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Polícia Militar do Estado da Paraíba

PM-PB

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Soldado

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NV-018JL-23-PM-PB-SOLDADO
Cód.: 7908428805951
O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para Matheus Pereira da Silva Maria - 171.360.847-25, vedada, por quaisquer meios e a
qualquer título, a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.
Obra

PM-PB – Polícia Militar do Estado da Paraíba


Soldado

Autores

LÍNGUA PORTUGUESA • Ana Cátia Collares, Giselli Neves, Isabella Ramiro e Monalisa Costa

REDAÇÃO DISCURSIVA (ON-LINE) • Nelson Sartori

NOÇÕES DE INFORMÁTICA • Fernando Nishimura

RACIOCÍNIO LÓGICO • Kairton Batista (Prof. Kaká) e Sérgio Mendes

GEOGRAFIA DA PARAÍBA • Jean Talvani

HISTÓRIA DA PARAÍBA • Jean Talvani e Vinícius Bernardo

LÍNGUA INGLESA/LÍNGUA ESPANHOLA • Isabella Ramiro, Luiza Fernandes e Rebecca Soares

NOÇÕES DE DIREITO CONSTITUCIONAL • Giovana Marques e Samara Kich

NOÇÕES DE DIREITO PENAL (ON-LINE) • Renato Philippini e Rodrigo Gonçalves

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NOÇÕES DE DIREITO PROCESSUAL PENAL • Kamila Gomes e Renato Philippini

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NOÇÕES DE DIREITO MILITAR • Fernando Zantedeschi, Giovana Marques e Rodrigo Gonçalves .
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LEGISLAÇÃO EXTRAVAGANTE (ON-LINE) • Antônio Pequeno e Nathan Pilonetto


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NOÇÕES DE SOCIOLOGIA • Lucas Afonso, Maria Clara Iunes Carvalho e Yago Junho
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ISBN: 978-65-5451-196-4
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Edição: Agosto/2023

Todos os direitos autorais desta obra são reservados e protegidos


pela Lei nº 9.610/1998. É proibida a reprodução parcial ou total,
por qualquer meio, sem autorização prévia expressa por escrito da
editora Nova Concursos.

Esta obra é vendida sem a garantia de atualização futura. No caso Dúvidas


de atualizações voluntárias e erratas, serão disponibilizadas no site
www.novaconcursos.com.br. Para acessar, clique em “Erratas e www.novaconcursos.com.br/contato
Retificações”, no rodapé da página, e siga as orientações. sac@novaconcursos.com.br
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PIRATARIA
É CRIME!
Todos os direitos autorais deste material são reservados e
protegidos pela Lei nº 9.610/1998. É proibida a reprodução parcial

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ou total, por qualquer meio, sem autorização prévia expressa por

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escrito da Nova Concursos.
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Pirataria é crime e está previsto no art. 184 do Código Penal,


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com pena de até quatro anos de prisão, além do pagamento


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de multa. Já para aquele que compra o produto pirateado


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sabendo desta qualidade, pratica o delito de receptação, punido


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com pena de até um ano de prisão, além de multa (art. 180 do CP).
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Não seja prejudicado com essa prática.


Denuncie aqui: sac@novaconcursos.com.br
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APRESENTAÇÃO
Um bom planejamento é determinante para a sua preparação
de sucesso na busca pela tão almejada aprovação. Por isso, pen-
sando no máximo aproveitamento de seus estudos, este livro
foi organizado de acordo com o Edital Normativo de Concurso
Público Nº 001/2023 para o cargo de Soldado da Polícia Militar
da Paraíba – PM-PB.

O conteúdo programático foi sistematizado em um sumário,


facilitando a busca pelos temas do edital, no entanto, nem sem-
pre a banca organizadora do concurso dispõe os assuntos em
uma sequência lógica. Por isso, elaboramos este livro abor-
dando os principais itens do edital e reorganizando-os quando
necessário, de uma maneira didática para que você realmente
consiga aprender e otimizar os seus estudos.

Ao longo da teoria, você encontrará boxes – Importante e Dica


– com orientações, macetes e conceitos fundamentais cobrados

25
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nas provas, e seção Hora de Praticar, trazendo exercícios gaba-

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ritados da banca IBFC, organizadora do certame.

0.
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A obra que você tem em suas mãos é resultado da competência
-1

de nosso time editorial e da vasta experiência de nossos profes-


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sores e autores parceiros – muitos também responsáveis pelas


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aulas que você encontra em nossos Cursos Online – o que será


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um diferencial na sua preparação. Nosso time faz tudo pensan-


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do no seu sonho de ser aprovado em um concurso público.


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Intensifique ainda mais a sua preparação acessando os con-


re

teúdos complementares disponíveis on-line para este livro em


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nossa plataforma: Conteúdo complementar de Noções de Direito


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Penal, Legislação Extravagante e Redação Discursiva disponí-


at

veis em PDF para download.


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Agora é com você!

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CONTEÚDO ON-LINE

Para intensificar a sua preparação para concursos, oferecemos em nossa plataforma on-
line materiais especiais e exclusivos, selecionados e planejados de acordo com a proposta
deste livro. São conteúdos que tornam a sua preparação muito mais eficiente.

CONTEÚDO COMPLEMENTAR:

• Noções de Direito Penal – Disponível em PDF para Download.


• Legislação Extravagante – Disponível em PDF para Download.
• Redação Discursiva – Disponível em PDF para Download.

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SUMÁRIO

LÍNGUA PORTUGUESA....................................................................................................11
COMPREENSÃO E INTELECÇÃO DE TEXTOS................................................................................... 11

TIPOLOGIA TEXTUAL......................................................................................................................... 13

COESÃO E COERÊNCIA....................................................................................................................... 17

FIGURAS DE LINGUAGEM.................................................................................................................. 21

ORTOGRAFIA....................................................................................................................................... 24

ACENTUAÇÃO GRÁFICA...................................................................................................................................25

EMPREGO DO SINAL INDICATIVO DE CRASE.................................................................................. 25

FORMAÇÃO, CLASSE E EMPREGO DE PALAVRAS.......................................................................... 27

COLOCAÇÃO PRONOMINAL.............................................................................................................................36

25
7-
SINTAXE DA ORAÇÃO E DO PERÍODO............................................................................................... 46

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0.
PONTUAÇÃO....................................................................................................................................... 55
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CONCORDÂNCIA NOMINAL E VERBAL............................................................................................ 57
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REGÊNCIA NOMINAL E VERBAL........................................................................................................ 61


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EQUIVALÊNCIA E TRANSFORMAÇÃO DE ESTRUTURAS................................................................ 63


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PARALELISMO SINTÁTICO................................................................................................................ 64
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RELAÇÕES DE SINONÍMIA E ANTONÍMIA........................................................................................ 65


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NOÇÕES DE INFORMÁTICA...........................................................................................73
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CONCEITO DE INTERNET E INTRANET............................................................................................. 73


M

FERRAMENTAS E APLICATIVOS DE NAVEGAÇÃO.......................................................................... 81

DE CORREIO ELETRÔNICO................................................................................................................................81

DE GRUPO DE DISCUSSÃO................................................................................................................................84

DE BUSCA E PESQUISA.....................................................................................................................................85

PRINCIPAIS APLICATIVOS PARA EDIÇÃO DE TEXTOS, PLANILHAS ELETRÔNICAS,


GERAÇÃO DE MATERIAL ESCRITO, AUDIOVISUAL E OUTROS...................................................... 86

PACOTE MICROSOFT OFFICE...........................................................................................................................86

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RACIOCÍNIO LÓGICO...................................................................................................... 123
LÓGICA PROPOSICIONAL................................................................................................................123

ARGUMENTAÇÃO LÓGICA...............................................................................................................127

RACIOCÍNIO SEQUENCIAL, RACIOCÍNIO LÓGICO QUANTITATIVO, RACIOCÍNIO LÓGICO


ANALÍTICO.........................................................................................................................................134

DIAGRAMAS LÓGICOS.....................................................................................................................161

ANÁLISE COMBINATÓRIA...............................................................................................................162

PROBABILIDADE...............................................................................................................................166

GEOGRAFIA DA PARAÍBA............................................................................................. 173


GEOGRAFIA FÍSICA: FORMAÇÃO DO TERRITÓRIO PARAIBANO.................................................173

RELEVO ............................................................................................................................................................173

CLIMA ..............................................................................................................................................................174

25
7-
VEGETAÇÃO ....................................................................................................................................................176

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HIDROGRAFIA..................................................................................................................................................176
.
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GEOGRAFIA HUMANA: ASPECTOS ECONÔMICOS, SOCIAIS E CULTURAIS..............................178
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HISTÓRIA DA PARAÍBA................................................................................................. 183


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ORIGENS E CONQUISTA DA PARAÍBA (1574-1585)......................................................................183


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A PRESENÇA DE PORTUGUESES, FRANCESES E ESPANHÓIS NO TERRITÓRIO PARAIBANO .................183


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POVOS INDÍGENAS DO LITORAL AO SERTÃO...............................................................................................184


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A PARAÍBA NO SISTEMA DE CAPITANIAS HEREDITÁRIAS E A CONQUISTA DO INTERIOR.....184


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HOLANDESES NA PARAÍBA INQUISIÇÃO E EXPULSÃO DE JESUÍTAS.......................................186


M

A PARAÍBA NO SÉCULO XIX.............................................................................................................186

INDEPENDÊNCIA.............................................................................................................................................186

PRIMEIRO REINADO........................................................................................................................................186

PERÍODO REGENCIAL......................................................................................................................................187

SEGUNDO REINADO........................................................................................................................................187

A CONFEDERAÇÃO DO EQUADOR..................................................................................................................188

A PARAÍBA E A GUERRA DO PARAGUAI.........................................................................................................189


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A PARAÍBA E O QUEBRA-QUILOS...................................................................................................................190

O RONCO DAS ABELHAS.................................................................................................................................190

A PARAÍBA NO SÉCULO XX..............................................................................................................190

A PARAÍBA NA REPÚBLICA............................................................................................................................190

REVOLUÇÃO DE 30..........................................................................................................................................190

OLIGARQUIAS, CORONELISMO E CANGAÇO.................................................................................191

REVOLTA DE PRINCESA...................................................................................................................192

REVOLUÇÃO CONSTITUCIONALISTA DE 1932.............................................................................192

INTENTONA COMUNISTA 1935......................................................................................................192

A PARAÍBA NO ESTADO NOVO DE VARGAS A PARAÍBA E A SEGUNDA GUERRA MUNDIAL....193

LÍNGUA INGLESA/LÍNGUA ESPANHOLA.............................................................. 197


LÍNGUA INGLESA..............................................................................................................................197

25
7-
COMPREENSÃO DE TEXTOS E CAPACIDADE DE COMPREENDER IDEIAS GERAIS E ESPECÍFICAS

84
POR MEIO DA ANÁLISE DE TEXTOS SELECIONADOS DE LIVROS, JORNAIS OU REVISTAS, QUE

0.
36
ABORDEM TEMAS CULTURAIS, LITERÁRIOS E CIENTÍFICOS .....................................................................197
.
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ITENS GRAMATICAIS RELEVANTES PARA A COMPREENSÃO DOS CONTEÚDOS
-1

SEMÂNTICOS...................................................................................................................................................202
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LÍNGUA ESPANHOLA........................................................................................................................244
M
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COMPREENSÃO DE TEXTOS E CAPACIDADE DE COMPREENDER IDEIAS GERAIS E ESPECÍFICAS


Si

POR MEIO DA ANÁLISE DE TEXTOS SELECIONADOS DE LIVROS, JORNAIS OU REVISTAS, QUE


da

ABORDEM TEMAS CULTURAIS, LITERÁRIOS E CIENTÍFICOS.....................................................................244


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ITENS GRAMATICAIS RELEVANTES PARA A COMPREENSÃO DOS CONTEÚDOS SEMÂNTICOS............250


Pe
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NOÇÕES DE DIREITO CONSTITUCIONAL............................................................. 279


he
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M

DOS DIREITOS E GARANTIAS FUNDAMENTAIS EM ESPÉCIE......................................................279

DIREITO À VIDA................................................................................................................................................279

DIREITO À LIBERDADE....................................................................................................................................279

PRINCÍPIO DA IGUALDADE (ART. 5°, I)...........................................................................................................280

PRINCÍPIO DA LEGALIDADE E DA ANTERIORIDADE PENAL (ART. 5°, XL, XXXIX)......................................281

LIBERDADE DA MANIFESTAÇÃO DO PENSAMENTO (ART. 5°, IV)...............................................................281

INVIOLABILIDADE DA INTIMIDADE: VIDA PRIVADA, HONRA E IMAGEM (ART. 5°, X)................................281

INVIOLABILIDADE DO LAR (ART. 5°, XI).........................................................................................................281


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SIGILO DE CORRESPONDÊNCIA E DE COMUNICAÇÃO (ART. 5°, XII)...........................................................282

LIBERDADE DE LOCOMOÇÃO (ART 5°, XV)....................................................................................................283

DIREITO DE REUNIÃO E DE ASSOCIAÇÃO (ART. 5°, XVI, XVII, XVIII, XIX, XX E XXI)...................................283

DIREITO DE PROPRIEDADE (ART. 5°, XXII E XXIII).........................................................................................283

VEDAÇÃO AO RACISMO (ART. 5°, XLII)..........................................................................................................283

GARANTIA ÀS INTEGRIDADES FÍSICA E MORAL DO PRESO (ART. 5°, XLIX)..............................................283

VEDAÇÃO ÀS PROVAS ILÍCITAS (ART. 5°, LVI)..............................................................................................283

PRINCÍPIO DA PRESUNÇÃO DE INOCÊNCIA (ART. 5°, LVII)..........................................................................284

PRIVILEGIA CONTRA A AUTO-INCRIMINAÇÃO (ART. 5°, LXIII)...................................................................284

DOS MILITARES DOS ESTADOS, DO DISTRITO FEDERAL E DOS TERRITÓRIOS........................284

DA SEGURANÇA PÚBLICA (ART.144).............................................................................................285

NOÇÕES DE DIREITO PROCESSUAL PENAL....................................................... 291

25
7-
INQUÉRITO POLICIAL.......................................................................................................................291

84
0.
36
DA AÇÃO PENAL: ESPÉCIES............................................................................................................302
.
71
DA PRISÃO, DAS MEDIDAS CAUTELARES E DA LIBERDADE PROVISÓRIA................................308
-1
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M

NOÇÕES DE DIREITO MILITAR.................................................................................. 321


a
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Si

ESTATUTO DOS POLICIAIS MILITARES DA PARAÍBA (LEI N° 3.909, DE 1977)..........................321


da
ira

DA HIERARQUIA E DA DISCIPLINA (ARTS. 12 À 19).....................................................................................321


re
Pe

DO VALOR POLICIAL MILITAR (ART. 26)........................................................................................................323


u s

DA ÉTICA POLICIAL MILITAR (ARTS. 27 À 29)..............................................................................................323


he
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DOS DEVERES POLICIAIS MILITARES (ART. 30)...........................................................................................324


M

DO COMPROMISSO POLICIAL MILITAR (ART. 31)........................................................................................324

DO COMANDO E DA SUBORDINAÇÃO (ARTS. 33 À 39)................................................................................325

LEI COMPLEMENTAR ESTADUAL Nº 87, DE 2008.........................................................................326

CRIME MILITAR.................................................................................................................................337

CARACTERIZAÇÃO DO CRIME MILITAR (ART. 9º, DO CPM)........................................................................338

PROPRIAMENTE E IMPROPRIAMENTE MILITAR..........................................................................................339

VIOLÊNCIA CONTRA SUPERIOR (ART.157, CPM).........................................................................................340


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VIOLÊNCIA CONTRA INFERIOR (ART. 175, CPM)..........................................................................................341

ABANDONO DE POSTO (ART. 195, CPM).......................................................................................................341

EMBRIAGUEZ EM SERVIÇO (ART. 202, CPM)................................................................................................341

DORMIR EM SERVIÇO (ART. 203, CPM).........................................................................................................341

JUSTIÇA MILITAR ESTADUAL §§ 3º, 4º E 5º, ART. 125, CF, DE 1988...........................................341

ARTS. 187 A 198 DA LEI COMPLEMENTAR N° 96, DE 2010 (LEI DE ORGANIZAÇÃO E


DIVISÃO JUDICIÁRIAS DO ESTADO DA PARAÍBA)........................................................................342

NOÇÕES DE SOCIOLOGIA............................................................................................ 347


NOÇÕES DE SOCIOLOGIA.................................................................................................................347

MOVIMENTOS E LUTAS SOCIAIS NA HISTÓRIA DO BRASIL.......................................................................351

REIVINDICAÇÕES POPULARES URBANAS....................................................................................................356

MOVIMENTOS SOCIAIS E LUTAS PELA MORADIA.......................................................................................357

25
MOVIMENTOS SOCIAIS E EDUCAÇÃO...........................................................................................................357

7-
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CLASSES SOCIAIS E MOVIMENTOS SOCIAIS...............................................................................................357

0.
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O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para Matheus Pereira da Silva Maria - 171.360.847-25, vedada, por quaisquer meios e a
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Apesar de parecer algo subjetivo, existem “regras”
para se buscar essas pistas.
A primeira e mais importante delas é identificar a
orientação do pensamento do autor do texto, que fica
perceptível quando identificamos como o raciocínio
LÍNGUA PORTUGUESA dele foi exposto, se de maneira mais racional, a partir
da análise de dados, informações com fontes confiáveis
ou se de maneira mais empirista, partindo dos efeitos,
das consequências, a fim de se identificar as causas.
Por isso, é preciso compreender como podemos
COMPREENSÃO E INTELECÇÃO DE interpretar um texto mediante estratégias de leitura.
TEXTOS Muitos pesquisadores já se debruçaram sobre o tema,
que é intrigante e de grande profundidade acadêmica;
A interpretação e a compreensão textual são aspec- neste material, selecionamos as estratégias mais efica-
tos essenciais a serem dominados por aqueles candida- zes que podem contribuir para sua aprovação em sele-
tos que buscam a aprovação em seleções e concursos ções que avaliam a competência leitora dos candidatos.
públicos. Trata-se de um assunto que abrange questões A partir disso, apresentamos estratégias de leitura
específicas e de conteúdo geral nas provas; conhecer que focam nas formas de inferência sobre um texto.
e dominar estratégias que facilitem a apreensão desse Dessa forma, é fundamental identificar como ocorre
assunto pode ser o grande diferencial entre o quase e o processo de inferência, que se dá por dedução
a aprovação. ou por indução. Para entender melhor, veja esse
Além disso, seja a compreensão textual, seja a exemplo:
interpretação textual, ambas guardam uma relação de O marido da minha chefe parou de beber.
proximidade com um assunto pouco explorado pelos Observe que é possível inferir várias informa-
cursos de português: a semântica, que incide suas rela- ções a partir dessa frase. A primeira é que a chefe do
ções de estudo sobre as relações de sentido que a forma enunciador é casada (informação comprovada pela
linguística pode assumir. expressão “marido”), a segunda é que o enuncia-
Portanto, neste material você encontrará recursos dor está trabalhando (informação comprovada pela
para solidificar seus conhecimentos em interpretação expressão “minha chefe”) e a terceira é que o marido
e compreensão textual, associando a essas temáticas
da chefe do enunciador bebia (expressão comprovada
as relações semânticas que permeiam o sentido de
pela expressão “parou de beber”). Note que há pistas
todo amontoado de palavras, tendo em vista que qual-

25
contextuais do próprio texto que induzem o leitor a
quer aglomeração textual é, atualmente, considerada

7-
interpretar essas informações.
texto e, dessa forma, deve ter um sentido que precisa

84
Tratando-se de interpretação textual, os processos
ser reconhecido por quem o lê.

0.
de inferência, sejam por dedução ou por indução, par-
Assim, vamos começar nosso estudo fazendo uma
36
breve diferença entre os termos compreensão e tem de uma certeza prévia para a concepção de uma
.
71
interpretação textual. interpretação, construída pelas pistas oferecidas no
-1

Para muitos, essas palavras expressam o mesmo texto junto da articulação com as informações acessa-
das pelo leitor do texto.
ia

sentido, mas, como pretendemos deixar claro neste


A seguir, apresentamos um fluxograma que repre-
ar

material, ainda que existam relações de sinonímia


senta como ocorre a relação desses processos:
M

entre palavras do nosso vocabulário, a opção do autor


a

por um termo ao invés de outro reflete um sentido


lv

que deve ser interpretado no texto, uma vez que a


Si

DEDUÇÃO → CERTEZA → INTERPRETAR


interpretação realiza ligações com o texto a partir
da

das ideias que o leitor pode concluir com a leitura. INFERÊNCIA


ira

Já a compreensão busca a análise de algo exposto no INDUÇÃO → INTERPRETAR → CERTEZA


texto, e, geralmente, é marcada por uma palavra ou uma
re

expressão, e apresenta mais relações semânticas e sintáti-


Pe

cas. A compreensão textual estipula aspectos linguísticos A partir desse esquema, conseguimos visualizar
s

essencialmente relacionados à significação das palavras melhor como o processo de interpretação ocorre. Agora,
u
he

e, por isso, envolve uma forte ligação com a semântica. iremos detalhar esse processo, reconhecendo as estra-
at

Sabendo disso, é importante separarmos os con- tégias que compõem cada maneira de inferir informa-
M

teúdos que tenham mais apelo interpretativo ou ções de um texto. Por isso, vamos apresentar nos tópicos
compreensivo. seguintes como usar estratégias de cunho dedutivo, indu-
Esses assuntos completam o estudo basilar de tivo e, ainda, como articular a isso o nosso conhecimento
semântica com foco em provas e concursos, sempre de mundo na interpretação de textos.
LÍNGUA PORTUGUESA

de olho na sua aprovação.


A INDUÇÃO
INFERÊNCIA – ESTRATÉGIAS DE INTERPRETAÇÃO
As estratégias de interpretação que observam
A inferência é uma relação de sentido conhecida métodos indutivos analisam as “pistas” que o texto
desde a Grécia Antiga e que embasa as teorias sobre oferece e, posteriormente, reconhecem alguma certe-
interpretação de texto. za na interpretação. Dessa forma, é fundamental bus-
car uma ordem de eventos ou processos ocorridos no
Dica texto e que variam conforme o tipo textual.
Sendo assim, no tipo textual narrativo, podemos
Interpretar é buscar ideias e pistas do autor do identificar uma organização cronológica e espacial no
texto nas linhas apresentadas. desenvolvimento das ações marcadas, por exemplo, 11
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pelo uso do pretérito imperfeito; na descrição, pode- do texto e, então, formular hipóteses sobre a leitura
mos organizar as ideias do texto a partir da marcação que deverá se seguir. Uma outra dica importante é ler
de adjetivos e demais sintagmas nominais; na argu- as questões da prova antes de ler o texto, pois, assim,
mentação, esse encadeamento de ideias fica marcado suas hipóteses já estarão agindo conforme um objeti-
pelo uso de conjunções e elementos que expõem uma vo mais definido.
ideia/ponto de vista. O processo de interpretação por estratégias de dedu-
No processo interpretativo indutivo, as ideias são ção envolve a articulação de três tipos de conhecimento:
organizadas a partir de uma especificação para uma
generalização. Vejamos um exemplo: z conhecimento linguístico;
z conhecimento textual;
Eu não sou literato, detesto com toda a paixão essa z conhecimento de mundo.
espécie de animal. O que observei neles, no tempo
em que estive na redação do O Globo, foi o bastan- O conhecimento de mundo, por tratar-se de um
te para não os amar, nem os imitar. São em geral assunto mais abrangente, será abordado mais adiante.
de uma lastimável limitação de ideias, cheios de Os demais, iremos abordar detalhadamente a seguir.
fórmulas, de receitas, só capazes de colher fatos
detalhados e impotentes para generalizar, cur-
Conhecimento Linguístico
vados aos fortes e às ideias vencedoras, e antigas,
adstritos a um infantil fetichismo do estilo e guia-
dos por conceitos obsoletos e um pueril e errôneo Esse é o conhecimento basilar para compreensão
critério de beleza. (BARRETO, 2010, p. 21) e decodificação do texto, envolve o reconhecimento
das formas linguísticas estabelecidas socialmente por
O trecho em destaque na citação do escritor Lima uma comunidade linguística, ou seja, envolve o reco-
Barreto, em sua obra “Recordações do escrivão Isaías nhecimento das regras de uma língua.
Caminha” (1917), identifica bem como o pensamento É importante salientar que as regras de reconhe-
indutivo compõe a interpretação e decodificação de cimento sobre o funcionamento da língua não são,
um texto. Para deixar ainda mais evidentes as estraté- necessariamente, as regras gramaticais, mas as regras
gias usadas para identificar essa forma de interpretar, que estabelecem, por exemplo, no caso da língua por-
deixamos a seguir dicas de como buscar a organiza- tuguesa, que o feminino é marcado pela desinência -a,
ção cronológica de um texto. que a ordem de escrita respeita o sistema sujeito-ver-
bo-objeto (SVO) etc.
Ângela Kleiman (2016) afirma que o conhecimento

25
A propriedade vocabular leva o cérebro linguístico é aquele que “abrange desde o conhecimento
PROCURE
a aproximar as palavras que têm maior

7-
SINÔNIMOS sobre como pronunciar português, passando pelo conheci-

84
associação com o tema do texto mento de vocabulário e regras da língua, chegando até o

0.
Os conectivos (conjunções, prepo- conhecimento sobre o uso da língua” (2016, p. 15).

36
ATENÇÃO AOS sições, pronomes) são marcadores Um exemplo em que a interpretação textual é preju-
.
71
CONECTIVOS claros de opiniões, espaços físicos e dicada pelo conhecimento linguístico é o texto a seguir:
-1

localizadores textuais
ia

A DEDUÇÃO
ar
M

A leitura de um texto envolve a análise de diversos


a
lv

aspectos que o autor pode colocar explicitamente ou de


Si

maneira implícita no enunciado.


da

Em questões de concurso, as bancas costumam


ira

procurar nos enunciados implícitos do texto aspectos


para abordar em suas provas.
re

No momento de ler um texto, o leitor articula seus


Pe

conhecimentos prévios a partir de uma informação


s

que julga certa, buscando uma interpretação; assim,


u
he

ocorre o processo de interpretação por dedução. Con-


at

forme Kleiman (2016):


M

Ao formular hipóteses o leitor estará predizendo


temas, e ao testá-las ele estará depreendendo o
tema; ele estará também postulando uma possível
estrutura textual; na predição ele estará ativando
seu conhecimento prévio, e na testagem ele estará
enriquecendo, refinando, checando esse conheci-
mento. (KLEIMAN, 2016, p. 47)

Fique atento a essa informação, pois é uma das


Fonte: https://bit.ly/3kCyWoI. Acesso em: 22 set. 2020.
primeiras estratégias de leitura para uma boa inter-
pretação textual: formular hipóteses, a partir da
macroestrutura textual; ou seja, antes da leitura ini-
cial, o leitor deve buscar identificar o gênero textual
ao qual o texto pertence, a fonte da leitura, o ano, entre
outras informações que podem vir como “acessórios”
12
O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para Matheus Pereira da Silva Maria - 171.360.847-25, vedada, por quaisquer meios e a
qualquer título, a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.
Como é possível notar, o texto é uma peça publici-
tária escrita em inglês, portanto, somente os leitores TIPOLOGIA TEXTUAL
proficientes nessa língua serão capazes de decodificar
e entender o que está escrito; assim, o conhecimento CONHECENDO OS TIPOS TEXTUAIS
linguístico torna-se crucial para a interpretação. Essas
são algumas estratégias de interpretação em que Tipos ou sequências textuais são unidades que estru-
podemos usar métodos dedutivos. turam o texto. Para Bronckart1, “são unidades estrutu-
rais, relativamente autônomas, organizadas em frases”.
Conhecimento Textual Os tipos textuais marcam uma forma de organização
da estrutura do texto, que se molda a depender do gênero
Esse tipo de conhecimento atrela-se ao conheci- discursivo e da necessidade comunicativa. Por exemplo,
há gêneros que apresentam a predominância de narra-
mento linguístico e se desenvolve pela experiência
ções (contos, fábulas, romances, história em quadrinhos
leitora. Quanto maior exposição a diferentes tipos de etc.). Já em outros, predomina a argumentação (redação
textos, melhor se dá a sua compreensão. Nesse conhe- do Enem, teses, dissertações, artigos de opinião etc.).
cimento, o leitor desenvolve sua habilidade porque No intuito de conceituar melhor os tipos textuais,
prepara sua leitura de acordo com o tipo de texto que inspiramo-nos em Cavalcante (2013) e apresentamos a
está lendo. Não se lê uma bula de remédio como se lê seguinte figura, que demonstra como podemos identi-
uma receita de bolo ou um romance. Não se lê uma ficar os tipos textuais e suas principais características,
reportagem como se lê um poema. tendo em vista que cada sequência textual apresenta
Em outras palavras, esse conhecimento relaciona- características próprias que pouco ou nada sofrem em
-se com a habilidade de reconhecer diferentes tipos de alterações, mantendo uma estrutura linguística quase
discursos, estruturas, tipos e gêneros textuais. rígida que nos permite classificar os tipos textuais em
cinco categorias (narrativo, descritivo, expositivo,
instrucional e argumentativo).
Conhecimento de Mundo

O uso dos conhecimentos prévios é fundamental GÊNERO TEXTUAL


para a boa interpretação textual, por isso, é sempre
importante que o candidato a cargos públicos reserve
um tempo para ampliar sua biblioteca e buscar fontes
de informações fidedignas, para, dessa forma, aumen- FRASES TIPO TEXTUAL TEXTO
tar seu conhecimento de mundo.

25
Conforme Kleiman (2016), durante a leitura, nosso

7-
conhecimento de mundo que é relevante para a com- A partir dessa imagem, podemos identificar que a

84
preensão textual é ativado; por isso, é natural ao nosso orientação gramatical mantida pelas frases apresenta

0.
cérebro associar informações, a fim de compreender marcas linguísticas, assinalando o tipo textual predo-

36
o novo texto que está em processo de interpretação. minante que o texto deve manter, organizado pelas
.
71
A esse respeito, a autora propõe o seguinte exer- marcas do gênero textual ao qual o texto pertence.
cício para atestarmos a importância da ativação do
-1

conhecimento de mundo em um processo de interpre- TIPO TEXTUAL


ia

tação. Leia o texto a seguir e faça o que se pede: Classifica-se conforme as marcas linguísticas apresentadas no
ar

texto. Também é chamado de sequência textual


M

Como gemas para financiá-lo, nosso herói desa- GÊNERO TEXTUAL


a
lv

fiou valentemente todos os risos desdenhosos que Classifica-se conforme a função do texto, atribuída socialmente
Si

tentaram dissuadi-lo de seu plano. “Os olhos enga-


da

nam” disse ele, “um ovo e não uma mesa tipificam


Uma última informação muito importante sobre tipos
corretamente esse planeta inexplorado.” Então as
ira

três irmãs fortes e resolutas saíram à procura de textuais que devemos considerar é que nenhum texto é
composto apenas por um tipo textual; o que ocorre é a
re

provas, abrindo caminho, às vezes através de imen-


existência de predominância de algumas sequências em
Pe

sidões tranquilas, mas amiúde através de picos e


vales turbulentos. (KLEIMAN, 2016, p. 24) detrimento de outras, de acordo com o texto.
s

A seguir, aprenderemos a diferenciar cada classe


u
he

Agora tente responder as seguintes perguntas de tipos textuais, reconhecendo suas principais carac-
at

sobre o texto: terísticas e marcas linguísticas.


M

Quem é o herói de que trata o texto?


Quem são as três irmãs? CLASSIFICAÇÃO DOS TIPOS TEXTUAIS E SUAS
Qual é o planeta inexplorado? PRINCIPAIS CARACTERÍSTICAS
LÍNGUA PORTUGUESA

Certamente, você não conseguiu responder nenhu-


ma dessas questões, porém, ao descobrir o título des- Narrativo
se texto, sua compreensão sobre essas perguntas será
afetada. O texto se chama “A descoberta da América Os textos compostos predominantemente por
por Colombo”. Agora, volte ao texto, releia-o e busque sequências narrativas cumprem o objetivo de contar
responder às questões; certamente você não terá mais uma história, narrar um fato. Por isso, precisam man-
as mesmas dificuldades. ter a atenção do leitor/ouvinte e, para tal, lançam mão
Ainda que o texto não tenha sido alterado, ao voltar de algumas estratégias, como a organização dos fatos a
seus olhos por uma segunda vez a ele, já sabendo do partir de marcadores temporais e espaciais, a inclusão
que se trata, seu cérebro ativou um conhecimento pré- de um momento de tensão (chamado de clímax) e um
vio que é essencial para a interpretação de questões. desfecho que poderá ou não apresentar uma moral.

1 BRONCKART, 1999 apud CAVALCANTE, 2013. 13


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qualquer título, a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.
Conforme Cavalcante (2013), o tipo textual narrati- Importante!
vo pode ser caracterizado por sete aspectos. São eles:
Os gêneros textuais que são predominantemen-
z Situação inicial: envolve a “quebra” de um equilí- te narrativos apresentam outras tipologias tex-
brio, o que demanda uma situação conflituosa; tuais em sua composição, tendo em vista que
z Complicação: desenvolvimento da tensão apre- nenhum texto é composto exclusivamente por
sentada inicialmente; uma sequência textual. Por isso, devemos sem-
z Ações (para o clímax): acontecimentos que am- pre identificar as marcas linguísticas que são pre-
pliam a tensão; dominantes em um texto, a fim de classificá-lo.
z Resolução: momento de solução da tensão;
z Situação final: retorno da situação equilibrada;
z Avaliação: apresentação de uma “opinião” sobre Para sua compreensão, também é necessário saber
a resolução; o que são marcadores temporais e espaciais. São
z Moral: apresentação de valores morais que a his- formas linguísticas como advérbios, pronomes, locu-
tória possa ter apresentado. ções etc. utilizadas para demarcar um espaço físico
ou temporal em textos. Nos tipos textuais narrativos,
Esses sete passos podem ser encontrados no esses elementos são essenciais para marcar o equilí-
seguinte exemplo, a canção “Era um garoto que como brio e a tensão da história, além de garantirem a coe-
eu...” Vamos lê-la e identificar essas características, são do texto. Exemplos de marcadores temporais e
bem como aprender a identificar outros pontos do espaciais: Atualmente, naquele dia, nesse momento,
tipo textual narrativo. aqui, ali, então...
Outro indicador do texto narrativo é a presença do
Era um garoto que como eu Amava os narrador da história. Por isso, é importante apren-
Beatles e os Rolling Stones dermos a identificar os principais tipos de narrador
Girava o mundo sempre a cantar de um texto:
As coisas lindas da América Situação inicial:
Não era belo, mas mesmo assim predomínio de Narrador: também conhecido como foco narrativo, é o
Havia mil garotas a fim equilíbrio responsável por contar os fatos que compõem o texto
Cantava Help and Ticket to Ride
Oh Lady Jane e Yesterday Narrador personagem: verbos flexionados em 1ª pes-
Cantava viva à liberdade soa. O narrador participa dos fatos
Mas uma carta sem esperar Narrador observador: verbos flexionados em 3ª pessoa.

25
Da sua guitarra, o separou O narrador tem propriedade dos fatos contados, porém,
Complicação: início

7-
Fora chamado na América não participa das ações

84
da tensão
Stop! Com Rolling Stones

0.
Stop! Com Beatles songs Narrador onisciente: os fatos podem ser contados na

36
Mandado foi ao Vietnã 3ª ou 1ª pessoa verbal. O narrador conhece os fatos e
Clímax .
não participa das ações, porém, o fluxo de consciência
71
Lutar com vietcongs
do narrador pode ser exposto, levando o texto para a 1ª
-1

Era um garoto que como eu


pessoa
Amava os Beatles e os Rolling Stones
ia

Resolução
Girava o mundo, mas acabou
ar

Fazendo a guerra no Vietnã


M

Alguns gêneros conhecidos por suas marcas pre-


a

Cabelos longos não usa mais dominantemente narrativas são notícia, diário, conto,
lv

Não toca a sua guitarra e sim fábula, entre outros. É importante reafirmar que o
Si

Um instrumento que sempre dá fato de esses gêneros serem essencialmente narrati-


da

A mesma nota, vos não significa que não possam apresentar outras
Situação final /
ra-tá-tá-tá
ira

Avaliação sequências em sua composição.


Não tem amigos, não vê garotas
Para diferenciar os tipos textuais e proceder na
re

Só gente morta caindo ao chão


classificação correta, é sempre essencial atentar-se às
Pe

Ao seu país não voltará


Pois está morto no Vietnã [...] marcas que predominam no texto.
s

Após demarcarmos as principais características do


u

No peito, um coração não há


he

Moral tipo textual narrativo, vamos agora conhecer as mar-


Mas duas medalhas sim
at

cas mais importantes da sequência textual classifica-


M

da como descritiva.
Disponível em: https://www.letras.mus.br/engenheiros-do-
hawaii/12886/. Acesso em: 30 ago. 2021.
Descritivo
Essas sete marcas que definem o tipo textual nar-
O tipo textual descritivo é marcado pelas formas
rativo podem ser resumidas em marcas de organiza-
nominais que dominam o texto. Os gêneros que uti-
ção linguística que são caracterizadas por:
lizam esse tipo textual geralmente utilizam a sequên-
cia descritiva como suporte para um propósito maior.
z presença de marcadores temporais e espaciais;
São exemplos de textos cujo tipo textual predominan-
z verbos, predominantemente, utilizados no
te é a descrição: relato de viagem, currículo, anúncio,
passado;
classificados, lista de compras.
z presença de narrador e personagens.
Veja um trecho da Carta de Pero Vaz de Caminha,
que relata, no ano de 1500, suas impressões a respeito
de alguns aspectos do território que viria a ser chama-
do de Brasil.
14
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Ali veríeis galantes, pintados de preto e vermelho, e Note que há a presença de muitos adjetivos, locu-
quartejados, assim pelos corpos como pelas pernas, ções, substantivos, que buscam levar o leitor a ima-
que, certo, assim pareciam bem. Também andavam ginar o objeto descrito. O gênero mostrado apresenta
entre eles quatro ou cinco mulheres, novas, que a descrição das refeições (pão, croissant, feijão, carne
assim nuas, não pareciam mal. Entre elas andava etc.) com uso de adjetivos ou locuções adjetivas (de
uma, com uma coxa, do joelho até o quadril e a queijo, doce, salgado, com calabresa, moída etc.). Ele
nádega, toda tingida daquela tintura preta; e todo está organizado de forma esquematizada em seções
o resto da sua cor natural. Outra trazia ambos os
(salgados, lanches, caldos e panquecas) de maneira a
joelhos com as curvas assim tintas, e também os
facilitar a leitura (o pedido, no caso) do cliente.
colos dos pés; e suas vergonhas tão nuas, e com
tanta inocência assim descobertas, que não havia
nisso desvergonha nenhuma. Expositivo
Disponível em: https://www.todamateria.com.br/carta-de-pero-vaz-
O texto expositivo visa apresentar fatos e ideias a
de-caminha/. Acesso em: 30 ago. 2021.
fim de deixar claro o tema principal do texto. Nesse tipo
textual, é muito comum a presença de dados, informa-
Note que apesar da presença pontual da sequência
ções científicas, citações diretas e indiretas, que servem
narrativa, há predominância da descrição do cenário
para embasar o assunto do qual o texto trata. Para ilus-
e dos personagens, evidenciada pela presença de adje-
trar essa explicação, veja o exemplo a seguir:
tivos (galantes, preto, vermelho, nuas, tingida, desco-
bertas etc.). A carta de Pero Vaz constitui uma espécie
de relato descritivo utilizado para manter a comuni-
cação entre a Corte Portuguesa e os navegadores.
Considerando as emergências comunicativas do
mundo moderno, a carta tornou-se um gênero menos
usual e, aos poucos, substituído por outros gêneros,
como, por exemplo, o e-mail.
A sequência descritiva também pode se apresentar
de forma esquemática em alguns gêneros, como pode-
mos ver no cardápio a seguir:

25
7-
84
0.
. 36
71
-1
ia
ar
M
a
lv
Si
da
ira
re
Pe

Fonte: https://www.boavontade.com/pt/ecologia/infografico-dados-
s

mostram-panorama-mundial-da-situacao-da-agua
u
he

O infográfico acima apresenta as informações per-


at

tinentes sobre o panorama mundial da situação da


M

água no ano de 2016. O gênero foi construído com o


objetivo de deixar o leitor informado a respeito do
tema tratado, e para isso, o autor dispõe, além da lin-
LÍNGUA PORTUGUESA

guagem clara e objetiva, de recursos visuais para atin-


gir esse objetivo.
Assim como os tipos textuais apresentados ante-
riormente, os textos expositivos também apresentam
uma estrutura que mistura elementos tipológicos de
Disponível em: https://g1.globo.com/sp/sorocaba-jundiai/ outras sequências textuais, tendo em vista que, para
noticia/2020/07/12/filha-de-dono-de-cantina-faz-desenhos-para- apresentar fatos e ideias, utilizamos aspectos descriti-
divulgar-cardapio-e-ajudar-o-pai-a-vender-na-web.ghtml.Acessoem:
vos, narrativos e, por vezes, injuntivos.
30 ago. 2021.
É importante destacar que os textos expositivos
podem, muitas vezes, serem confundidos com textos
argumentativos, uma vez que existem textos argumenta-
tivos que são classificados como expositivos, pois utilizam
exemplos e fatos para fundamentar uma argumentação.
15
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qualquer título, a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.
Outra importante diferença entre a sequência Como faço para criar uma conta do Instagram?
expositiva e a argumentativa é que esta apresenta uma Para criar uma conta do Instagram pelo aplicativo:
opinião pessoal, enquanto aquela não abre margem 1. Baixe o aplicativo do Instagram na App Store (iPhone)
para a argumentação, uma vez que o fato exposto
ou Google Play Store (Android).
é apresentado como dado, ou seja, o conhecimento
sobre uma questão não é posto em debate. 2. Depois de instalar o aplicativo, toque no ícone
Apresenta-se um conceito e expõem-se as caracte- para abri-lo.
rísticas desse conceito sem espaço para opiniões. 3. Toque em Cadastrar-se com e-mail ou número de
Marcas linguísticas do texto expositivo: telefone (Android) ou Criar nova conta (iPhone) e insira
seu endereço de e-mail ou número de telefone (que exigi-
z apresenta informações sobre algo ou alguém, pre- rá um código de confirmação), toque em Avançar. Tam-
sença de verbos de estado; bém é possível tocar em Entrar com o Facebook para se
z presença de adjetivos, locuções e substantivos que cadastrar com sua conta do Facebook.
organizam a informação; 4. Se você se cadastrar com o e-mail ou número de te-
z desenvolve-se mediante uso de recursos enumerativos; lefone, crie um nome de usuário e uma senha, preencha
z presença de figuras de linguagem como metáfora as informações do perfil e toque em Avançar. Se você
e comparação; se cadastrar com o Facebook, será necessário entrar na
z pode apresentar um pensamento contrastivo ao conta do Facebook, caso tenha saído dela.
final do texto.
Fonte: https://www.facebook.com/help/instagram/. Acesso em: 07
set. 2020.
Os textos expositivos são comuns em gêneros cien-
tíficos ou que desencadeiam algum aspecto de curiosi-
dade nos leitores, como o exemplo a seguir: No exemplo acima, podemos destacar a presença
de verbos conjugados no modo imperativo, como: bai-
xe, toque, crie, além de muitos verbos no infinitivo,
VEJA 10 MULHERES INVENTORAS QUE REVOLUCIO-
como: instalar, cadastrar, avançar. Outra caracte-
NARAM O MUNDO
rística dos textos injuntivos é a enumeração de passos
08/03/2015 07h43 - Atualizado em 08/03/2015 07h43
a serem cumpridos para a realização correta da tare-
fa ensinada e também a fim de tornar a leitura mais
Hedy Lamarr - conexão wireless
didática.
É importante lembrar que a principal marca
Além de atriz de Hollywood, famosa pelo longa “Ecstasy”
linguística dessa tipologia é a presença de verbos
(1933), a austríaca naturalizada norte-americana Hedy
conjugados no modo imperativo e em sua forma infi-

25
Lamarr foi a inventora de uma tecnologia que permitia
nitiva. Isso se deve ao fato de essa tipologia buscar
controlar torpedos à distância, durante a Segunda Guer-

7-
persuadir o leitor e levá-lo a realizar as ações mencio-

84
ra Mundial, alterando rapidamente os canais de frequên-
nadas pelo gênero.
cia de rádio para que não fossem interceptados pelo ini-

0.
36
migo. Esse conceito de transmissão acabou, mais tarde,
Argumentativo
permitindo o desenvolvimento de tecnologias como o .
71
Wi-Fi e o Bluetooth.
-1

O tipo textual argumentativo é sem dúvidas o mais


Fonte: https://glo.bo/2Jgh4Cj. Acesso em: 07 set. 2020. Adaptado.
complexo e, por vezes, pode apresentar maior dificul-
ia
ar

Instrucional ou Injuntivo dade na identificação, bem como em sua análise.


M

O texto argumentativo tem por objetivo a defesa


de um ponto de vista, portanto, envolve a defesa
a

O tipo textual instrucional, ou injuntivo, é caracteri-


lv

de uma tese e a apresentação de argumentos que


Si

zado por estabelecer um “propósito autônomo” (CAVAL-


CANTE, 2013, p. 73) que busca convencer o leitor a visam sustentar essa tese. Alguns exemplos de tex-
da

realizar alguma tarefa. Esse tipo textual é predominante tos argumentativos são artigos, monografias, ensaios
ira

em gêneros como: bula de remédio, tutoriais na internet, científicos e filosóficos, dentre outros.
Outro aspecto importante dos textos argumentati-
re

horóscopos e também nos manuais de instrução.


vos é que eles são compostos por estruturas linguís-
Pe

A principal marca linguística dessa tipologia é a


presença de verbos conjugados no modo imperati- ticas conhecidas como operadores argumentativos,
s

vo e também em sua forma infinitiva. Isso se deve que organizam as orações subordinadas, estruturas
u
he

ao fato de essa tipologia buscar persuadir o leitor e mais comuns nesse tipo textual.
at

levá-lo a realizar as ações mencionadas pelo gênero. A seguir, apresentamos um quadro sintético com
M

Para que possamos identificar corretamente essa algumas estruturas linguísticas que funcionam como
tipologia textual, faz-se necessário observar um gêne- operadores argumentativos e que facilitam a escrita e
ro textual que apresente esse tipo de texto, como o a leitura de textos argumentativos:
exemplo a seguir:
OPERADORES ARGUMENTATIVOS

É incontestável que...
Tal atitude é louvável / repudiável / notável...
É mister / é fundamental / é essencial...

Observe o exemplo a seguir:

“O governo gasta, todos os anos, bilhões de reais


no tratamento das mais diversas doenças relacio-
nadas ao tabagismo; os ganhos com os impostos
16
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qualquer título, a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.
nem de longe compensam o dinheiro gasto com vista que a coerência é construída, tal qual o sentido,
essas doenças. Além disso, as empresas têm gran- coletivamente, não por acaso, o grande linguista e
des prejuízos por causa de afastamentos de tra- estudioso da língua portuguesa, Luis Antonio Marcus-
balhadores devido aos males causados pelo fumo. chi (2007) afirmou que a coerência é “algo dinâmico
Portanto, é mister que sejam proibidas quaisquer que se encontra mais na mente que no texto”.
propagandas de cigarros em todos os meios de Dito isso, usamos as palavras de Cavalcante (2013)
comunicação.”
para esclarecer ainda mais o conceito de coerência e
Disponível em: http://educacao.globo.com/portugues/assunto/
passarmos ao estudo detalhado dos processos de coe-
texto-argumentativo/argumentacao.html. Acesso em: 30 ago. 2021. são. A autora afirma que a coerência:
Adaptado.
[...] Não está no texto em si; não nos é possível
Essas estruturas, quando utilizadas adequadamen- apontá-la, destacá-la ou sublinhá-la. Ela se constrói
te no texto argumentativo, expõem a opinião do autor, [...] numa dada situação comunicativa, na qual o
ajudando na defesa de seu ponto de vista e construin- leitor, com base em seus conhecimentos sociocogni-
do a estrutura argumentativa desse tipo textual. tivos e interacionais e na materialidade linguística,
confere sentido ao que lê (2013, p. 31).

A seguir iremos nos deter aos processos de coesão


importantes para uma boa compreensão e elaboração
COESÃO E COERÊNCIA textual. É importante destacar que esses processos
de coesão não podem ser dissociados da construção
Ao elaborarmos um texto, devemos buscar organi- de sentidos implícita no processo de organização da
zar as ideias apresentadas de modo a torná-lo coeso e coerência. No entanto, como nossa finalidade é tornar
coerente. Porém, como fazer para que essa organiza- seu aprendizado mais fácil, separamos esses conceitos
ção mantenha esse padrão? Para descobrir, primeiro com fins estritamente didáticos.
é preciso esclarecer o que é coesão e o que é coerência
e por que buscar esse padrão é importante.
COESÃO REFERENCIAL
Os textos não são somente um aglomerado de pala-
vras e frases escritas. Suas partes devem ser articula-
das e organizadas harmoniosamente de maneira que A coesão é marcada por processos referenciais
o texto faça sentido como um todo. A ligação, a rela- relaciona termos e ideias a partir de mecanismos que
ção, os nexos entre essas partes estabelecem o que se inserem ou retomam uma porção textual. Os pro-

25
chama de coesão textual. Os articuladores responsá- cessos marcados pela referenciação caracterizam-se

7-
veis por essa “costura” do tecido (tessitura) do texto pela construção de referentes em um texto, os quais

84
são conhecidos como recursos coesivos que devem ser se relacionam com as ideias defendidas no texto. Esse

0.
articulados de forma que garanta uma relação lógica
36
processo é marcado por vocábulos gramaticais e pode
entre as ideias, fazendo com que o texto seja inteli- ser reconhecido pelo uso de algumas classes de pala-
.
71
gível e faça sentido em determinado contexto. A res- vras, das quais falaremos a seguir.
-1

peito disso, temos a coerência textual, que está ligada Antes, porém, faz-se mister reconhecer os proces-
diretamente à significação do texto, aos sentidos que
ia

sos referenciais que envolvem o uso de expressões


ar

ele produz para o leitor.


anafóricas e catafóricas. Conforme Cavalcante (2013),
M

“as expressões que retomam referentes já apresentados


a

COESÃO COERÊNCIA
lv

no texto por outras expressões são chamadas de anáfo-


Si

Utiliza-se de elementos su- Subjacente ao texto, enfa- ras”. Vejamos o exemplo a seguir:
da

perficiais, dando-se ênfase tiza-se o conteúdo e a pro-


ira

na forma e na articulação dução de sentido/relação O Rocky Balboa era um humilde lutador de bairro, que
entre as ideias lógica
re

vivia de suas discretas lutas, no início de sua carreira.


Pe

Segundo seu treinador Mickey, Rocky era um jovem pro-


missor, mas nunca se interessou realmente em evoluir,
s

Podemos usar uma metáfora muito interessante


u

quando se trata de compreender os processos de coe- preferiu trabalhar para um agiota italiano chamado Tony
he

são e coerência. Gazzo, com quem manteve uma certa amizade. Gazzo
at

Essa metáfora nos leva a comparar um texto com um gostava de Rocky por ele ser descendente de italiano e
M

prédio. Tal qual uma boa construção precisa de um bom o ajudou dando US$ 500,00 para o seu treinamento, na
alicerce para manter-se em pé, um texto bem construí- primeira luta que fez com Apollo Creed.
do depende da organização das nossas ideias, da forma Fonte: https://pt.wikipedia.org/wiki/Rocky_Balboa. Acesso em: 30
LÍNGUA PORTUGUESA

como elas estão dispostas no texto. Isso significa que pre- set. 2020. Adaptado.
cisamos utilizar adequadamente os processos coesivos,
a fim de defendermos nossas ideias adequadamente. A partir da leitura, podemos perceber que todos os
Por isso, neste capítulo, iremos apresentar as prin-
termos destacados fazem referência a um mesmo refe-
cipais formas de marcação, em um texto, de processos
rente: Rocky Balboa. O processo de referenciação utiliza-
que buscam organizar as ideias em um texto, princi-
do foi o uso de anáforas que assumem variadas formas
palmente, os processos de coesão que, como dissemos,
apresentam um apelo mais forte às formas linguísti- gramaticais e buscam conectar as ideias do texto.
cas que os processos envolvendo a coerência. Já os processos referenciais catafóricos apontam
Antes, porém, faz-se mister indicar mais algumas para porções textuais que ainda não foram mencio-
características da coerência em um texto e como esse nadas anteriormente no texto, conforme o exemplo a
processo liga-se não apenas às formas gramaticais, seguir: “Os documentos requeridos para os candidatos
mas, sobretudo, ao forte teor cognitivo. Tendo em são estes: Identidade, CPF, Título de eleitor e reservista” 17
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qualquer título, a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.
Dica Por fim, destacamos que as classes de palavras
relacionadas neste capítulo com os processos de coe-
Em provas de concursos e seleções, ainda se são não podem ser vistas apenas sob a ótica descriti-
encontra a terminologia “expressões referenciais va-normativa, amplamente estudada nas gramáticas
catafóricas”, remetendo ao uso já indicado no escolares. O interesse das principais bancas de con-
material. No entanto, é importante salientar que, cursos públicos é avaliar a capacidade interpreta-
para linguistas e estudiosos, as anáforas são os tiva e racional dos candidatos, dessa feita, a análise
processos referenciais que recuperam e/ou apon- de processos coesivos visa analisar a capacidade do
tam para porções textuais. candidato de reconhecer a que e qual elemento está
construindo as referências textuais.
Uso de Pronomes ou Pronominalização
Uso de Numerais
Utilizar pronomes para manter a coesão de um
texto é essencial, evitando-se repetições desnecessá- Conforme mencionamos anteriormente, o uso de
rias que tornam o texto cansativo para o leitor. Como categorias gramaticais concorre para a progressão tex-
a classe de pronomes é vasta, vamos enfatizar neste tual; uma das classes gramaticais que auxilia esse pro-
estudo os principais pronomes utilizados em recursos cesso é o uso de numerais.
textuais para manter a coesão. Neste subtópico, iremos focar no valor coesivo que
A pronominalização é a base de recursos anafó- essa classe promove, auxiliando na ligação de ideias
ricos que recuperam porções textuais ou ainda um em um texto. Dessa forma, as expressões quantitati-
nome específico a que o autor faz referência no texto. vas, em algumas circunstâncias, retomam dados ante-
Vejamos dois exemplos: riores numa relação de coesão.
Ex.: Foram deixados dois avisos sobre a mesa: o pri-
meiro era para os professores, o segundo para os alunos.
O primeiro debate entre Donald Trump e Joe Biden As formas destacadas são numerais ordinais que
foi quente, com diversas interrupções e acusações recuperam informação no texto, evitando a repetição
pesadas. […] O primeiro ponto discutido foi a indica- de termos e auxiliando no desenvolvimento textual.
ção de Trump da juíza conservadora Amy Barrett para
a Suprema Corte, depois da morte de Ruth Bader Gins- Uso de Advérbios
burg. O presidente defendeu que tem esse direito, pois
os republicanos têm maioria no Senado [Casa que ratifi- Muitos advérbios auxiliam no processo de recupe-
ca essa escolha] e criticou os democratas, dizendo “que ração e instauração de ideias no texto, auxiliando o

25
eles ainda não aceitaram que perderam a eleição”. […]. processo de coesão. As formas adverbias que marcam

7-
O segundo ponto discutido foi a covid-19. Os EUA tempo e espaço podem também ser denominadas de

84
são o país mais atingido pela pandemia - são 7 milhões marcadores dêiticos, caso dos seguintes elementos:

0.
de casos e mais de 200 mil mortos. O âncora Chris Wal- Hoje, aqui, acolá, amanhã, ontem...

36
lace perguntou aos dois o que eles fariam até que uma Perceba que esses advérbios só podem ser associa-
.
71
vacina aparecesse. Biden atacou o republicano dizendo dos a um referente se forem instaurados no discurso,
-1

que Trump “não tem um plano para essa tragédia”. Já isto é, se mantiverem associação com as pessoas que
produzem as falas. Assim, uma pessoa que lê “hoje
ia

Trump começou sua resposta atacando a China - “deve-


não haverá aula” em um cartaz na porta de uma sala
ar

riam ter fechado suas fronteiras no começo” -, colocou


compreenderá que a marcação temporal refere-se
M

em dúvida as estatísticas da Rússia e da própria China


ao momento em que a leitura foi realizada. Por isso,
a

e, com pouca modéstia, disse que fez um “excelente tra-


lv

balho” nesse momento dos EUA. esses elementos são conhecidos como dêiticos.
Si

Independentemente de como são chamados, esses


da

Fonte: https://br.noticias.yahoo.com/eleicoes-eua- elementos colaboram para a ligação de ideias no tex-


debate-025314998.html. Acesso em: 30 set. 2020. Adaptado. to, auxiliando também a construção da coesão textual.
ira
re

Após a leitura do texto, é possível notar que a recu- Uso de Nominalização


Pe

peração da informação apresentada é feita a partir de


s

muitos processos de coesão, porém, o uso dos prono- As expressões que retomam ideias e nomes, já apre-
u

sentados no texto, mediante outras formas de expressão,


he

mes destacados recupera o assunto informado e ajuda


o leitor a construir seu posicionamento. É importante podem ser analisadas como processos nominalizado-
at

res, incluindo substantivos, adjetivos e outras classes


M

buscar sempre o elemento a que o pronome faz refe-


rência; por exemplo, o primeiro pronome pessoal nominais.
destacado no texto refere-se ao termo “democratas”, Essas expressões recuperam informações median-
já o segundo, faz referência aos presidenciáveis que te novos nomes inseridos no texto, ou ainda, com o
participavam do debate. Nota-se, com isso, que esses uso de pronomes, conforme vimos anteriormente.
Vejamos um exemplo:
pronomes apontam para uma parcela objetiva do tex-
to, diferente do pronome “essa”, associado ao subs-
tantivo “tragédia”, que recupera uma parcela textual Antonio Carlos Belchior, mais conhecido como Belchior
maior, fazendo referência ao momento de pandemia foi um cantor, compositor, músico, produtor, artista plásti-
pelo qual o mundo passa. co e professor brasileiro. Um dos membros do chamado
O uso de pronomes pode ser um aliado na construção Pessoal do Ceará, que inclui Fagner, Ednardo, Amelinha e
da coesão, porém, o uso inadequado pode gerar ambi- outros. Bel foi um dos primeiros cantores de MPB do nor-
guidades, ocasionando o efeito oposto e prejudicando a deste brasileiro a fazer sucesso internacional, em meados
coesão. Ex.: Encontrei Matheus, Pedro e sua mulher. da década de 1970.
Não é possível saber qual dos homens estava Fonte: https://pt.wikipedia.org/wiki/Belchior. Acesso em: 30 set.
18 acompanhado. 2020. Adaptado.
O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para Matheus Pereira da Silva Maria - 171.360.847-25, vedada, por quaisquer meios e a
qualquer título, a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.
Todas as marcações em negrito fazem referência ao
“O Brasil evoluiu bastante desde o iní-
nome inicial Antônio Carlos Belchior; os termos que se
cio do século XXI e proporcionou a in-
referem a esse nome inicial são expressões nominaliza-
doras que servem para ligar ideias e construir o texto. clusão social de muitas pessoas, por
Com Elipse
causa disso obteve notoriedade inter-
nacional, porém ainda enfrenta certas
Uso de Adjetivos
adversidades...”
Os adjetivos também são considerados expressões
nominalizadoras que fazem referência a uma porção COESÃO SEQUENCIAL
textual ou a uma ideia referida no texto. No exemplo
acima, a oração “Belchior foi um cantor, compositor, A coesão sequencial é responsável por organizar a
músico, produtor, artista plástico e professor” apre- progressão temática do texto, isto é, garantir a manu-
senta seis nomes que funcionam como adjetivos de tenção do tema tratado pelo texto de maneira a pro-
Belchior e, ao mesmo tempo, acrescentam informações mover a evolução do debate assumido pelo autor.
sobre essa personalidade, referida anteriormente. Essa coesão pode ser garantida, em um texto, a
É importante recordar que não podemos identifi- partir de locuções que marcam tempo, conjunções,
car uma classe de palavra sem avaliar o contexto em desinências e modos verbais. Neste material, iremos
que ela está inserida. No exemplo mencionado, as nos deter, sobretudo, aos processos de conjunções que
palavras cantor, compositor, músico, produtor, artis- são utilizadas para garantir a progressão textual.
ta, professor são substantivos que funcionam como
adjetivos e colaboram na construção textual. Conjunções Coordenativas

Uso de Verbos Vicários As conjunções coordenativas são aquelas que


ligam orações coordenadas, ou seja, orações de valor
O vocábulo vicário é oriundo do latim vicarius e semântico independente. Na construção textual, elas
significa “fazer as vezes”; assim, os verbos vicários são importantes, pois, com seus valores, adicionam
são verbos usados em substituição de outros que já informações relevantes ao texto.
foram muito utilizados no texto. Exemplos de conjunções coordenativas atuando
Ex.: A disputa aconteceu, mas não foi como nós na coesão:
esperávamos.
O verbo “acontecer” foi substituído na segunda Não apenas conversava com
oração pelo verbo “foi”. ADITIVA os demais alunos como tam-

25
bém atrapalhava o professor

7-
ALGUNS VERBOS VICÁRIOS IMPORTANTES

84
Eram ideias interessantes, po-
ADVERSATIVA rém ninguém concordou com

0.
Ser: “Ele trabalha, porém não é tanto assim”

36
Fazer: “Poderíamos concordar plenamente, mas não o elas
.
71
fizemos” Superou o estigma que pregava
Aceitar: “Se ele não acatar a promoção não aceita por
-1

ALTERNATIVAS “ou estuda, ou trabalha” e conse-


falta de interesse” guiu ser aprovada
ia

Foi: “Se desistiu da vaga, foi por motivos pessoais”


ar

Ao final, faça os exercícios,


M

EXPLICATIVA pois é uma forma de praticar o


Uso de Elipse
a

que aprendeu
lv
Si

A elipse é uma forma de omissão de uma informa- O candidato não cumpriu sua
CONCLUSIVA promessa. Ficamos, portanto,
da

ção já mencionada no texto. Geralmente, estudamos


a elipse mais detalhadamente na seção de figuras de desapontados com ele
ira

linguagem de uma gramática. Neste material, iremos


re

nos deter a maiores aspectos da elipse também nes- Perceba que as ideias ligadas pelas conjunções
Pe

sa seção. Aqui é importante salientar as propriedades precisam manter uma relação contextual, estabeleci-
da pela coerência e demonstrada pela coesão. Por isso,
s

recategorizadoras e referenciais da elipse, com o pro-


u

orações como esta: “Não gosto de festas de aniversá-


he

pósito de manter a coesão textual.


Conforme Antunes (2005, p. 118), a elipse como rio, mas não vou à sua” estão equivocadas, pois as
at

ideias ligadas não estabelecem uma relação de adver-


M

recurso coesivo “corresponde à estratégia de se omitir


um termo, uma expressão ou até mesmo uma sequência sidade, como demonstra a conjunção “mas”.
maior (uma frase inteira, por exemplo) já introduzidos
anteriormente em outro segmento do texto, mas recu- Conjunções Subordinativas
LÍNGUA PORTUGUESA

perável por marcas do próprio contexto verbal”. Veja-


mos como ocorre, a partir do segmento abaixo: Tais quais as conjunções coordenativas, as subor-
dinativas estabelecem uma ligação entre as ideias
apresentadas num texto, porém, diferentemente
“O Brasil evoluiu bastante desde o
daquelas, estas ligam ideias apresentadas em orações
início do século XXI. O país propor-
subordinadas, ou seja, orações que precisam de outra
cionou a inclusão social de muitas
para terem o sentido apreendido.
pessoas. A nação obteve notorieda- Sem Elipse
Exemplos de conjunções subordinativas atuando
de internacional por causa disso. A
na coesão:
pátria, porém, ainda enfrenta certas
adversidades...”

19
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qualquer título, a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.
No entanto, a repetição é um recurso coesivo
Como não havia estudado su- essencial para manter a progressão temática do texto,
CAUSAL ficiente, resolvi não fazer essa isto é, para que o tema debatido no texto não seja per-
prova dido, levando o escritor a fugir da temática.
Falaram tão mal do filme que ele Embora também não recomendemos as repetições
CONSECUTIVA exageradas no texto, sabemos valorizar seu uso ade-
nem entrou em cartaz
quado em um texto; por isso, apresentamos, a seguir,
COMPARATIVA Trabalhou como um escravo alguns usos comuns dessa estratégia coesiva.
Conforme o Ministro da Eco-
CONTEXTOS DE USO ADEQUADO DE REPETIÇÕES
CONFORMATIVA nomia, os concursos não irão
acabar O candidato foi encontra-
do com duzentos milhões
Ainda que vivamos um período Marcar ênfase
de reais na mala, duzen-
CONCESSIVA de poucos concursos, não pode-
tos milhões!
mos desanimar
Marcar contraste Existem Políticos e políticos
Se estudarmos, conseguiremos
CONDICIONAL
ser aprovados! “Agora que sentei na minha
cadeira de madeira, junto
À proporção que aumentava
à minha mesa de madeira,
PROPORCIONAL seus horários de estudo, mais
colocada em cima deste
forte o candidato se tornava
assoalho de madeira, olho
Marcar a continuidade
Estudava sempre com afinco, a minhas estantes de madei-
FINAL temática
fim de ser aprovado ra e procuro um livro feito
de polpa de madeira para
Quando o edital for publicado, já escrever um artigo contra
TEMPORAL
estarei adiantado nos estudos o desmatamento florestal”
Millôr Fernandes

Importante! Uso de Paráfrase


Não confundir:

25
Afim de – relativo à afinidade, semelhança: “Físi- A paráfrase é um recurso de reiteração que pro-

7-
ca e Química são disciplinas afins”. porciona maior esclarecimento sobre o assunto trata-

84
do no texto. A paráfrase é utilizada para voltar a falar
A fim de – relativo a ter finalidade, ter como objeti-

0.
sobre algo utilizando-se de outras palavras. Conforme

36
vo, com desejo de: “Estou a fim de comer pastel”.
Antunes (2005, p. 63), “alguma coisa é dita outra vez, em
.
71
outro ponto do texto, embora com palavras diferentes”.
-1

Conjunções Integrantes Vejamos o seguinte exemplo:


ia
ar

As conjunções integrantes fazem parte das orações Ceará goleia Fortaleza no Fortaleza é goleado pelo
M

subordinadas, na realidade, elas apenas integram, Castelão. Ceará no Castelão.


a

ligam uma oração principal a outra, subordinada.


lv

Como podemos notar, o papel dessas conjunções é


Si

Os textos acima poderiam ser manchetes de jornais


essencialmente coesivo, tendo em vista que elas são da capital cearense. A forma como o texto se apresen-
da

“peças” que unem as orações. Existem apenas dois ta indica que a ênfase dada ao nome dos times, em
ira

tipos de conjunções integrantes: que e se. posições diferentes, cumpre um papel importante na
re

progressão temática do texto.


Pe

Quando é possível substituir Além dessa função, a paráfrase pode ser marcada pelo
Quero que a prova esteja uso de expressões textuais bem características, como: em
s

o que pelo pronome isso, es-


u

fácil. outras palavras, em outros termos, isto é, quer dizer, em


he

tamos diante de uma conjun-


Quero. O quê? Isso resumo, em suma, em síntese etc. Essas expressões indi-
ção integrante
at

cam que algo foi dito e passará a ser ressignificado, garan-


M

Sempre haverá conjunção tindo a informatividade do texto.


Perguntei se ele estava
integrante em orações subs-
em casa.
tantivas e, consequentemen- Uso de Paralelismo
Perguntei. O quê? Isso
te, em períodos compostos
As ideias similares devem fazer a correspondência
COESÃO RECORRENCIAL entre si; a essa organização de ideias no texto, dá-se o
nome de paralelismo. Quando as construções de frases
Uso de Repetições e orações são semelhantes, ocorre o paralelismo sintá-
tico. Quando há sequência de expressões simétricas no
As recorrências de repetições em textos são comu- plano das ideias e coerência entre as informações, ocor-
mente recusadas pelos mestres da língua portuguesa. re o paralelismo semântico ou paralelismo de sentido.
Sobretudo, quando o assunto é redação, muitos pro-
fessores recomendam em uníssono: evite repetir pala-
vras e expressões!
20
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Pleonasmo
ESTRUTURAS QUE SEMPRE DEVEM SER USADAS
JUNTAS
Consiste na repetição de termos ou ideias com o
Não só..., mas também; não apenas..., mas ainda; não objetivo de realçá-las, tornando-as mais expressivas.
tanto...quanto; ora...ora; seja...seja etc. Ex.: “É rir meu riso e derramar meu pranto”. (Viní-
cius de Moraes)
Além disso, é preciso respeitar a estrutura sintáti- “Só Capitu, amparando a viúva, parecia vencer-se
ca a qual a frase está inserida; vejamos um exemplo a si mesma.” (Machado de Assis).
em que houve quebra de paralelismo:
“É necessário estudar e que vocês se ajudem” Dica
— Errado.
“É necessário que vocês se ajudem e que estudem” Existe o pleonasmo literário, que é um recurso
— Correto. estilístico aceitável e muito explorado na litera-
Devemos manter a organização das orações, pois tura e na música. O problema é quando o pleo-
não podemos coordenar orações reduzidas com ora- nasmo se torna vicioso. Expressões como “fatos
ções desenvolvidas, é preciso manter o paralelismo reais”, “subir para cima”, “ganhar de graça”, “cego
e deixá-las ou somente desenvolvida ou somente dos olhos” e outras constituem um vício de lin-
reduzidas. guagem. A repetição da ideia torna-se, portanto,
No tocante ao paralelismo semântico, a ideia é desnecessária, pois não traz nenhum reforço à
a mesma, porém deixamos de analisar os pares no ideia apresentada.
âmbito sintático e passamos ao plano das ideias. Veja-
mos o seguinte exemplo: Polissíndeto
“Por um lado, os manifestantes agiram corre-
tamente, por outro podem não ter agido errado” Figura que consiste no uso excessivo e repetitivo
— Incorreto. de conjunções.
“Por um lado, os manifestantes agiram correta- Ex.: “Suspira, e chora, e geme, e sofre, e sua...” (Ola-
mente, por outro podem ter causado prejuízo à popu- vo Bilac)
lação” — Correto. “Mãe gentil, mas cruel, mas traiçoeira.” (Alberto
“Encontrei duas pessoas conhecidas na rua: uma Oliveira)
foi sua irmã e a outra estava bem” — Incorreto.
“Encontrei duas pessoas conhecidas na rua: uma Assíndeto

25
foi sua irmã e a outra foi minha prima” — Correto.
Agora que já aprendemos um pouco mais sobre as É a figura que consiste na omissão reiterada de

7-
conjunções. Geralmente a conjunção omitida é a coor-

84
estratégias de coesão textual, vamos praticar nossos
denativa. Essa estratégia torna a leitura do texto mais
conhecimentos com algumas questões de concurso.

0.
clara e dinâmica.

36
Ex.: “Pense, fale, compre, beba, leia, vote, não se
.
71
esqueça.” (Pitty)
-1

“Vim, vi, venci.” (Júlio César)


FIGURAS DE LINGUAGEM
ia
ar

Anáfora
M

FIGURAS DE SINTAXE
a

Consiste na repetição de palavra ou expressões no


lv

Consistem em modificações da estrutura da oração início da oração. Esse tipo de recurso é muito comum
Si

(ou parte dela) por meio da omissão, inversão ou repe- em textos estruturados em versos consecutivos (poe-
da

tição de termos. Nesse caso, essas alterações ocorrem mas, músicas, entre outros). O propósito é valorizar a
para conferir mais expressividade ao enunciado.
ira

mensagem por meio da ênfase ao elemento repetido.


Ex.: “É o pau, é a pedra, é o fim do caminho
re

Elipse É um resto de toco, é um pouco sozinho


Pe

É um caco de vidro, é a vida, é o sol


s

Utilizada para omitir termos numa oração que não É a noite, é a morte, é um laço, é o anzol.” (Tom
u
he

foram mencionados anteriormente, mas que podem Jobim)


ser facilmente identificados pelo interlocutor. Essa
at

“Quando não tinha nada eu quis


M

omissão pode ser percebida por indícios gramaticais Quando tudo era ausência, esperei
ou dentro do próprio contexto. Quando tive frio, tremi
Ex.: Ana Rita arrumou-se para o trabalho. Estava Quando tive coragem, liguei”. (Daniela Mercury)
atrasada. (“elipse sujeito -ela”)
LÍNGUA PORTUGUESA

Os alunos e as alunas, mãos erguidas contra os


Aliteração
políticos, caminhavam pelas ruas. (elipse da preposi-
ção – “de mãos erguidas”)
Recurso sonoro que consiste na repetição de sons
Zeugma consonantais para intensificar a rima e o ritmo.
Ex.: “Chove chuva choverando” (Oswald de
Andrade)
Considerado um caso particular de elipse, o zeug-
ma consiste omissão em orações seguintes de palavras “Se desmorono ou se edifico,
expressas na oração anterior. se permaneço ou me desfaço,
Ex.: Eu sou professora; minha amiga, advogada. — não sei, não sei. Não sei se fico
Desembrulhe essa caixa enquanto eu desembru- ou passo.” (Cecília Meireles)
lho a outra.
21
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Assonância Anacoluto

Figura de linguagem que aborda o uso de som em Consiste na quebra ou interrupção da estrutura
harmonia. Caracterizada pela repetição de vogais. normal. Um dos termos da oração fica desvinculado
Ex.: “A pálida lágrima de Flávia” – repetição da do restante da sentença e não estabelece nenhuma
vogal a. ligação sintática com os demais.
“Amo muito tudo isso” – repetição do som da vogal u. Ex.: Meu vizinho, ouvi dizer que está muito doente.

Onomatopeia FIGURAS DE PALAVRAS

Recurso sonoro que procura representar os sons As figuras de palavras estão associadas ao signifi-
específicos de objetos, animais ou pessoas a partir de cado delas. Caracterizam-se por apresentar uma subs-
uma percepção aproximada da realidade. tituição ou transposição do sentido real da palavra
Ex.: “O tic tac do relógio me deixava mais angus- para assumir um sentido figurado construído dentro
tiado na prova”. de um contexto. A substituição de uma palavra por
“Psiiiiiu! – Falou o professor no momento da outra pode acontecer por uma relação muito próxi-
reunião”. ma (contiguidade) ou por uma comparação/analogia
(similaridade).
Hipérbato ou Inversão
Comparação
Caracteriza-se pela inversão proposital da ordem
direta dos termos da oração. Essa inversão confere Analogia explícita entre dois termos; a principal
maior efeito estilístico na construção do enunciado. diferença entre a comparação e a metáfora, que é
Ex.: “Os bons vi sempre passar / no mundo graves outro tipo de relação de semelhança, é que a compa-
tormentos” (Luiz Vaz de Camões) ração se estabelece com o uso de conectivos.
Na ordem direta seria: Eu sempre vi passar os Ex.: Minha boca é como um túmulo.
bons no mundo de graves tormentos. A menina é como um doce.
Seu sorriso é tal qual um raio de sol numa manhã
nublada.
Anástrofe
Metáfora
Diferentemente do hipérbato, a anástrofe consiste

25
na inversão mais sutil dos termos da oração, não pre-
Consiste em usar uma palavra ou expressão em lu-

7-
judicando o entendimento do enunciado.

84
gar da outra em razão de algumas semelhanças (ana-
Ex.:
logia) conceituais. É recurso que está associado ao em-

0.
“Sabes também quanto é passageira essa desavença

36
prego da palavra fora do seu sentido normal.
Não destrates o amor”. (Jacob do Bandolim)
Ex.: O tempo é uma cadeira ao sol, e nada mais.
.
71
Utilizando a figura de linguagem teríamos: “Sabes
(Carlos Drummond de Andrade)
-1

também quanto essa desavença é passageira”.


Meu pensamento é um rio subterrâneo. (Fernan-
ia

do Pessoa)
Silepse
ar

Observe:
M

Consiste na concordância com o termo que está


a

z Metáfora: relação de semelhança não explícita.


lv

subtendido na oração e não com o termo expresso na


Si

oração. (Concordância ideológica). Existem três tipos


da

de silepse:
O que foi isso, Foi um candidato
ira

homem? “ficha suja” que me


z Silepse de Gênero: há uma discordância entre
re

abraçou...
os gêneros dos artigos, substantivos, pronomes e
Pe

adjetivos. Notamos na oração a presença do con-


s

traste entre os gêneros masculino e feminino.


u
he

Ex.: Vossa Excelência é falso. - O pronome de trata-


at

mento certamente se refere a alguma autoridade


M

do sexo masculino (deputado, prefeito, vereador


etc.);
z Silepse de Número: há uma discordância entre o
verbo e o sujeito da oração quando ele expressa
uma ideia de coletividade. Nesse caso, o verbo con-
corda com a ideia que nele está contida.
Ex.: A turma era barulhenta, falavam alto. (“fala-
vam” concorda com “alunos”);
z Silepse de Pessoa: há uma discordância entre o
verbo e a pessoa do discurso expressa pelo sujeito
da oração. Geralmente o emissor se inclui no sujei-
to expresso em 3ª pessoa do plural, realizando a
flexão verbal na primeira pessoa.
Ex.: Dizem que os brasileiros somos amantes do
futebol. (brasileiros //3ª p. plural) (somos// 1ª p.
22 plural)
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qualquer título, a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.
z Comparação: relação de semelhança estabelecida Sinédoque
por conectivos.
Atualmente as gramáticas não realizam distinção
entre metonímia e sinédoque; a diferença entre essas
figuras é tênue. Na sinédoque, a relação que se estabe-
lece entre os termos é quantitativa, ou seja, quando
se amplia ou se reduz a significação das palavras. As
relações entre os termos são basicamente as seguin-
tes: parte pelo todo, singular pelo plural, gênero pela
espécie, particular pelo geral (ou vice-versa).
Ex.: O homem é um ser mortal (os homens).
É preciso pensar na criança (nas crianças).

Antonomásia ou Perífrase

Fonte: instagram.com/academiadotexto. Acesso em: 16 out. 2020. A antonomásia é uma figura que consiste na subs-
tituição de um nome próprio (de pessoa) por uma ex-
Metonímia pressão que lhe confere alguma característica ou atri-
buto que o distingue (epíteto). É a substituição de um
Consiste na substituição de um termo pelo outro nome por outro, o que pode configurar uma espécie
em virtude de uma relação de proximidade ou conti- de apelido para o ser designado.
nuidade. Essa relação é qualitativa e pode ser realiza- Ex.: O poeta dos escravos é autor do célebre poema
da dos seguintes modos: “O navio negreiro”. (Castro Alves)
Este aeroporto tem o nome do pai da aviação. (San-
� A parte pelo todo: tos Dumont)
Ex.: O brasileiro trabalha muito para garantir o Observação: a antonomásia é uma espécie de
pão aos filhos (O brasileiro trabalha muito para perífrase. A diferença é que esta designa um ser (coi-
garantir alimento aos filhos). sas, animais ou lugares) por meio de características,
� O autor pela obra: atributos ou um fato que o celebrizou.

25
Ex.: Os leitores de Machado de Assis são cultos (Os Ex.: Fomos ao zoológico ver o rei da selva. (leão)

7-
84
leitores da obra de Machado de Assis são cultos). Adoraria conhecer a cidade luz. (Paris)

0.
� O continente pelo conteúdo: Qualquer dúvida consulte o pai dos burros.

36
Ex.: A menina bebeu a jarra de suco inteira (A (dicionário)
.
71
menina bebeu todo o suco da jarra).
-1

� A marca pelo produto: Sinestesia


Ex.: Minha filha pediu uma Melissa de aniversário
ia

(Minha filha pediu uma sandália de aniversário).


ar

Consiste no recurso que engloba um conjunto de


M

� Singular pelo plural: percepções e sensações interligadas aos processos


a

Ex.: O cidadão deve cumprir seus deveres legais sensoriais provenientes de diferentes sentidos (visão,
lv

(Os cidadãos devem cumprir seus deveres legais). audição, olfato, paladar e tato). Na sinestesia, a per-
Si

� O concreto pelo abstrato: cepção ou sensação de um sentido é atribuída a outro.


da

Ex.: A juventude está cada vez mais ansiosa (Os Ex.: “As falas sentidas, que os olhos falavam.” (Ca-
ira

jovens estão cada vez mais ansiosos). simiro de Abreu)


re

� A causa pelo efeito: “E o pão preserve aquele branco sabor de alvora-


Pe

Ex.: Comprei a casa com o meu suor (Comprei a da”. (Ferreira Gullar)
s

casa com o meu trabalho).


u
he

� O instrumento pelo agente: FIGURAS DE PENSAMENTO


at

Ex.: O carro atropelou o cachorro (O motorista do


M

veículo atropelou o cachorro). Processo expressivo que enfatiza o aspecto semân-


� A coisa pela sua representação: tico da linguagem. As figuras de pensamento introdu-
Ex.: O sonho de muitos candidatos é chegar ao zem uma ideia diferente daquela que a palavra em
LÍNGUA PORTUGUESA

Palácio do Planalto (O sonho de muitos candida- seu sentido real exprime.


tos é chegar à Presidência da República).
� O inventor pelo invento: Antítese
Ex.: Diego comprou um Picasso no museu (Diego
comprou uma obra de Picasso no museu). Consiste no emprego de conceitos que se opõem e
� A matéria pelo objeto: que podem ocorrer de maneira simultânea em uma
Ex.: Custou-me apenas algumas pratas aque- mesma oração. Na antítese, os conceitos antônimos
la mobília. (Custou-me apenas algumas moedas não se contradizem e estão relacionados a referentes
aquela mobília.) distintos.
� O proprietário pela propriedade Ex.: “Tristeza não tem fim, felicidade sim!” (Viní-
Ex.: Vou ao médico buscar meus exames (Vou ao cius de Moraes)
consultório médico buscar meus exames). “O mito não é nada que é tudo”. (Fernando Pessoa) 23
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qualquer título, a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.
Personificação ou Prosopopeia Apóstrofe

Consiste em atribuir características, sentimentos e Consiste na invocação de alguém ou alguma coisa


comportamentos próprios de seres humanos a seres personificada. Essa figura de linguagem realiza-se por
irracionais ou inanimados. É uma figura muito usada meio de um vocativo. A apóstrofe é um recurso estilís-
em textos literários, como fábulas e apólogos. tico muito utilizado na linguagem informal (cotidia-
Ex.: “O cravo brigou com a rosa debaixo de uma na), nos textos religiosos, políticos e poéticos.
sacada...” (cantiga popular). Ex.: “Liberdade, Liberdade! É isso que pretende-
“As pedras andam vagarosamente”. mos nessa luta”.
“Senhor, tende piedade de nós”.
Paradoxo

Consiste no emprego de conceitos opostos e contra-


ditórios na representação de uma ideia. No paradoxo, ORTOGRAFIA
embora os termos pareçam ilógicos, são perfeitamen-
te aceitáveis no campo da literatura, o que confere ao As regras de ortografia são muitas e, na maioria dos
autor uma licença poética. casos, contraproducentes, tendo em vista que a lógica
Ex.: “Se lembra quando a gente chegou um dia a da grafia e da acentuação das palavras, muitas vezes, é
acreditar que tudo era pra sempre, sem saber que o derivada de processos históricos de evolução da língua.
pra sempre sempre acaba” (Cássia Eller) Por isso, vale lembrar a dica de ouro do aluno cra-
“Dor, tu és um prazer!” (Castro Alves) que em ortografia: leia sempre! Somente a prática de
leitura irá lhe garantir segurança no processo de gra-
Eufemismo fia das palavras.
Em relação à acentuação, por outro lado, a maior
Consiste no emprego de uma palavra ou expressão parte das regras não são efêmeras, porém, são em
que serve para amenizar/ suavizar uma informação grande número.
desagradável ou fatídica. É um recurso essencial para Ainda sobre aspectos ortográficos da língua portu-
validar a polidez nas relações sociais. guesa, é importante estarmos atentos ao uso de letras
Ex.: “Suzanna é uma mulher desprovida de bele- cujos sons são semelhantes e geram confusão quanto
za.” (feia) à escrita correta. Veja:

25
“Aquele pobre homem entregou a alma a Deus”

7-
(morreu) z É com X ou CH? Empregamos X após os ditongos.

84
Ex.: ameixa, frouxo, trouxe.

0.
Hipérbole

. 36
71
Uso de expressões intencionalmente exageradas USAMOS X: USAMOS CH:
-1

para dar maior ênfase à mensagem expressa pelo


� Depois da sílaba en, se � Depois da sílaba en, se a
emissor.
ia

a palavra não for deri- palavra for derivada de


Ex.: “Amor da minha vida, daqui até a eternidade
ar

vada de palavras inicia- palavras iniciadas por


M

Nossos destinos foram traçados na maternidade”.


das por CH: enxerido, CH: encher, encharcar
(Cazuza)
a

enxada � Em palavras derivadas


lv

“Vou caçar mais um milhão de vagalumes por aí”.


Si

� Depois de ditongo: cai- de vocábulos que são


(Pollo) xa, faixa grafados com CH: re-
da

� Depois da sílaba inicial cauchutar, fechadura


ira

Ironia me, se a palavra não for


re

derivada de vocábulo
Pe

Consiste em expressar ideias, pensamentos e julga- iniciado por CH: mexer,


mentos com o sentido contrário do que se diz. A ironia mexilhão
u s

tem como objetivo satirizar uma situação desagradá-


he

vel ou depreciar alguém pelo seu comportamento. Fonte: instagram/academiadotexto. Acesso em: 10 out. 2020.
at

Ex.: “Marcela amou-me durante quinze meses e


M

onze contos de réis...” (Machado de Assis) z É com G ou com J?


“Parece um anjinho, briga com todos”.
Usamos G em:
Gradação
„ Substantivos terminados em: -agem; -igem;
Consiste na apresentação de ideias sinônimas (ou -ugem. Ex.: viagem, ferrugem;
não) em uma escala progressiva de maior ou menor „ Palavras terminadas em: ágio, -égio, -ígio, -ógio,
intensidade à expressão. Os termos da oração são fru- -úgio. Ex.: sacrilégio; pedágio;
tos de uma hierarquia e podem ser de ordem crescen- „ Verbos terminados em: -ger e -gir. Ex.: proteger;
te ou decrescente. fugir.
Ex.: “Mais dez, mais cem, mais mil e mais um bi-
lião, uns cingidos de luz, outros ensanguentados.” Usamos J em:
(Machado de Assis)
“Eu era pobre. Era subalterno. Era nada.” (Montei- „ Formas verbais terminadas: em -jar ou -jer. Ex.:
24 ro Lobato) viajar; lisonjear;
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„ Termos derivados do latim escritos com j. Ex.: São as chamadas proparoxítonas aparentes. Essas
majestade; jejum. palavras apresentam um ditongo crescente no final de
suas sílabas; esse ditongo pode ser aceito ou pode ser
z É com Ç ou S? considerado hiato. É o que ocorre com as palavras:

„ Após ditongos, usamos, geralmente, Ç quando z his-tó-ria/ his-tó-ri-a;


houver som de S. Ex.: eleição; z vá-cuo/ vá-cu-o;
„ Escrevemos S quando houver som de Z. Ex.: z pá-tio/ pá-ti-o.
Neusa; coisa.
Antes de concluir, é importante mencionar o uso
z É com S ou com Z? do acento nas formas verbais ter e vir:

„ Palavras que designam nacionalidade ou títu- z Ele tem / Eles têm;


los de nobreza e terminam em -ês e -esa devem z Ele vem / Eles vêm.
ser grafadas com S. Ex.: norueguesa; inglês;
marquesa; duquesa; Perceba que, no plural, essas formas admitem o
„ Palavras que designam qualidade, cuja ter- uso de um acento (^); portanto, atente-se à concordân-
minação seja -ez ou -eza, são grafadas com Z: cia verbal quando usar esses verbos.
embriaguez; lucidez; acidez.

Essas regras para correção ortográfica das pala-


vras, em geral, apresentam muitas exceções; por isso é EMPREGO DO SINAL INDICATIVO DE
importante ficar atento e manter uma rotina de leitu- CRASE
ra, pois esse aprendizado é consolidado com a prática.
Sua capacidade ortográfica ficará melhor a partir Um assunto que causa grande dúvida é o uso da
da leitura e da escrita de textos, por isso, recomenda- crase, fenômeno gramatical que corresponde à junção
mos que se mantenha atualizado e leia fontes confiá- da preposição a + artigo feminino definido a, ou da
veis de informação, pois, além de contribuir para seu junção da preposição a + os pronomes relativos aque-
conhecimento geral, sua habilidade em língua portu- le, aquela ou aquilo. Representa-se graficamente pela
guesa também aumentará. marcação (`) + (a) = (à).

25
Ex.: Entregue o relatório à diretoria.

7-
ACENTUAÇÃO GRÁFICA Refiro-me àquele vestido que está na vitrine.

84
Regra geral: haverá crase sempre que o termo

0.
Muitas são as regras de acentuação das palavras antecedente exija a preposição a e o termo conse-

36
da língua portuguesa; para compreender essas regras, quente aceite o artigo a.
.
71
faz-se necessário entender a tonicidade das sílabas e Ex.: Fui à cidade (a + a = preposição + artigo)
-1

respeitar a sua divisão. Conheço a cidade (verbo transitivo direto: não exi-
ge preposição).
ia

Regras de Acentuação Vou a Brasília (verbo que exige preposição a +


ar

palavra que não aceita artigo).


M

z Palavras monossílabas: acentuam-se os monossí- Essas dicas são facilitadoras quanto à orientação
a
lv

labos tônicos terminados em: A, E, O. Ex.: pá, vá, no uso da crase, mas existem especificidades que aju-
Si

chá; pé, fé, mês; nó, pó, só; dam no momento de identificação:
da

z Palavras oxítonas: acentuam-se as palavras oxíto-


CASOS CONVENCIONADOS
ira

nas terminadas em: A, E, O, EM/ENS. Ex.: cajá, gua-


raná; Pelé, você; cipó, mocotó; também, parabéns;
re

z Locuções adverbiais formadas por palavras


Pe

z Palavras paroxítonas: acentuam-se as paroxíto-


nas que não terminam em: A, E, O, EM/ENS. Ex.: femininas:
s

Ex.: Ela foi às pressas para o camarim.


u

bíceps, fórceps; júri, táxis, lápis; vírus, úteis, lótus;


he

abdômen, hímen. Entregou o dinheiro às ocultas para o ministro.


at

Espero vocês à noite na estação de metrô.


M

Estou à beira-mar desde cedo;


Importante! z Locuções prepositivas formadas por palavras
femininas:
Acentuam-se as paroxítonas terminadas em ditongo.
LÍNGUA PORTUGUESA

Ex.: Ficaram à frente do projeto;


Ex.: imóveis, bromélia, história, cenário, Brasília, rádio etc. z Locuções conjuntivas formadas por palavras
femininas:
Ex.: À medida que o prédio é erguido, os gastos vão
z Palavras proparoxítonas: a regra mais simples aumentando;
e fácil de lembrar — todas as proparoxítonas � Quando indicar marcação de horário, no plural
devem ser acentuadas! Ex.: Pegaremos o ônibus às oito horas.
Fique atento ao seguinte: entre números teremos
Porém, esse grupo de palavras divide uma polê- que de = a / da = à, portanto:
mica com as palavras paroxítonas, pois, em alguns Ex.: De 7 as 16 h. De quinta a sexta. (sem crase)
vocábulos, o Vocabulário Ortográfico da Língua Por- Das 7 às 16 h. Da quinta à sexta. (com crase);
tuguesa (VOLP) aceita a classificação em paroxítona � Com os pronomes relativos aquele, aquela ou
ou proparoxítona. aquilo: 25
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Ex.: A lembrança de boas-vindas foi reservada � Nas expressões tautológicas (face a face, lado a
àquele outono. lado)
Por favor, entregue as flores àquela moça que está Ex.: Pai e filho ficaram frente a frente no tribunal
sentada. de justiça;
Dedique-se àquilo que lhe faz bem; � Antes das palavras casa, Terra ou terra, distância
sem determinante
� Com o pronome demonstrativo a antes de que ou
Ex.: Precisa chegar a casa antes das 22h.
de:
Astronauta volta a Terra em dois meses.
Ex.: Referimo-nos à que está de preto. Os pesquisadores chegaram a terra depois da
Referimo-nos à de preto; expedição marinha.
� Com o pronome relativo a qual, as quais: Vocês o observaram a distância.
Ex.: A secretária à qual entreguei o ofício acabou
de sair. CRASE FACULTATIVA
As alunas às quais atribuí tais atividades estão de
férias. Nestes casos, podemos escrever as palavras das
duas formas: utilizando ou não a crase. Para entender
CASOS PROIBITIVOS detalhadamente, observe as seguintes dicas:

Em resumo, seguem-se as dicas abaixo para melhor � Antes de nomes de mulheres comuns ou com quem
orientação de quando não usar a crase. se tem proximidade
Ex.: Ele fez homenagem a/à Bárbara;
� Antes de pronomes possessivos no singular
� Antes de nomes masculinos
Ex.: Iremos a/à sua residência;
Ex.: “O mundo intelectual deleita a poucos, o mate-
� Após preposição até, com ideia de limite
rial agrada a todos.” (MM)
Ex.: Dirija-se até a/à portaria.
O carro é movido a álcool.
“Ouvindo isto, o desembargador comoveu-se até
Venda a prazo;
às (ou “as”) lágrimas, e disse com mui estranho
� Antes de palavras femininas que não aceitam
afeto.” (CBr. 1, 67)
artigos
Ex.: Iremos a Fortaleza. CASOS ESPECIAIS

Macete de crase: Veremos a seguir alguns casos que fogem à regra.

25
Se vou a; Volto da = Crase há! Quando se relacionar a instrumentos cujos nomes

7-
Se vou a; Volto de = Crase pra quê? forem femininos, normalmente a crase não será utili-

84
Ex.: Vou à escola / Volto da escola. zada. Porém, em alguns casos, utiliza-se a crase para

0.
Vou a Fortaleza / Volto de Fortaleza; evitar ambiguidades.

36
Ex.: Matar a fome. (Quando “fome” for objeto direto).
.
Matar à fome. (Quando “fome” for advérbio de
71
� Antes de forma verbal infinitiva
Ex.: Os produtos começaram a chegar. instrumento).
-1

“Os homens, dizendo em certos casos que vão falar Fechar a chave. (Quando “chave” for objeto direto).
ia

com franqueza, parecem dar a entender que o Fechar à chave. (Quando “chave” for advérbio de
ar

fazem por exceção de regra.” (MM); instrumento).


M

� Antes de expressão de tratamento


a

QUANDO USAR OU NÃO A CRASE EM SENTENÇAS


lv

Ex.: O requerimento foi direcionado a Vossa


Si

Excelência; COM NOMES DE LUGARES


da

� No a (singular) antes de palavra no plural, quando z Regidos por preposições de, em, por: não se usa crase
a regência do verbo exigir preposição
ira

Ex.: Fui a Copacabana. (Venho de Copacabana,


Ex.: Durante o filme assistimos a cenas chocantes;
re

moro em Copacabana, passo por Copacabana);


� Antes dos pronomes relativos quem e cuja
Pe

� Regidos por preposições da, na, pela: usa-se crase


Ex.: Por favor, chame a pessoa a quem entregamos Ex.: Fui à Bahia. (Venho da Bahia, moro na Bahia,
s

o pacote.
u

passo pela Bahia).


he

Falo de alguém a cuja filha foi entregue o prêmio;


at

� Antes de pronomes indefinidos alguma, nenhu- MACETES


M

ma, tanta, certa, qualquer, toda, tamanha


Ex.: Direcione o assunto a alguma cláusula do z Haverá crase quando o “à” puder ser substituído
contrato. por ao, da na, pela, para a, sob a, sobre a, contra
Não disponibilizaremos verbas a nenhuma ação a, com a, à moda de, durante a;
suspeita de fraude. z Quando o de ocorre paralelo ao a, não há crase.
Eles estavam conservando a certa altura. Quando o da ocorre paralelo ao à, há crase;
Faremos a obra a qualquer custo. z Na indicação de horas, quando o “à uma” puder
A campanha será disponibilizada a toda a comunidade; ser substituído por às duas, há crase. Quando o a
� Antes de demonstrativos uma equivaler a a duas, não ocorre crase;
Ex.: Não te dirijas a essa pessoa; z Usa-se a crase no “a” de àquele(s), àquela(s) e àqui-
� Antes de nomes próprios, mesmo femininos, de lo quando tais pronomes puderem ser substituídos
personalidades históricas por a este, a esta e a isto;
Ex.: O documentário referia-se a Janis Joplin; z Usa-se crase antes de casa, distância, terra e
� Antes dos pronomes pessoais retos e oblíquos nomes de cidades quando esses termos estiverem
Ex.: Por favor, entregue as frutas a ela. acompanhados de determinantes. Ex.: Estou à dis-
26 O pacote foi entregue a ti ontem; tância de 200 metros do pico da montanha.
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A compreensão da crase vai muito além da estética Dúzia: conjunto de doze unidades;
gramatical, pois serve também para evitar ambigui- Novena: período de nove dias;
dades comuns, como o caso seguinte: Lavando a mão. Década: período de dez anos;
Nessa ocasião, usa-se a forma “Lavando a mão”, Século: período de cem anos;
pois “a mão” é o objeto direto, e, portanto, não exi- Bimestre: período de dois meses.
ge preposição. Usa-se a forma “à mão” em situações
como “Pintura feita à mão”, já que “à mão” seria o Um: Numeral ou Artigo?
advérbio de instrumento da ação de pintar.
A forma um pode assumir na língua a função de
artigo indefinido ou de numeral cardinal; então, como
FORMAÇÃO, CLASSE E EMPREGO DE podemos reconhecer cada função? É preciso observar
PALAVRAS o contexto em uso. Observe:

ARTIGOS z Durante a votação, houve um deputado que se


posicionou contra o projeto;
Os artigos devem concordar em gênero e número z Durante a votação, apenas um deputado se posi-
com os substantivos. São, por isso, considerados deter- cionou contra o projeto.
minantes dos substantivos.
Essa classe está dividida em artigos definidos e arti- Na primeira frase, podemos substituir o termo um
gos indefinidos. Os definidos funcionam como deter- por uma, realizando as devidas alterações sintáticas, e
minantes objetivos, individualizando a palavra, já os o sentido será mantido, pois o que se pretende defen-
indefinidos funcionam como determinantes imprecisos. der é que a espécie do indivíduo que se posicionou
O artigo definido — o — e o artigo indefinido — contra o projeto é um deputado e não uma deputada,
um — variam em gênero e número, tornando-se “os, por exemplo.
a, as”, para os definidos, e “uns, uma, umas”, para os Já na segunda oração, a alteração do gênero não
indefinidos. Assim, temos: implicaria em mudanças no sentido, pois o que se
pretende indicar é que o projeto foi rejeitado por um
z Artigos definidos: o, os; a, as; deputado, marcando a quantidade.
z Artigos indefinidos: um, uns; uma, umas.
Outra forma de notarmos a diferença é ficarmos
atentos com a aparição das expressões adverbiais, o

25
Os artigos podem ser combinados às preposições.
que sempre fará com que a palavra “um” seja numeral.

7-
São as chamadas contrações. Algumas contrações
Ainda sobre os numerais, atente-se às dicas a

84
comuns na língua são:
seguir:

0.
36
z em + a = na;
.
z Sobre o numeral milhão/milhares, é importante
71
z a + o = ao;
destacar que sua forma é masculina. Logo, a con-
-1

z a + a = à;
z de + a = da. cordância com palavras femininas é inaceitável
ia

pela gramática.
ar

Errado: As milhares de vacinas chegaram hoje.


M

Dica
Correto: Os milhares de vacina chegaram hoje.
a
lv

Toda palavra determinada por um artigo torna-se


Si

um substantivo. Ex.: o não, o porquê, o cuidar etc. z A forma 14 por extenso apresenta duas formas
da

aceitas pela norma gramatical: catorze e quatorze.


NUMERAIS
ira

SUBSTANTIVOS
re

São palavras que se relacionam diretamente ao


Pe

substantivo, inferindo ideia de quantidade ou posi- Os substantivos classificam os seres em geral. Uma
s

ção. Os numerais podem ser:


u

característica básica dessa classe é admitir um deter-


he

minante — artigo, pronome etc. Os substantivos fle-


at

z Cardinais: indicam quantidade em si. Ex.: Dois xionam-se em gênero, número e grau.
M

potes de sorvete; zero coisas a comprar; ambos os


meninos eram bons em português;
Tipos de Substantivos
z Ordinais: indicam a ordem de sucessão de uma
série. Ex.: Foi o segundo colocado do concurso; che-
LÍNGUA PORTUGUESA

A classificação dos substantivos admite nove tipos


gou em último/penúltimo/antepenúltimo lugar;
diferentes. São eles:
z Multiplicativos: indicam o número de vezes pelo
qual determinada quantidade é multiplicada. Ex.:
Ele ganha o triplo no novo emprego; z Simples: formados a partir de um único radical.
z Fracionários: indicam frações, divisões ou dimi- Ex.: vento, escola;
nuições proporcionais em quantidade. Ex.: Tomou z Compostos: formados pelo processo de justaposi-
um terço de vinho; o copo estava meio cheio; ele ção. Ex.: couve-flor, aguardente;
recebeu metade do pagamento. z Primitivos: possibilitam a formação de um novo
substantivo. Ex.: pedra, dente;
Podemos encontrar ainda os numerais coletivos, z Derivados: são formados a partir de substantivos
isto é, designam um conjunto, porém expressam uma primitivos. Ex.: pedreiro (pedra), dentista (dente),
quantidade exata de seres/conceitos. Veja: florista (flor); 27
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z Concretos: designam seres com independência Algumas formas substantivas mantêm o radical e
ontológica, ou seja, um ser que existe por si, inde- a pequena alteração no gênero do artigo interfere no
pendentemente de sua conotação espiritual ou significado:
real. Ex.: Maria, gato, Deus, fada, carro;
z Abstratos: indicam estado, sentimento, ação, qua- z O cabeça: chefe / a cabeça: membro o corpo;
lidade. Os substantivos abstratos existem apenas z O moral: ânimo / a moral: costumes sociais;
em função de outros seres. A feiura, por exemplo, z O rádio: aparelho / a rádio: estação de transmissão.
depende de uma pessoa, um substantivo concreto
a quem esteja associada. Ex.: chute, amor, cora- Além disso, algumas palavras na língua causam
gem, liberalismo, feiura; dificuldade na identificação do gênero, pois são usa-
das em contextos informais com gêneros diferentes.
z Comuns: designam todos os seres de uma espécie.
Alguns exemplos são: a alface; a cal; a derme; a libido;
Ex.: homem, cidade;
a gênese; a omoplata / o guaraná; o formicida; o tele-
z Próprios: designam uma determinada espécie. fonema; o trema.
Ex.: Pedro, Fortaleza; Algumas formas que não apresentam, necessaria-
z Coletivos: usados no singular, designam um conjun- mente, relação com o gênero, são admitidas tanto no
to de uma mesma espécie. Ex.: pinacoteca, manada. masculino quanto no feminino: o personagem / a per-
sonagem; o laringe / a laringe; o xerox / a xerox.
É importante destacar que a classificação de um
substantivo depende do contexto em que ele está inse- Flexão de Número
rido. Vejamos:
Judas foi um apóstolo. (Judas como nome de uma Os substantivos flexionam-se em número, de
pessoa = Próprio); maneira geral, pelo acréscimo do morfema -s. Ex.:
O amigo mostrou-se um judas (judas significando casa / casas.
traidor = comum). Porém, podem apresentar outras terminações:
males, reais, animais, projéteis etc.
Flexão de Gênero Geralmente, devemos acrescentar -es ao singular
das formas terminadas em R ou Z, como: flor / flores;
paz / pazes. Porém, há exceções, como a palavra mal,
Os gêneros do substantivo são masculino e feminino.
terminada em L e que tem como plural “males”.
Porém, alguns deles admitem apenas uma forma Já os substantivos terminados em al, el, ol, ul fazem
para os dois gêneros. São, por isso, chamados de uni- plural trocando-se o L final por -is. Ex.: coral / corais;
formes. Os substantivos uniformes podem ser: papel / papéis; anzol / anzóis.

25
Entretanto, também há exceções. Ex.: a forma mel

7-
z Comuns-de-dois-gêneros: designam seres huma- apresenta duas formas de plural aceitas: meles e méis.

84
nos e sua diferença é marcada pelo artigo. Ex.: o Geralmente, as palavras terminadas em -ão fazem

0.
pianista / a pianista; o gerente / a gerente; o cliente plural com o acréscimo do -s ou pelo acréscimo de -es.

36
/ a cliente; o líder / a líder; Ex.: capelães, capitães, escrivães.
.
71
z Epicenos: designam geralmente animais que apre- Contudo, há substantivos que admitem até três
formas de plural, como os seguintes:
-1

sentam distinção entre masculino e feminino, mas


a diferença é marcada pelo uso do adjetivo macho
ia

ou fêmea. Ex.: cobra macho / cobra fêmea; onça z Ermitão: ermitãos, ermitões, ermitães;
ar

macho / onça fêmea; gambá macho / gambá fêmea; z Ancião: anciãos, anciões, anciães;
M

girafa macho / girafa fêmea; z Vilão: vilãos, vilões, vilães.


a
lv

z Sobrecomuns: designam seres de forma geral e


Si

não são distinguidos por artigo ou adjetivo; o gêne- Podemos, ainda, associar às palavras paroxítonas
que terminam em -ão o acréscimo do -s. Ex.: órgão /
da

ro pode ser reconhecido apenas pelo contexto. Ex.:


órgãos; órfão / órfãos.
a criança; o monstro; a testemunha; o indivíduo.
ira
re

Plural dos Substantivos Compostos


Já os substantivos biformes designam os substan-
Pe

tivos que apresentam duas formas para os gêneros Os substantivos compostos são aqueles formados
s

masculino ou feminino. Ex.: professor/professora.


u

por justaposição. O plural dessas formas obedece às


he

Destacamos que alguns substantivos apresentam seguintes regras:


at

formas diferentes nas terminações para designar for-


M

mas diferentes no masculino e no feminino: z Variam os dois elementos:


Ex.: ator/atriz; ateu/ ateia; réu/ré.
Outros substantivos modificam o radical para Substantivo + substantivo. Ex.: mestre-sala / mestres -salas;
designar formas diferentes no masculino e no femini- Substantivo + adjetivo. Ex.: guarda-noturno / guar-
no. Estes são chamados de substantivos heteroformes: das -noturnos;
Ex.: pai/mãe; boi/vaca; genro/nora. Adjetivo + substantivo. Ex.: boas-vindas;
Numeral + substantivo. Ex.: terça-feira / terças -feiras.
Gênero e Significação
z Varia apenas um elemento:
Alguns substantivos uniformes podem aparecer
com marcação de gênero diferente, ocasionando uma Substantivo + preposição + substantivo. Ex.:
modificação no sentido. Veja, por exemplo: canas-de-açúcar;
Substantivo + substantivo com função adjetiva.
z A testemunha: pessoa que presenciou um crime; Ex.: navios-escola.
z O testemunho: relato de experiência, associado a Palavra invariável + palavra invariável. Ex.:
28 religiões. abaixo-assinados.
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Verbo + substantivo. Ex.: guarda-roupas. Atente-se: em palavras com hífen, pode-se optar
Redução + substantivo. Ex.: bel-prazeres. pelo uso de maiúsculas ou minúsculas. Portanto, são
Destacamos, ainda, que os substantivos compostos aceitas as formas Vice-Presidente, Vice-presidente e
formados por vice-presidente; porém, é preciso manter a mesma
verbo + advérbio forma em todo o texto. Já nomes próprios compostos
verbo + substantivo plural por hífen devem ser escritos com as iniciais maiúscu-
ficam invariáveis. Ex.: Os bota-fora; os saca-rolha. las, como em Grã-Bretanha e Timor-Leste.

Variação de Grau ADJETIVOS

A flexão de grau dos substantivos exprime a varia- Os adjetivos associam-se aos substantivos, garan-
ção de tamanho dos seres, indicando um aumento ou tindo a estes um significado mais preciso. Os adjetivos
uma diminuição. podem indicar:

z Grau aumentativo: quando o acréscimo de sufixos z Qualidade: professor chato;


aos substantivos indicar um aumento de tamanho. z Estado: aluno triste;
Ex.: bocarra, homenzarrão, gatarrão, cabeçorra, z Aspecto, aparência: estrada esburacada.
fogaréu, boqueirão, poetastro;
z Grau diminutivo: exprime, ao contrário do aumen- Locuções Adjetivas
tativo, a diminuição do tamanho/proporção do ser.
Ex.: fontinha, lobacho, casebre, vilarejo, saleta,
As locuções adjetivas apresentam o mesmo valor dos
pequenina, papelucho.
adjetivos, indicando as mesmas características deles.
Elas são formadas por preposição + substantivo,
Dica referindo-se a outro substantivo ou expressão subs-
O emprego do grau aumentativo ou diminutivo tantivada, atribuindo-lhe o mesmo valor adjetivo.
dos substantivos pode alterar o sentido das pala- A seguir, colocamos diferentes locuções adjeti-
vras, podendo assumir um valor: vas ao lado da forma adjetiva, importantes para seu
Afetivo: filhinha / mãezona; estudo:
Pejorativo: mulherzinha / porcalhão.
z voo de águia / aquilino;

25
O Novo Acordo Ortográfico e o Uso de Maiúsculas z poder de aluno / discente;

7-
z conselho de professores / docente;

84
O novo acordo ortográfico estabelece novas regras z cor de chumbo / plúmbea;

0.
para o uso de substantivos próprios, exigindo o uso da z luz da lua / lunar;

36
inicial maiúscula. z sangue de baço / esplênico;
.
71
Dessa forma, devemos usar com letra maiúscula as z nervo do intestino / celíaco ou entérico;
noite de inverno / hibernal ou invernal.
-1

inicias das palavras que designam: z


ia

É importante destacar que, mais do que “decorar”


ar

z Nomes, sobrenomes e apelidos de pessoas reais


formas adjetivas e suas respectivas locuções, é fun-
M

ou imaginárias. Ex.: Gabriela, Silva, Xuxa, Cinderela;


damental reconhecer as principais características de
a

z Nomes de cidades, países, estados, continentes


lv

etc., reais ou imaginários. Ex.: Belo Horizonte, uma locução adjetiva: caracterizar o substantivo e
Si

Ceará, Nárnia, Londres; apresentar valor de posse.


da

z Nomes de festividades. Ex.: Carnaval, Natal, Dia Ex.: Viu o crime pela abertura da porta;
A abertura de conta pode ser realizada on-line.
ira

das Crianças;
z Nomes de instituições e entidades. Ex.: Embai- Quando a locução adjetiva é composta pela prepo-
re

xada do Brasil, Ministério das Relações Exteriores, sição “de”, pode ser confundida com a locução adver-
Pe

Gabinete da Vice-Presidência, Organização das bial. Nesse caso, para diferenciá-las, é importante
s

Nações Unidas; perceber que a locução adjetiva apresenta valor de


u
he

z Títulos de obras. Ex.: Memórias póstumas de Brás posse, pois, nesse caso, o meio usado pelo sujeito para
at

Cubas. Caso a obra apresente em seu título um ver “o crime”, indicado na frase, foi pela abertura da
M

nome próprio, como no exemplo dado, este tam- porta. Além disso, a locução destacada está caracteri-
bém deverá ser escrito com inicial maiúscula; zando o substantivo “abertura”.
z Nomenclatura legislativa especificada. Ex.: Lei Já na segunda frase, a locução destacada é adver-
LÍNGUA PORTUGUESA

de Diretrizes e Bases da Educação (LDB); bial, pois quem sofre a “ação” de ser aberta é a “con-
z Períodos e eventos históricos. Ex.: Revolta da ta”, o que indica o valor de passividade da locução,
Vacina, Guerra Fria, Segunda Guerra Mundial; demonstrando seu caráter adverbial.
z Nome dos pontos cardeais e equivalentes. Ex.: As locuções adjetivas também desempenham fun-
Norte, Sul, Leste, Oeste, Nordeste, Sudeste, Oriente, ção de adjetivo e modificam substantivos, pronomes,
Ocidente. Importante: os pontos cardeais são gra- numerais e orações substantivas.
fados com maiúsculas apenas quando utilizados Ex.: Amor de mãe; Café com açúcar.
indicando uma região. Ex.: Este ano vou conhecer Subst. — loc. adj. / subst. — loc. adj.
o Sul (O Sul do Brasil); quando utilizados indican- Já as locuções adverbiais desempenham função de
do uma direção, devem ser escritos com minúscu- advérbio. Modificam advérbios, verbos, adjetivos e
las. Ex.: Correu a América de norte a sul; orações adjetivas com esses valores.
z Siglas, símbolos ou abreviaturas. Ex.: ONU, INSS, Ex.: Morreu de fome; Agiu com rapidez.
Unesco, Sr., S (Sul), K (Potássio). Verbo — loc. adv. / verbo — loc. adv. 29
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Adjetivo de Relação „ Característica de um ser relacionada com
outros indivíduos da mesma classe: superla-
No estudo dos adjetivos, é fundamental conhecer tivo relativo, que pode ser de superioridade (o
o aspecto morfológico designado como “adjetivo de mais) ou de inferioridade (o menos).
relação”, muito cobrado por bancas de concursos. Ex.: O candidato é o mais humilde dos concor-
Para identificar um adjetivo de relação, observe as
rentes? (Superlativo relativo de superioridade).
seguintes características:
O candidato é o menos preparado entre os con-
z Seu valor é objetivo, não podendo, portanto, apre- correntes à prefeitura (Superlativo relativo de
sentar meios de subjetividade. Ex.: Em “Menino inferioridade).
bonito”, o adjetivo não é de relação, já que é sub-
jetivo, pois a beleza do menino depende dos olhos Importante! Ao compararmos duas qualidades de
de quem o descreve; um mesmo ser, devemos empregar a forma analítica
z Posição posterior ao substantivo: os adjetivos de (mais alta, mais magra, mais bonito etc.).
relação sempre são posicionados após o substanti-
vo. Ex.: Casa paterna, mapa mundial; Ex.: A modelo é mais alta que magra.
z Derivado do substantivo: derivam-se do substan-
tivo por derivação prefixal ou sufixal. Ex.: paternal Porém, se uma mesma característica referir-se
— pai; mundial — mundo; a seres diferentes, empregamos a forma sintética
z Não admitem variação de grau: os graus com- (melhor, pior, menor etc.).
parativo e superlativo não são admitidos. Ex.:
Não pode ser mapa “mundialíssimo” ou “pouco
Ex.: Nossa sala é menor que a sala da diretoria.
mundial”.
Formação dos Adjetivos
Alguns exemplos de adjetivos relativos: Presiden-
te americano (não é subjetivo; posicionado após o
substantivo; derivado de substantivo; não existe a Os adjetivos podem ser primitivos, derivados,
forma variada em grau “americaníssimo”); platafor- simples ou compostos.
ma petrolífera; economia mundial; vinho francês;
roteiro carnavalesco. z Primitivos: adjetivos que não derivam de outras

25
palavras. A partir deles, é possível formar novos

7-
Variação de Grau termos. Ex.: útil, forte, bom, triste, mau etc.;

84
z Derivados: são palavras que derivam de verbos

0.
O adjetivo pode variar em dois graus: compara- ou substantivos. Ex.: bondade, lealdade, mulhe-

36
tivo ou superlativo. Cada um deles apresenta suas rengo etc.;
.
71
respectivas categorias. z Simples: apresentam um único radical. Ex.: portu-
-1

guês, escuro, honesto etc.;


z Grau comparativo: exprime a característica de
ia

z Compostos: formados a partir da união de dois ou


um ser, comparando-o com outro da mesma classe
ar

mais radicais. Ex.: verde-escuro, luso-brasileiro,


M

nos seguintes sentidos:


amarelo-ouro etc.
a
lv

„ Igualdade: compara elementos colocando-os


Si

em um mesmo patamar. Igual a, como, tanto Atente-se: o plural dos adjetivos simples é reali-
da

quanto, tão quanto. Ex.: Somos tão complexos zado da mesma forma que o plural dos substantivos.
ira

quanto simplórios;
„ Superioridade: compara, evidenciando um Plural dos Adjetivos Compostos
re
Pe

elemento como superior ao outro. Mais do que,


melhor do que. Ex.: O amor é mais suficiente O plural dos adjetivos compostos segue as seguin-
u s

do que o dinheiro; tes regras:


he

„ Inferioridade: compara, evidenciando um ele-


at

mento como inferior ao outro. Menos do que, z Invariável:


M

pior do que. Ex.: Homens são menos engajados


do que mulheres. „ os adjetivos compostos azul-marinho, azul-ce-
leste, azul-ferrete;
z Grau superlativo: em relação ao grau superlati-
„ locuções formadas de cor + de + substantivo,
vo, é importante considerar que o valor semântico
como em cor-de-rosa, cor-de-cáqui;
desse grau apresenta variações, podendo indicar:
„ adjetivo + substantivo, como tapetes azul-tur-
„ Característica de um ser elevada ao último quesa, camisas amarelo-ouro.
grau: superlativo absoluto, que pode ser analí-
tico (associado ao advérbio) ou sintético (asso- z Varia o último elemento:
ciação de prefixo ou sufixo ao adjetivo).
Ex.: O candidato é muito humilde (Superlativo „ primeiro elemento é palavra invariável, como
absoluto analítico). em mal-educados, recém-formados;
O candidato é humílimo (Superlativo absoluto „ adjetivo + adjetivo, como em lençóis verde-cla-
30 sintético); ros, cabelos castanho-escuros.
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Adjetivos Pátrios A maioria das locuções adverbiais é formada por
uma preposição e um substantivo. Há também as que
Os adjetivos pátrios, também conhecidos como são formadas por preposição + adjetivos ou advérbios.
gentílicos, designam a naturalidade ou nacionalidade Veja alguns exemplos:
de seres e objetos.
O sufixo -ense, geralmente, designa a origem de z Preposição + substantivo: de novo. Ex.: Você pode-
um ser relacionada a um estado brasileiro. Ex.: ama- ria me explicar de novo? (de novo = novamente);
zonense, fluminense, cearense. z Preposição + adjetivo: em breve. Ex.: Em breve,
o filme estará em cartaz (em breve = brevemente);
z Curiosidade: o adjetivo pátrio “brasileiro” é for- z Preposição + advérbio: por ali. Ex.: Acho que ele
mado com o sufixo -eiro, que é costumeiramente foi por ali.
usado para designar profissões. O gentílico que
designa nossa nacionalidade teve origem com as As locuções adverbiais são bem semelhantes às
pessoas que comercializavam o pau-brasil; esse locuções adjetivas. É importante saber que as locu-
ofício dava-lhes a alcunha de “brasileiros”, termo ções adverbiais apresentam um valor passivo.
Ex.: Ameaça de colapso.
que passou a indicar os nascidos em nosso país.
Nesse exemplo, o termo em negrito é uma locução
adverbial, pois o valor é de passividade, ou seja, se
ADVÉRBIOS
invertemos a ordem e inserirmos um verbo na voz
passiva, a frase manterá seu sentido. Veja:
Advérbios são palavras invariáveis que modifi-
Ex.: Colapso foi ameaçado.
cam um verbo, adjetivo ou outro advérbio. Em alguns Essa frase faz sentido e apresenta valor passivo,
casos, os advérbios também podem modificar uma logo, sem o verbo, a locução destacada anteriormente
frase inteira, indicando circunstância. é adverbial.
As gramáticas da língua portuguesa apresentam lis- Ainda sobre esse assunto, perceba que em locu-
tas extensas com as funções dos advérbios. Porém, deco- ções como esta: “Característica da nação”, o termo
rar as funções dos advérbios, além de desgastante, pode destacado não terá o mesmo valor passivo, pois não
não ter o resultado esperado na resolução de questões aceitará a inserção de um verbo com essa função:
de concurso. Nação foi característica*. Essa frase quebra a
Dessa forma, sugerimos que você fique atento às estrutura gramatical da língua portuguesa, que não
principais funções designadas aos advérbios para, a admite voz passiva em termos com função de posse

25
partir delas, conseguir interpretar a função exercida (caso das locuções adjetivas). Isso torna tal estrutura

7-
nos enunciados das questões que tratem dessa classe agramatical; por isso, inserimos um asterisco para

84
de palavras. indicar essa característica.

0.
Ainda assim, julgamos pertinente apresentar algu-

36
mas funções basilares exercidas pelo advérbio: Dica .
71
Locuções adverbiais apresentam valor passivo.
-1

z Dúvida: talvez, caso, porventura, quiçá etc.;


Intensidade: bastante, bem, mais, pouco etc.; Locuções adjetivas apresentam valor de posse.
ia

z
ar

z Lugar: ali, aqui, atrás, lá etc.;


Com essas dicas, esperamos que você seja capaz
M

z Tempo: jamais, nunca, agora etc.;


de diferenciar essas locuções em questões. Buscamos
a

z Modo: assim, depressa, devagar etc.


lv

desenvolver seu aprendizado para que não seja pre-


Si

Novamente, chamamos sua atenção para a função ciso gastar seu tempo decorando listas de locuções
da

adverbiais. Lembre-se: o sentido está no texto.


que o advérbio deve exercer na oração. Como disse-
ira

mos, essas palavras modificam um verbo, um adjetivo


Advérbios Interrogativos
re

ou um outro advérbio, por isso, para identificar com


Pe

mais propriedade a função denotada pelos advérbios,


Os advérbios interrogativos são, muitas vezes,
é preciso perguntar: Como? Onde? Por quê?
s

confundidos com pronomes interrogativos. Para evi-


u

As respostas sempre irão indicar circunstâncias


he

tar essa confusão, devemos saber que os advérbios


adverbiais expressas por advérbios, locuções adver-
at

interrogativos introduzem uma pergunta, exprimin-


biais ou orações adverbiais.
M

do ideia de tempo, modo ou causa.


Vejamos como podemos identificar a classificação/ Ex.: Como foi a prova?
função adequada dos advérbios: Quando será a prova?
Onde será realizada a prova?
LÍNGUA PORTUGUESA

z O homem morreu... de fome (causa) com sua famí- Por que a prova não foi realizada?
lia (companhia) em casa (lugar) envergonhado De maneira geral, as palavras como, onde, quan-
(modo); do e por que são advérbios interrogativos, pois não
z A criança comeu... demais (intensidade) ontem substituem nenhum nome de ser (vivo), exprimindo
(tempo) com garfo e faca (instrumento) às claras ideia de modo, lugar, tempo e causa.
(modo).
Grau do Advérbio
Locuções Adverbiais
Assim como os adjetivos, os advérbios podem ser
Conjunto de duas ou mais palavras que pode flexionados nos graus comparativo e superlativo.
desempenhar a função de advérbio, alterando o senti- Vejamos as principais mudanças sofridas pelos
do de um verbo, adjetivo ou advérbio. advérbios quando flexionados em grau: 31
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NORMAL SUPERIORIDADE INFERIORIDADE IGUALDADE
Bem Melhor (mais bem*) - Tão bem

GRAU COMPARATIVO Mal Pior (mais mal*) - Tão mal


Muito Mais - -
Pouco Menos - -

Obs.: As formas “mais bem” e “mais mal” são aceitas quando acompanham o particípio verbal.

ABSOLUTO ABSOLUTO
NORMAL RELATIVO
SINTÉTICO ANALÍTICO
Inferioridade
Bem Otimamente Muito bem
GRAU -
SUPERLATIVO Superioridade
Mal Pessimamente Muito mal
-
Muito Muitíssimo - Superioridade: o mais
Pouco Pouquíssimo - Superioridade: o menos

Advérbios e Adjetivos

O adjetivo é uma classe de palavras variável. Porém, quando se refere a um verbo, ele fica invariável, confun-
dindo-se com o advérbio.
Nesses casos, para ter certeza de qual é a classe da palavra, basta tentar colocá-la no feminino ou no plural;
caso a palavra aceite uma dessas flexões, será adjetivo.
Ex.: O homem respondeu feliz à esposa.
Os homens responderam felizes às esposas.

25
Como “feliz” aceitou a flexão para o plural, trata-se de um adjetivo.

7-
Agora, acompanhe o seguinte exemplo:

84
Ex.: A cerveja que desce redondo.

0.
As cervejas que descem redondo.

36
Nesse caso, como a palavra continua invariável, trata-se de um advérbio.
.
71
-1

Palavras Denotativas
ia

São termos que apresentam semelhança com os advérbios; em alguns casos, são até classificados como tal, mas
ar

não exercem função modificadora de verbo, adjetivo ou advérbio.


M

Sobre as palavras denotativas, é fundamental saber identificar o sentido a elas atribuído, pois, geralmente, é
a
lv

isso que as bancas de concurso cobram.


Si

Eis: sentido de designação;


da

z
z Isto é, por exemplo, ou seja: sentido de explicação;
ira

z Ou melhor, aliás, ou antes: sentido de ratificação;


re

z Somente, só, salvo, exceto: sentido de exclusão;


Pe

z Além disso, inclusive: sentido de inclusão.


us

Além dessas expressões, há, ainda, as partículas expletivas ou de realce, geralmente formadas pela forma
he

ser + que (é que). A principal característica dessas palavras é que elas podem ser retiradas sem causar prejuízo
at

sintático ou semântico à frase.


M

Ex.: Eu é que faço as regras / Eu faço as regras.


Outras palavras denotativas expletivas são: lá, cá, não, é porque etc.

Algumas Observações Interessantes

z O adjunto adverbial sempre deve vir posicionado após o verbo ou complemento verbal. Caso venha deslocado,
em geral, separamos por vírgulas. Ex.: Na reunião de ontem, o pedido foi aprovado (O pedido foi aprovado
na reunião de ontem);
z Em uma sequência de advérbios terminados com o sufixo -mente, apenas o último elemento recebe a termi-
nação destacada. Ex.: A questão precisa ser pensada política e socialmente.

PRONOMES

Pronomes são palavras que representam ou acompanham um termo substantivo. Dessa forma, a função dos
pronomes é substituir ou determinar uma palavra. Eles indicam pessoas, relações de posse, indefinição, quanti-
32 dade, localização no tempo, no espaço e no meio textual, entre outras funções.
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Os pronomes exercem papel importante na análise sintática e também na interpretação textual, pois colabo-
ram para a complementação de sentido de termos essenciais da oração, além de estruturar a organização textual,
contribuindo para a coesão e também para a coerência de um texto.

Pronomes Pessoais

Os pronomes pessoais designam as pessoas do discurso. Acompanhe a tabela a seguir, com mais informações
sobre eles:

PESSOAS PRONOMES DO CASO RETO PRONOMES DO CASO OBLÍQUO


1ª pessoa do singular Eu Me, mim, comigo
2ª pessoa do singular Tu Te, ti, contigo
Se, si, consigo
3ª pessoa do singular Ele/Ela
o, a, lhe
1ª pessoa do plural Nós Nos, conosco
2ª pessoa do plural Vós Vos, convosco
Se, si, consigo
3ª pessoa do plural Eles/Elas
os, as, lhes

Os pronomes pessoais do caso reto costumam substituir o sujeito.


Ex.: Pedro é bonito / Ele é bonito.
Já os pronomes pessoais oblíquos costumam funcionar como complemento verbal ou adjunto.
Ex.: Eu a vi com o namorado; Maura saiu comigo.

z Os pronomes que estarão relacionados ao objeto direto são: o, a, os, as, me, te, se, nos, vos. Ex.: Informei-o
sobre todas as questões;
z Já os que se relacionam com o objeto indireto são: lhe, lhes, (me, te, se, nos, vos — complementados por pre-
posição). Ex.: Já lhe disse tudo (disse tudo a ele).

25
Lembre-se de que todos os pronomes pessoais são pronomes substantivos.

7-
84
Além disso, é importante saber que “eu” e “tu” não podem ser regidos por preposição e que os pronomes

0.
“ele(s)”, “ela(s)”, “nós” e “vós” podem ser retos ou oblíquos, dependendo da função que exercem.

36
Os pronomes oblíquos tônicos são precedidos de preposição e costumam ter função de complemento:
.
71
z 1ª pessoa: mim, comigo (singular); nós, conosco (plural);
-1

z 2ª pessoa: ti, contigo (singular); vós, convosco (plural);


ia

z 3ª pessoa: si, consigo (singular ou plural); ele(s), ela(s).


ar
M

Não devemos usar pronomes do caso reto como objeto ou complemento verbal, como em “mate ele”. Contudo,
a
lv

o gramático Celso Cunha destaca que é possível usar os pronomes do caso reto como complemento verbal, desde
Si

que antecedidos pelos vocábulos “todos”, “só”, “apenas” ou “numeral”.


da

Ex.: Encontrei todos eles na festa. Encontrei apenas ela na festa.


Após a preposição “entre”, em estrutura de reciprocidade, devemos usar os pronomes oblíquos tônicos.
ira

Ex.: Entre mim e ele não há segredos.


re
Pe

Pronomes de Tratamento
u s

Os pronomes de tratamento são formas que expressam uma hierarquia social institucionalizada linguistica-
he

mente. As formas de pronomes de tratamento apresentam algumas peculiaridades importantes:


at
M

z Vossa: designa a pessoa a quem se fala (relativo à 2ª pessoa). Apesar disso, os verbos relacionados a esse pro-
nome devem ser flexionados na 3ª pessoa do singular.
Ex.: Vossa Excelência deve conhecer a Constituição;
LÍNGUA PORTUGUESA

z Sua: designa a pessoa de quem se fala (relativo à 3ª pessoa).


Ex.: Sua Excelência, o presidente do Supremo Tribunal, fará um pronunciamento hoje à noite.

Os pronomes de tratamento estabelecem uma hierarquia social na linguagem, ou seja, a partir das formas
usadas, podemos reconhecer o nível de discurso e o tipo de poder instituídos pelos falantes.
Por isso, alguns pronomes de tratamento só devem ser utilizados em contextos cujos interlocutores sejam
reconhecidos socialmente por suas funções, como juízes, reis, clérigos, entre outras.
Dessa forma, apresentamos alguns pronomes de tratamento, seguidos de sua abreviatura e das funções sociais
que designam:

z Vossa Alteza (V. A.): príncipes, duques, arquiduques e seus respectivos femininos;
z Vossa Eminência (V. Ema.): cardeais; 33
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z Vossa Excelência (V. Exa.): autoridades do gover- As palavras certo e bastante serão pronomes
no e das Forças Armadas membros do alto escalão; indefinidos quando vierem antes do substantivo, e
z Vossa Majestade (V. M.): reis, imperadores e seus serão adjetivos quando vierem depois.
respectivos femininos; Ex.: Busco certo modelo de carro (pronome
z Vossa Reverendíssima (V. Rev. Ma.): sacerdotes; indefinido).
z Vossa Senhoria (V. Sa.): funcionários públicos gra- Busco o modelo de carro certo (adjetivo).
duados, oficiais até o posto de coronel, tratamento A palavra bastante frequentemente gera dúvida
cerimonioso a comerciantes importantes; quanto a ser advérbio, adjetivo ou pronome indefini-
z Vossa Santidade (V. S.): papa; do. Por isso, atente-se ao seguinte:
z Vossa Excelência Reverendíssima (V. Exa. Rev-
ma.): bispos. z Bastante (advérbio): será invariável e equivalen-
te ao termo “muito”.
Os exemplos apresentados fazem referência a pro- Ex.: Elas são bastante famosas;
nomes de tratamento e suas respectivas designações z Bastante (adjetivo): será variável e equivalente
sociais conforme indica o Manual de Redação oficial ao termo “suficiente”.
da Presidência da República. Portanto, essas designa- Ex.: A comida e a bebida não foram bastantes para
ções devem ser seguidas com atenção quando o gêne- a festa;
ro textual abordado for um gênero oficial. z Bastante (pronome indefinido): concorda com
Ainda sobre o assunto, veja algumas observações: o substantivo, indicando grande, porém incerta,
quantidade de algo.
z Sobre o uso das abreviaturas das formas de tra- Ex.: Bastantes bancos aumentaram os juros.
tamento é importante destacar que o plural de
algumas abreviaturas é feito com letras dobradas, Pronomes Demonstrativos
como: V. M. / VV. MM.; V. A. / VV. AA. Porém, na
maioria das abreviaturas terminadas com a letra Os pronomes demonstrativos indicam a posição e
a, o plural é feito com o acréscimo do s: V. Exa. / V. apontam elementos a que se referem as pessoas do dis-
Exas.; V. Ema. / V.Emas.; curso (1ª, 2ª e 3ª). Essa posição pode ser designada por
z O tratamento adequado a Juízes de Direito é Meri- eles no tempo, no espaço físico ou no espaço textual.
tíssimo Juiz;
z O tratamento dispensado ao Presidente da Repú- z 1ª pessoa: este, estes / esta, estas;
blica nunca deve ser abreviado. z 2ª pessoa: esse, esses / essa, essas;

25
z 3ª pessoa: aquele, aqueles / aquela, aquelas;

7-
Pronomes Indefinidos z Invariáveis: isto, isso, aquilo.

84
0.
Os pronomes indefinidos indicam quantidade de Usamos este, esta, isto para indicar:

36
maneira vaga e sempre devem ser utilizados na 3ª pes-
.
� Referência ao espaço físico, indicando a proximi-
71
soa do discurso. Os pronomes indefinidos podem variar
e podem ser invariáveis. Observe a seguinte tabela: dade de algo ao falante.
-1

Ex.: Esta caneta aqui é minha. Entreguei-lhe isto


ia

PRONOMES INDEFINIDOS2 como prova;


ar

� Referência ao tempo presente.


M

Variáveis Invariáveis Ex.: Esta semana começarei a dieta. Neste mês,


a

pagarei a última prestação da casa;


lv

Algum, alguma, alguns, algumas Alguém


� Referência ao espaço textual.
Si

Nenhum, nenhuma, nenhuns, Ex.: Encontrei Joana e Carla no shopping; esta pro-
Ninguém
da

nenhumas curava um presente para o marido (o pronome


ira

Todo, toda, todos, todas Quem refere-se ao último termo mencionado).


re

Outro, outra, outros, outras Outrem


Pe

Este artigo científico pretende analisar... (o prono-


Muito, muita, muitos, muitas Algo me “este” refere-se ao próprio texto).
u s

Pouco, pouca, poucos, poucas Tudo Usamos esse, essa, isso para indicar:
he

Certo, certa, certos, certas Nada


at

z Referência ao espaço físico, indicando o afasta-


M

Vários, várias Cada mento de algo de quem fala.


Quanto, quanta, quantos, quantas Que Ex.: Essa sua gravata combinou muito com você;
z Indicar distância que se deseja manter.
Tanto, tanta, tantos, tantas - Ex.: Não me fale mais nisso. A população não con-
Qualquer, quaisquer - fia nesses políticos;
z Referência ao tempo passado.
Qual, quais - Ex.: Nessa semana, eu estava doente. Esses dias
Um, uma, uns, umas - estive em São Paulo;
z Referência a algo já mencionado no texto/ na fala.
Ex.: Continuo sem entender o porquê de você ter
falado sobre isso. Sinto uma energia negativa nes-
sa expressão utilizada.

2 Disponível em: https://educacao.uol.com.br/disciplinas/portugues/pronomes-indefinidos-e-interrogativos-nenhum-outro-qualquer-quem-


34 quanto-qual.htm. Acesso em: 14 jul. 2020.
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qualquer título, a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.
Usamos aquele, aquela, aquilo para indicar: Ex.: A matéria cuja aula faltei foi língua portugue-
sa — o relativo cuja está ligando aula (possuidor) à
� Referência ao espaço físico, indicando afastamen- matéria (coisa possuída).
to de quem fala e de quem ouve.
Ex.: Margarete, quem é aquele ali perto da porta? O relativo cujo deve concordar em gênero e núme-
� Referência a um tempo muito remoto, um passa- ro com a coisa possuída.
do muito distante. Jamais devemos inserir um artigo após o pronome
Ex.: Naquele tempo, podíamos dormir com as por- cujo: Cujo o, cuja a
tas abertas. Bons tempos aqueles! Não podemos substituir cujo por outro pronome
� Referência a um afastamento afetivo. relativo.
Ex.: Não conheço mais aquela mulher; O pronome relativo cujo pode ser preposicionado.
� Referência ao espaço textual, indicando o pri- Ex.: Esse é o vilarejo por cujos caminhos percorri.
meiro termo de uma relação expositiva. Para encontrar o possuidor, faça-se a seguinte per-
Ex.: Saí para lanchar com Ana e Beatriz. Esta prefe-
gunta: “de quem/do que?”
riu beber chá; aquela, refrigerante.
Ex.: Vi o filme cujo diretor ganhou o Óscar (Diretor
do que? Do filme).
Dica Vi o rapaz cujas pernas você se referiu (Pernas de
O pronome “mesmo” não pode ser usado em fun- quem? Do rapaz).
ção demonstrativa referencial. Veja:
Errado: O candidato fez a prova, porém o mesmo � Emprego do pronome relativo onde: empregado
esqueceu de preencher o gabarito. para indicar locais físicos.
Correto: O candidato fez a prova, porém esque- Ex.: Conheci a cidade onde meu pai nasceu.
ceu de preencher o gabarito. � Em alguns casos, pode ser preposicionado, assu-
mindo as formas aonde e donde.
Pronomes Relativos Ex.: Irei aonde você for.
� O relativo “onde” pode ser empregado sem
antecedente.
Uma das classes de pronomes mais complexas, os
Ex.: O carro atolou onde não havia ninguém.
pronomes relativos têm função muito importante na
� Emprego de o qual: o pronome relativo “o qual”
língua, refletida em assuntos de grande relevância
e suas variações (os quais, a qual, as quais) é usa-
em concursos, como a análise sintática. Dessa forma,
do em substituição a outros pronomes relativos,
é essencial conhecer adequadamente a função desses

25
sobretudo o “que”, a fim de evitar fenômenos lin-
elementos, a fim de saber utilizá-los corretamente.

7-
guísticos, como o “queísmo”.
Os pronomes relativos referem-se a um substantivo

84
Ex.: O Brasil tem um passado do qual (que) nin-
ou a um pronome substantivo mencionado anterior-

0.
guém se lembra.
mente. A esse nome (substantivo ou pronome mencio-

36
nado anteriormente) chamamos de antecedente.
.
71
São pronomes relativos: O pronome “o qual” pode auxiliar na compreensão
textual, desfazendo estruturas ambíguas.
-1

z Variáveis: o qual, os quais, cujo, cujos, quan-


ia

Pronomes Interrogativos
ar

to, quantos / a qual, as quais, cuja, cujas, quanta,


M

quantas;
São utilizados para introduzir uma pergunta ao texto.
a

z Invariáveis: que, quem, onde, como;


lv

z Emprego do pronome relativo que: pode ser asso- Apresentam-se de formas variáveis (Que? Quais?
Si

ciado a pessoas, coisas ou objetos. Quanto? Quantos?) e invariáveis (Que? Quem?).


da

Ex.: Encontrei o homem que desapareceu. O Ex.: O que é aquilo? Quem é ela? Qual sua idade?
Quantos anos tem seu pai?
ira

cachorro que estava doente morreu. A caneta que


emprestei nunca recebi de volta. O ponto de interrogação só é usado nas interroga-
re

tivas diretas. Nas indiretas, aparece apenas a intenção


Pe

� Em alguns casos, há a omissão do antecedente do


relativo “que”. interrogativa, indicada por verbos como perguntar,
s

Ex.: Não teve que dizer (não teve nada que dizer). indagar etc. Ex.: Indaguei quem era ela.
u
he

� Emprego do relativo quem: seu antecedente deve Atenção: os pronomes interrogativos que e quem
são pronomes substantivos, pois substituem os subs-
at

ser uma pessoa ou objeto personificado.


M

Ex.: Fomos nós quem fizemos o bolo. tantivos, dando fluidez à leitura.
� O pronome relativo quem pode fazer referência Ex.: O tempo, que estava instável, não permitiu a
a algo subentendido: quem cala consente (aquele realização da atividade (O tempo não permitiu a reali-
zação da atividade. O tempo estava instável)3.
LÍNGUA PORTUGUESA

que cala).
� Emprego do relativo quanto: seu antecedente
deve ser um pronome indefinido ou demonstrati- Pronomes Possessivos
vo; pode sofrer flexões.
Ex.: Esqueci-me de tudo quanto foi me ensinado. Os pronomes possessivos referem-se às pessoas do
Perdi tudo quanto poupei a vida inteira. discurso e indicam posse. Observe a tabela a seguir:
� Emprego do relativo cujo: deve ser empregado
para indicar posse e aparecer relacionando dois 1ª pessoa Meu, minha / meus, minhas
termos que devem ser um possuidor e uma coisa SINGULAR 2ª pessoa Teu, tua / teus, tuas
possuída. 3ª pessoa Seu, sua / seus, suas

3 Exemplo disponível em: https://www.todamateria.com.br/pronomes-substantivos/. Acesso em: 30 jul. 2021. 35


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„ Depois de particípio: Tinha lembrado-se do fato
1ª pessoa Nosso, nossa / nossos, nossas
PLURAL 2ª pessoa Vosso, vossa / vossos, vossas (errado) / Tinha se lembrado do fato (correto).
3ª pessoa Seu, sua / seus, suas
VERBOS

Os pronomes pessoais oblíquos (me, te, se, lhe, o, Certamente, a classe de palavras mais complexa e
a, nos, vos) também podem atribuir valor possessivo importante dentre as palavras da língua portuguesa é
a uma coisa. o verbo. A partir dos verbos, são estruturados as ações
Ex.: Apertou-lhe a mão (a sua mão). Ainda que o e os agentes desses atos, além de ser uma importante
pronome esteja ligado ao verbo pelo hífen, a relação classe sempre abordada nos editais de concursos; por
do pronome é com o objeto da posse.
isso, atente-se às nossas dicas.
Outras funções dos pronomes possessivos:
Os verbos são palavras variáveis que se flexionam
em número, pessoa, modo e tempo, além da designação
z delimitam o substantivo a que se referem;
da voz que exprime uma ação, um estado ou um fato.
z concordam com o substantivo que vem depois dele;
As flexões verbais são marcadas por desinências,
z não concordam com o referente;
que podem ser:
z o pronome possessivo que acompanha o substan-
tivo exerce função sintática de adjunto adnominal.
z Número-pessoal: indicando se o verbo está no sin-
gular ou plural, bem como em qual pessoa verbal
COLOCAÇÃO PRONOMINAL
foi flexionado (1ª, 2ª ou 3ª);
z Modo-temporal: indica em qual modo e tempo
Estudo da posição dos pronomes na oração.
verbais a ação foi realizada.
z Próclise: pronome posicionado antes do verbo.
Casos que atraem o pronome para próclise: Iremos apresentar essas desinências a seguir.
Antes, porém, de abordarmos as desinências modo-
„ Palavras negativas: nunca, jamais, não. Ex.: -temporais, precisamos explicar o que são modo e
Não me submeto a essas condições. tempo verbais.
„ Pronomes indefinidos, demonstrativos, rela-
tivos. Ex.: Foi ela que me colocou nesse papel. Modos
„ Conjunções subordinativas. Ex.: Embora se

25
apresente como um rico investidor, ele nada tem. Indica a atitude da ação/do sujeito frente a uma

7-
„ Gerúndio, precedido da preposição em. Ex.: relação enunciada pelo verbo.

84
Em se tratando de futebol, Maradona foi um

0.
ídolo. z Indicativo: o modo indicativo exprime atitude de
„ Infinitivo pessoal preposicionado. Ex.: Na certeza. . 36
71
esperança de sermos ouvidos, muito lhe Ex.: Estudei muito para ser aprovado.
-1

agradecemos. z Subjuntivo: o modo subjuntivo exprime atitude


ia

„ Orações interrogativas, exclamativas, opta- de dúvida, desejo ou possibilidade.


ar

tivas (exprimem desejo). Ex.: Como te iludes! Ex.: Se eu estudasse, seria aprovado.
M

z Imperativo: o modo imperativo designa ordem,


a

z Mesóclise: pronome posicionado no meio do ver- convite, conselho, súplica ou pedido.


lv

Ex.: Estuda! Assim, serás aprovado.


Si

bo. Casos que atraem o pronome para mesóclise:


da

„ os pronomes devem ficar no meio dos verbos Tempos


ira

que estejam conjugados no futuro, caso não


re

haja nenhum motivo para uso da próclise. Ex.: O tempo designa o recorte temporal em que a ação
Pe

Dar-te-ei meus beijos agora... / Orgulhar-me-ei verbal foi realizada. Basicamente, podemos indicar
o tempo dessa ação no passado, presente ou futuro.
s

dos nossos estudantes.


u

Existem, entretanto, ramificações específicas. Observe


he

z Ênclise: pronome posicionado após o verbo. Casos a seguir:


at
M

que atraem o pronome para ênclise:


z Presente:
„ Início de frase ou período. Ex.: Sinto-me mui-
to honrada com esse título. Pode expressar não apenas um fato atual, como
„ Imperativo afirmativo. Ex.: Sente-se, por também uma ação habitual. Ex.: Estudo todos os dias
favor. no mesmo horário.
„ Advérbio virgulado. Ex.: Talvez, diga-me o Uma ação passada. Ex.: Vargas assume o cargo e
quanto sou importante. instala uma ditadura.
Uma ação futura. Ex.: Amanhã, estudo mais!
Casos proibidos: (equivalente a estudarei).

„ Início de frase: Me dá esse caderno! (errado) / z Passado:


Dá-me esse caderno! (certo).
„ Depois de ponto e vírgula: Falou pouco; se lem- „ Pretérito perfeito: ação realizada plenamente
brou de nada (errado) / Falou pouco; lembrou- no passado.
36 -se de nada (correto). Ex.: Estudei até ser aprovado.
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„ Pretérito imperfeito: ação inacabada, que pode indicar uma ação frequentativa, vaga ou durativa.
Ex.: Estudava todos os dias.
„ Pretérito mais-que-perfeito: ação anterior à outra mais antiga.
Ex.: Quando notei (passado), a água já transbordara (ação anterior) da banheira.

z Futuro:

„ Futuro do presente: indica um fato que deve ser realizado em um momento vindouro.
Ex.: Estudarei bastante ano que vem.
„ Futuro do pretérito: expressa um fato posterior em relação a outro fato já passado.
Ex.: Estudaria muito, se tivesse me planejado.

A partir dessas informações, podemos também identificar os verbos conjugados nos tempos simples e nos
tempos compostos. Os tempos verbais simples são formados por uma única palavra, ou verbo, conjugado no
presente, passado ou futuro.
Já os tempos compostos são formados por dois verbos, um auxiliar e um principal; nesse caso, o verbo auxiliar
é o único a sofrer flexões.
Agora, vamos conhecer as desinências modo-temporais dos tempos simples e compostos, respectivamente:

Flexões Modo-Temporais — Tempos Simples

TEMPO MODO INDICATIVO MODO SUBJUNTIVO


Presente * -e (1ª conjugação) e -a (2ª e 3ª conjugações)
Pretérito perfeito -ra (3ª pessoa do plural) *
Pretérito imperfeito -va (1ª conjugação) -ia (2ª e 3ª conjugações) -sse
Pretérito mais-que-perfeito -ra *
Futuro -rá e -re -r
Futuro do pretérito -ria *

25
7-
*Nem todas as formas verbais apresentam desinências modo-temporais.

84
0.
Flexões Modo-Temporais — Tempos Compostos (Indicativo)

.36
z Pretérito perfeito composto: verbo auxiliar: ter (presente do indicativo) + verbo principal particípio.
71
Ex.: Tenho estudado.
-1

� Pretérito mais-que-perfeito composto: verbo auxiliar: ter (pretérito imperfeito do indicativo) + verbo prin-
ia

cipal no particípio.
ar

Ex.: Tinha passado.


M

� Futuro composto: verbo auxiliar: ter (futuro do indicativo) + verbo principal no particípio.
a
lv

Ex.: Terei saído.


Si

� Futuro do pretérito composto: verbo auxiliar: ter (futuro do pretérito simples) + verbo principal no particípio.
da

Ex.: Teria estudado.


ira

Flexões Modo-Temporais — Tempos Compostos (Subjuntivo)


re
Pe

� Pretérito perfeito composto: verbo auxiliar: ter (presente do subjuntivo) + verbo principal particípio.
s

Ex.: (que eu) Tenha estudado.


u
he

� Pretérito mais-que-perfeito composto: verbo auxiliar: ter (pretérito imperfeito do subjuntivo) + verbo prin-
at

cipal no particípio.
M

Ex.: (se eu) Tivesse estudado


� Futuro composto: verbo auxiliar: ter (futuro simples do subjuntivo) + verbo principal no particípio.
Ex.: (quando eu) Tiver estudado.
LÍNGUA PORTUGUESA

Formas Nominais do Verbo e Locuções Verbais

As formas nominais do verbo são as formas no infinitivo, particípio e gerúndio que eles assumem em determi-
nados contextos. São chamadas nominais pois funcionam como substantivos, adjetivo ou advérbios.

z Gerúndio: marcado pela terminação -ndo. Seu valor indica duração de uma ação e, por vezes, pode funcionar
como um advérbio ou um adjetivo.
Ex.: Olhando para seu povo, o presidente se compadeceu.
z Particípio: marcado pelas terminações mais comuns -ado, -ido, podendo terminar também em -do, -to, -go,
-so, -gue. Corresponde nominalmente ao adjetivo; pode flexionar-se, em alguns casos, em número e gênero.
Ex.: A Índia foi colonizada pelos ingleses.
Quando cheguei, ela já tinha partido. 37
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Ele tinha aberto a janela. Perceba a seguir como ocorre uma sutil diferença na
Ela tinha pago a conta. conjugação do verbo estar, que utilizamos como exem-
z Infinitivo: forma verbal que indica a própria ação plo. Isso é importante para não confundir os verbos irre-
do verbo, ou o estado, ou, ainda, o fenômeno desig- gulares com os verbos anômalos. Ex.: verbo estar:
nado. Pode ser pessoal ou impessoal:
PRESENTE PRETÉRITO PERFEITO
„ Pessoal: o infinitivo pessoal é passível de con- — INDICATIVO — INDICATIVO
jugação, pois está ligado às pessoas do discurso. Eu estou Estive
É usado na formação de orações reduzidas. Ex.: Tu estás Estiveste
comer eu. Comermos nós. É para aprenderem
Ele/ você está Esteve
que ele ensina;
„ Impessoal: não é passível de flexão. É o nome Nós estamos Estivemos
do verbo, servindo para indicar apenas a con- Vós estais Estivestes
jugação. Ex.: estudar — 1ª conjugação; comer Eles/ vocês estão Estiveram
— 2ª conjugação; partir — 3ª conjugação.

O infinitivo impessoal forma locuções verbais ou z Anômalos: esses verbos apresentam profundas
alterações no radical e nas desinências verbais,
orações reduzidas.
consideradas anomalias morfológicas; por isso,
Locuções verbais: sequência de dois ou mais ver-
recebem essa classificação. Um exemplo bem
bos que funcionam como um verbo. usual de verbo dessa categoria é o verbo “ser”. Na
Ex.: Ter de + verbo principal no infinitivo: Ter de língua portuguesa, apenas dois verbos são classifi-
trabalhar para pagar as contas. cados dessa forma: os verbos ser e ir.
Haver de + verbo principal no infinitivo: Havemos
de encontrar uma solução. Vejamos a conjugação o verbo “ser”:

Dica PRESENTE PRETÉRITO PERFEITO


— INDICATIVO — INDICATIVO
Não confunda locuções verbais com tempos
Eu sou Fui
compostos. O particípio formador de tempo
Tu és Foste

25
composto na voz ativa não se flexiona. Ex.: O

7-
homem teria realizado sua missão. Ele / você é Foi

84
Nós somos Fomos

0.
Classificação dos Verbos

36
Vós sois Fostes
.
71
Os verbos são classificados quanto a sua forma Eles / vocês são Foram
-1

de conjugação e podem ser divididos em: regulares,


ia

irregulares, anômalos, abundantes, defectivos, prono- Os verbos ser e ir são irregulares, porém, apresen-
ar

minais, reflexivos, impessoais e auxiliares, além das tam uma forma específica de irregularidade que oca-
M

formas nominais. Vamos conhecer as particularida- siona uma anomalia em sua conjugação. Por isso, são
a

des de cada um a seguir: classificados como anômalos.


lv
Si

z Regulares: os verbos regulares são os mais fáceis z Abundantes: são formas verbais abundantes os ver-
da

de compreender, pois apresentam regularidade no bos que apresentam mais de uma forma de particí-
ira

pio aceitas pela norma culta gramatical. Geralmente,


uso das desinências, ou seja, das terminações ver-
re

apresentam uma forma de particípio regular e outra


bais. Da mesma forma, os verbos regulares man-
Pe

irregular. Vejamos alguns verbos abundantes:


têm o paradigma morfológico com o radical, que
s

permanece inalterado. Ex.: verbo cantar:


u

PARTICÍPIO PARTICÍPIO
he

INFINITIVO
REGULAR IRREGULAR
at

PRESENTE PRETÉRITO PERFEITO


Absolver Absolvido Absolto
M

— INDICATIVO — INDICATIVO
Eu canto Cantei Abstrair Abstraído Abstrato

Tu cantas Cantaste Aceitar Aceitado Aceito

Ele/ você canta Cantou Benzer Benzido Bento

Nós cantamos Cantamos Cobrir Cobrido Coberto

Vós cantais Cantastes Completar Completado Completo

Eles/ vocês cantam Cantaram Confundir Confundido Confuso


Demitir Demitido Demisso
z Irregulares: os verbos irregulares apresentam Despertar Despertado Desperto
alteração no radical e nas desinências verbais. Dispersar Dispersado Disperso
Por isso, recebem esse nome, pois sua conjugação Eleger Elegido Eleito
ocorre irregularmente, seguindo um paradigma
38 Encher Enchido Cheio
próprio para cada grupo verbal.
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PARTICÍPIO PARTICÍPIO PARTICÍPIO PARTICÍPIO
INFINITIVO INFINITIVO
REGULAR IRREGULAR REGULAR IRREGULAR
Entregar Entregado Entregue Após ter submer- Deixe os legumes
Morrer Morrido Morto Submergir gido os legumes, submersos por
reparou no amigo alguns minutos
Expelir Expelido Expulso
Nunca tinha sus- Você está
Enxugar Enxugado Enxuto Suspender
pendido ninguém suspenso!
Findar Findado Findo
Fritar Fritado Frito z Defectivos: são verbos que não apresentam algu-
Ganhar Ganhado Ganho mas pessoas conjugadas em suas formas, gerando
um “defeito” na conjugação (por isso, o nome).
Gastar Gastado Gasto Alguns exemplos de defectivos são os verbos colo-
Imprimir Imprimido Impresso rir, precaver, reaver etc.
Inserir Inserido Inserto
Esses verbos não são conjugados na primeira pes-
Isentar Isentado Isento soa do singular do presente do indicativo, bem como:
Juntar Juntado Junto aturdir, exaurir, explodir, esculpir, extorquir, feder,
Limpar Limpado Limpo fulgir, delinquir, demolir, puir, ruir, computar, colo-
rir, carpir, banir, brandir, bramir, soer.
Matar Matado Morto Verbos que expressam onomatopeias ou fenôme-
Omitir Omitido Omisso nos temporais também apresentam essa característi-
Pagar Pagado Pago ca, como latir, bramir, chover.
Prender Prendido Preso
z Pronominais: esses verbos apresentam um prono-
Romper Rompido Roto me oblíquo átono integrando sua forma verbal. É
Salvar Salvado Salvo importante lembrar que esses pronomes não apre-
sentam função sintática. Predominantemente, os
Secar Secado Seco
verbos pronominas apresentam transitividade
Submergir Submergido Submerso indireta, ou seja, são VTI. Ex.: Sentar-se.

25
Suspender Suspendido Suspenso

7-
PRESENTE PRETÉRITO PERFEITO

84
Tingir Tingido Tinto
— INDICATIVO — INDICATIVO

0.
Torcer Torcido Torto
Eu me sento Sentei-me
Tu te sentas . 36 Sentaste-te
71
-1

Ele/ você se senta Sentou-se


ia

PARTICÍPIO PARTICÍPIO Nós nos sentamos Sentamo-nos


INFINITIVO
ar

REGULAR IRREGULAR Vós vos sentais Sentastes-vos


M

Eu já tinha aceitado
a

Aceitar O convite foi aceito Eles/ vocês se sentam Sentaram-se


lv

o convite
Si

Aviso quando z Reflexivos: verbos que apresentam pronome oblí-


da

Entregar tiver entregado a Está entregue! quo átono reflexivo, funcionando sintaticamen-
ira

encomenda te como objeto direto ou indireto. Nesses verbos,


re

Quando chegou, o sujeito sofre e pratica a ação verbal ao mesmo


Havia morrido há
Pe

Morrer encontrou o animal tempo. Ex.: Ela se veste mal. Nós nos cumprimen-
dias
morto
s

tamos friamente;
u

z Impessoais: verbos que designam fenômenos da


he

A bala foi expelida Esta é a bala


Expelir natureza, como chover, trovejar, nevar etc.
at

por aquela arma expulsa


M

Tinha enxugado a
„ o verbo haver, com sentido de existir ou mar-
Enxugar louça quando o pro- A roupa está enxuta
cando tempo decorrido, também será impes-
grama começou
soal. Ex.: Havia muitos candidatos e poucas
LÍNGUA PORTUGUESA

Depois de ter fin- vagas. Há dois anos, fui aprovado em concurso


Findar dado o trabalho, Trabalho findo! público;
descansou „ os verbos ser e estar também são verbos
Se tivesse imprimi- impessoais quando designam fenômeno climá-
Onde está o docu-
Imprimir do tínhamos como tico ou tempo. Ex.: Está muito quente! / Era tar-
mento impresso?
provar de quando chegamos;
Eu tinha limpado a „ o verbo ser para indicar hora, distância ou data
Limpar Que casa tão limpa! concorda com esses elementos;
casa
„ o verbo fazer também poderá ser impessoal,
Dados importantes quando indicar tempo decorrido ou tempo cli-
Informações esta-
Omitir tinham sido omiti- mático. Ex.: Faz anos que estudo pintura. Aqui
vam omissas
dos por ela 39
faz muito calor;
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„ os verbos impessoais não apresentam sujei- � Reflexiva: o sujeito é agente e paciente ao mesmo
to; sintaticamente, classifica-se como sujeito tempo, pois pratica e recebe a ação verbal.
inexistente; Ex.: Os bandidos se entregaram à polícia. / O
„ o verbo ser será impessoal quando o espa- menino se agrediu;
ço sintático ocupado pelo sujeito não estiver � Recíproca: o sujeito é agente e paciente ao mes-
preenchido: “Já é natal”. Segue o mesmo para- mo tempo, porém há uma ação compartilhada
digma do verbo fazer, podendo ser impessoal, entre dois indivíduos. A ação pode ser comparti-
também, o verbo ir: “Vai uns bons anos que lhada entre dois ou mais indivíduos que praticam
não vejo Mariana”. e sofrem a ação.
Ex.: Os bandidos se olharam antes do julga-
mento. / Apesar do ódio mútuo, os candidatos se
z Auxiliares: os verbos auxiliares são empregados
cumprimentaram.
nas formas compostas dos verbos e também nas
locuções verbais. Os principais verbos auxiliares
A voz passiva é realizada a partir da troca de fun-
dos tempos compostos são ter e haver.
ções entre sujeito e objeto da voz ativa. Só podemos
transformar uma frase da voz ativa para a voz passiva
Nas locuções, os verbos auxiliares determinam a se o verbo for transitivo direto ou transitivo direto e
concordância verbal; porém, o verbo principal deter- indireto. Logo, só há voz passiva com a presença do
mina a regência estabelecida na oração. objeto direto.
Apresentam forte carga semântica que indica Importante! Não confunda os verbos pronomi-
modo e aspecto da oração. São importantes na forma- nais com as vozes verbais. Os verbos pronominais
ção da voz passiva analítica. que indicam sentimentos, como arrepender-se, quei-
xar-se, dignar-se, entre outros, acompanham um
z Formas Nominais: na língua portuguesa, usamos pronome que faz parte integrante do seu significado,
três formas nominais dos verbos: diferentemente das vozes verbais, que acompanham
o pronome “se” com função sintática própria.
„ Gerúndio: terminação -ndo. Apresenta valor
durativo da ação e equivale a um advérbio ou Outras Funções do “Se”
adjetivo. Ex.: Minha mãe está rezando;
Como vimos, o “se” pode funcionar como item
„ Particípio: terminações -ado, -ido, -do, -to, -go,
essencial na voz passiva. Além dessa função, esse ele-
-so. Apresenta valor adjetivo e pode ser classi-
mento também acumula outras atribuições:
ficado em particípio regular e irregular, sendo

25
as formas regulares finalizadas em -ado e -ido.

7-
z Partícula apassivadora: a voz passiva sintética

84
é feita com verbos transitivos direto (TD) ou tran-
A norma culta gramatical recomenda o uso do par-

0.
sitivos direto indireto (TDI). Nessa voz, incluímos
ticípio regular com os verbos “ter” e “haver”. Já com
36
o “se” junto ao verbo, por isso, o elemento “se” é
os verbos “ser” e “estar”, recomenda-se o uso do par- .
designado partícula apassivadora, nesse contexto.
71
ticípio irregular. Ex.: Busca-se a felicidade (voz passiva sintética) —
-1

Ex.: Os policiais haviam expulsado os bandidos / “Se” (partícula apassivadora).


ia

Os traficantes foram expulsos pelos policiais.


ar

O “se” exercerá essa função apenas:


M

„ Infinitivo: marca as conjugações verbais.


a

„ com verbos cuja transitividade seja TD ou TDI;


lv

„ com verbos que concordam com o sujeito;


Si

AR: verbos que compõem a 1ª conjugação (amar,


passear); „ com a voz passiva sintética.
da

ER: verbos que compõem a 2ª conjugação (comer,


ira

pôr); Atenção: na voz passiva nunca haverá objeto dire-


re

IR: verbos que compõem a 3ª conjugação (partir, to (OD), pois ele se transforma em sujeito paciente.
Pe

sair).
z Índice de indeterminação do sujeito: o “se” fun-
u s

cionará nessa condição quando não for possível


Dica
he

identificar o sujeito explícito ou subentendido.


at

O verbo “pôr” corresponde à segunda conjuga- Além disso, não podemos confundir essa função
M

ção, pois origina-se do verbo “poer”. do “se” com a de apassivador, já que, para ser índi-
ce de indeterminação do sujeito, a oração precisa
O mesmo acontece com verbos que deste derivam.
estar na voz ativa.
Vozes Verbais
Outra importante característica do “se” como índi-
ce de indeterminação do sujeito é que isso ocorre em
As vozes verbais definem o papel do sujeito na
oração, demonstrando se o sujeito é o agente da ação verbos transitivos indiretos, verbos intransitivos ou
verbal ou se ele recebe a ação verbal. Dividem-se em: verbos de ligação. Além disso, o verbo sempre deverá
estar na 3ª pessoa do singular.
� Ativa: o sujeito é o agente, praticando a ação verbal. Ex.: Acredita-se em Deus.
Ex.: O policial deteve os bandidos;
� Passiva: o sujeito é paciente, ou seja, sofre a ação z Pronome reflexivo: na função de pronome refle-
verbal. xivo, a partícula “se” indicará reflexão ou reci-
Ex.: Os bandidos foram detidos pelo policial — procidade, auxiliando a construção dessas vozes
passiva analítica; verbais, respectivamente. Nessa função, suas prin-
40 � Detiveram-se os criminosos — passiva sintética. cipais características são:
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qualquer título, a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.
„ sujeito recebe e pratica a ação; Os verbos terminados em -ear, por sua vez, geral-
„ funcionará, sintaticamente, como objeto direto mente são irregulares e apresentam alguma modifi-
ou indireto; cação no radical ou nas desinências. Acompanhe a
„ o sujeito da frase poderá estar explícito ou conjugação do verbo “passear”:
implícito.
PRESENTE — INDICATIVO
Ex.: Ele se via no espelho (explícito). Deu-se um Eu Passeio
presente de aniversário (implícito).
Tu Passeias
z Parte integrante do verbo: nesses casos, o “se” Ele/Você Passeia
será parte integrante dos verbos pronominais, Nós Passeamos
acompanhando-o em todas as suas flexões. Quan-
Vós Passeais
do o “se” exerce essa função, jamais terá uma fun-
ção sintática. Além disso, o sujeito da frase poderá Eles/Vocês Passeiam
estar explícito ou implícito.
Ex.: (Ele/a) Lembrou-se da mãe, quando olhou a filha; Conjugação de Alguns Verbos
z Partícula de realce: será partícula de realce o “se”
que puder ser retirado do contexto sem prejuízo Vamos agora conhecer algumas conjugações de
no sentido e na compreensão global do texto. A verbos irregulares importantes, que sempre são obje-
partícula de realce não exerce função sintática, to de questões em concursos.
pois é desnecessária. Observe o verbo “aderir” no presente do indicativo:
Ex.: Vão-se os anéis, ficam-se os dedos;
z Conjunção: o “se” será conjunção condicional PRESENTE — INDICATIVO
quando sugerir a ideia de condição. A conjunção Eu Adiro
“se” exerce função de conjunção integrante, ape-
Tu Aderes
nas ligando as orações, e poderá ser substituído
pela conjunção “caso”. Ele/Você Adere
Ex.: Se ele estudar, será aprovado. (Caso ele estu- Nós Aderimos
dar, será aprovado). Vós Aderis

25
Conjugação de Verbos Derivados Eles/Vocês Aderem

7-
84
Verbo derivado é aquele que deriva de um ver- A seguir, acompanhe a conjugação do verbo “por”.

0.
bo primitivo; para trabalhar a conjugação desses São conjugados da mesma forma os verbos dispor,

36
verbos, é importante ter clara a conjugação de seus interpor, sobrepor, compor, opor, repor, transpor,
.
71
“originários”. entrepor, supor.
-1

Atente-se à lista de verbos irregulares e de algu-


ia

mas de suas derivações a seguir, pois são assuntos PRESENTE — INDICATIVO


ar

relevantes em provas diversas: Eu Ponho


M

Tu Pões
a

Pôr: repor, propor, supor, depor, compor, expor;


lv

z
Ele/Você Põe
Si

z Ter: manter, conter, reter, deter, obter, abster-se;


da

z Ver: antever, rever, prever; Nós Pomos


z Vir: intervir, provir, convir, advir, sobrevir.
ira

Vós Pondes
re

Vamos conhecer agora alguns verbos cuja conjuga- Eles/Vocês Põem


Pe

ção apresenta paradigma derivado, auxiliando a com-


s

preensão dessas conjugações verbais. PREPOSIÇÕES


u
he

O verbo criar é conjugado da mesma forma que os


São palavras invariáveis que ligam orações ou
at

verbos “variar”, “copiar”, “expiar” e todos os demais


M

que terminam em -iar. Os verbos com essa termina- outras palavras. As preposições apresentam funções
importantes tanto no aspecto semântico quanto no
ção são, predominantemente, regulares.
aspecto sintático, pois complementam o sentido de
verbos e/ou palavras cujo sentido pode ser alterado
LÍNGUA PORTUGUESA

PRESENTE — INDICATIVO sem a presença da preposição, modificando a transiti-


Eu Crio vidade verbal e colaborando para o preenchimento de
sentido de palavras deverbais4.
Tu Crias As preposições essenciais são: a, ante, até, após,
Ele/Você Cria com, contra, de, desde, em, entre, para, per, peran-
te, por, sem, sob, trás.
Nós Criamos Existem, ainda, as preposições acidentais, assim
Vós Criais chamadas pois pertencem a outras classes gra-
maticais, mas funcionam, ocasionalmente, como
Eles/Vocês Criam
preposições. Eis algumas: afora, conforme (quando
4 Palavras deverbais são substantivos que expressam, de forma nominal e abstrata, o sentido de um verbo com o qual mantêm relação. Exemplo:
a filmagem, o pagamento, a falência etc. Geralmente, os nomes deverbais são acompanhados por preposições e, sintaticamente, o termo que
completa o sentido desses nomes é conhecido como complemento nominal. 41
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qualquer título, a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.
equivaler a “de acordo com”), consoante, durante, “Desde”
exceto, salvo, segundo, senão, mediante, que, visto
(quando equivaler a “por causa de”). z Distância: Dormiu desde o acampamento até aqui;
Acompanhe a seguir algumas preposições e exem- z Tempo: Desde ontem ele não aparece.
plos de uso em diferentes situações:
“Em”
“A”

z Causa ou motivo: Acordar aos gritos das crianças; z Preço: Avaliou a propriedade em milhares de
z Conformidade: Escrever ao modo clássico; dólares;
z Destino (em correlação com a preposição de): De z Meio: Pagou a dívida em cheque;
Santos à Bahia; z Limitação: Aquele aluno em Química nunca foi
z Meio: Voltarei a andar a cavalo; bom;
z Preço: Vendemos o armário a R$ 300,00; z Forma ou semelhança: As crianças juntaram as
z Direção: Levantar as mãos aos céus; mãos em concha;
z Distância: Cair a poucos metros da namorada; z Transformação ou alteração: Transformou dóla-
z Exposição: Ficar ao sol por um longo tempo; res em reais;
z Lugar: Ir a Santa Catarina; z Estado ou qualidade: Foto em preto e branco;
z Modo: Falar aos gritos; z Fim: Pedir em casamento;
z Sucessão: Dia a dia; z Lugar: Ficou muito tempo em Sorocaba;
z Tempo: Nasci a três de maio; z Modo: Escrever em francês;
z Proximidade: Estar à janela. z Sucessão: De grão em grão;
z Tempo: O fogo destruiu o edifício em minutos;
“Após” z Especialidade: João formou-se em Engenharia.
z Lugar: Permaneça na fila após o décimo lugar;
“Entre”
z Tempo: Logo após o almoço descansamos.

“Com” z Lugar: Ele ficou entre os aprovados;


z Meio social: Entre as elites, este é o comportamento;
z Causa: Ficar pobre com a inflação; z Reciprocidade: Entre mim e ele sempre houve
z Companhia: Ir ao cinema com os amigos; discórdia.

25
z Concessão: Com mais de 80 anos, ainda tem pla-

7-
nos para o futuro; “Para”

84
z Instrumento: Abrir a porta com a chave;

0.
z Matéria: Vinho se faz com uva;
36
z Consequência: Você deve ser muito esperto para
z Modo: Andar com elegância; não cair em armadilhas; .
71
z Referência: Com sua irmã aconteceu diferente; z Fim ou finalidade: Chegou cedo para a conferência;
-1

comigo sempre é assim. z Lugar: Em 2011, ele foi para Portugal;


ia

z Proporção: As baleias estão para os peixes assim


ar

“Contra”
como nós estamos para as galinhas;
M

z Oposição: Jogar contra a seleção brasileira; z Referência: Para mim, ela está mentindo;
a
lv

z Direção: Olhar contra o sol; z Tempo: Para o ano irei à praia;


Si

z Proximidade ou contiguidade: Apertou o filho z Destino ou direção: Olhe para frente!


da

contra o peito.
ira

“Perante”
“De”
re

z Lugar: Ele negou o crime perante o júri.


Pe

z Causa: Chorar de saudade;


s

z Assunto: Falar de religião;


u

“Por”
Matéria: Material feito de plástico;
he

z
z Conteúdo: Maço de cigarro;
at

Origem: Você descende de família humilde; z Modo ou conformidade: Vamos escolher por sorteio;
M

z
z Posse: Este é o carro de João; z Causa: Encontrar alguém por coincidência;
z Autoria: Esta música é de Chopin; z Conformidade: Copiar por original;
z Tempo: Ela dorme de dia; z Favor: Lutar por seus ideais;
z Lugar: Veio de São Paulo; z Medida: Vendia banana por quilo;
z Definição: Pessoa de coragem; z Meio: Ir por terra;
z Dimensão: Sala de vinte metros quadrados; z Modo: Saber por alto o que ocorreu;
z Fim ou finalidade: Carro de passeio; z Preço: Comprar um livro por vinte reais;
z Instrumento: Comer de garfo e faca; z Quantidade: Chocar por três vezes;
z Meio: Viver de ilusões; z Substituição: Comprar gato por lebre;
z Medida ou extensão: Régua de 30 cm; z Tempo: Viver por muitos anos.
z Modo: Olhar alguém de frente;
z Preço: Caderno de 10 reais; “Sem”
z Qualidade: Vender artigo de primeira;
z Semelhança ou comparação: Atitudes de pessoa z Ausência ou desacompanhamento: Estava sem
42 corajosa. dinheiro.
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“Sob” Combinações e Contrações

z Tempo: Houve muito progresso no Brasil sob D. As preposições podem se ligar a outras palavras de
Pedro II; outras classes gramaticais por meio de dois processos:
z Lugar: Ficar sob o viaduto; combinação e contração.
z Modo: Saiu da reunião sob pretexto não convincente.
z Combinação: quando se ligam sem sofrer nenhu-
“Sobre” ma redução.
a + o = ao
z Assunto: Não gosto de falar sobre política; a + os = aos
z Direção: Ir sobre o adversário; z Contração: quando, ao se ligarem, sofrem redução.
z Lugar: Cair sobre o inimigo.
Veja a lista a seguir6, que apresenta as preposições
Locuções Prepositivas que se contraem e suas devidas formas:

São grupos de palavras que equivalem a uma z Preposição “a”:


preposição.
Ex.: Falei sobre o tema da prova. (preposição) / „ Com o artigo definido ou pronome demonstra-
Falei acerca do tema da prova. (locução prepositiva) tivo feminino:
A locução prepositiva na segunda frase substitui a + a= à
perfeitamente a preposição “sobre”. As locuções pre- a + as= às
positivas sempre terminam em uma preposição (há „ Com o pronome demonstrativo:
apenas uma exceção: a locução prepositiva com senti- a + aquele = àquele
do concessivo “não obstante”). a + aqueles = àqueles
Veja alguns exemplos: a + aquela = àquela
a + aquelas = àquelas
z Apesar de. Ex.: Apesar de terem sumido, volta- a + aquilo = àquilo
ram logo;
z A respeito de. Ex.: Nossa reunião foi a respeito z Preposição “de”:
de finanças;
z Graças a. Ex.: Graças ao bom Deus, não aconteceu

25
„ Com artigo definido masculino e feminino:
nada grave; de + o/os = do/dos

7-
z De acordo com. Ex.: De acordo com W. Hamboldt,

84
de + a/as = da/das
a língua é indispensável para que possamos pen-

0.
� Com artigo indefinido:

36
sar, mesmo que estivéssemos sempre sozinhos; de + um= dum
z Por causa de. Ex.: Por causa de poucos pontos, de + uns = duns .
71
não passei no exame; de + uma = duma
-1

z Para com. Ex.: Minha mãe me ensinou ter respeito de + umas = dumas
ia

para com os mais velhos; � Com pronome demonstrativo:


ar

z Por baixo de. Ex.: Por baixo do vestido, ela usa de + este(s)= deste, destes
M

um short. de + esta(s)= desta, destas


a
lv

de + isto= disto
Si

Outros exemplos de locuções prepositivas: abai- de + esse(s) = desse, desses


xo de; acerca de; acima de; devido a; a despeito de;
da

de + essa(s)= dessa, dessas


adiante de; defronte de; embaixo de; em frente de; de + isso = disso
ira

junto de; perto de; por entre; por trás de; quanto a; a de + aquele(s) = daquele, daqueles
re

fim de; por meio de; em virtude de.


de + aquela(s) = daquela, daquelas
Pe

de + aquilo= daquilo
s

� Com o pronome pessoal:


u

Importante!
he

de + ele(s) = dele, deles


at

Algumas locuções prepositivas apresentam seme- de + ela(s) = dela, delas


M

lhanças morfológicas, mas significados completa- � Com o pronome indefinido:


mente diferentes. Observe estes exemplos5: de + outro(s)= doutro, doutros
A opinião dos diretores vai ao encontro do plane- de + outra(s) = doutra, doutras
LÍNGUA PORTUGUESA

jamento inicial = Concordância. � Com advérbio:


As decisões do público foram de encontro à pro- de + aqui= daqui
posta do programa = Discordância. de + aí= daí
Em vez de comer lanches gordurosos, coma fru- de + ali= dali
tas = Substituição.
Ao invés de chegar molhado, chegou cedo = z Preposição “em”:
Oposição.
„ Com artigo definido:
em + a(s)= na, nas
em + o(s)= no, nos
5 Disponível em: instagram.com/academiadotexto. Acesso em: 20 nov. 2020.
6 Disponível em: https://www.preparaenem.com/portugues/combinacao-contracao-das-preposicoes.htm. Acesso em: 20 nov. 2020. 43
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� Com pronome demonstrativo:
VALOR NOCIONAL DAS
em + esse(s)= nesse, nesses SENTIDO
PREPOSIÇÕES
em + essa(s)= nessa, nessas
Posse Carro de Marcelo
em + isso = nisso
em + este(s) = neste, nestes O cachorro está sob a
Lugar
em + esta(s) = nesta, nestas mesa
em + isto = nisto Votar em branco / Chegar
Modo
em + aquele(s) = naquele, naqueles aos gritos
em + aquela(s) = naquelas Causa Preso por agressão
em + aquilo = naquilo
Assunto Falar sobre política
� Com pronome pessoal:
em + ele(s) = nele, neles Descende de família
Origem
simples
em + ela(s) = nela, nelas
Olhe para frente! / Iremos
Destino
z Preposição “per”: a Paris

„ Com as formas antigas do artigo definido (lo, CONJUNÇÕES


la):
per + lo(s) = pelo, pelos Assim como as preposições, as conjunções também
per + la(s) = pela, pelas são invariáveis e também auxiliam na organização
das orações, ligando termos e, em alguns casos, ora-
z Preposição “para” (pra): ções. Por manterem relação direta com a organização
das orações nas sentenças, as conjunções podem ser
„ Com artigo definido: coordenativas ou subordinativas.
para (pra) + o(s) = pro, pros Conjunções Coordenativas
para (pra) + a(s)= pra, pras
As conjunções coordenativas são aquelas que
Algumas Relações Semânticas Estabelecidas por ligam orações coordenadas, ou seja, orações que não
Preposições fazem parte de uma outra; em alguns casos, ainda,

25
essas conjunções ligam núcleos de um mesmo termo

7-
Antes de entrarmos neste assunto, vale relembrar da oração. As conjunções coordenadas podem ser:

84
o que significa Semântica. Semântica é a área do

0.
z Aditivas: somam informações. E, nem, bem como,

36
conhecimento que relaciona o significado da palavra
não só, mas também, não apenas, como ainda,
ao seu contexto. .
71
senão (após não só).
É importante ressaltar que as preposições podem
-1

Ex.: Não fiz os exercícios nem revisei.


apresentar valor relacional ou podem atribuir um O gato era o preferido, não só da filha, senão de
ia

valor nocional.
ar

toda família.
As preposições que apresentam um valor rela-
M

z Adversativas: colocam informações em oposição,


cional cumprem uma relação sintática com verbos
a

contradição. Mas, porém, contudo, todavia, entre-


lv

ou substantivos, que, em alguns casos, são chamados tanto, não obstante, senão (equivalente a mas).
Si

deverbais, conforme já mencionamos. Essa mesma Ex.: Não tenho um filho, mas dois.
da

relação sintática pode ocorrer com adjetivos e advér- A culpa não foi a população, senão dos vereadores
ira

bios, os quais também apresentarão função deverbal. (equivale a “mas sim”).


re

Ex.: Concordo com o advogado (preposição exigida


Pe

pela regência do verbo concordar). Importante! A conjunção “e” pode apresentar


Tenho medo da queda (preposição exigida pelo valor adversativo, principalmente quando é antecedi-
u s

da por vírgula: Estava querendo dormir, e o barulho


complemento nominal).
he

não deixava.
Estou desconfiado do funcionário (preposição exi-
at
M

gida pelo adjetivo). z Alternativas: ligam orações com ideias que não
Fui favorável à eleição (preposição exigida pelo acontecem simultaneamente, que se excluem. Ou,
advérbio). ou...ou, quer...quer, seja...seja, ora...ora, já...já.
Em todos esses casos, a preposição mantém uma Ex.: Estude ou vá para a festa.
relação sintática com a classe de palavras a qual se Seja por bem, seja por mal, vou convencê-la.
liga, sendo, portanto, obrigatória a sua presença na
sentença. Importante! A palavra “senão” pode funcionar
De modo oposto, as preposições cujo valor nocio- como conjunção alternativa: Saia agora, senão cha-
marei os guardas! (pode-se trocá-la por “ou”).
nal é preponderante apresentam uma modificação
no sentido da palavra à qual se liga. Elas não são z Explicativas: ligam orações, de forma que em uma
componentes obrigatórios na construção da senten- delas explica-se o que a outra afirma. Que, porque,
ça, divergindo das preposições de valor relacional. pois, (se vier no início da oração), porquanto.
As preposições de valor nocional estabelecem uma Ex.: Estude, porque a caneta é mais leve que a
noção de posse, causa, instrumento, matéria, modo enxada!
44 etc. Vejamos algumas na tabela a seguir: Viva bem, pois isso é o mais importante.
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Importante! “Pois” com sentido explicativo ini- Ia aprendendo, à medida que convivia com ela.
cia uma oração e justifica outra. Ex.: Volte, pois sinto � Final: expressam ideia de finalidade. Final, para
saudades. que, a fim de que etc.
“Pois” conclusivo fica após o verbo, deslocado Ex.: A professora dá exemplos para que você aprenda!
entre vírgulas: Nessa instabilidade, o dólar voltará, Comprou um computador a fim de que pudesse
pois, a subir. trabalhar tranquilamente.
� Temporal: iniciam a oração expressando ideia de
z Conclusivas: ligam duas ideias, de forma que a tempo. Quando, enquanto, assim que, até que, mal,
segunda conclui o que foi dito na primeira. Logo, logo que, desde que etc.
portanto, então, por isso, assim, por conseguinte, Ex.: Quando viajei para Fortaleza, estive na Praia
destarte, pois (deslocado na frase). do Futuro.
Ex.: Estava despreparado, por isso, não fui aprovado. Mal cheguei à cidade, fui assaltado.
Está na hora da decolagem; deve, então, apressar-se.

Dica Importante!
As conjunções “e”, “nem” não devem ser empre- Os valores semânticos das conjunções não se
gadas juntas (“e nem”). Tendo em vista que prendem às formas morfológicas desses elemen-
ambas indicam a mesma relação aditiva, o uso tos. O valor das conjunções é construído contex-
concomitante acarreta em redundância. tualmente, por isso, é fundamental estar atento
aos sentidos estabelecidos no texto.
Conjunções Subordinativas Ex.: Se Mariana gosta de você, por que você não a
procura? (Se = causal = já que)
Tais quais as conjunções coordenativas, as subor- Por que ficar preso na cidade, quando existe tanto
dinativas estabelecem uma ligação entre as ideias ar puro no campo? (Quando = causal = já que).
apresentadas em um texto. Porém, diferentemente
daquelas, estas ligam ideias apresentadas em orações
subordinadas, ou seja, orações que precisam de outra Conjunções Integrantes
para terem o sentido apreendido.
As conjunções integrantes fazem parte das orações
� Causal: iniciam a oração dando ideia de causa. subordinadas; na realidade, elas apenas integram uma

25
Haja vista, que, porque, pois, porquanto, visto que, oração principal à outra, subordinada. Existem apenas

7-
uma vez que, como (equivale a porque) etc. dois tipos de conjunções integrantes: “que” e “se”.

84
Ex.: Como não choveu, a represa secou.

0.
� Consecutiva: iniciam a oração expressando ideia � Quando é possível substituir o “que” pelo pro-

36
de consequência. Que (depois de tal, tanto, tão), de nome “isso”, estamos diante de uma conjunção
.
71
modo que, de forma que, de sorte que etc. integrante.
-1

Ex.: Estudei tanto que fiquei com dor de cabeça. Ex.: Quero que a prova esteja fácil. (Quero. O quê?
� Comparativa: iniciam orações comparando ações Isso).
ia
ar

e, em geral, o verbo fica subtendido. Como, que � Sempre haverá conjunção integrante em orações
M

nem, que (depois de mais, menos, melhor, pior, substantivas e, consequentemente, em períodos
maior), tanto... quanto etc.
a

compostos.
lv

Ex.: Corria como um touro. Ex.: Perguntei se ele estava em casa. (Perguntei. O
Si

Ela dança tanto quanto Carlos. quê? Isso).


da

� Conformativa: expressam a conformidade de � Nunca devemos inserir uma vírgula entre um ver-
ira

uma ideia com a da oração principal. Conforme, bo e uma conjunção integrante.


como, segundo, de acordo com, consoante etc.
re

Ex.: Sabe-se, que o Brasil é um país desigual


Ex.: Tudo ocorreu conforme o planejado.
Pe

(errado).
Amanhã chove, segundo informa a previsão do Sabe-se que o Brasil é um país desigual (certo).
s

tempo.
u
he

� Concessiva: iniciam uma oração com uma ideia INTERJEIÇÕES


at

contrária à da oração principal. Embora, conquan-


M

to, ainda que, mesmo que, em que pese, posto que As interjeições também fazem parte do grupo de
etc. palavras invariáveis, tal como as preposições e as
Ex.: Teve que aceitar a crítica, conquanto não conjunções. Sua função é expressar estado de espíri-
LÍNGUA PORTUGUESA

tivesse gostado. to e emoções; por isso, apresentam forte conotação


Trabalhava, por mais que a perna doesse. semântica. Uma interjeição sozinha pode equivaler a
� Condicional: iniciam uma oração com ideia de uma frase. Ex.: Tchau!
hipótese, condição. Se, caso, desde que, contanto
As interjeições indicam relações de sentido diversas.
que, a menos que, somente se etc.
A seguir, apresentamos um quadro com os sentimentos
Ex.: Se eu quisesse falar com você, teria respondi-
e sensações mais expressos pelo uso de interjeições:
do sua mensagem.
Posso lhe ajudar, caso necessite.
VALOR SEMÂNTICO INTERJEIÇÃO
� Proporcional: ideia de proporcionalidade. À pro-
porção que, à medida que, quanto mais...mais, Advertência Cuidado! Devagar! Calma!
quanto menos...menos etc. Alívio Arre! Ufa! Ah!
Ex.: Quanto mais estudo, mais chances tenho de
ser aprovado. Alegria/Satisfação Eba! Oba! Viva! 45
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Classifica-se em:
VALOR SEMÂNTICO INTERJEIÇÃO
Desejo Oh! Tomara! Oxalá! � Simples: possui apenas uma oração.
Repulsa Irra! Fora! Abaixo! Ex.: O sol surgiu radiante.
Ninguém viu o acidente.
Dor/Tristeza Ai! Ui! Que pena!
� Composto: possui duas ou mais orações.
Espanto Oh! Ah! Opa! Putz! Ex.: “Amou daquela vez como se fosse a última.”
Saudação Salve! Viva! Adeus! Tchau! (Chico Buarque)
Chegou em casa e tomou banho.
Medo Credo! Cruzes! Uh! Oh!
PERÍODO SIMPLES – TERMOS DA ORAÇÃO
É salutar lembrar que o sentido exato de cada
interjeição só poderá ser apreendido diante do con- Os termos que formam o período simples são dis-
texto. Por isso, em questões que abordem essa classe tribuídos em: essenciais (Sujeito e Predicado), inte-
de palavras, o candidato deve reler o trecho em que a
grantes (complemento verbal, complemento nominal
interjeição aparece, a fim de se certificar do sentido
expresso no texto. e agente da passiva) e acessórios (adjunto adnominal,
Isso acontece pois qualquer expressão exclamati- adjunto adverbial e aposto).
va que expresse sentimento ou emoção pode funcionar
como uma interjeição. Lembre-se dos palavrões, por TERMOS ESSENCIAIS DA ORAÇÃO
exemplo, que são interjeições por excelência, mas que,
dependendo do contexto, podem ter seu sentido alterado. São aqueles indispensáveis para a estrutura básica
Antes de concluirmos, é importante ressaltar o da oração. Costuma-se associar esses termos a situa-
papel das locuções interjetivas, conjunto de palavras ções analógicas, como um almoço tradicional brasi-
que funciona como uma interjeição, como: Meu Deus! leiro constituído basicamente de arroz e feijão, por
Ora bolas! Valha-me Deus! exemplo. São eles: sujeito e predicado. Veremos a
seguir cada um deles.

Sujeito
SINTAXE DA ORAÇÃO E DO PERÍODO
É o elemento que faz ou sofre a ação determinada
CONCEITOS BÁSICOS DA SINTAXE pelo verbo.

25
O sujeito pode ser:

7-
84
Ao selecionar palavras, nós as escolhemos entre
os grandes grupos de palavras existentes na língua, � o termo sobre o qual o restante da oração diz algo;

0.
36
como verbos, substantivos ou adjetivos. Esses são gru- � o elemento que pratica ou recebe a ação expressa
pos morfológicos. Ao combinar as palavras em frases, pelo verbo; .
71
nós construímos um painel morfológico. � o termo que pode ser substituído por um pronome
-1

As palavras normalmente recebem uma dupla do caso reto;


ia

classificação: a morfológica, que está relacionada à � o termo com o qual o verbo concorda.
ar

classe gramatical a que pertence, e a sintática, rela- Ex.: A população implorou pela compra da vacina
M

cionada à função específica que assumem em deter- da COVID-19.


a
lv

minada frase.
Si

No exemplo anterior a população é:


da

Frase
z o elemento sobre o qual se declarou algo (implo-
ira

Frase é todo enunciado com sentido completo. rou pela compra da vacina);
re

Pode ser formada por apenas uma palavra ou por um z o elemento que pratica a ação de implorar;
Pe

conjunto de palavras. z o termo com o qual o verbo concorda (o verbo


s

Ex.: Fogo! implorar está flexionado na 3ª pessoa do singular);


u
he

Silêncio! z o termo que pode ser substituído por um pronome


“A igreja, com este calor, é fornalha...” (Graciliano do caso reto.
at
M

Ramos). (Ela implorou pela compra da vacina da COVID-19.)

Oração Núcleo do Sujeito

Enunciado que se estrutura em torno de um verbo O núcleo é a palavra base do sujeito. É a principal
(explícito, implícito ou subentendido) ou de uma locu- porque é a respeito dela que o predicado diz algo. O
ção verbal. Quanto ao sentido, a oração pode apresen- núcleo indica a palavra que realmente está exercen-
tá-lo completo ou incompleto. do determinada função sintática, que atua ou sofre
Ex.: Você é um dos que se preocupam com a a ação. O núcleo do sujeito apresentará um substan-
poluição. tivo, ou uma palavra com valor de substantivo, ou
“A roda de samba acabou” (Chico Buarque). pronome.

Período z O sujeito simples contém apenas um núcleo.


Ex.: O povo pediu providências ao governador.
Período é o enunciado constituído de uma ou mais Sujeito: O povo
46 orações. Núcleo do sujeito: povo
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z Já no sujeito composto, o núcleo será constituído na 3ª pessoa do singular acompanhados do pro-
de dois ou mais termos. nome se, pronome que atua como índice de
As luzes e as cores são bem visíveis. indeterminação do sujeito.
Sujeito: As luzes e as cores Ex.: Não se vê com a neblina.
Núcleo do sujeito: luzes/cores Entende-se que ninguém consegue ver nessa
condição.
Dica
Sujeito Inexistente ou Oração sem Sujeito
Para determinar o sujeito da oração, colocam-se
as expressões interrogativas quem? ou o quê?
Esse tipo de situação ocorre quando uma oração
antes do verbo.
não tem sujeito mas tem sentido completo. Os verbos
Ex.: A população pediu uma providência ao
são impessoais e normalmente representam fenôme-
governador.
nos da natureza. Pode ocorrer também o verbo fazer
Quem pediu uma providência ao governador?
ou haver no sentido de existir.
Resposta: A população (sujeito).
Geia no Paraná.
Ex.: O pêndulo do relógio iria de um lado para o
Fazia um mês que tinha sumido.
outro. Basta de confusão.
O que iria de um lado para o outro? Há dois anos esse restaurante abriu.
Resposta: O pêndulo do relógio (sujeito).
Classificação do Sujeito Quanto à Voz
Tipos de Sujeito
z Voz ativa (sujeito agente)
Quanto à função na oração, o sujeito classifica-se em:
Ex.: Cláudia corta cabelos de terça a sábado.
Nesse caso, o termo “Cláudia” é a pessoa que exer-
Simples
ce a ação na frase;
DETERMINADO Composto z Voz passiva sintética (sujeito paciente)
Elíptico Ex.: Corta-se cabelo.
Com verbos flexionados na 3ª Pode-se ler “Cabelo é cortado”, ou seja, o sujeito
pessoa do plural “cabelo” sofre uma ação, diferente do exemplo do
item anterior. O “-se” é a partícula apassivadora da

25
INDETERMINADO Com verbos acompanhados do oração.

7-
se (índice de indeterminação do

84
sujeito)
Importante notar que não há preposição entre

0.
Usado para fenômenos da
36
o verbo e o substantivo. Se houvesse, por exemplo,
INEXISTENTE natureza ou com verbos .
“de” no meio da frase, o termo “cabelo” não seria mais
71
impessoais sujeito, seria objeto indireto, um complemento verbal.
-1

Precisa-se de cabelo.
ia

z Determinado: quando se identifica a pessoa, o Assim, “de cabelo” seria um complemento verbal,
ar

lugar ou o objeto na oração. Classifica-se em: e não um sujeito da oração. Nesse caso, o sujeito é
M

indeterminado, marcado pelo índice de indetermina-


a
lv

„ Simples: quando há apenas um núcleo. ção “-se”.


Si

Ex.: O [aluguel] da casa é caro.


da

Núcleo: aluguel z Voz passiva analítica (sujeito paciente)


Sujeito simples: O aluguel da casa; Ex.: A minha saia azul está rasgada.
ira

„ Composto: quando há dois núcleos ou mais. O sujeito está sofrendo uma ação, e não há presen-
re

Ex.: Os [sons] e as [cores] ficaram perfeitos. ça da partícula -se.


Pe

Núcleos: sons, cores.


s

Sujeito composto: Os sons e as cores;


u

Predicado
he

„ Elíptico, oculto ou desinencial: quando não


at

aparece na oração, mas é possível de ser identifi-


É o termo que contém o verbo e informa algo sobre
M

cado devido à flexão do verbo ao qual se refere.


o sujeito. Apesar de o sujeito e o predicado serem ter-
Ex.: Vi o noticiário hoje de manhã. Sujeito: (Eu)
mos essenciais na oração, há casos em que a oração
não possui sujeito. Mas, se a oração é estruturada em
z Indeterminado: quando não é possível identificar
LÍNGUA PORTUGUESA

torno de um verbo e ele está contido no predicado, é


o sujeito na oração, mas ainda sim está presente.
Encontra-se na 3ª pessoa do plural ou representa- impossível existir uma oração sem sujeito.
do por um índice de indeterminação do sujeito, a O predicado pode ser:
partícula “se”.
z Aquilo que se declara a respeito do sujeito.
„ Colocando-se o verbo na 3ª pessoa do plural, Ex.: “A esposa e o amigo seguem sua marcha.”
não se referindo a nenhuma palavra determi- (José de Alencar);
nada no contexto. Predicado: seguem sua marcha;
Ex.: Passaram cedo por aqui, hoje. z Uma declaração que não se refere a nenhum sujei-
Entende-se que alguém passou cedo; to (oração sem sujeito):
„ Colocando-se verbos (intransitivos, transitivos Ex.: Chove pouco nesta época do ano;
diretos ou de ligação) sem complemento direto Predicado: Chove pouco nesta época do ano. 47
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Para determinar o predicado, basta separar o Ex.: Nós acreditamos em você.
sujeito. Ocorrendo uma oração sem sujeito, o predica- Verbo transitivo indireto: acreditamos
do abrangerá toda a declaração. A presença do verbo Preposição: em
é obrigatória, seja de forma explícita ou implícita: Ex.: Frida obedeceu aos seus pais.
Ex.: “Nossos bosques têm mais vidas.” (Gonçalves Verbo transitivo indireto: obedeceu
Dias) Preposição: a (a + os)
Sujeito: Nossos bosques. Predicado: têm mais vida. Ex.: Os professores concordaram com isso.
Ex.: “Nossa vida mais amores”. (Gonçalves Dias) Verbo transitivo indireto: concordaram
Sujeito: Nossa vida. Predicado: mais amores. Preposição: com;
z Verbo transitivo direto e indireto (VTDI): é o
Classificação do Predicado verbo de sentido incompleto que exige dois com-
plementos: objeto direto (sem preposição) e objeto
A classificação do predicado depende do significa- indireto (com preposição).
do e do tipo de verbo que apresenta. Ex.: “Ela contava-lhe anedotas, e pedia-lhe ou-
tras.” (Machado de Assis)
z Predicado nominal: ocorre quando o núcleo sig- Verbo transitivo direto e indireto 1: contava
nificativo se concentra em um nome (corresponde Objeto direto 1: anedotas
a um predicativo do sujeito). Objeto indireto 1: lhe
O verbo deste tipo de oração é sempre de ligação. Verbo transitivo direto e indireto 2: pedia
O predicado nominal tem por núcleo um nome Objeto direto 2: outras
(substantivo, adjetivo ou pronome). Objeto indireto 2: lhe;
Ex.: “Nossas flores são mais bonitas.” (Murilo z Verbo intransitivo (VI): é aquele capaz de cons-
Mendes) truir sozinho o predicado, que não precisa de com-
Predicado: são mais bonitas.
plementos verbais, sem prejudicar o sentido da
Ex.: “As estrelas estão cheias de calafrios.” (Olavo
oração.
Bilac)
Ex.: Escrevia tanto que os dedos adormeciam.
Predicado: estão cheias de calafrios.
Verbo intransitivo: adormeciam.
É importante não confundir:
Predicado Verbo-Nominal
z Verbo de ligação: quando não exprime uma ação,

25
Ocorre quando há dois núcleos significativos:
mas um estado momentâneo ou permanente que

7-
um verbo nocional (intransitivo ou transitivo) e um
relaciona o sujeito ao restante do predicado, que é

84
o predicativo do sujeito; nome (predicativo do sujeito ou, em caso de verbo

0.
z Predicativo do sujeito: função exercida por subs- transitivo, predicativo do objeto).

36
tantivo, adjetivo, pronomes e locuções que atri- Ex.: “O homem parou atento.” (Murilo Mendes)
.
71
buem uma condição ou qualidade ao sujeito. Verbo intransitivo: parou
-1

Ex.: O garoto está bastante feliz. Predicativo do sujeito: atento


Repare que no primeiro exemplo o termo “atento”
ia

Verbo de ligação: está.


ar

Predicativo do sujeito: bastante feliz. está caracterizando o sujeito “O homem” e, por isso, é
M

Ex.: Seu batom é muito forte. considerado predicativo do sujeito.


a

Verbo de ligação: é. Ex.: “Fabiano marchou desorientado.” (Olavo Bilac)


lv

Verbo intransitivo: marchou


Si

Predicativo do sujeito: muito forte.


Predicativo do sujeito: desorientado
da

Predicado Verbal No segundo exemplo, o termo “desorientado” indi-


ira

ca um estado do termo “Fabiano”, que também é sujei-


re

Ocorre quando há dois núcleos significativos: um to. Temos mais um caso de predicativo do sujeito.
Pe

verbo (transitivo ou intransitivo) e um nome (predi- Ex.: “Ptolomeu achou o raciocínio exato.” (Macha-
cativo do sujeito ou, em caso transitivo, predicativo do do de Assis)
u s

objeto). Da natureza desse verbo é que decorrem os Verbo transitivo direto: achou
he

demais termos do predicado. Objeto direto: o raciocínio


at

O verbo do predicado pode ser classificado em Predicativo do objeto: exato


M

transitivo direto, transitivo indireto, verbo transi- No terceiro exemplo, o termo “exato” caracteriza
tivo direto e indireto ou verbo intransitivo. um julgamento relacionado ao termo “o raciocínio”,
que é o objeto direto dessa oração. Com isso, podemos
z Verbo transitivo direto (VTD): é o verbo que exi- concluir que temos um caso de predicativo do obje-
ge um complemento não preposicionado, o objeto to, visto que “exato” não se liga a “Ptolomeu”, que é
direto. o sujeito.
Ex.: “Fazer sambas lá na vila é um brinquedo.” O que é o predicativo do objeto?
Noel Rosa É o termo que confere uma característica, uma
Verbo Transitivo Direto: Fazer. qualidade, ao que se refere.
Ex.: Ele trouxe os livros ontem. A formação do predicativo do objeto se dá por um
Verbo Transitivo Direto: trouxe; adjetivo ou por um substantivo.
z Verbo transitivo indireto (VTI): o verbo transiti- Ex.: Consideramos o filme proveitoso.
vo indireto tem como necessidade o complemen- Predicativo do objeto: proveitoso
to acompanhado de uma preposição para fazer Ex.: Chamavam-lhe vitoriosa, pelas conquistas.
48 sentido. Predicativo do objeto: vitoriosa
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Para facilitar a identificação do predicativo do “Olho Gabriela como a uma criança, e não mulher
objeto, o recomendável é desdobrar a oração, acres- feita.” (Ciro dos Anjos).
centando-lhe um verbo de ligação, cuja função especí-
fica é relacionar o predicativo ao nome. „ Exemplos com ocorrência facultativa de
O filme foi proveitoso. preposição:
Ela era vitoriosa.
Nessas duas últimas formas, os termos seriam pre- Eles amam a Deus, assim diziam as pessoas daque-
dicativos do sujeito, pois são precedidos de verbos de le templo.
ligação (foi e era, respectivamente). A escultura atrai a todos os visitantes.
Não admito que coloquem a Sua Excelência num
TERMOS INTEGRANTES DA ORAÇÃO pedestal.
Ao povo ninguém engana.
São vocábulos que se agregam a determinadas Eu detesto mais a estes filmes do que àqueles.
estruturas para torná-las completas. De acordo com No caso “Você bebeu dessa água?”, a forma “des-
a gramática da língua portuguesa, esses termos são sa” (preposição de + pronome essa) precisa estar pre-
divididos em: sente para indicar parte de um todo, quando assim
for o contexto de uso. Logo, a pergunta é se a pessoa
Complementos Verbais bebeu uma porção da água, e não ela toda.

São termos que completam o sentido de verbos z Objeto direto pleonástico: é a dupla ocorrência
transitivos diretos e transitivos indiretos. dessa função sintática na mesma oração, a fim de
enfatizar um único significado.
z Objeto direto: revela o alvo da ação. Não é acom- Ex.: “Eu não te engano a ti”. (Carlos Drummond de
panhado de preposição. Andrade)
Ex.: Examinei o relógio de pulso. z Objeto direto interno: representado por palavra
Gostaria de vê-lo no topo do mundo. que tem o mesmo radical do verbo ou apresenta
O técnico convocou somente os do Brasil. (os = mesmo significado.
aqueles).
Ex.: Riu um riso aterrador.
Pronomes e sua Relação com o Objeto Direto
Dormiu o sono dos justos.

25
Além dos pronomes oblíquos o(s), a(s) e suas

7-
variações lo(s), la(s), no(s), na(s), que quase sempre Como diferenciar objeto direto de sujeito?

84
exercem função de objeto direto, os pronomes oblí-
Já começaram os jogos da seleção. (sujeito)

0.
quos me, te, se, nos, vos também podem exercer essa

36
Ignoraram os jogos da seleção. (objeto direto)
função sintática.
.
O objeto direto pode ser passado para a voz passi-
71
Ex.: Levou-me à sabedoria esta aula. (= “Levaram
va analítica e se transforma em sujeito.
-1

quem? A minha pessoa”)


Os jogos da seleção foram ignorados.
Nunca vos tomeis como grandes personalidades.
ia

(= “Nunca tomeis quem? Vós”)


ar

z Objeto indireto: é complemento verbal regido de


M

Convidaram-na para o almoço de despedida. (=


preposição obrigatória, que se liga diretamente a
“Convidaram quem? Ela”)
a

verbos transitivos indiretos e diretos. Representa


lv

Depois de terem nos recebido, abriram a caixa. (=


Si

“Receberam quem? Nós”) o ser beneficiado ou o alvo de uma ação.


da

Os pronomes demonstrativos o, a, os, as podem


ser objetos diretos. Normalmente, aparecem antes do Ex.: Por favor, entregue a carta ao proprietário da
ira

pronome relativo que. casa 260.


re

Ex.: Escuta o que eu tenho a dizer. (Escuta algo: Gosto de ti, meu nobre.
Pe

esse algo é o objeto direto) Não troque o certo pelo duvidoso.


s

Observe bem a que ele mostrar. (a = pronome Vamos insistir em promover o novo romance de
u

ficção.
he

feminino definido)
at
M

z Objeto direto preposicionado z Objeto indireto e o uso de pronomes pessoais:


pode ser representado pelos seguintes pronomes
Mesmo que o verbo transitivo direto não exija oblíquos átonos: me, te, se, no, vos, lhe, lhes. Os
pronomes o, a, os, as não exercerão essa função.
LÍNGUA PORTUGUESA

preposição no seu complemento, algumas palavras


requerem o uso da preposição para não perder o sen-
tido de “alvo” do sujeito. Ex.: Mostre-lhe onde fica o banheiro, por favor.
Além disso, há alguns casos obrigatórios e outros Todos os pronomes oblíquos tônicos (me, mim,
facultativos. comigo, te, ti, contigo) podem funcionar como objeto
indireto, já que sempre ocorrem com preposição.
„ Exemplos com ocorrência obrigatória de Ex.: Você escreveu esta carta para mim?
preposição:
z Objeto indireto pleonástico: ocorrência repetida
Não entendo nem a ele nem a ti. dessa função sintática com o objetivo de enfatizar
Respeitava-se aos mais antigos. uma mensagem.
Ali estava o artista a quem nosso amigo idolatrava.
Amavam-se um ao outro. Ex.: A ele, sem reservas, supliquei-lhe ajuda. 49
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Complemento Nominal „ Será adjunto adnominal: se o substantivo ao
qual se liga for concreto.
Completa o sentido de substantivos, adjetivos e advér- Ex.: A casa da idosa desapareceu.
bios. É uma função sintática regida de preposição e com Se indicar posse ou o agente daquilo que
objetivo de completar o sentido de nomes. A presença de expressa o substantivo abstrato.
um complemento nominal nos contextos de uso é funda- Ex.: A preferência do grupo não foi respeitada;
mental para o esclarecimento do sentido do nome. „ Será complemento nominal: se indicar o alvo
Ex.: Tenho certeza de que tu serás aprovado. daquilo que expressa o substantivo.
Estou longe de casa e tão perto do paraíso. Ex.: A preferência pelos novos alojamentos não
Para melhor identificar um complemento nomi- foi respeitada.
nal, siga a instrução: Notava-se o amor pelo seu trabalho.
Nome + preposição + quem ou quê Se vier ligado a um adjetivo ou a um advérbio:
Como diferenciar complemento nominal de com- Ex.: Manteve-se firme em seus objetivos.
plemento verbal?
Ex.: Naquela época, só obedecia ao meu coração. Adjunto Adverbial
(complemento verbal, pois “ao meu coração” liga-se
diretamente ao verbo “obedecia”)
Termo representado por advérbios, locuções
Naquela época, a obediência ao meu coração pre-
adverbiais ou adjetivos com valor adverbial. Relacio-
valecia. (complemento nominal, pois “ao meu cora-
na-se ao verbo ou a toda oração para indicar variadas
ção” liga-se diretamente ao nome “obediência”).
circunstâncias.
Agente da Passiva
z Tempo: Quero que ele venha logo;
É o complemento de um verbo na voz passiva ana- z Lugar: A dança alegre se espalhou na avenida;
lítica. Sempre é precedido da preposição por, e, mais z Modo: O dia começou alegremente;
raramente, da preposição de. z Intensidade: Almoçou pouco;
Forma-se essencialmente pelos verbos auxiliares z Causa: Ela tremia de frio;
ser, estar, viver, andar, ficar. z Companhia: Venha jantar comigo;
z Instrumento: Com a máquina, conseguiu lavar as
TERMOS ACESSÓRIOS DA ORAÇÃO roupas;
z Dúvida: Talvez ele chegue mais cedo;
Há termos que, apesar de dispensáveis na estrutu-
z Finalidade: Vivia para o trabalho;
ra básica da oração, são importantes para compreen-

25
z Meio: Viajou de avião devido à rapidez;
são do enunciado porque trazem informações novas.

7-
z Assunto: Falávamos sobre o aluguel;

84
Esses termos são chamados acessórios da oração.
z Negação: Não permitirei que permaneça aqui;

0.
z Afirmação: Sairia sim naquela manhã;

36
Adjunto Adnominal
z Origem: Descendia de nobres.
São termos que acompanham o substantivo, .
71
núcleo de outra função, para qualificar, quantificar,
-1

Não confunda!
especificar o elemento representado pelo substantivo.
Para conseguir distinguir adjunto adverbial de
ia

Categorias morfológicas que podem funcionar


adjunto adnominal, basta saber se o termo relacio-
ar

como adjunto adnominal:


M

nado ao adjunto é um verbo ou um nome, mesmo que


o sentido seja parecido.
a

z artigos;
lv

z adjetivos; Ex.: Descendência de nobres. (O “de nobres” aqui


Si

z numerais; é um adjunto adnominal)


da

z pronomes; Descendia de nobres. (O “de nobres” aqui é um


adjunto adverbial)
ira

z locuções adjetivas.
re

Ex.: Aqueles dois antigos soldadinhos de chumbo Aposto


Pe

ficaram esquecidos no quarto.


s

Iam cheios de si. Estruturas relacionadas a substantivos, pronomes


u
he

Estava conquistando o respeito dos seus. ou orações. O aposto tem como propósito explicar,
at

O novo regulamento originou a revolta dos identificar, esclarecer, especificar, comentar ou apon-
M

funcionários. tar algo, alguém ou um fato.


O doutor possuía mil lembranças de suas viagens. Ex.: Renata, filha de D. Raimunda, comprou uma
bicicleta.
z Pronomes oblíquos átonos e a função de ajunto Aposto: filha de D. Raimunda
adnominal: os pronomes me, te, lhe, nos, vos, lhes Ex.: O escritor Machado de Assis escreveu gran-
exercem essa função sintática quando assumem des obras.
valor de pronomes possessivos. Aposto: Machado de Assis.
Ex.: Puxaram-me o cabelo (Puxam meu cabelo). Classifica-se nas seguintes categorias:

z Como diferenciar adjunto adnominal de com- z Explicativo: usado para explicar o termo anterior.
plemento nominal? Separa-se do substantivo a que se refere por uma
pausa, marcada na escrita por vírgulas, travessões
Quando o adjunto adnominal for representado ou dois-pontos.
por uma locução adjetiva, ele pode ser confundido Ex.: As filhas gêmeas de Ana, que aniversariaram
com complemento nominal. Para diferenciá-los, siga ontem, acabaram de voltar de férias.
50 a dica: Jéssica, uma ótima pessoa, conseguiu apoio de todos;
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� Enumerativo: usado para desenvolver ideias que z Diferença de aposto e predicativo do sujeito: o
foram resumidas ou abreviadas em um termo ante- aposto não pode ser um adjetivo nem ter núcleo
rior. Mostra os elementos contidos em um só termo. adjetivo.
Ex.: Víamos somente isto: vales, montanhas e Ex.: Muito desesperado, João perdeu o controle.
riachos. (predicativo do sujeito; núcleo: desesperado – ad-
Apenas três coisas me tiravam do sério, a saber,
jetivo)
preconceito, antipatia e arrogância;
z Recapitulativo ou resumidor: é o termo usado Homem desesperado, João sempre perde o con-
para resumir termos anteriores. É expresso, nor- trole.
malmente, por um pronome indefinido. (aposto; núcleo: homem – substantivo).
Ex.: Os professores, coordenadores, alunos, todos
estavam empolgados com a feira. Vocativo
Irei a Moçambique, Cabo Verde, Angola e Guiné-
-Bissau, países africanos onde se fala português; O vocativo é um termo que não mantém relação
� Comparativo: estabelece uma comparação implícita. sintática com outro termo dentro da oração. Não per-
Ex.: Meu coração, uma nau ao vento, está sem tence ao sujeito e ao predicado. É usado para chamar
rumo; ou interpelar a pessoa que o enunciador deseja se
� Circunstancial: exprime uma característica
comunicar. É um termo independente, pois não faz
circunstancial.
parte da estrutura da oração.
Ex.: No inverno, busquemos sair com roupas
apropriadas; Ex.: Recepcionista, por favor, agende minha
� Especificativo: é o aposto que aparece junto a um consulta.
substantivo de sentido genérico, sem pausa, para Ela te diz isso desde ontem, Fábio.
especificá-lo ou individualizá-lo. É constituído por
substantivos próprios. z Para distinguir vocativo de aposto: o vocati-
Exs.: O mês de abril. vo não se relaciona sintaticamente com nenhum
O rio Amazonas. outro termo da oração.
Meu primo José; Ex.: Lufe, faz um almoço gostoso para as crianças.
z Aposto da oração: é um comentário sobre o
O aposto se relaciona sintaticamente com outro
fato expresso pela oração, ou uma palavra que
termo da oração.
condensa.

25
Ex.: Após a notícia, ficou calado, sinal de sua A cozinha de Lufe, cozinheiro da família, é impe-

7-
preocupação. cável.

84
O noticiário disse que amanhã fará muito calor – Sujeito: a cozinha de Lufe.

0.
ideia que não me agrada; Aposto: cozinheiro da família (relaciona-se ao

36
� Distributivo: dispõe os elementos equitativamente. sujeito).
.
71
Ex.: Separe duas folhas: uma para o texto e outra
-1

para as perguntas. PERÍODO COMPOSTO


Sua presença era inesperada, o que causou surpresa.
ia
ar

Observe os exemplos a seguir:


M

Dica A apostila de Português está completa.


a
lv

� O aposto pode aparecer antes do termo a que Um verbo: Uma oração = período simples
Si

se refere, normalmente antes do sujeito. Português e Matemática são disciplinas essen-


da

Ex.: Maior piloto de todos os tempos, Ayrton Sen- ciais para ser aprovado em concursos.
ira

na marcou uma geração. Dois verbos: duas orações = período composto


O período composto é formado por duas ou mais
re

� Segundo o gramático Cegalla, quando o apos-


Pe

to se refere a um termo preposicionado, pode ele orações. Num parágrafo, podem aparecer misturado
vir igualmente preposicionado. períodos simples e período compostos.
u s

Ex.: De cobras, (de) morcegos, (de) bichos, de


he

tudo ele tinha medo.


at

PERÍODO SIMPLES PERÍODO COMPOSTO


� O aposto pode ter núcleo adjetivo ou adverbial.
M

Ex.: Tuas pestanas eram assim: frias e curvas. O povo levantou-se cedo
Era dia de eleição
(adjetivos, apostos do predicativo do sujeito) para evitar aglomeração
Falou comigo deste modo: calma e maliciosa-
LÍNGUA PORTUGUESA

mente. (advérbios, aposto do adjunto adverbial Para não esquecer:


de modo). Período simples é aquele formado por uma só
oração.
z Diferença de aposto especificativo e adjunto
Período composto é aquele formado por duas ou
adnominal: normalmente, é possível retirar a
mais orações.
preposição que precede o aposto. Caso seja um
adjunto, se for retirada a preposição, a estrutura Classifica-se nas seguintes categorias:
fica prejudicada.
Ex.: A cidade Fortaleza é quente. z Por coordenação: orações coordenadas assindéticas;
(aposto especificativo / Fortaleza é uma cidade)
O clima de Fortaleza é quente. „ Orações coordenadas sindéticas: aditivas, adver-
(adjunto adnominal / Fortaleza é um clima?); sativas, alternativas, conclusivas, explicativas. 51
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z Por subordinação: seguinte, pois isso, pois (o “pois” sem ser no início
de frase).
„ Orações subordinadas substantivas: subjeti- Ex.: Estou recuperada, portanto viajarei próxima
vas, objetivas diretas, objetivas indiretas, com- semana.
pletivas nominais, predicativas, apositivas; “Era domingo; eu nada tinha, pois, a fazer.” (Paulo
„ Orações subordinadas adjetivas: restritivas, Mendes Campos);
explicativas; z Explicativas: justificam uma opinião ou ordem
„ Orações subordinadas adverbiais: causais, expressa. Conjunções constitutivas: que, porque,
comparativas, concessivas, condicionais, con- porquanto, pois.
formativas, consecutivas, finais, proporcionais, Ex.: Vamos dormir, que é tarde. (o “que” equivale
temporais. a “pois”)
Vamos almoçar de novo porque ainda estamos
z Por coordenação e subordinação: orações for- com fome.
madas por períodos mistos;
z Orações reduzidas: de gerúndio e de infinitivo. PERÍODO COMPOSTO POR SUBORDINAÇÃO

PERÍODO COMPOSTO POR COORDENAÇÃO Formado por orações sintaticamente dependentes,


considerando a função sintática em relação a um ver-
As orações são sintaticamente independentes. Isso bo, nome ou pronome de outra oração.
significa que uma não possui relação sintática com Tipos de orações subordinadas:
verbos, nomes ou pronomes das demais orações no
período. z substantivas;
Ex.: “Deus quer, o homem sonha, a obra nasce.” z adjetivas;
(Fernando Pessoa) z adverbiais.
Oração coordenada 1: Deus quer
Oração coordenada 2: o homem sonha Orações Subordinadas Substantivas
Oração coordenada 3: a obra nasce.
Ex.: “Subi devagarinho, colei o ouvido à porta da São classificadas nas seguintes categorias:
sala de Damasceno, mas nada ouvi.” (M. de Assis)
Oração coordenada assindética: Subi devagarinho z Orações subordinadas substantivas conectivas:
Oração coordenada assindética: colei o ouvido à são introduzidas pelas conjunções subordinativas
integrantes que e se.

25
porta da sala de Damasceno
Ex.: Dizem que haverá novos aumentos de

7-
Oração coordenada sindética: mas nada ouvi
impostos.

84
Conjunção adversativa: mas nada
Não sei se poderei sair hoje à noite;

0.
36
z Orações subordinadas substantivas justapostas:
Orações Coordenadas Sindéticas
introduzidas por advérbios ou pronomes interroga-
.
71
tivos (onde, como, quando, quanto, quem etc.);
-1

As orações coordenadas podem aparecer ligadas z Ex.: Ignora-se onde eles esconderam as joias
às outras através de um conectivo (elo), ou seja, atra-
ia

roubadas.
vés de um síndeto, de uma conjunção, por isso o nome
ar

Não sei quem lhe disse tamanha mentira;


sindética. Veremos agora cada uma delas:
M

z Orações subordinadas substantivas reduzidas:


a

não são introduzidas por conectivo, e o verbo fica


lv

z Aditivas: exprimem ideia de sucessibilidade ou no infinitivo.


Si

simultaneidade. Ex.: Ele afirmou desconhecer estas regras;


da

Conjunções constitutivas: e, nem, mas, mas tam- z Orações subordinadas substantivas subjetivas:
bém, mas ainda, bem como, como também, se-
ira

exercem a função de sujeito. O verbo da oração


não também, que (= e). principal deve vir na voz ativa, passiva analítica
re

Ex.: Pedro casou-se e teve quatro filhos.


Pe

ou sintética. Em 3ª pessoa do singular, sem se refe-


Os convidados não compareceram nem explica- rir a nenhum termo na oração.
s

ram o motivo; Ex.: Foi importante o seu regresso. (sujeito)


u
he

z Adversativas: exprimem ideia de oposição, con- Foi importante que você regressasse. (sujeito ora-
at

traste ou ressalva em relação ao fato anterior. cional) (or. sub. subst. subje.);
M

Conjunções constitutivas: mas, porém, todavia, z Orações subordinadas substantivas objetivas


contudo, entretanto, no entanto, senão, não obs- diretas: exercem a função de objeto direto de um
tante, ao passo que, apesar disso, em todo caso. verbo transitivo direto ou transitivo direto e indi-
Ex.: Ele é rico, mas não paga as dívidas. reto da oração principal.
“A morte é dura, porém longe da pátria é dupla a Ex.: Desejo o seu regresso. (OD)
morte.” (Laurindo Rabelo); Desejo que você regresse. (OD oracional) (or. sub.
z Alternativas: exprimem fatos que se alternam ou subst. obj. dir.);
se excluem. z Orações subordinadas substantivas completi-
Conjunções constitutivas: (ou), (ou ... ou), (ora ... vas nominais: exercem a função de complemento
ora), (que ... quer), (seja ... seja), (já ... já), (talvez nominal de um substantivo, adjetivo ou advérbio
... talvez). da oração principal.
Ex.: Ora responde, ora fica calado. Ex.: Tenho necessidade de seu apoio. (comple-
Você quer suco de laranja ou refrigerante? mento nominal)
z Conclusivas: exprimem uma conclusão lógica Tenho necessidade de que você me apoie. (com-
sobre um raciocínio. plemento nominal oracional) (or. sub. subst. com-
52 Conjunções constitutivas: logo, portanto, por con- pl. nom.);
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z Orações subordinadas substantivas predicati- Ex.: A cerveja nacional é menos concentrada (do)
vas: funcionam como predicativos do sujeito da que a importada;
oração principal. Sempre figuram após o verbo de � Orações subordinadas adverbiais concessivas:
ligação ser. indica certo obstáculo em relação ao fato expres-
Ex.: Meu desejo é a sua felicidade. (predicativo do so na outra oração, sem, contudo, impedi-lo. São
sujeito) introduzidas por: embora, ainda que, mesmo que,
Meu desejo é que você seja feliz. (predicativo do por mais que, se bem que etc.
sujeito oracional) (or. sub. subst. predic.); Ex.: Mesmo que chova, iremos à praia amanhã;
z Orações subordinadas substantivas apositivas: � Orações subordinadas adverbiais condicionais:
funcionam como aposto. Geralmente vêm depois são introduzidas por: se, caso, desde que, salvo se,
de dois-pontos ou entre vírgulas. contanto que, a menos que etc.
Ex.: Só quero uma coisa: a sua volta imediata. (aposto) Ex.: Você terá sucesso desde que se esforce para
Só quero uma coisa: que você volte imediata- tal;
mente. (aposto oracional) (or. sub. aposi.); � Orações subordinadas adverbiais conformati-
vas: são introduzidas por: como, conforme, segun-
Orações Subordinadas Adjetivas do, consoante.
Ex.: Ele deverá agir conforme combinamos;
Desempenham função de adjetivo (adjunto adno- � Orações subordinadas adverbiais consecutivas:
minal ou, mais raramente, aposto explicativo). São são introduzidas por: que (precedido na oração
introduzidas por pronomes relativos (que, o qual, a anterior de termos intensivos como tão, tanto,
qual, os quais, as quais, cujo, cuja, cujos, cujas etc.) tamanho etc.) de sorte que, de modo que, de forma
As orações subordinadas adjetivas classificam-se em: que, sem que.
explicativas e restritivas. Ex.: A garota riu tanto, que se engasgou;
“Achei as rosas mais belas do que nunca, e tão per-
z Orações subordinadas adjetivas explicativas: fumadas que me estontearam.” (Cecília Meireles);
não limitam o termo antecedente, e sim acrescen-
� Orações subordinadas adverbiais finais: indi-
tam uma explicação sobre o termo antecedente.
cam um objetivo a ser alcançado. São introduzidas
São consideradas termo acessório no período,
por: para que, a fim de que, porque e que (= para
podendo ser suprimidas. Sempre aparecem isola-
que)
das por vírgulas.
Ex.: O pai sempre trabalhou para que os filhos
Ex.: Minha mãe, que é apaixonada por bichos,
tivessem bom estudo;

25
cria trinta gatos;
� Orações subordinadas adverbiais proporcio-

7-
z Orações subordinadas adjetivas restritivas:
nais: são introduzidas por: à medida que, à pro-

84
especificam ou limitam a significação do termo
porção que, quanto mais, quanto menos etc.

0.
antecedente, acrescentando-lhe um elemento

36
indispensável ao sentido. Não são isoladas por Ex.: Quanto mais ouço essa música, mas a
aprecio; .
71
vírgulas.
Ex.: A doença que surgiu recentemente ainda é � Orações subordinadas adverbiais temporais:
-1

incurável; são introduzidas por: quando, enquanto, logo que,


ia

depois que, assim que, sempre que, cada vez que,


ar

agora que etc.


Dica
M

Ex.: Assim que você sair, feche a porta, por favor.


a

Como diferenciar as orações subordinadas adje-


lv
Si

tivas restritivas das orações subordinadas adjeti- Para separar as orações de um período composto, é
da

vas explicativas? necessário atentar-se para dois elementos fundamen-


Ele visitará o irmão que mora em Recife. tais: os verbos (ou locuções verbais) e os conectivos
ira

(restritiva, pois ele tem mais de um irmão e vai (conjunções ou pronomes relativos). Após assinalar
re

visitar apenas o que mora em Recife) esses elementos, deve-se contar quantas orações ele
Pe

Ele visitará o irmão, que mora em Recife. representa, a partir da quantidade de verbos ou locu-
s

(explicativa, pois ele tem apenas um irmão que ções verbais. Exs.:
u

[“A recordação de uns simples olhos basta] – 1ª oração


he

mora em Recife)
[para fixar outros] – 2ª oração
at
M

Orações Subordinadas Adverbiais [que os rodeiam] – 3ª oração


[e se deleitem com a imaginação deles]. – 4ª ora-
Exprimem uma circunstância relativa a um fato ção (M. de Assis)
Nesse período, a 2ª oração subordina-se ao verbo
LÍNGUA PORTUGUESA

expresso em outra oração. Têm função de adjunto


adverbial. São introduzidas por conjunções subor- basta, pertencente à 1ª (oração principal).
dinativas (exceto as integrantes) e se enquadram nos A 3ª e a 4ª são orações coordenadas entre si, porém
seguintes grupos: ambas dependentes do pronome outros, da 2ª oração.

� Orações subordinadas adverbiais causais: são Orações Reduzidas


introduzidas por: como, já que, uma vez que, por-
que, visto que etc. z Apresentam o mesmo verbo em uma das formas
Ex.: Caminhamos o restante do caminho a pé por- nominais (gerúndio, particípio e infinitivo);
que ficamos sem gasolina; z As que são substantivas e adverbiais: nunca são
� Orações subordinadas adverbiais comparati- iniciadas por conjunções;
vas: são introduzidas por: como, assim como, tal z As que são adjetivas: nunca podem ser iniciadas
qual, como, mais etc. por pronomes relativos; 53
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z Podem ser reescritas (desenvolvidas) com esses Essas orações reduzidas adverbiais são bem fre-
conectivos; quentes em provas de concurso.
z Podem ser iniciadas por preposição ou locução
prepositiva. Períodos Mistos
Ex.: Terminada a prova, fomos ao restaurante.
O. S. Adv. reduzida de particípio: não começa com São períodos que apresentam estruturas oracio-
conjunção. nais de coordenação e subordinação.
Ex.: Quando terminou a prova, fomos ao restau- Assim, às vezes aparecem orações coordenadas
rante. (desenvolvida). dentro de um conjunto de orações que são subordina-
O. S. Adv. Desenvolvida: começa com conjunção. das a uma oração principal.

Orações Reduzidas de Infinitivo


1ª oração 2ª oração 3ª oração
Podem ser substantivas, adjetivas ou adverbiais. O homem entrou na que todos
Se o infinitivo for pessoal, irá flexionar normalmente. e pediu
sala calassem.

z Substantivas: Ex.: É preciso trabalhar muito. (O. verbo verbo verbo


S. substantiva subjetiva reduzida de infinitivo)
Deixe o aluno pensar. (O. S. substantiva objetiva 1ª oração: oração coordenada assindética.
direta reduzida de infinitivo) 2ª oração: oração coordenada sindética aditiva em
A melhor política é ser honesto. (O. S. substantiva relação à 1ª oração e principal em relação à 3ª oração.
predicativa reduzida de infinitivo) 3ª oração: coordenada substantiva objetiva direta
em relação à 2ª oração.
Este é um difícil livro de se ler. (O. S. substantiva
Resumindo: período composto por coordenação e
completiva nominal reduzida de infinitivo) subordinação.
Temos uma missão: subir aquela escada. (O. S. As orações subordinadas são coordenadas entre si,
substantiva apositiva reduzida de infinitivo); ligadas ou não por conjunção.
z Adjetivas: Ex.: João não é homem de meter os pés
pelas mãos. z Orações subordinadas substantivas coordena-
O meu manual para fazer bolos certamente vai das entre si
agradar a todos; Ex.: Espero que você não me culpe, que não culpe
z Adverbiais: Ex.: Apesar de estar machucado, meus pais, nem que culpe meus parentes.

25
continua jogando bola. Oração principal: Espero.

7-
Sem estudar, não passarão. Oração coordenada 1: que você não me culpe.

84
Ele passou mal, de tanto comer doces. Oração coordenada 2: que não culpe meus pais.

0.
Oração coordenada 3: nem que culpe meus parentes.
Orações Reduzidas de Gerúndio . 36
71
Importante!
-1

Podem ser coordenadas aditivas, substantivas apo-


ia

sitivas, adjetivas, adverbiais. O segredo para classificar as orações é per-


ar

ceber os conectivos (conjunções e pronomes


M

z Coordenada aditiva: Ex.: Pagou a conta, ficando relativos).


a
lv

livre dos juros;


Si

z Substantiva apositiva: Ex.: Não mais se vê amigo


� Orações subordinadas adjetivas coordenadas
da

ajudando um ao outro. (subjetiva)


z Agora ouvimos artistas cantando no shopping. entre si
ira

(objetiva direta); Ex.: A mulher que é compreensiva, mas que é


re

z Adjetiva: Ex.: Criança pedindo esmola dói o cautelosa, não faz tudo sozinha.
Pe

coração; Oração subordinada adjetiva 1: que é compreensiva


Oração subordinada adjetiva 2: mas que é
s

z Adverbial: Ex.: Temendo a reação do pai, não


u

contou a verdade. cautelosa;


he
at

� Orações subordinadas adverbiais coordenadas


M

Orações Reduzidas de Particípio entre si


Ex.: Não só quando estou presente, mas também
Podem ser adjetivas ou adverbiais. quando não estou, sou discriminado.
Oração subordinada adverbial 1: quando estou
� Adjetiva: Ex.: A notícia divulgada pela mídia era falsa. presente
Nosso planeta, ameaçado constantemente por Oração subordinada adverbial 2: quando não
nós mesmos, ainda resiste; estou;
� Adverbiais: Ex.: Aceitas as condições, não have- � Orações coordenadas ou subordinadas no mes-
ria problemas. (condicional) mo período
Dada a notícia da herança, as brigas começaram. Ex.: Presume-se que as penitenciárias cumpram
(causal/temporal) seu papel, no entanto a realidade não é assim.
Comprada a casa, a família se mudou logo. Oração principal: Presume-se
(temporal). Oração subordinada subjetiva da principal: as
penitenciárias cumpram seu papel
O particípio concorda em gênero e número com os Oração coordenada sindética adversativa da ante-
54 termos referentes. rior: no entanto a realidade não é assim.
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� Entre o objeto e o predicativo do objeto:
PONTUAÇÃO Ex.: Considero suas aulas, interessantes. (errado)
Considero interessantes, as suas aulas. (errado).
USO DE VÍRGULA
USO DE PONTO E VÍRGULA
A vírgula é um sinal de pontuação que exerce três
funções básicas: marcar as pausas e as inflexões da É empregado nos seguintes casos o sinal de ponto
voz na leitura; enfatizar e/ou separar expressões e e vírgula (;):
orações; e esclarecer o significado da frase, afastando
qualquer ambiguidade. � Nos contrastes, nas oposições, nas ressalvas:
Quando se trata de separar termos de uma mesma Ex.: Ela, quando viu, ficou feliz; ele, quando a viu,
oração, deve-se usar a vírgula nos seguintes casos: ficou triste;
� No lugar das conjunções coordenativas deslocadas:
� Para separar os termos de mesma função: Ex.: O maratonista correu bastante; ficou, portan-
Ex.: Comprei livro, caderno, lápis, caneta; to, exausto;
z Usa-se a vírgula para separar os elementos de � No lugar do e seguido de elipse do verbo (=
enumeração: zeugma):
Ex.: Pontes, edifícios, caminhões, árvores... tudo foi Ex.: Na linguagem escrita é o leitor; na fala, o
ouvinte.
arrastado pelo tsunami;
Prefiro brigadeiros; minha mãe, pudim; meu pai,
� Para indicar a elipse (omissão de uma palavra que
sorvete;
já apareceu na frase) do verbo:
� Em enumerações, portarias, sequências:
Ex.: Comprei melancia na feira; ele, abacate.
Ex.: São órgãos do Ministério Público Federal:
Ela prefere filmes de ficção científica; o namorado,
O Procurador-Geral da República;
filmes de terror;
O Colégio de Procuradores da República;
� Para separar palavras ou locuções explicativas,
O Conselho Superior do Ministério Público Federal.
retificativas:
Ex.: Ela completou quinze primaveras, ou seja, 15 DOIS-PONTOS
anos;
� Para separar datas e nomes de lugar: Marcam uma supressão de voz em frase que ainda
Ex.: Belo Horizonte, 15 de abril de 1985; não foi concluída. Servem para:

25
� Para separar as conjunções coordenativas, exceto

7-
e, nem, ou: � Introduzir uma citação (discurso direto):

84
Ex.: Treinou muito, portanto se saiu bem. Ex.: Assim disse Voltaire: “Devemos julgar um

0.
homem mais pelas suas perguntas que pelas suas

36
A vírgula também é facultativa quando o termo respostas”;
.
71
que exprime ideia de tempo, modo e lugar não for � Introduzir um aposto explicativo, enumerativo,
-1

uma locução adverbial, mas um advérbio. Exemplos: distributivo ou uma oração subordinada substan-
tiva apositiva:
ia

Antes vamos conversar. / Antes, vamos conversar.


Ex.: Em nosso meio, há bons profissionais: profes-
ar

Geralmente almoço em casa. / Geralmente, almoço


M

em casa. sores, jornalistas, médicos;


� Introduzir uma explicação ou enumeração após
a

Ontem choveu o esperado para o mês todo. /


lv

expressões como por exemplo, isto é, ou seja, a


Si

Ontem, choveu o esperado para o mês todo.


saber, como:
da

Ex.: Adquirimos vários saberes, como: Linguagens,


Não se Usa Vírgula nas Seguintes Situações
ira

Filosofia, Ciências...;
z Marcar uma pausa entre orações coordenadas
re

� Entre o sujeito e o verbo:


(relação semântica de oposição, explicação/causa
Pe

Ex.: Todos os alunos daquele professor, entende- ou consequência):


s

ram a explicação. (errado) Ex.: Já leu muitos livros: pode-se dizer que é um
u

Muitas coisas que quebraram meu coração, con-


he

homem culto.
sertaram minha visão. (errado);
at

Precisamos ousar na vida: devemos fazê-lo com


� Entre o verbo e seu complemento, ou mesmo pre-
M

cautela;
dicativo do sujeito: � Marcar invocação em correspondências:
Ex.: Os alunos ficaram, satisfeitos com a explica- Ex.: Prezados senhores:
ção. (errado)
LÍNGUA PORTUGUESA

Comunico, por meio deste, que...


Os alunos precisam de, que os professores os aju-
dem. (errado) TRAVESSÃO
Os alunos entenderam, toda aquela explicação.
(errado); � Usado em discursos diretos, indica a mudança de
� Entre um substantivo e seu complemento nominal discurso de interlocutor: Ex.:
ou adjunto adnominal: — Bom dia, Maria!
Ex.: A manutenção, daquele professor foi exigida — Bom dia, Pedro!;
pelos alunos. (errado); � Serve também para colocar em relevo certas
� Entre locução verbal de voz passiva e agente da expressões, orações ou termos. Pode ser substituído
passiva: por vírgula, dois-pontos, parênteses ou colchetes:
Ex.: Todos os alunos foram convidados, por aquele Ex.: Os professores ― amigos meus do curso cario-
professor para a feira. (errado); ca ― vão fazer videoaulas. (aposto explicativo) 55
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Meninos ― pediu ela ―, vão lavar as mãos, que RETICÊNCIAS
vamos jantar. (oração intercalada)
Como disse o poeta: “Só não se inventou a máqui- São usadas para:
na de fazer versos ― já havia o poeta parnasiano”.
� Assinalar interrupção do pensamento:
PARÊNTESES Ex.: ― Estou ciente de que...
― Pode dizer...;
Têm função semelhante à dos travessões e das � Indicar partes suprimidas de um texto:
vírgulas no sentido que colocam em relevo certos ter- Ex.: Na hora em que entrou no quarto ... e depois
mos, expressões ou orações. desceu as escadas apressadamente. (Também pode
Ex.: Os professores (amigos meus do curso carioca) ser usado: Na hora em que entrou no quarto [...] e
vão fazer videoaulas. (aposto explicativo) depois desceu as escadas apressadamente.);
Meninos (pediu ela), vão lavar as mãos, que vamos � Para sugerir prolongamento da fala:
jantar. (oração intercalada) Ex.: ― O que vocês vão fazer nas férias?
― Ah, muitas coisas: dormir, nadar, pedalar...;
� Para indicar hesitação:
PONTO-FINAL
Ex.: ― Eu não a beijava porque... porque... tinha
vergonha;
É o sinal que denota maior pausa. Usa-se:
� Para realçar uma palavra ou expressão, normal-
mente com outras intenções:
� Para indicar o fim de oração absoluta ou de Ex.: ― Ela é linda...! Você nem sabe como...!
período.
Ex.: “Itabira é apenas uma fotografia na parede.” USO DAS ASPAS
Carlos Drummond de Andrade;
� Nas abreviaturas São usadas em citações ou em algum termo que
Ex.: apart. ou apto. = apartamento. precisa ser destacado no texto. Podem ser substituí-
sec. = secretário. das por itálico ou negrito, que têm a mesma função
a.C. = antes de Cristo. de destaque.
Usam-se nos seguintes casos:
Dica
� Antes e depois de citações:

25
Símbolos do sistema métrico decimal e elemen- Ex.: “A vírgula é um calo no pé de todo mundo”,

7-
tos químicos não vêm com ponto final: afirma Dad Squarisi, 64;

84
Exemplos: km, m, cm, He, K, C. � Para marcar estrangeirismos, neologismos, arcaís-

0.
mos, gírias e expressões populares ou vulgares,

36
PONTO DE INTERROGAÇÃO conotativas:
.
71
Ex.: O homem, “ledo” de paixão, não teve a fortuna
-1

Marca uma entonação ascendente (elevação da que desejava.


voz) em tom questionador. Usa-se: Não gosto de “pavonismos”.
ia

Dê um “up” no seu visual;


ar
M

� Em frase interrogativa direta: � Para realçar uma palavra ou expressão imprópria,


às vezes com ironia ou malícia:
a

Ex.: O que você faria se só lhe restasse um dia?;


lv

� Entre parênteses para indicar incerteza: Ex.: Veja como ele é “educado”: cuspiu no chão.
Si

Ex.: Eu disse a palavra peremptório (?), mas acho Ele reagiu impulsivamente e lhe deu um “não”
da

que havia palavra melhor no contexto; sonoro;


� Para citar nomes de mídias, livros etc.:
ira

� Junto com o ponto de exclamação, para denotar


Ex.: Ouvi a notícia do “Jornal Nacional”.
re

surpresa:
Pe

Ex.: Não conseguiu chegar ao local de prova?! (ou


!?); COLCHETES
u s

� E interrogações retóricas:
he

Representam uma variante dos parênteses, porém


Ex.: Jogaremos comida fora à toa? (Ou seja: “Claro
at

têm uso mais restrito.


que não jogaremos comida fora à toa”).
M

Usam-se nos seguintes casos:


PONTO DE EXCLAMAÇÃO
� Para incluir num texto uma observação de nature-
za elucidativa:
� É empregado para marcar o fim de uma frase com Ex.: É de Stanislaw Ponte Preta [pseudônimo de
entonação exclamativa: Sérgio Porto] a obra “Rosamundo e os outros”;
Ex.: Que linda mulher! � Para isolar o termo latino sic (que significa “assim”),
Coitada dessa criança!; a fim de indicar que, por mais estranho ou errado
� Aparece após uma interjeição: que pareça, o texto original é assim mesmo:
Ex.: Nossa! Isso é fantástico; Ex.: “Era peior [sic] do que fazer-me esbirro aluga-
� Usado para substituir vírgulas em vocativos enfáticos: do.” (Machado de Assis);
Ex.: “Fernando José! Onde estava até esta hora?”; � Para indicar os sons da fala, quando se estuda
� É repetido duas ou mais vezes quando se quer Fonologia:
marcar uma ênfase: Ex.: mel: [mɛw]; bem: [bẽy];
Ex.: Inacreditável!!! Atravessou a piscina de 50 � Para suprimir parte de um texto (assim como
56 metros em 20 segundos!!! parênteses):
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Ex.: Na hora em que entrou no quarto [...] e depois Ex.: Rua do Limoeiro, 165/232;
desceu as escadas apressadamente. � Na indicação de dois anos consecutivos:
ou Ex.: O evento de 2012/2013 foi um sucesso;
Na hora em que entrou no quarto (...) e depois des- � Para indicar fonemas, ou seja, os sons da língua:
ceu as escadas apressadamente (caso não preferí- Ex.: /s/.
vel segundo as normas da ABNT).
Embora não existam regras muito definidas sobre
ASTERISCO a existência de espaços antes e depois da barra oblí-
qua, privilegia-se o seu uso sem espaços: plural/singu-
� É colocado à direita e no canto superior de uma lar, masculino/feminino, sinônimo/antônimo.
palavra do trecho para se fazer uma citação ou
comentário qualquer sobre o termo em uma nota
de rodapé:
Ex.: A palavra tristeza é formada pelo adjetivo
triste acrescido do sufixo -eza*.
CONCORDÂNCIA NOMINAL E VERBAL
*-eza é um sufixo nominal justaposto a um adjeti-
Na elaboração da frase, as palavras relacionam-se
vo, o que origina um novo substantivo;
umas com as outras. Ao se relacionarem, elas obede-
� Quando repetido três vezes, indica uma omissão
cem a alguns princípios: um deles é a concordância.
ou lacuna em um texto, principalmente em substi-
Observe o exemplo:
tuição a um substantivo próprio:
A pequena garota andava sozinha pela cidade.
Ex.: O menor *** foi apreendido e depois encami-
A: Artigo, feminino, singular;
nhado aos responsáveis;
Pequena: Adjetivo, feminino, singular;
� Quando colocado antes e no alto da palavra, repre-
senta o vocábulo como uma forma hipotética, isto Garota: Substantivo, feminino, singular.
é, cuja existência é provável, mas não comprovada: Tanto o artigo quanto o adjetivo (ambos adjuntos
Ex.: Parecer, do latim *parescere; adnominais) concordam com o gênero (feminino) e o
� Antes de uma frase para indicar que ela é agrama- número (singular) do substantivo.
tical, ou seja, uma frase que não respeita as regras Na língua portuguesa, há dois tipos de concordân-
da gramática. cia: verbal e nominal.
* Edifício elaborou projeto o engenheiro.
CONCORDÂNCIA VERBAL

25
USO DA BARRA

7-
É a adaptação em número – singular ou plural –

84
A barra oblíqua [ / ] é um sinal gráfico usado: e pessoa que ocorre entre o verbo e seu respectivo

0.
sujeito.

36
� Para indicar disjunção e exclusão, podendo ser Ex.: De todos os povos mais plurais culturalmen-
.
te, o Brasil, mesmo diante de opiniões contrárias, as
71
substituída pela conjunção “ou”:
quais insistem em desmentir que nosso país é cheio
-1

Ex.: Poderemos optar por: carne/peixe/dieta.


Poderemos optar por: carne, peixe ou dieta; de ‘brasis’ – digamos assim –, ganha disparando dos
ia

outros, pois houve influências de todos os povos aqui:


ar

� Para indicar inclusão, quando utilizada na separa-


europeus, asiáticos e africanos.
M

ção das conjunções e/ou:


Esse período, apesar de extenso, constitui-se de
a

Ex.: Os alunos poderão apresentar trabalhos orais


lv

e/ou escritos; um sujeito simples “o Brasil”, portanto o verbo cor-


Si

� Para indicar itens que possuem algum tipo de rela- respondente a esse sujeito, “ganha”, necessita ficar no
da

ção entre si: singular.


Destrinchando o período, temos que os termos
ira

Ex.: A palavra será classificada quanto ao número


(plural/singular). essenciais da oração (sujeito e predicado) são apenas
re

O carro atingiu os 220 km/h; “[...] o Brasil [...]” – sujeito – e “[...] ganha [...]” – predi-
Pe

� Para separar os versos de poesias, quando escritos cado verbal.


s

seguidamente na mesma linha. São utilizadas duas Veja um caso de uso de verbo bitransitivo:
u
he

barras para indicar a separação das estrofes: Ex.: Prefiro natação a futebol.
Verbo bitransitivo: Prefiro
at

Ex.: “[…] De tanto olhar para longe,/não vejo o que


M

passa perto,/meu peito é puro deserto./Subo mon- Objeto direto: natação


te, desço monte.//Eu ando sozinha/ao longo da noi- Objeto indireto: a futebol
te./Mas a estrela é minha.” Cecília Meireles;
Concordância Verbal com o Sujeito Simples
LÍNGUA PORTUGUESA

� Na escrita abreviada, para indicar que a palavra


não foi escrita na sua totalidade:
Ex.: a/c = aos cuidados de; Em regra geral, o verbo concorda com o núcleo do
s/ = sem; sujeito.
� Para separar o numerador do denominador nos Ex.: Os jogadores de futebol ganham um salário
números fracionários, substituindo a barra da exorbitante.
fração: Diferentes situações:
Ex.: 1/3 = um terço;
� Nas datas: z Quando o núcleo do sujeito for uma palavra de
Ex.: 31/03/1983 sentido coletivo, o verbo fica no singular. Ex.: A
� Nos números de telefone: multidão gritou entusiasmada;
Ex.: 225 03 50/51/52; z Quando o sujeito é o pronome relativo que, o
� Nos endereços: verbo posterior ao pronome relativo concorda 57
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com o antecedente do relativo. Ex.: Quais os limi- Bateu o sino duas vezes (O sino bateu).
tes do Brasil que se situam mais próximos do Soaram dez badaladas no relógio da sala (Dez
Meridiano?; badaladas soaram).
z Quando o sujeito é o pronome indefinido quem, o Soou dez badaladas o relógio da escola (O relógio
verbo fica na 3ª pessoa do singular. Ex.: Fomos nós da escola soou dez badaladas).
quem resolveu a questão; z Quando o sujeito está em voz passiva sintética, o
verbo concorda com o sujeito paciente. Ex.: Ven-
Por questão de ênfase, o verbo pode também con- dem-se casas de veraneio aqui.
cordar com o pronome reto antecedente. Ex.: Fomos Nunca se viu, em parte alguma, pessoa tão
nós quem resolvemos a questão. interessada;
z Quando o sujeito é um pronome de tratamento, o
z Quando o sujeito é um pronome interrogativo, verbo fica sempre na 3ª pessoa. Ex.: Por que Vossa
demonstrativo ou indefinido no plural + de nós / Majestade está preocupada?
de vós, o verbo pode concordar com o pronome no Suas Excelências precisam de algo?
plural ou com nós / vós. Ex.: Alguns de nós resol- z Sujeito do verbo viver em orações optativas ou
viam essa questão. / Alguns de nós resolvíamos
exclamativas. Ex.: Vivam os campeões!
essa questão;
z Quando o sujeito é formado por palavras plurali-
Concordância Verbal com o Sujeito Composto
zadas, normalmente topônimos (Amazonas, férias,
Minas Gerais, Estados Unidos, óculos etc.), se hou-
� Núcleos do sujeito constituídos de pessoas grama-
ver artigo definido antes de uma palavra plura-
ticais diferentes
lizada, o verbo fica no plural. Caso não haja esse
artigo, o verbo fica no singular. Ex.: Os Estados Ex.: Eu e ele nos tornamos bons amigos;
Unidos continuam uma potência. � Núcleos do sujeito ligados pela preposição com
z Estados Unidos continua uma potência. Ex.: O ministro, com seus assessores, chegou/che-
z Santos fica em São Paulo. (Corresponde a: “A cida- garam ontem;
de de Santos fica em São Paulo.”) � Núcleos do sujeito acompanhados da palavra cada
ou nenhum
Ex.: Cada jogador, cada time, cada um deve man-
Importante! ter o espírito esportivo;
� Núcleos do sujeito sendo sinônimos e estando no

25
Quando se aplica a nomes de obras artísticas, o singular

7-
verbo fica no singular ou no plural. Ex.: A angústia e a ansiedade não o ajudava/aju-

84
Os Lusíadas imortalizou / imortalizaram Camões. davam (preferencialmente no singular);

0.
� Gradação entre os núcleos do sujeito
z Quando o sujeito é formado pelas expressões mais . 36
Ex.: Seu cheiro, seu toque bastou/bastaram para
71
de um, cerca de, perto de, menos de, coisa de, me acalmar (preferencialmente no singular);
-1

obra de etc., o verbo concorda com o numeral. Ex.: � Núcleos do sujeito no infinitivo
ia

Mais de um aluno compareceu à aula. Ex.: Andar e nadar faz bem à saúde;
ar

Mais de cinco alunos compareceram à aula. � Núcleos do sujeito resumidos por um aposto resu-
M

mitivo (nada, tudo, ninguém)


a

Ex.: Os pedidos, as súplicas, nada disso o comoveu;


lv

A expressão mais de um tem particularidades:


Si

se a frase indica reciprocidade (pronome reflexivo � Sujeito constituído pelas expressões um e outro,
nem um nem outro
da

recíproco se), se houver coletivo especificado ou se


a expressão vier repetida, o verbo fica no plural. Ex.: Ex.: Um e outro já veio/vieram aqui;
ira

Mais de um irmão se abraçaram. � Núcleos do sujeito ligados por nem... nem


re

Mais de um grupo de crianças veio/vieram à festa. Ex.: Nem a televisão nem a internet desviarão meu
Pe

Mais de um aluno, mais de um professor esta- foco nos estudos;


s

vam presentes. � Entre os núcleos do sujeito, aparecem as palavras


u
he

como, menos, inclusive, exceto ou as expressões


at

z Quando o sujeito é formado por um número per- bem como, assim como, tanto quanto
M

centual ou fracionário, o verbo concorda com o Ex.: O Vasco ou o Corinthians ganhará o jogo na
numerado ou com o número inteiro, mas pode final;
concordar com o especificador dele. Se o numeral z Núcleos do sujeito ligados pelas séries correlativas
vier precedido de um determinante, o verbo con- aditivas enfáticas (tanto... quanto / como / assim
cordará apenas com o numeral. Ex.: Apenas 1/3 como; não só... mas também etc.)
das pessoas do mundo sabe o que é viver bem. Ex.: Tanto ela quanto ele mantém/mantêm sua
popularidade em alta;
Apenas 1/3 das pessoas do mundo sabem o que é
viver bem. z Quando dois ou mais adjuntos modificam um úni-
Apenas 30% do povo sabe o que é viver bem. co núcleo, o verbo fica no singular concordando
Apenas 30% do povo sabem o que é viver bem. com o núcleo único. Mas, se houver determinante
Os 30% da população não sabem o que é viver mal. após a conjunção, o verbo fica no plural, pois aí o
� Os verbos bater, dar e soar concordam com o sujeito passa a ser composto.
número de horas ou vezes, exceto se o sujeito for a Ex.: O preço dos alimentos e dos combustíveis
palavra relógio. Ex.: Deram duas horas, e ela não aumentou. Ou: O preço dos alimentos e o dos
58 chegou (Duas horas deram...). combustíveis aumentaram.
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Concordância Verbal do Verbo Ser Quando o sujeito do infinitivo for um substantivo
no plural, usa-se tanto o infinitivo pessoal quanto o
� Concorda com o sujeito impessoal. “Mandei os garotos sair/saírem”.
Ex.: Nós somos unha e carne; Navegar é preciso, viver não é preciso. (infinitivo
� Concorda com o sujeito (pessoa) com valor genérico)
Ex.: Os meninos foram ao supermercado; São casos difíceis de solucionar. (infinitivo prece-
� Em predicados nominais, quando o sujeito for dido de preposição de ou para)
representado por um dos pronomes tudo, nada, Soldados, recuar! (infinitivo com valor de
isto, isso, aquilo ou “coisas”, o verbo ser concor- imperativo)
dará com o predicativo (preferencialmente) ou
com o sujeito � Concordância do verbo parecer
Ex.: No início, tudo é/são flores;
Flexiona-se ou não o infinitivo.
� Concorda com o predicativo quando o sujeito for
Pareceu-me estarem os candidatos confiantes. (o
que ou quem
equivalente a “Pareceu-me que os candidatos esta-
Ex.: Quem foram os classificados?
vam confiantes”, portanto, o infinitivo é flexiona-
� Em indicações de horas, datas, tempo, distância
(predicativo), o verbo concorda com o predicativo do de acordo com o sujeito, no plural)
Ex.: São nove horas. Eles parecem estudar bastante. (locução verbal,
É frio aqui. logo o infinitivo será impessoal);
Seria meio-dia e meia ou seriam doze horas? � Concordância dos verbos impessoais
� O verbo fica no singular quando precede termos São os casos de oração sem sujeito. O verbo fica
como muito, pouco, nada, tudo, bastante, mais, sempre na 3ª pessoa do singular.
menos etc. junto a especificações de preço, peso, Ex.: Havia sérios problemas na cidade.
quantidade, distância, e também quando seguido Fazia quinze anos que ele havia se formado.
do pronome o Deve haver sérios problemas na cidade. (verbo
Ex.: Cem metros é muito para uma criança. auxiliar fica no singular)
Divertimentos é o que não lhe falta. Trata-se de problemas psicológicos.
Dez reais é nada diante do que foi gasto; Geou muitas horas no sul;
� Na expressão expletiva “é que”, se o sujeito da ora- � Concordância com sujeito oracional
ção não aparecer entre o verbo ser e o que, o ser Quando o sujeito é uma oração subordinada, o
ficará invariável. Se o ser vier separado do que, o verbo da oração principal fica na 3ª pessoa do

25
verbo concordará com o termo não preposiciona- singular.

7-
do entre eles. Ex.: Ainda vale a pena investir nos estudos.

84
Ex.: Eles é que sempre chegam cedo. Sabe-se que dois alunos nossos foram aprovados.

0.
São eles que sempre chegam cedo. Ficou combinado que sairíamos à tarde.

36
É nessas horas que a gente precisa de ajuda. (cons- Urge que você estude. .
71
trução adequada) Era preciso encontrar a verdade
-1

São nessas horas que a gente precisa de ajuda.


(construção inadequada)
ia

Casos mais Frequentes em Provas


ar
M

CASOS ESPECIAIS DE CONCORDÂNCIA VERBAL


Veja agora uma lista com os casos mais abordados
a

em concursos:
lv

Concordância do Infinitivo
Si
da

� Sujeito posposto distanciado


z Exemplos com verbos no infinitivo pessoal:
Ex.: Viviam no meio de uma grande floresta tropi-
ira

Nós lutaremos até vós serdes bem tratados. (sujei-


to esclarecido) cal brasileira seres estranhos;
re

Está na hora de começarmos o trabalho. (sujeito � Verbos impessoais (haver e fazer)


Pe

implícito “nós”) Ex.: Faz dois meses que não pratico esporte.
s

Falei sobre o desejo de aprontarmos logo o site. Havia problemas no setor.


u
he

(dois pronomes implícitos: eu, nós) Obs.: Existiam problemas no setor. (verbo existir
at

Até me encontrarem, vocês terão de procurar vai ter sujeito “problemas”, e vai ser variável);
M

muito. (preposição no início da oração) � Verbo na voz passiva sintética


Para nós nos precavermos, precisaremos de luz. Ex.: Criaram-se muitas expectativas para a luta;
(verbos pronominais) � Verbo concordando com o antecedente correto
LÍNGUA PORTUGUESA

Visto serem dez horas, deixei o local. (verbo ser do pronome relativo ao qual se liga
indicando tempo) Ex.: Contratei duas pessoas para a empresa, que
Estudo para me considerarem capaz de aprova- tinham experiência;
ção. (pretensão de indeterminar o sujeito) � Sujeito coletivo com especificador plural
Para vocês terem adquirido esse conhecimento, Ex.: A multidão de torcedores vibrou/vibraram;
foi muito tempo de estudo. (infinitivo pessoal com-
posto: locução verbal de verbo auxiliar + verbo no � Sujeito oracional
particípio); Ex.: Convém a eles alterar a voz. (verbo no
z Exemplos com verbos no infinitivo impessoal: singular);
Devo continuar trabalhando nesse projeto. (locu- � Núcleo do sujeito no singular seguido de adjun-
ção verbal) to ou complemento no plural
Deixei-os brincar aqui. (pronome oblíquo átono Ex.: Conversa breve nos corredores pode gerar
sendo sujeito do infinitivo). atrito. (verbo no singular). 59
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Casos Facultativos Colocar o substantivo no singular e, ao enumerar
os adjetivos (também no singular), antepor um artigo
z A multidão de pessoas invadiu/invadiram o a cada um, menos no primeiro deles. Ex.: Ele estuda a
estádio; língua inglesa, a francesa e a alemã.
z Aquele comediante foi um dos que mais me fez/
fizeram rir; z Com função de predicativo do sujeito
z Fui eu quem faltou/faltei à aula;
z Quais de vós me ajudarão/ajudareis?
Com o verbo após o sujeito, o adjetivo concordará
z “Os Sertões” marcou/marcaram a literatura
brasileira; com a soma dos elementos.
z Somente 1,5% das pessoas domina/dominam a Ex.: A casa e o quintal estavam abandonados.
ciência. (1,5% corresponde ao singular); Com o verbo antes do sujeito o predicativo do su-
z Chegaram/Chegou João e Maria; jeito acompanhará a concordância do verbo, que por
z Um e outro / Nem um nem outro já veio/vieram sua vez concordará tanto com a soma dos elementos
aqui; quanto com o nome mais próximo.
z Eu, assim como você, odeio/odiamos a política Ex.: Estava abandonada a casa e o quintal. / Esta-
brasileira; vam abandonados a casa e o quintal.
z O problema do sistema é/são os impostos; Como saber quando o adjetivo tem valor de adjun-
z Hoje é/são 22 de agosto; to adnominal ou predicativo do sujeito? Substitua os
z Devemos estudar muito para atingir/atingirmos substantivos por um pronome:
a aprovação;
Ex.: Existem conceitos e regras complicados.
z Deixei os rapazes falar/falarem tudo.
(substitui-se por “eles”)
Fazendo a troca, fica “Eles existem”, e não “Eles
Silepse de Número e de Pessoa
existem complicados”.
Como o adjetivo desapareceu com a substituição,
Conhecida também como “concordância irregular,
ideológica ou figurada”. Vejamos os casos: então é um adjunto adnominal.

z Silepse de número: usa-se um termo discordando z Com função de predicativo do objeto


do número da palavra referente, para concordar
com o sentido semântico que ela tem. Ex.: Flor tem Recomenda-se concordar com a soma dos substan-
vida muito curta, logo murcham. (ideia de plurali- tivos, embora alguns estudiosos admitam a concor-
dade: todas as flores); dância com o termo mais próximo.

25
z Silepse de pessoa: o autor da frase participa do Ex.: Considero os conceitos e as regras complicados.

7-
processo verbal. O verbo fica na 1ª pessoa do plu- Tenho como irresponsáveis o chefe do setor e

84
ral. Ex.: Os brasileiros, enquanto advindos de seus subordinados.

0.
diversas etnias, somos multiculturais.

36
Algumas Convenções
CONCORDÂNCIA NOMINAL .
71
-1

� Obrigado / próprio / mesmo


Define-se como a adaptação em gênero e número
Ex.: A mulher disse: “Muito obrigada”.
ia

que ocorre entre o substantivo (ou equivalente, como


ar

o adjetivo) e seus modificadores (artigos, pronomes, A própria enfermeira virá para o debate.
M

adjetivos, numerais). Elas mesmas conversaram conosco.


a

O adjetivo e as palavras adjetivas concordam em


lv

gênero e número com o nome a que se referem. Dica


Si

Ex.: Parede alta. / Paredes altas.


da

Muro alto. / Muros altos. O termo mesmo no sentido de “realmente” será


invariável.
ira

Casos com Adjetivos Ex.: Os alunos resolveram mesmo a situação.


re
Pe

z Com função de adjunto adnominal: quando o z Só / sós


s

adjetivo funcionar como adjunto adnominal e esti- Variáveis quando significarem “sozinho” /
u
he

ver após os substantivos, poderá concordar com “sozinhos”.


as somas desses ou com o elemento mais próximo.
at

Invariáveis quando significarem “apenas,


M

Ex.: Encontrei colégios e faculdades ótimas. / somente”.


Encontrei colégios e faculdades ótimos. Ex.: As garotas só queriam ficar sós. (As garotas
apenas queriam ficar sozinhas.)
Há casos em que o adjetivo concordará apenas
A locução “a sós” é invariável.
com o nome mais próximo, quando a qualidade per-
Ex.: Ela gostava de ficar a sós. / Eles gostavam de
tencer somente a este.
Ex.: Saudaram todo o povo e a gente brasileira. ficar a sós;
Foi um olhar, uma piscadela, um gesto estranho � Quite / anexo / incluso
Quando o adjetivo funcionar como adjunto adno- Concordam com os elementos a que se referem.
minal e estiver antes dos substantivos, poderá con- Ex.: Estamos quites com o banco.
cordar apenas com o elemento mais próximo. Ex.: Seguem anexas as certidões negativas.
Existem complicadas regras e conceitos. Inclusos, enviamos os documentos solicitados;
Quando houver apenas um substantivo qualifica- � Meio
do por dois ou mais adjetivos pode-se: Quando significar “metade”: concordará com o
Colocar o substantivo no plural e enumerar o ad- elemento referente.
jetivo no singular. Ex.: Ele estuda as línguas inglesa, Ex.: Ela estava meio (um pouco) nervosa.
60 francesa e alemã. Quando significar “um pouco”: será invariável.
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Ex.: Já era meio-dia e meia (metade da hora); Ex.: Os discípulos daquele mestre sempre lhe
� Grama foram leais.
Quando significar “vegetação”, é feminino; quan- Observação: Complemento de “lhe”: predicativo
do significar unidade de medida, é masculino. do sujeito (desprovido de preposição)
Ex.: Comprei duzentos gramas de farinha. Pronome oblíquo átono: lhe
“A grama do vizinho sempre é mais verde.”; Foram leais: complemento de “lhe”, predicativo do
� É proibido entrada / É proibida a entrada sujeito (desprovido de preposição).
Se o sujeito vier determinado, a concordância do
verbo e do predicativo do sujeito será regular, ou REGÊNCIA VERBAL
seja, tanto o verbo quanto o predicativo concorda-
rão com o determinante. Relação de dependência entre um verbo e seu
Ex.: Caminhada é bom para a saúde. / Esta cami- complemento. As relações podem ser diretas ou indi-
nhada está boa. retas, isto é, com ou sem preposição.
É proibido entrada de crianças. / É proibida a Há verbos que admitem mais de uma regência sem
entrada de crianças. que o sentido seja alterado.
Pimenta é bom? / A pimenta é boa?; Ex.: Aquela moça não esquecia os favores recebidos.
� Menos / pseudo V. T. D: esquecia
São invariáveis. Objeto direto: os favores recebidos.
Ex.: Havia menos violência antigamente. Aquela moça não se esquecia dos favores recebidos.
Aquelas garotas são pseudoatletas. / Seu argumen- V. T. I.: se esquecia
to é pseudo-objetivo; Objeto indireto: dos favores recebidos.
� Muito / bastante No entanto, na Língua Portuguesa, há verbos que,
Quando modificam o substantivo: concordam com mudando-se a regência, mudam de sentido, alterando
ele. seu significado.
Quando modificam o verbo: invariáveis. Ex.: Neste país aspiramos ar poluídos.
Ex.: Muitos deles vieram. / Eles ficaram muito (aspiramos = sorvemos)
irritados. V. T. D.: aspiramos
Bastantes alunos vieram. / Os alunos ficaram bas- Objeto direto: ar poluídos.
tante irritados. Os funcionários aspiram a um mês de férias.
Se ambos os termos puderem ser substituídos por (aspiram = almejam)
“vários”, ficarão no plural. Se puderem ser substi- V. T. I.: aspiram

25
tuídos por “bem”, ficarão invariáveis; Objeto indireto: a um mês de férias

7-
� Tal qual A seguir, uma lista dos principais verbos que

84
Tal concorda com o substantivo anterior; qual, geram dúvidas quanto à regência:

0.
com o substantivo posterior.
Ex.: O filho é tal qual o pai. / O filho é tal quais os .
� Abraçar: transitivo direto 36
71
pais. Ex.: Abraçou a namorada com ternura.
-1

Os filhos são tais qual o pai. / Os filhos são tais O colar abraçava-lhe elegantemente o pescoço;
ia

quais os pais. � Agradar: transitivo direto; transitivo indireto


ar

z Silepse (também chamada concordância figurada) Ex.: A menina agradava o gatinho. (transitivo dire-
M

É a que se opera não com o termo expresso, mas o to com sentido de “acariciar”)
a

que está subentendido.


lv

A notícia agradou aos alunos. (transitivo indireto


Ex.: São Paulo é linda! (A cidade de São Paulo é
Si

no sentido de “ser agradável a”);


linda!)
da

� Agradecer: transitivo direto; transitivo indireto;


Estaremos aberto no final de semana. (Estaremos transitivo direto e indireto
ira

com o estabelecimento aberto no final de semana.) Ex.: Agradeceu a joia. (transitivo direto: objeto não
re

Os brasileiros estamos esperançosos. (Nós, brasi- personificado)


Pe

leiros, estamos esperançosos.); Agradeceu ao noivo. (transitivo indireto: objeto


� Possível
s

personificado)
u

Concordará com o artigo, em gênero e número, em


he

Agradeceu a joia ao noivo. (transitivo direto e indi-


frases enfáticas com o “mais”, o “menos”, o “pior”. reto: refere-se a coisas e pessoas);
at

Ex.: Conheci crianças o mais belas possíveis. /


M

� Ajudar: transitivo direto; transitivo indireto


Conheci crianças as mais belas possíveis. Ex.: Seguido de infinitivo intransitivo precedido da
preposição a, rege indiferentemente objeto direto
e objeto indireto.
LÍNGUA PORTUGUESA

REGÊNCIA NOMINAL E VERBAL Ajudou o filho a fazer as atividades. (transitivo direto)


Ajudou ao filho a fazer as atividades. (transitivo
Regência é a maneira como o nome ou o verbo se indireto)
relacionam com seus complementos, com ou sem pre- Se o infinitivo preposicionado for intransitivo,
posição. Quando um nome (substantivo, adjetivo ou rege apenas objeto direto:
advérbio) exige complemento preposicionado, esse Ajudaram o ladrão a fugir.
nome é um termo regente, e seu complemento é um Não seguido de infinitivo, geralmente rege objeto
termo regido, pois há uma relação de dependência direto:
entre o nome e seu complemento. Ajudei-o muito à noite;
O nome exige um complemento nominal sempre ini- � Ansiar: transitivo direto; transitivo indireto
ciado por preposição, exceto se o complemento vier em Ex.: A falta de espaço ansiava o prisioneiro. (tran-
forma de pronome oblíquo átono. sitivo direto com sentido de “angustiar”) 61
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Ansiamos por sua volta. (transitivo indireto com “Namorou-se dela extremamente.” (A. Gar-
sentido de “desejar muito” – não admite “lhe” ret) (transitivo direto e indireto com sentido de
como complemento); “encantar-se”);
� Aspirar: transitivo direto; transitivo indireto � Obedecer/desobedecer: transitivos indiretos
Ex.: Aspiramos o ar puro das montanhas. (transiti- Ex.: Obedeçam à sinalização de trânsito.
vo direto com sentido de “respirar”)
Não desobedeçam à sinalização de trânsito;
Sempre aspiraremos a dias melhores. (transitivo
indireto no sentido de “desejar”); � Pagar: transitivo direto; transitivo indireto; transi-
� Assistir: transitivo direto; transitivo indireto tivo direto e indireto
Ex.: - Transitivo direto ou indireto no sentido de Ex.: Você já pagou a conta de luz? (transitivo direto)
“prestar assistência” Você pagou ao dono do armazém? (transitivo
O médico assistia os acidentados. indireto).
O médico assistia aos acidentados. Vou pagar o aluguel ao dono da pensão. (transitivo
- Transitivo direto no sentido de “ver, presenciar” direto e indireto);
Não assisti ao final da série; � Perdoar: transitivo direto; transitivo indireto;
transitivo direto e indireto
O verbo assistir não pode ser empregado no particípio.
Ex.: Perdoarei as suas ofensas. (transitivo direto)
É incorreta a forma “O jogo foi assistido por milha-
res de pessoas.” A mãe perdoou à filha. (transitivo indireto)
Ela perdoou os erros ao filho. (transitivo direto e
� Casar: intransitivo; transitivo indireto; transitivo indireto);
direto e indireto � Suceder: intransitivo; transitivo direto
Ex.: Eles casaram na Itália há anos. (intransitivo) Ex.: O caso sucedeu rapidamente. (intransitivo no
A jovem não queria casar com ninguém. (transiti- sentido de “ocorrer”).
vo indireto) A noite sucede ao dia. (transitivo direto no sentido
O pai casou a filha com o vizinho. (transitivo dire- de “vir depois”).
to e indireto);
� Chamar: transitivo direto; transitivo seguido de
REGÊNCIA NOMINAL
predicativo do objeto
Ex.: Chamou o filho para o almoço. (transitivo dire-
to com sentido de “convocar”); Alguns nomes (substantivos, adjetivos e advér-
Chamei-lhe inteligente. (transitivo seguido de pre- bios) exigem complementos preposicionados, exceto
dicativo do objeto com sentido de “denominar, quando vêm em forma de pronome oblíquo átono.

25
qualificar”);

7-
� Custar: transitivo indireto; transitivo direto e indi- Advérbios Terminados em “Mente”

84
reto; intransitivo

0.
Ex.: Custa-lhe crer na sua honestidade. (transitivo Os advérbios derivados de adjetivos seguem a

36
indireto com sentido de “ser difícil”)
regência dos adjetivos:
A imprudência custou lágrimas ao rapaz. (transiti- .
71
vo direto e indireto: sentido de “acarretar”) análoga / analogicamente a
-1

Este vinho custou trinta reais. (intransitivo); contrária / contrariamente a


compatível / compativelmente com
ia

� Esquecer: admite três possibilidades


ar

Ex.: Esqueci os acontecimentos. diferente / diferentemente de


M

Esqueci-me dos acontecimentos. favorável / favoravelmente a


a

Esqueceram-me os acontecimentos; paralela / paralelamente a


lv

� Implicar: transitivo direto; transitivo indireto; próxima / proximamente a/de


Si

transitivo direto e indireto relativa / relativamente a


da

Ex.: A resolução do exercício implica nova teoria.


(transitivo direto com sentido de “acarretar”)
ira

Mamãe sempre implicou com meus hábitos. Proposições Semelhantes a Primeira Sílaba dos
re

(transitivo indireto com sentido de “mostrar má Nomes a que se Referem


Pe

disposição”)
Ele implicou-se em negócios ilícitos. (transitivo Alguns nomes regem preposições semelhantes a
u s

direto e indireto com sentido de envolver-se”); sua primeira sílaba. Vejamos:


he

� Informar: transitivo direto e indireto dependente, dependência de


at

Ex.: Referente à pessoa: objeto direto; referente à inclusão, inserção em


M

coisa: objeto indireto, com as preposições de ou inerente em/a


sobre
descrente de/em
Informaram o réu de sua condenação.
Informaram o réu sobre sua condenação. desiludido de/com
Referente à pessoa: objeto direto; referente à coi- desesperançado de
sa: objeto indireto, com a preposição a desapego de/a
Informaram a condenação ao réu; convívio com
� Interessar-se: verbo pronominal transitivo indi- convivência com
reto, com as preposições em e por demissão, demitido de
Ex.: Ela interessou-se por minha companhia; encerrado em
� Namorar: intransitivo; transitivo indireto; transi- enfiado em
tivo direto e indireto imersão, imergido, imerso em
Ex.: Eles começaram a namorar faz tempo. (intran- instalação, instalado em
sitivo com sentido de “cortejar”) interessado, interesse em
Ele vivia namorando a vitrine de doces. (transitivo intercalação, intercalado entre
62 indireto com sentido de “desejar muito”) supremacia sobre
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Locução Verbal
EQUIVALÊNCIA E TRANSFORMAÇÃO
DE ESTRUTURAS Ao invés de usar a forma única do verbo, é pos-
sível substituir o verbo por uma locução verbal e
A reescrita de textos é essencial em vários aspectos, vice-versa.
como para corrigir erros e escrever mais claramente. Exs.:
No contexto dos concursos públicos, para responder
às questões apresentadas, é necessário identificar z Vou solicitar os documentos amanhã / Solicitarei
qual é a opção cuja reescrita mantém o sentido do tex- os documentos amanhã.
to original, sem que haja mudança de compreensão,
baseada na intenção do emissor da mensagem. Verbo por Substantivo e Vice-Versa
A coesão é um dos principais pontos a se obser-
var na produção de um texto e, consequentemente, Pode-se usar um substantivo correspondente no
na reescritura, para manter a coesão e a harmonia lugar de um verbo ou vice-versa, desde que isso faça
do texto. Conjunções, advérbios, preposições e pro- sentido dentro do contexto.
nomes, principalmente, apresentam aspectos que Exs.:
podem transformar completamente o sentido de um
enunciado. Portanto, eles merecem especial atenção. z Caminhar: caminho;
Além disso, até mesmo uma vírgula pode mudar o z Resolver: resolução;
sentido de um enunciado, assim, elas também devem z Trabalhar: trabalho;
ser observadas. z Necessitar: necessidade;
As frases reescritas precisam manter a essência do z Estudar: estudos;
texto base, ou seja, a informação principal. É impor- z Beijar: beijo;
tante observar os tempos verbais empregados e a z O trabalho enobrece o homem / Trabalhar eno-
ordem das palavras também. brece o homem.
Após a reescrita, as frases precisam:
Voz Verbal
z manter o significado original;
z manter a coesão; É possível mudar a voz verbal sem mudar a men-
z não expressar opinião que não esteja na frase sagem do enunciado.
original; Exs.:

25
z respeitar a sequência das ideias apresentadas no

7-
texto original. z Eu fiz todo o trabalho / Todo o trabalho foi feito

84
por mim.

0.
Há algumas maneiras de rescrever um texto. Des-

36
tacaremos aqui o deslocamento dos enunciados e a Palavra por Locução Correspondente
.
71
substituição de palavras ou trechos.
-1

Pode-se, na reescrita, trocar uma palavra por locu-


SUBSTITUIÇÃO ção que corresponda a ela, ou vice-versa.
ia
ar

Ex.:
M

A substituição pode ser realizada por meio de


a

recursos como sinônimos, antônimos, locução ver- z O amor materno é singular / O amor de mãe é
lv

bal, verbos por substantivos e vice-versa, voz verbal, singular.


Si

conectivos, dentre outros.


da

Conectivos com Mesmo Valor Semântico


ira

Sinônimos
Os conectivos são palavras ou expressões que têm
re
Pe

Palavras ou expressões que possuem significados a função de ligar os períodos e parágrafos do texto.
iguais ou semelhantes. Os conectores ou conectivos podem ser conjunções ou
u s

Ex.: advérbios/locuções adverbiais e sempre promovem


he

uma relação entre os termos conectados.


at

z O carro está com algum problema / O automóvel Por meio da substituição de conectivos, é possí-
M

apresentou defeitos. vel modificar e reescrever um trecho sem que haja


mudança de sentido.
Antônimos
LÍNGUA PORTUGUESA

Palavras que possuem significados diferentes, ou Importante!


seja, significados opostos que podem ser usados para Identifique a relação que cada conector indica,
substituir a palavra anterior.
pois, ao substituir um conector por outro que não
Ex.:
possui relação semântica, pode ocorrer mudan-
ça no sentido do texto.
z O homem estava nervoso e inquieto / O senhor
Ao usar um conectivo para substituir outro, é
não estava calmo.
necessário que ambos estabeleçam o mesmo
tipo de relação.

63
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qualquer título, a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.
A seguir, relembraremos algumas das principais Adjetivo
relações que os conectores expressam:
Ex.: Meu novo namorado trabalha com vendas;
z Adição: e, também, além disso, mas também; Meu namorado novo trabalha com vendas.
z Oposição: mas, porém, contudo, entretanto, no Na frase original, o adjetivo “novo” está antes do
entanto; substantivo, e na segunda frase, aparece depois. No
z Causa: por isso, portanto, certamente; entanto, é possível perceber não há mudança de sen-
z Tempo: atualmente, nos dias de hoje, na socieda- tido e que a correção gramatical foi mantida, já que
de atual, depois, antes disso, em seguida, logo, até essa mudança não implica necessidade de vírgula
que; nem provoca erro gramatical.
z Consequência: logo, consequentemente, por con-
sequência; Pronome Indefinido
z Confirmação / Reafirmação: ou seja, nesse senti-
do, nessa perspectiva, em suma, em outras pala- Ex.: Não quero que alguma situação tire nossa paz;
vras, dessa forma; Não quero que situação alguma tire nossa paz.
z Hipótese / Probabilidade: a menos que, mesmo Neste caso, não há mudança de sentido e a cor-
que, supondo que; reção gramatical foi mantida, pois essa mudança não
z Semelhança: do mesmo modo, assim como, bem implica necessidade de vírgula nem provoca erro
como; gramatical.
z Finalidade: a fim de, para, para que, com a finali- Observe o quadro a seguir para sanar suas dúvidas
dade de, com o objetivo de; sobre as diferenças entre os recursos:
z Exemplificação: por exemplo, a exemplo de, isto
é; DIFERENÇAS ENTRE OS RECURSOS
z Ênfase: na verdade, efetivamente, certamente, Deslocamento Substituição
com efeito;
z Dúvida: talvez, por ventura, provavelmente, Substitui determinado termo
Muda um termo de lugar den-
do trecho, mantendo o mes-
possivelmente; tro do próprio enunciado
mo sentido
z Conclusão: portanto, logo, enfim, em suma.
Antes Antes
Ex.: Dessa forma, todos po- Ex.: Dessa forma, todos po-
Dentro de cada um dos grupos de conjunções aci- deremos ir juntos ao local do deremos ir juntos ao local do
ma citados é possível haver substituição entre as con-

25
evento evento
junções sem que haja prejuízo no entendimento final

7-
Depois
do trecho reescrito. Depois

84
Ex.: Todos poderemos, dessa
Ex.: Assim, todos poderemos

0.
forma, ir juntos ao local do
ir juntos ao local do evento

36
DESLOCAMENTO evento
.
71
Deslocamento é o recurso utilizado para reescre-
-1

Este tema da reescrita de textos pode ser aplicado


ver determinado trecho, que se baseia em modificar
tanto a questões de concursos quanto à produção de
ia

de lugar determinados termos. Ou seja: um termo


ar

redações e textos diversos.


que estava no início pode ir para o final do texto e
M

Nas questões, é necessário analisar as opções


vice-versa.
a

dadas para encontrar aquela na qual a escrita esteja


Podemos citar como exemplo os períodos a seguir:
lv

gramaticalmente correta e o sentido original do tex-


Si

to esteja presente, sem mudanças na compreensão.


da

z Faleceu, em São Paulo, o jornalista Ricardo Boechat;


Já nas redações, a reescrita é essencial para corri-
z O jornalista Ricardo Boechat faleceu em São
ira

gir erros e escrever de forma mais clara. Ela auxilia,


Paulo.
re

também, para poder utilizar o texto-base como sub-


Pe

sídio para a escrita, fazendo modificações de alguns


Para reescrever frases utilizando o deslocamen-
trechos e adaptando-os para a sua escrita.
s

to, é necessário observar se há mudança de sentido


u
he

e se a correção gramatical foi mantida. Do mesmo


modo, para analisar uma questão de reescritura, é
at
M

necessário observar qual elemento foi deslocado e


se esse deslocamento provocou mudança de sentido PARALELISMO SINTÁTICO
ou inadequação gramatical.
É possível deslocar os seguintes termos em uma O paralelismo sintático ou gramatical analisa a
oração: ligação entre a função sintática ou morfológica da
oração.
Adjunto Adverbial Os principais elementos coordenativos que estabe-
lecem a boa relação de paralelismo são:
Ex.: Na semana passada, participei de todas as
aulas da faculdade. Participei de todas as aulas da z Conectivos aditivos: e, nem.
faculdade na semana passada. Ex.: “É necessário que você estude e que estipule
Observando os pontos anteriormente menciona- um horário de estudos”.
dos, é possível perceber que neste caso não há mudan- z Correlação de valor aditivo: não só/somente;
ça de sentido, e que a correção gramatical foi mantida, mas/como também tanto/quanto.
já que o adjunto adverbial de tempo no final da ora- Ex.: “Não só corrigiu os erros, como também aju-
64 ção não precisa de vírgula. dou a todos”.
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z Correlação de valor alternativo: ou...ou; quer...
quer; seja...seja.
Ex.: “Seja na alegria, seja na tristeza, estarei ao seu
lado”.

Vejamos alguns exemplos de quebra do paralelis-


mo sintático:

z “Não gosto de calor nem de que faça frio” (primei-


ro objeto indireto é um substantivo, segundo uma
oração);
z “João enriqueceu com investimentos arriscados,
isto é, negociando day trade. (o complemento
de enriquecer é uma expressão nominal, logo, a
explicação após a partícula expletiva, deve ser da
mesma natureza);
z “Não só corrigiu os erros e ajudou a todos” (a cor- Fonte: https://bit.ly/3kETkpl. Acesso em: 16 out. 2020.
relação não só estabelece que o complemento seja
mas/como também); A relação de sentido estabelecida na tirinha é
z “Lamentei não ter feito nada pelo cãozinho e que construída a partir dos sentidos opostos das palavras
ele saísse tão humilhado” (mistura de orações “prende” e “solta”, marcando o uso de antônimos, nes-
reduzida e desenvolvida); se contexto.
z “Aspirei e gostei do ar” (o verbo aspirar é regido
pela preposição “a”, diferente do verbo gostar).

HORA DE PRATICAR!
RELAÇÕES DE SINONÍMIA E 1. (IBFC — 2019) A ortografia estabelece padrões de
ANTONÍMIA escrita das palavras de uma língua. Sendo assim,
assinale a alternativa em que todas as palavras foram
escritas corretamente.

25
SINONÍMIA

7-
a) É um previlégio receber pessoas amigas e conversar

84
São palavras ou expressões que, empregadas em
em quanto se ouve uma boa música.

0.
um determinado contexto, têm significados seme-
b) Tudo mudou derrepente... ele havia trago o que trans-
36
lhantes. É importante entender que a identidade dos
sinônimos é ocasional, ou seja, em alguns contextos formaria sua vida para sempre.
.
71
uma palavra pode ser empregada no lugar de outra, c) Em baixo da mesa, estão os tênis da adolecente que
-1

o que pode não acontecer em outras situações. O não os achava há horas.


ia

uso das palavras “chamar”, “clamar” e “bradar”, por d) Se você pusesse a mão na consciência, não teria tra-
ar

exemplo, pode ocorrer de maneira equivocada se uti- zido este problema para casa.
M

lizadas como sinônimos, uma vez que a intensidade


a

2. (IBFC — 2022) Assinale a alternativa em que todas as


lv

de suas significações é diferente.


palavras estão acentuadas corretamente:
Si

O emprego dos sinônimos é um importante recurso


da

para a coesão textual, uma vez que essa estratégia reve-


la, além do domínio do vocabulário do falante, a capa- a) Alguém, regras, você, português, exemplo.
ira

cidade que ele tem de realizar retomadas coesivas, o b) Alguem, régras, voce, portugues, exêmplo.
re

que contribuiu para melhor fluidez na leitura do texto. c) Alguém, régras, você, portugues, exêmplo.
Pe

d) Alguem, regras, voce, português, exemplo.


s

ANTONÍMIA
u

3. (IBFC — 2021)
he

São palavras ou expressões que, empregadas em


at

um determinado contexto, têm significados opostos. Texto II


M

As relações de antonímia podem ser estabelecidas em


gradações (grande/pequeno; velho/jovem); reciproci- Um asno, vítima da fome e da sede, depois de lon-
dade (comprar/vender) ou complementaridade (ele é ga caminhada, encontrou um campo de viçoso feno
LÍNGUA PORTUGUESA

casado/ele é solteiro). Vejamos o exemplo a seguir: ao lado do qual corria um regato de límpidas águas.
Consumido pela fome e pela sede, começou a hesitar,
não sabendo se antes comia o feno e depois bebia da
água ou se antes saciava a sede e depois aplacava a
fome. Assim, perdido na indecisão, morreu de fome e
de sede.

(Fábula de Buridan, filósofo da Idade Média)

No início do texto II, o personagem “asno” é introdu-


zido ao leitor por meio do “um”, artigo que cumpre o
seguinte papel:
65
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qualquer título, a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.
a) apresenta o substantivo de modo bem específico. 6. (IBFC — 2022)
b) delimita qualidades exclusivas do substantivo.
c) singulariza determinado animal entre seus pares. O texto abaixo é fragmento de um romance do escritor
d) confere ao substantivo uma ideia de indefinição. brasileiro Carlos Heitor Cony.
III
4. (IBFC — 2022) Analise cuidadosamente todos os
substantivos grafados abaixo e quanto a sua clas- Foi uma noite difícil. Nunca dormíramos separados,
sificação, assinale a alternativa que os apresenta uma ou outra chateação dela ou minha não chegava ao
incorretamente. ponto banal de ir dormir no sofá ou no quarto ao lado.
Sabíamos que uma noite juntos punha fim a qualquer
I. Guarda-chuva. aborrecimento. Eu não a podia sentir perto de mim,
II. Girassol. logo a abraçava, não para protegê-la, mas para prote-
III. Café. ger-me, ter certeza de que ela estava ali e era minha.
IV. Cafeteira. E ela tinha um jeito de só dormir segurando a minha
mão. Sem necessidade de palavras e muito menos de
a) Guarda-chuva é um substantivo composto. explicações ou desculpas, terminávamos começando
b) Girassol é um substantivo simples. tudo de novo – e quanto maior e mais fundo tinha sido
c) Café é um substantivo primitivo. o aborrecimento, mais funda e prolongada era a posse.
d) Cafeteira é um substantivo derivado Apesar de tudo, havia constrangimento agora. Ela
soubera, pelo pior caminho, do caso com Teresa. Afi-
5. (IBFC — 2022) nal, era um problema anterior, que acabara com o meu
casamento, Sônia soubera daquele filho de maneira
mais digna, eu próprio lhe revelara não apenas a infi-
Você é mais tênis ou frescobol?
delidade mas sua consequência.
Em nenhum momento achei necessário comentar o
O tênis é um jogo feroz. O seu objetivo é derrotar o mesmo episódio com Mona. Bastava que ela soubes-
adversário. E a sua derrota se revela no seu erro: o se por alto do meu passado, os pontos mais impor-
outro foi incapaz de devolver a bola. Joga-se tênis tantes, afinal, eu lhe prometera contar a história do
para fazer o outro errar. O bom jogador é aquele que mundo e não exatamente a minha história.
tem a exata noção do ponto fraco do seu adversário,
e é justamente para aí que ele vai dirigir a sua cortada (CONY, Carlos Heitor. A casa do poeta trágico. Rio de Janeiro:
- palavra muito Objetiva, 2005, p.126)

25
sugestiva, que indica o seu objetivo sádico, que é o

7-
de cortar, interromper, derrotar. O prazer do tênis se A expressão destacada em “Bastava que ela soubes-

84
encontra, portanto, justamente no momento em que o se por alto do meu passado”(4º§), tem caráter adver-

0.
jogo não pode mais continuar porque o adversário foi bial e expressa um sentido de:

36
colocado fora de jogo. Termina sempre com a alegria
.
71
de um e a tristeza de outro. a) tempo.
b) modo.
-1

O frescobol se parece muito com o tênis: dois jogado-


res, duas raquetes e uma bola. Só que, para o jogo ser c) lugar.
ia

bom, é preciso que nenhum dos dois perca. Se a bola d) meio.


ar

veio meio torta, a gente sabe que não foi de propó-


M

sito e faz o maior esforço do mundo para devolvê-la 7. (IBFC — 2019) Quando eu tinha 5 anos, minha mãe
a
lv

gostosa, no lugar certo, para que o outro possa pegá- sempre me disse que a felicidade era a chave para a
Si

-la. Não existe adversário porque não há ninguém a vida. Quando eu fui para a escola, me perguntaram
da

ser derrotado. Aqui ou os dois ganham ou ninguém o que eu queria ser quando crescesse. Eu escrevi:
ganha. E ninguém fica feliz quando o outro erra - pois “Feliz”. Eles me disseram que eu não entendi a per-
ira

o que se deseja é que ninguém erre. O erro de um, gunta, e eu lhes disse que eles não entendiam a vida
re

no frescobol, é (...) um acidente lamentável que não (John Lennon).


Pe

deveria ter acontecido, pois o gostoso mesmo é aque-


s

le ir e vir, ir e vir, ir e vir... E o que errou pede desculpas; De acordo com as normas de colocação pronominal,
u
he

e o que provocou o erro se sente culpado. Mas não assinale a alternativa incorreta.
tem importância: começa-se de novo este delicioso
at
M

jogo em que ninguém marca pontos... a) [...] minha mãe sempre me disse que a felicidade era a
chave [...].
Adaptado de “Você é mais tênis ou frescobol?” - Rubem Alves. b) Eles me disseram que eu não entendi a pergunta [...].
c) Quando eu fui para a escola, me perguntaram o que
No decorrer do texto, o autor utiliza o adjetivo “sádi- eu queria ser [...].
co”. Assinale a alternativa que apresenta um signifi- d) [...] eu lhes disse que eles não entendiam a vida.
cado equivalente ao adjetivo citado.
8. (IBFC — 2019) Leia o texto abaixo para responder a
a) Compassivo. questão.
b) Perverso.
c) Indulgente. MEMES, É PRA ISSO QUE EU PAGO INTERNET!
d) Aprazível. Por Jaider Morais

É indiscutível que a internet revolucionou nossas


vidas com os serviços, redes sociais e informações
66 em tempo real e sem barreiras geográficas. O tempo,
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qualquer título, a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.
em que ficamos conectados, aumenta a cada dia e indecifrável ao homem comum. Meu vocabulário,
sempre nos deparamos com coisas engraçadas, que quando quero, é um quarto cerrado e, nele me tranco
de repente todo mundo está compartilhando e muitas e jogo fora a chave do entendimento. Dizem-me que
vezes nem sabemos de onde veio ou qual a referên- as palavras devem ser um instrumento para comuni-
cia. Estamos falando dos memes, uma indústria ace- car-se e que isto é fazer-se entender. Mas eu, que do
lerada que não brinca em serviço. mundo nada entendo, por que razão deveria me fazer
Pra quem gosta desse tipo de conteúdo (quase todo entender?
mundo), é motivo de orgulho morar no país que é con- Sinto o decesso aproximar-se, pelo esvair-se do flui-
siderado um grande e bem sucedido polo industrial do vital, e, sem tempo para o recreio desejado, com
desses maravilhosos conteúdos. Quem nunca leu os ombros arcados pelos compromissos assumidos,
por aí que o Brasil é uma fábrica de memes ou o país tenho no plenilúnio um desejo imarcescível de que
deles, ou ainda que brasileiro faz piada com tudo? haja vida no satélite natural. Talvez, após o decesso,
Pois é, gente. Vamos ver um pouco de como isso sur- eu possa lá estabelecer morada e, vivendo em uma
giu e relembrar alguns clássicos. sociedade singular, haja o recreio em espírito. Na rea-
Em poucas palavras, memes podem ser fotos/dese- lidade. Na iniludível realidade, meu recreio é uma sala
nhos, em muitas vezes com frases em letras garra- ampla. Teto alto. Prateleiras rústicas com farta litera-
fais; gifs ou vídeos curtos; sons ou músicas e textos tura e filosofia. Nenhuma porta ou janela aberta a per-
que quase sempre usam de uma boa dose de humor mitir à passagem do tempo. Uma poltrona aveludada.
e se espalham rapidamente pela internet. A palavra Frio. Lareira acesa. Vinho tinto seco, Malbec.
meme vem de um termo grego e significa “imitação”. O amor? O entregar-se? Não!
Foi usado pela primeira vez, em 1976, pelo escritor Tratar-se-ia apenas de amor próprio. Sem entrega.
britânico Richard Dawkins em seu bestseller “O Gene Apenas eu. Apenas eu e o tempo. Cerrado na sala cer-
Egoísta”. O conceito é bem amplo, mas em resumo rada. Divagando sobre o nada e refletindo sobre tudo.
ele descreveu meme como uma informação que se Imarcescível seria tal momento. Mas a vida. A vida é
multiplica de cérebro em cérebro ou em locais onde a singular ao tempo, pois que o tempo é eterno, e a cria-
informação é armazenada (como livros). [...] tura humana é botão de rosa, matéria orgânica falí-
A gente adora fazer piada de tudo, né? Seja do entre- vel na passagem do eterno. Sigo... Soerguendo-me...
vistador que cometeu uma gafe ao vivo; da celebrida- Sobrevivo...
de que fez uma cara estranha; do jogador de futebol
que caiu; do gatinho engraçado, dentre muitas outras. (Fonte: Nelson Olivo Capeleti Junior/ Artigos13/04/2018 – JUS
Em minha opinião, o surgimento dos memes para o Brasil)

25
brasileiro é a ilustração daquela frase: “essa arma” é
Analise o enunciado a seguir: “Divagando sobre o

7-
poderosa e não pode cair em mãos erradas”.
nada e refletindo sobre tudo.” Ao que se refere à clas-

84
Não que eu seja velho, mas eu me lembro dos memes
sificação sintática do período anterior, assinale a

0.
que fizeram sucesso em vídeos e animações posta-

36
das nos primórdios das redes sociais ou que eram alternativa correta.
compartilhados por e-mail ou no infravermelho do .
71
celular. “Bebê dançarino”, “Vaca louca” e “A baratinha” a) Período Composto por Subordinação com Oração
-1

são exemplos dos primeiros memes que eclodiram no Subordinada Aditiva.


ia

meio tecnológico. b) Período Composto por Subordinação com Oração


ar

Subordinada Assindética Aditiva.


M

(Fonte: Design com Café) c) Período Composto por Coordenação com Oração
a

Coordenada Sindética Aditiva.


lv

d) Período Composto por Coordenação com Oração


Si

Observe: [...] “eu me lembro dos memes que fizeram


sucesso em vídeos e animações postadas nos pri- Coordenada Assindética Aditiva.
da

mórdios das redes sociais”. Assinale a alternativa


ira

que apresenta o significado incorreto da palavra em 10. (IBFC — 2019) Leia o texto “Como o conceito tradicio-
re

destaque. nal de masculinidade afeta os meninos?” dos escri-


Pe

tores Tory Oliveira e Paula Calçade, para responder a


a) no princípio. questão.
u s

b) no limiar.
he

c) no começo. Como o conceito tradicional de masculinidade afeta os


at

d) no liminar. meninos? (adaptado)


M

Deixar de dizer que ama um amigo, não poder abra-


9. (IBFC — 2020) çar quem se gosta, esconder seus sentimentos e não
poder chorar. Para muitos meninos, essas são algu-
LÍNGUA PORTUGUESA

Sem direito e Poesia mas das regras não escritas das masculinidades.
Nascido dos debates sobre gênero, o conceito de
Eis me aqui, iniludível. Incipiente na arte da escrita, masculinidades abarca as regras sociais delimitadas
desfraldo sentimentos vestindo-os com as palavras aos homens para que eles construam sua maneira de
que lhes atribuem significado. Às vezes dá vontade agir consigo, com o outro e com a sociedade. Muito
ser assim, hermético. Talvez, porque eu sinta que o cedo se aprende que a pena para quem não seguir um
mundo não me entende ou porque, talvez, eu não me código estrito, que define a masculinidade, é ser visto
encaixe harmonicamente no mundo, é que sinto esta como “menos homem”, associado à feminilidade, e,
liberdade em não me fazer entender. É que, talvez, a assim, estar vulnerável à violência e ao bullying dos
vida seja mesmo um mal entendido. pares.
Portanto, despiciendo as opiniões e me faço prolixo. “A maneira como os garotos são criados faz com que
Suasório para o intento de escrever em uma língua aprendam a esconder os sentimentos por trás de uma
67
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máscara de masculinidade” afirma o psicólogo ame- adjetivos, pronomes e numerais. Também os adjeti-
ricano William Pollack no documentário “A Máscara vos recebem modificações dos advérbios. Diante do
em Que Você Vive” (2015). Disponível atualmente exposto, assinale a alternativa que preencha correta e
na Netflix, o filme introduz o debate sobre masculi- respectivamente as lacunas.
nidades de maneira acessível, mostrando como essa
construção rígida do que é ser homem impacta a vida, Os ingressos para a feira agrícola foram
a educação e a saúde de meninos. “Os homens têm caros, mas as novidades valeram a
dificuldade de expressar aquilo que sentem. Em geral, pena, pois saíram todos .
isso se dá por meio da violência: quando está triste,
com raiva, quando sente medo ou insegurança, em a) bastantes / apresentada / maravilhada.
todos esses aspectos, a violência é uma fuga muito b) bastantes / apresentadas / maravilhado.
grande. Temos uma dificuldade de entender os senti- c) bastante / apresentada / maravilhadas.
mentos e de lidar com eles de maneira não violenta”, d) bastante / apresentadas / maravilhados.
explica Caio César Santos, professor de Geografia,
youtuber e pesquisador de masculinidades desde 14. (IBFC — 2021) Para responder a questão a seguir, leia
2015. o fragmento do texto abaixo do romance A Metamor-
fose, de Franz Kafka.
(Fonte: Nova Escola)
Aqueles foram bons tempos, mas que não se repe-
Leia os trechos abaixo, reescritos a partir do texto tiram – ao menos, não com a mesma intensidade –,
lido, e, de acordo com as regras de pontuação pre- embora, de toda forma, Gregor ganhasse o suficiente
sentes na Gramática Normativa da Língua Portugue- para arcar sozinho com as necessidades domésticas.
sa, assinale a alternativa incorreta. À medida que tudo isso foi se tornando costumeiro, a
surpresa e a alegria inicial arrefeceram e, assim, Gre-
a) (...) essas são algumas das regras, para muitos meni- gor entregava o dinheiro com prazer espontâneo e a
nos, não escritas das masculinidades. família, de bom grado, recebia. Apenas a irmã perma-
b) (...) a escola para o pesquisador, pode ser um campo necia mais próxima e afetuosa e, como ela, ao con-
trário de Gregor, era amante da música e sabia tocar
de cobranças dessa performance masculina.
violino com muita graça, ele tinha planos de enviá-la
c) A ausência de discussões, sobre o impacto disso para para o Conservatório no ano seguinte, sem importar-
meninos e meninas, pode resultar em violência dentro -se com os gastos extras que isso acarretaria. Em
do ambiente escolar. conversas com a irmã, nos curtos períodos em que

25
d) (...) isso se dá, em geral, por meio da violência: quan- ficava sem viajar, sempre mencionava o projeto (que

7-
do está triste, com raiva, quando sente medo ou inse- ela considerava lindo, mas impossível de se concre-

84
gurança; em todos esses aspectos, a violência é uma tizar), enquanto os pais demonstravam não aprovar

0.
fuga muito grande. nem um pouco a ideia. Contudo, Gregor pensava mui-

36
to seriamente nisso e pretendia anunciá-lo solene-
11. (IBFC — 2020) A regência verbal ou nominal é a rela- mente na noite de Natal..
71
ção de subordinação existente entre um verbo ou um Todos esses pensamentos, agora inúteis, fervilhavam
-1

nome e seus complementos. A este respeito, assinale em sua cabeça, enquanto ele escutava as conversas,
ia

a alternativa a relação feita corretamente. colado à porta. De vez em quando o cansaço obriga-
ar

va-o a desligar-se, apoiando pesadamente a cabeça


M

a) O Senhor agradeceu o entregador a agilidade na pres- na porta, mas logo recuperava a prontidão, pois sabia
a

que qualquer ruído era ouvido na sala e fazia com que


lv

tação de serviço.
todos se calassem. “Novamente aprontando alguma
Si

b) Há paridade entre os preços de combustíveis em


coisa”, dizia o pai instantes depois, certamente olhan-
da

algumas cidades.
c) Aquela farmácia faz entrega de medicamentos a do para a porta. Passado algum tempo, eles conti-
ira

domicílio. nuavam a trocar palavras entre si.


re

d) Algumas crianças têm ojeriza com palhaços. Na conversa sobre as finanças da família, o pai redun-
Pe

dava nas explicações – seja porque há tempos não


se ocupava disso, seja porque a mãe tinha dificulda-
s

12. (IBFC — 2022) Quanto ao uso da crase, analise as três


u

afirmativas abaixo. des para entender –, e Gregor, com satisfação, tomou


he

conhecimento de que, a despeito da desgraça que


at

I. É proibido o uso da crase antes de nomes masculinos. haviam sofrido, restava-lhes algum capital, que, se
M

II. É facultativo o uso da crase antes de pronomes como: não era muito, ao menos tinha crescido nos últimos
sua, tua e minha. anos por conta dos rendimentos de juros acumula-
III. É obrigatório o uso da crase antes de locuções adver- dos. Além disso, o dinheiro que Gregor entregava
biais, como: à noite e à tarde. (retinha apenas uma pequeníssima parte) não era
gasto integralmente, e pouco a pouco ampliava o
montante economizado. De onde estava, ele aprovou,
Estão corretas as afirmativas:
com a cabeça, o procedimento, contente com a ines-
perada provisão feita pelo pai. Era verdade que aquele
a) I apenas.
dinheiro poderia ter paulatinamente saldado a dívida
b) II apenas.
que o pai tinha com seu patrão, livrando-o daquele
c) III apenas.
constrangimento. Não obstante, ele julgou que pai
d) I, II e III.
havia procedido corretamente.
13. (IBFC — 2022) Sabe-se que a concordância nominal (KAFKA, Franz. A Metamorfose. Trad. Lourival Holt Albuquerque.
busca uma harmonia entre palavras, para tanto, é São Paulo: Abril, 2010, p.40-41)
68 necessário que o substantivo concorde com artigos,
O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para Matheus Pereira da Silva Maria - 171.360.847-25, vedada, por quaisquer meios e a
qualquer título, a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.
Na frase “Contudo, Gregor pensava muito seriamen- Assinale a alternativa correta:
te nisso e pretendia anunciá-lo solenemente na noite
de Natal” (1º§), ocorrem dois pronomes. Sobre eles, é a) O sucesso no jogo em equipe, às vezes, pode ser a
correto afirmar que: derrota na vida.
b) As vitórias e as derrotas são estimuladas pela coope-
a) possuem a mesma classificação morfológica. ração em grupo.
b) o primeiro antecipa uma ideia inédita e o segundo a c) A indefinição do resultado transita entre vitórias e
derrotas, na vida e no futebol.
resgata.
d) O jogo é fator decisivo para a vida em sociedade.
c) ambos fazem referência a algo já dito no texto.
d) fazem referência à segunda pessoa do discurso.
17. (IBFC — 2019) Leia o texto a seguir e responda a
e) o segundo está em posição proclítica em relação ao questão.
verbo.
Meu ideal seria escrever uma história tão engraça-
15. (IBFC — 2022) Leia o texto e depois responda: da que aquela moça que está doente naquela casa
cinzenta quando lesse minha história no jornal risse,
Moraliza o Poeta nos Ocidentes do Sol a Inconstância risse tanto que chegasse a chorar e dissesse – “ai
dos Bens do Mundo meu Deus, que história mais engraçada!” E então a
contasse para a cozinheira e telefonasse para duas
Nasce o Sol, e não dura mais que um dia, Depois da ou três amigas para contar a história; e todos a quem
Luz se segue a noite escura, Em tristes sombras mor- ela contasse rissem muito e ficassem alegremente
re a formosura, Em contínuas tristezas a alegria. espantados de vê-la tão alegre. Ah, que minha histó-
ria fosse como um raio de sol, irresistivelmente louro,
quente, vivo, em sua vida de moça reclusa, enlutada,
Porém se acaba o Sol, por que nascia? doente. Que ela mesma ficasse admirada ouvindo o
Se formosa a Luz é, por que não dura? próprio riso, e depois repetisse para si própria – “mas
Como a beleza assim se transfigura? essa história é mesmo muito engraçada!’[...] -
Como o gosto da pena assim se fia?
(BRAGA, Rubem).
Mas no Sol, e na Luz, falte a firmeza,
Na formosura não se dê constância, Rubem Braga é um escritor contemporâneo muito
E na alegria sinta-se tristeza. conhecido da nossa literatura e considerado um dos
melhores cronistas brasileiros. Ao observar o texto, é

25
Começa o mundo enfim pela ignorância, correto afirmar que:

7-
E tem qualquer dos bens por natureza,

84
A firmeza somente na inconstância. a) O homem escreveu a história engraçada.

0.
b) A história escrita pelo homem fez a mulher ficar feliz.

36
In: MATOS, Gregório de. Obra poética. Org. James Amado. Prep. e c) O desejo do homem é que um dia escreva uma histó-
notas Emanuel Araújo. Apres. Jorge Amado. 3.ed. Rio de Janeiro: .
71
Record, 1992 ria muito engraçada.
-1

d) Ele queria muito que todos comprassem a sua histó-


ria pois era muito engraçada.
ia

Assinale a alternativa correta sobre a figura de lingua-


ar

gem apresentada no texto.


M

18. (IBFC — 2019) Leia o texto abaixo para responder a


a

a) Personificação, quando o autor destaca os elementos questão.


lv
Si

sol e lua
b) Metonímia, em razão dos significados serem modifi- Estudo associa câncer de mama a sedentarismo e
da

cados em parte ou todo, pelo próprio autor alimentação


ira

c) Gradação, onde as ideias são expostas de duas for-


Pesquisa desenvolvida por meio do mestrado em
re

mas: crescente (clímax) ou decrescente (anticlímax)


Ciências da Saúde na Amazônia Ocidental, da Ufac,
Pe

d) Antítese, por se mostrar como um dos principais


pretende avaliar a relação entre sedentarismo, nutri-
recursos estilísticos, baseada nos contrastes, confli-
s

ção e aparecimento de câncer de mama em mulheres


u

tos, dualidades e excessos


he

com mais de 40 anos no Estado do Acre. O estudo


é conduzido pelas mestrandas Carina Hechenber-
at

16. (IBFC — 2021) A partir da leitura do texto abaixo, res- ger e Ramyla Brilhante, com orientação do professor
M

ponda a questão. Miguel Junior Sordi Bortolini.


O projeto de pesquisa “Avaliação do Nível de Atividade
A tensão do futebol é igual à tensão da vida, compos- Física, Estado Nutricional e Qualidade de Vida de Mulhe-
LÍNGUA PORTUGUESA

ta, ambas, pela insegurança de um resultado positivo, res Atendidas no Centro de Controle em Oncologia do
pelo risco e pela incerteza. Na vida, como no futebol, Acre (Cecon)” foi apresentado ao programa em 2018;
nada é definitivo: estamos sempre transitando entre atualmente, se encontra na fase de coleta de dados,
vitórias e derrotas. O futebol constituiu, portanto, per- através da aplicação de questionários a usuárias do
feito paralelo com a vida do homem e em especial serviço de saúde. “São 13 tipos diferentes de câncer
com a vida em sociedade, pois é um jogo que estimu- altamente influenciados pelo sedentarismo; destes, o
la a cooperação em grupo como fator decisivo para a que sofre maior impacto é o de mama”, destaca Miguel
vitória: “No esporte e na vida, a integração é a vitória”, Bortolini. “Se você é uma pessoa ativa, a probabilidade
como salientava um slogan propagandista do Gover- de desenvolver câncer de mama reduz drasticamente.”
no do Presidente Médice. Segundo o Instituto Nacional de Câncer (Inca), o cân-
cer de mama é a segunda neoplasia mais comum em
(M. do C. L. de Oliveira Fernandez. Futebol, fenômeno linguístico) todo o mundo, com 1,7 milhões de casos. A estimati-
va é que para o biênio 2018-2019, somente no Brasil,
69
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qualquer título, a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.
60 mil novos casos entre mulheres sejam confirma- Leia com atenção o trecho da canção “Ai, que sau-
dos para cada ano — um risco estimado de 57 casos dades de Amélia” (trecho I) e, de acordo com a Gra-
a cada 100 mil brasileiras. “Fatores genético-heredi- mática Normativa da Língua Portuguesa, assinale a
tários são responsáveis por até 10% desses casos de alternativa correta.
câncer de mama. Os comportamentais e ambientais,
como alimentação e atividade física, respondem por a) Quando o eu-lírico afirma que “às vezes” Amélia pas-
até 30% dos casos”, enfatiza Carina Hechenberger.[...] sava fome ao seu lado, ele deixa implícito que ela só
A relação entre inatividade física e sedentarismo com via beleza na miséria compartilhada apenas porque
pacientes do Cecon vai ser analisada a partir de uni- essa privação não era constante, era eventual.
verso mínimo de 360 mulheres, conforme indicadores b) Ao afirmar “Aquilo sim que era mulher”, o uso do pro-
sociodemográficos, histórico-familiar, nutricional e de nome demonstrativo “aquilo” revela um problema de
qualidade de vida. Tudo a partir de questionários refe- concordância nominal, já que é um pronome mascu-
rendados internacionalmente. O objetivo é investigar lino que concorda com o termo “mulher”, que é um
se, pelo nível elevado da população com sobrepeso e substantivo feminino.
obesidade no Acre, há também uma maior influência c) A falta de vaidade feminina é vista como qualidade
de diagnóstico positivo para esse tipo de câncer.[...] positiva pelo eu-lírico.
Segundo Miguel Bortolini, ainda não é uma realida- d) A oração “Quando me via contrariado” estabelece
de a realização de exercícios regulares com mulheres uma relação adversativa com a oração seguinte.
com câncer no Estado do Acre, apesar de ser funda-
mental. “Para evitar o câncer de mama, é necessário 20. (IBFC — 2022)
realizar de 150 a 300 minutos de exercícios modera-
dos por semana ou de 75 a 150 minutos de exercícios Texto
vigorosos por semana”, recomenda. “Além disso, é
bom realizar duas sessões por semana de exercícios Saímos de Manaus numa lancha pequena, e no meio
resistidos, como musculação; não se deve esperar a da manhã navegamos no coração do arquipélago das
doença se podemos preveni-la.” Anavilhanas. A ânsia de encontrar Dinaura me deixou
desnorteado. A ânsia e as lembranças da Boa Vida.
(Fonte: UFAC)
A visão do rio Negro derrotou meu desejo de esque-
cer o Uaicurapá. E a paisagem da infância reacendeu
De acordo com o texto, assinale a alternativa correta. minha memória, tanto tempo depois.
Costelas de areia branca e estriões de praia em con-
a) Pesquisas mostram que há 1,7 milhões de casos de
traste com a água escura; lagos cercados por uma
neoplasia, no Brasil, segundo o Instituto Nacional de

25
Câncer (Inca). vegetação densa; poças enormes, formadas pela

7-
b) O Centro de Controle em Oncologia do Acre (Cecon) vazante, e ilhas que pareciam continente. Seria pos-

84
analisará 360 mulheres saudáveis através de ques- sível encontrar uma mulher naquela natureza tão

0.
tionários referendados internacionalmente. grandiosa? No fim da manhã alcançamos o Paraná

36
c) Devido ao alto nível de população com obesidade ou do Anum e avistamos a ilha do Eldorado. O prático
.
71
sobrepeso no Acre, a investigação tem como objetivo amarrou os cabos da lancha no tronco de uma árvore;
descobrir se há relação com a diagnose positiva do
-1

depois procuramos o varadouro indicado no mapa.


câncer de mama. A caminhada de mais de duas horas na floresta foi
ia

d) Fatores comportamentais e ambientais, como a ali- penosa, difícil. No fim do atalho, vimos o lago do Eldo-
ar

mentação, representam 10% das causas para o cân- rado. A água preta, quase azulada. E a superfície lisa
M

cer de mama. e quieta como um espelho deitado na noite. Não havia


a
lv

beleza igual. Poucas casas de madeira entre a mar-


Si

19. (IBFC — 2019) Leia abaixo um trecho da canção “Ai gem e a floresta. Nenhuma voz. Nenhuma criança,
que saudades da Amélia” (gravada em 1942) do can-
da

que a gente sempre vê nos povoados mais isolados


tor e compositor Ataulfo Alves e um trecho da canção
do
ira

“Não precisa ser Amélia” (gravada em 2018) da can-


tora e compositora brasileira Bia Ferreira – respecti- Amazonas. O som dos pássaros só aumentava o
re

vamente trechos I e II – para responder à questão. silêncio. Numa casa com teto de palha pensei ter vis-
Pe

to um rosto. Bati à porta, e nada. Entrei e vasculhei os


s

Trecho I dois cômodos separados por um tabique1 da minha


u
he

Ai, Meu Deus, que saudade da Amélia/ Aquilo sim é altura.


Um volume escuro tremia num canto. Fui até lá, me
at

que era mulher(B)/ Às vezes(A) passava fome ao meu


M

lado/ E achava bonito não ter o que comer/ Quando agachei e vi um ninho de baratas-cascudas. Sen-
me via contrariado/ Dizia: “Meu filho, o que se há de ti um abafamento, o cheiro e o asco dos insetos me
fazer!”/ Amélia não tinha a menor vaidade/ Amélia é deram um suadouro. Lá fora, a imensidão do lago e da
que era mulher de verdade. (Ataulfo Alves) floresta.
E silêncio. Aquele lugar tão bonito, o Eldorado, era
(Fonte: Letras.mus) habitado pela solidão. No fim do povoado encontra-
mos uma casa de farinha. Escutamos uns latidos; o
Trecho II prático apontou uma casa na sombra da floresta. Era
Me deram um palco e eu vou cantar/ Canto pela tia a única coberta de telhas, com uma varanda protegi-
que é silenciada/ Dizem que só a pia é seu lugar / Pela da por treliça de madeira e uma lata com bromélias
mina que é de quebrada/ Que é violentada e não pode ao lado da escadinha. Um ruído no lugar. Na porta vi
estudar (...) Dona de casa limpa, lava e passa/ Mas
o rosto de uma moça e fui sozinho ao encontro dela.
fora do lar não pode trabalhar/ Não precisa ser Amélia
pra ser de verdade/ Cê tem a liberdade pra ser quem Escondeu o corpo e eu perguntei se morava ali.
você quiser/. (Bia Ferreira)
(HATOUM, Milton. Órfãos do Eldorado. São Paulo: Companhia das
Letras, 2008, p.101-102)1 divisória, tapume
70 (Fonte: Letras.mus)
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qualquer título, a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.
O texto é uma narrativa apresentada ao leitor por
meio de uma perspectiva:

a) crítica, marcada pelo distanciamento de um narrador


observador.
b) futurista, revelando uma sequência de fatos que ainda
irão ocorrer.
c) subjetiva, explicitada pela presença de um narrador
personagem.
d) afetiva, pautada nas experiências de um personagem
secundário.

9 GABARITO

1 D

2 A

3 D

4 B

5 B

6 B

7 C

8 D

9 C

10 B

25
11 B

7-
84
12 D

0.
36
13 D
.
71
14 C
-1

15 D
ia
ar

16 C
M
a

17 C
lv
Si

18 C
da

19 C
ira
re

20 C
Pe
u s
he

ANOTAÇÕES
at
M

LÍNGUA PORTUGUESA

71
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25
7-
84
0.
. 36
71
-1
ia
ar
M
a
lv
Si
da
ira
re
Pe
u s
he
at
M

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CONCEITO USO COMENTÁRIOS

Ambiente seguro que exige


identificação, podendo estar
restrito a um local, que pode-
NOÇÕES DE Intranet
Conexão com
autenticação
rá acessar a Internet ou não. A
Intranet utiliza o mesmo proto-

INFORMÁTICA colo da Internet, o TCP, poden-


do usar o UDP também

Conexão remota segura, pro-


tegida com criptografia, entre
Conexão entre
dois dispositivos, ou duas
Extranet dispositivos ou
CONCEITO DE INTERNET E INTRANET redes
redes. O acesso remoto é ge-
ralmente suportado por uma
VPN
A Internet é a rede mundial de computadores que
surgiu nos Estados Unidos com propósitos militares,
para proteger os sistemas de comunicação em caso de Os editais costumam explicitar Internet e Intranet,
ataque nuclear, durante a Guerra Fria. mas também questionam Extranet. A conexão remota
Na corrida atrás de tecnologias e inovações, Esta- segura que conecta Intranet’s através de um ambiente
dos Unidos e União Soviética lançavam projetos que inseguro que é a Internet, é naturalmente um resulta-
procuravam proteger as informações secretas de do das redes de computadores.
ambos os países e seus blocos de influência.
ARPANET, criada pela ARPA, sigla para Advanced
Research Projects Agency, era um modelo de troca e com- INTERNET, INTRANET E EXTRANET
partilhamento de informações que permitisse a descen-
Redes de
tralização das mesmas, sem um ‘nó central’, garantindo a computadores
continuidade da rede mesmo que um nó fosse desligado.
A troca de mensagens começou antes da própria
Internet. Logo, o e-mail surgiu primeiro, e depois veio Internet Intranet Extranet
a Internet como conhecemos e usamos. Rede mundial de Acesso remoto
Rede local de
Ela passou a ser usada também pelo meio educa- computadores acesso restrito seguro

25
cional (universidades) para fomentar a pesquisa aca-

7-
dêmica. No início dos anos 90 ela se tornou aberta e Utiliza os mesmos

84
comercial, permitindo o acesso de todos. Protocolos TCP/IP protocolos da Protocolos seguros

0.
Internet

36
Padrão de Criptografia em
Família TCP/IP
comunicação VPN
.
71
-1

Usuário Modem A Internet é transparente para o usuário. Qualquer


ia

Internet usuário poderá acessá-la sem ter conhecimento técnico


Provedor de Acesso
ar

dos equipamentos que existem para possibilitar a conexão.


M

Figura 1. Para acessar a Internet, o usuário utiliza um modem que se


a

conecta a um provedor de acesso através de uma linha telefônica NAVEGAÇÃO NA INTERNET


lv
Si

A navegação na Internet é possível através da com- Nos concursos públicos e no dia a dia, estes são os
da

binação de protocolos, linguagens e serviços, operan- itens mais utilizados pelas pessoas para acessar o con-
ira

do nas camadas do modelo OSI (7 camadas) ou TCP (5 teúdo disponível na Internet.


re

camadas ou 4 camadas). As informações armazenadas em servidores,


Pe

A Internet conecta diversos países e grandes cen- sejam páginas web ou softwares como um serviço
tros urbanos por meio de estruturas físicas chamadas
s

(SaaS – camada mais alta da Computação na Nuvem),


u

de backbones. São conexões de alta velocidade que são acessadas por programas instalados em nossos
he

permitem a troca de dados entre as redes conectadas. dispositivos. São eles:


at

O usuário não consegue se conectar diretamente no


M

backbone. Ele deve acessar um provedor de acesso ou z Navegadores de Internet ou browsers, para con-
NOÇÕES DE INFORMÁTICA

uma operadora de telefonia através de um modem, e teúdo em servidores web;


a empresa se conecta na “espinha dorsal”. z Softwares de correio eletrônico, para mensa-
Após a conexão na rede mundial, o usuário deve gens em servidores de e-mail;
utilizar programas específicos para realizar a navega- z Redes Sociais, para conteúdos compartilhados
ção e acesso ao conteúdo oferecido pelos servidores. por empresas e usuários;
z Sites de Busca, como o Google Buscas e Microsoft
CONCEITO USO COMENTÁRIOS Bing, para encontrar informações na rede mundial;
z Grupos de Discussão, tanto no contexto de
Conhecida como nuvem e WhatsApp e Telegram, como no formato clássico
também como World Wide do Facebook e Yahoo Grupos.
Web, ou WWW, a Internet é um
Conexão entre
Internet ambiente inseguro, que utiliza Este tópico é muito prático e nos concursos públi-
computadores
o protocolo TCP para conexão
cos são questionados os termos usados nos diferentes
em conjunto a outros para
aplicações específicas
softwares, como “Histórico”, para nomear a lista de
informações acessadas por um navegador de Internet. 73
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qualquer título, a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.
Ao navegar na Internet, comece a observar os deta- Ele substituiu o aplicativo Leitor, tornando-se o
lhes do seu navegador e as mensagens que são exi- visualizador padrão de arquivos PDFs no Windows
bidas. Estes são os itens questionados em concursos 10. Foram adicionados recursos que permitem ‘Dese-
públicos. nhar’ sobre o conteúdo do PDF.
Mantém as características dos outros navegado-
res de Internet, como a possibilidade de instalação de
Ferramentas e Aplicativos Comerciais de Navegação extensões ou complementos, também chamados de
plugins ou add-ons, que permitem adicionar recursos
As informações armazenadas em servidores web específicos para a navegação em determinados sites.
são arquivos (recursos) identificados por um endere- As páginas acessadas poderão ser salvas para aces-
ço padronizado e único (endereço URL), exibidas em sar off-line, marcadas como preferidas em Favoritos,
um browser ou navegador de Internet. consultadas no Histórico de Navegação ou salvas
Eles são usados nas redes internas, pois a Intranet como PDF no dispositivo do usuário.
Coleções no Microsoft Edge, é um recurso exclusivo
utiliza os mesmos protocolos, linguagens e serviços da
para permitir que a navegação inicie em um dispositi-
Internet. vo e continue em outro dispositivo logado na mesma
Confira a seguir os principais navegadores de Inter- conta Microsoft. Semelhante ao Google Contas, mas
net disponíveis no mercado. nomeado como Coleções no Edge, permite adicionar
sugestões do Pinterest.
NAVEGADOR DESENVOLVEDOR CARACTERÍSTICAS Outro recurso específico do navegador é a repro-
Edge
dução de miniaturas de vídeos ao pesquisar no site
Navegador padrão do Microsoft Bing (buscador da Microsoft).
Windows 10, que subs-
Microsoft Internet Explorer
tituiu o Microsoft Inter-
net Explorer
Foi o navegador padrão dos sistemas Windows,
Internet Navegador padrão do e encerrou na versão 11. Alguns concursos ainda o
Explorer Windows 7, um dos questionam. Suas funcionalidades foram mantidas no
mais questionados em Microsoft Edge, por questões de compatibilidade.
Microsoft A compatibilidade é um princípio no desenvolvi-
concursos públicos, por
ser integrante do siste- mento de substitutos para os programas, que deter-
ma operacional mina que a nova versão ou novo produto, terá os
Firefox
recursos e irá operar como as versões anteriores ou

25
Software livre e multi- produtos de origem.

7-
Mozilla
plataforma que é leve, O atalho de teclado para abrir uma nova janela de

84
intuitivo e altamente navegação InPrivate é Ctrl+Shift+P.

0.
expansível As Opções de Internet, disponível no menu Fer-

36
ramentas, também poderá ser acessado pelo Painel
Chrome .
de Controle do Windows, devido à alta integração do
71
Um dos mais populares
navegador com o sistema operacional.
-1

navegadores do merca-
Google
do, multiplataforma e
ia

de fácil utilização Mozilla Firefox


ar
M

Safari
O Mozilla Firefox é o navegador de Internet que,
Desenvolvido original-
a

como os demais browsers, possibilita o acesso ao con-


lv

mente para aparelhos da


teúdo armazenado em servidores remotos, tanto na
Si

Apple Apple, atualmente está


Internet como na Intranet.
disponível para outros
da

sistemas operacionais É um navegador com código aberto, software livre,


que permite download para estudo e modificações.
ira

Opera Possui suporte ao uso de applets (complementos de


re

Navegador leve com terceiros), que são instalados por outros programas
Pe

proteções extras contra


Opera no computador do usuário, como o Java.
rastreamento e minera-
s

Oferece o recurso Firefox Sync, para sincronização


u

ção de moedas virtuais


de dados de navegação, semelhante ao Microsoft Con-
he

tas e Google Contas dos outros navegadores. Entretan-


at

to, caso utilize o modo de navegação privativa, estes


M

Microsoft Edge dados não serão sincronizados.


Assim como nos outros navegadores, é possível
Navegador multiplataforma da Microsoft, padrão definir uma página inicial padrão, uma página inicial
no Windows 10, atualmente é desenvolvido sobre escolhida pelo usuário (ou várias páginas) e continuar
o kernel (núcleo) Google Chromium, o que traz uma a navegação das guias abertas na última sessão.
série de itens semelhantes ao Google Chrome. No navegador Firefox, o recurso Captura de Tela
permite copiar para a Área de Transferência do com-
Integrado com o filtro Microsoft Defender SmartS-
putador, parte da imagem da janela que está sendo
creen, permite o bloqueio de sites que contenham acessada. A seguir, em outro aplicativo o usuário
phishing (códigos maliciosos que procuram enganar o poderá colar a imagem capturada ou salvar direta-
usuário, como páginas que pedem login/senha do car- mente pelo navegador.
tão de crédito). Snippets fazem parte do navegador Firefox. Eles ofe-
Outro recurso de proteção é usado para combater recem pequenas dicas para que você possa aproveitar
vulnerabilidades do tipo XSS (cross-site-scripting), que ao máximo o Firefox. Também pode aparecer novida-
favorecem o ataque de códigos maliciosos ao compar- des sobre produtos Firefox, missão e ativismo da Mozil-
74 tilhar dados entre sites sem permissão do usuário. la, notícias sobre integridade da internet e muito mais.
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qualquer título, a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.
Google Chrome O Google Chrome permite a personalização com
temas, que são conjuntos de imagens e cores combina-
O navegador mais utilizado pelos usuários da das para alterar a visualização da janela do aplicativo.
Internet é oferecido pela Google, que mantém serviços
como Buscas, E-mail (Gmail), vídeos (Youtube), entre Conceitos e Funções Válidas para Todos os
muitos outros. Navegadores
Uma das pequenas diferenças do navegador em
relação aos outros navegadores é a tecla de atalho
para acesso à Barra de Endereços, que nos demais é z Modo normal de navegação: as informações
F4 e nele é F6. Outra diferença é o acesso ao site de serão registradas e mantidas pelo navegador. His-
pesquisas Google, que oferece a pesquisa por voz se tórico de Navegação, Cookies, Arquivos Temporá-
você acessar pelo Google Chrome. rios, Formulários, Favoritos e Downloads;
Outro recurso especialmente útil do Chrome é o z Modo de navegação anônima: as informações
Gerenciador de Tarefas, acessado pelo atalho de tecla- de navegação serão apagadas quando a janela for
do Shift+Esc. Quando guias ou processos do navegador fechada. Apenas os Favoritos e Downloads serão
não estiverem respondendo, o gerenciador de tarefas mantidos;
poderá finalizar, sem finalizar todo o programa. z Dados de formulários: informações preenchidas
Alguns recursos do navegador são ‘emprestados’
em campos de formulários nos sites de Internet;
do site de buscas, como a tradução automática de
páginas pelo Google Tradutor. z Favoritos: endereços URL salvos pelo usuário
É possível compartilhar o uso do navegador com para acesso posterior. Os sites preferidos do usuá-
outras pessoas no mesmo dispositivo, de modo que rio poderão ser exportados do navegador atual e
cada uma tenha suas próprias configurações e arqui- importados em outro navegador de Internet;
vos. O navegador Google Chrome possui níveis dife- z Downloads: arquivos transferidos de um servidor
rentes de acessos, que podem ser definidos quando o remoto para o computador local. Os gerenciadores
usuário conecta ou não em sua conta Google. de downloads permitem pausar uma transferência
ou buscar outras fontes caso o arquivo não esteja
z Modo Normal: sem estar conectado na conta Goo- mais disponível;
gle, o navegador armazena localmente as informa- z Uploads: arquivos enviados do computador local
ções da navegação para o perfil atual do sistema para um servidor remoto;
operacional. Todos os usuários do perfil, poderão
z Histórico de navegação: são os endereços URL
consultar as informações armazenadas;
z Modo Normal conectado na conta Google: o acessados pelo navegador em modo normal de

25
navegador armazena localmente as informações navegação;

7-
da navegação e sincroniza com outros dispositivos z Cache ou arquivos temporários: cópia local dos

84
conectados na mesma conta Google; arquivos acessados durante a navegação;

0.
z Modo Visitante: o navegador acessa a Internet, mas z Pop-up: janela exibida durante a navegação para

36
não acessa as informações da conta Google registrada; funcionalidades adicionais ou propaganda;
z Modo de Navegação Anônima: o navegador aces- .
71
z Atualizar página: acessar as informações armaze-
sa a Internet e apaga os dados acessados quando a
-1

nadas na cópia local (cache);


janela é fechada. z Recarregar página: acessar novamente as infor-
ia

mações no servidor, ignorando as informações


ar
M

armazenadas nos arquivos temporários;


Importante!
a

z Formato PDF: os arquivos disponíveis na Internet


lv

A navegação anônima é um recurso que muitos no formato PDF podem ser visualizados direta-
Si

usuários utilizam para aumentar a sua privacida- mente no navegador de Internet, sem a necessida-
da

de enquanto navega na Internet. Entretanto, ela de de programas adicionais.


ira

não te deixa anônimo. As informações acessa-


re

das serão registradas em dispositivos na rede e Recursos de Sites, Combinados com os Navegadores
Pe

pelos servidores que foram acessados. de Internet


u s

z Cookies: arquivos de texto transferidos do ser-


he

O navegador Google Chrome, quando conectado vidor para o navegador, com informações sobre
at

em uma conta Google, permite que a exclusão do his- as preferências do usuário. Eles não são vírus de
M

tórico de navegação seja realizada em todos os dis- computador, pois códigos maliciosos não podem
NOÇÕES DE INFORMÁTICA

positivos conectados. Esta funcionalidade não estará infectar arquivos de texto sem formatação;
disponível, caso não esteja conectado na conta Google. z Feeds RSS: quando o site oferece o recurso RSS,
Como já dito, um dos atalhos de teclado diferente o navegador receberá atualizações para a página
no Google Chrome em comparação aos demais nave-
assinada pelo usuário. O RSS é muito usado entre
gadores é F6. Para acessar a barra de endereços nos
sites para troca de conteúdo;
outros navegadores, pressione F4. No Google Chrome
z Certificado digital: os navegadores podem utili-
o atalho de teclado é F6.
Para verificar a versão atualmente instalada do zar chaves de criptografia com mais de 1024 bits,
Chrome, acesse no menu a opção “Ajuda” e depois ou seja, aceitam certificados digitais para valida-
“Sobre o Google Chrome”. Se houver atualizações pen- ção de conexões e transferências com criptografia
dentes, elas serão instaladas. Se as atualizações foram e segurança;
instaladas, o usuário poderá reiniciar o navegador. z Corretor ortográfico: permite a correção dos
Caso o navegador seja reiniciado, ele retornará nos textos digitados em campos de formulários, a par-
mesmos sites que estavam abertos antes do reinício, tir de dicionários on-line disponibilizados pelos
com as mesmas credenciais de login. desenvolvedores dos navegadores. 75
O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para Matheus Pereira da Silva Maria - 171.360.847-25, vedada, por quaisquer meios e a
qualquer título, a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.
Atalhos de Teclado Vamos conferir os endereços URL a seguir e suas
características.
z Para acessar a barra de endereços do navegador,
pressione F4 ou Ctrl+E. No Google Chrome é F6; ENDEREÇO URL
z Para abrir uma nova janela, pressione Ctrl+N; CARACTERÍSTICAS
FICTÍCIO
z Para abrir uma nova janela anônima no Microsoft
Edge ou Google Chrome, pressione Ctrl+Shift+N. No Usando o protocolo http, aces-
Internet Explorer e Mozilla Firefox é Ctrl+Shift+P; saremos o servidor abc, que é
z Para fechar uma janela, pressione Alt+F4; comercial (.com), no Brasil (.br).
z Para abrir uma nova guia, pressione Ctrl+T; Acessaremos a divisão multimí-
z Para fechar uma guia, pressione Ctrl+F4 ou Ctrl+W; http://www.abc. dia (www) com arquivos textuais,
z Para reabrir uma guia fechada, pressione Ctrl+ com.br/ vídeos, áudios e imagens. O re-
Shift+T; curso acessado é o index.html,
z Para aumentar o zoom, o usuário pode pressionar entendido automaticamente pelo
Ctrl + = (igual); navegador, por não ter nenhuma
z Para reduzir o zoom, o usuário pode pressionar especificação de recurso no fim
Ctrl + - (menos); Usando o protocolo https, aces-
z Definir zoom em 100% – Ctrl+0 (zero); saremos o servidor abc, que é
z Para acessar a página inicial do navegador – Alt+Home; https://mail.abc. comercial (.com) e pode estar
z Para visualizar os downloads em andamento ou com/caixa s/ registrado nos Estados Unidos.
concluídos – Ctrl+J; inbox/ Acessaremos o diretório caixas,
z Localizar um texto no conteúdo textual da página subdiretório inbox. Acessaremos
– Ctrl+F; o serviço mail no servidor
z Atualizar a página – F5;
z Recarregar a página – Ctrl+F5. Usando o protocolo de transferên-
cia de arquivos ftp, acessaremos
ftp://ftp.abc.g o servidor ftp da instituição go-
Nos navegadores de Internet, os links poderão ser
ov.br/edital.pdf vernamental (gov) brasileira (br)
abertos de 4 formas diferentes.
chamada abc, que disponibiliza o
recurso edital.pdf
z clique - abre o link na guia atual;
z clique + CTRL - abre o link em uma nova guia;
Outra forma de analisar um endereço URL é na sua

25
z clique + SHIFT - abre o link em uma nova janela;
sintaxe expandida. Quando navegamos em sites na

7-
z clique + ALT - faz download do arquivo indicado
Internet, nos deparamos com aquelas combinações de

84
pelo link.
símbolos que não parecem legíveis. Mas, como tudo

0.
na Internet está padronizado, vamos ver as partes de

36
CONCEITOS DE URL
um endereço URL ‘completão’.
.
71
Confira:
Na Internet, as informações (dados) são arma-
-1

zenadas em arquivos nos servidores de Internet. Os esquema://domínio:porta/caminho/recurso?-


ia

servidores são computadores, que utilizam pastas ou querystring#fragmento


ar

diretórios para o armazenamento de arquivos. Ao


M

acessarmos uma informação na Internet, estamos Onde “esquema” é o protocolo que será usado na
a

acessando um arquivo. Mas como é a identificação


lv

transferência.
Si

deste arquivo? Como acessamos estas informações?


Por meio de um endereço URL. z “domínio” é o nome da máquina, o nome do site;
da

O endereço URL (Uniform Resource Locator) que z “:” e “porta”, indicam qual, entre as 65536 portas
ira

define o endereço de um recurso na rede. Na sua tra- TCP, serão usadas na transferência.
re

dução literal, é Localizador Uniforme de Recursos, e z “caminho” indica as pastas no servidor, que é um
Pe

possui a seguinte sintaxe: computador com muitos arquivos em pastas;


z “recurso” é o nome do arquivo que está sendo
u s

protocolo://máquina/caminho/recurso acessado;
he

z “?” é para transferir um parâmetro de pesquisa,


at

z “protocolo” é a especificação do padrão de comu- usado especialmente em sites seguros;


M

nicação que será usado na transferência de dados. z “#” é para especificar qual é a localização da infor-
Poderá ser http (Hyper Text Transfer Protocol – mação dentro do recurso acessado (marcas).
protocolo de transferência de hipertexto), ou https
(Hyper Text Transfer Protocol Secure – protocolo Exemplo:
seguro de transferência de hipertexto), ou ftp (File
https://outlook.live.com:5012/owa/hotmail?path=/mail/
Transfer Protocol – protocolo de transferência de inbox#open
arquivos), entre outros;
z “://” faz parte do endereço URL para identificar esquema: https://
que é um endereço na rede e não um endereço domínio: outlook.live.com
local como “/” no Linux ou “:\” no Windows; porta: 5012
z “máquina” é o nome do servidor que armazena a
caminho: /owa/
informação que desejamos acessar;
z “caminho” são as pastas e diretórios onde o arqui- recurso: hotmail
vo está armazenado; querystring: path=/mail/inbox
z “recurso” é o nome do arquivo que desejamos
fragmento: open
76 acessar.
O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para Matheus Pereira da Silva Maria - 171.360.847-25, vedada, por quaisquer meios e a
qualquer título, a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.
Quando o usuário digita um endereço URL no seu „ protocolo mais utilizado para navegação, tanto
navegador, um servidor DNS (Domain Name Server – na Internet como na Intranet;
servidor de nomes de domínios) será contactado para „ as tags (comandos) HTML são interpretadas pelo
traduzir o endereço URL em número de IP. A infor-
navegador de Internet, que exibe o conteúdo;
mação será localizada e transferida para o navegador
que solicitou o recurso. „ Arquivos HTML podem ser produzidos em edi-
tores de textos sem formatação (como o Bloco
de Notas) ou em editores de textos completos
(como o Microsoft Word).
Servidor DNS
HTTP - Hyper Text Transfer Protocol - protocolo de transferência de
hipertextos — Porta TCP 80

Internet
Endereço URL HTTP - request (requisição)
Usuário

Figura 2. Os endereços URL’s são reconhecíveis pelos usuários, mas HTTP - response (resposta)
os dados são armazenados em servidores web com números de Cliente WEB
Servidor WEB
IP. O servidor DNS traduz um URL em número de IP, permitindo a
navegação na Internet.
z HTTPS – Hyper Text Transfer Protocol Secure:
Dica protocolo seguro de transferência de hipertextos:

Os endereços URLs apontam para recursos na „ opera pela porta TCP 443;
rede, que na verdade são arquivos. Os servidores
„ transfere arquivos HTML, ASP, PHP, JSP, DHTML
são computadores e todos os dados armazena-
etc.;
dos neles são arquivos. As pastas são identifica-
das no endereço URL como o caminho, dentro da „ protocolo mais utilizado para navegação segu-
árvore de diretórios do servidor. ra, tanto na Internet como na Intranet;
„ as tags (comandos) HTML não mudam, mas pos-
LINKS suem comandos adicionais (scripts) que com-
plementam a exibição de conteúdo específico;
Transferência de Informação e Arquivos

25
„ utiliza criptografia, acionando camadas adicio-

7-
Cada sistema operacional tem o seu sistema de nais como SSL e TLS na conexão;

84
arquivos, para endereçamento das informações arma-

0.
zenadas nos discos de armazenamento. Diretamente, HTTP - Hyper Text Transfer Protocol Secure - protocolo seguro de transferência de

36
não é possível a comunicação ou leitura destes dados. hipertextos - Porta TCP 443
A família de protocolos TCP/IP procura normatizar .
71
o envio e recebimento das informações entre disposi-
-1

HTTPS - request (requisição)


tivos conectados em rede, através dos protocolos de
ia

transferência. Um protocolo é um padrão de comuni- Cliente WEB


ar

cação, uma linguagem comum aos dois dispositivos HTTPS - certificado digital
M

Identidade confirmada
envolvidos na comunicação, que possibilita a transfe-
a

rência de dados.
lv

Servidor WEB
Alguns dos principais protocolos de transferência
Si

HTTPS - response (resposta)


de arquivos são:
da

„ o protocolo HTTPS é o mais questionado em pro-


ira

z HTTP – Hyper Text Transfer Protocol: protocolo


de transferência de hipertextos; vas de concursos, tanto em Conceitos de Internet
re

z HTTPS – Hyper Text Transfer Protocol Secure: e Intranet, como em Transferência de dados e
Pe

protocolo seguro de transferência de hipertextos; arquivos, como em Segurança da Informação.


u s

z FTP – File Transfer Protocol: protocolo de trans-


he

ferência de arquivos; z FTP – File Transfer Protocol: protocolo de trans-


at

z SMTP – Simple Mail Transfer Protocol: protoco- ferência de arquivos:


M

lo simples de transferência de e-mail.


„ opera com duas portas TCP, uma para dados
NOÇÕES DE INFORMÁTICA

Conhecer o funcionamento dos protocolos de Inter- (20) e outra para comandos (21);
net auxilia na compreensão das tarefas cotidianas que „ transfere qualquer tipo de informação;
envolvem as redes de computadores. Mensagens de
erros, problemas de conexão, instabilidades e proble- „ pode transferir em modo byte a byte (arquivos
mas de segurança da informação se tornam mais claros de textos) ou bit a bit (arquivos executáveis);
para quem conhece os protocolos e seu funcionamento. „ os navegadores de Internet possuem suporte
para acesso aos servidores FTP;
z HTTP – Hyper Text Transfer Protocol: protocolo
„ o usuário pode instalar um cliente FTP dedicado
de transferência de hipertextos:
ao acesso aos servidores FTP, que opera de forma
„ opera pela porta TCP 80; mais rápida que nos navegadores de Internet;
„ transfere arquivos HTML (Hyper Text Mar- „ pode utilizar criptografia;
kup Language – linguagem de marcação de „ o modo anônimo caiu em desuso, e poucos ser-
hipertextos); vidores FTP ainda aceitam conexão anônima. 77
O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para Matheus Pereira da Silva Maria - 171.360.847-25, vedada, por quaisquer meios e a
qualquer título, a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.
FTP – File Transfer Protocol _ Protocolo de Transferência de arquivos Os nomes entre os navegadores mudam um pouco,
Porta TCP 20 (dados) e 21 (controle)
mas o princípio de funcionamento é semelhante. Outra
FTP – Comando OPEN (iniciar diferença é o atalho de teclado associado. Confira:
transferência)

z Internet Explorer: Navegação InPrivate (Ctrl+Shift+P)


FTP – Comando PUT (para upload,
adicionar arquivos)
Arquivo Editar Exibir FavoritosFerramentas Ajuda
FTP – Comando GET (para download, Excluir Histórico de Navegação Ctrl+Shift+Del
baixar arquivos) Navegação InPrivate Ctrl+Shift+P
Servidor
Cliente
FTP – dados transferidos para a Web
Web
solicitação GET
z Mozilla Firefox: Nova janela privativa (Ctrl+Shift+P)
FTP – comando CLOSE
(finalizar transferência)

z SMTP – Simple Mail Transfer Protocol: protocolo


simples de transferência de e-mail:

„ pode operar pelas portas TCP 25, 587, 465, ou


2525;
„ a porta 25 é a mais antiga, e atualmente é blo-
queada pela maioria dos servidores, para evi-
tar spam;
z Google Chrome: Nova janela anônima (Ctrl+Shift+N)
„ a porta 587 é a padrão, com suporte para TLS
(camada adicional de segurança);
„ a porta 465 foi atribuída para SMTPS (SMTP
sobre SSL), mas foi reatribuída e depreciada;
Nova guia Ctrl+T
„ a porta 2525 não é uma porta oficial, mas mui- Nova janela Ctrl+N
to usada por provedores para substituir a porta Nova janela anônima Ctrl+Shift+N
587, quando ela estiver bloqueada;

25
„ transfere a mensagem de e-mail do cliente

7-
z Microsoft Edge: Nova janela InPrivate (Ctrl+Shift+N)
para o servidor, e de um servidor para outro

84
servidor.

0.
36
SMTP – Simple Mail Transfer Protocol – Protocolo de Transferência
.
71
Simples de E-mail – Porta TCP 25, 587, 465, ou 2525
-1

SMTP – enviar SMTP – enviar


ia

e-mail e-mail
ar
M

Cliente
E-mail Servidor Servidor
a
lv

E-mail E-mail
Si

Dica
da

Cada informação acessada será copiada para o


ira

O protocolo https é o mais questionado em pro- computador local, e então exibida rapidamente em
re

vas de concursos públicos. Implementa seguran- caso de navegação entre páginas (Voltar ou Próximo),
Pe

ça na conexão, possibilitando a troca de dados por meio das ferramentas de navegação de páginas do
s

segura entre o cliente e o servidor. navegador (ou teclas Alt+seta à esquerda para Voltar e
u
he

Alt+seta à direita para Próximo).


SITES Ao pressionar F5, o navegador recarrega a página
at
M

armazenada localmente e exibe novamente na janela


Os sites, como observado, são localizações na rede. do navegador. Os itens diferentes serão confirmados
Um site pode armazenar um conjunto de domínios na sequência.
ou pastas ou arquivos. A primeira página de um site Ao pressionar Ctrl+F5, toda a página é recarregada
é o seu índice (index.html, index.php, home.asp etc.).
na origem, ignorando a cópia local.
e a partir dela poderemos acessar as outras informa-
Todos os dados acessados em modo “normal” de
ções armazenadas.
É possível acessar diretamente uma informação, navegação serão copiados para o computador. Aces-
digitando o seu endereço na Barra de Endereços. sando a pasta de arquivos temporários, é possível
Os recursos de sites acessados pelo usuário serão recuperar algum arquivo que foi acessado recente-
armazenados em uma lista, no computador local, mente e não está disponível no site de origem (como
chamada Histórico. Podemos excluir todo o histórico vídeos, por exemplo).
através das opções de Internet existentes no menu/ Os arquivos temporários aceitam o sinal de inter-
função Ferramentas dos navegadores, ou evitar o seu rogação no nome, porque na simbologia dos servi-
registro, utilizando o modo anônimo de navegação dores, o sinal de interrogação indica que é um item
78 (Navegação InPrivate). temporário, que em breve será excluído.
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qualquer título, a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.
Favoritos BUSCA

São os links de páginas que o usuário adicionou Na Internet, os sites (sítios) de busca e pesquisa têm
em seu bookmarks, dentro de seu navegador web. As como finalidade apresentar os resultados de endere-
informações de favoritos produzem arquivos LNK ços URLs com as informações solicitadas pelo usuário.
(links, atalhos), armazenados na pasta Favoritos, do Google Buscas, da empresa Google, e Microsoft
computador local, do usuário. Bing, da Microsoft, são os dois principais sites de pes-
Os itens existentes em Favoritos não estão disponí- quisa da atualidade. No passado, sites como Cadê,
veis em modo off-line, somente quando conectados à Aonde, Altavista e Yahoo também contribuíram para a
Internet, sujeito à disponibilidade do recurso no servi- acessibilidade das informações existentes na Internet,
dor. Páginas dinâmicas (como o Mural de Recados do indexando em diretórios os conteúdos disponíveis.
Facebook), não serão adicionadas corretamente aos Os sites de pesquisas foram incorporados aos
Favoritos gerando erro no acesso. navegadores de Internet, e na configuração dos bro-
No menu Ferramentas, Opções de Internet, guia wsers temos a opção “Mecanismo de pesquisa”, que
Geral, Excluir Histórico de Navegação, o navegador permite a busca dos termos digitados diretamente na
sugere manter os dados relacionados aos sites Favori- barra de endereços do cliente web. Esta funcionalida-
tos, como cookies e arquivos temporários da Internet de transforma a nossa barra de endereços em uma
que estejam associados, agilizando a navegação do omnibox (caixa de pesquisa inteligente), que preenche
usuário nos sites com os termos pesquisados anteriormente e oferece
Para adicionar a página atual, teclar CTRL+D. Para sugestões de termos para completar a pesquisa.
verificar os itens existentes, teclar CTRL+B.
O Microsoft Edge tem o Microsoft Bing como busca-
dor padrão. O Mozilla Firefox e o Google Chrome têm
Histórico de Navegação
o Google Buscas como buscador padrão. As configura-
ções podem ser personalizadas pelo usuário.
Os recursos de sites acessados pelo usuário serão
Os sites de pesquisas incorporam recursos para ope-
armazenados em uma lista, no computador local,
rações cotidianas, como pesquisa por textos, imagens,
chamada Histórico. Podemos excluir todo o histórico
notícias, mapas, produtos para comprar em lojas on-line,
através das opções de Internet existentes no menu/
efetua cálculos matemáticos, traduz textos de um idio-
função Ferramentas dos navegadores, ou evitar o seu
ma para outro, entre inúmeras funcionalidades. Além
registro, utilizando o modo anônimo de navegação
do mais, eles também ignoram pontuação, acentuação e

25
(incógnito).
não diferenciam letras maiúsculas de letras minúsculas,

7-
mesmo que sejam digitadas entre aspas.

84
z Internet Explorer: Navegação InPrivate
E além de todas estas características, os sites de

0.
36
Arquivo Editar Exibir FavoritosFerramentas Ajuda
pesquisa permitem o uso de caracteres especiais (sím-
bolos) para refinar os resultados e comandos para
.
71
Excluir Histórico de Navegação Ctrl+Shift+Del
Navegação InPrivate Ctrl+Shift+P
selecionar o tipo de resultado da pesquisa. Nos con-
-1

cursos públicos, estes são os itens mais questionados.


ia

z Mozilla Firefox: Janela privativa (via menu) Ao contrário de muitos outros tópicos dos editais
ar

de concursos públicos, esta parte você consegue prati-


M

car, até no seu smartphone. Comece a usar os símbolos


a

Arquivo Editar Exibir Histórico Favoritos Ferramentas Ajuda


lv

Nova aba Ctrl+T e comandos nas suas pesquisas na Internet, e visuali-


Si

Nova janela Ctrl+N ze os resultados obtidos.


da

Nova janela privativa Ctrl+Shift+P


ira

SÍMBOLO USO EXEMPLO


re

z Google Chrome: Janela anônima Pesquisa exata, na


Pe

Aspas mesma ordem que


“Nova Concursos”
duplas forem digitados os
u s

termos
he

Menos ou Excluir termo da concursos


at

Nova guia Ctrl+T

traço pesquisa –militares


M

Nova janela Ctrl+N

concursos
NOÇÕES DE INFORMÁTICA

Nova janela anônima Ctrl+Shift+N


Til (acento) Pesquisar sinônimos
~públicos
Substituir termos na
Cada informação acessada será copiada para o pesquisa, para pes-
computador local, e então exibida rapidamente em quisar “inscrições en-
caso de navegação entre páginas (Voltar ou Próximo), Asterisco cerradas”, e “inscri- inscrições *
através das ferramentas de navegação de páginas do ções abertas”, e “ins-
navegador (ou teclas Alt+seta à esquerda para Voltar, crições suspensas”
e Alt+seta à direita para Próximo). etc.
Todos os dados acessados em modo “normal” de Cifrão Pesquisar por preço celulares $1000
navegação serão copiados para o computador. Aces-
Intervalo de datas ou campeão
sando a pasta de arquivos temporários, é possível Dois pontos
preço 1980..1990
recuperar algum arquivo que foi acessado recente-
mente e não está disponível no site de origem (como Pesquisar em redes Instagram
Arroba
sociais @novaconcursos
vídeos, por exemplo). 79
O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para Matheus Pereira da Silva Maria - 171.360.847-25, vedada, por quaisquer meios e a
qualquer título, a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.
SÍMBOLO USO EXEMPLO Importante!
Pesquisar nas marca- As bancas costumam questionar funcionali-
Hashtags #informática
ções de postagens dades do Microsoft Bing que são idênticas às
funcionalidades do Google Buscas. Ao inserir o
nome do navegador da Microsoft na questão, a
COMANDO USO EXEMPLO banca procura desestabilizar o candidato com a
Resultados de ape- livro site:www.uol. dúvida acerca do recurso questionado.
site
nas um site com.br
Somente um tipo de apostila IMPRESSÃO DE PÁGINAS
filetype
arquivo filetype:pdf
Definição de um O navegador de Internet poderá imprimir a página
define define:smtp que está sendo acessada, se for possível (existem pági-
termo
nas com restrições impostas por scripts Java).
intitle No título da página intitle:concursos No Internet Explorer, é possível escolher as opções
No endereço URL da de configuração de página, disponíveis no menu
inurl inurl:nova Arquivo, Configurar página (imagem a seguir).
página
Pesquisa o horário
time em determinado time:japan
local
related Sites relacionados related:uol.com.br
Versão anterior do
cache cache:uol.com.br
site
Páginas que con-
link:
link tenham link para
novaconcursos
outras
Informações de um location:méxico
location
determinado local terremoto

25
Os comandos são seguidos de dois pontos e não pos-

7-
suem espaço com a informação digitada na pesquisa.

84
O site de pesquisas Google também oferece respos-

0.
tas para pedidos de buscas. O site Microsoft Bing ofe-
rece mecanismos similares.
. 36
71
As possibilidades são quase infinitas, pois os assis-
Configurar Página, do Internet Explorer
-1

tentes digitais (Alexa, Google Assistent, Siri, Cortana)


permitem a pesquisa por voz. Veja alguns exemplos
ia

A configuração da página do Internet Explorer


ar

de pedidos de buscas nos sites de pesquisas.


para impressão está dividida nas configurações para
M

Opções do papel, Margens, Cabeçalhos e Rodapé. Pos-


a
lv

PEDIDO USO EXEMPLO suem três partes (semelhante ao Microsoft Excel),


Si

traduzir maçã sendo esquerda, centro e direita. Em cada local é pos-


traduzir ... para.. Google Tradutor
da

para japonês sível incluir uma informação (e personalizar a fonte


utilizada).
ira

lista telefôni- Páginas com o Lista telefôni- O Mozilla Firefox não possui uma tela própria para
re

ca:número telefone ca:99999-9999 impressão, e utiliza a mesma janela do sistema opera-


Pe

Cotação da bol- cional instalado no computador.


código da ação GOOG
s

sa de valores
u
he

Previsão do
clima localidade clima são paulo
at

tempo
M

Status de um
código do voo ba247
voo (viagens)

Os resultados apresentados pelas pesquisas do


site são filtrados pelo SafeSearch. O recurso procura
filtrar os resultados com conteúdo adulto, evitando
a sua exibição. Quando desativado, os resultados de
conteúdo adulto serão exibidos normalmente.
No Microsoft Bing, na página do buscador www.
bing.com, acesse o menu no canto superior direito e
escolha o item Pesquisa Segura.
No Google, na página do site do buscador www.
google.com, acesse o menu Configurações no can-
to inferior direito e escolha o item Configurações de
Pesquisa.
80
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qualquer título, a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.
Imprimir, do Mozilla Firefox
PROGRAMA CARACTERÍSTICAS

O Microsoft Outlook, integrante do paco-


te Microsoft Office, é um cliente de e-mail
que permite a integração de várias contas
em uma caixa de entrada combinada

O Microsoft Outlook Express foi o clien-


te de e-mail padrão das antigas versões
do Windows. Ainda aparece listado nos
editais de concursos, porém não pode ser
utilizado nas versões atuais do sistema
operacional

Webmail. Quando o usuário utiliza um na-


vegador de Internet qualquer para aces-
@ sar sua caixa de mensagens no servidor
de e-mails, ele está acessando pela mo-
Janela de Impressão do Google Chrome dalidade webmail

Caso seja selecionado o item “Gráficos de segun-


do plano”, as imagens e propagandas serão impres- O Microsoft Outlook possui recursos que permitem
sas também. Caso seja selecionado “Apenas seleção”, o acesso ao correio eletrônico (e-mail), organização
somente a região selecionada será impressa. das mensagens em pastas, sinalizadores, acompanha-
Opcionalmente é possível salvar a página como mento e também recursos relacionados a reuniões e
PDF, muito útil para gravar as informações que compromissos.
seriam impressas em um arquivo PDF no computa- Os eventos adicionados ao calendário poderão ser
dor. O arquivo PDF, formato do Adobe Acrobat, repro- enviados na forma de notificação por e-mail para os
duz exatamente o que seria impresso no papel. participantes.
O Outlook possui o programa para instalação no
computador do usuário e a versão on-line. A versão
Importante! on-line poderá ser gratuita (Outlook.com, antigo Hot-
mail) ou corporativa (Outlook Web Access – OWA, inte-

25
Este é um dos recursos menos questionados. De grante do Microsoft Office 365).

7-
acordo com a impressora que o usuário possui,

84
alguns recursos adicionais poderão aparecer na

0.
caixa de diálogo de impressão, acionada pelo ata-

36
lho de teclado Ctrl+P. Usuário
.
71
-1
ia

@
ar

FERRAMENTAS E APLICATIVOS DE
M

Figura 3. Para acessar as mensagens armazenadas em um servidor


a

NAVEGAÇÃO
lv

de e-mails, o usuário pode usar um cliente de e-mail ou o navegador


Si

de Internet
da

DE CORREIO ELETRÔNICO
Formas de Acesso ao Correio Eletrônico
ira

O e-mail (Electronic Mail, correio eletrônico) é uma


re

forma de comunicação assíncrona, ou seja, mesmo Podemos usar um programa instalado em nosso
Pe

que o usuário não esteja on-line, a mensagem será dispositivo (cliente de e-mail) ou qualquer navegador
armazenada em sua caixa de entrada, permanecendo de Internet para acessarmos as mensagens recebi-
u s

disponível até ela ser acessada novamente. das. A escolha por uma ou por outra opção vai além
he

O correio eletrônico (popularmente conhecido da preferência do usuário. Cada forma de acesso tem
at

como e-mail) tem mais de 40 anos de existência. Foi suas características e protocolos. Confira:
M

um dos primeiros serviços que surgiu para a Internet,


NOÇÕES DE INFORMÁTICA

mantendo-se usual até os dias de hoje. FORMA DE


CARACTERÍSTICAS
ACESSO
PROGRAMA CARACTERÍSTICAS
Protocolo SMTP para enviar mensa-
gens e POP3 para receber. As men-
O Mozilla Thunderbird é um cliente de Cliente de E-mail sagens são transferidas do servidor
e-mail gratuito com código aberto que po- para o cliente e são apagadas da cai-
derá ser usado em diferentes plataformas xa de mensagens remota

O eM Client é um cliente de e-mail gratuito Protocolo IMAP4 para enviar e para


para uso pessoal no ambiente Windows e receber mensagens. As mensagens
Mac. Facilmente configurável. Tem a ver- Webmail são copiadas do servidor para a jane-
são Pro, para clientes corporativos la do navegador e são mantidas na
caixa de mensagens remota

81
O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para Matheus Pereira da Silva Maria - 171.360.847-25, vedada, por quaisquer meios e a
qualquer título, a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.
Dica
RFC é Request for Comments, um documento
Servidor de e-mails
Servidor de e-mails de texto colaborativo que descreve os padrões
de cada protocolo, linguagem e serviço para ser
usado nas redes de computadores.
Receber – POP3 Receber IMAP4
De forma semelhante ao endereço URL para recur-
sos armazenados em servidores, o correio eletrônico
também possui o seu formato.
Usuário Usuário Existem bancas organizadoras que consideram o
formato reduzido usuário@provedor, no enunciado
das questões, em vez do formato detalhado usuário@
Cliente de e-mail Navegador de Internet provedor.domínio.país. Ambos estão corretos.

Figura 4. Usando o protocolo POP3, a mensagem é transferida para CAMPOS DE UM ENDEREÇO DE E-MAIL –
o programa de e-mail do usuário e removida do servidor. Usando USUÁRIO@PROVEDOR.DOMÍNIO.PAÍS
o protocolo IMAP4, a mensagem é copiada para o navegador de
Internet e mantida no servidor de e-mails. COMPONENTE CARACTERÍSTICAS

Antes do símbolo de @, identifica um


Os protocolos de e-mails são usados para a troca Usuário
único usuário no serviço de e-mail
de mensagens entre os envolvidos na comunicação.
O usuário pode personalizar a sua configuração, mas, Significa AT (lê-se “em” ou “no”) e é
em concursos públicos, o que vale é a configuração usado para separar a parte esquerda,
padrão, a qual foi apresentada neste material. @ que identifica o usuário, da parte a
SMTP (Simple Mail Transfer Protocol) é o Protoco- sua direita, que identifica o provedor
lo para Transferência Simples de E-mails usado pelo do serviço de mensagens eletrônicas
cliente de e-mail para enviar para o servidor de men- Imediatamente após o símbolo de
sagens e entre os servidores de mensagens do reme- @, identifica a empresa ou provedor

25
tente e do destinatário. Nome do que armazena o serviço de e-mail (o

7-
POP3 ou apenas POP (Post Office Protocol 3) é o domínio servidor de e-mail executa softwares

84
Protocolo de Correio Eletrônico usado pelo cliente de como o Microsoft Exchange Server por

0.
e-mail para receber as mensagens do servidor remoto, exemplo)

36
removendo-as da caixa de entrada remota. Identifica o tipo de provedor, por
.
71
IMAP4 ou IMAP (Internet Message Access Protocol) exemplo: COM (comercial), .EDU (edu-
-1

é o Protocolo de Acesso às Mensagens via Internet, cacional), REC (entretenimento), GOV


o qual é usado pelo navegador de Internet (sobre os Categoria do
(governo), ORG (organização não go-
ia

domínio
ar

protocolos HTTP e HTTPS) na modalidade de acesso vernamental) etc., de acordo com as


M

webmail, para transferir cópias das mensagens para a definições de Domínios de Primeiro
Nível (DPN) na Internet
a

janela do navegador, mantendo as originais na caixa


lv

de mensagens do servidor remoto.


Si

Informação que poderá ser omitida,


da

quando o serviço está registrado nos


Estados Unidos. O país é informado por
ira

País
duas letras, como: BR, Brasil; AR; Argen-
re

Servidor Exchange Enviar e Receber Servidor Gmail tina; JP; Japão; CN; China; CO; Colômbia;
Pe

SMTP
etc.
Enviar – SMTP
u s

Enviar e Receber
he

Receber – POP3 IMAP4


Quando o símbolo @ é usado no início, antes do
at

nome do usuário, identifica uma conta em rede social.


M

Para o endereço URL do Instagram https://www.ins-


Remetente Destinatário
Cliente
Webmail tagram.com/novaconcursos/, o nome do usuário é @
novaconcursos.
Figura 5. O remetente está usando o programa Microsoft Outlook
(cliente) para enviar um e-mail. Ele usa o seu e-mail corporativo Ao redigir um novo e-mail, o usuário poderá preen-
(Exchange). O e-mail do destinatário é hospedado no servidor Gmail cher os campos disponíveis para destinatário(s), título
e ele utiliza um navegador de Internet (webmail) para ler e responder da mensagem, entre outros. Para enviar a mensagem,
os e-mails recebidos.
é preciso que exista um destinatário informado em
um dos campos de destinatários.
Uso do Correio Eletrônico
Se um destinatário informado não existir no servi-
Para utilizar o serviço de correio eletrônico, o dor de e-mails do destino, a mensagem será devolvida.
usuário deve ter uma conta cadastrada em um serviço Se a caixa de entrada do destinatário não puder rece-
de e-mail. O formato do endereço foi definido inicial- ber mais mensagens, a mensagem será devolvida. Se
mente pela RFC822, redefinida pela RFC2822, e atuali- o servidor de e-mails do destinatário estiver ocupado,
82 zada na RFC5322. a mensagem tentará ser entregue depois.
O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para Matheus Pereira da Silva Maria - 171.360.847-25, vedada, por quaisquer meios e a
qualquer título, a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.
Conheça os elementos e seu papel na criação de um grande número de pessoas. Quando o conteúdo
uma nova mensagem de e-mail: é exclusivamente comercial, esse tipo de mensagem
é chamado de UCE (do inglês Unsolicited Commercial
CAMPOS DE UMA MENSAGEM DE E-MAIL E-mail – e-mail comercial não solicitado). Essas mensa-
gens são marcadas pelo filtro AntiSpam, que procura
CAMPO CARACTERÍSTICAS
identificar mensagens enviadas para muitos destina-
Identifica o usuário que está enviando tários ou com conteúdo publicitário irrelevante para
a mensagem eletrônica, o remetente. o usuário.
FROM (De)
É preenchido automaticamente pelo
sistema Outras Operações com o Correio Eletrônico
Identifica o (primeiro) destinatário da
mensagem. Poderão ser especifica- O usuário poderá sinalizar as mensagens, tanto as
dos vários endereços de destinatários recebidas como as enviadas. Ele poderá solicitar confir-
nesse campo e serão separados por mação de entrega e confirmação de leitura. Vale dizer
TO (Para)
vírgula ou ponto e vírgula (segundo o que as mensagens recebidas podem ser impressas, igno-
serviço). Todos que receberem a men- radas ou, ainda, podem ter seu código-fonte exibido.
sagem conhecerão os outros destina- Confira, a seguir, operações extras para o uso do
tários informados nesse campo correio eletrônico com mais habilidade e profissiona-
Identifica os destinatários da men- lismo, facilitando a organização do usuário.
sagem que receberão uma cópia do
CC e-mail. CC é o acrônimo de Carbon Ação e Características
(com cópia ou Copy (cópia carbono)
cópia carbono) Todos que receberem a mensagem z Alta prioridade: quando marca a mensagem
conhecerão os outros destinatários como Alta Prioridade, o destinatário verá um pon-
informados nesse campo to de exclamação vermelho no destaque do título;
Identifica os destinatários da men- z Baixa prioridade: quando o remetente marca a
BCC sagem que receberão uma cópia do mensagem como Baixa Prioridade, o destinatário
(CCO – com e-mail. BCC é o acrônimo de Blind verá uma seta azul apontando para Baixo no des-
cópia oculta ou Carbon Copy (cópia carbono oculta). taque do título;
cópia carbono Todos que receberem a mensagem z Imprimir mensagem: o programa de e-mail ou

25
oculta) não conhecerão os destinatários in- navegador de Internet prepara a mensagem para
ser impressa, sem as pastas e opções da visualiza-

7-
formados nesse campo

84
SUBJECT Identifica o conteúdo ou título da ção do e-mail;

0.
(assunto) mensagem. É um campo opcional z Ver código fonte da mensagem: as mensagens

36
possuem um cabeçalho com informações técnicas
Anexar Arquivo: Identifica o(s) arqui- .
sobre o e-mail as quais podem ser visualizadas
71
vo(s) que está(ão) sendo enviado(s) pelo usuário;
-1

ATTACH junto com a mensagem. Existem res- z Ignorar: disponível no cliente de e-mail e em
ia

(anexo) trições quanto ao tamanho do anexo e alguns webmails, ao ignorar uma mensagem, as
ar

tipo (executáveis são bloqueados pelos


próximas mensagens recebidas do mesmo reme-
M

webmails). Não são enviadas pastas


tente serão excluídas imediatamente ao serem
a
lv

O conteúdo da mensagem de e-mail armazenadas na Caixa de Entrada;


Si

Mensagem poderá ter uma assinatura associada z Lixo Eletrônico: sinalizador que move a mensa-
da

inserida no final gem para a pasta Lixo Eletrônico e instrui o correio


eletrônico para fazer o mesmo com as próximas
ira

As mensagens enviadas, recebidas, apagadas ou mensagens recebidas daquele remetente;


re

salvas estarão em pastas do servidor de correio ele- z Tentativa de Phishing: sinalizador que move a
Pe

trônico, nominadas como “caixas de mensagens”. mensagem para a pasta Itens Excluídos e instrui o
s

A pasta Caixa de Entrada contém as mensagens serviço de e-mail sobre o remetente da mensagem
u
he

recebidas, lidas e não lidas. estar enviando links maliciosos que tentam captu-
at

A pasta Itens Enviados contém as mensagens efe- rar dados dos usuários;
M

tivamente enviadas. z Confirmação de Entrega: o servidor de e-mails do


A pasta Itens Excluídos contém as mensagens destinatário envia uma confirmação de entrega,
NOÇÕES DE INFORMÁTICA

apagadas. informando que a mensagem foi entregue na Cai-


A pasta Rascunhos contém as mensagens salvas e xa de Entrada dele com sucesso;
não enviadas. z Confirmação de Leitura: o destinatário pode
A pasta Caixa de Saída contém as mensagens que confirmar ou não a leitura da mensagem que foi
o usuário enviou, mas que ainda não foram transfe- enviada para ele.
ridas para o servidor de e-mails. Semelhante ao que
ocorre quando enviamos uma mensagem no app A confirmação de entrega é independente da con-
WhatsApp, mas estamos sem conexão com a Internet. firmação de leitura. Quando o remetente está elabo-
A mensagem permanece com um ícone de relógio rando uma mensagem de e-mail, ele poderá marcar
enquanto não for enviada. as duas opções simultaneamente. Se as duas opções
Lixo Eletrônico ou SPAM é um local para onde forem marcadas, o remetente poderá receber duas
são direcionadas as mensagens sinalizadas como confirmações para a mensagem que enviou, sendo
lixo. Spam é o termo usado para referir-se aos e-mails uma do servidor de e-mails do destinatário e outra do
não solicitados, que geralmente são enviados para próprio destinatário. 83
O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para Matheus Pereira da Silva Maria - 171.360.847-25, vedada, por quaisquer meios e a
qualquer título, a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.
Quais são as Vantagens de um Grupo?

Servidor Exchange Servidor Gmail z os participantes podem enviar uma mensagem,


Enviar e-mail que será enviada para todos os participantes;
O servidor confirma a
com confirmação
entrega do e-mail na caixa
z permite reunir pessoas com os mesmos interesses;
de entrega
de entrada do destinatário z organizar reuniões, eventos e conferências;
Recebendo a z ter uma caixa de mensagens colaborativa, com
confirmação de entrega possibilidade de acesso aos conteúdos que foram
enviados antes do seu ingresso no grupo.
Destinatário
Webmail
Remetente
Cliente Os antigos grupos de discussão constituíram o
modelo a ser seguido para o desenvolvimento dos
Figura 6. Quando uma mensagem é enviada com Confirmação de grupos do Facebook, WhatsApp e Telegram. Nesses
Entrega, o remetente recebe a confirmação do servidor de e-mails do grupos, o participante envia um post, ou anúncio, ou
destinatário, informando que ela foi armazenada corretamente na arquivo e todos podem consultar na página o que foi
Caixa de Entrada do e-mail do destinatário. compartilhado.

Enviar e-mail Como funcionam os Grupos de Fiscussão?

Servidor Exchange Servidor Gmail O usuário envia um e-mail para um endereço defi-
Enviar e-mail nido e faz a assinatura. Outras formas de associação
com confirmação O destinatário
de leitura confirma a leitura incluem o pedido diretamente na página do grupo ou
Recebendo a
da mensagem o link recebido em um convite por e-mail.
confirmação de leitura Depois de associado ao grupo, ele receberá em seu
e-mail as mensagens que os outros usuários enviarem.
Remetente
Cliente
Destinatário Poderá optar por um resumo das mensagens, ou resumo
Webmail semanal, ou apenas visualizar na página do grupo. Lem-
brando que, nos anos 90/2000, os e-mails tinham tama-
Figura 7. Quando uma mensagem é enviada com Confirmação de
Leitura, o destinatário poderá confirmar (ou não) que fez a leitura do nho limitado para a caixa de entrada de cada usuário.
conteúdo do e-mail. O envio para um endereço único permite a distribui-

25
ção para os assinantes da lista de discussão. Uma cópia
DE GRUPO DE DISCUSSÃO

7-
da mensagem e anexos, se houverem, será disponibiliza-

84
da no mural da página do grupo, para consultas futuras.
Existem serviços na Internet que possibilitam a

0.
36
troca de mensagens entre os assinantes de uma lista Mensagem
de discussão. O Grupos do Google é o último serviço . enviada para
71
Grupos de todos os
em atividade, segundo o formato original. participantes
-1

discussão
Yahoo Grupos foi encerrado em 15 de dezembro inscritos no
Mensagem enviada grupo
de 2019 e seus membros não poderão mais enviar ou
ia

para o endereço de de discussão


ar

receber e-mails. e-mail do grupo


M

Grupo de Discussão, ou Lista de Discussão, ou Usuários da Internet


Fórum de Discussão são denominações equivalentes
a

Quem não é inscrito


lv

no grupo não recebe a


para um serviço que centraliza as mensagens recebi- Usuário participante
Si

mensagem
das que foram enviadas pelos membros redistribuin-
da

do-as para os demais participantes. Figura 8. Os usuários participantes dos grupos de discussão trocam
Os grupos de discussão do Facebook surgiram den- mensagens através de um hub que centraliza e distribui para os
ira

tro da rede social e ganharam adeptos, especialmente demais participantes.


re

pela facilidade de acesso, associação e participação.


Pe

A qualquer momento o usuário poderá desistir e


ITEM CARACTERÍSTICAS sair do grupo, tanto pela página como por um endere-
u s

O grupo poderá ser público e visível, ou ço de e-mail próprio (unsubscribe).


he

restrito e visível (qualquer um pode pe- A principal diferença entre um grupo de discussão
at

Privacidade e uma lista de distribuição de e-mails está relacionada


dir para participar), ou secreto e invisível
M

(somente convidados podem ingressar) com a exibição do endereço dos participantes. Em um


Proprietário Criador do grupo grupo de discussão, cada membro tem acesso a um
endereço que enviará cópia para todos os participan-
Participantes convidados pelo proprie- tes do grupo. Nas mensagens respondidas, aparece o
Gerentes ou
tário para auxiliar na moderação das
Moderadores endereço original do remetente.
mensagens e gerenciamento do grupo
Apesar de o tópico aparecer em diversos editais
Em grupos no Facebook, pode ser o de concursos, faz vários anos que não são aplicadas
Administrador criador ou gerente/moderador convi- questões sobre o tema, em todos os concursos, inde-
dado pelo dono do grupo pendentemente da banca organizadora.
Como receberá as mensagens. Pode- Vale ressaltar que, os Grupos de Discussão (com as
rá ser uma por uma, ou resumo das características e funcionalidades originais) desaparece-
mensagens por e-mail, ou e-mail de re- ram ao longo do tempo, sendo substituídos pelos grupos
Assinatura
sumos (com os tópicos recebidos no nas redes sociais (com novos recursos e integração com
grupo), ou nenhum e-mail (para leitura os perfis delas). Esse é um tópico que deverá ser questio-
na página do grupo)
84 nado cada vez menos, assim como Redes Sociais.
O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para Matheus Pereira da Silva Maria - 171.360.847-25, vedada, por quaisquer meios e a
qualquer título, a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.
DE BUSCA E PESQUISA
COMANDO USO EXEMPLO
Na Internet, os sites (sítios) de busca e pesquisa têm, Resultados de ape- livro site:www.
como finalidade, apresentar os resultados de endere- site
nas um site uol.com.br
ços URLs com as informações solicitadas pelo usuário.
Google Buscas, da empresa Google, e Microsoft Somente um tipo apostila
filetype
Bing, da Microsoft, são os dois principais sites de pes- de arquivo filetype:pdf
quisa da atualidade. No passado, sites como Cadê,
Definição de um
Aonde, Altavista e Yahoo também contribuíram para a define define:smtp
termo
acessibilidade das informações existentes na Internet,
indexando em diretórios os conteúdos disponíveis. intitle No título da página intitle:concursos
Os sites de pesquisas foram incorporados aos
navegadores de Internet e, na configuração dos bro- No endereço URL
inurl inurl:nova
wsers, temos a opção “Mecanismo de pesquisa”, que da página
permite a busca dos termos digitados diretamente na Pesquisa o horário
barra de endereços do cliente web. Essa funcionalida- time em determinado time:japan
de transforma a nossa barra de endereços em uma local
omnibox (caixa de pesquisa inteligente), que preenche
com os termos pesquisados anteriormente e oferece related:uol.com.
related Sites relacionados
sugestões de termos para completar a pesquisa. br
O Microsoft Edge tem o Microsoft Bing como bus- Versão anterior do
cador padrão. O Mozilla Firefox e o Google Chrome cache cache:uol.com.br
site
têm o Google Buscas como buscador padrão. As confi-
gurações podem ser personalizadas pelo usuário. Páginas que con-
link:
Os sites de pesquisas incorporam recursos para link tenham link para
novaconcursos
operações cotidianas, como pesquisa por textos, ima- outras
gens, notícias, mapas, produtos para comprar em lojas
Informações de um location:méxico
on-line, efetua cálculos matemáticos, traduz textos de location
determinado local terremoto
um idioma para outro, entre inúmeras funcionalida-
des, ignoram pontuação, acentuação e não diferen-
Os comandos são seguidos de dois pontos e não pos-

25
ciam letras maiúsculas de letras minúsculas, mesmo
que sejam digitadas entre aspas. suem espaço com a informação digitada na pesquisa.

7-
84
Além de todas essas características, os sites de pes- O site de pesquisas Google também oferece respos-

0.
quisa permitem o uso de caracteres especiais (sím- tas para pedidos de buscas. O site Microsoft Bing ofe-

36
bolos) para refinar os resultados e comandos para rece mecanismos similares.
selecionar o tipo de resultado da pesquisa. Nos con- .
71
As possibilidades são quase infinitas, pois os assis-
cursos públicos, esses são os itens mais questionados.
-1

tentes digitais (Alexa, Google Assistent, Siri, Cortana)


Ao contrário de muitos outros tópicos dos editais
permitem a pesquisa por voz. Veja alguns exemplos
ia

de concursos públicos, essa parte você consegue prati-


ar

de pedidos de buscas nos sites de pesquisas.


car até no seu smartphone. Comece a usar os símbolos
M

e comandos nas suas pesquisas na Internet e visualize


a
lv

os resultados obtidos. PEDIDO USO EXEMPLO


Si

traduzir ... para traduzir maçã


da

SÍMBOLO USO EXEMPLO Google Tradutor


... para japonês
ira

Pesquisa exata, na
lista telefôni- Páginas com o Lista telefôni-
Aspas mesma ordem que
re

“Nova Concursos” ca:número telefone ca:99999-9999


duplas forem digitados os
Pe

termos Cotação da bol-


código da ação GOOG
s

sa de valores
u

Menos ou Excluir termo da concursos


he

traço pesquisa –militares Previsão do


clima localidade clima são paulo
at

concursos tempo
M

Til (acento) Pesquisar sinônimos


~públicos Status de um
código do voo ba247
NOÇÕES DE INFORMÁTICA

Substituir termos na voo (viagens)


pesquisa, para pesqui-
sar “inscrições encer- Os resultados apresentados pelas pesquisas do
Asterisco inscrições *
radas”, e “inscrições site são filtrados pelo SafeSearch. O recurso procura
abertas”, e “inscrições
filtrar os resultados com conteúdo adulto, evitando
suspensas” etc.
a sua exibição. Quando desativado, os resultados de
Cifrão Pesquisar por preço celulares $1000
conteúdo adulto serão exibidos normalmente.
Intervalo de datas ou campeão No Microsoft Bing, na página do buscador www.
Dois pontos
preço 1980..1990
bing.com, acesse o menu no canto superior direito e
Pesquisar em redes Instagram escolha o item Pesquisa Segura.
Arroba
sociais @novaconcursos
No Google, na página do site do buscador www.goo-
Pesquisar nas marca- gle.com, acesse o menu Configurações no canto inferior
Hashtags #informática
ções de postagens
direito e escolha o item Configurações de Pesquisa. 85
O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para Matheus Pereira da Silva Maria - 171.360.847-25, vedada, por quaisquer meios e a
qualquer título, a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.
Importante! desenvolvidos em Visual Basic for Applications
(VBA) para a automatização de tarefas;
As bancas costumam questionar funcionalida- z Páginas: unidades de organização do texto, segun-
des do Microsoft Bing que são idênticas às fun- do a orientação, o tamanho do papel e margens. As
cionalidades do Google Buscas, com o intuito principais definições estão na guia Layout, mas tam-
de confundir os candidatos acerca do recurso bém encontrará algumas definições na guia Design;
questionado. z Seção: divisão de formatação do documento,
onde cada parte tem a sua configuração. Sempre
que forem usadas configurações diferentes, como
margens, colunas, tamanho da página, orientação,
cabeçalhos, numeração de páginas, entre outras, as
seções serão usadas;
PRINCIPAIS APLICATIVOS PARA z Parágrafos: formado por palavras e marcas de
EDIÇÃO DE TEXTOS, PLANILHAS formatação. Finalizado com Enter, contém forma-
tação independente do parágrafo anterior e do
ELETRÔNICAS, GERAÇÃO DE parágrafo seguinte;
MATERIAL ESCRITO, AUDIOVISUAL E z Linhas: sequência de palavras que pode ser um
OUTROS parágrafo, ocupando uma linha de texto. Se for
finalizado com Quebra de Linha, a configuração
PACOTE MICROSOFT OFFICE atual permanece na próxima linha;
z Palavras: formado por letras, números, símbolos,
caracteres de formatação etc.
Office 2003 Office 2007 Office 365
Os arquivos produzidos nas versões anteriores do
Word são abertos e editados nas versões atuais. Arqui-
Até a versão 2003, os arquivos produzidos pelo vos de formato DOC são abertos em Modo de Compa-
Microsoft Office eram identificados com extensões tibilidade, com alguns recursos suspensos. Para usar
de 3 letras, como DOC, XLS e PPT. Algumas questões todos os recursos da versão atual, deverá “Salvar
de concursos ainda apresentam estas extensões nas como” (tecla de atalho F12) no formato DOCX.
alternativas das questões. Os arquivos produzidos no formato DOCX poderão
Na versão 2007, o padrão XML (eXtensible Markup ser editados pelas versões antigas do Office, desde que
Language) foi implementado para oferecer portabili- instale um pacote de compatibilidade, disponível para

25
dade aos documentos produzidos. As extensões dos download no site da Microsoft.
Os arquivos produzidos pelo Microsoft Office

7-
arquivos passaram a ser identificadas com 4 letras,

84
como DOCX, XLSX e PPTX. podem ser gravados no formato PDF. O Microsoft
Word, desde a versão 2013, possui o recurso “Refuse

0.
Com o avanço dos recursos de computação na nuvem,

36
o Office foi disponibilizado na versão on-line, que poste- PDF”, que permite editar um arquivo PDF como se fos-
riormente se chamou 365, e é a versão atual do pacote. se um documento do Word. .
71
Com um novo formato de licenciamento, com assinaturas O Microsoft Word pode gravar o documento no for-
-1

mato ODT, do LibreOffice, assim como é capaz de editar


mensais e anuais, ao invés da venda de licenças de uso,
ia

documentos produzidos no outro pacote de aplicativos.


a instalação do Office 365 no computador disponibiliza a
ar

Durante a edição de um documento, o Microsoft


última versão do pacote para escritórios.
M

Word:
Do ponto de vista prático, qual versão do Microsoft
a
lv

Office usar ou estudar? z faz a gravação automática dos dados editados


Si

Você deve ter a última versão disponível. Algumas enquanto o arquivo não tem um nome ou local de
da

bancas questionam as novidades das últimas versões armazenamento definidos. Depois, se necessário, o
disponíveis. Já para outras bancas organizadoras, a
ira

usuário poderá “Recuperar documentos não salvos”;


versão é indiferente. O mais importante será o con- z faz a gravação automática de auto recuperação
re

ceito envolvido e sua aplicação na formatação de dos arquivos em edição que tenham nome e local
Pe

arquivos. definidos, permitindo recuperar as alterações que


s

não tenham sido salvas;


u
he

MICROSOFT WORD z as versões do Office 365 oferecem o recurso de “Sal-


vamento automático”, associado à conta Microsoft,
at
M

Estrutura Básica dos Documentos para armazenamento na nuvem Microsoft OneDri-


ve. Como na versão on-line, a cada alteração, o sal-
Os documentos produzidos com o editor de textos vamento será realizado.
Microsoft Word possuem a seguinte estrutura básica:
O formato de documento RTF (Rich Text Format) é
z Documentos: arquivos DOCX criados pelo Microsoft padrão do acessório do Windows chamado WordPad,
Word 2007 e superiores. Os documentos são arquivos e por ser portável, também poderá ser editado pelo
editáveis pelo usuário, que podem ser compartilha- Microsoft Word.
dos com outros usuários para edição colaborativa; Ao iniciar a edição de um documento, o modo
z Os Modelos (Template): com extensão DOTX, con- de exibição selecionado na guia Exibir é “Layout de
tém formatações que serão aplicadas aos novos Impressão”. O documento será mostrado na tela da
documentos criados a partir deles. O modelo é usa- mesma forma que será impresso no papel.
do para a padronização de documentos; O Modo de Leitura permite visualizar o documen-
z O modelo padrão do Word é NORMAL.DOTM to sem outras distrações como a Faixa de Opções com
(Document Template Macros — modelo de os ícones. Neste modo, parecido com Tela Inteira, a
86 documento com macros): as macros são códigos barra de título continua sendo exibida.
O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para Matheus Pereira da Silva Maria - 171.360.847-25, vedada, por quaisquer meios e a
qualquer título, a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.
O modo de exibição “Layout da Web” é usado para visualizar o documento como ele seria exibido se estivesse
publicado na Internet como página web.
Em “Estrutura de Tópicos” apenas os estilos de Títulos serão mostrados, auxiliando na organização dos blocos
de conteúdo.
O modo “Rascunho”, que antes era modo “Normal”, exibe o conteúdo de texto do documento sem os elementos gráfi-
cos (imagens, cabeçalho, rodapé) existentes nele.
Os modos de exibição estão na guia “Exibir”, que faz parte da Faixa de Opções. Ela é o principal elemento da
interface do Microsoft Office.

Acesso Rápido Guia Atual Item com Listagem Guias ou Abas

Caixa de Diálogo do Grupo Grupo Ícone com Opções

Figura 1. Faixa de opções do Microsoft Word

Para mostrar ou ocultar a Faixa de Opções, o atalho de teclado Ctrl+F1 poderá ser acionado. Na versão 2007
ela era fixa e não podia ser ocultada. Atualmente ela pode ser recolhida ou exibida, de acordo com a preferência
do usuário.
A Faixa de Opções contém guias, que organizam os ícones em grupos.

GUIA GRUPO ITEM ÍCONE

Recortar

25
7-
Copiar

84
Área de

0.
Transferência

36
Colar
.
71
-1

Página
Pincel de Formatação
Inicial
ia
ar

Nome da fonte Calibri (Corp


M
a

Tamanho da fonte
lv
Si

Fonte
Aumentar fonte
da
ira

Diminuir fonte
re
Pe

Folha de Rosto
u s
he
at

Páginas Página em Branco


M

NOÇÕES DE INFORMÁTICA

Quebra de Página

Inserir
Tabelas Tabela

Imagem

Ilustrações Imagens Online

Formas
87
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qualquer título, a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.
Importante!
Muitas bancas de concursos públicos não costumam utilizar imagens em suas provas. Elas priorizam o
conhecimento do candidato acerca dos conceitos dos softwares. Outras bancas organizadoras priorizam
o conhecimento do candidato acerca do uso dos recursos para a produção de arquivos (parte prática dos
programas).

As guias possuem uma organização lógica, sequencial, das tarefas que serão realizadas no documento, desde
o início até a visualização do resultado final.

BOTÃO/GUIA DICA

Arquivo Comandos para o documento atual: salvar, salvar como, imprimir, salvar e enviar

Tarefas iniciais: o início do documento, acesso à área de transferência, formatação de fontes,


Página Inicial
parágrafos e formatação do conteúdo da página

Tarefas secundárias: adicionar um objeto que ainda não existe no documento, tabela, ilustrações
Inserir
e instantâneos

Layout da Página Configuração da página: formatação global do documento e formatação da página

Design Reúne formatação da página e plano de fundo

Referências Índices e acessórios: notas de rodapé, notas de fim, índices, sumários etc.

Correspondências Mala direta: cartas, envelopes, etiquetas, e-mails e diretório de contatos

Correção do documento: ele está ficando pronto... Ortografia e gramática, idioma, controle de
Revisão
alterações, comentários, comparar, proteger etc.

Exibir Visualização: podemos ver o resultado de nosso trabalho. Será que ficou bom?

25
Edição e Formatação de Textos

7-
84
A edição e formatação de textos consiste em aplicar estilos, efeitos e temas, tanto nas fontes, como nos pará-

0.
grafos e nas páginas.

36
Os estilos fornecem configurações padronizadas para serem aplicadas aos parágrafos. Estas formatações
.
71
envolvem as definições de fontes e parágrafos, sendo úteis para a criação dos índices ao final da edição do docu-
-1

mento. Os índices são gerenciados através das opções da guia Referências.


No Microsoft Word estão disponíveis na guia Página Inicial, e no LibreOffice Writer estão disponíveis no menu
ia

Estilos.
ar

Com a ferramenta Pincel de Formatação, o usuário poderá copiar a formatação de um local e aplicar em outro
M

local no mesmo documento, ou em outro arquivo aberto. Para usar a ferramenta, selecione o “modelo de formata-
a
lv

ção no texto”, clique no ícone da guia Página Inicial e clique no local onde deseja aplicar a formatação.
Si

O conteúdo não será copiado, somente a formatação.


Se efetuar duplo clique no ícone, poderá aplicar a formatação em vários locais até pressionar a tecla Esc ou
da

iniciar uma digitação.


ira
re

Seleção
Pe

Através do teclado e do mouse, como no sistema operacional, podemos selecionar palavras, linhas, parágrafos
u s

e até o documento inteiro.


he
at

MOUSE TECLADO AÇÃO SELEÇÃO


M

- Ctrl+T Selecionar tudo Seleciona o documento

Botão principal - 1 clique na palavra Posiciona o cursor

Botão principal - 2 cliques na palavra Seleciona a palavra

Botão principal - 3 cliques na palavra Seleciona o parágrafo

Botão principal - 1 clique na margem Selecionar a linha

Botão principal - 2 cliques na margem Seleciona o parágrafo

Botão principal - 3 cliques na margem Seleciona o documento

- Shift+Home Selecionar até o início Seleciona até o início da linha


88
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qualquer título, a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.
MOUSE TECLADO AÇÃO SELEÇÃO

- Shift+End Selecionar até o final Seleciona até o final da linha

- Ctrl+Shift+Home Selecionar até o início Seleciona até o início do documento

- Ctrl+Shift+End Selecionar até o final Seleciona até o final do documento

Botão principal Ctrl Seleção individual Palavra por palavra

Botão principal Shift Seleção bloco Seleção de um ponto até outro local

Botão principal
Ctrl+Alt Seleção bloco Seleção vertical
pressionado

Botão principal
Alt Seleção bloco Seleção vertical, iniciando no local do cursor
pressionado

Teclas de atalhos e seleção com mouse são importantes, tanto nos concursos como no dia a dia. Experimente
praticar no computador. No Microsoft Word, se você digitar =rand(10,30) no início de um documento em branco,
ele criará um texto “aleatório” com 10 parágrafos de 30 frases em cada um. Agora você pode praticar à vontade.

Edição e Formatação de Fontes

As fontes são arquivos True Type Font (.TTF) gravadas na pasta Fontes do Windows, e aparecem para todos os
programas do computador.
Nomes de fontes como Calibri (fonte padrão do Word 2019), Arial, Times New Roman, Courier New, Verdana,
são os mais comuns. Atalho de teclado para formatar a fonte: Ctrl+Shift+F.
A caixa de diálogo Formatar Fonte poderá ser acionada com o atalho Ctrl+D.
Ao lado, um número indica o tamanho da fonte: 8, 9, 10, 11, 12, 14 e assim sucessivamente. Se quiser, digite o
valor específico para o tamanho da letra.
Atalhos de teclado: Pressione Ctrl+Shift+P para mudar o tamanho da fonte pelo atalho. E diretamente pelo

25
teclado com Ctrl+Shift+< para diminuir fonte e Ctrl+Shift+> para aumentar o tamanho da fonte.

7-
Estilos são formatos que modificam a aparência do texto, como negrito (atalho Ctrl+N), itálico (atalho Ctrl+I)

84
e sublinhado (atalho Ctrl+S). Já os efeitos modificam a fonte em si, como texto tachado (riscado simples sobre as

0.
palavras), subscrito (como na fórmula H2O — atalho Ctrl + igual), e sobrescrito (como em km2 — atalho Ctrl+Shift+mais)

36
A diferença entre estilos e efeitos é que os estilos podem ser combinados, como negrito-itálico, itálico-subli-
.
71
nhado, negrito-sublinhado, negrito-itálico-sublinhado, enquanto os efeitos são concorrentes entre si.
Concorrentes entre si significa que você escolhe o efeito tachado ou tachado duplo, nunca os dois simultanea-
-1

mente. O mesmo para o efeito TODAS MAIÚSCULAS e Versalete. Sobrescrito e subscrito, Sombra é um efeito independen-
ia

te, que pode ser combinado com outros. Já as opções de efeitos Contorno, Relevo e Baixo Relevo não, devem ser
ar

individuais.
M

Finalizando... Temos o sublinhado. Ele é um estilo simples, mas comporta-se como efeito dentro de si mesmo.
a
lv

Temos então Sublinhado simples, Sublinhado duplo, Tracejado, Pontilhado, Somente palavras (sem considerar os
Si

espaços entre as palavras) etc. São os estilos de sublinhados, que se comportam como efeitos.
da

Edição e Formatação de Parágrafos


ira
re

Os parágrafos são estruturas do texto que são finalizadas com Enter.


Pe

Um parágrafo poderá ter diferentes formatações. Confira:


u s
he

z Marcadores: símbolos no início dos parágrafos;


Numeração: números, ou algarismos romanos, ou letras, no início dos parágrafos;
at

z
M

z Aumentar recuo: aumentar a distância do texto em relação à margem;


z Diminuir recuo: diminuir a distância do texto em relação à margem;
NOÇÕES DE INFORMÁTICA

z Alinhamento: posicionamento em relação às margens esquerda e direita. São 4 alinhamentos disponíveis:


Esquerda, Centralizado, Direita e Justificado;
z Espaçamento entre linhas: distância entre as linhas dentro do parágrafo;
z Espaçamento antes: distância do parágrafo em relação ao anterior;
z Espaçamento depois: distância do parágrafo em relação ao seguinte;
z Sombreamento: preenchimento atrás do parágrafo;
z Bordas: linhas ao redor do parágrafo.

89
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qualquer título, a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.
Recuo especial de primeira linha - apenas a primeira linha será
deslocada em relação à margem esquerda
Margem esquerda Margem direita

2 2 4 6 8 10 12 14 16

Recuo deslocamento - as linhas


Recuo esquerda - todas as serão deslocadas em relação à
linhas serão deslocadas em margem esquerda, exceto a pri- Recuo direito - todas as linhas
relação à margem esquerda meira linha serão deslocadas em relação à
margem direita

Figura 2. Recuos de parágrafos (nos símbolos da régua)

Nos editores de textos, recursos que conhecemos no dia a dia possuem nomes específicos. Confira alguns
exemplos:

z Recuo: distância do texto em relação à margem;


z Realce: marca-texto, preenchimento do fundo das palavras;
z Sombreamento: preenchimento do fundo dos parágrafos;
z Folha de Rosto: primeira página do documento, capa;
z SmartArt: diagramas, representação visual de dados textuais;
z Orientação: posição da página, que poderá ser Retrato ou Paisagem;
z Quebras: são divisões, de linha, parágrafo, colunas ou páginas;
z Sumário: índice principal do documento.

Muitos recursos de formatação não são impressos no papel, mas estão no documento. Para visualizar os caracte-
res não imprimíveis e controlar melhor o documento, você pode acionar o atalho de teclado Ctrl+* (Mostrar tudo).

CARACTERES NÃO IMPRIMÍVEIS NO EDITOR MICROSOFT WORD

Tecla(s) Ícone Ação Visualização

Quebra de Parágrafo: muda de parágrafo e pode


Enter -

25
mudar a formatação

7-
84
Quebra de Linha: muda de linha e mantém a for-
Shift+Enter -
matação atual

0.
Quebra de página: muda de página, no local atual . 36
71
do cursor. Disponível na guia Inserir, grupo Pá-
Ctrl+Enter ou Ctrl+Return Quebra de página
-1

ginas, ícone Quebra de Página, e na guia Layout,


grupo Configurar Página, ícone Quebras
ia
ar
M

Quebra de coluna: indica que o texto continua na


Ctrl+Shift+ Enter próxima coluna. Disponível na guia Layout, grupo Quebra de coluna
a
lv

Configurar Página, ícone Quebras


Si
da

Separador de Estilo: usado para modificar o estilo


Ctrl+Alt+ Enter -
no documento
ira
re

Insere uma marca de tabulação (1,25cm). Se esti-


TAB -
Pe

ver no início de um texto, aumenta o recuo.


u s

- - Fim de célula, linha ou tabela


he
at

ESPAÇO - Espaço em branco


M

Ctrl+Shift+ Espaço - Espaço em branco não separável

- - Texto oculto (definido na caixa Fonte, Ctrl+D) abc


- - Hifens opcionais

- - Âncoras de objetos

- - Selecionar toda a tabela

- - Campos atualizáveis pelo Word

90
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Tabelas

As tabelas são estruturas de organização muito utilizadas para um layout adequado do texto, semelhante a
colunas, com a vantagem que estas não criam seções exclusivas de formatação.
As tabelas seguem as mesmas definições de uma planilha de Excel, ou seja, têm linhas, colunas, são formadas por
células, e estas poderão conter também fórmulas simples.
Ao inserir uma tabela, seja ela vazia, a partir de um desenho livre, ou convertendo a partir de um texto, uma pla-
nilha de Excel, ou um dos modelos disponíveis, será apresentada a barra de ferramentas adicional na Faixa de Opções.
Um texto poderá ser convertido em Tabela, e voltar a ser um texto, se possuir os seguintes marcadores de for-
matação: ponto e vírgula, tabulação, enter (parágrafo) ou outro específico.
Algumas operações são exclusivas das Tabelas, como Mesclar Células (para unir células adjacentes em uma única),
Dividir Células (para dividir uma ou mais células em várias outras), alinhamento do texto combinando elementos
horizontais tradicionais (esquerda, centro e direita) com verticais (topo, meio e base).
O editor de textos Microsoft Word oferece ferramentas para manipulação dos textos organizados em tabelas.
O usuário poderá organizar as células nas linhas e colunas da tabela, mesclar (juntar), dividir (separar), visua-
lizar as linhas de grade, ocultar as linhas de grade, entre outras opções.
E caso a tabela avance em várias páginas, temos a opção Repetir Linhas de Cabeçalho, atribuindo no início da
tabela da próxima página, a mesma linha de cabeçalho que foi usada na tabela da página anterior.
As tabelas do Word possuem algumas características que são diferentes das tabelas do Excel. Geralmente estes itens
são aqueles questionados em provas de concursos.
Por exemplo, no Word, quando o usuário está digitando em uma célula, ocorrerá mudança automática de
linha, posicionando o cursor embaixo. No Excel, o conteúdo “extrapola” os limites da célula, e precisará alterar as
configurações na planilha ou a largura da coluna manualmente.
Confira na tabela a seguir algumas das diferenças do Word para o Excel.

ATALHOS WORD EXCEL


Tabela, Mesclar Todos os conteúdos são mantidos Somente o conteúdo da primeira célula será mantido
Em inglês, com referências direcionais Em português, com referências posicionais
Tabela, Fórmulas
=SUM(ABOVE) =SOMA(A1:A5)
Tabelas, Fórmulas Não recalcula automaticamente Recalcula automaticamente e manualmente (F9)
Tachado Texto Não tem atalho de teclado Atalho: Ctrl+5

25
7-
Quebra de linha manual Shift+Enter Alt+Enter

84
Copia apenas a primeira formatação da

0.
Pincel de Formatação Copia várias formatações diferentes
origem
Ctrl+D Caixa de diálogo Fonte . 36
Duplica a informação da célula acima
71
-1

Ctrl+E Centralizar Preenchimento Relâmpago


ia

Ctrl+G Alinhar à Direita (parágrafo) Ir para..


ar

Ctrl+R Repetir o último comando Duplica a informação da célula à esquerda


M
a

F9 Atualizar os campos de uma mala direta Atualizar o resultado das fórmulas


lv
Si

F11 - Inserir gráfico


da

Finaliza a entrada na célula e mantém o cursor na célula


Ctrl+Enter Quebra de página manual
ira

atual
re

Alt+Enter Repetir digitação Quebra de linha manual


Pe

Finaliza a entrada na célula e posiciona o cursor na célula


Shift+Enter Quebra de linha manual
s

acima da atual, se houver


u
he

Shift+F3 Alternar entre maiúsculas e minúsculas Inserir função


at
M

Índices
NOÇÕES DE INFORMÁTICA

Os índices podem ser construídos a partir dos estilos usados na formatação do texto, ou posteriormente atra-
vés da adição de itens manualmente. Basicamente, é todo o conjunto disponível na guia Referências.

z Sumário: principal índice do documento;


z Notas de Rodapé: inseridas no final de cada página, não formam um índice, mas ajudam na identificação de
citações e expressões;
z Notas de Fim: inseridas no final do documento, semelhante a Notas de Rodapé;
z Citações e Bibliografia: permite a criação de índices com as citações encontradas no texto, além das Referên-
cias Bibliográficas segundo os estilos padronizados;
z Legendas: inseridas após os objetos gráficos (ilustrações e tabelas), podem ser usadas para criação de um
Índice de Ilustrações;
z Índice: para marcação manual das entradas do índice;
z Índice de Autoridades: formato próprio de citação, disponível na guia Referências. 91
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qualquer título, a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.
Os índices serão criados a partir dos Estilos utilizados durante o texto, como Título 1, Título 2, e assim por
diante. Se não forem usados, posteriormente o usuário poderá “Adicionar Texto” no índice principal (Sumário),
Marcar Entrada (para inserir um índice) e até remover depois de inserido.
Os índices suportam Referências Cruzadas, que permitem ao usuário navegar entre os links do documento de
forma semelhante ao documento na web. Ao clicar em um link, o usuário vai para o local escolhido. Ao clicar no
local, retorna para o local de origem.

Importante!
A guia Referências é uma das opções mais questionadas em concursos públicos por dois motivos: envolvem
conceitos de formatação do documento exclusivos do Microsoft Word e é utilizado pelos estudantes na for-
matação de um TCC (Trabalho de Conclusão de Curso).

MICROSOFT EXCEL

As planilhas de cálculos são amplamente utilizadas nas empresas para as mais diferentes tarefas. Desde a cria-
ção de uma agenda de compromissos, passando pelo controle de ponto dos funcionários e folha de pagamento, ao
controle de estoque de produtos e base de clientes. Diversas funções internas oferecem os recursos necessários
para a operação.
O Microsoft Excel apresenta grande semelhança de ícones com o Microsoft Word. O Excel “antigo” usava os
formatos XLS e XLT em seus arquivos, atualizado para XLSX e XLTX, além do novo XLSM contendo macros. A
atualização das extensões dos arquivos ocorreu com o Office 2007, e permanece até hoje.
As planilhas de cálculos não são banco de dados. Muitos usuários armazenam informações (dados) em uma
planilha de cálculos como se fosse um banco de dados, porém o Microsoft Access é o software do pacote Microsoft
Office desenvolvido para esta tarefa. Um banco de dados tem informações armazenadas em registros, separados
em tabelas, conectados por relacionamentos, para a realização de consultas.

Conceitos Básicos

z Célula: unidade da planilha de cálculos, o encontro entre uma linha e uma coluna. A seleção individual é com

25
a tecla CTRL e a seleção de áreas é com a tecla SHIFT (assim como no sistema operacional);
z Coluna: células alinhadas verticalmente, nomeadas com uma letra;

7-
84
z Linha: células alinhadas horizontalmente, numeradas;

0.
.36
71
Barra de Acesso Rápido Coluna
-1

Barra de Fórmulas
ia
ar

Faixa de
M

Opções
a
lv
Si
da
ira
re
Pe

Célula
u s
he
at
M

Linha

z Planilha: o conjunto de células organizado em uma folha de dados. Na versão Microsoft Office 365
(2022) são 16.384 colunas (nomeadas de A até XFD) e 1.048.576 linhas (numeradas de 1 a 1.048.576).
A quantidade de linhas e colunas pode variar, de acordo com o software e a versão. Existem planilhas com 256,
1.024, 16.384 ou 65.536 colunas. Existem planilhas com 65.536 ou 1.048.576 linhas;
z Pasta de Trabalho: arquivo do Excel (extensão XLSX) contendo as planilhas, de 1 a N (de acordo com quanti-
dade de memória RAM disponível, nomeadas como Planilha1, Planilha2, Planilha3);

92
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qualquer título, a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.
z Alça de preenchimento: no canto inferior direito da célula, permite que um valor seja copiado na direção
em que for arrastado. No Excel, se houver 1 número, ele é copiado. Se houver 2 números, uma sequência será
criada. Se for um texto, é copiado. Mas texto com números é incrementado. Dias da semana, nome de mês e
datas são sempre criadas as continuações (sequências);
z Mesclar: significa simplesmente “Juntar”. Havendo diversos valores para serem mesclados, o Excel manterá
somente o primeiro destes valores, e centralizará horizontalmente na célula resultante.

E após a inserção dos dados, caso o usuário deseje, poderá juntar as informações das células.
Existem 4 opções no ícone Mesclar e Centralizar, disponível na guia Página Inicial:

z Mesclar e Centralizar: une as células selecionadas a uma célula maior e centraliza o conteúdo da nova célula.
Este recurso é usado para criar rótulos (títulos) que ocupam várias colunas;
z Mesclar através: mesclar cada linha das células selecionadas em uma célula maior;
z Mesclar células: mesclar (unir) as células selecionadas em uma única célula, sem centralizar;
z Desfazer Mesclagem de Células: desfaz o procedimento realizado para a união de células.

Elaboração de Tabelas e Gráficos

25
A tabela de dados, ou folha de dados, ou planilha de dados, é o conjunto de valores armazenados nas células.

7-
Estes dados poderão ser organizados (classificação), separados (filtro), manipulados (fórmulas e funções), além de

84
apresentar em forma de gráfico (uma imagem que representa os valores informados).

0.
Para a elaboração, poderemos:

. 36
71
z digitar o conteúdo diretamente na célula. Basta iniciar a digitação, e o que for digitado é inserido na célula;
-1

z digitar o conteúdo na barra de fórmulas. Disponível na área superior do aplicativo, a linha de fórmulas é o
conteúdo da célula. Se a célula possui um valor constante, além de mostrar na célula, este aparecerá na barra
ia

de fórmulas. Se a célula possui um cálculo, seja fórmula ou função, esta será mostrada na barra de fórmulas;
ar

z o preenchimento dos dados poderá ser agilizado através da Alça de Preenchimento ou pelas opções automá-
M

ticas do Excel;
a
lv

z os dados inseridos nas células poderão ser formatados, ou seja, continuam com o valor original (na linha de
Si

fórmulas) mas são apresentados com uma formatação específica;


da

z todas as formatações estão disponíveis no atalho de teclado Ctrl+1 (Formatar Células);


z também na caixa de diálogo Formatar Células, encontraremos o item Personalizado, para criação de máscaras
ira

de entrada de valores na célula.


re
Pe

Formatos de Números, Disponível na Guia Página Inicial


u s
he

Geral
123 Sem formato específico
at
M

Número
12 4,00
NOÇÕES DE INFORMÁTICA

Moeda
R$4,00

Contábil
R$4,00

Data Abreviada
04/01/1900
Data Completa
quarta-feira, 4 de janeiro de 1900
Hora
00:00:00

93
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Porcentagem
400,00%

1 Fração
2 4
Científico
102 4,00E+00
Texto
ab 4

As informações existentes nas células poderão ser exibidas com formatos diferentes. Uma data, por exemplo, na
verdade é um número formatado como data. Por isso conseguimos calcular a diferença entre datas.
Os formatos Moeda e Contábil são parecidos entre si. Mas possuem exibição diferenciada. No formato de Moe-
da, o alinhamento da célula é respeitado e o símbolo R$ acompanha o valor. No formato Contábil, o alinhamento
é “justificado” e o símbolo de R$ posiciona na esquerda, alinhando os valores pela vírgula decimal.

Moeda Contábil
R$4,00 R$4,00

Moeda CONTÁBIL

R$ 150,00 R$ 150,00

R$ 170,00 R$ 170,00

R$ 200,00 R$­ 200,00

R$ 1.000,00 R$ 1.000,00

R$ 10,54 R$ 10,54

O ícone % é para mostrar um valor com o formato de porcentagem. Ou seja, o número é multiplicado por 100.
Exibe o valor da célula como percentual (Ctrl+Shift+%).

25
7-
84
FORMATO PORCENTAGEM E 2
VALOR ß,0

0.
PORCENTAGEM % CASAS % ,0 0

1 100% 100,00% .36


71
-1

0,5 50% 50,00%


ia

2 200% 200,00%
ar
M

100 10000% 10000,00%


a
lv

0,004 0% 0,40%
Si
da

O ícone 000 é o Separador de Milhares. Exibir o valor da célula com um separador de milhar. Este comando
ira

alterará o formato da célula para Contábil sem um símbolo de moeda.


re
Pe

FORMATO SEPARADOR DE
VALOR
s

CONTÁBIL MILHARES 000


u
he

1500 R$1.500,00 1.500,00


at
M

16777418 R$16.777.418,00 16.777.418,00

1 R$1,00 1,00

400 R$400,00 400,00

27568 R$27.568,00 27.568,00

,00
Os ícones ß,0
,00 à,0 são usados para Aumentar casas decimais (Mostrar valores mais precisos exibindo mais
casas decimais) ou Diminuir casas decimais (Mostrar valores menos precisos exibindo menos casas decimais).
Quando um número na casa decimal possui valor absoluto diferente de zero, ele é mostrado ao aumentar casas deci-
mais. Se não possuir, então será acrescentado zero.
Quando um número na casa decimal possui valor absoluto diferente de zero, ele poderá ser arredondado para
cima ou para baixo, ao diminuir as casas decimais. É o mesmo que aconteceria com o uso da função ARRED, para
arredondar.
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Simbologia Específica

Cada símbolo tem um significado, e nas tabelas a seguir, além de conhecer o símbolo, conheça o significado e
alguns exemplos de aplicação.

OPERADORES ARITMÉTICOS OU MATEMÁTICOS

Símbolo Significado Exemplo Comentários

+ (mais) Adição = 18 + 2 Faz a soma de 18 e 2

- (menos) Subtração = 20 – 5 Subtrai 5 do valor 20

Multiplica 5 (multiplicando) por 4


* (asterisco) Multiplicação =5*4
(multiplicador)

/ (barra) Divisão = 25 / 10 Divide 25 por 10, resultando em 2,5

Faz 20 por cento, ou seja, 20 dividido por


% (percentual) Percentual = 20%
100

Faz 3 elevado a 2, 3 ao quadrado = 9


^(circunflexo) Exponenciação Cálculo de raízes =3^2=8^(1/3) Faz 8 elevado a 1/3, ou seja, raiz cúbica
de 8

Ordem das Operações Matemáticas

z ( ) parênteses;
z ^ exponenciação (potência, um número elevado a outro número);
z * ou / multiplicação (função MULT) ou divisão;
z + ou - adição (função SOMA) ou subtração.

Como resolver as questões de planilhas de cálculos?

25
7-
1. Leitura atenta do enunciado (português e interpretação de textos)

84
2. Identificar a simbologia básica do Excel (informática)

0.
3. Respeitar as regras matemáticas básicas (matemática)

36
4. Realizar o teste, e fazer o verdadeiro ou falso (raciocínio lógico)
.
71
-1

OPERADORES RELACIONAIS, USADOS EM TESTES


ia

Símbolo Significado Exemplo Comentários


ar
M

Se o valor de A1 for maior que 5, então mostre


> (maior) Maior que = SE (A1 > 5 ; 15 ; 17 )
a

15, senão mostre 17


lv
Si

Se o valor de A1 for menor que 3, então mos-


< (menor) Menor que = SE (A1 < 3 ; 20 ; 40 )
da

tre 20, senão mostre 40.


ira

Se o valor de A1 for maior ou igual a 7, então


re

>= (maior ou igual) Maior ou igual a = SE (A1 >= 7 ; 5 ; 1 ) mostre 5, senão


Pe

mostre 1.
u s

Se o valor de A1 for menor ou igual a 5, então


he

<= (menor ou igual) Menor ou igual a = SE (A1 <= 5 ; 11 ; 23 ) mostre 11, senão
at

mostre 23.
M

Se o valor de A1 for diferente de 1, então mos-


NOÇÕES DE INFORMÁTICA

<> (menor e maior) Diferente = SE (A1 <> 1 ; 100 ; 8 )


tre 100, senão mostre 8.

Se o valor de A1 for igual a 2, então mostre 10,


= (igual) Igual a = SE (A1 = 2 ; 10 ; 50 )
senão mostre 50.

Princípios dos Operadores Relacionais

z Um valor jamais poderá ser menor e maior que outro valor ao mesmo tempo;
z Uma célula vazia é um conjunto vazio, ou seja, não é igual a zero, é vazio;
z O símbolo matemático ≠ não poderá ser escrito diretamente na fórmula, use <>;
z O símbolo matemático ≥ não poderá ser escrito diretamente na fórmula, use >=;
z O símbolo matemático ≤ não poderá ser escrito diretamente na fórmula, use <=.

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OPERADORES DE REFERÊNCIA

Símbolo Significado Exemplo Comentários

=$A1 Trava a célula na coluna A


$ (cifrão) Travar uma célula =A$1 Trava a célula na linha 1
=$A$1 Trava a célula A1, ela não mudará

Obtém o valor de A3 que está na planilha


! (exclamação) Planilha = Planilha2!A3
Planilha2

Informa o nome de outro arquivo do Excel,


[ ] (colchetes) Pasta de Trabalho =[Pasta2]Planilha1!$A$2
onde deverá buscar o valor

Informa o caminho de outro arquivo do


=’C:\FernandoNishimura\
‘ (apóstrofo) Caminho Excel, onde deverá encontrar o arquivo para
[pasta2.xlsx]Planilha1’!$A$2
buscar o valor

; (ponto e vírgula) Significa E = SOMA (15 ; 4 ; 6 ) Soma 15 e 4 e 6, resultando em 25

Soma de A1 até B4, ou seja, A1, A2, A3, A4,


: (dois pontos) Significa ATÉ = SOMA (A1:B4)
B1, B2, B3, B4

Executa uma operação sobre as células em


Espaço Intersecção ($) =SOMA(F4:H8 H6:K10)
comum nos intervalos

Princípios dos Operadores de Referência

z O símbolo de cifrão transforma uma referência relativa (A1) em uma referência mista (A$1 ou $A1) ou em
referência absoluta ($A$1);
z O símbolo de exclamação busca o valor em outra planilha, na mesma pasta de trabalho ou em outro arquivo.
Ex.: =[Pasta2]Planilha1!$A$2.

25
7-
O símbolo de cifrão ($) é um dos mais importantes na manipulação de fórmulas de planilhas de cálculos. Todas

84
as bancas organizadoras questionam fórmulas com e sem eles nas referências das células.

0.
Vamos conhecer uma questão que utiliza referências mistas. Ela foi aplicada pela Fundação VUNESP, para o

36
cargo de Papiloscopista da Polícia Civil de São Paulo, em 2018.
.
71
Assumindo que foi digitada a fórmula =$F2-G$2 na célula H2 e que essa fórmula foi copiada e colada nas célu-
-1

las H3 até H9, assinale a alternativa com o valor que aparecerá na célula H6 da planilha do MS-Excel 2010, em sua
configuração original, exibida na figura:
ia
ar
M
a
lv
Si
da
ira
re
Pe
u s
he
at
M

a) –R$ 960,00
b) –R$ 100,00
c) R$ 400,00
d) R$ 500,00
e) R$ 360,00

A resposta correta é a letra B. A fórmula =$F2-G$2 inserida na célula H2 possui referências mistas.
O símbolo de cifrão transforma uma referência relativa ( A1 ) em uma referência mista ( A$1 ou $A1 ) ou em
referência absoluta ( $A$1 )
O símbolo de $ serve para fixar uma posição na referência (endereço da célula). A posição que ele estiver
acompanhando não mudará. Quando não temos o símbolo de cifrão, temos uma referência relativa. A1
Se temos um símbolo de $, temos uma referência mista. $A1 ou A$1. E se temos dois símbolos de cifrão, temos
uma referência absoluta. $A$1
A fórmula =$F2-G$2 tem =$F2-G$2 fixo, ou seja, ao copiar e colar, não mudará. =$F__-__$2
96 Na célula H2 temos a fórmula =$F2-G$2
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qualquer título, a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.
Na célula H6 teremos a fórmula =$F6-G$2, porque mudamos da célula H2 para H6 (linha 2 para linha 6), mas
permanecemos na mesma coluna H (não precisando mudar a letra G da segunda parte da fórmula).

Na célula H6 teremos a fórmula =$F6-G$2

SÍMBOLOS USADOS NAS FÓRMULAS E FUNÇÕES

Símbolo Significado Exemplo Comentários

Faz a soma de 15 e 3
= 15 + 3
Início de fórmula, função ou Compara o valor de A1 com 5, e caso
= (igual) = SOMA ( 15 ; 3 )
comparação seja verdadeiro, mostra 10, caso seja
=SE ( A1 = 5 ; 10 ; 11 )
falso, mostra 11

Retorna a data atual do computador.


Identifica uma função ou os = HOJE ( )
Faz a soma de A1 e B1.
( )parênteses valores de uma operação = SOMA (A1;B1)
Faz a soma de 3 e 5 antes de dividir
prioritária = (3+5) / 2
por 2

25
A função SE tem 3 partes, e estas
; (ponto e vírgula) Separador de argumentos =SE ( A1 = 5 ; 10 ; 11 )

7-
estão separadas por ponto e vírgula

84
0.
=SOMA(F4:H8 Executa uma operação sobre as célu-
Espaço Intersecção

36
H6:K10) las em comum nos intervalos
.
71
-1

Importante!
ia
ar

As fórmulas e funções começam com o sinal de igual. Outros símbolos podem ser usados, mas o Excel subs-
M

tituirá pelo sinal de igual.


a
lv
Si
da

SÍMBOLOS PARA TEXTOS


ira

Símbolo Significado Exemplo Comentários


re
Pe

Apresenta o texto Fernando.


“ (aspas duplas) Texto exato = “Fernando”
Se usado em testes, é “igual a”
u s
he

Exibe os zeros não significativos,


‘(apóstrofo) Número como texto ‘0001
at

0001 como texto (ex.: placa de carro)


M

Exibe “Fernando Nishimura” (sem as


NOÇÕES DE INFORMÁTICA

& (“E” comercial) Concatenar = “Fernando ”&” Nishimura” aspas), o resultado da junção dos
textos individuais

O símbolo & é usado para concatenar dois conteúdos, como por exemplo: =”15”&”A45” resulta em 15A45. Podere-
mos usar a função CONCATENAR, ou a função CONCAT, para obter o mesmo resultado do símbolo &.

CORRESPONDÊNCIA DE SÍMBOLOS E FUNÇÕES NO EXCEL

Símbolo Significado Exemplo Comentários

+ (sinal de mais) SOMA Adição =15+7 é o mesmo que =SOMA(15;7)

* (asterisco) MULT Multiplicação =12*3 é o mesmo que =MULT(12;3)

97
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qualquer título, a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.
CORRESPONDÊNCIA DE SÍMBOLOS E FUNÇÕES NO EXCEL

^ (circunflexo) POTÊNCIA Exponenciação =2^3 é o mesmo que =POTÊNCIA(2;3)

RAIZ Raiz quadrada =4^(1/2) é o mesmo que =RAIZ(4)

& (E comercial) CONCATENAR Juntar textos =A1&A2&A3 é igual a =CONCATENAR(A1;A2;A3)

“ (aspas) TEXTO Converte em texto =”150144” é o mesmo que =TEXTO(150144)

Erros

Quando trabalhamos com planilhas de cálculos, especialmente no início dos estudos, é comum aparecerem men-
sagens de erros nas células, decorrente da falta de argumentos nas fórmulas, referências incorretas, erros de digita-
ção, entre outros. Vamos ver algumas das mensagens de erro mais comuns que ocorrem nas planilhas de cálculos.
As planilhas de cálculos oferecem o recurso “Rastrear precedentes”, dentro do conceito de Auditoria de Fórmulas.
Com este recurso, muito questionado em concursos, o usuário poderá ver setas na planilha indicando a relação entre
as células, e identificar a origem das mensagens de erros.
A seguir, os erros mais comuns que podem ocorrer em uma planilha de cálculos no Microsoft Excel:

z #DIV/0! — indica que a fórmula está tentando dividir um valor por 0;


z #NOME? — indica que a fórmula possui um texto que o Excel 2007 não reconhece;
z #NULO! — a fórmula contém uma interseção de duas áreas que não se interceptam;
z #NUM! — a fórmula apresenta um valor numérico inválido;
z #REF! — indica que na fórmula existe a referência para uma célula que não existe;
z #VALOR! — indica que a fórmula possui um tipo errado de argumento;
z ##### — indica que o tamanho da coluna não é suficiente para exibir seu valor.

Funções Básicas

z SOMA(valores): realiza a operação de soma nas células selecionadas.

25
No Microsoft Excel, a função SOMA efetua a adição dos valores numéricos informados em seus argumentos. Se
existirem células com textos, elas serão ignoradas. Células vazias não são somadas.

7-
84
=SOMA(A1;A2;A3) Efetua a soma dos valores existentes nas células A1, A2 e A3.
=SOMA(A1:A5) Efetua a soma dos 5 valores existentes nas células A1 até A5

0.
36
=SOMA(A1;34;B3) Efetua a soma dos valores da célula A1, com 34 (valor literal) e B3.
=SOMA(A1:B4) Efetua a soma dos 8 valores existentes, de A1 até B4. O Excel não faz “triangulação”, operando
.
71
apenas áreas quadrangulares.
-1

=SOMA(A1;B1;C1:C3) Efetua a soma dos valores A1 com B1 e C1 até C3.


ia

=SOMA(1;2;3;A1;A1) Efetua a soma de 1 com 2 com 3 e o valor A1 duas vezes.


ar
M

z SOMASE(valores;condição): realiza a operação de soma nas células selecionadas, se uma condição for
atendida.
a
lv
Si

A sintaxe é =SOMASE(onde;qual o critério para que seja somado)


da

=SOMASE(A1:A5;”>15”) Efetuará a soma dos valores de A1 até A5 que sejam maiores que 15.
ira

=SOMASE(A1:A10;”10”) Efetuará a soma dos valores de A1 até A10 que forem iguais a 10.
re
Pe

z MÉDIA(valores): realiza a operação de média nas células selecionadas e exibe o valor médio encontrado.
u s

=MEDIA(A1:A5) Efetua a média aritmética simples dos valores existentes entre A1 e A5. Se forem 5 valores,
he

serão somados e divididos por 5. Se existir uma célula vazia, serão somados e divididos por 4. Células vazias não
at

entram no cálculo da média.


M

z MED(valores): informa a mediana de uma série de valores.

Mediana é o “valor no meio”. Se temos uma sequência de valores com quantidade ímpar, eles serão ordenados e o valor
no meio é a sua mediana. Por exemplo, para os valores (5,6,9,3,4), ordenados são (3,4,5,6,9) e a mediana é 5.
Se temos uma sequência de valores com quantidade par, a mediana será a média dos valores que estão no
meio. Por exemplo, para os valores (2,13,4,10,8,1), ordenados são (1,2,4,8,10,13), e no meio temos 4 e 8. A média de
4 e 8 é 6 ((4+8)/2).

z MÁXIMO(valores): exibe o maior valor das células selecionadas.

=MAXIMO(A1:D6) Exibe qual é o maior valor na área de A1 até D6. Se houver dois valores iguais, apenas um
será mostrado.

z MAIOR(valores;posição): exibe o maior valor de uma série, segundo o argumento apresentado.

98 Valores iguais ocupam posições diferentes.


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=MAIOR(A1:D6;3) Exibe o 3º maior valor nas célu- z CONT.SES: quantidade de células que atendem a
las A1 até D6. várias condições simultaneamente.

z MÍNIMO(valores): exibe o menor valor das célu- z CONT.VALORES(células): esta função conta todas as
las selecionadas. células em um intervalo, exceto as células vazias.

=MINIMO(A1:D6) Exibe qual é o menor valor na = CONT.VALORES(A1:A10) Informa o resultado da


área de A1 até D6. contagem, informando quantas células estão preen-
chidas com valores, quaisquer valores.
z MENOR(valores;posição): exibe o menor valor de
uma série, segundo o argumento apresentado. z CONT.NÚM (células): conta todas as células em um
intervalo, exceto células vazias e células com texto.
Valores iguais ocupam posições diferentes.
=CONT.NÚM(A1:A8) Informa quantas células no
=MENOR(A1:D6;3) Exibe o 3º menor valor nas célu- intervalo A1 até A8 possuem valores numéricos.
las A1 até D6.
z CONT.SE(células;condição): esta função conta quan-
z SE(teste;verdadeiro;falso): avalia um teste e retor- tas vezes aparece um determinado valor (número ou
na um valor caso o teste seja verdadeiro ou outro texto) em um intervalo de células (o usuário tem que
caso seja falso. indicar qual é o critério a ser contado).

Esta função é muito solicitada em todas as bancas. =CONT.SE(A1:A10;”5”) Efetua a contagem de quan-
A sua estrutura não muda, sendo sempre o teste na tas células existem no intervalo de A1 até A10 conten-
primeira parte, o que fazer caso seja verdadeiro na do o valor 5.
segunda parte, e o que fazer caso seja falso na últi-
ma parte. Verdadeiro ou falso. Uma ou outra. Jamais z CONT.SES(células1;condição1;células2;condi-
serão realizadas as duas operações, somente uma ção2): esta função conta quantas vezes aparece
delas, segundo o resultado do teste. um determinado valor (número ou texto) em um
A função SE usa operadores relacionais (maior, intervalo de células (o usuário tem que indicar
menor, maior ou igual, menor ou igual, igual, diferen- qual é o critério a ser contado), atendendo a todas
te) para construção do teste. As aspas são usadas para as condições especificadas.

25
textos literais.

7-
=CONT.SES(A1:A10;”5”;B1:B10;”7”) Efetua a conta-

84
=SE(A1=10;”O valor da célula A1 é 10”;”O valor da gem de quantas células existem no intervalo de A1 até

0.
célula A1 não é 10”) A10 contendo o valor 5 e ao mesmo tempo, quantas

36
=SE(A1<0;”O valor da célula A1 é negativo”;”O células existem no intervalo de B1 até B10 contendo
.
71
valor não é negativo”) o valor 7.
=SE(A1>0;”O valor da célula A1 é positivo”;”O valor
-1

não é positivo”) z CONTAR.VAZIO (células): conta as células vazias


ia

de um intervalo.
ar

É possível encadear funções, ampliando as áreas


M

de atuação. Por exemplo, um número pode ser negati- =CONTAR.VAZIO(A1:A8) Informa quantas células
a
lv

vo, positivo ou igual a zero. São 3 resultados possíveis. vazias existem no intervalo A1 até A8.
Si
da

=SE(A1=0;”Valor é igual a zero”;SE(A1<0;”Valor é z SOMASE(células para testar;teste;células para


negativo”;”Valor é positivo”)) somar): efetua um teste nas células especificadas,
ira

e soma as correspondentes nas células para somar.


re

Neste exemplo, se for igual a zero (primeiro teste), Os intervalos de teste e de soma podem ser os mesmos.
Pe

exibe a mensagem e finaliza a função. Mas se não for


s

igual a zero, poderá ser menor do que zero (segundo =SOMASE(A1:A10;”>6”;A1:A10) somará os valores
u
he

teste), e exibe a mensagem “Valor é negativo”, encer- de A1 até A10 que sejam maiores que 6.
rando a função. E por fim, se não é igual a zero, e não =SOMASE(A1:A10;”<3”;B1:B10) somará os valores
at

é menor que zero, só poderia ser maior do que zero, de B1 até B10 quando os valores de A1 até A10 forem
M

e a mensagem final “Valor é positivo” será mostrada. menores que 3.


NOÇÕES DE INFORMÁTICA

Obs.: o sinal de igual, para iniciar uma função, é


usado somente no início da digitação da célula. z SOMASES(células para somar; células1; teste1;
As funções CONT são usadas para informar a células2; teste2): verifica as células que atendem
quantidade de células, que atendem às condições aos testes e soma as células correspondentes.
especificadas. Os intervalos de teste e de soma podem ser os mesmos.
z MÉDIASE(células para testar;teste;células para
z CONT.NÚM: para contar quantas células possuem calcular a média): efetua um teste nas células especi-
números; ficadas, e calcula a média das células correspondentes.
z CONT.VALORES: quantidade de células que estão Os intervalos de teste e de média podem ser os mesmos.
preenchidas; z PROCV(valor_procurado; matriz_tabela; núm_
z CONTAR.VAZIO: quantidade de células que não índice_coluna; [intervalo_pesquisa]): a função
estão preenchidas; PROCV é utilizada para localizar o valor_procu-
z CONT.SE: quantidade de células que atendem a rado dentro da matriz_tabela, e quando encon-
uma condição específica; trar, retornar à enésima coluna informada em 99
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núm_índice_coluna. A última opção, que será FUNÇÕES LÓGICAS
VERDADEIRO ou FALSO, é usada para identificar
se precisa ser o valor exato (F) ou pode ser valor E Retorna VERDADEIRO se todos os seus
(Função E) argumentos forem VERDADEIROS
aproximado (V).
Por exemplo: OU Retorna VERDADEIRO se um dos argu-
(Função OU) mentos for VERDADEIRO
=PROCV(105;A2:C7;2;VERDADEIRO) e NÃO
Inverte o valor lógico do argumento
=PROCV(“Monte”;B2:E7;2;FALSO) (Função NÃO)
FALSO
Retorna o valor lógico FALSO
A função PROCV é um membro das funções de pes- (Função FALSO)
quisa e Referência, que incluem a função PROCH. VERDADEIRO
Use a função tirar ou a função arrumar para (Função Retorna o valor lógico VERDADEIRO
remover os espaços à esquerda nos valores da tabela. VERDADEIRO)
Retornará um valor que você especifica
z ESQUERDA(texto;quantidade): extrai de uma SEERRO se uma fórmula for avaliada para um
sequência de texto, uma quantidade de caracteres (Função SEERRO) erro; do contrário, retornará o resultado
especificados, a partir do início (esquerda). da fórmula

=ESQUERDA(“Fernando Nishimura”;8) exibe “Fern


ando” Importante!
z DIREITA(texto;quantidade): extrai de uma sequên- Foram apresentadas muitas funções neste mate-
cia de texto, uma quantidade de caracteres especifi- rial, não é verdade? Existem milhares de funções
cados, a partir do final. no Microsoft Excel e LibreOffice Calc. Em concur-
sos públicos, estas são as mais questionadas.
=DIREITA(“Polícia Federal”;7) exibe “Federal”. Em provas de concursos, raramente aparecem
questões com funções, e quando aparecem, são
z CONCATENAR(texto1;texto2; ... ): junta os textos as básicas e intermediárias.
especificados em uma nova sequência.

25
=CONCATENAR(“Escrevente “;”Técnico “;”Judiciá- Gráficos

7-
rio”) — exibe “Escrevente Técnico Judiciário”.

84
Além da produção de planilhas de cálculos, o

0.
z INT(valor): extrai a parte inteira de um número. Microsoft Excel (e o LibreOffice Calc) produz gráficos

36
com os dados existentes nas células.
.
71
=INT(PI()) parte inteira do valor de PI — valor Gráficos são a representação visual de dados
-1

3,14159 exibe 3. numéricos, e poderão ser inseridos na planilha como


gráficos “comuns” ou gráficos dinâmicos.
ia

z TRUNCAR(valor;casas decimais): exibe um


ar

Os gráficos dinâmicos, assim como as tabelas dinâ-


M

número com a quantidade de casas decimais, sem micas, são construídos com dados existentes em uma
arredondar.
a

ou várias pastas de trabalho, associando e agrupando


lv

informações para a produção de relatórios completos.


Si

=TRUNCAR(PI();3) exibir o valor de PI com 3 casas


da

decimais — valor 3,14159 exibe 3,141.


z Os gráficos de Colunas representam valores em
ira

z ARRED(valor;casas decimais): exibe um número colunas 2D ou 3D. São opções do gráfico de Colunas:
re

com a quantidade de casas decimais, arredondan- Agrupada, Empilhada, 100% Empilhada, 3D Agru-
Pe

do para cima ou para baixo. pada, 3D Empilhada, 3D 100% Empilhada e 3D.


u s

=ARRED(PI();3) exibir o valor de PI com 3 casas


he

decimais — valor 3,14159 exibe 3,142.


at
M

z HOJE(): exibe a data atual do computador;


z AGORA(): exibe a data e hora atuais do computador;
z DIA(data): extrai o número do dia de uma data;
z MÊS(data): extrai o número do mês de uma data;
z ANO(data): extrai o número do ano de uma data;
z DIAS(data1;data2): informa a diferença em dias
z Os gráficos de Linhas representam valores com
entre duas datas;
linhas, pontos ou ambos. São opções do gráfico de
z DIAS360(data1;data2): informa a diferença em
Linhas: Linha, Linha Empilhada, 100% Empilha-
dias entre duas datas (ano contábil, de 360 dias);
da, com Marcadores, Empilhada com Marcadores,
z POTÊNCIA(base;expoente): eleva um número
100% Empilhada com Marcadores e 3D.
(base) ao expoente informado;
=POTÊNCIA(2;4) 2 elevado à 4, 24, 2x2x2x2 = 16.

z MULT(número;número;número; ... ): multiplica


100 os números informados nos argumentos.
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z Os gráficos de Pizza representam valores propor-
cionalmente. São opções do gráfico de Pizza: Pizza,
Pizza 3D, Pizza de Pizza, Barra de Pizza e Rosca.

z Os gráficos de Barras representam dados de forma


semelhante ao gráfico de Colunas, mas na horizon- z Os gráficos de Superfície parecem com os gráficos
tal. São opções dos gráficos de Barras: Agrupadas, de Linhas, e preenchem a superfície com cores.
Empilhadas, 100% Empilhadas, 3D Agrupadas, 3D São exemplos de gráficos de Superfície: 3D, 3D
Empilhadas e 3D 100% Empilhadas. Delineada, Contorno e Contorno Delineado.

z Os gráficos de Área representam dados de forma seme- z Os gráficos de Radar são usados para mostrar a evo-
lhante ao gráfico de Linhas, mas com preenchimento lução de itens. São exemplos de gráficos de Radar:
até a base (eixo X). São opções dos gráficos de Área: Radar, Radar com Marcadores e Radar Preenchido.
Área, Área Empilhada, Área 100% Empilhada, Área 3D,
Área 3D Empilhada e Área 3D 100% Empilhada.

25
7-
z O gráfico do tipo Mapa de Árvore é usado para mos-

84
z Os gráficos de Dispersão representam duas séries trar proporcionalmente a hierarquia dos valores.

0.
de valores em seus eixos. São opções dos gráficos

36
de Dispersão: Dispersão, com Linhas Suaves e Mar-
.
71
cadores, com Linhas Suaves, com Linhas Retas e
-1

Marcadores, com Linhas Retas, Bolhas e Bolhas 3D.


ia
ar
M

z O gráfico do tipo Explosão Solar se assemelha ao


a
lv

gráfico de Rosca, mas o maior valor será o primei-


Si

ro da série de dados.
da
ira
re
Pe
s

z O gráfico do tipo Mapa exibe a informação de


u

acordo com cada região. Sua única opção é o Mapa z Os gráficos do tipo Histograma são usados para
he

Coroplético. séries de valores com evolução, como idades da


at

população. São exemplos de gráficos do tipo Histo-


M

grama: Histograma e Pareto.


NOÇÕES DE INFORMÁTICA

z Os gráficos de Ações necessitam que os dados este-


jam organizados em preço na alta, preço na baixa
e preço no fechamento. Datas ou nomes das ações
z O gráfico do tipo Caixa Estreita é usado para proje-
serão usados como rótulos. São exemplos de gráficos
ção de valores.
de Ações: Alta-Baixa-Fechamento, Abertura-Alta-
-Baixa-Fechamento, Volume-Alta-Baixa-Fechamen-
to, e Volume-Abertura-Alta-Baixa-Fechamento.

101
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z O gráfico do tipo Cascata exibe e destaca as varia-
ções dos valores ao longo do tempo.

CLASSIFICAÇÃO COMENTÁRIOS
z O gráfico do tipo Funil alinha dos valores em
A classificação de dados alfa-
ordem decrescente.
numéricos poderá ser "Classi-
ficar de A a Z" em ordem
Classificar texto crescente, ou "Classificar de Z
a A" em ordem decrescen-
te. É possível diferenciar letras
maiúsculas e minúsculas
z Os gráficos do tipo Combinação permitem com-
binar dois tipos de gráficos para a exibição de Quando a coluna possui números,
séries de dados. São exemplos de gráficos do tipo Classificar podemos "Classificar do menor
Combinação: Coluna Clusterizada-Linha, Coluna números para o maior" ou "Classificar
Clusterizada-Linha no Eixo Secundário, Área Empi- do maior para o menor"
lhada-Coluna Clusterizada, e a possibilidade de
criação de uma Combinação Personalizada. Se houver datas ou horas, po-
demos "Classificar da mais
Classificar datas antiga para a mais nova"
ou horas ou "Classificar da mais nova
para a mais antiga", resumindo,
cronologicamente

25
Classificação de Dados
Se você tiver formatado manual

7-
ou condicionalmente um interva-

84
A classificação de dados é uma parte importante lo de células ou uma coluna de
Classificar por

0.
da análise de dados. tabela, por cor de célula ou cor

36
Você pode classificar dados por texto (A a Z ou Z a A), cor de célula,
de fonte, poderá classificar por
números (dos menores para os maiores ou dos maiores cor de fonte ou .
71
essas cores. Também será pos-
para os menores) e datas e horas (da mais antiga para a ícones
-1

sível classificar por um conjunto


mais nova e da mais nova para a mais antiga) em uma de ícones criados ao aplicar uma
ia

ou mais colunas. formatação condicional


ar

Você também poderá classificar por uma lista de


M

clientes (como Grande, Médio e Pequeno) ou por for- Você pode usar uma lista per-
a

mato, incluindo a cor da célula, a cor da fonte ou o con-


lv

sonalizada para classificar em


Si

junto de ícones. Classificar uma ordem definida pelo usuá-


A maioria das operações de classificação é identifi-
da

por uma lista rio. Por exemplo, uma coluna


cada por coluna, mas você também poderá identificar personalizada pode conter valores pelos quais
ira

por linhas. você deseja classificar, como


re

Disponível na guia Dados, e na guia Página Inicial, Alta, Média e Baixa


Pe

a classificação poderá ser de texto, números, datas ou


horas, por cor da célula, cor da fonte ou ícones, por
s

Na caixa de diálogo Opções de


u

uma lista personalizada, linhas, por mais de uma colu-


he

Classificação, em Orientação,
na ou linha, ou por uma coluna sem afetar as demais. Classificar linhas clique em Classificar da esquer-
at
M

da para a direita e, em seguida,


clique em OK

Classificar por Na caixa de diálogo Classificar,


mais de uma adicione mais de um critério
coluna ou linha para ordenação

Classificar uma
Basta selecionar a coluna de-
coluna em um
sejada, e na janela de diálogo,
intervalo de
manter o item “Continuar com a
células sem
seleção atual”
afetar as demais

102
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MICROSOFT POWERPOINT

As apresentações de slides criadas pelo Microsoft PowerPoint 2010/2013/2016/2019 são arquivos de extensão
.PPTX. Caso contenham macros (comandos para automatização de tarefas) será atribuída a extensão .PPTM. E
ainda podemos trabalhar com os modelos (extensão .POTX e POTM).
Apesar de ser um aplicativo com finalidade diferente do editor de textos, ele possui muitas semelhanças que
acabam ajudando quem está iniciando nele. Da mesma forma que o editor de textos, é possível trabalhar com
seções (divisões), é possível inserir números de slides, é possível comparar apresentações etc.

EXTENSÃO TIPO DE ARQUIVO CARACTERÍSTICAS


PPT Apresentação editável Versão 2003 ou anterior
PPS Apresentação executável Versão 2003 ou anterior
POT Modelo de apresentação Versão 2003 ou anterior
PPTX Apresentação editável Versão 2007 ou superior
Versão 2007 ou superior, que não necessita de programas para ser
PPSX Apresentação executável
visualizada
POTX Modelo de apresentação Recursos para padronização de novas apresentações
Recursos para padronização e automatização de novas
POTM Modelo de apresentação com macros
apresentações
Formato do LibreOffice Impress, que pode ser editado e salvo pelo
ODP Open Document Presentation
Microsoft PowerPoint
Formato de documento portável, sem alguns recursos multimídia
PDF/XPS Portable Document Format
inseridos na apresentação de slide

Importante!
Apresentações de slides é um tópico pouco questionado em provas de concursos. Conhecendo os conceitos do
Microsoft PowerPoint, você poderá aproveitá-los quando estudar LibreOffice Impress.

25
7-
84
As apresentações de slides podem ser gravadas em formato de imagens (JPG, PNG), slide por slide, e até trans-

0.
formadas em vídeo (extensão MP4).
36
Os recursos do PowerPoint, como animações, transições, narração, serão inseridos no vídeo, que poderá ser
.
71
reproduzido em outros dispositivos, como Smart TV em totens de propagandas.
-1
ia
ar
M
a
lv
Si
da
ira
re
Pe
u s
he
at
M

NOÇÕES DE INFORMÁTICA

Figura 1. Para produzir um vídeo da apresentação, acessar o botão Arquivo, menu Exportar, item Criar Vídeo.

Vamos conhecer alguns termos usados no aplicativo de edição de apresentações de slides.

z Slide: unidade de edição, como uma página da apresentação;


z Slide Mestre: slide com o modelo de formatação que será usado pelos slides da apresentação atual;
z Design: aparência do slide ou de toda a apresentação. O design combina cores, estilos e padrões para que a
aparência tenha um visual harmonizado. O PowerPoint oferece “Ideias de Design” a cada objeto inserido no
slide;
103
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qualquer título, a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.
z Layout: disposição dos elementos dentro do slide. Quando a apresentação é iniciada, o slide de slide de título
é apresentado. O usuário poderá alterar para outro layout. Cada slide da apresentação poderá ter um layout
diferente.

Slide de Título Título e Conteúdo Cabeçalho da Duas Partes de Comparação


Seção Conteúdo

Somente Título Em Branco Conteúdo com Imagem com


Legenda Legenda
Figura 2. Layout de slide

z Seção: divisão de formatação dentro da apresentação (usadas para Apresentações Personalizadas). Poderá ter
“duas apresentações” dentro de uma, e no início, escolher qual delas será exibida para o público;
z Transições: animação entre os slides. Ao selecionar algum efeito de animação entre os slides (guia Transições,
grupo Transição para este slide), será disponibilizada a opção para configuração do Intervalo;
z Animação: animação dentro do slide, em um objeto do slide. Um objeto poderá ter diversas animações simul-
taneamente, enquanto a transição do slide é única. Poderão ser de Entrada, Ênfase, Saída ou Trajetórias de
Animação.

Conceito de Slides

Conforme observado no item anterior, os slides são as unidades de trabalho do PowerPoint. Assim como as
páginas de um documento do Microsoft Word, os slides possuem configurações como margens, orientação, núme-

25
ros de páginas (slides, no caso), cabeçalhos e rodapés etc.

7-
O PowerPoint trabalha com 4 conceitos principais de slides:

84
0.
Slide (modo de exibição Normal): cada slide é mostrado para edição de seu conteúdo;
36
z
z Slide Mestre: para alterar o design e o layout dos slides mestres, alterando toda a apresentação de uma vez;
.
71
z Folhetos Mestre: para alterar o design e layout dos folhetos que serão impressos;
-1

z Anotações Mestras: para alterar o design e layout das folhas de anotações.


ia
ar
M
a
lv
Si
da
ira
re
Pe
u s
he
at
M

Figura 3. Modo de exibição Normal, para edição da apresentação de slides

104
O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para Matheus Pereira da Silva Maria - 171.360.847-25, vedada, por quaisquer meios e a
qualquer título, a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.
Nos modos de exibição, na guia Exibição, ocorreu
FORMATO ANIMAÇÕES TRANSIÇÕES ÁUDIO
uma pequena mudança em relação às versões ante-
riores, com a inclusão do item Modo de Exibição de PPTX X X X
Estrutura de Tópicos:
PPSX X X X
z Normal: no modo de exibição Normal, miniaturas PDF - - -
dos slides ou os tópicos aparecerão no lado esquer-
do, o slide atual aparecerá no centro (sendo possí- MP4 X X X
vel sua edição) e na área inferior da tela aparecerá JPG/PNG - - -
a área de anotações. Ajustar à janela encaixa o sli-
de na área;
z Modo de Exibição de Estrutura de Tópicos: para FORMATO VÍDEO HIPERLINKS
editar e alternar entre slides no painel de estru-
tura de tópicos. Útil para a criação de uma apre- PPTX X X
sentação a partir dos tópicos de um documento do PPSX X X
Microsoft Word;
z Classificação dos Slides: no modo de exibição PDF - X
Classificação de Slides, apenas miniaturas dos sli-
MP4 X X
des serão mostradas. Estas miniaturas poderão
ser organizadas, arrastando-as. As operações de JPG/PNG - -
slides estão disponíveis, como Excluir slide, Ocul-
tar slide etc. Mas não é possível editar o conteúdo.
Tabela. Recursos disponíveis ( X ), recursos indisponíveis ( - )
Somente após duplo clique será possível a edição
do conteúdo;
O formato PDF é portável, e poderá ser usado em
z Anotações: exibir a página de anotações para edi-
qualquer plataforma. Praticamente todos os programas
tar as anotações do orador da forma como ficarão
disponíveis no mercado reconhecem o formato PDF.
quando forem impressas;
Confira a seguir os ícones do aplicativo, que costu-
z Modo de Exibição de Leitura: exibir a apresenta-
mam ser questionados em provas.
ção como uma apresentação de slides que cabe na
janela. A barra de título do PowerPoint continuará
sendo exibida. Para entrar em modo de apresentação de sli-

25
des do começo, devemos pressionar F5

7-
Noções de Edição e Formatação de Apresentações

84
A outra forma de iniciar uma apresentação de

0.
A preparação de uma apresentação de slides segue slides é a partir do Slide Atual, pressionando

36
uma série de recomendações, quanto à quantidade de Shift+F5 ou clicando no ícone da guia Apre-
.
71
texto, quantidade de slides, tempo da apresentação etc. sentação de Slides
Entretanto, para concursos públicos, o foco é outro.
-1

Apresentar on-line: Transmitir a apresentação


O questionamento é sobre como fazer, onde configu- de slides para visualizadores remotos que
ia

rar, como apresentar etc.


ar

possam assisti-la em um navegador da Web


Para entrar em modo de apresentação de slides do
M

começo, devemos pressionar F5. Podemos escolher o Apresentação de Slides Personalizada: Criar
a

ou executar uma apresentação de slides


lv

ícone “Do Começo” na guia Apresentações de Slides,


Si

grupo Iniciar Apresentação de Slides. E ainda clicar personalizada. Uma apresentação de slides
personalizada exibirá somente os slides se-
da

no ícone correspondente na barra de status, ao lado


do zoom. lecionados. Este recurso permite que você
ira

A apresentação iniciará, e ao contrário do modo de tenha vários conjuntos de slides diferentes


re

exibição Leitura em Tela Inteira, a barra de títulos não (por exemplo, uma sucessão de slides de 30
Pe

será mostrada. A outra forma de iniciar uma apresen- minutos e outra de 60 minutos) na mesma
apresentação
s

tação de slides é a partir do Slide Atual, pressionando


u

Shift+F5 ou clicando no ícone da guia Apresentação


he

Configurar Apresentação de Slides: Configurar


de Slides.
at

opções avançadas para a apresentação de


Durante a apresentação de slides, as setas de direção
M

slides, como o modo de quiosque (em que a


permitem mudar o slide em exibição. O Enter passa para apresentação reinicia após o último slide, e
NOÇÕES DE INFORMÁTICA

o próximo slide. O ESC sai da apresentação de slides. continua em loop até pressionar ESC), apre-
Segurar a tecla CTRL e pressionar o botão princi- sentação sem narração, vários monitores,
pal (esquerdo) do mouse exibirá um “laser pointer” na avançar slides etc.
apresentação. Pressionar a letra C ou vírgula deixará
a tela em branco (clara). Pressionar E ou ponto final Ocultar Slide: Ocultar o slide atual da apresen-
deixa a tela preta (escura). tação. Ele não será mostrado durante a apre-
A edição dos elementos textuais e parágrafos segue os sentação de slides de tela inteira
princípios do editor de textos Word. E os comandos tam- Testar Intervalos: Iniciar uma apresentação de
bém são os mesmos. Por exemplo, o Salvar como PDF. slides em tela inteira na qual você possa tes-
De acordo com o formato escolhido, alguns recur- tar sua apresentação. A quantidade de tempo
sos poderão ser desabilitados. utilizada em cada slide é registrada e você
pode salvar esses intervalos para executar a
apresentação automaticamente no futuro
105
O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para Matheus Pereira da Silva Maria - 171.360.847-25, vedada, por quaisquer meios e a
qualquer título, a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.
verde). Já a autocorreção é um recurso diferente, que
Gravar Apresentação de Slides: Gravar narra-
ções de áudio, gestos do apontador laser ou permite substituir erros comuns, como a ausência de
intervalos de slide e animação para reprodu- maiúscula no início de uma frase, corrigir o uso aci-
ção durante a apresentação de slides dental da tecla CapsLock (invertendo a digitação entre
maiúscula e minúscula), acentuação na palavra não
Álbum de Fotografias: criar ou editar uma (quando digitamos naõ), e principalmente a substitui-
apresentação com base em uma série de ima-
ção de símbolos por palavras, definidos pelo usuário,
gens. Cada imagem será colocada em um sli-
no menu Ferramentas, Opções de Autocorreção.
de individual
Ação: Adicionar uma ação ao objeto seleciona- Estrutura Básica dos Documentos
do para especificar o que deve acontecer quan-
do você clicar nele ou passar o mouse sobre Os documentos do LibreOffice Writer possuem a
ele seguinte estrutura básica, semelhante aos conceitos
Inserir número do slide: o número do slide re- do Microsoft Word e conceitos:
flete sua posição na apresentação
z Documentos: arquivos ODT (Open Document Text).
Inserir vídeo no slide: permite inserir um video- Os documentos são arquivos editáveis pelo usuá-
clipe no slide rio. Os Modelos, com extensão OTT (Open Template
Text), contém formatações que serão aplicadas aos
Inserir áudio no slide: permite inserir um clipe novos documentos criados a partir dele;
de áudio no slide
z Páginas: unidades de organização do texto, segundo
o tamanho do papel e margens. Definições estão no
Gravação de tela: gravar o que está sendo exi- menu Formatar, item Estilo da Página..., guia Página.
bido na tela e inserir no slide

Formas: linhas, retângulos, formas básicas,


setas largas, formas de equação, fluxograma,
estrelas e faixas, textos explicativos e botões A4
de ação

25
7-
LIBREOFFICE WRITER

84
0.
A interface da versão 6 é mais “leve” que a interfa-

36
ce da versão 5. O fundo cinza escuro deu lugar a um
fundo cinza claro, com redesenho dos ícones, ficando .
71
mais parecido com o Word 2016. z Seção: divisão de formatação do documento, onde
-1

A versão 7 adaptou alguns ícones para o padrão cada parte tem a sua configuração. Sempre que
ia

Português Brasil (antes o negrito era B, agora é N).


forem usadas configurações diferentes, como mar-
ar

O LibreOffice Writer é integrado com os demais


gens, colunas, tamanho etc., as seções serão usa-
M

programas do pacote, permitindo a inserção de fór-


mulas avançadas de cálculos do LibreOffice Calc em das. Disponível no menu Inserir, item Seção...
a
lv

uma tabela do documento de textos, por exemplo. z Parágrafos: formado por palavras e marcas de for-
Si

O LibreOffice Writer grava documentos com a matação. Finalizado com Enter, contém formatação
da

extensão ODT, mas também poderá gravar em outros independente do parágrafo anterior, e do parágrafo
formatos como DOCX, RTF, TXT e PDF. Os formatos
ira

seguinte.
que são gravados pelo programa, também poderão z Linhas: sequência de palavras que pode ser um
re

ser abertos por ele.


Pe

parágrafo, ocupando uma linha de texto. Se for


finalizado com Quebra de Linha, a configuração
u s

de formatação atual permanece na próxima linha.


Importante!
he

z Palavras: formado por letras, números, símbolos,


at

O que você faz no Word, você faz no Writer. Qua- caracteres de formatação etc. Podemos definir a
M

se tudo tem correspondente entre os aplicati- formatação do texto no menu Formatar, item Tex-
vos. Alguns atalhos de teclado são diferentes, to (nas versões anteriores era Caractere). E pode-
alguns nomes de comandos são diferentes, mas mos escolher em Texto. A novidade na versão 5 é
a maioria dos itens são iguais. que o menu Texto já exibe na lista todos os estilos
e efeitos disponíveis no editor.
O botão abc é usado para fazer a verificação orto-
gráfica (atalho F7). Para realizar a auto verificação Edição e Formatação de Textos
ortográfica o atalho é Shift+F7. A auto verificação
ortográfica é para correção automática de todos os A edição e formatação de textos consiste em apli-
erros do documento segundo as configurações prede- car estilos, efeitos e temas, tanto nas fontes, como nos
terminadas pelo editor de textos Writer. parágrafos e nas páginas. O LibreOffice Writer tem
O recurso de Ortografia e Gramática, acionado pela todos estes recursos, como o Microsoft Word.
tecla F7, permite identificar erros de ortografia (uma A seguir, conheça alguns exemplos. Cada texto
palavra de cada vez, sublinhado ondulado vermelho) contém a explicação sobre o efeito, ou estilo, ou confi-
106 ou gramática (várias palavras, sublinhado ondulado guração aplicada.
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qualquer título, a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.
Edição e Formatação de Fontes

As fontes são arquivos True Type Font (.TTF) gravadas na pasta Fontes do Windows, e aparecem para todos os
programas do computador.
Nomes de fontes como Liberation Serif (fonte padrão do Writer 7), Arial, Times New Roman, Courier New, Ver-
dana, são os mais comuns.
Ao lado do nome da fonte, um número indica o tamanho da fonte: 8, 9, 10, 11, 12, 14 e assim sucessivamente.
Se quiser, digite o valor específico que deseja.
Maiúsculas e Minúsculas, é chamado de “Circular Caixa”.
Shift+F3 para alternar pelo teclado.
As formatações de fontes e parágrafos podem ser removidas pelo ícone “Limpar Formatação Direta (Ctrl+M), disponível
na barra de formatação de Caracteres.
E na sequência temos os estilos e efeitos de textos.
Assim como no Microsoft Word, os estilos podem ser combinados e os efeitos são concorrentes entre si. Dife-
rem nos atalhos de teclado (em inglês) e o nome de alguns recursos.
Estilos são formatos que modificam a aparência do texto, como negrito (atalho de teclado Ctrl+B - Bold), itálico
(atalho de teclado Ctrl+I), sublinhado (atalho de teclado Ctrl+U - Underline) e sublinhado duplo (atalho de teclado
Ctrl+D — Double, que não possui correspondente no Microsoft Word). Já os efeitos modificam a fonte em si, como
texto tachado (riscado simples sobre as palavras), subscrito (como na fórmula H2O — atalho de teclado Ctrl+Shift+B),
e sobrescrito (como em km2 — atalho de teclado Ctrl+Shift+P)
O LibreOffice Writer faz o mesmo que o Microsoft Word, mas com comandos diferentes e atalhos de teclado de
palavras em inglês.
O LibreOffice Writer tem algumas opções diferenciadas em relação ao Word. No Writer, acesse o menu Formatar,
Texto. Confira na tabela a seguir alguns exemplos comparativos entre o Writer e o Word.

ATALHO WORD ATALHO WRITER RESULTADO

Negrito Ctrl+N Ctrl+B (Bold) Exemplo de Texto

25
7-
Itálico Ctrl+I Ctrl+I (Italic) Exemplo de Texto

84
0.
36
Sublinhado (simples) Ctrl+S Ctrl+U (Underline) Exemplo de Texto
.
71
Sublinhado duplo - - Ctrl+D (Double) Exemplo de Texto
-1
ia

Tachado (simples) - - Exemplo de Texto


ar
M
a

Tachado duplo Fonte (Ctrl+D) Formatar, Texto Exemplo de Texto


lv
Si

Sobrelinha - - - Exemplo de Texto


da
ira

Sobrescrito Ctrl+Shift+mais Ctrl+Shift+P Exemplo de Texto


re
Pe

Subscrito Ctrl+ igual Ctrl+Shift+B


s

Exemplo de Texto
u
he

Sombra - -
at
M

NOÇÕES DE INFORMÁTICA

Contorno - - Exemplo de Texto

Aumentar tamanho Ctrl+Shift+ponto Ctrl + ] Exemplo de Texto

Diminuir tamanho Ctrl+Shift+vírgula Ctrl + [ Exemplo de Texto

Maiúsculas EXEMPLO DE TEXTO

Minúsculas exemplo de texto

Alternar (Circular caixa) Shift+F3 Shift+F3 Exemplo de Texto

107
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ATALHO WORD ATALHO WRITER RESULTADO

Versalete - Ctrl+Shift+K - Exemplo De Texto

Limpar formatação - Ctrl+M Exemplo de Texto

Cor da Fonte - - Exemplo de Texto

Realce de Texto - - Exemplo de Texto

Os atalhos de teclado usados no LibreOffice Writer para alinhamentos de parágrafos são: Ctrl+L (Left = Esquer-
da), Ctrl+E (Centralizado), Ctrl+R (Right = Direita) e Ctrl+J (Justificado).

Atalhos de Teclado dos Editores de Textos

Uma dúvida muito comum entre os candidatos que prestam provas de concursos públicos está relacionada
com os atalhos de teclado. Afinal, qual é a lógica que existe por trás destas combinações de teclas?
Os atalhos de teclado do Microsoft Office são próprios e em português. No LibreOffice, como em aplicações na
Internet (coloquei a opção do Google Documentos), os atalhos são em inglês.
Alguns atalhos não possuem exatamente a mesma inicial do comando, por estar sendo usado em outra situação.
Centralizado, por exemplo, do inglês Center. A letra C já está sendo usada em Ctrl+C (Copiar), e a próxima letra está dispo-
nível. Assim, o atalho de teclado para centralizar um texto é Ctrl+E, tanto no Word como no Writer.

ATALHO MICROSOFT WORD LIBREOFFICE WRITER GOOGLE DOCUMENTOS

Ctrl+A Abrir Selecionar tudo (All) Selecionar tudo (All)

25
7-
Ctrl+B Salvar Negrito (Bold) Negrito (Bold)

84
0.
Ctrl+D1 Formatar Fonte Sublinhado Duplo (Double) -

Ctrl+E Centralizar Centralizar


36
. Ctrl+Shift+E
71
-1

Ctrl+F - Localizar (Find) Localizar na página


ia

Ctrl+G2 Alinhar texto à direita Ir para (Go To) Ctrl+Shift+R


ar
M

Ctrl+H Localizar e Substituir


a
lv

Ctrl+I Itálico Itálico Itálico


Si

Ctrl+J3 Justificado Justificado Ctrl+Shift+J


da
ira

Barra de endereços do
Ctrl+K Inserir hiperlink Inserir hiperlink
re

navegador
Pe

Ctrl+L4 Localizar Alinhar texto à esquerda (Left) Ctrl+Shift+L


u s

Ctrl+M Aumentar recuo5 Limpar formatação direta Ctrl+\


he
at

Ctrl+N6 Negrito Novo documento (New) -


M

Ctrl+O Novo documento Abrir documento (Open) Abrir documento (Open)

Ctrl+Q Alinhar texto à esquerda Sair do LibreOffice (Quit) -

Ctrl+R Repetir último comando Alinhar texto à direita (Right) Recarregar a página (Reload)

Ctrl+S Sublinhado Salvar documento (Save) Salvar página web

1 O atalho de teclado Ctrl+D, quando acionado no navegador de Internet, permite adicionar a página atual em Favoritos, que são os sites
preferidos do usuário.
2 O atalho de teclado Ctrl+G, quando acionado no navegador de Internet, permite localizar uma informação na página atual.
3 O atalho de teclado Ctrl+J, quando acionado no navegador de Internet, permite visualizar as transferências de arquivos em andamento e
consultar os arquivos que foram baixados (Downloads).
4 O atalho de teclado Ctrl+L, quando acionado no navegador de Internet, permite localizar uma informação na página atual.
5 Recuo é a distância do texto em relação à margem da página. O atalho de teclado Ctrl+M no Microsoft Word, aumenta o recuo esquerdo do
parágrafo.
108 6 O atalho de teclado Ctrl+N, quando acionado no navegador de Internet, abre uma nova janela de navegação.
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qualquer título, a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.
ATALHO MICROSOFT WORD LIBREOFFICE WRITER GOOGLE DOCUMENTOS

Ctrl+U Localizar e Substituir Sublinhado (Underline) Sublinhado (Underline)

Ctrl+Y Ir para Repetir último comando Repetir último comando

Ctrl+igual7 Subscrito Ctrl+Shift+B Ctrl+vírgula

Ctrl+Shift+mais Sobrescrito Ctrl+Shift+P Ctrl+ponto final

Ctrl+Shift+V Colar Especial Colar Especial Colar sem formatação

Ctrl+Alt+Shift+V Colar sem formatação

Shift+F38 Maiúsculas e Minúsculas Maiúsculas e Minúsculas -

Um dos comandos que mais confunde candidatos na prova é o Navegador, do LibreOffice. Não tem nenhuma
relação com o browser de Internet e é usado para navegar dentro do documento em edição.
No LibreOffice Writer, o atalho F5 aciona o Navegador, que permite a navegação para:

z página;
z títulos;
z tabelas;
z quadros;
z objetos ole;
z marca-páginas;
z seções;
z hiperlinks;
z referências;
z índices;
z anotações;
z objetos de desenho;

25
z controle;

7-
z fórmula de tabela;

84
z fórmula de tabela incorreta.

0.
36
A seleção no LibreOffice Writer tem uma sutil diferença em relação ao Microsoft Word. É a possibilidade de uso
de 4 cliques na seleção. Confira: .
71
-1

MOUSE TECLADO AÇÃO SELEÇÃO


ia
ar

- Ctrl+A Selecionar tudo Seleciona o documento


M
a

Botão principal - 1 clique na palavra Posiciona o cursor


lv
Si

Botão principal - 2 cliques na palavra Seleciona a palavra


da

Botão principal - 3 cliques na palavra Selecionar a frase


ira

Botão principal - 4 cliques na palavra Seleciona o parágrafo


re
Pe
s

Cabeçalhos
u
he

Localizado na margem superior da página, poderá ser configurado em Inserir, Cabeçalho e rodapé.
at

Assim como no Word, é possível trabalhar com configurações diferentes dentro do mesmo documento. Para
M

isto, use as seções para dividir a formatação do documento.


NOÇÕES DE INFORMÁTICA

Esta região aceitará qualquer elemento que seria usado no documento, como textos, imagens, tabelas, campos,
formas geométricas, hiperlinks, entre outros.

7 O atalho de teclado Ctrl+igual, quando acionado no navegador de Internet, aumenta o zoom de exibição da página.
8 O atalho F3 no navegador aciona a pesquisa, e Shift+F3 também. 109
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Inserir

Cabeçalho e rodapé Cabeçalho

Diferentemente da interface do Microsoft Word, que é baseada na Faixa de Opções com guias, grupos e ícones,
o LibreOffice tem a interface baseada em menus. Na tabela a seguir, confira algumas dicas para compreender a
sequência de comandos e menus do Writer. As dicas são válidas para o LibreOffice Calc e LibreOffice Impress.

MENU SIGNIFICADO
Permitem acesso às configurações de arquivo sobre o documento atual (novo, abrir, fechar, salvar, imprimir,
Arquivo

25
propriedades)

7-
Permite acesso à Área de Transferência, além das opções temporárias (localizar, substituir, selecionar) e área de

84
Editar
transferência do Windows/Linux

0.
36
Permite a configuração dos objetos que serão exibidos na tela do aplicativo. Modos de visualização, interface do
Exibir .
71
usuário, elementos da tela de edição, Marcas de Formatação, Barra Lateral e Zoom
-1

Permite adicionar um item que não existe no documento atual. Adicionar qualquer objeto no arquivo atualmente
Inserir editado. Se este objeto é atualizável, será um campo. Elementos da página, elementos gráficos, elementos vi-
ia
ar

suais, referências e índices, elementos de mala direta e cabeçalho e rodapé


M

Formatar significa dar um formato a um objeto que já existe. Parágrafo, estilos, marcadores e numeração, tabu-
Formatar
a

lações etc. Permite alterar elementos editáveis do documento


lv
Si

Os estilos são formatações predefinidas para serem usadas no texto. Posteriormente poderão ser organizadas
Estilos
da

em um índice
ira

Disponibilizam ferramentas para o trabalho com tabelas, segundo as convenções próprias do recurso. Ao incluir
Tabelas
uma tabela no documento, a barra de ícones Tabela será exibida
re
Pe

Permite a edição e programação de formulários diretamente no documento aberto, para entrada de dados
Formulários
padronizados
u s
he

Oferece comandos para o gerenciamento do aplicativo, alterando as configurações em todos os próximos arqui-
Ferramentas
at

vos editados pelo aplicativo


M

Janela Oferece opções para organizar as janelas dos documentos em edição

Impressão

Disponível no menu Arquivo, e também pelo atalho Ctrl+P (e também pelo Ctrl+Shift+O, Visualizar Impressão),
a impressão permite o envio do arquivo em edição para a impressora. A impressora listada vem do Windows, do
Painel de Controle (ou Configurações, no caso do Windows 10).
Podemos escolher a impressora, definir como será a impressão (Imprimir Todas as Páginas, ou Seleção, Pági-
nas específicas), quais serão as páginas (números separados com ponto e vírgula/vírgula indicam páginas indivi-
duais, separadas por traço uma sequência de páginas).

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qualquer título, a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.
25
7-
84
0.
36
Havendo a possibilidade disponível na impressora, serão impressas de um lado da página, ou frente e verso
.
71
automático, ou manual. Ao contrário do Word, que exibe tudo em uma única tela do Backstage, o Writer divide
-1

em guias as opções da impressão.


ia
ar

LIBREOFFICE CALC
M
a

O LibreOffice oferece o aplicativo Calc para criação de planilhas de cálculos. Opera de forma semelhante ao
lv

Microsoft Excel, e possui apenas algumas diferenças (que já foram questionadas em concursos públicos).
Si

Os arquivos de planilhas de cálculos podem ser criados pelo Microsoft Excel, LibreOffice Calc e Google Plani-
da

lhas. O arquivo produzido em um aplicativo poderá ser editado por outro programa, pois são compatíveis entre si.
ira

Podemos gravar uma planilha do Microsoft Excel em qualquer local, e pelo LibreOffice Calc abrir normalmente. O
re

LibreOffice Calc reconhece o formato XLS/XLSX do Excel sem problemas, e o local de armazenamento não influencia
Pe

nos recursos disponíveis no aplicativo.


O arquivo criado pelo LibreOffice Calc receberá a extensão padrão ODS (Open Document Sheet), que é um com-
u s

ponente do ODF (Open Document Format). O arquivo gravado é conhecido como PASTA DE TRABALHO, e poderá
he

ser gravado no formato do Microsoft Office, todas as versões.


at

Em cada Pasta de Trabalho, o LibreOffice Calc inicia com 1 planilha (folha de dados), identificada por abas na
M

parte inferior da tela de visualização. Cada planilha é independente das demais, e usamos o sinal de ponto final para
NOÇÕES DE INFORMÁTICA

referenciar dados em outras planilhas.


As colunas são identificadas por letras, nomeadas de A até AMJ (tecla F5 para navegar na planilha, que possui 1024
colunas). As linhas são numeradas com números, de 1 até 1.048.576 (tecla F5 para navegar na planilha).
O encontro entre uma linha e uma coluna é célula.
O LibreOffice Calc tem menos colunas que o Microsoft Excel. Mas, isso não significa que ele seja melhor ou pior.
Cuidado com as comparações. Quando a banca sugere uma comparação, menosprezando um dos itens, geralmen-
te está errado.

Conceitos Básicos

z Célula: unidade da planilha de cálculos, o encontro entre uma linha e uma coluna. A seleção individual é com
a tecla CTRL e a seleção de áreas é com a tecla SHIFT (assim como no sistema operacional);
z Coluna: células alinhadas verticalmente, nomeadas com uma letra;
z Linha: células alinhadas horizontalmente, numeradas com números;
111
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qualquer título, a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.
z Planilha: o conjunto de células organizado em uma folha de dados. Writer representa com (ponto final).
z Pasta de Trabalho: arquivo do Calc contendo as planilhas, de 1 a N (de acordo com quantidade de memória RAM
disponível, nomeadas como Planilha 1, Planilha 2, Planilha3). No Calc é extensão ODS;
z Alça de preenchimento: no canto inferior direito da célula, permite que um valor seja copiado na direção
em que for arrastado. No Excel, se houver 1 número, ele é copiado. Se houver 2 números, uma sequência será
criada. No Calc, 1 número cria uma sequência com incremento 1. Datas, dias da semana, nome dos meses, estas
opções criam listas predefinidas;

Fernando Nishimura Aragão

z Mesclar células: significa simplesmente juntar. O LibreOffice Calc permite que o usuário escolha a forma
como as células serão mescladas. Ao clicar no ícone na barra de ferramentas, a caixa de diálogo “Mesclar
células” será exibida.

A célula pode receber diferentes formatações, especialmente na exibição de valores numéricos. Para a exi-
bição retornar ao padrão, pressionar Ctrl+M. A formação de células, linhas e colunas possibilita definir bordas,
sombreamento, e padrões que serão aplicados a estas.
Uma opção muito utilizada no Calc, e também no Excel, é Intervalos de Impressão. A planilha é grande (muitas
células, nomeadas de A1 até AMJ1048764) e podemos marcar o intervalo (Definir) que será considerado na impressão.
A formatação Condicional permite exibir células de diferentes cores e padrões, segundo condições estipuladas.

25
Por exemplo, quando desejamos que os números negativos sejam vermelhos e os positivos em azul, é um caso.

7-
84
0.
Formatar

. 36
71
-1
ia
ar
M
a
lv
Si
da
ira
re
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he
at
M

Condicional

Gerenciar...

112
O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para Matheus Pereira da Silva Maria - 171.360.847-25, vedada, por quaisquer meios e a
qualquer título, a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.
A formatação condicional pode apresentar visual- z > (sinal de maior) maior que. Usado para testes,
mente as diferenças existentes nos dados da planilha para comparação.
de cálculos. É um recurso útil e muito questionado em Exemplo: =SE(A1>A2;”A1 é maior”;”A2 é maior”) —
provas. efetua um teste e exibe uma mensagem.

Simbologia Específica z < (sinal de menor) menor que. Usado em testes,


para comparação.
z Coluna+Linha formato de referência de cada célu- Exemplo: =SE(A1<A2;”A1 é menor”;”A2 é menor”)
la da planilha. Colunas com letras, linhas com
— efetua um teste e exibe uma mensagem.
números. O formato de referência é idêntico no
Excel e Calc.
z >= (sinal de maior e sinal de igual, consecutivos,
Exemplo: A1 — coluna A, linha 1, célula A1. sem espaço) maior ou igual a. Usado em testes,
para comparação.
z = (sinal de igual) inicia uma fórmula ou função, ou Exemplo: =SE(A1>=A2;”A1 é maior ou igual a A2”;”A2
faz uma comparação dentro de um teste. é maior que A1”) — teste e exibe uma mensagem.
Exemplos: = A1+A2 - efetua a soma do valor em A1
com o valor em A2. z <= (sinal de menor e sinal de igual, consecutivos,
=SE(A1=A2;”é igual”;”é diferente”) — efetua um sem espaço) menor ou igual a. Usado em testes,
teste e exibe uma mensagem. para comparação.
Exemplo: =SE(A1<=A2;”A1 é menor ou igual a
z + (sinal de mais) Adição, ou início de fórmula/ A2”;”A2 é menor que A1”) — teste e exibe uma
função. mensagem.
Exemplo: +A1+A2 — efetua a soma do valor em A1
com o valor em A2. z <> (sinal de menor e sinal de maior, consecuti-
vos, sem espaço) diferente. O Excel/Calc não usa o
z - (sinal de menos) Subtração, ou início de fórmula/
símbolo ≠ Usado em testes, para comparação.
função com inversão de resultado.
Exemplo: =SE(A1<>A2;”Valores diferentes”;”São
Exemplo: -A1+A2 — efetua a soma do valor em A1
com o valor em A2, invertendo o resultado. iguais”) — teste e exibe uma mensagem.

25
z * (asterisco) multiplicação. z ( ) (parênteses) Organizam operadores, valores,

7-
Exemplo: =A1*A2 - efetua a multiplicação do valor expressões, alterando a ordem de cálculo. O Excel

84
em A1 pelo valor em A2. e Calc não utiliza chaves ou colchetes, como na

0.
matemática, apenas parênteses.

36
z / (barra “normal”) divisão.
.
71
Exemplo: =A1/A2 - efetua a divisão do valor em A1 z ; (ponto e vírgula) separador de argumentos de uma
-1

pelo valor em A2. função ou separador de células em uma referência.


ia

Pode significar E em uma referência de valores.


ar

z ^ (acento circunflexo) Exponenciação. Exemplos: =SE(A1<>A2;”Valores diferentes”;”-


M

Exemplo: =A1^A2 - efetua a exponenciação do São iguais”) — separando os três argumentos da


a

valor em A1 pelo valor em A2, A1 elevado a A2. função.


lv
Si

=SOMA(A1;B2;C3;D4) — separando os quatro argu-


z % (símbolo de porcentagem) porcentagem. Exibe o
da

mentos que serão somados.


valor em formato de porcentagem. Não faz o cálcu-
ira

lo. Para fazer o cálculo, é preciso dividir por 100 o


z : (dois pontos) indica ATÉ em uma referência de
re

resultado (por cento, por 100).


faixa de células.
Pe

z & (símbolo de E comercial) concatenação. Reúne Exemplo: = SOMA(A1:C3) — efetua a soma dos
s

valores na faixa A1 até C3, incluindo A2, A3, B1,


u

dois ou mais valores em uma única sequência.


he

Exemplo: B2, B3, C1 e C2.


at

=”Fernando”&”Nishimura”
M

=15&30 z “ (aspas) indicam expressões de textos literais.


Exemplo: =SE(A1<>A2;”Valores diferentes”;”São
NOÇÕES DE INFORMÁTICA

Fernando Nishimura
1530 iguais”) — as mensagens são exibidas como digitadas.

z . (ponto final) Significa Planilha. z $ (cifrão) Fixar uma posição na referência, trans-
Exemplo: =Planilha1.A1+Planilha2.A2 — efetua formando a referência relativa em referência mista
a soma do valor A1 que está em Planilha1 com o ou absoluta. Muito utilizada em fórmulas e funções,
valor de A2 que está em Planilha2. quando ela mudar de célula, será alterada ou não.
Exemplo: =A$1 (linha 1 está fixa), =$B5 (coluna B
está fixa), =$A$6 (célula A6 está fixa)
Importante! =$Planilha2.C17+10 — trava a referência para a
Uma das poucas diferenças existentes entre o Planilha2.
Microsoft Excel e o LibreOffice Calc é a forma
como referenciam planilhas. No Excel é o ponto z # (sinal de sustenido — iniciando uma mensagem,
de exclamação, no Calc é o ponto final. apenas um) Erro. 113
O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para Matheus Pereira da Silva Maria - 171.360.847-25, vedada, por quaisquer meios e a
qualquer título, a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.
Mensagens de Erros z MED (valores): obtém o valor da mediana. A
mediana é o valor que está “no meio” dos valores
Seguem abaixo os erros mais comuns que podem ordenados informados
ocorrer em uma planilha do LibreOffice Calc:

z ##### A célula não é larga o suficiente para mos-


trar o conteúdo;
z NUM! ou Err:503! Operação de ponto flutuante
inválida. Um cálculo resulta em overflow no inter-
valo de valores definido;
z #VALOR ou Err:519! Sem resultado. A fórmula =MED(A2:C2) qual é o valor que está no meio, de 6,
resulta em um valor que não corresponde à sua 2 e 1? É o 2.
definição; ou a célula que é referenciada na fórmu- =MÉDIA(A2:C2) qual é a média dos valores de A2
la contém um texto em vez de um número; até C2? (6+2+1)/3 = 3.
z #REF ou Err:524! Referências inválidas. Em uma
fórmula, está faltando a coluna, a linha ou a plani- z MÁXIMO (valores): exibe o maior valor das célu-
lha que contém uma célula referenciada; las selecionadas.
z #NOME? ou Err:525! Nomes inválidos. Não foi
=MAXIMO(A1:D6) Exibe qual é o maior valor na
possível avaliar um identificador, por exemplo,
área de A1 até D6. Se houver dois valores iguais, ape-
não foi possível encontrar uma referência válida,
nas um será mostrado.
um nome de domínio válido, uma etiqueta de colu-
na/linha, uma macro, um separador decimal incor- z MAIOR (valores;posição): exibe o maior valor de
reto, suplemento não encontrado; uma série, segundo o argumento apresentado.
z #DIV/0! ou Err:532! Divisão por zero. Operação
de divisão / quando o denominador é 0. =MAIOR(A1:D6;3) Exibe o 3º maior valor nas célu-
las A1 até D6.
Funções Básicas
z MÍNIMO (valores): exibe o menor valor das célu-
z SOMA (valores): realiza a operação de soma nas las selecionadas.
células selecionadas.
=MINIMO(A1:D6) Exibe qual é o menor valor na
área de A1 até D6.

25
=SOMA(A1;A2;A3) Efetua a soma dos valores exis-

7-
tentes nas células A1, A2 e A3. z MENOR (valores;posição): exibe o menor valor de

84
=SOMA(A1:A5) Efetua a soma dos 5 valores exis- uma série, segundo o argumento apresentado.

0.
tentes nas células A1 até A5

36
=SOMA(A1;34;B3) Efetua a soma dos valores da =MENOR(A1:D6;3) Exibe o 3º menor valor nas célu-
.
71
célula A1, com 34 (valor literal) e B3. las A1 até D6.
-1

=SOMA(A1:B4) Efetua a soma dos 8 valores exis-


tentes, de A1 até B4. O LibreOffice Calc não faz “trian- z SE (teste;verdadeiro;falso): avalia um teste e retor-
ia

gulação”, operando apenas áreas quadrangulares. na um valor caso o teste seja verdadeiro ou outro
ar

=SOMA(A1;B1;C1:C3) Efetua a soma dos valores caso seja falso.


M

A1 com B1 e C1 até C3.


a

z CONT.VALORES (células): esta função conta todas


lv

=SOMA(1;2;3;A1;A1) Efetua a soma de 1 com 2


Si

com 3 e o valor A1 duas vezes. as células em um intervalo, exceto as células vazias.


=CONT.VALORES(A1:A10) Informa o resultado da
da

contagem, informando quantas células estão preen-


z SOMASE (valores;condição): realiza a operação de
ira

chidas com valores, quaisquer valores.


soma nas células selecionadas, se uma condição
re

for atendida.
Pe

z CONT.NÚM (células): conta todas as células em um


intervalo, exceto células vazias e células com texto.
s

=SOMASE(A1:A5;”>15”) Efetuará a soma dos valo-


u

res de A1 até A5 que sejam maiores que 15.


he

=CONT.NÚM(A1:A8) Informa quantas células no


=SOMASE(A1:A10;”10”) Efetuará a soma dos valo- intervalo A1 até A8 possuem valores numéricos.
at

res de A1 até A10 que forem iguais a 10. A sinta-


M

xe é =SOMASE(onde;qual o critério para que seja z CONT.SE (células;condição): esta função conta quan-
somado). tas vezes aparece um determinado valor (número ou
texto) em um intervalo de células (o usuário tem que
z MEDIA (valores): realiza a operação de média indicar qual é o critério a ser contado)
nas células selecionadas e exibe o valor médio
=CONT.SE(A1:A10;”5”) Efetua a contagem de quan-
encontrado.
tas células existem no intervalo de A1 até A10 conten-
do o valor 5.
=MEDIA(A1:A5) Efetua a média aritmética simples
dos valores existentes entre A1 e A5. Se forem 5 valo- z TEXTO (células;formato): exibe um valor numéri-
res, serão somados e divididos por 5. Se existir uma co no formato especificado por uma máscara.
célula vazia, serão somados e divididos por 4. Células
vazias não entram no cálculo da média. =TEXTO(7;”000”) Exibirá o número 7 com 3 casas,
portanto, 007

114
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z MUDAR (texto;início;caracteres;novo_texto): permite trocar no texto informado, iniciando na posição início, o
novo_texto, até o limite de caracteres.

=MUDAR(“José Carlos”; 1; 4; “João”) Troca o “José” por “João”

z PROCV(valor_procurado; matriz_tabela; núm_índice_coluna; [intervalo_pesquisa]): a função PROCV é


utilizada para localizar o valor_procurado dentro da matriz_tabela, e, quando encontrar, retornar a enési-
ma coluna informada em núm_índice_coluna. A última opção, que será VERDADEIRO ou FALSO, é usada para
identificar se precisa ser o valor exato (F) ou pode ser valor aproximado (V).

=PROCV(105;A2:C7;2;VERDADEIRO) e
=PROCV(“Monte”;B2:E7;2;FALSO)

A função PROCV é um membro das funções de pesquisa e Referência, que incluem a função PROCH.
Use a função tirar ou a função arrumar para remover os espaços à esquerda nos valores da tabela.

z PROCH (o que ; onde ; linha ; aproximadamente ): procura um valor na horizontal. Caso encontre, retorna a linha
correspondente ao argumento informado. E a busca poderá ser exata ou aproximada.

Precedência dos Operadores

Tanto o LibreOffice Calc como o Microsoft Excel usam precedência de operadores matemáticos para a resolução
das fórmulas.
A ordem de prioridade é parênteses, depois exponenciação (ou potência), depois multiplicação e divisão, e por
último, adição e subtração.
^ Exponenciação A primeira operação que deve ser executada
* Multiplicação A próxima operação a ser executada, assim como a Divisão.
/ Divisão
+ Adição Após realizar exponenciação, multiplicação e divisão, faça a adição/subtração.
- Subtração.

25
- Inversão de sinal Depois que todo o cálculo for realizado, faça a inversão do sinal.

7-
Obs.: o uso de parênteses altera a ordem dos operadores matemáticos.

84
P.E.M.D.A.S. = parênteses, exponenciação, multiplicação, divisão, adição e subtração.

0.
Diferentemente da interface do Microsoft Excel, que é baseada na Faixa de Opções com guias, grupos e ícones,

36
o LibreOffice tem a interface baseada em menus. Na tabela a seguir, confira algumas dicas para compreender a
.
71
sequência de comandos e menus do Calc. As dicas são válidas para o LibreOffice Writer e LibreOffice Impress.
-1

MENU SIGNIFICADO
ia
ar

Arquivo Oferece comandos para o gerenciamento do arquivo atual, aquele que está em primeiro plano
M
a

Acesso a recursos temporários (localizar, substituir, selecionar) e área de transferência do Windows/


lv

Editar
Si

Linux
da

Exibir Acesso aos controles sobre o que será mostrado na tela de edição, e como será exibido
ira

Adicionar qualquer objeto no arquivo atualmente editado. Se este objeto é atualizável, será um
re

Inserir
campo
Pe

Formatar Mudar a aparência, mudar a configuração, dar uma forma, alterar o que está em edição
u s
he

Planilha Opções de controle da planilha de dados no Calc


at
M

Oferece comandos para o gerenciamento do aplicativo, alterando as configurações em todos os


Ferramentas
próximos arquivos editados pelo aplicativo
NOÇÕES DE INFORMÁTICA

Dados Classificação, filtro, filtro avançado, e demais opções de organização dos dados

Janela Oferece opções para organizar as janelas dos documentos

LIBREOFFICE IMPRESS

O aplicativo Microsoft PowerPoint se tornou, após anos, sinônimo de apresentações. É comum falarmos que esta-
mos apresentando um PowerPoint, mesmo que o arquivo tenha sido criado no LibreOffice Impress.
Os softwares de edição de slides (Microsoft PowerPoint, LibreOffice Impress, Google Apresentações) permitem
a criação de uma apresentação de slides para exibição para um público.
Ao iniciar o aplicativo, o usuário poderá escolher um modelo de apresentação para criação de um novo arqui-
vo. Ou poderá cancelar a caixa de diálogo, e escolher um arquivo que está gravado em um local de armazenamen-
to permanente, para ser aberto e editado naquela sessão de trabalho. 115
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25
7-
84
Arquivos do PowerPoint são abertos pelo LibreOffice Impress (antigo OpenOffice, BrOffice).

0.
Da mesma forma, arquivos do LibreOffice Impress (formato ODP — Open Document Presentation) podem ser

36
abertos pelo Microsoft PowerPoint.
.
71
Ambos são capazes de produzir arquivos PDFs.
-1

O LibreOffice Impress permite exportar uma apresentação ou desenho para diferentes formatos, incluindo os
citados no enunciado da questão.
ia
ar
M

z BMP: Windowns Bitmap (*.bmp);


EMF: Enhanced Metafile (*.emf);
a

z
lv

z EPS: Encapsulated PostScript (*.eps);


Si

z GIF: Graphics InterchangeFormat (*.gif);


da

z JPEG: Joint Photographic Experts Group (*.jpg;*.jpeg;*.jfif;*.jiif;*.jpe);


PNG: Portable Network Graphic (*.png);
ira

z
z SVG: Scalable Vector Graphics (*.svg; *.svgz);
re

z TIFF: Tagged Image File Format (*.tif; *.tiff);


Pe

z WMF: Windows Metafile (*.wmf).


u s
he

Importante!
at
M

Extensões de arquivos estão entre os itens mais questionados em provas de concursos das bancas organizadoras

Os modos de exibição permitem alternar entre a edição (Normal), exibição de títulos (Estrutura de Tópicos),
Notas (Anotações do apresentador) e Organizador de Slides (classificação de slides — miniaturas para organização).

Normal Estrutura de tópicos Notas Organizador de slides

116
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z Leiaute: permite a escolha do tipo de conteúdo que será inserido no slide. Para não esquecer: é o esqueleto de
cada slide da apresentação. O layout do slide (leiaute do eslaide) é a definição da posição dos objetos dentro de
cada slide da apresentação;
z Modelos: permite a escolha do projeto visual que será utilizado no slide. Para não esquecer: é a aparência da
apresentação;
z Transição: permite a escolha do efeito visual que será utilizado na passagem de um slide para outro slide. Para
não esquecer: é a animação entre os slides da apresentação;
z Mestre: permite a escolha da posição de todos os elementos dentro de uma apresentação, assim como confi-
gurações específicas. Podemos configurar os slides, folhetos e anotações. Para não esquecer: é o esqueleto de
toda a apresentação.

Exibir

25
Slide mestre

7-
84
0.
. 36
71
-1
ia
ar
M
a
lv
Si
da
ira
re
Pe
su

Elementos do slide mestre...


he
at
M

NOÇÕES DE INFORMÁTICA

Assim como nos demais aplicativos, o ícone permite transformar um objeto inserido em um hyperlink. O
ícone está disponível na Barra de Ferramentas Padrão. Atalho de teclado: Ctrl+K
No LibreOffice, o Hiperlink poderá ser para:

Internet: endereço URL ou endereço FTP.

Correio: abre o aplicativo de e-mail padrão para o envio de uma mensagem eletrônica.

117
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Documento: para algum local do documento atual, como uma Tabela, Seção ou Quadro.

Novo Documento: para qualquer outro arquivo editável do pacote LibreOffice.

Diferentemente da interface do Microsoft PowerPoint, que é baseada na Faixa de Opções com guias, grupos e
ícones, o LibreOffice tem a interface baseada em menus. Na tabela a seguir, confira algumas dicas para compreen-
der a sequência de comandos e menus do Impress. As dicas são válidas para o LibreOffice Writer e LibreOffice Calc.

MENU SIGNIFICADO

Arquivo Oferece comandos para o gerenciamento do arquivo atual, aquele que está em primeiro plano

Acesso a recursos temporários (localizar, substituir, selecionar) e área de transferência do


Editar
Windows/Linux

Acesso aos controles sobre o que será mostrado na tela de edição, e como será exibido.
Exibir
Cor, preto e branco, escala de cinza

Adicionar qualquer objeto na apresentação atualmente editada. Se este objeto é atualizá-


Inserir
vel, será um campo

Formatar Mudar a aparência, mudar a configuração, dar uma forma, alterar o que está em edição

Oferece comandos para o gerenciamento do aplicativo, alterando as configurações em


Ferramentas
todos os próximos arquivos editados pelo aplicativo

Iniciar a apresentação, configurar a apresentação, Cronometrar, Interação, Animação


Apresentação de slides personalizada, Transição de slides, Exibir e Ocultar slides, e criar uma apresentação
personalizada

Janela Oferece opções para organizar as janelas dos documentos

25
7-
Menu Slide

84
0.
Novidade do LibreOffice Impress 5 mantida na versão 6/7, que não existia nas versões anteriores. Possui opções

36
similares à guia Apresentação de Slides do Microsoft PowerPoint. Contém as opções para manipulação dos slides
.
71
da apresentação, incluindo o item Transição de Slides, para adicionar uma animação entre os slides.
-1

Slide
ia
ar
M
a
lv
Si
da
ira
re
Pe
u s
he
at
M

Menu Apresentação de Slides

Outra novidade do LibreOffice Impress 5, com as opções e comandos para controle da apresentação. Foi man-
tido nas versões seguintes.
Semelhante ao PowerPoint, F5 inicia a apresentação a partir do primeiro slide e Shift+F5 inicia a partir do slide
atual. Esta é uma alteração importante, pois nas versões anteriores, F5 iniciava no slide atual, e agora é como no
118 PowerPoint, com dois atalhos de teclado diferentes.
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qualquer título, a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.
4. (IBFC — 2022) Com base no editor de planilha Excel
abaixo assinale a alternativa que apresenta o resulta-
do da fórmula: =(C2/B2-A1+C1)*A2

A B e
1 3 5 4

2 1 2 6

a) 4 (quatro)
b) 6 (seis)
c) 8 (oito)
HORA DE PRATICAR! d) 5 (cinco)

1. (IBFC — 2019) Quanto aos editores de textos, analise 5. (IBFC — 2022) Com base na planilha eletrônica gené-
as afirmativas a seguir. rica a seguir, assinale a alternativa que apresenta a
única fórmula correta que está embutida na célula C2:
1. Um dos recursos disponíveis no MS-Word é a inser-
ção de tabelas em um documento. A B C
2. Os principais editores de texto não permitem a cria-
ção e edição de uma mala direta. 1 1 2 3

2 4 5 18
Assinale a alternativa correta.

a) As afirmativas 1 e 2 são verdadeiras a) =MÉDIA(A1:C1)/SOMA(A2:B2)


b) A afirmativa 1 é verdadeira e a 2 é falsa b) =MÉDIA(A1:C1)*SOMA(A2:B2)
c) A afirmativa 2 é verdadeira e a 1 é falsa c) =MÉDIA(A2:B2)-SOMA(A1:C1)
d) As afirmativas 1 e 2 são falsas d) =MÉDIA(A2:B2)^SOMA(A1:C1)

2. (IBFC — 2019) Quanto às últimas versões, em Por- 6. (IBFC — 2021) Com base na planilha do Excel abaixo,

25
tuguês, do Word da Microsoft, analise as afirmativas assinale a alternativa que apresenta o resultado da

7-
abaixo e dê valores Verdadeiro (V) ou Falso (F). fórmula: =B2/C2*B1+A1-C1+A2.

84
0.
( ) Com CTRL+X consigo copiar o conteúdo que está na A B C
36
área de transferência.
.
71
( ) Com CTRL+C apaga-se o conteúdo selecionado para 1 7 3 5
-1

a área de transferência.
( ) Com CTRL+V consigo colar o conteúdo que está na 2 6 8 2
ia
ar

área de transferência.
M

a) 10
a

Assinale a alternativa que apresenta a sequência cor- b) 20


lv

reta de cima para baixo. c) 30


Si

d) 40
da

a) V-F-F
ira

b) V-V-F 7. (IBFC — 2022) O Editor de Apresentação da Microsoft


c) F-V-V
re

(em português) inclui vários formas para inserir um


d) F-F-V
Pe

novo slide em uma apresentação tais como:


s
u

3. (IBFC — 2021) Quanto às últimas versões do Word da (1) por meio da tecla de função: F2.
he

Microsoft, analise as afirmativas abaixo e dê valores (2) clicar em “Novo Slide” na aba “Página Inicial”.
at

Verdadeiro (V) ou Falso (F). (3) por meio do atalho de teclado: CTRL + M.
M

( ) É impossível de se visualizar dois arquivos, para com-


NOÇÕES DE INFORMÁTICA

Assinale a alternativa correta.


parar, ao mesmo tempo.
( ) A opção de criar uma estrutura de tópicos é inexisten- a) Da relação apresentada existem somente o 1 e 2
te no Word. b) Da relação apresentada existem somente o 1 e 3
( ) Permite que seja utilizado modelos próprios para c) Da relação apresentada existem somente o 2 e 3
aplicar modificações. d) Da relação apresentada existem todos

Assinale a alternativa que apresenta a sequência cor- 8. (IBFC — 2022) O programa do pacote Office, o Micro-
reta de cima para baixo: soft PowerPoint, possui algumas funções para deixar
as apresentações mais elaboradas. Analise as afir-
a) V-F-F mativas abaixo e dê valores Verdadeiro (V) ou Falso
b) V-V-F (F).
c) F-V-V
d) F-F-V
119
O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para Matheus Pereira da Silva Maria - 171.360.847-25, vedada, por quaisquer meios e a
qualquer título, a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.
( ) Podemos incluir na apresentação qualquer vídeo do 13. (IBFC — 2019) Quanto aos conceitos básicos de Intra-
YouTube nos seus slides. net e Internet, analise as afirmativas abaixo e assinale
( ) Podemos deixar fotos em qualquer formato: círculo, a alternativa correta.
estrela, seta, balões, entre outros.
( ) O padrão da Microsoft para salvar qualquer apresen- I. Os protocolos utilizados na Intranet são basicamente
tação é a extensão ‘.ppx’. os mesmos da Internet.
II. Tanto na Intranet como na Internet a principal interfa-
Assinale a alternativa que apresenta a sequência cor- ce de trabalho é o browser.
reta de cima para baixo. III. A Internet só existe graça à junção das várias Intra-
nets existentes no mundo.
a) V-F-F
b) V-F-V a) Apenas as afirmativas I e II estão corretas
c) F-V-V b) Apenas as afirmativas II e III estão corretas
d) V-V-F c) Apenas as afirmativas I e III estão corretas
d) As afirmativas I, II e III estão corretas
9. (IBFC — 2022) Quanto ao editor de apresentação
PowerPoint, analise as afirmativas abaixo e assinale 14. (IBFC — 2022) Quanto ao navegador web denominado
a alternativa correta. Mozilla Firefox, analise as afirmativas abaixo e assi-
nale a alternativa correta:
(1) O limite máximo de criação de slides do PowerPoint é
de 64 slides. I. Existem vários itens dentro do histórico do Mozilla
(2) A extensão padrão dos arquivos criados no Power- Firefox, inclusive cache e cookies.
II. É possível no Mozilla Firefox bloquear cookies em um
Point é “.ppp.
site específico.
III. Não existe a opção no Firefox de limpar automatica-
a) As duas afirmativas são verdadeiras mente o cache.
b) A afirmativa (1) é verdadeira, e a (2) é falsa
c) A afirmativa (2) é verdadeira, e a (1) é falsa Das afirmativas:
d) As duas afirmativas são falsas
a) Apenas I é a tecnicamente verdadeira
10. (IBFC — 2019) Dentro dos vários tipos de Correios b) Apenas I e II são tecnicamente verdadeiras
Eletrônicos existentes no mercado de tecnologia, c) Apenas II e III são tecnicamente verdadeiras

25
pode-se destacar os seguintes: d) Apenas I e III são tecnicamente verdadeiras

7-
e) I, II e III são tecnicamente verdadeiras

84
a) Cisco e Samsung

0.
b) Outlook e o Gmail 15. (IBFC — 2022) Assinale, das alternativas abaixo, a

36
c) Alphabet e o Gmail única que identifica incorretamente as principais fun-
.
ções existentes no navegador Google Chrome.
71
d) Outlook e o Cisco
-1

11. (IBFC — 2018) São considerados ferramentas e apli- a) Existe a opção de usar no modo anônimo
ia

b) Pode-se apagar o histórico de navegação


cativos de navegação na Internet os programas de
ar

c) Não possibilita a instalação de extensões


M

computador que recebem o nome em inglês de: d) É permitido configurar a página inicial
a
lv

a) site 16. (IBFC — 2022) O Google Chrome possui mais de 65


Si

b) cookie mil extensões para incrementar as funcionalidades


da

c) path do navegador. Para encontrar extensões e temas para


d) browser
ira

o navegador Google Chrome deve-se acessar o


.Assinale a alternativa que preencha corretamente a
re

12. (IBFC — 2022) Quanto aos conceitos e arquitetura da lacuna.


Pe

Internet e da Intranet, analise as afirmativas a seguir e


s

dê valores Verdadeiro (V) ou Falso (F). a) keep store chrome


u
he

b) google play store


c) chrome web store
at

( ) Por ser considerado um protocolo complexo, o TCP/


d) drive store chrome
M

IP não é utilizado dentro de uma Intranet Empresarial.


( ) A principal funcionalidade de uma Intranet é possibi-
17. (IBFC — 2023) Quanto aos conceitos básicos sobre
litar o acesso aos Bancos de Dados internos de uma
os Correios Eletrônicos, analise as afirmativas abaixo
empresa para todos os seus clientes. e assinale a alternativa correta.
( ) A Intranet oferece as principais vantagens técnicas
de uma Internet para dentro da abrangência de uma I. Por meio do e-mail se consegue enviar mensagens
empresa. apenas com texto ou também com imagens, vídeos e
áudio anexados.
Assinale a alternativa que apresenta a sequência cor- II. No e-mail deve existir um remetente (aquele que
reta de cima para baixo. envia uma mensagem) e, pelo menos, um destinatário
(quem recebe a mensagem).
a) V-F-F III. O e-mail se trata de um modo de comunicação assín-
b) V-V-F crona, o que quer dizer que não é necessário que haja
c) F-V-V a presença simultânea do remetente e do destinatário
d) F-F-V (quem recebe a mensagem pode lê-la e a responder
em outro momento).
120
O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para Matheus Pereira da Silva Maria - 171.360.847-25, vedada, por quaisquer meios e a
qualquer título, a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.
Das afirmativas:
4 A
a) Apenas I é a tecnicamente verdadeira 5 B
b) Apenas I e II são tecnicamente verdadeiras
c) Apenas II e III são tecnicamente verdadeiras 6 B
d) Apenas I e III são tecnicamente verdadeiras
7 C
e) I, II e III são tecnicamente verdadeiras
8 D
18. (IBFC — 2018) Quanto aos conceitos básicos sobre
grupos de discussão, assinale a alternativa que esteja 9 D
tecnicamente correta:
10 B
a) são ferramentas de comunicação exclusivas da Inter- 11 D
net, e não de uma Intranet, para serem usadas, tanto
para o recebimento como para o envio de mensagens 12 D
b) são ferramentas de comunicação assíncronas, ou
13 A
seja, para o recebimento e envio de mensagens, não é
necessário que os participantes estejam conectados 14 B
ao mesmo tempo
c) são ferramentas de comunicação síncronas, ou seja, 15 C
para o recebimento e envio de mensagens, é neces-
16 C
sário que os participantes estejam conectados ao
mesmo tempo 17 E
d) são ferramentas de comunicação tanto síncronas
como assíncronas, pois para o recebimento e envio 18 B
de mensagens, os participantes precisam estare
19 B
conectados em uma Intranet
20 D
19. (IBFC — 2018) Relacione as ferramentas e aplicati-
vos da coluna da esquerda com os correspondentes
exemplos típicos de softwares da coluna da direita:

25
ANOTAÇÕES

7-
(1) de busca e pesquisa (A) Twitter

84
0.
(2) correio eletrõnico (B) Firefox

(3) navegação (C) Bing .36


71
-1

(4) grupo de discussão (D) Outlook


ia
ar
M

Assinale a alternativa que relaciona corretamente as


a
lv

colunas.
Si
da

a) 1D - 2C - 3B - 4A
b) 1C - 2D - 3B - 4A
ira

c) 1C - 2B - 3D - 4A
re

d) 1C - 2D - 3A - 4B
Pe
s

20. (IBFC — 2022) O comando a ser usado, na Ferramenta


u
he

de Busca do Google, para que venham somente arqui-


vos que tenham o nome “resultado” e especificamen-
at
M

te com a extensão PPT, deverá ser:


NOÇÕES DE INFORMÁTICA

a) fileext:ppt resultado
b) extarq:ppt resultado
c) resultado extfile:ppt
d) resultado filetype:ppt

9 GABARITO

1 B

2 D

3 D

121
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25
7-
84
0.
. 36
71
-1
ia
ar
M
a
lv
Si
da
ira
re
Pe
u s
he
at
M

122
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qualquer título, a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.
Toda proposição pode ser representada simbolica-
mente pelas letras do alfabeto, veja no exemplo:

z p: Sabino é um pintor esperto;


z r: Kate é uma mulher alta.
RACIOCÍNIO LÓGICO Na situação temos duas proposições sendo repre-
sentadas pelas letras p e r.
Bom! Agora que já sabemos o que são proposições
lógicas, fica tranquilo distinguir o que não são pro-
LÓGICA PROPOSICIONAL posições. Isto é fundamental, pois várias questões de
prova perguntam exatamente isso – são apresentadas
VALORES LÓGICOS algumas frases e você precisa identificar qual delas
não é uma proposição. Vejamos os casos em que mais
Na lógica temos apenas dois valores lógicos – ver- aparecem:
dadeiro ou falso. Quando temos uma declaração ver-
dadeira, o seu valor lógico é Verdade (V) e quando é � Perguntas: são as orações interrogativas.
falsa, dizemos que seu valor lógico é Falso (F). Exemplo: Que horas vamos ao cinema?
Essa pergunta não pode ser classificada como ver-
PROPOSIÇÕES LÓGICAS SIMPLES dadeira ou falsa;
� Exclamações: são frases exclamativas.
Vamos começar nosso estudo falando sobre o que Exemplo: Que lindo cabelo!
é uma proposição lógica. Observe a frase a seguir: Essa exclamação não pode ser valorada, pois apre-
sentam percepções subjetivas;
Ex.: Paula vai à praia.
� Ordens: são orações com verbo no imperativo.
Para saber se temos ou não uma proposição, preci-
Exemplo: Pegue o livro e vá estudar.
samos de três requisitos fundamentais:
Uma ordem não pode ser classificada como verda-
z Ser uma oração: ou seja, são frases com verbos; deira ou falsa. Muito cuidado com esse tipo de oração,
z Oração declarativa: a frase precisa estar apresen- pois pode ser facilmente confundida com uma propo-
tando uma situação, um fato; sição lógica.

25
z Pode ser classificada como Verdadeira ou Falsa: Não são proposições – perguntas, exclamações e

7-
ordens.

84
ou seja, podemos atribuir o valor lógico verdadeiro
Temos um outro caso menos cobrado em provas,

0.
ou o valor lógico falso para a declaração.

36
mas que também não é proposição lógica, sendo o
paradoxo. Para ficar mais claro, veja o exemplo a
.
71
Tendo isso em vista, podemos afirmar claramen-
seguir:
-1

te que a frase “Paula vai à praia” é uma proposição


Ex.: Esta frase é uma mentira.
lógica, pois temos a presença de um verbo (ir), uma
ia

Quando atribuímos um valor de verdade para a


ar

informação completa (temos o sujeito claro na oração)


frase, então na verdade, ele mentiu, uma vez que a
M

e podemos afirmar se é verdade ou falsa. própria frase já diz isso, e se atribuirmos o valor falso,
a

então a frase é verdade, pois ela diz ser uma mentira


lv
Si

e já sabemos que isso é falso.


Importante! Perceba que sempre que valoramos a frase ela nos
da

resulta um valor contrário, ou seja, estamos diante de


Proposição Lógica é uma oração declarativa que
ira

uma frase que é contraditória em si mesma. Isso é a


admite apenas um valor lógico: V ou F.
re

definição de um paradoxo.
Pe
s

Ou então podemos também esquematizar o que é SENTENÇA ABERTA


u
he

uma proposição lógica assim:


Dizemos que uma sentença é aberta quando não
at

Chama-se proposição toda sentença declarativa


M

conseguimos ter a informação completa que a oração


que pode ser valorada ou só como verdadeira ou só nos mostra. Veja o exemplo a seguir:
como falsa. A presença do verbo é obrigatória junta- Ex.: Ele é o melhor cantor de rock.
mente com o sentido completo (caráter informativo). Perceba que há presença do verbo e que consegui-
RACIOCÍNIO LÓGICO

mos parcialmente entender o que a frase quer dizer.


Verdadeira Todavia, logo surge a pergunta: Ele quem? Aqui nossa
informação não consegue ser completa e por isso temos
Sentença mais um caso que não é proposição lógica. Observe
Ou Sentido
Declarativa outros exemplos:
completo
X + 5 = 10
Falsa
Aquele carro é amarelo.
Obrigatório
5+5
Verbo
X – Y = 20 123
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qualquer título, a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.
Todos os exemplos acima são sentenças abertas, Exemplos:
então podemos resumir da seguinte forma:
As variáveis: Ele, aquele ou variáveis matemáti- z Na linguagem natural:
cas (X ou Y) tornam a sentença aberta.
„ O macaco bebe leite e o gato come banana;
Sempre será uma proposição lógica na escrita
„ Maria é bailarina ou Juliano é atleta;
matemática e podemos notar que há verbos nos casos
„ Ou o elefante corre rápido ou a raposa é lenta;
a seguir:
„ Se estudar, então vai passar;
„ Bino vai ao cinema se e somente se ele receber
z = (é igual);
dinheiro.
z ≠ (é diferente);
z > (é maior); z Na linguagem simbólica:
z < (é menor);
z ≥ (é maior ou igual); „ p ^ q;
z ≤ (é menor ou igual). „ p v q;
„ p v q;
Esquematizando o que não são proposições lógicas: „ p → q;
„ p ⟷ q.
Sentenças Interrogativas(?)
Agora que conhecemos os conectivos lógicos,
Sentenças sem Verbo vamos ver algumas camuflagens dos operadores lógi-
NÃO SÃO cos que podem aparecer na prova. Veja:
PROPOSIÇÕES

Sentenças com Verbo no Imperativo � Conectivos “e” usando “mas”:


Exemplo: Jurema é atriz, mas Pedro é cantor;
Sentenças Abertas
� Conectivo “ou...ou” usando “...ou..., mas não
Paradoxo ambos”:
Exemplo: Baiano é corredor ou ele é nadador, mas
não ambos;
PRINCÍPIOS DA LÓGICA PROPOSICIONAL � Conectivo “Se então” usando “Desde que, Caso,
Basta, Quem, Todos, Qualquer, Toda vez que”:
É fundamental que você conheça três princípios Exemplos: Desde que faça sol, Pedrinho vai à

25
para deixarmos tudo alinhado com as proposições praia;

7-
lógicas. Veja: Caso você estude, irá passar no concurso;

84
Basta Ana comer massas, e engordará;

0.
z Princípio do terceiro excluído: uma proposição Quem joga bola é rápido;
36
deve ser Verdadeira ou Falsa, não havendo outra Todos os médicos sabem operar;
.
71
possibilidade. Não é possível que uma proposição Qualquer criança anda de bicicleta;
-1

seja “quase verdadeira” ou “quase falsa”; Toda vez que chove, não vou à praia.
z Princípio da não contradição: dizemos que uma
ia
ar

mesma proposição não pode ser, ao mesmo tempo, É importante saber que na condicional a primeira
M

verdadeira e falsa; proposição é o termo antecedente e a segunda é o


a

z Princípio da Identidade: cada ser é único, ou seja, termo consequente.


lv

uma proposição não assume o significado de outra


Si

proposição lógica. P→Q


da

P = antecedente
ira

PROPOSIÇÕES COMPOSTAS
re

Q = consequente
Pe

Temos proposições compostas quando há duas ou


mais proposições simples ligadas por meio dos conec- TABELA VERDADE
u s

tivos lógicos. Veja os exemplos:


he

Trata-se de uma tabela na qual conseguimos


at

apresentar todos os valores lógicos possíveis de uma


z Sabino corre e Marcos compra leite;
M

proposição.
z O gato é azul ou o pato é preto;
z Se Carlinhos pegar a bola, então o jogo vai acabar. Números de Linhas de Tabela Verdade

Cada conectivo tem sua representação simbólica e Neste momento, vamos aprender a construir tabe-
sua nomenclatura. Veja a relação de conectivos: las verdade para proposições compostas.

z 1º passo: contar a quantidade de proposições


CONECTIVOS NOMENCLATURA SIMBOLOGIA
envolvidas no enunciado.
e Conjunção ^
ou Disjunção v Exemplo: P v Q (temos duas proposições).

Disjunção v z 2º passo: calcular a quantidade de linhas da tabela


ou...ou
Exclusiva usando a fórmula 2n = 2proposições (onde n é o número
se...então Condicional → de proposições).
se e somente se Bicondicional ⟷
124 Exemplo: P v Q = 22 = 4 linhas.
O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para Matheus Pereira da Silva Maria - 171.360.847-25, vedada, por quaisquer meios e a
qualquer título, a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.
P Q PVQ P ~P ~(~P)
V F V
F V F

Conectivo Conjunção “E” (^)

Só teremos uma resposta verdadeira quando todos


os valores lógicos envolvidos forem verdadeiros.
z 3º passo: dispor os valores “V” e “F” na primeira
coluna fazendo o agrupamento pela metade do
número de linhas da tabela. P Q P^Q
V V V
Exemplo: P v Q = 22 = 4 linhas = (agrupamento da V F F
primeira coluna de 2 em 2 – V V / F F).
F V F
P Q PVQ F F F
V
Conectivo Disjunção “Ou” (v)
V
F Teremos resposta verdadeira quando, pelo menos,
um dos valores lógicos envolvidos for verdadeiro.
F

P Q PVQ
z 4º passo: preencher as demais colunas com agru-
V V V
pamento de valores lógicos (V ou F) sempre pela
V F V
metade do agrupamento anterior.
F V V
Exemplo: primeira coluna de 2 em 2 (a próxima F F F
será de 1 em 1).
Conectivo Disjunção Exclusiva “Ou...ou” ( v )

25
P Q PVQ

7-
Teremos resposta verdadeira quando os valores

84
V V lógicos envolvidos forem diferentes.

0.
V F
F V P . 36
Q PVQ
71
-1

F F V V F
ia

V F V
ar

Pronto! A nossa tabela já está montada, agora precisa- F V V


M

mos aprender qual o resultado que teremos quando com-


a

F F F
binamos os valores lógicos usando os conectivos lógicos.
lv
Si

Número de linhas da tabela verdade:


2n = 2proposições (onde n é o número de proposições). Conectivo Bicondicional “Se e Somente Se” ()
da

Bom! Vamos caminhar mais um pouco e apren-


ira

der todas as combinações lógicas possíveis para cada Teremos resposta verdadeira quando os valores
lógicos envolvidos forem iguais.
re

conectivo lógico.
Pe

Negação (~P)
s

P Q PQ
u
he

V V V
Uma proposição, quando negada, recebe valores
at

lógicos opostos ao da proposição original. O símbolo V F F


M

que iremos utilizar é ¬ p ou ~p. F V F


F F V
P ~P
RACIOCÍNIO LÓGICO

V F Conectivo Condicional “Se..., Então” (→)


F V
Especialmente nesse caso, vamos aprender quan-
do teremos o resultado falso, pois o conectivo con-
Dupla Negação ~(~P) dicional só tem uma possibilidade de tal ocorrência
Somente teremos resposta falsa quando o valor lógico
A dupla negação nada mais é do que a própria pro- do antecedente for verdadeiro e o consequente falso.
posição. Isto é, ~(~P) = P

125
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qualquer título, a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.
z Tautologia: uma proposição que é sempre verdadeira;
P Q P→ Q
z Contradição: uma proposição que é sempre falsa;
V V V z Contingência: uma proposição que pode assumir
V F F valores lógicos V e F, conforme o caso.
F V V
CONECTIVOS LÓGICOS
F F V
Os conectivos lógicos ou operadores lógicos, como
Condicional falsa: Vai Ficar Falsa
também podem ser chamados, servem para ligar duas
ou mais proposições simples e formar, assim, propo-
VF=F
sições compostas.
Temos 05 (cinco) operadores lógicos no total e cada
TAUTOLOGIA
um tem sua nomenclatura e representação simbólica.
É uma proposição cujo valor lógico é sempre Veja a tabela abaixo:
verdadeiro.
Exemplo 1: A proposição P ∨ (~P) é uma tautologia, Tabela de Conectivos
pois o seu valor lógico é sempre V, conforme a tabela
verdade. CONECTIVO NOMENCLATURA SÍMBOLO LEITURA
e Conjunção ^ peq
P ~P P V ~P ou Disjunção v p ou q
V F V Disjunção
ou...ou v Ou p ou q
F V V exclusiva
Condicional
Exemplo 2: A proposição (P Λ Q) → (PQ) é uma se...,então → Se p, então q
(implicação)
tautologia, pois a última coluna da tabela verdade só
p se e
possui V. se e Bicondicional
somente
somente se (bi-implicação)
se q
P Q (P^Q) (PQ) (P^Q)→(PQ)

25
V V V V V z Conjunção (conectivo “e”): sua representação

7-
V F F F V simbólica é ^.

84
0.
F V F F V
Exemplo:
36
F F F V V
.
71
„ Na linguagem natural: O macaco bebe leite e o
-1

CONTRADIÇÃO gato come banana;


ia

„ Na linguagem simbólica: p ^ q.
ar

É uma proposição cujo valor lógico é sempre falso.


M

Exemplo: A proposição P ^ (~P) é uma contradição, pois z Disjunção Inclusiva (conectivo “ou”): Sua repre-
a

o seu valor lógico é sempre F, conforme a tabela verdade.


lv

sentação simbólica é v.
Si
da

P ~P P ^ (~P) Exemplo:
ira

V F F
„ Na linguagem natural: Maria é bailarina ou
re

F V F
Juliano é atleta;
Pe

„ Na linguagem simbólica: p v q.
s

CONTINGÊNCIA
u
he

z Disjunção Exclusiva (conectivo “ou...ou”): sua


Sempre que uma proposição composta recebe
at

representação simbólica é: v.
valores lógicos falsos e verdadeiros, independente-
M

mente dos valores lógicos das proposições simples


componentes, dizemos que a proposição em questão é Exemplo:
uma contingência. Ou seja, é quando a tabela verda-
de apresenta, ao mesmo tempo, alguns valores verda- „ Na linguagem natural: Ou o elefante corre rápi-
deiros e alguns falsos. do ou a raposa é lenta;
Exemplo: A proposição [P ^ (~Q)] v (P→~Q)] é uma „ Na linguagem simbólica: p v q.
contingência, conforme a tabela verdade.
z Condicional (conectivos “se, então”): sua repre-
sentação simbólica é →.
P Q [P^(~Q)] (P→~Q) [P^(~Q)]V(P→~Q)
V V F F F Exemplo:
V F V V V
F V F V V „ Na linguagem natural: Se estudar, então vai
passar;
126 F F F V V „ Na linguagem simbólica: p → q.
O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para Matheus Pereira da Silva Maria - 171.360.847-25, vedada, por quaisquer meios e a
qualquer título, a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.
z Bicondicional (conectivo “se e somente se”): sua
representação simbólica é ⟷. ARGUMENTAÇÃO LÓGICA
Exemplo: ESTRUTURA LÓGICA

A Negação com o Conectivo “Não”


„ Na linguagem natural: Bino vai ao cinema se e
somente se ele receber dinheiro; Representação simbólica: (~p) ou (¬p).
„ Na linguagem simbólica: p⟷q. Sabemos que o valor lógico de p e ~p são opostos,
isto é, se p é uma proposição verdadeira, ~p será falsa,
z Negação: uma proposição quando negada, recebe e vice-versa. Exemplo:
valores lógicos opostos dos valores lógicos da pro- p: Matemática é difícil.
posição original. O símbolo que iremos utilizar é (~p) ou (¬p): Matemática não é difícil.
¬p ou ~p.
Outras maneiras que podemos usar para negar
Exemplos: uma proposição e que vem aparecendo muito nas pro-
vas de concursos são:
„ p: O gato é amarelo; z Não é verdade que matemática é difícil;
„ ~p: O gato não é amarelo; z É falso que matemática é difícil.
„ q: Raciocínio Lógico é difícil;
Conjunção (Conectivo E)
„ ~q: É falso que raciocínio lógico é difícil;
„ r: Maria chegou tarde em casa ontem; Representação simbólica: ^
„ ~r: Não é verdade que Maria chegou tarde em
casa ontem. Exemplos:

z Na linguagem natural:
Dica
„ O macaco bebe leite e o gato come banana.
A negação além da forma convencional, pode
ser escrita com as expressões a seguir: z Na linguagem simbólica:
É falso que ...

25
„ p ^ q.
Não é verdade que...

7-
Disjunção Inclusiva (Conectivo Ou)

84
Agora que já fomos apresentados aos conectivos

0.
Representação simbólica: v

36
lógicos, vamos ver algumas “camuflagens” dos opera-
dores lógicos que podem aparecer na prova. Veja: .
71
Exemplos:
-1

z Conectivo “e” usando “mas” z Na linguagem natural:


ia
ar

„ Maria é bailarina ou Juliano é atleta.


„ Exemplo: Jurema é atriz, mas Pedro é cantor;
M

z Na linguagem simbólica:
a
lv

z Conectivo “ou...ou” usando “...ou..., mas não


Si

ambos” „ p v q.
da

Disjunção Exclusiva (Conectivo Ou...ou)


ira

„ Exemplo: Baiano é corredor ou ele é nadador,


re

mas não ambos; Representação simbólica: ⊻


Pe

Exemplos:
z Conectivo “Se então” usando “Desde que, Caso,
s

z Na linguagem natural:
u

Basta, Quem, Todos, Qualquer, Toda vez que”


he

„ Ou o elefante corre rápido ou a raposa é lenta.


at

„ Exemplos:
M

z Na linguagem simbólica:
Desde que faça sol, Pedrinho vai à praia; „ p ⊻ q.
Caso você estude, irá passar no concurso;
RACIOCÍNIO LÓGICO

Basta Ana comer massas, e engordará; Condicional (Conectivo Se e Então)


Quem joga bola é rápido;
Representação simbólica: →
Todos os médicos sabem operar;
Qualquer criança anda de bicicleta; Exemplo:
Toda vez que chove, não vou à praia.
z Na linguagem natural:
Na condicional a 1° proposição é o termo antece- „ Se estudar, então vai passar.
dente e a 2° é o termo consequente.
PQ z Na linguagem simbólica:
P = antecedente
Q = consequente „ p → q. 127
O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para Matheus Pereira da Silva Maria - 171.360.847-25, vedada, por quaisquer meios e a
qualquer título, a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.
Bicondicional (Conectivo “Se e Somente Se”) z Conclusão: identificamos por não conter o termo
médio (M);
Representação simbólica: z Termo médio: estabelece a ligação entre o termo
Exemplo: maior e termo menor. Aparece nas duas premis-
sas, mas nunca aparece na conclusão.
z Na linguagem natural:

„ Bino vai ao cinema se e somente se ele receber Veja os exemplos a seguir:


dinheiro. Exemplo 1:

z Na linguagem simbólica: z Todos os mamíferos são animais;


z Os cães são mamíferos;
„ p ⟷ q. z Logo, os cães são animais.
Agora vamos treinar o que aprendemos na teo-
ria com exercícios comentados de diversas bancas. „ Termo maior: animais;
Vamos lá! „ Termo menor: cães;
„ Termo médio: mamíferos.
1. (CEBRASPE-CESPE — 2018) As proposições P, Q e R a
seguir referem-se a um ilícito penal envolvendo João, Exemplo 2:
Carlos, Paulo e Maria:
P: “João e Carlos não são culpados”. Q: “Paulo não é z Todos os homens são mortais;
mentiroso”. R: “Maria é inocente”. z Sócrates é homem;
Considerando que ~X representa a negação da propo- z Logo, Sócrates é mortal.
sição X, julgue o item a seguir.
A proposição “Se Paulo é mentiroso então Maria é „ Termo maior: mortais;
culpada.” pode ser representada simbolicamente por „ Termo menor: Sócrates;
(~Q)↔(~R). „ Termo médio: homem.

( ) CERTO ( ) ERRADO REGRAS DO SILOGISMO CATEGÓRICO


Veja que temos uma proposição condicional (se
então) e a representação simbólica apresentada é Regras Relativas aos Termos

25
de uma bicondicional. Representação da condicio-
z 1ª Regra: o silogismo tem três termos: o maior, o

7-
nal (). Resposta: Errado.

84
menor e o médio. Exemplos:
2. (CEBRASPE-CESPE — 2018) Julgue o seguinte item, rela-

0.
36
tivo à lógica proposicional e à lógica de argumentação. „ As margaridas são flores;
A proposição “A construção de portos deveria ser .
„ Algumas mulheres são Margaridas;
71
uma prioridade de governo, dado que o transporte „ Logo, algumas mulheres são flores.
-1

de cargas por vias marítimas é uma forma bastante


ia

econômica de escoamento de mercadorias.” pode ser Veja que margaridas e Margaridas são termos
ar

representada simbolicamente por P∧Q, em que P e Q equívocos. Não respeitamos esta regra, porque esse
M

são proposições simples adequadamente escolhidas. silogismo tem 4 termos. O termo margaridas está
a
lv

empregado em 2 sentidos, valendo por 2 termos;


( ) CERTO ( ) ERRADO
Si
da

A representação simbólica apresentada para julgar- z 2ª Regra: se um termo está distribuído na con-
clusão, tem de estar distribuído nas premissas.
ira

mos é de uma conjunção e na questão foi apresen-


tada uma proposição composta pela condicional na Exemplos:
re

forma “camuflada” dentro de uma relação de causa


Pe

e consequência “ Dado que...”. Resposta: Errado. „ Os espanhóis são inteligentes. (Predicado não
s

distribuído);
u
he

SILOGISMOS „ Os portugueses não são espanhóis;


„ Logo, os portugueses não são inteligentes.
at

O silogismo vem da Teoria Aristotélica dentro


M

do raciocínio dedutivo e geralmente é formado por Menor extensão na conclusão do que nas premissas;
três proposições, em que de duas delas, que funcio-
nam como premissas ou antecedente, extrai-se outra z 3ª Regra: o termo médio nunca pode estar na con-
proposição que é a sua conclusão ou consequente. clusão. Exemplos:
Além disso, podemos dizer que é um tipo especial de
argumento. „ Toda planta é ser vivo;
„ Todo animal é ser vivo;
Estrutura do Silogismo Categórico
„ Todo ser vivo é animal ou planta.
z Premissa maior: geralmente é a primeira. Con-
têm o termo maior (T), que é sempre o predicado z 4ª Regra: o termo médio tem de estar distribuído
da conclusão e diz-nos qual é a premissa maior, da pelo menos uma vez. Exemplos:
qual faz parte;
z Premissa menor: geralmente é a segunda. Con- „ Alguns (não distribuído) homens são ricos;
têm o termo menor (t), que é sempre o sujeito da „ Alguns (não distribuído) homens são artistas;
128 conclusão e indica-nos qual é a premissa menor; „ Alguns artistas são ricos.
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qualquer título, a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.
Regras Relativas às Proposições

z 5ª Regra: de duas premissas negativas nada se pode concluir. Exemplos:

„ Nenhum palhaço é chinês;


„ Nenhum chinês é holandês;
„ Logo, (não se pode concluir).

Não se pode concluir se existe ou não alguma relação entre os termos “holandês” e “palhaço”, uma vez que não
existe nenhuma relação entre estes e o termo médio (que é o único que nos permite relacioná-los);

z 6ª Regra: de duas premissas afirmativas não se pode tirar uma conclusão negativa. Exemplos:

„ Todos os mortais são desconfiados;


„ Alguns seres são mortais;
„ Alguns seres não são desconfiados;

z 7ª Regra: a conclusão segue sempre a parte mais fraca (particular e/ou negativa). Se uma premissa for negativa,
a conclusão tem de ser negativa, se uma premissa for particular, a conclusão tem de ser particular. Exemplos:

„ Todos os homens são felizes;


„ Alguns homens são espertos;
„ Todos os espertos são felizes. (A conclusão nunca pode ser geral;

z 8ª Regra: de duas premissas particulares, nada se pode concluir. Exemplos:

„ Alguns italianos não são vencedores;


„ Alguns italianos são pobres;
„ Logo, (nada se pode concluir).

Pelo menos, uma premissa tem de ser universal, para que possa existir ligação entre o termo médio e os outros

25
termos e ser possível extrair uma conclusão.

7-
Esquematizando!

84
0.
36
REGRAS
.
71
PREMISSAS TERMOS
-1

z Todo silogismo contém somente três termos: maior,


z De duas premissas negativas, nada se conclui
ia

médio e menor
z De duas premissas afirmativas não pode haver conclu-
ar

z Os termos da conclusão não podem ter extensão maior


são negativa
M

que os termos das premissas


z A conclusão segue sempre a premissa mais fraca
a

z O termo médio não pode entrar na conclusão


lv

z De duas premissas particulares, nada se conclui


z O termo médio deve ser universal ao menos uma vez
Si
da

Agora vamos treinar o que aprendemos na teoria com exercícios comentados de diversas bancas. Vamos lá!
ira
re

1. (FGV — 2019) Considerando que a afirmação “Nenhum pescador sabe nadar” não é verdadeira, é correto concluir que
Pe

a) “Há, pelo menos, um pescador que sabe nadar”.


u s

b) “Quem não é pescador não sabe nadar”


he

c) “Todos os pescadores sabem nadar”.


at

d) “Todas as pessoas que sabem nadar são pescadores”.


M

e) “Ninguém que sabe nadar é pescador”.

Veja que a questão pede a negação do quantificador “nenhum”, e como já aprendemos, nunca devemos negar o
“nenhum” usando o quantificado “todo” e vice-versa. Sabendo disso, podemos eliminar estrategicamente as alter-
RACIOCÍNIO LÓGICO

nativas C, D e E. Como temos um quantificador universal negativo e sabemos que para negar precisamos de um
particular afirmativo, só nos resta a letra A como resposta, pois a letra B não está de acordo com a regra. Você
também poderia usar o lembrete “nenhum nega com PEA”.
Resposta: Letra A.

2. (FUNDATEC — 2019) A negação da sentença “algum assistente social acompanhou o julgamento” está na alternativa:

a) Algum assistente social não acompanhou o julgamento.


b) Todos os assistentes sociais acompanharam o julgamento.
c) Nem todos os assistentes sociais acompanharam o julgamento.
d) Nenhum assistente social acompanhou o julgamento.
e) Pelo menos um assistente social não acompanhou o julgamento. 129
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A questão pede a negação do “algum” – quantifi- Sabendo que somente um dos três falou a verdade,
cador particular afirmativo. Já aprendemos que, conclui-se que o sobrinho que quebrou o vaso e o que
para fazer essa negação, usamos um quantificador disse a verdade são, respectivamente,
universal. Qual? O quantificador “nenhum”, pois o
mesmo é universal negativo. Assim, a nossa senten- a) Huguinho e Luizinho.
ça ficará: b) Huguinho e Zezinho.
p: “Algum assistente social acompanhou o c) Zezinho e Huguinho.
julgamento”. d) Luizinho e Zezinho.
~p: “Nenhum assistente social acompanhou o julga- e) Luizinho e Huguinho.
mento”. Resposta: Letra D.
Para esse tipo de questão devemos buscar as infor-
3. (FUNDATEC — 2019) Assinale a alternativa que corres-
mações contraditórias, pois numa contradição
ponde à negação de “Todos os analistas de tecnologia
haverá uma “verdade e mentira”.
da informação são bons desenvolvedores”.
Sendo assim, o enunciado diz que somente um dos
três falou a verdade. Então, vamos analisar as infor-
a) Pelo menos um analista de tecnologia da informação
não é bom desenvolvedor. mações contraditórias:
b) Nenhum analista de tecnologia da informação é bom Veja que as afirmações de Zezinho e Luizinho se
desenvolvedor. contradizem.
c) Todos os analistas de tecnologia da informação não Zezinho → “Foi o Luizinho quem quebrou o vaso!”
são bons desenvolvedores. Luizinho → “O Zezinho está mentindo!”
d) Alguns analistas de tecnologia da informação são Não podemos afirmar quem disse a verdade ou
bons desenvolvedores. quem mentiu ainda, mas já sabemos que quem que-
e) Todos os desenvolvedores não são analistas de tecno- brou o vaso foi Huguinho (sobrou apenas mentira
logia da informação. para quem não está na contradição).
Huguinho → “Eu não quebrei o vaso!” – mentiu, logo
A negação do “todo” pode ser feita usando o lem- ele quebrou o vaso.
brete que aprendemos: “todo nega com PEA + não”, Eliminamos as letras C, D e E.
onde o PEA são as iniciais dos quantificadores Agora, perceba que não tem como o Zezinho está
lógicos particulares – “Pelo menos um” / “Existe” / falando a verdade, pois já sabemos que foi Huguinho
“Algum” – seguidos pelo modificador lógico “não”, quem quebrou o caso. Logo, Zezinho está mentindo e
deixando-os, assim, particulares negativos. Logo, Luizinho falando a verdade.

25
p: “Todos os analistas de tecnologia da informação Resposta: Letra A.

7-
são bons desenvolvedores”

84
~p: “Pelo menos um / Existe / Algum analista de tec- 2. (IF-PA — 2019) Ângela, Bruna, Carol e Denise são

0.
nologia da informação não é bom desenvolvedor.

36
quatro amigas com diferentes idades. Quando se per-
Resposta: Letra A. guntou qual delas era a mais jovem, elas deram as
.
71
seguintes respostas:
-1

VERDADES E MENTIRAS
ia

z Ângela: Eu sou a mais velha;


ar

Estamos diante de um assunto bem interessante, z Bruna: Eu sou nem a mais velha nem a mais jovem;
M

pois em Verdades e Mentiras você será apresentado a z Carol: Eu não sou a mais jovem;
a

um caso onde várias pessoas afirmam certas situações Denise: Eu sou a mais jovem.
lv


Si

e entre elas existe aquela que diz algo verdadeiro, mas


também há aquela que só mente. Então, o seu dever
da

Sabendo que uma das meninas não estava dizendo a


é entender o que o enunciado está querendo e achar verdade, a mais jovem e a mais velha, respectivamen-
ira

quem são os mentirosos e verdadeiros. te, são:


re

Em algumas questões, você terá que fazer um teste


Pe

lógico e depois avaliar cada afirmação que está dis- a) Bruna é a mais jovem e Ângela é a mais velha.
posta no enunciado. Caso não aconteça divergência
s

b) Ângela é a mais jovem e Denise é a mais velha.


u

entre as informações, sua suposição estará correta e


he

c) Carol é a mais jovem e Bruna é a mais velha.


você conseguirá achar quem está falando a verdade d) Denise é a mais jovem e Carol é a mais velha.
at

ou mentindo. Agora, se houver divergência, você terá


M

e) Carol é a mais jovem e Denise é a mais velha.


que fazer uma nova suposição. Esse tema não tem
teoria como já vimos em alguns pontos do Raciocínio Vamos analisar:
Lógico, então, vamos aprender como resolver esse � Ângela: Eu sou a mais velha;
tipo de questão praticando bastante. � Bruna: Eu sou nem a mais velha nem a mais
jovem;
1. (FCC — 2012) Huguinho, Zezinho e Luizinho, três � Carol: Eu não sou a mais jovem;
irmãos gêmeos, estavam brincando na casa de seu � Denise: Eu sou a mais jovem.
tio quando um deles quebrou seu vaso de estimação. Não tem como Carol e Denise estarem mentido, pois
Ao saber do ocorrido, o tio perguntou a cada um deles se Carol estiver mentindo, então ela é a mais jovem
quem havia quebrado o vaso. Leia as respostas de e automaticamente a Denise estará mentindo tam-
cada um. bém. E se a Denise estiver mentindo e não for a mais
jovem, teremos um cenário em que todas as meni-
Huguinho → “Eu não quebrei o vaso!” nas afirmam, de uma forma ou de outra, que não
Zezinho → “Foi o Luizinho quem quebrou o vaso!” são as mais jovens, e pelo menos uma delas tem que
130 Luizinho → “O Zezinho está mentindo!” ser a mais jovem.
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qualquer título, a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.
Como o enunciado diz que apenas uma delas está Temos uma questão que relaciona os conceitos de
mentindo, podemos pensar que se Bruna estivesse conjuntos de Venn, pedindo a interseção. Vamos
mentindo, ela seria a mais velha e a mais jovem ao somar todos os valores e descontar do total. Fica:
mesmo tempo, o que é logicamente impossível em Total = 320.
um grupo de 4 meninas. Séries = 256.
Sendo assim, a única que poderia estar mentindo é a Filmes = 194.
Ângela. Logo, Carol é a mais velha, Denise é a mais
Resolução = 256 + 194 = 450 - 320 = 130 gostam de
jovem.
filmes e séries ao mesmo tempo. Resposta: Letra B.
Resposta: Letra D.
2. (FCC — 2019) Antônio, Bruno e Carlos correram uma
3. (VUNESP — 2018) Paulo, Lucas, Sandro, Rogério e
Vitor são suspeitos de terem furtado a bicicleta de maratona. Logo após a largada, Antônio estava em
uma pessoa. Na delegacia: primeiro lugar, Bruno em segundo lugar e Carlos em
terceiro lugar. Durante a corrida Bruno e Antônio tro-
z Vitor afirmou que não tinha sido nem ele nem Rogério; caram de posição 5 vezes, Bruno e Carlos trocaram de
z Sandro jurou que o ladrão era Rogério ou Lucas; posição 4 vezes e Antônio e Carlos trocaram de posi-
z Rogério disse que tinha sido Paulo; ção 7 vezes. A ordem de chegada foi
z Lucas disse ter sido Paulo ou Vitor;
z Paulo termina dizendo que Sandro é um mentiroso. a) Antônio (1º), Carlos (2º) e Bruno (3º).
b) Bruno (1º), Carlos (2º) e Antônio (3º).
Sabe-se que um e apenas um deles mentiu. Sendo c) Bruno (1º), Antônio (2º) e Carlos (3º).
assim, a pessoa que furtou a bicicleta foi d) Carlos (1º), Bruno (2º) e Antônio (3º).
e) Carlos (1º), Antônio (2º) e Bruno (3º).
a) Lucas.
b) Sandro. Para resolver essa questão basta saber que: se o
c) Rogério.
número de trocas for PAR (não importa a quantida-
d) Vitor.
de) as posições vão ser mantidas, se for ímpar (não
e) Paulo.
importa a quantidade), serão trocadas.
As frases de Paulo e Sandro são contraditórias. Veja: Logo,
Sandro jurou que o ladrão era Rogério ou Lucas; 1º Antônio

25
Paulo termina dizendo que Sandro é um mentiroso. 2º Bruno

7-
Se um estiver falando a verdade, outro está 3º Carlos

84
mentindo. Bruno e Antônio trocaram 5 vezes  número ímpar,

0.
Como, ao todo, temos apenas uma mentira, então as então, Antônio trocará de lugar com Bruno: 1º Bru-

36
demais frases são verdadeiras. Assim, analisando no 2º Antônio 3º Carlos
.
71
as afirmações, percebemos que a frase de Rogério Bruno e Carlos trocaram 4 vezes  número par,
-1

(que é 100% verdade) deixa claro que o culpado foi cada um ficará no seu lugar: 1º Bruno 2º Antônio
Paulo.
ia

3º Carlos
Resposta: Letra E.
ar

Antônio e Carlos trocaram 7 vezes  número ímpar,


M

então, Antônio trocará de lugar com Carlos:


LÓGICA E RACIOCÍNIO LÓGICO: PROBLEMAS
a

1º Bruno 2º Carlos 3º Antônio. Resposta: Letra B.


lv

ENVOLVENDO LÓGICA E RACIOCÍNIO LÓGICO


Si

3. (VUNESP — 2019) Três moças, Ana, Bete e Carol, tra-


da

Dentro de toda a teoria que já foi estudada sobre


balham no mesmo ambulatório. Na segunda-feira, Ana
ira

os diversos conceitos de Raciocínio Lógico, vamos


agora resolver algumas questões que envolvem pro- chegou depois de Bete, e Carol chegou antes de Ana.
re

blemas com lógica e raciocínio. Aqui não tem teoria, Nesse dia, Carol não foi a primeira a chegar no serviço.
Pe

pois como disse: esse tópico reúne diversos conceitos A primeira, a segunda e a terceira moça a chegar no
s

já estudados, tais como Diagrama de Venn, Associação serviço nesse dia foram:
u
he

Lógica, Equivalências, Negações, etc.


at

Logo, devemos resolver questões para entender- a) Bete, Ana e Carol.


M

mos como são cobradas em provas. b) Bete, Carol e Ana.


c) Ana, Carol e Bete.
1. (FUNDATEC — 2020) Em shopping da cidade, foram d) Ana, Bete e Caro.
entrevistadas 320 pessoas para apurar quem gosta de e) Carol, Bete e Ana.
RACIOCÍNIO LÓGICO

séries ou quem gosta de filmes. Dos dados levanta-


dos, tem-se que 256 gostam de séries e 194 gostam Ana chegou depois de Bete  Então, Ana não foi a
de filmes. Sabendo que todos preferem pelo menos
primeira a chegar, elimine as alternativas C e D.
uma das duas opções e que ninguém disse que não
Carol chegou antes de Ana  Se Carol chegou antes
gosta de nada, quantas pessoas gostam de séries e
filmes ao mesmo tempo? de Ana, e Ana não foi a primeira a chegar, então Ana
foi a última a chegar, elimine a alternativa A.
a) 110. Carol não foi a primeira a chegar no serviço.  Já
b) 130. que Carol não foi a primeira a chegar, elimine a
c) 150. alternativa E.
d) 170. Conclusões: 1º Bete, 2º Carol e 3º Ana.
e) 190. Resposta: Letra B. 131
O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para Matheus Pereira da Silva Maria - 171.360.847-25, vedada, por quaisquer meios e a
qualquer título, a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.
ARGUMENTOS: VALIDADE DE UM ARGUMENTO/ Já fizemos o 1° passo, colocamos na frente de cada
CRITÉRIO DE VALIDADE DE UM ARGUMENTO proposição os valores lógicos de acordo com o nosso
lembrete. Agora, vamos valorar! Veja que ir à praia é
Em nosso estudo sobre argumentos lógicos, esta- falso e fez sol é verdadeiro. Colocamos os mesmos
remos interessados em verificar se eles são válidos ou valores lógicos para proposição composta pelo conec-
inválidos. Então, passemos a seguir a entender o que sig- tivo “se..., então” na primeira premissa. Assim,
nifica um argumento válido e um argumento inválido.
(V) (F)
Argumentos Válidos Se fizer sol, então vou à praia. (V)
Fez sol. (V)
Logo, vou à praia. (F)
Também podem ser chamados de argumentos
bem-construído ou legítimo.
Como podemos notar, quando temos a combina-
Para que o argumento seja válido, não basta que
ção lógica verdade no antecedente e falso no conse-
a conclusão seja verdadeira, é preciso que as premis-
quente (V  F) para o conectivo “se...,então”, o nosso
sas e a conclusão estejam relacionadas corretamente, resultado só poderá ser falso.
ou seja, quando a conclusão é uma consequência
necessária das premissas, dizemos que o argumento (V) (F)
é válido. Se fizer sol, então vou à praia. (V) (F)
Vamos analisar o exemplo: Fez sol. (V)
Logo, vou à praia. (F)
z p1: Todo padre é homem;
z p2: José é padre; Percebe-se, então, que não está de acordo com a
z c: José é homem. nossa valoração inicial, ou seja, deu erro. Logo, nosso
argumento é válido.
Quando temos argumentos utilizando os quantifi-
cadores lógicos, representamos por meio dos diagra- ARGUMENTOS INVÁLIDOS
mas lógicos para saber a validade de um argumento.
Veja que temos uma proposição do tipo Todo A é B, Também podem ser chamados de argumentos mal
logo: construídos, ilegítimos, sofismas ou falaciosos.
Dizemos que um argumento é inválido quando a

25
verdade das premissas não é suficiente para garantir

7-
Homem

84
a verdade da conclusão. Vejamos um exemplo:
p1: Todas as crianças gostam de chocolate;

0.
36
Padre p2: Patrícia não é criança;
.
c: Portanto, Patrícia não gosta de chocolate.
71
Como já estudamos sobre esse tipo de estrutura
-1

de argumentos utilizando os quantificadores lógicos,


ia

José vamos representar por meio dos diagramas lógicos


ar

para saber a validade de um argumento. Veja que


M

temos uma proposição do tipo “Todo A é B”, logo:


a
lv
Si

Gostam de chocolate
da

Perceba que a premissa 2 afirma que José é padre,


ou seja, José tem que estar dentro do conjunto dos
ira

padres. Sendo assim, como não há possibilidade de


re

Crianças
um padre não ser homem, podemos afirmar que José
Pe

também é homem, como afirma nossa conclusão.


s

Logo, o argumento é válido.


u
he

Vamos analisar agora um argumento usando Patrícia


at

conectivos lógicos. Quando temos essa estrutura,


M

devemos usa o seguinte lembrete:

z Vamos afirmar que a conclusão é falsa e que as


premissas são verdadeiras; Gostam de chocolate
z Vamos valorar de acordo com a tabela verdade do
conectivo envolvido no argumento;
z Se der erro (não ficar de acordo com o padrão de
valoração que afirmamos) dizemos que o argu- Crianças
mento é válido.

Veja na prática: Patrícia

Se fizer sol, então vou à praia. (V)


Não gostam de chocolate
Fez sol. (V)
132 Logo, vou à praia. (F)
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Quando a premissa 2 afirma que Patrícia não é Para podermos praticar um pouco mais sobre esse
criança, temos duas interpretações: assunto, analisaremos algumas questões comentadas
de concursos.
z Patrícia pode não ser criança e gostar de chocolate
ou; 1. (FCC — 2018) Considere os dois argumentos a seguir:
z Ela pode não ser criança e não gostar de chocolate.
Sendo assim, não há possibilidade de afirmar com I. Se Ana Maria nunca escreve petições, então ela não
100% de certeza que Patrícia não gosta de chocola- sabe escrever petições.
te, como consta na conclusão. Logo, o argumento Ana Maria nunca escreve petições.
é inválido. Portanto, Ana Maria não sabe escrever petições.
II. Se Ana Maria não sabe escrever petições, então ela
Para um argumento usando conectivos lógicos, nunca escreve petições.
devemos usar o mesmo que já vimos para argumentos Ana Maria nunca escreve petições.
válidos, só muda um detalhe. Veja: Portanto, Ana Maria não sabe escrever petições.

z Vamos afirmar que a conclusão é falsa e que as Comparando a validade formal dos dois argumentos e
premissas são verdadeiras; a plausibilidade das primeiras premissas de cada um,
z Vamos valorar de acordo com a tabela verdade do é correto concluir que
conectivo envolvido no argumento;
z Se não der erro (ficar de acordo com o padrão de a) o argumento I é inválido e o argumento II é válido, mes-
valoração que afirmamos) dizemos que o argu- mo que a primeira premissa de I seja mais plausível
mento é inválido. que a de II.
b) ambos os argumentos são válidos, a despeito das pri-
Veja na prática: meiras premissas de ambos serem ou não plausíveis.
Se o tempo ficar nublado, então não vou ao cine- c) ambos os argumentos são inválidos, a despeito das pri-
ma. (V) meiras premissas de ambos serem ou não plausíveis.
O tempo ficou nublado. (V) d) o argumento I é inválido e o argumento II é válido, pois
Logo, vou ao cinema. (F) a primeira premissa de II é mais plausível que a de I.
e) o argumento I é válido e o argumento II é inválido, mes-
Já fizemos o 1° passo, colocamos na frente de cada mo que a primeira premissa de II seja mais plausível

25
proposição os valores lógicos de acordo com o nosso que a de I.

7-
lembrete. Agora, vamos valorar! Veja que ir ao cine-

84
ma é falso e o tempo ficar nublado é verdadeiro. Começarei pelo Argumento II, para que você possa

0.
Distribuímos os valores lógicos para proposição com- entender o “macete”.

36
posta pelo conectivo “se...então” na primeira pre- Argumento II.
.
71
missa, de acordo com cada proposição. Perceba que Se Ana Maria não sabe escrever petições (F), então
-1

a proposição não vou ao cinema está negando o que ela nunca escreve petições (V). = verdadeiro
está sendo dito na conclusão, ou seja, mudamos o Ana Maria nunca escreve petições. = verdadeiro
ia
ar

valor lógico dela. Assim, Conclusão: Portanto, Ana Maria não sabe escrever
M

petições. = falso
a

(V) (V) Não deu erro. Portanto,argumento inválido.


lv

Se o tempo ficar nublado, então vou ao cinema. (V) Argumento I.


Si

O tempo ficou nublado. (V) Se Ana Maria nunca escreve petições (verdadeiro),
da

Logo, vou ao cinema. (F) então ela não sabe escrever petições. (falso) = ver-
ira

dadeiro. (falso)
re

Tudo que não estiver no padrão de combinação Ana Maria nunca escreve petições. = verdadeiro
Pe

lógica - verdade no antecedente e falso no conse- Conclusão: Portanto, Ana Maria não sabe escrever
quente (V  F) para o conectivo “se...,então” – será petições. = falso.
u s

verdadeiro. Ocorreu um erro! Pois no V  F = falso. Portanto, a


he

premissa não teve como resultado verdadeiro.


at

(V) (V) Se deu erro, então argumento válido. Logo,


M

Se o tempo ficar nublado, então vou ao cinema. (V) Argumento I - válido


O tempo ficou nublado. (V) Argumento II - Inválido
Logo, vou ao cinema. (F) Sabendo disso, já daria para excluir as alternativas
A, B, C e D. Resposta: Letra E.
RACIOCÍNIO LÓGICO

Percebe-se, então, que o argumento está de acordo


com a nossa valoração inicial, ou seja, não deu erro. 2. (FCC — 2019) Em uma festa, se Carlos está acom-
Logo, nosso argumento é inválido. panhado ou está feliz, canta e dança. Se, na últi-
Sabendo disso, guarde o esquema abaixo. ma festa em que esteve, não dançou, então Carlos,
necessariamente,
Deu Erro Argumento Válido
a) não estava acompanhado, mas estava feliz.
b) estava acompanhado, mas não estava feliz.
Não Deu Argumento c) não estava acompanhado, nem feliz.
Erro Inválido d) não cantou.
e) cantou. 133
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Veja que precisamos achar uma conclusão para
o argumento e podemos escrever a sentença da RACIOCÍNIO SEQUENCIAL, RACIOCÍNIO
seguinte maneira: LÓGICO QUANTITATIVO, RACIOCÍNIO
Temos a condicional:
(está acompanhado ou está feliz)  (canta e dança) LÓGICO ANALÍTICO
(P v Q)  (R ^ T)
Como a questão afirma que “dança” é Falso, pode- Entende-se por raciocínio lógico quantitativo aque-
mos dizer que o consequente “canta e dança” é fal- le utilizado para a resolução de problemas e exercícios
so, pois temos o conetivo “e” e basta um valor falso matemáticos, principalmente aqueles envolvendo
para que tudo seja falso. Assim, o antecedente pre- problemas matriciais, geométricos e aritméticos. O
cisa ser falso também. Perceba, então, que temos o raciocínio lógico analítico tem como premissa sepa-
conetivo “ou” e que tudo precisa ser falso para que rar um problema maior em problemas menores para
tenhamos o resultado do antecedente falso. assim buscar soluções. O raciocínio sequencial é a
Assim, “não está acompanhado e não está feliz”. capacidade de reconhecer regularidades e padrões de
Resposta: Letra C. sequência.
Para você resolver questões referentes a esses
3. (FGV — 2019) Considere as afirmativas a seguir. tipos de raciocínio, separamos os tópicos essenciais.
Acompanhe:
z “Alguns homens jogam xadrez”.
z “Quem joga xadrez tem bom raciocínio”. SEQUÊNCIAS NUMÉRICAS
A partir dessas afirmações, é correto concluir que
Esse tema é cobrado de uma maneira que pode pare-
a) “Todos os homens têm bom raciocínio”. cer como também pode ser complicado. Descobrir a lei
b) “Mulheres não jogam xadrez”. de formação ou padrão da sequência é o seu principal
c) “Quem tem bom raciocínio joga xadrez” objetivo, pois nas questões sobre sequências/raciocínio
d) “Homem que não tem bom raciocínio não joga xadrez”. sequencial, você será apresentado a um conjunto de
e) “Quem não joga xadrez não tem bom raciocínio”. dados dispostos de acordo com alguma “regra” implíci-
ta, alguma lógica de formação. O desafio é exatamente
Vamos desenhar os diagramas para facilitar a nos- descobrir essa “regra” para, com isso, encontrar outros
sa chegada à conclusão: termos daquela mesma sequência.
Bom raciocínio Veja o exemplo abaixo:

25
2, 4, 6, 8,...

7-
84
Joga xadrez

0.
A primeira pergunta que podemos fazer para

36
achar a lei de formação é: os números estão aumen-
tando ou diminuindo? .
71
Caso eles estejam aumentando, devemos tentar as
-1

operações de soma ou multiplicação entre os termos.


ia

Veja no exemplo colocado acima: 2, 4, 6, 8,.. Do primei-


ar

Homens ro termo para o segundo, somamos o número dois e


M

depois repetimos isso.


a
lv
Si

Agora, vamos analisar cada alternativa e interpre- 2+2=4


tar os diagramas para achar nosso gabarito.
da

a) “Todos os homens têm bom raciocínio”. Errado, 4+2=6


ira

pois alguns homens têm bom raciocínio. 6+2=8


re

b) “Mulheres não jogam xadrez”. Errado, pois a afir-


Pe

mação acima só fala de homens. Logo, o nosso próximo termo será o número 10,
c) “Quem tem bom raciocínio joga xadrez” Erra-
s

pois 8 + 2 = 10.
u

do, pois eu posso ter bom raciocínio e jogar dama, Caso os números estejam diminuindo, você pode
he

cartas, etc. alguns que tem bom raciocínio jogam buscar uma lógica envolvendo subtrações ou divisões
at

xadrez. entre os termos.


M

d) “Homem que não tem bom raciocínio não joga Agora, observe essa outra sequência:
xadrez”. Certo, pois se o homem não tem bom racio-
cínio nem adianta jogar xadrez. Quem joga xadrez 2, 3, 5, 7, 11, 13, ...
tem bom raciocínio.
e) “Quem não joga xadrez não tem bom raciocínio”. Qual é o seu próximo termo? Vários alunos tendem
Errado, pois eu posso jogar dama, cartas e ter bom a dizer que o próximo termo é o 15, mesmo tendo per-
raciocínio. Resposta: Letra D. cebido que o 9 não está na sequência. A nossa tendên-
cia é relevar esse “probleminha” e marcar logo o valor
15. Muito cuidado! Como já disse, o padrão encontra-
do deve ser capaz de explicar toda a sequência! Nesse
caso, estamos diante dos números primos! Sim, aque-
les números que só podem ser divididos por eles mes-
mos ou então pelo número 1. No caso, o próximo seria
o 17, e não o 15. A propósito, os próximos números
134 primos são: 17, 19, 23, 29, 31, 37...
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SEQUÊNCIAS NUMÉRICAS ALTERNADAS Isto é, o termo da posição 10 é o 19. Volte na
sequência e confira. Perceba que, com essa fórmula,
É bem comum aparecerem questões que envolvem podemos calcular qualquer termo da PA. O termo da
uma sequência que tem mais de uma lei de formação. posição 200 é:
Podemos ter 2 sequências que se alternam, como nes-
te exemplo: an = a1 + (n – 1) · r
2, 5, 4, 10, 6, 15, 8, 20, ... a200 = 1 + (200 – 1) · 2

Se analisarmos mais minuciosamente, podemos a200 = 1 + 2 · 199


dizer que temos uma sequência que, de um número
a200 = 1 + 398
para outro, devemos somar 2 unidades e também
podemos notar que temos a sequência que, de um a200 = 399
número para o outro, basta somar 5 unidades, elas
estão em sequências numéricas alternadas. Veja: Soma do Primeiro ao N-ésimo Termo da PA
1ª sequência: 2, 4, 6, 8,...
2ª sequência: 5, 10, 15, 20, ... A fórmula a seguir nos permite calcular a soma dos
“n” primeiros termos de uma progressão aritmética:
PROGRESSÃO ARITMÉTICA
n # (a1 + an)
Uma progressão aritmética é aquela em que os Sn =
2
termos crescem, sendo adicionados a uma razão cons-
tante, normalmente representada pela letra r.
Para entendermos um pouco melhor, vamos calcu-
z Termo inicial: valor do primeiro número que lar a soma dos 7 primeiros termos do nosso exemplo
compõe a sequência; que já foi apresentado: {1,3,5,7,9,11, 13, ...}.
z Razão: regra que permite, a partir de um termo, Já sabemos que a1 = 1, e n = 7. O termo an será, neste
obter o seguinte. caso, o termo a7, que observando na sequência é o núme-
ro 13, ou seja, a7 = 13. Substituindo na fórmula, temos:
Observe o exemplo abaixo:
n # (a1 + an)
{1,3,5,7,9,11,13, ...} Sn =
2

25
Veja que 1 + 2 = 3, 3 + 2 = 5, 5 + 2 = 7, 7 + 2 = 9 e assim

7-
sucessivamente. Temos um exemplo nítido de uma 7 # (1 + 13)
S7 =

84
Progressão Aritmética (PA) com uma razão 2, ou seja, 2

0.
r = 2 e termo inicial igual a 1. Em questões envolven-

36
do progressões aritméticas, é importante você saber 7 # 14
.
S7 =
71
obter o termo geral e a soma dos termos, conforme 2
-1

veremos a seguir.
ia

98
S7 = = 49
Termo Geral da PA
ar

2
M

Trata-se de uma fórmula que, a partir do primei-


a

Dependendo do sinal da razão r, a PA pode ser:


lv

ro termo e da razão da PA, permite calcular qualquer


Si

outro termo. Temos a seguinte fórmula:


z PA crescente: se r > 0, a PA terá termos em ordem
da

an = a1 + (n – 1)r crescente.
ira
re

Nesta fórmula, an é o termo de posição n na PA (o Ex.: {1, 4, 7, 10, 13, 16...} → r = 3;


Pe

“n-ésimo” termo); a1 é o termo inicial, r é a razão e n é


a posição do termo na PA. z PA decrescente: se r < 0, a PA terá termos em
su

Usando o nosso exemplo acima, vamos descobrir ordem decrescente.


he

o termo de posição 10. Já temos as informações que


at

precisamos: {1,3,5,7,9,11, 13, ...}. Ex.: {20, 19, 18, 17 ...} → r = –1;
M

z O termo que buscamos é o da décima posição, isto é, a10;


z PA constante: se r = 0, todos os termos da PA serão
z A razão da PA é 2, portanto r = 2;
iguais.
z O termo inicial é 1, logo a1 = 1;
RACIOCÍNIO LÓGICO

z n, ou seja, a posição que queremos é a de número


Ex.: {7, 7, 7, 7, 7, 7, 7...} → r = 0.
10: n = 10.

Logo, Dica
an = a1 + (n – 1) · r PA crescente: se r > 0;
PA decrescente: se r < 0;
a10 = 1 + (10 – 1) · 2
PA constante: se r = 0.
a10 = 1 + 2 · 9
Em uma progressão aritmética de 3 termos, o
a10 = 1 + 18
segundo termo ou o termo do meio é a média aritmé-
a10 = 19 tica entre o primeiro e terceiro termo. Veja: 135
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PA (a1, a2, a3)  a2 = (a1 + a3) ÷ 2 a25 = 215 – 48
PA (2, 4, 6)  4 = (2+6) ÷ 2  4 = 4 a25 = 167 alunos
Logo, 215 – 167 = 48 alunos ausentes. Resposta: Errado.
Exercite seus conhecimentos com as questões
comentadas a seguir. PROGRESSÃO GEOMÉTRICA

1. (IBFC — 2015) O total de múltiplos de 4 existentes Observe a sequência a seguir:


entre os números 23 e 125 é:
{2, 4, 8, 16, 32...}
a) 25.
b) 26.
Cada termo é igual ao anterior multiplicado por 2.
c) 27.
d) 28. Esse é um exemplo típico de Progressão Geométrica,
e) 24. ou simplesmente, PG. Em uma PG, cada termo é obti-
do a partir da multiplicação do anterior por um mes-
O primeiro múltiplo de 4 neste intervalo é 24 e o último mo número, o que chamamos de razão da progressão
é 124. Veja que os múltiplos de 4 formam uma PA de geométrica. A razão é simbolizada pela letra q.
razão igual a 4. Então, temos as seguintes informações: No exemplo acima, temos q = 2 e o termo inicial é
a1 = 24
a1 = 1. Da mesma maneira que vimos para o caso de
an = 124
r = 4 (podemos ir somando de 4 em 4 unidades para PA, normalmente, precisamos calcular o termo geral
obter os múltiplos). e a soma dos termos.
Substituindo na fórmula do termo geral, vamos
encontrar a quantidade de elementos (múltiplos): Termo Geral da PG
an = a1 + (n – 1)r
124 = 24 + (n – 1)4 A fórmula a seguir nos permite obter qualquer
124 = 24 + 4n – 4
termo (an) da progressão geométrica, partindo-se do
124 – 24 + 4 = 4n
104 = 4n primeiro termo (a1) e da razão (q):
n = 26. Resposta: Letra B.
an = a1 · qn-1

25
2. (FCC — 2017) Em um experimento, uma planta recebe

7-
84
a cada dia 5 gotas a mais de água do que havia recebi- No nosso exemplo, o quinto termo, a5 (n = 5), pode

0.
do no dia anterior. Se no 65° dia ela recebeu 374 gotas ser encontrado assim:

36
de água, no 1° dia do experimento ela recebeu
.
71
{2, 4, 8, 16, 32...}
a) 64 gotas.
-1

b) 49 gotas. a5 = 2 · 25-1
ia

c) 59 gotas.
ar

d) 44 gotas. a5 = 2 · 24
M

e) 54 gotas.
a

a5 = 2 · 16
lv
Si

Já sabemos que a razão é r = 5 e que o a65 = 374, a5 = 32


da

então, o a1 é dado por:


a65= a1 + (n – 1).r Soma do Primeiro ao N-ésimo Termo da PG
ira

374 = a1 + (65 – 1)5


re

374 = a1 + 64 · 5
Pe

A fórmula abaixo permite calcular a soma dos “n”


374 = a1 + 320
primeiros termos da progressão geométrica:
s

a1 = 54 gotas. Resposta: Letra E.


u
he

n
3. (CEBRASPE-CESPE — 2014) Em determinado colégio,
at

a1 # (q - 1)
Sn =
M

todos os 215 alunos estiveram presentes no primeiro q-1


dia de aula; no segundo dia letivo, 2 alunos faltaram;
no terceiro dia, 4 alunos faltaram; no quarto dia, 6 alu-
nos faltaram, e assim sucessivamente. Usando novamente o nosso exemplo e fazendo a
Com base nessas informações, julgue os próximos soma dos 4 primeiros termos (n = 4), temos: {2, 4, 8,
itens, sabendo que o número de alunos presentes às 16, 32...}.
aulas não pode ser negativo. 4
2 # (2 - 1)
No vigésimo quinto dia de aula, faltaram 50 alunos. S4 =
2-1
( ) CERTO ( ) ERRADO
2 # (16 - 1)
S4 =
P.A. (215, 213, 211, 209,..., a25) 1
Termo Geral da P.A. 2 # 15
an= a1 + (n – 1).r S4 =
1
a25 = 215 + (25 – 1) · (–2)
136 a25 = 215 + (24 · – 2) S4 = 30
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Soma dos Infinitos Termos de uma Progressão Temos que a2 = 12 e q = 3. Para calcularmos o quarto
Geométrica termo, devemos usar a fórmula do termo geral da
PG. Veja:
Suponha que você corra 1000 metros, depois, você a4 = a2 · q4-2
corra 500 metros, depois, você corra 250 metros e, a4 = 12 · 32
depois, 125 metros — sempre metade do que você a4 = 12 · 9
a4 = 108. Resposta: Letra C.
correu anteriormente. Quanto você correrá no total?
Observe que o que temos é exatamente uma progres-
3. (IDECAN — 2014) Observe a progressão geométrica
são geométrica infinita, porém, essa PG é decrescente. (P.G.) e assinale o valor de y.
Quando temos uma PG infinita com razão 0 < q <
1, teremos que qn = 0. Entendemos, então, que quanto P.G. = (y + 30; y; y – 60)
maior for o expoente, mais próximo de zero será. Por-
tanto, substituindo, teremos: a) +30.
b) +60.
a1 # (0 - 1) c) –30.
S∞ = d) –60.
q-1
e) –90.
a1
S∞ = Em uma progressão geométrica, o quadrado do ter-
1-q mo do meio é igual ao produto dos extremos. Logo:
y² = (y + 30) · (y – 60)
Dica y² = y² – 60y +30y – 1.800
y² – y² +60y – 30y = –1.800
Em uma progressão geométrica, o quadrado do 30y = –1.800
termo do meio é igual ao produto dos extremos. y = –1.800 ÷ 30
{a1, a2, a3}  (a2)2 = a1 · a3 y = –60. Resposta: Letra D.
Veja: {2, 4, 8, 16, 32...}
PROBLEMAS ARITMÉTICOS
82 = 4 · 16
64 = 64. Vamos relembrar alguns conceitos e fórmulas

25
sobre aritmética para que possamos resolvermos
Revise o conteúdo visto com alguns exercícios

7-
questões sobre esse tópico. Como o próprio nome já

84
comentados. diz “Problemas de Raciocínio Lógico envolvendo Arit-

0.
mética”. Então, vamos fazer várias questões ao longo

36
1. (FUMARC — 2018) Se a sequência numérica repre- da teoria para entender e praticar mais ainda sobre
.
71
sentada por (6, a2, a3, a4, a5,192) é uma Progressão esse assunto.
-1

Geométrica crescente de razão igual a q, então, é COR-


RETO afirmar que o valor de q é igual a: RAZÃO E PROPORÇÃO COM APLICAÇÕES
ia
ar

A razão entre duas grandezas é igual à divisão


M

a) 2.
entre elas, veja:
a

b) 3.
lv

c) 4.
Si

2
d) 8.
da

5
ira

Vamos substituir os valores que já temos na fórmu-


Ou podemos representar por 2 ÷ 5 (Lê-se “2 está
re

la geral da PG para acharmos a razão:


para 5”).
Pe

an = a1 · qn-1 Já a proporção é a igualdade entre razões, veja:


u s

a6 = a1 · q6-1
he

2 4
=
192 = 6 · q5
at

3 6
M

192 ÷ 6 = q5
Ou podemos representar por 2 ÷ 3 = 4 ÷ 6
32 = q5 (Lê-se “2 está para 3 assim como 4 está para 6”).
Os problemas mais comuns que envolvem razão
RACIOCÍNIO LÓGICO

5
q= 32 e proporção é quando se aplica uma “variável” qual-
quer dentro da proporcionalidade e se deseja saber o
q = 2. Resposta: Letra A.
valor dela. Veja o exemplo:
2. (IBFC — 2016) Se a soma dos elementos de uma P.G. 2 x ou 2 ÷ 3 = x ÷ 6
(progressão geométrica) de razão 3 e segundo termo =
3 6
12 é igual a 484, então o quarto termo da P.G. é igual a:
Para resolvermos esse tipo de problema devemos
a) 324. usar a Propriedade Fundamental da razão e propor-
b) 36. ção: “produto dos meios pelos extremos”.
c) 108. Meio: 3 e x
d) 216. Extremos: 2 e 6 137
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Logo, devemos fazer a multiplicação entre eles Assim, Carlos vai receber R$6.000 e Diego vai rece-
numa igualdade. Observe: ber R$4.000;

3·X=2·6 z Somas Internas:


3X = 12 a c a+b c+d
= = =
X = 12/3 b d b d

X=4 É possível, ainda, trocar o numerador pelo denomi-


nador ao efetuar essa soma interna, desde que o mes-
Lembre-se de que a maioria dos problemas en- mo procedimento seja feito do outro lado da proporção.
volvendo esse tema são resolvidos utilizando essa
propriedade fundamental. Porém, algumas questões a c a+b = c+d
= =
acabam sendo um pouco mais complexas e pode ser b d a c
útil conhecer algumas propriedades para facilitar. Va-
mos a elas. Vejamos um exemplo:

Propriedade das Proporções x 2


=
-
14 x 5
� Somas Externas:
x + 14 - x 2+5
a c a+c =
= = x 2
b d b+d
14 7
=
x 2
Vamos entender um pouco melhor resolvendo
uma questão-exemplo: 7 · x = 2 · 14
Suponha que uma fábrica vai distribuir um prê- 14 · 2
mio de R$10.000 para seus dois empregados (Carlos x= =4
7
e Diego). Esse prêmio vai ser dividido de forma pro-
porcional ao tempo de serviço deles na fábrica. Carlos Portanto, encontramos que x = 4.

25
está há 3 anos na fábrica e Diego está há 2 anos. Quan-

7-
to cada um vai receber? Observação: vale lembrar que essa propriedade

84
Primeiro, devemos montar a proporção. Sejam C também serve para subtrações internas;

0.
a quantia que Carlos vai receber e D a quantia que

36
Diego vai receber, então temos: z Soma com Produto por Escalar:
.
71
-1

C D a c a + 2b c + 2d
= = = =
ia

3 2 b d b d
ar
M

Utilizando a propriedade das somas externas: Vejamos um exemplo para melhor entendimento:
a

Uma empresa vai dividir o prêmio de R$13.000


lv

C+D
Si

C
=
D
= proporcionalmente ao número de anos trabalhados.
3+2 São dois funcionários que trabalham há 2 anos na
da

3 2
empresa e três funcionários que trabalham há 3 anos.
ira

Perceba que C + D = 10.000 (as partes somadas), Seja A o prêmio dos funcionários com 2 anos e B o
re

então podemos substituir na proporção: prêmio dos funcionários com 3 anos de empresa, temos:
Pe

A B
=
s

C D C+D 2 3
= 10.000 = 2.000
u

= =
he

3 2 3+2 5
Porém, como são 2 funcionários na categoria A e 3
at

funcionários na categoria B, podemos escrever que a


M

Aqui cabe uma observação importante: esse valor


2.000, que chamamos de “Constante de Proporcionali- soma total dos prêmios é igual a R$13.000.
dade”, é que nos mostra o valor real das partes dentro
da proporção. Veja: 2A + 3B = 13.000

C Agora, multiplicando em cima e embaixo de um


= 2.000 lado por 2 e do outro lado por 3, temos:
3

C = 2000 · 3 2A
=
3B
4 9
C = 6.000 (esse é o valor de Carlos)
D Aplicando a propriedade das somas externas,
= 2.000
2 podemos escrever o seguinte:
D = 2.000 · 2 2A + 3B
2A 3B
= =
138 D = 4.000 (esse é o valor de Diego) 4 9 4+9
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Substituindo o valor da equação 2A + 3B na pro- A menor dessas partes é aquela que é proporcional
porção, temos: a 4, logo:

2A 3B 2A + 3B 13.000 X
= = = = 1.000 = 60.000
4 9 4+9 13 4

X = 60.000 x 4
Logo,
X = 240.000
2A
= 1.000
4 Inversamente Proporcional

2A = 4 · 1.000 É um tipo de questão menos recorrente, mas, não


menos importante. Consiste em distribuir uma quan-
2A = 4.000 tia X a três pessoas, de modo que cada uma receba um
quinhão inversamente proporcional a três números.
A = 2.000 Vejamos um exemplo:
Suponha que queiramos dividir 740 mil em partes
Fazendo a mesma resolução em B: inversamente proporcionais a 4, 5 e 6.
3B Vamos chamar de X as quantias que devem ser dis-
= 1.000 tribuídas inversamente proporcionais a 4, 5 e 6, res-
9
pectivamente. Devemos somar as razões e igualar ao
3B = 9 · 1.000 total que dever ser distribuído para facilitar o nosso
cálculo, veja:
3B = 9.000
B = 3.000 X X X
+ + = 740.000
4 5 6
Sendo assim, os funcionários com 2 anos de casa
receberão R$2.000 de bônus. Já os funcionários com 3 Agora vamos precisar tirar o M.M.C. (mínimo múl-
anos de casa receberão R$3.000 de bônus. tiplo comum) entre os denominadores para resolver-

25
O total pago pela empresa será: mos a fração.

7-
84
Total = 2.2000 + 3.3000 = 4000 + 9000 = 13000 4–5–6|2

0.
2–5–3|2
36
Agora vamos estudar um tipo de problema que
.
71
aparece frequentemente em provas de concursos 1–5–3|3
-1

envolvendo razão e proporção.


1–5–1|5
ia
ar

REGRA DA SOCIEDADE 1 – 1 – 1 | 2 x 2 x 3 x 5 = 60
M
a

Diretamente Proporcional Assim, dividindo o M. M. C. pelo denominador e


lv

multiplicando o resultado pelo numerador temos:


Si

Um dos tópicos mais comuns em questões de pro-


da

va é dividir uma determinada quantia em partes 15x 12x


+
10x
= 740.000
ira

+
proporcionais a determinados números. Vejamos um 60 60 60
re

exemplo para entendermos melhor como esse assun-


Pe

37x
to é cobrado. = 740.000
60
s

Exemplo:
u

X = 1.200.000
he

A quantia de 900 mil reais deve ser dividida em


at

partes proporcionais aos números 4, 5 e 6. A menor Agora basta substituir o valor de X nas razões para
M

dessas partes corresponde a: achar cada parte da divisão inversa.


Primeiro vamos chamar de X, Y e Z as partes pro-
porcionais, respectivamente a 4, 5 e 6. Sendo assim, X x 1.200.000
= = 300.000
é proporcional a 4, Y é proporcional a 5 e Z é propor- 4 4
RACIOCÍNIO LÓGICO

cional a 6, ou seja, podemos representar na forma de


x 1.200.000
razão. Veja: = = 240.000
5 5
X Y Z x 1.200.000
= = = constante de proporcionalidade = = 200.000
4 5 6 6 6

Usando uma das propriedades da proporção, Logo, as partes dividas inversamente propor-
somas externas, temos: cionais aos números 4, 5 e 6 são, respectivamente
300.000, 240.000 e 200.000.
X+Y+Z 900.000 Exercite seus conhecimentos realizando os exercí-
= 60.000
4+5+6 15 cios que seguem. 139
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1. (FAEPESUL — 2016) Em uma turma de graduação em x=3
Matemática Licenciatura, de forma fictícia, temos que
Para sabermos o total de pessoas, basta substituir o
a razão entre o número de mulheres e o número total
de alunos é de 5/8. Determine a quantidade de homens valor de X na primeira equação:
desta sala, sabendo que esta turma tem 120 alunos. 9x = 9 · 3 = 27 é o número total de pessoas nesse
grupo. Resposta: Letra D.
a) 43 homens.
b) 45 homens. REGRA DE TRÊS SIMPLES E COMPOSTA
c) 44 homens.
d) 46 homens. Regra de Três Simples
e) 47 homens.
A Regra de Três Simples envolve apenas duas
A razão entre o número de mulheres e o número grandezas. São elas:
total de alunos é de 5/8:
M
=
5 z Grandeza Dependente: é aquela cujo valor se
T 8 deseja calcular a partir da grandeza explicativa;
z Grandeza Explicativa ou Independente: é aque-
A turma tem 120 alunos, então: T = 120
la utilizada para calcular a variação da grandeza
Fazendo os cálculos: dependente.
M 5
= Existem dois tipos principais de proporcionalida-
T 8
des que aparecem frequentemente em provas de con-
M 5 cursos públicos. Veja a seguir:
=
120 8
8 x M = 5 · 120 z Grandezas Diretamente Proporcionais: o aumen-
to de uma grandeza implica o aumento da outra;
8M = 600 z Grandezas Inversamente Proporcionais: o aumen-
600 to de uma grandeza implica a redução da outra.
M=
8
Vamos esquematizar para sabermos quando será

25
M = 75
direta ou inversamente proporcionais:

7-
A quantidade de homens da sala:

84
0.
120 - 75 = 45 homens. Resposta: Letra B. DIRETAMENTE
+ / + OU - / -

36
PROPORCIONAL

.
71
2. (VUNESP — 2020) Em um grupo com somente pessoas
-1

com idades de 20 e 21 anos, a razão entre o número Aqui as grandezas aumentam ou diminuem juntas
de pessoas com 20 anos e o número de pessoas com (sinais iguais)
ia

21 anos, atualmente, é 4/5. No próximo mês, duas pes-


ar

soas com 20 anos farão aniversário, assim como uma


M

pessoa com 21 anos, e a razão em questão passará a PROPORCIONAL + / - OU - / +


a
lv

ser de 5/8. O número total de pessoas nesse grupo é


Si
da

a) 30. Aqui uma grandeza aumenta e a outra diminui


b) 29. (sinais diferentes)
ira

c) 28. Agora vamos esquematizar a maneira que iremos


re

d) 27. resolver os diversos problemas:


Pe

e) 26.
u s

DIRETAMENTE
he

Multiplica cruzado
A razão entre o número de pessoas com 20 anos e o PROPORCIONAL
at

número de pessoas com 21 anos, atualmente, é 4/5.


M

INVERSAMENTE
120 4x
PROPORCIONAL
Multiplica na horizontal
=
121 5x Total de 9x
No próximo mês, duas pessoas com 20 anos farão
Vejamos alguns exemplos para fixarmos um pouco
aniversário, assim como uma pessoa com 21 anos, e
mais como isso tudo funciona.
a razão em questão passará a ser de 5/8.
Exemplo 1: Um muro de 12 metros foi construído uti-
120 4x - 2 lizando 2 160 tijolos. Caso queira construir um muro de
= = 5
121 5x + 2 - 1 8 30 metros nas mesmas condições do anterior, quantos
tijolos serão necessários?
4x - 2 5
= Primeiro vamos montar a relação entre as gran-
5x + 1 8
dezas e depois identificar se é direta ou inversamente
8 (4x - 2) = 5 (5x + 1) proporcional.
32x – 16 = 25x + 5
12 m -------- 2 160 (tijolos)
140 7x = 21 30 m -------- X (tijolos)
O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para Matheus Pereira da Silva Maria - 171.360.847-25, vedada, por quaisquer meios e a
qualquer título, a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.
Veja que de 12m para 30m tivemos um aumen- Temos grandezas inversas, então é só multiplicar
to (+) e que para fazermos um muro maior vamos na horizontal:
precisar de mais tijolos, ou seja, também deverá ser 6x = 4 · 24
aumentado (+). Logo, as grandezas são diretamente 6x = 96
proporcionais e vamos resolver multiplicando cruza- x = 96/6
do. Observe: x = 16
Como já haviam comido por 6 dias é só somar:
12m--------2.160(tijolos) 6 dias (consumidos por 4) + 16 dias (consumidos por
6) = 22 dias (a comida acabará no dia 22 de abril).
30m--------X(tijolos) Resposta: Errado.

12 · X = 30 · 2160 2. (CEBRASPE-CESPE — 2018) O motorista de uma


12X = 64800 empresa transportadora de produtos hospitalares
deve viajar de São Paulo a Brasília para uma entrega
X = 5400 tijolos de mercadorias. Sabendo que irá percorrer aproxima-
damente 1.100 km, ele estimou, para controlar as des-
Assim, comprovamos que realmente são necessá- pesas com a viagem, o consumo de gasolina do seu
rios mais tijolos. veículo em 10 km/L. Para efeito de cálculos, conside-
Exemplo 2: Uma equipe de 5 professores gastou 12 rou que esse consumo é constante.
dias para corrigir as provas de um vestibular. Consi- Considerando essas informações, julgue o item que
derando a mesma proporção, quantos dias levarão 30 segue.
professores para corrigir as provas? Nessa viagem, o veículo consumirá 110.000 dm3 de
Do mesmo jeito que no exemplo anterior, vamos gasolina.
montar a relação e analisar:
( ) CERTO ( ) ERRADO
5 (prof.) --------- 12 (dias)
30 (prof.) -------- X (dias) Com 1 litro ele faz 10 km.
Sabendo que 1 L é igual a 1dm³, então podemos
Veja que de 5 (prof.) para 30 (prof.) tivemos um dizer que com 1dm³ ele faz 10km
aumento (+), mas como agora estamos com uma equi- Portanto,
pe maior o trabalho será realizado mais rapidamente. 10 km -------- 1dc³

25
Logo, a quantidade de dias deverá diminuir (-). Des- 1.100 km --------- x

7-
sa forma, as grandezas são inversamente proporcio- 10x = 1.100

84
nais e vamos resolver multiplicando na horizontal. x = 110dm³ (a gasolina que será consumida).

0.
Observe:

36
Resposta: Errado.
.
71
5 (prof.) 12 (dias) Regra de Três Composta
-1

30 (prof.) X (dias)
ia

A Regra de Três Composta envolve mais de duas


ar

30 · X = 5 · 12 variáveis. As análises sobre se as grandezas são direta-


M

30X = 60 mente e inversamente proporcionais devem ser feitas


a

cautelosamente, levando em conta alguns princípios:


lv
Si

X=2
da

z as análises devem sempre partir da variável


A equipe de 30 professores levará apenas 2 dias dependente em relação às outras variáveis;
ira

para corrigir as provas. z as análises devem ser feitas individualmente. Ou


re

Exercite seus conhecimentos realizando os exercí- seja, deve-se comparar as grandezas duas a duas,
Pe

cios que seguem. mantendo as demais constantes;


s

z a variável dependente fica isolada em um dos


u

1. (CEBRASPE-CESPE — 2019) No item seguinte apre-


he

lados da proporção.
senta uma situação hipotética, seguida de uma asser-
at

tiva a ser julgada, a respeito de proporcionalidade,


M

Vamos analisar alguns exemplos e ver na prática


porcentagens e descontos. como isso tudo funciona.
No primeiro dia de abril, o casal Marcos e Paula com- Exemplo 1: se 6 impressoras iguais produzem 1000
prou alimentos em quantidades suficientes para que panfletos em 40 minutos, em quanto tempo 3 dessas
RACIOCÍNIO LÓGICO

eles e seus dois filhos consumissem durante os 30 impressoras produziriam 2000 desses panfletos?
dias do mês. No dia 7 desse mês, um casal de amigos Da mesma forma que na regra de três simples,
chegou de surpresa para passar o restante do mês vamos montar a relação entre as grandezas e analisar
com a família. Nessa situação, se cada uma dessas cada uma delas isoladamente duas a duas.
seis pessoas consumir diariamente a mesma quan-
tidade de alimentos, os alimentos comprados pelo 6 (imp.) -------- 1000 (panf.) -------- 40 (min)
casal acabarão antes do dia 20 do mesmo mês. 3 (imp.) -------- 2000 (panf.) -------- X (min)

( ) CERTO ( ) ERRADO Vamos escrever a proporcionalidade isolando a


parte dependente de um lado e igualando às razões da
4 Pessoas ------- 24 Dias seguinte forma – se for direta vamos manter a razão,
6 Pessoas ------- x Dias agora se for inversa vamos inverter a razão. Observe: 141
O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para Matheus Pereira da Silva Maria - 171.360.847-25, vedada, por quaisquer meios e a
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40 ? ? Perceba que de 45 linhas para 30 linhas o valor
= #
X ? ? diminui ( - ) e que o número de páginas irá aumentar
( + ). Logo, as grandezas são inversas e devemos inver-
Analisando isoladamente duas a duas: ter a razão.

6 30 ?
6 (imp.) -------- 40 (min) = #
X 45 ?
3 (imp.) ---- ---- X (min)
Analisando isoladamente duas a duas:
Perceba que de 6 impressoras para 3 impressoras
o valor diminui ( - ) e que o tempo irá aumentar ( + ),
6 (pág.) -------- 80 (letras)
pois agora teremos menos impressoras para realizar
X (pág.) ------- 40 (letras)
a tarefa. Logo, as grandezas são inversas e devemos
inverter a razão.
Veja que de 80 letras para 40 letras o valor diminui
( - ) e que o número de páginas irá aumentar ( + ). Logo,
40 3 ?
= # as grandezas são inversas e devemos inverter a razão.
X 6 ?
6 30 40
Analisando isoladamente duas a duas: = #
X 45 80

1000 (panf.) -------- 40 (min) 6 2 1


= #
2000 (panf.) ------ -- X (min) X 3 2
6 2
=
Perceba que de 1000 panfletos para 2000 panfle- X 6
tos o valor aumenta ( + ) e que o tempo também irá
aumentar ( + ). Logo, as grandezas são diretas e deve- 2X = 36
mos manter a razão. X = 18

40
=
3
#
1000 O número de páginas a serem ocupadas pelo texto
X 6 2000 respeitando as novas condições é igual a 18.
Exercite seus conhecimentos realizando os exercí-

25
Agora basta resolver a proporção para acharmos cios que seguem.

7-
84
o valor de X.
1. (CEBRASPE-CESPE — 2020) Determinado equipa-

0.
36
40 3000 mento é capaz de digitalizar 1.800 páginas em 4 dias,
= funcionando 5 horas diárias para esse fim. Nessa
X 12000 .
71
situação, a quantidade de páginas que esse mesmo
-1

3X = 40 · 12 equipamento é capaz de digitalizar em 3 dias, operan-


ia

3X = 480 do 4 horas e 30 minutos diários para esse fim, é igual a


ar
M

X = 160 a) 2.666.
a

b) 2.160.
lv
Si

As três impressoras produziriam 2000 panfletos c) 1.215.


em 160 minutos, que correspondem a 2 horas e 40 d) 1.500.
da

minutos. e) 1.161.
ira

Para fixarmos mais ainda nosso conhecimento,


re

vamos analisar mais um exemplo. Primeiro vamos passar para minutos:


Pe

Exemplo 2: um texto ocupa 6 páginas de 45 linhas 5h = 300min.


s

cada uma, com 80 letras (ou espaços) em cada linha.


u

4h30min= 270min.
he

Para torná-lo mais legível, diminui-se para 30 o


número de linhas por página e para 40 o número de min.-----Dias-----Pag.
at
M

letras (ou espaços) por linha. Considerando as novas 300 -------4-------1800


condições, determine o número de páginas ocupadas.
Já aprendemos o passo a passo no exemplo ante- 270 -------3-------X
rior. Aqui vamos resolver de maneira mais rápida. Resolvendo temos:

6 (pág.) -------- 45 (linhas) -------- 80 (letras) 300 (Simplifica por 30)


1800 4
= #
X (pág.) -------- 30 (linhas) -------- 40 (letras) X 3 270 (Simplifica por 30)

6 ? ? 1800 4 10
= # = #
X ? ? X 3 9

Analisando isoladamente duas a duas: 4 · X · 10 = 1800 · 3 · 9


X = 1215 páginas que esse mesmo equipamento é
6 (pág.) -------- 45 (linhas) capaz de digitalizar.
142 X (pág.) -- ----- 30 (linhas) Resposta: Letra C.
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2. (VUNESP — 2016) Em uma fábrica, 5 máquinas, todas Dessa maneira, 1000 é o todo, enquanto 100 é a
operando com a mesma capacidade de produção, parte que corresponde a 10% de 1000.
fabricam um lote de peças em 8 dias, trabalhando 6 Quando o todo varia, a porcentagem também
horas por dia. O número de dias necessários para que varia, veja um exemplo:
4 dessas máquinas, trabalhando 8 horas por dia, fabri- Roberto assistiu 2 aulas de Matemática Financeira.
quem dois lotes dessas peças é Sabendo que o curso que ele comprou possui um total
de 8 aulas, qual é o percentual de aulas já assistidas
a) 11. por Roberto?
b) 12. O todo de aulas é 8. Para descobrir o percentual,
c) 13. devemos dividir a parte pelo todo e obter uma fração.
d) 14.
e) 15. 2 1
=
8 4
5 máquinas -------1 lote --------- 8 dias ------------ 6 horas
4 máquinas -------2 lotes --------x dias -------------8 horas Precisamos transformar em porcentagem, ou seja,
Quanto mais dias para entrega do lote, menos vamos multiplicar a fração por 100:
horas trabalhadas por dia (inversa), menos máqui-
nas para fazer o serviço (inversa) e mais lotes para 1 · 100 = 25%
serem entregues (direta). 4
Resolvendo:
8/x = 1/2 · 8/6 · 4/5 (simplifique 8/6 por 2) Soma e Subtração de Porcentagem
8/x = 1/2 · 4/3 · 4/5
8/x = 16/30 (simplifique 16/30 por 2) As operações de soma e subtração de porcentagem
8/x = 8/15 são as mais comuns. É o que acontece quando se diz
8x = 120 que um número excede, reduziu, é inferior ou é supe-
x = 120/8 rior ao outro em tantos por cento. A grandeza inicial
x = 15 dias. corresponderá sempre a 100%. Então, basta somar ou
Resposta: Letra E. subtrair o percentual fornecido dos 100% e multipli-
car pelo valor da grandeza.
PORCENTAGEM Exemplo 1: Paulinho comprou um curso de 200
horas-aula. Porém, com a publicação do edital, a esco-

25
A porcentagem é uma medida de razão com base la precisou aumentar a carga horária em 15%. Qual o

7-
100. Ou seja, corresponde a uma fração cujo denomi- total de horas-aula do curso ao final?

84
nador é 100. Vamos observar alguns exemplos e notar Inicialmente, o curso de Paulinho tinha um total

0.
como podemos representar um número porcentual. de 200 horas-aula que correspondiam a 100%. Com o
36
aumento porcentual, o novo curso passou a ter 100%
.
71
30% = 30 (forma de fração) + 15% das aulas inicialmente previstas, portanto,, o
-1

100 total de horas-aula do curso será:


ia

30
ar

30% = = 0,3 (forma decimal) (1 + 0,15) · 200 = 1,15 · 200 = 230 horas-aula.
100
M
a

30 3
Dica
lv

30% = = (forma de fração simplificada)


100 10
Si

A avaliação do crescimento ou da redução per-


da

Sendo assim, a razão 30% pode ser escrita de centual deve ser feita sempre em relação ao
valor inicial da grandeza.
ira

várias maneiras:
re

Final - Inicial
Variação percentual =
Pe

30 3 Inicial
30% = = 0,3 =
100 10
u s

Veja mais um exemplo para podermos fixar


he

Também é possível fazer a conversão inversa, isto


é, transformar um número qualquer em porcentual. melhor.
at

Exemplo 2: Juliano percebeu que ainda não assis-


M

Para isso, basta multiplicar por 100. Veja:


tiu a 200 aulas do seu curso. Ele deseja reduzir o
25 · 100 = 2500% número de aulas não assistidas a 180. É correto afir-
0,35 · 100 = 35% mar que, se Juliano chegar às 180 aulas almejadas, o
RACIOCÍNIO LÓGICO

0,586 · 100 = 58,6% número terá caído 20%?


A variação percentual de uma grandeza corres-
Número Relativo ponde ao índice:
Variação percentual =
A porcentagem traz uma relação entre uma parte e
um todo. Quando dizemos 10% de 1000, o 1000 corres- Final - Inicial 180 - 200 20
= =– = - 0,10
ponde ao todo. Já o 10% corresponde à fração do todo Inicial 200 200
que estamos especificando. Para descobrir a quanto
isso corresponde, basta multiplicar 10% por 1000. Como o resultado foi negativo, podemos afirmar
que houve uma redução percentual de 10% nas aulas
10 ainda não assistidas por Juliano. O enunciado está
10% de 1000 = 100 · 1000 = 100
errado ao afirmar que essa redução foi de 20%. 143
O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para Matheus Pereira da Silva Maria - 171.360.847-25, vedada, por quaisquer meios e a
qualquer título, a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.
Abaixo, analise os exercícios que seguem para pra- os seus pagamentos. Do ponto de vista estritamente
ticar seus conhecimentos. racional, é melhor pagar o mais tarde possível caso
não haja incidência de juros (ou caso esses juros
1. (CEBRASPE-CESPE — 2020) Em determinada loja, sejam inferiores ao que você pode ganhar aplicando
uma bicicleta é vendida por R$ 1.720 à vista ou em o dinheiro).
duas vezes, com uma entrada de R$ 920 e uma par- “Juros” é o termo utilizado para designar o “preço
cela de R$ 920 com vencimento para o mês seguinte. do dinheiro no tempo”. Quando você pega certa quan-
Caso queira antecipar o crédito correspondente ao tia emprestada no banco, o banco te cobrará uma
valor da parcela, a lojista paga para a financeira uma remuneração em cima do valor que ele te emprestou,
taxa de antecipação correspondente a 5% do valor da pelo fato de deixar você ficar na posse desse dinhei-
parcela. ro por um certo tempo. Essa remuneração é expressa
Com base nessas informações, julgue o item a seguir. pela taxa de juros.
Na compra a prazo, o custo efetivo da operação de finan- Nos juros simples, a incidência recorre sempre
ciamento pago pelo cliente será inferior a 14% ao mês. sobre o valor original. Veja um exemplo para melhor
entender.
( ) CERTO ( ) ERRADO
Exemplo 1:
Digamos que você emprestou 1000,00 reais, em um
Valor da bicicleta =1720,00
regime de juros simples de 5% ao mês para um ami-
Parcelado = 920,00 (entrada) + 920,00 (parcela)
go,, o qual ficou de quitar o empréstimo após 5 meses.
Na compra a prazo, o agente vai pagar 920,00
Dessa forma, teremos o seguinte:
(entrada), logo vai sobrar (1720-920 = 800,00)
No próximo mês é preciso pagar 920,00 ou seja
800,00 + 120,00 de juros. Agora é pegar 120,00 CAPITAL
(juros) e dividir por 800,00 resultado: EMPRESTADO VALOR REAJUSTADO
120,00/800,00 = 0,15% ao mês. (1000,00)
A questão diz que seria inferior a 0,14%, ou seja, 1° mês = 1000,00 1000,00 + (5% de 1000,00) = 1050,00
está errada. 2° mês = 1050,00 1050,00 + (5% de 1000,00) = 1100,00
Resposta: Errado.
3° mês = 1100,00 1100,00 + (5% de 1000,00) = 1150,00

2. (CEBRASPE-CESPE – 2019) Na assembleia legislati- 4° mês = 1150,00 1150,00 + (5% de 1000,00) = 1200,00
va de um estado da Federação, há 50 parlamentares, 5° mês = 1200,00 1200,00 + (5% de 1000,00) = 1250,00

25
entre homens e mulheres. Em determinada sessão

7-
plenária estavam presentes somente 20% das depu- Ao final do 5° mês você terá recebido 250,00 reais

84
tadas e 10% dos deputados, perfazendo-se um total de juros.

0.
de 7 parlamentares presentes à sessão. Fórmulas utilizadas em juros simples:

36
Infere-se da situação apresentada que, nessa assem-
.
71
bleia legislativa, havia
-1

J=C·i·t
a) 10 deputadas.
ia

b) 14 deputadas. M=C+J
ar

c) 15 deputadas.
M

d) 20 deputadas.
a

M = C · (1 + i ·J)
lv

e) 25 deputadas. Onde,
Si
da

50 parlamentares z J = juros;
Deputadas = X
ira

z C = capital;
Deputados = 50-X
re

z i = taxa em percentual (%);


Compareceram 20% x e 10% (50-x), totalizando 7
Pe

z t = tempo;
parlamentares. Não sabemos a quantidade exata de
M = montante.
s

z
cada sexo. Vamos montar uma equação e achar o
u
he

valor de X.
Taxas Proporcionais e Equivalentes
at

20% x + 10% (50-x) = 7


M

20/100 · x + 10/100 · (50-x) = 7


2/10 · x + 1/10 · (50-x) = 7 Para aplicar corretamente uma taxa de juros, é im-
2x/10 + 50 - x/10 = 7 (faz o MMC) portante saber a unidade de tempo sobre a qual a taxa
2x + 50 - x = 70 de juros é definida. Isto é, não adianta saber apenas
2x - x = 70 - 50 que a taxa de juros é de “5%”, é preciso saber se essa
x = 20 deputadas fazem parte da Assembleia taxa é mensal, bimestral, anual etc. Dizemos que duas
Legislativa. taxas de juros são proporcionais quando guardam a
Resposta: Letra D. mesma proporção em relação ao prazo. Por exemplo,
12% ao ano é proporcional a 6% ao semestre, e tam-
JUROS SIMPLES E COMPOSTO bém é proporcional a 1% ao mês.
Basta efetuar uma regra de três simples. Para
Juros Simples obtermos a taxa de juros bimestral, por exemplo, que
é proporcional à taxa de 12% ao ano:
A premissa, base da matemática financeira é a
seguinte: as pessoas e as instituições do mercado 12% ao ano ----------------------- 1 ano
144 preferem adiantar os seus recebimentos e retardar Taxa bimestral ------------------ 2 meses
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qualquer título, a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.
Podemos substituir 1 ano por 12 meses, para dei- 3. (FUNDATEC — 2020) Qual foi a taxa mensal de uma
xar os valores da coluna da direita na mesma unidade aplicação, sob regime de juros simples, de um capital
temporal, temos: de R$ 3.000,00, durante 4 bimestres, para gerar juros
de R$ 240,00?
12% ao ano ---------------------- 12 meses
Taxa bimestral ------------------ 2 meses a) 8%.
b) 5%.
Efetuando a multiplicação cruzada, temos: c) 3%.
d) 2%.
12% · 2 = Taxa bimestral x 12 e) 1%.
Taxa bimestral = 2% ao bimestre. J = 240
C = 3.000
Duas taxas de juros são equivalentes quando são i=?
capazes de levar o mesmo capital inicial C ao montan- t = 4 bimestres, ou seja, 4 · 2 = 8 meses.
te final M após o mesmo intervalo de tempo. Substituindo:
Uma outra informação importante e que você deve J=C·i·t
memorizar é que o cálculo de taxas equivalentes 240 = 3000 · i · 8
quando estamos no regime de juros simples pode ser 240 = 24000 · i
entendido assim: 1% ao mês equivale a 6% ao semes- i = 240 / 24000
tre ou 12% ao ano e levarão o mesmo capital inicial i = 0,01 ou 1%
C ao mesmo montante M após o mesmo período de Resposta: Letra E.
tempo.
É relevante também você saber que no regime de Juros Compostos
juros simples, taxas de juros proporcionais são, tam-
Imagine que você pegou um empréstimo de
bém, taxas de juros equivalentes.
R$10.000,00 no banco, cujo pagamento deve ser rea-
Agora, analise os exercícios que seguem.
lizado após 4 meses, à taxa de juros de 10% ao mês.
Ficou combinado que o cálculo de juros de cada mês
1. (FEPESE — 2018) Uma TV é anunciada pelo preço
será feito sobre o total da dívida no mês anterior, e
de R$ 1.908,00 para pagamento em 12 parcelas de
não somente sobre o valor inicialmente emprestado.
159,00. A mesma TV custa R$ 1.410,00 para paga-
Neste caso, estamos diante da cobrança de juros com-
mento à vista. Portanto o juro simples mensal incluído

25
postos. Podemos montar a seguinte tabela:
na opção parcelada é:

7-
84
a) Menor que 2%. MÊS DO EMPRÉSTIMO 10.000,00

0.
36
b) Maior que 2% e menor que 2,5%. 1º MÊS 11.000,00
c) Maior que 2,5% e menor que 2,75%. .
71
2º MÊS 12.100,00
d) Maior que 2,75% e menor que 3%.
-1

e) Maior que 3%. 3º MÊS 13.310,00


ia

4º MÊS 14.641,00
ar

1.908 - 1.410 = 498 (juros durante 12 meses)


M

J=C·I·t Logo, ao final de 4 meses você deverá devolver


a

498 = 1410 · 12 · i / 100 ao banco R$14.641,00 que é a soma da dívida inicial


lv
Si

49800 = 16920i (R$10.000,00) e de juros de R$4.641,00.


i = 49800/16920 Fórmula utilizada em juros compostos:
da

i = 2,94%. Resposta: Letra D.


ira

M = C · (1 + i)t
re

2. (CEBRASPE-CESPE — 2018) Uma pessoa atrasou em


Pe

15 dias o pagamento de uma dívida de R$ 20.000,


cuja taxa de juros de mora é de 21% ao mês no regime Poderíamos ter utilizado a fórmula no nosso exem-
u s

de juros simples. plo. Veja:


he

Acerca dessa situação hipotética, e considerando o


at

mês comercial de 30 dias, julgue o item subsequente. M = 10000 · (1 + 10%)4


M

No regime de juros simples, a taxa de 21% ao mês é


M = 10000 · (1 + 0,10)4
equivalente à taxa de 252% ao ano.
M = 10000 · (1,10)4
( ) CERTO ( ) ERRADO
RACIOCÍNIO LÓGICO

M = 10000 · 1,4641
No regime simples, sabemos que taxas propor- M = 14.641,00 reais
cionais são também equivalentes. Como temos 12
meses no ano, a taxa anual proporcional a 21%am
é, simplesmente:
21% · 12 = 252% ao ano
Esta taxa de 252% ao ano é proporcional e também
é equivalente a 21% ao mês. Portanto, o item está
certo.
Resposta: Certo.
145
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qualquer título, a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.
Podemos fazer a comparação entre juros simples e 1. (FCC — 2017) A Cia. Escocesa, não tendo recursos
compostos. Observe a tabela abaixo: para pagar um empréstimo de R$ 150.000,00 na data
do vencimento, fez um acordo com a instituição finan-
ceira credora para pagá-la 90 dias após a data do
JUROS SIMPLES JUROS COMPOSTOS
vencimento. Sabendo que a taxa de juros compostos
Mais onerosos se t < 1 Mais onerosos se t > 1 cobrada pela instituição financeira foi 3% ao mês, o
Mesmo valor se t = 1 Mesmo valor se t = 1 valor pago pela empresa, desprezando-se os centa-
vos, foi, em reais,
Juros capitalizados no final Juros capitalizados periodi-
do prazo camente (“juros sobre juros”)
a) 163.909,00.
Crescimento linear (reta) Crescimento exponencial b) 163.500,00.
Valores similares para pra- Valores similares para pra- c) 154.500,00.
zos e taxas curtos zos e taxas curtos d) 159.135,00.
e) 159.000,00.
Juros Compostos – Cálculo do Prazo
Temos uma dívida de C = 150.000 reais a ser paga após
Nas questões em que é preciso calcular o prazo, t = 3 meses no regime de juros compostos, com a taxa
você deverá utilizar logaritmos, visto que o tempo “t” de j = 3% ao mês. O montante a ser pago é dado por:
está no expoente da fórmula de juros compostos. A M = C · (1+j)t
propriedade mais importante a ser lembrada é que, M = 150.000 · (1+0,03)3
sendo dois números A e B, então: M = 150.000 · (1,03)3
M = 150.000 · 1,092727
log AB = B × log A M = 15 · 10927,27
M = 163.909,05 reais
Significa que o logaritmo de A elevado ao expoente Resposta: Letra A.
B é igual a multiplicação de B pelo logaritmo de A.
Uma outra propriedade bastante útil dos logarit- 2. (FCC — 2017) O montante de um empréstimo de 4
mos é a seguinte: anos da quantia de R$ 20.000,00, do qual se cobram
juros compostos de 10% ao ano, será igual a

log bAl = 𝑙𝑜𝑔𝐴 − 𝑙𝑜𝑔B a) R$ 26.000,00.

25
B
b) R$ 28.645,00.

7-
Isto é, o logaritmo de uma divisão entre A e B é c) R$ 29.282,00.

84
igual à subtração dos logaritmos de cada número. d) R$ 30.168,00.

0.
Também, é importante ter em mente que “logA” e) R$ 28.086,00.

36
significa “logaritmo do número A na base 10”.
.
71
Observe um exemplo: Temos um prazo de t = 4 anos, capital inicial C =
-1

No regime de juros compostos com capitalização 20000 reais, juros compostos de j = 10% ao ano. O
mensal à taxa de juros de 1% ao mês, a quantidade de
ia

montante final é:
ar

meses que o capital de R$100.000 deverá ficar investi- M = C · (1+j)t


M

do para produzir o montante de R$120.000 é expressa M = 20000 · (1+0,10)4


a

por: M = 20000 · 1,14


lv

M = 20000 · 1,4641
Si

log2, 1 M = 2 · 14641
da

log1, 01 M = 29282 reais


ira

Resposta: Letra C.
re

Temos a taxa j=1%am, capital C=100.000 e montan-


Pe

te M=120.000. Na fórmula de juros compostos: PROBLEMAS GEOMÉTRICOS E MATRICIAIS


u s

M = C · (1+j)t Antes de começar a resolver exercícios sobre esse


he

assunto, é necessário ter o entendimento adequado


at

120000 = 100000 · (1+1%)t sobre geometria e matrizes. Para isso, vamos expla-
M

nar a parte teórica sobre geometria e matriz e logo em


12 = 10 · (1,01)t seguida iremos resolver algumas questões envolven-
1,2 = (1,01)t do problemas geométricos e matriciais.

Podemos aplicar o logaritmo dos dois lados: GEOMETRIA

log1,2 = log (1,01)t Ponto, Reta e Plano

log1,2 = t · log 1,01 Quando falamos sobre ponto, reta e plano, deve-
log1, 1 mos ficar atentos que a parte mais importante é em
t= relação à sua representação geométrica e espacial.
log1, 01
z Representação Simbólica:
Logo, questão errada.
Exercite seus conhecimentos analisando os exercí- „ os pontos são representados por letras maiús-
146 cios que seguem. culas do nosso alfabeto, ou seja, A, B, C etc.;
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„ as retas são representadas pelas letras minús- Por uma reta e um ponto fora dela:
culas do nosso alfabeto, ou seja, a, b, c etc.;
„ os planos são representados pelas letras gregas
P α
minúsculas, ou seja, β, ∞, α etc.

z Representação Gráfica:

r
r A B
P
α
ponto
Por duas retas concorrentes:

reta plano
α
Vamos, agora, há alguns pontos interessantes:
S C
„ Passando por um ponto “P” qualquer podemos
traçar infinitas retas e dois pontos determinam r A B
uma única reta. Veja:

Pelo ponto P podemos Os pontos A e B definem a


traçar infinitas retas posição de uma reta
Por duas retas distintas

A α
P

B S

25
r

7-
84
„ Pontos colineares são aqueles que pertencem à

0.
mesma reta. z Razão entre Segmentos de Reta:

. 36
Quando dois pontos delimitam um conjunto de
71
C
pontos numa mesma reta, chamamos de segmento de
-1

B
reta e podemos representar por duas letras como, por
B
ia

A exemplo AB. O início do segmento é em A e termina


ar

A c em B. Veja a seguir:
M

r
a

COLINEARES Reta s
lv

r s
Si

NÃO COLINEARES
da

Segmento de Reta AB
ira

„ Um plano pode ser determinado de algumas t


A B
maneiras. Veja:
re
Pe

Semirreta AB
Três pontos não colineares: A B u
u s
he

C α z Feixe de Retas Paralelas:


at
M

Um conjunto de três ou mais retas paralelas num


plano é chamado feixe de retas paralelas. Temos,
B ainda, uma reta que corta a reta de feixe que é chama-
A da de reta transversal. Veja:
RACIOCÍNIO LÓGICO

147
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s t

a
A
b

d
Como 360o representam uma volta completa, 180º
representam meia-volta, como você pode ver a seguir

z Teorema de Tales: 180°

Quando temos um feixe de retas paralelas sobre


duas transversais quaisquer, determinamos segmen-
tos proporcionais. Veja a figura a seguir para entender
um pouco mais:
Por sua vez, 90o representa metade de meia-volta,
s t isto é, ¼ de volta. Esse ângulo é conhecido como ângu-
lo reto e tem uma representação bem característica:
A D a

B E
b

C F
c

D G 90°
d

25
7-
Vamos destacar algumas proporções: Os ângulos podem ser classificados quanto ao

84
valor do ângulo em relação à 90°:

0.
z AB ⁄ BC = DE ⁄ E F;

36
z BC ⁄ AB = EF ⁄ DE; z Ângulos agudos: são aqueles ângulos inferiores à
.
71
z AB ⁄ D E = BC ⁄ E F; 90°. Ex.: 30o, 42o, 63o;
z Ângulos obtusos: são aqueles ângulos superiores
-1

z D E ⁄ AB = EF ⁄ BC.
à 90o. Ex.: 100o, 125o e 155o.
ia

Ângulos
ar

Observação: os ângulos de 0 e 180º são denomina-


M

dos de ângulos rasos.


a

Ângulo é a medida de uma abertura delimitada


lv

por duas semirretas. Veja na figura a seguir o ângulo Outra classificação de ângulos é em relação à
Si

A, que é a abertura delimitada pelas duas semirretas medida:


da

desenhadas:
z Ângulos congruentes: são congruentes (iguais)
ira

quando possuem a mesma medida;


re

z Ângulos complementares: são complementares


Pe

quando a soma entre os ângulos é 90o. Ex.: 60° +


s

30° = 90°. Os ângulos 30° e 60° são complementares


u
he

A um do outro;
z Ângulos suplementares: são suplementares quan-
at
M

do a soma entre os ângulos é 180o. Ex.: 110° + 70°


= 180°. Os ângulos 70° e 110° são suplementares
O ponto desenhado acima no encontro entre as entre si.
duas semirretas é denominado “Vértice do ângulo”.
Um ângulo é medido de acordo com a sua abertura. A semirreta que divide um ângulo em duas partes
Dizemos que uma abertura completa mede 360 graus iguais é denominada Bissetriz. Veja:
(360º). Veja:

A/2

A/2

148
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Agora observe esse cruzamento de retas. Vamos Para calcular o número de diagonais de um polí-
tirar algumas conclusões interessantes. gono, vamos precisar levar em consideração os vér-
tices (lados). Dessa forma, chegaremos na seguinte
B fórmula:

A n # (n - 3)
C D=
2
D
Veja que o pentágono (n = 5) possui 5 diagonais.
Os ângulos formados pelo cruzamento das retas
são denominados ângulos opostos pelo vértice e tem z A soma do ângulo interno e do ângulo externo de
o mesmo valor, ou seja, A = C e B = D. um mesmo vértice é igual a 180º;
Os ângulos A e B são suplementares, pois a soma z A soma dos ângulos internos de um polígono de n
entre eles é de 180o, assim como a soma dos ângulos B lados é:
e C, C e D, e D e A.
Ângulos opostos pelo vértice têm a mesma medida. S = (n – 2) × 180°
Uma outra unidade de medida de ângulos é cha-
mada de “radianos”. Dizemos que 180o correspondem Dica
a π (“pi”) radianos. Vamos usar uma regra de três sim-
ples para convertermos qualquer ângulo em radia- A soma dos ângulos internos de um triângulo (n =
nos. Veja, vamos converter 60o para radianos: 3) é 180º e nos quadriláteros (polígonos de 4 lados)
esta soma é 360º.
180° ---------------------------------- π radianos
Os polígonos que possuem todos os lados iguais
60° ------------------------------------ x radianos
e todos os ângulos internos iguais (congruentes) são
180x = 60 π chamados de polígonos regulares. Conheça algumas
nomenclaturas dos principais polígonos regulares e
60r r
x= = radianos os seus números de lados.
180 3

Polígonos Nº DE Nº DE
NOME NOME
LADOS LADOS

25
7-
Polígono é qualquer figura geométrica fechada for- 3 Triângulo 9 Eneágono

84
mada por uma série de segmentos de reta. Observe: 4 Quadrilátero 10 Decágono

0.
5 Pentágono 11 Undecágono
6 Hexágono . 36 12 Dodecágono
71
7 Heptágono ... ...
-1

8 Octógono 20 Icoságono
ia
ar
M

Exercite seus conhecimentos realizando os itens


que seguem.
a
lv
Si

Os elementos de qualquer polígono são: 1. (IDECAN — 2013) No triângulo a seguir, o lado KL é


da

paralelo ao segmento DE.


ira

z Lados: são os segmentos de reta que formam o


polígono (a figura a seguir, um pentágono, possui 5 J
re

segmentos de reta, isto é, 5 lados);


Pe

z Vértices: são os pontos de junção de dois segmen-


s

tos de reta consecutivos. Estão marcados com


u

x
he

letras maiúsculas na figura seguir; D E


at

z Diagonais: são os segmentos de reta que unem


M

dois vértices não consecutivos. São as retas verme- 115°

lha traçadas no polígono a seguir:

A a 55°
RACIOCÍNIO LÓGICO

K L

B E A soma dos valores dos ângulos “x” e “a” é

a) 170°.
b) 180°.
c) 185°.
C D d) 190°.
e) 195°.

149
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J Aplicando a fórmula da soma dos ângulos internos
de um polígono, temos:
S = (n – 2) · 180°
55° x
a S = (8 – 2) · 180°
D E
115°
S = 1080°.
Resposta: Letra D.

a 55° 3. (FEPESE — 2019) Na figura abaixo, as retas r e s são


paralelas.
K L
r
Veja que podemos colocar o ângulo “a” como suple- α
mentar de 115°, pois os segmentos KL e DE são
paralelos. Assim como o ângulo 55° é suplementar
do ângulo “x”. Assim,
a + 115 = 180 β
a = 65º θ
------------------ s
x + 55 = 180
x = 125º Se o ângulo α mede 44°30’ e o ângulo θ mede 55°30’,
Logo, x + a = 190º. então a medida do ângulo β é:
Resposta: Letra D.
a) 100°.
2. (CONSULPLAN — 2018) A soma dos ângulos internos b) 55°30’.
de um polígono regular que tem 20 diagonais é c) 60°.
d) 44°30”.
a) 495. e) 80°.
b) 720.
c) 990. r
α

25
d) 1080.

7-
84
Vamos aplicar a fórmula das diagonais de um polí-
α

0.
gono para descobrir o número de lados:

36
β
n # (n - 3)
.
71
D=
2 θ θ
-1

s
2
ia

n - 3n
20 = β=α+θ
ar

2
M

β = 44°30’ + 55°30’ = 99°60’ = 100°


40 = n2 - 3n
a
lv

Resposta: Letra A.
n2 – 3n - 40 = 0
Si
da

Vamos achar as raízes da equação do 2° grau: 4. (ESAF — 2003) Os ângulos de um triângulo encon-
tram-se na razão 2 : 3 : 4. O ângulo maior do triângulo,
ira

- (-3) ± √(-3)2 -4 · 1 · (- 40) portanto, é igual a:


re

n=
Pe

2·1 a) 40°.
s

b) 70°.
u

c) 75°.
he

3 ± √9 + 160 d) 80°.
at

n= e) 90°.
M

2
Se os ângulos do triângulo se encontram na razão
2:3:4, podemos chamá-los de 2x, 3x e 4x e a soma
3 ± 13 dos ângulos de um triângulo qualquer é sempre
n=
180º.
2 Assim, 2x + 3x + 4x = 180°
9x = 180°
Como “n” é o número de diagonais, precisamos ape- x = 20°
nas pegar o resultado positivo. Logo, O maior ângulo é 4x = 4 ∙ 20° = 80°
Resposta: Letra D.
3 + 13
n= = 8 lados
2

150
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MÉTRICA, ÁREAS E VOLUMES, ESTIMATIVAS,
Km3 hm3 dam3 m3 dm3 cm3 mm3
APLICAÇÕES (quilômetro (hectômetro (decâmetro (metro (decímetro (centímetro (MILÍMETRO
cúbico) cúbico) cúbico) cúbico) cúbico) cúbico) CÚBICO)

Sistema de Unidades de Medidas


×1.000 ×1.000 ×1.000 ×1.000 ×1.000 ×1.000
Quando estudamos o sistema de medidas nos
atentamos ao fato de que ele serve para quantificar
Km3 hm3 dam3 m3 dm3 cm3 mm3
dimensões que podem ter uma variação gigantesca.
Todavia existem as conversões entre as unidades para
uma melhor interpretação e leitura. :1.000 :1.000 :1.000 :1.000 :1.000 :1.000

Medidas de Comprimento
Exemplo: Converter 5,3 m3 para cm3:
A unidade principal tomada como referência é o Para sair do metro cúbico e chegar no centímetro
metro. Além dele, temos outras seis unidades dife- cúbico devemos multiplicar por 1000000 (1000x1000),
rentes que servem para medir dimensões maiores ou pois “andamos” duas casas até chegar em centímetro
menores. A conversão de unidades de comprimento
cúbico. Logo,
segue potências de 10. Veja o esquema abaixo:

5,3m3 = 5,3 · 1000000 = 5300000 cm3.


Km hm dam m dm cm mm
(quilômetro) (hectômetro) (decâmetro) (metro) (decímetro) (centímetro) (MILÍMETRO)

Veja, agora, algumas relações interessantes e que


×10 ×10 ×10 ×10 ×10 você precisa ter em mente para resolver a diversas
×10
questões.

Km hm dam m dm cm mm
UNIDADE RELAÇÃO DE UNIDADE

:10 :10 :10 :10 :10 1 quilograma (kg) 1000 gramas (g)
:10
1 tonelada (t) 1000 quilogramas (kg)
Exemplo: Converter 5,3 metros para centímetros: 1 litro (l) 1 decímetro cúbico (dm3)
Para sair do metro e chegar no centímetro deve- 1 mililitro (ml) 1centímetro cúbico (cm3)

25
mos multiplicar por 100 (10x10), pois “andamos” duas
1 hectare (ha) 1 hectômetro quadrado (hm2)

7-
casas até chegar em centímetro. Logo,

84
1 hectare (ha) 10000 metros quadrados (m2)

0.
5,3m = 5,3 · 100 = 530 cm.

36
Medidas de Tempo
.
71
Medidas de Área (Superfície)
-1

Medindo intervalos de tempos temos (hora – minu-


A unidade principal tomada como referência é o to – segundo) que são os mais conhecidos. Veja como
ia

metro quadrado. Além dele, temos outras seis unidades


ar

se faz a relação nessa unidade.


diferentes que servem para medir dimensões maiores
M

Para transformar de uma unidade maior para a


ou menores. A conversão de unidades de superfície
a

unidade menor, multiplica-se por 60. Veja:


lv

segue potências de 100. Veja o esquema a seguir:


Si

1 hora = 60 minutos
da

Km2 hm2 dam2 m2 dm2 cm2 mm 2


h = 4 · 60 = 240 minutos
ira

(quilômetro (hectômetro (decâmetro (metro (decímetro (centímetro (MILÍMETRO


quadrado) quadrado) quadrado) quadrado) quadrado) quadrado) QUADRADO)
re

Para transformar de uma unidade menor para a


Pe

×100 ×100 ×100 ×100 ×100 ×100 unidade maior, divide-se por 60. Veja:
u s
he

Km2 hm2 dam2 m2 dm2 cm2 mm2 20 minutos = 20 / 60 = 2/6 = 1/3 da hora ou 1/3h.
at
M

:100 :100 Para medir ângulos a unidade básica é o grau.


:100 :100 :100 :100
Temos as seguintes relações:

Exemplo: Converter 5,3 m2 para cm2: 1 grau equivale a 60 minutos (1º = 60’)
RACIOCÍNIO LÓGICO

Para sair do metro quadrado e chegar no centímetro


quadrado devemos multiplicar por 10000 (100x100), 1 minuto equivale a 60 segundos (1’ = 60”)
pois “andamos” duas casas até chegar em centímetro
quadrado. Logo, 5,3m2 = 5,3 · 10000 = 53000 cm2. Aqui vale fazer uma observação que os minutos e
os segundos dos ângulos não são os mesmos do sistema
Medidas de Volume (Capacidade) (hora – minuto – segundo). Os nomes são semelhantes,
mas os símbolos que os indicam são diferentes, veja:
A unidade principal tomada como referência é o
metro cúbico. Além dele, temos outras seis unidades 1h32min24s é um intervalo de tempo ou um instante do
diferentes que servem para medir dimensões maiores dia.
ou menores. A conversão de unidades de superfície
segue potências de 1000. Veja o esquema a seguir 1º 32’ 24” é a medida de um ângulo. 151
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GEOMETRIA PLANA Trapézio

Retângulo Temos um polígono com 4 lados, sendo 2 deles


paralelos entre si, e chamados de base maior (B) e
Chamamos de retângulo um paralelogramo (polí- base menor (b). Temos, também, a sua altura (h) que
gono que tem 4 lados opostos paralelos) com todos os é a distância entre a base menor e a base maior. Veja
ângulos internos iguais à 90°. na figura a seguir

b b

h
h h

B
b
Conhecendo b, B e h, podemos calcular a área do
Chamamos o lado “b” maior de base, e o lado trapézio por meio da fórmula abaixo:
menor “h” de altura.
(B + b) # h
A=
Área do Retângulo 2

Para calcularmos a área, vamos fazer a multipli- Losango


cação de sua base (b) pela sua altura (h), conforme a
fórmula: É um polígono com 4 lados de mesmo comprimen-
to. Veja a seguir:
A=b×h
L L
Exemplo: um retângulo com 10 centímetros de

25
lado e 5 centímetros de altura, a área será:

7-
84
A = 10cm · 5cm = 50cm2

0.
L L
Quando trabalhamos o conceito e cálculo de áreas . 36
71
das figuras geométricas, usamos a unidade ao quadra-
-1

do que no nosso exemplo tínhamos centímetros e pas- Para calcular a área de um losango, vamos preci-
ia

samos para centímetros quadrados, que neste caso é a sar das suas duas diagonais: maior (D) e menor (d) de
ar

unidade de área. acordo com a figura a seguir:


M
a

Quadrado
lv

L L
Si

d
da

Nada além de um retângulo no qual a base e a altu-


ra têm o mesmo comprimento, ou seja, todos os lados
ira

D
do quadrado têm o mesmo comprimento, que chama-
L L
re

remos de L. Veja:
Pe

L
u s

Assim, a área do losango é dada pela fórmula a


he

seguir:
at
M

L L D#d
A=
2

Paralelogramo

L É um quadrilátero (4 lados) com os lados opostos


paralelos entre si. Esses lados opostos possuem o mes-
A área também será dada pela multiplicação da mo tamanho.
base pela altura (b x h). Como ambas medem L, tere-
mos L x L, ou seja:

A = L2

152
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b

h
a a
c
b

A área do paralelogramo também é dada pela mul- A A


tiplicação da base pela altura:
C
A=b×h

Triângulo z Triângulo escaleno: é o triângulo que possui os


três lados com medidas diferentes, tendo também
Trata-se de uma figura geométrica com 3 lados. os três ângulos internos distintos entre si:
Veja-a a seguir:

a B c

a c C A

z Triângulo equilátero: é o triângulo que tem todos


os lados iguais. Consequentemente, ele terá todos
b os ângulos internos iguais:

25
7-
Para calcular a área do triângulo, é preciso conhe-

84
cer a sua altura (h):

0.
36
A
a a
.
71
h
-1
ia

a c A A
ar
M

a
h
a
lv
Si

Podemos calcular a altura usando a seguinte fórmula:


da

b
ira

a 3
h=
re

2
Pe

O lado “b”, em relação ao qual a altura foi dada, é


chamado de base. Assim, calcula-se a área do triângu-
s

Para calcular a área do triângulo equilátero usan-


u

lo utilizando a seguinte fórmula: do apenas o valor da medida dos lados (a), usamos a
he

fórmula a seguir:
at

b#h
M

A=
2 2
a 3
A=
4
Vamos conhecer os tipos de triângulos existentes:
RACIOCÍNIO LÓGICO

z Triângulo isósceles: é o triângulo que tem dois


lados iguais. Consequentemente, os 2 ângulos
internos da base são iguais (simbolizados na figu-
ra pela letra A):

153
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qualquer título, a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.
z Triângulo retângulo: possui um ângulo de 90°.

B
c r
a

A área de um círculo é dada pela fórmula: A = π ×


Temos as seguintes nomenclaturas para cada lado
r2. Na fórmula, a letra π (“pi”) representa um número
do triângulo. Veja:
irracional que é, aproximadamente, igual a 3,14.
O ângulo marcado com um ponto é o ângulo reto
Vejamos um exemplo para calcular a área de um
(90º). Oposto a ele temos o lado “c” do triângulo, que
círculo com 10 centímetros de raio:
chamaremos de hipotenusa. Já os lados “a” e “b”,
que são adjacentes ao ângulo reto, são chamados de
A = π × r2
catetos.
O Teorema de Pitágoras nos dá uma relação entre A = π × (10)2
a hipotenusa e os catetos, dizendo que a soma dos
A = π × 100
quadrados dos catetos é igual ao quadrado da hipote-
nusa: a2 = b2 + c2.
Substituindo π por 3,14, temos:
Agora vamos falar sobre algumas métricas interes-
santes que estão presentes no triângulo retângulo.
A = 3,14·100 = 314cm2

O perímetro de uma circunferência que é a mesma


coisa que o comprimento da circunferência é dado por:
b h c

25
C=2×π×r

7-
84
n m Para exemplificar, vamos calcular o perímetro

0.
C H B daquela circunferência com 10cm de raio:
a . 36
C = 2 · 3,14 · 10
71
-1

C = 6,28 · 10 = 62,8 cm
Devemos nos atentar em relação a algumas fórmulas
ia

que são extraídas do triângulo acima que poderão nos aju-


ar

O diâmetro (D) de uma circunferência é um seg-


dar com a resolução de algumas questões. Veja quais são:
M

mento de reta que liga um lado ao outro da circun-


a

ferência, passando pelo centro. Veja que o diâmetro


lv

h2 = m×n mede o dobro do raio, ou seja, 2r.


Si

b2 = m×a
da

c2 = n×a
ira
re

b×c = a×h
Pe

Essas fórmulas são chamadas de relações métricas


s

D = 2r
u

do triângulo retângulo.
he
at

Círculo
M

Todos os pontos estão a uma mesma distância em


relação ao centro do círculo ou circunferência. Cha-
mamos de raio e geralmente é representada por “r”.
Veja na figura a seguir:

154
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Repare na figura a seguir: O cubo é um caso particular do paralelepípedo re-
to-retângulo, ou seja, basta que igualemos os valores
A de a = b = c.
Para calcular o volume de um paralelepípedo reto-
-retângulo, devemos multiplicar suas três dimensões.
α Veja:
B V=a×b×c
C

No caso do cubo, o volume fica:

V = a × a × = a3

As faces do paralelepípedo são retangulares,


Note que formamos uma região delimitada dentro enquanto as faces do cubo são todas quadradas.
do círculo. Essa região é chamada de setor circular. A área total do cubo é a soma das 6 faces quadra-
Temos ainda um ângulo central desse setor circular das. Ou seja,
simbolizado por α. Com base neste ângulo, consegui-
mos determinar a área do setor circular e o compri- AT = 6a2
mento do segmento de círculo compreendido entre os
pontos A e B. Sabemos que o ângulo central de uma Agora, no paralelepípedo reto-retângulo, temos 2
volta completa no círculo é 360º. E também sabemos retângulos de lados (a, b), dois retângulos de lados (b,
a área desta volta completa, que é a própria área do c) e dois retângulos de lados (b, c). Portanto, a área
círculo ( π × r2). Vejamos como calcular a área do setor total de um paralelepípedo é:
circular, em função do ângulo central “α”:
AT = 2ab + 2ac + 2bc
360° ---------------------- π × r2
Prismas
α ------------------------- Área do setor circular
Vamos estudar os prismas retos, ou seja, aqueles
Logo, área do setor circular = que têm as arestas laterais perpendiculares às bases.
Os prismas são figuras espaciais bem parecidas com

25
2 os cilindros. O que os difere é que a base de um pris-
a # rr
ma não é uma circunferência.

7-
360c

84
O prisma será classificado de acordo com a sua
base. Por exemplo, se a base for um pentágono, o pris-

0.
ma será pentagonal.
36
Usando a mesma ideia, podemos calcular o com-
primento do segmento circular entre os pontos A e B, .
71
cujo ângulo central é “α” e que o comprimento da cir-
-1

cunferência inteira é 2 πr. Confira abaixo:


ia
ar

360° --------------------- 2 πr
M

α -------------------------- Comprimento do setor circular


a
lv

Prisma triangular Prisma Prisma Prisma


Si

Pentagonal Hexagonal Quadrangular


Logo, comprimento do setor circular =
da

O volume para qualquer tipo de prisma será sem-


ira

a # 2rr pre o produto da área da base pela altura. Veja:


re

360c
Pe

V = Ab × h
GEOMETRIA ESPACIAL
u s

A área total de um prisma será a soma da área late-


he

Poliedros ral com duas bases.


at
M

São figuras espaciais formadas por diversas faces, AT = Al + 2Ab


cada uma delas sendo um polígono regular. Vamos
conhecer os principais poliedros, destacando alguns
pontos importantes como área e volumes.
RACIOCÍNIO LÓGICO

Paralelepípedo Reto-Retângulo e Cubo

c a

b
a a

155
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Cilindro E a área da superfície pela fórmula a seguir:

Vamos estudar o cilindro reto cujas geratrizes são A = 4 × πr2


perpendiculares às bases. Observe a figura a seguir:
Cone

Observe a figura a seguir:

Altura
Base (círculo)

Geratriz
Geratriz

A distância entre as duas bases é chamada de altu-


ra (h). Quando a altura do cilindro é igual ao diâmetro
da base, o cilindro é chamado de equilátero.
Base
Cilindro equilátero: ℎ = 2r
Vamos extrair algumas informações:
A base do cilindro é um círculo. Portanto, a área da A base de um cone é um círculo, então a área da
base do cilindro é igual a πr2. base é πr2.
Perceba que se “desenrolarmos” a área lateral e Quando “abrimos” um cone, temos seguinte figura:
““abrirmos” todo o cilindro, temos o seguinte:

25
H H

7-
84
0.
R C
. 36 R
71
R
-1

A área da superfície lateral do cilindro é igual a


ia

Temos, também, a área lateral que é dada pela fór-


ar

2πℎ e o volume do cilindro é o produto da área da mula πrg , onde “g” é o comprimento da geratriz do
M

base pela altura: V = πr2 × ℎ. cone.


a

Para calcularmos o volume de um cone, basta


lv

Esfera sabermos que equivale a 1/3 do produto entre a área


Si

da base pela altura. Veja:


da

Quando estamos estudando a esfera, precisamos


ira

lembrar que tudo depende e gira em torno do seu raio, 2


rr h
ou seja, é o sólido geométrico mais fácil de trabalhar. V=
re

3
Pe

Em um cone equilátero a sua geratriz será igual ao


s

diâmetro, ou seja, 2r.


u
he
at

Pirâmides
M

A base de uma pirâmide poderá ser qualquer polí-


gono regular, no caso estamos falando apenas de pirâ-
mides regulares.

O raio é simplesmente a distância do centro da es-


fera até qualquer ponto da sua superfície.
O volume da esfera é calculado usando a seguinte
fórmula:
4 3
V = 3 # rr Pirâmide Pirâmide Pirâmide
Triangular Quadrangular Pentagonal

156
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qualquer título, a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.
Sabendo que 70% da área dessa praça estão recober-
tos de grama, então, a área não recoberta com grama
tem

a) 450 m2.
b) 500 m2.
c) 400 m2.
d) 350 m2.
e) 550 m2.
Pirâmide Pirâmide
Hexagonal Heptagonal Foi dado o perímetro dessa praça, que corresponde
à soma de todos os lados. Logo:
O segmento de reta que liga o centro da base a um 2x + 2(x + 20) = 160
ponto médio da aresta da base é denominado “apótema 2x + 2x + 40 = 160
da base”. Por sua vez, indicaremos por “m” o apótema 4x = 120
da base. E o segmento que liga o vértice da pirâmide ao x = 30 m
ponto médio de uma aresta da base é denominado “apó- A área, portanto, será:
tema da pirâmide”. Indicaremos por m′ o apótema da Área = 30 · (30 + 20)
pirâmide. Veja: Área = 30 · 50 = 1500 m²
Como 70% está recoberta por grama, 100 – 70 = 30%
não é recoberta. Logo:
Área não recoberta = 0,3 · 1500 = 450 m². Resposta:
Letra A.

2. (CEBRASPE-CESPE — 2018) Os lados de um terreno


quadrado medem 100 m. Houve erro na escrituração,
m' e ele foi registrado como se o comprimento do lado
medisse 10% a menos que a medida correta. Nessa
situação, deixou-se de registrar uma área do terreno
igual a

a) 20 m².

25
m b) 100 m².

7-
84
c) 1.000 m².
d) 1.900 m².

0.
36
e) 2.000 m².
A área lateral da pirâmide é dada por: .
71
A área de um quadrado é L². Inicialmente os lados
-1

Aℓ = pm′ do quadrado deveriam medir L = 100 m, portanto a


ia

área seria A = 100² = 10000 m². Porém, L foi regis-


ar

A área total da pirâmide é dada por: trado com 10% a menos, ou seja, 100 – 10% · 100 =
M

90 m. Logo, a área passou a ser 90² = 8100 m².


a

AT = Ab + Aℓ Então, a área que deixou de ser registrada foi de:


lv
Si

10000 – 8100 = 1900 m². Resposta: Letra D.


O volume da pirâmide é calculado da mesma for-
da

ma que o volume do cone: 1/3 do produto da área da 3. (IDECAN — 2018) A figura a seguir é composta por
ira

base pela altura. Veja: losangos cujas diagonais medem 6 cm e 4 cm. A área
re

da figura mede
Pe

Ab # h
V=
s

3
u
he

Analise as questões abaixo para praticar seus


at

conhecimentos.
M

1. (VUNESP — 2018) Uma praça retangular, cujas medi-


das em metros, estão indicadas na figura, tem 160m
de perímetro.
RACIOCÍNIO LÓGICO

a) 48 cm2.
b) 50 cm2.
c) 52 cm2.
× d) 60 cm2.
e) 64 cm2.

Sendo D e d as diagonais de um losango, sua área é


dada por:
× + 20 Área = D · d / 2 = 6 · 4 / 2 = 12cm2
Como ao todo temos 5 losangos, a área total é:
Figura fora de escala 5 · 12 = 60cm2. Resposta: Letra D. 157
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4. (IBFC — 2017) A alternativa que apresenta o número O volume total do reservatório é de 4 + 3,5 = 7,5m3.
total de faces, vértices e arestas de um tetraedro é: Usando a fórmula para calcular o volume, ou seja,
Volume = comprimento x largura x altura
a) 4 faces triangulares, 5 vértices e 6 arestas. 7,5 = 2,5 · 2 · h
b) 5 faces triangulares, 4 vértices e 6 arestas. 3=2·h
c) 4 faces triangulares, 4 vértices e 7 arestas. h = 1,5m
d) 4 faces triangulares, 4 vértices e 6 arestas. Resposta: Letra B.
e) 4 faces triangulares, 4 vértices e 5 arestas.
MATRIZES E DETERMINANTES
Um tetraedro é uma figura formada por 4 faces ape-
nas, veja: Matrizes

V Uma matriz Mmxn é uma tabela com “m linhas e n


colunas”. Os elementos desta tabela são representa-
dos na forma aij, onde “i representa a linha e j repre-
a senta a coluna” deste termo. Veja um exemplo de uma
a
matriz A2x2:
C
; E
5 -3
A A=
1 7
a
a

B Veja que temos 2 linhas e 2 colunas, ou seja, Aij =


A2x2.
Temos 4 vértices A, B, C e V. Também sabemos que O termo a12, por exemplo, é igual a -3.
temos 4 faces. O número de arestas pode ser conta- É importante saber que dizemos que a ordem des-
do ou, então, obtido pela relação: ta matriz é 2x2. A partir dela, podemos criar a matriz
V+F=A+2 transposta AT, que é construída trocando a linha de
4+4=A+2 cada termo pela sua coluna, e a coluna pela linha.
A = 6 arestas . Repare que a ordem de AT é 2x2:

25
Resposta: Letra D.

7-
< 3 7F
5 1

84
5. (VUNESP — 2018) Em um reservatório com a forma AT =

0.
de paralelepípedo reto retângulo, com 2,5 m de com- -

36
primento e 2 m de largura, inicialmente vazio, foram
despejados 4 m³ de água, e o nível da água nesse .
71
reservatório atingiu uma altura de x metros, conforme Uma matriz é quadrada quando possui o mesmo
-1

mostra a figura. número de linhas e colunas. Foi o que aconteceu no


ia

nosso exemplo.
ar

Uma matriz possui uma diagonal principal, que no


M

nosso exemplo da matriz A2x2 é formada pelos núme-


a
lv

ros 5 e 7. A outra diagonal é dita secundária, formada


Si

pelos números -3 e 1.
da

; E
×
ira

5 -3
A=
re

1 7
Pe

h Secundária Principal
us

2
he

Falamos que há uma matriz de identidade de


at

ordem “n” quando a matriz quadrada possui todos


M

2,5 os termos da diagonal principal iguais a 1 e todos os


demais termos iguais a zero. Veja a matriz identidade
Sabe-se que para enchê-lo completamente, sem trans- de ordem 3:
bordar, é necessário adicionar mais 3,5 m³ de água. RS1 0 0V
W
Nessas condições, é correto afirmar que a medida da SS W
altura desse reservatório, indicada por h na figura, é, I3 = S 1 0W
W
em metros, igual a
SS0 WW
S0 0 1W
T X
a) 1,25.
b) 1,5.
c) 1,75. Dada uma matriz A, chamamos de inversa de A, ou
d) 2,0. A-1, a matriz tal que:
e) 2,5.
A x A-1 = I (matriz identidade)
158
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Determinantes z Matriz de ordem 4 ou superior

O determinante de uma matriz é um número a ela Siga os seguintes passos:


associado. Vejamos como calcular.
„ Escolher uma linha ou coluna da matriz (dê
z Matriz de ordem 1 preferência para a que tiver mais zeros);
„ Calcular o cofator relativo a cada termo da
Em uma matriz quadrada de ordem 1, o determi- linha ou coluna escolhida;
nante é o próprio termo que forma a matriz. Exemplo: „ Multiplicar cada termo da linha ou coluna
escolhida pelo seu respectivo cofator e, então,
Se A = [4], então det(A) = 4. somar tudo.

z Matriz de ordem 2 „ Cofator

Em uma matriz quadrada de ordem 2, o determi- O cofator de uma matriz de ordem n ≥ 2 é definido
nante é dado pela subtração entre o produto da dia- como:
gonal principal e o produto da diagonal secundária. Aij = (-1) i + j. Dij
Veja:
Veja um exemplo:

; E
5 -3
Se A = JK1 2 1 0N
O
1 7 KK O
3 1 0O
Se A = K O
2
KK O
KK2 -3 2 1O
OO
Então det(A) = 5·7 – (-3) · 1 = 38.
K2 1 1 4O
z Matriz de ordem 3
L P

Em uma matriz quadrada de ordem 3, o determi- Então, devemos seguir os passos apresentados
nante é calculado da seguinte forma: acima:
RS 1 1 2V
W

25
S W „ Escolher uma linha ou coluna da matriz (dê
Se A = S 3 5W

7-
SS- 2 W preferência para a que tiver mais zeros);
WW

84
SS 0 7 - 1W

0.
T X JK1 2 1 0N

36
KK O O
. 3 1 0O
71
Então, veja o passo a passo como calcular o det(A). KK2 O O
KK2 1O
-1

KK
3 2 OO
4O
ia

„ Repetir as duas primeiras colunas: 2 1 1


L P
ar
M

1 1 2 1 1
a

„ Calcular o cofator relativo a cada termo da


lv

-2 3 5 -2 3 linha ou coluna escolhida;


Si

0 7 -1 0 7
da

Os termos da quarta coluna são o a14, a24, a34 e a44, e


ira

„ Multiplicar os termos no sentido da diagonal chamaremos os respectivos cofatores de A14, A24, A34 e
principal (retas pontilhadas) e subtrair a mul- A44. Como os termos a14 e a24 são iguais a zero, eu não pre-
re

ciso calcular os cofatores A14 e A24, pois eles serão multi-


Pe

tiplicação dos termos no sentido da diagonal


secundária (retas lisas): plicados por zero e o resultado final será igual a zero.
s

O cofator A34 será:


u
he

1 1 2 1 1
at

„ Escolher uma linha ou coluna da matriz (dê


M

-2 3 5 -2 3 preferência para a que tiver mais zeros);


0 7 -1 0 7
JK1 2 1 0N
O
KK O
3 1 0O
RACIOCÍNIO LÓGICO

[(1 · 3 · (-1) +1 · 5 · 0 + 2 · (-2) · 7)] - [(2 · 3 · 0 + 1 · 5 · 7 + 1 KK2 O


· (-2) · (-1))] KK2 O
3 2 1O
OO
KK
(-3 + 0 – 28) – (0 + 35 + 2) = 2 1 1 4O
L P
-31 – 37 = -68.
Olhando somente para os termos que sobraram,
Logo, o det(A) = -68. veja que temos uma matriz com 3 linhas e 3 colunas
apenas, cujo determinante sabemos calcular:
Determinante = 1·3·1 + 2·1·2 + 2·1·1 – 1·3·2 – 2·2·1
– 1·1·1
Determinante = -2
159
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O cofator A34 será: 1. (CEBRASPE-CESPE — 2018) Os lados de um terreno
quadrado medem 100 m. Houve erro na escrituração, e
A34 = (-1)3+4 × determinante ele foi registrado como se o comprimento do lado medis-
se 10% a menos que a medida correta. Nessa situação,
A34 = (-1)7 · (-2) deixou-se de registrar uma área do terreno igual a
A34 = (-1) · (-2)
a) 20 m².
A34 = 2 b) 100 m².
c) 1.000 m².
Agora, vamos calcular o cofator A44. Para isso, d) 1.900 m².
devemos excluir a quarta linha e a quarta coluna da e) 2.000 m².
matriz original, ficando com:
A área de um quadrado é L². Inicialmente, os lados
do quadrado deveriam medir L = 100 m, portanto a
JK1 2 1 0N
O área seria A = 100² = 10000 m². Porém, L foi regis-
KK O
KK2 3 1 0O
O trado com 10% a menos, ou seja, 100 – 10% x 100 =
KK2 O 90 m. Logo, a área passou a ser 90² = 8100 m².
-3 2 1O
OO Então, a área que deixou de ser registrada foi de:
KK
2 1 1 4O 10000 – 8100 = 1900 m². Resposta: Letra D.
L P
2. (FCC — 2017) Um terreno tem a forma de um trapézio.
Calculando o determinante 3x3 que restou, temos: Os lados não paralelos têm a mesma medida.
Determinante = 1·3·2 + 2·1·2 + 2·(-3)·1 – 1·3·2 – 1·(- A base maior desse trapézio mede 12 m, a base menor
3)·1 – 2·2·2 mede 6 m e a altura mede 4 m. A área e o perímetro
Determinante = -7 desse terreno são, respectivamente, iguais a
Assim, o cofator A44 é:
a) 32 m² e 28 m.
b) 36 m² e 28 m.
A44 = (-1)4+4× determinante c) 36 m² e 24 m.
A44 = (-1)8 · (-7) d) 32 m² e 24 m.
e) 36 m² e 26 m.
A44 = 1 · (-7)

25
Extraindo os dados temos B = 12 m, b = 6 m e H =
A44 = -7.

7-
4m. Vamos chamar os lados não paralelos de “L”.

84
Veja como fica esse trapézio:
Agora, podemos calcular o determinante da matriz

0.
original: 6m

Determinante = a14× A14 + a24× A24 + a34 × A34 + a44× A44


36
.
71
Determinante = 0A14 + 0A24 + 1·2 + 4 (-7) L L
-1

4m
Determinante = 0 + 0 + 2 - 28
ia

Determinante = -26 3m 3m
ar

As principais propriedades do determinante são: 12 m


M
a

z O determinante de A é igual ao de sua transposta AT Para descobrir o valor de L, basta aplicar o Teore-
lv

ma de Pitágoras no triângulo formado pelo lado L


Si

z Se uma fila (linha ou coluna) de A for toda igual a


zero, det(A) = 0; com a altura de 4m e o trecho de 3m. Veja:
da

z Se multiplicarmos todos os termos de uma linha L² = 4² + 3²


ira

ou coluna de A por um valor “k”, o determinante


re

da matriz será também multiplicado por k; L² = 16 + 9


Pe

z Se multiplicarmos todos os termos de uma matriz L² = 25


s

por um valor “k”, o determinante será multiplica-


u

do por kn, onde n é a ordem da matriz; L=5m


he

z Se trocarmos de posição duas linhas ou colunas de A,


at

O perímetro do trapézio é dado pela soma de seus


o determinante da nova matriz será igual a –det(A);
M

quatro lados. Logo:


z Se A tem duas linhas ou colunas iguais, então
det(A) = 0; L + L + 6 + 12 = 5 + 5 + 18 = 28 m
z Sendo A e B matrizes quadradas de mesma ordem, A área é dada por:
det(AxB) = det(A)det(B);
z Uma matriz quadrada A é inversível se, e somente (B + b) # h
A=
se, det(A) ≠ 0; 2
z Se A é uma matriz inversível, det(A-1) = 1/det(A). (12 + 6) # 4
A=
2
PROBLEMAS GEOMÉTRICOS E MATRICIAIS
18 # 4
A=
Agora que já relembramos a parte teórica sobre 2
geometria e matrizes, chegou o momento de resolver-
72
mos mais questões sobre esses tipos de problemas. A= = 36m2
2
Assim, saberemos exatamente como as questões são
160 cobradas em provas. Resposta: Letra A.
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qualquer título, a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.
3. (CEBRASPE-CESPE — 2018) O preço do litro de deter- B
minado produto de limpeza é igual a R$ 0,32. Se um
recipiente tem a forma de um paralelepípedo retângu- A
lo reto, medindo internamente 1,2 dam × 125 cm × 0,08
hm, então o preço que se pagará para encher esse reci-
piente com o referido produto de limpeza será igual a:

a) R$ 3,84.
b) R$ 38,40.
O conjunto A dentro do conjunto B
c) R$ 384,00.
d) R$ 3.840,00.
e) R$ 38.400,00. Quando Todo A é B é verdadeira, os valores lógi-
cos das outras proposições categóricas, interpretando
Devemos colocar todas as medidas na mesma uni- os diagramas, serão os seguintes:
dade. Veja que:
1,2 dam = 12m = 120dm = 1200 cm z Nenhum A é B: é falsa;
0,08hm = 0,8dam = 8m = 80dm = 800cm z Algum A é B: é verdadeira;
z Algum A não é B: é falsa.
Assim, o volume total é de:
V = 1200 · 125 · 800
V = 120.000.000 cm3 QUANTIFICADOR UNIVERSAL “NENHUM”
V = 120.000 dm3 (NEGATIVO)
V = 120.000 litros
Se cada litro custa 0,32 reais, o preço total será de: Exemplos:
Preço = 0,32 · 120.000
Preço = 38.400 reais. Resposta: Letra E. z Nenhum A é B;
z Nenhum homem joga bola.

Perceba que temos dois conjuntos envolvidos no


exemplo, o do homem e o de jogar bola. Vale lembrar
DIAGRAMAS LÓGICOS que Nenhum A é B significa que A e B não tem ele-
mentos em comum, logo, temos apenas uma represen-
Esse tema é diretamente ligado ao estudo dos tação com diagrama:

25
Quantificadores Lógicos ou Proposições Categóricas,

7-
que são elementos que especificam a extensão da vali-

84
dade de um predicado sobre um conjunto de constan- A B

0.
tes individuais. Ou seja, são palavras ou expressões

36
que indicam que houve quantificação. São exemplos
de quantificadores as expressões: existe, algum, todo, .
71
pelo menos um, nenhum.
-1

Esses quantificadores podem ser classificados em


ia

Não há intersecção entre o conjunto A e o conjunto B


dois tipos:
ar
M

z Quantificador Universal; Quando Nenhum A é B é verdadeira, os valores


a

z Quantificador Existencial (particulares). lógicos das outras proposições categóricas, interpre-


lv

tando o diagrama, serão os seguintes:


Si

Nos quantificadores universais temos todo e


da

nenhum, já nos particulares temos pelo menos um, z Todo A é B: é falsa;


ira

existe um e o algum. z Algum A é B: é falsa;


re

Agora, vamos estudar a representação de cada um z Algum A não é B: é verdadeira.


Pe

dos quantificadores por meio dos diagramas lógicos.


QUANTIFICADOR PARTICULAR (AFIRMATIVO):
u s

QUANTIFICADOR UNIVERSAL “TODO” ALGUM / PELO MENOS UM / EXISTE


he

(AFIRMATIVO)
at

Exemplos:
M

Exemplos:
z Algum A é B;
z Todo A é B; z Algum homem joga bola.
z Todo homem joga bola.
RACIOCÍNIO LÓGICO

Perceba que temos dois conjuntos envolvidos no


Perceba que temos dois conjuntos envolvidos no exemplo, o do homem e o de jogar bola. Vale lembrar
exemplo, o do homem e o de jogar bola. Vale lembrar que que Algum A é B significa que o conjunto A tem pelo
Todo A é B significa que todo elemento de A também é ele- menos um elemento em comum com o conjunto B, ou
mento de B. Logo, podemos representar com o diagrama: seja, há intersecção entre os círculos A e B. Logo, pode-
mos fazer representações com diagramas:

161
O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para Matheus Pereira da Silva Maria - 171.360.847-25, vedada, por quaisquer meios e a
qualquer título, a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.
A B Suponha que se queira contar a quantidade de ele-
mentos de um conjunto A, sendo ele um conjunto fini-
to de números de dois algarismos distintos, formados
a partir dos dígitos 1, 2 e 3. Nesse caso, o número de
elementos do conjunto A é de fácil enumeração, bas-
tando formar todos os elementos e depois fazer a con-
tagem. Logo, A = {12,13,21,23,31,32} e assim o número
de elementos de A é n(A) = 6. O mesmo não ocorre
Os dois conjuntos possuem uma parte em comum para o número de elementos do conjunto B com a lei
de formação, sendo este um conjunto finito de núme-
Veja que as representações de A e B possuem inter- ros de três algarismos distintos, formado pelos dígitos
secção. Então, quando Algum A é B é verdadeira, os 1, 2, 3, 4, 5, 6, 7 e 8, pois enumerar todos elementos
valores lógicos das outras proposições categóricas, de B, n(B)=?, agora não é trivial B = {123, 124, 125, ...,
interpretando o diagrama, serão os seguintes: 876}. Por ser muito grande esse conjunto é necessário
utilizar uma técnica de contagem, onde veremos que
z Todo A é B: é indeterminado; n(B) = 336.
z Nenhum A é B: é falsa;
z Algum A não é B: é indeterminado. FATORIAL

QUANTIFICADOR PARTICULAR (NEGATIVO): O fatorial é uma operação matemática utilizada


ALGUM / PELO MENOS UM / EXISTE + A PARTÍCULA para simplificar a notação de algumas técnicas de
NÃO contagem, como permutação, arranjo e combinatória.
Exemplos: Sua definição é bem simples: dado um número inteiro
e não negativo, ou seja, n ∈ ℕ, define-se o fatorial de n,
z Algum A não é B; com notação de n!:
z Algum homem não joga bola.
n! = n ∙ (n – 1) ∙ (n – 2) ∙ ... ∙ 3 ∙ 2 ∙ 1, para n ≥ 2.
Perceba que temos dois conjuntos envolvidos no
exemplo, o do homem e o de jogar bola. Vale lembrar que Sendo que, para n=0 ou n=1, temos que os fatoriais
Algum A não é B significa que o conjunto A tem pelo me- são, respectivamente, 1! = 1 e 0! = 1.
nos um elemento que não pertence ao conjunto B. Logo, O cálculo do fatorial de n=5 é 5! ∙ 4 ∙ 3 ∙ 2 ∙ 1 = 120,

25
podemos fazer três representações com diagramas: mas quando esse n tende a ser grande o cálculo do fato-

7-
rial torna-se mais trabalhoso como para n=12, 12! = 12

84
∙ 11 ∙ 10 ∙ ... ∙ 3 ∙ 2 ∙ 1 = 479001600. Nesses casos podemos

0.
simplificar e usar em algumas operações essa simplifica-
36
ção para facilitar o cálculo. Assim, temos o fatorial para
.
71
n=12, 12! = 12 ∙ 11 ∙ 10 ∙ ... 3 ∙ 2 ∙ 1 = 12 ∙ 11!, generalizando
-1

temos:
ia
ar

(n + 1) != (n + 1) ∙ n ∙ (n – 1) ∙ ... ∙3 ∙ 2 ∙ 1 = (n +1) ∙ n!
M

Os dois conjuntos possuem uma parte em comum, mas não há


a
lv

contato de alguns elementos de A com B (n + 1)!


Nesse sentido, a razão simplificada fica:
Si

(n – 1)!
Veja que em todas as representações o conjunto
da

A tem pelo menos um elemento que não pertence ao


ira

conjunto B. Então, quando Algum A não é B é verda- (n + 1)! (n + 1) ∙ n ∙ (n – 1)!


= = (n + 1) ∙ n = n² +n
re

deira, os valores lógicos das outras proposições cate- (n – 1)! (n – 1)!


Pe

góricas, interpretando o diagrama, serão os seguintes:


s

Com n ∈ ℕ temos que aplicando essa ideia na razão


u

z Todo A é B: é falsa;
he

13!
z Nenhum A é B: é indeterminada; temos:
at

z Algum A não é B: é indeterminado. 11!


M

13! 13 ∙ 12 ∙ 11!
= = 13 ∙ 12 = 156
11! 11!
ANÁLISE COMBINATÓRIA
PRINCÍPIO MULTIPLICATIVO E ADITIVO DA
Um método muito utilizado na resolução de pro- CONTAGEM
blemas matemáticos e probabilísticos é a teoria de
contagem e análise combinatória. Nela, desenvolvem- O princípio multiplicativo, também conhecido
-se técnicas de contagens de agrupamentos formados como o princípio fundamental da contagem, é defi-
sob condições preestabelecidas. nido em duas situações diferentes, sendo a primeira
À primeira vista, pode parecer desnecessário o uso quando se deseja fazer a contagem da combinação
de técnicas de contagem de números ou elementos. de elementos entre dois ou mais conjuntos, ou seja,
Mas, nem sempre, a quantidade de elementos encon- cruzamento todos com todos. A segunda é quando se
trada é pequena nem trivial de enumerar, então a quer contar elementos dessas combinações, mas res-
162 aplicação de métodos de contagem se faz necessária. tringindo elementos a serem combinados.
O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para Matheus Pereira da Silva Maria - 171.360.847-25, vedada, por quaisquer meios e a
qualquer título, a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.
Na primeira situação podemos inicialmente traba-
lhar com dois conjuntos A e B, sendo, A = {a₁,a₂, ⋯, am} A = {a₁, a₂, ⋯, an₁} n(A) = n₁
com m elementos e B = {b1, b2, ⋯, bn}com n elementos. B = {b₁, b₂, ⋯, bn₂} n(B) = n₂
Com isso, podemos formar da combinação de A com B
uma quantidade m ∙ n (princípio multiplicativo) de ∙
pares ordenados (ai, bj) com ai ∈ A e bj ∈ B. Podemos ∙

visualizar melhor descrevendo tal combinação em
forma de diagrama de árvore:
Z = {z₁, z₂, ⋯, zn } n(Z) = nr
r

Então, a quantidade de r-uplas, ou sequência de r


elementos, do tipo (ai, bj, ⋯, zp), onde ai ∈ A, bj ∈ B, ..., zp,
∈ Z é n1 ∙ n2 ∙ ... ∙ nr (princípio multiplicativo).
Agora, para a segunda situação, podemos inicial-
mente trabalhar com um conjunto A, A = {a1, a2, ⋯, am}
com m elementos. Com isso, podemos formar da com-
binação de A com A tais que, ai ∈ A e aj ∈ A, sendo ai ≠
aj (i ≠j) a quantidade m ∙ (m – 1) (princípio multiplica-
tivo, com restrição de elementos no par ordenado)
de pares ordenados (ai, aj) com ai ∈ A e aj ∈ A. Podemos
visualizar melhor descrevendo tal combinação em
forma de diagrama de árvore:

(a1, b1), ⋯ ,(a1, bn) → n pares


(a2, b1), ⋯ ,(a2, bn) → n pares


m linhas ∙

(am, b1), ⋯ ,(am, bn)

25
n pares

7-
84
n+n+⋯+n=m∙n

0.
36
Suponha que em três cidades, Brasília, Belo Hori-
.
71
zonte e Rio de Janeiro, existam quatro rodovias que
ligam Brasília a Belo Horizonte e outras cinco rodo-
-1

vias que ligam Belo Horizonte ao Rio de Janeiro. (a1, a2), ⋯ ,(a1, am) → m – 1 pares
ia

Usando o princípio multiplicativo podemos saber de


ar

quantas formas diferentes podemos chegar ao Rio de (a2, a1), ⋯ ,(a2, am) → m – 1 pares
M

Janeiro, saindo de Brasília e passando por Belo Hori-


a


lv

zonte. Usando a ideia dos conjuntos A e B anteriores ∙


m linhas
Si

temos o conjunto A ligando Brasília a Belo Horizonte e ∙


da

o conjunto B ligando Belo Horizonte ao Rio de Janeiro:


(am, a1), ⋯ ,(am, am–1) → m – 1 pares
ira
re

A = {a₁, a₂, a₃, a₄} e B = {b₁, b₂, b₃, b₄, b₅} (m – 1)+(m – 1)+ ⋯ +(m – 1) = m ∙ (m – 1)
Pe

(a1, b1), ⋯ ,(a1, b5) → 5 pares


u s

(a2, b1), ⋯ ,(a2, b5) → 5 pares Voltando ao exemplo do início da seção temos o
he

conjunto B, com a lei de formação sendo um conjunto


at

4 linhas ∙ finito de números de três algarismos distintos formado


M


∙ pelos dígitos 1, 2, 3, 4, 5, 6, 7 e 8. Para numerar todos ele-
mentos de B, n(B)=?, B={123, 124, 125, ..., 876}, por ser
(a4, b1), ⋯ ,(a4, b5) → 5 pares muito grande esse conjunto é necessário utilizar uma
técnica de contagem. Aqui podemos usar o princípio
RACIOCÍNIO LÓGICO

5 + 5 + ⋯ + 5 = 4 ∙ 5 = 20 da multiplicação, com o caso de restrição, onde para


serem elementos distintos, o que aparecer no primeiro
Assim, são 20 formas diferentes de chegar ao Rio algarismo não pode aparecer no segundo, nem no ter-
de Janeiro, saindo de Brasília e passando por Belo ceiro, ou seja, o número 111 não é elemento de B:
Horizonte.
Generalizando o princípio multiplicativo para
qualquer quantidade de conjuntos, temos: A = {a₁, a₂, a₃, a₄, a₅, a₆, a₇, a₈} = {1, 2, 3, 4, 5, 6, 7, 8}
→ B = {123, 124, 125, ⋯, 876}

163
O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para Matheus Pereira da Silva Maria - 171.360.847-25, vedada, por quaisquer meios e a
qualquer título, a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.
Arranjos
(a1, a2, a3), ⋯ ,(a1, a7, a8) → 7 ∙ 6 pares
(princípio multiplicativo) Seja um conjunto de n elementos N = {a1, a2, ⋯, an},
(a2, a1, a3), ⋯ ,(a2, a7, a8) → 7 ∙ 6 pares chamamos de arranjo dos n elementos tomados r a r
(1 ≤ r ≤ n) a qualquer sequência de r elementos ou
8 linhas ∙ toda r-upla formada com elementos de N todos distin-
∙ tos. Denotado por:

An, r =n ∙ (n – 1) ∙ ... ∙[n – (r – 1)]
(a8, a1, a2), ⋯ ,(a8, a7, a6) → 7 ∙ 6 pares
r fatores
7 ∙ 6+7 ∙ 6+ ⋯ +7 ∙ 6=8 ∙ 7 ∙ 6 = 336

Assim, são 336 números distintos formados por Com simplificação fatorial temos:
três algarismos distintos com os dígitos de 1 a 8.
Generalizando então o princípio multiplicativo, n!
com restrição para elementos distintos, para qualquer An, r
quantidade de elementos temos: (n – r)!

Na mesma definição de arranjo, se as r-upla ordena-


Se A = {a₁, a₂, ⋯, am}, n(A) = m das são formadas por elementos de N não necessariamen-
te distintos, temos a definição de arranjo com repetição:
com sequências do tipo: (ai,al, ⋯,aj, ⋯,ak)
r ele- ARn, r =n ∙ n ∙ ... ∙ n = nr
mentos
r fatores

Então, no exemplo do início da seção em que o con-


a quantidade de sequência é: m ∙ (m – 1) ∙ (m – 2) ∙ ... ∙
junto B, com a lei de formação é um conjunto finito de
[m – (r –1)]
números de três algarismos distintos, formado pelos
dígitos 1, 2, 3, 4, 5, 6, 7 e 8, enumerando todos os elemen-
Então, a quantidade de r-uplas, ou sequência de r tos de B, n(B)=?, B={123, 124, 125, ..., 876}, feito com prin-
elementos, formados com elementos distintos dois a cípio multiplicativo, temos o resultado n(B)=336; agora

25
dois, é m ∙ (m – 1) ∙ ... ∙ [m – (r – 1)] (princípio multipli- usando a definição de arranjo sem repetição temos:

7-
cativo), onde a1 ∈ A ∀i ∈ {1, 2, ⋯, m} e a1 ≠ ap para i ≠ p.

84
Até o momento vimos técnicas de contagem envol-

0.
n! 8! 8! 8 ∙ 7 ∙ 6 ∙ 5!
vendo o princípio multiplicativo, já o princípio aditivo à A8,3 =
36
An,r = = = =
é empregado em situações em que se deseja a união (n – r)! (8 – 3)! 5! 5!
.
71
entre conjuntos de resultados possíveis, onde em cada
-1

um deles a contagem será feita utilizando o princípio da 8 ∙ 7 ∙ 6 = 336


multiplicação e, pôr fim, a soma deles dará o resultado
ia
ar

final do número de elementos da união desses conjuntos Note que a solução usando o princípio fundamen-
M

de interesse. Por exemplo, qual a quantidade de núme- tal da contagem (multiplicativo) foi exatamente a
a

ros inteiros positivos abaixo de 1000, formado pelos dígi- mesma que usando a definição de arranjo, veja ainda
lv

tos {1, 2, 3}? Note que não foi informada a quantidade de que a fórmula do arranjo no final caiu no princípio
Si

algarismos que devem ter esses números inteiros, assim multiplicativo.


da

eles podem ser um conjunto de números de 1 algaris- Para exemplificar o arranjo com repetição pode-
ira

mo ou números de 2 algarismos ou ainda número de 3 mos usar o problema de sorteio com urnas, onde o
algarismos. Não entram números de 4 algarismos, pois número sorteado é reposto na urna e pode ser sor-
re
Pe

eles devem estar abaixo de 1000. Para resolver esse pro- teado novamente, ou seja, com reposição (repetição).
blema, iremos utilizar primeiro o princípio multiplica- Seja nesse contexto uma urna com os números 1, 2
s

tivo e logo após o princípio da adição, onde somaremos


u

e 3, e em seguida um número é sorteado, reposto na


he

os resultados de cada um dos possíveis conjuntos de urna, e o segundo número é sorteado. Quantas for-
at

números em relação ao seus algarismos. Onde temos OU mas possíveis de sequências de números podem ser
M

entenda como SOMA (princípio aditivo), assim temos: observadas? Assim, usando a definição de arranjo
com repetição temos:
1algarismo: três possíveis: 1,2,3;
ARn, r = nr à AR3, 2 = 32 = 9
2algarismo: 3 ∙ 3 =9 possíveis (princípio multiplicativo);
3algarismos: 3 ∙ 3 ∙ 3=27 possíveis(princípio multiplicativo); Logo, temos nove pares possíveis de números
sorteados.
A união:3+9+27=39 casos (princípio aditivo)
Permutação
ARRANJOS, PERMUTAÇÕES E COMBINAÇÕES
Seja um conjunto de n elementos N = {a1, a2, ⋯, an},
Da definição do princípio fundamental da conta- chamamos de permutação dos n elementos a todo
gem (multiplicativo) podemos deduzir algumas fór- arranjo onde r=n. Denotado por:
mulas de agrupamentos, simplificando com notação
de fatorial e definindo alguns casos particulares.
164
O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para Matheus Pereira da Silva Maria - 171.360.847-25, vedada, por quaisquer meios e a
qualquer título, a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.
n! n! n! n! 15! 15!
An, n = = = = n! = Pn Cn, r = à C15,3 = = =
(n – n)! 0! 1 r! (n – r)! 3!(15 – 3)! 3!12!

Dica 15 ∙ 14 ∙ 13 ∙ 12! 15 ∙ 14 ∙ 13
= = 455 .
3!12! 3∙2∙1
A permutação é um caso particular do arranjo,
em que se queira combinar todos elementos. Caso usássemos no exemplo anterior a ideia de
arranjo, teríamos um número bem maior de ele-
Assim, a permutação de um conjunto N = {1, 2, 3}, mentos, visto que a ordem importa no arranjo. Sen-
são todos os arranjos constituídos dos 3 elementos, ou do assim, o arranjo contaria como diferentes aqueles
seja, {123,132,213,231,312,321}. Calculado o número de subconjuntos que a combinação define como iguais.
permutações temos então Pn = n! à P3 = 3! = 3 ∙ 2 ∙ 1=6 . Logo, a escolha correta da técnica (arranjo ou combi-
Em situações que envolvam condições de con- nação) para a condição definida é essencial!
tagem, como em anagramas de palavras, em que o
conjunto N = {a1, a2, ⋯, an} de n elementos, irão existir
n! 15! 15!
alguns elementos iguais, ai = ajcom i ≠ j. Neste caso, uti- An, r = à A15,3 = = =
liza-se a técnica de permutação com elementos repeti- (n – r)! (15 – 3)! 12!
dos. De forma geral, temos:
15 ∙ 14 ∙ 13 ∙ 12!
= 15 ∙ 14 ∙ 13 = 2730 .
n! 12!
Pnn₁, n₂, ⋯, nr =
n1!n2! ⋯ nr!
BINÔMIO DE NEWTON
Suponha que se deseja saber quantos anagramas
podem ser construídos com a palavra ARARAQUARA. Desenvolvimento, Coeficientes Binomiais e Termo
Então, usando a definição de permutação com repe- Geral
tição, da palavra temos 10 letras e duas delas com
repetição: Usamos as técnicas de contagem como o diagra-
ma de árvore e o princípio fundamental da contagem
n = 10 para obter o desenvolvimento do binômio (x + a)n com

25
A à n1 = 5 n ∈ N e x, a ∈ ℝ.
Alguns casos particulares já são conhecidos:

7-
84
R à n2 = 3

0.
z (x + a)0 = 1;

36
n! 10! 10 ∙ 9 ∙ 8 ∙ 7 ∙ 6 ∙ 5! z (x + a)1 = x + a;
Pnn₁, n₂ = à P105,3 = = = (x + a)2 = x2 + 2xa + a2; .
71
n1!n2! 5!3! 5!3! z
z (x + a)3 = x3 + 3x2a + 3xa2 + a3 .
-1
ia

10 ∙ 9 ∙ 8 ∙ 7 ∙ 6 Mas para todo n inteiro, positivo, quanto maior o n


= 5040
ar

3∙2∙1 mais trabalhoso fica:


M
a

Combinações
lv

(x + a)n =(x + a) ∙ (x + a) ∙ ... ∙ (x + a)


Si

r fatores
da

Seja um conjunto de n elementos N = {a1, a2, ⋯,an},


chamamos de combinações dos n elementos tomados Seguindo essa ideia de distributiva da multiplica-
ira

r a r, os subconjuntos de N constituídos de r elemen- ção em relação aos termos (x+a), a cada fator (x+a),
re

tos. Denotado por: selecionamos exatamente um termo, podendo ser x


Pe

ou a, e multiplicamos em seguida. Continua-se o pro-


s

cesso até esgotar todas as seleções possíveis de um ter-


u

n!
,r≤n;∀n,r ∈ N
he

Cn, r = mo de cada fator. Toma-se todos os produtos obtidos


r!(n – r)!
at

e calcula-se sua soma (reduzindo os termos semelhan-


M

tes). Por fim, a soma obtida é o desenvolvimento do


Vale frisar que, na Combinação, leva-se em consi-
binômio (x+a)n.
deração a contagem dos subconjuntos, não importan-
Para (x+a)2 = (x+a) ∙ (x+a), usando o diagrama de
do a ordem. Assim, os subconjuntos {a,b} e {b,a} são
árvore para seleção dos termos, e esgotando as possí-
iguais.
RACIOCÍNIO LÓGICO

veis seleções para cada termo do fator, temos:


O exemplo clássico de combinações são os pro-
blemas envolvendo membros de comissões. Suponha
que uma empresa tenha 15 funcionários no setor
administrativo, e se queira formar uma comissão com
3 desses funcionários. De quantas formas possíveis
pode-se formar essa comissão? Assim, essas comis-
sões são subconjuntos com elementos funcionários e
a ordem dos elementos dentro dela não interfere, ou
seja, esses subconjuntos de mesmos elementos, mas
de ordem distintas, são iguais. Logo, essa contagem
pode ser feita a partir da combinação:
165
O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para Matheus Pereira da Silva Maria - 171.360.847-25, vedada, por quaisquer meios e a
qualquer título, a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.
Por fim, para o termo a3 só pode ser obtido de uma
única forma que é com a escolha de a para os três fato-
res. Logo, o coeficiente de a3 no desenvolvimento do
binômio é 1 ou C3,3.
Finalmente temos o desenvolvimento do binômio
cúbico:

(x+a)3 = C3,0x3+C3,1x2a+C3,2xa2+C3,3a3.

Desse exemplo, podemos definir então o Teorema


Binomial. Seja o binômio (x+a)n com n ∈ ℕ e x, a ∈ ℝ, o
desenvolvimento do binômio é dado por:

(x+a)n = Cn,0 xn+Cn,1 xn – 1a1+Cn,2 xn – 2a2+ ... +Cn, p xn – p ap+ ... +


Cn, n an
Assim, a soma de todos os produtos é: x ∙ x+x ∙ a+a
∙ x+a ∙ a=x2+2xa+a2.
onde Cn,0, Cn,1, Cn,2, ..., Cn,p, ..., Cn,n são chamados de
Para (x+a)3 = (x+a) ∙ (x+a) ∙ (x+a), o mesmo
coeficientes binomiais.
raciocínio:
Por fim, o termo geral a partir do desenvolvimen-
to do Teorema Binomial é:

(x+a)n = Cn, p xn – p ap

No desenvolvimento do binômio (1 – 2x2)5, qual o


coeficiente de x8? O termo geral do binômio é:

C5, p (–2x2)5 – p 1p = C5,p (–2)5 – p x2(5 – p) = C5,p (-2)5 – p x10 – 2p


10 – 2p = 8 → p = 1
C5,1 (–2)5 – 1 x10 – 2∙1 = C5,1 (–2)4 x8 = C5,1 16x8 = 5 ∙16x8 = 80x8

Logo, o coeficiente do termo x8 é 80.

25
7-
REFERÊNCIAS

84
0.
DANTE, L. R. Matemática: contexto e aplicações. 3.
ed. São Paulo: Ática, 2016. 3 v.
. 36
71
IEZZI, G. et al. Fundamentos de Matemática Ele-
-1

Assim a soma de todos os produtos é: x ∙ x ∙ x+x ∙ x ∙ a+x ∙ mentar. 3. ed. São Paulo: Atual, 1977. 10 v.
ia

a ∙ x+x ∙ a ∙ a+a ∙ x ∙ x+a ∙ x ∙ a+a ∙ a ∙ x+a ∙ a ∙ a=x3+3x2a+3xa2+a3 IEZZI, G. et al. Matemática: ciência e aplicações. 9.
ar

ed. São Paulo: Saraiva, 2016. 3 v.


M

Usando o binômio cúbico e reescrevendo ele em LEONARDO, F. M. de et al. Conexões com a Mate-
a

mática. 3. ed. São Paulo: Moderna, 2016. 3 v.


lv

forma de combinações temos o seguinte: do binômio


PAIVA, M. R. Matemática. 2. ed. São Paulo: Moder-
Si

(x+a)3 = (x+a) ∙ (x+a) ∙ (x+a), se escolhermos um ter-


na, 2010. 3 v.
da

mo de cada fator, obteremos três termos (um em cada


fator), que são multiplicados entre si: x3, x2a, xa2 e a3, SOUZA, J. R. de; GARCIA, J. da S. R.. #Contato Matemá-
ira

ou seja, o diagrama de árvore está na coluna “Produ- tica. 1. ed. São Paulo: FTD, 2016. 3 v.
re

to”. Assim, o primeiro deles x3 só pode ser obtido de


Pe

uma única forma que é com a escolha de x para os três


s

fatores. Logo, o coeficiente de x3 no desenvolvimento


u

do binômio é 1 ou C3,0. PROBABILIDADE


he

Para o termo x2a, a quantidade de produtos do tipo


at

x2a no diagrama de árvore foi igual a três, onde duas


M

A teoria da probabilidade é o ramo da Matemáti-


são iguais a x e uma igual a a, da permutação com ca que cria modelos que são utilizados para estudar
repetição temos: experimentos aleatórios, ou seja, estimar uma previ-
são do resultado de determinado experimento.
3!
P32,1 = = C3,1, logo, o coeficiente de x2a é C3,1. ESPAÇO AMOSTRAL E EVENTO
2!1!
Chamamos de espaço amostral o conjunto de todos
Para o termo xa2, a quantidade de produtos do tipo os resultados possíveis do experimento.
xa no diagrama de árvore foi igual a três, onde duas
2
Imagine que você possui um dado e vai lançá-lo
são iguais a a e uma igual a x, da permutação com uma vez. Os resultados possíveis são: 1, 2, 3, 4, 5 ou 6,
repetição temos: isso é o que chamamos de espaço amostral, ou seja, o
conjunto dos resultados possíveis de um determinado
3! experimento aleatório (não se pode prever o resul-
p31,2 = = C3,2, logo, o coeficiente de xa2 é C3,2. tado que será obtido, apenas podemos tentar achar
166 1!2! algum padrão).
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Agora, pense que você só tem interesse nos núme- Assim, a chance de obter dois resultados ímpares
ros ímpares, isto é, 1, 3 e 5. Esse subconjunto do espa- em dois lançamentos de dado consecutivos é de 25%.
ço amostral é o que chamamos de Evento – composto Generalizando, podemos dizer que a probabilidade de
apenas pelos resultados que são favoráveis. Conhe- dois eventos independentes A e B acontecerem é dada
cendo esses dois conceitos, podemos chegar na fórmu- pela multiplicação da probabilidade de cada um deles:
la para calcular a probabilidade de um evento de um
determinado experimento aleatório, é o que podemos P (A e B) = P(A) x P(B)
chamar de probabilidade de um evento qualquer.
Sendo mais formal, também é possível escrever
Dica P(A ∩ B) = P(A) · P(B), onde ∩ simboliza a intersecção
entre os eventos A e B.
Espaço amostral é igual a todas as possibilida-
des possíveis e o evento é um subconjunto do PROBABILIDADE CONDICIONAL
espaço amostral.
Neste tópico, vamos falar sobre um tema bem
PROBABILIDADE DE UM EVENTO QUALQUER recorrente em questões de concursos. Imagine que
vamos lançar um dado, e estamos analisando 2 even-
n (evento) tos distintos:
Probabilidade do Evento = A – sair um resultado ímpar
n (espaço amostral) B – sair um número inferior a 4
Para o evento A ser atendido, os resultados favo-
Na fórmula acima, n(Evento) é o número de ele- ráveis são 1, 3 e 5. Para o evento B ser atendido, os
mentos do subconjunto Evento, isto é, o número resultados favoráveis são 1, 2 e 3. Vamos calcular rapi-
de resultados favoráveis; e n(Espaço Amostral) é o damente a probabilidade de cada um desses eventos:
número total de resultados possíveis no experimento
aleatório. 3 1
P(A) = = 0,5 = 50%
Por isso, costumamos dizer também que: 6 2
3 1
P(B) = = 0,5 = 50%
número de resultados favoráveis 6 2

25
Probabilidade do Evento =
números total de resultados

7-
E se caso tivéssemos o seguinte questionamento:

84
no lançamento de um dado, qual é a probabilidade

0.
Agora, voltando ao exemplo que apenas os núme-
de obter um resultado ímpar, dado que foi obtido um

36
ros ímpares que nos interessam, temos:
resultado inferior a 4? Em outras palavras, essa per-
.
71
gunta é: qual a probabilidade do evento A, dado que o
-1

z n(Evento) = 3 possibilidades;
evento B ocorreu? Matematicamente, podemos escre-
z n(Espaço Amostral) = 6 possibilidades.
ia

ver P(A/B) – leia “probabilidade de A, dado B”.


ar

Aqui, já sabemos de antemão que B ocorreu. Por-


M

Logo,
tanto, o resultado do lançamento do dado foi 1, 2 ou 3
a
lv

(três resultados possíveis). Destes resultados, apenas


Probabilidade do Evento = 3 = 1 = 0,50 = 50%
Si

6 2 dois deles (o resultado 1 e 3) atendem o evento A. Por-


da

tanto, a probabilidade de A ocorrer, dado que B ocor-


reu, é simplesmente:
ira

Se A é um evento qualquer, então 0 ≤ P(A) ≤ 1.


re

Se A é um evento qualquer, então 0% ≤ P(A) ≤ 100%.


2
Pe

P (A\B) = = 66,6%
3
EVENTOS INDEPENDENTES
su
he

Qual seria a probabilidade de, em dois lançamen- Uma outra forma de calculá-la é por meio da
at

tos consecutivos do dado, obtermos um resultado seguinte divisão:


M

ímpar em cada um deles? Veja que temos dois expe-


rimentos independentes ocorrendo: o primeiro lança- P (A k B)
P (A\B) =
mento e o segundo lançamento do dado. O resultado P (B)
do primeiro lançamento em nada influencia o resulta-
RACIOCÍNIO LÓGICO

do do segundo. A fórmula nos diz que a probabilidade de A ocor-


Quando temos experimentos independentes, a rer, dado que B ocorreu, é a divisão entre a proba-
probabilidade de ter um resultado favorável em um e bilidade de A e B ocorrerem simultaneamente e a
um resultado favorável no outro é feita pela multipli- probabilidade de B ocorrer. Para que A e B ocorram
cação das probabilidades de cada experimento: simultaneamente (resultado ímpar e inferior a 4),
temos como possibilidades o resultado igual a 1 e 3.
P(2 lançamentos) = P(lançamento 1) · P(lançamento 2) Isto é, apenas 2 dos 6 resultados nos atende.
Logo,
Em nosso exemplo, teríamos:
2 1
P (A∩B) = 6 = 3
P(2 lançamentos) =0,50 0,50 = 0,25 = 25% 167
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Para que B ocorra (resultado inferior a 4), já vimos PROBABILIDADE DA INTERSEÇÃO DE DOIS
que 3 resultados atendem. EVENTOS
Portanto,
Sejam A e B dois eventos de um espaço amostral. A
P (A∩B) =
3
=
1 probabilidade de A ∩ B é dada por:
6 2
P (A ∩ B) = P (B\A) · P (A) = P (B) · P (A\B)
Usando a fórmula acima, temos:
Vale lembrar que P (B\A) é a probabilidade de
1 ocorrer o evento B, sabendo que já ocorreu o evento A
P (A\B) =
P (A + B)
=
3 = 1 2 = 2 = 66,6%
· (probabilidade condicional).
P (B) 1 3 1 3 Se a ocorrência do evento A não interferir na pro-
2 babilidade de ocorrer o evento B, ou seja, forem inde-
pendentes, a fórmula para o cálculo da probabilidade
PROBABILIDADE DA UNIÃO DE DOIS EVENTOS da intersecção será dada por:

Dados dois eventos A e B, chamamos de A ∪ B P (A ∩ B) = P (A) · P (B)


quando queremos a probabilidade de ocorrer o even-
to A ou o evento B. Podemos usar a fórmula: Imagine que você vai lançar dois dados sucessi-
vamente. Qual a probabilidade de sair um número
P (A ∪ B) = P (A) + P (B) - P (A∩B) ímpar e o número 5?
O “e” que aparece na pergunta é que determina a
A fórmula pode ser traduzida como a probabilida- utilização da fórmula da interseção, pois queremos “a
de da união de dois eventos é igual a soma das pro- probabilidade de sair um número ímpar e o número
babilidades de ocorrência de cada um dos eventos, 5”. Perceba que a ocorrência de um dos eventos não
subtraída da probabilidade da ocorrência dos dois interfere na ocorrência do outro. Temos, então, dois
eventos simultaneamente. eventos independentes.
Neste caso, quando temos A ∩ B = ϴ, ou seja, even- Evento A: sair um número ímpar = {1, 3, 5};
tos mutuamente exclusivos, tem-se que P (A ∪ B) = P Evento B: sair o número 5 = {5};
(A) + P (B). Espaço Amostral: S = {1, 2, 3, 4, 5, 6}.
Imagine que você tem uma urna contendo 20 bolas Logo,

25
numeradas de 1 a 20. Quando uma bola é retirada ao

7-
acaso, qual é a probabilidade de o número ser múlti- P(A) =
3 1

84
=
plo de 3 ou de 5? 6 2

0.
Ora, veja que temos a palavra “ou” na pergunta e

36
1
isso nos remete à ideia de “união” dos eventos. Sen- P(B) =
. 6
71
do assim, podemos extrair os dados para aplicar na
-1

fórmula: P (A ∩ B) = P (A) · P (B) =


1 1
· =
1
2 6 12
ia
ar

z P(A) = probabilidade de o número ser múltiplo de 3


M

Agora vamos treinar o que aprendemos na teo-


ria com exercícios comentados de diversas bancas.
a

Múltiplos de 3 (3, 6, 9, 12, 15, 18) = 6 possibilidades


lv

Vamos lá!
Si

6
P(A) =
da

20 1. (CEBRASPE-CESPE — 2018) Em um grupo de 10


ira

pessoas, 4 são adultos e 6 são crianças. Ao se sele-


z P(B) = probabilidade de o número ser múltiplo de 5 cionarem, aleatoriamente, 3 pessoas desse grupo, a
re

probabilidade de que no máximo duas dessas pes-


Pe

Múltiplos de 3 (5, 10, 15, 20) = 4 possibilidades soas sejam crianças é igual a
u s
he

4 a) 1/6.
P(B) =
at

20 b) 2/6.
M

c) 3/6.
z P(A ∩ B) = probabilidade do número ser múltiplo d) 4/6.
de 3 e 5 e) 5/6.

Somente o número 15 é múltiplo de 3 e 5 ao mesmo Basta calcular a probabilidade de vir 3 crianças (o


tempo. que a gente não quer). Depois subtrair de 1, para
obter os casos favoráveis.
1 Probabilidade de sortear 3 crianças: 6/10 · 5/9 · 4/8 = 1/6
P(A ∩ B) = 1 – 1/6 = 5/6.
20
Resposta: Letra E.
Aplicando na fórmula, temos:
2. (VUNESP — 2017) Um centro de meteorologia infor-
P (A ∪ B) = P (A) + P (B) - P (A ∩ B) mou ao CIPM que é de 60% a probabilidade de chuva
no dia programado para ocorrer a operação. Mediante
6 4 1 6+4-1 9 essa informação, o oficial no comando afirmou que as
P (A ∪ B) = 20 + 20 - 20 = =
168 20 20 probabilidades de que a operação seja realizada nesse
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dia são de 20%, caso a chuva ocorra, e de 85%, se não a) 50%
houver chuva. Nessas condições, a probabilidade de b) 20%
que a operação ocorra no dia programado é de c) 40%
d) 30%
a) 59%.
b) 46%. 3. (IBFC — 2021) Em uma rede social dois amigos, Fer-
c) 41%. nando e Roberto, analisam sua rede de amigos.
d) 34%.
e) 28%. Fernando tem 2120 amigos, enquanto Roberto tem
580 amigos. A rede completa de amigos de um, de
Se a probabilidade de chover é de 60%, então, a outro ou ambos tem 2550 pessoas.
probabilidade de não chover é de 40%. Para que a
operação ocorra no dia programado, temos duas Considere dois cenários:
situações:
chove (60%) e ocorre a operação (20%) = 60% · 20% C1: dado que a pessoa é amiga de Roberto, qual a
= 12% chance dela ser amiga também de Fernando?
não chove (40%) e ocorre a operação (85%) = 40% · C2: dado que a pessoa é amiga de Fernando, qual a
85% = 34% chance dela ser amiga também de Roberto?
Somando as probabilidades desses dois cenários,
temos: 12% + 34% = 46%. Assinale a alternativa que melhor aproxima o valor
Resposta: Letra B. da resposta de cada pergunta elencada nos cenários
acima.
3. (CEBRASPE-CESPE — 2019) A sorte de ganhar ou per-
der, num jogo de azar, não depende da habilidade do a) C1 = 26% e C2 = 7%
jogador, mas exclusivamente das probabilidades dos b) C1 = 6% e C2 = 6%
resultados. Um dos jogos mais populares no Brasil é c) C1 = 23% e C2 = 83%
a Mega Sena, que funciona da seguinte forma: de 60 d) C1 = 9% e C2 = 9%
bolas, numeradas de 1 a 60, dentro de um globo, são
sorteadas seis bolas. À medida que uma bola é retira- 4. (IBFC — 2018) Numa urna há somente 8 bolas azuis
da, ela não volta para dentro do globo. O jogador pode numeradas de 1 a 8 e 12 bolas verdes numeradas de
apostar de 6 a 15 números distintos por volante e rece- 9 a 20. A probabilidade de sortearmos uma única bola

25
berá o prêmio se acertar os seis números sorteados. dessa urna e ela ter um número par, sabendo que ela

7-
Também são premiados os acertadores de 5 números é azul, é:

84
ou de 4 números.

0.
A partir dessas informações, julgue o item que se segue. a) 20%

36
A probabilidade de a primeira bola sorteada ser um b) 50%
.
71
número múltiplo de 8 é de 10%. c) 40%
-1

d) 25%
( ) CERTO ( ) ERRADO
ia

5. (IBFC — 2021) Um jogador de sinuca repara que a cada


ar

Múltiplos de 8: {0, 8, 16, 24, 32, 40, 48, 56, 64, 72...}
M

5 bolas que joga ele ‘mata’ 2 (derruba na caçapa), a


Números da Mega Sena: 1 a 60. partir disso ele estima a sua probabilidade média de
a
lv

Os múltiplos de 8 na Mega Sena são: 8, 16, 24, 32, 40, acerto. Ao derrubar uma bola ele realiza outra tacada.
Si

48, 56, ou seja, 7 números. Admitindo essa probabilidade estimada de acerto, e


da

Logo 7/60 = 11%. que as jogadas em sequência são eventos indepen-


Resposta: Errado. dentes, assinale a alternativa que apresenta a proba-
ira

bilidade deste jogador derrubar 3 bolas seguidas.


re
Pe

a) 4,0%
HORA DE PRATICAR!
s

b) 6,4%
u
he

c) 8,0%
1. (IBFC — 2022) Assinale a alternativa que preencha
at

d) 40,0%
corretamente a lacuna.
M

6. (IBFC — 2019) Uma pessoa estima em 60% a chan-


Numa caixa há exatamente 7 bolas brancas nume- ce de seu time ganhar o próximo jogo. E para o jogo
radas de 1 a 7 e 13 bolas verdes numeradas de 1 a
seguinte considera 30% a chance de ganhar e 20% a
13. Nessas condições, a probabilidade de sortearmos
RACIOCÍNIO LÓGICO

uma bola da caixa de modo que ela seja verde de chance de empatar. Quanto à probabilidade de nes-
número ímpar é igual a : ses dois jogos ocorrer, respectivamente, as combina-
ções vitória e vitória, vitória e empate, vitória e derrota,
a) 54% assinale a alternativa correta.
b) 7%
c) 25% a) 18%, 12%, 30%
d) 35% b) 90%, 80%, indefinido
c) 50%, 30%, 20%
2. (IBFC — 2019) Rafael preparou uma cesta de “picnic”. d) 18%, 12%, 70%
Na cesta encontram-se 10 maçãs, 12 bananas e 8
peras. Assinale a alternativa que apresenta a proba-
bilidade de se retirar uma banana ao acaso. 169
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7. (IBFC — 2019) Uma pessoa usa como recurso para 11. (IBFC — 2022) Sejam as proposições lógicas simples:
gerar senhas seguras o embaralhamento aleatório
das letras de uma palavra (ou seja, um anagrama). p: A seleção brasileira de futebol masculino é pentacam-
Considere a palavra SELADO. Sobre o número de pos- peã do mundo.
síveis senhas resultantes, excluindo-se a palavra ori- q: A seleção brasileira de futebol masculino já esteve em
ginal, assinale a alternativa correta. mais de 5 (cinco) jogos nas finais de copas do mundo
de futebol organizado pela FIFA (Federação Interna-
a) 719 cional de Futebol Associação).
b) 360
c) 459 A proposição lógica composta p→q corresponde a:
d) 948
a) A seleção brasileira de futebol masculino é penta-
8. (IBFC — 2019) Um time de futebol jogará 3 jogos. Ele campeã do mundo e já esteve em mais de 5 (cinco)
pode empatar (1 ponto), ganhar (3 pontos) ou perder jogos nas finais de copas do mundo de futebol orga-
(0 pontos). Assim, por exemplo, “VVE” correspon- nizado pela FIFA (Federação Internacional de Futebol
de a um cenário possível em que há duas vitórias e Associação)
um empate, que é diferente de “VEV” embora ambos b) A seleção brasileira de futebol masculino é penta-
resultem no mesmo número de pontos conquistados. campeã do mundo ou já esteve em mais de 5 (cinco)
jogos nas finais de copas do mundo de futebol orga-
Assinale a alternativa correta que identifica quantos nizado pela FIFA (Federação Internacional de Futebol
possíveis cenários, e, dentre eles, quantos correspon- Associação)
dem à obtenção de 7 pontos. c) Se a seleção brasileira de futebol masculino é pen-
tacampeã do mundo, então já esteve em mais de 5
a) 9 possibilidades, sendo que 3 correspondem à 7 (cinco) jogos nas finais de copas do mundo de fute-
pontos bol organizado pela FIFA (Federação Internacional de
b) 18 possibilidades, sendo que 6 correspondem à 7 Futebol Associação)
pontos d) A seleção brasileira de futebol masculino é penta-
c) 27 possibilidades, sendo que 9 correspondem à 7 campeã do mundo, se, e somente se, já esteve em
pontos mais de 5 (cinco) jogos nas finais de copas do mundo
d) 27 possibilidades, sendo que 3 correspondem à 7 de futebol organizado pela FIFA (Federação Interna-
pontos cional de Futebol Associação)

25
7-
9. (IBFC — 2019) Proposições são sentenças declarati- 12. (IBFC — 2019) A Comissão de Seguridade Social e

84
vas e podem ser expressadas por palavras ou símbo- Família da Câmara dos Deputados aprovou altera-

0.
los. Nesse sentido, leia as sentenças a seguir. ções no Código Penal no que se refere à prevenção,

36
combate e punição dos casos de violência contra
.
71
I. O auxiliar administrativo controla entrada/ saída de a mulher. De acordo com o texto aprovado “a ação
penal de crime de violência contra a mulher é ação
-1

documentos.
II. O auxiliar de almoxarifado controla os estoques e o pública incondicionada – ou seja, pode ser promovida
ia

auxiliar de compras controla os pedidos. pelo Ministério Público sem que haja manifestação de
ar

III. O auxiliar de compras é responsável por lançar notas vontade da vítima”


M

no sistema?
a
lv

(Fonte: Camara Legislativa)


Si

Assinale a alternativa incorreta.


da

Assinale a alternativa correta que expressa a frase


a) A proposição I é uma proposição simples lógica correspondente à alteração do Código Penal
ira

b) A proposição II é uma proposição composta proposta no enunciado.


re

c) A proposição III não é uma proposição


Pe

d) A proposição III é uma proposição interrogativa a) Se a mulher vítima de agressão não quiser prestar
queixa então o Ministério Público poderá fazê-lo
u s

b) Ou a mulher vítima de agressão presta queixa ou o


he

10. (IBFC — 2019) Analise as afirmativas abaixo, de valo-


Ministério Público promoverá a ação
at

res Verdadeiro (V) ou Falso (F): c) A ação penal contra o agressor poderá ser promovi-
M

da pelo Ministério Público se e somente se a vítima


( ) Na frase “Bianca procura ter uma alimentação sau- manifestar essa vontade
dável e pratica Yoga”, existem duas proposições d) A mulher vítima de agressão deve manifestar vontade
simples. pela ação penal de crime de violência e o Ministério
( ) As proposições que compõem uma proposição com- Público deve promover a ação
posta são chamadas de proposições simples.
( ) Quando duas proposições simples são interligadas 13. (IBFC — 2023) Na proposição composta “Se João foi
por “e”, trata-se de uma conjunção. ao mercado e comprou um produto, então pagou com
desconto se, e somente se, o produto estava próxi-
Assinale a alternativa que apresenta a sequência cor- mo da validade”. Desse modo, o total de proposições
reta de cima para baixo. simples na frase é igual a:

a) V, V, V a) 5
b) V, V, F b) 3
c) F, F, F c) 2
170 d) F, V, V d) 4
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14. (IBFC — 2022) Sendo falso os valores lógicos de duas a) Todo formado é ambientalista
proposições simples, então é correto afirmar que: b) Pode haver ambientalista não formado
c) Existe ambientalista que é supervisor
a) o valor lógico da conjunção entre essas duas proposi- d) Pode haver supervisor que não é formado
ções é verdade e) Existe supervisor formado e ambientalista
b) o valor lógico da disjunção entre essas duas proposi-
ções é verdade 20. (IBFC — 2022) O tipo de raciocínio lógico cujo objetivo
c) o valor lógico do condicional entre essas duas propo- é se determinar a regra a partir de como a conclusão
sições é falso segue da premissa é chamado de:
d) o valor lógico do bicondicional entre essas duas pro-
posições é verdade a) indução
b) abdução
15. (IBFC — 2022) Uma frase que representa a negação c) dedução
da proposição lógica “O candidato foi aprovado e a d) assimilação
prova não foi difícil” é:
9 GABARITO
a) O candidato não foi aprovado e a prova foi difícil
b) O candidato não foi aprovado ou a prova foi difícil
c) O candidato não foi aprovado e a prova não foi difícil 1 D
d) O candidato foi aprovado e a prova foi difícil
e) O candidato foi aprovado ou a prova não foi difícil 2 C

3 A
16. (IBFC — 2020) Dada a sentença
4 B
“Ou Camila é médica ou Ana é dentista.”
5 B
Assinale a alternativa que apresenta a negação das 6 A
proposições anteriores.
7 A
a) Camila não é médica e Ana não é dentista
8 D
b) Camila não é médica ou Ana não é dentista

25
c) Se Camila não é médica então Ana não é dentista 9 D

7-
d) Camila é médica se e somente se Ana é dentista

84
e) Se Camila é médica então Ana é dentista 10 A

0.
36
11 C
17. (IBFC — 2020) Em relação à lógica da argumentação,
.
71
assinale a alternativa que preencha corretamente a 12 A
-1

lacuna.
13 D
ia

“Os argumentos podem ter apenas uma premissa, ou


ar

14 D
M

várias; contudo, só haverá um(a) .“


a

15 B
lv

a) Intenção
Si

b) Intuito 16 D
da

c) Objetivo 17 D
ira

d) Conclusão
e) Diferença 18 D
re
Pe

18. (IBFC — 2022) Numa repartição pública sabe-se que 19 D


s

todos os escriturários são concursados e que alguns


u

20 A
he

secretários não são concursados. Nessas circuns-


at

tâncias, é incorreto afirmar que:


M

a) pode haver escriturário que não é secretário


b) pode haver escriturário que é secretário ANOTAÇÕES
c) pode haver secretário que é escriturário
RACIOCÍNIO LÓGICO

d) não pode haver concursado que não é escriturário

19. (IBFC — 2021) De acordo com as afirmações abaixo:

- Todo ambientalista é formado.


- Alguns formados são supervisores.
- Nenhum supervisor é ambientalista.

É correto afirmar que:

171
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25
7-
84
0.
. 36
71
-1
ia
ar
M
a
lv
Si
da
ira
re
Pe
u s
he
at
M

172
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GEOGRAFIA DA PARAÍBA

GEOGRAFIA FÍSICA: FORMAÇÃO DO TERRITÓRIO PARAIBANO


Anteriormente à chegada dos portugueses ao território brasileiro, algumas tribos indígenas como os tabajaras
e potiguaras já habitavam o atual território da Paraíba. A colonização, inicialmente, era reservada a algumas loca-
lidades da costa brasileira em feitorias (postos comerciais europeus em território estrangeiro). Em 1534, o país foi
dividido em capitanias hereditárias, sendo que o território paraibano pertencia à Capitania de Itamaracá, tendo
como donatário Pero Lopes de Sousa.
Em meados da década de 1580, o pau-brasil atraía o interesse de diversos impérios coloniais europeus. Diante
disso, uma espécie de feitoria havia sido instalada na Ilha de Camboa, próxima ao Rio Paraíba. No entanto, france-
ses acabaram destruindo o local graças à disputa pelo controle territorial. A tentativa portuguesa de se instalar no
local não se encerrou por aí. Em 1585, por meio da iniciativa de João Tavares, foi construído o Forte de São Felipe,
na foz do Rio Paraíba. Ao mesmo tempo, a cidade de Filipéia de Nossa Senhora dos Perdões (hoje, João Pessoa) teve
um considerável crescimento populacional.
Em 1582, o então rei de Portugal, Dom Sebastião, morreu em uma batalha em Alcácer Quibir, no Marrocos.
Como não havia deixado herdeiros, seu descendente mais próximo, o rei espanhol Felipe II, se tornou, também,
rei de Portugal. Com isso, tinha iniciado a União Ibérica. Esse período causou turbulências na colônia, levando
holandeses a se aproveitarem da situação para dominar boa parte do que hoje é o Nordeste brasileiro. A região da
Paraíba ficou sob domínio holandês até 1654, quando o exército liderado por André Vidal de Negreiros conseguiu
expulsá-los.
Em 1684, a Paraíba foi elevada à condição de capitania, porém, em 1753, Pernambuco voltou a subordinar a
região até sua separação definitiva em 1799. Vale destacar que, com a independência e a Constituição, de 1824, a

25
Paraíba ganhou o status de província, o que permaneceu durante o período imperial. Com o advento da república,

7-
finalmente, a Paraíba se tornou estado da Federação.

84
0.
RELEVO

. 36
71
O relevo paraibano possui planaltos, planícies e depressões relativas. As maiores elevações se situam no Pla-
-1

nalto da Borborema, área central do estado. Cerca de 90% do território se localiza abaixo de 600 m de altitude. O
litoral possui 117 km de extensão, predominado por falésias que medem em torno de 50 m de altitude. Na porção
ia
ar

oeste do estado, a Depressão Sertaneja varia entre 100 e 400 m de altitude.


M
a
lv
Si
da
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Pe
u s
he
at
M

GEOGRAFIA DA PARAÍBA

Relevo do estado da Paraíba. Fonte: Atlas eólico da Paraíba.


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qualquer título, a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.
Para compreender o relevo, tome nota:

z planalto é o nome dado às áreas superiores aos 800 m de altitude, além disso, predominam processos de ero-
são, isto é, saída de fragmentos de rocha;
z planície é o nome dado às áreas inferiores aos 800 m de altitude, onde predominam processos de sedimenta-
ção, isto é, depósito de fragmentos das rochas;
z depressões relativas são áreas que possuem entre 100 e 500 m de altitude, onde ocorrem tanto processos de
erosão quanto de sedimentação. São chamadas de relativas, pois são mais baixas do que as áreas que estão em
seu entorno.

CLIMA

Para compreender o clima paraibano, é importante relembrar a posição próxima do estado à Linha do Equa-
dor, fazendo com que a região esteja exposta aos raios solares com maior intensidade ao longo do ano. Outro fator
importante para o clima é a posição em relação ao Oceano Atlântico, de tal maneira que, quanto mais próximo do
oceano, maior é a umidade; e menor a umidade à medida em que se adentra no interior do estado. O terceiro fator
decisivo para o clima é a altitude, em que a porção central do estado é mais seca dada sua alta pressão atmosférica
e o relevo depressivo, que não recebe a chuva precipitada no relevo mais elevado da Serra da Borborema.

Climatologia da Precipitação Anual Acumulada (mm)


2

3
3 3

2
5
2
1

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6
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1 2 3 4 5 6 7
M

250 500 750 1000 1250 1500 1750 2000

Fonte: InfoEscola.

A região da Mata Paraibana, mais próxima do oceano, é de clima tropical úmido. Dessa forma, as estações
chuvosas são o outono e o inverno. A umidade na região é garantida pela Massa de Ar Equatorial Atlântica, que se
forma próxima à Linha do Equador, caracterizada por ser úmida e quente. Como se pode observar pelo climogra-
ma da cidade de João Pessoa, as barras demonstram os níveis de chuva, que são mais abundantes justamente nos
meses de outono e início de inverno, enquanto a primavera e o verão são mais secos e quentes.

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qualquer título, a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.
°F °C Altitude: 45m Climate: Aw °C: 25.8/°F: 78.4 mm: 1019/inch: 40.1 mm inch
95 35 140 5.5

86 30 120 4.7

77 25 100 3.9

68 20 80 3.1

59 15 60 2.4

50 10 40 1.6

41 5 20 0.8

32 0 0 0.0
01 02 03 04 05 06 07 08 09 10 11 12

Fonte: Climate Data.

Pouco mais a oeste, na Serra da Borborema, o relevo mais elevado provoca chuvas orográficas, isto é, chuvas
causadas pelo contato entre as nuvens e o território mais elevado.

25
A porção oeste do estado é caracterizada como tropical semiúmido, de forma que as chuvas ocorrem no verão,
com médias pluviométricas de 800 mm. Já na porção central do estado, na Depressão Sertaneja, temos as médias

7-
84
mais baixas da Paraíba. O semiárido tem médias de chuvas até 500 mm ao ano que ocorrem principalmente entre

0.
fevereiro e maio. Como vemos no climograma do município de Sousa, no sertão paraibano:

°F °C Altitude: 227m Climate: BSh ºC: 27.9/ºF: 82.2


36
.
mm: 528/inch: 20.8 mm inch
71
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95 35 140 5.5
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77 25 100 3.9
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GEOGRAFIA DA PARAÍBA

41 5 20 0.8

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01 02 03 04 05 06 07 08 09 10 11 12

Fonte: Climate Data.

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VEGETAÇÃO

Via de regra, a vegetação é resultado do clima. Sendo assim, as médias pluviométricas mais baixas na porção
central e oeste do estado favorecem para que a caatinga componha quase 90% do território. A caatinga é caracte-
rizada por plantas xerófitas, isto é, espécies cobertas por espinhos e cera que retêm a transpiração da água e per-
mitem resistência a longos períodos de estiagem. Entre essas espécies, podemos citar xiquexiques, umbuzeiros,
mandacarus, juazeiros e baraúnas.

25
7-
84
Paisagem no sertão paraibano. Fonte: UOL.

0.
36
Mais próxima à faixa litorânea, temos a Mata Paraibana, onde predominam arbustos e herbáceas, que passam
.
71
a ser mais baixas e adaptadas à salinidade da água quanto mais próximas ao oceano. Nessas áreas, temos tam-
-1

bém a presença de manguezais. Entre a Mata Paraibana e a Caatinga, existe o Agreste, uma faixa de transição que
ia

possui tanto espécies características da floresta tropical como também do semiárido. Vale destacar que a Mata
ar

Atlântica também abrange a Paraíba, no entanto, dada a ocupação populacional e a exploração econômica desde
M

a época colonial, hoje resta em torno de 8% de sua vegetação original.


a

Nas áreas mais elevadas, há a presença de árvores mais altas, como as palmeiras. Em uma pequena porção do
lv

estado, também é possível identificar a vegetação campestre, típica do Cerrado, com árvores tortuosas, arbustos
Si

e gramíneas.
da

A Paraíba, como ocorre com o semiárido em outras áreas do nordeste brasileiro, tem sofrido com o processo
ira

de desertificação causado pelas queimadas e pela pecuária extensiva. No estado, existem oito unidades de conser-
re

vação: Mata do Pau-Ferro e Mata do Rio Vermelho (reservas ecológicas); Pico do Jabre, Pedra da Boca, Marinho de
Pe

Areia Vermelha e Mata do Xém-Xém (parques); Vale dos Dinossauros (monumento natural) e Benjamin Maranhão
(jardim botânico).
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HIDROGRAFIA
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M

O estado da Paraíba é banhado a leste pelo Oceano Atlântico. A hidrografia do estado é bastante influenciada
pelo clima de baixa pluviosidade na maioria do estado. Como o Planalto da Borborema influencia considera-
velmente sobre o esquema das chuvas, a oeste ficam as áreas secas e, portanto, os rios intermitentes, isto é, que
secam em determinado período do ano. O Planalto da Borborema causa esse efeito pelas chuvas orográficas,
causadas quando se precipitam por conta do choque entre a massa de ar e o relevo mais elevado. Entre os rios
perenes, destacam-se os rios Mamanguape, Paraíba, Piancó e Piranhas. Para combater a seca, açudes e barragens
foram construídos, como o açude em Coremas. Mais recentemente, a Paraíba foi beneficiada pela transposição do
Rio São Francisco.

176
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BACIAS HIDROGRÁFICAS DA PARAÍBA

10

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6
11

1
1
8 4

2 3

Hidrográficas

Bacias hidrográficas da Paraíba. Fonte: SOUSA et al., 2015, p. 140.

25
7-
FORTALEZA
Sobral

84
RIO SÃO

0.
CEARÁ FRANCISCO
. 36
71
Aracati
-1

Quixadá
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Mossoró
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Macau
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Quixeramobim
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RIO GRANDE
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Souza
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RIO SALG

PARAÍBA
PIAUÍ
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Crato Campina Grande


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Juazeiro JOÃO
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do Norte ÍBA PESSOA


RA
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PA
RIO
EIXO Monteiro
NORTE
GEOGRAFIA DA PARAÍBA

EIXO
LESTE RECIFE

Cabrobó Floresta PERNAMBUCO


RIO

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Petrolina O
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BAHIA
Juazeiro
ALAGOAS

Transposição do Rio São Francisco mostrando áreas beneficiadas na Paraíba. Fonte: Senado Federal.
177
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GEOGRAFIA HUMANA: ASPECTOS ECONÔMICOS, SOCIAIS E CULTURAIS
ASPECTOS ECONÔMICOS DA PARAÍBA

O setor primário da economia do estado, que consiste na agropecuária, corresponde a 5,6% do produto interno
bruto (PIB) da Paraíba. Os principais produtos cultivados eram a cana-de-açúcar, o arroz, o feijão, o café, a man-
dioca, o milho, a castanha de caju, a pimenta do reino, o sisal e o abacaxi.
A indústria, setor secundário da economia, corresponde a 22,4% do PIB. Sendo que os principais segmentos
industriais são têxtil, alimentício, metalúrgico, produtos de couro e materiais para a informática.
O setor responsável pela maior arrecadação do estado é o terciário, ou seja, serviços e comércio, correspon-
dendo a 72% do produto interno bruto da Paraíba. Destaque para o turismo, voltado principalmente para as
praias, principalmente de João Pessoa.

ASPECTOS SOCIAIS DA PARAÍBA

O estado da Paraíba possui uma extensão territorial de 56.469,466 km² dispostos em 223 municípios e quatro
mesorregiões. As mesorregiões da Paraíba podem ser observadas no mapa abaixo, de leste ao oeste: Mata Parai-
bana, Agreste Paraibano, Borborema e Sertão Paraibano.

25
7-
84
0.
. 36
71
-1
ia
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M
a
lv

Fonte: SOUSA et al., 2019.


Si
da

A população é de 4.059.905 habitantes, segundo o censo demográfico realizado pelo Instituto Brasileiro de Geo-
grafia e Estatística (IBGE), divulgado em 2022. As maiores cidades, por ordem, são João Pessoa (889.600), Campina
ira

Grande (418.100), Santa Rita (148.400) e Patos (103.100), conforme Nóbrega (2022).
re

A Paraíba possui o quarto menor Índice de Desenvolvimento Humano (IDH) do país, com 0,718. É o terceiro
Pe

lugar em número de analfabetos, atrás de Piauí e Alagoas. A mortalidade infantil é a terceira maior do país, sendo
s

a cada mil crianças nascidas, 35,2 morrem antes de um ano de idade, segundo a página Brasil Escola, da UOL (s.d.).
u
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ASPECTOS CULTURAIS DA PARAÍBA


at
M

O estado da Paraíba possui uma cultura muito rica. Em relação às festas populares, podemos citar festas juni-
nas e religiosas. A maior festa junina do mundo ocorre em Campina Grande. Festivais folclóricos, vide cavalhadas
e folguedos, e danças tradicionais, como xaxado, ciranda e coco de roda, também caracterizam a cultura local.
Os ritmos musicais mais populares são o forró, o xote e o baião. Ariano Suassuna, autor do lendário Auto da
Compadecida, Augusto dos Anjos, José Lins do Rego e o pintor e político Pedro Américo são exemplos de grandes
nomes da cultura brasileira nascidos na Paraíba. Vale destacar que a Paraíba também é a terra natal de Zé Rama-
lho, um dos maiores nomes da história da música brasileira. Quanto à culinária, destacam-se a buchada de bode,
o cuscuz, a carne de sol e o bode guisado.

REFERÊNCIAS

CAATINGA. UOL, [s.d.]. Disponível em: https://escolakids.uol.com.br/geografia/caatinga.htm. Acesso em: 5 jul.


2023.
CLIMATE graph. Climate Data, [s.d.]. Disponível em: https://images.climate-data.org/location/42525/climate-
178 -graph.png. Acesso em: 5 jul. 2023.
O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para Matheus Pereira da Silva Maria - 171.360.847-25, vedada, por quaisquer meios e a
qualquer título, a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.
______. Climate Data, [s.d.]. Disponível em: https:// b) O agreste paraibano está localizado na região lito-
images.climate-data.org/location/4983/climate- rânea do estado, apresenta matas, manguezais e
-graph.png. Acesso em: 5 jul. 2023. cerrados
EBBESEN, L. Clima da Paraíba. InfoEscola, [s.d.]. c) A vegetação nativa do planalto da Borborema e do
Disponível em: https://www.infoescola.com/geo- Sertão caracteriza-se pela presença da caatinga. Ela
grafia/clima-da-paraiba/. Acesso em: 5 jul. 2023. pode ser do tipo arbóreo, como a baraúna, ou arbusti-
O estado da Paraíba. Atlas eólico da Paraíba, vo, como o xique-xique e o mandacaru
[s.d.]. Disponível em: https://mapaeolico.pb.gov. d) O agreste se destaca na Paraíba porque sua ocor-
br/paraiba/caracterizacao-geografica.html. Acesso rência no Nordeste está circunscrita apenas a este
em: 5 jul. 2023. estado
SOUSA, K. S. et al. Levantamento da disponibili-
dade de dados hidrométricos na Paraíba - Brasil. 3. (IBFC — 2018) As principais bacias hidrográficas da
Revista Verde de Agroecologia e Desenvolvi- Paraíba são a do rio Piranhas, a do Paraíba, a do Curi-
mento Sustentável, Pombal, v. 10, n. 2, p. 139-144, mataú, a do Camaratuba, a do Mamanguape, a do
abr./jun. 2015. Miriri, a do Gramame e a do Abiaí. A principal bacia de
SOUSA, M. N. A. et al. Análise FFOA das associações todas é a do rio , que nasce na serra do Bongá,
de apicultores do sertão da Paraíba. Revista Bra- na fronteira com o estado do . Ele tem uma rele-
sileira de Gestão Ambiental, [s.l.], v. 13, n. 1, p. vante importância, uma vez que através da barragem
1-11, 2019. de , em Coremas, viabiliza a irrigação de muitaster-
WESTIN, R. Senado do Império estudou transposi- ras. O Rio , o mais famoso do estado, nasce na
ção do Rio São Francisco. Senado Federal, 2017. serra de Jabitacá, em , no Planalto da Borborema.
Disponível em: https://tinyurl.com/3ebdsct2. Aces-
so em: 5 jul. 2023. Fonte: http://www.pm.pb.gov.br/arquivos/Historia_da_Paraiba.pdf

Assinale a alternativa que preencha correta e respec-


tivamente as lacunas do texto.
HORA DE PRATICAR!
a) Paraíba; Ceará; Mãe D’Água; Piranhas; Monteiro
1. (IBFC — 2018) Leia as informações a seguir a respeito b) Piranhas; Ceará; Mãe D’Água; Paraíba; Monteiro
dos povos indígenas na Paraíba. c) Piranhas; Pernambuco; Sobradinho; Paraíba;
Medeiros

25
I. Durante o período do Brasil Colônia, os povos indí- d) Camaratuba; Rio Grande do Norte; Mãe D’Água; Miriri;

7-
genas que ocupavam o território da atual Paraíba se Medeiros

84
dividiam em 3 grupos: Os Tupis- Guaranis que habita-

0.
vam o litoral e eram divididos em Potiguaras, ao norte 4. (IBFC — 2018) Leia as informações abaixo sobre a

36
do estado e os Tabajaras, ao sul. E havia um terceiro divisão do relevo da Paraíba e atribua valores de V
.
erdadeiro (V) ou Falso (F).
71
grupo, que era tido como Cariri.
II. De acordo com dados da FUNAI (Fundação Nacional
-1

do Índio), existem atualmente quatro Terras Indígenas ( ) Praias: Depósitos arenosos ou terras de várzeas, que
ia

(TI) na Paraíba, sendo três da etnia Potiguara e uma ficam junto às embocaduras dos rios que lançam
ar

da etnia Tabajara. Apesar das terras serem tradicio- suas águas no Oceano Atlântico.
M

nalmente ocupadas por esses povos, apenas duas TI ( ) Restingas: Depósitos arenosos em forma de “língua”
a
lv

foram regularizadas. ou “flecha”.


Si

III. Na Paraíba, seguindo a situação nacional, a Demarca- ( ) Dunas: São montes de areia formados pela ação dos
da

ção de Terras Indígenas é um processo que ocorre de ventos.


maneira rápida e não envolve conflitos de interesses ( ) Mangues: São planícies de marés com vegetação for-
ira

sobre a área a ser demarcada. mada por árvores e arbustos.


re
Pe

Estão corretas as afirmativas: Assinale a alternativa que apresenta a sequência cor-


s

reta de cima para baixo.


u
he

a) I e II, apenas
b) III, apenas a) V; F; F; V
at
M

c) II e III, apenas b) F; V; V; F
d) I, apenas c) F; F; F; F
d) V; V; V; V
GEOGRAFIA DA PARAÍBA

2. (IBFC — 2018) De acordo com uma reportagem do


portal de notícias G1- Paraíba, a música “Paraíba, joia 5. (IBFC — 2018) Leia os textos I e II abaixo para, em
rara”, de Ton Oliveira, que foi reconhecida como patri- seguida, responder a questão.
mônio imaterial do estado, foi inspirada na beleza da
vegetação paraibana. Leia as afirmações a respeito Texto I
do bioma Caatinga e em seguida, assinale a alternati-
va CORRETA. “O Produto Interno Bruto (PIB.) da Paraíba em 2015
caiu 2,7% em termos reais em relação a 2014, mas
a) A pobreza da população humana nordestina é certa- ainda assim foi o terceiro estado com melhor resulta-
mente uma consequência da ecologia. As caatingas do no Nordeste, atrás apenas de Piauí e Rio Grande do
propriamente ditas são muito pobres em espécies Norte.”
frutíferas
179
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qualquer título, a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.
Texto II 7. (IBFC — 2014) Leia o enunciado a seguir. Na época
da conquista da Paraíba (segunda metade do século )
“Renda per capita (por cabeça.) do paraibano é infe- chegaram outros silvícolas, dessa vez pertencentes à
rior ao salário mínimo. IBGE divulgou rendimento tribo Tabajaras, também se origem Tupi-Guarani, mas
domiciliar per capita referente a 2014. Renda média logo tornaram-se inimigos dos Potiguaras, fixando-
-se na várzea do Rio Paraíba.
de R$ 682 é a 7ª mais baixa do país.”

Fonte: Portal G1-Paraíba. Assinale a alternativa que preencha adequadamente


a lacuna existente no enunciado acima:
Atribua valores de Verdadeiro (V) ou Falso (F), nas
afirmações abaixo. a) XVI.
b) XVII.
c) XV.
( ) Em 2015, o desempenho do PIB paraibano se desta-
d) XIV.
cou entre os maiores do Nordeste.
( ) Assim como ocorreu com o índice do PIB 2015, a
8. (IBFC — 2014) A maior parte do território paraibano é
Paraíba apresentou em 2014 um dos melhores índi-
constituído por rochas resistentes, e bastante antigas
ces nacionais de distribuição de riquezas, já que a que remontam a era pré-cambriana, com mais de 2,5
renda per capta foi bem alta. bilhões de anos.
( ) Em 2014 o rendimento domiciliar per capita paraiba-
no foi o 7º mais baixo do país. Esse dado revela a má Faça a associação:
distribuição de renda, já que no ano seguinte teve um
dos maiores PIB do Nordeste. I. Litoral
II. Região da Mata.
Assinale a sequência correta de cima para baixo. III. Agreste.
IV. Sertão.
a) F; F; V
b) V; V; V ( ) Uma depressão sertaneja que se estende do municí-
c) F; F; F pio de Patos até após a Serra da Viração.
d) V; F; V ( ) Temos os tabuleiros que são formados por acúmulos
de terras que descem de lugares altos.
6. (IBFC — 2018) Leia os textos I e II abaixo para, em ( ) É formada(o) pelas praias e terras arenosas.

25
seguida, responder a questão. ( ) Depressão que fica entre os tabuleiros e o Planalto da

7-
Borborema. Apresenta muitas serras.

84
Texto I

0.
Assinale a ordem numérica correta de cima para

36
“O Produto Interno Bruto (PIB.) da Paraíba em 2015 baixo:
.
71
caiu 2,7% em termos reais em relação a 2014, mas
-1

ainda assim foi o terceiro estado com melhor resulta- a) I, II, III e IV.
do no Nordeste, atrás apenas de Piauí e Rio Grande do b) III, IV, I e II.
ia

Norte.”
ar

c) IV, II, I e III.


M

d) II, III, I e IV.


Texto II
a
lv

9. (IBFC — 2014) A distribuição dos climas da Paraíba está


Si

“Renda per capita (por cabeça.) do paraibano é infe- relacionada com a localização, ou seja, quanto mais
da

rior ao salário mínimo. IBGE divulgou rendimento próximo do litoral, mais úmidos será o clima, quanto
domiciliar per capita referente a 2014. Renda média
ira

mais longe, mais seco. Três tipos ocorrem na Paraíba:


de R$ 682 é a 7ª mais baixa do país.”
re
Pe

I. Clima Tropical quente-úmido: domina o litoral, a


Fonte: Portal G1-Paraíba. região da mata e parte do agreste. Com chuvas abun-
u s

dantes e temperatura média anual de 26º C. Com


he

A partir das informações dos textos I e II, assinale a essas características, esse tipo climático domina em
alternativa INCORRETA.
at

todo o sertão.
M

II. Clima semiárido: Com chuvas de verão, predomina no


a) O PIB é o índice que mede a produção de riqueza de Cariri, no Seridó, em grande parte da Borborema e do
um lugar. Mesmo em período de crise nacional, a sertão. Sua principal característica não é a ausência
Paraíba conseguiu ter uma boa produção econômica
de chuva, mas sua irregularidade.
em comparação a outros estados
b) Apesar do bom desempenho na geração de riquezas III. Clima Tropical semiúmido: chuvas de verão-outono
em 2015, a Paraíba ainda tem problemas com a con- estendem-se pela região do litoral.
centração de renda, o índice da renda per capta de
2014 demonstra isso Estão corretas as afirmativas:
c) A Paraíba apresentou em 2014 um dos melhores índi-
ces nacionais em termos de distribuição igualitária a) Apenas I e II.
de renda. Não existem desigualdades sociais entre a b) Apenas III.
população paraibana c) Apesar II e III.
d) Ao cruzar os dados do PIB 2015 com a renda per cap- d) Apenas II.
ta (2014) da Paraíba, percebe-se, grosso modo, que
existe desigualdade social no estado.
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qualquer título, a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.
10. (IBFC — 2014) As manifestações folclóricas e popu-
lares existem em grande quantidade no estado da
Paraíba. Tais manifestações fazem parte da cultura
paraibana. Dentre estes acontecimentos pode-se
citar a literatura transmitida pessoa a pessoa, a qual
conserva a memória do povo. Com base no exposto,
atribua valores. Verdadeiro (V) ou Falso (F) aos exem-
plos a seguir. Assinale a alternativa que apresenta a
sequência correta de cima para baixo.

( ) Anedota: tipo de história curta, que tem por finalidade


provocar reflexão.
( ) Cantoria: atividade própria do poeta - cantador. A
cantoria sofreu codificações desde o seu surgimento
até hoje.
( ) Parlenda: poema feito em versos longos, geralmente
utilizados para distrair os adultos.
( ) Provérbio: sentença longa, criada pelo povo. Tem por
finalidade mostrar a experiência humana. ( )
Adivinha: tipo de passatempo divertido.

a) V, V, V, V, V.
b) V, F, V, F, V.
c) V, F, V, V, F.
d) F, V, F, F, V.

9 GABARITO

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GEOGRAFIA DA PARAÍBA

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qualquer título, a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.
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qualquer título, a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.
As mudanças nesse cenário só ocorreram no final
do século XVI, impulsionadas pela presença dos fran-
ceses em território português (MOURA FILHA, 2006).
Embora a região não fosse a mais valorizada pelos

HISTÓRIA DA PARAÍBA
portugueses na época, eles não queriam perder esse
território para os franceses. Portanto, a ameaça repre-
sentada pelos franceses foi um fator determinante
para que os portugueses se empenhassem em estabe-
lecer uma presença mais efetiva na região.
ORIGENS E CONQUISTA DA PARAÍBA
(1574-1585) Dica
A capitania de Itamaracá era uma das capitanias
I Expedição (1574): essa expedição foi comanda- brasileiras e nela estava o território que corres-
da pelo ouvidor-geral Dom Fernão da Silva. A falta de ponde ao atual território do estado da Paraíba.
resistência nativa foi uma breve ilusão, já que os colo- Um dos territórios mais vulneráveis do Brasil e
nizadores tiveram que se refugiar em Pernambuco, região de pau-brasil.
quando os indígenas partiram para os ataques.
II Expedição (1575): quem comandou a segunda Durante o período colonial, era essencial comba-
expedição foi o governador-geral, Dom Luís de Brito. ter as ameaças de outras nações em terras brasilei-
Sua expedição foi prejudicada pelo clima da viagem, ras para preservar o “exclusivo colonial”. As colônias
de tal maneira que não conseguiu efetivar sua insta- tinham a responsabilidade de contribuir para a autos-
lação em terras paraibanas. O governador-geral, Lou- suficiência da metrópole, ou seja, a colônia brasileira
renço Veiga, tentou conquistar a área do rio Paraíba, deveria auxiliar a metrópole portuguesa a se man-
não obtendo êxito. ter. Para alcançar esse objetivo, foram estabelecidas
III Expedição (1579): Frutuoso Barbosa tentava, normas que constituíam o sistema colonial, incluin-
pela sua primeira vez, a conquista da Paraíba, com a do a “exclusividade do comércio externo da colônia
condição de que se ele a conquistasse, seria governa- em favor da metrópole”. Era fundamental evitar ao
da por ele. No entanto, ele teve de recuar para Portu- máximo que navios estrangeiros transportassem mer-
gal por conta das más condições que o mar lhe impôs. cadorias da colônia (FAUSTO, 2019). Essas medidas
IV Expedição (1582): Frutuoso Barbosa tentou, visavam proteger os interesses econômicos e políticos

25
pela segunda vez, a conquista da Paraíba; no entanto, de Portugal na época.

7-
caiu em combate contra os nativos, o que mais uma No contexto histórico em que os portugueses

84
vez o obrigou a recuar. empreenderam esforços para reconquistar o litoral

0.
V Expedição (1584): comandada por Flores Val- Norte e Nordeste do Brasil, os países ibéricos esta-

36
dez, por Felipe de Moura e — pela terceira tentativa vam unidos — fato histórico, ocorrido entre 1580 e
— por Frutuoso Barbosa, que expulsaram os franceses .
71
1640, conhecido como União Ibérica (MOURA FILHA,
da região, subjugaram os nativos e, finalmente, con-
-1

2006). Nesse período, Portugal e Espanha estavam


quistaram a Paraíba. Em seguida, o Forte de São Tiago unidos sob uma única coroa; ocorreram incursões de
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e o Forte de São Felipe foram construídos. tropas espanholas em território brasileiro, incluindo a
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região da Paraíba. Essas ações militares tinham como


A PRESENÇA DE PORTUGUESES, FRANCESES E objetivo garantir o controle espanhol sobre áreas
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ESPANHÓIS NO TERRITÓRIO PARAIBANO fronteiriças ou disputadas (FAUSTO, 2019; SCHWARCZ


Si

e STARLING, 2018). No entanto, após o fim da União


da

O interesse dos portugueses em colonizar a região Ibérica, os espanhóis perderam qualquer influência
setentrional do litoral brasileiro, no final do século significativa na Paraíba.
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XVI e início do século XVII, foi motivado pela presen- Vale destacar que a União Ibérica foi uma fase de
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ça dos franceses que buscavam explorar o pau-brasil unificação política entre Portugal e Espanha. Essa
Pe

na área. Durante esse período, mesmo os territórios união iniciou-se após a morte do rei português Dom
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já ocupados pelos portugueses estavam constante- Sebastião e a ascensão do rei espanhol Filipe II, que se
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mente ameaçados por ataques de corsários, imagine, tornou também Filipe I de Portugal.
então, a situação do território ao norte da capitania
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Uma diferença significativa entre essa fase e as


de Itamaracá (MOURA FILHA, 2006). Antes da ocupa-
M

primeiras tentativas de colonização da região reside


ção definitiva, a região foi palco de várias tentativas no caráter particular das primeiras, conduzidas pelos
fracassadas de conquista. Entre os anos de 1535 e donatários. No momento da reconquista, porém,
1561, os capitães donatários das capitanias tentaram
HISTÓRIA DA PARAÍBA

a colonização passou a ser realizada por interven-


ocupar a região, mas sem sucesso. Essa dificuldade em ção direta do poder metropolitano. Essa mudança
estabelecer uma presença efetiva na região tornava a implicou que o controle e a administração das terras
situação ainda mais desafiadora. Com o fracasso dos passassem a ser exercidos diretamente pela coroa
donatários, esse território permaneceu, como afirma portuguesa, em vez de serem delegados a particula-
Moura Filha: res. Tal alteração refletiu a importância estratégica da
região e o desejo de Portugal de garantir um contro-
[...] durante longo tempo, ocupado por diversas le mais efetivo sobre suas colônias (MOURA FILHA,
tribos de gentis, sendo um campo aberto para a 2006).
exploração comercial, especialmente de franceses
que souberam lidar com os nativos e utilizar essa O cronista João de Barros, primeiro donatário da
mão-de-obra para obter carregamentos de pau Bra- Paraíba, encontrou dificuldades para colonizar o
sil (2006, p. 2). território, o que levou a Coroa a transferir para 183
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Frutuoso Barbosa, no final do século XVI, a missão de promover a ocupação daquelas terras. Mas teve que vencer a
resistência dos índios potiguares, aliados aos franceses contrabandistas de pau-brasil (FABIANO, 2009, p. 61).

POVOS INDÍGENAS DO LITORAL AO SERTÃO

A história da Paraíba está intimamente ligada aos povos indígenas que habitaram essa região desde tempos
antigos e remotos. Desde o litoral até o sertão, várias etnias indígenas deixaram suas influências culturais e histó-
ricas na terra que atualmente chamamos de Paraíba.
Na região litorânea da Paraíba, antes da chegada dos colonizadores ocidentais, existiam diversos povos indí-
genas de diferentes etnias, sendo os Potiguaras e os Tabajaras os mais destacados. Os Potiguaras habitavam prin-
cipalmente a região norte, enquanto os Tabajaras ocupavam o sul do litoral paraibano. Ambos os grupos faziam
parte do povo Tupi e estabeleceram-se na região após travarem guerras contra os Kariri e os Tarairiú, conhecidos
coletivamente como Taupia — que foram os primeiros habitantes da região. Os Taupia foram derrotados repe-
tidamente, primeiro pelos Tabajaras e depois pelos Potiguaras, o que resultou em sua expulsão do território e
migração para o interior em busca de novos locais para se estabelecerem. É importante ressaltar que, embora
compartilhassem algumas características, cada etnia possuía sua própria língua e cultura distintas. Esses povos
eram principalmente pescadores e agricultores, vivendo em aldeias próximas ao mar. Além disso, eles possuíam
uma cultura diversificada, com habilidades destacadas na cerâmica e artesanato, além da prática de rituais reli-
giosos que envolviam crenças em divindades relacionadas à natureza. As guerras entre esses povos serviram
como um facilitador para as trocas culturais entre eles (MEIRA, 2020).
Em relação aos povos Tupi, os Tapuias eram mais nômades — embora algumas tribos se estabelecessem perma-
nentemente — muitos deles não viviam permanentemente nas mesmas aldeias. Na perspectiva europeia, os Tupi
eram vistos como aliados, enquanto os Tapuia eram considerados inimigos. Os Tupi eram mais compreendidos
pelos europeus, pois possuíam uma língua mais homogênea, ao contrário dos Tapuia, que falavam diversas línguas.
Outra diferença entre esses povos era a prática da antropofagia, ou seja, o consumo de carne humana, que era
mais comum entre os Tupi e não entre os Tapuia. Entre os Tapuia, se destacam duas “nações” distintas: os Kariri
e os Tarairiú. Esses povos foram expulsos de suas terras e migraram para o sertão, enquanto os Tupi (Tabajaras e
Potiguaras) se estabeleceram no litoral (MEIRA, 2020).
A partir do século XVI, com a chegada dos europeus, os povos indígenas da Paraíba passaram por transforma-
ções profundas em suas vidas. O contato com os colonizadores portugueses trouxera consigo conflitos, violência,
doenças e escravidão, resultando em um impacto significativo nas populações indígenas. Muitas tribos foram

25
dizimadas ou dispersas, perdendo suas terras e formas de vida tradicionais. No entanto, mesmo diante dessas

7-
adversidades, algumas comunidades indígenas resistiram e se adaptaram ao novo cenário. Elas conseguiram

84
preservar traços de sua cultura e desenvolveram estratégias para sobreviver em meio ao contexto colonial. Esta

0.
capacidade de resistência e adaptação demonstra a força e a resiliência dessas comunidades indígenas da Paraíba

36
(NASCIMENTO, 2020).
.
71
-1

Importante!
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É necessário observar a diferença entre a antropofagia e o canibalismo. A prática cultural da antropofagia


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está relacionada ao consumo de carne humana por motivos simbólicos, rituais ou mitológicos, sem envolver
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violência ou necessidade. Por outro lado, o canibalismo refere-se ao ato de se alimentar de carne humana por
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necessidade ou violência, como em situações de extrema fome ou em práticas criminosas.


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A PARAÍBA NO SISTEMA DE CAPITANIAS HEREDITÁRIAS E A CONQUISTA DO


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INTERIOR
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Na administração colonial do Brasil, três foram as formas de estatutos políticos: as capitanias hereditárias, o
M

governo-geral e o vice-reino. Em 1534, ocorreu a criação das capitanias hereditárias, um esquema administrati-
vo em que donatários controlavam grandes faixas que iam do litoral ao limite do Tratado de Tordesilhas. Nesse
processo, o atual território paraibano pertencia à capitania de Itamaracá. A Paraíba ficou independente por um
período de 90 anos, até que houve novamente sua anexação a Pernambuco.

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Mapa das Capitanias Hereditárias
Abra de Diogo Leite 1534 — 1536

Terras não distribuídas


Cabo de Todos os Santos
Rio da Cruz

Tordesilhas
Angra dos Negros

Maranhão 2
Maranhão 1
Rio Grande do Norte 1

Ceará
Piauí
Rio Grande do Norte 2
Baía da Traição
Itamaracá
Rio da Santa Cruz

Pernambuco

Rio de São Francisco

Bahia
Sul da baía de Todos os Santos

Ilheús
Rio Pardo

Porto Seguro
Rio Mucuri

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Espírito Santo

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Baixos dos Pargos

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São Tomé
São Vicente 1
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Rio Macaé
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Santo Amaro Rio Curupacê
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Barra da Bertioga
São Vicente 2
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Paranaguá
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Santana
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-28º 1/3
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Divisão original das capitanias hereditárias em 1534. Fonte: ResearchGate,1


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A anexação da capitania da Paraíba à de Pernambuco ocorreu em 1° de janeiro de 1756. Houve prejuízo nesta
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fusão para a capitania paraibana, no sentido de haver complicações nas ordens do general de Pernambuco, do
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governador da Paraíba e do Rio Grande do Norte.


M

Assim, em 1797, Fernando Castilho — que era o administrador da capitania — redigiu uma carta ao rei de Portu-
gal descrevendo a situação da capitania real da Paraíba. Em 11 de janeiro de 1799, pela Carta Régia, a capitania da
Paraíba se separou da de Pernambuco. O interior da capitania foi desbravado por bandeirantes, que percorreram
HISTÓRIA DA PARAÍBA

outras áreas do nordeste (embora a conquista efetiva do sertão tenha sido identificada apenas mais adiante, quando
a preocupação portuguesa em realizar a procura de metais preciosos levou os colonos a adentrar pelo interior do
território).
Outro fato constante na região eram as invasões francesas e holandesas. A invasão holandesa foi de grande
repercussão, uma vez que sua consequência política foi originar um sentimento de unidade, o que mais adiante
contribuiria para a independência, devido ao estímulo do sentimento nacionalista.

1 Disponível em: https://www.researchgate.net/figure/Figura-1-Desenho-das-capitanias-hereditarias-com-seus-limites-Fonte-Cintra-2013_


fig1_320341497. Acesso em: 12 mai. 2023. 185
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HOLANDESES NA PARAÍBA INQUISIÇÃO E EXPULSÃO DE JESUÍTAS
Os eventos que corroboraram para a invasão holandesa ocorreram algumas décadas antes. Em 1578, Dom
Sebastião, então rei português, morreu durante a Batalha de Alcácer-Quibir, no Marrocos. Dom Henrique, seu tio,
ficou apenas um ano no trono e faleceu por conta da idade. Assim, o parente mais próximo que poderia assumir
o trono de Portugal era o rei da Espanha, Felipe II. Em 1580, com o apoio dos nobres portugueses e militares espa-
nhóis, ele assumiu o poder português, dando início à União Ibérica.
A ascensão da coroa espanhola ao trono português prejudicou os interesses holandeses, já que estavam lutan-
do pela independência da Espanha e controlavam o comércio de açúcar nas colônias portuguesas, que garantia
grandes lucros. Os holandeses foram proibidos de aportarem em terras portuguesas, afetando seus negócios.
Para recuperar seus lucros, eles criaram a Companhia das Índias Ocidentais para invadir as colônias. Em 1624,
ocorreu a primeira tentativa de invasão em Salvador, mas o governador estava preparado e os holandeses foram
derrotados. Eles seguiram para a Baía da Traição, mas foram novamente derrotados pelas forças brasileiras em
agosto de 1625.
Em outras tentativas de invasão, os holandeses foram derrotados e a Paraíba reforçou suas fortalezas para
se defender. Em 1634, os holandeses chegaram bem preparados na Paraíba e conseguiram conquistar os fortes.
Antônio de Albuquerque e outros líderes tentaram expulsá-los, mas só conseguiram pequenas vitórias, tornando
a situação em Pernambuco complicada. Novos governadores assumiram o controle da Paraíba e do Maranhão,
ajudando a lutar contra a invasão holandesa (LIRA, 1997).

1641 Capitania Maranhão

1637 Capitania Ceará

1636 Capitania Rio Grande

Capitania Paraíba

25
1630 Capitania Itamaracá

7-
Capitania Pernambuco

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0.
1637 Capitania Sergipe

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Mapa que demonstra o tamanho do território ocupado pelos holandeses no nordeste brasileiro, incluindo a Paraíba. Fonte: Wikimedia
M

Commons2.
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A PARAÍBA NO SÉCULO XIX


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INDEPENDÊNCIA
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Desde os primeiros momentos da colonização, a Paraíba marcou presença na história do Brasil como um
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dos seus territórios explorados. Como capitania, ela foi colonizada e se desenvolveu durante o período colonial
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seguindo os três estatutos políticos da época: o das capitanias hereditárias, o do governo geral e o do vice-reino.
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Em 1574, a capitania Real foi criada e se tornou independente em 1694, sendo anexada a Pernambuco em
M

1756. Nesse período, a Paraíba participou de movimentos contra invasões estrangeiras e se envolveu na luta con-
tra o domínio português. Com a chegada da Família Real ao Brasil em 1808, a Paraíba tornou-se uma província e
participou ativamente nas revoltas contra Portugal, incluindo a de 1817 em Pernambuco.
Em 1822, a Paraíba foi uma das primeiras províncias a apoiar a proclamação da Independência, e José Boni-
fácio chamou o povo paraibano de “povo bom e leal”. A junta de governo da Paraíba, antes do grito da indepen-
dência, aderiu ao Príncipe Dom Pedro I e pleiteou por igualdade constitucional nas comunidades luso-brasileiras.

PRIMEIRO REINADO

Entre 1822 e 1831, temos a primeira fase administrativa do Império, conhecida como Primeiro Reinado. A
Assembleia Constituinte eleita em 1823 desejava a limitação dos poderes de D. Pedro I. Durante a Noite da Agonia,
o imperador cassou os deputados opositores, impugnou as proposições constitucionais e outorgou a Primeira
Constituição Brasileira, em 1824. Ela estabelecia, entre outras coisas:

186 2 Disponível em: https://upload.wikimedia.org/wikipedia/commons/0/06/Dutch_Brazil_1630-1654_map.svg. Acesso em: 12 mai. 2023.


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qualquer título, a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.
z existência do poder moderador, que poderia estrangeiros foram demitidos do Exército Brasileiro. A
suspender os Poderes Legislativo, Executivo e Regência Trina Permanente (1831-1835) foi liderada por
Judiciário; Francisco de Lima e Silva, José da Costa Carvalho e João
z poder hereditário; Bráulio Muniz. Nesse período, ajuntamentos noturnos
z voto censitário, calculado pela renda. foram proibidos, bem como criaram-se o Código de Pro-
cesso Criminal, a Guarda Nacional, o Ato Adicional de
Em reação ao autoritarismo, eclodiu, em Pernambu- 1834 (dando poder a assembleias regionais) e a Lei Feijó
co, a Confederação do Equador, exigindo uma república (que abolia o tráfico no papel, mas fazia “vista grossa”,
liberal, a abolição da escravidão e a ampliação de direi- para que ele ainda existisse na prática).
tos sociais. Esse movimento teve como principal líder A Regência Una de Feijó (1835-1838) destacou-se
Frei Caneca, mas acabou sendo reprimida com sucesso. pelo autoritarismo contra rebeliões de homens livres
pobres e escravizados. No entanto, foi nesse período que
eclodiram as principais revoltas regionais pelo Brasil.
Em 1838, os conservadores assumiriam a liderança sob
a Regência Una de Araújo Lima (1838-1840), responsá-
vel por tirar a autonomia das províncias na nomeação de
cargos públicos; no entanto, sua preocupação maior, que
era deter as revoltas regionais, não se concretizou, fican-
do a cargo da antecipação do Golpe da Maioridade em
1840. Araújo Lima ainda foi responsável pela fundação
de duas importantes instituições, o Instituto Histórico e
Geográfico Brasileiro (IHGB) e o Colégio D. Pedro II, no
Rio de Janeiro.
O período regencial foi marcado por uma grande
instabilidade política, que se acentuou com a eclosão
de diversos movimentos separatistas nas províncias
O fuzilamento de Frei Caneca. do país, destacando-se:

Fonte: Meio Norte. z Cabanada (1832-34, em Pernambuco): lutavam


pela restauração da monarquia sob D. Pedro I e
Entre 1825 e 1828, ocorreu a Guerra da Cisplatina pelo fim da escravidão;
entre o Império do Brasil e as Províncias Unidas do z Cabanagem (1835-40, no Grão-Pará): lutavam por

25
Rio da Prata. Após um desgastante e custoso conflito melhores condições de vida para a população da

7-
(o Banco do Brasil chegou a falir), a independência do região. Vitimou cerca de 30 mil pessoas;

84
Uruguai foi reconhecida. A instabilidade política tam- z Revolução Farroupilha (1835-45, no Rio Grande

0.
bém podia ser verificada em episódios como a Noite do Sul): lutavam pela independência do estado e

36
das Garrafadas, demonstrando a grande divergência por melhores condições para os criadores de gado;
.
71
entre brasileiros e portugueses. Juntava-se a isso a cri- z Sabinada (1837-38, na Bahia): lutavam pela inde-
-1

se econômica e a disputa pela sucessão do trono em pendência da Bahia e pelo fim da escravidão;
Portugal, levando D. Pedro I à abdicação do trono em z Balaiada (1838-41, no Maranhão): lutavam contra
ia

a desigualdade social e contra as injustiças come-


ar

7 de abril de 1831.
M

tidas pelas elites.


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PERÍODO REGENCIAL
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Na preocupação de garantir a unidade do territó-


Si

Segundo a Constituição de 1824, a abdicação de D. rio, liberais e conservadores (antigos restauradores)


da

Pedro I levaria ao trono seu filho D. Pedro II. No entan- fizeram uma manobra constitucional e aclamaram D.
ira

to, ele tinha apenas cinco anos de idade naquela oca- Pedro II por meio do golpe da maioridade (1840).
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sião. Então, o Parlamento buscou uma alternativa: a


SEGUNDO REINADO
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regência. O período regencial durou de 1831 até 1840


e foi marcado por grandes conflitos regionais. Os gru-
u s

pos políticos dividiam-se entre:


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z restauradores, que defendiam o retorno de D. Pedro


M

I e, posteriormente, a coroação de D. Pedro II;


z liberais moderados, que exigiam poderes monár-
quicos com restrições;
HISTÓRIA DA PARAÍBA

z liberais exaltados, favoráveis ao federalismo, com


maior autonomia das províncias. Durante o perío-
do foram criados: o Código de Processo Criminal, a
Guarda Nacional, o Ato Adicional de 1834 (dando
poder a assembleias regionais) e a Lei Feijó (que
abolia o tráfico no papel, mas fazia “vista grossa”
para que ele ainda existisse na prática).

Durante a Regência Trina Provisória, Francisco de


Lima e Silva, Carneiro de Campos e Nicolau de Campos D. Pedro II em 1876.
Vergueiro estiveram à frente do poder. Durante esse
curto período, o ministério deposto por D. Pedro I foi Fonte: Wikimedia Commons.
readmitido, houve perdão aos processos políticos e os 187
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Com o golpe da maioridade, tem início o perío- Na política externa, o Brasil travou um importante
do conhecido como Segundo Reinado, que se esten- conflito em 1852. A Campanha contra Oribe e Rosas,
deu até 1889. Por meio de uma manobra conhecida como ficou conhecida, teve como objetivo manter
como “parlamentarismo às avessas”, D. Pedro II exer- sua hegemonia sobre o Rio da Prata. Sendo assim, o
cia poder sobre a Chefia de Gabinete e sobre o Par- Exército Brasileiro depôs Oribe do governo uruguaio
lamento. Embora o legislativo fosse dividido entre o e Rosas do governo argentino. Já na década de 1860,
Partido Conservador (saquaremas) e o Partido Liberal o Brasil rompeu relações entre 1863 e 1865 com a
(luzias), ambos tinham posições semelhantes, como a Inglaterra por conta de tensões em mar, quando o
governo brasileiro se recusou a indenizar os ingleses
manutenção da escravidão e a centralização de poder
pelo saque da mercadoria do navio Christie (por isso,
pelo imperador.
o impasse ficou conhecido por Questão Christie). O
O desafio inicial do imperador era debelar as Brasil invadiria novamente o Uruguai em 1864; dessa
revoltas regionais herdadas do período regencial, vez, resultaria no maior conflito armado da história
sendo que, em 1842, eclodiu ainda a Revolta Liberal da América do Sul.
em Minas Gerais e em São Paulo, marcando a dispu- Em 1864, a Campanha contra Aguirre levou o
ta de poder entre liberais e conservadores por espaço Brasil a depor o então presidente uruguaio para colo-
no poder. Liderada, em terras paulistas, por Tobias de car seu aliado Venâncio Flores. Essa atitude desagra-
Aguiar e Padre Feijó, eles conquistaram diversas cida- dou diretamente o ditador uruguaio Solano Lopez.
des do interior, sendo, no entanto, derrotados pela Assim, em 1865, teve início a Guerra do Paraguai, ou
tropa do Barão de Caxias em Campinas. Em terras Guerra da Tríplice Aliança, iniciada a partir da inter-
mineiras, a liderança ficou a cargo de Teófilo Otoni, venção brasileira sobre os governos do Uruguai e da
que conseguiu a adesão de algumas cidades e o blo- Argentina, desagradando os interesses paraguaios
queio da Estrada Real entre Ouro Preto e Rio de Janei- na Bacia Platina. Em resposta, os paraguaios inva-
ro, mas acabou derrotado por Caxias em Santa Luzia. diram o atual Mato Grosso do Sul. A guerra opôs os
Essas derrotas fortaleceram a moral tanto do jovem paraguaios, liderados pelo ditador Solano Lopez, e
imperador quanto do Exército Brasileiro, que passou a Tríplice Aliança, formada por Brasil, Argentina e
Uruguai. Vale destacar que o comando vitorioso de
a ver em Caxias um grande líder.
Caxias passou a ser extremamente decisivo a partir
O Segundo Reinado foi marcado também por
de 1867, com destaque para as vitórias nas batalhas
uma fase de desenvolvimento econômico. O sucesso de Humaitá, Avaí (representada no quadro de Victor
do ciclo do café (1830-1950) foi possível pelo forta- Meirelles, a seguir), Itororó, Lomas Valentinas, Angos-
lecimento da Inglaterra e dos Estados Unidos como tura e a tomada de Assunção em janeiro de 1869. O

25
mercados consumidores, além de algumas condições Brasil acabou indo mais além que uruguaios e argen-

7-
internas: tinos, arrastando a guerra até o assassinato de Lopez,

84
em 1870. Mesmo vitorioso, o Brasil passou a enfrentar

0.
z a abertura de caminhos que ligavam o litoral ao um processo de crise, que desencadearia o início do

36
interior passando pelo Vale do Paraíba; processo enfraquecimento da monarquia brasileira,
.
71
z a disponibilidade de terras herdadas da política de culminando em sua queda, em 1889.
-1

vigilância na época do ouro;


z o sistema de transporte que foi modernizado com
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a instalação das ferrovias a partir de 1860.


M
a

O Império começou a sofrer com legislação inter-


lv

nacional inglesa para a proibição do tráfico, o que o


Si

levou a aprovar duas medidas: a Lei Eusébio de Quei-


da

rós (extinção do tráfico atlântico de escravos) e a Lei


ira

de Terras (a terra só poderia ser adquirida por meio


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de compra, excluindo futuros escravizados libertos e


Pe

os imigrantes europeus que começaram a vir).


O Segundo Reinado foi marcado por uma fase de
u s

modernização, também chamada de Era Mauá, fazendo


he

referência ao empresário do Império responsável por


at

diversos empreendimentos no período, como ferrovias, Representação feita, em 1882, por Victor Meirelles sobre a Batalha
M

hidrovias, bancos e telégrafos. O aparecimento de novas do Riachuelo travada durante a Guerra do Paraguai.
técnicas de transportes — como ferrovias e navegação
—, a comunicação pelo telégrafo, o surgimento de indús- Fonte: Wikimedia Commons.
trias de máquinas e o aumento da atividade comercial
caracterizam esse desenvolvimento econômico, acom- A CONFEDERAÇÃO DO EQUADOR
panhado do crescimento de centros urbanos.
A rede ferroviária chegou a nove mil quilômetros Nos primeiros dois anos após a independência
de trilhos, o que colocava o Brasil atrás apenas dos política do Brasil em relação a Portugal (entre 1822 e
Estados Unidos, no continente americano. A primeira 1824), o foco do debate político estava na elaboração
ferrovia foi a Estrada de Ferro D. Pedro II, construída da primeira Constituição. Nesse período de transição
em 1854, no Rio de Janeiro, por iniciativa do Barão de política, ocorreu uma eleição para formar uma Assem-
Mauá. Entre 1874 e 1884, o número de indústrias no bleia Constituinte, que se reuniu em maio de 1823, no
país saltou de 175 para 600, concentrando-se na pro- Rio de Janeiro — em meio a um cenário político con-
dução de alimentos e tecidos e localizados, principal- turbado. Os diferentes grupos ideológicos presentes
mente, no Rio de Janeiro, em São Paulo, Minas Gerais na Assembleia entraram em conflito pelo poder, o que
188 e Rio Grande do Sul. levou à dissolução da Constituinte por Dom Pedro I,
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qualquer título, a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.
em 1824. O imperador então se reuniu com dez brasi- uma ameaça, temendo que eles agissem contra os
leiros de sua confiança e, em apenas 15 dias, redigiu interesses do Brasil. Em 23 de agosto, do mesmo ano,
a primeira Constituição do Brasil, que foi promulgada o governo local emitiu um pedido para que os brasi-
em 25 de março de 1824 (FAUSTO, 2019; SCHWARCZ e leiros não machucassem os portugueses, uma vez que
STARLING, 2018). havia um decreto imperial que punia os agressores.
Esse decreto evidenciava o nível de hostilidade dos
A primeira Constituição brasileira nascia de cima brasileiros em relação aos portugueses. Assim como
para baixo, imposta pelo rei ao “povo”, embora em Pernambuco, como mencionado anteriormente, a
devemos entender por “povo” a minoria de brancos dissolução da Assembleia Constituinte por Dom Pedro
e mestiços que votava e que de algum modo tinha I agravou ainda mais esses conflitos (MARIANO, 2007).
participação na vida política (FAUSTO, 2019, p. Na sede do governo paraibano, começaram a che-
128).
gar solicitações para que os portugueses da provín-
cia fossem presos, caso contrário, o próprio povo se
Após as atitudes autoritárias de Dom Pedro I, como
encarregaria de prendê-los e agredi-los. Para evitar
a dissolução da Constituinte, a imposição da Consti-
um tumulto ainda maior, o governo decidiu prender
tuição, e o estopim — a nomeação de um governador
todos os portugueses solteiros que residiam na Paraí-
indesejado —, surgiu em Pernambuco um movimento
ba, resultando na prisão de pelo menos 38 pessoas. Os
contrário à centralização de poder adotada pelo impe-
discursos antilusitanos expressavam o medo de que
rador, conhecido como Confederação do Equador. No
os estrangeiros agissem contra a “causa do Brasil” e
entanto, é importante ressaltar que esse movimento
trouxessem ideologias contrárias à independência,
não surgiu apenas como uma reação às ações de Dom
buscando recolonizar o país (MARIANO, 2007).
Pedro, mas sim, como resultado de um sentimento
O governo local não estava totalmente de acordo
que já existia desde 1817, em Pernambuco. Esse sen-
com o governo central, havia um medo de recoloni-
timento estava fundamentado em ideais republica-
nos, antiportugueses e contrários à centralização do zação partindo da capital — situação que piorou após
poder (federalismo). Cipriano Barata desempenhou uma nomeação de Recife para província da Paraíba.
um papel fundamental na disseminação desses ideais Um presidente vindo de Recife, Felipe Neri Ferreira,
em Pernambuco, porém sua atuação foi interrompida despertava grande desconfiança nesse por parte da
quando foi preso logo após a dissolução da Constituin- população local, que o viam como um representante
te. Quem assumiu o protagonismo no movimento foi dos direitos lusitanos; isso vale também para o secre-
Joaquim do Amor Divino, mais conhecido como Frei tário de Neri, Augusto Xavier de Carvalho. Em 26 de
março de 1824, um decreto passou a regular as novas

25
Caneca (FAUSTO, 2019; SCHWARCZ e STARLING, 2018)
eleições dos deputados e senadores da Assembleia

7-
No dia 2 de julho de 1824, Manuel de Carvalho pro-

84
clamou a Confederação do Equador. Geral Legislativa do Império e dos membros dos Con-
selhos Gerais das províncias. Vilas paraibanas como

0.
36
A Confederação do Equador deveria reunir sob for- Nova da Rainha e Real do Brejo de Areia não aceita-
.
ram, pois não reconheciam o presidente Neri (indica-
71
ma federativa e republicana, além de Pernambuco,
as províncias da Paraíba, Rio Grande do Norte, do pelo Imperador que dissolveu a Constituinte). Em
-1

Cerá e possivelmente, o Piauí e o Pará (FAUSTO, maio de 1824 foi criado um governo paralelo ao de
ia

2019, p. 132). Neri, comandado pelo sargento-mor Félix Antônio de


ar

Albuquerque. Esse governo durou até a eclosão da


M

A Confederação pretendia formar uma República Confederação do Equador, pois os líderes desse gover-
a
lv

baseada, inicialmente, na Constituição da Colômbia, no assumiram a liderança do movimento de contesta-


Si

e reivindicavam um Brasil organizado “às luzes do ção política na Paraíba (MARIANO, 2007).
século”, seguindo o “sistema americano” e fugindo aos
da

exemplos europeus. A Confederação não foi capaz de A PARAÍBA E A GUERRA DO PARAGUAI


ira

se manter frente ao exército do governo, foi derrotada


re

em várias províncias. Os rebeldes de Recife foram der- Um mês após o Brasil declarar guerra ao Paraguai,
Pe

rotados em cinco dias, pois foram atacados pelas tropas em dezembro de 1864, o presidente da província da
lideradas por Paes de Barros no dia 12 de setembro. Na
s

Paraíba recebeu uma mensagem do Ministro da Guer-


u

Paraíba, a situação não foi diferente e também foram


he

ra, Henrique de Beaurepaire Ruan, ordenando que a


derrotados. A Confederação teve seu completo fim em Tropa de 1ª Linha se concentrasse na Capital e aguar-
at

novembro de 1824 (SCHWARCZ e STARLING, 2018).


M

dasse o embarque para se unir às Tropas que iriam


Sobre as penalidades dadas aos rebeldes: lutar na Província do Rio Grande. Como resultado,
todas as tropas disponíveis da Província se reuniram
A punição dos revolucionários foi além das expecta-
HISTÓRIA DA PARAÍBA

na Fortaleza de Santa Catarina em Cabedelo, em ante-


tivas. Um tribunal manipulado pelo imperador con-
cipação ao navio.
denou à morte, entre outros, frei Caneca, Ratcliff e
Em 7 de janeiro de 1865, o imperador criou os Cor-
o major de pretos Agostinho Bezerra Cavalcanti. Os
próprios adversários, entre eles comerciantes por-
pos de Voluntários da Pátria, compostos por voluntá-
tugueses, enviaram ao rei pedidos de clemência em rios qualificados em cada Província que participariam
favor do último, que evitara excessos e mortes. Mas da guerra e, ao fim, seriam recompensados com 300
não foram ouvidos. Levados à forca, Frei Caneca mil-réis. A Guarda Nacional era a que compunha
acabou sendo fuzilado diante da recusa do carrasco majoritariamente esse grupo. A Força Pública tam-
em realizar o enforcamento (FAUSTO, 2019, p. 132). bém se apresentou ao grupo. Quanto à Força Policial
da Paraíba, não foi convidada, pois se entendia que
Na Paraíba, as tensões entre os grupos de “euro- deveria continuar seu trabalho na própria província.
peus” e “nacionais” começaram a afetar o cotidiano Houve, no entanto, a permissão para que, individual-
em 1823. Os brasileiros viam os portugueses como mente, os policiais se apresentassem para a guerra. 189
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Com a partida da Tropa de 1ª Linha, a Fortaleza de estado da Paraíba. O resultado das eleições entre Júlio
Santa Catarina ficou vazia, e a Força Pública mudou-se Prestes e Getúlio Vargas teve Prestes como vencedor.
para lá em 11 de abril de 1865 e esperou o embarque para Parte da oposição aceitou a vitória de Júlio Prestes,
a capital. O Batalhão de Voluntários da Pátria se concen- mas nem todos os opositores pensavam assim; come-
trava no Convento do Carmo e, em 6 de maio de 1865, o çou então a aparecer os chamados “tenentes civis” que
1º Batalhão de Voluntários da Pátria composto por 562 queriam uma resposta por meio das armas. O estopim
Praças partiu para o Porto do Capim, onde embarcou em para os revolucionários foi o assassinato de João Pes-
barcaças para Cabedelo e depois para o Rio de Janeiro no soa, uma vez que, como governador da Paraíba, tenta-
Vapor Paraná. A Força Pública deveria ter embarcado na ra subjugar os “coronéis” do interior; o assassino, João
mesma embarcação, mas não havia espaço físico. Dantas, era um de seus adversários políticos.
A narrativa foi a seguinte: a divergência de João Pes-
A PARAÍBA E O QUEBRA-QUILOS soa com os coronéis levou a uma revolta na cidade parai-
bana, Princesa. A família Dantas era amiga dos coronéis
Ocorreu como uma reação à tentativa do Impé- e uniu-se a eles. Em meio ao conflito, a polícia invadiu o
rio em modificar o sistema de pesos e medidas para escritório de João Dantas e levou alguns papéis de seu
o sistema métrico francês. Tal medida desagradava cofre — eram cartas de amor a uma professora; isto vin-
pequenos lavradores e consumidores, por temerem do a público, a mulher caiu em desonra e foi abando-
dificuldades em impostos. Na Paraíba, o foco da revol- nada pela família. João Dantas, para “lavar sua honra”,
ta ocorreu em Campina Grande, onde os agitadores matou João Pessoa. A morte de João Pessoa teve grande
quebraram instrumentos de medidas na feira e liber- repercussão e, é claro, foi usada pelos políticos.
taram os presos do local, além de incendiar o cartório. A revolução estourou em Minas Gerais e no Rio Gran-
Essa política foi contemporânea ao estabelecimento de do Sul no dia 3 de outubro de 1930. Já na região Nor-
do serviço militar por sorteio e a implementação do deste, o movimento teve seu início no dia 4 de outubro,
imposto sobre mercadorias nas feiras. o comandante era Juarez Távora e o centro de operações
foi no estado da Paraíba. O desfecho desse movimento
O RONCO DAS ABELHAS foi o não cumprimento do resultado das eleições que
haviam sido vencidas por Júlio Prestes: quem verdadei-
A Revolta do Ronco da Abelha, também chamada ramente assumiu a presidência do Brasil após a Revo-
de Guerra dos Marimbondos, ocorreu nos sertões de
lução de 1930 foi Getúlio Vargas. Getúlio viajou de trem
Pernambuco, Alagoas, Ceará e Paraíba, em 1851. Com
a intenção de fazer um censo demográfico e criar o até São Paulo e de lá seguiu para o Rio de Janeiro, onde

25
Registro Civil de Nascimento, o decreto imperial tor- chegou acompanhado por 3 mil soldados gaúchos. Ao

7-
nou obrigatória a apresentação dos cidadãos livres. desembarcar na capital da República, ele estava vestido

84
Vale lembrar que, em 1850, o tráfico de escravizados com uniforme militar e usava um imponente chapéu dos

0.
foi abolido, o que gerou o boato de que os cidadãos pampas. A posse de Getúlio Vargas como presidente, em

36
mais pobres seriam postos na condição de escravidão. 3 de novembro de 1930, marcou o fim da Primeira Repú-
Para conter a revolta, o governo foi obrigado a mover .
blica e o início de uma nova era, que naquele momento
71
cerca de mil soldados. O nome veio do som do povo ainda estava cheia de incertezas e indefinições (FAUSTO,
-1

nas feiras, que lembra o zumbido da abelha. 2019; BEZERRA, 2009).


ia
ar

Subindo ao poder em outubro de 1830, Getúlio


M

Vargas nele permaneceu por quinze anos, suces-


a
lv

A PARAÍBA NO SÉCULO XX sivamente, como chefe de um governo provisó-


Si

rio, presidente eleito pelo voto indireto e ditador.


da

A PARAÍBA NA REPÚBLICA Deposto em 1945 (FAUSTO, 2019, p. 284).


ira

O século XX foi um período de grandes transfor- A Ditadura Militar


re

mações em todo o Brasil, e a Paraíba não foi exceção.


Pe

No final do século XIX, a República foi proclamada e Durante o período da Ditadura Militar no Brasil,
s

uma das características políticas desse período era o que se estendeu de 1964 a 1985, a Paraíba foi ampla-
u
he

domínio dos oligarcas. No início do século XX, ainda mente impactada pelas políticas de repressão e autori-
tarismo implementadas pelo regime militar. Durante
at

existiam vestígios da estrutura oligárquica da Primei-


M

ra República na Paraíba — oligarquia se refere ao esse tempo, o estado enfrentou a restrição das liberda-
governo exercido por um pequeno grupo de pessoas des civis, a perseguição política e a repressão a movi-
que pertencem a uma mesma classe ou família. Embo- mentos sociais, além de lidar com desafios econômicos
ra a organização do país aparentasse ser liberal, na e sociais significativos. Nesse período a Paraíba era
prática, o poder estava concentrado nas mãos desse rural e os setores urbanos tinham pouca importância
pequeno grupo político (FAUSTO, 2019). no cenário político. A indústria era embrionária e o
motor da economia era a agricultura e a pecuária, e as
REVOLUÇÃO DE 30 terras estavam nas mãos de poucos proprietários. Na
Paraíba houve uma articulação por parte dos partidos
O governo do presidente da República Washington políticos União Democrática Nacional (UDN) e Partido
Luís foi relativamente tranquilo até 1929, mas os pro- Social Democrático (PSD) em prol do golpe militar. A
blemas começaram quando Washington insistiu que deposição de Goulart pegou a classe de esquerda de
quem deveria assumir seu lugar fosse um paulista. Isso surpresa; tentaram resistir, mas suas manifestações
levou mineiros e gaúchos a se unirem e lançarem o foram reprimidas pelos militares. Após o golpe houve
candidato de oposição — um gaúcho, Getúlio Vargas, e repressão, também, em cima dos movimentos sociais
190 seu vice-presidente, João Pessoa, então governador do (SOBREIRA, 2016).
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A variedade de projetos políticos tomava conta do uma política de pacificação do país e garantia dos
movimento golpista […]. Na Paraíba o que prevale- interesses das elites cafeicultoras de São Paulo. A par-
ceu foi a defesa da propriedade privada. Como prin- tir de 1898, foi criada a Política dos Governadores, ou
cipal classe econômica no estado, os latifundiários Política dos Estados, que reconhecia a autonomia das
impulsionaram e sustentaram o movimento gol- elites regionais — o que significava, por vezes, ignorar
pista. Através de uma rede de organizações, entre os excessos dessa elite. O controle do governo fede-
elas os partidos políticos, eles fizeram representar ral, a partir desse período, revezava-se entre Minas
seus interesses contra os movimentos sociais que Gerais e São Paulo, posto serem essas as unidades da
contestavam sua hegemonia econômica e política federação reconhecidas como as mais importantes, já
(SOBREIRA, 2016, p. 74). que seus eleitorados eram grandes e implicavam em
significativa presença parlamentar.
A Ditadura Militar marcou um período sombrio na A estabilidade política da República garantia-se por
história da Paraíba, caracterizado por violações dos meio de três procedimentos: a conservação, pelos gover-
direitos humanos, repressão política e censura. No nadores, dos conflitos à esfera regional; o reconheci-
entanto, a resistência e a luta pela liberdade e demo- mento, pelo governo federal, da autonomia dos estados
cracia também deixaram um legado de coragem e frente à política interna e, por fim, a manutenção de um
determinação. Com o processo de redemocratização processo eleitoral em que as fraudes eram frequentes.
do Brasil nos anos 1980, a Paraíba também foi impac- Alguns dos processos de fraudes presentes no regi-
tada. O fim da Ditadura Militar, em 1985, marcou o me podem ser exemplificados pela chamada “degola”,
retorno da democracia e a reconstrução das institui- que consistia no não reconhecimento do eleito pela
ções políticas e sociais no estado. Ainda hoje, os desa- Comissão de Verificação da Câmara dos Depurados,
fios enfrentados durante esse período continuam a e pelo “voto de cabresto”, que era uma prática mui-
influenciar o debate político e a busca por justiça e to comum e dizia respeito à lealdade dos votantes ao
reparação para as vítimas do regime militar na socie- chefe local. Havia, ainda, o chamado “curral eleito-
dade paraibana (SOBREIRA, 2016; FAUSTO, 2019). ral”, que aludia ao barracão onde os votantes eram
mantidos e vigiados, saindo do local apenas na hora
de depositar o voto, que já estava dado ao receberem
um envelope fechado. Esse movimento, para tanto,
ficou conhecido como Coronelismo, uma vez que os
OLIGARQUIAS, CORONELISMO E latifundiários que exerciam o poder político, eco-
CANGAÇO nômico e social, principalmente no interior do país,
mantinham-se no poder por meio de alianças políti-

25
cas com as oligarquias estaduais, por intermédio das
REPÚBLICA OLIGÁRQUICA E O CORONELISMO

7-
ações condicionadas que foram mencionadas.

84
O voto era uma espécie de moeda de troca, já que
Em uma tentativa de consolidar o projeto republi-

0.
as relações de poder se desenvolviam a partir do
cano, procurou-se alterar rapidamente nomes e sím-
36
município, o que deu origem ao que os historiadores
bolos, procurando evidenciar a mudança de regime. O .
chamam de coronelismo. Esse fenômeno dava vis-
71
largo do Paço passou a se chamar 15 de novembro e tas a um complexo sistema de negociação entre che-
-1

a Estrada de Ferro Pedro II passou a ser a Central do fes locais e governadores de estados, e destes com o
Brasil. Mudou-se, também, o impresso no papel-moeda,
ia

presidente. O coronel foi um elemento fundamental


ar

deixando de lado imagens da monarquia e pondo no na estrutura oligárquica, que se baseou nos poderes
M

lugar símbolos da República. Ainda assim, a população personalizados, concentrado nas grandes fazendas
não se acostumou tão rapidamente com as mudanças,
a

e latifúndios. O coronel apoiava o governo estadual


lv

por vezes se referindo aos nomes e símbolos advindos com seus votos e em troca o governo garantia o poder
Si

do tempo da monarquia. Procurou-se, ainda, construir do coronel sobre seus dependentes e oponentes, por
da

novos heróis e o principal deles foi Tiradentes, trans- meio da cessão de cargos públicos. A República man-
formado, no período, em mártir da República.
ira

tinha-se, dessa forma, por via de favoritismo, negocia-


A Constituição de 1891 estabeleceu as bases do ções e repressão.
re

novo regime: presidencialista e federalista. Para além


Pe

disso, a Igreja separou-se do Estado e se instituiu o


s

regime civil para casamentos, nascimentos e mortes.


u

O federalismo organizava o novo regime em bases


he

descentralizadas, de modo que as antigas províncias,


at

agora estados, obtivessem maior autonomia, caindo


M

por terra a concepção de centralismo que vigorava na


monarquia.
Como se sabe, houve um consenso a respeito da
HISTÓRIA DA PARAÍBA

importância do Exército para a efetivação do golpe


de 1889 e para a implantação da República, o que lhe
conferiu enorme prestígio; mas também incentivou a
ambição política desse grupo, o que não foi visto com
os mesmos bons olhos. Havia desunião e desacordo
entre as elites civis a respeito do papel que deveria
ser desempenhando pelo Exército na nova sociedade
e no novo regime.
Em 1894, depois de anos em que o governo da
República havia ficado nas mãos de militares, novas
eleições foram convocadas, e Prudente de Morais, do Charge de 1927 ironizando a prática do voto de cabresto.
Partido Republicano Paulista, venceu a disputa. Era a
vitória da corrente moderada do PRP, que pretendia Fonte: Educação O Globo. 191
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CANGAÇO
REVOLUÇÃO CONSTITUCIONALISTA
O movimento do cangaço foi uma forma conhecida DE 1932
como banditismo social, isto é, a violência dos ataques
e saques aos municípios e vilarejos do sertão nordesti-
Em 1930, Getúlio Vargas assumiu o governo do
no envolvia disputas de terras, coronelismo, vinganças
país como ditador após liderar o Movimento Revo-
pessoais, revolta com a situação de miséria e a falta de
assistência do poder público. Esses bandos eram for- lucionário que depôs o presidente Washington Luís.
mados por jagunços e antigos capangas de fazendeiros Esse movimento foi baseado nos ideais tenentistas e
que perambulavam armados pelo interior do nordes- defendia mudanças profundas na estrutura do Estado.
te. Os cangaceiros tornaram-se extremamente temidos Os tenentes ocuparam as principais funções de
por todo o país, sendo seu mais famoso líder Virgulino confiança do governo, mas não demonstraram inte-
Ferreira da Silva, o Lampião. Quando de sua morte, em resse em redemocratizar o país. Isso levou o Partido
1938, sua cabeça foi exibida em praça pública, ao lado Republicano Paulista e o Partido Democrático a se
de outros do seu bando, como sua companheira, conhe- unirem na busca por objetivos comuns, incluindo a
cida como Maria Bonita. retirada de Getúlio do poder e a convocação de uma
Assembleia Constituinte.
As tensões políticas aumentaram até que, em 9 de
julho de 1932, os dirigentes do movimento se decla-
raram rebeldes e exigiram a renúncia de Getúlio e a
entrega do governo a uma Junta Governativa. Para
enfrentar as Forças Revolucionárias Paulistas, o
governo convocou todas as Tropas Federais sediadas
nos estados, incluindo a Polícia Militar da Paraíba.
Para suplementar esse efetivo, foram organizados
três Batalhões Provisórios formados por civis voluntá-
rios com alguns deles comissionados como oficiais. O
batalhão do efetivo permanente da Polícia Militar da
Paraíba seguiu para a frente de combate sob o coman-
Lampião e Maria Bonita. do do capitão do exército Aristóteles de Souza Dantas
que teve uma importante participação nas lutas no
Fonte: Aventuras na História. norte do estado de São Paulo.

25
Os três batalhões formaram o Regimento Policial

7-
Provisório sob o comando do coronel do exército Antô-

84
nio Marinho de Almeida e seguiram para participar

0.
dos combates na Frente Sul do Estado Revolucionário.

36
REVOLTA DE PRINCESA
.
71
Esse foi um conflito marcante na história da Paraí-
-1

ba. No dia 28 de fevereiro de 1930, a cidade de Prin-


ia

cesa Isabel declarou sua independência temporária, INTENTONA COMUNISTA 1935


ar

adotando seu próprio hino, bandeira e leis. Esse epi-


M

sódio ficou conhecido como a Revolta de Princesa, Em 1929, a quebra da bolsa de Nova York marcou o
a

início da crise do capitalismo global, enquanto a Rús-


lv

representando a dissolução de Princesa (que na época


Si

possuía esse nome) com o estado da Paraíba. sia consolidava o comunismo na década de 1920. A
ascensão do comunismo na Europa pressionou o capi-
da

Essa revolta também data do período que antece-


dia as eleições presidenciais de 1930, quando Getú- talismo, o que levou à criação dos movimentos Nazis-
ira

lio Vargas e João Pessoa confrontaram Júlio Prestes ta e Fascista na Alemanha e Itália, respectivamente.
re

e Vital Soares. O impasse começou em 1928, com a Ambos os movimentos defendiam a implantação
Pe

eleição de João Pessoa para a presidência da Paraíba de governos totalitários para manter o sistema capi-
talista, em oposição ao comunismo. No Brasil, o pri-
s

(cargo que se equipara atualmente à governador). A


u

última chapa ganhou o pleito. meiro partido comunista foi fundado em 1922, mas o
he

Além do parentesco com Epitácio Pessoa (que essa movimento só ganhou força a partir da adesão de Luiz
at

capital da Paraíba homenageia hoje), a revolta tam- Carlos Prestes ao comunismo em 1931. Em resposta
M

bém contou com outras figuras de grande importân- à expansão do comunismo, o Movimento Integralista
cia, como João Dantas, João Suassuna, Carlos Pessoa e Brasileiro foi criado em 1932, promovendo valores
o coronel José Pereira Lima, conhecido como Coronel nacionais como Deus, Pátria e Família para atrair a
Zé Pereira. simpatia dos militares brasileiros.
O coronel Zé Pereira era um rico negociante de Em 1934, a Internacional Comunista foi pressio-
algodão que exercia influência na região de Serra nada por Prestes para investir em uma revolução no
do Teixeira. O novo governo tinha a intenção de pôr Brasil, levando à criação da Aliança Nacional Liber-
fim ao coronelismo que prevalecia naquela época. tadora (ANL), destinada a consagrar o operariado e a
O governador determinou um sistema de tributação classe camponesa à causa revolucionária. Com dificul-
rigoroso que tratava a mercadoria importada pelo lito- dades para se infiltrar nos meios populares e rejeição
ral e a adquirida pela fronteira terrestre, empurrando legal, a ANL foi fechada pelo governo em 1935.
o comércio do sertão para outra direção. A tensão que Prestes tentou organizar um movimento revolu-
surgira levou ao conflito conhecido como Guerra Tri- cionário com base em civis e militares em 1935, mas o
butária, em que os irmãos Pessoa de Queirós foram movimento foi debelado pelo governo, ficando conhe-
jogados na batalha contra o primo João Pessoa. cido como Intentona Comunista. A revolta começou
192
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qualquer título, a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.
em Natal, onde os praças do 21º Batalhão de Caçado- e militares. Procurava-se, assim, formar uma
res lideradas pelo funcionário civil Lauro Cortez Lago “ideologia estadonovista” que fosse aceita pelas
prenderam o oficial de dia e tomaram o quartel. diversas camadas sociais, por grupos profissionais
O governo organizou uma resistência que levou à e intelectuais. Cabia também ao DIP o preparo das
rendição da tropa legal e prisão de todos os oficiais. gigantescas manifestações operárias, particular-
A população viveu um clima de terror por três dias, mente no dia 1º de maio, quando os trabalhadores,
com bancos e repartições públicas saqueados e mui- além de comemorarem o Dia do Trabalho, presta-
tas desordens na cidade. No Rio Grande do Norte, os vam uma homenagem a Vargas, apelidado de “o
revolucionários formaram três colunas e ocuparam pai dos pobres”.
várias cidades.
O Tenente Lamartine Coutinho liderou um grupo
de rebeldes que iniciou a revolta no Quartel do 29º
BC nas proximidades de Recife, em seguida marchan-
do para o centro da cidade e sendo derrotado alguns
dias depois pelo governo. O movimento se estendeu
para o Rio de Janeiro, onde muitos oficiais aderiram
ao movimento, mas o governo estava preparado e a
luta foi sangrenta.

A PARAÍBA NO ESTADO NOVO DE


VARGAS A PARAÍBA E A SEGUNDA
GUERRA MUNDIAL
Estado Novo (1937-1945)

Embora Vargas agisse habilidosamente, com o


intuito de aumentar o próprio poder, não foi somen-
te sua atuação que gerou o Estado Novo. Pelo menos

25
três elementos convergiam para sua criação: a defe-

7-
Propaganda veiculada durante o Estado Novo.
sa de um Estado forte por parte dos cafeicultores,

84
que dependiam dele para manter os preços do café;

0.
Fonte: Indagação.
os industriais, que seguiam a mesma linha de defesa

36
dos cafeicultores, já que o crescimento das indústrias
.
Com a criação do Departamento Administrativo do
71
dependia da proteção estatal; as oligarquias e a classe
Serviço Público (DASP), além de centralizar a reforma
-1

média urbana, que se assustavam com a expansão da


administrativa, o governo tinha poderes para elabo-
esquerda e julgavam que para “manter a ordem” era
ia

rar o orçamento dos órgãos públicos e controlar a exe-


ar

necessário um governo forte. cução orçamentária deles. Com a criação do DASP e


M

Além disso, Vargas tinha também o apoio dos mili- do Conselho Nacional de Economia, não só a atuação
a

tares. Durante o período, foram implacáveis o autori- administrativa e econômica do governo passou a ser
lv

tarismo, a censura, a repressão policial e política e a muito mais efetiva, como também aumentou conside-
Si

perseguição daqueles que fossem considerados inimi- ravelmente o poder do Estado.


da

gos do Estado. A cafeicultura foi convenientemente defendida, a


ira

Em termos práticos, o governo do Estado Novo exportação agrícola foi diversificada, a dívida exter-
funcionou da seguinte maneira:
re

na foi congelada, a indústria cresceu rapidamente, a


Pe

mineração de ferro e carvão expandiu e a legislação


z o poder político concentrava-se todo nas mãos do trabalhista foi consolidada com a adoção da Consoli-
s

presidente da República; dação das Leis do Trabalho (CLT).


u
he

z o Congresso Nacional, as Assembleias Estaduais e As principais empresas estatais criadas no perío-


at

as Câmaras Municipais foram fechadas; do foram: CSN — Companhia Siderúrgica Nacional


M

z houve o fechamento de todos os partidos políticos; (1940); Companhia Vale do Rio Doce (1942); CNA —
z o sistema judiciário ficou subordinado ao Poder Companhia nacional de Álcalis (1943); FNM — Fábri-
Executivo; ca Nacional de Motores (1943) e CHESF — Companhia
HISTÓRIA DA PARAÍBA

z os Estados eram governados por intervento- Hidroelétrica do São Francisco (1945).


res nomeados por Vargas, os quais, por sua vez, O antigetulismo tentava apontar para a contradição
nomeavam os prefeitos municipais; de um regime ditatorial que lutava por democracia ao
z a Polícia Especial (PE) e as polícias estaduais adqui- lado dos aliados na Europa. A pressão política acabou
riram total liberdade de ação, prendendo, tortu- por levar o governo a aprovar o Ato Adicional nº 9, que
rando e assassinando qualquer pessoa suspeita de previa a realização de eleições e a liberdade partidária.
se opor ao governo; Entre abril e julho de 1945, o Partido Comunista Brasilei-
z a propaganda pela imprensa e pelo rádio foi lar- ro voltou a funcionar, e foram fundados a União Demo-
gamente usada pelo governo, por meio do Depar- crática Nacional (UDN), o Partido Trabalhista Brasileiro
tamento de Imprensa e Propaganda (DIP). O DIP (PTB) e o Partido Social Democrático (PSD).
era incansável tanto na censura quanto na propa- O debate sobre a possibilidade de Vargas concor-
ganda, voltada para todos os setores da sociedade, rer às eleições foi bastante tenso; quando ele nomeou
como operários, estudantes, classe média, crianças seu irmão Benjamin Vargas para a chefia da Polícia do
193
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Distrito Federal, a oposição e o Alto Comando do Exér- A respeito do conflito aludido no baião Paraíba, assina-
cito não aceitaram. Todavia, sem maiores resistências, le a alternativa que indica corretamente o nome dele e
Getúlio aceitou a deposição em 29 de outubro de 1945. sua consequência para a política nacional da época.
Na ausência de Congresso, José Linhares, presi-
dente do STF, dirigiu o país até a posse do eleito Eurico a) A Revolta da Princesa. Assassinato de João Pessoa,
Gaspar Dutra em 31 de janeiro de 1946. Vargas seguia, candidato a vice-presidente de Getúlio Vargas
mesmo de sua fazenda em São Borja (RS), uma lide- b) Revolução de 1930. Getúlio Vargas foi eleito o presi-
rança importante. Não à toa, voltaria ao Palácio do dente do Brasil
Catete através do voto em 1951. c) A Revolta do Ronco da Abelha. Dividiu as fronteiras
Nos últimos anos, os estudos sobre como a Segun- das províncias de Pernambuco e Paraíba
da Guerra Mundial afetou o dia a dia do Brasil têm d) Guerra dos Mascates. Expandiu o “coronelismo” para
progredido significativamente, especialmente em o território brasileiro
relação ao Nordeste do país. A localização geográfica
da região tornou-a uma área estratégica e durante o 3. (IBFC — 2018) Leia o texto a seguir sobre algumas
conflito, as forças do Eixo realizaram inúmeros ata- revoltas populares que ocorreram na Paraíba no
ques ao litoral, incluindo o afundamento dos navios século XIX.
Itagiba, Arara e Jacira entre os dias 17 e 19 de agosto
de 1942 pelo submarino alemão U-507. A ocorreu em 1874, ficou assim conhecida pela
Além dos ataques aos navios brasileiros, pesquisas modificação que provocou no sistema de pesos e medi-
indicam que a guerra teve efeitos em todos os estados, das, fato este que desencadeou uma grande revolução na
seja em maior ou menor grau, como racionamento de Paraíba.
alimentos, mudanças na moda e no cinema, censura, A ocorreu em cinco províncias do Nordeste. Os
espionagem, educação cívica, impactos na economia e revoltosos eram contrários aos decretos imperiais
nas celebrações culturais — como os enredos carnava- que obrigava a população a fornecer dados pessoais,
lescos que abordavam o tema da guerra —, entre outros. tais como: número de nascimentos e óbitos na famí-
João Pessoa, capital da Paraíba, também foi afe- lia; filiação; estado civil; cor da pele.
tada pelos anos de guerra, especialmente em 1942, Na os revoltosos eram os liberais adversativos dos
quando o Brasil rompeu relações diplomáticas com o conservadores (grandes latifundiários e comercian-
Eixo, entrou oficialmente na guerra ao lado dos Alia- tes portugueses). A revolta se iniciou em Recife, os
dos e fomentou uma forte campanha mobilizadora. liberais exigiam: a divisão dos latifúndios; a liberdade
de imprensa; o fim da oligarquia política.

25
Assinale a alternativa que preencha correta e respec-

7-
HORA DE PRATICAR! tivamente as lacunas do texto.

84
0.
a) Revolta do Ronco da Abelha; Guerra dos Mascates;
36
1. (IBFC — 2018) “Esse estudo traz em sua essência a
Revolução Praieira
discussão sobre os fatos que ocorreram na Paraíba, .
71
durante o período da ‘Primeira República’. Fatos estes b) Revolta do Quebra-Quilos; Revolta do Ronco da Abe-
-1

que vieram a desencadear um conflito armado, dentro lha; Revolução Praieira


c) Guerra dos Mascates; Revolta do Ronco da Abelha;
ia

deste estado, entre dois tipos de poder: o ‘poder priva-


Revolução de Princesa
ar

do’ [representado, no conflito específico, pelo ‘coronel’


M

d) Revolução de Princesa; Revolta do Quebra- Quilos;


José Pereira Lima] e o ‘poder instituído’ [representado
Intentona Comunista de 1935
a

por João Pessoa Cavalcanti de Albuquerque]. O pri-


lv
Si

meiro, caracterizado pelo coronel, figura que consti-


4. (IBFC — 2018) “A década de 1950 marca um período
tuía a base do sistema político da época; e, o segundo,
da

de transição tanto na sociedade brasileira quanto na


concentrado nas mãos do chefe político estadual.
nordestina e na paraibana. [...] É nesse contexto de
ira

mudanças que nasce e se consolida o movimento das


re

Fonte: JANUÁRIO, 2009. (Adaptado).


Ligas Camponesas”.
Pe

Assinale a alternativa que indica corretamente o


s

Fonte: TARGINO; MOREIRA; MENEZES, 2011.


u

nome do conflito aludido no texto acima.


he

Sobre este movimento social do campo, assinale a


at

a) Guerra de Canudos alternativa incorreta:


M

b) Revolução Praieira
c) A Revolta do Quebra-Quilos a) As Ligas Camponesas se originaram no Engenho da
d) A Revolta de Princesa Galileia (Pernambuco) e em 1958 foi fundada a Liga
Camponesa de Sapé, primeira da Paraíba
2. (IBFC — 2018) Como explica a professora Alômia b) A ousadia dos camponeses paraibanos despertou
Abrantes em seu texto ‘Paraíba Masculina’: honra a ira dos latifundiários da época, em 1962 o líder da
e virilidade na Revolução de 1930”, o baião Paraíba, Liga de Sapé, João Pedro Teixeira, foi assassinado
composto por Luiz Gonzaga e Humberto Teixeira, c) As Ligas Camponesas na Paraíba tiveram amplo apoio
homenageia o estado ao fazer referência indireta a da Igreja Católica, do Sistema Judiciário, da Secretaria
um conflito interno entre “coronéis” e o poder público de Segurança Pública e dos latifundiários locais
estadual cujas consequências impactaram na polí- d) As Ligas Camponesas tiveram como finalidades: aca-
tica nacional em 1930. Os versos que fazem alusão bar com o analfabetismo rural através de criação de
ao conflito são: “Paraíba masculina, Muié macho sim escolas; prestar assistência técnica agrícola; assis-
sinhô”; “Eita pau pereira, que em Princesa já roncou”; tência jurídica para casos de exploração do trabalha-
“Eita Paraíba, Muié macho sim sinhô.” dor rural, entre outras
194
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5. (IBFC — 2014) Para assegurar a posse efetiva das ter- 8. (IBFC — 2014) Em relação a população indígena ana-
ras para Portugal, uma das medidas adotadas foi à lise as afirmativas abaixo, dê valores Verdadeiro (V)
criação da Capitania da Paraíba, no ano de 1.574, por ou Falso (F) e assinale a alternativa que apresenta a
ordem do rei . sequência correta de cima para baixo.

Assinale a alternativa que completa corretamente a ( ) Os índios Cariris se encontravam em maior número
lacuna. que os tupis e ocupavam uma área que se estendia
desde o planalto da Borborema até os limites do Cea-
a) Dom Manuel. rá. Rio Grande do Norte e Pernambuco.
b) Dom Henrique. ( ) Os índios Tabajaras - eram mais numerosos que os
c) Dom Sebastião. Portiguaras e ocupavam numa pequena região nos
d) Dom João. limites do Rio Grande do Norte com a Paraíba.
( ) Os índios Potiguaras na época da fundação da Paraí-
6. (IBFC — 2014) Quando o governador geral Dom Luis ba, os Potiguaras formavam um grupo de aproxima-
de Brito recebeu a ordem para separar Itamaracá, damente 5 mil pessoas. A aliança que firmaram com
recebeu também do rei de Portugal a ordem de punir os portugueses foi de grande proveito para os índios
os índios responsáveis pelo massacre, expulsar os quando da conquista da Paraíba e fundação de João
franceses e fundar uma cidade. Assim, começaram as
Pessoa.
cinco expedições para a conquista da Paraíba. Faça a
associação correta:
A sequência correta das assertivas é:
I. 1.574.
II. 1.575. a) F-V-V
III. 1.579. b) V-V-V
IV. 1582. c) F-F-F
V. 1.584. d) V-F-F

( ) Frutuoso Barbosa volta decidido a conquistar a Paraí- 9. (IBFC — 2014) Em relação à presença holandesa na
ba, mas desiste após perder um filho em combate. Paraíba, é correto afirmar:
( ) Expedição comandada pelo governador geral Dom
Luis de Brito, que foi prejudicada por ventos desfavo- I. A instalação da empresa açucareira no Brasil contou
ráveis e eles nem chegaram às terras paraibanas. com a participação holandesa, desde o financiamen-

25
( ) A expedição chega a Paraíba e captura cinco navios to das instalações até a comercialização no mercado

7-
de traficantes franceses, solicitando mais tropas de europeu.

84
Pernambuco e da Bahia para assegurar os interesses II. O primeiro governador na província holandesa da

0.
portugueses na região. Paraíba e Rio Grande do Norte foi Duarte Gomes da

36
( ) Dom Fernão da Silva, comandante da expedição, Silveira, que em nome do Príncipe de Orange dos
teve sua tropa surpreendida por indígenas e teve que .
71
Estados Gerais e da Companhia, fez aos paraibanos,
recuar para Pernambuco.
-1

em ata de 13 de janeiro de 1.635 várias promessas.


( ) Ainda sob forte domínio “de fato” dos franceses, foi III. O controle holandês sobre a Paraíba durou apenas 10
ia

concedida, por dez anos, ao capitão Frutuoso Barbo- anos, de 1.634 a 1.644.
ar

sa a Capitania da Paraíba, desmembrada de Olinda. IV. Na época da invasão holandesa, a população era divi-
M

dida em dois grupos: os homens livres (holandeses,


a

A sequência correta de cima para baixo é:


lv

portugueses e brasileiros) e os escravos (de proce-


Si

dência brasileira ou africana).


a) I, II, III, IV, V.
da

V. Quando da invasão holandesa ao nordeste do Brasil,


b) IV, II, V, I, III. a Paraíba era a terceira capitania em ordem de gran-
ira

c) V, IV, III, II, I. deza e importância econômica na colônia, sendo pre-


re

d) III, V, I, II, IV.


cedida pela Bahia e Pernambuco. Era esta riqueza e
Pe

prosperidade que atraía os invasores.


7. (IBFC — 2014) Leia o enunciado a seguir.
u s
he

Estão corretas apenas as afirmativas:


Os europeus que vieram para o estado eram predomi-
at

nantemente , é isso desde o início da colonização do


M

a) I, IV e V.
século . Estes chegaram à Paraíba
provenientes principalmente da Capitania de . O b) II e III.
pequeno número de mulheres na época estimulou c) I, III e V.
HISTÓRIA DA PARAÍBA

logo cedo a miscegenação com mulheres das tribos d) II e IV.


locais e, em menor escala, com as mulheres ,
sedimentando a base da população atual. 10. (IBFC — 2014) Em 1.930 um grupo armado, sediado
na cidade de Princesa, no alto sertão paraibano, ten-
Assinale a alternativa que preencham adequa e res- tou conturbar a ordem públicas no interior do Estado.
pectivamente as lacunas. Os acontecimentos mais marcantes desse confronto
foram:
a) Portugueses - XVI - Pernambuco - brancas - escravas.
b) Holandeses - XV - Ceará - brancas - índias. I. O desastre da Água Branca, em que cerca de
c) Italianos - XVI - Rio Grande do Norte - pardas 200 (duzentos) policiais foram mortos em uma
- brancas. emboscada.
d) Portugueses - XV - Rio Grande do Norte - negras II. A tomada, pela Polícia, das cidades de Teixeira, Ima-
- caboclas. culada e Tavares. 195
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III. Cerco de Tavares, que se achava ocupada pela Polícia
e foi cercada por grupos ode cangaceiro, durante 18
dias.

Estão corretas as afirmações:

a) I e II.
b) I, II e III.
c) II e III.
d) I e III.

9 GABARITO

1 D

2 A

3 B

4 C

5 D

6 B

7 A

8 D

9 A

10 B

25
7-
84
ANOTAÇÕES

0.
. 36
71
-1
ia
ar
M
a
lv
Si
da
ira
re
Pe
u s
he
at
M

196
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Entre outros elementos, os citados anteriormente
podem auxiliar o leitor a identificar o sentido do texto
com mais precisão, são estes conhecimentos exercitados
a partir do estudo do idioma, seja ele de forma técnica e

LÍNGUA INGLESA/LÍNGUA
instrumental a fim de realizar uma prova ou em estudos
mais aprofundados que têm como objetivo promover a
fluência.
ESPANHOLA O objetivo, ou o propósito, do texto se encontra em
meio à leitura e é possível de se identificar e compreen-
der apenas a partir de uma leitura atenta que vai além do
que está escrito. Bem como mencionado anteriormente,
a identificação de quem é o autor e o narrador, a quem
LÍNGUA INGLESA se destina o texto, o contexto nele presente, o assunto tra-
tado e a linguagem empregada, são elementos cruciais
COMPREENSÃO DE TEXTOS E CAPACIDADE DE para o entendimento do serviço a que se presta o texto.
COMPREENDER IDEIAS GERAIS E ESPECÍFICAS POR O propósito pode ser relatar um fato, contar novi-
MEIO DA ANÁLISE DE TEXTOS SELECIONADOS DE dades, listar ou enumerar itens, reportar um crime,
LIVROS, JORNAIS OU REVISTAS, QUE ABORDEM expor uma opinião, entre muitas outras possibilida-
TEMAS CULTURAIS, LITERÁRIOS E CIENTÍFICOS des que deverão ser observadas no decorrer da lei-
tura. Alguns marcadores como nomes, datas, locais,
Para realizar uma leitura bem-sucedida em outro dados, estatísticas, números em geral, pronomes de
idioma, é preciso estar atento a alguns métodos e tratamento, podem servir como indicativos do propó-
recursos capazes de auxiliar a interpretação textual. sito do texto a partir da percepção do conteúdo pre-
sente e do teor da mensagem encontrada no texto.
COMPREENSÃO
Compreensão Escrita
Compreender é a capacidade de assimilar, inter-
pretar e perceber o significado de algo. Compreender Quando se trata de compreender o sentido lexical,
um idioma significa entender a coerência das infor- semântico e gramatical de um texto na língua inglesa,
mações de sua comunicação. O objeto da compreensão utilizamos recursos que partem de princípios simples:
da língua inglesa pode estar situado em diferentes for- identificação dos principais elementos do idioma,

25
mas de comunicação, para cada qual existem manei- ainda que partindo de um panorama básico de com-

7-
ras mais apropriadas e adequadas de identificar o preensão e fluência no idioma. São eles:

84
sentido, o propósito, o contexto, o estilo, a técnica e as

0.
informações presentes na mensagem. z gramática básica (tempos verbais, adjetivos, advér-

36
Ao buscar compreender o sentido e o propósito bios e pronomes);
.
71
de um texto na língua inglesa, faz-se necessário iden- z vocabulário básico (substantivos);
tificar elementos chave capazes de sintetizar infor-
-1

z expressões idiomáticas (contexto cultural);


mações, decodificar signos linguísticos, entender a
ia

semântica, ou seja, o sentido do texto, bem como seu


ar

A partir de um breve conhecimentos dos itens


propósito. Estes elementos podem estar presentes nos
M

mencionados, de maneira geral e simplista, é possí-


aspectos gramaticais do texto, um dos tópicos essen-
a

vel partir para uma leitura geral do que está escrito e


lv

ciais para o estudo da interpretação textual, mas compreender a mensagem. É, no entanto, importante
Si

podem também ser percebidos no contexto, no recor- ler nas entrelinhas enquanto se decodifica uma men-
da

te, no tipo de linguagem (formal, informal, técnica sagem escrita, isso significa ser capaz de identificar o
etc.), no vocabulário utilizado, entre outros elementos
ira

gênero textual, o tipo do narrador, o objetivo da men-


estratégicos para a interpretação correta do texto. sagem e o contexto em que ela está inserida.
re

Para que o leitor compreenda o sentido do texto,


Pe

antes de qualquer leitura direta, é primordial que se Compreensão Oral


s

faça um processo de escaneamento do texto em bus-


LÍNGUA INGLESA/LÍNGUA ESPANHOLA
u

ca de palavras-chave e informações que indiquem a


he

Além dos elementos citados anteriormente quanto


quem o texto se direciona, quem é o autor e seu nar-
at

à compreensão escrita, a compreensão oral tem suas


rador, a qual categoria textual ele pertence (artigo,
M

peculiaridades e particularidades dignas de serem enfa-


crônica, conto, carta, bilhete etc.) e qual o assunto tra-
tizadas, pois se diferenciam do padrão escrito. Diferente-
tado. A partir desta coleta de informações, é possível
mente da comunicação escrita, a fala é uma ação fluída
iniciar a leitura inicial, que irá buscar identificar o
e em constante mudança. A percepção da comunicação
sentido do texto. O sentido indica o que o interlocutor
oral não apenas de elementos linguísticos, mas do con-
quer dizer com que propôs escrever. A capacidade de
texto cultural e social do falante e do ouvinte.
identificar o sentido está intrinsecamente ligada ao
O momento da fala pode sofrer interferências de
conhecimento e à identificação de:
ruídos, sejam eles literalmente barulhos que atrapa-
lham no momento da audição, ou ruídos no sentido
z palavras; de interferências no meio transmissor da mensagem
z expressões idiomáticas; (telefone, áudio, rádio, televisão, etc.). Tudo isso atra-
z verbos frasais; palha tanto a transmissão quanto a recepção da men-
z tempos verbais; sagem, o que dificulta sua compreensão de modo
z contextos; geral. A compreensão oral na língua inglesa depen-
z aspectos culturais e sociais; de de diversos elementos que devem ser levados em
z adjetivos, advérbios e pronomes; consideração: 197
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z Sotaque: ainda que a língua seja a mesma, sota- z Concordância de ideias: quando há concordân-
ques diferentes podem alterar a compreensão de cia entre duas ideias na mesma oração de acordo
um idioma em diferentes países ou até diferentes com o sentido proposto pela frase e não existem
estados de um mesmo país; além dos diferentes contradições.
sotaques famosos, como o sotaque britânico e o Ex.: She is a vegetarian, that’s why she only eats
estadunidense, dentro de um mesmo país existem meat. (Ela é vegetariana, por isso ela apenas come
diferenças, como por exemplo o sotaque do sul e o carne). Nesta oração, há contradição, pois o fato de
sotaque do norte dos Estados Unidos, que possuem o sujeito ser vegetariano indicaria o não consumo
distinções claras; de carne, o ideal seria “She is a vegetarian, that’s
z Dialeto: bem como a diferença de sotaques, why she doesn’t eat meat” (Ela é vegetariana, por
alguns países possuem dialetos próprios, a comu- isso ela não come carne);
nidade negra na Inglaterra e nos Estados Unidos z Ordem, relevância e progressão semântica: em
possuem formas específicas de comunicação que geral, ações possuem uma ordem para acontece-
dizem respeito ao seu contexto social e sua cultura, rem e cada qual tem a sua importância na constru-
com raízes provindas de diversos países africanos; ção de uma oração, o que for relevante e coerente
comunidades latinas também mesclam o idioma para com o contexto do que está expresso deve vir
inglês com o espanhol e incorporam palavras de antes do menos importante ou daquilo que é resul-
seu idioma nativo ao inglês, ou até modificam tado de uma ação, em uma sequência lógica que
palavras existentes, algo comum no meio latino; não altere o sentido da narrativa. Observe:
z Classe social: o fator econômico pode interferir Ex.: He woke up, brushed his teeth, had breakfast and
na comunicação oral de maneira muito clara; um got dressed for work. (Ele acordou, escovou os dentes,
indivíduo rico com um alto nível de formação edu- tomou café da manhã e se vestiu para o trabalho).
cacional irá se comunicar de uma forma e um indi-
víduo sem educação formal, morador da periferia, Contextos, Aspectos Sociais e Culturais
irá se comunicar de outra.
Ainda diante do tema de compreensão, seja ela
Compreensão da Utilização de Mecanismos de textual ou oral, na língua inglesa, alguns aspectos
Coesão e Coerência que vão além da língua se fazem muito importantes
para o real entendimento de um texto. Dentre eles, o
Coesão e coerência são dois mecanismos funda- contexto e seus aspectos sociais e culturais se fazem
mentais tanto para a produção de textos, o que os presentes e deves ser bem analisados para que qual-

25
torna igualmente importantes para a compreensão quer fragmento textual possa ser compreendido. Ter

7-
textual. Antes de conhecer alguns elementos presen- a habilidade de identificar o contexto histórico, a cul-

84
tes nestes dois mecanismos, é preciso entender do tura da época e a forma como se davam as relações

0.
que se tratam. Coesão diz respeito à interligação de sociais em uma obra literária em inglês facilita a com-

36
elementos entre palavras e frases em uma sentença preensão da obra como um todo, pois permite que o
.
71
de maneira correta e a coerência trata-se da ligação leitor amplie as noções do texto que irá ler.
-1

de sentido lógico destes elementos, para que a men- As obras de William Shakespeare, grande escritor
sagem seja coerente. Confira alguns elementos utiliza- inglês, foram escritas sob o prisma de uma realida-
ia
ar

dos para construir coesão e coerência no texto. de diferente da que vivemos atualmente. Do século
M

Em coesão: XVI ao século XVII, o dramaturgo escreveu romances


a

em que se podiam observar reflexos dos costumes


lv

z Substituições: algumas expressões e substantivos e usos da sociedade em que vivia à época; desde a
Si

podem ser substituídos por outro termo para evi- própria linguagem do narrador até o curso da histó-
da

tar repetições desnecessária, como é o caso do uso ria, a trajetória dos personagens, a maneira como se
ira

de nomes próprios e dos pronomes. comunicam, se vestem, suas configurações e relações


Ex.: Anna really wants to study abroad, she enjoys visi- familiares e sociais, entre outros aspectos, todos os
re

elementos representados pelo autor em suas obras


Pe

ting different countries. (Anna realmente quer estu-


dar no exterior, ela gosta de visitar países diferentes); devem ser lidos pelo leitor a partir da ótica de uma
s

z Conjugação verbal adequada: ainda que a con- realidade diferente da que vivemos no século XXI.
u
he

jugação verbal e seus respectivos pronomes sejam Ao entender o contexto social, cultural e até eco-
at

muito mais simples na língua inglesa do que no nômico de uma produção textual é fundamental para
M

português, ainda existem alguns requisitos de cor- estabelecer as relações corretas na hora de decodifi-
relação verbal que devem ser aplicados (principal- car o seu sentido, sendo capaz de identificar o voca-
mente no tempo presente). bulário, os aspectos gramaticais, as influências do
Ex.: She sleeps late every day. (Ela dorme tarde período histórico em todo o processo de construção
todos os dias) — há uma créscimo da letra “s” em da narrativa.
sujeitos na terceira pessoa do singular (he, she, it)
quando no tempo presente; PRODUÇÃO
z Conectores e conjunções: alguns conectores e
conjunções ligam as sentenças de modo que elas se Diferentemente da leitura e compreensão escrita
complementem, como é o caso das palavras and, if, e oral da língua inglesa, a produção escrita e oral do
so, and, however, therefore, although, even though, idioma requer mais do que apenas um conhecimen-
entre outros. to superficial do idioma. É preciso possuir repertório
Ex.: Even though they don’t read much, John’s kids suficiente para produzir um texto em determinada
are very smart. (Apesar de eles não lerem muito, os língua, pois ele deve ter sentido para o leitor. Apesar
filhos do John são muito espertos). de existirem distintos níveis de comunicação possí-
198 Em coerência: veis em qualquer tipo de produção no idioma (básico,
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intermediário e avançado), alguns requisitos devem Produção Oral
ser seguidos a fim de realizar esta tarefa de maneira
bem-sucedida. A atividade linguística oral é marcada por sua fluidez.
Enquanto a produção escrita segue padrões de regras
Produção Escrita gramaticais e de formalidade, além de ser pensada e
repensada durante o processo de sua construção, a pro-
dução oral ocorre de forma simultânea ao pensamento
Para realizar a atividade da produção escrita
humano. À medida em que os pensamentos são formu-
em qualquer idioma, uma série de regras e padrões
lados, a fala os reproduz sonoramente de maneira que o
devem ser seguidos, de acordo com a intenção do
indivíduo não tem tempo para reformular ou modificar
autor e o público a quem o texto se destina. Ela pode a construção do que foi dito ou planejar conscientemen-
ser formal, na norma culta da língua inglesa ou infor- te cada etapa deste processo de produção.
mal, coloquial, a linguagem utilizada no cotidiano, A tradição oral está presente na humanidade desde o
segundo a vontade e intenção de quem escreve. Ain- início dos tempos, antes mesmo da invenção da escrita.
da assim, a produção escrita deve seguir regras gra- Histórias dos povos antigos, contos mitológicos e folclóri-
maticais e ortográficas responsáveis por organizar o cos, bem como ensinamentos religiosos foram passados
idioma de maneira que indivíduos alfabetizados neste adiante em diversas sociedades, mesmo antes de existi-
idioma sejam capazes de decodificar os signos linguís- rem livros de história, o que demonstra a importância da
ticos e identificar a mensagem proposta. comunicação verbal como uma atividade importante e
A língua está em constante mudança e é uma relevante, presente até os dias de hoje como uma forma
ciência viva que se modifica em decorrência das de comunicação e partilha de conhecimentos.
transformações que ocorrem na sociedade. Como Professores, palestrantes, pastores, políticos, radia-
consequência, surgem novas palavras (neologismos), listas, jornalistas, entre outros profissionais, utilizam
novos termos e expressões, novos verbos, novas for- o discurso falado, dialética e a didática da produção
mas de se comunicar. Antes do surgimento da escrita, oral como recurso a fim de relatar fatos, propagar
surgiu a fala. O que significa que a escrita é fruto da conhecimentos, convencer e persuadir ou contar his-
tórias. Na língua inglesa não é diferente. A produção
necessidade humana de expressar-se de outra forma
oral continua sendo fluida e simultânea, uma ativida-
além da comunicação oral, de documentar a comuni-
de natural da comunicação humana.
cação ou de representá-la visualmente.
Quando produzimos oralmente em outro idioma, é
Sendo assim, a partir da fala e de um idioma já
possível que existam empecilhos que barrem a fluidez

25
existente oralmente, a escrita passou a existir. Des- da comunicação, dependendo da mensagem que se pre-

7-
te modo, a fala é responsável pelas mudanças que tende passar, do nível de conhecimento que se possui do

84
ocorrem na escrita. Todo este processo de mudança e assunto, suas palavras e expressões adjacentes. Para que

0.
adaptação do idioma, indica que é preciso estar atento ela seja realizada de maneira correta é necessário:
36
à alguns detalhes importantes antes de produzir um
.
71
texto na língua inglesa. É preciso: z Conhecer o campo, a área ou o assunto em ques-
-1

tão: alguns assuntos podem ser mais complexos de


ia

z Estar consciente do público-leitor: toda mensa- abordar diante do nível de conhecimento do interlo-
ar

gem possui um receptor, perguntar-se a quem ela cutor; caso o indivíduo vá dar uma palestra em um
M

se destina, ajudará o autor a entender o tipo de lin- hospital sobre doenças infecciosas, termos ligados
a

guagem que deverá usar e de que maneira ele se à área da saúde, doenças e nomes de instrumentos
lv
Si

comunicará melhor com seu público; médicos e hospitalares devem obrigatoriamente ser
de seu conhecimento para que ele consiga transmitir
da

z Ter conhecimento técnico do idioma: saber os


diferentes tipos de tempos verbais da língua ingle- a mensagem de sua produção oral o melhor possível.
ira

sa (simple present, present continuous, simple past, z Saber pronunciar palavras e frases: a pronúncia é
re

past continuous, simple future, future continuous, parte importante da comunicação, quando realizada
Pe

present perfect, past perfect, past perfect conti- de maneira errada pode confundir o ouvinte e atra-
palhar o curso de um diálogo; diversas palavras da
s

nuous, future perfect, future perfect continuous LÍNGUA INGLESA/LÍNGUA ESPANHOLA


u

língua inglesa possuem similaridades quando escri-


he

etc..), além do uso correto dos pronomes pessoais,


tas, mas possuem significados totalmente diferentes
at

relativos e possessivos, de conjunções, conectivos,


que só são identificados a partir de uma pronún-
M

advérbios, adjetivos, artigos, enfim, de gramática


cia correta. Ex.: sheep (ovelha), ship (navio) e cheap
em geral, além de conteúdo vocabular, auxiliará o (barato) — são palavras de grafia semelhante, mas
autor na construção do texto no idioma. são pronunciadas de maneiras diferentes entre si.

Além disso, saber escrever em um idioma requer


Dica
níveis de conhecimento elevados. É, no entanto, pos-
sível produzir em diferentes níveis. Um indivíduo A audição está intrinsecamente ligada à fala.
com conhecimento básico do idioma será capaz de Bebês, por exemplo, assimilam os sons emiti-
produzir textos mais curtos e objetivos, sem muito dos pelos pais desde o ventre, quando nascem e
vocabulário ou expressões idiomáticas; alguém com começam a emitir seus primeiros sons não ver-
conhecimento intermediário terá outro nível de com- bais é a influência da audição, ou seja, do que
plexidade em suas produções, menos infantil, mais ouvem a mãe ou o pai falando que conseguem
completo, bem como alguém avançado ou fluente é reproduzir pequenas palavras. O mesmo ocorre
capaz de se comunicar sem ou quase sem restrições com o aprendizado de outro idioma, a audição
seja de maneira oral ou escrita. auxilia a fala e vice-versa. 199
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ADEQUAÇÃO VOCABULAR Mrs. (senhora) ou Ms. (senhorita) junto com os
seus sobrenomes; diferentemente do Brasil, lá a
Em diversos momentos, na língua inglesa, será relação entre alunos e professores exige certo grau
necessário adaptar o discurso, a fim de otimizar a for- de distanciamento que é estabelecido ao utilizar o
ma de comunicar uma mensagem. A seleção correta pronome de tratamento adequado.
de palavras e expressões que se encaixem melhor no Ex.: Is Mr. Jones in the principal’s office? (O senhor
contexto da mensagem é primordial e faz parte do Jones está na sala do diretor?);
processo de adequação vocabular. z Não utilização de gírias ou expressões colo-
As mesmas palavras podem expressar diferentes quiais: algumas expressões indicam o grau de
ideias diante do contexto em que são usadas. A esco- intimidade entre dois indivíduos; apelidos, gírias e
lha do vocabulário deve ser definida diante do con- expressões coloquiais podem atrapalhar a comuni-
texto proposto, pois cada qual tem a capacidade de cação durante uma conversa cujo contexto é formal
modificar o sentido original ou usual de uma palavra e requer um distanciamento. Confira a diferença:
ou expressão. Observe alguns exemplos a seguir: Ex.: Hey, Luke. What’s up? How’s it going? (Ei,
Luke. E aí? Como estão as coisas?) – informal.
z “She was not doing it the right way. She was supposed Good morning, Mr Hudson. How are you? (Bom
to cook the onions first” (Ela não estava fazendo do dia, senhor Hudson. Como vai você?) – formal.
jeito certo. Ela deveria cozinhar as cebolas primeiro);
z “That was the right way, you just missed the rounda- Em conversas informais, a comunicação se torna
bout!” (Aquele era o caminho certo, você acabou de mais próxima da fala, diferentemente da comunica-
ultrapassar a rotatória); ção formal que se aproxima mais da escrita. O uso
z “He had a way with kids, he loved baby-sitting” (Ele era de expressões, gírias, contrações de palavras, entre
bom com crianças, ele amava ficar de babá). outros elementos, podem tornar a conversa muito
menos complexa e relaxada, pois não exige que as
Observe que a palavra way, encaixada em diferentes regras gramaticais sejam seguidas com tanto afin-
contextos, ganhou diferentes significados. No primeiro co, nem mesmo sejam prioridade. As conversas que
trecho sobre culinária, way significa “jeito” ou “maneira”; temos com nossos amigos, família e pessoas próximas
no segundo sobre direção e trânsito, way adquire o signi- é sempre marcada por certo grau de intimidade e é
ficado de “caminho”; já na terceira oração, sobre crian- permeada de simplicidade. Ela pode apresentar:
ças, a expressão to have a way with (something/someone)
significa “ser bom em algo”, “ter aptidão pra fazer algo”. z Gírias e expressões: muitas delas são construções

25
O correto uso vocabular para cada contexto do grupo social em que o indivíduo vive e podem

7-
expressa o conhecimento do autor diante daquilo que estar muito, moderadamente ou pouco presen-

84
se propõe tratar em seu texto. A interlocução preten- tes na forma de comunicar uma mensagem; elas

0.
dida na produção, por sua vez, trata-se da relação surgem da oralidade e fazem parte de conversas

36
entre o interlocutor e receptor da mensagem. O públi- cotidianas; a internet, hoje, também tem um papel
.
71
co em questão, ou seja, a quem se destina a mensa- importante no surgimento e propagação de novas
gem, deve ser capaz de entender o assunto recortado
-1

gírias e expressões que são incorporadas no voca-


pelo autor. De nada adiante ter pleno conhecimento bulário, em especial da juventude.
ia

de um assunto e não saber adaptar o discurso em prol Ex.: She was all, like, nervous about it so I told her to
ar

do público-alvo da mensagem.
M

chill and call me asap (Ela estava toda, tipo assim,


Esta prática muito se assemelha ao trabalho dos nervosa sobre isso então eu disse pra ela relaxar e
a
lv

jornalistas que, por vezes, coletam dados completos me ligar assim que possível);
Si

sobre economia e política e precisam adaptar a comu- z Apelidos: os apelidos fazem parte da relação entre
da

nicação e a linguagem, modificando ou substituindo as pessoas e podem marcar a forma como um indi-
termos difíceis, a fim de transmitir uma notícia para víduo se dirige ao outro, indicando o grau de pro-
ira

uma população leiga no assunto. Este tipo de recur- ximidade entre eles; muito comum entre amigos e
re

so, faz com que o autor ou emissor da mensagem seja familiares, os apelidos são sempre informais.
Pe

sensato na escolha de palavras e obtenha sucesso na Ex.: Sis was telling me all about her trip. (Minha irmã
s

comunicação da mensagem que pretende passar. estava me contando tudo sobre sua viagem / Sis –
u
he

abreviação ou gíria provinda da palavra sister);


CONVERSAS FORMAIS E INFORMAIS
at

z Contrações: as contrações de palavras e verbos são


M

muito comumente utilizadas e tem até mesmo sido


Uma das maiores vantagens da comunicação é sua incorporadas na linguagem formal, por serem muito
fluidez, ela se adapta, se transforma e é utilizada de recorrentes na comunicação; mas é sugerido que elas
diferentes maneiras em cada contexto a qual é inse- sejam aplicadas apenas em ambientes informais.
rida. Quando em ambientes mais formais, como no Ex.: They would’ve loved to meet you, I’d bet on it.
meio acadêmico, profissional ou literário, a etiqueta (Eles teriam amado te conhecer, eu aposto).
exige certo grau de formalidade para que a comuni-
cação seja efetiva e as conversas devem seguir um Entender o ambiente em que se está inserido é fun-
padrão, o padrão da norma culta da língua. Na língua damental para adequar aspectos da fala ligados à norma
inglesa, alguns indicadores expressam formalidade culta ou à informalidade, no entanto, é cada vez mais
com mais clareza ou evitam que a conversa seja carac- notável a mesclagem de ambas as formas de comuni-
terizada como informal, são eles: cação em determinados meios, como em igrejas con-
temporâneas, em reuniões de trabalho e em encontros
z Pronomes de tratamentos adequados: no parlamentares; é, porém, necessário aprender ambas as
ambiente escolar nos EUA, por exemplo, os alu- formas de comunicação, suas variações e ter bom senso
200 nos se referem aos professores como Mr. (senhor), para saber quando e como usar cada uma delas.
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SINÔNIMOS EM INGLÊS e roupa íntima é pants; já no inglês americano calças é
pants, e underwear é roupa íntima. A confusão reside
O estudo dos sinônimos na língua inglesa requer na ideia de que os sinônimos dependem inteiramente
muita atenção e cuidado. Por vezes, como na língua por- do contexto em que a palavra se encontra, dependendo
tuguesa, os sinônimos podem ser diferentes palavras que da cultura, do país, do contexto social, uma palavra será
realmente possuem exatamente o mesmo significado, mais adequada para aquela situação ou não.
em outros momentos, é possível identificar diferentes
intenções em palavras que se apresentam como sinô- COGNATOS
nimos. Alguns verbos ou phrasal verbs possuem sinôni-
mos que, se utilizados em detrimento de outra palavra, Cognatos são palavras que possuem a mesma grafia
são capazes de modificar a ideia geral de uma oração. (ou grafia semelhante) e o mesmo significado em dois
É, portanto, primordial ter muita cautela e saber como idiomas. Algumas palavras no inglês são exatamente
e quando utilizar este recurso. Um dos recursos ideias iguais no português e possuem o mesmo significado,
para entender essas similaridades e diferenças é o tesau- ainda que a sua pronúncia seja diferente. Estas palavras
ro (thesaurus), um dicionário desenvolvido para definir podem facilitar a leitura e a interpretação de texto, pois
a tradução e conceito dos sinônimos de palavras. são exatamente as mesmas.
Apesar de partilharem de um mesmo idioma prin- Existem, porém, falsos cognatos, palavras que pos-
cipal, os EUA, a Inglaterra, o Canadá, a Austrália, entre suem a mesma grafia ou grafia semelhante a palavras de
outros falantes da língua inglesa, são países comple- outro idioma, mas que possuem significados completa-
tamente diferentes, com sua própria cultura, história mente diferentes. Sendo assim, é preciso ter muito cui-
e costumes que moldam também sua língua, isso sig- dado durante a leitura e examinar o contexto em que a
nifica que o inglês de cada país possui suas peculiari- palavra está inserida para que se possa interpretar cor-
dades, diferentes significados, expressões, pronúncias retamente seu significado. Confira a seguir alguns exem-
etc.. Sendo assim, em cada um deles é possível identi- plos de cognatos e falsos cognatos.
ficar palavras que são sinônimos entre si, mas que no
contexto de cada país possui outro significado. Confira Palavras Cognatas
alguns exemplos de sinônimos no diálogo a seguir:

— Wow, I love your new pants! They are beautiful. ENGLISH PORTUGUÊS
Where did you get them? — said the American girl
— Excuse me??? — the English man replied with a Chocolate Chocolate

25
surprised expression on his face. Different Diferente

7-
— Your new pants... Why? What’s wrong? — She

84
had her eyes wide open. Constant Constante

0.
— Oh, you mean my trousers? Yeah, they great. I

36
bought them at the shop downtown. — he finally un- Music Música
.
71
derstood what she meant. Interesting Interessante
— What did you think I was talking about first? —
-1

she, on the other hand, was still confused with the who- Present Presente
ia

le conversation.
ar

— Well... My pants, the ones that go under my trou- Important Importante


M

sers. — he explained
a
lv

— Oh, you mean, your underwear? Gosh, that’s em- Falsos Cognatos
Si

barrasing. — she flushed.


da

ENGLISH PORTUGUÊS
Tradução:
ira

Actual Verdadeiro
re

— Uau, eu amei suas cuecas novas! Elas são lindas.


Pe

Onde você as comprou? — disse a garota americana. Parents Pais


s

— O quê???? — o homem inglês respondeu com


LÍNGUA INGLESA/LÍNGUA ESPANHOLA
u

Relatives Parentes
he

uma expressão de surpresa em seu rosto.


— Suas cuecas... Por quê? O que há de errado? —
at

Beef Carne bovina


M

ela estava de olhos arregalados.


— Ah, você quer dizer minhas calças? Sim, elas são Fabric Tecido
ótimas. Eu as comprei na loja no centro da cidade. —
Pretend Fingir
ele finalmente entendeu o que ela quis dizer.
— Do que você achou que eu estava falando antes? Order Pedir
— ela, por outro lado, ainda estava confusa com a con-
versa toda.
— Bem... minhas cuecas, aquelas que vão por Dica
debaixo de minhas calças. — ele explicou. Por via das dúvidas quanto ao uso de uma palavra
— Ah, você quer dizer sua roupa de baixo? Meu e seu significado, alguns renomados dicionários
Deus, isso é tão constrangedor. — ela corou. como o Oxford Dictionary e o Merriam-Webster
Dictionary possuem suas versões online hoje,
No diálogo anterior, há uma clara confusão e difi- o que pode auxiliar o estudante a conferir rapi-
culdade de comunicação por causa de sinônimos que
damente em seu computador ou celular se uma
em outros países possuem diferentes significados para
palavra é cognata ou não.
a palavra calças. No inglês britânico, calças é trousers 201
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EXPRESSÕES IDIOMÁTICAS são suficientes para entender o contexto de um idio-
ma, é preciso entender a cultura, a história, o humor
Todo idioma possui uma gama de expressões e até a população de um país para realmente poder
idiomáticas oriundas de sua cultura, do folclore, dos entender como este idioma foi construído e funda-
costumes e as interações entre grupos sociais em um mentado. Este aprofundamento, permitirá um conhe-
país. As expressões idiomáticas no inglês são frases cimento mais amplo do idioma, o que será benéfico
que não significam exatamente o que se esperaria tra- sempre que se fizer necessário estudar aspectos lin-
duzindo-as ao pé da letra. Em alguns casos, as expres-
guísticos que estão intrinsecamente relacionados à
sões possuem equivalente na língua portuguesa, em
cultura, aos costumes e à população de um país.
outros são tão característicos daquela cultura que
sequer possuem um equivalente direto e precisam ser
ESTRATÉGIAS PARA INTERPRETAR TEXTOS
explicadas com outras palavras.
Algumas expressões são utilizadas em conversas
Na hora de interpretar um texto em inglês, antes
comuns do cotidiano, cada qual tem sua peculiari-
mesmo de se iniciar a leitura, deve-se responder a
dade, sem regras que padronizem seu uso. Basta um
conhecimento mais popular do idioma, através de algumas perguntas que identificam pontos cruciais
músicas, filmes, séries e vídeos, para ser capaz de do texto, capazes de estabelecer critérios úteis para
identificar quando uma expressão não quer dizer o facilitar a interpretação no momento em que a leitura
que ela literalmente significaria ao ser traduzida. Con- será realizada. Confira a seguir:
fira uma lista de expressões idiomáticas comuns na
língua inglesa: z identificar quem é o autor;
z identificar quem é o narrador (por vezes é o pró-
prio autor);
To make a long face Fazer cara de desgosto z identificar a quem o texto se dirige, seu público;
To make something up Inventar uma história z identificar o gênero textual em questão;

Recompor suas emo- Ao iniciar um breve escaneamento destas infor-


To pull yourself together
ções, endireitar-se mações iniciais a leitura corrente será facilitada. Além
disso, duas práticas distintas que se caracterizam
Assumir o lugar de
To fill in someone’s shoes como estratégias úteis para a interpretação de textos
alguém
em inglês são o scanning e o skimming.

25
Resolver tarefas fora de O scanning é a prática de escanear, passar os olhos

7-
To run errands

84
casa pelo texto em busca de palavras-chave, dados, nomes,

0.
números, entre outros elementos que possam contex-
Pensar e expor ideias,

36
To come up with tualizar o texto antes mesmo que a leitura seja realiza-
soluções
.
da; trata-se de uma busca por informações específicas
71
e pertinentes para compreender o texto.
-1

Estar esgotado com algo


To be fed up with
ou alguém O skimming refere-se a uma leitura de trechos do
ia

texto, talvez parágrafos isolados, sem a necessidade


ar

To cost an arm and a leg Custar muito caro de ler o texto todo, para adquirir uma compreensão
M

do sentido geral do texto de maneira rápida e eficien-


a

Chicken feed Salário baixo


lv

te, esta estratégia pode auxiliar aqueles que precisam


Si

Raining cats and dogs Chuva muito forte ganhar tempo durante a leitura de textos técnicos e
da

extensos.
To give the could
Ignorar alguém
ira

shoulder Ambas as técnicas são mais poderosas e eficazes


quando suas forças se unem, pois a leitura, ainda que
re
Pe

Muito fácil, “mamão com rápida e sem muito aprofundamento, torna-se mais
A piece of cake
açúcar” fácil quando guiada por esses recursos.
u s
he

Pessoas iguais, “farinha


Two peas in a pod ITENS GRAMATICAIS RELEVANTES PARA A
do mesmo saco”
at

COMPREENSÃO DOS CONTEÚDOS SEMÂNTICOS


M

The last straw O limite, “a gota d’água”


SUBSTANTIVOS
As far as I know Até onde eu sei

Abusar de algo, “passar Os substantivos são responsáveis por nomear


To be out of line seres, objetos, lugares, emoções, fenômenos da natu-
da conta”
reza etc. Quando vamos aprender outro idioma, os
To hit the road Pegar a estrada substantivos compõem uma classe de palavras crucial
To be saved by the bell Ser “salvo pelo gongo” para a construção de um bom aprendizado, pois, a
partir do conhecimento destes, pode-se constituir um
“Quebrar o gelo”, vasto vocabulário.
To break the ice
descontrair Podemos classificar os substantivos simples
em dois grupos: proper nouns (substantivos pró-
Observe que na tabela acima, algumas expressões prios) e common nouns (substantivos comuns).
possuem equivalentes na língua portuguesa e outras
202 não. Isso ocorre devido o fato de que traduções não
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TIPOS DE SUBSTANTIVOS

Proper Nouns

Os proper nouns referem-se ao que conhecemos na língua portuguesa como “nomes próprios” ou “substantivos
próprios”. Desse modo, nomeiam, de modo específico, pessoas, pontos turísticos, instituições, marcas e organiza-
ções. Entretanto, há uma diferença interessante entre os substantivos próprios das línguas inglesa e portuguesa:
a primeira também considera nome de dias, meses, nacionalidades, idiomas e títulos como proper nouns.

EXEMPLOS: SIGINIFICADOS:

My friend’s name is Caroline. O nome da minha amiga é Caroline.

I was born in London. Eu nasci em Londres

I have English exams on Mondays. Eu tenho provas de inglês às segundas-feiras.

My boyfriend arrives in July. Meu namorado chega em julho.

My dentist is Brazilian. Meu dentista é brasileiro.

Common Nouns

Os common nouns, como o próprio nome indica, nomeiam as coisas e os objetos em geral. Além disso, podem
fazer referência a objetos físicos, subjetivos, abstratos, contáveis, incontáveis, compostos ou não. Observe os
exemplos em suas diferentes categorias:

COMMON (COMUNS) SIGNIFICADO

Tree Árvore
Leaf Folha
Flower Flor

25
Grass Grama

7-
Dirt Terra

84
0.
CONCRETE (CONCRETOS) SIGNIFICADO

Chair . 36
Cadeira
71
Fantasy Fantasia
-1

Armor Armadura
ia

Bee Abelha
ar

Dream Sonho
M
a

COLLECTIVE (COLETIVOS) SIGNIFICADO


lv
Si

Kennel Canil
da

People Pessoas
Shoal Cardume
ira

Herd Manada
re

Grove Arvoredo
Pe
s

ABSTRACT (ABSTRATOS) SIGNIFICADO


LÍNGUA INGLESA/LÍNGUA ESPANHOLA
u
he

Love Amor
at

Hate Ódio
M

Encouragement Encorajamento
Kindness Bondade
Spirit Espírito

COUNTABLE (CONTÁVEIS) SIGNIFICADO

Table Mesa
Pencil Lápis
Pillow Travesseiro
Door Porta
Pen Caneta

203
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UNCOUNTABLE (INCONTÁVEIS) SIGNIFICADO

Bread Pão
Water Água
Advice Conselho
Information Informação
Rice Arroz

COMPOUND (COMPOSTOS) SIGNIFICADO

Scuba-diving Mergulho
Stepson Enteado
Newsstand Banca de jornal
Train station Estação de trem
Rollercoaster Montanha Russa

Compound Nouns

Os compound nouns, por sua vez, são ‘’substantivos que se formam através da junção de duas ou mais palavras
diferentes, envolvendo diferentes classes morfológicas ou não’’ (CAMPOS, 2010, p.33). Por exemplo:

z Substantivo + Substantivo: bookseller – livreiro;


z Substantivo +Adjetivo: icecold – frio como gelo; ou

„ Adjetivo + Substantivo: nobleman – cavalheiro;

z Substantivo + Verbo: Godsend – dádiva;


z Substantivo + Particípio: ink-stained – manchado de tinta.
z Adjetivo + Adjetivo: red-hot iron – ferro em brasa;
z Adjetivo + Particípio: old-fashioned – fora de moda;

25
E outros casos mais vistos:

7-
84
z Gerúndio + Substantivo: resting-place – lugar de descanso;

0.
z Pronome + Substantivo: she-wolf – loba;

36
z Advérbio + Substantivo: outlaw – fora da lei;
.
71
z Advérbio + Particípio: wellformed – bem formado.
-1

GÊNERO DOS SUBSTANTIVOS


ia
ar

Diferentemente da língua portuguesa, na qual as terminações dos substantivos podem indicar o gênero a que
M

se referem na oração (rico/rica, estressado/estressada, ocupado/ocupada), em inglês, os substantivos não possuem


a
lv

gênero gramatical. Porém, vale ressaltar que, em alguns casos, existem algumas mudanças nos substantivos para
Si

indicar o gênero em. Confira:


da
ira

MALE MASCULINO FEMALE FEMININO


re

Actor Ator Actress Atriz


Pe
s

Waiter Garçom Waitress Garçonete


u
he

Host Anfitrião Hostess Anfitriã


at
M

Lion Leão Lioness Leoa

Heir Herdeiro Heirness Herdeira

Há, também, substantivos diferentes que serão usados para representar uma pessoa do sexo feminino e uma
pessoa do sexo masculino:

MALE MASCULINO FEMALE FEMININO

Boy Garoto Girl Garota

Father Pai Mother Mãe

Rooster Galo Chicken Galinha

Nephew Sobrinho Niece Sobrinha


204
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Os demais substantivos da língua inglesa são neutros, ou seja, podem representar qualquer sexo ou gênero:

MALE/FEMALE MASCULINO/FEMININO

Lawyer Advogado(a)

Doctor Médico(a)

Employee Funcionário(a)

Teacher Professor(a)

Importante!
Note que, nem sempre, haverá substantivos com formas distintas para cada gênero. Portanto saiba que a
língua inglesa age, muitas vezes, de forma neutra com relação a questões linguísticas de gênero, ou seja, não
faz distinção entre gêneros (masculino, feminino etc.).

O PLURAL DOS SUBSTANTIVOS

Quanto ao plural dos substantivos em inglês, é preciso observar algumas regras e exceções com relação ao
sufixo ou às terminações de cada palavra.
Como regra geral, da mesma forma que na Língua Portuguesa, deve-se acrescentar -s ao final da palavra:

SINGULAR PLURAL TRADUÇÃO

Car Cars Carro/Carros

Sibling Siblings Irmão/Irmãos

25
Kid Kids Criança/crianças

7-
Monkey Monkeys Macaco/Macacos

84
0.
36
Acrescenta-se -es ao fim da palavra, no caso de palavras terminadas em –s/ss, –ch, –sh, –x, –z e –o, para que ela
se torne plural. .
71
-1

SINGULAR PLURAL TRADUÇÃO


ia
ar

Buzz Buzzes Zumbido/Zumbidos


M
a

Bus Buses Ônibus/ônibus


lv
Si

Wax Waxes Cera/Ceras


da

Wish Wishes Desejo/Desejos


ira
re

Batch Batches Fornada/fornadas


Pe

Hero Heroes Herói/Heróis


s

LÍNGUA INGLESA/LÍNGUA ESPANHOLA


u
he

Mattress Mattresses Colchão/colchões


at
M

Abaixo, apresenta-se um mnemônico feito para ajudar a guardar a regra do -es:

‘’O SHampoo aZul da Xuxa é CHeiroSo.’’

No caso de substantivos terminados em -y precedido por uma vogal, basta acrescentar -s.

SINGULAR PLURAL TRADUÇÃO

Key Keys Chave/chaves

Guy Guys Rapaz/rapazes

Clay Clays Argila/argilas

Play Plays Peça/peças de teatro

205
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No entanto, no caso de substantivos terminados em -y precedido por uma consoante, é preciso retirar o -y e
substituí-lo por -ies.

SINGULAR PLURAL TRADUÇÃO

Story Stories História/histórias

Baby Babies Bebê/bebês

City Cities Cidade/cidades

Butterfly Butterflies Borboleta/borboletas

Quanto a palavras terminadas em -f ou -fe, é necessário tirar -f ou -fe e substituí-los por –ves.

SINGULAR PLURAL TRADUÇÃO

Leaf Leaves Folha/folhas

Wolf Wolves Lobo/lobos

Wife Wives Esposa/esposas

Knife Knives Faca/facas

Shelf Shelves Prateleira/prateleiras

Importante!
Há exceções para essa regra!
As palavras roof (telhado), chief (chefe) e handkerchief (lenço) ganham somente -s no plural (CAMPOS, 2010).

25
7-
84
Em outros casos, os substantivos são irregulares, ou seja, tornam-se outra palavra ao serem passados para o

0.
plural. Veja alguns exemplos:
. 36
71
-1

SINGULAR PLURAL TRADUÇÃO


ia

Man Men Homem/homens


ar
M

Woman Women Mulher/Mulheres


a
lv

Child Children Criança/crianças


Si
da

Mouse Mice Camundongo/Camundongos


ira

Louse Lice Piolho/piolhos


re

Tooth Teeth Dente/dentes


Pe
s

Foot Feet Pé/pés


u
he

Goose Geese Ganso/gansos


at
M

Ox Oxen Boi/bois

Também são considerados substantivos irregulares aqueles que se mantêm da mesma forma independente-
mente de sua colocação no singular ou plural. São alguns exemplos:

SINGULAR/PLURAL TRADUÇÃO

Sheep Ovelha/ovelhas

Fish Peixe/peixes

Species Espécie/espécies

Deer Alce/alces

Glasses Óculos
206
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SINGULAR/PLURAL TRADUÇÃO

News Notícia

Plural de Substantivos Compostos

O plural de substantivos compostos varia de acordo com o tipo de nome que os compõe. Se o segundo nome
for contável, ele passa para o plural. Ex.: health centers (centros de saúde), police stations (postos policiais), post
offices (agência de correios) (COLLINS, 2017).
No caso de substantivos compostos relativos a phrasal verbs (verbos frasais), deve-se acrescentar -s ao final.
Ex.: cover-ups (encobrimentos) e show-offs (exibicionistas).
No caso de substantivos compostos por um nome contável e um advérbio, o nome contável passará ao plural.
Ex.: passers-by (transeuntes) e runners-up (vice-campeões).
Por fim, no caso de compostos ligados por preposições in, of ou seguidos por to-be, o primeiro substantivo
passa ao plural. Ex.: birds of prey (aves de rapina), sons-in-law (enteados), mothers-to-be (futuras mães) (COLLINS,
2017).

REFERÊNCIAS

CAMPOS, T, G. Manual Compacto de Gramática da Língua Inglesa. 2010. Disponível em: https://middleware-
-bv.am4.com.br/SSO/unifalmg/9788533948815. Acesso em: 1 set. 2022.
COBUILD, Collins. English Grammar. 4. ed. Glasgow: Harper Collins Publishers, 2017.

PRONOMES

Os pronomes são palavras que podem substituir o nome de um lugar, uma pessoa, um objeto, um animal etc.
em orações. Na língua inglesa, temos algumas classificações específicas para cada grupo. Confira a seguir.

SUBJECT PRONOUNS (PRONOMES DO SUJEITO)

25
7-
Os subject pronouns podem ser definidos como palavras que indicam pessoas, lugares, objetos, animais, entre

84
outros. São pronomes que representam os sujeitos (que realizam a ação) nas orações.

0.
36
Na tabela abaixo, observe seu uso e exemplos:
.
71
-1

1ª PESSOA I would love to visit your family.


ia

I Eu
(SINGULAR) Eu adoraria visitar tua família.
ar
M

2ª PESSOA You never call your relatives.


You Você, tu
a

(SINGULAR) Você nunca liga para seus parentes.


lv
Si

3ª PESSOA He should be more careful.


He Ele
da

(SINGULAR) Ele deve ser mais cuidadoso.


ira

3ª PESSOA She goes scuba-diving every year.


re

She Ela
(SINGULAR) Ela faz mergulho todo ano.
Pe

3ª PESSOA It’s going to be an amazing year.


s

LÍNGUA INGLESA/LÍNGUA ESPANHOLA


It Ele, ela (neutro)
u

(SINGULAR) Vai ser um ano incrível.


he
at

1ª PESSOA We were really tired after the game.


We Nós
M

(PLURAL) Nós estávamos muito cansados depois do jogo.

2ª PESSOA You could come to NY one day.


You Vocês, vós
(PLURAL) Vocês poderiam vir a Nova Iorque um dia.

3ª PESSOA They decided to stay home for Christmas.


They Eles, elas
(PLURAL) Eles decidiram ficar em casa no Natal.

É importante lembrar que:

z A primeira pessoa do singular “I” (eu) deve ser escrita sempre em letra maiúscula, seja no início de uma frase
ou não (CAMPOS, 2010);
z “You” (tu, você, vós, vocês) é o pronome que utilizamos na intenção de dirigir a palavra a alguém, formal ou
informalmente, não há essa diferenciação (CAMPOS, 2010);
z “He”(ele) e “she”(ela) podem ser utilizados para se dirigir a animais de estimação, porém, trata-se de um caso
facultativo (CAMPOS, 2010); 207
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z “It” é um pronome neutro utilizado para se referir a objetos, animais, indivíduos de sexualidade não binária e
bebês de sexo ainda indefinido na barriga da mãe. Não existe tabu na língua inglesa ao se referir a uma pessoa
ou a um bebê como “it”.

OBJECT PRONOUNS (PRONOMES DO OBJETO)

São pronomes que sofrem a ação expressa na oração, atuando como um objeto, de modo a evitar repetições
desnecessárias. Geralmente são utilizados logo após o verbo ou uma preposição (CAMPOS, 2010).

Observe a tabela abaixo.

This car belongs to me.


ME Me, mim
Este carro pertence a mim.

Would she go with you?


YOU Lhe, o, a, te, ti, a você
Ela iria com você?

We should call him tomorrow.


HIM Lhe, o, a ele
Nós deveríamos telefonar a ele amanhã.

They decided to invite her.


HER Lhe, a, a ela
Eles decidiram convidá-la.

He fed it with its food.


IT Lhe, o, a, a ele, a ela (neutro)
Eles o alimentaram com sua comida

Would they fire us?


US Nos
Eles nos demitiriam?

I’ll give you a discount.


YOU Vos, lhes, a vocês
Eu lhes darei um desconto.

Please, let them now.

25
THEM Lhes, os, as
Por favor, avise-os.

7-
84
0.
POSSESSIVE PRONOUNS (PRONOMES POSSESSIVOS)

. 36
Os pronomes possessivos expressam pertencimento de algo a alguém. No caso da língua inglesa, existem dois
71
grupos de possessivos, os possessive adjectives e os possessive pronouns. Vejamos, por ora, o caso dos pronomes
-1

possessivos cuja função é substituir o nome próprio ao final da oração, como objeto da oração, sem qualquer
ia

flexão de número ou grau.


ar
M
a
lv

These socks are mine.


MINE Meu, minha, meus, minhas
Si

Estas meias são minhas.


da

Is this book yours?


ira

YOURS Teu, tua, seu, sua


Este livro é seu?
re
Pe

That enormous mansion is his.


HIS Dele
s

Aquela mansão enorme é dele.


u
he

All those white clothes are hers.


at

HERS Dela
M

Todas aquelas roupas brancas são dela.

This rubber bone is its.


ITS Dele, dela (neutro)
Este osso de borracha é dele.

Keep your hands off of it, it’s ours!


OURS Nosso, nossa
Tire suas mãos daí, é nosso!

Are these records yours?


YOURS Vosso, vossa, seu, sua
Estes discos são seus?

None of the reports are theirs.


THEIRS Deles, delas
Nenhum dos relatórios são deles.

208
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REFLEXIVE PRONOUNS (PRONOMES REFLEXIVOS)

São pronomes empregados quando o próprio sujeito sofre ação da oração, a ação que ele produz “reflete” de
volta ao sujeito.

I checked it myself.
MYSELF A mim, a mim mesmo, -me
Eu mesmo chequei.

Don’t blame yourself.


YOURSELF A ti, a você mesmo, -te, -se
Não se culpe.

He learned how to play the guitar by himself.


HIMSELF A si, a si mesmo, -se
Ele aprendeu como tocar violão sozinho.

She promised herself she wouldn’t go.


HERSELF A si, a si mesma, -se
Ela prometeu a si mesma que não iria.

The machine did it itself.


ITSELF A si, a si mesmo/a, -se
A máquina o fez por si mesma.

We can start the presentation ourselves.


OURSELVES A nós, a nós mesmos, -nos
Nós podemos começar a apresentação nós mesmos.

You should take care of yourselves.


YOURSELVES A vós, a vocês mesmos, -vos, -se
Vocês devem cuidar de si mesmos.

They can help themselves.


THEMSELVES A si, a eles mesmos, a elas mesmas, - se
Eles mesmos podem se servir.

Os pronomes reflexivos podem ser empregados nas seguintes ocasiões:

z Para demonstrar que a ação executada pelo verbo reflete para o próprio sujeito;
z Para dar ênfase a quem executou determinada ação, conforme vimos no exemplo da 1ª pessoa do singular: “I

25
checked it myself.” (Eu mesmo chequei);

7-
z Para demonstrar que o sujeito executou uma ação sozinho, sem ajuda de terceiros, conforme o exemplo expos-

84
to na 3ª pessoa do singular masculina: “He learned how to play the guitar by himself.” (Ele aprendeu como

0.
tocar violão sozinho.).

. 36
71
Importante!
-1

Note que para expressar a ação realizada “sozinho(a)”, empregamos a preposição “by” (por).
ia
ar

“She did the homework all by herself.” (Ela fez a tarefa de casa toda sozinha.)
M
a
lv

DEMONSTRATIVE PRONOUNS (PRONOMES DEMONSTRATIVOS)


Si
da

Os pronomes demonstrativos são usados para localizar o objeto de uma oração no espaço ou tempo, esteja
ira

ele próximo ou não. São eles:


re
Pe

PRONOME DEMONSTRATIVO PRONOME DEMONSTRATIVO


SIGNIFICADO SIGINIFICADO
(SINGULAR) (PLURAL)
s

LÍNGUA INGLESA/LÍNGUA ESPANHOLA


u
he

Esse(a), este(a), isso,


This These Esses(as), estes(as)
at

isto
M

That Aquele(a), aquilo Those Aqueles(as)

Observe os seguintes exemplos:

z We really need this money! (Nós realmente precisamos deste dinheiro!);


z They should see these flowers. (Eles deveriam ver estas flores).

Note que, em ambos os casos, os pronomes mencionam objetos mais próximos ao locutor.

Observe mais alguns exemplos:

z Helen will show us that beautiful painting. (Helen vai nos mostrar aquela linda pintura);
z How much for those pants? (Quanto custam aquelas calças?).

Nesses casos, os pronomes mencionam objetos mais distantes ao locutor. 209


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Por fim, observe os exemplos abaixo:

z This party will be awesome! (Essa festa vai ser incrível!);


z I still remember those sweet moments. (Eu ainda me lembro daqueles momentos doces).
z Ambos mencionam momentos. Note que primeiro remete a um momento próximo, fazendo uso de this,
enquanto o segundo remete a momentos mais distantes, fazendo uso de those.

RELATIVE PRONOUNS (PRONOMES RELATIVOS)

Os pronomes relativos são usados para indicar relação entre partes da oração.
Relativos a pessoas: who (quem – sujeito), whom (quem – objeto), whose (cujo(a), cujos(as)) e that (que) (CAM-
POS, 2010, p.87). Veja exemplos:

z He is the teacher who got arrested. (Ele é o professor que foi preso);
z The man whom you called is my husband. (O homem a quem você ligou é meu marido);
z Is this the girl whose house was robbed? (Esta é a garota cuja casa foi roubada?);
z I never knew that you sang. (Eu nunca soube que você cantava).

Relativos a coisas e animais: which (que, qual, quais) e whose + substantivo (de quem) (CAMPOS, 2010, p.87).
Veja exemplos:

z This is the bus which takes me home. (Este é o ônibus que me leva para a casa);
z The image at which you are looking was photographed by a friend of mine. (A imagem para a qual você está
olhando foi fotografada por um amigo meu);
z Whose coat is that? (De quem é aquele casaco?).

z Relativos a lugar: where (onde). Veja um exemplo:


z This is the place where I found my puppy. (Este é o lugar que encontrei meu filhote).

INDEFINITE PRONOUNS (PRONOMES INDEFINIDOS)

25
Os pronomes indefinidos, por sua vez, são usados para identificar um substantivo em um sentido não especí-

7-
fico. São frequentemente usados para descrever um substantivo com um elemento de incerteza, ou seja, sem, de

84
fato, especificar a qualidade do pronome ou substantivo a que se refere. Observe a tabela com alguns exemplos:

0.
36
ANY SOME EVERY NO
.
71
-1

Algum(a), qualquer, Algum(a), alguns,


Todo(a), cada Nenhum
sequer algumas
ia
ar

Do you have any There should be some She knows every single
M

I have no idea.
advice? information here. room.
Exemplos: (Eu não tenho [ne-
a

(Você tem algum (Deve haver alguma (Ela conhece todos os


lv

nhuma] ideia.)
Si

conselho?) informação aqui.) quartos.)


da

Pessoas Anybody/Anyone Somebody/Someone Everybody/Everyone Nobody/No one


ira

Alguém, qualquer Alguém, algum(a)


re

Todo mundo Ninguém


pessoa pessoa
Pe

Somebody told me you


s

Is there anybody Everyone knows your No one should judge


u

are single. (Alguém me


he

Exemplos: home? (Tem alguém address. (Todo mundo you. (Ninguém deve-
disse que você está
at

em casa?) sabe seu endereço.) ria lhe julgar.)


solteiro.)
M

Coisas Anything Something Everything Nothing

Nada, nenhuma
Qualquer coisa, nada Alguma coisa Tudo, todas as coisas
coisa

Didn’t you buy any- There is something I have nothing to


Everthing is going to be
thing for dinner? wrong with my cell- talk with you. (Eu
Exemplos: alright. (Tudo vai ficar
(Você não comprou phone. (Há algo de erra- não tenho nada para
bem.)
nada para o jantar?) do com meu celular.) falar com você.)

Lugares Anywhere Somewhere Everywhere Nowhere

Qualquer lugar, lugar


Algum lugar Todo lugar Lugar nenhum
algum

210
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ANY SOME EVERY NO

I can’t find my glass- I couldn’t park my


We will find groceries
es anywhere! (Eu I see flowers everywhere car nowhere. (Eu
somewhere. (Nós vamos
Exemplos: não consigo encon- I look. (Eu vejo flores em não consegui esta-
encontrar suprimentos
trar meus óculos em todo lugar que olho.) cionar meu carro em
em algum lugar.)
lugar algum!) lugar nenhum.)

Tempo Anytime Sometime Everytime No time

Qualquer hora, hora Hora nenhuma, tem-


Alguma hora Toda hora
alguma po nenhum

You can call me Everytime I sleep, I I have no time for


Come and visit me
anytime. (Você pode dream about you. (Toda studies. (Eu não te-
Exemplos: sometime. (Venha e me
me ligar a qualquer hora que durmo, sonho nho tempo nenhum
visite alguma hora.)
hora.) com você.) para estudos.)

Abaixo, apresentam-se algumas informações importantes.

z Any é um prefixo utilizado em orações interrogativas quando se espera uma resposta negativa, orações nega-
tivas (na presença de outra estrutura negativa) e afirmativas com o significado de “qualquer”;
z Some é um prefixo utilizado somente em orações afirmativas e interrogativas, expressando convites e oferecimentos;
z No é um prefixo estritamente negativo e não deve NUNCA ser utilizado se já houver uma negação na frase.

Exemplo: “I don’t have no money to buy food.” (Eu não tenho nenhum dinheiro para comprar comida.)
O correto seria: “I have no money to buy food.” Ou “I don’t have any money to buy food.”

INTERROGATIVE PRONOUNS (PRONOMES INTERROGATIVOS)

Os pronomes interrogativos são elementos linguísticos usados em perguntas mais amplas, conhecidas como
elementos de “WH-questions”, quando se espera por respostas que não se restrinjam a “sim” ou “não” e/ou respos-

25
tas com substantivos. Observe a seguir:

7-
84
0.
PRONOME
PERGUNTA RESPOSTA

36
INTERROGATIVO
.
71
What (que, o que, a que, What city do you prefer to live? I prefer to live in London.
-1

qual, quais) (Que cidade você prefere morar?) (Eu prefiro morar em Londres.)
ia

Where have you been? I’ve been jogging at the park. (Estive correndo
ar

Where (onde, aonde)


M

(Onde você esteve?) no parque?)


a
lv

Who is that boy? He is my son.


Who (quem)
Si

(Quem é aquele garoto?) (Ele é meu filho)


da

Whose car is that? (De quem é aque-


Whose (de quem) That is John’s car. (Aquele carro é do John.)
ira

le carro?)
re

To whom did you lend your cos-


Pe

Whom (a quem, para


tume? (Para quem você emprestou I lent it to Marcela. (Eu emprestei ela à Marcela.)
quem, de quem)
s

sua fantasia?) LÍNGUA INGLESA/LÍNGUA ESPANHOLA


u
he

When did you go there? I went there last week. (Eu fui lá semana
at

When (quando)
(Quando você foi lá?) passada)
M

Which ice cream flavour do you like? I like vanilla ice cream! (Eu gosto de sorvete de
Which (qual)
(Qual sabor de sorvete você gosta?) baunilha!)

Because I was working. (Porque eu estava


Why did you arrive so late? (Por que
Why (por que, por quê) trabalhando.) ou I was working, that’s why (Eu
você chegou tão tarde?)
estava trabalhando, este é o porquê.)

Abaixo, apresentam-se algumas informações importantes, vejamos.

z Ambos what e which podem ser utilizados para perguntar “qual”;


z Who nunca deve aparecer próximo a uma preposição. Quando necessário, deve-se utilizar whom ou colocar
a preposição ao final da pergunta. Exemplo: Who are you going to travel with? (Com quem você está indo via-
jar?) ou Who did you buy gifts for? (Para quem você comprou presentes?;

211
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qualquer título, a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.
z Perguntas com why geralmente são respondidas com z To love (amar):
because logo no início da oração, mas também podem z I love to eat bread (Eu amo comer pão).
ser respondidas com “that is why” (este é o porquê).
Quando utilizarmos mais de um verbo na oração,
A partir dos exemplos, é possível observar que, no o to aparecerá a partir do segundo verbo exposto, pois
caso dos pronomes interrogativos, a resposta sempre ele entrará no infinitivo. Sem ele, nossa frase ficaria
envolve um nome/substantivo, ainda que de modo “eu amo como pão”, o que não faz sentido algum em
oculto ou subentendido. Os pronomes interrogativos nenhum dos idiomas.
jamais referem-se às circunstâncias ou razões. Esta regra se aplica a seguinte lista de pronomes
(veja como exemplo a conjugação do verbo citado
REFERÊNCIAS anteriormente):

CAMPOS, T. G. Manual Compacto de Gramá-


tica da Língua Inglesa, 2010. Disponível em: TO EAT SIGNIFICADO
https://middleware-bv.am4.com.br/SSO/unifal-
I (eu) I eat bread. Eu como pão.
mg/9788533948815. Acesso em: 1 set. 2022.
You (tu,
TEMPOS VERBAIS You eat bread. Você come pão.
você)

O estudo dos tempos verbais na língua inglesa é um He eats bread.


He/She/It Ele come pão;
dos mais importantes tópicos a se abordar, para uma She eats bread.
(ele, ela) Ela come pão.
maior compreensão técnica do idioma. Diferentemen- It eats bread.
te da língua portuguesa, o inglês possui poucos tempos
Nós comemos
verbais que, em suma, possuem características e conju- We (nós) We eat bread.
pão.
gações simples e semelhantes, o que facilita os estudos.
Cada tempo verbal possui usos específicos e carac- You (vós, Vocês comem
terísticas únicas que devem ser exploradas durante o You eat bread.
vocês) pão.
aprofundamento no conhecimento sobre a língua.
Dica: quando se utiliza da palavra “simples” em They (eles, Eles(as) comem
They eat bread.
um tempo verbal, é importante saber que essa conju- elas) pão.
gação envolverá somente um verbo principal.

25
Observe que, no caso dos pronomes na terceira pes-

7-
SIMPLE PRESENT (PRESENTE SIMPLES) soa do singular — he, she e it —, a conjugação ocorre-

84
rá de modo diferenciado. Aos verbos que acompanham

0.
O presente simples é utilizado para expressar ações
36
estes pronomes, acrescenta-se os sufixos -s, -es ou -ies.
que acontecem no momento presente, tais como ações .
Verbos terminados em consoantes, de forma geral,
71
habituais, referência a eventos futuros, declarações e apresentam terminação padrão s, como é o caso do ver-
-1

verdades universais (CAMPOS, 2010, p. 143). Exemplos:


bo to drink (beber), to play (jogar) e to speak (falar). Veja:
ia
ar

z I study math (Eu estudo matemática);


M

z I wake up at 6 a.m. everyday (Eu acordo às 6 da TO DRINK SIGNIFICADO


a

manhã todos os dias);


lv

z The show starts at 9 p.m. and ends at 11 p.m (O He drinks


Si

He (ele) Ele bebe água.


show começa às 9 horas da noite e termina às 11 water.
da

da noite);
She drinks
ira

z I love you (Eu amo você); She (ela) Ela bebe água.
water.
re

z Summer follows spring (O verão segue a primavera).


Pe

It (ele, ela, It drinks


Ele(a) bebe água.
Affirmative Forms (Formas Afirmativas) neutro) water.
u s
he

O presente simples em inglês possui uma divisão No caso de verbos terminados em x, ch, s, ss, sh, o e z,
at

simples entre os pronomes: os pronomes da terceira


M

acrescentamos -es, como no caso do verbo to finish (ter-


pessoa do singular se enquadram em uma categoria e
minar). Considere the homework como “lição de casa”:
os demais, em outra.
No geral, o padrão de conjugação no presente sim-
ples se estabelece retirando o to do verbo no infinitivo TO FINISH SIGNIFICADO
em todos os casos. Exemplo:
He fini-
Ele termina a lição de
z To eat (comer): He (ele) shes the
casa.
homework.
„ I eat bread (Eu como pão).
She fini-
Ela termina a lição de
Observe que o to atua para colocar o verbo no infini- She (ela) shes the
casa.
tivo. Ou seja, ele remete aos sufixos ar, er, ir e or (andar, homework.
correr, sorrir, compor) e foi removido para realizar a con- It fini-
jugação de acordo com o pronome em questão. Se não It (ele, ela, Ele(a) termina a lição de
shes the
removêssemos o to, nosso exemplo ficaria, em português: neutro) casa.
homework.
212 “Eu comer pão”. Agora observe o seguinte exemplo:
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Dica
Mnemônico para auxiliar:
O SHampoo aZul da Xuxa é CHeiroSo.

Já no caso de verbos com terminados em y e precedidos por uma consoante, como em to study (estudar), to
fly (voar) e to cry (chorar), removemos o y e acrescentamos o -ies. Veja o exemplo:

TO STUDY SIGNIFICADO

He (ele) He studies math. Ele estuda matemática.

She (ela) She studies math. Ela estuda matemática.

It (ele, ela, neutro) It studies math. Ele(a) estuda matemática.

Há também uma regra determinada para o verbo to have (ter). Na terceira pessoa do singular, ele deixa de ser
have e passa a ser conjugado como has. Exemplo:

TO HAVE SIGNIFICADO

He (ele) He has to study math. Ele tem que estudar matemática.

She (ela) She has to study math. Ela tem que estudar matemática.

It (ele, ela, neutro) It has to study math. Ele(a) tem que estudar matemática.

Note, mais uma vez, que o to apareceu entre os verbos has e study, pois a intenção foi expressar o segundo no
infinitivo: “Ela tem que estudar matemática”.

Negative Forms (Formas Negativas)

25
Observe a frase:

7-
“I have to study math.” (Eu tenho que estudar matemática.).

84
Através da conceituação de forma verbal enfática, sabemos que, se o sujeito da oração precisasse enfatizar o

0.
quanto precisa estudar matemática, ele poderia fazer uso do verbo auxiliar do, derivado de to do, que significa
“fazer, executar”. Ficaria então: . 36
71
-1

z “I do have to study math.” (Eu tenho que estudar matemática.).


ia
ar

Notou como nada mudou quando trouxemos o exemplo para o português?


M

Do é um verbo auxiliar que está presente, implicitamente, em todas as construções afirmativas. Nem sem-
a

pre ele precisa aparecer, pois sua função de verbo auxiliar vai ser fundamental somente nos casos negativos e
lv
Si

interrogativos.
Na construção de frases negativas, utilizaremos o auxiliar do e a negação not (não), da seguinte maneira:
da
ira

z “I do not have to study math.” (Eu não tenho que estudar matemática.).
re
Pe

Contraindo essa soma do+not, temos don’t. Portanto, “I don’t have to study math”.
Veja mais exemplos para os demais sujeitos:
s

LÍNGUA INGLESA/LÍNGUA ESPANHOLA


u
he
at

You (você) You don’t have to study math.


M

He doesn’t have to study math;


He, she, it (ele, ela, neutro) She doesn’t have to study math;
It doesn’t have to study math.

We (nós) We don’t have to study math.

You (vocês) You don’t have to study math.

They (eles, elas) They don’t have to study math.

Conforme vimos anteriormente, verbos terminados em o, na terceira pessoa do singular, ganham -es ao final,
o que aconteceu com o verbo do no início da frase. Como esse verbo auxiliar apareceu primeiro na oração, que
é negativa, e já sofreu a alteração que indica 3ª pessoa do singular, o verbo to have não precisa ser alterado
novamente.

213
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qualquer título, a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.
z Do + es + not = Does not = Doesn’t.

Interrogative Forms (Formas Interrogativas)

Quando há intenção de se fazer uma pergunta na língua inglesa — com exceção do verbo to be, que veremos
logo mais —, o auxiliar sempre virá antes do sujeito e do verbo principal da frase. Além disso, a formulação de
perguntas em inglês sem utilização de pronomes interrogativos (what, when etc.), culminam em respostas afirma-
tivas ou negativas. Observe:

z Interrogative (Interrogativa):

„ “Do you have to study math?” (Você tem que estudar matemática?);

z Answer (Resposta):

„ “Yes, I have to study math.”; ou “No, I don’t have to study math.” (Sim, eu tenho que estudar matemática.;
Não, eu não tenho que estudar matemática.).

Veja mais exemplos:

Yes, I have to study math.


I (eu) Do I have to study math?
No, I don’t have to study math.

Yes, he has to study math.


Does he have to study math?
No, he doesn’t have to study math.

Yes, she has to study math.


He, she, it (ele, ela, neutro) Does she have to study math?
No, she doesn’t have to study math.

25
7-
Yes, it has to study math.

84
Does it have to study math?

0.
No, it doesn’t have to study math.

36
Yes, we have to study math.
.
71
We (nós) Do we have to study math?
-1

No, we don’t have to study math.


ia

Yes, they have to study math.


ar

They (eles, elas) Do they have to study math?


M

No, they don’t have to study math.


a
lv
Si

Interrogative Negative Forms (Formas Interrogativas Negativas)


da

É quando há necessidade de conferir uma negação prévia ou quando já se sugere que virá uma resposta nega-
ira

tiva para a pergunta. Veja alguns exemplos:


re
Pe

Yes, I eat bread.


s

Don’t you eat bread?


u

No, I don’t eat bread.


he
at

Doesn’t it eat bread? Yes, it eats bread./No, it doesn’t eat bread.


M

Yes, they eat bread.


Don’t they eat bread?
No, they don’t eat bread.

Observe que, para concordar que a ação não é realizada, fazemos uso do no e do don’t/doesn’t. “Yes, I don’t eat
bread” configura erro.

VERBO “TO BE” — PRESENT (PRESENTE)

O mais temido e conhecido verbo de todos que já se introduziram no aprendizado da língua inglesa: o verbo to
be, que expressa em inglês “ser” e “estar”. Neste caso, abandonaremos por completo o uso dos auxiliares do e does,
pois o sentido de to be no presente simples não “executa” algo, apenas “é” ou “está” de algum modo.

214
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Affirmative and Negative + Contractions (Afirmativos e Negativos + Contrações)

I am – I’m Eu sou/estou I am not – I’m not Eu não sou/estou

You are – You’re Você é/está You are not – You aren’t Você não é/está

He is – He’s Ele é/está He is not – He isn’t Ele não é/está

She is – She’s Ela é/está She is not – She isn’t Ela não é/está

It is – It’s Ele(a)/isso é/está It is not – It isn’t Ele(a)/isso não é/está

We are – We’re Nós somos/estamos We are not – We aren’t Nós não somos/estamos

You are – You’re Vocês são/estão You are not – You aren’t Vocês não são/estão

They are – They’re Eles são/estão They are not – They aren’t Eles não são/estão

Muitos já viram, na literatura, a conjugação negativa do verbo to be como, por exemplo, “He’s not”, “You’re
not” ou “They’re not”. Desta forma também está correto. Porém, esse not isolado acontece para enfatizar a negação
daquele estado. Por exemplo:
“She isn’t hungry” (ela não está com fome) transmite uma mensagem um sutilmente diferente de “She’s not
hungry” (ela não está com fome).

Interrogative and Interrogative Negative + Contractions (Interrogativas e Interrogativas Negativas + Contrações)

Agora, note como ocorre a inversão entre o sujeito e o verbo na conjugação interrogativa. Considere a como
“um(a)” e student como “estudante”:

Eu sou um(a) Eu não sou um(a)


Am I a student? Am I not* a student? Aren’t I* a student?
estudante? estudante?

25
Você é um(a) Are not you a Aren’t you a Você não é um(a)
Are you a student?

7-
estudante? student? student? estudante?

84
Ele não é um

0.
Is he a student? Ele é um estudante? Is not he a student? Isn’t he a student?
estudante?
.36
71
Ela é uma Ela não é uma
Is she a student? Is not she a student? Isn’t she a student?
-1

estudante? estudante?
ia

Ele(a)/isso é um(a) Ele(a)/isso não é


ar

Is it a student? Is not it a student? Isn’t it a student?


estudante? um(a) estudante?
M
a

Nós somos Nós não somos


lv

Are we students? Are not we students? Aren’t we students?


estudantes? estudantes?
Si
da

Vocês são Vocês não são


Are you students? Are not you students? Aren’t you students?
estudantes? estudantes?
ira
re

Eles(as) são Are not they Aren’t they Eles(as) não são
Are they students?
Pe

estudantes? students? students? estudantes?


s

LÍNGUA INGLESA/LÍNGUA ESPANHOLA


u
he

*Note que a conjugação para a primeira pessoa do singular é diferente das demais quando se trata de uma
interrogativa negativa. O segundo caso, “aren’t I”, é usado em contextos mais informais ou como question tags.
at
M

PRESENT CONTINUOUS (PRESENTE CONTÍNUO)

O uso do presente contínuo, também conhecido por presente progressivo (present progressive), é utilizado
para expressar ações que se iniciam no presente e seguem continuamente, ações temporárias, ações planejadas e
certas para o futuro e ações repetidas (CAMPOS, 2010). Orações no presente contínuo normalmente contam com
advérbios como now (agora), at this moment (neste momento), today (hoje), etc.
Sua estrutura, obrigatoriamente, necessita do conhecimento do verbo to be. Somado a ele, adiciona-se um ver-
bo de ação no gerúndio, caracterizado na língua inglesa pelo sufixo -ing, a fim de expressar uma ação contínua.
Observe:

SUJEITO VERBO TO BE VERBO PRINCIPAL + COMPLEMENTO

He is working

215
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Veja alguns exemplos de usos do gerúndio:

z ações acontecendo no momento:

„ Lucy is playing with the other kids (Lucy está brincando com as outras crianças);

z ações temporárias:

„ I’m studying in the evening this month (Eu estou estudando à noite este mês);

z ações planejadas:

„ We’re travelling to Copacabana next week (Estamos viajando para Copacabana na próxima semana);

z ações repetidas:

„ They’re always working late on Thursdays (Eles estão sempre trabalhando até tarde nas quintas-feiras).

Acrescenta-se -ing ao verbo principal sem alterar sua grafia na maioria das vezes. Contudo, há exceções (CAM-
POS, 2010):

z verbos terminados em e, substitui-se a vogal por -ing: to make — making (fazer — fazendo); com exceção do
verbo to be, ficando apenas being;
z verbos terminados em consoante + vogal + consoante, cuja última sílaba seja tônica, duplicamos a última
consoante e acrescentamos -ing: to travel — travelling (viajar — viajando);

„ porém, verbos terminados em w ou x, somente recebem o -ing: to snow — snowing (nevar — nevando); to
relax — relaxing (relaxar — relaxando);
„ e caso a sílaba tônica não seja a última, apenas acrescentamos -ing: to open – opening (abrir – abrindo);

25
7-
z verbos terminados em ie, substitui-se por -ying: to lie — lying (mentir — mentindo).

84
0.
PRESENT PERFECT (PRESENTE PERFEITO)

. 36
71
O presente perfeito é um tempo verbal da língua inglesa que não encontra equivalente em português, sendo
-1

assim um dos tempos verbais mais complexos de se entender do idioma. Porém, entender sua estrutura e propó-
sito facilitam a compreensão de quem estuda inglês. Apesar de ser similar ao passado simples quando traduzido
ia
ar

literalmente, o presente perfeito serve para expressar ações no tempo passado de modo indeterminado, ou seja,
M

que não precisam necessariamente ter menção de tempo.


a

No passado simples, as ações ocorrem e terminam no passado e isto é comumente expresso com alguns advér-
lv
Si

bios de tempo e palavras e expressões de tempo como last week (semana passada), yesterday (ontem), at 3 o’clock
(às 3 horas), before lunch (antes do almoço), two months ago (há dois meses), entre outros.
da

O presente perfeito, por outro lado, é utilizado quando a ação a ser reportada é mais importante do que quan-
ira

do ela ocorreu no passado, ou seja, sem indicação temporal. Além disso, para expressar acontecimentos passados
re

por esse tempo verbal, devem haver consequências ou repercussões no tempo presente. Sua estrutura se baseia
Pe

no verbo auxiliar have, seguido de um verbo no particípio. Confira:


us
he

SUJEITO HAVE/HAS (AUXILIAR) VERBO NO PARTICÍPIO COMPLEMENTO


at
M

I have been to Brazil.

Tradução: Eu estive no Brasil

No caso dos sujeitos I, you, we e they utilizamos o verbo auxiliar have, e, no caso dos sujeitos he, she e it, usamos has,
que é sua conjugação base no presente. E é por este motivo que este tempo verbal leva o nome de presente perfeito.
Observe que o verbo no particípio no exemplo anterior é o verbo irregular to be. Os verbos irregulares no
passado, também serão irregulares no particípio. Os verbos regulares mantêm a sua estrutura do passado
simples mesmo quando conjugadas no particípio. Veja:

SUJEITO HAVE/HAS (AUXILIAR) VERBO NO PARTICÍPIO COMPLEMENTO

He has talked to the principal.

216 Tradução: Ele conversou com o diretor.


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qualquer título, a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.
O verbo to talk (conversar) é um verbo regular e, portanto, assume sua forma no particípio de maneira idên-
tica à sua forma no passado simples: talked.
Em frases negativas no presente perfeito, é o verbo auxiliar que fica negativo. Soma-se o not ao have ou ao
has, podendo vir contraído como haven’t ou hasn’t.

z She hasn’t called me to explain it (Ela não me ligou para explicar);


z They haven’t started the monthly planning (Eles não começaram o planejamento mensal);
z It hasn’t made any sense to me (Isso não fez nenhum sentido para mim).

Em orações interrogativas e interrogativas negativas, inverte-se a posição do verbo auxiliar e do sujeito.

z Haven’t you considered joining the army? (Você não considerou se juntar ao exército?);
z Has he lost his mind? (Ele perdeu a cabeça/ficou louco?);
z Has Jenna commented anything? (Jenna comentou alguma coisa?).

Alguns advérbios de frequência são utilizados juntamente ao presente perfeito para indicar ações que já ocor-
reram ou não em algum momento na vida, sem a necessidade da incidência de tempo. São eles: ever (já), already
(já), never (nunca) e yet (ainda, já). Eles são colocados logo após o verbo auxiliar, salvo pelo yet que deve sempre
estar ao fim da oração. Observe alguns exemplos:

z She has never been to another country (Ela nunca esteve em outro país);
z I have already made many mistakes (Eu já cometi muitos erros);
z Have you ever had alcohol? (Você já ingeriu álcool?);
z They haven’t decided anything yet (Eles não decidiram nada ainda).

PRESENT PERFECT CONTINUOUS (PRESENTE PERFEITO CONTÍNUO)

Quando nos referimos ao presente perfeito contínuo da língua inglesa, falamos de um tempo verbal usado
para expressar ações que se iniciaram no tempo passado (sem incidência de tempo exata) que continuam e reper-
cutem até o tempo presente, também podendo indicar mudanças de estado e comportamento. Observe a seguir:

25
7-
VERBO TO BE VERBO

84
SUJEITO COMPLEMENTO TEMPO
AUXILIAR (PARTICÍPIO) (GERÚNDIO)

0.
36
She has been working in the company for a long time.
.
71
-1

Tradução: Ela trabalha na empresa há muito tempo.


ia
ar

Note que é necessário acrescentar o verbo to be no particípio e complementar com um verbo no gerúndio, que
M

é o verbo responsável pela ideia de continuidade temporal na oração, marcado pelo sufixo -ing (work — working).
a

Como você pode observar, o presente perfeito contínuo não pode ser traduzido de forma literal pois não pos-
lv

suímos um equivalente a ele na língua portuguesa. Isso porque, quando queremos dizer que alguém ainda hoje
Si

realiza uma ação que realizava no passado, usamos o presente simples. Exemplo: ele joga tênis desde os 12 anos.
da

No inglês, isto se dá de forma diferente por conta da compreensão de que a ação de jogar o esporte se iniciou
ira

no passado, mas segue ocorrendo até o presente como uma ação contínua (ele ainda está jogando). Observe como
re

esta mesma oração ficaria em inglês:


Pe

� He has been playing tennis since he was 12.


s

LÍNGUA INGLESA/LÍNGUA ESPANHOLA


u
he

Apesar de não existir incidência de tempo de modo exato, como dia da semana ou a hora, no presente perfeito
at

contínuo há, sim, incidência de tempo de modo mais amplo, como idade, ano, mês ou alguns advérbios de tempo
M

e frequência (recently — recentemente; lately — atualmente; etc.).

Dica
Diferença entre Present Perfect e Present Perfect Continuous:
� Present Perfect: demonstra uma ação que se iniciou no passado, durou por algum tempo e se encerrou
ainda no passado, mesmo que algumas consequências dessa ação ainda repercutam no presente;
� Present Perfect Continuous: demonstra uma ação que se iniciou no passado e continua acontecendo até
o tempo presente.

SIMPLE PAST (PASSADO SIMPLES)

O passado simples da língua inglesa é utilizado para expressar ações e hábitos realizados e finalizados no tempo
passado. Ao utilizarmos este tempo verbal, devemos ter em mente dois conceitos importantes: o uso do verbo auxiliar
did (passado do verbo auxiliar do) e a existência de dois grupos de verbos no passado (regulares e irregulares). 217
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Os verbos regulares no passado possuem uma ter- O mesmo ocorre quando as frases são interrogati-
minação padrão, veja as regras e alterações: vas, pois iniciamos a pergunta com o uso do auxiliar
did:
z Verbos terminados em e, acrescenta-se -d: to love
— loved (amor — amou);
Did I study at a public Eu estudei em uma es-
z Aos demais verbos, acrescenta-se -ed: to work —
school? cola pública?
worked (trabalhar — trabalhou);
z Verbos terminados em consoante + vogal + con- Did you work really hard? Você trabalhou duro?
soante, cuja última sílaba é tônica, dobra-se a últi-
ma consoante acrescenta-se -ed: to stop — stopped Did she finish high Ela terminou o ensino
(parar — parou); school in January? médio em janeiro?
z Verbos terminados em y precedido por uma
vogal, acrescenta-se -ed: to play — played (jogar Did we start a new busi- Nós começamos um
— jogou); ness course? novo curso de negócios?
z Verbos terminados em y precedido por uma con- Did you cry the whole Vocês choraram durante
soante, substitui-se o y por -ied: to fly — flied (voar movie? o filme todo?
— voou).
Did they try to convince Eles tentaram convencê-
No entanto, existem muitas exceções e muitos ver- her of the truth? -la da verdade?
bos que não se comportam da mesma maneira quan-
do conjugados no tempo passado, verbos que são No caso das interrogativas negativas, portanto,
chamados irregulares. temos:
A mudança nos verbos para o tempo passado atra-
vés de modificações na estrutura do próprio verbo ocor-
re apenas em frases afirmativas. Em frases negativas e Didn’t I study at a public Eu não estudei em uma
interrogativas, utilizamos o verbo auxiliar did e o verbo school? escola pública?
retorna ao seu estado original (infinitivo sem o to).
Didn’t you work really Você não trabalhou
Confira alguns exemplos com verbos regulares em
hard? duro?
casos afirmativos:
Didn’t she finish high Ela não terminou o ensi-
school in January? no médio em janeiro?

25
I studied at a public Eu estudei em uma es-

7-
school. cola pública. Didn’t we start a new Nós não começamos um

84
business course? novo curso de negócios?
You worked really hard! Você trabalhou duro!

0.
36
Didn’t you cry the whole Vocês não choraram
She finished high school Ela terminou o ensino
movie? . durante o filme todo?
71
in January. médio em janeiro.
-1

Didn’t they try to convin- Eles não tentaram con-


We started a new busi- Nós começamos um
ce her of the truth? vencê-la da verdade?
ia

ness course. novo curso de negócios.


ar
M

You cried the whole Vocês choraram durante Quando nos referimos aos verbos irregulares do
a

movie. o filme todo. passado, não podemos definir nenhuma regra espe-
lv

cífica para identificá-los, mas podemos memorizar as


Si

They tried to convince Eles tentaram convencê- exceções para melhor nos comunicarmos em inglês.
da

her of the truth -la da verdade. Confira a seguir uma tabela de verbos irregulares
ira

para exemplificar:
Observe agora as mesmas frases negativas, quando
re
Pe

se faz necessário o uso do verbo auxiliar do passado


did + not, costumeiramente contraído para didn’t. Note VERBO
VERBO NO
s

IRREGULAR NO TRADUÇÃO
u

que o verbo retorna ao seu estado original infinitivo. INFINITIVO


he

PASSADO
at

To eat Ate Comer/comeu


M

I didn’t study at a public Eu não estudei em uma


school! escola pública.
To come Came Vir/veio
You didn’t work really
Você não trabalhou duro! Partir, sair, dei-
hard!
To leave Left xar/Partiu, saiu,
She didn’t finish high Ela não terminou o ensi- deixou
school in January. no médio em janeiro.
Entender/
To understand Understood
We didn’t start a new Nós não começamos um entendeu
business course. novo curso de negócios.
To say Said Dizer/disse
You didn’t cry the whole Vocês não choraram
To send Sent Enviar/enviou
movie. durante o filme todo.
Escrever/
They didn’t try to convin- Eles não tentaram con- To write Wrote
escreveu
ce her of the truth. vencê-la da verdade
218
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VERBO He was
VERBO NO
IRREGULAR NO TRADUÇÃO not sick. / Wasn’t he
INFINITIVO He was Was he
PASSADO He wasn’t sick?
sick. sick?
sick.
To read Read Ler/leu Ele não
Ele estava Ele estava
To run Ran Correr/correu Ele não estava
doente. doente?
estava doente?
Emprestar (a)/ doente.
To lend Lent
emprestou (a)
She was
Colocar, pôr/ not sick. / Wasn’t she
To put Put She was Was she
Colocou, pôs She wasn’t sick?
sick. sick. sick?
To drive Drove Dirigir/dirigiu
Ela estava Ela estava Ela não
To take Took Levar/levou
doente. Ela não doente? estava
Manter, guar- estava doente?
To keep Kept dar/Manteve, doente.
guardou
It was not
Wasn’t it
Acordar/ sick. / It Was it
To wake up Woke up It was sick. sick?
acordou wasn’t sick?
sick.
Pegar, conse- Ele(a)/isso
Ele(a)/isso
estava Ele(a)/isso
To get Got guir/Pegou, Ele(a)/isso estava
doente. não estava
conseguiu não estava doente?
doente?
doente.
To bring Brought Trazer/trouxe
We were
Comprar/
To buy Bought We were not sick. / Were we Weren’t we
comprou
sick. We weren’t sick? sick?
To sell Sold Vender/vendeu sick.

25
Nós es- Nós es- Nós não

7-
távamos Nós não távamos estávamos

84
Sendo assim, quando a intenção for trazer nos-
doentes. estávamos doentes? doentes?

0.
so exemplo do presente simples ao passado simples,
doentes.

36
temos:
.
71
You were
z I eat bread (Eu como pão); You were not sick. Were you Weren’t
-1

z I ate bread (Eu comi pão). sick. / You we- sick? you sick?
ia

ren’t sick.
ar

VERBO “TO BE” — PAST (PASSADO) Vocês Vocês Vocês não


M

estavam Vocês não estavam estavam


a
lv

Considere sick como “doente” para compreender doentes. estavam doentes? doentes?
Si

nossos exemplos: doentes.


da

Affirmative, Negative, Interrogative and Interrogative They were


ira

Negative Forms (Formas Afirmativa, Negativa, not sick. / Weren’t


They were Were they
re

Interrogativa e Interrogativa Negativa) They we- they sick?


sick. sick?
Pe

ren’t sick.
Eles(as)
s

LÍNGUA INGLESA/LÍNGUA ESPANHOLA


Eles es- Eles es-
u

I was not Eles(as) não es-


he

tavam tavam
sick. / I Wasn’t I não es- tavam
doentes. doentes?
at

I was sick. wasn’t Was I sick? sick? tavam doentes?


M

sick. doentes.
Eu estava Eu estava Eu não
doente. Eu não doente? estava PAST CONTINUOUS (PASSADO CONTÍNUO)
estava doente?
doente. O uso do passado contínuo é utilizado para expres-
sar ações que se iniciam no passado e seguiram con-
You were tinuamente nele ou que aconteceram enquanto outro
not sick. Weren’t fato ocorria, paralelamente no passado.
You were Were you
/ You we- you sick? Para utilizar o passado contínuo é preciso utilizar
sick. sick?
ren’t sick. o to be, também no tempo passado. Separaremos os
Você não sujeitos em dois grupos para conjugarmos o verbo ser
Você esta- Você esta-
Você não estava e estar no tempo passado na afirmativa:
va doente. va doente?
estava doente?
doente.

219
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SUJEITO VERBO TO BE VERBO PRINCIPAL + COMPLEMENTO

I was working

She was working

We are working

Veja exemplos:

z Luke was playing with Jimmy. (Luke estava brincando com Jimmy);
z You weren’t doing it correctly. (Você não estava fazendo corretamente);
z Were they working abroad? (Eles estavam trabalhando no exterior?);
z Wasn’t she travelling with you? (Ela não estava viajando com você?).

PAST PERFECT (PASSADO PERFEITO)

O passado perfeito é utilizado para expressar a ordem cronológica de ações ocorridas no passado. Em uma
linha do tempo, a frase expressa neste tempo verbal pode ser entendida como a primeira ação realizada no
passado, ou seja, a mais antiga. A ação em questão é mais importante do que o tempo exato em que ela ocorreu
no passado, ou seja, não há indicação temporal específica, apenas uma indicação de uma ordem cronológica de
acontecimentos relevantes para a narrativa do interlocutor.
Sua estrutura se baseia no verbo auxiliar had seguido de um verbo no particípio e seu respectivo complemento. Confira:

SUJEITO HAD (AUXILIAR) VERBO NO PARTICÍPIO COMPLEMENTO

The students had left the school.

Tradução: Os alunos deixaram a escola.

É possível que a oração no passado perfeito venha seguida de uma oração complementar no passado simples,

25
para indicar a ação que ocorreria a seguir, a partir da palavra when (quando). Por vezes, a oração no passado

7-
perfeito acompanha o advérbio already (já). Confira:

84
0.
z She had already eaten when we arrived home with pizza (Ela já tinha comido quando nós chegamos em casa

36
com pizza).
.
71
-1

Observe que, na oração anterior, a primeira parte, identificada como passado perfeito, expressa uma ação que
já havia acontecido antes da oração em passado simples.
ia

Ainda que as ações na oração estejam invertidas, o tempo verbal marca a ordem cronológica dos acontecimen-
ar

tos e o past perfect sempre será a ação mais antiga:


M
a
lv

z When we arrived home with pizza, she had already eaten (Quando nós chegamos em casa com pizza, ela já
Si

tinha comido).
da

Note que, assim como no presente perfeito, alguns advérbios de frequência são utilizados no passado perfeito
ira

para indicar ações que já ocorreram ou não em algum momento na vida. São eles: ever, already, never e yet. Eles
re

são colocados logo após o verbo auxiliar, salvo pelo yet que, como já vimos, deve sempre estar ao fim da oração.
Pe

Observe alguns exemplos:


us

She had never been to another country (Ela nunca tinha estado em outro país);
he

z
z I had already made that mistakes (Eu já tinha cometido aquele erro);
at

z Had you ever had Thai food before this? (Você já tinha comido comida tailandesa antes disso?);
M

z They hadn’t decided anything yet (Eles não tinham decidido nada ainda).

O Past Perfect expressa ações no pretérito, que não são contínuas, ou seja, foram eventos únicos, que se ini-
ciaram e se finalizaram, antes de um determinado momento ou de uma segunda ação também no passado. Veja
uma linha do tempo:

When our grandpa decided to order pizza (2), we had already had dinner (1).
(Quando nosso avô decidiu pedir pizza, nós já tínhamos jantado).

Passado (1) (2) Presente


[...] we had already Our grandpa had
had dinner. decided to order pizza [...]

Observe que, ainda que a ordem da oração se altere e a oração no tempo do passado perfeito em inglês esteja posta
220 após a oração no passado simples, ainda assim, a oração no past perfect sempre irá expressar a ação mais antiga.
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PAST PERFECT CONTINUOUS (PASSADO PERFEITO CONTÍNUO)

O passado perfeito contínuo da língua inglesa é um tempo verbal usado para expressar ações que se iniciaram
no tempo passado, antes de outra ação também no passado, e que continuaram ocorrendo dentro de um deter-
minado tempo de forma contínua, repercutindo até um determinado momento ainda no pretérito. Esse tempo
verbal também pode indicar mudanças de estado e de comportamento. Observe a seguir:

SUJEITO VERBO AUXILIAR TO BE (PARTICÍPIO) VERBO GERÚNDIO COMPLEMENTO TEMPO

He had been thinking about the job offer for weeks.

Tradução: Ele estava pensando na oferta de emprego há semanas.

Note que é necessário acrescentar o verbo to be no particípio e complementar com um verbo no gerúndio, que é o
verbo responsável pela ideia de continuidade temporal na oração, marcado pelo sufixo -ing (work — working). Como
você pode observar, o passado perfeito contínuo não pode ser traduzido de forma literal, pois não possuímos um equi-
valente a ele na língua portuguesa. Quando queremos dizer que alguém estava fazendo uma ação contínua no pas-
sado, usamos o passado simples. Exemplo: Ele estava investigando o caso há meses quando finalmente o resolveram.
No inglês, isto se dá de forma diferente, pela compreensão: a ação se inicia no passado e segue ocorrendo até
outra ação interferir nela, também no passado, como em uma linha cronológica de ações. Observe como essa
mesma oração ficaria em inglês:

z He had been investigating the case for months when they finally cracked it.

Considere as marcações apresentadas na oração em relação à linha do tempo a seguir: He had been investiga-
ting the case for months (1) when they finally cracked it (2) (Ele estava investigando o caso há meses quando eles
finalmente o resolveram).

25
7-
PASSADO (1) 2 PRESENTE

84
0.
He had been (...) when they

36
investigating the finally cracked it.
.
71
case for months (...)
-1

Observe que, ainda que ambas as ações estejam no passado, há uma ordem específica na oração sobre qual ação
ia
ar

aconteceu primeiro devido uso do passado perfeito contínuo. Neste caso, “ele estava investigando” (had been inves-
M

tigating) refere-se à ação mais antiga no passado, por ser marcada pelo passado perfeito em sua estrutura; a oração
a

“quando eles finalmente o resolveram” (when they finally cracked it), expressa outra ação no passado simples, que
lv

é a interferência na primeira oração, indicando que ela ocorreu após a mais antiga da linha cronológica de tempo.
Si
da

SIMPLE FUTURE (FUTURO SIMPLES)


ira

O futuro simples no inglês é o tempo verbal usado para expressar ações que poderão ou não acontecer em uma
re
Pe

data futura, indicar previsões ou expressar desejos e esperanças (CAMPOS, 2010. p. 172).
Considere sleep como “dormir”:
s

LÍNGUA INGLESA/LÍNGUA ESPANHOLA


u
he

Affirmative, Negative, Interrogative and Interrogative Negative Forms (Formas Afirmativas, Negativas, Interrogativas
at

e Interrogativas Negativas)
M

I will not sleep./I won’t


I will sleep./I’ll sleep. Will I sleep? Won’t I sleep?
sleep.
Eu vou dormir. Eu vou dormir? Eu não vou dormir?
Eu não vou dormir.

You will sleep./You’ll You will not sleep./You


Will you sleep? Won’t you sleep?
sleep. won’t sleep.
Você vai dormir? Você não vai dormir?
Você vai dormir. Você não vai dormir.

He will not sleep./He won’t


He will sleep./He’ll sleep. Will he sleep? Won’t he sleep?
sleep.
Ele vai dormir. Ele vai dormir? Ele não vai dormir?
Ele não vai dormir.
221
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qualquer título, a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.
She will not sleep./She
She will sleep./She’ll Won’t she sleep?
won’t sleep. Will she sleep?
sleep.
Ela vai dormir?
Ela vai dormir. Ela não vai dormir?
Ela não vai dormir.

It will not sleep./It won’t


It will sleep./It’ll sleep. Won’t it sleep?
sleep. Will it sleep?

Ele(a)/isso vai dormir?


Ele(a)/isso vai dormir. Ele(a)/isso não vai dormir?
Ele(a)/isso não vai dormir.

We will not sleep./We


We will sleep./We’ll sleep. Won’t we sleep?
won’t sleep. Will we sleep?

Nós vamos dormir?


Nós vamos dormir. Nós não vamos dormir?
Nós não vamos dormir.

You will sleep./You’ll You will not sleep./You


sleep. won’t sleep. Will you sleep? Won’t you sleep?

Vocês vão dormir? Vocês não vão dormir?


Vocês vão dormir. Vocês não vão dormir.

They will sleep./They’ll They will not sleep./They


Will they sleep? Won’t they sleep?
sleep. won’t sleep.
Eles(as) vão dormir? Eles(as) não vão dormir?
Eles(as) vão dormir. Eles(as) não vão dormir.

To Be + Going To

Outro desdobramento do tempo verbal futuro, é a junção do verbo to be com a estrutura going to que, grosso

25
modo, significa “indo a”. É utilizado para expressar intenções e previsões. A conjugação das orações com going to

7-
no futuro simples se dá do mesmo modo que as orações com verb to be no presente simples.

84
A estrutura ficará da seguinte forma:

0.
SUJEITO VERBO TO BE GOING TO 36
. VERBO PRINCIPAL
71
-1

I am going to work
ia

She is going to work


ar
M

You are going to work


a
lv
Si

Confira a seguir alguns exemplos:


da

z Intenção:
ira
re

„ She is going to spend Christmas with her family (Ela vai passar o Natal com a família dela);
Pe

„ Aren’t we going to travel next month? (Nos não vamos viajar mês que vem?);
us
he

z Previsão:
at
M

„ They aren’t going to believe my story (Eles não vão acreditar na minha história);
„ Are you going to spend vacation in Bahamas? (Você vai passar as férias nas Bahamas?).

Will x To Be Going To

Em orações cuja intenção é expressar um futuro incerto, uma decisão tomada repentinamente ou previsões
sem embasamento, usamos o will.
Exemplos:

z We are without bread! I’ll buy more in the afternoon (Nós estamos sem pão! Eu vou comprar mais à tarde);
z Look how dark the sky is... It’ll rain (Olha como o céu está escuro... Vai chover);
z They won’t last together, look how much they fight (Eles não vão durar juntos, olha o tanto que brigam).

Diferentemente, o to be going to expressa intenções consolidadas e previsões embasadas.


222 Exemplos:
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z I’m going to get married next month (Eu vou me casar no mês que vem);
z I saw on the news that is going to rain this weekend (Eu vi no noticiário que irá chover neste fim de semana);
z I’m not going to give you my password (Eu não vou te dar minha senha).

FUTURE CONTINUOUS (FUTURO CONTÍNUO)

O future continuous é usado para expressar algumas situações como:

z para descrever uma ação futura que ocorrerá durante um período específico de tempo;
z para descrever ações futuras que ocorrerão em simultaneidade;
z para descrever uma ação que será interrompida por outra;
z para descrever ações que são prováveis de acontecer ou que o falante deseja que aconteçam (qualquer tempo
verbal do futuro pode expressar essa ideia, no entanto).

A estrutura do futuro contínuo se dá da seguinte maneira:

VERBO PRINCIPAL
SUJEITO MODAL WILL VERBO TO BE COMPLEMENTO
+ ING

He will be talking to you

É importante ter em mente que, em português, os falantes não estão acostumados a utilizar o gerúndio para
expressar ideia de continuidade no futuro. Por exemplo, é considerado gerundismo falar “ele estará conversando
com vocês”. O correto, na verdade, na língua portuguesa, seria “ele conversará com vocês”, na forma simples do
tempo verbal. Portanto, talvez não seja interessante comparar ou tentar forçar a tradução desse tempo verbal nas
duas línguas, uma vez que elas funcionam de formas diferentes.
Confira alguns exemplos de uso desse tempo verbal:

z The cinema will be selling tickets for a special film exhibition today (o cinema estará vendendo ingressos para
uma exibição especial de filmes hoje);

25
z My sister will be shoping while I’m at college (minha irmã estará fazendo compras enquanto eu estarei na

7-
faculdade);

84
z I will be driving to the party when the guests arrive (eu estarei dirigindo para a festa quando os convidados

0.
36
chegarem);
z We’ll be living in greek any day now (nós estaremos morando na Grécia a qualquer momento). .
71
-1

Veja, a seguir, mais exemplos em diferentes modos:


ia
ar
M

The principal will be hosting the anual party.


AFIRMATIVA
a

(O diretor estará sendo o anfitrião da festa anual)


lv
Si

She won’t be calling any of the employees this week.


NEGATIVA
da

Ela não estará ligando para nenhum funcionário esta semana


ira

Will she be attending prom with her boyfriend?


INTERROGATIVA
re

Ela estará indo à festa de formatura com seu namorado?


Pe

INTERROGATIVA Won’t they be reading a new book by next class?


s

NEGATIVA Ele não estará lendo um livro novo até a próxima aula? LÍNGUA INGLESA/LÍNGUA ESPANHOLA
u
he
at

FUTURE PERFECT (FUTURO PERFEITO)


M

Este tempo verbal pode ser um pouco diferente para falantes da língua portuguesa, mas, quando bem estuda-
do, é passível de ser completamente compreendido e totalmente usual.
O futuro perfeito expressa ações que serão terminadas em algum tempo no futuro, ou seja, incluem uma ideia
de passado dentro do tempo verbal futuro em sua estrutura.

SUJEITO WILL HAVE PARTICÍPIO COMPLEMENTO

She will have read for 1 hour

Tradução: ela terá lido durante uma hora.

Note que o complemento geralmente expressa um tempo específico no futuro através do uso de by (até), for
(por, há) ou since (desde) + expressão de tempo (next week, next month, next year, next holiday, noon, 5 o’clock,
2025, etc.). Confira alguns exemplos a seguir: 223
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qualquer título, a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.
By — utiliza-se quando nos referimos They will have delivered the project Eles terão entregado o projeto até o
a prazos e tempo limite by noon. meio-dia.

For — refere-se ao tempo total, à John will have been home for a who-
John estará em casa há um ano.
duração de uma atividade le year.

Since — expressa o tempo inicial de


They will have been together since
uma possível ação futura, marcando Eles estarão juntos desde a festa.
the party.
seu tempo

Quanto ao seu uso na negativa, apenas coloca-se o not depois do verbo auxiliar do futuro will (também apre-
sentado com a contração — won’t):

SUJEITO WILL + NOT HAVE (AUXILIAR) TO BE (PARTICÍPIO) COMPLEMENTO

They will not/won’t have been ready by noon.

Tradução: Eles não estarão prontos ao meio-dia.

Já na interrogativa, basta inverter a posição do sujeito e do verbo auxiliar do futuro will:

WILL SUJEITO HAVE (AUXILAR) TO BE (PARTICÍPIO) COMPLEMENTO

Will Anna have been there since March?

Tradução: Anna estará lá desde março?

FUTURE PERFECT CONTINUOUS (FUTURO PERFEITO CONTÍNUO)

Este tempo verbal nos lembra daqueles atendimentos do telemarketing, onde a vendedora coloca sua ação

25
futura no gerúndio, expressando que “vai estar fazendo” algo por você. O futuro perfeito contínuo expressa ações

7-
que serão continuadas e terminadas em algum tempo no futuro, ou seja, incluem uma ideia de passado dentro do

84
tempo verbal futuro em sua estrutura.

0.
Confira a seguir sua estrutura na afirmativa:
. 36
71
-1

SUJEITO WILL HAVE (AUX.) TO BE (PARTICÍPIO) VERBO + ING COMPLEMENTO


ia

She will have been running for 1 hour


ar
M

Tradução: Ela estará correndo por 1 hora.


a
lv
Si

Aqui também contaremos com complementos que expressam tempo específico no futuro através do uso de by
(até), for (por, há) ou since (desde) + expressão de tempo (next week, next month, next year, next holiday, noon, 5
da

o’clock, 2025, etc.).


ira

Assim como no futuro perfeito, em seu uso na negativa, apenas coloca-se o not depois do verbo auxiliar do
re

futuro will (também apresentado com a contração — won’t):


Pe
u s

HAVE TO BE
SUJEITO WILL + NOT VERBO + ING COMPLEMENTO
he

(AUXILIAR) (PARTICÍPIO)
at
M

They will not/won’t have been packing by noon.

Tradução: Eles não estarão fazendo as malas/empacotando as coisas até meio-dia.

Já na interrogativa, basta inverter a posição do sujeito e do verbo auxiliar do futuro will:

HAVE TO BE
WILL SUJEITO VERBO + ING COMPLEMENTO
(AUXILAR) (PARTICÍPIO)

Will Anna have been traveling since March?

Tradução: Anna estará viajando desde março?

224
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qualquer título, a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.
REFERÊNCIAS

CAMPOS, G, T. Manual Compacto de Gramática da Língua Inglesa. 1ª ed. São Paulo: Editora Rideel. Disponí-
vel em: https://middleware-bv.am4.com.br/SSO/unifalmg/9788533948815. Acesso em: 1 set. 2022.

ADJETIVOS

Os adjetivos são palavras que atribuem qualidades e características aos substantivos que os acompanham.
Podem se referir à cor, ao tamanho, à textura, ao sabor, ao material, à emoção, ao sentimento, entre muitas outras
possíveis atribuições de qualidades.
Podem apresentar variação quanto ao grau, estabelecendo-se relações comparativas ou superlativas. Adje-
tivos, na língua inglesa, não possuem variação quanto ao gênero (masculino e feminino) e número (singular e
plural), como ocorre na língua portuguesa.
Sendo assim, um adjetivo é usado de maneira imutável para referir-se a qualquer substantivo, seja ele no
masculino ou no feminino, no singular ou no plural. Veja a seguir alguns exemplos:

z Those lazy boys don’t help at home (Aqueles meninos preguiçosos não ajudam em casa).

Veja que lazy atribui a característica de “preguiçosos” ao nome boys (meninos).


Observe, também, que os adjetivos em inglês são colocados antes do substantivo ao qual se refere.
Diferentemente da língua portuguesa, os adjetivos tomam uma posição distinta na oração, vindo antes do subs-
tantivo, como visto no exemplo anterior. Confira a diferença entre o uso de adjetivos em português e em inglês:

PORTUGUÊS Eu gosto do meu vestido azul

INGLÊS I like my blue dress

TIPOS DE ADJETIVOS

Podemos classificar os diferentes tipos de adjetivos em alguns grupos específicos, conforme a ideia que expres-
sam em uma oração. Observe alguns exemplos na tabela a seguir:

25
7-
84
TIPOS EXEMPLO

0.
36
Adjetivos de tamanho big (grande), small (pequeno), huge (enorme), tiny (minúsculo)
.
71
Adjetivos de cor green (verde), orange (laranja), blue (azul), silver (prateado)
-1

Adjetivos de material plastic (plástico), metal (metal), cotton (algodão), wood (madeira)
ia
ar

Adjetivos de origem (sempre


M

Chinese (chinês), American (americano), Canadian (canadense)


com iniciais em maiúsculo)
a
lv
Si

Adjetivos de opinião beautiful (bonito), weird (estranho), awful (horrível), good (bom)
da

Adjetivos de religião atheist (ateu), catholic (católico), jewish (judeu), buddist (budista)
ira

Adjetivos de propósito soccer-field (campo de futebol), desk (mesa), flip-flops (chinelos)


re
Pe

Adjetivos de idade old (velho), young (jovem), teenager (adolescente), adult (adulto)
s

Adjetivos de formato square (quadrado), round (redondo), triangular (triangular) LÍNGUA INGLESA/LÍNGUA ESPANHOLA
u
he
at

ORDEM DOS ADJETIVOS


M

Antes de mais nada, deve-se ter bem claro que a posição e ordem dos adjetivos em inglês funciona de forma
diferente do uso que fazemos em português. Os adjetivos em inglês devem vir antes do substantivo, como dito
anteriormente, veja mais alguns exemplos:

z She has a blue car (Ela tem um carro azul);


z The red-haired boy was running (O menino ruivo estava correndo);
z Would you give me that round pillow, please? (Você me daria aquele travesseiro redondo, por favor?);
z I like the black and white sneakers better (Eu gosto mais do tênis preto e branco).

225
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qualquer título, a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.
Além disso, quando a oração apresenta mais de um adjetivo, é preciso seguir uma ordem específica, veja:

opinião tamanho idade formato

cor origem religião material

propósito nome

Veja alguns exemplos:

z That was a pretty (1) little (2) Baptist (3) church (4).

Aquela era uma igrejinha batista pequena e bela.


(1 opinião > 2 tamanho > 3 religião > 4 nome);

z Those were some really ugly-looking (1) brown (2) leather (3) horseback-riding (4) pants (5).

Aquelas calças de couro marrons de cavalgar eram muito feias.

(1 opinião > 2 cor > 3 material > 4 propósito > 5 nome);

� I lost my heart-shaped (1) yellow (2) Indian (3) cotton (4) pillow (5) on our trip to Bali!

Eu perdi minha almofada amarela de formato de coração de algodão indiano na nossa viagem para Bali!

(1 formato > 2 cor > 3 origem > 4 material > 5 nome).

POSSESSIVE ADJECTIVES (ADJETIVOS POSSESSIVOS)

25
7-
Os adjetivos possessivos no inglês são parecidos com os pronomes possessivos e seus usos. Em uma oração, eles pedem

84
que um substantivo os acompanhe logo em seguida. Observe os adjetivos possessivos junto ao pronome ao qual se referem:

0.
PRONOME ADJETIVO POSSESSIVO EXEMPLO . 36 TRADUÇÃO
71
-1

I My I love my family. Eu amo minha família.


ia

You Your Is this your brother? Este é seu irmão?


ar
M

He His He needs his wallet. Ele precisa de sua carteira.


a
lv

She Her Her mom is sick. A mãe dela está doente.


Si
da

It Its Where is its toy? Onde está o brinquedo dele/dela?


ira

Nós amamos gastar nosso


We Our We love to spend our money!
re

dinheiro!
Pe

You Your Are these your kids? Estes são seus filhos?
u s
he

They Their Their car is very noisy. O carro deles é muito barulhento.
at
M

É comum ao falante da língua portuguesa se confundir e traduzir his and her para “seu, sua”, pois no portu-
guês é possível a construção de uma frase como “ela ama seus pais”, considerando que “seu” é pronome possessi-
vo referente ao sujeito ela. Também configura erro utilizar o adjetivo possessivo your (seu, sua) para caracterizar
possessivamente qualquer sujeito da oração que não seja you.

Dica
Portanto, para não esquecer:
� his: dele;
� her: dela;
� your: seu, sua.

GRAU DOS ADJETIVOS

Quando falamos em grau de adjetivos em inglês, referimo-nos a dois tipos: aos adjetivos comparativos e aos
226 adjetivos superlativos, se referindo aos adjetivos relativos da língua portuguesa.
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qualquer título, a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.
Comparatives (Comparativos) „ Adjetivos terminados em consoante + vogal +
consoante, dobra-se a última consoante antes
Usamos os adjetivos comparativos para estabele- da adição de -er, como é o caso de hot – hotter
cer comparação entre dois ou mais seres (substan- (quente – mais quente).
tivos), podendo esta comparação ser de igualdade,
superioridade ou inferioridade. Também há comparação de superioridade na
estrutura comparative adjective + and + compa-
z Comparative of Equality (Comparativo de rative adjective, no sentido de expressar “cada vez
Igualdade) mais” (CAMPOS, 2010). Veja:

Estabelece comparação sem qualificar um nome „ It’s getting colder and colder (Está ficando
de maneira mais positiva ou negativa que outro, cada vez mais frio);
determinando igualdade entre eles. Quando a oração „ She’s becoming more and more beautiful
comparativa é afirmativa, utiliza-se as estruturas as everyday (Ela está ficando cada vez mais linda
(tão/tanto) + adjetivo + as (quanto)(CAMPOS, 2010, p. todos os dias).
99). Observe os exemplos:
Temos também a estrutura the + comparative
„ She is as intelligent as her sister (Ela é tão inte- adjective + [...] + the + comparative adjective equi-
ligente quanto a irmã dela); valente a “quanto mais [...] mais” (CAMPOS, 2010):
„ I study as much as my cousin (Eu estudo tanto
quanto minha prima). „ The more people they bring, the merrier
(Quanto mais pessoas eles trouxerem, melhor).
Quando é negativa, utiliza-se not so (não tão) +
adjetivo + as (quanto/como)(CAMPOS, 2010, p. 99). z Comparative of Inferiority (Comparativo de
Observe: Inferioridade)

„ He is not so good as you think (Ele não é tão É utilizado para expressar que um nome executa
bom quanto você pensa); algo “a menos” que o outro. Para isso, podemos utilizar a
„ Life is not so difficult in the beach as in the city estrutura less (menos) + adjetivo + than (do que), mui-
(A vida não é tão difícil na praia como é na to semelhante ao comparativo de superioridade, mas
cidade). sem acarretar mudanças ao adjetivo em si. Veja:

25
7-
z Comparative of Superiority (Comparativo de

84
„ My brother can read less words than I can
Superioridade)

0.
(Meu irmão consegue ler menos palavras que

36
eu consigo);
É utilizado para expressar que um nome executa .
„ He seems to be less happy with his new gir-
71
algo “a mais” que o outro. Para isso, podemos utili- lfriend than with the other one (Ele parece
-1

zar a estrutura more (mais) + adjetivo + than (do estar menos feliz com a nova namorada dele
ia

que) ou adicionar intensidade ao próprio adjetivo, de do que com a outra).


ar

modo a dispensar o uso do more, o que implica em


M

algumas regrinhas a serem seguidas. Veja o exemplo Superlatives (Superlativos)


a
lv

para compreender:
Si

Usamos os adjetivos superlativos para intensificar


da

„ Jenna was more competitive than the rest of the o grau de superioridade ou inferioridade de um ser
group (Jenna era mais competititva que o resto (substantivo) em detrimento de outros.
ira

do grupo).
re

z De inferioridade (o menos, o pior):


Pe

Observe que a palavra competitive possui mais de


s

duas sílabas, portanto, é indispensável o uso da estru- „ He is my least favorite character in the movie (Ele
LÍNGUA INGLESA/LÍNGUA ESPANHOLA
u
he

tura more […] than. Agora observe: é o meu personagem menos favorito do filme);
„ Was it the worst party you’ve ever been to?
at
M

„ They run faster than their cousins (Eles correm (Essa foi a pior festa a que você já foi?).
mais rápido que os primos deles).
z De superioridade (o(a) mais, o(a) melhor):
Este segundo caso envolve um adjetivo com duas
sílabas. Sempre que houver um adjetivo com duas Adjetivos com mais de duas sílabas, devemos colocar
ou menos sílabas, há regras gramaticais específicas a the most (o/a mais) antes dele, como o exemplo abaixo:
serem utilizadas (CAMPOS, 2010):
„ They have the most profitable business in Dubai
„ Adjetivos terminados em e, acrescenta-se -r, (Eles têm o negócio mais rentável de Dubai).
como em wise – wiser (sábio – mais sábio);
„ Adjetivos, de modo geral, acrescenta-se -er ao final, Observe que profitable tem mais que duas sílabas
como é o caso de fast – faster (veloz – mais veloz); e, portanto, necessita do emprego de the most para
„ Adjetivos terminados em y precedido por intensificar a ideia.
consoante, a última consoante é removida e
é acrescentado -ier, como é o caso de busy – „ This is the busiest avenue in the city (Esta é a
busier (ocupado – mais ocupado); avenida mais movimentada da cidade). 227
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As regras gramaticais importantes a serem estabelecidas quanto ao emprego de adjetivos superlativos monos-
sílabos ou dissílabos são:

z Adjetivos, de modo geral, acrescenta-se -est, como em rich - richest (rico – mais rico) e tall – tallest (alto – mais alto);
z Adjetivos terminados em y precedido por consoante, substitui-se a consoante por -iest, como em dry – driest
(seco – mais seco) e crazy – craziest (louco – mais louco);
z Adjetivos terminados em consoante + vogal + consoante, dobra-se a última consoante antes de acrescentar
-est, como em fat – fattest gordo – mais gordo) e sad – saddest (triste – mais triste).

Contudo, há algumas exceções. Alguns adjetivos possuem formas irregulares nos modos comparativo e super-
lativo. São exemplos deles:

ADJETIVO COMPARATIVO SUPERLATIVO TRADUÇÃO

Bad Worse than The worst Pior que/O(a) pior

Mais distante que/O(a)


Far Farther than The farthest
mais distante

Good Better than The best Melhor que/O(a) melhor

Menor/menos que/O(a)
Little Less than The least
menor

Well Better than The best Melhor que/O(a) melhor

Much/Many More than The most Mais que/O(a) mais

Mais velho(a) que/O(a)


Old Older/Elder than The oldest/The eldest
mais velho(a)

Mais perto que/O(a)/Mais


Near Nearer than The next/The nearest
próximo(a)

25
7-
84
Importante!

0.
36
Um dos erros mais comuns do estudante de língua inglesa é confundir o superlativo com o comparativo. Para
.
71
evitar este problema, lembre-se que o comparativo sempre expressa a ideia de adjetivos que comparam dois
-1

ou mais seres. Já o superlativo qualifica superior ou inferior apenas um ser em relação a todos os outros.
ia
ar

INTERROGATIVE ADJECTIVES (ADJETIVOS INTERROGATIVOS)


M
a
lv

Os adjetivos interrogativos são também conhecidos na língua inglesa como Wh- questions. No entanto, não são
Si

todos que se qualificam como adjetivos. Os adjetivos interrogativos são utilizados em perguntas acompanhando os
da

substantivos, ou seja, quantificando e qualificando-os de algum modo. Observe a tabela e seus respectivos exemplos:
ira
re

WHAT O quê, o que, que, qual, quais What route should we take? Que rota devemos tomar?
Pe

WHICH Qual, quais, que Which one do you prefer? Qual deles você prefere?
s
u

WHOSE De quem Whose book is this? De quem é este livro?


he
at

How much water did you drink


M

HOW MUCH Quanta, quanto Quanta água você bebeu hoje?


today?

How many years have you spent Quantos anos você passou no
HOW MANY Quantos, quantos
abroad? exterior?

DETERMINERS ADJECTIVES (ADJETIVOS DETERMINANTES)

Quando falamos em adjetivos determinantes, nos referimos aos adjetivos que usamos para determinar sobre
qual substantivo estamos falando em uma oração. Confira na tabela a seguir os principais adjetivos determinan-
tes e seus usos em exemplos.

This (este, esta, isto) This cake is huge. Este bolo é enorme.

These (estes, estas) These shoes are ugly. Estes sapatos são feios.
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That (aquele, aquela) That book was old. Aquele livro era velho.

Those (aqueles, aquelas) Those kids can’t swim. Aquelas crianças não sabem nadar.

All my classmates skipped Todos os meus colegas faltaram a aula


All (todo, toda, todos, todas)
class today. hoje.

Neither (nenhum, nenhuma) Neither car is for sale. Nenhum dos carros está à venda.

Every (cada, todo, toda) Every girl in town knows him. Toda garota da cidade o conhece.

Both (ambos, os dois) Both my parents love musicals. Ambos meus pais amam musicais.

Each (cada, cada um) Each one of you can learn. Cada um de vocês pode aprender.

Either (qualquer um, ambos, nenhum) We can chose either book. Podemos escolher qualquer livro.

Other (outro, outra, outros, outras) She has other problems. Ela tem outros problemas.

Eu poderia comer uma outra fatia de


Another (um outro, uma outra) Can I have another slice of pie?
torta?

PARTICIPLE ADJECTIVES (ADJETIVOS PARTICÍPIOS)

É utilizado com a finalidade de adicionar uma informação a um objeto ou pessoa a que nos referimos utilizan-
do verbos conjugados no particípio (CAMPOS, 2010).
Quando tratamos de objeto, lugar ou pessoa que provocam o sentimento ao qual o adjetivo se refere, adicio-
namos o sufixo -ing (particípio presente/gerúndio). Para compreender melhor, veja os exemplos (CAMPOS, 2010,
p. 105):

z It was such a relaxing trip! (Foi uma viagem tão relaxante!);


z She’s so boring, I don’t like her (Ela é tão entediante, eu não gosto dela).

25
z

7-
84
Quando tratamos de pessoas cujo sentimento ao qual o adjetivo se refere é provocado, adicionamos o sufixo

0.
-ed (particípio passado) (CAMPOS, 2010). Veja:

.36
71
z She got surprised by the party we threw (Ela ficou surpresa com a festa que promovemos);
z I get relaxed when he gives me a massage (Eu fico relaxada quando ele me faz uma massagem).
-1
ia

NATIONALITY ADJECTIVES (ADJETIVOS DE NACIONALIDADE)


ar
M

São adjetivos que caracterizam os habitantes de diferentes nações, podendo variar o sufixo quanto a -an, -ish,
a
lv

-ese entre outros irregulares. Lembrando que essa categoria de adjetivos deve sempre aparecer com a primeira
Si

letra maiúscula, independente de sua posição no texto. Veja alguns exemplos:


da
ira

COUNTRY (PAÍS) NATIONALITY (NACIONALIDADE)


re

Australia (Austrália) Australian


Pe
s

Brazil (Brasil) Brazilian


LÍNGUA INGLESA/LÍNGUA ESPANHOLA
u
he

England (Inglaterra) English


at
M

Turkey (Turquia) Turkish

China Chinese

Japan (Japão) Japanese

France (França) French

Czech Republic (República Tcheca) Czech

Greece (Grécia) Greek

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qualquer título, a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.
REFERÊNCIAS

CAMPOS, G, T. Manual Compacto de Gramática da Língua Inglesa. 1ª ed. São Paulo: Editora Rideel. Disponí-
vel em: https://middleware-bv.am4.com.br/SSO/unifalmg/9788533948815. Acesso em: 1 set. 2022.

CONJUNÇÕES

Seja em inglês ou em português, as conjunções são responsáveis por conectar palavras e orações, completas ou
não, estabelecendo relação entre elas, acrescentado informações, contrapondo ou explicando ideias.
Veja a seguir de que forma uma conjunção é capaz de unir ideias de orações separadas.

z John was very frustrated. John got fired (John estava muito frustrado. John foi demitido);
z John was very frustrated because he got fired (John estava muito frustrado porque ele foi demitido).

A conjunção because conectou as orações de maneira natural, organizando as ideias sem que houvesse quebra
na narrativa da oração.
Confira, na tabela abaixo, algumas das conjunções mais usadas na língua inglesa seguidas de exemplo.

CONJUNÇÃO SIGNIFICADO EXEMPLO TRADUÇÃO

E: une ideias e acrescenta She went to the store and Ela foi ao mercado e comprou
And
informações. bought some fruits. algumas frutas.

Mas, porém: indica contraste, He loved talking but he felt Ele amava conversar, mas se
But
contraponto. shy. sentiu tímido.

Mark was thirsty, so he Mark estava com sede, então


Então, sendo assim: expressa con-
So stopped to drink some wa- ele parou para beber um pou-
sequência, conclusão ou efeito.
ter before running. co de água antes de correr.

Embora, apesar de: indica contra- Although she was tired, Embora ela estivesse cansa-

25
Although
posição, contraste. she went for a walk. da, ela foi caminhar.

7-
84
Would you rather stay Você prefere ficar em casa ou
Or Ou: indica opção.

0.
home or go to the mall? ir ao shopping?

I don’t like fish nor chicken 36


.
Eu não gosto de peixe nem
71
Nor Nem: conecta ideias negativas.
meat. carne de frango.
-1

I went home, for there Eu fui para casa, pois não


ia

Porque, pois: expressa motivo,


ar

For was nothing to do at work havia mais o que fazer no


razão.
M

anymore. trabalho.
a
lv

Ainda assim, contudo: He studied a lot, yet he Ele estudou muito, ainda as-
Yet
Si

contraposição. didn’t pass the exams. sim não passou nas provas.
da

They were willing to start, Eles estavam dispostos a


Embora, porém: expressa contras-
ira

However the rain, however, poured começar, a chuva, porém,


te, contraponto (formal de but).
re

outside. caía lá fora.


Pe

Our class is over, there- Nossa aula acabou, sendo


s

Sendo assim, portanto: expressa


u

Therefore fore we can discuss it on assim podemos discutir isso


conclusão.
he

Monday. na segunda-feira.
at
M

Ele não me mandou mensa-


He didn’t text me because
Because Porque: expressa motivo, razão. gem porque o celular dele
his phone was broken.
estava quebrado.

I’ll go only if you go with


If Se: indica condição. Eu vou só se você for comigo.
me.

Since you’re going to the Já que você está indo à cozi-


Desde, já que: expressa a causa ou
Since kitchen, could you fetch nha, você poderia me arranjar
o início de uma ideia.
me some water? um pouco de água?

Como, enquanto: expressa ra-


He arrived early, as I Ele chegou cedo, como eu
As zão, jeito e paralelismo de
expected. esperava.
acontecimentos.

230
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CONJUNÇÃO SIGNIFICADO EXEMPLO TRADUÇÃO

Eles deram uma festa en-


Enquanto: paralelismo de They threw a party while I
While quanto eu estava fora de
acontecimentos. was outside the house.
casa.

A menos que: expressa condição, Unless she apologizes, I’m A menos que ela se desculpe,
Unless
exceção. not talking to her anymore. eu não falo com ela mais.

I won’t go out until the rain Eu não vou sair até a chuva
Until Até: conecta a um ponto no tempo.
stops. parar.

Apesar de: contraposição, It’s very hot in spite of the Está muito quente apesar da
In spite of
contraste. winter season. estação de inverno.

Coordinating Conjunctions (Conjunções Coordenativas)

As coordinating conjunctions são utilizadas para conectar itens da mesma classe gramatical, sejam frases, pala-
vras ou cláusulas independentes, com sentido completo, mas que juntas se complementam em uma ideia objetiva
e direta, sem a pausa de um ponto final (CAMPOS, 2010). As mais comuns são and (e), or (ou) e but (mas). Exemplos:

z The day was hot (O dia estava quente) – uma frase que por si só expressa um sentido completo;
z I wanted to have a cold drink (Eu queria tomar uma bebida gelada) – outra frase que expressa um sentido
completo;
z The day was hot and I wanted to have a cold drink (O dia estava quente e eu queria tomar uma bebida gelada);
z The day was hot, but I wanted to have a hot drink (O dia estava quente, mas eu queria tomar uma bebida
quente). Observação: alteramos a temperatura da bebida para condizer com a contraposição trazida pelo but;
z The day is hot. Do you want to have a cold or hot drink? (O dia está quente. Você quer tomar uma bebida gelada
ou quente?) – a conjunção or conecta opções dentro de uma sentença.

Subordinative Conjunctions (Conjunções Subordinativas)

25
Orações subordinadas são aquelas que não expressam sentido por si só. A conjunção subordinativa atuará

7-
justamente conectando esse tipo de oração a outra que a complemente. As mais utilizadas neste contexto são after

84
(depois), although (embora), as long as (contanto que), once (uma vez que), entre outras. Veja os exemplos:

0.
36
z After she called me with the information, I put it all on paper (Depois que ela me ligou com a informação, eu
.
71
coloquei tudo no papel).
-1
ia

„ Cláusula principal: I put it all on paper. Cláusula subordinada: After she called me with the information;
ar

„ “She called me with the information” não faz sentido sozinha. A conjunção after indicou que ela tem cone-
M

xão com outra cláusula, que se apresentou por I put it all on paper.
a
lv
Si

Vejamos outro caso:


da

z As long as the rain stops, we can go surfing (Contanto que a chuva apareça, nós podemos ir surfar).
ira
re

„ Cláusula principal: We can go surfing. Cláusula subordinada: As long as the rain stops.
Pe

Correlative Conjunctions (Conjunções Correlativas)


s

LÍNGUA INGLESA/LÍNGUA ESPANHOLA


u
he

São conjunções que trabalham pares dentro das frases, conectando ideias que se complementam. São elas:
at

both (...) and (ambos... e), not only (...) but also (não só..., mas também), either (...) or (ou... ou), neither (...) nor (nem...
M

nem)(CAMPOS, 2010).
Vejamos os seguintes exemplos.

z Both my girlfriend and my sister are dancing in the living room (Tanto minha namorada quanto minha irmã
estão dançando na sala de estar);
z Not only he’s beautiful, but also he’s polite (Ele não só é bonito, mas também é educado);
z Either I go or she goes. We are not going together (Ou eu vou ou ela vai. Nós não iremos juntos).
z Neither chocolate nor vanilla ice cream for you. You don’t deserve it! (Nem sorvete de chocolate nem de bau-
nilha pra você. Você não merece!).

REFERÊNCIAS

CAMPOS, G, T. Manual Compacto de Gramática da Língua Inglesa. 1ª ed. São Paulo: Editora Rideel. Disponí-
vel em: https://middleware-bv.am4.com.br/SSO/unifalmg/9788533948815. Acesso em: 1 set. 2022.
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ADVÉRBIOS

Advérbios são uma classe de palavras cuja característica principal é a capacidade de alterar o sentido do ver-
bo. Dependendo do sentido que conferem à oração, os advérbios podem ser classificados em advérbios de tempo,
modo, lugar, grau, afirmação, negação, ordem, dúvida, intensidade, frequência e interrogativos.
Em uma oração na língua inglesa, geralmente, os advérbios aparecem depois do verbo principal da frase. Caso
este verbo tenha um complemento, o advérbio deve aparecer depois do complemento.
Exemplo:

z She speaks Portuguese well. (Como Portuguese é um complemento do verbo speak, o advérbio deve ser posi-
cionado depois deste termo).

Advérbios com mais de uma palavra formam o que chamamos de locuções adverbiais.

TIPOS DE ADVÉRBIOS

Adverbs of Time (Advérbios de Tempo)

Os advérbios de tempo são palavras que indicam o momento em que a ação ocorre. São palavras como today
(hoje), tonight (hoje à noite), yesterday (ontem), early (cedo), before (antes), now (agora), entre outras. Além disso,
estes são divididos entre definidos e indefinidos (CAMPOS, 2010).
Os definidos (definite) são, em sua maioria, locuções adverbiais, e, geralmente, são posicionados após o verbo
ou ao final da oração.
Vejamos a tabela abaixo.

AFTER TOMORROW My friends are coming after tomorrow. Meus amigos estão vindo depois de amanhã.

Eu não estou me sentindo muito bem nesse


AT PRESENT I’m not feeling very well at present.
momento.

SOME TIME AGO They got divorced some time ago. Eles se divorciaram há algum tempo.

25
EVER SINCE I haven’t seen him ever since. Eu não o vejo desde então.

7-
84
NO LONGER We no longer smoke cigarrettes. Nós já não fumamos cigarros mais.

0.
36
IN THE MORNING We ate pizza in the morning. Nós comemos pizza de manhã.
.
71
IN THE AFTERNOON They love to take a walk in the afternoon. Eles amam caminhar à tarde.
-1
ia

Os advérbios indefinidos (indefinite), por sua vez, costumam aparecer entre o sujeito e o verbo, mas também
ar

podem aparecer ao final da oração. (CAMPOS, 2010).


M
a
lv
Si

LATE The TV show started late. O programa de TV começou tarde.


da

IMMEDIATELY Put your coat on immediately. Coloque seu casaco imediatamente.


ira

SOON She soon began to worry. Ela rapidamente começou a se preocupar.


re
Pe

AFTER We went to the movies after dinner. Nós fomos ao cinema depois do jantar.
s

NOW Let’s go now. Vamos agora.


u
he

ALREADY He already knows the big news. Ele já sabe da grande notícia.
at
M

TOMORROW Walter isn’t coming to the party tomorrow. Walter não vem à festa amanhã.

Adverbs of Manner (Advérbios de Modo)

Essa categoria de advérbios é responsável por expressar o modo/a maneira como a ação é realizada.
Quando os adverbs of manner são utilizados após um verbo intransitivo (isto é, que não precisa de complemen-
to para que seu sentido seja compreendido), devem ser posicionados logo após o verbo (CAMPOS, 2010).

z Exemplo: she writes well.

No caso de orações com verbos transitivos, por sua vez, os advérbios devem aparecer após o complemento.

z Exemplo: she speaks Italian well.

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Além disso, em inglês, os advérbios de modo são formados a partir de adjetivos, em sua maioria, acrescidos do
sufixo -ly (correspondem, em português, às palavras terminadas em -mente).
Existem algumas regras que devem ser observadas:

z Quando o adjetivo termina em y, troca-se o y por i antes de adicionar o sufixo -ly. Exemplos: easy/easily (fácil/
facilmente); happy/ happily (feliz/felizmente);
z Quando o adjetivo termina em le, troca-se o le por ly. Exemplos: simple /simply (simples/simplesmente); horri-
ble/horribly (horrível/horrivelmente);
z Quando o adjetivo termina em e (sem o l antes), mantem-se o e e acrescenta-se ly. Exemplo: brave/bravely
(coragem/corajosamente). Exceções: true/truly (verdade/verdadeiramente); due/duly (devido/devidamente);
z Quando o adjetivo termina em ic, acrescenta-se ally depois de ic. Exemplos: romantic/romantically (românti-
co/romanticamente); automatic/automatically (automático/automaticamente);
z Quando o adjetivo termina em ly, não se acrescenta nada. Exemplos: daily/daily (diário/diariamente).

Vejamos a tabela abaixo.

SLOWLY He walked slowly to the door. Ele andou lentamente até a porta.

CAREFULLY The doctor carefully examined the patient. O médico examinou o paciente cuidadosamente.

GLADLY They gladly received our gift. Eles alegremente receberam nosso presente.

SINCERELY She speaks sincerely about loving you. Ela fala sinceramente sobre amar você.

QUICKLY Gaby was getting nervous quickly. Gaby estava ficando nervosa rapidamente.

KINDLY He kindly led me into his room. Ele gentilmente me guiou à sua sala.

EXTREMELY We are extremely patient. Nós somos extremamente pacientes.

Adverbs of Place (Advérbios de Lugar)

25
Os adverbs of place expressam o lugar em que a ação é realizada, mesmo que de maneira empírica.

7-
84
Observemos a tabela abaixo.

0.
THERE We’ll be there in half an hour. . 36
Nós estaremos lá em meia hora.
71
-1

WHEREVER We can go wherever you want. Nós podemos ir a qualquer lugar que você quiser.
ia

BEHIND The shoes were behind the door. Os sapatos estavam atrás da porta
ar
M

UNDER He left the book under his desk. Ele deixou o livro debaixo da mesa dele.
a
lv

NEAR There’s an excelent pizza place near here. Há uma ótima pizzaria perto daqui.
Si
da

WITHIN Within my memories, she’s always alive. Dentro de minhas memórias, ela está sempre viva.
ira

ABROAD I want to live abroad someday. Eu quero morar no exterior algum dia.
re
Pe

Adverbs of Degree or Intensity (Advérbios de Grau ou Intensidade)


s

LÍNGUA INGLESA/LÍNGUA ESPANHOLA


u
he

Os adverbs of degree or intensity expressam a intensidade da ação realizada. As medidas podem ser abstratas,
at

como no caso de o “quanto” e “até que ponto” (CAMPOS, 2010).


M

QUITE I’m not quite sure. Eu não tenho completa certeza.

EXACTLY He knew exactly what I wanted. Ele sabia exatamente o que eu queria.

STRONGLY She strongly agrees with them. Ela concorda veementemente com eles.

Your mom was so worried about Sua mãe estava tão preocupada com
SO
you. você.

ALMOST She almost got fired. Ela quase foi demitida.

ENOUGH We arrived early enough. Nós chegamos cedo o suficiente.

BARELY She barely looked at me. Ela mal olhou para mim.

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Vale ressaltar que o termo too altera um adjetivo no sentido de “demasia”, sugerindo excesso. O termo very,
por sua vez, não sugere excesso, apenas expressa a ideia de “bastante” (CAMPOS, 2010).

Focusing Adverbs (Advérbios de Foco)

Expressam abrangência.

JUST They just think about themselves. Eles só pensam neles mesmos.

GENERALLY She talked generally about the task. Ela falou de maneira geral sobre a tarefa.

Papai comprou esse presente especialmente


ESPECIALLY Daddy bought this gift especially for you!
para você!

ONLY She only eats healthy food. Ela só come comidas saudáveis.

Particularmente, eu não acho que essa seja


PARTICULARLY Particularly, I don’t think this is a good idea.
boa ideia.

They’re mainly worried about homeless Eles estão preocupados principalmente com
MAINLY
people. pessoas sem teto.

Você não pode simplesmente pedir que eu


SIMPLY You can’t simply ask me to leave my house.
deixe minha casa.

Adverbs of Affirmation (Advérbios de Afirmação)

Expressam certeza e assertividade em relação ao verbo.

SURELY She surely knows how to dance. Ela certamente sabe dançar.

INDEED They indeed hate you. Eles de fato te odeiam.

25
7-
CERTAINLY John certainly didn’t mean no harm. John certamente não quis fazer mal algum.

84
0.
EVIDENTLY The kids evidently love their parents. As crianças evidentemente amam seus pais.

OBVIOUSLY He obviously loves you.


36
Ele obviamente te ama.
.
71
-1

I definitely love to stay home on Eu definitivamente amo ficar em casa aos finais de
DEFINITELY
weekends. semana.
ia
ar

BY ALL MEANS By all means, I’m going to your party. Sem dúvidas eu irei à sua festa.
M
a
lv

Adverbs of Negation (Advérbios de Negação)


Si
da

Expressam negação daquilo que é expresso na oração.


ira
re

NO No, we can’t. Não, nós não podemos.


Pe

NOT He is not the guy for you. Ele não é o cara para você.
u s
he

Adverbs of Order (Advérbios de Ordem)


at
M

Expressam a sequência ou a ordem em que as ações, na oração, são realizadas.

FIRST You said it first! Você disse primeiro!

And, secondly, I’m really bad at making


SECONDLY E, em segundo lugar, eu sou ruim em fazer amigos.
friends.

Thirdly, they didn’t even understand what Em terceiro lugar, eles nem mesmo entenderam o
THIRDLY
I said. que eu disse.

AT LAST At last, they played my favorite song. Por último, eles tocaram minha música favorita.

FIRST OF ALL First of all, let’s take a picture of the group. Primeiro de tudo, vamos tirar uma foto do grupo.

Inicialmente, eles entregaram os melhores resul-


INITIALLY Initially, they delivered their best results.
tados deles.
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Finalmente, ela se sentou na poltrona para
FINALLY Finally, she sat in the armchair to rest.
descansar.

Adverbs of Doubt (Advérbios de Dúvida)

Expressam incerteza ou questionamento da ação e, geralmente, precedem o verbo (CAMPOS, 2010).

MAYBE Maybe she doesn’t like cats. Talvez ela não goste de gatos.

POSSIBLY Anna possibly speaks Chinese. Anna possivelmente fala chinês.

PERHAPS Perhaps I should be studying math. Talvez eu deva estudar matemática.

PROBABLY They probably had too much to drink. Eles provavelmente beberam demais.

Lucas will likely get a good job, he’s very Lucas provavelmente conseguirá um bom em-
LIKELY
qualified. prego, ele é muito qualificado.

Adverbs of Frequency (Advérbios de Frequência)

Expressam a frequência que uma ação é realizada.

RARELY He rarely calls. Ele raramente liga.

NEVER Mom never says how much she cares. Mamãe nunca diz o quanto ela se importa.

USUALLY I usually work out in the morning. Eu geralmente malho de manhã.

OFTEN Ian often visits his grandparents. Ian frequentemente visita os avós dele.

ALWAYS She’s always so clever. Ela é sempre tão esperta.

25
SOMETIMES Hannah sometimes gives me a ride. Hannah me dá carona às vezes.

7-
84
HARDLY EVER My baby hardly ever cries. Meu bebê quase nunca chora.

0.
36
Adverbs of Interrogation (Advérbios Interrogativos)
.
71
-1

Mudam, de forma interrogativa, a maneira como a ação é realizada e, geralmente, aparecem ao início da ora-
ção, como na língua portuguesa.
ia
ar
M

WHEN When is she coming? Quando ela vem?


a
lv

WHERE Did you see where she went? Você viu onde ela foi?
Si
da

HOW How much do you feed your dog? Quanto você alimenta o seu cachorro?
ira

WHY Why didn’t they come? Por que eles não vieram?
re
Pe

HOW OFTEN How often do you read a book? Com que frequência você lê um livro?
s

WHAT What did you buy at the supermarket? O que você comprou no supermercado? LÍNGUA INGLESA/LÍNGUA ESPANHOLA
u
he
at

REFERÊNCIAS
M

CAMPOS, G, T. Manual Compacto de Gramática da Língua Inglesa. 1ª ed. São Paulo: Editora Rideel. Disponí-
vel em: https://middleware-bv.am4.com.br/SSO/unifalmg/9788533948815. Acesso em: 1 set. 2022.

PREPOSIÇÕES

Assim como no português, as preposições na língua inglesa são elementos que funcionam como conectivos
entre orações, ligando-as de acordo com a relação que se pretende estabelecer entre uma informação e outra,
complementando o sentido de uma frase. Algumas preposições são recorrentes e aparecem em quase toda comu-
nicação verbal na língua inglesa. Conheça, a seguir, algumas delas:

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IN (DENTRO DE; EM; DE; NO; NA)

Usamos a preposição in para indicar tempo:


� She was born in July (Ela nasceu em julho).
Usamos a preposição in para indicar lugar:
� Oliver lives in Romenia (Oliver mora na Romênia..
Usamos a preposição in para indicar que um objeto ou pessoa está dentro de um determinado local:
� Her pencils are in her pencil case (Os lápis dela estão no estojo dela);
� Lucas is working in his bedroom.(Lucas está trabalhando no quarto dele).
Usamos in para indicar um período do dia:
� I like to eat pizza in the morning (Eu gosto de comer pizza de manhã).

AT (À; ÀS; EM; NA; NO)

Usamos a preposição at para falar as horas:


� Is this meeting at 5 pm? (Esta reunião é às 17h?).
Usamos a preposição at para falar sobre endereços completos (com número, nome da rua, entre outros elementos):
� They live at 97, Broadway Street, California.(Eles moram na Rua Broadway, número 97, Califórnia).
Usamos a preposição at para indicar locais específicos:
He works at the National Bank (Ele trabalha no Banco Nacional);
� Will you be waiting for us at the airport? (Você esperará por nós no aeroporto?).
Usamos at para alocar uma ação em um dado período do dia, de maneira mais ampla:
� I like to look at the stars at night (Eu gosto de olhar para as estrelas à noite).

ON (SOBRE A; EM CIMA DE; ACIMA DE; EM; NO; NA)

Usamos a preposição on para indicar datas de maneira específica:


� She was born on July 17th, 1992 (Ela nasceu em 17 de julho de 1992).
Usamos a preposição on antes dos dias da semana:
� We have to work on the weekend (Nós temos que trabalhar no fim de semana);
� Ron never goes jogging on Sundays (Ron nunca faz cooper aos domingos).

25
Usamos a preposição on para indicar que um objeto ou pessoa sobre determinada superfície:
� Her pencils are on her desk (Os lápis dela estão em sua escrivaninha);

7-
84
� Joseph is dancing on the stage (Joseph está dançando no palco).
Usamos a preposição on para indicar endereços (apenas nomes):

0.
36
� The office is on Maple Avenue (O escritório é na avenida Maple).
Usamos a preposição on para falar de meios de informação: .
71
� We watch the Oprah Winfrey show on TV (Nós assistimos ao show da Oprah Winfrey na TV);
-1

� You can purchase our products on our website (Você pode adquirir nossos produtos em nosso site).
ia

Usamos on para situar um objeto ou pessoa dentro de um meio de transporte em movimento:


ar

I’m on the bus, going to work. (Estou no ônibus, indo trabalhar.).


M
a
lv

FOR (PARA; DURANTE; POR; HÁ)


Si

Usamos a preposição for para indicar a finalidade de algo:


da

� My wife uses our porch area for painting (Minha esposa usa nossa área da sacada para pintar).
ira

Usamos a preposição for para expressar o motivo ou o propósito do objeto em questão:


re

� This store is for women only (Esta loja é apenas para mulheres).
Pe

Usamos a preposição for para indicar a duração de tempo de algum evento ou acontecimento:
� He has been working in that company for eleven years (Ele trabalha naquela empresa há onze anos);
u s

� You’ve been in the bathroom for half an hour (Você está no banheiro há uma hora).
he
at

TO (PARA; A)
M

Usamos a preposição to para indicar deslocamento de um local ao outro, movimento ou destino:


� His family is moving to Australia in a month (A família dele vai se mudar para a Austrália em um mês);
� Grandma is going to the store (A vovó está indo à loja).
Usamos a preposição to para indicar a duração de tempo de um acontecimento entre seu início e seu fim:
� We studied together from 2011 to 2016 (Nós estudamos juntos de 2011 a 2016).
Usamos a preposição to para estabelecer comparação:
� We prefer drinking juice to drinking soda (Nós preferimos beber suco a beber refrigerante).

Além destas preposições, existem diversas outras, com diferentes aplicações a depender do contexto. Você
perceberá, por exemplo, que muitas delas você já conhece como advérbios ou conjunções.
Quando usamos uma preposição seguida por uma oração (sujeito + verbo + predicado), ela atua como conjun-
ção. Exemplo:

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z After I saw him, I called you (Depois que o vi, te PREPOSIÇÕES DE
liguei). SIGNIFICADO
LUGAR

Quando ela é seguida de uma frase (conjunto de Down Para baixo, abaixo
palavras que constituem uma ideia), somente, atua
Far from Longe de
como preposição. Exemplo:
In Em
z I’ll wait for you until 9 o’clock (Eu vou te esperar
até às 9 horas). In front Em frente à

Inside Dentro
Quando a preposição complementa a ação do ver-
bo, como um predicado, ela atua como advérbio. Into Em

z They’re playing outside (Eles estão brincando lá Near Perto


fora). Next to Próximo a/ao
Confira mais exemplos de preposições a seguir: On Sobre

Onto Em, sobre


PREPOSIÇÕES DE
SIGNIFICADO Out Fora, para fora
TEMPO

About Aproximadamente Outside Fora

After Depois Sobre, mais de, acima de,


Over
demais
Ago Atrás
Through Através
Around Em torno de
Toward Em direção a
At Às
Under Debaixo
Before Antes

25
Underneath Sob, abaixo, debaixo de
By Até

7-
Upon Em, sobre

84
During Durante

0.
36
PREPOSIÇÕES COM OU-
For Por SIGNIFICADO
TRAS APLICAÇÕES .
71
From Desde, da, das
-1

About Sobre
Over Ao longo de, durante
ia

Against Contra
ar

Past Antes (hora)


M

Along Adiante
a

Since Desde
lv

As Como, tão
Si

Until/till Até
da

Despite Apesar de, a despeito de


Up to Até agora
ira

Except Salvo, exceto


re

PREPOSIÇÕES DE Like Como


Pe

SIGNIFICADO
LUGAR
s

Of De
LÍNGUA INGLESA/LÍNGUA ESPANHOLA
u

Above Acima
he

Off Fora de
at

Across Do outro lado


M

Onto Para
Along Ao longo de
Opposite Contrário, contra
Among Entre
Than Do que
Around Ao redor de
Diferente de, ao contrário
Behind Atrás Unlike
de
Below Abaixo Upon Após, depois de
Beside Ao lado With Com
Between Entre (duas coisas) Within Dentro de, no prazo de
Beyond Além Without Sem
By Ao lado de
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Há também preposições compostas por mais de z The classes start at 9 am (As aulas começam às 9
uma palavra: da manhã).

Existem algumas regras para o uso do artigo the.


PREPOSIÇÕES SIGNIFICADO Vejamos.
According to De acordo com, segundo
z Não se usa o the nos seguintes casos:
Ahead of Antes de
„ Substantivos que integrem uma oração que
Along with Junto de, junto com
expressa senso-comum ou generalização, sal-
Separado de, para além vo se é a intenção do interlocutor especificar o
Apart from objeto do qual se fala. Exemplos:
de
The cats like milk (Os gatos gostam de leite) —
As far as Até, na medida que gatos específicos;
Cats like milk (Gatos gostam de leite) — gatos
Assim como, bem como,
As well as em geral.
além de

Because of Por causa de „ Nomes próprios, salvo se o nome especificar


um conjunto ou uma família, usando seu sobre-
By means of Por meio de, mediante nome. Exemplos:
São Paulo is a big city (São Paulo é uma cidade
Due to Devido a, em virtude de
grande);
For the sake Por amor de The United Kingdom is in lockdown (O Reino
Unido está em lockdown);
In addition to Além de, também The Kennedys are coming to dinner (Os Kenne-
dys estão vindo para o jantar).
Instead of Ao invés de, em vez de

On behalf of Em nome de, em prol de „ Nomes de idiomas (mas pode ser usado para se
referir a nacionalidades). Exemplos:
On top of Acima de, por cima de French is a difficult language. (francês é uma
língua difícil);

25
Such as Tal como The French invented the croissant (Os franceses

7-
Thanks to Graças a inventaram o croissant).

84
0.
Up to Até „ Quando houver a presença da forma posses-

36
siva na oração, diferentemente do português.
.
71
ARTIGOS Exemplos:
-1

Our English book is here. (O nosso livro de


inglês está aqui);
ia

Os artigos, na língua inglesa, são palavras usadas


ar

para acompanhar o substantivo na oração e, assim John is Lucy’s brother. (John é o irmão da Lucy).
M

como em português, podem ser classificados como


a

definidos e indefinidos. Entretanto, não recebem tan- z O the deve ser utilizado nas seguintes situações:
lv
Si

tas variações como na gramática da língua portuguesa,


de modo que não existem artigos compostos, contá- „ Substantivos únicos em sua espécie ou para
da

veis ou incontáveis, nem mesmo variação de gênero referir-se a um único ser de modo específico.
ira

de acordo com o substantivo que acompanham. Exemplos:


The ocean is still a mystery (O oceano ainda é
re

Os artigos da língua inglesa podem ser classifica-


Pe

um mistério);
dos como definidos ou indefinidos segundo seu signi-
The moon shines for you (A lua brilha para
s

ficado e propósito. Observe a tabela a seguir.


u

você).
he
at

THE O, a, os, as „ Orações cujo substantivo já foi mencionado


M

anteriormente pelo interlocutor, pressupondo-


A Um, uma -se que a pessoa a qual a mensagem se direcio-
na já saiba do que se está falando. Exemplos:
AN Um, uma
The job is perfect for you! (O emprego é perfeito
para você!);
DEFINITE ARTICLE (ARTIGO DEFINIDO) They saw the damage and got worried. (Eles
viram o estrago e ficaram preocupados).
Esse artigo é utilizado para se referir exclusiva-
mente ao substantivo na oração, ou seja, especifica-se, „ Para falar de pontos específicos do globo terres-
no discurso, o objeto. Em inglês, é marcado pelo uso tre. Exemplos:
de the, que pode acompanhar tanto um substantivo The Equator is a pointer for countries’ weather.
no singular quanto no plural. Observe: (O Equador é um indicador para o clima dos
países);
z The table is broken (A mesa está quebrada); They were discussing the Greenwich meridian
z The children are happy (As crianças estão felizes); scales. (Eles estavam discutindo sobre as esca-
238 z He loved the book (Ele amou o livro); las do meridiano de Greenwich).
O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para Matheus Pereira da Silva Maria - 171.360.847-25, vedada, por quaisquer meios e a
qualquer título, a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.
I hired the best dentist and the best secretary (Eu
„ Nomes de acidentes geográficos, rios, arquipé- contratei a melhor secretária).
lagos, montanhas etc. Exemplos:
The Nile is the longest river on Earth (O Nilo é o Atenção: note que o the assegura a informação de
rio mais longo do mundo); que se trata de pessoas distintas e não de uma só que
The Alps are great places to practice sports desempenhe a função de dois cargos (CAMPOS, 2010).
(Os Alpes são ótimos lugares para se praticar
esportes). INDEFINITE ARTICLE (ARTIGO INDEFINIDO)

„ Áreas geográficas do plano cartesiano (norte, Esse tipo de artigo faz referência a um substantivo
sul, leste, oeste etc.). Exemplos: não específico, ou seja, não há a identificação do obje-
The northeast of Brazil is a dry place (O nordes- to de maneira exclusiva. Em inglês, é marcado pelo
te do Brasil é um local árido); uso de a e an, palavras que possuem suas próprias
They went to the south (Eles foram para o sul). regras gramaticais. É importante salientar a diferença
de uso entre ambas as palavras:
„ Países com nomes compostos ou que expres-
sam plural. Exemplos: z Usa-se a quando o substantivo, que segue o artigo,
The USA fought against Germany. (Os Estados inicia-se com uma consoante: a table (uma mesa);
Unidos lutaram contra a Alemanha); z Usa-se an quando o substantivo, que segue o artigo,
Have you ever been to the Netherlands? (Você já inicia-se em uma vogal: an elephant (um elefante).
esteve nos Países Baixos).
O mesmo acontece quando a palavra se inicia com
„ Adjetivos que tomam forma de substantivos no o som de uma vogal, como é o caso de an hour (uma
plural. Exemplos: hora), an homage (uma homenagem), an honest man
She is hanging out with the cool ones. (Ela está (um homem honesto). Nestes casos, o som da letra h
saindo com os legais); é mudo.
They love playing with the youngs. (Eles amam
Em contrapartida, há palavras que se iniciam com
jogar com os jovens).
as vogais u e eu, e pronuncia-se o som de “you”. Neste
caso, utilizamos o artigo a:
„ Nomes de jornais, bancos e instituições pri-

25
vadas, bem como ONGs e órgãos públicos.
z a European (uma europeia);

7-
Exemplos:
z a unit (uma unidade);

84
The UNO decided to stop violence (A Organização
z a university (uma universidade) (CAMPOS, 2010).

0.
das Nações Unidas decidiu parar a violência);

36
The New Yorker just tweeted about it (O New
.
Veja a seguir em quais situações os artigos indefi-
71
Yorker acabou de tuitar sobre isso).
nidos são empregados1:
-1

„ Nomes de instrumentos musicais, ritmos e dan-


ia

z Para referir-se a algo pela primeira vez:


ça. Exemplos:
ar
M

She loves to play the piano (Ela ama tocar piano);


You guys have a beautiful house! (Vocês têm uma
a

The tango is an Argentinian dance (O tango é


lv

uma dança argentina). casa linda!).


Si
da

„ Nomes de construções e obras famosas: z Para se referir a profissões:


ira

We just saw the Eiffel Tower (Acabamos de ver


a Torre Eiffel); She’s a singer (Ela é uma cantora).
re
Pe

The Coliseum is outstanding! (O Coliseu é


incrível!). z Para referir-se a nacionalidades e religiões:
s

LÍNGUA INGLESA/LÍNGUA ESPANHOLA


u
he

„ Para nos referirmos ao elemento gramatical de He’s an Irishman (Ele é um irlandês).


at

gradação comparativa (quanto mais..., quanto


M

menos...). Exemplos: z Para referir-se a algo/alguém no singular, sem


The less we speak the better (Quanto menos intenção de enfatizar a quantidade:
falarmos, melhor);
The more we study the more tired we get (Quan- I lent her a dry t-shirt and an umbrella (Eu a empres-
to mais estudamos, mais cansadas ficamos). tei uma camiseta seca e um guarda-chuva).
É diferente de:
„ Antes de números ordinais. Exemplos: I lent her one t-shirt and two umbrellas (Eu a
She lives on the 1st floor (Ela mora no 1º andar); emprestei uma blusa e dois guarda-chuvas).
The party is on the 23rd of June (A festa é no 23º
dia de junho); z Para referir-se a frequências de tempo:

„ Repete-se o the em casos que podem ocasionar I workout at the gym four times a week (Eu treino
ambiguidade. Exemplo: na academia quatro vezes na semana).
1 CAMPOS, G, T. Manual Compacto de Gramática da Língua Inglesa. 1ª ed. São Paulo: Editora Rideel. Disponível em: https://middleware-bv.am4.
com.br/SSO/unifalmg/9788533948815. Acesso em: 1 set. 2022 239
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qualquer título, a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.
z Para referir-se a nomes de medidas:

It costs U$30 a pound (Custa 30 dólares por libra).

Importante!
O uso de a e an serve apenas para o singular. Quando os substantivos se apresentam no plural, deve-se utilizar
the ou elementos quantificadores como many (muitos), much (muito), some (alguns), any (algum, nenhum), a
few (alguns) etc.

Casos que Dispensam o Uso de Artigos

A/an: quando tratamos de uma ideia abstrata (CAMPOS, 2010). Ex.:

z Incorreto: He has a great ability with kids (Ele tem uma grande habilidade com crianças);
z Correto: He has great ability with kids (Ele tem grande habilidade com crianças).

The (CAMPOS, 2010):

z Antes de substantivos precedidos por preposições: I need to go to school. (eu preciso ir à escola);

„ Há exceção para caso de ir ao edifício. No exemplo da escola, portanto, se quero me referir à materialidade
do prédio, devo dizer: I need to go to the school. (eu preciso ir [ao prédio] da escola).

z Antes de substantivos plurais com sentido geral: kids love to play (crianças amam brincar);
z Antes de nomes de materiais, refeições, bebidas, comidas, matérias, esporte: my son studies Biology (meu filho
estuda biologia);
z Antes de substantivos abstratos. Ex.: Love is beautiful (o amor é lindo);
z ntes de designação de espécies através do uso de man (homem) e woman (mulher): man is dealing with con-

25
sequences of their own behavior (o homem está lidando com as consequências do próprio comportamento);

7-
z ntes de substantivos incontáveis singulares: water is a natural resource (a água é um recurso natural);

84
� Antes de meses ou dias da semana. Ex.: Mondays are the worse (segundas-feiras são as piores).

0.
Dica . 36
71
-1

A diferença de uso de the e a/an está na especificidade:


� I met the boy at the police station (eu encontrei o garoto na delegacia) — um garoto específico, já mencio-
ia

nado e/ou conhecido;


ar
M

� I met a boy at the police station (eu encontrei um garoto na delegacia) — um garoto ainda não mencionado
a

ou desconhecido.
lv
Si

REFERÊNCIAS
da
ira

CAMPOS, G, T. Manual Compacto de Gramática da Língua Inglesa. 1ª ed. São Paulo: Editora Rideel. Disponí-
vel em: https://middleware-bv.am4.com.br/SSO/unifalmg/9788533948815. Acesso em: 1 set. 2022.
re
Pe

NUMERAIS
u s
he

Antes de começarmos este tópico, é importante mencionar que, em inglês, os numerais não formam uma classe de
at

palavras à parte, como acontece em português. Neste material, apresentaremos brevemente os numerais, que podem
M

ser divididos em ordinais, cardinais, fracionários e multiplicativos, trazendo alguns exemplos de aplicação em frases.

CARDINAL NUMBERS (NÚMEROS CARDINAIS)

Os numerais cardinais são aqueles que servem para contar unidades exatas, sejam pessoas, objetos, animais
etc. Veja:

z She had two beautiful dogs (Ela tinha dois lindos cachorros).

Veja mais exemplos de números cardinais:

One Um Two Dois Three Três Four Quatro

Five Cinco Six Seis Seven Sete Eight Oito


240
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Nine Nove Ten Dez Eleven Onze Twelve Doze

Thirteen Treze Fourteen Catorze Fifteen Quinze Sixteen Dezesseis

Seventeen Dezessete Eighteen Dezoito Nineteen Dezenove Twenty Vinte

Twenty-one Vinte e um Thirty Trinta Forty Quarenta Fifty Cinquenta

Sixty Sessenta Seventy Setenta Eighty Oitenta Ninety Noventa

One
One One
Cem Mil hundred Cem mil One million Um milhão
hundred thousand
thousand

z Só usamos a conjunção “e” após centenas, como three hundred and seventy-four — 3.074 (CAMPOS, 2010);
z Six também é mencionado como half a dozen (meia dúzia) e, portanto, dozen e twelve são equivalentes (dúzia = doze);
z Anos são expressos por suas dezenas e não milhares, como em 1984 (nineteen eighty-four);
z “Zero” é expresso por oh (entre mais números), zero (zee·row) ou nought.

ORDINAL NUMBERS (NÚMEROS ORDINAIS)

Os numerais ordinais são aqueles que ordenam coisas ou pessoas, estabelecendo série ou sequência. Veja um
exemplo:

z Kevin came in third in the competition (Kevin chegou em terceiro lugar na competição).

Os ordinais como first (primeiro), second (segundo) e third (terceiro) mantêm a mesma terminação a partir da
segunda dezena. Isto é, na primeira dezena (10 a 19), teremos como décimo primeiro o ordinal eleventh, décimo
segundo o twelfth e o décimo terceiro, thirteenth. Da segunda dezena em diante, teremos: twenty-first (vigésimo
primeiro), twenty-second (vigésimo segundo), twenty-third (vigésimo terceiro) e dessa forma seguirão as dezenas
em diante. Da quarta unidade em diante, usamos a terminação th. Veja alguns exemplos:

25
7-
1st First 2nd Second 3rd Third

84
4th Fourth 5th Fifth 6th Sixth

0.
36
11th Eleventh 12th Twelfth 13th Thirteenth
.
71
14th Fourteenth 15th Fifteenth 20th Twentieth
-1
ia

21st Twenty-first 22nd Twenty-second 23rd Twenty-third


ar
M

24th Twenty-fourth 30th Thirtieth 40th Fortieth


a
lv

100th Hundredth 1.000th Thousandth 1.000.000th Millionth


Si
da

Assim como na língua portuguesa, também abreviamos os números ordinais na língua inglesa. Porém, dife-
rentemente do emprego das simbologias ª e º, no inglês abreviamos com st para first, nd para second e rd para third.
ira

A partir da quarta unidade, usamos th.


re

Também utilizamos os números ordinais para representar os denominadores de frações, alterando-se somen-
Pe

te pela adição de s a frente da nomenclatura, quando a fração for plural (CAMPOS, 2010). Exemplo: → three four-
s

LÍNGUA INGLESA/LÍNGUA ESPANHOLA


ths. Caso a fração seja no singular, ela será escrita a partir do número ordinal, seguido do cardinal, conforme: →
u
he

one third.
Conforme dito no início deste documento, numerais na língua inglesa não se restringem aos algarismos numé-
at
M

ricos. Há estruturas que indicam posição ou sequência no tempo ou trechos escritos (COLLINS, 2017). Eis algumas
estruturas neste sentido:

The following morning, he took his dog for a Na manhã seguinte, ele levou o cachorro dele para
Following
walk. passear.

Last That was my last candy. Aquele era meu último doce.

Next Who’s next in line? Quem é o próximo na fila?

Previous The previous teacher was better. O professor anterior era melhor.

Preceding You preceding text got me worried! Sua mensagem anterior me deixou preocupada!

Subsequent Subsequent his illness, death came. Na sequência da doença dele, a morte veio.

241
O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para Matheus Pereira da Silva Maria - 171.360.847-25, vedada, por quaisquer meios e a
qualquer título, a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.
FRACTIONAL NUMBERS (NÚMEROS COMMA (VÍRGULA)
FRACIONÁRIOS)
Utiliza-se para separar uma frase que contenha
Os números fracionários são utilizados quando uma ideia oposta à da anterior, para separar itens
há intenção de indicar quão grande é a parte de algo listados e separar vocativos, advérbios e condições.
frente ao seu inteiro (COLLINS, 2017). Veja exemplos: Exemplos:

z I want half a cake (Eu quero metade de um bolo); z I went there, but it was closed (eu fui lá, mas estava
z The pool is only three-quarters full yet (A piscina fechado).
ainda está só com três quartos cheia). z I saw a tree, a bird and a cat (eu vi uma árvore, um
pássaro e um gato).
Mais exemplos de números fracionários (CAMPOS, z May I help you, sir (posso te ajudar, senhor)?
2010, p. 70):
QUESTION MARK (INTERROGAÇÃO)
z 1/2 a half, one half (meio, metade);
z 2/3 two thirds (dois terços); Serve para indicar uma pergunta. Exemplo:
z 3/4 three quarters (três quartos);
z 4/5 four fifths (quatro quintos); z Why are you sad (por que você está triste)?
z 5/6 five sixths (cinco sextos);
z 7/8 seven eights (sete oitavos); EXCLAMATION MARK (EXCLAMAÇÃO)
z 1/12 one twelfth (um doze avos).
Utiliza-se para intensificar a informação ou dar
MULTIPLICATIVE NUMBERS (NÚMEROS ênfase à frase. Exemplos:
MULTIPLICATIVOS)
z Good morning, Sam (bom dia, Sam)!
Finalmente, temos os numerais multiplicativos. z I can’t believe that (não acredito nisso)!
Eles atendem ao propósito de se dizer quantas vezes
algo aconteceu ou simplesmente multiplicar. Usual- QUOTATION MARKS (ASPAS)
mente, por exemplo, usamos termos como double
(dobro) ou citamos o número e adicionamos times à Indicam a fala de alguém ou ênfase em determina-
frente. Veja mais exemplos: da palavra. Exemplos:

25
7-
z I received doubled charges! (Eu recebi cobranças z He said: “I’m sorry” (ele disse: “sinto muito”).

84
dobradas!); z This is what “happiness” means (isso é o que “ale-

0.
z This is a triple bônus (Este é um bônus triplo); gria” quer dizer).

36
z I read it once (Eu li isso uma vez);
.
71
z The alarm fired twice last night (O alarme disparou COLON (DOIS-PONTOS)
-1

duas vezes noite passada);


z I have to eat at least three times a day (Eu preciso
ia

Sinaliza algo que será citado ou enumerado.


comer pelo menos três vezes ao dia).
ar

Exemplo:
M

Note o emprego de a day para se referir a ações


a

z I need to buy this: rice, beans and pasta (eu preciso


lv

praticadas “por dia/ao dia”. comprar isto: arroz, feijões e macarrão).


Si
da

REFERÊNCIAS SEMICOLON (PONTO E VÍRGULA)


ira

CAMPOS, G, T. Manual Compacto de Gramática


re

Indica uma pausa maior que a vírgula e menor


da Língua Inglesa. 1ª ed. São Paulo: Editora Rideel,
Pe

que o ponto-final. Também é usado para listar itens.


2010. Disponível em: https://middleware-bv.am4. Exemplos:
s

com.br/SSO/unifalmg/9788533948815. Acesso em:


u
he

1 set. 2022. z I need to buy a cell phone; mine is broken (Eu preci-
at

COBUILD, Collins. English Grammar. 4. ed. Glas- so comprar um celular; o meu está quebrado.
M

gow: Harper Collins Publishers, 2017. z I saw Jenny, from high school; Anna, from colle-
ge and Nina, from work (eu vi a Jenny, do ensino
USO DA PONTUAÇÃO EM INGLÊS médio; a Anna, da faculdade e a Nina, do trabalho).

Acompanhe a seguir alguns dos sinais de pontua- APOSTROPHE (APÓSTROFO)


ção mais utilizados em inglês2.
Indica a posse de alguma coisa e a contração de
PERIOD (PONTO FINAL) palavras. Exemplos:

Indica o final de uma oração e o fim de um pará- z This is Natalie’s cat (esse é o gato da Natalie).
grafo. Exemplo: z I can’t go (eu não posso ir).

z I live here (eu moro aqui).

2 COMO usar a pontuação em inglês. Wizard, 2019. Disponível em: https://www.wizard.com.br/idiomas/como-usar-a-pontuacao-em-ingles/.


242 Acesso em: 04 nov. 2022.
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qualquer título, a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.
ELLIPSIS (RETICÊNCIAS) z To get out of the hand: perder o controle;
z Let someone out the hook: desresponsabilizar,
Indicam omissão de trecho ou hesitação. Exemplos: livrar alguém;
z To take something easy: ir com calma;
z I’m not sure (eu não tenho certeza)… z Easy as pie: fácil demais;
z And then she told me that (e então ela me disse que)… z To get high: ficar alucinado;
z To spill the beans: vazar informações.
EXPRESSÕES IDIOMÁTICAS
Observe que, na lista apresentada, algumas expres-
Todo idioma possui uma gama de expressões idio- sões possuem equivalência na língua portuguesa e
máticas oriundas de sua cultura, do folclore, dos cos- outras não. Isso ocorre devido ao fato de que traduções
tumes e das interações entre grupos sociais em um não são suficientes para entender o contexto de um idio-
país. As expressões idiomáticas, no inglês, são frases ma, é preciso entender a cultura, a história, o humor e
que não significam exatamente o que se esperaria tra- até a população de um país para realmente poder enten-
duzindo-as literalmente. der como este idioma foi construído e fundamentado.
Em alguns casos, as expressões possuem equiva- Este aprofundamento permitirá um conhecimen-
lência na língua portuguesa, em outros, são tão carac- to mais amplo do idioma, o que será benéfico sempre
terísticas daquela cultura que nem sequer possuem que se fizer necessário estudar aspectos linguísticos
um equivalente direto e precisam ser explicadas com que estão intrinsecamente relacionados à cultura, aos
outras palavras. costumes e à população de um país.
Algumas expressões são utilizadas em conversas
comuns do cotidiano e cada qual possui sua pecu- WORDS FREQUENTLY USED (PALAVRAS
liaridade, sem regras que padronizem o uso. Basta FREQUENTEMENTE USADAS)
um conhecimento mais popular do idioma, através
de músicas, filmes, séries e vídeos, para ser capaz de Confira a seguir um pequeno excerto da lista de
identificar quando uma expressão não quer dizer o 100 palavras que ocorrem com mais frequência na
que ela literalmente significaria ao ser traduzida. Con- escrita em inglês, com base em uma análise do Oxford
fira uma lista de expressões idiomáticas comuns na English Corpus (uma coleção de textos na língua ingle-
língua inglesa: sa, compreendendo mais de 2 bilhões de palavras).
Observação: uma classe gramatical é fornecida
z To make a long face: fazer cara de desgosto; para a maioria das palavras, mas as classes grama-

25
z To make something up: inventar uma história; ticais podem variar conforme o contexto de uso, por

7-
z To pull yourself together: recompor suas emoções, isso, nem todas as possibilidades são listadas. Observe:

84
endireitar-se;

0.
z To fill in someone’s shoes: assumir o lugar de

36
alguém; CLASSIFICA-
PALAVRA TRADUÇÃO
. ÇÃO
71
z To run errands: resolver tarefas fora de casa;
-1

z To come up with: pensar e expor ideias, soluções;


The O, a, os, as Artigo
z to be fed up with: estar esgotado com algo ou
ia

alguém; Be Ser, estar Verbo


ar

z To cost an arm and a leg: custar muito caro;


M

z Chicken feed: salário baixo; To Para, por Preposição


a
lv

z To rain cats and dogs: chover muito forte;


Of De Preposição
Si

z To give the could shoulder: ignorar alguém;


da

z A piece of cake: muito fácil, “mamão com açúcar”; And E Conjunção


z Two peas in a pod: pessoas iguais, “farinha do mes-
ira

mo saco”; A Um, uma Artigo


re

z The last straw: o limite, “a gota d’água”.


Pe

In Em, no na Preposição
z As far as i know: até onde eu sei;
s

z To be out of line: abusar de algo, “passar da conta’’; Aquele, aquela, LÍNGUA INGLESA/LÍNGUA ESPANHOLA
u

That Conjunção
he

z To hit the road: pegar a estrada; aquilo


z To be saved by the bell: ser “salvo pelo gongo”;
at

Have Ter Verbo


M

z To break the ice: “quebrar o gelo”, descontrair;


z The lie won’t wash: a mentira não vai ser acreditada;
I Eu Pronome
z Once in a blue moon: raramente;
z To break a leg: boa sorte; It Ele/ela (neutro) Pronome
z To be caught red-handed: ser pego(a) no flagra;
z To have no clue: não ter pistas; For Por, para Preposição
z To roar like a lion: gritar/resmungar;
Not Não Advérbio
z To cross the bridge: lidar com o problema;
z To get something out of the system: seguir adiante, On Sob, em, no, na Preposição
supercar;
z To go back to the drawing board: recomeçar; With Com Preposição
z Every cloud has a silver linning: há males que vêm
He Ele Pronome
para bem;
z To hit the sack: ir dormir; Advérbio,
z To cut some slack: pegar leve; As Tão, tanto
conjunção
z To bite the bullet: superar algo na marra; 243
O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para Matheus Pereira da Silva Maria - 171.360.847-25, vedada, por quaisquer meios e a
qualquer título, a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.
CLASSIFICA- Pablo Iglesias Cortina, preceptor de la escuela y
PALAVRA TRADUÇÃO quien lideró el proceso de selección del nombre, agregó:
ÇÃO
“Quino dijo en una entrevista hace algunos años, cuan-
You Você, tu Pronome do los libros de Mafalda llegaron a todas las escuelas
del país, que todo lo que hacía lo había aprendido de
Verbo,
Do Fazer sus maestras. Para nosotros eso fue como reivindicar
substantivo
lo poderosa que es la educación.”
At Em, no, na Preposição Fonte:https://www.quino.com.ar/post/la-primera-escuela-argentina-
con-el-nombre-quino
Este, esta, esse, Advérbio,
This
essa determinante Análise do exemplo:
A notícia apresenta várias “partes”, que devem ser
Preposição,
But Mas advérbio, levadas em conta para a interpretação. O título “La
conjunção primera escuela pública secundaria argentina con
el nombre ‘Quino’” é a primeira delas. A seguir, em
itálico, temos o lide (resumo antes da notícia), e depois
o texto propriamente dito. Além de todos os aspectos
presentes no texto, como diferentes tempos verbais,
LÍNGUA ESPANHOLA vocabulário e conectores, é importante observar tam-
bém a fonte do texto, que, nesse caso, é um site dedi-
COMPREENSÃO DE TEXTOS E CAPACIDADE DE cado a informações sobre Quino.
COMPREENDER IDEIAS GERAIS E ESPECÍFICAS
POR MEIO DA ANÁLISE DE TEXTOS SELECIONADOS Tirinhas/Histórias em Quadrinhos
DE LIVROS, JORNAIS OU REVISTAS, QUE ABORDEM
TEMAS CULTURAIS, LITERÁRIOS E CIENTÍFICOS Os personagens mais comuns em tirinhas em espa-
nhol são Mafalda, Quino e Gaturro. As histórias em
LEITURA E INTERPRETAÇÃO DE TEXTOS quadrinhos geralmente trazem linguagem mais colo-
quial, uso de gírias e expressões idiomáticas (que serão
A prova de idiomas é baseada na interpretação abordadas em outro momento). Por isso, podem pare-
de diferentes tipos textuais, geralmente, tirinhas, cer simples, mas contêm temas complexos que mere-

25
poemas, letras de música, anúncios publicitários e cem sua atenção ao responder as questões. Exemplo:

7-
textos jornalísticos em prosa. Para realizar uma boa

84
interpretação, é necessário praticar a leitura e execu-

0.
tar questões anteriores. No entanto, em alguns casos,

36
também vemos a presença de conteúdos gramaticais
sendo cobrados nas provas de língua estrangeira. Por- .
71
tanto, também abordaremos esses conteúdos mais
-1

adiante.
ia

A seguir, destacaremos alguns dos gêneros tex-


ar

tuais utilizados nas provas, com exemplos de cada um


M

deles.
a
lv
Si

Notícias
da

As notícias aparecem com temas diversos, desde


ira

assuntos mais sérios até temas de entretenimento,


re

como filmes e séries. Elas podem ser mais curtas ou


Pe

mais extensas. Exemplo:


u s
he

La primera escuela pública secundaria argentina


at

con el nombre “Quino”


M

Con alegría y emoción recibimos la noticia de que


una institución educativa en Río Negro llevará el nom-
bre “Quino”. Se trata de la Escuela Secundaria Nro. 16,
ubicada en la ciudad de General Roca.
El nombre fue elegido por todos los miembros de Análise do exemplo:
la comunidad educativa de la escuela, quienes parti- A tirinha de Mafalda usa marcadores temporais
ciparon en el proceso en plena pandemia, en octubre (cuando), verbos em tempos mais complexos como
de 2020. Luego, una resolución del Consejo Provincial subjuntivo (sea) e imperativo (proba); utiliza também
de Educación de la Provincia de Río Negro estableció um substantivo cuja tradução é bem diferente do por-
formalmente, a principios de marzo de este año, que la tuguês (“calle”, que traduzido é “rua”) e uma expres-
escuela lleve, de ahora en más, el nombre “Quino”. são que poderia causar confusão na compreensão
Es la primera escuela secundaria en Argentina que (“pegarle a alguién”, que na tradução é “dar pancadas,
tendrá el nombre del humorista gráfico más querido bater em alguém”). Portanto, são vários conteúdos
por niños y adolescentes, quienes crecieron leyendo a que o candidato precisa conhecer e identificar para
244 Mafalda, su inigualable creación. responder corretamente à questão proposta.
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qualquer título, a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.
Anúncios Publicitários – Buen día, no tengo ganas de ir a trabajar hoy, me
quedo, mientras Gerardo se entregaba a las baldosas de
Os anúncios parecem fáceis por terem menos su cuarto por completo. Al recobrar en si, Gerardo pien-
textos; no entanto, muitas vezes é necessário ter um sa que todo ha sido un sueño, una horrible pesadilla,
conhecimento básico para entender essas poucas pero no, es real. Su otro yo sigue en la cama durmiendo,
palavras. Sem esse conhecimento, o anúncio não faz ocupando su lugar.
sentido para o leitor. Além disso, nos anúncios publi- Gerardo se acerca, y comprueba que es él, que
citários os elementos não verbais possuem grande extraño verse a uno mismo, ver detalles que nunca se
importância. São eles: imagem, cores, tamanho e for- había percibido o permitido observar. Bien confuso
ma das letras, dentre outros. intenta descifrar lo que está ocurriendo ya que ahora
sabe que es real.
Lo observa detenidamente hasta que su otro yo
abrió los ojos, – no te asustes le dijo – mientras Gerardo
trataba de mantenerse en pie. Gerardo intentó expul-
sarlo de su cuarto pero su otro yo no le daba importan-
cia, diciéndole, cuando te calmes conversamos, en un
tono normal como quien informa las horas, y prosiguió.
Este acá eres tú también, no te das cuenta imbécil, o
piensas que un ladrón ocuparía tu rostro, tu cuerpo por
acaso… Quieres que te lo explique, te lo puedo explicar
todo si lo deseas.
Gerardo respiró hondo y dejó salir un sí seco y sin
aire. Su otro yo le dijo – siéntate, es fácil de entenderlo,
no me llevará más que un par de minutos explicártelo.
Así Gerardo lo hizo, se sentó, puso las manos sudadas
Fonte:https://www.informabtl.com/las-estrategias-de-contenido-de- en las rodillas, tal vez para poder secarlas con más faci-
pepsi-y-coca-cola-en-redes-sociales/ lidad mientras lo escuchaba.
Fonte: https://www.idemespanhol.com.br/blog-titulo-03/
Análise do exemplo:
Neste exemplo, o leitor precisa entender que Análise do exemplo:
“lunes” é segunda-feira. Assim, o sentido do anúncio é: O texto encaixa-se no tipo narrativo, com alguns
se a segunda te ataca e vem forte, Pepsi pode te ajudar momentos de descrição. Além do conhecimento de

25
e contra-atacar. O anúncio só provoca o efeito deseja- vocabulário, é importante também saber identificar

7-
do se o leitor entender que “lunes” é segunda-feira e os tempos verbais presentes no texto, pois são muito

84
que, tradicionalmente, as segundas são dias complica- relevantes para construir uma correta interpretação.

0.
dos e com pouca energia para a maioria das pessoas.
36
Você pode encontrar mais exemplos em sites que
Além disso, a imagem e as cores da Pepsi também têm textos de diferentes gêneros em espanhol. A
.
71
devem ser levadas em conta para a interpretação. seguir, apresentamos uma lista de alguns deles:
-1
ia

Contos/ Fábulas z Sites de notícias: Jornal El País, Folha de São Pau-


ar

lo, UOL Internacional ES, El Clarín;


M

Os contos e fábulas são textos narrativos mais cur- z Sites de tirinhas/histórias em quadrinhos/char-
a

tos; às vezes, há a presença de diálogos, outras vezes, ge: Mafalda Oficial e Quino;
lv

não. Entre os momentos de narração, é possível obser- z Site de literatura: Instituto Cervantes Virtual.
Si

var também trechos de descrição, nos quais o uso de


da

adjetivos predomina. Esse conhecimento também é Além desses sites, você pode conhecer mais a obra
ira

importante para desenvolver uma melhor leitura e de autores clássicos da língua espanhola, já que, mui-
tas vezes, os textos deles aparecem em prova. Alguns
re

interpretação. Exemplo:
Pe

deles são Gabriel García Márquez, Julio Cortázar,


Su Otro Yo Miguel de Cervantes e Jorge Luis Borges.
s

LÍNGUA INGLESA/LÍNGUA ESPANHOLA


u
he

A la misma hora, todos los días, como un ritual Dica


at

religioso Gerardo se levantaba a las 07.00h para ir al


M

trabajo, sin embargo, ese lunes fue el más diferente de Durante a leitura, não tente compreender o sig-
todos. nificado de cada palavra ou traduzir palavra a
Así que se levantó se puso los anteojos y presintió palavra, mas se esforce para entender o que o
algo extraño, sin conseguir identificar lo qué. Por el enunciado (frase/oração) pretende dizer, no
cuerpo le recorría una sensación extraña, mezcla de geral. Foque na informação e não nas palavras
miedo, ansiedad y curiosidad. Se sentía sin aire buscan- isoladamente. Praticar a leitura e fazer provas
do en si la respuesta que no tenía pregunta. Al mirar anteriores nunca será demais quando se trata de
hacia atrás un frio le congeló su pecho y sus ojos. Los estudar para provas de línguas estrangeiras em
cerró y los volvió a abrir bruscamente mientras se veía concursos públicos.
en su cama a si mismo.
Una extraña sensación, poder describir su reacción, Técnicas para Melhor Compreensão de um Texto
verse a si mismo de forma real e incrédula. Su alma
estática le temblaba en ese momento, Gerardo se trans- z Observar toda a estrutura: Títulos, subtítulos, pis-
formó en una figura inmóvil por fuera, hasta que su tas tipográficas – datas, números, gráficos, figuras,
otro yo (llamémosle así) abre los ojos, lo mira como no fotografias, palavras em negrito ou itálico, cabeça-
sorprendiéndose por lo ocurrido y le dice: lhos, referências bibliográficas, reticências... Todas 245
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as partes de um texto, seja ele verbal ou não ver- Estruturalmente, o parágrafo divide-se em:
bal, trazem informações importantes que serão
essenciais para a compreensão. Elas complemen- z Tópico frasal: é a frase que apresenta a ideia cen-
tam as informações contidas no texto e, quando tral do parágrafo, elaborada de modo conciso e cla-
são analisadas antes mesmo da leitura do texto, ro. Ela indica, ao leitor, a mensagem central que
tornam mais simples o entendimento geral; será abordada, contribuindo para a compreensão
z Após essa análise, é importante ler o enunciado total do texto.
para entender qual aspecto foi solicitado. Marque
as palavras principais do enunciado e sua ideia Na prova de língua estrangeira, é necessário iden-
geral e, caso seja necessário, escreva na lateral o tificar o tópico frasal, sem, necessariamente, traduzi-
que você irá procurar no texto; -lo, mas compreender a ideia geral;
z Leitura minuciosa: Essa leitura busca encontrar
informações específicas, as informações que foram
z Desenvolvimento: é a parte central do parágrafo.
solicitadas pelo enunciado, e consiste em buscar
Ele funciona como uma sequência do tópico frasal, a
informações detalhadas, sem que seja necessário
qual acrescenta informações e aprofunda a temática
fazer uma leitura do texto completo. Nessa eta-
abordada. Essa profundidade pode se dar através de
pa/técnica, você exclui da leitura as informações
exemplos, citações de autores, apresentação de dados
periféricas e se foca apenas nas palavras-chave
e argumentos para explorar melhor o assunto;
que podem levar à resolução da questão, ou seja,
z Conclusão: é a parte final do parágrafo. Nela, é
à compreensão da ideia geral e do que está sendo
solicitado. Geralmente, essa leitura é feita de cima apresentado o desfecho ou a conclusão sobre aqui-
para baixo; lo que o restante do parágrafo já abordou.
z Leitura mais cuidadosa: Essa parte deve levar em
conta o vocabulário e a leitura mais completa dos Cada parágrafo é classificado de acordo com a fun-
enunciados. Nessa leitura, é importante destacar ção que exerce dentro do texto no seu contexto geral.
as palavras desconhecidas e tentar perceber seu Vejamos as suas classificações:
significado através do contexto. Como citamos, não
é necessário traduzir palavra por palavra e cada z Introdução: localizada no início do texto, poden-
frase, pois o mais importante é a compreensão do ser constituída de um ou dois parágrafos. Esses
geral do texto. parágrafos de introdução contextualizam o leitor,
levando em conta que este não conhece o propósi-

25
COMPREENSÃO DE IDEIAS ESPECÍFICAS to e o objetivo do texto;
z Desenvolvimento: são os parágrafos que estão

7-
EXPRESSAS EM PARÁGRAFOS E FRASES E A

84
RELAÇÃO ENTRE PARÁGRAFOS E FRASES DO no meio do texto. A quantidade desses parágrafos

0.
TEXTO depende do tipo de texto. Em redações argumen-

36
tativas, por exemplo, tem-se dois parágrafos de
.
desenvolvimento; já em textos acadêmicos, pode-
71
Para construir um texto, é necessário, primeira-
mente, construir os parágrafos e relacioná-los. Pode-se -se ter várias páginas populadas por parágrafos de
-1

dizer, então, que o parágrafo é uma unidade interna desenvolvimento; nos textos jornalísticos apresen-
ia

do texto. Assim, todos devem ser organizados em tor- tados em provas de concurso, temos entre dois e
ar

no de uma visão específica sobre o assunto geral. quatro parágrafos de desenvolvimento.


M

Vale frisar que cada parágrafo de um texto deve ser


a
lv

minimamente independente, conservando, porém, cer- Geralmente, os parágrafos de desenvolvimen-


Si

ta relação com o anterior e com o tema geral proposto. to estão em maior número, pois exercem a função
da

Nos textos em língua portuguesa, isso é mais fácil de de maior extensão. Eles servem para aprofundar,
ser identificado, uma vez que estamos habituados ao uso ampliar, ou detalhar o assunto do texto;
ira

dos elementos de coesão (ex.: conectores discursivos). Já


re

em língua espanhola, é comum que os candidatos apre- z Conclusão: são os últimos parágrafos do texto.
Pe

sentem certa dificuldade. Por se tratar de um idioma Esses parágrafos têm a função de retomar e de
s

diverso do português, os heterossemânticos – palavras resumir o que já foi explorado nos parágrafos de
u
he

que, comparadas em dois idiomas, soam semelhantes, desenvolvimento. Além disso, devem apresentar
os desfechos, as conclusões ou as críticas finais.
at

mas se diferem no significado –, por exemplo, podem


M

prejudicar suas performances em prova. Questões como


essa serão exploradas em tópicos seguintes. Os parágrafos de conclusão podem ser mais exten-
Neste tópico, trabalharemos a importância dos sos caso haja muitos pontos a serem retomados, ou
parágrafos, bem como o modo de que se organizam, podem ser resumidos em apenas um parágrafo quan-
a fim de analisarmos a estrutura e a mensagem que do o conteúdo é mais curto, como em redações ou tex-
cada um carrega para a composição do texto. tos jornalísticos por exemplo.

Estrutura e Características do Parágrafo LOCALIZAÇÃO E IDENTIFICAÇÃO DE


INFORMAÇÕES ESPECÍFICAS EM UM OU MAIS
Cada parágrafo pode ser composto por um único TRECHOS DO TEXTO
período ou mais, sendo o número de linhas variá-
vel (o mais importante é manter, minimamente, a Interpretar textos e localizar informações dentro
estrutura). Devem apresentar um enfoque específico do texto não necessariamente exige completo domí-
sobre o tema e, ao longo do texto, estabelece-se uma nio da língua. É possível responder às questões e
relação entre eles, objetivando construir um conheci- interpretar textos objetivamente utilizando técnicas
246 mento mais amplo. de leitura e localização de informações.
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Neste tópico, trataremos sobre duas técnicas cujos A técnica scanning serve para encontrar informa-
nomes originais são em inglês, mas que são essenciais ções específicas. Já a técnica skimming está mais ligada
para compreender textos de qualquer idioma, mesmo à observação das informações visuais e da estrutura
com conhecimento básico. São elas: scanning e skimming. do texto, tais como: palavras destacadas, título, subtí-
Ao falar sobre essas técnicas, apresentaremos também tulo, autor, fonte, data, layout do texto, tabelas, fotos,
exemplos de textos em língua espanhola, aplicando as referências, imagens, cores, expressões faciais (no
técnicas e mostrando como encontrar as informações caso de tirinhas/desenhos) e outros.
solicitadas sem ter conhecimento completo a respeito do É importante também buscar conhecimentos
idioma. gerais em língua espanhola, ler e pesquisar notícias,
A base dessas duas técnicas é focar em encontrar curiosidades, fatos que estão acontecendo atualmen-
algumas palavras-chaves e, através delas, inferir as ideias te, pois qualquer um deles pode ser explorado na pro-
centrais do texto. O objetivo delas é facilitar a leitura e o va de língua espanhola.
entendimento do texto mesmo sem o conhecimento de As duas técnicas juntas colaboram para a com-
todas as palavras e verbos que o compõem. preensão geral e identificação de respostas. A com-
preensão dos textos depende diretamente da sua
Dica capacidade de relacionar ideias, estabelecer referên-
cias e fazer deduções lógicas. Isso se aplica tanto à lín-
As técnicas que serão explanadas a seguir gua portuguesa como a qualquer língua estrangeira.
devem ser utilizadas não apenas no momento Além disso, com a prática de exercícios e de leitura,
da prova, mas também antes, para exercitar e esse processo torna-se mais natural e mais simples.
conseguir executar uma prova melhor.
ANÁLISE DE EXEMPLOS
SCANNING
Texto 1
Significa, em outras palavras, examinar detalha-
damente, identificar e compreender a mensagem das Tipos de Turismo
frases, selecionar o vocabulário necessário para a
compreensão e encontrar os detalhes que serão essen- Muchas veces cuando nos referimos al turismo
ciais para uma correta resposta. cometemos el grave error de no poder diferenciar las
A base dessa técnica é perceber algo específico,
diversas ramificaciones que esta palabra puede conte-
singular, exclusivo, para poder responder uma ques-
ner. No es lo mismo estar hablando de turismo vaca-

25
tão. Portanto, essa leitura serve para procurar algo
cional que turismo de aventura, sin lugar a dudas si

7-
em particular: um substantivo, uma data, um tempo

84
lo que quieres es poder relajarte no te gustará la idea
verbal, algo específico que foi solicitado pela questão.
de escalar una montaña o realizar expediciones en

0.
36
selvas. Es esta la razón principal por la cual aquí te
SKIMMING
.
presentamos algunas de las tantas subdivisiones que
71
contiene el turismo, cabe decir que cada año apare-
-1

Esta técnica auxilia no sentido de ler o texto mais


cen nuevas formas debido al crecimiento de diversas
rápido. Mas, diferentemente da técnica anterior, esta
ia

aficiones entre los turistas. Entre los tipos de turismo


ar

exige mais atenção ao texto como um todo, inclusive


encontramos a:
M

a sua estrutura, ao seu título, subtítulo, aos cognatos e


a

falsos cognatos, às primeiras e últimas linhas de cada


lv

z Agroturismo
parágrafo e também às informações não verbais, que
Si

são figuras, tirinhas, anúncios, gráficos, tabelas, cores


da

Modalidad turística en áreas agropecuarias, que


presentes, dentre outros.
proporciona el contacto directo con las actividades
ira

Usando as duas técnicas, é possível inferir a ideia


geral do texto, identificar o assunto e observar quais agrarias tradicionales. Práctica que permite el mejor
re

são especificamente as informações essenciais daque- contacto entre el hombre, la naturaleza, los animales
Pe

le texto. Para isso, você pode seguir alguns passos: y los procesos de producción.
s

LÍNGUA INGLESA/LÍNGUA ESPANHOLA


u
he

z Concentração: sim, parece óbvio, mas a concen- z Cicloturismo


at

tração é essencial para uma leitura eficaz;


M

z Ler cuidadosamente todos os parágrafos e obser- Turismo a bordo de una bicicleta para recorrer
var se há palavras destacadas em caixa alta, negri- largas distancias. Consiste en viajar en bicicleta visi-
to, itálico etc.; tando los lugares que se encuentra uno a su paso.
z Analisar o significado e a relevância dessas pala-
vras, que podem ser títulos, nomes próprios, pala- z Enoturismo
vras em outro idioma etc.;
z Atenção ao vocabulário! Não trave diante de Turismo dedicado a potenciar y gestionar la rique-
uma palavra desconhecida, mas, sim, busque iden- za vitivinícola de una determinada zona. Las rutas del
tificar qual pode ser o significado dela dentro do vino permiten visitar bodegas, museos del vino, res-
contexto em que está inserida; taurantes y practicar vinoterapia.
z Identifique as palavras-chave do texto e as destaque.
z Etnoturismo
Qual é a melhor técnica: scanning ou skimming?
Na verdade, as duas são eficientes, a depender do que También conocido como turismo étnico es un tipo
a questão está solicitando. É importante observar o de turismo dedicado a visitar etnias para conocer más
objetivo da questão e ler as alternativas. sobre sus costumbres, tradiciones y forma de vida y 247
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cultura de las civilizaciones. Está directamente rela- scanning, que consiste em identificar as palavras-cha-
cionado con la revalorización de las culturas ances- ve da pergunta para poder procurá-las no texto. Essas
trales. Es considerada como la parte más humana de palavras são: “expropriação”,“territórios” e “mexica-
toda la actividad turística y es que busca involucrar al nos”, e suas variações, que podem constar no texto.
turista con la comunidad que visita. A partir disso, encontramos o trecho “hoy ya no soy
mejicano ni hispano ni tampoco americano soy […] una
Fonte: http://www.blogitravel.com/2009/11/tipos-de-turismo- sombra del pasado…”, traduzido por: “hoje já não sou
%C2%BFque-clases-de-turismo-existen/ mexicano nem hispânico nem tão pouco americano
[…] sou uma sombra do passado…”, que mostra esse
Análise: o texto apresenta um texto do tipo infor- conflito de identidades. Ao longo do poema, o eu-líri-
mativo, publicado em um blog de viagens. Isso pode co descreve as tradições que se perderam, e, por isso,
ser percebido utilizando a técnica skimming, lendo mostra que ele não se identifica mais com nenhum
apenas o título, as palavras destacadas no texto e a povo. Resposta: Letra E.
fonte da qual ele foi retirado. Sendo assim, se a per-
gunta estiver focada no tema e objetivo geral do texto, VOCABULÁRIO
é possível respondê-la sem muita dificuldade.
Se a questão perguntar, por exemplo, sobre um Para compreender melhor os textos, é necessário
dos tipos de turismo, é melhor utilizar as duas téc- um conhecimento mínimo a respeito do vocabulário.
nicas combinadas: com a skimming, buscar o tópico A seguir, trataremos sobre alguns pontos relaciona-
abordado, e, com a scanning, detalhar o tópico e bus- dos a esse tema.
car palavras-chave para responder à questão.
Dias da Semana
Texto 2
Destacamos esse ponto pela diferença que há entre
Oye, Pito, ésta es: la vida bruta de un boy os dias em português e em espanhol.

mis tierras eran PORTUGUÊS ESPANHOL


nuevo méxico, colorado,
california, arizona, tejas, Domingo Domingo
y muchos otros senderos, Segunda-feira Lunes
aún cuando la luz existía
Terça-feira Martes

25
sonrientemente

7-
en las palabras Quarta-feira Miércoles

84
de mis antepasados... Quinta-feira Jueves

0.
era entonces hombre,

36
Sexta-feira Viernes
maduro y sencillo
.
71
como los cerros y los peñascos, Sábado Sábado
-1

y mi cultura era el atole,


el chaquehue, y los buenos días; Não destacamos com tanta ênfase os meses do ano,
ia

mi idioma cantaba
ar

porque sua escrita é parecida ao português e de fácil tra-


versículos
M

dução. São eles: Enero, febrero, marzo, abril, mayo, junio,


por los cañones
a

julio, agosto, septiembre, octubre, noviembre e diciembre.


lv

de tierra roja
Si

y tierra amarilla...
Heterossemânticos
da

Hoy sí, hoy ya no soy mejicano ni hispano


ni tampoco americano,
ira

São palavras que têm escrita semelhante ou igual


pero soy — y bien lo siento ser —
re

a outras palavras em português, portanto, mas na


una sombra del pasado
Pe

verdade seu significado é diferente. São chamadas


y un esfuerzo
também de falsos cognatos ou falsos amigos. A seguir,
s

hacia el futuro...
u

listamos algumas dessas palavras:


he

SÁNCHEZ, R. Disponível em: www.materialdelectura.unam.mx.


Acesso em: 4 dez. 2017.
at

ACREDITAR PRESUNTO
M

Questão: Ao abordar a expropriação de territórios mexi- Parece: acreditar Parece: presunto


canos pelos Estados Unidos, o eu lírico do poema reve- Significado: creditar valor Significado: suposto
la um(a):
BERRO PROPINA

a) Rejeição da língua utilizada por seus antepassados. Parece: berrar, gritar Parece: propina
b) Desejo de pertencimento ao espaço estadunidense. Significado: agrião Significado: gorjeta
c) Certeza de manutenção de suas tradições.
BORRACHA CONCERTAR
d) Reivindicação de um mundo unificado.
e) Sentimento de conflito de identidades. Parece: borracha Parece: consertar
Significado: bêbada Significado: combinar
Análise: o texto é um poema, o que inferimos ao
observar a estrutura que o compõe: título, disposição CHULO RICO
do texto em forma de poesia. Isso é possível perce- Parece: chulo, algo ruim Parece: rico
ber utilizando a técnica skimming. Já para responder
Significado: elegante, bonito Significado: encantador
248 à questão proposta, é necessário utilizar a técnica
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CONOZCO SINO z Salvar: Guardar;
z Enviar: Enviar;
Parece: conosco Parece: sino
z Escanear: Escanear;
Significado: se não z Scanner: Escáner;
Significado: conheço
(conjunção) z Encaminhar: Adelante;
CRIANZA PELADO z Endereço de e-mail: Dirección de correo electróni-
co / de email;
Parece: criança Parece: nu
z Pasta: Carpeta;
Significado: criação Significado: careca z Caixa de entrada: Bandeja de entrada;
DESPERTO LATIR z Caixa de saída: Bandeja de salida;
z Carregando: Cargando;
Parece: latir, latido de
Parece: acordado z Programa: Programa informático;
cachorro
z Lixeira: Papelera de reciclaje;
Significado: esperto Significado: bater do coração z Rede Social: Red social;
EMBARAZADA DIRECCIÓN z Senha: Contraseña;
z Tela: Pantalla;
Parece: embaraçada,
Parece: direção z Janela: Ventana.
envergonhada
Significado: grávida Significado: endereço PALAVRAS MAIS USADAS EM ESPANHOL
FECHA CUECA
Em 2015, o Jornal El Clarín fez um estudo que
Parece: fechar Parece: cueca
levantou a quantidade de palavras registradas em
Significado: data Significado: dança chilena espanhol e as variantes, e também destacou e publi-
FRENTE LARGO cou as 500 palavras mais usadas na língua espanho-
la. Essas palavras podem ser relevantes ao auxiliar
Parece: frente Parece: largo o estudante que não tem conhecimento sobre a gra-
Significado: testa Significado: comprido mática e a ortografia da língua, mas que precisa com-
NOVELA PALADAR
preender textos. Dessas 500, destacamos a seguir 50,
acompanhadas de suas traduções, que são relevantes
Parece: novela Parece: paladar ao candidato:
Significado: romance/livro Significado: céu da boca

25
50 PALAVRAS MAIS USADAS EM ESPANHOL

7-
PELO TAZA

84
Pero: porém Sino: senão
Parece: pelo Parece: taça

0.
Sus: seus Hecho: feito

36
Significado: cabelo Significado: xícara
Ya: já Mientras: enquanto
.
71
POLVO VASO
Fue: foi Además: além disso
-1

Parece: polvo (animal) Parece: vaso


Había: havia Hombre: homem
ia

Significado: pó Significado: copo


ar

Hasta: até Trabajo: trabalho


M

APELLIDO VACÍO
Solo: somente, só Mejor: melhor
a

Parece: apelido Parece: vazio


lv

Yo: eu Nuevo: novo


Si

Significado: sobrenome Significado: vago


Hay: há Decir: dizer
da

Ni: nem Entonces: então


ira

Internet e Tecnologia
Tiene: tem Luego: logo
re
Pe

Por se tratar de uma temática tão atual e relevante, Mismo: mesmo Va: vai
destacaremos alguns termos relacionados à internet e
s

Ahora: agora Tenía: tinha


LÍNGUA INGLESA/LÍNGUA ESPANHOLA
u

tecnologia que podem aparecer em suas questões:


he

Embargo: no entanto,
Después: depois
at

z Email: Correo Electrónico; contudo.


M

z Desktop (Área de Trabalho): Escritorio;


z Download: Descargar; Aunque: ainda que Personas: pessoas
z Link: Enlace; Otro: outro Cuenta: conta
z Pendrive: Lápiz de memoria;
z Memory Card: Tarjeta de memoria; Gobierno: governo Mujer: mulher
z Mouse: Ratón;
z Website: Página Web; Tan: tão Frente: testa ou diante de
z Anexar: Adjuntar;
Según: segundo Punto: ponto
z Anexar Arquivos: Archivos adjuntos;
z Copiar: Copiar; Año: ano Dice: diz
z Colar: Pegar;
z Excluir: Borrar / Eliminar; Hoy: hoje Aún: ainda
z Desfazer: Deshacer;
Ayer: ontem Fuera: fora
z Imprimir: Imprimir;
z Impressora: Impresora; General: geral Nadie: ninguém
249
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50 PALAVRAS MAIS USADAS EM ESPANHOL z Echar una mano: Dar uma mãozinha (ajudar
alguém, fazer um favor);
Desarrollo: z Echar una cabezada: Tirar uma soneca;
Ante: diante
desenvolvimento z Empinar el codo: Encher a cara, beber muito;
Hacia: na direção de Siglo: século z En menos que canta un gallo / En un dos por tres:
Num piscar de olhos, rapidamente;
Fonte: https://www.clarin.com/sociedad/palabras-mas-usadas- z Estar a dos velas: Estar sem dinheiro, estar
espanol-comunes-frecuentes-diccionario-real_academia_ “duro”(a);
espanola_0_ByLqjSFvmg.html z Estar pez: Estar por fora, não conhecer a situação;
z Estar em la luna: Estar no mundo da lua (distraído);
EXPRESSÕES IDIOMÁTICAS z Estar hecho um ají: Estar com muita raiva;
z Hablar por los codos: Falar pelos cotovelos, falar
São expressões utilizadas no cotidiano e que, geral- muito;
mente, só fazem sentido para os nativos da língua, z Meter la pata: Pisar no tomate, dar um fora;
porque geralmente têm um significado que não faz z No comerse un rosco: Levar um fora;
sentido se traduzido ao “pé da letra”. Nessas expres- z No dar pie com bola: Não dar uma dentro (não
sões, prevalece o uso da linguagem figurada. acertar);
z Rascarse la barriga/ Rasgarse la barriga: Não fazer
nada (não trabalhar ou estudar).
Importante!
Não há como destacar todo o vocabulário de dife-
Essas expressões são utilizadas tanto oralmen-
rentes temáticas, como saúde, alimentação, economia,
te quanto em diferentes gêneros textuais. Assim, política, medicina, dentre outros, por serem muito
elas podem ser essenciais para responder uma extensos, e quase “impossíveis” de serem decorados.
questão. É importante conhecê-las para identifi- No entanto, quanto mais você buscar leituras em
car seu significado no contexto. espanhol de diferentes temas e gêneros textuais, mais
vocabulário acumulará e mais fácil se tornará a prova
para você!
z ¿A santo de qué?: Por que cargas d’água?;
z A cada dos por tres: Vira e mexe (com frequência); ITENS GRAMATICAIS RELEVANTES PARA A
z A grande rasgos: Sem entrar em detalhes, a grosso COMPREENSÃO DOS CONTEÚDOS SEMÂNTICOS

25
modo;

7-
z A lo mejor: Se calar; HETEROSSEMÂNTICOS

84
z A pierna suelta: Dormir à vontade;

0.
z A simple vista: À primeira vista; Neste tópico, vamos falar sobre os “heterosemán-

36
z A buenas horas mangas verdes: Tarde demais (para ticos”, que também são conhecidos como falsos ami-
.
71
fazer alguma coisa ou tarefa); gos ou falsos cognatos. Mas, afinal, o que são palavras
z A las tantas: Muito tarde;
-1

heterossemânticas?
z Al dedillo: De cor e salteado (quando se tem conhe- Entenda que o sufixo hetero-, segundo o dicio-
ia

cimento de um assunto);
ar

nário, significa algo distinto, diferente e oposto. Por


z Andar de capa caída: Andar desanimado;
M

outro lado, a palavra “semântico” é relativa à “semân-


z Andar com pies de plomo: Ficar com o pé atrás (sus-
a

tica”, ou seja, os sentidos e significados das unidades


lv

peitar de alguém ou de alguma coisa); linguísticas. Deste modo, entende-se que as palavras
Si

z Arrojar por la Borba: Abrir mão, perder; heterossemânticas têm um significado distinto quan-
da

z Atar la lengua: Morder a língua; do comparadas com as de outra língua.


z Buscarle cinco pies al gato: Procurar chifre em
ira

cabeça de cavalo; HETERO + SEMÂNTICO = DIFERENTES


re

z Cabeza de chorlito: Cabeça de vento; SIGNIFICADOS


Pe

z Caer bien: Causar boa impressão;


s

z Chapar: Estudar muito; As palavras heterossemânticas existem entre o


u
he

z Comer la sopa boba: Viver às custas de alguém; português e o inglês, assim como existem entre as
at

z Como Dios manda: Como manda o figurino; línguas espanhola e portuguesa. A imagem, a seguir,
M

z Como una cabra: Louco; exemplifica, de forma lúdica, situações de fala em que
z Con pelos y señales: Em todos os detalhes, tintim ocorrem equívocos derivados da semântica diferente
por tintim; entre palavras portuguesas e espanholas. Veja:
z Contar faroles: Contar mentiras;
z Correr con los gastos: Pagar a conta;
z Cuando las gallinas meen: No dia de São Nunca;
z Dar coba: Puxar o saco;
z Dar ganas de: Sentir desejo/vontade de;
z Dar gato por liebre: Vender gato por lebre;
z Dar una mano: Ajudar;
z De tal palo, tal astilla: Tal pai, tal filho (os filhos
puxam aos pais);
z Decirle a uno cuantas son cinco: Botar os pingos
nos “i”s;
z Dejar plantado: Dar o cano;
250 z Echar de menos: Sentir falta/saudade;
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qualquer título, a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.
Entre tanto, la abuela que estaba amordazada,
empezó a golpear la tapa del sótano para que la saca-
ran de allí. Al descubrir de dónde venían los golpes, con-
siguieron unas tenazas para poder abrir el cerrojo que
estaba todo herrumbrado. Cuando la abuela salió, con
la ropa toda sucia de polvo, llamaron a los guardas del
bosque para contarles todo lo que había sucedido.
Referencia: http://dumarti.com/habla/la-presunta-abuelita-falsos-
cognatos/

O texto é uma releitura da história clássica da


Chapeuzinho Vermelho, originalmente escrita por
Charles Perrault. A seguir, foram elencados os falsos
amigos presentes nele. Vejamos:

z Presunta: presumida, suposta;


O erro na comunicação parte da palavra “tapas”. z Carpa: uvas;
Em espanhol, são chamados “tapas” os petiscos que z Cachorro: filhote de qualquer animal;
acompanham as bebidas nos bares. No entanto, na z Latir: bater;
língua portuguesa, conforme sabemos, “tapa” é um z Oso: urso;
tipo de golpe proferido por alguém que deseja agredir z Espalda: costas;
outra pessoa. z Rato: momento, pequeno espaço de tempo;
As palavras heterossemânticas possuem a mesma z Berro: agrião (hortaliça);
grafia, porém carregam significados muito distintos. z Bolso: bolsa;
Leia o texto denominado La Presunta Abuelita e z Estofado: tipo de prato – ensopado com carnes e
tente encontrar possíveis palavras heterossemânticas. legumes;
Destaque-as, para conferir o significado na sequência. z Ciruelas: ameixas;
z Pelado: que não tem cabelo, calvo;
La Presunta Abuelita z Polvo: poeira, pó;
z Apellido: sobrenome herdado dos pais;

25
Había una vez una niña que fue a pasear al bosque. z Sobrenombre: apelido pelo qual te chamam ami-

7-
De repente se acordó de que no le había comprado ningún gos e familiares;

84
regalo a su abuelita. z Salada: que tem muito sal, salgada;

0.
Pasó por un parque y arrancó unos lindos pimpollos z Borracha: bêbada;

36
rojos. Cuando llegó al bosque vio una carpa entre los árbo- z Huellas: pegadas, marcas de pés;
.
71
les y alrededor unos cachorros de león comiendo carne. El z Borrando: apagando;
-1

corazón le empezó a latir muy fuerte. z Escritorio: mesa de trabalho, escrivaninha;


En cuanto pasó, los leones se pararon y empezaron a Escoba: vassoura;
ia

z
caminar atrás de ella. Buscó algún sitio para refugiarse y
ar

z Muela: mandíbula;
no lo encontró. Eso le pareció espantoso.
M

z Tenazas: tipo de alicate;


De lejos vio un bulto que se movía y pensó que había
a

z Cerrojo: cadeado;
lv

alguien que la podría ayudar. Cuando se acercó vio un oso de Herrumbrado: enferrujado.
Si

z
espalda. Se quedó en silencio un rato hasta que el oso desa-
da

pareció y luego, como la noche llegaba, se decidió a prender


Agora que já identificamos as palavras que podem
fuego para cocinar un torta de berro que sacó del bolso.
ira

provocar equívocos por possuírem significados distintos


Empezó a preparar el estofado y lavó también unas ciruelas.
re

daqueles que parecem possuir, vamos comparar falsos


De repente apareció un hombre pelado con el saco lle-
Pe

amigos por meio de frases exemplificadoras. Primeiro,


no de polvo que le dijo si podía compartir la cena con él. La
identificadas pelo marcador (•), foram elencadas frases
s

niña, aunque muy asustada, le preguntó su apellido. Él le LÍNGUA INGLESA/LÍNGUA ESPANHOLA


u

que contêm alguma palavra semelhante ao português


he

respondió que su apellido era Gutiérrez, pero que era más


em sua grafia ou pronúncia. Depois, identificadas pelo
at

conocido por el sobrenombre Pepe.


marcador (), foram dispostas frases que contêm a pala-
M

El señor le dijo que la salsa del estofado estaba exqui-


sita aunque un poco salada. El hombre le dio un vaso de vra de real significado daquilo que se queria expressar.
vino y cuando ella se enderezó se sintió un poco mareada.
El señor Gutiérrez, al verla borracha, se ofreció a lle- z Alejarse: Me alejé de todas las energías negativas.
varla hasta la casa de su abuela. Ella se peinó su largo (Me afastei de todas as energias negativas.)
pelo y, agarrados del brazo, se fueron rumbo a la casita
del bosque. „ Quedarse cojo: Alex sufrió un accidente de car-
Mientras caminaban vieron unas huellas que parecían ro y se quedó cojo. (Alex sofreu um acidente de
de zorro que iban en dirección al sótano de la casa. El olor carro e ficou aleijado.)
de una rica salsa llegaba hasta la puerta. Al entrar tuvieron
una mala impresión: la abuelita, de espalda, estaba bor- z Grasa: Las carnes más baratas tienen mucha grasa.
rando algo en una hoja, sentada frente al escritorio. Con (As carnes mais baratas têm muita gordura.)
espanto vieron que bajo su saco asomaba una cola peluda.
El hombre agarró una escoba y le pegó a la presunta abue- „ Graciosa: La película nueva de Disney es muy
la partiéndole una muela. La niña, al verse engañada por el graciosa. (O filme novo da Disney é muito
lobo, quiso desquitarse aplicándole distintos golpes. engraçado.) 251
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z Taller: Mi papá tiene un taller mecánico. (Meu pai z Los días también son largos. (Os dias também são
tem uma oficina mecânica.) longos.)
z No me gustan las series porque son muy largas.
„ Oficina: No estamos trabajando en la oficina por- (Não gosto de séries, porque são muito longas.)
que vendieron el edificio. (Não estamos trabalhan- z El camino hacia la escuela es corto. (O caminho
do no escritório, porque venderam o prédio.) para a escola é curto.)

z Firma: Tienes que echar una firma en ese contrato Ancho y Estrecho
de compra de productos. (Você tem que assinar esse
contrato de compra de produtos.)

„ Asignatura: La asignatura que más me gustaba


era geografía. (A matéria que eu mais gostava
era geografia.)

z Embarazada: Ana está embarazada y el hijo es de


Javier. (Ana está grávida e o filho é de Javier.)

„ Despeinada: Me despierto despeinada totalmente.


(Eu acordo com o cabelo totalmente embaraçado.)

z Vaso: Tengo sed y pedí que me trajera un vaso de


agua. (Estou com sede e pedi que me trouxessem
um copo de água.)

„ Maceta: La flor viene con una maceta artesanal.


Dizer que algo é “ancho” ou “estrecho” está relacio-
(A flor vem com um vaso artesanal.)
nado à espessura do que se está descrevendo.
z Exquisito: La paella más exquisita de mi vida, la
comí en Madrid. (A paella mais gostosa da minha z El camino ancho es más largo. (O caminho largo é
vida eu comi em Madrid.) mais longo.)
z El camino estrecho es más corto. (O caminho estrei-

25
„ Raro: Es muy raro que Ana no haya venido a to é mais curto.)

7-
z Algunos tienen hombros anchos. (Alguns têm

84
trabajar hoy. (É muito estranho que Ana não
tenha vindo trabalhar hoje.) ombros largos.)

0.
z Mujeres tienen las caderas anchas. (Mulheres têm

36
z Azar: Nos encontramos en la calle al azar. (Nos os quadris largos.)
.
71
encontramos na rua ao acaso.) z La moda de los 90 eran camisetas muy anchas. (A
-1

moda dos anos 90 eram camisetas muito largas.)


ia

„ Mala suerte: No gano nada porque tengo mala


ar

suerte. (Não ganho nada, porque tenho azar.) Veja outros exemplos de adjetivos que são utiliza-
M

dos para descrever aspectos físicos. Repare que estão


a

ADJETIVOS colocados frente a frente com seus antônimos.


lv
Si

A fim de compreender, com exatidão, textos em uma z Duro x Blando (Duro x Macio ou Mole)
da

língua, é necessário possuir um acervo léxico robusto, z Pesado x Liviano (Pesado x Leve)
ira

assim como para se comunicar, minimamente, na moda- z Líquido x Espeso (Líquido x Espesso)
Delgado x Grueso (Fino x Grosso)
re

lidade oral. Os adjetivos são classes de palavras que qua- z


Pe

lificam os substantivos, que, por sua vez, são os nomes. z Suave x Aspero (Suave x Áspero)
Adjetivos podem compreender qualidades positi-
s

vas, negativas, de aspecto físico ou psicológico. Aten-


u

A seguir, há uma descrição acerca dos aspectos


he

te-se aos exemplos apresentados a seguir, buscando físicos de dois objetos. Fique atento em como foram
at

compreender os contextos em que serão utilizados. usados os adjetivos.


M

Largo x Corto z La almohada coloreada es muy blanda y nada


pesada. Tiene un tejido suave como seda y se nota
que es gruesa. Puede ser usada para que duermas
más cómoda y tenga buenos sueños.

(O travesseiro colorido é muito macio e nada pesa-


do. Tem um tecido suave como seda e percebemos que
é grosso. Pode ser usado para que durma mais confor-
tável e tenha bons sonhos.)
Dizer que algo é “largo” ou “corto” está relaciona-
do com o comprimento de determinado objeto.
z Las faldas largas están de moda. Aunque tengas las
caderas anchas y seas bajita, te puede quedar muy bien
z “La cuerda es muy larga.” (A corda é muito comprida.)
con ese tipo de falda. La prenda de la imagen es negra
z “La chica tiene pelo corto.” (A menina tem cabelo
y lleva un tejido más áspero porque tiene dos camadas.
252 curto.)
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(As saias compridas estão em moda. Ainda que A seguir, veremos outros exemplos de uso do ver-
tenha o quadril largo ou seja baixinha, pode ficar mui- bo echar, a fim de compreender que, dependendo do
to bem com esse tipo de saia. A peça da imagem é pre- contexto, esse verbo denota significados diferentes.
ta e tem um tecido áspero, porque tem duas camadas)
z Cuando algo está muy próximo, se acerca el tiempo;

Termina rápido todos los proyectos que te echa enci-


ma el fin de curso. (Termine rápido todos os projetos,
porque está se aproximando o fim do curso.)

z Algo que no sirve más, que no funciona;

Estos tomates llevan mucho tiempo en la nevera y se


EXPRESSÕES IMPORTANTES han echado a perder. (Esses tomates estão na geladeira
há muito tempo e estragaram.)
Algumas palavras, quando se juntam com outra,
ou, ainda, a depender do contexto de fala, agregam z Acostarse, echar una siesta;
significados que extrapolam o sentido literal dessa
mesma palavra. Estoy muy cansada y me voy a echar un rato. (Estou
Vamos analisar o uso do verbo echar em diferen- muito cansada e vou deitar um pouquinho.)
tes contextos e, consequentemente, a formação de
algumas expressões. z Colocar algo en alguna cosa, añadir;
Na imagem a seguir, a expressão “echar de menos”
é utilizada com o sentido de “saudade”. Em espanhol, Echa sal a la ensalada porque está muy sosa. (Colo-
há duas formas de expressar saudade, quais sejam: que sal na salada, porque está muito sem gosto)

z Echar de menos a alguien o alguna cosa. (Sentir z Expulsar, demitir, romper contrato;
saudade de alguém ou de alguma coisa)
z Extrañar a alguien o alguna cosa (Sentir saudade Estaban gritando tanto que los echaron del bar.
de alguém ou de alguma coisa) (Estavam gritando tanto, que os expulsaram do bar.)

25
7-
z No cumplir un trato. Arrepentirse.

84
0.
Íbamos a alquilar el piso, pero echamos atrás por-

36
que estaba muy caro. (Íamos alugar o apartamento,
.
71
porém voltamos atrás, porque estava muito caro.)
-1

A seguir, o exercício já resolvido propõe a análise


da expressão destacada com o verbo echar e, dentre
ia
ar

as três opções de verbos, a escolha daquele que pos-


M

Referencia: http://www.blindpigs.com.br/2018/07/13/fazer-voce- sua o mesmo significado.


perder-ou-voce-vai-perder-pequeocio/
a
lv

z El jefe le dijo a Katia que le mandara el reporte para


Si

É importante saber que hecha é diferente de echa. que le echara un vistazo.


da

Observe os exemplos:
ira

„ Fotocopiar;
z Esta semana he comprobado, de hecho, que tengo „ Terminar ;
re

que salir de vacaciones porque estoy cansada. (Esta „ Mirar.


Pe

semana comprovei, de fato, que tenho que sair de


s

LÍNGUA INGLESA/LÍNGUA ESPANHOLA


férias, porque estou muito cansada.) Nesse contexto, “echar un vistazo” tem o sentido de
u
he

z Los constructores dijeron que las ventanas son “dar uma olhada rápida”.
at

hechas de madera y vidrio. (Os construtores disse-


M

ram que as janelas são feitas de madeira e vidro.) z Uno de los chicos fue preso pues le echaron la
culpa
O verbo echar, sem o “h”, tem outro sentido. Veja
os exemplos: „ Condenar;
„ Sentenciar;
z Debemos echar la basura al basurero. (Devemos „ Atribuir la culpa.
jogar o lixo na lixeira.)
z Estoy triste porque me echaron del trabajo. (Estou Aqui, “echar la culpa” seria como “jogar a culpa”
triste, porque me demitiram do trabalho.) sobre alguém.

Esse verbo está estritamente relacionado com o z Cómo encontró 100,00 en la calle, echó la casa por
contexto de fala. No primeiro exemplo, echar possui la ventana y compró unas ropas.
sentido de “atirar” ou “jogar” algum objeto. Porém, no
segundo exemplo, ele ganha um sentido de “demis- „ Tirar la ropa vieja;
são”, que também pode ser interpretado como “atira- „ Echar los muebles por la ventana;
do para fora do trabalho”. „ Gastar mucho. 253
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qualquer título, a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.
Essa expressão vem de muito séculos atrás e carre- z Incluso Jesus convirtió agua em vino.
ga o significado de “gastar muito dinheiro”. No entan-
to, não há expressão equivalente no Português. (Inclusive Jesus transformou água em vinho.)

z Papá me pidió si le podía echar una mano.


Importante!
„ Hacer el trabajo;
„ Tomar algo en las manos;
Ao utilizarmos os verbos de cambio para a comu-
„ Ayudarle con algo. nicação oral e escrita, devemos estar atentos a
algumas regras sobre qual verbo utilizar, confor-
Nesse contexto, a expressão “echar una mano” tem me as mudanças, a permanência e o tempo. No
o mesmo sentido de “dar uma mãozinha”, como dize- entanto, lembre-se de que a interpretação, para
mos em Português. Portanto, está relacionada a ofere- a língua portuguesa, quando encontramos esses
cer ajuda a alguém. verbos em um texto, não muda.

EXPRESSÕES QUE INDICAM MUDANÇAS


REFERÊNCIAS
Em espanhol, existem cinco verbos que podem
ALONSO, R. CATAÑEDA, A. MARTÍNES, P. MIQUEL,
indicar mudanças. São os chamados verbos de cambio
L. ORTEGA, J. y RUIZ, J.P. Gramática Básica del
(verbos de mudança). Preste atenção nos exemplos
Estudiante de Español. Madrid: Difusión, 2006.
dispostos a seguir:
MATTE BON, F. Gramática Comunicativa del
Español, 2 Tomos. Madrid: Edelsa, 1998.
z Después de sufrir mucho, Ana se volvió inteligente MORENO, C.; FERNÁNDEZ, G. E. Gramática con-
y no más pasó por situaciones malas. trastiva del español para brasileños. Madrid:
SGEL, 2007.
(Depois de sofrer muito, Ana ficou inteligente e
não passou mais por situações ruins.) PRONOME PESSOAL SUJEITO

z Cuando terminé el relacionamiento, me quedé sin SINGULAR


amigos.
1ª persona Yo

25
(Quando terminei o relacionamento, fiquei sem 2ª persona Tú

7-
amigos.)

84
3ª persona Él / Ella / Usted

0.
PLURAL

36
Perceba que, nos dois exemplos, são usados verbos
diferentes: volverse e quedarse. No entanto, ao com- 1ª persona Nosotros / Nosotras
.
71
preender o sentido das frases em português, a tradu- 2ª persona Vosotros / Vosotras
-1

ção se dá com o mesmo verbo (ficar). PLURAL


ia

Isso acontece, porque, em espanhol, as expressões


3ª persona Ellos / Ellas / Ustedes
ar

que indicam mudanças utilizam verbos diferentes


M

para cada contexto. No entanto, quando vamos inter-


a

pretar o texto, podemos ver que, em português, sem- Inicialmente, vamos aprender sobre os pronomes
lv

pre terão as mesmas características a expressão de pessoais e como funcionam quando são sujeitos na
Si

“ficar” ou de “tornar-se algo”. frase. Usamos os pronomes para substituir pessoas ou


da

A seguir estão descritos todos os verbos de cambios coisas que são os sujeitos atuantes na oração. Assim, a
ira

usados em espanhol: frase fica mais objetiva e mais concisa. Em espanhol,


é comum que se omita o sujeito em algumas situações
re

que vamos ver mais adiante. Observe:


Pe

z Volverse;
z Quedarse;
s

Vosotros X Ustedes
u

z Ponerse;
he

z Hacerse;
at

Os pronomes vosotros/vosotras e ustedes possuem


z Convertirse.
M

o mesmo significado e são usados para falar com


outras pessoas no plural, como “vocês”. A diferença
Veja outros exemplos de frases com os verbos é apenas geográfica, ou seja, vosotros é usado pelos
ponerse, hacerse e convertirse: falantes na Espanha, enquanto ustedes é usado pelos
falantes em toda América Latina.
z Conozco un chico que se hizo muy famoso haciendo
memes en internet. Tú X Usted

(Conheço um garoto que ficou muito famoso, Os dois pronomes são usados para referir-se a uma
fazendo memes na internet.) pessoa no singular. Porém, neste caso, vamos relacionar
os pronomes a depender da situação de fala. O pronome
z Yo soy de las personas que siempre se ponen rojas tú é usado em situações informais de fala, enquanto o
cuando tienen vergüenza. pronome usted é utilizado para formalidades.
Exemplo: Se estamos falando com alguém de nossa
(Eu sou o tipo de pessoa que sempre fica vermelha família, utilizamos “tú”; ao falarmos com um chefe no
quando tem vergonha.) trabalho, em uma situação mais formal, usamos “usted”.
254
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IDENTIFICAÇÃO DOS SUJEITOS Uma Breve Descrição

Como vimos anteriormente, os pronomes sujeito Quién es…


indicam quem é o agente dessa ação, e por isso, estão
sempre concordando com o verbo. No entanto, nem
sempre o pronome estará visível em situações de fala e
também de escrita.
Como saberemos quem é o sujeito dessa ação? É
preciso estar atento ao verbo e as suas desinências
— as terminações dos verbos. A tabela a seguir mos-
tra alguns exemplos de conjugação verbal e de como
podemos identificar o pronome quando ele não apa-
rece ou está oculto.

Verbos Terminados em AR

PRONOM- PRET. PRET.


BRES
PRESENTE
IMPERFECTO INDEFINIDO “Esta es Amália Martinez. Ella es colombiana y es
profesora de yoga. Amália está muy concentrada y
Yo Estudio Estudiaba Estudié
súper tranquila. Además, es normalmente calma y
Tú Estudias Estudiabas Estudiaste alegre. Especialmente hoy está ansiosa por sus nue-
Él / Ella / Estudia Estudiaba Estudió vas clases. Aparte de eso, hay algunos rasgos en la
Usted personalidad de Amalia que me parece importante
Nosotros Estudiamos Estudiaba- Estudiamos destacar. La chica de 27 años es muy estudiosa, pero
mos
puede ser un poco lenta cuando no tiene habilidad
Vosotros Estudiáis Estudiabais Estudiasteis para alguna situación. Resulta que ella es extrema-
Ustedes / Estudian Estudiaban Estudiaron mente terca y no acepta que le digan que algo está
Ellos / Ellas malo. En general, no tiene pereza para hacer sus
actividades diarias, pero cuando está estresada pue-
Verbos Terminados em ER/IR de ser un poco torpe y quiebra algunos vasos si no

25
está atenta. Por fin, destaco que Amalia no es tacaña

7-
PRONOM- PRET. PRET. para nada, porque le gusta mucho gastar dinero con

84
PRESENTE
BRES IMPERFECTO INDEFINIDO cosméticos y también le gusta regalarles a sus amigos

0.
cositas buenas.”

36
Yo Aprendo Aprendía Aprendí
.
71
Tú Aprendes Aprendías Aprendíste
Os adjetivos no texto apresentado estão desta-
-1

Él / Ella / Aprende Aprendía Aprendió cados e se relacionam com a personalidade e com o


Usted
ia

estado físico e psicológico de Amalia. Algumas podem


ar

Nosotros Aprendemos Aprendíamos Aprendimos parecer difíceis de entender, outras nem tanto. Antes
M

Vosotros Aprendeis Aprendiais Aprendistéis de verificar os seus significados em espanhol, tente


a

inferir, por meio da leitura do texto e do contexto,


lv

Ustedes / Aprenden Aprendían Aprendieron


Si

Ellos / Ellas quais são os significados para essas palavras. Depois,


da

confira a seguir.
ira

Atente-se às seguintes dicas:


Significados
re
Pe

z Exceto no pretérito indefinido, os verbos conju-


z Rasgos: características, marcas;
gados na 2º pessoa do singular “tú” sempre termi-
s

z Terca(o): alguém que tem um pensamento forte LÍNGUA INGLESA/LÍNGUA ESPANHOLA


u

nam em “s”. Exemplos:


he

sobre algo, que não aceita que pode estar errado


at

ou não é flexível com suas ideias;


„ Espero que tengas un buen día: Frases assim são
M

z Pereza: também pode ser encontrado como o ter-


muito comuns e nela estão ocultos os pronomes
mo “flojera”, que significa preguiça;
“(yo) espero que (tú) tengas un buen día”;
z Torpe: pessoa que não tem muitas habilidades
„ ¿Sabes decir cuando empiezan las clases de manuais, desastrada, sem precisão;
español del Instituto Cervantes?: Essa pregunta z Tacaña: alguém que não gosta de gastar dinheiro,
está direcionada a “tú”, ainda que não apareça avarenta.
o pronome;
„ Cuenta a tus amigos las cosas que aprendiste
Dica
durante la vida: Também está oculto o pronome
“tú” em aprendiste. Os verbos ser / estar em espanhol se relacionam
também com a descrição de lugares, pessoas,
As conjugações na 3ª pessoa do plural, ou seja, estados de ânimo e físicos. Porém, temos que
ustedes / ellos / ellas, sempre terminarão com “n”. estar atentos para uma mudança de significado
Observe o texto a seguir, a fim de compreender na se o termo é expresso com o verbo ser ou com
prática alguns conceitos estudados. o verbo estar. 255
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z Estar malo relaciona-se com “estar enfermo”, Alguns exemplos que estão no texto e que ocultam
que seria: não me sinto bem, posso estar doente. o pronome pessoal, que está entre os parênteses:
Ser malo relaciona-se com “ser travieso” ou seja,
alguém que faz maldades, que engana ou faz z (Yo) me ducho;
travessuras; z (Yo) me cepillo (los dientes);
z Ser rico relaciona-se com “tener mucho dinero”, z Los niños (ellos) se bañan;
ou seja, como em português, a pessoa é rica finan- z (Nosotros) nos acostamos;
ceiramente. Estar rico relaciona-se com “estar z (Yo) me visto y me voy al trabajo.
sabroso un alimento” e é uma expressão que tam-
bém podemos usar em espanhol para falar sobre
momentos, sobre comida, sobre lugares. Um exem-
Dica
plo disso seria “fuimos de viaje al Atacama y lo pas- Rato x ratón
samos muy rico”; A palavra rato em espanhol possui uma gra-
z Ser listo relaciona-se com “ser inteligente”, uma fia semelhante ao português, porém não tem o
pessoa sábia, esperta, muito astuta. Estar listo rela- mesmo significado. Rato é espaço de tempo, um
ciona-se com “algo está preparado”, que em portu-
momento, um “tempinho”.
guês dizemos “pronto”. Então, um exemplo seria:
Já a palavra ratón é usada para o animal, o roe-
“la comida ya está lista, vengan a comer”.
dor: rato.
PRONOMES COMPLEMENTO E O QUE FAZEMOS
DIARIAMENTE Confira a seguir algumas dicas de verbos pronomi-
nais que têm mudança de significado ou que podem
Alguns verbos em espanhol necessitam de prono- significar a mesma coisa:
mes complementares, ou seja, além dos pronomes pes-
soais que aprendemos anteriormente, os pronomes z Acordarse x Olvidarse: os verbos significam coi-
complemento dizem que a ação desempenhada por sas opostas, são antônimos.
este verbo recai sobre aquele que a está praticando.
Veja o exemplo a seguir, que mostra uma conversa „ Me acuerdo que cuando era niña, no comía
entre Ariana e Marcus: mucho (Me lembro de quando eu era pequena,
não comia muito);
Ariana: ¿Cuál es tu rutina por la mañana, „ Ellos se olvidaron de coger las llaves sobre la

25
Marcus? mesa (Eles se esqueceram de pegar as chaves

7-
Marcus: Bueno, me despierto a las 8 horas, me sobre a mesa).

84
ducho y me cepillo, me visto y me voy al tra-

0.
bajo. ¿Y tú? z Despertarse x Acostarse: São verbos com signifi-

36
Ariana: Me levanto a las 7 horas, hago los cados opostos, antônimos.
.
71
quehaceres y cocino el desayuno mientras los
-1

niños se bañan. ¿Qué haces por la tarde? „ Ella se despierta temprano para ir a trabajar
Marcus: Vuelvo del trabajo a las 5 horas, veo
ia

(Ela acorda muito cedo para ir trabalhar);


ar

televisión un rato y luego ceno con la familia. „ Cuando estamos de vacaciones, nos acostamos
M

¿Qué haces? muy tarde (Quando estamos de férias, dormi-


a

Ariana: En la tarde trabajo por unas horas y mos muito tarde).


lv

cuando llegan los niños del colegio, los ayudo


Si

con las tareas. Ellos almuerzan y juegan un rato z Irse x Ir: Verbos com significados diferentes.
da

también. Por la noche, cenamos y nos acosta-


ira

mos a las 10 horas.


„ Yo me voy a vivir en España (verbo reflexivo
re

irse) significa ir embora de/para algum lugar


Os verbos em negrito expressam ações que são
Pe

(Eu vou embora para morar na Espanha);


reflexivas, ou seja, que recaem sobre aqueles que as
„ Vamos a tu casa porque necesitamos estudiar –
s

praticam.
u

verbo ir com sentido de movimento, deslocamen-


he

Perceba que não aparece o pronome pessoal, pois


to (Vamos a sua casa porque precisamos estudar).
at

está oculto. No entanto, aparecem outros pronomes


M

que chamamos em espanhol como pronombres refle-


xivos. No quadro representado a seguir, estão desta- z Cepillarse x Peinarse x Escobar: Signicados diferentes.
cados os pronomes reflexivos que vão acompanhar os
verbos pronominais. „ Me cepillo los dientes antes de desayunar (ver-
bo reflexivo) (Escovo os dentes antes de tomar
PRONOMES REFLEXIVOS – VERBOS PRONOMINALES café da manhã);
„ Ella se peina el cabello cuando se ducha (verbo
Yo Me reflexivo) (Ela penteia o cabelo quando toma
Tú Te banho);
Él / ella Se „ Mi mamá escoba el piso de la casa todos los días
O significado é o mesmo de varrer do português
Usted Se (Minha mãe varre o chão da casa todos os dias).
Nosotros Nos
Ellos / ellas Se Vamos analisar esta tirinha que utiliza os verbos
reflexivos e outros elementos importantes para a
256 Ustedes Se compreensão:
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qualquer título, a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.
Texto 1 O verbo soler, como na frase “los españoles suelen
comer el almuerzo...” aparece várias vezes no texto.
Esse verbo significa “ter o costume” de fazer algo; no
caso do texto, refere-se aos costumes alimentares dos
espanhóis. Outros exemplos:

z Cuando estamos com frío, solemos usar abrigo o


chaqueta (Quando estamos com frio, costumamos
usar moletom ou jaqueta);
Referência: https://spanishplans.org/2013/04/23/resources-for-la- z El año pasado él solía ir a la iglesia todos los miér-
rutina-diaria/ coles (No ano passado ele costumava ir a igreja
todas as quartas-feiras).
A personagem discute com o gato sobre uma ativi-
dade essencial e importante que deve ser feita todas As três refeições presentes no cotidiano dos espa-
as manhãs antes de ir ao colégio. Refletem sobre nhóis são:
“lavarse los dientes” (escovar os dentes) e também
sobre “peinarse” (pentear o cabelo), pois são ativida- z Desayuno (café da manhã);
des rotineiras. z Almuerzo (almoço);
No último quadro, a personagem deixa claro que o z Cena (jantar).
mais importante é “leer los chistes del diário”. A pala-
vra “diário” também faz referência aos jornais que Dica
são publicados “a diário”, ou seja, todos os dias. Além
das notícias recentes, os jornais costumam publicar Observe a diferença entre as palavras cena e
nas páginas finais algumas tirinhas e histórias cómi- escena.
cas e engraçadas, que são os chamados “chistes”. A palavra cena refere-se à refeição que fazemos
A seguir, apresentamos um texto denominado “Como pela noite, ou seja, o jantar.
comen los españoles” para enfatizar e exemplificar as Já a palavra escena é referente à uma parte de
expressões relacionadas ao cotidiano. Existem ativida- um filme, uma cena.
des comuns que fazemos com frequência durante o dia,
ou seja, estamos acostumados a fazê-las. Por isso, leia PRONOMES COMPLEMENTO DIRETO E INDIRETO

25
com atenção para refletir sobre o tema.

7-
Os complementos podem referir-se tanto a pessoas

84
Texto 2
como a coisas. Existem diferenças entre os comple-

0.
mentos diretos e indiretos quando nos referimos à 3ª

36
Como comen los españoles pessoa do singular e do plural.
.
71
Para uma melhor compreensão, vamos, primeiro,
El desayuno de un día normal suele consistir tan
-1

aprender os pronomes complementos que se referem


sólo en una taza de café, aunque es también habitual
a: yo, tú y nosotros.
ia

acompañar el caliente café con leche con un cruasán u


ar

otra pasta. Mientras que el desayuno tradicional ameri-


M

Yo Me
cano incluye panqueques, panceta y huevos, el español
a
lv

suele incluir los popularisimos churros, espolvoreados Tú Te


Si

con azúcar o mojados en chocolate.


da

Los españoles suelen comer su almuerzo entre las Nosotros Nos


2 y las 4 de la tarde. Por ser la comida principal del día,
ira

suele ser más abundante que la cena. Una comida típi-


re

Não há diferença entre complemento direto e


ca tiene varios platos. El primer plato es la parte más
Pe

ligera de la comida, consistente en una ensalada o una indireto para essas três pessoas. Destacamos que os
pronomes complemento são usados para fazer uma
s

sopa, mientras que el segundo plato suele ser carne o LÍNGUA INGLESA/LÍNGUA ESPANHOLA
u

referência a algo que já foi dito anteriormente, ou


he

pescado. El postre puede ser una pieza de fruta, un típi-


seja, retomar algum termo sem precisar repetir deter-
at

co flan español, o una tarta dulce.


minada palavra. Exemplos:
M

Aunque mucha gente come una comida completa, la


cena española suele ser mucho menos abundante que el
almuerzo. Suele consistir en algo ligero como una ensa- z ¿Me llamó mi jefe? (Meu chefe me ligou?).
lada, un sándwich o una selección de tapas. Los españo-
les no suelen cenar temprano – aún más en los fines de Sí, te llamó hace unos 10 minutos (Sim, ele te ligou
semana o en verano –, entre las 9 y las 11 de la noche. faz 10 minutos).
No, no es un mito. Sí, la famosa siesta existe en la Temos alguém que pratica a ação, no caso, “el jefe”,
realidad. Comenzó hace tiempo pues, tras comer la e temos alguém que recebe essa ação, que, neste caso,
copiosa comida al mediodía, los campesinos necesita- está expresso por “me” e por “te”.
ban descansar y digerir antes de volver a los campos a
trabajar. Aunque este paro diario no incluye necesaria- z Renata nos invitó a cenar en su casa (Renata nos
mente acostarse en una cama o sofá, los negocios y las convidou para jantar em sua casa).
tiendas cierran durante un par de horas y mucha gente
vuelve a comer a su casa en familia. Neste caso, temos alguém que pratica a ação de
Referência: adaptado de https://www.enforex.com/espanol/cultura/ “invitar” e alguém que a recebe, que está expresso na
costumbres-culinarias-espanolas.html frase por “nos”. 257
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Quando essa ação é recebida por pessoas ou por Ahora, los científicos del Hospital Universitario de
coisas, é necessário diferenciar se é um complemen- Aarhus, en Dinamarca, están utilizando un nuevo enfo-
to direto ou indireto. Observe o quadro de pronomes que para combatir el virus del VIH, y los testeos previos
complemento: en laboratorio han dado resultados prometedores, por
lo que inician la fase de prueba en personas.
PRONOME C. D. PRONOME C. I. El ensayo danés utiliza un tratamiento que obliga al
virus del VIH a salir de los llamados depósitos o reser-
Él / Ella Lo/ La Él / Ella Le vorios que se forman en las células del ADN, y con el
virus “a la vista”, el sistema inmunitario natural del
Ellos / Ellas /
Ellos / Ellas Los / Las Les cuerpo puede destruirlo con la ayuda de una vacuna.
Ustedes
Si bien el procedimiento parecía funcionar con célu-
las humanas en el laboratorio, no se sabe todavía si
Agora, atente-se aos exemplos para entender tendrá éxito en un cuerpo humano, declaró a The Tele-
quando o complemento se refere a pessoas ou a coisas graph el Dr. Ole Sogaard, investigador de Aarhus. “El
e quando se utiliza cada um deles. reto ahora será conseguir que el sistema inmunológico
de los pacientes reconozca el virus y lo destruya. Esto
z Complemento Directo: depende de la fuerza y la sensibilidad de los sistemas
inmunológicos de cada persona”, señaló el experto.
– ¿Estás viendo esos anillos? (Você está vendo Otras investigaciones similares se están llevando a
estes anéis?) cabo en Gran Bretaña a través de un trabajo en conjun-
– Sí, ¿para quién los compraste? (Sim, para quem to de cinco universidades, y se enfocan en personas que
você os comprou?) recientemente fueron diagnosticadas con VIH.
– Los compré para mi novia. (Comprei eles para El Dr. Sogaard agregó que la investigación en Dina-
minha namorada) marca sería para una cura eventual de las personas ya
infectadas, pero no para prevenir el VIH.
Neste exemplo, o complemento los é utilizado Disponível em: <http://salud.univision.com/es/vih-y-sida/la-cura-del-
para fazer referência a um termo que já foi dito antes sida-vuelve-a-ser-posible> Acesso: 26 ago. 2013.
na conversa: “anillo”.
CONECTORES DO DISCURSO
z Complemento Directo:
Conectores são palavras utilizadas para ligar ora-
– Yo conocí a Patrícia. (Eu conheci Patricia) ções. Os conectores estão diretamente relacionados

25
– ¿Cuándo la conociste? (Quando você a conheceu?) com a coerência da oração, ainda que possam expres-

7-
– La conocí cuando estábamos en Madrid. (Eu a sar diferentes ideias. É possível utilizá-los para contra-

84
conheci quando estávamos em Madrid) dizer ideias, corrigir informações, agregar e concluir

0.
dependendo do contexto de fala.

36
Aqui, vemos um outro exemplo com complemento A seguir, vamos aprender alguns conectivos que
.
71
direto, porém, o feminino “la”. É importante perceber expressam oposição e contraste de ideias.
-1

que o complemento direto funciona tanto com pes-


soas como para objetos e coisas.
ia
ar

z Complemento Indirecto:
M
a
lv

– Mi madre cumple años esa semana. (Minha mãe


Si

faz aniversario essa semana)


da

– ¿Qué vas a regalarle? (O que você vai dar de pre-


sente para ela?)
ira

– Una zapatilla y una mochila de cuero. (Um tênis e


re

uma mochila de couro)


Pe
s

O complemento indireto “le” usado neste exemplo


u

refere-se à mãe do narrador. Basicamente, quando


he

usamos os complementos “le” ou “les”, estamos dizen-


at

do que algo será feito para alguém ou para algo.


M

Vejamos agora outro texto para compreender


melhor sobre pronomes em seu uso:

Texto 3

La cura del SIDA vuelve a ser posible

Científicos daneses lograron hacer que el VIH que Referência: https://twitter.com/nikgaturro/


se esconde en las células tras infectarlas, salga de su status/672936120099934209?lang=he
“reservorio”, lo que permite que una vacuna actúe efi-
cazmente. Los resultados en laboratorio fueron alenta- Na tira acima, Gaturro, o personagem principal,
dores y ya se está probando en humanos.
está sempre expondo ideias contraditórias, todas elas
A una semana de que los Institutos Nacionales de
conectadas pela palavra “pero”. Esse conector expressa
Salud (NIH) anunciaran que detuvieron la prueba con
ideias contrárias, ou seja, há uma quebra na expectati-
la vacuna HVTN 505 porque no fue eficaz contra el VIH,
va quando ele é seguida por “pero”. Outros exemplos:
258 nace una nueva esperanza.
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z Shakira es colombiana pero la mayoría de sus can- z Me gusta el arroz, aunque prefiero la pasta (Eu gos-
ciones están en inglés (Shakira é colombiana, mas a to de arroz, embora prefira macarrão);
maioria das suas músicas estão em inglês); z Era muy joven, aunque con mucho conoci-
z Quiero viajar, pero no tengo dinero para irme (Que- miento (Era muito jovem, embora com muito
ro viajar, mas não tenho dinheiro para ir). conhecimento).

Outros conectores que possuem o mesmo Todavia, também pode carregar um significado
significado: concessivo, que está muito relacionado a um esforço
para realizar alguma ação:
z No obstante;
z Sin embargo. z Voy a viajar a España aunque tenga que vender
todas mis cosas (Vou viajar para Espanha ainda
Atente-se ao seguinte trecho, retirado de uma notí- que eu tenha que vender todas as minhas coisas);
cia sobre as eleições constituintes no Chile: z Aunque haya estudiado mucho, Ana no sacó bue-
Actualmente, Chile cuenta con un régimen presiden- nas notas en los exámenes (Ainda que tenha estu-
cial, donde el jefe de Estado ostenta el poder Ejecutivo. Sin dado muito, Ana não tirou boas notas nas provas).
embargo, en los últimos años han surgido cada vez más
cuestionamientos hacia este modelo por quienes conside- Texto 4
ran que el mandatario tiene demasiadas atribuciones.
Referência: https://www.bbc.com/mundo/noticias-america- Querido diario: Apps móviles para llevar tu diario
latina-57104668 personal

Quando usado o conector “sin embargo”, enten- Aunque parezca algo del pasado, el diario perso-
demos que há uma quebra da expectativa acerca do nal vive su mejor momento. Si lo piensas, redes sociales
modelo governamental exposto na primeira oração. como Facebook, Twitter e Instagram actúan como dia-
Ele poderia ser substituído por “no obstante” sem rio personal público, visible por todos.
mudança de significado. Ahí publicamos fotografías y vídeos de nuestros
mejores momentos, nos quejamos de un mal día o pre-
Sino x Sino Que sumimos de dónde estamos o qué vamos a hacer el fin
de semana.
O uso desses conectores não expressa apenas uma

25
Pero el diario personal clásico, el que guardamos
ruptura com a ideia esperada. Perceba que, além de

7-
celosamente para nuestra propia lectura, ese sí que

84
contradizer a primeira oração, ele apresenta uma pri- parece vivir en el olvido, si bien siempre ha permaneci-
meira oração negativa e, logo em seguida, corrige essa

0.
do vivo gracias a un nutrido grupo de fieles, que como

36
informação. Por isso, para usar “sino” ou “sino que”, no podía ser de otra manera, son discretos.
é necessário que a oração comece com uma negação. .
Por otra parte, el clásico diario personal en papel
71
Atente-se aos exemplos que seguem: se puede iniciar a partir de cualquier libreta o bloc de
-1

notas e incluso a través de aplicaciones online o apps


ia

z Ella no es mi hermana, sino es mi madre (Ela não é móviles. Es más, cualquier app de escritura sirve para
ar

minha irmã, mas sim minha mãe); escribir nuestro día a día. […]
M

z Él no camina por la calle, sino que corre (Ele não Disponível em: <https://blogthinkbig.com/>. Acesso: 28 mai. 2020.
a
lv

caminha pela rua, mas sim corre); [Fragmento]


Si

z Los alemanes no son solo tímidos, sino que son gracio-


da

sos y a veces tiernos (Os alemães não são apenas tími- Dica
dos, mas também são engraçados e as vezes fofos).
ira

No texto, aparece a palavra “olvido” que tem rela-


re

ção com “olvidarse”. Lembre-se de que “olvidar-


Pe

Importante! se” é esquecer e, então, associe que “olvido” é o


s

substantivo: esquecimento.
LÍNGUA INGLESA/LÍNGUA ESPANHOLA
u

Sino x Campana
he

Sino é um conector que expressa concessão.


COMPARATIVOS IRREGULARES
at

As campanas são o que fazem barulho, os que


M

tocam nas igrejas, em português, os sinos.


Texto 5

Aunque Los mayores, los más afectados por la Covid-19

Logo na primeira frase do texto, podemos encontrar La Covid-19 marcará un antes y un después en el
a palavra “aunque”, que também é um conector. Ela pode devenir de las residencias de mayores. Por una parte,
ter um significado tanto adversativo como concessivo. porque los mayores han sido el segmento pobla-
Exemplo: Aunque parezca algo del pasado, el diario cional que más se ha visto afectado, tanto a nivel
personal vive su mejor momento (Embora pareça algo do de contagios como de fallecimientos. La causa ha sido,
passado, o diário pessoal vive seu melhor momento). básicamente, su mayor vulnerabilidad, y, también, el
Nessa frase, logo no início podemos verificar que rápido contagio registrado en muchas residencias por
há uma quebra de expectativa lógica, pois algo que no estar éstas preparadas para hacer frente a una pan-
parece, não é na realidade como se imagina. O conec- demia como la que hemos vivido.
tor aunque, quando assim usado, tem uma carga pare- Referência: https://www.geriatricarea.com/2021/03/10/los-mayores-
cida com “pero”, assim como nas frases a seguir: los-mas-afectados-por-la-covid-19/ 259
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Para fazer comparações, podemos usar termos comparativos e expressões como “más que” ou “menos que”. Há,
no entanto, uma diferença entre comparações usando as palavras “mayor” e “más grande”, que, em espanhol, são
utilizadas em outros contextos. No quadro a seguir, é possível diferenciar esses diferentes usos:

COMPARATIVOS IRREGULARES EXEMPLOS SIGNIFICADOS


Mejor/ comparativo de Chocolate é muito melhor do que
El chocolate es mucho mejor que coliflor
superioridad couve-flor
Peor / comparativo de inferioridad He visto la peor película de mi vida Vi o pior filme da minha vida
Más grande/ se refiere al tamaño Mi casa es más grande que la tuya Minha casa é maior que a sua
Belo Horizonte es más pequeña que Sao
Más pequeño/ se refiere al tamaño Belo Horizonte é menor que São Paulo
Paulo
Menor/ se refiere a edad Tengo una hermana menor Tenho uma irmã mais nova
Los hermanos mayores son más Os irmãos mais velhos são mais
Mayor/ se refiere a edad
independientes independentes

Además Y Aparte De

Esses dois conectores têm como função adicionar uma outra informação, agregar algo mais a frase. Os exem-
plos a seguir ilustram duas situações em que podem ser usados:

z Además de brasileños, son también argentinos;


z Eric trabaja como enfermeiro, aparte de ser músico.

„ No exemplo 1, además tem como função adicionar a informação de que, além de brasileiros, eles são
argentinos.
„ Já no exemplo 2, aparte de agrega a informação de que além de ser enfermeiro, também é músico.

Texto 6

25
7-
84
¿Quién fue Che Guevara?

0.
36
[...] En sus numerosos viajes por América Latina recogió los deseos de cambio y de justicia de los pueblos oprimidos.
.
“Ese vagar sin rumbo por nuestra Mayúscula América me ha cambiado más de lo que creí”, relató en una de las cróni-
71
cas posteriores a su segundo viaje.
-1

El Che veía la injusticia. Además, era un marxista autodidacta que luchó por el socialismo para reemplazar al
ia

capitalismo. “El deber de todo revolucionario es hacer la revolución”. Es el ícono de la izquierda en América Latina
ar

y el mundo, rechazó las injusticias ante un sistema que generaba y aún genera profundas desigualdades sociales.
M
a

Disponível em: <https://www.telesurtv.net/>. Acesso: 9 mai. 2020.


lv
Si

O verbo “reemplazar” carrega o mesmo significado de “sustituir”, ou seja, Che queria substituir o capitalismo
da

pelo socialismo na América Latina.


ira

Quando o texto usa o verbo “rechazar”, quer dizer que recusa algo. Neste caso, Che recusava a injustiça social
e as desigualdades.
re
Pe

“Aún genera profundas desigualdades sociales”, ou seja, como o objetivo de Che não foi alcançado, as desigual-
dades persistem ainda hoje.
u s
he

PREPOSICÕES
at
M

As preposições na língua espanhola acompanham os verbos em muitos sentidos e também tem poder de dar
sentido às frases. Porém, muitas vezes são utilizadas de forma distintas e acabam por provocar alguns equívocos.
Focaremos principalmente nos usos das preposições hasta e hacia.
O título de uma matéria de jornal destaca um dos possíveis usos da preposição hacia:

Referência: https://www.ruil.cl/2018/02/10/los-graves-prejuicios-hacia-pueblos-indigenas/

Agora, compare com as regras de uso destas duas preposições. Embora sejam parecidas, são usadas em situa-
260 ções diferentes:
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HASTA HACIA

Limite ou inclusão de algo Em direção a…, ou aproximadamente em relação ao tempo

Consigo ir hasta la otra ciudad, caminando (Consigo ir Ellos están mirando hacia el cielo (Eles estão olhando para
até a outra cidade caminhando) o céu)
Voy contigo hasta el paradero de autobuses (Vou conti- Empuje con fuerza hacia dentro (Empurre com força para
go até o ponto de ônibus) dentro)
Tengo que despertarme hasta las 10:00 (Tenho que le- La televisión llegó a Brasil hacia los años 50 (A televisão
vantar até as 10:00) chegou ao Brasil por volta dos anos 50)
¿Hasta tú estás saliendo de casa? (Até você está saindo
de casa?)

Outro exemplo é a manchete de um jornal argentino que recentemente noticiou mudanças no censo demográ-
fico feito no país. A manchete dizia:
“Por la pandemia y el proceso electoral, analizan postergar hasta 2022 el Censo Nacional de Población”.
Ou seja, um novo prazo foi estabelecido para a realização desse censo, e agora o país tem até 2022 para
realizá-lo.

ADVÉRBIOS

Indicam Lugar

Para exemplificar melhor, vamos olhar para esta imagem e, a partir da localização dos objetos, aprender como
fazer referências de localidade:

25
7-
84
0.
. 36
71
-1
ia
ar

Referência: https://www.profedeele.es/actividad/gramatica/preposiciones-adverbios-lugar/
M
a

z Paco está fuera de la tienda, basicamente está delante de ella. Él está viendo que hay una tarta dentro de la
lv

tienda;
Si

z Un poco lejos de Paco está la casa. Sobre la casa hay un pájaro que está debajo de un paraguas. La basura se
da

encuentra a la izquierda de la casa y luego, delante de la casa hay un gato;


ira

z La nube está arriba de la tienda y el avión está detrás de la nube. En el suelo, hay un árbol que se encuentra
re

entre Paco y el coche. La verdad, el coche está muy cerca del árbol.
Pe
s

Neste quadro, estão listadas palavras que utilizamos para localizar objetos e pessoas:
LÍNGUA INGLESA/LÍNGUA ESPANHOLA
u
he

ADVÉRBIO SIGNIFICADO ADVÉRBIO SIGNIFICADO


at
M

Fuera de Fora de Dentro de Dentro de


Sobre = Encima de Sobre Debajo de Debaixo de
Arriba Acima Abajo Abaixo
A la izquierda A Esqueda A la derecha À direita
Cerca Perto Lejos Longe
Delante de Diante de Detrás de Detrás de
Alrededor Ao redor Al lado Ao lado

Indicam Tempo

Os advérbios de lugar também podem ser chamados de marcadores temporais. A partir deles, podemos espe-
cificar quando acontece determinada ação. Por isso, é importante estar atento a esses marcadores, que farão total
diferença na hora de entender quando está acontecendo, aconteceu ou acontecerá algo. 261
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Leia o texto a seguir e atente-se às palavras que aparecem destacadas:

Texto 7

¿El cambio climático ya está afectando las estaciones?

¿Qué es la fenología y por qué nos debería importar? La fenología es el estudio del momento en que los eventos
biológicos como la floración, la caída de las hojas, la hibernación y la migración suceden en relación con la estación
y el clima. A medida que el clima global se calienta, la fenología cambia: por ejemplo, los eventos como la floración
pueden ocurrir más temprano en el año. El análisis de la fenología es una gran manera de estudiar algunos de los
impactos medibles del cambio climático.
Disponível em: <https://www.nature.org/>. Acesso: 28 mai. de 2020.

Os exemplos destacados são palavras importantes para expressar quando no tempo acontecem as ações. No
título, “ya” significa que a ação da mudança climática está acontecendo muito perto do presente. A palavra “tem-
prano” indica um adiantamento dos eventos de mudança climática e que afetarão as estações do ano mais “cedo”.
Na tabela a seguir, estão listados alguns advérbios de tempo:

Siempre Nunca Ya Antes Después A menudo


Frecuentemente Hoy Mañana Ayer Ahora Anoche

Alguns exemplos:

z Ir a fiestas era algo que Juliana hacía muy a menudo (Ir a festas era algo que Juliama fazia muito frequentemente);
z Tenemos que lavarnos las manos siempre que llegamos a casa (Temos que lavar as mãos sempre que chegamos
em casa);
z Es posible verlo frecuentemente sentado delante de la casa (É possível vê-lo frequentemente sentado diante
da casa).

25
Esses três marcadores de tempo utilizados nos exemplos acima indicam que as ações acontecem repetida-
mente, com certa frequência. Ao contrário, podemos dizer que algo não acontece com tanta facilidade utilizando

7-
84
“nunca” ou “casi nunca”.

0.
36
z La verdad es que nunca he leído la Biblia por completo (A verdade é que nunca li a Bíblia por completo);
z No salgo de casa casi nunca, básicamente (Não saio de casa quase nunca, basicamente). .
71
-1

Os advérbios que marcam o tempo e indicam que determinada ação ocorreu no passado aparecem exemplifi-
ia

cados nas seguintes frases:


ar
M

z No pude ir a la escuela ayer porque estaba enferma (Não pude ir a escola ontem porque estava doente);
a
lv

z Mi madre trasnochó anoche porque no conseguía dormir (Minha mãe passou a noite passada em claro porque
Si

não conseguia dormir);


da

z Hace cosas ahora que no las hacía antes (Ele faz coisas agora que não fazia antes).
ira

Dica
re
Pe

Ayer refere-se ao dia anterior, ou seja, ontem. Anoche é uma junção das palavras ayer + noche que
s

formam anoche e se refere à noite passada.


u
he

Texto 8
at
M

Las madres y abuelas de Plaza de Mayo son un grupo de mujeres que desde 1977 demandan el retorno de sus
familiares desaparecidos durante la dictadura militar en Argentina. El grupo está compuesto sobre todo por madres
y abuelas de personas secuestradas, torturadas y desaparecidas, y recibe su nombre del lugar donde celebran sus
protestas: la plaza de Mayo de Buenos Aires, frente a la Casa Rosada, sede de la presidencia argentina. Frecuen-
temente se juntan más personas a las protestas y del grupo inicial ya nacieron las asociaciones de Madres y
Abuelas de Plaza de Mayo, cuyos objetivos son recuperar a sus familiares desaparecidos y llevar ante la justicia a los
responsables de los crímenes de la dictadura.
Referencia: Adaptado de https://elordenmundial.com/quienes-son-las-madres-y-abuelas-de-plaza-de-mayo/

COMPREENSÃO DO SIGNIFICADO DE ITENS LEXICAIS FUNDAMENTAIS PARA A CORRETA INTERPRETAÇÃO DO


TEXTO

Tratando-se de comunicação em qualquer idioma, seja de maneira oral ou escrita, é essencial que haja clareza,
coerência e coesão. Na linguagem escrita, para que o texto seja claro e cumpra sua função comunicativa, é essen-
262 cial o uso de alguns tipos de marcadores textuais, como conjunções e preposições.
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qualquer título, a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.
A coesão se dá por meio desses elementos e de z Dúvida: talvez (talvez), probablemente (provavel-
alguns outros que citaremos a seguir. Além disso, mente), posiblemente (possivelmente);
do ponto de vista da interpretação, que é a atividade z Intensidade: mucho, muy (muito), poco (pouco).
que será desenvolvida pelos candidatos, é importante
conhecer esses conectores e compreender sua função Ainda a respeito dos advérbios, podemos destacar
e seu significado dentro do contexto, já que estes têm a diferença de muy e mucho, já que, na língua portu-
função essencial na compreensão final. guesa, temos apenas uma palavra (muito) para todas
as situações.
IDENTIFICAÇÃO DE MARCADORES TEXTUAIS
z Muy é usado diante de adjetivos e advérbios. Ex:
Os marcadores textuais mais utilizados para Esta prueba fue muy fácil (Esta prova foi muito fácil);
uma melhor coesão são os conectivos, que podem z Mucho é usado antes de substantivos e antes ou
ser representados por preposições, conjunções, pro- depois de verbos e indica quantidade. Ex: Ella tra-
nomes, advérbios e locuções adverbiais e palavras bajó mucho (Ela trabalhou muito); he comprado
denotativas. Além desses recursos, há outras classes muchos panes (Comprei muitos pães).
gramaticais que são essenciais para compreender
melhor os textos em língua espanhola. Função no Texto
É difícil tornar-se fluente em uma língua ou conhe-
cer toda a sua estrutura gramatical em pouco tempo; Os advérbios têm como função, dentro do texto,
no entanto, há algumas classes gramaticais que reque- acrescentar circunstâncias. Tais circunstâncias podem
rem mais atenção e que podemos aprender bem até a apenas adicionar informações ou modificar todo o sen-
data da prova. Apresentaremos essas classes a seguir. tido da proposição. Vejamos nos exemplos a seguir:

ARTIGOS z Ana va a la playa (Ana vai à Praia);


z Ana no va a la playa.
Assim como a língua portuguesa, a língua espa-
nhola tem artigos definidos e indefinidos, que acom- O advérbio “no”, no segundo exemplo, mudou
panham os substantivos. completamente o sentido da oração, negando-a e tor-
nando a afirmativa uma negativa. Exs.:
z Definidos: usados quando queremos dar a ideia
z Vamos al cine juntos (Vamos ao cinema juntos);
de definição ou especificidade. Os artigos defini-

25
z Mañana, vamos al cine juntos.
dos são: el/ los (masculino) – la/ las (feminino) – lo

7-
(neutro).

84
No segundo exemplo, o advérbio de tempo “maña-
Ex: El hombre está en casa (O homem está em casa).

0.
na” apenas adicionou informações ao enunciado, sem
z Indefinidos: usados para expressar generalida-
36
modificar o sentido final.
de, passar a ideia de “qualquer um”. Os artigos .
71
indefinidos são: un/ unos (masculino) – una/ unas
CONJUNÇÕES
-1

(feminino)
ia

Ex: Una mujer me ha llamado (Uma mulher me


As conjunções conectam palavras e orações, como
ar

ligou).
você já aprendeu em língua portuguesa. Algumas con-
M

junções são bem parecidas às que temos em português,


a

ADVÉRBIOS
lv

mas outras têm sentido completamente diferente.


Si

Os advérbios expressam circunstâncias como afir-


da

mação, negação, dúvida, lugar, modo, intensidade, Importante!


ira

ordem e tempo, a fim de modificar ou acrescentar sen-


re

tido aos verbos, adjetivos ou a outros advérbios. Essa As conjunções que apresentam sentido diferente
Pe

classe de palavras é invariável, ou seja, não concorda podem comprometer sua compreensão e, con-
com o termo a que ela se refere. sequentemente, a interpretação e a resposta da
s

LÍNGUA INGLESA/LÍNGUA ESPANHOLA


u

Exemplo: Ayer, trabajé mucho (Ontem, trabalhei questão.


he

muito).
at

Os advérbios destacados, ayer e mucho, trazem,


M

respectivamente, uma informação adicional (ayer = Classificação das Conjunções


ontem) e uma intensidade (mucho = muito).
Em espanhol, assim como em português, as con-
Classificação dos Advérbios junções são classificadas em dois grandes grupos e
subdivididas de acordo com o sentido que expressam.
z Tempo: hoy (hoje), ayer (ontem), siempre (sempre),
nunca, anoche (ontem à noite), mañana (manhã z Coordinantes: conjunções que unem orações inde-
ou amanhã), después (depois), antes (antes), tras pendentes entre si; nesse caso, sua posição pode ser
(depois de); alterada sem que haja mudança de sentido entre as
z Lugar: lejos (longe), cerca (perto), aqui, allí/ allá orações. Por exemplo, na oração: Mañana, voy a tra-
(ali), ahí (aí), detrás (atrás), arriba (acima); bajar y Juan irá a la escuela (Amanhã vou trabalhar e
z Modo: bien (bem), mal (mal), mejor (melhor), peor Juan irá à escola). Exemplos: y, también, porque;
(pior), así (assim); z Subordinantes: conjunções que unem orações
z Afirmação: sí (sim), certamente (certamente), segu- que possuem relação de interdependência, ou se-
ramente (seguramente); ja, o sentido de uma delas depende da outra para
z Negação: no (não), jamás (jamais); se completar. Exemplo: Ana dijo que estaba enfer- 263
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qualquer título, a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.
ma (Ana disse que estava doente). O sentido da se- „ Causales: conjunções que introduzem uma
gunda oração, que é subordinada à primeira, só é oração subordinada que indica uma causa a
possível graças à primeira, que é chamada de “ora- respeito do fato da oração principal. Podemos
ção coordenada” ou “principal”. Sem ela, a segun- citar como exemplos: porque e pues. Exem-
da oração fica sem sentido. plo: Estoy cansado porque trabajé mucho esta
semana (Estou cansado porque trabalhei muito
A seguir, exploraremos cada um dos tipos esta semana);
de conjunções: „ Consecutivas: introduzem uma oração subor-
dinada expressando uma consequência em
z Conjunciones coordinantes são divididas em: relação à oração principal. As principais con-
junções são: luego, conque e así. Exemplo:
„ Copulativas: conjunções que unem significa- Mañana tengo exámen, luego no puedo salir
dos. Exemplos: y, ni, también e que. Quiero (Amanhã tenho prova, logo, não posso sair);
una gaseosa y una cerveza (Quero um refrige- „ Condicionales: expressam uma condição. São
rante e uma cerveja); No quiero comer ni beber exemplos: si, como e cuando. Exemplo: Puedo
ir al cine si llegar temprano (Posso ir ao cinema
nada (Não quero comer nem beber nada);
se chegar cedo);
„ Concesivas: no geral, essas conjunções expres-
Dica sam objeção ou empecilho, impedimento. Exem-
Existe uma regra em espanhol sobre o uso da con- plo: aunque (ainda que), mismo que. Exemplo:
Aunque estudie, no consigo comprender las mate-
junção y: quando dois termos são conectados por
máticas (Ainda que estude, não consigo com-
essa conjunção e o segundo termo for iniciado por
preender matemática);
i ou por hi, a conjunção y muda para e. „ Finales: conjunções que indicam finalidade de
Exemplos: Quiero una gaseosa y hielo (Quero uma ação. As conjunções mais usadas são para
um refrigerante e gelo); e a fin de. Exemplo: Voy a prepararme para jugar
Ellos son padre e hijo (Eles são pai e filho). el partido (Vou me preparar para jogar a partida).

„ Disyuntivas: conjunções utilizadas para conec- Podemos destacar algumas conjunções que são
tar ideias ou palavras opostas ou com sentido con- mais utilizadas em espanhol e suas respectivas tradu-
trário. Exemplo: ¿Te gustaría comer em casa o en ções. São elas:
un restaurante? (Você gostaria de comer em casa

25
ou em um restaurante?). Atente-se ao fato de que,
z Y (e);
assim como a conjunção y funciona antes de pala-

7-
z O (ou);

84
vras com i ou hi, na conjunção o também há mu-
dança para u antes de palavras que iniciam com o z Además (ademais, além de);

0.
z Pues (pois);

36
ou ho. Exemplo: No sé si el anillo es de plata u oro
(Não sei se o anel é de prata ou ouro); z Pero (porém);
.
71
„ Adversativas: conjunções que estabelecem z Aún (ainda);
-1

relação de correção ou matização entre os ele- z Aunque (ainda que/mesmo que);


z Sin embargo (entretanto);
ia

mentos. Podemos dizer que a segunda oração


Sino (a não ser);
ar

unida com conjunção corrige ou matiza algu- z


M

ma ideia da primeira oração. As principais z Ni (nem);


Pese a que (apesar de que);
a

são: pero, mas, sino, sin embargo e aunque. z


lv

Exemplos: Estoy cansada, pero voy a la fiesta z Sí (se).


Si

(Estou cansada, mas vou à festa); la esposa de


da

Pablo no está viajando, sino en casa (A esposa ANÁLISE DO USO DE ADVÉRBIOS E CONJUNÇÕES
de Pablo não está viajando, mas em casa);
ira

„ Explicativas: conjunções que unem orações Conjunções e advérbios são essenciais na cons-
re

em que a segunda explica a primeira. São elas o trução de um texto. As diferenças que vimos acima
Pe

sea, esto es, mejor dicho e es decir. Exemplo: podem ser um problema, mas quando temos conhe-
s

Los alumnos no vinieron hoje, o sea, no tuvimos cimento, elas se tornam uma vantagem em relação à
u
he

clases (Os alunos não vieram hoje, ou seja, não compreensão textual. A seguir, veremos um texto que
tivemos aula);
at

exemplifica o uso de algumas conjunções e advérbios.


„ Distributivas: conjunções que geralmente se
M

apresentam em pares e expressam alternância.


El carpintero
São elas: o... o, bien... bien, ya... ya e ora...
ora. Exemplo: O haces el trabajo o buscaré otra
persona (Ou você faz o trabalho ou procurarei Orlando Goicoechea reconoce las maderas por el
outra pessoa). olor, de qué árboles vienen, qué edad tienen, y olién-
dolas sabe si fueron cortadas a tiempo o a destiempo
z Conjunciones subordinantes dividem-se em: y les adivina los posibles contratiempos. Al cabo de
tantos años de trabajo, Orlando se ha dado el lujo de
„ Comparativas: conjunções que iniciam uma comprarse un video, y ve una película tras otra. No
oração subordinada, estabelecendo, portanto, sabía que eras loco por cine le dice el vecino. Y Orlan-
comparação com a ideia da oração principal. do le explica que no, que a él ni le va ni le viene, pero
As conjunções são: más que..., tan... como e gracias al video puede detener las películas para estu-
menos que. Exemplo: El trabajo fue más difícil diar los muebles.
que imaginaba (O trabalho foi mais difícil do
que imaginava);
264
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O Carpinteiro (tradução livre)

Orlando Goicoechea reconhece as madeiras pelo cheiro, de que árvores vem, que idade têm, e cheirando-as sabe se
foram cortadas há muito tempo e adivinha seus possíveis problemas/contratempos. Depois de tantos anos de trabalho,
Orlando se deu ao luxo de comprar um aparelho de vídeo e vê um filme após o outro. Não sabia que era louco por
cinema, lhe disse o vizinho. E Orlando lhe explica que não, que para ele tanto faz, mas que graças aos vídeos, consegue
estudar sobre os móveis.

Algumas expressões nos chamam atenção nesse trecho; além das conjunções e dos advérbios, podemos
destacar:

z Se ha dado el lujo: se deu ao luxo;


z Que a él ni le va ni le viene: para ele tanto faz;
z Al cabo de: por causa de/depois de.

PRONOMES PESSOAIS

Os pronomes pessoais são usados para substituir os substantivos e funcionam como pessoas do discurso. É
importante saber que pronomes diferentes dos utilizados no português e que essa diferença pode causar dificul-
dade de compreensão. Acompanhe a tabela a seguir:

ESPANHOL PORTUGUÊS
yo eu
tú tu
él ele
ella ela
nosotros(as) nós
vosotros(as) vós
ellos eles

25
7-
ellas elas

84
lo o

0.
la a
los . 36
os
71
-1

las as
le lhe (a ele)
ia
ar

le lhe (a ela)
M

les lhes
a
lv
Si

VERBOS
da
ira

No geral, a conjugação dos verbos em Português é parecida a do Espanhol; entretanto, alguns verbos têm gra-
fias bem diferentes. Seguem alguns verbos traduzidos para o espanhol:
re
Pe

PORTUGUÊS ESPAÑOL
s

LÍNGUA INGLESA/LÍNGUA ESPANHOLA


u

Falar Hablar
he

Escrever Escribir
at
M

Dizer Decir
Assinar Firmar
Fazer um acordo Acordar
Datar Fechar
Acordar Despertarse/Levantarse
Tomar café da manhã Desayunar
Jantar Cenar
Ter Tener
Fazer Hacer
Haver Haber
Ler Leer
Conversar Charlar
265
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PORTUGUÊS ESPAÑOL
Ficar Quedarse
Decolar Despegar
Aterrissar Aterrizar
Comunicar Comunicar
Ajudar Ayudar
Trabalhar Trabajar
Por Poner
Descer Bajar
Alugar Alquillar
Chamar / ligar (telefone) Llamar
Tentar Intentar
Conhecer Conocer
Vir Venir

Os verbos são classificados em:

z Regulares: Mantêm o mesmo radical quando conjugados. Ex: amar. Yo amo, tu amas, él ama, nosotros ama-
mos, vosotros amáis, ellos aman;
z Irregulares: Há mudança no radical a depender da conjugação. Ex: hacer (fazer). Yo hago, tu haces, él hace,
nosotros hacemos, vosotros haceis, ellos hacen.

A tabela a seguir mostra a diferença entre a conjugação dos dois verbos anteriores em três tempos verbais:

PRETÉRITO PERFEITO
PRESENTE FUTURO
PESSOAS DO DISCURSO SIMPLES
(DO INDICATIVO) (DO INDICATIVO)

25
(DO INDICATIVO)

7-
AMAR HACER AMAR HACER AMAR HACER

84
0.
Yo amo hago amé hice amaré haré

36
Tu amas haces amaste hiciste amarás harás
.
71
Él / ella / usted ama hace amó hizo amará hará
-1

Nostros amamos hacemos amamos hicimos amaremos haremos


ia
ar

Vosotros amáis hacéis améis hicisteis amaréis haréis


M

Ellos / ellas /
aman hacen amarón hicieron amarán harán
a

ustedes
lv
Si
da

Na tabela comparativa, é possível observar que, enquanto o radical de amar “am” permanece o mesmo em
ira

todos os tempos verbais mencionados, o radical de hacer, que originalmente é hac, muda para hag, hic e hiz a
depender do tempo verbal.
re
Pe

Os principais verbos irregulares em espanhol são:


s
u

„ Caber (caber);
he

„ Agradecer (agradecer);
at

„ Caer (cair);
M

„ Decir (dizer);
„ Dormir (dormir);
„ Salir (sair);
„ Conducir (dirigir).

z Reflexivos: expressam uma ação praticada e recebida pelo sujeito. Conjugam-se com os pronomes reflexivos me,
te, se, nos, os, se; no infinitivo, aparecem sempre acompanhados do pronome se. Ex: despertarse, levantarse.

Além dessas classificações, há também as formas nominais dos verbos. Elas são denominadas assim porque
não apresentam flexão de número, modo ou pessoa. São elas:

z Infinitivo: expressa o significado do verbo. Terminado em ar, er e ir. Ex: Estudiar es muy importante (Estudar
é muito importante);
z Gerúndio: é o advérbio verbal e se caracteriza por expressar sempre ação anterior ou simultânea. Termina-
266 do em ndo. Ex: Estaba caminando (Estava caminhando);
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z Particípio: junto com o auxiliar haber, forma os ESPANHOL PORTUGUÊS
tempos compostos das conjunções. Funciona tam-
con com
bém como adjetivo quando modifica um substan-
tivo. Ex: He comprado una alfombra (Comprei um contra contra
tapete); el café fue hervido (O café foi fervido). de de
desde desde
Modos Verbais
durante durante
A partir dos modos verbais, há a conjugação dos en em
verbos dentro dos tempos verbais e de acordo com a
desinência de número e pessoa. Acompanhe a seguir: entre entre
hacia em direção a
z Indicativo: Expressa ações reais, concretas, obje- hasta até
tivas e efetivas. Ex: Trabajo en casa (trabalho em
casa). Os tempos do modo indicativo são: mediante mediante; por meio de
para para
„ Presente: Yo estudio mucho (Eu estudo muito) por por
„ Pretérito imperfeito: Yo estudiaba mucho (Eu
estudava muito); según segundo
„ Pretérito indefinido: Yo estudié mucho (Eu sin sem
estudei muito); so sob
„ Futuro imperfeito: Yo estudiaré mucho (Eu
estudarei muito); sobre sobre
„ Condicional imperfeito: Yo estudiaria mucho tras depois
(Eu estudaria muito);
versus versus; contra
„ Pretérito Perfeito composto: Yo he estudiado
em casa (Eu estudei em casa); vía via
„ Pretérito mais-que-perfeito composto: Yo
había estudiado (Eu havia estudado); A
„ Futuro perfeito composto: Ya habré estudiado
(Já terei estudado); Pode expressar direção, finalidade, lugar, modo,

25
„ Condicional composto: Yo habría estudiado objetivo, movimento e tempo. A preposição a significa

7-
(Eu haveria estudado). à/a/ao e pode estar posicionada antes de substantivo,

84
artigo, verbo no infinitivo, pronome demonstrativo,

0.
z Subjuntivo: esse modo expressa ações possíveis de pronome possessivo, objeto indireto e objeto direto.
desejo, dúvida, suposição, ou seja, ações não concretas Exemplos: . 36
71
ou não reais. Os tempos do modo subjuntivo são:
-1

z Mañana voy a la playa con Juan (Amanhã vou à


ia

„ Presente: Que yo estudie (Que eu estude); praia com Juan): antes de substantivo;
ar

„ Pretérito Imperfeito: Yo estudiara (Eu estudara); z Hoy, vamos a salir de compras (Hoje, vamos sair às
M

„ Pretérito Perfecto Compuesto: Es mejor que yo compras): antes de verbo no infinitivo;


a

haya estudiado (É melhor que eu tenha estudado); z Di los libros a mis sobrinos (Dei os livros aos meus
lv

„ Pretérito Pluscuamperfecto Compuesto: Si yo


Si

sobrinhos): antes de pronome possessivo.


hubiera estudiado, sería mejor (Se eu tivesse estu-
da

dado, seria melhor). Ante


ira
re

z Imperativo: expressa ordem, desejo, conselho. Não é Pode ser traduzida por: diante de; perante.
Pe

conjugado em tempos, mas possui duas formas: afir- Exemplo:


mativo e negativo.
s

LÍNGUA INGLESA/LÍNGUA ESPANHOLA


u
he

z Ellos pelearón ante todos (Eles brigaram diante de


„ Afirmativo: Estaciona acá (Estacione aqui); todos).
at

„ Negativo: No estaciones acá (Não estacione aqui).


M

Bajo
PREPOSIÇÕES
Traduzindo para o português como sob ou debaixo de.
São palavras que, assim como as conjunções,
Exemplos:
conectam termos da oração, estabelecendo uma rela-
ção de sentido entre eles.
z No me gusta trabajar bajo presión (Não gosto de
A seguir, há uma lista das conjunções em espanhol
trabalhar sob pressão);
e sua tradução correspondente. Logo após, explorare-
z Los libros están bajo los cuadernos (Os livros estão
mos algumas delas com exemplos e formas de uso.
debaixo do caderno).
ESPANHOL PORTUGUÊS
Con
a à
ante diante De acordo com o contexto de uso, pode indicar
modo, companhia, instrumento ou conteúdo, assim
bajo sob 267
como ocorre na língua portuguesa.
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Exemplos: En

z Salimos de casa con prisa (Saímos de casa com Assim como em português, essa preposição pode
pressa.): modo; ser utilizada para expressar lugar, modo, tempo.
z Fui a la playa con Lucas (Fui à praia com Lucas.): Entretanto, diferentemente do português, em espa-
companhia; nhol é usada também para meios de transporte.
z Me he cortado con una tijera en el trabajo (Cortei- Exemplos:
-me com uma tesoura no trabalho): instrumento;
z Quiero una gaseosa con hielo (Quero um refrige- z Ana vive en Madrid (Ana mora em Madri.): lugar;
rante com gelo): conteúdo. z Me gusta quedarme en silencio (Gosto de ficar em
silêncio.): modo;
Contra z En verano, los días son más largos (No verão, os
dias são mais longo.): tempo;
Pode apresentar sentido de limite, contrariedade z Tengo miedo a viajar en avión (Tenho medo de via-
ou ainda de oposição. jar de avião.): meio de transporte.
Exemplos:
Entre
z Hice el trabajo contra mi voluntad (Fiz o trabalho
contra minha vontade): contrariedade; Pode expressar situação, estado ou coletividade.
z La lucha contra el coronavírus es muy dura (A luta Exemplos:
contra o corona vírus é muito dura): oposição.
z Creo que la fiesta termina entre las 10 y las 11 de la
noche (Acredito que a festa termina entre 10 e 11
De
da noite);
z No hay problemas entre el maestro y los alumnos
Há muitas indicações de uso para essa preposição,
(Não há problemas entre o professor e os alunos).
o sentido dela depende basicamente do contexto em
que está inserida. Podemos indicar como principais
Hacia
sentidos: posse, qualidade, material, modo, motivo,
origem, assunto, tempo e profissão.
Essa preposição é usada para expressar direção ou
Exemplos:
tempo/lugar aproximado.

25
Exemplo:

7-
z Vivo en España pero soy de Portugal (Vivo na Espa-

84
nha, mas sou de Portugal): origem;
z Viajaremos hacia el nordeste de Brasil (Viajaremos

0.
z Estoy buscando una película de terror (Estou procu-

36
para o nordeste do Brasil): direção.
rando um filme de terror): assunto;
.
71
z Me gusta ir al gimnasio de día (Gosto de ir a acade-
Hasta
-1

mia de dia): tempo;


z Yo trabaja de abogada (Eu trabalho como advoga-
ia

No geral, é usada para expressar término ou limite


ar

da): profissão; de lugares, ações, quantidades e tempo, mas também


M

z Este plato es de vidrio (Este prato é de vidro): pode indicar inclusão.


a

material;
lv

Exemplos:
z El amigo de mi padre murió de un cancer (O amigo
Si

do meu pai morreu de câncer): motivo;


da

z Ana fue caminando hasta la playa (Ana foi cami-


z Estas ollas son de mi madre (Estas panelas são da nhando até a praia): limite de lugar;
ira

minha mãe): posse. z Puedo comer chocolate hasta 2 veces a la semana


re

(Posso comer chocolate até 2 vezes por semana):


Pe

Desde limite de ações;


s

z Tengo hasta 100 reales para comprar una falda


u

Expressa um ponto do qual se inicia a contagem de


he

(Tenho até 100 reais para comprar uma saia): limi-


algo ou de um espaço físico. te de quantidade;
at

Exemplos:
M

z Hasta los amigos han percibido (Até os amigos per-


ceberam): inclusão.
z Conduci desde Rio de Janeiro hasta São Paulo (Diri-
gi do Rio de Janeiro até São Paulo); Mediante
z A causa de la pandemia, no salgo de casa desde Ene-
ro (Por causa da pandemia, não saio de casa desde Traduzida para o português, tem como significado
janeiro). mediante, por meio de ou através.
Exemplo:
Durante
z Entregaré el objeto mediante el pago (Entregarei o
Assim como em português, esta preposição indica objeto mediante o pagamento).
período de duração.
Exemplo: Para

z Durante 5 años, trabajé con marketing (Durante 5 Utilizada em várias situações; as principais são
268 anos, trabalhei com marketing). expressar direção e finalidade.
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Exemplos:

z Mañana voy para la casa de mis padres (Amanhã, vou para a casa dos meus pais): direção;
z Estoy estudiando para la selección de maestría (Estou estudando para a seleção do mestrado): finalidade.

Por

Essa preposição pode ser utilizada para indicar meio, lugar, modo, objetivo ou tempo.
Exemplos:

z No sé cuando mi madre viene por acá (Não sei quando minha mãe vem por aqui): lugar;
z No me gusta hablar por teléfono, sólo hago en el trabajo (Não gosto de falar pelo telefone, só faço isso no traba-
lho): meio;
z Llegaré en casa por las cinco (Chegarei em casa pelas cinco): tempo.

Según

Na tradução, significa segundo ou de acordo com e expressa conformidade.


Exemplos:

z Hice el trabajo según el profesor pidió (Fiz o trabalho segundo o professor pediu);
z Según el maestro, haremos exámen la próxima semana (Segundo o professor, faremos prova na próxima
semana).

Sobre

Pode ser utilizada para indicar altura, apoio, assunto (como em língua portuguesa) e aproximação (com esse
sentido, não utilizamos em português).
Exemplos:

z La comida está sobre la mesa (A comida está sobre a mesa): apoio;

25
z Charlamos sobre la crisis de COVID en el mundo (Conversamos sobre a crise de COVID no mundo): assunto;

7-
z El evento comenzará sobre las cinco de la tarde (O evento começará por volta das cinco da tarde): aproximação.

84
0.
36
Tras
.
71
Essa preposição pode ser traduzida como depois. Exemplo:
-1
ia

z Hoy, cenaré tras las clases (Hoje, jantarei depois das aulas).
ar
M
a
lv
Si
da
ira
re
Pe
s

LÍNGUA INGLESA/LÍNGUA ESPANHOLA


u
he
at
M

A tirinha exemplifica bem que a diferença de compreensão entre “proposición” e “preposición” pode causar confu-
são, assim como outras pequenas mudanças na língua podem ser essenciais para a compreensão geral do texto.
Com as classes gramaticais e os pontos destacados ao longo deste material, é possível compreender grande
parte dos textos em língua espanhola. E, através das técnicas aqui abordadas, torna-se mais fácil identificar as
informações solicitadas nas questões.
269
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6. (IBFC — 2023) Analise a sentença: “It will be raining
HORA DE PRATICAR! tomorrow morning”. Essa expressão marca o “tem-
po futuro”. É correto afirmar que a estrutura usada
1. (IBFC — 2023) Considere o diálogo a seguir e as expressa:
regras do tempo verbal Presente Perfeito em inglês.
Assinale a alternativa que preencha o diálogo correta a) Um plano no passado que não foi confirmado
e respectivamente. b) Um plano futuro que foi confirmado
c) Uma intenção de fazer algo
A: you ever a famous person? d) Uma ação que estará em andamento em um determi-
B: Yes, I I already Marcos Mion. nado momento no futuro
e) Uma previsão baseada em fatos ou ideias
a) Do / meet / do / met
b) Have / met / have / met Leia o texto a seguir para responder às questões de
c) Has / met / has / met 7 a 11.
d) Did / meet / did / meet
e) Have / meted / did / met Nikola Tesla biography

2. (IBFC — 2023) O tempo verbal utilizado para descre-


ver fatos que aconteceram em tempo não determina-
do chama-se . Assinale a alternativa que preencha
corretamente a lacuna.

a) Past continuous
b) Past simple
c) Present simple
d) Present perfect

3. (IBFC — 2023) Analise a sentença: “The curator is


opening the museum at 10 o’clock A.M.”. Ela expressa
o ‘tempo futuro’. É correto afirmar que a estrutura foi
usada para expressar:

25
7-
a) um plano para o futuro que foi confirmado

84
b) um plano no futuro que não foi confirmado

0.
c) uma ação que não está em progressão agora

36
d) uma ação que já aconteceu (Disponível em https://www.biography.com/inventor/nikola-tesla)
.
71
e) um plano no passado que não foi confirmado
-1

Nikola Tesla was an engineer and scientist known for


4. (IBFC — 2023) Analise as sentenças a seguir.
ia

designing the alternating-current (AC) electric sys-


ar

tem, which is the predominant electrical system used


M

1. Ferrari is car. It costs US$ 17,7 million across the world today. He also created the “Tesla
(expensive).
a

coil,” which is still used in radio technology.


lv

2. No, Bugatti La Voiture Noire Is Ferrari. It Born in modern day Croatia, Tesla came to the United
Si

costs US$ 18,7 million (expensive). States in 1884 and briefly worked with Thomas Edison
da

before the two parted ways. He sold several patent


ira

Assinale a alternativa que preencha correta e respec- rights, including those to his AC machinery, to George
tivamente as lacunas.
re

Westinghouse.
Pe

Early Life Tesla was born in Smiljan, Croatia, on July


a) the most expensive / more expensive than 10, 1856.
s

b) the more / the expensiver


u

Tesla was one of five children, including siblings Dane,


he

c) most / the most expensive Angelina, Milka and Marica. Tesla’s interest in electri-
at

d) more /expensive cal invention was spurred by his mother, Djuka Man-
M

e) the most expensive / most expensive than dic, who invented small household appliances in her
spare time while her son was growing up.
5. (IBFC — 2023) Leia a definição: “Este tempo verbal é
usado para indicar a ação que foi completada antes 7. (IBFC — 2023) Leia a explicação de Souza et al (2005,
de outra ação ocorrer”. Assinale a qual tempo verbal p.55) sobre grupos nominais.
esta ação se refere. “Grupos Nominais são formados de um núcleo (subs-
tantivo) e um ou mais modificadores (que podem
a) Past perfect ser adjetivos ou outros substantivos). Em portu-
b) Past continuous guês, os modificadores geralmente aparecem depois
c) Simple past + non-action verb do núcleo (exemplo: escândalos financeiros). Em
d) Simple past + adverb inglês, porém, os modificadores quase sempre apa-
e) Simple past + used to recem antes do núcleo “financial scandals”. Por isso,
é importante observar que, em inglês, o núcleo será
quase sempre a última palavra do grupo nominal. (...)
Algumas vezes, entretanto, o grupo nominal poderá
270
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qualquer título, a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.
incluir uma preposição (in, on, at, of, for, etc); nesses textuais se caracterizam por organização, estrutura
casos, o núcleo será a palavra que precede a prepo- gramatical e vocabulário específicos - assim como
sição”. Observe o grupo nominal a seguir, analise as pelo contexto social em que ocorrem”.
afirmativas e assinale a alternativa correta. A partir da colocação dada e da leitura do texto sobre
Nikola Tesla, assinale a alternativa correta em relação
Grupo nominal: “the alternating-current electric ao gênero textual.
system”
a) narração
I. o núcleo do grupo nominal é a palavra “system”. b) descrição
II. o grupo nominal tem dois núcleos “alternating” e c) dissertação
“current” d) biografia
III. o fragmento em análise não é um grupo nominal, pois e) exposição
não há verbo.
12. (IBFC — 2023) Analise as afirmativas a seguir e assi-
a) Apenas a afirmativa I está correta nale a alternativa correta em referência à estratégia
b) Apenas a afirmativa II está correta de leitura skimming.
c) Apenas a afirmativa III está correta
d) Apenas as afirmativas I e III estão corretas I. É um modo de leitura rápida. É usado para obter uma
e) Apenas as afirmativas II e III estão corretas rápida impressão geral da ideia central do texto.
Durante a aplicação desse modo de leitura, o profes-
8. (IBFC — 2023) Observe as estruturas e se atenha ape- sor controla o tempo que os alunos usam para ler o
nas as palavras destacadas e assinale a alternativa texto. Um dos objetivos dessa modalidade é evitar
que apresenta qual delas é o núcleo do grupo nominal. que os alunos usem o dicionário para traduzir todas
as palavras que não conhecem.
a) Tesla was one of five children II. É uma técnica/estratégia de leitura não-linear para
b) Tesla was one of five children encontrar uma informação específica, ignorarmos
c) Tesla was one of five children quaisquer outros detalhes do texto, portanto, não é
d) Tesla was one of five children preciso lê-lo como um todo, mas ser seletivo, sem se
e) Tesla was one of five children ater a detalhes.
III. Tem como objetivo fazer com que o leitor esteja aten-
9. (IBFC — 2023) Leia o excerto: “Nikola Tesla was an to às informações específicas.

25
engineer and scientist known for designing the alter-

7-
nating-current (AC) electric system”, observe a forma- O uso dessa técnica/estratégia mostra que o leitor

84
ção - ing em ‘designing’. Agora assinale a alternativa observa mais a forma de palavras, pois é a elas que

0.
que a explique corretamente. ele procura no texto.

. 36
71
a) O sufixo -ing existe apenas em formações verbais no a) Apenas a afirmativa I está correta
-1

presente contínuo ou progressivo b) Apenas a afirmativa II está correta


b) O sufixo -ing existe em formações verbais no passa- c) Apenas a afirmativa III está correta
ia

do contínuo ou progressivo, como neste caso d) Apenas as afirmativas I e II estão corretas


ar

c) O prefixo -ing ocorre com verbos que tenham uma e) Apenas as afirmativas II e III estão corretas
M

preposição posterior a eles


a
lv

d) O prefixo -ing ocorre com verbos que tenham uma 13. (IBFC — 2023) Parafraseando Michael Swan (2005),
Si

preposição anterior a eles um marcador de discurso ou marcador discursivo


da

e) O sufixo -ing ocorre com verbos que tenham uma pre- é uma palavra ou expressão que indica a atitude do
posição antes deles falante em relação ao que está dizendo. Assinale a
ira

alternativa correta a partir do marcador discursivo na


re

10. (IBFC — 2023) Leia o fragmento do texto “Born in sentença: “Uhuu!!! This test is so easy”.
Pe

Croatia, Tesla came to the United States”, analise as


s

LÍNGUA INGLESA/LÍNGUA ESPANHOLA


afirmativas a seguir a assinale a alternativa correta a) Especifica o sujeito da oração
u
he

quanto ao uso da formação em destaque. b) É uma conjunções que explicita sequência


at

I. explicativo, pois constata onde ele nasceu. c) Demonstra a relação de poder do sujeito
M

II. argumentativo, pois discute o lugar de nascimento d) Explicita uma negação da vontade do sujeito
dele. e) Enfatiza o pensamento do interlocutor (falante)
III. temporal, pois marca o tempo cronológico em que ele
nasceu. 14. (IBFC — 2023) Leia a afirmativa a seguir e assinale a
alternativa que apresenta a qual estratégia ela se refe-
a) Apenas a afirmativa I está correta re: “A estratégia de supor e adivinhar, levantar hipó-
b) Apenas a afirmativa II está correta teses e confirmá-las ou não. O contexto e o próprio
c) Apenas a afirmativa III está correta texto fornecem informações para o esclarecimento
d) Apenas as afirmativas I e III estão corretas do significado de uma palavra, observe as palavras
e) Apenas as afirmativas II e III estão corretas anteriores e posteriores. Também é útil quando há a
necessidade da percepção das ideias que não estão
11. (IBFC — 2023) Leia a afirmação de Souza et al (2005, evidentes no texto, naquelas ocasiões em que há a
p.14) “Gêneros Textuais são tipos de textos cuja fun- necessidade de ler nas entrelinhas”. (SOUZA, 2005,
ção comunicativa é reconhecida social e culturalmen- p.46)
te por uma determinada comunidade. Além de terem
essa função comunicativa específica, os gêneros 271
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a) Inferência a) Cigar
b) Conhecimento extralinguístico b) Offensive
c) Scanning c) Deception
d) Conhecimento de mundo d) Confident
e) Conhecimento prévio e) Pretend

15. (IBFC — 2023) Há diversas estratégias de leitura, 18. (IBFC — 2023) Sabe-se que os pronomes reflexivos
como nos apresenta Souza (2005, p. 28). Uma delas podem ter uma função enfática. Neste caso, eles se
é acionada como um “recurso acerca do assunto, adaptam à pessoa ou à coisa que será enfatizada.
pois a compreensão do texto vai depender em gran- Diante do exposto, analise as afirmativas a seguir e
de parte do conhecimento que o leitor já possui e assinale a alternativa correta.
que se encontra armazenado em sua memória. Este
conhecimento resulta da aprendizagem acumulada I. Mary is a journalist. She talked to the prime minister
ao longo do tempo e pode ser acessado para auxiliar theirself.
na interpretação de informação de textos. Possibili- II. Mary is a journalist. She talked to herself the prime
ta a formulação de hipóteses e inferências partindo minister.
da leitura do texto. Para ativá-lo o leitor deve prestar III. Mary is a journalist. She talked to the prime minister
atenção em títulos, subtítulos e figuras, por exemplo, herself.
e tomá-los como ponto de partida”. IV. The journalist, Mary, talked to the prime minister him.

Assinale a alternativa que apresenta a estratégia a) Apenas a afirmativa I está correta


descrita. b) Apenas a afirmativa II está correta
c) Apenas a afirmativa III está correta
a) Skimming d) Apenas as afirmativas I e II estão corretas
b) Marcadores discursivos e) Apenas as afirmativas II e IV estão corretas
c) Conhecimento prévio
d) Conhecimento extralinguístico 19. (IBFC — 2023) Observe a tabela, a seguir, e assinale
e) Scanning a alternativa que apresenta a única palavra que não
pode ser considerada um cognato.
16. (IBFC — 2022)
television piano diary

25
Crimes

7-
invasion publicity success

84
Certain types of people cannot be charged with com-
system virus blue

0.
mitting a crime. It may appear that they have com-

36
mitted a crime. However, for a variety of reasons their
.
71
behavior will not be considered a crime in the courts of a) television
-1

law. First, insane people cannot commit a crime. The- b) publicity


se people do not understand their behavior. They may c) blue
ia

not understand right from wrong. Next, those taking d) system


ar

drugs prescribed by a doctor might be excused from


M

e) invasion
committing a crime. If the drugs affect their minds, the
a
lv

court will excuse them. Finally, children under a cer- 20. (IBFC — 2022) Uma das áreas de formação da língua
Si

tain age cannot be held responsible for committing a inglesa, a morfologia, justifica que a palavra é for-
da

crime. mada por afixos (prefixos + sufixos) e radical/raiz. A


ira

forma dos afixos é mais rígida quanto à posição de


Utilizando-se das técnicas de leitura instrumental, formação da palavra. Os sufixos podem modificar a
re

mais especificamente da técnica skimming, ou seja, classe gramatical e os prefixos o sentido (positivo ou
Pe

uma leitura rápida e superficial, leia o texto “Crimes” negativo) da palavra, sendo que o radical, raiz, é que
s

e assinale a alternativa que realmente identifica o traz o significado da palavra. Diante do exposto, assi-
u
he

assunto geral tratado pelo autor do texto. nale a alternativa que apresenta a palavra pós-fixada.
at
M

a) O autor discute os crimes de uma maneira geral e a) Misunderstand


superficial b) Bicolour
b) O autor afirma que todos os indivíduos são criminosos c) Disappear
c) O autor expõe que os indivíduos mentalmente insa- d) Impossible
nos não são capazes de cometer crimes e) Finally
d) O autor declara que alguns indivíduos não podem ser
acusados de cometer crimes 21. (IBFC — 2019) “Heterotónicos” são palavras com gra-
e) O autor remonta casos de crimes e as complicações fia semelhante ao português e em espanhol, mas que
legais dos criminosos na pronúncia tem sílaba tônica diferente. Podemos
afirmar que são muitos os casos de heterotonia entre
17. (IBFC — 2023) A palavra “actually” é considerada um esses dois idiomas, que apresentam muitas outras
falso cognato. Asinale, dentre as alternativas, a única semelhanças e diferenças. Tendo o conhecimento do
que pode realmente ser considerada um cognato. idioma espanhol por meio da escrita e da oralidade,
assinale a alternativa que apresenta corretamente
apenas “Heterotónicos” em todas as palavras.
272
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a) alguien, bananas, hemorragia, paréntesis La ventaja de las tecnologías, a diferencia del inglés,
b) anestesia, cerveza, propio, reptil es que se trata de una habilidad bastante predictiva y
c) euforia, burocracia, cerebro, alergia con una serie de consejos y orientaciones el alumno
d) cerebro, tranquilo, terapia, nivel sabrá rápidamente cómo usar los dispositivos (móvi-
les, ordenadores, consolas…). Lo cierto es que los
22. (IBFC — 2019) Observe o texto abaixo. niños, por decirlo de alguna manera, vienen al mundo
con una tablet bajo el brazo y muchos de ellos saben
utilizarlas por mera suposición o por imitación de
los más mayores. A diferencia del inglés, que no es
tan predictivo y requiere de más tiempo para que el
docente lo enseñe a los alumnos, así como dedica-
ción y estudio.”

Faça análise morfológica das palavras em destaque e


assinale a alternativa que classifica correta e respec-
tivamente as palavras.

a) adjetivo, advérbio, artigo neutro, preposição, adjetivo


b) adjetivo, adjetivo, artigo neutro, advérbio, particípio
c) advérbio, adjetivo, pronome, preposição, verbo
d) advérbio, advérbio, artigo neutro, substantivo

24. (IBFC — 2017) Os verbos de cambio são um caso típi-


co de conjugação verbal da língua espanhola na qual
se refere à variedade de estruturas existentes. Esses
tipos de estruturas verbais são mais utilizadas na lín-
(Fonte: Zednelem)
gua falada e indicam mudança de estado do sujeito.
Como diría o escritor británico John H. Newman “ En
Preposições são palavras invariáveis que unem ter-
un mundo superior puede ser de otra manera, pero
mos de uma oração, elas estabelecem uma relação
aquí abajo, vivir es cambiar y ser perfecto es haber
entre estes termos. A preposição “Hacia” não apre-
cambiado muchas veces”. Estas construções com
senta, em português, uma preposição que a traduza, e

25
verbos de cambio são classificadas de acordo com o
pode nos apresentar múltiplas funções dentro de sua

7-
tipo de mudanças que expressam. Para isso há uma
classe gramatical. Sendo assim, analise as afirmati-

84
estrutura básica que geralmente é seguida e pouco
vas abaixo e assinale a alternativa correta.

0.
mudada durante as classificações. Essa estrutura

36
seria:
I. Não determina um lugar ou um ponto específico, mas .
71
sim, uma direção na qual ou para a qual se realiza um
a) Verbo + substantivo/adjetivo/advérbio
-1

movimento.
b) Verbo + substantivo/gênero/adjetivo
ia

II. Indica término ou limite de tempo, lugar, ação, número.


c) Verbo + adjetivo/substantivo/advérbio
ar

III. Indica destino que se dá as coisas, finalidade ou uso,


d) Verbo + substantivo/adjetivo/gênero
M

movimento, tempo ou prazo determinado.


e) Verbo + substantivo/advérbio/verbo
a

IV. Pode introduzir o destinatário/objeto de um


lv

sentimento.
Si

25. (IBFC — 2017) Assinale a alternativa correta sobre o


V. Indica tempo aproximado ou direção aproximada.
da

Método Direto – Berlitz:


ira

O significado é em direção a, quando indica lugar, e


a) Processo mental que para chegar ao objetivo parte de
re

por volta de, quando indica tempo.


fatos reais; particulares e comprovados. Baseado em
Pe

uma operação mental que consiste em se estabelecer


a) Apenas as afirmativas I e III estão corretas
s

uma verdade universal, ou seja, pela experimentação


LÍNGUA INGLESA/LÍNGUA ESPANHOLA
u

b) Apenas as afirmativas II e III estão corretas


he

daquela que é passível de observação


c) Apenas as afirmativas I e IV estão corretas
b) Não produz conhecimentos novos, suas conclusões
at

d) Apenas as afirmativas I, IV e V estão corretas


M

se fazem com base estrutura nos conhecimentos já


existentes
23. (IBFC — 2019) c) Corrente de pensamento filosófico, sociológico e polí-
tico. O conhecimento verdadeiro é o conhecimento
Nuevas tecnologías como asignatura digital científico
d) Há uma ordem crescente de dificuldade: letra, palavra
“Siglo XXI es sinónimo de era de las tecnologías. La e texto; vai cronologicamente das partes para o todo
educación a este respecto no debe crear nuevas her- e) Enfoque de comunicação que se baseia primordial-
ramientas para los procesos de aprendizaje, debe mente em escutar e falar, que se completa com exercí-
transformarse y usar las mismas herramientas adap- cios de leitura e escrita, sempre com novo vocabulário
tadas a las nuevas concepciones tecnológicas que e gramática prática simulando situações da vida real,
nos rodean. Solo es necesario incorporar ordenado- para que o processo seja natural
res en el aula y dar rienda suelta a la imaginación para
adaptar los contenidos teóricos a aplicaciones web 26. (IBFC — 2017) En los niveles de corrección de textos
de utilidad para trasladar conocimientos. describimos uno: se debe prestar especial atención a
la correcta construcción de las oraciones de un texto 273
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a las correlaciones verbales, a la estructura de la fra- 30. (IBFC — 2018) Utilize o texto abaixo para responder a
se, a la concordancia, al régimen preposicional etc. A questão:
este nivel lo nombramos:
Absolut Vodka
a) Léxico
b) Ortográfico Nuevo envase
c) Textual Con su superfície de cristales finos, es primera vez en
d) Estilístico la historia que la marca sueca modifica la figura y tex-
e) Morfosintáctico tura de su icónica botella. Un regalo excepcional, que
sin duda cautivará los coleccionistas de los disenos.
27. (IBFC — 2017) En el estudio de lenguas se menciona Absolut Limeted Edition, una botella excepcional, rea-
el peligro que existe en los falsos amigos léxicos, pero lizada con destellantes prismas en forma de diaman-
caemos con más frecuencia en los errores preposi- te, que le otorgan al envase una superficie rugosa y
cionales. Contrastando el uso de las preposiciones tridimensional muy atactiva.
podemos observar que está incorrecto: Regalo ideal.

I. Alegra-se com uma notícia = Alegrarse de una noticia A campanha publicitária da Vodka Absolut, afirma ao
II. Estamos em 29 de maio = Estamos en 29 de maio público que:
III. Ela se apaixonou pelo cunhado = Se enamoró por su
cuñado I. É a primeira vez que a marca sueca modifica a figura
IV. Ele sonhava em ir para Espanha = Soñaba en ir a
e a textura de sua desenhada e colorida garrafa.
España
II. Há dúvidas que consigam cativar aos colecionadores.
V. Nunca viajei de avião = Nunca viajé en avión
III. É o presente ideal.
IV. É a edição limitada de uma garrafa excepcional.
a) Apenas a III
V. Provavelmente cativará a todos que consomem este
b) Apenas a IV
tipo de bebida.
c) I, II e V apenas
d) I, III, e IV apenas
e) II, III, e IV apenas Assinale a alternativa correta.

28. (IBFC — 2017) A língua espanhola nos apresenta a) I, apenas


traços únicos e marcantes, principalmente na língua b) I e II, apenas

25
falada, um desses traços mais importantes é a repeti- c) III e IV apenas

7-
ção de complementos dentro da mesma frase. Quan- d) IV e V apenas

84
do essa repetição ocorre com dois complementos na

0.
mesma frase, exemplo, “La historia se la contaron 31. (IBFC — 2018) El director argentino, Pablo Trapero,

36
toda a ella” damos o nome de : de “El Clan”, la película argentina que superó los 2,5
.
71
millones de espectadores, comenzó su gira por los
-1

a) pleonástico do pronome festivales más importantes de la industria mientras


b) objeto direto preposicionado prepara varios proyectos y espera su segundo hijo.
ia

c) pronomes átonos proclítios Para él, “todo sale lindo”, ya que se mezclan varias
ar

d) leísmo alegrias en un “ano de locos”, como ha dicho.


M

e) pronomes átonos enclíticos


a
lv

Com base no texto podemos afirmar que:


Si

29. (IBFC — 2019) Observe o texto.


da

I. “El Clan, é uma novela que superou as expectati-


“La mutación de Andrea Rincón: de vedette a actriz”
ira

vas de telespectadores.
II. O ano do diretor, Pablo Trapero, está muito bom,
re

La actriz argentina acaba de cumplir 33 años de una pois as alegrias se misturam entre projetos de traba-
Pe

vida intensa. Durmió en una plaza en la adolescencia y lho e família.


s

sus comienzos se remiten a su entrada a Gran Herma- III. Foram vendidos mais de 2,5 milhões de livros do
u
he

no. Salió con un perfil de chica sexy dedicada al teatro, diretor argentino Pablo Trapero, que também se pre-
las tapas de revista y el escándalo. Hoy ha reinventa-
at

para para ser pai novamente.


M

do su vida y su carrera al destacarse en papeles para IV. O diretor Pablo Trapero se prepara para ser pai
series de TV. También logró superar sus “adcciones”. pela segunda vez e também iniciar um novo projeto
A partir da interpretação e tradução do texto, analise para o próximo ano.
as afirmativas abaixo. V. O ano do diretor, Pablo Trapero, foi muito bom
já que seu filme, “El Clan” , superou os 2,5 milhões de
I. A atriz argentina iniciou a carreira no programa Big espectadores.
Brother.
II. Andrea saiu em muitas contra capas de revistas. Estão corretas as afirmativas:
III. A atriz argentina conseguiu superar seus vícios.
a) I e II, apenas
Assinale a alternativa correta. b) III, IV e V, apenas
c) I, II e III, apenas
a) Apenas as afirmativas I e III estão corretas d) II e V, apenas
b) Apenas a afirmativa II está correta
c) Apenas as afirmativas II e III estão corretas
274 d) Apenas a afirmativa I está correta
O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para Matheus Pereira da Silva Maria - 171.360.847-25, vedada, por quaisquer meios e a
qualquer título, a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.
32. (IBFC — 2018) Leia atentamente: 34. (IBFC — 2017) O ensino através das Novas Tecnolo-
gias de Informação ( TICs ) vem ganhando destaque
Gallo Pinto, Costa Rica como ferramenta de trabalho, principalmente como
ferramenta do processo ensino-aprendizagem da lín-
En general, la comida en Costa Rica es muy sencilla, gua estrangeira, a dizer o espanhol, tendo um signi-
pero también sana y_ muy sabrosa. Para el desayu- ficativo impacto positivo. Neste processo já não tão
no, hacen el famoso gallo pinto. Gallo es el término inovador, principalmente em outros países, dizemos
utilizado para los bocadillos que los costarricenses com relação ao papel do professor:
hacen usando pequenas tortillas de maíz. Este pla-
to incluye, frijoles negros fritos con arroz y algunas I. Produtor de conhecimento diante da utilização de
veces cebolla y otras especias. Los huevos se pue- um leque de possibilidades de compartilhamento de
den prepara como desee, fritos o revueltos. Luego se conhecimento, com gerenciamento adequado das
agregan los plátanos fritos, que son muy dulces. Por informações obtidas.
último, dos tortillas de maíz se colocan encima. Se II. Conhecer e compreender quais as potencialidades
bebe café solo o con leche. das tecnologias disponíveis deverão ser aplica-
Com base na leitura do texto é possível compreender das em sala de aula para um ensino-aprendizagem
que: adequado.
III. Demonstrador e introdutor do uso das TICs como
I. A comida de Costa Rica é muito sem sal, mas saboro- recurso pedagógico para facilitar e alargar horizontes
sa e saudável. educacionais.
II. O prato,“Gallo Pinto”, inclui em seu feitio feijões, arroz, IV. Introdutor da linguagem de informática para a utiliza-
cebola, as vezes, ovos e bananas. ção da comunicação, ou seja, habilidade comunicati-
III. O “Gallo Pinto” é saboreado no café da manhã. va de uma maneira bem mais ampla e específica.
IV. O prato de Costa Rica é apreciado pelas tardes e se V. Manipulador dos novos canais de comunicação a
bebe com café puro ou com leite. serem explorados para o aproveitamento adequado
V. O prato de Costa Rica é preparado em qualquer uma das informações, obtendo ao final uma maior capaci-
das refeições. dade de raciocínio.

Estão corretas as afirmativas: Assinale a alternativa correta:

a) II e III, apenas a) Apenas I

25
b) III e IV, apenas b) Apenas a II

7-
c) I e IV, apenas c) I, II e III apenas

84
d) II, IV e V, apenas d) I e II apenas

0.
e) III e IV apenas

36
33. (IBFC — 2017) A abordagem, atualmente intitulado de
.
71
“Approach”, é considerado um termo mais abrangen- 35. (IBFC — 2017) Nos PCNs, ao falarmos de justificativas
sociais que garantam a inclusão do ensino de Língua
-1

te que Método (ensino) e engloba os pressupostos


teóricos acerca da língua e da aprendizagem, apre- Estrangeira no ensino fundamental, verificamos algo
ia

sentando variações na medida que os pressupostos insatisfatório, principalmente se tratando da Lín-


ar

variam. Neste caso, seria correto afirmar que a Abor- gua Espanhola, fato que infelizmente necessitam de
M

dagem da Gramática e da tradução, metodologia com novas avaliações para uma mudança estrutural. Assi-
a
lv

mais tempo de uso historicamente: nale a alternativa que apresenta o que hoje garante o
Si

ensino da língua espanhola na região brasileira:


da

I. Surgiu no renascimento e perdura até hoje, com diver-


sas adaptações. I. Podemos afirmar que com raras exceções, como por
ira

II. Surgiu pelo interesse das Culturas gregas e já não exemplo, regiões de fronteiras e comunidades de imi-
re

existe, pois possuía apenas finalidades específicas. grantes, uma pequena parcela da comunidade tem a
Pe

III. Basicamente, a AGT consiste no ensino da segun- oportunidade de usar uma língua estrangeira como
s

instrumento de comunicação oral.


LÍNGUA INGLESA/LÍNGUA ESPANHOLA
da língua pela primeira, as explicações assim são
u
he

dadas através de explicações na língua materna do II. Apenas nos grandes centros, afirmamos que há uma
estudante. grande porcentagem de pessoas utilizando habilida-
at
M

IV. É uma abordagem dedutiva, partindo sempre da regra des orais em situação de trabalho.
para o exemplo III. O critério de aprendizagem oral não é de central rele-
V. Seu objetivo final era ou ainda é, levar o estudante a vância social no Ensino de Língua Estrangeira no ter-
cultura e literatura da língua aprendida (L2) adquirin- ritório brasileiro.
do um conhecimento mais profundo de seu próprio IV. Os exames de admissão universitária, assim como
idioma, desenvolvendo inteligência e raciocínio. os de pós- graduação somente exigem o domínio
de habilidade de leitura, considerando assim que a
Assinale a alternativa correta: aprendizagem de leitura em língua estrangeira pode
ser de ajuda concreta no desenvolvimento integral do
a) I apenas letramento do aluno.
b) III apenas V. Na atualidade o Ensino de Língua Estrangeira no Bra-
c) I, II e V apenas sil indica que na maioria das propostas o ensino des-
d) III, IV e V apenas sa disciplina reflete o interesse pelo ensino de todas
e) I, III, IV e V apenas as habilidades, com ênfase na oralidade, aumentando
assim o fator comunicação.
275
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qualquer título, a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.
Assinale a alternativa correta: medievales, cuando dentro del término de un pueblo
aparecía el cadáver de una persona muerta de forma
a) Apenas V violenta y no llegaba a esclarecer quién había cometido
b) I,II e V apenas el asesinato, los habitantes de dicho municipio esta-
c) I,III e IV apenas ban obligados a pagar una multa. Para evitar saldar la
d) II,III e IV apenas sanción, que se conoce como homicisium, los vecinos
e) I,IV e V apenas aguzaban el ingenio hasta límites insospechados. Uno
de los recursos más utilizados era no airear el halla-
36. (IBFC — 2019) Os idiomas português e espanhol, ain- zgo, meter el cadáver o cadáveres en sacos y, en la
oscuridad de la noche, arrojarlos en el término de otro
da que bem próximos e origem latina, apresentam
pueblo próximo. Echar el muerto a otro pueblo vecino
palavras, muitas vezes, semelhantes tanto na grafia
equivalía, pues, a cargarle con la responsabilidad de un
como na sonoridade, porém com valores semânti-
crimen y con la multa correspondiente, salvo que se
cos bem distintos, ou seja, diferentes significados. A
entregara o se capturara al asesino.
essas palavras damos o nome de Falsos Cognatos ou
“Falsos Amigos”.
a) Echarle a uno el muerto
b) Las cuentas del gran capitán
Observe abaixo quais as orações apresentam a ver-
c) Ser algo pan comido
dadeira tradução em seus falsos cognatos.
d) Donde hay capitán no manda marinero
e) Del dicho al hecho hay un trecho
I. A María no le gustaba aceitar la ensalada. “Maria não
gostava de colocar azeite na salada”. 39. (IBFC — 2017) Existem “palavras cliché”, que em sen-
II. ¿Crees que las relaciones humanas son desecha- tido figurado se tornaram sinônimos de tudo que já
bles? “Você acredita que as relações humanas são foi objeto de repetição excessiva, perdendo assim a
desejáveis?” sua essência, ou seja, com o passar do tempo acabou
III. Nos dio un mal rato en el viaje. “Passamos por um tendo vários significados, perdendo sua originalidade.
momento ruim durante a viagem.” Isso também pode ocorrer com ideias que ao longo do
IV. El arroz con setas estaba exquisito. “O arroz com hor- seu uso se tornaram “chavão”. O verbo “Hacer” pode
taliças estava excelente.” ter vários entendimentos, dependendo sempre do con-
V. Tenía un botiquín en su casa. “Tinha uma adega em texto no qual está inserido; coloque V para as orações
sua casa.” em que seu significado está correto e F para falso:

25
Assinale a alternativa correta. ( ) Hacer una película – Ir al cine

7-
( ) Hacer una fiesta – Organizar una cita con invitados

84
a) Apenas as afirmativas II e III estão corretas ( ) Hacer un compromiso – Contraer un compromiso

0.
b) Apenas as afirmativas I e III estão corretas ( ) Hacer amistad – Cultivar amigos

36
c) Apenas as afirmativas I e V estão corretas
.
71
d) Apenas as afirmativas II, III e IV estão corretas Assinale a alternativa correta:
-1

37. (IBFC — 2017) El registro coloquial es el empleo del a) F;F;V;F


ia

lenguaje en un contexto informal, familiar y disten- b) F;V;F;V


ar

dido. Es la variedad situacional caracterizada por c) V;F;V;F


M

ser espontanea, relajada y expresiva, algunas veces d) F;F;V;V


a
lv

cometiendo algunas incorreciones pero siempre hay e) V;V;V;F


Si

interacción de contacto con el emisor, expresividad,


da

espontaneidad e impresión representados siempre 40. (IBFC — 2017) Algumas palavras em espanhol se pronun-
por la oralidad. Veamos una oración en registro vulgar ciam da mesma maneira e confundi-las é normal durante
ira

en algunos de los países hispánicos y encontrarás la a escrita da língua estrangeira, “a ver” e “haber” causam
re

traducción correcta para todos los países: esse efeito, apesar de terem significados bem distintos.
Pe

• La pálida agarró al vivito y la mando en cana As frases corretas que explicam esse efeito são:
s

(Paraguay)
u
he

• La pesca agarró al tamal y lo elevó a la chirola I. A ver – se utiliza para pedir al interlocutor que nos
(Nicaragua) deje ver algo.
at
M

• Los tombos corrieron al raponero y lo mandaron II. Haber - como sustantivo masculino su significado es
pa’l hueco (Colombia) “conjunto de bienes”.
• La paca se llevó a la pinta y lo mandó al tabo III. A ver – para llamar lá atención sobre algo.
(Costa Rica) IV. Haber – Como verbo se emplea como auxiliar seguido
de un participio, para formar los infinitivos compues-
a) La guardia agarró al sospechoso y lo mandó al cárcel tos de la conjugación.
b) La policía agarró al malandro y lo prendió V. A ver – Para presentar una conjunción, expresando
c) La policía atrapó al ladrón y lo puso en cana solamente curiosidad.
d) La policía atrapó al delincuente y lo mandó a la cárcel
e) La policía agarró al tiguere y lo mandó a la cárcel Assinale a alternativa correta:

38. (IBFC — 2017) Rellena el hueco con una de las alterna- a) I,II e V apenas
tivas para completar el dicho: La expresión s e b) I,II e III apenas
utiliza comúnmente para imputar a un tercero la culpa c) I,III e IV apenas
de lo que no ha hecho. Al parecer, el origen de la expre- d) I,II,III e IV apenas
276 sión se remonta a la Edad Media. Según las leyendas e) I, IV e V apenas
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qualquer título, a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.
9 GABARITO 40 D

1 B

2 C
ANOTAÇÕES
3 A

4 A

5 A

6 E

7 A

8 A

9 E

10 A

11 D

12 A

13 E

14 A

15 C

16 D

17 B

25
18 C

7-
84
19 C

0.
20 E
.36
71
21 C
-1

22 D
ia
ar

23 A
M

24 A
a
lv
Si

25 E
da

26 E
ira

27 E
re
Pe

28 A
s

LÍNGUA INGLESA/LÍNGUA ESPANHOLA


u

29 A
he
at

30 C
M

31 D

32 A

33 E

34 D

35 C

36 B

37 D

38 A

39 D
277
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ANOTAÇÕES

25
7-
84
0.
. 36
71
-1
ia
ar
M
a
lv
Si
da
ira
re
Pe
u s
he
at
M

278
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Note que a Constituição, ao determinar o direito à
vida, possui dois aspectos: direito à integridade física
e psíquica.
Importante mencionar que o STF já se posicionou
sobre gravidez de feto anencéfalo, decidindo, em
NOÇÕES DE DIREITO julgamento de grande repercussão, que não constitui
crime a interrupção da gravidez nesses casos. Ainda, o
CONSTITUCIONAL julgamento somente autorizou a interrupção da gravi-
dez de feto portador de anencefalia, não se estenden-
do a nenhuma outra deficiência1.
É importante ressaltar também que o STF decidiu
pela legitimidade da realização de pesquisas com
DOS DIREITOS E GARANTIAS a utilização de células-tronco2 embrionárias, obti-
FUNDAMENTAIS EM ESPÉCIE das de embriões humanos produzidos por fertilização
in vitro e não utilizados no respectivo procedimento,
Os direitos fundamentais estão localizados no atendidas as condições estipuladas no art. 5º, da Lei
título II da CF, de 1988, do art. 5º ao art. 17, e estão nº 11.105, de 2005, que estabelece as normas de segu-
classificados em cinco grupos: direitos individuais e rança e maneiras de fiscalização das atividades que
coletivos, direitos sociais, direitos de nacionalidade, envolvam organismos geneticamente modificados.
direitos políticos e direitos relacionados à existência, Nesse sentido, o STF considerou que as mencionadas
organização e participação em partidos políticos. pesquisas não violam direito à vida.
Também são classificados em três dimensões de Vejamos o dispositivo mencionado:
direito, pois surgiram em épocas diferentes.
Lei nº 11.105, de 25 de março de 2005
DIREITOS DIREITOS DIREITOS Art. 5º É permitida, para fins de pesquisa e terapia,
FUNDAMENTAIS FUNDAMENTAIS FUNDAMENTAIS a utilização de células-tronco embrionárias obtidas
DE 1º DIMENSÃO DE 2º DIMENSÃO DE 3º DIMENSÃO de embriões humanos produzidos por fertilização
Direitos civis e Direitos sociais, eco- in vitro e não utilizados no respectivo procedimen-
Fraternidade to, atendidas as seguintes condições:
políticos nômicos e culturais
I - sejam embriões inviáveis; ou
II - sejam embriões congelados há 3 (três) anos ou

25
Conforme prevê o art. 5º, da CF, de 1988, todos são mais, na data da publicação desta Lei, ou que, já

7-
iguais perante a lei, sem distinção de qualquer nature- congelados na data da publicação desta Lei, depois

84
za, garantindo aos brasileiros direito à vida, à liberda- de completarem 3 (três) anos, contados a partir da

0.
de, à igualdade, à segurança e à propriedade. data de congelamento.

36
§ 1º Em qualquer caso, é necessário o consentimen-
.
71
DIREITO À VIDA to dos genitores.
-1

§ 2º Instituições de pesquisa e serviços de saúde


A Constituição protege a vida, extrauterina e que realizem pesquisa ou terapia com células-tron-
ia

intrauterina — neste caso, com a proibição do aborto. co embrionárias humanas deverão submeter seus
ar

Entretanto, o art. 128, do Código Penal, prevê a autori- projetos à apreciação e aprovação dos respectivos
M

zação do aborto como exceção em duas hipóteses. São comitês de ética em pesquisa.
a
lv

eles: como único meio para salvar a vida da mulher e § 3º É vedada a comercialização do material bioló-
Si

no caso de gravidez resultante de estupro. gico a que se refere este artigo e sua prática implica
da

o crime tipificado no art. 15 da Lei nº 9.434, de 4 de


Art. 128 Não se pune o aborto praticado por fevereiro de 1997.
ira

médico:
re
Pe

Aborto Necessário Importante!


NOÇÕES DE DIREITO CONSTITUCIONAL
u s

Art. 128 [...] As decisões do STF também são objeto de


he

I - se não há outro meio de salvar a vida da gestante; questionamento em provas.


at
M

Aborto no Caso de Gravidez Resultante de Estupro


DIREITO À LIBERDADE
Art. 128 [...]
II - se a gravidez resulta de estupro e o aborto é Trata-se de direito fundamental de primeira
precedido de consentimento da gestante ou, quando dimensão, ou seja, são os direitos fundamentais que
incapaz, de seu representante legal. estão ligados ao valor liberdade, sendo eles: os direi-
tos civis e os direitos políticos.
Subentende-se direito à saúde, na vedação à pena A liberdade de pensamento, prevista no inciso IV
de morte, proibição do aborto e, por fim, direito às da CF, determina a livre manifestação do pensamento,
condições mínimas necessárias para uma existência porém, é importante atentar-se à parte final do inciso,
digna, conforme também prevê o princípio da digni- que veda o anonimato, por exemplo: um indivíduo vai
dade da pessoa humana, apresentado no inciso III, até uma manifestação nas ruas com panos no rosto e
art. 1º, da CF, de 1988. comete atos ilícitos (como furto).
1 ADPF 54/DF Min Marco Aurélio, julgado em 11.04.2012, DJe 24.04.2013.
2 ADI 3.510/DF, rel. Min. Carlos Brito, julgamento em 29.05.2008, DJe em 05.06.2008 279
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Questão muito cobrada em provas. z O que é Calamidade Pública?
Ainda sobre a liberdade de pensamento, é impor-
tante mencionar que no Brasil a denúncia anônima O dicionário Aurélio assim define calamidade:
é permitida. Contudo, o poder público não pode ini- “desgraça pública; grande infortúnio; catástrofe”. Ou
ciar o procedimento formal tendo como base única
seja, é um estado anormal resultante de um desastre
uma denúncia anônima.
Saiba, ainda, que o STF considerou desnecessá- de natureza, pandemia ou até financeiro, situações
ria a utilização de diploma de jornalismo e registro em que o Governo Federal deve intervir nos outros
profissional no Ministério do Trabalho como condição Entes Federativos (entenda entes: Estados, DF e Muni-
para o exercício da profissão de jornalista, pois tem na cípios) para auxiliar no combate à situação. Conforme
sua essência a manifestação do pensamento3. o Governo Federal, o reconhecimento do estado de
Liberdade de consciência e crença está localiza- calamidade pública estava previsto para durar até 31
do nos incisos VI, VII e VIII, do art. 5º, da CF. É impor- de dezembro de 2020, prologando-se até o início de
tante mencionar que o Brasil não tem religião oficial, 2021. Ele foi necessário
sendo considerado um Estado laico que tem como
base o pluralismo político.
[...] em virtude do monitoramento permanente da
Art. 5° [...] pandemia Covid-19, da necessidade de elevação dos
VI - é inviolável a liberdade de consciência e de gastos públicos para proteger a saúde e os empre-
crença, sendo assegurado o livre exercício dos cul- gos dos brasileiros e da perspectiva de queda de
tos religiosos e garantida, na forma da lei, a prote- arrecadação.4
ção aos locais de culto e a suas liturgias;
VII - é assegurada, nos termos da lei, a prestação de Entenda a explicação sobre calamidade pública:
assistência religiosa nas entidades civis e militares
de internação coletiva; „ decretado estado de calamidade pública, atra-
VIII - ninguém será privado de direitos por moti- vés de aprovação das duas casas (Senado Fede-
vo de crença religiosa ou de convicção filosófica ou
ral e Câmara dos Deputados), permite-se que o
política, salvo se as invocar para eximir-se de obri-
gação legal a todos imposta e recusar-se a cumprir Executivo gaste mais do que o previsto e deso-
prestação alternativa, fixada em lei; bedeça às metas fiscais para custear ações de
combate à pandemia;
Liberdade de locomoção, localizada no inciso XV, „ o Governo Federal pode determinar quais
do art. 5º, da CF, é um tópico muito importante e está

25
medidas de apoio serão tomadas, com base na
ligado ao direito de ir e vir. Esse não é um direito

7-
Lei Complementar nº 101, de 2020;
absoluto, pois temos os casos de prisão previstos na

84
„ Governo Federal poderá liberar recursos; enviar
lei, ou seja, as diversas situações em que prisões são

0.
defesa civil militar; enviar kits emergenciais.

36
necessárias deixam claro que o direito a locomoção
não é um direito absoluto. „ Estados podem parcelar dívidas; atrasar execu-
.
71
ção de gastos; não precisam fazer licitações.
-1

z Direito de Ir e Vir x Coronavírus (Covid-19)


ia

PRINCÍPIO DA IGUALDADE (ART. 5°, I)


ar

Aqui temos um tema muito comentado, o isola-


M

mento, ou seja, a proibição das pessoas de abrirem O princípio da igualdade, previsto também no
a

suas próprias empresas, de permanecerem em pra- caput do art. 5º, da CF, é muito importante, e, desse
lv
Si

ças, lugares públicos, isto é, seu direito de ir e vir limi- princípio, inúmeros outros decorrem diretamente,
tado. Entenda as propostas de isolamento que foram conforme veremos a seguir.
da

debatidas:
ira

Art. 5º Todos são iguais perante a lei, sem distinção


re

de qualquer natureza, garantindo-se aos brasilei-


Pe

Somente grupo de risco deve ficar


ros e aos estrangeiros residentes no País a inviola-
Vertical isolado em casa (idosos e pessoas
s

com problemas de saúde) bilidade do direito à vida, à liberdade, à igualdade,


u
he

à segurança e à propriedade, nos termos seguintes:


at

Isolamento I - homens e mulheres são iguais em direitos e


M

obrigações, nos termos desta Constituição;


Toda população deve ficar isolada
Horizontal
em casa e empresas fechadas z Igualdade na Lei x Igualdade Perante a Lei

A igualdade na lei obriga o legislador a tratar


Se o direito à liberdade de locomoção é um direito todos da mesma forma ao criar as normas; já a igual-
fundamental de ir e vir, pode-se proibir que a pessoas dade perante a lei significa que quem administra o
se locomovam? Mas e a Constituição?
Estado também deve observar o princípio da igual-
No caso da covid-19, em 18 de março de 2020, foi
aprovado pelo Congresso Nacional o decreto que colo- dade, por exemplo, o Poder Executivo ao adminis-
ca o país em estado de calamidade pública, tendo em trar e o Poder Judiciário ao julgar. Importante frisar
vista a situação excepcional de emergência de saúde. que o princípio da igualdade também tem efeitos aos
Para você entender melhor, vamos estudar por etapas. particulares.
3 STF RE/511961, Min. Gilmar Mendes, 17.06.2009.
4 Disponível em: https://www.gov.br/planalto/pt-br/acompanhe-o-planalto/notas-oficiais/2020/copy_of_nota-a-imprensa. Acesso em: 10 out.
280 2020.
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z Igualdade Formal x Igualdade Material PRINCÍPIO DA LEGALIDADE E DA ANTERIORIDADE
PENAL (ART. 5°, XL, XXXIX)
A igualdade formal, também chamada de igual-
dade jurídica, significa que todos devem ser tratados XXXIX - não há crime sem lei anterior que o defina,
da mesma forma. nem pena sem prévia cominação legal;
Já a igualdade material significa tratar igual os XL - a lei penal não retroagirá, salvo para benefi-
iguais e os desiguais com desigualdade, na medida de ciar o réu;
suas desigualdades, ou seja, é uma forma de proteção
a certos grupos sociais, certos grupos de pessoas que De acordo com o inciso acima, para que determi-
foram discriminadas ao longo da história do Brasil. Isso nada ação se configure como crime, esta deve encon-
ocorre por meio das chamadas ações afirmativas, que trar-se expressamente prevista na lei penal. Portanto,
visam, por meio da política pública, reduzir os prejuízos. se a conduta não está prescrita no Código Penal, não é
Por exemplo, temos o sistema de cotas para os crime e, consequentemente, não há pena.
afrodescendentes nas universidades públicas. Sobre Ademais, uma nova lei penal não retroage, isto é,
o tema, o STF já se posicionou pela constitucionalida- não pode ser aplicada a condutas praticadas antes de
de, e a decisão foi tomada no julgamento do Recurso sua entrada em vigor, mas, se a nova lei for mais bené-
Extraordinário (RE 597285), com repercussão geral, fica, esta poderá retroagir para beneficiar o réu.
em que um estudante questionava os critérios adota-
dos pela UFRGS para reserva de vagas5. LIBERDADE DA MANIFESTAÇÃO DO PENSAMENTO
(ART. 5°, IV)
z Igualdade nos Concursos Públicos
IV - é livre a manifestação do pensamento, sendo
vedado o anonimato;
Tem como base o também chamado princípio da
isonomia, o qual deve ser rigorosamente observado
Aqui, temos consubstanciada a liberdade de
sob pena de nulidade da prova a ser realizada pelo
expressão. A Constituição Federal pôs fim à censura,
respectivo concurso público.
tornando livre a manifestação do pensamento. Entre-
Entretanto, alguns concursos exigem, por exem-
tanto, esta liberdade não é absoluta, uma vez que
plo, idade, altura etc. Note que todas as exigências
deve se pautar nos princípios da justiça e do direito.
contidas no edital que façam distinção entre as pes- Nesse sentido, é vedada a liberdade abusiva, prejudi-
soas somente serão lícitas e constitucionais desde cial aos direitos de outrem, e, também, o anonimato,
que preencham dois requisitos:

25
de forma a coibir práticas prejudiciais sem identifica-

7-
ção de autoria.
„ devem estar previstas em lei — igualdade formal;

84
A vedação constitucional ao anonimato, contudo,
„ devem ser necessárias ao cargo.

0.
não impede que uma autoridade pública, ao receber

36
uma denúncia anônima, proceda com as investiga-
Exemplo: concurso para contratação de agente .
ções preliminares, de forma a apurar os indícios de
71
penitenciário para presídio feminino e o edital cons- materialidade narrados na denúncia.
-1

tar que é permitido somente mulheres para investidu-


ia

ra do cargo. INVIOLABILIDADE DA INTIMIDADE: VIDA PRIVADA,


ar

Exemplo muito comentado também é sobre a proi- HONRA E IMAGEM (ART. 5°, X)
M

bição de tatuagem contida nos editais de concurso


a

público. Sobre o tema, o STF assim entendeu: Inviolabilidade da intimidade, da vida privada, da
lv

honra e da imagem das pessoas tem previsão no inci-


Si

Editais de concurso público não podem estabelecer so X, art. 5º, da CF; vejamos:
da

restrição a pessoas com tatuagem, salvo situa-


Art. 5º [...]
ira

ções excepcionais, em razão de conteúdo que vio-


X - são invioláveis a intimidade, a vida privada,
re

le valores constitucionais. a honra e a imagem das pessoas, assegurado o


Pe

direito a indenização pelo dano material ou moral

NOÇÕES DE DIREITO CONSTITUCIONAL


Entenda como situação excepcional tatuagem que
s

decorrente de sua violação;


u

viole os princípios constitucionais e os princípios do


he

Estado brasileiros. Ex.: tatuagem de suástica nazista. Essa proteção se refere às pessoas físicas ou jurí-
at

dicas, abrangendo inclusive a proteção necessária à


M

z União Estável Homoafetiva própria imagem frente aos meios de comunicação em


massa (televisão, jornais etc.).
Tema muito comentado e, em 2011, o STF posicio-
nou-se sobre o reconhecimento da união estável para INVIOLABILIDADE DO LAR (ART. 5°, XI)
casais do mesmo sexo, decisão tomada sob o argu-
mento que o inciso IV, art. 3º, da CF, veda qualquer Inviolabilidade domiciliar tem previsão no inciso
discriminação em virtude de sexo, raça, cor e que, XI, do art. 5º, da CF:
nesse sentido, ninguém pode ser diminuído ou dis- Art. 5º [...]
criminado em função de sua orientação sexual. XI - a casa é asilo inviolável do indivíduo, ninguém
“O sexo das pessoas, salvo disposição contrária, nela podendo penetrar sem consentimento do
não se presta para desigualação jurídica”: conclui-se, morador, salvo em caso de flagrante delito ou
portanto, que qualquer depreciação da união estável desastre, ou para prestar socorro, ou, durante o
homoafetiva colide, com o inciso IV, do art. 3º, da CF6. dia, por determinação judicial;

5 RE 597285, rel. Min. Ricardo Lewandowski, julgado em 09.05.2012, DJe 21.05.2012.


6 STF. ADI 4277 e ADPF 132, rel. Min. Ayres Britto, julgado em 05.05.2011, DJe 06.05.2011. 281
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Art. 5º [...]
Importante! a - flagrante delito;
b -desastre;
Memorize que como dia entende-se o período c) - prestação de socorro; e
das 6h às 18h. d) - determinação judicial.

A interpretação adotada pelo STF seria no sentido


Note que existem exceções à inviolabilidade: fla- de que, se dentro da casa estivesse ocorrendo um cri-
grante delito, desastre, prestação de socorro e deter- me permanente, seria viável o ingresso forçado pelas
minação judicial. Convém lembrar também que, de forças policiais, independentemente de determinação
acordo com o magistério jurisprudencial do STF, o judicial. Isso se daria porque, por definição, nos cri-
conceito de “casa” é amplo, abarcando qualquer com- mes permanentes haveria um interregno entre a con-
partimento habitado (casa, apartamento, trailer ou sumação e o exaurimento. Nesse interregno, o crime
barraca); qualquer aposento ocupado de habitação estaria em curso. Assim, se dentro do local protegido o
coletiva (hotel, apart-hotel ou pensão), bem como crime permanente estivesse ocorrendo, o perpetrador
qualquer compartimento privado onde alguém exerça estaria cometendo o delito. Caracterizada a situação
profissão ou atividade, incluindo as pessoas jurídicas. de flagrante, seria viável o ingresso forçado no domi-
O STF, em relevante julgamento com repercussão cílio. (RE 603616/RO, rel. Min. Gilmar Mendes, julgado
geral (§ 3º, art. 102, da CF), firmou compreensão no em 5.11.2015 e DJe 13.11.2015)
sentido de que pode ocorrer a inviolabilidade mes-
mo no período noturno — fundamentada e devi- SIGILO DE CORRESPONDÊNCIA E DE
damente justificada, se indicado que no interior na COMUNICAÇÃO (ART. 5°, XII)
casa se está praticando algum crime, ou seja, em esta-
do de flagrante delito. A inviolabilidade das correspondências e comu-
É importante frisar que, se o agente policial entrar nicações tem como previsão o inciso XII, do art. 5º, da
na residência e não constatar a ocorrência de crime CF, vejamos.
em flagrante, não haverá ilicitude na conduta dos
agentes policiais se forem apresentadas fundadas Art. 5º [...]
razões que os levaram a invadir aquela casa, o que, XII - é inviolável o sigilo da correspondência e das
sem dúvida, deve ser objeto de controle — mesmo que comunicações telegráficas, de dados e das comuni-
posterior — por parte da própria polícia e, claro, pelo cações telefônicas, salvo, no último caso, por
Ministério Público (a quem compete exercer o contro- ordem judicial, nas hipóteses e na forma que a lei

25
le externo da atividade policial, nos termos do inci- estabelecer para fins de investigação criminal ou
instrução processual penal;

7-
so VII, art. 129, da CF) ou mesmo pelo Judiciário, ao

84
analisar-se a legitimidade de eventual prova colhida
As correspondências são invioláveis, com exce-

0.
durante essa entrada à residência.
ção nos casos de decretação de estado de defesa
36
Sobre a entrada forçada em domicílio, o STF assim
considerou: e de sítio (arts. 136 e seguintes da CF). É importante
.
71
mencionar também que o STF já reconheceu a possi-
-1

bilidade de interceptar carta de presidiário, pois a


A entrada forçada em domicílio sem mandado judi-
inviolabilidade de correspondência não pode ser usa-
ia

cial só é lícita, mesmo em período noturno, quando


da como defesa para atividades ilícitas7.
ar

amparada em fundadas razões, devidamente jus-


Possibilidade de interceptação telefônica: inter-
M

tificadas “a posteriori”, que indiquem que dentro


ceptação telefônica é a captação e gravação de conver-
a

da casa ocorre situação de flagrante delito, sob


lv

sa telefônica, no momento em que ela se realiza, por


pena de responsabilidade disciplinar, civil e penal
Si

terceira pessoa sem o conhecimento de qualquer um


do agente ou da autoridade, e de nulidade dos atos
da

dos interlocutores. Conforme prevê exceção do inciso


praticados.
XII, do art. 5º, da CF, acima mencionado, para ser lícita
ira

deve obedecer três requisitos:


re

Essa é a orientação do Plenário, que reconheceu a


Pe

repercussão geral do tema e, por maioria, negou pro-


Ordem judicial
vimento ao recurso extraordinário em que se discutia,
s

INTERCEPTAÇÃO Para fins de investigação criminal


u

à luz dos incisos XI, LV e LVI, art. 5º, da Constituição, TELEFÔNICA Hipóteses e formas que a lei
he

a legalidade das provas obtidas mediante invasão de estabelecer


at

domicílio por autoridades policiais sem o devido man-


M

dado de busca e apreensão.


O acórdão impugnado assentou o caráter perma-
nente do delito de tráfico de drogas e manteve con- Ainda, a interceptação telefônica dependerá de
denação criminal fundada em busca domiciliar sem a ordem judicial, conforme art. 1º, da Lei nº 9.926, de
apresentação de mandado de busca e apreensão. 1996:
A Corte asseverou que o texto constitucional trata
da inviolabilidade domiciliar e de suas exceções no Art. 1º A interceptação de comunicações telefôni-
inciso XI, art. 5º (“a casa é asilo inviolável do indivíduo, cas, de qualquer natureza, para prova em investi-
ninguém nela podendo penetrar sem consentimento do gação criminal e em instrução processual penal,
morador, salvo em caso de flagrante delito ou desastre, observará o disposto nesta Lei e dependerá de
ou para prestar socorro, ou, durante o dia, por determi- ordem do juiz competente da ação principal, sob
nação judicial”). Seriam estabelecidas, portanto, qua- segredo de justiça.
tro exceções à inviolabilidade: Parágrafo único. O disposto nesta Lei aplica-se à
interceptação do fluxo de comunicações em siste-
mas de informática e telemática.

282 7 STF. HC 70.814-5/SP, rel. Min. Celso de Mello, julgado em 24.06.1994.


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qualquer título, a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.
O segundo requisito necessário exige que a pro- Forças paramilitares, também conhecidas como
dução desse meio de prova seja dirigida para fins de milícias, são grupos ou associações civis armadas,
investigação criminal ou instrução processual penal; normalmente com fins político-partidários, religiosos
assim, não é possível a autorização da interceptação ou ideológicos, e com estrutura semelhante a militar,
telefônica em processos civis, administrativos, disci- mas que não fazem parte das Forças Armadas ofi-
plinares etc. ciais. No Brasil, a Segurança Nacional e Defesa Social
Já o último requisito refere-se a uma lei que deve é atribuição exclusiva do Estado, por isso, as associa-
prever as hipóteses e a forma em que pode ocorrer a ções paramilitares são vedadas.
interceptação telefônica, obrigatoriamente no âmbito
de investigação criminal ou instrução processual penal. DIREITO DE PROPRIEDADE (ART. 5°, XXII E XXIII)
A regulamentação desse dispositivo veio com a Lei
nº 9.296, de 1996, que legitimou a interceptação das
XXII - é garantido o direito de propriedade;
comunicações como meio de prova, estendendo tam-
XXIII - a propriedade atenderá a sua função social;
bém a sua regulamentação à interceptação de fluxo
de comunicações em sistemas de informática e tele-
mática (combinação de meios eletrônicos de comuni- Uma importante garantia constitucional é o direito
cação com informática, e-mail e outros). de propriedade. Entretanto, este direito não é absolu-
to, pois está limitado ao atendimento de sua função
LIBERDADE DE LOCOMOÇÃO (ART. 5°, XV) social, ou seja, além da ideia de pertença, toda pro-
priedade deve atender a interesses de ordem pública
XV - é livre a locomoção no território nacional em
e privada, não sendo nociva à coletividade em seu uso
tempo de paz, podendo qualquer pessoa, nos ter- e fruição.
mos da lei, nele entrar, permanecer ou dele sair
com seus bens; VEDAÇÃO AO RACISMO (ART. 5°, XLII)

Esse inciso consagra o direito de ir e vir e a liber- XLII - a prática do racismo constitui crime inafian-
dade de locomoção. Nesse sentido, todos são livres çável e imprescritível, sujeito à pena de reclusão,
nos termos da lei;
para entrar, circular, permanecer ou sair do território
nacional em tempos de paz.
A Constituição determina que a prática do racis-
mo é crime inafiançável e imprescritível. Isso significa
DIREITO DE REUNIÃO E DE ASSOCIAÇÃO (ART. 5°,
que o racismo não pode ser objeto de fiança, e a ação
XVI, XVII, XVIII, XIX, XX E XXI)

25
penal pode ser iniciada a qualquer momento, mesmo

7-
que tenha ocorrido há muito tempo. A pena de reclu-
XVI - todos podem reunir-se pacificamente, sem

84
são mencionada no texto constitucional é determi-
armas, em locais abertos ao público, independen-

0.
nada por lei específica, que estabelece as sanções a

36
temente de autorização, desde que não frustrem
outra reunião anteriormente convocada para o serem aplicadas a quem cometer esse crime.
.
71
mesmo local, sendo apenas exigido prévio aviso à Além do crime de racismo previsto no art. 5º, inciso
-1

autoridade competente; XLII, da Constituição, existem outras leis e dispositivos


legais que buscam combater a discriminação racial no
ia

Brasil. Um exemplo é a Lei nº 7.716, de 1989, que defi-


ar

O direito de reunião pacífica em locais públicos é


ne os crimes resultantes de preconceito de raça ou cor
M

assegurado constitucionalmente, independentemen-


e estabelece penas para condutas discriminatórias.
a

te de autorização. Assim, os cidadãos podem se reunir


lv

livremente em praças e locais de uso comum do povo, É importante ressaltar que a vedação ao racismo
Si

desde que não venham a interferir ou atrapalhar outra vai além da esfera criminal. O Estado também tem o
da

dever de adotar medidas para promover a igualdade


reunião designada anteriormente para o mesmo local.
racial, combater o preconceito e garantir a inclusão
ira

social de grupos historicamente discriminados. Dessa


re

Liberdade de Associação
forma, o combate ao racismo envolve não apenas a
Pe

repressão dos atos criminosos, mas também políticas


NOÇÕES DE DIREITO CONSTITUCIONAL
XVII - é plena a liberdade de associação para fins
s

públicas e ações afirmativas que visem à superação


u

lícitos, vedada a de caráter paramilitar;


he

XVIII - a criação de associações e, na forma da


das desigualdades raciais.
at

lei, a de cooperativas independem de autoriza-


M

ção, sendo vedada a interferência estatal em seu GARANTIA ÀS INTEGRIDADES FÍSICA E MORAL
funcionamento; DO PRESO (ART. 5°, XLIX)
XIX - as associações só poderão ser compulsoria-
mente dissolvidas ou ter suas atividades suspensas XLIX - é assegurado aos presos o respeito à integri-
por decisão judicial, exigindo-se, no primeiro caso, dade física e moral;
o trânsito em julgado;
XX - ninguém poderá ser compelido a associar-se É direito do apenado o respeito à sua integridade
ou a permanecer associado; física e moral. É dever do Estado, por sua vez, garantir
XXI - as entidades associativas, quando expressa- a sua segurança e proteção.
mente autorizadas, têm legitimidade para repre-
sentar seus filiados judicial ou extrajudicialmente; VEDAÇÃO ÀS PROVAS ILÍCITAS (ART. 5°, LVI)

No Brasil, são plenas a liberdade de associação e a LVI - são inadmissíveis, no processo, as provas obti-
criação de associações e cooperativas para fins lícitos. das por meios ilícitos;
Por isso, estas não podem sofrer intervenção do Estado.
283
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qualquer título, a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.
Provas ilícitas são aquelas obtidas por meio ilegal, fixado em lei específica do respectivo ente estatal
fraudulento, ou que infrinja as normas e princípios (Redação dada pela Emenda Constitucional nº 41,
básicos de direito, motivo pelo qual não são aceitas no 19.12.2003).
processo judicial. São, em regra, vedadas pela Consti- § 3º Aplica-se aos militares dos Estados, do Distri-
tuição e inadmissíveis dentro de um processo, ainda to Federal e dos Territórios o disposto no art. 37,
que comprovem fato de direito ou cooperem para o inciso XVI, com prevalência da atividade militar
julgamento do feito processual. (Incluído pela Emenda Constitucional nº 101, de
2019).
PRINCÍPIO DA PRESUNÇÃO DE INOCÊNCIA (ART. 5°,
LVII) A Emenda Constitucional n° 18, de 1998 modificou
o texto constitucional, que antes consagrava os mili-
LVII - ninguém será considerado culpado até o trân- tares como servidores públicos e dispôs dos militares
sito em julgado de sentença penal condenatória; como um grupo separado, ou seja, formalmente dei-
xaram de ser tratados pela Constituição como servi-
Todo cidadão é considerado inocente até que se dores públicos.
prove o contrário com o trânsito em julgado da sen- Entretanto, na prática não houve mudanças e con-
tença condenatória. tinuam sendo agentes públicos. Bem como, são remu-
nerados por subsídio, conforme § 4°, art. 39 da CF.
PRIVILEGIA CONTRA A AUTO-INCRIMINAÇÃO (ART.
§ 4º O membro de Poder, o detentor de mandato
5°, LXIII)
eletivo, os Ministros de Estado e os Secretários
Estaduais e Municipais serão remunerados exclu-
LXIII - o preso será informado de seus direitos,
sivamente por subsídio fixado em parcela única,
entre os quais o de permanecer calado, sendo-lhe
vedado o acréscimo de qualquer gratificação, adi-
assegurada a assistência da família e de advogado;
cional, abono, prêmio, verba de representação ou
outra espécie remuneratória, obedecido, em qual-
O privilégio contra a auto-incriminação é uma quer caso, o disposto no art. 37, X e XI.
proteção constitucional importante que assegura o
direito de uma pessoa de não produzir provas contra A Seção III, do Título III, da Constituição que tra-
si mesma e de permanecer em silêncio durante um ta dos militares dos Estados, do Distrito Federal e dos
interrogatório ou qualquer procedimento legal. Territórios tem apenas o art. 42, pois as forças arma-
Vale ressaltar que o direito ao silêncio não pode das são tratadas em capítulo diverso (art. 142), ou seja,

25
ser interpretado como uma admissão de culpa. O fato após a EC n° 18, de 1998 a Constituição passou a tra-

7-
de uma pessoa exercer o direito de permanecer cala- tar de forma diversa os militares, dividindo em dois

84
da não pode ser usado como indício de sua culpabili- capítulos. Conforme considerações de Alexandre de

0.
dade. É um direito que visa preservar a integridade Moraes:

36
e a liberdade individual do indivíduo, garantindo-lhe
.
71
um julgamento justo e equitativo. A organização e o regime únicos dos servidores
-1

públicos militares já diferiam entre si, até porque


o ingresso nas Forças Armadas dá-se tanto pela via
ia

compulsória do recrutamento oficial, quanto pela


ar

via voluntária do concurso de ingresso nos cursos


DOS MILITARES DOS ESTADOS,
M

de formação dos oficiais; enquanto o ingresso dos


a

DO DISTRITO FEDERAL E DOS


lv

servidores militares das polícias militares ocor-


Si

TERRITÓRIOS re somente por vontade própria do interessado,


da

que se submeterá a obrigatório concurso público.


(MORAES, 2011, p. 413)
São militares dos Estados, do Distrito Federal e dos
ira

Territórios, os membros das polícias militares e cor-


re

pos de bombeiros militares, instituições organizadas Entenda:


Pe

com base na hierarquia e disciplina, nos termos do


s

art. 42, CF.


u

MILITARES NA CF, DE 1988


he

Aos militares, são proibidas a sindicalização e a


Polícia Militar Forças Armadas
at

greve em face das funções por eles desempenhadas.


M

Art. 42 da CF Arts. 142 e 143 da CF


Art. 42 Os membros das Polícias Militares e Corpos
de Bombeiros Militares, instituições organizadas Ingresso: Ingresso:
com base na hierarquia e disciplina, são militares
dos Estados, do Distrito Federal e dos Territórios z Voluntário: mediante z Compulsório
(Redação dada pela Emenda Constitucional nº 18, aprovação em con- – recrutamento
de 1998). curso público z Voluntário – curso de
§ 1º Aplicam-se aos militares dos Estados, do Distri- formação
to Federal e dos Territórios, além do que vier a ser
fixado em lei, as disposições do art. 14, § 8º; do art.
40, § 9º; e do art. 142, §§ 2º e 3º, cabendo a lei esta- Conforme art. 42 da CF, com base na hierarquia e
dual específica dispor sobre as matérias do art. 142, disciplina, os militares dos Estados, Distrito Federal e
§ 3º, inciso X, sendo as patentes dos oficiais conferi- Territórios são compostos por membros das Polícias
das pelos respectivos governadores (Redação dada Militares e Corpos de Bombeiros Militares. Ainda, o
pela Emenda Constitucional nº 20, de 15/12/98). mencionado dispositivo no § 1º dispõe que os milita-
§ 2º Aos pensionistas dos militares dos Estados, do res são alistáveis e elegíveis, devendo ser observadas
284 Distrito Federal e dos Territórios aplica-se o que for as regras do § 8º, art. 14, da CF:
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Art. 14 [...] Conforme o § 8º, do art. 144, da CF os municípios
§ 8º O militar alistável é elegível, atendidas as podem constituir guardas municipais destinados à pro-
seguintes condições: teção de seus bens, serviços e instalações (deve atuar
I - se contar menos de dez anos de serviço, deverá somente na municipalidade). Cuidado! Esse órgão não
afastar-se da atividade; integra a estrutura de segurança pública para exercer
II - se contar mais de dez anos de serviço, será a função de polícia ostensiva.
agregado pela autoridade superior e, se eleito, pas- Para o STF os órgãos que compõe a segurança
sará automaticamente, no ato da diplomação, para pública estão relacionados nos incisos I ao VI, do art.
a inatividade.
144, da CF, sendo esse rol taxativo, ou seja, não podem
os municípios ou estados criarem outros órgãos para
Conforme nova redação atribuída pela Emenda integrarem à segurança pública.
Constitucional nº 109, de 2019, para fins de aposenta-
doria será assegurada a contagem recíproca do tempo Art. 144 A segurança pública, dever do Estado,
de contribuição entre o Regime Geral de Previdência direito e responsabilidade de todos, é exercida para
Social e os regimes próprios de previdência social, e a preservação da ordem pública e da incolumidade
destes entre si, observada a compensação financeira, das pessoas e do patrimônio, através dos seguintes
de acordo com os critérios estabelecidos em lei. Bem órgãos:
como, o tempo de serviço correspondente será conta- I - polícia federal;
do para fins de disponibilidade (§ 9°, art. 40 da CF). II - polícia rodoviária federal;
Ainda, terão contagem recíproca para fins de ina- III - polícia ferroviária federal;
tivação militar ou aposentadoria e a compensação IV - polícias civis;
financeira será devida entre as receitas de contribui- V - polícias militares e corpos de bombeiros
ção referentes aos militares e as receitas de contribui- militares.
ção aos demais regimes. Por exemplo, caso o militar VI - polícias penais federal, estaduais e distrital.
tenha atuado nas forças armadas e posteriormente
tomou posse em cargo público poderá averbar esse Sobre o Departamento de Trânsito o STF já manifestou:
tempo que atuou como militar para fins de aposenta-
doria civil. Os Estados-membros, assim como o Distrito Fede-
ral, devem seguir o modelo federal. O art. 144 da
Por conseguinte, a Emenda Constitucional nº 101,
Constituição aponta os órgãos incumbidos do exer-
de 2019 também incluiu o § 3º ao art. 42 da CF para
cício da segurança pública. Entre eles não está o
vedar a acumulação remunerada de cargos públicos
Departamento de Trânsito. Resta, pois, vedada aos

25
pelos militares, ou seja, determinou a aplicação do Estados-membros a possibilidade de estender o rol,

7-
inciso XVI, art. 37 da CF para os militares dos Estados, que esta Corte já firmou ser numerus clausus, para

84
DF e Territórios, vejamos. alcançar o Departamento de Trânsito.

0.
[ADI 1.182, voto do rel. min. Eros Grau, j. 24-11-

36
Art. 37 [...] 2005, P, DJ de 10-3-2006.]
.
71
XVI - é vedada a acumulação remunerada de cargos Vide ADI 2.827, rel. min. Gilmar Mendes, j. 16-9-
públicos, exceto, quando houver compatibilidade
-1

2010, P, DJE de 6-4-2011


de horários, observado em qualquer caso o dispos-
ia

to no inciso XI: Serviços da segurança pública são custeados


ar

a) a de dois cargos de professor; mediante impostos, sendo que não é permitida a cria-
M

b) a de um cargo de professor com outro técnico ou ção de taxa para esta finalidade, ainda, a remunera-
a

científico;
lv

ção dos servidores será exclusivamente por subsídio


Si

c) a de dois cargos ou empregos privativos de profis-


fixado em parcela única, na forma do § 4º, do art. 39
sionais de saúde, com profissões regulamentadas;
da

da CF, de 1988.
ira

Dica Art. 39 A União, os Estados, o Distrito Federal e


re

os Municípios instituirão conselho de política de


Pe

Cuidado ao responder questão de prova: confor-


administração e remuneração de pessoal, integra-
NOÇÕES DE DIREITO CONSTITUCIONAL
me a Constituição Federal (EC nº18, de 1998), os
s

do por servidores designados pelos respectivos


u

militares não são denominados como servidores Poderes. [...]


he

públicos civis. § 4º O membro de Poder, o detentor de mandato


at

eletivo, os Ministros de Estado e os Secretários


M

Estaduais e Municipais serão remunerados exclu-


sivamente por subsídio fixado em parcela úni-
ca, vedado o acréscimo de qualquer gratificação,
DA SEGURANÇA PÚBLICA (ART.144) adicional, abono, prêmio, verba de representação
ou outra espécie remuneratória, obedecido, em
A segurança pública é dever do Estado, direito e qualquer caso, o disposto no art. 37, X e XI.
responsabilidade de todos, a qual objetiva a preserva-
ção da ordem pública e da incolumidade de pessoas e z Polícia Federal (art. 144, § 1º da CF): é órgão per-
do patrimônio, conforme consagra o art. 144 do texto manente, organizado e mantido pela União. Exer-
constitucional. ce a função de polícia judiciária da União, que está
É exercido por meio de órgãos federais e esta- disposto nos incisos I ao IV, vejamos:
duais como a polícia federal, polícia rodoviária fede-
ral, polícia ferroviária federal, polícias civis, polícias Art. 144 [...]
militares, o corpo de bombeiros militares e as polícias § 1º A polícia federal, instituída por lei como órgão
penais federal, estadual e distrital, esta última acres- permanente, organizado e mantido pela União e
centada pela Emenda Constitucional nº 104, de 2019. estruturado em carreira, destina-se a: 285
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qualquer título, a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.
I - apurar infrações penais contra a ordem polí- Ainda, conforme consagra § 6º, do art. 144 da CF
tica e social ou em detrimento de bens, serviços e ambos “subordinam-se, juntamente com as polícias civis
interesses da União ou de suas entidades autárqui- e as polícias penais estaduais e distrital, aos Governado-
cas e empresas públicas, assim como outras infra- res dos Estados, do Distrito Federal e dos Territórios”.
ções cuja prática tenha repercussão interestadual
ou internacional e exija repressão uniforme, segun-
do se dispuser em lei; z Polícias Penais Federal, estaduais e distrital
II - prevenir e reprimir o tráfico ilícito de entor- (art. 144 § 5º-A): foi incluído pela Emenda Cons-
pecentes e drogas afins, o contrabando e o desca- titucional nº 104, de 2019, às polícias penais cabe
minho, sem prejuízo da ação fazendária e de outros à segurança dos estabelecimentos penais, vincula-
órgãos públicos nas respectivas áreas de competência; das ao órgão administrador do sistema penal da
unidade federativa a que pertencem.
Conforme considerações do STF, na busca e apreen-
são de tráfico de drogas o cumprimento da ordem
judicial pela polícia militar não contamina o flagrante
e a busca e apreensão realizadas. HORA DE PRATICAR!
Art. 144 [...] 1. (IBFC — 2022) Analise as afirmativas abaixo acerca
III - exercer as funções de polícia marítima, aero- das disposições da Constituição Federal de 1988.
portuária e de fronteiras;
IV - exercer, com exclusividade, as funções de polí-
cia judiciária da União. I. Construir uma sociedade livre, justa e solidária é um
dos objetivos fundamentais da República Federativa
z Polícia Rodoviária Federal (art. 144, § 2º da CF): do Brasil.
é órgão permanente, organizado e mantido pela II. A República Federativa do Brasil rege-se nas suas
União, tem como função o patrulhamento ostensi- relações internacionais, dentre outros, pelo princípio
vo das rodovias federais; da defesa da paz.
z Polícia Ferroviária Federal (art. 144, § 3º da CF): III. São Poderes da União, independentes e harmôni-
é órgão permanente, organizado e mantido pela cos entre si, o Legislativo, o Executivo, o Policial e o
União, tem como função o patrulhamento ostensi- Judiciário.
vo das ferrovias federais.
Estão corretas as afirmativas:
A Polícia Ferroviária Federal surgiu no Brasil em

25
1852 por Decreto Imperial, nessa época era denomi- a) I, II e III

7-
nada como “Polícia dos Caminhos de Ferro” e tinha o b) I e II apenas

84
objetivo de cuidar das riquezas que eram transporta- c) II e III apenas

0.
das pelos trilhos de ferro. d) I apenas

36
Entretanto, apesar de ter autorização na atual
.
71
constituição, hoje essa polícia não existe de fato. 2. (IBFC — 2020) A República Federativa do Brasil rege-
-se nas suas relações internacionais por alguns prin-
-1

z Polícias Civis (art. 144, § 4º da CF): são dirigidas cípios expressos na Constituição Federal de 1988,
ia

por delegados de carreiras e subordinadas aos dentre eles, a defesa da paz e a solução pacífica de
ar

Governadores dos estados ou DF têm função de conflitos. Leia abaixo o parágrafo único do artigo 4°
M

polícia judiciária (exercício da segurança pública) da Constituição Federal:


a

e apuração de infrações penais, salvo as militares.


lv
Si

“Art. 4°. Parágrafo Único. A República Federativa


Art. 144 [...] do Brasil buscará a integração econômica, política,
da

§ 4º Às polícias civis, dirigidas por delegados de social e dos povos , visando à de


ira

polícia de carreira, incumbem, ressalvada a compe- uma comunidade de nações”.


re

tência da União, as funções de polícia judiciária e a


Pe

apuração de infrações penais, exceto as militares. Assinale a alternativa que preencha correta e respec-
tivamente as lacunas.
s

Fique atento que o § 4º, art. 144 não menciona a


u
he

atividade penitenciária como atividade da polícia a) cultural / da América Latina / formação /


at

civil. latinoamericana
M

A Constituição do Brasil – § 4º, art. 144 – define b) religiosa / de todos os países / integração /
incumbirem às polícias civis “as funções de polícia sulamericana
judiciária e a apuração de infrações penais, exceto as
c) educacional / da América do Sul / reunião / universal
militares”. Não menciona a atividade penitenciária,
d) nacional / do mundo / integração / unida
que diz com a guarda dos estabelecimentos prisionais;
não atribui essa atividade específica à polícia civil.
(STF. ADI 3.916, rel. min. Eros Grau, DJE de 14-5-2010) 3. (IBFC — 2019) De acordo com a Constituição Federal
de 1988, há um princípio que rege as relações interna-
z Polícias militares e Corpo de Bombeiros Militar cionais da República Federativa do Brasil.
(art. 144, § 5º da CF): as polícias militares cabem
à polícia ostensiva sendo atribuído a preservação A esse respeito, assinale a alternativa correta.
da ordem pública e ao corpo de bombeiros milita-
res objetivam a execução das atividades de defesa a) Garantia do desenvolvimento nacional
civil, prevenção e combate a incêndios, buscas e b) Erradicação da pobreza e marginalização
salvamentos públicos. c) Repúdio ao terrorismo e ao racismo
d) Pluralismo político
286
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qualquer título, a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.
4. (IBFC — 2019) A Constituição Federal de 1988 trata no III. A locomoção no território nacional em tempo de paz
Título I dos princípios fundamentais. Sobre o assunto, é livre, podendo qualquer pessoa, nos termos da lei,
analise as afirmativas abaixo e assinale a alternativa nele entrar, permanecer ou dele sair com seus bens.
correta.
Estão corretas as afirmativas:
I. A República Federativa do Brasil é um Estado Aristo-
crático de Direito. a) I, II e III
II. Um dos fundamentos da República Federativa do b) I e II apenas
Brasil é a soberania. c) II e III apenas
III. São Poderes da União, independentes e harmônicos d) I e III apenas
entre si, o Legislativo, o Executivo e o Judiciário. e) I apenas

a) Apenas as afirmativas II e III estão corretas 8. (IBFC — 2018) A Constituição Federal determina
b) Apenas as afirmativas I e II estão corretas expressamente a inviolabilidade de determinados
c) As afirmativas I, II, III estão corretas direitos fundamentais, todos eles vinculados à perso-
d) Apenas a afirmativa I está correta nalidade humana. Nesse sentido, assinale a alterna-
tiva que não se encontra prevista como um desses
5. (IBFC — 2014) Todos os enunciados abaixo cor- direitos fundamentais:
respondem a objetivos fundamentais da República
Federativa do Brasil, previstos no artigo 3o da Carta a) o trabalho das pessoas
Política, exceto: b) a vida privada das pessoas
c) a honra das pessoas
a) Promover a cooperação entre os povos para o pro- d) a intimidade das pessoas
gresso da humanidade.
b) Erradicar a pobreza e a marginalização e reduzir as 9. (IBFC — 2018) Na Constituição Federal, Capítulo I –
desigualdades sociais e regionais. Dos Direitos e Deveres Individuais e Coletivos - inci-
c) Garantir o desenvolvimento nacional. so V, do art. 5º, há referência expressa a proteção de
d) Promover o bem de todos, sem preconceitos de ori- direito de imagem.
gem, raça, sexo, cor, idade e quaisquer outras formas
de discriminação Assinale a alternativa CORRETA:

25
6. (IBFC — 2023) Com base na Constituição Federal de a) No inciso V do art. 5°, da CF/88, assegura-se o direito

7-
1988, analise as afirmativas a seguir e dê valores Ver- de resposta, proporcional ao agravo, além da indeni-

84
dadeiro (V) ou Falso (F). zação por dano material, moral ou à imagem

0.
b) No inciso V do art. 5°, da CF/88, consideram-se invio-

36
( ) Homens e mulheres são iguais em direitos e obriga- láveis, a intimidade, a vida privada, a honra e a imagem
.
das pessoas, assegurado o direito à indenização pelo
71
ções, nos termos da Constituição Federal Brasileira.
dano material ou moral decorrente de sua violação
-1

( ) É livre a expressão da atividade intelectual, artística,


c) No inciso V do art. 5°, da CF/88, assegura-se, nos
científica e de comunicação, independentemente de
ia

termos da lei, a proteção às participações individuais


censura ou licença.
ar

em obras coletivas e à reprodução da imagem e voz


( ) São invioláveis a intimidade, a vida privada, a honra e a
M

humanas, inclusive nas atividades desportivas


imagem das pessoas, assegurado o direito a indenização d) No inciso V do art. 5°, da CF/88, é garantido o direito
a
lv

pelo dano material ou moral decorrente de sua violação. de propriedade


Si
da

Assinale a alternativa que apresenta a sequência cor- 10. (IBFC — 2018) A respeito dos direitos fundamentais e
reta de cima para baixo. garantias individuais é correto afirmar:
ira
re

a) V-V-V a) Dispositivo de lei federal que proíbe, no âmbito da pro-


Pe

b) V-V-F gramação das emissoras de radiofusão comunitária,


NOÇÕES DE DIREITO CONSTITUCIONAL
s

c) V-F-V a transmissão de conteúdo tendente a converter pes-


u
he

d) F-F-V soas a uma religião ou ideologia não ofende a liberda-


at

e) F-F-F de de expressão, não configurando censura prévia.


M

b) Por ser dever do Estado assegurar os meios para o


7. (IBFC — 2022) Acerca dos direitos e garantias funda- exercício do direito à informação, é impossível o inde-
mentais, especialmente o direito à liberdade, analise ferimento administrativo à pretensão de acesso a
as afirmativas abaixo. documento sigiloso reconhecido como indispensável
ao resguardo de interesse público legítimo e à preser-
I. A Constituição assegura a liberdade do exercício de vação da sociedade e do Estado.
qualquer trabalho, ofício ou profissão, atendidas as c) É possível ao Juiz decidir uma causa com base em
qualificações profissionais que a lei estabelecer. A valores jurídicos abstratos, mesmo sem levar em
lei infraconstitucional poderá, portanto, limitar o seu consideração a consequência prática da decisão,
alcance, fixando condições ou requisitos para o pleno desde que o pedido seja fundamentado no princípio
exercício da profissão. constitucional da dignidade da pessoa humana.
II. É assegurado a todos o acesso à informação e res- d) Devido à livre escolha da profissão ou oficio são
guardado o sigilo da fonte, quando necessário ao inconstitucionais as leis que, a despeito da desne-
exercício profissional. Trata-se do direito de informar cessidade de proteção a interesse público específico,
e de ser informado, explicitando do direito constitu- restrinjam o exercício de atividades como, por exem-
cional à liberdade de informação. plo, a de músico. 287
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qualquer título, a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.
e) Viola o direito fundamental à intimidade· o forneci- 14. (IBFC — 2017) Considere as normas da Constituição
mento, pelas instituições financeiras, de informações Federal sobre direitos e garantias fundamentais e
bancárias dos contribuintes à administração tributá- assinale a alternativa INCORRETA.
ria, sem a intermediação do Poder Judiciário.
a) São assegurados, nos termos da lei, o direito de fis-
11. (IBFC — 2017) Assinale a alternativa que apresenta o calização do aproveitamento econômico das obras
direito individual fundamental, como tal mencionado que criarem ou de que participarem aos criadores,
expressamente no art. 5º da Constituição Federal da aos intérpretes e às respectivas representações
República: associativas
b) São assegurados, nos termos da lei, a proteção às
a) o direito de propriedade participações individuais em obras coletivas e à
b) o direito à licença gestante reprodução da imagem e voz humanas, inclusive nas
c) o direito à aposentadoria atividades desportivas
d) o direito às férias remuneradas c) São assegurados, nos termos da lei, o direito de fiscali-
zação do aproveitamento econômico das obras que cria-
12. (IBFC — 2017) Assinale a alternativa correta sobre a rem ou de que participarem aos criadores, aos intérpretes
proteção constitucional do domicílio, inclusive quanto e às respectivas representações sindicais e associativas
a todas as ressalvas previstas expressamente. d) São assegurados, nos termos da lei, a proteção às
participações individuais em obras coletivas, excluí-
a) A casa é asilo inviolável do indivíduo, ninguém nela das as atividades desportivas
pode penetrar sem consentimento do morador, sal- e) São assegurados, nos termos da lei, o direito de fisca-
vo em caso de flagrante delito ou desastre, ou para lização do aproveitamento econômico das obras que
prestar socorro, ou, durante o dia, por determinação criarem ou de que participarem aos criadores, aos
judicial intérpretes e às respectivas representações sindicais
b) A casa é asilo inviolável do indivíduo, ninguém nela
pode penetrar sem consentimento do morador, salvo 15. (IBFC — 2014) O caput do artigo 5º da Constituição
em caso de flagrante delito ou desastre Federal estabelece que todos são iguais perante a lei,
c) A casa é asilo inviolável do indivíduo, ninguém nela sem distinção de qualquer natureza, garantindo-se
pode penetrar sem consentimento do morador, salvo aos estrangeiros residentes no País a inviolabilidade
em caso de flagrante delito ou desastre, ou para pres- do direito à vida, à liberdade, à igualdade, à segurança
tar socorro e à propriedade. Nesse contexto, considere a discipli-

25
d) A casa é asilo inviolável do indivíduo, ninguém nela na constitucional sobre os direitos e garantias funda-

7-
pode penetrar sem consentimento do morador, salvo mentais e assinale a alternativa correta.

84
para prestar socorro, ou, durante o dia, por determina-

0.
ção judicial a) A proteção constitucional do domicílio não impede

36
que juiz de Direito, em processo devidamente instruí-
.
71
13. (IBFC — 2017) Analise os itens a seguir e considere as do, determine e se conduza regularmente sua viola-
ção em qualquer horário.
-1

normas da Constituição Federal sobre a garantia de


sigilo para assinalar a alternativa correta. b) O sigilo de correspondência é garantido e não pode
ia

ser violado sequer por ordem judicial.


ar

a) É inviolável o sigilo da correspondência e das comu- c) O direito de propriedade é contemplado, mas esta
M

nicações telegráficas, de dados e das comunicações deve atender a sua função social.
a
lv

telefônicas, salvo, no último caso, por ordem judicial, d) A liberdade de locomoção no território nacional é
Si

nas hipóteses e na forma que alei estabelecer para fins garantida em tempo de paz e de guerra.
da

de investigação criminal ou instrução processual penal


b) É inviolável o sigilo da correspondência e das comuni- 16. (IBFC — 2014) Assinale a alternativa incorreta sobre
ira

cações telefônicas, de dados e das comunicações tele- as normas prevista na Constituição Federal no tocan-
re

gráficas, salvo, no último caso, por ordem judicial, nas te à disciplina sobre as Polícias militares, rodoviária e
Pe

hipóteses e na forma que a lei estabelecer para fins de judiciária.


s

investigação criminal ou instrução processual penal


u
he

c) É inviolável o sigilo das comunicações telefônicas e a) As patentes do oficiais das Polícias Militares são con-
das comunicações telegráficas, de dados e da corres- feridas pelos Governadores.
at
M

pondência, salvo, no último caso, por ordem judicial, b) Ainda que venham a ser criados, é vedada a organiza-
nas hipóteses e na forma que a lei estabelecer para ção de polícias militares nos Territórios.
fins de investigação criminal ou instrução processual c) A Polícia Rodoviária Federal faz parte do conjunto de
penal órgãos de preservação da ordem pública.
d) É inviolável o sigilo da correspondência e das comu- d) A função de polícia judiciária da União é exclusiva da
nicações telegráficas, de dados e das comunicações Polícia Federal.
telefônicas, salvo, no último caso, por ordem judicial,
nas hipóteses e na forma que a lei estabelecer para 17. (IBFC — 2023) A respeito da segurança pública na
fins de investigação criminal ou instrução processual Constituição Federal de 1988, analise as afirmativas
civil abaixo e dê valores Verdadeiro (V) ou Falso (F).
e) É inviolável o sigilo da correspondência e das comu-
nicações telegráficas, de dados e das comunicações ( ) As polícias militares e os corpos de bombeiros mili-
telefônicas, salvo, em qualquer caso, por ordem judi- tares, forças auxiliares e reserva do Exército subor-
cial, nas hipóteses e na forma que a lei estabelecer dinam-se, juntamente com as polícias civis e as
para fins de investigação criminal ou instrução pro- polícias penais estaduais e distrital, aos Governado-
288 cessual civil res dos Estados, do Distrito Federal e dos Territórios.
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( ) Às polícias penais, vinculadas ao órgão administrador Assinale a alternativa correta.
do sistema penal da unidade federativa a que perten-
cem, cabe a segurança dos estabelecimentos penais a) Apenas as afirmativas I, III e IV estão incorretas
e dos tribunais e fóruns de justiça. b) Apenas a afirmativa IV está incorreta
( ) Às polícias militares, além das atribuições definidas c) Apenas a afirmativa II está incorreta
em lei, incumbe a execução de atividades de defesa d) Apenas as afirmativas I e IV estão incorretas
civil.
( ) Às polícias civis, dirigidas por delegados de polícia 20. (IBFC — 2020) A Polícia Federal, instituída por lei
de carreira, incumbem, ressalvada a competência da como órgão permanente, é organizada e mantida pela
União, as funções de polícia judiciária e a apuração de União e estruturada em carreira. Sobre suas atribui-
infrações penais, inclusive as militares. ções, assinale a alternativa correta.
( ) A polícia federal, instituída por lei como órgão perma-
nente, organizado e mantido pela União e estruturado a) Dirigida por delegados de polícia de carreira, incum-
em carreira, destina-se, entre outros, a exercer, com bem, ressalvada a competência da União, as funções
exclusividade, as funções de polícia judiciária da União. de polícia judiciária e a apuração de infrações penais,
exceto as militares
Assinale a alternativa que apresenta a sequência cor- b) Cabe a ela o exercício da polícia ostensiva e a preser-
reta de cima para baixo. vação da ordem pública
c) Destina-se a apurar infrações penais contra a ordem
a) V-F-F-V-V política e social ou em detrimento de bens, serviços e
b) V-F-V-F-F interesses da União ou de suas entidades autárquicas
c) F-V-F-F-V e empresas públicas, assim como outras infrações
d) V-F-F-F-V cuja prática tenha repercussão interestadual ou inter-
e) F-V-F-V-F nacional e exija repressão uniforme, segundo dispu-
ser em lei
18. (IBFC — 2022) Relativamente à segurança pública, d) Exerce as funções de polícia marítima e execução de
como tal prevista na Constituição Federal da Repúbli- atividade da defesa civil
ca, assinale a alternativa incorreta. e) Destina-se ao patrulhamento ostensivo das ferrovias
federais, bem como prevenir e reprimir o tráfico ilícito
a) Aos corpos de bombeiros militares, além das atribui- de entorpecentes e drogas afins, o contrabando e o
ções definidas em lei, incumbe a execução de ativida- descaminho

25
des de defesa civil

7-
b) Às polícias militares cabem a polícia ostensiva e a 9 GABARITO

84
preservação da ordem pública

0.
c) Compete às polícias civis, ressalvada a competência

36
da União, as funções de polícia judiciária e a apuração 1 B
.
71
de infrações penais, exceto as militares
d) A polícia federal, instituída por lei como órgão perma- 2 A
-1

nente, organizado e mantido pela União e estrutura- 3 C


ia

do em carreira, destina-se a realizar o patrulhamento


ar

ostensivo das rodovias federais 4 A


M
a

5 A
lv

19. (IBFC — 2022) Acerca da Constituição Federal de 1988,


Si

especialmente em seu Título V – Da Defesa do Estado 6 A


da

e das Instituições Democráticas, de seu Capítulo III –


da Segurança Pública, analise as afirmativas abaixo. 7 A
ira
re

8 A
I. Os Municípios poderão constituir guardas munici-
Pe

pais destinadas à proteção de seus bens, serviços e 9 A


NOÇÕES DE DIREITO CONSTITUCIONAL
s

instalações.
u
he

II. A segurança pública, dever do Estado, direito e res- 10 D


ponsabilidade de todos, é exercida para a preserva-
at

11 A
M

ção da ordem pública e da incolumidade das pessoas


e do patrimônio. 12 A
III. A segurança viária, exercida para a preservação da
ordem pública e da incolumidade das pessoas e do 13 A
seu patrimônio nas vias públicas, compete, no âmbito
dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios, aos 14 D
respectivos órgãos ou entidades executivos e seus 15 C
agentes de trânsito.
IV. A polícia rodoviária federal, órgão permanente, orga- 16 B
nizado e mantido pela União e estruturado em car-
reira, destina-se, na forma da lei, ao patrulhamento 17 D
ostensivo das rodovias federais, estaduais, distritais 18 D
e municipais, sendo que, nesse último caso, somente
quando as rodovias federais atravessem os grandes 19 B
centros urbanos do país (aquelas cidades identifica-
das pelo IBGE como metrópoles). 20 C
289
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ANOTAÇÕES

25
7-
84
0.
. 36
71
-1
ia
ar
M
a
lv
Si
da
ira
re
Pe
u s
he
at
M

290
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qualquer título, a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.
Além de identificar a autoria e materialidade, o
inquérito policial presta-se, também, a identificar as
circunstâncias que envolveram a prática da infração
(modo de agir, motivos), uma vez que estas podem ser-

NOÇÕES DE DIREITO
vir como qualificadora, privilégio, causa de aumento
ou diminuição de pena.
Dica: o inquérito policial é instaurado para apu-
PROCESSUAL PENAL rar infrações penais cuja pena seja superior a 2 anos.
As infrações penais de menor potencial ofensivo (cri-
mes cuja pena máxima não seja superior a 2 anos e
contravenções penais) são apuradas por meio de ter-
mo circunstanciado, conforme determina o art. 69,
INQUÉRITO POLICIAL da Lei dos Juizados Especiais (Lei nº 9.099, de 1995).
Excepcionalmente, em duas hipóteses as infrações de
O Título II, do Código de Processo Penal, cuida, menor potencial ofensivo são apuradas por meio de
entre os seus arts. 4º e 23, do inquérito policial (IP). IP: quando revestirem-se de alguma complexidade e
De forma simples, o inquérito policial consiste em quando envolverem violência doméstica ou familiar
uma investigação formal e devidamente documenta- contra a mulher.
da que tem a finalidade de colher elementos para a
futura proposição de uma ação penal, seja por meio Natureza Jurídica
de denúncia oferecida pelo Ministério Público ou por
meio de queixa-crime nos casos de ação penal privada. Quando se pergunta a natureza jurídica de um ins-
tituído jurídico, busca-se conhecer sua essência. Nesse
NOÇÕES INTRODUTÓRIAS sentido, o inquérito policial tem natureza jurídica de
procedimento administrativo preparatório para a
Origem e Significado do Termo ação penal.
O inquérito policial é um procedimento e não
Não se sabe exatamente quando surgiu um proce- um processo administrativo. O que caracteriza um
dimento que, de alguma forma, visava apurar as infra- processo é a presença de partes e a possibilidade de
ções penais; no entanto, os primeiros relatos que se gerar sanção; no inquérito policial, não existem par-
tem dando conta de uma forma organizada de investi- tes, mas sim a figura do Delegado de Polícia (auto-

25
gação remontam à época da Roma Antiga. É de lá que ridade policial), que é o responsável por apurar os

7-
se origina o termo inquérito, que vem da expressão em fatos que constituam infrações penais, bem como sua

84
latim in + quaerere e quer dizer buscar alguma coisa autoria (o indicado não é parte, mas objeto da inves-

0.
em uma determinada direção, procurar, perguntar. tigação); além disso, no inquérito não há aplicação de
36
Muito embora tenham existido outras normas ante- qualquer tipo de sanção. .
71
riores que estabeleceram procedimentos destinados
-1

a apurar a autoria e a materialidade de um crime, no Finalidade e Destinatário


ia

Brasil, o primeiro diploma legal a trazer expressamen-


ar

te o termo e a definição de inquérito policial, com esse A finalidade do inquérito policial é colher elemen-
M

nome, foi o Decreto nº 4.824, de 22 de novembro de tos de informação a respeito da autoria, materialida-
a

1871, que regulamentou a Lei nº 2.033, de 20 de setem- de e das circunstâncias do crime a fim de formar a
lv

bro de 1871:
Si

convicção do titular da ação penal.


A convicção do titular da ação penal de que hou-
da

Art. 42 (Decreto nº 4.824, de 1871) O inquérito ve um crime e sobre quem é seu autor é chamada de
ira

policial consiste em todas as diligencias necessá- opinio delicti.


re

rias para o descobrimento dos factos criminosos, O destinatário do inquérito policial é o Ministé-

NOÇÕES DE DIREITO PROCESSUAL PENAL


Pe

de suas circunstancias e dos seus autores e cômpli- rio Público, que é titular da ação penal pública, ou o
ces; e deve ser reduzido a instrumento escrito [...]. ofendido, que é o titular da ação penal de iniciativa
u s

privada.
he

Com a publicação do atual Código de Processo Penal,


at

em 3 de outubro de 1941, o inquérito policial consolidou- Valor Probatório


M

-se como o procedimento administrativo adequado para


realizar a apuração da autoria e materialidade das infra- Como regra, não são produzidas provas durante
ções penais, sendo realizado pela Polícia Judiciária, sob a o inquérito policial, mas sim são colhidos elementos
presidência do Delegado de Polícia (de acordo com o § 4º, de informação. Para que se configure em prova, o ele-
art. 144, da Constituição Federal). mento deve ser colhido observando-se o contraditó-
rio e a ampla defesa, o que não ocorre no inquérito.
Conceito de Inquérito Policial Assim sendo, o valor probatório do inquérito é rela-
tivo, isto é, deve ser confirmado por outros elementos
Inquérito policial pode ser definido como um colhidos no curso da ação penal.
procedimento administrativo, conduzido pelo
Delegado de Polícia, que objetiva a apuração da Dica
materialidade e autoria de uma infração penal,
visando a que o titular da ação penal (Ministério Eventuais nulidades ocorridas durante a investi-
Público ou ofendido) possa ingressar em juízo. gação não contaminam a ação penal.1
1 (STJ - AgRg no HC 235840/SP). 291
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qualquer título, a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.
Excepcionalmente, ocorre a produção de provas discricionariedade reflete a liberdade da autoridade
durante o inquérito policial, como no caso da pro- em realizar as diligências necessárias de acordo com
dução de provas urgentes (provas, por exemplo, que cada caso concreto.
podem vir a se perder se não forem produzidas); no A discricionariedade do Inquérito Policial não se
entanto, durante o processo, as partes podem se mani- confunde com arbitrariedade. A discricionariedade
festar sobre essas provas (é o que se denomina contra- diz respeito à liberdade de atuação da autoridade
ditório diferido). policial nos limites estabelecidos em lei. Quando a
autoridade policial ultrapassa tais limites, ela passa a
CARACTERÍSTICAS DO INQUÉRITO POLICIAL atuar de forma arbitrária (contrária à lei).

O inquérito policial possui algumas características Oficial


próprias. Algumas estão previstas na própria lei; outras
têm origem na doutrina e nas jurisprudências. O IP é: Incumbe ao delegado de polícia (civil ou federal) a
presidência do inquérito policial.
Escrito
Oficioso
Todos os atos que forem produzidos durante o
inquérito policial devem ser escritos ou, quando Ao tomar conhecimento de notícia de crime de
forem realizados de forma oral, reduzidos a termo. ação penal pública incondicionada, a autoridade poli-
Tal previsão encontra-se no art. 9º, do CPP, que será cial é sempre obrigada a agir de ofício.
estudado mais adiante.
Sigiloso
Inquisitivo
Segundo o art. 20, do CPP, o inquérito policial, em
O IP é um procedimento administrativo destinado regra, será sigiloso às pessoas em geral. No que con-
a reunir as mínimas informações necessárias para a cerne aos envolvidos (ofendido, indiciado, advogados
propositura da ação penal; nele, não se aplica o prin- etc.), esta regra não será aplicável.
cípio do contraditório. Nesse sentido, vale observar o que diz a Súmula
Vinculante nº 14:
Indisponível
Súmula Vinculante nº 14 É direito do defensor,

25
no interesse do representado, ter acesso amplo

7-
De acordo com o art. 17, do CPP, uma vez instaura- aos elementos de prova que, já documenta-

84
do o inquérito policial, a autoridade policial não pode- dos em procedimento investigatório realizado por

0.
rá mais arquivá-lo. órgão com competência de polícia judiciária, digam

36
respeito ao exercício do direito de defesa.
.
71
Dispensável
-1

Assim, não poderá ser negado ao defensor do inves-


O inquérito policial não é obrigatório. Como já tigado o acesso aos elementos de prova que já constem
ia

mencionado, o IP possui um caráter meramente infor- nos autos do inquérito policial. Esse acesso aos autos não
ar

mativo e busca reunir informações a respeito do cri-


M

abrange aquelas diligências investigatórias que ainda


me. Deste modo, quando o titular da ação já possui estão em andamento, tendo em vista que o acesso por
a
lv

os elemento necessários para o oferecimento da ação parte do defensor pode gerar prejuízos à investigação.
Si

penal, o inquérito será dispensável. Quanto a este Por exemplo, caso o advogado tivesse acesso à intercep-
da

tema, dispõe o § 5º, do art. 39, do Código de Processo tação telefônica de seu cliente que ainda está em curso,
Penal: poderia instruí-lo a não falar a respeito do crime investi-
ira

gado, o que geraria grandes prejuízos à investigação.


re

Art. 39 […]
Pe

§ 5º O órgão do Ministério Público dispensará o inqué- Dica


s

rito, se com a representação forem oferecidos elemen-


u

Utilize o mnemônico É ID²OSO para se lembrar


he

tos que o habilitem a promover a ação penal, e, neste


caso, oferecerá a denúncia no prazo de quinze dias. das características do inquérito policial:
at
M

Escrito
Existe uma pequena parcela da doutrina que defen- Inquisitorial (inquisitivo)
de ser o inquérito policial indispensável; no entanto, Indisponível
para fins de prova, adote a posição da dispensabilidade. Dispensável
Discricionário
Discricionário Oficioso
Sigiloso
A autoridade policial pode conduzir e determinar Oficial
o rumo das diligências da maneira que entender ser
mais adequada. Trata-se da inexistência de um padrão POLÍCIA JUDICIÁRIA E TITULARIDADE DO
(formalidade) a seguir. INQUÉRITO POLICIAL
É importante destacar que a discricionariedade
não está relacionada à instauração ou não do inquéri- Art. 4º (CPP) A polícia judiciária será exercida
to policial, mas sim está ligada à condução das inves- pelas autoridades policiais no território de suas
tigações. Deste modo, caso haja elementos suficientes respectivas circunscrições e terá por fim a apura-
292 para a instauração do IP, este deve ser instaurado. A ção das infrações penais e da sua autoria.
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qualquer título, a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.
Parágrafo único. A competência definida neste arti- b) a individualização do indiciado ou seus sinais
go não excluirá a de autoridades administrativas, a característicos e as razões de convicção ou de pre-
quem por lei seja cometida a mesma função. sunção de ser ele o autor da infração, ou os motivos
de impossibilidade de o fazer;
O inquérito policial é realizado pela polícia judi- c) a nomeação das testemunhas, com indicação de
ciária (Polícia Civil ou Polícia Federal). A instauração sua profissão e residência.
e a presidência do IP ficam a cargo da autorida- § 2º Do despacho que indeferir o requerimento de
de policial (delegado da Polícia Civil ou da Polícia abertura de inquérito caberá recurso para o chefe
Federal). de Polícia.
Nesse sentido, assim dispõe o § 1º, art. 2º, da Lei nº § 3º Qualquer pessoa do povo que tiver conheci-
12.830, de 2013: mento da existência de infração penal em que caiba
ação pública poderá, verbalmente ou por escrito,
comunicá-la à autoridade policial, e esta, verifi-
Art. 2º (Lei nº 12.830, de 2013) [...]
cada a procedência das informações, mandará ins-
§ 1º Ao delegado de polícia, na qualidade de auto-
taurar inquérito.
ridade policial, cabe a condução da investigação
§ 4º O inquérito, nos crimes em que a ação pública
criminal por meio de inquérito policial ou outro
depender de representação, não poderá sem ela ser
procedimento previsto em lei, que tem como objeti-
iniciado.
vo a apuração das circunstâncias, da materiali-
dade e da autoria das infrações penais. § 5º Nos crimes de ação privada, a autorida-
de policial somente poderá proceder a inquérito
a requerimento de quem tenha qualidade para
Do art. 4º, do CPP, é possível identificar a caracte-
intentá-la.
rística do inquérito de ser oficial (oficialidade), uma
vez que se encontra sob o encargo de autoridades
Como visto, o art. 5º, do CPP, estabelece cinco for-
públicas (delegado de polícia).
mas pelas quais pode se instaurar um IP. O fluxogra-
O cargo de delegado (Civil ou Federal) é de carreira
ma a seguir sistematiza as informações trazidas pelo
(concursado) e é auxiliado em suas funções por inves-
artigo:
tigadores de polícia, escrivães e agentes policiais,
entre outros.
O fundamento constitucional do exercício das fun- Ofício
ções de polícia judiciária pela Polícia Federal encon-
Autoridade
tra-se no § 1º, art. 144, da CF; por sua vez, a previsão judiciária

25
do exercício pelas Polícias Civis dos estados e do Dis- Requisição
trito Federal encontra-se no § 4º, art. 144, da CF. De

7-
INSTAURAÇÃO Ministério

84
acordo com tais dispositivos, cabe aos órgãos da Polí- DO INQUÉRITO Público
cia Federal e da Polícia Civil realizar as investigações POLICIAL

0.
36
necessárias, colhendo provas e formando o inquérito
Ministério
policial, que servirá de base para futura ação penal. .
Requerimento
71
Público
O parágrafo único, do art. 4º, do CPP, deixa claro
-1

que, além do inquérito policial, admitem-se outros


ia

meios de produzir provas com a finalidade de funda- APF — Auto


ar

mentar a ação penal, como, por exemplo, o inquérito de Prisão em


M

policial militar, as sindicâncias e os processos admi- Flagrante


a

nistrativos e as Comissões Parlamentares de Inquérito.


lv
Si

Instauração de Ofício
FORMAS DE INSTAURAÇÃO DO INQUÉRITO
da

POLICIAL
A instauração de ofício (I, art. 5º, do CPP) ocorre
ira

por ato voluntário da autoridade policial, sem que


re

As formas de instauração (início) do inquérito poli- alguém tenha feito um pedido expresso. Sempre que

NOÇÕES DE DIREITO PROCESSUAL PENAL


Pe

cial dependem da natureza da ação penal correspon-


a autoridade policial tomar conhecimento da ocorrên-
dente ao crime que se apura.
s

cia de um crime de ação pública, dentro de sua área


u

Vale lembrar que, de acordo com o art. 100, do Códi-


he

de atuação, deve obrigatoriamente instaurar inqué-


go Penal, ação pública é aquela cuja iniciativa cabe ao
at

rito policial, mediante a produção de um documento


MP. A ação pública subdivide-se em incondicionada
M

denominado portaria (é usual que se utilize a expres-


(que não exige manifestação da vítima solicitando, de
são “baixar portaria”).
forma expressa, a atuação do Estado) e condicionada
A informação (chamada de notitia criminis) pode
(que exige a manifestação do ofendido no sentido de
chegar ao conhecimento do delegado de polícia, por
querer ver o fato apurado). Como regra, quando a lei
exemplo, mediante a lavratura de um boletim de
nada fala em contrário, a ação é pública.
ocorrência na delegacia, por uma matéria publica-
da na imprensa ou, ainda, por meio de fatos trazidos
Art. 5º Nos crimes de ação pública o inquérito
policial será iniciado: por outros policiais ou pessoas do povo. Veja que,
I - de ofício; conforme dispõe o § 3º, art. 5º, do CPP, qualquer pes-
II - mediante requisição da autoridade judiciá- soa — não necessariamente a vítima — pode levar ao
ria ou do Ministério Público, ou a requerimen- conhecimento do delegado a ocorrência de um fato
to do ofendido ou de quem tiver qualidade para que consiste em infração penal (é o que se chama de
representá-lo. delatio criminis).
§ 1º O requerimento a que se refere o no II conterá Notitia criminis é o nome que se dá ao conheci-
sempre que possível: mento pela autoridade policial de um fato criminoso.
a) a narração do fato, com todas as circunstâncias; A notitia crimininis de cognição imediata, direta ou 293
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espontânea é aquela em que a autoridade toma conhecimento do fato por meio de suas atividades rotineiras
(como, por exemplo, por informações trazidas por outros policiais ou pela imprensa). Já a notitia criminis de
cognição mediata, indireta ou provocada é que se dá de forma indireta (como quando há requerimento do ofen-
dido). Por sua vez, a notitia criminis de cognição obrigatória ou compulsória ocorre quando o delegado toma
conhecimento sobre o crime no caso da prisão em flagrante delito. Por fim, a delatio criminis é uma espécie de
notitia criminis que ocorre quando a comunicação do crime se dá por terceiro (e não pela vítima). A denúncia
anônima, que pode dar origem às investigações, mas que não autoriza por si só a instauração do IP, é chamada de
notitia criminis inqualificável ou apócrifa.
Para facilitar a compreensão das espécies de notitia criminis, veja o esquema a seguir:

Autoridade toma
Imediata ou conhecimento do fato por
direta meio de suas atividades
rotineiras

É provocada
NOTITIA Mediata ou Autoridade toma
CRIMINIS indireta conhecimento de forma
indireta (requerimento)

Casos em que autoridade


Coercitiva ou
toma conhecimento por
obrigatória
meio do APF

Vale mencionar que o STF, ao analisar o Inquérito 1.957/PR, decidiu que a autoridade policial não pode instaurar um
IP de imediato quando a notícia da prática de um crime vier de fonte anônima e desacompanhada de qualquer elemen-
to de prova. Nessa hipótese, a autoridade policial deve determinar a realização de diligências preliminares e, somente
caso se confirme a possibilidade da ocorrência do delito, é que pode dar início ao inquérito.

Espécie de Notitia

25
Criminis

7-
84
Simples: comunicação

0.
por qualquer do povo

36
DELATIO
.
71
CRIMINIS Postulatória:
-1

comunicação feita pelo


ofendido
ia
ar
M

Denúncia anônima (não


Inqualificável ou
autoriza por si só a
a

Apócrifa
lv

instauração do IP)
Si
da

Requisição do Juiz ou do Ministério Público (1ª Parte, Inciso II, Art. 5º, do CPP)
ira
re

A requisição, tanto do juiz quanto do MP, é sinônimo de ordem. Ou seja, a autoridade policial está obrigada a
Pe

dar início ao IP, baixando portaria, quando recebe requisição de um juiz ou promotor de justiça.
s

Dica
u
he

Nem o juiz nem o representante do Ministério Público são superiores hierárquicos do delegado; por tal moti-
at
M

vo, não podem dar ordens à autoridade policial. Nesse sentido, ao requisitar a instauração do IP, o MP ou o
juiz estão apenas fazendo com que o delegado cumpra a lei.

Requerimento do Ofendido (2ª Parte, Inciso II, Art. 5º, do CPP)

Muito embora, como prevê o § 3º, art. 5º, qualquer pessoa possa levar ao conhecimento do delegado a ocor-
rência de um crime (normalmente por meio da lavratura de um boletim de ocorrência), o legislador optou por
possibilitar que a vítima possa solicitar formalmente à autoridade policial o início do inquérito.
De acordo com o § 1º, art. 5º, do CPP, o requerimento do ofendido deve conter a indicação detalhada da ocor-
rência e do objeto da investigação (não cabe uma petição genérica, simplesmente requerendo a instauração de
inquérito). Muito embora o § 1º faça referência somente ao requerimento do ofendido, que não pode ser genérico,
o entendimento é que se aplica tal regra também à requisição feita pelo juiz ou promotor.
A autoridade policial pode indeferir o requerimento, conforme determina o § 3º, art. 5º, do CPP. Neste caso,
o ofendido pode recorrer ao chefe de polícia (parte da doutrina entende ser o Delegado-Geral; outro entendem
ser o Secretário de Segurança Pública). Caso o recurso seja deferido, o IP é instaurado sem a necessidade de a
294 autoridade baixar portaria.
O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para Matheus Pereira da Silva Maria - 171.360.847-25, vedada, por quaisquer meios e a
qualquer título, a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.
Importante!
O requerimento para instauração de IP pode ser feito tanto em crimes de ação pública quando em crimes de
ação privada (§ 5º, art. 5º, do CP).

Auto de Prisão em Flagrante

O auto de prisão em flagrante consiste no documento que contém as informações relativas à prisão em flagrante.
Uma vez lavrado o auto de prisão em flagrante, o inquérito já está instaurado (não requer que se baixe portaria).

Representação do Ofendido nos Crimes de Ação Penal Pública Condicionada

Conforme dispõe o § 5º, art. 5º, do CPP, nos crime de ação privada, o IP só pode ser instaurando mediante a
apresentação de requerimento do titular da ação (ofendido ou seu representante legal, ou, no caso de morte, o
cônjuge, ascendente, descendente ou irmão). Veja que não se exige que seja feito por intermédio de advogado.
Por fim, para facilitar a memorização, o fluxograma a seguir reúne as formas de instauração do inquérito
policial:

Ofício

Requisição do
Ministério Público
Crimes de ação
penal pública
incondicionada
Requerimento da
vítima

APF

25
FORMAS DE
INSTAURAÇÃO

7-
84
DO INQUÉRITO

0.
POLICIAL

. 36
71
Crimes de ação Necessária a
penal pública
-1

representação da
condicionada à vítima
ia

representação
ar
M
a

Necessário o
lv

Crimes de ação
requerimento da
Si

privada
vítima
da

DILIGÊNCIAS
ira
re

Assim que a notitia criminis chegar ao conhecimento da autoridade policial, o delegado deve observar o que

NOÇÕES DE DIREITO PROCESSUAL PENAL


Pe

determinam os arts. 6º e 7º, do CPP. A seguir, analisaremos esses dispositivos.


u s
he

Art. 6º Logo que tiver conhecimento da prática da infração penal, a autoridade policial deverá:
at

I - dirigir-se ao local, providenciando para que não se alterem o estado e conservação das coisas, até a chegada
M

dos peritos criminais;

O inciso I, art. 6º, cuida da preservação do local de crime, que visa impedir que se altere o local dos fatos que
possam prejudicar a realização da perícia.
Lembre-se: a modificação dolosa de local de crime, com a finalidade de induzir a erro o juiz ou perito, confi-
gura o delito de fraude processual, previsto no art. 347, do CP. Por sua vez, o art. 312, do Código de Trânsito Brasi-
leiro, define como crime a conduta de inovar artificiosamente, em caso de acidente automobilístico com vítima,
na pendência do respectivo procedimento policial ou processo penal, o estado de lugar, de coisa ou de pessoa, a
fim de induzir a erro o agente policial, o perito ou juiz.

Art. 6° [...]
II - apreender os objetos que tiverem relação com o fato, após liberados pelos peritos criminais;

Os objetos relacionados ao fato podem ser os mais variados, de armas de fogo até objetos de uso comum, mas
que podem contribuir para a busca da verdade sobre os fatos. Veja que tais objetos destinam-se, em primeiro
lugar, à análise por parte dos peritos e, somente após liberados por estes, passam para a guarda da autoridade 295
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qualquer título, a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.
policial. Posteriormente, os objetos que puderem ser O reconhecimento de pessoa busca indicar o
restituídos são devolvidos aos legítimos proprietá- autor do crime e é realizado pela vítima e pelas tes-
rios, exceto se consistirem em coisas cujo uso, fabrico, temunhas que tenham presenciado a prática do cri-
alienação, porte ou detenção são proibidos, conforme me. O procedimento adotado pela autoridade policial
estabelece a alínea “a”, inciso II, do art. 91, do CP. é o que consta nos arts. 226 a 228, do CPP. O indiciado
não pode se recusar a participar do reconhecimento.
Art. 6° [...] O direito de não ser obrigado a produzir prova contra
III - colher todas as provas que servirem para o si mesmo não se aplica a atos passivos, como é o caso
esclarecimento do fato e suas circunstâncias; do reconhecimento, mas somente a procedimentos
ativos ou invasivos (como o fornecimento de material
O inciso III traz uma permissão genérica para que grafotécnico e de amostra de sangue).
a autoridade policial colha (produza) qualquer tipo O reconhecimento de objetos, por sua vez, recai
de prova que entenda necessária para a investigação, sobre os instrumentos utilizados do crime (uma arma
ainda que tal não esteja expressamente prevista nos de fogo, por exemplo) e sobre os objetos materiais do
demais incisos do art. 6º, como, por exemplo, a oitiva crime (como os objetos furtados).
de testemunhas e a representação ao juiz para decre- Já a acareação consiste no ato de colocar frente
tação de quebra de sigilo telefônico. a frente duas pessoas que prestaram depoimentos
divergentes sobre pontos relevantes para a investiga-
Art. 6° [...] ção. A acareação segue as regras previstas nos arts.
IV - ouvir o ofendido; 229 e 230, do CPP.

Art. 6° [...]
Ouvir a vítima do delito é uma das mais impor-
VII - determinar, se for caso, que se proceda a exame
tantes providências a serem tomadas pela autoridade
de corpo de delito e a quaisquer outras perícias;
policial, uma vez que o ofendido pode fornecer dados
essenciais para a descoberta da autoria e para a con- O exame de corpo de delito está previsto no art. 158
vicção sobre a materialidade. e seguintes do CPP, e é indispensável nos crimes que dei-
xam vestígios (sua não realização gera nulidade da ação,
Art. 6° [...] conforme determina a alínea “b”, inciso III, do art. 564,
V - ouvir o indiciado, com observância, no que for do CPP).
aplicável, do disposto no Capítulo III do Título Vll,

25
São algumas perícias que devem ser realizadas, den-
deste Livro, devendo o respectivo termo ser assina-

7-
tre outras: exame químico-toxicológico nos crimes de
do por duas testemunhas que Ihe tenham ouvido

84
tráfico ou porte de droga; exame da arma de fogo nos
a leitura;

0.
crimes previstos no Estatuto do Desarmamento; exame

36
no documento para apurar a falsidade documental.
O inciso V cuida do interrogatório do indiciado, .
71
que é a pessoa a quem se aponta, na fase do inquéri-
-1

Art. 6° [...]
to, como autor da infração penal (indiciar é verificar VIII - ordenar a identificação do indiciado pelo
ia

que existe a probabilidade do até então suspeito ser o processo datiloscópico, se possível, e fazer juntar
ar

agente). aos autos sua folha de antecedentes;


M

O § 6º, art. 2º, da Lei nº 12.830, de 2013, exige que


a
lv

a autoridade policial, ao indiciar o suspeito, aponte Apesar de o inciso VIII, art. 6º, mencionar apenas
Si

nos autos do IP os motivos que levaram a proceder o processo datiloscópico, a identificação criminal con-
da

ao indiciamento, bem como justifique a classificação siste na coleta de dados físicos (fotografia, impressão
feita em determinado tipo penal. datiloscópica e material genético) com a finalidade de
ira

Ao interrogatório do indiciado aplicam-se as individualizar o indiciado.


re

regras do interrogatório judicial, previstas nos arts. Atualmente, a Lei nº 12.037, de 2009, dispõe sobre
Pe

185 a 196, do CPP, com as devidas adaptações (uma o assunto e regulamenta a regra constitucional previs-
s

ta no inciso LVIII, art. 5º, de que a pessoa civilmente


u

vez que o indiciado ainda não é réu. Nesse sentido,


he

não é necessária a presença do defensor no inter- identificada não será submetida à identificação crimi-
at

rogatório feito na delegacia, assim como o advogado nal, salvo nas hipóteses previstas em lei.
M

não tem direito de interferir no interrogatório a


fim de fazer perguntas. No entanto, o delegado não Dica
pode proibir o advogado de acompanhar o interroga- Folha de Antecedentes (FA) é o documento no
tório. Vale lembrar que o inciso LXIII, art. 5º, da CF, qual consta a vida pregressa criminal de todas as
assegura ao indiciado o direito de permanecer calado
pessoas que já possuem identificação civil. Nessa
durante o interrogatório.
ficha, constam, por exemplo, os indiciamentos e as
Voltando ao art. 6º, do CP, o inciso V cuida, ainda,
ações penais às quais o indivíduo respondeu.
da chamadas testemunhas instrumentárias. A auto-
ridade policial deve assegurar que o termo de inter- Art. 6° [...]
rogatório seja assinado por duas testemunhas que IX - averiguar a vida pregressa do indiciado, sob
presenciaram a leitura da peça para o indiciado. o ponto de vista individual, familiar e social, sua
condição econômica, sua atitude e estado de ânimo
Art. 6° [...] antes e depois do crime e durante ele, e quaisquer
VI - proceder a reconhecimento de pessoas e coi- outros elementos que contribuírem para a aprecia-
296 sas e a acareações; ção do seu temperamento e caráter.
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qualquer título, a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.
Conforme visto acima, a FA traz informações sobre a vida pregressa criminal do indivíduo (indiciamento e
processos criminais aos quais respondeu). O inciso IX cuida da vida pregressa e diz respeito aos dados relevantes
sobre o passado da pessoa em seu contexto individual, familiar, social e econômico. Além disso, cuida de colher
seu estado de espírito antes, durante e depois da prática criminosa e também de outros elementos que possibili-
tem traçar a personalidade do indiciado.

Art. 6° [...]
X - colher informações sobre a existência de filhos, respectivas idades e se possuem alguma deficiência e o nome e o
contato de eventual responsável pelos cuidados dos filhos, indicado pela pessoa presa.

O inciso X foi incluído no art. 6º pela Lei nº 13.257, de 2016, denominada Lei da Primeira Infância. O dispositivo
visa à proteção das crianças de até 6 anos de idade que podem sofrer consequências decorrentes da prática de
crimes por seus pais. Com base em tal conhecimento, a autoridade policial pode, por exemplo, solicitar apoio de
órgãos de assistência social ou de proteção da criança.

Art. 7º Para verificar a possibilidade de haver a infração sido praticada de determinado modo, a autoridade policial
poderá proceder à reprodução simulada dos fatos, desde que esta não contrarie a moralidade ou a ordem pública.

O art. 7º trata da reconstituição do crime, que consiste em uma simulação dos fatos, muito comum principal-
mente em homicídios.
Não é permitida a reconstituição que contrariar a moral e a ordem pública, como, por exemplo, a reprodução de
crimes sexuais utilizando a vítima e o indiciado.
Além das atividades que constam nos arts. 6º e 7º, do CPP, a autoridade policial tem outras funções durante o
IP, que se encontram elencadas no art. 13, do CPP, que será estudado mais adiante.

INVESTIGAÇÃO POLICIAL INICIADA POR PRISÃO EM FLAGRANTE

Art. 8º Havendo prisão em flagrante, será observado o disposto no Capítulo II do Título IX deste Livro.

25
No caso da lavratura de auto de prisão em flagrante, devem ser seguidas as disposições constantes nos arts.

7-
84
301 e seguintes, do CPP.

0.
36
FORMALISMO DO INQUÉRITO POLICIAL
.
71
-1

Art. 9º Todas as peças do inquérito policial serão, num só processado, reduzidas a escrito ou datilografadas e, neste
caso, rubricadas pela autoridade.
ia
ar
M

O IP é um procedimento formal, que exige peças escritas e datilografadas, rubricadas pelo delegado de polícia.
a

O art. 9º expressa a característica de ser o inquérito escrito.


lv
Si

PRAZO DO INQUÉRITO
da
ira

Art. 10 O inquérito deverá terminar no prazo de 10 dias, se o indiciado tiver sido preso em flagrante, ou estiver
re

preso preventivamente, contado o prazo, nesta hipótese, a partir do dia em que se executar a ordem de prisão, ou no

NOÇÕES DE DIREITO PROCESSUAL PENAL


Pe

prazo de 30 dias, quando estiver solto, mediante fiança ou sem ela.


u s

O art. 10, do CPP, estabelece prazo para a conclusão do inquérito. A regra geral é que o prazo de conclusão é
he

de 10 dias, caso o indivíduo esteja preso, e de 30 dias, se estiver solto (para fins de memorização, utilize o famoso
at
M

10:30).
A Lei nº 13.964, de 2019, denominada Lei Anticrime, trouxe a possibilidade de o juiz das garantias prorrogar
o prazo de conclusão no caso do inquérito com investigado preso por 15 dias, uma única vez. Para tanto, o dele-
gado deve representar ao juiz e o MP deve ser ouvido:

Art. 3-B […]


§ 2º Se o investigado estiver preso, o juiz das garantias poderá, mediante representação da autoridade policial e
ouvido o Ministério Público, prorrogar, uma única vez, a duração do inquérito por até 15 (quinze) dias, após o que,
se ainda assim a investigação não for concluída, a prisão será imediatamente relaxada.

Em que pese haver a previsão de prorrogação do prazo do inquérito, esse artigo está suspenso por prazo inde-
terminado; embora não aplicável, ainda está previsto no texto do CPP.
Deste modo, a regra prevista no CPP é que o prazo do inquérito policial é de 10 dias (preso) e 30 dias (solto),
com possibilidade de prorrogação de 15 dias (preso) por uma única vez (lembre-se: esta possibilidade está suspen-
sa). Porém, existem outros prazos, conforme se vê na tabela a seguir: 297
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PRESO SOLTO

10 dias (prorrogável por mais


JUSTIÇA ESTADUAL 30 dias
15 dias)

15 dias (prorrogável por mais


JUSTIÇA FEDERAL 30 dias
15 dias)

90 dias (pode ser


CRIMES DA LEI DE DROGAS 30 dias (pode ser duplicada)
duplicada)

CRIMES CONTRA A ECONOMIA POPULAR 10 dias 10 dias

40 dias (prorrogável por


CRIMES MILITARES 20 dias
mais 20 dias)

PRISÃO TEMPORÁRIA DECRETADA EM INQUÉRI-


30 dias (prorrogável por mais
TO POLICIAL RELATIVO A CRIMES HEDIONDO E
30 dias) -
EQUIPARADOS

É de suma importância destacar que, estando o indiciado solto, a violação do limite estabelecido no art. 10, do
CPP, não possui repercussão, pois não gera prejuízos ao insidiado. O STJ entende que tal prazo é considerado como
prazo impróprio (seu desatendimento não gera consequências).

RELATÓRIO FINAL

Art. 10 [...]
§ 1º A autoridade fará minucioso relatório do que tiver sido apurado e enviará autos ao juiz competente.
§ 2º No relatório poderá a autoridade indicar testemunhas que não tiverem sido inquiridas, mencionando o lugar
onde possam ser encontradas.
§ 3º Quando o fato for de difícil elucidação, e o indiciado estiver solto, a autoridade poderá requerer ao juiz
a devolução dos autos, para ulteriores diligências, que serão realizadas no prazo marcado pelo juiz.

25
7-
O inquérito deve encerrado por minucioso relatório dando conta de tudo o que foi apurado (materialidade e

84
autoria da infração ou sua ausência), relatando as diligências efetuadas, como regra, em ordem cronológica.

0.
Uma vez relatado, o IP é remetido ao juiz competente, que é identificado segundo os critérios de competência

36
jurisdicional estabelecidos nos arts. 69 e seguintes, do CPP.
.
O § 2º, art. 10, do CPP, menciona a hipótese de indicação de testemunhas não inquiridas, o que deve ser excep-
71
cional, cabível somente no caso de investigado preso cujo prazo para terminar o inquérito é de 10 dias. No caso de
-1

investigado solto, o delegado pode pedir a dilação do prazo do IP, prevista no § 3º.
ia
ar

INSTRUMENTOS DO CRIME E OBJETOS DE PROVA


M
a
lv

Art. 11 Os instrumentos do crime, bem como os objetos que interessarem à prova, acompanharão os autos
Si

do inquérito.
da

Os instrumentos do crime, assim como os objetos de interesse da prova, devem ser encaminhados ao fórum,
ira

juntamente com o IP, para apreciação pelo juiz ou pelos jurados ou, ainda, para que neles possa ser feita contra-
re

prova caso haja contestação pela defesa.


Pe

Instrumentos do crime são os objetos usados pelo agente para cometer crime, tais como armas e documentos
s

falsos. Objetos de interesse da prova, por sua vez, são coisas que servem para demonstrar a verdade do ocorrido,
u
he

tais como telefone celular, computador, objeto da vítima com marcas de violência, entre outros.
at
M

INQUÉRITO COMO BASE DA DENÚNCIA OU QUEIXA

Art. 12 O inquérito policial acompanhará a denúncia ou queixa, sempre que servir de base a uma ou outra.

O inquérito não é imprescindível para o oferecimento da denúncia (peça acusatória inicial apresentada pelo
Ministério Público nos casos de ação penal pública) nem da queixa (peça acusatória inicial apresentada por meio
do advogado do ofendido quando a ação for de iniciativa privada). No entanto, de acordo com o art. 12, do CPP,
quando o IP servir de base para a denúncia ou queixa, deve obrigatoriamente acompanhar uma ou outra.

OUTRAS INCUMBÊNCIAS DA AUTORIDADE POLICIAL

Art. 13 Incumbirá ainda à autoridade policial:


I - fornecer às autoridades judiciárias as informações necessárias à instrução e julgamento dos processos;
II - realizar as diligências requisitadas pelo juiz ou pelo Ministério Público;
III - cumprir os mandados de prisão expedidos pelas autoridades judiciárias;
298 IV - representar acerca da prisão preventiva.
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qualquer título, a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.
O art. 13, do CPP, elenca uma série de atribuições A Lei nº 13.444, de 2016, Lei de Prevenção e Repres-
do delegado de polícia. Vale lembrar que o delegado são ao Tráfico de Pessoas, acrescentou ao Código de
exerce atividade de polícia judiciária, que é auxiliar Processo Penal os arts. 13-A e 13-B.
do Poder Judiciário em sua atividade investigatória. O art. 13-A, do CPP, passou a permitir ao repre-
No inciso IV, “representar” significa dar razões sentante do MP ou à autoridade policial, em certos
para que alguém seja preso cautelarmente pela auto- crimes, tais como sequestro e cárcere privado e trá-
ridade judiciária. fico de pessoas, requisitarem diretamente a órgãos
Além das funções previstas no art. 13, o delegado públicos ou empresas privadas informações e dados
de polícia possui outras funções previstas no CPP e cadastrais de vítimas e de suspeitos. Veja que se tra-
em outras leis e que são ligadas, de forma direta ou ta da inovação (antes, tanto o MP quanto o delegado
indireta, à instrução do processo, como, por exemplo, de polícia tinham que pedir ao juiz) da solicitação de
o arbitramento de fiança nos crimes cuja pena comi- dados cadastrais para fins de investigação. Os dados e
nada não seja superior a 4 anos, de acordo com o art. informações devem ser meramente cadastrais, como
322, do CPP, e a representação para instauração de nome e endereço de um correntista de banco ou clien-
incidente de insanidade mental, conforme prevê o § te de uma operadora de telefonia: nunca poderá ser
1º, art. 149, entre outras atividades. solicitada diretamente por eles a quebra de sigilo ban-
cário ou telefônico (estas, sim, somente o juiz pode
PODER DE REQUISIÇÃO DE DADOS E determinar). O prazo para cumprimento da requisi-
INFORMAÇÕES CADASTRAIS PELO MINISTÉRIO ção é curto: 24 horas (parágrafo único, art. 11, da Lei
PÚBLICO E AUTORIDADE POLICIAL nº 13.444, de 2016).
Por sua vez, o art. 13-B passou a tratar do que se
Art. 13-A Nos crimes previstos nos arts. 148, 149 e
149-A, no § 3º do art. 158 e no art. 159 do Decre-
chama genericamente de informação ERB — Estações
to-Lei no 2.848, de 7 de dezembro de 1940 (Código de Rádio Base. De acordo com o que dispõe o art. 13-B,
Penal), e no art. 239 da Lei no 8.069, de 13 de julho o membro do MP ou o delegado de polícia podem
de 1990 (Estatuto da Criança e do Adolescente), o requisitar, mediante autorização judicial, às empre-
membro do Ministério Público ou o delegado de sas de telefonia/telemática que disponibilizem ime-
polícia poderá requisitar, de quaisquer órgãos do diatamente os meios técnicos que possam permitir
poder público ou de empresas da iniciativa privada, a localização da vítima ou dos suspeitos de crime de
dados e informações cadastrais da vítima ou de tráfico de pessoas. Dentre esses meios, um de grande
suspeitos eficácia é o que utiliza as informações das Estações de
Parágrafo único. A requisição, que será atendida no Rádio Base (ERB), que são os equipamentos (antenas)

25
prazo de 24 (vinte e quatro) horas, conterá: que fazem a conexão entre os telefones celulares e a

7-
I - o nome da autoridade requisitante companhia telefônica; por meio desses equipamentos,

84
II - o número do inquérito policial; e é feita a localização das coordenadas de GPS dos apa-

0.
III - a identificação da unidade de polícia judiciária relhos de celular da vítima ou dos autores do crime.
36
responsável pela investigação Veja que não se trata de realizar a interceptação
.
71
Art. 13-B Se necessário à prevenção e à repressão
das comunicações (que é tratada por lei específica)
dos crimes relacionados ao tráfico de pessoas,
-1

mas sim de acesso a dados de coordenadas. Observe,


o membro do Ministério Público ou o delegado de
ia

polícia poderão requisitar, mediante autorização também, a diferença entre o disposto no art. 13-A, do
ar

judicial, às empresas prestadoras de serviço de tele- CPP, situação que não requer autorização judicial,
M

comunicações e/ou telemática que disponibilizem para o que prevê o art. 13-B, opção que só pode ser
a

imediatamente os meios técnicos adequados – como feita com ordem do juiz.


lv
Si

sinais, informações e outros – que permitam a locali-


zação da vítima ou dos suspeitos do delito em curso. REQUERIMENTO DE DILIGÊNCIAS DURANTE O
da

§ 1º Para os efeitos deste artigo, sinal significa posi- INQUÉRITO POLICIAL


ira

cionamento da estação de cobertura, setorização e


re

intensidade de radiofrequência. Art. 14 O ofendido, ou seu representante legal, e o

NOÇÕES DE DIREITO PROCESSUAL PENAL


Pe

§ 2º Na hipótese de que trata o caput, o sinal: indiciado poderão requerer qualquer diligência,
I - não permitirá acesso ao conteúdo da comunica- que será realizada, ou não, a juízo da autoridade.
s

ção de qualquer natureza, que dependerá de autori-


u
he

zação judicial, conforme disposto em lei; A vítima, pessoalmente ou por meio de seu repre-
at

II - deverá ser fornecido pela prestadora de telefonia sentante legal, assim como o indiciado, podem reque-
M

móvel celular por período não superior a 30 (trinta) rer ao delegado a realização de alguma diligência
dias, renovável por uma única vez, por igual período;
(como a oitiva de uma testemunha, por exemplo) que
III - para períodos superiores àquele de que trata o
considerem útil para a elucidação dos fatos.
inciso II, será necessária a apresentação de ordem
A autoridade policial pode deferir ou indeferir tal
judicial.
§ 3º Na hipótese prevista neste artigo, o inquérito pedido, sem necessidade de fundamentação.
policial deverá ser instaurado no prazo máximo de
72 (setenta e duas) horas, contado do registro da PRESENÇA DO DEFENSOR TÉCNICO DO
respectiva ocorrência policial INVESTIGADO NOS CASOS DE LETALIDADE
§ 4º Não havendo manifestação judicial no pra- POLICIAL
zo de 12 (doze) horas, a autoridade competente
requisitará às empresas prestadoras de serviço de Art. 14-A Nos casos em que servidores vinculados
telecomunicações e/ou telemática que disponibili- às instituições dispostas no art. 144 da Consti-
zem imediatamente os meios técnicos adequados – tuição Federal figurarem como investigados em
como sinais, informações e outros – que permitam inquéritos policiais, inquéritos policiais militares e
a localização da vítima ou dos suspeitos do delito demais procedimentos extrajudiciais, cujo objeto
em curso, com imediata comunicação ao juiz. for a investigação de fatos relacionados ao uso 299
O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para Matheus Pereira da Silva Maria - 171.360.847-25, vedada, por quaisquer meios e a
qualquer título, a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.
da força letal praticados no exercício profis- ou em eventos de grandes proporções (como a Copa do
sional, de forma consumada ou tentada, incluindo Mundo). As operações de GLO são previstas no art. 142,
as situações dispostas no art. 23 do Decreto-Lei nº da Constituição Federal, e regulamentadas pela Lei Com-
2.848, de 7 de dezembro de 1940 (Código Penal), o plementar nº 97, de 1999, e pelo Decreto nº 3.897, de 2001.
indiciado poderá constituir defensor.
§ 1º Para os casos previstos no caput deste artigo, o CURADOR
investigado deverá ser citado da instauração do
procedimento investigatório, podendo constituir Art. 15 Se o indiciado for menor, ser-lhe-á nomeado
defensor no prazo de até 48 (quarenta e oito) horas curador pela autoridade policial.
a contar do recebimento da citação.
§ 2º Esgotado o prazo disposto no § 1º deste artigo O curador é a pessoa que, tanto no interrogatório
com ausência de nomeação de defensor pelo inves- prestado na fase policial, quanto no interrogatório em
tigado, a autoridade responsável pela investigação juízo, tem a função de proteger ou orientar o menor de
deverá intimar a instituição a que estava vincula- 21 anos, suprindo-lhe a imaturidade. No entanto, após a
do o investigado à época da ocorrência dos fatos, redução da maioridade civil de 21 para 18 anos, trazida
para que essa, no prazo de 48 (quarenta e oito) pelo Código Civil de 2002, não se deve mais considerar
horas, indique defensor para a representação do
que a pessoa menor de 21 necessite de curador, uma vez
investigado.
que alguém que atingiu a maioridade aos 18 anos é ple-
§ 3º Havendo necessidade de indicação de defen-
namente capaz de exercer qualquer atividade pública.
sor nos termos do § 2º deste artigo, a defesa cabe-
rá preferencialmente à Defensoria Pública, e, nos
Vale sempre lembrar que os menores de 18 não
locais em que ela não estiver instalada, a União ou a podem ser indiciados em inquérito, tendo em vista
Unidade da Federação correspondente à respectiva sua inimputabilidade penal.
competência territorial do procedimento instaurado Muito embora não tenha mais aplicação, é interes-
deverá disponibilizar profissional para acompanha- sante mencionar que não é qualquer pessoa que pode-
mento e realização de todos os atos relacionados à ria ser nomeada como curador: a pessoa deveria ser
defesa administrativa do investigado. maior de 21 anos, em pleno gozo da capacidade civil,
§ 4º A indicação do profissional a que se refere o § alfabetizada e não poderia ser subordinada adminis-
3º deste artigo deverá ser precedida de manifestação trativamente ao juiz, promotor ou delegado.
de que não existe defensor público lotado na área
territorial onde tramita o inquérito e com atribuição DEVOLUÇÃO DO INQUÉRITO PARA AUTORIDADE
para nele atuar, hipótese em que poderá ser indicado POLICIAL

25
profissional que não integre os quadros próprios da
Administração. Art. 16 O Ministério Público não poderá requerer a

7-
§ 5º Na hipótese de não atuação da Defensoria

84
devolução do inquérito à autoridade policial, senão
Pública, os custos com o patrocínio dos interesses para novas diligências, imprescindíveis ao ofereci-

0.
dos investigados nos procedimentos de que trata

36
mento da denúncia.
este artigo correrão por conta do orçamento pró- .
71
prio da instituição a que este esteja vinculado à O art. 16 cuida de situação em que o promotor, ao
-1

época da ocorrência dos fatos investigados. receber o IP devidamente concluído e relatado, por
§ 6º As disposições constantes deste artigo se apli- entender que falta alguma diligência fundamental
ia
ar

cam aos servidores militares vinculados às institui- para a formação de sua convicção, requer ao juiz que
M

ções dispostas no art. 142 da Constituição Federal, os autos retornem à autoridade policial para que esta
desde que os fatos investigados digam respeito a
a

dê continuidade às investigações. Fora de tal hipótese,


lv

missões para a Garantia da Lei e da Ordem. o MP não pode requerer a devolução do IP ao delegado.
Si
da

A Lei nº 13.964, de 2019 (Lei Anticrime), acrescen- ARQUIVAMENTO DO INQUÉRITO POLICIAL


tou ao CPP o art. 14-A, que prevê procedimento a ser
ira

adotado sempre que o objeto do inquérito policial for Art. 17 A autoridade policial não poderá man-
re

a apuração de fatos relacionados ao uso de força legal dar arquivar autos de inquérito.
Pe

praticados no exercício profissional por integrantes


s

das forças de segurança pública. O arquivamento do inquérito policial é tratado


u

no art. 28, do CPP, e será estudado com detalhes mais


he

A partir de tal alteração, o integrante das forças


adiante. Desde já vale alertar, no entanto, que a Lei
at

de segurança pública que figurar como investigado


Anticrime promoveu importante alteração nas regras
M

em caso de letalidade policial (morte de civil causa-


da por ação das forças de segurança) deve ser cien- de arquivamento do IP.
tificado (a lei usa a expressão “citado”, que, apesar O art. 17, por sua vez, indica que o inquérito é
de impropriamente utilizada, deve ser observada indisponível, isto é, uma vez instaurado, não pode ser
para fins de prova) da existência de procedimento arquivado pelo delegado de polícia.
investigatório (entre os quais, o IP) e poderá nomear
Desarquivamento do Inquérito
defensor técnico. Vale mencionar que o mesmo pro-
cedimento foi incluído no Código de Processo Penal Art. 18 Depois de ordenado o arquivamento do
Militar, no art. 16-A. inquérito pela autoridade judiciária, por falta de
A citação prevista no art. 14-A deve ser observada base para a denúncia, a autoridade policial poderá
tanto nos casos consumados quanto nos tentados e, proceder a novas pesquisas, se de outras provas
também, nas hipóteses em que se configura excluden- tiver notícia.
te de ilicitude.
A Garantia da Lei e da Ordem (GLO) a que se refere O art. 18 dispõe que, uma vez arquivado o IP, é pos-
o § 6º consiste em autorização para que as Forças Arma- sível seu desarquivamento caso surjam novas pro-
300 das atuem em situações de grave perturbação da ordem vas (novas pesquisas).
O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para Matheus Pereira da Silva Maria - 171.360.847-25, vedada, por quaisquer meios e a
qualquer título, a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.
Nesse sentido, vale trazer o teor da Súmula n° 524, XIV - examinar em qualquer repartição policial,
do STF: arquivado o inquérito policial, por despacho do mesmo sem procuração,autos de flagrante e de
juiz, a requerimento do promotor de justiça, não pode a inquérito, findos ou em andamento, ainda que con-
ação penal ser iniciada, sem novas provas. clusos à autoridade, podendo copiar peças e tomar
apontamento

Importante! Nesse sentido, já decidiu o STF, no julgamento do


HC 82.354, que o advogado do indiciado tem pleno
De acordo com o art. 18, do CPP, e com o teor acessos aos autos do inquérito policial.
da Súmula n° 524, do STF, somente é possível
o desarquivamento do IP pelo surgimento de INCOMUNICABILIDADE DO INDICIADO
provas novas quando o fundamento do arquiva-
mento foi a insuficiência de provas (indícios de Art. 21 A incomunicabilidade do indiciado depen-
autoria e prova do crime). Assim sendo, inquéri- derá sempre de despacho nos autos e somente será
tos arquivados por atipicidade (não constituir o permitida quando o interesse da sociedade ou a
fato um crime), excludente de ilicitude, excluden- conveniência da investigação o exigir.
te de culpabilidade ou extinção da punibilidade Parágrafo único. A incomunicabilidade, que não
excederá de três dias, será decretada por despacho
não podem ser desarquivados.
fundamentado do Juiz, a requerimento da autorida-
de policial, ou do órgão do Ministério Público, res-
Por fim, vale mencionar que, em relação ao arqui- peitado, em qualquer hipótese, o disposto no artigo
89, inciso III, do Estatuto da Ordem dos Advoga-
vamento fundamentado em excludente da ilicitude,
dos do Brasil (Lei n° 4.215, de 27 de abril de 1963)
existe certa polêmica tendo em vista alguns julgados
(Redação dada pela Lei nº 5.010, de 30.5.1966)
do próprio STF (por exemplo, o HC 87395). Para o STJ,
o desarquivamento somente é possível no caso de
O art. 21, do CPP, não foi recepcionado pela Cons-
insuficiência de provas. Para fins de concurso, vale o
tituição de 1988, não tendo, pois, aplicação. A inco-
entendimento da Súmula n° 524, do STF.
municabilidade consiste na hipótese de se prender
alguém sem que se permita a comunicação externa e
INQUÉRITO POLICIAL NOS CRIMES DE AÇÃO
o direito de contato com o advogado e com a família.
PRIVADA
De acordo com o inciso LXII, art. 5º, da CF, a prisão
de qualquer pessoa e o local onde ela se encontra devem

25
Art. 19 Nos crimes em que não couber ação
ser imediatamente comunicados ao juiz competente e

7-
pública, os autos do inquérito serão remetidos ao

84
juízo competente, onde aguardarão a iniciativa do à família do preso ou à pessoa por ele indicada. Por sua
vez, o inciso IV, § 3º, do art. 136, da CF, veda a incomuni-

0.
ofendido ou de seu representante legal, ou serão

36
entregues ao requerente, se o pedir, mediante cabilidade do preso até mesmo na vigência do estado
traslado. .
de defesa, que é uma situação excepcional de crise.
71
-1

O art. 19, do CPP, indica que, uma vez concluído o CIRCUNSCRIÇÃO POLICIAL
ia

inquérito que apurou crime que se procede mediante


ar

ação penal privada, este deve ser remetido ao juízo Art. 22 No Distrito Federal e nas comarcas em
M

competente, aguardando em cartório o ajuizamento que houver mais de uma circunscrição policial,
a

a autoridade com exercício em uma delas poderá,


lv

da queixa-crime por parte do ofendido, ou, caso este


Si

deseje melhor analisar os autos, poderá levar consi- nos inquéritos a que esteja procedendo, ordenar
diligências em circunscrição de outra, independen-
da

go (o que se denomina “fazer carga”) o IP, devendo


ficar cópia integral no cartório (a cópia é chamada temente de precatórias ou requisições, e bem assim
ira

traslado). providenciará, até que compareça a autoridade


re

competente, sobre qualquer fato que ocorra em sua

NOÇÕES DE DIREITO PROCESSUAL PENAL


Pe

presença, noutra circunscrição.


SIGILO DO INQUÉRITO
u s

Art. 20 A autoridade assegurará no inquérito o


Circunscrição policial é a divisão territorial que
he

sigilo necessário à elucidação do fato ou exigido existe em determinadas cidades e no DF na qual o


at

pelo interesse da sociedade. delegado de polícia exerce suas funções (equivale à


M

Parágrafo único. Nos atestados de antecedentes competência do juiz).


que lhe forem solicitados, a autoridade policial não O art. 22 autoriza que um delegado que preside
poderá mencionar quaisquer anotações referentes um IP ou seus policiais subordinados ingressem na
a instauração de inquérito contra os requerentes. circunscrição de outra autoridade policial para efe-
tuar diligências, sem que haja necessidade de expedir
O inquérito é sigiloso, conforme indica o art. 20, ofícios ou requisições para a realização do ato.
do CPP. Isso significa que o acesso aos autos do IP
não é livre a qualquer pessoa do povo, nem mesmo COMUNICAÇÃO AO INSTITUTO DE IDENTIFICAÇÃO
ao indiciado, pessoalmente. No entanto, tal restrição E ESTATÍSTICA
não se aplica ao advogado, tendo em vista o que o
inciso XIV, art. 7º, da Lei nº 8.906, de 1994 (Estatuto da Art. 23 Ao fazer a remessa dos autos do inquérito
Advocacia), estabelece que: ao juiz competente, a autoridade policial oficiará
ao Instituto de Identificação e Estatística, ou
Art. 7º (Lei nº 8.906, de 4 de julho de 1994) São repartição congênere, mencionando o juízo a que
direitos do advogado: tiverem sido distribuídos, e os dados relativos à
[...] infração penal e à pessoa do indiciado. 301
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qualquer título, a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.
Atualmente, por conta da informatização, tais Requisição: exigência legal que o Ministro da
dados são lançados em sistemas e acessados direta- Justiça encaminha ao Ministério Público de que seja
mente pelos institutos de identificação e estatística. apurada a prática de determinada infração penal e
sua autoria. Essa situação acontece quando há crime
Em cada Estado, o instituto tem uma nomenclatura
contra a honra do Presidente da República ou chefe de
diferente; em São Paulo, por exemplo, é o Instituto de governo estrangeiro.
Identificação Ricardo Gumbleton Daunt o responsável Representação: o ofendido ou seu representan-
por concentrar todas as informações criminais sobre te legal informa a notícia do crime e, caso manifeste
qualquer indivíduo. interesse, representa criminalmente contra o autor
dos fatos.

Art. 25 A representação será irretratável, depois de


oferecida a denúncia.
DA AÇÃO PENAL: ESPÉCIES
É cabível a retratação da representação, em
A doutrina e a jurisprudência definem a ação decorrência do princípio da oportunidade ou conve-
penal como direito de exigir do Estado a aplicação do niência, desde que ela ocorra antes do oferecimento
direito penal (lei penal) em face do indivíduo envolvi- da denúncia.
do em fato tipificado como infração penal (crime ou
contravenção penal).
Importante!
A ação penal encontra -se regulamentada entre os
arts. 24 a 62, do Código de Processo Penal, os quais De acordo com o art. 16, da Lei nº 11.340, de
analisaremos a seguir: 2006, nos crimes praticados mediante violência
doméstica e familiar contra a mulher, a retrata-
ção é possível até o recebimento da denúncia.
Art. 24 Nos crimes de ação pública, esta será pro-
Essa retratação será feita perante o juiz, em
movida por denúncia do Ministério Público, mas
audiência designada especialmente para esse
dependerá, quando a lei o exigir, de requisição do
fim, ouvido o Ministério Público.
Ministro da Justiça, ou de representação do ofendi-
do ou de quem tiver qualidade para representá-lo.
§ 1º No caso de morte do ofendido ou quando Art. 26 A ação penal, nas contravenções, será ini-

25
declarado ausente por decisão judicial, o direito de ciada com o auto de prisão em flagrante ou por

7-
meio de portaria expedida pela autoridade judiciá-

84
representação passará ao cônjuge, ascendente, des-
ria ou policial.

0.
cendente ou irmão. (Parágrafo único renumerado

36
pela Lei nº 8.699, de 27.8.1993)
A norma descrita no art. 26, do Código de Proces-
.
71
§ 2º Seja qual for o crime, quando praticado em so Penal, está revogada pela Constituição Federal,
-1

detrimento do patrimônio ou interesse da União, de 1988. Isso porque, anteriormente à Constituição


Estado e Município, a ação penal será públi- de 1988, era possível o início da ação penal por por-
ia
ar

ca. (Incluído pela Lei nº 8.699, de 27.8.1993) taria da autoridade judiciária ou policial, bem como
M

pela lavratura do auto de prisão em flagrante. Com


a

As espécies de ação penal levam em consideração o advento da Constituição Federal, a titularidade da


lv

o titular do seu exercício, nos termos do art. 24, do ação penal passou a ser do Ministério Público.
Si

Código de Processo Penal. Por meio da tabela a seguir,


da

Art. 27 Qualquer pessoa do povo poderá provocar


observe quais são as espécies de ação penal: a iniciativa do Ministério Público, nos casos em que
ira

caiba a ação pública, fornecendo-lhe, por escrito,


re

AÇÃO PENAL PÚBLICA AÇÃO PENAL PRIVADA informações sobre o fato e a autoria e indicando o
Pe

tempo, o lugar e os elementos de convicção.


Incondicionada Propriamente dita
u s

Personalíssima
he

Condicionada à Este artigo trata da delatio criminis ao Ministério


representação Público. Se o próprio Código de Processo Penal pre-
at

Subsidiária da Pública
vê que qualquer pessoa está autorizada a comunicar
M

a ocorrência de um crime à autoridade policial com


Ação Penal Pública: nesta espécie de ação, o titular é o intuito de se instaurar inquérito policial, o mesmo
o Ministério Público. A ação penal pública divide-se em: ocorre com o Ministério Público, que, como já vimos,
é titular da ação penal. Assim, qualquer pessoa pode-
z Ação Penal Pública Incondicionada: trata-se da regra rá encaminhar ao promotor de justiça uma petição,
adotada pelo nosso ordenamento jurídico. O Ministério requerendo providências e fornecendo dados e docu-
mentos, para que as medidas legais sejam tomadas.
Público (e outros órgão de persecução penal) age de ofí-
cio independentemente de qualquer condição; Art. 28 Ordenado o arquivamento do inquérito
� Ação Penal Pública Condicionada: neste caso, será policial ou de quaisquer elementos informativos da
exigida a representação do ofendido ou a requisição do mesma natureza, o órgão do Ministério Público
Ministro da Justiça. Essa representação ou requisição comunicará à vítima, ao investigado e à auto-
ridade policial e encaminhará os autos para
tratam-se de condição específica de procedibilidade
a instância de revisão ministerial para fins
para o exercício da ação penal pública condicionada, de homologação, na forma da lei. (Redação dada
302 abrangendo, inclusive, o inquérito policial. pela Lei nº 13.964, de 2019)
O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para Matheus Pereira da Silva Maria - 171.360.847-25, vedada, por quaisquer meios e a
qualquer título, a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.
§ 1º Se a vítima, ou seu representante legal, não I - se for cabível transação penal de competência
concordar com o arquivamento do inquérito poli- dos Juizados Especiais Criminais, nos termos da lei;
cial, poderá, no prazo de 30 (trinta) dias do rece- (Incluído pela Lei nº 13.964, de 2019)
bimento da comunicação, submeter a matéria à II - se o investigado for reincidente ou se houver ele-
revisão da instância competente do órgão minis- mentos probatórios que indiquem conduta criminal
terial, conforme dispuser a respectiva lei orgânica. habitual, reiterada ou profissional, exceto se insig-
(Incluído pela Lei nº 13.964, de 2019) nificantes as infrações penais pretéritas; (Incluído
§ 2º Nas ações penais relativas a crimes praticados em pela Lei nº 13.964, de 2019)
detrimento da União, Estados e Municípios, a revisão do III - ter sido o agente beneficiado nos 5 (cinco) anos
arquivamento do inquérito policial poderá ser provoca- anteriores ao cometimento da infração, em acordo
da pela chefia do órgão a quem couber a sua representa- de não persecução penal, transação penal ou sus-
ção judicial. (Incluído pela Lei nº 13.964, de 2019) pensão condicional do processo; e (Incluído pela Lei
nº 13.964, de 2019)
O art. 28, do Código de Processo Penal, foi alterado pela IV - nos crimes praticados no âmbito de violência
doméstica ou familiar, ou praticados contra a mulher
Lei nº 13.964, de 2019, denominada Pacote Anticrime. A
por razões da condição de sexo feminino, em favor do
nova redação determina que não há mais o requerimento
agressor. (Incluído pela Lei nº 13.964, de 2019)
de arquivamento ao juiz, devendo este ser realizado dire- § 3º O acordo de não persecução penal será for-
tamente pelo Ministério Público. Observe a tabela a seguir: malizado por escrito e será firmado pelo membro
do Ministério Público, pelo investigado e por seu
ORDENADO O ARQUIVAMENTO DO INQUÉRITO defensor. (Incluído pela Lei nº 13.964, de 2019)
POLICIAL OU DE QUALQUER OUTRO ELEMENTO § 4º Para a homologação do acordo de não persecução
INFORMATIVO DA MESMA NATUREZA, O MINISTÉRIO penal, será realizada audiência na qual o juiz deverá
PÚBLICO: verificar a sua voluntariedade, por meio da oitiva do
Comunicará: Encaminhará os autos para a ins- investigado na presença do seu defensor, e sua legali-
� Vítima tância de revisão ministerial para dade. (Incluído pela Lei nº 13.964, de 2019)
� Investigado fins de homologação § 5º Se o juiz considerar inadequadas, insuficientes
� Autoridade policial ou abusivas as condições dispostas no acordo de
não persecução penal, devolverá os autos ao Minis-
tério Público para que seja reformulada a proposta
Art. 28-A Não sendo caso de arquivamento e tendo de acordo, com concordância do investigado e seu
o investigado confessado formal e circunstancial- defensor. (Incluído pela Lei nº 13.964, de 2019)
mente a prática de infração penal sem violência § 6º Homologado judicialmente o acordo de não
ou grave ameaça e com pena mínima inferior a 4 persecução penal, o juiz devolverá os autos ao

25
(quatro) anos, o Ministério Público poderá propor Ministério Público para que inicie sua execução

7-
acordo de não persecução penal, desde que neces- perante o juízo de execução penal. (Incluído pela

84
sário e suficiente para reprovação e prevenção do Lei nº 13.964, de 2019)

0.
crime, mediante as seguintes condições ajustadas § 7º O juiz poderá recusar homologação à propos-

36
cumulativa e alternativamente: (Incluído pela Lei ta que não atender aos requisitos legais ou quando
nº 13.964, de 2019) .
71
não for realizada a adequação a que se refere o § 5º
I - reparar o dano ou restituir a coisa à vítima, exce- deste artigo. (Incluído pela Lei nº 13.964, de 2019)
-1

to na impossibilidade de fazê-lo; (Incluído pela Lei § 8º Recusada a homologação, o juiz devolverá


ia

nº 13.964, de 2019) os autos ao Ministério Público para a análise da


ar

II - renunciar voluntariamente a bens e direitos necessidade de complementação das investigações


M

indicados pelo Ministério Público como instrumen- ou o oferecimento da denúncia. (Incluído pela Lei nº
a

tos, produto ou proveito do crime; (Incluído pela 13.964, de 2019)


lv

Lei nº 13.964, de 2019) § 9º A vítima será intimada da homologação do


Si

III - prestar serviço à comunidade ou a entidades acordo de não persecução penal e de seu descum-
da

públicas por período correspondente à pena míni- primento. (Incluído pela Lei nº 13.964, de 2019)
ma cominada ao delito diminuída de um a dois ter- § 10 Descumpridas quaisquer das condições estipu-
ira

ços, em local a ser indicado pelo juízo da execução, ladas no acordo de não persecução penal, o Minis-
re

na forma do art. 46 do Decreto-Lei nº 2.848, de 7 de tério Público deverá comunicar ao juízo, para fins

NOÇÕES DE DIREITO PROCESSUAL PENAL


Pe

dezembro de 1940 (Código Penal); (Incluído pela Lei de sua rescisão e posterior oferecimento de denún-
nº 13.964, de 2019)
s

cia. (Incluído pela Lei nº 13.964, de 2019)


u

IV - pagar prestação pecuniária, a ser estipulada § 11 O descumprimento do acordo de não perse-


he

nos termos do art. 45 do Decreto-Lei nº 2.848, de cução penal pelo investigado também poderá ser
at

7 de dezembro de 1940 (Código Penal), a entidade utilizado pelo Ministério Público como justifica-
M

pública ou de interesse social, a ser indicada pelo tiva para o eventual não oferecimento de suspen-
juízo da execução, que tenha, preferencialmen- são condicional do processo. (Incluído pela Lei nº
te, como função proteger bens jurídicos iguais ou 13.964, de 2019)
semelhantes aos aparentemente lesados pelo deli- § 12 A celebração e o cumprimento do acordo de
to; ou (Incluído pela Lei nº 13.964, de 2019) não persecução penal não constarão de certidão de
V - cumprir, por prazo determinado, outra condição antecedentes criminais, exceto para os fins previs-
indicada pelo Ministério Público, desde que propor- tos no inciso III do § 2º deste artigo. (Incluído pela
cional e compatível com a infração penal imputada. Lei nº 13.964, de 2019)
(Incluído pela Lei nº 13.964, de 2019) § 13 Cumprido integralmente o acordo de não
§ 1º Para aferição da pena mínima cominada ao persecução penal, o juízo competente decretará
delito a que se refere o caput deste artigo, serão a extinção de punibilidade. (Incluído pela Lei nº
consideradas as causas de aumento e diminuição 13.964, de 2019)
aplicáveis ao caso concreto. (Incluído pela Lei nº § 14 No caso de recusa, por parte do Ministério
13.964, de 2019) Público, em propor o acordo de não persecução
§ 2º O disposto no caput deste artigo não se apli- penal, o investigado poderá requerer a remessa dos
ca nas seguintes hipóteses: (Incluído pela Lei nº autos a órgão superior, na forma do art. 28 deste
13.964, de 2019) Código. (Incluído pela Lei nº 13.964, de 2019) 303
O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para Matheus Pereira da Silva Maria - 171.360.847-25, vedada, por quaisquer meios e a
qualquer título, a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.
Outra inovação trazida pelo pacote anticrime foi a z Ação penal privada personalíssima: persona-
inclusão do art. 28-A, ao Código de Processo Penal, que líssima porque cabe única e exclusivamente
regulamenta o Acordo de Não Persecução Penal. ao ofendido ingressar com a ação, ou ao curador
Trata-se de uma nova modalidade de flexibilização especial, caso designado para atuar em seu nome.
do Princípio da Obrigatoriedade da Ação Penal Públi- O único exemplo no ordenamento jurídico vigente
ca, pois caso o acordo seja aceito, ele acarretará no é o crime de induzimento a erro essencial e ocul-
não oferecimento de Denúncia pelo Ministério Públi- tação de impedimento ao casamento (art. 236, do
co. Sua homologação é feita em audiência própria na Código Penal);
qual se analisa a voluntariedade e a legalidade, ressal- z Ação penal privada subsidiária da pública: tra-
tando que não faz coisa julgada material, e o seu cum- ta-se de direito fundamental que confere a legiti-
midade ao ofendido, ou seu representante legal,
prido integralmente gera a extinção de punibilidade.
para propor queixa-crime substitutiva no caso de
A aplicação do Acordo de Não Persecução Penal
inércia do Ministério Público, quando tiver ocorri-
requer o cumprimento de requisitos objetivos e con-
do a transcrição do prazo para o oferecimento da
dições. Vejamos: denúncia. O prazo para que o ofendido proponha
a ação penal privada subsidiária da pública é de
Requisitos Objetivos decadencial de 6 (seis) meses. Nesta hipótese, o
Ministério Público não fica impedido de propor a
z Confissão formal e circunstancial da prática deliti- ação penal pública competente, ainda que o ofen-
va pelo investigado; dido tenha proposto a ação penal privada.
z Infração cometida sem violência ou grave ameaça;
z Pena mínima inferior a 4 anos (consideradas as Art. 32 Nos crimes de ação privada, o juiz, a reque-
causas de aumento e diminuição aplicáveis ao rimento da parte que comprovar a sua pobreza,
caso concreto). nomeará advogado para promover a ação penal.
§ 1º Considerar-se-á pobre a pessoa que não puder
prover às despesas do processo, sem privar-se dos
Condições
recursos indispensáveis ao próprio sustento ou da
família.
z Reparar o dano ou restituir a coisa à vítima, exceto § 2º Será prova suficiente de pobreza o atestado da
na impossibilidade de fazê-lo; autoridade policial em cuja circunscrição residir o
z Renunciar voluntariamente a bens e direitos indi- ofendido.
cados pelo Ministério Público como instrumentos,

25
produto ou proveito do crime; Para aplicação do art. 32, do Código de Processo
z Prestar serviço à comunidade ou a entidades Penal, basta a comprovação de que se trata de pessoa

7-
84
públicas por período correspondente à pena míni- com poucos recursos, que não pode prover às despe-
sas do processo, bastando como meio de comprovação

0.
ma cominada ao delito diminuída de um a dois ter-

36
ços, em local a ser indicado pelo juízo da execução; a apresentação de uma simples declaração de próprio
z Pagar prestação pecuniária à entidade pública ou punho do interessado. .
71
de interesse social, a ser indicada pelo juízo da exe-
-1

cução, que tenha, preferencialmente, como função Art. 33 Se o ofendido for menor de 18 anos, ou men-
ia

proteger bens jurídicos iguais ou semelhantes aos talmente enfermo, ou retardado mental, e não tiver
ar

representante legal, ou colidirem os interesses des-


aparentemente lesados pelo delito; ou
M

te com os daquele, o direito de queixa poderá ser


z Cumprir, por prazo determinado, outra condição
a

exercido por curador especial, nomeado, de ofício


lv

indicada pelo Ministério Público, desde que propor- ou a requerimento do Ministério Público, pelo juiz
Si

cional e compatível com a infração penal imputada. competente para o processo penal.
da

Art. 29 Será admitida ação privada nos crimes Nesta hipótese, o direito de queixa ou de repre-
ira

de ação pública, se esta não for intentada no pra- sentação poderá ser exercido por curador especial,
re

zo legal, cabendo ao Ministério Público aditar a nomeado, de ofício ou a requerimento do Ministério


Pe

queixa, repudiá-la e oferecer denúncia substitutiva, Público, pelo juiz competente para o processo penal.
intervir em todos os termos do processo, fornecer
s

Importante lembrar que fica a cargo do curador


u

elementos de prova, interpor recurso e, a todo tem- especial oferecer ou não a representação ou queixa,
he

po, no caso de negligência do querelante, retomar a cabendo a ele fazer o que entender ser oportuno aos
at

ação como parte principal. interesses do menor, do mentalmente enfermo ou do


M

Art. 30 Ao ofendido ou a quem tenha qualidade retardado mental.


para representá-lo caberá intentar a ação privada.
Art. 31 No caso de morte do ofendido ou quando Art. 34 Se o ofendido for menor de 21 e maior de 18
declarado ausente por decisão judicial, o direito de anos, o direito de queixa poderá ser exercido por ele
oferecer queixa ou prosseguir na ação passará ao ou por seu representante legal.
cônjuge, ascendente, descendente ou irmão.
Atualmente, em decorrência da Lei nº 10.406, de
Ação Penal Privada: nesta ação, o titular é o ofen- 2002 (Código Civil), o maior de 18 anos é plenamente
dido. A Ação Penal Privada será exigida pelo próprio capaz para todos os atos da vida civil, não mais neces-
tipo penal. São espécies da ação penal privada: sitando de representante legal. Portanto, não existe
mais sentido no disposto nesse artigo.
z Ação penal exclusivamente privada ou propria-
mente dita: espécie na qual são legitimados para Art. 35 (Revogado pela Lei nº 9.520, de 27.11.1997)
ingressar com ação penal privada o ofendido ou Art. 36 Se comparecer mais de uma pessoa com
seu representante legal, ou, ainda, o curador espe- direito de queixa, terá preferência o cônjuge, e,
304 cial designado pelo juiz; em seguida, o parente mais próximo na ordem de
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qualquer título, a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.
enumeração constante do art. 31, podendo, entre- A representação deve ser feita pelo próprio ofendido,
tanto, qualquer delas prosseguir na ação, caso o pessoalmente, ou por procurador com poderes especiais.
querelante desista da instância ou a abandone. De acordo com o caput do art. 39, do Código de Processo
Penal, o destinatário dessa representação será o juiz, o
O art. 31, do Código de Processo Penal, determina órgão do Ministério Público ou a autoridade policial.
uma ordem de preferência na sucessão processual. No
entanto, tratando-se de sucessão processual em quei- Art. 40 Quando, em autos ou papéis de que conhece-
xa-crime, qualquer um dos sucessores poderá prosse- rem, os juízes ou tribunais verificarem a existência
guir no processo já instaurado, caso o querelante (o de crime de ação pública, remeterão ao Ministério
cônjuge) desista ou abandone. Público as cópias e os documentos necessários ao
oferecimento da denúncia.
Art. 37 As fundações, associações ou socieda-
des legalmente constituídas poderão exercer a O art. 40, do Código de Processo Penal, traz a hipóte-
ação penal, devendo ser representadas por quem se de notitia criminis apresentada por juízes ao Minis-
os respectivos contratos ou estatutos designa- tério Público. Nos casos em que juízes e tribunais se
rem ou, no silêncio destes, pelos seus diretores ou depararem com elementos sobre a prática de determi-
sócios-gerentes. nada infração de ação penal pública incondicionada,
deverão remeter tais informações ao titular da ação
No caso de ação penal privada, a pessoa jurídica penal, para que ele tome as devidas providências.
poderá figurar no polo ativo, ajuizando a queixa. Já
em se tratando de caso de ação penal pública, quando Art. 41 A denúncia ou queixa conterá a exposição
o Ministério Público ficar inerte quanto à propositura do fato criminoso, com todas as suas circunstân-
da ação, a pessoa jurídica poderá propor ação penal cias, a qualificação do acusado ou esclarecimentos
privada subsidiária da pública. pelos quais se possa identificá-lo, a classificação do
crime e, quando necessário, o rol das testemunhas.
Art. 38 Salvo disposição em contrário, o ofendido,
ou seu representante legal, decairá no direito de Nesse artigo, estão listados de forma expressa os
queixa ou de representação, se não o exercer den- requisitos da peça acusatória, quais sejam:
tro do prazo de seis meses, contado do dia em que
vier a saber quem é o autor do crime, ou, no caso
z exposição do fato criminoso;
do art. 29, do dia em que se esgotar o prazo para o
z qualificação do acusado;
oferecimento da denúncia.

25
Parágrafo único. Verificar-se-á a decadência do z classificação do crime;

7-
direito de queixa ou representação, dentro do mes- z rol de testemunhas, quando necessário.

84
mo prazo, nos casos dos arts. 24, parágrafo único,

0.
e 31. No entanto, não se excluem outros requisitos elen-

36
cados pela doutrina, tais como o endereçamento da
.
71
A decadência é a perda do direito de agir, pelo peça acusatória, a citação das razões de convicção ou
-1

decurso do tempo estabelecido em lei, provocando a presunção da delinquência, entre outros.


ia

extinção da punibilidade do agente.


ar

O prazo decadência previsto no art. 38, do Códi- Art. 42 O Ministério Público não poderá desis-
M

go de Processo Penal, é de 6 (seis) meses, contados tir da ação penal.


a

da data do conhecimento da autoria. Por tratar-se de


lv

prazo de direito material, inclui-se o dia do começo e Em outras palavras, o Ministério Público é obrigado
Si

exclui-se o do fim. a oferecer denúncia, caso estejam presentes as condi-


da

ções da ação penal e a existência de justa causa. Além


ira

Art. 39 O direito de representação poderá ser disso, o Ministério Público também não poderá dispor
ou desistir do processo em curso. Tal regramento é
re

exercido, pessoalmente ou por procurador com

NOÇÕES DE DIREITO PROCESSUAL PENAL


Pe

poderes especiais, mediante declaração, escrita aplicável tanto para ação penal pública (incondiciona-
ou oral, feita ao juiz, ao órgão do Ministério Públi- da e condicionada), quanto para ação penal privada
u s

co, ou à autoridade policial. subsidiária da pública, em se tratando do Ministério


he

§ 1º A representação feita oralmente ou por escrito, Público, pois este não apenas tem que assumir o pro-
at

sem assinatura devidamente autenticada do ofendi- cesso que foi iniciado e negligenciado pelo querelante,
M

do, de seu representante legal ou procurador, será como também dele não poderá desistir
reduzida a termo, perante o juiz ou autoridade poli-
cial, presente o órgão do Ministério Público, quan-
Art. 43 (Revogado pela Lei nº 11.719, de 2008).
do a este houver sido dirigida.
Art. 44 A queixa poderá ser dada por procurador
§ 2º A representação conterá todas as informações
com poderes especiais, devendo constar do ins-
que possam servir à apuração do fato e da autoria.
trumento do mandato o nome do querelante e a
§ 3º Oferecida ou reduzida a termo a representação,
menção do fato criminoso, salvo quando tais escla-
a autoridade policial procederá a inquérito, ou, não
recimentos dependerem de diligências que devem
sendo competente, remetê-lo-á à autoridade que o for.
ser previamente requeridas no juízo criminal.
§ 4º A representação, quando feita ao juiz ou peran-
te este reduzida a termo, será remetida à autorida-
de policial para que esta proceda a inquérito. Nos termos do art. 44, o procurador não neces-
§ 5º O órgão do Ministério Público dispensará o sariamente precisa ser advogado. Essa procuração
inquérito, se com a representação forem ofereci- poderá abranger a nomeação, por mandato, de qual-
dos elementos que o habilitem a promover a ação quer pessoa capaz que possa representar o querelan-
penal, e, neste caso, oferecerá a denúncia no prazo te, que inclusive, pode contratar o advogado para o
de quinze dias. ajuizamento da ação penal. 305
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qualquer título, a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.
Art. 45 A queixa, ainda quando a ação penal for Art. 48 A queixa contra qualquer dos autores do
privativa do ofendido, poderá ser aditada pelo crime obrigará ao processo de todos, e o Minis-
Ministério Público, a quem caberá intervir em tério Público velará pela sua indivisibilidade.
todos os termos subseqüentes do processo.
O querelante, ao optar pelo oferecimento da queixa,
Aditamento da queixa pelo Ministério Público tem não pode escolher quem vai processar. Ele está obrigado
como objetivo corrigir eventuais falhas apresentadas a processar todos os autores do delito, por força do prin-
na peça inicial. cípio da indivisibilidade. Tal disposição tem por objeti-
Em se tratando da ação penal privada propria- vo evitar que a vítima escolha a pessoa a ser punida.
mente dita e da personalíssima, o Ministério Público
não é dotado de legitimidade ad causam, ou seja, ele Art. 49 A renúncia ao exercício do direito de quei-
não possui a legitimidade para incluir coautores, par- xa, em relação a um dos autores do crime, a todos
tícipes e outros fatos delituosos de ação penal de ini- se estenderá.
ciativa privada. A única coisa que o Ministério Público
pode fazer nessas situações é aditar a queixa-crime No mesmo sentido do artigo anterior, em decor-
apenas para incluir circunstâncias de tempo, de lugar, rência do princípio da indivisibilidade, a renúncia ao
modus operandi etc. exercício do direito de queixa, em relação a um dos
Já nos casos de ação penal privada subsidiária da autores do crime, a todos se estenderá.
pública, por possuir em sua origem a natureza públi-
ca, o Ministério Público tem ampla legitimidade para Art. 50 A renúncia expressa constará de declara-
proceder ao aditamento, podendo incluir novos fatos ção assinada pelo ofendido, por seu representante
delituosos, novos coautores e partícipes, acrescentar legal ou procurador com poderes especiais.
elementos, entre outros. Parágrafo único. A renúncia do representante legal
do menor que houver completado 18 (dezoito) anos
Art. 46 O prazo para oferecimento da denúncia, não privará este do direito de queixa, nem a renún-
estando o réu preso, será de 5 dias, contado da cia do último excluirá o direito do primeiro.
data em que o órgão do Ministério Público rece-
ber os autos do inquérito policial, e de 15 dias, se A renúncia assinada pelo ofendido, ou por seu
o réu estiver solto ou afiançado. No último caso, se representante, pode ser expressa ou tácita:
houver devolução do inquérito à autoridade poli-
cial (art. 16), contar-se-á o prazo da data em que z Renúncia expressa, legal ou por procurador
o órgão do Ministério Público receber novamente

25
com poderes especiais: renúncia feita por decla-
os autos. ração inequívoca, conforme descrito no caput do

7-
§ 1º Quando o Ministério Público dispensar o inqué-

84
art. 50, do Código de Processo Civil;
rito policial, o prazo para o oferecimento da denún- z Renúncia tácita: ocorre quando a vítima pratica

0.
cia contar-se-á da data em que tiver recebido as

36
ato incompatível com a vontade de processar, con-
peças de informações ou a representação forme determinado pelo parágrafo único, art. 104,
.
71
§ 2º O prazo para o aditamento da queixa será de 3 do Código Penal.
-1

dias, contado da data em que o órgão do Ministério


Público receber os autos, e, se este não se pronun-
ia

Já a renúncia do representante legal do menor com


ciar dentro do tríduo, entender-se-á que não tem o
ar

18 (dezoito) anos completos ou mais foi tacitamente


que aditar, prosseguindo-se nos demais termos do
M

revogada pelo advento do novo Código Civil.


processo.
a

Quando o ofendido atinge sua maioridade aos 18


lv

(dezoito) anos de idade, deixa de ter representante


Si

O art. 46, do Código de Processo Penal, determina legal, com exceção dos casos como os de doença men-
da

os prazos para oferecimento da denúncia. Vejamos a


tal ou retardamento mental.
tabela a seguir:
ira
re

Art. 51 O perdão concedido a um dos quere-


ACUSADO PRESO
Pe

lados aproveitará a todos, sem que produza,


Prazo para oferecimento da denúncia: 5 dias todavia, efeito em relação ao que o recusar.
u s

ACUSADO SOLTO
he

Na ação penal privada propriamente dita, o per-


at

Prazo para oferecimento da denúncia: 15 dias dão equivale à desistência da demanda, o que somen-
M

te pode ocorrer quando a ação já está ajuizada. Neste


Art. 47 Se o Ministério Público julgar necessá- caso, o perdão é ato bilateral, pois exige a concor-
rios maiores esclarecimentos e documentos com- dância do agressor (querelado).
plementares ou novos elementos de convicção,
deverá requisitá-los, diretamente, de quaisquer Art. 52 Se o querelante for menor de 21 e maior
autoridades ou funcionários que devam ou possam de 18 anos, o direito de perdão poderá ser exercido
fornecê-los. por ele ou por seu representante legal, mas o per-
dão concedido por um, havendo oposição do outro,
O referido artigo trata-se da requisição ministerial. não produzirá efeito.
Estando o representante do Ministério Público com o
inquérito policial em mãos e concluindo pela neces- Como anteriormente estudado, após a edição da
sidade de maiores esclarecimentos acerca da autoria Lei nº 10.406, de 2002 (Código Civil), o maior de 18
e/ou materialidade, poderá requisitar as diligências anos não tem mais representante legal. Sendo assim,
complementares diretamente à autoridade policial e/ somente o ofendido maior de 18 (dezoito) anos pode-
ou administrativa, desde que não haja necessidade de rá perdoar. Portando, o art. 52, do Código de Processo
306 prévia autorização judicial. Penal, atualmente não possui aplicação.
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Art. 53 Se o querelado for mentalmente enfermo ou z Aceitação tácita: ocorre quando o querelado, intima-
retardado mental e não tiver representante legal, do para se manifestar sobre o perdão concedido pelo
ou colidirem os interesses deste com os do querela- querelante, permanece inerte durante 3 (três) dias.
do, a aceitação do perdão caberá ao curador que o
juiz lhe nomear. No caso da recusa, ela não pode ser tácita, já que o
silêncio importa a aceitação do perdão.
Quando o querelado for mentalmente enfermo ou
retardado mental, ele deverá ter um representante Art. 59 A aceitação do perdão fora do processo
legal, que é o seu curador de direito civil, a quem com- constará de declaração assinada pelo querelado,
pete aceitar o perdão. Se o querelado for mentalmente por seu representante legal ou procurador com
enfermo ou retardado mental e não tiver represen- poderes especiais.
tante legal, ou colidirem os interesses deste com os do
querelado, a aceitação do perdão caberá ao curador Da mesma forma que o perdão pode ser concedido
que o juiz lhe nomear. de forma judicial e extrajudicial, a aceitação também
pode ser extraprocessual. Nesse caso, o querelado, ou
Art. 54 Se o querelado for menor de 21 anos, obser- o procurador com poderes especiais, deve firmar uma
var-se-á, quanto à aceitação do perdão, o disposto declaração aceitando o perdão.
no art. 52.
Art. 60 Nos casos em que somente se procede median-
Como anteriormente estudado, o maior de 18 anos te queixa, considerar-se-á perempta a ação penal:
é plenamente capaz para todos os atos da vida civil e I - quando, iniciada esta, o querelante deixar de promo-
não possui mais representante legal. O referido dispo- ver o andamento do processo durante 30 dias seguidos;
sitivo já não possui mais aplicação. II - quando, falecendo o querelante, ou sobrevindo
sua incapacidade, não comparecer em juízo, para
Art. 55 O perdão poderá ser aceito por procurador prosseguir no processo, dentro do prazo de 60 (ses-
com poderes especiais. senta) dias, qualquer das pessoas a quem couber
Art. 56 Aplicar-se-á ao perdão extraprocessual fazê-lo, ressalvado o disposto no art. 36;
expresso o disposto no art. 50. III - quando o querelante deixar de comparecer,
sem motivo justificado, a qualquer ato do processo
a que deva estar presente, ou deixar de formular o
O perdão subdivide-se em extrajudicial ou judicial.
pedido de condenação nas alegações finais;
IV - quando, sendo o querelante pessoa jurídica,

25
z Perdão Judicial: perdão concedido no decorrer esta se extinguir sem deixar sucessor.

7-
do processo penal, mediante petição assinada

84
pelo ofendido ou por procurador com poderes A perempção consiste na desídia por parte que-

0.
especiais;

36
relante na condução da ação sem lhe dar o devido
z Perdão Extrajudicial: concedido fora do proces- andamento, demonstrando o desinteresse na causa.
.
71
so penal, mediante termo expresso desistindo da Ocorrerá a perempção nos seguintes casos:
-1

ação. Pode ser pessoalmente ou por procurador


com poderes especiais, ou em virtude da prática
ia

z deixar de promover injustificadamente o anda-


ar

de ato incompatível com o desejo de prosseguir mento do processo por 30 dias seguidos;
M

com o feito. z não comparecimento aos autos dos sucessores do


a

querelante falecido ou incapaz, no prazo de 60


lv

Art. 57 A renúncia tácita e o perdão tácito admiti-


Si

dias, para dar prosseguimento, independentemen-


rão todos os meios de prova.
te de intimação;
da

z quando o querelante deixar de comparecer a ato


ira

Ocorrendo controvérsia entre as partes, quanto processual que deva estar presente, sem motivo
à renúncia e ao perdão concedidos de maneira táci-
re

justificado, ou deixar de formular o pedido de con-

NOÇÕES DE DIREITO PROCESSUAL PENAL


Pe

ta, haverá a necessidade de produção de prova para denação nas alegações finais;
demonstrar ao juiz que houve a prática de algum ato z quando o querelante for pessoa jurídica e, ao ser
u s

incompatível com a vontade de processar o autor do extinta, não deixar sucessor.


he

crime de ação penal privada. Neste sentido, o art. 57,


at

do Código de Processo Penal, admite todos os meios Art. 61 Em qualquer fase do processo, o juiz, se
M

de provas. reconhecer extinta a punibilidade, deverá


declará-lo de ofício.
Art. 58 Concedido o perdão, mediante declaração Parágrafo único. No caso de requerimento do
expressa nos autos, o querelado será intimado a Ministério Público, do querelante ou do réu, o juiz
dizer, dentro de três dias, se o aceita, devendo, ao mandará autuá-lo em apartado, ouvirá a parte con-
mesmo tempo, ser cientificado de que o seu silêncio trária e, se o julgar conveniente, concederá o prazo
importará aceitação. de cinco dias para a prova, proferindo a decisão
Parágrafo único. Aceito o perdão, o juiz julgará dentro de cinco dias ou reservando-se para apre-
extinta a punibilidade. ciar a matéria na sentença final.

A aceitação do perdão também pode ser expressa De acordo com o art. 61, do Código de Processo
ou tácita. Penal, cabe ao magistrado reconhecer qualquer causa
de extinção da punibilidade, ouvindo as partes pre-
z Aceitação expressa: ocorre quando o querelado viamente, mas agindo de ofício, pois trata-se de hipó-
se manifesta expressamente no prazo estipulado tese em que o Estado não possui mais o interesse de
pelo art. 58, do Código de Processo Penal; punir o acusado. 307
O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para Matheus Pereira da Silva Maria - 171.360.847-25, vedada, por quaisquer meios e a
qualquer título, a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.
Art. 62 No caso de morte do acusado, o juiz forem apreendidas em poder de terceiro de boa-fé,
somente à vista da certidão de óbito, e depois de que será intimado para alegar e provar o seu direi-
ouvido o Ministério Público, declarará extinta a to, em prazo igual e sucessivo ao do reclamante,
punibilidade. tendo um e outro dois dias para arrazoar.

Por fim, finalizando nossos estudos quanto à ação Como, por exemplo, terceiro de boa-fé, verdadeiro
penal, quando ocorrer a morte do acuso, o juiz deverá
dono da coisa pode alegar e provar o seu direito.
declarar extinta a punibilidade, após a juntada de cer-
tidão de óbito nos autos e manifestação do Ministério
z Terceira etapa:
Público.
Art. 120 [...]
§ 3º Sobre o pedido de restituição será sempre ouvi-
do o Ministério Público.
DA PRISÃO, DAS MEDIDAS § 4º Em caso de dúvida sobre quem seja o verda-
CAUTELARES E DA LIBERDADE deiro dono, o juiz remeterá as partes para o juízo
PROVISÓRIA cível, ordenando o depósito das coisas em mãos de
depositário ou do próprio terceiro que as detinha,
CAPÍTULO I — DISPOSIÇÕES GERAIS se for pessoa idônea.

As medidas cautelares devem ser aplicadas com A exemplo disso, o MP é ouvido sobre o pedido
vista a dois pontos importantes: de restituição, caso se trate de dúvida possessória os
autos são dirigidos ao juízo cível.
z Necessidade: se é realmente necessária à sua apli-
cação para assegurar a imposição da lei penal, ou
para a investigação do crime, ou até mesmo para Importante!
a produção de provas. Inclusive, a necessidade
pode vir do temor da prática de novas infrações Na hipótese de decretação de perdimento de
pelo agente. Ex.: o acusado compra passagens para obras de arte ou de outros bens de relevante
o exterior; valor cultural ou artístico, se o crime não tiver
z Adequação: proporção entre a medida e a gravi- vítima determinada, poderá haver destinação

25
dade do crime, circunstâncias do fato e condições dos bens a museus públicos.

7-
pessoais do acusado. Ex.: o acusado cometeu um

84
crime violento e é uma pessoa perigosa.

0.
36
Art. 120 [...]
DA RESTITUIÇÃO DE COISAS APREENDIDAS § 5º Tratando-se de coisas facilmente deterioráveis,
.
71
serão avaliadas e levadas a leilão público, depositan-
-1

Art. 118 Antes de transitar em julgado a sentença do-se o dinheiro apurado, ou entregues ao terceiro que
ia

final, as coisas apreendidas não poderão ser resti- as detinha, se este for pessoa idônea e assinar termo
ar

tuídas enquanto interessarem ao processo. de responsabilidade.


M
a

Como, por exemplo, as armas usadas no crime.


lv

Ademais, vejamos:
Os objetos apreendidos, inclusive, não poderão ser
Si

restituídos, mesmo depois de transitar em julgado a


da

Art. 121 No caso de apreensão de coisa adquirida


sentença final, salvo se pertencerem ao lesado ou a com os proventos da infração, aplica-se o disposto
ira

terceiro de boa-fé. no art. 133 e seu parágrafo.


re

Extrai-se do texto da lei as seguintes etapas: Art. 122 Sem prejuízo do disposto no art. 120, as
Pe

coisas apreendidas serão alienadas nos termos do


z Primeira etapa:
s

disposto no art. 133 deste Código.


u
he

Parágrafo único. (Revogado).


Art. 120 A restituição, quando cabível, poderá ser
Art. 123 Fora dos casos previstos nos artigos ante-
at

ordenada pela autoridade policial ou juiz, mediante


M

riores, se dentro no prazo de 90 dias, a contar da


termo nos autos, desde que não exista dúvida quan-
data em que transitar em julgado a sentença final,
to ao direito do reclamante.
§ 1º Se duvidoso esse direito, o pedido de restituição condenatória ou absolutória, os objetos apreendi-
autuar-se-á em apartado, assinando-se ao reque- dos não forem reclamados ou não pertencerem ao
rente o prazo de 5 (cinco) dias para a prova. Em tal réu, serão vendidos em leilão, depositando-se o sal-
caso, só o juiz criminal poderá decidir o incidente. do à disposição do juízo de ausentes.
Art. 124 Os instrumentos do crime, cuja perda em
Como, por exemplo, se o juiz ordena a restituição, favor da União for decretada, e as coisas confisca-
em caso incontroverso, ou, o requerente produz pro- das, de acordo com o disposto no art. 100 do Códi-
va em 5 dias, em caso controverso. go Penal, serão inutilizados ou recolhidos a museu
criminal, se houver interesse na sua conservação.
z Segunda etapa: Art. 124-A Na hipótese de decretação de perdimen-
to de obras de arte ou de outros bens de relevante
Art. 120 [...] valor cultural ou artístico, se o crime não tiver víti-
§ 2º O incidente autuar-se-á também em apartado ma determinada, poderá haver destinação dos bens
308 e só a autoridade judicial o resolverá, se as coisas a museus públicos.
O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para Matheus Pereira da Silva Maria - 171.360.847-25, vedada, por quaisquer meios e a
qualquer título, a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.
PRISÃO COMO MEIO DE PROVA

A prisão não pode ser vista como meio de prova (ex. tortura), inclusive, a prisão exige fundamentação idônea
para a sua concessão.

Art. 315 A decisão que decretar, substituir ou denegar a prisão preventiva será sempre motivada e fundamentada.
§ 1º Na motivação da decretação da prisão preventiva ou de qualquer outra cautelar, o juiz deverá indicar concreta-
mente a existência de fatos novos ou contemporâneos que justifiquem a aplicação da medida adotada.
§ 2º Não se considera fundamentada qualquer decisão judicial, seja ela interlocutória, sentença ou acórdão, que:
I - limitar-se à indicação, à reprodução ou à paráfrase de ato normativo, sem explicar sua relação com a causa ou
a questão decidida
II - empregar conceitos jurídicos indeterminados, sem explicar o motivo concreto de sua incidência no caso;
III - invocar motivos que se prestariam a justificar qualquer outra decisão;
IV - não enfrentar todos os argumentos deduzidos no processo capazes de, em tese, infirmar a conclusão adotada
pelo julgador;
V - limitar-se a invocar precedente ou enunciado de súmula, sem identificar seus fundamentos determinantes nem
demonstrar que o caso sob julgamento se ajusta àqueles fundamentos;
VI - deixar de seguir enunciado de súmula, jurisprudência ou precedente invocado pela parte, sem demonstrar a
existência de distinção no caso em julgamento ou a superação do entendimento.

CONCEITO E ESPÉCIES

A prisão, como privação da liberdade de locomoção, é dividida em duas espécies. A primeira espécie é a como cumpri-
mento de pena, após o trânsito em julgado da condenação. Nesse tipo de prisão o procedimento passa a ser aplicado pelo
juiz das execuções, de acordo com a Lei de Execução Penal (LEP). A outra espécie de prisão consiste na prisão como medi-
da cautelar, que visa assegurar o regular trâmite do processo, para no final vir a ser aplicada a pena e esta ser cumprida.

DA PRISÃO

O sistema processual penal permite durante o trâmite processual a imposição de restrições tanto à liberdade do
indivíduo (ex.: prisão cautelar), como medidas cautelares diversas da prisão (ex.: monitoração eletrônica). Isso acontece
para a proteção do processo. Imagine que haja risco de o acusado fugir do país, o juiz pode reter o passaporte do indiví-

25
duo, ou, a requerimento do Ministério Público impor uma prisão cautelar.

7-
84
A prisão preventiva somente será determinada quando não for cabível a sua substituição por outra medida cautelar.
Ademais, o não cabimento da substituição por outra medida cautelar deverá ser justificado de forma fundamentada nos

0.
36
elementos presentes do caso concreto, de forma individualizada (§ 6º, do art. 282).
.
As medidas cautelares não se aplicam à infração que não for cominada pena privativa de liberdade, pois a inten-
71
sidade da medida não faz sentido se a própria lei comina um resultado mais brando para aquele determinado crime.
-1
ia

CAPÍTULO II — DA PRISÃO EM FLAGRANTE


ar
M

Art. 283 Ninguém poderá ser preso senão em flagrante delito ou por ordem escrita e fundamentada da autoridade judiciá-
a

ria competente, em decorrência de prisão cautelar ou em virtude de condenação criminal transitada em julgado.
lv
Si

Nos termos do art. 283, do CPP, ninguém poderá ser preso senão:
da
ira

z em flagrante delito;
re

z ordem escrita e fundamentada da autoridade judiciária competente;

NOÇÕES DE DIREITO PROCESSUAL PENAL


Pe

z prisão cautelar (prisão temporária, prisão preventiva etc.);


s

z condenação criminal transitada em julgado.


u
he

Qualquer do povo poderá (flagrante facultativo) prender em flagrante delito; as autoridades policiais deve-
at

rão (flagrante compulsório) prender em flagrante delito. Vejamos os dispositivos:


M

Art. 301 Qualquer do povo poderá e as autoridades policiais e seus agentes deverão prender quem quer que seja
encontrado em flagrante delito.
Art. 302 Considera-se em flagrante delito quem:
I - está cometendo a infração penal;
II - acaba de cometê-la;
III - é perseguido, logo após, pela autoridade, pelo ofendido ou por qualquer pessoa, em situação que faça presumir
ser autor da infração;
IV - é encontrado, logo depois, com instrumentos, armas, objetos ou papéis que façam presumir ser ele autor da
infração.

FLAGRANTE PRÓPRIO Está cometendo ou acaba de cometer

FLAGRANTE IMPRÓPRIO,
É perseguido logo após, em situação que faça presumir ser autor da infração
IRREAL, QUASE FLAGRANTE
309
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FLAGRANTE PRESUMIDO, É encontrado, logo depois, com instrumentos, armas e objetos que façam
FICTO presumir ser ele autor da infração

FLAGRANTE ESPERADO A autoridade policial espera o início da execução delitiva

FLAGRANTE PREPARADO/ O agente é induzido a cometer o delito S145/STF: Não há crime quando a
PROVOCADO preparação do flagrante pela polícia torna impossível sua consumação

A autoridade policial tem a faculdade de aguardar o momento mais adequado para


FLAGRANTE PRORROGADO/ realizar a prisão, ainda que sua atitude implique na postergação da intervenção
DIFERIDO Obs.: só na lei de organização criminosa basta a comunicação prévia do juiz (e
não a autorização)

Se a infração for inafiançável, a falta de exibição do mandado não impede a prisão. O preso será imediatamen-
te apresentado ao juiz que tiver expedido o mandado, para a realização de audiência de custódia. A audiência de
custódia serve, por exemplo, para o juiz identificar eventuais maus tratos sofridos pelo preso.

ANTES DO PACOTE ANTICRIME APÓS O PACOTE ANTICRIME

Art. 283 Ninguém poderá ser preso senão em flagrante


Art. 283 Ninguém poderá ser preso senão em flagrante
delito ou por ordem escrita e fundamentada da autoridade
delito ou por ordem escrita e fundamentada da autori-
judiciária competente, em decorrência de sentença con-
dade judiciária competente, em decorrência de prisão
denatória transitada em julgado ou, no curso da investiga-
cautelar ou em virtude de condenação criminal transita-
ção ou do processo, em virtude de prisão temporária ou
da em julgado
prisão preventiva

Art. 287 Se a infração for inafiançável, a falta de exibi-


Art. 287 Se a infração for inafiançável, a falta de exibi-
ção do mandado não obstará a prisão, e o preso, em tal
ção do mandado não obstará à prisão, e o preso, em tal
caso, será imediatamente apresentado ao juiz que tiver
caso, será imediatamente apresentado ao juiz que tiver
expedido o mandado, para a realização de audiência de
expedido o mandado
custódia

25
7-
Perceba que o Pacote Anticrime dividiu a prisão em duas espécies: prisão cautelar e prisão execução de pena.

84
Ademais, a nova legislação impôs a realização da audiência de custódia seguida da prisão.

0.
Após receber o auto de prisão em flagrante, no prazo máximo de 24 (vinte e quatro) horas, contadas da rea-

36
lização da prisão, o juiz deverá promover Audiência de custódia, com a presença do acusado, seu advogado
constituído ou membro da Defensoria Pública e o membro do Ministério Público. .
71
Se transcorridas as vinte e quatro horas, a não realização da audiência de custódia (sem motivação idônea) ensejará
-1

a ilegalidade da prisão, a ser relaxada pela autoridade competente, sem prejuízo da possibilidade de imediata decre-
ia

tação de prisão preventiva. Ademais, a autoridade que deu causa, sem motivação idônea, à não realização da audiência
ar

de custódia no prazo estabelecido responderá administrativa, civil e penalmente pela omissão.


M

Todavia, no dia 22 de janeiro de 2020, o Ministro Luiz Fux suspendeu a eficácia da liberação da prisão pela não
a

realização da audiência de custódia no prazo de 24 (vinte e quatro) horas.


lv

Na audiência de custódia, o juiz decide fundamentadamente (art. 310):


Si
da

z relaxar a prisão ilegal;


ira

z converter a prisão em flagrante em preventiva, quando presentes os requisitos, e se revelarem inadequadas


ou insuficientes as medidas cautelares diversas da prisão;
re
Pe

z conceder liberdade provisória, com ou sem fiança.


u s
he
at
M

310
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ANTES DO PACOTE ANTICRIME APÓS O PACOTE ANTICRIME

Art. 310 Após receber o auto de prisão em flagrante, no prazo máximo de até
Art. 310 Ao receber o auto de 24 (vinte e quatro) horas após a realização da prisão, o juiz deverá promover
prisão em flagrante, o juiz deverá audiência de custódia com a presença do acusado, seu advogado constituído
fundamentadamente: ou membro da Defensoria Pública e o membro do Ministério Público, e, nessa
I - relaxar a prisão ilegal audiência, o juiz deverá, fundamentadamente:
II - converter a prisão em flagrante I - relaxar a prisão ilegal
em preventiva, quando presentes II - converter a prisão em flagrante em preventiva, quando presentes os requisitos
os requisitos constantes do art. constantes do art. 312 deste Código, e se revelarem inadequadas ou insuficien-
312 deste Código, e se revelarem tes as medidas cautelares diversas da prisão
inadequadas ou insuficientes as III - conceder liberdade provisória, com ou sem fiança
medidas cautelares diversas da § 1º Se o juiz verificar, pelo auto de prisão em flagrante, que o agente praticou
prisão o fato em qualquer das condições constantes dos incisos I, II ou III do caput do
III - conceder liberdade provisória, art. 23 do Decreto-Lei nº 2.848, de 7 de dezembro de 1940 (Código Penal), po-
com ou sem fiança derá, fundamentadamente, conceder ao acusado liberdade provisória, mediante
Parágrafo único. Se o juiz verificar, termo de comparecimento obrigatório a todos os atos processuais, sob pena de
pelo auto de prisão em flagrante, revogação
que o agente praticou o fato nas § 2º Se o juiz verificar que o agente é reincidente ou que integra organização
condições constantes dos incisos criminosa armada ou milícia, ou que porta arma de fogo de uso restrito, deverá
I a III do caput do art. 23 do Decre- denegar a liberdade provisória, com ou sem medidas cautelares.
to-Lei nº 2.848, de 7 de dezembro § 3º A autoridade que deu causa, sem motivação idônea, à não realização da
de 1940 - Código Penal, poderá, audiência de custódia no prazo estabelecido no caput deste artigo responderá
fundamentadamente, conceder ao administrativa, civil e penalmente pela omissão
acusado liberdade provisória, me- § 4º Transcorridas 24 (vinte e quatro) horas após o decurso do prazo
diante termo de comparecimento estabelecido no caput deste artigo, a não realização de audiência de custódia
a todos os atos processuais, sob sem motivação idônea ensejará também a ilegalidade da prisão, a ser relaxada
pena de revogação pela autoridade competente, sem prejuízo da possibilidade de imediata
decretação de prisão preventiva

Ademais, de acordo com a jurisprudência, a decisão proferida na audiência de custódia reconhecendo a atipi-

25
cidade do fato não faz coisa julgada. A decisão não vincula o titular da ação penal, que poderá oferecer acusação

7-
contra o indivíduo, narrando os mesmos fatos, e o juiz poderá receber a denúncia.

84
De acordo com o art. 310, do CPP, se o juiz verificar, pelo auto de prisão em flagrante, que o agente praticou

0.
o fato em legítima defesa, o juiz pode, de maneira fundamentada, conceder ao acusado liberdade provisória,

36
mediante termo de comparecimento obrigatório a todos os atos processuais, sob pena de revogação.
.
71
Se o juiz verificar que o agente é reincidente ou que integra organização criminosa armada ou milícia, ou que
-1

porta arma de fogo de uso restrito, deverá denegar a liberdade provisória, com ou sem medidas cautelares.
ia

CAPÍTULO III — DA PRISÃO PREVENTIVA


ar
M

De acordo com o art. 311, em qualquer fase da investigação policial ou do processo penal, caberá a prisão
a
lv

preventiva decretada pelo juiz, a requerimento do Ministério Público, do querelante ou do assistente, ou por
Si

representação da autoridade policial.


da

A prisão preventiva poderá ser decretada como:


ira

z garantia da ordem pública;


re

z garantia da ordem econômica;

NOÇÕES DE DIREITO PROCESSUAL PENAL


Pe

z por conveniência da instrução criminal;


assegurar a aplicação da lei penal (risco de fuga).
s

z
u
he

Todavia, a prisão preventiva só pode ser decretada desde que haja prova da existência do crime e indício sufi-
at

ciente de autoria e de perigo gerado pelo estado de liberdade do imputado (ex. risco de fuga). A decisão precisa ser
M

motivada e fundamentada mostrando receio de perigo e existência concreta de fatos novos ou contemporâneos
que justifiquem a aplicação da medida adotada.
Vale lembrar que as prisões cautelares não devem ser confundidas com a prisão-pena, pois as primeiras bus-
cam assegurar a boa aplicação do Direito Penal em casos que exigem tal medida de urgência, já a segunda advém
do trânsito em julgado da condenação criminal.

ANTES DO PACOTE ANTICRIME APÓS O PACOTE ANTICRIME

Art. 311 Em qualquer fase da investigação policial ou do Art. 311 Em qualquer fase da investigação policial ou do
processo penal, caberá a prisão preventiva decretada pelo processo penal, caberá a prisão preventiva decretada pelo
juiz, de ofício, se no curso da ação penal, ou a requerimen- juiz, a requerimento do Ministério Público, do querelante
to do Ministério Público, do querelante ou do assistente, ou do assistente, ou por representação da autoridade
ou por representação da autoridade policial policial

311
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qualquer título, a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.
ANTES DO PACOTE ANTICRIME APÓS O PACOTE ANTICRIME

Art. 312 A prisão preventiva poderá ser decretada como


garantia da ordem pública, da ordem econômica, por
conveniência da instrução criminal ou para assegurar a
Art. 312 A prisão preventiva poderá ser decretada como
aplicação da lei penal, quando houver prova da existência
garantia da ordem pública, da ordem econômica, por
do crime e indício suficiente de autoria e de perigo gerado
conveniência da instrução criminal, ou para assegurar a
pelo estado de liberdade do imputado
aplicação da lei penal, quando houver prova da existência
§ 1º A prisão preventiva também poderá ser decretada
do crime e indício suficiente de autoria
em caso de descumprimento de qualquer das obrigações
Parágrafo Único. A prisão preventiva também poderá ser
impostas por força de outras medidas cautelares (art.
decretada em caso de descumprimento de qualquer das
282, § 4o)
obrigações impostas por força de outras medidas caute-
§ 2º A decisão que decretar a prisão preventiva deve
lares (art. 282, § 4o)
ser motivada e fundamentada em receio de perigo e
existência concreta de fatos novos ou contemporâneos
que justifiquem a aplicação da medida adotada

Art. 313 Nos termos do art. 312 deste Código, será ad-
mitida a decretação da prisão preventiva: Art. 313 Nos termos do art. 312 deste Código, será ad-
I - nos crimes dolosos punidos com pena privativa de mitida a decretação da prisão preventiva:
liberdade máxima superior a 4 (quatro) anos I - nos crimes dolosos punidos com pena privativa de
II - se tiver sido condenado por outro crime doloso, em liberdade máxima superior a 4 (quatro) anos
sentença transitada em julgado, ressalvado o disposto II - se tiver sido condenado por outro crime doloso, em
no inciso I do caput do art. 64 do Decreto-Lei no 2.848, de sentença transitada em julgado, ressalvado o disposto
7 de dezembro de 1940 - Código Penal no inciso I do caput do art. 64 do Decreto-Lei no 2.848, de
III - se o crime envolver violência doméstica e familiar 7 de dezembro de 1940 - Código Penal
contra a mulher, criança, adolescente, idoso, enfermo ou III - se o crime envolver violência doméstica e familiar
pessoa com deficiência, para garantir a execução das contra a mulher, criança, adolescente, idoso, enfermo ou
medidas protetivas de urgência pessoa com deficiência, para garantir a execução das
Parágrafo Único. Também será admitida a prisão pre- medidas protetivas de urgência
ventiva quando houver dúvida sobre a identidade civil § 1º Também será admitida a prisão preventiva quando

25
da pessoa ou quando esta não fornecer elementos sufi- houver dúvida sobre a identidade civil da pessoa ou
cientes para esclarecê-la, devendo o preso ser colocado quando esta não fornecer elementos suficientes para es-

7-
84
imediatamente em liberdade após a identificação, salvo clarecê-la, devendo o preso ser colocado imediatamente
se outra hipótese recomendar a manutenção da medida. em liberdade após a identificação, salvo se outra hipótese

0.
36
§ 1º Também será admitida a prisão preventiva quando recomendar a manutenção da medida
houver dúvida sobre a identidade civil da pessoa ou quan- .
§ 2º Não será admitida a decretação da prisão preventiva
71
do esta não fornecer elementos suficientes para esclare- com a finalidade de antecipação de cumprimento de pena
-1

cê-la, devendo o preso ser colocado imediatamente em ou como decorrência imediata de investigação criminal
ia

liberdade após a identificação, salvo se outra hipótese ou da apresentação ou recebimento de denúncia


ar

recomendar a manutenção da medida


M
a

Art. 316 O juiz poderá, de ofício ou a pedido das partes,


lv

revogar a prisão preventiva se, no correr da investigação ou


Si

do processo, verificar a falta de motivo para que ela subsista,


da

Art. 316 O juiz poderá revogar a prisão preventiva se, no


bem como novamente decretá-la, se sobrevierem razões que
correr do processo, verificar a falta de motivo para que
ira

a justifiquem
subsista, bem como de novo decretá-la, se sobrevierem
Parágrafo único. Decretada a prisão preventiva, deverá o
re

razões que a justifiquem


órgão emissor da decisão revisar a necessidade de sua
Pe

manutenção a cada 90 (noventa) dias, mediante decisão


s

fundamentada, de ofício, sob pena de tornar a prisão ilegal


u
he
at

Perceba que com o Pacote Anticrime o juiz não pode mais decretar de ofício a prisão preventiva, para que seja
M

preservado o sistema acusatório, no qual as funções de acusar e julgar são extremamente separadas. Ademais, a nova
lei ressaltou que a prisão preventiva exige demonstração do perigo que causa a liberdade do acusado. Por fim, como
espelho do Código de Processo Civil, de 2015, alguns requisitos são estabelecidos quanto à motivação da prisão.
Não se considera fundamentada qualquer decisão judicial, seja ela interlocutória, sentença ou acórdão, que:

z limitar-se à indicação, à reprodução ou à paráfrase de ato normativo, sem explicar sua relação com a causa
ou a questão decidida;
z empregar conceitos jurídicos indeterminados, sem explicar o motivo concreto de sua incidência no caso;
z invocar motivos que se prestariam a justificar qualquer outra decisão;
z não enfrentar todos os argumentos deduzidos no processo capazes de, em tese, infirmar a conclusão adotada
pelo julgador;
z limitar-se a invocar precedente ou enunciado de súmula, sem identificar seus fundamentos determinantes
nem demonstrar que o caso sob julgamento se ajusta àqueles fundamentos;
z deixar de seguir enunciado de súmula, jurisprudência ou precedente invocado pela parte, sem demonstrar a
existência de distinção no caso em julgamento ou a superação do entendimento.
312
O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para Matheus Pereira da Silva Maria - 171.360.847-25, vedada, por quaisquer meios e a
qualquer título, a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.
Importante!
O juiz poderá, de ofício ou a pedido das partes, revogar a prisão preventiva se, no correr da investigação ou do pro-
cesso, verificar a falta de motivo para que ela subsista, bem como novamente decretá-la, se sobrevierem razões
que a justifiquem. Decretada, deve-se revisar a necessidade de sua manutenção a cada 90 (noventa) dias.

LEI Nº 7.960, DE 1989 — PRISÃO TEMPORÁRIA

A prisão temporária só cabe no caso de determinados crimes taxados pela lei, quando imprescindível para
as investigações do inquérito policial; ou quando o indicado não tiver residência fixa ou não fornecer elementos
necessários ao esclarecimento de sua identidade. São necessárias fundadas razões de autoria ou participação do
indiciado nos seguintes crimes:

z homicídio doloso (caput e § 2º, art. 121);


z sequestro ou cárcere privado (caput e §§ 1º e 2º, art. 148);
z roubo (caput e §§ 1º, 2º e 3º, art. 157);
z extorsão (caput e §§ 1º e 2º, art. 158);
z extorsão mediante sequestro (caput, §§ 1º, 2º e 3º, art. 159);
z estupro (caput, art. 213, e sua combinação com o caput e parágrafo único, art. 223);
z atentado violento ao pudor (caput, art. 214, e sua combinação com o caput e parágrafo único, art. 223,);
z rapto violento (art. 219, e sua combinação com o caput, e parágrafo único, art. 223);
z epidemia com resultado de morte (§ 1º, art. 267);
z envenenamento de água potável ou substância alimentícia ou medicinal qualificado pela morte (caput, art.
270, combinado com art. 285);
z quadrilha ou bando (art. 288), todos do Código Penal;
z genocídio (arts. 1º, 2º e 3º, da Lei nº 2.889, de 1º de outubro de 1956), em qualquer de suas formas típicas;
z tráfico de drogas (art. 12, da Lei nº 6.368, de 21 de outubro de 1976);
z crimes contra o sistema financeiro (Lei nº 7.492, de 16 de junho de 1986);
z crimes previstos na Lei de Terrorismo (Lei nº 13.260, de 16 de março de 2016).

25
A prisão temporária será decretada pelo Juiz, em face da representação da autoridade policial ou de requeri-

7-
mento do Ministério Público, e terá o prazo de 5 (cinco) dias, prorrogável por igual período em caso de extrema e

84
comprovada necessidade.

0.
Decorrido o prazo contido no mandado de prisão, a autoridade responsável pela custódia deverá, indepen-

36
dentemente de nova ordem da autoridade judicial, pôr imediatamente o preso em liberdade, salvo se já tiver sido
.
71
comunicada da prorrogação da prisão temporária ou da decretação da prisão preventiva.
-1

Lembre-se que os presos temporários devem ficar separados dos demais detentos. Nos termos:
ia
ar

Art. 2º (Lei nº 7.960, de 1989)


M

A prisão temporária será decretada pelo Juiz, em face da representação da autoridade policial ou de requerimento
a

do Ministério Público, e terá o prazo de 5 (cinco) dias, prorrogável por igual período em caso de extrema e compro-
lv

vada necessidade.
Si

§ 1º Na hipótese de representação da autoridade policial, o Juiz, antes de decidir, ouvirá o Ministério Público.
da

§ 2º O despacho que decretar a prisão temporária deverá ser fundamentado e prolatado dentro do prazo de 24 (vinte
e quatro) horas, contadas a partir do recebimento da representação ou do requerimento.
ira

§ 3º O Juiz poderá, de ofício, ou a requerimento do Ministério Público e do Advogado, determinar que o preso lhe seja
re

apresentado, solicitar informações e esclarecimentos da autoridade policial e submetê-lo a exame de corpo de delito.

NOÇÕES DE DIREITO PROCESSUAL PENAL


Pe

§ 4º Decretada a prisão temporária, expedir-se-á mandado de prisão, em duas vias, uma das quais será entregue ao
s

indiciado e servirá como nota de culpa.


u

§ 4º-A O mandado de prisão conterá necessariamente o período de duração da prisão temporária estabelecido no
he

caput deste artigo, bem como o dia em que o preso deverá ser libertado.
at

§ 5º A prisão somente poderá ser executada depois da expedição de mandado judicial.


M

§ 6º Efetuada a prisão, a autoridade policial informará o preso dos direitos previstos no art. 5º da Constituição
Federal.
§ 7º Decorrido o prazo contido no mandado de prisão, a autoridade responsável pela custódia deverá, independen-
temente de nova ordem da autoridade judicial, pôr imediatamente o preso em liberdade, salvo se já tiver sido comu-
nicada da prorrogação da prisão temporária ou da decretação da prisão preventiva.
§ 8º Inclui-se o dia do cumprimento do mandado de prisão no cômputo do prazo de prisão temporária.
Art. 3º Os presos temporários deverão permanecer, obrigatoriamente, separados dos demais detentos.

313
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qualquer título, a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.
CAPÍTULO IV — DA PRISÃO DOMICILIAR

A prisão domiciliar pode ser obtida durante o processo ou na execução pena. Perceba a diferença:

PRISÃO DOMICILIAR APÓS O


TRÂNSITO EM JULGADO (CUM-
PRISÃO DOMICILIAR ANTES DO TRÂNSITO EM JULGADO — CÓDIGO DE PROCESSO
PRIMENTO DE PENA) — LEI DE
PENAL
EXECUÇÃO PENAL Nº 7.210, DE
1984

Art. 318 Poderá o juiz substituir a prisão preventiva pela domiciliar quando o agente for:
I - maior de 80 (oitenta) anos
II - extremamente debilitado por motivo de doença grave Art. 117 Somente se admitirá o
III - imprescindível aos cuidados especiais de pessoa menor de 6 (seis) anos de idade ou com recolhimento do beneficiário de
deficiência regime aberto em residência parti-
IV - gestante cular quando se tratar de:
V - mulher com filho de até 12 (doze) anos de idade incompletos I - condenado maior de 70 (setenta)
VI - homem, caso seja o único responsável pelos cuidados do filho de até 12 (doze) anos de anos
idade incompletos II - condenado acometido de doença
Parágrafo único. Para a substituição, o juiz exigirá prova idônea dos requisitos estabelecidos grave
neste artigo III - condenada com filho menor ou
Art. 318-A A prisão preventiva imposta à mulher gestante ou que for mãe ou responsável por deficiente físico ou mental
crianças ou pessoas com deficiência será substituída por prisão domiciliar, desde que: IV - condenada gestante
I - não tenha cometido crime com violência ou grave ameaça a pessoa
II - não tenha cometido o crime contra seu filho ou dependente

CAPÍTULO V — DAS OUTRAS MEDIDAS CAUTELARES

De acordo com a atualização no Pacote Anticrime, o juiz não poderá mais decretar as medidas cautelares de
ofício. Isto é, somente serão decretadas pelo juiz a requerimento das partes ou, quando no curso da investiga-
ção criminal, por representação da autoridade policial ou mediante requerimento do Ministério Público.
Ao receber o pedido de medida cautelar, o juiz deverá intimar a parte contrária, para se manifestar no prazo

25
de cinco dias. Os casos de urgência ou de perigo deverão ser justificados e fundamentados em decisão.

7-
No caso de descumprimento de qualquer das obrigações impostas, o juiz, mediante requerimento do Minis-

84
tério Público, de seu assistente ou do querelante, poderá substituir a medida, impor outra em cumulação, ou, em

0.
último caso, decretar a prisão preventiva.

36
O juiz não poderá mais, de ofício, substituir a medida, impor outra em cumulação ou decretar a prisão preven-
.
71
tiva, nos casos de descumprimento. Todavia, quando faltar motivo para que subsista a medida cautelar imposta ou
-1

quando sobrevierem razões que a justifique, o juiz poderá, de ofício, revogá-la ou substituí-la, respectivamente.
O artigo a seguir teve sua redação dada e atualizada pela Lei nº 12.403, de 2011.
ia
ar

Art. 319 São medidas cautelares diversas da prisão:


M

I - comparecimento periódico em juízo, no prazo e nas condições fixadas pelo juiz, para informar e justificar
a
lv

atividades;
Si

II - proibição de acesso ou frequência a determinados lugares quando, por circunstâncias relacionadas ao fato, deva
da

o indiciado ou acusado permanecer distante desses locais para evitar o risco de novas infrações;
III - proibição de manter contato com pessoa determinada quando, por circunstâncias relacionadas ao fato, deva o
ira

indiciado ou acusado dela permanecer distante;


re

IV - proibição de ausentar-se da Comarca quando a permanência seja conveniente ou necessária para a investigação
Pe

ou instrução;
V - recolhimento domiciliar no período noturno e nos dias de folga quando o investigado ou acusado tenha residên-
u s

cia e trabalho fixos;


he

VI - suspensão do exercício de função pública ou de atividade de natureza econômica ou financeira quando houver
at

justo receio de sua utilização para a prática de infrações penais;


M

VII - internação provisória do acusado nas hipóteses de crimes praticados com violência ou grave ameaça, quando
os peritos concluírem ser inimputável ou semi-imputável (art. 26 do Código Penal) e houver risco de reiteração;
VIII - fiança, nas infrações que a admitem, para assegurar o comparecimento a atos do processo, evitar a obstrução
do seu andamento ou em caso de resistência injustificada à ordem judicial;
IX - monitoração eletrônica.

Houve também atualização nos parágrafos do art. 282, do CPP, de acordo com a Lei nº 13.964, de 2019. Observe:

Art. 282 [...]


§ 2º As medidas cautelares serão decretadas pelo juiz a requerimento das partes ou, quando no curso da investiga-
ção criminal, por representação da autoridade policial ou mediante requerimento do Ministério Público.
§ 3º Ressalvados os casos de urgência ou de perigo de ineficácia da medida, o juiz, ao receber o pedido de medida
cautelar, determinará a intimação da parte contrária, para se manifestar no prazo de 5 (cinco) dias, acompanhada
de cópia do requerimento e das peças necessárias, permanecendo os autos em juízo, e os casos de urgência ou de
perigo deverão ser justificados e fundamentados em decisão que contenha elementos do caso concreto que justifi-
quem essa medida excepcional.
314
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qualquer título, a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.
§ 4º No caso de descumprimento de qualquer das z a autoridade policial pode conceder fiança se for
obrigações impostas, o juiz, mediante requeri- uma infração com pena máxima não superior a 4
mento do Ministério Público, de seu assistente ou anos de prisão, seja de detenção ou reclusão;
do querelante, poderá substituir a medida, impor z superado o limite de pena máxima superior a 4
outra em cumulação, ou, em último caso, decretar anos de prisão, a fiança deve ser requerida ao juiz
a prisão preventiva, nos termos do parágrafo único (tem 48h para decidir). Em outras palavras, a auto-
do art. 312 deste Código. ridade policial somente poderá conceder fiança
§ 5º O juiz poderá, de ofício ou a pedido das partes,
nos casos de infração cuja pena privativa de liber-
revogar a medida cautelar ou substituí-la quando
dade máxima não seja superior a quatro anos. Nos
verificar a falta de motivo para que subsista, bem
como voltar a decretá-la, se sobrevierem razões
demais casos, a fiança será requerida ao juiz, que
que a justifiquem. decidirá em 48 (quarenta e oito) horas.
§ 6º A prisão preventiva somente será determinada
quando não for cabível a sua substituição por outra VALOR DA FIANÇA PENA
medida cautelar, observado o art. 319 deste Código,
e o não cabimento da substituição por outra medi- 1 a 100 salários-mínimos Não passa de 4 anos
da cautelar deverá ser justificado de forma funda-
mentada nos elementos presentes do caso concreto, 10 a 200
É superior a 4 anos
de forma individualizada. salários-mínimos

CAPÍTULO VI — DA LIBERDADE PROVISÓRIA, COM A situação econômica do preso pode orientar que
OU SEM FIANÇA a fiança seja dispensada, reduzida até 2/3 ou aumen-
tada em 1000 vezes.
Art. 321 Ausentes os requisitos que autorizam a
decretação da prisão preventiva, o juiz deverá conce- z ao aceitar pagar a fiança, o réu se torna obrigado
der liberdade provisória, impondo, se for o caso, as a comparecer sempre que intimado, do contrário a
medidas cautelares previstas no art. 319 deste Código
fiança fica quebrada;
e observados os critérios constantes do art. 282 deste
z ao aceitar a fiança, o réu se torna obrigado a não
Código.
Art. 322 A autoridade policial somente poderá conce-
mudar de residência sem permissão da autorida-
der fiança nos casos de infração cuja pena privativa de de, nem se ausentar por mais de 8 dias da sua resi-
liberdade máxima não seja superior a 4 (quatro) anos. dência, sem comunicar à autoridade. Do contrário,
Parágrafo único. Nos demais casos, a fiança será a fiança fica quebrada.

25
requerida ao juiz, que decidirá em 48 (quarenta e oito)

7-
horas. Se a prisão foi em flagrante, quem concede a fiança

84
é a autoridade que preside o auto. Se a prisão foi por

0.
A prisão é relaxada quando for constatada alguma mandado, quem concede a fiança é o juiz que expediu
irregularidade. Como nas situações exemplo que seguem: . 36
o mandado ou a autoridade que requisitou a prisão. A
71
fiança será concedida independentemente de audiên-
-1

z Exemplo 1: transcorridas 24 (vinte e quatro) horas cia do Ministério Público, até o trânsito em julgado.
O valor da fiança serve para pagar custas, danos,
ia

da apreensão a não realização de audiência de cus-


ar

tódia sem motivação idônea ensejará a ilegalidade prestação pecuniária, multa, em caso de condenação
M

da prisão, a ser relaxada pela autoridade compe- do réu ou prescrição da sentença condenatória. O res-
a

tente, sem prejuízo da possibilidade de imediata tante que sobrar vai para o fundo penitenciário, em
lv

decretação de prisão preventiva; caso de perda da fiança (perda total) ou quebra (perda
Si

z Exemplo 2: se o investigado estiver preso, o juiz das parcial).


da

garantias poderá, mediante representação da autori- O valor da fiança é restituído caso seja declarada
ira

dade policial e ouvido o Ministério Público, prorro- sem efeito, em caso de absolvição transitada em jul-
gado ou extinção da ação penal. A fiança é cassada
re

gar, uma única vez, a duração do inquérito por até

NOÇÕES DE DIREITO PROCESSUAL PENAL


Pe

15 dias, após o que, se ainda assim a investigação não quando não é cabível fiança, ex.: desclassificou o deli-
for concluída, a prisão será imediatamente relaxada. to para delito inafiançável.
u s
he

Em até 24 horas da prisão, o juiz deve realizar a HIPÓTESES DE HIPÓTESES DE


at

audiência de custódia, com a presença do acusado, seu REFORÇO DA FIANÇA QUEBRA DA FIANÇA
M

advogado e o MP. Então o juiz pode optar por: relaxar


a prisão ilegal, converter a prisão em flagrante em pre- Deixar de comparecer
ventiva ou conceder liberdade provisória (com ou sem à intimação, obstruir o
A autoridade pegou por
fiança). andamento do processo,
engano valor insuficiente,
Se o juiz verificar que o agente praticou o fato descumprir outra medida
depreciação/perecimen-
mediante alguma excludente de ilicitude, pode conceder cautelar, resistir à ordem
to dos bens, desclassifi-
liberdade provisória, mediante termo de comparecimen- judicial, praticar nova
cação do delito que exija
to obrigatório a todos os atos processuais, sob pena de infração penal dolosa
um valor maior. Se o réu
revogação. Como consequência
não reforça a fiança, a
A liberdade provisória deve ser denegada quando perde metade do valor e
fiança fica sem efeito (é
o agente for reincidente, integrar organização cri- o juiz decide se vai impor
devolvida) e o réu é reco-
minosa armada, integrar milícia ou portar arma de outras medidas cautela-
lhido à prisão
fogo de uso restrito. Inclusive, se não é caso de prisão res ou decretar a prisão
preventiva, o juiz deve conceder liberdade provisória preventiva
(com ou sem medidas cautelares diversas da prisão).
315
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qualquer título, a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.
HIPÓTESES DE HIPÓTESES DE Art. 387 O juiz, ao proferir sentença condenatória:
REFORÇO DA FIANÇA QUEBRA DA FIANÇA I - mencionará as circunstâncias agravantes ou ate-
nuantes definidas no Código Penal, e cuja existência
Obs.: se no final do processo o réu for condenado e reconhecer;
não se apresentar para o início do cumprimento de II - mencionará as outras circunstâncias apuradas e
pena, perderá a totalidade do valor da fiança, nos tudo o mais que deva ser levado em conta na aplica-
termos do art. 344 ção da pena, de acordo com o disposto nos arts. 59 e
60 do Decreto-Lei nº 2.848, de 7 de dezembro de 1940
- Código Penal;
Art. 323 Não será concedida fiança: III - aplicará as penas de acordo com essas conclusões;
I - nos crimes de racismo; IV - fixará valor mínimo para reparação dos danos
II - nos crimes de tortura, tráfico ilícito de entor- causados pela infração, considerando os prejuízos
pecentes e drogas afins, terrorismo e nos definidos sofridos pelo ofendido;
como crimes hediondos; V - atenderá, quanto à aplicação provisória de interdi-
III - nos crimes cometidos por grupos armados, ções de direitos e medidas de segurança, ao disposto
civis ou militares, contra a ordem constitucional e no Título Xl deste Livro;
o Estado Democrático; VI - determinará se a sentença deverá ser publicada
Art. 324 Não será, igualmente, concedida fiança: na íntegra ou em resumo e designará o jornal em que
I - aos que, no mesmo processo, tiverem quebrado será feita a publicação (art. 73, § 1º, do Código Penal).
fiança anteriormente concedida ou infringido, sem § 1º O juiz decidirá, fundamentadamente, sobre a
motivo justo, qualquer das obrigações a que se refe- manutenção ou, se for o caso, a imposição de pri-
rem os arts. 327 e 328 deste Código; são preventiva ou de outra medida cautelar, sem
II - em caso de prisão civil ou militar; prejuízo do conhecimento de apelação que vier a ser
III - (revogado); interposta.
IV - quando presentes os motivos que autorizam a § 2º O tempo de prisão provisória, de prisão adminis-
decretação da prisão preventiva (art. 312). trativa ou de internação, no Brasil ou no estrangeiro,
será computado para fins de determinação do regime
Por fim, quanto à fiança, não devemos nos esque- inicial de pena privativa de liberdade.
cer de que ela não é concedida nos seguintes casos:
Ou seja, ao final do processo, se o juiz que prolata
z racismo; a sentença concluir pela culpabilidade do réu (ou seja,
z TTT (crimes de tortura, tráfico ilícito e terrorismo) pela não inocência), deve analisar se estão ou não pre-
e hediondos; sentes os requisitos da prisão preventiva (arts. 311 e

25
z crimes cometidos por grupos armados civis ou seguintes do CPP) e, se for o caso, aplicar a medida

7-
militares contra a ordem constitucional e o Estado restritiva de liberdade prevista no tipo penal.

84
Democrático; Ao réu cabe, neste caso, recorrer ao juiz de segun-

0.
z se a fiança já foi quebrada no mesmo processo;

36
do grau apresentando as razões pelas quais deve ser
z prisão Civil; inocentado. .
71
z prisão Militar;
-1

z se há motivos para decretar a prisão preventiva. Prisão Decorrente de Sentença Condenatória


ia

Irrecorrível
ar

Se cabe fiança, o juiz, considerando a situação eco-


M

nômica do réu, pode lhe dar a liberdade provisória A prisão decorrente de sentença condenatória
a

com medidas cautelares diversas da prisão, sem que irrecorrível é aquela decretada, também nos termos
lv

precise pagar a fiança. Se o beneficiário descumprir as


Si

do art. 387, do CPP, quando do trânsito em julgado, ou


medidas impostas o juiz, mediante requerimento do seja, quando a sentença se torna definitiva por não
da

Ministério Público, de seu assistente ou do querelante, mais ser possível a interposição de recurso. Tal prisão
ira

poderá substituir a medida, impor outra em cumula- deixa de ter natureza cautelar e passa a ter a condição
ção, ou, em último caso, decretar a prisão preventiva.
re

de prisão definitiva, denominada de “prisão-pena”,


Pe

O crime do art. 24-A, da Lei Maria da Penha, tem que passa a ser acompanhada pelo Juízo da Vara de
pena máxima de 2 anos, mas não admite fiança con- Execuções Penais, conforme determina a Lei nº 7.210,
u s

cedida pela autoridade policial. de 1984 (Lei de Execuções Penais).


he
at

PRISÃO DECORRENTE DE SENTENÇA


M

CONDENATÓRIA Importante!
Prisão Decorrente de Sentença Condenatória A prisão para execução da pena (prisão-pena)
Recorrível só ocorre depois do trânsito em julgado da sen-
tença penal condenatória. Antes disso qualquer
A prisão decorrente de sentença condenatória ain- prisão deve ser fundamentada nos arts. 312 e
da não definitiva (recorrível), isto é, passível ainda de 313 do CPP.
recurso, tem natureza de prisão cautelar e é possível,
desde que estejam presentes os pressupostos necessá-
rios para a decretação, a prisão preventiva.
O § 1º, art. 387, do CPP, determina que ao juiz que
profere sentença condenatória deve decidir sobre a
prisão preventiva (sua manutenção ou decretação)
ou outra medida cautelar, nos seguintes termos:

316
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3. (IBFC — 2022) No que diz respeito à preservação do
HORA DE PRATICAR! local de crime, assinale a alternativa incorreta.

1. (IBFC — 2022) No que diz respeito às formas de ins- a) No que concerne ao início dos trabalhos de análise
tauração do inquérito policial, assinale a alternativa do local de crime, vários profissionais são exigidos,
incorreta. exemplificando, tem-se o caso do crime de homicídio,
onde em sua ocorrência, trabalham em sua apura-
a) O inquérito policial pode ser iniciado por ato voluntá- ção, durante a primeira fase da persecução criminal,
rio da autoridade policial, sem que tenha havido pedido os seguintes profissionais: o policial militar, que,
expresso de qualquer pessoa nesse sentido; isso porque na maioria das vezes, é quase sempre o primeiro a
a lei determina que a autoridade é obrigada a instaurar o comparecer ao local, o auxiliar de necropsia, o perito
inquérito sempre que tomar conhecimento da ocorrência criminal, o médico legista, o agente de polícia, o escri-
de crime de ação pública em sua área de atuação vão, e, completando estes profissionais, em nível de
b) O Código de Processo Penal estabelece que qualquer coordenação dos trabalhos, tem-se o promotor de
pessoa pode levar ao conhecimento da autorida- justiça, que preside toda a investigação, através do
de policial a ocorrência de uma infração penal. Essa inquérito policial
comunicação, todavia, é facultativa, exceto na hipóte- b) O isolamento e a consequente preservação do local
se da Lei das Contravenções Penais, em que funcio- de crime é uma garantia que o perito terá de encontrar
nários públicos ou da área de saúde têm a obrigação a cena do crime conforme fora deixada pelo infrator,
de informar a ocorrência de crimes de ação pública assim, como pela vítima, tendo com isso, as condi-
incondicionada de que venham a tomar conhecimen- ções técnicas de analisar todos os vestígios
to no desempenho das funções c) A preservação do local de crime e sua caracterização
c) Faz parte das atribuições funcionais da Autoridade é um ponto de extrema relevância na demanda per-
Policial instaurar inquérito policial de imediato quan- secutória criminal, onde, o Código de Processo Penal
do receber notícia anônima da prática de um crime, dispõe que logo que tiver conhecimento da prática da
ainda que desacompanhada de elementos de prova; infração penal, a autoridade policial deverá dirigir-se
nessa hipótese o inquérito policial deve mencionar ao local, providenciando que não se alterem o estado
em sua portaria a anotação: “autoria a esclarecer” e conservação das coisas, até a chegada dos peritos
d) Quando se trata de infração de menor potencial ofen- criminais
sivo não deve ser instaurado inquérito policial, salvo d) Local do crime é a porção do espaço compreendi-
em hipóteses excepcionais, mas meramente lavrado da num raio que, tendo por origem o ponto no qual

25
termo circunstanciado; ademais, para que este seja é constatado o fato, se entenda de modo a abranger

7-
lavrado é desnecessária a prévia existência da repre- todos os lugares em que, aparente, necessária ou

84
sentação, que poderá ser colhida posteriormente presumidamente, hajam sido praticados, pelo crimi-

0.
e) O promotor de justiça da comarca, caso receba docu- noso, ou criminosos, os atos materiais, preliminares

36
mentos dando conta da prática de crime pelo pre- ou posteriores à consumação do delito, e com este
feito municipal, não pode requisitar inquérito, e sim diretamente relacionado.
71
encaminhar os documentos ao Procurador-Geral de e) No local do crime, a polícia deve examinar todos os
-1

Justiça, que é quem tem atribuição para processar vestígios deixados na cena da prática do delito, obje-
ia

prefeitos, uma vez que estes gozam de foro especial tivando esclarecer à mecânica e o móvel do delito,
ar

junto ao Tribunal de Justiça contribuindo de forma incontroversa para o processo


M

judicial, já que constituem provas não repetíveis, pro-


a
lv

2. (IBFC — 2022) No que se refere ao inquérito policial, duzidas exclusivamente na fase inquisitiva
Si

assinale a alternativa incorreta.


da

4. (IBFC — 2022) No que diz respeito ao inquérito poli-


a) Nos crimes de ação privada, a autoridade policial cial, assinale a alternativa incorreta.
ira

somente poderá proceder a inquérito mediante requi-


re

sição da autoridade judiciária ou do Ministério Públi- a) A existência de inquéritos policiais pode ser conside-

NOÇÕES DE DIREITO PROCESSUAL PENAL


Pe

co, ou a requerimento do ofendido ou de quem tiver rada como maus antecedentes para fins de dosime-
s

qualidade para representá-lo tria da pena


u

b) Para verificar a possibilidade de haver a infração b) O Código de Processo Penal estabelece, como regra
he

sido praticada de determinado modo, a autoridade geral, o prazo de 30 (trinta) dias para conclusão do
at

policial poderá proceder à reprodução simulada dos inquérito policial, caso o indiciado esteja solto; refe-
M

fatos, desde que esta não contrarie a moralidade ou a rido diploma legal prevê que é possível a prorroga-
ordem pública ção do prazo, a requerimento da autoridade policial,
c) O inquérito, nos crimes em que a ação pública depen- quando o fato for de difícil elucidação, hipótese em
der de representação, não poderá sem ela ser iniciado que as diligências necessárias deverão ser realizadas
d) Logo que tiver conhecimento da prática da infração no prazo fixado pelo juiz
penal, a autoridade policial deverá, dentre outras c) No que se refere aos advogados, o Supremo Tribunal
medidas, colher informações sobre a existência de Federal editou uma Súmula Vinculante, a qual confere
filhos, respectivas idades e se possuem alguma defi- aos advogados e defensores, acesso amplo aos ele-
ciência e o nome e o contato de eventual responsável mentos de provas já documentados em procedimento
pelos cuidados dos filhos, indicado pela pessoa presa investigatório
e) Qualquer pessoa do povo que tiver conhecimento da d) É possível conceituar inquérito policial como o con-
existência de infração penal em que caiba ação públi- junto de diligências realizadas pela polícia judiciá-
ca poderá, verbalmente ou por escrito, comunicá-la ria, com o objetivo de investigar as infrações penais
à autoridade policial, e esta, verificada a procedência e colher elementos necessários para que possa ser
das informações, mandará instaurar inquérito proposta a ação penal
317
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e) A finalidade do inquérito policial é reunir elementos a) Pagar prestação pecuniária, a ser estipulada nos
suficientes que possibilitem a convicção do membro termos da lei para entidade pública ou de interesse
do Ministério Público para que ofereça a denúncia ou social, a ser indicada pelo juízo da execução, que
o ofendido ofereça a queixa-crime, sendo que tais tenha, preferencialmente, como função proteger bens
elementos de convicção devem ser compreendidos jurídicos iguais ou semelhantes aos aparentemente
como sendo a materialidade do fato e os indícios de lesados pelo delito
autoria b) Prestar serviço à comunidade ou a entidades públicas
por período correspondente à pena máxima comina-
5. (IBFC — 2022) Em relação ao Inquérito Policial, assi- da ao delito diminuída de um a dois terços, em local a
nale a alternativa incorreta. ser indicado pelo juízo da execução
c) Reparar o dano ou restituir a coisa à vítima, exceto na
a) O inquérito deverá terminar no prazo de 30 dias, se o impossibilidade de fazê-lo
indiciado tiver sido preso em flagrante, ou estiver pre- d) Renunciar voluntariamente a bens e direitos indica-
so preventivamente, contado o prazo, nesta hipótese, dos pelo Ministério Público como instrumentos, pro-
a partir do dia em que se executar a ordem de prisão, duto ou proveito do crime
ou no prazo de 60 dias, quando estiver solto, median- e) Cumprir, por prazo determinado, outra condição indi-
te fiança ou sem ela cada pelo Ministério Público, desde que proporcional
b) Todas as peças do inquérito policial serão, num só e compatível com a infração penal imputada
processado, reduzidas a escrito ou datilografadas e,
neste caso, rubricadas pela autoridade 9. (IBFC — 2022) No que tange à “ação penal”, assinale a
c) Os instrumentos do crime, bem como os objetos que alternativa incorreta.
interessarem à prova, acompanharão os autos do
inquérito a) Ordenado o arquivamento do inquérito policial, o
d) No relatório do inquérito policial poderá a autoridade órgão do Ministério Público comunicará à vítima, ao
indicar testemunhas que não tiverem sido inquiridas, investigado e à autoridade policial e encaminhará os
mencionando o lugar onde possam ser encontradas autos para a instância de revisão ministerial para fins
e) A polícia judiciária será exercida pelas autoridades de homologação, na forma da lei
policiais no território de suas respectivas circunscri- b) Qualquer pessoa do povo pode provocar a iniciativa
ções e terá por fim a apuração das infrações penais e do Ministério Público, nos casos em que caiba a ação
da sua autoria pública, fornecendo-lhe, por escrito, informações
sobre o fato e a autoria e indicando o tempo, o lugar e

25
6. (IBFC — 2020) Leia abaixo, o artigo 4º do Código de os elementos de convicção

7-
Processo Penal, quando trata do inquérito policial. c) Nos crimes de ação pública, esta será promovida

84
“A polícia judiciária será exercida no por denúncia do Ministério Público, mas depende-

0.
território de suas respectivas circunscrições e terá rá, quando a lei o exigir, de requisição do Ministro da

36
por fim a apuração das infrações penais e da sua Justiça, ou de representação do ofendido ou de quem
.
tiver qualidade para representá-lo
71
autoria”. Assinale a alternativa que preencha correta-
mente a lacuna. d) As fundações, associações ou sociedades legalmente
-1

constituídas poderão exercer a ação penal, devendo


ia

a) por membros do Ministério Público ser representadas por quem os respectivos contratos
ar

b) pelas forças armadas ou estatutos designarem ou, no silêncio destes, pelos


M

c) por juízes de carreira seus diretores ou sócios-gerentes


a
lv

d) pelas autoridades civis e) Se a vítima, ou seu representante legal, não concordar


Si

e) pelas autoridades policiais com o arquivamento do inquérito policial, poderá, no


da

prazo de 30 (trinta) dias do recebimento da comunica-


7. (IBFC — 2014) Assinale a alternativa incorreta: ção, submeter a matéria à revisão do Poder Judiciário
ira
re

a) A lei processual penal admite interpretação extensiva 10. (IBFC — 2020) No que se refere às disposições do
Pe

e aplicação analógica, bem como o suplemento dos Código de Processo Penal sobre a ação penal, analise
s

princípios gerais de direito. as afirmativas abaixo e dê valores Verdadeiro (V) ou


u

Falso (F):
he

b) Nos crimes de ação pública o inquérito policial será


iniciado de ofício, mediante requisição da autorida-
at

( ) Nos crimes de ação pública, esta será promovida


M

de judiciária ou do Ministério Público, ou a requeri-


mento do ofendido ou de quem tiver qualidade para por denúncia do Ministério Público, mas depende-
representá-lo. rá, quando a lei o exigir, de requisição do Ministro da
c) Do despacho que indeferir o requerimento de abertura Justiça, ou de representação do ofendido ou de quem
de inquérito caberá recurso para o chefe de Polícia. tiver qualidade para representá-lo.
d) No Distrito Federal e nas comarcas em que houver ( ) O Ministério Público não poderá desistir da ação
mais de uma circunscrição policial, a autoridade com penal.
exercício em uma delas não poderá, nos inquéritos a ( ) Qualquer pessoa poderá intentar a ação privada.
que esteja procedendo, ordenar diligências em cir-
cunscrição de outra, devendo, neste caso, expedir Assinale a alternativa que apresenta a sequência cor-
carta precatória. reta de cima para baixo.

8. (IBFC — 2022) Assinale a alternativa que apresenta a) V, V, V


incorretamente uma condição para autorização do b) V, V, F
acordo de não persecução penal. c) V, F, V
318 d) F, F, V
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11. (IBFC — 2018) Relativamente à ação penal, assinale a c) Ao ofendido ou a quem tenha qualidade para repre-
alternativa correta: sentá-lo caberá intentar a ação privada. No caso de
morte do ofendido ou quando declarado ausente por
a) o Promotor de Justiça poderá abrir mão do inquéri- decisão judicial, o direito de oferecer queixa ou pros-
to policial, caso tenham sido apresentadas informa- seguir na ação passará ao cônjuge, ascendente, des-
ções que o permitam iniciar o processo penal, e, nesta cendente ou irmão.
hipótese, deverá oferecer a denúncia no prazo de trin- d) Se comparecer mais de uma pessoa com direito de
ta dias queixa, terá preferência o ascendente, e em seguida,
b) as ações penais em que se apure a prática de contra- o parente mais próximo na seguinte ordem: cônjuge,
venção deverão ser intentadas mediante a iniciativa
descendente e irmão.
do Promotor de Justiça, mas dependerão, quando a
norma determinar, de manifestação prévia do Minis-
tro da Justiça 15. (IBFC — 2017) Sobre a prisão cautelar no Direito Pro-
c) Se a vítima for maior de 60 anos, o direito de repre- cessual Penal brasileiro, analise os itens a seguir:
sentação poderá ser exercido por qualquer pessoa,
independente de mandato específico I. A prisão preventiva não possui prazo determinado,
d) Seja qual for o crime, quando praticado em detrimen- podendo ser decretada somente mediante repre-
to do interesse ou do patrimônio dos entes federati- sentação da autoridade policial ou requerimento do
vos, a ação penal será pública Ministério Público, nos casos em que se fizer neces-
sária para garantia da ordem pública, ordem econô-
12. (IBFC — 2018) Assinale a alternativa correta sobre mica, conveniência da instrução criminal e assegurar
quais são as condições gerais da ação penal. a aplicação da lei penal.
II. A prisão temporária poderá ser decretada unicamente
a) Causa de pedir, Legitimidade ad causam e Interesse quando for imprescindível para as investigações do
de agir inquérito policial e existindo fundadas razões de auto-
b) Pedido, Legitimidade ad causam e Interesse de agir ria e participação do indiciado em crimes hediondos.
c) Possibilidade jurídica do pedido, Legitimidade ad III. Uma das espécies da prisão em flagrante é chamada
causam e Interesse de agir de “presumido”, sendo conceituada como a restrição
d) Capacidade postulatória, Legitimidade ad causam e da liberdade de locomoção quando o agente é encon-
Interesse de agir trado, logo depois, com instrumentos, armas, objetos
ou papéis que façam presumir ser ele o autor do crime.
13. (IBFC — 2017) A ação penal pública é de iniciativa IV. O sujeito ativo da prisão em flagrante sempre será a

25
exclusiva do Ministério Público e tem por objetivo dar autoridade pública militar incumbida das tarefas de

7-
concretude ao jus puniendi estatal. polícia ostensiva.

84
0.
Acerca dessa modalidade de ação penal, assinale a Assinale a alternativa correta.

36
alternativa correta.
.
71
a) I e II são corretos
a) O prazo para oferecimento da denúncia é de 5 (cinco) b) II e III são corretos
-1

dias, caso o acusado esteja preso, e de 20 (vinte) dias c) Apenas III é correto
ia

se estiver em liberdade d) I e IV são corretos


ar

b) O Ministério Público poderá dispor da ação penal, e) I, II, III e IV são incorretos
M

podendo dela desistir sempre que achar adequado à


a

defesa da coletividade, independentemente do even-


lv

tual crime praticado pelo acusado 16. (IBFC — 2014) Segundo o Código de Processo Penal,
Si

c) Quando do oferecimento da denúncia é imprescindí- no Título “Da Prisão, das Medidas Cautelares e da
da

vel a qualificação do acusado Liberdade Provisória”, são hipóteses legais de prisão


d) O direito de representação somente poderá ser exer- em flagrante delito, exceto:
ira

cido pessoalmente, vedada a sua realização por meio


re

de procurador a) Quem está cometendo a infração penal.

NOÇÕES DE DIREITO PROCESSUAL PENAL


Pe

e) Caberá ao Ministro da Justiça apresentar requisição b) Quem acaba de cometê-la.


s

para o prosseguimento de ação penal pública nos c) Quem é capturado em até vinte e quatro horas após
u

casos previstos em lei em que se verifica o cometi-


he

cometer a infração penal.


mento de crimes em face do Presidente da República. d) Quem é encontrado, logo depois, com instrumentos,
at

A requisição é ato administrativo irrevogável e não há


M

armas, objetos ou papéis que façam presumir ser ele


prazo legal para a sua apresentação
autor da infração.
14. (IBFC — 2014) Assinale a alternativa correta:
17. (IBFC — 2014) Acerca das hipóteses que autorizam a
prisão preventiva, analise as assertivas abaixo:
a) A representação será irretratável, depois de recebida
a denúncia.
I. Será admitida a prisão preventiva nos crimes dolo-
b) Se o órgão do Ministério Público, ao invés de apresen-
sos punidos com pena privativa de liberdade máxima
tar a denúncia, requerer o arquivamento do inquérito
igual ou superior a 4 (quatro) anos.
policial ou de quaisquer peças de informação, o juiz,
II. Será admitida a prisão preventiva se o agente for rein-
no caso de considerar improcedentes as razões invo-
cidente por outro crime doloso.
cadas, fará remessa do inquérito ou peças de informa-
III. Será admitida a prisão preventiva se o crime envol-
ção ao procurador-geral, e este oferecerá a denúncia
ver violência doméstica e familiar contra a mulher,
ou designará outro órgão do Ministério Público para
criança, adolescente, idoso, enfermo ou pessoa com
oferecê-la, ou insistirá no pedido de arquivamento, ao
deficiência, para garantir a execução das medidas
qual não será o juiz obrigado a atender.
protetivas de urgência. 319
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qualquer título, a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.
IV. Será admitida a prisão preventiva quando houver
dúvida sobre a identidade civil da pessoa ou quan- 11 D
do esta não fornecer elementos suficientes para 12 C
esclarecê- la.
13 E
Estão corretas as assertivas:
14 C
a) I, II e III, apenas. 15 C
b) I, III e IV, apenas.
c) II, III e IV, apenas. 16 C
d) I, II, III e IV.
17 C
e) II e III, apenas.
18 B
18. (IBFC — 2022) No que está relacionado com o Código
de Processo Penal, assinale a alternativa incorreta. O 19 A
juiz poderá substituir a prisão preventiva pela domici-
20 B
liar quando o agente for:

a) maior de 80 (oitenta) anos


b) mulher com filho de até 14 (quatorze) anos de idade
incompletos ANOTAÇÕES
c) imprescindível aos cuidados especiais de pessoa
menor de 6 (seis) anos de idade ou com deficiência
d) gestante
e) extremamente debilitado por motivo de doença grave

19. (IBFC — 2018) Apresenta-se como medida cautelar


diversa da prisão, dentre outras:

a) a monitoração eletrônica
b) a internação do acusado em abrigo nos delitos prati-

25
cados com violência presumida

7-
c) o comparecimento obrigatório à Delegacia de Polícia,

84
nas condições, na periodicidade e no prazo estabele-

0.
cidos pela Autoridade Policial, para justificar e infor-

36
mar atividades
.
71
d) a vedação de frequência a estabelecimentos educa-
-1

cionais, com o intuito de prevenir o advento de novas


práticas delituosas
ia
ar

20. (IBFC — 2018) Apresenta-se como infração penal


M

inafiançável:
a
lv
Si

a) a apropriação indébita qualificada


da

b) o crime de racismo
c) a extorsão qualificada
ira

d) a lesão corporal com resultado morte


re
Pe

9 GABARITO
u s
he
at

1 C
M

2 A

3 A

4 A

5 A

6 E

7 D

8 B

9 E

10 B
320
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qualquer título, a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.
Isso é assim pois a carreira policial-militar é divi-
dida em duas vertentes: ou você entra na Polícia Mili-
tar para ocupar cargos de oficial (chamados “postos”),
ou você entra para ocupar cargos de praças (chama-

NOÇÕES DE DIREITO dos “graduações”). Essa estrutura não é específica


da PMPB: todos os órgãos de Polícia Militar estadual
seguem essa mesma estrutura hierárquica. O próprio
MILITAR termo “hierarquia” está muito presente na vida mili-
tar, conforme veremos mais adiante.
As graduações vão desde o soldado até o cargo
mais alto, que é o de subtenente. Já os postos vão des-
de o tenente até o cargo mais alto, que é o de coronel.
ESTATUTO DOS POLICIAIS MILITARES
DA PARAÍBA (LEI N° 3.909, DE 1977) Art. 14 Os círculos hierárquicos e a escala hierár-
quica na Polícia Militar são fixados no Quadro e
A Lei Estadual nº 3.909, de 1977, é a legislação parágrafos seguintes:
que institui o Estatuto da Polícia Militar Estadual da CÍRCULO DE OFICIAIS E PRAÇAS
Paraíba (PMPB). Por ser bastante longa e densa, pro- CÍRCULO DE OFICIAIS (POSTOS)
curamos nos ater para o conteúdo que costuma cair OFICIAIS SUPERIORES
com mais frequência nas questões de concurso públi- Coronel PM
co, principalmente no que diz respeito ao seu regime Tenente Coronel PM
Major PM
disciplinar.
INTERMEDIÁRIOS
Capitão PM
DA HIERARQUIA E DA DISCIPLINA (ARTS. 12 À 19) SUBALTERNOS
Primeiro Tenente PM
De início, o art. 12 apresenta algumas definições Segundo Tenente PM
próprias sobre o que o estatuto entende por hierar- PRAÇA ESPECIAL
quia e disciplina, e como estas duas bases institucio- Aspirante-a-Oficial PM
nais da PMPB estão presentes no cotidiano de todos os CÍRCULO DAS PRAÇAS (GRADUAÇÕES)
agentes que integram essa instituição militar. Subtenentes PM

25
Primeiro Sargento PM
Segundo Sargento PM

7-
Art. 12 A hierarquia e a disciplina são a base insti-

84
tucional da Polícia Militar. A autoridade e a respon- Terceiro Sargento PM
Cabo PM

0.
sabilidade crescem com o grau hierárquica.

36
§ 1º A hierarquia policial-militar é a ordena- Soldado PM
ção dá autoridade em níveis diferentes, dentro § 1º Posto é o grau hierárquico do Oficial conferido
.
71
da estrutura da Polícia Militar. A ordenação se por ato do Governador do Estado da Paraíba.
-1

faz por postos ou graduações. Dentro de um mes- § 2º Graduação é o grau hierárquico da praça con-
ia

mo posto ou de uma mesma graduação se faz pela ferido por ato do Comandante-Geral da Polícia
ar

antiguidade no posto ou na graduação. O respeito à Militar.


M

hierarquia é consubstanciado no espírito de acata- § 3º Os Aspirantes-a-Oficial e os Alunos Oficiais PM


a

mento à sequência de autoridade. são denominados Praças Especiais.


lv

§ 2º Disciplina é a rigorosa observância e o § 4º Os graus hierárquicos inicial e final dos diver-


Si

acatamento integral das Leis, regulamentos, sos Quadros e Qualificações são fixados, separa-
da

normas e disposições que fundamentam o damente, para cada caso, em Lei de Fixação de
Efetivos.
ira

organismo policial militar e coordenam seu fun-


cionamento regular e harmônico, traduzindo-o pelo § 5º Sempre que o policial militar da reserva remu-
re

nerada ou reformado fizer uso do posta ou gradua-


Pe

perfeito cumprimento do dever por parte de todos e


de cada um dos componentes desse organismo. ção, deverá fazê-lo mencionando essa situação.
s

§ 3º A disciplina e o respeito à hierarquia devem ser


u
he

mantidos em todas as circunstâncias da vida, entre Os postos serão preenchidos por ato do Governa-
dor do Estado da Paraíba. Além disso, somente brasi-
at

policiais militares da ativa, da reserva remunerada


M

e reformados. leiros natos poderão ocupar postos. O agente militar


NOÇÕES DE DIREITO MILITAR

oficial deve ser brasileiro nato, ou seja, não pode ser


As definições de hierarquia e disciplina servem um estrangeiro que adquire a nacionalidade brasilei-
para facilitar a compreensão dos círculos hierárqui- ra posteriormente.
cos. Esses são, nos termos do art. 13, os âmbitos de As graduações são preenchidas por ato do coman-
convivência de todos os policiais militares na mes- dante-geral da PMPB. A exigência de ser brasileiro
ma categoria, e têm por finalidade estabelecer essa nato não se aplica aos praças, ao contrário do que
ordenação hierárquica. Pela simples análise do círcu- ocorre com os oficiais.
lo hierárquico, é possível saber, dentre dois agentes A precedência militar é tratada pelos arts. 15 e
policiais militares, quem dá ordens e quem obedece. seguintes. A precedência é a forma de determinar
quem comanda e quem é comandado. Isso porque,
Art. 13 Círculos hierárquicos são âmbitos de convi- assim como ocorre com os servidores públicos civis,
vência entre os policiais militares da mesma cate- o agente militar, seja oficial ou praça, sempre ingres-
goria e têm a finalidade de desenvolver a espírito sa na carreira pelo seu nível inicial. Com o passar do
de camaradagem em ambiente de estima confiança, tempo, ele progride na sua carreira, subindo para o
sem prejuízo de respeito mútuo. nível ou grau hierarquicamente superior. 321
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Enquanto o art. 15 trata da precedência entre os Porém, a situação fica mais complexa quando
oficiais, o art. 16 trata da precedência dos praças. Veja- temos dois PMs, os dois ocupando o posto de major.
mos o que dispõe cada artigo: Quem vai ter precedência vai depender sobre o crité-
rio de desempate da antiguidade: se o primeiro major
Art. 15 A precedência entre policiais militares da está no posto há 10 anos, e o outro major está há oito
ativa do mesmo grau hierárquico é assegurada pela anos, então aquele tem precedência sobre este.
antiguidade no posto ou na graduação, salvo nos Há também uma forma especial de precedência
casos de precedência funcional estabelecida em lei que tem por base a natureza do cargo que o militar
ou regulamento. ocupa. Por exemplo: se o agente militar A está no car-
§ 1º A antiguidade de cada posto ou graduação é go de comandante-geral há cinco anos, ao passo que
contada a partir da data da assinatura do ato da outro agente militar está ocupando o posto de major
respectiva promoção, nomeação, declaração ou há 10 anos, quem tem precedência é o comandante-
inclusão, salvo quando estiver taxativamente fixa-
-geral. Mesmo que ele esteja há menos tempo em seu
da outra data.
cargo, o fato de ocupar um cargo importante como o
§ 2º No caso de ser igual à antiguidade referida no
parágrafo anterior, a antiguidade é estabelecida:
de comandante-geral o faz ter precedência especial
a) entre policiais militares do mesmo quadro pela sobre os demais. A nomenclatura dessa situação do
posição nas respectivas escalas numéricas ou regis- comandante-geral é precedência funcional.
tros de que trata o art. 17; O art. 17 dispõe sobre a obrigação assumida pela
b) nos demais casos, pela antiguidade no posto ou PMPB de manter registro de todos os dados referen-
na graduação anterior; se, ainda assim, subsistir a tes a seu pessoal da ativa e da reserva remunerada,
igualdade de antiguidade, recorrer-se-á sucessiva- segundo as instruções do comandante-geral.
mente, aos graus hierárquicos anteriores, à data
de inclusão e a data de nascimento para definir a Art. 17 A Policia Militar manterá um registro de
precedência e, neste último caso, o mais velho será todos os dados referentes a seu pessoal da ativa
considerado mais antigo; e e da reserva remunerada, dentro das respectivas
c) entre os alunos de um mesmo órgão de formação escalas numéricas, segundo as instruções baixadas
de policiais militares, de acordo com o regulamento pelo Comandante-Geral da Corporação.
do respectivo órgão, se não estiverem especificada-
mente enquadrados nas letras “a” e “b”. Já o art. 18 trata dos agentes que se situam numa
§ 3º Em igualdade de posto ou graduação, os poli- categoria especial nas graduações. São os praças deno-
ciais militares, da ativa tem precedência sobre os minadas alunos-oficiais. Uma vez concluído um curso
da inatividade.

25
qualificado, esses agentes militares adquirem status
§ 4º Em igualdade de posto ou graduação, a pre-

7-
diferenciado, sendo declarados aspirantes-a-oficial, e
cedência entre os policiais militares de carreira na

84
possuem precedência hierárquica funcional em rela-
ativa e os da reserva remunerada que estiverem

0.
ção a todos os demais praças. Segundo o dispositivo,
convocados, é definida pelo tempo de efetivo servi-

36
quem nomeia esses praças alunos-oficiais para se tor-
ço no posto ou graduação.
.
71
Art. 16 A precedência entre as Praças Especiais e as
narem aspirantes-a-oficial é o comandante-geral.
-1

demais praças é assim regulada:


I - Os Aspirantes-a-oficial PM são hierarquicamente Art. 18 Os Alunos-Oficiais PM são declarados Aspi-
ia

rantes-a-Oficial PM pelo Comandante-Geral da


ar

superiores às demais praças;


Corporação.
M

II - Os Alunos-Oficiais PM são hierarquicamente


superiores aos Subtenentes PM.
a
lv

Precisamos analisar, também, o texto do art. 19,


Si

O texto do art. 15 apresenta a antiguidade como que dispõe sobre o cargo policial militar. O candida-
da

forma de apuração da precedência. Esse é também to já deve saber que cargo policial militar é aquele
um dos critérios pelos quais se dá a ascensão do agen- que só pode ser exercido por policiais militares em
ira

te militar na carreira. Na prática, significa que o mili- serviço ativo. O art. 19 elucida um pouco melhor essa
re

tar exercendo suas funções por mais tempo, ou que ideia:


Pe

for mais velho, tem direito de precedência para ser


s

promovido em face de outro militar, que está atuando Art. 19 Cargo policial militar é aquele que só pode
u

ser e exercido por policial militar serviço ativo.


he

na carreira há menos tempo ou que é mais novo.


§ 1º O cargo policial-militar a que se refere este arti-
at

É interessante observar que o critério etário, isso é,


go é o que se encontra especificado nos Quadros da
M

a diferença de idade entre um agente militar e outro,


Organização ou previsto, caracterizado ou definido
algo bastante característico da promoção por antigui-
como tal em outras disposições legais.
dade, somente será utilizado como critério de desem- § 2º A cada cargo policial militar corresponde um
pate por último. O critério da data de nascimento é conjunto de atribuições, deveres e responsabilida-
utilizado para evitar que ocorra a situação constran- des que se constituem em obrigações do respectivo
gedora de haver um militar hierarquicamente supe- titular.
rior a outro (dando ordens) apesar de ser mais novo § 3º As obrigações inerentes ao policial militar
do que aquele. É possível, inclusive, que os policiais devem ser compatíveis com o correspondente grau
militares mais velhos passem para a reserva remu- hierárquico e definidos em legislação ou regula-
nerada para evitar que um militar mais novo lhes dê mentação específicas.
ordens.
Vamos colocar todos esses conceitos em prática. O exercício do cargo policial militar não é para
Por exemplo: é fácil saber a ordem hierárquica quan- qualquer pessoa: apenas os agentes militares podem
do temos um coronel e um major. Por estar em uma exercer tais atribuições, e essas pessoas são treina-
posição hierarquicamente superior, o coronel manda das para cumprir a missão que lhe foi confiada pelos
322 no major. seus superiores hierárquicos, em qualquer dia e a
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qualquer hora, até mesmo durante o período notur- Já mencionamos que o respeito à dignidade da
no. É um trabalho bastante árduo e que exige muita pessoa humana é muito importante, pois é uma noção
dedicação. Por isso, somente agentes militares na ati- que advém do próprio Estado de Direito. A polícia
va podem exercer cargo militar. militar deve se abster de praticar atos abusivos que
possam ofender os direitos humanos, sobretudo a dig-
DO VALOR POLICIAL MILITAR (ART. 26) nidade da pessoa humana.

Como já vimos, as polícias militares têm por funda- IV - Cumprir e fazer cumprir as leis, os regula-
mento dois grandes pilares, que são a hierarquia e a mentos, as instruções e as ordens das autoridades
disciplina. Por isso, é atribuído para os policiais mili- competentes;
tares uma grande quantidade de deveres e obrigações V - Ser justo e imparcial no julgamento dos atos e
inerentes à função militar. na apreciação do mérito dos subordinados;
Nesse sentido, o estatuto apresenta os valores e
a ética policial-militar. Esse é um conteúdo que você É absolutamente vedado o julgamento injusto ou
deve memorizar, uma vez que as questões de prova parcial dos policiais militares que praticaram uma
costumam criar “pegadinhas”, confundindo um item
transgressão disciplinar. Mesmo estando diante de
de um grupo com os demais.
um processo administrativo, ele deve funcionar nos
As manifestações essenciais dos valores mili-
mesmos moldes do processo judiciário, seguindo os
tares são mais abrangentes, são ideais baseados em
mesmos princípios fundamentais, como o respeito ao
valores de decoro, respeito, boa-fé etc. O art. 26 trata
contraditório e à ampla defesa do acusado.
de todas as manifestações essenciais do valor militar:
VI - Zelar pelo preparo próprio, moral, intelectual,
Art. 26 São manifestações essenciais do valor
físico e também pelos dos subordinados, tendo em
policial-militar:
I - O sentimento de servir à comunidade estadual, vista o cumprimento da missão comum;
traduzido pela vontade inabalável de cumprir o VII - Empregar todas as suas energias em benefício
dever policial militar e pelo integral devotamento à do serviço;
manutenção da ardem pública, mesmo com o risco
da própria vida; A função militar exige que o agente esteja sem-
II - A fé na elevada missão da Policia Militar; pre dando o seu melhor, o tempo todo. Ela exige que
III - O civismo e o culto das tradições históricas; o militar esteja 100% pronto para o serviço, sempre.
IV - O espírito de corpo, orgulho do policial militar Ele não pode exercer suas funções de forma ociosa, ou

25
pela organização policial-militar onde serve; estando doente, por exemplo.

7-
V - O amor à profissão policial-militar e o entusias-

84
mo com que é exercida; e VIII - Praticar a camaradagem e desenvolver per-
VI - O aprimoramento técnico-profissional.

0.
manentemente o espírito de cooperação;

36
IX - Ser discreto em suas atitudes, maneiras e em
DA ÉTICA POLICIAL MILITAR (ARTS. 27 À 29) .
sua linguagem escrita e falada;
71
X - Abster-se de tratar, fora do âmbito apropriado,
-1

Já a ética policial militar tem um rol mais exten- de matéria sigilosa relativa à Segurança Nacional;
ia

so, disposto no art. 27. São ideais mais específicos da XI - Acatar as autoridades civis;
ar

função militar, que fazem com que esta seja exercida XII - Cumprir seus deveres de cidadão;
M

de forma independente, isenta, sem sofrer influências XIII - Proceder de maneira ilibada na vida pública
a

políticas, econômicas ou religiosas, e com respeito aos e na particular;


lv
Si

direitos e liberdades individuais, sobretudo à dignida-


de da pessoa humana. Aqui temos um inciso que pode cair na sua prova
da

Vejamos o rol da ética policial militar previsto como “pegadinha”: os ideais e padrões éticos presen-
ira

nos incisos, do art. 27, fazendo algumas explicações e tes na função militar devem afetar os seus agentes,
re

comentários, quando necessários: tanto na vida pública como na particular. São lições
Pe

que o agente militar deve levar por toda a sua vida!


s

Art. 27 O sentimento do dever, o pundonor poli-


u

cial e o decoro da classe impõem, a cada um dos XIV - Observar as normas de boa educação;
he

integrantes da Polícia Militar, conduta moral e pro- XV - Garantir assistência moral e material a seu lar
at

fissional irrepreensíveis. Com a observância dos e conduzir-se como chefe de família modelar;
M

NOÇÕES DE DIREITO MILITAR

seguintes preceitos da ética policial militar: XVI - Conduzir-se mesmo fora do serviço ou na
I - Amar a verdade e a responsabilidade como fun- inatividade, de modo que não sejam prejudicados
damento da dignidade pessoal; os princípios da disciplina, do respeito e do decoro
policial militar;
A expressão “amar a verdade” deve ser compreen- XVII - Abster-se de fazer uso do posto ou da gra-
dida como a “busca pela verdade”. Significa, de modo duação para obter facilidades pessoais de qualquer
geral, que o agente militar deve sempre perseguir a natureza ou para encaminhar negócios particula-
verdade e a responsabilidade no exercício de suas res ou de terceiros;
atribuições. São diretrizes sobre como deve ser o seu
comportamento, valendo tanto dentro da vida militar, Os próximos incisos tratam de algumas abstenções
como fora dela também, isto é, na sua vida privada. que o agente militar deve deixar de cometer. A pri-
meira abstenção diz respeito ao fato de que o policial
II - Em Exercer com autoridade, eficiência e probi- militar não pode obter vantagens, seja de natureza
dade as funções que lhe couberem em decorrência econômica ou não, devido à natureza de seu cargo.
do cargo;
III - Respeitar a dignidade da pessoa humana; 323
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qualquer título, a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.
XVIII - Abster-se o policial-militar na inatividade do Como forma de garantir que nenhum agente venha
uso das designações hierárquicas quando: a se enriquecer ilicitamente, o art. 29 expõe a obriga-
a) em atividades político-partidárias ção do agente policial militar, que poderá ser exigida
b) em atividades comerciais; pelo comandante-geral, de apresentar a declaração
c) em atividades industriais; de origem de seus bens e patrimônio. Esse dever,
d) para discutir ou provocar discussões pela novamente, recai apenas nos militares em atividade.
imprensa a respeito de assuntos políticos ou poli-
ciais militares, excetuando-se os de natureza exclu- Art. 29 O Comandante-Geral da Polícia Militar
sivamente técnica, se devidamente autorizado; e poderá determinar aos policiais militares da ativa
XIX - Zelar pelo bom nome da Polícia Militar e de que, no interesse da salvaguarda da dignidade dos
cada um dos seus integrantes, obedecendo e fazen- mesmos, informem sobre a origem e a natureza de
do obedecer aos preceitos da ética policial-militar. seus bens, sempre que houver razões que recomen-
dem tal medida.

Importante! DOS DEVERES POLICIAIS MILITARES (ART. 30)


As manifestações essenciais dos valores mili-
tares aparecem sempre como substantivos: o Deveres são as diversas condutas que o agente
civismo, o culto das tradições históricas, a fé nas militar deve sempre perseguir, enquanto no exercício
instituições militares etc. de suas atribuições. Elas estão dispostas nos incisos,
do art. 30:
Os preceitos da ética militar aparecem sem-
pre como verbos no infinitivo: amar a verdade,
Art. 30 Os deveres policiais militares emanam de
abster-se de praticar atos contra a reputação da vínculos relacionais que ligam o policial militar
polícia militar, observar normas da boa educação à comunidade estadual e a sua segurança, e com-
etc. preendem, essencialmente:
I - A dedicação integral ao serviço policial militar
e a fidelidade à instituição a que pertence, mesmo
Os arts. 28 e 29, por sua vez, evidenciam a absten- com sacrifício da própria vida;
ção (do agente militar) de adquirir renda de outra II - O culto aos Símbolos Nacionais;
forma além da sua remuneração como agente mili- III - A probidade e a lealdade em todas as
tar, bem como o dever de prestar declaração de circunstâncias;
seus bens. IV - A disciplina e o respeito à hierarquia;

25
A vedação exposta no art. 28 tem por fundamento V - O rigoroso cumprimento das obrigações e

7-
o fato de o regime policial militar ser de dedicação ordens;

84
exclusiva. Isso significa que, em regra, o exercício da VI - A obrigação de tratar o subordinado dignamen-

0.
te e com urbanidade.

36
função militar torna esse agente incompatível para
exercer qualquer outro cargo efetivo ou emprego .
71
público. Com isso, o que o art. 28 não permite é que Observe que alguns dos deveres também apare-
-1

um policial militar (desde que na ativa) comercialize cem como princípios e diretrizes a serem perseguidos
pelos agentes militares. É o caso do respeito à hierar-
ia

bens e serviços, e, de modo geral, torne-se empresário


ar

quia e à disciplina, bem como do rigoroso cumpri-


com objetivo de lucro.
M

mento das obrigações e ordens.


Um ponto importante: apesar de o rigoroso regime
a
lv

Art. 28 Ao policial-militar da ativa, ressalvado o disciplinar dos agente proibir seus subordinados de
Si

disposto nos parágrafos 2º e 3º, é vedado comer- não cumprirem as ordens de seus superiores, enten-
ciar ou tomar parte na administração ou gerência
da

de-se que essa regra admite algumas exceções, princi-


de sociedade ou dela ser sócio ou participar, exceto palmente quando estamos diante de uma ordem que
ira

como acionista ou quotista, em sociedade anônima se configura em um ilícito. Por exemplo: suponha que
re

ou por quotas de responsabilidade limitada. um major ordene que o seu subordinado (um capitão)
Pe

§ 1º Os policiais militares na reserva remunerada, atire e mate um cidadão particular, por ser seu ini-
quando convocados, ficam proibidos de tratar, nas migo capital. A doutrina e a jurisprudência entendem
u s

organizações policiais militares e nas repartições que, neste caso, o capitão não é obrigado a cumprir
he

públicas civis, dos interesses de organizações ou essa ordem, seja pelo fato de ser considerado um tipo
at

empresas privadas de qualquer natureza. penal (crime de homicídio), seja por questões de des-
M

§ 2º Os policiais militares da ativa podem exercer vio de finalidade. Os agentes militares, dessa forma,
diretamente a gestão de seus bens, desde que não não são obrigados a cumprir ordens manifesta-
infrinjam o disposto no presente artigo. mente ilegais.
§ 3º No intuito de desenvolver a prática profissional
dos integrantes do Quadra de Saúde, é-lhe permiti- DO COMPROMISSO POLICIAL MILITAR (ART. 31)
do o exercício da atividade técnico-profissional no
meio civil, desde que tal prática não prejudique o Outro aspecto relevante do regime jurídico dos
serviço. militares diz respeito ao compromisso policial mili-
tar, previsto no art. 31.
Observe pela leitura do § 1º que os militares
reservistas não possuem essa proibição, enquanto Art. 31 Todo cidadão, após ingressar na Policia
mantiverem essa situação de inatividade. A partir do Militar, mediante inclusão, matrícula ou nomea-
momento em que forem convocados para o serviço, ção, prestará compromisso de honra, no qual afir-
tornando-se ativos, os reservistas também não podem mará a sua aceitação consciente das obrigações e
realizar operações empresariais. dos deveres policiais e manifestará sua firme dispo-
324 sição de bem cumpri-los.
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qualquer título, a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.
Uma vez que o agente assume o cargo militar, ele Se de um lado temos os agentes PM com o coman-
deve se manifestar prometendo cumprir bem com do, do outro, temos agentes PM encarregados de
todas as atribuições inerentes ao próprio cargo. O cumprir as ordens desses oficiais. Essas pessoas não
compromisso possui caráter solene e será prestado possuem comando, mas subordinação. A subordina-
na presença da tropa tão logo o policial militar tenha ção é baseada nos próprios ideais de hierarquia e
adquirido um grau de instrução compatível com o disciplina: quem não obedecer às ordens de seu supe-
perfeito entendimento dos seus deveres como inte- rior durante uma operação militar poderá ser punido
grante da polícia militar.
a depender da gravidade da sua desobediência.
O art. 34 expõe um ponto importante: a subordina-
DO COMANDO E DA SUBORDINAÇÃO (ARTS. 33 À
ção não enseja que um policial militar seja submetido
39)
a situações humilhantes e vexatórias, ela não pode
afetar a dignidade pessoal do subordinado.
Por fim, o estatuto dispõe sobre o elemento mais
característico sobre as relações do pessoal que atua
dentro da PMPB. É comum o candidato indagar: como Art. 34 A subordinação não afeta, de modo algum,
é auferida a precedência militar nos círculos hierár- a dignidade pessoal do policial militar e decorre,
quicos? O elemento que distingue quem dá ordens e exclusivamente da estrutura hierárquica da Policia
que obedece a essas ordens denominam-se comando Militar.
e subordinação.
Quando o agente militar conduz seus homens nas E quais policiais militares possuem subordinação?
operações militares, ele possui o comando sobre seus De modo geral, todos os policiais militares possuem
subordinados. O art. 33 define comando como a soma pelo menos um superior hierárquico dentro de seu cír-
de autoridade, de deveres e responsabilidades do culo. Em relação à execução de operações, no entanto,
policial militar, atrelada a seu grau hierárquico. o estatuto dispõe que apenas os cabos e os soldados
são as unidades de execução da PMPB. São praças
Art. 33 Comando é a soma de autoridade, de deve- ocupantes de graduações. É isso o que dispõe o art. 37.
res e responsabilidades de que o policial militar é
investido legalmente, quando conduz homens ou Art. 37 Os Cabos e Soldados; são essencialmente,
dirige uma organização policial militar. 0 comando os elementos de execução.
está vinculado ao grau hierárquico e constitui uma
prerrogativa impessoal, em cujo exercício o policial
No caso dos praças especiais, isto é, dos alunos e

25
militar se define e se caracteriza como chefe.
aspirantes-a-oficial, o seu compromisso não é em rea-

7-
Parágrafo Único. Aplica-se à Direção e à Chefia de

84
Organização Policial Militar, no que couber, o esta- lizar operações militares. Por isso esses praças espe-

0.
belecido para o Comando. ciais não possuem tamanha subordinação, devendo

36
cumprir apenas com seus estudos.
E quem pode exercer o comando? O estatuto dis- .
71
põe que somente os oficiais, isto é, somente os agentes Art. 38 As Praças Especiais cabe a rigorosa obser-
-1

que ingressam em postos possuem comando sobre os vância das prescrições dos regulamentos que lhes
ia

demais policiais militares. são pertinentes, exigindo-se-lhe inteira dedicação


ar

ao estudo e ao aprendizado técnico-profissional.


M

Art. 35 O Oficial é preparado, ao longo da carreira


a
lv

para o exercício do Comando, da Chefia e da Dire- É certo que, independentemente se possui coman-
Si

ção das Organizações Policiais Militares. do ou subordinação, cabe ao policial militar a res-
da

ponsabilidade integral por suas ações. Se for uma


O art. 36 dispõe sobre o papel dos subtenentes e
ira

autoridade com comando, o agente deve ter responsa-


dos sargentos de prestarem auxílio aos oficiais, seja
bilidade pelas decisões que tomar e pelas ordens que
re

no adestramento e no emprego dos meios, seja na ins-


Pe

emitir. No caso dos militares que possuem subordina-


trução e na administração, a fim de promover a exe-
ção, vale destacar que eles também possuem respon-
s

cução de operações militares com eficiência.


u

sabilidade pelos atos que praticam.


he

Art. 36 Os Subtenentes e Sargentos auxiliam e com-


at

pletam as atividades dos oficiais, quer no adestra- Art. 39 Cabe ao policial-militar a responsabilidade
M

NOÇÕES DE DIREITO MILITAR

mento e no emprego dos meios, quer na instrução integral pelas decisões que tomar, pelas ordens que
e na administração; poderão ser empregados na emitir e pelos atos que praticar.
execução de atividades de policiamento ostensivo
peculiares a Policia Militar. Para facilitar a correta distinção entre comando e
Parágrafo Único. No exercício das atividades men- subordinação, segue uma tabela exemplificativa, con-
cionadas neste artigo e no comando de elementos tendo os seguintes pontos:
subordinados, os Subtenentes e Sargentos deverão
impor-se pela lealdade, pelo exemplo e pela capaci-
z o tipo de conduta a ser praticada na operação
dade profissional e técnica, incumbindo-lhes asse-
gurar a observância minuciosa e ininterrupta das militar;
ordens, das regras de serviço e das normas opera- z as autoridades policiais militares que são atingidas;
tivas pelas praças que lhes estiverem diretamente z a existência de agentes que auxiliam esses milita-
subordinadas e a manutenção da coesão e do moral res, se tiver.
das mesmas praças em todas as circunstanciais.

325
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qualquer título, a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.
Por outro lado, os empregados públicos são con-
COMANDO SUBORDINAÇÃO tratados mediante regime celetista, isto é, com apli-
cação das regras previstas na Consolidação das Leis
Atos de comando, direção Atos de obediência hierár- do Trabalho (CLT). Trata-se de uma vinculação con-
e chefia da PMPB quica e disciplina tratual. A contratação desse grupo de funcionários se
dá, em regra, pelas pessoas jurídicas de direito pri-
Somente oficiais Unidades de execução:
vado integrantes da Administração indireta (são as
cabos e soldados
empresas públicas, as sociedades de economia mista,
Subtenentes e sargentos — os consórcios etc.). Além disso, o ingresso de tais pes-
prestam auxílio aos de- soas também depende da sua aprovação em concurso
mais oficiais público.
O regime dos empregados públicos é menos prote-
tivo do que o estatutário. Isso se deve ao fato de que
os empregados públicos não gozam da estabilidade
LEI COMPLEMENTAR ESTADUAL Nº 87, que os servidores possuem. Ao serem empossados,
DE 2008 os empregados passam por um período de experiên-
cia de 90 dias. Todavia, mesmo após esse período, os
É de suma importância conhecer a legislação empregados públicos podem ser dispensados.
voltada para a carreira de Policial Militar, principal- Sobre os agentes militares, eles constituem uma
mente no que concerne à estrutura organizacional categoria à parte dos demais agentes, uma vez que
da instituição, bem como ao regime jurídico de seus as instituições militares possuem fortes bases funda-
funcionários. Porém, antes de adentrar nessa matéria, mentadas na hierarquia e na disciplina. Apesar de
convém fazer algumas ponderações iniciais sobre o também apresentarem vinculação estatutária, seu
que são os agentes militares e como eles se comparam regime jurídico é disciplinado por legislação especial,
com os demais agentes públicos do Estado. É certo que e, não, por aquela aplicável aos servidores civis.
os militares estão inseridos dentro de um grupo maior Uma vez compreendidas as características princi-
de pessoas que integram a estrutura da Administra- pais dos agentes militares e como eles se distinguem
ção Pública. Aos membros desse grupo, dá-se o nome dos demais agentes públicos, podemos finalmente
de “agentes públicos”. analisar a legislação estadual que disciplina, de forma
A definição de agente público é de natureza doutri- mais específica, sobre a Polícia Militar do Estado da
nária, muito embora haja algumas normas jurídicas Paraíba (ou PMPB).

25
que costumam trazer um conceito próprio de agente Veremos sobre as organizações estrutural e fun-

7-
público. Para fins didáticos, utilizaremos as lições de cional da PMPB, expostas na Lei Complementar Esta-

84
Celso Antônio Bandeira de Mello para exemplificar: dual nº 87, de 2008. Essa legislação é importante para

0.
são agentes públicos as pessoas que exercem uma nossos estudos, pois dispõe sobre os órgãos que fazem

36
função pública, ainda que em caráter temporário ou parte dessa importante instituição militar, bem como
.
71
sem remuneração. Pela definição do renomado juris- acerca das competências específicas de cada um des-
-1

ta, percebe-se que o termo é utilizado de uma forma ses órgãos.


ampla e geral, uma vez que engloba todos aqueles
ia
ar

que, dentro da organização da Administração Pública, DAS DISPOSIÇÕES PRELIMINARES


M

exercem determinada função pública.


a

Assim, podemos dizer que agente público é gênero, Definição de Polícia Militar do Estado da Paraíba
lv

o qual comporta diversas espécies, como os agentes


Si

políticos, os servidores públicos estatutários, os empre- Preliminarmente, a lei complementar inicia dis-
da

gados públicos, os agentes militares, entre outros. pondo sobre o que é a Polícia Militar da Paraíba.
ira

Os agentes políticos possuem como característica Observe atentamente essa definição disposta no refe-
principal o fato de exercerem uma função pública de
re

rido dispositivo:
Pe

alta direção do Estado. Seu ingresso é feito mediante


eleições e eles atuam em mandatos fixos, os quais têm Art. 1º A Polícia Militar do Estado da Paraíba -
u s

o condão de extinguir a relação destes com o Estado PMPB é instituição permanente, força auxiliar e
he

de modo automático pelo simples decurso do tempo. reserva do Exército, organizada com base na hie-
at

Percebe-se, dessa forma, que a sua vinculação com o rarquia e na disciplina militares, órgão da adminis-
M

Estado não é profissional, mas institucional. São agen- tração direta do Estado, com dotação orçamentária
tes políticos os Parlamentares, o Presidente da Repú- própria e autonomia administrativa, vinculada
blica, os Prefeitos, os Governadores, bem como seus à Secretaria de Estado da Segurança e da Defesa
respectivos vices, Ministros de Estado e Secretários. Social - SEDS, nos termos da legislação estadual
Os servidores públicos são os agentes contratados vigente.
pela Administração Pública, direta ou indireta, sob o
regime estatutário, sendo selecionados mediante con- Pela definição do art. 1º, vemos que a Polícia Mili-
curso público para ocupar cargos públicos, possuindo tar da Paraíba é uma instituição permanente, ligada
vinculação com o Estado de natureza estatutária e não à Secretaria de Estado da Segurança e da Defesa
contratual. O regime dos cargos públicos é disciplina- Social. Significa, de modo geral, que a PMPB faz par-
do pela Lei Federal nº 8.112, de 1990, também conhe- te do Estado (sinônimo de governo) e, nele, se integra
cida como “Estatuto dos Servidores Públicos Civis da não como uma entidade com personalidade jurídica
União”. A ideia que você deve ter de servidor público própria, mas como um órgão público. Existem outras
é que ele é o “profissional da Administração Pública”, instituições permanentes que também fazem parte do
devendo prestar os seus serviços com alta excelência Estado, tais como o Ministério Público, a Defensoria
326 e eficiência. Pública, as Polícias Civis etc.
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qualquer título, a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.
Outro ponto importante: a PMPB é, também, uma Art. 3º São princípios basilares a serem observados
Instituição Militar Estadual, uma força auxiliar do pela Polícia Militar do Estado da Paraíba:
Exército Nacional, exercendo as mesmas funções I - a hierarquia;
e atribuições que este, com a diferença de que ela II - a disciplina;
exerce essas atribuições somente dentro do Estado III - a legalidade;
da Paraíba. As Instituições Militares Estaduais (ou IV - a impessoalidade;
IMEs) são órgãos auxiliares do Exército Nacional, V - a moralidade;
VI - a publicidade;
sendo encarregados de promover a segurança pública
VII - a eficiência;
dentro do seu respectivo estado. As IMEs são institu-
VIII - a promoção, o respeito e a garantia à dignida-
tos bem antigos e compostas: 1 — da Polícia Militar de e aos direitos humanos;
(PMPB) e 2 — do Corpo de Bombeiros Militar (CBMPB). IX - o profissionalismo;
A expressão “IME” aparece com bastante frequência X - a probidade;
na legislação militar e também pode aparecer na sua XI - a ética.
prova.
Sobre o assunto, o art. 2º dispõe de forma seme- A hierarquia e a disciplina aparecem como princí-
lhante, embora utilize o termo “Sistema de Defesa pios, pois esses dois valores são considerados como as
Social do Estado” para designar as instituições mili- bases de todas as IMEs, e, sem sua presença, as insti-
tares que promovem a segurança pública no Estado tuições militares estaduais não poderiam atingir seus
da Paraíba. objetivos. De modo geral, a hierarquia e a disciplina
apresentam um objetivo comum, mas é importante o
Art. 2º A Polícia Militar do Estado da Paraíba é candidato não confundir os dois.
parte do Sistema de Defesa Social do Estado, atuan- Hierarquia é a ordenação da autoridade em
do de forma integrada com os órgãos do respectivo
níveis diferentes dentro da estrutura da organização
Sistema, em parceria com a comunidade e as insti-
militar, obrigando os níveis inferiores em relação aos
tuições públicas e privadas, de maneira a garantir
superiores. O respeito à hierarquia é consubstanciado
a eficiência de suas atividades, cabendo-lhe, com
exclusividade, a polícia ostensiva, a preservação da no espírito de acatamento à sequência de autoridade.
ordem pública e a incolumidade das pessoas e do Significa, basicamente, colocar um grupo de pessoas
patrimônio. em um nível de ordenação.
Disciplina, por sua vez, é a rigorosa observância e
Destaque para a parte final do texto do disposi- o acatamento integral das leis, regulamentos, normas
tivo citado. A Polícia Militar da Paraíba tem o exer- e disposições que fundamentam o organismo militar

25
cício exclusivo das seguintes atividades: a) a polícia e coordenam seu funcionamento regular e harmôni-

7-
ostensiva no território do Estado; b) a preservação da co, traduzindo-se pelo perfeito cumprimento do dever

84
ordem pública; c) a incolumidade das pessoas e do por parte de todos e de cada um dos componentes des-

0.
patrimônio. se organismo. Pode-se até dizer que a disciplina é uma

36
decorrência natural da hierarquia. Veremos como a
.
71
hierarquia e a disciplina servem de fundamento para
-1

Importante! a verificação da moral e do elemento ético da conduta


dos agentes policiais militares quando analisarmos o
ia

É muito comum haver pegadinhas quanto ao Estatuto dos Policiais Militares da PMPB em momento
ar

conceito legal da PMPB disposto no referido art. posterior.


M

2º. Pode acontecer de asseverarem que a Polícia Atenção: a hierarquia é como uma escada. Cada
a
lv

Militar é “subordinada administrativamente” ou, degrau está posicionado de uma forma pela qual é
Si

ainda, de a definirem como uma “entidade per- possível a sua ascensão. Não faria sentido haver uma
da

manente”, como se fosse uma pessoa jurídica. inversão da ordem hierárquica dos quadros milita-
res, pois seria o mesmo que trocar os degraus de uma
ira

Também pode ocorrer de afirmarem que a PMPB


é força “auxiliar das Forças Armadas”. escada de lugar. A disciplina, por sua vez, é parecida
re

com compliance. Ela é o acatamento das regras, sob o


Pe

Por isso, atente-se bem para o conceito legal: a


temor de haver a devida punição pela desobediência.
PMPB é subordinada operacionalmente à SEDS
s

Os incisos III a VII tratam dos princípios consti-


u

(Secretaria do Estado da Segurança Pública e da


he

tucionais aplicáveis a todas as entidades públicas


Defesa Social) e é considerada uma instituição
integrantes da Administração Pública direta e indire-
at

permanente, não é uma entidade personalizada.


M

ta. Por ser uma instituição pública, é evidente que à


NOÇÕES DE DIREITO MILITAR

É, também, uma instituição auxiliar do Exército Polícia Militar da Paraíba serão aplicados esses prin-
Nacional, e, não, das Forças Armadas. cípios. Os princípios constitucionais da Administra-
ção Pública têm esse nome por estarem previstos no
caput, do art. 37, da Constituição Federal (CF), de 1988.
Dos Princípios Basilares
São os princípios do mnemônico LIMPE: Princípio da
Legalidade, da Impessoalidade, da Moralidade, da
Etimologicamente, “princípios” são as bases ou
Publicidade e da Eficiência.
valores que fundamentam algo ou alguém. É evidente
O inciso VIII apresenta outro princípio muito
que a PMPB também possui os seus valores, que ser-
importante, mas que, muitas vezes, acaba sendo
vem de alicerce para a atuação de todos os seus agen-
prejudicado pelas ações abusivas de alguns agentes
tes militares. A lei complementar apresenta todos os
militares. O respeito, a promoção e a defesa dos
princípios basilares da PMPB nos incisos, do art. 3º.
direitos humanos fundamentais não constituem
Observe o texto legal, primeiro:
apenas um princípio da conduta militar, mas o princi-
pal fundamento de um Estado de Direito, isto é, de um
governo que se subordina às leis que ele mesmo cria, 327
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se abstendo de praticar atos ilegais e abusivos contra VII - exercer a polícia administrativa do meio
os particulares membros da esfera privada. ambiente, nos termos de sua competência, na cons-
O inciso IX dispõe sobre a capacitação profissio- tatação de infrações ambientais, na apuração,
nal do agente militar. O profissionalismo se carac- autuação, perícia e outras ações legais pertinentes,
teriza pelo empenho do agente militar em exercer quando assim se dispuser, conjuntamente com os
corretamente suas atribuições, demonstrando ser um demais órgãos ambientais, colaborando na fiscali-
profissional assíduo, pontual e qualificado. O profis- zação das florestas, rios, estuários e em tudo que for
relacionado com a fiscalização do meio ambiente;
sionalismo será exigido não apenas em questões como
VIII - participar, quando convocada ou mobilizada
a pontualidade (não chegar atrasado em serviço),
pela União, do planejamento e das ações destinadas
mas, também, cobrado dos agentes militares que se
à garantia dos Poderes constitucionais, da lei e da
aprimorarem, tornando-se profissionais qualificados, ordem, e à defesa territorial;
mediante participação em cursos, pesquisas e estudos IX - proceder, nos termos da lei, à apuração das
de especialização. infrações penais de competência da polícia judiciá-
Os incisos X e XI dizem respeito às questões da ria militar;
moralidade e da presença do elemento ético na X - planejar e realizar ações de inteligência desti-
conduta dos agentes policiais militares. O agente nadas à prevenção criminal e ao exercício da polí-
militar deve dar o exemplo e não deixar que pressões cia ostensiva e da preservação da ordem pública,
externas corrompam a sua honra, moral, probidade observados os direitos e garantias individuais;
e ética. Ele não pode, por exemplo, furtar valores ou XI - realizar internamente correições e inspeções,
bens e equipamentos dos quartéis para benefício pró- em caráter permanente ou extraordinário;
prio ou de terceiros. XII - autorizar, mediante prévio conhecimento, a
realização de reuniões ou eventos de caráter públi-
DA ESTRUTURA ORGANIZACIONAL DA PMPB co ou privado, em locais que envolvam grande con-
centração de pessoas, para fins de planejamento e
execução das ações de polícia ostensiva e de preser-
É certo que, perante os particulares e os demais
vação da ordem pública;
órgãos e entidades públicas, a Polícia Militar da Paraí-
XIII - emitir, com exclusividade, pareceres e relató-
ba apresenta-se como uma instituição una e singular.
rios técnicos relativos à polícia ostensiva, à preser-
Porém, isso não impede que a PMPB se divida, ainda vação da ordem pública e às situações de crise;
que internamente, em múltiplos órgãos, para melhor XIV - fiscalizar o cumprimento dos dispositivos
atender as finalidades a ela impostas pela Lei Maior. legais e normativos pertinentes à polícia ostensi-
A grande razão de a PMPB possuir uma divisão

25
va e à preservação da ordem pública, aplicando as
interna em órgãos reside no texto do art. 4º, que dis- sanções previstas na legislação específica;

7-
põe sobre todas as competências designadas à Polícia

84
XV - realizar pesquisas técnico-científicas, estatísti-
Militar da Paraíba, sem prejuízo de outras atribuições cas e exames técnicos relacionados às atividades de

0.
36
previstas nas demais legislações: polícia ostensiva, de preservação da ordem pública,
de polícia judiciária militar e outras pertinentes;
.
71
Art. 4º Compete à Polícia Militar do Estado da XVI - acessar os bancos de dados existentes nos
-1

Paraíba, dentre outras atribuições previstas em lei: órgãos do Sistema de Defesa Social do Estado da
ia

I - planejar, organizar, dirigir, supervisionar, coor- Paraíba e, quando assim se dispuser, da União,
ar

denar e controlar as ações de polícia ostensiva relativos à identificação civil e criminal, de armas,
M

e de preservação da ordem pública, que devem veículos, objetos e outros, observado o disposto no
a

ser desenvolvidas prioritariamente para assegu- inciso X do art. 5º da Constituição Federal;


lv

rar a incolumidade das pessoas e do patrimônio, XVII - realizar a segurança interna do Estado;
Si

o cumprimento da lei e o exercício dos Poderes XVIII - proteger os patrimônios histórico, artístico,
da

constituídos; turístico e cultural;


XIX - realizar o policiamento assistencial de pro-
ira

II - executar, com exclusividade, ressalvadas as


missões peculiares às Forças Armadas, o policia- teção às crianças, aos adolescentes e aos idosos, o
re

mento ostensivo fardado para prevenção e repres- patrulhamento aéreo e fluvial, a guarda externa de
Pe

são dos ilícitos penais e infrações definidas em lei, estabelecimentos penais e as missões de segurança
s

bem como as ações necessárias ao pronto restabe- de dignitários em conformidade com a lei;
u
he

lecimento da ordem pública; XX - gerenciar as situações de crise que envolva


III - atender à convocação do Governo Federal em reféns;
at

XXI - apoiar, quando requisitada, o Poder Judiciário


M

caso de guerra externa ou para prevenir ou repri-


mir grave subversão da ordem ou ameaça de sua e o Ministério Público Estadual, no cumprimento de
irrupção, subordinando-se ao Comando do Exérci- suas decisões;
to, em suas atribuições específicas de Polícia Mili- XXII - realizar, em situações especiais, o policia-
tar e como participante da defesa territorial, para mento velado para garantir a eficiência das ações
emprego; de polícia ostensiva e de preservação da ordem
IV - atuar de maneira preventiva ou dissuasiva em pública.
locais ou áreas específicas em que se presuma ser XXIII - atuar na fiscalização e controle dos servi-
possível e/ou ocorra perturbação da ordem pública; ços de vigilância particular no Estado, vedando-se
V - atuar de maneira repressiva em caso de pertur- o uso e o emprego de uniformes, viaturas, equipa-
bação da ordem, precedendo eventual emprego das mentos e apetrechos que possam se confundir com
Forças Armadas; os por ela adotados;
VI - exercer a polícia ostensiva e a fiscalização de XXIV - lavrar, subsidiariamente, o Termo Circuns-
trânsito nas rodovias estaduais, além de outras tanciado de Ocorrência - TCO;
ações destinadas ao cumprimento da legislação de XXV - executar as atividades da Casa Militar do
trânsito, e nas vias urbanas e rurais, quando assim Governador;
328 se dispuser;
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qualquer título, a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.
XXVI - assessorar as Presidências dos Poderes Art. 7º Os órgãos de direção setorial atendem às
Legislativo e Judiciário, à Prefeitura da Capital, necessidades de pessoal e logística de toda a Cor-
ao Tribunal de Contas do Estado, à Procuradoria poração, realizam a atividade meio e atuam em
Geral de Justiça, à Justiça Militar Estadual e às cumprimento às diretrizes e ordens dos órgãos de
Secretarias da Segurança e da Defesa Social e da direção estratégica.
Cidadania e Administração Penitenciária, nos ter-
mos definidos na legislação peculiar; Os órgãos de execução, por sua vez, são os res-
XXVII - desempenhar outras atribuições previstas ponsáveis pela realização das operações militares,
em lei. que são consideradas as atividades-fim da PMPB, na
§ 1º Os integrantes da Polícia Militar do Estado da forma do art. 8º:
Paraíba no desempenho de atividade policial mili-
tar no âmbito de suas responsabilidades são consi- Art. 8º Os órgãos de execução são constituídos pelas
derados autoridades policiais. Organizações Policiais Militares (OPM) que se des-
§ 2º Para o desempenho das funções a que se refere tinam à atividade-fim, focando o cumprimento da
o inciso IX deste artigo, a Polícia Militar requisitará missão e dos objetivos institucionais, executando as
exames periciais e adotará providências cautelares ordens e diretrizes emanadas dos órgãos de direção
destinadas a colher e resguardar indícios ou pro- estratégica e apoiados em suas necessidades de pes-
vas da ocorrência de infrações penais no âmbito de soal e logística pelos órgãos de direção setorial.
suas atribuições, sem prejuízo da competência dos
demais órgãos policiais. Órgãos de Direção Estratégica
§ 3º As atividades previstas no inciso XXVI deste
Artigo são consideradas como em serviço de natu-
Tão importante quanto denominar os grupos de
reza policial militar, e o efetivo empregado fará
órgãos da PMPB é conhecer todos os órgãos que fazem
parte da Ajudância Geral.
parte desses conjuntos. Iniciaremos com a composi-
ção dos órgãos de direção estratégica. O art. 9º dispõe
Pela grande quantidade de competências, demons-
que, para a realização do alto comando, a PMPB conta
tra-se a necessidade de a PMPB possuir uma estrutura
com nove órgãos:
organizacional bastante ampla e complexa para uma
melhor repartição de todas as atribuições previstas
Art. 9º Os órgãos de direção estratégica
no art. 4º. Nesse sentido, a lei complementar busca compreendem:
agrupar todos os órgãos da PMPB em quatro grandes I - Comando Geral;
grupos. Esses órgãos poderão ser: a) órgãos de direção

25
II - Subcomando Geral;
estratégia; b) órgãos de direção setorial; c) órgãos de III - Estado-Maior Estratégico;

7-
execução; e d) órgãos vinculados.

84
IV - Corregedoria;
Os órgãos de direção estratégica correspon- V - Ouvidoria;

0.
dem ao conjunto de órgãos que realizam tarefas de
36
VI - Comandos Regionais;
alto comando da PMPB, possuindo grande poder de VII - Comissões; .
71
decisão. Os órgãos de direção estratégica ditam VIII - Procuradoria Jurídica;
-1

como será a atuação de todos os agentes da PMPB IX - Assessorias.


durante as operações militares. O art. 6º, da lei com-
ia
ar

plementar, define esses órgãos como aqueles que rea- Os órgãos de direção possuem como ponto de des-
M

lizam o comando e a administração da corporação. As taque o fato de conterem alguns órgãos singulares.
principais atividades dos órgãos de direção estratégi-
a

Este termo, “órgão singular”, é utilizado para designar


lv

ca são: a) elaborar a organização da PMPB; b) acionar


alguns órgãos cuja deliberação recai apenas em uma
Si

os órgãos de direção setorial e os órgãos de execução


única pessoa, independentemente se o órgão compor-
da

para suprir as necessidades de pessoal e de material;


e c) exercer o controle e a fiscalização da atuação dos ta múltiplos membros ou outros órgãos subalternos.
ira

órgãos de direção setorial e de execução. É o caso do Comando-Geral, um órgão presidido


re

pela figura do Comandante-Geral, que é o grande


Pe

Art. 6º Os órgãos de direção estratégica realizam o chefe e representante da PMPB, incumbido de rea-
lizar tarefas de administração superior, liderança,
s

comando e a administração da Corporação, execu-


u

comando e emprego de outros agentes militares. A


he

tando as seguintes atribuições:


I - planejar institucionalmente a organização da nomeação para o cargo de Comandante-Geral ficará a
at

Corporação; cargo do Governador do Estado da Paraíba.


M

NOÇÕES DE DIREITO MILITAR

II - acionar, por meio de diretrizes e ordens, os


órgãos de direção setorial e os de execução, para Dica
suprir as necessidades de pessoal e de material no
cumprimento de suas missões; O cargo de Comandante-Geral é um cargo em
III - coordenar, controlar e fiscalizar a atuação dos comissão. Isto significa dizer que a nomeação
órgãos de direção setorial e de execução. para esse tipo de cargo é baseada em critérios
mais subjetivos. Não há julgamento da capaci-
Os órgãos de direção setorial ficam encarregados dade técnica do candidato a ocupar esse cargo:
de realizar as atividades-meio da PMPB, geralmente a autoridade nomeante (no caso, o Governador
voltadas a atender necessidades de pessoal e logís-
do Estado) poderá nomear o Comandante-Geral
tica. Mesmo não sendo atividades finalísticas dessa
instituição militar, as atividades-meio são igualmente com base em seu voto de confiança. Além disso,
importantes, pois, sem elas, os agentes militares não não há necessidade de “abrir concurso público”
possuiriam recursos materiais e humanos suficientes para preencher cargo de Comandante-Geral.
para a realização dessas operações. O texto do art. 7º
dispõe no mesmo sentido: 329
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qualquer título, a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.
As principais competências do Comandante-Geral disciplinar para averiguar alguma conduta irre-
estão previstas nos incisos, do art. 12: gular de um de seus agentes militares, podendo
ensejar na aplicação de uma sanção mais simples,
Art. 12 Compete ao Comandante-Geral: como a multa ou a suspensão, ou, até mesmo, no
I - o comando, a gestão, o emprego, a supervisão e seu desligamento compulsório (demissão).
a coordenação geral das atividades da Corporação;
II - presidir as Comissões de Promoção de Oficiais e Contudo, não se pode afirmar que o Comandante-
de Julgamento do Mérito Policial Militar; -Geral realiza todas as tarefas de comando sozinho:
III - encaminhar ao órgão competente o projeto ele também será auxiliado pelo seu gabinete e pelo
de orçamento anual referente à Polícia Militar e Grupamento de Ações Táticas Especiais (ou GATEs).
participar, no que couber, da elaboração do plano Esses órgãos possuem como tarefa principal prestar
plurianual; serviços de assessoria ao Comandante-Geral.
IV - celebrar convênios e contratos de interesse da O art. 13 dispõe sobre o gabinete, o qual é compos-
Polícia Militar com entidades de direito público ou to de um órgão de assistência e de uma ajudância de
privado, nos termos da lei;
ordens, sendo, ainda, denominado pelo dispositivo de
V - nomear e exonerar militares estaduais no exer-
“órgão de Estado-Maior Pessoal”:
cício das funções de direção, comando e assesso-
ramento, nos limites estabelecidos na legislação
vigente; Art. 13 O Gabinete do Comandante-Geral, definido
VI - autorizar militares estaduais e servidores civis como Estado-Maior Pessoal, é constituído de:
da Corporação a se afastarem do Estado e do país; I - Assistência de Gabinete;
VII - ordenar o emprego de verbas orçamentárias, II - Ajudância de Ordens.
de créditos abertos ou de outros recursos em favor Parágrafo único. O Estado-Maior Pessoal, Órgão de
da Polícia Militar do Estado da Paraíba; Apoio, tem a seu cargo as funções administrativas
VIII - incluir, nomear, licenciar e excluir Praças e de Gabinete do Comandante-Geral, sendo composto
Praças especiais, obedecidos os requisitos legais; pela Assistência ao Gabinete, gerenciada por um
IX - promover Praças e declarar Aspirantes-a-Oficial; Coronel do QOC, e a Ajudância de Ordens, com car-
X - conceder férias, licenças ou afastamentos de gos a serem exercidos por Oficiais Intermediários
qualquer natureza; do QOC.
XI - decidir sobre a instauração e a solução dos pro-
cedimentos e processos administrativos disciplina- O GATE, por sua vez, é um órgão de comando de
res, aplicando as penalidades previstas nas normas pronto-emprego composto de policiais militares espe-
disciplinares da Corporação; cialmente treinados para a realização de missões

25
XII - expedir os atos administrativos necessários à especiais e gerenciamento de crise. O art. 14 dispõe

7-
gestão Institucional. que, apesar de sua finalidade bastante específica, o

84
Parágrafo único. O Comandante-Geral poderá GATE poderá ser instituído para a realização do poli-

0.
delegar competência para a expedição de atos ciamento ostensivo geral, também.
36
administrativos.
.
71
Art. 14 O GATE é o comando de pronto-emprego do
-1

Como se depreende pela leitura do dispositivo, o Comandante-Geral, com um efetivo mínimo de uma
Comandante-Geral realiza uma grande quantidade de
ia

Companhia, especialmente treinado para missões


ar

atribuições. Por motivos didáticos, podemos dividir especiais e gerenciamento de crises, o qual poderá
M

todas essas competências nos seguintes grupos: ser empregado também em outras missões do poli-
a

ciamento ostensivo geral.


lv

z Competência de direção: são as atribuições pre-


Si

vistas no inciso I. O Comandante é o agente militar O Subcomando-Geral é outro órgão singular,


da

que realiza as tarefas de comando, gestão, empre- embora possua alguns órgãos de assessoramento, tal
go, supervisão e coordenação de todas as ativida-
ira

como ocorre com o Comando-Geral.


des da Polícia Militar; Quando o Comandante-Geral contrair doença, sair
re

z Competência administrativa: a Polícia Militar tam-


de férias ou encontrar-se de licença ou afastado por
Pe

bém possui interesses de caráter administrativo, como


alugar terrenos e realizar a compra de armamento ou qualquer motivo, será substituído pelo Subcoman-
s

dante-Geral da Polícia Militar. Segundo o § 1º, art.


u

de viaturas e demais veículos. Para a realização des-


he

sas atividades administrativas, o Comandante-Geral é 15, o cargo de Subcomandante-Geral é também um


at

competente para celebrar contratos e convênios (em cargo comissionado a ser exercido por um Coronel da
M

nome da PMPB) com entidades públicas e privadas Ativa do Quadro de Oficiais Combatentes — QOC, sen-
para satisfazer esses interesses; do este, do mesmo modo, escolhido e nomeado pelo
z Competências funcionais: são as atribuições que Governador do Estado.
se relacionam com a gestão dos demais agentes Em termos de competência, por ser o substituto do
militares. O Comandante-Geral é, por exemplo, Comandante-Geral, é certo que o Subcomandante-Ge-
quem realiza a promoção dos praças, concede ral poderá exercer as mesmas atribuições de seu supe-
autorizações, férias e outras formas de afastamen- rior quando substitui-lo. Além disso, o § 2º, do mesmo
to para os demais agentes militares etc.;
art. 15, também dispõe como função do Subcoman-
z Competências orçamentárias: o Comandante-Ge-
ral também deve mexer nos gastos da PMPB, seja dante-Geral a garantia da disciplina da corporação,
pela elaboração do orçamento da Polícia Militar bem como a presidência da Comissão de Promoção
segundo as normas e legislação orçamentária vigen- das Praças.
te, seja solicitando verbas, abertura de crédito ou
outros tipos de recursos para a corporação militar; Art. 15 O Subcomando-Geral é constituído de:
z Competência disciplinar: esta é a competência I - Subcomandante-Geral;
exposta no inciso XI. O Comandante-Geral é quem II - Gabinete do Subcomandante-Geral;
330 decide pela condenação ou absolvição em processo III - Ajudância-Geral.
O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para Matheus Pereira da Silva Maria - 171.360.847-25, vedada, por quaisquer meios e a
qualquer título, a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.
§ 1º O Subcomandante Geral, cargo em comissão I - Gabinete do Coordenador Geral;
símbolo CDS-2, previsto na Estrutura Organizacio- II - Gabinete do Coordenador Geral Adjunto;
nal da Administração Direta do Poder Executivo do III - Coordenadorias:
Estado da Paraíba, é exercido por um Coronel da a) de Integração Comunitária e Direitos Humanos
Ativa do QOC, escolhido e nomeado pelo Governa- - EM/1;
dor do Estado. b) de Inteligência - EM/2;
§ 2º O Subcomandante-Geral é o responsável pela e) de Planejamento e Elaboração de Projetos - EM/3;
garantia da disciplina da Corporação e Presidente d) de Combate e Resistência às Drogas e à Violência
da Comissão de Promoção de Praças, além de pres- - EM/4;
tar assessoramento ao Comandante-Geral na coor- f) de Comunicação Social e Marketing - EM/5;
denação do funcionamento da Instituição, sendo g) de Gerenciamento de Crises - EM/6;
seu eventual substituto. h) de Estatística e Avaliação - EM/7;
§ 3º O Gabinete do Subcomandante-Geral tem i) de Tecnologia da Informação - EM/8.
a seu cargo as funções administrativas do
Subcomando-Geral. A realização de atividades de natureza fiscalizató-
ria, como o controle dos atos administrativos, as ins-
Para assessoramento, o Subcomandante-Geral peções, as vistorias e as demais tarefas de correição,
conta com o Gabinete do Subcomandante-Geral, o fica a cargo da Corregedoria da Polícia Militar. A
qual é encarregado do auxílio na prestação de funções Corregedoria se distingue dos demais órgãos de dire-
administrativas, tal como expõe o § 2º. Além do gabine- ção estratégica pelo fato de suas atribuições possuí-
te, o Subcomandante-Geral também conta com apoio rem natureza fiscalizatória (no sentido de controle).
da Ajudância-Geral, órgão de assessoramento encar- É o art. 18 que dispõe sobre a Corregedoria da
regado de prestar serviços administrativos, seguran-
PMPB. Segundo seu parágrafo único, a Corregedo-
ça e controle efetivo do Quartel do Comando-Geral. O
ria é composta de órgãos subalternos encarregados
art. 16 dispõe sobre a divisão da Ajudância-Geral em
de realizar atividades específicas, como a Divisão de
múltiplos órgãos subalternos, com destaque para os
Investigação de Infrações Penais Militares, de Análise
órgãos de museu e de presídio da Polícia Militar.
Procedimental, de Estatística e Avaliação e de Apoio
Administrativo. As atividades de correição não estão
Art. 16 A Ajudância Geral tem a seu cargo as fun-
adstritas à Corregedoria da PMPB, podendo requisitar
ções administrativas, de segurança e de controle do
efetivo do Quartel do Comando Geral, bem como a auxílio das Corregedorias Setoriais.
administração do Presídio e do Museu da Polícia

25
Militar. Art. 18 A Corregedoria da Polícia Militar tem a

7-
Parágrafo único. A Ajudância Geral é constituída finalidade de correição das infrações penais milita-

84
de: res e do regime ético disciplinar, apurando, acom-

0.
I - Gabinete do Ajudante-Geral; panhando, fiscalizando e orientando os serviços da

36
II - Gabinete do Ajudante-Geral Adjunta; Corporação, em articulação com as Corregedorias
III - Museu da Polícia Militar; Setoriais. .
71
IV - Presídio da Polícia Militar Parágrafo único. A Corregedoria é constituída de:
-1

V - Secretaria - AG/I; I - Gabinete do Corregedor;


ia

VI - Arquivo Geral - AG/2; II - Gabinete do Subcorregedor;


ar

VII - Companhia de Comando e Serviços - CCSv. III - Divisões:


M

a) de investigação de infrações penais militares


a

Os demais órgãos de direção estratégica são cole- - CORG/I;


lv

b) de apuração de transgressões disciplinares


Si

giados, pois possuem como núcleo um grupo coletivo


de agentes militares, com suas deliberações sempre - CORG/2;
da

tomadas em conjunto. O primeiro órgão coletivo c) de análise procedimental - CORG/3;


ira

d) de estatística e avaliação - CORG/4;


de direção estratégica denomina-se Estado-Maior
e) de apoio administrativo - CORG/S.
re

Estratégico.
Pe

O órgão de Estado-Maior Estratégico é encarregado


de assessorar o Comandante-Geral na gestão estraté- A Ouvidoria é o órgão de direção estratégica que
s

possui relação mais próxima com a população, sendo


u

gica de recursos utilizados no cumprimento de ope-


he

rações militares. O órgão de Estado-Maior Estratégico encarregada de receber queixas e denúncias de parti-
at

também apresenta alguns órgãos subalternos com culares, principalmente no que concerne às condutas
M

irregulares e abusivas praticadas pelos agentes poli-


NOÇÕES DE DIREITO MILITAR

foco em diversos assuntos ligados à gestão estratégi-


ca, como a Integração de Direitos Humanos, a Divisão ciais militares.
de Inteligência, a Divisão do Combate e Resistência às O art. 19 dispõe, também, que a Ouvidoria subdivi-
Drogas, uma Divisão de Comunicação Social e Mar- de-se em órgãos subalternos encarregados de realizar
keting etc. Esses órgãos subalternos de Estado-Maior atividades específicas de ouvidoria, como a Divisão de
assumem a sigla “EM” com sua respectiva numeração, Atendimento e Triagem, de Estatística e Avaliação e de
com previsão no art. 17: Apoio Administrativo. Todas essas divisões possuem,
como símbolo, “OUV/” seguido de sua numeração
Art. 17 O Estado-Maior Estratégico é o órgão que correspondente.
tem a competência de assessorar o Comandante-
-Geral no planejamento e gestão estratégica para o Art. 19 A Ouvidoria da Polícia Militar tem por
desenvolvimento e cumprimento das missões insti- finalidade receber e registrar denúncias, reclama-
tucionais, tendo a Coordenação Geral de um Coro- ções e representações de atos desabonadores pra-
nel do QOC da ativa. ticados por integrantes da Corporação ou críticas
Parágrafo único. O Estado-Maior Estratégico será à prestação de serviço institucional, bem como de
assim organizado: encaminhar e acompanhar a solução das mesmas, 331
O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para Matheus Pereira da Silva Maria - 171.360.847-25, vedada, por quaisquer meios e a
qualquer título, a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.
funcionando em estreita articulação com as Ouvi- em regulamentos, aprovados por Portarias do
dorias Setoriais. Comandante-Geral.
Parágrafo Único. A Ouvidoria é constituída de: § 2º As Comissões de caráter temporário têm
I - Gabinete do Ouvidor; objetivos e fins específicos previstos em lei, decre-
II - Gabinete do Subouvidor; to e regulamentos ou serão criadas a critério do
III - Divisões: Comandante-Geral.
a) de atendimento e triagem - OUV/1;
b) de estatística e avaliação - OUV/2; Para a resolução de todas as questões jurídico-ad-
c) de apoio administrativo - OUV/3. ministrativas, o Comandante-Geral terá sua atuação
orientada pela Procuradoria Jurídica. Este é o órgão
Os Comandos Regionais foram criados conside- de direção estratégica encarregado de acompanhar
rando as grandes dimensões do Estado da Paraíba. os processos que tenham um agente policial militar
Seria ilógico pensar que a Polícia Militar possuiria como parte, a análise da legalidade dos atos pratica-
apenas um centro de comando para cuidar das opera- dos pelo policial militar e, de modo geral, o estudo de
ções militares que ocorrem em todo o estado. todas as questões legais e jurídicas que sejam de inte-
Nesse sentido, o art. 20, da lei complementar, dis- resse da PMPB.
põe que os Comandos Regionais atuam no planeja- A Procuradoria Jurídica também possui estrutura
mento, coordenação e supervisão das atividades dos própria, disposta nos incisos, do art. 26:
órgãos de execução que ocorrem primordialmente
Art. 26 A Procuradoria Jurídica é o órgão que presta
na Região Metropolitana de João Pessoa e do inte-
assessoramento jurídico-administrativo direto ao
rior. Ainda segundo o dispositivo legal, os Comandos Comandante-Geral, tendo a seguinte composição:
Regionais dividem-se em órgãos subalternos denomi- I - Gabinete do Procurador Jurídico;
nados “Comandos do Policiamento”, sendo um desig- II - Seção de Estudos e Pareceres;
nado para atuar na capital João Pessoa e dois para III - Seção de Projetos Normativos;
atuar no interior. IV - Seção de Apoio Administrativo.
§ 1º Compete à Procuradoria Jurídica:
Art. 20 Os Comandos Regionais têm por finalidade I - o estudo das questões jurídicas afetas à Corporação;
planejar, coordenar, controlar e supervisionar, na II - acompanhar, em juízo ou fora dele, por determi-
Região Metropolitana de João Pessoa e do Interior, nação do Comandante-Geral, os procedimentos do
as atividades realizadas pelos Órgãos de Execução, interesse da Polícia Militar;
no que concerne à eficiência nas missões de policia- III - o exame da legalidade dos atos e normas que

25
mento ostensivo, de acordo com as necessidades de forem submetidos à apreciação;
preservação da ordem pública. IV - demais atribuições que venham a ser previstas

7-
em regulamentos.

84
Parágrafo único. Os Comandos Regionais são:
I - Comando do Policiamento da Região Metropoli- § 2º O cargo de Procurador Jurídico da Polícia

0.
Militar, símbolo CAD-2, previsto na estrutura

36
tana da Capital - CPRM;
II - Comando do Policiamento Regional I - CPR I; organizacional da Administração Direta do Poder
.
71
III - Comando do Policiamento Regional II - CPR II. Executivo, será exercido por Advogado do quadro
-1

de servidores civis do Estado, nomeado por Ato


do Governador do Estado, mediante proposta do
ia

As Comissões, por sua vez, são os órgãos de dire-


ar

ção estratégica destinados à realização de trabalhos, Comandante-Geral.


M

estudos e pesquisas para assessorar o Comandante-


a

-Geral. Segundo o art. 25, as Comissões serão de dois Por fim, as Assessorias são os órgãos de direção
lv

tipos: permanentes e temporárias. estratégica encarregados de assessorar o Comandan-


Si

As Comissões Permanentes são aquelas que per- te-Geral nas atividades que não se enquadram em
da

manecem ad eternum, pois o seu objeto é um evento nenhum outro órgão de assessoramento. Percebe-se
ira

constante que ocorre com bastante frequência. É o que essas Assessorias possuem competência residual,
pois cuidam de todas as atividades de assessoramento
re

caso da Comissão Permanente de Promoção de Ofi-


Pe

ciais e de Praças. Outras comissões permanentes men- remanescentes que possam existir. É isso o que dispõe
cionadas no dispositivo são a Comissão de Julgamento o texto do art. 27.
u s

de Mérito e a Comissão Permanente de Licitação.


he

Art. 27 As Assessorias constituídas eventualmente


O dispositivo não cita exemplos de Comissões
at

para determinados estudos que escapam às atri-


Temporárias. São as comissões que têm por objeto
M

buições normais específicas dos órgãos de direção


um evento finito, cujos efeitos se encerram após a sua estratégica e setorial, destinadas a dar flexibilidade
averiguação. à estrutura de Comando da Corporação, serão inte-
gradas por servidores do Estado, postos à disposição
Art. 25 As Comissões destinam-se à execução de estu- da Corporação, por ato do Governador do Estado ou
dos e trabalhos de assessoramento direto ao Coman- do Secretário de Estado da Administração.
dante-Geral e terão caráter permanente ou temporário.
§ 1º As Comissões de caráter permanente são: Dos Órgãos de Direção Setorial
a) A Comissão de Promoção de Oficiais - CPO,
presidida pelo Comandante-Geral, e a Comissão de Como mencionamos, os órgãos de direção setorial
Promoção de Praças - CPP, presidida pelo Subco- são o conjunto de órgãos que cuidam das atividades
mandante Geral, cujas composições e competências de logística e de pessoal dentro da Polícia Militar Esta-
serão fixadas por regulamentos, aprovados por dual da Paraíba. Além de obedecer aos comandos e
Decretos do Chefe do Poder Executivo; às diretrizes elaboradas pelos órgãos de direção estra-
b) A Comissão de Julgamento do Mérito - CJM tégica, a direção setorial também realiza um conjun-
e a Comissão Permanente de Licitação - CPL, to de atividades-meio, que não se confundem com as
332 cujas composições e competências serão fixadas tarefas de operações militares.
O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para Matheus Pereira da Silva Maria - 171.360.847-25, vedada, por quaisquer meios e a
qualquer título, a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.
Pelo fato de realizarem uma gama bem menor de II - Gabinete do Vice-Diretor;
atividades, os órgãos de direção setorial são em menor III - Núcleo de Recrutamento e Seleção - NRS;
número quando comparados aos órgãos de alto comando IV - Capelania;
da PMPB. O art. 28 faz menção a apenas dois órgãos típi- V - Divisões:
cos desse grupo: as Diretorias e os Centros de Educação. a) de Inativos e Civis - DGP/1;
As diretorias são órgãos cuja estruturação é em b) de Identificação, Cadastro e Monitoramento
forma de sistema. Isto significa que cada diretoria pos- - DGP/2;
sui poderes para atuar tanto sozinha (para cuidar de c) de Análise e Legislação - DGP/3;
seu respectivo assunto) quanto de forma coletiva. As d) de Aplicação e Movimentação - DGP/4
diretorias são elementos interconectados e, ao mesmo e) de Justiça e Disciplina - DGP/5;
tempo, interdependentes entre si. f) de Apoio Administrativo - DGP/6.
O parágrafo único, do art. 29, apresenta os quatro
tipos de diretoria. Cada diretoria deverá cuidar dos A Diretoria de Apoio Logístico é incumbida da
seguintes assuntos: a) Diretoria de Finanças; b) Dire- coordenação e fiscalização de atividades de supri-
toria de Gestão de Pessoas; c) Diretoria de Apoio Logís- mento de materiais, da logística e do patrimônio da
tico; e d) Diretoria de Saúde e Assistência Social. PMPB. Este é o órgão responsável, por exemplo, pela
aquisição de munições, equipamentos de segurança
Art. 29 As Diretorias estruturadas sob forma de e viaturas militares, bem como pelo controle de tais
sistema destinam-se às atividades de administra- bens, de modo que eles não sejam desperdiçados ou
ção financeira, gestão de pessoas, logística, saúde utilizados de forma inadequada. A estrutura da dire-
e assistência social. toria em questão encontra-se prevista no parágrafo
Parágrafo único. A Corporação terá as seguintes único, do art. 32:
Diretorias:
I - de Finanças - DE; Art. 32 A Diretoria de Apoio Logístico é o órgão de
II - de Gestão de Pessoas - DGP; direção setorial do Sistema Logístico, incumbindo-
III - de Apoio Logístico - DAL; -se do planejamento, coordenação, fiscalização e
IV - de Saúde e Assistência Social - DSAS. controle das atividades de suprimento e manuten-
ção da logística e do patrimônio da Corporação.
A Diretoria de Finanças cuida de todos os assun- Parágrafo Único. A Diretoria de Apoio Logístico é
tos que envolvem a situação contábil-financeira da constituída de:
I - Gabinete do Diretor;
PMPB. É a Diretoria de Finanças que apura os valores
II - Gabinete do Vice-Diretor;
que serão gastos (despesas) com cada um dos funcio-
III - Centro de Suprimento Logístico - CSL;

25
nários e órgãos da Polícia Militar, bem como a quan-
IV - Divisões:

7-
tia que a PMPB arrecadará (receitas) ao longo do ano a) de Engenharia e Construção - DAL/1

84
financeiro, respeitados os valores-limite impostos nas b) de Motomecanização - DAL/2;

0.
leis de diretrizes orçamentárias. c) de Patrimônio - DAL/3;

36
A Diretoria de Finanças possui uma estrutura rela- d) de Compras e Registros - DAL/4;
tivamente complexa, conforme se depreende da leitu- .
71
e) de Cadastramento de Armas dos policiais milita-
ra do art. 30:
-1

res - DAL/5
f) de Apoio Administrativo - DAL/6.
ia

Art. 30 A Diretoria de Finanças é o órgão que tem


ar

como finalidade a administração financeira, con- Já a Diretoria de Saúde e Assistência Social é o


M

tábil, orçamentária e de auditagem, bem como órgão encarregado de coordenar e fiscalizar as ati-
a

coordenar, supervisionar, auxiliar e controlar as


lv

vidades de saúde, assistência social e veterinária de


Si

atividades financeiras dos órgãos da Corporação. interesse da Polícia Militar Estadual. Este é o órgão
Parágrafo único. A Diretoria de Finanças é consti-
da

que presta, por exemplo, serviços de assistência médi-


tuída de:
co-hospitalar, que aplica medicamentos e vacinação
ira

I - Diretor;
nos agentes militares e que cuida de animais sob cus-
re

II - Vice-Diretor;
tódia da PMPB, além de realizar inspeções de nature-
Pe

III - Divisões:
a) de Administração Financeira - DF/1; za sanitária nos quartéis e oferecer assistência social e
s

b) de Contabilidade - DF/2; psicológica para os militares que necessitarem.


u
he

c) de Auditoria e Controle Interno - DF/3; Esta diretoria apresenta uma estrutura relativa-
mente complexa, conforme se depreende da leitura
at

d) de Implantação - DF/4;
M

f) de Orçamento - DF/5; do art. 33:


NOÇÕES DE DIREITO MILITAR

g) de Apoio Administrativo - DF/6.


Art. 33 A Diretoria de Saúde e Assistência Social é o
A Diretoria de Gestão de Pessoas encontra-se órgão que tem como finalidade planejar, coordenar,
prevista no art. 31. Esta é a diretoria encarregada de fiscalizar, controlar e executar todas as atividades
coordenar e fiscalizar as atividades de pessoal, como de saúde, assistência social e veterinária, além do
o recrutamento e seleção de militares e o controle de trato das questões referentes ao estado sanitário
agentes militares inativos, além de tratar dos agentes do pessoal da Corporação e seus dependentes, devi-
militares de natureza religiosa, como os Capelães. damente articulada com os Núcleos Setoriais de
Saúde.
Art. 31 A Diretoria de Gestão de Pessoas é o órgão Parágrafo Único. A Diretoria de Saúde e Assistência
que tem como finalidade o planejamento, execução, Social é constituída de:
controle e fiscalização das atividades relacionadas I - Gabinete do Diretor;
com pessoal, legislação e assistência religiosa. II - Gabinete do Vice-Diretor;
Parágrafo único. A Diretoria de Gestão de Pessoas III - Junta Médica Especial - JME;
é constituída de: IV - Divisões:
I - Gabinete do Diretor; a) Médica - DSAS/1; 333
O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para Matheus Pereira da Silva Maria - 171.360.847-25, vedada, por quaisquer meios e a
qualquer título, a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.
b) Veterinária - DSAS/2; a) Divisão de Educação Física - DEF;
c) Odontológica - DSAS/3; b) Divisão de Avaliação e Pesquisa - DAP;
d) Farmacêutica - DSAS/4; c) Divisão de Desportos - DID;
e) Enfermagem - DSAS/5; VII - Núcleo Setorial de Saúde - NSS;
f) Nutrição - DSAS/6; VIII - Órgãos Executivos do Ensino:
g) de Apoio Administrativo - DSAS/7. a) Centro de Pós-Graduação e Pesquisa - CEPE;
V - Unidades Executivas: b) Academia de Polícia Militar do Cabo Branco
a) Hospital da Polícia Militar General Edson Rama- - APMCB;
lho - HPM; c) Centro de Formação e Aperfeiçoamento de Pra-
b) Policlínica - POLI; ças - CFAP;
c) Centro de Assistência Social - CASO; d) Colégios da Polícia Militar - CPM (unidades de
d) Centro de Assistência Psicológica - CAPS. João Pessoa, Campina Grande, Patos, Guarabira e
Cajazeiras);
Os Centros de Educação distinguem-se das Dire- e) Núcleo de Programas de Extensão e Treinamento
torias quanto ao seu objeto. Enquanto as Diretorias - NuPEx;
tratam de assuntos voltado à gestão de pessoas, logís- f) Núcleo de Estudos de Trânsito - NET;
tica, saúde e patrimônio, os Centros de Estudos reali- g) Núcleos de Formação e Aprimoramento Profis-
zam atividades voltadas apenas à gestão educacional sional - NuFAP.
dos militares. IX - Seções de:
A utilização do termo “gestão educacional”, tal a) Gestão de Pessoas - P/1;
como aparece no caput, do art. 34, dá a entender que os b) Inteligência - P/2;
Centros de Educação não ficam encarregados apenas c) Planejamento e Operações - P/3;
do exercício de atividades típicas de educação militar. d) Administração - P/4
e) Comunicação Social - P/5.
A ideia é que os funcionários que atendem esses cen-
X - Setores de:
tros realizem atividades de ensino, de treinamento e
a) Motomecanização;
de especialização dos policiais militares ou de outros
b) Comunicações;
funcionários públicos ou privados. A educação lecio- c) Tecnologia da Informação;
nada pelos Centros compreende todos os níveis, desde d) Armamento e Munições;
a educação básica até o ensino superior, abrangendo, e) Tesouraria;
ainda, a capacitação técnica, a realização de cursos de f) Aprovisionamento;
especialização, a realização de atividades de educação g) Almoxarifado;
física e outras modalidades que também fazem parte

25
h) Corregedoria Setorial;
da gestão educacional. Os Centros de Educação são os i) Ouvidoria Setorial;

7-
meios utilizados pelos agentes policiais militares J) Companhia de Comando e Serviços;

84
para se qualificarem profissionalmente, aprimo- k) Música.

0.
rando seus conhecimentos e suas aptidões físicas e
36
§ 2º O Conselho Educacional poderá instituir
mentais. Departamentos, em áreas específicas de conheci-
.
71
Considerando o grande alcance da gestão educa- mentos, para atender às pesquisas educacionais,
-1

cional, é certo que os Centros de Educação possuem face às novas competências exigidas pelas muta-
ções sociais.
ia

uma estrutura bastante complexa, contando com


ar

Gabinetes, Conselhos Educacionais, Coordenadorias, § 3º O ensino tecnológico poderá ser desenvolvi-


M

Núcleos e Setores, cada um encarregado da execução do em qualquer dos níveis de ensino previstos na
a

de todas as atividades expostas anteriormente. Essa Legislação Federal.


lv

estrutura está prevista no parágrafo único, do art. 34:


Si

Dos Órgãos de Execução


da

Art. 34 O Centro de Educação, instituição que com-


ira

preende o ensino em todos os níveis previstos na Órgãos de execução são, como já mencionamos,
o conjunto de órgãos encarregados de realizarem
re

legislação federal e estadual, é o órgão que tem


Pe

como finalidade a gestão da política educacional da as operações militares, cumprindo com os objetivos
Corporação por meio do planejamento, supervisão, estabelecidos pela Constituição Federal, segundo os
s

coordenação, fiscalização, controle e execução das


u

princípios expostos no art. 3º, desta lei complemen-


he

atividades de ensino, treinamento e pesquisa, rela- tar. Além disso, os órgãos de execução são aqueles que
at

cionadas com a qualificação profissional de servi- recebem o apoio quanto à necessidade de pessoal e
M

dores militares ou civis de outros entes públicos ou de logística oferecido pelos órgãos de direção setorial.
privados, observadas as modalidades presencial,
Os órgãos de execução se reúnem em um grande
semipresencial, ou à distância.
grupo denominado Organizações Policiais Milita-
§ 1º O Centro de Educação é constituído de:
I - Gabinete do Diretor; res (ou OPMs). O art. 35 procura detalhar quais são as
II - Gabinete do Vice-Diretor; principais atividades a serem realizadas pelas OPMs.
III - Conselho Educacional; Observe, pela leitura do texto legal, o grande enfoque
IV - Conselho de Conduta Escolar e Ética; nas atividades de policiamento.
V - Coordenadoria de Ensino, Treinamento e Pes-
quisa - CETP, compreendendo: Art. 35 Os órgãos de execução da Polícia Militar
a) Divisão de Ensino Superior - DESU; constituem as Organizações Policiais Militares que
b) Divisão de Formação Técnica de Nível Médio executam a atividade-fim da Corporação, com atri-
- DIFO; buição de realizar os seguintes tipos policiamento
c) Divisão de Educação Básica - DIEB; ou missões policiais militares:
d) Divisão de Tecnologias Educacionais - DITE. I - policiamento ostensivo geral em seus processos
VI - Coordenadoria de Educação Física e Desportos a pé, montado, motorizado, aéreo, em embarcação
334 - COEF, compreendendo: e em bicicleta, nas zonas urbanas e rurais;
O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para Matheus Pereira da Silva Maria - 171.360.847-25, vedada, por quaisquer meios e a
qualquer título, a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.
II - policiamento de guarda, que tem a seu cargo a O art. 37, por sua vez, dispõe que a PMPB conta, a
segurança externa dos estabelecimentos prisionais, título de subunidade operacional, com nove Compa-
das sedes dos poderes estaduais e, em particular, de nhias e um Esquadrão de Polícia Montada.
estabelecimentos públicos;
III - policiamento de trânsito urbano e/ ou Art. 37 São Subunidades Operacionais - SubU Op:
rodoviário; I - Companhia de Polícia Militar - Cia PM;
IV - policiamento ambiental; II - Companhia de Polícia de Guarda - CPGd;
V - policiamentos especiais de choque e/ou opera- III - Companhia de Polícia Rodoviária - CPRv;
ções táticas; IV - Companhia de Polícia Tática e Motorizada
VI - policiamento suplementado pelo uso de cães; - CPTMtz;
VII - policiamento velado. V - Companhia de Polícia de Trânsito - CPTran;
Parágrafo único. Com o desenvolvimento do Estado VI - Companhia de Polícia de Choque - CPChog;
VII - Companhia de Polícia Rural - CPR;
e conseguinte aumento das necessidades de segu-
VIII - Companhia de Polícia Ambiental - CPAmb;
rança, poderão ser implementados outros tipos,
IX - Companhia de Polícia de Apoio ao Turista
processos ou modalidades de policiamento.
- CPAT
X - Esquadrão de Polícia Montada - EPMont.
Quais são os órgãos que integram as OPMs? De
modo geral, a lei complementar apresenta três tipos Já o art. 38 dispõe que a PMPB possui, ao todo, 10
de órgãos de execução: os Batalhões, as Companhias Pelotões para atuar dentro das Companhias militares.
e os Pelotões.
Batalhão é a unidade da polícia militar formada Art. 38 Denominam-se Pelotões Operacionais
pelas subunidades operacionais denominadas “Com- - PelOps:
panhias”. Estas, por sua vez, são constituídas pelos I - Pelotão de Polícia Militar - Pel PM;
Pelotões. A lei complementar apenas faz uma enume- II - Pelotão de Polícia de Guarda - PPGd;
ração de todas essas unidades operacionais. O art. 36 III - Pelotão de Polícia Rodoviária - PPRv;
IV - Pelotão de Polícia Tática e Motorizada - PPTMtz;
dispõe que a PMPB conta com 17 Batalhões, um Regi-
V - Pelotão de Polícia de Trânsito - PPTran;
mento de Polícia Montada e um Comando de Opera- VI - Pelotão de Polícia de Choque - PPChog;
ções Aéreas. VII - Pelotão de Polícia Rural - PPR;
VIII - Pelotão de Polícia de Apoio ao Turista - PAT;
Art. 36 São Unidades Operacionais - UOp: IX - Pelotão de Polícia Ambiental - PPAmb;
I - 1º Batalhão de Polícia Militar, com sede em João X - Pelotão de Polícia Montada - PPMont.

25
Pessoa;

7-
II - 2º Batalhão de Polícia Militar, com sede em A principal diferença entre os Batalhões, as Com-

84
Campina Grande, panhias e os Pelotões são as suas áreas de atuação. Os

0.
III - 3º Batalhão de Polícia Militar, com sede em

36
Batalhões atuam de acordo com as necessidades de
Patos; suas Áreas de Responsabilidade Territorial. Já as Com-
.
71
IV - 4º Batalhão de Polícia Militar, com sede em panhias e Pelotões atuam nas denominadas Subáreas
-1

Guarabira; de Responsabilidade Territorial. As Áreas de Res-


ia

V - 5º Batalhão de Polícia Militar, com sede em João ponsabilidade Territorial dos Batalhões de Polícia
ar

Pessoa; Militar ou congêneres e as subáreas das Subunida-


M

VI - 6º Batalhão de Polícia Militar, com sede em des dos Batalhões de Polícia Militar ou congêneres
a

Cajazeiras; serão estabelecidas por ato do Comandante-Geral,


lv

VII - 7º Batalhão de Polícia Militar, com sede em mediante estudos do Estado-Maior Estratégico e dos
Si

Santa Rita; Comandos Regionais.


da

VIII - 8º Batalhão de Polícia Militar, com sede em As OPMs possuem uma estrutura relativamente
ira

Itabaiana; complexa, de previsão nos incisos, do art. 40:


re

IX - 9º Batalhão de Polícia Militar, com sede em


Pe

Picuí; Art. 40 As Unidades Operacionais de Polícia Mili-


X - 10º Batalhão de Polícia Militar, com sede em tar, com efetivos previstos em Quadros de Organi-
u s

Campina Grande; zação - QO atuarão de acordo com as necessidades


he

XI - 11º Batalhão de Polícia Militar, com sede em de suas áreas de responsabilidade e missões, sendo
at

Monteiro; constituídas de:


M

I - Gabinete do Comandante;
NOÇÕES DE DIREITO MILITAR

XII - 12º Batalhão de Polícia Militar, com sede em


Catolé do Rocha; II - Gabinete do Subcomandante;
XIII - 13º Batalhão de Polícia Militar, com sede em III - Gabinete do Ajudante secretário;
Itaporanga; IV - Seções de:
XIV - 14º Batalhão de Polícia Militar, com sede em a) Gestão de Pessoas - P/1;
b) Inteligência - P/2;
Sousa;
c) Planejamento e operações - P/3;
XV - Batalhão de Polícia Ambiental - BPAmb, com
d) Administração - P/4;
sede em João Pessoa;
e) Comunicação Social - P/5.
XVI - Batalhão de Operações Especiais - BOPE, com V - Setores de:
sede em João Pessoa; a) Motomecanização;
XVII - Batalhão de Polícia de Trânsito Urbano e b) Comunicações;
Rodoviário - BPTran, com sede em João Pessoa; c) Educação Física e Desportos;
XVIII - Regimento de Polícia Montada - RPMont, d) Tecnologia da Informação;
com sede em João Pessoa; e) Armamento e Munições;
XIX - Comando de Operações Aéreas - COA, com f) Núcleo Setorial de Saúde - NSS;
sede em João Pessoa. g) Tesouraria; 335
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qualquer título, a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.
h) Aprovisionamento; § 2º Os policiais militares empregados nos órgãos
1) Almoxarifado; vinculados ficarão adidos e devidamente controla-
j) Corregedoria Setorial; dos pela Diretoria de Gestão de Pessoas.
k) Ouvidoria Setorial;
m) Coordenação do Policiamento; Observe que os policiais militares estão presen-
n) Música. tes em diversos órgãos e entidades públicas, além da
VI - Companhias PM; PMPB. Esses agentes podem integrar órgãos do Poder
VII - Pelotões PM e de Comando e Serviços; Executivo (Secretaria Nacional de Segurança Pública,
VII - Grupo PM - GPM. Prefeitura), do Poder Legislativo (Assembleia Legis-
lativa), do Poder Judiciário (Justiça Militar Estadual)
As Subunidades, isto é, as Companhias e Pelotões, e, até mesmo, de entidades públicas que não fazem
têm a sua estrutura disciplinada pelo art. 41. É uma parte de nenhum dos três Poderes, como a Procura-
estrutura bem mais simples do que a das OPMs, como doria-Geral de Justiça e o Tribunal de Contas.
podemos ver pela presença de apenas dois setores:
um de Armamento e Munição e outro de Coordenação DO PESSOAL E EFETIVO
de Policiamento.
O título III, da lei complementar, apresenta algu-
Art. 41 As Subunidades Operacionais de Polícia
mas noções gerais a respeito do regime jurídico dos
Militar, com efetivos previstos em Quadros de
policiais militares da PMPB. São noções bem introdu-
Organização - QO atuarão de acordo com as neces-
tórias, mas é importante que o candidato as conheça
sidades de suas subáreas de responsabilidade e
missões, sendo constituídas de:
bem se não quiser se confundir ou cair em pegadi-
I - Gabinete do Comandante; nhas durante a prova.
II - Gabinete do Subcomandante;
III - Seção de Gestão de Pessoas e Operações; Da Atividade e Inatividade
IV - Tesoureiro e Aprovisionador;
V - Setores de: O pessoal da Polícia Militar é composto de poli-
a) Armamento e Munição; ciais militares e servidores civis. Quando esses agentes
b) Coordenação do Policiamento. ingressam nos quadros da PMPB, podem se situar em
VI - Pelotões PM - Pel PM; uma de duas situações: em atividade ou em inatividade.
VII - Grupo PM - GPM. O militar ativo é aquele que ocupa um cargo mili-
tar e que o está exercendo neste momento, ou seja,

25
Dos Órgãos Vinculados que estão em atividade, cumprindo com todas as atri-

7-
buições que lhe foram incumbidas. Os agentes que

84
O último grupo de órgãos a ser analisado correspon- integram quadros em carreira, os alunos de órgãos de

0.
36
de aos denominados “Órgãos Vinculados”. O aspecto formação de policiais militares e os reservistas convo-
mais importante deste grupo é o fato de eles não faze- .
cados são considerados militares ativos.
71
rem parte da Polícia Militar Estadual da Paraíba. Na ver- Por outro lado, o militar inativo é aquele que não
-1

dade, os órgãos vinculados são outros entes públicos, está ocupando um cargo militar, não exercendo, por
ia

que, embora não possuam vinculação direta com a isto, as funções inerentes a essa posição. Há apenas
ar

PMPB, contam com policiais militares estaduais den- duas hipóteses em que o militar se encontrará em ina-
M

tro de seus quadros de cargos e empregos públicos. tividade: na reserva ou na reforma.


a

Com isto, pode-se afirmar que os órgãos vinculados pos- Militar na reserva (reservista) é o agente militar
lv
Si

suem agentes policiais militares, mas não se subordi- que está em inatividade: ele não está mais ocupando
nam às diretrizes e princípios da PMPB.
da

um cargo nem exercendo as atribuições que lhe foram


Segundo o § 2º, art. 46, os policiais que fazem parte atribuídas, porém continua recebendo seus proven-
ira

desses órgãos vinculados terão suas ações e condutas tos. Esta hipótese é, inclusive, denominada “reserva
re

controladas pela Diretoria de Gestão de Pessoas. O remunerada”.


Pe

mesmo art. 46 menciona um total de dez órgãos vin- Pode-se afirmar que a transferência para a reser-
s

culados, a saber: va remunerada é uma forma de “afastamento do mili-


u
he

tar”, pois, embora ele deixe de trabalhar, continuará


Art. 46 Órgãos Vinculados são entes públicos que ganhando sua “remuneração” (a utilização do termo
at

possuam, em suas estruturas orgânicas, a previsão


M

“remuneração” não é totalmente correta, pois o agen-


legal de emprego de policiais militares, observados te em questão não trabalhará efetivamente).
os limites quantitativos e a respectiva competência. No entanto, o que é mais característico da reser-
§ 1º São Órgãos Vinculados: va é o fato de, a qualquer tempo, o agente militar da
I - Secretaria de Estado da Segurança e da Defesa reserva poder ser convocado de forma extraordinária
Social;
para o serviço ativo, em caráter transitório, para aten-
II - Secretaria de Estado da Cidadania e da Adminis-
der a uma necessidade de serviço temporária.
tração Penitenciária;
O militar na reforma (reformado), por último, é o
III - Casa Militar do Governador, vinculada à Secre-
taria de Estado do Governo; agente desobrigado do serviço. É aquele que se encon-
IV - Tribunal de Justiça; tra aposentado ou afastado de forma permanente do
V - Assembleia Legislativa; serviço militar. As suas chances de retorno ao serviço
VI - Procuradoria Geral de Justiça; ativo são ínfimas, praticamente nulas, pois trata-se de
VII - Tribunal de Contas do Estado; situação em que o militar ou passou um grande período
VIII - Justiça Militar Estadual; na reserva remunerada ou sofreu alguma incapacida-
IX - Secretaria Nacional de Segurança Pública; de física permanente que, por sua vez, o impossibilitou
336 X - Prefeitura Municipal de João Pessoa. de cumprir com as funções militares.
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O art. 48 dispõe do mesmo modo, apresentando, Comparemos as duas correntes:
também, os quadros de Oficiais e Praças.
TRIPARTIDA BIPARTIDA
Art. 48 Os policiais militares encontrar-se-ão em
Fato típico
uma das seguintes situações: Fato típico
I - na ativa;
Antijurídico
Antijurídico
II - na inatividade, compreendendo os policiais Culpável
militares:
a) da reserva remunerada; O crime possui a figura do sujeito ativo e do sujeito
b) reformados. passivo.
§ 1º Os Quadros de Oficiais são:
O sujeito ativo é a pessoa que pratica a conduta
I - Quadros de Oficiais Combatentes - QOC, consti-
descrita pelo tipo penal. Não é contemplada, na seara
tuído de oficiais possuidores do Curso de Formação
de Oficiais PM ou equivalente; penal militar, a discussão sobre a possibilidade de a
II - Quadro de Oficiais de Saúde - QOS, constituí- pessoa jurídica ser sujeito ativo em crime ambiental
do de oficiais médicos, odontólogos, farmacêuti- (NUCCI, 2014).
cos, veterinários, fisioterapeutas, nutricionistas e O sujeito passivo é o titular do bem jurídico pro-
outras especialidades; tegido pelo tipo penal incriminador, que foi violado.
III - Quadro de Oficiais Músicos - QOM, constituído Divide-se em sujeito passivo formal (ou constante),
por pessoal oriundo das graduações de Subtenente que é o titular do interesse jurídico de punir que sur-
ou 1º Sargento, possuidores do Curso de Habilita- ge com a prática da infração penal. É sempre o Esta-
ção de Oficiais - CHO ou equivalente, na respectiva do. O sujeito passivo material (ou eventual) é o titular
especialidade, destinado ao exercício das funções do bem jurídico diretamente lesado pela conduta do
de regente ou maestro de banda de música;
agente (NUCCI, 2014).
IV - Quadro de Oficiais de Administração - QOA,
constituído por pessoal oriundo das graduações de
Subtenente ou 1º Sargento, possuidores do Curso de z Sujeito Ativo;
Habilitação de Oficiais - CHO ou equivalente, des- z Sujeito Passivo;
tinado ao exercício de funções administrativas na
Corporação. „ Formal ou Constante: titular do interesse jurí-
§ 2º As Qualificações de Praças são: dico de punir;
I - Qualificação de Praças Combatentes - QPC, cons- „ Material ou Eventual: titular do bem jurídico
tituído por praças com o Curso de Formação de diretamente lesado.

25
Combatentes;

7-
II - Qualificação de Praças Músicos - QPM, compos-
Para que a conduta seja tipificada como crime

84
to por praças com o Curso de Formação de Especia-
militar, é necessária a realização de análise em razão:

0.
lização em Música;

36
III - Qualificação de Praças para o apoio à Saúde
- QPS, compostos por praças auxiliares de saúde. z Da matéria (ratione materiae): o bem jurídico que
.
71
é protegido pela lei penal e que é lesado ou posto
-1

A apresentação da situação dos agentes militares em perigo pela ação delituosa;


ia

neste instante deverá facilitar a compreensão dos z Do local (ratione loci): não importa a condição do
ar

dispositivos de outra legislação: o Estatuto da Polícia agente e do sujeito passivo, o fato é considerado
M

Militar Estadual da Paraíba. militar se for praticado em local sujeito à adminis-


a

tração militar;
lv
Si

z Da pessoa (ratione personae): pressupõe militar o


delito praticado por militar, sem outras condições;
da

z Do tempo (ratione temporis): se for praticado em


CRIME MILITAR
ira

tempo de guerra;
re

z Da função (propter officium): o fato criminoso é


Pe

Os crimes militares estão definidos no CPM, sendo


considerado ilícito militar se o agente, ainda que
que, em tempo de paz, as circunstâncias estão descri-
s

fora do horário de serviço, praticá-lo em razão da


u

tas no art. 9º e, em tempo de guerra, no art. 10 do CPM.


função.
he

Aqui, cabe-nos uma pergunta: o que é crime?


at

Guilherme de Souza Nucci, em sua obra “Código


Diante das razões, é oportuno distinguir, por meio
M

NOÇÕES DE DIREITO MILITAR

Penal Militar Comentado”, de 2014, conceitua crime


como conduta lesiva a bem juridicamente tutelado, de simples definição, o que se entente por civil e o que
merecedora de pena devidamente prevista em lei. se entende por militar:
O conceito formal desdobra-se no analítico, para o
qual o crime é um fato típico, antijurídico (ou ilícito) z Civil é o cidadão. Ele representa todas as pessoas
e culpável. A punibilidade não é elemento do delito, que não fazem parte das forças armadas do seu
mas somente um dado fundamental para assegurar a país, ou seja, que não são militares (Direito Inter-
aplicação efetiva da sanção penal. nacional Humanitário);
O citado autor afirma, ainda, que a corrente tripar- z Militar é relativo à guerra, às Forças Armadas, à
tida (fato típico, antijurídico e culpável) é amplamente sua organização e às suas atividades.
majoritária na doutrina brasileira, abrangendo causa-
listas, finalistas e funcionalistas. Vale dizer que a ótica Os membros das Forças Armadas, em razão de
bipartida (fato típico e antijurídico, sendo a culpabili- sua destinação constitucional, formam uma categoria
dade um pressuposto de aplicação da pena), de fundo especial de servidores da Pátria e são denominados
finalista, teve o seu apogeu nos anos 80, experimen- militares, como descreve o art. 3º, da Lei nº 6.880, de
tando um declínio acentuado de lá para a atualidade. 1980 – Estatuto dos Militares. 337
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Insubmissão
MILITAR DA ATIVA MILITAR INATIVO
De Serviço Reserva Art. 183 Deixar de apresentar-se o convocado à
De Folga Reformado incorporação, dentro do prazo que lhe foi marcado,
ou, apresentando-se, ausentar-se antes do ato ofi-
cial de incorporação:
CARACTERIZAÇÃO DO CRIME MILITAR (ART. 9º, DO Pena – impedimento, de três meses a um ano.”
CPM)
E se o crime estiver tipificado no CPM e no CP ou
Agora, para sabermos se o crime é militar, além em outra lei penal?
de tudo que vimos até agora, devemos analisar se a Observe os exemplos a seguir:
conduta está inserida em uma das hipóteses dispos-
tas no art. 9º do CPM. Assim, é possível identificar se Furto Simples (CPM)
determinado crime é de natureza militar ou comum.
Art. 240 Subtrair, para si ou para outrem, coisa
Vejamos:
alheia móvel:
Pena – reclusão, até seis anos.
Art. 9º Consideram-se crimes militares, em tempo
de paz:
Furto (CP)
I – os crimes de que trata este Código, quando defi-
nidos de modo diverso na lei penal comum, ou nela Art. 155 Subtrair, para si ou para outrem, coisa
não previstos, qualquer que seja o agente, salvo dis- alheia móvel:
posição especial; Pena – reclusão, de um a quatro anos, e multa.

Ato Obsceno Homicídio Simples (CPM)

Art. 238 (CPM) Praticar ato obsceno em lugar sujei- Art. 205 Matar alguém:
to à administração militar. Pena – reclusão, de seis a vinte anos.
Art. 233 (CP) Praticar ato obsceno em lugar públi-
co, ou lugar aberto, ou exposto ao público. Homicídio Simples (CP)

25
Desobediência Art. 121 Matar alguém:

7-
Pena – reclusão, de seis a vinte anos.

84
Art. 301(CPM) Desobedecer a ordem legal de auto-

0.
ridade militar. Essa pergunta é fácil de responder. Independente-

36
Art. 330 (CP) Desobedecer a ordem legal de funcio- mente do crime, deve-se recorrer ao art. 9, II, do CPM:
.
71
nário público.
Art. 9º Consideram-se crimes militares, em tempo
-1

de paz:
Autoridade Militar
ia

II - os crimes previstos neste Código e os previstos


ar

na legislação penal, quando praticados:


M

Art. 22 (CPM) É considerada militar, para efeito da a) por militar em situação de atividade ou asse-
a

aplicação deste Código, qualquer pessoa que, em melhado contra militar da mesma situação ou
lv

tempo de paz ou de guerra, seja incorporada às for- assemelhado;


Si

ças armadas, para nelas servir em posto, gradua-


da

ção, ou sujeição à disciplina militar. z Sujeito ativo: militar da ativa;


ira

z Sujeito passivo: militar da ativa.


re

Funcionário Público
Pe

Obs.: o termo assemelhado (Art. 21, do CPM) não


Art. 327 (CP) Considera-se funcionário público, pa- existe mais no universo jurídico desde a edição do
u s

ra os efeitos penais, quem, embora transitoriamen- Decreto nº 23.203, de 1947.


he

te ou sem remuneração, exerce cargo, emprego ou


at

função pública.” Art. 9° [...]


M

b) por militar em situação de atividade ou asseme-


Embriaguez em Serviço lhado, em lugar sujeito à administração militar,
contra militar da reserva, ou reformado, ou asse-
melhado, ou civil;
Art. 202 Embriagar-se o militar, quando em servi-
ço, ou apresentar-se embriagado para prestá-lo.
z Sujeito ativo: militar da ativa;
z Circunstância: lugar sujeito à administração militar;
Dormir em Serviço
z Sujeito passivo: civil, militar da reserva, militar
reformado.
Art. 203 Dormir o militar, quando em serviço, como
oficial de quarto ou de ronda, ou em situação equi- Art. 9° [...]
valente, ou, não sendo oficial, em serviço de senti- c) por militar em serviço ou atuando em razão da
nela, vigia, plantão às máquinas, ao leme, de ronda função, em comissão de natureza militar, ou em
ou em qualquer serviço de natureza semelhante. formatura, ainda que fora do lugar sujeito à admi-
nistração militar contra militar da reserva, ou
338 reformado, ou civil;
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z Sujeito ativo: militar da ativa; Art. 9° [...]
z Circunstância: serviço, razão da função, comis- d) ainda que fora do lugar sujeito à administra-
são, formatura; ção militar, contra militar em função de natureza
z Sujeito passivo: civil, militar da reserva, militar militar, ou no desempenho de serviço de vigilância,
reformado. garantia e preservação de ordem pública, adminis-
trativa ou jurídica, quando legalmente requisitado
Art. 9° [...] para aquele fim, ou em obediência à determinação
d) por militar durante o período de manobras ou legal superior.
exercício, contra militar da reserva, ou reformado,
ou assemelhado, ou civil; z Sujeito ativo: civil, militar da reserva, militar re-
formado;
z Sujeito ativo: militar da ativa; z Sujeito passivo: militar em função de nature-
z Circunstância: período de manobras; za militar, desempenhando serviço de vigilância
z Sujeito passivo: civil, militar da reserva, militar quando legalmente requisitado ou em obediência
reformado. à determinação legal superior.

Art. 9° [...]
Os parágrafos do art. 9, do CPM, foram alterados
e) por militar em situação de atividade, ou asseme-
pela Lei nº 13.491, de 2017. Vejamos:
lhado, contra o patrimônio sob a administração
militar, ou a ordem administrativa militar.
Art. 9º [...]
§ 1º Os crimes de que trata este artigo (artigo 9),
z Sujeito ativo: militar da ativa;
quando dolosos contra a vida e cometidos por mili-
z Sujeito passivo: patrimônio sob à administração
tares contra civil, serão da competência do Tribu-
militar, ordem administrativa militar.
nal do Júri.
§ 2º Os crimes de que trata este artigo, quando dolo-
Há casos em que os crimes poderão ser cometidos
sos contra a vida e cometidos por militares das For-
pelos militares da reserva, ou reformados, ou ainda
por civil. Sobre esses, deve-se estar atento ao previsto ças Armadas contra civil, serão da competência da
no art. 9º, III, do CPM. Justiça Militar da União, se praticados no contexto:
I – do cumprimento de atribuições que lhes forem
Art. 9° [...] estabelecidas pelo Presidente da República ou pelo
III – Os crimes praticados por militar da reserva, Ministro de Estado da Defesa;

25
ou reformado, ou por civil, contra as institui- II – de ação que envolva a segurança de instituição

7-
ções militares, considerando se como tais não só os militar ou de missão militar, mesmo que não beli-

84
compreendidos no inciso I, como os do inciso II nos gerante; ou

0.
seguintes casos: III – de atividade de natureza militar, de operação

36
a) contra o patrimônio sob a administração militar, de paz, de garantia da lei e da ordem ou de atribui-
ou contra a ordem administrativa militar; .
ção subsidiária, realizadas em conformidade com
71
o disposto no art. 142 da Constituição Federal e na
-1

z Sujeito ativo: civil, militar da reserva, militar re- forma dos seguintes diplomas legais:
ia

formado; a) Lei n° 7.565, de 19 de dezembro de 1986 - Código


ar

z Sujeito passivo: patrimônio sob à administração Brasileiro de Aeronáutica;


M

militar, ordem administrativa militar. b) Lei Complementar no 97, de 9 de junho de 1999


a

c) Decreto-Lei n° 1.002, de 21 de outubro de 1969 -


lv
Si

Art. 9° [...] Código de Processo Penal Militar; e


b) em lugar sujeito à administração militar contra d) Lei n° 4.737, de 15 de julho de 1965 - Código
da

militar em situação de atividade ou assemelhado, ou Eleitoral.


ira

contra funcionário de Ministério militar ou da Justiça


re

Militar, no exercício de função inerente ao seu cargo; z Compete à justiça militar processar e julgar os cri-
Pe

mes propriamente militares e os impropriamente


z Sujeito ativo: civil, militar da reserva, militar militares;
u s

reformado; z São julgados, pela Justiça Militar da União, os mili-


he

z Circunstâncias: lugar sujeito à administração tares das Forças Armadas (Marinha, Exército e
at

militar; Aeronáutica) e civis;


M

z A Justiça Militar dos Estados julga os integrantes


NOÇÕES DE DIREITO MILITAR

z Sujeito passivo: militar da ativa, funcionário de


ministério militar ou justiça militar no exercício da Polícia Militar e Corpo de Bombeiro Militar,
de função. exceto os crimes dolosos contra a vide de civil.

Art. 9° [...] PROPRIAMENTE E IMPROPRIAMENTE MILITAR


c) contra militar em formatura, ou durante o perío-
do e prontidão, vigilância, observação, explora- Os crimes militares são divididos em crimes pro-
ção, exercício, acampamento, acantonamento ou priamente militares e impropriamente militares.
manobras;
Crimes Propriamente Militares
z Sujeito ativo: civil, militar da reserva, militar
reformado; São aqueles que somente o militar pode vir a
z Circunstâncias: formatura, prontidão, vigilância, cometê-los. A qualidade de militar é essencial e deve
observação, exploração, acampamento, acantona- ser atestada ao tempo do crime, pois caracteriza como
mento, manobras; elementar ao tipo penal.
z Sujeito passivo: militar. 339
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qualquer título, a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.
É, também, importante ressaltar que, embora e) por militar em situação de atividade, ou asseme-
alguns julgados admitam, o posicionamento mais con- lhado, contra o patrimônio sob a administração
creto é estabelecido pela doutrina clássica de Direito militar, ou a ordem administrativa militar;
Penal Militar, a qual entende que não é possível a apli- f) revogada.
cação do concurso de pessoas (§ 1º, art. 53, do CPM), III - os crimes praticados por militar da
nos crimes propriamente militares, não admitindo,
reserva, ou reformado, ou por civil, contra
assim, a participação de civis.
as instituições militares, considerando-se como
tais não só os compreendidos no inciso I, como
os do inciso II, nos seguintes casos:
Importante!
a) contra o patrimônio sob a administração
O Crime de Insubmissão (caput do art. 183), é militar, ou contra a ordem administrativa militar;
uma exceção à regra dos crimes propriamente b) em lugar sujeito à administração militar
militares, posto que é um crime propriamente contra militar em situação de atividade ou
militar (está previsto apenas no CPM), mas é assemelhado, ou contra funcionário de Minis-
praticado por civil. tério militar ou da Justiça Militar, no exercício
Art. 183 Deixar de apresentar-se o convocado à de função inerente ao seu cargo;
incorporação, dentro do prazo que lhe foi mar- c) contra militar em formatura, ou durante
cado, ou, apresentando-se, ausentar-se antes o período de prontidão, vigilância, observação,
do ato oficial de incorporação: [...] exploração, exercício, acampamento, acantona-
mento ou manobras;
O crime se caracteriza quando o convocado à
d) ainda que fora do lugar sujeito à admi-
incorporação deixa de comparecer no prazo mar-
nistração militar, contra militar em função de
cado, ou que se apresenta, mas se ausenta antes
natureza militar, ou no desempenho de serviço
do ato oficial de incorporação. Este convocado
de vigilância, garantia e preservação da ordem
não possui a condição de militar, porém respon- pública, administrativa ou judiciária, quando
derá pela prática de crime militar. Para o STM, o legalmente requisitado para aquêle fim, ou em
delito de insubmissão, embora seja exceção, é um obediência a determinação legal superior. [...]
crime propriamente militar praticado por civil.
A tabela a seguir apresenta, de modo sintetizado,
as informações apresentadas anteriormente. Obser-
Crimes Impropriamente Militares ve-a para distinguir o crime propriamente militar do

25
crime impropriamente militar:

7-
Os crimes impropriamente militares são aqueles

84
em que tanto o militar quanto o civil podem vir a CRIME PROPRIAMENTE MILITAR

0.
cometer. Neste, os interesses militares se relacionam

36
com outros bens jurídicos comuns (autoridade, hie- � São os crimes que possuem bens jurídicos de interes-
.
se exclusivo para a instituição ou vida militar
71
rarquia, função e dever militar). São crimes previstos
tanto no Código Penal Militar quanto nas leis penais � Previsto apenas no Código Penal Militar
-1

comuns (ex.: Código Penal), com igual ou semelhante � Em regra, só pode ser praticado por militares
ia

definição (Homicídio, art. 121, CP; Homicídio, art. 205, CRIME IMPROPRIAMENTE MILITAR
ar

CPM).
M

Para entender quando um crime será caracteriza- � São os crimes que possuem bens jurídicos comuns
a

tanto para a justiça militar quanto comum (Ex.: vida)


lv

do como crime militar ou como crime comum deve-


� Está previsto tanto no CPM quanto em outras leis
Si

mos observar o conteúdo do art. 9º do CPM:


(CP)
da

Art. 9º Consideram-se crimes militares, em � Pode ser praticado por civis e militares
ira

tempo de paz:
re

I - os crimes de que trata este Código, quan- VIOLÊNCIA CONTRA SUPERIOR (ART.157, CPM)
Pe

do definidos de modo diverso na lei penal


s

comum, ou nela não previstos, qualquer que O crime de violência contra superior está previsto
u
he

seja o agente, salvo disposição especial; no art. 157, do CPM.


II – os crimes previstos neste Código e os pre-
at
M

vistos na legislação penal, quando praticados: Art. 157 Praticar violência contra superior:
a) por militar em situação de atividade ou Pena - detenção, de três meses a dois anos.
assemelhado, contra militar na mesma situa-
ção ou assemelhado; Sujeito ativo é o subordinado hierárquico. A auto-
b) por militar em situação de atividade ou ridade do superior hierárquico agredido é maculada
assemelhado, em lugar sujeito à administra- perante o subordinado ou terceiros que tenham pre-
ção militar, contra militar da reserva, ou refor- senciado ou tomado conhecimento do fato.
mado, ou assemelhado, ou civil; Violência = força física, próprio corpo ou objeto.
c) por militar em serviço ou atuando em razão Exemplos: empurrão, bofetada, arrancar distintivo,
da função, em comissão de natureza militar, ou bater com um objeto.
em formatura, ainda que fora do lugar sujei- São formas qualificadas:
to à administração militar contra militar da
reserva, ou reformado, ou civil; Art. 157 [...]
d) por militar durante o período de mano- § 1º Se o superior é comandante da unidade a que
bras ou exercício, contra militar da reserva, ou pertence o agente ou oficial general:
340 reformado, ou assemelhado, ou civil; Pena - reclusão, de três a nove anos.
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§ 2º Se a violência é praticada com arma, a pena é O delito de embriaguez apresenta duas modalida-
aumentada de um terço. des: na primeira, o militar está em serviço e, nessa
§ 3º Se da violência resulta lesão corporal, aplica- qualidade, embriaga-se. Caso ingira bebida alcoólica
-se, além da pena da violência, a do crime contra a e não se embriague, inexiste crime. Da mesma for-
pessoa. ma ocorre se a embriaguez acontecer fora do servi-
§ 4º Se da violência resulta morte: ço, resolvendo-se no âmbito disciplinar. Na segunda
Pena - reclusão, de doze a trinta anos. modalidade, o militar apresenta-se embriagado para
§ 5º A pena é aumentada da sexta parte, se o crime prestar serviço. É necessário que o sujeito tenha ciên-
ocorre em serviço. cia de que iniciaria o serviço.

Conforme decisão do TJM/RS, o delito foi configu-


rado no caso concreto em que o soldado que agride e Importante!
ofende um cabo e comete violência contra superior,
Embriaguez em serviço:
ainda que da agressão não resultem lesões corporais
� militar está em serviço e, nessa qualidade,
na vítima. embriaga-se;
� militar apresenta-se embriagado para prestar
VIOLÊNCIA CONTRA INFERIOR (ART. 175, CPM) serviço – é necessário que o sujeito tenha ciên-
cia de que iniciaria o serviço.
O crime de violência contra inferior está previsto
no art. 175, do CPM. Vejamos:
DORMIR EM SERVIÇO (ART. 203, CPM)
Art. 175. Praticar violência contra inferior:
Pena - detenção, de três meses a um ano. Por ser crime contra o serviço militar e o dever
militar, a lei penal castrense pune o militar que é
Praticar violência significa o emprego de qualquer encontrado dormindo quando deveria estar alerta.
espécie de constrangimento físico, podendo constituir
simples vias de fato (empurrão, tapa) como também Art. 203 Dormir o militar, quando em serviço,
lesão corporal (produção de ferimento visível). Não se como oficial de quarto ou de ronda, ou em situa-
justifica o uso dessa forma de coerção, sob qualquer ção, ou, não sendo oficial, em serviço de sentinela,
vigia, plantão às máquinas, ao leme, de ronda ou
pretexto. Tutela-se a administração militar, a autori-
em qualquer serviço de natureza semelhante:
dade e a integridade física e moral do subordinado.

25
Pena - detenção, de três meses a um ano.
Sujeito ativo é o militar superior, por sua vez o

7-
sujeito passivo é militar inferior

84
Elemento objetivo deste tipo penal consiste em

0.
36
praticar violência, não admite-se a forma culposa,
bem como a tentativa. JUSTIÇA MILITAR ESTADUAL §§ 3º, 4º
.
71
E 5º, ART. 125, CF, DE 1988
-1

ABANDONO DE POSTO (ART. 195, CPM)


ia

A Justiça Militar Estadual é uma ramificação do


ar

O crime de abandono de posto está previsto no art. Poder Judiciário brasileiro que tem competência para
M

195 do CPM: julgar crimes militares cometidos por membros das


a
lv

Polícias Militares e Corpos de Bombeiros Militares dos


Si

Art. 195 Abandonar, sem ordem superior, o posto estados. O art. 125 da Constituição Federal de 1988
da

ou lugar de serviço que lhe tenha sido designado, estabelece as disposições sobre a organização e com-
ou a serviço que lhe cumpria, antes de terminá-lo: petência da Justiça Militar.
ira

Pena - detenção, de três meses a um ano. O § 3º deste artigo estabelece que a lei disporá
re

sobre a organização, o funcionamento e a competên-


Pe

O abandono de posto é delito instantâneo, consu- cia da Justiça Militar Estadual. Isso significa que cabe
s

mando-se no exato momento em que o militar se afas- à legislação estadual estabelecer as regras específicas
u

para a estrutura e funcionamento da Justiça Militar


he

ta do local no qual deveria permanecer.


Conforme decisão do STM, configura-se o crime do Estadual, além de definir a competência dos seus
at

órgãos jurisdicionais.
M

art. 195 do CPM o fato de o militar, sem ordem supe-


NOÇÕES DE DIREITO MILITAR

rior, ausentar-se do posto onde deveria permanecer


em virtude de escala regular de serviço. O pouco tem- Art. 125 Os Estados organizarão sua Justiça,
observados os princípios estabelecidos nesta
po de vida militar e a primariedade do agente não
Constituição.
excluem a culpabilidade, tal a gravidade do crime,
[...]
face à segurança do quartel. § 3º A lei estadual poderá criar, mediante proposta
do Tribunal de Justiça, a Justiça Militar estadual,
EMBRIAGUEZ EM SERVIÇO (ART. 202, CPM) constituída, em primeiro grau, pelos juízes de direi-
to e pelos Conselhos de Justiça e, em segundo grau,
A embriaguez em serviço, nos termos do próprio pelo próprio Tribunal de Justiça, ou por Tribunal de
nome, é crime contra o serviço, tipificado no art. 202 Justiça Militar nos Estados em que o efetivo militar
do CPM. seja superior a vinte mil integrantes.

Art. 202 Embriagar-se o Militar, quando em servi- O § 4º do mesmo art. 125 da CF, de 1988 estabele-
ço, ou apresentar-se embriagado para prestá-lo: ce que compete à Justiça Militar Estadual processar
Pena - detenção, de seis meses a dois anos. e julgar os militares dos estados nos crimes militares 341
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definidos em lei. Isso significa que os crimes cometi- O art. 190 dispõe sobre a competência do Juiz de
dos por membros das Polícias Militares e Corpos de direito da Vara Militar, sendo elas:
Bombeiros Militares, enquanto em serviço ou em
razão dele, serão julgados pela Justiça Militar Esta- z processar e julgar, singularmente, os crimes mili-
dual, seguindo as normas e procedimentos previstos tares cometidos contra civis e as ações judiciais
na legislação específica. contra atos disciplinares;
z presidir os conselhos de Justiça Militar e relatar,
§ 4º Compete à Justiça Militar estadual processar e com voto inicial e direto, os processos respectivos;
julgar os militares dos Estados, nos crimes milita- z exercer o poder de polícia durante a realização de
res definidos em lei e as ações judiciais contra atos audiências e sessões de julgamento;
disciplinares militares, ressalvada a competência z expedir todos os atos necessários ao cumprimento
do júri quando a vítima for civil, cabendo ao tribu- das suas decisões e das decisões dos conselhos da
nal competente decidir sobre a perda do posto e da Justiça Militar;
patente dos oficiais e da graduação das praças. z exercer o ofício da execução penal em todas as uni-
dades militares estaduais, onde haja preso militar
Por fim, o § 5º do art. 125 da CF, de 1988 prevê que ou civil sob sua guarda provisória ou definitiva;
a Justiça Militar Estadual, constituída, em geral, por z cumprir carta precatória relativa à matéria de sua
juízes de direito e por membros das corporações mili- competência.
tares, será organizada e regulada pela legislação esta-
dual. Isso significa que a estrutura e organização da Art. 191 O cartório de vara Militar terá seus car-
Justiça Militar Estadual, assim como a definição dos gos preenchidos por membros da Polícia Militar e/
critérios para a nomeação e atuação dos seus mem- ou do Corpo de Bombeiros do Estado, habilitados
bros, são estabelecidos pela legislação de cada estado, para o exercício da função, sem prejuízo da parti-
respeitando as diretrizes gerais previstas na Constitui- cipação de servidores da justiça comum, quando
necessário.
ção Federal.
§ 1º O cartório será chefiado por um militar gradua-
do (primeiro sargento ou subtenente) ou por um ofi-
§ 5º Compete aos juízes de direito do juízo
cial até a patente de capitão, requisitado mediante
militar processar e julgar, singularmente,
indicação do juiz competente ao comandante-geral
os crimes militares cometidos contra civis e
da Polícia Militar, através de ato do presidente do
as ações judiciais contra atos disciplinares
Tribunal de Justiça.
militares, cabendo ao Conselho de Justiça, sob a

25
§ 2º O militar a serviço de vara militar tem fé de
presidência de juiz de direito, processar e julgar os

7-
ofício quando da prática dos atos inerentes às res-

84
demais crimes militares. pectivas funções, que correspondem à função de

0.
analista judiciário, de técnico judiciário, de movi-

36
mentador e de oficial de justiça.
.
71
ARTS. 187 A 198 DA LEI Conforme disposto no art. 192 as audiências e ses-
-1

sões de julgamento da Justiça Militar são realizadas


COMPLEMENTAR N° 96, DE 2010
ia

na sede da comarca, salvo os casos especiais por jus-


ar

(LEI DE ORGANIZAÇÃO E DIVISÃO ta causa ou força maior, fundamentados pelo juiz de


M

JUDICIÁRIAS DO ESTADO DA PARAÍBA) direito titular da Vara Militar.


a
lv
Si

Esta Lei visa dispor sobre a Organização e Divi- Art. 193 Integram a Justiça Militar do Estado,
da

são Judiciárias do Estado da Paraíba, abordaremos a observada a separação institucional entre a Polícia
Militar e o Corpo de Bombeiros, os seguintes Con-
ira

seguir o Título IV que dispõe sobre a Justiça Militar.


selhos de Justiça:
re

Vejamos:
I – Conselhos Especiais;
Pe

II – Conselhos Permanentes ou Trimestrais.


Art. 187 A Justiça Militar estadual, com sede na
s

Art. 194 Os Conselhos Especiais são compostos


u

Capital e jurisdição em todo o Estado é composta: por quatro juízes militares, todos oficiais de pos-
he

I – no primeiro grau de jurisdição: tos não inferiores ao do acusado.


at

a) pelos juízes de direito de Vara Militar; § 1º Havendo mais de um acusado no processo, o de


M

b) pelos conselhos de Justiça Militar; posto mais elevado servirá de referência à composi-
II – no segundo grau de jurisdição pelo Tribunal de ção do conselho.
Justiça § 2º Sendo o acusado do posto mais elevado na cor-
Art. 188 Compete à Justiça Militar processar e jul- poração policial ou do corpo de bombeiro militar,
gar os militares do Estado, nos crimes militares o conselho especial será composto por oficiais da
definidos em lei, e as ações judiciais contra atos dis- respectiva corporação militar, que sejam da ativa,
ciplinares militares, ressalvada a competência do do mesmo posto do acusado e mais antigos que ele;
Tribunal do Júri quando a vítima for civil, caben- não havendo na ativa oficiais mais antigos que o
do ao Tribunal de Justiça decidir sobre a perda do acusado, serão sorteados e convocados oficiais da
posto e da patente dos oficiais e da graduação das reserva remunerada.
praças. § 3º Sendo o acusado do posto mais elevado da cor-
Art. 189 O cargo de juiz de direito de Vara Militar poração, e nela não existindo oficial, ativo ou ina-
será provido por juiz de direito de terceira entrân- tivo, mais antigo que ele, o conselho especial será
cia, observadas as normas estabelecidas para composto por oficiais que atendam ao requisito da
o provimento dos demais cargos de carreira da hierarquia, embora pertencentes à outra institui-
342 magistratura estadual. ção militar estadual.
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§ 4º Não havendo, em qualquer das corporações, no
posto mais elevado, oficial, ativo ou inativo, mais HORA DE PRATICAR!
antigo que o acusado, será este julgado pelo Tribu-
nal de Justiça. 1. (IBFC — 2023) De acordo com as regras de aplicação
§ 5º Quando, em um mesmo processo, os acusados da lei penal militar previstas no Código Penal Militar e
forem oficiais e praças, responderão todos perante em suas alterações, assinale a alternativa incorreta.
o conselho especial.
Art. 195 Os Conselhos Permanentes serão compos-
a) Considera-se praticado o fato, no lugar em que se
tos pelo mesmo número de oficiais previsto para os
Conselhos Especiais, devendo ser integrados por,
desenvolveu a atividade criminosa, no todo ou em par-
no mínimo, um oficial superior.
te, e ainda que sob forma de participação, bem como
onde se produziu ou deveria produzir-se o resultado.
Os Conselhos de Justiça Militar tem a competência Nos crimes omissivos, o fato considera-se praticado
de processar e julgar os crimes militares não com- no lugar em que deveria realizar-se a ação omitida
preendidos na competência monocrática de juiz de b) As medidas de segurança regem-se pela lei vigente
vara militar. ao tempo da sentença, prevalecendo, entretanto, se
diversa, a lei vigente ao tempo da execução
Art. 196 [...] c) Não há crime sem lei anterior que o defina, nem pena
Parágrafo único. Aos Conselhos Especiais compete sem prévia cominação legal
o julgamento de oficiais, enquanto aos Conselhos d) Ninguém pode ser punido por fato que lei posterior
Permanentes ou Trimestrais compete o julgamento deixa de considerar crime, cessando, em virtude dela,
das praças em geral. a própria vigência de sentença condenatória irrecorrí-
Art. 197 Os comandantes-gerais da Polícia Mili- vel, salvo quanto aos efeitos de natureza civil
tar e do Corpo de Bombeiros do Estado remeterão, e) Considera-se praticado o crime no momento do
trimestralmente, ao juiz de direito da Vara Militar resultado
relação nominal dos oficiais da ativa em condições
de servir nos conselhos, com indicação dos seus 2. (IBFC — 2020) Assinale a alternativa correta que se
endereços residenciais, a fim de serem realizados apresenta como forma qualificada do crime militar de
os sorteios respectivos. “violência contra superior”.
§ 1º Os sorteios para a composição dos Conselhos
Permanentes realizarse-ão entre os dias vinte e vin- a) se a violência é praticada com arma
te e cinco do último mês de cada trimestre, ressalva- b) se da violência resulta dano psicológico
do motivo de força maior para sua não ocorrência. c) se a violência é moral

25
§ 2º O resultado dos sorteios será informado aos d) se a violência é praticada mediante simulacro de

7-
comandantes-gerais da Polícia Militar e do Corpo arma de fogo

84
de Bombeiros para que providenciem a publicação e) se da violência resulta vias de fato

0.
em boletins gerais e ordenem o comparecimento

36
dos juízes não togados à hora marcada na sede do
3. (IBFC — 2017) Assinale a alternativa correta sobre
Juízo Militar, ficando à sua disposição enquanto .
71
durarem as convocações. qual conduta consiste no crime de Violência contra
-1

§ 3º Os sorteios para a composição dos Conselhos militar de serviço.


ia

Especiais ocorrerão sempre que se iniciar processo


a) Praticar violência contra superior
ar

criminal contra oficial, mantendo-se sua constitui-


M

ção até a sessão de julgamento, se alguma causa b) Praticar violência contra superior comandante da uni-
dade a que pertence o agente
a

intercorrente não justificar o arquivamento anteci-


lv

pado da ação penal. c) Praticar violência contra superior oficial general


Si

§ 4º O sorteio para a composição dos Conselhos d) Praticar violência contra oficial de dia, de serviço, ou
da

Permanentes da Justiça Militar dará preferência a de quarto, ou contra sentinela, vigia ou plantão
oficiais aquartelados na Capital. e) Praticar violência contra superior comandante da uni-
ira

§ 5º Caso a relação dos oficiais da ativa, prevista no dade a que pertence o agente ou oficial general
re

caput deste artigo, não seja enviada ao juiz compe-


Pe

tente, no prazo legal, os sorteios para composição 4. (IBFC — 2017) Assinale a alternativa correta sobre a
s

dos Conselhos da Justiça Militar serão realizados


pena aplicável no caso da conduta de praticar violên-
u

com base na relação enviada no trimestre anterior,


he

cia contra superior.


sem prejuízo da apuração de responsabilidades.
at

Art. 198 O regime carcerário aplicável ao con-


M

a) Detenção, de três meses a dois anos


NOÇÕES DE DIREITO MILITAR

denado pelo juiz de direito titular de Vara Mili-


tar é o seguinte: b) Reclusão, de três meses a dois anos
I – no caso de pena privativa da liberdade por c) Detenção, de um a dois anos
até dois anos, o regime será regulamentado d) Reclusão, de um a dois anos
nas decisões que proferirem o juiz monocrá- e) Detenção, de três a quatro anos
tico e os conselhos da Justiça Militar, sendo o
condenado recolhido à prisão militar; 5. (IBFC — 2022) Assinale a alternativa que apresenta
II – ultrapassado o limite da pena de dois anos crimes militares que admitem modalidade culposa.
e havendo o condenado perdido a condição de
militar, será ele transferido para prisão da a) Retenção indevida e abandono de posto
jurisdição comum, deslocando-se a competên- b) Omissão de eficiência da força e omissão de provi-
cia quanto à execução da pena para o respec-
dências para evitar danos
tivo juízo, ao qual serão remetidos os autos do
processo1.

1 Lei Complementar nº 96, de 03 de dezembro de 2010. Disponível em: https://www.tjpb.jus.br/sites/default/files/anexos/2021/10/loje_atualiza-


da_-_junho_2020_0.pdf. Acesso em: 13 jul. 2023. 343
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c) Descumprimento de missão e omissão de providên- 11. (IBFC — 2018) Relativamente ao tema da “ética” como
cias para salvar comandados tal preceituada de forma expressa no corpo do Esta-
d) Omissão de socorro e embriaguez em serviço tuto dos Policiais Militares da Paraíba, assinale a
e) Insubordinação e desrespeito a superior alternativa correta:

6. (IBFC — 2018) Abandonar, sem ordem superior, o a) Os policiais militares que se encontram na reserva
lugar de serviço que lhe tenha sido designado, ou o remunerada, uma vez convocados, ficam vedados de
serviço que lhe cumpria, antes de terminá-lo, configu- cuidar, nas repartições públicas civis e nas organiza-
ra o crime militar de: ções policiais militares, dos interesses de empresas
privadas ou de organizações de qualquer natureza
a) Descumprimento de missão b) Ao policial-militar do serviço ativo, é permitido, excep-
b) Abandono de pôsto cionalmente, comerciar ou tomar parte na adminis-
c) Insubmissão tração ou gerência de sociedade
d) Deserção c) É vedado ao Comandante-Geral da Polícia Militar
requisitar dados e informações sobre a origem e a
7. (IBFC — 2018) Dentre os crimes militares abaixo natureza de bens dos policiais militares do serviço
enunciados, assinale aquele que admite conduta ativo, ainda que presentes motivos que recomendem
culposa: a adoção de tal medida
d) Ao policial-militar do serviço ativo, é vedado partici-
a) Descumprimento de missão par como quotista ou acionista, respectivamente, em
b) Omissão de eficiência da força
c) Favorecimento a desertor 12. (IBFC — 2018) Relativamente aos temas “Comando
d) Retenção indevida e Subordinação”, assim descortinados no âmbito do
Estatuto dos Policiais Militares da Paraíba, assinale a
8. (IBFC — 2017) Assinale a alternativa correta sobre a alternativa correta:
pena prevista para o crime de abandono de posto.
a) às Praças Especiais cabe a rigorosa observância das
a) Detenção, de seis meses a um ano diminuindo-se a prescrições dos regulamentos que lhes são pertinen-
pena se o agente é oficial tes, exigindo-se-lhe inteira dedicação ao estudo e ao
b) Reclusão, de um a dois anos diminuindo-se a pena se aprendizado técnico-profissional
o agente exercia função de comando b) o comando constitui uma prerrogativa pessoal, em

25
c) Reclusão, de seis meses a um ano diminuindo-se a cujo exercício o policial militar se define e se caracte-

7-
pena se o agente é oficial riza como superior hierárquico

84
d) Reclusão, de um a dois anos diminuindo-se a pena se c) os Oficiais completam e auxiliam as atividades das

0.
o agente é oficial Praças, quer no emprego das técnicas e no treina-

36
e) Detenção, de três meses a um ano mento, e até mesmo na gestão
.
71
d) a subordinação possui o condão de afetar, episodica-
mente, a dignidade pessoal do policial militar e decor-
-1

9. (IBFC — 2018) No que se refere à hierarquia e à dis-


ciplina, institutos previstos no Estatuto dos Policiais re da estrutura hierárquica da Corporação Militar
ia

Militares da Paraíba, (Lei 3.909 de 1977), assinale a


ar

alternativa correta: 13. (IBFC — 2014) Leia as alternativas abaixo e depois de


M

analisá-las assinale a alternativa INCORRETA.


a
lv

a) graduação é o nível de hierarquia do Oficial conferido


Si

por ato do Comandante da Polícia Militar da Paraíba a) Posto é o grau hierárquico do Oficial conferido por ato
da

b) a disciplina e a hierarquia constituem a base institucio- do Governador do Estado da Paraíba.


nal da Polícia Militar. A responsabilidade e a autoridade b) Graduação é o grau hierárquico da praça conferido
ira

crescem em consonância com o grau hierárquico por ato do Governador do Estado da Paraíba.
re

c) posto é o nível hierárquico da praça conferido em c) Os Aspirantes-a-Oficial são denominados Praças


Pe

decorrência das disposições constantes do Estatuto Especiais.


s

dos Policiais Militares da Paraíba d) Os Alunos Oficiais PM são denominados Praças


u
he

d) autoridade e a fiel obediência às normas embasam a Especiais.


at

entidade policial militar e coordenam o seu desenvol-


M

vimento, materializado no comportamento de cada 14. (IBFC — 2014) Assinale a alternativa que completa
integrante desse organismo corretamente o trecho a seguir: “Não constitui valor
do policial militar, segundo o estatuto dos policiais
10. (IBFC — 2018) Assinale a alternativa que corresponde militares do Estado da Paraíba: .”
a uma das manifestações essenciais do valor poli-
cial- militar previstas expressamente no Estatuto dos a) Ser justo e imparcial no julgamento dos atos e na
Policiais Militares da Paraíba: apreciação do mérito dos subordinados.
b) A fé na elevada missão da Policia Militar.
a) o corporativismo, sentimento que faz com que o poli- c) O sentimento de servir à comunidade estadual, tradu-
cial militar identifique a sua profissão como a mais zindo pela vontade inabalável de cumprir o dever poli-
importante do organismo social cial militar e pelo integral devotamento à manutenção
b) o comprometimento com o Código de Ética e todos os da ardem pública, mesmo com o risco da própria vida.
seus preceitos implícitos e explícitos d) O civismo e o culto das tradições históricas.
c) o compromisso de atentar para o dever policial militar,
sem assumir o risco de sacrifício da própria vida
344 d) o culto das tradições históricas e o civismo
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15. (IBFC — 2014) Com relação ao comando e à subordi-
nação, assinale a alternativa INCORRETA.

a) O comando está vinculado ao grau hierárquico e


constitui uma prerrogativa impessoal, em cujo exer-
cício o policial militar se define e se caracteriza como
chefe.
b) A subordinação não afeta, de modo algum, a dignida-
de pessoal do policial militar e decorre, exclusivamen-
te da estrutura hierárquica da Policia Militar.
c) O Sargento é preparado, ao longo da carreira para o
exercício do Comando, da Chefia e da Direção das
Organizações Policiais Militares.
d) Os Cabos e Soldados são, essencialmente, os ele-
mentos de execução.

9 GABARITO

1 E

2 A

3 D

4 A

5 C

6 B

7 A

8 E

25
7-
9 B

84
0.
10 D

11 A . 36
71
-1

12 A
ia

13 B
ar
M

14 A
a
lv

15 C
Si
da
ira

ANOTAÇÕES
re
Pe
u s
he
at
M

NOÇÕES DE DIREITO MILITAR

345
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ANOTAÇÕES

25
7-
84
0.
. 36
71
-1
ia
ar
M
a
lv
Si
da
ira
re
Pe
u s
he
at
M

346
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Paralelamente à Revolução Francesa, na Inglater-
ra, outro acontecimento de impactos profundos para
o mundo estava acontecendo: a Revolução Industrial.
A Revolução Industrial foi a transformação radical da

NOÇÕES DE SOCIOLOGIA forma como os seres humanos produziam mercado-


rias. Com o advento da máquina à vapor e a utilização
do carvão mineral como combustível para movi-
mentar essa nova tecnologia, os ingleses criaram a
indústria têxtil. Inaugura-se a produção em série, em
NOÇÕES DE SOCIOLOGIA substituição da produção de roupa artesanal. A fábri-
ca passa a ser o local da produção de mercadoria. As
O INDIVÍDUO NA SOCIEDADE E A SOCIOLOGIA cidades crescem com a migração de populações intei-
ras das zonas rurais. O mundo entra em uma nova eta-
pa civilizacional com o surgimento do capitalismo que
A sociologia é conhecida como a ciência da socie-
transformou o mundo num grande mercado para a
dade. Alguns autores e autoras se empenharam
venda das mercadorias produzidas. Industrialização
em entender a importância da sociologia, a discutir
é indissociável do processo de urbanização. Surgem
assuntos do nosso cotidiano, da criação de regras e de
novos problemas que os indivíduos passaram ter, tais
como as nossas relações sociais são construídas. Esse
como: necessidade de acesso à educação, o problema
é um dos princípios básicos para entendermos juntos
da divisão de classes sociais, a questão da criminalida-
qual é o objeto de estudo da sociologia.
de nos centros urbanos, acesso ao saneamento básico,
Nas ciências humanas, um dos consensos é que os
indivíduos são seres sociais. Ou seja, até onde a ciência oferta de serviços de saúde etc.
pôde perceber, diferente dos outros animais, os compor- Essas novas demandas sociais originadas tanto
tamentos humanos não são derivados de uma “natureza” com a Revolução Francesa quanto pela Revolução
que existe nos indivíduos, mas sim do que eles aprendem Industrial, precisavam de uma nova área do conheci-
a partir dos ambientes em que estão inseridos. mento que pudesse dar conta de entendê-las. No sécu-
Nesse sentido, a socióloga Cristina Costa (2005) lo XIX, um pensador chamado Augusto Comte criou
explica que os outros animais, quando crescem isola- a palavra sociologia. A sociologia surge para ser um
dos de seus iguais, acabam por desenvolver os mesmos instrumento de entendimento dos mecanismos de
comportamentos naturais de sua espécie. Já no caso funcionamento da sociedade e, uma vez entendido o
dos seres humanos, a maioria dos seus comportamen- funcionamento, propor mudanças para melhorar essa

25
tos só se desenvolve a partir da troca social, do con- sociedade cada vez mais.

7-
vívio, do que costumamos chamar de “socialização”.

84
Além disso, é importante pensarmos que não tra-

0.
tamos, então, de uma “socialização” apenas, mas de
Importante!
36
várias formas de socializações. Isso explica por que
.
71
existe tanta diversidade cultural, por que a formação Desde o início da vida, aprendemos sobre o
do comportamento dos indivíduos está fortemente
-1

mundo a partir da linguagem e dos significados


ligada às experiências sociais que temos. Costa (2005) que atribuímos aos símbolos.
ia

nos explica também que a cultura humana se dá pela


ar

capacidade dos indivíduos de organizar, comunicar e


M

compartilhar para o grupo, significados sobre o mun- DIFERENÇA ENTRE CIÊNCIAS HUMANAS X
a

do. Vamos pensar em um exemplo prático: quando


lv

CIÊNCIAS NATURAIS
uma criança pequena começa a andar, os cuidadores
Si

dessa criança começam com orientações sobre o espa-


da

ço que a cerca; “não pode colocar a mão na tomada, É importante pensarmos também na diferença
entre as ciências humanas (essas que se dedicam a
ira

porque machuca”. Só nessa frase a criança já pode


aprender diferentes informações a partir da lingua- estudar os indivíduos e suas relações) e as ciências
re

gem, como o que é se machucar, por exemplo. naturais. Enquanto as ciências humanas estão lidan-
Pe

A sociologia é fruto das Revoluções Francesa e do com algo em constante mudança e que é tão diver-
s

Industrial. A Revolução Francesa mudou a forma de so — o indivíduo e a sociedade —, as ciências naturais


u
he

estruturação social e política do mundo. Com a queda estão preocupadas com fenômenos universais. Isso
da monarquia, os revolucionários tiveram que resol-
at

quer dizer que, enquanto há uma só explicação que


M

ver algumas questões como: aprendemos para explicar um átomo na aula de quí-
mica (ciência natural), nas ciências humanas existem
quem vai governar? diversas produções teóricas para discutir como se dá
NOÇÕES DE SOCIOLOGIA

z
z quem serão os representantes do povo? o aprendizado infantil, quais são suas etapas e pro-
z como serão escolhidos? cessos. Essas explicações teóricas podem coexistir nas
z quem elaborará as novas leis? ciências humanas.
z quais leis serão escritas?
z agora que o país seria constituído por cidadãos e A Sociologia como Instrumento para Pensar a
não mais por súditos do rei, quais seriam os direi- Sociedade e os Processos Sociais
tos e os deveres desses novos cidadãos?
Aqui, utilizaremos uma categoria do sociólogo
Toda organização política, econômica, cultural e Wright Mills: a imaginação sociológica. Mas ao invés
social estava montada para a preservação do poder de pensarmos nela como uma imaginação, algo não
do rei. Com a Revolução Francesa, a democracia e sua palpável, quero propor que pensemos nela como
montagem passaram ao topo das preocupações dos um objeto: o óculos. Quando aprendermos sobre o
líderes do movimento revolucionário. trabalho de algum autor ou autora da sociologia, 347
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pensaremos em como o trabalho apresenta uma nova visão para olharmos para determinado fenômeno da socie-
dade. Como explica Mills, a sociologia é a ciência que nos auxilia na compreensão de como o mundo se organiza
e como os indivíduos se localizam nela ao analisarmos os contextos sociais.
Os contextos sociais seriam o entorno dos indivíduos e o modo como somos afetados por isso. As instituições,
o emprego, a família, o lugar onde cresceu e estudou, o gênero: tudo isso afeta no modo como vamos nos compor-
tar. É por isso que a frase “Carolina era alguém a frente do seu tempo” pode nos dar uma impressão errada. Se
pararmos para pensar sociologicamente, Carolina pode ter um comportamento diferenciado e por isso despertar
a sensação de ruptura para com o velho, mas as sociedades vão mudando o tempo todo e cada mudança é fruto
de um processo social, sendo esse o alvo das perguntas sociológicas.
Outro autor muito conhecido na disciplina, Pierre Bourdieu, nos ajuda a pensar a tarefa da sociologia. Bour-
dieu afirma que a sociologia tem como tarefa “revelar o que está escondido”. Ou seja, a sociologia como uma
ciência da sociedade não tem como objetivo discutir obviedades, mas analisar as relações sociais como processos
que envolvem questões econômicas, políticas e culturais. Isso vai desde discutir as políticas econômicas entre os
países até quais são os alimentos que encontramos tipicamente nas cafeterias brasileiras. Isso quer dizer que a
pergunta sociológica não está apenas em descrever algum aspecto do cotidiano, mas compreender como ele se dá
e quais são as normas e valores sociais que aprendemos que tornam possível que esse fenômeno aconteça.
O quadrinho abaixo nos ajuda na atividade de imaginar o que iremos estudar aqui, como um óculos que pos-
sui lentes que nos possibilitam olhar o mundo de outras formas. Pensar nessas teorias nos ajuda a compreender
melhor a tarefa da sociologia em nos possibilitar olhar as relações que temos com o nosso entorno como algo
construído desde que nascemos até o final da vida. Mas também possibilita que reflitamos como o pensamento
social vem mudando e como essas “lentes” dos óculos também mudam, o que faz com que possamos ver uma
determinada situação sobre outros pontos de vistas.

25
7-
84
0.
. 36
71
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M
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Si
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Diferença entre a Sociologia e o Senso Comum dessa venda fica concentrado nas mãos do dono da
empresa e não com os trabalhadores? Para responder
Você deve estar se perguntando: se é para pensar essa questão, Marx usa outro conceito: a mais-valia.
outros pontos de vistas, não é só conversar com outras Mais-Valia é a apropriação do tempo de trabalho
pessoas e pronto? Bem, a sociologia é mais complexa do operário feita pelo dono da fábrica. Em sua visão,
que só apresentar outras realidades ou outras visões existiriam duas formas de extrair a mais-valia. Essas
sobre a mesma realidade. A disciplina de sociologia formas são: mais-valia absoluta e mais-valia relativa.
segue todo um rigor metodológico para analisar as Pense na seguinte situação hipotética: você trabalha
relações sociais em que estamos envolvidos. É impor- para alguém produzindo uma caneta durante uma
tante então pensarmos que a sociologia é bem dife- hora por dia e ganha R$ 10,00 por mês. Um dia o seu
rente do que costumamos chamar de “senso comum”. patrão chega para você e diz que agora você vai tra-
O senso comum seria as noções que vamos crian- balhar por 5 horas. Agora você não produz mais uma
do a partir da nossa experiência cotidiana e do que caneta por dia, mas, sim, cinco, e no final do mês con-
aprendemos com os grupos dos quais fazemos parte. tinuará recebendo R$ 10,00. Isso seria a mais-valia
Uma expressão clássica do senso comum que vemos absoluta — o aumento da jornada de trabalho sem o
por aí é a seguinte: “todo/a brasileiro/a gosta de sam- aumento proporcional do salário.
ba”. Muitas pessoas de fora se dizem surpreendidas Vamos continuar nesse mesmo exemplo. Com o
quando percebem que nem todo mundo que é brasi- aumento da jornada de trabalho o lucro da empresa
leiro gosta de samba ou sabe sambar. aumentou muito. Com esse lucro, o patrão investe em
Ao contrário do senso comum, a sociologia anali- tecnologia e é desenvolvida uma máquina que produz
sa as relações sociais detalhadamente para responder canetas. Com essa tecnologia, precisa-se de menos
questões e não generaliza o comportamento para toda pessoas para fazer canetas. Então, muitos trabalhado-
a sociedade. Desse modo, o que mostramos aqui não res são demitidos e só ficam alguns que são treinados
é que nossos comportamentos são predeterminados para operar as máquinas. Isso é a mais-valia relativa,
e que agiremos igualmente a outras pessoas. O que a ou seja, a tecnologia substituindo o trabalhador na
sociologia faz, na verdade, é elaborar questões sobre produção.
as relações sociais e, a partir de uma observação deta- Por que o dono da fábrica consegue extrair a mais-
lhada tanto da relação quanto suas trajetórias histó- -valia do trabalhador? Marx responde: porque o dono
ricas e social, elaborar teorias (ou novas lentes) para da empresa detém a propriedade privada dos meios
olharmos para esses fenômenos. de produção. O modo de produção capitalista, para
Marx, é dividido em duas estruturas: a infraestrutura

25
Clássicos da Sociologia e superestrutura. A infraestrutura é o local da socieda-

7-
de onde ocorre a produção de mercadoria, ou falando

84
Embora Augusto Comte tenha fundado essa nova de outro modo, a produção de riqueza nessa socieda-

0.
disciplina, não foi ele quem criou os conceitos básicos de. Essa infraestrutura é subdividida em duas esferas:

36
da área que até hoje os sociólogos utilizam em suas as forças produtivas e as relações de produção. Forças
.
71
análises sociais. A sociologia tem três autores clássicos, produtivas é tudo aquilo que faz a intermediação da
-1

pensadores que estabeleceram os pressupostos funda- mão do homem com a natureza para a produção de
mentais que norteiam os estudos de todos aqueles que mercadoria. Ferramentas, máquinas, instalação física
ia

se debruçam para entender os problemas sociais. São e tecnologia são exemplos de forças produtivas. Rela-
ar
M

eles: Karl Marx, Max Weber e Émile Durkheim. Cada ções de produção são as maneiras como os indivíduos
um deles pensou a sociedade de uma determinada são organizados dentro da fábrica para racionalizar a
a
lv

forma. Para Marx, se alguém quer entender como a produção.


Si

sociedade se estrutura, deve estudar como os Homens A superestrutura da sociedade é o local onde ocor-
da

se dividem em classes sociais. Weber acreditava que re a divulgação de valores, ideias e crenças. Para
o sociólogo estuda a maneira como os Homens agem Marx, se é a burguesia que detém o poder econômico
ira

socialmente, ou seja, é preciso entender a ação social. na infraestrutura da sociedade, por extensão ela dete-
re

Durkheim, dizia que, para entender uma sociedade, o rá também o poder de transmissão de valores. Ideias,
Pe

estudioso tem de estudar o fato social. valores e crenças podem ser entendidos como ideolo-
s

gia. Isso significa que a ideologia em uma sociedade


u
he

Karl Marx (1818 — 1883) capitalista será a ideologia burguesa. Ideologia para
at

Marx é algo ruim, pois faz com que o trabalhador dei-


M

Karl Marx se dedicou a estudar o sistema capitalis- xe de pensar como trabalhador e internalize ideias e
ta e como ele organiza as relações entre os seres huma- valores burgueses.
NOÇÕES DE SOCIOLOGIA

nos. Marx começou a estudar a sociedade capitalista A partir daí, Marx discute seu conceito mais impor-
por aquilo que chamou sua célula básica: a mercado- tante, que é o conceito de classe social. Classe social,
ria. Toda mercadoria tem um valor de uso e um valor segundo Karl Marx, é a maneira como os Homens par-
de troca. O valor de uso de uma mercadoria é a utili- ticipam do processo de produção de mercadoria. Se
dade que esta tem para nós. Um sapato, por exemplo, a pessoa é dona das forças produtivas e organiza as
serve para cobrir os nossos pés, mas, também, possui relações de produção, esta pessoa é da classe social
um valor de troca. O valor de troca é o valor econômi- burguesa. Se a pessoa não é dona das forças produti-
co que o sapato possui. Toda vez que vamos em uma vas nem organizadora das relações de produção, mas
loja para comprar um sapato, verificamos seu preço. vende ou aluga sua capacidade para executar alguma
O que determina o valor de troca de uma mercadoria função, esta faz parte da classe social proletária. Numa
é o tempo de trabalho socialmente necessário para sociedade capitalista, conforme Marx, as duas classes
produzi-la. Ou seja, segundo Marx, o que gera valor sociais principais são: a burguesia e o proletariado.
de troca é o trabalho. Então, se o trabalho é que gera
valor, porque quando a mercadoria é vendida, o lucro 349
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Max Weber (1864 — 1920) Émile Durkheim (1858 — 1917)

Max Weber é o sociólogo que estuda a ação social. Émile Durkheim criou o conceito de fato social. Fato
Ação social é toda ação realizada entre dois ou mais social é todo fenômeno social que possui três caracte-
indivíduos, sendo que aquele que está praticando rísticas: generalidade, exterioridade e coercitividade.
a ação, dá a essa ação um sentido. E existem quatro
tipos de ação social: z Generalidade: o fato social não é algo particular
que afeta um indivíduo apenas, ele abarca a socie-
z ação social racional em relação a um objetivo dade inteira;
ou a um fim é a ação que, antes de ser executada, z Exterioridade: quer dizer que esse fato é externo
é planejada. Uma empresa, antes de ser fundada, ao Homens;
passa por um processo de definição do que será z Coercitividade: exerce uma determinação sobre
produzido, quais os equipamentos serão necessá- nós.
rios, onde será instalada, quantas pessoas serão
chamadas para trabalhar nela etc.; Durkheim é um funcionalista, ou seja, tudo na
z ação social racional em relação a um valor é
sociedade tem uma função social. A sociedade funcio-
a ação realizada, pois se não a realizarmos pode-
na a partir do que chamou de Solidariedade Social.
mos ser objeto de repúdio, ou sermos cobertos de
Solidariedade, aqui, deve ser entendida como divisão
desonra e vergonha;
do trabalho social e não como caridade como estamos
z ação afetiva ou emotiva é aquela feita a partir
acostumados a entender esse termo. Existem dois
de uma variação de humor. Quando estamos tris-
tes, deprimidos ou com raiva, por exemplo, nossas tipos de Solidariedade Social: a orgânica e a mecânica.
reações são diferentes em relação ao que acontece
conosco; z Solidariedade Orgânica e Solidariedade Mecânica
z ação social tradicional é a ação que realizamos
baseada nos costumes e hábitos de nossas famílias, Durkheim associa a sociedade a um organismo
nossa cidade, região, estado ou país. social. Nosso corpo é constituído de um conjunto de
órgãos, tais como: rins, fígado, coração, pulmão etc.
Outra reflexão weberiana que provocou profunda Cada órgão desempenha uma função e a saúde é o
influência nos estudos posteriores foi a relação que resultado do bom funcionamento de cada um desses

25
ele estabeleceu entre o protestantismo e o capitalis- órgãos. Se um está doente, independentemente dos

7-
mo. Essa análise está em seu livro A Ética Protestante outros estarem sãos, o corpo inteiro sofre. A mesma

84
e o Espírito do Capitalismo. Nesse livro, o autor discute lógica ele aplica à sociedade. Cada profissão desempe-

0.
as diferenças entre o protestantismo e o catolicismo nha uma função que a sociedade precisa. Se um pro-

36
que fizeram com que países majoritariamente protes- fessor está doente, precisa de médico. Se um médico
.
71
tantes se adaptassem melhor ao capitalismo do que precisa projetar uma casa, necessita de um arquite-
-1

os países majoritariamente católicos. O protestantis- to. Se o arquiteto quer alfabetizar seu filho, recorre à
mo, mais especificamente o calvinismo, acredita na escola e ao professor. Se um advogado quer arrumar
ia
ar

predestinação. a instalação elétrica de sua casa, chama um eletricis-


M

A predestinação nada mais é que a ideia de que ta. O eletricista precisa fazer compras, vai ao super-
a

antes de nascermos Deus já determina quem será sal- mercado que, por sua vez, compra as mercadorias dos
lv

vo, quem vai para o céu e quem já está condenado.


Si

produtores rurais, e assim por diante. A solidarie-


Isso provocaria uma angústia muito grande nas pes- dade orgânica acontece em uma sociedade em que
da

soas, pois elas não saberiam se iriam ser salvas ou não. um único indivíduo não é capaz de conseguir tudo
ira

Mas Deus envia sinais para seus filhos que seriam sal- para sua sobrevivência, sendo necessária a divisão de
re

vos, sendo um deles a prosperidade econômica. Para trabalho.


Pe

conseguir prosperidade, é preciso trabalhar, poupar o


A solidariedade mecânica apresenta-se em socie-
que se ganha, ou seja, ter lucro com nosso esforço. O
s

dades em que a divisão do trabalho social não é tão


u

trabalho que era visto como uma provação, como algo


he

diversificada como as nossas. Exemplo: numa tribo


ruim, passou a ser olhado como algo positivo. Essa
at

indígena, o que um indígena sabe todos os demais


característica do calvinismo combinou com o espírito
M

também sabem.
do capitalismo, pois trabalho, lucro e poupança são as
bases da economia de mercado.
Max Weber refletiu sobre o trabalho do cientista z Anomia Social
e do político. Para ele são duas instâncias que não
deveriam se misturar. O cientista social que estuda Outro conceito fundamental para Durkheim é o
um determinado fenômeno na sociedade deve dizer de anomia social. As sociedades têm normas, regras,
como esse fenômeno é e não como o cientista gostaria padrões de conduta, leis. Para que ela se desenvolva
que ele fosse. Ao político, cabe pegar os estudos dos dentro de uma certa “normalidade” é necessário que
cientistas e dizer como a sociedade deveria ser. Quan- os indivíduos que a compõem sigam essas normas. A
do a política se mistura com a ciência, a ciência deixa anomia aparece no momento em que parcelas signi-
de ser ciência e a política deixa de ser política. ficativas da sociedade começam a não se enquadrar
Frisa-se: ao sociólogo cabe dizer como a sociedade nessas regras. Isso faz com que se inverta a lógica de
é e não como queria que fosse. funcionamento dela, o que pode ocasionar profundas
rachaduras no tecido social.
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MOVIMENTOS E LUTAS SOCIAIS NA HISTÓRIA DO
BRASIL

Os movimentos sociais são as manifestações cole-


tivas que visam à modificação ou à permanência de Agitação Excitação Formalização Institucionalização
uma circunstância presente na sociedade. Ou seja,
viabilizam a organização da população para que seja
possível a expressão das suas demandas.
Entretanto, por muitos anos, os movimentos sociais
foram vislumbrados como “balbúrdia” e “desorgani-
zação” da sociedade.
Espécies dos Movimentos Sociais
História dos Movimentos Sociais
z Progressistas: apesar de existirem divergências
As organizações de grupos para a reivindicação de entre os autores acerca do conceito, podem ser
compreendidos como os movimentos sociais que
demandas sociais sempre estiveram presentes ao lon-
se alinham a pautas da esquerda e lutam por direi-
go da história mundial. Por exemplo, em 1789, os tra- tos minoritários, como o movimento LGBTQIAPN+;
balhadores camponeses, liderados pelos comerciantes z Conservadores: são os movimentos sociais que
que pertenciam à classe burguesa, lutaram contra o se alinham a pautas da direita e lutam pela con-
absolutismo indo às ruas na busca por direitos civis e servação do status quo, estado em que as coisas se
políticos (SILVA, 2016). encontravam anteriormente, como os movimentos
Os movimentos sociais começaram a ser estudados brasileiros que se opõem a prática do aborto indu-
com maior intensidade e, por conseguinte, conquista- zido, por exemplo;
ram maior visibilidade nos anos de 1950 e 1960. Em z Regressivos: são os movimentos sociais reacio-
nários e que demonstram extremo descontenta-
vista do contexto pós segunda guerra mundial e a
mento com a sociedade atual. Estão associados às
polarização da Guerra Fria, a população começou a se
vertentes radicais dos movimentos sociais;
organizar para defender pautas mais amplas e distin- z Expressivos: são movimentos que visam à modi-
tas. Entretanto, de acordo com Silva (2016), ainda nes- ficação de uma realidade social desagradável. Um

25
te contexto, eram percebidos como uma perturbação exemplo é o MTST (Movimento dos Trabalhadores

7-
do equilíbrio social. Sem-Teto), que luta pela reforma urbana visando a

84
Atenção: Talcott Parsons, sociólogo estaduni- concretização do direito à moradia;

0.
dense, acreditava que qualquer forma de greve ou z Utópicos: consistem em movimentos sociais que

36
manifestação popular perturbava profundamente o buscam uma sociedade ideal, tais como os realiza-
.
71
funcionamento da sociedade dos pelas comunidades hippies;
-1

z Reformistas: os movimentos sociais reformistas


objetivam melhorar alguns aspectos da sociedade.
ia

Fases dos Movimentos Sociais


O movimento sufragista é um conhecido exemplo;
ar

z Revolucionários: os movimentos sociais revo-


M

Segundo Ribeiro (2009, pp. 24-29), os movimentos lucionários visam alterar a sociedade em sua
a
lv

sociais abarcam as seguintes fases: totalidade. Um exemplo é o MR-8 (Movimento


Si

Revolucionário Oito de Outubro), que participou


da

z Agitação trata-se de uma fase em que a população, na luta contra a ditadura militar brasileira.
apesar de insatisfeita, não consegue se organizar
ira

em grupos para reivindicar suas demandas; Ademais, todos nós ouvimos, em algum momento
re

da nossa rotina, noticiários a respeito de ações rea-


Pe

z Excitação: em segundo momento, a agitação


desordenada dá lugar à canalização das inquieta- lizadas por movimentos sociais, seja para reivindica-
s

ção, seja para contestação de algo. Mas o que de fato


u

ções. Neste cenário, em regra, emerge a figura de


he

significa um movimento social? Ora, ele nada mais é


um líder que mobiliza o grupo socialmente oprimi-
at

do que uma ação social coletiva, de caráter sociopolí-


do através do seu discurso;
M

tico e cultural, constituída por elementos comuns aos


z Formalização: consiste em um momento de cria- indivíduos que o constroem e que compartilham de
ção da identidade e ideologia norteadora do movi-
NOÇÕES DE SOCIOLOGIA

uma mesma causa. Um movimento social pode cum-


mento social. Não obstante, vale destacar que nem prir tanto o papel de manter alguma situação quanto
todos os movimentos possuem o momento de de mudá-la.
formalização; Na prática cotidiana, os movimentos sociais
z Institucionalização: neste momento, há verdadei- podem assumir diversas formas de ação, que, por sua
ra consolidação do movimento social. A liderança vez, vão desde a realização de denúncias e passeatas
até mobilizações e ocupações de espaços públicos ou
carismática cede espaço para representantes capa-
privados. O intuito é a reivindicação ou contestação
zes de institucionalizá-lo.
de alguma ordem.
É importante destacar que, ao longo da história,
É importante ressaltar que o Estado pode tentar os movimentos sociais foram encarados e interpre-
desestabilizar o movimento social, nestas circuns- tados de diferentes formas por autores das ciências
tâncias. Entretanto, se o movimento persistir, haverá sociais. Algumas correntes interpretavam ações, a
maior solidificação deste. exemplo de greves, passeatas e manifestações, como 351
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causadoras de conflitos na ordem social. Em última instância, como anômalas, prejudiciais e perturbadoras do
funcionamento da sociedade. Podemos considerar, aqui, alguns autores expoentes dessa linha de pensamento,
como Émile Durkheim (1858-1917) e Talcott Parsons (1902-1979).
Entretanto, outras correntes interpretavam os movimentos sociais a partir de conceitos oriundos da teoria
marxista, como o de luta de classes e da oposição burguesia versus proletariado, considerando as ações coletivas
como práticas fundamentais para o desenvolvimento da consciência da classe trabalhadora para pôr fim às maze-
las sociais, enfim, para a realização da transformação social.
Para Gohn (2011, p. 336), os movimentos sociais sempre existiram na história porque representam forças
sociais organizadas, envolvendo as pessoas como um campo de atividades e de experimentação social, sendo
essas atividades importantes “[...] fontes geradoras de criatividade e inovações socioculturais”.
Os movimentos sociais, portanto, demonstram o quão viva está a sociedade e como ela caminha, realizando
um “diagnóstico da realidade social”, apontando as fissuras estruturais e os problemas que precisam ser solucio-
nados. Para isso, elaboram estudos, propostas e atividades que visam contribuir para a realização do seu objetivo.
Os movimentos sociais não necessariamente se contrapõem ao governo vigente, podendo tanto se opor à política
desenvolvida por este quanto colidir e apoiá-lo.
Ainda de acordo com Gohn (2011), existem elementos que caracterizam os movimentos sociais, como:

z possuir uma identidade;


z ter um opositor;
z fundamentar-se em um projeto de vida e sociedade.

Integra as pautas gerais de grande parte dos movimentos sociais a luta contra a exclusão, a pobreza, a fome e
a desigualdade social, bem como a batalha por mais direitos, podendo, aqui, ser elencada a reivindicação pelos
direitos da juventude, de negros e negras, das mulheres e dos trabalhadores.
Os movimentos sociais não são apenas reativos. Eles podem, inclusive, levantar para debate temas importan-
tes e apresentar alguma luta que considerem importante ser do conhecimento do conjunto da sociedade.
Pode-se encontrar quem defenda que os movimentos sociais têm ciclos de existência, os quais podem ser
observados no esquema abaixo:

Começam com uma efervescência social,


algum acontecimento que gera comoção ou revol-

25
ta. No entanto, nesta fase o movimento não tem,

7-
ainda, nenhuma organização, com as manifesta-

84
ções sendo uma reação diante de um fato

0.
. 36
71
-1

No segundo ciclo, há o clamor popular, isto é,


ia

as pautas ficam mais delineadas


ar
M
a
lv
Si
da

No terceiro ciclo, aparecem organizações que


dão direção ao movimento; surgem, também, lide-
ira

ranças, e as lutas começam a ter eficácia


re
Pe
u s
he

Por fim, no último ciclo, o movimento social se


at

institucionaliza
M

Para a insurgência de movimentos sociais, há quem defenda que alguns aspectos devem aparecer:

z é necessário que haja um contexto social que dê sentido e justifique seu surgimento;
z deve haver uma contradição entre a realidade social e as aspirações dos participantes do movimento. Em
outras palavras, um choque entre as expectativas dos atores sociais e a realidade em que estão inseridos;
z crenças, valores e ideias que são entendidos como importantes e acerca dos quais tem-se certeza da importân-
cia da propagação;
z a ocorrência de um fato gerador de insatisfação social e, consequentemente, do movimento social — um
estopim.

Os movimentos sociais, dependendo do contexto histórico e social, das pautas que defendem e dos atores
sociais envolvidos no processo, podem ter vida longa ou curta.
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A EFERVESCÊNCIA DE MOVIMENTOS SOCIAIS NO SÉCULO XX

No século XX, ocorria uma série de mudanças e transformações em várias partes do mundo, sendo a década
de 1960 considerada um marco para a história. A partir de revoltas estudantis na França, o mundo entrou em
“colapso” e rebeliões se desenrolaram por todo o globo.
Nos Estados Unidos, os movimentos pelos direitos civis tornaram-se mais fortes e intensos contra a segregação
racial e a violência praticada contra negros e negras, que reivindicavam a igualdade racial e direitos civis básicos,
como o acesso à educação.
Nesse período, destacaram-se como exemplos de desobediência civil e contestação da ordem vigente (segregação
entre brancos e negros) o pastor Martin Luther King e Rosa Parks, que, mais tarde, viriam a se tornar símbolos de
luta pelos direitos civis no país. As manifestações nas ruas dos Estados Unidos conformavam, assim, uma identida-
de, uma causa, bem como a resistência do povo negro contra a lógica que operava para excluí-los e marginalizá-los.

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7-
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Marcha sobre Washington por Emprego e Liberdade — 28 de agosto de 1963. Fonte: Revista Galileu. Foto: Wikimedia Commons1.

0.
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Também nesse período, destacam-se movimentos de contracultura, que questionavam o consumismo, as
.
regras socialmente estabelecidas e os papéis tradicionais de gênero historicamente desempenhados, além da pre-
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sença de movimentos nas ruas para contestarem o massacre que ocorria contra o povo vietnamita pelas forças
-1

americanas. Aqui, destacam-se, em especial, as lutas da população LGBTI+ e das mulheres, que acionavam o dis-
ia

curso da igualdade e liberdade. Um marco desse período foi a produção da pílula anticoncepcional.
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Destacam-se, aqui, também, os movimentos de libertação nacional, que eclodiram no continente africano,
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contra o colonialismo e pela independência política, econômica e cultural de países como Moçambique e Argélia.
Ainda na segunda metade do século XX, países europeus, como França e Portugal, possuíam colônias na África,
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sob grande repressão, violência e massacre de seus povos. Os movimentos sociais de luta pela libertação, apoiados
Si

por movimentos de outras nações, realizaram levantes e ações contra as forças de ocupação colonial, lançando
da

mão da revolta armada e da convocação do povo em defesa da soberania nacional.


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NOÇÕES DE SOCIOLOGIA

Povo na rua pela libertação e contra o domínio português em Moçambique. Fonte: DW. Foto: picture-alliance/dpa2.

1 Disponível em: https://revistagalileu.globo.com/Sociedade/Historia/noticia/2020/08/6-eventos-que-precederam-marcha-sobre-


-washington-por-direitos-civis.html. Acesso em: 5 abr. 2023.
2 Disponível em: https://www.dw.com/pt-002/cronologia-1974-2002-das-independ%C3%AAncias-ao-fim-da-
-guerra-em-mo%C3%A7ambique-e-angola/a-17280940. Acesso em: 5 abr. 2023. 353
O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para Matheus Pereira da Silva Maria - 171.360.847-25, vedada, por quaisquer meios e a
qualquer título, a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.
Na América Latina, os movimentos sociais tomaram as ruas contra os governos autoritários que assumiram o
poder através de golpes militares. As movimentações iam desde ocupação das ruas com faixas e cartazes até atos
culturais em frente a teatros e cinemas. No Brasil, com as prisões, perseguições, desaparecimentos e assassinatos
de lideranças políticas, os movimentos intensificaram-se contra a ditadura militar, aglutinando diversos setores
da sociedade em torno da luta pela redemocratização.

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7-
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0.
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Marcha dos cem mil. Fonte: Jornalistas Livres. Foto: Evandro Teixeira3.
71
-1

Em 28 de março de 1968, o estudante secundarista Edson Luís foi assassinado pela polícia militar no restau-
ia

rante da Universidade Federal do Rio de Janeiro, conhecido como “Calabouço”, quando alunos se organizavam
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para protestar contra o aumento do preço da comida. Esse episódio despertou grandes manifestações no Rio de
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Janeiro e em São Paulo, protagonizados, principalmente, pelo movimento estudantil. Destacam-se, nesse período,
a
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os movimentos secundarista e universitário, que estiveram massivamente nas ruas contra as privatizações, por
Si

melhores condições das estruturas de ensino, pela justiça social e em defesa das liberdades democráticas.
da

Os movimentos sociais desse período, através das mobilizações massivas e das pressões políticas para melho-
res condições de vida, acesso amplo e irrestrito à saúde, educação e defesa do patrimônio nacional, foram decisi-
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vos para a conquista de direitos sociais, incorporados, posteriormente, pela nova Constituição Federal, de 1988.
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1990: SURGIMENTO E NOVAS DEMANDAS DOS MOVIMENTOS SOCIAIS


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De acordo com Gohn (2011), na década de 1990 surgem novas formas de organização popular mais institucio-
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nalizadas, diferentes dos movimentos que vinham ocorrendo em anos anteriores. Nesse período, ergueram-se os
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fóruns, como o Fórum Nacional por Moradia e o Fórum Nacional de Participação Popular, que estabeleceram a
dinâmica de encontros e reuniões nacionais, com a definição de metas, análise de conjuntura nacional e articula-
ção de estratégias. Gohn (2011) indica que o ano de 1990 tem como um dos marcos a criação da Central dos Movi-
mentos Populares, que gera um salto a nível de organização dos movimentos populares de diversos segmentos e
uma maior aproximação da sociedade civil organizada com o setor público, através da concepção de programas
como o Bolsa-Escola e a Renda Mínima.
Essa década também se destaca pela implementação da política neoliberal no Brasil, com maior arrocho e
desemprego, carestia de vida e grande desigualdade social. Junto a isso, eclodem ações de movimentos que levan-
tam pautas a favor do emprego, contra as flexibilizações dos contratos e pela moradia digna. A autora também
destaca mais três movimentos sociais que crescem nesse período: o do funcionalismo público, o dos ecologistas e
o dos povos indígenas, este último com pauta central sendo a demarcação das suas terras.
Nesse período, cresce o que viria a ser um dos maiores movimentos sociais da América Latina: o Movimento
dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST). Com a expansão da fronteira agrícola, maior concentração fundiária
e mecanização do campo — que contribuíram de modo significativo para o êxodo rural no Brasil —, o MST surge

354 3 Disponível em: https://jornalistaslivres.org/democracia-sem-povo-tem-nome-ditadura/. Acesso em: 5 abr. 2023.


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qualquer título, a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.
com o propósito de organizar os trabalhadores do campo, que viviam em grande situação de pobreza, sem meios
de produção, a lutarem por um pedaço de terra para continuarem no campo, produzindo e criando seus filhos
com melhores condições de vida. A tática realizada pelo MST consistiu nas ocupações de terras, que se tornaram
conhecidas em todo o país e que geraram grandes conflitos no campo. Ao ocupar terras improdutivas e levantar
acampamento, o movimento tinha como principal objetivo pressionar o governo a desapropriar a terra e destiná-
-la para a reforma agrária. Ao longo dos anos, muitos acampamentos transformaram-se em assentamentos, sendo
construídas, pelo movimento, escolas e cooperativas.

25
Marcha do MST até Brasília. Fonte: Agência Brasil. Foto: Fabio Rodrigues Pozzebom/Agência Brasil4.

7-
84
O MST torna-se, assim, o principal movimento que protagoniza o conflito social no Brasil. No fim dos anos

0.
1990, o país era marcado pela recessão, pelas reformas administrativas realizadas e pelo aumento das taxas
. 36
de desemprego. Nesse período, novos atores sociais surgem e os movimentos sociais de rua voltaram a crescer,
71
como a greve, o movimento estudantil e os protestos dos profissionais de educação, bem como as manifestações
-1

indígenas.
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No Brasil, o Movimento Diretas Já tomou as ruas. Com o intuito de pedir a volta da democracia, as mobiliza-
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ções aconteceram no início dos anos 1980, quando, nos principais estados brasileiros, foram eleitos governadores
a

de oposição ao regime militar. Em São Paulo, venceu as eleições de 1982 Franco Montoro; em Minas Gerais, Tan-
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credo Neves, e, no Rio de Janeiro, Leonel de Moura Brizola. Milhares de pessoas saíram às ruas exigindo o fim da
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ditadura e eleições democráticas para presidente. Esse movimento culminou com o deputado federal Dante de
da

Oliveira apresentando a proposta de Emenda Constitucional nº 5, devolvendo ao povo o direito de escolher seu
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presidente, no dia 2 de março de 1983. Essa emenda foi rejeitada, o que fez com que as eleições presidenciais de
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1985 transcorressem de forma indireta, com Tancredo Neves vencendo Paulo Maluf. Somente em 1989 voltamos
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a escolher, através do voto, nossos presidentes, com a Câmara Federal restituindo o voto popular nas eleições
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presidenciais.
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O primeiro presidente eleito após a ditadura militar foi Fernando Collor de Mello, que assumiu a chefia do
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país em 1990 e sofreu um processo de impeachment em 1992. O governo Collor começou com o confisco da pou-
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pança dos brasileiros. Na década de 1980, um dos maiores problemas nacionais era a inflação alta. Isso minava o
poder de compra dos salários, ocasionando, entre inúmeras outras adversidades, o baixo crescimento econômico
NOÇÕES DE SOCIOLOGIA

do Brasil. Como uma medida para tentar abaixar a inflação, a equipe econômica da gestão Collor fez um plano
que bloqueava o dinheiro dos cidadãos depositado nas cadernetas de poupança. Tal providência reduziu de vez
o poder de compra dos brasileiros e gerou um desgaste muito grande para o governo, que passou a ser visto com
desconfiança pela população.
Somados a esse desgaste, começaram a aparecer escândalos de corrupção envolvendo o tesoureiro da campa-
nha de Collor, Paulo César Farias. Com o desdobramento da cobertura jornalística sobre os acontecimentos, sur-
giu um clamor popular pela destituição de Collor da presidência. Liderados pela União Nacional dos Estudantes
(UNE), jovens de todo o país saíram às ruas exigindo a saída do presidente, mobilização que ficou conhecida como
“movimento dos Caras Pintadas”. Todas essas movimentações foram decisivas para a alteração do cenário político
e para a consideração e incorporação de elementos políticos e sociais oriundos da demanda popular.
4 Disponível em: https://agenciabrasil.ebc.com.br/geral/noticia/2014-02/dilma-vai-receber-mst-nesta-quinta-feira. Acesso em: 6 abr. 2023. 355
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qualquer título, a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.
Protesto dos sem-teto por moradias no vão do MASP, em São Paulo. Fonte: Wikimedia Commons5.

Outro movimento social surgido nos finais da década de 1990 foi o Movimento dos Trabalhadores Sem Teto
(MTST), cujo objetivo é a luta pela moradia. O MTST tem sua atuação nos grandes centros urbanos, organizando a
luta pelo cumprimento do art. 6º da Constituição Brasileira, que diz:

Art. 6º São direitos sociais a educação, a saúde, a alimentação, o trabalho, a moradia, o transporte, o lazer, a
segurança, a previdência social, a proteção à maternidade e à infância, a assistência aos desamparados, na forma
desta Constituição.

25
A forma de luta utilizada pelo MTST para chamar a atenção dos poderes públicos para o problema do déficit

7-
habitacional é a ocupação de imóveis em situação irregular, ato gerador das maiores críticas ao MTST. Impor-

84
tante ressaltar que o direito à propriedade é garantido em nossa constituição, porém o direito à propriedade é

0.
assegurado desde de que ela tenha função social. Por “imóvel em situação irregular” entende-se os que foram

36
abandonados e que estão ociosos.
.
71
Os ativistas do movimento são: pessoas que não conseguiram mais arcar com os preços dos aluguéis; famílias
-1

que moravam em áreas consideradas de risco, e pessoas despejadas de suas casas. Um dos maiores problemas
brasileiros é o déficit habitacional. Dados de 2019 da Fundação João Pinheiro apontavam que a deficiência de
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habitação brasileira era de 5,8 milhões de casas. Aqui, entram pessoas que não tem casa, bem como casas em que
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moram mais de uma família.


a

A moradia é um direito fundamental. Nos últimos anos, nas principais cidades do país, o número de pessoas
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morando debaixo de viadutos e marquises aumentou muito. Além disso, famílias inteiras nas ruas pela falta de
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oportunidades de emprego foi outra situação constatada, assim como a insuficiência de políticas públicas gover-
da

namentais para solucionar essa realidade, vivida por milhares de pessoas. A moradia é um direito fundamental,
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assim como educação e saúde, e é uma pauta urgente que precisa de atenção especial dos governos.
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Observamos, portanto, que, ao longo de toda a história, os movimentos sociais tiveram um importante papel
Pe

no desenvolvimento das forças coletivas em torno de alguma bandeira, sendo a principal delas a luta contra a
s

exclusão e a desigualdade social. No entanto, observamos também que nenhum movimento é estático, mas são,
u

sim, forças que se modificam, incorporando novos elementos ao longo de sua trajetória e de suas experiências
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sociais e políticas, podendo lançar mão de greves, passeatas, protestos, ocupações e negociações, dependendo de
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cada situação.
Assim, os movimentos sociais foram fundamentais para pôr fim à situação de extrema desigualdade e violên-
cia, como vimos nas lutas pela libertação nacional, ou para a reivindicação de algo, como a contenda pela moradia
e pela terra.

REIVINDICAÇÕES POPULARES URBANAS

As reivindicações populares urbanas são demandas ou solicitações feitas por grupos de cidadãos que residem
em áreas urbanas, visando a melhoria de condições de vida, melhor prestação dos serviços públicos e questões
relacionadas ao ambiente urbano, questões sociais, políticas, econômicas, entre outras. Essas reividicações são
frequentemente expressas, com o intuito de responder a problemas sociais, através de protestos, manifestações
ou campanhas de conscientização.
Diante disso, a seguir serão elencados alguns exemplos acerca do tema que são comumente vistos em nosso
cotidiano, tais como:
356 5 Disponível em: https://commons.wikimedia.org/wiki/File:MTST_-_ABr-Masp_2014.jpg. Acesso em: 6 abr. 2023.
O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para Matheus Pereira da Silva Maria - 171.360.847-25, vedada, por quaisquer meios e a
qualquer título, a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.
z Melhorias no transporte público: se dá pela rei- por grupos e organizações que, assim como citado
vindicação por um transporte público mais eficien- anteriormente, tentam combater a falta de moradia
te, acessível e sustentável, incluindo a ampliação adequada, conter a especulação imobiliária, o despejo
de linhas de ônibus, metrô, trem e ciclovias, bem forçado, o alto valor dos aluguéis, o pouco investimen-
como a redução das tarifas; to de políticas públicas voltadas para as condições de
z Moradia acessível: reivindicações por políticas moradia da população, entre outros problemas rela-
que sejam capazes de garantir o acesso à moradia cionados à habitação.
digna e a preços justos, especialmente para famí- Quando pensamos em movimentos sociais, sem-
lias de baixa renda. Isso pode incluir a exigência pre nos remete as ações públicas como passeatas,
de maior investimento em programas de habita- manifestações, paralisações etc. Porém, muitas vezes
ção social ou a limitação do aumento dos preços essas ações acontecem no dia a dia, pela luta de indi-
dos aluguéis; víduos que vão atrás de autoridades para reivindicar
z Proteção ambiental: busca-se por políticas e seus direitos, ou até mesmo, quando estão representa-
ações que promovam a sustentabilidade e a pre- dos pela figura de vereadores, senadores e deputados
servação do meio ambiente urbano. Tal situação que lutam pela causa nobre da moradia. Além disso,
pode envolver demandas por redução da poluição, exemplos costumam nos elucidar sobre a realida-
aumento de áreas verdes, proteção de recursos de vivida, tais como o Movimento Nacional de Luta
hídricos e promoção de energias renováveis; por Moradia (MNLM), a União Nacional por Moradia
z Segurança pública: pede-se por medidas de segu- Popular (União), o Habitat para Humanidade Brasil,
rança mais eficientes e justas, incluindo a luta entre outros que diariamente possuem grupos de pes-
contra a violência urbana, a redução dos índices soas engajadas para fazer valer aquele direito que já
de criminalidade e a promoção de uma maior con- é seu por natureza.
fiança entre a polícia e a comunidade;
z Direitos dos trabalhadores: reivindica-se por MOVIMENTOS SOCIAIS E EDUCAÇÃO
condições de trabalho mais justas, salários dignos,
melhores benefícios sociais e proteção contra a Os movimentos sociais são a expressão dos limites
exploração laboral. É possível que haja o envol- e dos paradoxos da nossa sociedade atual, de forma
vimento de campanhas por leis trabalhistas mais que funcionam como instrumento de educação por
rigorosas, bem como a luta por direitos sindicais; obter atuação simultânea e questionar as estrutu-
z Acesso à educação e saúde: pretende-se que haja ras sociais, oferecendo um novo viés de pensamento
um sistema de educação e saúde pública de quali- para as novas formas de organização da vida como

25
dade, acessível a todos, podendo incluir a exigên- um todo. Diante disso, cabe a contextualização em

7-
cia de mais investimentos nessas áreas, a melhoria detrimento à educação, de forma que, quando ouvi-

84
das instalações existentes e o combate à privatiza- mos falar em movimentos sociais dentro da educação,

0.
ção excessiva. muitas vezes, de forma pejorativa, sua importância

36
é diminuída, levando pessoas a considerarem uma
Diante disso, as demandas com relação às rei- .
“balbúrdia” o fato de reivindicar por uma melhor
71
vindicações populares urbanas podem se alterar situação.
-1

amplamente, de acordo com as necessidades e cir- Ainda nesse viés, a luta pela educação é a busca
ia

cunstâncias específicas de cada cidade e comunidade. diária de centenas de pessoas e grupos de pessoas que
ar

estão inseridas no ensino brasileiro, que possuem o


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MOVIMENTOS SOCIAIS E LUTAS PELA MORADIA objetivo principal de reivindicar melhores condições
a
lv

de trabalho para aqueles que se encontram como


Si

Acerca do tema, podemos afirmar sua frequente docentes, melhor aprendizado para o corpo discente,
da

discussão na seara do estudo geográfico, sociológico bem como também visa integrar e inteirar a socieda-
e de planejamento urbano, dado que, é considerado de do que vem acontecendo na comunidade escolar.
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de suma importância, pois traz a possibilidade de Nesse sentido, os movimentos sociais buscam ten-
re

compreensão de inúmeros problemas existentes em tar realizar o nivelamento das condições que, ainda
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nossa sociedade. No entanto, ainda que seja possível que estejam resguardadas constitucionalmente, não
s

arrolar uma série de problemas, é necessário afirmar são capazes de serem instauradas em nosso conví-
u

que existem alguns que sobressaem aos outros, sendo, vio diário. Além do mais, a luta pela educação vem
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normalmente, aqueles que estão envolvidos com ren- de anos em nossa sociedade, posto que, a nível histó-
at

da, moradia, condições dignas de vida, oportunidades rico, no Brasil, sempre houve tentativas de melhoria
M

de trabalho, entre outras. na educação, de forma que, na década de 1970, por


Tomando esse aspecto por base, os movimentos exemplo, durante o poderio militar, muitas organiza-
NOÇÕES DE SOCIOLOGIA

sociais entram no contexto social como um meca- ções sociais defenderam a democracia sem deixar de
nismo reivindicatório, onde serão responsáveis por lado questões relativas às necessidades dos estudan-
coibir a administração pública a tomar as devidas tes, mulheres, trabalhadores etc. Tal situação se tor-
previdências para sanar a problemática enfrentada. nou mais intensa a partir dos anos de 1980, quando os
Nesse aspecto, cabe enfatizar a respeito da luta pela movimentos sociais passaram a pressionar e exigir o
moradia que se é enfrentado dia após dia nos cen- fim do regime militar em nosso país.
tros urbanos. Sendo assim, os movimentos sociais e
a luta pela moradia são fenômenos que têm ocorrido CLASSES SOCIAIS E MOVIMENTOS SOCIAIS
em diversas partes do mundo ao longo da história,
e no Brasil não é diferente, posto que são motivados De acordo com a sociologia, podemos compreen-
pela busca por condições de vida digna e pelo direi- der o conceito de classe social como uma fragmenta-
to básico a habitação, garantido constitucionalmente. ção social e econômica do mundo gerido e estruturado
Ainda nesse viés, os movimentos são impulsionados pelo sistema capitalista. Nos mais diversos grupos
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sociais, existem hierarquias que determinam diferen- PNAE – Programa Nacional de Alimentação Escolar,
tes cargos dentro da chamada divisão social do traba- que integra a agricultura familiar e o abastecimento
lho. A partir desse contexto organiza-se o fenômeno de hortifrutis das escolas públicas; estas ações são
que proporciona essa divisão, chamado de estratifi- estratégias de desenvolvimento territorial. Quanto ao
cação social. conceito de desenvolvimento territorial, assinale a
As classes e as camadas surgem a partir das desi- alternativa correta.
gualdades sociais, uma vez que os indivíduos são vis-
lumbrados como iguais perante a legislação. a) A ideia de desenvolvimento territorial evolui, a partir
dos anos 80 do sec. XX, do conceito de desenvolvi-
Classe Social para Karl Marx mento local, pois contempla a exploração dos recur-
sos de uma área geográfica muito mais ampla
Karl Marx afirma que a sociedade é dividida em b) As estruturas produtivas do território devem perse-
proprietários e não proprietários, que, por sua vez, guir padrões de eficiência e eficácia, assim como de
se desdobram em duas classes sociais: a proletária agregação tecnológica, que orientam o crescimento
e a burguesa. A primeira abarca os indivíduos que das indústrias tradicionais
vendem sua força de trabalho em troca de salário, c) Os ativos específicos de um território são formados
enquanto a segunda abrange os donos dos meios de por suas condições físicas e geográficas, assim como
produção que se apropriam do produto do trabalho pelos saberes coletivos e pelos processos de apren-
dos proletários. dizagem característicos
Portanto, para Marx, a classe social à qual o indi- d) A formação de um território resulta do encontro e da
víduo pertence está intrinsecamente ligada à posição mobilização dos atores sociais que disputam um dado
que ele ocupa: de proprietário ou de não proprietário. espaço geográfico e que procuram, a partir de seus
Outrossim, o autor realiza uma enfática crítica aos interesses, identificar oportunidades empresariais
ideais liberais, que defendem a democracia represen- e) Os investimentos que norteiam o desenvolvimento ter-
tativa e o livre mercado, uma vez que estes são orien- ritorial devem estar orientados a estabelecer verticali-
tados exclusivamente pelos interesses da burguesia. dades produtivas de forma a que os processos possam
Conforme afirma na obra Manifesto Comunista, “[...] esgotar os recursos necessários da própria comunidade
até hoje, a história de todas as sociedades que existiram
até nossos dias tem sido a história da luta de classes” 3. (IBFC — 2023) “As lutas camponesas sempre estive-
(MARX e ENGELS, 1998, p. 31). ram presentes na história do Brasil (...) As ocupações
de terra realizadas pelo Movimento dos Trabalha-

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Classe Social para Max Weber dores Rurais Sem Terra (MST), e por outros movi-

7-
mentos populares, são ações de resistência frente à

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Max Weber, por seu turno, acredita que a estrati- intensificação da concentração fundiária e contra a

0.
ficação social não está restrita ao cenário econômico exploração, que marcam uma luta histórica na busca

36
das classes sociais. Na verdade, segundo o autor, as contínua da conquista da terra de trabalho, a fim de
classes sociais emergem da desigual distribuição de .
obter condições dignas de vida e uma sociedade jus-
71
poder na sociedade, que possui três dimensões dife- ta.” (FERNANDES, Bernardo M. A formação do MST no
-1

rentes e autônomas: a econômica, a social e a política. Brasil. Petrópolis: Vozes, 2001). Sobre a disputa fun-
ia

diária no Brasil, assinale a alternativa incorreta quan-


ar

to a caracterização de seus agentes.


M
a

HORA DE PRATICAR!
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a) Posseiros são indivíduos que ocupam, sem conflito,


Si

porção de terra particular ou devoluta, com o intuito


da

1. (IBFC — 2018) O termo “Globalização” tem sido um de possuí-la sem título legítimo de propriedade
termo utilizado com sentido polissêmico dentro das b) Meeiro é o trabalhador rural que trabalha terras que
ira

ciências humanas e também fora dela, caindo inclu- não são de sua propriedade e reparte seus rendimen-
re

sive no âmbito do senso comum. A respeito da Globa- tos com o proprietário


Pe

lização. Assinale a alternativa incorreta. c) Latifundiário é o proprietário de imóvel rural de


s

pequena ou média extensão, onde se efetua cultivo


u

de subsistência
he

a) Os desdobramentos da economia capitalista em seu


movimento de expansão e formação de mercados d) Grileiro é o invasor de terras devolutas ou de particu-
at

lares que forja, através de artimanhas, documentação


M

contribuíram com este processo


b) Os avanços tecnológicos foram e continuam sendo que o caracterizam como proprietário legal e de fato
centrais para a efetivação da Globalização da terra
c) As relações nos campos político, econômico e social e) Assentado é o trabalhador rural que ocupa lote de ter-
se implicam em escala mundial, o âmbito nacional é ra reconhecido e implantado pelo Estado, para fins de
marcado pelos desdobramentos internacionais reforma agrária
d) As relações em esfera Global são marcadas por
relações simétricas entre os atores das diferentes 4. (IBFC — 2021) “A vida social é um constante cabo-
localidades -de-guerra entre o nosso desejo de ser livre e a nossa
necessidade de ser parte da estrutura social”. (TUR-
2. (IBFC — 2023) Nos últimos 20 anos o conceito e a NER, Jonathan H. Sociologia: conceitos e aplicações.
prática da economia solidária estabeleceram-se em Tradução de Márcia Marques Gomes Navas. Revisão
diversas áreas geográficas do território brasileiro. técnica João Clemente de Souza Neto. São Paulo:
Assim, podemos verificar, por exemplo, a produção Makron Books, 2000. 253 p. p.
vegetal orgânica estabelecida pelo MST – Movimen-
358 to dos Trabalhadores Rurais sem Terras no RS ou o
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qualquer título, a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.
47). Todos os indivíduos que vivem em sociedade tem possibilitado uma maior participação da socie-
participam de situações que podem ser bem defini- dade civil no Estado.
das. Tomando os conceitos apresentados por Jona-
than H. Turner em seu livro Sociologia: conceitos e Assinale a alternativa que apresenta a sequência cor-
aplicações, assinale as afirmativas abaixo, dê valores reta de cima para baixo.
Verdadeiro (V) ou Falso (F).
a) V-F-F-V
( ) Conjunto de Status é um complexo de posições que b) V-V-V-F
cada um de nós ocupa, que marca as estruturas às c) V-F-V-F
quais pertencemos e os sistemas de cultura aos d) V-V-F-V
quais estamos ligados. e) F - F - V- F
( ) Os status são ligados uns aos outros, de forma que
os papéis são afetados pelos status, ao mesmo tem- 6. (IBFC — 2021) O Estado moderno surgiu da desinte-
po em que, contrariamente, têm um efeito em papéis gração do mundo feudal e das relações políticas até
desempenhados por outros status. então dominantes na Europa. A centralização e a con-
( ) Rede de status é um comportamento esperado de centração desses poderes e instituições caracterizam
uma pessoa que ocupa um certo status, pois quan- o Estado moderno que assumiu diferentes formas até
do nos comportamos em um status, tomamos cons- hoje. A esse respeito, numere a COLUNA II de acordo
ciência de normas e outros sistemas de símbolos; e com a COLUNA I, fazendo a relação entre elas:
então moldamos esse comportamento de formas que
preencham nossas necessidades e personalidade COLUNA I
assim como as particularidades de uma situação. 1. Estado absolutista.
( ) Rede de papéis é o lugar que ocupamos em um sis- 2. Estado liberal.
tema de posições interligadas e, ao conhecer esse 3. Estado fascista.
lugar, sabe-se onde se está localizado e o que se é 4. Estado do bem-estar social.
esperado desse lugar. 5. Estado neoliberal.
( ) Papéis sociais é a totalidade de comportamentos a
ser desempenhado por todos aqueles que estão inse- COLUNA II
ridos na estrutura social Assinale a alternativa que ( ) Nesse Estado a participação política significava ple-
apresenta a sequência correta de cima para baixo. na adesão ao regime e ao seu líder máximo, ou seja,
ninguém podia fazer qualquer crítica ou oposição ao

25
a) V, V, V, F, V governo.

7-
b) V, V, F, F, V ( ) Esse modelo de Estado tem como valores primor-

84
c) F, F, F, V, V diais o individualismo, a liberdade e a propriedade

0.
d) V, F, V, F, V privada. Apresenta-se como representante de toda

36
e) F, V, F, V, F a sociedade, tendo o papel de “guardião da ordem”:
.
71
não lhe cabendo intervir nas relações entre os indiví-
5. (IBFC — 2023) Cidadania é um atributo que o indiví-
-1

duos, mas manter a segurança para que todos pudes-


duo social adquire quando desfruta, de forma equâ- sem desenvolver livremente suas atividades. Foi nele
ia

nime, de liberdade, participação e igualdade. Nas que estabeleceu-se a separação entre o público e o
ar

democracias modernas é a forma de se tornar titular privado.


M

de direitos civis, políticos e sociais. Analise as afirma- ( ) Assumindo o controle das atividades econômicas,
a
lv

tivas abaixo e dê valores Verdadeiro (V) ou Falso (F). o Estado intervinha nas concessões dos monopó-
Si

lios, fixava preços e tarifas, administrava a moeda e


da

( ) A globalização, impulsionada pelo desenvolvimento os metais preciosos. O Estado assumia também a


tecnológico e o surgimento de gigantescas empresas responsabilidade de centralizar e praticar a justiça
ira

transnacionais, tem causado redução dos direitos e de cuidar do contingente militar, criando exércitos
re

políticos, na medida que diminui o poder dos estados profissionais.


Pe

nacionais e o consequente papel que a representação ( ) Esse modelo de Estado permite enfrentar, por um lado,
s

política exerce. os movimentos de trabalhadores que exigiam melho-


u

( ) O aumento da desigualdade social provoca uma


he

res condições de vida e, por outro, as necessidades do


redução nos direitos civis vivenciados: a diminuição capital, que buscava alternativas para a construção
at

da sensação de segurança e o aumento da crimina-


M

de uma nova ordem econômica mundial.


lidade são fatores de restrição a efetiva liberdade, na ( ) Os valores e o modo de vida capitalistas, o individua-
medida que aumentam a exposição ao risco e alte- lismo como elemento fundamental, a livre iniciativa,
NOÇÕES DE SOCIOLOGIA

ram as noções de Justiça e de Estado Democrático de o livre mercado, a empresa privada e o poder de con-
Direito. sumo como forma de realização pessoal. Presença
( ) Experiências de gestões participativas têm se mul- cada vez maior das grandes corporações produtivas
tiplicado, principalmente no âmbito dos governos e financeiras na definição dos atos do Estado.
municipais e a inclusão digital tem proporcionado
formas alternativas de organização e ativismo polí- Assinale a alternativa que apresenta a sequência cor-
tico. Apesar disso, ainda não se cogita a possibilida- reta de cima para baixo.
de de formas estruturadas e seguras de participação
popular nos processos de decisão pública. a) 3, 1, 2, 4, 5
( ) O surgimento das ONG’s (organizações não governa- b) 1, 2, 3, 4, 5
mentais) como proponentes, facilitadoras, executo- c) 3, 2, 1, 4, 5
ras e fiscalizadoras da execução de políticas públicas d) 2, 1, 3, 5, 4
359
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7. (IBFC — 2020) Acerca de uma das características de e) As regiões metropolitanas de Goiânia, Anápolis e Apa-
um Estado do Bem-Estar Social, assinale a alternativa recida de Goiânia são os três maiores polos urbanos e
incorreta. de desenvolvimento social; apresentam o maior índi-
ce de empregos formais e a menor população exposta
a) Valorização da autonomia dos cidadãos para a pro- a vulnerabilidades
teção dos direitos dos indivíduos, garantindo- lhes
a liberdade de fazer o que desejarem desde que isso 10. (IBFC — 2023) Sobre associativismo e economia soli-
não viole o direito de outros
dária é correto afirmar que trata-se de:
b) É um modelo de governo no qual o Estado se compro-
mete a garantir o bem-estar econômico e social da
população a) uma prática produtiva artesanal e manufatureira e
c) Adoção de medidas ativas pelo Estado para proteger está restrita a trabalhos de baixo valor agregado
a saúde e o bem-estar geral dos cidadãos, especial- b) atividade econômica organizada, que visa racionalizar
mente aqueles em necessidade financeira o uso de máquinas, locais de produção e mão de obra
d) O objetivo de um Estado do Bem-Estar Social é asse- com o intuito de agregar valor e expandir mercados
gurar aos cidadãos a igualdade de oportunidades e a c) atividade marginal à produção rural estabelecida em
distribuição justa das riquezas que se aproveita de excessos de produção para tra-
balhos esporádicos
8. (IBFC — 2023) Leia atentamente a citação a seguir. d) processo de grande aporte tecnológico que visa pro-
duzir mercadorias personalizadas para o mercado de
“Saber que ensinar não é transferir conhecimento, luxo
mas criar as possibilidades para a sua própria produ- e) atividade econômica organizada e inovadora, que
ção ou a sua construção. Quando entro em uma sala busca captar recursos financeiros dos chamados
de aula devo estar sendo um ser aberto a indagações, “investidores anjos”
à curiosidade, às perguntas dos alunos, a suas inibi-
ções, um ser crítico e inquiridor, inquieto em face da
tarefa que tenho - a ele ensinar e não a de transferir
9 GABARITO
conhecimento.” (Paulo Freire, 2004).
1 D
Assinale a alternativa que não representa ideias
expressas no texto. 2 C

3 C

25
a) O processo de educação deve ser participativo; a

7-
experiência do aprendizado é uma oportunidade de 4 B

84
libertação social
5 D

0.
b) O desenvolvimento científico é um constructo social

36
e deve ser instigado na escola pelo professor porque 6 C
.
71
rompe com uma consciência individual ingênua
c) Ensinar é mais do que um simples processo de trans- 7 A
-1

ferência de conhecimento de quem ensina para quem


ia

é ensinado 8 E
ar

d) A pesquisa é ferramenta fundamental do processo de


M

9 A
ensino: inexiste ensino sem pesquisa e vice-versa
a
lv

e) O professor, como ser social, deve estar adequado 10 B


Si

aos preceitos de uma ciência racional, fragmentada e


da

reducionista
ira

9. (IBFC — 2023) Assinale a alternativa incorreta acerca


ANOTAÇÕES
re

de potenciais e vulnerabilidades regionais em Goiás.


Pe
s

a) O Centro-Sul do estado representa a região historica-


u
he

mente menos desenvolvida e concentra empregos de


má qualidade, em consequência, é a região que apre-
at
M

senta a menor taxa de frequência ao ensino funda-


mental e básico
b) A região Norte-Nordeste do estado possui os maiores
índices de vulnerabilidade social, ligados, principal-
mente a alta concentração de renda e a baixa escola-
ridade da maioria da população
c) A Região Centro-Oeste-Norte do estado apresenta
a maior quantidade de municípios, porém, em sua
maioria, municípios com até 5.000 habitantes; sua
população é a que apresenta melhor presença no
ensino básico e a segunda menor população com 25
anos ou mais, com escolaridade em ensino superior
d) A periferia metropolitana de Brasília e seu entorno
próximo representam municípios com baixa oferta de
serviços públicos e populações fortemente urbaniza-
360 das; sofrem com baixos salários e desemprego
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