Ronaldo Trevizan Cordeiro Gouveia RA: 200037 LETRAS NIVEL 4

RESENHA DO FILME “O CORTIÇO”

Baseado no Romance de Aluízio Azevedo, o filme mostra o drama dos

habitantes de um cortiço em 1880. O filme narra a vida cotidiana dos habitantes
de um cortiço no Rio de Janeiro no final da monarquia. João Romão, o dono do
cortiço, finge dar a liberdade para sua ex escrava, que já havia pagado suas
“dividas”. Ele utiliza uma falsa carta de alforia para ela se achar livre, mas
acaba trabalhando com ele e dando todo seu dinheiro para João Romão.
Utilizando esse dinheiro o cortiço prospéra, João Romão se mostra interessado
por dinheiro durante todo o filme, expressando seu orgulho nacionalista por ser
portugûes, até mesmo em uma fala particular com Jerônimo (futuro
administrador da pedreira de João Romão) onde lhe é oferecido um pagamento
maior por ser português. Somos introduzidos a Rita Baiana, uma mulher que
atenta os habitantes do cortiço,casada, e que é cobiçada por muitos, Jerônimo,
que também já é casado, desperta uma paixão forte por Rita Baiana, mas sua
esposa finge não acontecer nada com medo de perder o marido.
João tem inveja de Miranda, vizinho do cortiço, que acaba de se tornar barão e
é um forte defensor do imperialismo. Em um encontro entre Miranda e João, O
vizinho do cortiço descobre que João Romão é um homem de muitas riquezas
e planeja casar sua filha com ele. A escrava, que é apaixonada por João
Romão é contra, e o único jeito de conseguir se livrar dela é planejando um
jeito de conseguir se livrar dela.
O caso de Rita Baiana e Jerônimo fica aparente quando Firmo (ou Firmino no
filme) , marido de Rita Baiana descobre sobre os dois, e planeja se vingar
matando Jerônimo, mas é mal sucedido e acaba sendo assasinado por
Jerônimo. Os habitantes do cortiço começam uma revolta ao ver o corpo morto
e um incendio toma conta de toda a habitação. João Romão vendo tudo isso
entra em desespero e tenta apagar o fogo, e mais tarde lembra que tinha
seguro de tudo e conseguiu reconstruir o cortiço.
No epílogo do filme vemos os habitantes em um cortiço resconstruído e João
Romão planejando seu futuro com a esposa, tendo o problema da escrava que
não permite João de casar com a filha de Miranda. Planejando a forma de se
livrar dela, João Romão acha o verdadeiro dono daquela escrava e as
autoridades vão buscá-la, ao tentar resistir, a escrava é atingida por uma das
espadas dos policiais e morre.
O filme acaba com João sendo parabenizado pelo fim da escravidão no Brasil e
saindo em lua de mel com sua nova esposa, enquanto os habitantes do cortiço
comemoram a proclamação da república, mesmo sem saber muito bem o que
isso significa.

A obra dirigida pelo diretor Francisco Ramalho Jr. Consegue retratar a vida
cotidiana nos anos finais da escravidão na sociedade brasileira. Apesar do
filme se diferenciar do livro em vários aspéctos, a obra segue sendo fiel e
mostrando principalmente a desigualdade social, racismo e a opressão do
pobre na sociedade.