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NV-012-NB-22
Cód.: 7908428803728
O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para Mauricio Nicoli dos Santos - 000.633.540-39, vedada, por quaisquer meios e a qualquer
título, a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.
Obra
Autores
MATEMÁTICA FINANCEIRA • Danielle Guimarães, Felipe Pacheco, Kairton Batista (Prof. Kaká) e Sérgio
Mendes
CONHECIMENTOS BANCÁRIOS • Gabriel Borges, Kairton Batista (Prof. Kaká), Kamila Gomes, Marília
Pipino, Ricardo Barrios e Sirlo Oliveira
ÉTICA E DIVERSIDADE • Bruno Oliveira, Kamila Gomes, Renato Philippini, Ricardo Reis e Xico Kraemer
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ISBN: 978-65-5451-000-4
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Edição: Novembro/2022
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escrito da Nova Concursos.
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com pena de até um ano de prisão, além de multa (art. 180 do CP).
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gabaritados da banca FUNDAÇÃO CESGRANRIO, organizadora
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do certame.
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ra é com você!
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SUMÁRIO
LÍNGUA PORTUGUESA....................................................................................................13
COMPREENSÃO DE TEXTOS.............................................................................................................. 13
ORTOGRAFIA OFICIAL........................................................................................................................ 15
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(PRÓCLISE, MESÓCLISE E ÊNCLISE)................................................................................................ 60
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MATEMÁTICA.......................................................................................................................67
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PROBLEMAS DE CONTAGEM............................................................................................................. 68
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RAZÕES E PROPORÇÕES................................................................................................................... 72
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DIVISÃO PROPORCIONAL.................................................................................................................................74
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PORCENTAGENS...............................................................................................................................................79
LÓGICA PROPOSICIONAL.................................................................................................................. 81
NOÇÕES DE CONJUNTOS.................................................................................................................. 91
RELAÇÕES E FUNÇÕES...................................................................................................................... 97
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FUNÇÕES POLINOMIAIS...................................................................................................................................99
FUNÇÕES EXPONENCIAIS..............................................................................................................................102
FUNÇÕES LOGARÍTMICAS..............................................................................................................................103
MATRIZES..........................................................................................................................................104
DETERMINANTES.............................................................................................................................107
SISTEMAS LINEARES.......................................................................................................................110
SEQUÊNCIAS.....................................................................................................................................115
INTERNET BANKING........................................................................................................................................123
MOBILE BANKING............................................................................................................................................123
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OPEN BANKING...............................................................................................................................................124
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NOVOS MODELOS DE NEGÓCIOS....................................................................................................124
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FUNÇÕES DA MOEDA.......................................................................................................................125
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MARKETPLACE.................................................................................................................................127
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CORRESPONDENTES BANCÁRIOS.................................................................................................128
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ARRANJOS DE PAGAMENTOS.........................................................................................................129
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EQUIVALÊNCIA FINANCEIRA..........................................................................................................................143
JUROS SIMPLES...............................................................................................................................144
CÁLCULO DO MONTANTE...............................................................................................................................144
DOS JUROS......................................................................................................................................................145
DA TAXA DE JUROS.........................................................................................................................................145
DO PRINCIPAL..................................................................................................................................................145
JUROS COMPOSTOS........................................................................................................................146
DOS JUROS......................................................................................................................................................149
DA TAXA DE JUROS.........................................................................................................................................149
SISTEMAS DE AMORTIZAÇÃO........................................................................................................152
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SISTEMA PRICE E SISTEMA SAC...................................................................................................................152
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CONCEITO E ETAPAS PREVENÇÃO E COMBATE AO CRIME DE LAVAGEM DE DINHEIRO (PLD):
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LEI Nº 9.613, DE 1998, E SUAS ATUALIZAÇÕES...........................................................................................214
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CIRCULAR Nº 3.978, DE 23 DE JANEIRO DE 2020, E SUAS ATUALIZAÇÕES .............................................216
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AUTORREGULAÇÃO BANCÁRIA......................................................................................................223
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E SUAS ATUALIZAÇÕES...................................................................................................................226
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WORD................................................................................................................................................................269
EXCEL...............................................................................................................................................................274
POWERPOINT...................................................................................................................................................285
LIBREOFFICE WRITER.....................................................................................................................................288
LIBREOFFICE CALC..........................................................................................................................................293
LIBREOFFICE IMPRESS...................................................................................................................................296
REDES DE COMPUTADORES............................................................................................................311
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E INTRANET.....................................................................................................................................................311
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NAVEGADOR WEB.............................................................................................................................312
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INSTAGRAM E TELEGRAM)..............................................................................................................325
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DE NEGÓCIO......................................................................................................................................332
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VENDAS E NEGOCIAÇÃO............................................................................................. 365
NOÇÕES DE ESTRATÉGIA EMPRESARIAL: ANÁLISE DE MERCADO, FORÇAS
COMPETITIVAS, IMAGEM INSTITUCIONAL, IDENTIDADE E POSICIONAMENTO......................365
SEGMENTAÇÃO DE MERCADO........................................................................................................369
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UTILIZAÇÃO DE CANAIS REMOTOS PARA VENDAS TELEMARKETING.....................................379
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COMPORTAMENTO DO CONSUMIDOR E SUA RELAÇÃO COM VENDAS E .5
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NEGOCIAÇÃO....................................................................................................................................379
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LEI FEDERAL Nº 11.340, DE 07 DE AGOSTO DE 2006, “LEI MARIA DA PENHA” -
POLÍTICA NACIONAL PARA COIBIR A VIOLÊNCIA DOMÉSTICA E FAMILIAR
CONTRA AS MULHERES...................................................................................................................415
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Dica
Interpretar é buscar ideias e pistas do autor do
texto nas linhas apresentadas.
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texto e, dessa forma, deve ter um sentido que precisa pela expressão “parou de beber”). Note que há pistas
-3
ser reconhecido por quem o lê. contextuais do próprio texto que induzem o leitor a
40
Assim, vamos começar nosso estudo fazendo uma interpretar essas informações.
breve diferença entre os termos compreensão e .5
Tratando-se de interpretação textual, os processos
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interpretação textual. de inferência, sejam por dedução ou por indução, par-
.6
material, ainda que existam relações de sinonímia texto junto da articulação com as informações acessa-
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entre palavras do nosso vocabulário, a opção do autor das pelo leitor do texto.
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por um termo ao invés de outro reflete um sentido A seguir, apresentamos um fluxograma que repre-
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que deve ser interpretado no texto, uma vez que a senta como ocorre a relação desses processos:
interpretação realiza ligações com o texto a partir
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Sabendo disso, é importante separarmos os con- melhor como o processo de interpretação ocorre. Agora,
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teúdos que tenham mais apelo interpretativo ou iremos detalhar esse processo, reconhecendo as estra-
compreensivo. tégias que compõem cada maneira de inferir informa-
Esses assuntos completam o estudo basilar de semân- ções de um texto. Por isso, vamos apresentar nos tópicos
LÍNGUA PORTUGUESA
tica com foco em provas e concursos, sempre de olho seguintes como usar estratégias de cunho dedutivo, indu-
na sua aprovação. Por isso, convidamos você a estudar tivo e, ainda, como articular a isso o nosso conhecimento
com afinco e dedicação, sem esquecer de praticar seus de mundo na interpretação de textos.
conhecimentos realizando a seleção de exercícios finais,
selecionados especialmente para que este material cum- A INDUÇÃO
pra o propósito de alcançar sua aprovação.
As estratégias de interpretação que observam
INFERÊNCIA – ESTRATÉGIAS DE INTERPRETAÇÃO métodos indutivos analisam as “pistas” que o texto
oferece e, posteriormente, reconhecem alguma certe-
A inferência é uma relação de sentido conhecida za na interpretação. Dessa forma, é fundamental bus-
desde a Grécia Antiga e que embasa as teorias sobre car uma ordem de eventos ou processos ocorridos no
interpretação de texto. texto e que variam conforme o tipo textual. 13
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Sendo assim, no tipo textual narrativo, podemos inicial, o leitor deve buscar identificar o gênero tex-
identificar uma organização cronológica e espacial no tual ao qual o texto pertence, a fonte da leitura, o ano,
desenvolvimento das ações marcadas, por exemplo, entre outras informações que podem vir como “aces-
pelo uso do pretérito imperfeito; na descrição, pode- sórios” do texto e, então, formular hipóteses sobre a
mos organizar as ideias do texto a partir da marcação leitura que deverá se seguir. Uma outra dica impor-
de adjetivos e demais sintagmas nominais; na argu- tante é ler as questões da prova antes de ler o texto,
mentação, esse encadeamento de ideias fica marcado
pois, assim, suas hipóteses já estarão agindo conforme
pelo uso de conjunções e elementos que expõem uma
um objetivo mais definido.
ideia/ponto de vista.
O processo de interpretação por estratégias de dedu-
No processo interpretativo indutivo, as ideias são
organizadas a partir de uma especificação para uma ção envolve a articulação de três tipos de conhecimento:
generalização. Vejamos um exemplo:
z Conhecimento Linguístico;
Eu não sou literato, detesto com toda a paixão essa z Conhecimento Textual;
espécie de animal. O que observei neles, no tempo z Conhecimento de Mundo.
em que estive na redação do O Globo, foi o bastan-
te para não os amar, nem os imitar. São em geral O conhecimento de mundo, por tratar-se de um
de uma lastimável limitação de ideias, cheios de assunto mais abrangente, será abordado mais adiante.
fórmulas, de receitas, só capazes de colher fatos
Os demais, iremos abordar detalhadamente a seguir.
detalhados e impotentes para generalizar, cur-
vados aos fortes e às ideias vencedoras, e antigas,
adstritos a um infantil fetichismo do estilo e guia- Conhecimento Linguístico
dos por conceitos obsoletos e um pueril e errôneo
critério de beleza. (BARRETO, 2010, p. 21) Esse é o conhecimento basilar para compreensão
e decodificação do texto, envolve o reconhecimento
O trecho em destaque na citação do escritor Lima das formas linguísticas estabelecidas socialmente por
Barreto, em sua obra “Recordações do escrivão Isaías uma comunidade linguística, ou seja, envolve o reco-
Caminha” (1917), identifica bem como o pensamento nhecimento das regras de uma língua.
indutivo compõe a interpretação e decodificação de É importante salientar que as regras de reconhe-
um texto. Para deixar ainda mais evidentes as estraté- cimento sobre o funcionamento da língua não são,
gias usadas para identificar essa forma de interpretar,
necessariamente, as regras gramaticais, mas as regras
deixamos a seguir dicas de como buscar a organiza-
que estabelecem, por exemplo, no caso da língua por-
ção cronológica de um texto.
tuguesa, que o feminino é marcado pela desinência -a,
9
-3
que a ordem de escrita respeita o sistema sujeito-ver-
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A propriedade vocabular leva o cérebro bo-objeto (SVO) etc.
PROCURE
a aproximar as palavras que têm maior
SINÔNIMOS .5
Ângela Kleiman (2016) afirma que o conhecimento
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associação com o tema do texto
linguístico é aquele que “abrange desde o conhecimento
.6
Os conectivos (conjunções, prepo- sobre como pronunciar português, passando pelo conheci-
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ATENÇÃO AOS sições, pronomes) são marcadores mento de vocabulário e regras da língua, chegando até o
-0
CONECTIVOS claros de opiniões, espaços físicos e conhecimento sobre o uso da língua” (2016, p. 15).
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A DEDUÇÃO
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conhecimento de mundo que é relevante para a com-
-3
� Depois de ditongo: cai- de vocábulos que são
preensão textual é ativado; por isso, é natural ao nosso
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xa, faixa grafados com CH: re-
cérebro associar informações, a fim de compreender
.5
� Depois da sílaba inicial cauchutar, fechadura
33
o novo texto que está em processo de interpretação. me se a palavra não for
.6
fiou valentemente todos os risos desdenhosos que z É com G ou com J? Usamos G em substantivos termi-
os
tentaram dissuadi-lo de seu plano. “Os olhos enga- nados em: -agem; igem; -ugem. Ex.: Viagem, ferrugem;
id
nam” disse ele, “um ovo e não uma mesa tipificam Palavras terminadas em: ágio, -égio, -ígio, -ógio,
corretamente esse planeta inexplorado.” Então as
ol
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ras”. Vejamos o exemplo a seguir:
-3
Utiliza-se de elementos su- Subjacente ao texto, enfa-
40
perficiais, dando-se ênfase tiza-se o conteúdo e a pro-
.5
O Rocky Balboa era um humilde lutador de bairro, que
na forma e na articulação dução de sentido/relação
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vivia de suas discretas lutas, no início de sua carreira.
entre as ideias lógica
.6
Podemos usar uma metáfora muito interessante preferiu trabalhar para um agiota italiano chamado Tony
Gazzo, com quem manteve uma certa amizade. Gazzo
os
alicerce para manter-se em pé, um texto bem construí- Fonte: https://pt.wikipedia.org/wiki/Rocky_Balboa. Acesso em: 30
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cisamos utilizar adequadamente os processos coesivos, A partir da leitura, podemos perceber que todos os
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a fim de defendermos nossas ideias adequadamente. termos destacados fazem referência a um mesmo refe-
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-3
to, auxiliando também a construção da coesão textual.
40
Fonte: https://br.noticias.yahoo.com/eleicoes-eua-
debate-025314998.html. Acesso em: 30 set. 2020. Adaptado.
Uso de Nominalização
.5
33
Após a leitura do texto, é possível notar que a recu-
.6
peração da informação apresentada é feita a partir de sentados no texto, mediante outras formas de expressão,
-0
muitos processos de coesão, porém, o uso dos prono- podem ser analisadas como processos nominalizado-
mes destacados recupera o assunto informado e ajuda res, incluindo substantivos, adjetivos e outras classes
os
buscar sempre o elemento a que o pronome faz refe- Essas expressões recuperam informações median-
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rência; por exemplo, o primeiro pronome pessoal te novos nomes inseridos no texto, ou ainda, com o
os
destacado no texto refere-se ao termo “democratas”, uso de pronomes, conforme vimos anteriormente.
Vejamos um exemplo:
id
pronomes apontam para uma parcela objetiva do tex- Antonio Carlos Belchior, mais conhecido como Belchior
N
to, diferente do pronome “essa”, associado ao subs- foi um cantor, compositor, músico, produtor, artista plásti-
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tantivo “tragédia”, que recupera uma parcela textual co e professor brasileiro. Um dos membros do chamado
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maior, fazendo referência ao momento de pandemia Pessoal do Ceará, que inclui Fagner, Ednardo, Amelinha e
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pelo qual o mundo passa. outros. Bel foi um dos primeiros cantores de MPB do nor-
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O uso de pronomes pode ser um aliado na construção deste brasileiro a fazer sucesso internacional, em meados
da coesão, porém, o uso inadequado pode gerar ambi- da década de 1970.
guidades, ocasionando o efeito oposto e prejudicando a
Fonte: https://pt.wikipedia.org/wiki/Belchior. Acesso em: 30 set.
coesão. Ex.: Encontrei Matheus, Pedro e sua mulher.
LÍNGUA PORTUGUESA
2020. Adaptado.
Não é possível saber qual dos homens estava
acompanhado. Todas as marcações em negrito fazem referência ao
Por fim, destacamos que as classes de palavras nome inicial Antônio Carlos Belchior; os termos que se
relacionadas neste capítulo com os processos de coe- referem a esse nome inicial são expressões nominaliza-
são não podem ser vistas apenas sob a ótica descriti- doras que servem para ligar ideias e construir o texto.
va-normativa, amplamente estudada nas gramáticas
escolares. O interesse das principais bancas de con- Uso de Adjetivos
cursos públicos é avaliar a capacidade interpreta-
tiva e racional dos candidatos, dessa feita, a análise Os adjetivos também são considerados expressões
de processos coesivos visa analisar a capacidade do nominalizadoras que fazem referência a uma porção
candidato de reconhecer a que e qual elemento está textual ou a uma ideia referida no texto. No exemplo
construindo as referências textuais. acima, a oração “Belchior foi um cantor, compositor, 17
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músico, produtor, artista plástico e professor” apre- COESÃO SEQUENCIAL
senta seis nomes que funcionam como adjetivos de
Belchior e, ao mesmo tempo, acrescentam informações A coesão sequencial é responsável por organizar a
sobre essa personalidade, referida anteriormente. progressão temática do texto, isto é, garantir a manu-
É importante recordar que não podemos identifi- tenção do tema tratado pelo texto de maneira a pro-
car uma classe de palavra sem avaliar o contexto em mover a evolução do debate assumido pelo autor.
que ela está inserida. No exemplo mencionado, as Essa coesão pode ser garantida, em um texto, a
palavras cantor, compositor, músico, produtor, artis- partir de locuções que marcam tempo, conjunções,
ta, professor são substantivos que funcionam como desinências e modos verbais. Neste material, iremos
adjetivos e colaboram na construção textual. nos deter, sobretudo, aos processos de conjunções que
são utilizadas para garantir a progressão textual.
Uso de Verbos Vicários
Conjunções Coordenativas
O vocábulo vicário é oriundo do latim vicarius e
significa “fazer as vezes”; assim, os verbos vicários As conjunções coordenativas são aquelas que
são verbos usados em substituição de outros que já ligam orações coordenadas, ou seja, orações de valor
foram muito utilizados no texto. semântico independente. Na construção textual, elas
Ex.: A disputa aconteceu, mas não foi como nós são importantes, pois, com seus valores, adicionam
esperávamos. informações relevantes ao texto.
O verbo “acontecer” foi substituído na segunda Exemplos de conjunções coordenativas atuando
oração pelo verbo “foi”. na coesão:
9
que aprendeu
-3
ção já mencionada no texto. Geralmente, estudamos
40
a elipse mais detalhadamente na seção de figuras de O candidato não cumpriu sua
linguagem de uma gramática. Neste material, iremos CONCLUSIVA
.5 promessa. Ficamos, portanto,
33
nos deter a maiores aspectos da elipse também nes- desapontados com ele
.6
recategorizadoras e referenciais da elipse, com o pro- Perceba que as ideias ligadas pelas conjunções
-0
pósito de manter a coesão textual. precisam manter uma relação contextual, estabeleci-
os
Conforme Antunes (2005, p. 118), a elipse como da pela coerência e demonstrada pela coesão. Por isso,
recurso coesivo “corresponde à estratégia de se omitir orações como esta: “Não gosto de festas de aniversá-
nt
um termo, uma expressão ou até mesmo uma sequência rio, mas não vou à sua” estão equivocadas, pois as
Sa
maior (uma frase inteira, por exemplo) já introduzidos ideias ligadas não estabelecem uma relação de adver-
os
anteriormente em outro segmento do texto, mas recu- sidade, como demonstra a conjunção “mas”.
id
“O Brasil evoluiu bastante desde o iní- Tais quais as conjunções coordenativas, as subor-
io
por causa disso. A pátria, porém, ainda subordinadas, ou seja, orações que precisam de outra
enfrenta certas adversidades...” para terem o sentido apreendido.
Exemplos de conjunções subordinativas atuando
“O Brasil evoluiu bastante desde o início do na coesão:
século XXI e proporcionou a inclusão social
de muitas pessoas, por causa disso obteve Com Elipse
notoriedade internacional, porém ainda en- Como não havia estudado su-
frenta certas adversidades...” CAUSAL ficiente, resolvi não fazer essa
prova
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Conforme o Ministro da Eco- CONTEXTOS DE USO ADEQUADO DE REPETIÇÕES
CONFORMATIVA nomia, os concursos não irão
acabar O candidato foi encontra-
do com duzentos milhões
Marcar ênfase
Ainda que vivamos um período de reais na mala, duzen-
CONCESSIVA de poucos concursos, não pode- tos milhões!
mos desanimar
Marcar contraste Existem Políticos e políticos
Se estudarmos, conseguiremos
CONDICIONAL “Agora que sentei na minha
ser aprovados!
cadeira de madeira, junto
À proporção que aumentava à minha mesa de madeira,
PROPORCIONAL seus horários de estudo, mais colocada em cima deste
forte o candidato se tornava assoalho de madeira, olho
Marcar a continuidade
minhas estantes de madei-
Estudava sempre com afinco, a temática
FINAL ra e procuro um livro feito
fim de ser aprovado de polpa de madeira para
Quando o edital for publicado, já escrever um artigo contra
TEMPORAL o desmatamento florestal”
estarei adiantado nos estudos
Millôr Fernandes
As conjunções integrantes fazem parte das orações Ceará goleia Fortaleza no Fortaleza é goleado pelo
subordinadas, na realidade, elas apenas integram, Castelão. Ceará no Castelão.
9
-3
ligam uma oração principal a outra, subordinada.
40
Como podemos notar, o papel dessas conjunções é Os textos acima poderiam ser manchetes de jornais
essencialmente coesivo, tendo em vista que elas são .5
da capital cearense. A forma como o texto se apresen-
33
“peças” que unem as orações. Existem apenas dois ta indica que a ênfase dada ao nome dos times, em
.6
tipos de conjunções integrantes: que e se. posições diferentes, cumpre um papel importante na
00
Quero que a prova esteja uso de expressões textuais bem características, como: em
o que pelo pronome isso, es- outras palavras, em outros termos, isto é, quer dizer, em
nt
fácil.
tamos diante de uma conjun- resumo, em suma, em síntese etc. Essas expressões indi-
Sa
sentido.
Sobretudo, quando o assunto é redação, muitos pro-
fessores recomendam em uníssono: evite repetir pala-
vras e expressões! ESTRUTURAS QUE SEMPRE DEVEM SER USADAS
No entanto, a repetição é um recurso coesivo JUNTAS
essencial para manter a progressão temática do texto, Não só..., mas também; não apenas..., mas ainda; não
isto é, para que o tema debatido no texto não seja per- tanto...quanto; ora...ora; seja...seja etc.
dido, levando o escritor a fugir da temática.
Embora também não recomendemos as repetições Além disso, é preciso respeitar a estrutura sintáti-
exageradas no texto, sabemos valorizar seu uso ade- ca a qual a frase está inserida; vejamos um exemplo
quado em um texto; por isso, apresentamos, a seguir, em que houve quebra de paralelismo:
alguns usos comuns dessa estratégia coesiva. “É necessário estudar e que vocês se ajudem”
— Errado. 19
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“É necessário que vocês se ajudem e que estudem” Dica
— Correto.
Devemos manter a organização das orações, pois Toda palavra determinada por um artigo torna-
não podemos coordenar orações reduzidas com orações -se um substantivo. Ex.: o não, o porquê, o cuidar
desenvolvidas, é preciso manter o paralelismo e deixá- etc.
-las ou somente desenvolvida ou somente reduzidas.
No tocante ao paralelismo semântico, a ideia é NUMERAIS
a mesma, porém deixamos de analisar os pares no
âmbito sintático e passamos ao plano das ideias. Veja- São palavras que se relacionam diretamente ao
mos o seguinte exemplo: substantivo, inferindo ideia de quantidade ou posi-
“Por um lado, os manifestantes agiram corre- ção. Os numerais podem ser:
tamente, por outro podem não ter agido errado”
— Incorreto. z Cardinais: indicam quantidade em si. Ex.: Dois
“Por um lado, os manifestantes agiram correta- potes de sorvete; zero coisas a comprar; ambos os
mente, por outro podem ter causado prejuízo à popu- meninos eram bons em português;
lação” — Correto. z Ordinais: indicam a ordem de sucessão de uma
“Encontrei duas pessoas conhecidas na rua: uma série. Ex.: Foi o segundo colocado do concurso; che-
foi sua irmã e a outra estava bem” — Incorreto. gou em último/penúltimo/antepenúltimo lugar;
“Encontrei duas pessoas conhecidas na rua: uma z Multiplicativos: indicam o número de vezes pelo
foi sua irmã e a outra foi minha prima” — Correto. qual determinada quantidade é multiplicada. Ex.:
Ele ganha o triplo no novo emprego;
z Fracionários: indicam frações, divisões ou dimi-
nuições proporcionais em quantidade. Ex.: Tomou
um terço de vinho; o copo estava meio cheio; ele
CLASSE E EMPREGO DE PALAVRAS recebeu metade do pagamento.
9
de uma forma, seja ela uma palavra, seja um órgão, Bimestre: período de dois meses.
-3
precisamos conhecer como essa forma se classifica e
40
como se organiza.
.5
Um: Numeral ou Artigo?
Por isso, em língua portuguesa, estudamos as for-
33
mas das palavras na morfologia, que organiza as classes
.6
das palavras em dez categorias. A seguir, estudaremos artigo indefinido ou de numeral cardinal; então, como
detalhadamente cada uma delas e também veremos um
-0
Essa classe está dividida em artigos definidos e arti- por uma, realizando as devidas alterações sintáticas, e
io
gos indefinidos. Os definidos funcionam como deter- o sentido será mantido, pois o que se pretende defen-
ric
minantes objetivos, individualizando a palavra, já os der é que a espécie do indivíduo que se posicionou
au
indefinidos funcionam como determinantes imprecisos. contra o projeto é um deputado e não uma deputada,
M
9
-3
a quem esteja associada. Ex.: Chute, amor, cora- z O rádio: aparelho / a rádio: estação de transmissão.
40
gem, liberalismo, feiura;
z Comum: designam todos os seres de uma espécie.
.5
Além disso, algumas palavras na língua causam
33
Ex.: Homem, cidade; dificuldade na identificação do gênero, pois são usa-
.6
z Próprio: designam uma determinada espécie. Ex.: das em contextos informais com gêneros diferentes.
00
z Coletivo: usados no singular, designam um conjun- a gênese; a omoplata / o guaraná; o formicida; o tele-
to de uma mesma espécie. Ex: Pinacoteca, manada. fonema; o trema.
os
É importante destacar que a classificação de um mente, relação com o gênero, são admitidas tanto no
Sa
substantivo depende do contexto em que ele está inse- masculino quanto no feminino: O personagem / a per-
os
para os dois gêneros. São, por isso, chamados de uni- paz / pazes. Porém, há exceções, como a palavra mal,
formes. Os substantivos uniformes podem ser: terminada em L e que tem como plural “males”.
Já os substantivos terminados em AL, EL, OL, UL
z Comuns-de-dois-gêneros: designam seres huma- fazem plural trocando-se o L final por -is. Ex.: coral /
nos e sua diferença é marcada pelo artigo. Ex.: O corais; papel / papéis; anzol / anzóis.
pianista / a pianista; O gerente / a gerente; O clien- Entretanto, também há exceções. Ex.: A forma
te / a cliente; O líder / a líder; mel apresenta duas formas de plural aceitas: meles
z Epicenos: designam geralmente animais que apre- e méis.
sentam distinção entre masculino e feminino, mas Geralmente, as palavras terminadas em -ão fazem
a diferença é marcada pelo uso do adjetivo macho plural com o acréscimo do -s ou pelo acréscimo de -es.
ou fêmea. Ex.: cobra macho / cobra fêmea; onça Ex.: capelães, capitães, escrivães.
macho / onça fêmea; gambá macho / gambá fêmea; Contudo, há substantivos que admitem até três
girafa macho / girafa fêmea; formas de plural, como os seguintes: 21
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título, a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.
z Ermitão: ermitãos, ermitões, ermitães; z Nomes, sobrenomes e apelidos de pessoas
z Ancião: anciãos, anciões, anciães; reais ou imaginárias. Ex.: Gabriela, Silva, Xuxa,
z Vilão: vilãos, vilões, vilães. Cinderela;
z Nomes de cidades, países, estados, continentes
Podemos, ainda, associar às palavras paroxítonas etc., reais ou imaginários. Ex.: Belo Horizonte,
que terminam em -ão o acréscimo do -s. Ex.: órgão / Ceará, Nárnia, Londres;
órgãos; órfão / órfãos. z Nomes de festividades. Ex.: Carnaval, Natal, Dia
das Crianças;
Plural dos Substantivos Compostos z Nomes de instituições e entidades. Ex.: Embai-
xada do Brasil, Ministério das Relações Exteriores,
Os substantivos compostos são aqueles formados Gabinete da Vice-presidência, Organização das
por justaposição. O plural dessas formas obedece às
Nações Unidas;
seguintes regras:
z Títulos de obras. Ex.: Memórias póstumas de Brás
Cubas. Caso a obra apresente em seu título um
z Variam os dois elementos:
nome próprio, como no exemplo dado, este tam-
Substantivo + substantivo. Ex.: mestre-sala / mes- bém deverá ser escrito com inicial maiúscula;
tres -salas; z Nomenclatura legislativa especificada. Ex.: Lei
Substantivo + adjetivo. Ex.: guarda-noturno / guar- de Diretrizes e Bases da Educação (LDB);
das -noturnos; z Períodos e eventos históricos. Ex.: Revolta da
Adjetivo + substantivo. Ex.: boas-vindas; Vacina, Guerra Fria, Segunda Guerra Mundial;
Numeral + substantivo. Ex.: terça-feira / terças z Nome dos pontos cardeais e equivalentes. Ex.:
-feiras. Norte, Sul, Leste, Oeste, Nordeste, Sudeste, Oriente,
Ocidente. Importante: os pontos cardeais são gra-
z Varia apenas um elemento: fados com maiúsculas apenas quando utilizados
indicando uma região. Ex.: Este ano vou conhecer
Substantivo + preposição + substantivo. Ex.: o Sul (O Sul do Brasil); quando utilizados indican-
canas-de-açúcar; do uma direção, devem ser escritos com minúscu-
Substantivo + substantivo com função adjetiva. las. Ex.: Correu a América de norte a sul;
Ex.: navios-escola. z Siglas, símbolos ou abreviaturas. Ex.: ONU, INSS,
Palavra invariável + palavra invariável. Ex.:
Unesco, Sr., S (Sul), K (Potássio).
abaixo-assinados.
Verbo + substantivo. Ex.: guarda-roupas.
Redução + substantivo. Ex.: bel-prazeres. Atente-se: em palavras com hífen, pode-se optar
Destacamos, ainda, que os substantivos compostos pelo uso de maiúsculas ou minúsculas. Portanto, são
9
aceitas as formas Vice-Presidente, Vice-presidente e
-3
formados por
40
verbo + advérbio vice-presidente; porém, é preciso manter a mesma
verbo + substantivo plural forma em todo o texto. Já nomes próprios compostos
.5
33
ficam invariáveis. Ex.: Os bota-fora; os saca-rolha. por hífen devem ser escritos com as iniciais maiúscu-
.6
Variação de Grau
-0
ADJETIVOS
A flexão de grau dos substantivos exprime a varia-
os
ção de tamanho dos seres, indicando um aumento ou Os adjetivos associam-se aos substantivos, garan-
nt
podem indicar:
z Grau aumentativo: quando o acréscimo de sufixos
os
9
Ex.: O candidato é o mais humilde dos concor-
-3
relação”, muito cobrado por bancas de concursos.
rentes? (Superlativo relativo de superioridade).
40
Para identificar um adjetivo de relação, observe as
O candidato é o menos preparado entre os con-
seguintes características:
.5
correntes à prefeitura (Superlativo relativo de
33
inferioridade).
.6
Não pode ser mapa “mundialíssimo” ou “pouco Os adjetivos podem ser primitivos, derivados,
au
Alguns exemplos de adjetivos relativos: Presiden- z Primitivos: adjetivos que não derivam de outras
te americano (não é subjetivo; posicionado após o palavras. A partir deles, é possível formar novos
substantivo; derivado de substantivo; não existe a termos. Ex.: Útil, forte, bom, triste, mau etc.;
LÍNGUA PORTUGUESA
forma variada em grau “americaníssimo”); platafor- z Derivados: são palavras que derivam de verbos
ma petrolífera; economia mundial; vinho francês; ou substantivos. Ex.: Bondade, lealdade, mulhe-
roteiro carnavalesco. rengo etc.;
z Simples: apresentam um único radical. Ex.: Portu-
Variação de Grau guês, escuro, honesto etc.;
z Compostos: formados a partir da união de dois ou
O adjetivo pode variar em dois graus: compara- mais radicais. Ex.: Verde-escuro, luso-brasileiro,
tivo ou superlativo. Cada um deles apresenta suas amarelo-ouro etc.
respectivas categorias.
23
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Dica
O plural dos adjetivos simples é realizado da mesma forma que o plural dos substantivos.
z Invariável:
Adjetivos Pátrios
Os adjetivos pátrios, também conhecidos como gentílicos, designam a naturalidade ou nacionalidade de seres
e objetos.
O sufixo -ense, geralmente, designa a origem de um ser relacionada a um estado brasileiro. Ex.: amazonense,
fluminense, cearense.
z Curiosidade: o adjetivo pátrio “brasileiro” é formado com o sufixo -eiro, que é costumeiramente usado para
designar profissões. O gentílico que designa nossa nacionalidade teve origem com as pessoas que comercia-
lizavam o pau-brasil; esse ofício dava-lhes a alcunha de “brasileiros”, termo que passou a indicar os nascidos
em nosso país.
9
-3
40
.5
33
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00
-0
os
nt
Sa
os
id
ol
ic
N
io
ric
au
M
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ADVÉRBIOS
Advérbios são palavras invariáveis que modificam um verbo, adjetivo ou outro advérbio. Em alguns casos, os
advérbios também podem modificar uma frase inteira, indicando circunstância.
As gramáticas da língua portuguesa apresentam listas extensas com as funções dos advérbios. Porém, decorar
as funções dos advérbios, além de desgastante, pode não ter o resultado esperado na resolução de questões de
concurso.
Dessa forma, sugerimos que você fique atento às principais funções designadas aos advérbios para, a partir
delas, conseguir interpretar a função exercida nos enunciados das questões que tratem dessa classe de palavras.
Ainda assim, julgamos pertinente apresentar algumas funções basilares exercidas pelo advérbio:
Novamente, chamamos sua atenção para a função que o advérbio deve exercer na oração. Como dissemos,
essas palavras modificam um verbo, um adjetivo ou um outro advérbio, por isso, para identificar com mais pro-
priedade a função denotada pelos advérbios, é preciso perguntar: Como? Onde? Por quê?
As respostas sempre irão indicar circunstâncias adverbiais expressas por advérbios, locuções adverbiais ou
orações adverbiais.
Vejamos como podemos identificar a classificação/função adequada dos advérbios:
z O homem morreu... de fome (causa) com sua família (companhia) em casa (lugar) envergonhado (modo);
z A criança comeu... demais (intensidade) ontem (tempo) com garfo e faca (instrumento) às claras (modo).
Locuções Adverbiais
Conjunto de duas ou mais palavras que pode desempenhar a função de advérbio, alterando o sentido de um
verbo, adjetivo ou advérbio.
A maioria das locuções adverbiais é formada por uma preposição e um substantivo. Há também as que são
formadas por preposição + adjetivos ou advérbios. Veja alguns exemplos:
9
-3
40
z Preposição + substantivo: de novo. Ex.: Você poderia me explicar de novo? (de novo = novamente);
.5
z Preposição + adjetivo: em breve. Ex.: Em breve, o filme estará em cartaz (em breve = brevemente);
33
z Preposição + advérbio: por ali. Ex.: Acho que ele foi por ali.
.6
00
As locuções adverbiais são bem semelhantes às locuções adjetivas. É importante saber que as locuções adver-
-0
Nesse exemplo, o termo em negrito é uma locução adverbial, pois o valor é de passividade, ou seja, se inver-
nt
temos a ordem e inserirmos um verbo na voz passiva, a frase manterá seu sentido. Veja:
Sa
Essa frase faz sentido e apresenta valor passivo, logo, sem o verbo, a locução destacada anteriormente é
id
adverbial.
ol
Ainda sobre esse assunto, perceba que em locuções como esta: “Característica da nação”, o termo destacado
ic
não terá o mesmo valor passivo, pois não aceitará a inserção de um verbo com essa função:
N
Nação foi característica*. Essa frase quebra a estrutura gramatical da língua portuguesa, que não admite voz
io
passiva em termos com função de posse (caso das locuções adjetivas). Isso torna tal estrutura agramatical; por
ric
Dica
Locuções adverbiais apresentam valor passivo
Locuções adjetivas apresentam valor de posse
LÍNGUA PORTUGUESA
Com essas dicas, esperamos que você seja capaz de diferenciar essas locuções em questões. Buscamos desen-
volver seu aprendizado para que não seja preciso gastar seu tempo decorando listas de locuções adverbiais.
Lembre-se: o sentido está no texto.
Advérbios Interrogativos
Os advérbios interrogativos são, muitas vezes, confundidos com pronomes interrogativos. Para evitar essa
confusão, devemos saber que os advérbios interrogativos introduzem uma pergunta, exprimindo ideia de tempo,
modo ou causa.
Ex.: Como foi a prova?
Quando será a prova? 25
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Onde será realizada a prova?
Por que a prova não foi realizada?
De maneira geral, as palavras como, onde, quando e por que são advérbios interrogativos, pois não substi-
tuem nenhum nome de ser (vivo), exprimindo ideia de modo, lugar, tempo e causa.
Grau do Advérbio
Assim como os adjetivos, os advérbios podem ser flexionados nos graus comparativo e superlativo.
Vejamos as principais mudanças sofridas pelos advérbios quando flexionados em grau:
Obs.: As formas “mais bem” e “mais mal” são aceitas quando acompanham o particípio verbal.
ABSOLUTO ABSOLUTO
NORMAL RELATIVO
SINTÉTICO ANALÍTICO
Bem Otimamente Muito bem Inferioridade
GRAU -
SUPERLATIVO Mal Pessimamente Muito mal Superioridade
-
Muito Muitíssimo - Superioridade: o mais
Pouco Pouquíssimo - Superioridade: o menos
9
Advérbios e Adjetivos
-3
40
O adjetivo é uma classe de palavras variável. Porém, quando se refere a um verbo, ele fica invariável, confun-
dindo-se com o advérbio. .5
33
Nesses casos, para ter certeza de qual é a classe da palavra, basta tentar colocá-la no feminino ou no plural;
.6
Palavras Denotativas
ic
N
São termos que apresentam semelhança com os advérbios; em alguns casos, são até classificados como tal, mas
io
ric
Além dessas expressões, há, ainda, as partículas expletivas ou de realce, geralmente formadas pela forma
ser + que (é que). A principal característica dessas palavras é que elas podem ser retiradas sem causar prejuízo
sintático ou semântico à frase.
Ex.: Eu é que faço as regras / Eu faço as regras.
Outras palavras denotativas expletivas são: lá, cá, não, é porque etc.
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Algumas Observações Interessantes
z O adjunto adverbial sempre deve vir posicionado após o verbo ou complemento verbal. Caso venha deslocado,
em geral, separamos por vírgulas. Ex.: Na reunião de ontem, o pedido foi aprovado (O pedido foi aprovado
na reunião de ontem);
z Em uma sequência de advérbios terminados com o sufixo -mente, apenas o último elemento recebe a termi-
nação destacada. Ex.: A questão precisa ser pensada política e socialmente.
PRONOMES
Pronomes são palavras que representam ou acompanham um termo substantivo. Dessa forma, a função dos
pronomes é substituir ou determinar uma palavra. Eles indicam pessoas, relações de posse, indefinição, quanti-
dade, localização no tempo, no espaço e no meio textual, entre outras funções.
Os pronomes exercem papel importante na análise sintática e também na interpretação textual, pois colabo-
ram para a complementação de sentido de termos essenciais da oração, além de estruturar a organização textual,
contribuindo para a coesão e também para a coerência de um texto.
Pronomes Pessoais
Os pronomes pessoais designam as pessoas do discurso. Acompanhe a tabela a seguir, com mais informações
sobre eles:
9
-3
40
Os pronomes pessoais do caso reto costumam substituir o sujeito.
.5
33
Ex.: Pedro é bonito / Ele é bonito.
Já os pronomes pessoais oblíquos costumam funcionar como complemento verbal ou adjunto.
.6
00
z Os pronomes que estarão relacionados ao objeto direto são: o, a, os, as, me, te, se, nos, vos. Ex.: Informei-o
os
z Já os que se relacionam com o objeto indireto são: lhe, lhes, (me, te, se, nos, vos – complementados por prepo-
Sa
“ele(s)”, “ela(s)”, “nós” e “vós” podem ser retos ou oblíquos, dependendo da função que exercem.
N
Os pronomes oblíquos tônicos são precedidos de preposição e costumam ter função de complemento:
io
ric
Não devemos usar pronomes do caso reto como objeto ou complemento verbal, como em “mate ele”. Contudo,
o gramático Celso Cunha destaca que é possível usar os pronomes do caso reto como complemento verbal, desde
LÍNGUA PORTUGUESA
Pronomes de Tratamento
Os pronomes de tratamento são formas que expressam uma hierarquia social institucionalizada linguistica-
mente. As formas de pronomes de tratamento apresentam algumas peculiaridades importantes:
z Vossa: designa a pessoa a quem se fala (relativo à 2ª pessoa). Apesar disso, os verbos relacionados a esse pro-
nome devem ser flexionados na 3ª pessoa do singular. 27
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Ex.: Vossa Excelência deve conhecer a Constituição; PRONOMES INDEFINIDOS1
z Sua: designa a pessoa de quem se fala (relativo à
3ª pessoa). Variáveis Invariáveis
Ex.: Sua Excelência, o presidente do Supremo Tri- Algum, alguma, alguns, algumas Alguém
bunal, fará um pronunciamento hoje à noite.
Nenhum, nenhuma, nenhuns, Ninguém
nenhumas
Os pronomes de tratamento estabelecem uma hie-
rarquia social na linguagem, ou seja, a partir das for- Todo, toda, todos, todas Quem
mas usadas, podemos reconhecer o nível de discurso Outro, outra, outros, outras Outrem
e o tipo de poder instituídos pelos falantes.
Muito, muita, muitos, muitas Algo
Por isso, alguns pronomes de tratamento só devem
ser utilizados em contextos cujos interlocutores sejam Pouco, pouca, poucos, poucas Tudo
reconhecidos socialmente por suas funções, como juí- Certo, certa, certos, certas Nada
zes, reis, clérigos, entre outras.
Dessa forma, apresentamos alguns pronomes de Vários, várias Cada
tratamento, seguidos de sua abreviatura e das funções Quanto, quanta, quantos, quantas Que
sociais que designam: Tanto, tanta, tantos, tantas
9
Os exemplos apresentados fazem referência a pro- z Bastante (advérbio): será invariável e equivalen-
-3
te ao termo “muito”.
40
nomes de tratamento e suas respectivas designações
sociais conforme indica o Manual de Redação oficial Ex.: Elas são bastante famosas.
.5
z Bastante (adjetivo): será variável e equivalente
33
da Presidência da República. Portanto, essas designa-
ções devem ser seguidas com atenção quando o gêne- ao termo “suficiente”.
.6
00
ro textual abordado for um gênero oficial. Ex.: A comida e a bebida não foram bastantes para
a festa.
-0
Ainda sobre o assunto, veja algumas observações: z Bastante (pronome indefinido): concorda com
os
tamento é importante destacar que o plural de Ex.: Bastantes bancos aumentaram os juros.
os
z O tratamento adequado a Juízes de Direito é Meri- discurso (1ª, 2ª e 3ª). Essa posição pode ser designa-
ric
� Referência ao espaço físico, indicando afastamen- O relativo cujo deve concordar em gênero e núme-
to de quem fala e de quem ouve. ro com a coisa possuída.
Ex.: Margarete, quem é aquele ali perto da porta? Jamais devemos inserir um artigo após o pronome
� Referência a um tempo muito remoto, um passa- cujo: Cujo o, cuja a
do muito distante. Não podemos substituir cujo por outro pronome
Ex.: Naquele tempo, podíamos dormir com as por- relativo.
9
O pronome relativo cujo pode ser preposicionado.
-3
tas abertas. Bons tempos aqueles!
40
� Referência a um afastamento afetivo. Ex.: Esse é o vilarejo por cujos caminhos percorri.
.5
Ex.: Não conheço mais aquela mulher. Para encontrar o possuidor, faça-se a seguinte per-
33
� Referência ao espaço textual, indicando o pri- gunta: “de quem/do que?”
.6
meiro termo de uma relação expositiva. Ex.: Vi o filme cujo diretor ganhou o Óscar (Diretor
00
Ex.: Saí para lanchar com Ana e Beatriz. Esta prefe- do que? Do filme).
-0
riu beber chá; aquela, refrigerante. Vi o rapaz cujas pernas você se referiu (Pernas de
quem? Do rapaz).
os
Dica
nt
O pronome “mesmo” não pode ser usado em fun- para indicar locais físicos.
os
ção demonstrativa referencial. Veja: Ex.: Conheci a cidade onde meu pai nasceu.
Errado: O candidato fez a prova, porém o mesmo
id
Correto: O candidato fez a prova, porém esque- Ex.: Irei aonde você for.
N
antecedente.
ric
Uma das classes de pronomes mais complexas, os e suas variações (os quais, a qual, as quais) é usa-
pronomes relativos têm função muito importante na do em substituição a outros pronomes relativos,
língua, refletida em assuntos de grande relevância sobretudo o “que”, a fim de evitar fenômenos lin-
em concursos, como a análise sintática. Dessa forma, guísticos, como o “queísmo”.
LÍNGUA PORTUGUESA
é essencial conhecer adequadamente a função desses Ex.: O Brasil tem um passado do qual (que) nin-
elementos, a fim de saber utilizá-los corretamente. guém se lembra.
Os pronomes relativos referem-se a um substantivo
ou a um pronome substantivo mencionado anterior- O pronome “o qual” pode auxiliar na compreensão
mente. A esse nome (substantivo ou pronome mencio- textual, desfazendo estruturas ambíguas.
nado anteriormente) chamamos de antecedente.
São pronomes relativos: Pronomes Interrogativos
z Variáveis: O qual, os quais, cujo, cujos, quanto, São utilizados para introduzir uma pergunta ao
quantos / A qual, as quais, cuja, cujas, quanta, texto.
quantas; Apresentam-se de formas variáveis (Que? Quais?
z Invariáveis: que, quem, onde, como; Quanto? Quantos?) e invariáveis (Que? Quem?). 29
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Ex.: O que é aquilo? Quem é ela? Qual sua idade? Modos
Quantos anos tem seu pai?
O ponto de interrogação só é usado nas interroga- Indica a atitude da ação/do sujeito frente a uma
tivas diretas. Nas indiretas, aparece apenas a intenção relação enunciada pelo verbo.
interrogativa, indicada por verbos como perguntar,
indagar etc. Ex.: Indaguei quem era ela. z Indicativo: o modo indicativo exprime atitude de
Atenção: Os pronomes interrogativos que e quem certeza.
são pronomes substantivos, pois substituem os subs- Ex.: Estudei muito para ser aprovado.
tantivos, dando fluidez à leitura. z Subjuntivo: o modo subjuntivo exprime atitude
Ex.: O tempo, que estava instável, não permitiu a de dúvida, desejo ou possibilidade.
realização da atividade (O tempo não permitiu a reali- Ex.: Se eu estudasse, seria aprovado.
zação da atividade. O tempo estava instável)2. z Imperativo: o modo imperativo designa ordem,
convite, conselho, súplica ou pedido.
Pronomes Possessivos Ex.: Estuda! Assim, serás aprovado.
9
Outras funções dos pronomes possessivos:
-3
z Passado:
40
z delimitam o substantivo a que se referem;
z concordam com o substantivo que vem depois dele; .5
Pretérito perfeito: ação realizada plenamente
33
z não concordam com o referente; no passado.
.6
durativa.
VERBOS
Ex.: Estudava todos os dias.
nt
Sa
importante dentre as palavras da língua portuguesa é Ex.: Quando notei (passado), a água já trans-
id
o verbo. A partir dos verbos, são estruturados as ações bordara (ação anterior) da banheira.
e os agentes desses atos, além de ser uma importante
ol
ic
Os verbos são palavras variáveis que se flexionam Futuro do presente: indica um fato que deve
ric
em número, pessoa, modo e tempo, além da designa- ser realizado em um momento vindouro.
au
ção da voz que exprime uma ação, um estado ou um Ex.: Estudarei bastante ano que vem.
M
z Número-pessoal: indicando se o verbo está no sin- A partir dessas informações, podemos também
gular ou plural, bem como em qual pessoa verbal identificar os verbos conjugados nos tempos simples
foi flexionado (1ª, 2ª ou 3ª); e nos tempos compostos. Os tempos verbais simples
z Modo-temporal: indica em qual modo e tempo são formados por uma única palavra, ou verbo, conju-
verbais a ação foi realizada. gado no presente, passado ou futuro.
Já os tempos compostos são formados por dois
Iremos apresentar essas desinências a seguir. verbos, um auxiliar e um principal; nesse caso, o ver-
Antes, porém, de abordarmos as desinências modo- bo auxiliar é o único a sofrer flexões.
-temporais, precisamos explicar o que são modo e Agora, vamos conhecer as desinências modo-tempo-
tempo verbais. rais dos tempos simples e compostos, respectivamente:
30 2 Exemplo disponível em: https://www.todamateria.com.br/pronomes-substantivos/. Acesso em: 30 jul. 2021.
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Flexões Modo-Temporais — Tempos Simples
z Pretérito perfeito composto: verbo auxiliar: Ter (presente do indicativo) + verbo principal particípio.
Ex.: Tenho estudado.
� Pretérito mais-que-perfeito composto: verbo auxiliar: Ter (pretérito imperfeito do indicativo) + verbo prin-
cipal no particípio.
Ex.: Tinha passado.
� Futuro composto: verbo auxiliar: Ter (futuro do indicativo) + verbo principal no particípio.
Ex.: Terei saído.
� Futuro do pretérito composto: verbo auxiliar: Ter (futuro do pretérito simples) + verbo principal no
particípio.
Ex.: Teria estudado.
� Pretérito perfeito composto: verbo auxiliar: Ter (presente do subjuntivo) + verbo principal particípio.
Ex.: (que eu) Tenha estudado.
� Pretérito mais-que-perfeito composto: verbo auxiliar: Ter (pretérito imperfeito do subjuntivo) + verbo prin-
9
cipal no particípio.
-3
Ex.: (se eu) Tivesse estudado
40
� Futuro composto: verbo auxiliar: Ter (futuro simples do subjuntivo) + verbo principal no particípio.
Ex.: (quando eu) Tiver estudado. .5
33
.6
As formas nominais do verbo são as formas no infinitivo, particípio e gerúndio que eles assumem em determi-
os
nados contextos. São chamadas nominais pois funcionam como substantivos, adjetivo ou advérbios.
nt
Sa
z Gerúndio: marcado pela terminação -ndo. Seu valor indica duração de uma ação e, por vezes, pode funcionar
como um advérbio ou um adjetivo.
os
z Particípio: marcado pelas terminações mais comuns -ado, -ido, podendo terminar também em -do, -to, -go,
ol
-so, -gue. Corresponde nominalmente ao adjetivo; pode flexionar-se, em alguns casos, em número e gênero.
ic
z Infinitivo: forma verbal que indica a própria ação do verbo, ou o estado, ou, ainda, o fenômeno designado.
M
Pessoal: o infinitivo pessoal é passível de conjugação, pois está ligado às pessoas do discurso. É usado na
LÍNGUA PORTUGUESA
formação de orações reduzidas. Ex.: Comer eu. Comermos nós. É para aprenderem que ele ensina;
Impessoal: não é passível de flexão. É o nome do verbo, servindo para indicar apenas a conjugação. Ex.:
Estudar - 1ª conjugação; Comer - 2ª conjugação; Partir - 3ª conjugação.
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Dica
Não confunda locuções verbais com tempos compostos. O particípio formador de tempo composto na voz
ativa não se flexiona. Ex.: O homem teria realizado sua missão.
Os verbos são classificados quanto a sua forma de conjugação e podem ser divididos em: regulares, irregula-
res, anômalos, abundantes, defectivos, pronominais, reflexivos, impessoais e auxiliares, além das formas nomi-
nais. Vamos conhecer as particularidades de cada um a seguir:
z Regulares: os verbos regulares são os mais fáceis de compreender, pois apresentam regularidade no uso das
desinências, ou seja, das terminações verbais. Da mesma forma, os verbos regulares mantêm o paradigma
morfológico com o radical, que permanece inalterado. Ex.: Verbo cantar:
z Irregulares: os verbos irregulares apresentam alteração no radical e nas desinências verbais. Por isso, rece-
bem esse nome, pois sua conjugação ocorre irregularmente, seguindo um paradigma próprio para cada grupo
verbal.
Perceba a seguir como ocorre uma sutil diferença na conjugação do verbo estar, que utilizamos como exem-
plo. Isso é importante para não confundir os verbos irregulares com os verbos anômalos. Ex.: Verbo estar:
9
-3
Eu estou Estive
40
Tu estás Estiveste
.5
33
Ele/ você está Esteve
.6
00
z Anômalos: esses verbos apresentam profundas alterações no radical e nas desinências verbais, consideradas
os
anomalias morfológicas; por isso, recebem essa classificação. Um exemplo bem usual de verbo dessa categoria
id
é o verbo “ser”. Na língua portuguesa, apenas dois verbos são classificados dessa forma: os verbos ser e ir.
ol
ic
Eu sou Fui
au
Tu és Foste
M
Os verbos ser e ir são irregulares, porém, apresentam uma forma específica de irregularidade que ocasiona
uma anomalia em sua conjugação. Por isso, são classificados como anômalos.
z Abundantes: são formas verbais abundantes os verbos que apresentam mais de uma forma de particípio acei-
tas pela norma culta gramatical. Geralmente, apresentam uma forma de particípio regular e outra irregular.
Vejamos alguns verbos abundantes:
32
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título, a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.
INFINITIVO PARTICÍPIO REGULAR PARTICÍPIO IRREGULAR
Absolver Absolvido Absolto
Abstrair Abstraído Abstrato
Aceitar Aceitado Aceito
Benzer Benzido Bento
Cobrir Cobrido Coberto
Completar Completado Completo
Confundir Confundido Confuso
Demitir Demitido Demisso
Despertar Despertado Desperto
Dispersar Dispersado Disperso
Eleger Elegido Eleito
Encher Enchido Cheio
Entregar Entregado Entregue
Morrer Morrido Morto
Expelir Expelido Expulso
Enxugar Enxugado Enxuto
Findar Findado Findo
Fritar Fritado Frito
Ganhar Ganhado Ganho
Gastar Gastado Gasto
Imprimir Imprimido Impresso
Inserir Inserido Inserto
Isentar Isentado Isento
9
Juntar Juntado Junto
-3
40
Limpar Limpado Limpo
Matar Matado .5 Morto
33
.6
Esses verbos não são conjugados na primeira pessoa do singular do presente do indicativo, bem como: aturdir,
exaurir, explodir, esculpir, extorquir, feder, fulgir, delinquir, demolir, puir, ruir, computar, colorir, carpir, banir,
brandir, bramir, soer.
Verbos que expressam onomatopeias ou fenômenos temporais também apresentam essa característica, como
latir, bramir, chover.
z Pronominais: esses verbos apresentam um pronome oblíquo átono integrando sua forma verbal. É importan-
te lembrar que esses pronomes não apresentam função sintática. Predominantemente, os verbos pronominas
apresentam transitividade indireta, ou seja, são VTI. Ex.: Sentar-se.
z Reflexivos: verbos que apresentam pronome oblíquo átono reflexivo, funcionando sintaticamente como obje-
to direto ou indireto. Nesses verbos, o sujeito sofre e pratica a ação verbal ao mesmo tempo. Ex.: Ela se veste
mal. Nós nos cumprimentamos friamente;
z Impessoais: verbos que designam fenômenos da natureza, como chover, trovejar, nevar etc.
O verbo haver, com sentido de existir ou marcando tempo decorrido, também será impessoal. Ex.: Havia
muitos candidatos e poucas vagas. Há dois anos, fui aprovado em concurso público.
Os verbos ser e estar também são verbos impessoais quando designam fenômeno climático ou tempo. Ex.:
Está muito quente! / Era tarde quando chegamos.
9
O verbo ser para indicar hora, distância ou data concorda com esses elementos.
-3
O verbo fazer também poderá ser impessoal, quando indicar tempo decorrido ou tempo climático. Ex.: Faz
40
anos que estudo pintura. Aqui faz muito calor.
.5
Os verbos impessoais não apresentam sujeito; sintaticamente, classifica-se como sujeito inexistente.
33
O verbo ser será impessoal quando o espaço sintático ocupado pelo sujeito não estiver preenchido: “Já é
.6
natal”. Segue o mesmo paradigma do verbo fazer, podendo ser impessoal, também, o verbo ir: “Vai uns
00
z Auxiliares: os verbos auxiliares são empregados nas formas compostas dos verbos e também nas locuções
nt
verbais. Os principais verbos auxiliares dos tempos compostos são ter e haver.
Sa
Nas locuções, os verbos auxiliares determinam a concordância verbal; porém, o verbo principal determina a
os
Apresentam forte carga semântica que indica modo e aspecto da oração. São importantes na formação da voz
ol
passiva analítica.
ic
N
z Formas Nominais: na língua portuguesa, usamos três formas nominais dos verbos:
io
ric
Gerúndio: terminação -ndo. Apresenta valor durativo da ação e equivale a um advérbio ou adjetivo. Ex.:
au
Particípio: terminações -ado, -ido, -do, -to, -go, -so. Apresenta valor adjetivo e pode ser classificado em par-
ticípio regular e irregular, sendo as formas regulares finalizadas em -ado e -ido.
A norma culta gramatical recomenda o uso do particípio regular com os verbos “ter” e “haver”. Já com os
verbos “ser” e “estar”, recomenda-se o uso do particípio irregular.
Ex.: Os policiais haviam expulsado os bandidos / Os traficantes foram expulsos pelos policiais.
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Dica z Índice de indeterminação do sujeito: o “se” fun-
cionará nessa condição quando não for possível
O verbo “pôr” corresponde à segunda conjuga- identificar o sujeito explícito ou subentendido.
ção, pois origina-se do verbo “poer”. Além disso, não podemos confundir essa função
O mesmo acontece com verbos que deste do “se” com a de apassivador, já que, para ser índi-
derivam. ce de indeterminação do sujeito, a oração precisa
estar na voz ativa.
Vozes Verbais
Outra importante característica do “se” como índi-
As vozes verbais definem o papel do sujeito na ce de indeterminação do sujeito é que isso ocorre em
oração, demonstrando se o sujeito é o agente da ação verbos transitivos indiretos, verbos intransitivos ou
verbal ou se ele recebe a ação verbal. Dividem-se em: verbos de ligação. Além disso, o verbo sempre deverá
estar na 3ª pessoa do singular.
� Ativa: o sujeito é o agente, praticando a ação Ex.: Acredita-se em Deus.
verbal.
Ex.: O policial deteve os bandidos. z Pronome reflexivo: na função de pronome refle-
� Passiva: o sujeito é paciente, ou seja, sofre a ação xivo, a partícula “se” indicará reflexão ou reci-
verbal. procidade, auxiliando a construção dessas vozes
Ex.: Os bandidos foram detidos pelo policial —
verbais, respectivamente. Nessa função, suas prin-
passiva analítica;
cipais características são:
� Detiveram-se os criminosos — passiva sintética.
� Reflexiva: o sujeito é agente e paciente ao mesmo
tempo, pois pratica e recebe a ação verbal. sujeito recebe e pratica a ação;
Ex.: Os bandidos se entregaram à polícia. / O funcionará, sintaticamente, como objeto direto
menino se agrediu. ou indireto;
� Recíproca: o sujeito é agente e paciente ao mes- o sujeito da frase poderá estar explícito ou
mo tempo, porém há uma ação compartilhada implícito.
entre dois indivíduos. A ação pode ser comparti-
lhada entre dois ou mais indivíduos que praticam Ex.: Ele se via no espelho (explícito). Deu-se um
e sofrem a ação. presente de aniversário (implícito).
Ex.: Os bandidos se olharam antes do julga-
mento. / Apesar do ódio mútuo, os candidatos se z Parte integrante do verbo: nesses casos, o “se”
cumprimentaram. será parte integrante dos verbos pronominais,
9
acompanhando-o em todas as suas flexões. Quan-
-3
A voz passiva é realizada a partir da troca de fun-
do o “se” exerce essa função, jamais terá uma fun-
40
ções entre sujeito e objeto da voz ativa. Só podemos
ção sintática. Além disso, o sujeito da frase poderá
transformar uma frase da voz ativa para a voz passiva
.5
estar explícito ou implícito.
33
se o verbo for transitivo direto ou transitivo direto e
Ex.: (Ele/a) Lembrou-se da mãe, quando olhou a
.6
Importante! Não confunda os verbos pronomi- z Partícula de realce: será partícula de realce o “se”
nais com as vozes verbais. Os verbos pronominais que puder ser retirado do contexto sem prejuízo
os
que indicam sentimentos, como arrepender-se, quei- no sentido e na compreensão global do texto. A
nt
xar-se, dignar-se, entre outros, acompanham um partícula de realce não exerce função sintática,
Sa
Como vimos, o “se” pode funcionar como item nas ligando as orações, e poderá ser substituído
io
o “se” junto ao verbo, por isso, o elemento “se” é Verbo derivado é aquele que deriva de um ver-
designado partícula apassivadora, nesse contexto. bo primitivo; para trabalhar a conjugação desses
Ex.: Busca-se a felicidade (voz passiva sintética) — verbos, é importante ter clara a conjugação de seus
“Se” (partícula apassivadora).
“originários”.
Atente-se à lista de verbos irregulares e de algu-
O “se” exercerá essa função apenas:
mas de suas derivações a seguir, pois são assuntos
com verbos cuja transitividade seja TD ou TDI; relevantes em provas diversas:
com verbos que concordam com o sujeito;
com a voz passiva sintética. z Pôr: repor, propor, supor, depor, compor, expor;
z Ter: manter, conter, reter, deter, obter, abster-se;
Atenção: na voz passiva nunca haverá objeto dire- z Ver: antever, rever, prever;
to (OD), pois ele se transforma em sujeito paciente. z Vir: intervir, provir, convir, advir, sobrevir. 35
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Vamos conhecer agora alguns verbos cuja conjuga- PREPOSIÇÕES
ção apresenta paradigma derivado, auxiliando a com-
preensão dessas conjugações verbais. Conceito
O verbo criar é conjugado da mesma forma que os
verbos “variar”, “copiar”, “expiar” e todos os demais São palavras invariáveis que ligam orações ou
que terminam em -iar. Os verbos com essa termina- outras palavras. As preposições apresentam funções
ção são, predominantemente, regulares. importantes tanto no aspecto semântico quanto no
aspecto sintático, pois complementam o sentido de
PRESENTE — INDICATIVO verbos e/ou palavras cujo sentido pode ser alterado
Eu Crio sem a presença da preposição, modificando a transiti-
vidade verbal e colaborando para o preenchimento de
Tu Crias
sentido de palavras deverbais3.
Ele/Você Cria As preposições essenciais são: a, ante, até, após,
Nós Criamos com, contra, de, desde, em, entre, para, per, peran-
te, por, sem, sob, trás.
Vós Criais
Existem, ainda, as preposições acidentais, assim
Eles/Vocês Criam chamadas pois pertencem a outras classes grama-
ticais, mas funcionam, ocasionalmente, como pre-
Os verbos terminados em -ear, por sua vez, geral- posições. Eis algumas: afora, conforme (quando
mente são irregulares e apresentam alguma modifi- equivaler a “de acordo com”), consoante, durante,
cação no radical ou nas desinências. Acompanhe a exceto, salvo, segundo, senão, mediante, que, visto
conjugação do verbo “passear”: (quando equivaler a “por causa de”).
Acompanhe a seguir algumas preposições e exem-
PRESENTE — INDICATIVO plos de uso em diferentes situações:
Eu Passeio “A”
Tu Passeias
Ele/Você Passeia z Causa ou motivo: Acordar aos gritos das crianças;
z Conformidade: Escrever ao modo clássico;
Nós Passeamos z Destino (em correlação com a preposição de): De
Vós Passeais Santos à Bahia;
Eles/Vocês Passeiam z Meio: Voltarei a andar a cavalo;
z Preço: Vendemos o armário a R$ 300,00;
9
z Direção: Levantar as mãos aos céus;
-3
Conjugação de Alguns Verbos
40
z Distância: Cair a poucos metros da namorada;
z Exposição: Ficar ao sol por um longo tempo;
Vamos agora conhecer algumas conjugações de .5
33
z Lugar: Ir a Santa Catarina;
verbos irregulares importantes, que sempre são obje-
.6
PRESENTE — INDICATIVO
nt
Eu Adiro “Após”
Sa
Tu Aderes
os
Nós Aderimos
ic
“Com”
Vós Aderis
N
io
A seguir, acompanhe a conjugação do verbo “por”. São z Concessão: Com mais de 80 anos, ainda tem pla-
M
3 Palavras deverbais são substantivos que expressam, de forma nominal e abstrata, o sentido de um verbo com o qual mantêm relação.
Exemplo: a filmagem, o pagamento, a falência etc. Geralmente, os nomes deverbais são acompanhados por preposições e, sintaticamente, o
36 termo que completa o sentido desses nomes é conhecido como complemento nominal.
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z Proximidade ou contiguidade: Apertou o filho “Perante”
contra o peito.
z Lugar: Ele negou o crime perante o júri.
“De”
“Por”
z Causa: Chorar de saudade;
z Assunto: Falar de religião; z Modo ou conformidade: Vamos escolher por
z Matéria: Material feito de plástico; sorteio;
z Conteúdo: Maço de cigarro; z Causa: Encontrar alguém por coincidência;
z Origem: Você descende de família humilde; z Conformidade: Copiar por original;
z Posse: Este é o carro de João; z Favor: Lutar por seus ideais;
z Autoria: Esta música é de Chopin; z Medida: Vendia banana por quilo;
z Tempo: Ela dorme de dia; z Meio: Ir por terra;
z Lugar: Veio de São Paulo; z Modo: Saber por alto o que ocorreu;
z Definição: Pessoa de coragem; z Preço: Comprar um livro por vinte reais;
z Dimensão: Sala de vinte metros quadrados; z Quantidade: Chocar por três vezes;
z Fim ou finalidade: Carro de passeio; z Substituição: Comprar gato por lebre;
z Instrumento: Comer de garfo e faca; z Tempo: Viver por muitos anos.
z Meio: Viver de ilusões;
z Medida ou extensão: Régua de 30 cm; “Sem”
z Modo: Olhar alguém de frente;
z Preço: Caderno de 10 reais; z Ausência ou desacompanhamento: Estava sem
z Qualidade: Vender artigo de primeira; dinheiro.
z Semelhança ou comparação: Atitudes de pessoa
corajosa. “Sob”
“Em” “Sobre”
9
-3
z Preço: Avaliou a propriedade em milhares de z Assunto: Não gosto de falar sobre política;
40
dólares; z Direção: Ir sobre o adversário;
.5
z Meio: Pagou a dívida em cheque; z Lugar: Cair sobre o inimigo.
33
z Limitação: Aquele aluno em Química nunca foi
.6
preposição.
res em reais; Ex.: Falei sobre o tema da prova. (preposição) /
nt
z Estado ou qualidade: Foto em preto e branco; Falei acerca do tema da prova. (locução prepositiva)
Sa
z Lugar: Ficou muito tempo em Sorocaba; perfeitamente a preposição “sobre”. As locuções pre-
id
ram logo;
M
z Lugar: Ele ficou entre os aprovados; z A respeito de. Ex.: Nossa reunião foi a respeito
z Meio social: Entre as elites, este é o comportamento; de finanças;
z Reciprocidade: Entre mim e ele sempre houve z Graças a. Ex.: Graças ao bom Deus, não aconteceu
discórdia.
LÍNGUA PORTUGUESA
nada grave;
z De acordo com. Ex.: De acordo com W. Hamboldt,
“Para” a língua é indispensável para que possamos pen-
sar, mesmo que estivéssemos sempre sozinhos;
z Consequência: Você deve ser muito esperto para z Por causa de. Ex.: Por causa de poucos pontos,
não cair em armadilhas; não passei no exame;
z Fim ou finalidade: Chegou cedo para a conferência; z Para com. Ex.: Minha mãe me ensinou ter respeito
z Lugar: Em 2011, ele foi para Portugal; para com os mais velhos;
z Proporção: As baleias estão para os peixes assim z Por baixo de. Ex.: Por baixo do vestido, ela usa
como nós estamos para as galinhas; um short.
z Referência: Para mim, ela está mentindo;
z Tempo: Para o ano irei à praia;
z Destino ou direção: Olhe para frente! 37
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Outros exemplos de locuções prepositivas: de + essa(s)= dessa, dessas
Abaixo de; acerca de; acima de; devido a; a despeito de + isso = disso
de; adiante de; defronte de; embaixo de; em frente de; de + aquele(s) = daquele, daqueles
junto de; perto de; por entre; por trás de; quanto a; a de + aquela(s) = daquela, daquelas
fim de; por meio de; em virtude de. de + aquilo= daquilo
� Com o pronome pessoal:
de + ele(s) = dele, deles
Importante! de + ela(s) = dela, delas
� Com o pronome indefinido:
Algumas locuções prepositivas apresentam
de + outro(s)= doutro, doutros
semelhanças morfológicas, mas significa-
de + outra(s) = doutra, doutras
dos completamente diferentes. Observe estes � Com advérbio:
exemplos4: de + aqui= daqui
A opinião dos diretores vai ao encontro do pla- de + aí= daí
nejamento inicial = Concordância. de + ali= dali
As decisões do público foram de encontro à pro-
posta do programa = Discordância. z Preposição “em”:
Em vez de comer lanches gordurosos, coma fru-
tas = Substituição. Com artigo definido:
Ao invés de chegar molhado, chegou cedo = em + a(s)= na, nas
Oposição. em + o(s)= no, nos
� Com pronome demonstrativo:
em + esse(s)= nesse, nesses
Combinações e Contrações em + essa(s)= nessa, nessas
em + isso = nisso
As preposições podem se ligar a outras palavras de em + este(s) = neste, nestes
outras classes gramaticais por meio de dois processos: em + esta(s) = nesta, nestas
combinação e contração. em + isto = nisto
em + aquele(s) = naquele, naqueles
z Combinação: quando se ligam sem sofrer nenhu- em + aquela(s) = naquelas
ma redução. em + aquilo = naquilo
a + o = ao � Com pronome pessoal:
a + os = aos em + ele(s) = nele, neles
z Contração: quando, ao se ligarem, sofrem redução.
9
em + ela(s) = nela, nelas
-3
40
Veja a lista a seguir5, que apresenta as preposições
z Preposição “per”:
que se contraem e suas devidas formas: .5
33
.6
la):
-0
tivo feminino:
nt
a + a= à
z Preposição “para” (pra):
Sa
a + as= às
Com o pronome demonstrativo:
os
a + aquela = àquela
ic
a + aquelas = àquelas
N
Preposições
ric
z Preposição “de”:
au
9
Descende de família
-3
Origem aprovado.
simples
40
Está na hora da decolagem; deve, então, apressar-
.5
Olhe para frente! / Iremos -se.
Destino
33
a Paris
.6
Dica
00
CONJUNÇÕES
-0
das orações, ligando termos e, em alguns casos, ora- concomitante acarreta em redundância.
ções. Por manterem relação direta com a organização
os
coordenativas ou subordinativas.
ol
Conjunções Coordenativas
apresentadas em um texto. Porém, diferentemente
io
ric
As conjunções coordenativas são aquelas que daquelas, estas ligam ideias apresentadas em orações
subordinadas, ou seja, orações que precisam de outra
au
z Aditivas: somam informações. E, nem, bem como, uma vez que, como (equivale a porque) etc.
não só, mas também, não apenas, como ainda, Ex.: Como não choveu, a represa secou.
senão (após não só). � Consecutiva: iniciam a oração expressando ideia
Ex.: Não fiz os exercícios nem revisei. de consequência. Que (depois de tal, tanto, tão), de
O gato era o preferido, não só da filha, senão de modo que, de forma que, de sorte que etc.
toda família. Ex.: Estudei tanto que fiquei com dor de cabeça.
z Adversativas: colocam informações em oposição, � Comparativa: iniciam orações comparando ações
contradição. Mas, porém, contudo, todavia, entre- e, em geral, o verbo fica subtendido. Como, que
tanto, não obstante, senão (equivalente a mas). nem, que (depois de mais, menos, melhor, pior,
Ex.: Não tenho um filho, mas dois. maior), tanto... quanto etc.
A culpa não foi a população, senão dos vereadores Ex.: Corria como um touro.
(equivale a “mas sim”). Ela dança tanto quanto Carlos. 39
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� Conformativa: expressam a conformidade de Ex.: Perguntei se ele estava em casa. (Perguntei. O
uma ideia com a da oração principal. Conforme, quê? Isso).
como, segundo, de acordo com, consoante etc. � Nunca devemos inserir uma vírgula entre um ver-
Ex.: Tudo ocorreu conforme o planejado. bo e uma conjunção integrante.
Amanhã chove, segundo informa a previsão do Ex.: Sabe-se, que o Brasil é um país desigual
tempo. (errado).
� Concessiva: iniciam uma oração com uma ideia Sabe-se que o Brasil é um país desigual (certo).
contrária à da oração principal. Embora, conquan-
to, ainda que, mesmo que, em que pese, posto que INTERJEIÇÕES
etc.
Ex.: Teve que aceitar a crítica, conquanto não As interjeições também fazem parte do grupo de
tivesse gostado. palavras invariáveis, tal como as preposições e as
Trabalhava, por mais que a perna doesse. conjunções. Sua função é expressar estado de espíri-
� Condicional: iniciam uma oração com ideia de to e emoções; por isso, apresentam forte conotação
hipótese, condição. Se, caso, desde que, contanto semântica. Uma interjeição sozinha pode equivaler a
que, a menos que, somente se etc. uma frase. Ex.: Tchau!
Ex.: Se eu quisesse falar com você, teria respondi- As interjeições indicam relações de sentido diversas.
do sua mensagem. A seguir, apresentamos um quadro com os sentimentos
Posso lhe ajudar, caso necessite. e sensações mais expressos pelo uso de interjeições:
� Proporcional: ideia de proporcionalidade. À pro-
porção que, à medida que, quanto mais...mais, VALOR SEMÂNTICO INTERJEIÇÃO
quanto menos...menos etc. Advertência Cuidado! Devagar! Calma!
Ex.: Quanto mais estudo, mais chances tenho de
Alívio Arre! Ufa! Ah!
ser aprovado.
Ia aprendendo, à medida que convivia com ela. Alegria/Satisfação Eba! Oba! Viva!
� Final: expressam ideia de finalidade. Final, para Desejo Oh! Tomara! Oxalá!
que, a fim de que etc.
Repulsa Irra! Fora! Abaixo!
Ex.: A professora dá exemplos para que você
aprenda! Dor/Tristeza Ai! Ui! Que pena!
Comprou um computador a fim de que pudesse Espanto Oh! Ah! Opa! Putz!
trabalhar tranquilamente.
Saudação Salve! Viva! Adeus! Tchau!
� Temporal: iniciam a oração expressando ideia de
9
tempo. Quando, enquanto, assim que, até que, mal, Medo Credo! Cruzes! Uh! Oh!
-3
logo que, desde que etc.
40
Ex.: Quando viajei para Fortaleza, estive na Praia
.5
É salutar lembrar que o sentido exato de cada
do Futuro.
33
interjeição só poderá ser apreendido diante do con-
Mal cheguei à cidade, fui assaltado.
.6
procura? (Se = causal = já que) que funciona como uma interjeição, como: Meu Deus!
io
Por que ficar preso na cidade, quando existe tan- Ora bolas! Valha-me Deus!
ric
Conjunções Integrantes
EMPREGO DO ACENTO INDICATIVO DE
As conjunções integrantes fazem parte das orações CRASE
subordinadas; na realidade, elas apenas integram uma
oração principal à outra, subordinada. Existem apenas Outro assunto que causa grande dúvida é o uso da
dois tipos de conjunções integrantes: “que” e “se”. crase, fenômeno gramatical que corresponde à junção
da preposição a + artigo feminino definido a, ou da
� Quando é possível substituir o “que” pelo pro- junção da preposição a + os pronomes relativos aque-
nome “isso”, estamos diante de uma conjunção le, aquela ou aquilo. Representa-se graficamente pela
integrante. marcação (`) + (a) = (à).
Ex.: Quero que a prova esteja fácil. (Quero. O quê? Ex.: Entregue o relatório à diretoria.
Isso). Refiro-me àquele vestido que está na vitrine.
� Sempre haverá conjunção integrante em orações Regra geral: haverá crase sempre que o termo
substantivas e, consequentemente, em períodos antecedente exija a preposição a e o termo conse-
40 compostos. quente aceite o artigo a.
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Ex.: Fui à cidade (a + a = preposição + artigo) � Antes de forma verbal infinitiva
Conheço a cidade (verbo transitivo direto: não exi- Ex.: Os produtos começaram a chegar.
ge preposição). “Os homens, dizendo em certos casos que vão falar
Vou a Brasília (verbo que exige preposição a + com franqueza, parecem dar a entender que o
palavra que não aceita artigo). fazem por exceção de regra.” (MM);
Essas dicas são facilitadoras quanto à orientação � Antes de expressão de tratamento
no uso da crase, mas existem especificidades que aju- Ex.: O requerimento foi direcionado a Vossa Excelência;
dam no momento de identificação: � No a (singular) antes de palavra no plural, quando
a regência do verbo exigir preposição
Casos Convencionados Ex.: Durante o filme assistimos a cenas chocantes;
� Antes dos pronomes relativos quem e cuja
Ex.: Por favor, chame a pessoa a quem entregamos
z Locuções adverbiais formadas por palavras
o pacote.
femininas:
Falo de alguém a cuja filha foi entregue o prêmio;
Ex.: Ela foi às pressas para o camarim.
� Antes de pronomes indefinidos alguma, nenhu-
Entregou o dinheiro às ocultas para o ministro. ma, tanta, certa, qualquer, toda, tamanha
Espero vocês à noite na estação de metrô. Ex.: Direcione o assunto a alguma cláusula do contrato.
Estou à beira-mar desde cedo; Não disponibilizaremos verbas a nenhuma ação
z Locuções prepositivas formadas por palavras suspeita de fraude.
femininas: Eles estavam conservando a certa altura.
Ex.: Ficaram à frente do projeto; Faremos a obra a qualquer custo.
z Locuções conjuntivas formadas por palavras A campanha será disponibilizada a toda a comunidade;
femininas: � Antes de demonstrativos
Ex.: À medida que o prédio é erguido, os gastos vão Ex.: Não te dirijas a essa pessoa;
aumentando; � Antes de nomes próprios, mesmo femininos, de
� Quando indicar marcação de horário, no plural personalidades históricas
Ex.: Pegaremos o ônibus às oito horas. Ex.: O documentário referia-se a Janis Joplin;
Fique atento ao seguinte: entre números teremos � Antes dos pronomes pessoais retos e oblíquos
que de = a / da = à, portanto: Ex.: Por favor, entregue as frutas a ela.
Ex.: De 7 as 16 h. De quinta a sexta. (sem crase) O pacote foi entregue a ti ontem;
Das 7 às 16 h. Da quinta à sexta. (com crase); � Nas expressões tautológicas (face a face, lado a
� Com os pronomes relativos aquele, aquela ou lado)
aquilo: Ex.: Pai e filho ficaram frente a frente no tribunal
de justiça;
9
Ex.: A lembrança de boas-vindas foi reservada
-3
àquele outono. � Antes das palavras casa, Terra ou terra, distância
40
Por favor, entregue as flores àquela moça que está sem determinante
.5
Ex.: Precisa chegar a casa antes das 22h.
33
sentada.
Astronauta volta a Terra em dois meses.
Dedique-se àquilo que lhe faz bem;
.6
As alunas às quais atribuí tais atividades estão de detalhadamente, observe as seguintes dicas:
ol
férias.
ic
se tem proximidade.
io
Casos Proibitivos
Ex.: Ele fez homenagem a/à Bárbara;
ric
9
Nessa ocasião, usa-se a forma “Lavando a mão”, seguir cada um deles.
-3
pois “a mão” é o objeto direto, e, portanto, não exi-
40
ge preposição. Usa-se a forma “à mão” em situações Sujeito
como “Pintura feita à mão”, já que “à mão” seria o .5
33
advérbio de instrumento da ação de pintar. É o elemento que faz ou sofre a ação determinada
.6
pelo verbo.
00
pelo verbo;
� O termo que pode ser substituído por um pronome
os
como verbos, substantivos ou adjetivos. Esses são gru- � O termo com o qual o verbo concorda.
ol
pos morfológicos. Ao combinar as palavras em frases, Ex.: A população implorou pela compra da vacina
ic
função específica que assumem em determinada frase. z O elemento sobre o qual se declarou algo (implo-
M
9
oração.
-3
Com verbos flexionados na 3ª
40
pessoa do plural
INDETERMINADO Importante notar que não há preposição entre
Com verbos acompanhados do se .5
o verbo e o substantivo. Se houvesse, por exemplo,
33
(índice de indeterminação do sujeito) “de” no meio da frase, o termo “cabelo” não seria mais
.6
Núcleo: aluguel
N
z Verbo de ligação: quando não exprime uma ação, Ocorre quando há dois núcleos significativos:
mas um estado momentâneo ou permanente que
um verbo nocional (intransitivo ou transitivo) e um
relaciona o sujeito ao restante do predicado, que é
9
nome (predicativo do sujeito ou, em caso de verbo
o predicativo do sujeito;
-3
transitivo, predicativo do objeto).
40
z Predicativo do sujeito: função exercida por subs-
Ex.: “O homem parou atento.” (Murilo Mendes)
.5
tantivo, adjetivo, pronomes e locuções que atri-
Verbo intransitivo: parou
33
buem uma condição ou qualidade ao sujeito.
Predicativo do sujeito: atento
.6
Predicativo do sujeito: bastante feliz. está caracterizando o sujeito “O homem” e, por isso, é
Ex.: Seu batom é muito forte. considerado predicativo do sujeito.
os
verbo (transitivo ou intransitivo) e um nome (predi- Ex.: “Ptolomeu achou o raciocínio exato.” (Macha-
N
objeto). Da natureza desse verbo é que decorrem os Verbo transitivo direto: achou
ric
9
variações lo(s), la(s), no(s), na(s), que quase sempre z Objeto indireto: é complemento verbal regido de
-3
exercem função de objeto direto, os pronomes oblí- preposição obrigatória, que se liga diretamente a
40
quos me, te, se, nos, vos também podem exercer essa verbos transitivos indiretos e diretos. Representa
função sintática. .5
o ser beneficiado ou o alvo de uma ação.
33
Ex.: Levou-me à sabedoria esta aula. (= “Levaram Ex.: Por favor, entregue a carta ao proprietário da
.6
casa 260.
00
Depois de terem nos recebido, abriram a caixa. (= z Objeto indireto e o uso de pronomes pessoais
os
oblíquos átonos: me, te, se, no, vos, lhe, lhes. Os pro-
pronome relativo que.
ic
Ex.: Escuta o que eu tenho a dizer. (Escuta algo: Ex.: Mostre-lhe onde fica o banheiro, por favor.
io
esse algo é o objeto direto) Todos os pronomes oblíquos tônicos (me, mim,
ric
Observe bem a que ele mostrar. (a = pronome comigo, te, ti, contigo) podem funcionar como objeto
au
uma mensagem.
preposição no seu complemento, algumas palavras
Ex.: A ele, sem reservas, supliquei-lhe ajuda.
requerem o uso da preposição para não perder o sen-
tido de “alvo” do sujeito. Complemento Nominal
Além disso, há alguns casos obrigatórios e outros
facultativos. Completa o sentido de substantivos, adjetivos e
advérbios. É uma função sintática regida de preposi-
Exemplos com ocorrência obrigatória de ção e com objetivo de completar o sentido de nomes. A
preposição: presença de um complemento nominal nos contextos
Não entendo nem a ele nem a ti. de uso é fundamental para o esclarecimento do senti-
Respeitava-se aos mais antigos. do do nome.
Ali estava o artista a quem nosso amigo idolatrava. Ex.: Tenho certeza de que tu serás aprovado.
Amavam-se um ao outro. Estou longe de casa e tão perto do paraíso. 45
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Para melhor identificar um complemento nomi- Será complemento nominal: se indicar o alvo
nal, siga a instrução: daquilo que expressa o substantivo.
Nome + preposição + quem ou quê Ex.: A preferência pelos novos alojamentos não
Como diferenciar complemento nominal de com- foi respeitada.
plemento verbal? Notava-se o amor pelo seu trabalho.
Ex.: Naquela época, só obedecia ao meu coração. Se vier ligado a um adjetivo ou a um advérbio:
(complemento verbal, pois “ao meu coração” liga-se Ex.: Manteve-se firme em seus objetivos.
diretamente ao verbo “obedecia”)
Naquela época, a obediência ao meu coração pre- Adjunto Adverbial
valecia. (complemento nominal, pois “ao meu cora-
ção” liga-se diretamente ao nome “obediência”). Termo representado por advérbios, locuções
adverbiais ou adjetivos com valor adverbial. Relacio-
Agente da Passiva na-se ao verbo ou a toda oração para indicar variadas
circunstâncias.
É o complemento de um verbo na voz passiva ana-
lítica. Sempre é precedido da preposição por, e, mais z Tempo: Quero que ele venha logo.
raramente, da preposição de. z Lugar: A dança alegre se espalhou na avenida.
Forma-se essencialmente pelos verbos auxiliares z Modo: O dia começou alegremente.
ser, estar, viver, andar, ficar. z Intensidade: Almoçou pouco.
z Causa: Ela tremia de frio.
TERMOS ACESSÓRIOS DA ORAÇÃO z Companhia: Venha jantar comigo.
z Instrumento: Com a máquina, conseguiu lavar as
Há termos que, apesar de dispensáveis na estrutu- roupas.
ra básica da oração, são importantes para compreen- z Dúvida: Talvez ele chegue mais cedo.
são do enunciado porque trazem informações novas. z Finalidade: Vivia para o trabalho.
Esses termos são chamados acessórios da oração. z Meio: Viajou de avião devido à rapidez.
z Assunto: Falávamos sobre o aluguel.
Adjunto Adnominal z Negação: Não permitirei que permaneça aqui.
z Afirmação: Sairia sim naquela manhã.
São termos que acompanham o substantivo, z Origem: Descendia de nobres.
núcleo de outra função, para qualificar, quantificar,
especificar o elemento representado pelo substantivo.
Não confunda!
Categorias morfológicas que podem funcionar
9
Para conseguir distinguir adjunto adverbial de
-3
como adjunto adnominal:
adjunto adnominal, basta saber se o termo relacio-
40
nado ao adjunto é um verbo ou um nome, mesmo que
z Artigos;
o sentido seja parecido..5
33
z Adjetivos;
Ex.: Descendência de nobres. (O “de nobres” aqui
.6
z Numerais;
é um adjunto adnominal)
00
z Pronomes;
Descendia de nobres. (O “de nobres” aqui é um
-0
z Locuções adjetivas.
adjunto adverbial)
os
Aposto
ficaram esquecidos no quarto.
Sa
funcionários.
tar algo, alguém ou um fato.
ic
adnominal: os pronomes me, te, lhe, nos, vos, lhes Aposto: filha de D. Raimunda
au
exercem essa função sintática quando assumem Ex.: O escritor Machado de Assis escreveu gran-
M
9
Dica
-3
orações. Num parágrafo, podem aparecer misturado
40
� O aposto pode aparecer antes do termo a que períodos simples e período compostos.
se refere, normalmente antes do sujeito. .5
33
Ex.: Maior piloto de todos os tempos, Ayrton PERÍODO SIMPLES PERÍODO COMPOSTO
.6
Ex.: De cobras, (de) morcegos, (de) bichos, de Período simples é aquele formado por uma só
Sa
� O aposto pode ter núcleo adjetivo ou adverbial. Período composto é aquele formado por duas ou
mais orações.
id
mente. (advérbios, aposto do adjunto adverbial z Por coordenação: orações coordenadas assindéticas;
io
de modo).
ric
Ex.: A cidade Fortaleza é quente. vas, objetivas diretas, objetivas indiretas, com-
(aposto especificativo / Fortaleza é uma cidade) pletivas nominais, predicativas, apositivas;
O clima de Fortaleza é quente.
Orações subordinadas adjetivas: restritivas,
(adjunto adnominal / Fortaleza é um clima?);
z Diferença de aposto e predicativo do sujeito: o explicativas;
aposto não pode ser um adjetivo nem ter núcleo Orações subordinadas adverbiais: causais,
adjetivo. comparativas, concessivas, condicionais, con-
Ex.: Muito desesperado, João perdeu o controle. formativas, consecutivas, finais, proporcionais,
(predicativo do sujeito; núcleo: desesperado – ad- temporais.
jetivo)
Homem desesperado, João sempre perde o con- z Por coordenação e subordinação: orações for-
trole. madas por períodos mistos;
(aposto; núcleo: homem – substantivo). z Orações reduzidas: de gerúndio e de infinitivo. 47
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PERÍODO COMPOSTO POR COORDENAÇÃO PERÍODO COMPOSTO POR SUBORDINAÇÃO
As orações são sintaticamente independentes. Isso Formado por orações sintaticamente dependentes,
significa que uma não possui relação sintática com considerando a função sintática em relação a um ver-
verbos, nomes ou pronomes das demais orações no bo, nome ou pronome de outra oração.
período. Tipos de orações subordinadas:
Ex.: “Deus quer, o homem sonha, a obra nasce.”
(Fernando Pessoa) z Substantivas;
Oração coordenada 1: Deus quer z Adjetivas;
Oração coordenada 2: o homem sonha z Adverbiais.
Oração coordenada 3: a obra nasce.
Ex.: “Subi devagarinho, colei o ouvido à porta da Orações Subordinadas Substantivas
sala de Damasceno, mas nada ouvi.” (M. de Assis)
Oração coordenada assindética: Subi devagarinho São classificadas nas seguintes categorias:
Oração coordenada assindética: colei o ouvido à
z Orações subordinadas substantivas conectivas:
porta da sala de Damasceno
são introduzidas pelas conjunções subordinativas
Oração coordenada sindética: mas nada ouvi integrantes que e se.
Conjunção adversativa: mas nada Ex.: Dizem que haverá novos aumentos de
impostos.
Orações Coordenadas Sindéticas Não sei se poderei sair hoje à noite;
z Orações subordinadas substantivas justapos-
As orações coordenadas podem aparecer ligadas tas: introduzidas por advérbios ou pronomes
às outras através de um conectivo (elo), ou seja, atra- interrogativos (onde, como, quando, quanto,
vés de um síndeto, de uma conjunção, por isso o nome quem etc.);
sindética. Veremos agora cada uma delas: z Ex.: Ignora-se onde eles esconderam as joias
roubadas.
Não sei quem lhe disse tamanha mentira;
z Aditivas: exprimem ideia de sucessibilidade ou
z Orações subordinadas substantivas reduzidas:
simultaneidade. não são introduzidas por conectivo, e o verbo fica
Conjunções constitutivas: e, nem, mas, mas tam- no infinitivo.
bém, mas ainda, bem como, como também, se- Ex.: Ele afirmou desconhecer estas regras;
não também, que (= e). z Orações subordinadas substantivas subjetivas:
9
Ex.: Pedro casou-se e teve quatro filhos. exercem a função de sujeito. O verbo da oração
-3
Os convidados não compareceram nem explica- principal deve vir na voz ativa, passiva analítica
40
ram o motivo; ou sintética. Em 3ª pessoa do singular, sem se refe-
.5
rir a nenhum termo na oração.
33
z Adversativas: exprimem ideia de oposição, con- Ex.: Foi importante o seu regresso. (sujeito)
.6
traste ou ressalva em relação ao fato anterior. Foi importante que você regressasse. (sujeito ora-
00
Conjunções constitutivas: mas, porém, todavia, cional) (or. sub. subst. subje.);
-0
contudo, entretanto, no entanto, senão, não obs- z Orações subordinadas substantivas objetivas
diretas: exercem a função de objeto direto de um
os
da oração principal.
ric
Ex.: Ora responde, ora fica calado. Ex.: Tenho necessidade de seu apoio. (comple-
Você quer suco de laranja ou refrigerante?;
au
mento nominal)
z Conclusivas: exprimem uma conclusão lógica Tenho necessidade de que você me apoie. (com-
M
9
visitar apenas o que mora em Recife)
-3
(conjunções ou pronomes relativos). Após assinalar
40
Ele visitará o irmão, que mora em Recife.
esses elementos, deve-se contar quantas orações ele
(explicativa, pois ele tem apenas um irmão que
.5
representa, a partir da quantidade de verbos ou locu-
33
mora em Recife)
ções verbais. Exs.:
.6
00
� Orações subordinadas adverbiais causais: são ambas dependentes do pronome outros, da 2ª oração.
ic
Orações Reduzidas
ric
9
-3
ajudando um ao outro. (subjetiva) � Orações subordinadas adjetivas coordenadas
40
z Agora ouvimos artistas cantando no shopping. entre si
(objetiva direta);
.5
Ex.: A mulher que é compreensiva, mas que é
33
z Adjetiva: Ex.: Criança pedindo esmola dói o
cautelosa, não faz tudo sozinha.
.6
coração;
00
entre si
Podem ser adjetivas ou adverbiais.
os
Nosso planeta, ameaçado constantemente por Oração subordinada adverbial 1: quando estou
ic
� Adverbiais: Ex.: Aceitas as condições, não have- Oração subordinada adverbial 2: quando não
io
ric
mo período
Comprada a casa, a família se mudou logo. Ex.: Presume-se que as penitenciárias cumpram
(temporal). seu papel, no entanto a realidade não é assim.
Oração principal: Presume-se
O particípio concorda em gênero e número com os
Oração subordinada subjetiva da principal: as
termos referentes.
Essas orações reduzidas adverbiais são bem fre- penitenciárias cumpram seu papel
quentes em provas de concurso. Oração coordenada sindética adversativa da ante-
rior: no entanto a realidade não é assim.
Períodos Mistos
A vírgula é um sinal de pontuação que exerce três É empregado nos seguintes casos o sinal de ponto
funções básicas: marcar as pausas e as inflexões da e vírgula (;):
voz na leitura; enfatizar e/ou separar expressões e
orações; e esclarecer o significado da frase, afastando � Nos contrastes, nas oposições, nas ressalvas:
qualquer ambiguidade. Ex.: Ela, quando viu, ficou feliz; ele, quando a viu,
ficou triste;
Quando se trata de separar termos de uma mesma
� No lugar das conjunções coordenativas deslocadas:
oração, deve-se usar a vírgula nos seguintes casos: Ex.: O maratonista correu bastante; ficou, portan-
to, exausto;
� Para separar os termos de mesma função: � No lugar do e seguido de elipse do verbo (=
Ex.: Comprei livro, caderno, lápis, caneta; zeugma):
z Usa-se a vírgula para separar os elementos de Ex.: Na linguagem escrita é o leitor; na fala, o
enumeração: ouvinte.
Ex.: Pontes, edifícios, caminhões, árvores... tudo foi Prefiro brigadeiros; minha mãe, pudim; meu pai,
arrastado pelo tsunami; sorvete;
� Para indicar a elipse (omissão de uma palavra que � Em enumerações, portarias, sequências:
Ex.: São órgãos do Ministério Público Federal:
já apareceu na frase) do verbo:
O Procurador-Geral da República;
Ex.: Comprei melancia na feira; ele, abacate. O Colégio de Procuradores da República;
Ela prefere filmes de ficção científica; o namorado, O Conselho Superior do Ministério Público Federal.
filmes de terror;
� Para separar palavras ou locuções explicativas, DOIS-PONTOS
retificativas:
Ex.: Ela completou quinze primaveras, ou seja, 15 Marcam uma supressão de voz em frase que ainda
anos; não foi concluída. Servem para:
� Para separar datas e nomes de lugar:
Ex.: Belo Horizonte, 15 de abril de 1985; � Introduzir uma citação (discurso direto):
� Para separar as conjunções coordenativas, exceto Ex.: Assim disse Voltaire: “Devemos julgar um
e, nem, ou: homem mais pelas suas perguntas que pelas suas
Ex.: Treinou muito, portanto se saiu bem. respostas”;
� Introduzir um aposto explicativo, enumerativo,
A vírgula também é facultativa quando o termo distributivo ou uma oração subordinada substan-
9
tiva apositiva:
-3
que exprime ideia de tempo, modo e lugar não for
40
uma locução adverbial, mas um advérbio. Exemplos: Ex.: Em nosso meio, há bons profissionais: profes-
sores, jornalistas, médicos;
Antes vamos conversar. / Antes, vamos conversar.
.5
33
� Introduzir uma explicação ou enumeração após
Geralmente almoço em casa. / Geralmente, almoço
.6
saber, como:
Ontem choveu o esperado para o mês todo. /
-0
ou consequência):
� Entre o sujeito e o verbo:
os
homem culto.
ram a explicação. (errado)
ol
cautela;
N
TRAVESSÃO
Os alunos precisam de, que os professores os aju-
dem. (errado) � Usado em discursos diretos, indica a mudança de
Os alunos entenderam, toda aquela explicação. discurso de interlocutor: Ex.:
LÍNGUA PORTUGUESA
9
Em frase interrogativa direta:
-3
� Dê um “up” no seu visual;
40
Ex.: O que você faria se só lhe restasse um dia?; � Para realçar uma palavra ou expressão imprópria,
.5
� Entre parênteses para indicar incerteza: às vezes com ironia ou malícia:
33
Ex.: Eu disse a palavra peremptório (?), mas acho Ex.: Veja como ele é “educado”: cuspiu no chão.
.6
que havia palavra melhor no contexto; Ele reagiu impulsivamente e lhe deu um “não”
00
� E interrogações retóricas:
Sa
COLCHETES
Ex.: Jogaremos comida fora à toa? (Ou seja: “Claro
os
PONTO DE EXCLAMAÇÃO
Usam-se nos seguintes casos:
ic
N
entonação exclamativa:
ric
za elucidativa:
Ex.: Que linda mulher!
Ex.: É de Stanislaw Ponte Preta [pseudônimo de
au
9
outros, pois houve influências de todos os povos aqui:
-3
� Para indicar inclusão, quando utilizada na separa-
europeus, asiáticos e africanos.
40
ção das conjunções e/ou:
Esse período, apesar de extenso, constitui-se de
Ex.: Os alunos poderão apresentar trabalhos orais
.5
33
e/ou escritos; um sujeito simples “o Brasil”, portanto o verbo cor-
respondente a esse sujeito, “ganha”, necessita ficar no
.6
singular.
ção entre si:
-0
(plural/singular).
“[...] o Brasil [...]” – sujeito – e “[...] ganha [...]” – predi-
nt
sujeito.
s/ = sem; Ex.: Os jogadores de futebol ganham um salário
� Para separar o numerador do denominador nos exorbitante.
números fracionários, substituindo a barra da Diferentes situações:
LÍNGUA PORTUGUESA
fração:
Ex.: 1/3 = um terço; z Quando o núcleo do sujeito for uma palavra de
� Nas datas: sentido coletivo, o verbo fica no singular. Ex.: A
Ex.: 31/03/1983 multidão gritou entusiasmada;
� Nos números de telefone: z Quando o sujeito é o pronome relativo que, o
Ex.: 225 03 50/51/52; verbo posterior ao pronome relativo concorda
� Nos endereços: com o antecedente do relativo. Ex.: Quais os limi-
Ex.: Rua do Limoeiro, 165/232; tes do Brasil que se situam mais próximos do
� Na indicação de dois anos consecutivos: Meridiano?;
Ex.: O evento de 2012/2013 foi um sucesso; z Quando o sujeito é o pronome indefinido quem, o
� Para indicar fonemas, ou seja, os sons da língua: verbo fica na 3ª pessoa do singular. Ex.: Fomos nós
Ex.: /s/. quem resolveu a questão; 53
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Por questão de ênfase, o verbo pode também con- z Quando o sujeito está em voz passiva sintética, o
cordar com o pronome reto antecedente. Ex.: Fomos verbo concorda com o sujeito paciente. Ex.: Ven-
nós quem resolvemos a questão. dem-se casas de veraneio aqui.
Nunca se viu, em parte alguma, pessoa tão
z Quando o sujeito é um pronome interrogativo, interessada;
demonstrativo ou indefinido no plural + de nós / z Quando o sujeito é um pronome de tratamento, o
de vós, o verbo pode concordar com o pronome no verbo fica sempre na 3ª pessoa. Ex.: Por que Vossa
plural ou com nós / vós. Ex.: Alguns de nós resol- Majestade está preocupada?
viam essa questão. / Alguns de nós resolvíamos Suas Excelências precisam de algo?
essa questão. z Sujeito do verbo viver em orações optativas ou
z Quando o sujeito é formado por palavras plurali- exclamativas. Ex.: Vivam os campeões!
zadas, normalmente topônimos (Amazonas, férias,
Minas Gerais, Estados Unidos, óculos etc.), se hou- Concordância Verbal com o Sujeito Composto
ver artigo definido antes de uma palavra plura-
� Núcleos do sujeito constituídos de pessoas grama-
lizada, o verbo fica no plural. Caso não haja esse
ticais diferentes
artigo, o verbo fica no singular. Ex.: Os Estados
Ex.: Eu e ele nos tornamos bons amigos;
Unidos continuam uma potência.
� Núcleos do sujeito ligados pela preposição com
z Estados Unidos continua uma potência.
Ex.: O ministro, com seus assessores, chegou/che-
z Santos fica em São Paulo. (Corresponde a: “A cida-
garam ontem;
de de Santos fica em São Paulo.”) � Núcleos do sujeito acompanhados da palavra cada
ou nenhum
Ex.: Cada jogador, cada time, cada um deve man-
Importante! ter o espírito esportivo;
Quando se aplica a nomes de obras artísticas, o � Núcleos do sujeito sendo sinônimos e estando no
verbo fica no singular ou no plural. singular
Ex.: A angústia e a ansiedade não o ajudava/aju-
Os Lusíadas imortalizou / imortalizaram Camões.
davam (preferencialmente no singular);
� Gradação entre os núcleos do sujeito
z Quando o sujeito é formado pelas expressões mais Ex.: Seu cheiro, seu toque bastou/bastaram para
de um, cerca de, perto de, menos de, coisa de, me acalmar (preferencialmente no singular);
obra de etc., o verbo concorda com o numeral. Ex.: � Núcleos do sujeito no infinitivo
Ex.: Andar e nadar faz bem à saúde;
9
Mais de um aluno compareceu à aula.
-3
Mais de cinco alunos compareceram à aula. � Núcleos do sujeito resumidos por um aposto resu-
40
mitivo (nada, tudo, ninguém)
.5
Ex.: Os pedidos, as súplicas, nada disso o comoveu;
33
A expressão mais de um tem particularidades:
� Sujeito constituído pelas expressões um e outro,
se a frase indica reciprocidade (pronome reflexivo
.6
z Quando o sujeito é formado por um número per- Ex.: O Vasco ou o Corinthians ganhará o jogo na
ol
numerado ou com o número inteiro, mas pode z Núcleos do sujeito ligados pelas séries correlativas
N
concordar com o especificador dele. Se o numeral aditivas enfáticas (tanto... quanto / como / assim
io
vier precedido de um determinante, o verbo con- como; não só... mas também etc.)
ric
cordará apenas com o numeral. Ex.: Apenas 1/3 Ex.: Tanto ela quanto ele mantém/mantêm sua
au
9
-3
40
CASOS ESPECIAIS DE CONCORDÂNCIA VERBAL Veja agora uma lista com os casos mais abordados
em concursos:
.5
33
Concordância do Infinitivo
.6
z Exemplos com verbos no infinitivo pessoal: Ex.: Viviam no meio de uma grande floresta tropi-
-0
Nós lutaremos até vós serdes bem tratados. (sujei- cal brasileira seres estranhos;
to esclarecido)
os
(dois pronomes implícitos: eu, nós) vai ter sujeito “problemas”, e vai ser variável);
id
muito. (preposição no início da oração) Ex.: Criaram-se muitas expectativas para a luta;
ic
Para nós nos precavermos, precisaremos de luz. � Verbo concordando com o antecedente correto
N
Visto serem dez horas, deixei o local. (verbo ser Ex.: Contratei duas pessoas para a empresa, que
ric
Estudo para me considerarem capaz de aprova- � Sujeito coletivo com especificador plural
M
particípio); singular);
z Exemplos com verbos no infinitivo impessoal: � Núcleo do sujeito no singular seguido de adjun-
Devo continuar trabalhando nesse projeto. (locu- to ou complemento no plural
ção verbal) Ex.: Conversa breve nos corredores pode gerar
Deixei-os brincar aqui. (pronome oblíquo átono atrito. (verbo no singular).
sendo sujeito do infinitivo).
Casos Facultativos
Quando o sujeito do infinitivo for um substantivo
no plural, usa-se tanto o infinitivo pessoal quanto o z A multidão de pessoas invadiu/invadiram o
impessoal. “Mandei os garotos sair/saírem”. estádio;
Navegar é preciso, viver não é preciso. (infinitivo z Aquele comediante foi um dos que mais me fez/
com valor genérico) fizeram rir; 55
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z Fui eu quem faltou/faltei à aula; Colocar o substantivo no singular e, ao enumerar
z Quais de vós me ajudarão/ajudareis? os adjetivos (também no singular), antepor um artigo
z “Os Sertões” marcou/marcaram a literatura a cada um, menos no primeiro deles. Ex.: Ele estuda a
brasileira; língua inglesa, a francesa e a alemã.
z Somente 1,5% das pessoas domina/dominam a
ciência. (1,5% corresponde ao singular); z Com função de predicativo do sujeito
z Chegaram/Chegou João e Maria;
z Um e outro / Nem um nem outro já veio/vieram Com o verbo após o sujeito, o adjetivo concordará
aqui; com a soma dos elementos.
z Eu, assim como você, odeio/odiamos a política Ex.: A casa e o quintal estavam abandonados.
brasileira; Com o verbo antes do sujeito o predicativo do su-
z O problema do sistema é/são os impostos; jeito acompanhará a concordância do verbo, que por
z Hoje é/são 22 de agosto; sua vez concordará tanto com a soma dos elementos
z Devemos estudar muito para atingir/atingirmos quanto com o nome mais próximo.
a aprovação; Ex.: Estava abandonada a casa e o quintal. / Esta-
z Deixei os rapazes falar/falarem tudo. vam abandonados a casa e o quintal.
Como saber quando o adjetivo tem valor de adjun-
to adnominal ou predicativo do sujeito? Substitua os
Silepse de Número e de Pessoa
substantivos por um pronome:
Ex.: Existem conceitos e regras complicados.
Conhecida também como “concordância irregular,
(substitui-se por “eles”)
ideológica ou figurada”. Vejamos os casos: Fazendo a troca, fica “Eles existem”, e não “Eles
existem complicados”.
z Silepse de número: usa-se um termo discordando Como o adjetivo desapareceu com a substituição,
do número da palavra referente, para concordar então é um adjunto adnominal.
com o sentido semântico que ela tem. Ex.: Flor tem
vida muito curta, logo murcham. (ideia de plurali- z Com função de predicativo do objeto
dade: todas as flores);
z Silepse de pessoa: o autor da frase participa do Recomenda-se concordar com a soma dos substan-
processo verbal. O verbo fica na 1ª pessoa do plu- tivos, embora alguns estudiosos admitam a concor-
ral. Ex.: Os brasileiros, enquanto advindos de dância com o termo mais próximo.
diversas etnias, somos multiculturais. Ex.: Considero os conceitos e as regras complicados.
Tenho como irresponsáveis o chefe do setor e
9
-3
Concordância Nominal seus subordinados.
40
Define-se como a adaptação em gênero e número Algumas Convenções
.5
33
que ocorre entre o substantivo (ou equivalente, como
.6
gênero e número com o nome a que se referem. Elas mesmas conversaram conosco.
Ex.: Parede alta. / Paredes altas.
nt
Sa
invariável.
ol
z Com função de adjunto adnominal: quando o Ex.: Os alunos resolveram mesmo a situação.
ic
somente”.
Ex.: As garotas só queriam ficar sós. (As garotas
Há casos em que o adjetivo concordará apenas
apenas queriam ficar sozinhas.)
com o nome mais próximo, quando a qualidade per- A locução “a sós” é invariável.
tencer somente a este. Ex.: Ela gostava de ficar a sós. / Eles gostavam de
Ex.: Saudaram todo o povo e a gente brasileira. ficar a sós;
Foi um olhar, uma piscadela, um gesto estranho � Quite / anexo / incluso
Quando o adjetivo funcionar como adjunto adno- Concordam com os elementos a que se referem.
minal e estiver antes dos substantivos, poderá con- Ex.: Estamos quites com o banco.
cordar apenas com o elemento mais próximo. Ex.: Seguem anexas as certidões negativas.
Existem complicadas regras e conceitos. Inclusos, enviamos os documentos solicitados;
Quando houver apenas um substantivo qualifica- � Meio
do por dois ou mais adjetivos pode-se: Quando significar “metade”: concordará com o
Colocar o substantivo no plural e enumerar o ad- elemento referente.
jetivo no singular. Ex.: Ele estuda as línguas inglesa, Ex.: Ela estava meio (um pouco) nervosa.
56 francesa e alemã. Quando significar “um pouco”: será invariável.
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título, a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.
Ex.: Já era meio-dia e meia (metade da hora); Adjetivos
� Grama
Quando significar “vegetação”, é feminino; quan- Quando houver adjetivo composto, apenas o últi-
do significar unidade de medida, é masculino. mo elemento concordará com o substantivo referente.
Ex.: Comprei duzentos gramas de farinha. Os demais ficarão na forma masculina singular.
“A grama do vizinho sempre é mais verde.”; Se um dos elementos for originalmente um subs-
� É proibido entrada / É proibida a entrada tantivo, todo o adjetivo composto ficará invariável.
Se o sujeito vier determinado, a concordância do Ex.: Violetas azul-claras com folhas verde-musgo.
verbo e do predicativo do sujeito será regular, ou No termo “azul-claras”, apenas “claras” segue o
seja, tanto o verbo quanto o predicativo concorda- plural, pois ambos são adjetivos.
rão com o determinante. No termo “verde-musgo”, “musgo” permanece no
Ex.: Caminhada é bom para a saúde. / Esta cami- singular, assim como “verde”, por ser substantivo.
nhada está boa. Nesse caso, o termo composto não concorda com o
É proibido entrada de crianças. / É proibida a plural do substantivo referente, “folhas”.
entrada de crianças. Ex.: Calças rosa-claro e camisas verde-mar.
Pimenta é bom? / A pimenta é boa?; O termo “claro” fica invariável porque “rosa” tam-
� Menos / pseudo bém pode ser um substantivo.
São invariáveis. O termo “mar” fica invariável por seguir a mesma
Ex.: Havia menos violência antigamente. lógica de “musgo” do exemplo anterior.
Aquelas garotas são pseudoatletas. / Seu argumen-
to é pseudo-objetivo;
Dica
� Muito / bastante
Quando modificam o substantivo: concordam com Azul-marinho, azul-celeste, ultravioleta e qual-
ele. quer adjetivo composto iniciado por “cor-de”
Quando modificam o verbo: invariáveis. são sempre invariáveis.
Ex.: Muitos deles vieram. / Eles ficaram muito O adjetivo composto pele-vermelha tem
irritados. os dois elementos flexionados no plural
Bastantes alunos vieram. / Os alunos ficaram bas- (peles-vermelhas).
tante irritados.
Se ambos os termos puderem ser substituídos por Lista de Flexão dos Dois Elementos
“vários”, ficarão no plural. Se puderem ser substi-
tuídos por “bem”, ficarão invariáveis;
9
� Nos substantivos compostos formados por pala-
-3
� Tal qual vras variáveis, especialmente substantivos e
40
Tal concorda com o substantivo anterior; qual,
adjetivos:
com o substantivo posterior.
.5
segunda-feira – segundas-feiras;
33
Ex.: O filho é tal qual o pai. / O filho é tal quais os
matéria-prima – matérias-primas;
.6
pais.
00
couve-flor – couves-flores;
Os filhos são tais qual o pai. / Os filhos são tais
-0
guarda-noturno – guardas-noturnos;
quais os pais.
primeira-dama – primeiras-damas;
os
pisca-pisca – piscas-piscas;
linda!)
id
pula-pula – pulas-pulas.
Estaremos aberto no final de semana. (Estaremos
ol
� Possível
Flexão Apenas do Primeiro Elemento
au
Ex.: Conheci crianças o mais belas possíveis. / z Nos substantivos compostos formados por subs-
Conheci crianças as mais belas possíveis. tantivo + substantivo em que o segundo termo
limita o sentido do primeiro termo:
LÍNGUA PORTUGUESA
9
-3
o disse me disse – os disse me disse; Agradeceu a joia ao noivo. (transitivo direto e indi-
40
o leva e traz – os leva e traz; reto: refere-se a coisas e pessoas);
.5
o cola-tudo – os cola-tudo. � Ajudar: transitivo direto; transitivo indireto
33
Ex.: Seguido de infinitivo intransitivo precedido da
.6
e objeto indireto.
-0
indireto)
nt
relacionam com seus complementos, com ou sem pre- rege apenas objeto direto:
os
advérbio) exige complemento preposicionado, esse Não seguido de infinitivo, geralmente rege objeto
nome é um termo regente, e seu complemento é um
ol
direto:
ic
O nome exige um complemento nominal sempre ini- Ex.: A falta de espaço ansiava o prisioneiro. (tran-
ric
ciado por preposição, exceto se o complemento vier em sitivo direto com sentido de “angustiar”)
au
forma de pronome oblíquo átono. Ansiamos por sua volta. (transitivo indireto com
M
Ex.: Os discípulos daquele mestre sempre lhe sentido de “desejar muito” – não admite “lhe”
foram leais. como complemento);
Observação: Complemento de “lhe”: predicativo � Aspirar: transitivo direto; transitivo indireto
do sujeito (desprovido de preposição) Ex.: Aspiramos o ar puro das montanhas. (transiti-
Pronome oblíquo átono: lhe vo direto com sentido de “respirar”)
Foram leais: complemento de “lhe”, predicativo do Sempre aspiraremos a dias melhores. (transitivo
sujeito (desprovido de preposição). indireto no sentido de “desejar”);
� Assistir: transitivo direto; transitivo indireto
REGÊNCIA VERBAL Ex.: - Transitivo direto ou indireto no sentido de
“prestar assistência”
Relação de dependência entre um verbo e seu O médico assistia os acidentados.
complemento. As relações podem ser diretas ou indi- O médico assistia aos acidentados.
retas, isto é, com ou sem preposição. - Transitivo direto no sentido de “ver, presenciar”
Há verbos que admitem mais de uma regência sem Não assisti ao final da série;
que o sentido seja alterado.
58 Ex.: Aquela moça não esquecia os favores recebidos. O verbo assistir não pode ser empregado no particípio.
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É incorreta a forma “O jogo foi assistido por milha- � Perdoar: transitivo direto; transitivo indireto;
res de pessoas.” transitivo direto e indireto
Ex.: Perdoarei as suas ofensas. (transitivo direto)
� Casar: intransitivo; transitivo indireto; transitivo A mãe perdoou à filha. (transitivo indireto)
direto e indireto Ela perdoou os erros ao filho. (transitivo direto e
indireto);
Ex.: Eles casaram na Itália há anos. (intransitivo)
� Suceder: intransitivo; transitivo direto
A jovem não queria casar com ninguém. (transiti-
Ex.: O caso sucedeu rapidamente. (intransitivo no
vo indireto) sentido de “ocorrer”).
O pai casou a filha com o vizinho. (transitivo dire- A noite sucede ao dia. (transitivo direto no sentido
to e indireto); de “vir depois”).
� Chamar: transitivo direto; transitivo seguido de
predicativo do objeto Regência Nominal
Ex.: Chamou o filho para o almoço. (transitivo dire-
to com sentido de “convocar”); Alguns nomes (substantivos, adjetivos e advér-
Chamei-lhe inteligente. (transitivo seguido de pre- bios) exigem complementos preposicionados, exceto
dicativo do objeto com sentido de “denominar, quando vêm em forma de pronome oblíquo átono.
qualificar”);
� Custar: transitivo indireto; transitivo direto e indi- Advérbios Terminados em “Mente”
reto; intransitivo
Ex.: Custa-lhe crer na sua honestidade. (transitivo Os advérbios derivados de adjetivos seguem a
indireto com sentido de “ser difícil”) regência dos adjetivos:
A imprudência custou lágrimas ao rapaz. (transiti- análoga / analogicamente a
vo direto e indireto: sentido de “acarretar”) contrária / contrariamente a
Este vinho custou trinta reais. (intransitivo); compatível / compativelmente com
� Esquecer: admite três possibilidades diferente / diferentemente de
favorável / favoravelmente a
Ex.: Esqueci os acontecimentos.
paralela / paralelamente a
Esqueci-me dos acontecimentos. próxima / proximamente a/de
Esqueceram-me os acontecimentos; relativa / relativamente a
� Implicar: transitivo direto; transitivo indireto;
transitivo direto e indireto Proposições Semelhantes a Primeira Sílaba dos
Ex.: A resolução do exercício implica nova teoria. Nomes a que se Referem
(transitivo direto com sentido de “acarretar”)
Mamãe sempre implicou com meus hábitos. Alguns nomes regem preposições semelhantes a
9
(transitivo indireto com sentido de “mostrar má sua primeira sílaba. Vejamos:
-3
disposição”) dependente, dependência de
40
Ele implicou-se em negócios ilícitos. (transitivo inclusão, inserção em
direto e indireto com sentido de envolver-se”); inerente em/a .5
33
� Informar: transitivo direto e indireto descrente de/em
.6
desiludido de/com
00
desapego de/a
sobre
os
convívio com
Informaram o réu de sua condenação.
convivência com
nt
9
cuidado para levar a internet a um outro nível. É fato
-3
Início de frase: Me dá esse caderno! (errado) / que ela não é segura, a questão, então, é como usá-la
40
Dá-me esse caderno! (certo). de maneira mais inteligente e contribuir para fortale-
Depois de ponto e vírgula: Falou pouco; se lem- .5
cer a privacidade digital? Essa é uma causa comum a
33
brou de nada (errado) / Falou pouco; lembrou- todos os usuários da rede.
.6
00
Adaptado.
nt
Sa
sa a noção de
Leia o texto a seguir para responder às questões 1 e 2.
ol
ic
a) dever
N
c) hipótese
ric
9
tariamente para lutar em tempos de guerra (questão as manhãs, está atrás das grades.
-3
Meu irmão, que foi morar fora do Brasil e ficou 15 anos
40
de sobrevivência).
A ideia de que havia pagamentos na forma de sal vem sem vir aqui, ao voltar só teve um choque: as grades.
.5
33
do historiador Plínio, o Velho (um contemporâneo de Nada mais o impressionou, tudo ele achou normal.
Fez comentários vagos sobre as árvores crescidas no
.6
das honrarias que os soldados recebiam após bata- Aterro, sobre o excesso de gente e carros, tudo sem
-0
lhas bem-sucedidas. Daí vem nossa palavra salarium.” muita ênfase. Mas e essas grades, me perguntou, por
Ou seja: o sal era um bônus para voluntários, não um que todas essas grades? E eu, espantada com seu
os
salário para valer. Quando Roma passou a ter uma for- espanto, eu que de certa forma já me acostumara à
nt
ça militar profissional e permanente, no século 3 a.C., paisagem gradeada, fiquei sem saber o que dizer.
Sa
o soldo já era mesmo pago na forma de moedas. Penso nisso agora, ao passar pela rua e ver aquela
os
restringe.
b) adversidade Eu, da calçada, vejo-a sempre por entre as tiras ver-
M
4. (CESGRANRIO — 2021) A colocação do pronome oblí- SEIXAS, Heloisa. Contos mínimos. Rio de Janeiro: Record, 2001.
quo destacado está de acordo com a norma-padrão em:
5. (CESGRANRIO — 2022) De acordo com a norma-pa-
a) O dinheiro não foi-me bastante. drão da língua portuguesa, o emprego adequado da
b) O depósito só estará concretizado, se houver quem vírgula está plenamente atendido em:
validá-lo.
c) Se você pudesse emprestar esse dinheiro, depositaria- a) O outono que o Rio nos oferece, tem um ar fino, quase
-o ainda esta semana? frio.
d) Explique-me como funciona esse financiamento. b) Uma senhora de cabelos muito brancos, ficava senta-
e) Me empreste seu cartão, que eu faço a transação hoje. da, em uma cadeira.
c) Ele se incomodou, com as grades do Rio.
61
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d) Todos os dias que passo pelo Aterro vejo, as árvores renunciou às vaidades mais singelas. Sensível, alegre,
cada vez mais crescidas. aprendeu a encarar o sofrimento de olhos lúcidos. Fiel
e) O porteiro, que prende passarinhos em gaiolas, não vê à disciplina religiosa, compreendia celestialmente as
que o outono fica mais lindo quando estamos livres. almas que perdiam o rumo. Fé, Esperança e Caridade
eram para ela a flecha e o alvo das criaturas.
6. (CESGRANRIO — 2022) Esse texto, que se inicia a Tornara-se tão íntima da substância terrestre – a dor
partir do cotidiano de uma velha senhora que tem por – que se fazia difícil para o médico saber o que sentia;
hábito sentar-se na calçada observando as manhãs, acabava dizendo que doía um pouco, por delicadeza.
constrói uma crítica Capaz de longos jejuns e abstinências, já no final da
vida, podia acompanhar um casal amigo a Copacaba-
a) ao abandono dos idosos que, na velhice, se veem sozi- na, passar do bar da moda ao restaurante diferente,
nhos, sem o apoio e o carinho de sua família. beber dois cafés ou três uísques em santa serenidade
b) ao excesso de pessoas e carros nas ruas, que somen- e aceitar com alegria o prato exótico.
te é percebido por quem se afasta da cidade por um Gostava das pessoas erradas, consumidas de paixão,
tempo e retorna. admirava São Paulo e Santo Agostinho, acreditava
c) às cenas diárias que repetem costumes do passado, que era preciso se fazer violência para entrar no reino
que há muito já deveriam ter sido abandonados pela celeste.
população. Poucas horas antes de morrer, pediu um conhaque e
d) às grades, que hoje dominam o cenário das cidades e sorriu, destemida e doce, como quem vai partir para
que foram sendo colocadas aos poucos ao redor de o céu. Santificara-se. Deus era o dia e a noite de seu
todos nós. coração, o Pai, a piedade, o fogo do espírito. Perdi
e) às autoridades de segurança pública, que não atuam quem me amava e perdoava, quem me encomendava
em prol do direito de ir e vir, sem riscos, da população. à compaixão do Criador e me defendia contra o mun-
do de revólver na mão.
Leia o texto a seguir para responder às questões 7 e 8.
Disponível em: https://cronicabrasileira.org.br/cronicas/7173/maria-
jose. Acesso em: 05 fev. 2022.
Maria José
9
gritou da sacada se eu não via a pedra que marcava b) Todos os dias, Maria José lia poemas para seu filho.
-3
c) Seu desejo, era sempre, estar por perto para me proteger.
40
o gol. Dei uma pedrada no outro e acabei com a briga
por milagre. d) Maria José era uma mulher terna e, ao mesmo tempo
firme. .5
33
Visitava os miseráveis, internava indigentes enfermos,
e) Nem ela, nem o médico, nem eu, esperávamos aquele
.6
nunca deixou de ter na gaveta o revólver que havia 6 “Terna e firme, nunca lhe vi a fraqueza da pieguice”,
nt
recebido, menina- e-moça, das mãos do pai, e que entende-se que Maria José era uma mulher
Sa
e) extravagante
N
netos.
ric
Tratou-me com a dureza e o carinho que mereciam a Leia o texto a seguir para responder às questões 9 a 11.
au
9
suportei mais, e, atravessando o portão da escola, dei
-3
b) A falta de leis sobre privacidade digital exige que os
um jeito de o chicle mastigado cair no chão de areia.
40
indivíduos se preparem para enfrentar a invasão do
— Olha só o que me aconteceu!
.5
acesso a suas vidas privadas.
— Disse eu em fingidos espanto e tristeza.
33
c) A revolução da tecnologia da informação modificou a
— Agora não posso mastigar mais! A bala acabou!
.6
— Já lhe disse, repetiu minha irmã, que ele não acaba atividade humana.
nunca. Mas a gente às vezes perde. Até de noite a gen-
-0
gente prega o chicle na cama. Não fique triste, um dia invasão de dados.
nt
lhe dou outro, e esse você não perderá. e) O surgimento das redes sociais e dos sites de compar-
Sa
Eu estava envergonhada diante da bondade de minha tilhamento conduziu as pessoas a novas situações de
irmã, envergonhada da mentira que pregara dizendo
os
13 a 16.
N
as vírgulas corretamente empregadas, de acordo com No momento em que se tornam ainda mais comple-
M
9
17. (CESGRANRIO — 2022) De acordo com as exigências
-3
ções difíceis de comunicação com as instituições de
40
ensino. da norma-padrão da Língua Portuguesa, o verbo des-
tacado está corretamente empregado em:
b) As aulas remotas surgem como uma alternativa para
.5
33
a redução dos impactos negativos no processo de
.6
c) As escolas e os professores foram levados a essa prá- preferências dos internautas por filmes de romance,
-0
rada do vírus.
d) O interesse pelo ensino on-line não tem diminuído tipos de usuários a decisão de só acreditar nas notí-
nt
porque começou a ser considerado a única opção de cias que têm fonte segura e identificável.
Sa
e) Os bons resultados de desempenho dos alunos são de 1% da juventude apresentam baixos índices de
id
on-line.
ic
14. (CESGRANRIO — 2021) De acordo com a norma-pa- midor, com base na análise das preferências.
io
drão da língua portuguesa, a concordância do termo e) Inúmeros dados pessoais para a elaboração de um
ric
em destaque está plenamente respeitada em: mapeamento das características e dos gostos dos
au
9
tabilidade e flexibilidade, do setor bancário às artes. derar pedir um teste de QI”. (parágrafo 1)
-3
Digamos que você é um contador. Seu QI o ajuda nas
40
b) “o QE é visto como um kit de habilidades que pode
provas pelas quais precisa passar para se qualificar; nos ajudar a ter sucesso em vários aspectos da vida.”
seu QE contribui na conexão com um recrutador e .5
33
(parágrafo 2)
depois no relacionamento com colegas e clientes no
.6
emprego. Então, quando os sistemas mudam ou os trabalhos são feitos, e a tendência continuará.” (pará-
aspectos do trabalho são automatizados, você precisa
-0
grafo 5)
do QA para se acomodar a novos cenários. d) “Seu QI o ajuda nas provas pelas quais precisa passar
os
Ter QI, mas nenhum QA, pode ser um bloqueio para para se qualificar”. (parágrafo 7)
nt
as habilidades existentes diante de novas maneiras de e) “Uma coisa boa do QA é que, mesmo que seja difí-
Sa
trabalhar. No mundo corporativo, o QA está sendo cada cil mensurá-lo, especialistas dizem que ele pode ser
vez mais buscado na hora da contratação. Uma coisa
os
desenvolvido.” (parágrafo 8)
boa do QA é que, mesmo que seja difícil mensurá-lo,
id
cap-50429043>. 3 C
Acesso em: 9 jul. 2021. (Adaptado)
4 D
LÍNGUA PORTUGUESA
13 E
14 A
15 B
16 D
17 A
18 B
19 C
20 C
ANOTAÇÕES
9
-3
40
.5
33
.6
00
-0
os
nt
Sa
os
id
ol
ic
N
io
ric
au
M
66
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título, a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.
Note que todo número inteiro é, também, um
número racional. Assim, Z é um subconjunto de Q.
É importante ressaltar que as dízimas periódicas
são números racionais. Elas são números decimais
MATEMÁTICA
que se repetem após a vírgula (Ex.: 1,4444444444...).
Embora possua infinitas casas decimais, pode ser
13
escrito como a fração 9 .
9
Conjunto dos Números Reais (R)
-3
z Ni = {1, 3, 5, 7, 9..., 2n+1, ...}, em que n ∈ N: conjunto
40
dos números naturais ímpares;
O conjunto dos números reais é representado por
.5
z P = {2, 3, 5, 7, 11, 13, ...}: conjunto dos números
R. Esse conjunto é formado pelos números racionais
33
naturais primos.
(Q) e irracionais (I). Assim, temos que R = Q ∪ I. Além
.6
negativos;
conjunto dos números inteiros não nulos, ou seja,
io
positivos;
z Z+ = {0, 1, 2, 3, 4, 5, ...}: conjunto dos números intei-
z R–= {x ∈ R│x ≤ 0}: conjunto dos números reais não
au
CONJUNTO DOS NÚMEROS RACIONAIS (Q) números reais que são chamados de Intervalos.
Sejam a e b números reais e a < b, temos os seguin-
tes intervalos reais:
O conjunto dos números racionais é representado
por Q. Ele reúne todos os números que podem ser escri-
tos na forma p/q, sendo p e q números inteiros e q ≠ 0. z Intervalo aberto de extremos: ]a,b[ = {x ∈ R│a < x < b}
1 1 2 2 3 3
Q = {0, ±1, ± 2 , ± 3 , ..., ±2, ± 3 ,± 5 , ..., ±3, ± 2 , ± 4 , ...} a b
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z Intervalo fechado de extremos: [a,b] = {x ∈ R│a ≤ Fatorial de um Número Natural
x ≤ b}
Serve para facilitar e acelerar resolução de ques-
tões. Veja sua representação simbólica:
a b
Fatorial de N = n!
z Intervalo aberto à direta (ou fechado à esquerda) Sendo “n” um número natural, observe como
de extremos: [a,b[ = {x ∈ R│a ≤ x < b} desenvolver o fatorial de n:
3! = 3 · 2 · 1= 6
a b
4! = 4 · 3 · 2 · 1 = 24
PROPRIEDADES DOS CONJUNTOS NUMÉRICOS 5! = 5 · 4 · 3 · 2 · 1 = 120
R Calcular 6!
4!
Q
Z Resolução:
N 6! 6·5·4·3·2·1 = 6 · 5 = 30
I 4!
=
4·3·2·1
9
depois simplificar. Veja:
-3
40
6! 6·5·4!
4! = 6 · 5 = 30
.5
=
4!
33
Diagrama dos Conjuntos Numéricos
.6
ricos, seguem algumas de suas propriedades: Podemos, também, encontrar como princípio mul-
os
z O conjunto dos números naturais (N) é um subcon- ser bem simples para resolvermos problemas sobre o
Sa
z O conjunto dos números racionais (Q) é um sub- z calcular todas as possibilidades em cada etapa;
ol
(Z), racionais (Q) e irracionais (I) são subconjuntos Exemplo: Para fazer uma viagem São Paulo-For-
io
ric
dos números reais (R). taleza-São Paulo, você pode escolher como meio de
transporte ônibus, carro, moto ou avião. De quantas
au
4 · 3 = 12 maneiras.
B A
E D
Permutação Simples
MESA MESA
9
Pc (n) = (n-1)!
-3
Agora, observe um outro exemplo:
40
Quantos são os anagramas da palavra CAJU? Em nosso exemplo, o número de possibilidades de
Resolução:
.5
posicionar 5 pessoas ao redor de uma mesa será:
33
Cada anagrama de CAJU é uma ordenação das
.6
Pc(5) = (5-1)! = 4! = 4 · 3 · 2 · 1 = 24
-0
CAUJ CJUA ACUJ ... Imagine agora que quiséssemos posicionar 5 pes-
Sa
CJAU AUCJ soas nas cadeiras de uma praça, mas tínhamos apenas
CUAJ ...
os
Desta maneira, o número de anagramas é 4! = Para a primeira cadeira temos 5 pessoas disponí-
ol
C(6, 3) = 6!
= 6 · 5 · 4 · 3! =
6·5·4
=
6·5·4
=
CADEIRA 1ª 2ª 3ª (6 - 3) !3! 3!3! 3! 3·2·1
9
Combinação 1 boneco e 1 avião. Sabendo que Felipe tem 7 carri-
-3
nhos, 5 bonecos e 4 aviões diferentes, quantas vezes
40
Para entendermos esse tema, vamos imaginar Felipe pode visitar a sua avó sem levar o mesmo con-
.5
junto de brinquedos já levados antes?
33
que queremos fazer uma salada de frutas e precisa-
.6
exatamente isso, a ordem não importa e estamos diante Perceba que Felipe tem 7 carrinhos para escolher 1,
5 bonecos para escolher 1 e 4 aviões para escolher
os
brinquedos diferentes).
N
n!
C(n, p) = (n - p) !p!
Resposta: Letra D.
io
ric
temos:
voo e que estiveram nos países A, B ou C, nos quais
4! ocorre uma epidemia infecciosa, foram selecionados
C(4, 3) = para ser examinados. Constatou-se que exatamente
(4 - 3) !3!
25 dos passageiros selecionados estiveram em A ou
4·3·2·1 em B, nenhum desses 25 passageiros esteve em C e 6
C(4, 3) =
1·3·2·1 desses 25 passageiros estiveram em A e em B.
Com referência a essa situação hipotética, julgue o
C(4, 3) = 4 item que segue.
A quantidade de maneiras distintas de se escolher 2
Dica dos 30 passageiros selecionados de modo que pelo
menos um deles tenha estado em C é superior a 100.
No arranjo a ordem importa.
Na combinação a ordem não importa.
( ) CERTO ( ) ERRADO
70
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Se 25 passageiros tiveram em A ou B e nenhum deles em C, então, C teve 5 passageiros (é o que falta para o total
de 30). Vamos escolher 2 passageiros, de modo que pelo menos um seja de C, teremos:
Podemos achar o total para escolha dos 2 passageiros que seria:
C30,2 = 30.29/2 = 15.29 = 435
Agora, tiramos a opção de nenhum deles ser de C, que seria:
C25,2 = 25.24/2 = 25.12 = 300
Então, pelo menos um deles é de C, teremos:
435 - 300 = 135.
Resposta: Certo.
4. (IBFC — 2015) Paulo quer assistir um filme e tem disponível 5 filmes de terror, 6 filmes de aventura e 3 filmes de roman-
ce. O total de possibilidades de Paulo assistir a um desses filmes é de:
a) 90.
b) 33.
c) 45.
d) 14.
Paulo tem disponível 14 filmes no total, 5 de terror, 6 de aventura e 3 de romance; e dentre esses 14 filmes dis-
poníveis tem que escolher um, portanto o total de possibilidades será dado pela combinação de 14 elementos,
tomados um a um.
C(14,1) = 14 possibilidades.
Resposta: Letra D.
5. (CEBRASPE-CESPE — 2018) Em um processo de coleta de fragmentos papilares para posterior identificação de crimi-
nosos, uma equipe de 15 papiloscopistas deverá se revezar nos horários de 8 h às 9 h e de 9 h às 10 h.
Com relação a essa situação hipotética, julgue o item a seguir.
Se dois papiloscopistas forem escolhidos, um para atender no primeiro horário e outro no segundo horário, então a
quantidade, distinta, de duplas que podem ser formadas para fazer esses atendimentos é superior a 300.
9
-3
Agora, já para escolher o que ficará no 2° horário, temos apenas 14, pois um já foi escolhido para ficar no 1°
40
horário. Multiplicando as possibilidades = 15x14 = 210.
Resposta: Errado.
.5
33
.6
00
-0
O Inmetro (Instituto Nacional de Metrologia, Normalização e Qualidade Industrial), órgão responsável pelas
Sa
normas relacionadas à metrologia, desenvolveu o Sistema Internacional de Medidas, doravante SI, responsável
os
As outras unidades SI, por sua vez, são derivadas das unidades de base. A tabela abaixo, definida pelo Inmetro,
indica alguns exemplos de unidades SI derivadas das unidades de base. Vejamos.
[UNIDADE SI]
MATEMÁTICA
GRANDEZA
NOME SÍMBOLO
71
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[UNIDADE SI]
GRANDEZA
NOME SÍMBOLO
z os múltiplos das unidades base sempre serão unidades de medidas maiores do que as unidades de base;
z os submúltiplos sempre serão unidades de medidas menores do que as unidades de base.
Exemplo: considerando o metro (m) como unidade de base, pode-se obter os valores dos seus múltiplos e sub-
múltiplos considerando a sequência:
Km — hm — dam — m — dm — cm — mm
Partindo da esquerda para a direita (da maior unidade para a menor), basta multiplicar por 10 o valor de cada
unidade sequente. Partindo da direita para a esquerda (da menor unidade, para a maior unidade), por sua vez,
9
-3
basta dividir por 10 o valor a cada unidade sequente.
40
.5
33
.6
RAZÕES E PROPORÇÕES
00
-0
2
Sa
5
os
id
2 4
io
=
3 6
ric
au
Ou podemos representar por 2 ÷ 3 = 4 ÷ 6 (Lê-se 2 está para 3 assim como 4 está para 6).
M
Os problemas mais comuns que envolvem razão e proporção é quando se aplica uma variável qualquer den-
tro da proporcionalidade e se deseja saber o valor dela. Veja o exemplo:
2 x
= ou 2 ÷ 3 = x ÷ 6
3 6
Para resolvermos esse tipo de problema devemos usar a Propriedade Fundamental da razão e proporção:
produto dos meios pelos extremos.
Meio: 3 e x;
Extremos: 2 e 6.
Logo, devemos fazer a multiplicação entre eles numa igualdade. Observe:
3·X=2.6
3X = 12
72
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X = 12/3 É possível, ainda, trocar o numerador pelo denomi-
X=4 nador ao efetuar essa soma interna, desde que o mes-
mo procedimento seja feito do outro lado da proporção.
Lembre-se de que a maioria dos problemas envol-
vendo esse tema são resolvidos utilizando essa proprie- a c a+b c+d
= = =
dade fundamental. Porém, algumas questões acabam b d a c
sendo um pouco mais complexas e pode ser útil conhe-
cer algumas propriedades para facilitar. Vamos a elas. Vejamos um exemplo:
9
= = =
-3
b d b d
C+D
40
C D
= =
3+2
.5
3 2 Vejamos um exemplo para melhor entendimento:
33
Uma empresa vai dividir o prêmio de R$13.000
.6
Perceba que C + D = 10.000 (as partes somadas), proporcionalmente ao número de anos trabalhados.
00
então podemos substituir na proporção: São dois funcionários que trabalham há 2 anos na
-0
10.000
= = = = 2.000
3 2 3+2 5 o prêmio dos funcionários com 3 anos de empresa,
nt
temos:
Sa
=
Esse valor de 2.000, que chamamos de “Constante 2 3
id
das partes dentro da proporção. Veja: Porém, como são 2 funcionários na categoria A e 3
ic
3
ric
2A + 3B = 13.000
C = 2000 x 3
au
M
9
60 60 60 = 740.000
-3
Um dos tópicos mais comuns em questões de prova
40
é “dividir uma determinada quantia em partes propor- 37x
= 740.000
.5
cionais a determinados números. Vejamos um exemplo 3360
para entendermos melhor como esse assunto é cobrado:
X = 1.200.000
.6
Exemplo:
00
partes proporcionais aos números 4, 5 e 6. A menor Agora basta substituir o valor de X nas razões para
dessas partes corresponde a: achar cada parte da divisão inversa.
os
x 1.200.000
porcional a 4, Y é proporcional a 5 e Z é proporcional a = = 300.000
4 4
os
= = 240.000
X Y Z 5 5
ol
= = = constante de proporcionalidade.
ic
4 5 6
x 1.200.000
= = 200.000
N
6 6
io
X+Y+Z 900.000
= 60.000 300.000, 240.000 e 200.000.
4+5+6 15
Agora vamos treinar o que aprendemos na teoria
com exercícios comentados de diversas bancas.
A menor dessas partes é aquela que é proporcional
a 4, logo:
1. (FAEPESUL — 2016) Em uma turma de graduação em
X Matemática Licenciatura, de forma fictícia, temos que a
= 60.000 razão entre o número de mulheres e o número total de
4
alunos é de 5/8. Determine a quantidade de homens des-
X = 60.000 x 4 ta sala, sabendo que esta turma tem 120 alunos.
X = 240.000
a) 43 homens.
Inversamente Proporcional b) 45 homens.
c) 44 homens.
É um tipo de questão menos recorrente, mas d) 46 homens.
74 não menos importante. Consiste em distribuir uma e) 47 homens.
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A razão entre o número de mulheres e o número juntos, por dia, R$ 721,00. Arley recebe R$ 36,00 mais
total de alunos é de 5/8: que o Darlan, Wanderson recebe R$ 44,00 menos que
o Arley. Assinale a alternativa que representa a diária
M 5 de cada um, em ordem crescente de valores.
=
T 8
A turma tem 120 alunos, então: T = 120 a) R$ 249,00, R$ 213,00 e R$ 169,00.
b) R$ 169,00, R$ 213,00 e R$ 249,00.
Fazendo os cálculos: c) R$ 145,00, R$ 228,00 e R$ 348,00.
M 5 d) R$ 223,00, R$ 231,00 e R$ 267,00
T
=
8 e) R$ 267,00, R$ 231,00 e R$ 223,00.
M
=
5 D + A + W = 721
120 8 A = D + 36
W = A - 44
8 x M = 5 x 120
Substituímos Arley em Wanderson:
8M = 600 W= A - 44
600 W= 36+D-44
M= W= D-8
8
Substituímos na fórmula principal:
M = 75 D + A + W = 721
D + 36 + D + D – 8 = 721
A quantidade de homens da sala:
3D + 28 = 721
120 - 75 = 45 homens.
3D = 721 - 28
Resposta: Letra B. D = 693/3
D = 231
2. (VUNESP — 2020) Em um grupo com somente pessoas Substituímos o valor de D nas outras:
com idades de 20 e 21 anos, a razão entre o número A = D + 36
de pessoas com 20 anos e o número de pessoas com A= 231+36= 267
21 anos, atualmente, é 4/5. No próximo mês, duas pes- W = A - 44
soas com 20 anos farão aniversário, assim como uma W= 267-44
pessoa com 21 anos, e a razão em questão passará a W= 223
ser de 5/8. O número total de pessoas nesse grupo é: Logo, os valores em ordem crescente que Wander-
son, Darlan, Arley recebem são, respectivamente,
9
a) 30. R$ 223,00, R$ 231,00 e R$ 267,00.
-3
b) 29.
40
Resposta: Letra D.
c) 28.
.5
33
d) 27. 4. (CEBRASPE-CESPE — 2018) A respeito de razões, pro-
e) 26.
.6
A razão entre o número de pessoas com 20 anos e o R$ 7.900 do gerente do departamento onde trabalham,
número de pessoas com 21 anos, atualmente, é 4/5. para ser divido entre elas, de forma inversamente propor-
os
120 4x total de 9x
= sa situação, Sandra deverá receber menos de R$ 2.500.
Sa
121 5x
os
No próximo mês, duas pessoas com 20 anos farão ( ) CERTO ( ) ERRADO
id
1 2 3
4x - 2
N
120
= = 5
Tirando o MMC entre 1, 2 e 3 vamos achar 6. Temos:
io
121 5x + 2 - 1 8
ric
= 6 6 6
+
5x 1 8
M
79x
8 (4x - 2) = 5 (5x + 1) = 7.900
6
32x – 16 = 25x + 5
x = 600
7x = 21
Sendo assim, Sandra está inversamente proporcio-
x=3 nal a:
MATEMÁTICA
9
z Grandeza Dependente: é aquela cujo valor se 12X = 64800
-3
deseja calcular a partir da grandeza explicativa;
40
z Grandeza Explicativa ou Independente: é aque- X = 5400 tijolos
la utilizada para calcular a variação da grandeza .5
33
dependente. Assim, comprovamos que realmente são necessá-
.6
des que aparecem frequentemente em provas de con- z Uma equipe de 5 professores gastou 12 dias para
os
z Grandezas inversamente proporcionais: o aumen- Do mesmo jeito que no exemplo anterior, vamos
id
DIRETAMENTE
+ / + OU - / - aumento (+), mas, como agora estamos com uma equi-
M
PROPORCIONAL
pe maior, o trabalho será realizado de forma mais
rápida. Logo, a quantidade de dias deverá diminuir
Aqui, as grandezas aumentam ou diminuem juntas (-). Desta forma, as grandezas são inversamente pro-
(sinais iguais). porcionais e vamos resolver multiplicando na hori-
zontal. Observe:
PROPORCIONAL + / - OU - / +
5 (prof.) 12 (dias)
30 (prof.) X (dias)
Aqui, uma grandeza aumenta e a outra diminui
(sinais diferentes). 30 · X = 5 · 12
Agora, vamos esquematizar a maneira que iremos 30X = 60
resolver os diversos problemas:
X=2
76
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A equipe de 30 professores levará apenas 2 dias 40
=
3000
para corrigir as provas. X 12000
3X = 40 · 12
REGRAS DE TRÊS COMPOSTAS
3X = 480
A regra de três composta envolve mais de duas
X = 160
variáveis. As análises sobre se as grandezas são direta-
mente e inversamente proporcionais devem ser feitas
As três impressoras produziriam 2000 panfletos em
cautelosamente levando em conta alguns princípios:
160 minutos, que correspondem a 2 horas e 40 minutos.
Para fixarmos mais ainda nosso conhecimento,
z As análises devem sempre partir da variável
vamos analisar mais um exemplo.
dependente em relação às outras variáveis;
z As análises devem ser feitas individualmente, ou
Um texto ocupa 6 páginas de 45 linhas cada
seja, deve-se comparar as grandezas duas a duas,
uma, com 80 letras (ou espaços) em cada linha.
mantendo as demais constantes;
Para torná-lo mais legível, diminui-se para 30 o
z A variável dependente fica isolada em um dos
número de linhas por página e para 40 o núme-
lados da proporção.
ro de letras (ou espaços) por linha. Consideran-
do as novas condições, determine o número de
Vamos analisar alguns exemplos e ver na prática
páginas ocupadas.
como isso tudo funciona:
Já aprendemos o passo a passo no exemplo ante-
z Se 6 impressoras iguais produzem 1000 panfletos
rior. Aqui vamos resolver de maneira mais rápida.
em 40 minutos, em quanto tempo 3 dessas impres-
soras produziriam 2000 desses panfletos?
6 (pág.) -------- 45 (linhas) -------- 80 (letras)
Da mesma forma que na regra de três simples, X (pág.) -------- 30 (linhas) -------- 40 (letras)
vamos montar a relação entre as grandezas e analisar 6 ? ?
cada uma delas isoladamente duas a duas. X
=
?
·?
6 (imp.) -------- 1000 (panf.) -------- 40 (min)
Analisando isoladamente duas a duas:
3 (imp.) -------- 2000 (panf.) -------- X (min)
6 (pág.) -------- 45 (linhas)
Vamos escrever a proporcionalidade isolando a
9
-3
parte dependente de um lado e igualando as razões da X (pág.) -- ----- 30 (linhas)
40
seguinte forma – se for direta, vamos manter a razão,
agora, se for inversa, vamos inverter a razão. Observe: .5
Perceba que de 45 linhas para 30 linhas o valor
33
diminui (-) e que o número de páginas irá aumentar
.6
= ·
X ? ? ter a razão.
-0
os
X 45 ?
6 (imp.) -------- 40 (min)
Sa
o valor diminui (-) e que o tempo irá aumentar (+), 6 (pág.) -------- 80 (letras)
ol
inverter a razão.
io
X
= ·
6 ? as grandezas são inversas e devemos inverter a razão.
M
6 30 40
Analisando isoladamente duas a duas: = · 80
X 45
1000 (panf.) -------- 40 (min) 6 2 1
= ·
2000 (panf.) ------ -- X (min) X 3 2
6 2
MATEMÁTICA
40 3 1000 X = 18
= ·
X 6 2000
O número de páginas a serem ocupadas pelo texto
respeitando as novas condições é igual a 18.
Agora, basta resolver a proporção para acharmos
Agora vamos treinar o que aprendemos na teoria
o valor de X.
com exercícios comentados de diversas bancas. 77
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1. (CEBRASPE-CESPE — 2019) No item seguinte apre- 2 guardanapos por dia -------- x+15
senta uma situação hipotética, seguida de uma asser- São valores inversamente proporcionais, quanto
tiva a ser julgada, a respeito de proporcionalidade, mais guardanapos por dia, menos dias durarão.
porcentagens e descontos. Assim, multiplicamos na horizontal:
No primeiro dia de abril, o casal Marcos e Paula comprou 3x = 2 · (x+15)
alimentos em quantidades suficientes para que eles 3x = 30+2x
e seus dois filhos consumissem durante os 30 dias do 3x-2x = 30
mês. No dia 7 desse mês, um casal de amigos chegou de x = 30
surpresa para passar o restante do mês com a família. Podemos substituir em qualquer uma das duas
Nessa situação, se cada uma dessas seis pessoas situações:
consumir diariamente a mesma quantidade de ali- 3 guardanapos · 30 dias= 90
mentos, os alimentos comprados pelo casal acabarão 2 guardanapos · 45(30+15) dias = 90.
antes do dia 20 do mesmo mês. Resposta: Letra D.
9
damente 1.100 km, ele estimou, para controlar as des-
-3
horizontal:
40
pesas com a viagem, o consumo de gasolina do seu 3x = 27 · 5
veículo em 10 km/L. Para efeito de cálculos, conside- 3x = 135
.5
33
rou que esse consumo é constante. x = 135/3
.6
( ) CERTO ( ) ERRADO do para sete, em quantos dias essa mesma casa ficaria
Sa
pronta?
os
b) 16 dias.
ic
Portanto, c) 20 dias.
N
1.100 km --------- x
ric
9
-3
40
a) 11. Soma e Subtração de Porcentagem
b) 12.
.5
33
c) 13. As operações de soma e subtração de porcentagem
.6
30% =
30
(forma de fração) Inicialmente, o curso de Paulinho tinha um total
io
100
de horas-aula do curso será:
M
9
Valor da bicicleta =1720,00
-3
4. (FCC — 2018) Em uma pesquisa 60% dos entrevista-
Parcelado = 920,00 (entrada) + 920,00 (parcela)
40
dos preferem suco de graviola e 50% suco de açaí.
Na compra a prazo, o agente vai pagar 920,00
.5
Se 15% dos entrevistados gostam dos dois sabores,
33
(entrada), logo vai sobrar (1720-920 = 800,00) então, a porcentagem de entrevistados que não gos-
No próximo mês é preciso pagar 920,00 ou seja
.6
b) 61%.
A questão diz que seria inferior a 0,14%, ou seja,
c) 20%.
nt
está errada.
d) 10%.
Sa
Resposta: Errado.
e) 5%.
os
z Na linguagem natural:
LÓGICA PROPOSICIONAL
Se estudar, então vai passar.
ESTRUTURA LÓGICA DE RELAÇÕES ARBITRÁRIAS
ENTRE PESSOAS, LUGARES, OBJETOS OU z Na linguagem simbólica:
EVENTOS FICTÍCIOS
p → q.
A Negação com o Conectivo “Não”
9
Bicondicional (Conectivo “Se e Somente se”)
-3
Representação simbólica: (~p) ou (¬p).
40
Sabemos que o valor lógico de p e ~p são opostos, Representação simbólica:
isto é, se p é uma proposição verdadeira, ~p será falsa, Exemplo: .5
33
e vice-versa. Exemplo:
.6
00
DIAGRAMAS LÓGICOS
ic
N
Conjunção (Conectivo E)
io
Exemplos:
dade de um predicado sobre um conjunto de constan-
M
p ^ q. z Quantificador Universal;
z Quantificador Existencial (particulares).
Disjunção Inclusiva (Conectivo Ou)
Nos quantificadores universais temos todo e
Representação simbólica: v nenhum, já nos particulares temos pelo menos um,
Exemplos: existe um e o algum.
Agora, vamos estudar a representação de cada um
z Na linguagem natural: dos quantificadores por meio dos diagramas lógicos.
81
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Quantificador Universal “Todo” (Afirmativo) z Algum A é B;
z Algum homem joga bola.
Exemplos:
Perceba que temos dois conjuntos envolvidos no
z Todo A é B; exemplo, o do homem e o de jogar bola. Vale lembrar
z Todo homem joga bola. que Algum A é B significa que o conjunto A tem pelo
menos um elemento em comum com o conjunto B, ou
Perceba que temos dois conjuntos envolvidos no seja, há intersecção entre os círculos A e B. Logo, pode-
exemplo, o do homem e o de jogar bola. Vale lembrar que mos fazer representações com diagramas:
Todo A é B significa que todo elemento de A também é ele-
mento de B. Logo, podemos representar com o diagrama: B
A
B
9
-3
Exemplos:
40
Exemplos:
.5
33
z Nenhum A é B; z Algum A não é B;
z Nenhum homem joga bola.
.6
Perceba que temos dois conjuntos envolvidos no Perceba que temos dois conjuntos envolvidos no
exemplo, o do homem e o de jogar bola. Vale lembrar exemplo, o do homem e o de jogar bola. Vale lembrar
os
que Nenhum A é B significa que A e B não tem ele- que Algum A não é B significa que o conjunto A tem
nt
mentos em comum, logo, temos apenas uma represen- pelo menos um elemento que não pertence ao con-
Sa
diagramas:
id
A B
ol
ic
N
io
ric
au
M
O silogismo vem da Teoria Aristotélica dentro do z 3ª Regra: o termo médio nunca pode estar na con-
raciocínio dedutivo e geralmente é formado por três clusão. Exemplos:
proposições, em que de duas delas, que funcionam
como premissas ou antecedente, extrai-se outra propo- Toda planta é ser vivo;
sição que é a sua conclusão ou consequente. Além disso, Todo animal é ser vivo;
podemos dizer que é um tipo especial de argumento. Todo ser vivo é animal ou planta.
9
Todos os mortais são desconfiados;
-3
Termo médio: mamíferos.
Alguns seres são mortais;
40
Alguns seres não são desconfiados;
Exemplo 2:
.5
33
z 7ª Regra: a conclusão segue sempre a parte mais
.6
9
-3
que fazer uma nova suposição. Vamos aprender como
40
resolver esse tipo de questão praticando bastante. Vamos analisar:
.5
� Ângela: Eu sou a mais velha;
33
1. (FCC — 2012) Huguinho, Zezinho e Luizinho, três � Bruna: Eu sou nem a mais velha nem a mais
.6
tio quando um deles quebrou seu vaso de estimação. � Carol: Eu não sou a mais jovem;
-0
Ao saber do ocorrido, o tio perguntou a cada um deles � Denise: Eu sou a mais jovem.
os
quem havia quebrado o vaso. Leia as respostas de Não tem como Carol e Denise estarem mentido, pois
nt
Zezinho → “Foi o Luizinho quem quebrou o vaso!” jovem, teremos um cenário em que todas as meni-
id
Luizinho → “O Zezinho está mentindo!” nas afirmam, de uma forma ou de outra, que não
ol
disse a verdade são, respectivamente, mentindo, podemos pensar que se Bruna estivesse
mentindo, ela seria a mais velha e a mais jovem ao
au
a) Huguinho e Luizinho.
b) Huguinho e Zezinho. um grupo de 4 meninas.
c) Zezinho e Huguinho. Sendo assim, a única que poderia estar mentindo é a
d) Luizinho e Zezinho. Ângela. Logo, Carol é a mais velha, Denise é a mais
e) Luizinho e Huguinho. jovem.
Resposta: Letra D.
Para esse tipo de questão devemos buscar as infor-
mações contraditórias, pois numa contradição 3. (VUNESP — 2018) Paulo, Lucas, Sandro, Rogério e
haverá uma “verdade e mentira”. Vitor são suspeitos de terem furtado a bicicleta de
Sendo assim, o enunciado diz que somente um dos uma pessoa. Na delegacia:
três falou a verdade. Então, vamos analisar as infor-
mações contraditórias: z Vitor afirmou que não tinha sido nem ele nem Rogério;
Veja que as afirmações de Zezinho e Luizinho se z Sandro jurou que o ladrão era Rogério ou Lucas;
contradizem. z Rogério disse que tinha sido Paulo;
Zezinho → “Foi o Luizinho quem quebrou o vaso!” z Lucas disse ter sido Paulo ou Vitor;
84 Luizinho → “O Zezinho está mentindo!” z Paulo termina dizendo que Sandro é um mentiroso.
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Sabe-se que um e apenas um deles mentiu. Sendo c) Bruno (1º), Antônio (2º) e Carlos (3º).
assim, a pessoa que furtou a bicicleta foi: d) Carlos (1º), Bruno (2º) e Antônio (3º).
e) Carlos (1º), Antônio (2º) e Bruno (3º).
a) Lucas.
b) Sandro. Para resolver essa questão basta saber que: se o
c) Rogério. número de trocas for PAR (não importa a quantida-
d) Vitor. de) as posições vão ser mantidas, se for ímpar (não
e) Paulo. importa a quantidade), serão trocadas.
Logo,
As frases de Paulo e Sandro são contraditórias. Veja: 1º Antônio
Sandro jurou que o ladrão era Rogério ou Lucas; 2º Bruno
Paulo termina dizendo que Sandro é um mentiroso. 3º Carlos
Se um estiver falando a verdade, outro está mentindo. Bruno e Antônio trocaram 5 vezes número ímpar,
Como, ao todo, temos apenas uma mentira, então as então, Antônio trocará de lugar com Bruno: 1º Bru-
demais frases são verdadeiras. Assim, analisando no 2º Antônio 3º Carlos
as afirmações, percebemos que a frase de Rogério Bruno e Carlos trocaram 4 vezes número par, cada
(que é 100% verdade) deixa claro que o culpado foi um ficará no seu lugar: 1º Bruno 2º Antônio 3º Carlos
Paulo. Antônio e Carlos trocaram 7 vezes número ímpar,
Resposta: Letra E. então, Antônio trocará de lugar com Carlos:
1º Bruno 2º Carlos 3º Antônio. Resposta: Letra B.
LÓGICA E RACIOCÍNIO LÓGICO: PROBLEMAS
ENVOLVENDO LÓGICA E RACIOCÍNIO LÓGICO
3. (VUNESP — 2019) Três moças, Ana, Bete e Carol, tra-
Dentro de toda a teoria que já foi estudada sobre balham no mesmo ambulatório. Na segunda-feira, Ana
os diversos conceitos de Raciocínio Lógico, vamos chegou depois de Bete, e Carol chegou antes de Ana.
agora resolver algumas questões que envolvem pro- Nesse dia, Carol não foi a primeira a chegar no serviço.
blemas com lógica e raciocínio. Aqui não tem teoria, A primeira, a segunda e a terceira moça a chegar no
pois como disse: esse tópico reúne diversos conceitos serviço nesse dia foram:
já estudados, tais como Diagrama de Venn, Associação
Lógica, Equivalências, Negações, etc. Logo, devemos a) Bete, Ana e Carol.
resolver questões para entendermos como são cobra- b) Bete, Carol e Ana.
das em provas. c) Ana, Carol e Bete.
Exercite seus conhecimentos realizando os exercí- d) Ana, Bete e Caro.
cios que seguem.
9
e) Carol, Bete e Ana.
-3
40
1. (FUNDATEC — 2020) Em shopping da cidade, foram
Ana chegou depois de Bete Então, Ana não foi a
entrevistadas 320 pessoas para apurar quem gosta de
.5
primeira a chegar, elimine as alternativas C e D.
33
séries ou quem gosta de filmes. Dos dados levanta-
Carol chegou antes de Ana Se Carol chegou antes
.6
alternativa E.
Sa
Resposta: Letra B.
b) 130.
id
c) 150.
ARGUMENTOS: VALIDADE DE UM ARGUMENTO/
ol
d) 170.
CRITÉRIO DE VALIDADE DE UM ARGUMENTO
ic
e) 190.
N
io
Temos uma questão que relaciona os conceitos de Em nosso estudo sobre argumentos lógicos, esta-
ric
conjuntos de Venn, pedindo a interseção. Vamos remos interessados em verificar se eles são válidos ou
au
somar todos os valores e descontar do total. Fica: inválidos. Então, passemos a seguir a entender o que sig-
M
maratona. Logo após a largada, Antônio estava em conclusão seja verdadeira, é preciso que as premissas e
primeiro lugar, Bruno em segundo lugar e Carlos em a conclusão estejam relacionadas corretamente, ou seja,
terceiro lugar. Durante a corrida Bruno e Antônio tro- quando a conclusão é uma consequência necessária
caram de posição 5 vezes, Bruno e Carlos trocaram de das premissas, dizemos que o argumento é válido.
posição 4 vezes e Antônio e Carlos trocaram de posi- Vamos analisar o exemplo:
ção 7 vezes. A ordem de chegada foi:
z p1: Todo padre é homem;
a) Antônio (1º), Carlos (2º) e Bruno (3º). z p2: José é padre;
b) Bruno (1º), Carlos (2º) e Antônio (3º). z c: José é homem. 85
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título, a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.
Quando temos argumentos utilizando os quantifica- ARGUMENTOS INVÁLIDOS
dores lógicos, representamos por meio dos diagramas
lógicos para saber a validade de um argumento. Veja Também podem ser chamados de argumentos mal
que temos uma proposição do tipo Todo A é B, logo: construídos, ilegítimos, sofismas ou falaciosos.
Dizemos que um argumento é inválido quando a
verdade das premissas não é suficiente para garantir
Homem
a verdade da conclusão. Vejamos um exemplo:
p1: Todas as crianças gostam de chocolate;
Padre p2: Patrícia não é criança;
c: Portanto, Patrícia não gosta de chocolate.
Como já estudamos sobre esse tipo de estrutura
de argumentos utilizando os quantificadores lógicos,
José vamos representar por meio dos diagramas lógicos
para saber a validade de um argumento. Veja que
temos uma proposição do tipo “Todo A é B”, logo:
Gostam de chocolate
Perceba que a premissa 2 afirma que José é padre,
ou seja, José tem que estar dentro do conjunto dos
padres. Sendo assim, como não há possibilidade de
um padre não ser homem, podemos afirmar que José Crianças
também é homem, como afirma nossa conclusão.
Logo, o argumento é válido.
Vamos analisar agora um argumento usando Patrícia
conectivos lógicos. Quando temos essa estrutura,
devemos usa o seguinte lembrete:
9
mento é válido. Crianças
-3
40
.5
Veja na prática: 33
Patrícia
.6
valores lógicos para proposição composta pelo conec- z Patrícia pode não ser criança e gostar de chocolate;
ol
tivo “se..., então” na primeira premissa. Assim, z Ela pode não ser criança e não gostar de chocolate.
ic
Se fizer sol, então vou à praia. (V) te, como consta na conclusão. Logo, o argumento
ric
9
-3
z p: Sabino é um pintor esperto;
Deu Erro Argumento Válido
40
z r: Kate é uma mulher alta.
.5
33
Na situação temos duas proposições sendo repre-
Não Deu Argumento
.6
RELAÇÕES FORNECIDAS
algumas frases e você precisa identificar qual delas
Sa
aparecem:
id
dadeiro ou falso. Quando temos uma declaração ver- � Perguntas: são as orações interrogativas.
ic
dadeira, o seu valor lógico é Verdade (V) e quando é Exemplo: Que horas vamos ao cinema?
N
falsa, dizemos que seu valor lógico é Falso (F). Essa pergunta não pode ser classificada como ver-
io
dadeira ou falsa;
ric
X + 5 = 10 se...então Condicional →
Aquele carro é amarelo. se e somente se Bicondicional ⟷
5+5
X – Y = 20 Exemplos:
9
-3
Sempre será uma proposição lógica na escrita mate- Ou o elefante corre rápido ou a raposa é lenta;
40
mática e podemos notar que há verbos nos casos a seguir: Se estudar, então vai passar;
.5
Bino vai ao cinema se e somente se ele receber
33
z = (é igual); dinheiro.
.6
z ≠ (é diferente);
00
z < (é menor);
os
z ≥ (é maior ou igual); p ^ q;
z ≤ (é menor ou igual);
nt
p v q;
Sa
p v q;
Esquematizando o que não são proposições lógicas: p → q;
os
p ⟷ q.
id
Sentenças Interrogativas(?)
ol
PROPOSIÇÕES
ric
Sentenças Abertas
� Conectivo “ou...ou” usando “...ou..., mas não
Paradoxo ambos”:
Exemplo: Baiano é corredor ou ele é nadador, mas
não ambos;
PRINCÍPIOS DA LÓGICA PROPOSICIONAL
� Conectivo “Se então” usando “Desde que, Caso,
Basta, Quem, Todos, Qualquer, Toda vez que”:
É fundamental que você conheça três princípios para Exemplos: Desde que faça sol, Pedrinho vai à praia;
deixarmos tudo alinhado com as proposições lógicas. Veja: Caso você estude, irá passar no concurso;
Basta Ana comer massas, e engordará;
z Princípio do terceiro excluído: uma proposição Quem joga bola é rápido;
deve ser Verdadeira ou Falsa, não havendo outra Todos os médicos sabem operar;
possibilidade. Não é possível que uma proposição Qualquer criança anda de bicicleta;
seja “quase verdadeira” ou “quase falsa”; Toda vez que chove, não vou à praia.
z Princípio da não contradição: dizemos que uma
mesma proposição não pode ser, ao mesmo tempo,
88 verdadeira e falsa;
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É importante saber que na condicional a primeira P Q PVQ
proposição é o termo antecedente e a segunda é o
V V
termo consequente.
V F
P→Q F V
P = antecedente F F
Q = consequente
Pronto! A nossa tabela já está montada, agora precisa-
TABELA VERDADE mos aprender qual o resultado que teremos quando com-
binamos os valores lógicos usando os conectivos lógicos.
Trata-se de uma tabela na qual conseguimos apresen- Número de linhas da tabela verdade:
tar todos os valores lógicos possíveis de uma proposição. 2n = 2proposições (onde n é o número de proposições).
Bom! Vamos caminhar mais um pouco e apren-
Números de Linhas de Tabela Verdade der todas as combinações lógicas possíveis para cada
conectivo lógico.
Neste momento, vamos aprender a construir tabe-
las verdade para proposições compostas. Negação (~P)
z 1º passo: contar a quantidade de proposições Uma proposição, quando negada, recebe valores
envolvidas no enunciado. lógicos opostos ao da proposição original. O símbolo
que iremos utilizar é ¬ p ou ~p.
Exemplo: P v Q (temos duas proposições).
P ~P
z 2º passo: calcular a quantidade de linhas da tabela
usando a fórmula 2n = 2proposições (onde n é o número V F
de proposições). F V
9
-3
40
P ~P ~(~P)
V .5 F V
33
.6
F V F
00
-0
V V V
ol
ic
P Q PVQ V F F
N
V F V F
io
ric
V F F F
au
F
M
V V V
Exemplo: primeira coluna de 2 em 2 (a próxima
será de 1 em 1). V F V
F V V
F F F
9
valores lógicos V e F, conforme o caso.
-3
F V V
40
F F V CONECTIVOS LÓGICOS
.5
33
Conceito
.6
VF=F
também podem ser chamados, servem para ligar duas
os
sições compostas.
Sa
É uma proposição cujo valor lógico é sempre Temos 05 (cinco) operadores lógicos no total e cada
um tem sua nomenclatura e representação simbólica.
os
verdadeiro.
Veja a tabela abaixo:
id
verdade.
N
io
e Conjunção ^ peq
au
V F V
ou Disjunção v p ou q
M
F V V
Disjunção
ou...ou v Ou p ou q
Exemplo 2: A proposição (P Λ Q) → (PQ) é uma exclusiva
tautologia, pois a última coluna da tabela verdade só Condicional
possui V. se...,então → Se p, então q
(implicação)
p se e
P Q (P^Q) (PQ) (P^Q)→(PQ) se e Bicondicional
somente
somente se (bi-implicação)
V V V V V se q
V F F F V
z Conjunção (conectivo “e”): sua representação
F V F F V simbólica é ^.
F F F V V
Exemplo:
90
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Na linguagem natural: O macaco bebe leite e o z Conectivo “ou...ou” usando “...ou..., mas não ambos”
gato come banana;
Na linguagem simbólica: p ^ q. Exemplo: Baiano é corredor ou ele é nadador,
mas não ambos;
z Disjunção Inclusiva (conectivo “ou”): sua repre-
sentação simbólica é v. z Conectivo “Se então” usando “Desde que, Caso,
Basta, Quem, Todos, Qualquer, Toda vez que”
Exemplo:
Exemplos:
Na linguagem natural: Maria é bailarina ou
Juliano é atleta; Desde que faça sol, Pedrinho vai à praia;
Na linguagem simbólica: p v q. Caso você estude, irá passar no concurso;
Basta Ana comer massas, e engordará;
z Disjunção Exclusiva (conectivo “ou...ou”): sua Quem joga bola é rápido;
representação simbólica é: v. Todos os médicos sabem operar;
Qualquer criança anda de bicicleta;
Exemplo: Toda vez que chove, não vou à praia.
9
-3
inerentes à Matemática, como por exemplo: Funções,
Exemplo:
40
Probabilidade, Análise Combinatória, Polinômios,
.5
Progressões (Aritméticas e Geométricas) etc.
33
Na linguagem natural: Bino vai ao cinema se e Acreditar nos alicerces estabelecidos por essa Teo-
somente se ele receber dinheiro;
.6
p: O gato é amarelo;
ol
z Elemento;
~q: É falso que raciocínio lógico é difícil;
io
9
z N = {x / x é país da América do Norte}. Na verdade, o que se tem aí é um conjunto que
-3
40
possui um único elemento que é o conjunto
Na representação por Diagramas, devemos definir vazio.
.5
33
uma região (normalmente um círculo) onde devem ser Complicado?
representados todos os elementos pertencentes ao con-
.6
P
São exemplos de Conjuntos Vazios:
Sa
os
7
z Seleção de Futebol que tenha conquistado 10
io
Copas do Mundo.
ric
13
au
19 CONJUNTO UNIVERSO
M
9
-3
elementos (mesmo estando estes repetidos). Cabe
40
destacar que, nesse caso, a quantidade de elemen- Figura 3. Subconjunto Impróprio de B
.5
tos continua sendo a mesma, ou seja, 4 elementos 33
pertencem ao conjunto A. Portanto, variações do A notação (mais rigorosa e carregada de símbolos)
.6
4, 4}, {1, 2, 3, 3, 3, 4}, {4, 4, 2, 2, 3, 1, 4} etc.), no que e B ⊂ A) (lê-se: A é igual a B, se, e somente se, A está
-0
tange à repetição dos elementos, não interferem contido em B e B está contido em A).
em sua nomeação. Duas propriedades são bastante importantes e
os
Um conjunto A é Subconjunto de um conjunto B se, z O conjunto vazio está contido em qualquer con-
id
e somente se, todo elemento de A pertence também a B. junto! Representamos tal situação da seguinte
ol
A ⇒ x ∈ B) (lê-se: A está contido em B, se, e somente se, de Teoremas. Sem ela, diversas situações envol-
io
qualquer que seja x, x pertence a A, então x pertence a B). vendo conjuntos teriam suas “comprovações”
ric
nuante (cansativa);
situação da seguinte maneira:
z Todo conjunto está contido em si mesmo! Repre-
M
P(B) = {{1}, {2}, {3}, {4}, {1, 1}, {1, 3}, {1, 4}, {2, 3}, {2, 4}, {3, C
4}, {1, 2, 3}, {1, 2, 4}, {1, 3, 4}, {2, 3, 4}, {1, 2, 3, 4}, ∅}
9
especial deve ser dada aos elementos (que aqui são
-3
40
conjuntos) {1, 2, 3} (perceba que é o próprio conjunto
.5
C, pois todo conjunto está contido nele mesmo) e ∅ (o
2
33
conjunto vazio está contido em qualquer conjunto). 3
.6
dois
os
claramente separados: {1, 3}, {1, 2}, {2, 3}. Perceba que,
ic
A B
9
-3
40
.5
33
.6
95
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título, a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.
A B Perceba que os elementos pertencentes ao conjun-
to A – B (A diferença com B) são aqueles que perten-
cem exclusivamente ao conjunto A.
Da mesma maneira podemos definir o conjunto
B – A (B diferença com A) são aqueles que pertencem
exclusivamente ao conjunto B (veja figura a seguir).
A B
A B
9
ção ao conjunto B: automaticamente a interseção de interseção com B, ou ainda, esse mesmo conjunto pode
-3
ser representado pela união entre a diferença de A com
40
A com B (A ∩ B) foi adicionada (figura à direita), pois
B e de B com A).
ela está contida em B ((A ∩ B) ⊂ B). Portanto, temos
.5
Por diagramas, poderíamos representar esta
33
que eliminar a interseção uma vez (correspondente situação da seguinte maneira:
.6
DIFERENÇA DE CONJUNTOS
os
nt
Dica
RELAÇÕES E FUNÇÕES Função: relação de cada elemento do Domí-
nio com apenas um único elemento do
FUNÇÃO Contradomínio.
Quando temos a relação entre elementos de dois Função Injetora, Sobrejetora e Bijetora
conjuntos, sendo que cada elemento de um conjunto
z Função Injetora: se cada elemento do conjunto
9
tenha ligação com somente um outro elemento do outro
-3
conjunto, dizemos que é uma função. Para ficar mais imagem estiver ligado a um único elemento do
40
fácil de entender esse conceito, veja o exemplo abaixo: Domínio, a função é chamada injetora. Ex.:
.5
33
Função Não É Função A B
.6
00
A B C D 2 4
-0
4 8
2 4 1 4
os
4 8 6 16
3 6
nt
6 16 8 20
Sa
5
8 20
os
B, então, dizemos que é uma função. Já o conjunto C, está ligado a apenas um elemento do Domínio A;
io
ao único elemento de D, ainda tem o “elemento 3” sen- z Função Sobrejetora: quando todos os elementos
au
Então, não há relação de função nessa situação. gem, temos uma função sobrejetora. Em outras
palavras, Contradomínio é igual a imagem. Ex.:
Domínio, Contradomínio e Imagem
A B
Veremos alguns pontos que você precisa saber 2 4
identificar em uma função: 4 8
MATEMÁTICA
9
-3
f(x) = 2x Agora, no lugar de “x”, vamos substituir por “x+2”.
40
A B .5
f (x+2) = x + 2 + 3
33
.6
4 8
-0
8 16 g(x+3) = x + 2
nt
Sa
g(x+3) = x + 3 + 2
os
notar que o contradomínio é o dobro do domínio, f(g(x)) é conhecida, também, como fog(x) “lê-se
io
f-1(x) = x / 2
gof de x”.
M
9
b) Indo com Aurélio a economia será de R$ 1,70.
-3
f(-1) = 2(-1) +3 = 1 Temos (x,y) = (-1,1) c) Pedro cobra mais que Aurélio por corrida.
40
d) Aurélio cobra menos que Pedro por corrida.
f(0) = 2.0 +3 = 3 Temos (x,y) = (0,3)
.5
e) Ambos cobram o mesmo valor final.
33
f(1) = 2.1 +3 = 5 Temos (x,y) = (1,5)
.6
00
y Resposta: Letra A.
Sa
os
8
consumo mensal em reais.
ic
N
4 mo aumentará em R$ 800,00.
b) Se a renda diminuir em R$ 1.000,00, então o consumo
M
C
diminuirá em R$ 2.800,00.
2 c) Se a renda diminuir em R$ 500,00, então o consumo
B
também diminuirá em R$ 500,00.
x d) Se a renda dobrar seu valor, então o consumo também
-6 -4 -2 0 2 4 6 8
será dobrado.
-2
MATEMÁTICA
9
-3
A lei dessa função, portanto, será:
40
f(x) = 2x + 8 Funções de 2º Grau ou Funções Quadráticas
.5
33
Para o ponto (x, 6), temos que o valor da função é As funções de segundo grau são representadas
.6
f(x) = 6. Substituindo na expressão acima: por f(x) = ax2 + bx + c, ou seja, são aquelas em que as
00
x = -1
Sa
de uma parte variável. A parte variável corresponde a As funções de segundo grau têm 2 raízes, isto
ic
uma comissão de 6% do valor total de vendas que ele é, existem 2 valores de x que tornam a igualdade
N
tado por x.
M
A expressão algébrica f(x) que pode representar o Vamos achar as raízes por meio da fórmula de
salário mensal desse vendedor é: bhaskara. Basta identificar os coeficientes a, b e c e
colocá-los na seguinte expressão:
a) f(x) = 0,06x + 1300
b) f(x) = 0,6x + 1300 -b !
2
b - 4ac
c) f(x) = 0,78x + 1300 x=
2a
d) f(x) = 6x + 1300
e) f(x) = 7,8x + 1300
Veja o sinal ± presente na expressão acima. É ele
que permitirá obtermos dois valores para as raízes,
O vendedor recebe um valor fixo e uma comissão um valor utilizando o sinal positivo (+) e outro valor
variável, conforme as vendas. O valor fixo é de 1300 utilizando o sinal negativo (-).
reais, ou seja, se temos uma função de primeiro grau Vamos aplicar em um exemplo:
do tipo f(x) = ax + b, dizemos que b = 1300. A variável Calcular as raízes da função f(x) = x2 - 3x + 2.
corresponde ao termo a.x, sendo x o total de vendas, Iguala a zero:
100
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x2 - 3x + 2 = 0 12
10
Identificando os valores de a, b e c:
8
a=1
6
b = -3
4
c=2
2
Substituindo na fórmula:
0
-2 -1 0 1 2 3 4 5
2
-b ! b - 4ac x
x=
2a
Aqui vale ressaltar que quando “a < 0”, a pará-
- (3) ± √(-3)2 - 4 ×1 ×2
bola tem concavidade para baixo, ou seja, a função
x= 2×1 terá um ponto máximo que chamamos de “vértice”.
Já quando “a > 0”, teremos a concavidade para cima
e um ponto mínimo, também chamado de vértice da
3! 9-8
x= função.
2
3!1
x=
2
a>0 a<0
3+1
x1 = =2
2
3-1
x2 = =1
2 Concavidade para cima Concavidade para baixo
9
-3
Δ = b2 - 4ac
40
x
Assim, podemos escrever a fórmula de bhaskara: .5
33
.6
x
00
-b ! D
x=
-0
2a
a>0eΔ=0 a<0eΔ=0
os
distintas;
ol
ma de parábola. Veja:
M
f(3) = 32 – 3.3 + 2 = 2; XV - b
f(4) = 42 – 3.4 + 2 = 6; 2a
f(5) = 52 – 3.5 + 2 = 12.
YV - D
4a
No gráfico fica:
101
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y X1 + X2 = -b/a
V
X1 + (-3) = -8/3
yV X1 = -8/3 + 3
X1 = 1/3
Resposta: Letra C.
0 XV 0
x xV x 4. (FUNDATEC — 2015) A intersecção entre o gráfico das
yV
V funções y = f (x) = x2 - 6x - 8 e o gráfico da reta de coe-
ficiente angular 2 e coeficiente linear 1 ocorre quando:
Se a > 0, yv =Δ é o valor Δ é o valor
Se a < 0, yv =
a 4a
mínimo da função máximo da função a) x = -9 e x = -1
b) x = 1 e x = 9
c) x = -8 e x = 0
Agora vamos treinar o que aprendemos na teoria d) x = -1 e x = 9
com exercícios comentados de diversas bancas. e) x = -9 e x = 1
9
-3
2. (VUNESP — 2019) Duas grandezas y e x, diretamente
40
proporcionais, são representadas, graficamente, por a) 55
uma função cuja expressão algébrica é: b) 35
.5
33
c) 50
.6
Resposta: Errado.
Diretamente proporcional:
os
Já podemos eliminar as letras a, b, c – pois quan- A função f(x) = 2x é uma função exponencial. Perce-
ic
do elevamos ao quadrado, todo número negativo ba que a variável x encontra-se no expoente. De modo
N
dade direta. Quando temos um termo desconhecido f(x) = ax. O coeficiente “a” precisa ser maior do que
ric
multiplicando X, se ele for negativo, torna-o inver- zero, e também diferente de 1. A função é crescente se
au
samente proporcional, então, eliminamos a letra D. a > 1. Já se 0 < a < 1, a função é decrescente.
M
Nesse sentido, sobra apenas a alternativa E. Além disso, a função exponencial tem domínio no
Resposta: Letra E. conjunto dos números reais (R) e contradomínio no
conjunto dos números reais positivos, ou seja, f: R →
3. (VUNESP — 2016) Na equação 3x2 + 8x + a = 0, a incógni- R+*. Observe os gráficos das funções f(x) = 2x (crescen-
ta é x, e a é um número inteiro. Sabendo-se que o número te) e de g(x) = 0,5x (decrescente):
(– 3) é raiz da equação, a outra raiz dessa equação é:
a) -7
b) -2/5
c) 1/3
d) 3/4
e) 2
9
1
é uma função crescente.
-3
z Loga b =
m
logab.
40
m
.5
( ) CERTO ( ) ERRADO
33
A função f(x) = log5(x) é um exemplo de função
.6
logarítmica. Veja que nela a variável x encontra-se A função exponencial g(x) = ex, função inversa de ln
00
demos representá-las da seguinte forma f(x) = loga(x). Como o número de Euler é maior do que 1, essa fun-
Assim, como nas exponenciais, o coeficiente “a” preci- ção exponencial será crescente (a>1).
os
positivos, pois não há logaritmo de número negativo. b) A equação ln x = - 4 tem uma única solução.
os
ros reais, ou seja, temos uma função do tipo f: R+* → R. ( ) CERTO ( ) ERRADO
ol
ção é decrescente. Como exemplo, veja os gráficos de A equação ln x = -4 tem uma única solução.
N
𝑙𝑛 𝑥 = -4
ric
x = 𝑒−4
M
9
Logo, x assume um único valor. Resposta: Certo.
7
5
c) Se a > 0 e ln a Є [10, 20), então ln a² Є [100, +∞).
-5 -3 -1 -1 1 3 5
> H
-2 1 0 1
A=
2 4 3
É uma matriz coluna de ordem 2·1
= G
0 -1 É a matriz que possui todos os elementos iguais a
B= zero.
3 5
Exemplos:
9
em que o elemento está localizado.
-3
Matriz Quadrada de Ordem n
40
Exemplo:
.5
É toda matriz do tipo n ⨉ n, ou seja, em uma matriz
33
e o
a11 a12
quadrada de ordem n o número de linhas e colunas
.6
A=
00
{
Exemplo:
-0
a11
e o
e 1ª coluna. 2 -8
nt
a12 7 0
e 2ª coluna.
os
a22 RS V
e 2ª coluna.
ic
SS - 7 4 2 WWW
N
B= S 9 0W
io
5
T X
M
TIPOS DE MATRIZES
É uma matriz quadrada de ordem 3·3
Observação: Para toda matriz quadrada, no lugar
Matriz Linha de mencionarmos que sua ordem é n ⨉ m, dizemos
apenas que ela é uma matriz de ordem n. Por exem-
É toda matriz do tipo 1 ⨉ n, ou seja, é uma matriz plo, ao nos referirmos a uma matriz quadrada de
que possui apenas uma linha. ordem 3, estamos dizendo que essa matriz possui três
Exemplos: linhas e três colunas.
C = [–3 4 1] é uma matriz linha de ordem 1·3
M = (–9 7 0 –√15) é uma matriz linha de ordem 1·4 Diagonal Principal
ADIÇÃO DE MATRIZES
e o
2 -8
A=
7 0 Dadas duas matrizes A = (aij)m ⨉ n e B = (bij)m ⨉ n , cha-
mamos soma de A + B a matriz C = (cij)m ⨉ n tal que cij =
aij + bij, para todo i e todo j. Isso significa que a soma
É uma matriz quadrada de ordem 2, cuja diagonal
de duas matrizes A e B do tipo m ⨉ n é uma matriz C
secundária é composta pelos elementos a12 = - 8, e a21
do mesmo tipo, em que cada elemento é a soma dos
=7
elementos correspondentes em A e B.
Exemplo:
Matriz Diagonal
9
A adição de matrizes do tipo admite as seguintes
-3
0 0 – √7
40
propriedades:
.5
33
Matriz Identidade de Ordem n z A ssociativa: (A + B) + C = A + (B + C);
.6
z Comutativa: A + B = B + A;
00
Exemplos:
Sa
= G
1 0
I2 =
id
É uma matriz identidade de ordem 2. matriz A por um número k é construir uma matriz B
io
JK1 0 0N
O por k.
K OO
au
I3 = K
[ ][ ][ ]
KK0 1 0O 2 ∙ 4 2 ∙ (– 1)
M
K0 OO 4 –1 8 –2
0 1 2. 0 5 = 2 ∙ 0 2 ∙ 5 = 0 10
L P 3 √2 2 ∙ 3 2 ∙ √2 6 2 ∙ √2
105
O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para Mauricio Nicoli dos Santos - 000.633.540-39, vedada, por quaisquer meios e a qualquer
título, a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.
PRODUTO DE MATRIZES MATRIZ TRANSPOSTA
Dadas duas matrizes A = (aij)m ⨉ n e B = (bij)n ⨉ p , deno- Dada a matriz A = (aij)m ⨉ n, chamamos transposta
minamos o produto AB a matriz C = (cik)m ⨉ p tal que cik =
de A a matriz At = (a´ji)n ⨉m tal que aji’ = aij para todo i e
ai1 · b1k + ai2 · b2k + ai3 · b3k + . . . + ain · bnk = ƩnJ=1 aij · bjk para
todo j. Isso significa que as colunas de At são ordena-
todo i ∈ {1,2, ... ,m} e k ∈ {1,2, ... ,p}.
damente iguais às linhas de A.
Observações: A definição dada garante a existên-
Exemplos:
cia do produto AB somente se o número de colunas de
A for igual ao número de linhas de B, pois A é do tipo
Se A = > H
m ⨉ n e B é do tipo n ⨉ p. 4 2 -1
A definição dada afirma que o produto AB é uma 5 7
2
matriz que tem o número de linhas de A e o número 5 2x3
[ ] [ ] RS VW
1 –2
2 4 2
∙ 0 5 SS 4 5 WW
–1 –3 5
2x3
4 0
2x3 At = S SS2 7W W
SS - 1 2 W W
[ (– 1)2 ∙∙ 11 ++ 4(–∙ 3)0 +∙ 02+∙ 45 ∙ 4 (– 1)2∙(–(–2)2)++4(–∙ 53)+∙ 25 ∙+05 ∙ 0 ] T
5 W3x2
X
Se B = [– 1 0 ⁵√19 – 6]1·4,
[ 1019 –1613 ] 2x2 Sua transposta é:
RS V
[ ]
1 SS - 1 WWW
–2 ∙ [ 3 –5 4 0 ]
1x4
SS 0 WW
12
3x1 Bt = SS5 WW
SS 19WW
[ 1∙3
12 ∙ 3
1 ∙ (– 5)
(– 2) ∙ 3 (– 2) ∙ (– 5)
12 ∙ (– 5)
1∙4
(– 2) ∙ 4
12 ∙ 4
1∙0
(– 2) ∙ 0
12 ∙ 0 ] SS - 6 WW
T X
4x1
[ ]
3 –5 4 0 Propriedades de uma Matriz Transposta
– 6 10 – 8 0
36 –60 48 0 A matriz transposta admite as seguintes propriedades:
9
-3
3x4
1x2
MATRIZ SIMÉTRICA
os
propriedades:
id
C = A · C + B ·C
Sua transposta é:
io
z Distributiva à esquerda: C · (A + B) = C· A + C · B
ric
z (k · A) ·B = A · (k · B) = k · (A · B)
[
2 –1
]
au
Ct = – 1 3
.
M
106
[ 01 00 ] ∙ [ 00 01 ] = [ 00 00 ] Dt = [ 04 –4
0 .]
O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para Mauricio Nicoli dos Santos - 000.633.540-39, vedada, por quaisquer meios e a qualquer
título, a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.
Portanto, a matriz D é antissimétrica, pois Dt = -D.
DETERMINANTES
MATRIZ INVERSA
Determinantes podem ser definidos do seguinte
Seja A uma matriz quadrada de ordem n. Dizemos modo: considere o conjunto das matrizes quadra-
que A é uma matriz invertível se existir uma matriz das de elementos reais. Seja M uma matriz de ordem
A-1 tal que A · A-1 = A-1 · A = In, onde In é a matriz identi- n desse conjunto. Denominamos determinante da
dade de ordem n. matriz M (e indicamos por det M) o número que asso-
Observações: Se A não é invertível, dizemos que A ciamos à matriz M, operando seus elementos confor-
é uma matriz singular. me a ordem dessa matriz.
Se A é invertível, então é única a matriz A-1.
Exemplos: Determinante de Matriz Quadrada de Ordem 1
A matriz A = [ 1
2
3
7 ] Se M é de ordem 1, então o det M é o único elemen-
to de M.
Exemplo:
É inversível e: Se M = [4], então o det M = 4
A∙A = [
1 ] [ 2 7 ]
det M = 2 ∙ 5 – [6 ∙ (– 1)· = 10 – (– 6) = 10 + 6 = 16
–1 7 –3 ∙ 1 3
–2
Determinante de Matriz Quadrada de Ordem 3
[ 7–∙21∙ +1 (–3)+1∙2 –2∙3+1∙7 ] [ 0 1 ]
∙ 2 7 ∙ 3 + (– 3) ∙ 7
=
1 0
=I 2
Se M é de ordem 3, então o det M é dado por:
9
-3
[ 02 ]?
40
Qual é a inversa da matriz A = 1 det M = a11 ∙ a22 ∙ a33 + a12 ∙ a23 ∙ a31 + a13 ∙ a21 ∙ a32 – a13 ∙
.5
3 a22 ∙ a31 – a11 ∙ a23 ∙ a32 – a12 ∙ a21 ∙ a33
33
Fazendo A-1 = , temos:
.6
maneira:
-0
A– 1 ∙ A = [ ac bd ] ∙ [ 02 31 ] = [ 01 01 ]
os
{ c +2c3d= 0= 1
1
io
3
é utilizado para o cálculo de determinantes de ordem
au
3.
M
RS V
2 1W
> H
1
- 16 SS1 W
2 W
Seja M = S - 2W
A-1 =
0
1 SS5 3 WW
3 S2 4 - 1W
T X
MATEMÁTICA
[ ]
5 2 -3
1 -2 3
det M = 1 4 2 =
M= 1 -1 5
2 4 -2
9
= a11 ∙ A11 + a12 ∙ A12 + a13 ∙ A13 = 1 ∙ (– 1)1+1 ∙ D11 + 3 ∙ (–1)1+2 ∙
-3
40
D12 + 4 ∙ (– 1)1+3 ∙ D13 = 1 ∙ (– 1)2 ∙
Calculando assim o determinante dos elementos
restantes. 2 .5 - 3 + 3 ∙ (– 1)3 ∙
33
O raciocínio é análogo para os demais termos, por- 4 2
.6
00
1 2
1 5 = - 12, D = 1 -1 =6
os
D12 = 5 2
2 -2 13
2 4 =
nt
1 4
Sa
1 - 2 = 8, D = - 2 3 = 16 – 39 + 72 = 49
id
D23 = =-7
2 4 31
-1 5
ol
D32 = = 2, D33 =
1 5 1 -1 os resultados obtidos serão os mesmos. Na utilização
io
ric
Consideremos uma matriz M de ordem n ≥ 2. Seja de elementos iguais a zero. Esse procedimento facilita
aij um elemento de M. Definimos complemento algé- os cálculos do determinante.
brico do elemento aij, e indicamos por Aij, como sendo
o número ( - 1)i + j . Dij PROPRIEDADES DOS DETERMINANTES
Exemplo:
9
O raciocínio é análogo, caso fosse feita a troca de
-3
pelo determinante de M, isto é det M’ = k · det M
linhas paralelas.
40
Exemplo:
Seja:
.5
Filas Paralelas Iguais
33
RS V
.6
SS2 3W
WW
00
-1 1W Exemplo:
T X
nt
Sa
RS V
Se multiplicarmos a primeira linha da matriz por
SS- 1 0 2W
W W
os
2, teremos:
Seja M = S SS 4 7W
WW , o det de M = 0
id
5
RS V SS- 1 W
6W 2W
ol
SS4 -1 WW T
0
X
ic
5
SS2 W
io
T X
au
2
M’ = S 5 0W WW , o det M’ = - 56 W
SS Seja M = S SS 3 -1 - 3W
WW , o det M = 0
S4 -1 1W S- 2
T X 4 12W
T X
Multiplicação da Matriz por uma Constante
Pois a 3ª coluna é a 2ª coluna multiplicada por 3.
Se A é uma matriz de ordem n, então det (ɑ · A) =
ɑn · det A
Exemplo: 109
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título, a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.
Combinação Linear de Filas Paralelas principal são todos iguais a zero) é dado pelo produto
dos elementos da diagonal principal.
Se uma matriz quadrada M, de ordem n, tem uma Exemplos:
linha (ou coluna) que é combinação linear de outras
linhas (ou colunas), então det M = 0 RS W V
Exemplos: SS- 3 0 0W
WW
Seja A = SS 1 2 0W
JK 1 SS W
- 2 - 1N
O S4 -5 - 1WW
KK OO
Seja M = K 7O
T X
KK 3 4 O , o det M = 0
O Como temos uma matriz triangular superior,
K- 5 2 - 3O ou seja, todos os elementos acima da diagonal prin-
L P cipal são nulos, logo o determinante de A será dado
Pois a 3ª coluna é a soma da 1ª coluna com a 2ª pelo produto dos elementos da diagonal principal da
coluna. matriz A.
Portanto: det A = ( - 3) · 2 · ( - 1) = 6
JK2 -3 NO RS V
KK OO -2 7 W
5
SS1 W W
Seja N = K 0O OO , o det N = 0 S
KK1 2W
4
K3 Seja B = S0 4 WW
- 10 10 O SS
L P S0 0 - 3WW
T X
Pois a 3ª linha é o dobro da 1ª linha menos a 2ª Como temos uma matriz triangular inferior, ou
linha. seja, todos os elementos acima da diagonal princi-
pal são nulos, logo o determinante de B será dado
Teorema de Binet pelo produto dos elementos da diagonal principal da
matriz B.
Se A e B são matrizes quadradas de ordem n, então Portanto: det B = 1 · 4 · ( - 3) = - 12
det (AB) = det A · det B
Exemplo:
9
-1 1
-3
Equação Linear
40
.5
E
Denominamos equação linear toda equação do
33
tipo:
.6
e o , o det B = 3
-2 -7
00
1 2
Onde: a1, a2, a3, . . . , xn: são coeficientes reais, não
os
todos nulos.
Logo, pelo Teorema de Binet, o det (A · B) = det A ·
nt
c: é o termo independente.
Observação: decorre a seguinte relação do Teore-
os
Exemplos:
ol
1
ic
det A–1 =
det A
N
z 4x + 3y - z = - 1
io
z 2x - y = 3
ric
Seja:
Não são equações lineares as equações abaixo:
M
RS V
SS0 3 - 1W
W
W z x2 + y - z3 = 3
A= S SS2 -4 3WWW , o det A = 19 z xy - 5z = -7
SS1 2 - 3WW z x - 2y + √z = 3
T X
Sistema Linear
Logo,
Denominamos sistema linear o conjunto de duas
1 1
det A–1 = = ou mais equações lineares com n incógnitas.
det A 19 Exemplos:
Matriz Triangular
{
3x - y + 3z = 8
- 3x + 2y - z = - 1
x + y - 5z = 3 O sistema acima admite como solução a tripla
ordenada (1, -2, 1), pois substituindo essas coordena-
2x - 5y + 2z = 4 das em cada uma das equações lineares, temos:
{
Nesse caso, temos um sistema linear de três incóg-
{
nitas, sendo elas x, y e z. O -1, e o 4 são os termos inde- (1) +2 (- 2) - 2 (1) = - 5 1-4-2=-5
pendentes desse sistema. 2(1) - 3 (- 2) + (1) = 9 ⇒ 2+6+1=9
Um sistema linear de m equações com n incógni- 3+2+3=8
tas, indicado por m · n (lemos “m por n”), pode ser 3(1) - (- 2) + 3(1) = 8
{
representado por um conjunto de equações do tipo:
-5=-5
{
9=9
a11x1 + a12x2 + a13x3 + . . . + a1nxn = c1 Todas as sentenças são verdadeiras.
a21x1 + a22x2 + a23x3 + . . . + a2nxn = c2 8=8
S a31x1 + a32x2 + a33x3 + . . . + a3nxn = c3
∙∙∙∙∙∙∙∙∙∙∙∙∙∙∙∙∙∙∙∙∙∙∙∙∙∙∙∙∙∙∙∙∙∙∙ SISTEMA LINEAR HOMOGÊNEO
am1x1 + am2x2 + am3x3 + . . . + amnxn = cm
Chamamos de sistema linear homogêneo aquele
que possui todos os termos independentes nulos, ou
Note que, pela definição do produto de matrizes,
seja, iguais a zero.
o sistema linear genérico acima pode ser escrito na
Exemplo:
][ ] [ ]
forma matricial da seguinte maneira:
[ {
x + y + 2z = 0
a11 a12 a13 ... a1n x1 c1
3x + 4y - z = 0
a21 a22 a23 ... a2n x2 c2
a31 a32 a33 ... a3n x3 = c3 2x + 3y - 3z = 0
9
∙∙∙∙∙∙∙∙∙∙∙∙∙∙∙∙∙∙∙∙∙∙∙∙∙∙∙ ∙ ∙
-3
40
am1 am2 am3 ... amn xn cn Todo sistema linear homogêneo admite a solução
nula (0, 0, ..., 0), chamada de solução trivial. Além dessa
.5
33
um sistema linear homogêneo pode ter outras soluções.
Exemplos:
.6
00
SISTEMA
os
{ x4x+ -7yy == 21 ⇒ [ 1 ] ∙ [ y ] = [1 ]
4 -1 x 2 Regra de Cramer
nt
7
Sa
{ [ ][][ ]
os
linear:
- 3x + 2y - z = - 1 -3 2 -1 x -1
id
{ aa xx ++ bb yy == cc
∙
ol
x + y - 5z = 3 ⇒ 1 1 -5 y = 3 1 1 1
ic
2x - 5y + 2z = 4 2 -5 2 z 4 2 2 2
N
io
ric
a21a1 + a22a2 + a23a3 + . . . + a2nan = c2 (sentença verdadeira) É o determinante da matriz incompleta do sistema.
a31a1 + a32a2 + a33a3 + . . . + a3nan = c3 (sentença verdadeira)
∙∙∙∙∙∙∙∙∙∙∙∙∙∙∙∙∙∙∙∙∙∙∙∙∙∙∙∙∙∙∙∙∙∙∙ c1 b1
Dx =
am1a1 + am2a2 + am3a3 + . . . + amnan = cm (sentença verdadeira) c2 b2
Exemplo:
É o determinante da matriz obtida por meio da tro-
ca dos coeficientes de x, pelos termos independentes,
na matriz incompleta. 111
O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para Mauricio Nicoli dos Santos - 000.633.540-39, vedada, por quaisquer meios e a qualquer
título, a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.
Determinado
a1 c1
Dy =
a2 c2 Possível
Indeterminado
Sistema
É o determinante da matriz obtida por meio da tro-
ca dos coeficientes de y, pelos termos independentes,
na matriz incompleta. Impossível
O exemplo acima é análogo para qualquer sistema
linear n · n, portanto a regra de Cramer pode ser apli- Sistema Possível e Determinado
cada para resolver qualquer sistema linear n · n, onde
D ≠ 0. A solução será dada pelas seguintes razões: Um sistema será possível e determinado (SPD)
quando o determinante D da matriz incompleta for
( X1 =
D1
D
,X2 =
D2
D
,X3 =
D3
D
, . . . , xn =
Dn
D ) diferente de zero, ou seja, D ≠ 0.
9
-3
Logo a solução do sistema é o par ordenado (1, 2)
D = 4 - 1 = 14
40
2 3
{ x - 2y + z = 0
.5
33
� 2x + y - 3z = - 5 Como D ≠ 0, o sistema é SPD
.6
4x - y - z = - 1
{
00
x + 2y - z = 1
-0
1 -2 1 0 -2 1 � 2x - 3y + 4z = 2
D = 2 1 - 3 = 10, Dx = - 5 1 - 3 = 10 3x - y + 3z = 3
os
4 -1 -1 -1 -1 -1
nt
1 2 -1
Sa
1 0 1 1 -2 0 D = 2 - 3 4 = 0,
Dy = 2 - 5 - 3 = 20, Dz = 2 1 - 5 = 30
os
3 -1 3
4 -1 -1 4 -1 -1
id
Portanto:
ic
se é SPI ou SI.
N
io
Dx 10 Dy 20 1 2 -1 1 1 -1 1 2 1
ric
x= = = 1, y = = =2 Dx = 2 - 3 4 = 0, Dy = 2 2 4 = 0, Dz = 2 - 3 2 = 0
au
D 10 D 10 3 -1 3 33 3 3 -1 3
M
{
D 10 - 2x + y - 3z = 0
� x - y - 5z = 2
Logo a solução do sistema é a tripla ordenada (1, 2, 3). 3x - 2y + 2z = - 3
112
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0 1 -3 Obtendo z na 3ª equação:
Dx = 2 - 1 - 5 = 40
-3 -2 -2 4z = 4
z=1
ESCALONAMENTO DE SISTEMAS LINEARES
Obtendo y na 2ª equação:
Nem sempre a Regra de Cramer é um instrumento
Como z = 1, vamos substituir o seu valor na 2ª
prático para a resolução de sistemas lineares. Para a
equação e encontrar o y:
resolução de sistemas de três ou mais equações, pode-
mos fazer a solução de uma forma escalonada, ou seja,
- 7y + 5z = 19
vamos fazer o escalonamento do sistema. Um sistema
estará escalonado quando, de equação para equação, no - 7y + 5(1) = 19
sentido de cima para baixo, houver aumento dos coefi-
- 7y + 5 = 19
cientes nulos situados antes dos coeficientes não nulos.
Exemplos: - 7y = 19 - 5
{ {
- 7y = 14
x+y+z=3 x+y+z-t=6
S1 0x + y + z = 2 , S2 0x - y - 4z + 3t = - 13
14
0x + 0y + z = 1 0x + 0y + 12z - 6t = 20 y=
-7
Vejamos um exemplo prático de como resolver um
sistema linear por escalonamento: y=-2
{ 2x - 3y + z = 9 Obtendo x na 1º equação:
x + 2y - 2z = - 5 Como y = - 2 e z = 1, vamos substituir os seus valo-
3x - y + 3z = 8 res na 1ª equação e encontrar o x:
9
x + 2 (- 2) - 2(1) = - 5
-3
ficiente 1 fique na primeira linha.
40
x-4-2=-5
{ x + 2y - 2z = - 5
.5 x-6=-5
33
2x - 3y + z = 9
.6
3x - y + 3z = 8 x=-5+6
00
x=1
-0
[ ]
ol
B= a b c é:
N
a) 0
{
b) 2b - c
au
x + 2y - 2z = - 5 c) a + b + c
M
- 7y + 5z = 19 d) 6 + a + b + c
- 7y + 9z = 23
e) 2bc + c - a
Substituiremos a terceira linha por uma nova, A matriz B é uma matriz quadrada de ordem 3, para
fazendo a seguinte operação: calcular os seus determinantes, vamos utilizar a
Regra de Sarrus:
z Vamos multiplicar a 2ª equação por (- 1) e adicio-
MATEMÁTICA
{
4+a 2+b c 4+a 2+b
x + 2y - 2z = - 5
- 7y + 5z = 19 Vamos fazer o produto das diagonais principais,
4z = 4 menos o produto das diagonais secundárias.
A=
2 3
1 3 ( ) eB=
2 4
1 3 ( ) b + 2d = - 2
-a-c=1
Calcule o determinante do produto AB: -b-d=4
{
b) 12
c) 9 a + 2c = 3
d) 15 -a-c=1
e) 6
b + 2d = - 2
Pelo Teorema de Binet, temos que: o det (A ∙ B) = det -b-d=4
A ∙ det B
Calculando separadamente cada um dos determi- Vamos encontrar primeiramente os valores de a e
nantes, teremos: c, fazendo a soma da linha 1 com a linha 2, temos:
2 3 c=4
Det A = = 2 ∙ 3 - (3 ∙ 1) = 6 - 3 = 3
1 3
Substituindo c por 4 na primeira linha, temos:
2 4
Det B = =2∙3-4∙1=6-4=2 a + 2c = 3
1 3
a + 2 ∙ (4) = 3
Portanto o det (A ∙ B) = detA ∙ detB = 3 ∙ 2 = 6 Respos-
ta: Letra E. a+8=3
a=3-8
3. (CESGRANRIO — 2011) Considere a equação matricial
AX = B, a=-5
Para encontrar os valores de b e d, faremos a soma
Se A = ( -11 2
-1 ) e B = (31 -42 ) , então a matriz X é: da linha 3 com a linha 4, obtendo:
d=2
a) ( 2
2 ) -4
5
Substituindo d por 2 na linha 4, temos:
9
-3
-b-d=4
b) (
2 )
-5 -6
40
4 - b - (2) = 4
c) (
.5
-1 -4)
33
3 -1 -b-2=4
.6
-b=4+2
00
d) (
2 )
-5 -8
-0
3 -b=6
os
e) (
0 3)
4 0 b=-6
nt
( -45 -6
)
Sa
( 4 0
)
N
X= 3x + y = 18
0 3
io
{ 2x + my
ric
( -11 2
-1 ) ∙ (ac db ) = (13 -42 ) a) 8
b) 12
c) 15
Fazendo o produto entre as matrizes no primeiro
d) 18
membro, temos:
e) 20
( (- 1)1 ∙∙ aa ++ 2(- ∙1)c ∙ c (- 1)1 ∙∙ bb ++ 2(- ∙1)d ∙ d ) = (13 -42 ) Se o sistema possui infinitas soluções, ele é um siste-
9
Resposta: Letra A. desafio é exatamente descobrir essa “regra” para,
-3
com isso, encontrar outros termos daquela mesma
40
5. (CESGRANRIO — 2011) Considere o sistema a seguir: sequência.
Veja o exemplo abaixo: .5
33
{ x + 5y + z = 0
.6
4x + y - 2z = 1 2, 4, 6, 8,...
00
7x + 3y - 4z = - 1
-0
tando ou diminuindo?
Sa
2+2=4
ric
D
x= x Logo, o nosso próximo termo será o número 10,
D
pois 8+2 = 10.
Calculando os respectivos determinantes pela regra Caso os números estejam diminuindo, você pode
de Sarrus, teremos: buscar uma lógica envolvendo subtrações ou divisões
entre os termos.
1 5 1
MATEMÁTICA
9
A fórmula a seguir nos permite calcular a soma dos
-3
Uma progressão aritmética é aquela em que os “n” primeiros termos de uma progressão aritmética:
40
termos crescem, sendo adicionados a uma razão cons-
tante, normalmente representada pela letra r.
.5 n # (a1 + an)
33
Sn =
2
.6
compõe a sequência;
Para entendermos um pouco melhor, vamos calcu-
-0
Veja que 1+2=3, 3+2=5, 5+2=7, 7+2=9 e assim sucessi- n # (a1 + an)
ic
2
Aritmética (PA) com uma razão 2, ou seja, r = 2 e termo
io
7 # (1 + 13)
aritméticas, é importante você saber obter o termo S7 =
au
2
geral e a soma dos termos, conforme veremos a seguir.
M
7 # 14
Termo Geral da PA S7 =
2
Trata-se de uma fórmula que, a partir do primei- 98
ro termo e da razão da PA, permite calcular qualquer S7 = = 49
2
outro termo. Temos a seguinte fórmula:
Dependendo do sinal da razão r, a PA pode ser:
an = a1 + (n-1)r
z PA crescente: se r > 0, a PA terá termos em ordem
Nesta fórmula, an é o termo de posição n na PA (o
crescente.
“n-ésimo” termo); a1 é o termo inicial, r é a razão e n é
a posição do termo na PA.
Usando o nosso exemplo acima, vamos descobrir Ex.: {1, 4, 7, 10, 13, 16...} → r = 3;
o termo de posição 10. Já temos as informações que
precisamos: {1,3,5,7,9,11, 13, ...} z PA decrescente: se r < 0, a PA terá termos em ordem
116 decrescente.
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título, a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.
Ex.: {20, 19, 18, 17 ...} → r = -1; an= a1 + (n-1).r
Achando a1:
z PA constante: se r = 0, todos os termos da PA serão a1 = a1 + (1-1).r
iguais. a1 = a1
Colocando a2 em função de a1:
Ex.: {7, 7, 7, 7, 7, 7, 7...} → r = 0. a2= a1+ (2-1)r
a2 = a1 + r
Colocando a3 em função de a1:
Dica a3= a1+ (3-1)r
PA crescente: se r > 0; a3 = a1 + 2r
PA decrescente: se r < 0; Colocando a4 em função de a1:
a4 = a1 + (4-1)r
PA constante: se r = 0.
a4 = a1 + 3r
Substituindo na fórmula da média aritmética:
Em uma progressão aritmética de 3 termos, o (a1 + a2 + a3 + a4 )/4 = 310
segundo termo ou o termo do meio é a média aritmé- (a1+ a1 + r + a1 + 2r + a1 + 3r) / 4 = 310
tica entre o primeiro e terceiro termo. Veja: 4 a1 + 6r = 310 . 4
4 a1 + 6. (-24) = 1240
PA (a1, a2, a3) a2 = (a1 + a3)/2 4 a1 - 144 = 1240
PA (2, 4, 6) 4 = (2+6)/2 4 = 4. a1 = 346
Encontrando a4:
a4= 346 + (4-1).r
Abaixo, analise os exercícios que seguem para pra-
a4= 346 + 3r
ticar seus conhecimentos. a4= 346 + 3. (-24)
a4 = 274. Resposta: Letra D.
1. (IBFC — 2015) O total de múltiplos de 4 existentes
entre os números 23 e 125 é: 3. (CEBRASPE-CESPE — 2017) Em cada item a seguir é
apresentada uma situação hipotética, seguida de uma
a) 25. assertiva a ser julgada, a respeito de modelos lineares,
b) 26. modelos periódicos e geometria dos sólidos.
c) 27. Manoel, candidato ao cargo de soldado combatente,
d) 28. considerado apto na avaliação médica das condições
e) 24. de saúde física e mental, foi convocado para o teste
de aptidão física, em que uma das provas consiste em
9
O primeiro múltiplo de 4 neste intervalo é 24 e o último uma corrida de 2.000 metros em até 11 minutos. Como
-3
Manoel não é atleta profissional, ele planeja completar
40
é 124. Veja que os múltiplos de 4 formam uma PA de
razão igual a 4. Então, temos as seguintes informações: o percurso no tempo máximo exato, aumentando de
.5
uma quantidade constante, a cada minuto, a distância
33
a1 = 24
percorrida no minuto anterior.
.6
an = 124
00
r = 4 (podemos ir somando de 4 em 4 unidades para Nesse caso, se Manoel, seguindo seu plano, correr 125
metros no primeiro minuto e aumentar de 11 metros a
-0
obter os múltiplos).
Substituindo na fórmula do termo geral, vamos distância percorrida em cada minuto anterior, ele com-
os
an = a1 + (n-1)r
Sa
n = 26. Resposta: Letra B. ceiro 125 + 2×11 = 147 metros, e assim por diante.
ic
N
an= a1 + (n-1).r
aritmética de razão igual a − 24. A média de quilôme-
M
tros que Rodrigo percorrerá por dia é igual a 310 km. a11 = 125 + (11 – 1).11
Desse modo, é correto concluir que o número de quilô- a11 = 125 + 110 = 235 metros
metros que Rodrigo percorrerá em seu quarto e último
dia de viagem será igual a: A soma das distâncias percorridas nos 11 primeiros
minutos é dada pela fórmula da soma dos termos
a) 334. da PA:
b) 280.
MATEMÁTICA
n # (a1 + an)
c) 322. Sn =
d) 274. 2
e) 310. 11 # (125 + 235)
S11 =
2
Primeiro devemos achar o a1, para depois acharmos
o a4. Devemos colocar tudo em função de a1, para 11 # 360
S11 =
podermos substituir na média. Usando a fórmula 2
do termo geral:
S11 = 180 · 11
r = -24 117
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título, a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.
S11 = 1.980 A fórmula a seguir nos permite obter qualquer
termo (an) da progressão geométrica, partindo-se do
A distância total percorrida é menor do que 2.000
primeiro termo (a1) e da razão (q):
metros. Logo, Manoel não completará o percurso no
tempo regulamentar de 11 minutos. Resposta: Errado.
an = a1 × qn-1
4. (FCC — 2017) Em um experimento, uma planta recebe
No nosso exemplo, o quinto termo, a5 (n = 5), pode
a cada dia 5 gotas a mais de água do que havia recebi-
ser encontrado assim:
do no dia anterior. Se no 65° dia ela recebeu 374 gotas
de água, no 1° dia do experimento ela recebeu:
{2, 4, 8, 16, 32...}
a) 64 gotas. a5 = 2 × 25-1
b) 49 gotas.
a5 = 2 × 24
c) 59 gotas.
d) 44 gotas. a5 = 2 × 16
e) 54 gotas.
a5 = 32
Já sabemos que a razão é r = 5 e que o a65 = 374,
então, o a1 é dado por: Soma do Primeiro ao N-ésimo Termo da PG
a65= a1 + (n-1).r
374 = a1 + (65-1)5 A fórmula abaixo permite calcular a soma dos “n”
374 = a1 + 64 x 5 primeiros termos da progressão geométrica:
374 = a1 + 320
n
a1 = 54 gotas. a1 # (q - 1)
Resposta: Letra E. Sn =
q-1
9
aulas não pode ser negativo. 2 # (16 - 1)
-3
S4 =
No vigésimo quinto dia de aula, faltaram 50 alunos.
40
1
.5
S4 =
2 # 15
33
( ) CERTO ( ) ERRADO 1
.6
00
a25 = 167 alunos você corra 500 metros, depois, você corra 250 metros
Logo, 215 - 167 = 48 alunos ausentes. e, depois, 125 metros – sempre metade do que você
id
9
a) 324.
-3
n
a1 # (3 - 1)
40
b) 36. 968 =
c) 108. 3-1
.5
33
d) 216.
a1 # (243 - 1)
.6
968 =
2
00
a4 = 12 × 32
a1 = 8
Sa
a4 = 12 × 9
a4 = 108 Resposta: Letra E.
os
Resposta: letra C.
id
ol
a) +30.
M
119
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título, a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.
Dividindo M por N, encontra-se o mesmo resultado 7. (CESGRANRIO — 2022) Todo ano, os organizadores de
que dividindo uma festa encomendam copos de 300 mL em formato
de prisma regular hexagonal reto. Para a festa do pró-
a) 20 por 7 ximo ano, os organizadores pediram que a fábrica tam-
b) 65 por 23 bém confeccionasse copos de 500 mL, mantendo o
c) 29 por 9 mesmo formato e a mesma proporção do copo de 300
d) 66 por 23 mL, ou seja, os dois copos devem ser semelhantes.
e) 37 por 13
9
45
e)
-3
c) x1 > 0 ; x2 > 0 ; x3 > 0 3
40
d) x1 . x2 . x3 > 0
.5
e) xi < 0 para, no máximo, um valor de i entre 1, 2 e 3 8. (CESGRANRIO — 2022) Uma bomba d’água esvazia
33
uma piscina em 10 horas.
.6
dados do Banco Central, os saques nas cadernetas de Se a vazão promovida pela bomba fosse 25% maior,
-0
poupança superaram os depósitos em cerca de R$7,4 em quanto tempo ela esvaziaria a piscina?
bilhões. Foram R$278 bilhões em depósitos e R$285,4
os
b) 7h30min
Sa
/2021/11/05/saques-na-poupanca-superam-depositos-em- -r-743- d) 5h
bilhoes-em-outubro.ghtml>. Acesso em: 12 nov. 21. Adaptado.
id
e) 2h30min
ol
a diferença percentual entre os totais de retirada e de sam pintar um painel de 50m2. Para pintar 1m2, André
io
depósitos, no mês de outubro de 2021, gasta 12 minutos, Bianca gasta 20 minutos, e Carol, 15
ric
minutos.
au
Quantos novos gatos o abrigo recebeu? 14. (CESGRANRIO — 2021) Para os seis primeiros meses
de um investimento, a evolução, em milhares de reais,
a) 6 de um certo investimento de R$ 3.000,00 é expressa
b) 8 1
pela fórmula M(x) = — (x — 4)2 + 7 , onde M(x) indi-
c) 9 4
d) 12 ca quantos milhares de reais a pessoa poderá retirar
e) 15 após x meses desse investimento. Um cliente pretende
deixaresse investimento por seis meses.
11. (CESGRANRIO — 2021) Um escriturário mantém um
desempenho de preencher 30 relatórios por hora e faz Nesse caso, de quanto será a sua perda, em reais, em
uma pausa de 10 minutos às 13h. Durante a pausa, relação ao máximo que ele poderia ter retirado?
seu chefe pergunta a que horas receberá todos os rela-
tórios preenchidos.
a) 1.000
b) 3.000
Se falta apenas 1 relatório e meio, e o escriturário pre- c) 4.000
tende manter seu desempenho, a partir de que horas o d) 5.000
chefe pode contar com todos os relatórios preenchidos? e) 6.000
a) 13h02min 15. (CESGRANRIO — 2021) Uma loja vende um produto em
b) 13h03min dois tipos de embalagem: unitária (com uma unidade do
c) 13h10min produto) e dupla (com duas unidades do produto). Em
d) 13h12min certo mês, foram vendidas 16 embalagens duplas e 20
e) 13h13min unitárias, gerando uma receita para a loja de R$ 488,00.
No mês seguinte, foram vendidas 30 embalagens duplas
12. (CESGRANRIO — 2021) Um garçom ganha um salário e 25 unitárias, gerando uma receita de R$ 790,00.
fixo por mês mais gorjetas diárias. Como regra, ele se
propôs a cada dia do mês guardar um pouco do que Qual foi a porcentagem do desconto dado em cada uni-
9
-3
ganha de gorjetas para fazer uma reserva financeira, dade do produto ao se comprar a embalagem dupla?
40
que é depositada no banco ao fim do dia 30, exceto em
.5
fevereiro. No dia 1, ele guarda R$ 1,00; no dia 2, guarda
a) 5%
33
R$ 2,00; no dia 3, R$ 3,00, e assim, sucessivamente,
b) 8%
.6
até que no dia 30, ele junta R$ 30,00 ao que vinha guar-
c) 10%
00
exceto em fevereiro.
previdência (Y) e consórcios (Z). Cada equação linear
id
Qual é o valor de x?
dade de uma regional produzir valor agregado para o
ic
c) 25 das equações).
au
d) 27
M
e) 31
2x + 5y + 4z = 690 região Sul
5x + 2y + 4z = 720 região Sudeste
13. (CESGRANRIO — 2022) O salário líquido (S), em reais,
3x + 3y + 2z = 540 região Norte
de um determinado profissional é o salário bruto menos
os descontos. O salário bruto é a soma de uma parce-
la fixa, igual a R$5.000,00, com uma parcela variável (a De acordo com esses dados, verifica-se que a contri-
comissão) que é sempre igual a 5% do valor total de buição de um dado segmento que atinge exatamente
MATEMÁTICA
suas vendas (v), em reais. Ele desconta um total de 10% a meta de sua região é de
para previdência, sobre o valor total do salário bruto
e paga (desconta) 20% de Imposto de Renda sobre a a) R$160.000,00 no segmento seguros, na região Sul
diferença entre o salário bruto e a previdência. Ele ainda b) R$400.000,00 no segmento previdência, na região Sudeste
desconta R$ 2.000,00 de plano de saúde. c) R$180.000,00 no segmento consórcio, na região Norte
O salário líquido S, em função do valor total vendido v, d) R$90.000,00 no segmento seguros, na região Norte
em reais, pode ser, algebricamente, expresso por: e) R$180.000,00 no segmento previdência, na região Sul
121
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17. (CESGRANRIO — 2021) Um estudante precisa fazer p+m
um trabalho escolar em seu aparelho de telefone celu- a)
2
lar. Para isso, usará dois aplicativos, A e B, um de cada p—m
vez. Ele sabe que a bateria do seu aparelho, estando b)
2
com carga total, é suficiente para até 4 horas de uso c) p + 2m
do aplicativo A e sabe também que, com carga total, d) 2p - m
a bateria é suficiente para até 1 hora e 20 minutos de e) 2m - 2p
uso do aplicativo B. Após se certificar de que a bateria
de seu aparelho estava com carga total, deu início ao
trabalho com o uso do aplicativo A. Depois de algum 9 GABARITO
tempo, ele interrompeu o uso desse aplicativo e, ime-
diatamente, iniciou o uso do aplicativo B, até a bateria 1 E
descarregar completamente, 3 horas depois do início
do trabalho. 2 A
Por quanto tempo o estudante usou o aplicativo A?
3 A
a) 2h 10min 4 B
b) 2h 15min
c) 2h 20min 5 B
d) 2h 30min
6 B
e) 2h 50min
7 E
18. (CESGRANRIO — 2022) Considere a seguinte proposição:
8 A
Se Maria é advogada, então Joana é engenheira ou
9 B
médica.
10 D
A proposição acima se equivale logicamente à proposição
11 E
a) Se Maria não é advogada, então Joana não é enge-
12 E
nheira, ou não é médica.
b) Se Maria não é advogada, então Joana não é enge- 13 D
nheira, nem médica.
9
c) Se Joana não é engenheira, nem médica, então Maria 14 A
-3
40
não é advogada.
15 C
.5
d) Se Joana é engenheira ou médica, então Maria é 33
advogada. 16 A
.6
médica. 17 D
-0
18 C
19. (CESGRANRIO — 2022) Considere como verdadeiras
os
as seguintes sentenças: 19 E
nt
Sa
ANOTAÇÕES
io
122
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título, a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.
FINTECHS, STARTUPS E BIG TECHS
9
a Redpoint, localizado na zona sul de São Paulo. Ele
-3
em redes de postos de gasolina, redes de lojas. comporta e apoia até cinquenta startups, sendo seis
40
Pode-se, então, obter uma integração dos requisi- delas, FinTechs.
tos de conveniência, segurança, eficácia e relaciona- .5
O banco digital representa uma evolução na for-
33
mento, exigidos pelo conceito de remote bank. ma de se relacionar com o cliente tendo como base
.6
A segurança na transmissão de dados é garan- a inovação tecnológica. Ou seja, busca uma relação
00
tia pelo perfil que o banco, concede por meio de mais personalizada e próxima do consumidor a fim
-0
uma palavra-chave-password que limita o acesso às de atender uma nova geração de clientes mais exigen-
os
contabilidade/remote-banking-(banco-virtual)/24984 financeiro/
os
Muito além de oferecer serviços por internet ban- estão no início de suas atividades e que buscam explo-
io
king ou aplicativos que auxiliem clientes a realizar rar atividades inovadoras no mercado.
ric
suas transações financeiras, o banco digital se carac- Empresas startup são jovens e buscam a inovação
au
teriza por apresentar uma proposta de valor onde a em qualquer área ou ramo de atividade, procurando
M
maioria dos seus produtos e serviços sejam oferecidos desenvolver um modelo de negócio escalável e que
de forma digital. seja repetível.
É um modelo operacional com infraestrutura Um modelo de negócio é a forma como a empre-
capaz de responder às interações de seus clientes em sa gera valor para os clientes. Um modelo escalável
tempo real e criar uma cultura que se adeque às ino- e repetível significa que, com o mesmo modelo eco-
vações tecnológicas de forma ágil. nômico, a empresa vai atingir um grande número de
De acordo com a pesquisa FEBRABAN de tec- clientes e gerar lucros em pouco tempo, sem haver um
nologia bancária 2014, o Banco digital possui um aumento significativo dos custos.
processo não presencial no momento da abertu-
ra de contas, com captura digital de documentos MOBILE BANKING
e informações e coleta eletrônica de assinatura.
Com relação à consulta e resolução de problemas, Banco móvel (às vezes utilizado o termo em inglês
o banco digital possui acesso a canais eletrônicos mobile banking) são ferramentas que disponibilizam
para todas as consultas e contratação de produtos. alguns serviços tipicamente bancários através de dis-
A resolução de problemas é feita por múltiplos canais positivos móveis, como um celular.
sem a necessidade da ida à agência. 123
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Mobile Banking (operação bancária móvel) refere- A atuação do Banco Central tem se pautado em
-se à disposição e vantagem dos serviços da operação criar condições propícias para a evolução do mercado
bancária e financeiros com a ajuda dos dispositivos de pagamentos e o desenvolvimento de novos modelos
móveis da telecomunicação. A variedade de serviços de negócios. Isso envolve considerar os impactos tanto
oferecidos pode incluir facilidades para realizar ope- sobre as instituições que já estão no mercado quanto
rações bancárias e transações do mercado acionário, sobre o funcionamento do Sistema Financeiro Nacional
para administrar clientes e para ter acesso a informa- e do Sistema de Pagamentos Brasileiro, demandando a
ções personalizadas. adequação do ambiente regulatório e da supervisão.
Serviços de informação, por outro lado, pode ser Uma pluralidade de modelos de negócio de Insti-
oferecido como um módulo independente.
tuições de Pagamento já se encontra no mercado e,
dentre eles, destacam-se os que atuam como centra-
OPEN BANKING lizadores financeiros, os focados em nichos e os que
agregam valor ao serviço financeiro.
Se fôssemos traduzir ipsis litteris, Open Banking
No modelo de negócio que atua como centraliza-
significaria Banco Aberto. Mas esse é um termo que
dor financeiro, busca-se agregar produtos ao servi-
remete aos métodos de Inovação Aberta pensados
ço original de acordo com as necessidades de seus
exclusivamente para o setor bancário.
clientes. Entre as soluções oferecidas, estão a conta
Dentro do que chamamos de Open Banking está a
digital, a automatização de operações financeiras, a
prática da colaboração entre instituições bancárias
conciliação de pagamentos, a verificação de recebi-
tradicionais com startups, fintechs e empresas de tec-
nologia. Essas parcerias resultam em soluções e apli- mentos e os serviços de transferência.
cações inovadoras. O objetivo principal da instituição com esse mode-
E isso só acontece por que as Interfaces de Progra- lo é estabelecer-se como uma prestadora de serviços,
mação de Aplicativos (APIs) permitem que terceiros soluções e plataformas, de maneira que ela possa se
acessem informações financeiras com eficiência, o manter como gestora financeira central de seus clien-
que promove o desenvolvimento de novos aplicativos tes. A rentabilidade dessas instituições está atrelada
e serviços. Elas também facilitam a coleta e a análises à capacidade de diferenciação dos produtos e servi-
sofisticadas de volumes exponenciais de dados. ços complementares aos de pagamento, fidelizando e
APIs abertas são ótimas oportunidades para criar obtendo receitas adicionais correspondentes aos ser-
novos modelos de negócios bancários, iniciando o tão viços prestados.
necessário processo de Transformação Digital, res- Por sua vez, as instituições que usam os modelos
ponsável por tirar as instituições financeiras da área de negócio focados em nichos buscam direcionar seus
de conforto e guiá-las rumo a estratégias fundamenta- produtos e serviços de acordo com delineamentos
9
das em user-centric. demográficos específicos. A viabilidade desses mode-
-3
los baseia-se no desenvolvimento de novas tecnolo-
40
O Open Banking propõe elaboração de produtos e
gias e de configurações regulamentares favoráveis ao
.5
serviços online, 100% digitais que geram vantagens
oferecimento de serviços em menor escala, tais como
33
para o usuário final. Sim, a ideia não é resolver o pro-
a interoperabilidade.
.6
Idealmente, uma estratégia de Open Banking deve ceiros como agregação de valor permitem a adição
resultar em uma melhor experiência para os consu- de serviços tipicamente bancários — como serviços
os
midores. A diferença entre o conceito e outras estra- de pagamento, cartões de crédito e aplicativos de ges-
nt
tégias rotineiras no mercado é o novo cenário criado tão financeira — à prestação dos serviços principais
Sa
por ele, em que correntistas acessam serviços e fun- de um determinado ramo econômico não financeiro,
os
cionalidades do banco a partir de sites e aplicativos como aplicativos de transporte, comércios ou serviços
id
terceiros. de entrega.
Dessa forma, ramos que operavam necessariamen-
ol
em seus próprios domínios e passa a ter contato com te com a contratação de uma instituição financeira
N
seu cliente em outros espaços digitais, ampliando sua atualmente já começam a oferecer meios de pagamen-
io
atuação, público, portfólio de serviços e tempo de to fornecidos por instituições de pagamento. Consta-
ric
A plataforma de API aberta do banco deve ser pagamento geralmente optam por realizar parcerias
M
capaz de conectar o correntista, mais especificamente com instituições financeiras ou, alternativamente,
os dados dele, à outras plataformas de sua escolha. O constituem instituições financeiras, que podem reali-
poder de escolha é do usuário, o de conexão de dados zar operações de crédito, formando um conglomerado
é da instituição financeira. prudencial liderado pela instituição de pagamento.
Além disso, nos últimos meses, com a implementa-
Fonte: https://www.mjvinnovation.com/pt-br/blog/open-banking/
ção do PIX, em novembro de 2020, e com o início do
processo de implantação do Open Banking, a partir de
fevereiro de 2021, essas mudanças vêm se tornando
cada vez mais profundas.
NOVOS MODELOS DE NEGÓCIOS De acordo com o Banco Central, o Open Banking
incentivará a inovação e o surgimento de novos
Já há algum tempo, com o surgimento de bancos modelos de negócio que ofereçam aos clientes uma
digitais e fintechs, o sistema financeiro vem passando experiência mais fácil, ágil, segura e conveniente,
por uma revolução, com uso intenso de tecnologia, e processo que deverá favorecer a inclusão e educação
inovando no oferecimento de produtos e serviços e na financeiras da população.
124 forma de se relacionar com os clientes.
O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para Mauricio Nicoli dos Santos - 000.633.540-39, vedada, por quaisquer meios e a qualquer
título, a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.
Espera-se que o fluxo mais transparente de infor- Surgiu a ideia de encontrar objetos que tivessem
mações entre as instituições favoreça a definição de um interesse unanime das pessoas, ou seja, tentaram
melhores políticas de crédito e a oferta de serviços mais encontrar algo que tivesse o mesmo valor para a pes-
adequados aos diferentes perfis de clientes e de segmen- soa A e para a pessoa B; assim, as trocas poderiam ser
tos da sociedade. Também é esperado que as inovações feitas com base nesse item valioso e não entre suas
que vão surgir facilitem a comparação de produtos e mercadorias.
serviços ofertados pelas diferentes instituições partici- Foi convencionado, então, que as pedras e metais
pantes e a programação financeira das pessoas. preciosos seriam os itens de valor comum que pode-
Em paralelo a todas essas transformações, o Ban- riam ser trocados por mercadorias, pois atribuí-
co Central também instituiu o Sandbox Regulatório, ram muito valor a esses objetos. Assim prosseguiu a
que é um ambiente no qual entidades são autorizadas comercialização de mercadorias na sociedade.
pelo BC a testar, por período determinado, projetos O surgimento da moeda metálica se deu com a
e soluções inovadoras na área financeira ou de paga- necessidade de melhorar o transporte e guarda dos
mento, observando um conjunto específico de dis- metais preciosos, pois ladrões sempre existiram, então
posições regulamentares que amparam a realização os ourives, que manuseavam o ouro, também rece-
controlada e delimitada de suas atividades. beram a função de custodiantes (guardadores) dos
Os objetivos do Sandbox Regulatório são estimular a metais e pedras preciosas das pessoas e, ao receber os
inovação e a diversidade de modelos de negócio, incen- itens, emitia um papel informando que aquela pessoa
tivar a concorrência entre os fornecedores de produtos possuía aqueles valores guardados. Esse papel tam-
e serviços financeiros e atender às diversas necessi- bém serviria como objeto de troca por mercadorias.
dades dos usuários, no âmbito do Sistema Financeiro A cunhagem de moedas foi criada a fim de evitar
Nacional e do Sistema de Pagamentos Brasileiro, asse- as falsificações dos metais. Na Grécia antiga já exis-
gurando a higidez (segurança) desses sistemas. tiam os falsificadores, ou seja, aqueles que diziam que
Além do Sandbox, na área de fomento à inovação o uma moeda era de prata, mas ela não tinha tanta pra-
Banco Central também possui outro projeto de extre- ta como ele dizia. Para evitar problemas como esse,
ma importância: o Laboratório de Inovações Finan- as nações começaram a cunhar moedas inserindo
ceiras e Tecnológicas (LIFT). Observe as diferenças selos para garantir que aquela moeda de prata tinha
entre o Sandbox e o LIFT na tabela a seguir: a quantidade correta de prata e não de outro metal
inferior.
Diferenças entre o Sandbox Regulatório e o LIFT Com isso, a humanidade vem caminhando e uti-
lizando cada vez mais a moeda, ou seja, o item que
SANDBOX LIFT serve de troca para se adquirir produtos ou serviços,
9
pois é um item que tem valor para qualquer pessoa.
-3
Acompanha projetos ino- Segundo um site sobre política monetária:
Acompanha o desenvol-
40
vadores já amadurecidos,
vimento da aplicação da
mas nos quais há a neces-
tecnologia ou do modelo .5
Em termos econômicos, moeda é tudo aquilo que é
33
sidade de validar o modelo geralmente aceito para liquidar as transações, isto
de negócio de projetos
.6
de negócio por meio de é, para pagar pelos bens e serviços e para quitar
em maturação
00
ou serviços a clientes reais mercado. Pois a moeda atua como meio de troca.
Sa
O projeto deve ser apresen- O projeto pode ser apre- berá moeda pelo produto vendido e, por conseguin-
id
9
-3
mos de moedas virtuais: BlockChain
40
O Banco Central do Brasil Regula as “Moedas .5
33
O BlockChain espécie de banco de dados, onde
Virtuais”? ficam armazenadas todas as informações sobre as
.6
00
ma, denominação e valor próprios, ou seja, não se pelo seu computador e ver uma negociação que ocor-
nt
trata de moedas oficiais, a exemplo do real. reu entre duas pessoas: uma na China e outra na Ale-
Sa
com “moedas eletrônica”, prevista na legislação. Moe- Os detalhes sobre quem são os envolvidos não é
id
das eletrônicas se caracterizam como recursos em possível saber, pois tudo é criptografado. Mas você
reais mantidos em meio eletrônico que permitem ao
ol
O Banco Central do Brasil Autoriza o Funcionamento não é possível desfazer ou alterar uma transação após
ric
das Empresas que Negociam “Moedas Virtuais” e/ ela ser inserida no sistema. Ou seja, não dá para voltar
au
ou Guardam Chaves, Senhas ou Outras Informações atrás caso tenha se arrependido de vender seus Bit-
M
Cadastrais dos Usuários, Empresas Conhecidas coins. Ficou mais claro agora o que é blockchain?
como “Exchanges”?
Dica
Não. Essas empresas não são reguladas, autoriza-
das ou supervisionadas pelo Banco Central. Não há Blockchain é uma cadeia de blocos, daí o nome,
legislação ou regulamentação específica sobre o tema que fazem parte de um sistema de registro cole-
no Brasil. tivo. Isso quer dizer que as informações não
O cidadão que decidir utilizar os serviços presta- estão guardadas em um lugar só, pois em vez
dos por essas empresas deve estar ciente dos riscos de estarem armazenadas em um único compu-
de eventuais fraudes ou outras condutas de negó- tador, todas as informações da blockchain estão
cio inadequadas, que podem resultar em perdas distribuídas entre os diversos computadores
patrimoniais. ligados a ela.
Fonte: https://blog.toroinvestimentos.com.br/bitcoin-blockchain-o-
que-e
126 1 Política Monetária: Moeda. Disponível em: https://politicamonetaria.webnode.com.br/moeda/. Acesso em: 23 nov. 2022.
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Mineração de Criptomoeda VANTAGENS
9
ainda mais alta no modelo marketplace, visto que
-3
essa solução matemática mais rápido e garantir a a grande maioria trabalha com porcentagens sobre
40
segurança e confiabilidade do blockchain. lucros ou comissões sobre vendas.2
Porém, PoW é criticado, pois a mineração cripto .5
33
não é algo sustentável, já que milhares de máqui- Aumento nas Vendas
.6
uma grande competição tecnológica, a fim de obter Ao trabalhar com a plataforma do marketplace, as
-0
a recompensa fornecida pelo protocolo a cada trans- lojas e comerciantes agregam maiores possibilidades de
os
missão de bloco (atualmente, de 6,25 BTC). E isso custa venda. Os marketplaces brasileiros, por exemplo, atri-
nt
muita energia elétrica, que polui o meio ambiente. buem em média um público de 40 milhões de potenciais
Sa
Outro mecanismo muito conhecido e que visa subs- compradores interessados nos produtos apresentados.
tituir o insustentável modelo PoW é proof-of-stake. Nesse sentido, com novos usuários e diversida-
os
tico, um nó (participante da rede) garante o direito de que aumentam o leque de produtos oferecidos pelos
ol
no mercado.
uma recompensa na forma do token principal da rede.
au
2 ZACHO, R. O que é marketplace? – veja as vantagens e desvantagens. 2017. Disponível em: https://www.ecommercebrasil.com.br/artigos/
marketplace-vantagens-e-desvantagens. Acesso em: 24 nov. 2022. 127
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título, a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.
O aumento das taxas, porcentagens sobre vendas REFERÊNCIAS
ou comissões, também podem pesar. Se uma loja fun-
ciona somente por desse canal, ela acaba sendo obri- E-commerce Brasil. Qual a real influência dos
gada a se enquadrar nessa situação, como a variação influenciadores de compra? 2017. Disponível
e aumento de custos. em: https://www.ecommercebrasil.com.br/artigos/
qual-real-influencia-dos-influenciadores-de-com-
A PERSONALIDADE DA MARCA pra. Acesso em: 24 nov. 2022.
Escola de E-commerce. O que é e-commerce?
A identidade da marca é um elemento que mere- Como funciona, vantagens e como criar o seu do
ce destaque. O marketplace identifica a marca do ven- zero! Guia completo. 2022. Disponível em: https://
dedor ou da loja correspondente na hora de venda do www.escoladeecommerce.com/artigos/o-que-e-e-
produto, todavia, fixá-la na mente do consumidor e -commerce/. Acesso em: 24 nov. 2022.
ocasionar uma recompra não é algo fácil.
Os influenciadores de compra e os métodos de
publicidade envolvidos nessa etapa são mecanismos
de grande valia para influenciar na decisão do con-
sumidor em comprar um produto ou serviço específi- CORRESPONDENTES BANCÁRIOS
co, assim como o espaço onde ele realizará a compra,
visando a escolha entre um estabelecimento e outro. Primeiramente, é muito importante conhecermos
Alguns dos influenciadores de compra mais comuns a definição de correspondente bancário. Vejamos:
são:
De acordo com o Banco Central do Brasil (Bacen),
z a propaganda; correspondentes bancários são empresas (Pes-
z a experiência de familiares e amigos; soas Jurídica) que prestam serviço para instituições
z o período de entrega; financeiras e demais instituições autorizadas pelo
z o preço do produto. Bacen4.
Para trabalhar com os influenciadores de compra De outro modo, podemos dizer que se tratam de
do consumidor, é necessário destacar duas questões: empresas não bancárias responsáveis por interme-
Onde a marca aparecerá? Onde o cliente estará? diar transações e operações financeiras entre as ins-
A propaganda deve influenciar positivamente o con- tituições e os clientes finais. As lotéricas e o Banco
sumidor, independente da plataforma que o vendedor postal (justamente uma parceria entre os Correios e
escolher utilizar. Por exemplo, se o consumidor estiver uma instituição financeira) são exemplos de corres-
9
-3
mais focado nas redes e mídias sociais, o e-commerce do pondentes bancários.
40
usuário precisará estar presente nesse nicho. Além disso, dentre os propósitos de um agente
.5
bancário, seus objetivos principais são:
33
DIFERENÇA ENTRE MARKETPLACE, LOJA VIRTUAL
.6
Em geral, tais conceitos são ditos, muitas vezes, z estender o atendimento para áreas ainda não aten-
como sinônimos. Entretanto, possuem diferenças
os
E-commerce é todo tipo de comércio eletrônico, tem que os serviços bancários atinjam regiões mais
id
que acontece à distância, por meio de dispositivos ermas e distantes. Assim, podemos dizer que:
ol
9
disposto no art. 13.
-3
contratações. Parágrafo único. Pode ser incluída no contrato a
40
Nos termos da lei: prestação de serviços complementares de coleta de
.5
informações cadastrais e de documentação, bem
33
Art. 5º É vedada a celebração de contrato de como controle e processamento de dados.
.6
Segundo o art. 6, qualquer celebração de contrato nado serviço de pagamento ao público. As regras do
ol
de correspondente que configure contrato de fran- arranjo facilitam as transações financeiras que usam
ic
Ademais, em conformidade com o art. 8º, da pre- dinheiro vivo entre duas pessoas que se conhecem, o
io
Art. 8º depende de prévia autorização do Ban- cartão de crédito numa compra que só é possível por-
M
co Central do Brasil a celebração de contrato de que o vendedor aceita receber daquela bandeira.
correspondente com entidade não integran- Os arranjos podem se referir, por exemplo, aos pro-
te do Sistema Financeiro Nacional (SFN) cuja cedimentos utilizados para realizar compras com car-
denominação ou nome fantasia empregue termos
tões de crédito, débito e pré-pago, em moeda nacional
característicos das denominações das instituições
ou estrangeira. Os serviços de transferência e remes-
do SFN, ou de expressões similares em vernáculo ou
em idioma estrangeiro. sas de recursos também são arranjos de pagamentos.
As pessoas jurídicas não financeiras que executam
os serviços de pagamento no arranjo são chamadas
De acordo com o art. 11, por seu turno:
de instituições de pagamento e são responsáveis pelo
Art. 11 É vedada à instituição contratante: relacionamento com os usuários finais do serviço.
I - a cobrança de clientes atendidos pelo cor- Instituições financeiras também podem operar com
respondente de tarifa, comissão, valores refe- pagamentos.
rentes a ressarcimento de serviços prestados por A instituição é chamada de Instituidor de Arranjo
terceiros ou qualquer outra forma de remuneração, de Pagamento quando é a pessoa jurídica responsável
pelo fornecimento de produtos ou serviços de res- pela criação do arranjo de pagamento e pela manu-
ponsabilidade da referida instituição, ressalvadas tenção do seu funcionamento. A ele cabe o papel de 129
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organizar e criar regras para o funcionamento do z Destinados ao recebimento de doações eleitorais.
arranjo, observada a regulamentação do Banco Cen-
tral, e de monitorar se os participantes dos arranjos
estão seguindo as regras e os procedimentos estabele- Importante!
cidos. As bandeiras de cartão de crédito são exemplos
de instituidor de arranjo. O Banco Central é o institui- O Banco Central (BC) supervisiona todos os
dor dos arranjos TED, DOC, boleto e Pix, por exemplo. arranjos de pagamento que não se enquadrem
Alguns tipos de arranjo de pagamentos não estão nas condições descritas acima.
sujeitos à regulação do BCB, tais como os cartões pri-
vate label – emitidos por grandes varejistas e que só
podem ser usados no estabelecimento que o emitiu Ainda, segundo a Lei n° 12.865, de 2013, em seu
ou em redes conveniadas. Também não são sujeitos artigo 7º Os arranjos de pagamento e as instituições de
à supervisão do BC os arranjos para pagamento de pagamento observarão os seguintes princípios, con-
serviços públicos (como provisão de água, energia forme parâmetros a serem estabelecidos pelo Banco
elétrica e gás) ou carregamento de cartões pré-pagos Central do Brasil, observadas as diretrizes do Conse-
de bilhete de transporte. Incluem-se nessa categoria, lho Monetário Nacional:
ainda, os cartões de vale-refeição e vale-alimentação.
O BR Code, que é um exemplo de arranjo de paga- I - Interoperabilidade ao arranjo de pagamento e
mento, passará a ser o padrão único para QR Codes entre arranjos de pagamento distintos;
(código de barras bidimensional) a serem utilizados II - Solidez e eficiência dos arranjos de pagamen-
para a iniciação de transações em arranjos de paga- to e das instituições de pagamento, promoção da
mento. A Resolução BCB nº 10, que entrou em vigor competição e previsão de transferência de saldos
em 20/08/2020, estabelece que os arranjos de paga- em moeda eletrônica, quando couber, para outros
mentos terão até 21/04/2021 para adaptarem os QR arranjos ou instituições de pagamento;
Codes ao BR Code. III - Acesso não discriminatório aos serviços e às
Com esse novo padrão, o usuário pagador poderá infraestruturas necessários ao funcionamento dos
utilizar o mesmo QR Code para iniciar uma transação arranjos de pagamento;
em diferentes arranjos – a depender do aplicativo IV - Atendimento às necessidades dos usuários
escolhido, de acordo com suas preferências. Os pres- finais, em especial liberdade de escolha, segurança,
tadores de serviço de pagamento devem informar ao proteção de seus interesses econômicos, tratamen-
usuário qual o arranjo de pagamento está sendo utili- to não discriminatório, privacidade e proteção de
zado naquela transação. dados pessoais, transparência e acesso a informa-
9
A legislação proíbe que instituições de pagamento ções claras e completas sobre as condições de pres-
-3
prestem serviços privativos de instituições financei-
40
tação de serviços;
ras, como a concessão de empréstimos e financiamen-
.5
V - Confiabilidade, qualidade e segurança dos ser-
tos ou a disponibilização de conta bancária e de
33
viços de pagamento; e
poupança.
.6
franquia ou de licenciados;
Brasil com mais de quinhentas mil contas de clientes
z Exclusivos para pagamento de serviços públicos,
ativas, consideradas as contas de depósito à vista, as
como água, luz e transporte;
z Baseados em moedas virtuais, como programas de contas de depósito de poupança e as contas de paga-
benefícios, como de milhagem aérea e outros pro- mento pré-pagas.
gramas que tenham como objetivo incentivar uso Consideram-se contas de clientes ativas as contas
e a fidelidade do cliente por meio de prêmios; de depósito à vista, as contas de depósito de poupança
z Decorrentes de programas governamentais de e as contas de pagamento pré-pagas não encerradas.
benefícios, a exemplo de vale-alimentação, vale- É facultada a adesão ao PIX:
-refeição e vale-cultura;
z De saque e aporte, nos quais as condições de pres- I - das demais instituições financeiras e instituições
tação desses serviços são estabelecidas por meio de pagamento
de contratos comerciais entre as operadoras de II - da Secretaria do Tesouro Nacional, na condição
caixas eletrônicos e as instituições financeiras e de de ente governamental.
pagamento, e que, atualmente, não são submeti-
130 dos à aprovação do BC;
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Importante! z pix Copia e Cola.
As instituições de pagamento que optarem por
Eu posso ter várias chaves cadastradas na mesma
aderir ao PIX, e não se enquadrarem nos crité-
conta, mas nunca várias contas vinculadas a mesma
rios previstos na regulamentação em vigor para
chave, pois a chave só poderá abrir uma conta de cliente.
serem autorizadas a funcionar pelo Banco Cen-
tral do Brasil, serão consideradas integrantes do
Sistema de Pagamentos Brasileiro (SPB) a par-
tir do momento em que apresentarem pedido de
adesão ao PIX. SISTEMA DE BANCOS-SOMBRA
(SHADOW BANKING)
Os processos e estruturas de governança do PIX Shadow Banking
devem garantir:
O shadow banking, também conhecido em portu-
I - a representatividade e a pluralidade de institui- guês como “sistema bancário sombra”, é um con-
ções e de segmentos participantes; junto de operações e intermediários financeiros que
II - o acesso não discriminatório; e fornecem crédito em todo o sistema financeiro glo-
III - a mitigação de conflitos de interesse. bal de forma “informal”.
O Fórum Pix é um comitê consultivo permanente
Ou seja, por meio de uma série de atividades parale-
que tem como objetivo subsidiar o Banco Central do
Brasil na definição das regras e dos procedimentos las ao sistema bancário, algumas instituições e agentes
que disciplinam o funcionamento do Pix. conseguem realizar financiamentos de forma indireta,
O Fórum Pix é integrado por: sem passar por nenhuma supervisão ou regulação.
I - participantes do arranjo, individualmente ou por meio Dentre os intermediários não-regulamentados que
de associações representativas de âmbito nacional; podem fazer parte do shadow banking estão os:
II - provedores e potenciais provedores de serviços
de tecnologia da informação, z Bancos de investimento;
III - usuários pagadores e recebedores, por meio de
z Fundos de hedge;
associações representativas de âmbito nacional; e
IV - câmaras e prestadores de serviços de compen- z Operações com derivativos e títulos securitizados;
sação e de liquidação que ofertem mecanismos de z Fundos do mercado monetário;
provimento de liquidez no âmbito do Pix. z Companhias de seguros;
z Fundos de capital privado;
A Coordenação do Fórum Pix será Exercida pelo z Fundos de direitos creditórios;
9
-3
Banco Central do Brasil z Factorings e fomentadoras mercantis;
40
z Empréstimos descentralizados (peer-to-peer lending).
Compete ao Coordenador do Fórum Pix: .5
33
Por que o Shadow Banking Existe?
.6
sugestão de participante, propostas de acréscimos Instituições que praticam o shadow banking geral-
-0
ou de alterações de regras que possam ensejar a mente servem como intermediários entre credores
necessidade de alteração no Regulamento do Pix, e tomadores de empréstimos, fornecendo crédito e
os
quando referentes a temas que impactem a atuação capital para investidores e corporações.
nt
dos participantes e seus correspondentes modelos Mas como essas instituições não são bancárias, elas
Sa
III - definir os temas a serem discutidos pelo Fórum crédito e de liquidez, além de não possuir uma reser-
ic
IV - definir a periodicidade das reuniões do Fórum Mas com o desenvolvimento dos mercados glo-
io
V - decidir sobre a constituição de grupos de tra- complexas, o shadow banking passou a desempenhar
au
balho temáticos, com objeto delimitado, de forma um papel cada vez mais relevante em todo o sistema
M
permanente ou por prazo determinado, e sobre a financeiro. De acordo com estudos da área, estima-se
composição, a coordenação, os produtos, os prazos
que em 2015 existiam 92 trilhões de dólares em os ati-
e as diretrizes de atuação desses grupos;
VI - decidir sobre a constituição de comitês, inclusive de vos financeiros não bancários circulando pelo mundo.
autorregulação, sua composição e objeto de atuação; e
VII - coordenar a atuação das entidades envolvidas
no encaminhamento das soluções aprovadas. SEGMENTAÇÃO E INTERAÇÕES
Os clientes que desejarem usar o sistema PIX pre- DIGITAIS
cisam cadastrar uma chave de acesso a uma conta
específica em uma ou mais instituições financeiras. O marketing digital é essencial para a comunicação
No total existem 5 chaves possíveis: das atividades de uma marca, afinal neste ambiente é
possível se posicionar e garantir uma audiência quali-
z seu CPF ou CNPJ; ficada. Neste sentido, a estratégia é ainda mais asser-
z seu número de telefone; tiva quando as ações e campanhas de marketing são
z seu e-mail; personalizadas de acordo com o público e comparti-
z chave aleatória; lhadas no momento certo para atingir o cliente. 131
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Ao estabelecer um planejamento para a divul- e foco em nichos de mercado onde se concentram as
gação de uma campanha no Facebook é necessário pessoas com mais potencial de compra e fidelização.
selecionar, dentre os diversos filtros demográficos e A segmentação é uma forma de otimizar investi-
perfis de interação, quem deverá ser impactado por mentos por meio de uma mensagem mais objetiva e
sua publicação. Saiba como começar: com escopo mais bem definido. Se por um lado gasta-se
menos com tempo de exibição em horário nobre, por
z Crie ‘personas’ outro ganha-se mais relevância em campanhas dese-
nhadas para atrair organicamente. É uma forma única
Definir as características da pessoa que você quer no mundo corporativo de fazer mais com muito menos.
atingir por meio da associação com seus valores e
informações facilita a seleção de interesses que con- Criando uma Identidade
tribuam para uma segmentação eficaz. Selecione fato-
res como idade, profissão, hobbies, gostos culturais e O Marketing Digital surgiu dessa necessidade de
atividades praticadas regularmente; aproximar marca e público de forma como nunca antes
foi possível. O termo do momento em divulgação publi-
z Utilize a mídia correta citária é “conexão emocional”. Campanhas segmenta-
das e que se apoiam em redes sociais para passar uma
Saber quem é o seu público alvo ideal é a chave mensagem tornam a empresa mais próxima do público,
para descobrir onde o seu cliente está e, a partir dis- como mais uma amiga em sua rede de relacionamentos.
so, estabelecer qual a mídia deve ser prioritária na Dessa forma, é possível criar uma identidade bem
ação. Conhecer as opções de segmentação, uso e perfis definida para o negócio e seus produtos. A marca é
existentes em cada ambiente é essencial para que sua personificada em uma mensagem e é muito mais fácil
campanha tenha bom desempenho; se relacionar afetivamente com uma persona do que
apenas um nome na tela.
z Teste variáveis
Aumentando Taxas de Conversão
Durante a publicação da campanha é fundamental
criar variantes de público para entender a receptivida- Ou seja, a segmentação de público é hoje a fórmu-
de de cada um. Segmentações diferentes influenciam la mais rápida e eficiente para aumentar a sua taxa
resultados diferentes, por isso ter públicos segmenta- de conversão (a porcentagem de pessoas atingidas
dos permite elevar seu entendimento da audiência a pela mensagem que realmente fazem uma compra ou
assinam um serviço), além de necessitar de um custo
cada interação da campanha, permitindo resultados
9
menor para manter esse cliente fidelizado.
-3
cada vez melhores;
Conexão emocional é barata de criar e difícil de ser
40
quebrada — duas características que qualquer empre-
z Mensure os resultados
.5
33
sa busca em suas campanhas de marketing. Segmen-
tar seu público é a forma mais eficiente de alcançar
.6
esse resultado.
jamento, tempo de visita e conversão, disponibiliza-
-0
9
ção de diferentes hardwares e softwares ao longo dos
-3
exemplo, para uma única cidade, uma faixa etária ou
últimos trinta anos.
40
até um horário do dia.
Geralmente os editais cobram três itens sobre
.5
Transformação Digital: Internet das coisas, Big Data e
33
Retendo Clientes Através de Relacionamento
Inteligência Artificial.
.6
00
Fonte:https://2dcb.com.br/blog/como-o-marketing-digital-ajuda-na-
ric
9
3. (CESGRANRIO — 2021) Uma investidora está queren-
-3
O principal impacto decorrente da enorme fuga de
40
do saber a relação entre a blockchain e o bitcoin.
capitais do Brasil em 2020, descrita na reportagem
.5
mencionada anteriormente, foi o(a)
33
Em sua pesquisa, ela esclareceu sua dúvida, ao descobrir
.6
que
a) expressiva desvalorização do real brasileiro
00
da em blocos.
descolamento entre as taxas de juros de curto e de
id
blockchain.
ria jornalística, publicada no início de agosto de 2020,
ic
criptomoedas.
aos impactos adversos decorrentes da crise pandêmi-
io
responder à questão.
da- feira em alta firme, afetados por um movimento
M
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título, a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.
Para minorar os impactos da crise, a Emenda Constitu- Criptomoeda, ou moeda criptografada, é um ativo
cional nº 106, de 7 de maio de 2020, conhecida como digital denominado na própria unidade de conta que
o “Orçamento de Guerra”, instituiu uma diversidade é emitido e transacionado de modo descentralizado,
de medidas nos âmbitos fiscal, financeiro e de con- independentemente de registro ou validação por parte
tratações para enfrentamento da calamidade pública de intermediários centrais, com validade e integridade
nacional, decorrente da pandemia da Covid-19. Den- de dados assegurada por tecnologia criptográfica e de
tre as medidas aprovadas, o Banco Central do Brasil consenso em rede. Trata-se de instrumentos desenha-
ficou autorizado, temporariamente, a operar com ins- dos para viabilizar transferências de valores em rede
trumentos de política monetária considerados não de maneira segura e independente de um sistema de
convencionais. A medida de política monetária não intermediação financeira (...). Outro aspecto econô-
convencional, por parte do Banco Central do Brasil, mico que merece destaque é o lado político-econômi-
que poderia ter estimulado a redução das taxas de co da atribuição de valor a uma moeda. As moedas
juros de longo prazo no ano passado é a estatais de curso forçado contam não apenas com
reservas legais, mas também com uma infraestrutu-
a) redução da taxa de juros básica de curto prazo (Selic) ra estatal ou privada (fortemente regulada) e com as
b) venda de títulos públicos e privados no mercado políticas monetária e cambial oficiais (...). Muitas crip-
secundário tomoedas, mesmo que funcionem como instrumentos
c) compra de títulos públicos e privados no mercado descentralizados, têm grande parte de sua base mone-
secundário tária em poder da organização que a desenvolveu.
d) redução do percentual dos depósitos compulsórios
e) venda de títulos mediante operações compromissadas Stella, J.C. Moedas virtuais no Brasil: como enquadrar as crip-
tomoedas. Revista da PGBC, v. 11, n. 2, dez. 2017, p. 151, 156.
Disponível em: <https://revistapgbc.bcb.gov.br/index.php/revista/
7. (CESGRANRIO — 2021) Uma pessoa estava querendo issue/download/26/A9%20V.11%20-%20N.2>. Acesso em: 24 jul 21.
fazer um empréstimo e descobriu que algumas ins-
tituições que praticam o shadow banking (“sistema O texto sugere que o mercado de criptomoedas é fon-
bancário sombra”) geralmente servem como interme- te de enorme instabilidade e preocupação dos bancos
diários entre credores e tomadores de empréstimos, centrais, porque as empresas emissoras desses ati-
fornecendo crédito e capital para investidores e corpo- vos monetários
rações. Ao fazer uso dessas instituições para fazer um
empréstimo, a pessoa incorre em riscos? a) são reguladas pelos bancos centrais.
b) têm enorme capacidade de manipulação da taxa de
a) Não, pois vai ter toda a assessoria para fazer o câmbio entre a criptomoeda emitida e os demais ati-
empréstimo. vos digitais.
9
b) Não, pois o shadow banking realiza operações pas-
-3
c) conseguiram transformá-los no principal meio de tro-
40
sando por toda a supervisão ou regulação dos siste- ca utilizado nas transações financeiras internacionais.
mas financeiros/ bancários do país.
.5
d) vinculam a unidade de conta da criptomoeda às prin-
33
c) Sim, pois essas instituições não são bancárias, não cipais moedas conversíveis, como o dólar norte-ame-
.6
dicional e são estruturas paralelas aos mercados e) forçam o enquadramento das criptomoedas emitidas
-0
já existentes.
aos mercados tradicionais, embora passe por todas
nt
financeira, embora tenha registro no Banco Central. de negócio que desburocratizou o mercado e oferece
id
cífico de banco de dados distribuído, no qual há uma da empresa para seus clientes.
tia de ordem cronológica. Os dados registrados nos Como são chamadas as empresas que introduzem
ric
blocos podem variar de transações financeiras a con- inovações nos mercados financeiros por meio do uso
au
modelos de negócios?
Na blockchain da bitcoin, as entidades que registram
novos blocos na cadeia são chamadas de a) Nutechs
b) Inovatechs
a) registradores c) Fintechs
b) mineradores d) SmartTechs
c) trabalhadores e) HealthTechs
d) gerenciadores
e) conectores 11. (CESGRANRIO — 2021) A cliente de um banco está
chateada com as taxas bancárias sobre as suas tran-
9. (CESGRANRIO — 2021) Leia as considerações seguin- sações e para manter a sua conta-corrente. Ela está
tes sobre o expressivo crescimento das criptomoedas pensando em investir em criptomoedas para ter mais
nas movimentações financeiras internacionais. domínio sobre o seu dinheiro e não pagar tantas taxas.
135
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título, a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.
As criptomoedas válidas que ela tem para investir nes- b) prestam serviços ao BCB, notadamente a preparação
te momento são de Relatórios contendo dados e informações sobre as
operações de crédito e de câmbio de todas as institui-
a) zen e bitemoeda ções financeiras.
b) bitcoin e tokecardume c) prestam serviços ao BCB, notadamente a criação de siste-
c) bitcoin e bitemoeda mas de informações on-line que permitem o compartilha-
d) bitcoin e ethereum mento de dados entre diversos órgãos reguladores, como
e) ethereum e tokecardume o próprio BCB, a Comissão de Valores Mobiliários (CVM) e
a Superintendência de Seguros Privados (Susep).
12. (CESGRANRIO — 2021) As startups têm transformado d) empregam tecnologias digitais de última geração e ofere-
os negócios. cem serviços financeiros à margem do sistema bancário
tradicional, estando, portanto, livres da regulação do BCB.
Um dos motivos para isso é que elas e) atuam por meio de plataformas on-line, lançando ino-
vações no mercado financeiro, mediante uso intenso
a) são ágeis, sempre vendem os seus produtos mais de tecnologias digitais com elevado potencial de cria-
barato e visam a tornar-se um unicórnio. ção de novos modelos de negócios.
b) inovam, transformam processos e têm potencial de
rápido crescimento. 16. (CESGRANRIO — 2021) Um dos objetivos almejados
c) sempre são compradas com valores mais baixos que pelo Banco Central do Brasil, ao criar o Pix, é
o mercado.
d) sempre possuem aplicativos para agilizar suas operações. a) reduzir a velocidade de circulação da moeda.
e) são sempre empresas de internet. b) inibir a concorrência bancária.
c) aumentar os fluxos de pagamento com cartões
13. (CESGRANRIO — 2021) A inserção dos bancos digitais eletrônicos.
no Sistema Financeiro Nacional acarreta a dissemina- d) disseminar os fluxos de pagamento de forma eletrônica.
ção de tecnologias e culturas inovadoras, dentre as e) aumentar o número de intermediários financeiros
quais merece menção o (a) envolvidos nos fluxos de pagamentos.
a) maior contato físico entre bancos e clientes 17. (CESGRANRIO — 2021) O Conselho Monetário Nacional
b) dispensa do armazenamento de dados dos clientes e o Banco Central do Brasil (BCB) vêm estabelecendo
c) uso de inteligência artificial novas regras no Sistema Financeiro Nacional. Uma delas
d) generalização de plataformas off-line abre a possibilidade de clientes de produtos financeiros
e) utilização mínima de big-data permitirem o compartilhamento de dados cadastrais
9
entre diferentes instituições financeiras autorizadas pelo
-3
40
14. (CESGRANRIO — 2021) Considere o texto a seguir, reti- BCB, bem como a movimentação de suas contas bancá-
rias a partir de diferentes plataformas, e não apenas pelo
rado de Relatório do Banco Central do Brasil.
.5
33
aplicativo ou site do banco.
.6
No sistema financeiro mundial, existem muitas enti- A essa nova modalidade denomina-se
00
b) Open banking
bilidade Financeira, de 2015, o Banco Central do Brasil c) Shadow banking
nt
(BCB) estima o valor total dos ativos dessas entida- d) Internet banking
Sa
e regulação, riscos tipicamente bancários, tais como 18. (CESGRANRIO — 2021) A principal marca distintiva do
ol
liquidez e transferência de risco de crédito”. cartões de débito automático, é que o Pix é um siste-
N
9
cedo, e sua meta de vendas não será alcançada.
-3
9 GABARITO
40
.5
Na avaliação da qualidade de serviços, essa oportuni- 33
dade é denominada 1 B
.6
2 C
00
a) tangíveis visíveis
-0
b) prontidão de recuperação 3 A
c) qualidade de projeto
os
d) momento da verdade 4 E
nt
e) técnica de design
Sa
5 A
os
11 D
Desse modo, verifica-se que a estratégia genérica de
posicionamento das Fintechs foi de 12 B
a) diferenciação de produto 13 C
b) diversificação de indústria
14 A
c) expansão de mercados
d) extensão de marca 15 E
e) liderança em custo
16 D
23. (CESGRANRIO — 2021) A propaganda de um banco diz
17 B
que cada cliente é atendido rapidamente e que todas
as suas solicitações são resolvidas de forma ágil e 18 C
personalizada, em agências confortáveis e modernas.
No entanto, ao chegar à agência, o cliente encontra 19 C
instalações degradadas, e uma grande quantidade de 137
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título, a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.
20 B
21 D
22 E
23 A
24 C
ANOTAÇÕES
9
-3
40
.5
33
.6
00
-0
os
nt
Sa
os
id
ol
ic
N
io
ric
au
M
138
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título, a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.
Por último, tem-se a Taxa de Juros, que é uma por-
centagem fracionária do Juro sobre o Capital, gerada ao
longo do tempo, ou seja, o quociente entre o Juro e Capital.
FINANCEIRA Consumo
9
diferentes valores conforme o tempo vai passando, Aqui, temos um fator que está diretamente relacio-
-3
pois os R$ 100,00 de hoje não são os mesmos R$ 100,00 nado a algum investimento alternativo que gera resul-
40
de daqui a 5 anos. Diz-se isso, pois há fatores que tado futuro. Por exemplo, se temos disponível o valor
.5
de R$ 1000,00, hoje, qual o custo de oportunidade desse
33
modificam o valor do dinheiro no tempo, como, por
dinheiro? Caso eu o invista, eu vou ter um resultado no
.6
podemos constatar se são iguais (equivalentes), ou risco nada mais é do que a possibilidade de perda do
ol
Liquidez
ric
9
As taxas podem ser representadas percentualmente
-3
juros vão incidir sempre sobre o capital inicial. ou em decimal (por exemplo: 10%=0,10). O tempo —
40
III. Falso, pois o correto seria “investimento não é número de períodos, quantidade de prestações, é cha-
atrativo”, uma vez que a taxa interna de retorno é
.5
33
mado de prazo (n) e deverá sempre estar compatível
inferior à taxa requerida.
com a periodicidade da taxa de juros. Assim, n=0 é a
.6
Resposta: Letra B.
00
9
-3
40
Figura 20. Capitalização simples, com PV = R$2000,00 e i = 10% ao
.5
33
mês, por 10 meses.
.6
00
FV = PV · (1 + in)
ol
n = 10 → FV = 2000 · (1 + 0,1 · 10) = 2000 · 2 = 4000 n = 1 → FV = 2000 · (1 + 0,1)1 = 2000 · 1,1 = 2200
n = 2 → FV = 2000 · (1 + 0,1)2 = 2000 · 1,21 = 2420
No juro simples o valor de incremento mensal
n = 3 → FV = 2000 · (1 + 0,1)3 = 2000 · 1,331 = 2662
referente à taxa de juro é constante, ou seja, mês a
mês, o valor de aumento é o mesmo, basta fazer a n = 4 → FV = 2000 · (1 + 0,1)4 = 2000 · 1,464 = 2928,2 141
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n = 5 → FV = 2000 · (1 + 0,1)5 = 2000 · 1,6105 = 3221,02 z Em relação aos prazos relativamente curtos (como
n = 2 períodos), veja que a diferença entre juros
n = 6 → FV = 2000 · (1 + 0,1)6 = 2000 · 1,7716 = 3543,122
simples e compostos é bem pequena. É possível
n = 7 → FV = 2000 · (1 + 0,1)7 = 2000 · 1,9487 = 3897,434 fazer até mesmo um cálculo aproximado dos juros
n = 8 → FV = 2000 · (1 + 0,1)8 = 2000 · 2,1463 = 4287,178 compostos utilizando o regime simples;
z Conforme haja aumento no prazo, a diferença se
n = 9 → FV = 2000 · (1 + 0,1)9 = 2000 · 2,3579 = 4715,895
torna cada vez maior. Por exemplo, se tivéssemos
n = 10 → FV = 2000 · (1 + 0,1)10 = 2000 · 2,5937 = 5187,485 n = 20 meses, a dívida no regime simples chegaria a
R$ 3.000, e no regime composto chegaria a R$ 6.727
O regime de capitalização composta é amplamen- (mais que o dobro).
te adotado por todo mercado financeiro e de capitais.
Sua importância é fundamental para o entendimento Sintetizando:
de praticamente todas as operações financeiras que
são realizadas. Cabe destacar que, em comparação
com o regime de capitalização simples, para o primei- JUROS SIMPLES JUROS COMPOSTOS
ro período de capitalização indifere a escolha de juros Mais onerosos se 0 < n < 1 Mais onerosos se n > 1
simples ou compostos, pois ambos os juros produzi-
dos se igualam. Mesmo valor se n = 1
Juros capitalizados
Comparação entre Regimes Simples e Composto Juros capitalizados no
periodicamente
final do prazo
(“juros sobre juros”)
Para compararmos o funcionamento dos dois regi-
mes, utilizaremos o exemplo de uma dívida inicial C = Crescimento linear (reta) Crescimento exponencial
1000 reais, prazo de pagamento n = 4 meses, taxa de
juros i = 10% ao mês. Veja: Veja o gráfico abaixo:
MONTANTE M
MONTANTE
MÊS (JUROS s
(JUROS SIMPLES) to
COMPOSTOS) s
po
0 1000 1000 c om
9
os
-3
1 1000 + 100 1100 jur les
imp
40
ss
juro
2 1000 + 200 1210 .5
33
.6
4 1400 1464,10
-0
1 t
os
Pontos principais:
nt
devidos nos dois regimes são iguais. Assim, para A importância de saber essas comparações reside
id
t = 1, juros simples e compostos geram o mesmo no fato de que bancas de concurso costumam cobrar
ol
z Já ao final do prazo total, observe que os juros sive de assuntos como esta comparação, e não apenas
N
vale desde n = 2, em que tínhamos uma dívida de FLUXOS DE CAIXA E DIAGRAMAS DE FLUXO DE
au
9
-3
equações do Montante de regime de juros: (1+ia) = (1+im)t
40
(1 + ia) = (1 + 0,035)12
Regime Simples → M = C · (1 + i · t)
.5
1 + ia = 1,03512 33
Regime Composto → M = C · (1 + i)t 1 + ia = 1,6958
.6
ia = 1,6958 – 1
00
Exemplo:
id
1 mês = 30 dias
ol
1 + im = 1,00430
io
2.800 1 + im = 1,1272
ric
im = 1,1272 – 1
au
im = 0,1272
M
im = 12,72% ao mês.
MATEMÁTICA FINANCEIRA
9
Figura 1: Matemática financeira para concurso. Penido, Eduardo. São
-3
c) 15% Paulo: Atlas, 2007. Pág. 15.
40
d) 20,25%
e) 21% Dica .5
33
.6
ia = 1,21 – 1 = 0,21
id
conhecimentos:
ic
Resposta: Letra E.
N
JUROS SIMPLES
M
144
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Agora, como ela pagou R$ 280,00, um mês depois, Taxa Percentual
para liquidar a compra, ela arcou com um juro de
Por Taxa Percentual entende-se a taxa de juros
280 — 200 = 80 reais referente a cem unidades de capital. Interessante
notar que seu próprio nome já demonstra isso, uma
Então, utilizando a fórmula do valor dos juros para vez que “percentual” significa “por cem”.
o regime simples (tanto faz ser simples ou compos-
to, pois é apenas 1 período), a taxa mensal cobrada Ex.: A inflação do ano atingiu 9% (seis por cento).
nessa compra foi:
Taxa Unitária
J=C·i·n
A Taxa Unitária, por sua vez, refere-se a uma uni-
Agora, substituindo os valores, teremos: dade de Capital, assim como afirma, também, seu
próprio nome. Atenção: Para os cálculos de juros,
80 = 200 · i · 1 montante e capital apresentados na apostila, e tam-
i=
80
= 0, 4 bém existentes na vida real, devemos utilizar, nas fór-
200 mulas, a taxa unitária. Desse modo, ao encontrarmos
Multiplicando-se um decimal por 100, teremos o seu uma taxa percentual, devemos, antes de tudo, trans-
valor em porcentagem! Então, formá-la em taxa unitária. Só depois , poderemos inse-
ri-la na fórmula. Para tal, basta realizar sua divisão
i = 0,4 · 100 por cem. Observe a tabela abaixo:
i = 40% a.m.
TAXAS DE JUROS
Resposta: Letra A.
Forma Para transformar Forma
Percentual na forma unitária Unitária
DOS JUROS
20% ao ano 20/100 0,2 ao ano
No campo dos juros simples, os rendimentos em
J, em cada período T, sempre serão os mesmos, uma 0,06 ao
6% ao trimestre 6/100
vez que os juros são calculados, sem exceção, sobre o trimestre
capital inicial. Esse regime recebe o nome de capitali- 2% ao mês 2/100 0,02 ao mês
9
zação simples. Segue a fórmula para realização desse
-3
cálculo: 0,3% ao dia 0,3/100 0,003 ao dia
40
J=C·i·n .5
33
Inversamente, para transformarmos uma taxa
Onde,
.6
C: capital
DO PRINCIPAL
os
número decimal. Para isso, basta dividir o valor dado O calculo do capital principal pode ser dado pela
Sa
n: tempo (a taxa de juros e o tempo devem se refe- isolando o C (capital) ao invés do J (juros). Veja:
id
J=C·i·n
ic
C = J/i · n
io
seguinte: Onde,
au
M
J
i= J: Juros
C
MATEMÁTICA FINANCEIRA
C: Capital
A seguir, observaremos que a taxa de juros pode ser DO PRAZO DA OPERAÇÃO FINANCEIRA
representada de duas maneiras. Além disso, percebe-
remos como é fácil passar de uma forma para a outra! O cálculo do tempo ou prazo da operação finan-
ceira também pode ser feito a partir da fórmula de
cálculo de juros, ficando da seguinte maneira: 145
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J=C·i·n
C·i·n=J
n = J/C · i
Onde,
J: juros
C: capital
i: taxa de juros (deverá estar escrita na forma de número decimal. Para isso, basta dividir o valor dado por
100).
n: tempo (a taxa de juros e o tempo devem se referir à mesma unidade de tempo).
JUROS COMPOSTOS
A diferença fundamental entre o regime de juros simples e o regime de juros compostos se refere à forma de
capitalização dos juros:
z Em juros simples, os juros são sempre calculados sobre o capital inicial. Chama-se este regime de capitaliza-
ção simples;
z Em juros compostos, os juros são somados ao capital para cálculo do período seguinte. Chama-se este regime
de capitalização composta.
9
Perceba que neste momento você deverá calcular os juros sobre o total da dívida do mês anterior. Portanto,
-3
ao final do primeiro mês, você deve aplicar a taxa de juros de 10% sobre a dívida que você possuía um mês antes,
40
ou seja, o capital inicial de R$ 1.000. Como 10% de 1.000 é igual a 100, podemos dizer que ao final deste primeiro
.5
mês a dívida subiu para o valor de R$ 1.100, onde R$ 1.000 corresponde ao capital inicial e R$ 100 correspondem
33
aos juros percebidos no período.
.6
00
Até este momento temos os mesmos valores do regime de juros simples. Contudo, no cálculo dos juros do 2º
-0
mês, neste perceberemos uma diferença, pois agora você deve calcular 10% sobre o total da dívida no mês ante-
rior, que agora soma R$ 1.100, e não apenas R$ 1.000, como no primeiro. Calculando 10% de R$ 1.100, você tem R$
os
110, que são os juros do segundo mês. Portanto, esta dívida soma 1.100 + 110 = R$ 1.210.
nt
Ao final do terceiro mês devemos calcular 10% de R$ 1.210 — dívida do mês anterior —, que é 121 reais, de
Sa
modo que a dívida soma 1.210 + 121 = R$ 1.331 reais. No final do 4º mês devemos obter 10% de R$ 1.331, que é R$
os
MÊS CAPITAL INICIAL JUROS DO PERÍODO JUROS ACUMULADOS VALOR MONTANTE FINAL
N
io
0
ric
R$ 1.000 · 0,10 = R$
1° R$ 1.000 R$ 100,00 R$ 1.100,00
100,00
R$ 1.100 · 0,10 = R$
2° R$ 1.000 R$ 210,00 R$ 1.210,00
110,00
R$ 1.210 · 0,10 = R$
3° R$ 1.000 R$ 331,00 R$ 1.331,00
121,00
R$ 1.331 · 0,10 = R$
4° R$ 1.000 R$ 464,10 R$ 1.464,10
133,10
Concluímos que, ao final dos 4 meses, você deverá ressarcir ao banco o valor de R$ 1.464,10, que é a soma da
dívida inicial (R$ 1.000) e dos juros de R$ 464,10.
No regime de juros compostos, os rendimentos em cada período são somados ao montante anterior para cál-
culo do período seguinte. Assim, os rendimentos crescem, a cada período, em progressão geométrica.
146
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CÁLCULO DO MONTANTE, DO PRINCIPAL (CAPITAL) E DO PRAZO DA OPERAÇÃO FINANCEIRA
Para calcular diretamente o valor do montante final (M) devido em uma aplicação do capital inicial (C) por um
determinado prazo (n) a uma determinada taxa de juros (i), basta usar a fórmula:
M = C · (1 + i)n
Na contextualização dada acima, teríamos C = 1.000 reais, n = 4 meses, e i = 10% ao mês. Novamente, observe
que a unidade temporal do prazo (“meses”) é igual a unidade temporal da taxa de juros (“ao mês”), o que nos per-
mite aplicar diretamente a fórmula:
M = 1000 · (1 + 10%)4
M = 1000 · (1 + 0,10)4
M = 1000 · (1,10)4
M = 1000 · 1,4641
M = 1.464,10 reais
Muito mais prático. Note que a fórmula para se encontrar o capital a partir do montante é assim deduzida:
M = C · (1 + i)n
M
C= n
(1 + i)
Ou ainda:
1
C=M· n
(1 + i)
A partir da fórmula do montante também se pode deduzir o tempo ou prazo da operação financeira.
z Nós chamamos de an = (1 + i)n o fator de acumulação de capital ou de fator de juros compostos ou, ainda,
9
-3
de fator de capitalização.
40
.5
Esse fator é importante, pois pode aparecer em sua prova, veja a tabela abaixo com os valores de alguns deles
33
para facilitar o cálculo.
.6
00
1 1,010000 1,020000 1,030000 1,040000 1,050000 1,060000 1,070000 1,08000 1,09000 1,100000 1,120000 1,150000 1,180000
Sa
2 1,020100 1,040400 1,060900 1,081600 1,102500 1,102500 1,144900 1,166400 1,188100 1,210000 1,254400 1,32250 1,392400
os
3 1,030301 1,061208 1,092727 1,124864 1,157625 1,157625 1,225043 1,259712 1,295029 1,331000 1,404928 1,520875 1,643032
id
4 1,040604 1,082432 1,125508 1,169858 1,215506 1,215506 1,310796 1,360488 1,411581 1,464100 1,573519 1,749006 1,938777
ol
5 1,051010 1,104081 1,159274 1,216652 1,276281 1,276281 1,402552 1,469329 1,538624 1,610510 1,762341 2,011357 2,287758
ic
6 1,061520 1,126162 1,194052 1,265319 1,340095 1,340095 1,500730 1,586874 1,677100 1,771561 1,973822 2,313061 2,699554
N
7 1,072135 1,148685 1,229873 1,315931 1,407100 1,407100 1,605781 1,713824 1,828039 1,948717 2,210681 2,660020 3,185474
io
ric
8 1,082856 1,171659 1,266770 1,368569 1,477455 1,477455 1,718186 1,850930 1,992562 2,143588 2,475963 3,059023 3,758859
au
9 1,093685 1,195092 1,304773 1,423311 1,551328 1,551328 1,838459 1,999004 2,171893 2,357947 2,773078 3,517876 4,435454
M
10 1,104622 1,218994 1,343916 1,480244 1,628894 1,628894 1,967151 2,158925 2,367363 2,593742 3,105848 4,045558 5,233835
11 1,115668 1,243374 1,384233 1,539454 1,710339 1,710339 2,104852 2,331639 2,580426 2,853116 3,478549 4,652391 6,175926
MATEMÁTICA FINANCEIRA
12 1,126825 1,268242 1,425760 1,601032 1,795856 1,795856 2,252191 2,518170 2,812665 3,138428 3,895975 5,350250 7,287592
13 1,138093 1,293606 1,468533 1,665073 1,885649 1,885649 2,409845 2,719623 3,065804 3,452271 4,363493 6,152787 8,599359
14 1,149474 1,319479 1,512589 1,731676 1,979931 1,979931 2,578534 2,937193 3,341727 3,797498 4,887112 7,075706 10,147244
15 1,160969 1,345868 1,557967 1,800943 2,078928 2,078928 2,759031 3,172169 3,642482 4,177248 5,473565 8,137061 11,973748
16 1,172578 1,372786 1,604706 1,872981 2,182874 2,182874 2,952164 3,425942 3,970306 4,594972 6,130393 9,354621 14,129022
17 1,184304 1,400241 1,652847 1,947900 2,292018 2,292018 3,158815 3,700018 4,327633 5,054470 6,866040 10,761264 16,672246
18 1,196147 1,428246 1,702433 2,025816 2,406619 2,406619 3,379932 3,996019 4,717120 5,559917 7,689966 12,375453 19,673251
Temos como a função principal de uma tabela financeira disponibilizar valores numéricos complicados de
serem calculados à mão, uma vez que contas em juros compostos envolvem sempre exponenciação1. Saber ler
1 Disponível em: https://aprendamatematica.com/tabelas-financeiras. Acesso em: 11 jul. 2022. 147
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título, a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.
uma tabela é fácil, basta procurarmos pela linha que corresponde ao prazo e que cruza a coluna da respectiva
taxa de juros que queremos. Ali estará o número determinado, ou melhor, o fator.
Note que a primeira célula da tabela no canto superior esquerdo é: n/i.
Ou seja, na primeira coluna à esquerda (1, 2, 3, 4, ..., 18) temos os respectivos períodos n.
Já na primeira linha temos as respectivas taxas em percentual (1%, 2%, ... 18%).
Observe a tabela abaixo. Com ela podemos obter rapidamente o valor de (1 + 10%)4. Basta buscarmos na linha
da taxa i = 10% (pois a taxa também é designada pela letra i) e a coluna de n = 4 períodos (que é a quarta linha,
pois o prazo também é designado pela letra n). Com isso, encontramos o valor 1,464100:
N/I 1% 2% 3% 4% 5% 6% 7% 8% 9% 10%
1 1,010000 1,020000 1,030000 1,040000 1,050000 1,060000 1,070000 1,08000 1,09000 1,100000
2 1,020100 1,040400 1,060900 1,081600 1,102500 1,102500 1,144900 1,166400 1,188100 1,210000
3 1,030301 1,061208 1,092727 1,124864 1,157625 1,157625 1,225043 1,259712 1,295029 1,331000
4 1,040604 1,082432 1,125508 1,169858 1,215506 1,215506 1,310796 1,360488 1,411581 1,464100
5 1,051010 1,104081 1,159274 1,216652 1,276281 1,276281 1,402552 1,469329 1,538624 1,610510
Dica
Memorize:
1,11 = (1 + 10%)1 = 1,10
9
1,12 = (1 + 10%)2 = 1,21
-3
1,13 = (1 + 10%)3 = 1,331
40
1,14 = (1 + 10%)4 = 1,4641
.5
33
Faça sempre os cálculos à mão, pois você precisa praticar bastante para obter velocidade e confiança. A seguir,
.6
00
1 (FGV — 2018) Certa empresa financeira do mundo real cobra juros compostos de 10% ao mês para os empréstimos
os
pessoais. Gustavo obteve nessa empresa um empréstimo de 6.000 reais para pagamento, incluindo os juros, três
nt
a) 6.600 reais;
id
b) 7.200 reais;
c) 7.800 reais;
ol
ic
d) 7.986 reais;
N
e) 8.016 reais.
io
ric
Aqui foram dados C = 6000 reais, i = 10% a.m. e n = 3 meses. Aplicando a fórmula, temos:
au
M
M = C · (1 + i)n
M = 6.000 · (1 +10%)3
M = 6.000 (1,1)3
M = 6.000 · 1,331
M = 7.986 reais
Resposta: Letra D.
2. (FGV — 2022) João contraiu um empréstimo de R$10.000,00 a uma taxa de juros de 2% ao mês sobre o saldo devedor.
Ele pretende pagar R$5.000,00 ao final do primeiro mês e quitar a dívida ao final do segundo mês.
a) R$5.304,00.
b) R$5.352,00.
148 c) R$5.408,00.
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d) R$5.422,00. Quando ocorre assim, temos uma taxa de juros
e) R$5.452,00. efetiva, ou seja, uma taxa de juros que efetivamen-
te corresponde à realidade da operação. Nestes casos
O empréstimo contraído foi de R$ 10 mil. Ao final normalmente é omitida a informação sobre o período
do primeiro mês, calculamos 2% sobre o valor do de capitalização, diz-se apenas “10% ao mês” ou “12%
empréstimo, e teremos o seguinte saldo devedor: ao ano”.
Contudo, há a possibilidade também de ter uma taxa
10.000 · (1 +2%)1 = 10.000 · (1,02)1 de juros de 10% ao ano com capitalização semestral.
10.000 · 1,02 = 10.200 reais Neste caso, a unidade de tempo sobre a qual a taxa
de juros é definida (ao ano) é diferente do período de
Perceba que primeiro calculamos o montante de capitalização (a cada semestre). Com isso, tem-se a cha-
juros sobre os R$ 10.000,00 iniciais. Só depois é que mada taxa de juros de nominal, pois ela precisará ser
vamos subtrair os 5 mil pagos ao final desse mês. “adaptada” para então ser utilizada nos cálculos.
Por isso, o saldo devedor é de R$ 5.200. Quando temos uma taxa de juros nominal, é
Subtraindo o pagamento de R$ 5 mil, restarão R$ necessário obter a taxa efetiva para então efetuar
5.200,00. Por fim, calculamos novamente 2% sobre os cálculos devidos. Isto é algo simples, pois basta uma
essa quantia. O resultado será o saldo devedor ao simples divisão, de modo a levar a taxa de juros para a
final do segundo mês: mesma unidade de tempo da capitalização.
9
DOS JUROS
-3
semestre, o qual também é proporcional a 1% ao mês.
40
O cálculo dos juros compostos pode ser dado por Para obter taxas proporcionais com segurança, basta
meio da fórmula .5
efetuar uma regra de três simples.
33
J=M-C Quando trabalhamos com juros simples, taxas
.6
J: Juros equivalentes.
-0
Atente-se às seguintes informações, pois são Vimos anteriormente que o regime de capitaliza-
id
importantes para saber aplicar corretamente uma ção composta trabalha com a exponenciação e não
ol
é definida. Ou seja, não adianta saber apenas que As taxas nominais também ocorrem no regi-
au
a taxa de juros é de “10%”. É preciso saber se essa me de juros compostos e, portanto, a taxa efetiva
da operação é obtida a partir da taxa nominal por
M
9
(1 + it)2 = 1,124864 Vejamos como este conteúdo é cobrado em provas:
-3
40
1 + it = 1, 124864 1. (FGV — 2022) Use o texto a seguir para responder
.5
a questão. Suponha que um banco concedeu um
33
it = 6,06%
empréstimo de R$50.000,00 a um cliente, por um pra-
.6
juros compostos:
empréstimo. Suponha ainda que a inflação no perío-
os
z Não admite regra de três; do tenha sido de 8%. A taxa nominal de juros desse
nt
mo intervalo de tempo.
c) 28%.
ol
d) 30%.
ic
Taxa Nominal
N
e) 35%.
io
que o conceito de taxa nominal no regime de juros período é completamente irrelevante para a resolu-
compostos é o mesmo já enunciado em juros simples. ção da questão.
Sempre que nos deparamos com uma taxa nomi- Ao final do período, o cliente pagou 65 — 50 = 15 mil
nal, devemos calcular a Taxa Efetiva da operação, reais de juros. Dividindo essa quantia pelo valor do
que é obtida a partir da taxa nominal pelo método da empréstimo, encontramos a taxa nominal de juros:
proporcionalidade.
É a taxa constante em documentos, como nos con- 15
= 0,3 = 30%
tratos de financiamento. 50
O valor da inflação dado foi pegadinha. Como pediu
Taxa Efetiva taxa nominal não precisava nem olhar para a infla-
ção! Resposta: Letra D.
Taxa de juros efetiva: é aquela em que o período
de capitalização é igual da unidade temporal da taxa 2. (FGV — 2021) No sistema de juros compostos, a taxa
(10% ao ano, com capitalização anual). de 125% ao bimestre com capitalizações bimestrais
150 equivale a uma taxa efetiva trimestral de:
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título, a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.
a) 37,5%; Cálculo da Taxa em Ambiente Inflacionário
b) 150%;
c) 237,5%; Observe que a taxa aparente tem “dentro de si” as
d) 250%; outras duas taxas: a taxa de inflação e a taxa real. A taxa
e) 337,5%. aparente é, portanto, a resultante destas duas taxas:
Queremos a taxa efetiva trimestral que teria o TAXA APARENTE, TAXA DE INFLAÇÃO E TAXA REAL
mesmo resultado/efeito que uma taxa bimestral (2 M
meses) aplicada em 1 trimestre (3 meses).
C ia
Vamos calcular da seguinte forma:
ii ir
S S
1 n
(1 + it ) = (1 + ib )
tx efetiva taxa
trimestral bimestral 0 n
Sabemos que: Figura 2: PENIDO, E. Matemática financeira para concurso. São
1 bimestre tem 2 meses, logo: quantos bimestres Paulo: Atlas, 2007. p. 83.
terão 3 meses? Joga na regra de três!
Veja a fórmula abaixo onde se relaciona o rendi-
1 bimestre ··· 2 meses mento nominal, ou aparente (ou taxa de juros nomi-
x ··· 3 meses nal/aparente) com a taxa de juros real “r”, de acordo
com a taxa de inflação “i”:
Logo:
^1 + ah
^1 + ih
2x = 3 = (1 + r)
3
x= bimestres Ou ainda, apenas multiplicando cruzado:
2
Agora, substituindo os valores, vamos obter a taxa (1 + a) = (1 + i) · (1 + r)
trimestral. Lembre que 125% = 125/100 = 1,25:
Assim: A seguir explicaremos com mais detalhes cada
uma dessas taxas.
3
(1 + it)1 = (1 + 1,25) 2
9
Taxa Aparente
-3
40
3
1 + it = (2,25) 2
.5
Taxa aparente “a” é a taxa de juros total de deter-
33
1 + it =
2
2, 25
3 minada operação financeira, tanto a de empréstimo
.6
tos da inflação.
Sa
Taxa de Inflação
id
Portanto, a taxa trimestral equivalente a uma compra resultante do aumento médio dos preços das
io
Taxa Real
TAXA DE INFLAÇÃO, TAXA REAL E APARENTE
M
Vamos separar as informações apresentadas. Vantagens Oferecidas pela Tabela Price E Pelo Sac
• A inflação foi de 5%: i=0,05;
• O aumento nominal/aparente foi de 6,89%: A escolha é sempre do comprador. Ou seja, cabe,
a=0,0689; a ele, optar pela forma de pagamento que mais se
• O aumento real, dado por r, é desconhecido: r=? adequa a sua realidade financeira A escolha, nota-
Jogando os valores na fórmula: damente, deve levar em consideração o fator de cor-
reção (TR — Taxa Referencial — ou IPCA — Índice
(1 + a) = (1 + i) · (1 + r) de Preços ao Consumidor Amplo) que julgar mais
(1 + 0,0689) = (1 + 0,05) · (1+r) econômico no momento da assinatura do contrato do
financiamento.
(1,0689) = (1,05) · (1+r) Contudo, é válido ressaltar que, quando se neces-
sita de financiamento, optar por um prazo mais curto,
1, 0689 se possível, é sempre o melhor a se fazer. Isso, porque
(1 + r) =
1, 05 em financiamentos imobiliários, paga-se juros sobre
(1 + r) = 1,018 o saldo devedor. Logo, quanto mais amortização hou-
ver, menos gastos com juros terá o comprador.
r = 1,018 — 1 = 0,018 Pensando nisso, o sistema SAC (Sistema de Amorti-
r = 1,8% zação Constante) pode ser mais vantajoso que a Tabe-
la Price, porque representa uma economia de cerca de
10%, em média. A Tabela Price possui, como vantagem,
Resposta: Letra B.
sua parcela inicial, que, normalmente, é bem menor. No
9
entanto, pelo SAC, apesar de as parcelas serem maiores
-3
no começo, há uma amortização maior da dívida, que
40
leva a uma economia significativa no final.
SISTEMAS DE AMORTIZAÇÃO .5
33
.6
escolher um sistema de pagamento. Para isso, existem As parcelas são decrescentes, isto é, você paga
nt
as seguintes opções: Tabela Price ou SAC. Aqui, dis- menos mês a mês conforme o tempo passa;
Sa
cutiremos um pouco a respeito de tais sistemas, para Considerando-se o período todo, os juros são
os
entendermos o que de fato eles são, se há alguma dife- menores, uma vez que a amortização da dívida
id
banco ou à construtora, durante o financiamento da Altas parcelas no início, logo ela é indicada
ric
compra de um imóvel: a Tabela Price (Sistema Fran- para quem tem maior renda;
au
9
A Caixa Econômica Federal divulgou, em agosto
t=3
-3
de 2019, uma nova linha de crédito para aquisição de
40
i = 0,02
casa própria, que possui juros entre 2,95% e 4,95% ao
.5
Am = ?
ano, mais a inflação do país, medida pelo IPCA. Dispo-
33
31.150 = Am · [1 + (7 - 3 + 1) ·0,02]
nível somente para contratos novos, esse novo mode-
.6
31.150 = Am · [1 + 5 · 0,02]
lo pode ser usado para financiar até 80% do valor de
00
31.150 = Am · [1 + 0,1]
imóveis novos e usados, com prazo de até 360 meses.
-0
31.150 = Am · 1,1
Am = 31.150 ÷ 1,1
os
Am = 28318,18
nt
A prestação terá seu valor corrigido mensal- plicar o valor pelo total de parcelas:
os
IPCA descaracteriza totalmente o conceito de R$600.000,00. Com prazo de 24 meses e taxa de juros
parcelas fixas.
au
4. (NOVA CONCURSOS — 2022) A tabela Price, ou siste- 3. (CESGRANRIO — 2021) No boleto bancário da sua
ma francês de amortização, é conhecida por trabalhar prestação, uma pessoa leu que é cobrada uma multa
com prestações constantes. Caso um indivíduo con- de 1,2% por dia de atraso sobre o valor da prestação,
trate um empréstimo de R$ 4.000,00, sem entrada, em condicionada a atrasos não maiores que 30 dias. Em
duas parcelas e a uma taxa efetiva de 20% ao mês por certo mês, essa pessoa pagou uma prestação com
meio deste sistema, cada uma dessas parcelas será: atraso, tendo de desembolsar R$ 233,20 em vez dos
R$ 220,00 normalmente pagos nos meses em que não
a) um valor entre R$ 1.350,00 e R$ 1.600,00. houve atraso no pagamento.
b) um valor entre R$ 900,00 e R$ 1.000,00.
c) superior a R$ 1.100,00, mas inferior a R$ 1.210,00. Por quantos dias ela atrasou a prestação nesse mês?
d) superior a R$ 1.900,00.
e) igual a R$ 1.000,00. a) 5
b) 10
P = M · [(1+i)n i ÷ (1+i)n –1] c) 15
9
d) 20
-3
P = prestação
40
M = montante e) 25
i = taxa
.5
33
n = tempo 4. (CESGRANRIO — 2021) Um banco fez um empréstimo
.6
P = 4000 · 0,6545
P = 2618,18
nt
a) 0,01 ao mês
Sa
Resposta: Letra D.
b) 10% ao ano
os
c) 1% ao ano
id
d) 0,1 ao mês
HORA DE PRATICAR!
ol
e) 0,05 ao mês
ic
N
1. (CESGRANRIO — 2021) Um negociador de investimen- 5. (CESGRANRIO — 2021) Uma pessoa está planejando
io
tos de uma instituição financeira pergunta ao gerente comprar uma geladeira no valor de R$1.300,00, no
ric
afirma que ficará satisfeito com uma taxa anual máxi- Sabendo-se que ela pretende gastar exatamente esse
ma de 8,36%. O negociador entra em contato com o valor e que dispõe de um capital de R$1.000,00, que
cliente que pretende investir um capital C1 e diz que, será aplicado no dia de hoje a uma taxa de juros sim-
ao final de um ano, ele receberá C2, que corresponde a ples de 1,5% ao mês, qual será o prazo dessa apli-
C1 acrescido de 5,00% de juros, mas não tem sucesso cação, em meses, para que ela consiga comprar a
nessa negociação inicial. O negociador resolve aplicar geladeira à vista, o mais rápido possível?
uma nova taxa sobre C2, mas sem ultrapassar a taxa
anual máxima que está autorizado a oferecer. a) 2
Qual o valor máximo da taxa a ser aplicada sobre C2? b) 16
c) 20
a) 2,16% d) 50
b) 2,24% e) 200
c) 3,20%
d) 7,96%
e) 16,72%
154
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título, a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.
6. (CESGRANRIO — 2021) Qual é a taxa de juros simples 9. (CESGRANRIO — 2021) Um cliente deseja fazer uma
utilizada por uma aplicação para tornar um capital ini- aplicação em uma instituição financeira, que paga
cial de R$1.000,00 em um montante de R$1.240,00, uma taxa de juros compostos de 10% ao ano, por um
em um período de um ano? período de 3 anos, já que, ao final da aplicação, plane-
ja comprar uma TV no valor de R$ 3.500,00 à vista.
a) 0,02 ao mês
b) 0,02% ao mês Qual o valor aproximado a ser investido para esse
c) 0,02 ao ano objetivo ser alcançado?
d) 0,02% ao ano
e) 0,24% ao ano a) R$ 2.629,60
b) R$ 2.450,00
7. (CESGRANRIO — 2021) Um cliente montou uma estra- c) R$ 2.692,31
tégia financeira, aplicando parte de seu décimo tercei- d) R$ 2.341,50
ro salário, sempre no início de janeiro, de 2018 a 2021, e) R$ 2.525,00
conforme mostrado na Tabela a seguir.
10. (CESGRANRIO — 2021) O rendimento de um título
sofreu uma variação negativa de 3 pontos percen-
JAN/2018 JAN/2019 JAN/2020 JAN/2021
tuais de um mês para o mês seguinte, ou seja, se no
R$ R$ R$ R$ primeiro mês o título rendeu x%, no mês seguinte o
10.000,00 10.000,00 10.000,00 10.000,00 mesmo título rendeu (x - 3)%.
9
-3
Dados: um investimento é oferecido com a promessa de
40
1,15 = 1,611; recebimento de um montante de R$8.200,00 líqui-
.5
1,14 = 1,464; dos, após 2 anos, para quem aderisse investindo ini-
33
1,13 = 1,331. cialmente R$5.000,00. O valor líquido pago é obtido
.6
c) R$ 8.400,00 a R$ 8.599,00
d) R$ 8.600,00 a R$ 8.799,00 desconto.
nt
e) R$ 8.800,00 a R$ 8.999,00
da na carta?
os
montante da operação anterior em renda variável. O 12. (CESGRANRIO — 2021) Uma pessoa deixou de pagar
M
cliente fez conforme recomendado, o que lhe propor- a fatura do cartão de crédito, de modo que, após dois
meses, o valor inicial da fatura se transformou em
MATEMÁTICA FINANCEIRA
a) 11.352,50
b) 11.152,50
c) 10.552,50
d) 10.452,50
e) 10.152,50
14. (CESGRANRIO — 2021) Uma pessoa tem uma dívida no valor de R$2.000,00, vencendo no dia de hoje. Com dificuldade
de quitá-la, pediu o adiamento do pagamento para daqui a 3 meses.
Considerando-se uma taxa de juros compostos de 2% a.m., qual é o valor equivalente, aproximadamente, que o gerente
do banco propôs que ela pagasse, em reais?
a) 2.020,40
b) 2.040,00
c) 2.080,82
d) 2.120,20
e) 2.122,42
15. (CESGRANRIO — 2021) Um banco ofereceu a um cliente um financiamento de R$ 120.000,00, pelo sistema SAC, a
uma taxa de juros de 10% a.m., para ser pago em 4 prestações mensais ao final de cada mês, sendo a primeira pres-
tação no valor de R$ 42.000,00. A Tabela abaixo poderá ser usada para seus cálculos.
0 120.000,00
1 120.000,00 42.000,00
9
-3
2
40
3
.5
33
4
.6
00
Quais os valores aproximados que serão pagos, pelo cliente, a título de juros e prestação, respectivamente, ao final
-0
do terceiro mês?
os
nt
a) R$ 12.000,00; R$ 42.000,00
Sa
b) R$ 3.000,00; R$ 39.000,00
os
c) R$ 12.000,00; R$ 30.000,00
d) R$ 6.000,00; R$ 36.000,00
id
e) R$ 9.000,00; R$ 33.000,00
ol
ic
N
16. (CESGRANRIO — 2021) Uma pessoa faz um financiamento no valor de R$10.000,00 em 10 vezes, a uma taxa de juros
io
a) 1.490
b) 1.334
c) 1.292
d) 1.196
e) 1.100
17. (CESGRANRIO — 2021) Um empréstimo deve ser pago pelo sistema SAC em 5 parcelas mensais com juros de 3% ao
mês. Se a terceira parcela paga no financiamento do empréstimo for igual a R$26.160,00, o valor total do empréstimo,
em reais, será de
a) 120.000,00
b) 124.000,00
c) 128.500,00
d) 132.800,00
156 e) 135.600,00
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título, a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.
18. (CESGRANRIO — 2022) Uma loja anuncia uma geladei-
7 A
ra cujo preço à vista é de R$ 3.500,00. Não dispondo
deste capital, um cliente se propõe a pagar a geladeira, 8 A
com juros compostos de 4% a.m., em quatro presta-
ções mensais, de mesmo valor, sendo a primeira no 9 A
ato da compra. Qual o valor aproximado da prestação
10 D
que o cliente está se propondo a pagar em reais?
11 E
a) 875,00
b) 910,00 12 C
c) 927,13 13 C
d) 964,22
e) 1.023,63 14 E
15 D
19.
(CESGRANRIO — 2021) Devido à pandemia, um
microempreendedor precisou tomar um empréstimo 16 D
no valor de R$ 20.000,00, em dez/2020, a ser pago em
24 prestações mensais iguais e postecipadas no sis- 17 A
tema PRICE, de modo que a primeira fosse paga em
18 C
jan/21, e a última, em dez/22. Considere que o Banco
cobre R$ 660,00 de taxas, que serão financiadas jun- 19 B
tamente com o valor do empréstimo, por escolha do
cliente, e que a taxa de juros cobrada, devido ao risco 20 E
da operação, seja de 3% ao mês.
9
a) R$ 1.120,00
-3
b) R$ 1.220,00
40
c) R$ 1.320,00
.5
33
d) R$ 1.420,00
e) R$ 1.520,00
.6
00
-0
financiamento?
N
io
a) 1,0%
ric
b) 1,3%
au
c) 1,6%
M
d) 2,3%
MATEMÁTICA FINANCEIRA
e) 2,6%
9 GABARITO
1 C
2 C
3 A
4 A
5 C
6 A
157
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ANOTAÇÕES
9
-3
40
.5
33
.6
00
-0
os
nt
Sa
os
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ic
N
io
ric
au
M
158
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Isso faz sentido, porque se o banco me empresta
dinheiro, eu, que sou o tomador de recursos, passo
a ter uma dívida, um passivo, uma obrigação com o
banco. Torno-me, portanto, um devedor. Já o banco
CONHECIMENTOS
passa a ter um direito, um crédito a receber, um ativo
para ele que é o credor.
9
-3
consumidor bancário, entre outras. Diversos fatores
40
alteraram profundamente a forma de atuar do siste-
ma financeiro e isso gerou impactos diversos na nor- .5
33
matização de suas operações e na forma de atuar de
.6
suas instituições.
00
seca da lei, que, muitas vezes, não está devidamente DOADOR DE RECURSOS
Agente Econômico Superavitário
nt
legislações.
Ao juntarmos as duas operações em uma só figu-
os
SISTEMA FINANCEIRO NACIONAL ra, teremos, então, a visão do papel institucional das
id
A CF trouxe, portanto, uma função social ao SFN — promover o desenvolvimento equilibrado do País e a servir aos inte-
resses da coletividade — que está diretamente ligada a uma adequada intermediação financeira e, certamente, propicia
desenvolvimento, geração de emprego e de renda.
Vamos simplificar: quando você exagera nas compras de Natal e falta grana para pagar as contas em janeiro, ou
quando resolve que, mesmo sem grana, não vai ficar em casa no carnaval, uma alternativa é ir ao banco e solicitar um
empréstimo.
Todos nós, pessoas físicas, empresas, governos, somos agentes econômicos. No exemplo narrado, você era um agente
econômico deficitário, ou tomador de recursos, que recorreu ao SFN, para obter recursos que outro agente econômico
entregou aos cuidados de alguma instituição financeira em troca de uma remuneração oriunda da aplicação de uma taxa
de juros sobre o capital entregue. Esse era o agente econômico superavitário ou doador de recursos.
É importante compreender que, em regra, o banco não empresta o dinheiro dele, mas empresta o dinheiro dos outros.
Ou seja, o que o sistema financeiro faz é possibilitar que aqueles que precisam de recursos consigam acesso aos recursos
daqueles que os tem em excesso.
Isso é a intermediação financeira. Porém, essa intermediação não pode ser feita assim, de qualquer jeito, por qual-
quer um. Afinal, estamos lidando com dinheiro e sabemos como isso complica as coisas. Então, há a necessidade de que
exista uma estrutura bem definida, normatizada e regulada para tocar essa engrenagem, para fazer essa roda girar.
Essa estrutura é a própria estrutura do Sistema Financeiro Nacional, a qual você conhecerá a seguir.
9
-3
Nós podemos dividir o Sistema Financeiro Nacional em três níveis de atuação. A melhor maneira de visualizar isso é
40
utilizando a forma pela qual o Banco Central demonstra a organização do SFN:
.5
33
.6
CMN CNPC
os
CNSP
nt
Superintendência
ic
Complementar
io
ric
Operadores
au
M
160
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título, a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.
É imprescindível que você observe a figura horizontalmente. Perceba que, à esquerda, rótulos identificam
três níveis de atuação: órgãos normativos, supervisores e operadores.
No primeiro nível, temos os órgãos normativos. São eles que definem o regramento geral a ser seguido pelo
mercado. Porém, entenda que eles não são órgãos executores, não possuem uma estrutura física nem são servido-
res de quadro próprio. Eles apenas ditam as regras.
Veremos que, na realidade, todos esses órgãos normativos são Conselhos, colegiados compostos por diferen-
tes autoridades ligadas ao mercado que se pretende normatizar e regular e que se reúnem periodicamente. Eles
determinam regras gerais para o bom funcionamento do sistema.
No segundo nível, temos as entidades supervisoras. São autarquias federais que cumprem e fazem cumprir
aquele regramento estabelecido pelos órgãos normativos.
Aqui, sim, existe toda uma estrutura física e um quadro de servidores trabalhando em prol de um sistema
financeiro sólido e eficiente, em benefício da sociedade. As entidades supervisoras trabalham para que os inte-
grantes do sistema financeiro sigam as regras definidas pelos órgãos normativos.
Por fim, tempos os operadores. São as instituições financeiras, públicas e privadas, que atuam nos diversos
ramos do SFN, promovendo a intermediação financeira e oferecendo produtos e serviços aos seus consumidores.
É com os operadores que temos contato no nosso dia a dia.
Eles constituem a parte mais visível do sistema financeiro. Os operadores são as instituições que ofertam ser-
viços financeiros, no papel de intermediários.
Vamos fazer um paralelo, para tentar simplificar o entendimento. Pense em uma empresa qualquer, uma loja
de roupas por exemplo. Vamos imaginar que a loja tenha a seguinte estrutura organizacional:
DONO
Gerente A Gerente B
Vários comércios possuem uma estrutura parecida com essa. Há um dono (o “chefão”), que diz como as coisas
9
-3
devem funcionar; gerentes, que cuidam para que as coisas saiam como o patrão quer; demais funcionários, que
40
executam o trabalho propriamente dito.
.5
Guarde esse paralelo na sua memória. Isso vai te ajudar a entender os papéis de cada um dos órgãos e institui-
33
ções do SFN e, como consequência, a resolver questões de prova.
.6
Pense da seguinte forma: os órgãos normativos são os donos, os “chefões” do SFN. Eles ditam as regras, dizem
00
como as coisas devem funcionar e aquilo que pode e o que não pode ser feito.
-0
Como dito, não são entidades, pois não possuem uma estrutura e quadro próprio de servidores. São Conselhos,
os
órgãos formados por diferentes autoridades que se reúnem periodicamente para elaborar o regramento de suas
nt
áreas de competência. Como não são órgãos executivos, não costumam executar tarefas, apenas dizem como elas
Sa
operadores cumpram o que foi determinado pelos órgãos normativos, ou seja, tomam conta de sua atuação. São
id
órgãos executivos e fiscalizadores. Como os gerentes, eles ficam de olho no que os operadores fazem.
ol
Por fim, os operadores são os vendedores, os que estão na frente da loja. É com eles que os clientes têm contato
ic
direto. Eles querem vender seus produtos e serviços; querem faturar, lucrar, e, para isso, precisam atender as
N
io
Importante!
CONHECIMENTOS BANCÁRIOS
M
Existe uma outra classificação, mais antiga e já pouco utilizada, que divide o Sistema Financeiro Nacional em
dois subsistemas: o subsistema normativo e o subsistema operativo (ou operacional ou de intermediação).
Nessa divisão, órgãos normativos e entidades supervisoras formam, conjuntamente, o subsistema normati-
vo, enquanto os operadores compõem o subsistema operativo, operacional ou de intermediação.
Essa classificação já foi objeto de prova e, por isso, vale a pena memorizá-la.
Por fim, veja como o próprio Banco Central, em seu site, define a organização e a estrutura do SFN:
O Sistema Financeiro Nacional (SFN) é formado por um conjunto de entidades e instituições que promovem
a intermediação financeira, isto é, o encontro entre credores e tomadores de recursos. É por meio do sistema
financeiro que as pessoas, as empresas e o governo circulam a maior parte dos seus ativos, pagam suas dívidas e
realizam seus investimentos.
161
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Segmentação do Sistema Financeiro Nacional
Voltaremos à figura utilizada pelo Banco Central, para demonstrar a organização do SFN, porém, dessa vez, a
analisaremos verticalmente:
9
-3
Cooperativas Corretores Bolsa de mercadorias Entidades abertas de
40
de crédito e distribuidoras e futuros previdência
.5
33
.6
00
-0
os
Sociedades
nt
* Dependendo de suas atividades corretoras e distribuidoras também são fiscalizadas pela CVM.
ol
** As Instituições de Pagamento não compõem o SFN, mas são reguladas e fiscalizadas pelo BCB, conforme
ic
Repare que a figura está segmentada em três colunas: moeda, crédito, capitais e câmbio; seguros privados;
io
e previdência fechada.
ric
No primeiro nível, temos 3 (três) órgãos normativos: o Conselho Monetário Nacional (CMN), o Conselho Nacio-
au
nal de Seguros Privados (CNSP) e o Conselho Nacional de Previdência Complementar (CNPC). Cada um deles enca-
M
beça uma dessas três colunas. Isso significa que cada um desses Conselhos determina as regras gerais (diretrizes)
dos mercados sob sua responsabilidade.
Neste ponto, vale recordar o que cada um deles faz:
z Conselho Monetário Nacional: o CMN define as regras para os mercados monetário, de crédito, de câmbio e
de capitais. É responsável por fixar as diretrizes e normas das políticas monetária, creditícia e cambial;
z Conselho Nacional de Seguros Privados: o CNSP fixa as diretrizes e normas para os mercados de seguros
privados, que abrangem os setores de seguros, resseguros, capitalização e previdência complementar aberta;
z Conselho Nacional de Previdência Complementar: O CNPC é órgão normativo que regula regimes de pre-
vidência complementar operados por entidades fechadas de previdência complementar, os chamados fundos
de pensão.
Dica
162 Órgãos normativos são sempre Conselhos.
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No segundo nível, abaixo dos órgãos normativos, Da mesma forma, desenvolveram-se instrumen-
estão os supervisores, também chamados de entida- tos e também sistemas, regras e procedimentos para
des ou instituições supervisoras. São as entidades que organizar, controlar e desenvolver esse mercado. A
atuam de forma preventiva e reativa para o cumpri- todo esse sistema, chamamos de Sistema Financeiro.
mento das regras emitidas pelos órgãos normativos. Assim, o Sistema Financeiro pode ser caracteri-
São elas: zado como o conjunto de instituições e instrumentos
que possibilitam e facilitam o fluxo financeiro entre os
z O Banco Central do Brasil (BCB), que é respon- poupadores e os tomadores de recursos na economia.
sável pelos mercados monetário, de crédito e de Não é difícil perceber a importância desse siste-
câmbio; ma para o correto funcionamento e crescimento eco-
z A Comissão de Valores Mobiliários (CVM), que é nômico de um país. Se, por exemplo, determinada
responsável pelo mercado de capitais; empresa, que necessita de recursos para a realização
z A Superintendência de Seguros Privados de investimentos para a produção, não conseguir cap-
(Susep), que é responsável pelo mercado de segu- tá-los de forma eficiente, provavelmente ela não rea-
ros privados; lizará o investimento, deixando de empregar e gerar
z A Superintendência Nacional de Previdência renda.
Complementar (Previc), que é responsável pelas Esse fluxo, todavia, não ocorre sempre entre os
entidades fechadas de previdência. mesmos tipos de agentes e com as mesmas caracterís-
ticas operacionais. Ele pode diferir em razão do pra-
Finalmente, no último e terceiro nível, vemos os zo, do tipo de instrumento utilizado para formalizar a
operadores do SFN. Essas são as instituições, públicas operação, da assunção de riscos, entre outros aspectos
e privadas, que executam a intermediação financei- que, com o passar do tempo, foram delimitando o que
ra, atuando diretamente com o público. São os bancos se convencionou chamar de mercados financeiros.
comerciais, a Caixa Econômica, os bancos de investi- A classificação dos mercados (mercados monetá-
mento, as sociedades de arrendamento mercantil, as rio, de crédito, de câmbio e de capitais) ajuda a com-
corretoras, as distribuidoras de títulos e valores mobi- preender um pouco mais cada um desses mercados e
liários etc. suas peculiaridades, seus riscos e suas vantagens.
Existem diversos tipos de instituições operadoras As transferências de recursos a curtíssimo pra-
no SFN, que também costumam atuar de forma seg- zo, em geral de apenas um dia, como, por exemplo,
mentada. Neste sentido, pode-se afirmar que, como as realizadas entre as próprias instituições financei-
regra geral, cada tipo de instituição financeira opera ras ou entre elas e o Banco Central, são realizadas no
produtos específicos, diferentemente dos produtos chamado mercado monetário. Trata-se de um mer-
operados por outros tipos de IF. cado utilizado basicamente para controle da liquidez
9
-3
da economia, no qual o Banco Central intervém para
40
condução da Política Monetária.
.5
Já o mercado de câmbio opera em um nicho espe-
33
MERCADO FINANCEIRO E SEUS cífico, em que agentes têm a necessidade de contra-
.6
Enquanto alguns consomem menos do que pro- pelas pessoas físicas e empresas, quando utilizam
ic
duzem, e conseguem formar uma poupança dispo- os bancos para realizar empréstimos e financiamen-
N
nível para a utilização de terceiros, outros consomem tos diversos. Quando uma pessoa (física ou jurídica)
io
mais do que conseguem produzir em determinado utiliza recursos do cheque especial, financia um car-
ric
período, e precisam utilizar os recursos daqueles ro, uma máquina ou um imóvel, ela está operando no
au
Independente das razões que motivam cada uma Nele, as instituições financeiras participantes têm
dessas decisões individuais, de alguma maneira essa como atividade principal a intermediação financei-
transferência de recursos dos poupadores para os ra propriamente dita. Essas operações caracterizam-
tomadores precisa ser viabilizada. -se, em geral, por operações de curto e médio prazo,
Se cada poupador tivesse que encontrar um toma- formalizadas por contratos e nas quais as instituições
dor de recursos com as mesmas necessidades de volu- financeiras assumem os riscos de inadimplência da
me e prazo, para a realização de um empréstimo, operação. São exemplos de instituições participantes
muito provavelmente nenhum negócio se concretiza- desse mercado os bancos comerciais e as sociedades
ria, já que as demandas dos agentes podem ser bem de crédito, financiamento e investimento, as conheci-
distintas. das “financeiras”.
Com o tempo, e para suprir essa demanda do mer- O mercado de crédito é fundamental para o bom
cado, foram nascendo instituições para intermediar funcionamento da economia, na medida em que as
essas operações, ou seja, pegar emprestado daqueles instituições financeiras assumem dois papéis deci-
que poupam e emprestar para os demais, atendendo, sivos. De um lado, atuam como centralizadoras de
ao mesmo tempo, às necessidades de volume financei- riscos, reduzindo a exposição dos aplicadores a per-
ro e prazo de cada um. das e otimizando as análises de crédito. De outro, 163
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funcionam como um elo entre milhões de agentes Evidentemente, essas leis foram sofrendo alterações
com expectativas muito distintas em relação a prazos no decorrer dos anos, de forma que o arcabouço jurídico
e volumes de recursos. Um agente pode, por exemplo, do mercado fosse se adaptando à nova realidade em que
querer aplicar R$ 1.000,00 por um ano. Entretanto, ele se inseria. Da mesma forma, foram sendo criados
pode não encontrar uma contraparte (um agente defi- outros mecanismos que acabaram por contribuir com o
citário) que deseje obter um empréstimo com as mes- desenvolvimento, como o novo Sistema de Pagamentos
mas condições. Brasileiro.
Com o papel desempenhado pela instituição finan- Ainda, algumas instituições privadas, em um esforço
ceira, esse problema se reduz. Se o sistema financei- de autorregulação, também criaram regras que colabo-
ro inexiste ou existe de forma ineficiente, muitas das raram fundamentalmente para o que hoje é o Mercado
necessidades de aplicações e empréstimos de recur- de Valores Mobiliários.
sos ficam sem atendimento, ou seja, não são atendi-
das pelo mercado, o que inevitavelmente causa uma
freada brusca na economia. Quantas vezes você já
viu reportagens com empreendedores reclamando da
dificuldade no acesso ao crédito?
MOEDA E POLÍTICA MONETÁRIA
Entretanto, em alguns casos, o mercado de
A política monetária relaciona-se à moeda, mais
crédito não é capaz de suprir as necessidades de
especificamente a sua circulação. O Comitê de Política
financiamento dos agentes. Isso pode ocorrer, por
Monetária (Copom) e o Banco Central (Bacen) têm o
exemplo, quando um determinado agente, em geral
poder de influenciar na oferta e demanda de moeda,
uma empresa, deseja um volume de recursos muito
criando condições para diminuir ou aumentar a moe-
superior ao que uma instituição poderia, sozinha,
da em circulação.
emprestar.
Vale lembrar que, quanto mais moeda circula na
Além disso, pode acontecer de os custos dos
economia, mais ela se desvaloriza, o que gera o fenô-
empréstimos no mercado de crédito (juros) serem
meno da inflação. Ou seja, uma política monetária
demasiadamente altos, de forma a inviabilizar os
expansiva tem o objetivo de aumentar a moeda em
investimentos pretendidos. Surgiu, com isso, o que é
circulação na economia, o que, sem dúvida, acaba por
conhecido como Mercado de Capitais, ou Mercado
aumentar a renda em geral, mas, como consequência,
de Valores Mobiliários.
No Mercado de Valores Mobiliários, em geral, os aumenta a inflação.
investidores emprestam recursos diretamente aos
agentes deficitários, quase sempre empresas. Caracte- OBJETIVOS DA POLÍTICA MONETÁRIA
9
riza-se por negócios de médio e longo prazo, nos quais
-3
são negociados títulos chamados de Valores Mobiliários. Pode-se dizer que a política monetária tem 3 obje-
40
Como exemplo, podemos citar as ações, que repre- tivos diretos, sendo eles:
sentam parcela do capital social de Sociedades Anôni- .5
33
mas, e as debêntures, que representam títulos de dívida z Controle da quantidade de moeda em circulação;
.6
o público investidor, facilitando o processo de formação Para uma política expansiva podem ser utilizados
os seguintes métodos:
os
As instituições financeiras não assumem a obriga- z Bacen diminuir a exigência de reservas com-
ol
ção pelo cumprimento das obrigações estabelecidas e pulsórias: quando o Banco Central diminui essa
ic
pelo pagamento dos juros e principal de uma debênture, ta nos bancos, aumentando o poder de multiplica-
ric
ção financeira que a tenha assessorado ou participado z Copom diminuir a taxa de juros da economia:
diminuindo a taxa de juros básica, menos moeda
M
9
prios detentores desses títulos.
-3
capacidade de atuar sobre as taxas de curto prazo
40
a fim de afetar as de longo prazo com o objetivo de,
assim, gerar algum estímulo na economia.
.5
É importante salientar que quando a instituição
33
financeira não exerce a opção de recompra do título
.6
TAXA SELIC E OPERAÇÕES COMPROMISSADAS no prazo (que pode ser no mesmo dia, ou não), a ope-
00
As operações compromissadas podem ser enten- do como garantia da operação fará parte da carteira
os
didas como uma dinâmica de compra e recompra de do Banco Central e vendido em leilão.
ativos. Isso porque elas são um empréstimo que tem
nt
garantia um título de renda fixa. Um dos agentes fica com o risco da operação de redesconto.
ol
COMPROMISSADAS
au
A taxa Selic, que indica a taxa de juros básica no gatório feito pelos bancos junto ao BACEN – é um
Brasil, é calculada diariamente e utilizada como refe- dos principais instrumentos de Política Monetária
rência para as ações de política monetária. utilizado pelo Governo a fim de aquecer ou esfriar a
Para seu cálculo, é feita a média ponderada do economia.
volume financeiro das taxas de juros de operações Parte de todos os depósitos efetuados à vista, isto é,
compromissadas com títulos públicos, no prazo de aqueles das contas correntes (tanto de livre movimen-
um dia útil. tação quanto de não livre movimentação pelo cliente),
Assim, lembre-se de que a taxa Selic tem relação os depósitos a prazo e os demais, feitos pela população
direta com as operações compromissadas. junto aos bancos, vão para o Banco Central, que fixa
a taxa de recolhimento. Atenção: essa taxa é variá-
DEPÓSITOS COMPULSÓRIOS vel, isto é, se modifica de acordo com os interesses do
Governo em acelerar – ou não – a economia.
Depósitos compulsórios são recolhimentos que as Isso ocorre, porque, ao reduzir o nível do reco-
instituições financeiras fazem ao Banco Central, rela- lhimento, sobram mais recursos nas mãos dos ban-
tivos aos recursos captados com suas atividades. Esses cos para serem emprestados aos clientes, o que
depósitos têm como finalidade fornecer ao Banco acaba gerando maior volume de capitais no mercado. 165
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Quando os níveis do recolhimento aumentam, por sua Essa programação orçamentária consta na Lei
vez, as instituições financeiras reduzem seu volume Orçamentária Anual (LOA), elaborada com base
de recursos, liberando menos crédito e, consequente- nas metas e prioridades do Governo definidas na
mente, reduzindo o volume de capital no mercado. Lei de Diretrizes Orçamentárias (LDO).
A finalidade do recolhimento compulsório é, É a LDO que estabelece a ligação entre o Plano Plu-
sobretudo, aumentar ou diminuir a circulação de rianual (PPA) e a Lei Orçamentária Anual (LOA).
moeda no País. Quando o Governo precisa diminuir Ao englobar receitas e despesas, o orçamento é peça
a circulação de moedas em território nacional, o Ban- fundamental para o equilíbrio das contas públicas
co Central aumenta a taxa do compulsório, pois, desta e indica para a sociedade as prioridades definidas
forma, as instituições financeiras passam a ter menos pelo governo, como, por exemplo, gastos com edu-
crédito disponível para população, portanto, a econo- cação, saúde e segurança pública.
mia acaba encolhendo.
Quando o Governo precisa aumentar a circulação Ou seja, o que acontece no Brasil não é diferente
de moedas em território nacional, todavia, a taxa do do que acontece em uma família, é necessário definir
compulsório diminui e, com isso, as instituições finan- o orçamento e planejar os gastos de acordo com suas
ceiras fazem um depósito menor junto ao Banco Cen- prioridades.
tral. Desta maneira, os bancos comerciais ficam com
mais moeda disponível e, consequentemente, aumen- DÍVIDA PÚBLICA
tam suas linhas de crédito. Afinal, com mais dinheiro
em circulação, há o aumento de consumo e a econo- Para entendermos corretamente o conceito de
mia tende a crescer. Dívida Pública, temos que entender o conceito de Défi-
Ademais, as instituições financeiras podem fazer cit Público, sendo:
transferências voluntárias, de posições positivas na
captação, isto é, podem captar mais do que empres- Déficit Público
tam. Porém, o depósito compulsório é obrigatório.
Entretanto, para que a instituição financeira não O governo, como toda família, possui receitas e
tenha prejuízos com os recursos parados devido ao despesas, e, como toda família, geralmente o gover-
compulsório, os valores recolhidos ao Banco Central no apresenta mais Despesas do que Receitas, dessa
são remunerados por ele. maneira tem-se:
9
Quanto maior o gasto em relação às receitas,
-3
bém está autorizado a captar recursos de forma maior o Déficit, de maneira contrária, quanto maior
40
voluntária das instituições financeiras (depósi- as Receitas em relação aos gastos, tem-se Superávit.
tos voluntários) e remunerá-las por isso. .5
33
O Déficit Público tem relação direta com a Dívida
Pública, sendo assim:
.6
00
espécie (papel moeda), através de transferências Quanto MAIS ELEVADO o déficit público, MAIOR o
os
Déficit Nominal
Governo (Redação dada pelo Del nº 1.959, de 14 de
ric
setembro de 1982);
au
dada pelo Del nº 1.959, de 14 de setembro de 1982). no em determinado período. Como o próprio nome
diz, o cálculo é feito pelo valor nominal, ou seja, não
há o cálculo da inflação. Lembre-se, o Déficit Nomi-
nal não considera a inflação do período.
z A maneira mais óbvia de financiar este déficit é z LFT – Letra Financeira do Tesouro (Tesouro Dire-
tomando recursos emprestados do setor privado, to Selic): pós Fixado, atrelado à SELIC. Por ser pós
por meio da venda de títulos públicos; fixado é recomendado em cenários de alta de SELIC;
z Os títulos públicos não podem ser adquiridos dire- z LTN – Letra do Tesouro Nacional: pré fixado, o
tamente pelo BACEN; investidor já sabe no momento da contratação a
z Os Títulos Públicos são referenciados pela taxa rentabilidade do papel;
SELIC; z NTN-B (Principal): notas do Tesouro Nacional Série
z Quando o governo precisa de financiamento, nor- B. Título atrelado à inflação (IGPM ou IPCA) bom
malmente sobe a taxa SELIC, o que causa um maior para o investidor que quer proteger seu ganho real.
interesse por títulos públicos;
z Um Aumento da Taxa SELIC, tira moeda da Eco- Títulos com Cupom
nomia, já que os investidores tendem a preferir
comprar títulos. São títulos públicos com cupom:
Lembre-se que um aumento da taxa Selic tende a z NTN-B: atrelada à inflação (IPCA ou IGPM);
diminuir a inflação e Vice e Versa. z NTN F: pré-fixado.
9
CRESCIMENTO DAS DESPESAS PÚBLICAS
-3
40
De maneira geral, os gastos públicos podem ser
PRODUTOS BANCÁRIOS
subdivididos em quatro categorias, sendo elas: .5
33
.6
z Investimento do governo;
os
às empresas;
Sa
De forma geral, a Dívida Pública consiste no esto- mente, uma estrutura composta por órgão normativo,
id
financiar o déficit público. Neste sistema, nós temos como órgão normativo
ic
9
-3
dos mercados supervisionados; tor (cliente) não pode solicitar o resgate da capita-
40
z Promover o aperfeiçoamento das instituições e lização, mesmo com perdas. Esse prazo é máximo
.5
dos instrumentos operacionais a eles vinculados, de 24 meses em qualquer modalidade.
33
com vistas à maior eficiência do Sistema Nacio-
.6
Capitalização;
-0
namento das entidades que neles operem; É um título que prevê um pagamento a cada mês
nt
integram o mercado;
os
delegadas;
ric
Constituídas sob a forma de sociedades anô- Define-se como Modalidade Tradicional o Título de
nimas, elas negociam contratos (títulos de capita- Capitalização que tem por objetivo restituir ao titular,
lização) que têm por objeto o depósito periódico de ao final do prazo de vigência, no mínimo, o valor
prestações pecuniárias pelo contratante, o qual terá, total dos pagamentos efetuados pelo subscritor
depois de cumprido o prazo contratado, o direito de (cliente), desde que todos os pagamentos previstos
resgatar parte dos valores depositados corrigidos tenham sido realizados nas datas programadas.
168 por uma taxa de juros estabelecida contratualmente;
O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para Mauricio Nicoli dos Santos - 000.633.540-39, vedada, por quaisquer meios e a qualquer
título, a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.
Deve possuir prazo de vigência mínimo de 12 Categoria Instantânea
meses e tem carência mínima de 30 dias para resgate.
A famosa raspadinha agora pode ser atrelada a
z Modalidade Compra-Programada: título de capitalização. Este procedimento já era feito
há anos no Brasil, mas não era regulamentado pela
Define-se como Modalidade Compra-Programa- SUSEP, o que mudou após a publicação da Circular
da o Título de Capitalização em que a sociedade de 569/2018. É importante frisar que Categoria Instantâ-
capitalização garante ao titular, ao final da vigência, nea não pode ser confundida com modalidade.
o recebimento do valor de resgate em moeda corrente Como é estruturado um título de capitalização?
nacional, sendo disponibilizada ao titular a faculdade Os títulos de capitalização são estruturados com
de optar, se este assim desejar e sem qualquer outro prazo de vigência igual ou superior a 12 meses e em
custo, pelo recebimento do bem ou serviço referen- séries cujo tamanho deve ser informado no próprio
ciado na ficha de cadastro, subsidiado por acordos título, sendo no mínimo de 10.000 títulos. Por exem-
comerciais celebrados com indústrias, atacadistas ou plo, uma série de 100.000 títulos poderá ser adquirida
empresas comerciais. por até 100.000 clientes diferentes, que são regidos
Devem ser estruturados na forma PM (Por Mês) ou pelas mesmas condições gerais e se for o caso, concor-
PP (Por Período), possuem prazo de vigência míni- rerão ao mesmo tipo de sorteio.
mo de 6 meses e 30 dias de carência para resgate. O título prevê pagamentos a serem realizados pelo
subscritor. Cada pagamento apresenta, em geral, três
z Modalidade Popular: componentes:
Define-se como Modalidade Popular o Título de
z Cota de Capitalização: parte que é destinada a
Capitalização que tem por objetivo propiciar a partici-
acumulação do capital, corrigira monetariamente
pação do titular em sorteios, sem que haja devolução
por um índice fixado no contrato. Deve ser maior
integral dos valores pagos. Tem vigência mínima de
que as demais cotas;
12 meses e carência mínima de 60 dias para resgate.
z Cota de sorteio: parte destinada ao pagamento
A Tele Sena é um ótimo exemplo desta modalidade.
dos prêmios aos sorteados;
z Cota de Carregamento: parte destinada as despe-
z Modalidade Incentivo:
sas administrativas da sociedade de capitalização
com a administração do título.
Entende-se por Modalidade Incentivo o Título de
Capitalização que está vinculado a um evento promo-
cional de caráter comercial instituído pelo Subscritor Os valores dos pagamentos são fixos?
para alavancar as vendas de seus produtos ou servi- Nos títulos com vigência igual a 12 meses, os paga-
9
-3
ços ou para fidelizar seus clientes. mentos são obrigatoriamente fixos. Já nos títulos com
40
O subscritor neste caso é a empresa que compra o vigência superior, é facultada a atualização dos paga-
.5
título e o cede total ou parcialmente (somente o direi- mentos, a cada período de 12 meses, por aplicação de
33
to ao sorteio) aos clientes consumidores do produto um índice oficial estabelecido no próprio título.
.6
utilizado no evento promocional. O resgate é sempre inferior ao valor total que foi
00
COMPLEMENTAR
N
terceiros.
io
O título só poderá ser resgatado pelo terceiro, caso Entidades abertas de previdência complementar
ric
o contrato seja quebrado pelo subscritor/adquirente - são entidades constituídas unicamente sob a forma
au
do título, desta forma não se fala de carência para res- de sociedades anônimas e têm por objetivo instituir
CONHECIMENTOS BANCÁRIOS
É um instrumento para que entidades beneficen- Os planos são comercializados por bancos e segu-
tes de assistência social angariem recursos. Nessa radoras, e podem ser adquiridos por qualquer pessoa
modalidade, o direito de resgate do valor do título de física ou jurídica. O órgão do governo que fiscaliza e
capitalização é cedido para a entidade beneficente, dita as regras dos planos de Previdência Privada é a
permanecendo o cliente apenas com o direito de par- Susep (Superintendência de Seguros Privados), que é
ticipar de sorteios. ligada ao Ministério da Economia.
Só pode ser estruturado na forma PU (pagamento Os dois planos mais comuns são PGBL e VGBL.
único), vigência mínima de 60 dias e para resgate ape- PGBL significa Plano Gerador de Benefício Livre e
nas após 60 dias contados da aplicação. VGBL quer dizer Vida Gerador de Benefício Livre. 169
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título, a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.
São planos previdenciários que permitem que
PGBL X VGBL
você acumule recursos por um prazo contratado.
Durante esse período, o dinheiro depositado vai sen- Abatimento das con- Durante o período de
do investido e rentabilizado pela seguradora ou banco tribuições no Imposto acumulação, os recur-
escolhido. de Renda (até o limi- sos aplicados estão
te de 12% da Renda isentos de tributação
Tanto no PGBL como no VGBL, o contratante passa
Bruta anual) durante Tratamento sobre os rendimentos.
por duas fases: o período de investimento e o período
o período de acumula- Fiscal Somente no momento
de benefício. O primeiro normalmente ocorre quando
ção. Sobre os valores do recebimento de ren-
estamos trabalhando e/ou gerando renda. Esta é a fase de resgate e rendas da ou resgate haverá a
de formação de patrimônio. Já o período de benefício haverá a incidência de incidência de Imposto
começa a partir da idade que você escolhe para come- tributação de Renda
çar a desfrutar do dinheiro acumulado durante anos
Mais atraente para Para quem é isento, de-
de trabalho. A maneira de recebimento dos recursos é
quem declara Impos- clara Imposto de Renda
você quem escolhe. É possível resgatar o patrimônio
to de Renda completo, simplificado ou tem pre-
acumulado e/ou contratar um tipo de benefício (ren- Para quem
podendo aproveitar o vidência complementar
da) para passar a receber, mensalmente, da empresa é indicado
abatimento da Renda e/ou já abate o limite
seguradora. Bruta anual na fase de máximo de 12% da Ren-
É importante lembrar que tanto o período de contribuição da Básica anual
investimento quanto o período de benefício não preci-
sam ser contratados com a mesma seguradora. Desta Fonte: Conde Consultoria Atuarial
forma, uma vez encerrado o período de investimento,
o participante fica livre para contratar uma renda na Os planos de Previdência Privada cobram dois
instituição que escolher. tipos de taxa que devem ser observados na hora da
contratação: a taxa de administração financeira e a
Diferença entre PGBL e VGBL taxa de carregamento.
A taxa de administração financeira é cobrada
A principal distinção entre eles está na tributação. pela tarefa de administrar o dinheiro do fundo de
No PGBL, você pode deduzir o valor das contribuições investimento exclusivo, criado para o seu plano, e
da sua base de cálculo do Imposto de Renda, com limi- pode variar de acordo com as condições comerciais
te de 12% da sua renda bruta anual. Assim, poderá do plano contratado. Os que têm fundos com investi-
reduzir o valor do imposto a pagar ou aumentar sua mentos em ações, por serem mais complexos, normal-
restituição de IR. Vamos supor que um contribuinte mente têm taxas um pouco maiores do que aqueles
9
tenha um rendimento bruto anual de R$ 100 mil. Com que investem apenas em renda fixa.
-3
o PGBL, ele poderá declarar ao Leão R$ 88 mil. O IR
40
sobre os R$ 12 mil restantes, aplicados em PGBL, só
será pago no resgate desse dinheiro. Mas atenção: esse Importante! .5
33
benefício fiscal só é vantajoso para aqueles que fazem
.6
Para quem faz declaração simplificada ou não é rentabilidade informada é líquida, ou seja, com o
os
tributado na fonte, como autônomos, o VGBL é ideal. valor da taxa de administração já debitado.
nt
que, em um VGBL, a tributação acontece apenas sobre sito que é feito no plano. Ela serve para cobrir des-
id
É possível a portabilidade entre planos do tipo VGBL do o máximo autorizado pela SUSEP de 10%, sobre o
N
(Vida Gerador de Benefício Livre) e PGBL (Plano valor de cada contribuição que você fizer. No mercado
io
Gerador de Benefício Livre)? Não, a portabilidade há três formas de taxa de carregamento, dependendo
ric
aberta (PGBL para PGBL), ou entre planos de segu- z Antecipada: incide no momento do aporte. Esta
ro de vida com cobertura por sobrevivência (VGBL taxa é decrescente em função do valor do aporte
para VGBL).1 e do montante acumulado. Ou seja, quanto maior
o valor do aporte ou quanto maior o montante
Os planos denominados PGBL E VGBL, durante o acumulado, menor será a taxa de carregamento
período de diferimento, terão como critério de remu- antecipada;
neração da provisão matemática de benefícios a con- z Postecipada: incide somente em caso de porta-
ceder, a rentabilidade da carteira de investimentos bilidade ou resgates. É decrescente em função do
do Fundo de Investimentos Exclusivo (FIE), instituí- tempo de permanência no plano, podendo chegar
do para o plano, ou seja, DURANTE O PERÍODO DE a zero. Ou seja, quanto maior o tempo de perma-
DIFERIMENTO NÃO HÁ GARANTIA DE REMUNE- nência, menor será a taxa;
RAÇÃO MÍNIMA, ou seja, pode render negativo. z Híbrida: a cobrança ocorre tanto na entrada (no
PGBL ou VGBL, como avaliar os dois tipos de pla- ingresso de aportes ao plano), quanto na saída (na
nos de previdência. ocorrência de resgates ou portabilidades). Como
9
Por exemplo, eu ganho 10 mil reais por ano, por-
-3
tanto não preciso declarar imposto de renda, e se eu fechadas de previdência complementar (fundos de
40
declarar não preciso pagar imposto, logo minha pre- pensão).
vidência está sujeita a imposto de 15% e quando você .5
O CNPC é o novo órgão com a função de regular
33
o regime de previdência complementar operado
efetuar o resgate e for cobrado o imposto, como você
.6
Previdência Complementar.
Agora um outro exemplo:
os
COMPLEMENTAR (PREVIC)
ser retido no meu salário pelo meu empregador se eu
os
mais por ela e não receberá nada de volta a título de natureza especial, dotada de autonomia adminis-
io
Por isso, essa forma de tributação deve ser escolhi- da ao Ministério da Economia, com sede e foro
au
da com cuidado, e com o pensamento no fato de que no Distrito Federal e atuação em todo o território
CONHECIMENTOS BANCÁRIOS
M
9
A Superintendência Nacional de Previdência Com- zo e, ao final, recebo o valor de volta, corrigido por um
-3
plementar (PREVIC) é uma autarquia vinculada ao indexador de juros. Então é chamado de acumulação
40
Ministério da Economia, responsável por fiscalizar porque há um acúmulo de dinheiro que ao final poderá
as atividades das entidades fechadas de previdência .5
33
ser devolvido ao segurado caso o sinistro não ocorra.
complementar (fundos de pensão). Exemplo: Previdência Complementar Aberta (PGBL,
.6
Seguros de Risco
os
nt
mo a própria vida.
N
O Cosseguro
O cosseguro nada mais é do que pegar uma apólice de seguro e distribuí-la para mais de uma seguradora,
ou seja, quando o risco é alto demais, as seguradoras dividem, entre elas, o risco daquela apólice, pois caso haja
algum problema, o sinistro, o prejuízo é dirimido entre elas.
Aqui há algumas características dos seguros:
Os seguros podem ser classificados em seguros individuais ou em grupo.
O seguro individual é uma relação entre uma pessoa ou uma família e uma seguradora. A seguradora, evi-
dentemente, terá de aferir corretamente o risco segurado e pulverizá-lo, colocando-o numa carteira onde existem
diversos riscos semelhantes, mas independentes entre si.
O seguro em grupo é o seguro de um conjunto de pessoas ligadas entre si de modo que se estabelece uma
relação triangular entre a seguradora, o segurado e o grupo a que ele pertence.
O grupo pode ser constituído por uma empresa, por uma organização sem fins lucrativos, por uma associação
profissional, ou por uma pessoa física. Os seguros contratados por empresas são chamados de empresariais ou
corporativos. É um seguro em grupo, formalizado por uma única apólice que garante coberturas estabelecidas de
acordo com um critério objetivo e uniforme, não dependente exclusivamente da vontade do segurado.
A seguradora, com base nos contratos de adesão ao seguro, emite para cada segurado um documento que
comprova a inclusão no grupo (Certificado de Seguro). Nesse documento constam a identificação do segurado e a
designação dos seus beneficiários.
Os seguros diferem também segundo o regime de financiamento, ou seja, a técnica atuarial que determina a
forma de financiamento das indenizações e benefícios integrantes do contrato.
Os regimes se dividem em repartição e capitalização. O regime de repartição, por sua vez, se divide entre
repartição simples e repartição de capitais de cobertura.
9
-3
No regime de repartição simples, todos os prêmios pagos pelos segurados em determinado período formam
40
um fundo que se destina ao custeio de indenizações a serem pagas por todos os sinistros ocorridos no próprio
.5
período (e às demais despesas da seguradora). Isso implica em que o prêmio cobrado é calculado de forma que cor-
33
responda à importância necessária para cobrir o valor das indenizações relativas aos sinistros esperados. Não há,
.6
Tipicamente, esse regime se aplica aos planos previdenciários ou de seguro de vida em grupo, em situações
em que a massa de participantes é estacionária e as despesas com pagamento de benefícios são estáveis e de
os
curta duração. É usado também na previdência social estatal (INSS e regimes próprios do Estado), porém, sem a
nt
condição de estabilidade mencionada. É o caso também dos seguros de vida em grupo, de seguros de automóveis,
Sa
de saúde etc.
os
que pagou. No mercado de seguros, entretanto, para garantia da solvência das empresas, a legislação impõe a
formação de provisões de prêmios não ganhos, de oscilação de riscos e de sinistros, devidamente atestadas pelos
ol
ic
O regime de repartição de capitais de cobertura é o método em que há formação de reserva apenas para garan-
io
tir os pagamentos das indenizações e benefícios iniciados no período, ou seja, arrecada-se apenas o necessário
ric
e suficiente para formação de reserva garantidora do cumprimento dos benefícios futuros que se iniciam neste
au
período.
CONHECIMENTOS BANCÁRIOS
Em outras palavras, há formação de um fundo correspondente ao valor atual dos benefícios de prestação con-
M
tinuada iniciados no período em questão. Nesse regime, há a obrigação de constituição de provisão de benefícios
concedidos.
O regime de capitalização é o método que consiste em determinar a contribuição necessária para atender
determinado fluxo de pagamento de benefícios, estabelecendo que o valor da série de contribuições efetuadas ao
longo do tempo seja igual ao valor da série de pagamentos de benefícios que se fará no futuro.
Esse modelo de financiamento constitui reservas tanto para os participantes assistidos, como para os ativos e
obviamente pressupõe a aplicação das contribuições nos mercados financeiros, de capitais e imobiliários a fim de
adicionar valor à reserva que se está constituindo. A capitalização é dividida em duas fases distintas: a primeira
denominada “fase contributiva” e a segunda “fase do benefício”.
A legislação vigente torna obrigatória a utilização do regime financeiro de capitalização para os benefícios de
pagamento em prestações que sejam programadas e continuadas. Nesse regime, obriga-se a empresa a constituir
provisão de benefícios concedidos, como no caso anterior, e provisão de benefícios a conceder. Assim, no regime
de capitalização, o objetivo não é apenas pagar indenização ou benefício pré-estabelecido, mas permitir ao
segurado ou participante retirar ao final do contrato uma poupança que, idealmente, cubra os riscos de morte,
invalidez, aposentadoria etc. 173
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título, a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.
RAMOS DE SEGUROS
GRUPOS CARACTERÍSTICAS GERAIS
Seguros contra incêndio, roubo de imóveis, bem como os seguros compreensivos residenciais,
1 Patrimonial
condominiais e empresariais
2 Riscos Especiais Seguros contra riscos de petróleo, nucleares e satélites
Seguros contra indenizações por danos materiais ou lesões corporais a terceiros por culpa
3 Responsabilidades
involuntária do segurado
4 Cascos em (“run off”) Seguros contra riscos marítimos, aeronáuticos e de hangar
5 Automóvel Seguros contra roubos e acidentes de carros, de responsabilidade civil contra terceiros e DPVAT
Seguros de transporte nacional e internacional e de responsabilidade civil de cargas, do trans-
6 Transporte
portador e do operador
8 Crédito em (“run off”) Seguros de crédito à exportação e contra riscos comerciais e políticos
Seguros coletivos de vida e acidentes pessoais, vida com cobertura para risco de sobrevivência,
9 Pessoas Coletivo
prestamista e educacional
10 Habitacional Seguros contra riscos de morte e invalidez do devedor e de danos ao imóvel financiado
11 Rural Seguros agrícola, pecuário, de florestas e penhor rural
12 Outros Seguros no exterior de sucursais e de seguradoras no exterior
Seguros individuais de vida e acidentes pessoais, vida com cobertura para risco de sobrevivên-
13 Pessoa Individual
cia, prestamista e educacional
Seguros compreensivos para operadores portuários, responsabilidade civil facultativa para
14 Marítimos
embarcações e marítimos
Seguros de responsabilidade facultativa para aeronaves, aeronáuticos, responsabilidade civil de
15 Aeronáutico
hangar e responsabilidade do explorador ou transportador aéreo
16 Microsseguros Microsseguros de pessoas, microsseguros de danos
9
-3
17 Saúde Seguro Saúde
40
.5
33
Fonte: Susep
.6
00
Bom pessoal, muitos de nós já fomos a algum banco, alguma vez, para abrir, ou assistir alguém abrir uma con-
os
ta. A conta que abrimos no banco nada mais é do que um contrato, e como tal precisa de regras e de orientações
nt
Lembrando que esse contrato é composto por uma ficha-proposta e um cartão de assinatura.
os
completos, telefone com DDD, referencias pessoais, data da abertura da conta e o número dessa conta, e a assina-
ol
tura do depositante.
ic
Estas orientações estão contidas na Resolução CMN nº 4753/2019, que dita às regras básicas que devem nor-
N
Então vamos ver o que o CMN e o BACEN têm dito sobre isso:
ric
z Documento de identificação (carteira de identificação ou equivalente, como, por exemplo, a carteira nacional
de habilitação, passaporte, CTPS, carreiras de órgão de classe);
z Inscrição no Cadastro de Pessoa Física (CPF);
z Comprovante de residência.
Para que exista uma pessoa física, basta que esta nasça com vida. Ela se extingue com a morte do indivíduo.
No caso de pessoa jurídica:
9
-3
vez microfilmados, poderão ser destruídos; 2010, devendo ainda ser observados a padroni-
40
(estas microfilmagens devem permanecer por no zação, as siglas e os fatos geradores da cobrança,
mínimo 10 anos no arquivo);
.5
também estabelecidos por meio da citada Tabela I;
33
z Tarifas de serviços, incluindo a informação sobre z Serviços especiais: aqueles cuja legislação e
.6
serviços que não podem ser cobrados; regulamentação específicas definem as tarifas
00
z Saldo médio mínimo exigido para manutenção e as condições em que aplicáveis, a exemplo
-0
da conta se houver essa exigência. dos serviços referentes ao crédito rural, ao Siste-
os
Importante!
Sa
mada depois de transcorridos no mínimo cinco z Serviços diferenciados: aqueles que podem ser
ol
anos, a contar do início do relacionamento com cobrados desde que explicitadas ao cliente ou ao
ic
COBRANÇA
Banco
Um dos serviços mais desenvolvidos pelos bancos
atualmente é a cobrança, um serviço indispensável para Cobrador
qualquer banco comercial. Com este instrumento, os
9
bancos estreitaram seu relacionamento com os clien-
-3
tes, PF e PJ, e engordaram as aplicações com recursos FUNDOS DE INVESTIMENTOS
40
transitórios em títulos. Vamos ver como isso acontece.
Quando um cliente vende algo para alguém, bem .5
33
Um fundo de investimento é uma comunhão de
ou serviço, emite um boleto ou bloqueto, estes pos-
.6
SILOC, até o VLB 25mil. Boletos de valor igual ou supe- patrimônio é dividido em cotas, cujo valor é calcu-
nt
rior ao VLB 250 mil transitam diretamente no STR. lado diariamente por meio da divisão do patrimô-
Sa
Nesta história nós temos três personagens: nio líquido pelo número de cotas em circulação.
os
de cobrança;
ic
z O Banco – instituição que disponibiliza o programa liários. Se o gestor do fundo fizer um bom trabalho, o
io
para emissão destes boletos, e que pode realizar a patrimônio do fundo aumentará, aumentando o valor
ric
z O devedor ou sacado – cliente do credor que adqui- Quando este fundo dá um bom resultado, ou seja,
M
riu produto ou serviço, e pagará o boleto emitido. lucro, este valor é distribuído proporcionalmente ao
número de cotas de cada participante.
A cobrança como falamos anteriormente, é um É a comunhão de recursos sob a forma de condo-
produto de relacionamento entre banco e cliente mínio em que os cotistas têm os mesmos interesses
(cedente). Com isso o cedente possui conta no banco e objetivos ao investir no mercado financeiro e de
e os valores resultantes da cobrança são creditados capitais, ou seja, todos têm os mesmos direitos, e o
diretamente na conta do cedente, em D+0 ou D+1, a valor das cotas é igual para todos.
depender do que for pactuado. Funciona exatamente como um condomínio de
Graças ao sistema de compensação, o sacado apartamentos, em que cada condômino é dono de
(devedor) pode pagar o título em qualquer praça, até uma cota (um apartamento) e paga a um terceiro para
a data do vencimento. Após o vencimento, somente na administrar e coordenar as tarefas do prédio (o síndi-
agencia bancaria do cedente ou emissor do título. co). Nele são estabelecidas as regras de funcionamen-
to (horário de funcionamento da piscina, do salão de
z A cobrança simples é a mera emissão dos boletos. festas, de música alta nas dependências dos aparta-
O cedente preenche, emite, envia e especifica o ban- mentos, entre outras). Essas regras são seguidas por
176 co onde deve ser pago, tudo isso sem aviso prévio ao todos os moradores, sem exceção.
O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para Mauricio Nicoli dos Santos - 000.633.540-39, vedada, por quaisquer meios e a qualquer
título, a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.
Um fundo de investimento funciona da mes- (iii) ao prazo de duração, se determinado ou indeter-
ma forma. Os cotistas (os moradores) compram uma minado; (iv) à gestão; (v) aos prestadores de serviço;
quantidade de cotas ao aplicar, e pagam uma taxa de (vi) à política de investimento, de forma a caracte-
administração a um terceiro (o Gestor, o síndico) para rizar a classe do fundo; (vii) à taxa de administra-
coordenar as tarefas do fundo e gerenciar seus recur- ção e, se o caso, às taxas de performance, entrada
sos no mercado. Ao comprar cotas de um determinado e saída; (ix) às condições de aplicação e resgate de
fundo, o cotista está aceitando suas regras de funciona- cotas. As alterações no regulamento dependem de
mento (aplicação, resgate, horários, custos etc.), e passa prévia aprovação da assembleia geral de cotistas e
a ter os mesmos direitos dos demais cotistas, indepen- devem ser comunicadas à CVM. É importante saber
dentemente da quantidade de cotas que cada um possui. que as alterações feitas no regulamento do Fundo de
Agora, imagine que você não mora num prédio, Investimento implicam modificações nas condições
portanto está fora do condomínio, e precisa escolher de funcionamento do Fundo. Portanto, o cotista deve
quem vai fazer a manutenção da piscina e da quadra analisar as modificações propostas de acordo com
esportiva ou quem vai contratar os seguranças. Pro- seus interesses como investidor.
vavelmente, terá mais trabalho para encontrar esses O formulário de informações complementares
prestadores de serviços e gastará mais. Se estivesse é documento de natureza virtual, que deve ser dispo-
num condomínio, essa seria uma tarefa para o sín- nibilizado pelo administrador e pelo distribuidor do
dico, com a vantagem de poder ratear com os outros fundo em seus sites.
condôminos esses custos. Trata-se de um documento de característica mais
Situação semelhante poderia acontecer com você, dinâmica, que fornece informações complementares
caso estivesse sozinho no mercado financeiro. Cabe- sobre o fundo, contendo, entre outras:
ria a você escolher os ativos para compor uma car-
teira de investimento. Isso significa analisar com z Local, meio e forma de divulgação de informações
frequência riscos, nível de endividamento e expecta- do fundo;
tiva de resultados de cada empresa da qual você com- z Local, meio e forma de solicitação de informações
prou ação ou de cada banco do qual você adquiriu um pelo cotista;
CDB. Isso daria muito trabalho, logo, você entrando z Exposição dos fatores de riscos inerentes à compo-
em um grupo, este grupo terá um gestor, e esse gestor sição da carteira do fundo;
z Descrição da tributação aplicável ao fundo e a seus
se preocupará com isso para você.
cotistas, contemplando a política a ser adotada
Fonte: XP Investimentos pelo administrador quanto ao tratamento tributá-
rio perseguido;
Quando o investidor vai aderir a um fundo, ou con- z Descrição da política de administração de risco;
domínio, ele deve atestar, mediante termo apropriado, z Política de distribuição de cotas, inclusive no que
9
-3
que recebeu o Regulamento, e que tomou ciência da se refere à descrição da forma de remuneração
40
política de investimentos e dos riscos do produto, dos distribuidores.
além disso deve ser disponibilizado para eletronicamen-
.5
33
te o Formulário de Informações Complementares. Lâmina de Informações Essenciais
.6
alta liquidez. O resgate será feito com base no valor Nas mudanças, a lâmina passa a conter as informa-
id
em que a cota estiver valendo no mercado. Embora ções mais importantes em formato simples e sempre
ol
existam fundos que pedem prazo de carência para res- na mesma ordem. Além das informações sobre taxas
ic
gate, por exemplo: 30 ou 60 dias após a aplicação; os e despesas, a lâmina traz uma tabela com os retornos
N
fundos são considerados como tendo alta liquidez. dos últimos cinco anos, que enfatiza a existência, caso
io
Já os Fundos Fechados não permitem o resgate exista, de anos com rentabilidade negativa, além de
ric
antecipado, ou seja, se você comprar vai ter de ficar outras mudanças, conforme disposto na instrução.
au
com as cotas até o fim do prazo estabelecido. Entre- A lâmina deve ser atualizada mensalmente até o
CONHECIMENTOS BANCÁRIOS
M
tanto, como nada é eterno, você pode vender as cotas dia 10 (dez) de cada mês com os dados relativos ao
para outra pessoa, mas como elas já foram comer- mês imediatamente anterior, e enviá-la imediatamen-
cializadas a primeira vez com você, você terá de ven- te à CVM. O administrador deve entregar a lâmina ao
dê-las no mercado secundário, ou seja, na bolsa de futuro cotista antes do seu ingresso no fundo e divul-
valores ou no mercado de balcão. gar, em lugar de destaque na sua página na internet, e
sem proteção de senha, a lâmina atualizada.
ESTRUTURAS PRESENTES NOS FUNDOS DE Todo cotista, ao ingressar no fundo, deve atestar,
INVESTIMENTOS por meio de termo próprio, que recebeu o regulamen-
to e o prospecto (a partir de 1º de janeiro de 2013, a
Mas o que são esse Regulamento e o Formulário de lâmina), que tomou ciência dos riscos envolvidos e
Informações Complementares? da política de investimentos, como também da pos-
O Regulamento é o documento de constituição sibilidade de ocorrência de patrimônio negativo e de
do fundo. Nele estão estabelecidas todas as informa- sua responsabilidade por contribuições adicionais de
ções e as regras essenciais relacionadas, entre outras recursos, quando for o caso. Por isso, atenção ao ler
estabelecidas no capítulo IV da instrução CVM 409: (i) esses documentos, pois neles o investidor vai encon-
à administração; (ii) à espécie, se aberto ou fechado; trar informações muito importantes. 177
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título, a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.
Os Papéis das Pessoas
z O investidor: cliente que tem recursos disponíveis para aplicar em fundos de investimentos, muitas vezes
atraído por ganhos superiores ao de investimentos tradicionais como poupança, CDB e RDB e que foge de risco
elevados como os investimentos diretos em ações;
z O investidor Qualificado: pessoas físicas ou jurídicas que tem notório conhecimento sobre investimentos ou
que tem volumes elevados aplicados em investimentos e que estão dispostas a aplicar de forma diferenciada.
I – instituições financeiras;
II – companhias seguradoras e sociedades de capitalização;
III – entidades abertas e fechadas de previdência complementar;
IV – pessoas físicas ou jurídicas que possuam investimentos financeiros em valor superior a
R$ 1.000.000,00 (um milhão de reais) e que, adicionalmente, atestem por escrito sua condição de investidor
qualificado mediante termo próprio.
V – fundos de investimento destinados exclusivamente a investidores qualificados;
VI – administradores de carteira e consultores de valores mobiliários autorizados pela CVM, em relação a seus
recursos próprios;
VII – regimes próprios de previdência social instituídos pela União, pelos Estados, pelo Distrito Federal ou
por Municípios. IN CVM 450.
Atenção! Existem também os investidores Profissionais, que são pessoas físicas ou jurídicas que possuam
investimentos financeiros em valor superior a R$ 10.000.000,00 (dez milhões de reais) e que, adicionalmente,
atestem por escrito sua condição de investidor profissional mediante termo próprio.
z Os Administradores dos Fundos: são Instituições Financeiras, autorizadas pela CVM, que serão os responsá-
veis legais pelo Fundo, e pode, inclusive, atuar como distribuidor das cotas do Fundo;
z O Gestor: este é o cara que põe a mão na massa, ou seja, é o profissional que acompanha o mercado financei-
ro, mede o risco do fundo diariamente, analisa e avalia o cenário econômico, toma decisão sobre quais ativos
comprar ou vender, obedecendo as diretrizes legais e a política de investimentos do fundo;
z Os distribuidores são aqueles que fazem a distribuição das cotas, como falamos anteriormente, pode ser o
próprio administrador, ou outra instituição que integre o sistema de distribuição de valores mobiliários;
z O custodiante é a instituição que irá guardar, ou seja, custodiar o título, para que o mesmo esteja disponível
9
-3
quando for utilizado. Pode ser o próprio administrador, ou caso não seja credenciado pela CVM para essa atri-
40
buição, uma instituição contratada.
.5
33
ESTRUTURAS E RESPONSABILIDADES DOS FUNDOS DE INVESTIMENTO NO BRASIL
.6
00
-0
Custodiante
Controlador
9
-3
40
z Ativa: quando o Fundo estabelece um índice de Os Tipos de Fundos Quanto ao seu Prazo
.5
referência, exemplo CDI, e tenta ultrapassar esse Curto Prazo 33
índice;
.6
z Passiva: quando o Fundo estabelece um índice de Os fundos de investimento de curto prazo têm por
00
referência, exemplo CDI, e tenta acompanhar esse objetivo reproduzir as variações das taxas de juros
-0
fundo, mas apenas acompanhar; e das taxas pós-fixadas, investindo seus recursos em
títulos públicos federais ou em títulos privados de bai-
os
empresa administradora pelo serviço de geren- longo prazo são aqueles que têm uma carteira de títu-
N
ciamento do fundo. É um percentual fixo, calcu- los com prazo médio acima de 365 dias.
io
diariamente. Esses recursos servem para remu- A NOVA CLASSIFICAÇÃO DOS FUNDOS – IN CVM
au
administrador;
z Taxa de Performance: é a taxa cobrada por alguns z Renda Fixa: os fundos dessa categoria possuem a
fundos quando estes ultrapassam seu benchmark, sua carteira de investimentos (80%) composta por
ou seja, rende mais do que o esperado. Ocorre títulos de renda fixa pré ou pós-fixados. Principal-
quando o administrador faz o dever de casa muito mente títulos públicos e títulos privados de bancos
bem, e por isso ganha uma recompensa; de baixo risco de crédito. Este fundo não pode ter
z Taxa de entrada ou de saída: é uma taxa que taxa de performance, exceto se for um fundo exclu-
poderá ser cobrada do investidor quando da aqui- sivo para investidor qualificado. Na modalidade ren-
sição de cotas do fundo (taxa de entrada ou de da fixa existe um segundo nível chamada fundos
carregamento) ou quando o investidor solicita o simples que nada mais são do que os antigos fundos
resgate de suas cotas. Nesse caso a taxa de entrada referenciados que têm por objetivo de rentabilidade,
ou de saída não está computada no patrimônio do proporcionar uma rentabilidade atrelada a um
fundo, portanto o valor da cota do fundo divulga- indexador financeiro, e a sua carteira de investi-
do pelo administrador não contém essa taxa. Como mento deverá ser composta por, no mínimo, 95%
todas as demais taxas, essa também deverá estar da carteira em títulos públicos e títulos de ban-
definida no regulamento e no prospecto do fundo; cos com risco igual ou superior ao do governo. Os 179
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fundos simples também têm a comunicação com os investidores feita de forma eletrônica apenas, e eles não podem
cobrar taxas de performance, o que reduz custos e aumenta seu potencial de retorno;
z Cambial: os fundos dessa categoria têm a sua carteira de investimentos composta por (80%) títulos de renda
fixa que tenham como objetivo de rentabilidade proporcionar a variação de preços de uma determinada
moeda estrangeira;
z Multimercados: os fundos dessa categoria obtêm sua rentabilidade, fundamentalmente, a partir de várias
operações arriscadas. Os derivativos financeiros são contratos que visam a simular um conjunto de opera-
ções de modo a permitir que o gestor do fundo possa alavancar o patrimônio do fundo em uma determinada
estratégia de investimento. A alavancagem é a possibilidade que o gestor tem de poder aplicar o patrimônio
do fundo em papeis mais arriscados como ações de empresas alavancadas, derivativos, e títulos de variação
de preços elevadas;
z Ações: os fundos dessa categoria têm a sua carteira de investimentos composta por 67% (no mínimo) em
ações de empresas negociadas em Bolsa de Valores.
Tributação (IR) – 15%, incidente no resgate, ou seja, não tem come cotas e IOF é zero.
Atenção! Os fundos de renda fixa, ações e multimercados também ganharam uma nova categoria, que entra
no segundo nível de divisão: investimento no exterior, na qual são incluídos os fundos com carteiras que têm
mais de 40% dos ativos alocados em papéis internacionais.
9
Investimento no Exterior
-3
Investimento no Exterior
Dívida Externa
40
.5
Balanceados
33
Flexível
.6
Macro
00
Alocação Trading
-0
Juros e Moedas
nt
Capital Protegido
os
Estratégia Específica
id
Investimento no Exterior
ol
Indexados índices
ic
N
Valor/Crescimento
io
Setoriais
ric
Dividendos
au
índice Ativo
Livre
Investimento no Exterior Investimento no Exterior
Fundos Fechados de Ações
Específicos Fundos de Ações FMP-FGTS
Fundos de Mono Ação
Cambial Cambial Cambial
Fonte: comoinvestir.com.br
z Direitos Creditórios: a carteira de investimento desses fundos é composta em sua totalidade por títu-
180 los que representam operações realizadas nos segmentos financeiro, comercial, industrial, imobiliário, de
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arrendamento mercantil e de prestação de serviços. Esses títulos são conhecidos como recebíveis. Esses fun-
dos possuem uma regulamentação própria (Instruções CVM 356/2001 e 399/2003 e suas modificações);
z Fundos de Previdência: são fundos de investimento destinados a acolher os recursos captados pelo plano
gerador de benefícios livres (PGBL e VGBL);
z Imobiliário: são fundos de investimento fechados, cujos recursos são destinados para empreendimentos
imobiliários e possuem uma regulamentação própria (Instruções CVM 205/1994 e 206/1994 e suas modifica-
ções). (Isentos de Imposto de Renda.);
z Riscos em Fundos de Investimentos.
É a probabilidade de não se obter o que se esperava. Em se tratando de fundos de investimento temos duas
dimensões para o risco:
z Risco de Crédito: é a probabilidade de que o emissor do título que compõe a carteira do fundo não pague o
valor do título no seu vencimento;
z Risco de Estratégia ou Mercado: é a probabilidade de que a estratégia de investimento do gestor do fundo
não produza os resultados esperados, o risco de estratégia poderá resultar em patrimônio negativo e se
isso ocorrer o cotista será obrigado a aplicar mais recursos de tal forma a zerar o patrimônio negativo;
z Risco de Liquidez: ocorre quando os fundos encontram dificuldade para liquidar as vendas de cotas dos cotis-
tas por desinteresse do mercado ou por deficiência de caixa do fundo.
Portanto é primordial que o investidor em fundos de investimento tenha a exata noção dos riscos que está cor-
rendo ao investir em um fundo de investimento.
A Marcação a Mercado
Como o próprio nome diz, marcação a mercado significa atualizar para o valor do dia o preço. Ou seja, mes-
mo que um papel (ou qualquer outro ativo de renda fixa) tenha uma taxa determinada (prefixada ou pós-fixada),
é necessário que, diariamente, seu valor seja atualizado.
O risco de crédito, essencialmente, está vinculado aos preços definidos pelo mercado, e se faz necessário, a
cada momento, definir o valor do título em função das novas taxas vigentes em relação ao rendimento definido
na sua origem.
A marcação a mercado é mais apropriada para os negócios em fundos de investimento e carteiras admi-
nistradas, que negociam frequentemente títulos de acordo com a sua necessidade de caixa ou de seleção de novas
9
-3
modalidades de aplicação financeira para suas carteiras.
40
Para definir o valor de negociação em uma data qualquer, o mercado define a taxa do momento composta da
.5
taxa básica (sem risco) e do spread adicional definido pelas variáveis de risco que envolvem o título negociado.
33
Por este fato dizemos que mesmo os fundos de renda fixa podem ter volatilidade.
.6
00
A tributação nos fundos ocorre de duas formas, a primeira é o Come Cotas, evento que diminui o número de
os
cotas do investidor no fundo, por isso o nome; e o segundo é o imposto de renda cobrado no momento do resgate
nt
da aplicação.
Sa
O Come Cotas ocorre em 2 meses do ano, maio e novembro, o que dá uma distancia de 6 meses entre um e
os
Para os fundos de curto prazo o come cotas é de 20% e para os de longo prazo será de 15%, exceto os fundos de
ol
O imposto de renda no resgate será cobrado, obviamente, quando o cliente resgata seus valores, sendo descon-
N
CONHECIMENTOS BANCÁRIOS
M
IOF
O IOF nas operações de fundos de investimentos começa com alíquota de 96%, chegando a zero no 30º dia após
a aplicação. Os fundos de ações não sofrem cobrança de IOF. 181
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um colateral ou garantia que lhe proporcionará a
MERCADO BANCÁRIO: OPERAÇÕES segurança ou conforto para disponibilização desse
DE TESOURARIA, VAREJO BANCÁRIO montante.
Assim sendo, o montante, de grosso modo, está con-
RECUPERAÇÃO DE CRÉDITO dicionado pela finalidade, risco e garantias associadas.
9
Surge como compensação pela antecipação do
-3
dinheiro para uma pessoa, dentro de um espaço de montante necessário para a satisfação das necessida-
40
tempo limitado”. des de consumo ou bem-estar. Do ponto de vista das
Para uma instituição financeira, a palavra crédito
.5
Entidades Financiadoras ou Bancos é considerado o
33
é sinônima de confiança. A atividade bancária funda- lucro, ou a variável que carrega a parte dos lucros.
.6
menta-se nesse princípio, que envolve a instituição Regra geral, a taxa de juro pode ser fixa ou variá-
00
propriamente dita, seu universo de clientes, empre- vel sendo que a primeira permite maiores níveis de
-0
gados e o público em geral. Afinal, confiança é um segurança para o consumidor, pois permite saber
os
sentimento, uma convicção que se constrói ao longo antecipadamente o valor de todos os reembolsos. Já a
nt
do tempo, através de acontecimentos e experiências segunda reflete a evolução do mercado, sendo que, o
Sa
reais, da lisura, probidade, pontualidade, honestidade consumidor terá ganhos, se a variação for para menos
de propósitos, cumprimento de regulamentos e com-
os
O banco, no exercício da sua função principal, que ao pedido de crédito define o prêmio ou juros que
ol
é a de intermediar recursos de terceiros, promover a terá de suportar, pois, considera-se que o crédito ao
ic
cípios da segurança e confiança para consolidação de crédito ou crédito pessoal, possuem maiores taxas de
ric
Tendo por base a confiança, a concessão de crédito também é baseada em dois elementos fundamentais:
z A vontade do devedor de liquidar suas obrigações dentro das normas contratuais estabelecidas;
z A habilidade do devedor de assim fazê-lo, ou seja, de pagar.
A vontade de pagar pode ser colocada sob o título Caráter, enquanto que a habilidade para pagar pode ser
nominada tanto como Capacidade, quanto como Capital e Condições.
Consistem, basicamente, em uma linha de crédito rotativo, onde o cliente compra com o cartão e pode pagar
de uma só vez ou parcelado.
Conforme for pagando as faturas, o crédito vai sendo liberado novamente e pode ser reutilizado.
As atividades de emissão de cartão de crédito exercidas por instituições financeiras estão sujeitas à regula-
mentação baixada pelo Conselho Monetário Nacional (CMN) e pelo Banco Central do Brasil, nos termos dos arts.
4º e 10 da Lei 4.595, de 1964. Todavia, nos casos em que a emissão do cartão de crédito não tem a participação
de instituição financeira, não se aplica a regulamentação do CMN e do Banco Central.
Vale lembrar que existem as instituições de pagamento, que nada mais são do que instituições não financei-
ras que operam recebendo e processando os pagamentos dos cartões dos clientes. Estas instituições se submetem
a regulamentação do CMN e do Bacen.
Hoje no Brasil prevalece a Circular 3.885/2018 que exige solicitação de autorização para funcionamento de
instituições de pagamento, que incluem as administradoras de cartões de crédito, apenas se ultrapassarem o
parâmetro de 500 milhões de reais em transações comuns ou 50 milhões em transações pré-pagas.
Desta forma, não há uma regra que o Bacen autoriza funcionamento de administradoras de cartão, ficando
obrigatório apenas as que ultrapassarem os parâmetros acima.
9
Emissor de instrumento de
-3
-paga, na qual os recursos são depositados soras de cartão de crédito (o cartão de cré-
pagamento pós-pago
40
para pagamento de débitos já assumidos dito é o instrumento de pagamento)
.5
Não gerencia conta de pagamento, mas Exemplo: instituições que assinam con-
33
Credenciador habilita estabelecimentos comerciais para trato com o estabelecimento comercial
.6
00
Não gerencia conta de pagamento, mas Exemplo: instituições que assinam con-
Credenciador habilita estabelecimentos comerciais para trato com o estabelecimento comercial
os
Uma mesma instituição de pagamento pode atuar em mais de uma modalidade (Fonte: bcb.gov.br)
os
id
Para nossa prova consideramos mercado de crédito tudo relacionado a crédito, entretanto vamos salientar
N
os tipos que nossa banca mais gosta de cobrar. Lembrando que quando uma instituição financeira está liberando
io
recursos, ela se encontra na posição Ativa, ou seja, está liberando dinheiro para um deficitário e este deficitário
ric
deverá devolver o recurso ao banco, acrescentando uma taxa de juros pactuada entre as partes. As principais
au
Esta modalidade de crédito é a mais comum, pois é direcionada para diversas áreas, como: Automático, Turis-
mo, Salário/ Consignação (30% da renda, debitado do contracheque) e o CDC para bens de consumo duráveis:
carros, motos etc.
Admite garantias reais ou fidejussórias, ou até mesmo sem garantias. Obs.: Existe ainda o CDC-I (Crédito Dire-
to ao Consumidor com Interveniência) que é realizado quando o vendedor é o fiador ou avalista do cliente na
operação, ou seja, o banco fornece crédito ao cliente, pois o vendedor está assumindo o risco da operação junto ao
banco, para que este libere o recurso parcelado ao cliente.
z Hot Money
Inicialmente uma aplicação financeira de curto prazo, com alta rentabilidade. Trazido para o Brasil, ganhou
fama por ser uma linha de crédito destinada a Pessoas Jurídicas.
Prazo de 1 até 29 dias, mas normalmente se contrata por até 10 dias. 183
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título, a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.
Para sanar problemas momentâneos de fluxo de crédito já contará no caixa do cliente ou da empresa.
caixa. O banco, por não ser mãe do cliente, cobra uma taxa
Adaptável às mudanças bruscas nas taxas de de juros, que diminui do valor de face do título, ou
juros por ter como principal característica o curto valor nominal.
prazo. Exemplo: Um cliente possui um título, que tem
valor de face, valor escrito, de R$ 1.000,00. De posse
z Vendor Finance desse título o cliente vai até o banco e solicita ao ban-
co que adiante a ele o valor referente àquele título. O
É uma operação de financiamento de vendas banco cobra uma taxa de juros que diminui do valor
baseadas no princípio da cessão de crédito, que per- de face do título um determinado valor, exemplo: o
mite a uma empresa vender seu produto a prazo e banco irá cobrar R$200,00 pela antecipação. Logo, o
receber o pagamento à vista. banco faz o crédito na conta do cliente no valor de
A operação de Vendor supõe que a empresa com- R$800,00. O banco fica com a custódia do papel, e
pradora seja cliente tradicional da vendedora, pois quando o devedor pagar o título, o banco ficará com
será esta que irá assumir o risco do negócio junto ao o valor de R$1.000,00. Lucrando, assim, R$200,00 na
banco. operação.
A empresa vendedora transfere seu crédito ao Esses títulos podem ser boleto, cartões de cré-
banco e este, em troca de uma taxa de intermediação, dito, cheques pré-datados, duplicatas e notas
paga o vendedor à vista e financia o comprador. promissórias.
A principal vantagem para a empresa vendedora é Quando falamos de desconto de duplicatas, che-
a de que, como a venda não é financiada diretamente ques ou notas promissórias, temos alguns detalhes:
por ela, a base de cálculo para a cobrança de impostos, Caso os títulos não sejam pagos pelo devedor, o
comissões de vendas e royalties, no caso de licença de banco tem direito de regresso contra o credor, ou
fabricação, torna-se menor. cedente. Ou seja, se o devedor não pagar o banco vai
É uma modalidade de financiamento de vendas atrás do cliente (credor), para que este efetue o paga-
para empresas na qual quem contrata o crédito é mento ao banco.
o vendedor do bem, mas quem paga o crédito é o
comprador. Assim, as empresas vendedoras deixam
z Leasing ou Arrendamento Mercantil – principal
de financiar os clientes, elas próprias, e dessa forma
produto das Sociedades de Arrendamento Mercan-
param de recorrer aos empréstimos de capital de giro
til (S.A.M), o leasing é um contrato denominado na
nos bancos ou aos seus recursos próprios para não se
legislação brasileira como “arrendamento mer-
descapitalizarem e/ou pressionarem seu caixa.
cantil”. As partes desse contrato são denominadas
Como em todas as operações de crédito, ocorre a
9
“arrendador” e “arrendatário”, conforme sejam,
-3
incidência do IOF, sobre o valor do financiamento,
de um lado, um banco ou sociedade de arrenda-
40
que é calculado proporcionalmente ao período do
mento mercantil, o arrendador, e, de outro, o clien-
.5
financiamento.
te, o arrendatário.
33
A operação é formalizada com a assinatura de um
.6
Existe uma operação inversa ao Vendor, denomi- arrendatário, ou seja o cliente que irá usar o bem, o
utilizará sem necessariamente ter sua propriedade, o
id
do contrato, o próprio comprador é que funciona alugando. Desta forma, o Leasing é um serviço e, por
io
como tal. isso, não incide sobre suas operações o IOF, mas sim o
ric
ta o prazo de pagamento de compra sem envolver o O contrato de arrendamento mercantil pode pre-
M
Sim. Caso a quitação seja realizada após os prazos mínimos previstos na legislação e na regulamentação (art.
8º do Regulamento anexo à Resolução CMN 2.309, de 1996), o contrato não perde as características de arrenda-
mento mercantil. Entretanto, caso realizada antes dos prazos mínimos estipulados, o contrato perde sua caracte-
rização legal de arrendamento mercantil e a operação passa a ser classificada como de compra e venda a prazo
(art. 10 do citado Regulamento).
Nesse caso, as partes devem arcar com as consequências legais e contratuais que essa descaracterização pode
acarretar.
BEM OBJETO DO
LEASING
Arrendatário
Arrendador (Banco)
(Cliente)
Proprietário
Usuário
Deve vender o
bem após o fim do
Pode optar por ficar
contrato caso o
com o bem no final
cliente não o adquira
no final
QUADRO RESUMO
Leasing financeiro Leasing operacional
Prazo mínimo de duração do 2 anos para bens com vida útil < 5 anos
90 dias
9
leasing 3 anos para bens com vida útil > 5 anos
-3
40
Valor residual garantido - VRG Permitido Não permitido
Pactuada no início do contrato, normal- .5
33
Opção de compra Conforme valor de mercado
mente igual ao VRG
.6
00
arrendadora
os
arrendado
do bem
id
Valor pré-fixado no contrato para exercer a opção de compra (Fonte: Banco Central)
ol
ic
N
OBS. 1: Os bens que podem ser arrendados são móveis ou imóveis, nacionais ou estrangeiros. Para os estran-
io
geiros é necessário que estes estejam em uma lista elaborada pelo CMN.
ric
OBS. 2: Sale and Leaseback (Apenas para bens Imóveis): tipo de Leasing em que o dono de um imóvel o
au
vende para uma Sociedade de Arrendamento, e no mesmo contrato a Sociedade de Arrendamento arrenda o bem
CONHECIMENTOS BANCÁRIOS
M
para o vendedor, entretanto esta modalidade só é possível no leasing financeiro e só para Pessoas Jurídicas.
OBS. 3: Os bens objetos de arrendamento mercantil – Leasing, não podem ser arrendados ao próprio fabrican-
te do bem, ou seja, por exemplo: A Embraer que fabrica aviões no Brasil, não pode arrendar seus aviões para si.
Existem duas categorias de cartão de crédito: básico e diferenciado. O cartão básico é aquele utilizado somen-
te para pagamentos de bens e serviços em estabelecimentos credenciados. Já o cartão diferenciado é aquele
cartão que, além de permitir a utilização na sua função clássica de pagamentos de bens e serviços, está associado a
programas de benefício e/ou recompensas, ou seja, oferece benefícios adicionais, como programas de milhagem,
seguro de viagem, desconto na compra de bens e serviços, atendimento personalizado no exterior etc.
O cartão de crédito básico é de oferecimento obrigatório pelas instituições emissoras de cartão de crédito,
quando possuem o produto cartão de crédito em seu portfólio. Esse cartão básico pode ser nacional ou interna-
cional, mas o valor da anuidade do cartão básico deve ser menor do que o valor da anuidade do cartão diferen-
ciado, por este motivo o cartão básico não tem direito a participar de programas de recompensas oferecidos
pela instituição emissora. 185
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título, a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.
Existem ainda os Retailer Cards, que são cartões Na verdade, os financiamentos são feitos por ban-
de loja que só podem ser usados na rede da loja espe- cos, pois administradoras de cartão de crédito são
cifica, por exemplo: Renner e Riachuelo. E os Co-Bran- proibidas de financiar seus clientes. Nesses casos,
ded Cards, que são cartões de crédito que fazem o detentor do cartão de crédito aparecerá no SCR
parcerias com outras empresas de grande nome no como cliente do banco, que é o real financiador da
mercado, exemplo: Itaú TAM fidelidade. operação intermediada pela administradora de
Além dessas classificações, o Banco Central, atra- cartão de crédito.
vés da resolução CMN nº 4.549, adicionou uma outra
Fonte: FAQ Sistema de Informação de Crédito – BACEN
classificação quanto ao pagamento dos valores das
faturas que são: cartão com rotativo regular e cartão
com rotativo não regular. Com base nisto que aprendemos, é bom saber que
O rotativo regular: Pagamento apenas do míni- para que o cartão funcione, é preciso uma estrutura
mo e não parcela o restante, situação em que adere completa de instituições financeiras, credenciadores,
ao crédito rotativo regular, em que se sujeita o titu- bandeiras e estabelecimentos. Mas quem é quem?
lar do cartão ao pagamento dos juros e dos encargos Instituições Financeiras ou Emissor: É o banco
financeiros previstos em contrato, sendo vedada a ou uma instituição não bancária que fornece o car-
cobrança de juros adicionais punitivos (comissão de tão de crédito e/ou débito para o cliente (titular do
permanência). cartão). É quem se relaciona com o titular do cartão,
O rotativo não regular: Pagamento de valor infe-
estabelecendo os limites de crédito, enviando o cartão
rior ao mínimo, sem parcelamento: cliente fica ina-
dimplente, podendo ser aplicados os procedimentos para utilização, emitindo as faturas e aprovando as
previstos no contrato para situações de inadimple- compras realizadas nas lojas.
mento: juros do crédito rotativo (por dia de atraso Credenciador: Responsável pela filiação dos esta-
sobre a parcela vencida ou sobre o saldo devedor não belecimentos comerciais para uso de cartões nas ope-
liquidado); multa de 2% sobre o principal; e juros de rações de venda. É responsável pelo fornecimento e
mora de 1% ao mês. Atenção! O prazo máximo de uti- manutenção dos equipamentos de captura, a trans-
lização de crédito rotativo é de 30 dias, até o venci- missão dos dados das transações eletrônicas e os cré-
mento da fatura subsequente. ditos em conta corrente do estabelecimento comercial.
Estabelecimento Credenciado: Empresa de qual-
Tarifas Cobradas
quer porte, incluindo o empreendedor individual ou
profissional autônomo que aceita o sistema de cartões
Os bancos só podem cobrar 5 tarifas, considera-
com suas respectivas bandeiras nas vendas de bens
das prioritárias, referentes à prestação de serviços de
cartão de crédito: anuidade, emissão de segunda via ou serviços.
9
do cartão, tarifa para uso na função saque (nacional Bandeira: É quem licencia a marca para o emissor
-3
ou internacional), para uso do cartão no pagamento e para o credenciador e coordena o sistema de apro-
40
de contas e no pedido de avaliação emergencial do vação, compensação e liquidação dos créditos. A Visa,
limite de crédito. .5
Mastercard, Diners Club e American Express são exem-
33
Podem ser cobradas ainda tarifas pela contrata- plos de bandeiras internacionais e a Hipercard, Elo,
.6
Todas essas tarifas devem estar previstas em con- (MEI), Micro Empresas e das micro, pequenas e
ol
trato e são cobradas exclusivamente pela administra- médias empresas de controle nacional.
ic
Atualmente não existe valor mínimo para paga- somado e não pode exceder o limite de 300 milhões),
M
mento de fatura de cartão de crédito, ficando as sediadas no País, de controle nacional, que exer-
instituições financeiras livres para decidir qual çam atividade econômica compatíveis com as Políti-
o valor mínimo para o pagamento das faturas cas Operacionais e de Crédito do BNDES e que estejam
pelos clientes. em dia com o INSS, FGTS, RAIS e tributos federais.
O cartão BNDES Agro é também um produto
Vale destacar que caso o cliente não pague a fatu- baseado no conceito de cartão de crédito, entretanto é
ra por completo, o saldo devedor será financiado pelo voltado apenas para pessoas físicas e visa financiar
Banco e não pela administradora do cartão, e cabe investimentos em produtos rurais em seus negócios.
ao Banco oferecer ao cliente opções de parcelamen- O portador do Cartão BNDES poderá comprar
to alternativas mais baratas que os juros cobrados no exclusivamente os itens expostos no Portal de Ope-
rotativo do cartão. Da mesma forma, caso o cliente
queira parcelar uma fatura, pois está incapaz de efe- rações do Cartão BNDES (www.cartaobndes.gov.br)
tuar o pagamento total, quem parcelará será o Ban- por fornecedores previamente credenciados.
co e não a administradora do cartão, pois estas estão As 11 Instituições financeiras emissoras atuais do
186 proibidas pelo Bacen a realizarem tal operação. Cartão BNDES são:
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título, a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.
Banco do
Brasil
Banco
Sicredi do
Nordeste
Sicoob Santander
EMISSORES
Itaú Banestes
Caixa Banrisul
BRDE Bradesco
As condições financeiras em vigor são: Limite de crédito de até R$ 2 milhões por cartão, por banco
9
-3
emissor.
40
z Prazo de parcelamento de 3 a 48 meses; .5
33
z Taxa de juros pré-fixada (informada na página inicial do Portal).
.6
00
Obs. 1: o limite de crédito de cada cliente será atribuído pelo banco emissor do cartão, após a respectiva aná-
-0
lise de crédito. Uma empresa pode obter um Cartão BNDES de cada bandeira por banco emissor, podendo somar
os
Obs. 2: o cliente pode obter um Cartão BNDES em quantos bancos emissores ele desejar. Caso um banco emis-
Sa
sor trabalhe com mais de uma bandeira de cartão de crédito, o cliente poderá ter, nesse banco, um Cartão
os
BNDES de cada bandeira, desde que a soma dos limites não ultrapasse R$2 milhões.
Tarifa de Abertura de Crédito (TAC): os bancos estão autorizados a cobrar a TAC desde que esta não exceda 2%
id
do limite de crédito concedido. OF (Imposto sob Operação Financeira) no cartão BNDES agora pode ser cobrado,
ol
ic
CARTÕES DE DÉBITO
ric
au
CONHECIMENTOS BANCÁRIOS
M
O cartão de débito permite o acesso a terminais de autoatendimento (caixas eletrônicos) para a realização
de saques, depósitos, transferências, pagamentos de contas, consultas a extratos, entre outras funções.
Além disso, o uso do cartão de débito permite a realização de pagamentos de compras de produtos e serviços
em estabelecimentos credenciados, debitando o dinheiro diretamente da conta corrente do proprietário do
cartão, mediante a digitação de uma senha pessoal. 187
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título, a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.
A transação é feita através de terminais eletrô- Pode ser concedido, com finalidades especiais,
nicos, que podem ser do tipo POS (Point of Sale — as crédito rural a pessoa física ou jurídica que se dedi-
maquininhas de cartão) ou TEF (Transferência Eletrô- que à exploração da pesca e da aquicultura, com
nica de Fundos — aqueles terminais que ficam fixa- fins comerciais, incluindo-se os armadores de pes-
dos nos caixas dos supermercados, em que inserimos ca. (Resolução BACEN 4.106/2012)
o cartão e digitamos a senha), instalados no estabe- O tomador do crédito está sujeito à fiscalização da
lecimento comercial e conectados diretamente à rede Instituição Financeira.
bancária. Um comprovante é emitido ao final da tran-
sação, e a transação é lançada no extrato da conta do Da Origem dos Recursos
cliente.
Além das funções mais comuns, como compra e Controlados/Obrigatórios: são controlados por
saque, alguns cartões de débito também podem ser Lei, ou seja, exige-se que sejam repassados ao cré-
utilizados em funções de débito pré-datado e Crédito dito rural.
Direto ao Consumidor (CDC). Caso os bancos descumpram esta exigência,
A função débito pré-datado depende de negocia- pagam multa e o valor desta multa será revertida
ção com o estabelecimento comercial, sujeito aos limi- em recursos ao credito rural.
tes definidos pelo banco emissor do cartão.
Já a função CDC é uma linha de crédito, com limites z Os recursos obrigatórios (decorrentes da exigibili-
e prazos pré-aprovados e cobrança de taxas de juros. dade de depósito à vista);
Os cartões de débito possuem aparência seme- z Os das Operações Oficiais de Crédito sob supervi-
lhante à dos cartões de crédito. Alguns cartões podem são do Ministério da Economia;
ser emitidos tanto com a função débito quanto com a z Os de qualquer fonte destinados ao crédito
função crédito. Nesse caso, são denominados cartões rural na forma da regulação aplicável, quando
múltiplos. sujeitos à subvenção da União, sob a forma de
equalização de encargos financeiros, inclusive os
recursos administrados pelo Banco Nacional de
Importante! Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES);
z Os oriundos da poupança rural, quando aplicados
O fornecimento de cartão com a função débito é segundo as condições definidas para os recursos
considerado um serviço essencial e, como tal, é obrigatórios;
vedada a cobrança de tarifas: z Os dos fundos constitucionais de financiamento
� em seu fornecimento; regional;
� no fornecimento de segunda via do cartão, z Os do Fundo de Defesa da Economia Cafeeira (Fun-
9
-3
exceto nos casos de pedidos de reposição for- café);
40
mulados pelo correntista decorrentes de perda, z Letra de Crédito do Agro Negócio/LCA. (Novo!)
roubo, furto, danificação e outros motivos não .5
33
imputáveis à instituição emitente. Não controlados: todos os demais. O banco capta
.6
nadas por legislação que buscam ajudar aos produ- z Custeio: destina-se a cobrir despesas normais
tores rurais e suas cooperativas em suas atividades. dos ciclos produtivos como aquisição de bens e
os
z Produtor rural (pessoa física ou jurídica); dutos vegetais. (é comprar insumos para plantar
ic
produtor rural, dedique-se a uma das seguintes ou serviços, cujo desfrute se estenda por vários
períodos de produção. (Modernização);
au
atividades:
z Comercialização: destina-se a assegurar ao pro-
M
9
-3
Para a comercialização o valor máximo será libera- z Estimular a geração de renda e o melhor uso da
40
do de acordo com a garantia ofertada que poderá ser de mão de obra na agricultura familiar.
até 4,5 milhões se as garantias forem de Nota Promis-
.5
33
sória Rural ou uma Duplicata Rural, podendo chegar As garantias da operação:
.6
gem (FEE) de sementes, com recursos controlados. z Penhor agrícola, pecuário, mercantil, florestal ou
-0
z Alienação fiduciária;
ro dos recursos controlados, é de R$1.500.000,00 (um z Hipoteca comum ou cedular;
nt
z Aval ou fiança;
ano agrícola e em todo o SNCR, onde, no mínimo, 50% z Seguro rural ou ao amparo do Programa de Garan-
os
(cinquenta por cento) da produção a ser beneficiada tia da Atividade Agropecuária (Proagro); (Isento de
id
Quando Deve ser Realizada a Fiscalização do Crédito GARANTIAS DAS OPERAÇÕES DE CRÉDITO
Rural?
As Garantias de operações de crédito existem como
Deve ser efetuada nos seguintes momentos: uma forma de proteção para os bancos e credores em
geral que querem garantir o pagamento, por parte do
z Crédito de custeio agrícola: antes da época previs- devedor, de compromissos assumidos por este para
ta para colheita; com os credores. As garantias possuem dois grandes
z Empréstimo do Governo Federal (EGF): no curso grupos: Fidejussórias e as Reais.
da operação; As garantias Fidejussórias são relacionadas a pes-
z Crédito de custeio pecuário: pelo menos uma vez soas, ou seja, a garantia passa a ser uma pessoa física
no curso da operação, em época que seja possível ou jurídica. Já as garantias Reais envolvem bem ou
verificar sua correta aplicação; direitos que são dados em garantia do cumprimento
z Crédito de investimento para construções, refor- de alguma obrigação, por exemplo: veículos, imóveis,
9
mas ou ampliações de benfeitorias: até a conclusão títulos de crédito e até direitos de crédito.
-3
do cronograma de execução, previsto no projeto;
40
z Demais financiamentos: até 60 (sessenta) dias após Garantias Fidejussórias
cada utilização, para comprovar a realização das .5
33
obras, serviços ou aquisições. Do prefixo latino “fides”, fé, sinceridade, crença,
.6
00
vidades financiadas e a situação das garantias, se ça do credor, no retorno de seu crédito, seja por parte
nt
importadores por um prazo negociado com o banco. z Aval: ato pelo qual alguém, pela aposição de sua
ric
Podem ser obtidas pelo importador com o banqueiro assinatura no verso ou anverso de um título de
au
Financiamentos à exportação - são linhas de cré- com o devedor pelo pagamento da quantia expres-
dito que podem ser com recursos do BNDES (Banco sa no título.
Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social),
dos bancos nacionais e do Tesouro Nacional, já que é Ou seja, o Aval é uma garantia dada em Títulos de
de interesse do país que ocorra a exportação para que Crédito e é solidária, ou seja, tanto o devedor como
ocorra a entrada de divisas no país. seu garantidor, o avalista, podem ser executados pelo
Entre as linhas de financiamento, podemos citar: credor na ordem que este preferir. Desta forma, dize-
mos que o aval é avacalhado, ou seja, bagunçado e
z ACC – Adiantamento sobre Contrato de Câmbio sem ordem de execução.
- Forma de antecipação de receita para exporta- O novo Código Civil exige a autorização do cônju-
dores que já tenha fechado o contrato de venda e ge, casado sob o regime de comunhão parcial e total
que, portanto, já tenham uma data prevista para de bens, para a prestação de aval, sob pena de invali-
o embarque das mercadorias e posterior ingresso dade das respectivas garantias.
das divisas. No aval, o garantidor promete pagar a dívida, caso
o devedor não o faça. Vencido o título, o credor pode
190 cobrar indistintamente do devedor ou do avalista.
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título, a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.
O aval é uma garantia tipicamente cambiária, ou seja, favorecidos a obtenção de empréstimos em geral,
não vale em contrato, somente pode ser passado ou o levantamento de recursos junto ao público;
em títulos de crédito e o avalista se responsabiliza z A concessão de aval ou fiança em moeda estran-
apenas pelo valor expresso no título avalizado. geira ou que envolva risco de variação de taxas
Fiança Pessoal: É um contrato por meio do qual de câmbio, exceto quando se tratar de operações
alguém, chamado fiador, garante o cumprimento da ligadas ao comércio exterior.
obrigação do devedor, caso este não o faça, ou garante
o pagamento de uma indenização ou multa pelo não A prestação de fiança pela Caixa Econômica Fede-
cumprimento de uma obrigação de fazer ou de não ral depende de prévia e expressa autorização deste
fazer do afiançado. A fiança é uma garantia dada em Banco Central, em cada caso. As Sociedades de Crédi-
contratos, ou seja, diferentemente do aval, a fiança to, Financiamento e Investimentos não poderão pres-
exige um contrato para ser formalizada. tar fiança nem aval.
Na fiança, existem três figuras distintas: As informações anteriores não se aplicam aos ban-
cos privados de investimento ou de desenvolvimento,
z O Fiador: aquele que se obriga a cumprir a obriga- os quais ficam regulados, no particular, pela Resolu-
ção, caso o devedor não o faça; ção nº 18, de 18 de fevereiro de 1966. As demais Insti-
z O Afiançado: é o devedor principal da obrigação tuições Financeiras, inclusive Cooperativas de Crédito
originária da fiança, e Seção de Crédito das Cooperativas Mistas, não pode-
z O Beneficiário: é o credor, aquele a favor do qual
rão outorgar aceite, fiança ou aval.
a obrigação deve ser cumprida.
Garantias Reais
A fiança, em relação ao crédito, representa uma
obrigação subsidiária, ou seja, ela só existe até o
Como vimos na garantia pessoal, os bens gerais do
limite estabelecido e somente pode ser cobrada
garantidor asseguram o cumprimento da obrigação.
caso o devedor não pague a dívida afiançada.
Já na garantia real (do latim res=coisa), o devedor ou
A fiança é subsidiária, o que permite o direito
de ordem na execução da dívida, ou seja, o fiador, garantidor destaca um bem específico que garantirá
ou codevedor, só efetivamente será executado após o ressarcimento do credor, na hipótese de inadim-
cobrança ao devedor principal. plência do devedor. Diante da hipótese de inadimple-
Para ser solidária, ou seja, para que o fiador possa mento do devedor, o credor pode oferecer à venda o
ser compelido a pagar, independentemente de o deve- bem onerado, pagando-se com o preço obtido, devol-
dor já ter ou não sido acionado para fazê-lo, deverá vendo ao devedor a diferença entre o valor da dívida
conter cláusula específica. e o preço alcançado na venda. Caso o preço da venda
9
não baste para a liquidação da dívida, o devedor
-3
A fiança pode ser dada por qualquer pessoa capaz
continua obrigado ao pagamento da diferença.
40
física ou jurídica. Quando o fiador, pessoa física for
O credor com garantia real não necessita habilitar-
.5
casado, é obrigatório o consentimento do cônjuge. 33
Na avaliação dos bens do(s) fiador (es) não se con- -se em concordata do devedor, visto que o bem garan-
.6
ta o bem de família – único imóvel residencial – por tidor da operação já está destacado em sua garantia.
00
força da impenhorabilidade prevista na Lei 8.009/90 Na hipótese de falência, vendido o objeto garantidor,
-0
e no Código Civil. Esse bem de família somente pode primeiramente o credor é pago e, restando algum
responder pela dívida se for recebido em garantia valor, é esse distribuído entre os credores quirogra-
os
Fiança Bancária: nada mais é do que um contra- ressarcimento do credor, esse deverá habilitar-se no
Sa
to por meio do qual o banco, que é o fiador, garante processo de falência pela diferença, na qualidade de
os
internacional.
N
A fiança nada mais é do que uma obrigação escri- Penhor Mercantil – Contrato acessório e formal,
io
ta, acessória, assumida pelo banco, e que, por se tratar em que o devedor, ou outra pessoa por ele, entrega
ric
de uma garantia e não de uma operação de crédito, ao credor um ou vários bens móveis, como garantia
au
9
-3
ção da operação. tuição financeira ou conglomerado.
40
Hipoteca – Direito real de garantia, constituído
.5
sobre imóvel do devedor ou de terceiros, sem tirá- Limite de Cobertura Ordinária
33
-lo da posse direta do proprietário, objetivando sujei-
.6
tá-lo ao pagamento da dívida. Até R$250.000,00 por CPF, por conta ou conglome-
00
Ou seja, diferentemente da alienação fiduciária, rado financeiro. Se a conta possuir mais de um titular,
-0
aqui o devedor dá o bem em garantia, mas continua o valor de 250 mil será dividido pelo número de titu-
o dono dele, ou seja, não há transferência de pro-
os
lares, ou seja, não são 250 mil por cada, mas sim por
priedade do devedor para o credor, mas apenas a
nt
todos, ok?
sinalização de que aquele imóvel é uma garantia de
Sa
9
do financeiro, em depósitos cobertos pelo Fundo Garan-
-3
valores mobiliários. Logo, para que qualquer compa-
tidor de Créditos e emitidos por instituições associadas
40
nhia possa operar nesse mercado, dependerá de auto-
à entidade
.5
rização prévia da CVM para realizar suas atividades.
33
Não havia teto para garantia paga pelo FGC por CPF ou
CNPJ em qualquer período
.6
COMO FICOU
dos agentes ou das empresas. Isso pode ocorrer, por
nt
Teto de R$ 1 milhão por CPF ou CNPJ, a cada período de uma empresa, deseja um volume de recursos muito
os
4 anos, para a garantia paga pelo FGC superior ao que uma instituição poderia, sozinha,
id
O FGCOOP – Fundo Garantidor do Cooperativismo os investimentos pretendidos. Surgiu, com isso, o que
ric
9
timos em instituições financeiras.
-3
40
z Mercado Primário
EMPRESAS E COMPANHIAS
.5
33
Oferta Pública Inicial – IPO (títulos novos);
.6
dos papéis negociados no mercado de capitais. Essas Pode ter valor nominal ou valor de mercado.
-0
autorização para emitir e comercializar seus papéis. Negociação dos títulos já emitidos anteriormente;
Sa
Essas empresas são chamadas Sociedades Anôni- Não sensibiliza o caixa da empresa;
os
mas ou, simplesmente, S/A. Ao adotarem esse tipo de Os papéis terão seu valor apenas pelo valor de
id
responsabilidade limitada – LTDA, por exemplo. A Lei n° 6.385, de 1976, que disciplina o mercado
N
Estas S/As podem ser constituídas de forma aberta de capitais, estabelece que nenhuma emissão públi-
io
Organizado; já as fechadas só podem ter seus papéis competência para a CVM disciplinar as emissões.
negociados restritamente entre pessoas da própria Além disso, exemplifica algumas situações que
empresa ou próximas à empresa. caracterizam a oferta como pública, por exemplo: a
utilização de listas ou boletins, folhetos, prospectos ou
COMPANHIAS anúncios destinados ao público; a negociação feita em
Abertas Fechadas loja, escritório ou estabelecimento aberto ao público,
entre outros.
Em regra, toda oferta pública deve ser registrada
na CVM. Porém, o registro poderá ser dispensado
considerando as características específicas da ofer-
Características ta em questão, como, por exemplo, a oferta pública
de valores mobiliários de emissão de empresas
Atuam nas bolsas de valo- Nº de cotistas limitados a
de pequeno porte e de microempresas, assim defi-
res ou mercados de balcão 20 patrimônio pequeno não
nidas em lei, que são dispensadas automaticamente
organizados operam em bolsas de valo-
do registro para ofertas de até R$ 2.400.000,00 (Dois
194 res ou balcões organizados milhões e quatrocentos mil reais) em cada período de
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12 meses, desde que observadas as condições estabe- que a sociedade ofereça certas condições de atra-
lecidas nos §§ 4º ao 8º, do art. 5º, da instrução CVM tividade econômica, bem como supõe um estudo
400/03. da conjuntura econômica global a fim de evitar
As ofertas públicas devem ser realizadas por inter- que não obtenha êxito por falta de senso de opor-
médio de instituições integrantes do sistema de dis- tunidade. É preciso que se avaliem, pelo menos, os
tribuição de valores mobiliários, como os bancos seguintes aspectos: existência de um clima de con-
de investimento, corretoras ou distribuidoras. Essas fiança nos resultados da economia, estudo setorial,
instituições poderão se organizar em consórcios com estabilidade política, inflação controlada, mercado
o fim específico de distribuir os valores mobiliários no secundário e motivações para oferta dos novos
mercado e/ou garantir a subscrição da emissão, sem- títulos.
pre sob a organização de uma instituição líder, que
assume responsabilidades específicas. Para participar MERCADOS DE ATUAÇÃO DAS COMPANHIAS
de uma oferta pública, o investidor precisa ser cadas-
trado em uma dessas instituições.
No mercado organizado de valores mobiliários,
Essas instituições integrantes do Sistema de Dis-
temos a criação de mecanismos, sistemas e regulamen-
tribuição de Valores Mobiliários são os chamados
tos que propiciam a existência de um ambiente segu-
agentes subscritores ou agentes underwhiters. Esses
ro para que os investidores negociem seus recursos e
agentes realizam a subscrição dos títulos, ou seja, assi-
movimentem a economia do país. No Brasil, existem
nam embaixo atestando a procedência dos papéis, por
dois tipos de mercado organizado, que são as Bolsas
isso o nome underwhiting.
de Valores e os Balcões Organizados de negociação.
Esse evento pode ser dividido em 3 tipos:
� Bolsas de Valores:
z Underwhiting Firme: modalidade de lançamen-
to na qual a instituição financeira, ou consórcio
Ambiente no qual se negociam os papéis das
de instituições, subscreve a emissão total, encar-
S/A abertas;
regando-se, por sua conta e risco, de colocá-la
Podem ser Sociedades civis sem fins lucrativos
no mercado junto aos investidores individuais
ou S/A com fins lucrativos;
(público) e institucionais. Nesse tipo de operação,
Opera via pregão eletrônico, não havendo mais
no caso de um eventual fracasso, a empresa já
o pregão viva voz, que era chamado presen-
recebeu integralmente o valor correspondente às
cial. Agora, as transações são feitas por telefone
ações emitidas. O risco é inteiramente do under-
através dos escritórios das instituições finan-
writer (intermediário financeiro que executa uma
ceiras autorizadas;
operação de underwriting).
Registra, supervisiona e divulga as execuções
9
-3
dos negócios e as suas liquidações.
O fato de uma emissão ser colocada por meio de
40
underwriting firme oferece uma garantia adicional ao
.5
Em resumo, as Bolsas de Valores compreendem
33
investidor, porque, se as instituições financeiras do um ambiente que pode ser físico ou eletrônico.
consórcio estão dispostas a assumir o risco da opera-
.6
ção, é porque confiam no êxito do lançamento, uma entre companhias e investidores. Entretanto, pelo fato
-0
vez que não há interesse de sua parte em imobilizar de as empresas que operam na Bolsa serem grandes
recursos por muito tempo;
os
quanto elas.
ços): modalidade de lançamento de ações na qual Pensando nisso, a CVM autorizou a criação de
os
a instituição financeira assume apenas o com- Mercados de Balcão, que são, também, ambientes
id
promisso de fazer o melhor esforço para colocar virtuais nos quais empresas menores podem nego-
o máximo de uma emissão junto à sua clientela,
ol
nas melhores condições possíveis e em um deter- o Mercado de Balcão pode ser Organizado ou Não
N
O Mercado de Balcão Organizado pode admitir a Vale destacar que a companhia pode trocar de
negociação somente as ações de companhias aber- mercado. Todavia, como se trata de uma grande buro-
tas com registro para negociação em mercado de cracia que envolve recomprar todos os papéis em
balcão organizado. As debêntures de emissão de circulação em um mercado para poder migrar para
companhias abertas podem ser negociadas simulta- o outro, a CVM editou a IN CVM 400, a qual dita as
neamente em Bolsa de Valores e Mercado de Bal-
regras para a mudança de mercado de atuação.
cão Organizado desde que cumpram os requisitos de
Para as ações, é proibida a comercialização em
ambos os mercados.
ambos os mercados simultaneamente. Já para as
Conforme vimos, antes de ter seus títulos nego-
9
debêntures, é permitida a negociação simultânea nos
-3
ciados no mercado primário, a companhia deverá
dois mercados.
40
requerer o registro de companhia aberta junto à
.5
CVM e, neste momento, deverá especificar onde seus
Qual a Diferença Entre uma Bolsa de Valores e as
33
títulos serão negociados no mercado secundário, se
Entidades que Administram o Mercado de Balcão
.6
um pedido de mudança de registro junto à CVM. administrar o mercado secundário de ações, debêntu-
nt
A companhia aberta é responsável por divulgar res e outros títulos e valores mobiliários. Na verdade,
Sa
para a entidade administradora do Mercado de Bal- ainda que não haja nenhum limite de quantidade ou
os
cão Organizado todas as informações financeiras e tamanho de ativos para uma companhia abrir o capi-
tal e listar seus valores para negociação em bolsas de
id
para todo o público. menor porte e, de certa forma, a própria liquidez dos
ric
No Mercado de Balcão Organizado, a companhia ativos emitidos por essas companhias. Por isso, em
au
aberta pode requerer a listagem de seus títulos atra- muitos países, há segmentos especiais e/ou mercados
M
vés de seu intermediário financeiro ou este poderá segregados especializados para a negociação de ações
requerer a listagem independentemente da vontade da e outros títulos emitidos por empresas de menor
companhia. Por exemplo, se o intermediário possuir porte.
uma grande quantidade de ações de uma determinada Ao mesmo tempo, no Brasil, no Mercado de Balcão
companhia, ele poderá requerer a listagem da mesma Organizado é admitido um conjunto mais amplo de
e negociar esses ativos no Mercado de Balcão Organiza- intermediários do que em Bolsas de Valores, o que
do. Nesse caso, a entidade administradora do Mercado pode aumentar o grau de exposição de companhias
de Balcão Organizado disseminará as informações que de médio porte ou novas empresas ao mercado.
a companhia aberta tiver encaminhado à CVM. Assim, o objetivo da regulamentação do mercado
Além de ações e debêntures, no mercado de balcão de balcão organizado é ampliar o acesso ao mer-
organizado, são negociados diversos outros títulos, cado para novas companhias, criando um segmento
tais como: voltado à negociação de valores emitidos por empre-
sas que não teriam, em bolsas de valores, o mesmo
z Bônus de subscrição; grau de exposição e visibilidade.
z Índices representativos de carteira de ações; Para os investidores, a principal diferença entre
196 z Opções de compra e venda de valores mobiliários; as operações realizadas em bolsas de valores e aquelas
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realizadas no mercado de balcão organizado é que, nesse último, não existe um fundo de garantia que res-
palde suas operações.
O fundo de garantia é mantido pelas bolsas com a finalidade exclusiva de assegurar aos investidores o ressar-
cimento de prejuízos decorrentes de execução infiel de ordens por parte de uma corretora membro, entrega de
valores mobiliários ilegítimos ao investidor, decretação de liquidação extrajudicial da corretora de valores, entre
outras.
Uma segunda diferença refere-se aos procedimentos especiais que as bolsas de valores devem adotar no
caso de variação significativa de preços ou no caso de uma oferta, representando uma quantidade significativa
de ações. Nesses casos, as bolsas de valores devem interromper a negociação do ativo.
Para as companhias, a regra para se tornar uma companhia aberta é a mesma, independentemente de buscar
uma listagem em bolsa de valores ou no mercado de balcão organizado.
Importante!
Não pode haver negociação simultânea de uma mesma ação de uma mesma companhia em bolsa de valo-
res e em instituições administradoras do Mercado de Balcão Organizado.
MERCADO DE AÇÕES
Dentro do Mercado de Capitais, está o mercado mais procurado e utilizado, que é o Mercado de Ações. Nele,
são comercializados os papéis mais conhecidos no mundo dos negócios, os quais tornam o seu possuidor um sócio
da companhia emitente.
O mercado de ações consiste na negociação, em mercado primário ou secundário, das ações geradas por
empresas que desejam captar dinheiro de uma forma mais barata. Neste sentido, ação pode ser entendida como
a menor parcela do capital social das companhias ou sociedades anônimas. É, portanto, um título patrimonial
e, como tal, concede aos seus titulares, os acionistas, todos os direitos e deveres de um sócio no limite das ações
possuídas.
Uma ação é um valor mobiliário expressamente previsto no inciso I, do art. 2º, da Lei n° 6.385, de 1976. No
entanto, apesar de todas as companhias ou sociedades anônimas terem o seu capital dividido em ações, somente
as ações emitidas por companhias registradas na CVM, chamadas companhias abertas, podem ser negociadas
publicamente no mercado de valores mobiliários.
Atualmente, as ações são predominantemente escriturais, mantidas em contas de depósito, em nome dos
9
-3
titulares, sem emissão de certificado, em instituição contratada pela companhia para a prestação desse serviço, em
40
que a propriedade é comprovada pelo “Extrato de Posição Acionária”. As ações devem ser sempre nominativas,
.5
não mais sendo permitida a emissão e a negociação de ações ao portador ou endossáveis. 33
.6
Espécies de Ações
00
-0
As ações podem ser de diferentes espécies, conforme os direitos que concedem a seus acionistas. O Estatuto
Social das Companhias, que é um conjunto de regras que deve ser cumprido pelos administradores e acionistas,
os
Sua principal característica é conferir ao seu titular o direito a voto nas Assembleias de acionistas;
ol
ic
Normalmente, o Estatuto retira dessa espécie de ação o direito de voto. Em contrapartida, concede outras
ric
vantagens, tais como prioridade na distribuição de dividendos ou no reembolso de capital, podendo, ainda,
au
As ações preferenciais podem ser divididas em classes, tais como, classe “A”, “B” etc. Os direitos de cada classe
constam do Estatuto Social.
As ações preferenciais têm o direito de receber dividendos ao menos 10% a mais que as ordinárias. Vale
observar que, em regra, elas não possuem direito a voto ou, quando o tem, ele é restrito. Isso porque existem dois
casos em que as ações preferenciais adquirem direito a voto temporário, quais sejam:
9
-3
(termo contábil). Caso a companhia queira, em
40
exercício social posterior, distribuir aos acio-
z Quanto à remuneração das ações:
.5
nistas o valor acumulado na conta de Reservas,
33
poderá fazê-lo na forma de Bonificação, poden-
.6
Elas podem ser remuneradas de quatro formas: do efetuar o pagamento em espécie ou com a
00
Dividendos: compreendem a parcela do lucro tacar que, atualmente, as empresas não mais
líquido que, após a aprovação da Assembleia distribuem bonificação na forma de dinheiro,
os
Geral Ordinária, será alocada aos acionistas da pois preferem fidelizar ainda mais os sócios,
nt
sabermos quanto será devido aos acionistas a Ações Preferenciais e Distribuição de Dividendos
id
ao recebimento de dividendos, a Lei das S.A. prevê o do ou restrito por disposição do estatuto social da compa-
io
9
Imagine que uma ação é cotada ao valor de R$ 150,
-3
com lote padrão de 100 ações. Para comprar um lote
40
� Direito a participar de uma parcela correspon-
dessas ações, o investidor teria que desembolsar R$
.5
dente a, no mínimo, 25% do lucro líquido do
15.000, que é uma quantia considerável para a maior
33
exercício, sendo que, desse montante, garante-
parte dos investidores (pessoa física).
.6
com as ordinárias, depois de ter sido assegurado a ações. O valor da cotação seria dividido por 3, ou seja,
nt
z Direito de receber dividendos, pelo menos, 10% Na prática, o desdobramento de ações não altera,
os
maiores que os pagos às ações ordinárias; de forma alguma, o valor do investimento ou o valor
da empresa. É apenas uma operação de multiplicação
id
Com relação aos direitos dos acionistas, existem Agora, depois do desdobramento, o investidor que
io
algumas situações que as bancas de concursos gostam quisesse adquirir um lote de ações da empresa, gasta-
ric
de cobrar em prova e, por isso são importantes. ria apenas R$ 5.000. Note que o investidor que possuía
au
Quando a empresa realiza Sobra no Caixa, ou seja, 100 ações cotadas a R$ 150, com um valor total de R$
CONHECIMENTOS BANCÁRIOS
M
Lucro, ela pode comprar ações de acionistas mino- 15.000, ainda possui os mesmos R$ 15.000, porém dis-
ritários, pois, assim, concentrará mais o valor das tribuídos em 300 ações cotadas a R$ 50.
ações. A esse evento chamamos de amortização de Com as ações mais baratas, mais investidores se
ações. O personagem que mais ganha nessa história é interessam em comprá-las. Isso pode fazer com que as
o Controlador, pois, como ele detém 51% das ações, cotações subam em curto prazo, devido à maior entra-
seu poder ficará maior, já que o número de acionistas da de investidores no mercado, porém não há como
ou de ações diminui, aumentando seu percentual. prever se isso irá ou não acontecer. A companhia tam-
A CVM, vendo esse aumento de poder do contro- bém pode utilizar os desdobramentos como parte de
lador, baixou a Instrução Normativa nº 10, que, em sua estratégia de governança corporativa, para mos-
outras palavras, diz que a recompra de ações, uma trar atenção e facilitar a entrada de novos acionistas
vez feita, finda por aumentar o poder do controlador minoritários.
da empresa. Entretanto, essas ações que foram recom- Os desdobramentos podem acontecer em qual-
pradas devem permanecer em tesouraria por, no quer razão. No entanto, as mais comuns são de 1 para
máximo, 90 dias e, depois, devem ser revendidas 2, de 1 para 3 e de 1 para 4 ações.
ou canceladas.
199
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título, a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.
z Grupamento ou Inplit
Exatamente oposto ao desdobramento, o grupamento serve para melhorar a liquidez e os preços das ações
quando estão cotadas a preços muito baixos no mercado.
Imagine uma empresa com ações cotadas na bolsa a R$ 10, com lote padrão de 100 ações. A empresa julga,
baseada em seu histórico e seu posicionamento estratégico, que suas ações estão cotadas por um valor muito bai-
xo no mercado e aprova, em assembleia geral, que fará um grupamento na razão de 5 para 1. Ou seja, cada cinco
ações passarão a ser apenas uma ação e os preços serão multiplicados por 5.
Antes do grupamento, o investidor que possuísse 100 ações cotadas a R$ 10 teria o valor total de R$ 1.000. Após
o grupamento, o mesmo investidor passaria a ter 20 ações (100/5) cotadas a R$ 50, ou seja, continuaria possuindo
os mesmos R$ 1.000 investidos. O grupamento, assim como o desdobramento, não altera em absolutamente nada
o valor do investimento.
Um dos objetivos do grupamento de ações é tentar diminuir a volatilidade dos ativos. Assim, R$ 1,00 de varia-
ção em um ativo cotado a R$ 10,00 significa 10% de variação. Já em um ativo cotado a R$ 50,00, representa apenas
2%. É importante ressaltar que nada garante se isso irá ou não acontecer.
Outro objetivo do grupamento pode estar atrelado ao planejamento estratégico da companhia e a suas práticas
de governança corporativa. As cotações de suas ações podem estar intimamente ligadas à percepção de valor da
empresa por parte dos investidores.
O mercado à vista de ações é aquele no qual ocorrem as negociações deste papel de forma imediata, ou seja,
9
-3
nele, você pode comprar e vender uma ação no mesmo dia. O comprador realiza o pagamento (liquidação
40
financeira) e o vendedor entrega as ações objeto da transação (liquidação física) em D+2 (dois dias) – liqui-
.5
dação física e financeira –, ou seja, no segundo dia útil após a realização do negócio. Nesse mercado, os preços
33
são formados em pregão em negociações realizadas no sistema eletrônico de negociação.
.6
Hoje, o mercado à vista de ações é coordenado pela B3 (Brasil, Bolsa, Balcão). Dentro dele, temos a compra
id
e venda de ações quase que instantaneamente, pois é nele que ocorrem as negociações diárias do mercado de
ol
capitais.
ic
Durante o dia, temos o pregão que, atualmente, é eletrônico, funcionando das 10h às 18h. Ele nada mais é do
N
Após seu fechamento, que ocorre às 18h, não se pode mais realizar nenhuma transação no ambiente.
ric
au
M
Importante!
Até 2019, existia o After Market, que era um curto espaço de tempo em que os investidores poderiam realizar
negociações fora do horário regular da Bolsa. Todavia, com a modificação do horário de fechamento para
18h, em 2020, o After Market foi extinto.
Quando funcionava, o After Market era uma reabertura para que as pessoas que não pudessem negociar no
mercado no horário regular conseguissem participar, assegurando práticas equitativas ao mercado. Das 17h30
às 17h45, ocorria a pré-abertura desse mercado, no qual só podiam ser canceladas operações feitas no horário
normal. Das 17h45 às 18h, podiam ser feitas transações no mercado, mas somente com papéis que já haviam
sido comercializados no dia, então não se podia lançar títulos novos no After Market.
Existia, ainda, um limite máximo e mínimo para as operações – 2% para mais ou para menos, além de limite
de valor. Nele, eram executadas ordens simples tais como compra e venda, execução ou cancelamento de compra
ou venda, além de dar ordem a mercado.
200
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título, a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.
As ordens podiam ser dadas:
z A Mercado: quando especifica a quantidade e as características do que vai ser comprado ou vendido (exe-
cutar na hora);
z Limitada: executar a preço igual ou melhor do que o especificado;
z Administrada: a mesma a mercado, mas, nesse caso, fica a critério da intermediadora decidir o melhor
momento;
z ON-STOP: define o nível de preço a partir do qual a ordem deve ser executada;
z Casada: ordem de venda de um e compra do outro (ambas executadas ao mesmo tempo).
DÁ A ORDEM
� Investidor
EXECUTA A ORDEM
� CTVM
� DTVM
� Banco de Investimentos
REALIZA A ORDEM
� After Market
� Sistema de negociação eletrônico
As ordens diurnas que estivessem no sistema pendentes, sujeitavam-se aos limites de negociação do After
Market. O sistema rejeitava ordens de compra superiores ao limite e ordens de venda a preço inferior ao limite.
A variação permitida era de 2% para mais ou para menos, além de ter um limite de operações de R$ 100 mil por
investidor (já somado ao que ele havia feito no pregão regular).
Os negócios feitos na B3 devem ser divulgados em D+1. A liquidação física das compras e vendas de ações
deve ser até D+2, a qual ocorre quando o vendedor entrega as ações à Câmara de liquidação de ações.
A liquidação financeira das ações compradas ou vendidas é, também, em D+2. Esta ocorre quando é feito o
débito na conta do comprador e, ao mesmo tempo, é entregue a ação fisicamente ao comprador.
9
-3
Lei n° 6.404 (Art. 64) – Debêntures
40
O que são Debêntures? .5
33
.6
São valores mobiliários representativos de dívida de médio e longo prazo, que asseguram a seus detentores
00
(debenturistas) o direito de crédito contra a companhia emissora. Essa companhia emissora pode ser uma S/A
-0
aberta ou fechada, mas somente as abertas podem negociar suas debêntures no mercado das bolsas ou bal-
os
cão, pois nas fechadas, as debêntures nem precisam de registro na CVM, pois é algo fechado, restrito. Lembre-
nt
-se de que, para operar na Bolsa ou no Mercado de Balcão, as coisas precisam vir a público. Então, uma empresa
Sa
Agente underwritter
Para essa debênture ter validade, ela precisa apresentar alguns requisitos legais, pois, acima de tudo, se trata
de um contrato e, como tal, precisa de algumas especificações. Vejamos quais são elas:
9
mercado, ou para:
-3
Título físico;
40
Registrado na CETIP;
z Proteção do debenturista;
Emite o certificado;
.5
z Executar garantias reais da emissora;
33
Registro no Livro de Registro de Debêntures
z Requerer falência da emissora.
.6
Nominativas.
00
-0
Informação Eletrônica;
São Agentes Fiduciários os Bancos Múltiplos, os
Sa
Registro no Livro de Registro de Debêntures Quanto aos tipos ou classes de debêntures, po-
id
� Não é comum o debenturista solicitar o certifi- decida se irá querer converter em ações ou não e,
cado da debênture, mas, se solicitá-lo, a empre- nesse prazo, a empresa não pode mudar nada
sa deve emiti-lo; nos seus papéis;
� As Debêntures só podem ser emitidas por ins- z Permutáveis ou não conversíveis: é a opção que
tituições que não sejam instituições financeiras. o debenturista tem de trocar as debêntures por
ações de outras companhias, depois de haver
passado um prazo mínimo.
Quanto aos prazos das debêntures, que devem
constar na escritura da emissão, podem ser: Já quanto à remuneração, pode-se ter:
9
PRIMÁRIO SECUNDÁRIO
-3
� Debêntures já estrangeira, as operações em moeda nacional entre
40
existentes
� Emissão pela 1ª vez residentes, domiciliados ou com sede no país e resi-
� Compra e venda por
.5
investidores dentes, domiciliados ou com sede no exterior e as
33
operações com ouro-instrumento cambial realiza-
.6
� Influi no caixa da
(Sistema Nacional operar no mercado de câmbio pelo Banco Central,
-0
de Debêntures -
empresa
administrado pela diretamente ou por meio de seus correspondentes.
Incluem-se, no mercado de câmbio brasileiro, as
os
CETIP S/A)
operações relativas aos recebimentos, pagamentos e
nt
Commercial Papers são títulos, papéis que postais internacionais, inclusive vales postais e reem-
valem dinheiro. São uma aplicação. Parecem muito
ol
com as debêntures e com as notas promissórias que À margem da lei, funciona um segmento denomi-
N
estudamos no tópico sobre Títulos de Crédito (a famo- nado Mercado Paralelo. São ilegais os negócios rea-
io
São títulos de curto prazo, que têm prazo míni- estrangeira oriunda de atividades ilícitas.
au
9
-3
câmbio de jeito nenhum; Vale destacar que o IOF é um imposto que incide
40
z As agências de turismo que pediram autorização sobre quase todas as operações financeiras.
.5
ao BACEN continuam até que ele decida se elas 33
ficam efetivamente ou não.
.6
Ainda, as Instituições Financeiras podem contratar Posteriores pela Resolução nº 4.811, de 2020
-0
mo que tiverem seus pedidos negados pelo BACEN, comprar e vender moeda estrangeira ou realizar
nt
pois, se elas se filiarem a uma Instituição Financeira, transferências internacionais em reais, de qualquer
Sa
não mais precisarão da autorização deste. natureza, sem limitação de valor, sendo contra-
os
realizadas pelos correspondentes são de total respon- transação, tendo como base a fundamentação eco-
ol
z Execução ativa ou passiva de ordem de pagamento física ou jurídica pode comprar e vender moeda
au
relativa à transferência unilateral (ex.: manuten- estrangeira desde que a outra parte na operação de
M
ção de residentes, transferência de patrimônio, câmbio seja agente autorizado pelo Banco Central a
prêmios em eventos culturais e esportivos) do ou operar no Mercado de Câmbio (ou seu corresponden-
para o exterior, limitada ao valor equivalente a te para tais operações) e que seja observada a regu-
U$$ 3 mil dólares dos Estados Unidos, em espé- lamentação em vigor, incluindo a necessidade de
cie e 1 mil dólares por operação; identificação em todas as operações.
z Compra e venda de moeda estrangeira em espécie, É dispensado o respaldo documental das opera-
cheque ou cheque de viagem, bem como carga de ções de valor até o equivalente a US$ 10 mil, preser-
moeda estrangeira em cartão pré-pago, limitada ao vando-se, no entanto, a necessidade de identificação
valor equivalente a US$ 3 mil dólares dos Estados do cliente.
Unidos, por operação e em espécie 1 mil dólares;
z Recepção e encaminhamento de propostas de Banda Cambial no Brasil
operações de câmbio.
Uma Banda Cambial é a forma como um país defi-
A ECT – Empresa de Correios e Telégrafos do Bra- ne suas taxas de câmbio, quer sejam fixas ou livres,
sil – também é autorizada pelo Banco Central a rea- ou, até mesmo, flutuantes. Até 2005, existiam duas
204 lizar operações com vales postais internacionais, bandas cambiais, a Livre e a Flutuante. A primeira,
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título, a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.
por exemplo, vinha dos empréstimos e envios de nacional e aos nomes do comprador e do vendedor. Os
dinheiro do Brasil para fora e vice-versa. contratos de câmbio devem ser registrados no Sistema
No entanto, operar com duas bandas cambiais era Câmbio pelo agente autorizado a operar no mercado
muito burocrático, pois cada uma tinha suas especi- de câmbio.
ficações. Então, em 2005, ficou instituída, no Brasil, a Nas operações de compra ou de venda de moeda
banda cambial, que foi resultante da junção das ban- estrangeira de até US$ 10 mil, ou seu equivalente em
das Livre e Flutuante. Aqui, vale lembrar que, como outras moedas estrangeiras, não é obrigatória a for-
o Governo intervém indiretamente no mercado, com- malização do contrato de câmbio. O agente do merca-
prando e vendendo moeda, essa flutuação recebeu o do de câmbio deve identificar seu cliente e registrar a
nome de flutuação suja. operação no Sistema Câmbio.
O Contrato de Câmbio deve conter alguns requisitos
As Operações no Mercado de Câmbio legais para ter validade, devendo ser registrado no
SISBACEN, constando:
As operações mais comuns são:
z Qual a moeda em questão;
z Compra e Venda de moeda estrangeira; z A taxa cobrada;
z Arbitragem (operação em que há a compra de z O valor correspondente em moeda nacional;
moeda estrangeira com outra moeda estrangeira); z Nome do comprador e do vendedor.
z Exportação e Importação.
9
O ACC é um dos mais conhecidos e utilizados meca-
-3
z Taxa Repasse ou Cobertura: feita entre os Bancos
nismos de financiamento à exportação. Trata-se de
40
e o BACEN;
financiamento na fase de produção ou pré-embarque.
z Dólar Pronto: para as operações com entrega em
.5
33
até 48 horas ou D+2; Para realizar um ACC, o exportador deve procurar
um banco comercial autorizado a operar em câmbio.
.6
estrangeiras entre as Instituições Financeiras den- Tendo limite de crédito com o banco, o exportador
-0
tro do país – sempre em dólar americano. Essa é a celebra com este um contrato de câmbio no valor cor-
taxa de câmbio que é divulgada diariamente pelo respondente às exportações que deseja financiar, ou
os
Banco Central e serve de referência para várias seja, o contrato de câmbio é celebrado antes mesmo
nt
sua venda.
os
Taxa de Câmbio nominal x Taxa de Câmbio Real Neste sentido, o exportador pede ao banco o adian-
id
vo financeiro, enquanto que a Taxa de Câmbio Real competitivo para a produção da mercadoria a ser
N
indica o preço relativo entre duas moedas, o que per- exportada, o exportador também fixa a taxa de câm-
io
Em resumo, a taxa nominal é o preço de um ativo algumas exportações de serviços e, ainda, em até 360
CONHECIMENTOS BANCÁRIOS
M
limpo e seco, sem nenhuma interferência. Já o valor dias antes do embarque da mercadoria. A liquidação
real é o preço do ativo comparado entre duas moedas da operação ocorre com o recebimento do pagamen-
– dessa forma, é possível saber quanto aquele deter- to efetuado pelo importador, acompanhado do paga-
minado ativo vale em um país e noutro. mento dos juros devidos pelo exportador, ou pode
ser feita com encadeamento com um financiamento
A Forma de Materializar as Operações de Câmbio: O pós-embarque.
Contrato de Câmbio
z ACE – Adiantamento Sobre Cambiais Entregues: o
Contrato de câmbio é o documento que forma- ACE – Adiantamento sobre Cambiais Entregues: é
liza a operação de compra ou de venda de moeda um mecanismo similar ao ACC, só que contratado
estrangeira. na fase de comercialização ou pós-embarque.
Nele, são estabelecidas as características e as con-
dições sob as quais se realiza a operação de câmbio, Após o embarque dos bens, o exportador entrega
revelando informações relativas à moeda estrangei- os documentos da exportação e as cambiais (saques)
ra que um cliente está comprando ou vendendo, à da operação ao banco e celebra um contrato de câm-
taxa contratada, ao valor correspondente em moeda bio para liquidação futura. Então, o exportador pede 205
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ao banco o adiantamento do valor, em reais, corres- operações for incompatível com a capacidade econô-
pondente ao contrato de câmbio. Assim, além de obter mica e financeira evidenciada, a empresa estará sujei-
um financiamento competitivo para conceder prazo ta a procedimento especial de fiscalização.
de pagamento ao importador, o exportador também
fixa a taxa de câmbio da sua operação. z Habilitação simplificada: destinada às pessoas
O ACE pode ser contratado com prazo de até 390 físicas, às empresas públicas e às sociedades de
dias após o embarque da mercadoria. A liquidação economia mista – entidades sem fins lucrativos;
da operação ocorre com o recebimento do pagamen- z Habilitação especial: destinada aos órgãos da
to efetuado pelo importador, acompanhado do paga- Administração Pública direta, autarquias, fun-
mento dos juros devidos pelo exportador. dações públicas, órgãos públicos autônomos e
organismos internacionais;
ACE
z Habilitação restrita: destinada à pessoa física ou
ACC
ADIANTAMENTO jurídica que tenha operado anteriormente no
ADIANTAMENTO SOB
CONTRATO DE CÂMBIO
SOB CONTRATO DE comércio exterior exclusivamente para realização
EXPORTAÇÃO
de consulta ou retificação de declaração.
9
As operações de Exportação e Importação devem
-3
A posição de câmbio é representada pelo saldo
40
ser registradas em um sistema chamado SISCOMEX – das operações de câmbio (compra e venda de moeda
.5
Sistema de Comércio Exterior. Esse Sistema é utiliza- estrangeira, de títulos e documentos que os represen-
33
do em conjunto pela SECEX (Secretaria de Comércio tem e de ouro-instrumento cambial) prontas ou para
.6
Exterior), pela Secretaria da Receita Federal e pelo liquidação futura realizadas pelas instituições autori-
00
BACEN, para fiscalizar a entrada e a saída de recursos zadas pelo Banco Central do Brasil a operar no merca-
-0
z Eliminação de coexistências de controles e siste- para liquidação futura, de moeda estrangeira, de títu-
ic
cumentos;
ric
z Agilidade nos processos e diminuição dos custos O que é Posição de Câmbio Vendida?
au
administrativos.
M
9
mesma instituição financeira, ou banco, chamamos
-3
TEC
40
de Transferência Eletrônica de Valores (TEV), pois
os recursos não saem da instituição, apenas saem de
.5
33
uma conta para outra, não fazendo uso do sistema de A Transferência Eletrônica de Créditos (TEC) foi
.6
bancos, neste caso há a necessidade de utilizar o sis- entre si, como por exemplo, pagamento de folha de
tema de pagamentos brasileiro. Este é um sistema ele- salário dos empregados de uma empresa.
os
trônico criado e administrado pelo Banco Central do Quando a empresa tem convênio com um banco e
nt
Brasil, conforme consta na Lei n° 10.214, de 2001, para o empregado faz a portabilidade de seu salário para
Sa
que haja uma interligação mais segura para os clien- uma conta em outra instituição, ficaria oneroso para
os
tes, entre as diferentes instituições financeiras. o empregado fazer o pagamento mensal de uma tarifa
id
É através desta segurança que os clientes conse- realizando um DOC e ou uma TED. Para evitar este tipo
ol
guem transitar seus recursos de um banco para outro de morosidade e gastos a mais, os bancos utilizam-se
ic
sem correr grandes riscos, como por exemplo, de não da TEC, pois com ela, o custo das transferências de cré-
N
ter seu dinheiro enviado pelo banco de origem por fal- dito é diluído, de forma a possibilitar a portabilidade
io
entre bancos utilizando o SPB (Sistema de Pagamen- entre contas do mesmo banco ou de diferentes bancos
CONHECIMENTOS BANCÁRIOS
M
tos Brasileiro). Veremos um pouco sobre cada um é através do PIX (pagamento instantâneo), que será
deles a seguir. visto posteriormente.
9
básica de juros da economia) para os próximos anos.
-3
cular a média ponderada das taxas das transações
40
prefixadas, extragrupo e com prazo de um dia efe- E qual a relação da curva de juros com as taxas de
tuadas na B3 entre instituições financeiras. Como juros de curto e longo prazo?
.5
33
a taxa para o prazo de um dia é muito pequena, Primeiramente, é importante salientar que os
convencionou-se divulgá-la de forma anualizada.
.6
Essas transações são fechadas por meio eletrônico ro e que isso é uma maneira de remunerar o risco de
e registradas na B3.2
-0
Além do DI tradicional, fontes registram diversas o prazo de empréstimo for muito longo. Isso precisa
nt
modalidades do ativo, como Depósito Interfinanceiro acontecer, pois é difícil saber como estará a situação
Sa
nanceiro Rural – DIR, e Depósito Interfinanceiro Imo- Quando se trata de um empréstimo a curto prazo,
biliário – DII.
id
TAXAS DE JUROS DE CURTO PRAZO E gráfico, tomar certa decisão de investimento olhando
io
que:
As Taxas de Juros de Curto Prazo são aquelas
operações financeiras que maturam (prazo para o z A inclinação da curva de juros nos dá ideia das
pagamento) rapidamente. mudanças futuras nas taxas de juros;
Dito isso, podemos pensar: mas qual é o prazo z Geralmente, a curva de rendimento cresce em fun-
definido para uma Taxa de Juros de Curto Prazo? Não ção do tempo;
há como defini-lo com precisão, pois este depende do z Os juros são maiores quando os prazos são maio-
investimento que se pretende fazer. res, pois você está mais exposto ao risco.
Observe o seguinte exemplo:
Ademais, quando falamos de Curva de Juros,
z Imagine que você foi ao banco pedir orientações lembre-se de que, ao comprar títulos públicos, você
sobre qual é a melhor maneira de investir R$ vai emprestar dinheiro para o governo Vejamos um
10.000,00 em títulos públicos. Nessa situação, seu exemplo:
2 B3. Captação Bancária. Depósito Interfinanceiro. Disponível em: https://www.b3.com.br/pt_br/produtos-e-servicos/registro/renda-fixa-e-va-
208 lores-mobiliarios/deposito-interfinanceiro.htm. Acesso em: 24 nov. 2022.
O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para Mauricio Nicoli dos Santos - 000.633.540-39, vedada, por quaisquer meios e a qualquer
título, a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.
z Imagine que você pretende fazer um investimen- De forma resumida, qualquer empréstimo ou
to comprando títulos públicos e, ao analisar as financiamento que você fizer será impactado pela
opções de títulos disponíveis, percebe que tem taxa SELIC, seja com taxa de juros de curto prazo ou
várias opções de vencimentos: juros de longo prazo.
5,58
Selic Matematicamente falando:
9
(meses)
-3
Observação: é por isso que, quando a inflação está
40
muita alta, a Taxa de Juros Nominal fica mais alta e
Dica vice-versa. .5
33
A linha traça os rendimentos de títulos com qua-
.6
REAL
00
conto da inflação.
Atenção: a taxa SELIC determina o piso dos juros Para calcular a Taxa real, pegamos a Taxa Nominal
os
de curtíssimo prazo e, com isso, é capaz de influenciar e descontamos a inflação. Ora, se a taxa de inflação for
id
os juros de longo prazo. Vale lembrar que ela é deter- positiva e descontarmos esse valor da Taxa Nominal,
ol
minada a cada 45 dias pelo Comitê de Política Mone- certamente, iremos encontrar um valor menor que
ic
9
Em regra, como toda garantia é acessória a uma
-3
vamente menores. Adicionalmente, observou-se que,
obrigação principal, com a extinção da obrigação
40
quanto maior a qualidade da garantia fornecida pelo
principal (ou seja, com o pagamento da dívida), a
.5
tomador de crédito, menor a taxa de juros cobrada.
33
garantia também se extingue, deixa de existir.
Aparentemente, pode parecer que essa “seguran-
.6
para quem empresta. Para os tomadores de recursos, Para melhor compreensão do tema, é interessante
a exigência de garantia muitas vezes soa como uma diferenciar as garantias pessoais ou fidejussórias das
os
existência de uma garantia é vantajosa para ambos os Garantias Pessoais ou Fidejussórias X Garantias
os
9
-3
40
.5
33
.6
00
-0
Fiança
os
A fiança é uma garantia fidejussória firmada por contrato em que uma ou mais pessoas se obrigam, perante
nt
o credor, a satisfazer uma obrigação, caso o devedor não a cumpra. Ela representa uma forma de garantia que
Sa
Há dois contratos: o principal, entre o devedor e o credor, e um acessório, entre o fiador e o devedor
id
(afiançado).
ol
A fiança é formal, e deve sempre ser dada por escrito, não admitindo interpretação extensiva (além do estabe-
ic
lecido expressamente no contrato). O contrato definirá claramente as condições da fiança. Isso quer dizer que não
N
se admite a fiança verbal, e que a fiança deverá ser interpretada restritivamente. Surgindo alguma dúvida, deve-
io
-se interpretar a questão favoravelmente ao fiador, parte vulnerável em regra, presumindo-se a sua boa-fé objetiva.
ric
Porém, em contratos bancários com renovação periódica e automática, a fiança também é prorrogada, mesmo
au
sem autorização expressa do fiador, desde que a prorrogação esteja prevista em cláusula contratual.
CONHECIMENTOS BANCÁRIOS
M
z Fiador: aquele que presta a fiança, que se obriga a satisfazer a obrigação caso o devedor não o faça;
z Afiançado: o devedor principal;
z Credor (beneficiário): aquele que detém o direito de crédito.
A fiança é uma garantia acessória e subsidiária, ou seja, o fiador só está obrigado no caso do afiançado (devedor prin-
cipal) não cumprir a obrigação. É uma garantia que somente pode ser estipulada em contratos. Não há fiança em títulos
de crédito.
Vejamos os principais artigos do Código Civil (Lei nº 10.406, de 2002) a respeito da fiança:
Art. 818 Pelo contrato de fiança, uma pessoa garante satisfazer ao credor uma obrigação assumida pelo devedor, caso este
não a cumpra.
Art. 819 A fiança dar-se-á por escrito, e não admite interpretação extensiva.
Art. 820 Pode-se estipular a fiança, ainda que sem consentimento do devedor ou contra a sua vontade.
Art. 821 As dívidas futuras podem ser objeto de fiança; mas o fiador, neste caso, não será demandado senão depois que se
fizer certa e líquida a obrigação do principal devedor. 211
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título, a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.
Art. 822 Não sendo limitada, a fiança compreenderá z Credor (beneficiário): aquele que detém o direito
todos os acessórios da dívida principal, inclusive as de crédito.
despesas judiciais, desde a citação do fiador.
Art. 823 A fiança pode ser de valor inferior ao da O aval pode ser lançado no próprio título ou em
obrigação principal e contraída em condições menos
folha de alongamento (pedaço de papel anexado ao
onerosas, e, quando exceder o valor da dívida, ou for
mais onerosa que ela, não valerá senão até ao limite da título de crédito). A simples assinatura no título é sufi-
obrigação afiançada. ciente para configurar o aval.
Art. 824 As obrigações nulas não são suscetíveis de O aval é uma garantia solidária, ou seja, o avalis-
fiança, exceto se a nulidade resultar apenas de incapa- ta é coobrigado. De acordo com o art. 899, do Código
cidade pessoal do devedor. Civil, o avalista equipara-se àquele cujo nome indi-
Parágrafo único. A exceção estabelecida neste artigo car, ou seja, o avalista se obriga no mesmo nível do
não abrange o caso de mútuo feito a menor. avalizado.
Art. 825 Quando alguém houver de oferecer fiador,
A responsabilidade do avalista é tamanha que ele
o credor não pode ser obrigado a aceitá-lo se não for
responde pela obrigação que garantiu em pé de igual-
pessoa idônea, domiciliada no município onde tenha
de prestar a fiança, e não possua bens suficientes para dade com o devedor principal, sendo facultado ao cre-
cumprir a obrigação. dor exigir, simultaneamente, do devedor e do avalista
Art. 826 Se o fiador se tornar insolvente ou incapaz, o pagamento da obrigação vencida. O avalista pode,
poderá o credor exigir que seja substituído. [...] inclusive, ser acionado para pagar antes do avalizado,
Art. 838 O fiador, ainda que solidário, ficará o devedor principal.
desobrigado: A obrigação do avalista é independente da obriga-
I - se, sem consentimento seu, o credor conceder mora- ção do avalizado. Diz-se que o aval é autônomo. A
tória ao devedor;
obrigação do avalista é mantida, ainda que a obriga-
II - se, por fato do credor, for impossível a sub-rogação
nos seus direitos e preferências; ção que ele garantiu seja nula.
III - se o credor, em pagamento da dívida, aceitar ami- O aval em branco ocorre quando há a simples
gavelmente do devedor objeto diverso do que este era assinatura do avalista no título, sem especificar
obrigado a lhe dar, ainda que depois venha a perdê-lo quem é o avalizado. O aval em preto ocorre quando
por evicção. [...] feito, declarando o nome do avalizado. No caso de
Art. 1.647 Ressalvado o disposto no art. 1.648, nenhum aval prestado por pessoas físicas casadas, é neces-
dos cônjuges pode, sem autorização do outro, exceto sária a autorização do cônjuge, exceto no regime de
no regime da separação absoluta: [...]
separação absoluta de bens.
III - prestar fiança ou aval.
O avalista possui o chamado direito de regresso.
9
Deste modo, caso ele pague a obrigação, poderá, pos-
-3
Aval
teriormente, cobrá-la do avalizado.
40
Por fim, cabe destacar que o aval pode ser dado
O aval é uma garantia pessoal de pagamento, for-
.5
33
mal e solidária, dada por um terceiro, o avalista. mesmo após o vencimento do título de crédito, pois,
desde que seja antes do protesto do título, ainda
.6
pagamento, solidariamente com o devedor ou com Vejamos os artigos do Código Civil (Lei nº 10.406,
qualquer outro coobrigado (endossante ou até mes- de 2002) sobre o aval:
os
ou jurídica, garante o pagamento de um título de Art. 897 O pagamento de título de crédito, que con-
Sa
crédito que foi emitido ou endossado pelo avalizado. tenha obrigação de pagar soma determinada, pode
os
Um título pode ter mais de um avalista. Nesse caso, ser garantido por aval.
id
todos são solidários com o avalizado no cumprimen- Parágrafo único. É vedado o aval parcial.
ol
to da obrigação. Mesmo havendo mais de um avalis- Art. 898 O aval deve ser dado no verso ou no anver-
ic
O aval é uma garantia específica dos títulos cam- título, é suficiente a simples assinatura do avalista.
ric
biais (aqueles passíveis de transferência para outras § 2° Considera-se não escrito o aval cancelado.
au
pessoas), que se aplica exclusivamente a títulos de Art. 899 O avalista equipara-se àquele cujo nome
M
9
I - extinguindo-se a obrigação;
-3
O dono do imóvel hipotecado pode constituir outra
II - perecendo a coisa;
40
hipoteca sobre ele, mediante novo título, em favor do
III - renunciando o credor;
.5
mesmo ou de outro credor.
IV - confundindo-se na mesma pessoa as qualidades
33
Salvo no caso de insolvência do devedor, o credor
de credor e de dono da coisa;
.6
ele autorizada.
Penhor Mercantil
os
rios ou sem eles; animais utilizados na indústria; sal e pelo qual o devedor (fiduciante), como garantia de
N
bens destinados à exploração das salinas; produtos de uma dívida, pactua a transferência da propriedade
io
suinocultura; animais destinados à industrialização fiduciária de bem móvel ou imóvel ao credor (fidu-
ric
Constitui-se o penhor industrial, ou o mercantil, (não consta no contrato e, para se fazer valer, é neces-
mediante instrumento público ou particular, registra- sária interpelação judicial). Tem previsão no art. 475
do no Cartório de Registro de Imóveis da circunscri- do Código Civil.
ção onde estiverem situadas as coisas empenhadas.
O devedor não pode, sem o consentimento por Art. 475 A parte lesada pelo inadimplemento pode
escrito do credor, alterar as coisas empenhadas ou pedir a resolução (fim) do contrato, se não preferir
mudar-lhes a situação, nem delas dispor. exigir-lhe o cumprimento, cabendo, em qualquer
O devedor que, anuindo o credor, alienar as coi- dos casos, indenização por perdas e danos.
sas empenhadas, deverá repor outros bens da mesma
natureza, que ficarão sub-rogados no penhor. Para o credor, a propriedade fiduciária é um
Tem o credor direito a verificar o estado das coisas direito real em coisa própria. O devedor, no entanto,
empenhadas, inspecionando-as onde se acharem, por permanece com a posse do bem. Ou seja, continua uti-
si ou por pessoa que credenciar. lizando e usufruindo do bem.
As coisas empenhadas continuam em poder do Cumprindo a obrigação, o devedor retoma a pro-
devedor, que as deve guardar e conservar. priedade do bem. Caso o devedor não honre a obriga-
ção, a posse do bem é transferida para o credor. 213
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A alienação fiduciária é comumente utilizada países que possuem regras mais permissivas e um
como garantia em financiamentos para aquisição sistema financeiro liberal. A colocação, primeira
de bens móveis, como veículos, por exemplo. No etapa do processo de lavagem de dinheiro, efetua-se
entanto, ela também pode ser utilizada em financia- por meio de depósitos, compra de instrumentos
mentos imobiliários (bens imóveis). negociáveis ou compra de bens. Para dificultar a
Os dois personagens da alienação fiduciária, portan- identificação da procedência do dinheiro, os crimi-
to, são: nosos aplicam técnicas sofisticadas e cada vez mais
dinâmicas, tais como o fracionamento dos valores
z Fiduciante (devedor); que transitam pelo sistema financeiro e a utilização
z Fiduciário (credor).
de estabelecimentos comerciais que, usualmente,
trabalham com dinheiro em espécie.
A alienação fiduciária em garantia não tem por
A ocultação, segunda etapa do processo de lava-
finalidade a transmissão da propriedade ou da pos-
gem de dinheiro, consiste em dificultar o rastrea-
se do bem ao credor, mas sim a constituição de uma
mento contábil dos recursos ilícitos. O objetivo é
garantia contra a inadimplência do devedor. Por isso,
quebrar a cadeia de evidências ante à possibilidade da
é um contrato acessório.
realização de investigações sobre a origem do dinhei-
O credor, portanto, é o proprietário e possuidor indi-
ro. Os criminosos movimentam o numerário por
reto ou mediato do bem, enquanto o devedor fica com a
meio eletrônico e transferem os ativos para contas
posse direta ou imediata, sendo seu usuário e depositário.
A propriedade por parte do credor é limitada, somen- anônimas – preferencialmente, em países amparados
te sendo exercida para os fins previstos na lei, e é reso- por lei de sigilo bancário – ou realizam depósitos em
lúvel, pois retorna automaticamente para o devedor “contas-fantasmas”.
fiduciante no momento em que for cumprida integral- Os ativos são incorporados formalmente ao sis-
mente a obrigação. tema econômico na Integração, última etapa da lava-
gem de dinheiro. As organizações criminosas buscam
Fianças Bancárias investir em empreendimentos que facilitem suas
atividades – tais sociedades podem prestar serviços
A fiança bancária é um produto bancário disponibi- umas as outras. Uma vez formada a cadeia, torna-se
lizado a clientes que necessitam oferecer garantia para cada vez mais fácil legitimar o dinheiro ilegal.
obrigações assumidas perante terceiros.
Através da fiança bancária, o banco emissor da carta Prevenção e Combate ao Crime de Lavagem de
de fiança garante as obrigações de seu cliente. O banco é, Dinheiro: Ação do Estado e Papel do Banco Central
portanto, o fiador, e o cliente, o afiançado.
9
A fiança bancária pode ser usada para: Nos anos 80, a prevenção da lavagem de dinheiro
-3
passou a ser considerada como uma estratégia prio-
40
z Obtenção de empréstimos e financiamentos; ritária para o combate ao crime organizado e, em
z Habilitação em concorrência pública; .5
especial, ao narcotráfico. Países e organizações inter-
33
z Locações; nacionais passaram a incentivar a adoção de medidas
.6
A grande vantagem da fiança bancária é a de não a Convenção de Viena, no âmbito das Nações Unidas,
os
comprometer o caixa ou os bens do cliente. em 1988. Essa Convenção, ratificada pelo Brasil por
nt
9
-3
1998, prestarão informações e colaboração necessá- nológica e a insuficiência de indicadores de eficiên-
40
rias ao cumprimento das atribuições do COAF. A troca cia. Além da articulação entre os órgãos envolvidos
.5
de informações sigilosas entre o Coaf e os órgãos refe- no combate a esses ilícitos, a ENCCLA define metas
33
ridos no caput implica transferência de responsabili- anuais, como também ações e recomendações para
.6
dade pela preservação do sigilo. a consecução dessas metas a serem realizadas pelos
00
membros da Estratégia.
-0
troca de informações que viabilizem ações rápidas Art. 1º Ocultar ou dissimular a natureza, origem,
e eficientes na prevenção e no combate à oculta- localização, disposição, movimentação ou proprie-
os
ção ou à dissimulação de bens, direitos e valores; dade de bens, direitos ou valores provenientes, dire-
id
suspeitas de atividades ilícitas previstas na Lei; dada pela Lei nº 12.683, de 2012)
ic
Aqui, é importante destacar que, quando uma ins- dissimular a utilização de bens, direitos ou valo-
io
9
-3
VI - as sociedades que efetuem distribuição de dinhei-
40
ro ou quaisquer bens móveis, imóveis, mercadorias, z A simples tentativa de lavar dinheiro já configu-
ra crime, o qual está sujeito às penalidades do ato
.5
serviços, ou, ainda, concedam descontos na sua aqui- 33
sição, mediante sorteio ou método assemelhado; praticado;
.6
VII - as filiais ou representações de entes estrangei- z Quem ajudar de forma indireta e consciente, ou
00
ros que exerçam no Brasil qualquer das atividades seja, tendo plena ciência do ato, incorrerá na mes-
-0
listadas neste artigo, ainda que de forma eventual; ma punição de quem praticou o ato ilícito de for-
VIII - as demais entidades cujo funcionamento ma direta;
os
dependa de autorização de órgão regulador dos z A pena de reclusão vai de 3 a 10 anos e a multa
nt
seguros;
derando-se o teto de 20 milhões;
IX - as pessoas físicas ou jurídicas, nacionais ou
os
estrangeiras, que operem no Brasil como agentes, z O poder judiciário pode decretar o bloqueio pre-
id
dirigentes, procuradoras, comissionarias ou por ventivo dos bens do acusado de lavagem de dinhei-
ol
qualquer forma representem interesses de ente ro apenas até o limite suficiente para reparar os
ic
X - as pessoas físicas ou jurídicas que exerçam ativi- CIRCULAR Nº 3.978, DE 23 DE JANEIRO DE 2020, E
ric
XI - as pessoas físicas ou jurídicas que comercia- Art. 1º Esta Circular dispõe sobre a política, os pro-
lizem joias, pedras e metais preciosos, objetos de cedimentos e os controles internos a serem adota-
arte e antiguidades. dos pelas instituições autorizadas a funcionar pelo
XII - as pessoas físicas ou jurídicas que comercia- Banco Central do Brasil visando à prevenção da
lizem bens de luxo ou de alto valor, intermedeiem utilização do sistema financeiro para a prática dos
a sua comercialização ou exerçam atividades que crimes de “lavagem” ou ocultação de bens, direitos
envolvam grande volume de recursos em espécie; e valores, de que trata a Lei nº 9.613, de 3 de março
(Redação dada pela Lei nº 12.683, de 2012) de 1998, e de financiamento do terrorismo, previsto
XIII - as juntas comerciais e os registros públicos; na Lei nº 13.260, de 16 de março de 2016.
(Incluído pela Lei nº 12.683, de 2012)
XIV - as pessoas físicas ou jurídicas que prestem,
mesmo que eventualmente, serviços de assessoria, As instituições devem implementar e manter
consultoria, contadoria, auditoria, aconselhamen- política formulada com base em princípios e diretri-
to ou assistência, de qualquer natureza, em opera- zes que busquem prevenir a sua utilização para as
ções: (Incluído pela Lei nº 12.683, de 2012) práticas de lavagem de dinheiro e de financiamen-
a) de compra e venda de imóveis, estabelecimen- to do terrorismo.
216 tos comerciais ou industriais ou participações
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título, a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.
As instituições devem realizar avaliação interna Procurador-Geral do Trabalho, o Procurador-Geral
com o objetivo de identificar e mensurar o risco da Justiça Militar, os Subprocuradores-Gerais da
de utilização de seus produtos e serviços na prá- República e os Procuradores-Gerais de Justiça dos
tica da lavagem de dinheiro e do financiamento do Estados e do Distrito Federal;
terrorismo. V - os membros do Tribunal de Contas da União, o
As instituições devem implementar procedimen- Procurador-Geral e os Subprocuradores-Gerais do
Ministério Público junto ao Tribunal de Contas da
tos destinados a conhecer seus clientes, incluindo
União;
procedimentos que assegurem a devida diligência na
VI - os presidentes e os tesoureiros nacionais, ou
sua identificação, qualificação e classificação. equivalentes, de partidos políticos;
As instituições referidas no art. 1º devem adotar VII - os Governadores e os Secretários de Estado e
procedimentos de identificação que permitam verifi- do Distrito Federal, os Deputados Estaduais e Dis-
car e validar a identidade do cliente. tritais, os presidentes, ou equivalentes, de entidades
Os procedimentos referidos devem incluir a obten- da administração pública indireta estadual e distri-
ção, a verificação e a validação da autenticidade de tal e os presidentes de Tribunais de Justiça, Tribu-
informações de identificação do cliente, inclusive, nais Militares, Tribunais de Contas ou equivalentes
se necessário, mediante confrontação dessas informa- dos Estados e do Distrito Federal; e
ções com as disponíveis em bancos de dados de cará- VIII - os Prefeitos, os Vereadores, os Secretários
ter público e privado. Municipais, os presidentes, ou equivalentes, de enti-
Conforme o art. 16, § 2º, no processo de identifi- dades da administração pública indireta municipal
cação do cliente devem ser coletados, no mínimo: e os Presidentes de Tribunais de Contas ou equiva-
lentes dos Municípios.
§ 2º São também consideradas expostas politica-
z O nome completo, o endereço residencial e o
mente as pessoas que, no exterior, sejam:
número de registro no Cadastro de Pessoas Físicas
I - chefes de estado ou de governo;
(CPF), no caso de pessoa natural; II - políticos de escalões superiores;
z A firma ou denominação social, o endereço da sede III - ocupantes de cargos governamentais de esca-
e o número de registro no Cadastro Nacional da lões superiores;
Pessoa Jurídica (CNPJ), no caso de pessoa jurídica. IV - oficiais-generais e membros de escalões supe-
riores do Poder Judiciário;
No caso de cliente (pessoa natural) residente no V - executivos de escalões superiores de empresas
exterior desobrigada de inscrição no CPF, na forma públicas; ou
definida pela Secretaria da Receita Federal do Brasil, VI - dirigentes de partidos políticos.
admite-se a utilização de documento de viagem na for- § 3º São também consideradas pessoas expostas
ma da Lei, devendo ser coletados, no mínimo, o país politicamente os dirigentes de escalões superiores
9
de entidades de direito internacional público ou
-3
emissor, o número e o tipo do documento (Art. 16, § 3º).
40
No caso de cliente (pessoa jurídica) com domicílio privado.
§ 4º No caso de clientes residentes no exterior, para
ou sede no exterior desobrigada de inscrição no CNPJ,
.5
33
fins do disposto no caput, as instituições menciona-
na forma definida pela Secretaria da Receita Federal
das no art. 1º devem adotar pelo menos duas das
.6
seguintes providências:
nome da empresa, o endereço da sede e o número de I - solicitar declaração expressa do cliente a respei-
-0
Art. 27 As instituições mencionadas no art. 1º deve ser aplicada pelos cinco anos seguintes à data
id
devem implementar procedimentos que permi- em que a pessoa deixou de se enquadrar nas cate-
ol
tam qualificar seus clientes como pessoa exposta gorias previstas nos §§ 1º, 2º, e 3º.
ic
§ 1º Consideram-se pessoas expostas politicamente: dente no exterior que também seja cliente de insti-
io
I - os detentores de mandatos eletivos dos Poderes tuição do mesmo grupo no exterior, fiscalizada por
ric
II - os ocupantes de cargo, no Poder Executivo da do Brasil mantenha convênio para troca de infor-
CONHECIMENTOS BANCÁRIOS
M
9
cie, de valor igual ou superior a R$50.000,00 (cin-
-3
quenta mil reais); e
40
III - a solicitação de provisionamento de saques em
No caso de operações de depósito ou aporte em
.5
espécie de valor igual ou superior a R$50.000,00
33
espécie de valor individual igual ou superior a (cinquenta mil reais) de que trata o art. 36.
.6
devem incluir no registro: caput deve ser realizada até o dia útil seguinte ao
-0
recursos;
z O nome e o respectivo número de inscrição no CPF Art. 67 As instituições referidas no art. 1º devem
os
z A origem dos recursos depositados ou aportados. conservar pelo período mínimo de dez anos:
ol
dos recursos em prestar a informação, a instituição a partir do primeiro dia do ano seguinte ao término
ric
deve registrar o fato e utilizar essa informação nos do relacionamento com o cliente;
procedimentos de monitoramento, seleção e análise
au
Conforme o texto do art. 35, no caso de operações prestadores de serviços terceirizados de que trata o
de saque, inclusive as realizadas por meio de cheque art. 56, contado o prazo referido no caput a partir
ou ordem de pagamento, de valor individual igual ou da data de encerramento da relação contratual;
superior a R$50.000,00 (cinquenta mil reais), as insti- III - as informações e registros de que tratam os
tuições devem incluir no registro: arts. 28 a 37, contado o prazo referido no caput a
partir do primeiro dia do ano seguinte ao da reali-
zação da operação;
z O nome e o respectivo número de inscrição no CPF
ou no CNPJ, conforme o caso, do destinatário dos
CARTA CIRCULAR Nº 4.001, DE 29 DE JANEIRO DE
recursos;
2020, E SUAS ATUALIZAÇÕES
z O nome e o respectivo número de inscrição no CPF
do portador dos recursos; Art. 1º As operações ou as situações descritas a
z A finalidade do saque; seguir exemplificam a ocorrência de indícios de
z O número do protocolo. suspeita para fins dos procedimentos de monitora-
mento e seleção previstos na Circular nº 3.978, de
218 23 de janeiro de 2020:
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I - situações relacionadas com operações em à atividade econômica do cliente ou incompatibili-
espécie em moeda nacional com a utilização de dade com a sua capacidade financeira;
contas de depósitos ou de contas de pagamento: b) negociações de moeda estrangeira em espécie
a) depósitos, aportes, saques, pedidos de provi- ou de cheques de viagem denominados em moeda
sionamento para saque ou qualquer outro instru- estrangeira, que não apresentem compatibilidade
mento de transferência de recursos em espécie, que com a natureza declarada da operação;
apresentem atipicidade em relação à atividade eco- c) negociações de moeda estrangeira em espécie
nômica do cliente ou incompatibilidade com a sua ou de cheques de viagem denominados em moe-
capacidade financeira; da estrangeira, realizadas por diferentes pessoas
b) movimentações em espécie realizadas por clien- naturais, não relacionadas entre si, que informem o
tes cujas atividades possuam como característica a mesmo endereço residencial, telefone de contato ou
utilização de outros instrumentos de transferência possuam o mesmo representante legal;
de recursos, tais como cheques, cartões de débito d) negociações envolvendo taxas de câmbio com
ou crédito; variação significativa em relação às praticadas
c) aumentos substanciais no volume de depósitos pelo mercado;
ou aportes em espécie de qualquer pessoa natural
e) negociações de moeda estrangeira em espécie
ou jurídica, sem causa aparente, nos casos em que
envolvendo cédulas úmidas, malcheirosas, mofa-
tais depósitos ou aportes forem posteriormente
das, ou com aspecto de terem sido armazenadas em
transferidos, dentro de curto período de tempo, a
local impróprio, ou ainda que apresentem marcas,
destino não relacionado com o cliente;
símbolos ou selos desconhecidos, empacotadas em
d) fragmentação de depósitos ou outro instrumen-
maços desorganizados e não uniformes;
to de transferência de recurso em espécie, inclusive
boleto de pagamento, de forma a dissimular o valor f) negociações de moeda estrangeira em espécie ou
total da movimentação; troca de grandes quantidades de cédulas de peque-
e) fragmentação de saques em espécie, a fim de bur- no valor, realizadas por pessoa natural ou jurídica,
lar limites regulatórios de reportes; cuja atividade ou negócio não tenha como caracte-
f) depósitos ou aportes de grandes valores em rística o recebimento desse tipo de recurso;
espécie, de forma parcelada, principalmente nos g) utilização, carga ou recarga de cartão pré-pago
mesmos caixas ou terminais de autoatendimen- em valor não compatível com a capacidade finan-
to próximos, destinados a uma única conta ou a ceira, atividade ou perfil do cliente;
várias contas em municípios ou agências distintas; h) utilização de diversas fontes de recursos para
g) depósitos ou aportes em espécie em contas de carga e recarga de cartões prépagos;
clientes que exerçam atividade comercial relacio- i) carga e recarga de cartões pré-pagos seguidas
nada com negociação de bens de luxo ou de alto imediatamente por saques em caixas eletrônicos;
valor, tais como obras de arte, imóveis, barcos, III - situações relacionadas com a identifica-
9
-3
joias, automóveis ou aeronaves; ção e qualificação de clientes:
40
h) saques em espécie de conta que receba diversos a) resistência ao fornecimento de informações
.5
depósitos por transferência eletrônica de várias necessárias para o início de relacionamento ou
33
origens em curto período de tempo; para a atualização cadastral;
.6
das, malcheirosas, mofadas, ou com aspecto de que c) prestação de informação de difícil ou onerosa
-0
como característica recebimentos de grandes quan- f) cadastramento de várias contas em uma mesma
ol
9
terminal de pagamento (Point of sale - POS), que
-3
de conta até então pouco movimentada ou de conta apresentem indícios de atipicidade ou de incompa-
40
que acolha depósito inusitado; tibilidade com o perfil do estabelecimento comer-
f) ausência repentina de movimentação financeira cial credenciado;.5
33
em conta que anteriormente apresentava grande x) desvios frequentes em padrões adotados por
.6
serviços bancários especiais que, em circunstâncias z) transações em terminal (Point of sale - POS)
os
normais, sejam valiosas para qualquer cliente; realizadas em localização geográfica distante do
id
credenciado;
ic
sentido de induzir funcionários da instituição a não negociação de bens de luxo ou de alto valor, tais
ric
seguirem os procedimentos regulamentares ou for- como obras de arte, imóveis, barcos, joias, automó-
au
de instrumentos para a realização de pagamentos ocultar patrimônio e/ou evitar a realização de blo-
ou de transferências a terceiros, sem justificativa; queios judiciais, inclusive cheque administrativo;
l) operações que, por sua habitualidade, valor e ac) movimentação de valores incompatíveis com o
forma, configurem artifício para burla da identifi- faturamento mensal das pessoas jurídicas;
cação da origem, do destino, dos responsáveis ou ad) recebimento de créditos com o imediato débito
dos destinatários finais; dos valores;
m) existência de contas que apresentem créditos e ae) movimentações de valores com empresas sem
débitos com a utilização de instrumentos de trans- atividade regulamentada pelos órgãos competentes.
ferência de recursos não característicos para a V - Situações relacionadas com operações de
ocupação ou o ramo de atividade desenvolvida pelo investimento no País:
cliente; a) operações ou conjunto de operações de compra
n) recebimento de depósitos provenientes de diver- ou de venda de ativos financeiros a preços incom-
sas origens, sem fundamentação econômico-fi- patíveis com os praticados no mercado ou quando
nanceira, especialmente provenientes de regiões realizadas por pessoa natural ou jurídica cuja ati-
distantes do local de atuação da pessoa jurídica ou vidade declarada e perfil não se coadunem ao tipo
220 distantes do domicílio da pessoa natural; de negociação realizada;
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título, a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.
b) operações atípicas que resultem em elevados agência/localidade diferente da inicialmente forne-
ganhos para os agentes intermediários, em despro- cida ou remessa de eventual Ordem de Pagamento
porção com a natureza dos serviços efetivamente (OP) para conta de depósito à vista ou de poupança
prestados; divergente da inicialmente fornecida.
c) investimentos significativos em produtos de bai- IX - Situações relacionadas a pessoas ou enti-
xa rentabilidade e liquidez; dades suspeitas de envolvimento com finan-
d) investimentos significativos não proporcionais ciamento ao terrorismo e a proliferação de
à capacidade financeira do cliente, ou cuja origem armas de destruição em massa:
não seja claramente conhecida; a) movimentações financeiras envolvendo pessoas
e) resgates de investimentos no curtíssimo prazo, ou entidades relacionadas a atividades terroristas
independentemente do resultado auferido. listadas pelo Conselho de Segurança das Nações
VI - Situações relacionadas com operações de Unidas (CSNU);
crédito no País: b) operações ou prestação de serviços, de qualquer
a) operações de crédito no País liquidadas com valor, a pessoas ou entidades que reconhecidamen-
recursos aparentemente incompatíveis com a situa- te tenham cometido ou intentado cometer atos ter-
ção financeira do cliente; roristas, ou deles participado ou facilitado o seu
b) solicitação de concessão de crédito no País cometimento;
incompatível com a atividade econômica ou com a c) existência de recursos pertencentes ou controla-
capacidade financeira do cliente; dos, direta ou indiretamente, por pessoas ou enti-
c) operação de crédito no País seguida de remessa dades que reconhecidamente tenham cometido ou
de recursos ao exterior, sem fundamento econômi- intentado cometer atos terroristas, ou deles parti-
co ou legal, e sem relacionamento com a operação cipado ou facilitado o seu cometimento;
de crédito; d) movimentações com indícios de financiamento
d) operações de crédito no País, simultâneas ou ao terrorismo;
consecutivas, liquidadas antecipadamente ou em e) movimentações financeiras envolvendo pessoas
prazo muito curto; ou entidades relacionadas à proliferação de armas
e) liquidação de operações de crédito ou assunção de destruição em massa listadas pelo CSNU;
de dívida no País por terceiros, sem justificativa f) operações ou prestação de serviços, de qualquer
aparente; valor, a pessoas ou entidades que reconhecidamen-
f) concessão de garantias de operações de crédito te tenham cometido ou intentado cometer crimes de
no País por terceiros não relacionados ao tomador; proliferação de armas de destruição em massa, ou
g) operação de crédito no País com oferecimento
deles participado ou facilitado o seu cometimento;
de garantia no exterior por cliente sem tradição de
g) existência de recursos pertencentes ou controla-
realização de operações no exterior;
dos, direta ou indiretamente, por pessoas ou enti-
h) aquisição de bens ou serviços incompatíveis com
9
dades que reconhecidamente tenham cometido ou
-3
o objeto da pessoa jurídica, especialmente quando
intentado cometer crimes de proliferação de armas
40
os recursos forem originados de crédito no País.
de destruição em massa, ou deles participado ou
.5
VII - Situações relacionadas com a movimenta-
facilitado o seu cometimento;
33
ção de recursos oriundos de contratos com o
h) movimentações com indícios de financiamento
.6
setor público:
da proliferação de armas de destruição em massa.
00
c) movimentações atípicas de recursos por organi- Ação contra a Lavagem de Dinheiro e o Financia-
id
zações sem fins lucrativos; mento do Terrorismo (Gafi), ou que tenham sede em
ol
d) movimentações atípicas de recursos por pessoa países ou dependências com tributação favorecida
ic
VIII - Situações relacionadas a consórcios: seja observada a prática contumaz dos crimes pre-
io
a) existência de consorciados detentores de elevado vistos na Lei nº 9.613, de 3 de março de 1998, não
ric
número de cotas, incompatível com sua capacidade claramente caracterizadas em sua legalidade e fun-
au
9
-3
com a utilização do cartão de crédito de uso inter- prestador de serviços terceirizados;
40
nacional, que, pela habitualidade, valor ou forma, d) fornecimento de auxílio ou informações, remune-
.5
não se justifiquem ou apresentem atipicidade; rados ou não, a cliente em prejuízo do programa de
33
o) transferências relacionadas a investimentos não prevenção à lavagem de dinheiro e ao financiamen-
.6
convencionais que, pela habitualidade, valor ou for- to do terrorismo da instituição, ou de auxílio para
00
ma, não se justifiquem ou apresentem atipicidade; estruturar ou fracionar operações, burlar limites
-0
tíveis com as praticadas no mercado, como juros polem os limites definidos na legislação em vigor;
ol
destoantes da prática ou prazo muito longo; b) uso incompatível com as exigências regulatórias
ic
contas de terceiros;
ções na mesma instituição;
d) transferências, a partir das contas de candida-
d) contratação, no exterior, de operações de crédi- tos, para pessoas naturais ou jurídicas cuja ativi-
to, quitadas sem explicação aparente para a origem dade não guarde aparente relação com contas de
dos recursos; campanha.
e) contratação de empréstimos ou financiamentos XV - Situações relacionadas a BNDU e outros
no exterior, oferecendo garantias em valores ou ativos não financeiros:
formas incompatíveis com a atividade ou capacida- a) negociação de BNDU ou outro ativo não finan-
de financeira do cliente ou em valores muito supe- ceiro para pessoas naturais ou jurídicas sem capa-
riores ao valor das operações contratadas ou cuja cidade financeira;
origem não seja claramente conhecida; b) negociação de BNDU ou outro ativo não financei-
f) contratação de operações de crédito no exterior, ro mediante pagamento em espécie;
cujo credor seja de difícil identificação e sem que c) negociação de BNDU ou outro ativo não finan-
exista relação ou fundamentação para a operação ceiro por preço significativamente superior ao de
entre as partes. avaliação;
XII - Situações relacionadas com operações de d) negociação de outro ativo não financeiro em
222 investimento externo: benefício de terceiros.
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título, a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.
XVI - Situações relacionadas com a movimentação Respeito ao Consumidor: tratar o consumi-
de contas correntes em moeda estrangeira (CCME): dor de forma justa e transparente, com atendi-
a) movimentação de recursos incompatível com a mento cortês e digno; assistir o consumidor na
atividade econômica e a capacidade financeira do avaliação dos produtos e serviços adequados
cliente; às suas necessidades e garantir a segurança e a
b) recebimentos ou pagamentos de/para terceiros
confidencialidade de seus dados pessoais; con-
cujas movimentações financeiras não apresentem
ceder crédito de forma responsável e incenti-
fundamentação econômica ou legal ou nas quais
pareça não haver vinculação entre a atividade var o uso consciente do crédito;
declarada do titular da CCME e as outras partes Comunicação Eficiente: fornecer informações
envolvidas nas transações; de forma precisa, adequada, clara e oportuna,
c) movimentação de recursos, em especial nas con- proporcionando condições para o consumidor
tas tituladas por agentes autorizados a operar no tomar decisões conscientes e bem informadas;
mercado de câmbio, que denotem inobservância a comunicação com o consumidor, por qual-
a limites por operação cambial ou qualquer outra quer veículo, pessoalmente ou mediante ofer-
situação em que não se justifiquem ou apresentem tas ou anúncios publicitários, deve ser feita de
atipicidade, pela habitualidade, valor, forma ou modo a informá-lo sobre os aspectos relevantes
ausência de aderência às normas cambiais; do relacionamento com a Signatária;
d) transações atípicas em CCME de movimentação Melhoria Contínua: aperfeiçoar padrões de con-
restrita. Exemplos: contas de agências de turismo
duta, elevar a qualidade dos produtos, níveis de
e contas de administradoras de cartão de crédito.
XVII - Situações relacionadas com operações
segurança e a eficiência dos serviços.
realizadas em municípios localizados em
regiões de risco: Nesse Sistema, os bancos estabelecem uma série
a) operação atípica em municípios localizados em de compromissos de conduta que, em conjunto com as
regiões de fronteira; diversas outras normas aplicáveis às suas atividades,
b) operação atípica em municípios localizados em contribuirão para que o mercado funcione de forma
regiões de extração mineral; ainda mais eficaz, clara e transparente, em benefício
c) operação atípica em municípios localizados em não só do próprio setor, mas de todos os envolvidos
outras regiões de risco. nesse processo – os consumidores e a sociedade como
§ 1º As operações ou as situações referidas no caput um todo.
devem ser comunicadas, nos termos da referida Cir-
cular, somente nos casos em que os indícios forem
z Como esse Sistema vai interferir no relaciona-
confirmados ao término da execução dos procedi-
mentos de análise de operações e situações suspeitas. mento entre bancos e consumidores?
9
§ 2º Os procedimentos referidos no § 1º devem con-
-3
siderar todas as informações disponíveis, inclusive O propósito maior do Sistema de Autorregulação
40
aquelas obtidas por meio dos procedimentos desti- Bancária é promover a melhoria contínua da qualida-
nados a conhecer clientes, funcionários, parceiros e .5
de do relacionamento entre os bancos signatários do
33
prestadores de serviços terceirizados. Sistema e os consumidores (pessoa física). Assim, ao
.6
AUTORREGULAÇÃO BANCÁRIA
M
Sim. Você não apenas pode se manifestar como, NÃO VIOLAÇÃO DO DEVER DE SIGILO
na verdade, é esperado que você o faça. Esses regis-
tros não serão individualmente respondidos, nem isso De acordo com o § 3º do art. 1º, não constitui viola-
gerará, de imediato ou necessariamente, alguma san- ção do dever de sigilo:
ção ao(s) banco(s) apontado(s). No entanto, eles serão
uma fonte preciosa de monitoramento da atuação de z Troca de informações entre instituições financei-
9
-3
cada agente do Sistema, para que possamos melhor ras, para fins cadastrais;
40
conferir se, de fato, as normas da Autorregulação z Fornecimento de informações constantes de cadas-
.5
estão sendo corretamente cumpridas. tro de emitentes de cheques sem provisão de fun-
33
Dentre os vários normativos que a FEBRABAN edi- dos e de devedores inadimplentes, a entidades de
.6
mos alguns pontos que podem ser abordados nas suas z Fornecimento das informações de identificação de
-0
dor, às leis e normas especificamente direcionadas tos, relativos a operações de crédito e obrigações
ol
ao sistema bancário e à execução de atividades dele- de pagamento adimplidas, para formação de his-
ic
9
De acordo com o § 2º, o Banco Central tem acesso
-3
irrestrito, em regra, à supervisão do SFN.
40
Para inquérito administrativo, o poder judiciário
.5
deve autorizar a prestação de informações.
§ 3º O disposto neste artigo aplica-se à Comissão
33
de Valores Mobiliários, quando se tratar de fis-
.6
financeiras que sejam companhias abertas. Art. 4º O Banco Central do Brasil e a Comissão de
Valores Mobiliários, nas áreas de suas atribuições,
os
sora, tem as mesmas prerrogativas do Banco Central, mentos sigilosos que, fundamentadamente, se
relativas a sua área de atuação.
os
II - com bancos centrais ou entidades fiscaliza- § 2º As solicitações de que trata este artigo deve-
doras de outros países, objetivando: rão ser previamente aprovadas pelo Plenário
a) a fiscalização de filiais e subsidiárias de da Câmara dos Deputados, do Senado Federal,
instituições financeiras estrangeiras, em funciona- ou do plenário de suas respectivas comissões parla-
mento no Brasil e de filiais e subsidiárias, no exte- mentares de inquérito.
rior, de instituições financeiras brasileiras;
b) a cooperação mútua e o intercâmbio de O poder legislativo, para suas atribuições institu-
informações para a investigação de atividades ou cionais, tem acesso aos dados financeiros protegidos
operações que impliquem aplicação, negociação, por sigilo.
ocultação ou transferência de ativos financeiros e
de valores mobiliários relacionados com a prática INFORMAÇÕES À ADMINISTRAÇÃO TRIBUTÁRIA
de condutas ilícitas.
Art. 5º O Poder Executivo disciplinará, inclusive
Note que podem ser firmados convênios para quanto à periodicidade e aos limites de valor, os
supervisão. critérios segundo os quais as instituições finan-
ceiras informarão à administração tributária 225
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título, a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.
da União, as operações financeiras efetuadas pelos SIGILO EM CRIMES DE AÇÃO PÚBLICA
usuários de seus serviços.
§ 1º Consideram-se operações financeiras, para os Art. 9º Quando, no exercício de suas atribuições, o
efeitos deste artigo: Banco Central do Brasil e a Comissão de Valores
I - depósitos à vista e a prazo, inclusive em conta Mobiliários verificarem a ocorrência de crime
de poupança; definido em lei como de ação pública, ou indícios
II - pagamentos efetuados em moeda corrente ou da prática de tais crimes, informarão ao Ministé-
em cheques; rio Público, juntando à comunicação os documentos
III - emissão de ordens de crédito ou documentos necessários à apuração ou comprovação dos fatos.
assemelhados; § 1º A comunicação de que trata este artigo será efe-
IV - resgates em contas de depósitos à vista ou a tuada pelos Presidentes do Banco Central do Brasil
prazo, inclusive de poupança; e da Comissão de Valores Mobiliários, admitida
V - contratos de mútuo; delegação de competência, no prazo máximo de
VI - descontos de duplicatas, notas promissórias e quinze dias, a contar do recebimento do processo,
outros títulos de crédito; com manifestação dos respectivos serviços jurídicos.
VII - aquisições e vendas de títulos de renda fixa ou
variável; Nesses casos, a comunicação ao MP será feita em
VIII - aplicações em fundos de investimentos; até 15 dias.
IX - aquisições de moeda estrangeira;
X - conversões de moeda estrangeira em moeda § 2º Independentemente do disposto no caput des-
nacional; te artigo, o Banco Central do Brasil e a Comis-
XI - transferências de moeda e outros valores para são de Valores Mobiliários comunicarão aos
o exterior; órgãos públicos competentes as irregularida-
XII - operações com ouro, ativo financeiro; des e os ilícitos administrativos de que tenham
XIII - operações com cartão de crédito; conhecimento, ou indícios de sua prática, anexan-
XIV - operações de arrendamento mercantil; e do os documentos pertinentes.
XV - quaisquer outras operações de natureza seme-
lhante que venham a ser autorizadas pelo Banco DISPOSIÇÕES FINAIS
Central do Brasil, Comissão de Valores Mobiliários
ou outro órgão competente. Art. 10 A quebra de sigilo, fora das hipóteses
autorizadas nesta Lei Complementar, constitui
O artigo apenas lista quais operações devem ser dis- crime e sujeita os responsáveis à pena de reclu-
poníveis aos órgãos de Administração Tributária. Não são, de um a quatro anos, e multa, aplicando-
se incluem entre as informações as operações financei- -se, no que couber, o Código Penal, sem prejuízo de
outras sanções cabíveis.
9
ras efetuadas pelas administrações direta e indireta da
-3
União, dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios.
40
Lembre-se de que a quebra de sigilo, fora das hipó-
teses estudadas, constitui crime, com pena de reclu-
Art. 6º As autoridades e os agentes fiscais tribu- .5
33
são de 1 a 4 anos e multa.
tários da União, dos Estados, do Distrito Federal
.6
e dos Municípios somente poderão examinar Parágrafo único. Incorre nas mesmas penas quem
00
Parágrafo único. O resultado dos exames, as soal e diretamente pelos danos decorrentes, sem
ol
artigo serão conservados em sigilo, observada a pública, quando comprovado que o servidor agiu de
N
ros sigilosos.
DADOS (LGPD): LEI Nº 13.709, DE
Art. 7º Sem prejuízo do disposto no § 3º do art. 2º, 14 DE AGOSTO DE 2018, E SUAS
a Comissão de Valores Mobiliários, instaura-
do inquérito administrativo, poderá solicitar
ATUALIZAÇÕES
à autoridade judiciária competente o levan-
tamento do sigilo junto às instituições finan- CAPÍTULO II — DO TRATAMENTO DE DADOS
ceiras de informações e documentos relativos a PESSOAIS
bens, direitos e obrigações de pessoa física ou jurí-
dica submetida ao seu poder disciplinar. Com a modernização e o fácil acesso às informa-
Parágrafo único. O Banco Central do Brasil e a ções que a constante evolução do mundo vem trazen-
Comissão de Valores Mobiliários, manterão do, as principais empresas do mundo têm nos dados
permanente intercâmbio de informações acer- pessoais o seu principal negócio. Por isso, os dados
ca dos resultados das inspeções que realizarem, dos pessoais são conhecidos como o “novo petróleo” dian-
inquéritos que instaurarem e das penalidades que te de sua importância. Dessa forma, é necessário que
aplicarem, sempre que as informações forem neces- o tratamento de dados seja feito com as devidas regu-
226 sárias ao desempenho de suas atividades. lamentações e proteção à privacidade.
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Seção I — Dos Requisitos para o Tratamento de É importante ressaltar que, sempre que possível,
Dados Pessoais tais órgãos deverão priorizar a anonimização dos
dados pessoais.
Os requisitos apresentados no art. 7º, da LGPD, são
indispensáveis para a compreensão a respeito do tra- V - quando necessário para a execução de contra-
tamento de dados pessoais. to ou de procedimentos preliminares relacio-
Podemos observar as dez hipóteses, também nados a contrato do qual seja parte o titular, a
conhecidas como bases legais, que legitimam o trata- pedido do titular dos dados;
mento dos dados pessoais. É importante ressaltar que
se trata de um rol taxativo, não existindo nenhuma A quinta base legal ocorrerá em casos nos quais os
outra hipótese possível além das descritas no art. 7º. dados pessoais precisem ser tratados para a execução
de obrigações contratualmente pactuadas, havendo
Art. 7º O tratamento de dados pessoais somente pedido do titular para que isso ocorra.
poderá ser realizado nas seguintes hipóteses:
I - mediante o fornecimento de consentimento VI - para o exercício regular de direitos em pro-
pelo titular; cesso judicial, administrativo ou arbitral, esse
último nos termos da Lei nº 9.307, de 23 de setem-
A primeira e mais conhecida das hipóteses é o con- bro de 1996 (Lei de Arbitragem);
sentimento, que consiste na manifestação livre, infor-
mada e inequívoca do titular para que seja realizado Na sexta base legal da LGPD, é apresentada a pos-
o tratamento dos seus dados pessoais. sibilidade para o tratamento de dados pessoais em
A hipótese de consentimento não é aplicável a razão dos direitos exercidos em contratos ou proces-
todos os casos; as demais bases legais permitem o sos, sejam eles judiciais, administrativos ou arbitrais.
tratamento de dados pessoais independentemente do Deste modo, os dados pessoais poderão ser armaze-
consentimento do titular. nados, desde que para essa única e exclusiva finalida-
O consentimento não é obrigatório em todos os de, enquanto persistir a necessidade de discussão da
casos: a LGPD busca um equilíbrio entre os interesses demanda.
do titular e as necessidades dos controladores ao exer-
cerem suas atividades3. É importante ressaltar, ainda, VII - para a proteção da vida ou da incolumida-
que não há hierarquia entre tais bases legais. de física do titular ou de terceiro;
II - para o cumprimento de obrigação legal ou Essa base legal visa à proteção da vida e da inte-
9
regulatória pelo controlador; gridade do titular de dados que possa estar exposto a
-3
questões graves que coloquem em risco a sua vida. Por
40
A segunda base legal da LGPD encontra-se no cum- isso, trata-se de um critério restritivo utilizado quan-
.5
33
primento de obrigação legal ou regulatória pelo con- do constatada a situação de fato, como, por exemplo,
.6
trolador, que ocorre quando há determinação legal, no caso de usar os dados do celular de alguém que
00
disposta em lei federal, estadual ou municipal ou em tenha sido sequestrado a fim de localizar o titular e
-0
dados pessoais com fundamento nessa base legal. VIII - para a tutela da saúde, exclusivamente,
nt
III - pela administração pública, para o trata- de saúde, serviços de saúde ou autoridade
os
em leis e regulamentos ou respaldadas em contra- Nessa base legal, fica determinado que profissio-
ic
tos, convênios ou instrumentos congêneres, obser- nais da saúde, além de outras entidades e estabele-
N
vadas as disposições do Capítulo IV desta Lei; cimentos, inclusive estaduais e municipais, poderão
io
Na terceira base legal da LGPD, a administração desde que com o objetivo específico de tutela da saú-
au
pública poderá fazer o uso compartilhado de dados, de, sendo vedado o desvio dessa finalidade.
CONHECIMENTOS BANCÁRIOS
M
Nesta hipótese, será possível verificar os dados acerca da adimplência e inadimplência do titular para analisar
uma possível concessão ou não de crédito.
Para uma melhor fixação do conteúdo, veja a seguir o fluxograma com as Bases Legais da Lei Geral de Proteção
de Dados Pessoais (LGPD):
Execução de Contrato/
Proteção da vida BASES LEGAIS DA LGPD
Diligências Pré-contratuais
Interesses legítimos do
Tutela da saúde
controlador/terceiros
§ 3º O tratamento de dados pessoais cujo acesso é público deve considerar a finalidade, a boa-fé e o inte-
resse público que justificaram sua disponibilização
Mesmo que os dados se encontrem disponíveis de forma pública, eles somente poderão ser tratados se segui-
rem os princípios da finalidade, da boa-fé e do interesse público.
O princípio da finalidade afirma que deverá ser respeitada a finalidade pela qual os dados foram tornados
públicos, em eventual uso consecutivo por terceiros.
Já princípio da boa-fé afirma que não deverá haver utilização desvirtuando as legítimas expectativas dos seus
titulares dos dados.
O princípio do interesse público legitima que deverá ser identificado o interesse público que baseou disponi-
bilização dos dados. É evidente que o amplo acesso aos dados não retira a proteção que a eles deve ser concedida.
9
-3
§ 4º É dispensada a exigência do consentimento previsto no caput deste artigo para os dados tornados manifesta-
40
mente públicos pelo titular, resguardados os direitos do titular e os princípios previstos nesta Lei.
.5
33
Quando o titular dos dados pessoais tornar públicos seus próprios dados, não será necessário obter o seu
.6
00
consentimento para o tratamento de dados; porém, mesmo diante dessa situação, não será totalmente livre a sua
-0
utilização, a qual somente poderá ocorrer desde que sejam resguardados os direitos do titular.
os
§ 5º O controlador que obteve o consentimento referido no inciso I do caput deste artigo que necessitar comu-
nt
nicar ou compartilhar dados pessoais com outros controladores deverá obter consentimento específico
Sa
do titular para esse fim, ressalvadas as hipóteses de dispensa do consentimento previstas nesta Lei.
os
Quando a base legal para tratamento dos dados pessoais for o consentimento e o controlador desejar comuni-
id
car ou compartilhar os dados com outro controlador, ele deverá ter o consentimento específico para isso. Deste
ol
modo, caso o controlador queira utilizar os dados que já possui para tipo diverso de tratamento, é necessário
ic
N
§ 6º A eventual dispensa da exigência do consentimento não desobriga os agentes de tratamento das demais obri-
gações previstas nesta Lei, especialmente da observância dos princípios gerais e da garantia dos direitos do titular.
au
M
Quando for realizado o tratamento dos dados pessoais, deverão ser respeitados os princípios e direitos dos
titulares dos dados, previstos na LGPD, independentemente da base legal que venha a ser escolhida para o trata-
mento dos dados.
§ 7º O tratamento posterior dos dados pessoais a que se referem os §§ 3º e 4º deste artigo poderá ser realizado para
novas finalidades, desde que observados os propósitos legítimos e específicos para o novo tratamento e a preserva-
ção dos direitos do titular, assim como os fundamentos e os princípios previstos nesta Lei.
Para flexibilizar o uso de dados pessoais cujo acessos são públicos ou que foram tornados públicos pelo
titular, inclusive para novas finalidades, devem ser respeitadas os demais pontos relevantes da LGPD, incluindo
os fundamentos e os princípios.
Art. 8º O consentimento previsto no inciso I do art. 7º desta Lei deverá ser fornecido por escrito ou por outro
meio que demonstre a manifestação de vontade do titular.
228 4 GONZÁLEZ, M. LGPD Comentada. Guia LGPD. Disponível em: https://guialgpd.com.br/lgpd-comentada/. Acesso em: 3 jan. 2021.
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título, a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.
Esse artigo trata da forma com que o controlador Porém, a revogação do consentimento não signifi-
deve solicitar o consentimento do titular. Esse consen- cará a automática eliminação dos dados pessoais, pois
timento deve ser realizado por escrito ou por outro a mesma somente será feita, quando também for rea-
meio que demonstre a manifestação de vontade do lizado pedido expresso do titular.
titular.
O fato consolidado que temos diante do consenti- § 6º Em caso de alteração de informação referida
mento é que ele jamais será considerado válido se for nos incisos I, II, III ou V do art. 9º desta Lei, o con-
feito de forma genérica, não atendendo à boa-fé e à trolador deverá informar ao titular, com destaque
transparência, podendo ser obtido por qualquer meio de forma específica do teor das alterações, podendo
que evidencie a manifestação do titular. o titular, nos casos em que o seu consentimento é
exigido, revogá-lo caso discorde da alteração.
§ 1º Caso o consentimento seja fornecido por escri-
to, esse deverá constar de cláusula destacada Não será necessário obter novo consentimento do
das demais cláusulas contratuais. titular de dados, basta informá-lo das alterações rea-
lizadas, nas situações em que houver alguma modi-
Quando o consentimento for obtido por escrito, a ficação no que se trata da finalidade do tratamento
lei determina que a cláusula seja inserida de forma dos dados, da forma e duração do tratamento e da
destacada, para que seja facilmente identificada pelo
identificação do controlador ou, ainda, sobre infor-
titular. Isso se dá pois usualmente o usuário não lê as
mações acerca do uso compartilhado de dados pelo
cláusulas dos termos de uso; deste modo, é necessário
controlador.
que o titular tenha total clareza sobre o que está con-
sentindo, devendo a cláusula de consentimento ficar
Art. 9º O titular tem direito ao acesso facili-
separada das demais.
tado às informações sobre o tratamento de
seus dados, que deverão ser disponibilizadas de
§ 2º Cabe ao controlador o ônus da prova de
forma clara, adequada e ostensiva acerca de,
que o consentimento foi obtido em conformi-
entre outras características previstas em regula-
dade com o disposto nesta Lei.
mentação para o atendimento do princípio do livre
acesso:
Cabe ao controlador, utilizar os mecanismos devi-
I - finalidade específica do tratamento;
dos para a coleta de consentimento que permitam a
II - forma e duração do tratamento, observados os
geração de evidências acerca da sua obtenção, vez
segredos comercial e industrial;
que tais evidências devem ficar armazenadas durante
III - identificação do controlador;
todo o período em que os dados estiverem armazena-
9
IV - informações de contato do controlador;
-3
dos, independentemente da finalidade.
V - informações acerca do uso compartilhado de
40
dados pelo controlador e a finalidade;
§ 3º É vedado o tratamento de dados pessoais
.5
VI - responsabilidades dos agentes que realizarão o
33
mediante vício de consentimento.
tratamento; e
.6
00
legitime o tratamento dos dados pessoais e o consen- § 1º Na hipótese em que o consentimento é requeri-
os
timento tiver algum vício o tratamento dos dados não do, esse será considerado nulo caso as informações
poderá prosseguir.
nt
nulas.
rido, se houver mudanças da finalidade para o tra-
ic
N
tratamento posterior que seja incompatível com essas § 3º Quando o tratamento de dados pessoais for
finalidades. condição para o fornecimento de produto ou de
serviço ou para o exercício de direito, o titular será
§ 5º O consentimento pode ser revogado a informado com destaque sobre esse fato e sobre os
qualquer momento mediante manifestação
meios pelos quais poderá exercer os direitos do titu-
expressa do titular, por procedimento gratuito
lar elencados no art. 18 desta Lei.
e facilitado, ratificados os tratamentos realizados
sob amparo do consentimento anteriormente mani-
festado enquanto não houver requerimento de eli- O titular dos dados deve ter acesso às informações
minação, nos termos do inciso VI do caput do art. atualizadas, claras e adequadas sobre o tratamento
18 desta Lei. dos seus dados pessoais, de modo a atender o princí-
pio do livre acesso.
O consentimento poderá ser revogado a qualquer A LGPD apresenta um rol exemplificativo das
momento e com muita facilidade, devendo ser gratui- informações que devem ser prestadas pelos agentes
to e ser exercido a qualquer momento. de tratamentos de dados aos titulares. Acompanhe o
fluxograma a seguir: 229
O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para Mauricio Nicoli dos Santos - 000.633.540-39, vedada, por quaisquer meios e a qualquer
título, a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.
Finalidade específica do tratamento SITUAÇÕES QUE PODEM
CONFIGURAR O LEGÍTIMO
INTERESSE DO CONTROLADOR DE
Forma e duração do tratamento
DADOS
Identificação do controlador
INFORMAÇÕES QUE
DEVEM SER PRESTADAS Informações acerca do Apoio e promoção de Proteção em relação
PELOS AGENTES DE compartilhamento de dados pelo atividades do controlador ao titular do exercício
TRATAMENTO DE controlador e a finalidade regular de seus direitos ou
DADOS AOS TITULARES prestação de serviços que o
Informações de contato do beneficiem, respeitadas as
controlador legítimas expectativas deles
e os direitos e liberdades
Responsabilidade dos agentes de fundamentais
tratamento
9
-3
ção para o fornecimento de produto ou de serviço ou dados sejam tratados para a finalidade específica.
40
para o exercício de direito, o titular deve receber de
forma clara e destacada todas as informações para tal. .5
§ 3º A autoridade nacional poderá solicitar ao con-
33
trolador relatório de impacto à proteção de dados
.6
se limitam a:
O referido documento trata-se dos processos de
Sa
I - apoio e promoção de atividades do controlador; e tratamento de dados que podem gerar riscos aos titu-
os
II - proteção, em relação ao titular, do exercício lares, identificando o que pode ser feito para miti-
id
regular de seus direitos ou prestação de serviços gação desses riscos, vez que a autoridade poderá
solicitar ao contador. A doutrina e a boa governança
ol
tivas dele e os direitos e liberdades fundamentais, em proteção de dados indicam que esse documento
N
nos termos desta Lei. deve sempre estar pronto, o que tornará o tratamento
io
previstos na própria LGPD, que determina que ela Seção II — Do Tratamento de Dados Pessoais
M
Sensíveis
somente poderá servir de fundamento para o trata-
mento de dados pessoais quando baseado em finali-
Dados pessoais sensíveis são aqueles que têm rela-
dades legítimas.
ção com origem racial ou étnica, convicção religiosa,
As finalidades legítimas refletem que somente os
opinião política, filiação a sindicato ou a organizações
propósitos legítimos e também específicos, explícitos
religiosas, filosóficas ou políticas, relação com fatores
e informados ao titular justificarão o fundamento do referentes à saúde e vida sexual, dados genéticos ou,
interesse legítimo. ainda, dados biométricos. Essas características justifi-
Já na existência de situação concreta, o titular de cam a proteção extra que foi inserida pelo legislador,
dados deverá ter a efetiva expectativa de que seus uma vez que o seu vazamento ou mau uso pode cau-
dados serão tratados, em razão da existência de rela- sar prejuízos irreparáveis ao titular dos dados.
ção prévia entre ele e o controlador. O tratamento de dados pessoais sensíveis é mais
A LGPD apresenta um rol exemplificativo de situa- restritivo, possuindo menos bases legais.
ções que podem configurar o legítimo interesse do
230 controlador no tratamento de dados:
O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para Mauricio Nicoli dos Santos - 000.633.540-39, vedada, por quaisquer meios e a qualquer
título, a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.
Art. 11 O tratamento de dados pessoais sensíveis à saúde, desde que observado o § 5º deste artigo,
somente poderá ocorrer nas seguintes hipóteses: incluídos os serviços auxiliares de diagnose e tera-
I - quando o titular ou seu responsável legal con- pia, em benefício dos interesses dos titulares de
sentir, de forma específica e destacada, para finali- dados, e para permitir:
dades específicas; I - a portabilidade de dados quando solicitada
II - sem fornecimento de consentimento do titular, pelo titular; ou
nas hipóteses em que for indispensável para: II - as transações financeiras e administrati-
a) cumprimento de obrigação legal ou regulatória vas resultantes do uso e da prestação dos serviços
pelo controlador; de que trata este parágrafo.
b) tratamento compartilhado de dados necessários
à execução, pela administração pública, de políti- Via de regra, os dados de saúde não poderão ser
cas públicas previstas em leis ou regulamentos;
compartilhados entre controladores em casos nos
c) realização de estudos por órgão de pesquisa,
garantida, sempre que possível, a anonimização
quais o objetivo seja de vantagem econômica. Entre-
dos dados pessoais sensíveis; tanto, há algumas exceções que permitem o uso des-
d) exercício regular de direitos, inclusive em con- ses dados para fins econômicos, desde que isso ocorra
trato e em processo judicial, administrativo e arbi- com o objetivo de prestação de serviços de saúde, de
tral, este último nos termos da Lei nº 9.307, de 23 de assistência farmacêutica e de saúde e que isso se dê
setembro de 1996 (Lei de Arbitragem); em benefício dos titulares.
e) proteção da vida ou da incolumidade física do Também são trazidas outras duas situações em
titular ou de terceiro; que os dados de saúde poderão ser comunicados ou
f) tutela da saúde, exclusivamente, em procedimen- compartilhados: casos de portabilidade de dados e em
to realizado por profissionais de saúde, serviços de transações financeiras e administrativas resultantes
saúde ou autoridade sanitária; ou do uso e da prestação dos serviços.
g) garantia da prevenção à fraude e à segurança do
titular, nos processos de identificação e autentica-
§ 5º É vedado às operadoras de planos privados de
ção de cadastro em sistemas eletrônicos, resguar-
assistência à saúde o tratamento de dados de saúde
dados os direitos mencionados no art. 9º desta Lei
e exceto no caso de prevalecerem direitos e liberda- para a prática de seleção de riscos na contratação
des fundamentais do titular que exijam a proteção de qualquer modalidade, assim como na contrata-
dos dados pessoais. ção e exclusão de beneficiários.
§ 1º Aplica-se o disposto neste artigo a qualquer
tratamento de dados pessoais que revele dados pes- As operadoras de planos de saúde não poderão
soais sensíveis e que possa causar dano ao titular, tratar dados para a prática de seleção de riscos na
ressalvado o disposto em legislação específica. contratação, assim como na contratação e exclusão de
9
beneficiários. Isso foi feito para evitar o cruzamento
-3
40
As disposições desse artigo se aplicam amplamen- de informações para práticas que possam ser enten-
.5
te, inclusive nas situações em que o tratamento de didas como injustas, algo que já é consolidado nesse
33
dados pessoais puder revelar dados sensíveis, salvo se tipo de mercado.
.6
§ 2º Nos casos de aplicação do disposto nas alíneas siderados dados pessoais para os fins desta Lei,
“a” e “b” do inciso II do caput deste artigo pelos salvo quando o processo de anonimização ao qual
os
órgãos e pelas entidades públicas, será dada publi- foram submetidos for revertido, utilizando exclusi-
nt
cidade à referida dispensa de consentimento, nos vamente meios próprios, ou quando, com esforços
Sa
termos do inciso I do caput do art. 23 desta Lei. razoáveis, puder ser revertido.
os
política pública, deverão dar ampla publicidade à dis- sendo, o dado anonimizado é aquele que não pode
io
9
-3
§ 1º A divulgação dos resultados ou de qualquer § 6º As informações sobre o tratamento de dados
40
excerto do estudo ou da pesquisa de que trata o referidas neste artigo deverão ser fornecidas de
caput deste artigo em nenhuma hipótese poderá
.5
maneira simples, clara e acessível, consideradas as
33
revelar dados pessoais. características físico-motoras, perceptivas, senso-
§ 2º O órgão de pesquisa será o responsável pela
.6
segurança da informação prevista no caput deste recursos audiovisuais quando adequado, de forma
artigo, não permitida, em circunstância alguma, a
-0
ção é o tratamento por meio do qual um dado em seu melhor interesse, sendo necessário o consen-
timento inequívoco de um dos pais ou responsáveis,
ol
indireta, a um indivíduo, senão pelo uso de infor- vez que a proteção integral é um dos fundamentos do
N
trolador em ambiente controlado e seguro. Embora o consentimento seja regra, há duas exce-
ric
9
nos termos do art. 39 desta Lei;
-3
40
Art. 16 Os dados pessoais serão eliminados após O referido dispositivo de lei não faz menção ao
o término de seu tratamento, no âmbito e nos limi-
.5
compartilhamento de dados, tampouco alude a dados
33
tes técnicos das atividades, autorizada a conserva- sensíveis (dados que informem raça, etnia, dados
.6
pelo controlador;
dãos pelo Poder Público, considerando que isso pode
II - estudo por órgão de pesquisa, garantida, sempre
os
que possível, a anonimização dos dados pessoais; ser realizado quando existir finalidade de interesse
nt
requisitos de tratamento de dados dispostos nesta Lei; ou Para a maior compreensão do artigo acima, acom-
os
IV - uso exclusivo do controlador, vedado seu aces- panhe a seguir o mencionado parágrafo único, do art.
1º, da Lei nº 12.527, de 18 de novembro de 2011:
id
O cuidado com a proteção dos dados pessoais deve Art. 1º (Lei nº 12.527, de 2011) [...]
ic
N
seguir desde a coleta até o seu encerramento, por isso, Parágrafo único. Subordinam-se ao regime desta
io
a eliminação dos dados deve ser realizada com muita cau- Lei:
ric
tela, tanto com dados físicos quanto com os digitais, sendo I - os órgãos públicos integrantes da administração
direta dos Poderes Executivo, Legislativo, incluin-
au
Público;
Cumprimento de obrigação legal II - as autarquias, as fundações públicas, as empre-
ou regulatória pelo controlador sas públicas, as sociedades de economia mista e
demais entidades controladas direta ou indire-
Estudo por órgão de pesquisa, tamente pela União, Estados, Distrito Federal e
garantida, sempre que possível, a Municípios.
HIPÓTESES QUE SÃO anonimização dos dados pessoais
AUTORIZADAS A Voltando ao estudo da LGPD:
Transferência a terceiro, desde
CONSERVAÇÃO DOS
que respeitados os requisitos de
DADOS APÓS O TÉRMINO § 1º A autoridade nacional poderá dispor sobre as
tratamento de dados dispostos na
DO TRATAMENTO formas de publicidade das operações de tratamento.
LGPD
§ 2º O disposto nesta Lei não dispensa as pes-
O uso exclusivo do controlador, soas jurídicas mencionadas no caput deste artigo
vedado seu acesso por terceiro, e de instituir as autoridades de que trata a Lei nº
desde que anonimizados os dados 12.527, de 18 de novembro de 2011 (Lei de Acesso
à Informação). 233
O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para Mauricio Nicoli dos Santos - 000.633.540-39, vedada, por quaisquer meios e a qualquer
título, a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.
§ 3º Os prazos e procedimentos para exercício dos V - os mandatos, a avaliação de desempenho e a
direitos do titular perante o Poder Público observa- responsabilidade dos administradores.
rão o disposto em legislação específica, em especial 9§ 2º As empresas públicas e as sociedades de eco-
as disposições constantes da Lei nº 9.507, de 12 de nomia mista não poderão gozar de privilégios fis-
novembro de 1997 (Lei do Habeas Data), da Lei nº cais não extensivos às do setor privado.
9.784, de 29 de janeiro de 1999 (Lei Geral do Pro- § 3º A lei regulamentará as relações da empresa
cesso Administrativo), e da Lei nº 12.527, de 18 de pública com o Estado e a sociedade.
novembro de 2011 (Lei de Acesso à Informação). § 4º A lei reprimirá o abuso do poder econômico que
§ 4º Os serviços notariais e de registro exercidos em vise à dominação dos mercados, à eliminação da
caráter privado, por delegação do Poder Público, concorrência e ao aumento arbitrário dos lucros.
terão o mesmo tratamento dispensado às pessoas § 5º A lei, sem prejuízo da responsabilidade indivi-
jurídicas referidas no caput deste artigo, nos ter- dual dos dirigentes da pessoa jurídica, estabelecerá
mos desta Lei. a responsabilidade desta, sujeitando-a às punições
§ 5º Os órgãos notariais e de registro devem for- compatíveis com sua natureza, nos atos praticados
necer acesso aos dados por meio eletrônico para a contra a ordem econômica e financeira e contra a
administração pública, tendo em vista as finalida- economia popular.
des de que trata o caput deste artigo.
Retomando o estudo dos artigos da LGPD, acompa-
Para proceder ao tratamento de dados, as pessoas nhe o art. 25:
jurídicas de direito público devem, no exercício de
suas competências, informar de modo claro e atuali- Art. 25 Os dados deverão ser mantidos em formato
zado qual a base de dados que autoriza o tratamento, interoperável e estruturado para o uso comparti-
bem como os procedimentos e as práticas utilizadas lhado, com vistas à execução de políticas públicas,
para isso, vez que também a autoridade nacional à prestação de serviços públicos, à descentraliza-
(ANPD) poderá dispor sobre as formas de publicidade ção da atividade pública e à disseminação e ao
das operações de tratamento de dados. acesso das informações pelo público em geral.
É importante ressaltar que as pessoas jurídicas
de direito público deverão indicar um encarregado Conforme a LGPD determina, os dados devem
quando realizarem o tratamento de dados, um DPO, ser armazenados de forma interoperável, ou seja,
que fará a ponte com o controlador, os titulares de em formato aberto, que permita o seu consumo por
dados e a ANPD, sendo fundamental a leitura do art. outros órgãos ou entes públicos, inclusive mediante
23 para compreensão desse conteúdo. a integração de sistemas, devendo ser observadas as
premissas técnicas viabilizando as finalidades especí-
Art. 24 As empresas públicas e as sociedades de ficas, previstas no rol taxativo: a execução de políticas
9
economia mista que atuam em regime de concor- públicas, a prestação de serviços públicos, a descen-
-3
tralização da atividade pública, a disseminação e o
40
rência, sujeitas ao disposto no art. 173 da Constitui-
ção Federal, terão o mesmo tratamento dispensado acesso das informações pelo público em geral.
.5
33
às pessoas jurídicas de direito privado particulares,
nos termos desta Lei. Art. 26 O uso compartilhado de dados pessoais
.6
00
Parágrafo único. As empresas públicas e as socie- pelo Poder Público deve atender a finalidades espe-
dades de economia mista, quando estiverem ope- cíficas de execução de políticas públicas e atribui-
-0
racionalizando políticas públicas e no âmbito da ção legal pelos órgãos e pelas entidades públicas,
os
execução delas, terão o mesmo tratamento dispen- respeitados os princípios de proteção de dados pes-
nt
sado aos órgãos e às entidades do Poder Público, soais elencados no art. 6º desta Lei.
Sa
Acompanhe a seguir o art. 173, da CF, de 1988, dados a que tenha acesso, exceto:
id
Art. 173 (CF, de 1988) Ressalvados os casos pre- para esse fim específico e determinado, observado
N
atividade econômica pelo Estado só será permitida 2011 (Lei de Acesso à Informação);
ric
quando necessária aos imperativos da segurança III - nos casos em que os dados forem acessíveis
au
nacional ou a relevante interesse coletivo, confor- publicamente, observadas as disposições desta Lei.
IV - quando houver previsão legal ou a transferên-
M
me definidos em lei.
§ 1º A lei estabelecerá o estatuto jurídico da empre- cia for respaldada em contratos, convênios ou ins-
sa pública, da sociedade de economia mista e de trumentos congêneres; ou
suas subsidiárias que explorem atividade econômi- V - na hipótese de a transferência dos dados obje-
ca de produção ou comercialização de bens ou de tivar exclusivamente a prevenção de fraudes e
prestação de serviços, dispondo sobre: irregularidades, ou proteger e resguardar a segu-
I - sua função social e formas de fiscalização pelo rança e a integridade do titular dos dados, desde
Estado e pela sociedade; que vedado o tratamento para outras finalidades.
II - a sujeição ao regime jurídico próprio das empre- § 2º Os contratos e convênios de que trata o § 1º
sas privadas, inclusive quanto aos direitos e obri- deste artigo deverão ser comunicados à autoridade
gações civis, comerciais, trabalhistas e tributários; nacional.
III - licitação e contratação de obras, serviços,
compras e alienações, observados os princípios da Diante da possibilidade de compartilhamento de
administração pública; dados pessoais entre as bases de dados sob controle
IV - a constituição e o funcionamento dos conselhos do Poder Público entre entes públicos, a LGPD afirma
de administração e fiscal, com a participação de que todas as operações devem seguir os principais
234 acionistas minoritários; requisitos já estudados anteriormente, sendo eles:
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a existência de finalidade, a existência de base legal Diante da constatação da ocorrência de infração
para os entes envolvidos e a validação do comparti- por órgão ou ente do Poder Público, a ANPD pode
lhamento. Isso posto, é fundamental a leitura do art. enviar um documento chamado relatório de impac-
26 para a complementação dos seus estudos. to, com medidas cabíveis para fazer cessar a violação.
Porém, é importante destacar que não há previsão em
Art. 27 A comunicação ou o uso compartilhado de qualquer dispositivo da LGPD sobre possibilidade de
dados pessoais de pessoa jurídica de direito público a ANPD enviar semelhante relatório para as pessoas
a pessoa de direito privado será informado à auto-
jurídicas de direito privado.
ridade nacional e dependerá de consentimento do
titular, exceto:
I - nas hipóteses de dispensa de consentimento pre-
vistas nesta Lei;
II - nos casos de uso compartilhado de dados, em COMPLIANCE - RESPONSABILIZAÇÃO
que será dada publicidade nos termos do inciso I do
caput do art. 23 desta Lei; ou PELA PRÁTICA DE ATOS CONTRA
III - nas exceções constantes do § 1º do art. 26 desta A ADMINISTRAÇÃO PÚBLICA -
Lei.
Parágrafo único. A informação à autoridade nacio- LEGISLAÇÃO ANTICORRUPÇÃO
nal de que trata o caput deste artigo será objeto de
regulamentação. LEI Nº 12.846, DE 1° DE AGOSTO DE 2013 E SUAS
Art. 28 (Revogado) ATUALIZAÇÕES
Art. 29 A autoridade nacional poderá solicitar, a
qualquer momento, aos órgãos e às entidades do A presente Lei dispõe acerca das responsabiliza-
poder público a realização de operações de trata- ções, no âmbito administrativo e civil, das pessoas
mento de dados pessoais, informações específicas jurídicas ao praticarem atos contra a Administração
sobre o âmbito e a natureza dos dados e outros Pública nacional ou estrangeira e regulamenta provi-
detalhes do tratamento realizado e poderá emi- dências. Essa norma possui 31 (trinta e um) artigos,
tir parecer técnico complementar para garantir o dos quais a leitura se mostra imprescindível.
cumprimento desta Lei.
Art. 30 A autoridade nacional poderá estabele-
DISPOSIÇÕES GERAIS
cer normas complementares para as atividades
de comunicação e de uso compartilhado de dados
pessoais. O art. 1º dispõe sobre as responsabilidades das
pessoas jurídicas, doravante empresas, que realiza-
rem atos contra a Administração Pública. Vejamos:
9
Para ocorrer a transferência de dados de um ente
-3
público para um particular, basta estabelecer que nas
40
Art. 1º Esta Lei dispõe sobre a responsabilização
hipóteses de uso compartilhado de dados entre o ente
.5
objetiva administrativa e civil de pessoas jurídicas
público e o privado na transferência, a LGPD exige,
33
pela prática de atos contra a administração públi-
como regra, a obtenção do consentimento do titular ca, nacional ou estrangeira.
.6
A comunicação, ou o uso compartilhado de dados cobrança das partículas e/ou. No art. 1º, por exem-
pessoais de pessoa jurídica de direito público a pes-
os
confundir você!
exceções estão previstas no art. 27, sendo também os
ic
Seção II — Da Responsabilidade
au
Art. 1º [...]
CONHECIMENTOS BANCÁRIOS
M
9
responsabilização individual das pessoas naturais e Constituem atos lesivos à Administração Pública,
-3
ressalta ser necessária a apuração da culpabilidade nacional ou estrangeira, aqueles que:
40
dos dirigentes ou administradores, para que possam
vir a ser responsabilizados por seus atos ilícitos: .5
z Atentem contra o patrimônio público nacional ou
33
estrangeiro;
.6
Do Ato Ilícito
Dica
os
Nos termos do art. 186 do Código Civil brasilei- Mais importante do que “decorar” todos os atos
id
ro, tem-se a definição do que configura ato ilícito. lesivos é entender que qualquer ato que atente
ol
9
sanções de forma conjunta.
-3
qualquer nível ou esfera de governo, além de pes-
40
soas jurídicas controladas, direta ou indiretamente, Para que tais punições sejam aplicadas, será neces-
sária a fundamentação da decisão, que consiste em
pelo poder público ou estrangeiro. Vale lembrar que
.5
33
a Administração Pública estrangeira é equiparada às uma justificativa, com base na Lei, sobre o porquê
daquela aplicação sancionatória.
.6
Será considerado agente público estrangeiro todo A Lei ainda estabelece que as sanções serão apli-
cadas de acordo com as peculiaridades de cada caso
-0
entidades estatais ou em representações diplomáticas infrações. Nesse último caso, ressalta-se, por exemplo,
nt
de país estrangeiro, bem como pessoas jurídicas con- que a natureza das infrações poderá ser nos âmbitos
Sa
DA RESPONSABILIZAÇÃO ADMINISTRATIVA
ol
atos lesivos contra a Administração Pública e, até esse 20% (vinte por cento) do faturamento bruto do exercí-
au
ponto, sabemos sobre em quem as responsabilizações cio anterior à instauração do processo administrativo.
CONHECIMENTOS BANCÁRIOS
M
recairão, bem como quais condutas praticadas serão Serão excluídos os tributos, não sendo inferiores à van-
consideradas como atos ilícitos. tagem auferida quando for possível estimá-los.
O art. 6º da Lei trata sobre as sanções que poderão
ser aplicadas às pessoas jurídicas que forem conside-
radas responsáveis pela prática de ato lesivo em des-
Dica
favor da Administração Pública. Vejamos: Nos termos do art. 145, da CF, de 1988, tributos
são impostos, taxas e contribuição de melhorias.
Art. 6º Na esfera administrativa, serão aplicadas
às pessoas jurídicas consideradas responsáveis pelos Caso não seja possível utilizar o critério do valor
atos lesivos previstos nesta Lei as seguintes sanções:
bruto auferido do faturamento ao ano anterior à ins-
I - multa, no valor de 0,1% (um décimo por cento)
a 20% (vinte por cento) do faturamento bruto do tauração do processo administrativo, a multa aplica-
último exercício anterior ao da instauração do pro- da poderá ser no valor de R$ 6.000,00 (seis mil reais)
cesso administrativo, excluídos os tributos, a qual a R$ 60.000.000,00 (sessenta milhões de reais). Vale
nunca será inferior à vantagem auferida, quando ressaltar que será necessária a manifestação jurídica
for possível sua estimação; e elaborada pela Advocacia Pública ou pelo órgão de
II - publicação extraordinária da decisão condenatória. assistência jurídica ou equivalente do ente público. 237
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título, a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.
Lembre-se de que, mesmo com a aplicação da san- A consumação ou não da infração é algo impor-
ção pecuniária, não será excluída a hipótese de haver tante a ser averiguado. Da mesma forma, é preciso
a reparação integral do dano causado à Administra- mensurar o efeito negativo da infração, seja aos cofres
ção Pública. públicos, aos administrados, à própria empresa etc.
9
III - a consumação ou não da infração; troladoria-Geral da União - CGU terá competência
-3
IV - o grau de lesão ou perigo de lesão; concorrente para instaurar processos administra-
40
V - o efeito negativo produzido pela infração; tivos de responsabilização de pessoas jurídicas ou
VI - a situação econômica do infrator; .5
para avocar os processos instaurados com funda-
33
VII - a cooperação da pessoa jurídica para a apura- mento nesta Lei, para exame de sua regularidade
.6
tos internos de integridade, auditoria e incentivo LV - Aos litigantes, em processo judicial e adminis-
os
à denúncia de irregularidades e a aplicação efetiva trativo, e aos acusados em geral são assegurados o
nt
de códigos de ética e de conduta no âmbito da pes- contraditório e ampla defesa, com os meios e recur-
Sa
jurídica com o órgão ou entidade pública lesados; e O art. 5º da nossa Carta Magna, estabelece de for-
id
Porém, o inciso X é vetado. Os parâmetros do inciso Apuração dos Atos Ilícitos Praticados em Desfavor
ric
Executivo Federal.
M
A gravidade da infração será considerada, visto Os atos ilícitos praticados em desfavor da Admi-
que os danos à Administração Pública poderão trazer nistração Pública estrangeira serão apurados pela
inúmeras consequências. Controladoria Geral da União – CGU –, responsável
Quando esta é prejudicada, prejudicam-se, ainda, por apurar o processo e julgamento, observando-se o
os cofres públicos, os administrados, as pessoas liga- disposto no art. 4º da Convenção sobre o Combate à
das às empresas etc. Desta forma, é necessário anali- Corrupção de Funcionários Públicos Estrangeiros em
sar a gravidade da infração cometida, a fim de sopesar Transações Comerciais Internacionais, nos termos do
a sansão na proporção do dano causado. art. 9º.
Como vimos, não somente a pessoa jurídica será
responsabilizada, mas também os dirigentes, adminis- Dos Trâmites
tradores ou qualquer pessoa natural autora, coautora
ou partícipe do ato ilícito. Assim sendo, a vantagem Art. 10 O processo administrativo para apuração
auferida ou pretendida pelo infrator revelará a da responsabilidade de pessoa jurídica será con-
intenção concreta do prejuízo que estaria disposto a duzido por comissão designada pela autoridade
causar ou que realmente causou, para que, por fim, instauradora e composta por 2 (dois) ou mais ser-
238 possa receber a sanção adequada. vidores estáveis.
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§ 1º O ente público, por meio do seu órgão de A comissão designada dará conhecimento ao MP
representação judicial, ou equivalente, a pedido da após a conclusão do Procedimento Administrativo,
comissão a que se refere o caput, poderá requerer para que haja apuração de eventuais delitos.
as medidas judiciais necessárias para a investiga-
ção e o processamento das infrações, inclusive de
Art. 15 A comissão designada para apuração da
busca e apreensão.
responsabilidade de pessoa jurídica, após a conclu-
§ 2º A comissão poderá, cautelarmente, propor à
são do procedimento administrativo, dará conheci-
autoridade instauradora que suspenda os efeitos
do ato ou processo objeto da investigação. mento ao Ministério Público de sua existência, para
§ 3º A comissão deverá concluir o processo no pra- apuração de eventuais delitos.
zo de 180 (cento e oitenta) dias contados da data da
publicação do ato que a instituir e, ao final, apre- ACORDO DE LENIÊNCIA
sentar relatórios sobre os fatos apurados e even-
tual responsabilidade da pessoa jurídica, sugerindo A lei em estudo dispõe sobre a possibilidade de
de forma motivada as sanções a serem aplicadas. ser realizado um Acordo de Leniência com as pes-
§ 4º O prazo previsto no § 3º poderá ser prorro- soas jurídicas que forem responsáveis pelos atos e/ou
gado, mediante ato fundamentado da autoridade condutas ilícitos contra a Administração Pública. Tal
instauradora.
Acordo será realizado caso haja a colaboração efetiva
com as investigações a serem realizadas, bem como
Importante! no processo administrativo.
O processo administrativo será conduzido por Art. 16 A autoridade máxima de cada órgão ou enti-
comissão designada pela autoridade instaura- dade pública poderá celebrar acordo de leniência
dora, sendo composta por 2 (dois) ou mais ser- com as pessoas jurídicas responsáveis pela prática
vidores estáveis. dos atos previstos nesta Lei que colaborem efetiva-
mente com as investigações e o processo adminis-
trativo, sendo que dessa colaboração resulte:
Prazo I - a identificação dos demais envolvidos na infra-
ção, quando couber; e
O prazo de conclusão do processo administrativo II - a obtenção célere de informações e documentos
está estipulado em 180 (cento e oitenta) dias, contados que comprovem o ilícito sob apuração.
da data da publicação do ato que instituir o processo
e, ao final, deverá apresentar relatórios sobre os fatos Da mesma forma, de acordo com o § 1º do art. 16,
apurados e a eventual responsabilidade da pessoa para que seja realizado o Acordo de Leniência, será
9
jurídica, sugerindo, de forma motivada, as sanções necessário o preenchimento dos requisitos exigidos
-3
a serem aplicadas. Tal prazo poderá ser prorrogado nesta Lei de forma cumulada. Isso significa que, para
40
mediante fundamento da autoridade instauradora. que o Acordo de Leniência seja concretizado, será
.5
33
necessário que a pessoa jurídica:
§ 4º O prazo previsto no § 3º poderá ser prorro-
.6
00
gado, mediante ato fundamentado da autoridade z Seja a primeira a se manifestar sobre seu interesse
instauradora.
-0
Atente-se sempre à letra da Lei. Conforme o § 4º, ção investigada a partir da data de propositura do
nt
to, o crédito apurado será inscrito em dívida ativa da integral do dano causado, bem como estipulará as
CONHECIMENTOS BANCÁRIOS
M
Dica
Importante!
A Administração poderá celebrar o Acordo de
Leniência com pessoa jurídica responsável pela As sanções poderão ser aplicadas de forma iso-
prática de atos ilícitos realizados nos ditames lada ou cumulativa.
da Lei nº 8.666, de 1993 (Lei de Licitações).
DISPOSIÇÕES FINAIS
DA RESPONSABILIZAÇÃO JUDICIAL
Será criado, no âmbito do Poder Executivo fede-
Art. 18 Na esfera administrativa, a responsabilida-
ral, o CNEP – Cadastro Nacional de Empresas Puni-
de da pessoa jurídica não afasta a possibilidade de
sua responsabilização na esfera judicial.
das –, a fim de dar publicidade às sanções que forem
aplicadas.
Poderão as pessoas jurídicas ser responsabili-
Art. 22 Fica criado no âmbito do Poder Executivo
zadas no âmbito judicial, e não somente no âmbito
federal o Cadastro Nacional de Empresas Punidas
administrativo.
9
- CNEP, que reunirá e dará publicidade às sanções
-3
aplicadas pelos órgãos ou entidades dos Poderes
40
Art. 19 Em razão da prática de atos previstos no Executivo, Legislativo e Judiciário de todas as esfe-
art. 5º desta Lei, a União, os Estados, o Distrito
.5
ras de governo com base nesta Lei.
33
Federal e os Municípios, por meio das respectivas § 1º Os órgãos e entidades referidos no caput deve-
.6
judicial, ou equivalentes, e o Ministério Público, dados relativos às sanções por eles aplicadas.
-0
poderão ajuizar ação com vistas à aplicação das § 2º O Cnep conterá, entre outras, as seguintes
seguintes sanções às pessoas jurídicas infratoras:
os
representem vantagem ou proveito direta ou indi- jurídica ou entidade no Cadastro Nacional da Pes-
Sa
II - suspensão ou interdição parcial de suas III - data de aplicação e data final da vigência do
atividades; efeito limitador ou impeditivo da sanção, quando
ol
ou entidades públicas e de instituições financeiras Acordo de Leniência realizado, bem como após a re-
públicas ou controladas pelo poder público, pelo
au
9
IV - requisição, por meio da autoridade competente,
-3
sobre a regularização administrativa e civil de pessoa
do compartilhamento de informações tributárias
40
jurídica pela prática de atos contra a administração
da pessoa jurídica investigada, conforme previsto
pública, nacional ou estrangeira, de que trata a Lei nº
.5
no inciso II do § 1º do art. 198 da Lei nº 5.172, de 25
33
12.846, de 1º de agosto de 2013, nos moldes do art. 1º. de outubro de 1966 - Código Tributário Nacional;
.6
§ 1º A Lei nº 12.846, de 2013, aplica-se aos atos lesi- investigação e para o processamento dos atos lesi-
vos praticados: vos, inclusive de busca e apreensão, no Brasil ou no
nt
III - no exterior, quando praticados contra a admi- § 4º O prazo para a conclusão da investigação pre-
N
nistração pública nacional. liminar não excederá cento e oitenta dias, admitida
io
§ 2º São passíveis de responsabilização nos termos do a prorrogação, mediante ato da autoridade a que
ric
Ao tomar ciência da possível ocorrência de ato lesi- Art. 4º A competência para a instauração e para
vo à administração pública, o titular da corregedoria o julgamento do PAR é da autoridade máxima da
da entidade decidirá: entidade em face da qual foi praticado o ato lesivo 241
O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para Mauricio Nicoli dos Santos - 000.633.540-39, vedada, por quaisquer meios e a qualquer
título, a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.
ou, em caso de órgão da administração pública § 4º Caso a pessoa jurídica processada não apre-
federal direta, do respectivo Ministro de Estado. sente sua defesa escrita no prazo estabelecido
Parágrafo único. A competência de que tra- no caput, contra ela correrão os demais prazos,
ta o caput será exercida de ofício ou median- independentemente de notificação ou intimação,
te provocação e poderá ser delegada, vedada a podendo intervir em qualquer fase do processo,
subdelegação. sem direito à repetição de qualquer ato processual
Art. 5º No ato de instauração do PAR, a autorida- já praticado.
de designará comissão, composta por dois ou mais
servidores estáveis. Ainda, pelo disposto no art. 7º, as intimações serão
§ 1º Em entidades da administração pública federal feitas por qualquer meio físico ou eletrônico.
cujos quadros funcionais não sejam formados por
servidores estatutários, a comissão a que se refere Art. 7º As intimações serão feitas por qualquer
o caput será composta por dois ou mais emprega- meio físico ou eletrônico que assegure a certeza de
dos permanentes, preferencialmente com, no míni- ciência da pessoa jurídica processada.
mo, três anos de tempo de serviço na entidade. § 1º Os prazos começam a correr a partir da data
§ 2º A comissão a que se refere o caput exercerá da cientificação oficial, excluindo-se da contagem
suas atividades com imparcialidade e observará a o dia do começo e incluindo-se o dia do vencimen-
legislação, os regulamentos e as orientações técni- to, observado o disposto no Capítulo XVI da Lei nº
cas vigentes. 9.784, de 29 de janeiro de 1999.
§ 3º Será assegurado o sigilo do PAR, sempre que
§ 2º Na hipótese prevista no § 4º do art. 6º, dispen-
necessário à elucidação do fato ou quando exigido
sam-se as demais intimações processuais, até que a
pelo interesse da administração pública, garantido
pessoa jurídica interessada se manifeste nos autos.
à pessoa jurídica processada o direito à ampla defe-
§ 3º A pessoa jurídica estrangeira poderá ser notifi-
sa e ao contraditório.
cada e intimada de todos os atos processuais, inde-
pendentemente de procuração ou de disposição
contratual ou estatutária, na pessoa do gerente,
Importante! representante ou administrador de sua filial, agên-
cia, sucursal, estabelecimento ou escritório instala-
Segundo a literalidade do § 4º, o prazo para a do no Brasil.
conclusão dos trabalhos da comissão de PAR
não excederá cento e oitenta dias, admitida a A pessoa jurídica poderá acompanhar o PAR por
prorrogação, mediante solicitação justificada do meio de seus representantes legais ou procuradores.
presidente da comissão à autoridade instaura-
dora, que decidirá de maneira fundamentada. Art. 9º A pessoa jurídica poderá acompanhar o
9
PAR por meio de seus representantes legais ou pro-
-3
curadores, sendo-lhes assegurado amplo acesso
40
Instaurado o PAR, a comissão avaliará os fatos e aos autos.
as circunstâncias conhecidas e indiciará e intimará .5
Parágrafo único. É vedada a retirada de autos
33
a pessoa jurídica processada para, no prazo de trinta físicos da repartição pública, sendo autorizada a
.6
subsidiem a análise da comissão de PAR no que se comissão elaborará relatório a respeito dos fatos apu-
ic
refere aos elementos que atenuam o valor da multa, rados e da eventual responsabilidade administrativa
N
programa de integridade da pessoa jurídica. I - as sanções a serem aplicadas, com a respectiva indi-
§ 2º O ato de indiciação conterá, no mínimo: cação da dosimetria, ou o arquivamento do processo;
I - a descrição clara e objetiva do ato lesivo imputa- II - o encaminhamento do relatório final à autorida-
do à pessoa jurídica, com a descrição das circuns- de competente para instrução de processo adminis-
tâncias relevantes; trativo específico para reparação de danos, quando
II - o apontamento das provas que sustentam o houver indícios de que do ato lesivo tenha resultado
entendimento da comissão pela ocorrência do ato dano ao erário;
lesivo imputado; e III - o encaminhamento do relatório final à Advo-
III - o enquadramento legal do ato lesivo imputado cacia-Geral da União, para ajuizamento da ação de
à pessoa jurídica processada. que trata o art. 19 da Lei nº 12.846, de 2013, com
§ 3º Caso a intimação prevista no caput não tenha sugestão, de acordo com o caso concreto, da apli-
êxito, será feita nova intimação por meio de edital cação das sanções previstas naquele artigo, como
publicado na imprensa oficial e no sítio eletrônico retribuição complementar às do PAR ou para a pre-
do órgão ou da entidade pública responsável pela venção de novos ilícitos;
condução do PAR, hipótese em que o prazo para IV - o encaminhamento do processo ao Ministério
apresentação de defesa escrita será contado a par- Público, nos termos do disposto no art. 15 da Lei nº
242 tir da última data de publicação do edital. 12.846, de 2013; e
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V - as condições necessárias para a concessão da A Controladoria-Geral da União possui, no âmbito
reabilitação, quando cabível. do Poder Executivo Federal, competência:
Concluído o relatório final, a comissão lavrará ata Art. 17 A Controladoria-Geral da União possui, no
de encerramento dos seus trabalhos, que formalizará âmbito do Poder Executivo federal, competência:
sua desconstituição, e encaminhará o PAR à autori- I - concorrente para instaurar e julgar PAR; e
dade instauradora, que determinará a intimação da II - exclusiva para avocar os processos instaurados
pessoa jurídica processada do relatório final para, para exame de sua regularidade ou para lhes corri-
querendo, manifestar-se no prazo máximo de dez gir o andamento, inclusive promovendo a aplicação
dias. Transcorrido o prazo de dez dias, a autoridade da penalidade administrativa cabível.
§ 1º A Controladoria-Geral da União poderá exer-
instauradora determinará à corregedoria da entidade
cer, a qualquer tempo, a competência prevista
ou à unidade competente que analise a regularidade e
no caput, se presentes quaisquer das seguintes
o mérito do PAR (art. 12 e seu parágrafo único). circunstâncias:
Vejamos, ainda, a continuidade do PAR após a aná- I - caracterização de omissão da autoridade origi-
lise da regularidade e mérito a partir do art. 13. nariamente competente;
II - inexistência de condições objetivas para sua
Art. 13 Após a análise de regularidade e mérito, o realização no órgão ou na entidade de origem;
PAR será encaminhado à autoridade competente III - complexidade, repercussão e relevância da
para julgamento, o qual será precedido de manifes- matéria;
tação jurídica, elaborada pelo órgão de assistência IV - valor dos contratos mantidos pela pessoa jurí-
jurídica competente. dica com o órgão ou com a entidade atingida; ou
Parágrafo único. Na hipótese de decisão contrária V - apuração que envolva atos e fatos relacionados
ao relatório da comissão, esta deverá ser funda- com mais de um órgão ou entidade da administra-
mentada com base nas provas produzidas no PAR. ção pública federal.
Art. 14 A decisão administrativa proferida pela § 2º Ficam os órgãos e as entidades da adminis-
autoridade julgadora ao final do PAR será publica- tração pública obrigados a encaminhar à Con-
da no Diário Oficial da União e no sítio eletrônico troladoria-Geral da União todos os documentos e
do órgão ou da entidade pública responsável pelo informações que lhes forem solicitados, incluídos
julgamento do PAR. os autos originais dos processos que eventualmente
Art. 15 Da decisão administrativa sancionadora estejam em curso.
cabe pedido de reconsideração com efeito suspensi- Art. 18 Compete à Controladoria-Geral da União
vo, no prazo de dez dias, contado da data de publi- instaurar, apurar e julgar PAR pela prática de atos
cação da decisão. lesivos a administração pública estrangeira, o qual
9
§ 1º A pessoa jurídica contra a qual foram impos- seguirá, no que couber, o rito procedimental previs-
-3
40
tas sanções no PAR e que não apresentar pedido de to neste Capítulo.
reconsideração deverá cumpri-las no prazo de trin- Parágrafo único. Os órgãos e as entidades da admi-
.5
33
ta dias, contado do fim do prazo para interposição nistração pública federal direta e indireta deverão
do pedido de reconsideração. comunicar à Controladoria-Geral da União os indí-
.6
00
§ 2º A autoridade julgadora terá o prazo de trinta cios da ocorrência de atos lesivos a administração
pública estrangeira, identificados no exercício de
-0
ra, será concedido à pessoa jurídica novo prazo de à comprovação dos fatos, sem prejuízo do envio
Sa
trinta dias para o cumprimento das sanções que lhe de documentação complementar, na hipótese de
foram impostas, contado da data de publicação da novas provas ou informações relevantes, sob pena
os
como atos lesivos na Lei nº 12.846, de 2013, serão As pessoas jurídicas estão sujeitas às seguintes
apurados e julgados conjuntamente, nos mesmos sanções administrativas, nos ditames do art. 19:
au
9
Parágrafo único. A publicação a que se refere
-3
rar para a apuração de ato lesivo específico, quan-
40
o caput será feita a expensas da pessoa jurídica do tal circunstância for relevante;
sancionada.
.5
II - ter cessado completamente seu envolvimento
33
no ato lesivo a partir da data da propositura do
.6
atos lesivos contra a administração pública nacional recer, sob suas expensas e sempre que solicitada,
Sa
ou estrangeira, segundo caput do art. 32, vejamos: aos atos processuais, até o seu encerramento;
V - fornecer informações, documentos e elementos
os
Parágrafo único. O acordo de leniência buscará, mento ilícito direta ou indiretamente obtido da
au
negociação.
administração pública; § 1º Os requisitos de que tratam os incisos III e IV
II - a potencialização da capacidade estatal de recu- do caput serão avaliados em face da boa-fé da pes-
peração de ativos; e soa jurídica proponente em reportar à administra-
III - o fomento da cultura de integridade no setor ção a descrição e a comprovação da integralidade
privado. dos atos ilícitos de que tenha ou venha a ter ciência,
Art. 33 O acordo de leniência será celebrado com desde o momento da propositura do acordo até o
as pessoas jurídicas responsáveis pela prática dos seu total cumprimento.
atos lesivos previstos na Lei nº 12.846, de 2013, e § 2º A parcela incontroversa do dano de que trata
dos ilícitos administrativos previstos na Lei nº o inciso VI do caput corresponde aos valores dos
14.133, de 2021, e em outras normas de licitações danos admitidos pela pessoa jurídica ou àqueles
e contratos, com vistas à isenção ou à atenuação decorrentes de decisão definitiva no âmbito do devi-
das respectivas sanções, desde que colaborem efe- do processo administrativo ou judicial.
tivamente com as investigações e o PAR, devendo § 3º Nas hipóteses em que de determinado ato ilí-
resultar dessa colaboração: cito decorra, simultaneamente, dano ao ente lesado
I - a identificação dos demais envolvidos nos ilíci- e acréscimo patrimonial indevido à pessoa jurídica
244 tos, quando couber; e responsável pela prática do ato, e haja identidade
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entre ambos, os valores a eles correspondentes de leniência, quando decorrer de indícios ou provas
serão: autônomas que sejam obtidos ou levados ao conhe-
I - computados uma única vez para fins de quanti- cimento da autoridade por qualquer outro meio.
ficação do valor a ser adimplido a partir do acordo Art. 44 O acordo de leniência estipulará as condi-
de leniência; e ções para assegurar a efetividade da colaboração e
II - classificados como ressarcimento de danos para o resultado útil do processo e conterá as cláusulas
fins contábeis, orçamentários e de sua destinação e obrigações que, diante das circunstâncias do caso
para o ente lesado. concreto, reputem-se necessárias.
Art. 45 O acordo de leniência conterá, entre outras
A proposta de celebração de acordo de leniência disposições, cláusulas que versem sobre:
deverá ser feita de forma escrita, oportunidade em I - o compromisso de cumprimento dos requisitos
que a pessoa jurídica proponente declarará expressa- previstos nos incisos II a VII do caput do art. 37;
mente que foi orientada a respeito de seus direitos, II - a perda dos benefícios pactuados, em caso de
garantias e deveres legais e de que o não atendimen- descumprimento do acordo;
to às determinações e às solicitações durante a etapa III - a natureza de título executivo extrajudicial do
instrumento do acordo, nos termos do disposto
de negociação importará a desistência da proposta
no inciso II do caput do art. 784 da Lei nº 13.105,
(caput do art. 38).
de 16 de março de 2015 - Código de Processo Civil;
IV - a adoção, a aplicação ou o aperfeiçoamento de
Art. 39 A proposta de celebração de acordo de programa de integridade, conforme os parâmetros
leniência será submetida à análise de juízo de estabelecidos no Capítulo V, bem como o prazo e as
admissibilidade, para verificação da existência condições de monitoramento;
dos elementos mínimos que justifiquem o início da V - o pagamento das multas aplicáveis e da parcela
negociação. a que se refere o inciso VI do caput do art. 37; e
§ 1º Admitida a proposta, será firmado memoran- VI - a possibilidade de utilização da parcela a que se
do de entendimentos com a pessoa jurídica propo- refere o inciso VI do caput do art. 37 para compen-
nente, definindo os parâmetros da negociação do sação com outros valores porventura apurados em
acordo de leniência. outros processos sancionatórios ou de prestação
§ 2º O memorando de entendimentos poderá ser
de contas, quando relativos aos mesmos fatos que
resilido a qualquer momento, a pedido da pessoa
compõem o escopo do acordo.
jurídica proponente ou a critério da administração
pública federal.
DO PROGRAMA DE INTEGRIDADE
§ 3º A assinatura do memorando de entendimentos:
I - interrompe a prescrição; e
II - suspende a prescrição pelo prazo da negocia- O programa de integridade consiste, no âmbito
9
ção, limitado, em qualquer hipótese, a trezentos e de uma pessoa jurídica, no conjunto de mecanismos
-3
e procedimentos internos de integridade, auditoria e
40
sessenta dias.
Art. 40 A critério da Controladoria-Geral da União, incentivo à denúncia de irregularidades e na aplica-
.5
ção efetiva de códigos de ética e de conduta, políticas
33
o PAR instaurado em face de pessoa jurídica que
esteja negociando a celebração de acordo de leniên- e diretrizes, com objetivo de:
.6
00
curso em outros órgãos ou entidades da adminis- cas e os riscos atuais das atividades de cada pessoa
N
9
para:
-3
a) contratação e, conforme o caso, supervisão de III - impedimento de licitar e contratar com a
40
terceiros, tais como fornecedores, prestadores de União, os Estados, o Distrito Federal ou os Municí-
serviço, agentes intermediários, despachantes, con- .5
pios, conforme disposto no art. 7º da Lei nº 10.520,
33
sultores, representantes comerciais e associados; de 17 de julho de 2002, no art. 47 da Lei nº 12.462,
.6
pessoas expostas politicamente, bem como de seus art. 156 da Lei nº 14.133, de 2021;
-0
tência de vulnerabilidades nas pessoas jurídicas contratar com a administração pública, conforme
ol
de 2013.
julho de 1992;
§ 1º Na avaliação dos parâmetros de que trata
M
9
ve sobre a forma de avaliação simplificada no caso
-3
de microempresas e empresas de pequeno porte; e instituição que careça de autorização do BACEN para
40
IV - gestão e registro dos procedimentos e san- funcionar, à exceção das instituições de pagamento,
ções aplicadas em face de pessoas jurídicas e entes .5
que serão objeto de regulamentação própria.
33
privados.
.6
leniência; e
dados e dos sistemas de informação utilizados.
ic
peração de ativos; e
patível com:
io
9
V - as diretrizes para: do caput, devem contemplar procedimentos e contro-
-3
a) a elaboração de cenários de incidentes con- les em níveis de complexidade, abrangência e precisão
40
siderados nos testes de continuidade de negócios; compatíveis com os utilizados pela própria instituição.
b) a definição de procedimentos e de controles
.5
33
voltados à prevenção e ao tratamento dos inci- Seção II — Da Divulgação da Política de Segurança
.6
ção e de avaliação periódica de pessoal; ta nada ter a política se ninguém estiver sabendo. A
ric
b) a prestação de informações a clientes e usuá- divulgação de tais informações devem ser prestadas
au
serviços financeiros; e
c) o comprometimento da alta administração Art. 5º As instituições devem divulgar ao público
com a melhoria contínua dos procedimentos resumo contendo as linhas gerais da política de
relacionados com a segurança cibernética; e segurança cibernética.
VII - as iniciativas para compartilhamento de
informações sobre os incidentes relevantes, Vale lembrar que o público leigo precisa compreen-
mencionados no inciso IV, com as demais insti-
der as políticas da instituição, inclusive para fazer
tuições referidas no art. 1º.
valer seus direitos de consumidor posteriormente.
§ 1º Na definição dos objetivos de segurança ciber-
nética referidos no inciso I do caput, deve ser
contemplada a capacidade da instituição para pre- Seção III — Do Plano de Ação e de Resposta a
venir, detectar e reduzir a vulnerabilidade a inci- Incidentes
dentes relacionados com o ambiente cibernético.
§ 2º Os procedimentos e os controles de que Art. 6º As instituições referidas no art. 1º devem
trata o inciso II do caput devem abranger, no estabelecer plano de ação e de resposta a inci-
mínimo, a autenticação, a criptografia, a pre- dentes visando à implementação da política de
248 venção e a detecção de intrusão, a prevenção segurança cibernética.
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título, a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.
Parágrafo único. O plano mencionado no caput Note que os requisitos mínimos foram menciona-
deve abranger, no mínimo: dos novamente. Eles são de grande relevância para
I - as ações a serem desenvolvidas pela institui- sua prova.
ção para adequar suas estruturas organizacional e
operacional aos princípios e às diretrizes da políti- Art. 9º A política de segurança cibernética refe-
ca de segurança cibernética; rida no art. 2º e o plano de ação e de resposta
II - as rotinas, os procedimentos, os controles a incidentes mencionado no art. 6º devem ser
e as tecnologias a serem utilizados na prevenção aprovados pelo conselho de administração ou,
e na resposta a incidentes, em conformidade com na sua inexistência, pela diretoria da instituição.
as diretrizes da política de segurança cibernética; e
III - a área responsável pelo registro e controle Tome cuidado, o examinador pode querer “brin-
dos efeitos de incidentes relevantes. car” com quem pode aprovar a política de segurança
cibernética e o plano de ação e de resposta a inciden-
Seria muito pretensioso imaginar que a seguran- tes. Quem aprova é o conselho de administração!
ça da informação de uma instituição é intransponí- Apenas se não houver um conselho de administração
é que a aprovação vai para a diretoria da instituição.
vel. Incidentes sempre acontecem e quase nunca são
previsíveis. Por isso, a resolução exige que as insti-
Art. 10 A política de segurança cibernética e o pla-
tuições estejam prontas a agir quando os incidentes no de ação e de resposta a incidentes devem ser docu-
acontecerem. mentados e revisados, no mínimo, anualmente.
Art. 7º As instituições referidas no art. 1º devem Art. 11 As instituições referidas no art. 1º devem
assegurar que suas políticas, estratégias e
designar diretor responsável pela política de segu-
estruturas para gerenciamento de riscos previs-
9
rança cibernética e pela execução do plano de ação
tas na regulamentação em vigor, especificamente
-3
e de resposta a incidentes. no tocante aos critérios de decisão quanto à ter-
40
Parágrafo único. O diretor mencionado no caput ceirização de serviços, contemplem a contrata-
pode desempenhar outras funções na instituição,
.5
ção de serviços relevantes de processamento e
33
desde que não haja conflito de interesses. armazenamento de dados e de computação em
.6
Caso o seu concurso cobre conhecimentos sobre a Art. 12 As instituições mencionadas no art. 1º, pre-
-0
Lei Geral de Proteção de Dados, saiba que esse diretor viamente à contratação de serviços relevantes de
os
é uma obrigatoriedade, mas a função de encarregado computação em nuvem, devem adotar procedi-
Sa
de dados pode ser abrangida por essa. Caso você não mentos que contemplem:
precise estudar a LGPD, não se preocupe, apenas saiba I - a adoção de práticas de governança corpo-
os
que precisa ter um diretor de segurança cibernética. rativa e de gestão proporcionais à relevância do
id
I - a efetividade da implementação das ações descri- ções a serem processados ou armazenados pelo
tas no art. 6º, parágrafo único, inciso I; prestador de serviço;
II - o resumo dos resultados obtidos na implementa- c) a confidencialidade, a integridade, a disponibili-
ção das rotinas, dos procedimentos, dos controles e dade e a recuperação dos dados e das informações
das tecnologias a serem utilizados na prevenção e processados ou armazenados pelo prestador de
na resposta a incidentes descritos no art. 6º, pará- serviço;
grafo único, inciso II; d) a sua aderência a certificações exigidas pela
III - os incidentes relevantes relacionados com o instituição para a prestação do serviço a ser
ambiente cibernético ocorridos no período; e contratado;
IV - os resultados dos testes de continuidade de e) o acesso da instituição contratante aos relatórios
negócios, considerando cenários de indisponibili- elaborados por empresa de auditoria especializada
dade ocasionada por incidentes. independente contratada pelo prestador de serviço,
§ 2º O relatório mencionado no caput deve ser: relativos aos procedimentos e aos controles utiliza-
I - submetido ao comitê de risco, quando existente; e dos na prestação dos serviços a serem contratados;
II - apresentado ao conselho de administração ou, f) o provimento de informações e de recursos de
na sua inexistência, à diretoria da instituição até 31 gestão adequados ao monitoramento dos serviços
de março do ano seguinte ao da data-base. a serem prestados; 249
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título, a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.
g) a identificação e a segregação dos dados dos desatento vai acabar marcando a assertiva errada. É
clientes da instituição por meio de controles físicos a instituição contratante quem responderá se a con-
ou lógicos; e tratada prestar o serviço inadequadamente. Por isso a
h) a qualidade dos controles de acesso voltados à importância de a instituição contratar prestadores de
proteção dos dados e das informações dos clientes serviço idôneos.
da instituição.
§ 1º Na avaliação da relevância do serviço a ser Art. 15 A contratação de serviços relevantes de pro-
contratado, mencionada no inciso I do caput, a cessamento, armazenamento de dados e de computa-
instituição contratante deve considerar a critici- ção em nuvem deve ser comunicada pelas instituições
dade do serviço e a sensibilidade dos dados e das referidas no art. 1º ao Banco Central do Brasil.
informações a serem processados, armazenados § 1º A comunicação mencionada no caput deve con-
e gerenciados pelo contratado, levando em conta, ter as seguintes informações:
inclusive, a classificação realizada nos termos do I - a denominação da empresa contratada;
art. 3º, inciso V, alínea “c”. II - os serviços relevantes contratados; e
§ 2º Os procedimentos de que trata o caput, inclusi- III - a indicação dos países e das regiões em
ve as informações relativas à verificação menciona- cada país onde os serviços poderão ser presta-
da no inciso II, devem ser documentados. dos e os dados poderão ser armazenados, proces-
§ 3º No caso da execução de aplicativos por meio da sados e gerenciados, definida nos termos do inciso
internet, referidos no inciso III do art. 13, a institui- III do art. 16, no caso de contratação no exterior.
ção deve assegurar que o potencial prestador dos § 2º A comunicação de que trata o caput deve ser
serviços adote controles que mitiguem os efeitos de realizada até dez dias após a contratação dos
eventuais vulnerabilidades na liberação de novas serviços.
versões do aplicativo. § 3º As alterações contratuais que impliquem modi-
§ 4º A instituição deve possuir recursos e competên- ficação das informações de que trata o § 1º devem
cias necessários para a adequada gestão dos servi- ser comunicadas ao Banco Central do Brasil até dez
ços a serem contratados, inclusive para análise de dias após a alteração contratual.
informações e uso de recursos providos nos termos
da alínea «f» do inciso II do caput.
Atenção especial aos requisitos mínimos da comu-
nicação de contratação de serviços, previstas no § 1º,
Neste artigo, existem vários requisitos mínimos.
do art. 15. Atente-se, também, ao prazo de 10 dias para
Trata-se de um tópico que pode ser explorado em sua
que a comunicação seja realizada, contados após rea-
prova. Atente-se aos termos da lei.
lizada a contratação dos serviços.
Art. 13 Para os fins do disposto nesta Resolução,
Art. 16 A contratação de serviços relevantes
os serviços de computação em nuvem abrangem
9
de processamento, armazenamento de dados e de
-3
a disponibilidade à instituição contratante, sob
computação em nuvem prestados no exterior deve
40
demanda e de maneira virtual, de ao menos um
observar os seguintes requisitos:
.5
dos seguintes serviços:
I - a existência de convênio para troca de informa-
33
I - processamento de dados, armazenamento de
ções entre o Banco Central do Brasil e as autori-
.6
menos um”, não precisa ser todos. Ou seja, esses servi- § 1º No caso de inexistência de convênio nos ter-
M
9
-3
dados recebidos;
As disposições gerais já começam com os já tão
40
V - o acesso da instituição contratante a:
falados requisitos mínimos, quais sejam, os requisitos
.5
a) informações fornecidas pela empresa contrata-
sobre a continuidade dos negócios nas políticas:
33
da, visando a verificar o cumprimento do disposto
.6
citados no art. 12, inciso II, alínea “f”; I - o tratamento dos incidentes relevantes relacio-
nados com o ambiente cibernético de que trata o
VI - a obrigação de a empresa contratada notificar
os
informações referentes aos serviços prestados, aos restabelecimento da operação normal da institui-
ric
processamentos, às cópias de segurança dos dados III - os cenários de incidentes considerados nos tes-
CONHECIMENTOS BANCÁRIOS
M
e das informações, bem como aos códigos de acesso tes de continuidade de negócios de que trata o art.
aos dados e às informações; 3º, inciso V, alínea “a”.
VIII - a adoção de medidas pela instituição con- Art. 20 Os procedimentos adotados pelas institui-
tratante, em decorrência de determinação do Ban- ções para gerenciamento de riscos previstos na
co Central do Brasil; e regulamentação em vigor devem contemplar, no
IX - a obrigação de a empresa contratada manter tocante à continuidade de negócios:
a instituição contratante permanentemente I - o tratamento previsto para mitigar os efeitos
informada sobre eventuais limitações que pos- dos incidentes relevantes de que trata o inciso IV
sam afetar a prestação dos serviços ou o cumpri- do art. 3º e da interrupção dos serviços relevantes
mento da legislação e da regulamentação em vigor. de processamento, armazenamento de dados e de
Parágrafo único. Os contratos mencionados no computação em nuvem contratados;
caput devem prever, para o caso da decretação de II - o prazo estipulado para reinício ou normaliza-
regime de resolução da instituição contratante pelo ção das suas atividades ou dos serviços relevantes
Banco Central do Brasil: interrompidos, citados no inciso I do caput; e
I - a obrigação de a empresa contratada conce- III - a comunicação tempestiva ao Banco Central
der pleno e irrestrito acesso do responsável pelo do Brasil das ocorrências de incidentes relevantes
e das interrupções dos serviços relevantes citados
regime de resolução aos contratos, aos acordos, à 251
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título, a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.
no inciso I do caput que configurem uma situação IX - a documentação com os critérios que configu-
de crise pela instituição financeira, bem como das rem uma situação de crise de que trata o art. 20,
providências para o reinício das suas atividades. Parágrafo único.
Parágrafo único. As instituições devem estabele-
cer e documentar os critérios que configurem uma Atente-se ao prazo. Prazo sempre é tema quente
situação de crise de que trata o inciso III do caput.
para cair em prova. O examinador coloca a íntegra do
Art. 21 As instituições de que trata o art. 1º devem
instituir mecanismos de acompanhamento e de
artigo, mas muda esses “cinco anos” para “dez anos” e
controle com vistas a assegurar a implementação o candidato poderá ser induzido a erro.
e a efetividade da política de segurança cibernética,
do plano de ação e de resposta a incidentes e dos Art. 24 O Banco Central do Brasil poderá adotar
requisitos para contratação de serviços de proces- as medidas necessárias para cumprimento do
samento e armazenamento de dados e de computa- disposto nesta Resolução, bem como estabelecer:
ção em nuvem, incluindo: I - os requisitos e os procedimentos para o com-
I - a definição de processos, testes e trilhas de partilhamento de informações, nos termos do
auditoria; art. 22;
II - a definição de métricas e indicadores adequa- II - a exigência de certificações e outros requi-
dos; e sitos técnicos a serem requeridos das empresas
III - a identificação e a correção de eventuais contratadas, pela instituição financeira contratan-
deficiências. te, na prestação dos serviços de que trata o art. 12;
§ 1º As notificações recebidas sobre a subcontra- III - os prazos máximos de que trata o art. 20, inciso
tação de serviços relevantes descritas no art. 17, II para reinício ou normalização das atividades ou
inciso VI, devem ser consideradas na definição dos dos serviços relevantes interrompidos; e
mecanismos de que trata o caput. IV - os requisitos técnicos e procedimentos ope-
§ 2º Os mecanismos de que trata o caput devem ser racionais a serem observados pelas institui-
submetidos a testes periódicos pela auditoria inter-
ções para o cumprimento desta Resolução.
na, quando aplicável, compatíveis com os controles
internos da instituição.
Art. 22 Sem prejuízo do dever de sigilo e da livre Esse artigo é muito importante, pois traz ações
concorrência, as instituições mencionadas no art. possíveis a serem realizadas pelo Banco Central do
1º devem desenvolver iniciativas para o comparti- Brasil (BACEN).
lhamento de informações sobre os incidentes rele-
vantes de que trata o art. 3º, inciso IV. Art. 25 As instituições referidas no art. 1º que, em 26
§ 1º O compartilhamento de que trata o caput deve de abril de 2018, já tinham contratado a prestação
abranger informações sobre incidentes relevantes de serviços relevantes de processamento, armazena-
recebidas de empresas prestadoras de serviços a mento de dados e de computação em nuvem devem
terceiros.
9
adequar o contrato para a prestação de tais serviços:
-3
§ 2º As informações compartilhadas devem estar I - ao cumprimento do disposto no art. 16, incisos I, II,
40
disponíveis ao Banco Central do Brasil. IV e § 2º, no caso de serviços prestados no exterior; e
.5
II - ao disposto nos arts. 15, § 1º, e 17.
33
Ou seja, de acordo com o art. 22, é mais importan- Parágrafo único. O prazo previsto para adequação
.6
vulnerável da relação jurídica (sempre o consumidor, De acordo com o art. 25, os contratos anteriores
o trabalhador, o titular de dados etc.). devem ser emendados para se adequarem à nova nor-
nt
Sa
Art. 23 Devem ficar à disposição do Banco Central ou impor restrições para a contratação de servi-
ol
cibernética, de que trata o art. 2º; qualquer tempo, a inobservância do disposto nes-
io
ou, na sua inexistência, da diretoria da instituição, Banco Central do Brasil, estabelecendo prazo para
au
no caso de ser formalizada a opção de que trata o a adequação dos referidos serviços.
art. 2º, § 2º;
M
III - o documento relativo ao plano de ação e de res- Está aí outra ação do BACEN, portanto exige bas-
posta a incidentes, de que trata o art. 6º; tante atenção.
IV - o relatório anual, de que trata o art. 8º; De resto, a lei tem só mais dois artigos, sendo que o
V - a documentação sobre os procedimentos de que art. 27 fala das resoluções que ficaram revogadas por
trata o art. 12, § 2º; esta e o art. 28 fala a data de entrada em vigor da reso-
VI - a documentação de que trata o art. 16, § 3º, no
lução em comento (01/07/2021):
caso de serviços prestados no exterior;
VII - os contratos de que trata o art. 17, contado
Art. 27 Ficam revogadas:
o prazo referido no caput a partir da extinção do
I - a Resolução nº 4.658, de 26 de abril de 2018; e
contrato;
II - a Resolução nº 4.752, de 26 de setembro de 2019.
VIII - os dados, os registros e as informações relati-
Art. 28 Esta Resolução entra em vigor em 1º de
vas aos mecanismos de acompanhamento e de con-
julho de 2021.
trole de que trata o art. 21, contado o prazo referido
no caput a partir da implementação dos citados
mecanismos; e
252
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5. (CESGRANRIO — 2022) Cabe ao Conselho Monetário
HORA DE PRATICAR! Nacional
1. (CESGRANRIO — 2021) A Resolução CMN no 4.893, a) formular a política da moeda e do crédito, com o obje-
de 26 de fevereiro de 2021, dispõe sobre a política de tivo de manter a estabilidade da moeda e o desenvol-
segurança cibernética e sobre os requisitos para a vimento econômico e social do país.
contratação de serviços de processamento e arma- b) fiscalizar, normatizar, disciplinar e desenvolver o mer-
zenamento de dados e de computação em nuvem, a cado de valores mobiliários no Brasil.
serem observados pelas instituições autorizadas a c) garantir a estabilidade do poder de compra da moe-
funcionar pelo Banco Central do Brasil. da, zelar por um sistema financeiro sólido, eficiente
Essa Resolução determina que a política de segurança e competitivo e executar a política monetária com o
cibernética e o plano de ação e de resposta a inciden- objetivo de manter a inflação na meta.
tes devem ser, no mínimo, documentados e revisados d) intermediar e custodiar o dinheiro entre poupadores e
aqueles que precisam de empréstimos, além de pro-
a) trimestralmente videnciar serviços financeiros para os clientes, como
b) semestralmente saques, empréstimos, investimentos, entre outros.
c) anualmente e) atuar nos mercados financeiro, cambial e de capitais,
d) bienalmente intermediando a negociação de títulos e valores mobi-
e) trienalmente liários entre investidores e tomadores de recursos.
2. (CESGRANRIO — 2021) Sr. W é gerente de área do Banco 6. (CESGRANRIO — 2021) A pandemia do coronavírus,
B, tendo-se especializado no setor de mercado de capi- declarada em março de 2020, alterou significativa-
tais e atuado no lançamento de diversas ações na Bol- mente as relações sociais e econômicas ao redor do
sa de Valores, sempre conseguindo bater suas metas, globo. Em resposta, autoridades mundiais atuaram
diante da quantidade de clientes abonados e afetos ao tempestivamente, recorrendo a instrumentos monetá-
risco, que sua carteira possui. Sua área também atinge rios para dinamizar a economia, associando estímulo
as operações diárias com o oferecimento de consulto- monetário com controle inflacionário.
ria e aplicações. Um dos seus clientes, atuando direta-
mente na Bolsa, sem sua intermediação, obtém ganho Com essa finalidade, no Brasil, em agosto de 2020, o
expressivo em única operação, o que gerou a abertura Banco Central do Brasil (Bacen) anunciou a utilização
de inquérito administrativo pela Comissão de Valores de um instrumento denominado
Mobiliários. Por força de relações pessoais, o respon-
sável pelo inquérito solicita ao gerente W cópias das a) Teto dos gastos
9
movimentações financeiras do investigado. b) Isenção tributária
-3
40
c) Dominância fiscal
Nos Termos da Lei Complementar nº 105/2001, a d) Foward guidance
.5
33
Comissão de Valores Mobiliários e) Quantitative easing
.6
00
a) pode quebrar o sigilo bancário do aplicador em ações 7. (CESGRANRIO — 2022) O trecho seguinte alude a
-0
c) deve solicitar, à autoridade judiciária competente, o seu âmbito. Ele é o mercado de dívida pública brasilei-
os
d) deve oficiar ao Banco Central para compartilhar as realizando a política monetária, quanto o Tesouro, res-
informações bancárias do investigado. ponsável pela gestão da dívida pública e financiamen-
ol
ic
9
a) volume de fundos disponíveis para as empresas e 13. (CESGRANRIO — 2022) O mercado de câmbio brasi-
-3
leiro registrou, no fechamento do dia 09/12/2021, as
40
para os governos.
b) balanço de pagamentos e o crescimento econômico seguintes cotações de venda do Euro (€), medidas,
.5
33
dos países. respectivamente, em Dólares (US$) e em Reais (R$):
.6
11. (CESGRANRIO — 2021) Essencialmente, o mercado As taxas de câmbio cruzadas indicam que a cotação
nt
de capitais canaliza a poupança da sociedade para de venda do Dólar, medida em Reais, naquele mesmo
Sa
e) 1 US$ = R$0,1799
ric
capitais cumpre aquelas que são suas quatro principais 14. (CESGRANRIO — 2018) Existe uma modalidade de
M
254
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15. (CESGRANRIO — 2018) As sucessivas reduções na 18. (CESGRANRIO — 2021) Ao realizar a matrícula do seu
taxa básica de juros, a Selic, impactam a decisão dos curso, o estudante preencheu uma ficha cadastral
investidores com relação à poupança. Sobre as cader- com os seguintes dados: nome, endereço, telefone,
netas de poupança tem-se que religião, estado civil, raça, nome dos pais, número de
filhos e sindicato ao qual era filiado.
a) têm a remuneração composta pela Taxa Referencial e
por uma remuneração adicional de 0,5% ao mês, se a Segundo a Lei Geral de Proteção de Dados (LGPD), con-
Selic for maior que 8,5%. sideram- se sensíveis os seguintes dados solicitados:
b) têm a remuneração creditada no último dia útil de
cada mês. a) religião, raça e filiação a sindicato
c) têm incidência do Imposto de Renda. b) religião, estado civil e filiação a sindicato
d) são passíveis de cobrança de taxas administrativas. c) religião, estado civil e raça
e) não são garantidas pelo FGC. d) número de filhos, raça e religião
e) número de filhos, raça e estado civil
16. (CESGRANRIO — 2018) Em virtude das peculiaridades
das atividades agropecuárias, a maior parte dos países 19.
(CESGRANRIO — 2021) Uma administradora de
disponibiliza um adequado sistema de financiamento empresas é responsável por organizar os formulários
aos produtores, abarcando linhas de crédito ao inves- utilizados pela instituição financeira onde atua. Ao
timento, à produção e à comercialização dos produtos criar novo formulário para seguir comandos legais,
do setor. O Banco do Brasil, particularmente, oferece depara-se com novos conceitos de dados pessoais
diversas linhas de crédito adequadas às necessidades que devem ser aplicados.
dos produtores rurais. Associe as linhas de financia-
mento disponibilizadas pelo Banco do Brasil aos seus Sendo assim, ela precisa saber que, nos termos da Lei
objetivos e características principais, apresentados a no 13.709/2018, dados pessoais sensíveis estão rela-
seguir. cionados a
P. Crédito destinado à aquisição de produtos agropecuá- 20. (CESGRANRIO — 2022) Uma pessoa é submetida a
9
rios diretamente de produtores rurais, suas associa-
-3
processo criminal, acusada de realizar atos de lava-
ções ou cooperativas de produção agropecuária.
40
gem de dinheiro. Nos termos da Lei nº 9.613/1998, a
Q. Crédito para financiamento de inovações tecnológicas
.5
pena será aumentada de um a dois terços se os cri-
33
nas propriedades rurais. mes forem cometidos de forma
R. Crédito destinado à cobertura das despesas do dia a
.6
00
a) I – P ; II – T ; III – R ; IV – S
ol
ic
b) I – R ; II – T ; III – S ; IV – P 1 C
N
c) I – S ; II – T ; III – P ; IV – R
io
d) I – R ; II – T ; III – P ; IV – S 2 C
ric
e) I – R ; II – Q ; III – P ; IV – S
3 A
au
CONHECIMENTOS BANCÁRIOS
M
12 D
255
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13 C
14 D
15 A
16 D
17 D
18 A
19 B
20 E
ANOTAÇÕES
9
-3
40
.5
33
.6
00
-0
os
nt
Sa
os
id
ol
ic
N
io
ric
au
M
256
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z Microsoft Edge: navegador de Internet padrão do
Windows 10. Ele está configurado com o buscador
padrão Microsoft Bing, mas pode ser alterado;
z Microsoft Loja: loja de app’s para o usuário baixar
CONHECIMENTOS DE
novos aplicativos para Windows;
z Windows Mail: aplicativo para correio eletrôni-
co, que carrega as mensagens da conta Microsoft
INFORMÁTICA e pode se tornar um hub de e-mails com adição de
outras contas;
z Barra de Acesso Rápido: ícones fixados de pro-
gramas para acessar rapidamente;
z Fixar itens: em cada ícone, ao clicar com o botão
NOÇÕES DE SISTEMAS OPERACIONAIS direito (secundário) do mouse, será mostrado o
– WINDOWS 10 (32-64 BITS) menu rápido, que permite fixar arquivos abertos
recentemente e fixar o ícone do programa na bar-
O sistema operacional Windows foi desenvolvido ra de acesso rápido;
pela Microsoft para computadores pessoais (PC) em z Central de Ações: centraliza as mensagens de segu-
meados dos anos 80, oferecendo uma interface gráfi- rança e manutenção do Windows, como as atuali-
ca baseada em janelas, com suporte para apontadores zações do sistema operacional. Atalho de teclado:
como mouses, touch pad (área de toque nos portáteis), Windows+A (Action). A Central de Ações não precisa
canetas e mesas digitalizadoras. ser carregada pelo usuário, ela é carregada automa-
Atualmente, o Windows é oferecido na versão 10, ticamente quando o Windows é inicializado;
que possui suporte para os dispositivos apontadores z Mostrar área de trabalho: visualizar rapidamen-
tradicionais, além de tela touch screen e câmera (para te a área de trabalho, ocultando as janelas que
acompanhar o movimento do usuário, como no siste- estejam em primeiro plano. Atalho de teclado:
ma Kinect do videogame Xbox). Windows+D (Desktop);
Em concursos públicos, as novas tecnologias e z Bloquear o computador: com o atalho de tecla-
suportes avançados são raramente questionados. As do Windows+L (Lock), o usuário pode bloquear o
questões aplicadas nas provas envolvem os conceitos computador. Poderá bloquear pelo menu de con-
básicos e o modo de operação do sistema operacional em trole de sessão, acionado pelo atalho de teclado
um dispositivo computacional padrão (ou tradicional). Ctrl+Alt+Del;
O sistema operacional Windows é um software pro- z Gerenciador de Tarefas: para controlar os aplica-
prietário, ou seja, não tem o núcleo (kernel) disponível e o tivos, processos e serviços em execução. Atalho de
9
-3
usuário precisa adquirir uma licença de uso da Microsoft. teclado: Ctrl+Shift+Esc;
40
O Windows 10 apresenta algumas novidades em z Minimizar todas as janelas: com o atalho de
.5
relação às versões anteriores, como assistente virtual, teclado Windows+M (Minimize), o usuário pode
33
navegador de Internet, locais que centralizam infor- minimizar todas as janelas abertas, visualizando
.6
z Botão Iniciar: permite acesso aos aplicativos instala- sistema de proteção BitLocker, que criptografa os
dos no computador, com os itens recentes no início da dados de uma unidade de disco, protegendo contra
os
lista e os demais itens classificados em ordem alfabé- acessos indevidos. Para uso no computador, uma
nt
tica. Combina os blocos dinâmicos e estáticos do Win- chave será gravada em um pendrive, e para aces-
Sa
dows 8 com a lista de programas do Windows 7; sar o Windows, ele deverá estar conectado;
os
z Pesquisar: com novo atalho de teclado, a opção z Windows Hello: sistema de reconhecimento facial
id
pesquisar permite localizar, a partir da digitação ou biometria, para acesso ao computador sem a
necessidade de uso de senha;
ol
Internet. Para facilitar a ação, tem-se o seguinte z Windows Defender: aplicação que integra recur-
N
atalho de teclado: Windows+S (Search); sos de segurança digital, como o firewall, antivírus
io
texto, sempre.
Pasta com Pasta sem Pasta vazia Ainda não temos discos com capacidade na ordem
subpasta subpasta de Petabytes (PB – quatrilhão de bytes) vendidos
comercialmente, mas quem sabe um dia... Hoje estas
O sistema de arquivos NTFS (New Technology File medidas muito altas são usadas para identificar gran-
System) armazena os dados dos arquivos em locali- des volumes de dados na nuvem, em servidores de
zações dos discos de armazenamento. Por sua vez, os redes, em empresas de dados etc.
arquivos possuem nome e podem ter extensões. Vamos falar um pouco sobre Bytes: 1 Byte repre-
O sistema de arquivos NFTS suporta unidades de senta uma letra, ou número, ou símbolo. Ele é forma-
armazenamento de até 256 TB (terabytes, trilhões de do por 8 bits, que são sinais elétricos (que vale zero
bytes) ou um). Os dispositivos eletrônicos utilizam o sistema
O FAT32 suporta unidades de até 2 TB. binário para representação de informações.
Antes de prosseguir, vamos conhecer estes conceitos. A palavra “Nova”, quando armazenada no disposi-
tivo, ocupará 4 bytes. São 32 bits de informação grava-
da na memória.
TERMO SIGNIFICADO OU APLICAÇÃO
A palavra “Concursos”, ocupará 9 bytes, que são 72
Unidade de disco de armazena- bits de informação.
Disco de mento permanente, que possui um Os bits e bytes estão presentes em diversos momen-
armazenamento sistema de arquivos e mantém os tos do cotidiano. Um plano de dados de celular ofere-
dados gravados ce um pacote de 5 GB, ou seja, poderá transferir até
5 bilhões de bytes no período contratado. A conexão
Estruturas lógicas que endereçam Wi-Fi de sua residência está operando em 150 Mbps,
as partes físicas do disco de arma- ou 150 megabits por segundo, que são 18,75 MB por
Sistema de
zenamento. NTFS, FAT32, FAT são segundo, e um arquivo com 75 MB de tamanho leva-
Arquivos
alguns exemplos de sistemas de rá 4 segundos para ser transferido do seu dispositivo
arquivos do Windows para o roteador wireless.
9
-3
Circunferência do disco físico
40
Trilhas (como um hard disk HD ou unidades
removíveis ópticas)
Importante!
.5
33
O tamanho dos arquivos no Windows 10 é exi-
.6
Clusters disco, identificado pela trilha e setor Arquivos. Poderão ter as unidades KB, MB, GB,
nt
de armazenamento.
Estrutura lógica do sistema de ar-
os
Pastas ou
quivos para organização dos dados
id
diretórios
na unidade de disco Quando os computadores pessoais foram apresen-
ol
z Drivers
com o hardware.
9
-3
O Windows 10 usa o Explorador de Arquivos (que Figura 1. Imagem da área de trabalho do Windows 10.
40
antes era Windows Explorer) para o gerenciamento
de pastas e arquivos. Ele é usado para as operações de
.5
Na área de trabalho podemos encontrar Ícones
33
manipulação de informações no computador, desde o e estes podem ser ocultados se o usuário escolher
.6
seta no canto inferior esquerdo, e podem apontar para tir da Windows Store (loja de aplicativos da Microsoft)
um arquivo, pasta ou unidade de disco. Os atalhos são etc.
independentes dos objetos que os referenciam, por- Ao lado do botão Iniciar encontramos a caixa de
tanto, se forem excluídos, não afetam o arquivo, pasta pesquisas (Cortana). Com ela, poderemos digitar ou
ou unidade de disco que estão apontando. ditar o nome do recurso que estamos querendo exe-
Podemos criar um atalho de várias formas diferentes: cutar e o Windows 10 apresentará a lista de opções
semelhantes na área de trabalho e a possibilidade de
z Arrastar um item segurando a tecla Alt no teclado, buscar na Internet. Além da digitação, podemos falar
e ao soltar, o atalho é criado; o que estamos querendo procurar, clicando no micro-
z No menu de contexto (botão direito) escolha fone no canto direito da caixa de pesquisa.
“Enviar para... Área de Trabalho (criar atalho); A seguir, temos o item Visão de Tarefas sendo uma
z Um atalho para uma pasta cujo conteúdo está sen- novidade do Windows 10, que permite visualizar os
do exibido no Explorador de Arquivos pode ser diferentes aplicativos abertos (como o atalho de tecla-
criado na área de trabalho arrastando o ícone da do Alt+Tab clássico) e alternar para outra Área de
pasta, mostrado na barra de endereços e soltando- Trabalho. O atalho de teclado para Visão de Tarefas é
-o na área de trabalho. Windows+Tab. 259
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título, a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.
Enquanto no Windows 7 só temos uma Área de Aplicativo que está em execução 1 vez possui um
Trabalho, o Windows 10 permite trabalhar com várias pequeno traço azul abaixo do ícone.
áreas de trabalho independentes, onde os programas
abertos em uma não interfere com os programas
abertos em outra.
A seguir, a tradicional Barra de Acesso Rápido, que
organiza os aplicativos mais utilizados pelo usuário,
permitindo o acesso rápido, tanto por clique no mou- Aplicativo que está em execução mais de 1 vez pos-
se, como por atalhos (Windows+1 para o primeiro, sui um pequeno traço segmentado azul no ícone.
Windows+2 para o segundo programa etc.) e também
pelas funcionalidades do Aero (como o Aero Peek, que
mostrará miniaturas do que está em execução, e con-
sequente transparência das janelas).
A Área de Notificação mostrará a data, hora, men-
sagens da Central de Ações (de segurança e manuten-
ção), processos em execução (aplicativos de segundo
plano) etc. Atalho de teclado: Windows+B.
Por sua vez, em “Mostrar Área de Trabalho”, o
atalho de teclado Windows+D mostrará a área de tra-
balho ao primeiro clique e mostrará o programa que
estava em execução ao segundo clique. Se a opção 1 +1 não está em
“Usar Espiar para visualizar a área de trabalho ao execução execução execução
posicionar o ponteiro do mouse no botão Mostrar
Área de Trabalho na extremidade da barra de tarefas”
estiver ativado nas Configurações da Barra de Tare- ÁREA DE TRANSFERÊNCIA
fas, não será necessário clicar. Bastará apontar para
visualizar a Área de Trabalho. Um dos itens mais importantes do Windows não é
Uma novidade do Windows 10 foi a incorporação visível como um ícone ou programa. A Área de Trans-
dos Blocos Dinâmicos (que antes estavam na interface ferência é um espaço da memória RAM, que armazena
Metro do Windows 8 e 8.1) no menu Iniciar. Os blocos uma informação de cada vez. A informação armaze-
são os aplicativos fixados no menu Iniciar. Se quiser nada poderá ser inserida em outro local, e ela acaba
ativar ou desativar, pressione e segure o aplicativo trabalhando em praticamente todas as operações de
(ou clique com o botão direito do mouse) que mostra o manipulação de pastas e arquivos.
9
No Windows 10, se quiser visualizar o conteúdo
-3
bloco dinâmico e selecione Ativar bloco dinâmico ou
da Área de Transferência, acione o atalho de teclado
40
Desativar bloco dinâmico.
Windows+V (View).
.5
Ao acionar o atalho de teclado Ctrl+C (Copiar),
33
Navegador padrão do
Atalhos
Windows 10 estamos copiando o item para a memória RAM, para
.6
Itens Excluídos
00
Arquivos
de Transferência, para ser inserida em outro local,
Sa
Dica
Mostrar área de trabalho agora está no canto infe-
rior direito, ao lado do relógio, na área de notifica- As três teclas de atalhos mais questionadas em
ção da Barra de Tarefas. O atalho continua o mesmo: questões do Windows são Ctrl+X, Ctrl+C e Ctrl+V,
Win+D (Desktop) que acionam os recursos da Área de Transferência.
9
mesmo local, um sufixo numérico
F2
-3
vos e pastas podem ser compostos por qualquer será adicionado para diferenciar
40
caractere disponível no teclado, exceto os carac- os itens. Não é permitido reno-
teres * (asterisco, usado em buscas), ? (interroga-
.5
mear um item que esteja aberto
33
ção, usado em buscas), / (barra normal, significa na memória do computador
.6
fica direcionador de entrada) e > (sinal de maior, Um dos itens mais questionados em concursos
nt
z Existem termos que não podem ser usados, como itens que foram excluídos de discos rígidos locais,
os
CON (console, significa teclado), PRN (printer, sig- internos ou externos conectados na CPU.
id
nifica impressora) e AUX (indica um auxiliar), por Ao pressionar o atalho de teclado Ctrl+D, ou a
tecla Delete (DEL), o item é removido do local original
ol
enviar para a impressora um texto através da linha Quando o item está na Lixeira, o usuário pode
io
de comandos, usamos TYPE TEXTO.TXT > PRN). escolher a opção Restaurar, para retornar ele para o
CONHECIMENTOS DE INFORMÁTICA
ric
Entre os caracteres proibidos, o asterisco é o mais suas pastas e subpastas foram removidas, a Lixeira
M
conhecido. Ele pode ser usado para substituir de zero recupera o caminho e restaura o item.
à N caracteres em uma pesquisa, tanto no Windows Os itens armazenados na Lixeira poderão ser excluí-
como nos sites de busca na Internet. dos definitivamente, escolhendo a opção “Esvaziar Lixei-
As ações realizadas pelos usuários em relação à ra” no menu de contexto ou faixa de opções da Lixeira.
manipulação de arquivos e pastas pode estar condi- Quando acionamos o atalho de teclado Shift+De-
cionada ao local onde ela é efetuada, ou ao local de lete, o item será excluído definitivamente. Pelo Win-
origem e destino da ação. Portanto, é importante veri- dows, itens excluídos definitivamente ou apagados
ficar no enunciado da questão, geralmente no texto após esvaziar a Lixeira não poderão ser recuperados.
associado, estes detalhes que determinarão o resulta- É possível recuperar com programas de terceiros, mas
do da operação. isto não é considerado no concurso, que segue a con-
As operações podem ser realizadas com atalhos figuração padrão.
de teclado, com o mouse, ou com a combinação de Os itens que estão na Lixeira podem ser arrastados
ambos. As bancas organizadoras costumam questio- com o mouse para fora dela, restaurando o item para
nar ações práticas nas provas e, na maioria das vezes o local onde o usuário liberar o botão do mouse.
utilizam imagens nas questões. A Lixeira do Windows tem o seu tamanho definido em
10% do disco rígido ou 50 GB. O usuário poderá alterar 261
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título, a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.
o tamanho máximo reservado para a Lixeira, poderá Extensões de Arquivos
desativar ela excluindo os itens diretamente e configurar
Lixeiras individuais para cada disco conectado. O Windows 10 apresenta ícones que representam
arquivos, de acordo com a sua extensão. A extensão
caracteriza o tipo de informação que o arquivo arma-
OPERAÇÕES COM MOUSE zena. Quando um arquivo é salvo, uma extensão é
RESULTADO DA atribuída para ele, de acordo com o programa que o
AÇÃO DO USUÁRIO
OPERAÇÃO criou. É possível alterar esta extensão, porém corre-
Clique simples no botão mos o risco de perder o acesso ao arquivo, que não
Selecionar o item será mais reconhecido diretamente pelas configura-
principal
ções definidas em Programas Padrão do Windows.
Clique simples no botão Exibir o menu de contexto do
secundário item
Executar o item, se for exe- Importante!
cutável. Abrir o item, se for
editável, com o programa pa- Existem arquivos sem extensão, como itens do
Duplo clique drão que está associado. Nos sistema operacional. Ela é opcional e procura
programas do computador, associar o arquivo com um programa para visua-
poderá abrir um item através lização ou edição. Se o arquivo não possui exten-
da opção correspondente
são, o usuário não conseguirá executar ele, por
Renomear o item. Se o nome se tratar de conteúdo de uso interno do sistema
já existe em outro item, será operacional (que não deve ser manipulado).
Duplo clique pausado
sugerido numerar o item re-
nomeado com um sufixo
Arrastar com botão principal Confira na tabela a seguir algumas das extensões e
pressionado e soltar na mes- O item será movido ícones mais comuns em provas de concursos.
ma unidade de disco
Arrastar com botão principal EXTENSÃO ÍCONE FORMATO
pressionado e soltar em ou- O item será copiado Adobe Acrobat. Pode ser criado e
tra unidade de disco editado pelos aplicativos Office.
Formato de documento portável
Arrastar com botão secun- Exibe o menu de contexto, PDF
(Portable Document Format) que
dário do mouse pressionado podendo “Copiar aqui” (no
poderá ser visualizado em várias
e soltar na mesma unidade local onde soltar)
9
plataformas
-3
Arrastar com botão secun- Documento de textos do Microsoft
40
Exibe o menu de contexto, po-
dário do mouse pressionado Word. Textos com formatação que
dendo “Copiar aqui” (no local
e soltar em outra unidade de DOCX
.5
podem ser editados pelo LibreOffice
33
onde soltar) ou “Mover aqui”
disco Writer
.6
00
calc
nt
PPTX
editada pelo LibreOffice Impress
O item será copiado, quando
id
262
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título, a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.
EXTENSÃO ÍCONE FORMATO Modos de Exibição do Windows 10
9
-3
ma padrão. Alterando esta configuração, o arquivo disciplina no computador ajuda na memorização dos
40
será visualizado e editado por outro programa de recursos.
escolha do usuário.
.5
33
2. Barra ou linha de título
As Configurações do Windows e dos programas
.6
intuitivo.
ic
Por meio do ícone Rede e Internet do Windows 10, 1. Barra de menus: são apresentados os menus com
au
acessado pela opção Configurações, localizada na lista os respectivos serviços que podem ser executados
no aplicativo;
M
9
-3
Compartilhar e Exibir. (dispositivos), permite alterar o comportamento do
40
sistema operacional, personalizando a experiência no
.5
Windows 7. No Windows 10 o Painel de Controle cha-
33
ma-se Configurações, e pode ser acessado pelo atalho
.6
clicado, uma janela diferente será mostrada. são de medidas. Temos também o Notas Autoadesivas
id
As opções exibidas no menu de contexto contêm (como pequenos post its na tela do computador).
ol
as ações permitidas para o item clicado naquele local. Outros acessórios são o WordPad (para edição
ic
Através do menu de contexto da área de trabalho, de documentos com alguma formatação), Bloco de
N
podemos criar nova pasta (Ctrl+Shift+N), novo Atalho, Notas (para edição de arquivos de textos), MSPaint
io
ou novos arquivos (Imagem de bitmap [BMP Paint], (para edição de imagens) e Visualizador de Imagens
ric
Documento do Microsoft Word [DOCX Microsoft (que permite ver uma imagem e chamar o editor
au
to de Texto [TXT Bloco de Notas], Planilha do Micro- E finalmente, as ferramentas do sistema. Desfrag-
soft Excel [XLSX Microsoft Excel], Pasta Compactada mentar e Otimizar Unidades1 (antigo Desfragmenta-
[extensão ZIP], entre outros). dor de Discos, para organizar clusters2), Verificação de
Erros (para procurar por erros de alocação), Backup
Dica do Windows (para cópia de segurança dos dados do
usuário) e Limpeza de Disco (para liberar espaço livre
Arquivos de imagens são editados pelo acessó- no disco).
rio do Windows Microsoft Paint, que no Windo-
ws 10 oferece a versão Paint 3D.
Desfragmentar e Otimizar Unidades
Cada item (pasta ou arquivo) armazena uma
Aplicativo da área de trabalho
série de informações relacionadas a si próprio. Estas
1 Em cada local do Windows, o item poderá ter um nome diferente. “Desfragmentar e Otimizar Unidades” é o nome do recurso. “Otimizar e
desfragmentar unidade” é o nome da opção.
264 2 Unidades de alocação. Quando uma informação é gravada no disco, ela é armazenada em um espaço chamado cluster.
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Otimizar e desfragmentar unidade
A otimização das unidades do computador pode
ajudá-lo a funcionar com mais eficiência.
Otimizar
Firewall do Windows
Painel de controle
WINDOWS 10 O QUE
Win+S Pesquisar
9
-3
40
Home, Pro, Enterprise, Education. Edições do Windows
.5
Integração com Xbox, modo multiplayer gratuito, streaming de jogos do Xbox
33
Xbox (Games, músicas = Groove)
One
.6
00
Fixar aplicativos
Blocos Dinâmicos
os
Windows Hello Autenticação biométrica permite logar no sistema sem precisar de senhas
id
ol
rador de Arquivos
N
io
Desktops virtuais O recurso permite visualizar dados de vários computadores em uma única tela
O modo tablet deixa o Windows mais fácil e intuitivo de usar com touch em
Modo tablet
dispositivos tipo conversíveis
265
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WINDOWS 10 O QUE
Compartilhar Wi-Fi Compartilhar sua rede Wi-Fi com os amigos sem revelar a senha
Complemento para Telefone Sincronizar dados entre seu PC e smartphone ou tablete, seja iOs ou Android.
Quando você clica duas vezes em um arquivo, como por exemplo, uma imagem ou documento, o arquivo
é aberto no programa que está definido como o “programa padrão” para esse tipo de arquivo no Windows 10.
Porém, se você gosta de usar outro programa para abrir o arquivo, você pode defini-lo como padrão. Disponível
em Configurações, Sistema, Aplicativos Padrão.
9
-3
40
.5
33
.6
00
-0
os
nt
Sa
os
O Bloco de Notas (notepad.exe): é um acessório do Windows para edição de arquivos de texto sem formatação,
id
O WordPad (wordpad.exe) é um acessório do Windows para edição de arquivos de texto com alguma formata-
ção, com extensão RTF e DOCX.
O WordPad se assemelha ao Microsoft Word, com recursos simplificados.
266
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título, a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.
O Paint (mspaint.exe) é o acessório do Windows para edição de imagens BMP, GIF, JPG, PNG e TIF.
A Ferramenta de Captura é um aplicativo da área de trabalho do Windows 10, que permite copiar parte de
alguma tela em exibição.
9
-3
40
.5
33
.6
00
-0
Notas Autoadesivas (que agora se chama Stick Notes) é um aplicativo do Windows 10, que permite a inserção
de pequenas notas de texto na área de trabalho do Windows, como recados do tipo Post-It.
os
As Anotações podem ser vinculadas ao Microsoft Bing e assistente virtual Cortana. Assim, ao anotar um ende-
nt
reço, o mapa é exibido. Ao anotar um número de voo, as informações serão mostradas sobre a partida.
Sa
O aplicativo “Filmes e TV” pode ser usado para visualização de vídeos, assim como o “Windows Media Player”.
os
O Microsoft Edge é o navegador de Internet padrão do Windows 10 . Podemos usar outros navegadores, como
o Internet Explorer 11 , Mozilla Firefox , Google Chrome , Apple Safari, Opera Browser, etc.
ol
ic
O Windows Update (verificar se há atualizações) é o recurso do Windows para manter ele sempre atualizado.
N
CONHECIMENTOS DE INFORMÁTICA
ric
au
M
267
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título, a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.
INTERAÇÃO COM O CONJUNTO DE APLICATIVOS
ATALHO AÇÃO
MS-OFFICE 2010
Volta para a pasta anterior, que
z Os documentos de texto produzidos pelo Microsoft Backspace estava sendo exibida no Explorador
Word 2010 possuem a extensão DOCX; de Arquivos
z Os documentos de texto habilitados para macros3,
possuem a extensão DOCM; Ctrl+A Selecionar tudo
z Um modelo4 de documento é um arquivo que pode
Copia o item (os itens) para a Área
ser usado para criar novos arquivos a partir de uma Ctrl+C
de Transferência
formatação preestabelecida. A extensão é DOTX;
z Um modelo de documento habilitado para macros Ctrl+Esc Botão Início
contém além da formatação básica para criação de
outros documentos, comandos programados para Ctrl+E / Ctrl+F Pesquisar
automatização de tarefas. A extensão é DOTM;
z As pastas de trabalho produzidas pelo Microsoft Ctrl+Shift+Esc Gerenciador de Tarefas
Excel 2010 possuem a extensão XLSX; Cola o item (os itens) da Área de
z As pastas de trabalho habilitadas para macros pos- Ctrl+V
Transferência no local do cursor
suem a extensão XLSM;
z As pastas de trabalho do tipo modelo, possuem a Move o item (os itens) para a Área
Ctrl+X
extensão XLTX; de Transferência
z As pastas de trabalho do tipo modelo habilitadas
para macros possuem a extensão XLTM; Ctrl+Y Refazer
z O arquivo do Excel que contém os dados de uma Desfaz a última ação. Se acabou
planilha que não foi salva, que pode ser recupera- de renomear um arquivo, ele volta
da pelo usuário, possui a extensão XLSB (binário); ao nome original. Se acabou de
z O arquivo com extensão CSV (Comma Separated Ctrl+Z
apagar um arquivo, ele restaura
Values) contém textos separados por vírgula, que
para o local onde estava antes de
podem ser importados pelo Excel, podem ser usa-
ser deletado
dos em mala direta do Word, incorporados a um
banco de dados, etc.; Move o item para a Lixeira do
z Um arquivo com a extensão. contact é um contato, Del
Windows
que pode ser usado no Outlook 2016;
z Arquivos compactados com extensão ZIP podem F1 Exibe a ajuda
armazenar outros arquivos e pastas;
F11 Tela Inteira
9
z Os arquivos compactados podem ser criados
-3
pelo menu de contexto, opção Enviar para, Pasta Renomear, trocar o nome: dois
40
Compactada; arquivos com mesmo nome e
z Os arquivos de Internet, como páginas salvas, rece- .5
mesma extensão não podem estar
33
bem a extensão HTML e uma pasta será criada na mesma pasta, se já existir ou-
.6
rido para outros arquivos do próprio Office através símbolos especiais não podem ser
os
dele
id
Shift+Del
zenar na Lixeira
io
mos originais em inglês. Por serem atalhos de Win Abre o menu Início
au
3 Macros são pequenos programas desenvolvidos dentro de arquivos do Office, para automatização de tarefas. Os códigos dos programas são
escritos em linguagem VBA – Visual Basic for Applications. Arquivos com macros podem conter vírus, e no momento da abertura, o programa
perguntará se o usuário deseja ativar ou não as macros.
268 4 Template = modelo de documento, planilha ou apresentação, com a formatação básica a ser usada no novo arquivo.
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título, a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.
ATALHO AÇÃO z Linhas: sequência de palavras que pode ser um
parágrafo, ocupando uma linha de texto. Se for
Feedback – hub para comentários finalizado com Quebra de Linha, a configuração
Win+F
sobre o Windows atual permanece na próxima linha;
z Palavras: formado por letras, números, símbolos,
Win+I Configurações (Painel de Controle)
caracteres de formatação etc.
Bloquear o Windows
Win+L
(Lock, bloquear) Os arquivos produzidos nas versões anteriores do
Word são abertos e editados nas versões atuais. Arqui-
Minimiza todas as janelas e mos-
vos de formato DOC são abertos em Modo de Compa-
Win+M tra a área de trabalho, retornando
tibilidade, com alguns recursos suspensos. Para usar
como estavam antes
todos os recursos da versão atual, deverá “Salvar
Selecionar o monitor/projetor que como” (tecla de atalho F12) no formato DOCX.
será usado para exibir a imagem, Os arquivos produzidos no formato DOCX poderão
Win+P
podendo repetir, estender ou ser editados pelas versões antigas do Office, desde que
escolher instale um pacote de compatibilidade, disponível para
download no site da Microsoft.
Search, para pesquisas (substitui o Os arquivos produzidos pelo Microsoft Office
Win+S
Win+F) podem ser gravados no formato PDF. O Microsoft
Exibe a lista dos aplicativos em Word, desde a versão 2013, possui o recurso “Refuse
Win+Tab PDF”, que permite editar um arquivo PDF como se fos-
execução em 3D (Visão de Tarefas)
se um documento do Word.
Menu de acesso rápido, exibido ao O Microsoft Word pode gravar o documento no for-
Win+X
lado do botão Iniciar mato ODT, do LibreOffice, assim como é capaz de editar
documentos produzidos no outro pacote de aplicativos.
Durante a edição de um documento, o Microsoft
Word:
EDIÇÃO DE TEXTOS, PLANILHAS
z Faz a gravação automática dos dados editados
E APRESENTAÇÕES AMBIENTES enquanto o arquivo não tem um nome ou local de
MICROSOFT OFFICE E LIBREOFFICE armazenamento definidos. Depois, se necessário, o
7.2.4 usuário poderá “Recuperar documentos não salvos”;
z Faz a gravação automática de auto recuperação
9
-3
WORD dos arquivos em edição que tenham nome e local
40
definidos, permitindo recuperar as alterações que
Estrutura Básica dos Documentos .5
não tenham sido salvas;
33
z As versões do Office 365 oferecem o recurso de “Sal-
.6
Os documentos produzidos com o editor de textos vamento automático”, associado à conta Microsoft,
00
Microsoft Word possuem a seguinte estrutura básica: para armazenamento na nuvem Microsoft OneDri-
-0
z Os Modelos (Template): com extensão DOTX, con- e por ser portável, também poderá ser editado pelo
id
documentos criados a partir deles. O modelo é usa- Ao iniciar a edição de um documento, o modo
ic
(Document Template Macros – modelo de docu- mesma forma que será impresso no papel.
CONHECIMENTOS DE INFORMÁTICA
ric
mento com macros): as macros são códigos desen- O Modo de Leitura permite visualizar o documen-
au
volvidos em Visual Basic for Applications (VBA) to sem outras distrações como a Faixa de Opções com
M
para a automatização de tarefas; os ícones. Neste modo, parecido com Tela Inteira, a
z Páginas: unidades de organização do texto, segun- barra de título continua sendo exibida.
do a orientação, o tamanho do papel e margens. As O modo de exibição “Layout da Web” é usado para
principais definições estão na guia Layout, mas tam- visualizar o documento como ele seria exibido se esti-
bém encontrará algumas definições na guia Design; vesse publicado na Internet como página web.
z Seção: divisão de formatação do documento, Em “Estrutura de Tópicos” apenas os estilos de
onde cada parte tem a sua configuração. Sempre Títulos serão mostrados, auxiliando na organização
que forem usadas configurações diferentes, como dos blocos de conteúdo.
margens, colunas, tamanho da página, orientação, O modo “Rascunho”, que antes era modo “Normal”,
cabeçalhos, numeração de páginas, entre outras, as exibe o conteúdo de texto do documento sem os elemen-
seções serão usadas; tos gráficos (imagens, cabeçalho, rodapé) existentes nele.
z Parágrafos: formado por palavras e marcas de Os modos de exibição estão na guia “Exibir”, que
formatação. Finalizado com Enter, contém forma- faz parte da Faixa de Opções. Ela é o principal elemen-
tação independente do parágrafo anterior e do to da interface do Microsoft Office.
parágrafo seguinte;
269
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Acesso Rápido Guia Atual Item com Listagem Guias ou Abas
Importante!
Muitas bancas de concursos públicos não costu-
mam utilizar imagens em suas provas. Elas prio-
rizam o conhecimento do candidato acerca dos
conceitos dos softwares. Outras bancas organi-
zadoras priorizam o conhecimento do candidato
acerca do uso dos recursos para a produção de
arquivos (parte prática dos programas).
Caixa de Diálogo do Grupo Grupo Ícone com Opções
Figura 1. Faixa de opções do Microsoft Word As guias possuem uma organização lógica, sequen-
cial, das tarefas que serão realizadas no documento,
Para mostrar ou ocultar a Faixa de Opções, o ata- desde o início até a visualização do resultado final.
lho de teclado Ctrl+F1 poderá ser acionado. Na versão
2007 ela era fixa e não podia ser ocultada. Atualmen- BOTÃO/GUIA DICA
te ela pode ser recolhida ou exibida, de acordo com a
preferência do usuário. Comandos para o documento
A Faixa de Opções contém guias, que organizam os Arquivo atual: Salvar, salvar como, impri-
ícones em grupos. mir, salvar e enviar
9
Formatação
-3
Inicial
matação da página
40
Nome da fonte Calibri (Corp
.5
Reúne formatação da página e
Design
33
Tamanho da plano de fundo
.6
fonte
Índices e acessórios: Notas de
00
Fonte
Referências rodapé, notas de fim, índices, su-
-0
Aumentar fonte
mários etc
os
nt
Folha de Rosto
id
proteger etc.
ric
Página
Exibir sultado de nosso trabalho. Será
M
270
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No Microsoft Word estão disponíveis na guia Página Inicial, e no LibreOffice Writer estão disponíveis no menu Estilos.
Com a ferramenta Pincel de Formatação, o usuário poderá copiar a formatação de um local e aplicar em outro
local no mesmo documento, ou em outro arquivo aberto. Para usar a ferramenta, selecione o ‘modelo de formatação
no texto’, clique no ícone da guia Página Inicial e clique no local onde deseja aplicar a formatação.
O conteúdo não será copiado, somente a formatação.
Se efetuar duplo clique no ícone, poderá aplicar a formatação em vários locais até pressionar a tecla Esc ou
iniciar uma digitação.
Seleção
Através do teclado e do mouse, como no sistema operacional, podemos selecionar palavras, linhas, parágrafos
e até o documento inteiro.
9
-3
40
Botão principal Ctrl Seleção individual Palavra por palavra
Botão principal
00
Botão principal
os
Teclas de atalhos e seleção com mouse são importantes, tanto nos concursos como no dia-a-dia. Experimente
os
praticar no computador. No Microsoft Word, se você digitar =rand(10,30) no início de um documento em branco,
id
ele criará um texto ‘aleatório’ com 10 parágrafos de 30 frases em cada um. Agora você pode praticar à vontade.
ol
ic
N
CONHECIMENTOS DE INFORMÁTICA
ric
As fontes são arquivos True Type Font (.TTF) gravadas na pasta Fontes do Windows, e aparecem para todos os
au
programas do computador.
Nomes de fontes como Calibri (fonte padrão do Word 2019), Arial, Times New Roman, Courier New, Verdana,
M
2 2 4 6 8 10 12 14 16
9
-3
Nos editores de textos, recursos que conhecemos no dia a dia possuem nomes específicos. Confira alguns
40
exemplos:
.5
33
z Recuo: distância do texto em relação à margem;
.6
Muitos recursos de formatação não são impressos no papel, mas estão no documento. Para visualizar os caracte-
ol
res não imprimíveis e controlar melhor o documento, você pode acionar o atalho de teclado Ctrl+* (Mostrar tudo).
ic
N
io
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CARACTERES NÃO IMPRIMÍVEIS NO EDITOR MICROSOFT WORD
- - Âncoras de objetos
Tabelas
As tabelas são estruturas de organização muito utilizadas para um layout adequado do texto, semelhante a
colunas, com a vantagem que estas não criam seções exclusivas de formatação.
9
As tabelas seguem as mesmas definições de uma planilha de Excel, ou seja, tem linhas, colunas, são formadas por
-3
40
células, e estas poderão conter também fórmulas simples.
Ao inserir uma tabela, seja ela vazia, a partir de um desenho livre, ou convertendo a partir de um texto, uma pla-
.5
33
nilha de Excel, ou um dos modelos disponíveis, será apresentada a barra de ferramentas adicional na Faixa de Opções.
.6
Um texto poderá ser convertido em Tabela, e voltar a ser um texto, se possuir os seguintes marcadores de for-
00
Algumas operações são exclusivas das Tabelas, como Mesclar Células (para unir células adjacentes em uma única),
Dividir Células (para dividir uma ou mais células em várias outras), alinhamento do texto combinando elementos
os
horizontais tradicionais (esquerda, centro e direita) com verticais (topo, meio e base).
nt
O editor de textos Microsoft Word oferece ferramentas para manipulação dos textos organizados em tabelas.
Sa
O usuário poderá organizar as células nas linhas e colunas da tabela, mesclar (juntar), dividir (separar), visua-
os
E caso a tabela avance em várias páginas, temos a opção Repetir Linhas de Cabeçalho, atribuindo no início da
tabela da próxima página, a mesma linha de cabeçalho que foi usada na tabela da página anterior.
ol
As tabelas do Word possuem algumas características que são diferentes das tabelas do Excel. Geralmente estes itens
ic
N
Por exemplo, no Word, quando o usuário está digitando em uma célula, ocorrerá mudança automática de
CONHECIMENTOS DE INFORMÁTICA
ric
linha, posicionando o cursor embaixo. No Excel, o conteúdo ‘extrapola’ os limites da célula, e precisará alterar as
au
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ATALHOS WORD EXCEL
Ctrl+E Centralizar Preenchimento Relâmpago
Ctrl+G Alinhar à Direita (parágrafo) Ir para..
Ctrl+R Repetir o último comando Duplica a informação da célula à esquerda
F9 Atualizar os campos de uma mala direta Atualizar o resultado das fórmulas
F11 - Inserir gráfico
Finaliza a entrada na célula e mantém o cursor na célula
Ctrl+Enter Quebra de página manual
atual
Alt+Enter Repetir digitação Quebra de linha manual
Finaliza a entrada na célula e posiciona o cursor na célula
Shift+Enter Quebra de linha manual
acima da atual, se houver
Shift+F3 Alternar entre maiúsculas e minúsculas Inserir função
Índices
Os índices podem ser construídos a partir dos estilos usados na formatação do texto, ou posteriormente atra-
vés da adição de itens manualmente. Basicamente, é todo o conjunto disponível na guia Referências.
9
-3
Os índices serão criados a partir dos Estilos utilizados durante o texto, como Título 1, Título 2, e assim por dian-
40
te. Se não forem usados, posteriormente o usuário poderá ‘Adicionar Texto’ no índice principal (Sumário), Marcar
Entrada (para inserir um índice) e até remover depois de inserido. .5
33
Os índices suportam Referências Cruzadas, que permitem ao usuário navegar entre os links do documento de
.6
forma semelhante ao documento na web. Ao clicar em um link, o usuário vai para o local escolhido. Ao clicar no
00
Importante!
Sa
A guia Referências é uma das opções mais questionadas em concursos públicos por dois motivos: envolvem
os
conceitos de formatação do documento exclusivos do Microsoft Word e é utilizado pelos estudantes na for-
id
EXCEL
io
ric
As planilhas de cálculos são amplamente utilizadas nas empresas para as mais diferentes tarefas. Desde a cria-
au
ção de uma agenda de compromissos, passando pelo controle de ponto dos funcionários e folha de pagamento, ao
M
controle de estoque de produtos e base de clientes. Diversas funções internas oferecem os recursos necessários
para a operação.
O Microsoft Excel apresenta grande semelhança de ícones com o Microsoft Word. O Excel “antigo” usava os
formatos XLS e XLT em seus arquivos, atualizado para XLSX e XLTX, além do novo XLSM contendo macros. A
atualização das extensões dos arquivos ocorreu com o Office 2007, e permanece até hoje.
As planilhas de cálculos não são banco de dados. Muitos usuários armazenam informações (dados) em uma
planilha de cálculos como se fosse um banco de dados, porém o Microsoft Access é o software do pacote Microsoft
Office desenvolvido para esta tarefa. Um banco de dados tem informações armazenadas em registros, separados
em tabelas, conectados por relacionamentos, para a realização de consultas.
Conceitos Básicos
z Célula: unidade da planilha de cálculos, o encontro entre uma linha e uma coluna. A seleção individual é com
a tecla CTRL e a seleção de áreas é com a tecla SHIFT (assim como no sistema operacional);
z Coluna: células alinhadas verticalmente, nomeadas com uma letra;
274 z Linha: células alinhadas horizontalmente, numeradas;
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título, a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.
Barra de Acesso Rápido Coluna
Barra de Fórmulas
Faixa de
Opções
Célula
Linha
z Planilha: o conjunto de células organizado em uma folha de dados. Na versão Microsoft Office 365
(2022) são 16.384 colunas (nomeadas de A até XFD) e 1.048.576 linhas (numeradas de 1 a 1.048.576).
A quantidade de linhas e colunas pode variar, de acordo com o software e a versão. Existem planilhas com 256,
1.024, 16.384 ou 65.536 colunas. Existem planilhas com 65.536 ou 1.048.576 linhas;
z Pasta de Trabalho: arquivo do Excel (extensão XLSX) contendo as planilhas, de 1 a N (de acordo com quanti-
dade de memória RAM disponível, nomeadas como Planilha1, Planilha2, Planilha3);
z Alça de preenchimento: no canto inferior direito da célula, permite que um valor seja copiado na direção
em que for arrastado. No Excel, se houver 1 número, ele é copiado. Se houver 2 números, uma sequência será
9
-3
criada. Se for um texto, é copiado. Mas texto com números é incrementado. Dias da semana, nome de mês e
40
datas são sempre criadas as continuações (sequências);
.5
z Mesclar: significa simplesmente “Juntar”. Havendo diversos valores para serem mesclados, o Excel manterá
33
somente o primeiro destes valores, e centralizará horizontalmente na célula resultante.
.6
00
-0
os
nt
Sa
os
id
ol
ic
N
io
CONHECIMENTOS DE INFORMÁTICA
ric
au
E após a inserção dos dados, caso o usuário deseje, poderá juntar as informações das células.
M
z Mesclar e Centralizar: une as células selecionadas a uma célula maior e centraliza o conteúdo da nova célula.
Este recurso é usado para criar rótulos (títulos) que ocupam várias colunas;
z Mesclar através: mesclar cada linha das células selecionadas em uma célula maior;
z Mesclar células: mesclar (unir) as células selecionadas em uma única célula, sem centralizar;
z Desfazer Mesclagem de Células: desfaz o procedimento realizado para a união de células.
A tabela de dados, ou folha de dados, ou planilha de dados, é o conjunto de valores armazenados nas células.
Estes dados poderão ser organizados (classificação), separados (filtro), manipulados (fórmulas e funções), além de
apresentar em forma de gráfico (uma imagem que representa os valores informados).
Para a elaboração, poderemos:
275
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título, a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.
z Digitar o conteúdo diretamente na célula. Basta iniciar
a digitação, e o que for digitado é inserido na célula; Moeda Contábil
z Digitar o conteúdo na barra de fórmulas. Disponí-
R$ 150,00 R$ 150,00
vel na área superior do aplicativo, a linha de fór-
mulas é o conteúdo da célula. Se a célula possui um R$ 170,00 R$ 170,00
valor constante, além de mostrar na célula, este
aparecerá na barra de fórmulas. Se a célula possui R$ 200,00 R$ 200,00
um cálculo, seja fórmula ou função, esta será mos-
R$ 1.000,00 R$ 1.000,00
trada na barra de fórmulas;
z O preenchimento dos dados poderá ser agilizado R$ 10,54 R$ 10,54
através da Alça de Preenchimento ou pelas opções
automáticas do Excel;
z Os dados inseridos nas células poderão ser forma- O ícone % é para mostrar um valor com o forma-
tados, ou seja, continuam com o valor original (na to de porcentagem. Ou seja, o número é multiplica-
linha de fórmulas) mas são apresentados com uma do por 100. Exibe o valor da célula como percentual
formatação específica; (Ctrl+Shift+%)
z Todas as formatações estão disponíveis no atalho
de teclado Ctrl+1 (Formatar Células); FORMATO PORCENTAGEM E 2
z Também na caixa de diálogo Formatar Células, VALOR ß,0
PORCENTAGEM % CASAS % ,0 0
encontraremos o item Personalizado, para criação
de máscaras de entrada de valores na célula. 1 100% 100,00%
9
sem um símbolo de moeda.
-3
R$4,00
40
Data Abreviada FORMATO SEPARADOR DE
04/01/1900
VALOR
.5
CONTÁBIL MILHARES 000
33
.6
Data Completa
1500 R$1.500,00 1.500,00
00
00:00:00
1 R$1,00 1,00
nt
Porcentagem
Sa
4
ol
Científico
102 Os ícones ß,0
,00
ic
exibidas com formatos diferentes. Uma data, por exem- Quando um número na casa decimal possui valor abso-
plo, na verdade é um número formatado como data. luto diferente de zero, ele é mostrado ao aumentar casas
Por isso conseguimos calcular a diferença entre datas. decimais. Se não possuir, então será acrescentado zero.
Os formatos Moeda e Contábil são parecidos entre Quando um número na casa decimal possui valor
si. Mas possuem exibição diferenciada. No formato absoluto diferente de zero, ele poderá ser arredonda-
de Moeda, o alinhamento da célula é respeitado e o do para cima ou para baixo, de ao diminuir as casas
símbolo R$ acompanha o valor. No formato Contábil, decimais. É o mesmo que aconteceria com o uso da
o alinhamento é ‘justificado’ e o símbolo de R$ posi- função ARRED, para arredondar.
ciona na esquerda, alinhando os valores pela vírgula
decimal. Simbologia Específica
276
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título, a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.
OPERADORES ARITMÉTICOS OU MATEMÁTICOS
z ( ) – parênteses;
z ^ – exponenciação (potência, um número elevado a outro número);
z * ou / – multiplicação (função MULT) ou divisão;
z + ou - – adição (função SOMA) ou subtração.
9
-3
40
Símbolo Significado Exemplo Comentários
.5
Se o valor de A1 for maior que 5, então mostre
33
> (maior) Maior que = SE (A1 > 5 ; 15 ; 17 )
15, senão mostre 17
.6
00
senão mostre 50
au
M
z Um valor jamais poderá ser menor e maior que outro valor ao mesmo tempo;
z Uma célula vazia é um conjunto vazio, ou seja, não é igual a zero, é vazio;
z O símbolo matemático ≠ não poderá ser escrito diretamente na fórmula, use <>;
z O símbolo matemático ≥ não poderá ser escrito diretamente na fórmula, use >=;
z O símbolo matemático ≤ não poderá ser escrito diretamente na fórmula, use <=.
OPERADORES DE REFERÊNCIA
z O símbolo de cifrão transforma uma referência relativa (A1) em uma referência mista (A$1 ou $A1) ou em
referência absoluta ($A$1)
z O símbolo de exclamação busca o valor em outra planilha, na mesma pasta de trabalho ou em outro arquivo.
Ex.: =[Pasta2]Planilha1!$A$2
O símbolo de cifrão ($) é um dos mais importantes na manipulação de fórmulas de planilhas de cálculos. Todas
as bancas organizadoras questionam fórmulas com e sem eles nas referências das células.
Vamos conhecer uma questão que utiliza referências mistas. Ela foi aplicada pela Fundação VUNESP, para o cargo de
Papiloscopista da Polícia Civil de São Paulo, em 2018.
Assumindo que foi digitada a fórmula =$F2-G$2 na célula H2 e que essa fórmula foi copiada e colada nas célu-
9
las H3 até H9, assinale a alternativa com o valor que aparecerá na célula H6 da planilha do MS-Excel 2010, em sua
-3
configuração original, exibida na figura:
40
.5
33
.6
00
-0
os
nt
Sa
os
id
ol
ic
N
a) –R$ 960,00
io
b) –R$ 100,00
ric
c) R$ 400,00
au
d) R$ 500,00
M
e) R$ 360,00
A resposta correta é a letra B. A fórmula =$F2-G$2 inserida na célula H2 possui referências mistas.
O símbolo de cifrão transforma uma referência relativa ( A1 ) em uma referência mista ( A$1 ou $A1 ) ou em
referência absoluta ( $A$1 )
O símbolo de $ serve para fixar uma posição na referência (endereço da célula). A posição que ele estiver
acompanhando não mudará. Quando não temos o símbolo de cifrão, temos uma referência relativa. A1
Se temos um símbolo de $, temos uma referência mista. $A1 ou A$1. E se temos dois símbolos de cifrão, temos
uma referência absoluta. $A$1
A fórmula =$F2-G$2 tem =$F2-G$2 fixo, ou seja, ao copiar e colar, não mudará. =$F__-__$2
Na célula H2 temos a fórmula =$F2-G$2
Na célula H6 teremos a fórmula =$F6-G$2, porque mudamos da célula H2 para H6 (linha 2 para linha 6), mas
permanecemos na mesma coluna H (não precisando mudar a letra G da segunda parte da fórmula).
278
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título, a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.
Na célula H6 teremos a fórmula =$F6-G$2
Faz a soma de 15 e 3
= 15 + 3
Início de fórmula, função ou Compara o valor de A1 com 5, e caso
= (igual) = SOMA ( 15 ; 3 )
comparação seja verdadeiro, mostra 10, caso seja
=SE ( A1 = 5 ; 10 ; 11 )
falso, mostra 11
9
-3
40
Importante! .5
33
.6
As fórmulas e funções começam com o sinal de igual. Outros símbolos podem ser usados, mas o Excel subs-
00
CONHECIMENTOS DE INFORMÁTICA
ric
& (“E” comercial) Concatenar. = “Fernando ”&” Nishimura” aspas), o resultado da junção dos
M
textos individuais
O símbolo & é usado para concatenar dois conteúdos, como por exemplo: =”15”&”A45” resulta em 15A45. Podere-
mos usar a função CONCATENAR, ou a função CONCAT, para obter o mesmo resultado do símbolo &.
Erros
Quando trabalhamos com planilhas de cálculos, especialmente no início dos estudos, é comum aparecerem men-
sagens de erros nas células, decorrente da falta de argumentos nas fórmulas, referências incorretas, erros de digita-
ção, entre outros. Vamos ver algumas das mensagens de erro mais comuns que ocorrem nas planilhas de cálculos.
As planilhas de cálculos oferecem o recurso “Rastrear precedentes”, dentro do conceito de Auditoria de Fórmulas.
Com este recurso, muito questionado em concursos, o usuário poderá ver setas na planilha indicando a relação entre
as células, e identificar a origem das mensagens de erros.
A seguir, os erros mais comuns que podem ocorrer em uma planilha de cálculos no Microsoft Excel:
Funções Básicas
No Microsoft Excel, a função SOMA efetua a adição dos valores numéricos informados em seus argumentos. Se
existirem células com textos, elas serão ignoradas. Células vazias não são somadas.
=SOMA(A1;A2;A3) Efetua a soma dos valores existentes nas células A1, A2 e A3.
=SOMA(A1:A5) Efetua a soma dos 5 valores existentes nas células A1 até A5
9
=SOMA(A1;34;B3) Efetua a soma dos valores da célula A1, com 34 (valor literal) e B3.
-3
=SOMA(A1:B4) Efetua a soma dos 8 valores existentes, de A1 até B4. O Excel não faz ‘triangulação’, operando
40
apenas áreas quadrangulares.
=SOMA(A1;B1;C1:C3) Efetua a soma dos valores A1 com B1 e C1 até C3. .5
33
=SOMA(1;2;3;A1;A1) Efetua a soma de 1 com 2 com 3 e o valor A1 duas vezes.
.6
00
z SOMASE(valores;condição): realiza a operação de soma nas células selecionadas, se uma condição for
-0
atendida.
os
=SOMASE(A1:A5;”>15”) Efetuará a soma dos valores de A1 até A5 que sejam maiores que 15
os
=SOMASE(A1:A10;”10”) Efetuará a soma dos valores de A1 até A10 que forem iguais a 10.
id
ol
z MÉDIA(valores): realiza a operação de média nas células selecionadas e exibe o valor médio encontrado.
ic
N
=MEDIA(A1:A5) Efetua a média aritmética simples dos valores existentes entre A1 e A5. Se forem 5 valores,
io
serão somados e divididos por 5. Se existir uma célula vazia, serão somados e divididos por 4. Células vazias não
ric
Mediana é o ‘valor no meio’. Se temos uma sequência de valores com quantidade ímpar, eles serão ordenados e o valor
no meio é a sua mediana. Por exemplo, para os valores (5,6,9,3,4), ordenados são (3,4,5,6,9) e a mediana é 5.
Se temos uma sequência de valores com quantidade par, a mediana será a média dos valores que estão no
meio. Por exemplo, para os valores (2,13,4,10,8,1), ordenados são (1,2,4,8,10,13), e no meio temos 4 e 8. A média de
4 e 8 é 6 ((4+8)/2).
=MAXIMO(A1:D6) Exibe qual é o maior valor na área de A1 até D6. Se houver dois valores iguais, apenas um
será mostrado.
z MÍNIMO(valores): exibe o menor valor das célu- z CONT.VALORES(células): esta função conta todas as
las selecionadas. células em um intervalo, exceto as células vazias.
Esta função é muito solicitada em todas as bancas. =CONT.SE(A1:A10;”5”) Efetua a contagem de quan-
A sua estrutura não muda, sendo sempre o teste na tas células existem no intervalo de A1 até A10 conten-
primeira parte, o que fazer caso seja verdadeiro na do o valor 5.
segunda parte, e o que fazer caso seja falso na últi-
ma parte. Verdadeiro ou falso. Uma ou outra. Jamais z CONT.SES(células1;condição1;células2;condi-
serão realizadas as duas operações, somente uma ção2): esta função conta quantas vezes aparece
delas, segundo o resultado do teste. um determinado valor (número ou texto) em um
A função SE usa operadores relacionais (maior, intervalo de células (o usuário tem que indicar
menor, maior ou igual, menor ou igual, igual, diferen- qual é o critério a ser contado), atendendo a todas
te) para construção do teste. As aspas são usadas para as condições especificadas.
textos literais.
=CONT.SES(A1:A10;”5”;B1:B10;”7”) Efetua a conta-
9
-3
=SE(A1=10;”O valor da célula A1 é 10”;”O valor da gem de quantas células existem no intervalo de A1 até
40
célula A1 não é 10”) A10 contendo o valor 5 e ao mesmo tempo, quantas
.5
=SE(A1<0;”O valor da célula A1 é negativo”;”O células existem no intervalo de B1 até B10 contendo
33
valor não é negativo”) o valor 7.
.6
de um intervalo.
É possível encadear funções, ampliando as áreas
os
de atuação. Por exemplo, um número pode ser negati- =CONTAR.VAZIO(A1:A8) Informa quantas células
nt
vo, positivo ou igual a zero. São 3 resultados possíveis. vazias existem no intervalo A1 até A8.
Sa
os
Neste exemplo, se for igual a zero (primeiro teste), Os intervalos de teste e de soma podem ser os mesmos.
N
igual a zero, poderá ser menor do que zero (segundo =SOMASE(A1:A10;”>6”;A1:A10) somará os valores
CONHECIMENTOS DE INFORMÁTICA
ric
teste), e exibe a mensagem “Valor é negativo”, encer- de A1 até A10 que sejam maiores que 6.
au
rando a função. E por fim, se não é igual a zero, e não =SOMASE(A1:A10;”<3”;B1:B10) somará os valores
M
é menor que zero, só poderia ser maior do que zero, de B1 até B10 quando os valores de A1 até A10 forem
e a mensagem final “Valor é positivo” será mostrada. menores que 3.
Obs.: o sinal de igual, para iniciar uma função, é
usado somente no início da digitação da célula. z SOMASES(células para somar; células1; teste1;
As funções CONT são usadas para informar a células2; teste2): verifica as células que atendem
quantidade de células, que atendem às condições aos testes e soma as células correspondentes.
especificadas. Os intervalos de teste e de soma podem ser os mesmos.
z MÉDIASE(células para testar;teste;células para
calcular a média): efetua um teste nas células especi-
- CONT.NÚM - para contar quantas células possuem
ficadas, e calcula a média das células correspondentes.
números.
Os intervalos de teste e de média podem ser os mesmos.
- CONT.VALORES - quantidade de células que estão
preenchidas. z PROCV(valor_procurado; matriz_tabela;
- CONTAR.VAZIO - quantidade de células que não núm_índice_coluna; [intervalo_pesquisa]): a
estão preenchidas. função PROCV é utilizada para localizar o valor_pro-
- CONT.SE - quantidade de células que atendem a curado dentro da matriz_tabela, e quando encon-
uma condição específica. trar, retornar à enésima coluna informada em 281
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núm_índice_coluna. A última opção, que será VER- FUNÇÕES LÓGICAS
DADEIRO ou FALSO, é usada para identificar se preci-
E Retorna VERDADEIRO se todos os seus
sa ser o valor exato (F) ou pode ser valor aproximado (Função E) argumentos forem VERDADEIROS
(V).
Por exemplo: OU Retorna VERDADEIRO se um dos argu-
(Função OU) mentos for VERDADEIRO
=PROCV(105;A2:C7;2;VERDADEIRO) e NÃO
Inverte o valor lógico do argumento
=PROCV(“Monte”;B2:E7;2;FALSO) (Função NÃO)
FALSO
A função PROCV é um membro das funções de pes- Retorna o valor lógico FALSO
(Função FALSO)
quisa e Referência, que incluem a função PROCH.
VERDADEIRO
Use a função tirar ou a função arrumar para (Função Retorna o valor lógico VERDADEIRO
remover os espaços à esquerda nos valores da tabela. VERDADEIRO)
9
-3
Microsoft Excel (e o LibreOffice Calc) produz gráficos
40
=INT(PI()) parte inteira do valor de PI – valor com os dados existentes nas células.
3,14159 exibe 3.
.5
Gráficos são a representação visual de dados numé-
33
ricos, e poderão ser inseridos na planilha como gráficos
.6
número com a quantidade de casas decimais, sem Os gráficos dinâmicos, assim como as tabelas dinâ-
-0
=TRUNCAR(PI();3) exibir o valor de PI com 3 casas ou várias pastas de trabalho, associando e agrupando
nt
decimais – valor 3,14159 exibe 3,141. informações para a produção de relatórios completos.
Sa
com a quantidade de casas decimais, arredondan- colunas 2D ou 3D. São opções do gráfico de Colunas:
id
282
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título, a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.
z Os gráficos de Pizza representam valores propor-
cionalmente. São opções do gráfico de Pizza: Pizza,
Pizza 3D, Pizza de Pizza, Barra de Pizza e Rosca.
z Os gráficos de Área representam dados de forma seme- z Os gráficos de Radar são usados para mostrar a evo-
lhante ao gráfico de Linhas, mas com preenchimento lução de itens. São exemplos de gráficos de Radar:
até a base (eixo X). São opções dos gráficos de Área: Radar, Radar com Marcadores e Radar Preenchido.
Área, Área Empilhada, Área 100% Empilhada, Área 3D,
Área 3D Empilhada e Área 3D 100% Empilhada.
9
trar proporcionalmente a hierarquia dos valores.
-3
z Os gráficos de Dispersão representam duas séries
40
de valores em seus eixos. São opções dos gráficos
de Dispersão: Dispersão, com Linhas Suaves e Mar-
.5
33
cadores, com Linhas Suaves, com Linhas Retas e
.6
ro da série de dados.
os
id
ol
ic
N
io
acordo com cada região. Sua única opção é o Mapa z Os gráficos do tipo Histograma são usados para
Coroplético. séries de valores com evolução, como idades da
au
283
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z O gráfico do tipo Cascata exibe e destaca as varia-
ções dos valores ao longo do tempo.
CLASSIFICAÇÃO COMENTÁRIOS
z O gráfico do tipo Funil alinha dos valores em A classificação de dados alfa-
ordem decrescente. numéricos poderá ser ‘Classi-
ficar de A a Z’ em ordem
Classificar texto crescente, ou ‘Classificar de Z
a A’ em ordem decrescen-
te. É possível diferenciar letras
maiúsculas e minúsculas
z Os gráficos do tipo Combinação permitem com-
binar dois tipos de gráficos para a exibição de Quando a coluna possui números,
séries de dados. São exemplos de gráficos do tipo Classificar podemos ‘Classificar do menor
Combinação: Coluna Clusterizada-Linha, Coluna números para o maior’ ou ‘Classificar do
Clusterizada-Linha no Eixo Secundário, Área Empi- maior para o menor’
lhada-Coluna Clusterizada, e a possibilidade de
criação de uma Combinação Personalizada. Se houver datas ou horas, po-
demos ‘Classificar da mais
Classificar datas antiga para a mais nova’
ou horas ou ‘Classificar da mais nova
para a mais antiga’, resumindo,
cronologicamente
9
A classificação de dados é uma parte importante
-3
lo de células ou uma coluna de
Classificar por
40
da análise de dados. tabela, por cor de célula ou cor
cor de célula,
.5
Você pode classificar dados por texto (A a Z ou Z a A), de fonte, poderá classificar por
cor de fonte ou
33
números (dos menores para os maiores ou dos maiores essas cores. Também será pos-
ícones
.6
para os menores) e datas e horas (da mais antiga para a sível classificar por um conjunto
00
mais nova e da mais nova para a mais antiga) em uma de ícones criados ao aplicar uma
-0
clientes (como Grande, Médio e Pequeno) ou por for- Você pode usar uma lista per-
nt
mato, incluindo a cor da célula, a cor da fonte ou o con- sonalizada para classificar em
Sa
A maioria das operações de classificação é identifi- por uma lista rio. Por exemplo, uma coluna
id
cada por coluna, mas você também poderá identificar personalizada pode conter valores pelos quais
por linhas. você deseja classificar, como
ol
ic
horas, por cor da célula, cor da fonte ou ícones, por Na caixa de diálogo Opções de
ric
uma lista personalizada, linhas, por mais de uma colu- Classificação, em Orientação,
au
na ou linha, ou por uma coluna sem afetar as demais. Classificar linhas clique em Classificar da esquer-
M
Classificar uma
Basta selecionar a coluna de-
coluna em um
sejada, e na janela de diálogo,
intervalo de
manter o item “Continuar com a
células sem
seleção atual”
afetar as demais
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POWERPOINT
As apresentações de slides criadas pelo Microsoft PowerPoint 2010/2013/2016/2019 são arquivos de extensão
.PPTX. Caso contenham macros (comandos para automatização de tarefas) será atribuída a extensão .PPTM. E
ainda podemos trabalhar com os modelos (extensão .POTX e POTM).
Apesar de ser um aplicativo com finalidade diferente do editor de textos, ele possui muitas semelhanças que
acabam ajudando quem está iniciando nele. Da mesma forma que o editor de textos, é possível trabalhar com
seções (divisões), é possível inserir números de slides, é possível comparar apresentações, etc.
Importante!
Apresentações de slides é um tópico pouco questionado em provas de concursos. Conhecendo os conceitos do
Microsoft PowerPoint, você poderá aproveitá-los quando estudar LibreOffice Impress.
9
-3
As apresentações de slides podem ser gravadas em formato de imagens (JPG, PNG), slide por slide, e até trans-
40
formadas em vídeo (extensão MP4).
.5
Os recursos do PowerPoint, como animações, transições, narração, serão inseridos no vídeo, que poderá ser
33
reproduzido em outros dispositivos, como Smart TV em totens de propagandas.
.6
00
-0
os
nt
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CONHECIMENTOS DE INFORMÁTICA
ric
au
M
Figura 1. Para produzir um vídeo da apresentação, acessar o botão Arquivo, menu Exportar, item Criar Vídeo.
z Seção: divisão de formatação dentro da apresentação (usadas para Apresentações Personalizadas). Poderá ter
‘duas apresentações’ dentro de uma, e no início, escolher qual delas será exibida para o público;
z Transições: animação entre os slides. Ao selecionar algum efeito de animação entre os slides (guia Transições,
grupo Transição para este slide), será disponibilizada a opção para configuração do Intervalo;
z Animação: animação dentro do slide, em um objeto do slide. Um objeto poderá ter diversas animações simul-
taneamente, enquanto a transição do slide é única. Poderão ser de Entrada, Ênfase, Saída ou Trajetórias de
Animação.
Conceito de Slides
Conforme observado no item anterior, os slides são as unidades de trabalho do PowerPoint. Assim como as
páginas de um documento do Microsoft Word, os slides possuem configurações como margens, orientação, núme-
ros de páginas (slides, no caso), cabeçalhos e rodapés, etc.
9
O PowerPoint trabalha com 4 conceitos principais de slides:
-3
40
z Slide (modo de exibição Normal): cada slide é mostrado para edição de seu conteúdo;
z .5
Slide Mestre: para alterar o design e o layout dos slides mestres, alterando toda a apresentação de uma vez;
33
z Folhetos Mestre: para alterar o design e layout dos folhetos que serão impressos;
.6
00
Nos modos de exibição, na guia Exibição, ocorreu uma pequena mudança em relação às versões anteriores,
286 com a inclusão do item Modo de Exibição de Estrutura de Tópicos:
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título, a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.
z Normal: no modo de exibição Normal, miniaturas FORMATO VÍDEO HIPERLINKS
dos slides ou os tópicos aparecerão no lado esquer-
do, o slide atual aparecerá no centro (sendo possí- PPTX X X
vel sua edição) e na área inferior da tela aparecerá PPSX X X
a área de anotações. Ajustar à janela encaixa o sli-
de na área; PDF - X
z Modo de Exibição de Estrutura de Tópicos: para
MP4 X X
editar e alternar entre slides no painel de estru-
tura de tópicos. Útil para a criação de uma apre- JPG/PNG - -
sentação a partir dos tópicos de um documento do
Microsoft Word;
Tabela. Recursos disponíveis ( X ), recursos indisponíveis ( - )
z Classificação dos Slides: no modo de exibição Clas-
sificação de Slides, apenas miniaturas dos slides
serão mostradas. Estas miniaturas poderão ser orga- O formato PDF é portável, e poderá ser usado em
nizadas, arrastando-as. As operações de slides estão qualquer plataforma. Praticamente todos os programas
disponíveis, como Excluir slide, Ocultar slide, etc. disponíveis no mercado reconhecem o formato PDF.
Mas não é possível editar o conteúdo. Somente após Confira a seguir os ícones do aplicativo, que costu-
duplo clique será possível a edição do conteúdo; mam ser questionados em provas.
z Anotações: exibir a página de anotações para edi-
tar as anotações do orador da forma como ficarão
Para entrar em modo de apresentação de sli-
quando forem impressas;
des do começo, devemos pressionar F5
z Modo de Exibição de Leitura: exibir a apresenta-
ção como uma apresentação de slides que cabe na A outra forma de iniciar uma apresentação de
janela. A barra de título do PowerPoint continuará slides é a partir do Slide Atual, pressionando
sendo exibida. Shift+F5 ou clicando no ícone da guia Apre-
sentação de Slides
Noções de Edição e Formatação de Apresentações
Apresentar on-line: transmitir a apresentação
de slides para visualizadores remotos que
A preparação de uma apresentação de slides segue
possam assisti-la em um navegador da Web
uma série de recomendações, quanto a quantidade de
texto, quantidade de slides, tempo da apresentação, etc. Apresentação de Slides Personalizada: criar ou
Entretanto, para concursos públicos, o foco é outro. executar uma apresentação de slides persona-
O questionamento é sobre como fazer, onde configurar, lizada. Uma apresentação de slides personali-
9
-3
como apresentar, etc. zada exibirá somente os slides selecionados.
40
Para entrar em modo de apresentação de slides do Este recurso permite que você tenha vários
.5
começo, devemos pressionar F5. Podemos escolher o íco- conjuntos de slides diferentes (por exemplo,
33
ne ‘Do Começo’ na guia Apresentações de Slides, grupo uma sucessão de slides de 30 minutos e outra
.6
(esquerdo) do mouse exibirá um ‘laser pointer’ na apre- Testar Intervalos: iniciar uma apresentação
io
sentação. Pressionar a letra C ou vírgula deixará a tela de slides em tela inteira na qual você possa CONHECIMENTOS DE INFORMÁTICA
ric
em branco (clara). Pressionar E ou ponto final deixa a testar sua apresentação. A quantidade de
au
A edição dos elementos textuais e parágrafos segue os você pode salvar esses intervalos para exe-
princípios do editor de textos Word. E os comandos tam- cutar a apresentação automaticamente no
bém são os mesmos. Por exemplo, o Salvar como PDF. futuro
De acordo com o formato escolhido, alguns recursos
Gravar Apresentação de Slides: gravar narra-
poderão ser desabilitados.
ções de áudio, gestos do apontador laser ou
intervalos de slide e animação para reprodu-
FORMATO ANIMAÇÕES TRANSIÇÕES ÁUDIO ção durante a apresentação de slides
PPTX X X X Álbum de Fotografias: criar ou editar uma
PPSX X X X apresentação com base em uma série de ima-
gens. Cada imagem será colocada em um sli-
PDF - - - de individual
MP4 X X X Ação: adicionar uma ação ao objeto selecionado
para especificar o que deve acontecer quando
JPG/PNG - - - você clicar nele ou passar o mouse sobre ele
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O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para Mauricio Nicoli dos Santos - 000.633.540-39, vedada, por quaisquer meios e a qualquer
título, a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.
Inserir número do slide: o número do slide re- Importante!
flete sua posição na apresentação
O que você faz no Word, você faz no Writer. Qua-
Inserir vídeo no slide: permite inserir um video- se tudo tem correspondente entre os aplicati-
clipe no slide vos. Alguns atalhos de teclado são diferentes,
alguns nomes de comandos são diferentes, mas
Inserir áudio no slide: permite inserir um clipe a maioria dos itens são iguais.
de áudio no slide
Gravação de tela: gravar o que está sendo exi- O botão abc é usado para fazer a verificação orto-
bido na tela e inserir no slide gráfica (atalho F7). Para realizar a auto verificação
ortográfica o atalho é Shift+F7. A auto verificação
Formas: linhas, retângulos, formas básicas, ortográfica é para correção automática de todos os
setas largas, formas de equação, fluxograma, erros do documento segundo as configurações prede-
estrelas e faixas, textos explicativos e botões terminadas pelo editor de textos Writer.
de ação O recurso de Ortografia e Gramática, acionado pela
tecla F7, permite identificar erros de ortografia (uma
OUTLOOK - VERSÃO O365 palavra de cada vez, sublinhado ondulado vermelho)
ou gramática (várias palavras, sublinhado ondulado
O Outlook 2019 pertence ao pacote Microsoft Office verde). Já a autocorreção é um recurso diferente, que
2019, que é a versão de instalação dos aplicativos no permite substituir erros comuns, como a ausência de
computador. O Office 2019 é adquirido com o pagamen- maiúscula no início de uma frase, corrigir o uso aci-
to de uma licença de uso, e não recebe atualizações de dental da tecla CapsLock (invertendo a digitação entre
certos recursos. O Outlook 365 pertence ao Office 365, maiúscula e minúscula), acentuação na palavra não
que tem pagamento recorrente de uma assinatura, e (quando digitamos naõ), e principalmente a substitui-
recebe atualizações de novidades mensalmente. ção de símbolos por palavras, definidos pelo usuário,
O Outlook 2019 trouxe o Verificador de Acessibilida- no menu Ferramentas, Opções de Autocorreção.
de, para verificar a mensagem quanto aos padrões inter-
nacionais e recomendações úteis para tornar os e-mails Estrutura Básica dos Documentos
acessíveis para portadores de necessidades especiais.
A Caixa de Entrada ganhou a opção Destaques, Os documentos do LibreOffice Writer possuem a
para armazenar as mensagens importantes (que estrutura básica semelhante aos conceitos do Micro-
9
foram enviadas com prioridade alta, de remetentes da soft Word, diferenciando apenas em:
-3
organização, ou que foram respondidas pelo usuário).
40
As mensagens que não possuem essas características z Documentos: arquivos ODT (Open Document Text).
serão armazenadas na nova pasta Outros, dentro da .5
Os documentos são arquivos editáveis pelo usuá-
33
Caixa de Entrada. rio. Os Modelos, com extensão OTT (Open Template
.6
Na versão 2016, o usuário conseguiu enviar arqui- Text), contém formatações que serão aplicadas aos
00
vos anexos gigantes através do armazenamento na novos documentos criados a partir dele;
-0
nuvem. Na versão 2019, aqueles anexos armazena- z Páginas: unidades de organização do texto, segundo
os
dos na nuvem serão baixados com a mensagem, sem o tamanho do papel e margens. Definições estão no
nt
necessidade de clicar nos links do OneDrive, como menu Formatar, item Estilo da Página..., guia Página.
Sa
Para quem utiliza o Outlook como cliente de e-mail, car estilos, efeitos e temas, tanto nas fontes, como nos
ic
as novidades sempre adicionam recursos úteis para parágrafos e nas páginas. O LibreOffice Writer tem
N
as tarefas cotidianas, otimizando a sua produtividade. todos estes recursos, como o Microsoft Word.
io
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guração aplicada.
M
9
-3
Sobrelinha - - - Exemplo de Texto
40
Sobrescrito Ctrl+Shift+mais .5
Ctrl+Shift+P
33
Exemplo de Texto
.6
00
Exemplo de Texto
os
Sombra - -
nt
Sa
CONHECIMENTOS DE INFORMÁTICA
ric
Uma dúvida muito comum entre os candidatos que prestam provas de concursos públicos está relacionada
com os atalhos de teclado. Afinal, qual é a lógica que existe por trás destas combinações de teclas?
Os atalhos de teclado do Microsoft Office são próprios e em português. No LibreOffice, como em aplicações na
Internet (coloquei a opção do Google Documentos), os atalhos são em inglês.
Alguns atalhos não possuem exatamente a mesma inicial do comando, por estar sendo usado em outra situação.
Centralizado, por exemplo, do inglês Center. A letra C já está sendo usada em Ctrl+C (Copiar), e a próxima letra está dispo-
nível. Assim, o atalho de teclado para centralizar um texto é Ctrl+E, tanto no Word como no Writer.
Ctrl+D 5
Formatar Fonte Sublinhado Duplo (Double) -
Barra de endereços do
Ctrl+K Inserir hiperlink Inserir hiperlink
navegador
9
-3
40
Ctrl+M Aumentar recuo9 Limpar formatação direta Ctrl+\
Ctrl+N 10
Negrito Novo documento (New) .5 -
33
.6
Ctrl+R Repetir último comando Alinhar texto à direita (Right) Recarregar a página (Reload)
nt
Sa
5 O atalho de teclado Ctrl+D, quando acionado no navegador de Internet, permite adicionar a página atual em Favoritos, que são os sites
preferidos do usuário.
6 O atalho de teclado Ctrl+G, quando acionado no navegador de Internet, permite localizar uma informação na página atual.
7 O atalho de teclado Ctrl+J, quando acionado no navegador de Internet, permite visualizar as transferências de arquivos em andamento e
consultar os arquivos que foram baixados (Downloads).
8 O atalho de teclado Ctrl+L, quando acionado no navegador de Internet, permite localizar uma informação na página atual.
9 Recuo é a distância do texto em relação à margem da página. O atalho de teclado Ctrl+M no Microsoft Word, aumenta o recuo esquerdo do
parágrafo.
10 O atalho de teclado Ctrl+N, quando acionado no navegador de Internet, abre uma nova janela de navegação.
11 O atalho de teclado Ctrl+igual, quando acionado no navegador de Internet, aumenta o zoom de exibição da página.
290 12 O atalho F3 no navegador aciona a pesquisa, e Shift+F3 também.
O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para Mauricio Nicoli dos Santos - 000.633.540-39, vedada, por quaisquer meios e a qualquer
título, a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.
Um dos comandos que mais confunde candidatos na prova é o Navegador, do LibreOffice. Não tem nenhuma relação
com o browser de Internet e é usado para navegar dentro do documento em edição.
No LibreOffice Writer, o atalho F5 aciona o Navegador, que permite a navegação para:
z Página;
z Títulos;
z Tabelas;
z Quadros;
z Objetos OLE;
z Marca-páginas;
z Seções;
z Hiperlinks;
z Referências;
z Índices;
z Anotações;
z Objetos de Desenho;
z Controle;
z Fórmula de tabela;
z Fórmula de tabela incorreta.
A seleção no LibreOffice Writer tem uma sutil diferença em relação ao Microsoft Word. É a possibilidade de uso
de 4 cliques na seleção. Confira:
9
-3
40
Cabeçalhos
.5
33
Localizado na margem superior da página, poderá ser configurado em Inserir, Cabeçalho e rodapé.
.6
Assim como no Word, é possível trabalhar com configurações diferentes dentro do mesmo documento. Para
00
Esta região aceitará qualquer elemento que seria usado no documento, como textos, imagens, tabelas, campos,
os
Inserir
ol
ic
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CONHECIMENTOS DE INFORMÁTICA
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291
O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para Mauricio Nicoli dos Santos - 000.633.540-39, vedada, por quaisquer meios e a qualquer
título, a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.
Diferentemente da interface do Microsoft Word, que é baseada na Faixa de Opções com guias, grupos e ícones,
o LibreOffice tem a interface baseada em menus. Na tabela a seguir, confira algumas dicas para compreender a
sequência de comandos e menus do Writer. As dicas são válidas para o LibreOffice Calc e LibreOffice Impress.
MENU SIGNIFICADO
Permitem acesso às configurações de arquivo sobre o documento atual (novo, abrir, fechar, salvar, imprimir,
Arquivo
propriedades)
Permite acesso à Área de Transferência, além das opções temporárias (localizar, substituir, selecionar) e área
Editar
de transferência do Windows/Linux
Permite a configuração dos objetos que serão exibidos na tela do aplicativo. Modos de visualização, interface
Exibir
do usuário, elementos da tela de edição, Marcas de Formatação, Barra Lateral e Zoom
Permite adicionar um item que não existe no documento atual. Adicionar qualquer objeto no arquivo atualmen-
Inserir te editado. Se este objeto é atualizável, será um campo. Elementos da página, elementos gráficos, elementos
visuais, referências e índices, elementos de mala direta e cabeçalho e rodapé
Formatar significa dar um formato a um objeto que já existe. Parágrafo, estilos, marcadores e numeração,
Formatar
tabulações, etc. Permite alterar elementos editáveis do documento
Os estilos são formatações predefinidas para serem usadas no texto. Posteriormente poderão ser organizadas
Estilos
em um índice
Disponibilizam ferramentas para o trabalho com tabelas, segundo as convenções próprias do recurso. Ao in-
Tabelas
cluir uma tabela no documento, a barra de ícones Tabela será exibida
Permite a edição e programação de formulários diretamente no documento aberto, para entrada de dados
Formulários
padronizados
Impressão
9
Disponível no menu Arquivo, e também pelo atalho Ctrl+P (e também pelo Ctrl+Shift+O, Visualizar Impressão),
-3
a impressão permite o envio do arquivo em edição para a impressora. A impressora listada vem do Windows, do
40
Painel de Controle (ou Configurações, no caso do Windows 10).
.5
Podemos escolher a impressora, definir como será a impressão (Imprimir Todas as Páginas, ou Seleção, Páginas especí-
33
ficas), quais serão as páginas (números separados com ponto e vírgula/vírgula indicam páginas individuais, separadas por
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00
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título, a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.
Havendo a possibilidade disponível na impressora, serão impressas de um lado da página, ou frente e verso
automático, ou manual. Ao contrário do Word, que exibe tudo em uma única tela do Backstage, o Writer divide
em guias as opções da impressão.
LIBREOFFICE CALC
O LibreOffice oferece o aplicativo Calc para criação de planilhas de cálculos. Opera de forma semelhante ao
Microsoft Excel, e possui apenas algumas diferenças (que já foram questionadas em concursos públicos).
Os arquivos de planilhas de cálculos podem ser criados pelo Microsoft Excel, LibreOffice Calc e Google Plani-
lhas. O arquivo produzido em um aplicativo poderá ser editado por outro programa, pois são compatíveis entre si.
Podemos gravar uma planilha do Microsoft Excel em qualquer local, e pelo LibreOffice Calc abrir normalmente. O
LibreOffice Calc reconhece o formato XLS/XLSX do Excel sem problemas, e o local de armazenamento não influencia
nos recursos disponíveis no aplicativo.
O arquivo criado pelo LibreOffice Calc receberá a extensão padrão ODS (Open Document Sheet), que é um com-
ponente do ODF (Open Document Format). O arquivo gravado é conhecido como PASTA DE TRABALHO, e poderá
ser gravado no formato do Microsoft Office, todas as versões.
Em cada Pasta de Trabalho, o LibreOffice Calc inicia com 1 planilha (folha de dados), identificada por abas na
parte inferior da tela de visualização. Cada planilha é independente das demais, e usamos o sinal de ponto final para
referenciar dados em outras planilhas.
As colunas são identificadas por letras, nomeadas de A até AMJ (tecla F5 para navegar na planilha, que possui 1024
colunas). As linhas são numeradas com números, de 1 até 1.048.576 (tecla F5 para navegar na planilha).
O encontro entre uma linha e uma coluna é célula.
O LibreOffice Calc tem menos colunas que o Microsoft Excel. Mas, isso não significa que ele seja melhor ou pior. Cuidado
com as comparações. Quando a banca sugere uma comparação, menosprezando um dos itens, geralmente está errado.
Conceitos Básicos
A célula pode receber diferentes formatações, especialmente na exibição de valores numéricos. Para a exi-
bição retornar ao padrão, pressionar Ctrl+M. A formação de células, linhas e colunas possibilita definir bordas,
sombreamento, e padrões que serão aplicados a estas.
Uma opção muito utilizada no Calc, e também no Excel, é Intervalos de Impressão. A planilha é grande (muitas
células, nomeadas de A1 até AMJ1048764) e podemos marcar o intervalo (Definir) que será considerado na impressão.
A formatação Condicional permite exibir células de diferentes cores e padrões, segundo condições estipuladas.
Por exemplo, quando desejamos que os números negativos sejam vermelhos e os positivos em azul, é um caso.
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-3
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Formatar
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.6
00
-0
os
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id
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CONHECIMENTOS DE INFORMÁTICA
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Condicional
Gerenciar...
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O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para Mauricio Nicoli dos Santos - 000.633.540-39, vedada, por quaisquer meios e a qualquer
título, a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.
A formatação condicional pode apresentar visualmen- z > (sinal de maior) maior que. Usado para testes,
te as diferenças existentes nos dados da planilha de cálcu- para comparação.
los. É um recurso útil e muito questionado em provas. Exemplo: =SE(A1>A2;”A1 é maior”;”A2 é maior”) –
efetua um teste e exibe uma mensagem.
Simbologia Específica
z < (sinal de menor) menor que. Usado em testes,
z Coluna+Linha formato de referência de cada célu- para comparação.
la da planilha. Colunas com letras, linhas com Exemplo: =SE(A1<A2;”A1 é menor”;”A2 é menor”) –
números. O formato de referência é idêntico no efetua um teste e exibe uma mensagem.
Excel e Calc.
z >= (sinal de maior e sinal de igual, consecutivos,
Exemplo: A1 – coluna A, linha 1, célula A1. sem espaço) maior ou igual a. Usado em testes,
para comparação.
z = (sinal de igual) inicia uma fórmula ou função, ou Exemplo: =SE(A1>=A2;”A1 é maior ou igual a A2”;”A2
faz uma comparação dentro de um teste. é maior que A1”) – teste e exibe uma mensagem.
Exemplos: = A1+A2 - efetua a soma do valor em A1
com o valor em A2. z <= (sinal de menor e sinal de igual, consecutivos,
=SE(A1=A2;”é igual”;”é diferente”) – efetua um tes- sem espaço) menor ou igual a. Usado em testes,
te e exibe uma mensagem. para comparação.
Exemplo: =SE(A1<=A2;”A1 é menor ou igual a
z + (sinal de mais) Adição, ou início de fórmula/ A2”;”A2 é menor que A1”) – teste e exibe uma
função. mensagem.
Exemplo: +A1+A2 – efetua a soma do valor em A1
com o valor em A2. z <> (sinal de menor e sinal de maior, consecuti-
vos, sem espaço) diferente. O Excel/Calc não usa o
símbolo ≠ Usado em testes, para comparação.
z - (sinal de menos) Subtração, ou início de fórmula/
Exemplo: =SE(A1<>A2;”Valores diferentes”;”São
função com inversão de resultado.
iguais”) – teste e exibe uma mensagem.
Exemplo: -A1+A2 – efetua a soma do valor em A1
com o valor em A2, invertendo o resultado.
z ( ) (parênteses) Organizam operadores, valores,
expressões, alterando a ordem de cálculo. O Excel
z * (asterisco) multiplicação.
e Calc não utiliza chaves ou colchetes, como na
Exemplo: =A1*A2 - efetua a multiplicação do valor
matemática, apenas parênteses.
9
em A1 pelo valor em A2.
-3
40
z ; (ponto e vírgula) separador de argumentos de uma
z / (barra ‘normal’) divisão.
Exemplo: =A1/A2 - efetua a divisão do valor em A1 .5
função ou separador de células em uma referência.
33
Pode significar E em uma referência de valores.
pelo valor em A2.
.6
valor em formato de porcentagem. Não faz o cálcu- Exemplo: = SOMA(A1:C3) – efetua a soma dos valo-
lo. Para fazer o cálculo, é preciso dividir por 100 o
id
res na faixa A1 até C3, incluindo A2, A3, B1, B2, B3,
resultado (por cento, por 100).
ol
C1 e C2.
ic
N
z & (símbolo de E comercial) concatenação. Reúne z “ (aspas) indicam expressões de textos literais.
io
=”Fernando”&”Nishimura”
=15&30
M
9
tentes, de A1 até B4. O LibreOffice Calc não faz ‘trian-
-3
gulação’, operando apenas áreas quadrangulares. z CONT.VALORES (células): esta função conta todas
40
=SOMA(A1;B1;C1:C3) Efetua a soma dos valores as células em um intervalo, exceto as células vazias.
.5
=CONT.VALORES(A1:A10) Informa o resultado da
33
A1 com B1 e C1 até C3.
=SOMA(1;2;3;A1;A1) Efetua a soma de 1 com 2 contagem, informando quantas células estão preen-
.6
00
de soma nas células selecionadas, se uma condição um intervalo, exceto células vazias e células com
nt
res de A1 até A5 que sejam maiores que 15. intervalo A1 até A8 possuem valores numéricos.
id
res de A1 até A10 que forem iguais a 10. A sintaxe é z CONT.SE (células;condição): esta função conta quan-
ic
=PROCV(105;A2:C7;2;VERDADEIRO) e
=PROCV(“Monte”;B2:E7;2;FALSO)
A função PROCV é um membro das funções de pesquisa e Referência, que incluem a função PROCH.
Use a função tirar ou a função arrumar para remover os espaços à esquerda nos valores da tabela.
z PROCH (o que ; onde ; linha ; aproximadamente): procura um valor na horizontal. Caso encontre, retorna a
linha correspondente ao argumento informado. E a busca poderá ser exata ou aproximada.
Tanto o LibreOffice Calc como o Microsoft Excel usam precedência de operadores matemáticos para a resolução
das fórmulas.
A ordem de prioridade é parênteses, depois exponenciação (ou potência), depois multiplicação e divisão, e por
último, adição e subtração.
^ Exponenciação A primeira operação que deve ser executada
* Multiplicação A próxima operação a ser executada, assim como a Divisão.
/ Divisão
+ Adição Após realizar exponenciação, multiplicação e divisão, faça a adição/subtração.
- Subtração.
- Inversão de sinal Depois que todo o cálculo for realizado, faça a inversão do sinal.
Obs.: o uso de parênteses altera a ordem dos operadores matemáticos.
P.E.M.D.A.S. = parênteses, exponenciação, multiplicação, divisão, adição e subtração.
Diferentemente da interface do Microsoft Excel, que é baseada na Faixa de Opções com guias, grupos e ícones,
o LibreOffice tem a interface baseada em menus. Na tabela a seguir, confira algumas dicas para compreender a
sequência de comandos e menus do Calc. As dicas são válidas para o LibreOffice Writer e LibreOffice Impress.
MENU SIGNIFICADO
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-3
40
Arquivo Oferece comandos para o gerenciamento do arquivo atual, aquele que está em primeiro plano
.5
Acesso a recursos temporários (localizar, substituir, selecionar) e área de transferência do Windows/
33
Editar
Linux
.6
00
Exibir Acesso aos controles sobre o que será mostrado na tela de edição, e como será exibido
-0
Adicionar qualquer objeto no arquivo atualmente editado. Se este objeto é atualizável, será um
os
Inserir
campo
nt
Sa
Formatar Mudar a aparência, mudar a configuração, dar uma forma, alterar o que está em edição
os
Dados Classificação, filtro, filtro avançado, e demais opções de organização dos dados
ric
LIBREOFFICE IMPRESS
O aplicativo Microsoft PowerPoint se tornou, após anos, sinônimo de apresentações. É comum falarmos que esta-
mos apresentando um PowerPoint, mesmo que o arquivo tenha sido criado no LibreOffice Impress.
Os softwares de edição de slides (Microsoft PowerPoint, LibreOffice Impress, Google Apresentações) permitem
a criação de uma apresentação de slides para exibição para um público.
Ao iniciar o aplicativo, o usuário poderá escolher um modelo de apresentação para criação de um novo arqui-
vo. Ou poderá cancelar a caixa de diálogo, e escolher um arquivo que está gravado em um local de armazenamen-
to permanente, para ser aberto e editado naquela sessão de trabalho.
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O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para Mauricio Nicoli dos Santos - 000.633.540-39, vedada, por quaisquer meios e a qualquer
título, a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.
9
-3
Arquivos do PowerPoint são abertos pelo LibreOffice Impress (antigo OpenOffice, BrOffice).
40
Da mesma forma, arquivos do LibreOffice Impress (formato ODP – Open Document Presentation) podem ser
.5
abertos pelo Microsoft PowerPoint. 33
Ambos são capazes de produzir arquivos PDFs.
.6
O LibreOffice Impress permite exportar uma apresentação ou desenho para diferentes formatos, incluindo os
00
CONHECIMENTOS DE INFORMÁTICA
ric
au
Importante!
M
Extensões de arquivos estão entre os itens mais questionados em provas de concursos das bancas organizadoras
Os modos de exibição permitem alternar entre a edição (Normal), exibição de títulos (Estrutura de Tópicos),
Notas (Anotações do apresentador) e Organizador de Slides (classificação de slides – miniaturas para organização).
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título, a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.
z Leiaute: permite a escolha do tipo de conteúdo que será inserido no slide. Para não esquecer: é o esqueleto de
cada slide da apresentação. O layout do slide (leiaute do eslaide) é a definição da posição dos objetos dentro de
cada slide da apresentação;
z Modelos: permite a escolha do projeto visual que será utilizado no slide. Para não esquecer: é a aparência da
apresentação;
z Transição: permite a escolha do efeito visual que será utilizado na passagem de um slide para outro slide. Para
não esquecer: é a animação entre os slides da apresentação;
z Mestre: permite a escolha da posição de todos os elementos dentro de uma apresentação, assim como confi-
gurações específicas. Podemos configurar os slides, folhetos e anotações. Para não esquecer: é o esqueleto de
toda a apresentação.
Exibir
Slide mestre
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Assim como nos demais aplicativos, o ícone permite transformar um objeto inserido em um hyperlink. O
ícone está disponível na Barra de Ferramentas Padrão. Atalho de teclado: Ctrl+K
No LibreOffice, o Hiperlink poderá ser para:
Correio: abre o aplicativo de e-mail padrão para o envio de uma mensagem eletrônica.
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título, a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.
Documento: para algum local do documento atual, como uma Tabela, Seção ou Quadro.
Diferentemente da interface do Microsoft PowerPoint, que é baseada na Faixa de Opções com guias, grupos e
ícones, o LibreOffice tem a interface baseada em menus. Na tabela a seguir, confira algumas dicas para compreen-
der a sequência de comandos e menus do Impress. As dicas são válidas para o LibreOffice Writer e LibreOffice Calc.
MENU SIGNIFICADO
Arquivo Oferece comandos para o gerenciamento do arquivo atual, aquele que está em primeiro plano
Acesso aos controles sobre o que será mostrado na tela de edição, e como será exibido.
Exibir
Cor, preto e branco, escala de cinza
Formatar Mudar a aparência, mudar a configuração, dar uma forma, alterar o que está em edição
Menu Slide
9
-3
Novidade do LibreOffice Impress 5 mantida na versão 6/7, que não existia nas versões anteriores. Possui opções
40
similares à guia Apresentação de Slides do Microsoft PowerPoint. Contém as opções para manipulação dos slides
.5
da apresentação, incluindo o item Transição de Slides, para adicionar uma animação entre os slides.
33
.6
00
Slide
-0
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CONHECIMENTOS DE INFORMÁTICA
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M
Outra novidade do LibreOffice Impress 5, com as opções e comandos para controle da apresentação. Foi man-
tido nas versões seguintes.
Semelhante ao PowerPoint, F5 inicia a apresentação a partir do primeiro slide e Shift+F5 inicia a partir do slide
atual. Esta é uma alteração importante, pois nas versões anteriores, F5 iniciava no slide atual, e agora é como no
PowerPoint, com dois atalhos de teclado diferentes.
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título, a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.
Ataques e ameaças à Segurança da Informação
Invasor Software
Vírus de
computador malicioso
9
-3
mento dos usuários também é importante, considerando políticas de segurança e práticas recomendadas, entre
40
que eles compreendem o elo mais fraco e vulnerável no outras ações. Além disso, deverá utilizar conexões segu-
.5
que se refere à Segurança da Informação. ras, como as VPN’s – Virtual Private Network –, para
33
acesso aos serviços remotos (Computação na Nuvem);
.6
por diferentes equipamentos, que são transparentes para o usuário aumente a frequência de questões sobre esse tema,
N
Entre o servidor remoto e o usuário final, as infor- Nuvem, suas características, os tipos de nuvem, os ser-
au
mações solicitadas passarão por vários dispositivos de viços oferecidos e as vantagens e desvantagens. Vale
M
conexão (roteadores, repetidores de sinal, switches, ressaltar que esse tópico já foi bastante abordado em
bridges, gateways) antes de serem apresentadas no alguns concursos, em provas de diversos cargos.
dispositivo do usuário. Vírus de computador e softwares maliciosos:
quem nunca foi vítima, não é mesmo? Esse será o ter-
Dica ceiro tópico sobre Segurança da Informação, no qual
abordaremos os ataques e ameaças, com destaque
Paradigma cliente-servidor: nós somos clientes para os principais e mais comuns em provas de con-
e acessamos informações em servidores remo- cursos. Assim como Computação na Nuvem, o tópico
tos. As redes de computadores, em concursos “Noções de Vírus, Worms e Pragas Virtuais” também é
públicos, são abordadas, seguindo esse paradig- muito questionado em concursos públicos.
ma. Usamos cliente web (browser ou navegador) Finalizando o conteúdo de Segurança da Informa-
para acessar um servidor web. Usamos cliente ção, estudaremos os mecanismos de proteção e defesa
de e-mail para acessar um servidor de e-mail. contra os ataques e ameaças. Existem equipamentos
Usamos um cliente FTP para acessar um servi- de proteção, no entanto, em concursos públicos, geral-
dor FTP. mente, são questionados os aplicativos para seguran-
300 ça (antivírus, firewall, anti-spyware etc.).
O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para Mauricio Nicoli dos Santos - 000.633.540-39, vedada, por quaisquer meios e a qualquer
título, a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.
Apesar de existirem soluções integradas e avançadas para os problemas de Segurança da Informação, que até
usamos em nossos dispositivos, nos concursos públicos, são questionadas as definições oficiais e as configurações
padrão dos programas.
As redes privadas virtuais, popularmente identificadas pela sigla VPN (do inglês Virtual Private Network), são
criadas pelas empresas e usuários, para estabelecer uma conexão segura entre dois pontos.
Antes de iniciarmos nosso estudo sobre elas, vamos conhecer alguns dos conceitos básicos das redes de com-
putadores, de acordo com as suas características de uso e nível de segurança.
Intranet
Intranet
Extranet
Conexão segura
É importante destacar que, toda Intranet é uma LAN, mas nem toda LAN é uma Intranet.
Por que usar uma VPN?
9
-3
Porque é importante e necessário. A Internet é a rede mundial de computadores, que conecta diversos disposi-
40
tivos entre si, utilizando uma estrutura pública e insegura oferecida pelos governos e operadoras de telefonia. O
.5
acesso à Internet é oferecido para todos e, por isso, usuários mal-intencionados conseguem interceptar a comuni-
33
cação de outros usuários, monitorando o tráfego de dados e roubando informações.
.6
Com uma VPN estabelecida entre os dispositivos, o risco na transmissão é muito pequeno. Lembrando que
00
Usuário mal-intencionado
os
nt
Sa
os
id
ol
insegura monitorado
N
io
Conexão
CONHECIMENTOS DE INFORMÁTICA
ric
Figura 5. Usuários mal-intencionados procuram “escutar” uma conexão insegura em busca de dados que possam comprometer a privacidade do
M
usuário ou empresa.
As empresas utilizam softwares de terceiros para estabelecer a conexão segura entre os dispositivos de seus colabo-
radores. Existem vários softwares que possibilitam a conexão segura, como a Área de Trabalho Remota (Windows) e
soluções de empresas de segurança digital (Forticlient VPN, Citrix Metaframe, TeamViewer, LogMeIn etc.).
Os protocolos são padrões de comunicação. Para estabelecer uma conexão segura, protocolos seguros serão usados,
criando um túnel seguro entre o emissor e o receptor, por meio de um ambiente vulnerável. Eles procuram encapsular
os dados transmitidos, para que, em caso de monitoramento, a leitura do conteúdo torne-se impossível, uma vez que os
dados se tornam criptografados.
301
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título, a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.
Usuário mal-intencionado
Conexão Conexão
segura segura
Usuário remoto Internet Empresa
Figura 6. Usuários mal-intencionados não conseguem monitorar o conteúdo de uma conexão que esteja protegida com um protocolo seguro.
Protocolos
Quando uma navegação na Internet é realizada, os protocolos transferem os dados de um servidor para o
cliente de acordo com o paradigma Cliente-Servidor. O servidor oferece os dados e provê a conexão e, então, o
cliente acessa as informações e solicita serviços.
Em uma conexão, para evitar que os dados sejam acessados por pessoas não autorizadas, protocolos de segu-
rança e proteção poderão ser implementados, utilizando-se de chaves e certificados digitais para a garantia da
transferência segura dos dados.
9
Muitas siglas de protocolos estão relacionadas com este tópico. Confira algumas delas:
-3
40
PROTOCOLO SIGNIFICADO CARACTERÍSTICAS SEGURO?
.5
33
GRE Generic Routing Encapsulation Desenvolvido pela CISCO, prioriza a velocidade Não
.6
SSL Secure Sockets Layer Camada adicional de segurança para a conexão Sim
00
TLS Transport Layer Security Camada de transporte seguro para a conexão Sim
-0
L2TP Layer 2 Tunnelling Protocol minhamento da Camada 2) e PPTP (Protocolo de Tu- Não
ric
nelamento Ponto-a-Ponto)
au
Dica
Protocolos seguros costumam mostrar a letra S na sua sigla, como em HTTPS.
Um protocolo seguro procura estabelecer uma conexão segura entre os dispositivos, possibilitando a troca de
informações. Antes do envio de dados, a conexão segura será negociada entre os dispositivos e aprovada após a
confirmação do certificado digital.
302
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Usuário remoto Empresa
A conexão é segura?
Sim, ela é. Segue o certificado digital.
OK. Conexão segura estabelecida?
Criptografando o caminho, para envio de dados.
Figura 7. A criptografia é usada para garantir a autenticidade e a integridade das conexões.
A conexão remota poderá ser uma simples conexão direta entre os dispositivos (ponto a ponto, túnel de cone-
xão, sem criptografia dos dados trafegados) ou uma conexão entre os dispositivos com segurança, utilizando
protocolos seguros, para criptografar o conteúdo trafegado no túnel de conexão.
Programas
Após conhecer as definições de uma VPN e os protocolos que podem ser utilizados, é comum surgir uma dúvida:
quais são os programas que usamos para transformar o nosso dispositivo em um cliente VPN?
A resposta é: depende. Cada dispositivo possui um sistema operacional e, de acordo com a origem (cliente) e o
destino (servidor), existem programas mais adequados para cada cenário.
A utilização de um software de VPN, a fim de acessar a rede interna de uma organização (no modelo VPN client
to site), implementa segurança aos dados trafegados na forma de criptografia, para garantir a autenticidade e a
integridade das conexões. No entanto, onde a VPN será “iniciada”?
Nas redes de computadores, o firewall é um item especialmente importante em relação à segurança da informa-
ção. Ele é um filtro de portas TCP, que permite ou bloqueia o tráfego de dados. Logo, se uma conexão deseja enviar
9
e receber dados, precisa ter a porta correspondente liberada, em ambos os lados, tanto no cliente como no servidor.
-3
Se existe um firewall na rede, a VPN poderá ser instalada (e configurada) no firewall (mais comum), em frente
40
ao firewall (para autenticar o que está chegando), atrás do firewall (para autenticar o que chegou), paralelamente
.5
ao firewall (para acompanhar o envio e recebimento dos pacotes) ou na interface dedicada do firewall (na conexão
33
VPN site to site, para atender a vários dispositivos da rede).
.6
No Windows 10, a definição da VPN poderá ser realizada por meio da Central de Ações (atalho de teclado Windows
00
+ A) ou em Configurações, Rede e Internet, VPN. O acesso Home Office é um tipo de conexão externa que deverá utilizar
-0
uma VPN, para proteger os dados trafegados com o uso de criptografia implementada por protocolos seguros.
os
nt
Sabe-se que ameaças e riscos de segurança estão presentes no mundo virtual. Assim como existem pessoas
os
boas e más no mundo real, existem usuários com boas ou más intenções no mundo virtual.
id
Os criminosos virtuais são genericamente denominados como hackers, porém o termo mais adequado seria
ol
cracker. Um hacker é um usuário que possui muitos conhecimentos sobre tecnologia, podendo ser nomeado como
ic
White Hat – hacker ético que usa suas habilidades com propósitos éticos e legais –, Gray Hat – aquele que comete
N
crimes, mas sem ganho pessoal (geralmente, para exposição de falhas nos sistemas) – e Black Hat – aquele que
io
viola a segurança dos sistemas para obtenção de ganhos pessoais. CONHECIMENTOS DE INFORMÁTICA
ric
Amadores ou inexperientes, profissionais ou experientes, todo usuário está sujeito aos riscos inerentes ao uso
au
Devido à crescente integração entre as redes de comunicação, conexão com novos e inusitados dispositivos
(IoT – Internet das Coisas) e criminosos com acesso de qualquer lugar do mundo, as redes de informações torna-
ram-se particularmente difíceis de se proteger. Profissionais altamente qualificados são formados e contratados
pelas empresas com a única função de proteger os sistemas informatizados.
Em concursos públicos, as ameaças e os ataques são os itens mais questionados.
Dica
Você conhece a Cartilha de Segurança CERT? Disponível gratuitamente na Internet, ela é a fonte oficial de
informações sobre ameaças, ataques, defesas e segurança digital. Ela pode ser acessada pelo link: <https://
cartilha.cert.br/>. (Acesso em: 13 nov. 2020).
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Ameaças z Alta complexidade: refinados e avançados, os
ataques combinam o acesso às falhas do sistema,
As ameaças são identificadas como aquelas que novos códigos maliciosos desconhecidos e a dis-
possuem potencial para comprometer a oferta ou exis- tribuição do ataque com redes zumbis, tornando
tência dos ativos computacionais, tais como: informa- difícil a resolução do problema.
ções, processos e sistemas. Um ransomware – software
que sequestra dados, utilizando-se de criptografia e
solicita o pagamento de resgate para a liberação das
Dica
informações sequestradas – é um exemplo de ameaça. � Ameaças existem e podem afetar ou não os
É importante entender que, apesar de a ameaça sistemas computacionais;
existir, se não ocorrer uma ação deliberada para sua � Falhas existem e podem ser exploradas ou não
execução ou se medidas de proteção forem implemen- pelos invasores;
tadas, ela é eliminada e não se torna um ataque. As � Ataques são realizados todo o tempo contra
ameaças à segurança da informação podem ser clas- todos os tipos de sistemas.
sificadas como:
Vírus de Computador
� Tecnológicas: quando ocorre mudança no padrão
ou tecnologia, sem a devida atualização ou upgrade;
O vírus de computador é a ameaça digital mais
z Humanas: intencionais ou acidentais, que explo-
popular. Tem esse nome por se assemelhar a um vírus
ram vulnerabilidades nos sistemas;
orgânico ou biológico. O vírus biológico é um organis-
z Naturais: não intencionais, relacionadas ao
mo que possui um código viral que infecta uma célu-
ambiente, como as catástrofes naturais.
la de outro organismo. Quando a célula infectada é
acionada, o código viral é duplicado e se propaga para
As empresas precisam fazer uma avaliação das outras células saudáveis do corpo. Quanto mais vírus
ameaças que possam causar danos ao ambiente com- existirem no organismo, menor será o seu desempe-
putacional dela mesma (Gerenciamento de Risco), nho, fazendo com que recursos vitais sejam consumi-
implementar sistemas de autenticação (Controlar o dos, podendo levar o hospedeiro à morte.
Acesso), definir os requisitos de senha forte (Política de O vírus de computador é um código malicioso que
Segurança), manter um inventário e realizar o rastrea-
infecta arquivos em um dispositivo. Quando o arquivo
mento de todos os ativos (Gerenciamento de Recursos),
é executado, o código do vírus é duplicado, propagan-
além de utilizar sistemas de backup e restauração de
do-se para outros arquivos do computador. Quanto
dados (Gerenciamento de Continuidade de Negócios).
mais vírus existirem no dispositivo, menor será o seu
desempenho, fazendo com que recursos computacio-
Falhas
nais sejam consumidos, podendo levar o hospedeiro a
9
-3
uma falha catastrófica.
40
As falhas de segurança nos sistemas de informa-
ção poderão ser propositais ou involuntárias. Se o
.5
1. E-mail com vírus de computador é enviado para o usuário
33
programador insere, no código do sistema, uma falha
que produza danos ou permita o acesso sem auten-
.6
00
distribuição de notificações e correções de segurança. 2. E-mail é aberto e o arquivo anexo infectado é executado.
id
Ataques
ric
au
Sem dúvidas, o assunto de maior destaque, tanto E-mail com vírus Usuário Arquivo
M
9
O vírus “mutante” ou “polimórfico”, a
-3
Os worms não precisam ser executados pelo usuá-
Vírus do tipo cada nova multiplicação, o novo ví-
40
rio como os vírus de computador e a sua propagação
mutante rus mantém traços do original, mas
é diferente dele .5
será rápida caso não existam barreiras de proteção
33
que os impeçam.
.6
Vírus time bomb terminada data, causando algum tipo 1. Dispositivo infectado se conecta na rede do usuário
-0
Vírus stealth
que foram infectados para si e, quan-
id
9
para outros dispositivos e usuários conectados. Por
-3
serem autoexecutáveis, costumam consumir grande
40
quantidade de recursos computacionais, promovendo
a instalação de outros códigos maliciosos e iniciando .5
33
ataques na Internet em busca de outras redes remotas. Usuário Jogo on-line
.6
00
Pragas Virtuais
-0
os
É um código malicioso que realiza operações mal- É um programa malicioso que procura monitorar
ric
-intencionadas enquanto realiza uma operação dese- as atividades do sistema e enviar os dados capturados
au
jada pelo usuário, como um jogo on-line ou reprodução durante a espionagem para terceiros. Existem softwa-
de um vídeo. Ele é enviado com o conteúdo desejado e,
M
Importante! z Bot
O Trojan ou Cavalo de Troia é apresentado, no
enunciado de algumas questões de concursos, É um programa malicioso que mantém contato
como um tipo de vírus de computador. com o invasor, permitindo que comandos sejam exe-
306 cutados remotamente.
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título, a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.
O dispositivo controlado por um bot poderá integrar CÓDIGO
uma rede de dispositivos zumbis, a chamada botnet. CARACTERÍSTICAS
MALICIOSO
Quando o invasor deseja atacar sites para provo-
car Negação de Serviço, ele aciona os bots que estão Ataque aos servidores de DNS para
distribuídos nos dispositivos do usuário, para que Pharming alteração das tabelas de sites, direcio-
façam a ação danosa. Além de esconder os rastros da nando a navegação para sites falsos
identidade do verdadeiro atacante, os bots poderão Ataques na rede que simulam tráfe-
continuar sua propagação através do envio de cópias go acima do normal com pacotes de
para outros contatos do usuário afetado. Negação de dados formatados incorretamente,
Serviço fazendo o servidor remoto ocupar-
z Backdoor -se com os pedidos e erros, negando
acesso para outros usuários
É um código malicioso semelhante ao bot, mas que,
além de executar comandos recebidos do invasor, realiza � Código que analisa ou modifica o
ações para desativação de proteções e aberturas de por- tráfego de dados na rede, em busca
tas de conexão. O invasor, ciente das portas TCP que estão de informações relevantes como lo-
Sniffing
disponíveis, consegue acesso ao dispositivo para a instala- gin e senha
ção de outros códigos maliciosos e roubo de informações. � Enquanto o spyware não modifica o
Assim como os spywares, existem backdoors legíti- conteúdo, o sniffing pode alterar
mos (adicionados pelo desenvolvedor do software para
funcionalidades administrativas) e ilegítimos (para ope- Falsifica dados de identificação, seja
rarem independente do consentimento do usuário). do remetente de um e-mail (e-mail
Spoofing Spoofing), do endereço IP, dos servi-
ços ARP e DNS, escondendo a real
z Rootkit
identidade do atacante
É um código malicioso especializado em esconder Intercepta as comunicações da rede
e assegurar a presença de outros códigos maliciosos Man-In-The-
para roubar os dados que trafegam na
para o invasor acessar o sistema. Essas pragas virtuais -Midle
conexão
podem ser incorporadas em outras pragas, para que o
código que camufla a presença seja executado, escon- Intercepta as comunicações do apa-
dendo os rastros do software malicioso. Man-In-The- relho móvel, para roubar os dados
Após a remoção de um rootkit, o sistema afetado não -Mobile que trafegam na conexão do aparelho
se recupera dos dados apagados, sendo necessária uma smartphone
9
-3
cópia segura (backup) para restauração dos arquivos.
Enquanto uma falha não é corrigida
40
pelo desenvolvedor do software, inva-
Dica Ataque de dia
.5
sores podem explorar a vulnerabilida-
33
zero
de identificada antes da implantação
.6
os usuários visitantes
que ameaçam a Segurança da Informação e a privaci-
Sa
tiva até que um evento acionador seja Uma das ações mais comuns que procuram com-
prometer a segurança da informação é o ataque
au
executado
Phishing. O usuário recebe uma mensagem (por
M
Sequestrador de dados que criptogra- e-mail, rede social ou SMS no telefone) e é induzido a
fa pastas, arquivos e discos inteiros, clicar em um link malicioso. O link acessa uma pági-
Ransomware
solicitando o pagamento de resgate na que pode ser semelhante ao site original, induzin-
para liberação do o usuário a fornecer dados pessoais, como login e
senha. Em ataques mais elaborados, as páginas captu-
� Simulam janelas do sistema opera-
ram dados bancários e de cartões de crédito. O objeti-
cional, induzindo o usuário a acionar
vo é simples: roubar dinheiro das contas do usuário.
um comando, fazendo a operação
Scareware
continuar normalmente
� O comando iniciará a instalação de
códigos maliciosos
Usuário Usuário
Usuário
Usuário
3. Ele informa os seus dados pessoais
PROTEÇÃO DE ESTAÇÕES DE
TRABALHO: CONTROLE DE
Usuário DISPOSTIVOS USB, HARDENING,
ANTIMALWARE E FIREWALL PESSOAL
4. Seus dados são enviados para o invasor, que
APLICATIVOS PARA SEGURANÇA (ANTIVÍRUS,
rouba $$$ das contas bancárias ou faz
compras no seu cartão de crédito FIREWALL, ANTI-SPYWARE ETC.)
9
-3
Nos itens anteriores, conhecemos as diferentes
40
ameaças e ataques que podem comprometer a segu-
.5
rança da informação, expondo a privacidade do usuá-
33
rio. Para todas elas, existem mecanismos de proteção
.6
Outra ação mais elaborada tecnicamente é o Phar- ria desses códigos necessita de acesso ao dispositivo
Sa
ming. O invasor ataca um servidor DNS, modificando do usuário mediante autorização dada pelo próprio
os
as tabelas que direcionam o tráfego de dados e o usuá- usuário. A autorização de acesso poderá estar camu-
rio acessa uma página falsa. Da mesma forma que o
id
Antivírus
au
M
Usuário
308
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título, a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.
1. O usuário tem um vírus de computador instalado base de vírus conhecidos. Assim, na próxima atualiza-
ção do antivírus, todos poderão reconhecer e remover
o novo código descoberto.
Usuário Arquivo
Usuário Arquivo
Quarentena
=
Usuário
=
Usuário Arquivo
Fabricante
4. Ele poderá eliminar o vírus, isolar ou excluir o arquivo
Windows Defender
9
-3
Em concursos públicos, as soluções de antivírus de
40
terceiros, como Avast, AVG, Avira e Kaspersky rara-
Arquivo Arquivo
.5
= mente são questionadas. Nós as usamos em nosso dia
desinfectado excluído
33
a dia, mas, em provas de concursos, as bancas traba-
.6
Quando o antivírus encontra um código malicioso proteção, que é o Windows Defender. Na época do
Windows 7, a Microsoft adquiriu e disponibilizou o
os
z remover o vírus que infecta o arquivo; A seguir, foi desenvolvida a solução Windows Defen-
os
z criptografar o arquivo infectado e mantê-lo na der, para detecção e remoção de outros códigos mali-
id
pasta Quarentena, isolado; ciosos, como os worms e Cavalos de Troia. Além disso, o
Windows sempre ofereceu o firewall, um filtro de cone-
ol
Assim, o antivírus poderá proteger o dispositivo No Windows 10, o Windows Defender faz a detec-
io
através de três métodos de detecção: assinatura dos ção de vírus de computador, códigos maliciosos e
CONHECIMENTOS DE INFORMÁTICA
ric
vírus conhecidos, verificação heurística e comporta- opera o firewall do sistema operacional, impedindo
au
Worm Malware
E-mail com trojan E-mail com trojan Para proteção, o usuário deverá:
Figura 14. O firewall não analisa o conteúdo do tráfego, então
mensagens com anexos maliciosos passarão pela barreira e z manter o firewall ativado;
chegarão até o usuário. z manter o antivírus atualizado e ativado;
z manter o antispyware atualizado e ativado;
O firewall impede um ataque, seja de um hacker, z manter os programas atualizados com as corre-
9
-3
de um vírus, de um worm, ou de qualquer outra praga ções de segurança;
40
digital que procure acessar a rede ou o computador z usar uma senha forte para acesso aos sistemas e
.5
por meio de suas portas de conexão. Apenas o con- optar pela autenticação em dois fatores quando
33
teúdo liberado, como e-mails e páginas web, não será disponível.
.6
Usuário
Sa
os
id
Antivírus
N
9
ataques digitais, ele é considerado o elo mais fra- Após a conexão na rede mundial, o usuário deve
-3
co da corrente de segurança da informação, por
40
utilizar programas específicos para realizar a navega-
estar sujeito a enganos e trapaças dos atacan-
.5
ção e acesso ao conteúdo oferecido pelos servidores.
33
tes. A Engenharia Social consiste no conjunto de
.6
Conexão com
Intranet a Internet ou não. A Intranet uti-
N
autenticação
liza o mesmo protocolo da Inter-
io
O referido assunto já foi abordado em “Noções de net, o TCP, podendo usar o UDP CONHECIMENTOS DE INFORMÁTICA
ric
Redes de computadores
Utiliza os mesmos
Protocolos TCP/IP protocolos da Internet Protocolos seguros
A Internet é transparente para o usuário. Qualquer usuário poderá acessar a Internet sem ter conhecimento
técnico dos equipamentos que existem para possibilitar a conexão.
NAVEGADOR WEB
GOOGLE CHROME VERSÃO 106.0.5249.119 - VERSÃO OFICIAL - 64 BITS
O Google Chrome é um dos navegadores mais utilizados na atualidade e, também, um dos mais atualizados.
Por receber atualizações constantes e melhorias, transferidas para o computador em segundo plano enquanto o
utilizamos, dificilmente teremos instalada a versão que um edital especificou.
9
Conforme é sabido, o Google Chrome é um navegador para visualizar páginas da web. Nele é possível sincroni-
-3
40
zar marcadores, extensões da web, entre outros, a partir da iniciação de uma sessão. Pode-se salvar e sincronizar
itens como histórico, favoritos e senhas com a Conta do Google, mantendo-os sempre disponíveis em qualquer
.5
33
Chromebook e no Google Chrome em outros dispositivos quando se está conectado.
.6
O Google Chrome avisa se os sites que você está tentando visitar são perigosos ou enganosos. Também chama-
00
das de “sites de phishing”, “engenharia social” ou “malware”, essas páginas tentam te induzir a fazer algo perigoso
-0
on-line, como revelar senhas ou informações pessoais, geralmente por meio de um website falso.
Vale mencionar que Limpar Cache e Cookies não melhora o desempenho do navegador, pois os Cookies
os
(arquivos criados pelos websites) e o cache do navegador (que ajuda a carregar as páginas mais rapidamente)
nt
O Google Chrome permite que, ao se digitar um termo na barra de endereços (omnibox), este seja pesquisado
os
Com o Google Chrome no seu computador ou dispositivo móvel, você pode inserir as palavras de pesquisa dire-
tamente na barra de endereço (também chamada de “omnibox”). À medida que você digitar, verá frases ou URLs
ol
ic
As páginas vistas em guias anônimas não são armazenadas no histórico do navegador, nem nos cookies, ou no
io
histórico de pesquisa, depois que todas as guias anônimas são fechadas. Os arquivos dos quais você faz o down-
ric
Por padrão, o Google Chrome impede que pop-ups apareçam automaticamente na tela. Quando um pop-up é
bloqueado, a barra de endereços é marcada pelo ícone de pop-ups bloqueados (Pop-ups bloqueados). O usuário
M
A interface do navegador Google Chrome é executada em uma janela do Windows com os controles disponíveis
no canto superior direito.
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Barra de Endereços — F6 Nova guia — Ctrl+T
Recarregar — F5
Página inicial — Alt+Home Guia atual Pesquisar guias — Ctrl+Shift+A
Voltar
Avançar
z Voltar: permite retornar para a página anterior que já foi acessada durante a navegação. Atalho de teclado:
Alt+seta para a direita. Se manter o botão principal do mouse pressionado no ícone, será exibido o Histórico
de Navegação;
z Avançar: permite voltar para a próxima página que já foi acessada durante a navegação. Atalho de teclado:
Alt+seta para esquerda. Se manter o botão principal do mouse pressionado no ícone, será exibido o Histórico
de Navegação;
z Recarregar: permite carregar novamente os arquivos que formam a página em exibição. Atalho de teclado:
F5. Serão recarregados os arquivos que estão no cache do navegador, conferindo os carimbos de data e hora.
Para recarregar a página ignorando os carimbos de data e hora dos arquivos em cache, deve acionar o atalho
de teclado Ctrl+F5;
z Página Inicial: definida pelo usuário, a página inicial é a primeira página mostrada quando o navegador é
aberto. Atalho de teclado: Alt+Home. Pragas digitais como os sequestradores de página inicial, alteram este
9
endereço direcionando o usuário para sites que podem conter códigos maliciosos ou serem sites que contabi-
-3
40
lizam tráfego de dados para aumento das receitas;
z Barra de Endereços: informa o endereço URL que está sendo acessado, ou pesquisa os termos digitados no
.5
33
buscador padrão do navegador. Atalho de teclado: F6;
.6
z Guia atual: indica qual é a aba ou guia que está em primeiro plano. O navegador permite navegar em várias
00
abas ou guias simultaneamente, dentro da mesma janela do programa. Cada uma das guias tem um atalho de
-0
teclado personalizado, como Ctrl+1 para a primeira, Ctrl+2 para a segunda e Ctrl+9 para a última guia aberta;
z Nova guia: para iniciar uma nova aba ou guia de navegação, o usuário pode acionar o atalho de teclado Ctrl+T
os
(Tab = guia). Opcionalmente pode abrir uma nova janela do programa, com o atalho de teclado Ctrl+N (New =
nt
nova);
Sa
z Pesquisar guias: permite realizar a pesquisa em todas as guias que estão abertas. Atalho de teclado Ctrl+Shif-
os
t+A (All = todas). Para a pesquisa básica o atalho de teclado é Ctrl+F (Find = procurar), pesquisa somente em
id
uma guia de cada vez, enquanto “Pesquisar guias” permite pesquisar em todas ao mesmo tempo;
ol
ic
N
CONHECIMENTOS DE INFORMÁTICA
ric
au
M
z Barra de Favoritos: quando sites são adicionados em Favoritos, os endereços URL’s serão armazenados no
Gerenciador de Favoritos. A Barra de Favoritos, que poderá ser exibida em novas guias ou não, exibe os ícones
dos links que já foram marcados como preferidos pelo usuário;
z Personalizar e controlar o Google Chrome: menu de opções para configuração do navegador de Internet;
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Nova guia Ctrl+T
Nova janela Ctrl+N
Nova janela anônima Ctrl+Shift+T
Histórico
Downloads Ctrl+J
Favoritos
Zoom 100%
Imprimir... Ctrl+P
Transmitir...
Buscar... Ctrl+F
Mais ferramentas
Editar Recortar Copiar Colar
Configurações
Ajuda
Sair
z Nova guia: atalho de teclado Ctrl+T (Tab = guia) abre uma nova guia de navegação na janela atual do navegador;
z Nova janela: atalho de teclado Ctrl+N (New = nova) abre uma nova janela de navegação separada da janela
atual do navegador;
z Nova janela anônima: atalho de teclado Ctrl+Shift+N. Abre uma nova janela de navegação anônima, que
navegará normalmente na Internet e quando for fechada, apagará o histórico de navegação de sites, histórico
de downloads, os arquivos copiados para os temporários (cache), os dados de formulários preenchidos em sites
e os cookies (arquivos de texto com as preferências de navegação). Serão mantidos os sites adicionados aos
Favoritos e os arquivos que foram baixados da Internet (downloads);
z Histórico: atalho de teclado Ctrl+H (History = histórico). Permite consultar os sites visitados recentemente
pelo navegador. Serão mostrados os endereços visitados em modo normal de navegação ordenados cronolo-
gicamente do mais recente para o mais antigo. Endereços mais antigos são removidos quando novos sites são
acessados pelo usuário. O atalho de teclado Ctrl+Shift+Del permite excluir o histórico de navegação e outras
9
informações armazenadas no navegador;
-3
z Downloads: atalho de teclado Ctrl+J. Exibe os arquivos que estão sendo transferidos, os arquivos que foram
40
transferidos com sucesso, arquivos que tiveram o download cancelado e arquivos que foram baixados e apa-
gados da pasta Downloads; .5
33
z Favoritos: sites preferidos do usuário. Quando um endereço URL é acessado e adicionado em Favoritos (ata-
.6
00
lho de teclado Ctrl+D), ele aparecerá na lista e poderá ser organizado de acordo com os critérios do usuário no
Gerenciador de Favoritos;
-0
z Zoom: controle da visualização do conteúdo na área visível da guia ou janela. O atalho de teclado Ctrl+mais
os
(ou Ctrl+igual) permite aumentar o zoom, o atalho Ctrl+menos para diminuir, e o atalho de teclado Ctrl+0
nt
z Imprimir: atalho de teclado Ctrl+P. A página atual será preparada para impressão, sendo possível imprimir
os
em uma impressora configurada ou “Salvar como PDF”, gravando uma cópia da página no formato do Adobe
PDF;
id
z Transmitir: permite exibir o conteúdo da guia em outro dispositivo da rede, como uma Smart TV ou o video-
ol
ic
game Xbox. Os dispositivos precisam estar na mesma rede local interna e no Windows deverá ter a permissão
N
z Buscar: atalho de teclado Ctrl+F (Find = procurar). Usado para localizar um conteúdo textual dentro da página
ric
atual em exibição. Não pesquisa dentro de textos, das imagens do site ou vídeos em reprodução;
au
z Mais ferramentas: opções adicionais que não são mostradas no menu principal;
M
z Salvar página como... atalho de teclado Ctrl+S (Save = salvar) permite gravar uma cópia da página em exibi-
ção com o formato original HTM ou HTML. Se a página contém elementos gráficos como imagens e vídeos, eles
serão salvos em uma subpasta criada com o mesmo nome da página pelo Google Chrome, assim como demais
arquivos necessários para a visualização correta da página;
z Criar atalho... permite a criação de um atalho na Área de Trabalho com o link para a página web que está
sendo visualizada;
z Nomear janela... atribui um nome para a janela atual, facilitando o acesso posterior a ela;
z Limpar dados de navegação... atalho de teclado Ctrl+Shift+Del. Permite excluir o histórico de navegação e
demais informações que estão armazenadas no navegador de internet;
z Extensões: são complementos que adicionam funcionalidades extras para o navegador Google Chrome. Atra-
vés desta opção é possível consultar as extensões instaladas, instalar novas extensões ou desabilitar a execu-
ção de extensões;
z Gerenciador de tarefas: atalho de teclado Shift+Esc. Permite controlar as guias que estão abertas, finalizando
alguma que esteja travada ou não esteja respondendo aos comandos do usuário;
z Ferramentas do desenvolvedor: atalho de teclado Ctrl+Shift+I. Permite acesso aos códigos que montam a
314 exibição da página web;
O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para Mauricio Nicoli dos Santos - 000.633.540-39, vedada, por quaisquer meios e a qualquer
título, a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.
z Editar (Recortar, Copiar e Colar): controles sobre os conteúdos e Área de Transferência;
z Configurações: acesso às configurações do navegador;
z Você e o Google: configuração da conta Google para sincronização do histórico de navegação, favoritos e demais
informações entre os vários dispositivos que estejam conectados com a mesma conta;
z Preenchimento automático: definições sobre os conteúdos que serão usados para o preenchimento automá-
tico de senhas, formas de pagamento e endereços. As informações podem ser consultadas ou excluídas;
z Privacidade e Segurança: proteção contra violações de dados, extensões maliciosas e outros itens. Limpar
dados de navegação, Cookies e outros dados do site, Segurança (navegação segura contra sites perigosos),
controle do site e Sandbox (área reservada para execução de comandos que não são verificados ou tenham
potencial malicioso);
z Aparência: definição do tema do navegador, página inicial, exibição da barra de favoritos, tamanho da fonte,
substituições de fontes e zoom da página;
z Mecanismo de pesquisa: define o endereço de um site de buscas que será usado para pesquisar os termos
digitados na barra de endereços do navegador. Os buscadores podem ser trocados, adicionados novos e excluí-
dos da lista;
z Navegador padrão: opção usada para definir o Google Chrome como navegador padrão. Será direcionada
para as configurações do sistema operacional que modificam a associação dos programas e extensões;
z Inicialização: o que ocorre quando o navegador é iniciado. Será aberta uma nova guia em branco? Continuará
a navegação de onde você parou? Abrirá uma ou várias páginas específicas, definidas pelo usuário?;
z Avançado: opções sobre Idioma, Donwloads, Acessibilidade, Sistema e reset das configurações;
z Idiomas: definição do idioma que será usado na interface do navegador, na correção ortográfica dos textos
digitados em campos de formulários e para tradução de páginas do idioma original para o idioma do usuário;
z Downloads: definição do local onde serão gravados os arquivos baixados, exibição da caixa de diálogo de
confirmação e abertura automática dos arquivos após o download;
z Acessibilidade: legenda instantânea para áudios e vídeos em inglês, preferências de legenda, destaque visual
para o item que está focalizado, navegação por cursor (atalho de teclado F7) e adição de novos recursos a par-
tir da Chrome Web Store (loja de aplicativos e extensões para o navegador);
z Sistema: executar programas em segundo plano quando o Google Chrome estiver fechado (como pré-carre-
gamento e indexação de páginas), usar aceleração de hardware quando disponível, e configurações de proxy
para o acesso às páginas web;
z Redefinir e limpar: restaurar as configurações para os padrões originais e limpar o computador (detecção e
remoção de softwares nocivos ao computador);
9
z Ajuda: acessar a ajuda do aplicativo, consultar a versão atual e verificar atualizações para o navegador de
-3
internet;
40
z Sobre o Google Chrome: informa a versão atual e atualizações;
.5
33
z O que há de novo: link para acessar as informações sobre as últimas atualizações do navegador;
.6
z Central de ajuda: página web com as perguntas mais frequentes (FAQ - Frequently Asked Questions);
00
z Sair: atalho de teclado Alt+F4, para fechar todas as guias e abas, e a janela do navegador. Se configurado no
navegador, na próxima vez poderá continuar com as mesmas guias ou abas abertas.
os
nt
Sa
CONHECIMENTOS DE INFORMÁTICA
ric
au
M
z Copiar link: o endereço da página será copiado na Área de Transferência, para ser colado em outro local;
z Enviar para seus dispositivos: a página será enviada para outros dispositivos conectados na conta Google;
z Código QR: o endereço da página atual será transformado em um QR Code. A imagem contém o desenho de
um dinossauro, para identificar o gerador do código QR (Google Chrome): 315
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título, a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.
z Transmitir: enviar para algum dispositivo conectado na mesma rede;
z Salvar página como: gravar uma cópia local da página web no formato original;
z Compartilhar link para: Facebook, WhatsApp, LinkedIN e Twitter.
Atualização disponível
Quando uma seta colorida é exibida no lugar do menu “Personalizar e controlar Google Chrome”, informa que
uma atualização está pendente. O tipo de atualização é definido pela cor das setas, são elas:
z Seta com fundo verde: uma atualização foi lançada há menos de dois dias;
z Seta com fundo laranja: uma atualização foi lançada há cerca de quatro dias;
z Seta com fundo vermelho: uma atualização foi lançada há pelo menos uma semana.
9
Funcionalidades: Identificar e Saber Usar Todas as Funcionalidades do Google Chrome
-3
40
z Modo normal de navegação: as informações serão registradas e mantidas pelo navegador. Histórico de Nave-
gação, Cookies, Arquivos Temporários, Formulários, Favoritos e Downloads; .5
33
.6
00
-0
os
nt
Sa
z Modo de navegação anônima: as informações de navegação serão apagadas quando a janela for fechada.
Apenas os Favoritos e Downloads serão mantidos. Para iniciar uma janela de navegação anônima no Google
os
z Dados de formulários: informações preenchidas em campos de formulários nos sites de Internet. Estes dados
au
poderão ser sugeridos e usados em outros sites, pois são informações como nome, endereço e telefone, além de
M
números de documentos;
z Favoritos: endereços URL salvos pelo usuário para acesso posterior. Os sites preferidos do usuário poderão ser
exportados do navegador atual e importados em outro navegador de Internet. O termo Favoritos é o Bookmarks
dos navegadores de Internet, algo como marcações preferidas do usuário;
z Downloads: arquivos transferidos de um servidor remoto para o computador local. Os gerenciadores de down-
loads permitem pausar uma transferência ou buscar outras fontes caso o arquivo não esteja mais disponível. O
histórico de downloads poderá ser consultado ao acionar o atalho de teclado Ctrl+J;
z Uploads: arquivos enviados do computador local para um servidor remoto. O envio para o armazenamento
de dados na nuvem (cloud storage) é um procedimento de upload;
z Histórico de navegação: são os endereços URL acessados pelo navegador em modo normal de navegação.
Podem ser consultados com o atalho de teclado Ctrl+H;
z Cache ou arquivos temporários: copia o local dos arquivos acessados durante a navegação. As informações
que são acessadas, são copiadas para uma pasta local, que armazena os dados por um período de tempo. Ao
limpar os dados de navegação e apagar os arquivos temporários, espaço em disco será liberado;
z Pop-up: janela exibida durante a navegação para funcionalidades adicionais ou propaganda. Os navegadores ofe-
316 recem bloqueadores de popups, para impedir a abertura indiscriminada destas janelas;
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título, a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.
z Atualizar página: acessar as informações armazenadas na cópia local (cache). Atalho de teclado F5;
z Recarregar página: acessar novamente as informações no servidor, ignorando as informações armazenadas
nos arquivos temporários. Atalho de teclado Ctrl+F5;
z Formato PDF: os arquivos disponíveis na Internet no formato PDF podem ser visualizados diretamente no
navegador de Internet, sem a necessidade de programas adicionais. Uma página web poderá ser gravada como
PDF se o usuário acionar a opção “Imprimir” (atalho de teclado Ctrl+P) e mudar o destino para “Salvar como
PDF...”.
Se for mostrado a logo do Google Chrome na frente de um endereço, indica que é uma página interna do
navegador. Exemplos:
Se for mostrado um ‘i’ com a mensagem “Não seguro” (Not secure), indica que o site pode estar com problemas
na autenticação e validação de seu certificado digital. Este problema pode estar relacionado com a renovação do
mecanismo de autenticação das informações, ou é um site que contém códigos que podem ser falsos ou maliciosos.
9
Quando um cadeado é exibido, indica que o site tem certificado digital válido e é o site que entrega informa-
-3
40
ções de acordo com o que ele propõe a entregar. O protocolo que está sendo usado é o https (Hyper Text transfer
Protocol Secure — protocolo de transferência segura de hipertextos).
.5
33
O Google Chrome é um navegador multiusuário, ou seja, poderá ser usado por diferentes pessoas com as suas
.6
Ao acessar, na barra superior, o avatar de seu perfil, o usuário poderá verificar se a sincronização está ativa e
-0
Pessoa 2
ol
ic
N
io
CONHECIMENTOS DE INFORMÁTICA
ric
mediugorie@gmail.com
M
Sincronização ativada
Fechar 2 janelas
Outros perfis
Visitante
Adicionar
O perfil Visitante permite que um usuário utilize o navegador de Internet de seu dispositivo sem que ele consi-
ga acessar suas configurações, como preenchimento automático de senhas ou dados pessoais da sua conta.
Se o usuário visitante for recorrente, é possível criar um perfil só para ele. 317
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título, a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.
Acesse a opção “Adicionar”, escolha se o visitante estará associado com uma conta Google ou será criado um
perfil sem e-mail associado. Neste último caso, defina o nome, tema e se haverá a criação de um atalho na área de
trabalho do Windows.
Os perfis armazenados no navegador Google Chrome poderão ser personalizados ou excluídos pelos outros
usuários (que não sejam visitantes).
Atalhos de Teclado
9
-3
z Para abrir uma nova guia, pressione Ctrl+T;
40
z Para fechar uma guia, pressione Ctrl+F4 ou Ctrl+W;
z Para reabrir uma guia fechada, pressione Ctrl+Shift+T;
.5
33
z Para aumentar o zoom, o usuário pode pressionar Ctrl + = (igual) ou Ctrl+ mais;
.6
Plano de fundo
au
Atalhos
M
Cancelar Concluído
318
O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para Mauricio Nicoli dos Santos - 000.633.540-39, vedada, por quaisquer meios e a qualquer
título, a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.
A personalização da interface do navegador con- acessada. A seguir, em outro aplicativo o usuário poderá
siste em definir: colar a imagem capturada ou salvar diretamente pelo
navegador.
z Plano de fundo: imagem que será usada como Snippets fazem parte do navegador Firefox. Eles ofe-
fundo das páginas; recem pequenas dicas para que você possa aproveitar
z Atalhos: links rápidos na tela inicial do navegador; ao máximo o Firefox. Também pode aparecer novidades
z Cor e tema: combinação de cores, estilos e fontes sobre produtos Firefox, missão e ativismo da Mozilla,
para exibição dos itens do navegador. notícias sobre integridade da internet e muito mais..
Navegador multiplataforma da Microsoft, padrão no Na Internet, os sites (sítios) de busca e pesquisa têm,
Windows 10, atualmente é desenvolvido sobre o kernel como finalidade, apresentar os resultados de endereços
(núcleo) Google Chromium, o que traz uma série de itens URLs com as informações solicitadas pelo usuário.
semelhantes ao Google Chrome. Integrado com o filtro Google Buscas, da empresa Google, e Microsoft Bing,
Microsoft Defender SmartScreen, permite o bloqueio de da Microsoft, são os dois principais sites de pesquisa da
sites que contenham phishing (códigos maliciosos que atualidade. No passado, sites como Cadê, Aonde, Altavis-
procuram enganar o usuário, como páginas que pedem ta e Yahoo também contribuíram para a acessibilidade
login/senha do cartão de crédito). das informações existentes na Internet, indexando em
Outro recurso de proteção é usado para combater diretórios os conteúdos disponíveis.
vulnerabilidades do tipo XSS (cross-site-scripting), que Os sites de pesquisas foram incorporados aos navega-
favorecem o ataque de códigos maliciosos ao compar- dores de Internet e, na configuração dos browsers, temos
tilhar dados entre sites sem permissão do usuário. Ele a opção “Mecanismo de pesquisa”, que permite a busca
substituiu o aplicativo Leitor, tornando-se o visualizador dos termos digitados diretamente na barra de endereços
padrão de arquivos PDFs no Windows 10. Foram adicio- do cliente web. Essa funcionalidade transforma a nossa
nados recursos que permitem “Desenhar” sobre o con- barra de endereços em uma omnibox (caixa de pesquisa
teúdo do PDF. inteligente), que preenche com os termos pesquisados
Além disso, mantém as características dos outros anteriormente e oferece sugestões de termos para com-
navegadores de Internet, como a possibilidade de instala- pletar a pesquisa.
ção de extensões ou complementos, também chamados O Microsoft Edge tem o Microsoft Bing como busca-
de plugins ou add-ons, que permitem adicionar recursos dor padrão. O Mozilla Firefox e o Google Chrome têm o
específicos para a navegação em determinados sites. Google Buscas como buscador padrão. As configurações
As páginas acessadas poderão ser salvas para acessar podem ser personalizadas pelo usuário.
9
-3
off-line, marcadas como preferidas em Favoritos, consul- Os sites de pesquisas incorporam recursos para ope-
40
tadas no Histórico de Navegação ou salvas como PDF no rações cotidianas, como pesquisa por textos, imagens,
.5
dispositivo do usuário. notícias, mapas, produtos para comprar em lojas on-line,
33
Coleções, no Microsoft Edge é um recurso exclusivo efetua cálculos matemáticos, traduz textos de um idioma
.6
que permite que a navegação inicie em um dispositivo para outro, entre inúmeras funcionalidades, ignoram
00
e continue em outro dispositivo logado na mesma conta pontuação, acentuação e não diferenciam letras maiús-
-0
Microsoft. Semelhante ao Google Contas, mas nomeado culas de letras minúsculas, mesmo que sejam digitadas
como Coleções, no Edge, permite adicionar sugestões do entre aspas.
os
Outro recurso específico do navegador é a reprodu- quisa permitem o uso de caracteres especiais (símbolos)
Sa
ção de miniaturas de vídeos ao pesquisar no site Micro- para refinar os resultados e comandos para selecionar
os
soft Bing (buscador da Microsoft). o tipo de resultado da pesquisa. Nos concursos públicos,
id
MOZILLA FIREFOX - VERSÃO 78ESR Ao contrário de muitos outros tópicos dos editais de
ic
O Mozilla Firefox é o navegador de Internet que, até no seu smartphone. Comece a usar os símbolos e
io
como os demais browsers, possibilita o acesso ao conteú- comandos nas suas pesquisas na Internet e visualize os
CONHECIMENTOS DE INFORMÁTICA
ric
software livre, que permite download para estudo e SÍMBOLO USO EXEMPLO
modificações. Possui suporte ao uso de applets (comple- Pesquisa exata, na
mentos de terceiros), que são instalados por outros pro- Aspas mesma ordem que
“Nova Concursos”
gramas no computador do usuário, como o Java. duplas forem digitados os
Oferece o recurso Firefox Sync, para sincronização termos
de dados de navegação, semelhante ao Microsoft Con- Menos ou Excluir termo da concursos
tas e Google Contas dos outros navegadores. Entretanto, traço pesquisa –militares
caso utilize o modo de navegação privativa, esses dados
concursos
não serão sincronizados. Til (acento) Pesquisar sinônimos
~públicos
Assim como nos outros navegadores, é possível
definir uma página inicial padrão, uma página inicial Substituir termos na
escolhida pelo usuário (ou várias páginas) e continuar a pesquisa, para pesqui-
navegação das guias abertas na última sessão. sar “inscrições encer-
Asterisco inscrições *
No navegador Firefox, o recurso Captura de Tela radas”, e “inscrições
permite copiar, para a Área de Transferência do com- abertas”, e “inscrições
suspensas” etc.
putador, parte da imagem da janela que está sendo 319
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título, a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.
SÍMBOLO USO EXEMPLO filtrar os resultados com conteúdo adulto, evitando
Cifrão Pesquisar por preço celulares $1000
a sua exibição. Quando desativado, os resultados de
conteúdo adulto serão exibidos normalmente.
Intervalo de datas ou campeão No Microsoft Bing, na página do buscador www.
Dois pontos
preço 1980..1990 bing.com, acesse o menu no canto superior direito e
Pesquisar em redes Instagram escolha o item Pesquisa Segura.
Arroba
sociais @novaconcursos No Google, na página do site do buscador www.
Pesquisar nas marca- google.com, acesse o menu Configurações no can-
Hashtags #informática to inferior direito e escolha o item Configurações de
ções de postagens
Pesquisa.
No endereço URL
inurl inurl:nova CORREIO ELETRÔNICO, GRUPOS DE
da página
DISCUSSÃO, FÓRUNS E WIKIS
Pesquisa o horário
time em determinado time:japan CORREIO ELETRÔNICO
local
O e-mail (Electronic Mail, correio eletrônico) é uma
related:uol.com.
related Sites relacionados forma de comunicação assíncrona, ou seja, mesmo
br
que o usuário não esteja on-line, a mensagem será
Versão anterior do armazenada em sua caixa de entrada, permanecendo
cache cache:uol.com.br
9
site disponível até ela ser acessada novamente.
-3
O correio eletrônico (popularmente conhecido
40
Páginas que con- como e-mail) tem mais de 40 anos de existência. Foi
link:
link tenham link para
.5
um dos primeiros serviços que surgiu para a Internet,
33
novaconcursos
outras e se mantém usual até os dias de hoje.
.6
00
Informações de um location:méxico
location PROGRAMA CARACTERÍSTICAS
-0
O Microsoft Outlook possui recursos que permitem o acesso ao correio eletrônico (e-mail), organização das men-
sagens em pastas, sinalizadores, acompanhamento e também recursos relacionados a reuniões e compromissos.
Os eventos adicionados ao calendário podem ser enviados na forma de notificação por e-mail para os
participantes.
O Outlook possui o programa para instalação no computador do usuário e a versão on-line. Essa versão pode ser
gratuita (Outlook.com, antigo Hotmail) ou corporativa (Outlook Web Access – OWA, integrante do Microsoft Office 365).
Usuário
Figura 3. Para acessar as mensagens armazenadas em um servidor de e-mails, o usuário pode usar um cliente de e-mail ou o navegador de
Internet
Podemos usar um programa instalado em nosso dispositivo (cliente de e-mail) ou qualquer navegador de Inter-
net para acessarmos as mensagens recebidas. A escolha por uma ou por outra opção vai além da preferência do
usuário. Cada forma de acesso tem suas características e protocolos. Confira.
FORMA DE
CARACTERÍSTICAS
ACESSO
9
-3
Protocolo SMTP para enviar mensagens e POP3 para receber. As mensagens são transferidas do servi-
Cliente de E-mail
40
dor para o cliente e são apagadas da caixa de mensagens remota
.5
33
Protocolo IMAP4 para enviar e para receber mensagens. As mensagens são copiadas do servidor para a
Webmail
janela do navegador e são mantidas na caixa de mensagens remota
.6
00
-0
os
nt
Sa
Servidor de e-mails
Servidor de e-mails
os
id
ol
CONHECIMENTOS DE INFORMÁTICA
ric
Usuário Usuário
au
M
Figura 4. Usando o protocolo POP3, a mensagem é transferida para o programa de e-mail do usuário e removida do servidor. Usando o
protocolo IMAP4, a mensagem é copiada para o navegador de Internet e mantida no servidor de e-mails.
Os protocolos de e-mails são usados para a troca de mensagens entre os envolvidos na comunicação. O usuário
pode personalizar a sua configuração, mas em concursos públicos o que vale é a configuração padrão, apresentada
neste material.
SMTP (Simple Mail Transfer Protocol) é o Protocolo para Transferência Simples de E-mails. Usado pelo cliente de
e-mail para enviar para o servidor de mensagens, e entre os servidores de mensagens do remetente e do destinatário.
POP3 ou apenas POP (Post Office Protocol 3) é o Protocolo de Correio Eletrônico, usado pelo cliente de e-mail
para receber as mensagens do servidor remoto, removendo-as da caixa de entrada remota.
IMAP4 ou IMAP (Internet Message Access Protocol) é o Protocolo de Acesso às Mensagens via Internet é usado
pelo navegador de Internet (sobre os protocolos HTTP e HTTPS) na modalidade de acesso webmail, transferindo 321
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título, a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.
cópias das mensagens para a janela do navegador e CAMPOS DE UM ENDEREÇO DE E-MAIL –
mantendo as originais na caixa de mensagens do ser- USUÁRIO@PROVEDOR.DOMÍNIO.PAÍS
vidor remoto.
COMPONENTE CARACTERÍSTICAS
9
Se um destinatário informado não existir no servi-
-3
usado nas redes de computadores. dor de e-mails do destino, a mensagem será devolvida.
40
Se a caixa de entrada do destinatário não puder rece-
De forma semelhante ao endereço URL para recur- .5
ber mais mensagens, a mensagem será devolvida. Se
33
sos armazenados em servidores, o correio eletrônico o servidor de e-mails do destinatário estiver ocupado,
.6
Existem bancas organizadoras que consideram o O e-mail pode ser enviado para vários destinatários,
-0
das questões, ao invés do formato detalhado usuá- do usuário que envio a mensagem de correio eletrônico.
nt
rio@provedor.domínio.país. Ambos estão corretos. Conheça estes elementos na criação de uma nova
Sa
mensagem de e-mail.
CAMPOS DE UM ENDEREÇO DE E-MAIL –
os
CAMPO CARACTERÍSTICAS
ol
COMPONENTE CARACTERÍSTICAS
ic
9
A pasta Rascunho contém as mensagens salvas e
-3
Item do Outlook
40
não enviadas.
A pasta Caixa de Saída contém as mensagens que
.5
Figura 6. Anexar Item permite a inserção de elementos do correio
33
o usuário enviou, mas que ainda não foram transfe- eletrônico.
.6
Quando estamos conectados em uma conexão mensagem que está como texto sem formatação, ape-
ol
de Internet do tipo banda larga, a velocidade de nas se anexar o arquivo da imagem no e-mail.
ic
acesso é tão rápida que nem vemos a mensa- Quando o e-mail é enviado como texto formatado
N
gem passar pela Caixa de Saída. Porém, ao cli- (HTML), uma imagem poderá ser enviada como anexo
io
car em Enviar, a mensagem vai primeiro para a ou inserida dentro do corpo do e-mail. CONHECIMENTOS DE INFORMÁTICA
ric
Lixo Eletrônico ou SPAM é um local para onde são O usuário poderá sinalizar a mensagem, tanto as
direcionadas as mensagens sinalizadas como lixo. mensagens recebidas como as mensagens enviadas.
Spam é o termo usado para referir-se aos e-mails Ele poderá solicitar confirmação de entrega e confir-
não solicitados, que geralmente são enviados para mação de leitura. A mensagem recebida poderá ser
um grande número de pessoas. Quando o conteúdo impressa, visualizar o código fonte ou ignorar mensa-
é exclusivamente comercial, esse tipo de mensagem gens de um remetente.
é chamado de UCE (do inglês Unsolicited Commercial Confira a seguir as operações ‘extras’ para o uso do
E-mail – e-mail comercial não solicitado). Estas mensa- correio eletrônico com mais habilidade e profissiona-
gens são marcadas pelo filtro AntiSpam, e procuram lismo, facilitando a organização do usuário.
identificar mensagens enviadas para muitos destina-
tários ou com conteúdo publicitário irrelevante para Ação e Características
o usuário..
z Marcar como não lida: uma mensagem lida
Anexação de Arquivos poderá ser marcada como mensagem não lida; 323
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título, a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.
Enviar e-mail
z Alta prioridade: quando marca a mensagem
como Alta Prioridade, o destinatário verá um pon-
to de exclamação vermelho no destaque do título; Servidor Exchange Servidor Gmail
z Baixa prioridade: quando o remetente marca a Enviar e-mail
O destinatário
com confirmação
mensagem como Baixa Prioridade, o destinatário de leitura confirma a leitura
verá uma seta azul apontando para Baixo no des- Recebendo a
da mensagem
ção do e-mail;
Figura 8. Quando uma mensagem é enviada com Confirmação de
z Ver código fonte da mensagem: as mensagens
Leitura, o destinatário poderá confirmar (ou não) que fez a leitura do
possuem um cabeçalho com informações técnicas conteúdo do e-mail.
sobre o e-mail, e o usuário poderá visualizar elas;
z Ignorar: disponível no cliente de e-mail e em Ao “Responder”, a resposta será enviada para o
alguns webmails, ao ignorar uma mensagem, as remetente do e-mail.
próximas mensagens recebidas do mesmo reme- Ao “Encaminhar”, a resposta será enviada para
tente serão excluídas imediatamente ao serem outros destinatários, com os anexos.
armazenadas na Caixa de Entrada; Ao “Responder para todos”, a resposta será envia-
z Lixo Eletrônico: sinalizador que move a mensa- da para o remetente do e-mail e para outros destinatá-
gem para a pasta Lixo Eletrônico e instrui o correio
eletrônico para fazer o mesmo com as próximas rios visíveis do e-mail..
mensagens recebidas daquele remetente;
z Tentativa de Phishing: sinalizador que move a GRUPOS DE DISCUSSÃO OU FÓRUNS
mensagem para a pasta Itens Excluídos e instrui o
serviço de e-mail sobre o remetente da mensagem Existem serviços na Internet que possibilitam a
estar enviando links maliciosos que tentam captu- troca de mensagens entre os assinantes de uma lista
rar dados dos usuários; de discussão. O Grupos do Google é o último serviço
em atividade, segundo o formato original.
z Confirmação de Entrega: o servidor de e-mails do
Yahoo Grupos foi encerrado em 15 de dezembro
destinatário envia uma confirmação de entrega,
de 2019 e seus membros não poderão mais enviar ou
informando que a mensagem foi entregue na Cai- receber e-mails.
xa de Entrada dele com sucesso; Grupo de Discussão, ou Lista de Discussão, ou
z Confirmação de Leitura: o destinatário pode Fórum de Discussão são denominações equivalentes
9
-3
confirmar ou não a leitura da mensagem que foi para um serviço que centraliza as mensagens recebi-
40
enviada para ele. das que foram enviadas pelos membros redistribuin-
.5
do-as para os demais participantes.
33
Dica Os grupos de discussão do Facebook surgiram den-
.6
firmação de leitura. Quando o remetente está elabo- invisível (somente convidados podem
id
confirmações para a mensagem que enviou, sendo Participantes convidados pelo proprie-
Gerentes ou
io
uma do servidor de e-mails do destinatário e outra do tário para auxiliar na moderação das
ric
Moderadores
próprio destinatário. mensagens e gerenciamento do grupo
au
Figura 7. Quando uma mensagem é enviada com Confirmação de z Os participantes podem enviar uma mensagem,
Entrega, o remetente recebe a confirmação do servidor de e-mails que será enviada para todos os participantes;
do destinatário, informando que ela foi armazenada corretamente na z Permite reunir pessoas com os mesmos interesses;
Caixa de Entrada do e-mail do destinatário. z Organizar reuniões, eventos e conferências;
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título, a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.
z Ter uma caixa de mensagens colaborativa, com possibilidade de acesso aos conteúdos que foram enviados
antes do seu ingresso no grupo.
Os antigos grupos de discussão constituíram o modelo a ser seguido para o desenvolvimento dos grupos do
Facebook, WhatsApp e Telegram. Nesses grupos, o participante envia um post, ou anúncio, ou arquivo e todos
podem consultar na página o que foi compartilhado.
O usuário envia um e-mail para um endereço definido e faz a assinatura. Outras formas de associação incluem
o pedido diretamente na página do grupo ou o link recebido em um convite por e-mail.
Depois de associado ao grupo, ele receberá em seu e-mail as mensagens que os outros usuários enviarem. Poderá
optar por um resumo das mensagens, ou resumo semanal, ou apenas visualizar na página do grupo. Lembrando que,
nos anos 90/2000, os e-mails tinham tamanho limitado para a caixa de entrada de cada usuário.
O envio para um endereço único permite a distribuição para os assinantes da lista de discussão. Uma cópia da men-
sagem e anexos, se houverem, será disponibilizada no mural da página do grupo, para consultas futuras.
Mensagem
enviada para
Grupos de todos os
discussão participantes
inscritos no
Mensagem enviada grupo
para o endereço de de discussão
e-mail do grupo
Usuários da Internet
Quem não é inscrito
no grupo não recebe a
Usuário participante mensagem
Figura 8. Os usuários participantes dos grupos de discussão trocam mensagens através de um hub que centraliza e distribui para os demais
participantes.
A qualquer momento o usuário poderá desistir e sair do grupo, tanto pela página como por um endereço de
e-mail próprio (unsubscribe).
A principal diferença entre um grupo de discussão e uma lista de distribuição de e-mails está relacionada com a exi-
bição do endereço dos participantes. Em um grupo de discussão, cada membro tem acesso a um endereço que enviará
9
cópia para todos os participantes do grupo. Nas mensagens respondidas, aparece o endereço original do remetente.
-3
Apesar de o tópico aparecer em diversos editais de concursos, faz vários anos que não são aplicadas questões
40
sobre o tema, em todos os concursos, independentemente da banca organizadora.
.5
Vale ressaltar que, os Grupos de Discussão (com as características e funcionalidades originais) desapareceram ao
33
longo do tempo, sendo substituídos pelos grupos nas redes sociais (com novos recursos e integração com os perfis
.6
delas). Esse é um tópico que deverá ser questionado cada vez menos, assim como Redes Sociais.
00
-0
WIKI
os
nt
Em suma, podemos conceituar um wiki como sendo uma espécie de website cuja principal característica é ser
Sa
uma enciclopédia aberta, na qual todos os usuários participam e colaboram na criação e manutenção dos conteú-
dos ali contidos. Exemplo: Wikipedia.
os
id
ol
ic
N
As redes sociais permitem o compartilhamento de informações entre os usuários cadastrados. As redes sociais
M
são usadas amplamente pelos governos em suas diferentes esferas. Redes sociais pouco divulgadas também são
usadas para a divulgação de informações.
As redes sociais são divididas em: centralizadas, descentralizadas e distribuídas. A forma de organização des-
tas conexões acaba por determinar o tipo de serviço oferecido.
Cada rede social possui um conjunto de recursos e é destinada para um público (nicho) específico.
Como dito, elas poderão ser centralizadas (Twitter), descentralizadas (Facebook) ou distribuídas (LinkedIn).
Acompanhe a tabela a seguir:
Centralizada Nela, um nó centraliza grande parte das conexões. Possui formato de estrela. Exemplo: Twitter
Tem vários centros. Não se mantém conectada por um só nó, e sim por um pequeno grupo de nós, que
Descentralizada
se conecta a diversos outros grupos. Conexões pessoais expandidas para o grupo. Exemplo: Facebook
325
O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para Mauricio Nicoli dos Santos - 000.633.540-39, vedada, por quaisquer meios e a qualquer
título, a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.
TIPO DE REDE CARACTERÍSTICAS
Todos os nós têm aproximadamente a mesma quantia de conexões. Somente esse terceiro tipo
Distribuída
poderia ser considerado uma rede efetiva. Exemplo: LinkedIn
COMPARTILHAR COM
GOSTAR DO CONTEÚDO COMENTÁRIOS
OUTROS USUÁRIOS
O LinkedIn é uma rede social para pessoas e empresas, com foco no compartilhamento de informações pro-
fissionais e vagas de emprego. Permite a publicação de conteúdos como nas outras redes sociais, exceto conteúdo
de entretenimento como Reels (Instagram) e TikTok.
O Facebook é a maior rede social da atualidade, em quantidade de usuários. O participante poderá publicar,
compartilhar, curtir e comentar postagens de outros participantes e empresas.
O Facebook oferece recursos para a criação de páginas, grupos de discussão, unidades de aprendizado social,
entre outras opções.
O Twitter é uma rede social para publicação de postagens em tempo real. Permite a publicação de textos, ima-
gens, vídeos, cards, links e outros conteúdos.
O Instagram é uma rede social para publicação de imagens e vídeos. Permite a publicação de fotos, vídeos,
9
transmissões ao vivo e pequenos vídeos animados (Reels) como no app TikTok.
-3
A rede social Instagram permite que os usuários utilizem tags em palavras-chaves para conseguir o maior
40
número de visualizações, seguidores e likes.
.5
33
O WhatsApp e Telegram são comunicadores instantâneos. Através dos aparelhos smartphones ou da versão
Desktop, o usuário poderá trocar mensagens de texto, imagens, vídeos e realizar chamadas de áudio e vídeo com
.6
00
outros usuários.
-0
Além disso, esses aplicativos permitem a criação de grupos e listas de transmissão. Cada grupo terá o seu
administrador ou administradores, com permissões para envio de mensagens/postagem, ou não, permissão para
os
O YouTube é uma plataforma streaming de produção e consumo de vídeos. Além dos vídeos propriamente
Sa
ditos, o YouTube tem uma função para publicar e assistir vídeos curtos (de no máximo 1 minuto).
os
Em todas as redes é possível bloquear outros usuários, para não visualizar postagens, mensagens e notifica-
ic
N
LINKEDIN
au
M
326
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título, a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.
Voltada principalmente para contatos profissionais, o LinkedIn tem a participação de trabalhadores atuantes no
mercado de trabalho, outros em busca de colocação, outros de recolocação profissional, e, obviamente, das empresas.
Através dos contatos realizados através da rede social, os participantes podem encontrar vagas de empregos,
falar com o RH das empresas, avaliar o mercado de trabalho, entre outras opções.
Assim como no Facebook, é possível criar grupos e páginas de conteúdo.
Atente-se ao glossário de termos disposto abaixo:
9
z Pulse: artigos publicados no Linkedin;
-3
z Tópicos: assuntos comentados e marcados.
40
FACEBOOK .5
33
.6
00
-0
os
nt
A rede social Facebook tem o maior porta-fólio de recursos para os seus usuários.
Sa
Assim como nas demais redes sociais, é possível selecionar o público que vê, ou não, -sua postagem.
os
id
ol
ic
N
io
CONHECIMENTOS DE INFORMÁTICA
ric
au
M
Com o passar dos anos, vários recursos foram implementados. Vamos conhecer alguns deles:
z Páginas: um dos primeiros recursos da rede social. Permite a criação de uma página de conteúdo, para que os
usuários possam seguir, curtir e compartilhar o seu conteúdo publicado. Lembra um pouco a ideia dos blogs,
327
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título, a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.
onde as postagens diárias são destacadas na linha de tempo das pessoas que curtiram ou estão seguindo a
página. As páginas não permitem o armazenamento e compartilhamento de arquivos, mas permite a criação
de promoções, integração com loja virtual etc.;
z Grupos: criados nos mesmos moldes do Google Grupos e do Yahoo Grupos, permitem o compartilhamento
de arquivos, associação de membros, administração do conteúdo e dos participantes. Os grupos podem ser
públicos, privados (necessitam de aprovação do administrador do grupo) ou secretos (somente as pessoas com
o link poderão chegar até a página inicial do grupo e solicitar a participação).
Foto/vídeo;
Enquete;
Vender um item;
Adicionar arquivo;
Criar álbum de fotos;
Criar documento;
9
-3
Criar evento;
40
Vídeo ao vivo.
.5
33
z Páginas: páginas que são públicas, mas não permitem o compartilhamento de arquivos. Voltadas para a divul-
.6
gação de negócios e vendas de produtos, por exemplo. Recursos disponíveis em uma página:
00
-0
Criar um evento;
nt
Receber mensagens;
os
Gerar vendas.
io
ric
z Lista de amigos: somente as postagens dos amigos, sem as postagens das páginas;
M
z Feed de páginas: somente as postagens das páginas, sem as postagens dos amigos;
z Cutucadas: recurso que deu muito o que falar, mas atualmente caiu em desuso;
z Informações: aplicativos e páginas que você é administrador/desenvolvedor;
z Neste dia: atividades de amizades no dia;
z Jogos;
z Sugerir edições: sugestões de correções que você enviou para páginas visitadas;
z Histórico de pagamentos: pagamentos realizados via Facebook Pay;
z Sentimento/atividade: selecionar uma das mensagens de apoio pré-configuradas;
z Check-in: marcação no mapa do local onde você está, como no Foursquare;
z Marcar amigos: adicionar amigos às postagens de sua rede social;
z Stories: postagens dos amigos que permanecem 24 horas disponíveis para visualização (como o app Snapchat).
328
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A rede social Twitter permitia, originalmente, o compartilhamento de mensagens curtas de textos com até 140
caracteres. Com as últimas implementações da empresa, passou-se a oferecer mais espaço para cada tweet.
Os nomes de usuários precisam ter até 15 caracteres. Caso exista um nome de usuário para a conta que estiver
criando, o Twitter apresentará sugestões semelhantes.
Alguns recursos permanecem originais, como os Trending Topics, ou assuntos mais comentados. Através de
hashtags (símbolo #) os usuários podem criar postagens que estejam associadas a um conteúdo ou tema, permi-
tindo o agrupamento de todas as mensagens com a mesma hashtag.
Cada mensagem é chamada de tweet, e pode conter textos, links externos, imagens embutidas e vídeos. O Twit-
ter oferecia o aplicativo Periscope, que permite a transmissão ao vivo a partir de dispositivos móveis.
Com o crescimento das outras redes sociais, o Twitter passou a atuar em nichos do entretenimento (artistas,
eventos, promoções)e, atualmente, está investindo no Twitter para Empresas.
9
-3
40
.5
33
.6
00
z Mensagens: Direct Message, mensagem direta, enviada de um usuário para você (mensagem privada);
z Tweetar: postar uma nova mensagem;
os
9
a rede social com base em foto, vídeo ou gravação incorretamente é conhecido como rede social. Possui
-3
40
no estúdio de criação; alguns princípios em comum com as redes sociais e
.5
poderá ser acessado de várias formas:
33
z Atividade: novos seguidores, marcações de
perfil em comentários, comentários em posts e res-
.6
net (espelhamento);
z Bate papo: mensagens recebidas e enviadas z WhatsApp Desktop instalado no computador do
os
z Explorar: pesquisar postagens semelhantes mento das mensagens tanto nas versões Web ou Desk-
às postagens que costuma curtir ou visualizar na
id
grama instalado.
z Perfil: acesso às personalizações do perfil na
io
9
z ou Sala de vídeo para os participan- mensagens de contatos e grupos, para “limpar” a
-3
tes do grupo;
40
listagem do aplicativo. Elas não são apagadas, ape-
nas retiradas da exibição;
.5
33
z ou Catálogo de produtos: enviar link z Favoritas: o usuário poderá favoritar mensagens,
.6
e descrição de produtos no WhatsApp Business; para que apareçam com destaque na listagem;
00
9
z Pela natureza dos inputs e outputs;
-3
Tal como o WhatsApp, o Telegram é um aplicativo z Pela fonte e grau de medida;
40
de mensagens instantâneas que pode ser encontrado z Pelo valor.
nas seguintes formas:
.5
33
GESTÃO DE SISTEMAS DE INFORMAÇÃO
.6
net (espelhamento);
sistema de informação. Geralmente designado a um
z Telegram Desktop instalado no computador do
os
oferece alguns recursos adicionais, como acesso aos Informação e a adoção de Tecnologia de Informação
ol
arquivos e mensagens anteriores de um grupo, além para Suporte (à informação). Associado com o Plane-
ic
da opção para ocultar o número do celular do usuário jamento, Desenvolvimento e Exploração do sistema
N
VISÃO GERAL SOBRE SISTEMAS DE z Sistemas abertos: são aqueles que sofrem intera-
ções com o ambiente em que estão inseridos;
SUPORTE À DECISÃO E INTELIGÊNCIA z Sistemas fechados: são aqueles que não sofrem
DE NEGÓCIO influência externa e possuem entropia constante;
z Sistemas adaptáveis: aqueles que se adaptam às
ORIGEM E APLICAÇÃO mudanças por meio do melhoramento contínuo;
z Sistemas não adaptáveis: aqueles que não pre-
Os sistemas de informação, definidos na Teoria veem mudanças significativas diante das altera-
Geral dos Sistemas (TGS), apresentam-se de forma ções e influências do ambiente;
prática quando aplicados nos negócios. z Sistemas permanentes: não possuem prazo
A visão geral sobre os sistemas de suporte à deci- determinado de existência;
são permite conhecer as diferentes categorias em que z Sistemas temporários: possuem prazo determi-
eles são utilizados nas empresas. A inteligência de nado de existência.
negócio é a tomada de decisões baseadas em informa-
ções consolidadas produzidas por relatórios e tabelas Os sistemas de informação da Teoria Geral de Sis-
332 de um sistema de suporte. temas podem ser divididos em:
O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para Mauricio Nicoli dos Santos - 000.633.540-39, vedada, por quaisquer meios e a qualquer
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z Sistemas de Informação Transacional (SIT): são de nível operacional e cuidam do armazenamento dos
dados e sua captação, entre outras ações;
z Sistemas de Informações Gerenciais (SIG): são de nível tático e produzem relatórios de acordo com os dados
existentes e o ambiente;
z Sistemas de Apoio à Decisão (SAD): são de nível estratégico e produzem relatórios e gráficos ajustados de
acordo com um problema que deseja solucionar.
Segundo O’Brien, os sistemas de informação podem ser classificados em dois grandes grupos: Sistemas de
Apoio às Operações e Sistemas de Apoio Gerencial. O primeiro colabora nas operações e processos realizados pela
organização. O segundo, no apoio ao processo de decisão dos executivos.
Vejamos na tabela seguinte qual a função de cada uma dessas subdivisões:
SISTEMA DESCRIÇÃO
Processamento de Informações Processam dados
Controle de Processos Monitoramento e controle de processos
Colaborativos Comunicação e integração entre os colaboradores
Informação Gerencial Informações em relatórios
Apoio à decisão Apoiam a decisão dos gerentes
9
-3
Informações críticas elaboradas para as necessidades de
40
Informação Executiva
informação dos executivos
.5
33
.6
Laudon e Laudon sugerem outra classificação dos tipos de SI com base nos níveis organizacionais e públicos
00
atendidos por essas ferramentas. Dessa forma há sistemas de nível operacional, de nível de conhecimento, de
-0
TIPOS DE SISTEMAS DE
nt
ting, Produção
ol
CONHECIMENTOS DE INFORMÁTICA
ric
Mineração de dados (em inglês, data mining) é o processo de encontrar anomalias, padrões e correlações em
grandes conjuntos de dados com o intuito de prever resultados. Ao empregar uma ampla variedade de técnicas,
você pode usar essa informação para aumentar a renda, cortar custos, melhorar o relacionamento com os clien-
tes, reduzir riscos e muitas outras coisas.
A mineração de dados também é conhecida como descoberta de conhecimento em dados (KDD).
Quais as vantagens da mineração de dados?
z Detectar fraudes;
z Minimizar riscos;
z Antecipar demanda de recursos;
z Aumentar a taxa de resposta de campanhas de marketing;
z Minimizar atritos com clientes.
Um data warehouse é um tipo de sistema de gerenciamento de dados projetado para ativar e entregar suporte
às atividades de business intelligence (BI), especialmente a análise avançada. Os data warehouses destinam-se
exclusivamente a realizar consultas e análises avançadas e geralmente contêm grandes quantidades de dados 333
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título, a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.
históricos. Os dados em um data warehouse geralmente são derivados de uma ampla variedade de fontes, como
arquivos de log de aplicativos e aplicativos de transações.
Um data warehouse típico geralmente inclui os seguintes elementos:
Embora desempenhem funções semelhantes, os data warehouses são diferentes dos data marts e dos armaze-
namentos de dados de operação (ODSs). Um data mart realiza as mesmas funções que um data warehouse, mas
dentro de um escopo muito mais limitado, geralmente um único departamento ou linha de negócios, o que torna
o estabelecimento dos data marts mais fácil que os dos data warehouses. No entanto, eles tendem a introduzir
inconsistência porque pode ser difícil gerenciar de modo uniforme e controlar os dados em vários data marts.
9
-3
40
.5
33
.6
00
-0
os
nt
Sa
os
id
ol
ic
N
io
ric
au
M
Existem muitas ferramentas para mineração de dados, cada uma com uma característica marcante de opera-
ção. A maioria são de aplicações com Código aberto ou Software Livre, mas existem as opções proprietárias.
334
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título, a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.
Comparação entre Data Warehouses e Bancos de Dados
9
-3
40
.5
33
.6
00
-0
os
nt
Sa
os
Os data warehouses são constituídos, normalmente, de imensa quantidade de dados, por isso, é necessário
id
uma ferramenta para varrer automaticamente tais dados a fim de pesquisar tendências e padrões a partir de
ol
CONHECIMENTOS DE INFORMÁTICA
ric
au
Para entendermos melhor o que é um banco de dados, é necessário compreender antes a diferença que existe
entre dado, informação e conhecimento.
SABADIN (2020) define que o dado é um conteúdo que ainda não foi processado para gerar um significado. Tam-
bém pode-se dizer que dado é a menor unidade de conteúdo que tem significado no mundo real. Para gerar alguma
informação, é necessário, então, realizar uma análise nestes dados e formatá-los de uma forma mais resumida e de
fácil entendimento. A partir da informação, pode-se gerar conhecimento. Assim, quando conseguimos compreender
informações e relacioná-las a um contexto, estamos obtendo conhecimento.
A partir dos conceitos do que são dados, informações e conhecimento e qual a diferença entre ambos, precisa-
mos definir agora onde os dados ficam armazenados.
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título, a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.
CONCEITO DE BANCO DE DADOS Já o autor Silberschatz (2006) define um SGBD
como uma coleção de dados interrelacionados e um
Elmasri e Navathe (2011) definem Banco de Dados
conjunto de programas para acessar esses dados. O
(ou Base de Dados) como “uma coleção de dados, que
objetivo principal de um SGBD é prover formas de
representam algo do mundo real, se relacionam entre si
armazenar e recuperar informação em um banco de
e são projetados, construídos e populados para atender
a um grupo de usuários interessados, com um fim espe- dados de maneira conveniente e eficiente.
cífico”. É interessante mencionarmos também a defi- Ainda segundo Silberrschatz (2006), uma das prin-
nição dada por C. J. Date (2003), no qual “um banco de cipais razões para se usar um SGBD é ter um controle
dados é uma coleção de dados persistentes que é usada central dos dados e dos programas que acessam esses
pelos sistemas de uma organização”. dados. Elmasri e Navathe (2011) enumeram várias
A partir destas definições, Elmasri e Navathe vantagens na utilização de SGBDs, tais como:
(2011) destacam que existem algumas propriedades
implícitas de um banco de dados, são elas: z Controle de redundância;
z Restrição de acesso não autorizado;
z Representação do mundo real: um banco de z Armazenamento persistente;
dados representa algum aspecto do mundo real, z Armazenamento de estruturas para o processa-
algumas vezes chamado de “minimundo”. Mudan- mento eficiente de consultas;
ças no minimundo provocam mudanças na base de z Backup e restauração;
dados. Por exemplo, se quisermos construir uma z Múltiplas interfaces para os usuários;
aplicação para uma Universidade, o nosso “mini- z Representação de relacionamentos complexos
mundo” deveria ser representado por dados refe- entre os dados;
rentes à professores, alunos, cursos, disciplinas etc. z Garantia de restrições de integridade.
Sempre que uma nova informação fosse adicionada
(ingresso de novos alunos) ou modificada (mudan- De forma resumida, temos, então, que o SGBD é um
ça de professor para uma disciplina), seria necessá- sistema de software de uso geral que facilita o proces-
rio atualizar essas informações na base de dados; so de definição, construção, manipulação e comparti-
z Dados com significado inerente: um banco de lhamento de dados entre diversos usuários e aplicações.
dados é uma coleção logicamente coerente de Ele também tem a função de proteção (contra falhas de
dados com algum significado inerente. Uma varie- hardware e software) e de segurança (acessos não auto-
dade aleatória de dados não pode ser corretamente rizados ou maliciosos) dos dados nele armazenados, ao
chamada de banco de dados. Por exemplo, não faria mesmo tempo em que permite o compartilhamento des-
sentido uma base de dados com informações sobre ses dados entre vários usuários e aplicações.
um cadastro de pessoas (nome, sobrenome, data Antes da criação do conceito de SGBD, os bancos
de nascimento etc.) no mesmo local (ou na mesma de dados utilizavam apenas sistemas de arquivos,
9
tabela para casos de bancos de dados relacionais) não existindo muita integração entre sistemas distin-
-3
do cadastro de carros (modelo, cor, placa, chassi); tos. Isso gerava diversos problemas, tais como, redun-
40
z Dados com finalidade específica: um banco de dância de dados, concorrência de acessos, além de
dados é projetado, construído e populado por .5
33
que toda a organização dos dados ficava armazenada
dados atendendo a uma proposta específica. Ele
no programa que fazia a sua utilização. Com isso, se
.6
aplicações previamente concebidas nos quais esses a estrutura de dados de um arquivo fosse alterada,
-0
usuários estão interessados. Um banco de dados de todos os programas que utilizassem esse arquivo pre-
uma loja de varejo é diferente em tamanho e com- cisariam ser atualizados, pois deixariam de funcionar.
os
plexidade se comparado ao mantido pela Receita Cenário impossível atualmente, não é mesmo?
nt
dados que pode ser criado e mantido manualmen- características da abordagem de banco de dados que
io
te. Já um banco de dados criado e mantido por um diferem do armazenamento de dados em sistemas de
ric
z Usuários Finais:
z Analistas de Sistemas:
z Programadores de Aplicações:
9
-3
com todas as capacidades fornecidas pelo SGBD
40
para desempenhar estas tarefas (ELMASRI;
NAVATHE, 2011)..5
33
.6
Exemplos de SGBD
00
-0
Fonte: Adaptado de Elmasri e Navathe (2011, p. 4). cos de dados. Cada um deles possui características e
algumas peculiaridades no qual são necessárias análi-
nt
CONHECIMENTOS DE INFORMÁTICA
ric
vem alguns tipos de profissionais e suas atividades: z MySQL é um dos SGBDs de código aberto mais
au
z Inclui uma série de esquemas externos ou visões Elmasri e Navathe (2011) definem a independên-
do usuário. Cada esquema externo descreve a par- cia de dados como a capacidade de modificar ou alte-
te do banco de dados em que um grupo de usuários rar a definição dos esquemas em determinado nível,
sem afetar o esquema do nível superior. A arquitetura
9
em particular está interessado e oculta o restante
-3
do banco de dados do grupo de usuários. de três esquemas auxilia na independência de dados.
40
Existem dois tipos de independência de dados, são
Nível conceitual (ou esquema conceitual):
eles:
.5
33
.6
lhes das estruturas de armazenamento físico e mudar o esquema externo ou os programas. A inde-
os
concentrando-se na descrição de: pendência lógica é mais difícil de ser alcançada que
nt
do banco de dados. O esquema interno usa um Após estudarmos os principais conceitos de banco
modelo de dados físico e descreve os detalhes com- de dados, vamos nos concentrar nos diferentes tipos
pletos do armazenamento de dados e caminhos de de modelos de dados que possibilitam diferentes tipos
acesso para o banco de dados. de visões dos usuários.
Para C. J. Date (2003) os modelos de dados servem
Para uma melhor visualização, acompanhe o para descrever a estrutura de um banco de dados,
esquema abaixo: fornecendo significado necessário para permitir a
abstração de dados, uma das características funda-
mentais dos bancos de dados.
A abstração de dados em um SGBD tem o intuito
de retirar da visão do usuário final informações a res-
peito da forma física de armazenamento dos dados,
simplificando a interação do usuário com o sistema.
A abstração de dados, então, refere-se à supressão de
detalhes da organização e armazenamento dos dados.
338
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A representação dos dados pode estar submetida a Modelo Físico
diferentes níveis de abstração. Elmasri e Navathe (2011)
Os modelos físicos são modelos de baixo nível que
dividem estes níveis em modelos conceituais, modelos descrevem os detalhes de como os dados serão arma-
lógicos ou representacionais e modelos físicos. zenados no computador. Geralmente, estes modelos
são voltados para especialistas. Assim, o modelo físico
Modelo Conceitual
é construído com base no modelo definido anterior-
O modelo conceitual é um modelo de dados de alto mente (modelo lógico), com o objetivo de ser aplicado
sobre um SGBD específico.
nível, mais próximo ao modo como o usuário vê os dados.
Na construção do modelo físico, são definidas
Heuser (2009) também define que este é um modelo de
características como tipo e tamanho do campo, rela-
dados abstrato, que descreve a estrutura de um banco de cionamento, indexação e restrições.
dados de forma independente de um SGBD. Dessa forma, este modelo se importa em descrever
Assim, o modelo conceitual não se refere a caracte- as estruturas físicas dos bancos de dados, tais como
rísticas físicas ou de baixo nível como forma de acesso e tabelas (tables), índices (index), gatilhos (triggers),
armazenamento dos dados. Ele está focado em ilustrar a funções (functions), visões (views) etc.
realidade existente a partir de uma representação gráfica. A caixa a seguir ilustra um script de banco de
Assim, o modelo conceitual não estabelece caracterís- dados em SQL representando a criação dos detalhes
ticas físicas ou de baixo nível dos bancos de dados como dos dados internamente ao banco de dados (campo,
forma de acesso ou armazenamento dos dados. Ele está tipo/domínio, restrições).
focado em ilustrar uma realidade existente em um con-
texto de negócio a partir de uma representação gráfica. CREATE TABLE PRODUTO (
Neste modelo, são utilizados conceitos como enti- codigo INTEGER PRIMARY KEY,
dades, atributos e relacionamentos. quantidade REAL,
Um dos modelos de dados conceituais mais conhe- preco REAL,
cidos e utilizados na modelagem de banco de dados descricao VARCHAR(30),
é o Modelo Entidade-Relacionamento (MER). Nele, codigocat INTEGER
);
além dos conceitos vistos anteriormente como enti-
CREATE TABLE CATEGORIA (
dade, atributos e relacionamento, são representados codigo INTEGER PRIMARY KEY,
também conceitos centrais como generalização/ nome VARCHAR(30)
especialização e entidade associativa. Este modelo é );
o mais cobrado em provas de concursos e no próximo ALTER TABLE PRODUTO ADD FOREIGN KEY(codigocat)
capítulo iremos detalhar mais sobre ele. REFERENCES
A figura a seguir ilustra um exemplo de um Diagra- CATEGORIA (codigo);
9
ma de Entidade-Relacionamento.
-3
Arquitetura de Três Esquemas
40
Código
.5
Descrição Código
z Visão Externa (Nível Externo)
33
Quantidade
z Esquema Conceitual (Nível Conceitual)
Preço Nome
.6
(1,n) (1, 1)
Produto Tem Categoria
-0
Independência de Dados
os
z Lógica
nt
Implementação)
Modelo de Dados
os
banco de dados. Este modelo inclui a estrutura das z Lógico (ou representativos)
ic
ciado somente a partir da estruturação do modelo PROJETO DE BANCO DE DADOS CONHECIMENTOS DE INFORMÁTICA
ric
te do tipo ou modelo de SGBD que será utilizado, ou Segundo Elmasri e Navathe (2011), para se ter uma
M
seja, é levada em consideração qual abordagem será visão mais completa dos modelos de dados, é impor-
utilizada referente ao banco de dados, se Relacional, tante ter conhecimento das principais fases do projeto
Hierárquico ou de Rede. de banco de dados.
A figura a seguir ilustra um exemplo de um mode- A figura a seguir ilustra o esquema geral das dife-
lo lógico seguindo a abordagem de Bando de Dados rentes etapas que serão percorridas ao longo do desen-
Relacional. volvimento de um novo banco de dados no contexto
do desenvolvimento de um novo sistema ou aplicação.
Produto Categoria
código: inteiro código: inteiro
descrição: Texto (30) nome: Texto (30)
(1, n)
quantidade: real (1, 1)
preço: real
códigoCat: inteiro
339
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título, a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.
funcionamento, este processo é chamado de sinto-
Minimundo nia (tunning) de banco de dados. Aqui o modelo
físico é dependente do SGBD que será implantado,
podendo ser o MySQL, Oracle, PostgreSQL ou SQL
LEVANTAMENTO
Server, por exemplo.
E ANÁLISE DE
REQUISITOS MODELAGEM CONCEITUAL
Requisitos funcionais Requisitos de dados
Heuser (2009) define que o objetivo da modelagem
ANÁLISE FUNCIONAL
conceitual é obter uma descrição abstrata, indepen-
PROJETO CONCEITUAL
dente de implementação em computador e dos dados
Especificação da Esquema conceitual que serão armazenados no banco de dados.
transação de alto nível (em um modelo de dados de alto nível) Temos que a abordagem Entidade-Relacionamento
(ER) é a técnica de modelagem mais utilizada na mode-
Independente do SGBD
PROJETO LÓGICO lagem conceitual, o Modelo Entidade-Relacionamento
Específico do SGBD (MAPEAMENTO DO MODELO DE DADOS)
(MER) é modelo de dados conceitual mais popular de
PROJETO DO PROGRAMA Esquema lógico (conceitual)
alto nível e os Diagramas Entidade-Relacionamento
DE APLICAÇÃO (no modelo de um SGDB (DER) são a notação diagramática associada ao MER.
específico)
ENTIDADE
IMPLEMENTAÇÃO PROJETO FÍSICO
DA TRANSAÇÃO
Esquema interno Heuser (2009) define uma entidade como um con-
Programas de aplicação junto de objetos da realidade modelada sobre os quais
se deseja manter informações no banco de dados. Por
Fonte: Adaptado de Elmasri e Navathe (2011, p. 133) exemplo:
9
sitos devem ser especificados da forma mais deta- dade em particular. Por exemplo, a partir de uma
-3
lhada e completa possível. entidade que representa uma pessoa, os atributos
40
pertencentes a ela poderiam ser peso, altura, idade ou
Modelagem Conceitual: CPF. .5
33
Em um Diagrama ER, uma entidade é representa-
.6
modelo de dados conceitual de alto nível na forma entidade. A figura a seguir ilustra dois exemplos de
-0
independente de SGBD.
os
Projeto Lógico:
id
Tipos de Entidades:
ol
z Normal;
N
modelo de dados lógicos. O modelo lógico define z Fraca (mais detalhes a seguir);
io
como o banco de dados será implementado por um z Associativa (mais detalhes a seguir).
ric
ao relacionamento CONTROLA.
DEPARTAMENTO
PROJETO
cará o relacionamento.
Por exemplo, no relacionamento eCasadaCom (“é
9
casada com”), ilustrado na figura a seguir, uma ocor- z N:N (muitos-para-muitos) – uma instância se relaciona
-3
rência da entidade PESSOA exerce o papel de marido com várias ocorrências na outra entidade e vice-versa.
40
e a outra ocorrência exerce o papel de esposa.
.5
Por exemplo: Na imagem abaixo, um Compositor
33
Marido compõe várias Composições, assim como, uma
.6
PESSOA
Esposa
-0
N N
COMPOSITOR COMPÕE COMPOSIÇÃO
os
z De valor 1;
Alocação
z E as de valor N.
(1, 1)
A cardinalidade máxima é usada para classificar
os relacionamentos binários, aqueles nos quais os
relacionamentos se dão entre duas entidades. São MESA
tipos de relacionamentos: 341
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título, a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.
A partir da imagem anterior, podemos concluir
que cada Empregado deve ter a ele alocada obrigato-
riamente uma Mesa (cardinalidade mínima 1) e que
uma Mesa pode existir sem que a ela esteja alocado
um Empregado (cardinalidade mínima 0).
Grau de Relacionamento
9
-3
De forma resumida, temos que os graus dos rela- Atributos Nominativos:
40
cionamentos podem ser:
Atributos Referenciais:
id
ATRIBUTO
ol
Heuser (2009) define que os atributos são dados z Os atributos referenciais, como o próprio nome
ic
ou informações associadas a cada ocorrência de uma diz, fazem referência a uma outra entidade. O
N
lar, ela terá um valor para cada um de seus atributos. no qual faz referência ao código que identifica
M
Atributos Compostos:
z Possuem valor único para uma entidade em Já para um identificador composto, Heuser
particular. (2009) menciona que dois ou mais atributos podem
Por exemplo, para uma entidade do tipo Pes- ser necessários para distinguir uma ocorrência da
soa, o atributo IDADE é um atributo único, pois entidade das demais ocorrências da mesma entidade.
toda pessoa só possui uma idade. Heuser (2009) destaca também que há casos em
que o identificador de uma entidade é composto não
Atributos Multivalorados: somente por seus atributos, mas também, através de
relacionamentos em que ela participa (relaciona-
z Podem possuir vários valores para uma mesma enti- mento identificador).
dade. Por exemplo, FORMACAO_ACADEMICA é um No Diagrama ER, o relacionamento usado como iden-
atributo de uma entidade do tipo Pessoa que pode não tificador é indicado por uma linha dupla ou mais densa.
ter nenhuma formação, uma ou várias formações.
Um atributo multivalorado pode ter um limite
mínimo e um máximo para restringir o número de
valores permitidos para cada entidade individual.
Atributos Derivados:
9
-3
Atributos Identificadores:
40
z Quando o atributo permite distinguir uma ocor- .5
33
rência das demais ocorrências de uma mesma
.6
dor de entidade.
-0
os atributos compostos e os multivalorados, pois eles Na figura acima, a entidade DEPENDENTE é identi-
ic
data
Identificando Entidades (Atributos-Chave) CRM nome
hora
código nome
VEÍCULO Identificador
ENTIDADE FRACA de veículo
definido aqui
Heuser (2009) define que entidade fraca é uma
entidade que não possui atributos suficientes para
formar uma chave primária. A chave primária da
entidade fraca é formada pela chave primária do con- VEÍCULO TERRESTRE VEÍCULO AQUÁTICO
junto de entidades fortes da relação mais o identifica-
dor do conjunto de entidades fracas.
Por exemplo, a entidade DEPENDENTE é uma enti-
dade fraca, pois a entidade somente existe quando
relacionada a outra entidade e usa, como parte de ser
identificador, entidades relacionadas. AUTOMÓVEL ANFÍBIO BARCO
9
-3
A entidade fraca é representada por um retângulo com
40
linha dupla conforme demonstrado na figura a seguir.
.5
33
Herança múltipla
.6
00
-0
ENTIDADE ASSOCIATIVA
os
nt
Na figura anterior, podemos visualizar também cionamento é uma associação entre entidades. Em
outra forma de especificar os atributos de uma rela-
os
Por meio deste conceito é possível atribuir proprie- Por exemplo, deseja-se modelar a prescrição de
ric
dades particulares a um subconjunto das ocorrências medicamentos receitados aos pacientes, com a cria-
au
ralização é processo inverso à especialização. Ela é PACIENTE em uma entidade associativa e relacioná-la
resultado da união de dois ou mais tipos entidade de com a entidade MEDICAMENTO.
nível mais baixo (subclasse), produzindo um tipo-enti- A notação utilizada para tanto é colocar um retân-
dade de nível mais alto (superclasse). Assim, ela é uma gulo em torno do relacionamento (losango), conforme
abstração de um conjunto de entidades. pode ser visto na figura a seguir.
Especialização: Já a especialização, Heuser (2009)
(1, n) (1, n)
define como o resultado da separação de um tipo- CONSULTA
MÉDICO PACIENTE
-entidade de nível mais alto (superclasse), formando
vários tipos-entidade de nível mais baixo (subclasse). Entidade
associativa
No Diagrama ER, o símbolo para representar generali-
prescrição
zação/especialização é um triângulo isósceles.
MEDICAMENTO
344
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A seguir, temos uma imagem com um resumo dos símbolos de todos os conceitos que vimos sobre o modelo
conceitual mais cobrado em provas de concursos, chamado de Modelo Entidade-Relacionamento.
CONCEITO SÍMBOLO
Entidade
Relacionamento
Atributo
Atributo Identificador
Relacionamento Identificador
Generalização/especialização
Entidade Associativa
MODELO RELACIONAL
O modelo relacional foi introduzido por Edgar Frank “Ted” Codd, da IMB Research, em 1970. O modelo utiliza
o conceito de relação matemática que se parece com uma tabela de valores. As primeiras implementações são
início da década de 1980. O modelo revelou-se o mais flexível e adequado ao solucionar os vários problemas que
se colocaram no nível de concepção e implementação em um banco de dados.
A estrutura fundamental do modelo relacional é a relação (tabela). Uma relação é constituída por um ou mais
9
-3
atributos (colunas) que traduzem o tipo de dados a serem armazenados. Cada instância do esquema é chamada
40
de tupla (linha). A seguir, veremos em mais detalhes cada um destes conceitos.
.5
33
CONCEITOS DO MODELO RELACIONAL
.6
00
De acordo com Heuser (2009), o modelo relacional representa o banco de dados como uma coleção de relações.
-0
Fazendo uma comparação da relação com uma tabela de valores, temos que cada linha da tabela representa
uma coleção de valores de dados relacionados. Além disso, uma linha em particular representa um fato que nor-
nt
Sa
Tabela Relação
ic
N
Linha Tupla
io
De forma resumida, Heuser (2009) descreve que uma tabela (relação) é um conjunto não ordenado de linhas
(tuplas), onde cada linha é composta por uma série de colunas ou campos (atributos). Cada campo é identificado
por um nome de campo (nome do atributo), o conjunto de campos homônimos de todas as linhas de uma tabela
forma uma coluna.
A imagem a seguir ilustra as informações presentes em uma relação do modelo relacional de banco de dados.
345
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título, a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.
Fonte: Adaptado de Elsmari e Navathe (2011, p. 40)
Outros dois conceitos muito importantes da modelagem relacional é o grau da relação que diz respeito ao
número de atributos de uma relação e a cardinalidade da relação que indica o número de tuplas (linhas)
existentes na relação.
Chaves
As chaves correspondem aos atributos identificadores que vimos anteriormente no capítulo de modelagem
conceitual. Elas permitem dar uma identificação única a cada ocorrência de instância em uma tabela.
Basicamente existem 3 (três) tipos de chaves em um banco de dados relacional, a chave primária, a chave
estrangeira e a chave alternativa. A seguir, vamos detalhar estes tipos com suas respectivas características.
9
-3
40
z Um exemplo de chave primária pode ser o CPF que identifica unicamente cada pessoa. O conjunto {Nome,
CPF} também pode ser uma super chave, mesmo o atributo Nome não sendo uma chave primária..5
33
z Os campos que pertencem à chave primária são obrigatórios, não admitindo valor vazio ou NULL.
.6
00
z É uma coluna ou conjunto de colunas que se referem necessariamente a uma chave primária de outra tabela
nt
z Segundo Heuser (2009), a existência de uma chave estrangeira impõe restrições que devem ser garantidas ao
executar operações de alterações no banco de dados.
os
z Um exemplo de chave estrangeira pode ser o “Código do curso” que se encontra em uma das colunas da tabela
id
z Uma coluna ou grupo de colunas da tabela que servem para identificar unicamente um registro. Assim, além
ric
da chave primária criada, uma outra (alternativa) também é utilizada para identificar o registro. Também
au
z Como exemplo, podemos criar uma tabela com dados de Pessoas, tendo como chave primária um número
inteiro autoincrementado (valor diferente para cada pessoa inserida na tabela) e como chave única o CPF de
cada pessoa.
Domínio
Um domínio é um conjunto de valores atômicos, ou seja, cada valor do domínio é indivisível e possui uma
descrição física e outra semântica. Por exemplo:
z Descrição física
z Descrição semântica
z Chave Primária: conjunto de atributos (colunas) Elmasri e Navathe (2011) definem que um estado
que identifica unicamente uma tupla em uma que satisfaz a todas as restrições no conjunto defini-
relação; do de restrições de integridade é chamado de estado
z Chave Estrangeira: uma coluna ou conjunto de válido. Além disso, um estado de banco de dados que
colunas que se referem necessariamente a uma não obedece a todas as restrições de integridade é
chave primária de outra tabela; chamado de estado inválido.
z Chave Alternativa: uma coluna ou grupo de colu-
9
Dessa forma, Elmasri e Navathe (2011) classificam
-3
nas da tabela que servem para identificar unica-
os tipos de restrições de integridade:
40
mente um registro.
.5
33
RESTRIÇÕES DO MODELO RELACIONAL Restrição de Integridade de Entidade
.6
00
Elmasri e Navathe (2011) definem que restrições z Nenhum valor de chave primária pode ser NULL;
do modelo relacional são regras que devem ser obe-
-0
z Domínio;
entre duas relações e usada para manter a consis-
ol
z Chave;
tência entre tuplas nas duas relações;
ic
z Integridade;
visto anteriormente.
io
Entidade;
CONHECIMENTOS DE INFORMÁTICA
ric
Referencial;
Restrições de Integridade Semântica
au
Semântica.
M
9
para a resolução de diversas questões de pro-
-3
e que aumentam dia após dia em qualquer sistema
40
ou negócio. No entanto, não é a quantidade de dados vas de concursos, pois este assunto é o mais
.5
que é essencial. A parte mais importante é o que as recorrente. 33
empresas ou organizações podem fazer com esses � Volume: grande quantidade de informação a
.6
sobre eles, no qual é possível realizar previsões, ins- � Variedade: os diferentes tipos de dados anali-
-0
de dados.
ric
Inicialmente, o conceito de Big Data foi contempla- finanças, saúde, entre outros. Todos esses dados são
do por 3 V’s. que são volume, velocidade e varieda- fontes de Big Data.
de. Valor e veracidade são outras duas dimensões “V” Empresas e organizações se concentram muito na
que foram adicionadas à literatura recentemente. coleta de dados para garantir que possam obter infor-
Os V’s adicionais são frequentemente propos- mações valiosas a partir deles. Compreender a estru-
tos, mas estes 5V’s são os que mais são cobrados em tura de dados é a chave para descobrir seu valor.
provas de concursos. Vamos a uma breve explicação Castro e Ferrari (2016) destacam que, de forma
sobre cada um a seguir: simplificada, dados são valores quantitativos ou qua-
litativos associados a alguns atributos. Com relação à
� Volume estrutura, eles podem ser:
Refere-se à enorme quantidade de dados dispo-
nível, desde conjuntos de dados com tamanhos
de terabytes a zetabytes;
348
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título, a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.
FONTE: Disponível em: https://www.google.com/search?q=dados+estruturados&client=opera&hs=Qbg&sxsrf=ALeKk000TpXUa6k3mlx87snF0lE8
66HYNQ:1624911016946&source=lnms&tbm=isch&sa=X&ved=2ahUKEwjg-dKfkbvxAhX5r5UCHRp-BF4Q_AUoAXoECAEQAw&biw=770&bih=741#
imgrc=-n3SzEFTQkAqoM&imgdii=yRL2emS7B4ZdVM.
Dados Estruturados
Uma base de dados é estruturada quando os dados estão armazenados em campos fixos em um arquivo – por
exemplo, uma tabela, uma planilha ou um banco de dados. Assim, os dados estruturados dependem da criação de um
modelo de dados, incluindo a descrição dos objetos juntamente com suas propriedades e relações.
O modelo descreve todos os tipos de dados que serão armazenados, acessados e processados, o que inclui definir
quais campos de dados serão utilizados (por exemplo, nome, idade, gênero, endereço, escolaridade, estado civil etc.),
os tipos dos dados (por exemplo, numéricos, nominais, alfabéticos, monetários, endereço etc.) e todas as restrições a
eles associadas. Uma das vantagens dos dados estruturados é a facilidade de armazenagem, acesso e análise (CASTRO;
FERRARI, 2016).
Dados Semiestruturados
O dado semiestruturado é um tipo de dado que não possui a estrutura completa de um modelo de dados, mas
também não é totalmente desestruturado. Nos dados semiestruturados em geral são usados marcadores (por
exemplo, tags) para identificar certos elementos dos dados, mas a estrutura não é rígida. Exemplos conhecidos
de dados semiestruturados são arquivos XML ou HTML, que definem um conjunto de regras para codificar docu-
mentos em um formato que pode ser lido por humanos e máquinas, e também e-mails, que possuem campos de
9
-3
remetente, destinatário, data, hora e outros adicionados aos dados não estruturados do corpo da mensagem e seus
40
anexos (CASTRO; FERRARI, 2016).
.5
33
Dados Não Estruturados
.6
00
Dado não estruturado é aquele que não possui um modelo de dados, que não está organizado de uma maneira
-0
predefinida ou que não reside em locais definidos. Essa terminologia normalmente se refere a textos livres, ima-
os
gens, vídeos, sons, páginas web, arquivos PDF, entre outros. Os dados não estruturados costumam ser de difícil
nt
De forma resumida, temos a tabela a seguir que diferencia os três tipos de dados:
os
DADOS DADOS
id
Estrutura rígida, projetada previa- Estrutura flexível, representação Sem estrutura (ou com estrutura CONHECIMENTOS DE INFORMÁTICA
ric
Cada campo de dados tem um for- Cada campo de dados tem uma estrutura, Mais de 80% dos dados gerados no
M
mato bem definido mas não existe uma imposição de formato mundo é deste tipo
O esquema é criado com a definição de ele-
Dados de um mesmo registro pos-
mentos internos dos arquivos (nós), legíveis
suem relação entre eles
para seres humanos
Fonte: Adaptado de <https://bit.ly/332OR9z>. Acesso em: 26 set. 2020.
Para a maioria das organizações, o objetivo principal de lançar uma iniciativa de Big Data é analisar os dados
para melhorar os resultados de negócios.
A maneira como as organizações geram esses insights é por meio do uso de software analítico. Os fornecedores
usam muitos termos diferentes, como mineração de dados (data mining), inteligência de negócios (business intelli-
gence), computação cognitiva, aprendizado de máquina (machine learing) e análise preditiva, para descrever suas
soluções de análise de Big Data.
349
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Em geral, no entanto, essas soluções podem ser z Apache Kafka
separadas em quatro categorias amplas: Sistema de mensagens escalonável que permi-
te aos usuários publicar e consumir um gran-
Análise Descritiva de número de mensagens em tempo real por
assinatura.
Esta é a forma mais básica de análise de dados.
Ela responde à pergunta: “O que aconteceu?”. Quase z HBase
todas as organizações realizam algum tipo de análise Armazenamento de dados de chave/valor
descritiva ao reunir seus relatórios regulares sema- orientado por coluna que é executado no
nais, mensais, trimestrais e anuais. Hadoop Distributed File System.
9
Análise Prescritiva z YARN
-3
40
Tecnologia de gerenciamento de cluster no
As ferramentas de análise mais avançadas não Hadoop de segunda geração.
apenas informam às organizações o que acontecerá .5
33
a seguir, mas também oferecem conselhos sobre o
.6
çaram a usar esse nível de análise de Big Data em suas informações a muitos ambientes analíticos ou
Sa
z Apache Spark
ic
9
cessamento de padrões de dados, limpeza de dados
-3
como os softwares de banco de dados NoSQL, dese-
e colheita de informação. Todas essas atividades são
40
nhados para tratar imensos volumes de dados estru-
gerenciadas e administradas automaticamente e per-
turados e não estruturados (TAURION, 2013).
.5
mitem uma descoberta rápida até mesmo por pessoas
33
Segundo Machado (2018), nos bancos de dados não-especialistas.
.6
hash distribuídas, uma vez que armazenam objetos Objetivos da Mineração de Dados
-0
objetos a partir apenas de suas chaves, diferente dos Elmasri e Navathe (2011) definem que os objetivos
bancos de dados estruturados.
nt
por meio de clusters distribuídos em hardwares de com objetivos finais ou aplicações de uma perspectiva
id
NOÇÕES DE MINERAÇÃO DE DADOS z Previsão: mostrar como certos atributos dos dados
N
se comportarão no futuro.
io
A mineração de dados ou, do inglês, data mining, z Identificação: padrões de dados podem ser usa- CONHECIMENTOS DE INFORMÁTICA
ric
processados por uma empresa ou uma organização. z Classificação: particionar os dados de modo que
Técnicas de mineração de dados estão sendo usadas diferentes classes ou categorias possam ser identi-
por empresas e organizações em todo o mundo para ficadas com base em combinações de parâmetros.
obter um melhor entendimento dos seus clientes, par- z Otimização: otimizar o uso de recursos limitados,
ceiros e de suas próprias operações. como tempo, espaço, dinheiro ou materiais e maxi-
Neste capítulo, iremos estudar o conceito, aplica- mizar variáveis de saída como vendas ou lucros
ções e algumas das principais técnicas de mineração sob determinado conjunto de restrições.
de dados. Ao final, resolveremos algumas questões
cobradas em concursos públicos sobre este assunto PROCESSOS DO PROJETO DE MINERAÇÃO DE
DADOS
INTRODUÇÃO À MINERAÇÃO DE DADOS
z Processo de Descoberta do Conhecimento em
Atualmente, grandes empresas e organizações têm Bases de Dados (KDD)
buscado entender melhor seus clientes para otimizar
seus serviços e maximizar o retorno sobre seus inves- Castro e Ferrari (2016) destacam que a mine-
timentos. Um grande componente desse entendimento ração de dados é parte integrante de um processo 351
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mais amplo, conhecido como Descoberta de Conhe-
cimento em Bases de Dados ou, do inglês, Know-
ledge Discovery in Databases (KDD). Goldschmidt e
Passos (2005) definem que ela é caracterizada como
um processo composto por três etapas operacionais ETAPAS OPERACIONAIS DO PROCESSO DE KDD
básicas: Pré-Processamento, Mineração de Dados e
PRÉ- MINERAÇÃO DE PÓS-
Pós-Processamento. PROCESSAMENTO DADOS PROCESSAMENTO
A etapa de Pré-Processamento compreende
todas as funções relacionadas à captação, organiza-
ção e ao tratamento dos dados. O objetivo principal
Fonte: Adaptado de Goldschmidt e Passos (2005, p. 3)
dela é preparar os dados para os algoritmos da etapa
de Mineração de Dados. Goldschmidt e Passos (2005)
(2005) elencam as principais funções desta etapa: Processo CRISP-DM
z Seleção de Dados: refere-se à identificação das Muitos processos têm o objetivo de definir e padro-
informações que devem ser efetivamente conside- nizar as fases e atividades da Mineração de Dados.
radas durante o processo de KDD. Sendo dois enfo- Porém, apesar das particularidades, no geral, todos
ques distintos: a escolha de atributos ou a escolha possuem a mesma estrutura.
de registros que devem ser considerados no pro- Em meados dos anos 90, foi proposto o Processo
cesso de KDD. CRISP-DM, do inglês Cross-Industry Standard Process
z Limpeza de Dados: refere-se a qualquer tratamen- of Data Mining por um conjunto de empresas euro-
to realizado sobre os dados selecionados de forma peias para atuar como um modelo de processo padrão,
a garantir a qualidade (completude, veracidade mas não patenteado.
e integridade) dos fatos por eles representados. A figura a seguir ilustra, de maneira cíclica, as seis
Informações faltantes, erradas ou inconsistentes fases do processo CRISP-DM.
devem ser corrigidas de forma a não comprometer
a qualidade dos modelos de conhecimento a serem
extraídos ao final do processo de KDD.
z Codificação dos Dados: nesta etapa, os dados
devem ser codificados para ficarem em uma forma
que possam ser usados como entrada dos algorit-
mos de Mineração de Dados.
z Enriquecimento dos Dado: consiste em conse-
guir mais informação que possa ser adicionada
9
aos registros existentes, melhorando os dados,
-3
para que estes forneçam mais informações para o
40
processo de descoberta de conhecimento.
.5
33
Na segunda etapa, a Mineração de Dados realiza
.6
00
Importante!
N
de concursos, pois algumas bancas se referem à z Nessa fase, deve ser identificado os problemas de
Mineração de Dados e à Descoberta de Conhe-
au
9
de algoritmos sobre os dados procurando abstrair
-3
conhecimento. Estes algoritmos são fundamentados
40
em técnicas que procuram explorar os dados de for-
ma a produzir modelos de conhecimento. A forma de .5
33
representação do conhecimento depende diretamen-
.6
efetivamente.
Sa
encontram padrões em dados e podem até deduzir Redes Neurais (Neural Networks): as redes
neurais estão relacionadas com o desenvolvi-
id
A mineração de dados é normalmente organizada destacam que elas tendem a ser mais eficien-
io
pela sua capacidade de realizar determinadas tare- tes onde o número de variáveis envolvido é
CONHECIMENTOS DE INFORMÁTICA
ric
fas. Elas consistem na especificação do que queremos maior e as relações entre elas é mais complexa
au
buscar nos dados. Castro e Ferrari (2016) destacam e imprecisa. As redes neurais têm vantagens e
que, em geral, essas tarefas podem ser classificadas desvantagens. Como desvantagem, por exem-
M
em duas categorias: (1) descritivas: caracterizam as plo, é muito difícil fornecer uma boa justificati-
propriedades gerais dos dados; e (2) preditivas: fazem va para as previsões feitas por uma rede neural.
inferência a partir dos dados objetivando predições. Além disso, redes neurais tendem a necessitar
Nas descritivas, têm como principais as tarefas de de muito treinamento. Dessa forma, o tempo
associação, clusterização e sumarização. Já as prediti- necessário para treinamento tende a aumentar
vas, por sua vez, são compostas pelas tarefas de classi- com o aumento do volume de dados. Assim, as
ficação e regressão. redes neurais, em geral, não podem ser treina-
A seguir, são descritas, sucintamente, as principais das em bancos de dados muito grandes.
tarefas, técnicas e algoritmos de mineração de dados:
z Estimação (Estimation) ou Regressão (Regres-
z Classificação (Classification): uma das tarefas sion): semelhante à tarefa de classificação, no
mais comuns da mineração de dados, a classifi- entanto, a estimação ou regressão é utilizada
cação, tem o objetivo de identificar a qual classe quando o dado é identificado por um valor numé-
um determinado dado pertence. O modelo anali- rico e não por uma classe. Assim, muitas vezes,
sa o conjunto de dados fornecidos, com cada dado esta tarefa está relacionada com a identificação de
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métricas e a avaliação de um item específico (por exemplo, um cliente) junto às métricas através da especifi-
cação de pontuações. Um outro exemplo de utilização que também podem ser realizadas são as previsões de
venda de um determinado produto.
z Análise Descritiva (Description) ou Sumarização de Dados: esta análise permite medir, explorar e descrever
características intrínsecas aos dados. Também permitem uma sumarização e compreensão dos objetos base e
seus atributos. Técnicas de visualização também são empregadas para um melhor entendimento da natureza e
distribuição dos dados. Como exemplo, podemos ter uma base de dados com informações sobre assinantes de
uma determinada revista. A tarefa de sumarização poderia realizar uma busca por características comuns à
maioria dos assinantes. Por exemplo, os assinantes da revista sobre negócios, são homens na faixa etária de 35
a 65 anos, com nível superior completo e que trabalham na área de finanças. Estas informações poderiam ser
utilizadas pela equipe de marketing da revista para direcionar as ofertas de assinaturas para novos clientes com
as mesmas características encontradas anteriormente.
z Agrupamento ou Segmentação (Clustering): tarefa que tem como objetivo separar (particionar ou segmentar)
um conjunto de objetos em grupos (do inglês clusters) de objetos similares. Turban et. al (2009) definem que o agru-
pamento divide um banco de dados em segmentos cujos membros compartilham qualidades semelhantes. Esta
tarefa diferencia da classificação pois não há a necessidade de que os registros sejam categorizados previamente.
Além do mais, o agrupamento não tem o objetivo de classificar, estimar ou predizer o valor de uma variável, ele
apenas tenta identificar os grupos de dados similares. Algumas das técnicas usadas para classificação, como redes
neurais, referem-se em parte a situações que envolvem agrupamento. Algumas áreas onde as tarefas de agrupa-
mento são aplicadas, podem ser a pesquisa de mercado, o reconhecimento de padrões, o processamento de ima-
gens, as pesquisas geográficas, a detecção de fraudes, entre outras.
z Associação (Association): Turban et al. (2009) definem que as associações estabelecem relações entre itens
que ocorrem juntos em um determinado registro. Algumas vezes, é chamada também de análise de cesta de
supermercado (market basket) porque uma das aplicações dessa técnica é a análise das operações de venda
para determinar um padrão do que os clientes ou consumidores costumam comprar. Castro e Ferrari (2016)
exemplificam da seguinte forma: os gerentes de marketing gostam muito de frases como “90% dos clientes
que compram um smartphone assinam um plano de dados para seu aparelho”. Nesse caso, a regra encontrada
pela ferramenta de análise de dados e que está refletida nessa afirmação é aquele que associa smartphone ao
plano de dados. Regras dessa natureza são chamadas de Regras de Associação ou, do inglês Association Rules,
ou seja, é a identificação de grupos de dados que apresentam concorrência entre si (ocorrência simultânea de
dois eventos). Na tabela a seguir, há alguns exemplos de regras de associação.
9
-3
Regra 3: SE idade = média ENTÃO compra computadores = sim
40
Regra 4: SE idade = adulto E avaliação de crédito = excelente ENTÃO compra computadores = sim
.5
33
Regra 5: SE idade = adulto E avaliação de crédito = ruim ENTÃO compra computadores = não
.6
00
z Detecção de Anomalias ou Análise de Outliers: Castro e Ferrari (2016) destacam que os dados conhecidos
-0
como anomalias ou valores discrepantes (outliers) não seguem o comportamento ou não possuem a caracterís-
os
tica comum dos dados ou de um modelo que os represente. Em algumas aplicações, como na detecção de frau-
des, os eventos raros ou anomalias podem ser mais informativos do que aqueles que ocorrem regularmente.
nt
Sa
A mineração de dados pode ser muito útil em diversos setores com o objetivo de identificar oportunidades de
id
negócios e criar vantagens competitivas. A seguir, estão listados alguns setores e como a mineração de dados pode
ol
z Comércio Eletrônico (E-commerce): os sites de comércio eletrônico usam mineração de dados para oferecer
io
vendas cruzadas por meio de seus sites. Por exemplo, diversos sites de compras mostram frases como “As
ric
pessoas também viram”, “Compram juntos com frequência” para os clientes que estão interagindo com o site.
au
z Bancário: a mineração de dados ajuda o setor financeiro a obter uma visão dos riscos de mercado e a geren-
M
ciar a conformidade regulatória. Ajuda os bancos a identificar prováveis inadimplentes para decidir se emi-
tem cartões de crédito ou empréstimos, por exemplo.
z Varejo e Vendas: a mineração de dados ajuda os proprietários do setor de vendas e varejo a saber as escolhas
dos clientes. Olhando para o histórico de compras dos clientes, as ferramentas de mineração de dados mos-
tram as preferências de compra de cada um deles.
z Fabricação e Produção: com a ajuda da mineração de dados, os fabricantes podem prever o desgaste dos
ativos de produção. Eles podem antecipar a manutenção, o que os ajuda a reduzi-los para minimizar o tempo
de inatividade.
z Seguros: a mineração de dados ajuda as seguradoras a estabelecer preços lucrativos para seus produtos e a
promover novas ofertas para clientes novos ou existentes.
z Educação: a mineração de dados beneficia os educadores para acessar os dados dos alunos, prever os níveis
de desempenho e encontrar alunos ou grupos de alunos que precisam de atenção extra. Por exemplo, alunos
que são fracos na disciplina de matemática.
z Investigação Criminal: a mineração de dados pode detectar anomalias em uma grande quantidade de dados.
Os dados criminais, por exemplo, incluem todos os detalhes de um crime. Para a polícia, a mineração de dados
é útil para estudar os padrões e tendências e prevê eventos futuros com melhor precisão.
354
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título, a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.
A partir do que foi estudado anteriormente, vamos resumir alguns conceitos fazendo uma comparação entre
Mitos versus Realidade sobre a mineração de dados.
MITO REALIDADE
A mineração de dados fornece predições imediatas como A mineração de dados é um processo com várias etapas
bola de cristal que exige projeto e uso de técnicas proativas e calculadas.
A mineração de dados não é viável para aplicações de A tecnologia atual está pronta para ajudar qualquer negó-
negócios cio, seja pequeno, médio ou grande
Os bancos de dados estão cada vez mais modernos e ro-
A mineração de dados exige um banco de dados dedicado
bustos, permitindo, assim, a utilização em mais aplicações
e distinto
de forma paralela
Ferramentas baseadas na Web mais recentes permitem
Somente aqueles com formação avançada podem fazer a
que pessoas de todos os níveis educacionais realizem a
mineração de dados
mineração de dados
Se os dados refletem exatamente o negócio ou os clientes,
A mineração de dados é apenas para grandes empresas
uma empresa pode usar a mineração de dados indepen-
que possuem milhares de dados de clientes
dentemente da quantidade de dados que ela armazena
O aprendizado de máquina é uma das tendências mais recentes da tecnologia atualmente. Do inglês Machine
Learning, este é um ramo da inteligência artificial (IA) que já está revolucionando o software moderno e mudando
a forma como as empresas fazem negócios.
Neste capítulo, iremos aprender alguns conceitos básicos sobre aprendizado de máquina e, ao final, resolvere-
mos algumas questões de concursos públicos sobre este tema.
O aprendizado de máquina é focado na construção de aplicativos que aprendem com os dados e melhoram sua
precisão ao longo do tempo, sem serem programados para isso. Em ciência de dados, um algoritmo é uma sequência
de etapas de processamento estatístico. No aprendizado de máquina, os algoritmos são “treinados” para encontrar
9
-3
padrões e recursos em grandes quantidades de dados, a fim de tomar decisões e fazer previsões com base em novos
40
dados. Quanto melhor for o algoritmo, mais precisas serão as decisões e previsões à medida que ele processa mais
dados.
.5
33
O aprendizado de máquina também está intimamente relacionado à mineração de dados, pois um computa-
.6
dor recebe dados como entrada e utiliza um algoritmo para formular suas respostas.
00
Uma tarefa típica do aprendizado de máquina é fornecer uma recomendação. Para quem tem conta na Netflix,
-0
por exemplo, todas as recomendações de filmes ou séries são baseadas nos dados históricos do usuário. Assim, as
os
empresas de tecnologia utilizam o aprendizado de máquina para melhorar a experiência do usuário com reco-
mendações personalizadas.
nt
O aprendizado de máquina também é usado para uma variedade de outras tarefas, como detecção de fraude,
Sa
manutenção preditiva, automatização de tarefas e assim por diante. Veremos mais aplicações do aprendizado de
os
codifica todas as regras ou algoritmos. Cada regra é baseada em uma base lógica e a máquina executará uma saída
CONHECIMENTOS DE INFORMÁTICA
ric
Quando o sistema se torna muito complexo, mais regras precisam ser escritas. Dependendo da complexidade
M
9
suficientes (ou não ser capaz de rotular dados sufi-
-3
z Algoritmos de Classificação cientes) para treinar um algoritmo de aprendizagem
40
supervisionada.
Como vimos no capítulo de Mineração de
.5
Voltando ao exemplo do gato, imagine que você
33
Dados, os algoritmos de Classificação têm o tenha um grande número de imagens, algumas das
.6
objetivo de identificar a qual classe um deter- quais foram rotuladas como “gato” e “não é gato” e
00
Por exemplo, imagine que se deseja prever o gêne- pervisionado usaria as imagens rotuladas para fazer
ro de um determinado cliente em uma loja online
os
exemplo, se o modelo prediz “masculino = 70%”, aprende à medida que avança por meio de tentativa
M
significa que o algoritmo tem 70% de certeza de e erro. Uma sequência de resultados bem-sucedidos
que o novo cliente é do gênero masculino e 30% será reforçada para desenvolver a melhor recomen-
é do gênero feminino. Assim, a loja poderá exibir dação ou política para um determinado problema.
produtos relacionados ao gênero com uma maior Por exemplo, se a tarefa for sugerir um artigo de
probabilidade do cliente se interessar. notícias a um usuário, um algoritmo de aprendiza-
do por reforço obterá feedback constante do usuário,
z Algoritmos de Regressão sugerindo alguns artigos de notícias e, em seguida,
construirá um “gráfico de conhecimento” de quais
Semelhante aos algoritmos de Classificação, a artigos a pessoa gostará.
Regressão é utilizada quando o dado é identifica-
do por um valor numérico e não por uma classe. APLICAÇÕES DE APRENDIZADO DE MÁQUINA
Por exemplo, um analista financeiro pode que-
rer prever o valor de uma ação com base em z Automação
uma variedade de características como desem- O aprendizado de máquina funciona de forma
penhos anteriores da ação, índices macroeco- totalmente autônoma em qualquer área sem a
356 nômicos etc. Assim, a partir destas informações, necessidade de qualquer intervenção humana.
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título, a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.
Por exemplo, robôs executando as etapas z A distância: pode ter ou não momentos presen-
essenciais do processo de uma fábrica. cias; a maior parte a distância.
9
Nos últimos anos, a empresa Google tem desen- É o ator principal, com participação deci-
-3
volvido um carro autônomo que utiliza inteli- siva nas atividades durante o curso, que
40
gência artificial com algoritmos de aprendizado explora, investiga e colabora no processo
.5
33
de máquina para se locomover. O automóvel é de organização coletiva de informações.
Aluno O aluno deve estar motivado para apren-
.6
cam a localização que ele está em relação à sua der, ter perseverança e responsabilidade,
-0
volta. Ele também possui um radar na parte da ter hábito de planejamento e visão de
frente do automóvel que informa a velocidade e futuro, ser proativo, comprometido e
os
redor. Esses equipamentos geram dados para Planeja as disciplinas por meio de mate-
Sa
descobrir não apenas como dirigir o carro, mas riais educacionais e atividades avaliativas
Professor
os
também para descobrir e prever movimentos dos e coordena a equipe de tutores durante
id
não? Tutor a
do a questionamentos no decorrer da
N
distância
disciplina
io
CONHECIMENTOS DE INFORMÁTICA
ric
13 SÁNCHEZ, P. A. A educação inclusiva: um meio de construir escolas para todos os no século XXI. BRASIL, Ministério da Educação. Secretaria
da Educação Especial. Inclusão: Revista da Educação, 2005, p. 101.
14 ROCHA, R. Profissionais explicam a diferença entre ensino a distância e ensino remoto. Instituto Federal Alagoas, 2021. Disponível em:
https://www2.ifal.edu.br/noticias/profissionais-explicam-a-diferenca-entre-ensino-remoto-e-ensino-a-distancia. Acesso em: 11 mar. 2022. 357
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EXTENSÃO COMENTÁRIOS
CONCEITOS DE TECNOLOGIAS E
Windows Media Audio, formato de áudio
FERRAMENTAS MULTIMÍDIA, DE .wma
padrão do Windows
REPRODUÇÃO DE ÁUDIO E VÍDEO Windows Media Video, formato de vídeo
.wmv
padrão do Windows
Os softwares instalados no computador, podem
ser classificados de formas diferentes, de acordo com
o ponto de vista e sua utilização. As aplicações multimídia utilizam o fluxo de dados
Vamos conhecer algumas delas. com áudio, vídeo e metadados. Os metadados são usa-
dos para diferentes funções, como identificação da
CATEGORIA CARACTERÍSTICA EXEMPLO fonte, dados sobre duração da transmissão, verifica-
ção da qualidade etc.
Sistemas Operacionais
que oferecem uma Quando usados separadamente, o usuário pode
Básico plataforma para Windows e Linux baixar apenas o áudio de um vídeo, ou modificar os
execução de outros metadados do MP3 para exibir as informações edita-
softwares das sobre autor, disco, nome da música etc. Os fluxos
Programas que Microsoft Office de dados devem ser analisados na forma de contêiner
permitem ao usuário e LibreOffice, (pacote encapsulado), a fim de mensurar a qualidade
Aplicativo
criar e manipular seus reprodutores de e quantidade de dados trafegados.
arquivos mídias Stream é um fluxo de dados com pacotes de vídeo e
Compactador áudio transferidos de um servidor remoto para o dispo-
Softwares que sitivo local. Popularizado pelo serviço Netflix de filmes e
de arquivos,
realizam uma tarefa
Utilitários Desfragmentador de séries, o formato stream fragmenta o conteúdo em paco-
para a qual fora
projetado
Discos, Gerenciadores tes de dados para serem enviados pelo canal com pro-
de Arquivos tocolos TCP. Esses pacotes de dados são os contêineres.
Software malicioso, Vírus de computador,
que realiza ações worms, cavalo de
SmartTv
Malware que comprometem Troia, spywares,
Internet
a segurança da phishing, pharming,
informação ransomware etc.
Os softwares que reproduzem conteúdo multimí- A transferência de arquivos poderá ser realizada
de três formas:
9
dia, como o Windows Media Player e o Groove Music
-3
(além de opções de terceiros, como o VNC Player),
40
reconhecem o arquivo como tendo conteúdo multimí- z Fluxo contínuo;
dia a partir da extensão dele. z Modo blocado; .5
33
z Modo comprimido.
.6
00
EXTENSÃO COMENTÁRIOS
Na transferência por fluxo contínuo, os dados são
-0
Audio Video Interleave. Formato de vídeo transmitidos como um fluxo contínuo de caracteres.
.avi
padrão do Windows
os
nt
smartphones
Cliente
os
QuickTime File Format é um formato de Fluxo contínuo – os dados são enviados na forma de um
ric
9
-3
telas; no entanto, o anfitrião tem a opção de contro-
40
Componente do Microsoft 365 (Office 365) edições lar quem pode ou não compartilhar arquivos e telas
.5
corporativas, o Microsoft Teams possui recursos para durante a chamada. As transmissões serão armazena-
33
conversação por texto (Chat), chamadas de áudio, das na nuvem da Cisco, para serem acessadas poste-
.6
assim como o Google Meet, teve suas funcionalidades Cisco Webex é um aplicativo corporativo pouco
Sa
liberadas por um período para todos os usuários, usado no Brasil. Você pode conhecer suas fun-
os
devido à pandemia de COVID-19 no ano de 2020. cionalidades por meio da página web do progra-
id
Na versão pessoal, o OneDrive é usado para arma- O Google Hangouts era uma opção do G Suite, um
au
zenar arquivos compartilhados. Na versão empresa- pacote de produtividade dos produtos Google comer-
M
rial o SharePoint é usado para compartilhar arquivos cializado para empresas. Permitia a conexão com as
com a equipe (dentro do domínio da empresa) e o pessoas por meio de vídeo HD, voz e texto. As trans-
OneDrive para compartilhar com usuários de fora da missões poderiam ocorrer para várias pessoas simul-
equipe, na Internet. A versão gratuita não possui o taneamente, semelhante ao Skype.
recurso Microsoft SharePoint, mas o usuário poderá Participantes externos poderiam participar de um
compartilhar arquivos pelo Microsoft OneDrive. Hangout mesmo se não tivessem uma conta do G Suite.
Com o Teams, você pode conversar por meio de Todos os streams de vídeo e áudio, no Hangouts, eram
texto, realizar videoconferências (com webcam) e criptografados. Porém, as interfaces pouco intuitivas
trocar arquivos. Você pode utilizá-lo via navegador do Talk e Hangout acabaram sendo melhoradas no
de Internet ou instalar o app no smartphone e ter os Google Meet.
mesmos recursos de conversação e troca de arquivos.
Outras funcionalidades incluem: Google Drive
z Editar arquivos com segurança ao mesmo tempo; O Google Drive, que antes se chamou Google Disco,
z Ver curtidas, @menções e respostas com apenas incorporou as funcionalidades do Google Docs e mais
um toque; o armazenamento de arquivos na nuvem. 359
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título, a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.
Para acesso aos aplicativos, é exigida uma senha 2. (CESGRANRIO — 2021) Um usuário precisa utilizar
de conta Google, como o Gmail. O endereço de acesso o Explorador de Arquivos do Windows 10 para listar,
é http://drive.google.com. pelo menos, os atributos de nome e data e hora de
É possível instalar aplicativos no computador (link modificação dos arquivos e das subpastas, contidos
para o Google Drive) e nos smartphones e tablets. Na em uma pasta.
opção instalada no smartphone ou tablet, temos os
recursos de compartilhamento de arquivos na nuvem, Para apresentar esses atributos, depois de selecionar
visualização de arquivos acessados pelo dispositivo e a pasta desejada no Explorador de Arquivos, o usuário
transferência de dados para outros aplicativos. deve selecionar a opção de exibição
Usuários de contas Google corporativas ou edu-
cacionais possuem recursos extras, assim como o a) ícones grandes
Microsoft Teams. Em concursos públicos, as bancas b) ícones médios
costumam abordar os conceitos básicos válidos para c) ícones pequenos
as contas Google comuns. d) detalhes
e) lista
Skype
3. (CESGRANRIO — 2018)
É um aplicativo capaz de realizar chamadas com
áudio e vídeo entre dois computadores, usando a
Internet. Além disso, é capaz de realizar chamadas
com áudio para telefones fixos e celulares.
Após o fim do MSN Messenger, outros aplicati-
vos passaram a oferecer recursos de comunicação. O
Skype, por exemplo, adquirido pela Microsoft, permite A Figura acima reproduz, de forma ampliada, um dos
conversação de texto, bate-papo com áudio, videocon- controles que compõem a Barra de Tarefas do Windo-
ferências, chamadas telefônicas de Skype para Skype ws. Esse controle representa
gratuitamente e realizar ligações telefônicas para apa-
relhos convencionais. Para a utilização de todos esses
a) Tela auxiliar
recursos disponíveis, será necessário comprar cré-
ditos, o que possibilita, por exemplo, a realização de b) Nível de energia
ligações internacionais para aparelhos convencionais. c) Conexão de rede
Atualmente há várias opções para instalação do d) Brilho do monitor
Skype em nosso dispositivo. Vejamos: e) Configurações de tela
9
4. (CESGRANRIO — 2018) Na empresa onde um indi-
-3
z Aplicativo para computador – Skype (pessoal);
víduo trabalha, vários funcionários compartilham o
40
z Aplicativo para computador – Skype for Business
(integrante do Office 365); mesmo computador rodando o Windows 10 em por-
.5
tuguês. Um desses funcionários precisa usar o com-
33
z Aplicativo para smartphone e tablet.
putador desse indivíduo, mas este não quer fechar os
.6
00
Suas funcionalidades foram somadas ao Microsoft programas e arquivos com os quais está trabalhando
no momento.
-0
a) Trocar usuário
dos para o Microsoft Teams. Ainda aparecerá b) Bloquear
id
e) Hibernar
io
ric
9
d) tautócrono
-3
d) Exibição lado a lado
40
e) Congelar painéis e) tempestivo
.5
33
8. (CESGRANRIO — 2021) O agente comercial de uma 11. (CESGRANRIO — 2021) Portais corporativos reve-
.6
empresa elaborou uma planilha no software Microsoft lam-se uma interessante alternativa de comunicação
00
Excel para lançar os débitos de seus clientes. Ele a con- com seu público-alvo. Esses portais permitem que a
-0
figurou para controlar automaticamente as seguintes organização transmita, pela internet, sua mensagem
regras: diretamente para o meio externo com um conteúdo
os
a) admitir, apenas, débitos entre R$ 40.000,00 e R$ conteúdo seja testado nos principais navegadores de
Sa
b) destacar, em cor diferente, os débitos entre R$ o Mozilla Firefox, sendo a escolha dos temas uma das
id
Quais são os recursos do Microsoft Excel que o agente Qual é a função dos temas no Mozilla Firefox?
N
a) Validação de dados; Formatação condicional b) Mudar a aparência, como, por exemplo, o esquema de
M
b) Formatação condicional; Gerenciador de cenários cores ou a imagem de fundo das barras de ferramentas.
c) Verificação de erros; Teste de hipóteses c) Organizar as abas abertas em uma única janela, defi-
d) Função de consolidação; Formatação condicional nindo sua sequência de apresentação por um critério
e) Classificar e Filtrar; Validação de dados de ordenação.
d) Permitir a edição do controlador de zoom da página
9. (CESGRANRIO — 2021) A computação distribuída per- apresentada, adequando-a às configurações de tela.
mite que as máquinas integrantes de uma rede, que e) Sincronizar itens favoritos entre os diversos dispositi-
utiliza esse modelo computacional, executem o seu vos de um usuário, tais como senhas ou abas abertas.
próprio processamento. Esse cenário permite que as
organizações se beneficiem da integração de serviços, 12. (CESGRANRIO — 2018) Bruno enviou um email com o
por meio da interconexão oferecida pelas redes de seguinte cabeçalho:
computadores, otimizando recursos e maximizando o
poder de seu parque computacional. Nesse cenário, o TO: Carlos <carlos@email.com> CC: Dalila <dalila@
modelo de redes ponto a ponto se caracteriza por email.com>
BCC: Ana <ana@email.com>, Edson <edson@email.
com> FROM: Bruno <bruno@email.com> 361
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título, a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.
Se Dalila (dalila@email.com) responder a esse e-mail 16. (CESGRANRIO — 2021) A assinatura digital é um contro-
para todas as pessoas que puder identificar no cabe- le de segurança que permite a verificação da integridade
çalho da mensagem que recebeu, para quem será e da autenticidade do documento digital. Sabe-se que o
enviada a resposta de Dalila? certificado digital do signatário (CertSignatário) foi emi-
tido pela Autoridade Certificadora 1 (AC1); o certificado
a) somente para Bruno da AC1 (CertAC1) foi emitido pela Autoridade Certifica-
b) somente para Bruno e Carlos dora Raiz (ACZ); e que o certificado da ACZ (CertACZ)
c) somente para Bruno, Ana e Edson é autoassinado. Para validarmos a assinatura digital do
d) somente para Carlos, Ana e Edson signatário de um documento digital, nessa infraestrutura
e) para Bruno, Carlos, Ana e Edson de chaves públicas em cadeia, é necessário ter-se
9
uma preocupação permanente dos agentes comerciais, 18. (CESGRANRIO — 2022) A gravação de cópias de
-3
40
principalmente em relação a assuntos contratuais e segurança (backup) é um dos procedimentos mais
importantes na garantia da operação de um ambien-
.5
financeiros e às facilidades advindas dos meios digitais. 33
te computacional. Políticas de backup devem ser
desenhadas pelos administradores de suporte das
.6
no que se refere à segurança da informação, incluem empresas, com vistas a manter a disponibilidade e a
integridade do sistema computacional.
-0
a) manutenção exata e completa do conteúdo das men- Uma providência importante referente à política de
nt
do necessário.
b) automatizar backups de arquivos no formato Man-
ol
15. (CESGRANRIO — 2022) Códigos maliciosos (malwa- e) testar todos os volumes de backups gerados.
M
9 GABARITO
1 E
2 D
3 C
4 A
5 D
6 D
9
-3
40
7 E
8 A .5
33
.6
9 C
00
-0
10 A
os
11 B
nt
12 B
Sa
os
13 B
id
14 B
ol
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15 E
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16 E
CONHECIMENTOS DE INFORMÁTICA
ric
17 B
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M
18 E
19 E
20 D
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ANOTAÇÕES
9
-3
40
.5
33
.6
00
-0
os
nt
Sa
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ol
ic
N
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ric
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título, a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.
z Nível Operacional: nível de execução da organi-
zação no intuito de realizar tarefas do dia a dia. A
figura encontrada é a do executor; procure guar-
dar a ideia da execução das tarefas nesse nível e
VENDAS E NEGOCIAÇÃO
assim ficará mais fácil resolver as questões rela-
cionadas ao tema.
NÍVEIS ORGANIZACIONAIS
z Planejamento Estratégico: o mais importante
Observe no fluxograma a seguir os níveis organi- para seu estudo – aliás, os títulos deste capítulo
zacionais. são voltados a ele. O planejamento estratégico tem
como escopo a análise da organização como um
“todo”, pois visa compreender o ambiente interno
Estratégico Institucional
e externo, o que significa fazer análises para alcan-
ce dos objetivos organizacionais. O planejamento
9
-3
é a longo prazo e sua abordagem é geral/global,
40
realizado no nível institucional e pelos executivos/
.5
Tático Departamental Gerencial
diretores da organização.
33
.6
Operacional Execução
Administrativo
Reflita sobre o seguinte: como ele é um planejamen-
os
que veremos mais para frente; As funções da Administração são quatro: Plane-
jamento, Organização, Direção e Controle. Vejamos a
M
9
-3
planejado precisar ser implantado e, para isso, a fun-
40
ção organização tem como foco a distribuição e divi- z Análise interna: Forças e Fraquezas (são controláveis);
são do trabalho.
.5
z Análise externa: Oportunidades e Ameaças (não
33
são controláveis).
.6
Direção
00
-0
ser motivadas a cumprir o planejamento. A figura do Variáveis externas não são controláveis, pois
ol
líder faz-se importante nesse momento. estão “fora” da organização e não tem como a
ic
quatro etapas:
M
� Forças � Oportunidades
� Pontos Fortes � Variável
z Definir um padrão de desempenho: para seguir e � Fortalezas externa
� Variável
alcançar um determinado objetivo, é preciso estar interna
no rumo, e é aí que entra o padrão de desempenho;
z Acompanhar o desempenho: essa etapa conta
com o monitoramento, ou seja, acompanha se tudo
F O
está sendo feito conforme foi definido;
z Avaliação de desempenho: já esta é uma etapa
voltada a um processo “posteriori”, pois leva em
consideração avaliar os resultados obtidos;
z Ação corretiva: etapa necessária quando se veri- � Fraquezas
F A � Ameaças
� Ponto Fraco � Variável
fica que há certos desvios, gaps ou lacunas no � Variável externa
processo. interna
366
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título, a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.
Pense em situações que ocorrem dentro de uma Matriz de Ansoff
organização. Exemplo: A empresa X comprou um
novo equipamento (ponto forte), porém os colabo- Outra estratégia que pode ser utilizada pelas orga-
radores não foram treinados para usufruir da nova nizações visa a escolher a estratégia conforme o pro-
tecnologia (ponto fraco). A organização percebe que duto/serviço e mercado.
momento é complicado, porque os clientes não têm
poder de compra (ameaça), mas o mercado está rea- z Produto Tradicional e Mercado Tradicional: Estra-
gindo com o anúncio do governo de redução das taxas tégia de Penetração;
de impostos (oportunidade). z Produto Novo e Mercado Tradicional: Estratégia
Outra ferramenta que pode ser utilizada para de Desenvolvimento de Produto;
fazer uma análise é a Balanced Scorecard (BSC), meto- z Produto Tradicional e Mercado Novo: Estratégia
dologia desenvolvida para medição do desempenho de Desenvolvimento de Mercado;
de aspectos financeiros e não financeiros. z Produto Novo e Mercado Novo: Estratégia de Di-
versificação.
A ideia é utilizar indicadores e assim aferir resulta-
dos de maneira equilibrada do ponto de vista de várias
perspectivas ou dimensões. A organização conseguirá Produtos/Serviços
fazer análises de seus aspectos financeiros, processos
internos, aprendizado e crescimento e clientes.
Desenvolvimento
Penetração
de Produto
Recursos
Desenvolvimento
Diversificação
VISÃO E de Mercado
Clientes Processos
ESTRATÉGIA
9
Estratégias de Acordo com as Variáveis
-3
40
Aprendizado
.5
A organização escolherá as suas estratégias con-
33
forme as variáveis internas e externas. Em algum
.6
Partimos do princípio de que não adianta somente ção às ameaças ou mais ameaças que oportunidades;
-0
medir o aspecto financeiro, é preciso também anali- também poderá acontecer de ter mais pontos fortes
que pontos fracos ou mais pontos fracos que pontos
os
Após a organização examinar seus pontos fortes, z Oportunidades e Pontos Fortes: Estratégia de
ol
Crescimento;
io
� Oportunidades � Oportunidades +
As estratégias genéricas de Porter visam a escolha + Fortalezas Fraquezas
da estratégia dentro de 3 possibilidades.
VENDAS E NEGOCIAÇÃO
Se tem algo importante para uma organização é criar uma imagem institucional e fazer com que os stakehol-
ders ao seu redor entendam o seu propósito. Stakeholder significa partes interessadas, ou seja, todos que de
alguma forma estão ligados ou relacionados com a organização. Exemplos: colaboradores, gestores, acionistas,
gerentes, consumidores, fornecedores, governo e outros.
Dica
Provavelmente, um sinônimo para stakeholder em uma prova de concurso seja atores ou clientes. Vale res-
saltar o seguinte: o termo “cliente” é abrangente, pois entende-se como cliente o público externo e interno.
� Cliente interno: colaboradores, gerentes;
� Cliente externo: consumidores, fornecedores.
Talvez seja estranho pensar colaborador e fornecedor como clientes, mas veja que a ideia é satisfazer as
necessidades de todos, por isso a concepção de que todos são clientes. Aliás, quando uma organização
compreende isso, sem sombra de dúvidas estará conquistando a excelência.
Retornando para o assunto imagem institucional. A organização, por meio do seu planejamento estratégico,
definirá sua missão, visão e seus valores.
z Missão: razão de existência, razão de ser da organização, o seu propósito. A missão institucional é atemporal,
logo, não está atrelada ao futuro e, sim, ao presente. Todos os dias a organização deve cumprir a sua missão;
z Visão: onde a organização deseja chegar, alcançar, ser ou estar. Diferentemente da missão, a visão é temporal.
Estipula-se um prazo para que seja alcançado o desejável. Não confunda visão com objetivo, apesar de faze-
rem menção ao que se espera alcançar. A visão tem como parâmetro o reconhecimento, ser reconhecida pelo
seu público. Já o objetivo é voltado para si;
z Valores: princípios norteadores da organização, aquilo que tem importância ou significado e se visa demons-
trar para os stakeholders.
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Fonte: https://www.bb.com.br/pbb/pagina-inicial/sobre-nos/quem-somos#/
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IDENTIDADE E POSICIONAMENTO
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ric
A identidade tem como propósito dar uma personalidade que seja única à organização e isso passa também
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pela sua missão, visão e seus valores. Mas vai além, pois requer que o público seja capaz de guardar facilmente as
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título, a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.
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Fonte: https://www.bb.com.br/docs/pub/inst/dwn/Trocadefachadas.pdf
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Quando uma organização investe na sua identidade e no seu posicionamento, a tendência é que em um deter-
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minado momento as pessoas conseguirão identificar facilmente e isso a levará a outros patamares de desempe-
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nho. Para tanto, é preciso ter um diferencial competitivo; aliás, competitividade é a alma do negócio bem sucedido.
-0
Para que uma organização seja competitiva no mercado, será preciso exatamente ter um diferencial.
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Uma das atuações do Banrisul dentro do seu planejamento estratégico é atuar mais fortemente em criar laços
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e vínculos com seus stakeholders. Em se tratando de produtos, podemos observar a crescente no mercado da
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área digital; portanto, a instituição percebe a necessidade de cada vez mais melhorar seu posicionamento nesse
sentido.
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SEGMENTAÇÃO DE MERCADO
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A meta da segmentação de mercado é escolher um determinado grupo de consumidores que possuam neces-
au
sidades iguais ou, pelo menos, parecidas. A organização fará uma oferta para o público segmentado, visando
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melhor assertividade.
Neste sentido, o intuito é dividir em grupos potenciais clientes com desejos e comportamento de compras
semelhantes. Segundo Philip Kotler (1998): “através da segmentação a empresa poderá fazer melhores trabalhos
VENDAS E NEGOCIAÇÃO
frente à concorrência, dedicando-se a fatias de mercado que tenham melhores condições de atender”.
Para isso, é preciso estudar a participação que a organização tem no mercado e entender os seus concorrentes.
A prática do “benchmarking” pode ser uma excelente ferramenta para esse processo.
O benchmarking competitivo é muito utilizado para entender as estratégias dos concorrentes. Por meio dele,
compara-se os resultados e apropria-se das melhores práticas, buscando melhorá-las.
Depois de compreender o mercado, é preciso separar os clientes por grupos. Dessa maneira, a organização
saberá como atuar e obter resultados satisfatórios.
Níveis de Segmentação
z Marketing de Massa: o objetivo desse tipo de segmentação é ofertar algo que seja possível para um grande
público. Os produtos estarão em todos os lugares, desde em uma conveniência, em um bairro de classe alta,
até em uma mercearia ou ponto de vendas na periferia. Exemplo: produtos de higiene, refrigerantes e outros; 369
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z Marketing de Segmento: visa ter um grupo ainda grande de consumidores, porém um pouco mais específico
se compararmos com o marketing de massa. Vale lembrar que as pessoas/clientes são diferentes, pois suas
necessidades e desejos dizem respeito aos seus hábitos;
z Marketing de Nicho: ainda mais restrito ao ser comparado aos dois tipos anteriores. Nele, os segmentos são
divididos em subsegmentos. A organização torna-se especialista numa determinada necessidade do cliente;
z Marketing Local: a preocupação está voltada às necessidades regionais, as quais, por sua vez, são diferentes
das de outros locais. Consequentemente, a organização precisará rever seus produtos e serviços, para oferecer
melhores produtos aos seus possíveis clientes. Como exemplo, imagine uma rede de lanches, atuando em um
mercado no qual as pessoas não consomem carne bovina. Será necessário, então, que a organização se adapte,
para oferecer o produto certo;
z Marketing Individual: é o tipo de marketing direcionado aos consumidores de maneira individual. A ideia é
trabalhar de modo personalizado para cada cliente. Pode ser chamado de “marketing one by one” ou marke-
ting um a um.
Massa
SEGMENTAÇÃO
Segmento
NÍVEIS DE
Nicho
Local
Individual
Modalidades de Segmentação
z Geográfica: o mercado é segmentado por região. Cada localidade tem a sua cultura e seus valores, fazendo-se
importante verificar como será feito o marketing, a fim de que tais valores não sejam afetados. Neste sentido,
a organização buscará uma forma de trabalhar com o marketing, estudando o acesso para se chegar no local,
bem como o transporte. O intuito é descobrir a acessibilidade.
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-3
Outra situação que podemos elencar é o centro de compras. Imagine, por exemplo, você montar um negócio
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em um local onde as pessoas não têm acesso. Normalmente, as pessoas vão para um “centro de compras” e, mes-
mo que os custos sejam altos, ainda vale a pena; .5
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z Demográfica: são situações ligadas à idade e, neste sentido, o marketing verifica o público idade. Leva-se em
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z Comportamental: leva-se em consideração a frequência de compra, quando as pessoas compram e onde com-
os
pram. Também se verifica a lealdade do consumidor e o que ele costuma comprar com mais frequência.
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Uma outra análise feita é a expectativa de vida das pessoas e o estilo de vida (psicográfica). Lembre-se de
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que expectativa de vida é diferente de ciclo de vida. No comportamento, também se estuda o interesse, o uso do
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z Socioeconômica: o critério utilizado é a renda. Um ótimo exemplo que podemos citar é o marketing digital.
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Uma organização que fará uma campanha no Facebook, Instagram ou Google, com certeza, descobrirá a faixa
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de quanto o seu público ganha e, assim, encontrará o cliente certo para o seu produto. Vale destacar que o grau
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de instrução das pessoas também é verificado nessa modalidade, assim como o seu status, nível de ocupação
au
e migração;
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z Benefícios: é aquilo que os clientes procuram. Um bom exemplo a ser citado é quando o cliente se preocupa
com a qualidade do produto ou serviço, bem como se o produto oferece prestígio a ele e um atendimento de
qualidade, demonstrando o grau de satisfação;
z Personalidade: aqui, são verificadas as suas bases culturais, atitudes e valores. Podemos dizer que, nessa
modalidade, é verificado o conjunto de crenças do cliente;
z Caracterização Econômica: a variação de mercado, o tamanho da empresa, o tamanho do mercado e a
demanda são fatores importantes para se levar em consideração no momento da segmentação.
CUSTO TOTAL
Tempo
Inicialmente, é preciso entender a respeito do sig-
nificado de valor percebido pelo cliente, o que, talvez,
Energia Física
para muitos, não seja tão evidente assim. Valor é a
expectativa do cliente quanto aos benefícios do pro-
duto ou serviço em comparação aos custos ou quantia Energia Psíquica
real paga. Neste sentido, pode-se compreender que a
quantia real paga não corresponde somente ao custo
em termos de dinheiro, mas, sim, à soma dos custos Aqui, cabe-nos um questionamento: como é possí-
vel aumentar o valor percebido pelo cliente?
de tempo, energia psíquica e física despendidos para
Pode-se, por exemplo:
adquirir um produto ou serviço.
z Melhorar os benefícios do produto ou serviço: des-
sa maneira, aumentará o valor total;
Importante! z Reduzir os cursos não monetários (tempo, ener-
O valor entregue ao cliente constitui a seguinte gias psíquica e física);
equação: z Reduzir os custos monetários.
VEC = VT – CT
É fato que a organização necessita de obter a
Em que VEC corresponde ao valor entregue ao satisfação do cliente. Para Hoffman e K. Douglas, tal
cliente; satisfação:
VT corresponde ao valor total;
CT corresponde ao custo total. É alcançada quando suas percepções satisfazem ou
excedem suas expectativas. A satisfação, propiciada
por um produto, serviço ou sentimento é função dire-
O valor entregue ao cliente é igual ao valor total ta do desempenho percebido e das expectativas. Se o
para o cliente menos o custo total para o cliente. O desempenho ficar distante das expectativas, o cliente
valor total para o cliente pode ser entendido como o ficará insatisfeito. Se atender às suas expectativas,
ficará satisfeito. Se exceder às expectativas ficará
9
conjunto de benefícios esperados pelo cliente, ou seja,
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altamente satisfeito ou encantado. (2001, p. 28)
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a imagem, o valor pessoal, o valor dos serviços, o pró-
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prio valor do produto e quaisquer outros benefícios Conforme se vê, não é tão simples conseguir tal feito.
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que agreguem valor sob a ótica do cliente. No entanto, é algo necessário no mundo dos negócios. As
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Valor do Produto
assim conseguirão alcançar a satisfação do cliente.
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VALOR TOTAL
Valor do Pessoal
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adquirir um bem ou serviço, calculamos o tempo que E então, inicia-se uma gestão voltada à melhoria
será gasto para isso. Um bom exemplo a ser citado é da experiência do cliente perante a empresa. Para
VENDAS E NEGOCIAÇÃO
quando você fica na fila do caixa do banco para pagar melhor entendimento, faz-se necessário conceituar o
uma conta – situação na qual cinco minutos parecem atendimento.
uma eternidade. Agora, se você tiver que aguardar
duas horas ou mais para que o gerente do banco o(a) z Atendimento: é um serviço oferecido com ou sem
atenda, para que consiga um financiamento imobiliá- produto.
rio, você nem perceberá o tempo passar.
Por exemplo, ao adquirir o curso preparatório
Outros custos levados em consideração são as
para o Banrisul você recebeu os dados de acesso e se
energias psíquica e física. A primeira diz respeito ao por algum motivo ficou com alguma dúvida, poderá
gasto psicológico para a tomada de decisão numa entrar em contato com o nosso setor de suporte para
situação conflitante de escolhas e a segunda diz res- resolução do problema. O que o cliente espera? Espera
peito ao gasto físico para encontrar o produto/marca que o seu problema seja resolvido e quando isso ocor-
ideal, para suprir a sua necessidade. re, acontece o atendimento com excelência/qualidade. 371
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É de suma importância fazer o que estiver ao z Confiança: é preciso criar um laço de confiança e
alcance, visando solucionar problemas sejam corri- isso claro não se consegue da noite para o dia, o
queiros ou inusitados. estreitamento ocorre à medida que a organização
O atendimento também procura ajudar o cliente nos soluciona os problemas do cliente, sejam corri-
mais variados momentos de maneira sempre respeitosa queiros ou inusitados;
com educação e cortesia. É preciso ter uma escuta ativa, z Fidelidade: como consequência, o cliente se torna
pois o cliente deseja, entre outras coisas, atenção. fiel e sempre procurará fazer negócios com a orga-
Existem certos fatores que influenciam tanto na nização. Um bom exemplo disso é quando você vai
expectativa do cliente como na experiência com a ao shopping e normalmente acaba escolhendo o
organização. Vejamos: mesmo local para almoçar;
z Comunicação: deve ser clara e precisa, utilizar
z Qualidade no local: veja como o item é importan- termos que sejam entendidos por todos. A empa-
te, você chegar no destino/local e reparar como tia (colocar-se no lugar do outro) contribuirá para
todas as coisas estão no seu devido lugar. A orga- o sucesso no momento de se comunicar com o
nização é um fator determinante, assim como cliente;
a limpeza e o ambiente arejado. É um fator tão z Organização: mais uma vez este assunto, pois a
ordem levará à organização e consequentemente
importante que podemos pegar como exemplo as
melhorará a experiência do cliente;
agências bancárias, normalmente bem organiza-
z Atenção: imagine chegar a um local para ser aten-
das, arejadas e limpas. Isso fará com que você se
dido e simplesmente ser ignorado pelo pessoal da
sinta bem no ambiente;
linha de frente, sem sombra de dúvidas deixará
z Experiência dos colaboradores: é outro fator
o cliente insatisfeito e irritado. Dar atenção é pri-
importante dento dos aspectos que influenciam os
mordial para melhorar a experiência do cliente
clientes, reparamos muito e é perceptível também;
e requer uma escuta ativa, ou seja, saber ouvir.
z Desempenho: nem sempre o colaborador terá a Aliás, é mais importante ouvir do que falar;
experiência, mas você perceberá se ele está procu- z Agilidade: ninguém gosta de passar minutos ou
rando ter o melhor desempenho possível e assim horas, dependendo do que está sendo entregue,
entregar um atendimento de qualidade; aguardando ser atendido ou esperando uma solu-
z Organização no atendimento: não tem coisa pior ção para o problema. Pense em quando você vai
você se deparar com um atendimento desorgani- até uma agência bancária e pega uma fila na inten-
zado. Imagine a situação de chegar a uma agência ção de pagar uma conta, cada minuto ali será uma
bancária e não saber ao certo quando será atendi- eternidade. Por isso o atendimento deve ser ágil,
do ou simplesmente perceber situações de pessoas perfeito e eficaz.
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sendo atendidas primeiro, mesmo que tenham
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chegado à agência depois de você;
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z Opinião de outros clientes: este é o item mais
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Confiança Fidelidade Comunicação
relevante sobre a experiência que o cliente terá
33
com a organização. Normalmente, compramos ou
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00
Dica
Para não confundir:
Comunicabilidade: fazer com que as pessoas
entendam a mensagem de forma clara e precisa.
Comunicativo: gostar de conversar, de se comu-
nicar com as pessoas.
Além dos fatores, algumas competências são É preciso estar sempre em alerta em relação às
necessárias quando se trata de atendimento ao públi- demandas dos clientes, saber lidar com todas as infor-
372 co para que a experiência do cliente melhore. mações que chegam e por muitas vezes dominar a
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tensão dos problemas que inevitavelmente acontece- que não pode ser normal é a organização continuar
rão, ou seja, ter paciência e tolerância para domar as na “mesmice”, pois vivem em um sistema aberto
emoções. e, por isso, necessitam de interagir com o ambiente
Hoje em dia, precisamos não só ter conhecimen- em busca de transformações e melhorias. O ambien-
to do trabalho que exercemos, mas também resolver te ao qual a organização pertence está em constante
uma gava variada de problemas, por isso é necessá- mudança e isso requer uma atitude rápida e dinâmica
rio participar de eventos como treinamentos e pales- por parte dos gestores.
tras, e assim aumentar o nível de conhecimento para Ademais, é importante destacar que a gestão de
melhorar as habilidades ou desenvolver novas. negócios depende de outras ciências para melhorar
Imagine que você conheça o trabalho dos outros o seu desempenho. O termo “sistema”, por exemplo,
departamentos e inicia no seu setor, ao conhecer as vem da Biologia. Entende-se, nessa ciência, que os
outras etapas ou estágios, poderá repassar as informa- sistemas envelhecem e, quando estão prestes a desa-
ções ao cliente, informando-o como será daqui para parecer (morrer), eles se transformam. Neste sentido,
frente, o cliente ficará satisfeito e não será “pego de as organizações, que são, também, consideradas sis-
surpresa”. temas, passam por um processo de transformação, em
Outro requisito importante é apresentar-se de busca da entropia negativa (renovação, rejuvenesci-
forma adequada, inclusive no quesito de se vestir de mento), para continuarem sobrevivendo no mundo
acordo com a função. As organizações, principalmen- dos negócios.
te a rede bancária, vêm se modernizando de maneira
muito rápida no uso da tecnologia e seus colaboradores
necessitam também ter conhecimento das novas tecno- Dica
logias para uma melhor fluidez de dados e informações. Entropia: envelhecimento;
Entropia negativa: revitalização, renovação,
rejuvenescimento.
9
O colaborador precisa ser treinado para que este-
-3
tados, deverá compreender como alcançar ou mesmo
ja capacitado no exercício de suas tarefas diárias. Esse
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ultrapassar esses resultados. A comparação entre
treinamento consiste em um processo de aprendi-
zagem a curto prazo. Isso porque ele é conduzido a .5
uma organização e outra (concorrente) chamamos de
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Benchmarking Competitivo.
executar uma tarefa, seja ela complexa ou não. Ao ser
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00
tos específicos relativos ao trabalho, atitudes frente portamento socioeconômico alinhado às ideias de outros
ric
a aspectos da organização, da tarefa e do ambiente atores, como o governo, parceiros de negócios, clientes,
au
Qualquer tarefa, seja complexa ou simples, é neces- envolvimento da organização com o tema em questão
sário treinamento. (CHIAVENATO, 2006) melhorará a sua imagem perante à sociedade, sendo,
portanto, uma forma de oportunidade de negócios.
VENDAS E NEGOCIAÇÃO
O treinamento tem, como foco, o desempenho e No entanto, é bom frisar que a sustentabilidade
visa transferir competências. Na verdade, o indivíduo, vai além do pensamento voltado às oportunidades
normalmente, já possui certas competências, mas pre- de negócio, pois deve ser uma preocupação genuína
cisa adquirir outras (competências necessárias) para por parte da organização, com o intuito de melhorar,
o preenchimento de lacunas (gaps). a cada dia, a vida das pessoas que, direta ou indireta-
É relevante mencionar o desenvolvimento, que mente, tenham ligação com ela. Estas podem ser cha-
também faz parte da aprendizagem. No entanto, este madas de “stakeholders” ou, simplesmente, “partes
servirá a médio e a longo prazo. Pode-se dizer que o interessadas”.
desenvolvimento está voltado para as carreiras e, não, Essa relação com os públicos interno e externo pas-
para as tarefas. sa por muitos desafios. A organização precisa saber
A organização, de igual modo, está em constante lidar com a população (comunidade), com grupos
processo de aprendizagem, pois seus métodos entram ambientalistas e órgãos de controle (governamentais).
em entropia (envelhecimento), algo que é normal. O 373
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A sustentabilidade tem, como base, o tripé social, ambiental e financeiro. A organização precisa ser social-
mente desejável, mas sem deixar de obter lucros e de se preocupar, ao mesmo tempo, com o meio ambiente. Não é
uma tarefa tão simples, pois requer uma boa estratégia e nada acontece de maneira imediata. Imagine, por exem-
plo, uma organização que atuará na melhoria ambiental. Pode ser que, no início, haja mais gastos que economia,
pois novas tecnologias serão necessárias, gerando custos. Neste sentido, a economia virá com o tempo.
Para Gro Harlem Brundlant, Primeira-Ministra da Noruega, a sustentabilidade é
[...] desenvolvimento que satisfaz as necessidades presentes, sem comprometer a capacidade das gerações futuras de
suprir suas próprias necessidades”. (Relatório de Brundlant ,1987)
Social
TRIPÉ DA
SUSTENTABILIDADE
Financeiro Ambiental
É importante dizer que as organizações podem melhorar a gestão voltada à sustentabilidade fazendo uso dos
5R´S. Vejamos:
z Repensar: é analisar como está o consumo da organização, se realmente todos os insumos, materiais e produ-
tos são essenciais;
z Reduzir: é verificar o que comprar, quando comprar e que quantidade, visando sempre conseguir a redução;
9
z Reaproveitar: não descartar nada sem, antes, analisar a sua possível reutilização;
-3
40
z Reciclar: antes da reciclagem, há o reaproveitamento – memorize essa ordem. No caso da reciclagem, é de
.5
suma importância separar de maneira correta, para uma melhor eficiência. As organizações costumam pos-
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suir lugares específicos para cada item reciclado;
.6
z Recusar: é a recusa de produtos danosos ao meio ambiente e de fazer negócios com fornecedores que não se
00
Reduzir Reutilizar
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5R
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Recusar Reciclar
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Repensar
Fonte: https://www.ecoplasticossp.com.br/posts/?dt=5-rs-mudar-os-habitos-e-pensar-no-meio-ambiente-b29SMFUyLzV1YUhPK2k3ckNEVUpJ
dz09
No Brasil, tivemos a Rio-92, que juntou os países numa Conferência Mundial sobre meio ambiente e desen-
volvimento sustentável dos países. A reunião, que ficou conhecida como Eco-92, ocorreu 20 (vinte) anos depois
da reunião em Estocolmo, quando os países se reuniram, entendendo a importância de políticas voltadas à
sustentabilidade.
Na Rio-92, foi lançado o documento “Agenda 21”, que trata de um plano que objetiva o alcance do desenvolvi-
mento sustentável. A Agenda 21 faz alusão, justamente, ao século 21, no intuito de entregar um mundo sustentá-
vel para as próximas gerações.
Em 2012, tivemos o Rio + 20, mais uma reunião que ocorreu na cidade do Rio de Janeiro e visava verificar os
avanços relacionados aos 20 (vinte) anos depois da primeira reunião ocorrida em 1992.
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Atualmente, temos a Agenda 2030 que tem, como Os serviços podem ser ideias ou conceitos e, por
foco principal, a erradicação da pobreza. O nome do isso, são intangíveis. Por muitas vezes, compramos ou
documento é “Transformando o nosso mundo”. A adquirimos algo pela reputação da organização. Veja
Agenda 2030 foi concebida em 2015 no encontro em a importância de um atendimento personalizado;
Nova Iorque.
Como podemos perceber, há uma real preocupa- z Inseparabilidade: serviços, diferentemente de
ção relacionada à sustentabilidade, mesmo que seja produtos, são consumidos no momento em que são
difícil de obter resultados satisfatórios em todos os criados, portanto de maneira simultânea e não são
setores da sociedade. Deste modo, as organizações separados no instante em que é oferecido. Podemos
têm um papel importantíssimo para a concretização dizer que é indissociável. Tomemos, como exem-
dos objetivos. plo, uma aula presencial. Caso você acabe perden-
do a aula, não terá como voltar. Mesmo que você
combine com o professor de repetir essa aula, ela
nunca será a mesma, pois são muitas variáveis que
influenciam o momento de realização de uma aula;
CARACTERÍSTICAS DOS SERVIÇOS: z Variabilidade: diferentemente dos produtos, que
INTANGIBILIDADE, INSEPARABILIDADE, são homogêneos, os serviços são heterogêneos,
pois não têm uma certa uniformidade. O serviço
VARIABILIDADE E PERECIBILIDADE é único e, cada vez que é feito, a entrega será dife-
rente. Aqui, serve o exemplo da aula também: por
Para tratar do tema, precisarei, primeiro, comen-
tar sobre o setor bancário, pois, nele, há muita com- mais que a organização se esforce para entregar
petitividade, não é mesmo? Basicamente, os bancos um serviço igual, nunca será. A variabilidade ocor-
oferecem produtos e serviços bem semelhantes, sen- re da combinação tanto de quem está entregando
do o marketing bancário algo necessário. o serviço quanto do cliente. É um resultado da
Nesse momento, você deve estar se perguntando o interação das partes;
que isso tem a ver com as características do serviço. Ini- z Perecibilidade: os serviços devem ser consumidos
cialmente, é preciso que saiba que, em termos comuns assim que são criados/produzidos, simplesmente
de comparação, os termos produto e serviço consti- pelo fato de não ser mais possível a sua utilização.
tuem coisas diferentes. Os bancos, apesar de oferece- Não é estocável/armazenável e não será feito de
rem produtos, necessitam de um ótimo serviço, para maneira antecipada.
persuadir (influenciar) o cliente. Neste sentido, o mar-
keting bancário é bem diferente dos de outros setores.
O marketing diferencial dos bancos é a imateriali- Imateriais
dade de seus produtos. Como exemplo, imagine uma
9
venda de seguros. O cliente, normalmente, fecha o
-3
Bancários Inseparáveis
seguro, por causa do contato personalizado que terá
40
com a empresa, ou seja, pelo contato pessoal. Eviden- PRODUTOS
temente, outros aspectos são também importantes, .5
33
Prestação de
Variáveis
como: o layout, o ambiente, os recursos físicos e tudo Serviços
.6
Perecíveis
que é intangível e deixá-lo mais tangível.
os
z O que é produto?
GESTÃO DA QUALIDADE EM SERVIÇOS
os
isto é, você pode pegar, sentir, apalpar. Imagine o seu Quando se fala em qualidade em serviços, precisa-
ic
desejo de trocar de celular. Você vai à loja e solicita mos pensar, primeiramente, no cliente. Ele é o foco
N
o modelo ao atendente. Com certeza, revirará o pro- de tudo, e as organizações devem identificar o que
io
duto. Fará alguns testes, verificará o layout, as cores, o satisfaz e também o que possa ser capaz de gerar
ric
tação. Com esse exemplo, buscamos mostrar que os Partindo desse pressuposto, fica mais fácil imagi-
M
produtos são mais facilmente experimentados, dife- nar como as organizações procuram agir no seu dia a
rentemente dos serviços. dia para continuar se relacionando com os já clientes
e atrair novos.
VENDAS E NEGOCIAÇÃO
9
Act Do Receptividade: nada como uma boa recepção,
-3
receber o cliente da melhor maneira possível,
40
com educação, cortesia, gentileza e ofertando o
.5
melhor atendimento possível;
33
Responsividade: repassar informações de
.6
Check
todas as fases do processo gerando, assim, con-
00
vidade, execução, economicidade e excelência. ou prestar ser serviço “somente uma vez” e sim
obter a fidelidade do cliente para que consiga
os
Dentro do contexto de técnicas de vendas, encon- Esta é a etapa da busca de informações possíveis:
tramos os elementos que as compõem, que são: pré- quem são as pessoas que tomam decisões e quais as
-venda, venda e pós-vendas. Pode-se dizer que são suas características, e dos estudos focados em com-
três grandes fases, pois dentro delas existem certas preender a melhor maneira de abordagem.
etapas que, de acordo com Kotler, são: prospecção,
pré-abordagem, abordagem, demonstração, fecha- Abordagem
mento e acompanhamento.
Indica como será feita a abordagem ao cliente: de
maneira pessoal (visita), por telefonema, contato pela
Prospecção ou Qualificação
internet ou via redes sociais (Messenger, WhatsApp e
outros). Ainda podemos pensar em outra hipótese –
Pré-abordagem mala direta – encaminhar uma mensagem persuasiva
7 ETAPAS DE VENDA
9
riormente na etapa de planejamento.
-3
de impacto ela vai causar. Entretanto, deve-se tomar
Aqui, verifica-se quais são os clientes de maior
40
muito cuidado para não colocar tudo a perder, como
potencial, suas necessidades e motivações, estuda-se o
comportamento de compra, a melhor forma de chegar .5
fazer comparações com concorrentes de maneira
33
depreciativa.
até ele (abordagem) e quais são os concorrentes que
.6
Prospecção
os
cliente potencial. Para ser entendido como cliente Desejo: despertar a vontade de obter os benefí-
ric
potencial, é preciso ter certos requisitos, como: neces- cios agora já conhecidos;
au
sidade de comprar, autoridade de comprar e poder Ação: atitude de comprar o bem ou serviço.
M
aquisitivo.
z Tratamento das Objeções
Dica
VENDAS E NEGOCIAÇÃO
9
-3
Universal Princípios e de leis que regem a conduta das organizações.
40
Cultural e Costumes
Valores
5
3. Pontualidade
3
Prática, Mutável e
.6
Teórica, Duradoura e
EMPRESARIAL
momento, pode ser certa ou errada. Essa complexi- Jogo de Cintura e Respeito
os
mantermo-nos no caminho.
ol
PADRÕES DE QUALIDADE NO
N
sões sejam pautadas de maneira mais sólida. Ainda, ATENDIMENTO AOS CLIENTES
ric
9
interação e, claro, a qualidade no atendimento.
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A fim de que o atendimento de telemarketing apre-
40
MARKETING DE RELACIONAMENTO sente reais resultados à organização, é preciso que a
.5
prestadora de serviços seja qualificada e possua cre-
33
O foco do marketing de relacionamento está nos dibilidade no segmento. Ademais, deve dispor de uma
.6
tes já existentes e não somente na angariação de novos, podem ser utilizados em outros setores da empresa.
id
COMPORTAMENTO DO CONSUMIDOR
io
9
pradores e vendedores têm um resultado favorável Pela leitura do dispositivo, podemos identificar que
-3
para as empresas de venda, tanto no lado financeiro,
40
a Resolução estipula que a relação entre clientes e
quanto na confiança com cliente, no compromisso e usuários deve ser pautada em princípios norteado-
na cooperação nos negócios, sendo importante um .5
33
res que estão dispostos no art. 2º dessa Resolução.
bom atendimento ao cliente. (DURZET, 2007, p. 98) Vejamos:
.6
00
relacionamento que ocorre entre os dois (cliente e de serviços, devem conduzir suas atividades com
os
vendedor); por isso, o vendedor deve demonstrar observância de princípios de ética, responsabili-
nt
empatia, saber ouvir, ter boa capacidade de se rela- dade, transparência e diligência, propiciando
Sa
Vejamos:
ric
Inicialmente, cabe destacar que o Banco Central do O art. 4º dispõe sobre os procedimentos de contra-
Brasil, BACEN, de acordo com o seu endereço eletrôni- tação e da prestação de serviços. Vejamos:
co institucional, é o guardião dos valores do Brasil. Ele
constitui uma autarquia de natureza especial, criada Art. 4º As instituições de que trata o art. 1º, na con-
pela Lei nº 4.595, de 1964, e com autonomia estabele- tratação de operações e na prestação de serviços,
cida pela Lei Complementar nº 179, de 2021. devem assegurar:
1 BONA, A. BACEN: o que é e o que faz o Banco Central do Brasil? Disponível em: https://andrebona.com.br/bacen-o-que-e-e-o-que-faz-o-banco-
380 -central-do-brasil. Acesso em: 24 jun. 2021.
O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para Mauricio Nicoli dos Santos - 000.633.540-39, vedada, por quaisquer meios e a qualquer
título, a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.
I - adequação dos produtos e serviços ofertados ou Pública ou de empresa privada com guichês de cai-
recomendados às necessidades, aos interesses e aos xa, nos quais sejam prestados serviços do exclusi-
objetivos dos clientes e usuários; vo interesse do respectivo órgão ou entidade e de
II - integridade, conformidade, confiabilidade, segu- seus servidores ou da respectiva empresa e de seus
rança e sigilo das transações realizadas, bem como empregados e administradores, conforme a regula-
legitimidade das operações contratadas e dos ser- mentação específica sobre dependências; e
viços prestados; VI - às situações excepcionais previstas na legisla-
III - prestação, de forma clara e precisa, das infor-
ção ou na regulamentação específica.
mações necessárias à livre escolha e à tomada de
§ 2º Para fins do disposto no caput, é vedada a
decisões por parte de clientes e usuários, explicitan-
imposição de restrições quanto à quantidade de
do, inclusive, direitos e deveres, responsabilidades,
custos ou ônus, penalidades e eventuais riscos exis- documentos, de transações ou de operações por
tentes na execução de operações e na prestação de pessoa, bem como em relação a montante máximo
serviços; ou mínimo a ser pago ou recebido ou ainda quan-
IV - utilização de redação clara, objetiva e adequa- to à faculdade de o cliente ou o usuário optar por
da à natureza e à complexidade da operação ou pagamentos em espécie, salvo as exceções previstas
do serviço, em contratos, recibos, extratos, com- na legislação ou na regulamentação específica.
provantes e documentos destinados ao público, de § 3º As instituições de que trata o art. 1º devem
forma a permitir o entendimento do conteúdo e a divulgar em suas dependências e nas dependências
identificação de prazos, valores, encargos, multas, dos correspondentes no País, em local visível e em
datas, locais e demais condições; formato legível, as situações de que tratam os inci-
V - identificação dos usuários finais beneficiários de sos II, III e V do § 1º.
pagamento ou transferência em demonstrativos e § 4º O disposto neste artigo deve ser observado
extratos de contas de depósitos e contas de paga- indistintamente em relação a clientes e a não clien-
mento pré-paga, inclusive nas situações em que o tes, exceto pelas cooperativas de crédito, que devem
serviço de pagamento envolver instituições partici-
observar o disposto no § 5º.
pantes de diferentes arranjos de pagamento;
§ 5º As cooperativas de crédito devem informar em
VI - encaminhamento de instrumento de pagamen-
suas dependências, em local visível e em formato
to ao domicílio do cliente ou usuário ou a sua habi-
litação somente em decorrência de sua expressa legível, se realizam atendimento a não associados
solicitação ou autorização; e e quais os serviços disponibilizados, assegurando
VII - tempestividade e inexistência de barreiras, cri- nesse caso as condições previstas neste artigo.
térios ou procedimentos desarrazoados para:
a) o atendimento a demandas de clientes e usuá- O art. 6° trata da política institucional de relacio-
rios, incluindo o fornecimento de contratos, reci- namento com cliente e usuários. Observemos que diz
9
bos, extratos, comprovantes e outros documentos e
-3
a lei:
40
informações relativos a operações e a serviços;
b) a extinção da relação contratual relativa a pro-
.5
Art. 6º As instituições de que trata o art. 1º devem
33
dutos e serviços, incluindo o cancelamento de con-
manter política institucional de relacionamento
tratos; e
.6
impedir o acesso, recusar, dificultar ou impor res- II - ser objeto de avaliação periódica;
id
trição ao atendimento presencial em suas depen- III - definir papéis e responsabilidades no âmbito da
ol
usuários de produtos e de serviços, mesmo quando IV - ser compatível com a natureza da instituição e
N
disponível o atendimento em outros canais. com o perfil de clientes e usuários, bem como com
io
a) não houver contrato ou convênio para a sua atividades afetas ao relacionamento com clientes e
prestação celebrado entre a instituição financeira usuários;
e o ente beneficiário; ou VI - prever a disseminação interna de suas dispo-
VENDAS E NEGOCIAÇÃO
9
das a funcionar pelo Banco Central do Brasil que
-3
§ 1º Com relação ao disposto nos incisos II e III do
tenham clientes pessoas naturais, inclusive empre-
40
caput, e em observância ao art. 4º, inciso I, as insti-
sários individuais, ou pessoas jurídicas classifica-
tuições devem estabelecer o perfil dos clientes que
.5
das como microempresas e empresas de pequeno
33
compõem o público-alvo para os produtos e servi-
porte, nos termos da Lei Complementar nº 123, de
ços disponibilizados, considerando suas caracterís-
.6
14 de dezembro de 2006.
00
ticas e complexidade.
Parágrafo único. Ficam dispensados de consti-
§ 2º O perfil referido no § 1º deve incluir informa-
-0
cionados ao contido no inciso I. De acordo com o caput do art. 2º, a ouvidoria deve-
N
Art. 9º Em relação à política institucional de rela- rá ser constituída pelas instituições esquematizadas a
io
Art. 4º A estrutura da ouvidoria deve ser compatí- I - atender, registrar, instruir, analisar e dar tratamento
vel com a natureza e a complexidade dos produtos, formal e adequado às demandas dos clientes e usuá-
serviços, atividades, processos e sistemas de cada rios de produtos e serviços
instituição.
9
II - prestar esclarecimentos aos demandantes acerca
-3
Parágrafo único. A ouvidoria não pode estar vin-
do andamento das demandas, informando o prazo pre-
40
culada a componente organizacional da ins-
visto para resposta
.5
tituição que configure conflito de interesses 33
ou de atribuições, a exemplo das unidades res-
III - encaminhar resposta conclusiva para a demanda
.6
situações e regras:
de suas atribuições e sobre o resultado das medidas
Sa
partilhar a ouvidoria constituída em qualquer das Dentre as atividades realizadas pela ouvidoria está
ol
inciso I do caput pode compartilhar a ouvidoria deverá atender os critérios expostos a seguir:
io
constituída:
ric
b) na associação de classe a que seja filiada ou na I - deve ser identificado por meio de número de
bolsa de valores ou bolsa de mercadorias e futuros protocolo, o qual deve ser fornecido ao demandante;
ou bolsa de valores e de mercadorias e futuros nas II - deve ser gravado, quando realizado por tele-
VENDAS E NEGOCIAÇÃO
9
de publicidade e demais documentos que se desti- nistração de recursos de terceiros.
-3
nem aos clientes e usuários; e
40
§ 2º Nos casos dos bancos comerciais, bancos múl-
c) inserido e mantido permanentemente atua- tiplos, caixas econômicas, sociedades de crédito,
lizado em sistema de registro de informações
.5
33
financiamento e investimento, associações de pou-
do Banco Central do Brasil.
pança e empréstimo e sociedades de arrendamento
.6
sam sobre as ouvidorias e engloba pontos específi- nhe outra atividade na instituição, essa atividade
id
cos, como formulação do estatuto ou contrato social, não pode configurar conflito de interesses ou de
ol
ouvidor, entre outras disposições. Neste momento, é Art. 10. Nas hipóteses previstas no art. 5º, incisos I,
N
importante o contato com a legislação pura, vez que, III e IV, o ouvidor deve:
io
usualmente, as bancas cobram a literalidade da lei. I - responder por todas as instituições que compar-
ric
a leitura mais fluida e de fácil memorização: II - integrar os quadros da instituição que constituir
M
a ouvidoria.
Art. 8º O estatuto ou o contrato social, conforme a
natureza jurídica da sociedade, deve dispor, de for- Para auxiliar seu entendimento, vejamos esque-
ma expressa, sobre os seguintes aspectos: maticamente o disposto no art. 10, incluindo os incisos
I - a finalidade, as atribuições e as atividades do art. 5º mencionados:
da ouvidoria;
II - os critérios de designação e de destituição do Ouvidor deve:
ouvidor;
III - o tempo de duração do mandato do ouvi-
z I - a instituição integrante de conglomerado com-
dor, fixado em meses; e
IV - o compromisso formal no sentido de:
posto por pelo menos duas instituições autoriza-
a) criar condições adequadas para o funcionamen- das a funcionar pelo Banco Central do Brasil pode
to da ouvidoria, bem como para que sua atuação compartilhar a ouvidoria constituída em qualquer
seja pautada pela transparência, independên- das instituições;
cia, imparcialidade e isenção; e z III - a cooperativa singular de crédito filiada à
b) assegurar o acesso da ouvidoria às informa- cooperativa central pode compartilhar a ouvido-
384 ções necessárias para a elaboração de resposta ria constituída na respectiva cooperativa central,
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título, a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.
confederação de cooperativas de crédito ou bran- § 2º A designação de integrantes da ouvidoria refe-
co do sistema cooperativo; ridos no caput fica condicionada à comprovação de
z IV - a cooperativa singular de credito não filiada aptidão no exame de certificação, além do atendi-
z à cooperativa central pode compartilhar a ouvi- mento às demais exigências desta Resolução.
doria constituída em cooperativa central, federa- § 3º As instituições referidas no caput devem asse-
ção de cooperativas de crédito, confederação de gurar a capacitação permanente dos integrantes da
cooperativas de crédito ou associação de classe da ouvidoria em relação aos temas mencionados no § 1º.
§ 4º O diretor responsável pela ouvidoria sujeita-se
categoria:
à formalidade prevista no caput, caso exerça a fun-
ção de ouvidor.
I - responder por todas as instituições que com- § 5º Nas hipóteses previstas no art. 5º, incisos II e IV,
partilharem a ouvidoria; aplica-se o disposto neste artigo aos integrantes da
II - integrar os quadros da instituição que cons- ouvidoria da associação de classe, entidade ou empre-
tituir a ouvidoria. sa que realize as atividades mencionadas no art. 6º.
Art. 11 Para cumprimento do disposto no caput do O capítulo VIII, por sua vez, traz a necessidade de
art. 9º, nas hipóteses previstas no art. 5º, inciso II, avaliação direta da qualidade do atendimento pres-
as instituições referidas no art. 2º devem: tado pela ouvidoria. Esse assunto já foi brevemente
I - designar perante o Banco Central do Brasil ape-
abordado quando tratamos do art. 13. Observe como
nas o nome do respectivo diretor responsável pela
será realizada a avaliação direta de qualidade:
ouvidoria; e
II - informar o nome do ouvidor, que deverá ser o do
Art. 16 As instituições referidas no art. 2º devem
ouvidor da associação de classe, da bolsa de valo-
implementar instrumento de avaliação direta da
res, da bolsa de mercadorias e futuros ou da bolsa
qualidade do atendimento prestado pela ouvi-
de valores e de mercadorias e futuros, ou da entida-
doria a clientes e usuários.
de ou empresa que constituir a ouvidoria.
Parágrafo único. O disposto no caput aplica-se somente
aos bancos comerciais, bancos múltiplos, bancos
Por fim, o capítulo VI trata da prestação de informa- de investimento, caixas econômicas e sociedades
ções e formas de divulgação das atividades desenvolvidas: de crédito, financiamento e investimento.
9
-3
Parágrafo único. O relatório de que trata o caput I - estruturada de forma a obter notas entre 1 e 5,
40
deve ser encaminhado à auditoria interna, ao comi- sendo 1 o nível de satisfação mais baixo e 5 o nível
.5
tê de auditoria, quando constituído, e ao conselho de satisfação mais alto;
33
de administração ou, na sua ausência, à diretoria II - disponibilizada ao cliente ou usuário em
.6
Art. 13 As instituições referidas no art. 2º devem resposta conclusiva de que trata o art. 6º, inciso
-0
atividades desenvolvidas pela ouvidoria, inclusi- prazo de que trata o inciso II.
nt
ve os dados relativos à avaliação direta da quali- Art. 18 Os dados relativos à avaliação mencionada
Sa
de remessa de dados e de informações relativos às co Central do Brasil pelo prazo de cinco anos,
ol
cliente ou usuário; e
N
Seguindo o estudo da Resolução CMN nº 4.860, de 2020 estão inseridas no capítulo IX. Podemos destacar
2020, o capítulo VII trata da certificação, ou seja, ocor- as seguintes informações:
VENDAS E NEGOCIAÇÃO
9
de Emenda Constitucional tendente a abolir ou esva-
-3
ro de Defesa da Concorrência e criou o CADE – Conse-
ziar a defesa dos direitos do consumidor.
40
lho Administrativo de Defesa Econômica, estruturado,
A segunda proteção encontra-se no art. 170, da CF,
atualmente, pela Lei nº 12.529, de 2011.
.5
de 19883, de modo que a defesa do consumidor consti-
33
Com a CF, de 1988, a defesa do consumidor adqui-
tuiu um dos princípios pelo qual a ordem econômica
.6
defesa do consumidor passou a ser tida como um brasileira é estabelecida. Assim, a defesa do consumi-
dor é princípio de ação política do Estado brasileiro,
-0
legislador constituinte que determinou a elaboração para o consumidor. Como consequência, o Estado
nt
de um código para a defesa do consumidor. Assim, o poderá intervir na ordem econômica fundamentado
Sa
Congresso Nacional elaborou a Lei nº 8.078, de 1990 e na defesa e interesses dos consumidores.
os
deu efetividade ao comando constitucional para inau- Por fim, o art. 48, do Ato das Disposições Constitu-
gurar um novo microssistema de proteção.
id
Dica
ic
legal protetiva.
so almejado? Porque o CDC é aplicado às ins-
ric
9
Art. 2 Consumidor é toda pessoa física ou jurídica
Se o caput traz o conceito de consumidor em senti-
-3
do estrito, o Parágrafo Único estabelece o conceito de
40
que adquire ou utiliza produto ou serviço como des-
consumidor em sentido coletivo, de modo a equipa-
.5
tinatário final. rar ao consumidor a coletividade de pessoas, mesmo
33
Parágrafo único. Equipara-se a consumidor a cole- que indetermináveis, que aja intervindo nas relações
.6
tividade de pessoas, ainda que indetermináveis, que de consumo, como, por exemplo, no caso de compra
00
haja intervindo nas relações de consumo. de um alimento por uma pessoa, para ser consumido
-0
Art. 3 Fornecedor é toda pessoa física ou jurídica, por diversas outras em sua residência, de modo que,
os
pública ou privada, nacional ou estrangeira, bem se todos sofrem lesão em decorrência do produto,
todos serão consumidores por equiparação, por terem
nt
§ 2º Serviço é qualquer atividade fornecida no mer- víduo, ou seja, interesse difuso, coletivo e individual
ric
cado de consumo, mediante remuneração, inclusi- homogêneo dos consumidores, conforme veremos
au
ve as de natureza bancária, financeira, de crédito pela leitura do texto do art. 81, do CDC. Atente-se ao
fato de que o art. 17 traz o conceito de consumidor
M
9
tada nos arts. 4º e 5º, do CDC. Vejamos os dispositivos:
-3
re-se à própria situação socioeconômica do consumi-
40
dor face ao fornecedor, ou seja, em razão do poder
Art. 4º A Política Nacional das Relações de Consu-
.5
econômico do fornecedor ou do monopólio ou essen-
33
mo tem por objetivo o atendimento das necessida- cialidade do produto oferecido. A vulnerabilidade
des dos consumidores, o respeito à sua dignidade,
.6
saúde e segurança, a proteção de seus interesses fabricação ou prestação, uma vez que o consumidor,
econômicos, a melhoria da sua qualidade de vida,
-0
I - reconhecimento da vulnerabilidade do consumi- mento do consumidor com relação aos efeitos da obri-
Sa
dor no mercado de consumo; gação que contrai junto ao fornecedor ou aos casos
II - ação governamental no sentido de proteger efe-
os
associações representativas;
N
bilidade e desempenho.
con); por incentivos à criação e ao desenvolvimento
M
9
modo contínuo por parte dos órgãos públicos ou por patrimoniais e morais, individuais, coletivos ou
-3
intermédio de suas concessionárias. difusos, assegurada a proteção Jurídica, adminis-
40
O oitavo e último princípio disposto no art. 4º, do trativa e técnica aos necessitados;
CDC, é o Princípio do Estudo Constante das Modifi- .5
VIII - a facilitação da defesa de seus direitos, inclusi-
33
cações do Mercado de Consumo, ou seja, a necessi- ve com a inversão do ônus da prova, a seu favor, no
.6
dade de constante averiguação da evolução de oferta processo civil, quando, a critério do juiz, for veros-
00
de produtos e serviços no mercado de consumo em símil a alegação ou quando for ele hipossuficiente,
-0
gratuita para o consumidor carente; ção, por meio da revisão e da repactuação da dívi-
N
do Consumidor, no âmbito do Ministério Público; XII - a preservação do mínimo existencial, nos ter-
ric
e na concessão de crédito;
ções penais de consumo; XIII - a informação acerca dos preços dos produ-
M
IV - criação de Juizados Especiais de Pequenas Cau- tos por unidade de medida, tal como por quilo, por
sas e Varas Especializadas para a solução de lití- litro, por metro ou por outra unidade, conforme o
gios de consumo;
VENDAS E NEGOCIAÇÃO
caso.
V - concessão de estímulos à criação e desenvolvi- Parágrafo único. A informação de que trata o inci-
mento das Associações de Defesa do Consumidor. so III do caput deste artigo deve ser acessível à
VI - instituição de mecanismos de prevenção e tra-
pessoa com deficiência, observado o disposto em
tamento extrajudicial e judicial do superendivida-
regulamento.
mento e de proteção do consumidor pessoa natural;
(Incluído pela Lei nº 14.181, de 2021)
VII - instituição de núcleos de conciliação e media- O inciso I, do art. 6º, do CDC, estabelece o direito
ção de conflitos oriundos de superendividamento. de proteção à vida, saúde e segurança como direito
(Incluído pela Lei nº 14.181, de 2021) fundamental contra os riscos provocados por práticas
no fornecimento de produtos e serviços considerados
Pode-se dizer que se trata de um rol meramente perigosos ou nocivos. Conforme será visto a seguir,
exemplificativo. os arts. 8º a 11 são destinados à proteção à saúde e
à segurança do consumidor e à responsabilização do
fornecedor pelos acidentes de consumo. 389
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O inciso II, do art. 6º, do CDC, trata do direito à a responsabilização objetiva por fato do produto ou
educação e divulgação sobre consumo adequado, serviço (arts. 12 e 14), a vedação à denunciação da
uma vez que é direito do consumidor a educação e lide (art. 88), a prerrogativa da propositura da ação no
a divulgação sobre consumo adequado dos produtos domicílio do consumidor-autor (art. 101, inciso I, do
e serviços, visando que as escolhas sejam realizadas CDC) e a possibilidade de inversão do ônus da prova.
de modo correto e sem artimanhas. O dispositivo Por fim, o inciso X estabelece o direito à adequa-
engloba, ainda, o dever de assegurar a liberdade de da e eficaz prestação dos serviços públicos.
decidir e o acesso em igualdade de condições a outros Já nos termos do art. 7º, do CDC, os direitos estabe-
consumidores. lecidos pela norma não excluem outros decorrentes
O inciso III estabelece o direito à informação, de de tratados ou convenções internacionais, da legis-
modo a garantir ao consumidor que sejam prestadas lação interna ordinária, de regulamentos expedidos
as informações adequadas e claras sobre os diferentes pelas autoridades administrativas competentes, bem
produtos e serviços, sendo dever do fornecedor a sua
como dos que derivem dos princípios gerais do direi-
prestação. O dever de informação refere-se à especifi-
to, analogia, costumes e equidade.
cação correta de quantidade, característica, composi-
ção, qualidade, tributos incidentes e preço, além dos
Art. 7º Os direitos previstos neste código não
riscos que podem apresentar o produto ou serviço.
excluem outros decorrentes de tratados ou conven-
São desdobramentos do direito à informação a ções internacionais de que o Brasil seja signatário,
garantia da cognoscibilidade prevista no art. 46, do da legislação interna ordinária, de regulamentos
CDC, e as regras de redação dos contratos de adesão expedidos pelas autoridades administrativas com-
trazidas no § 3º e 4º, art. 54 do CDC. petentes, bem como dos que derivem dos princípios
O inciso IV trata do direito a não abusividade, ou gerais do direito, analogia, costumes e equidade.
seja, a proteção contra a publicidade enganosa e abu- Parágrafo único. Tendo mais de um autor a ofensa,
siva, contra métodos comerciais coercitivos ou des- todos responderão solidariamente pela reparação
leais, assim como contra práticas e cláusulas abusivas dos danos previstos nas normas de consumo.
ou impostas no fornecimento de produtos e serviços.
Os conceitos de publicidade enganosa e abusiva, Da Qualidade de Produtos e Serviços, da Prevenção
inclusive por omissão, estão previstos no art. 37, do e da Reparação dos Danos
CDC. O elenco das práticas abusivas foi exemplifica-
do no art. 39. Por fim, a garantia de não exposição a Com relação à qualidade do produto e serviço, à
qualquer tipo de situação vexatória, constrangimento prevenção e à reparação dos danos, os arts. 8º a 11 tra-
ou ameaça no caso de inadimplência encontra-se dis- tam da Proteção à Saúde e Segurança, estabelecendo
ciplinada no art. 42 e o rol das cláusulas contratuais as regras preventivas.
9
consideradas abusivas no art. 51, do CDC.
-3
40
O inciso V do art. 6º, do CDC, estabelece o direito Art. 8º Os produtos e serviços colocados no mer-
ao equilíbrio contratual. Por equilíbrio contratual
.5
cado de consumo não acarretarão riscos à saúde
33
entende-se a garantia de modificação de cláusulas ou segurança dos consumidores, exceto os conside-
.6
contratuais que estabeleçam prestações despropor- rados normais e previsíveis em decorrência de sua
00
cionais ou sua revisão em razão de fatos superve- natureza e fruição, obrigando-se os fornecedores,
-0
nientes que as tornem excessivamente onerosas. Esse em qualquer hipótese, a dar as informações neces-
direito também é denominado de princípio da modi- sárias e adequadas a seu respeito.
os
O inciso VI, do art. 6°, do CDC trata do direito à este artigo, através de impressos apropriados que
os
depreende-se que o CDC veda o tarifamento de inde- ou serviços, ou colocados à disposição do consumi-
N
nização por dano moral nos contratos de consumo, dor, e informar, de maneira ostensiva e adequada,
io
ou seja, cabe ao juiz, no caso concreto, estabelecer os quando for o caso, sobre o risco de contaminação.
ric
O inciso VII estabelece o direito ao acesso à Jus- Observa-se que o art. 8º traz a regra de que o pro-
duto ou o serviço da relação de consumo não devem
M
9
III - a época em que foi colocado em circulação.
-3
ou periculosidade à saúde ou segurança.
40
§ 2º O produto não é considerado defeituoso pelo
§ 1º O fornecedor de produtos e serviços que, pos-
fato de outro de melhor qualidade ter sido colocado
teriormente à sua introdução no mercado de con-
no mercado. .5
33
sumo, tiver conhecimento da periculosidade que
§ 3º O fabricante, o construtor, o produtor ou
.6
apresentem, deverá comunicar o fato imediatamen- importador só não será responsabilizado quando
00
serviço.
os
Distrito Federal e os Municípios deverão informá- duta (ação ou omissão) + Dano (resultado) + Nexo
N
Se por um lado o CDC busca privilegiar a prevenção, Nexo de Causalidade (a conduta gerou o resul-
M
por outro, sabe-se que danos podem ocorrer. Por esse tado) + Culpa em sentido amplo (dolo ou culpa).
motivo que um dos direitos fundamentais do consumi-
dor é a reparação integral, sendo que a responsabilida- O art. 12, do CDC, trata do fato do produto ao atri-
VENDAS E NEGOCIAÇÃO
de é solidária, conforme estudado no inciso VI, do art. buir a responsabilidade objetiva do fabricante,
6º e Parágrafo Único, do art. 7º, respectivamente. Assim produtor, construtor (nacional ou estrangeiro) ou
importador pelos danos causados aos consumidores
sendo, o CDC dedicou seção própria para disciplinar a
por defeitos decorrentes de projeto, fabricação, cons-
responsabilidade civil do fornecedor/prestador.
trução, montagem, fórmulas, manipulação, apresen-
tação ou acondicionamento de seus produtos, bem
como por informações insuficientes ou inadequadas
Importante! sobre sua utilização e seus riscos. Trata-se, portanto,
de produto defeituoso, cuja responsabilidade inde-
A responsabilidade pode ser apurada em três
pende da existência de culpa.
esferas: civil, penal e administrativa. O CDC tra- Observa-se que o art. 12 é bem abrangente, uma
ta, nos arts. 12 a 25, da responsabilidade civil, vez que busca atingir toda a cadeia produtiva, isto é,
ou seja, da responsabilidade de indenizar caso a desde a concepção do produto até a sua divulgação.
conduta gere um dano ao consumidor. Assim, trata-se de rol meramente exemplificativo. 391
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título, a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.
Complementando o caput do § 1º, art. 12, o concei- resolver entre si a questão em conformidade com sua
tua como produto defeituoso aquele cujo risco excede participação no evento danoso.
ao esperado. Portanto, são aqueles que extrapolam
os riscos normais do produto em si, ou seja, aos ris- Art. 14 O fornecedor de serviços responde, indepen-
cos decorrentes da própria natureza do produto, ten- dentemente da existência de culpa, pela reparação
do em consideração sua apresentação, uso e riscos dos danos causados aos consumidores por defeitos
razoáveis e a época em que foi colocado em circula- relativos à prestação dos serviços, bem como por
ção, como, por exemplo, triturador de alimentos com informações insuficientes ou inadequadas sobre
a hélice solta, bateria de celular com sobrecarga ou sua fruição e riscos.
automóvel cujo airbag não funciona adequadamente. § 1º O serviço é defeituoso quando não fornece a
Em contrapartida, o § 2º exclui do conceito de segurança que o consumidor dele pode esperar,
levando-se em consideração as circunstâncias rele-
defeito o produto ou serviço que é colocado no mer-
vantes, entre as quais:
cado quando existe outro de melhor qualidade. Expli- I - o modo de seu fornecimento;
cando melhor: o fato de existirem computadores ou II - o resultado e os riscos que razoavelmente dele
telefones celulares com novas tecnologias não torna se esperam;
os produtos anteriores defeituosos. III - a época em que foi fornecido.
O § 3º, por sua vez, trata das hipóteses de excluden- § 2º O serviço não é considerado defeituoso pela
te de responsabilidade. Assim, para afastar sua obri- adoção de novas técnicas.
gação de indenizar, deve o fornecedor provar que: § 3º O fornecedor de serviços só não será responsa-
bilizado quando provar:
z Não colocou o produto no mercado, como, por I - que, tendo prestado o serviço, o defeito inexiste;
exemplo, nos casos decorrentes de falsificação do II - a culpa exclusiva do consumidor ou de terceiro.
produto; § 4º A responsabilidade pessoal dos profissionais
liberais será apurada mediante a verificação de
z Embora tenha colocado o produto no mercado, o
culpa.
defeito inexiste, ou seja, que o produto foi devida-
mente fabricado ou o serviço regularmente prestado;
O art. 14, do CDC, trata da responsabilidade obje-
z A culpa é exclusiva do consumidor ou de tercei-
tiva do fornecedor do serviço. Assim como ocorre
ro, como, por exemplo, o aparelho quando é utili-
com o produto, o acidente de consumo decorrente
zado em voltagem incorreta e pega fogo. de fato ou vício do serviço impõe, também, a respon-
sabilização do fornecedor, independentemente da
O art. 13 trata da responsabilidade objetiva do existência de culpa, pela reparação dos danos causa-
comerciante. Como regra, o acidente de consumo dos aos consumidores pela existência de defeito ou
ocorre por um defeito no processo de fabricação do informações insuficientes ou inadequadas. Exemplo:
produto. Deste modo, quando se trata de fato do pro- serviço de dedetização com aplicação de veneno em
9
-3
duto, diferente do que ocorre com o vício, a responsa- dosagem acima do recomendado, de modo a causar
40
bilidade principal é sempre do fabricante, construtor, intoxicação ao consumidor.
produtor ou importador, respondendo o comerciante
.5
O § 1º, do art. 14, que traz o conceito de serviço
33
apenas quando o fabricante, o construtor, o produtor defeituoso, ou seja, aquele que não fornece a segu-
.6
ou o importador não puderem ser identificados ou, rança esperada ao consumidor, tendo em vista as cir-
00
podendo, não o são de fato. cunstâncias relevantes, entre as quais o modo do seu
-0
Geralmente, é o caso dos produtos “in natura”, isto fornecimento, o resultado e risco que dele são espera-
é, aqueles colocados no mercado sem processos indus-
os
no caso de o produto fornecido sem identificação cla- O § 2º, do art. 14, é semelhante ao do art. 13.
id
ra do seu fabricante, produtor, construtor ou impor- Enquanto este se refere ao produto, aquele trata da
tador. Por fim, há a responsabilidade no caso de má
ol
conservação do produto, como nas hipóteses de pro- Assim, não se pode considerar defeituoso o serviço
N
duto com lacre violado ou mau acondicionado. somente pelo fato de existirem técnicas mais moder-
io
Art. 13 O comerciante é igualmente responsável, Já o § 3º, do art. 14, trata das hipóteses de exclu-
au
9
§ 2º Poderão as partes convencionar a redução celulares, computadores; já os serviços duráveis são
-3
ou ampliação do prazo previsto no § anterior, não aqueles cujos efeitos são por prazo também razoáveis,
40
podendo ser inferior a sete nem superior a cento e tais como reforma ou pintura de imóvel ou assistência
oitenta dias. Nos contratos de adesão, a cláusula .5
técnica de eletrodoméstico, entre outros.
33
de prazo deverá ser convencionada em separado, Em contrapartida, produtos não duráveis são
.6
por meio de manifestação expressa do consumidor. aqueles cujo consumo importa em destruição imedia-
00
§ 3º O consumidor poderá fazer uso imediato das ta da substância ou em lapso temporal muito peque-
-0
tes viciadas puder comprometer a qualidade ou higiene pessoal; serviços não duráveis são aqueles
nt
características do produto, diminuir-lhe o valor ou que perduram por um prazo bem curto, tais como ser-
Sa
a substituição do bem, poderá haver substituição por seu § 6º, são considerados impróprios ao uso e
ol
por outro de espécie, marca ou modelo diversos, consumo os produtos cujos prazos de validade este-
ic
dor imediato, exceto quando identificado claramen- mentares de fabricação, distribuição ou apresentação;
te seu produtor. os produtos que, por qualquer motivo, se revelem ina-
§ 6º São impróprios ao uso e consumo: dequados ao fim a que se destinam. São exemplos: os
VENDAS E NEGOCIAÇÃO
I - os produtos cujos prazos de validade estejam produtos perecíveis, tais como alimentos, cujo prazo
vencidos; se encontra fora da validade ou brinquedo falsificado
II - os produtos deteriorados, alterados, adultera- ou que não atenda às normas técnicas de fabricação
dos, avariados, falsificados, corrompidos, frauda- ou segurança.
dos, nocivos à vida ou à saúde, perigosos ou, ainda, No caso de vício de qualidade do produto, o § 1º
aqueles em desacordo com as normas regulamen- estabelece ao fornecedor o prazo de trinta dias para
tares de fabricação, distribuição ou apresentação; sanar o vício. Já ao consumidor cabe optar por uma
III - os produtos que, por qualquer motivo, se reve-
destas possibilidades:
lem inadequados ao fim a que se destinam.
Art. 19 Os fornecedores respondem solidariamente
pelos vícios de quantidade do produto sempre que, z Pedir a substituição do produto por outro da mes-
respeitadas as variações decorrentes de sua natu- ma espécie, em perfeitas condições de uso, ou por
reza, seu conteúdo líquido for inferior às indicações produto diverso mediante complementação ou
constantes do recipiente, da embalagem, rotulagem restituição de eventual diferença de preço; 393
O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para Mauricio Nicoli dos Santos - 000.633.540-39, vedada, por quaisquer meios e a qualquer
título, a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.
z Pedir a restituição imediata da quantia paga, mo- Dica
netariamente atualizada, sem prejuízo de even-
tuais perdas e danos; Não há, no CDC, previsão expressa de vício de
z Pedir o abatimento proporcional do preço. quantidade do serviço. No entanto, aplica-se, por
analogia, o artigo do CDC que trata do vício de
Portanto, deve-se pedir a troca do produto, o res- quantidade do produto.
sarcimento do valor pago ou a diminuição do seu
preço. O art. 22 trata dos serviços públicos, sejam estes
O consumidor não precisa aguardar o prazo legal prestados pelos órgãos públicos diretamente ou indi-
para fazer uso dessas alternativas se, em razão da retamente pelas empresas concessionárias, permis-
extensão do vício, a substituição das partes viciadas sionárias ou autorizadas.
puder comprometer a qualidade ou características do A responsabilidade pelos serviços públicos é obje-
produto, diminuir-lhe o valor ou tratar-se de produto tiva e deve o serviço ser fornecido de modo adequado,
essencial. eficiente, seguro e, no caso de serviço essencial, como
O art. 19, do CDC, trata do vício de quantidade do serviço de água, iluminação e segurança pública, por
produto, ou seja, aquele decorrente de variação não exemplo, de forma contínua.
tolerável de conteúdo em relação às indicações cons-
tantes do recipiente, da embalagem, rotulagem ou de Art. 22 Os órgãos públicos, por si ou suas empresas,
mensagem publicitária. Exemplo: produto alimentício concessionárias, permissionárias ou sob qualquer
cujo peso não atinja ao informado na embalagem. outra forma de empreendimento, são obrigados a
Ao consumidor, cabe optar por uma destas alter- fornecer serviços adequados, eficientes, seguros e,
quanto aos essenciais, contínuos.
nativas:
Parágrafo único. Nos casos de descumprimento,
total ou parcial, das obrigações referidas neste arti-
z Abatimento proporcional do preço; go, serão as pessoas jurídicas compelidas a cum-
z Complementação do peso ou medida; pri-las e a reparar os danos causados, na forma
z Substituição do produto por outro da mesma espé- prevista neste código.
cie, ou por produto diverso, mediante comple-
mentação ou restituição de eventual diferença de Nos termos do art. 23, do CDC, o fato de o forne-
preço; cedor desconhecer o vício de qualidade por inade-
z Restituição imediata da quantia paga. quação dos produtos e serviços não o exime de sua
responsabilidade.
O art. 20 do CDC disciplina a responsabilidade pelos
serviços com vício de qualidade, ou seja, aquele vício Art. 23 A ignorância do fornecedor sobre os vícios
9
que o torne impróprio ao consumo ou que lhe diminua
-3
de qualidade por inadequação dos produtos e servi-
o valor, como, por exemplo, aqueles decorrentes de dis-
40
ços não o exime de responsabilidade.
paridade com relação à oferta publicitária. Disciplina,
ainda, a responsabilidade pelos serviços impróprios, .5
33
O art. 24 trata da garantia legal de adequação do
isto é, aqueles que se mostram inadequados para o fim
.6
que dele se espera, assim como aquele que não atende decorre de lei e independe de termo expresso, ou seja,
às normas regulamentares de prestabilidade, tais como
-0
z Garantia legal
ric
9
ou de fácil constatação caduca em: VÍCIO DO PRODUTO OU DO SERVIÇO –
-3
I - trinta dias, tratando-se de fornecimento de ser- INADEQUAÇÃO COM OS FINS ESPERADOS
40
viço e de produtos não duráveis;
.5
30 produtos e serviços não
II - noventa dias, tratando-se de fornecimento de
33
duráveis
serviço e de produtos duráveis. Decadência
.6
§ 2º Obstam a decadência:
Prescrição 5 anos
nt
II - (Vetado).
ol
III - a instauração de inquérito civil, até seu encer- Art. 28 O juiz poderá desconsiderar a personali-
ic
§ 3º Tratando-se de vício oculto, o prazo decaden- do consumidor, houver abuso de direito, excesso
io
cial inicia-se no momento em que ficar evidenciado de poder, infração da lei, fato ou ato ilícito ou vio-
ric
Art. 27 Prescreve em cinco anos a pretensão à sideração também será efetivada quando houver
M
reparação pelos danos causados por fato do pro- falência, estado de insolvência, encerramento ou
duto ou do serviço prevista na Seção II deste Capí- inatividade da pessoa jurídica provocados por má
tulo, iniciando-se a contagem do prazo a partir do administração.
VENDAS E NEGOCIAÇÃO
9
determináveis ou não, expostas às práticas nele
-3
consumidor, serão gravadas de forma indelével.
previstas.
40
.5
O art. 31, por sua vez, trata das características da
Observa-se, portanto, que o art. 29 é mais uma das
33
oferta e do modo de apresentação dos produtos e ser-
hipóteses que amplia o conceito de consumidor. Tra-
.6
de consumo, encontram-se exposto às práticas do Puffing é uma técnica admitida no ordenamento juri-
Sa
mercado, tais como oferta e publicidade. dico em que há um exagero publicitário, denominado
os
As regras acerca da oferta são tratadas nos arts. 30 dolus bônus. Exemplo: “melhor hamburger do mundo!”,
id
a 35 do CDC. Vejamos os dispositivos: “melhor sorvete que existe”. No entanto, esta técnica só
é permitida se a informação que consta na mensagem
ol
ic
Art. 30 Toda informação ou publicidade, suficien- for um dado subjetivo, isto é, aquele que varia de pessoa
N
temente precisa, veiculada por qualquer forma ou para pessoa. Portanto, pode ser melhor hamburger do
io
meio de comunicação com relação a produtos e ser- mundo para Fulano e não ser para Beltrano.
ric
dor que a fizer veicular ou dela se utilizar e integra z Informação clara e de entendimento de imediato;
o contrato que vier a ser celebrado.
M
9
identificação do fabricante e do seu domicílio empresa-
-3
erro o consumidor a respeito da natureza, carac-
rial tanto na embalagem, publicidade ou em todos os
40
terísticas, qualidade, quantidade, propriedades,
seus impressos. Já o seu Parágrafo Único proíbe a publi-
.5
origem, preço e quaisquer outros dados sobre pro-
cidade de bens e serviços por telefone, quando a chama-
33
dutos e serviços.
da for onerosa ao consumidor que a original. Exemplo:
.6
operadora de celular que liga para oferecer um determi- criminatória de qualquer natureza, a que incite à
-0
nado produto ao cliente quando este se encontra fora da violência, explore o medo ou a superstição, se apro-
área de cobertura gratuita, de modo a pagar pela cha- veite da deficiência de julgamento e experiência da
os
mada realizada pela própria operadora. criança, desrespeita valores ambientais, ou que
nt
Art. 33 Em caso de oferta ou venda por telefone ou tar de forma prejudicial ou perigosa à sua saúde
ou segurança.
os
Parágrafo único. É proibida a publicidade de bens e sobre dado essencial do produto ou serviço.
ic
§ 4º (Vetado).
N
quem as patrocina.
au
9
-3
viço ao fornecimento de outro produto ou serviço, possível em situações justificáveis, como, por exem-
40
bem como, sem justa causa, a limites quantitativos; plo, nos casos de adversidades climáticas ou em
II - recusar atendimento às demandas dos consumido-
.5
hipótese de racionamento de determinado produto.
33
res, na exata medida de suas disponibilidades de esto-
O inciso II do art. 39 trata da recusa imotivada ao
que, e, ainda, de conformidade com os usos e costumes;
.6
IV - prevalecer-se da fraqueza ou ignorância do con- modo geral, quer em relação a um consumidor espe-
nt
sumidor, tendo em vista sua idade, saúde, conheci- cífico. Exemplo: ter um determinado produto em esto-
Sa
mento ou condição social, para impingir-lhe seus que, mas recusar vendê-lo a um consumidor por ter
produtos ou serviços; com ele problemas de ordem pessoal.
os
V - exigir do consumidor vantagem manifestamente O inciso III trata do fornecimento não solicitado
id
VI - executar serviços sem a prévia elaboração de disponibiliza crédito em conta do correntista como for-
ic
ato praticado pelo consumidor no exercício de seus amostras grátis, uma vez que neste caso, o consumidor
não tem a obrigação de pagar pelo produto ou serviço.
M
direitos;
VIII - colocar, no mercado de consumo, qualquer O inciso IV trata do abuso da condição de espe-
produto ou serviço em desacordo com as normas cial vulnerabilidade, de modo a proibir que o for-
expedidas pelos órgãos oficiais competentes ou, se necedor prevaleça da vulnerabilidade ou ignorância
normas específicas não existirem, pela Associação do consumidor para forçar a aquisição do produto ou
Brasileira de Normas Técnicas ou outra entidade serviço. Atenção: trata-se de condição de vulnerabili-
credenciada pelo Conselho Nacional de Metrologia, dade para o mercado de consumo, como nos casos de
Normalização e Qualidade Industrial (Conmetro); idade, conhecimento, condição social, entre outros.
IX - recusar a venda de bens ou a prestação de ser- O inciso V dispõe acerca da exigência de vanta-
viços, diretamente a quem se disponha a adquiri-los
gem excessiva. Deste modo, é proibido ao fornecedor
mediante pronto pagamento, ressalvados os casos
exigir vantagem manifestamente excessiva do consu-
de intermediação regulados em leis especiais;
X - elevar sem justa causa o preço de produtos ou midor. Exemplo: plano de saúde que exige troca de
serviços. categoria para manter paciente em UTI. Basta a mera
XI - Dispositivo incluído pela MPV nº 1.890-67, de exigência, não sendo, portanto, necessária a concreti-
22.10.1999, transformado em inciso XIII, quando zação da vantagem pleiteada.
398 da conversão na Lei nº 9.870, de 23.11.1999
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O inciso VI refere-se à execução de serviço sem O § 1º trata da validade deste, ou seja, o orçamento
orçamento e autorização. Assim sendo, não é possí- é válido pelo prazo de 10 (dez) dias, contados do rece-
vel a execução de serviços pelo fornecedor sem a pré- bimento pelo consumidor, sendo, no entanto, possível
via elaboração de orçamento e autorização expressa do a estipulação de forma diversa.
consumido. O § 2º do art. 40 estabelece que, no caso de aprova-
O inciso VI é complementado pelo art. 40 do CDC, ção do orçamento prévio pelo consumidor, este vincu-
que trata do conteúdo, validade e efeitos do orçamen- lará fornecedor e consumidor, podendo ser alterado
to prévio elaborado pelo fornecedor. apenas pela vontade das partes.
O inciso VII trata do repasse de informações O § 3º trata do ônus ou acréscimos decorrentes da
depreciativas referente ao consumidor ou a ato pra- contratação de serviços de terceiros não previstos no
ticado por este no exercício de seus direitos, com o orçamento prévio. Este é de responsabilidade do for-
objetivo de garantir a devida utilização dos bancos de necedor e não do consumidor.
dados e cadastros de consumidores. Exemplo: criar
Finalizando a parte atinente as práticas abusivas,
uma lista de “maus pagadores”.
o art. 41 trata do tabelamento de preços para o for-
O inciso VIII estabelece as regras acerca da obser-
vação das normas técnicas, ou seja, se há norma necimento de produtos ou serviços. Portanto, é dever
técnica expedida pelos órgãos oficiais competentes do fornecedor respeitar os limites oficiais sob pena
regulamentando o fornecimento de produto/serviço, de responder pela restituição da quantia recebida em
compete ao fornecedor respeitá-la, sob pena de carac- excesso, monetariamente atualizada, ou de ter o negó-
terização de prática abusiva. cio desfeito pelo consumidor.
O inciso IX trata do intermediário obrigatório,
isto é, a recusa à venda de bens/serviços diretamen- Art. 41 No caso de fornecimento de produtos ou de
te a quem se disponha a adquiri-los mediante pronto serviços sujeitos ao regime de controle ou de tabe-
pagamento, ressalvando nos casos em que a interme- lamento de preços, os fornecedores deverão respei-
diação é regulamentada por lei. Portanto, o disposi- tar os limites oficiais sob pena de não o fazendo,
tivo afasta a figura do intermediário obrigatório em responderem pela restituição da quantia recebida
casos em que a lei não faz tal exigência. em excesso, monetariamente atualizada, podendo o
O inciso X trata da elevação de preço sem justa consumidor exigir à sua escolha, o desfazimento do
causa, isto é, a elevação de preços sem justificativa, negócio, sem prejuízo de outras sanções cabíveis.
como, por exemplo, no caso do álcool em gel no início
da pandemia da COVID-19. As normas acerca da cobrança de dívida estão
O inciso XII trata do prazo para cumprimento de disciplinadas nos arts. 42 e 42-A do CDC. Vejamos os
obrigação, de modo a vedar que o fornecedor deixe
dispositivos:
de estipular prazo para o cumprimento de sua obriga-
9
ção ou fixe tal prazo a seu critério exclusivo. Exemplo,
-3
Art. 42 Na cobrança de débitos, o consumidor ina-
construtoras que deixam de fixar prazo para conclu-
40
são das obras. dimplente não será exposto a ridículo, nem será
O inciso XIII dispõe sobre o reajuste, de forma a .5
submetido a qualquer tipo de constrangimento ou
33
proibir o reajuste contratual por meio da aplicação de ameaça.
.6
fórmula ou índice diverso do legal ou contratualmen- Parágrafo único. O consumidor cobrado em quan-
00
te estabelecido. Exemplo: reajuste de planos de saúde tia indevida tem direito à repetição do indébito,
-0
fora do pactuado ou do permitido pela lei. por valor igual ao dobro do que pagou em excesso,
acrescido de correção monetária e juros legais, sal-
os
constitui prática abusiva permitir o ingresso de um Art. 42-A Em todos os documentos de cobrança de
Sa
número maior ao máximo permitido de consumido- débitos apresentados ao consumidor, deverão cons-
os
minando o valor da mão-de-obra, dos materiais e acordo com o dispositivo, o consumidor não poderá
equipamentos a serem empregados, as condições
au
recebimento pelo consumidor. efetuada em local indevido ou por meio que possibili-
§ 2º Uma vez aprovado pelo consumidor, o orça- te o conhecimento de terceiros (cobrança por meio de
mento obriga os contraentes e somente pode ser publicação em rede social, por exemplo).
alterado mediante livre negociação das partes. Semelhante ao art. 940 do Código Civil, o Parágrafo
§ 3º O consumidor não responde por quaisquer ônus Único do art. 42 impõe a restituição em dobro daqui-
ou acréscimos decorrentes da contratação de servi-
ços de terceiros não previstos no orçamento prévio.
lo que o consumidor pagou em excesso em razão da
cobrança indevida, acrescido de correção monetária
O art. 40 do CDC estabelece as regras acerca do e juros legais, exceto nos casos de engano justificável.
orçamento prévio que deve ser entregue pelo for- Por fim, o art. 42-A traz as regras acerca de como
necedor. Neste, devem estar discriminando: valor da deve ser procedida a cobrança.
mão-de-obra, valor dos materiais e equipamentos a Com relação aos bancos de dados e cadastro de
serem utilizados, as condições para pagamento e as consumidores, suas regras estão dispostas nos arts.
datas de início e término. 43 a 44 do CDC. Vejamos os dispositivos: 399
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título, a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.
Art. 43 O consumidor, sem prejuízo do disposto no Art. 46 Os contratos que regulam as relações de
art. 86, terá acesso às informações existentes em consumo não obrigarão os consumidores, se não
cadastros, fichas, registros e dados pessoais e de lhes for dada a oportunidade de tomar conheci-
consumo arquivados sobre ele, bem como sobre as mento prévio de seu conteúdo, ou se os respectivos
suas respectivas fontes. instrumentos forem redigidos de modo a dificultar
§ 1º Os cadastros e dados de consumidores devem a compreensão de seu sentido e alcance.
ser objetivos, claros, verdadeiros e em linguagem
de fácil compreensão, não podendo conter infor- As normas gerais de proteção contratual têm iní-
mações negativas referentes a período superior a
cinco anos. cio no art. 46 do CDC, que traz a denominada garan-
§ 2º A abertura de cadastro, ficha, registro e dados tia de cognoscibilidade. Trata-se do desdobramento
pessoais e de consumo deverá ser comunicada por do direito à informação disciplinado no inciso III do
escrito ao consumidor, quando não solicitada por ele. art. 6º do CDC. Como consequência, o contrato não
§ 3º O consumidor, sempre que encontrar inexati- obrigará o consumidor se, ao emitir sua declaração
dão nos seus dados e cadastros, poderá exigir sua de vontade, este não possuir conhecimento prévio do
imediata correção, devendo o arquivista, no prazo
clausulado, como nos casos em que a falta de clareza
de cinco dias úteis, comunicar a alteração aos even-
tuais destinatários das informações incorretas. impede a exata compreensão do conteúdo. O contrato
§ 4º Os bancos de dados e cadastros relativos a con- obrigará apenas o fornecedor.
sumidores, os serviços de proteção ao crédito e congê- O art. 47 trata da interpretação mais favorável
neres são considerados entidades de caráter público. ao consumidor. Isso ocorre devido ao fato de ele ser
§ 5º Consumada a prescrição relativa à cobrança de a parte vulnerável da relação de consumo.
débitos do consumidor, não serão fornecidas, pelos
respectivos Sistemas de Proteção ao Crédito, quais-
quer informações que possam impedir ou dificultar Art. 47 As cláusulas contratuais serão interpreta-
novo acesso ao crédito junto aos fornecedores. das de maneira mais favorável ao consumidor.
§ 6o Todas as informações de que trata o caput des-
te artigo devem ser disponibilizadas em formatos O art. 48 do CDC disciplina as declarações de von-
acessíveis, inclusive para a pessoa com deficiência, tade constantes de escritos particulares, recibos e
mediante solicitação do consumidor. pré-contratos. Nesses casos, toda proposta ou decla-
ração constante desses escritos particulares obrigarão
O art. 43 traz os direitos básicos dos consumido- os fornecedores.
res, que são:
Assim sendo, caso o fornecedor entregue um orça-
mento prévio ao consumidor, ele estará obrigado a
z Direito ao acesso, ou seja, a saber quais são as
informações existentes em cadastros, fichas e prestar o serviço pelo modo e pelo preço orçado.
9
-3
registo de dados pessoais e de consumo, além de
40
acesso às fontes que originaram tais informações; Art. 48 As declarações de vontade constantes de
escritos particulares, recibos e pré-contratos rela-
z Direito à exclusão, isto é, de a informação negativa
.5
33
não perdurar por período superior a 5 (cinco) anos; tivos às relações de consumo vinculam o fornece-
.6
z Direito à retificação, ou seja, de ter retificado dado dor, ensejando inclusive execução específica, nos
00
z Direito à comunicação, isto é, de ser comunicado Art. 49 O consumidor pode desistir do contrato, no
quando seus dados forem inseridos nos arquivos prazo de 7 dias a contar de sua assinatura ou do
os
O art. 44 do CDC disciplina acerca do chamado serviços ocorrer fora do estabelecimento comer-
os
cadastro de reclamações fundamentadas, que é uma cial, especialmente por telefone ou a domicílio.
espécie de banco de dados de maus fornecedores.
id
§ 1º É facultado o acesso às informações lá cons- pendimento, ou seja, o prazo de reflexão para com-
tantes para orientação e consulta por qualquer pras realizadas fora do estabelecimento comercial.
interessado. Seus requisitos são:
§ 2º Aplicam-se a este artigo, no que couber, as mes-
mas regras enunciadas no artigo anterior e as do z Exercício do direito potestativo4 dentro do prazo
Parágrafo Único do art. 22 deste código.
legal;
z Contratação ocorrida fora do estabelecimento
Da Proteção Contratual
comercial. Exemplo: por telefone, internet, catálo-
gos, entre outros.
Na sequência, os arts. 46 a 54 estabelecem as regras
sobre a Proteção Contratual no Código de Defesa do
Consumidor. Trata-se de um rol com cláusulas consi- O prazo legal para arrependimento é de 7 dias,
deradas abusivas, além de estabelecer o conceito e os contados da assinatura do contrato ou do ato de rece-
requisitos para a validade e eficácia dos contratos de bimento do produto ou serviço.
adesão. Vejamos os dispositivos gerais:
400 4 Direito incontroverso e que não cabe discussões.
O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para Mauricio Nicoli dos Santos - 000.633.540-39, vedada, por quaisquer meios e a qualquer
título, a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.
Dica XI - autorizem o fornecedor a cancelar o contrato
unilateralmente, sem que igual direito seja conferi-
Não se trata de qualquer inadequação por vício do ao consumidor;
do produto ou serviço, mas do direito do con- XII - obriguem o consumidor a ressarcir os custos
sumidor de desistir da relação contratual. Não de cobrança de sua obrigação, sem que igual direito
lhe seja conferido contra o fornecedor;
se demanda motivos ou explicações, desde que
XIII - autorizem o fornecedor a modificar unilate-
obedecido o prazo legal e a condição de ter sido ralmente o conteúdo ou a qualidade do contrato,
a aquisição realizada fora do estabelecimento após sua celebração;
comercial. XIV - infrinjam ou possibilitem a violação de nor-
mas ambientais;
Art. 50 A garantia contratual é complementar à XV - estejam em desacordo com o sistema de prote-
legal e será conferida mediante termo escrito. ção ao consumidor;
Parágrafo único. O termo de garantia ou equiva- XVI - possibilitem a renúncia do direito de indeniza-
lente deve ser padronizado e esclarecer, de maneira ção por benfeitorias necessárias.
adequada em que consiste a mesma garantia, bem § 1º Presume-se exagerada, entre outros casos, a
como a forma, o prazo e o lugar em que pode ser vantagem que:
exercitada e os ônus a cargo do consumidor, deven- I - ofende os princípios fundamentais do sistema
do ser-lhe entregue, devidamente preenchido pelo jurídico a que pertence;
fornecedor, no ato do fornecimento, acompanhado II - restringe direitos ou obrigações fundamentais
de manual de instrução, de instalação e uso do pro- inerentes à natureza do contrato, de tal modo a
duto em linguagem didática, com ilustrações. ameaçar seu objeto ou equilíbrio contratual;
III - se mostra excessivamente onerosa para o con-
O art. 50 do CDC trata da garantia contratual, ou sumidor, considerando-se a natureza e conteúdo do
contrato, o interesse das partes e outras circuns-
seja, aquela que complementa a garantia legal discipli-
tâncias peculiares ao caso.
nada no art. 26, sendo facultativa e conferida median-
§ 2º A nulidade de uma cláusula contratual abusi-
te termo escrito, observados os seguintes requisitos: va não invalida o contrato, exceto quando de sua
ausência, apesar dos esforços de integração, decor-
z Ser padronizada; rer ônus excessivo a qualquer das partes.
z Esclarecer em que consiste a garantia, a forma, o § 3º (Vetado).
prazo e o lugar em que pode ser exercitada e os § 4º É facultado a qualquer consumidor ou entida-
ônus a cargo do consumidor; de que o represente requerer ao Ministério Público
z Ser entregue ao consumidor devidamente preen- que ajuíze a competente ação para ser declarada
chido pelo fornecedor, no ato do fornecimento; a nulidade de cláusula contratual que contrarie o
disposto neste código ou de qualquer forma não
9
z Estar acompanhada de manual de instrução, de
-3
instalação e uso do produto em linguagem didáti- assegure o justo equilíbrio entre direitos e obriga-
40
ca, com ilustrações. ções das partes.
.5
Art. 52 No fornecimento de produtos ou serviços que
33
envolva outorga de crédito ou concessão de financia-
Ainda com relação à proteção contratual, os arts.
.6
Art. 51 São nulas de pleno direito, entre outras, as II - montante dos juros de mora e da taxa efetiva
nt
renúncia ou disposição de direitos. Nas relações de mento de obrigações no seu termo não poderão ser
ic
consumo entre o fornecedor e o consumidor pes- superiores a dois por cento do valor da prestação.
N
soa jurídica, a indenização poderá ser limitada, em § 2º É assegurado ao consumidor a liquidação ante-
io
II - subtraiam ao consumidor a opção de reembol- redução proporcional dos juros e demais acréscimos.
au
abusivas, que coloquem o consumidor em desvan- consideram-se nulas de pleno direito as cláusulas
tagem exagerada, ou sejam incompatíveis com a que estabeleçam a perda total das prestações pagas
boa-fé ou a eqüidade; em benefício do credor que, em razão do inadimple-
V - (Vetado); mento, pleitear a resolução do contrato e a retoma-
VI - estabeleçam inversão do ônus da prova em pre- da do produto alienado.
juízo do consumidor; § 1º (Vetado).
VII - determinem a utilização compulsória de § 2º Nos contratos do sistema de consórcio de pro-
arbitragem; dutos duráveis, a compensação ou a restituição
VIII - imponham representante para concluir ou das parcelas quitadas, na forma deste artigo, terá
realizar outro negócio jurídico pelo consumidor; descontada, além da vantagem econômica auferida
IX - deixem ao fornecedor a opção de concluir ou com a fruição, os prejuízos que o desistente ou ina-
não o contrato, embora obrigando o consumidor; dimplente causar ao grupo.
X - permitam ao fornecedor, direta ou indiretamen- § 3º Os contratos de que trata o caput deste artigo
te, variação do preço de maneira unilateral; serão expressos em moeda corrente nacional. 401
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título, a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.
Em síntese, as cláusulas abusivas são todas aque- Por fim, é possível nos contratos de adesão a pre-
las que vão de encontro à proteção do CDC. Por essa visão de cláusulas restritivas de direitos do consu-
razão, o rol trazido pelo art. 51 é meramente exempli- midor. No entanto, estas devem constar de maneira
ficativo. A consequência para uma cláusula abusiva é compreensível e de fácil percepção ao consumidor.
a sua nulidade, de modo a conservar o negócio jurídi-
co, mas declarar nula a cláusula, retirando-a da rela- Das Sanções Administrativas
ção contratual e garantindo a manutenção dos demais
termos, salvo impossibilidade. Os arts. 55 a 60 tratam do poder de polícia, ou
A nulidade da cláusula abusiva, por ser de pleno seja, da função administrativa para promover o inte-
direito, pode ser reconhecida de ofício pelo juiz, salvo resse comum por meio da atividade estatal de disci-
em casos de contratos bancários. Nesse caso, aplica-se plinar e restringir determinadas ações. Vejamos os
a Súmula nº 381 do Superior Tribunal de Justiça: “Nos dispositivos:
contratos bancários, é vedado ao julgador conhecer, de
ofício, da abusividade das cláusulas”. Art. 55 A União, os Estados e o Distrito Federal, em
O art. 54, por sua vez, disciplina os contratos de caráter concorrente e nas suas respectivas áreas de
adesão: atuação administrativa, baixarão normas relativas
à produção, industrialização, distribuição e consu-
Art. 54 Contrato de adesão é aquele cujas cláusulas mo de produtos e serviços.
tenham sido aprovadas pela autoridade competen- § 1º A União, os Estados, o Distrito Federal e os
te ou estabelecidas unilateralmente pelo fornece- Municípios fiscalizarão e controlarão a produ-
dor de produtos ou serviços, sem que o consumidor ção, industrialização, distribuição, a publicidade
possa discutir ou modificar substancialmente seu de produtos e serviços e o mercado de consumo,
conteúdo. no interesse da preservação da vida, da saúde,
§ 1º A inserção de cláusula no formulário não desfi- da segurança, da informação e do bem-estar do
gura a natureza de adesão do contrato. consumidor, baixando as normas que se fizerem
§ 2º Nos contratos de adesão admite-se cláusu- necessárias.
la resolutória, desde que a alternativa, cabendo a
§ 2º (Vetado).
escolha ao consumidor, ressalvando-se o disposto
§ 3º Os órgãos federais, estaduais, do Distrito
no § 2º do artigo anterior.
Federal e municipais com atribuições para fiscali-
§ 3º Os contratos de adesão escritos serão redigi-
dos em termos claros e com caracteres ostensivos e zar e controlar o mercado de consumo manterão
legíveis, cujo tamanho da fonte não será inferior ao comissões permanentes para elaboração, revisão
corpo doze, de modo a facilitar sua compreensão e atualização das normas referidas no § 1º, sen-
pelo consumidor. do obrigatória a participação dos consumidores e
§ 4º As cláusulas que implicarem limitação de direi- fornecedores.
9
-3
to do consumidor deverão ser redigidas com desta- § 4º Os órgãos oficiais poderão expedir notificações
40
que, permitindo sua imediata e fácil compreensão. aos fornecedores para que, sob pena de desobediên-
.5
§ 5º (Vetado) cia, prestem informações sobre questões de interesse
33
do consumidor, resguardado o segredo industrial.
.6
do instrumento colocado à disposição pelo fornecedor fiscalização. De acordo com o caput do dispositivo,
para conferir agilidade às transações comerciais, ou compete à União, aos Estados e ao Distrito Federal,
os
seja, negócios jurídicos em larga escala, por meio de de modo concorrente, elaborar as normas relativas
nt
ciação por parte do consumidor, como, por exemplo, sumo de produtos e serviços. Por se tratar de compe-
os
nos contratos bancários, contratos de seguro, contra- tência “conjunta”, a União deve cuidar das normas de
tos de planos de saúde. O conceito de contrato de ade-
id
resse regional.
N
z Predeterminação: o consumidor não participa da que existe uma divisão interna do poder. A CF, de
ric
composição das cláusulas do contrato, pois são pre- 1988 estabeleceu como seus entes federativos a União
viamente estabelecidas pelo fornecedor ou pela auto-
au
9
trativo, assegurada ampla defesa, quando o forne-
-3
de obra ou de atividade; cedor reincidir na prática das infrações de maior
40
XI - intervenção administrativa; gravidade previstas neste código e na legislação de
XII - imposição de contrapropaganda. consumo. .5
33
Parágrafo único. As sanções previstas neste artigo § 1º A pena de cassação da concessão será aplicada
.6
serão aplicadas pela autoridade administrativa, à concessionária de serviço público, quando violar
00
das cumulativamente, inclusive por medida cau- § 2º A pena de intervenção administrativa será
telar, antecedente ou incidente de procedimento
os
suspensão da atividade.
Sa
O art., 56, por sua vez, trata das sanções admi- § 3º Pendendo ação judicial na qual se discuta
os
nistrativas. Observa-se que são três as espécies de a imposição de penalidade administrativa, não
id
adimplemento dos deveres relativos ao consumo; cominada quando o fornecedor incorrer na prática
io
z Sanções objetivas ou reais (incidem no produ- de publicidade enganosa ou abusiva, nos termos do
ric
9
nem aos clientes e usuários dos produtos e serviços z Receber, registrar, instruir, analisar e dar tra-
-3
tamento formal e adequado às reclamações dos
40
da instituição; e
c) registrado e mantido permanentemente atualiza- clientes e usuários de produtos e serviços das insti-
.5
33
do em sistema de informações, na forma estabeleci- tuições referidas no caput do art. 1º que não forem
da pelo Banco Central do Brasil.
.6
§ 3º A divulgação de que trata o § 2º, inciso I, deve por suas agências e quaisquer outros pontos de
ser providenciada inclusive por meio dos canais de
-0
atendimento;
comunicação utilizados para difundir os produtos e
z Prestar os esclarecimentos necessários e dar ciên-
os
serviços da instituição.
cia aos reclamantes acerca do andamento de suas
nt
de 24 de setembro de 1998, com a redação dada pela resposta final, o qual não pode ultrapassar quin-
id
caixas econômicas, as sociedades de crédito, finan- z Encaminhar resposta conclusiva para a demanda
N
ciamento e investimento, as associações de poupan- dos reclamantes até o prazo informado no inciso
io
mercantil que realizem operações de arrendamento z Propor ao conselho de administração ou, na sua
au
mercantil financeiro devem instituir o componente ausência, à diretoria da instituição medidas cor-
M
9
ouvidoria. Art. 5º As instituições não obrigadas, no ter-
-3
§ 1º Para efeito da designação de que trata o caput, mos desta resolução, à remessa do relatório
40
são estabelecidas as seguintes do diretor responsável pela ouvidoria ao Ban-
disposições: .5
co Central do Brasil, devem manter os relató-
33
I - não há vedação a que o diretor responsável pela rios ainda não enviados na forma exigida pela
.6
ção, exceto a de diretor de administração de recur- sede da instituição, conforme previsto no art.
-0
II - nos casos dos bancos comerciais, bancos múl- Art. 6º As instituições referidas no caput do art. 1º
tiplos, caixas econômicas, sociedades de crédito,
nt
III - na hipótese de recair a designação do dire- deve abranger, no mínimo, temas relacionados
ic
tor responsável pela ouvidoria e do ouvidor sobre à ética, aos direitos e defesa do consumidor e à
N
a mesma pessoa, esta não poderá desempenhar mediação de conflitos, bem como ter sido realizado
io
§ 2º Nas hipóteses previstas no art. 1º, §§ 6º e 9º, o § 2º A designação dos membros da ouvidoria fica
au
ouvidor e o diretor responsável pela ouvidoria res- condicionada à comprovação de aptidão no exame
ponderão por todas as instituições que utilizarem
M
9
-3
abastecimento. b) atendente utilize a linguagem técnica da empresa ain-
40
d) promover ações que envolvam os clientes registrados da que o cliente não a entenda; dessa forma, a empresa
no programa de relacionamento do posto.
.5
passará credibilidade, demonstrando o conhecimento
33
e) mensurar a venda da linha Premium para os motoris- de todos que trabalham na empresa.
.6
tas que desejam melhor desempenho dos carros. c) cliente seja tratado com transparência e cordialida-
00
2. (CESGRANRIO — 2018) Depois de aguardar por um cil solução, e o problema não possa ser solucionado
imediatamente.
os
dade no trabalho. No primeiro dia de uso, no entanto, o a garantia de que o problema será solucionado imedia-
Sa
equipamento apresentou alguns problemas e acabou tamente, mesmo que a empresa não possa cumprir o
os
recolheu o equipamento no dia seguinte para reparos. e) atendimento eletrônico seja imediato, com uma gra-
ol
Após uma semana, o equipamento pôde ser usado e vação orientando o procedimento que o cliente deve
ic
funcionou, mas seu desempenho não alcançou o nível executar, mesmo que ele tenha de esperar para falar
N
resultado obtido, em relação às expectativas do com- importante ferramenta de comunicação, que pode ser
M
a) benefício a) merchandising
b) qualidade b) mobile marketing
c) valor total c) promoção de vendas
d) satisfação d) propaganda na internet
e) retroalimentação e) relações públicas
3. (CESGRANRIO — 2018) Uma vantagem do telemarke- 7. (CESGRANRIO — 2018) O diretor de uma empresa, ao
ting ativo sobre as vendas pessoais é que os operado- iniciar seu mandato, declarou aos demais funcioná-
res telefônicos: rios acreditar que os consumidores não compravam
os produtos da empresa em quantidade suficiente e,
a) efetuam transações mais lucrativas para a por isso, seria necessário um esforço maior de comer-
organização. cialização e promoção a partir daquele momento.
9
-3
40
a) gerar resultados. 13. (CESGRANRIO — 2018) Como forma de prever as
.5
b) realizar campanhas publicitárias. vendas da empresa, o gerente utiliza exclusivamente
33
c) mensurar o comprimento de filas. dados retirados do histórico de vendas da empresa,
.6
d) avaliar os parâmetros referentes a decisões tomadas. das médias de índices de vendas e das análises a res-
00
ambientais disponíveis.
Dessa forma, ele utiliza o método de previsão de ven-
os
marketing. c) levantamentos
ol
d) vendas passadas
ic
consumidores- alvo, ela está tratando do componente 14. (CESGRANRIO — 2018) O diretor de marketing propôs
ric
407
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título, a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.
15. (CESGRANRIO — 2018) Dados de relatórios mais d) banco tem direito a ressarcimento pelas despesas de
recentes fazem com que a diretoria da empresa pro- remessa do cartão.
jete vendas de R$40 milhões no próximo ano. O geren- e) entrega sem solicitação caracteriza prática abusiva do
te de vendas considera que a produtividade mínima fornecedor.
desejável por vendedor é de R$2 milhões e apurou que
o turnover anual de vendedores da empresa é de 30%. 19. (CESGRANRIO — 2021) K é correntista do Banco S e
possui cartões de crédito e de débito expedidos pela
Com base no método de potencial de vendas, o núme-
instituição financeira. Diante de dificuldades momen-
ro ótimo de vendedores para essa empresa é de:
tâneas, não conseguiu cobrir o total das despesas
realizadas com o seu cartão de crédito. No dia do ven-
a) 12
cimento, o banco, mediante autorização contratual,
b) 24
retirou da conta corrente de K o valor mínimo para
c) 26
efeito de pagamento parcial da dívida. Houve contes-
d) 32
tação, que foi indeferida pelo órgão interno do banco.
e) 40
Segundo as regras do Código de Defesa do Consumi-
16. (CESGRANRIO — 2018) De acordo com o Código de
dor, Lei nº 8.078/1990, essa norma contratual deve ser
Defesa do Consumidor Lei n° 8.078/1990, o fornece-
considerada:
dor de produtos e serviços que, posteriormente à sua
introdução no mercado de consumo, tiver conheci-
a) abusiva, por retirar o poder de controle das finanças do
mento da periculosidade que estes apresentem deve-
correntista.
rá comunicar o fato imediatamente às autoridades
b) regular, pois não se fundamenta em poder superior do
competentes e aos consumidores. Essa comunicação
banco.
deve ser feita por meio de:
c) questionável, pois quebra a isonomia entre os
contratantes.
a) carta simples
d) passível de impugnação administrativa.
b) correspondência registrada
e) ampla demais, por não conter previsão de valor a ser
c) telegrama
debitado.
d) editais de convocação
e) anúncios publicitários
20. (CESGRANRIO — 2016) O atendimento ao cliente é
considerado um diferencial por diversas empresas e
17. (CESGRANRIO — 2016) Sr. Z adquiriu um automóvel
instituições.
de luxo da empresa LR, tendo o bem vindo com defei-
to no sistema de freios. Constatou-se que o vício veio
9
Para isso, o atendente deve:
-3
da fábrica e não poderia ser consertado, diante da
40
sofisticação do sistema de computadores utilizado no
.5
a) priorizar o público interno, já que esse se encontra pró-
automóvel.
33
ximo e conhece os procedimentos.
.6
sos padronizados.
c) identificar o erro cometido por parte da empresa e pro-
os
dúvida.
mantendo relações negociais frequentes, bem como
N
1 C
que não havia solicitado. No dia seguinte, dirige- se à
agência bancária onde movimenta sua conta corrente 2 D
e apresenta o cartão, com pedido de devolução, por
não ter interesse no adicional. 3 D
4 A
Segundo as regras do Código de Defesa do Consumi-
dor, Lei nº 8.078/1990, o(a) 5 C
11 E
12 D
13 D
14 B
15 C
16 E
17 D
18 E
19 B
20 E
ANOTAÇÕES
9
-3
40
.5
33
.6
00
-0
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Sa
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ol
ic
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VENDAS E NEGOCIAÇÃO
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ANOTAÇÕES
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40
.5
33
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M
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ÉTICA E DIVERSIDADE
ÉTICA APLICADA
ÉTICA, MORAL, VALORES E VIRTUDES
O ponto inicial desta matéria precisa de uma distinção que comumente passa desapercebida: a diferença entre
ética e moral. Você precisa de certezas firmes e objetivas para realizar a sua prova.
Ética é uma área da filosofia. É um estudo amplo, universal e atemporal. Seu objeto de estudo são princípios
fundamentais das ações e do comportamento humano. A moral, por sua vez, é uma construção social. Sendo
assim, está condicionada à sociedade que a cerca, que a contém. A moral tem um aspecto muito mais objetivo e
representa um momento e uma cultura.
A ética, como parte da filosofia, alcança locais mais distantes e discute temas mais relevantes. A ética é uma
matéria de uma ciência por excelência. A dialética da filosofia busca a verdade final das coisas. A discussão e a
oposição de ideias estabilizam os conceitos para que não mudem mais. A ética é estável, pois alcançou verdades
que superam o tempo. A ética é estável, atemporal.
A moral possui grande valor social e é uma ferramenta importante, todavia tem uma aplicação temporal e
muda no desenrolar dos eventos históricos. Portanto, ela é mutável, restrita a determinadas localizações geo-
gráficas e sociais. A moral respeita a continência, ou seja, está contida pela sociedade que a cerca. A moral está
atrelada a uma sociedade e uma época.
Alguns autores trazem ética e moral como sinônimos, mas você precisa ter muito cuidado pois, apesar de
serem semelhantes e abordarem praticamente a “mesma coisa” por perspectivas diferentes, as bancas dos con-
cursos estabelecem distinções entre esses termos. Veja uma distinção um pouco mais clara:
9
ÉTICA
atemporal Ações do comportamento
-3
40
.5
33
Construção social,
MORAL ligada a sua Representa um momento e uma cultura
.6
sociedade
00
-0
os
A ética tem um caráter científico, por isso, suas mudanças e aplicações ocorrem de outra forma. Sua estabilida-
de é muito maior e suas aplicações alcançam uma universalidade. Em algum momento espera-se que mudanças
nt
Sa
em conceitos éticos ocorrerão, mas para execução de provas de concurso, o conceito de universalidade e estabi-
lidade é adequado.
os
Agora que já conseguimos separar algumas caraterísticas de moral e ética, vamos aprofundar um pouco nos
id
É conveniente analisar no estudo da Ética a sua etimologia. Assim, ética é uma palavra que vem do termo
ic
grego “ethos”, que quer dizer “modo de ser”, “costume” ou “hábito”. A origem da palavra nos remete instantanea-
N
mente para o cerne de seu conceito que, apesar da dificuldade de estabelecer um significado único, nos envia a
io
um conjunto de princípios morais ou valores que dão condição à convivência humana em sociedade.
ric
Em seguida temos a origem do termo moral, que tem origem no latim e seria “mos” que tem o mesmo signifi-
au
É importante ressaltar que a moral varia no tempo, a depender da conjuntura social. Até o século XIX, por
exemplo, considerava-se normal que crianças trabalhassem em fábricas. Hoje, além de termos uma legislação
especial (Estatuto da Criança e do Adolescente) que protege essas crianças, a sociedade entendeu a necessidade
ÉTICA E DIVERSIDADE
ÉTICA MORAL
Estudo filosófico, científico, universal e atemporal, baseado em Sua aplicação está voltada para a prática social em
Definição
princípios, por isso, estável um determinado local e em um determinado tempo
Não encontra limitações no tempo ou no espaço. É um estudo fi- Seu alcance está contido ao local em que se aplica
Alcance losófico e científico. Partindo da dialética, a ética pretende com- e ao período cultural em que é observada. A moral,
parar verdades até que se alcance um conceito final e estável portanto, continuamente mudará
Base Fica relacionada a longas reflexões de caráter especulativo A moral transforma a reflexão em ação
411
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título, a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.
As provas de concurso costumam cobrar essa matéria com questões que trazem expressões como: “bom com-
portamento”, “boa conduta” ou “o bem”, e que acabam confundido o candidato na hora de definir se estão tratan-
do de ética ou moral, pois, apesar das distinções que já estudamos, o limiar de diferenças é tênue.
Assim, certifique-se de qual concepção está sendo cobrada com base nos fundamentos apresentados nas ques-
tões, lembrando que a moral se funda nos costumes e tradições, enquanto a ética se baseia na razão e na reflexão.
Lembre-se: a moral muda, já a ética, enquanto ciência, permanece.
Os Valores
O direito recepciona em nosso ordenamento jurídico os valores éticos e morais, apontando-os como diretri-
zes importantes e como meios de aplicação das normas. Assim, o direito deve ser interpretado muito além das
chamadas normas jurídicas, devendo incorporar a moral em voga naquele momento ao ordenamento jurídico.
Os valores podem ser facilmente exemplificados, mas sua definição é mais complexa. Por exemplo, a vida é um
valor muito importante em nossa sociedade, juntamente com a liberdade e a propriedade. Se você reparar, verá que
existe uma relação entre os princípios e as expressões valor, direito, norma e regra.
Lembre-se: valores são objeto de uma escolha moral!
Veja um exemplo desse processo: inicialmente estabelecemos um princípio: impessoalidade, por exemplo. Em
seguida, temos que impessoalidade é a igualdade no tratamento dos cidadãos. A igualdade é um valor e vamos
respeitá-la. Aqui, só nos faltaria determinar uma norma de conduta, uma regra para seguirmos. Essa definição de
valor é feita informando as pessoas dos riscos em descumprir a impessoalidade.
Ou seja, trazendo esses conceitos para a prática, desrespeitar a impessoalidade é uma improbidade admi-
nistrativa, que configura crime e possui pena. Nesse momento, temos um princípio consistente, um valor defini-
do e uma norma apresentada.
Impessoalidade é um princípio
Igualdade é um valor
9
-3
Disso deriva uma norma de conduta
40
.5
33
Descumprir a impessoalidade é
.6
improbidade administrativa
00
-0
Lei de Improbidade
Impessoalidade:
os
Administrativa:
Princípios
nt
Garantia de Princípio
Sa
os
9
Quais são as obrigações da organização com rela-
-3
ção ao impacto ambiental sobre as comunidades? então, aplicar isso no cotidiano da empresa? A respos-
40
Quais são as obrigações da empresa em infor- ta se dá por meio do famoso Código de Ética, nosso
mar os riscos de seus produtos para o consumi- próximo assunto!
.5
33
dor final? Ex.: Tabaco.
.6
Neste nível, a discussão sobre a ética tem seu foco O principal mecanismo para implantar a gestão
nt
especialmente nas relações entre a organização e da ética de modo eficiente, tanto nas empresas priva-
Sa
Quais são as obrigações da empresa com seu zir o comportamento esperado de todos os funcio-
ic
N
z Nível Individual
de ética no concurso de admissão, pretende que todos
No plano individual, as questões éticas dizem res- os aprovados já ingressem conhecendo os seus direi-
peito de como as pessoas devem tratar-se uma as tos, deveres e o comportamento desejado.
ÉTICA E DIVERSIDADE
A maioria das ações inerentes à gestão da ética nas empresas privadas são compatíveis com as empresas
estatais (empresa pública e sociedade de economia mista). Dessa maneira, a principal diferença não está nas fer-
ramentas, e sim no modo como são formalizadas.
Na gestão privada é possível implantar as políticas de integridade de forma mais célere, aplicando as ações
necessárias para empresa. Já na gestão pública, respeitando o princípio da legalidade, as ações não podem ser
pautadas pela vontade da administração ou dos agentes públicos, mas sim deve-se obrigatoriamente respei-
tar a vontade da Lei.
Importante!
O princípio da legalidade impõe que o agente público observe, fielmente, todos os requisitos expressos na Lei.
Nessa lógica, na Administração Pública, a conduta ética é objeto de diversos dispositivos legais, por exemplo:
A administração pública direta e indireta de qualquer dos Poderes da União, dos Estados, do Distrito Federal e dos
Municípios obedecerá aos princípios de legalidade, impessoalidade, moralidade, publicidade e eficiência
9
z Código de Ética Profissional do Servidor Público Civil do Poder Executivo Federal.
-3
40
Decreto nº 1.171, de 1994
.5
33
O servidor público não poderá jamais desprezar o elemento ético de sua conduta. Assim, não terá que decidir somen-
.6
00
te entre o legal e o ilegal, o justo e o injusto, o conveniente e o inconveniente, o oportuno e o inoportuno, mas prin-
cipalmente entre o honesto e o desonesto, consoante as regras contidas no art. 37, caput, e § 4°, da Constituição
-0
Federal.
os
nt
Art. 9º [...]
ol
§ 1º Deverá ser elaborado e divulgado Código de Conduta e Integridade, que disponha sobre:
ic
I - princípios, valores e missão da empresa pública e da sociedade de economia mista, bem como orientações sobre
N
III - canal de denúncias que possibilite o recebimento de denúncias internas e externas relativas ao descumprimento
au
IV - mecanismos de proteção que impeçam qualquer espécie de retaliação a pessoa que utilize o canal de denúncias;
V - sanções aplicáveis em caso de violação às regras do Código de Conduta e Integridade;
VI - previsão de treinamento periódico, no mínimo anual, sobre Código de Conduta e Integridade, a empregados e
administradores, e sobre a política de gestão de riscos, a administradores.
Outro assunto que entrou para a agenda empresarial, e assim também pode ser cobrado em sua prova, é o
debate da responsabilidade social da empresa.
A responsabilidade social empresarial consiste no conjunto de iniciativas que objetiva o desenvolvimento
sustentável, tanto do ponto de vista econômico, quanto do ponto de vista social e ambiental.
Nesta perspectiva, é de suma importância o foco na dimensão ética de suas relações com as partes envol-
vidas, bem como a qualidade dos impactos da organização sobre a sociedade e o meio ambiente.
414
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título, a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.
Para facilitar o entendimento, esquematizamos os Com isso, a criação e a manutenção de um ambien-
principais pontos na figura a seguir: te ético nas organizações contribuem para o fomento
de uma cultura focada na integridade, na qual permi-
Responsabilidade Social Empresarial te a participação de todos os atores envolvidos, bus-
cando eliminar possíveis fraudes e corrupções.
Por fim, inferimos, que para o sucesso da organi-
zação é fundamental o alinhamento de sua estrutura
� Econômico organizacional, a fim de atender a princípios éticos e
Desenvolvimento com respeito à legislação nacional, de modo a que a fun-
� Social
Sustentável
� Ambiental ção social da organização seja efetivamente cumprida.
9
Econômica 2-277E-ED66-D0213A86B8E7?ORIGIN=1.
-3
40
Lembre-se de que a meta é estudar até passar!
.5
33
Cordialmente,
.6
Filho (2020).
LEI FEDERAL Nº 11.340, DE 07 DE
nt
Veremos agora cada uma das etapas da pirâmide: AGOSTO DE 2006, “LEI MARIA DA
Sa
9
-3
o tratamento ser específico e humanizado (art. 28); I - no âmbito da unidade doméstica, compreen-
40
z Possibilitou ao juiz o decreto de prisão preventiva dida como o espaço de convívio permanente de
.5
do agressor quando houver riscos à integridade pessoas, com ou sem vínculo familiar, inclusive as
33
física ou psicológica da vítima (art. 20); esporadicamente agregadas;
.6
urgência (art. 22), dentre elas a suspensão da posse comunidade formada por indivíduos que são ou se
-0
ou restrição do porte de armas do agressor, assim consideram aparentados, unidos por laços natu-
como seu afastamento do lar e a proibição da apro- rais, por afinidade ou por vontade expressa;
os
z Estabeleceu uma série de medidas protetivas de qual o agressor conviva ou tenha convivido com a
Sa
agressor etc.
De acordo com o art. 5º, a lei não visa a tratar de
ic
N
Vamos, então, analisar os pontos mais relevantes qualquer violência contra mulher, mas, sim, a violên-
io
Art. 1º Esta Lei cria mecanismos para coibir e ção da Lei Maria da Penha, você deve observar se a
prevenir a violência doméstica e familiar contra a situação se configura em violência doméstica ocor-
mulher, nos termos do § 8º do art. 226 da Constitui- rida nos termos do art. 5º da lei. Assim, no caso de,
ção Federal, da Convenção sobre a Eliminação de por exemplo, ex-namorado que agride a mulher por
Todas as Formas de Violência contra a Mulher, da causa do fim do namoro, incide a Lei Maria da Penha.
Convenção Interamericana para Prevenir, Punir e Entretanto, se a violência ocorreu por motivo que
Erradicar a Violência contra a Mulher e de outros não envolva o término do relacionamento não inci-
tratados internacionais ratificados pela República dem os dispositivos da Lei Maria da Penha. Ou seja,
Federativa do Brasil; dispõe sobre a criação dos Jui-
para que se dê a aplicação da Lei nº 11.340, de 2006,
zados de Violência Doméstica e Familiar contra a
devem estar presentes os seguintes pressupostos de
Mulher; e estabelece medidas de assistência e pro-
teção às mulheres em situação de violência domés- forma cumulativa:
tica e familiar.
Art. 2º Toda mulher, independentemente de classe, z vítima mulher;
raça, etnia, orientação sexual, renda, cultura, nível z violência praticada nos termos do art. 5º, da Lei nº
416 educacional, idade e religião, goza dos direitos 11.340, de 2006.
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título, a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.
Importante! vir ou qualquer outro meio que lhe cause prejuízo à
saúde psicológica e à autodeterminação;
Em 5 de abril de 2022, a 6ª Turma do Superior III - a violência sexual, entendida como qualquer
Tribunal de Justiça firmou entendimento que a conduta que a constranja a presenciar, a manter
Lei Maria da Penha (Lei nº 11.340, de 2006) é ou a participar de relação sexual não desejada,
aplicável quando a vítima é mulher trans. No Jul- mediante intimidação, ameaça, coação ou uso da
gamento do Resp. 1.977.124, o STJ interpretou força; que a induza a comercializar ou a utilizar, de
que a proteção prevista no art. 5º, da Lei Maria qualquer modo, a sua sexualidade, que a impeça de
da Penha, se aplica ao gênero feminino (mulhe- usar qualquer método contraceptivo ou que a force
res, crianças, jovens, adultas idosas e, também, ao matrimônio, à gravidez, ao aborto ou à prosti-
tuição, mediante coação, chantagem, suborno ou
trans) e não se baseia apenas no sexo biológico.
manipulação; ou que limite ou anule o exercício de
Com tal decisão, portanto, a mulher trans deve
seus direitos sexuais e reprodutivos;
ser considerada sujeito passivo para os termos IV - a violência patrimonial, entendida como
da proteção integral prevista na Lei nº 11.340, qualquer conduta que configure retenção, subtra-
de 2006. ção, destruição parcial ou total de seus objetos, ins-
Vale lembrar que este assunto tem relevância trumentos de trabalho, documentos pessoais, bens,
não só para o estudo da legislação penal espe- valores e direitos ou recursos econômicos, incluin-
cial, mas, também, para o estudo da criminolo- do os destinados a satisfazer suas necessidades;
gia, uma vez que se relaciona com a criminologia V - a violência moral, entendida como qualquer con-
queer (teoria que inclui nos estudos criminoló- duta que configure calúnia, difamação ou injúria.
gicos os diversos tipos de violência cometidos
contra as populações queer — lésbicas, gays, Dica
bissexuais, transexuais, entre outras que não
Em relação às formas de violência, previstas no
sigam o padrão normativo vigente).
art. 7º, vale uma leitura mais cuidadosa, uma vez
que a banca pode exigir a letra da lei.
Veja que a incidência da Lei Maria da Penha inde-
pende da orientação sexual dos envolvidos, ou seja, Veja abaixo as cinco formas de violência domés-
também numa relação homoafetiva feminina, haverá tica e familiar contra a mulher, acompanhados de
a aplicação dos dispositivos da Lei nº 11.340, de 2006. alguns exemplos.
Em relações homoafetivas masculinas não há previ-
são de incidência da Lei Maria da Penha. z Violência Física
9
Vale ressaltar que o homem pode ser vítima de vio-
-3
lência doméstica e familiar, porém, não será aplicada
40
Qualquer conduta que ofenda a integridade ou
a lei Maria da Penha.
.5
a saúde corporal da mulher. Exemplos: tapas, socos,
33
espancamento, atirar objetos, apertar os braços,
Art. 6º A violência doméstica e familiar contra a
.6
z Violência Psicológica
os
outras hipóteses, mesmo que não previstas nos incisos. Qualquer conduta que atinja os direitos sexuais
e reprodutivos. Exemplos: estupro (inclusive entre
Art. 7º São formas de violência doméstica e fami- marido e mulher), impedir o uso de anticoncepcio-
ÉTICA E DIVERSIDADE
liar contra a mulher, entre outras: nais, forçar a abortar, obrigar a se prostituir etc.
I - a violência física, entendida como qualquer con-
duta que ofenda sua integridade ou saúde corporal; z Violência Patrimonial
II - a violência psicológica, entendida como
qualquer conduta que lhe cause dano emocional e Qualquer conduta que configure retenção, subtra-
diminuição da autoestima ou que lhe prejudique
ção, destruição parcial ou total de seus objetos, ins-
e perturbe o pleno desenvolvimento ou que vise
trumentos de trabalho, documentos pessoais, bens,
degradar ou controlar suas ações, comportamen-
tos, crenças e decisões, mediante ameaça, constran- valores e direitos ou recursos econômicos. Exemplos:
gimento, humilhação, manipulação, isolamento, apropriar-se do salário, controlar o dinheiro, destruir
vigilância constante, perseguição contumaz, insul- documentos pessoais, causar danos a objetos dos
to, chantagem, violação de sua intimidade, ridicu- quais a vítima goste etc.
larização, exploração e limitação do direito de ir e 417
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título, a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.
z Violência Moral da segurança e da justiça visando a dar assistência à
mulher em situação de violência doméstica. Exemplo
Qualquer conduta que configure calúnia, difama- dessa integração buscada pela Lei Maria da Penha são
ção ou injúria. Exemplos: rebaixar a vítima por meio as Delegacias de Defesa da Mulher, onde a mulher
de xingamentos que atinjam sua índole, tentar man- vítima de violência doméstica, após o registro da ocor-
char a reputação, expor a vida íntima etc. rência, dependendo da necessidade, é encaminhada
para a Defensoria Pública (caso precise de esclareci-
DA ASSISTÊNCIA À MULHER EM SITUAÇÃO DE mento quanto à medida protetiva ou ao divórcio, por
VIOLÊNCIA DOMÉSTICA E FAMILIAR exemplo), para a rede de atendimento do Sistema Úni-
co de Saúde ou até mesmo para uma casa de abrigo.
Das Medidas Integradas de Prevenção Além disso, o art. 8º estabelece que o poder público
tem o dever de capacitar os profissionais envolvidos
Art. 8º A política pública que visa coibir a violên- diretamente com o atendimento à violência domésti-
cia doméstica e familiar contra a mulher far-se-á ca e familiar.
por meio de um conjunto articulado de ações da
União, dos Estados, do Distrito Federal e dos Art. 9º A assistência à mulher em situação de vio-
Municípios e de ações não-governamentais, lência doméstica e familiar será prestada de forma
tendo por diretrizes: articulada e conforme os princípios e as diretrizes
I - a integração operacional do Poder Judiciário, do previstos na Lei Orgânica da Assistência Social,
Ministério Público e da Defensoria Pública com as no Sistema Único de Saúde, no Sistema Único de
áreas de segurança pública, assistência social, saú- Segurança Pública, entre outras normas e políticas
de, educação, trabalho e habitação; públicas de proteção, e emergencialmente quando
II - a promoção de estudos e pesquisas, estatísticas for o caso.
e outras informações relevantes, com a perspectiva § 1º O juiz determinará, por prazo certo, a inclu-
de gênero e de raça ou etnia, concernentes às cau- são da mulher em situação de violência doméstica e
sas, às conseqüências e à freqüência da violência familiar no cadastro de programas assistenciais do
doméstica e familiar contra a mulher, para a siste- governo federal, estadual e municipal.
matização de dados, a serem unificados nacional- § 2º O juiz assegurará à mulher em situação de
mente, e a avaliação periódica dos resultados das violência doméstica e familiar, para preservar sua
medidas adotadas; integridade física e psicológica:
III - o respeito, nos meios de comunicação social, I - acesso prioritário à remoção quando servido-
dos valores éticos e sociais da pessoa e da família, ra pública, integrante da administração direta ou
de forma a coibir os papéis estereotipados que legi- indireta;
timem ou exacerbem a violência doméstica e fami- II - manutenção do vínculo trabalhista, quando
9
liar, de acordo com o estabelecido no inciso III do
-3
necessário o afastamento do local de trabalho, por
art. 1º , no inciso IV do art. 3º e no inciso IV do art.
40
até seis meses.
221 da Constituição Federal ; III - encaminhamento à assistência judiciária,
IV - a implementação de atendimento policial espe- .5
33
quando for o caso, inclusive para eventual ajui-
cializado para as mulheres, em particular nas Dele- zamento da ação de separação judicial, de divór-
.6
liar contra a mulher, voltadas ao público escolar e cia doméstica e familiar compreenderá o acesso
nt
à sociedade em geral, e a difusão desta Lei e dos aos benefícios decorrentes do desenvolvimento
Sa
de parceria entre órgãos governamentais ou entre procedimentos médicos necessários e cabíveis nos
ic
objetivo a implementação de programas de erra- § 4º Aquele que, por ação ou omissão, causar
io
dicação da violência doméstica e familiar contra a lesão, violência física, sexual ou psicológi-
ric
VII - a capacitação permanente das Polícias Civil e obrigado a ressarcir todos os danos causados,
Militar, da Guarda Municipal, do Corpo de Bombei-
M
9
-3
a prioridade na matrícula ou na transferência esco- III - o depoimento será registrado em meio eletrôni-
40
lar dos dependentes da vítima que estejam na educa- co ou magnético, devendo a degravação e a mídia
.5
ção básica. Conforme a lei, as informações relativas a integrar o inquérito.
33
esses procedimentos são sigilosas.
.6
DO ATENDIMENTO PELA AUTORIDADE POLICIAL deve ser feito em local apropriado pelos policiais e
-0
Parágrafo único. Aplica-se o disposto no caput des- timização, mais especificamente com a vitimização
ol
Tendo em vista que o primeiro contato da vítima nar vítima novamente (dessa vez, por ação do Estado,
ric
de violência doméstica e familiar com uma autorida- que faz a vítima reviver, desnecessariamente, a vio-
au
Art. 12 Em todos os casos de violência doméstica e O art. 12-A determina que todas as polícias civis
familiar contra a mulher, feito o registro da ocor- do país devem dar prioridade à criação de unidades
rência, deverá a autoridade policial adotar, de ime- especializadas para o atendimento à mulher vítima de
diato, os seguintes procedimentos, sem prejuízo violência doméstica e familiar.
daqueles previstos no Código de Processo Penal:
I - ouvir a ofendida, lavrar o boletim de ocorrência Art. 12-B (VETADO).
e tomar a representação a termo, se apresentada; § 1º (VETADO).
II - colher todas as provas que servirem para o § 2º (VETADO.
esclarecimento do fato e de suas circunstâncias; § 3º A autoridade policial poderá requisitar os ser-
III - remeter, no prazo de 48 (quarenta e oito) viços públicos necessários à defesa da mulher em
horas, expediente apartado ao juiz com o pedido situação de violência doméstica e familiar e de seus
9
-3
da ofendida, para a concessão de medidas prote- dependentes.
40
tivas de urgência;
.5
IV - determinar que se proceda ao exame de cor- No Projeto de Lei da Câmara 07, de 2016, o texto do
33
po de delito da ofendida e requisitar outros exames art. 12-B permitia que a autoridade policial aplicasse
.6
V - ouvir o agressor e as testemunhas; 2017, quando o PLC 07, 2016, tornou-se a Lei nº 13.505,
-0
VI - ordenar a identificação do agressor e fazer jun- de 2017, que alterou a Lei Maria da Penha, o art. 12-B
tar aos autos sua folha de antecedentes criminais, foi vetado, por se entender que as medidas protetivas
os
indicando a existência de mandado de prisão ou deveriam somente ser aplicadas por juiz.
nt
registro de outras ocorrências policiais contra ele; Esse entendimento mudou em 2019, quando a Lei
Sa
VI-A - verificar se o agressor possui registro de Maria da Penha foi alterada pela Lei nº 13.827, de 2019,
os
porte ou posse de arma de fogo e, na hipótese de que passou a permitir que, em casos excepcionais, a
existência, juntar aos autos essa informação, bem
id
cial prévia.
N
mulher.
§ 1º O pedido da ofendida será tomado a termo pela
M
9
das causas cíveis e criminais decorrentes da prática
-3
O art. 16 disciplina a retratação. Os crimes que
40
de violência doméstica e familiar contra a mulher
procedem mediante ação pública condicionada à
aplicar-se-ão as normas dos Códigos de Processo
.5
representação da vítima (manifestação inequívoca de
33
Penal e Processo Civil e da legislação específica
relativa à criança, ao adolescente e ao idoso que
que tem interesse em ver o autor do crime processa-
.6
O art. 13 estabelece a aplicação subsidiária de tação (ou seja, retratar-se), desde que o faça antes do
os
outras leis, tais como o CPC e o ECA, no que estas não oferecimento da denúncia pelo Ministério Público.
Basta, por exemplo, que a vítima compareça à Dele-
nt
Penha. Ou seja, a aplicação da Lei Maria da Penha não gacia e manifeste sua vontade em não ver o agressor
processado.
os
rios, e pelos Estados, para o processo, o julgamento audiência especialmente designada para tal fim.
M
lizar-se em horário noturno, conforme dispuserem de cesta básica ou outras de prestação pecu-
as normas de organização judiciária. niária, bem como a substituição de pena que impli-
que o pagamento isolado de multa.
O art. 14 determina a criação de varas especializa-
das (com alguma impropriedade técnica, a lei mencio- Um dos dispositivos da Lei Maria da Penha que
na “juizados”) que serão competentes para processar, possuem maior relevância, o art. 17 prevê, de forma
julgar e executar os casos de violência doméstica e expressa, nos casos de violência doméstica e familiar,
familiar contra a mulher. a proibição da aplicação de penas de cesta básica ou
outra prestação pecuniária e, também, pelo pagamen-
Art. 14-A A ofendida tem a opção de propor ação to isolado da pena de multa.
de divórcio ou de dissolução de união estável no Em relação ao que prevê o art. 17, vale mencionar
Juizado de Violência Doméstica e Familiar contra que o STJ entende que, no âmbito da Lei Maria da
a Mulher. Penha, também não é possível realizar a substituição 421
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de pena privativa de liberdade por pena restritiva de de motivo para que subsista, bem como de novo
direitos. Tal entendimento se encontra disposto na decretá-la, se sobrevierem razões que a justifiquem.
Súmula 588, do STJ:
O art. 20 prevê a possibilidade de que o juiz, de
Súmula nº 588 (STJ) A prática de crime ou con- ofício, isto é, sem provocação, decrete a prisão pre-
travenção penal contra a mulher com violência ou ventiva do agressor na fase pré-processual (fase do
grave ameaça no ambiente doméstico impossibilita inquérito policial). No entanto, desde 2011, o Código
a substituição da pena privativa de liberdade por de Processo Penal deixou de prever a possibilidade
restritiva de direitos. do juiz, de ofício, decretar essa medida nessa fase, de
forma que, ainda que expressa no art. 20, não pode
Medidas Protetivas de Urgência mais ser aplicada — o juiz somente pode decretar a
prisão, de ofício, depois do oferecimento da denúncia
Vistas pela doutrina como a maior conquista trazi- ou, em caso de flagrante, quando a prisão é convertida
da pela Lei nº 11.340, de 2006, as medidas protetivas em preventiva.
de urgência se encontram previstas entre os arts. 18 e
24, da Lei Maria da Penha.
Dica
Art. 18 Recebido o expediente com o pedido da Se a banca do concurso público questionar se a
ofendida, caberá ao juiz, no prazo de 48 (quarenta Lei Maria da Penha prevê a possibilidade do juiz,
e oito) horas:
de ofício, decretar a prisão preventiva na fase
I - conhecer do expediente e do pedido e decidir
sobre as medidas protetivas de urgência;
pré-processual, a resposta deve ser afirmativa,
II - determinar o encaminhamento da ofendida ao uma vez que, quando da modificação feita no
órgão de assistência judiciária, quando for o caso, CPP, a Lei nº 11.340, de 2006, não foi alterada.
inclusive para o ajuizamento da ação de separação
judicial, de divórcio, de anulação de casamento Art. 21 A ofendida deverá ser notificada dos atos
ou de dissolução de união estável perante o juízo processuais relativos ao agressor, especialmente
competente; dos pertinentes ao ingresso e à saída da prisão, sem
III - comunicar ao Ministério Público para que ado- prejuízo da intimação do advogado constituído ou
te as providências cabíveis. do defensor público.
IV - determinar a apreensão imediata de arma de Parágrafo único. A ofendida não poderá entregar
fogo sob a posse do agressor. intimação ou notificação ao agressor.
Art. 19 As medidas protetivas de urgência poderão
ser concedidas pelo juiz, a requerimento do Minis- O art. 21 traz duas disposições que visam à prote-
9
-3
tério Público ou a pedido da ofendida. ção da vítima. A primeira delas é o direito de ser noti-
40
§ 1º As medidas protetivas de urgência poderão ficada a respeito dos atos que envolvam o agressor,
.5
ser concedidas de imediato, independentemen-
sobretudo aqueles que digam respeito ao ingresso e
33
te de audiência das partes e de manifestação do
à saída da prisão. A segunda disposição, trata da inti-
.6
comunicado.
ser entregue pela vítima (fato que era muito comum
-0
eficácia, sempre que os direitos reconhecidos nesta As medidas protetivas de urgência se dividem em
Sa
Público ou a pedido da ofendida, conceder novas tetivas de urgência direcionadas à ofendida (art.
id
Agressor
ric
9
saúde, de educação, de assistência social e de segu-
-3
atendimento; rança, entre outros;
40
II - determinar a recondução da ofendida e a de II - fiscalizar os estabelecimentos públicos e particu-
seus dependentes ao respectivo domicílio, após
.5
lares de atendimento à mulher em situação de vio-
33
afastamento do agressor; lência doméstica e familiar, e adotar, de imediato,
.6
sem prejuízo dos direitos relativos a bens, guarda tocante a quaisquer irregularidades constatadas;
-0
tência de vaga. mesmo quando este não for parte, isto é, nos crimes
ol
Art. 24 Para a proteção patrimonial dos bens da de ação penal privada (um crime contra a honra, por
ic
particular da mulher, o juiz poderá determinar, Já na esfera cível, o Ministério Público deve atuar,
io
liminarmente, as seguintes medidas, entre outras: por meio do inquérito civil e da ação civil, no sentido
ric
9
Art. 35 A União, o Distrito Federal, os Estados e os
-3
Municípios poderão criar e promover, no limite das
40
Art. 30 Compete à equipe de atendimento multi- respectivas competências:
disciplinar, entre outras atribuições que lhe forem
.5
I - centros de atendimento integral e multidiscipli-
33
reservadas pela legislação local, fornecer subsí- nar para mulheres e respectivos dependentes em
.6
dios por escrito ao juiz, ao Ministério Público e à situação de violência doméstica e familiar;
00
medidas, voltados para a ofendida, o agressor e os III - delegacias, núcleos de defensoria pública, servi-
nt
familiares, com especial atenção às crianças e aos ços de saúde e centros de perícia médico-legal espe-
Sa
agressores.
io
9
ca que os Estados e o DF contribuam de forma a ali- “Art. 313 .................................................
-3
mentar um sistema nacional de dados e informações ................................................................
40
sobre as mulheres em tal situação. É pela análise das IV - se o crime envolver violência doméstica e fami-
informações que constam em tal banco de dados que .5
liar contra a mulher, nos termos da lei específica,
33
o poder público pode orientar e reorientar as medidas para garantir a execução das medidas protetivas
.6
00
tica Nacional de Dados e Informações relacionadas à do art. 313, do CPP, incluindo o inc. IV, no qual consta
nt
Violência contra as Mulheres (PNAINFO), com a fina- a previsão da possibilidade de o juiz decretar a prisão
Sa
lidade de reunir, organizar, sistematizar e disponibili- preventiva em crimes que envolvam violência domés-
os
zar dados e informações atinentes a todos os tipos de tica e familiar contra a mulher, com o fim de garantir
violência contra as mulheres. a execução das medidas protetivas de urgência.
id
ol
Parágrafo único. As medidas protetivas de urgência Penal), passa a vigorar com a seguinte redação:
ric
efetividade das medidas protetivas. dade, ou com violência contra a mulher na forma
Art. 39 A União, os Estados, o Distrito Federal e os da lei específica;
Municípios, no limite de suas competências e nos ter- ........................................................... ” (NR)
mos das respectivas leis de diretrizes orçamentárias,
poderão estabelecer dotações orçamentárias especí- O art. 43 alterou o art. 61, do CP, para incluir, den-
ficas, em cada exercício financeiro, para a implemen- tre as circunstâncias agravantes genéricas, a violência
tação das medidas estabelecidas nesta Lei. doméstica e familiar contra a mulher.
Para que se efetivem as políticas públicas previs- Art. 44 O art. 129 do Decreto-Lei nº 2.848, de 7 de
tas na Lei Maria da Penha é necessário que os entes dezembro de 1940 (Código Penal), passa a vigorar
federativos façam previsão, em seus orçamentos, de com as seguintes alterações:
recursos suficientes para o enfrentamento da violên- “Art. 129. ..................................................
cia doméstica e familiar contra a mulher. .................................................................. 425
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título, a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.
§ 9º Se a lesão for praticada contra ascendente, des- Logo ficou claro que reprimir a discriminação,
cendente, irmão, cônjuge ou companheiro, ou com meio de leis penais, é importante, mas não resolvia o
quem conviva ou tenha convivido, ou, ainda, pre- problema. Ainda eram necessárias mais ações no sen-
valecendo-se o agente das relações domésticas, de tido de promover a redução das desigualdades raciais.
coabitação ou de hospitalidade: Nesse contexto é que surge a Lei nº 12.288, de 20
Pena - detenção, de 3 (três) meses a 3 (três) anos. de julho de 2010, que instituiu o Estatuto da Igualda-
.................................................................. de Racial e trouxe uma série de direitos da população
§ 11. Na hipótese do § 9º deste artigo, a pena será negra, assim como obrigações estatais, objetivos e metas
aumentada de um terço se o crime for cometido que dizem respeito a todos os cidadãos brasileiros.
contra pessoa portadora de deficiência.” (NR) Trata-se de um texto de 65 artigos, tratando dos
mais diversos assuntos que buscam a inclusão social
O art. 44, por sua vez, incluiu no CP a violên- da população negra; acesso à saúde; educação, cultura
cia doméstica como qualificadora do crime de lesão e lazer; liberdade de crença; acesso a terra e moradia;
corporal. trabalho e meios de comunicação.
O Estatuto da Igualdade Racial não traz nenhum
Art. 45 O art. 152 da Lei nº 7.210, de 11 de julho de tipo penal em seu texto (ou seja, não define crimes).
1984 (Lei de Execução Penal), passa a vigorar com Os crimes de racismo são tratados pela Lei nº 7.716,
a seguinte redação: de 1989. Como não há carga de doutrina ou jurispru-
“Art. 152. ................................................... dência sobre a Lei nº 12.888, de 2010, as questões for-
Parágrafo único. Nos casos de violência doméstica muladas pela banca vão fazer referência à letra da lei.
contra a mulher, o juiz poderá determinar o compa-
recimento obrigatório do agressor a programas de ESTRUTURA
recuperação e reeducação.” (NR)
A Lei nº 12.288, de 2010:
Por fim, o art. 45, da Lei Maria da Penha, acres-
centou um parágrafo ao art. 152, da Lei de Execução z Instituiu o Estatuto da Igualdade Racial;
Penal, prevendo que, nos casos de violência domés- z Alterou: a Lei nº 7.716, de 1989, que trata dos cri-
tica e familiar contra a mulher, o agressor pode ser mes e racismo; a Lei nº 9.029, de 1995, que comba-
obrigado a participar de programas de recuperação e te a discriminação nas relações de trabalho; Lei nº
reeducação durante o cumprimento da limitação de 7.347, Lei da Ação Civil Pública; e a Lei nº 10.778,
final de semana. que trata da notificação compulsória no caso de
violência contra a mulher que for atendida em ser-
viços de saúde públicos ou privados.
9
-3
LEI FEDERAL Nº 12.288, DE 20 DE O Estatuto da Igualdade Racial é estruturado em 4
40
títulos, conforme ilustrado a seguir:
JULHO DE 2010, QUE INSTITUI O
ESTATUTO DA IGUALDADE RACIAL, E .5
33
ESTRUTURA DO ESTATUTO
.6
SUAS ATUALIZAÇÕES
00
cia, origem nacional ou étnica constitui grave violação z Título II — Direitos Fundamentais: Saúde, Educa-
dos direitos humanos e é um obstáculo para que os ção, Cultura, Esporte, Lazer, Liberdade de cons-
nt
O Brasil é um país multicultural e multiétnico, z Título III — SINAPIR — Sistema Nacional de pro-
id
A Constituição de 1988 (CF), em seu inciso III, art. 1º, CONCEITOS E DEFINIÇÕES GERAIS
ric
9
-3
entre elas o direito. na Constituição Federal e na legislação infraconstitu-
40
cional. As políticas públicas de promoção da igualda-
Desigualdade Racial
.5
de racial são um exemplo.
33
.6
serviços e oportunidades, nas esferas pública e pri- VI - ações afirmativas: os programas e medidas
nt
A desigualdade, por sua vez, não é um agir ou dei- Ações afirmativas são medidas especiais de políti-
ol
xar de agir, mas sim um fenômeno, ou melhor, situa- cas públicas (políticas públicas focalizadas) e/ou ações
ic
ção de diferenças sociais, como por exemplo o fato de privadas que visam corrigir as desigualdades raciais e
N
as populações negras serem a maioria com baixa ren- promover a igualdade de oportunidades.
io
da, dificuldade de acesso à moradia e educação etc. Exemplificando, a promoção da igualdade racial
ric
9
cos, acesso à terra, à Justiça, e outros. Quanto aos objetivos da Política Nacional de Saúde
-3
Parágrafo único. Os programas de ação afirmativa Integral da População Negra, temos:
40
constituir-se-ão em políticas públicas destinadas
a reparar as distorções e desigualdades sociais e .5
Art. 8º Constituem objetivos da Política Nacional
33
demais práticas discriminatórias adotadas, nas de Saúde Integral da População Negra:
.6
art. 5º estabelece que, para alcançar os objetivos da informação do SUS no que tange à coleta, ao pro-
Sa
lei, é instituído o Sistema Nacional de Promoção da cessamento e à análise dos dados desagregados por
Igualdade Racial (Sinapir), que se encontra organiza-
os
9
z Obrigatoriedade do estudo da história geral da Áfri-
-3
ca e da história da população negra no Brasil, no O art. 215, da CF, garante o pleno exercício dos
40
ensino fundamental e médio (públicos e privados); direitos culturais, o acesso às fontes da cultura nacio-
.5
nal e o apoio e incentivo às manifestações culturais.
33
z Formação inicial e continuada de professores e
elaboração de material didático específico; e Por sua vez, o art. 216 define em que se constitui o
.6
caráter cívico;
cultura nos seus arts. 17 a 20.
os
relativos à educação.
provada, como patrimônio histórico e cultural, nos
ric
É dever do poder público também fomentar (esti- O acesso à terra e à moradia são historicamente
mular) o acesso da população negra ao esporte e ao negados à população negra. Visando reverter tal situa-
lazer (consolidando-os como direitos sociais) (art. 21). ção, o Estatuto da Igualdade Racial prevê uma série
A capoeira, já reconhecida como patrimônio cultu- de medidas, algumas especialmente voltadas para os
ral, é também reconhecida como desporto de criação remanescentes das comunidades dos quilombos.
nacional, sendo a atividade de capoeirista reconhecida Em relação ao acesso à terra, o Estatuto prevê:
em todas as modalidades em que a capoeira se mani-
festa, seja como esporte, luta, dança ou música, sendo z Poder Público
livre o exercício em todo o território nacional. O ensino
da capoeira é facultado nas instituições públicas e pri- Elaborará e implementará políticas públicas capa-
vadas pelos capoeiristas e mestres tradicionais, pública zes de promover o acesso da população negra à
e formalmente reconhecidos (§ 1º e § 2º, art. 22). terra e às atividades produtivas no campo;
Promoverá ações para viabilizar e ampliar o aces-
Direito à Liberdade de Consciência e de Crença e ao so da população negra ao financiamento agrícola;
Livre Exercício dos Cultos Religiosos Promoverá a educação e a orientação profissio-
nal agrícola para os trabalhadores negros e as
O estatuto estabelece a inviolabilidade de cons- comunidades negras rurais
ciência e de crença, assegurando o livre exercício dos
cultos religiosos e garantindo, na forma da lei, a pro- z Poder Executivo Federal
teção aos locais de culto e a suas liturgias. Visa prote-
ger manifestações religiosas tais como o candomblé, a
Elaborará e desenvolverá políticas públicas
umbanda, o catimbó, entre outros, e que são os princi-
especiais voltadas para o desenvolvimento sus-
pais alvos de intolerância no Brasil.
tentável dos remanescentes das comunidades
O direito à liberdade de consciência e de crença e
dos quilombos, respeitando as tradições de pro-
ao livre exercício dos cultos religiosos de matriz afri-
teção ambiental das comunidades.
cana compreende:
Art. 24 [...]
z Remanescentes das Comunidades dos Quilombos
I - a prática de cultos, a celebração de reuniões rela-
cionadas à religiosidade e a fundação e manuten- Se estiverem ocupando suas terras, é reconhe-
ção, por iniciativa privada, de lugares reservados cida a propriedade definitiva, devendo o Esta-
do emitir-lhes os títulos respectivos;
9
para tais fins;
-3
II - a celebração de festividades e cerimônias de Para fins de política agrícola, receberão dos
40
acordo com preceitos das respectivas religiões; órgãos competentes tratamento especial dife-
III - a fundação e a manutenção, por iniciativa pri- .5
renciado, assistência técnica e linhas espe-
33
vada, de instituições beneficentes ligadas às respec- ciais de financiamento público, destinados à
.6
aos costumes e às práticas fundadas na respectiva tas nesta e em outras leis para a promoção da
religiosidade, ressalvadas as condutas vedadas por
nt
igualdade étnica.
Sa
legislação específica;
V - a produção e a divulgação de publicações rela- Além disso, serão assegurados à população negra a
os
cionadas ao exercício e à difusão das religiões de assistência técnica rural, a simplificação do acesso ao
id
naturais e jurídicas de natureza privada para a Por sua vez, em relação ao direito à moradia, o
N
manutenção das atividades religiosas e sociais das poder público deve garantir a implementação de
io
VII - o acesso aos órgãos e aos meios de comunica- adequada da população negra que vive em favelas, cor-
au
ção para divulgação das respectivas religiões; tiços, áreas urbanas subutilizadas, degradadas ou em
M
VIII - a comunicação ao Ministério Público para processo de degradação, a fim de reintegrá-las à dinâ-
abertura de ação penal em face de atitudes e práti- mica urbana e promover melhorias no ambiente e na
cas de intolerância religiosa nos meios de comuni-
qualidade de vida.
cação e em quaisquer outros locais.
Vale destacar que o estatuto menciona que o direi-
to à moradia adequada inclui também a garantia e de
O Estatuto assegura a assistência religiosa aos pra- infraestrutura urbana (rede de água, esgoto, ilumina-
ticantes de religiões de matrizes africanas internados ção, rede telefônica etc.) e dos equipamentos comunitá-
em hospitais ou em outras instituições de internação rios associados à função habitacional (escolas, áreas de
coletiva, inclusive àqueles submetidos a pena privati- lazer e cultura etc.). Além disso, o poder público deve
va de liberdade (art. 25). prestar assistência técnica e jurídica para a construção,
Além disso, o Estatuto determina que o poder a reforma ou a regularização fundiária da habitação
público tem o dever de adotar as medidas necessárias em área urbana (art. 35).
para o combate a intolerância às religiões de matrizes Deve ser facilitado, por fim, o acesso da população
africanas e à discriminação de seus seguidores. negra aos financiamentos habitacionais (art. 37).
430
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título, a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.
Trabalho Veja o quadro abaixo, que demonstra quem parti-
cipa do Sistema Nacional de Promoção da Igualdade
O direito ao trabalho está elencado entre os direi- Racial:
tos sociais, previstos no art. 6º, da CF. Buscando garan-
tir a maior inclusão da população negra no mercado SINAPIR
de trabalho, o estatuto encarrega o poder público de Organiza e articula a implementação das políticas e serviços
implementar políticas públicas que devem observar destinados a superar as desigualdades étnicas
os compromissos assumidos pelo Brasil perante a Podem participar
comunidade internacional. Incentiva a
Instituído no mediante
participação da
O poder público deve promover ações que asse- âmbito do poder adesão: Estados,
sociedade e da
gurem a igualdade de oportunidades no mercado de público federal Distrito Federal e
iniciativa privada
trabalho para a população negra, inclusive mediante Municípios
a implementação de medidas visando à promoção da
igualdade nas contratações do setor público e o incen- O SINAPIR é instituído no âmbito do poder públi-
tivo à adoção de medidas similares nas empresas e co federal. Somente os entes federados (Estados, DF e
organizações privadas (art. 39). Municípios) podem aderir. A sociedade e a iniciativa
Especificamente, o Poder Executivo Federal pode- privada participam colaborando, mas não aderem.
rá estabelecer critérios para ampliar a participação de
negros em cargos em comissão e funções de confiança Objetivos do SINAPIR
(art. 42).
São objetivos do SINAPIR:
Dica
Art. 48 São objetivos do Sinapir:
Cargos em comissão, também chamados de I - promover a igualdade étnica e o combate às
cargos de confiança, assim como as funções de desigualdades sociais resultantes do racismo,
confiança, encontram-se previstos no inciso II, inclusive mediante adoção de ações afirmativas;
art. 37, da CF, sendo cargos de livre provimento e II - formular políticas destinadas a combater os
fatores de marginalização e a promover a integra-
livre exoneração.
ção social da população negra;
III - descentralizar a implementação de ações
Dos Meios de Comunicação afirmativas pelos governos estaduais, distrital e
municipais;
O último capítulo relativo aos direitos diz respeito IV - articular planos, ações e mecanismos volta-
9
aos meios de comunicação. É notória a baixa repre- dos à promoção da igualdade étnica;
-3
sentação da população negra nos meios de comunica- V - garantir a eficácia dos meios e dos instrumentos
40
ção; daí a preocupação do legislador em destinar um criados para a implementação das ações afirmativas
.5
e o cumprimento das metas a serem estabelecidas.
33
capítulo do estatuto ao tema.
.6
de Promoção da
administração pública federal direta, autárquica, ou Igualdade Racial
fundacional, as empresas públicas e as sociedades de
economia mista federais deverão incluir cláusulas de
ÉTICA E DIVERSIDADE
9
destacados em negrito):
-3
da juventude negra em conflito com a lei e exposta
40
a experiências de exclusão social; z Lei modificada: Lei de Crimes Raciais.
z O Estado adotará medidas para coibir atos de dis- .5
33
criminação e preconceito praticados por servido- Art. 3º Impedir ou obstar o acesso de alguém,
.6
do está a de adotar medidas especiais para coibir a Pena: reclusão de dois a cinco anos.
Parágrafo único. Incorre na mesma pena
nt
as formas de financiar e destinar recurso para as ini- Pena: reclusão de dois a cinco anos.
io
ciativas de promoção da igualdade racial dispostas em § 1º Incorre na mesma pena quem, por motivo de
ric
9
rior, as infrações do disposto nesta lei são passíveis
Neste sentido, faz-se de extrema importância o
-3
das seguintes cominações:
40
estudo na integra do art. 1º, que traz os conceitos fun-
Art. 3º Sem prejuízo do prescrito no art. 2o e
damentais e que podem ser objeto de questão em sua
nos dispositivos legais que tipificam os cri-
.5
33
mes resultantes de preconceito de etnia, raça prova, vejamos:
.6
passíveis das seguintes cominações: (Redação Art. 1º Esta Lei institui o Estatuto Estadual da
-0
dada pela Lei nº 12.288, de 2010) Igualdade Racial e de Combate à Intolerância Reli-
Art. 3º Sem prejuízo do prescrito no art. 2° desta giosa contra quaisquer religiões, como ação esta-
os
Lei e nos dispositivos legais que tipificam os crimes dual de desenvolvimento do Rio Grande do Sul,
nt
deficiência, as infrações ao disposto nesta Lei são minação e das desigualdades raciais.
§ 1º Para efeito deste Estatuto, considerar-se-á Dis-
os
I - multa administrativa de dez vezes o valor do restrição baseada em raça, cor, descendência,
ol
maior salário pago pelo empregador, elevado em origem nacional ou étnica que tenha por objeti-
ic
II - proibição de obter empréstimo ou financiamen- dos direitos humanos e das liberdades fundamen-
io
to junto a instituições financeiras oficiais. tais em qualquer campo da vida pública ou privada,
ric
Art. 4º O rompimento da relação de trabalho por asseguradas as disposições contidas nas legisla-
au
ato discriminatório, nos moldes desta lei, faculta ao ções pertinentes à matéria.
M
faculta ao empregado optar entre: (Redação pública e privada, em virtude de raça, cor, des-
dada pela Lei nº 12.288, de 2010)
cendência ou origem nacional ou étnica.
I - a readmissão com ressarcimento integral de
§ 3º Para beneficiar-se do amparo deste Estatuto,
todo o período de afastamento, mediante pagamen-
considerar-se-á negro aquele que se declare,
to das remunerações devidas, corrigidas moneta-
riamente, acrescidas dos juros legais; expressamente, como negro, pardo, mestiço de
I - a reintegração com ressarcimento integral de ascendência africana, ou através de palavra
todo o período de afastamento, mediante paga- ou expressão equivalente que o caracterize
mento das remunerações devidas, corrigidas mone- negro.
tariamente e acrescidas de juros legais; (Redação § 4º Para efeito deste Estatuto, serão consideradas
dada pela Lei nº 13.146, de 2015) ações afirmativas os programas e as medidas
II - a percepção, em dobro, da remuneração do especiais adotados pelo Estado e pela iniciativa pri-
período de afastamento, corrigida monetariamente vada para a correção das desigualdades raciais e
e acrescida dos juros legais. para a promoção da igualdade de oportunidades. 433
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§ 5º O Poder Público adotará as medidas necessárias para o combate à intolerância para com as religiões,
inclusive coibindo a utilização dos meios de comunicação social para a difusão de proposições que exponham pessoa
ou grupo ao ódio ou ao desprezo por motivos fundados na religiosidade.
Após a leitura do art. 1º, vamos aos estudos dos conceitos nele abordados. Vejamos:
Discriminação Racial
Com relação à discriminação racial, é importante destacarmos que o § 1º, traz de forma clara que ela não se
baseia apenas em cor de pele, e sim na raça, descendência, origem nacional ou étnica.
Portanto, a discriminação racial são todas as formas de exclusão elencadas acima, que objetivam o cercea-
mento do reconhecimento, gozo ou exercício dos direitos humanos e das liberdades fundamentais em qualquer
campo da vida pública ou privada.
Vejamos um esclarecimento quanto à distinção entre raça e etnia:
z Raça: refere-se às questões biológicas, como, por exemplo, cor de pele e traços físicos da pessoa, que foram
utilizadas historicamente para identificar categorias humanas socialmente definidas;
z Etnia: refere-se às questões culturais, como, por exemplo, nacionalidade, religião, tradições etc.
Raça
DISTINÇÃO, Cor
DISCRIMINAÇÃO EXCLUSÃO OU
RACIAL RESTRIÇÃO,
BASEADO EM: Descendência
Origem Nacional
Origem Étnica
9
-3
Que tenha por objetivo
40
.5
33
Cerceamento do reconhecimento, gozo ou exercício dos direitos humanos e das
.6
Desigualdade Racial
os
nt
A desigualdade social, definida no § 2º, é toda e qualquer diferenciação injustificada de acesso e fruição de
Sa
bens, serviços e oportunidades, tanto na esfera pública quanto na privada, em razão da raça, cor, descendência
ou origem nacional ou étnica.
os
Observe que, mais uma vez, o Estatuto não utiliza apenas o critério da cor de pele para conceituar a desigual-
id
dade social.
ol
ic
N
DISCRIMINAÇÃO
io
RACIAL Raça
ric
au
M
Cor
DIFERENCIAÇÃO
Toda situação INJUSTIFICADA EM
injustificada de VIRTUDE DE: Descendência
diferenciação de
acesso e fruição
Origem Nacional
Origem Étnica
Negro
Para fins do Estatuto, o § 3º, do art. 1º, define que negro é toda pessoa que se declare, expressamente, como
negro, pardo, mestiço de ascendência africana, ou através de palavra ou expressão equivalente que o caracterize
434 negro.
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Atenção: não confunda as definições em relação Já os programas e as ações implementadas no
à população negra, as quais estão previstas na Lei nº Estado que visam às medidas inclusivas, tanto nas
12.288, de 2010, com as da Lei Estadual nº 13.694, de esferas públicas como nas privadas, devem incluir
2011: a participação de todos, garantindo a representação
equilibrada dos diversos segmentos raciais compo-
z Lei nº 12.288, de 2010: o conjunto de pessoas que nentes da sociedade gaúcha, solidificando a democra-
se autodeclaram pretas e pardas, conforme o que- cia. Vejamos:
sito cor ou raça usado pela Fundação Instituto
Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), ou que Art. 2º O Estatuto Estadual da Igualdade Racial e
adotam autodefinição análoga; de Combate à Intolerância Religiosa orientará as
z Lei Estadual nº 13.694, de 2011: para benefi- políticas públicas, os programas e as ações imple-
ciar-se do amparo deste Estatuto, considerar-se-á mentadas no Estado, visando a:
negro aquele que se declare, expressamente, como I - medidas reparatórias e compensatórias para os
negro, pardo, mestiço de ascendência africana, ou negros pelas sequelas e consequências advindas do
através de palavra ou expressão equivalente que o período da escravidão e das práticas institucionais
caracterize negro. e sociais que contribuíram para aprofundar as desi-
gualdades raciais presentes na sociedade;
II - medidas inclusivas, nas esferas pública e priva-
Ações Afirmativas
da, que assegurem a representação equilibrada dos
diversos segmentos raciais componentes da socie-
As ações afirmativas são os programas e as medi-
dade gaúcha, solidificando a democracia e a parti-
das especiais para correção das desigualdades raciais cipação de todos.
e promoção da igualdade de oportunidades. O § 4º
determina que essas ações afirmativas devem ser ado-
As políticas públicas, os programas e as ações
tadas pelo Estado e pela iniciativa privada, ou seja, o
implementadas no Estado do Rio Grande do Sul são
Estatuto trouxe uma responsabilidade bipartite para
orientados pelo Estatuto Estadual da Igualdade Racial
a observância dos direitos nele previstos, cabendo ao
e de Combate à Intolerância Religiosa. Esse Estatuto
Estado e iniciativa privada (sociedade) essa obrigação.
visa a cumprir medidas reparatórias e compensató-
Portanto, é dever do Estado e da sociedade garantir
rias para os negros e medidas inclusivas.
a igualdade de oportunidades, independentemente da
A participação da população negra, em condição
raça, cor, descendência ou origem nacional ou étnica.
de igualdade na vida social, econômica e cultural do
Atenção: Cuidado para não confundir ação afir-
Estado do Rio Grande do Sul será promovida por meio
mativa e políticas públicas. Vejamos suas diferenças:
das medidas descritas pelos incisos I a VI, do art. 3º.
9
-3
Essas medidas podem ser objeto de questão em sua
z Ações Afirmativas: refere-se aos programas e as
40
prova, por isso a importância da leitura atenta do
medidas especiais adotadas pelo Estado e a inicia-
.5
artigo.
tiva privada. Nas ações afirmativas teremos um
33
trabalho em conjunto, entre Estado e iniciativa
.6
ações que o Estado sozinho realizará. ção pluriétnica da sociedade sul-rio-grandense, res-
Sa
do Sul;
O § 5º, do art. 1º, determina que cabe ao Poder II - as políticas públicas, os programas e as medidas
ol
intolerância religiosa, bem como coibir a utilização as desigualdades raciais que atingem as mulheres
io
proposições que exponham pessoa ou grupo ao ódio ou III - o resgate, a preservação e a manutenção da
au
ao desprezo, por motivos fundados na religiosidade. memória histórica legada à sociedade gaúcha pelas
tradições e práticas socioculturais negras;
M
9
nais, culturais, esportivas e de lazer adequadas a seus
-3
mentar e nutricional e na atenção integral à saúde.
interesses e condições, de modo a contribuir para o
40
Não custa lembrar que as ações previstas no art.
patrimônio cultural de sua comunidade.
5º são pontos atrativos das bancas para cobrança em
.5
Para se fazer cumprir o direito a educação, o Poder
33
prova.
Público promoverá políticas e programas de ação afir-
.6
00
Art. 5º Os órgãos de saúde estadual monitorarão mativa que assegurem igualdade de acesso ao ensino
-0
as condições da população negra para subsidiar o público para os negros, em todos os níveis de educa-
ção, de forma gratuita. Além disso, o poder público,
os
I - a promoção da saúde integral da população dades esportivas e de lazer, bem como apoiar as enti-
Sa
negra, priorizando a redução das desigualdades dades que mantenham espaço para promoção social
os
mento e à análise dos dados por cor, etnia e gênero; gramas de ação afirmativa que assegurem igualda-
N
III - a inclusão do conteúdo da saúde da população de de acesso ao ensino público para os negros, em
io
IV - a inclusão da temática saúde da população do, ao mesmo tempo em que incentivará os esta-
negra nos processos de formação das lideranças de
M
9
-3
O Estado do Rio Grande de Sul deverá promover des aos negros no acesso aos cargos públicos e incenti-
40
programas de incentivo, inclusão e permanência da vo uma maior equidade para os negros nos empregos
população negra nos ensinos Médio, Técnico e Supe-
.5
oferecidos na iniciativa privada, será responsabilida-
33
rior. Para isso, o Estado deverá adotar as medidas pre- de do poder público.
.6
vistas nos incisos I a VIII, do art. 15. Além disso, visando à igualdade de oportunidades,
00
Entre esses incisos, merece destaque a obrigato- serão adotadas políticas e programas de formação
-0
riedade do estudo da história geral da África e da profissional, de emprego e de geração de renda volta-
os
história da população negra no Brasil, nos moldes dos para a população negra.
da Lei n. 9.394, de 1996, que estabelece as diretrizes e
nt
Sa
Art. 15 O Estado deverá promover programas de dades aos negros no acesso aos cargos públicos,
id
negra nos ensinos Médio, Técnico e Superior, ado- da população do Estado, e incentivará a uma maior
ic
instituições privadas de Ensino Superior para que Parágrafo único. Para enfrentar a situação de
ric
II - incentivar e apoiar a criação de cursos de aces- mentadas políticas e programas de formação pro-
M
so ao Ensino Superior para estudantes negros, fissional, emprego e geração de renda voltadas aos
como mecanismo para viabilizar uma inclusão negros.
mais ampla e adequada destes nas instituições; Art. 18 A inclusão do quesito raça, a ser registrado
III - dar cumprimento ao disposto na Lei Federal segundo a autoclassificação, será obrigatória em
ÉTICA E DIVERSIDADE
9
-3
Art. 22 Na produção de filmes, programas e peças pessoas especiais, portadores de direitos especiais ou
40
publicitárias destinados à veiculação pelas emisso- pessoas com deficiência.
ras de televisão e em salas cinematográficas, deverá
.5
Como consequência dessas mudanças no modo de
33
ser adotada a prática de conferir oportunidades de
ver/encarar a pessoa com deficiência, surgiu o dever
emprego para atores, figurantes e técnicos negros,
.6
Parágrafo único. A exigência disposta no “caput” tar o desenvolvimento de suas potencialidades, com
os
não se aplica aos filmes e aos programas que abor- autonomia e participação.
nt
dem especificidades de grupos étnicos determinados. Neste contexto, iniciou-se um sistema de proteção
Sa
ticipação de artistas negros nos contratos de rea- com deficiência. Entre os instrumentos de proteção
id
lização de filmes, programas ou quaisquer outras realizados, encontra-se a Convenção sobre os Direi-
ol
peças de caráter publicitário nos termos da Lei tos das Pessoas com Deficiência de 2006. O texto desta
ic
NOÇÕES SOBRE O DIREITO DA PESSOA COM O parágrafo segundo, por sua vez, estabelece que
DEFICIÊNCIA compete ao Poder Executivo a criação dos instrumen-
tos normativos para a verificação da deficiência.
A Lei nº 13.146, de 2015 é dividida em duas par-
tes: geral e especial. A parte geral tem, como base, os
princípios da Convenção sobre os Direitos das Pes- Importante
soas com Deficiência, disciplinando, além desses, os
direitos fundamentais das pessoas com deficiência. A competência é do Poder Executivo e não do
Já a parte especial é composta dos meios de proteção, Poder Legislativo.
quais sejam: o acesso à Justiça e reconhecimento igual
perante à lei e aos crimes e infrações administrativas.
O art. 3° apresenta outros conceitos para aplicação
e entendimento da legislação. São eles:
LEI Nº 13.146, DE
2015 z Acessibilidade;
z Desenho universal;
9
z Tecnologia assistiva ou ajuda técnica;
-3
z Barreiras;
40
z Comunicação;
Parte Geral
Parte Especial z Adaptações razoáveis;.5
33
Princípios e direitos z Elemento de urbanização;
.6
Meio de proteção
fundamentais
00
z Mobiliário urbano;
-0
1º, o objetivo da legislação é assegurar e promover o z Atendente pessoal; profissional de apoio escolar;
os
O artigo 2º preocupou-se em dar o conceito de pes- uso público ou privados de uso coletivo, tanto na
soa com deficiência. Em termos gerais, considera-se zona urbana como na rural, por pessoa com defi-
pessoa com deficiência aquela que possui impedi- ciência ou com mobilidade reduzida.
mento de longo prazo, sendo este de natureza física,
ÉTICA E DIVERSIDADE
mental, intelectual ou sensorial, que pode, de algu- Observe que a palavra-chave para entender o con-
ma forma, causar barreiras ou obstruir sua partici- ceito de acessibilidade é autonomia (direito de circu-
pação plena e efetiva na sociedade em igualdades lar com autonomia em espaços públicos e privados
de condições com as demais pessoas. de uso coletivo, bem como o direito de ter autonomia
para utilizar a tecnologia).
z Pessoa com Deficiência
Art. 3° [...]
Impedimento de longo prazo; II - Desenho universal: concepção de produtos,
Natureza física, mental, intelectual ou sensorial; ambientes, programas e serviços a serem usados
Causar barreiras ou obstruir sua participação por todas as pessoas, sem necessidade de adapta-
plena e efetiva na sociedade em igualdades de ção ou de projeto específico, incluindo os recursos
condições com as demais pessoas. de tecnologia assistiva. 439
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título, a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.
Refere-se ao fato de que o produto ou serviço deve quando requeridos em cada caso, a fim de assegu-
ser utilizado por todas as pessoas, independentemen- rar que a pessoa com deficiência possa gozar ou
te de ter ou não alguma deficiência. exercer, em igualdade de condições e oportunida-
des com as demais pessoas, todos os direitos e liber-
Art. 3° [...] dades fundamentais.
III - Tecnologia assistiva ou ajuda técnica: VII - Elemento de urbanização: quaisquer compo-
produtos, equipamentos, dispositivos, recursos, nentes de obras de urbanização, tais como os refe-
metodologias, estratégias, práticas e serviços que rentes a pavimentação, saneamento, encanamento
objetivem promover a funcionalidade, relacio- para esgotos, distribuição de energia elétrica e de
nada à atividade e à participação da pessoa com gás, iluminação pública, serviços de comunicação,
deficiência ou com mobilidade reduzida, visando à abastecimento e distribuição de água, paisagismo e
sua autonomia, independência, qualidade de vida e os que materializam as indicações do planejamento
inclusão social. urbanístico.
VIII - Mobiliário urbano: conjunto de objetos
Trata-se, aqui, da possibilidade de adaptar deter- existentes nas vias e nos espaços públicos, super-
minado produto ou serviço às necessidades da pessoa postos ou adicionados aos elementos de urbaniza-
com deficiência, para que possa exercê-lo de forma ção ou de edificação, de forma que sua modificação
autônoma. ou seu traslado não provoque alterações substan-
ciais nesses elementos, tais como semáforos, pos-
tes de sinalização e similares, terminais e pontos
Art. 3° [...]
de acesso coletivo às telecomunicações, fontes de
IV - Barreiras: qualquer entrave, obstáculo, ati-
água, lixeiras, toldos, marquises, bancos, quiosques
tude ou comportamento que limite ou impeça a
e quaisquer outros de natureza análoga.
participação social da pessoa, bem como o gozo,
IX - Pessoa com mobilidade reduzida: aque-
a fruição e o exercício de seus direitos à acessibi-
la que tenha, por qualquer motivo, dificuldade de
lidade, à liberdade de movimento e de expressão, à
movimentação, permanente ou temporária, geran-
comunicação, ao acesso à informação, à compreen-
do redução efetiva da mobilidade, da flexibilidade,
são, à circulação com segurança, entre outros, clas-
da coordenação motora ou da percepção, incluindo
sificadas em:
a) Barreiras urbanísticas: as existentes nas vias e idoso, gestante, lactante, pessoa com criança de
nos espaços públicos e privados abertos ao público colo e obeso.
ou de uso coletivo; X - Residências inclusivas: unidades de oferta do
b) Barreiras arquitetônicas: as existentes nos edifí- Serviço de Acolhimento do Sistema Único de Assis-
cios públicos e privados; tência Social (SUAS) localizadas em áreas residen-
c) Barreiras nos transportes: as existentes nos sis- ciais da comunidade, com estruturas adequadas,
que possam contar com apoio psicossocial para o
9
temas e meios de transportes;
-3
d) Barreiras nas comunicações e na informação: atendimento das necessidades da pessoa acolhi-
40
qualquer entrave, obstáculo, atitude ou comporta- da, destinadas a jovens e adultos com deficiência,
.5
mento que dificulte ou impossibilite a expressão ou em situação de dependência, que não dispõem de
33
o recebimento de mensagens e de informações por condições de autossustentabilidade e com vínculos
.6
logia da informação;
-0
Por barreiras entende-se qualquer obstáculo que adequadas capazes de proporcionar serviços de
N
impeça ou limite a participação social da pessoa com apoio coletivos e individualizados que respeitem e
io
deficiência. As barreiras podem estar nos espaços ampliem o grau de autonomia de jovens e adultos
ric
9
-3
Ressalta-se que seu parágrafo único dispõe que, uma
40
vez verificado pelos juízes e tribunais ofensa à Lei, o
Distinção .5
Ministério Público deve ser informado para que adote
33
as providências para o devido cumprimento da Lei,
Restrição
.6
Importante esclarecer que a igualdade trazida pela z Disponibilização de pontos de parada, estações e
au
Lei nº 13.146, de 2015 não é impositiva, ou seja, as ações terminais acessíveis de transporte coletivo de pas-
M
afirmativas constante da Lei não são obrigatórias às pes- sageiros e garantia de segurança no embarque e
soas com deficiência, pois, se elas não quiserem se bene- no desembarque;
ficiar dos direitos elencados, não serão obrigadas. Por z Acesso a informações e disponibilização de recur-
exemplo: a pessoa com deficiência não é obrigada a se sos de comunicação acessíveis;
ÉTICA E DIVERSIDADE
inscrever para as vagas reservadas, podendo concorrer z Recebimento de restituição de imposto de renda;
às vagas de ampla concorrência se assim desejar. z Tramitação processual e procedimentos judiciais e
O artigo 5º, por vez, trata da proteção da pessoa administrativos em que for parte ou interessada,
com deficiência, de modo a afastar toda forma de em todos os atos e diligências.
tortura ou outro mecanismo de redução da dignida-
de da pessoa humana ao assegurar a proteção contra Com exceção da restituição de imposto de renda e
negligência, discriminação, exploração, violência, tor- da tramitação processual prioritária, todos os demais
tura, crueldade, opressão e tratamento desumano ou itens relativos ao atendimento prioritário são exten-
degradante. Seu parágrafo único traz um importante sivos ao acompanhante da pessoa com deficiência
conceito: especialmente vulneráveis. Considerando ou ao seu atendente pessoal. Como consequência,
que a pessoa com deficiência já é vulnerável e, por o acompanhante tem direito à preferência de atendi-
esta razão, merece a proteção especial, maior deve ser mento, ao socorro, entre outros. 441
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título, a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.
DOS DIREITOS FUNDAMENTAIS necessidades, habilidades e potencialidades de
cada pessoa, observadas as seguintes diretrizes:
Os arts. 10 ao 78 traçam os direitos das pessoas com I - diagnóstico e intervenção precoces;
deficiência. São eles que estudaremos neste momento. II - adoção de medidas para compensar perda ou
Veja-os a seguir: limitação funcional, buscando o desenvolvimento
de aptidões;
III - atuação permanente, integrada e articulada de
z Direitos Fundamentais
políticas públicas que possibilitem a plena partici-
pação social da pessoa com deficiência;
Vida; IV - oferta de rede de serviços articulados, com
Habitação e Reabilitação; atuação intersetorial, nos diferentes níveis de com-
Saúde; plexidade, para atender às necessidades específicas
Educação; da pessoa com deficiência;
Moradia; V - prestação de serviços próximo ao domicílio da
Trabalho; pessoa com deficiência, inclusive na zona rural,
Assistente Social; respeitadas a organização das Redes de Atenção à
Previdência Social; Saúde (RAS) nos territórios locais e as normas do
Cultura, esporte, turismo e lazer; Sistema Único de Saúde (SUS).
Transporte; Art. 16 Nos programas e serviços de habilitação e
de reabilitação para a pessoa com deficiência, são
Mobilidade;
garantidos:
Acessibilidade.
I - organização, serviços, métodos, técnicas e recur-
sos para atender às características de cada pessoa
Do Direito à Vida com deficiência;
II - acessibilidade em todos os ambientes e serviços;
O direito à vida encontra-se previsto nos arts. 10 ao III - tecnologia assistiva, tecnologia de reabilitação,
13, da Lei nº 13.146, de 2015, e dele decorrem os demais materiais e equipamentos adequados e apoio técni-
direitos, pois, sem a vida, não existiria nenhum outro. O co profissional, de acordo com as especificidades de
direito à vida é inviolável, sendo, inclusive, garantido cada pessoa com deficiência;
constitucionalmente a todas as pessoas. Por conseguin- IV - capacitação continuada de todos os profissio-
te, a pessoa com deficiência tem o direito de lutar pela nais que participem dos programas e serviços.
sua vida, competindo ao Estado o dever de adotar toda Art. 17 Os serviços do SUS e do Suas deverão pro-
mover ações articuladas para garantir à pessoa
e qualquer medida para assegurar seu pleno exercício.
com deficiência e sua família a aquisição de infor-
Importante assinalar que a pessoa com deficiência
mações, orientações e formas de acesso às políticas
não é obrigada a ser submetida a qualquer espécie
9
públicas disponíveis, com a finalidade de propiciar
-3
de tratamento ou intervenção forçada, haja vista que sua plena participação social.
40
é indispensável seu livre consentimento para a rea- Parágrafo único. Os serviços de que trata o caput
lização de qualquer procedimento, exceto nos casos .5
deste artigo podem fornecer informações e orienta-
33
de atendimento de emergência em saúde e risco de ções nas áreas de saúde, de educação, de cultura,
.6
morte e nos casos em que se encontra impossibilitada de esporte, de lazer, de transporte, de previdência
00
de manifestar a sua vontade. Por possui curador, este social, de assistência social, de habitação, de tra-
-0
supre o seu consentimento (aplica-se apenas às pes- balho, de empreendedorismo, de acesso ao crédito,
os
de risco, como nos casos de estado de emergência ou Esse direito relaciona-se, diretamente, com a ques-
id
9
-3
VIII - informação adequada e acessível à pessoa públicos quanto privados, devem assegurar o aces-
40
com deficiência e a seus familiares sobre sua con- so da pessoa com deficiência, em conformidade
.5
dição de saúde; com a legislação em vigor, mediante a remoção
33
IX - serviços projetados para prevenir a ocorrência e o de barreiras, por meio de projetos arquitetônico,
.6
XI - oferta de órteses, próteses, meios auxiliares violência praticada contra a pessoa com deficiên-
Sa
de locomoção, medicamentos, insumos e fórmu- cia serão objeto de notificação compulsória pelos
serviços de saúde públicos e privados à autoridade
os
§ 5º As diretrizes deste artigo aplicam-se também dos Direitos da Pessoa com Deficiência.
ol
às instituições privadas que participem de forma Parágrafo único. Para os efeitos desta Lei, consi-
ic
N
complementar do SUS ou que recebam recursos dera-se violência contra a pessoa com deficiência
io
Art. 19 Compete ao SUS desenvolver ações destina- público ou privado, que lhe cause morte ou dano ou
das à prevenção de deficiências por causas evitá-
au
9
II - os tradutores e intérpretes da Libras, quando
-3
o exercício de sua autonomia; direcionados à tarefa de interpretar nas salas de
40
IV - oferta de educação bilíngue, em Libras como aula dos cursos de graduação e pós-graduação,
.5
primeira língua e na modalidade escrita da língua
devem possuir nível superior, com habilitação,
33
portuguesa como segunda língua, em escolas e
prioritariamente, em Tradução e Interpretação em
.6
lizado, de organização de recursos e serviços de exames com campos específicos para que o candi-
io
O direito à moradia, cuja previsão encontra- Art. 34 A pessoa com deficiência tem direito ao tra-
-se nos arts. 31 ao 33, tem, como objetivo, garantir o balho de sua livre escolha e aceitação, em ambiente
máximo de autonomia e dignidade à pessoa com defi- acessível e inclusivo, em igualdade de oportunida-
ciência. Trata-se de um direito contemplado na Decla- des com as demais pessoas.
§ 1º As pessoas jurídicas de direito público, privado
ração Universal de Direitos Humanos, competindo ao
ou de qualquer natureza são obrigadas a garantir
Poder Público sua promoção e efetiva concretização.
ambientes de trabalho acessíveis e inclusivos.
§ 2º A pessoa com deficiência tem direito, em igual-
Art. 31 A pessoa com deficiência tem direito à moradia dade de oportunidades com as demais pessoas, a
digna, no seio da família natural ou substituta, com condições justas e favoráveis de trabalho, incluindo
seu cônjuge ou companheiro ou desacompanhada, ou igual remuneração por trabalho de igual valor.
em moradia para a vida independente da pessoa com § 3º É vedada restrição ao trabalho da pessoa com
deficiência, ou, ainda, em residência inclusiva. deficiência e qualquer discriminação em razão
§ 1º O poder público adotará programas e ações de sua condição, inclusive nas etapas de recruta-
estratégicas para apoiar a criação e a manutenção mento, seleção, contratação, admissão, exames
de moradia para a vida independente da pessoa admissional e periódico, permanência no emprego,
com deficiência. ascensão profissional e reabilitação profissional,
§ 2º A proteção integral na modalidade de residên- bem como exigência de aptidão plena.
cia inclusiva será prestada no âmbito do Suas à § 4º A pessoa com deficiência tem direito à partici-
pessoa com deficiência em situação de dependência pação e ao acesso a cursos, treinamentos, educação
que não disponha de condições de autossustenta- continuada, planos de carreira, promoções, bonifi-
bilidade, com vínculos familiares fragilizados ou cações e incentivos profissionais oferecidos pelo
rompidos. empregador, em igualdade de oportunidades com
Art. 32 Nos programas habitacionais, públicos ou os demais empregados.
subsidiados com recursos públicos, a pessoa com § 5º É garantida aos trabalhadores com deficiência
deficiência ou o seu responsável goza de priorida- acessibilidade em cursos de formação e de capacitação.
de na aquisição de imóvel para moradia própria, Art. 35 É finalidade primordial das políticas públi-
observado o seguinte: cas de trabalho e emprego promover e garantir
I - reserva de, no mínimo, 3% (três por cento) das condições de acesso e de permanência da pessoa
unidades habitacionais para pessoa com deficiência; com deficiência no campo de trabalho.
II - (VETADO); Parágrafo único. Os programas de estímulo ao
III - em caso de edificação multifamiliar, garantia empreendedorismo e ao trabalho autônomo, incluídos
o cooperativismo e o associativismo, devem prever a
9
de acessibilidade nas áreas de uso comum e nas
-3
unidades habitacionais no piso térreo e de acessibi- participação da pessoa com deficiência e a disponibili-
40
lidade ou de adaptação razoável nos demais pisos; zação de linhas de crédito, quando necessárias.
IV - disponibilização de equipamentos urbanos .5
33
comunitários acessíveis; Do Direito à Assistência Social
.6
§ 1º O direito à prioridade, previsto no caput deste templado nos arts. 39 e 40, além de fazer parte do rol
dos direitos sociais previstos no art. 6º da Constituição
os
os rendimentos da pessoa com deficiência ou de sua dência social. Por assistência social entende-se o con-
id
§ 3º Caso não haja pessoa com deficiência interes- gratuita a ser prestada a quem dela necessitar.
ic
sada nas unidades habitacionais reservadas por São seus objetivos: habilitar e reabilitar as pessoas
N
força do disposto no inciso I do caput deste artigo, com deficiência; reintegrá-las à vida comunitária;
io
as unidades não utilizadas serão disponibilizadas garantir um benefício mensal àqueles que não têm
ric
ções federal, estaduais, distrital e municipais, com têm como objetivo a garantia da segurança de ren-
ênfase nos dispositivos sobre acessibilidade. da, da acolhida, da habilitação e da reabilitação, do
desenvolvimento da autonomia e da convivência
Do Direito ao Trabalho familiar e comunitária, para a promoção do acesso
a direitos e da plena participação social.
§ 1º A assistência social à pessoa com deficiên-
O direito ao trabalho, disciplinado nos arts. 34
cia, nos termos do caput deste artigo, deve envol-
e 35, tem, como característica, o fato de ser incluso.
ver conjunto articulado de serviços do âmbito
Como consequência, permite-se que a pessoa com da Proteção Social Básica e da Proteção Social
deficiência tenha efetiva liberdade de escolha quanto Especial, ofertados pelo Suas, para a garantia de
à profissão ou ao trabalho que deseja desempenhar. seguranças fundamentais no enfrentamento de situa-
ções de vulnerabilidade e de risco, por fragilização de
vínculos e ameaça ou violação de direitos. 445
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§ 2º Os serviços socioassistenciais destina- lazer, culturais e artísticas, inclusive no sistema esco-
dos à pessoa com deficiência em situação de lar, em igualdade de condições com as demais pessoas.
dependência deverão contar com cuidadores Art. 44 Nos teatros, cinemas, auditórios, estádios,
sociais para prestar-lhe cuidados básicos e ginásios de esporte, locais de espetáculos e de con-
instrumentais. ferências e similares, serão reservados espaços
Art. 40 É assegurado à pessoa com deficiência que livres e assentos para a pessoa com deficiência, de
não possua meios para prover sua subsistência acordo com a capacidade de lotação da edificação,
nem de tê-la provida por sua família o benefício observado o disposto em regulamento.
mensal de 1 (um) salário-mínimo, nos termos da § 1º Os espaços e assentos a que se refere este arti-
Lei nº 8.742, de 7 de dezembro de 1993. go devem ser distribuídos pelo recinto em locais
diversos, de boa visibilidade, em todos os setores,
Do Direito à Previdência Social próximos aos corredores, devidamente sinalizados,
evitando-se áreas segregadas de público e obstru-
O direito à previdência social, também integrante ção das saídas, em conformidade com as normas
do subsistema da Seguridade Social, encontra-se previs- de acessibilidade.
§ 2º No caso de não haver comprovada procura
to no art. 41. Trata de garantir à pessoa com deficiência
pelos assentos reservados, esses podem, excepcio-
segurada do Regime Geral de Previdência Social (RGPS) nalmente, ser ocupados por pessoas sem deficiência
o direito à aposentadoria nos termos da Lei Comple- ou que não tenham mobilidade reduzida, observa-
mentar nº 142 de 8 de maio de 2013 — redução de até do o disposto em regulamento.
10 (dez) anos de contribuição, conforme o grau da defi- § 3º Os espaços e assentos a que se refere este arti-
ciência aferido em avaliação médica e social. go devem situar-se em locais que garantam a aco-
modação de, no mínimo, 1 (um) acompanhante da
Art. 41 A pessoa com deficiência segurada do Regi- pessoa com deficiência ou com mobilidade reduzi-
me Geral de Previdência Social (RGPS) tem direito à da, resguardado o direito de se acomodar proxima-
aposentadoria nos termos da Lei Complementar nº mente a grupo familiar e comunitário.
142, de 8 de maio de 2013. § 4º Nos locais referidos no caput deste artigo,
deve haver, obrigatoriamente, rotas de fuga e saí-
Do Direito à Cultura, ao Esporte, ao Turismo e ao das de emergência acessíveis, conforme padrões
Lazer das normas de acessibilidade, a fim de permitir
a saída segura da pessoa com deficiência ou com
O direito à cultura, ao esporte, ao turismo e ao mobilidade reduzida, em caso de emergência.
§ 5º Todos os espaços das edificações previstas no
lazer está estabelecido nos arts. 42 ao 45, tendo, como
caput deste artigo devem atender às normas de
um de seus principais objetivos, a promoção isonômi- acessibilidade em vigor.
ca à inclusão e participação da pessoa com deficiência § 6º As salas de cinema devem oferecer, em todas
na vida em sociedade em todos os seus aspectos.
9
as sessões, recursos de acessibilidade para a pessoa
-3
Ressalta-se que é proibida a cobrança de valor com deficiência.
40
maior pelo ingresso de pessoas com deficiência. § 7º O valor do ingresso da pessoa com deficiên-
.5
cia não poderá ser superior ao valor cobrado das
33
Art. 42 A pessoa com deficiência tem direito à cul- demais pessoas.
.6
tura, ao esporte, ao turismo e ao lazer em igualdade Art. 45 Os hotéis, pousadas e similares devem ser
00
outras atividades culturais e desportivas em for- ponibilizar, pelo menos, 10% (dez por cento) de
Sa
barreiras para a promoção do acesso a todo patri- vida da pessoa com deficiência.
mônio cultural, observadas as normas de acessi-
bilidade, ambientais e de proteção do patrimônio Art. 46 O direito ao transporte e à mobilidade da
histórico e artístico nacional. pessoa com deficiência ou com mobilidade reduzi-
Art. 43 O poder público deve promover a participa- da será assegurado em igualdade de oportunidades
ção da pessoa com deficiência em atividades artísti- com as demais pessoas, por meio de identificação
cas, intelectuais, culturais, esportivas e recreativas, e de eliminação de todos os obstáculos e barreiras
com vistas ao seu protagonismo, devendo: ao seu acesso.
I - incentivar a provisão de instrução, de treinamen- § 1º Para fins de acessibilidade aos serviços de
to e de recursos adequados, em igualdade de opor- transporte coletivo terrestre, aquaviário e aéreo,
tunidades com as demais pessoas; em todas as jurisdições, consideram-se como inte-
II - assegurar acessibilidade nos locais de eventos grantes desses serviços os veículos, os terminais, as
e nos serviços prestados por pessoa ou entidade estações, os pontos de parada, o sistema viário e a
envolvida na organização das atividades de que prestação do serviço.
trata este artigo; e § 2º São sujeitas ao cumprimento das disposições des-
III - assegurar a participação da pessoa com deficiên- ta Lei, sempre que houver interação com a matéria
446 cia em jogos e atividades recreativas, esportivas, de nela regulada, a outorga, a concessão, a permissão, a
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título, a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.
autorização, a renovação ou a habilitação de linhas e Parágrafo único. O veículo adaptado deverá ter, no
de serviços de transporte coletivo. mínimo, câmbio automático, direção hidráulica,
§ 3º Para colocação do símbolo internacional de vidros elétricos e comandos manuais de freio e de
acesso nos veículos, as empresas de transporte embreagem.
coletivo de passageiros dependem da certificação
de acessibilidade emitida pelo gestor público res- Da Acessibilidade
ponsável pela prestação do serviço.
Art. 47 Em todas as áreas de estacionamento aberto O direito à acessibilidade encontra-se previsto
ao público, de uso público ou privado de uso coletivo nos arts. 53 ao 62. Seu objetivo é conceder igualdade
e em vias públicas, devem ser reservadas vagas pró- de condições e acesso, liberdade, autonomia e inde-
ximas aos acessos de circulação de pedestres, devi- pendência às pessoas com deficiência, competindo ao
damente sinalizadas, para veículos que transportem Poder Público amoldar e adaptar todas as suas esfe-
pessoa com deficiência com comprometimento de ras com o objetivo de garantir tratamento igualitário
mobilidade, desde que devidamente identificados. a todas as pessoas, de modo a eliminar as possíveis
§ 1º As vagas a que se refere o caput deste artigo barreiras impostas a elas.
devem equivaler a 2% (dois por cento) do total, garan-
tida, no mínimo, 1 (uma) vaga devidamente sinalizada
Art. 53 A acessibilidade é direito que garante à pes-
e com as especificações de desenho e traçado de acordo soa com deficiência ou com mobilidade reduzida
com as normas técnicas vigentes de acessibilidade. viver de forma independente e exercer seus direitos
§ 2º Os veículos estacionados nas vagas reservadas de cidadania e de participação social.
devem exibir, em local de ampla visibilidade, a cre- Art. 54 São sujeitas ao cumprimento das dispo-
dencial de beneficiário, a ser confeccionada e for- sições desta Lei e de outras normas relativas à
necida pelos órgãos de trânsito, que disciplinarão acessibilidade, sempre que houver interação com a
suas características e condições de uso. matéria nela regulada:
§ 3º A utilização indevida das vagas de que trata este I - a aprovação de projeto arquitetônico e urbanís-
artigo sujeita os infratores às sanções previstas no tico ou de comunicação e informação, a fabricação
inciso XX do art. 181 da Lei nº 9.503, de 23 de setem- de veículos de transporte coletivo, a prestação do
bro de 1997 (Código de Trânsito Brasileiro) . respectivo serviço e a execução de qualquer tipo de
§ 4º A credencial a que se refere o § 2º deste artigo é obra, quando tenham destinação pública ou coletiva;
vinculada à pessoa com deficiência que possui com- II - a outorga ou a renovação de concessão, permissão,
prometimento de mobilidade e é válida em todo o autorização ou habilitação de qualquer natureza;
território nacional. III - a aprovação de financiamento de projeto com
Art. 48 Os veículos de transporte coletivo terrestre, utilização de recursos públicos, por meio de renún-
aquaviário e aéreo, as instalações, as estações, os cia ou de incentivo fiscal, contrato, convênio ou ins-
portos e os terminais em operação no País devem trumento congênere; e
9
-3
ser acessíveis, de forma a garantir o seu uso por IV - a concessão de aval da União para obtenção de
40
todas as pessoas. empréstimo e de financiamento internacionais por
entes públicos ou privados.
.5
§ 1º Os veículos e as estruturas de que trata o caput 33
deste artigo devem dispor de sistema de comunica- Art. 55 A concepção e a implantação de projetos
que tratem do meio físico, de transporte, de infor-
.6
desembarque nos veículos de transporte coletivo, de público, de uso público ou privado de uso coleti-
nt
acordo com as normas técnicas. vo, tanto na zona urbana como na rural, devem
Sa
Art. 50 O poder público incentivará a fabricação de veí- profissional e tecnológica e do ensino superior e na
M
culos acessíveis e a sua utilização como táxis e vans, formação das carreiras de Estado.
de forma a garantir o seu uso por todas as pessoas. § 4º Os programas, os projetos e as linhas de pes-
Art. 51 As frotas de empresas de táxi devem reser- quisa a serem desenvolvidos com o apoio de orga-
var 10% (dez por cento) de seus veículos acessíveis
ÉTICA E DIVERSIDADE
9
bilidade das pessoas, durante e após sua execução. Art. 66 Cabe ao poder público incentivar a oferta de
-3
Art. 60 Orientam-se, no que couber, pelas regras de aparelhos de telefonia fixa e móvel celular com aces-
40
acessibilidade previstas em legislação e em normas sibilidade que, entre outras tecnologias assistivas,
técnicas, observado o disposto na Lei nº 10.098, de .5
possuam possibilidade de indicação e de ampliação
33
19 de dezembro de 2000 , nº 10.257, de 10 de julho sonoras de todas as operações e funções disponíveis.
.6
I - os planos diretores municipais, os planos dire- gens devem permitir o uso dos seguintes recursos,
-0
II - os códigos de obras, os códigos de postura, as leis Art. 68 O poder público deve adotar mecanis-
os
de uso e ocupação do solo e as leis do sistema viário; mos de incentivo à produção, à edição, à difusão,
III - os estudos prévios de impacto de vizinhança;
id
ção e à comunicação.
cionamento para qualquer atividade são condicio- § 1º Nos editais de compras de livros, inclusive
au
9
lação de seções eleitorais exclusivas para a pessoa
-3
auxílio à pesquisa devem contemplar temas volta-
com deficiência;
40
dos à tecnologia assistiva.
II - incentivo à pessoa com deficiência a candidatar-
Art. 73 Caberá ao poder público, diretamente ou em
.5
-se e a desempenhar quaisquer funções públicas em
33
parceria com organizações da sociedade civil, promo-
todos os níveis de governo, inclusive por meio do uso
ver a capacitação de tradutores e intérpretes da Libras,
.6
Os arts. 74 e 75 referem-se à tecnologia assistiva, para tanto, sempre que necessário e a seu pedido,
conceituando-a como qualquer forma de apoio neces-
os
pessoa com deficiência. Cabe ao Poder Público a res- § 2º O poder público promoverá a participação da
ol
ponsabilidade de desenvolver um plano específico de pessoa com deficiência, inclusive quando institucio-
ic
medidas, a ser renovado no período de quatro anos, nalizada, na condução das questões públicas, sem
N
Art. 74 É garantido à pessoa com deficiência acesso em atividades e administração de partidos políticos;
a produtos, recursos, estratégias, práticas, proces- II - formação de organizações para representar a
sos, métodos e serviços de tecnologia assistiva que pessoa com deficiência em todos os níveis;
III - participação da pessoa com deficiência em
ÉTICA E DIVERSIDADE
ART.88 – CONDUTAS
constam disposições acerca do direito de acesso à
Justiça, o reconhecimento igualitário perante a lei e
a tipificação de determinadas condutas, como crimes Indireta : induzir
ou infrações. No que tange ao acesso à Justiça, compe-
te ao Poder Público realizar as adaptações e propor-
cionar os recursos de tecnologia assistiva necessários Indireta : instigar
para a plena participação da pessoa com deficiência
no âmbito do Poder Judiciário.
Quanto ao reconhecimento igualitário perante a Outro ponto importante neste dispositivo é rela-
lei, é reflexo do que já encontra disciplinado na Cons- tivo ao conceito de discriminar. Entende-se como
tituição Federal. Por conseguinte, a Lei nº 13.146, de discriminação toda distinção, exclusão ou restrição
2015, visa garantir à pessoa com deficiência o pleno baseada na deficiência, objetivando impedir ou obs-
exercício de suas capacidades. tar o exercício pleno de direitos.
9
comunicação social ou de publicação de qual-
-3
z Pena de detenção é aplicada a condenações mais quer natureza:
40
leves, uma vez que o regime inicial de cumprimento Pena – reclusão, de 2 (dois) a 5 (cinco) anos, e multa.
será o semiaberto. A detenção admite os regimes de .5
33
cumprimento semiaberto e aberto, não admitindo o O parágrafo segundo é uma qualificadora do cri-
.6
Art. 88 Praticar, induzir ou incitar discrimina- de, chegando ao conhecimento de um número maior
Sa
O crime do art. 88 pode ser praticado de três preceito secundário) em razão de novas elementares
ol
tuosa: aqui, o agente age de modo a discriminar a se para que a pena possa ser aumentada.
au
9
deficiência menor de 18 (dezoito) anos, a pena é
-3
Art. 89 [...] agravada em 1/3 (um terço).
40
Parágrafo único. Aumenta-se a pena em 1/3 (um § 2º A pena pela adoção deliberada de critérios
terço) se o crime é cometido: .5
33
subjetivos para indeferimento de inscrição, de
I – por tutor, curador, síndico, liquidatário, inven-
.6
(um terço).
Art. 90 Abandonar pessoa com deficiência em
N
Pena – reclusão, de 6 (seis) meses a 3 (três) anos, e so I a conduta de cobrar valores adicionais por parte
au
Parágrafo único. Na mesma pena incorre quem não mensalidades diferenciadas para alunos autistas
prover as necessidades básicas de pessoa com defi- (com valores a mais). O inciso II se refere à discrimi-
ciência quando obrigado por lei ou mandado. nação com relação a emprego, trabalho ou promoção.
ÉTICA E DIVERSIDADE
9
do redução efetiva da mobilidade, da flexibilidade, da
-3
z Barreiras: qualquer entrave, obstáculo, atitude ou
coordenação motora ou da percepção, incluindo idoso,
40
comportamento que limite ou impeça a participa-
gestante, lactante, pessoa com criança de colo e obeso
ção social da pessoa, bem como o gozo, a fruição
.5
33
e o exercício de seus direitos à acessibilidade, à ACOMPANHANTE
.6
liberdade de movimento e de expressão, à comu- Aquele que acompanha a pessoa com deficiência, po-
00
do Art. 2º).
nt
inciso II do art. 2º, a Lei subdivide barreiras em: lidade reduzida, a dificuldade de movimentação
id
z Barreiras urbanísticas: as existentes nas vias e ma incluídos idosos, gestantes, lactantes, pessoas com
ic
Quaisquer componentes de obras de urbanização, tais como Como mencionado, voltamos a falar dos elemen-
os referentes a pavimentação, saneamento, encanamento
tos da urbanização, afinal, no interesse de seu ideal, a
para esgotos, distribuição de energia elétrica e de gás, ilumi-
Lei de promoção da acessibilidade das pessoas porta-
nação pública, serviços de comunicação, abastecimento e
distribuição de água, paisagismo e os que materializam as doras de deficiência ou com mobilidade reduzida, já
indicações do planejamento urbanístico em seu art. 1º, vem expor seu papel, que é estabelecer
as normas gerais e critérios básicos a fim de suprimir
IMOBILIÁRIO URBANO
barreiras e obstáculos, dentre outros, em vias, espaços
Conjunto de objetos existentes nas vias e nos espaços pú- públicos e mobiliário urbano.
blicos, superpostos ou adicionados aos elementos de urba- A Lei define que o planejamento e a urbanização
nização ou de edificação, de forma que sua modificação ou das vias públicas, de parques e dos demais espaços de
seu traslado não provoque alterações substanciais nesses uso público, deverão ser concebidos e executados de
elementos, tais como semáforos, postes de sinalização,
forma a torná-los acessíveis para todas as pessoas,
pontos de acesso coletivo, fontes de água, lixeiras, toldos,
inclusive para aquelas com deficiência ou com mobi-
marquises, bancos etc.
lidade reduzida.
TECNOLOGIA ASSISTIVA OU AJUDA TÉCNICA Observe o que afirma o art. 3º:
Produtos, equipamentos, dispositivos, recursos, meto-
dologias, estratégias, práticas e serviços que objetivem Art. 3º O planejamento e a urbanização das vias
promover a funcionalidade, relacionada à atividade e à par- públicas, dos parques e dos demais espaços de
ticipação da pessoa com deficiência ou com mobilidade uso público deverão ser concebidos e executados
reduzida, visando à sua autonomia, independência, quali- de forma a torná-los acessíveis para todas as pes-
dade de vida e inclusão social soas, inclusive para aquelas com deficiência ou com
mobilidade reduzida.
Observem as diferenças entre elementos de urba- Parágrafo único. O passeio público, elemento obri-
gatório de urbanização e parte da via pública, nor-
nização e imobiliário urbano que o art. 2º, em seus
malmente segregado e em nível diferente, destina-se
incisos VII e VIII, apresenta. Inclusive, mais adiante,
somente à circulação de pedestres e, quando possível,
voltaremos a falar desses dois tópicos, pois a Lei de
à implantação de mobiliário urbano e de vegetação.
Promoção da Acessibilidade das pessoas portadoras
de deficiência ou com mobilidade reduzida irá deta-
O art. 4º dispõe que as vias públicas, os parques e os
lhar mais alguns pontos sobre eles.
demais espaços de uso público existentes, assim como
Art. 2º Para os fins desta Lei são estabelecidas as as respectivas instalações de serviços e mobiliários
9
-3
seguintes definições: [...] urbanos deverão ser adaptados, visando a maior efi-
40
VI - elemento de urbanização: quaisquer componen- ciência das modificações, no sentido de promover mais
.5
tes de obras de urbanização, tais como os referentes a ampla acessibilidade às pessoas portadoras de deficiên-
33
pavimentação, saneamento, encanamento para esgo- cia ou com mobilidade reduzida.
.6
tos, distribuição de energia elétrica e de gás, ilumina- O parágrafo único desse artigo coloca que no míni-
00
ção pública, serviços de comunicação, abastecimento mo 5% (cinco por cento) de cada brinquedo e equipa-
-0
e distribuição de água, paisagismo e os que materiali- mento de lazer existentes nas vias públicas, parques e os
zam as indicações do planejamento urbanístico;
os
ses elementos, tais como semáforos, postes de sina- pelas normas técnicas de acessibilidade da Associa-
ol
lização e similares, terminais e pontos de acesso ção Brasileira de Normas Técnicas (ABNT) o projeto
ic
coletivo às telecomunicações, fontes de água, lixei- e o traçado dos elementos de urbanização públicos e
N
ras, toldos, marquises, bancos, quiosques e quais- privados de uso comunitário, neles compreendidos:
io
independência, qualidade de vida e inclusão social; parques, praças, jardins e espaços livres públicos.
IX - comunicação: forma de interação dos cida-
dãos que abrange, entre outras opções, as línguas, O § 1º do art. 6º dispõe, ainda, que eventos organi-
inclusive a Língua Brasileira de Sinais (Libras), a zados em espaços públicos e privados em que haja
visualização de textos, o Braille, o sistema de instalação de banheiros químicos, deverão contar com
sinalização ou de comunicação tátil, os carac- unidades acessíveis a pessoas com deficiência ou com
teres ampliados, os dispositivos multimídia,
mobilidade reduzida, sendo o número mínimo corres-
assim como a linguagem simples, escrita e oral;
X - desenho universal: concepção de produtos,
pondente a 10% do total, garantindo-se pelo menos
ambientes, programas e serviços a serem usa- 1 unidade acessível caso a aplicação do percentual
dos por todas as pessoas, sem necessidade de resulte em fração inferior a 1.
adaptação ou de projeto específico, incluindo os
recursos de tecnologia assistiva. 453
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título, a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.
Art. 6º [...] ACESSIBILIDADE NOS EDIFÍCIOS PÚBLICOS OU DE
§ 1º Os eventos organizados em espaços públicos USO COLETIVO
e privados em que haja instalação de banheiros
químicos deverão contar com unidades acessí- A Lei de promoção da acessibilidade, em seu art.
veis a pessoas com deficiência ou com mobilidade 11, estatui que a construção, ampliação ou reforma
reduzida. de edifícios públicos ou privados destinados ao
§ 2º O número mínimo de banheiros químicos aces-
uso coletivo deverão ser executadas de modo que
síveis corresponderá a 10% (dez por cento) do total,
sejam ou se tornem acessíveis às pessoas porta-
garantindo-se pelo menos 1 (uma) unidade acessí-
doras de deficiência ou com mobilidade reduzida,
vel caso a aplicação do percentual resulte em fra-
ção inferior a 1 (um). definindo, para essa finalidade, os seguintes requisi-
tos mínimos (§ único do art. 11):
Evidentemente, em todas as áreas de estaciona-
I - Nas áreas externas ou internas da edificação,
mento de veículos, localizadas em vias ou em espa-
destinadas a garagem e a estacionamento de uso
ços públicos, deverão ser reservadas vagas próximas
público, deverão ser reservadas vagas próximas
dos acessos de circulação de pedestres, devidamen-
dos acessos de circulação de pedestres, devidamen-
te sinalizadas, para veículos que transportem te sinalizadas, para veículos que transportem pes-
pessoas portadoras de deficiência com dificuldade de soas portadoras de deficiência com dificuldade de
locomoção, conforme disposição do art. 7º. De acor- locomoção permanente;
do com seu parágrafo único, essas vagas deverão ser II - Pelo menos um dos acessos ao interior da edi-
em número equivalente a dois por cento do total, ficação deverá estar livre de barreiras arquitetôni-
garantida, no mínimo, uma vaga, devidamente cas e de obstáculos que impeçam ou dificultem a
sinalizada e com as especificações técnicas de desenho acessibilidade de pessoa portadora de deficiência
e traçado de acordo com as normas técnicas vigentes. ou com mobilidade reduzida;
III - Pelo menos um dos itinerários que comuniquem
DESENHO E LOCALIZAÇÃO DO MOBILIÁRIO horizontal e verticalmente todas as dependências e
URBANO serviços do edifício, entre si e com o exterior, deverá
cumprir os requisitos de acessibilidade de que trata
Veremos aqui mais sobre o mobiliário urbano, que esta Lei;
remete ao conjunto de objetos existentes nas vias e IV - Os edifícios deverão dispor, pelo menos, de um
banheiro acessível, distribuindo-se seus equipa-
nos espaços públicos, superpostos ou adicionados
mentos e acessórios de maneira que possam ser
aos elementos de urbanização ou de edificação,
utilizados por pessoa portadora de deficiência ou
conforme o inciso VII do art. 2º da Lei de promoção
com mobilidade reduzida.
9
da acessibilidade.
-3
40
Dentre esse conjunto de objetos, segundo seu art.
A lei dispõe também, em seus arts. 12 e 12-A, sobre
.5
8º, estão sinais de tráfego, semáforos, postes de ilu-
a reserva para pessoas que utilizam cadeira de rodas,
33
minação e quaisquer outros elementos verticais de
e de lugares específicos para pessoas com deficiência
.6
9
edifícios atender aos requisitos de acessibilidade.
-3
O Poder Público também promoverá, de acordo
40
ACESSIBILIDADE NOS SISTEMAS DE com o art. 24, campanhas informativas e educati-
COMUNICAÇÃO E SINALIZAÇÃO .5
vas dirigidas à população em geral, com a finalidade de
33
conscientizá-la e sensibilizá-la quanto à acessibilidade
.6
A fim de para garantir o direito de acesso à infor- e à integração social da pessoa portadora de deficiência
00
Art. 17 O Poder Público promoverá a eliminação A Lei nº 10.048, de 2000 completará 21 anos em
ic
nismos e alternativas técnicas que tornem acessí- atendimento às pessoas com deficiência e, durante
io
veis os sistemas de comunicação e sinalização às esse tempo, já sofreu algumas alterações. A mais sig-
ric
pessoas portadoras de deficiência sensorial e com nificativa foi promovida pelo Estatuto da Pessoa com
au
direito de acesso à informação, à comunicação, ao Você pode se perguntar: quem terá prioridade de
trabalho, à educação, ao transporte, à cultura, ao atendimento? A resposta está no art. 1º da Lei. Acom-
esporte e ao lazer. panhe a seguir:
ÉTICA E DIVERSIDADE
Segundo o art. 28, o Poder Público também respon- z Pessoas com deficiência;
sável por implementar a formação de profissionais z Idosos com idade igual ou superior a 60 anos;
intérpretes de escrita em braile, linguagem de sinais z Gestantes;
e de guias-intérpretes, para facilitar qualquer tipo de z Lactantes;
comunicação direta à pessoa portadora de deficiência z Pessoas com crianças de colo;
sensorial e com dificuldade de comunicação. z Obesos.
INFRATOR SANÇÕES
Servidor ou chefia responsá- Penalidades previstas na le-
vel pela repartição pública gislação específica
Multa de R$ 500,00 a R$
2.500,00, por veículos sem as
Empresas concessionárias de
condições de assentos iden-
serviço público
tificados e que não sigam as
normas para construção
9
DE 2000
-3
40
A proteção aos direitos das pessoas com deficiência
.5
33
é recente. Na realidade, a preocupação da sociedade
.6
colo.
ic
9
ou total, de quarenta e um decibéis (dB) ou mais,
-3
como convênio, acordo, ajuste, contrato ou similar; e
aferida por audiograma nas freqüências de 500Hz,
40
IV - a concessão de aval da União na obtenção de
empréstimos e financiamentos internacionais por 1.000Hz, 2.000Hz e 3.000Hz;
.5
c) deficiência visual: cegueira, na qual a acuidade
33
entes públicos ou privados.
visual é igual ou menor que 0,05 no melhor olho,
.6
Cumpre esclarecer que, nos casos em que o decreto com a melhor correção óptica; a baixa visão, que
00
deve ser aplicado, mas deixa de ser, a norma traz a tri- significa acuidade visual entre 0,3 e 0,05 no melhor
-0
pla responsabilização: administrativa, penal e civil. olho, com a melhor correção óptica; os casos nos
os
tais como:
cia, dos Conselhos Estaduais, Municipais e Distritais e
io
1. comunicação;
das organizações representativas de pessoas com defi-
ric
2. cuidado pessoal;
ciência acompanharem e sugerirem medidas para o 3. habilidades sociais;
au
9
tado por guias-intérpretes ou pessoas capacitadas
de as pessoas se comunicarem ou terem acesso à
-3
neste tipo de atendimento;
informação, classificadas em:
40
IV - pessoal capacitado para prestar atendimento
a) barreiras urbanísticas: as existentes nas vias
às pessoas com deficiência visual, mental e múlti-
.5
públicas e nos espaços de uso público;
33
pla, bem como às pessoas idosas;
b) barreiras nas edificações: as existentes no entor-
.6
viços de transportes; e
VII - divulgação, em lugar visível, do direito de aten-
Sa
-guia ou cão-guia de acompanhamento junto de por intermédio dos dispositivos, meios ou sistemas
ol
pessoa portadora de deficiência ou de treinador de comunicação, sejam ou não de massa, bem como
ic
nos locais dispostos no caput do art. 5º, bem como aqueles que dificultem ou impossibilitem o acesso à
N
uso coletivo, mediante apresentação da carteira de III - elemento da urbanização: qualquer com-
ric
para as pessoas referidas no art. 5º. ção de energia elétrica, iluminação pública, abas-
tecimento e distribuição de água, paisagismo e os
que materializam as indicações do planejamento
Já o atendimento imediato é aquele prestado
urbanístico;
antes de qualquer outra pessoa, depois de concluído
IV - mobiliário urbano: o conjunto de objetos
o atendimento que estiver em andamento, observan-
existentes nas vias e espaços públicos, superpos-
do, ainda, o estabelecido pelo Estatuto do Idoso. Neste
tos ou adicionados aos elementos da urbanização
ponto, cumpre esclarecer que os serviços de emergên- ou da edificação, de forma que sua modificação
cia relativos aos atendimentos à saúde, a prioridade ou traslado não provoque alterações substanciais
fica condicionada à avaliação médica, em face da gra- nestes elementos, tais como semáforos, postes de
vidade de outros casos a atender. sinalização e similares, telefones e cabines telefô-
Ainda com relação ao atendimento prioritário, o nicas, fontes públicas, lixeiras, toldos, marquises,
decreto estabelece a obrigação de os órgãos, as empre- quiosques e quaisquer outros de natureza análoga;
sas e as instituições financeiras possuírem, ao menos, V - ajuda técnica: os produtos, instrumentos, equi-
um telefone de atendimento adaptado para comu- pamentos ou tecnologia adaptados ou especialmen-
nicação com e por pessoas com deficiência auditiva. te projetados para melhorar a funcionalidade da
458 Veja os dispositivos: pessoa portadora de deficiência ou com mobilidade
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reduzida, favorecendo a autonomia pessoal, total Art. 11 A construção, reforma ou ampliação de edi-
ou assistida; ficações de uso público ou coletivo, ou a mudança
VI - edificações de uso público: aquelas admi- de destinação para estes tipos de edificação, deve-
nistradas por entidades da administração pública, rão ser executadas de modo que sejam ou se tor-
direta e indireta, ou por empresas prestadoras de nem acessíveis à pessoa portadora de deficiência ou
serviços públicos e destinadas ao público em geral; com mobilidade reduzida.
VII - edificações de uso coletivo: aquelas destina- § 1º As entidades de fiscalização profissional das
das às atividades de natureza comercial, hoteleira, atividades de Engenharia, Arquitetura e correlatas,
cultural, esportiva, financeira, turística, recreativa, ao anotarem a responsabilidade técnica dos proje-
social, religiosa, educacional, industrial e de saúde, tos, exigirão a responsabilidade profissional decla-
inclusive as edificações de prestação de serviços de rada do atendimento às regras de acessibilidade
previstas nas normas técnicas de acessibilidade da
atividades da mesma natureza;
ABNT, na legislação específica e neste Decreto.
VIII - edificações de uso privado: aquelas des-
§ 2º Para a aprovação ou licenciamento ou emissão
tinadas à habitação, que podem ser classificadas
de certificado de conclusão de projeto arquitetônico
como unifamiliar ou multifamiliar; e
ou urbanístico deverá ser atestado o atendimento
IX - desenho universal: concepção de espaços, arte- às regras de acessibilidade previstas nas normas
fatos e produtos que visam atender simultaneamen- técnicas de acessibilidade da ABNT, na legislação
te todas as pessoas, com diferentes características específica e neste Decreto.
antropométricas e sensoriais, de forma autônoma, § 3º O Poder Público, após certificar a acessibili-
segura e confortável, constituindo-se nos elementos dade de edificação ou serviço, determinará a colo-
ou soluções que compõem a acessibilidade. cação, em espaços ou locais de ampla visibilidade,
Art. 9º A formulação, implementação e manu- do “Símbolo Internacional de Acesso”, na forma
tenção das ações de acessibilidade atenderão às prevista nas normas técnicas de acessibilidade da
seguintes premissas básicas: ABNT e na Lei nº 7.405, de 12 de novembro de 1985.
I - a priorização das necessidades, a programação
em cronograma e a reserva de recursos para a O art. 12 estabelece a obrigação do Poder Público e
implantação das ações; e das empresas concessionárias responsáveis pela exe-
II - o planejamento, de forma continuada e articula- cução das obras e dos serviços públicos de, na hipó-
da, entre os setores envolvidos. tese de qualquer intervenção nas vias e logradouros
públicos, garantir o livre trânsito e a circulação, de
Da Implementação da Acessibilidade Arquitetônica e forma segura, das pessoas, em especial das pessoas
Urbanística com deficiência ou com mobilidade reduzida, tanto
durante como após a sua execução.
9
O Capítulo IV trata da implementação da acessi-
-3
bilidade arquitetônica e urbanística. Esta parte é Art. 12 Em qualquer intervenção nas vias e logra-
40
subdivida em quatro seções. douros públicos, o Poder Público e as empresas
A Seção I, que compreende os arts. 10 a 13, cuida .5
concessionárias responsáveis pela execução das
33
das condições gerais para a concepção e a implanta- obras e dos serviços garantirão o livre trânsito e a
.6
Art. 10 A concepção e a implantação dos projetos nas normas técnicas brasileiras de acessibilidade
ol
rências básicas as normas técnicas de acessibili- Art. 13 Orientam-se, no que couber, pelas regras
io
dade da ABNT, a legislação específica e as regras previstas nas normas técnicas brasileiras de aces-
ric
§ 1º Caberá ao Poder Público promover a inclu- disposto na Lei no 10.257, de 10 de julho de 2001,
M
9
-3
pedestres ou a adaptação de situações consolidadas; devem ser equipados com mecanismo que sirva de
40
II - o rebaixamento de calçadas com rampa aces- guia ou orientação para a travessia de pessoa com
.5
sível ou elevação da via para travessia de pedestre deficiência visual ou com mobilidade reduzida, nos
33
em nível; e locais onde a intensidade do fluxo de veículos, de
.6
III - a instalação de piso tátil direcional e de alerta. pessoas ou onde a periculosidade na via assim deter-
00
§ 2º Nos casos de adaptação de bens culturais imó- minar. Salienta-se que é possível a instalação do equi-
-0
veis e de intervenção para regularização urbanís- pamento em outros locais por meio de solicitação dos
tica em áreas de assentamentos subnormais, será interessados. Nos termos:
os
menor que o estabelecido nas normas técnicas cita- Art. 17 Os semáforos para pedestres instalados nas
Sa
das no caput, desde que haja justificativa baseada vias públicas deverão estar equipados com meca-
os
em estudo técnico e que o acesso seja viabilizado de nismo que sirva de guia ou orientação para a tra-
outra forma, garantida a melhor técnica possível.
id
O art. 16 trata das características que devem ter a intensidade do fluxo de veículos, de pessoas ou
ic
N
o desenho e a instalação do mobiliário urbano, que a periculosidade na via assim determinarem, bem
io
precisam garantir tanto a aproximação segura como como mediante solicitação dos interessados.
ric
9
onde haja banheiros destinados ao uso público, os
ampliação ou reforma, que deverão ser transpostos
-3
sanitários preparados para o uso por pessoa por-
40
por meio de rampa ou equipamento eletromecânico tadora de deficiência ou com mobilidade reduzida
.5
de deslocamento vertical, salvo se houver outro aces- deverão estar localizados nos pavimentos acessí-
33
so mais cômodo para pessoa com deficiência ou mobi- veis, ter entrada independente dos demais sanitá-
.6
acessibilidade da ABNT.
-0
transpostos por meio de rampa ou equipamento ciência ou com mobilidade reduzida nos teatros, cine-
Sa
eletromecânico de deslocamento vertical, quando mas, auditórios, estádios, ginásios de esporte, locais de
os
mento quanto as bilheterias em locais de uso público livres para pessoas em cadeira de rodas e assentos
au
ou coletivo e as urnas das seções eleitorais devem dis- para pessoas com deficiência ou com mobilidade
por de, pelo menos, uma parte da superfície acessí-
M
9
igualdade de condições com as demais pessoas; e
-3
sejam eles físicos ou virtuais. III - seu ordenamento interno contém normas
40
§ 2º No caso de eventos realizados em estabeleci- sobre o tratamento a ser dispensado a professo-
mentos com capacidade superior a dez mil pessoas,
.5
res, alunos, servidores e empregados portadores de
33
a reserva de assentos de que trata o caput será deficiência, com o objetivo de coibir e reprimir qual-
.6
garantida a partir do início das vendas até setenta quer tipo de discriminação, bem como as respecti-
00
e duas horas antes de cada evento, com disponibi- vas sanções pelo descumprimento dessas normas.
-0
lidade em todos os pontos de venda de ingresso, § 2º As edificações de uso público e de uso coletivo
sejam eles físicos ou virtuais. referidas no caput, já existentes, têm, respectiva-
os
§ 3º Os espaços e os assentos de que trata o caput, mente, prazo de trinta e quarenta e oito meses, a
nt
em cada setor, somente serão disponibilizados às contar da data de publicação deste Decreto, para
Sa
pessoas sem deficiência ou sem mobilidade reduzi- garantir a acessibilidade de que trata este artigo.
os
Art. 27 A instalação de novos elevadores ou sua Art. 31 Para os fins de acessibilidade aos serviços
adaptação em edificações de uso público ou de uso de transporte coletivo terrestre, aquaviário e aéreo,
coletivo, bem assim a instalação em edificação de considera-se como integrantes desses serviços os
9
-3
uso privado multifamiliar a ser construída, na qual veículos, terminais, estações, pontos de parada,
40
haja obrigatoriedade da presença de elevadores, vias principais, acessos e operação.
deve atender aos padrões das normas técnicas de
.5
33
acessibilidade da ABNT. O art. 32, por sua vez, especifica quais são os servi-
.6
são:
condições de acessibilidade nas habitações de interes- I - transporte rodoviário, classificado em urbano,
nt
urbano e metropolitano; e
id
Art. 28 Na habitação de interesse social, deverão ser III - transporte ferroviário, classificado em inter-
ol
I - definição de projetos e adoção de tipologias O art. 33 traz quais são os responsáveis pela con-
io
construtivas livres de barreiras arquitetônicas e cessão e permissão dos serviços de transporte coletivo.
ric
urbanísticas;
au
das unidades habitacionais acessíveis no piso tér- concessão e permissão dos serviços de transporte
reo e acessíveis ou adaptáveis quando nos demais coletivo são:
pisos; I - governo municipal, responsável pelo transpor-
III - execução das partes de uso comum, quando se te coletivo municipal;
ÉTICA E DIVERSIDADE
tratar de edificação multifamiliar, conforme as nor- II - governo estadual, responsável pelo transpor-
mas técnicas de acessibilidade da ABNT; e te coletivo metropolitano e intermunicipal;
IV - elaboração de especificações técnicas de pro-
III - governo do Distrito Federal, responsável pelo
jeto que facilite a instalação de elevador adaptado
transporte coletivo do Distrito Federal; e
para uso das pessoas portadoras de deficiência ou
IV - governo federal, responsável pelo transporte
com mobilidade reduzida.
coletivo interestadual e internacional.
Parágrafo único. Os agentes executores dos progra-
mas e projetos destinados à habitação de interesse
social, financiados com recursos próprios da União O art. 34 estabelece que os sistemas de transporte
ou por ela geridos, devem observar os requisitos coletivo devem ser concebidos, organizados, implan-
estabelecidos neste artigo. tados e adaptados segundo o conceito de desenho uni-
Art. 29 Ao Ministério das Cidades, no âmbito da versal, com o objetivo de garantir seu uso pleno, com
coordenação da política habitacional, compete: segurança e autonomia, por todas as pessoas. 463
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Art. 34 Os sistemas de transporte coletivo são z A Seção III traz as regras de Acessibilidade no
considerados acessíveis quando todos os seus ele- Transporte Coletivo Aquaviário e compreende
mentos são concebidos, organizados, implantados os arts. 40 e 41;
e adaptados segundo o conceito de desenho univer- z A Seção IV, que compreende os arts. 42 e 43, cui-
sal, garantindo o uso pleno com segurança e auto- da das normas de Acessibilidade no Transporte
nomia por todas as pessoas. Coletivo Metroferroviário e Ferroviário;
Parágrafo único. A infra-estrutura de transporte
z A Seção V, que trata das regras de Acessibilidade
coletivo a ser implantada a partir da publicação
no Transporte Coletivo Aéreo, é composta pelo
deste Decreto deverá ser acessível e estar disponí-
art. 44;
vel para ser operada de forma a garantir o seu uso
por pessoas portadoras de deficiência ou com mobi- z A Seção VI cuida das Disposições Finais, sendo
lidade reduzida. composta pelos arts. 45 e 46.
9
estendido por igual período.
-3
gestão dos serviços de transportes coletivos, no
§ 2º Os sítios eletrônicos acessíveis às pessoas
40
âmbito de suas competências, deverão garantir
a implantação das providências necessárias portadoras de deficiência conterão símbolo que
.5
represente a acessibilidade na rede mundial de
33
na operação, nos terminais, nas estações, nos
pontos de parada e nas vias de acesso, de for- computadores (internet), a ser adotado nas respec-
.6
Parágrafo único. As empresas concessionárias e teados pelos Governos Federal, Estadual, Municipal
os
permissionárias e as instâncias públicas responsá- ou do Distrito Federal devem possuir instalações ple-
nt
veis pela gestão dos serviços de transportes cole- namente acessíveis e, pelo menos, um computador
Sa
tivos, no âmbito de suas competências, deverão com sistema de som instalado, para uso preferencial
autorizar a colocação do “Símbolo Internacional de por pessoas portadoras de deficiência visual.
os
Acesso” após certificar a acessibilidade do sistema Art. 48 Após doze meses da edição deste Decreto,
id
Por fim, o art. 37 traz a obrigação de as empresas (internet), deverá ser observada para obtenção do
N
transportes coletivos qualificarem seus profissionais O art. 49 trata das ações que devem ser imple-
au
para que eles prestem atendimento prioritário às pes- mentadas pelas empresas prestadoras de serviços de
M
soas com deficiência ou com mobilidade reduzida. telecomunicações para garantir o pleno acesso das
pessoas com deficiência auditiva ao Serviço Telefô-
Art. 37 Cabe às empresas concessionárias e per- nico Fixo Comutado (STFC), disponível para uso do
missionárias e as instâncias públicas responsáveis público em geral e no Serviço Móvel Celular ou Servi-
pela gestão dos serviços de transportes coletivos ço Móvel Pessoal.
assegurar a qualificação dos profissionais que O art. 50 estabelece prazo de seis meses para a
trabalham nesses serviços, para que prestem aten- Agência Nacional de Telecomunicações (ANATEL)
dimento prioritário às pessoas portadoras de defi- regulamentar os procedimentos a serem observados.
ciência ou com mobilidade reduzida. Os arts. 51 e 52 se referem à necessidade de o
Poder Público incentivar a oferta de aparelhos de tele-
Os demais artigos não possuem grande relevância fonia celular que indiquem, de forma sonora, todas as
para a sua prova. Basta que você saiba: operações e funções neles disponíveis, bem como de
aparelhos de televisão equipados com recursos tecno-
z A Seção II cuida das normas de Acessibilidade no lógicos que permitam sua utilização, de modo a garan-
Transporte Coletivo Rodoviário, compreenden- tir o direito de acesso à informação pelas pessoas com
464 do os arts. 38 e 39; deficiência auditiva ou visual.
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título, a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.
Art. 51 Caberá ao Poder Público incentivar a oferta O art. 56 estabelece que o projeto de desenvolvi-
de aparelhos de telefonia celular que indiquem, de mento e implementação da televisão digital no Bra-
forma sonora, todas as operações e funções neles sil deve contemplar, obrigatoriamente, os três tipos
disponíveis no visor. de sistema de acesso à informação: circuito de deco-
Art. 52 Caberá ao Poder Público incentivar a oferta dificação de legenda oculta, recurso para Programa
de aparelhos de televisão equipados com recursos Secundário de Áudio (SAP) e entradas para fones de
tecnológicos que permitam sua utilização de modo ouvido com ou sem fio.
a garantir o direito de acesso à informação às pes- O art. 57 se refere à responsabilidade da Secretaria
soas portadoras de deficiência auditiva ou visual.
de Comunicação de Governo e Gestão Estratégica da
Parágrafo único. Incluem-se entre os recursos refe-
Presidência da República de editar, no prazo de doze
ridos no caput:
meses, a contar da data da publicação do decreto, nor-
I - circuito de decodificação de legenda oculta;
II - recurso para Programa Secundário de Áudio
mas complementares.
(SAP); e
III - entradas para fones de ouvido com ou sem fio. Art. 57 A Secretaria de Comunicação de Governo
e Gestão Estratégica da Presidência da República
editará, no prazo de doze meses a contar da data
O art. 53 traz os procedimentos a serem observa-
da publicação deste Decreto, normas complemen-
dos para implementação do plano de medidas técni- tares disciplinando a utilização dos sistemas de
cas previstas para os serviços de radiodifusão sonora acesso à informação referidos no § 2º do art. 53, na
e de sons e imagens. publicidade governamental e nos pronunciamen-
tos oficiais transmitidos por meio dos serviços de
Art. 53 Os procedimentos a serem observados para radiodifusão de sons e imagens.
implementação do plano de medidas técnicas pre- Parágrafo único. Sem prejuízo do disposto no caput
vistos no art. 19 da Lei nº 10.098, de 2000., serão e observadas as condições técnicas, os pronuncia-
regulamentados, em norma complementar, pelo mentos oficiais do Presidente da República serão
Ministério das Comunicações. acompanhados, obrigatoriamente, no prazo de seis
§ 1º O processo de regulamentação de que trata o meses a partir da publicação deste Decreto, de sis-
caput deverá atender ao disposto no art. 31 da Lei tema de acessibilidade mediante janela com intér-
nº 9.784, de 29 de janeiro de 1999. prete de LIBRAS.
§ 2º A regulamentação de que trata o caput deverá
prever a utilização, entre outros, dos seguintes siste- O art. 58 trata dos mecanismos de incentivo pelo
mas de reprodução das mensagens veiculadas para Poder Público para tornar disponíveis em meio magné-
as pessoas portadoras de deficiência auditiva e visual: tico, em formato de texto, as obras publicadas no Brasil.
I - a subtitulação por meio de legenda oculta;
9
II - a janela com intérprete de LIBRAS; e
-3
Art. 58 O Poder Público adotará mecanismos de
III - a descrição e narração em voz de cenas e
40
incentivo para tornar disponíveis em meio magnéti-
imagens.
§ 3º A Coordenadoria Nacional para Integração da .5
co, em formato de texto, as obras publicadas no País.
33
§ 1º A partir de seis meses da edição deste Decreto, a
Pessoa Portadora de Deficiência - CORDE da Secre-
.6
O art. 54 estabelece que as autorizatárias e as nicos de uso doméstico devem disponibilizar, median-
Sa
que aquelas previstas pelo plano. O art. 59 estabelece que o Poder Público deve
ol
Poder Público poderão adotar plano de medidas humanos às pessoas com deficiência auditiva e visual,
técnicas próprio, como metas antecipadas e mais ou tecnologias de informação e comunicação, tais
au
amplas do que aquelas as serem definidas no âmbi- como a transcrição eletrônica simultânea.
M
em LIBRAS, que é de responsabilidade dos órgãos e mação acessível para pessoas com deficiência.
entidades públicas, diretamente ou em parceria com
organizações sociais civis de interesse público e sob a Art. 60 Os programas e as linhas de pesquisa a
orientação do Ministério da Educação e da Secretaria serem desenvolvidos com o apoio de organismos
Especial dos Direitos Humanos. públicos de auxílio à pesquisa e de agências de
financiamento deverão contemplar temas voltados
Art. 55 Caberá aos órgãos e entidades da adminis- para tecnologia da informação acessível para pes-
tração pública, diretamente ou em parceria com soas portadoras de deficiência.
organizações sociais civis de interesse público, sob Parágrafo único. Será estimulada a criação de
a orientação do Ministério da Educação e da Secre- linhas de crédito para a indústria que produza com-
taria Especial dos Direitos Humanos, por meio da ponentes e equipamentos relacionados à tecnologia
CORDE, promover a capacitação de profissionais da informação acessível para pessoas portadoras
em LIBRAS. de deficiência. 465
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título, a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.
AJUDAS TÉCNICAS com mobilidade reduzida na categoria de equipa-
mentos sujeitos a dedução de imposto de renda.
O Capítulo VII cuida das ajudas técnicas. Para tan- Parágrafo único. Na elaboração dos estudos e pes-
to, o art. 61 considera como ajudas técnicas os produ- quisas a que se referem o caput, deve-se observar o
tos, instrumentos, equipamentos ou tecnologias que disposto no art. 14 da Lei Complementar no 101, de
estejam adaptados ou foram projetados para melho- 2000, sinalizando impacto orçamentário e financei-
rar a funcionalidade da pessoa com deficiência ou ro da medida estudada.
com mobilidade reduzida, de modo a favorecer sua
autonomia pessoal, total ou assistida. O art. 65 estabelece as diretrizes que o Poder Públi-
co deve viabilizar:
Art. 61 Para os fins deste Decreto, consideram-se
ajudas técnicas os produtos, instrumentos, equipa- Art. 65 Caberá ao Poder Público viabilizar as
mentos ou tecnologia adaptados ou especialmente seguintes diretrizes:
projetados para melhorar a funcionalidade da pessoa I - reconhecimento da área de ajudas técnicas como
portadora de deficiência ou com mobilidade reduzida, área de conhecimento;
favorecendo a autonomia pessoal, total ou assistida. II - promoção da inclusão de conteúdos temá-
§ 1º Os elementos ou equipamentos definidos como ticos referentes a ajudas técnicas na educação
ajudas técnicas serão certificados pelos órgãos profissional, no ensino médio, na graduação e na
competentes, ouvidas as entidades representativas pós-graduação;
das pessoas portadoras de deficiência. III - apoio e divulgação de trabalhos técnicos e cien-
§ 2º Para os fins deste Decreto, os cães-guia e os tíficos referentes a ajudas técnicas;
cães-guia de acompanhamento são considerados IV - estabelecimento de parcerias com escolas e cen-
ajudas técnicas. tros de educação profissional, centros de ensino uni-
versitários e de pesquisa, no sentido de incrementar a
O art. 62 trata do apoio aos programas e às linhas formação de profissionais na área de ajudas técnicas;
de pesquisa que contemplem temas voltados para e
V - incentivo à formação e treinamento de ortesis-
ajudas técnicas, cura, tratamento e prevenção de defi-
tas e protesistas.
ciências ou que contribuam para impedir ou minimi-
zar o seu agravamento.
O art. 66 estabelece que a Secretaria Especial dos
Direitos Humanos deverá instituir Comitê de Ajudas
Art. 62 Os programas e as linhas de pesquisa a
serem desenvolvidos com o apoio de organismos Técnicas. Veja:
públicos de auxílio à pesquisa e de agências de
financiamento deverão contemplar temas voltados Art. 66 A Secretaria Especial dos Direitos Humanos
9
-3
para ajudas técnicas, cura, tratamento e prevenção instituirá Comitê de Ajudas Técnicas, constituído
40
de deficiências ou que contribuam para impedir ou por profissionais que atuam nesta área, e que será
responsável por:
minimizar o seu agravamento.
.5
33
Parágrafo único. Será estimulada a criação de I - estruturação das diretrizes da área de
conhecimento;
.6
voltado para a produção de ajudas técnicas dar- Nacional de Acessibilidade, com vistas a garantir o
N
versidades e centros de pesquisa para a produção § 2º Os serviços a serem prestados pelos membros
ric
Parágrafo único. Os bancos oficiais, com base em relevantes e não serão remunerados.
estudos e pesquisas elaborados pelo Poder Públi-
M
9
Está correto o que se afirma em
-3
preparar com qualidade para o seu certame.
40
No decorrer do conteúdo, nossa equipe de profes-
a) I, apenas.
sores preocupou-se em trazer todas as legislações que .5
33
demandavam muita interpretação, de maneira cla- b) II, apenas.
.6
ra detalhada na íntegra. Acesse o conteúdo no link: privado ou de qualquer natureza são obrigadas a garan-
id
RISUL-RELATORIO-SUSTENTABILIDADE-2020.PDF.
ic
Lembre-se de que a meta é estudar até passar! ços, mobiliários, equipamentos urbanos, edificações,
io
Cordialmente,
au
b) tecnologia assistiva
c) residências inclusivas
d) adaptações razoáveis
HORA DE PRATICAR! e) desenho universal
ÉTICA E DIVERSIDADE
a) edifícios privados devem ter um elevador especial, A esse conjunto de valores dá-se o nome de:
para uso, exclusivamente, das pessoas com deficiên-
cia física. a) ética
b) casas de espetáculo, teatros, cinemas, auditórios, b) honra
ginásios de esporte, entre outros recintos, deverão c) tradições
reservar, pelo menos, 10% da lotação do estabeleci- d) costumes
mento para pessoas em cadeiras de rodas, em área e) preceitos
concentrada e de boa visibilidade.
c) coxias e os camarins, áreas de acesso aos artistas, 10. (CESGRANRIO — 2014) Na medida em que é editada
não têm obrigação de ter seu acesso facilitado ou uma lei, regularmente votada pelo Congresso Nacional,
garantido a pessoas que se enquadrem nesse grupo. a qual protege as pessoas com certo grau de deficiên-
d) instituições financeiras deverão manter em seu qua- cia física, ofertando oportunidades de inserção no mer-
dro o mínimo de dois funcionários encarregados de cado de trabalho, está sendo realizado o princípio da:
prestar atendimento prioritário.
e) vias públicas deverão ter instalação de semáforos a) cidadania
para pedestres, com mecanismo que sirva de guia ou b) organização
orientação para a travessia de pessoas portadoras de c) proteção
deficiência visual nos locais onde a intensidade de flu- d) democracia
xo de veículos e de pessoas ou a periculosidade na via e) república
assim exigirem.
9
do inspiração para prosseguir nos seus estudos e se
-3
depara com um pensamento aristotélico assim desen-
40
1 D
volvido: trata-se do produto dos usos e costumes; ela
2 .5 E
33
não existe nos homens naturalmente, pois nada do
que é natural se adquire pelo costume.
.6
3 A
00
cionada à: 4 B
os
a) interpretação natural 5 E
nt
b) virtude moral
Sa
6 B
c) cosmologia universal
os
d) integração social 7 B
id
e) percepção individual
8 A
ol
ic
a) extensão
b) virtude
ANOTAÇÕES
c) adequação
d) alternância
e) proporcionalidade