Seus pensamentos tentarão correr para o futuro ou para trás, para o passado.
Apenas observe-os a distância, não os julgue, não se prenda neles. Apenas fique
no presente, observando. É o processo de observar que é a meditação, o que
você estiver observando não é importante. Lembre-se de não ficar identificado
ou perdido, ou envolvido com o que quer que surja, sejam pensamentos,
sentimentos, Sensações corporais ou julgamentos.
A mente pensa sempre em termos de palavras. A algaravia ajuda a romper esse
padrão de verbalização continua. Sem reprimir os pensamentos, jogue-os - fora
no algaravia. Da mesma maneira, permita que seu corpo se expresse.

Terceiro estágio: Let Go - em 15 minutos - Deite-se sobre o estômago e sinta-


se como se estivesse se diluindo na mãe Terra. Toda vez que o ar sair do corpo,
sinta-se diluindo no chão que está sob você. Entregue-se completamente ao
transcendental. Ao sinal, permita que seu corpo caia sem nenhum esforço ou
controle. Sinta-se como se estivesse morrendo. Toda sua energia dissipando-se
para fora do seu corpo completamente, ganhando o vazio, alcançando o infinito.
Sinta dissolver-se lentamente neste vazio. Deixe se perceber que você não é o
corpo, nem a mente, que você é algo separado de ambos. Agora o silêncio torna-
se ainda mais profundo.
Quarto estágio: - volte 15 minutos - Ao sinal, vá recuperando lentamente o
contato com o corpo físico, mexendo os pés e as mãos, as pernas, a cabeça.
Uma música o auxiliará neste retorno. Sinta-se mover todo o corpo, sentando-se
no seu próprio tempo e permitindo que uma dança espontânea aconteça.

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MEDITAÇÃO CHAKRA BREATHING
A técnica Chakra Breathing pode ajudar você a se tornar consciente e
experenciar cada um dos sete chakras. Essa técnica é ativa, usa a respiração
rápida e profunda, e movimento do corpo acompanhado por sons, músicas para
abrir e trazer consciência e vitalidade aos chakras. A técnica capacita a trazer o
silêncio e a vitalidade a sua vida diária.

Primeiro estágio: - 45 minutos respirando nos chakras - Fique de Pé, com os


pés abertos, separados com a distância = seus quadris ou ombros. Deixe o seu
corpo estar solto o relaxado. Fecha os olhos e, com a boca aberta, respire
profunda e rapidamente no primeiro chakra, à medida em que você respira,

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ponha a atenção na área pélvica do seu corpo, onde o primeiro chakra está
localizado. Igual em fase deve ser dada, tanto na inspiração como na expiração.
Não force a sua respiração. Respire dentro de um ritmo confortável, que permita
você se tornar consciente das percepções e sensações de cada chakra, respire
dentro do primeiro chakra até ouvir um sino, quem indica o começo da
respiração no segundo chakra.
Cada vez que ouvir um sino, Mude a sua respiração rápida e profundamente
para o próximo chakra - o terceiro, depois do quarto, o quinto, o sexto e com o
último sino o sétimo chakra. Medida em que sobe de chakra para chakra, a sua
respiração deve se tornar mais rápida e mais suave, de tal maneira que você, ao
chegar no sétimo chakra estará respirando duas vezes mais do que respira no
primeiro.
Enquanto estiver respirando é útil sacudir o corpo, inclinando-o, esticando-o, ou
fazendo gerar a sua pélvis, e movimentando suas mãos da melhor maneira que
sentir, mas mantendo os pés presos ao chão. Permita a seus pés, joelhos e
quadris e outras juntas se tornarem como molas, de maneira que uma vez que
você ativa a sua respiração e o corpo o movimento se torne continuo e sem
esforço. Deixe sua consciência permanecer primeiramente com a sensação do
chakras mais do que com a respiração ou movimento do corpo.
Depois de respirar no sétimo chakra , você ouvirá três batidas de sino. Este é o
sinal para deixar sua respiração e consciência voltar a descer através de cada
chakra. A medida em que você desce respirando permita que sua respiração se
torne mais lenta a cada chakra. Deixe a energia fluir para baixo, por ela mesma,
a partir do sétimo chakra para incluir todo o espectro da energia do chakra,
desde a cabeça ao mais baixo. Como sete cores misturadas em um arco-íris,
essa descida da respiração dura dois minutos e você decide quanto tempo
respirar em cada chakra.
Depois que você terminar essa sequência, permaneça em pé por alguns
minutos, antes de começar a próxima sequência.
Essa sequência de respiração, subindo e descendo, deve ser repetida três
vezes, no total aproximado de 45 minutos. Se você não sentir a energia do seu
chakras no início, basta respirar na área onde eles estão localizados - lembre-
se de não forçar a respiração.
Ao contrário, permita que a respiração e o movimento do corpo sejam uma ponte
que leve você para as sensações e qualidades de energia de cada chakra.
Torne-se sensitivo as diferentes qualidades de cada chakra, que virá você não
através da força, mas através da consciência e paciência.

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Segundo estágio: - 15 minutos sentado - Após a terceira sequência de
respiração, sente-se com os olhos fechados e em silêncio, por pelo menos 15
minutos. Ou mais, se você desejar. Assim que você se sentar, não ponha a
atenção em qualquer coisa em particular. Permita a você mesmo tornar-se
consciente e observar qualquer coisa que estiver acontecendo em seu interior.
Lembre-se: a pessoa deve estar relaxada e permanecer um observador a
qualquer coisa que estiver acontecendo e não emitir juízo.

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MEDITAÇÃO GIRO SUFI
O giro Sufi é uma das técnicas mais antigas e uma das mais vigorosas. É tão
profunda que até mesmo a única experiência pode torná-lo totalmente diferente.
Gire com os olhos abertos assim como fazem as crianças, como que se o seu
ser interior tivesse se tornado um centro e todo o corpo uma roda girando, como
a roda do Oleiro.
Você estará no centro mas o corpo todo estará girando.
Recomenda-se que nenhum alimento ou bebidas seja ingerido durante três
horas antes do Giro. É melhor estar descalço e usar roupas soltas. A meditação
é dividida em dois estágios: giro e repouso. Não há um tempo fixo para o giro,
ele pode continuar por horas, mas sugere-se que você o faça continuamente por
pelo menos uma hora para ter a sensação completa da energia em redemoinho.
Primeiro estágio: O giro é feito no ponto, no sentido anti-horário, com o braço
direito erguido, a palma da mão voltada para cima e o braço esquerdo abaixado,
com a palma da mão voltada para baixo.
As pessoas que sentirem desconforto girando no sentido anti-horário, poderão
mudar para o sentido horário. Deixe o corpo relaxado e mantenha os olhos
abertos mas desfocados para que as imagens tornem-se embaçadas e floridas.
Permaneça em silêncio.
Durante os primeiros 15 minutos, gire devagar. Depois aumente a velocidade
gradualmente durante os 30 minutos seguintes até que o giro aconteça por si
mesmo e você se transforme num redemoinho de energia - Na periferia haverá
uma tempestade de movimento. Mas o observador, no centro, estará quieto e
silencioso.
Quando você estiver girando tão rapidamente que não consiga permanecer em
pé, o seu corpo cairá por si mesmo. Não faça da queda uma decisão sua e nem
escolha um de cair com antecedência, se o seu corpo estiver solto, você cairá
suavemente e a terra absorver a sua energia.
Segundo estágio: A segunda parte da meditação começa quando você cai.
Imediatamente deite-se sobre o estômago, para que o baixo ventre fique em
contato com a terra. Se alguém sentir um forte desconforto deitando-se assim,
poderá deitar-se de costas. Sinta o seu corpo entrando na terra tal como uma
criança nos seios da mãe. Mantenha seus olhos fechados e permaneça passivo
e silencioso por pelo menos 15 minutos. Depois da meditação, fique o mais
quieto e inativo possível. Algumas pessoas talvez sintam náuseas durante a

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meditação giro, mas esta sensação deve desaparecer em dois ou três dias. Só
deixe de fazer a meditação se a sensação persistir.

HEART CHAKRA

Esta é uma meditação que faz conectar com o coração.

Renova a energia através de movimentos em direção aos quatro pontos


cardeais, nos deixando mais sensível e amoroso. No momento em que você se
preenche com esta amorosidade, vai querer compartilhar com os outros, pois há
um transbordamento desta energia.
Até o quarto estágio ela é feita de olhos abertos, acompanhando o movimento
de expansão das mãos. As mãos têm uma conexão direta com o coração.

Primeiro estágio:
Comece em pé colocando ambas as mãos sobre o chakra cardíaco em posição
de repouso;
Ao iniciar a música, mova a mão e o pé direito para frente alternadamente, com
a mão e o pé esquerdo até o final da música;
Volte à posição de repouso.

Segundo estágio:
Ao iniciar a música, mova a mão e o pé direito para o lado direito alternadamente
com mão e o pé esquerdo para o lado esquerdo;
Volte à posição de repouso.

Terceiro estágio:
Ao iniciar a música nova, a mão e o pé direito para trás, alternando com a mão
e o pé esquerdo para trás;
Volte à posição de repouso.

Quarto estágio:
Execute sequencialmente os movimentos dos estágios 1, 2 e 3;
Fique na posição de repouso até tocar o sino. Logo após, sente em silêncio.

Quinto estágio:
Mantenha-se sentado de olhos fechados até o final da música e dos sinos.

A meditação HEART CHAKRA é um exercício baseado na tradição Sufi com


centenas de anos. É um exercício muito simples de respiração e movimento, que
pode ajudar a aliviar a tensão interna, ao permitir que a energia do coração flua

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de novo livremente. Quando o chakra cardíaco (ponto médio dos restantes
chakras) está aberto, todas as energias fluem livremente. Os bloqueios internos
nessa altura não existem e a pessoa sente-se profundamente unida a si própria
e a todos os outros seres. A pessoa sente-se protegida e irradia calor, satisfação
e compaixão. Os bloqueios internos e a fragilidade ou o medo de ser rejeitado,
que por vezes se sente, tendem a desaparecer.

Esta meditação dura cerca de 1 hora e é praticada inicialmente (30 min) de pé,
ao som da música, e na última fase (20 min) é feita em silêncio e total
imobilidade, sentado. A música é de Karunesh.

O TANTRA HINDU E O TANTRA BUDISTA

Há apenas dois caminhos básicos: o caminho da devoção, da prece, do amor, e


o caminho da meditação, da percepção. Essas duas abordagens básicas
diferentes persistem.

A abordagem de Shiva é a da devoção, da prece, do amor, e a de Saraha é a da


meditação, da percepção. Essa distinção é apenas formal, porque o amante e o
meditador chegam ao mesmo objetivo. Suas flechas são lançadas de arcos
diferentes, mas atingem o mesmo alvo. No final, o arco não importa; desde que
o alvo seja atingido, não importa que tipo de arco você escolheu.

E estes são os dois arcos: o caminho da meditação e o caminho da devoção,


porque as pessoas estão basicamente divididas no pensar e no sentir. Você
pode abordar a realidade através do pensar ou através do sentir.

A abordagem budista, de Buda e de Sahara, é através da inteligência. Sahara


basicamente se move através da mente. É claro, a mente precisa ser deixada
para trás no final, mas é a mente que precise ser deixada para trás. Aos poucos,
a mente precise desaparecer na meditação, mas é a mente que precise
desaparecer, é o pensar que precise ser transformado, e um estado de não
pensamente precisa ser criado. Mas lembre-se: é um estado de não
pensamento, e ele só pode ser criado quando abandonamos os pensamentos
lentamente, pouco a pouco. Então, todo o trabalho é feito dobre a parte
pensante.

A abordagem de Shiva é aquela do sentir, do coração. O sentiment precise ser


transformado, o amor precise ser transformado, de tal modo que se torne um

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estado de prece. No caminho de Shiva, o devote e a divindade permanecem,
mas no ponto culminante eles desaparecem um no outro. Preste bastante
atenção: quando o Tantra de Shiva chega a seu orgasm supremo, o “eu”se
dissolve no “tu” e o “tu” se dissolve no “eu”. Eles fiam juntos, tornam-se uma só
unidade.

Quando o Tantra de Sahara chega ao seu ponto culminante, o reconhecimento


é o de que nem você está certo, nem você é verdadeiro, nem você existe e nem
eu; ambos desaparecem. Há dois zeros se encontrando: não “eu” e o “tu”, mas
nem “eu” nem “tu”. Dois zeros, dois espaços vazios se dissolvem um no outro.
Porque todo o esforço do caminho de Sahara é o de como dissolver o
pensamento, e o “eu” e o “tu” são parte do pensamento.

Quando o pensamento for completamente dissolvido, como você pode chamar


a si mesmo de “eu”? E quem você chamará de Deus? Deus é parte do
pensamento, é uma criação do pensamento, uma elaboração do pensamento,
uma elaboração da mente. Assim, todas as elaborações da mente se dissolvem
e surge shunya, o vazio.

No caminho de Shiva, você deixa de amar a forma, deixa de amar a pessoa e


começa a amar toda a existência. Toda a existência se torna seu “tu”; você se
dirige para toda a existência. A possessividade é abandonada, o ciúme é
abandonado, o ódio é abandonado, tudo o que for negative no sentiment é
abandonado, e o sentiment fica cada vez mais puro. Chega um momento em
que há um amor puro, e nesse momento de amor puro você se dissolve no “tu”
e o “tu” se dissolve em você. Vocês também desaparecem, mas não como dois
zeros, e sim como o amado desaparece no amante e o amante desaparece no
amado.

Até esse ponto os caminhos são diferentes, mas essa também é uma diferença
formal. Além daí, o que importa se vocês desapareceram como um amante e um
amado ou como dois zeros? O ponto básico, o ponto fundamental, é que vocês
desapareceram, que nada sobra, que nenhum traço é deixado para trás. Esse
desaparecimento é a iluminação.

Dessa maneira, você precise entender: se o amor tem atrativo para você, Shiva
terá atrativo para você e o Livro dos Segredos será a sua bíblia tântrica. Se a
meditação tiver atrativo para você, então Sahara terá atrativo para você.
Depende de você! Ambos estão certos, ambos estão indo na mesma jornada. É
a sua escolha com quem gostaria de viajar.

Se você puder ficar sozinho e se sentir pleno, então escolha Sahara; se não
puder se sentir pleno quando está sozinho e seu estado de plenitude vier
somente quando você se relaciona, então escolha Shiva.

Essa é a diferença entre o Tantra hindu e o Tantra budista

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O Tantra em nossa Vida

O Tantra nos propõe um caminho de encontro consigo mesmo, dentro de uma


maneira muito específica, onde através de processos relacionados com
autoconhecimento, mais especificamente através da área comportamental.

A maior dificuldade humana é lidar com emoções, o trato da energia da vida, que
se manifesta nas suas emoções. Ex: O mais normal em uma situação de
angústia, raiva ou aflição é querer se afastar da situação para não ter que lidar
com a situação ou ir de impulso na situação deixando que de forma automática
e descontrolada a emoção tome conta do seu comportamento.

O Tantra convida ao invés de evitar a situação ou agir de forma automática, a


entrar na emoção, observar dentro de você o que é esse sentimento, essa
emoção e a partir disso, decidir o que fazer com isso, e muitas vezes esse olhar
para si, o transforma em relação aquela situação, além de ampliar a visão e
tendo o potencial de aprofundar e modificar comportamento.

Seguindo este princípio, no Tantra dentro da sua condição não dual, não existe
positivo ou negativo; tudo faz parte de uma mesma essência e energia. Sendo
assim, se eu transformo a experiência, saindo do comportamento automático e
me observo dentro dessa experiência, sem nenhuma fuga, nesse momento sou
conduzido a um estado de supraconsciência.

A maioria das pessoas acabam fugindo, não sabendo lidar com as intempéries
da vida; com aquilo que não está em concordância com o seu projeto de vida.
Acaba se colocando novamente numa zona de conforto, no qual estabelece um
relacionamento de segurança com seu ego.

O Tantra é uma manifestação da liberdade de ser você para você mesmo, sem
regras no que você deverá ou não sentir. Ele simplesmente o convida: Perceba
isso que você sente! – Essa é a Magia. Integre isso que você sente! – Você é
merecedor (a) de sentir isso!

Ele te devolve a espontaneidade. E ensina você a perceber que a


espontaneidade flui em você de um jeito e flui no outro de outra forma, diferente
ou não da sua, mas que determina uma individualidade no sentir e no se
expressar para o mundo. Com isso, as regras que serviram para o outro,
certamente não vão servir para você, pois se servissem, você não seria a
individualidade que você é.

E esse aspecto Individualidade é o que faz você divino, único.

Por isso não dá para dizer que o Tantra é uma esfera de conhecimento místico,
porque o único sentido que ele olha é para dentro de você, e te joga em contato
direto com o seu coração, onde você resgata o seu poder interno.

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Resgatar seu poder pessoal, é fazer com que sua vida caminhe na terra,
seguindo o seu coração. O seu coração é o centro de conexão com a terra e com
o divino, é onde você deve estar.

Satya Kali 2019

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Bioeletricidade do corpo
A importância do toque...

A pele tem função imunológica, está cientificamente comprovado por numerosas


pesquisas que os estímulos táteis aumentam o potencial elétrico do corpo.

O aumento do potencial elétrico age sobre as células e glândulas produzindo um


resultado fisiológico com efeitos sobre a mente e as emoções produzindo
reflexos sobre o comportamento.

As pesquisas mais recentes comprovam que há alterações fisiológicas e


bioquímicas quando a superfície da pele é bem estimulada.

44
TEORIA DOS INSTINTOS

Os INSTINTOS dizem respeito a estratégias de sobrevivência que todos os


animais adotam, em diferentes âmbitos. Ligado às sensações e reações mais
viscerais, automáticas, rápidas e inconscientes que temos, reações que são
comandadas PRINCIPALMENTE por nosso cérebro primitivo reptiliano. Indicam
as DIFERENTES áreas onde se concentram os interesses particulares e os
problemas da nossa personalidade.

TEMOS OS TRÊS INSTINTOS

▪ AUTO-PRESERVAÇÃO
Entra em ação para nos proteger quando nossa sobrevivência física começa a
ficar ameaçada – crise financeira, fome, sono, clima muito quente ou muito frio
ou no meio de um assalto, por exemplo.

Características: Ansiedade/Preocupação: Segurança Material – Conforto Físico,


cuidados com a alimentação, vestuário, dinheiro, moradia, saúde.

▪ SOCIAL
Entra em ação para nos ajudar a produzir as experiências do pertencer, do
cooperar e do associar-se aos outros.

Características: Preocupação: Serem aceitas e necessárias ao mundo –


necessidade de sentir-se importante, participação em atividades, interação,
política. Pode buscar atenção, sucesso, fama, reconhecimento, fazer parte de
algo e estar em destaque.

▪ SEXUAL
Entra em ação para nos permitir criar vínculos, união, comunhão, conexão com
a energia vital, como um todo.

Características: Preocupação: muita energia – busca conexão, experiências


intensas e emocionais.

45
Autopreservação

Cuidados Domesticidade,
Conhecimento Prático,
Pessoais, Bem Gosta de Ficar em
Criando Planilhas de
Estar, Saúde, Casa, num ninho,
Gerenciar o Dh, Gerar
Dieta, Exames, num casulo, adora
Economias e ter
Exercícios. filmes e cobertor.
reservas.
Preserva Energia.

Sexual

Busca por novas


experiências Atraentes despertam a Facilidade de fusão
prazerosas, atenção, se preocupam com com o ouro, pode
Dificuldade em manter aparência física, perder-se no outro.
relacionamentos. carismáticos, intensos e
expressivos. Energia.

46
Social

Facilidade de fazer
amizades, conecta Participativos e Comunicativos e
fácil com as pessoas, contributivos necessitam
interesse genuíno em causam impacto pertencer e serem
nos outros. conhecidos.
ajudar.

47
A Técnica de Massagem Tântrica

Também conhecida como: prana pratos tá Nara nyasa kosha pratiahara, que
significa insuflar energia dos corpos através das mãos.

O foco da massagem tântrica é o toque na totalidade do ser. No Tantra não há


repressão com o nu, vê-se o corpo como seu templo sagrado e fonte de prazer.
A massagem acontece no corpo inteiro, inclusive por regiões reprimidas para
trabalhar a si mesmo e (ou) o outro.

Pessoas muito reprimidas aproveitam menos o conhecimento das técnicas de


Tantra, pois a falta de autoconhecimento e intimidade com o próprio corpo
dificulta o acesso às sensações e a expressão das mesmas.

Uma grande diferença entre pessoas mais livres de repressão cultural, social,
religiosa ou familiar: são mais disponíveis para o contato e a intimidade.

A sexualidade, até hoje ainda é tabu perante muitas pessoas, além acessar
camadas mais profundas a massagem tântrica tem como benefícios a cura de
traumas de abusos, que carregam muita dor emocional. No Tantra o processo
acontece de forma vivencial através de relaxamento e entrega, para isso há
construção de vínculos, confiança amor e compaixão.

Nas nossas práticas usaremos:

▪ Meditações
▪ Respiração
▪ Movimentos
▪ Sons

Junto às manobras:

▪ Sensitive (Massagem Sutil)


▪ Biomassagem (Massagem com creme desenvolvida por Satya Kali)
▪ Yoni massagem (Massagem com toques genitais Feminino)
▪ Lingam massagem (Massagem com toques genitais Masculino)

48
O Tantra é muito ritualístico!

O momento de qualquer prática ou troca deve ser um ritual com muito amor e
presença.

Prepare um ambiente aconchegante e que supra as necessidades como, por


exemplo, segurança (não será interrompido, zele pela sua privacidade), com
tudo que será utilizado e crie um momento especial; use flores, cheiros, tecidos,
frutas, óleos, cremes, géis, coisinhas que você goste e que te faça sentir
especial. Medite, respire, pratique algum tipo de conexão.

49
Massagem Sensitive ou Massagem Sutil

Aplicada na pele limpa, com as pontinhas dos dedos, foque toda a sua intenção
e sua energia, nas pontas dos seus dedos.

São movimentos contínuos pelo corpo inteiro lentamente, quanto mais lento e
mais suave mais conexão, desfrute desse momento porque você também está
recebendo, sinta os benefícios de não ter pressa nem de ter que chegar a lugar
nenhum. São 2 seres divinos e amorosos.

Em conjunto com as pontas dos dedos, sinta-se livre a utilizar outros toques que
tenham essa leveza como cabelo, pelos dos braços, barba (se mais cheia),
lenço, etc. (Não é indicado em atendimentos, porém entre casais é SUPER
recomendado)
Dica: o toque sutil também pode ser aplicado em si mesmo, se tocar, de forma
amorosa é muito saudável e prazeroso, é uma prática de autoconhecimento e
cuidado.

Biomassagem
Realizada com creme, usando mãos e antebraços, é uma massagem mais
energética de conexão corporal, leva para um despertar da Libido adormecida.

O creme deve ser deslizado lentamente, trazendo da profundidade do corpo a


libido natural, despertando o desejo e acordando o corpo como um todo.

Ideal fazer acompanhada por músicas mais rítmicas, onde o ritual se torna uma
dança fluida e com energia através do toque e da respiração, viram um
movimento só.

O creme deverá ser grosso para que seja possível um toque firme e lento. Em
nenhum momento iremos utilizar força e sim uma pressão da mão com presença.

50
Yoni Massagem
Após a massagem sutil e ou biomassagem, traga a energia para o centro do
corpo de cima (cabeça/peito), para baixo e de baixo (pés/pernas), para cima.

Devido a pele do genital feminino ser mais sensível o ideal é sempre usar luvas
e gel a base de água, se não óleo de coco ou semente de uva extravirgem e
puros.

▪ Massagear suavemente toda a região pélvica, até sentir mais


irrigação sanguínea e relaxamento.
▪ Apoiar uma mão em côncavo em cima de toda a vulva, em
movimento rítmico (mão parada e tremor suave), a outra mão pode estar
parada na região do coração (meio do peito).
▪ Massagear o monte de vênus com leve pressão em movimento
circular (mão parada).
▪ Massagear os lábios externos da yoni, com movimentos circular,
de vai e vem subindo e descendo usando os dedos polegares e ou
indicadores.
▪ Encolher indicador e dedo médio, fazendo um gancho abrace os
lábios externos faça movimentos de subir e descer, um lado por vez.
▪ Apoiar uma mão no monte de vênus e com as pontas dos dedos da
outra mão, massagear continuamente os lábios internos (movimento de
contar dinheiro) - Com dedo indicador, subir e descer entre os lábios
externos e internos.
▪ Fazer movimentos de vem e vai no clitóris, pegando com a ponta
dos dedos na pele abraçando o nervo clitoriano, deslize da glande até o
início do púbis.
▪ Com as pontas dos indicadores e polegares pegar o clítoris e puxar
suavemente de um lado para o outro. Depois pinçar de baixo para cima
sentindo pegar o nervo clitoriano por cima da pele.
▪ Abraçar todos os lábios com os dedos indicadores e médios em
formato de garra, de forma delicada subindo e descendo com pouca
pressão
▪ Massagear entre os lábios interno muito suave estimulando as
glândulas de skene. E depois abaixo da entrada da vagina nas glândulas
de Bartholin O Ponto G (ou a parede interna do clitóris) é uma área
localizada em torno de 5 a 6 cm acima da entrada da vagina, na parede
frontal, com tamanho aproximado de uma moeda. Lembrando que não é

51
exato, pois ele pode mudar de posição ou muda de mulher pra mulher.
Sua textura é um pouco mais áspera do que o tecido em sua volta.
Ilustração abaixo, para entender melhor a localização:

Massagem na parte interna:

Apoie 1 ou 2 dedos na entrada da vagina, sinta o pulsar e lentamente deixa


ela ir relaxando para que a penetração aconteça.

‘’ Observe atentamente; casa haja tensão não insista nem force uma
penetração’’.

▪ Quando a massagem interna (com penetração manual) acontecer,


massagear as laterais da entrada interna da vagina suavemente com
movimentos circulares.
▪ A massagem no ponto G pode ser feita com movimentos de leves
circulares, vai e vem ou laterais. Se for o caso de traumas ou abusos,
pode-se apenas manter o toque no ponto sem nenhum estímulo de
movimentos.
▪ No momento de retirar o dedo o processo é o mesmo.
Delicadamente lento, espere que a vagina te libere da mesma forma que
ela permitiu a penetração. Após o dedo sair todo, apoie a mão em côncavo
em cima da yoni, por mais um tempo para um acolhimento.

52
Lingam Massagem

Após a massagem sutil e ou biomassagem, traga a energia para o centro do


corpo de cima (cabeça/peito), para baixo e de baixo (pés/pernas), para cima.

O ideal é sempre usar luvas e gel a base de água, se não óleo de coco ou
semente de uva extravirgem e puro.

▪ Massagear suavemente toda a região pélvica, até sentir mais


irrigação sanguínea e relaxamento.
▪ Massagear em volta do Lingam e embaixo da bolsa escrotal, em
movimentos circulares, como os polegares.
▪ Massagear toda a pele escrotal, com firmeza e delicadeza, cuidado
com os testículos (enquanto a pele é uma área erógena os testículos são
muito sensíveis a contatos bruscos).
▪ Apoie a mão em côncavo em cima do lingam, massageando-o num
suave movimento circular.
▪ Deixe a mão em côncavo numa lateral da virilha e com a outra faça
movimento de levar energia e sangue para o lingam, repita algumas vezes
e depois inverta os lados.
▪ Repita esse movimento trazendo de baixo para cima, do períneo
para o peito, (como cuidado para que os testículos fiquem nas laterais do
lingam). E do peito para o lingam, ou seja, de cima para baixo.
▪ Abrace o lingam, com as mãos espalmadas, fazendo movimentos
de giro (o nome desse movimento é acendendo o fogo).
▪ Apoiar uma mão na base do lingam e segure-o dando firmeza e
com a outra desliza suavemente os dedos em toda a glande (cuidado com
a pressão ela varia de homem para homem).
▪ Ainda com a mão na base, massagear o prepúcio e o frênulo.
▪ Da glande para a base, em movimentos coordenados circundar as
mãos no corpo do lingam, imitando um movimento de penetração.
▪ Volte a segurar com uma mão na base do lingam e coloque-o com
a glande voltada para baixo com cuidado respeitando a anatomia e a

53
flexibilidade do corpo (essa posição tira o foco da masturbação e trás
novas possibilidades de sensações e prazer). Com a outra mão faça
movimentos de circundução em volta do lingam.

54
Manobras Lingam Massagem

01 - Acolhimento

02 - Deslizamento curto/ médio/ longo

03 - Testículos

04 - Alongamento do corpo do pênis

05 - Caminha

06 - Pressionar com as palmas das mãos abertas para baixo (manobra para
facilitar a ereção)

07 - Subida com movimentos circulares centro

08 - Subida com movimentos circulares lateral

09 - Anel (movimentos circulares)

10 - Torcida na glande

11 - Torcida no corpo central ("máquina de lavar")

12 - Torcida no corpo todo lateral

13 - Dedos entrelaçados com punho solto

14 - Parafuso (corpo até a cabeça)

15 - Palma mão glande

16 - Chuveirinho

17 - Fricção com as mãos abertas (aquecimento no fogo)

55
Manobras Yoni Massagem

01 – Acolhimento

02 - Deslizamentos curto/ médio/ longo

03 - Lábios Externos

04 - Entre os lábios

05 - Lábios pequenos (esfarelamento)

06 - Intumescimento clitóris

07 - Estímulo clitóris

08 - Ponto G

09 – Bullett

10 – Acolhimento





56
Procedimentos Terapêuticos de Triagem ou Entrevista

Triagem ou Entrevista é o termo utilizado para a primeira entrevista ou sessão


com o interagente

Onde o terapeuta deve levantar informações importantes sobre o interagente,


para que juntos possam traçar uma linha de trabalho e desenvolvimento.

O foco da triagem é deixar o interagente falar o que o trouxe até você, qual o
momento de vida está passando e o que espera do processo com a Terapia
Tântrica.

Os desafios principais do Terapeuta é a postura neutra, sem julgamentos, sem


críticas e sem a necessidade de dar conselhos da sua vida pessoal para o
interagente.

Dentro dessa abordagem terapêutica é importante esclarecer que se trata de um


processo de desenvolvimento com estágios sequenciais, acumulativos e
progressivos. Cada corpo tem um tempo fisiológico e precisamos respeitar isso.
É bem comum numa primeira sessão corporal o interagente não sentir nada. Isso
é natural. Algumas pessoas necessitam passar por um despertar sensorial.

É de responsabilidade do terapeuta propor um desenvolvimento completo. Um


interagente que inicia o trabalho em atividades avançadas poderá não
compreender e assimilar os efeitos do trabalho de maneira adequada. É
necessário desenvolver passo a passo, criando a base de sustentação
energética e emocional antes de passar para estágios mais avançados do
desenvolvimento.

Algumas sugestões de perguntas para a Triagem/ Entrevista Inicial/Primeiro


Contato:

• O que te traz aqui? O que você está buscando?

• Qual a sua experiência com trabalhos de Tantra?

• Qual a sua queixa ou questão principal?

• Isso acontece desde quando? Ou desde quando você percebe isso?

• Qual sua expectativa quanto ao trabalho com o Tantra?

• O que você gostaria de superar ou desenvolver?

57
• Algum evento traumático que considera importante trazer para essa
sessão?

• Como você lida com seu corpo?

• Como é sua relação com seu corpo, com seu prazer, com o orgasmo?

• Como está outras áreas da sua vida?

• Como você vê essas questões que vocês está me trazendo atuando em


outras áreas da sua vida?

• Qual seu momento de vida hoje?

Algumas frases que podem ser utilizadas durante o atendimento:

• Sinta o teu corpo, perceba cada parte do seu corpo sendo tocada

• Sinta como a energia percorre seu corpo

• Onde está seu foco é para onde vai sua energia

• Esse é um momento só seu, se entregue a ele, se permita, o que importa


é o aqui/agora

• O Tantra é uma terapia que utiliza a sabedoria natural do seu corpo,


permita que essa sabedoria acesse você e permaneça num espaço interno de
total entrega a essa sabedoria.

Perguntas para após a sessão e pós período de integração:

• Você gostaria de falar sobre como você se sente?

• O que você vivenciou?

• Gostaria de compartilhar como foi sua experiência? Pensamentos,


sensações, imagens, fenômenos energéticos, emoções, sentimentos.

Observações sobre o processo do Interagente: (Podendo ser anotadas na ficha


de evolução)

• Como o interagente chegou? Qual era seu estado de espírito? Ou como


se apresentou energeticamente?

• O que ele pretende trabalhar nesse processo?

• O que ele trouxe de mais importante na fala de hoje?

58
• Quais resultados alcançou nessa sessão?

• Como foi a integração?

• Qual o feedback do seu interagente sobre o processo de hoje?

O Sigilo terapêutico deve ser respeitado, sendo assim, nada que acontece na
sessão pode ser exposto, nem mesmo a outro profissional. Se for o caso de levar
o conteúdo da sessão a uma supervisão, o correto é não divulgar a identidade
do interagente.

É importante deixar claro ao interagente que ele pode entrar em contato com
você se sentir vontade para compartilhar o pós processo. O processo não para
quando a massagem termina, muitas vezes a massagem pode ter dado o início
a um processo mais profundo que pode ficar reverberando em até 72 horas.

Cuidado para fazer o atendimento por telefone. Se a demanda for grande ou


profunda demais o ideal é agendar outra sessão para falar sobre o que está
acontecendo.

59
Procedimentos Terapêuticos

Anamnese

Anamnese é o termo utilizado para definir a primeira entrevista do terapeuta com


o interagente, onde o terapeuta deve levantar informações importantes sobre a
situação atual do interagente e poderá então encaminhar o trabalho
adequadamente para as necessidades levantadas.

Na conversa o interagente está vestido. Ofereça uma água, e atente-se para que
haja o mínimo tempo de espera na recepção.

Na anamnese com o interagente, na conversa inicial que todos devem ter para
se inteirar e aplicar a orientação do trabalho, deve-se explicar que é um processo
de desenvolvimento com estágios sequenciais, cumulativos e progressivos.

Todos precisam aprender que o corpo tem um tempo fisiológico e precisamos


respeitar isso. Muitas mulheres numa primeira sessão de massagem podem não
sentir nada e nem mesmo ter orgasmos. Isto é natural.

O profissional tem a responsabilidade de esclarecer a pessoa e propor um


desenvolvimento completo. Um interagente que inicia o trabalho em atividades
avançadas não irá compreender e assimilar os efeitos do trabalho de maneira
adequada. É necessário desenvolver passo a passo, criando uma base de
sustentação energética e emocional antes de passar para estágios mais
avançados do desenvolvimento.

Observação:

Não se deve induzir o interagente a alimentar seus medos, dores, limites, mas
sim o contrário. Crie um espaço de confiança, onde o interagente possa se
expressar livremente, sem tabus ou pré-conceitos. Tantra é aceitação.

60
FICHA DE ANAMNESE

Nome completo:

E-MAIL:

Data de nascimento: ....../....../......

Profissão:

Endereço residencial:

Cel:

Experiências prévias em grupos de crescimento (terapia, meditação, etc):.

Você já esteve hospitalizado(a) por motivos de saúde física? (comente):

Você já esteve hospitalizado(a) por motivos de saúde mental? (comente):

Há casos de doenças físicas ou mentais na sua família? (comente):

Você manifesta (ou manifestou recentemente):

( ) diabetes

( )gravidez

( ) limitação física

( ) hipoglicemia

( ) distúrbio cardiovascular

( ) cirurgia recente

( ) convulsões

( ) Problemas dermatológicos

( ) Doenças infecto-contagiosa

61
( ) outros (comente):

Você faz (ou fez recentemente) uso de algum medicamento? (descreva nome,
dosagem e tempo de medicação)

Você faz (ou fez recentemente) uso de alguma droga? (comente)

Você possui algum plano de saúde?

Qual?

Telefone 24h:

Em caso de necessidade, quem você gostaria que fosse avisado(a)?

Nome:

Telefones:

Endereço:

____________, de de ______ .

Assinatura_______________________________

62
Termo de Responsabilidade e Confidencialidade

Pelo presente instrumento declaro a quem possa ineressar que fui devidamente
orientado(a) sobre o método que será aplicado durante o tratamento e que minha
participação nesta atividade corporal que utiliza técnicas terapêutas é de minha
livre e espontânea vontade. Responsabilizo-me pelas informações aqui
fornecidas como sendo verdadeiras. Comprometo-me a informar imediatamente
ao terapeuta qualquer alteração de saúde que ocorra durante minha participação
neste tratamento terapêutico.

Local:

Data:

RG:

______________________________

Assinatura

63
TERMO DE AUTORIZAÇÃO E CONSENTIMENTO PARA MASSAGEM
TÂNTRICA

Eu,
_______________________________________________________________
__ portador (a) do RG nº __________________________, estou ciente sobre as
técnicas e procedimentos da Massagem Tântrica, que pode ser desenvolvida
com a situação de nudez do interagente e ainda através de técnicas de
massoterapia que envolve manipulações de órgãos genitais. Estou
esclarecido(a) também que tais técnicas e procedimentos não subentendem em
momento algum algum tipo de abuso ou de sexo, uma vez que fazem parte da
grade curricular de formação do profissional e que são direcionadas para
reorganização física, emocional, de intimidade, sexualidade e de
relacionamentos, entre outros. Também autorizo a coleta de informações nos
atendimentos realizados para fins de tratamento terapêutico. Os dados serão
sempre preservados eticamente. Sendo assim, declaro que estou ciente do
exposto e concordo com as questões apresentadas neste termo.

___________________________, _____ de ________________de 20____.

Assinatura:____________________________________________

Nome Legível do(a) interagente: _____________________________________

64
Controle Sessões
Nome: Data Início Processo:

Data Nº Intervenção Assinatura Cliente


Sessão

65
Ficha de Evolução

Nome: Data Início Processo:

Demanda Principal:

Sessão: 1/10 - Data: _____/______/_________

____________________________________________________________________

____________________________________________________________________

_____________________________________________________________________

_____________________________________________________________________

Sessão: 2/10 – Data: ____/______/_________

_____________________________________________________________________

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66
Nome: Data Início Processo:

Sessão: 3/10 – Data: ____/_____/___________

____________________________________________________________________

___________________________________________________________________

_____________________________________________________________________

_____________________________________________________________________

Sessão: 4/10 - Data: _____/______/_________

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Sessão: 5/10 – Data: ____/______/_________

_____________________________________________________________________

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Sessão: 6/10 – Data: ____/_____/___________

____________________________________________________________________

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67
Nome: Data Início Processo:

Sessão: 7/10 – Data: _____/______/____________

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Sessão: 8/10 - Data: _____/______/_________

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Sessão : 9/10 – Data: ____/______/_________

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Sessão: 10/10 – Data: ____/_____/___________

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_ Conclusão Final do Processo de 10 sessões:

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68
Definição e Classificação das Disfunções Sexuais Femininas

As DSFs são caracterizadas por perturbações em uma ou mais fases do ciclo de


resposta sexual, ou por dor associada à relação sexual, que geram sofrimento
ou dificuldade interpessoal, tornando a mulher incapaz de participar da relação
sexual como desejaria.

Transtorno no Desejo Sexual

São divididos em hipoativo ou transtorno de aversão sexual. O primeiro consiste


na deficiência ou ausência persistente ou recorrente de fantasias ou desejo de
ter atividade sexual e não é secundário a outras dificuldades sexuais, como a
dispareunia. Já o transtorno de aversão sexual se refere à aversão ou fuga do
contato sexual genital com um parceiro.

Cada vez mais as mulheres procuram ajuda quando se sentem desmotivadas


sexualmente. Buscam apoio em conversas com amigas, consultas a
profissionais da área de saúde, como psiquiatras, psicólogos ou mesmo
ginecologistas. Raramente abrem-se com seus parceiros por se sentirem
ameaçadas na estabilidade de seus relacionamentos.

Muitas vezes, adotam a velha postura de "luta ou fuga". Ou seja, ou combatem


o seu problema insistindo na relação sexual, mesmo não prazerosa, fingindo
deleite e orgasmo, (o que deixa o parceiro de fora da realidade e excluído como
apoio), ou fogem do contato sexual como o "diabo foge da cruz", queixando-se
de dores de cabeça, cansaço e irritação, (evitando o apoio do parceiro, que
geralmente sente-se rejeitado).

Muitas vezes o problema é deslocado para o companheiro, encarado como o


"inimigo", responsável pela perda do desejo. A depressão é uma consequência
frequente e o desajuste conjugal é o passo seguinte.

Mas o que é isso?

Chamamos de Desejo Sexual Hipoativo (DSH) a esse transtorno sexual que


acomete, em média, 35% da população brasileira. Caracteriza-se por uma
diminuição ou ausência completa de fantasias eróticas e de desejo de ter
atividade sexual. Há dificuldades no envolvimento com o parceiro, pois este
queixa-se de falta de intimidade ou reciprocidade.

69
Quando há infecções na vagina ou nódulos, a melhora destes quadros, com
tratamento apropriado (antibióticos, analgésicos, lubrificantes, tratamento
cirúrgico), restaura o desejo sexual.

Outro grande fator de diminuição do desejo é a depressão. Quadros de intensa


tristeza e sentimentos de menos valia acabam com o apetite sexual. O
tratamento desses transtornos com antidepressivos pode restaurar o prévio
desejo sexual. Infelizmente, grande parte dessas medicações pode provocar
efeitos colaterais sexuais a curto e a longo prazo, como diminuição do desejo,
impotência, retardo da ejaculação e anorgasmia.

Os fatores sociais e psicológicos têm muito peso no Desejo Sexual Hipoativo.

A forma de criação das mulheres nos países ocidentais, com muita repressão e
influências culturais negativas no que tange à sexualidade, trouxe profundas
consequências para a vida sentimental e sexual feminina. A mulher não é tão
estimulada a se ver, a se tocar e a se conhecer sexualmente quando comparada
ao homem. Educava-se para não permitir que a sexualidade feminina viesse à
tona.

É comum o conflito entre ser uma mulher maternal e também sexual, como se
fossem funções incompatíveis. As queixas de baixa libido e depressão não são
raras após o parto. O casal pode começar a se desajustar mesmo durante a
gravidez. A mulher passa a se ver e a ser vista como um ser idolatrado, puro,
destituído de atrativos sexuais. Passa a negar o lado sexual em prol de ser mãe.

Situações traumáticas de abuso sexual, mensagens anti-sexuais durante a


infância, culpas, comportamento sedutor por parte dos pais, dificuldade em unir
amor com sexo em si mesma (esposa X prostituta), raivas entre o casal e
competição temida com o pai ou mãe, entre outras, são fontes de baixa libido
nas mulheres.

Possíveis soluções

O DSH é uma das disfunções que geralmente acomete o indivíduo por longos
anos, dado que as pessoas resistem muito em procurar ajuda. É frequentemente
originado por fatores psicossociais, sendo os raros casos de organicidade
encaminhados para especialistas.

Grande parte das mulheres pode beneficiar-se de reeducação sexual, visando a


informação e a permissão sexual. Ou seja, muitas mulheres não aprenderam a

70
se aceitar sexualmente e a se conhecer, devendo passar por um processo de
reeducação sexual a nível de consultório.

Outras apresentam problemas mais profundos de autoestima, de culpas e de


repressões. Para esses casos, a psicoterapia, ou mesmo a psicoterapia somada
com a terapia corporal são de extrema importância.

Como o Tantra pode ajudar:

O Tantra pode auxiliar com Massagens, no primeiro momento fazendo um


trabalho de Base onde o corpo possa aceitar ser tocado, depois gerando
confiança, para gerar entrega e permissão e aos poucos o processo poderá se
expandir no sentido da busca e do merecimento de sentir prazer.

Sugestão:

Pacote de 10 sessões no mínimo, podendo se estender para até 1 ano e meio


de processo de desenvolvimento do sentir e da sustentação da Libido.

Iniciar com Sensitive massagem para que o corpo comece a aceitar o toque.

A Biomassagem é indicada para desperta a libido, indicado após a cliente sentir


confiança no (a) terapeuta.

Da 4 a 10 sessão mesclar Sensitive com Yoni massagem .

Obs: Lembrando que são apenas dicas, cada caso é um caso que deverá ser
avaliado com carinho.

71
Transtorno do Orgasmo (Anorgasmia)

Consiste no atraso ou ausência persistente ou recorrente de orgasmo, após uma


fase normal de excitação sexual. O julgamento clínico é fundamental para o
diagnóstico e deve ser levado em conta se a capacidade da mulher atingir o
orgasmo for menor do que se poderia esperar para a sua idade, a experiência
sexual e a adequada estimulação que recebe.

Antes, a relação sexual tinha como objetivo a satisfação masculina. Hoje, apesar
de muitos tabus sexuais terem sido derrubados, ainda é grande o número de
mulheres que sofrem na cama. Mitos e conceitos equivocados sobre o orgasmo,
ou mais amplamente, sobre a sexualidade de forma geral, sempre estiveram
presentes em nossa cultura, onde a mulher deveria ser um ser assexuado, sem
desejo, sem tesão, à disposição do outro.

Hoje foi descoberto que o orgasmo independe da região que o desencadeia,


podendo ser provocado pelo estímulo de qualquer região do corpo. Houve o
tempo em que se acreditava existirem apenas dois tipos de orgasmos: o
clitoriano e o vaginal.

Atualmente, se percebe uma busca descontrolada pelo orgasmo, que passou a


ser o objetivo único de uma relação, esquecendo-se o prazer do relacionamento,
de estar com determinada pessoa. Praticar sexo é uma escolha; ter prazer, uma
possibilidade. Essa obrigatoriedade infundada na busca do prazer-gozo e não
pelo prazer de estar vivenciando tal situação, tira a pessoa do contato com a
relação, passando a ser mera espectadora.

CONCEITO:

A anorgasmia é a dificuldade em atingir o orgasmo, mesmo que haja interesse


sexual e todas as outras respostas satisfatórias para a realização do ato. Ocorre
com frequência entre as mulheres – estudos indicam que seria entre 50 e 70%
dos casos. Ou seja, a mulher aproveita as carícias e se excita, mas algo a
bloqueia no momento do orgasmo.

Muitas mulheres negam a ausência do orgasmo como uma forma de defesa.


Assim, mentem, fingindo um prazer que não existe. Tal comportamento deve ser
repensado, pois, ao fingir para si própria, ela está se privando da obtenção de
um prazer e da possibilidade de desvendá-lo por completo.

72
Além disso, a anorgasmia pode trazer conseqüências negativas. A mulher pode
adquirir aversão sexual devido a realização de sexo sem prazer, e sem conseguir
adequada lubrificação para o ato, pode ocorrer dor na relação.

A mulher não possui, como o homem, um ciclo sexual definido constituído por
excitação, ereção, ejaculação e orgasmo. Ela pode ter desejo, mas mesmo
assim, não chegar ao orgasmo. Mas, é preciso ressaltar, que a mulher quer ser
amparada, acolhida. Dessa forma, o sexo pode satisfazê-la sem que chegue ao
orgasmo.

ETIOLOGIA:

Dentre os fatores que levam a tal quadro, destaca-se de forma praticamente


integral os aspectos psicossociais.

Psicossociais: falsas crendices, falta de informação, tabus, religião, estrutura


de valores que supervaloriza a sexualidade e o desempenho sexual, medo de
ser abandonada ou engravidar, experiências traumáticas (inclusive obstétricas),
falta de intimidade com o próprio corpo e/ou com o parceiro, inexperiência, falta
de tempo ou de um local adequado, auto exigência exacerbada, envelhecimento,
culpa, ansiedade, depressão, tensão corporal, educação sexual castradora,
desinteresse, insatisfação corporal, baixa autoestima, excesso de contenção,
dificuldade do cotidiano e dificuldade de estar inteira, tranquila e a vontade no
contato com o outro no momento da relação sexual, entre outros.

Orgânicas: algumas doenças, disfunções hormonais, uso imoderado de álcool


ou drogas psicoativas e dores na relação.

TRATAMENTO:

O enfoque principal é a disfunção e é importante saber se existe alguma


dificuldade emocional ou psicológica, ou se o problema é físico.

O objetivo é combater a ansiedade existente, desmistificando crenças falsas, e


trabalhando os aspectos psicológicos que não permitem um completo
funcionamento corporal. Propõe-se que a mulher tome ciência dos seus impulsos
sexuais, de modo a ajudá-la, sem a obrigação do orgasmo, a liberar emoções e
viver a espontaneidade de sentir prazer. Para tanto, a psicoterapia pode estar
baseada numa terapia individual, terapia de casal ou, ainda, no conjunto dos dois
processos.

73
A terapia individual objetiva criar condições para ampliar o autoconhecimento e
possibilitar o prazer consigo mesma, a partir de um aprendizado sobre como é
construído tal sintoma. Ou seja, o que esse quadro tem a contar sobre a pessoa,
sobre a sua forma de funcionar na relação e com o meio. É na terapia, portanto,
que se revê falsos conceitos e se fornece orientação, possibilitando novas
perspectivas, admitindo-se sua associação a exercícios e, muito raramente, ao
uso de medicação.

A terapia de casal objetiva facilitar a comunicação do mesmo, além de mediar


um conhecimento maior sobre o funcionamento da relação, ajudando a
descobrir, entre outros fatores, de que forma o casal interage em sua vida
cotidiana, e como isto se reflete na dinâmica sexual.

Muito frequentemente, a mulher passa a ter maior curiosidade sobre o próprio


corpo. Faz-se importante que ela se conheça, se toque, saiba do que gosta e o
que não lhe agrada.

A sexualidade e a forma que a mulher se relaciona com ela é produto de eventos


que, aparentemente, nada têm a ver com sexo. Assim, a superação de um
quadro como esse leva ao aprendizado e ao autoconhecimento, provocando
transformações além da sexualidade. Atingir o orgasmo é elemento de um
processo de crescimento que dura a vida toda.

Não se pode definir uma mulher com anorgasmia quando o parceiro possui
ejaculação precoce já que, muitas vezes, o fato do homem ejacular rapidamente
acaba não permitindo que a mulher tenha tempo suficiente para alcançar o
orgasmo.

Tanto nos casos orgânicos como nos psicológicos, a terapia é indicada.


Por mais que a origem seja somente orgânica, ela pode estar interferindo,
poluindo as outras esferas do seu contato com o parceiro. Dessa forma, a maioria
do universo feminino pode se favorecer com a reeducação sexual, já que muitas
não aprenderam a se aceitar e se conhecer.

Como o Tantra pode ajudar:

O Tantra pode auxiliar com Massagens, no primeiro momento fazendo um


trabalho de Base onde o corpo possa aceitar ser tocado, depois gerando
confiança, para gerar entrega e permissão e aos poucos o processo poderá se
expandir no sentido da busca e do merecimento de sentir prazer.

74
Sugestão:

Pacote de 10 sessões no mínimo, podendo se estender para até 1 ano e meio


de processo de desenvolvimento do sentir, da sustentação da Libido e o
desenvolvimento do Orgasmo.

Iniciar com Sensitive massagem para que o corpo comece a aceitar o toque.

A Biomassagem é indicada para desperta a libido, indicado após a cliente sentir


confiança no (a) terapeuta.

Sessões com Yoni massagem com estímulo inclusive do Ponto G e apoio no


início de Vibradores em velocidade mínima para que o potencial orgástico vá
surgindo de uma forma leve e natural.

Obs: Lembrando que são apenas dicas, cada caso é um caso que deverá ser
avaliado com carinho.

75
Transtornos Sexuais Dolorosos

São classificados em dispareunia e vaginismo.

DISPAREUNIA: A dispareunia é um transtorno sexual caracterizado pela


sensação de dor genital durante o ato sexual. Pode ocorrer tanto em homens
quanto em mulheres, mas é mais comum entre as mulheres. A dor geralmente é
sentida durante o ato sexual, mas pode ocorrer também antes e depois do
intercurso.

As mulheres podem descrever a dor como uma sensação superficial, ou até


mesmo profunda; e a intensidade pode variar de um leve desconforto até uma
forte dor aguda. É mais frequente do que se pensa, podendo atingir até 50% das
mulheres com vida sexual ativa.

Para que o distúrbio seja denominado dispareunia, a dor deve provocar


sofrimento ou dificuldade nas relações interpessoais e não ser causada
exclusivamente pela falta de lubrificação vaginal, por vaginismo (contrações
involuntárias dos músculos da vagina), por condições médicas gerais ou pela
ação de substâncias ou medicamentos. A dispareunia leva frequentemente à
rejeição ao ato sexual, com consequências graves para o relacionamento atual
e comprometimento dos futuros, diminuindo o desejo sexual em diversos graus.

Tipos de dispareunia

▪ Primária: quando acontece desde a primeira relação ou tentativa de


relação sexual;
▪ Secundária: as relações sexuais eram normais e, a partir de determinada
época, passaram a causar desconforto/dor;
▪ Situacional: a dispareunia ocorre apenas em determinadas ocasiões ou
certos parceiros;
▪ Generalizada: a mulher é incapaz de conseguir qualquer tipo de
penetração, sem que essa se acompanhe de desconforto.

76
Causa da Dispareunia

A dispareunia pode ser causada por fatores orgânicos ou psicológicos.


Importante destacar que o distúrbio se origina na interação de um conjunto de
fatores e não de uma causa isolada. Destacamos os seguintes:

Fatores Orgânicos

▪ Infecções genitais, tais como candidíase (monilíase), tricomoníase, etc.

▪ Doenças sexualmente transmissíveis.

▪ Infecção ou irritação do clitóris;

▪ Doenças que acometem o ânus;

▪ Irritação ou infecção urinária;

▪ Nos homens, podemos destacar a fimose, doenças de pele, herpes


genital, doenças do testículo e da próstata.

Fatores Psicológicos

▪ Dificuldade em compreender e aceitar a sexualidade de uma maneira


saudável;
▪ Crenças morais e religiosas muito rígidas;
▪ Educação repressora;
▪ Medos e tabus irracionais quanto ao contexto sexual;
▪ Falta de desejo em fazer sexo com o(a) parceiro(a);
▪ Medo de machucar o bebê, quando durante a gestação;
▪ Falta de informação;
▪ Traumas infantis relacionados à sexualidade;
▪ Sentimento de culpa na vivência da sexualidade.

Em uma relação sexual onde a mulher está preocupada, triste, assustada, sejam
esses motivos desencadeados por fatores internos ou externos, ela não tem
condições de se excitar. Para que isso ocorra, ela precisa estar bem, presente

77
naquele momento da relação. Com a excitação ela ficará lubrificada, o que
proporcionará conforto durante o ato em si.

A mulher, com medo de sentir dor novamente na relação, vai evitar o encontro
sexual. E novamente o conflito poderá aparecer. Isso tenderá a se tornar um
ciclo vicioso, no qual a dor gera medo, o medo gera tensão, e esta gera dor ainda
maior.

Fisiologia da Resposta Sexual Feminina

O sistema nervoso atua sobre a função sexual por meio da transmissão de


estímulos nervosos para a genitália, seja sensorial da medula espinal ou
controlada pelo sistema parassimpático e simpático.

O estímulo sexual é reconhecido pelas recompensas fornecidas ao nosso


cérebro, por experiências emocionais positivas e negativas. Uma vez
experimentando o estímulo, a resposta acontece primeiro em nível inconsciente
e posteriormente de forma consciente. Fatores motivacionais, como a
proximidade emocional, união, compromisso, tolerância com as diferenças,
expectativa e aumento do bem-estar do parceiro são componentes importantes
que ativam o ciclo sexual. Se na intimidade há a interação entre o aspecto
emocional e o bem-estar físico, o ciclo de resposta sexual é reforçado.

O estímulo do sistema nervoso parassimpático provoca inchaço dos grandes e


pequenos lábios e do clitóris, bem como a lubrificação vaginal. Já o simpático
provoca contrações rítmicas do útero, tuba uterina, glândulas uretrais e da
musculatura do assoalho pélvico. Durante a excitação sexual há um aumento do
fluxo sanguíneo para os órgão genitais, resultando em vasocongestão,
vasoconstrição pélvica, lubrificação, expansão vaginal.

A lubrificação vaginal ocorre como resultado de vários processos, incluindo a


transudação de plasma pelo epitélio vaginal, secreções do útero e glândulas
vestibulares. A vagina se alonga e dilata devido ao relaxamento do músculo liso.
Ocorre um fluxo sanguíneo maior para o clitóris, que aumenta a pressão
intracavernosa, com tumescência, protrusão da glande do clitóris, eversão e
ingurgitamento dos pequenos lábios. Durante o orgasmo ocorrem contrações
rítmicas musculares da vagina, útero e ânus.

78
ETIOLOGIA

O ciclo de resposta sexual é influenciado negativamente por fatores psicológicos,


entre eles a ansiedade, baixa autoestima, distúrbios da percepção da imagem
corporal, medo de rejeição, ansiedade do desempenho sexual, experiências
sexuais traumáticas passadas, histórico de abuso e qualidade do
relacionamento, e outros fatores como desequilíbrio hormonal (baixos níveis de
andrógenos e hiperprolactinemia), vasculares, fisiológicos, condições médicas
específicas (urogenital, neurológicas e distúrbios endócrinos, disfunções do
assoalho pélvico, menopausa, gravidez e pós-parto), musculares (lacerações
perineais decorrentes do parto, fraqueza muscular e músculos disfuncionais
hipertônicos) e ou em virtude de cirurgia ou medicamentos.

Como o Tantra pode ajudar:

O Tantra pode auxiliar com Massagens nesse caso em especial, onde envolve
dor, muitas vezes pode ter haver com traumas e bloqueios, algumas raras vezes
conscientes, porém na grande maioria das vezes inconsciente, sendo assim,
muitas mulheres não aceitam ser tocadas, se esse for o caso, o ideal é começar
com exercícios de respiração para que o corpo abra espaço para o novo, o toque.

Inicialmente indica-se que as sessões de massagem aconteçam de forma


harmoniosa, gradativa e respeitando o tempo do processo da cliente.

No primeiro momento fazendo um trabalho de Base onde o corpo possa aceitar


ser tocado, depois gerando confiança, para gerar entrega e permissão e aos
poucos o processo poderá se expandir no sentido da busca e do merecimento
de sentir prazer.

Sugestão:

Pacote de 10 sessões no mínimo, podendo se estender para até 1 ano e meio


de processo de desenvolvimento do sentir, da sustentação da Libido e o
desenvolvimento do Orgasmo.

Iniciar com Sensitive massagem para que o corpo comece a aceitar o toque, se
for o caso incluir o som da respiração ao fundo.

A Biomassagem é indicada para desperta a libido, indicado após a cliente sentir


confiança no (a) terapeuta.

79
Sessões com Yoni massagem com estímulo inclusive do Ponto G para ir
ressignificando a memória de dor e apoio no início de Vibradores em velocidade
mínima para que o potencial orgástico vá surgindo de uma forma leve e natural.

Obs: Lembrando que são apenas dicas, cada caso é um caso que deverá ser
avaliado com carinho.

80
TRATAMENTO DE SITUAÇÕES ESPECÍFICAS:

Desejo sexual hipoativo consequente a fatores relacionais: falta de


companheirismo, inabilidade nas carícias, conflitos relacionais, relação
agressiva, mágoa, vingança, rotina relacional, disfunção sexual masculina (ex:
ejaculação rápida).

Tratamento: informar a paciente sobre diferenças de gênero (resposta sexual


masculina e feminina). Orientar homem e mulher separadamente. Ressaltar a
importância do diálogo para sensibilizar o parceiro para carícias rotineiras e jogos
sexuais. Realçar a importância de atentar para os pontos positivos do parceiro
(assertividade), pois a mulher com disfunção sexual de origem relacional tende
a concentrar-se nos traços negativos do parceiro. Ressaltar a importância do
ajuste do casal para o equilíbrio familiar.

Repressão sexual: as disfunções sexuais por repressão religiosa, familiar ou


pelo parceiro devem ser encaminhadas para a psicoterapia ou terapia sexual,
discutindo aspectos básicos, como racionalidade dos preceitos morais que
cerceiam a expressão sexual; por exemplo, o autoerotismo: parece haver uma
“verdade coletiva” de homens que podem se masturbar e mulheres não. A
repressão sexual religiosa é secular e requer uma abordagem cuidadosa
baseada em evidencias para que não incorra em questionamentos quanto à
orientação religiosa da paciente. Mas pode-se discutir a racionalidade da
imagem punitiva de Deus em relação à expressão sexual.

Morbidades e medicamentos como causas de desejo sexual hipoativo:

Substituir medicamentos, se possível: hipotensores, anticoncepcional oral,


antidepressivos, tratar vaginites recorrentes, corrigir níveis hormonais e tratar
estados depressivos.

Anorgasmia primária: deve-se à dificuldade de entrega, desconhecimento da


anatomia, inabilidade do parceiro, dificuldade de concentração

O tratamento envolve: auto-manipulação, contração rítmica da musculatura


pélvica e perivaginal, manipulação pelo parceiro.

Vaginismo: é uma síndrome psicofisiológica cuja característica fundamental é a


contração involuntária, recorrente ou persistente, dos músculos do períneo

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adjacente ao terço inferior da vagina. A contração pode variar desde leve,
induzindo alguma tensão e desconforto à penetração, até severa, impedindo a
penetração. É consequente a repressão sexual familiar, social e religiosa, culto
à virgindade, medo de dor à relação, conflito psíquico profundo, experiência
sexual previa negativa, abuso sexual na infância, estupro.

Quando o objetivo da paciente vagínica é concretizar o ato sexual, se a causa


não estiver relacionada com grande trauma sexual em geral, é suficiente
concentrar em relaxamento da musculatura perivaginal e técnicas de
penetração, isto é, a mulher conduz a penetração. Estas interagentes, quando
motivadas pra a resolução, têm maior facilidade em se tocar do que as mulheres
em geral, que carregam disfunção sexual de origem repressiva.

Para o tratamento, fazer a dessensibilização lenta e progressiva, tocando a


musculatura perineal e, com ordem verbal, orientar o relaxamento dos músculos
que vão sendo palpados de forma gradativa. Indicado que esse trabalho seja
realizado com Profissional da área da saúde especializado, com indicação da (o)
ginecologista.

É fundamental verificar se o parceiro não apresenta disfunção sexual, fato


comum em associação com mulheres portadoras de vaginismo.

Abuso sexual: todos os casos com história de abuso sexual deverão ser
encaminhados à psicoterapia. Estes casos cursam, frequentemente, com
distúrbios psicológicos complexos. Mas o terapeuta poderá oferecer apoio ao
acolher e encaminhar. O terapeuta deve reconhecer, verbalmente, o peso do
acontecimento para a interagente, mas deve tranquiliza-la da possibilidade de
resgate pleno da sua sexualidade desde que a cliente queira e se empenhe. Em
geral.

Fatores relacionais: O DSH é a queixa mais comum em mulheres em


relacionamentos de longa duração. Embora na idade adulta, metade de homens
e mulheres com parceiras refira pensar em sexo com frequência. Na grande
maioria das vezes é necessário que haja um estímulo para instigar o
engajamento para o ato sexual entre o casal. Isto significa que a busca para a
relação sexual partindo da predisposição instintiva, que é mais relacionada com
a paixão, diminuiu com o avançar do relacionamento.

Estudos com ressonância magnética funcional evidenciam que as áreas


cerebrais ativadas em mulheres apaixonadas são diferentes daquelas ativadas

82
em mulheres em relacionamentos de longa duração expostas ao estímulo do
parceiro.

A expressão clínica deste achado é a queixa de falta de estímulo espontâneo


para a relação sexual, interpretado como DSH. Com o decorrer do tempo,
mesmo relacionamentos amorosos não conflituosos podem cursar com redução
no interesse por sexo e diminuição ou perda da motivação pela interação sexual,
em decorrência da inércia provocada pela rotina sexual que desmotiva a busca.

Alguns antidepressivos, particularmente os inibidores da receptação da


serotonina, largamente utilizados em todo o mundo, podem causar também
disfunções sexuais. Existem características específicas que diferenciam a
resposta sexual feminina da masculina.

Pacote de 10 sessões no mínimo, podendo se estender para até 1 ano e meio


de processo de desenvolvimento do sentir, da sustentação da Libido e o
desenvolvimento do Orgasmo.

Como o Tantra pode ajudar?

Para o Vaginismo o ideal é que a cliente busque no primeiro momento ajuda de


um profissional de saúde especializado, como a fisioterapia específica que utiliza
os cones de diversos tamanhos. Somente após esse processo é mais eficiente
os trabalhos com as massagens.

Iniciar com Sensitive massagem para que o corpo comece a aceitar o toque.

Sessões com Yoni massagem com estímulo inclusive do Ponto G e apoio no


início de Vibradores em velocidade mínima para que o potencial orgástico vá
surgindo de uma forma leve e natural.

Obs: Lembrando que são apenas dicas, cada caso é um caso que deverá ser
avaliado com carinho.

83
DISFUNÇÃO SEXUAL MASCULINA

As disfunções sexuais masculinas podem ocorrer em qualquer fase do ciclo de


resposta sexual, ou seja: desejo, excitação, orgasmo/ejaculação e resolução.

As principais delas são:

▪ Relacionadas à fase de desejo/excitação: desejo sexual hipoativo,


impulso sexual excessivo e disfunção erétil;

▪ Relacionadas à fase de ejaculação/orgasmo: ejaculação precoce,


ejaculação retardada.

▪ Dispareunia, distúrbio que se caracteriza pela presença de dor à relação


sexual, que pode ocorrer em todas as fases do ciclo.

Tratamento para as Disfunções Sexuais Masculinas

Os tratamentos adequados variam da psicoterapia (Terapias Alternativas) ao


tratamento cirúrgico, não sendo incomum a necessidade de associação de dois
ou mais procedimentos, dependendo de cada caso. Alguns procedimentos são
fundamentais para o êxito do tratamento, que deve objetivar mais que a remissão
da sintomatologia:

▪ Orientar, informar e educar o interagente da disfunção;


▪ Tratar ou pelo menos minimizar a causa da disfunção;
▪ Comprometer, sempre que possível, a parceira no processo terapêutico.

Disfunção Erétil

É a dificuldade em obter e/ou manter uma ereção adequada para um intercurso


sexual satisfatório. A disfunção erétil é a mais frequente das disfunções sexuais
masculinas. O tratamento da disfunção erétil deve se iniciar pelo reconhecimento
da causa e obedecer a critérios, evitando-se procedimentos invasivos e cirurgias
antes de tratar ou minimizar as questões clínicas e os fatores de risco para tal

84
disfunção. Os fatores de risco para a disfunção erétil, os quais
consequentemente culminam nas suas causas, são:

▪ Maus hábitos de vida: sedentarismo, obesidade, tabagismo, alcoolismo,


uso de drogas ilícitas, estresse;

▪ Fatores sócio-psicológicos, de personalidade, conflitos de


relacionamento, dificuldades econômicas e questões culturais;

▪ Doenças físicas e neurológicas: acidente vascular cerebral, paraplegias,


polineuropatias (viral, diabética, etílica), esclerose múltipla, entre outras;

▪ Vasculares: aterosclerose, microangiopatias (diabética, etílica,


vasculites).

▪ Medicamentosas: hipotensores, diuréticos, drogas psicotrópicas


(antidepressivos, ansiolíticos, neurolépticos), digoxina, antiácidos
(cimetidina, ranitidina), antimicó- ticos, drogas antiandrogênicas
(flutamida, ciproterona, finasterida, dutasterida);

▪ Hormonais: hipogonadismo, diabetes, hipotireoidismo;

Tratamento de primeira linha: Diante do interagente com disfunção erétil, é


preciso inicialmente orientar e auxiliar na correção dos fatores que contribuem
para essa disfunção, ou seja: modificar o estilo de vida, indicar psicoterapia
quando houver componente psíquico associado e, finalmente, tratar ou
minimizar as doenças físicas, quando presentes.

O Sildenafil Viagra, lançado em 1998, foi o primeiro inibidor da Disfunção Erétil


(DE) disponível. Tem efeito 30 a 60 minutos após a administração.

O Tadalafil Cialis foi licenciado para DE em 2003. Começa a fazer efeito 30


minutos após a administração, mas o pico de eficácia ocorre após cerca de 2h.
A eficácia se mantém por até 36horas.

Esses dois são os medicamentos mais conhecimentos no mercado.

85
Em última instância, se nenhum dos procedimentos acima descritos for eficiente,
após detalhada e criteriosa avaliação, cabe ao urologista a indicação do implante
de prótese peniana, uma vez que a cirurgia de revascularização do pênis, muito
utilizada no passado, foi praticamente abandonada, devido aos resultados
insatisfatórios.

As principais indicações para implante de prótese peniana são os casos de


disfunção erétil orgânica grave, quando outros tratamentos menos invasivos
falham. Entre essas situações encontram-se: diabetes com microangiopatia
avançada; pós-radioterapia; cirurgias pélvica ou perineal radicais; uso crônico de
drogas que interfiram negativamente na ereção; alguns casos de doença de
Peyronie.

Disfunção Erétil Psicológica

Em algum momento da vida, a maioria dos homens têm disfunção erétil, mas
quando o problema se torna persistente e ocorre em quase 50% das vezes, ou
quando se transforma em uma grande preocupação para o homem ou para a(o)
sua(seu) parceira(o), deve-se procurar ajuda médica e tratamento adequado.
Muitas vezes trata-se de uma disfunção erétil psicológica e requer um tratamento
diferente da disfunção erétil física.

As razões psicológicas são responsáveis por cerca de 10 a 20% dos casos de


disfunção erétil. Na maioria das vezes é uma reação secundária a um fator

86
psicológico principal. Os principais fatores psicológicos relacionados à disfunção
erétil são:

Stress: Stress relacionado ao trabalho, stress por motivos econômicos, ou até


devido a discussões e problemas conjugais.

Ansiedade: desde o momento em que a disfunção erétil acontece pela primeira


vez, o homem passa a ficar muito preocupado com a possibilidade de isto
acontecer novamente. Esse pensamento dá origem à “ansiedade de
desempenho”, tal como o medo de não satisfazer a(o) parceira(o), o que causa
disfunção erétil.

Sentimento de culpa: o homem pode sentir-se culpado por não satisfazer a(o)
sua(seu) parceira(o).

Depressão: a causa mais comum da disfunção erétil é a depressão que afeta o


homem tanto no aspecto físico quanto no psicológico. A depressão pode ser a
causa da disfunção erétil mesmo quando o sujeito sente-se confortável em
situações sexuais. A medicação e os fármacos associados ao tratamento da
depressão também podem causar a impotência sexual masculina.

Baixa autoestima: a baixa autoestima pode ou não ocorrer devido a um episódio


anterior de impotência sexual, que, faz o homem se sentir inseguro, ou ainda
devido a outro trauma não sexual.

Indiferença: a indiferença pode ser resultado da redução dos níveis de


testosterona que acontece com o avanço da idade, de uma diminuição do
interesse sexual, de problemas conjugais entre o casal e de diversos
medicamentos.

Muitos homens que sofrem de disfunção erétil ou impotência sexual apresentam


o problema há vários anos, o que pode se agravar ao longo do tempo, já que os
fatores psicológicos podem começar a surgir ou a acentuar-se. Nestes casos há
uma forte tendência do sujeito a evitar o contato sexual e a alimentar sentimentos
de raiva, impotência ou desilusão com relação à (ao) companheira (o) que não o
consegue estimular.

Quando se chega à conclusão de que o sujeito sofre de disfunção erétil


psicológica, é recomendada uma consulta com um sexólogo, que deve ser
realizada o mais rápido possível para que o tratamento possa ser iniciado.

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Quatro Cuidados que todo Homem deve ter a fim de Evita a Disfunção Erétil

De acordo com os dados mais recentes da Sociedade Brasileira de Urologia


(SBU), através de um estudo realizado em 22 cidades brasileiras, 44% dos
homens do país possuem disfunção erétil. Além disso, foi descoberto que 56%
dos homens que sofrem deste problema afirmaram ser hipertensos, 19%
diabéticos, 13% têm colesterol alto e, ainda, 12% deles são cardíacos.

Não há uma causa única, muito menos um tratamento padrão para o problema.
A solução eficiente é analisar a fundo e com calma o problema do paciente, pois,
a doença atinge pessoas das mais variadas idades e condições. No entanto,
existem causas cientificamente comprovadas da disfunção erétil, sendo
importante conhecê-las a fim de evitar o problema.

Sono

Um estudo da Unifesp aponta que pacientes que sofrem de impotência sexual


despertam mais durante a noite e apresentam o sono fragmentado, sem
conseguir atingir o estado de sono profundo. Além disso, a falta de sono aumenta
as chances de problemas cardiovasculares, diabetes e favorece o ganho de
peso, fatores que contribuem para a impotência sexual.

Drogas

Um estudo da Universidade Real de Londres confirmou que o cigarro aumenta o


risco de impotência sexual. Homens que fumam aumentam em 40% o risco de
sofrer de disfunção erétil, sendo que quanto maior o número de cigarros, maiores
as chances de ter problemas na performance sexual. Mesmo os homens que
fumam menos de 20 cigarros por dia aumentam em 24% as chances de sofrer
de impotência sexual. Isso acontece pois o cigarro possui substâncias que
entopem a microcirculação, atingindo também o pênis e a ereção.

Um estudo da Unifesp descobriu que entre os usuários de álcool, cocaína, crack


e ecstasy, 47% têm ejaculação precoce, redução da libido e impotência sexual.
Este problema também se encontra relacionado às alterações vasculares,
causadas pelo uso prolongado dessas substâncias. Além disso, remédios como
antidepressivos e para a calvície podem influenciar a ereção.

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Diabetes

As artérias do pênis são muito sensíveis às alterações vasculares causadas pelo


diabetes. Aproximadamente metade dos pacientes diabéticos apresentam
problemas de ereção, sendo que tais pacientes não podem ser tratados com os
medicamentos comumente utilizados, como o Viagra, pois estes não surtem
efeito nestes casos. No entanto, existem outras formas de tratamento, basta
encontrar um profissional especializado o quanto antes.

Obesidade

Uma pesquisa realizada pela Escola de Saúde Pública de Harvard mostrou que
a obesidade e o sedentarismo aumentam as chances de disfunção erétil. Os
obesos sofrem mais com a impotência sexual devido ao sistema circulatório
debilitado, o que acaba por refletir na ereção. Ademais, a hipertensão e o
colesterol alto têm relação com este problema. Ou seja, a circunferência
abdominal não é causa direta da disfunção erétil, mas sim as alterações
metabólicas decorrentes da obesidade.

Como o Tantra pode auxiliar:

Sugestão:

Pacote de 10 sessões no mínimo, podendo se estender para até 6 meses de


processo de desenvolvimento do sentir e da sustentação da ereção.

Todo o toque no lingam deverá ser firme e lento, as manobras podem incluir
orientação para um melhor estado de presença no corpo e respiração conectada,
o que auxilia na sustentação da energia sexual no corpo.

Obs: Lembrando que são apenas dicas, cada caso é um caso que deverá ser
avaliado com carinho.

89
Ejaculação Prematura ou Precoce

Ejaculação prematura é a disfunção sexual masculina caracterizada pela


ejaculação que ocorre sempre, ou quase sempre, antes ou cerca de um minuto
depois da penetração vaginal; e incapacidade de adiar a ejaculação em todas ou
quase todas as penetrações vaginais; e consequências pessoais negativas, tais
como perturbação, incómodo, frustração e/ou o evitar ter intimidade sexual’.

Assim, tem-se a ejaculação prematura permanente (primária) ou adquirida


(secundária). Ejaculação Primária permanente é caracterizada por ter início
desde a primeira experiência sexual e permanece um problema ao longo da vida.
A ejaculação ocorre de modo demasiadamente rápido, antes da penetração
vaginal ou < 1-2 minutos depois. A EP adquirida é caracterizada por ter um início
gradual ou súbito, com ejaculação normal antes do início do problema. O tempo
até à ejaculação é curto, mas normalmente não tão rápido como a EP
permanente.

A ejaculação prematura é a disfunção sexual masculina mais comum, com taxas


de prevalência de 20 a 30%. Em contraste com a disfunção eréctil, a prevalência
de EP não é afetada pela idade. Os fatores de risco para a EP são normalmente
desconhecidos.

A ejaculação prematura tem um efeito prejudicial na autoconfiança e na relação


com a parceira. Pode provocar perturbação mental, ansiedade e depressão. No
entanto, a maioria homens com EP não procura ajuda.

Avaliação e Diagnóstico

O diagnóstico de Ejaculação Precoce é baseado na história clínica e sexual do


interagente. A história deve classificar a Ejaculação Precoce como permanente
ou adquirida e determinar se a EP é situacional (sob circunstâncias específicas
ou com uma parceira específica) ou persistente.

Deve ser dada atenção especial à duração do tempo de ejaculação, nível de


estímulo sexual, impacto sobre a atividade sexual, e uso ou abuso de fármacos
ou outras substâncias químicas.

90
TRATAMENTO O tratamento deve limitar-se ao aconselhamento psicossexual.
Antes de começar o tratamento, é essencial discutir cuidadosamente quais são
as expectativas do interagente.

Causas

A Ejaculação Precoce está relacionada a diversos fatores - físicos, psicológicos


e sociais - e tratá-la envolve obrigatoriamente a descoberta de sua causa.

Muitas vezes o interagente chega com uma queixa de ter uma ejaculação rápida
nos primeiros minutos de uma relação sexual e depois consegue ter uma relação
normal sem a ejaculação precoce. Nesse caso, consideramos uma ejaculação
precoce que tem como origem ansiedade. Muitas vezes não é necessário
nenhum tratamento para este caso.

Como o Tantra pode auxiliar:

Sugestão:

Pacote de 10 sessões no mínimo, podendo se estender para até 6 meses de


processo de desenvolvimento do sentir e da sustentação da ereção.

Todo o toque no lingam deverá ser firme e lento, as manobras podem incluir
orientação para um melhor estado de presença no corpo e respiração conectada,
o que auxilia na sustentação da energia sexual no corpo.

Em casos de ejaculação precoce, cabe a Terapeuta (o) ter sensibilidade de ir


percebendo o corpo do interagente e ir mudando as manobras, auxiliando que
ele consiga ficar mais tempo recebendo as manobras sem ejacular.

Obs: Lembrando que são apenas dicas, cada caso é um caso que deverá ser
avaliado com carinho.

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Ejaculação Retardada

Atraso do orgasmo

Ao contrário da ejaculação precoce, a retardada ocorre quando o homem demora


muito para ejacular durante a relação sexual - ou até não consegue (problema
chamado de anejaculação). No entanto, a ereção do pênis e desejo sexual
existem.

O tempo médio para que a ejaculação aconteça durante o sexo é em torno de


cinco minutos, mas é possível controlar e prolongar conscientemente esse
tempo. No caso da ejaculação retardada, entretanto, esse atraso não é
consciente. O homem quer chegar ao orgasmo e não consegue, mas, o tempo
vai variar para cada um.

O problema pode não trazer malefícios diretos à saúde, mas prejudica a


qualidade de vida masculina. Há um impacto na autoestima e na autoconfiança,
o que pode gerar dificuldades no relacionamento amoroso. A disfunção sexual
pode ser temporária, principalmente quando as causas são psicológicas.

Causas psicológicas: Na maioria das vezes a deficiência de ejaculação é


causada por fatores psicológicos. Um determinado problema que cause tensão,
estresse ou medo no homem é capaz de interferir no organismo e prejudicar o
orgasmo. Pode ser desde um trauma na infância que repercute na idade adulta
até o medo de engravidar por conta da relação sexual. Confira alguns motivos:

▪ Culpa/ansiedade por motivos religiosos;


▪ Medo de engravidar;
▪ Estresse;
▪ Traumas na infância ou fase adulta;
▪ Tensão durante o ato sexual por motivos diversos; e
▪ Dificuldade para confiar e de Entrega

Masturbação influencia?

Em alguns casos, sim. Muitos dos homens que apresentam ejaculação retardada
numa relação sexual, não conseguem ejacular normalmente ao se masturbar.
Há interagentes, principalmente os mais jovens, que têm preferência por
masturbação em vez do ato sexual e não conseguem sentir prazer suficiente

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para ejacular durante a relação. Este comportamento pode estar muito ligado ao
nervosismo e à ansiedade da relação sexual, da pressão para ter um bom
desempenho ou do fato de ter que chegar ao orgasmo junto com outra pessoa.

Também podem existir situações em que o homem - sobretudo adolescente, que


ainda não teve muita experiência sexual - está acostumado a se masturbar
fazendo uma pressão excessiva com a mão. Na hora da relação sexual, pode
ser que a pressão da penetração vaginal sobre o pênis seja menor do que a
realizada com as mãos, dificultando o estímulo no homem para chegar ao
orgasmo e ejacular.

Causas orgânicas

Entre as causas orgânicas mais comuns, está o uso constante de medicamentos


antidepressivos. É comum este tipo de medicação causar retardo ou mesmo
grande dificuldade ejaculatória. O envelhecimento também é outro fator
influente. Com o avanço da idade há uma diminuição da sensibilidade do pênis,
afetando a facilidade de atingir um orgasmo.

Os fatores orgânicos que mais estão relacionados são:

▪ Abuso de álcool e drogas;


▪ Diabetes;
▪ Uso de antidepressivos e outros medicamentos específicos;
▪ Esclerose múltipla;
▪ Distúrbios hormonais;
▪ Lesões neurológicas; e
▪ Problemas decorrentes do envelhecimento.
O terapeuta sexual também é um ótimo profissional para ajudar a melhorar a
relação, principalmente quando a ejaculação retardada atinge um estado que
causa frustrações para o casal. Também é preciso trabalhar a autoestima e a
autoconfiança, além de identificar possíveis motivos que causem estresse e
tensão no homem.

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Como o Tantra pode auxiliar:

Ideal que este trabalho seja acompanhado de psicoterapia falada e a terapia


corporal, com a junção das duas abordagens existe uma grande possibilidade
de tratamento eficaz.

Sobre a Psicoterapia falada, importante observar padrões da infância e fala que


podem ter sido absorvidas como comandos, atuando como barreiras no
inconsciente.

Na terapia corporal ideal massagens desde a sutil até a lingam para que o corpo
seja estimulado ao prazer e a permissão de sentir o gozo e se permitir a entrega.

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Transtorno do Desejo Sexual Hipoativo

O desejo sexual hipoativo é uma diminuição ou ausência de desejos sexuais que,


geralmente leva a pessoa a deixar de desejar ou querer ter relações sexuais;
causando acentuado sofrimento, que, geralmente a conduz para dificuldades no
âmbito do relacionamento afetivo, vida profissional e social.

O baixo desejo sexual pode ocorrer em todas as situações e formas de


expressão sexual (generalizada), ou ocorrer apenas na presença de
determinadas situações (situacionais), como, por exemplo: com um parceiro
específico, ou uma atividade sexual específica (ex: pode ocorrer na relação
sexual, mas não na prática da masturbação).

Um desejo sexual reduzido frequentemente está associado com problemas de


excitação sexual ou com dificuldades para atingir o orgasmo. Não é incomum
que pessoas com frequentes queixas relacionadas ao desejo, usem a inibição
do desejo como uma forma defensiva, a fim de se proteger de temores
relacionados ao sexo.

A autoestima relaciona-se à boas experiências anteriores com o sexo. A


disponibilidade de um parceiro apropriado e um bom relacionamento em áreas
não sexuais com o parceiro são fatores importantes para a adequada qualidade
de vida sexual. Danos em qualquer um desses fatores pode resultar em uma
diminuição do desejo, e, consequentemente, representar uma fonte de
sofrimento para os indivíduos. Vários fatores podem estar presentes como causa
do desejo sexual hipoativo, entre eles:

▪ Fatores orgânicos (ex: diminuição da testosterona, dor durante o ato


sexual, lesões nas genitálias, etc.);
▪ Fatores farmacológicos: (ex: uso de determinados medicamentos como:
anti-hipertensivos, antidepressivos, drogas de abuso entre outros que
podem concorrer para a baixa libido);
▪ Fatores Psicológicos: (ex., depressão, estresse acentuado, medos e
inseguranças);
▪ Fatores relacionais e culturais: (Situações traumáticas de abuso sexual,
educação muito rígida, falsos mitos sobre a sexualidade, culpa,
comportamento sedutor por parte dos pais, conflitos conjugais, gravidez,
também podem estar implicados em alguns casos).

Outros fatores como a condição médica geral do indivíduo podem ter efeito
prejudicial e inespecífico sobre o desejo sexual; fraqueza, dores, problemas com

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a imagem corporal, preocupações diversas com a sobrevivência (finanças,
desemprego), relacionamentos afetivos problemáticos.

Também não é incomum ocorrer uma disfunção sexual de desejo hipoativo por
fatores combinados, ou seja, onde o transtorno do desejo não se deve
exclusivamente a fatores orgânicos, fisiológicos, ou induzidos por substâncias,
ou por fatores psicogênicos e sim por uma combinação destes.

Um dos primeiros sinais é a diminuição (ou ausência) persistente ou recorrente


de fantasias ou desejo de ter relação sexual. O Indivíduo promove pouca energia
para a busca de estímulos e sente-se frustrado quando privado da expressão
sexual.

Indivíduos com transtorno do desejo hipoativo podem ter dificuldades para


desenvolver relacionamentos sexuais estáveis com maior frequência e têm maior
probabilidade de sentirem-se insatisfeito e romperem relações afetivas e
conjugais.

Em muitos casos a diminuição do desejo sexual pode levar a um desgaste da


vida afetivo-conjugal, podendo levar o parceiro (a) a interpretar, como uma
rejeição e/ou como uma possibilidade de infidelidade.

O baixo desejo sexual pode levar a pessoa a não dar a devida importância ao
sexo, a diminuir a frequência da atividade sexual, e não considerar o significado
atribuído ao sexo, o qual varia de casal para casal.

Como o Tantra pode ajudar:

Massagens com creme com toques profundos e lentos, podem auxiliar no


processo de trazer a energia sexual de dentro para fora. Mais conhecida como
Biomassagem, especial para desenvolvimento do potencial libidinal do corpo.
Importante o toque nesse processo para que através da bioeletricidade natural
do corpo, novas sinapses possam acontecer, trazendo mais energia para o corpo
e para o sentir.

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Desejo Sexual Hiperativo

Já ouviu falar em ninfomania? Ou quem sabe em satiríase? Pois é, estes são


nomes dados ao desejo sexual hiperativo (DSH) em mulheres e homens,
respectivamente.

“É uma doença? É normal? Faz parte da natureza humana?”

Bom, o nível de apetite sexual só é classificado como transtorno psicológico


quando começa a afetar a vida social/afetiva do indivíduo. Ou seja, seu desejo
sexual interfere negativamente na sua rotina de trabalho, nos seus
relacionamentos afetivos, passeios, eventos e etc. O DSH se encaixa melhor na
categoria “vícios”, pois assim como todos os outros, é um gerador de prazer que
foge completamente do controle.

A pessoa que sofre deste transtorno deseja o sexo incessante, quer alcançar o
orgasmo várias vezes seguidas, custe o que custar. O ato sexual e masturbação
normalmente é seguida de culpa e arrependimento, o que não impede de
continuar em busca do prazer através do sexo, assim como acontece com
qualquer outro vício.

Como identificar pessoas que sofrem desse distúrbio?

Aqui estão os principais sintomas:

▪ O indivíduo passa por cima de qualquer limite de certo e errado para obter
o sexo: adultério, pornografia, swing, prostituição, masturbação
descontrolada, sexo em locais inapropriados, com pessoas
comprometidas e etc. Não mede consequências e com frequência coloca
em jogo a vida do cônjuge, filhos, seu emprego, amizades e
relacionamentos em geral;
▪ Fantasias sexualmente excitantes frequentes e intensas, impulsos ou
comportamentos sexuais “anormais” que persistam durante um período
de pelo menos seis meses. O que entendemos por anormal? Tudo aquilo
que foge do sexo convencional dentro de um relacionamento afetivo
maduro e saudável;
▪ As fantasias, impulsos ou comportamentos sexuais causam desconforto
ou comprometimento na sua vida social, trabalho, amizades e
relacionamentos afetivos;
▪ Os sintomas não estão relacionados ao uso de drogas ou estimulantes;

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O primeiro passo para a cura é reconhecer o problema e aceitar a necessidade
de ajuda. Quanto mais negar aos outros e a si mesmo, mais destruição trará para
sua vida e para vida daqueles que ama. Se permanecer preso a este transtorno,
dificilmente conseguirá construir uma família e manter uma vida equilibrada.

A terapia cognitivo-comportamental é uma destas saídas. Ela ensina o paciente


a controlar seus impulsos e a manter relacionamentos sexualmente saudáveis e
satisfatórios. Pode também ser voltada para o desenvolvimento de habilidades
para lidar melhor com a ansiedade, desconforto e carência afetiva.

Existem também antidepressivos que regulam a serotonina e podem ajudar a


diminuir a libido, a ansiedade, os pensamentos obsessivos e aumentar o
autocontrole e bom humor. Psicoterapia de casal e psicoterapia de grupo
especialmente voltada para adicção sexual também tem demonstrado bons
resultados.

Como o Tantra pode ajudar?

Importante nesse caso, verificar se o caso é grave a ponto de ser necessário


indicação de médicos e de remédios. Se o caso for mais leve e realmente a
pessoas quiser trabalhar, o Tantra é uma ferramenta incrível para essa questão,
pois ensina o direcionamento da energia sexual e também que a pessoa se nutra
da própria energia, acumulando esse energia no corpo, com o processo a
tendência é ir precisando cada vez menos buscar energia sexual fora.

Sessões de massagem com creme e massagem com toques genitais nas


primeiras sessões, pois é um corpo que está viciado em intensidade.

No segundo momento pode entrar com a massagem sutil e o processo será em


ressignificar o intenso pelo profundo.

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Roteiro para Diagnóstico – Tratamento e/ou Encaminhamento da Disfunção
Sexual

Anamnese

1. Identificação, Paciente e Parceiro (a): Idade, Escolaridade, Profissão, Tempo


de Relacionamento, Condição Econômica, Descrição da Parceiro (a), (o que a
paciente percebe de ruim e de bom no(a) parceiro (a).

2. Ouvir a queixa: Falta de desejo sexual, falta de excitação na relação sexual,


dor ao coito, impossibilidade de penetração vaginal, não reconhece seu corpo,
deseja mudar de sexo, etc...

3.Para queixas de: “Não tenho vontade de ter relação sexual” ou “Não sinto nada
na relação sexual”, perguntar: O que você não sente? Desejo Sexual?
Excitação? Orgasmo?

4. Investigar: Tempo da queixa, uso de fármacos, doenças associadas, infecções


ou patologias ginecológicas, eventos associados, situação com a parceria.

Avaliação da Expressão Sexual:

1. Tem impulso sexual?

2. Tem fantasias sexuais? Com a parceria? Com outra pessoa? Conhecidos


próximos? Artistas de TV?

3. Tem sonhos eróticos?

4. Sente atração por outros? Conhecidos próximos? Artistas de TV?

5. Sente excitação com cenas ou textos eróticos?

6. Relação com a parceria: Tranquila? Conflituosa?

7. Para paciente que convive com homem: Já sentiu atração por mulheres?

8.Tem história de algum tipo de abuso sexual no passado?

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Intervenção Terapêutica nas Disfunções Sexuais

1. Avaliar estado biológico: possíveis infecções ou patologias ginecológicas

2. Quebrar mitos, repensar valores (sempre respeitando as convicções de vida


ou religiosas da mulher)

3. Conflitos relacionais, relacionamentos de longa duração: esclarecer, propor


mudanças de atitude com o parceiro;

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Satya Kali
(Kátia Regina de Jesus Rosa)

É fundadora do Satya Kali Tantra Brasil - Terapeuta Transpessoal com


graduação em Psicologia, atua com ênfase em Terapia Tântrica, Renascimento
e Coordenação e Formação de Terapeutas e Psicoterapeutas.
Fundadora do Método Psicoterapia Tântrica

(11) 9.7524-9200
@satyakali.tantra
www.satyakali.com
tantra.kali@gmail.com

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