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DPE-SP
Oficial de Defensoria Pública
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NV-006DZ-22
Cód.: 7908428803889
O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para Guilherme Ramos de Oliveira - 420.156.488-60, vedada, por quaisquer meios e a qualquer
título, a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.
Obra
Autores
NOÇÕES DE DIREITO ADMINISTRATIVO • Aline Costa, Ana Phillipini, Fernando Paternostro Zantedeschi
Jonatas Albino, Renato Phillipini e Xico Kraemer
LEGISLAÇÃO ESPECIAL • Ana Philippini, Fernando Paternostro Zantedeschi, Marcio Ferreira Neves e
Renato Philippini
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ISBN: 978-65-5451-015-8
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Edição: Dezembro/2022
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escrito da Nova Concursos.
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com pena de até um ano de prisão, além de multa (art. 180 do CP).
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nas provas, e seção Hora de Praticar, trazendo exercícios gaba-
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ritados da banca Fundação para o Vestibular da Universidade
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Estadual Paulista - VUNESP, organizadora do certame.
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ra é com você!
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SUMÁRIO
LÍNGUA PORTUGUESA....................................................................................................13
LEITURA E INTERPRETAÇÃO DE DIVERSOS TIPOS DE TEXTOS (LITERÁRIOS E NÃO
LITERÁRIOS)........................................................................................................................................ 13
SINÔNIMOS E ANTÔNIMOS............................................................................................................... 15
PONTUAÇÃO....................................................................................................................................... 16
CLASSES DE PALAVRAS.................................................................................................................... 19
60
COLOCAÇÃO PRONOMINAL.............................................................................................................. 47
8-
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6.
CRASE.................................................................................................................................................. 47
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ORTOGRAFIA OFICIAL........................................................................................................................ 49
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RAZÃO E PROPORÇÃO....................................................................................................................... 62
PORCENTAGEM.................................................................................................................................................64
EQUAÇÕES DO 1º OU DO 2º GRAUS.................................................................................................. 67
MASSA...............................................................................................................................................................70
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COMPRIMENTO.................................................................................................................................................70
SUPERFÍCIE........................................................................................................................................................70
CAPACIDADE......................................................................................................................................................70
TEMPO................................................................................................................................................................70
NOÇÕES DE GEOMETRIA................................................................................................................... 73
FORMA...............................................................................................................................................................73
ÂNGULOS...........................................................................................................................................................75
ÁREA...................................................................................................................................................................76
PERÍMETRO........................................................................................................................................................78
TEOREMA DE PITÁGORAS................................................................................................................. 78
TEOREMA DE TALES........................................................................................................................... 78
60
GEOMETRIA ESPACIAL...................................................................................................................... 78
8-
48
6.
RACIOCÍNIO LÓGICO........................................................................................................................... 85
. 15
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DIAGRAMAS LÓGICOS......................................................................................................................................85
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SEQUÊNCIAS......................................................................................................................................................86
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NOÇÕES DE INFORMÁTICA...........................................................................................93
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ÁREA DE TRABALHO.........................................................................................................................................96
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ÁREA DE TRANSFERÊNCIA...............................................................................................................................97
MS-OFFICE 2016................................................................................................................................. 98
MS-WORD 2016.................................................................................................................................................98
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Colunas.........................................................................................................................................................103
Marcadores Simbólicos e Numéricos.........................................................................................................103
Tabelas..........................................................................................................................................................104
Impressão.....................................................................................................................................................105
Controle de Quebras e Numeração de Páginas..........................................................................................106
Legendas......................................................................................................................................................106
Índices...........................................................................................................................................................106
Inserção de Objetos.....................................................................................................................................107
Campos Predefinidos...................................................................................................................................108
Caixas de Texto............................................................................................................................................108
MS-EXCEL 2016...............................................................................................................................................108
60
Controle de Quebras e Numeração de Páginas..........................................................................................121
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Obtenção de Dados Externos......................................................................................................................121
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Classificação de Dados................................................................................................................................123
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MS-POWERPOINT 2016..................................................................................................................................124
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Conceitos de Slides......................................................................................................................................126
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Anotações.....................................................................................................................................................128
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Régua, Guias.................................................................................................................................................128
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Cabeçalhos e Rodapés.................................................................................................................................129
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Inserção de Objetos.....................................................................................................................................129
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Numeração de Páginas................................................................................................................................130
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Botões de Ação.............................................................................................................................................131
Animação......................................................................................................................................................131
Transição entre Slides..................................................................................................................................133
CORREIO ELETRÔNICO....................................................................................................................134
ANEXAÇÃO DE ARQUIVOS..............................................................................................................................136
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INTERNET..........................................................................................................................................136
NAVEGAÇÃO NA INTERNET...........................................................................................................................136
CONCEITOS DE URL.........................................................................................................................................139
LINKS................................................................................................................................................................140
SITES................................................................................................................................................................141
BUSCA..............................................................................................................................................................142
IMPRESSÃO DE PÁGINAS...............................................................................................................................143
TIPOS DE ARQUIVO.........................................................................................................................................150
GESTÃO DE DOCUMENTOS..............................................................................................................155
60
ADMINISTRAÇÃO DO TEMPO..........................................................................................................157
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AMBIENTE E PARTICULARIDADES DO TRABALHO.......................................................................158
6.
. 15
ORGANIZAÇÃO DE AGENDA/CALENDÁRIO...................................................................................................159
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FOLLOW-UP / FOLLOW-THROUGH.................................................................................................................160
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ELABORAÇÃO DE CRONOGRAMAS...............................................................................................................165
ADMINISTRAÇÃO DE MATERIAIS...................................................................................................166
ADMINISTRAÇÃO DE COMPRAS.....................................................................................................170
ADMINISTRAÇÃO PÚBLICA............................................................................................................................221
Princípios Constitucionais...........................................................................................................................221
Servidores Públicos.....................................................................................................................................222
FINANÇAS PÚBLICAS.....................................................................................................................................224
Normas Gerais..............................................................................................................................................224
Orçamentos..................................................................................................................................................225
60
8-
NOÇÕES DE DIREITO ADMINISTRATIVO: CONCEITO DE ADMINISTRAÇÃO PÚBLICA.............231
48
6.
DIFERENÇAS ENTRE GOVERNO E ADMINISTRAÇÃO...................................................................................231
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DA ADMINISTRAÇÃO PÚBLICA......................................................................................................................232
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Legalidade....................................................................................................................................................232
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Impessoalidade............................................................................................................................................233
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Moralidade....................................................................................................................................................233
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Publicidade e Eficiência...............................................................................................................................233
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PODER DE POLÍCIA...........................................................................................................................236
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ATOS ADMINISTRATIVOS................................................................................................................237
CONCEITO........................................................................................................................................................237
REQUISITOS.....................................................................................................................................................237
ATRIBUTOS......................................................................................................................................................239
DISCRICIONARIEDADE E VINCULAÇÃO.........................................................................................................240
CLASSIFICAÇÃO..............................................................................................................................................240
ESPÉCIES.........................................................................................................................................................241
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MOTIVAÇÃO.....................................................................................................................................................241
ANULAÇÃO.......................................................................................................................................................242
REVOGAÇÃO....................................................................................................................................................242
EXTINÇÃO........................................................................................................................................................242
AGENTES PÚBLICOS........................................................................................................................243
60
8-
LEGISLAÇÃO ESPECIAL............................................................................................... 309
48
6.
15
LEI COMPLEMENTAR ESTADUAL Nº 988, DE 2006, E SUAS ALTERAÇÕES
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POSTERIORES...................................................................................................................................309
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REDAÇÃO OFICIAL.......................................................................................................... 375
REDAÇÃO OFICIAL............................................................................................................................375
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INFERÊNCIA – ESTRATÉGIAS DE INTERPRETAÇÃO
LÍNGUA PORTUGUESA
interpretação de texto.
Dica
Interpretar é buscar ideias e pistas do autor do
texto nas linhas apresentadas.
LEITURA E INTERPRETAÇÃO DE
DIVERSOS TIPOS DE TEXTOS Apesar de parecer algo subjetivo, existem “regras”
(LITERÁRIOS E NÃO LITERÁRIOS) para se buscar essas pistas.
A primeira e mais importante delas é identificar a
INTRODUÇÃO orientação do pensamento do autor do texto, que fica
perceptível quando identificamos como o raciocínio
A interpretação e a compreensão textual são aspec- dele foi exposto, se de maneira mais racional, a partir
tos essenciais a serem dominados por aqueles candida- da análise de dados, informações com fontes confiáveis
tos que buscam a aprovação em seleções e concursos ou se de maneira mais empirista, partindo dos efeitos,
públicos. Trata-se de um assunto que abrange questões das consequências, a fim de se identificar as causas.
específicas e de conteúdo geral nas provas; conhecer Por isso, é preciso compreender como podemos
e dominar estratégias que facilitem a apreensão desse interpretar um texto mediante estratégias de leitura.
assunto pode ser o grande diferencial entre o quase e Muitos pesquisadores já se debruçaram sobre o tema,
a aprovação. que é intrigante e de grande profundidade acadêmica;
Além disso, seja a compreensão textual, seja a neste material, selecionamos as estratégias mais efica-
interpretação textual, ambas guardam uma relação de zes que podem contribuir para sua aprovação em sele-
proximidade com um assunto pouco explorado pelos ções que avaliam a competência leitora dos candidatos.
cursos de português: a semântica, que incide suas rela- A partir disso, apresentamos estratégias de leitura
ções de estudo sobre as relações de sentido que a forma que focam nas formas de inferência sobre um texto.
linguística pode assumir. Dessa forma, é fundamental identificar como ocorre
Portanto, neste material você encontrará recursos o processo de inferência, que se dá por dedução
60
para solidificar seus conhecimentos em interpretação ou por indução. Para entender melhor, veja esse
8-
e compreensão textual, associando a essas temáticas exemplo:
48
as relações semânticas que permeiam o sentido de O marido da minha chefe parou de beber.
6.
todo amontoado de palavras, tendo em vista que qual- Observe que é possível inferir várias informa-
quer aglomeração textual é, atualmente, considerada 15
ções a partir dessa frase. A primeira é que a chefe do
.
20
texto e, dessa forma, deve ter um sentido que precisa enunciador é casada (informação comprovada pela
-4
ser reconhecido por quem o lê. expressão “marido”), a segunda é que o enuncia-
Assim, vamos começar nosso estudo fazendo uma dor está trabalhando (informação comprovada pela
ra
breve diferença entre os termos compreensão e expressão “minha chefe”) e a terceira é que o marido
ei
Para muitos, essas palavras expressam o mesmo pela expressão “parou de beber”). Note que há pistas
O
sentido, mas, como pretendemos deixar claro neste contextuais do próprio texto que induzem o leitor a
de
entre palavras do nosso vocabulário, a opção do autor Tratando-se de interpretação textual, os processos
am
por um termo ao invés de outro reflete um sentido de inferência, sejam por dedução ou por indução, par-
que deve ser interpretado no texto, uma vez que a
R
das ideias que o leitor pode concluir com a leitura. texto junto da articulação com as informações acessa-
er
texto, e, geralmente, é marcada por uma palavra ou uma A seguir, apresentamos um fluxograma que repre-
ui
As estratégias de interpretação que observam métodos indutivos analisam as “pistas” que o texto oferece e,
posteriormente, reconhecem alguma certeza na interpretação. Dessa forma, é fundamental buscar uma ordem de
eventos ou processos ocorridos no texto e que variam conforme o tipo textual.
Sendo assim, no tipo textual narrativo, podemos identificar uma organização cronológica e espacial no desen-
volvimento das ações marcadas, por exemplo, pelo uso do pretérito imperfeito; na descrição, podemos organizar
as ideias do texto a partir da marcação de adjetivos e demais sintagmas nominais; na argumentação, esse enca-
deamento de ideias fica marcado pelo uso de conjunções e elementos que expõem uma ideia/ponto de vista.
No processo interpretativo indutivo, as ideias são organizadas a partir de uma especificação para uma gene-
ralização. Vejamos um exemplo:
Eu não sou literato, detesto com toda a paixão essa espécie de animal. O que observei neles, no tempo em que estive
na redação do O Globo, foi o bastante para não os amar, nem os imitar. São em geral de uma lastimável limitação de
ideias, cheios de fórmulas, de receitas, só capazes de colher fatos detalhados e impotentes para generalizar,
curvados aos fortes e às ideias vencedoras, e antigas, adstritos a um infantil fetichismo do estilo e guiados por con-
ceitos obsoletos e um pueril e errôneo critério de beleza. (BARRETO, 2010, p. 21)
O trecho em destaque na citação do escritor Lima Barreto, em sua obra “Recordações do escrivão Isaías Cami-
nha” (1917), identifica bem como o pensamento indutivo compõe a interpretação e decodificação de um texto.
Para deixar ainda mais evidentes as estratégias usadas para identificar essa forma de interpretar, deixamos a
seguir dicas de como buscar a organização cronológica de um texto.
PROCURE A propriedade vocabular leva o cérebro a aproximar as palavras que têm maior associação com o
SINÔNIMOS tema do texto
ATENÇÃO AOS Os conectivos (conjunções, preposições, pronomes) são marcadores claros de opiniões, espaços
CONECTIVOS físicos e localizadores textuais
A DEDUÇÃO
60
A leitura de um texto envolve a análise de diversos aspectos que o autor pode colocar explicitamente ou de
8-
maneira implícita no enunciado.
48
Em questões de concurso, as bancas costumam procurar nos enunciados implícitos do texto aspectos para
6.
abordar em suas provas.
15
No momento de ler um texto, o leitor articula seus conhecimentos prévios a partir de uma informação que
.
20
julga certa, buscando uma interpretação; assim, ocorre o processo de interpretação por dedução. Conforme Klei-
-4
man (2016):
ra
ei
Ao formular hipóteses o leitor estará predizendo temas, e ao testá-las ele estará depreendendo o tema; ele estará
liv
também postulando uma possível estrutura textual; na predição ele estará ativando seu conhecimento prévio, e na
O
testagem ele estará enriquecendo, refinando, checando esse conhecimento. (KLEIMAN, 2016, p. 47)
de
Fique atento a essa informação, pois é uma das primeiras estratégias de leitura para uma boa interpretação
os
textual: formular hipóteses, a partir da macroestrutura textual; ou seja, antes da leitura inicial, o leitor deve
am
buscar identificar o gênero textual ao qual o texto pertence, a fonte da leitura, o ano, entre outras informações
R
que podem vir como “acessórios” do texto e, então, formular hipóteses sobre a leitura que deverá se seguir. Uma
e
outra dica importante é ler as questões da prova antes de ler o texto, pois, assim, suas hipóteses já estarão agindo
m
er
O processo de interpretação por estratégias de dedução envolve a articulação de três tipos de conhecimento:
ui
G
z Conhecimento Linguístico;
z Conhecimento Textual;
z Conhecimento de Mundo.
O conhecimento de mundo, por tratar-se de um assunto mais abrangente, será abordado mais adiante. Os
demais, iremos abordar detalhadamente a seguir.
Conhecimento Linguístico
Esse é o conhecimento basilar para compreensão e decodificação do texto, envolve o reconhecimento das for-
mas linguísticas estabelecidas socialmente por uma comunidade linguística, ou seja, envolve o reconhecimento
das regras de uma língua.
É importante salientar que as regras de reconhecimento sobre o funcionamento da língua não são, necessaria-
mente, as regras gramaticais, mas as regras que estabelecem, por exemplo, no caso da língua portuguesa, que o
14 feminino é marcado pela desinência -a, que a ordem de escrita respeita o sistema sujeito-verbo-objeto (SVO) etc.
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Ângela Kleiman (2016) afirma que o conhecimento Conforme Kleiman (2016), durante a leitura, nosso
linguístico é aquele que “abrange desde o conhecimen- conhecimento de mundo que é relevante para a com-
to sobre como pronunciar português, passando pelo preensão textual é ativado; por isso, é natural ao nosso
conhecimento de vocabulário e regras da língua, che- cérebro associar informações, a fim de compreender
gando até o conhecimento sobre o uso da língua” (2016, o novo texto que está em processo de interpretação.
p. 15). A esse respeito, a autora propõe o seguinte exer-
Um exemplo em que a interpretação textual é pre- cício para atestarmos a importância da ativação do
judicada pelo conhecimento linguístico é o texto a conhecimento de mundo em um processo de interpre-
seguir: tação. Leia o texto a seguir e faça o que se pede:
60
Ainda que o texto não tenha sido alterado, ao voltar
8-
seus olhos por uma segunda vez a ele, já sabendo do
48
Fonte: https://bit.ly/3kCyWoI. Acesso em: 22 set. 2020. que se trata, seu cérebro ativou um conhecimento pré-
6.
vio que é essencial para a interpretação de questões.
Como é possível notar, o texto é uma peça publici-
.15
20
Esse tipo de conhecimento atrela-se ao conheci- sinônimos é ocasional, ou seja, em alguns contextos
R
mento linguístico e se desenvolve pela experiência uma palavra pode ser empregada no lugar de outra,
e
leitora. Quanto maior exposição a diferentes tipos de o que pode não acontecer em outras situações. O
m
Em outras palavras, esse conhecimento relaciona- capacidade que ele tem de realizar retomadas coesi-
-se com a habilidade de reconhecer diferentes tipos de vas, o que contribuiu para melhor fluidez na leitura
discursos, estruturas, tipos e gêneros textuais. do texto.
O uso dos conhecimentos prévios é fundamental São palavras ou expressões que, empregadas em
para a boa interpretação textual, por isso, é sempre um determinado contexto, têm significados opostos.
importante que o candidato a cargos públicos reserve As relações de antonímia podem ser estabelecidas em
um tempo para ampliar sua biblioteca e buscar fontes gradações (grande/pequeno; velho/jovem); reciproci-
de informações fidedignas, para, dessa forma, aumen- dade (comprar/vender) ou complementaridade (ele é
tar seu conhecimento de mundo. casado/ele é solteiro). Vejamos o exemplo a seguir: 15
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título, a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.
PONTUAÇÃO
Um tópico que gera dúvidas é a pontuação. Vere-
mos a seguir as regras sobre seus usos.
USO DE VÍRGULA
Fonte: https://bit.ly/3kETkpl. Acesso em: 16 out. 2020. � Para separar os termos de mesma função:
Ex.: Comprei livro, caderno, lápis, caneta;
A relação de sentido estabelecida na tirinha é z Usa-se a vírgula para separar os elementos de
enumeração:
construída a partir dos sentidos opostos das palavras
Ex.: Pontes, edifícios, caminhões, árvores... tudo foi
“prende” e “solta”, marcando o uso de antônimos, nes-
arrastado pelo tsunami;
se contexto. � Para indicar a elipse (omissão de uma palavra que
já apareceu na frase) do verbo:
Ex.: Comprei melancia na feira; ele, abacate.
Ela prefere filmes de ficção científica; o namorado,
SENTIDO PRÓPRIO E FIGURADO DAS filmes de terror;
� Para separar palavras ou locuções explicativas,
PALAVRAS retificativas:
Ex.: Ela completou quinze primaveras, ou seja, 15
DENOTAÇÃO anos;
� Para separar datas e nomes de lugar:
60
O sentido denotativo da linguagem compreende Ex.: Belo Horizonte, 15 de abril de 1985;
8-
48
o significado literal da palavra independente do seu � Para separar as conjunções coordenativas, exceto
6.
contexto de uso. Preocupa-se com o significado mais e, nem, ou:
objetivo e literal associado ao significado que aparece
15
Ex.: Treinou muito, portanto se saiu bem.
.
20
ênfase à informação que se quer passar para o recep- A vírgula também é facultativa quando o termo
que exprime ideia de tempo, modo e lugar não for
ra
em casa.
Ex.: O fogo se alastrou por todo o prédio. (fogo: Ontem choveu o esperado para o mês todo. /
os
o corpo. (coração: parte do corpo) Não se Usa Vírgula nas Seguintes Situações
e
m
60
a.C. = antes de Cristo.
8-
Marcam uma supressão de voz em frase que ainda
48
não foi concluída. Servem para:
Dica
6.
� Introduzir uma citação (discurso direto): 15
Símbolos do sistema métrico decimal e elemen-
.
20
Ex.: Assim disse Voltaire: “Devemos julgar um tos químicos não vêm com ponto final:
-4
homem mais pelas suas perguntas que pelas suas Exemplos: km, m, cm, He, K, C
respostas”;
ra
PONTO DE INTERROGAÇÃO
liv
Ex.: Em nosso meio, há bons profissionais: profes- voz) em tom questionador. Usa-se:
sores, jornalistas, médicos;
os
expressões como por exemplo, isto é, ou seja, a Ex.: O que você faria se só lhe restasse um dia?;
R
Ex.: Adquirimos vários saberes, como: Linguagens, Ex.: Eu disse a palavra peremptório (?), mas acho
m
Filosofia, Ciências...;
� Junto com o ponto de exclamação, para denotar
lh
60
de destaque. da gramática.
8-
Usam-se nos seguintes casos: * Edifício elaborou projeto o engenheiro.
48
6.
� Antes e depois de citações: USO DA BARRA 15
Ex.: “A vírgula é um calo no pé de todo mundo”,
.
20
mos, gírias e expressões populares ou vulgares, � Para indicar disjunção e exclusão, podendo ser
ei
Ex.: O homem, “ledo” de paixão, não teve a fortuna Ex.: Poderemos optar por: carne/peixe/dieta.
O
� Para realçar uma palavra ou expressão imprópria, Ex.: Os alunos poderão apresentar trabalhos orais
am
Ex.: Veja como ele é “educado”: cuspiu no chão. � Para indicar itens que possuem algum tipo de rela-
e
A palavra morfologia refere-se ao estudo das for- Podemos encontrar ainda os numerais coletivos,
mas. Por isso, o termo é utilizado por linguistas e tam- isto é, designam um conjunto, porém expressam uma
bém por médicos, que estudam as formas dos órgãos quantidade exata de seres/conceitos. Veja:
e suas funções. Dúzia: conjunto de doze unidades;
Analogamente, para compreender bem as funções Novena: período de nove dias;
de uma forma, seja ela uma palavra, seja um órgão, Década: período de dez anos;
60
precisamos conhecer como essa forma se classifica e Século: período de cem anos;
8-
como se organiza. Bimestre: período de dois meses.
48
Por isso, em língua portuguesa, estudamos as
6.
formas das palavras na morfologia, que organiza as Um: Numeral ou Artigo? 15
classes das palavras em dez categorias. A seguir, estu-
.
20
daremos detalhadamente cada uma delas e também A forma um pode assumir na língua a função de
-4
veremos um “bônus” para seus estudos: as palavras artigo indefinido ou de numeral cardinal; então, como
denotativas, atualmente, muito cobradas por bancas podemos reconhecer cada função? É preciso observar
ra
ei
com os substantivos. São, por isso, considerados deter- cionou contra o projeto.
am
Essa classe está dividida em artigos definidos e Na primeira frase, podemos substituir o termo um
e
artigos indefinidos. Os definidos funcionam como por uma, realizando as devidas alterações sintáticas, e
m
determinantes objetivos, individualizando a palavra, o sentido será mantido, pois o que se pretende defen-
er
já os indefinidos funcionam como determinantes der é que a espécie do indivíduo que se posicionou
lh
ui
60
z O cabeça: chefe / a cabeça: membro o corpo;
a quem esteja associada. Ex.: Chute, amor, cora-
8-
z O moral: ânimo / a moral: costumes sociais;
gem, liberalismo, feiura;
48
z O rádio: aparelho / a rádio: estação de transmissão.
z Comum: designam todos os seres de uma espécie.
6.
Ex.: Homem, cidade; 15
Além disso, algumas palavras na língua causam
z Próprio: designam uma determinada espécie. Ex.:
.
20
dificuldade na identificação do gênero, pois são usa-
Pedro, Fortaleza;
-4
fonema; o trema.
liv
substantivo depende do contexto em que ele está inse- mente, relação com o gênero, são admitidas tanto no
de
Judas foi um apóstolo. (Judas como nome de uma sonagem; O laringe / a laringe; O xerox / a xerox.
am
pessoa = Próprio);
O amigo mostrou-se um judas (judas significando Flexão de Número
R
traidor = comum).
e
m
Casa / casas.
ui
60
Substantivo + substantivo com função adjetiva. indicando uma região. Ex.: Este ano vou conhecer
8-
Ex.: navios-escola. o Sul (O Sul do Brasil); quando utilizados indican-
48
Palavra invariável + palavra invariável. Ex.: do uma direção, devem ser escritos com minúscu-
6.
abaixo-assinados. las. Ex.: Correu a América de norte a sul;
15
Verbo + substantivo. Ex.: guarda-roupas. z Siglas, símbolos ou abreviaturas. Ex.: ONU, INSS,
.
20
formados por
ei
ficam invariáveis. Ex.: Os bota-fora; os saca-rolha. vice-presidente; porém, é preciso manter a mesma
de
Variação de Grau
las, como em Grã-Bretanha e Timor-Leste.
am
ADJETIVOS
ção de tamanho dos seres, indicando um aumento ou
e
m
uma diminuição.
Os adjetivos associam-se aos substantivos, garan-
er
podem indicar:
aos substantivos indicar um aumento de tamanho.
G
É importante destacar que, mais do que “decorar” formas adjetivas e suas respectivas locuções, é fundamental
reconhecer as principais características de uma locução adjetiva: caracterizar o substantivo e apresentar valor
de posse.
Ex.: Viu o crime pela abertura da porta;
A abertura de conta pode ser realizada on-line.
Quando a locução adjetiva é composta pela preposição “de”, pode ser confundida com a locução adverbial.
Nesse caso, para diferenciá-las, é importante perceber que a locução adjetiva apresenta valor de posse, pois, nesse
caso, o meio usado pelo sujeito para ver “o crime”, indicado na frase, foi pela abertura da porta. Além disso, a
locução destacada está caracterizando o substantivo “abertura”.
Já na segunda frase, a locução destacada é adverbial, pois quem sofre a “ação” de ser aberta é a “conta”, o que
indica o valor de passividade da locução, demonstrando seu caráter adverbial.
As locuções adjetivas também desempenham função de adjetivo e modificam substantivos, pronomes, nume-
rais e orações substantivas.
Ex.: Amor de mãe; Café com açúcar.
Subst. — loc. adj. / subst. — loc. adj.
Já as locuções adverbiais desempenham função de advérbio. Modificam advérbios, verbos, adjetivos e orações
adjetivas com esses valores.
Ex.: Morreu de fome; Agiu com rapidez.
Verbo — loc. adv. / verbo — loc. adv.
Adjetivo de Relação
No estudo dos adjetivos, é fundamental conhecer o aspecto morfológico designado como “adjetivo de relação”,
60
muito cobrado por bancas de concursos.
8-
Para identificar um adjetivo de relação, observe as seguintes características:
48
6.
z Seu valor é objetivo, não podendo, portanto, apresentar meios de subjetividade. Ex.: Em “Menino bonito”, o
15
adjetivo não é de relação, já que é subjetivo, pois a beleza do menino depende dos olhos de quem o descreve;
.
20
z Posição posterior ao substantivo: os adjetivos de relação sempre são posicionados após o substantivo. Ex.:
-4
mundial — mundo;
ei
liv
z Não admitem variação de grau: os graus comparativo e superlativo não são admitidos. Ex.: Não pode ser
O
Alguns exemplos de adjetivos relativos: Presidente americano (não é subjetivo; posicionado após o substan-
os
tivo; derivado de substantivo; não existe a forma variada em grau “americaníssimo”); plataforma petrolífera;
am
Variação de Grau
m
er
O adjetivo pode variar em dois graus: comparativo ou superlativo. Cada um deles apresenta suas respectivas
lh
categorias.
ui
G
z Grau comparativo: exprime a característica de um ser, comparando-o com outro da mesma classe nos seguin-
tes sentidos:
Igualdade: compara elementos colocando-os em um mesmo patamar. Igual a, como, tanto quanto, tão
quanto. Ex.: Somos tão complexos quanto simplórios;
Superioridade: compara, evidenciando um elemento como superior ao outro. Mais do que, melhor do que.
Ex.: O amor é mais suficiente do que o dinheiro;
Inferioridade: compara, evidenciando um elemento como inferior ao outro. Menos do que, pior do que.
Ex.: Homens são menos engajados do que mulheres.
z Grau superlativo: em relação ao grau superlativo, é importante considerar que o valor semântico desse grau
apresenta variações, podendo indicar:
Característica de um ser elevada ao último grau: superlativo absoluto, que pode ser analítico (associado
22 ao advérbio) ou sintético (associação de prefixo ou sufixo ao adjetivo).
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título, a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.
Ex.: O candidato é muito humilde (Superlativo absoluto analítico).
O candidato é humílimo (Superlativo absoluto sintético);
Característica de um ser relacionada com outros indivíduos da mesma classe: superlativo relativo,
que pode ser de superioridade (o mais) ou de inferioridade (o menos).
Ex.: O candidato é o mais humilde dos concorrentes? (Superlativo relativo de superioridade).
O candidato é o menos preparado entre os concorrentes à prefeitura (Superlativo relativo de inferioridade).
Importante! Ao compararmos duas qualidades de um mesmo ser, devemos empregar a forma analítica
(mais alta, mais magra, mais bonito etc.).
Ex.: A modelo é mais alta que magra.
Porém, se uma mesma característica referir-se a seres diferentes, empregamos a forma sintética (melhor,
pior, menor etc.).
Ex.: Nossa sala é menor que a sala da diretoria.
z Primitivos: adjetivos que não derivam de outras palavras. A partir deles, é possível formar novos termos. Ex.:
Útil, forte, bom, triste, mau etc.;
z Derivados: são palavras que derivam de verbos ou substantivos. Ex.: Bondade, lealdade, mulherengo etc.;
z Simples: apresentam um único radical. Ex.: Português, escuro, honesto etc.;
z Compostos: formados a partir da união de dois ou mais radicais. Ex.: Verde-escuro, luso-brasileiro, amarelo-
-ouro etc.
Dica
O plural dos adjetivos simples é realizado da mesma forma que o plural dos substantivos.
60
z Invariável:
8-
48
Os adjetivos compostos azul-marinho, azul-celeste, azul-ferrete;
6.
Locuções formadas de cor + de + substantivo, como em cor-de-rosa, cor-de-cáqui; 15
Adjetivo + substantivo, como tapetes azul-turquesa, camisas amarelo-ouro.
.
20
-4
Adjetivos Pátrios
os
Os adjetivos pátrios, também conhecidos como gentílicos, designam a naturalidade ou nacionalidade de seres
am
e objetos.
R
O sufixo -ense, geralmente, designa a origem de um ser relacionada a um estado brasileiro. Ex.: amazonense,
e
fluminense, cearense.
m
er
z Curiosidade: o adjetivo pátrio “brasileiro” é formado com o sufixo -eiro, que é costumeiramente usado para
lh
ui
designar profissões. O gentílico que designa nossa nacionalidade teve origem com as pessoas que comercia-
G
lizavam o pau-brasil; esse ofício dava-lhes a alcunha de “brasileiros”, termo que passou a indicar os nascidos
em nosso país.
LÍNGUA PORTUGUESA
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título, a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.
Veja a seguir alguns dos adjetivos pátrios de nosso país:
60
8-
48
6.
.15
20
-4
ra
ei
liv
O
de
ADVÉRBIOS
os
am
Advérbios são palavras invariáveis que modificam um verbo, adjetivo ou outro advérbio. Em alguns casos, os
R
As gramáticas da língua portuguesa apresentam listas extensas com as funções dos advérbios. Porém, decorar
er
as funções dos advérbios, além de desgastante, pode não ter o resultado esperado na resolução de questões de
lh
concurso.
ui
Dessa forma, sugerimos que você fique atento às principais funções designadas aos advérbios para, a partir
G
delas, conseguir interpretar a função exercida nos enunciados das questões que tratem dessa classe de palavras.
Ainda assim, julgamos pertinente apresentar algumas funções basilares exercidas pelo advérbio:
Novamente, chamamos sua atenção para a função que o advérbio deve exercer na oração. Como dissemos,
essas palavras modificam um verbo, um adjetivo ou um outro advérbio, por isso, para identificar com mais pro-
priedade a função denotada pelos advérbios, é preciso perguntar: Como? Onde? Por quê?
As respostas sempre irão indicar circunstâncias adverbiais expressas por advérbios, locuções adverbiais ou
orações adverbiais.
24
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Vejamos como podemos identificar a classificação/função adequada dos advérbios:
z O homem morreu... de fome (causa) com sua família (companhia) em casa (lugar) envergonhado (modo);
z A criança comeu... demais (intensidade) ontem (tempo) com garfo e faca (instrumento) às claras (modo).
Locuções Adverbiais
Conjunto de duas ou mais palavras que pode desempenhar a função de advérbio, alterando o sentido de um
verbo, adjetivo ou advérbio.
A maioria das locuções adverbiais é formada por uma preposição e um substantivo. Há também as que são
formadas por preposição + adjetivos ou advérbios. Veja alguns exemplos:
z Preposição + substantivo: de novo. Ex.: Você poderia me explicar de novo? (de novo = novamente);
z Preposição + adjetivo: em breve. Ex.: Em breve, o filme estará em cartaz (em breve = brevemente);
z Preposição + advérbio: por ali. Ex.: Acho que ele foi por ali.
As locuções adverbiais são bem semelhantes às locuções adjetivas. É importante saber que as locuções adver-
biais apresentam um valor passivo.
Ex.: Ameaça de colapso.
Nesse exemplo, o termo em negrito é uma locução adverbial, pois o valor é de passividade, ou seja, se inver-
temos a ordem e inserirmos um verbo na voz passiva, a frase manterá seu sentido. Veja:
Ex.: Colapso foi ameaçado.
Essa frase faz sentido e apresenta valor passivo, logo, sem o verbo, a locução destacada anteriormente é
adverbial.
Ainda sobre esse assunto, perceba que em locuções como esta: “Característica da nação”, o termo destacado
não terá o mesmo valor passivo, pois não aceitará a inserção de um verbo com essa função:
Nação foi característica*. Essa frase quebra a estrutura gramatical da língua portuguesa, que não admite voz
passiva em termos com função de posse (caso das locuções adjetivas). Isso torna tal estrutura agramatical; por
isso, inserimos um asterisco para indicar essa característica.
60
Dica
8-
Locuções adverbiais apresentam valor passivo
48
Locuções adjetivas apresentam valor de posse
6.
.15
Com essas dicas, esperamos que você seja capaz de diferenciar essas locuções em questões. Buscamos desen-
20
volver seu aprendizado para que não seja preciso gastar seu tempo decorando listas de locuções adverbiais.
-4
Advérbios Interrogativos
liv
O
Os advérbios interrogativos são, muitas vezes, confundidos com pronomes interrogativos. Para evitar essa
de
confusão, devemos saber que os advérbios interrogativos introduzem uma pergunta, exprimindo ideia de tempo,
os
modo ou causa.
am
De maneira geral, as palavras como, onde, quando e por que são advérbios interrogativos, pois não substi-
lh
tuem nenhum nome de ser (vivo), exprimindo ideia de modo, lugar, tempo e causa.
ui
G
Grau do Advérbio
LÍNGUA PORTUGUESA
Assim como os adjetivos, os advérbios podem ser flexionados nos graus comparativo e superlativo.
Vejamos as principais mudanças sofridas pelos advérbios quando flexionados em grau:
Obs.: As formas “mais bem” e “mais mal” são aceitas quando acompanham o particípio verbal. 25
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ABSOLUTO ABSOLUTO
NORMAL RELATIVO
SINTÉTICO ANALÍTICO
Inferioridade
Bem Otimamente Muito bem
GRAU -
SUPERLATIVO Superioridade
Mal Pessimamente Muito mal
-
Muito Muitíssimo - Superioridade: o mais
Pouco Pouquíssimo - Superioridade: o menos
Advérbios e Adjetivos
O adjetivo é uma classe de palavras variável. Porém, quando se refere a um verbo, ele fica invariável, confun-
dindo-se com o advérbio.
Nesses casos, para ter certeza de qual é a classe da palavra, basta tentar colocá-la no feminino ou no plural;
caso a palavra aceite uma dessas flexões, será adjetivo.
Ex.: O homem respondeu feliz à esposa.
Os homens responderam felizes às esposas.
Como “feliz” aceitou a flexão para o plural, trata-se de um adjetivo.
Agora, acompanhe o seguinte exemplo:
Ex.: A cerveja que desce redondo.
As cervejas que descem redondo.
Nesse caso, como a palavra continua invariável, trata-se de um advérbio.
Palavras Denotativas
São termos que apresentam semelhança com os advérbios; em alguns casos, são até classificados como tal, mas
não exercem função modificadora de verbo, adjetivo ou advérbio.
Sobre as palavras denotativas, é fundamental saber identificar o sentido a elas atribuído, pois, geralmente, é
60
isso que as bancas de concurso cobram.
8-
48
z Eis: sentido de designação;
6.
z Isto é, por exemplo, ou seja: sentido de explicação; 15
z Ou melhor, aliás, ou antes: sentido de ratificação;
.
20
Além dessas expressões, há, ainda, as partículas expletivas ou de realce, geralmente formadas pela forma
liv
ser + que (é que). A principal característica dessas palavras é que elas podem ser retiradas sem causar prejuízo
O
z O adjunto adverbial sempre deve vir posicionado após o verbo ou complemento verbal. Caso venha deslocado,
er
em geral, separamos por vírgulas. Ex.: Na reunião de ontem, o pedido foi aprovado (O pedido foi aprovado
lh
na reunião de ontem);
ui
z Em uma sequência de advérbios terminados com o sufixo -mente, apenas o último elemento recebe a termi-
G
PRONOMES
Pronomes são palavras que representam ou acompanham um termo substantivo. Dessa forma, a função dos
pronomes é substituir ou determinar uma palavra. Eles indicam pessoas, relações de posse, indefinição, quanti-
dade, localização no tempo, no espaço e no meio textual, entre outras funções.
Os pronomes exercem papel importante na análise sintática e também na interpretação textual, pois colabo-
ram para a complementação de sentido de termos essenciais da oração, além de estruturar a organização textual,
contribuindo para a coesão e também para a coerência de um texto.
Pronomes Pessoais
Os pronomes pessoais designam as pessoas do discurso. Acompanhe a tabela a seguir, com mais informações
26 sobre eles:
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título, a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.
PESSOAS PRONOMES DO CASO RETO PRONOMES DO CASO OBLÍQUO
1ª pessoa do singular Eu Me, mim, comigo
2ª pessoa do singular Tu Te, ti, contigo
Se, si, consigo
3ª pessoa do singular Ele/Ela
o, a, lhe
1ª pessoa do plural Nós Nos, conosco
2ª pessoa do plural Vós Vos, convosco
Se, si, consigo
3ª pessoa do plural Eles/Elas
os, as, lhes
z Os pronomes que estarão relacionados ao objeto direto são: o, a, os, as, me, te, se, nos, vos. Ex.: Informei-o
sobre todas as questões;
z Já os que se relacionam com o objeto indireto são: lhe, lhes, (me, te, se, nos, vos – complementados por prepo-
sição). Ex.: Já lhe disse tudo (disse tudo a ele).
60
8-
Não devemos usar pronomes do caso reto como objeto ou complemento verbal, como em “mate ele”. Contudo,
48
o gramático Celso Cunha destaca que é possível usar os pronomes do caso reto como complemento verbal, desde
6.
que antecedidos pelos vocábulos “todos”, “só”, “apenas” ou “numeral”.
Ex.: Encontrei todos eles na festa. Encontrei apenas ela na festa.
.15
20
Após a preposição “entre”, em estrutura de reciprocidade, devemos usar os pronomes oblíquos tônicos.
-4
Pronomes de Tratamento
liv
O
Os pronomes de tratamento são formas que expressam uma hierarquia social institucionalizada linguistica-
de
z Vossa: designa a pessoa a quem se fala (relativo à 2ª pessoa). Apesar disso, os verbos relacionados a esse pro-
am
Ex.: Sua Excelência, o presidente do Supremo Tribunal, fará um pronunciamento hoje à noite.
lh
ui
Os pronomes de tratamento estabelecem uma hierarquia social na linguagem, ou seja, a partir das formas
G
usadas, podemos reconhecer o nível de discurso e o tipo de poder instituídos pelos falantes.
Por isso, alguns pronomes de tratamento só devem ser utilizados em contextos cujos interlocutores sejam
reconhecidos socialmente por suas funções, como juízes, reis, clérigos, entre outras.
LÍNGUA PORTUGUESA
Dessa forma, apresentamos alguns pronomes de tratamento, seguidos de sua abreviatura e das funções sociais
que designam:
z Vossa Alteza (V. A.): príncipes, duques, arquiduques e seus respectivos femininos;
z Vossa Eminência (V. Ema.): cardeais;
z Vossa Excelência (V. Exa.): autoridades do governo e das Forças Armadas membros do alto escalão;
z Vossa Majestade (V. M.): reis, imperadores e seus respectivos femininos;
z Vossa Reverendíssima (V. Rev. Ma.): sacerdotes;
z Vossa Senhoria (V. Sa.): funcionários públicos graduados, oficiais até o posto de coronel, tratamento cerimo-
nioso a comerciantes importantes;
z Vossa Santidade (V. S.): papa;
z Vossa Excelência Reverendíssima (V. Exa. Revma.): bispos. 27
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título, a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.
Os exemplos apresentados fazem referência a pro- Ex.: A comida e a bebida não foram bastantes para
nomes de tratamento e suas respectivas designações a festa.
sociais conforme indica o Manual de Redação oficial z Bastante (pronome indefinido): concorda com
da Presidência da República. Portanto, essas designa- o substantivo, indicando grande, porém incerta,
ções devem ser seguidas com atenção quando o gêne- quantidade de algo.
ro textual abordado for um gênero oficial. Ex.: Bastantes bancos aumentaram os juros.
Ainda sobre o assunto, veja algumas observações:
Pronomes Demonstrativos
z Sobre o uso das abreviaturas das formas de tra-
tamento é importante destacar que o plural de Os pronomes demonstrativos indicam a posição e
algumas abreviaturas é feito com letras dobradas, apontam elementos a que se referem as pessoas do
como: V. M. / VV. MM.; V. A. / VV. AA. Porém, na discurso (1ª, 2ª e 3ª). Essa posição pode ser designa-
maioria das abreviaturas terminadas com a letra da por eles no tempo, no espaço físico ou no espaço
a, o plural é feito com o acréscimo do s: V. Exa. / V. textual.
Exas.; V. Ema. / V.Emas.;
z O tratamento adequado a Juízes de Direito é Meri- z 1ª pessoa: Este, estes / Esta, estas;
tíssimo Juiz; z 2ª pessoa: Esse, esses / Essa, essas;
z O tratamento dispensado ao Presidente da Repú- z 3ª pessoa: Aquele, aqueles / Aquela, aquelas;
blica nunca deve ser abreviado. z Invariáveis: Isto, isso, aquilo.
60
refere-se ao último termo mencionado).
Nenhum, nenhuma, nenhuns, Ninguém
8-
nenhumas
48
Este artigo científico pretende analisar... (o prono-
6.
Todo, toda, todos, todas Quem me “este” refere-se ao próprio texto).
Outro, outra, outros, outras Outrem
.15
Usamos esse, essa, isso para indicar:
20
Muito, muita, muitos, muitas Algo z Referência ao espaço físico, indicando o afasta-
-4
Certo, certa, certos, certas Nada z Indicar distância que se deseja manter.
liv
Vários, várias Cada Ex.: Não me fale mais nisso. A população não con-
O
Qualquer, quaisquer
z Referência a algo já mencionado no texto/ na fala.
Qual, quais
R
Um, uma, uns, umas falado sobre isso. Sinto uma energia negativa nes-
m
sa expressão utilizada.
er
lh
60
O ponto de interrogação só é usado nas interroga-
� Em alguns casos, há a omissão do antecedente do tivas diretas. Nas indiretas, aparece apenas a intenção
8-
relativo “que”.
48
interrogativa, indicada por verbos como perguntar,
Ex.: Não teve que dizer (não teve nada que dizer). indagar etc. Ex.: Indaguei quem era ela.
6.
� Emprego do relativo quem: Seu antecedente deve 15
Atenção: os pronomes interrogativos que e quem
ser uma pessoa ou objeto personificado.
.
são pronomes substantivos, pois substituem os subs-
20
Ex.: Fomos nós quem fizemos o bolo. tantivos, dando fluidez à leitura.
-4
� O pronome relativo quem pode fazer referência Ex.: O tempo, que estava instável, não permitiu a
ra
a algo subentendido: Quem cala consente (aquele realização da atividade (O tempo não permitiu a reali-
ei
para indicar posse e aparecer relacionando dois 1ª pessoa Meu, minha / meus, minhas
e
ro com a coisa possuída. Os pronomes pessoais oblíquos (me, te, se, lhe, o,
Jamais devemos inserir um artigo após o pronome a, nos, vos) também podem atribuir valor possessivo
cujo: Cujo o, cuja a a uma coisa.
Não podemos substituir cujo por outro pronome Ex.: Apertou-lhe a mão (a sua mão). Ainda que o
relativo. pronome esteja ligado ao verbo pelo hífen, a relação
O pronome relativo cujo pode ser preposicionado. do pronome é com o objeto da posse.
Ex.: Esse é o vilarejo por cujos caminhos percorri. Outras funções dos pronomes possessivos:
Para encontrar o possuidor, faça-se a seguinte per-
gunta: “de quem/do que?” z delimitam o substantivo a que se referem;
Ex.: Vi o filme cujo diretor ganhou o Óscar (Diretor z concordam com o substantivo que vem depois dele;
do que? Do filme). z não concordam com o referente;
2 Exemplo disponível em: https://www.todamateria.com.br/pronomes-substantivos/. Acesso em: 30 jul. 2021. 29
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z o pronome possessivo que acompanha o substantivo exerce função sintática de adjunto adnominal.
VERBOS
Certamente, a classe de palavras mais complexa e importante dentre as palavras da língua portuguesa é o
verbo. A partir dos verbos, são estruturados as ações e os agentes desses atos, além de ser uma importante classe
sempre abordada nos editais de concursos; por isso, atente-se às nossas dicas.
Os verbos são palavras variáveis que se flexionam em número, pessoa, modo e tempo, além da designação da
voz que exprime uma ação, um estado ou um fato.
As flexões verbais são marcadas por desinências, que podem ser:
z Número-pessoal: indicando se o verbo está no singular ou plural, bem como em qual pessoa verbal foi flexio-
nado (1ª, 2ª ou 3ª);
z Modo-temporal: indica em qual modo e tempo verbais a ação foi realizada.
Iremos apresentar essas desinências a seguir. Antes, porém, de abordarmos as desinências modo-temporais,
precisamos explicar o que são modo e tempo verbais.
Modos
Indica a atitude da ação/do sujeito frente a uma relação enunciada pelo verbo.
Tempos
60
8-
O tempo designa o recorte temporal em que a ação verbal foi realizada. Basicamente, podemos indicar o tem-
48
po dessa ação no passado, presente ou futuro. Existem, entretanto, ramificações específicas. Observe a seguir:
6.
z Presente:
.15
20
-4
Pode expressar não apenas um fato atual, como também uma ação habitual. Ex.: Estudo todos os dias no
mesmo horário.
ra
Uma ação passada. Ex.: Vargas assume o cargo e instala uma ditadura.
ei
liv
z Passado:
os
Pretérito imperfeito: ação inacabada, que pode indicar uma ação frequentativa, vaga ou durativa.
e
z Futuro:
Futuro do presente: indica um fato que deve ser realizado em um momento vindouro.
Ex.: Estudarei bastante ano que vem.
Futuro do pretérito: expressa um fato posterior em relação a outro fato já passado.
Ex.: Estudaria muito, se tivesse me planejado.
A partir dessas informações, podemos também identificar os verbos conjugados nos tempos simples e nos
tempos compostos. Os tempos verbais simples são formados por uma única palavra, ou verbo, conjugado no
presente, passado ou futuro.
Já os tempos compostos são formados por dois verbos, um auxiliar e um principal; nesse caso, o verbo auxiliar
é o único a sofrer flexões.
Agora, vamos conhecer as desinências modo-temporais dos tempos simples e compostos, respectivamente:
z Pretérito perfeito composto: verbo auxiliar: Ter (presente do indicativo) + verbo principal particípio.
Ex.: Tenho estudado.
� Pretérito mais-que-perfeito composto: verbo auxiliar: Ter (pretérito imperfeito do indicativo) + verbo prin-
cipal no particípio.
Ex.: Tinha passado.
� Futuro composto: verbo auxiliar: Ter (futuro do indicativo) + verbo principal no particípio.
Ex.: Terei saído.
� Futuro do pretérito composto: verbo auxiliar: Ter (futuro do pretérito simples) + verbo principal no
particípio.
Ex.: Teria estudado.
� Pretérito perfeito composto: verbo auxiliar: Ter (presente do subjuntivo) + verbo principal particípio.
Ex.: (que eu) Tenha estudado.
� Pretérito mais-que-perfeito composto: verbo auxiliar: Ter (pretérito imperfeito do subjuntivo) + verbo prin-
60
cipal no particípio.
8-
Ex.: (se eu) Tivesse estudado
48
� Futuro composto: verbo auxiliar: Ter (futuro simples do subjuntivo) + verbo principal no particípio.
6.
Ex.: (quando eu) Tiver estudado.
15
.
20
Formas Nominais do Verbo e Locuções Verbais
-4
As formas nominais do verbo são as formas no infinitivo, particípio e gerúndio que eles assumem em determi-
ra
nados contextos. São chamadas nominais pois funcionam como substantivos, adjetivo ou advérbios.
ei
liv
z Gerúndio: marcado pela terminação -ndo. Seu valor indica duração de uma ação e, por vezes, pode funcionar
O
z Particípio: marcado pelas terminações mais comuns -ado, -ido, podendo terminar também em -do, -to, -go,
am
-so, -gue. Corresponde nominalmente ao adjetivo; pode flexionar-se, em alguns casos, em número e gênero.
Ex.: A Índia foi colonizada pelos ingleses.
R
e
z Infinitivo: forma verbal que indica a própria ação do verbo, ou o estado, ou, ainda, o fenômeno designado.
ui
G
Pessoal: o infinitivo pessoal é passível de conjugação, pois está ligado às pessoas do discurso. É usado na
formação de orações reduzidas. Ex.: Comer eu. Comermos nós. É para aprenderem que ele ensina;
LÍNGUA PORTUGUESA
Impessoal: não é passível de flexão. É o nome do verbo, servindo para indicar apenas a conjugação. Ex.:
Estudar - 1ª conjugação; Comer - 2ª conjugação; Partir - 3ª conjugação.
Dica
Não confunda locuções verbais com tempos compostos. O particípio formador de tempo composto na voz
ativa não se flexiona. Ex.: O homem teria realizado sua missão. 31
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título, a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.
Classificação dos Verbos
Os verbos são classificados quanto a sua forma de conjugação e podem ser divididos em: regulares, irregula-
res, anômalos, abundantes, defectivos, pronominais, reflexivos, impessoais e auxiliares, além das formas nomi-
nais. Vamos conhecer as particularidades de cada um a seguir:
z Regulares: os verbos regulares são os mais fáceis de compreender, pois apresentam regularidade no uso das
desinências, ou seja, das terminações verbais. Da mesma forma, os verbos regulares mantêm o paradigma
morfológico com o radical, que permanece inalterado. Ex.: Verbo cantar:
z Irregulares: os verbos irregulares apresentam alteração no radical e nas desinências verbais. Por isso, rece-
bem esse nome, pois sua conjugação ocorre irregularmente, seguindo um paradigma próprio para cada grupo
verbal.
Perceba a seguir como ocorre uma sutil diferença na conjugação do verbo estar, que utilizamos como exem-
plo. Isso é importante para não confundir os verbos irregulares com os verbos anômalos. Ex.: Verbo estar:
60
Ele/ você está Esteve
8-
48
Nós estamos Estivemos
6.
Vós estais Estivestes
.15
Eles/ vocês estão Estiveram
20
-4
z Anômalos: esses verbos apresentam profundas alterações no radical e nas desinências verbais, consideradas
ra
anomalias morfológicas; por isso, recebem essa classificação. Um exemplo bem usual de verbo dessa categoria
ei
liv
é o verbo “ser”. Na língua portuguesa, apenas dois verbos são classificados dessa forma: os verbos ser e ir.
O
de
Eu sou Fui
R
Tu és Foste
e
m
Os verbos ser e ir são irregulares, porém, apresentam uma forma específica de irregularidade que ocasiona
uma anomalia em sua conjugação. Por isso, são classificados como anômalos.
z Abundantes: são formas verbais abundantes os verbos que apresentam mais de uma forma de particípio acei-
tas pela norma culta gramatical. Geralmente, apresentam uma forma de particípio regular e outra irregular.
Vejamos alguns verbos abundantes:
60
Matar Matado Morto
8-
Omitir Omitido Omisso
48
Pagar Pagado Pago
6.
Prender Prendido
.15 Preso
20
Omitir Dados importantes tinham sido omitidos por ela Informações estavam omissas
Após ter submergido os legumes, reparou no Deixe os legumes submersos por alguns
Submergir
amigo minutos
Suspender Nunca tinha suspendido ninguém Você está suspenso! 33
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z Defectivos: são verbos que não apresentam algumas pessoas conjugadas em suas formas, gerando um “defei-
to” na conjugação (por isso, o nome). Alguns exemplos de defectivos são os verbos colorir, precaver, reaver etc.
Esses verbos não são conjugados na primeira pessoa do singular do presente do indicativo, bem como: aturdir,
exaurir, explodir, esculpir, extorquir, feder, fulgir, delinquir, demolir, puir, ruir, computar, colorir, carpir, banir,
brandir, bramir, soer.
Verbos que expressam onomatopeias ou fenômenos temporais também apresentam essa característica, como
latir, bramir, chover.
z Pronominais: esses verbos apresentam um pronome oblíquo átono integrando sua forma verbal. É importan-
te lembrar que esses pronomes não apresentam função sintática. Predominantemente, os verbos pronominas
apresentam transitividade indireta, ou seja, são VTI. Ex.: Sentar-se.
z Reflexivos: verbos que apresentam pronome oblíquo átono reflexivo, funcionando sintaticamente como obje-
to direto ou indireto. Nesses verbos, o sujeito sofre e pratica a ação verbal ao mesmo tempo. Ex.: Ela se veste
mal. Nós nos cumprimentamos friamente;
z Impessoais: verbos que designam fenômenos da natureza, como chover, trovejar, nevar etc.
O verbo haver, com sentido de existir ou marcando tempo decorrido, também será impessoal. Ex.: Havia
muitos candidatos e poucas vagas. Há dois anos, fui aprovado em concurso público.
60
Os verbos ser e estar também são verbos impessoais quando designam fenômeno climático ou tempo. Ex.:
8-
Está muito quente! / Era tarde quando chegamos.
48
O verbo ser para indicar hora, distância ou data concorda com esses elementos.
6.
O verbo fazer também poderá ser impessoal, quando indicar tempo decorrido ou tempo climático. Ex.: Faz
anos que estudo pintura. Aqui faz muito calor.
.15
20
Os verbos impessoais não apresentam sujeito; sintaticamente, classifica-se como sujeito inexistente.
-4
O verbo ser será impessoal quando o espaço sintático ocupado pelo sujeito não estiver preenchido: “Já é
natal”. Segue o mesmo paradigma do verbo fazer, podendo ser impessoal, também, o verbo ir: “Vai uns
ra
z Auxiliares: os verbos auxiliares são empregados nas formas compostas dos verbos e também nas locuções
de
verbais. Os principais verbos auxiliares dos tempos compostos são ter e haver.
os
Nas locuções, os verbos auxiliares determinam a concordância verbal; porém, o verbo principal determina a
am
Apresentam forte carga semântica que indica modo e aspecto da oração. São importantes na formação da voz
e
passiva analítica.
m
er
lh
z Formas Nominais: na língua portuguesa, usamos três formas nominais dos verbos:
ui
G
Gerúndio: terminação -ndo. Apresenta valor durativo da ação e equivale a um advérbio ou adjetivo. Ex.:
Minha mãe está rezando;
Particípio: terminações -ado, -ido, -do, -to, -go, -so. Apresenta valor adjetivo e pode ser classificado em par-
ticípio regular e irregular, sendo as formas regulares finalizadas em -ado e -ido.
A norma culta gramatical recomenda o uso do particípio regular com os verbos “ter” e “haver”. Já com os
verbos “ser” e “estar”, recomenda-se o uso do particípio irregular.
Ex.: Os policiais haviam expulsado os bandidos / Os traficantes foram expulsos pelos policiais.
60
cumprimentaram.
z Parte integrante do verbo: nesses casos, o “se”
8-
será parte integrante dos verbos pronominais,
48
A voz passiva é realizada a partir da troca de fun-
acompanhando-o em todas as suas flexões. Quan-
6.
ções entre sujeito e objeto da voz ativa. Só podemos
do o “se” exerce essa função, jamais terá uma fun-
15
transformar uma frase da voz ativa para a voz passiva
ção sintática. Além disso, o sujeito da frase poderá
.
20
se o verbo for transitivo direto ou transitivo direto e
estar explícito ou implícito.
indireto. Logo, só há voz passiva com a presença do
-4
nais com as vozes verbais. Os verbos pronominais z Partícula de realce: será partícula de realce o “se”
liv
que indicam sentimentos, como arrepender-se, quei- que puder ser retirado do contexto sem prejuízo
O
pronome que faz parte integrante do seu significado, partícula de realce não exerce função sintática,
pois é desnecessária.
os
mento também acumula outras atribuições: Ex.: Se ele estudar, será aprovado. (Caso ele estu-
G
60
Eles/Vocês Passeiam
8-
z Causa ou motivo: Acordar aos gritos das crianças;
48
z Conformidade: Escrever ao modo clássico;
6.
Conjugação de Alguns Verbos
15
z Destino (em correlação com a preposição de): De
Santos à Bahia;
.
20
verbos irregulares importantes, que sempre são obje- z Preço: Vendemos o armário a R$ 300,00;
ra
Observe o verbo “aderir” no presente do indicativo: z Distância: Cair a poucos metros da namorada;
liv
Nós Aderimos
e
m
“Após”
Vós Aderis
er
lh
“Desde” “Sob”
60
8-
z Distância: Dormiu desde o acampamento até aqui; z Tempo: Houve muito progresso no Brasil sob D.
48
z Tempo: Desde ontem ele não aparece. Pedro II;
6.
z Lugar: Ficar sob o viaduto;
“Em” 15
z Modo: Saiu da reunião sob pretexto não convincente.
.
20
-4
z Meio: Pagou a dívida em cheque; z Assunto: Não gosto de falar sobre política;
ei
preposição.
z Fim: Pedir em casamento;
e
z Lugar: Ficou muito tempo em Sorocaba; Falei acerca do tema da prova. (locução prepositiva)
er
z Lugar: Ele ficou entre os aprovados; z Apesar de. Ex.: Apesar de terem sumido, volta-
z Meio social: Entre as elites, este é o comportamento; ram logo;
z Reciprocidade: Entre mim e ele sempre houve z A respeito de. Ex.: Nossa reunião foi a respeito
discórdia. de finanças;
z Graças a. Ex.: Graças ao bom Deus, não aconteceu
“Para” nada grave;
z De acordo com. Ex.: De acordo com W. Hamboldt,
z Consequência: Você deve ser muito esperto para a língua é indispensável para que possamos pen-
não cair em armadilhas; sar, mesmo que estivéssemos sempre sozinhos;
z Fim ou finalidade: Chegou cedo para a conferência; z Por causa de. Ex.: Por causa de poucos pontos,
z Lugar: Em 2011, ele foi para Portugal; não passei no exame; 37
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z Para com. Ex.: Minha mãe me ensinou ter respeito � Com pronome demonstrativo:
para com os mais velhos; de + este(s)= deste, destes
z Por baixo de. Ex.: Por baixo do vestido, ela usa de + esta(s)= desta, destas
um short. de + isto= disto
de + esse(s) = desse, desses
Outros exemplos de locuções prepositivas: de + essa(s)= dessa, dessas
Abaixo de; acerca de; acima de; devido a; a despeito de + isso = disso
de; adiante de; defronte de; embaixo de; em frente de; de + aquele(s) = daquele, daqueles
junto de; perto de; por entre; por trás de; quanto a; a de + aquela(s) = daquela, daquelas
fim de; por meio de; em virtude de. de + aquilo= daquilo
� Com o pronome pessoal:
de + ele(s) = dele, deles
Importante! de + ela(s) = dela, delas
� Com o pronome indefinido:
Algumas locuções prepositivas apresentam
de + outro(s)= doutro, doutros
semelhanças morfológicas, mas significa-
de + outra(s) = doutra, doutras
dos completamente diferentes. Observe estes
� Com advérbio:
exemplos4:
de + aqui= daqui
A opinião dos diretores vai ao encontro do plane-
de + aí= daí
jamento inicial = Concordância. de + ali= dali
As decisões do público foram de encontro à pro-
posta do programa = Discordância. z Preposição “em”:
Em vez de comer lanches gordurosos, coma fru-
tas = Substituição. Com artigo definido:
Ao invés de chegar molhado, chegou cedo = em + a(s)= na, nas
Oposição. em + o(s)= no, nos
� Com pronome demonstrativo:
Combinações e Contrações em + esse(s)= nesse, nesses
em + essa(s)= nessa, nessas
em + isso = nisso
As preposições podem se ligar a outras palavras de
outras classes gramaticais por meio de dois processos: em + este(s) = neste, nestes
em + esta(s) = nesta, nestas
60
combinação e contração.
em + isto = nisto
8-
em + aquele(s) = naquele, naqueles
48
z Combinação: quando se ligam sem sofrer nenhu-
em + aquela(s) = naquelas
6.
ma redução.
a + o = ao em + aquilo = naquilo
15
� Com pronome pessoal:
.
a + os = aos
20
la):
per + lo(s) = pelo, pelos
os
tivo feminino:
a + a= à
R
a + aquelas = àquelas
a + aquilo = àquilo Algumas Relações Semânticas Estabelecidas por
Preposições
z Preposição “de”:
Antes de entrarmos neste assunto, vale relembrar
Com artigo definido masculino e feminino: o que significa Semântica. Semântica é a área do
de + o/os = do/dos conhecimento que relaciona o significado da palavra
de + a/as = da/das ao seu contexto.
� Com artigo indefinido: É importante ressaltar que as preposições podem
de + um= dum apresentar valor relacional ou podem atribuir um
de + uns = duns valor nocional.
de + uma = duma As preposições que apresentam um valor rela-
de + umas = dumas cional cumprem uma relação sintática com verbos
4 Disponível em: instagram.com/academiadotexto. Acesso em: 20 nov. 2020.
38 5 Disponível em: https://www.preparaenem.com/portugues/combinacao-contracao-das-preposicoes.htm. Acesso em: 20 nov. 2020.
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ou substantivos, que, em alguns casos, são chamados Ex.: Não tenho um filho, mas dois.
deverbais, conforme já mencionamos. Essa mesma A culpa não foi a população, senão dos vereadores
relação sintática pode ocorrer com adjetivos e advér- (equivale a “mas sim”).
bios, os quais também apresentarão função deverbal.
Ex.: Concordo com o advogado (preposição exigida Importante! A conjunção “e” pode apresentar
pela regência do verbo concordar). valor adversativo, principalmente quando é antecedi-
Tenho medo da queda (preposição exigida pelo da por vírgula: Estava querendo dormir, e o barulho
complemento nominal). não deixava.
Estou desconfiado do funcionário (preposição exi-
gida pelo adjetivo). z Alternativas: ligam orações com ideias que não
Fui favorável à eleição (preposição exigida pelo acontecem simultaneamente, que se excluem. Ou,
advérbio). ou...ou, quer...quer, seja...seja, ora...ora, já...já.
Em todos esses casos, a preposição mantém uma Ex.: Estude ou vá para a festa.
relação sintática com a classe de palavras a qual se Seja por bem, seja por mal, vou convencê-la.
liga, sendo, portanto, obrigatória a sua presença na
sentença. Importante! A palavra “senão” pode funcionar
De modo oposto, as preposições cujo valor nocio- como conjunção alternativa: Saia agora, senão cha-
nal é preponderante apresentam uma modificação marei os guardas (pode-se trocá-la por “ou”).
no sentido da palavra à qual se liga. Elas não são
componentes obrigatórios na construção da senten- z Explicativas: ligam orações, de forma que em uma
ça, divergindo das preposições de valor relacional. delas explica-se o que a outra afirma. Que, porque,
As preposições de valor nocional estabelecem uma pois, (se vier no início da oração), porquanto.
noção de posse, causa, instrumento, matéria, modo Ex.: Estude, porque a caneta é mais leve que a
etc. Vejamos algumas na tabela a seguir: enxada!
Viva bem, pois isso é o mais importante.
VALOR NOCIONAL DAS
SENTIDO
PREPOSIÇÕES Importante! “Pois” com sentido explicativo ini-
Posse Carro de Marcelo cia uma oração e justifica outra. Ex.: Volte, pois sinto
saudades.
O cachorro está sob a “Pois” conclusivo fica após o verbo, deslocado
Lugar
mesa entre vírgulas: Nessa instabilidade, o dólar voltará,
Votar em branco / Chegar pois, a subir.
60
Modo
aos gritos
8-
z Conclusivas: ligam duas ideias, de forma que a
48
Causa Preso por agressão
segunda conclui o que foi dito na primeira. Logo,
6.
Assunto Falar sobre política portanto, então, por isso, assim, por conseguinte,
15
Descende de família destarte, pois (deslocado na frase).
.
20
Origem
simples Ex.: Estava despreparado, por isso, não fui
-4
aprovado.
Olhe para frente! / Iremos
ra
-se.
liv
O
CONJUNÇÕES Dica
de
Assim como as preposições, as conjunções também As conjunções “e”, “nem” não devem ser empre-
os
são invariáveis e também auxiliam na organização gadas juntas (“e nem”). Tendo em vista que
am
das orações, ligando termos e, em alguns casos, ora- ambas indicam a mesma relação aditiva, o uso
R
ções. Por manterem relação direta com a organização concomitante acarreta em redundância.
e
fazem parte de uma outra; em alguns casos, ainda, subordinadas, ou seja, orações que precisam de outra
essas conjunções ligam núcleos de um mesmo termo para terem o sentido apreendido.
da oração. As conjunções coordenadas podem ser:
� Causal: iniciam a oração dando ideia de causa.
z Aditivas: somam informações. E, nem, bem como, Haja vista, que, porque, pois, porquanto, visto que,
não só, mas também, não apenas, como ainda, uma vez que, como (equivale a porque) etc.
senão (após não só). Ex.: Como não choveu, a represa secou.
Ex.: Não fiz os exercícios nem revisei. � Consecutiva: iniciam a oração expressando ideia
O gato era o preferido, não só da filha, senão de de consequência. Que (depois de tal, tanto, tão), de
toda família. modo que, de forma que, de sorte que etc.
z Adversativas: colocam informações em oposição, Ex.: Estudei tanto que fiquei com dor de cabeça.
contradição. Mas, porém, contudo, todavia, entre- � Comparativa: iniciam orações comparando ações
tanto, não obstante, senão (equivalente a mas). e, em geral, o verbo fica subtendido. Como, que 39
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nem, que (depois de mais, menos, melhor, pior, � Sempre haverá conjunção integrante em orações
maior), tanto... quanto etc. substantivas e, consequentemente, em períodos
Ex.: Corria como um touro. compostos.
Ela dança tanto quanto Carlos. Ex.: Perguntei se ele estava em casa. (Perguntei. O
� Conformativa: expressam a conformidade de quê? Isso).
uma ideia com a da oração principal. Conforme, � Nunca devemos inserir uma vírgula entre um ver-
como, segundo, de acordo com, consoante etc. bo e uma conjunção integrante.
Ex.: Tudo ocorreu conforme o planejado. Ex.: Sabe-se, que o Brasil é um país desigual
Amanhã chove, segundo informa a previsão do (errado).
tempo. Sabe-se que o Brasil é um país desigual (certo).
� Concessiva: iniciam uma oração com uma ideia
contrária à da oração principal. Embora, conquan- INTERJEIÇÕES
to, ainda que, mesmo que, em que pese, posto que
etc. As interjeições também fazem parte do grupo de
Ex.: Teve que aceitar a crítica, conquanto não palavras invariáveis, tal como as preposições e as
tivesse gostado. conjunções. Sua função é expressar estado de espíri-
Trabalhava, por mais que a perna doesse. to e emoções; por isso, apresentam forte conotação
� Condicional: iniciam uma oração com ideia de semântica. Uma interjeição sozinha pode equivaler a
hipótese, condição. Se, caso, desde que, contanto uma frase. Ex.: Tchau!
que, a menos que, somente se etc. As interjeições indicam relações de sentido diver-
Ex.: Se eu quisesse falar com você, teria respondi- sas. A seguir, apresentamos um quadro com os sen-
do sua mensagem. timentos e sensações mais expressos pelo uso de
Posso lhe ajudar, caso necessite. interjeições:
� Proporcional: ideia de proporcionalidade. À pro-
porção que, à medida que, quanto mais...mais, VALOR SEMÂNTICO INTERJEIÇÃO
quanto menos...menos etc. Advertência Cuidado! Devagar! Calma!
Ex.: Quanto mais estudo, mais chances tenho de
ser aprovado. Alívio Arre! Ufa! Ah!
Ia aprendendo, à medida que convivia com ela. Alegria/Satisfação Eba! Oba! Viva!
� Final: expressam ideia de finalidade. Final, para Desejo Oh! Tomara! Oxalá!
que, a fim de que etc.
Ex.: A professora dá exemplos para que você Repulsa Irra! Fora! Abaixo!
60
aprenda! Dor/Tristeza Ai! Ui! Que pena!
8-
Comprou um computador a fim de que pudesse
48
Espanto Oh! Ah! Opa! Putz!
trabalhar tranquilamente.
6.
� Temporal: iniciam a oração expressando ideia de Saudação 15 Salve! Viva! Adeus! Tchau!
tempo. Quando, enquanto, assim que, até que, mal, Medo Credo! Cruzes! Uh! Oh!
.
20
do Futuro.
interjeição só poderá ser apreendido diante do con-
ei
Importante!
expresso no texto.
os
Os valores semânticos das conjunções não se Isso acontece pois qualquer expressão exclamati-
am
prendem às formas morfológicas desses elemen- va que expresse sentimento ou emoção pode funcio-
tos. O valor das conjunções é construído contex- nar como uma interjeição. Lembre-se dos palavrões,
R
aos sentidos estabelecidos no texto. que, dependendo do contexto, podem ter seu sentido
er
Conjunções Integrantes
60
Objeto direto: natação vam presentes;
8-
Objeto indireto: a futebol
48
z Quando o sujeito é formado por um número per-
6.
Concordância Verbal com o Sujeito Simples centual ou fracionário, o verbo concorda com o
15
numerado ou com o número inteiro, mas pode
.
20
Em regra geral, o verbo concorda com o núcleo do concordar com o especificador dele. Se o numeral
-4
exorbitante.
liv
Diferentes situações:
O
viver bem.
z Quando o núcleo do sujeito for uma palavra de Apenas 30% do povo sabe o que é viver bem.
os
sentido coletivo, o verbo fica no singular. Ex.: A Apenas 30% do povo sabem o que é viver bem.
am
verbo posterior ao pronome relativo concorda � Os verbos bater, dar e soar concordam com o
m
Meridiano?;
G
60
Falei sobre o desejo de aprontarmos logo o site.
bem como, assim como, tanto quanto
8-
(dois pronomes implícitos: eu, nós)
Ex.: O Vasco ou o Corinthians ganhará o jogo na
48
Até me encontrarem, vocês terão de procurar
final;
6.
muito. (preposição no início da oração)
z Núcleos do sujeito ligados pelas séries correlativas 15
Para nós nos precavermos, precisaremos de luz.
.
aditivas enfáticas (tanto... quanto / como / assim
20
(verbos pronominais)
como; não só... mas também etc.) Visto serem dez horas, deixei o local. (verbo ser
-4
Ex.: O preço dos alimentos e dos combustíveis z Exemplos com verbos no infinitivo impessoal:
Devo continuar trabalhando nesse projeto. (locu-
R
combustíveis aumentaram.
m
Veja agora uma lista com os casos mais abordados Define-se como a adaptação em gênero e número
em concursos: que ocorre entre o substantivo (ou equivalente, como
o adjetivo) e seus modificadores (artigos, pronomes,
� Sujeito posposto distanciado adjetivos, numerais).
Ex.: Viviam no meio de uma grande floresta tropi- O adjetivo e as palavras adjetivas concordam em
cal brasileira seres estranhos; gênero e número com o nome a que se referem.
� Verbos impessoais (haver e fazer) Ex.: Parede alta. / Paredes altas.
Ex.: Faz dois meses que não pratico esporte. Muro alto. / Muros altos.
Havia problemas no setor.
60
Obs.: Existiam problemas no setor. (verbo existir Casos com Adjetivos
8-
48
vai ter sujeito “problemas”, e vai ser variável);
� Verbo na voz passiva sintética z Com função de adjunto adnominal: quando o
6.
Ex.: Criaram-se muitas expectativas para a luta; adjetivo funcionar como adjunto adnominal e esti-
15
ver após os substantivos, poderá concordar com
.
� Verbo concordando com o antecedente correto
20
do pronome relativo ao qual se liga as somas desses ou com o elemento mais próximo.
-4
Ex.: Contratei duas pessoas para a empresa, que Ex.: Encontrei colégios e faculdades ótimas. /
ra
� Núcleo do sujeito no singular seguido de adjun- Quando o adjetivo funcionar como adjunto adno-
R
Ex.: Conversa breve nos corredores pode gerar cordar apenas com o elemento mais próximo. Ex.:
m
Casos Facultativos
ui
60
invariável. com o estabelecimento aberto no final de semana.)
8-
Ex.: Os alunos resolveram mesmo a situação. Os brasileiros estamos esperançosos. (Nós, brasi-
48
leiros, estamos esperançosos.);
6.
z Só / sós � Possível 15
Variáveis quando significarem “sozinho” / Concordará com o artigo, em gênero e número, em
.
20
Invariáveis quando significarem “apenas, Ex.: Conheci crianças o mais belas possíveis. /
Conheci crianças as mais belas possíveis.
ra
somente”.
ei
Concordam com os elementos a que se referem. te em gênero e número. Se o termo que funciona
R
Ex.: Estamos quites com o banco. como adjetivo for originalmente um substantivo fica
e
Inclusos, enviamos os documentos solicitados; Ex.: Rosas vermelhas e jasmins pérola. (pérola
er
Quando significar “metade”: concordará com o Ternos cinza e camisas amarelas. (cinza também é
G
60
-piscas, pula-pulas. entre o nome e seu complemento.
8-
O nome exige um complemento nominal sempre ini-
48
Flexão Apenas do Primeiro Elemento ciado por preposição, exceto se o complemento vier em
6.
forma de pronome oblíquo átono.
z Nos substantivos compostos formados por subs- 15
Ex.: Os discípulos daquele mestre sempre lhe
.
20
tantivo + substantivo em que o segundo termo foram leais.
-4
público-alvo – públicos-alvo;
liv
públicos-alvos, elementos-chaves;
am
fim de semana – fins de semana; Há verbos que admitem mais de uma regência sem
er
60
Ajudei-o muito à noite; � Interessar-se: verbo pronominal transitivo indi-
8-
� Ansiar: transitivo direto; transitivo indireto reto, com as preposições em e por
48
Ex.: A falta de espaço ansiava o prisioneiro. (tran- Ex.: Ela interessou-se por minha companhia;
6.
sitivo direto com sentido de “angustiar”) 15
Ansiamos por sua volta. (transitivo indireto com � Namorar: intransitivo; transitivo indireto; transi-
.
20
- Transitivo direto no sentido de “ver, presenciar” Ex.: Você já pagou a conta de luz? (transitivo direto)
lh
indireto).
O verbo assistir não pode ser empregado no particípio. Vou pagar o aluguel ao dono da pensão. (transitivo
É incorreta a forma “O jogo foi assistido por milha- direto e indireto);
res de pessoas.” � Perdoar: transitivo direto; transitivo indireto;
transitivo direto e indireto
� Casar: intransitivo; transitivo indireto; transitivo Ex.: Perdoarei as suas ofensas. (transitivo direto)
direto e indireto A mãe perdoou à filha. (transitivo indireto)
Ex.: Eles casaram na Itália há anos. (intransitivo) Ela perdoou os erros ao filho. (transitivo direto e
A jovem não queria casar com ninguém. (transiti- indireto);
vo indireto) � Suceder: intransitivo; transitivo direto
O pai casou a filha com o vizinho. (transitivo dire- Ex.: O caso sucedeu rapidamente. (intransitivo no
to e indireto); sentido de “ocorrer”).
� Chamar: transitivo direto; transitivo seguido de A noite sucede ao dia. (transitivo direto no sentido
predicativo do objeto de “vir depois”).
Ex.: Chamou o filho para o almoço. (transitivo dire-
46 to com sentido de “convocar”);
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REGÊNCIA NOMINAL z Mesóclise: pronome posicionado no meio do ver-
bo. Casos que atraem o pronome para mesóclise:
Alguns nomes (substantivos, adjetivos e advér-
bios) exigem complementos preposicionados, exceto Os pronomes devem ficar no meio dos verbos
quando vêm em forma de pronome oblíquo átono. que estejam conjugados no futuro, caso não
haja nenhum motivo para uso da próclise. Ex.:
Advérbios Terminados em “Mente” Dar-te-ei meus beijos agora... / Orgulhar-me-ei
dos nossos estudantes.
Os advérbios derivados de adjetivos seguem a
regência dos adjetivos: z Ênclise: pronome posicionado após o verbo. Casos
análoga / analogicamente a que atraem o pronome para ênclise:
contrária / contrariamente a
compatível / compativelmente com Início de frase ou período. Ex.: Sinto-me mui-
diferente / diferentemente de to honrada com esse título.
favorável / favoravelmente a Imperativo afirmativo. Ex.: Sente-se, por
paralela / paralelamente a favor.
próxima / proximamente a/de Advérbio virgulado. Ex.: Talvez, diga-me o
relativa / relativamente a quanto sou importante.
60
convivência com
8-
demissão, demitido de Outro assunto que causa grande dúvida é o uso da
48
encerrado em crase, fenômeno gramatical que corresponde à junção
6.
enfiado em da preposição a + artigo feminino definido a, ou da
15
imersão, imergido, imerso em junção da preposição a + os pronomes relativos aque-
.
20
ge preposição).
R
60
Venda a prazo;
“Ouvindo isto, o desembargador comoveu-se até
� Antes de palavras femininas que não aceitam
8-
às (ou “as”) lágrimas, e disse com mui estranho
48
artigos
afeto.” (CBr. 1, 67)
Ex.: Iremos a Fortaleza.
6.
Casos Especiais
15
.
Macete de crase:
20
Se vou a; Volto de = Crase pra quê? Veremos a seguir alguns casos que fogem à regra.
Quando se relacionar a instrumentos cujos nomes
ra
evitar ambiguidades.
� Antes de forma verbal infinitiva
de
instrumento).
Ex.: O requerimento foi direcionado a Vossa
m
er
Excelência;
Quando Usar ou Não a Crase em Sentenças com
lh
60
Em relação à acentuação, por outro lado, a maior
8-
parte das regras não são efêmeras, porém, são em a) Um parecer abalisado deve ser solicitado afim de diri-
48
grande número. Neste material, iremos apresen- mir as dúvidas.
6.
tar uma forma condensada e prática de nunca mais b) Pode-se considerar excessão haver processos parali-
15
esquecer os acentos e os motivos pelos quais as pala- zados nesse setor.
.
20
Ainda sobre aspectos ortográficos da língua portu- plantio desse tipo de milho.
d) Não se considera privilégio o bônus, já que é conces-
ra
60
ção e da luta. Era uma obrigação limpar as respostas. Por vários
8-
* meritocracia: sistema de recompensa e/ou promo- dias e duas borrachas brancas, fazia desaparecer
48
ção fundamentado no mérito pessoal aquilo que aprendera durante uma série inteira.
6.
Da lista escolar, os pais apenas compravam os cader-
(Michael J. Sandel. A tirania do mérito: o que aconteceu com o bem
. 15
nos. Estudavam todos na mesma escola e reutilizavam
20
comum? Trad. Bhuvi Libanio. – 4a ed. Rio de Janeiro: Civilização os livros de exercícios. História, Geografia, Matemática,
Brasileira, 2021. Excerto adaptado)
-4
Assinale a alternativa em que as palavras extraídas Rodrigo era como um adubo do conhecimento de Fabrí-
ei
do texto recebem acento em atendimento à mesma cio, pois nunca deixava nenhum exercício sem preencher.
liv
regra de acentuação gráfica, de acordo com a norma- Predominava na época uma grave consciência de heran-
O
-padrão da língua portuguesa. ça que Fabrício deveria seguir. Jamais ele recebia um
de
a) privilégios; lá; política. não afundar demais o lápis, já pensando no irmão Miguel,
b) árduo; contemporânea; discordâncias.
am
d) prestígio; abundância; além. capa, desenhar nas bordas, colar adesivos. A responsa-
e
3. (VUNESP — 2022) Leia o texto para responder à questão. soal. Representava um patrimônio de todos os filhos.
ui
50
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c) Da lista escolar, os pais apenas compravam os cader- c) Isso ocorre porque a prosperidade duradoura depen-
nos. (2° parágrafo) de de um fluxo constante de inovações...
d) ... nunca deixava nenhum exercício sem preencher. d) ... não asseguram a liberdade necessária para que
(2° parágrafo) ciência e tecnologia se desenvolvam.
e) Representava um patrimônio de todos os filhos. (4° e) Já vimos ditaduras colapsarem porque ficaram para
parágrafo) trás na corrida tecnológica.
5. (VUNESP — 2022) Leia o texto, para responder à 6. (VUNESP — 2022) Fabrício e os irmãos dividir os
questão. materiais escolares, e os pais procuravam saber
dividir brinquedos e outros objetos.
China ultrapassa os EUA na produção científica
As lacunas do enunciado devem ser preenchidas, na
Pela primeira vez, a China superou os EUA em produ- ordem em que se apresentam, considerando a nor-
ção científica. Em 2020, instituições chinesas publi- ma-padrão da língua portuguesa, por:
caram 788 mil artigos contra 767 mil das americanas.
É possível relativizar esse dado. a) foram educado para ... capacitá-lo a
A China tem uma população quatro vezes maior que b) foram educados em ... capacitá-los à
a americana, de modo que a produção per capita c) foi educado para ... capacitá-los a
dos EUA ainda é superior. A China também não tem d) foram educados de ... capacitá-lo à
ganhado tantos prêmios Nobel quanto os EUA, o que e) foram educados para ... capacitá-los a
faz supor que, nas áreas mais relevantes, os ameri-
canos liderem. Tudo isso é verdade, mas o fato é que 7. (VUNESP — 2022) Leia fragmento da reportagem.
a ciência chinesa vem evoluindo de forma robusta.
Nada indica que um apagão esteja próximo. Num mundo ideal, o tamanho e a dieta dos peixes
A questão é relevante para os economistas liberais, não seriam um problema. Mas, num mundo como o
particularmente os da escola institucionalista*. Para nosso, os oceanos se transformaram em
eles, o crescimento sustentável só é possível quan- depósito do lixo produzido pelo homem, esses são
do as instituições políticas de um país são inclusivas aspectos não podem ser ignorados.
e seus cidadãos gozam de liberdade para decidir o
que farão de suas vidas e recursos. Isso ocorre por- Assinale a alternativa que apresenta termos que preen-
que a prosperidade duradoura depende de um fluxo chem, correta e respectivamente, as lacunas do texto.
constante de inovações, que resulte em ganhos de
60
produtividade. Ainda segundo os institucionalistas, a) que … que
8-
regimes autoritários, como o chinês, não asseguram b) em que … cujos
48
a liberdade necessária para que ciência e tecnologia c) em que … que
6.
se desenvolvam. d) cujos … de que
É possível que tais economistas tenham razão e que a
15
e) que … de que
.
20
ter o ritmo. Já vimos ditaduras colapsarem porque 8. (VUNESP — 2022) Leia a tira para responder à
ficaram para trás na corrida tecnológica. O caso mais
ra
questão.
notório é o da URSS, que, embora tenha chegado a
ei
liv
economia.
de
economia.
G
producao-cientifica.shtml.
31.12.2021. Adaptado)
60
relação à oração precedente, de
período de quarentena.
8-
A política de descontos agressiva das plataformas
48
a) consequência.
online também ajudou a aumentar as vendas. Quem
6.
b) modo.
ainda sofre são as livrarias físicas, ameaçadas pela 15
c) restrição.
competição com gigantes virtuais que são capazes
.
d) condição.
20
anopassado- mostra -pesqu isa.shtml. 06.12.2021. Adaptado) Penso que Michel Serres seja a mente filosófica mais
os
O termo destacado na frase do último parágrafo - O capaz de dedicar-se também à reflexão sobre a atua-
setor tem, por motivos como esse, voltado a se aglu- lidade. Uso despudoradamente (à exceção de alguns
R
tinar em torno da ideia de uma lei. .. - forma uma comentários pessoais) um belíssimo artigo de Serres
e
m
expressão que enuncia publicado em março de 2010 que recorda coisas que,
er
a) a causa de o setor aglutinar-se em torno da ideia de e, para nós, mais velhos, aos netos.
ui
b) oposição à aglutinação do setor em torno da ideia de porco, uma vaca, uma galinha. Os novos seres huma-
uma lei. nos não estão mais habituados a viver na natureza, e
c) o modo de o setor aglutinar-se em torno da ideia de só conhecem as cidades. Trata-se de uma das maiores
uma lei. revoluções antropológicas depois do neolítico’ .
d) o tempo da aglutinação do setor em torno da ideia de Há mais de sessenta anos, os jovens europeus não
uma lei. conhecem guerras, beneficiam-se de uma medicina
e) a finalidade de o setor aglutinar-se em torno da ideia avançada e não sofrem como sofreram seus antepas-
de uma lei. sados. Então, que obras literárias poderão apreciar,
visto que não conheceram a vida rústica, as colheitas,
10. (VUNESP — 2022) Ainda alcancei a geração que cedia o os monumentos aos caídos, as bandeiras dilaceradas
lugar às senhoras grávidas. Se uma delas tomava o bon- pelas balas inimigas, a urgência vital de uma moral?
de, três, quatro ou cinco jovens se arremessavam. E a Foram formados por meios de comunicação conce-
boa e ofegante senhora tinha seu canto, tinha seu espa- bidos por adultos que reduziram a sete segundos o
ço. E, quando ia pagar a passagem, dizia o luso condutor tempo de permanência de uma imagem e a quinze
por trás dos bigodões: “Já está paga, já está paga!”. segundos o tempo de resposta às perguntas.
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São educados pela publicidade que exagera nas abre- Parece absurdo que alguém nunca tenha escutado
viações e nas palavras estrangeiras e faz com que a respeito da cantora Anitta, por exemplo, mas, há
percam o senso da língua materna. A escola não é pouco tempo, um advogado me perguntou quem era.
mais o local da aprendizagem e, habituados aos com- Fiquei chocada. Questiono-me se é possível jamais
putadores, esses jovens vivem boa parte da sua vida ter ouvido falar de Anitta. Foi aí que me dei conta de
no virtual. Nós vivíamos num espaço métrico percep- que eu estava caindo na armadilha comum de achar
tível, e eles vivem num espaço irreal onde vizinhanças que, se alguém ignora a existência de uma celebrida-
e distâncias não fazem mais a menor diferença. de, não passa de um esnobe.
Não vou me deter nas reflexões de Serres acerca das Antigamente, as capas de revista consagravam car-
possibilidades de administrar as novas exigências da reiras. A televisão era o eletrodoméstico mais impor-
educação. Em todo caso, sua panorâmica nos fala de tante da casa. Todo mundo conhecia o rei do iê iê iê, o
um período semelhante, pela subversão total, ao da galã da novela, a miss de cetro e coroa. Eram intocá-
invenção da escrita e, séculos depois, da imprensa. veis, distantes, quase sobrenaturais — pois raros.
Só que estas novas técnicas hodiernas mudam em Hoje você grava um vídeo caseiro, posta na internet, cai
grande velocidade. Por que não estávamos prepara- nas graças de uns, viraliza e dentro de um ano pode estar
dos para esta transformação? morando numa mansão, e quem vai dizer que o valor
Serres conclui que talvez a culpa seja também dos passou ao largo? Quase sempre o êxito vem do talento
filósofos, que, por profissão, deveriam prever as artístico, mas pode vir também do faro para tendências,
mudanças dos saberes e das práticas e não o fizeram para criar conteúdo motivacional, para fazer dinheiro nas
de maneira suficiente porque, “empenhados na políti- redes.
ca de todo dia, não viram chegar a contemporaneida- Nós, os sobreviventes da era analógica, não consegui-
de”. Não sei se Serres tem toda razão, mas alguma ele mos acompanhar tanta novidade circulando pelo palco
tem. digital. Eu já me perdoei por não conseguir estar informa-
‘ Última divisão da Idade da Pedra, caracterizada pelo da sobre tudo e sobre todos, mesmo trabalhando num
desenvolvimento da agricultura e a domesticação de veículo de comunicação. De que planeta eu vim?
animais. De outro século e deste aqui, vim lá de trás e de hoje cedo,
administro como posso o meu passado e este presente
(Umberto Eco. Pape Satàn aleppe: crônicas de uma sociedade intenso, me espanto com a oferta atordoante de eventos
liquida. 2 ed. - Rio de Janeiro: Record, 2017. Excerto adaptado) e existências, tantas que nem todas são por mim assimi-
ladas. Não é esnobismo, não; é esse tempo agora, voraz.
Considere as frases do 2º e 3º parágrafos,
respectivamente: (Martha Medeiros. Tanto tudo. https://oglobo.globo.com,
60
14.11.2021. Adaptado)
8-
� Só para começar, estes filhos ou netos nunca viram
48
um porco, uma vaca, uma galinha. Nos trechos “Foi aí que me dei conta de que eu estava
6.
� Há mais de sessenta anos, os jovens europeus não caindo na armadilha comum…” (2o parágrafo) e “Quase
conhecem guerras ...
.15
sempre o êxito vem do talento artístico…” (4o parágrafo),
os vocábulos destacados, no contexto em que se encon-
20
Assinale a alternativa em que as formas pronominais tram, têm, respectivamente, como sinônimo e antônimo:
-4
b) excepcional e derrota.
liv
a) ... estes filhos ou netos nunca lhes viram. / ... os c) transponível e incerteza.
O
c) ... estes filhos ou netos nunca os viram. / ... os jovens 13. (VUNESP — 2022) Leia o texto para responder à questão.
europeus não as conhecem ...
R
e) ... estes filhos ou netos nunca viram-lhes. / ... os “Natura non facit saltus” (a natureza não dá pulos). A
lh
jovens europeus não conhecem-lhes ... frase é do filósofo alemão Leibniz, mas quem a popu-
ui
12. (VUNESP — 2022) Leia o texto para responder à questão. “A Origem das Espécies”. Não é para menos. A lição
fundamental do darwinismo é que a evolução ocorre
Você sabe que os anos estão passando quando não através de pequenas modificações que se acumulam
LÍNGUA PORTUGUESA
identifica mais quem são as pessoas que a maioria na profundidade do tempo geológico. Todavia, quan-
da população admira. Há um sem-número de ídolos do se discute o lugar do homem no mundo biológico,
populares que, se entrassem num elevador comigo, eu esquecemos esse princípio e embarcamos em narra-
não faria ideia de quem seriam, enquanto, para seus tivas que nos colocam no ápice da criação.
fãs, compartilhar com eles os poucos segundos entre Esse suposto excepcionalismo humano fica escanca-
o térreo e o décimo andar ressignificaria a vida. Muitos rado na questão da consciência. Por muito tempo a
artistas estão neste exato instante quebrando recordes, descrevemos como atributo exclusivamente humano.
fazendo lives acompanhadas por milhões de seguidores, Melhores e mais recentes pesquisas, entretanto, vão
e, ao ouvir seus nomes pela primeira vez, eu talvez os revelando que não é bem assim. Ainda que bichos
confundisse com algum ex-colega de faculdade. não se mostrem capazes de perguntar pelo sentido
da vida, há indícios de que boa parte do reino animal
apresenta algum grau de consciência.
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O livro “Super Fly” (supermosca), de Jonathan Bal- Bilionários
combe, estende esse esforço aos Diptera, ordem que
inclui moscas, mosquitos, mutucas e borrachudos. Fernando Schüler
O autor descreve vários experimentos sugestivos de
que até as modestas moscas de fruta são capazes de No auge da brabeza global pela compra do Twitter,
comportamentos flexíveis e com intencionalidade – por Erlon Musk, li um curioso argumento, dito por
marcas da consciência. Parentes delas, três tipos de um ativista de redes sociais. Segundo ele, toda vez
formiga passariam até no teste de se reconhecer no que Musk fica mais rico, a humanidade ficaria mais
espelho, categoria em que está a elite intelectual da pobre. Na sua cabeça, a riqueza global deve ser como
bicharada, representada por humanos, chimpanzés, uma espécie de bolo gigante, de modo que, se algum
golfinhos e mais poucas espécies. guloso pega um naco muito grande para si, sobra
As repercussões desses achados para a ética não menos para os demais. Uma deputada resolveu ser
são desprezíveis. Fica mais difícil encontrar limites mais direta: bilionários “nem deveriam existir”, disse
naturais para definir quais animais devem ser obje- ela. Me caiu os butiá dos bolso*, como se diz lá no
to de nossa consideração moral e quais não preci- Sul. O que o sujeito faria, exatamente, se abrisse uma
sam. Qualquer decisão aí soará caprichosamente empresa e ela começasse a crescer? Se, vendendo
arbitrária. sua participação, outros ficassem bilionários? Por
Os Diptera saem em desvantagem. Eles não desper- que ele continuaria investindo e fazendo negócios?
tam muita solidariedade humana. Não sem motivos. Por esporte? Desconfio que não ia funcionar.
Metade de todos os diagnósticos clínicos de doenças Há uma enorme confusão aí sobre como se gera valor
feitos no mundo tem insetos como agente causador, e como alguém se torna um bilionário, em uma eco-
a maior parte mosquitos. nomia de mercado. O bilionário que eu mais ajudo a
ser um bilionário é Jeff Bezos. Não compro ações,
(Hélio Schwartsman. https://www1.folha.uol.com.br. 09.07.2022. mas livros, em sua loja virtual. Eu poderia comprar ali
Adaptado) na livraria do bairro, que segura as pontas como pode,
mas acabo não me dando ao trabalho. Às vezes penso
Considere a passagem a seguir, do segundo parágra- que estou sendo egoísta fazendo isso. Em todo caso,
fo do texto, para responder à questão. ao menos no que me diz respeito, a teoria daquele ati-
vista não funciona. A cada vez que eu compro um livro
Por muito tempo a descrevemos como atributo lá, Bezos fica mais rico e eu de bem com a vida.
exclusivamente humano. Melhores e mais recentes Há quem ache que exista uma “aristocracia global”,
pesquisas, entretanto, vão revelando que não é bem transmitindo sua fortuna de geração em geração. De
60
assim. fato, há muita gente que herda sua fortuna. Não vejo
8-
problema nisso. Há os que investem ainda mais, geram
48
Assinale a alternativa em que, na posição na qual a ainda mais riqueza, e outros torram tudo. Me lembro
6.
vírgula foi inserida na primeira oração, a redação está das histórias de pessoa gastando até o último centavo
em conformidade com a norma-padrão de pontuação. 15
e batendo as botas sem um vintém, num hotel de luxo.
.
20
Há os que ganham pelo casamento, como a ex-mulher
a) Por muito, tempo a descrevemos como atributo
-4
b) Por muito tempo, a descrevemos como atributo milhões de reais à ONG brasileira Gerando Falcões, foca-
ei
c) Por muito tempo a, descrevemos como atributo A primeira coisa interessante a discutir sobre os bilio-
O
d) Por muito tempo a descrevemos, como atributo to cria uma empresa inovadora, oferecendo algo que
os
exclusivamente humano. melhore a vida das pessoas, temos mais é que con-
am
e) Por muito tempo a descrevemos como atributo exclu- tar a sua história em nossas escolas e inspirar mais
sivamente, humano. jovens nessa direção. Foi o que fez Pedro Frances-
R
14. (VUNESP — 2022) A regência das palavras está de inovadora, de cartões de crédito. E este ano consta
er
acordo com a norma-padrão da língua portuguesa lá da lista dos mais ricos, da Forbes, com 1,5 bilhão.
lh
em: Vai fazer o que com Pedro? Pedir a ele que devolva
ui
a) O vendedor não estava apto de atender tantas pessoas. parte, acho o oposto. É bom que ele exista, e que o seu
b) Ela precisa dedicar-se mais pelos amigos que tem. sucesso sirva de exemplo. Ideias inovadoras fazem o
c) É necessário haver controle sobre nossos gastos. mundo andar para a frente.
d) Eles estão habituados em fazer pesquisa de preços O que realmente deveríamos combater é a riqueza
antes de comprar. obtida da fraude, dos privilégios criados para alguns.
e) Ele hesitou muito por adquirir aqueles móveis. O que realmente deveríamos fazer é mudar o disco. Em
vez do ranço contra quem inova e gera valor, perder
15. (VUNESP — 2022) Leia o texto a seguir para respon- o sono com o que se passa na base da pirâmide. Per-
der à questão. guntar como é possível, em pleno 2022, que um quarto
da população viva em situação de pobreza ou extrema
pobreza e que ensinemos menos de 5% do que nossos
alunos deveriam saber de matemática, nas redes públi-
cas, no fim do ensino médio, depois imaginando que eles
terão boas chances no mercado de trabalho.
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É preciso olhar para a frente, em vez de tomar, todo Em Taipei, os moradores foram obrigados a comprar
santo dia, o veneno das velhas ideias. sacos de lixo azuis emitidos pelo governo, criando
um imposto sobre o lixo a fim de diminuir a quantida-
(Revista Veja, 11 de maio de 2022. Adaptado) de de resíduos; mais de quatro mil pontos de coleta
foram instalados; a maioria das lixeiras públicas foi
* Me caiu os butiá dos bolso = expressão regionalis- removida; e multas foram aplicadas. Tudo isso faz
ta típica do Rio Grande do Sul. Usa-se para dizer que parte de uma política de gestão de resíduos segun-
a pessoa está impressionada, assustada. ** fintech do a qual “o lixo não pode tocar o chão”. As medidas
= termo que surgiu da união das palavras “financial” funcionaram. Em 2017, Taiwan teve uma taxa de reci-
e “technology” = tecnologia e inovação aplicadas na clagem doméstica de mais de 50%, perdendo apenas
solução de serviços financeiros. para a Alemanha, segundo a empresa de consultoria
Eunomia.
O acento indicativo da crase está empregado de acor- O jingle tornou-se definitivamente parte integrante da
do com a norma-padrão na seguinte frase reescrita: trilha sonora de Taiwan, visto que atrai uma multidão de
forma tão confiável que, quando a cidade de Tainan se
a) Butiá refere-se à uma fruta pequena, pouco maior que atreveu a mudar e transmitir aulas de inglês, ninguém
uma bola de gude. apareceu.
b) Há quem ache que exista uma “aristocracia global”,
transmitindo sua fortuna de geração à geração. (Amy Qin e Amy Chang Chien. https://www.estadao.com.br/
c) Nem todas as riquezas ocorrem devido às heranças. internacional. Tradução de Lívia Bueloni Gonçalves. Acesso em:
26.05.2022. Adaptado)
d) Muitas doações se devem à filantropos do mundo todo.
e) Quando as pessoas começarão à se preocupar com a
base da pirâmide? 1. jingle: mensagem publicitária musicada de curta duração
2. Taipei: capital de Taiwan
16. (VUNESP — 2022) Leia o texto para responder à questão.
Assinale a alternativa que atende à norma-padrão de
Quando ouvir Beethoven, é hora de tirar o lixo concordância verbal e nominal.
“Pour Elise”, de Beethoven, é música onipresente em a) Décadas atrás, ia de mal a pior os serviços de gestão
lições de piano, mas para os moradores de Taiwan, de resíduos em Taiwan.
o jingle¹ é um chamado à ação, o início de um ritual b) Basta os primeiros acordes de “Pour Elise”, e velhos e jovens
noturno, um sinal para amarrar as sacolas plásticas e surgem trazendo os sacos de lixo para os caminhões.
60
descer: é hora da coleta de lixo. c) São exemplares a participação dos habitantes no
8-
O caminhão de lixo amarelo e o caminhão de reci- projeto “o lixo não pode tocar o chão”.
48
clagem branco param na rua, os coletores descem d) Existem pessoas que entregam o lixo e vão embora, o
6.
e colocam uma série de latas separadas para papel, que as torna menos simpáticas para alguns vizinhos.
plástico, vidro, metal, comida crua (para adubo) e
.15
e) Tratam-se de questões públicas de saúde e bem-es-
tar saber administrar adequadamente o descarte do
20
medida que moradores, velhos e jovens, convergem 17. (VUNESP — 2022) Leia o texto para responder à questão.
ei
pé, de bicicleta e de scooter, com o lixo já separado Tive dois anos e três meses de invencibilidade, come-
O
A coleta de lixo varia em todo o mundo, mas nenhum especial. Adivinha só: não sou. Aqui estou eu, com
os
lugar faz como Taiwan. Nas cidades ou vilas rurais, o corpo entregue à doença, que me castiga na cama
am
faça chuva ou faça sol, você encontrará pessoas com como poucas fizeram antes.
sacolas na beira da estrada esperando os caminhões Brincadeiras à parte, desenvolvi sintomas leves da
R
de lixo. Alguns passam o tempo olhando para seus covid, graças às três doses de vacina.
e
m
celulares. Outros atualizam as fofocas e conversam O coronavírus não é o date ideal – muito pelo contrá-
er
com os vizinhos. Estão com os ouvidos abertos para rio, cabe-lhe perfeitamente a expressão “antes só do
lh
os primeiros compassos da música. que mal acompanhado”. Enxotá-lo da minha vida não
ui
lixo e ir embora, e também moradores de aparta- O jeito é esperá-lo ir embora e, enquanto isso, a sen-
mentos de luxo que têm funcionários para realizar a satez manda respeitá-lo. Mais: há de se negociar uma
tarefa. Ainda assim, as pessoas dizem que poder ver convivência possível com o intruso. Levando-se em
LÍNGUA PORTUGUESA
rostos familiares tem sido uma fonte de satisfação. conta que ele sempre tem razão.
Recentemente em Taipei², Kusmi, de 52 anos, recebeu O vírus vetou terminantemente o vinho que eu pre-
de uma amiga um recipiente com espaguete e laranjas. tendia tomar neste fim de semana. Nossos jantares
Lin Yu-wen, de 78, ajudou sua vizinha e amiga de longa serão à base de água, muita água.
data, Yu Tzu-tsu, de 91, a jogar fora uma pilha de jornais Febril, tentei convencê-lo de que o fondue seria uma
velhos. boa ideia, afinal tenho uns queijos bacanudos dando
Lin e Yu têm idade para se lembrar dos dias em que mole na geladeira. Mas o vírus me devolveu à razão.
as ruas de Taipei ficavam cheias de lixo e os ater- Nada de fondue. Ele exigiu sopa. Sopa o vírus terá.
ros da ilha transbordavam. A situação tornou-se tão
(Marcos Nogueira, “O vírus é meu date no Dia dos Namorados”.
insuportável que, a partir da década de 1990, o poder
https://www1.folha.uol.com.br/blogs/cozinha-bruta. 10.06.2022.
público resolveu agir. Adaptado)
55
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Segundo Koch (1991), num sentido amplo, a intertex-
tualidade é uma “condição de existência do próprio
discurso” e pode equivaler à noção de interdiscursi-
vidade ou heterogeneidade. Um discurso remete a
outro e tudo se dá como se o que se tem a dizer trou-
xesse pelo menos em parte um já dito.
(Marcuschi, 2008)
60
a falar, os bebês já são capazes de deixar claro que
8-
estão descontentes com a temperatura da água do
48
banho, ou que já saciaram a fome e não querem mais
6.
mamar. Nada disso, no entanto, impede que, quando
15
cresçam, muitas pessoas sejam incapazes de negar
.
20
um pedido, não importa de onde venha. A maioria,
-4
8 B
Atravesso um continente, me afasto de casa oito mil qui-
lômetros, venho parar no Canadá. A vida aqui continua 9 A
quase exatamente como lá, recebo as mesmas mensa-
gens, leio as mesmas duras notícias, cumpro com dis- 10 A
ciplina as demandas da existência virtual. Ocupo um 11 C
novo espaço, mas não desocupo o espaço prévio, não
me desobrigo das urgências que não cessam, não esca- 12 D
po das estridências do meu cotidiano. Sem nem sair de
casa, percorra o mundo inteiro, era o que nos prometia a 13 B
utopia tecnológica. A realidade com que nos deparamos,
14 C
percebo agora, é quase oposta: nem percorrendo o mun-
do inteiro, você conseguirá sair de casa. 15 C
Estava tomado por certa inquietude quando concebi este
texto. Sentia a aguda dificuldade em fazer de uma via- 16 D
gem uma viagem, de me alienar dos meus lugares habi-
17 A
tuais, de me deixar visitar por novas paisagens e novos
pensamentos. Caminhar pelas ruas de Montreal, como 18 C
60
fiz por algumas horas na primeira tarde, me garantia ao
8-
menos a desconexão necessária, mas não chegava a 19 C
48
me sossegar. São cada vez mais parecidas as ruas do
20 B
6.
mundo, era o que eu observava de novo. Os centros das
grandes cidades, antigas ou modernas, ricas ou pobres,
.15
20
(Disponível em https://www.uol.com.br/ecoa/colunas/julian-
fuks/2022/05/07/nem-percorrendo-o-mundo-inteiro-voce-
conseguira-sair-de-casa.htm. Acesso em 08.05.2022. Adaptado)
60
8-
48
6.
.15
20
-4
ra
ei
liv
O
de
os
am
R
e
m
er
lh
ui
G
58
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título, a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.
z Dízimas periódicas.
Ex.: 0,33333...
60
Exercite seus conhecimentos através dos exercí-
8-
Qualquer número natural é também inteiro e todo cios comentados a seguir.
48
número inteiro é também racional.
6.
1. (FGV — 2010) Julgue as afirmativas a seguir:
15
O símbolo desse conjunto é a letra Q e podemos
.
20
Q
liv
Z
( ) CERTO ( ) ERRADO
R
e
m
z Frações: a) 1/2.
b) 1 ¼.
c) 3/4.
Ex.: 8 3 7 etc.
d) 1 ½.
3 , 5 , 11
e) 5/8.
z Números decimais.
Vamos deixar todos na forma decimal. Ou seja,
Ex.: 1,75 vamos dividir o numerador pelo denominador da
fração. Veja:
59
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5/8 = 0,625 Usando o mesmo raciocínio, a potenciação nasceu
½ = 0,5 da multiplicação de fatores iguais:
1 ¼ = 1 + 0,25 = 1,25
¾ = 0,75 2 · 2 · 2 · 2 = 2 multiplicado 4 vezes por ele mesmo.
1 ½ = 1 + 0,5 = 1,5
Logo, o maior diâmetro será 1 ½ polegadas, que Uma das principais evoluções que ocorreram na
corresponde a 1,5 polegadas. Resposta: Letra D. matemática foi o desenvolvimento das notações, uma
espécie de alfabeto modificado para que seja mais
3. (FCC — 2017) Sabendo que o número decimal F é fácil a comunicação; essa linguagem matemática usa
0,8666 . . . , que o número decimal G é 0,7111 . . . e que símbolos vários, alguns mais complexos, com signifi-
o número decimal H é 0,4222 . . . , então, o triplo da cados também complexos, mas não é o caso da lingua-
soma desses três números decimais, F, G e H, é igual a gem utilizada no ensino médio.
A notação para 2 · 2 · 2 · 2 = 2 multiplicado 4 vezes
a) 6,111 . . . por ele mesmo = 2^4.
b) 5,888 . . . Cada número recebe um nome para que possamos
c) 6 nos comunicar sobre esse tema, a potenciação.
d) 3 4 → Expoente
e) 5,98 2
→
Base
Podemos resolver de forma aproximada, somando:
0,8666 + 0,7111 + 0,4222 = 1,9999 (aproximadamen- O expoente recebe, também, o nome de potência;
te 2) assim, dizemos que a base 2 está elevada a 4ª potência
A soma é aproximadamente 3×2 = 6. Resposta: Letra ou ao expoente 4.
C. Para entendermos que os expoentes podem fazer
parte de qualquer conjunto de número (aqui, vamos
POTENCIAÇÃO E RADICIAÇÃO COM EXPOENTES até o conjunto dos números R ), precisamos compreen-
RACIONAIS der um pouco mais sobre a multiplicação. Baseados na
soma que gerou a multiplicação, podemos fazer uma
A matemática nasceu das necessidades huma- multiplicação um pouco mais complexa do que aquela
nas de controle de sistemas de ordem social, como do exemplo acima usando os fatores de soma. Vejamos:
o número de indivíduos nos rebanhos, as operações 35 · 10.5 = 367.5 é feito usando um algoritmo de
multiplicação aprendido cedo na escola:
60
financeiras antigas envolvendo trocas, a tentativa de
8-
entender os processos astronômicos, entre outros.
35
48
As operações simples nasceram da contagem nos
× 10,5
6.
dedos, por exemplo. A poderosa matemática que hoje
15 175
conduz aos estudos das previsões do tempo, do lança- + 00
.
mento de foguetes ao espaço, da física quântica e da
20
35
relatividade, teve origem nas contas feitas nos dedos!
-4
367,5
Logo, ela é derivada de raciocínios simples que, soma-
ra
Importante!
ui
Muitas vezes, vemos nos livros didáticos um algoritmos derivados das operações matemáticas bási-
erro de notação matemática. O símbolo do pro- cas em função dos conhecimentos do sistema decimal.
duto ou multiplicação pode ser x (que pode ser Em função do que explicamos, podemos fazer
confundido com a letra x num texto), * ou ·· . No aquela conta mentalmente, veja: separamos a casa
entanto, não pode ser *, em cima na linha, nem . decimal, 0.5 e fazemos a multiplicação de 35 por 10,
embaixo. O asterisco e o ponto devem estar no que dá 350, e somamos a multiplicação de 0.5 vezes
meio da linha. Um ponto na parte debaixo pode 35, que, na verdade, é a metade de 35, i.e., 17.5.
Agora ficou fácil, somamos 350 a 17.5 e temos 367.5.
ser confundido com a notação de decimal, por
Baseados nesse raciocínio, podemos, também, usá-
exemplo, 3.2 é um decimal e 3 · 2 é 6.
-lo na potenciação, vejamos um caso como exemplo:
23.5 = considerando a composição de fatores,temos,
Mesmo um número x ∈ R pode ser multiplicado 2 ∙ 21 ∙ 21 ∙ 20.5 = 23 ∙ 20.5
1
considerando sua parte fracionária ou decimal: Voltamos, então para a soma, i.e., 23 ∙ 20.5 = 23+0.5 =
23.5. Aqui, acrescentamos uma propriedade natural da
2.142857 + 2.142857 = 2 vezes o 2.142857=2 · 2.142857 = potenciação, os expoentes de mesma base podem ser
60 4.285714. somados; veremos mais sobre isso à frente.
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Nossa intenção não é dar a resposta dessa potên- Considere 18 (nos casos em que o índice é omiti-
cia, mas mostrar que raciocinar sobre potência asso- do, n = 2). Fatorando, temos:
cia as bases soma e produto e mostra que a potência
pertence ao conjunto R. 18 2
Pertencer a R significa que temos potências que 9 3
pertencem aos conjuntos dos números naturais (N),
3 3
aos inteiros (Z), aos racionais, aos irracionais. Vamos
estudar cada caso, tanto de potenciação quanto de 1
radiciação em tópicos à frente.
Em termos de radiciação, considere o raciocínio. O 2
Então, temos, neste caso 18 = 3 ·2 = 3· 2 . Veja
número 8 = 2 ∙ 2 ∙ 2 = 23 (leia as equações devagar e
que o 3 foi retirado da raiz quadrada por estar elevado ao
traduzindo para a língua portuguesa, nesse caso, oito é
quadrado, e o 2 permaneceu. Essa simplificação é consi-
igual a três vezes 2 que é igual 2 elevado ao expoente 3),
derada elegante entre os matemáticos.
que significa dizer que a raiz cúbica de 8 é um número
Os números racionais são aqueles que possuem casas
que, ao ser multiplicado 3 vezes por si mesmo, é igual a
8; nesse caso, o número deve pertencer ao conjunto dos decimais finitas ou infinitas com repetição dos números.
reais e ser positivo como condição necessária para usar A potenciação com expoentes racionais abre pre-
essa notação. A representação em linguagem matemá- cedente para uma interpretação mais detalhada da
3 ideia da radiciação.
tica desse raciocínio é 8 = 2. 2 2 2 2
Assim como na representação matemática da poten- Tomemos 16 = 2 ·2 = (2·2) = 2·2 = 2 . É
ciação, cada número recebe um nome na estrutura da possível perceber que, se 2 = 4 = 16 ⟺ 16 = 4 = 2
4 2 4
Base
, sendo que ^ 2 h = 2 = 4 , por
2
Agora tomemos 2
Em geral nos problemas sobre radiciação, podemos
substituição 2 = 4 . Para descobrirmos como cal-
usar o conceito de fatoração.
cular isso, apenas devemos nos perguntar quantas n
vezes devemos multiplicar 2 por si mesmo para
60
Importante!
8-
que o resultado seja 4, tal que b = n
2 . Se a resposta
48
for n=4, ela está correta. Vejamos,
A fatoração é a decomposição de um produto
6.
por seus componentes básicos. Uma vez que 15
4 = ^ 4 h2 = 4 2 2 = 4 4 = ]2 g4 = 2 4 = 2 2 =
1 1 1 1 1 2 1
2
.
2.
·
os números primos são por definição divisíveis
20
ro qualquer é decompô-lo no produto entre os Acompanhe as operações acima com calma e atenção.
ra
números primos pelos quais ele é divisível. Como raciocinar dessa maneira está longe da pratica-
ei
1
de
216 2 1 1
4
16 = 16 2 = (2 ) 2
R
108 2
e
54 2
m
27 3 1
lh
9 3
si mesmo vez, isso pode ser transcrito como:
2
ui
G
3 3 1
4· 2
2 = 22
1
4 2 = ^4 2 h2 = 4 2 2 = 4 4 =
3
(2 · 33) = (2 · 3)3, fazendo a substituição 216 = (2.3)
3 1 1
3 3
1 1 1 1
· 4
4 = 4
= 2 · 3 = 6. Observe que a multiplicação de bases dife-
rentes com o mesmo expoente é a multiplicação das 4 4 2 2 1
4 = 2 = 24 = 22 2
bases, entre parênteses, elevada ao expoente igual.
Podemos ter casos vários casos dentro dos conjuntos
Com essas comparações estabelecidas, podemos defi-
de números com algumas restrições que serão mostra-
das à frente. Aqui, queremos que entenda as ideias e os nir uma potência de expoentes racionais mais claramente.
raciocínios. Vamos analisar o caso de um número cujo Para uma base b ∈ R, um expoente m ∈ Z um índice
raiz enésima com índice de valor n (veja o que é índi- n ∈ N e n ≠ 0, uma potência de expoentes racionais é
m m
m
ce na figura de raiz cúbica de 8, acima) de um número definida como b n = b , com ∈ Q, como já mos-
n
n
qualquer não apresenta valor inteiro ou racional. trado acima. 61
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Cálculo do MDC por Fatoração Simultânea
MÍNIMO MÚLTIPLO COMUM
Podemos calcular o MDC entre 2 ou mais números
Os múltiplos de um número X são aqueles núme- fazendo a fatoração simultânea dos dois números (aqui,
ros que podem ser obtidos multiplicando X por outro é importante ressaltar que a faremos a fatoração até o
número natural. Agora, observe os múltiplos dos momento em que o número 1 for quem divide todos os
números 4 e 6: números envolvidos ao mesmo tempo). Veja:
M(4) = 4, 8, 12, 16, 20, 24, 28, 32, 36, ... Ex.: Calcule o MDC entre 60 e 45.
M(6) = 6, 12, 18, 24, 30, 36, 42, ...
60 – 45 3 (note que 3 é o número que divide o 60 e o 45 ao mesmo tempo)
Quais são os múltiplos iguais (comuns) entre os
números? São eles: 12, 24, 36. E qual o menor deles? 20 – 15 5 (note que 5 é o número que divide o 20 e o 15 ao mesmo tempo)
Cálculo do MMC por Fatoração Simultânea Logo, o MDC (60 e 45) = 15.
Passos para calcular o MDC (fatoração simultânea):
Podemos calcular o MMC entre 2 ou mais números,
de maneira mais rápida, fazendo a fatoração simultâ- z Montar uma coluna para os fatores primos e colu-
nas para cada um dos números;
nea dos dois números. Veja:
z Começar a divisão dos números pelo número que
Ex.: Calcule o MMC entre 6 e 8.
divide todos os números ao mesmo tempo;
z Parar a fatoração quando o número 1 for quem
6–8 2 (aqui devemos colocar o menor número primo)
divide todo os números ao mesmo tempo;
3–4 2 (nesse caso repetimos o número 3, pois ele não é dividido pelo 2) z O MDC será a multiplicação dos fatores primos
3–2 2 utilizados.
3–1 3
60
vários números. Vamos exercitar novamente, dessa A razão entre duas grandezas é igual à divisão
vez com mais números. entre elas, veja:
8-
48
Ex.: Calcule o MMC entre os números 10, 12, 20.
6.
2
10 – 12 – 20 2 (aqui devemos colocar o menor número primo)
. 15 5
20
5 – 6 – 10 2 (nesse caso repetimos o número 3, pois ele não é dividido pelo 2)
Ou podemos representar por 2 ÷ 5 (Lê-se “2 está
-4
5–3–5 3
2 4
O
z Começar a divisão dos números pelo menor fator e proporção é quando se aplica uma “variável” qual-
e
=
ta copiá-lo para a próxima linha. O objetivo é fazer 3 6
com que todos os números cheguem ao valor 1. O MMC
será a multiplicação dos fatores primos utilizados. Para resolvermos esse tipo de problema devemos
usar a Propriedade Fundamental da razão e propor-
ção: “produto dos meios pelos extremos”.
Meio: 3 e x
MÁXIMO DIVISOR COMUM Extremos: 2 e 6
Logo, devemos fazer a multiplicação entre eles
numa igualdade. Observe:
O máximo divisor comum (MDC ou M.D.C.) corres-
ponde ao maior número divisível entre dois ou mais
3·X=2·6
números inteiros.
Os divisores comuns de 12 e 18 são 1, 2, 3 e 6. Den- 3X = 12
tre estes, o número maior é o 6. Sendo assim, o núme-
X = 12/3
ro 6 é o máximo divisor comum entre 12 e 18, ou seja,
62 o MDC entre 12 e 18 é igual a 6. X=4
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Lembre-se de que a maioria dos problemas en- o mesmo procedimento seja feito do outro lado da
volvendo esse tema são resolvidos utilizando essa proporção.
propriedade fundamental. Porém, algumas questões
acabam sendo um pouco mais complexas e pode ser a
=
c
=
a+b = c+d
útil conhecer algumas propriedades para facilitar. Va- b d a c
mos a elas.
Vejamos um exemplo:
Propriedade das Proporções
x 2
=
� Somas Externas: 14 - x 5
a c a+c x + 14 - x 2+5
b
=
d
=
b+d =
x 2
14 7
Vamos entender um pouco melhor resolvendo =
x 2
uma questão-exemplo:
Suponha que uma fábrica vai distribuir um prê- 7 · x = 2 · 14
mio de R$10.000 para seus dois empregados (Carlos
14 · 2
e Diego). Esse prêmio vai ser dividido de forma pro- x= =4
7
porcional ao tempo de serviço deles na fábrica. Carlos
está há 3 anos na fábrica e Diego está há 2 anos. Quan-
to cada um vai receber? Portanto, encontramos que x = 4.
Primeiro, devemos montar a proporção. Sejam C
a quantia que Carlos vai receber e D a quantia que Observação: vale lembrar que essa propriedade
Diego vai receber, então temos: também serve para subtrações internas;
60
C D C+D Vejamos um exemplo para melhor entendimento:
=
8-
3
=
2 3+2 Uma empresa vai dividir o prêmio de R$13.000
48
proporcionalmente ao número de anos trabalhados.
6.
São dois funcionários que trabalham há 2 anos na
Perceba que C + D = 10.000 (as partes somadas), 15
empresa e três funcionários que trabalham há 3 anos.
então podemos substituir na proporção:
.
Seja A o prêmio dos funcionários com 2 anos e B
20
C D C+D
= = = 10.000 = 2.000 temos:
ra
3 2 3+2 5 A B
ei
=
2 3
liv
2.000, que chamamos de “Constante de Proporcionali- Porém, como são 2 funcionários na categoria A e 3
de
dade”, é que nos mostra o valor real das partes dentro funcionários na categoria B, podemos escrever que a
da proporção. Veja:
os
C
= 2.000 2A + 3B = 13.000
R
3
e
m
2A 3B
G
D
= 2.000 4
=
9
2
D = 2.000 x 2 Aplicando a propriedade das somas externas,
D = 4.000 (esse é o valor de Diego) podemos escrever o seguinte:
60
de 200 horas-aula que correspondiam a 100%. Com o
8-
aumento porcentual, o novo curso passou a ter 100%
48
30% = 30 (forma de fração)
100 + 15% das aulas inicialmente previstas, portanto,, o
6.
total de horas-aula do curso será:
15
30
30% = = 0,3 (forma decimal)
.
20
100
(1 + 0,15) x 200 = 1,15 x 200 = 230 horas-aula.
-4
30 3
30% = = (forma de fração simplificada)
ra
100 10 Dica
ei
Sendo assim, a razão 30% pode ser escrita de centual deve ser feita sempre em relação ao
O
Final - Inicial
os
30% =
30
= 0,3 =
3 Variação percentual =
Inicial
am
100 10
Também é possível fazer a conversão inversa, isto
R
Para isso, basta multiplicar por 100. Veja: Exemplo 2: Juliano percebeu que ainda não assis-
er
25 x 100 = 2500%
ui
0,35 x 100 = 35% mar que, se Juliano chegar às 180 aulas almejadas, o
0,586 x 100 = 58,6% número terá caído 20%?
A variação percentual de uma grandeza corres-
Número Relativo ponde ao índice:
Variação percentual =
A porcentagem traz uma relação entre uma parte e
um todo. Quando dizemos 10% de 1000, o 1000 corres- Final - Inicial 180 - 200 20
= =– = - 0,10
ponde ao todo. Já o 10% corresponde à fração do todo Inicial 200 200
que estamos especificando. Para descobrir a quanto
isso corresponde, basta multiplicar 10% por 1000. Como o resultado foi negativo, podemos afirmar
que houve uma redução percentual de 10% nas aulas
10 ainda não assistidas por Juliano. O enunciado está
10% de 1000 = 100 x 1000 = 100
errado ao afirmar que essa redução foi de 20%.
Dessa maneira, 1000 é o todo, enquanto 100 é a Exercite seus conhecimentos através dos exercí-
64 parte que corresponde a 10% de 1000. cios comentados a seguir.
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1. (CEBRASPE-CESPE — 2020) Em determinada loja, z Grandeza Explicativa ou Independente: é aque-
uma bicicleta é vendida por R$ 1.720 à vista ou em la utilizada para calcular a variação da grandeza
duas vezes, com uma entrada de R$ 920 e uma par- dependente.
cela de R$ 920 com vencimento para o mês seguinte.
Caso queira antecipar o crédito correspondente ao Existem dois tipos principais de proporcionalida-
valor da parcela, a lojista paga para a financeira uma des que aparecem frequentemente em provas de con-
taxa de antecipação correspondente a 5% do valor da cursos públicos. Veja a seguir:
parcela.
Com base nessas informações, julgue o item a seguir. z Grandezas Diretamente Proporcionais: o aumen-
Na compra a prazo, o custo efetivo da operação de finan- to de uma grandeza implica o aumento da outra;
ciamento pago pelo cliente será inferior a 14% ao mês. z Grandezas Inversamente Proporcionais: o aumen-
to de uma grandeza implica a redução da outra.
( ) CERTO ( ) ERRADO
Vamos esquematizar para sabermos quando será
Valor da bicicleta =1720,00 direta ou inversamente proporcionais:
Parcelado = 920,00 (entrada) + 920,00 (parcela)
Na compra a prazo, o agente vai pagar 920,00
DIRETAMENTE
(entrada), logo vai sobrar (1720-920 = 800,00) PROPORCIONAL + / + OU - / -
No próximo mês é preciso pagar 920,00 ou seja
800,00 + 120,00 de juros. Agora é pegar 120,00
(juros) e dividir por 800,00 resultado: Aqui as grandezas aumentam ou diminuem juntas
120,00/800,00 = 0,15% ao mês. (sinais iguais)
A questão diz que seria inferior a 0,14%, ou seja,
está errada.
PROPORCIONAL + / - OU - / +
Resposta: Errado.
60
parlamentares presentes à sessão.
DIRETAMENTE
Infere-se da situação apresentada que, nessa assem-
8-
PROPORCIONAL
Multiplica cruzado
48
bleia legislativa, havia
6.
INVERSAMENTE
a) 10 deputadas. PROPORCIONAL
. 15 Multiplica na horizontal
b) 14 deputadas.
20
c) 15 deputadas.
-4
valor de X.
e
2x/10 + 50 - x/10 = 7 (faz o MMC) Veja que de 12m para 30m tivemos um aumento (+)
G
z Grandeza Dependente: é aquela cujo valor se Assim, comprovamos que realmente são necessá-
deseja calcular a partir da grandeza explicativa; rios mais tijolos. 65
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Exemplo 2: Uma equipe de 5 professores gastou 12 Perceba que de 6 impressoras para 3 impressoras
dias para corrigir as provas de um vestibular. Consi- o valor diminui ( - ) e que o tempo irá aumentar ( + ),
derando a mesma proporção, quantos dias levarão 30 pois agora teremos menos impressoras para realizar
professores para corrigir as provas? a tarefa. Logo, as grandezas são inversas e devemos
Do mesmo jeito que no exemplo anterior, vamos inverter a razão.
montar a relação e analisar:
40 3 ?
= #
5 (prof.) --------- 12 (dias) X 6 ?
30 (prof.) -------- X (dias)
Analisando isoladamente duas a duas:
Veja que de 5 (prof.) para 30 (prof.) tivemos um
aumento (+), mas como agora estamos com uma equipe 1000 (panf.) -------- 40 (min)
maior o trabalho será realizado mais rapidamente. Logo, 2000 (panf.) ------ -- X (min)
a quantidade de dias deverá diminuir (-). Dessa forma,
as grandezas são inversamente proporcionais e vamos Perceba que de 1000 panfletos para 2000 panfle-
resolver multiplicando na horizontal. Observe: tos o valor aumenta ( + ) e que o tempo também irá
aumentar ( + ). Logo, as grandezas são diretas e deve-
5 (prof.) 12 (dias) mos manter a razão.
30 (prof.) X (dias)
40 3 1000
= #
30 · X = 5 · 12 X 6 2000
30X = 60
Agora basta resolver a proporção para acharmos
X=2 o valor de X.
60
variáveis. As análises sobre se as grandezas são direta-
8-
mente e inversamente proporcionais devem ser feitas
As três impressoras produziriam 2000 panfletos
48
cautelosamente, levando em conta alguns princípios:
em 160 minutos, que correspondem a 2 horas e 40
6.
minutos. 15
z As análises devem sempre partir da variável
Para fixarmos mais ainda nosso conhecimento,
.
dependente em relação às outras variáveis;
20
Da mesma forma que na regra de três simples, X (pág.) -------- 30 (linhas) -------- 40 (letras)
er
6 ? ?
cada uma delas isoladamente duas a duas. = #
ui
X ? ?
G
6
=
30
#
40 a é sempre o coeficiente do termo em x²;
X 45 80 b é sempre o coeficiente do termo em x;
6 2 1 c é sempre o coeficiente ou termo independente.
= #
X 3 2
As equações de segundo grau têm 2 raízes, isto
6 2 é, existem 2 valores de x que tornam a igualdade
=
X 6 verdadeira.
2X = 36
Cálculo das Raízes da Equação
X = 18
Vamos achar as raízes por meio da fórmula de
O número de páginas a serem ocupadas pelo texto bhaskara. Basta identificar os coeficientes a, b e c e
respeitando as novas condições é igual a 18. colocá-los na seguinte expressão:
-b ! 2
b - 4ac
x=
2a
EQUAÇÕES DO 1º OU DO 2º GRAUS
Veja o sinal ± presente na expressão acima. É ele
EQUAÇÃO DO PRIMEIRO GRAU que permitirá obtermos dois valores para as raízes,
um valor utilizando o sinal positivo (+) e outro valor
A forma geral de uma equação do primeiro grau utilizando o sinal negativo (-).
é: ax + b = 0. Vamos aplicar isso em um exemplo:
O termo “a” é o coeficiente de “x” e o termo “b” é Calcular as raízes da equação x2 - 3x + 2 = 0.
chamado de termo independente. Identificando os valores de a, b e c.
60
Para resolver uma equação do 1°, devemos isolar
8-
todas as partes que possuem incógnitas de um lado a=1
48
igual e do outro os termos independentes. Veja um b = -3
6.
exemplo: c=2
. 15
20
10x = 5x + 20 Substituindo na fórmula:
-4
-b ! 2
b - 4ac
x=
ei
10x – 5x = 20 2a
liv
O
x=
sinal trocado: 2×1
os
5x = 20 3! 9-8
x = 20 / 5 x=
R
2
e
m
dividindo: 2
lh
ui
3+1
x = 4. x1 = =2
G
67
O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para Guilherme Ramos de Oliveira - 420.156.488-60, vedada, por quaisquer meios e a qualquer
título, a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.
O discriminante fornece importantes informações Para que a proporção álcool/gasolina no tanque A
de uma equação do 2º grau: fique igual à do tanque B, é suficiente acrescentar no
tanque A uma quantidade de álcool que é inferior a 25
z Se Δ > 0 → A equação possui duas raízes reais e L.
distintas;
z Se Δ = 0 → A equação possui duas raízes reais e ( ) CERTO ( ) ERRADO
idênticas;
z Se Δ < 0 → A equação não possui raízes reais. A proporção álcool/gasolina do tanque B é de 50/150
= 1/3.
Soma e Produto das Raízes A quantidade X de álcool precisa ser acrescentada
no tanque A para ele chegar nesta mesma propor-
Em uma equação ax2 + bx + c = 0, temos: ção. A quantidade de álcool passará a ser de 60 +
X, e a de gasolina será 240, de modo que ficaremos
z A soma das raízes é dada por –b/a; com a razão:
z O produto das raízes é dado por c/a. 1/3 = (60+X) / 240
240 x 1/3 = 60 + X
Calcular as raízes da equação x2 - 3x + 2 = 0. 80 = 60 + X
Soma: –b/a = -(-3) / 1 = 3 60 + X = 80
Produto: c/a = 2 / 1 = 2 X = 80 - 60
Quais são os dois números que somados resultam X = 20 litros.
“3” e multiplicados, “2”? Resposta: Certo.
Soma: 3 = (2 + 1);
Produto 2 = (2 ×1); 3. (FUNDATEC — 2011) Qual deve ser o valor de m para
Logo, 2 e 1 são as raízes dessa equação. Exatamen- que a equação x2 + 6x + m = 0 tenha raízes reais iguais?
te igual achamos usando a fórmula de bhaskara.
Agora vamos treinar o que aprendemos na teo- a) 3.
ria com exercícios comentados de diversas bancas. b) 9.
Vamos lá! c) 6.
d) -9.
1. (CEBRASPE-CESPE — 2018) Os indivíduos S1, S2, S3 e) -3.
e S4, suspeitos da prática de um ilícito penal, foram
60
interrogados, isoladamente, nessa mesma ordem. No Para que a equação do segundo grau tenha raízes
iguais, é preciso que o delta (discriminante) seja
8-
depoimento, com relação à responsabilização pela
48
prática do ilícito, S1 disse que S2 mentiria; S2 disse igual a zero. Isto é, Δ = b2 - 4ac.
0 = 62 – 4.1.m
6.
que S3 mentiria; S3 disse que S4 mentiria.
A partir dessa situação, julgue o item a seguir. 0 = 36 – 4m .15
4m = 36
20
Caso S3 complete 40 anos de idade em 2020, S1 seja
m = 9.
-4
dizer que:
S = -b / a
e
Idade de S2 = Idade de S4 + 2
m
S = -(-5) / 1 = 5.
Chamando de X1, X2, X3 e X4 para designar as respec-
er
Resposta: Certo.
tivas idades no ano de 2020, podemos escrever que:
lh
ui
X2 = X4 + 2
G
4x - y = 5 4x - y = 5
5x = 15
A principal forma de resolver esse sistema é usan-
x=3
do o método da substituição. Este método é muito sim-
ples e consiste basicamente em duas etapas:
Substituindo o valor de “x” na primeira equação
achamos o valor de “y”:
Isolar uma das variáveis em uma das equações;
Substituir esta variável na outra equação pela
x + y = 10
expressão achada no item anterior.
3 + y = 10
Vamos aplicar no nosso exemplo:
y = 10 – 3
Isolando “x” na primeira equação
y=7
x = 10 – y
Veja um outro exemplo que vamos precisar
Substituindo “x” na segunda equação por “10-y” multiplicar:
(
- x - y = - 10
y=7
x - 2y = 4
Logo, voltando na primeira equação, acharemos o
valor de “x”
60
Fazendo a soma:
8-
x = 10 – y
48
(
- x - y = - 10
x = 10 – 7
6.
x=3
. 15
x - 2y = 4
20
-3y = -6
-4
Assim, x = 3 e y = 7.
y = -6 / -3
ra
Dica
ei
y= 2
liv
Método da substituição
O
x + 2 = 10
R
x=8
lh
*
x + y = 10 Quando estudamos o sistema de medidas nos
4x - y = 5 atentamos ao fato de que ele serve para quantificar
dimensões que podem ter uma variação gigantesca.
Todavia existem as conversões entre as unidades para
uma melhor interpretação e leitura.
Nesse exemplo, não vamos precisar fazer uma
multiplicação, pois já temos a condição necessária
para eliminarmos o “y” da equação. Então, devemos
fazer apenas a soma das equações. Veja: 69
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MASSA Km2 hm2 dam2 m2 dm2 cm2 mm2
(quilômetro (hectômetro (decâmetro (metro (decímetro (centímetro (milímetro
quadrado) quadrado) quadrado) quadrado) quadrado) quadrado) quadrado)
As unidades a seguir são as mais utilizadas quando
estamos trabalhando a massa de uma matéria. Veja
×100 ×100 ×100 ×100 ×100 ×100
quais são:
Vamos tomar como base as relações a seguir para Exemplo: Converter 5,3 m2 para cm2:
converter uma unidade em outra. Observe: Para sair do metro quadrado e chegar no cen-
tímetro quadrado devemos multiplicar por 10000
z 1 t = 1000 kg (uma tonelada tem mil quilogramas); (100x100), pois “andamos” duas casas até chegar em
z 1 kg = 1000 g (um quilograma tem mil gramas); centímetro quadrado. Logo, 5,3m2 = 5,3 x 10000 =
z 1 g = 1000 mg (uma grama tem mil miligramas). 53000 cm2.
Então, podemos dizer que 3,5 kg equivalem a 3500 g. ×1.000 ×1.000 ×1.000 ×1.000 ×1.000 ×1.000
60
COMPRIMENTO
Km3 hm3 dam3 m3 dm3 cm3 mm3
8-
48
A unidade principal tomada como referência é o
6.
metro. Além dele, temos outras seis unidades dife- :1.000 :1.000 :1.000 :1.000 :1.000 :1.000
rentes que servem para medir dimensões maiores ou
. 15
20
×10 ×10 ×10 ×10 ×10 ×10 5,3m3 = 5,3 x 1000000 = 5300000 cm3.
os
Km hm dam m dm cm mm
você precisa ter em mente para resolver a diversas
R
questões.
e
Para sair do metro e chegar no centímetro deve- 1 quilograma (kg) 1000 gramas (g)
G
mos multiplicar por 100 (10x10), pois “andamos” duas 1 tonelada (t) 1000 quilogramas (kg)
casas até chegar em centímetro. Logo, 1 litro (l) 1 decímetro cúbico (dm3)
5,3m = 5,3 x 100 = 530 cm. 1 mililitro (ml) 1centímetro cúbico (cm3)
1 hectare (ha) 1 hectômetro quadrado (hm2)
SUPERFÍCIE 1 hectare (ha) 10000 metros quadrados (m2)
A unidade principal tomada como referência é o
TEMPO
metro quadrado. Além dele, temos outras seis unidades
diferentes que servem para medir dimensões maiores
Medindo intervalos de tempos temos (hora – minu-
ou menores. A conversão de unidades de superfície
to – segundo) que são os mais conhecidos. Veja como
segue potências de 100. Veja o esquema a seguir:
se faz a relação nessa unidade.
Para transformar de uma unidade maior para a
unidade menor, multiplica-se por 60. Veja:
70
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1 hora = 60 minutos VALOR DA VARIÁVEL FREQUÊNCIAS (Fi)
h = 4 x 60 = 240 minutos 1,57m 4
1,60m 2
Para transformar de uma unidade menor para a
unidade maior, divide-se por 60. Veja: 1,63m 10
1,67m 5
20 minutos = 20 / 60 = 2/6 = 1/3 da hora ou 1/3h. 1,75m 13
1,81m 15
Para medir ângulos a unidade básica é o grau. 1,89m 2
Temos as seguintes relações:
Quando isso acontece, é importante resumir os
1 grau equivale a 60 minutos (1º = 60’) dados de maneira que fique mais fácil para uma leitu-
ra e interpretação da tabela. Na ocasião, vamos criar
1 minuto equivale a 60 segundos (1’ = 60”)
intervalos que chamaremos de “classes”.
Aqui vale fazer uma observação que os minutos e
os segundos dos ângulos não são os mesmos do sistema CLASSE FREQUÊNCIAS (FI)
(hora – minuto – segundo). Os nomes são semelhantes, 1,50 | - 1,60 33
mas os símbolos que os indicam são diferentes, veja:
1,60 | - 1,70 17
1h32min24s é um intervalo de tempo ou um instante do 1,70 | - 1,80 13
dia. 1,80 | - 1,90 17
1º 32’ 24” é a medida de um ângulo.
O símbolo “|” significa que o valor que se encontra
ao seu lado está incluído na classe. Por exemplo, 1,50
RELAÇÃO ENTRE GRANDEZAS – TABELA OU
| - 1,60 nos indica que as pessoas com altura igual a
GRÁFICO
1,50 são contadas entre as que fazem parte dessa clas-
se, porém as pessoas com exatamente 1,60 não são
Tabelas
contabilizadas.
Veja novamente a última tabela, agora com a colu-
Para descrever um conjunto de dados, um recurso
muito utilizado são tabelas, como essa a seguir, refe- na de frequências absolutas acumuladas à direita:
60
rente à observação da variável “Sexo dos moradores
8-
de São Paulo”: FREQUÊNCIAS AB-
FREQUÊNCIAS
48
CLASSE SOLUTAS ACUMU-
(FI)
6.
VALOR DA VARIÁVEL FREQUÊNCIAS (Fi) LADAS (FCA)
Masculino 34 1,50 | - 1,60
15
33
.
33
20
centuais): sabemos que 34 em 60 são 56,67%, e 26 em bastou somar 17 (da classe 1,60| - 1,70) com 33 (da
e
60 são 43,33%. Portanto, teríamos: classe 1,50| - 1,60). Isto é, podemos dizer que 50 pes-
m
RELATIVAS (Fri)
G
20 25
20
15 15
10
10
5
5 0
2017 2018 2019 2020
SALÁRIOS EM
FREQUÊNCIA
Florianópolis MILHARES DE REAIS
10 – 15 15
Rio de Janeiro
15 – 20 17
20 – 25 13
São Paulo
25 - 30 7
0 2 4 6 8 10 12 14
60
Esses dados podem ser resumidos com um histo-
Gráfico de Setores (ou de Pizza)
8-
grama, como mostra o gráfico a seguir.
48
Este gráfico tem a vantagem de mostrar rapida-
6.
Salários dos Funcionários da Empresa de Cosméticos x Em
mente a relação com o total de observações. Vamos 15
milhares de reais
supor que analisamos as notas trimestrais de alguns
.
20
18
alunos. Veja como fica a disposição usando o gráfico
-4
16
de pizza.
14
ra
ei
12
Média de Notas Escolares Trimestrais
liv
10
O
8
de
6
os
4
am
2
0
R
lo é proporcional à frequência.
ui
G
TRATAMENTO DA INFORMAÇÃO –
MÉDIA ARITMÉTICA SIMPLES
A média aritmética é um valor que pode substituir
todos os elementos de uma lista sem alterar a soma
Gráfico de Linha dos elementos da lista. Considere que há uma lista de
n números (x1, x2, x3, ..., xn). A soma dos termos desta
São mais utilizados nas representações de séries lista é igual a (x1 + x2 + x3 + ... + xn).
temporais. Vamos analisar a evolução de um ano para Para calcular a média aritmética de uma lista de
o outro, se houve um crescimento ou um decréscimo números, basta somar todos os elementos e dividir
no número de alunos dentre as séries que estão em pela quantidade de elementos. Ou seja,
evidência para estudo dentro da escola. Observe:
72
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Região Poligonal
x1 + x2 + ... + xn
x=
n A região poligonal é a reunião do polígono com o
seu interior.
Veja um exemplo: Calcular a média aritmética dos
G
números 5, 10, 15, 20, 50.
5+10+15+20+50
X= = 100 = 20.
5 5 A
F
NOÇÕES DE GEOMETRIA
D E B
FORMA
60
D outros lados em um mesmo semi-plano dos dois que
8-
ela determina.
48
6.
. 15
20
C
-4
B B
ra
ei
K
liv
O
I
de
A
os
J C
R
e
E
m
er
lh
G
ui
G
F
E
H
D
L M
Q O
73
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Por definição, um polígono que não é convexo é Ângulos Internos de um Polígono Convexo
côncavo.
A soma dos ângulos internos de um polígono con-
vexo é dada pela expressão:
G Si = (n – 2) · 180º
Perímetro de Polígonos
Polígonos Regulares
Figura 52. Polígono Côncavo
Um Polígono é denominado de regular quando pos-
Observação 2: em um polígono côncavo, a região sui todos os seus lados e ângulos internos congruentes.
poligonal é côncava. Seguem alguns exemplos de Polígonos Regulares:
60
8-
48
z 1° caso: 3� n � 9
n = 3 – Triângulo
6.
n = 4 – Quadrilátero . 15
n = 5 – Pentágono C
20
n = 6 – Hexágono
-4
n = 7 – Heptágono
ra
n = 8 – Octógono
ei
n = 9 – Eneágono
liv
O
z 2º caso: n é múltiplo de 10
de
n = 10 – Decágono
os
n = 20 – Icoságono
n = 30 – Tricágono
am
n = 40 – Quadricágono
R
n = 50 – Pentacágono
e
n = 60 – Hexacágono
m
er
L
lh
n = 11 – Unodecágono
G
n = 17 – Heptdecágono
n = 26 – Hexaicoságono
n = 35 – Pentatricágono
n (n – 3)
d=
I
2
74
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Q
P
O 90°
60
8-
A semirreta que divide um ângulo em duas partes
48
iguais é denominada Bissetriz. Veja:
6.
15
A
.
20
-4
A/2
ra
A/2
ei
Dizemos que uma abertura completa mede 360 graus Agora observe esse cruzamento de retas. Vamos
os
B
R
e
m
A
C
er
A
lh
D
ui
G
ÁREA
h
Área de um Quadrado
B L C b
Figura 64. Área de um Paralelogramo
Área de um Triângulo
L D
Figura 62. Área de um Quadrado
h
Observação: a área é dada por A = L2
60
8-
Área de um Retângulo
48
B
6.
A área de um Retângulo é dada pelo produto das
H 15
suas dimensões, comprimento vezes largura, ou seja,
.
20
base vezes a altura. b
-4
b·h
A= 2
os
h
am
dois.
e
m
er
B
lh
ui
b D
G
Área de um Paralelogramo
Á área de um Losango é dada pelo semiproduto A área de um Trapézio Retângulo também é dada
das diagonais. pela soma das bases (maior e menor) multiplicada
pela altura, dividido por dois:
B
D
B
D b
(b + B) · h
A= 2
Área do Círculo
60
d
8-
48
Figura 67. Área de um Losango
6.
Observação 1: D é a diagonal maior e d é a diago-
.15
20
nal menor. P
-4
r
ei
D·d
A=
liv
2
O
Área de um Trapézio
de
os
do Trapézio.
R
t1 t2
L
O
r
A A’
B
B B’
TEOREMA DE PITÁGORAS AB AC AD BC BD CD
= = = = =
60
O Teorema de Pitágoras diz que em todo triângu- A’B’ A’C’ A’D’ B’C’ B’D’ C’D’
8-
lo retângulo, o quadrado da medida da hipotenusa é
48
igual a soma dos quadrados das medidas dos catetos.
6.
15
B GEOMETRIA ESPACIAL
.
20
-4
PRISMAS
ra
ei
a e Troncos
O
de
A C
er
b
lh
ui
b·m (n · b) m
AB = n · =
2 2
AL = n · b · h → n paralelogramos
Base Base (n · b) m
AT = AL + 2AB = n · b · h + 2 = (n · b) (h + m)
2
(a)
V = AB · h
V = a · AB · cos α
60
com aresta da base igual a 3 e aresta lateral igual a 5.
8-
Sabe-se que o ângulo exterior formado entre a aresta
(b)
48
lateral e a aresta da base é de 60 graus, como podemos
6.
Figura 47. Exemplos de Prismas: (a) reto e oblíquo e (b) regular. observar na Figura 48. Quais são a área total e o volu-
me desse prisma?
.15
A área do prisma é dividida entre as áreas laterais
20
Importante!
os
triângulo.
aresta da base (b) 3 cm, altura da base (m) também 3
lh
h √3
b · m b cos(α) = cos(30º) = → h = 5 · cos(30º) = 5 · cm
f ( x =
) → ax + b >
Triângulo0 → x > − ; 5 2
2 a
AB = AB = b · m = 3 · 3 = 9cm2
bf ·(m Paralelogramo b
x=) → ax + b < 0 → x(retângulo,
< − ; quadrado)
outros a 5√3
AL = n · b · h = 4 · 3 · = 30√3cm2
AL = n · b · h → n paralelogramos 2 79
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título, a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.
AT = AL + 2AB = 30√3 + 18 = 6 · (3 + 5√3)cm2 A área lateral de uma pirâmide regular é a soma
das áreas das faces laterais. A área total é a soma da
√3 45√3 área da base com a área lateral. Para uma pirâmide
V = a · AB · cos(30º) = 5 · 9 · = cm3 regular, as bases podem ser por exemplo um triângu-
2 2
lo, um quadrado, ou seja, a área da base será a área
de um triângulo que é a metade da base x altura e
nos paralelogramos a área é base x altura. Então seja
a aresta da base (b), o apótema da pirâmide (m) e o
apótema da base (m’) os cálculos da área da base, área
lateral e área total são:
b · m' (n · b) m'
AB = n · =
2 2
n·b·m
AL = → n triângulos
O tronco do prisma é um sólido formado pelo corte 2
ou uma secção transversal no plano paralelo à base
do prisma. Esse conjunto de pontos que fica entre a
secção transversal e a base do prisma é o tronco do (n · b)
n·b·m (n · b) (m + m')
prisma. AT = AL + AB = + m' =
2 2 2
Dica
m2 = h2 + m’2
Como o prisma tem base e topo com o mesmo
polígono, então a secção transversal vai definir
o tamanho do corte nas arestas ou faces late-
rais, assim as áreas e volumes serão menores,
mas com as mesmas fórmulas de cálculos.
60
PIRÂMIDE
8-
48
Conceito, Elementos, Classificação, Áreas e Volumes
6.
e Troncos
. 15
Seja um polígono convexo em um plano α e um
20
da pirâmide:
am
R
1 n · b · m' · h
e
V= · AB · h =
m
80
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Figura 50. Tronco de pirâmide.
segmentos congruentes e paralelos ao segmento de
reta com uma extremidade nos pontos do círculo e a
A área do tronco da pirâmide é encontrada soman- outra na sua secção circular paralela e distinta, como
do a área da base maior, área da base menor e a área pode ser verificado na Figura 50.
lateral. O volume é feito subtraindo do volume total
da pirâmide o volume da pirâmide menor que foi for-
mada pela secção transversal, ou seja, o volume da
pirâmide de base maior menos o volume da pirâmide
de base menor, sendo AB, área da base maior e Ab área
da base menor:
V=V =VVmaior −– V
(H– −h)h
(H )
b·A⋅ +AABbA
) h − H ( = V − V =V
A⋅b
maior menor=
Vmenor = B ++ ⋅
√A BAA
B
·BA⋅b
+A
+bBA
A+
b 3 ronem roiam h
33
H B A r
= =
h b a
Figura 50. Exemplo de Cilindro.
ABmaior ALmaior ATmaior B2 H2 A2
= = = = =
ABmenor ALmenor ATmenor b2 h2 a2 Um cilindro possui duas bases formadas por uma
circunferência de raio r em planos paralelos e gera-
trizes formadas por segmentos com uma extremida-
A∆maior B3 H3 A3 de em um ponto da circunferência de centro O e raio
= = =
A∆menor b3 h3 a3 r, e a outra extremidade no ponto da circunferência
no plano paralelo acima da base, também de raio r. A
altura do cilindro é a distância h entre os planos das
Ex.: Seja uma pirâmide quadrangular de bases nos bases.
60
planos ABCD e EFGH paralelas. Se os segmentos VF=3 O cilindro é classificado em cilindro oblíquo e
8-
e VB=5 e a área de EFGH igual a 18, qual seria a área cilindro reto. No primeiro, as geratrizes são oblíquas
48
da base ABCD? aos planos das bases, já no segundo, as geratrizes são
6.
perpendiculares aos planos das bases.
AEFGH = 18; VF = 3; VB = 5;
.15
O cilindro reto também é chamado de cilindro de
revolução, pois ele é gerado a partir da rotação de um
20
ou geratriz = 2r).
AB = π · r2
G
AL = 2 · π · r · h
AT = AL + 2AB = 2 · π · r · h + 2 · π · r2 = 2 · π · r(h+r)
CILINDRO V = AB · h = π · r2 · h
Conceito, Elementos, Classificação, Áreas e Volumes O tronco do cilindro é formado pelo plano que
e Troncos intersecta o cilindro obliquamente em todas as gera-
trizes, ou seja, um corte oblíquo, formando assim
Seja um círculo de centro O e raio r em um pla- um tronco de cilindro com duas geratrizes, maior e
no α e um segmento de reta não paralelo e não con- menor, o eixo e uma elipse na região do corte.
tido no plano α, chamamos de cilindro a reunião dos
81
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título, a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.
a g2 √3 √3
b Vcilindro = π · ·g· = · g3 · π
4 2 8
g1 g2
E E
CONE
r
Conceito, Elementos, Classificação, Áreas e Volumes
e Troncos
E
60
8-
Figura 51. Tronco de cilindro reto e oblíquo.
48
6.
g1 + g 2g1 + g2 15
E= E= , cilindroretoreto
.
, 2cilindro
20
2
-4
AL = 2 ⋅ π ⋅ r A⋅ LE= 2 · π · r · E
ra
π ⋅ r 2 ⋅ ( g1 + g 2 )
ei
= =ππ⋅ ·rr22 ⋅· E
Vtronco
Vtronco cilindro
E → V
reto
cilindro reto
Vtronco
tronco
=
O
π · r · (g1 + g2)
2 ferência de raio r, geratrizes (g) formadas por segmen-
tos com uma extremidade em um ponto V e a outra nos
os
=
2 pontos da circunferência da base. A altura do cone é a
am
Um corte transversal paralelo à base do cilindro, O cone é classificado em: cone oblíquo e cone reto.
e
não forma um tronco de cilindro, pois o novo sólido No primeiro, a reta VO é oblíqua ao plano da base, já
m
continua sendo um cilindro com altura ou geratriz no segundo, a reta VO é perpendicular ao plano da
er
g1 + g 2
E= menor. , cilindro reto base. A geratriz de um cone reto também é chamada
lh
ui
O
2 volume do cilindro oblíquo de raio g/2 e geratriz de apótema do cone.
G
V
Ex.: Num tronco de cone, os perímetros das bases são
16π cm e 8π cm e a geratriz G = 5cm, Figura 55, os valores
da altura, da área lateral e do volume do tronco são:
g PB = 16π = 2π R → R = 8cm;
h B Pb = 8π = 2πr → r = 4cm;
G = 5cm;
60
8-
48
R H 8 H
= → = → H = 2h;
6.
A¹ r B¹ H r h 15 4 h
O¹
.
k = (H – h) = 2h – h = h;
20
-4
∆ABC
ra
A¹ r B¹ h2 + r2 = G2 → h2 = 25 – 16 = 9
ei
O¹
liv
h = 3cm;
O
H = 2h = 6cm;
de
H-h
π · (H – h)
VTronco = · [R2 + R · r + r2]
R
3
e
m
er
π · (3)
B
lh
3
O
G
π · (H – h)
VTronco = Vmaior – Vmenor = · [R2 + R · r + r2]
3
83
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R=4 Polo
Paralelo
A
O1
G=5
(H-h=k)
Equador
C Meridiano
O
Polo
Figura 56. Esfera e seus elementos, polo, equador, paralelo e meri-
diano.
R=8
A área da superfície da esfera de raio r é igual a
(a) 4πr e o volume é quatro terços de πr3. O fuso esférico
é a interseção da superfície da esfera com um setor
r=4 A diedral cuja aresta contém um diâmetro dessa super-
O1
fície esférica, como podemos observar na Figura 57. A
área do fuso é 2r2α. Já a cunha esférica é dada por esta
mesma região do fuso esférico e vai até a região do
centro da esfera, ou seja, até o raio no eixo, formando
um volume que pode ser calculado com 2r3α/3.0
G=5
k=(H-h)=h
60
8-
48
6.
R-r=4
r=4 15
C
.
20
O B
-4
R=8
ra
ei
Figura 55. Tronco do Cone de geratriz G = 5, R = 8, r = 4 e h = 3 (a) e Assim, resumindo, temos as seguintes fórmulas
os
AEsfera = 4 · π · r2;
e
ESFERA
m
VEsfera = π · r3;
er
lh
AFuso = 2 · r2 · α;
G
60
dois tipos:
8-
48
p ^ q. z Quantificador Universal;
z Quantificador Existencial (particulares).
6.
Disjunção Inclusiva (Conectivo Ou) . 15
Nos quantificadores universais temos todo e
20
Exemplos:
os
z Na linguagem simbólica:
z Todo A é B;
p v q.
R
Exemplos:
G
z Na linguagem natural: B
z Na linguagem simbólica:
p ⊻ q.
A B
60
z Algum A não é B: é verdadeira. z Nenhum A é B: é indeterminada;
8-
z Algum A não é B: é indeterminado.
48
Quantificador Particular (Afirmativo): Algum / Pelo
6.
Menos um / Existe SEQUÊNCIAS .15
20
z Algum A é B;
ei
que Algum A é B significa que o conjunto A tem pelo ta, alguma lógica de formação. O desafio é exatamente
am
menos um elemento em comum com o conjunto B, ou descobrir essa “regra” para, com isso, encontrar outros
seja, há intersecção entre os círculos A e B. Logo, pode-
R
A B
2, 4, 6, 8,...
lh
ui
G
Qual é o seu próximo termo? Vários alunos tendem z O termo que buscamos é o da décima posição, isto
a dizer que o próximo termo é o 15, mesmo tendo per- é, a10;
cebido que o 9 não está na sequência. A nossa tendên- z A razão da PA é 2, portanto r = 2;
cia é relevar esse “probleminha” e marcar logo o valor z O termo inicial é 1, logo a1 = 1;
15. Muito cuidado! Como já disse, o padrão encontra- z n, ou seja, a posição que queremos é a de número
do deve ser capaz de explicar toda a sequência! Nesse 10: n = 10.
caso, estamos diante dos números primos! Sim, aque-
les números que só podem ser divididos por eles mes- Logo,
mos ou então pelo número 1. No caso, o próximo seria
o 17, e não o 15. A propósito, os próximos números an = a1 + (n– 1)r
primos são: 17, 19, 23, 29, 31, 37...
a10 = 1 + (10 – 1)2
Sequências Numéricas Alternadas a10 = 1 + 2 × 9
60
podemos notar que temos a sequência que, de um a200 = 1 + (200 – 1)2
8-
número para o outro, basta somar 5 unidades, elas
a200 = 1 + 2 × 199
48
estão em sequências numéricas alternadas. Veja:
6.
1° Sequencia: 2, 4, 6, 8,... a200 = 1 + 398
2° Sequencia: 5, 10, 15, 20, ... 15
a200 = 399
.
20
-4
Progressão Aritmética
Soma do Primeiro ao N-ésimo Termo da PA
ra
termos crescem, sendo adicionados a uma razão cons- A fórmula a seguir nos permite calcular a soma dos
liv
tante, normalmente representada pela letra r. “n” primeiros termos de uma progressão aritmética:
O
de
n # (a1 + an)
z Termo inicial: valor do primeiro número que Sn =
os
2
compõe a sequência;
Termo Geral da PA 7 # 14
S7 =
2
Trata-se de uma fórmula que, a partir do primei-
ro termo e da razão da PA, permite calcular qualquer S7 =
98
= 49
outro termo. Temos a seguinte fórmula: 2
an = a1 + (n-1)r 87
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Dependendo do sinal da razão r, a PA pode ser: Soma do Primeiro ao N-ésimo Termo da PG
z PA crescente: se r > 0, a PA terá termos em ordem A fórmula abaixo permite calcular a soma dos “n”
crescente. primeiros termos da progressão geométrica:
n
Ex.: {1, 4, 7, 10, 13, 16...} → r = 3; a1 # (q - 1)
Sn =
q-1
z PA decrescente: se r < 0, a PA terá termos em ordem
decrescente.
Usando novamente o nosso exemplo e fazendo a
soma dos 4 primeiros termos (n = 4), temos: {2, 4, 8,
Ex.: {20, 19, 18, 17 ...} → r = -1;
16, 32...}
4
z PA constante: se r = 0, todos os termos da PA serão 2 # (2 - 1)
S4 =
iguais. 2-1
60
Quando temos uma PG infinita com razão 0 < q <
1, teremos que qn = 0. Entendemos, então, que quanto
8-
Observe a sequência a seguir:
48
maior for o expoente, mais próximo de zero será. Por-
tanto, substituindo, teremos:
6.
{2, 4, 8, 16, 32...} . 15
a1 # (0 - 1)
20
PA, normalmente, precisamos calcular o termo geral Em uma progressão geométrica, o quadrado do
am
82 = 4 × 16
er
64 = 64.
ui
60
unidades possível, com o mesmo número de unida- b) 960.
8-
des em cada embalagem, e ainda com unidades do c) 800.
48
mesmo ingrediente. O número total dessas embala- d) 780.
6.
gens para cumprir o requerido é igual a e) 600.
. 15
20
b) 30.
c) 36. com seu trator, aproximadamente, uma área de 2 000
ra
e) 38.
ponde a 1 hectare, o número de horas, aproximadas,
O
a) R$ 2,99.
b) R$ 3,05. dia, 74 pacientes. A tabela apresenta algumas infor-
c) R$ 3,70. mações sobre o número de pacientes atendidos em
d) R$ 4,20. cada especialidade.
e) R$ 4,68.
PERÍODO
6. (VUNESP — 2021) Um produto foi vendido por um preço
promocional de R$ 119,00. Se na promoção foi concedi- Especialidade Manhã Tarde Noite
do um desconto de 15% em relação ao preço normal de
Ouvido 10 2x 0
venda, o preço normal de venda desse produto é de
Nariz x 4 2
a) R$ 140,00.
b) R$ 139,00. Garaganta 20 3y y
c) R$ 138,00.
d) R$ 137,00.
e) R$ 136,00. 89
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Se nesse dia, o número total de pacientes atendidos 14. (VUNESP — 2022) Considere falsa a seguinte afirma-
no período da manhã foi o triplo do número total de ção: “Se hoje amanheci contente, então dormi bem”.
pacientes atendidos com problemas de nariz, então,
o número de pacientes atendidos com problemas de Com base nessa informação, é necessariamente ver-
garganta no período da tarde foi dade que hoje
11. (VUNESP — 2021) O produto de dois números inteiros, 15. (VUNESP — 2021) Considere as proposições p e q, em
positivos e consecu tivos é igual a 210. A soma do dobro que: p: o dia está ensolarado e a temperatura é baixa.
do menor número com a terça parte do maior é igual a q: é inverno.
A negação da condicional p → q está corretamente
a) 27. representada por:
b) 29.
c) 31. a) Se o dia não está ensolarado ou a temperatura não
d) 33. está baixa, então não é inverno.
e) 35. b) Se o dia não está ensolarado ou a temperatura não
está baixa, então é inverno.
12. (VUNESP — 2021) Um quadrado tem dois lados sobre c) Se o dia não está ensolarado e a temperatura não está
os lados de um quadrilátero e dois vértices em comum baixa, então é inverno.
com esse quadrilátero, conforme mostra a figura. d) O dia não está ensolarado ou a temperatura não é bai-
xa e é inverno.
e) O dia está ensolarado e a temperatura é baixa e não é
inverno.
60
sariamente verdadeiro:
8-
b
48
a) José não é juiz.
6.
b) João é engenheiro. 15
15 cm c) João não é engenheiro.
.
20
d) José é juiz.
-4
3 cm
m
fora de escala
a) Valéria não tem curso superior completo e é funcio-
er
nária pública.
lh
a) André é capacitado. 1 B
b) Bruno é capacitado.
2 D
c) Cleide não é capacitada.
d) Denise é capacitada. 3 A
e) Elisa não é capacitada.
4 D
19. (VUNESP — 2022) Considere as afirmações: 5 A
I. Todos os alunos da sala são destros. 6 A
II. Alguns alunos da sala são destros.
III. Nenhum aluno da sala é destro. 7 E
8 B
Observe as representações por meio de diagramas
lógicos: 9 E
13 C
DESTROS 16 B
17 E
A alternativa que corretamente relaciona cada afirma-
ção com uma das representações propostas é 18 E
60
8-
19 D
a) I e Q; II e P; III e M.
48
b) I e R; II e M; III e P. 20 A
6.
c) I e Q; II e R; III e M. 15
d) I e P; II e M; III e R.
.
20
e) I e M; II e Q; III e R.
-4
ANOTAÇÕES
ra
PIANISTAS
O
de
CANTORES
os
DANÇARINOS
e
m
er
91
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ANOTAÇÕES
60
8-
48
6.
.15
20
-4
ra
ei
liv
O
de
os
am
R
e
m
er
lh
ui
G
92
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TERMO SIGNIFICADO OU APLICAÇÃO
APLICATIVOS Gigabyte
(GB)
(TB)
trilhão
Megabyte
Kilobyte (MB) bilhão
No Windows 10, os diretórios são chamados de pastas. (KB) mil milhão
Byte
E algumas pastas são especiais, coleções de arquivos, (B)
chamadas de Bibliotecas. São quatro Bibliotecas: Docu-
mentos, Imagens, Músicas e Vídeos. O usuário poderá Ainda não temos discos com capacidade na ordem
criar Bibliotecas, para sua organização pessoal. Elas oti- de Petabytes (PB – quatrilhão de bytes) vendidos
mizam a organização dos arquivos e pastas, inserindo comercialmente, mas quem sabe um dia? Hoje estas
apenas ligações para os itens em seus locais originais. medidas muito altas são usadas para identificar gran-
O sistema de arquivos NTFS (New Technology File des volumes de dados na nuvem, em servidores de
System) armazena os dados dos arquivos em localiza- redes, em empresas de dados etc.
ções dos discos de armazenamento. Os arquivos pos- 1 Byte representa uma letra, ou número, ou símbo-
lo. Ele é formado por 8 bits, que são sinais elétricos (que
60
suem nome, e podem ter extensões.
O sistema de arquivos NFTS suporta unidades de arma- vale zero ou um). Os dispositivos eletrônicos utilizam
8-
o sistema binário para representação de informações.
48
zenamento de até 256 TB (terabytes, trilhões de bytes).
A palavra “Nova”, quando armazenada no disposi-
6.
O FAT32 suporta unidades de até 2 TB.
tivo, ocupará 4 bytes. São 32 bits de informação grava-
15
da na memória.
.
20
Antes de prosseguir, vamos conhecer estes conceitos. A palavra “Concursos” ocupará 9 bytes, que são 72
-4
bits de informação.
TERMO SIGNIFICADO OU APLICAÇÃO Os bits e bytes estão presentes em diversos momen-
ra
Disco de
permanente, que possui um sistema de 5 bilhões de bytes no período contratado. A conexão
O
Armazenamento
arquivos e mantém os dados gravados Wi-Fi de sua residência está operando em 150 Mbps,
de
Estruturas lógicas que endereçam as par- ou 150 megabits por segundo, que são 18,75 MB por
os
Sistema de tes físicas do disco de armazenamento. segundo, e um arquivo com 75 MB de tamanho, leva-
am
Arquivos NTFS, FAT32, FAT são alguns exemplos de rá 4 segundos para ser transferido do seu dispositivo
sistemas de arquivos do Windows para o roteador wireless.
R
Circunferência do disco físico (como tados para o público, a árvore foi usada como analo-
er
Trilhas um hard disk HD ou unidades removí- gia para explicar o armazenamento de dados, criando
lh
Imagens
Folhas
Unidades de armazenamento no disco, Músicas
Clusters identificado pela trilha e setor onde se Flores
Vídeos
encontra Frutos
60
TXT Bloco de Notas. Poderá ser
O Windows 10 usa o Explorador de Arquivos (que
8-
aberto por vários programas
antes era Windows Explorer) para o gerenciamento
48
do computador
de pastas e arquivos. Ele é usado para as operações de
6.
manipulação de informações no computador, desde o Rich Text Format – formato de
15
básico (formatar discos de armazenamento) até o avan- texto rico. Padrão do acessó-
.
20
çado (organizar coleções de arquivos em Bibliotecas). RTF rio WordPad, este documento
-4
O atalho de teclado Windows+E pode ser acionado de texto possui alguma forma-
ra
somente leitura... os atributos dos itens podem ser Groove Music podem reprodu-
G
60
tphones e tablets que permite desativar, de manei- locais diferentes destino). O item será movido
ra rápida, a comunicação sem fio do aparelho – que
8-
inclui Wi‑Fi, Bluetooth, banda larga móvel, GPS, GNSS,
48
Copiar e colar. O item será du-
NFC e todos os demais tipos de uso da rede sem fio.
6.
Ctrl+C e Ctrl+V na plicado. A cópia receberá um
Mas, eu não vejo as extensões de meus arquivos. mesma pasta 15
sufixo (Copia) para diferenciar
Como resolver?
.
do original
20
de exibição. Poderá ser em Lista, ou Detalhes, ou Con- Copiar (da origem) e colar
teúdo, entre outras. O usuário poderá ativar ou desati-
ra
extensão
No Explorador de Arquivos do Windows 10, ao
O
exibir os detalhes dos arquivos, é possível visualizar Deletar, apagar, enviar para a
de
ção e o tamanho de cada arquivo. Tecla Delete em um recuperar depois, se o item es-
am
na CPU
e
z O Windows não é case sensitive. Ele não faz distin- removível removíveis (pendrive), ópticas
ção entre letras minúsculas ou letras maiúsculas.
NOÇÕES DE INFORMÁTICA
ou unidades remotas
Um arquivo chamado documento.docx será consi-
derado igual ao nome Documento.DOCX; Independentemente do local
z O Windows não permite que dois itens tenham o Shift+Delete onde estiver o item, ele será
mesmo nome e a mesma extensão quando estive- excluído definitivamente
rem armazenados no mesmo local;
z O Windows não aceita determinados caracteres Renomear. Trocar o nome e
nos nomes e extensões. São caracteres reservados, a extensão do item. Se hou-
para outras operações, que são proibidos na hora ver outro item com o mesmo
de nomear arquivos e pastas. Os nomes de arqui- nome no mesmo local, um su-
vos e pastas podem ser compostos por qualquer
F2 fixo numérico será adicionado
caractere disponível no teclado, exceto os carac-
para diferenciar os itens. Não
teres * (asterisco, usado em buscas), ? (interroga-
é permitido renomear um item
ção, usado em buscas), / (barra normal, significa
que esteja aberto na memória
opção), | (barra vertical, significa concatenador de
do computador
comandos), \ (barra invertida, indica um caminho), 95
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título, a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.
Lixeira OPERAÇÕES COM MOUSE
60
As ações envolvendo tela touchscreen foram ques-
em 10% do disco rígido ou 50 GB. O usuário poderá
8-
tionadas quando o Windows 8 estava disponível. No
48
alterar o tamanho máximo reservado para a Lixei-
Windows 10, apesar de ter suporte para telas sensíveis
6.
ra, poderá desativá-la excluindo os itens diretamen-
te, e configurar Lixeiras individuais para cada disco
. 15
ao toque, não temos questões sobre as ações no siste-
20
conectado. ma operacional com esta interface.
-4
Clique simples no botão Exibir o menu de contexto Windows exibe ícones de pastas, arquivos, programas,
os
Executar o item, se for exe- ser executados e programas que estão sendo executa-
R
60
Enquanto no Windows 7 só temos uma Área de
8-
Trabalho, o Windows 10 permite trabalhar com várias Aplicativo que está em execução 1 vez possui um
48
áreas de trabalho independentes, onde os programas
pequeno traço azul abaixo do ícone.
6.
abertos em uma não interfere com os programas
abertos em outra.
. 15
20
Windows+2 para o segundo programa etc.) e também Aplicativo que está em execução mais de 1 vez pos-
O
pelas funcionalidades do Aero (como o Aero Peek, que sui um pequeno traço segmentado azul no ícone.
de
60
tâneo, disponível nos aplicativos do Microsoft Office. Os arquivos produzidos no formato DOCX poderão
8-
Outra forma de realizar esta atividade, é usar a ser editados pelas versões antigas do Office, desde que
48
Ferramenta de Captura (Captura e Esboço), disponível instale um pacote de compatibilidade, disponível para
6.
no Windows. download no site da Microsoft.
Mas se o usuário quer apenas gravar a imagem 15
Os arquivos produzidos pelo Microsoft Office
.
capturada, poderá fazer com o atalho de teclado Win-
20
podem ser gravados no formato PDF. O Microsoft
dows+PrintScreen, que salva a imagem em um arquivo Word, desde a versão 2013, possui o recurso “Refuse
-4
na pasta “Capturas de Tela”, na Biblioteca de Imagens. PDF”, que permite editar um arquivo PDF como se fos-
ra
se um documento do Word.
ei
Importante!
O
A área de transferência é um dos principais z Faz a gravação automática dos dados editados
de
z Documentos: arquivos DOCX criados pelo Microsoft Em questões de informática, as extensões dos
Word 2007 e superiores. Os documentos são arquivos arquivos produzidos pelo usuário costumam ser ques-
editáveis pelo usuário, que podem ser compartilha- tionadas com regularidade.
dos com outros usuários para edição colaborativa;
z Os Modelos (Template): com extensão DOTX, con- z Ao iniciar a edição de um documento, o modo de
têm formatações que serão aplicadas aos novos exibição selecionado na guia Exibir é “Layout de
documentos criados a partir deles. O modelo é usa- Impressão”. O documento será mostrado na tela da
98 do para a padronização de documentos; mesma forma que será impresso no papel;
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título, a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.
z O Modo de Leitura permite visualizar o documento GUIA GRUPO ITEM ÍCONE
sem outras distrações, como, por exemplo, a Faixa
Folha de
de Opções com os ícones. Neste modo, parecido com Rosto
Tela Inteira, a barra de título continua sendo exibida;
z O modo de exibição “Layout da Web” é usado para Página em
visualizar o documento como ele seria exibido se Páginas
Branco
estivesse publicado na Internet como página web;
z Em “Estrutura de Tópicos” apenas os estilos de Quebra de
Títulos serão mostrados, auxiliando na organiza- Página
ção dos blocos de conteúdo;
z O modo “Rascunho”, que antes era modo “Nor- Inserir Tabelas Tabela
mal”, exibe o conteúdo de texto do documento sem
os elementos gráficos (imagens, cabeçalho, roda- Imagem
pé) existentes nele;
z Os modos de exibição estão na guia “Exibir”, que Imagens
faz parte da Faixa de Opções. Ela é o principal ele- Online
Ilustrações
mento da interface do Microsoft Office;
Acesso Rápido Guia Atual Item com Listagem Guias ou Abas Formas
Importante!
As bancas priorizam o conhecimento do candi-
dato acerca do uso dos recursos para a produ-
ção de arquivos (parte prática dos programas).
Caixa de Diálogo do Grupo Grupo Ícone com Opções
Nas questões de editores de textos, a produção
de documentos formatados com imagens ilus-
z Para mostrar ou ocultar a Faixa de Opções, o ata-
lho de teclado Ctrl+F1 poderá ser acionado; trativas no formato antes/depois são os assun-
z A Faixa de Opções contém guias, que organizam os tos mais abordados.
60
ícones em grupos, como será mostrado na tabela
8-
a seguir:
48
z As guias possuem uma organização lógica sequen-
6.
GUIA GRUPO ITEM ÍCONE cial das tarefas que serão realizadas no documen-
15
to, desde o início até a visualização do resultado
.
20
Recortar
final, como veremos na tabela a seguir:
-4
ra
Transferência
liv
e enviar
de
Pincel de
Página
Formatação
Tarefas iniciais: o início do documento,
os
Tamanho da
Tarefas secundárias: adicionar um ob-
e
fonte
m
fonte
Configuração da página: formatação
ui
fonte
da página
NOÇÕES DE INFORMÁTICA
Dica
Dica
Assim como no Windows, as operações com
mouse e teclado também são questionadas nos Teclas de atalhos e seleção com mouse são
60
programas do Microsoft Office. Entretanto, por importantes, tanto nos concursos como no dia
8-
terem conteúdos distintos (textos, planilhas e a dia. Experimente praticar no computador. No
48
apresentações de slides), a seleção poderá ser Microsoft Word, se você digitar =rand(10,30)
6.
diferente para algumas ações. no início de um documento em branco e aper-
15
tar Enter, ele criará um texto “aleatório” com
.
20
Selecionar Seleciona o
- Ctrl+T
ei
- tabelas e ilustrações.
principal margem a linha
ui
Seleciona
Selecionar
- Shift+End até o final
até o final
da linha
1 O grupo Cabeçalho e Rodapé permite a inserção de um Cabeçalho (na margem superior), Rodapé (na margem inferior) e Número de Página
100 (no local do cursor, na margem superior, na margem inferior, na margem direita/esquerda)
O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para Guilherme Ramos de Oliveira - 420.156.488-60, vedada, por quaisquer meios e a qualquer
título, a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.
(Digite aqui)
Parágrafos
Os parágrafos são estruturas do texto que são finalizadas com Enter. Um parágrafo poderá ter diferentes for-
matações. Confira:
60
z Diminuir recuo: diminuir a distância do texto em relação à margem;
8-
z Alinhamento: posicionamento em relação às margens esquerda e direita. São 4 alinhamentos disponíveis:
48
Esquerda, Centralizado, Direita e Justificado;
6.
z Espaçamento entre linhas: distância entre as linhas dentro do parágrafo; . 15
z Espaçamento antes: distância do parágrafo em relação ao anterior;
20
-4
2 2 4 6 8 10 10 14 16
am
R
linhas serão deslocadas em margem esquerda, exceto a pri- Recuo direito - todas as linhas
er
margem direita
ui
G
Os editores de textos, recursos que conhecemos no dia a dia possuem nomes específicos. Confira alguns
NOÇÕES DE INFORMÁTICA
exemplos:
Muitos recursos de formatação não são impressos no papel, mas estão no documento. Para visualizar os carac-
teres não imprimíveis e controlar melhor o documento, você pode acionar o atalho de teclado Ctrl+* (Mostrar tudo). 101
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título, a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.
CARACTERES NÃO IMPRIMÍVEIS NO EDITOR MICROSOFT WORD
Tecla(s) Ícone Ação Visualização
Quebra de Parágrafo: muda de parágrafo e pode
Enter -
mudar a formatação
Quebra de Linha: muda de linha e mantém a forma-
Shift+Enter -
tação atual
Quebra de página: muda de página, no local atual
do cursor. Disponível na guia Inserir, grupo Páginas,
Ctrl+Enter ou Ctrl+Return Quebra de página
ícone Quebra de Página, e na guia Layout, grupo
Configurar Página, ícone Quebras
Quebra de coluna: indica que o texto continua na
Ctrl+Shift+ Enter próxima coluna. Disponível na guia Layout, grupo Quebra de coluna
Configurar Página, ícone Quebras
Separador de Estilo: usado para modificar o estilo
Ctrl+Alt+ Enter -
no documento
Insere uma marca de tabulação (1,25cm). Se esti-
TAB
ver no início de um texto, aumenta o recuo
- - Âncoras de objetos
60
8-
- - Selecionar toda a tabela
48
6.
- - Campos atualizáveis pelo Word
.15
20
-4
ra
Fontes
ei
liv
As fontes são arquivos True Type Font (.TTF) gravadas na pasta Fontes do Windows, e aparecem para todos os
O
programas do computador.
de
PÁGINA INICIAL
R
e
m
er
lh
ui
G
Nomes de fontes como Calibri (fonte padrão do Word), Arial, Times New Roman, Courier New, Verdana, são os
mais comuns. Para facilitar o acesso a essas fontes, o atalho de teclado é: Ctrl+Shift+F.
A caixa de diálogo Formatar Fonte poderá ser acionada com o atalho Ctrl+D.
Ao lado, um número indica o tamanho da fonte: 8, 9, 10, 11, 12, 14 e assim sucessivamente. Se quiser, digite o
valor específico para o tamanho da letra.
Vejamos, agora, alguns atalhos de teclado:
z Pressione Ctrl+Shift+P para mudar o tamanho da fonte pelo atalho. E diretamente pelo teclado com Ctrl+Shift+<
para diminuir fonte e Ctrl+Shift+> para aumentar o tamanho da fonte;
z Estilos são formatos que modificam a aparência do texto, como negrito (atalho Ctrl+N), itálico (atalho Ctrl+I) e
sublinhado (atalho Ctrl+S). Já os efeitos modificam a fonte em si, como texto tachado (riscado simples sobre as
102 palavras), subscrito (como na fórmula H2O – atalho Ctrl + igual), e sobrescrito (como em km2 – atalho Ctrl+Shift+mais)
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título, a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.
A diferença entre estilos e efeitos é que, os estilos Outra forma de apresentação são os quadrados, ou
podem ser combinados, como negrito-itálico, itálico- então...
-sublinhado, negrito-sublinhado, negrito-itálico-sub- O desenho do Office;
linhado, enquanto os efeitos são concorrentes entre si. Um símbolo neutro;
Concorrentes entre si, significa que você escolhe o Setas;
efeito tachado ou tachado duplo, nunca os dois simul- Check ou qualquer símbolo que o usuário deseja
taneamente. O mesmo para o efeito TODAS MAIÚSCU- personalizar.
LAS e Versalete. Sobrescrito e subscrito.
Por sua vez, Sombra é um efeito independente,
que pode ser combinado com outros. Já as opções de Biblioteca de Marcadores
efeitos Contorno, Relevo e Baixo Relevo não, devendo
ser individuais. Nenhum
Para finalizar esse assunto, temos o sublinhado.
Ele é um estilo simples, mas comporta-se como efei-
to dentro de si mesmo. Temos, então, Sublinhado
simples, Sublinhado duplo, Tracejado, Pontilhado,
Somente palavras (sem considerar os espaços entre
as palavras) etc. São os estilos de sublinhados, que se Marcadores de Documento
comportam como efeitos.
Dica
As questões sobre Fontes são práticas. Portan-
to, se puder praticar no seu computador, será
melhor para a memorização do tema. As ques-
tões são independentes da versão, portanto
poderá usar o Word 2007 ou Word 365, para tes- Alterar Nível de Lista
tar as questões de Word 2016.
Definir Novo Marcador...
Colunas
60
O documento inicia com uma única coluna. Em
8-
Ao pressionar duas vezes “Enter”, sairá da for-
48
Layout da Página podemos escolher outra configura-
matação dos marcadores simbólicos, retornando ao
6.
ção, além de definir opções de personalização.
Normal. 15
As colunas poderão ser definidas para a seção
Os marcadores numéricos são semelhantes aos
.
atual (divisão de formatação dentro do documento)
20
Níveis.
do-as ao longo da página.
liv
O
NÚMEROS LETRAS
de
os
1. Exemplo a. Exemplo
2. Exemplo b. Exemplo
am
3. Exemplo c. Exemplo
R
4. Exemplo d. Exemplo
e
m
i. Exemplo 1) Exemplo
ui
As tabelas são estruturas de organização muito utilizadas para um layout adequado do texto, semelhante a
colunas, com a vantagem que estas não criam seções exclusivas de formatação.
As tabelas seguem as mesmas definições de uma planilha de Excel, ou seja, têm linhas, colunas, é formada por
células, podendo conter, também, fórmulas simples.
Ao inserir uma tabela, seja ela vazia, a partir de um desenho livre, ou convertendo a partir de um texto, uma
planilha de Excel, ou um dos modelos disponíveis, será apresentada a barra de ferramentas adicional na Faixa de
Opções.
Um texto poderá ser convertido em Tabela, e voltar a ser um texto, se possuir os seguintes marcadores de for-
matação: ponto e vírgula, tabulação, enter (parágrafo) ou outro específico.
Algumas operações são exclusivas das Tabelas, como Mesclar Células (para unir células adjacentes em uma úni-
ca), Dividir células (para dividir uma ou mais células em várias outras), alinhamento do texto combinando elemen-
tos horizontais tradicionais (esquerda, centro e direita) com verticais (topo, meio e base).
O editor de textos Microsoft Word oferece ferramentas para manipulação dos textos organizados em tabelas.
O usuário poderá organizar as células nas linhas e colunas da tabela, mesclar (juntar), dividir (separar), visua-
lizar as linhas de grade, ocultar as linhas de grade, entre outras opções.
E caso a tabela avance em várias páginas, temos a opção Repetir Linhas de Cabeçalho, atribuindo no início da
tabela da próxima página, a mesma linha de cabeçalho que foi usada na tabela da página anterior.
As tabelas do Word possuem algumas características que são diferentes das tabelas do Excel. Geralmente esses
itens são aqueles questionados em provas de concursos.
Por exemplo, no Word, quando o usuário está digitando em uma célula, ocorrerá mudança automática de
linha, posicionando o cursor embaixo. No Excel, o conteúdo “extrapola” os limites da célula, e precisará alterar as
configurações na planilha ou a largura da coluna manualmente.
60
8-
48
6.
.15
20
-4
ra
ei
liv
O
de
os
am
R
e
m
er
lh
WORD EXCEL
Somente o conteúdo da primeira célula será
Tabela, Mesclar Todos os conteúdos são mantidos
mantido
Em inglês, com referências direcionais Em português, com referências posicionais
Tabela, Fórmulas
=SUM(ABOVe) =SOMA(A1:A5)
Recalcula automaticamente e manualmente
Tabelas, Fórmulas Não recalcula automaticamente
(F9)
Tachado Texto Não tem atalho de teclado Atalho: Ctrl+5
Quebra de linha manual Shift+Enter Alt+Enter
Copia apenas a primeira formatação da
Pincel de Formatação Copia várias formatações diferentes
origem
Ctrl+D Caixa de diálogo Fonte Duplica a informação da célula acima
104
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título, a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.
WORD EXCEL
Ctrl+E Centralizar Preenchimento Relâmpago
Ctrl+G Alinhar à Direita (parágrafo) Ir para...
Ctrl+R Repetir o último comando Duplica a informação da célula à esquerda
F9 Atualizar os campos de uma mala direta Atualizar o resultado das fórmulas
F11 - Inserir gráfico
Finaliza a entrada na célula e mantém o
Ctrl+Enter Quebra de página manual
cursor na célula atual
Alt+Enter Repetir digitação Quebra de linha manual
Finaliza a entrada na célula e posiciona o
Shift+Enter Quebra de linha manual
cursor na célula acima da atual, se houver
Shift+F3 Alternar entre maiúsculas e minúsculas Inserir função
Impressão
Disponível no menu Arquivo e pelo atalho Ctrl+P (e também pelo Ctrl+Alt+I, Visualizar Impressão), a impres-
são permite o envio do arquivo em edição para a impressora. A impressora listada vem do Windows, do Painel
de Controle.
Podemos escolher a impressora, definir como será a impressão (Imprimir Todas as Páginas, ou Imprimir Sele-
ção, Imprimir Página Atual, imprimir as Propriedades), quais serão as páginas (números separados com ponto e
vírgula/vírgula indicam páginas individuais, separadas por traço uma sequência de páginas, com a letra s uma
seção específica, e com a letra p uma página específica).
Havendo a possibilidade, serão impressas de um lado da página, ou frente e verso automático, ou manual.
O agrupamento das páginas permite que várias cópias sejam impressas uma a uma, enquanto Desagrupado, as
páginas são impressas em blocos.
As configurações de Orientação (Retrato ou Paisagem), Tamanho do Papel e Margens, podem ser escolhidas no
momento da impressão, ou antes, na guia Layout da Página. A última opção em Imprimir possibilita a impressão
60
de miniaturas de páginas (várias páginas por folha) em uma única folha de papel.
8-
48
6.
15
.
20
1
-4
ra
Imprimir
ei
liv
O
de
EPSON8D025B(L5190 SERIES)
Pronto
os
am
R
Tudo
m
er
Imprimir
lh
Imprimir em Um Lado
ui
Agrupado
NOÇÕES DE INFORMÁTICA
Orientação Retrato
A4
21cm x 29,7 cm
Margens Personalizadas
Configurar Página
105
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título, a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.
Controle de Quebras e Numeração de Páginas
Legendas
60
pelo autor e a seguir retornar ao ponto em que estava
8-
antes.
48
6.
. 15
20
-4
Inserir
Legenda
ra
ei
Dica
liv
Legenda
O
Quebras. Figura 1
os
Índices
Os índices serão criados a partir dos Estilos utilizados durante o texto, como Título 1, Título 2, e assim por dian-
te. Se não forem usados, posteriormente o usuário poderá ‘Adicionar Texto’ no índice principal (Sumário), Marcar
Entrada (para inserir um índice) e até remover depois de inserido.
Os índices suportam Referências Cruzadas, que permitem o usuário navegar entre os links do documento de
forma semelhante ao documento na web. Ao clicar em um link, o usuário vai para o local escolhido. Ao clicar no
local, retorna para o local de origem.
Dica
A guia Referências é uma das opções mais questionadas em concursos públicos por dois motivos: envolvem
conceitos de formatação do documento exclusivos do Microsoft Word e é utilizado pelos estudantes na for-
matação de um TCC (Trabalho de Conclusão de Curso).
Inserção de Objetos
Disponíveis na guia Inserir, os objetos que poderiam ser inseridos no documento estão organizados em
categorias:
z Páginas: objetos em forma de página, como a capa (Folha de Rosto), uma Página em Branco ou uma Quebra de
Página (divisão forçada, quebra de página manual, atalho Ctrl+Enter);
z Tabela: conforme comentado anteriormente, organizam os textos em células, linhas e colunas;
z Ilustrações: Imagem (arquivos do computador), ClipArt (imagens simples do Office), Formas (geométricas),
SmartArt (diagramas), Gráfico e Instantâneo (cópia de tela ou parte da janela).
60
8-
48
6.
.15
20
-4
ra
ei
liv
z Links: indicado para acessar a Internet via navegador ou acionar o programa de e-mail ou criação de referên-
cia cruzada;
os
z Cabeçalho e Rodapé;
am
z Texto: elementos gráficos como Caixa de Texto, Partes Rápidas (com organizador de elementos do documen-
R
to), WordArt (que são palavras com efeitos), Letra Capitular (a primeira letra de um parágrafo com destaque),
e
Linha de Assinatura (que não é uma assinatura digital válida, dependendo de compra via Office Marketplace),
m
NOÇÕES DE INFORMÁTICA
107
O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para Guilherme Ramos de Oliveira - 420.156.488-60, vedada, por quaisquer meios e a qualquer
título, a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.
Campos Predefinidos
Estes campos são objetos disponíveis na guia Inserir que são predefinidos. Após a configuração inicial, são
inseridos no documento.
Além da configuração da Linha de Assinatura, existem outras opções, como Data e Hora, Objeto e dentro do
item Partes Rápidas, no grupo Texto, da guia Inserir, a opção Campo.
Entre as categorias disponíveis, encontramos campos para automação de documento, data e hora, equações e
fórmulas, índices, informação sobre o documento, informações sobre o usuário, mala direta, numeração, vínculos
e referências.
Caixas de Texto
60
(preenchimento da forma, contorno da forma, alterar forma, estilos predefinidos), efeitos de sombra e efeitos 3D.
8-
48
6.
.15
20
-4
ra
ei
liv
O
de
os
MS-EXCEL 2016
am
A planilha em Excel, ou folha de dados, poderá ser impressa em sua totalidade, ou apenas áreas definidas pela Área
er
de Impressão, ou a seleção de uma área de dados, ou uma seleção de planilhas do arquivo, ou toda a pasta de trabalho.
lh
Ao contrário do Microsoft Word, o Excel trabalha com duas informações em cada célula: dados reais e dados formatados.
ui
Por exemplo, se uma célula mostra o valor 5, poderá ser o número 5 ou uma função/fórmula que calculou e
G
z Célula: unidade da planilha de cálculos, o encontro entre uma linha e uma coluna. A seleção individual é com
a tecla CTRL e a seleção de áreas é com a tecla SHIFT (assim como no sistema operacional);
z Coluna: células alinhadas verticalmente, nomeadas com uma letra;
z Linha: células alinhadas horizontalmente, numeradas com números;
108
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título, a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.
Barra de Acesso Rápido Coluna
Barra de Fórmulas
Faixa
de Opções
Célula
Linha
z Planilha: o conjunto de células organizado em uma folha de dados. Na versão Microsoft Office 365
(2022) são 16.384 colunas (nomeadas de A até XFD) e 1.048.576 linhas (numeradas de 1 a 1.048.576).
A quantidade de linhas e colunas podem variar, de acordo com o software e a versão. Existem planilhas com
256, 1.024, 16.384 ou 65.536 colunas. Existem planilhas com 65.536 ou 1.048.576 linhas;
z Pasta de Trabalho: arquivo do Excel (extensão XLSX) contendo as planilhas, de 1 a N (de acordo com quanti-
dade de memória RAM disponível, nomeadas como Planilha1, Planilha2, Planilha3);
z Alça de preenchimento: no canto inferior direito da célula, permite que um valor seja copiado na direção
em que for arrastado. No Excel, se houver 1 número, ele é copiado. Se houver 2 números, uma sequência será
60
criada. Se for um texto, é copiado, mas texto com números é incrementado. Dias da semana, nome de mês e
8-
datas são sempre criadas as continuações (sequências);
48
z Mesclar: significa simplesmente “Juntar”. Havendo diversos valores para serem mesclados, o Excel manterá
6.
somente o primeiro destes valores, e centralizará horizontalmente na célula resultante. .15
20
-4
ra
ei
liv
O
de
os
am
R
e
m
er
E após a inserção dos dados, caso o usuário deseje, poderá juntar as informações das células.
lh
ui
z Mesclar e Centralizar: une as células selecionadas a uma célula maior e centraliza o conteúdo da nova célula;
NOÇÕES DE INFORMÁTICA
Este recurso é usado para criar rótulos (títulos) que ocupam várias colunas;
z Mesclar através: mesclar cada linha das células selecionadas em uma célula maior;
z Mesclar células: mesclar (unir) as células selecionadas em uma única célula, sem centralizar;
z Desfazer Mesclagem de Células: desfaz o procedimento realizado para a união de células.
A tabela de dados, ou folha de dados, ou planilha de dados, é o conjunto de valores armazenados nas células.
Estes dados poderão ser organizados (classificação), separados (filtro), manipulados (fórmulas e funções), além de
apresentar em forma de gráfico (uma imagem que representa os valores informados).
Para a elaboração, poderemos:
z Digitar o conteúdo diretamente na célula. Basta iniciar a digitação, e o que for digitado é inserido na célula; 109
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z Digitar o conteúdo na barra de fórmulas. Disponível na área superior do aplicativo, a linha de fórmulas é o
conteúdo da célula. Se a célula possui um valor constante, além de mostrar na célula, este aparecerá na barra
de fórmulas. Se a célula possui um cálculo, seja fórmula ou função, esta será mostrada na barra de fórmulas;
z O preenchimento dos dados poderá ser agilizado através da Alça de Preenchimento ou pelas opções automá-
ticas do Excel;
z Os dados inseridos nas células poderão ser formatados, ou seja, continuam com o valor original (na linha de
fórmulas) mas são apresentados com uma formatação específica;
z Todas as formatações estão disponíveis no atalho de teclado Ctrl+1 (Formatar Células);
z Também na caixa de diálogo Formatar Células, encontraremos o item Personalizado, para criação de máscaras
de entrada de valores na célula.
Geral
123 Sem formato específico
Número
12 4,00
Moeda
R$4,00
Contábil
R$4,00
Data Abreviada
04/01/1900
Data Completa
quarta-feira, 4 de janeiro de 1900
Hora
00:00:00
60
Porcentagem
8-
48
400,00%
6.
1 Fração
15
2 4
.
20
Científico
102
-4
4,00E+00
ra
Texto
ab
ei
4
liv
O
Dica
de
As informações existentes nas células poderão ser exibidas com formatos diferentes. Uma data, por exem-
os
plo, na verdade é um número formatado como data. Por isto conseguimos calcular a diferença entre datas.
am
R
Os formatos Moeda e Contábil são parecidos entre si, mas possuem exibição diferenciada. No formato de Moe-
e
m
da, o alinhamento da célula é respeitado e o símbolo R$ acompanha o valor. No formato Contábil, o alinhamento
er
é ‘justificado’ e o símbolo de R$ fica posicionado na esquerda, alinhando os valores pela vírgula decimal.
lh
ui
G
Moeda Contábil
R$4,00 R$4,00
Moeda Contábil
R$ 150,00 R$ 150,00
R$ 170,00 R$ 170,00
R$ 200,00 R$ 200,00
R$ 1.000,00 R$ 1.000,00
R$ 10,54 R$ 10,54
O ícone é para mostrar um valor com o formato de porcentagem. Ou seja, o número é multiplicado por 100.
110 Exibe o valor da célula como percentual (Ctrl+Shift+%)
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VALOR FORMATO PORCENTAGEM % PORCENTAGEM E 2 CASAS % ,0 0
ß,0
1 100% 100,00%
2 200% 200,00%
0,004 0% 0,40%
O ícone 000 é o Separador de Milhares. Exibir o valor da célula com um separador de milhar. Este comando
alterará o formato da célula para Contábil sem um símbolo de moeda.
1 R$1,00 1,00
,00
Os ícones ß,0
,00 à,0 são usados para Aumentar casas decimais (Mostrar valores mais precisos exibindo mais
casas decimais) ou Diminuir casas decimais (Mostrar valores menos precisos exibindo menos casas decimais).
Quando um número na casa decimal possui valor absoluto diferente de zero, ele é mostrado ao aumentar
casas decimais. Se não possuir, então será acrescentado zero.
60
Quando um número na casa decimal possui valor absoluto diferente de zero, ele poderá ser arredondado para
8-
48
cima ou para baixo, de ao diminuir as casas decimais. É o mesmo que aconteceria com o uso da função ARRED,
6.
para arredondar.
.15
20
Simbologia Específica
-4
ra
Cada símbolo tem um significado, e nas tabelas a seguir, além de conhecer o símbolo, conheça o significado e
ei
(multiplicador)
ui
G
z ( ) – parênteses;
z ^ – exponenciação (potência, um número elevado a outro número);
z * ou / – multiplicação (função MULT) ou divisão;
z + ou - – adição (função SOMA) ou subtração. 111
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Importante!
Como resolver as questões de planilhas de cálculos?
Leitura atenta do enunciado (português e interpretação de textos);
Identificar a simbologia básica do Excel (informática);
Respeitar as regras matemáticas básicas (matemática);
Realizar o teste, e fazer o verdadeiro ou falso (raciocínio lógico).
60
z Um valor jamais poderá ser menor e maior que outro valor ao mesmo tempo;
8-
z Uma célula vazia é um conjunto vazio, ou seja, não é igual a zero, é vazio;
48
z O símbolo matemático ≠ não poderá ser escrito diretamente na fórmula, use <>;
6.
z O símbolo matemático ≥ não poderá ser escrito diretamente na fórmula, use >=;
z O símbolo matemático ≤ não poderá ser escrito diretamente na fórmula, use <=.
.15
20
-4
OPERADORES DE REFERÊNCIA
ra
buscar o valor
z O símbolo de cifrão transforma uma referência relativa ( A1 ) em uma referência mista ( A$1 ou $A1 ) ou em
referência absoluta ( $A$1 );
z O símbolo de exclamação busca o valor em outra planilha, na mesma pasta de trabalho ou em outro arquivo.
112 Ex.: =[Pasta2]Planilha1!$A$2.
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Importante!
O símbolo de cifrão é um dos mais importantes na manipulação de fórmulas de planilhas de cálculos. Todas
as bancas organizadoras questionam fórmulas com e sem eles nas referências das células.
Identifica uma
= HOJE ( ) Retorna a data atual do computador
função ou os valo-
( )parênteses = SOMA (A1;B1) Faz a soma de A1 e B1
res de uma opera-
= (3+5) / 2 Faz a soma de 3 e 5 antes de dividir por 2
ção prioritária
As fórmulas e funções começam com o sinal de igual. Outros símbolos podem ser usados, mas o Excel substi-
tuirá pelo sinal de igual.
60
Se usado em testes, é “igual a”
8-
48
Exibe os zeros não significativos, 0001 como
‘ (apóstrofe) Número como texto ‘0001
texto (ex: placa de carro)
6.
15
= “Nova”&” Exibe “Nova Concursos” (sem as aspas), o resul-
.
& (“E” comercial) Concatenar
20
O símbolo & é usado para concatenar dois conteúdos, como por exemplo: =”15”&”A45” resulta em 15A45. Pode-
ei
remos usar a função CONCATENAR, ou a função CONCAT, para obter o mesmo resultado do símbolo &.
liv
O
de
=A1&A2&A3 é igual a
NOÇÕES DE INFORMÁTICA
Erros
Quando trabalhamos com planilhas de cálculos, especialmente no início dos estudos, é comum aparecerem
mensagens de erros nas células, decorrente da falta de argumentos nas fórmulas, referências incorretas, erros de
digitação, entre outros. Vamos ver algumas das mensagens de erro mais comuns que ocorrem nas planilhas de
cálculos.
As planilhas de cálculos oferecem o recurso “Rastrear precedentes”, dentro do conceito de Auditoria de Fór-
mulas. Com este recurso, muito questionado em concursos, o usuário poderá ver setas na planilha indicando a
relação entre as células, e identificar a origem das mensagens de erros.
A seguir, os erros mais comuns que podem ocorrer em uma planilha de cálculos no Microsoft Excel: 113
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título, a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.
z #DIV/0! indica que a fórmula está tentando dividir Se temos uma sequência de valores com quantida-
um valor por 0; de par, a mediana será a média dos valores que estão
z #NOME? indica que a fórmula possui um texto que no meio. Por exemplo, para os valores (2,13,4,10,8,1),
o Excel 2007 não reconhece; ordenados são (1,2,4,8,10,13), e no meio temos 4 e 8. A
z #NULO! a fórmula contém uma interseção de duas média de 4 e 8 é 6 ((4+8)/2).
áreas que não se interceptam;
z #NUM! a fórmula apresenta um valor numérico z MÁXIMO(valores): exibe o maior valor das célu-
inválido;
las selecionadas.
z #REF! indica que na fórmula existe a referência
para uma célula que não existe;
z #VALOR! indica que a fórmula possui um tipo erra- =MAXIMO(A1:D6) Exibe qual é o maior valor na
do de argumento; área de A1 até D6. Se houver dois valores iguais, ape-
z ##### indica que o tamanho da coluna não é sufi- nas um será mostrado.
ciente para exibir seu valor.
z MAIOR(valores;posição): exibe o maior valor de
USO DE FÓRMULAS, FUNÇÕES E MACROS uma série, segundo o argumento apresentado.
=SOMA(A1;A2;A3) Efetua a soma dos valores exis- z MENOR(valores;posição): exibe o menor valor de
tentes nas células A1, A2 e A3; uma série, segundo o argumento apresentado.
=SOMA(A1:A5) Efetua a soma dos 5 valores exis-
tentes nas células A1 até A5;
Valores iguais ocupam posições diferentes.
=SOMA(A1;34;B3) Efetua a soma dos valores da
=MENOR(A1:D6;3) Exibe o 3º menor valor nas cé-
célula A1, com 34 (valor literal) e B3;
60
=SOMA(A1:B4) Efetua a soma dos 8 valores exis- lulas A1 até D6.
8-
tentes, de A1 até B4. O Excel não faz ‘triangulação’,
48
operando apenas áreas quadrangulares; z SE(teste;verdadeiro;falso): avalia um teste e
6.
=SOMA(A1;B1;C1:C3) Efetua a soma dos valores A1 retorna um valor caso o teste seja verdadeiro ou
com B1 e C1 até C3; outro caso seja falso.
.15
20
z SOMASE(valores;condição): realiza a operação primeira parte, o que fazer caso seja verdadeiro na
ei
liv
de soma nas células selecionadas, se uma condição segunda parte, e o que fazer caso seja falso na última
for atendida.
O
=SOMASE(A1:A5;”>15”) Efetuará a soma dos valo- menor, maior ou igual, menor ou igual, igual, diferen-
res de A1 até A5 que sejam maiores que 15;
R
textos literais.
m
60
lor_procurado dentro da matriz_tabela, e quando
8-
=CONT.NÚM(A1:A8) Informa quantas células no encontrar, retornar a enésima coluna informada em
48
intervalo A1 até A8 possuem valores numéricos. núm_índice_coluna. A última opção, que será VERDA-
6.
DEIRO ou FALSO, é usada para identificar se precisa ser
CONT.SE(células;condição): esta função conta
.15
o valor exato (F) ou pode ser valor aproximado (V).
20
ser contado)
Use a função TIRAR ou a função ARRUMAR para
liv
=CONCAT(A1:A5) junta o conteúdo das células A1 até A5 em uma nova célula. Esta função não funciona nas
versões antigas do Office.
NÚM.CARACT(célula)
INT(valor)
TRUNCAR(valor;casas decimais)
=TRUNCAR(PI();3) exibir o valor de PI com 3 casas decimais – valor 3,14159 exibe 3,141.
ARRED(valor;casas decimais)
60
Exibe um número com a quantidade de casas decimais, arredondando para cima ou para baixo.
8-
48
=ARRED(PI();3) exibir o valor de PI com 3 casas decimais – valor 3,14159 exibe 3,142.
6.
HOJE(): exibe a data atual do computador;
.15
20
DIAS360(data1;data2): informa a diferença em dias entre duas datas (ano contábil, de 360 dias);
de
POTÊNCIA(base;expoente).
os
am
FUNÇÕES LÓGICAS
Retornará um valor que você especifica se uma fórmula for avaliada para
SEERRO (Função SEERRO)
um erro; do contrário, retornará o resultado da fórmula
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título, a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.
Importante!
Foram apresentadas muitas funções neste material, não é verdade? Existem milhares de funções no Micro-
soft Excel. Em concursos públicos, estas são as mais questionadas.
Impressão
A impressão no Excel é semelhante ao Word. Difere ao oferecer o item Área de Impressão, que permite ao
usuário escolher uma área de uma planilha para ser impressa.
Outro item que o Excel oferece que é exclusiva, a possibilidade de imprimir os títulos das colunas e linhas,
fazendo com que a impressão seja muito parecida com a tela que está sendo visualizada.
Ambos estão na guia Layout da Página.
E na caixa de diálogo de impressão (Ctrl+P) temos o ajuste da impressão (zoom), permitindo ajustar para caber em
uma página, ajustar apenas as linhas, apenas as colunas, e mudar as quebras de páginas arrastando a divisão na tela.
60
8-
48
6.
.15
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-4
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O
de
Inserção de Objetos
os
A inserção de objetos contém os mesmos itens do Microsoft Word, mas o destaque são os Gráficos.
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NOÇÕES DE INFORMÁTICA
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O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para Guilherme Ramos de Oliveira - 420.156.488-60, vedada, por quaisquer meios e a qualquer
título, a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.
A tabela e o gráfico dinâmico possibilitam resumir os dados rapidamente, a partir de critérios padronizados
no Excel.
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de
Os gráficos são representações visuais de dados da planilha. De acordo com a opção escolhida, teremos uma
os
forma de apresentação. Alguns gráficos são indicados para situações específicas. Outros gráficos são generalistas.
am
Gráficos
R
e
m
Além da produção de planilhas de cálculos, o Microsoft Excel (e o LibreOffice Calc) produz gráficos com os
er
Gráficos são a representação visual de dados numéricos, e poderão ser inseridos na planilha como gráficos
G
z Os gráficos de Colunas representam valores em colunas 2D ou 3D. São opções do gráfico de Colunas: Agrupada,
Empilhada, 100% Empilhada, 3D Agrupada, 3D Empilhada, 3D 100% Empilhada, e 3D.
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título, a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.
z Os gráficos de Linhas representam valores com z Os gráficos de Ações necessitam que os dados este-
linhas, pontos ou ambos. São opções do gráfico de jam organizados em preço na alta, preço na baixa
Linhas: Linha, Linha Empilhada, 100% Empilha- e preço no fechamento. Datas ou nomes das ações
da, com Marcadores, Empilhada com Marcadores, serão usados como rótulos. São exemplos de gráficos
100% Empilhada com Marcadores, e 3D. de Ações: Alta-Baixa-Fechamento, Abertura-Alta-
-Baixa-Fechamento, Volume-Alta-Baixa-Fechamen-
to, e Volume-Abertura-Alta-Baixa-Fechamento.
60
8-
48
z Os gráficos de Área representam dados de forma
6.
semelhante ao gráfico de Linhas, mas com preen- z Os gráficos de Radar são usados para mostrar a evo-
chimento até a base (eixo X). São opções dos grá-
.15
lução de itens. São exemplos de gráficos de Radar:
20
ficos de Área: Área, Área Empilhada, Área 100% Radar, Radar com Marcadores, e Radar Preenchido.
-4
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título, a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.
z O gráfico do tipo Caixa Estreita é usado para projeção de valores.
z O gráfico do tipo Cascata exibe e destaca as variações dos valores ao longo do tempo.
z Os gráficos do tipo Combinação permitem combinar dois tipos de gráficos para a exibição de séries de dados.
São exemplos de gráficos do tipo Combinação: Coluna Clusterizada-Linha, Coluna Clusterizada-Linha no
Eixo Secundário, Área Empilhada-Coluna Clusterizada, e a possibilidade de criação de uma Combinação
Personalizada.
60
8-
48
6.
Campos Predefinidos .15
20
-4
Semelhante ao Word, o Excel poderá operar com os mesmos campos. Campos são variáveis inseridas na plani-
ra
Uma das principais diferenças entre o editor de textos e o editor de planilhas, é o Cabeçalho e Rodapé. Enquan-
O
de
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título, a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.
Controle de Quebras e Numeração de Páginas
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de
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am
O Excel poderá trabalhar com as informações inseridas pelo usuário na planilha, e com dados provenientes
m
de outros locais. Disponível na guia Dados, o grupo ‘Obter Dados Externos’, apesar de figurar no edital de alguns
er
lh
concursos, nunca foi questionado em provas de Noções de Informática, tanto nível médio como nível superior.
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G
NOÇÕES DE INFORMÁTICA
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De Arquivo
De Banco de Dados
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Do Azure
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De Serviços Online
De outras fontes
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Classificação de Dados
R
e
Você pode classificar dados por texto (A a Z ou Z a A), números (dos menores para os maiores ou dos maiores
er
para os menores) e datas e horas (da mais antiga para a mais nova e da mais nova para a mais antiga) em uma ou
lh
mais colunas. Você também poderá classificar por uma lista de clientes (como Grande, Médio e Pequeno) ou por
ui
formato, incluindo a cor da célula, a cor da fonte ou o conjunto de ícones. A maioria das operações de classificação
G
é identificada por coluna, mas você também poderá identificar por linhas.
NOÇÕES DE INFORMÁTICA
Disponível na guia Dados, e na guia Página Inicial, a classificação poderá ser de texto, números, datas ou horas,
por cor da célula, cor da fonte ou ícones, por uma lista personalizada, linhas, por mais de uma coluna ou linha, ou
por uma coluna sem afetar as demais.
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CLASSIFICAÇÃO COMENTÁRIOS
60
ou ‘Classificar do maior para o menor’
8-
48
Se houver datas ou horas, podemos ‘Classificar da mais antiga para a mais nova’
Classificar datas ou horas
6.
ou ‘Classificar da mais nova para a mais antiga’.15
Se você tiver formatado manual ou condicionalmente um intervalo de células ou
20
Classificar por cor de célula, cor de uma coluna de tabela, por cor de célula ou cor de fonte, poderá classificar por es-
-4
fonte ou ícones sas cores. Também será possível classificar por um conjunto de ícones criados
ra
Você pode usar uma lista personalizada para classificar em uma ordem definida
Classificar por uma lista
O
pelo usuário. Por exemplo, uma coluna pode conter valores pelos quais você
personalizada
de
coluna ou linha
m
er
demais
MS-POWERPOINT 2016
As apresentações de slides criadas pelo Microsoft PowerPoint 2010/2013/2016/2019 são arquivos de extensão
.PPTX. Caso contenham macros (comandos para automatização de tarefas) será atribuída a extensão .PPTM. E
ainda podemos trabalhar com os modelos (extensão .POTX e POTM).
Apesar de ser um aplicativo com finalidade diferente do editor de textos, ele possui muitas semelhanças que
acabam ajudando quem está iniciando nele. Da mesma forma que o editor de textos, é possível trabalhar com
seções (divisões), é possível inserir números de slides, é possível comparar apresentações, etc.
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título, a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.
EXTENSÃO TIPO DE ARQUIVO CARACTERÍSTICAS
Importante!
Apresentações de slides é um tópico pouco questionado em provas de concursos. Conhecendo os conceitos
do Microsoft PowerPoint, você poderá aproveitá-los quando estudar LibreOffice Impress.
As apresentações de slides podem ser gravadas em formato de imagens (JPG, PNG), slide por slide, e até trans-
formadas em vídeo (extensão MP4).
Os recursos do PowerPoint, como animações, transições, narração, serão inseridos no vídeo, que poderá ser
60
reproduzido em outros dispositivos, como Smart TV em totens de propagandas.
8-
48
6.
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NOÇÕES DE INFORMÁTICA
Figura 1. Para produzir um vídeo da apresentação, acessar o botão Arquivo, menu Exportar, item Criar Vídeo.
z Seção: divisão de formatação dentro da apresentação (usadas para Apresentações Personalizadas). Poderá ter
‘duas apresentações’ dentro de uma, e no início, escolher qual delas será exibida para o público;
z Transições: animação entre os slides. Ao selecionar algum efeito de animação entre os slides (guia Transições,
grupo Transição para este slide), será disponibilizada a opção para configuração do Intervalo;
z Animação: animação dentro do slide, em um objeto do slide. Um objeto poderá ter diversas animações simul-
taneamente, enquanto a transição do slide é única. Poderão ser de Entrada, Ênfase, Saída ou Trajetórias de
Animação.
Conceitos de Slides
Conforme observado no item anterior, os slides são as unidades de trabalho do PowerPoint. Assim como as
páginas de um documento do Microsoft Word, os slides possuem configurações como margens, orientação, núme-
ros de páginas (slides, no caso), cabeçalhos e rodapés, etc.
O PowerPoint trabalha com 4 conceitos principais de slides:
z Slide (modo de exibição Normal): cada slide é mostrado para edição de seu conteúdo;
60
z Slide Mestre: para alterar o design e o layout dos slides mestres, alterando toda a apresentação de uma vez;
8-
z Folhetos Mestre: para alterar o design e layout dos folhetos que serão impressos;
48
z Anotações Mestras: para alterar o design e layout das folhas de anotações;
6.
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G
Nos modos de exibição, na guia Exibição, ocorreu uma pequena mudança em relação às versões anteriores,
com a inclusão do item Modo de Exibição de Estrutura de Tópicos:
z Normal: no modo de exibição Normal, miniaturas dos slides ou os tópicos aparecerão no lado esquerdo, o
slide atual aparecerá no centro (sendo possível sua edição) e na área inferior da tela aparecerá a área de ano-
126 tações. Ajustar à janela encaixa o slide na área;
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título, a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.
z Modo de Exibição de Estrutura de Tópicos: para FORMATO VÍDEO HIPERLINKS
editar e alternar entre slides no painel de estru-
tura de tópicos. Útil para a criação de uma apre- PPTX X X
sentação a partir dos tópicos de um documento do PPSX X X
Microsoft Word;
z Classificação dos Slides: no modo de exibição PDF - X
Classificação de Slides, apenas miniaturas dos sli- MP4 X X
des serão mostradas. Estas miniaturas poderão
ser organizadas, arrastando-as. As operações de JPG/PNG - -
slides estão disponíveis, como Excluir slide, Ocul-
tar slide, etc. Mas não é possível editar o conteúdo.
Tabela. Recursos disponíveis ( X ), recursos indisponíveis ( - )
Somente após duplo clique será possível a edição
do conteúdo;
z Anotações: exibir a página de anotações para edi- O formato PDF é portável, e poderá ser usado em
tar as anotações do orador da forma como ficarão qualquer plataforma. Praticamente todos os programas
quando forem impressas;
disponíveis no mercado reconhecem o formato PDF.
z Modo de Exibição de Leitura: exibir a apresenta-
ção como uma apresentação de slides que cabe na Confira a seguir os ícones do aplicativo, que costu-
janela. A barra de título do PowerPoint continuará mam ser questionados em provas.
sendo exibida.
60
começo, devemos pressionar F5. Podemos escolher o possam assisti-la em um navegador da Web
8-
ícone ‘Do Começo’ na guia Apresentações de Slides, Apresentação de Slides Personalizada: Criar
48
grupo Iniciar Apresentação de Slides. E ainda clicar ou executar uma apresentação de slides
6.
no ícone correspondente na barra de status, ao lado personalizada. Uma apresentação de slides
do zoom. 15
personalizada exibirá somente os slides se-
.
20
A apresentação iniciará, e ao contrário do modo de lecionados. Este recurso permite que você
-4
exibição Leitura em Tela Inteira, a barra de títulos não tenha vários conjuntos de slides diferentes
será mostrada. A outra forma de iniciar uma apresen- (por exemplo, uma sucessão de slides de 30
ra
tação de slides é a partir do Slide Atual, pressionando minutos e outra de 60 minutos) na mesma
ei
liv
o próximo slide. O ESC sai da apresentação de slides. apresentação reinicia após o último slide, e
am
Segurar a tecla CTRL e pressionar o botão princi- continua em loop até pressionar ESC), apre-
R
pal (esquerdo) do mouse exibirá um ‘laser pointer’ na sentação sem narração, vários monitores,
e
a tela em branco (clara). Pressionar E ou ponto final Ocultar Slide: Ocultar o slide atual da apresen-
lh
deixa a tela preta (escura). tação. Ele não será mostrado durante a apre-
ui
A edição dos elementos textuais e parágrafos segue sentação de slides de tela inteira
G
Anotações
60
Dica
8-
48
Anotações poderão ser adicionadas nos slides,
6.
exibidos em tela somente para o apresentador
15
ou impressos. Os elementos de uma anotação
.
20
O modo de exibição Anotações serve para visuali-
não aparecem no slide exibido para o público.
-4
Régua, Guias
exibição Anotações.
ei
liv
Réguas Guias
[Texto] [Texto]
[Texto]
Álbum de Fotografias
60
Adicionar uma ação ao objeto selecionado para
8-
especificar o que deve acontecer quando você clicar
48
nele ou passar o mouse sobre ele.
6.
15
É possível associar um hiperlink para o próximo
slide, slide anterior, primeiro slide, último slide, último
.
20
60
z Agrupar: unir dois ou mais objetos selecionados
8-
48
para que sejam tratados como um único objeto;
6.
z Desagrupar: separar um conjunto de objetos
15
agrupados para que se tornem novamente objetos
.
20
individuais;
-4
assim como em Inserir, Ilustrações, em Formas pode- z Girar: permite alterar a posição do objeto, rotacio-
os
remos inserir Linhas, Retângulos, Formas Básicas, nando em torno de seu próprio eixo;
Setas largas, Formas de Equação, Fluxograma, Estre-
am
Dica
lh
ui
Botões de Ação
Veremos a seguir as funções dos botões de ação (imagem acima). São elas: Voltar ou Anterior; Avançar ou Pró-
ximo; Início; Final; Página Inicial; Informações; Retornar; Filme; Documento; Som; Ajuda; Personalizar.
z Voltar ou Anterior: voltará para o slide anterior. Se estamos no slide 5, volta para o slide 4;
z Avançar ou Próximo: avançará para o slide seguinte. Se estamos no slide 5, avança para o slide 6;
z Início: volta para o primeiro slide da apresentação, sempre;
z Final: vai para o último slide da apresentação, sempre;
z Página Inicial: o mesmo que o botão de ação Início, mas com o ícone de Home (página inicial);
z Informações: o mesmo que o ícone Ação, mas com o ícone de Informações;
z Retornar: retorna para o último slide exibido. Em uma apresentação de slides não sequencial, passamos pelos
slides 1, 2, 5, 7, 4 e 3. Estamos no slide 5. Ao clicar em Retornar, voltará para o slide 2, porque este foi o último
60
a ser mostrado;
8-
z Filme: permite adicionar uma mídia do tipo vídeo. Poderá ser um vídeo do arquivo (armazenado no compu-
48
tador), vídeo do site ou vídeo de Clipart;
6.
z 15
Documento: permite adicionar uma ação ‘Executar programa’. Será mostrado um ícone de documento;
z Som: permite adicionar uma mídia do tipo som. Poderá ser um áudio do arquivo (armazenado no computa-
.
20
Dica
O
de
Os botões de Ação são elementos visuais inseridos no slide, que ao serem clicados, executam uma ação
programada. Permite a personalização da navegação entre slides, para além da sequência original da
os
apresentação.
am
R
Animação
e
m
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As animações são aplicadas aos objetos do slide. Possuem uma guia própria, mas no Painel de Animação é que
lh
NOÇÕES DE INFORMÁTICA
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título, a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.
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8-
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6.
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O
z Em Animações, grupo Visualização, ícone “Visualizar”, podemos Visualizar as animações neste slide, ou desa-
de
z Em Animações, grupo Animação, encontramos as opções de efeitos de entrada, saída e ênfase, além das traje-
am
tórias de animação. As opções de Efeito permitem escolher a direção que o efeito usará;
z Em Animações, grupo Animação Avançada, encontramos “Adicionar Animação”, esta função permite que pos-
R
samos Escolher um efeito de animação para adicionar aos objetos selecionados. A nova animação será aplica-
e
m
z O Painel de Animação permite visualizar e organizar as animações no slide, possibilitando definir animações
lh
personalizadas;
ui
z Em Disparar podemos “Definir” uma condição inicial especial para uma animação. Você pode definir uma anima-
G
ção para iniciar depois de você clicar em uma forma ou quando a reprodução da mídia alcançar um indicador;
z No Word temos o Pincel de Formatação (assim como no PowerPoint, guia “Página Inicial”) com o objetivo de
copiar a formatação de um local e aplicar em outro. No PowerPoint temos o Pincel de Animação (Alt+Shift+c),
que pode Copiar a animação de um objeto e aplicá-la a outro objeto.
Todos os itens comentados neste tópico estão no Painel de Animação (que apresenta a Linha do tempo
avançada).
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título, a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.
z No PowerPoint temos o Pincel de Animação (Alt+Shift+c), que pode Copiar a animação de um objeto e aplicá-la
a outro objeto;
z Ícone do mouse no Painel de Animação: a animação será executada ao clicar;
z Ícone de relógio no Painel de Animação: a animação será executada após a anterior;
z Ausência de ícones no Painel de Animação: a animação será executada com a anterior;
z Em Animações, grupo “Intervalo”, temos o ícone Iniciar. Nele definimos o Intervalo de Tempo da Animação,
que pode escolher quando uma animação iniciará a execução. As animações podem começar após um clique
do mouse, ao mesmo tempo em que a animação anterior ou após a conclusão da animação anterior;
60
z Em Animações, grupo “Intervalo”, temos o ícone Iniciar. Nele definimos o Intervalo de Tempo da Animação,
8-
que pode escolher quando uma animação iniciará a execução. As animações podem começar após um clique
48
do mouse, ao mesmo tempo em que a animação anterior ou após a conclusão da animação anterior;
6.
z Em Animações, grupo “Intervalo”, temos o ícone Duração da Animação. Especificar a duração de uma
animação; .15
z Em Animações, grupo “Intervalo”, temos o ícone Atraso da Animação. Executar a animação após um determi-
20
z E, finalmente, em Reordenar animação, podemos “Mover Antes” – mover a animação atual para executá-la
ra
mais cedo ou “Mover Depois” – mover a animação atual para executá-la mais tarde;
ei
z Em “Opções do efeito”, o usuário pode associar um som para a animação, configurar para que um áudio seja
liv
Se existe uma animação, ela aparecerá no Painel de Animação. O número na frente é para indicar a ordem da
os
animação. No exemplo acima, temos 7 objetos com animação de entrada, em 4 momentos de animação “ao clicar”.
Observamos que a animação antes e depois da animação 4 possuem um “relógio”, e isso quer dizer que elas
am
acontecem “após o anterior”. A quinta animação na lista está alinhada com o término da quarta animação. Este é
R
o padrão. Já a última animação na lista está “distante” do término da penúltima animação. Isto significa que ela
e
m
tem “atraso”.
er
A animação após a terceira não possui ícone. Isto significa que ela acontecerá “com a anterior”, simultaneamente
lh
à animação 3. O traço vertical nas duas últimas animações serve para mostrar que elas estão associadas entre si.
ui
Um traço vertical durante o comando “Visualizar” mostra em qual momento está a sequência das animações.
G
NOÇÕES DE INFORMÁTICA
De forma semelhante ao item Animações, as Transições também possuem uma guia específica. As transições
são efeitos de animação aplicados na mudança dos slides, quando avançamos a apresentação.
A principal diferença para a guia Animações é a possibilidade de criar apresentações com passagem automá-
tica de slides, após um determinado tempo. Para fazer isto, basta atribuir um valor em Após, no item “Avançar
Slide”, grupo “Intervalo”, da guia Transições.
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título, a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.
A seguir, uma imagem com todas as opções de Transição para este slide, disponível no PowerPoint 2010.
z Transições do grupo Sutil: Recortar, Esmaecer, Empurrão, Revelar, Dividir, Revelar, Barras Aleatórias, For-
60
ma, Descobrir, Cobrir, Piscar;
8-
z Transições do grupo Empolgante: Dissolver, Xadrez, Persianas, Relógio, Ondulação, Colmeia, Brilho, Vortex,
48
Rasgar, Alternar, Inverter, Galeria, Cubo, Portas, Caixa, Zoom;
6.
z Transições do grupo Conteúdo Dinâmico: Panorâmica, Roda Gigante, Transportadora, Girar, Janela, órbita,
15
Voar Através.
.
20
-4
ra
ei
CORREIO ELETRÔNICO
liv
O
Para utilizar o serviço de correio eletrônico, o usuário deve ter uma conta cadastrada em um serviço de e-mail.
am
O formato do endereço foi definido inicialmente pela RFC822, redefinida pela RFC2822, e atualizada na RFC5322.
R
Dica
e
m
er
RFC é Request for Comments, um documento de texto colaborativo que descreve os padrões de cada proto-
lh
De forma semelhante ao endereço URL para recursos armazenados em servidores, o correio eletrônico tam-
bém possui o seu formato.
Existem bancas organizadoras que consideram o formato reduzido usuário@provedor no enunciado das
questões, ao invés do formato detalhado usuário@provedor.domínio.país. Ambos estão corretos.
134
O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para Guilherme Ramos de Oliveira - 420.156.488-60, vedada, por quaisquer meios e a qualquer
título, a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.
CAMPOS DE UM ENDEREÇO DE E-MAIL – CAMPOS DE UMA MENSAGEM DE E-MAIL
USUÁRIO@PROVEDOR.DOMÍNIO.PAÍS CAMPO CARACTERÍSTICAS
Identifica o usuário que está enviando
COMPONENTE CARACTERÍSTICAS
a mensagem eletrônica, o remetente.
FROM (De)
Antes do símbolo de @, identifica um É preenchido automaticamente pelo
Usuário sistema
único usuário no serviço de e-mail
Identifica o (primeiro) destinatário da
Significa AT (lê-se “em” ou “no”) e é mensagem. Poderão ser especifica-
usado para separar a parte esquerda, dos vários endereços de destinatários
@ que identifica o usuário, da parte a nesse campo e serão separados por
sua direita, que identifica o provedor TO (Para)
vírgula ou ponto e vírgula (segundo o
do serviço de mensagens eletrônicas
serviço). Todos que receberem a men-
Imediatamente após o símbolo de sagem conhecerão os outros destina-
@, identifica a empresa ou provedor tários informados nesse campo
Nome do que armazena o serviço de e-mail (o Identifica os destinatários da men-
domínio servidor de e-mail executa softwares sagem que receberão uma cópia do
como o Microsoft Exchange Server por CC e-mail. CC é o acrônimo de Carbon
exemplo) (com cópia ou Copy (cópia carbono)
cópia carbono) Todos que receberem a mensagem
Identifica o tipo de provedor, por
conhecerão os outros destinatários
exemplo: COM (comercial), .EDU (edu-
informados nesse campo
cacional), REC (entretenimento), GOV
Categoria do Identifica os destinatários da men-
(governo), ORG (organização não go-
domínio BCC sagem que receberão uma cópia do
vernamental) etc., de acordo com as
definições de Domínios de Primeiro (CCO – com e-mail. BCC é o acrônimo de Blind
Nível (DPN) na Internet cópia oculta ou Carbon Copy (cópia carbono oculta).
cópia carbono Todos que receberem a mensagem
Informação que poderá ser omitida, oculta) não conhecerão os destinatários in-
quando o serviço está registrado nos formados nesse campo
Estados Unidos. O país é informado por SUBJECT Identifica o conteúdo ou título da
País
duas letras, como: BR, Brasil; AR; Argen- (assunto) mensagem. É um campo opcional
tina; JP; Japão; CN; China; CO; Colômbia;
Anexar Arquivo: Identifica o(s) arqui-
60
etc.
vo(s) que está(ão) sendo enviado(s)
8-
junto com a mensagem. Existem res-
48
ATTACH (anexo)
Quando o símbolo @ é usado no início, antes do trições quanto ao tamanho do anexo e
6.
nome do usuário, identifica uma conta em rede social. tipo (executáveis são bloqueados pelos
15
Para o endereço URL do Instagram https://www.ins- webmails). Não são enviadas pastas
.
20
inserida no final
ei
Ao redigir um novo e-mail, o usuário poderá preen- salvas, estarão em pastas do servidor de correio ele-
de
cher os campos disponíveis para destinatário(s), título trônico, nominadas como ‘caixas de mensagens’.
da mensagem, entre outros. A pasta Caixa de Entrada contém as mensagens
os
Para enviar a mensagem, é preciso que exista recebidas, lidas e não lidas.
am
um destinatário informado em um dos campos de A pasta Itens Enviados contém as mensagens efe-
R
Se um destinatário informado não existir no servi- A pasta Itens Excluídos contém as mensagens
m
Se a caixa de entrada do destinatário não puder rece- A pasta Rascunho contém as mensagens salvas e
lh
não enviadas.
ui
60
ZIP, que pode conter arquivos e pastas. Ao compactar Ao navegar na Internet, comece a observar os deta-
8-
arquivos, o tamanho de cada item costuma reduzir, e lhes do seu navegador e as mensagens que são exi-
48
o arquivo ZIP, compatível com o sistema operacional bidas. Estes são os itens questionados em concursos
6.
Windows, poderá ser anexado de uma vez, sem preci- públicos. .15
sar repetir o procedimento arquivo por arquivo.
20
Além da opção Anexar Arquivo, o cliente de e-mail Ferramentas e Aplicativos Comerciais de Navegação
-4
usuário poderá adicionar outra mensagem de e-mail As informações armazenadas em servidores web
ei
que recebeu, cartões de visita, anexar contatos, com- são arquivos (recursos) identificados por um endere-
liv
Política
Confira a seguir os principais navegadores de Inter-
e
Cartão de visita
m
Calendário...
lh
Edge
Figura 6. Anexar Item permite a inserção de elementos do correio Navegador padrão do
eletrônico. Windows 10, que subs-
Microsoft
tituiu o Microsoft Inter-
Anexar arquivos significa que o arquivo será net Explorer
enviado junto com a mensagem de e-mail. O correio
eletrônico pode ter o conteúdo da mensagem formata- Internet Navegador padrão do
do (padrão HTML) ou texto sem formatação. Explorer Windows 7, um dos
mais questionados em
No e-mail enviado como texto sem formatação, Microsoft
concursos públicos, por
não é possível inserir imagens ou elementos gráficos ser integrante do siste-
no corpo da mensagem. Para enviar imagens em uma ma operacional
mensagem que está como texto sem formatação, ape- Firefox
Software livre e multi-
nas se anexar o arquivo da imagem no e-mail.
plataforma que é leve,
Quando o e-mail é enviado como texto formatado Mozilla
intuitivo e altamente
(HTML), uma imagem poderá ser enviada como anexo expansível
136 ou inserida dentro do corpo do e-mail.
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título, a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.
NAVEGADOR DESENVOLVEDOR CARACTERÍSTICAS As Opções de Internet, disponível no menu Fer-
Chrome
ramentas, também poderá ser acessado pelo Painel
Um dos mais populares de Controle do Windows, devido à alta integração do
navegadores do merca- navegador com o sistema operacional.
Google
do, multiplataforma e
de fácil utilização Mozilla Firefox
60
favorecem o ataque de códigos maliciosos ao compar- ao máximo o Firefox. Também pode aparecer novidades
8-
tilhar dados entre sites sem permissão do usuário. sobre produtos Firefox, missão e ativismo da Mozilla,
48
Ele substituiu o aplicativo Leitor, tornando-se o notícias sobre integridade da internet e muito mais.
6.
visualizador padrão de arquivos PDFs no Windows
10. Foram adicionados recursos que permitem ‘Dese- Google Chrome
.15
20
nhar’ sobre o conteúdo do PDF.
Mantém as características dos outros navegado-
-4
muitos outros.
específicos para a navegação em determinados sites.
O
sar off-line, marcadas como preferidas em Favoritos, relação aos outros navegadores é a tecla de atalho
para acesso à Barra de Endereços, que nos demais é
os
Coleções no Microsoft Edge, é um recurso exclusivo pesquisas Google, que oferece a pesquisa por voz se
R
para permitir que a navegação inicie em um dispositi- você acessar pelo Google Chrome.
e
vo e continue em outro dispositivo logado na mesma Outro recurso especialmente útil do Chrome é o
m
conta Microsoft. Semelhante ao Google Contas, mas Gerenciador de Tarefas, acessado pelo atalho de tecla-
er
nomeado como Coleções no Edge, permite adicionar do Shift+Esc. Quando guias ou processos do navegador
lh
sugestões do Pinterest.
G
Outro recurso específico do navegador é a repro- poderá finalizar, sem finalizar todo o programa.
dução de miniaturas de vídeos ao pesquisar no site Alguns recursos do navegador são ‘emprestados’
NOÇÕES DE INFORMÁTICA
60
Chrome, acesse no menu a opção “Ajuda” e depois tir de dicionários on-line disponibilizados pelos
8-
“Sobre o Google Chrome”. Se houver atualizações pen- desenvolvedores dos navegadores.
48
dentes, elas serão instaladas. Se as atualizações foram
6.
instaladas, o usuário poderá reiniciar o navegador. Atalhos de Teclado
Caso o navegador seja reiniciado, ele retornará nos .15
mesmos sites que estavam abertos antes do reinício,
20
Navegadores
z Para abrir uma nova guia, pressione Ctrl+T;
os
Ctrl + = (igual);
z Modo de navegação anônima: as informações
er
Ctrl + - (menos);
fechada. Apenas os Favoritos e Downloads serão
ui
z Dados de formulários: informações preenchidas z Para acessar a página inicial do navegador – Alt+Home;
em campos de formulários nos sites de Internet; z Para visualizar os downloads em andamento ou
z Favoritos: endereços URL salvos pelo usuário concluídos – Ctrl+J;
para acesso posterior. Os sites preferidos do usuá- z Localizar um texto no conteúdo textual da página
rio poderão ser exportados do navegador atual e – Ctrl+F;
importados em outro navegador de Internet; z Atualizar a página – F5;
z Downloads: arquivos transferidos de um servidor z Recarregar a página – Ctrl+F5.
remoto para o computador local. Os gerenciadores
de downloads permitem pausar uma transferência Nos navegadores de Internet, os links poderão ser
ou buscar outras fontes caso o arquivo não esteja abertos de 4 formas diferentes.
mais disponível;
z Uploads: arquivos enviados do computador local z clique - abre o link na guia atual;
para um servidor remoto; z clique + CTRL - abre o link em uma nova guia;
z Histórico de navegação: são os endereços URL z clique + SHIFT - abre o link em uma nova janela;
acessados pelo navegador em modo normal de z clique + ALT - faz download do arquivo indicado
138 navegação; pelo link.
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título, a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.
CONCEITOS DE URL Confira:
Na Internet, as informações (dados) são arma-
zenadas em arquivos nos servidores de Internet. Os esquema://domínio:porta/caminho/recurso?-
servidores são computadores, que utilizam pastas ou querystring#fragmento
diretórios para o armazenamento de arquivos. Ao
acessarmos uma informação na Internet, estamos
Onde “esquema” é o protocolo que será usado na
acessando um arquivo. Mas como é a identificação
deste arquivo? Como acessamos estas informações? transferência.
Por meio de um endereço URL.
O endereço URL (Uniform Resource Locator) que z “domínio” é o nome da máquina, o nome do site;
define o endereço de um recurso na rede. Na sua tra- z “:” e “porta”, indicam qual, entre as 65536 portas
dução literal, é Localizador Uniforme de Recursos, e
possui a seguinte sintaxe: TCP, serão usadas na transferência;
z “caminho” indica as pastas no servidor, que é um
protocolo://máquina/caminho/recurso computador com muitos arquivos em pastas;
z “protocolo” é a especificação do padrão de comu- z “recurso” é o nome do arquivo que está sendo
nicação que será usado na transferência de dados. acessado;
Poderá ser http (Hyper Text Transfer Protocol – z “?” é para transferir um parâmetro de pesquisa,
protocolo de transferência de hipertexto), ou https usado especialmente em sites seguros;
(Hyper Text Transfer Protocol Secure – protocolo
z “#” é para especificar qual é a localização da infor-
seguro de transferência de hipertexto), ou ftp (File
Transfer Protocol – protocolo de transferência de mação dentro do recurso acessado (marcas).
arquivos), entre outros;
z “://” faz parte do endereço URL para identificar Exemplo:
que é um endereço na rede e não um endereço
local como “/” no Linux ou “:\” no Windows; https://outlook.live.com:5012/owa/hotmail?path=/mail/
z “máquina” é o nome do servidor que armazena a inbox#open
informação que desejamos acessar;
z “caminho” são as pastas e diretórios onde o arqui- esquema: https://
vo está armazenado; domínio: outlook.live.com
z “recurso” é o nome do arquivo que desejamos porta: 5012
acessar.
caminho: /owa/
60
Vamos conferir os endereços URL a seguir e suas
8-
recurso: hotmail
características.
48
querystring: path=/mail/inbox
6.
ENDEREÇO URL fragmento: open 15
CARACTERÍSTICAS
.
FICTÍCIO
20
-4
Usando o protocolo http, aces- Quando o usuário digita um endereço URL no seu
saremos o servidor abc, que é navegador, um servidor DNS (Domain Name Server –
ra
com.br/ deos, áudios e imagens. O recurso mação será localizada e transferida para o navegador
de
Endereço URL
G
o serviço mail no servidor Figura 2. Os endereços URL’s são reconhecíveis pelos usuários,
mas os dados são armazenados em servidores web com números
Usando o protocolo de transferên-
de IP. O servidor DNS traduz um URL em número de IP, permitindo a
cia de arquivos ftp, acessaremos o
navegação na Internet.
ftp://ftp.abc.g servidor ftp da instituição governa-
ov.br/edital.pdf mental (gov) brasileira (br) chama-
da abc, que disponibiliza o recurso Dica
edital.pdf
Os endereços URLs apontam para recursos na
Outra forma de analisar um endereço URL é na sua rede, que na verdade são arquivos. Os servido-
sintaxe expandida. Quando navegamos em sites na res são computadores e todos os dados arma-
Internet, nos deparamos com aquelas combinações de
zenados neles são arquivos. As pastas são
símbolos que não parecem legíveis. Mas, como tudo
na Internet está padronizado, vamos ver as partes de identificadas no endereço URL como o caminho,
um endereço URL ‘completão’. dentro da árvore de diretórios do servidor. 139
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título, a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.
LINKS As tags (comandos) HTML não mudam, mas pos-
suem comandos adicionais (scripts) que com-
Transferência de Informação e Arquivos plementam a exibição de conteúdo específico;
Cada sistema operacional tem o seu sistema de Utiliza criptografia, acionando camadas adicio-
arquivos, para endereçamento das informações arma- nais como SSL e TLS na conexão;
zenadas nos discos de armazenamento. Diretamente,
não é possível a comunicação ou leitura destes dados. HTTP - Hyper Text Transfer Protocol Secure - protocolo seguro de transferência de
hipertextos - Porta TCP 443
A família de protocolos TCP/IP procura normatizar
o envio e recebimento das informações entre disposi-
tivos conectados em rede, através dos protocolos de HTTPS - request (requisição)
transferência. Um protocolo é um padrão de comuni-
Cliente WEB
cação, uma linguagem comum aos dois dispositivos HTTPS - certificado digital
envolvidos na comunicação, que possibilita a transfe- Identidade confirmada
rência de dados.
Servidor WEB
Alguns dos principais protocolos de transferência
de arquivos são: HTTPS - response (resposta)
z HTTP – Hyper Text Transfer Protocol: protocolo O protocolo HTTPS é o mais questionado em pro-
de transferência de hipertextos; vas de concursos, tanto em Conceitos de Internet
z HTTPS – Hyper Text Transfer Protocol Secure: e Intranet, como em Transferência de dados e
protocolo seguro de transferência de hipertextos; arquivos, como em Segurança da Informação.
z FTP – File Transfer Protocol: protocolo de trans-
ferência de arquivos; z FTP – File Transfer Protocol: protocolo de trans-
z SMTP – Simple Mail Transfer Protocol: protoco- ferência de arquivos:
lo simples de transferência de e-mail.
Opera com duas portas TCP, uma para dados
Conhecer o funcionamento dos protocolos de Inter- (20) e outra para comandos (21);
net auxilia na compreensão das tarefas cotidianas que
Transfere qualquer tipo de informação;
envolvem as redes de computadores. Mensagens de
erros, problemas de conexão, instabilidades e proble- Pode transferir em modo byte a byte (arquivos
mas de segurança da informação se tornam mais claros de textos) ou bit a bit (arquivos executáveis);
60
para quem conhece os protocolos e seu funcionamento. Os navegadores de Internet possuem suporte
8-
para acesso aos servidores FTP;
48
z HTTP – Hyper Text Transfer Protocol: protocolo
O usuário pode instalar um cliente FTP dedicado
6.
de transferência de hipertextos:
15
ao acesso aos servidores FTP, que opera de forma
.
mais rápida que nos navegadores de Internet;
20
Servidor
ui
Cliente
E-mail Servidor Servidor
E-mail E-mail
Dica
Cada informação acessada será copiada para o
O protocolo https é o mais questionado em pro- computador local, e então exibida rapidamente em
vas de concursos públicos. Implementa segu- caso de navegação entre páginas (Voltar ou Próximo),
rança na conexão, possibilitando a troca de por meio das ferramentas de navegação de páginas do
navegador (ou teclas Alt+seta à esquerda para Voltar e
dados segura entre o cliente e o servidor. Alt+seta à direita para Próximo).
Ao pressionar F5, o navegador recarrega a página
SITES armazenada localmente e exibe novamente na janela
do navegador. Os itens diferentes serão confirmados
Os sites, como observado, são localizações na rede. na sequência.
Um site pode armazenar um conjunto de domínios Ao pressionar Ctrl+F5, toda a página é recarregada
ou pastas ou arquivos. A primeira página de um site na origem, ignorando a cópia local.
é o seu índice (index.html, index.php, home.asp etc.). Todos os dados acessados em modo “normal” de
e a partir dela poderemos acessar as outras informa- navegação serão copiados para o computador. Aces-
60
ções armazenadas. sando a pasta de arquivos temporários, é possível
8-
recuperar algum arquivo que foi acessado recente-
É possível acessar diretamente uma informação,
48
mente e não está disponível no site de origem (como
digitando o seu endereço na Barra de Endereços.
6.
vídeos, por exemplo).
Os recursos de sites acessados pelo usuário serão 15
Os arquivos temporários aceitam o sinal de inter-
.
armazenados em uma lista, no computador local, rogação no nome, porque na simbologia dos servi-
20
chamada Histórico. Podemos excluir todo o histórico dores, o sinal de interrogação indica que é um item
-4
através das opções de Internet existentes no menu/ temporário, que em breve será excluído.
ra
(Navegação InPrivate).
O
Os nomes entre os navegadores mudam um pou- São os links de páginas que o usuário adicionou
de
co, mas o princípio de funcionamento é semelhan- em seu bookmarks, dentro de seu navegador web. As
informações de favoritos produzem arquivos LNK
os
z Internet Explorer: navegação InPrivate (Ctrl+Shift+P) veis em modo off-line, somente quando conectados à
m
z Mozilla Firefox: nova janela privativa (Ctrl+Shift+P) Geral, Excluir Histórico de Navegação, o navegador
sugere manter os dados relacionados aos sites Favori-
tos, como cookies e arquivos temporários da Internet
que estejam associados, agilizando a navegação do
usuário nos sites
Para adicionar a página atual, teclar CTRL+D. Para
verificar os itens existentes, teclar CTRL+B.
Histórico de Navegação
60
crições suspensas”
e Alt+seta à direita para Próximo).
8-
etc.
Todos os dados acessados em modo “normal” de
48
Cifrão Pesquisar por preço celulares $1000
navegação serão copiados para o computador. Aces-
6.
sando a pasta de arquivos temporários, é possível Intervalo de datas ou
15 campeão
Dois pontos
recuperar algum arquivo que foi acessado recente- preço 1980..1990
.
20
mente e não está disponível no site de origem (como Pesquisar em redes Instagram
-4
site
Google Buscas, da empresa Google, e Microsoft nas um site com.br
am
define define:smtp
termo
lh
60
escolha o item Pesquisa Segura.
No Google, na página do site do buscador www.goo-
8-
48
gle.com, acesse o menu Configurações no canto inferior
direito e escolha o item Configurações de Pesquisa.
6.
As bancas costumam questionar funcionalidades .15
do Microsoft Bing que são idênticas às funcionalida-
20
questionado.
liv
O
IMPRESSÃO DE PÁGINAS
de
os
Importante!
Este é um dos recursos menos questionados. De
acordo com a impressora que o usuário possui,
alguns recursos adicionais poderão aparecer na
caixa de diálogo de impressão, acionada pelo ata-
lho de teclado Ctrl+P. 143
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título, a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.
Dessa forma, para forçar a mudança de linha dentro de
HORA DE PRATICAR! uma célula do MS-Excel 2016, deve-se pressionar a tecla
60
8-
6. (VUNESP — 2019) A seguinte planilha foi editada no
48
MS-Excel 2016.
6.
É correto afirmar que
.15
20
-4
=SOMASE(A1:C3;”=1”)
e
O resultado apresentado em C4 é:
m
er
lh
a) 1
ui
b) 2
G
c) 3
a) Arial e Times New Roman. d) A1
b) MAIÚSCULAS e minúscula. e) B3
c) Sobrescrito e Subscrito.
d) Letra de forma e Letra manuscrita. 7. (VUNESP — 2022) João solicitou a seu assisten-
e) Diminuir tamanho de fonte e Aumentar tamanho de te Paulo, que criasse um modelo de apresentação
fonte. novo no MS-PowerPoint 2016, na sua forma padrão,
para ser utilizado por todos os funcionários da sua
4. (VUNESP — 2022) Um texto estava sendo digitado área. Esse modelo deve exibir as informações bási-
dentro de uma célula do editor de planilha eletrônica cas como o logo da empresa, data, autor e número
MS-Excel 2016 (em português e em sua configuração da página em todos os slides. A primeira página deve
padrão). Para que seja forçada a mudança de linha em sempre conter o título da apresentação. Consideran-
um texto em edição, dentro da mesma célula, deve-se do os recursos disponíveis no MS-PowerPoint 2016,
digitar o texto e, a seguir, pressionar uma tecla e, com na sua configuração padrão, a forma mais eficiente
ela ainda pressionada, pressionar uma segunda tecla. para Paulo criar essa apresentação antes de incluir as
144 informações desejadas é selecionar a sequência:
O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para Guilherme Ramos de Oliveira - 420.156.488-60, vedada, por quaisquer meios e a qualquer
título, a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.
a) Arquivo, Novo, Apresentação em Branco, Inserir, 11. (VUNESP — 2021) Considere a URL fictícia a seguir:
Cabeçalho e Rodapé.
b) Arquivo, Abrir, Arquivo Mestre. https://google-facebook.itau.com/instagram.php?-
c) Arquivo, Novo, Apresentação em Branco, Inserir, Imagem. dominio=vunesp.com.br
d) Arquivo, Novo, Apresentação em Branco, Exibir, Slide
Mestre. Essa URL fictícia, caso fosse válida, pertenceria ao domínio:
e) Arquivo, Novo, Informações, Proteger Apresentação,
Adicionar uma Assinatura Digital. a) google.com
b) facebook.com
8. (VUNESP — 2022) Carlos solicitou ao seu assisten- c) instagram.com
te Pedro que criasse uma apresentação sobre sua d) itau.com
área de atuação, no MS-PowerPoint 2016 na sua for- e) vunesp.com.br
ma padrão, destinada ao processo de integração de
novos funcionários e à reciclagem de funcionários 12. (VUNESP — 2019) Considere o seguinte endereço em
antigos. Para tornar a apresentação mais dinâmi- URL: http://www.teste.com/aranha/pencil.html
ca para os novos funcionários, Pedro decidiu incluir
alguns vídeos institucionais, disponíveis no Youtube. Sendo http o protocolo utilizado, as demais partes
Para que a apresentação possa ser usada para os desse endereço URL significam:
dois públicos, mas sem o acesso à exibição dos sli-
des com os vídeos institucionais para os funcionários a) www.teste.com é o documento buscado; aranha é o
antigos, Pedro deve, a partir da apresentação original, nome do servidor e pencil.html é o diretório alvo do
endereço.
a) selecionar VERIFICAR ACESSIBILIDADE na guia b) www.teste.com é o servidor; aranha é o diretório alvo
REVISÃO. do endereço e pencil.html é o documento buscado.
b) selecionar GRAVAÇÃO DE TELA na guia GRAVAR. c) www.teste.com é o programa fonte; aranha é o compila-
c) selecionar VÍDEO na guia INSERIR. dor do programa fonte e pencil.html é o documento a ser
d) selecionar LAYOUT DA WEB na guia EXIBIR. gerado.
e) selecionar APRESENTAÇÃO PERSONALIZADA na guia d) www.teste.com é o tipo de conexão; aranha é a porta de
APRESENTAÇÃO DE SLIDES. entrada do servidor e pencil.html é o domínio do servidor.
e) www.teste.com é o recurso buscado; aranha é o docu-
9. (VUNESP — 2021) Um usuário do MS-PowerPoint mento a ser exibido e pencil.html é o tipo de conexão.
2016, em sua configuração original, deseja exportar
60
uma apresentação no formato PDF. 13. (VUNESP — 2019) Considere a seguinte URL:
8-
48
Assinale a alternativa que contém o nome da guia https://support.office.com
6.
na qual se localiza a opção Exportar, para atender ao 15
enunciado. A estrutura de uma URL é organizada em diversas
.
20
c) PDF.
ei
a) Protocolo.
liv
d) Inserir. b) Subdomínio.
O
e) Salvar. c) Esquema.
de
d) Serviço.
10. (VUNESP — 2021) Em uma apresentação com 5 sli- e) Recurso.
os
configuração padrão, o slide 3 é o único que está 14. (VUNESP — 2019) Um usuário precisa consultar a lista
R
configurado como oculto. Considerando que o slide de sites visitados por um frequentador do espaço público
e
3 está sendo apresentado no Modo de Apresenta- gerenciado por ele, para constatar se um site não permi-
m
ção, assinale a alternativa que indica como o isso foi tido foi acessado ou não. O recurso do Internet Explorer
er
possível.
lh
60
d) baixar o arquivo recebido em uma pasta especial do 9 B
8-
computador, que possui a propriedade de quebrar senhas
48
de seus arquivos. 10 D
6.
e) enviar a mensagem para um endereço especial da Micro- 15
soft para obter a liberação remota do acesso ao arquivo. 11 D
.
20
12 B
-4
características.
14 C
liv
O
De: Carlos 15 A
de
Cco: Marcos
am
17 C
R
va correta. 19 E
er
lh
20 C
a) Sofia sabe que Charles e Marcos receberam a men
ui
G
146 a) chaves.
O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para Guilherme Ramos de Oliveira - 420.156.488-60, vedada, por quaisquer meios e a qualquer
título, a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.
z Documento é:
Dica
A fórmula do documento é:
ORGANIZAÇÃO DE ARQUIVOS: Documento = informação + (qualquer) suporte
ou formato
CONCEITOS FUNDAMENTAIS DA
ARQUIVOLOGIA Para ser um documento, precisa ter todos esses
elementos. Qualquer informação registrada em um
INFORMAÇÃO, SUPORTE, FORMATO E DOCUMENTO suporte ou formato é um documento. Até mesmo uma
frase em uma pedra é um documento!
Antes de entrarmos na definição de arquivo pro- Para não ficar nenhuma dúvida, vamos pensar em
priamente dito, é necessário saber alguns conceitos uma folha A4 com um texto.
fundamentais: Ela tem informações? Sim, porque há palavras
escritas nela que transmitem uma ideia.
Informação é o “elemento referencial, noção, Ela tem um suporte? Sim, porque está impressa,
ideia ou mensagem contidos num documento” portanto, está no suporte papel.
(ARQUIVO NACIONAL, 2005, p. 107). Portanto, Ela tem formato? Sim, a folha A4 é justamente o
formato, porque é a maneira como ela se apresenta,
informação é todo aquele conhecimento/con-
características físicas (dimensões 29,7cm x 21cm, gra-
cepção que está em um documento, uma recei-
matura, espessura etc.).
ta que se anota no papel, um PDF que se lê, o
ingresso do cinema;
Informação, suporte, formato, gênero, espécie e
Suporte é “material no qual são registradas documento
60
as informações” (ARQUIVO NACIONAL, 2005,
8-
p. 159). Ou seja, onde você está registrando as
48
Informação Happy Gênero
informações é o suporte. (mensagem) (textual)
6.
Mind
Suporte 15
. Happy Formato
20
SUPORTES (papel) Life (A4)
-4
105 a.C. até hoje Era do papel Agora que sabemos o que é um documento, pode-
O
documento arquivístico.
Documentos de arquivo ou documentos arqui-
os
nética, filme de nitrato, acetato, disco óptico, disco por pessoa física ou jurídica, pública ou privada, no
m
pen drive, por exemplo, assim como filmes em DVD; orgânico, refletindo as ações a que estão vincu-
G
NOÇÕES DE ADMINISTRAÇÃO
60
independentemente da natureza do suporte. Nem todos os materiais abordam este assunto, mas
8-
há uma tendência das bancas nas provas mais recen-
48
tes a cobrar questões sobre este item. Os documentos
6.
Importante! de arquivo têm algumas especificidades que os dife-
15
rem dos outros documentos. As características dos
.
Observação sobre esse conceito que é o mais
20
z Unicidade;
importa qual seja o suporte.
ei
z Naturalidade;
liv
z Organicidade;
O
suas atividades.
R
Portanto, um livro de um servidor que se encon- Veremos mais sobre cada uma dessas característi-
e
z Unicidade:
lh
das atividades da instituição não são documentos de [...] o documento de arquivo é único no conjunto
arquivo, mas sim aqueles internamente criados ao documental de que faz parte, porque o conjunto de
longo da vida daquela entidade, seja ela uma entidade suas relações com os demais documentos do gru-
coletiva, pública ou privada, pessoa ou família. po é sempre único. Podem existir cópias em um ou
O arquivo também pode ser lido como: mais grupos de documentos, mas cada cópia é úni-
ca em seu lugar. (ARQUIVO NACIONAL, 2019, p. 11)
z “Instituição ou serviço que tem por finalidade
a custódia, o processamento técnico, a conserva- Para entendermos esse conceito, vamos pensar
ção e o acesso a documentos”. em várias fotos 3x4 suas: inicialmente elas são todas
iguais, mas quando você utiliza uma delas em um cur-
rículo, outra delas para fazer seu cartão do SUS, outra
Esse conceito se relaciona ao arquivo como uma
fica em sua carteira, cada uma delas se torna única
instituição, com a finalidade guardar os documen-
porque estão sendo utilizadas em contextos diferen-
tos, por exemplo: Arquivo Público do DF, Arquivo
tes. Aquela mesma foto teve funções diferentes de
Nacional;
acordo com sua aplicação.
148
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título, a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.
Dica z Confiabilidade:
Qualquer questão que associar a unicidade [...] o documento de arquivo é confiável quando
com a existência de cópias (número múltiplo de tem a capacidade de sustentar os fatos que ates-
documentos) estará incorreta. ta. A confiabilidade está relacionada ao momento
em que o documento é produzido e a veracidade
z Naturalidade: característica na qual os de seu conteúdo. Para tanto, precisa ser dotado
documentos: de completeza e ter seus procedimentos de cria-
ção bem controlados. Completeza consiste na
[...] não são coletados artificialmente, como objetos presença, no documento de arquivo, de todos os
de um museu, mas acumulados naturalmente elementos intrínsecos e extrínsecos exigidos
nos escritórios em função dos objetivos práticos da pela organização produtora e pelo sistema jurídi-
administração. (ARQUIVO NACIONAL, 2019, p. 11) co-administrativo ao qual pertence, de maneira
que esse mesmo documento possa ser capaz de
A naturalidade (naturalness) é um dos principais gerar consequências. Dificilmente se pode assegu-
fatores que diferenciam o documento arquivís- rar a veracidade do conteúdo de um documento;
ticos daqueles armazenados em outras unidades ela é inferida a partir da completeza e dos proce-
de informação, como museus e bibliotecas. Nes- dimentos de criação. A confiabilidade, sinônimo
sas duas, o acervo é coletado, selecionado e cons- de fidedignidade, é uma questão de grau, ou seja,
um documento pode ser mais ou menos confiável.
truído de acordo com o interesse da instituição
(ARQUIVO NACIONAL, 2019, p. 11)
interessada, ou seja, artificialmente. Os documen-
tos arquivísticos são produzidos e recebidos em um
processo natural vinculado aos interesses da ins- Esse conceito é grande, mas vamos destrinchá-lo!
tituição e à conformidade legal de seus atos, e são Um documento confiável é aquele em que é possível
assim acumulados. (SANTOS, 2011, p. 149-150) provar que aquilo que ele fala é verdade. Por exem-
plo, a sua certidão de nascimento é confiável a partir
Dica: qualquer questão afirmando que os docu- do momento em que existem registros no hospital de
mentos de arquivo são colecionados ou possuem rela- que você nasceu ali.
ção artificial estará errada! Para que um documento seja confiável, ele deve
ter completeza, por exemplo, um contrato de aluguel
z Organicidade: no Brasil não será completo se não tiver as assinaturas
dos interessados e for feita de acordo com a lei brasi-
60
leira. Portanto, um documento que é pouco completo
8-
[...] os documentos de arquivo são produzidos e
48
acumulados em razão das funções e atividades é pouco confiável.
6.
desenvolvidas pelo órgão ou entidade, o que os Algumas dicas:
contextualiza no conjunto a que pertencem. Assim,
.15
Qualquer questão dizendo que as caracterís-
20
os documentos de arquivo se caracterizam pelas
ticas dos documentos arquivísticos digitais e
-4
Ou seja, os documentos têm uma relação natural vo devem ser autênticos, naturais, orgânicos,
liv
internas e externas.
e
Os seus documentos na sua carteira são orgânicos, [...] documento de arquivo é autêntico quando é
m
lá está sua identidade, sua carteira de motorista ou o que diz ser, independentemente de se tratar de
er
[...] as razões por que eles são produzidos (para QUANTO ÀS ENTIDADES MANTENEDORAS
desenvolver atividades) e as circunstâncias de sua
Públicos: Federal/Estadual/Municipal
criação (rotinas processuais) asseguram que não
são escritos “na intenção ou para a informação Institucionais: Institutos educacionais/Entidades re-
da posteridade”, nem com a expectativa de serem ligiosas/Sociedades, associações, fundações, ONGs
expostos ou com o receio do olhar do público.
(DURANTI, 1994, p. 53) Comerciais (Privados): Empresas/ Corporações/
Companhias
A imparcialidade é uma característica dos docu-
Familiares ou pessoais
mentos de arquivo que os torna inerentemente ver-
dadeiros. Os documentos de arquivo são produzidos
Fonte: PAES, 2004, p. 21.
para atender determinadas demandas e devem ser fiéis
aos fatos, ou pelos menos trazerem a promessa disso.
Estágio de Evolução
Vamos pensar em um documento que censurava
um filme na época da Ditadura Militar. Quando ele
Diz respeito ao valor do documento a partir da
foi feito, não foi com a intenção de que virasse prova
“Teoria das Três Idades”. Os arquivos podem ser cor-
da censura do período militar. Era somente um docu-
rentes, intermediários ou permanentes.
mento administrativo; justamente sobre isso se refe-
re a imparcialidade. Um documento não é feito com
60
z Arquivo corrente ou de primeira idade:
nenhuma intenção além de atender às demandas da
8-
administração;
48
[...] é conjunto de documentos, em tramitação ou
6.
não, que, por seu valor primário, é objeto de
z Inter-relacionamento: o documento tomado indi- 15
consulta frequente pelo órgão ou entidade que
vidualmente não é testemunho completo dos atos
.
o produziu e ao qual compete sua administração.
20
e das ações que o geraram, visto que é na relação (ARQUIVO NACIONAL, 2019, p. 18)
-4
atividade da qual resulta que lhe são atribuídos sig- z Arquivo intermediário ou de segunda idade:
ei
Cada documento está intimamente relacionado órgão ou entidade que o produziu e que aguarda
destinação final. (ARQUIVO NACIONAL, 2019, p.
os
TIPOS DE ARQUIVO
ui
z Especializados são aqueles arquivos cujo acervo tem uma ou mais características comuns, como: natureza, função
ou atividade da entidade produtora, tipo, conteúdo, suporte, data dos documentos, entre outras. Eles acumulam
“documentos resultantes da experiência humana num campo específico, independentemente da forma física que apre-
sentem”. Também são chamados de arquivos técnicos. Ex.: arquivos médicos, arquivos de engenharia, arquivos de
serviço social (PAES, 2004, p. 23);
z Especiais são aqueles arquivos que possuem documentos que devem ser tratados com certos cuidados. Geral-
mente possuem documentos em linguagem não textual, em suporte não convencional, ou, no caso de papel, em
formato e dimensões excepcionais, que exigem procedimentos específicos para seu processamento técnico, guarda
e preservação, cujo acesso depende, na maioria das vezes, de intermediação tecnológica (cf. ARQUIVO NACIONAL,
2005, p. 75 e PAES, 2004, p. 22).
Natureza do Assunto
z Ostensivos: são aqueles que não possuem uma “restrição de acesso, ou seja, sua divulgação não prejudica o
órgão ou entidade, nem seus servidores, podendo ser de domínio público” (ARQUIVO NACIONAL, 2019, p. 15);
z Sigilosos: são aqueles que devido à natureza de seu conteúdo, sofrem restrição de acesso e devem ser de
conhecimento limitado,
[...] necessitando de medidas especiais de salvaguarda para custódia e divulgação. Esses documentos e as infor-
mações que contêm recebem uma classificação de sigilo, isto é, são atribuídos a eles graus de sigilo, conforme a
legislação em vigor. Essa classificação também é chamada de classificação de segurança. (ARQUIVO NACIONAL,
2019, p. 15)
Gênero
60
Os documentos podem ser classificados a partir da reunião de
8-
48
[...] espécies documentais que se assemelham por seus caracteres essenciais, particularmente suporte e formato, e
6.
que exigem processamento técnico específico e, algumas vezes, mediação técnica para acesso (ARQUIVO NACIO-
NAL, 2019, p. 12)
.15
20
z Textual: “documentos manuscritos, datilografados ou impressos, cujo suporte predominante é o papel.” Exem-
ei
plos: atas de reunião, cartas, decretos, livros de registro, panfletos, relatórios, contratos, atas, certidões, devi-
liv
z Cartográfico: “documentos que contêm representações gráficas da superfície terrestre ou de corpos celestes e
de
desenhos técnicos.” Ex.: mapas, plantas, perfis, fotografias aéreas, layouts (ARQUIVO NACIONAL, 2019, p. 12);
os
z Audiovisual: “documentos que contêm imagens, fixas ou em movimento, e registros sonoros. Integram este
am
gênero os documentos iconográficos, filmográficos e sonoros”. Ex.: programas de televisão em geral (ARQUIVO
NACIONAL, 2019, p. 12);
R
e
m
Iconográfico: “documentos que contêm imagens fixas, impressas, desenhadas ou fotografadas.” Ex.:
er
fotografias (diapositivos, ampliações e negativos fotográficos), desenhos, gravuras, slides, demais gravuras,
lh
Filmográfico: “documentos que contêm imagens em movimento, com ou sem som.” Ex.: filmes, fitas video-
G
NOÇÕES DE ADMINISTRAÇÃO
Os arquivos, museus, bibliotecas e centros de documentação têm como objetivo comum guardar os documen-
tos, preservá-los, conceder acesso, recolher, tratar, transferir e difundir informações.
O que importa para nossos estudos são as características dos documentos de cada órgão de documentação. As
bancas costumam colocar elementos de bibliotecas e museus como se fossem dos arquivos, preste atenção a isso!
Observe a tabela a seguir, feita a partir das observações de Paes (2004) e Belloto (2006): 151
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CENTRO DE DO-
ARQUIVO BIBLIOTECA MUSEU CUMENTAÇÃO/
BANCO DE DADOS
Órgão colecionador
ou referenciador
Órgão receptor (recolhe de Órgão colecionador
Órgão colecionador (cole- (coleciona ou só
forma natural e orgânica seus (reunião artificial de
ção artificial) referencia dados
documentos) documentos)
em forma física e
virtual)
60
documentos: compra, documentos: compra, dos documentos:
tos: passagem natural de fonte
8-
doação, permuta de fontes doação, permuta de fontes compra, doação,
geradora única
48
múltiplas múltiplas pesquisa
6.
Método de avaliação: preserva-se
Método de avaliação: 15
.
aplica-se a unidades
20
caráter — —
Os julgamentos são finais e
ei
irrevogável
liv
irrevogáveis
O julgamento envolve
A documentação não rara existe
O
questões de conveniência,
em via única
de
e não de preservação
os
Método descritivo:
am
Método descritivo:
Aplica-se a conjuntos de
aplica-se a unidades
R
documentos
discriminadas
e
Os documentos (anuários, — —
visões, atividades funcionais ou
er
unidades
espécie) são consideradas unida-
ui
Público-alvo: Público-alvo:
Público-alvo: administrador e Público-alvo:
grande público e grande público e
pesquisador pesquisador
pesquisador pesquisador
z O arquivo não é um órgão colecionador, qualquer questão que falar que o arquivo faz coleção está errada;
z O arquivo é composto por documentos acumulados de forma natural e orgânica, não é divisível!;
z O arquivo tem como objetivos primários: jurídicos, funcionais e administrativos, e objetivos secundários:
culturais e pesquisa histórica;
z O arquivo não tem objetos tridimensionais para entretenimento e os exemplares são únicos ou em um núme-
ro limitado de cópias;
z Os julgamentos de avaliação dos arquivos são finais e irrevogáveis;
152 z O arquivo não utiliza métodos de classificação predeterminados, depende da realidade de cada arquivo;
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título, a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.
z Natureza dos arquivos: administrativa, jurídica, informativa, orgânica, serial, contínua e cumulativa;
z “A principal finalidade dos arquivos é servir à administração, constituindo-se, com o passar do tempo, em base
do conhecimento da história” (PAES, 2004, p. 20);
z A função básica do arquivo é tornar disponíveis as informações contidas nos documentos que guarda;
z Arquivos possuem vínculo arquivístico, diferentemente de museus, bibliotecas e centros de documentação
(PAES, 2004, p. 20);
z Arquivos acumulam, diferentes de museus, bibliotecas e centros de documentação que colecionam.
ARQUIVO BIBLIOTECA
CONCEITOS FUNDAMENTAIS: TEORIA DAS TRÊS IDADES (CICLO VITAL DOS DOCUMENTOS)
Teoria segundo a qual os arquivos são considerados arquivos correntes, intermediários ou permanentes, de
acordo com a frequência de uso por suas entidades produtoras e a identificação de seus valores primário e secundá-
rio. (ARQUIVO NACIONAL, 2005, p. 160)
60
Arquivos Correntes (1ª Idade)
8-
48
São o “conjunto de documentos, em tramitação ou não, que, por seu valor primário, é objeto de consulta frequente
6.
pelo órgão ou entidade que o produziu e ao qual compete sua administração.” (ARQUIVO NACIONAL, 2019, p. 18).
.15
20
z Valor primário: uso para fins administrativos, legais e fiscais. Refere-se à utilidade do documento para o
-4
órgão ou entidade, razão primeira de sua criação, o que pressupõe o estabelecimento de prazos de guarda
ou retenção anteriores à eliminação ou ao recolhimento para guarda permanente. Os documentos correntes
ra
Importante!
de
Arquivo intermediário “é o conjunto de documentos originários de arquivos correntes com uso pouco fre-
er
quente pelo órgão ou entidade que o produziu e que aguarda destinação final” (ARQUIVO NACIONAL, 2019, p. 18).
lh
ui
NOÇÕES DE ADMINISTRAÇÃO
Arquivo permanente “é o conjunto de documentos preservados em caráter definitivo em função de seu valor
secundário” (ARQUIVO NACIONAL, 2019, p. 18).
[...] tendo em vista sua utilidade para objetivos diferentes daqueles para os quais foi, originalmente, produ-
zido. Refere-se ao uso dos documentos como fonte de pesquisa e informação para terceiros e para a própria admi-
nistração, por conterem informações essenciais sobre matérias com as quais a organização lida para fins de estudo.
(ARQUIVO NACIONAL, 2019, p. 19) 153
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Os arquivos permanentes possuem valor secundá- z Pertinência ou temático:
rio (probatório e informativo).
Não podem ser eliminados. [...] princípio segundo o qual os documentos deve-
Quando um documento passa do arquivo corrente riam ser reclassificados por assunto sem ter em
ou intermediário ao arquivo permanente, chama-se conta a proveniência e a classificação original.
recolhimento. (ARQUIVO NACIONAL, 2005, p. 126)
Passagem do Arquivo Corrente ou Intermediário Esse princípio é oposto ao que diz respeito aos fun-
→ Permanente = Recolhimento dos, porque ele não respeita a organicidade, selecio-
nando os documentos por critérios temáticos;
PRINCÍPIOS ARQUIVÍSTICOS
[...] princípio básico da arquivologia segundo o qual Conceito oposto ao de princípio da proveniên-
o arquivo produzido por uma entidade coletiva, pes- cia e segundo o qual documentos ou arquivos deve-
soa ou família não deve ser misturado aos de outras riam ser transferidos para a custódia de arquivos
entidades produtoras. (ARQUIVO NACIONAL, 2005, com jurisdição arquivística sobre o território ao
p. 17) qual se reporta o seu conteúdo, sem levar em con-
ta o lugar em que foram produzidos. (ARQUIVO
Ou seja, não se pode mesclar documentos de ori- NACIONAL, 2005, p. 131)
gens diferentes. Um documento da Polícia Federal
não pode ser misturado com um documento do Iba- Esse princípio defende, por exemplo, que um
ma, por exemplo. documento produzido pela Defensoria Pública do DF
O princípio da proveniência é norteador do con- sobre um cidadão do Amazonas deve ser transferido
ceito de fundo, visto que fundo é o “conjunto de ao Amazonas. O local ao que se refere o conteúdo do
documento, é onde ele deve ficar;
60
documentos de uma mesma proveniência” (ARQUIVO
NACIONAL, 2005, p. 97).
8-
48
z Ordem original ou santidade:
z Fundo aberto: aquele que ainda recebe novos
6.
documentos porque a entidade produtora ainda 15
Princípio segundo o qual o arquivo deveria conser-
está em atividade;
.
var o arranjo dado pela entidade coletiva, pessoa
20
z Fundo fechado: aquele que não recebe novos ou família que o produziu. (ARQUIVO NACIONAL,
-4
ao fato de que o fundo fechado não recebe mais Esse princípio é um desdobramento do princípio
liv
documentos novos. Se, por exemplo, um órgão da proveniência, no qual a organização interna do
O
parou suas atividades em 2002, o fundo desse órgão fundo, dada por quem produziu o documento, deve
de
tências a outro organismo já existente B, o fundo do [...] derivado do princípio da proveniência e segundo o
e
organismo extinto A será fechado e o fundo do organis- qual arquivos deveriam ser conservados em serviços
m
do Trabalho foi extinto e transferiu suas competências excetuados os documentos elaborados pelas repre-
ui
60
arquivo é uma sedimentação progressiva, natu- Arquivística do Conselho Internacional de Arquivos
8-
ral e orgânica (BELLOTTO, 2002, p. 20-21). Esse é (1984, p. 226), a gestão de documentos é “um aspecto
48
um dos princípios que justificam o arquivo não ser da administração geral relacionado com a busca de
6.
uma coleção e sim acúmulo natural de documen- economia e eficácia na produção, manutenção, uso e
15
tos a partir das atividades realizadas; destinação final dos documentos”.
.
20
sações e de acordo com suas necessidades. Cada [...] conjunto de medidas e rotinas que garante o efe-
liv
[...] com outros tanto dentro quanto fora do grupo (eliminação ou guarda permanente), com vistas à
racionalização e eficiência administrativas,
os
z Imprescritibilidade:
ui
NOÇÕES DE ADMINISTRAÇÃO
A gestão de documentos divide-se em 3 fases, a [...] quais documentos devem ser conservados como
PUD: testemunho do passado, quais devem ser elimina-
dos e por quanto tempo devem ser mantidos por
z Produção; razões administrativas, legais ou fiscais. Envolve
z Utilização e Conservação (se a questão falar só uti- as atividades de análise, seleção e fixação de
lização também estará correto!); prazos de guarda dos documentos. Devem par-
z Destinação. ticipar desta fase arquivistas e administradores.
(ARQUIVO NACIONAL, 2019, p. 22)
Produção
Durante a destinação, realizam-se as seguintes
[...] produção dos documentos em razão da exe- atividades:
60
cução das atividades de um órgão ou entidade.
8-
Nesta fase deve-se otimizar a produção dos docu-
[...] cumprir o estabelecido na primeira e na segun-
48
mentos, evitando produzir aqueles que não sejam
da fase da gestão de documentos;
essenciais, diminuindo o volume a ser manuseado,
6.
[...] manter processos contínuos de avaliação, com
controlado, armazenado e eliminado, e garantin- 15
aplicação dos prazos de guarda e destinação final
.
do, assim, o uso adequado dos recursos de tecno-
20
dos documentos;
logia da informação (reprografia e automação). [...] promover a eliminação periódica dos documen-
-4
correspondência;
de
z Propor a consolidação de atos normativos altera- realizamos diariamente de qualquer maneira, para
lh
60
me achar necessário, para alongar o corpo, tomar sionais com menor dispêndio de energia física e
um chá ou café, se movimentar, fazer ligações etc.
8-
mental. Podemos afirmar que a boa administração
48
do tempo é o fator mais importante na administração
6.
Dito isso, também é importante que, pouco antes de si mesmo e do trabalho executado, pois ela começa
do final do expediente, você verifique a sua lista de 15
com a autodescoberta, ou seja, com a identificação de
.
atividades e marque as que foram completas e as que
20
como utilizamos o nosso tempo, do que não nos satis-
ficaram pendentes. Além disso, também é essencial
-4
A eficácia profissional relaciona-se à capacidade domínio do tempo tem importância vital: precisamos
os
de cumprir com a organização e com o planejamento dominá-lo ao invés de sermos dominados por ele.
am
nada rotina de trabalho está sendo eficiente, é preciso uma melhor otimização do tempo:
e
m
de checklists, planilhas, tabelas, dentre outros. A par- z eliminar os pontos de estrangulamento com base
ui
NOÇÕES DE ADMINISTRAÇÃO
dificuldades e as falhas na execução de determinadas z planejar efetivamente como aplicar o tempo eco-
atividades, e, a partir disso, solucioná-las a fim de que nomizado com a eliminação dos estrangulamentos.
se amplie ou se reduza o fluxo das demandas.
Podemos resumir os três passos iniciais do geren-
Automação de Rotinas de Trabalho ciamento de trabalho/tempo em três palavras: desco-
brir, planejar e agir. Entretanto, apesar de parecer
A automação é uma poderosa aliada nas rotinas de extremamente simples, gerenciar o tempo exige
trabalho. Determinadas atividades repetitivas podem meticulosidade, força de vontade e, acima de tudo,
ser automatizadas através de softwares previamente disposição para mudar o estilo de vida. É preciso defi-
programados para isso. Outra boa opção é utilizar fer- nir prioridades, planejar a execução delas e, por fim,
ramentas para organizar a rotina de trabalho, como realizá-las.
1 SOFFENER, S. Rotina de trabalho: o que é e como melhorar. Disponível em: https://www.pipefy.com/pt-br/blog/rotina-trabalho/. Acesso em:
15 dez. 2022.
2 Ibid.
3 LACERDA, A. Como gerenciar o tempo. Pesquisa: CIPE – Centro Integrado de Pesquisa e Ensino: Abr. 2010. 157
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título, a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.
Avaliar o que é realmente importante é fundamen- Podemos falar de organização escolar, organiza-
tal para gerenciar o tempo. De acordo com o consultor ção empresarial, organização pessoal, organização de
Marco Antônio Imperador, da Franklin Covey do Bra- eventos, organização doméstica, etc. Em todas essas
sil, quando não se sabe quais são as prioridades, tudo aplicações, o sentido de organização se baseia na for-
parece urgente e imprescindível. ma como as pessoas se inter-relacionam entre si e
Infelizmente, quando os outros veem que estamos na ordenação e distribuição dos diversos elementos
fazendo tudo, esperam que, sempre, todas as tarefas envolvidos com vista a uma mesma finalidade.
sejam realizadas, o que não é bom, pois pode gerar
a queda no rendimento e até mesmo no conceito do ELEMENTOS QUE ENVOLVEM A ORGANIZAÇÃO DO
funcionário na empresa. De outro modo, o gestor não TRABALHO
precisa de quem faz tudo, mas de quem faz bem o que
Sala de Recepção
é realmente necessário.
A maioria das pessoas tem certo orgulho da sua Quem recepciona é o anfitrião da instituição e,
capacidade de se lembrar de “tudo” que deve ser feito. por isso mesmo, é de se esperar que ele cuide do setor
Entretanto, apesar desse tipo de visão ter sido bem- onde trabalha como se fosse a sua própria casa. Entre-
-sucedido em outra época, o ritmo atual do trabalho, tanto, muitos profissionais falham na realização desse
da vida particular, e o volume de atividades com as serviço, porque este implica no cumprimento de algu-
quais devemos estar em dia aumentaram tanto que é mas tarefas aparentemente desnecessárias.
impraticável “estar por dentro de mil coisas a fazer”. A(o) recepcionista/secretária/cargo administrativo
Essa preocupação constante, ao invés de auxiliar, aca- que mantém a sala de recepção limpa, em ordem e
ba sobrecarregando os trabalhadores. eficientemente organizada, está apenas demonstran-
Por isso, os executivos e gerentes devem buscar “se do uma atitude correta com o serviço.
esquecer” das coisas que precisam fazer. Sim, esque- Muitas vezes, seu ambiente de trabalho está contra
cer. O que as pessoas precisam é gerenciar e otimizar você. Pense que você passa, pelo menos, oito horas do
seu tempo com o auxílio de sistemas adequados. seu dia no trabalho e, certamente, o que estiver erra-
do no seu ambiente de trabalho vai diminuir sua pro-
O que Fazer com o Tempo Ganho? dutividade e causar danos a sua saúde!
Primeiramente, é preciso criar uma hora diária O Mobiliário
(tempo arbitrário), só sua, na qual você se afaste dos
telefonemas, reuniões, entrevistas, etc. Feito isso: Uma mesa muito baixa acaba com a coluna de
qualquer um. O tampo da mesa deve estar em média
60
z leia aqueles artigos importantes que estão se acu- a 80 cm do chão. A cadeira deve ter sempre encosto
mulando em sua mesa;
8-
para toda a área das costas e deve ser acolchoada. Seus
48
z pare e repense as suas atividades diárias; pés devem estar sempre apoiados. Se a cadeira é alta
z redescubra-se como profissional e como pessoa;
6.
demais, providencie uma caixinha para apoiar os pés.
z procure se concentrar em tarefas multiplicadoras; 15
O teclado do computador deve estar a uma distância
.
z pense na qualidade dos serviços prestados e em
20
que faça o cotovelo estar a 90º em relação ao corpo. O
como melhorá-los;
-4
demais profissionais da sua empresa. baixo. Uma cadeira de escritório deve ter apoio para o
ei
A Iluminação
de
z maior aproveitamento da vida; para melhorar a iluminação da sua sala, pois danos
am
z menor pressão interna e pressões externas; podem gerar problemas irreversíveis em médio pra-
e
z maior segurança e objetividade do trabalho; zo. Quando perceber que está inclinando a cabeça
m
z aumento da produtividade;
e providencie uma iluminação melhor.
lh
liar e profissional;
G
158 4 SROUR, R. H. Poder, cultura e ética nas organizações. Rio de Janeiro: Campus, 1998.
O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para Guilherme Ramos de Oliveira - 420.156.488-60, vedada, por quaisquer meios e a qualquer
título, a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.
Existem organizações nas quais a triagem e o envio Para tanto, é importante listar tarefas diárias esta-
de toda a correspondência costuma se concentrar nas belecendo prazos e grau de prioridade. Isso possibilita
mãos de uma única pessoa, geralmente, a recepcionis- mensurar o acompanhamento da rotina de trabalho.
ta, que é quem faz uma primeira seleção e encaminha
os volumes. Normalmente, apenas a recepcionista tem
autorização para abrir correspondência sem especifica- Importante!
ção clara do destinatário. Sendo assim, ela deve tomar
Procure melhorar o aspecto do escritório, pois
conhecimento do assunto e, só então, proceder com a
distribuição adequada. Devemos nos lembrar que a ele exerce influência sobre o desempenho das
quebra do sigilo de correspondência pessoal é crime. atividades. Para isso, verifique, sobretudo, o que
A expedição de documentos inclui tarefas como pode ser melhorado, que procedimentos podem
pesar, fechar e selar embrulhos, cartas, preparar pro- ser eliminados ou simplificados. O trabalho
tocolos, recibos e, principalmente, tomar todas as pro- toma-se mais agradável e simples quando dis-
vidências para que a correspondência seja enviada pomos de conhecimentos profissionais sobre
em tempo hábil. arquivística, redação, gramática, informática e
Em qualquer que seja a sua situação específica, é temos à mão um guia com os telefones mais
fundamental que você tenha pleno conhecimento das usados, código de endereçamento postal, lista
precauções e procedimentos básicos que envolvem o telefônica, dicionário da língua portuguesa, lis-
manejo da correspondência. ta de assuntos pendentes em ordem de impor-
tância, uma Gramática da Língua Portuguesa e,
Recepção de Documentos finalmente, o estabelecimento de metas para
As normas para abertura de correspondências
alcançar. De todo modo, delegar tarefas a outros
podem variar de acordo com os hábitos do escritório. integrantes da organização, providos de habi-
Em alguns casos, a você caberá apenas organizar a lidades para executá-las, contribui para evitar
remessa, separando os vários tipos de correspondên- sobrecargas diárias.
cia: telegramas e envelopes com a anotação “urgente”,
correspondência pessoal, correspondência comum Apesar de variar conforme a Instituição, geral-
ou “de rotina”, comunicados internos e circulares, mente, a área de trabalho do profissional administra-
material de publicidade, catálogos, revistas etc. Fei- tivo, secretária ou recepcionista, é o escritório, mas os
to isso, você deve passar todo material às pessoas demais espaços destinados aos seus serviços também
especificadas.
o são. A área ocupada pela recepção, por exemplo,
60
Além disso, é conveniente registrar (em sua agen-
varia de acordo com a categoria do estabelecimento,
8-
da ou outro local apropriado) as informações conti-
48
das em documentos com frases como “mandaremos com o número de colaboradores que nela trabalham,
6.
um relatório detalhado dentro de duas semanas”, com o movimento de usuários etc.
“aguarde mostruário atualizado no fim do mês” etc.
.15
Da mesma forma, variam os equipamentos e mobi-
20
Decorrido o prazo estipulado, você poderá tomar as liários existentes nas organizações. Um Assistente
-4
muito importante.
z computador;
de
z calculadora;
z datas de recebimento e arquivamento da
R
z quadro de chaves;
m
carta;
lh
NOÇÕES DE ADMINISTRAÇÃO
60
tações mais visuais; sobre a empresa e o produto são moldadas, em parte,
z elabore legendas para sinalizar quando algo foi
8-
por sua experiência em lidar com essa pessoa.
48
concluído, está em produção ou possui caráter de Por esse motivo, muitas empresas trabalham
urgência;
6.
arduamente para aumentar os níveis de satisfação de
z mantenha sempre em ordem a rotina das tare-
seus clientes.
.15
fas que irão ser realizadas no dia, realizando revi-
20
FOLLOW-UP / FOLLOW-THROUGH
ei
O termo Follow-up é uma palavra do idioma inglês procuraram reduzir os custos de pessoal automati-
O
que significa continuação, acompanhamento, segui- zando seus processos o máximo possível. No atendi-
de
mento, supervisão, fiscalização ou verificação. mento ao cliente, isso tem levado muitas empresas
os
No campo das Noções Administrativas, pode- a implementar sistemas online, ou telefônicos, que
am
mos considerá-la como um termo que, relacionado à tiram o máximo de dúvidas ou resolvem o máximo de
comunicação, envolve o monitoramento de objetivos problemas sem a presença humana.
R
A fim de garantir que esses objetivos e metas sejam te para as quais a interação humana é indispensável.
er
cumpridos e alcançados, faz-se necessário o monito- Assim, quando a empresa investe em um atendimento
lh
ramento dos serviços e o report à equipe interna e ao humanizado, adquire uma vantagem competitiva. A
ui
cliente da situação avaliada. Esse report é, justamente, Amazon é um exemplo de empresa que está fazen-
G
60
superiores. O atendimento interno é um aspecto vital esteja bem hoje”.
8-
dos negócios modernos, pois cria o ambiente no qual O próximo passo é indicar o motivo de sua cha-
48
uma empresa tem mais chances de sucesso. mada. Assim, após a saudação telefônica profissional,
6.
O atendimento ao cliente externo, por sua declare o objetivo de sua ligação de maneira educada
15
vez, relaciona-se à ajuda oferecida a indivíduos e direta. Por exemplo:
.
20
nham bens, produtos, informações e serviços. Os z “Recebi seu e-mail ontem, então, estou ligando
usuários finais podem ser compradores, patronos de
ra
para acompanhar”;
ei
cinema, turistas, clientes empresariais ou empresas z “Estou ligando de [nome da empresa]. Gostaria de
liv
interessadas em contratar serviços. O atendimento falar com você sobre sua compra recente.”
O
final e estabelece processos e protocolos para atender Explicar o motivo de sua ligação fornece foco e
a essas expectativas. A pessoa média não distingue direção para a conversa. Ademais, isso vai te ajudar a
os
entre atendimento ao cliente externo e atendimento prender a atenção da pessoa e mostrar que você está
am
sutis nos negócios. As grandes organizações tendem Uma vez apresentado o objetivo da ligação, é
e
a ser muito claras quanto aos papéis e às funções de importante que você ouça o cliente sem realizar inter-
m
ambas as áreas são essenciais para o bom funciona- Embora você possa se esforçar para atingir o obje-
lh
NOÇÕES DE ADMINISTRAÇÃO
60
Antes de vermos o que pode ser feito para cons- Assim, por mais que colegas possam ser amigos, o
8-
truirmos boas relações com os líderes da empresa relacionamento profissional deve ser tratado de for-
48
e, também, com os colegas de trabalho, é importan- ma distinta de uma relação entre amigos ou familia-
6.
te observarmos quais atitudes e comportamentos res. Cada pessoa é diferente e devemos respeitá-las.
15
devem ser evitados. Dessa maneira, é possível identi- Isso significa que devemos dar nosso melhor e manter
.
20
ficar quais práticas podem influenciar negativamente uma boa relação com os colegas, independentemente
-4
na condução de um bom relacionamento com o chefe. de opiniões, gostos e se concordamos ou não com o
estilo de vida que cada um leva. Enquanto entre ami-
ra
empresarial.
liv
7 Fiovarante, M. Gestão de pessoas: como melhorar a relação entre chefe e funcionário? Disponível em: https://objetivasolucao.com.br/gestao-
-de-pessoas-como-melhorar-relacao-entre-chefe-e-funcionario/ Acesso em: 15 dez. 2022
8 Macedo, A. C. Aprenda como melhorar o relacionamento com o chefe. Disponível em: https://blog.betterfly.com/pt/melhorar-o-relacionamen-
162 to-com-o-chefe. Acesso em: 15 dez. 2022.
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título, a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.
Cuidado com o que Você Fala A partir de então, tudo se resume ao desenvol-
vimento do processo de comunicação pessoal. Seus
Você está no seu ambiente de trabalho com seus sorrisos, seus outros choros, seu semblante, seus
colegas de equipe. Isso é muito diferente de estar com gestos… tudo no bebê vai comunicar algo aos pais e
amigos próximos e familiares, portanto, não fique responsáveis.
falando da sua vida, dos seus programas pessoais e, No tocante a comunicação impessoal podemos
muito menos, de tudo o que você pensa e gosta. Por dizer que trata-se da mensagem sem contato direto,
mais que isso não deva ser utilizado contra você, mui- realizada através da mídia impressa, televisiva, radio-
tas pessoas não conseguem ser imparciais. Portanto,
fônica e visual como outdoor, cartaz e pôster.
guarde para si a maioria das suas opiniões.
Dissemos acima que tudo é comunicação, de uma
forma ou de outra. Inclusive comunicação falha, que
Cuide de como Você Age
acaba resultando em alguma espécie de entrave para
A maneira como você age pode fazer os outros não determinado objetivo financeiro ou em negócios que
gostarem de você, mesmo que não seja nada demais. se pretende desenvolver. Essa falha comunica algo:
Relacionamento pessoais, principalmente no traba- ineficiência, incapacidade, inapetência, etc. Portan-
lho, podem ser complexos, pois as pessoas tendem a to, é bom ficar atento: falhas na comunicação pessoal
levar para o lado pessoal e interpretar o que quiserem interferem na busca de sucesso11.
de acordo com seu humor no dia.
Assim, qualquer movimento brusco ou careta, por COMUNICAÇÃO VERBAL
mais que não seja nada relacionado ao trabalho, pode
ser mal visto e gerar fofocas. Algumas atitudes que A comunicação verbal é aquela e realizada pela
geralmente são mal interpretadas são: resmungos, linguagem falada ou escrita. Ela utiliza palavras para
expressões de estresse, falta de paciência, levantar
estabelecer a comunicação, que são utilizadas tanto
muito da mesa e outros9.
na forma escrita como na oral, A linguagem verbal é
linear, ou seja, os seus signos e sons se sucedem um
após o outro, no tempo da fala ou no espaço da linha
escrita: exemplos: conversas, bilhetes, cartas, e-mails,
COMUNICAÇÃO PESSOAL, telefonema e etc12.
COMUNICAÇÃO IMPESSOAL E
COMUNICAÇÃO VERBAL
PRODUÇÃO DE MALA-DIRETA, ÍNDICES
60
A Comunicação é um substantivo que vem do
latim e que significa o ato ou efeito de comunicar-se. ANALÍTICOS
8-
48
Comunicar, por sua vez, é o ato ou efeito de emitir,
transmitir e receber mensagens por meio de métodos
6.
Mala direta é um tipo de ação de marketing que
e/ou processos convencionais, que ocorre por meio da 15
linguagem falada, escrita e/ou sinais, símbolos e apa- consiste no envio, por parte da empresa, de um enve-
.
20
relhos sonoros, eletrônicos, ou visuais. lope ou pacote físico para o endereço dos clientes/
-4
No contexto social, a comunicação é um meio de leads. Essa comunicação pode ter o objetivo de infor-
troca de interações que permite a percepção de si mar o seu público-alvo sobre alguma novidade ou
ra
mesmo e do outro, a expressão, o relacionamento com lançamento ou convencê-lo sobre a compra de algum
ei
Por fim, comunicar também significa: entrar em Sabe quando você recebe uma carta ou pacote pelo
O
sintonia, dialogar, expressar, influenciar, persuadir, correio, que contém um catálogo de produtos, uma
de
convencer, tomar parte, e comungar10. carta de vendas ou um cartão de crédito que nunca
os
direta.
R
9 Bona, A. Como ter um bom relacionamento com seus colegas no trabalho? Disponível em: https://andrebona.com.br/como-ter-um-bom-
relacionamento-com-seus-colegas-no-trabalho/. Acesso em: 15 dez. 2022.
10 EquipecuboUP. Tipos de Comunicação Pessoal e como melhorá-los. Disponível em: https://cuboup.com/conteudo/
tipos-de-comunicacao-pessoal/#:~:text=Existem%20quatro%20tipos%20de%20comunica%C3%A7%C3%A3o,ativamente%20%2C%20obser-
var%20e%20ter%20empatia. Acesso em: 15 dez. 2022.
11 Nogueira, R. Comunicação pessoal. Disponível em: https://freesider.com.br/dinheiro/comunicacao-pessoal-sucesso-depende-dela/
Acesso em: 15 dez 2022.
12 MARCONDES, J. S. Comunicação: O que é, Quais os Tipos? Processo de Comunicação. Disponível em Blog Gestão de Segurança Privada: –
Acesso em: 15 dez. 2022. 163
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z Panfletos: panfletos costumam ser usados para z à previsão de resultados futuros em função de
gerar reconhecimento sobre um novo produto, decisões ou ações no presente (predictive analyti-
serviço ou evento; cs); e
z Brochuras: com mais espaço que o panfleto, a bro- z à prescrição de melhores práticas em cenários
chura pode ser usada para os mesmos propósitos, ou condições específicas de atuação da empresa
mas de forma mais completa e detalhada; (prescriptive analytics) (Peterson, 2013; Davenport,
z Cartões: um cartão postal, de descontos, de pre- 2013; Lovett, 2012; Davenport apud Harris, 2007)14.
sentes ou outro tipo também pode ser enviado para
gerar valor e engajar o cliente com a sua empresa;
z Cupons: o propósito de um cupom é oferecer um
desconto no uso de um produto ou serviço. Isso é
muito bom para incentivar quem ainda não é seu INTERPRETAÇÃO E ELABORAÇÃO DE
cliente a dar o primeiro passo; ORGANOGRAMAS E FLUXOGRAMAS,
z Catálogos: muitas empresas enviam seus catálogos
de produtos completos por mala direta. Isso pode
CONSIDERANDO SEUS NÍVEIS
fazer sentido para fazer a apresentação inicial de HIERÁRQUICOS
produtos com ticket médio mais alto, como carros;
z Pacotes: muitas empresas enviam pacotes com ORGANOGRAMA
presentes e outras encomendas variadas para
impressionar os clientes. O objetivo aqui é ser cria- Um organograma é a representação gráfica, nos
tivo e causar impacto. níveis hierárquicos e departamentais, de um empreen-
dimento. De outro modo, é um gráfico que apresenta o
A ideia da mala direta é gerar uma resposta clara “esqueleto” da organização no qual se procura retra-
e, muitas vezes, imediata, de quem vai recebê-la. Para tar como se constitui cada uma das partes, as relações
conseguir isso, é necessário criatividade13. de autoridade e de responsabilidade entre eles, o flu-
xo das comunicações e a interdependência entre os
Índices Analíticos departamentos.
Assim, um organograma pode ser definido como
Parcela expressiva dos resultados de desempenho um “diagrama da estrutura de uma organização, mos-
das organizações, atualmente, depende da capacida- trando as funções, os departamentos ou as posições
de demonstrada pelas empresas de serem mais ágeis, na organização, e como esses elementos se relacio-
pró-ativas e responsivas do que já o foram no passado. nam”15. O organograma tem a propriedade de reve-
60
Tais requisitos, relevantes no momento presente, lar o caráter formal ou oficial da organização, o
8-
prenunciam-se de forma ainda mais crítica em futu-
48
que é especialmente importante para o dirigente ou
ro próximo, indicando que as competências analíticas funcionário recém-admitidos.
6.
embebidas nos processos de negócio, em sistemas de 15
Assim, o organograma deve mostrar a divisão do
governança da informação e em processos de decisão
.
trabalho mediante o fracionamento da organização
20
al., 2012; Lovett, 2012; Trkman et al., 2010). Observe, abaixo, o exemplo fictício de um
am
Staff
zação de dados relativos aos processos de negócio das
lh
Marketing RH Financeiro
quantitativa no tratamento desses dados, por meio de
testes estatísticos de natureza descritiva e multivaria-
da, as habilidades em BA podem ser direcionadas a FLUXOGRAMA
vários objetivos,como, por exemplo:
O fluxograma, por sua vez, é um recurso que per-
z à maior efetividade das organizações em descreve- mite visualizar o caminho e o processo de trabalho
rem sua realidade (descriptive analytics); que devem ser executados por um setor e/ou depar-
z à análise de conjunturas e problemas específicos tamento, indicando o próximo passo a ser seguido. Os
(diagnostic analytics); símbolos utilizados na elaboração do Fluxograma são
13 Moraes, D. Mala direta: quais os tipos e como investir nessa estratégia. Disponível em: https://rockcontent.com/br/blog/mala-direta/. Aces-
so em: 20 dez. 2022.
14 Ladeira, M. B. Os efeitos da abordagem analítica e da gestão orientada para processos sobre o desempenho organizacional de micro e peque-
nas empresas brasileiras dos setores da indústria e de serviços. Disponível em: https://www.scielo.br/j/gp/a/rfsrBq8GgWycc8LD6BF3msb/?-
format=pdf&lang=pt. Acesso em: 15 dez. 2022.
164 15 STONER, J, A. F.; FREEMAN, R. E. Administração. 5 ed. Rio de Janeiro: Prentice Hall do Brasil, 1999.
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de caráter internacional, porém, isso não impede que
sejam alterados conforme a necessidade.
Funções do Fluxograma
60
de sequenciação de tarefas.
8-
48
6.
z Estas setas são as linhas que conectam cada pas-
15
so do fluxograma.
.
20
-4
ra
Espécies de Fluxogramas
ei
liv
tes e visitantes.
er
lh
NOÇÕES DE ADMINISTRAÇÃO
Este cronograma genérico divide-se em 5 grandes etapas, que poderiam estar detalhadas posteriormente, além
de ser construído para um período de 6 meses. O controle de cronograma será realizado à medida que os mem-
bros da equipe forem atualizando o Gráfico de Gantt e informando o percentual de conclusão de cada atividade.
Frequentemente, o cronograma deverá ser analisado para verificação do andamento das atividades. O resulta-
do dessa análise é um documento de Relatório de Progresso, que contém as seguintes informações:
z Atividade;
z % Concluída;
z Prazo Previsto;
z Prazo Estimado;
z Duração Prevista;
z Duração Estimada;
z Desvio Prazo;
z Desvio da Duração.
No caso de atividades com desvios (atrasadas ou adiantadas), deve-se avaliar se serão necessárias ações corre-
60
tivas para que o cronograma volte ao seu rumo normal. No caso de realizações de ações, deve-se realizar a realo-
8-
48
cação de recursos para que as atividades atrasadas voltem ao seu prazo normal, as atividades adiantadas possam
ser finalizadas e as próximas serem iniciadas mais cedo. Para os inícios das atividades serem antecipados, deve-se
6.
verificar se haverá recursos disponíveis para a execução das mesmas. .15
20
-4
ra
ADMINISTRAÇÃO DE MATERIAIS
ei
liv
Inicialmente, é importante compreender que recurso envolve, na leitura econômica, tudo que gera ou tem capa-
O
cidade de gerar movimento. Recurso é o que a organização (ou, no nosso caso, a Administração Pública) utiliza
de
para atingir suas finalidades. A utilização eficiente dessas ferramentas (que são riquezas) é o que vai direcionar a
os
Recursos Materiais
ui
G
Podem ser produtos materiais ou uma prestação de serviço para produção do produto final de uma organiza-
ção. Pense no papel que é utilizado para imprimir o livro. A sua natureza é não permanente.
Recursos Patrimoniais
Diferente dos recursos materiais, estes possuem natureza permanente, pois estão ligados a própria exis-
tência e manutenção da atividade. Podem ser imóveis (sala comercial), instalações (encanamentos e instalação
elétrica) e materiais permanentes (impressoras, máquinas, computadores etc.).
Para qualquer organização é essencial que todos os recursos estejam disponíveis na quantidade certa, no
momento certo, qualidade desejada, pelo menor custo e no local certo.
166
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Esses são os 5 elementos estruturais da adminis- z Sistemas abertos: são complexos. Estão alocados
tração de recursos: nas relações de entradas e de saídas desconhecidas
e indeterminadas, com intensidade na sua troca,
TEMPO Momento Certo complexidade e indeterminação com o ambiente
externo. São conhecidos como sistemas orgânicos
QUANTIDADE Na medida, sem excesso
ou probabilísticos, pois seus processos estão vulne-
QUALIDADE Conforme a necessidade do processo ráveis à incerteza. Todo sistema aberto é um siste-
Sempre o menor custo, aliado à ma movido pela imprevisibilidade. Por este motivo,
CUSTO esses ambientes estão sempre em intensa mudança,
qualidade
em complexidade e eventos indeterminados;
LOCALIZAÇÃO No local adequado z Sistemas Fechados: funcionam na premissa da
entrada e saída (causa e efeito). É possível, por
A gestão de materiais engloba as ações planejar, exemplo, saber quanto de produção consigo alcan-
executar e controlar as atividades envolvidas no çar com determinada quantidade de matéria-
suprimento dos recursos (para formação de estoques) -prima. Por essa razão, os sistemas fechados são
para a organização funcionar. chamados também de determinísticos. Eles são
previsíveis, por isso o termo predeterminado.
Atividades Relacionadas à Administração de Material
e Patrimônio
São outros subsistemas para uma boa administra-
ção de materiais:
A administração de materiais é divida em 3 (três)
áreas para garantir a satisfação do objetivo de forne-
cer à organização o material certo, no local de opera- z Controle de estoque: responsável pela gestão
ção certo, no instante correto e em condição utilizável econômica dos estoques, através do planejamento
ao custo mínimo. Veja as três áreas referidas, a seguir: e da programação de material, compreendendo a
análise, a previsão, o controle e o ressuprimento
z Gestão de Compras: envolve o processo de com- de material;
pras no mercado nacional e importações; z Classificação de material: responsável pela iden-
z Gestão de Transportes: intermediação logística tificação (especificação), classificação, codificação,
entre o fornecedor e o comprador. O recebimento cadastramento e catalogação de material;
da mercadoria pode ocorrer na estrutura própria z Aquisição/compra de material: responsável pela
do comprador ou em local indicado por ele; gestão, negociação e contratação de compras de
z Gestão de Estoques: administração dos espaços, material através do processo de licitação;
60
dos meios de armazenagem e conservação dos z Armazenagem/almoxarifado: responsável pela
materiais, controle de qualidade, inspeção, catalo-
8-
gestão física dos estoques, compreendendo as
gação de produtos, expedição. O ciclo de gestão de
48
estoque é fundamental, pois garantirá a existên- atividades de guarda, preservação, embalagem,
6.
cia contínua de um estoque, organizado de modo recepção e expedição de material;
15
z Movimentação de material: responsável pelo
a nunca faltar nenhum dos itens que o compõem,
.
20
sem tornar excessivo o investimento total. controle e normalização das transações de recebi-
-4
z Controle: gerir e valorar os estoques; cação dos atributos qualitativos pelas normas de
os
RÁ, 2018, p. 6)
e
m
NOÇÕES DE ADMINISTRAÇÃO
classificação;
z Gestão: equilibrar o estoque, conforme o consumo; juntar materiais por especificações similares, para
z Compras: aquisição de materiais; compor uma base informacional em nível gerencial
z Recebimento: desembaraço das mercadorias ao administrador de materiais.
adquiridas; Para Viana (2018, p. 52), um bom método de clas-
z Almoxarifado: guarda fiel da mercadoria recebida; sificação deve ter algumas características: ser abran-
z Inventário físico: auditoria permanente do estoque. gente, flexível e prático:
Para compreender a classificação dos materiais, Produtos em São matérias–primas que estão na
é importante compreender as etapas relacionadas processo/ fase intermediária do processo pro-
(atenção para a dica mnemônica: CSI-NPC): fabricação dutivo, pendente de finalização
60
não existe estoque suficiente de determinado item
8-
Materiais Não de Estoque: demanda incerta para satisfazer a procura. Ex.: uma multa contra-
48
para os quais não são definidos parâmetros tual. Em regra, não podem ser calculados com pre-
6.
para o ressuprimento automático; cisão, mas percebidos quando há atrasos em um
Materiais de Estoque: devem existir em
15
pedido realizado pelo cliente ou quando um pedi-
.
20
estoque com base na demanda previstas e do de compras não é atendido pelo fornecedor.
-4
pamento ou de um grupo de equipamento iguais, 1988, estabelece que compete ao setor de Controle de
de
7.3.1 […]
disponíveis quando necessário; a) determinar o método e grau de controles a serem
R
que oferecem risco, em especial durante as ativi- c) promover consistências periódicas entre os regis-
ui
dades de manuseio e transporte. Nesta categoria, tros efetuados no Setor de Controle de Estoques
G
estão inseridos os explosivos, líquidos e sólidos com os dos depósitos (fichas de prateleira) – e a
inflamáveis, materiais radioativos, corrosivos, oxi- consequente existência física do material na quan-
dantes etc.; tidade registrada;
z Possibilidade de Fazer ou Comprar: envolve a d) identificar o intervalo de aquisição para cada
ideia de análise se o produto deve ser fabricado, item e a quantidade de ressuprimento;
terceirizado ou recondicionado; e) emitir os pedidos de compra do material rotinei-
z Tipos de Estocagem: analisa se a estocagem é de ramente adquirido e estocável;
ordem temporária ou permanente; f) manter os itens de material estocados em níveis
z Dificuldade de Aquisição: considera os tipos de compatíveis com a política traçada pelo órgão ou
dificuldade inerente do insumo, como fabricação Entidade;
especial, escassez, sazonalidade, monopólio, logís- g) identificar e recomendar ao Setor de Almoxarifa-
tica sofisticada ou importação; do a retirada física dos itens inativos devido à obso-
z Mercado Fornecedor: relaciona-se ao mercado lescência, danificação ou perda das características
onde o insumo é adquiro: nacional, internacional normais de uso e comprovadamente inservíveis,
168 ou em processo de nacionalização. dos depósitos subordinados a esse setor.
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título, a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.
A mesma norma afirma que generalizar o controle z Estoque Virtual: é o estoque real acrescido das
é impossível quando a quantidade e diversidade são quantidades encomendadas em andamento. Ou
elevadas (BRASIL, 1988). seja, considera os pedidos pendentes de entrega
Quando se trata de itens com valores agregados pelo fornecedor;
elevados ou dotados de grande importância para o z Estoque de Cobertura: calculado pela relação
processo produtivo, deve ser observado o Intervalo entre estoque e consumo, informa qual o prazo
de Aquisição para que não ocorram faltas e prejuízo máximo que o estoque suportará o consumo sem
na organização. que haja o recebimento do pedido de reposição;
z Lote de Compra: é a quantidade de material
Previsão de Estoque adquirido pelo setor de compras, a mando do
almoxarifado. É também a quantidade máxima de
A primeira mensuração é a previsão de consumo. itens que a empresa pretende ter em estoque.
Caso a previsão seja feita de forma imprecisa, a acen-
tuação de custos de estoque pode prejudicar a perfor- Inventário de Materiais
mance da organização.
As previsões de curto prazo são mais precisas que O inventário é a contagem dos materiais armaze-
as de longo prazo porque o nível de incerteza aumen- nados em estoque, para conferir com os dados contá-
ta à medida que o horizonte da previsão se distancia beis de entrada de materiais da organização (CEARÁ,
do momento atual. 2017, p. 47).
A expressão “fechado para balanço” advém da
Sistema de Reposição de Estoque ideia de estabelecer um momento de corte (cut-off)
para que os materiais sejam contados, pois isso deve
z Sistema de reposição periódica: os pedidos para refletir fielmente os registros contábeis.
reposição de estoques são realizados em períodos A Instrução Normativa n° 205 de 1988 assim
constantes, conforme a rotina para cada item no regula:
estoque (CEARÁ, 2018, p. 21);
z Sistema de reposição contínua: para itens de 8.1. Os tipos de Inventários Físicos são:
demanda constante. Quando o estoque baixa a a) anual – destinado a comprovar a quantidade e
determinado nível, outra ordem de compra é o valor dos bens patrimoniais do acervo de cada
imediatamente realizada. A quantidade mínima unidade gestora, existente em 31 de dezembro de
prevista para o estoque do item determinado é cada exercício – constituído do inventário anterior
chamada de Ponto de Pedido ou Ponto de Ressu- e das variações patrimoniais ocorridas durante o
60
primento ou Revisão (CEARÁ, 2018, p. 22); exercício.
8-
z Estoque Mínimo (de segurança): a menor quan- b) inicial – realizado quando da criação de uma
48
tidade a ser armazenada que seja suficiente para unidade gestora, para identificação e registro dos
6.
atender algum imprevisto, como um consumo bens sob sua responsabilidade;
15
c) de transferência de responsabilidade - reali-
superior ao estimado (CEARÁ, 2017, p. 14).
.
20
zado quando da mudança do dirigente de uma uni-
-4
dade gestora;
Tempo de Reposição do Estoque
d) de extinção ou transformação – realizado
ra
z Emissão do pedido: tempo entre a emissão do pedi- iniciativa do dirigente da unidade gestora ou por
de
z Transporte: tempo entre a saída da sede física do forne- consumo, equipamento, material permanente e
e
cedor até o recebimento pela organização compradora. semoventes) serão agrupados segundo as catego-
m
60
do estoque (CEARÁ, 2018, p. 47);
z Inventário rotativo: realizado periodicamente a z Garantir o suprimento dos materiais nos prazos e
8-
qualidade definidas;
48
cada mês e não exige a paralisação da área produ-
z Criar e desenvolver um cadastro de fornecedores;
6.
tiva (CEARÁ, 2018, p. 47).
z Criar processos de aquisição, que sejam ágeis e
15
que permitam um efetivo controle.
.
Tipos de Inventários
20
-4
PERFIL DO COMPRADOR
z Inventário de portas abertas: a contagem é feita
ra
Somente a movimentação do material que está Atualmente, com os inúmeros casos de corrupção,
liv
sendo contabilizado é interrompida (CASTIGLIO- tanto na iniciativa privada quanto na esfera pública,
O
Fonte: elaborado pelo autor com base em Fenili. De um modo geral, não se terceiriza os processos
fundamentais, ou também denominados “core pro-
ESTRATÉGIAS DE AQUISIÇÃO cess”, por questões de detenção tecnológica, qualida-
de do produto e responsabilidade final sobre ele.
A escolha correta da estratégia de compras pode
dar à organização uma grande vantagem competiti- Centralização x Descentralização
va. A primeira análise na estrutura organizacional é
a decisão entre produzir o máximo de itens interna- Após a escolha entre produzir internamente ou
mente na organização (Verticalização) ou adquirir o adquirir de terceiros, é necessário definir a estrutura
máximo de itens de terceiros (Horizontalização). organizacional do setor de compras, assim, podendo
ser centralizado ou descentralizado.
Horizontalização x Verticalização Na estrutura centralizada, as compras são agrupa-
das em um único órgão, permitindo assim uma maior
A organização pode decidir como estratégia de coesão na política de compras.
aquisição a produção interna da maioria dos mate- Quando a organização possui unidades adminis-
riais/produtos necessários para o processo produ- trativas dispersas geograficamente, a centralização
tivo (Verticalização), ou optar por adquirir mais não é recomendável. Nesse caso, opta-se por uma
de terceiros, em detrimento de fabricação própria estrutura descentralizada das aquisições entre as
60
(Horizontalização). diversas unidades regionais.
8-
A verticalização é a estratégia que prevê que a Esquematizando:
48
empresa produzirá internamente tudo o que puder,
6.
ou pelo menos tentará produzir.
A horizontalização consiste na estratégia de com-
15
. Único órgão
Centralizado
20
responsável pelas
prar de terceiros o máximo possível de itens que com- compras
-4
Compras são
administração, considerando os custos e a estrutura
liv
é o de terceirização e parcerias.
No quadro abaixo, listamos as vantagens e desvan-
R
NOÇÕES DE ADMINISTRAÇÃO
Para fins didáticos, podemos dividir o ato de com- Compra normal Compra em emergência
prar nas seguintes atividades:
Ocorre quando o prazo dis- Ocorre quando a compra
ponível possibilita que o de material é urgente, nes-
z Determinação do que, de quanto e de quando comprar;
comprador execute todas as te caso, não há tempo para
z Estudo dos fornecedores e suas capacidades técnicas; atividades necessárias executar todas as etapas da
z Promoção da concorrência entre os fornecedores Ex.: A compra segue todos aquisição
para decisão da proposta mais vantajosa; os trâmites preestabeleci- Ex.: Na falta de um item ma-
z Fechamento do Pedido (contrato); dos, sem nenhuma limitação terial, o setor de compras
z Acompanhamento ativo entre o pedido e a entrega; de tempo (prazo de entrega) realiza a aquisição sem a
z Encerramento do processo através do recebimento devida pesquisa de merca-
do material (controle da qualidade e quantidade). do (o que leva a compras
desvantajosas)
60
pras com valores preesta- exemplo, podemos citar a
8-
Portanto, o chamado ciclo de compras de uma orga- belecidos na qual justifica a compra de um pacote de
48
nização engloba todas as atividades que se estendem, formalização de todo o pro- café, ou seja, não necessi-
6.
cesso (exigência de com- tando de nenhum trâmite
desde o pedido de compra (proveniente dos diversos provação de pesquisa de 15 burocrático.
setores internos da organização) até o recebimento
.
mercado, negociação)
20
ao fornecedor.
De acordo com localização do fornecedor
ra
ei
classificar uma determinada requisição de acordo z Compra por importação: fornecedor e compra-
com a sua necessidade ou forma de comprar. dor são de países distintos.
os
ideais para a organização; Ex.: Uma grande empresa de Ex.: Aquisição de insumos
z Compra em emergência: acontece quando a fabricação de móveis adquiri para fabricação de remédios
necessidade de material é urgente, muitas vezes, as fechaduras de uma em- de uma farmacêutica Brasi-
presa localizada na mesma leira com um fornecedor lo-
devido a falha no planejamento ou por situações
região calizado na Índia
imprevistas. Neste caso, para a compra ser mais
célere, ocorre a supressão de algumas das fases do
ciclo de compras, o que torna a compra mais one- De acordo com o item comprado
rosa para a empresa.
z Compra para investimento: são as aquisições de
bens patrimoniais;
z Compra para consumo: são as aquisições de
materiais de consumo (matérias-primas, produtos
intermediários e auxiliares).
172
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título, a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.
DE ACORDO COM O ITEM COMPRADO
São as aquisições de bens e materiais que irão compor o ativo São as aquisições em que os itens materiais serão consumidos
da organização. Normalmente, a vida útil do item é elevada. em curto ou médio prazo.
Ex.: Compras de máquinas, veículos. Ex.: Matérias-primas, material de consumo, itens de escritório.
Compras Diretas
Ocorre nas situações de compras rotineiras, nesse caso, o consumidor já tem todas as informações necessárias.
Ex.: Compras realizadas mensalmente de papel A4
Compra Nova
São as compras inéditas, ou seja,realizadas pela primeira vez (em regra, são mais demoradas devido à pouca infor-
mações disponível no mercado)
Ex.: É a compra de um maquinário novo, ainda inédito na organização
Recompra Modificada
Ocorre quando os itens materiais a serem comprados são recorrentes, mas que devem sofrer algumas alteração nas
compras futuras
Ex.: A necessidade de alterar a qualidade do papel A4 nas futuras aquisições
60
8-
FORNECEDORES
48
6.
O setor de compras deve sempre buscar o melhor fornecedor, ou seja, aquele que oferece um bom prazo de
15
pagamento, juntamente com o prazo de entrega almejado pela organização, aliado a um preço justo, porém com
.
20
a máxima qualidade.
-4
Segundo Arnold (1999, p. 218), “uma vez tomada a decisão sobre o que comprar, a segunda decisão mais impor-
tante refere-se ao fornecedor certo”.
ra
Outro ponto crucial a ser analisado é o tipo de relacionamento e o número de fornecedores envolvidos nos
ei
liv
processos de aquisições.
Em relação ao tipo de relacionamento com os fornecedores, temos:
O
de
z Fornecedor Único (Single): a organização tem mais que um fornecedor qualificado, mas se abastece de apenas
os
um;
am
VANTAGENS DESVANTAGENS
NOÇÕES DE ADMINISTRAÇÃO
173
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título, a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.
VANTAGENS DESVANTAGENS
Dificuldade de criar maior comprometimento do
Melhor preço através da competição entre fornecedores
fornecedor
Maior flexibilidade (possibilidade de mudar de fornecedor a Maior dificuldade na comunicação (diferentes fornecedores =
qualquer momento) diferentes canais)
Possuir várias fontes de conhecimento Menor economia de escala
FONTES ÚNICAS
VANTAGENS DESVANTAGENS
z Maior potencial de desenvolver uma verdadeira relação z Perda de flexibilidade
ganha-ganha z Vulnerabilidade no caso de ocorrer falha no fornecimento
z Maior comprometimento e foco nos esforços z Dependência excessiva (o fornecedor pode forçar o aumento
z Agilidade dos preços)
z Melhor comunicação
z Cooperação mais fácil no desenvolvimento de novos produtos
z Maior economia de escala
FONTES MÚLTIPLAS
VANTAGENS DESVANTAGENS
z Melhor preço através da competição entre fornecedores z Dificuldade de criar maior comprometimento do fornecedor
z Maior flexibilidade (possibilidade de mudar de fornecedor a z Maior dificuldade na comunicação (diferentes fornecedores =
qualquer momento) diferentes canais)
z Possui várias fontes de conhecimento z Menor economia de escala
Independentemente da escolha do número de fornecedores, as organizações cada vez mais esperam um desempe-
nho adequado de seus parceiros, assim é fundamental auxiliar no desenvolvimento dos fornecedores.
De acordo com Handfield (2000), “desenvolver um fornecedor é qualquer atividade que uma empresa clien-
60
te realiza com o intuito de melhorar o desempenho e/ou capacidade do fornecedor no curto ou longo prazo”
(HANDFIELD,2000).
8-
48
Portanto, é preferível mudar de abordagem “seleção de fornecedores” para uma do tipo “desenvolvimento de
fornecedores”, implementando a cultura do ganha-ganha.
6.
.15
LOTE ECONÔMICO DE COMPRAS (LEC)
20
-4
A decisão sobre o tamanho ideal do lote de compra é fundamental na gestão de recursos materiais. Visando
ra
encontrar um quantitativo de itens que implicasse a mínima combinação entre os custos de armazenagem e o
ei
Assim, podemos sintetizar que o Lote Econômico de Compra (LEC) é um procedimento matemático que tem
O
por finalidade determinar a quantidade a ser comprada, tendo como objetivo a minimização dos custos totais que
de
atingem os estoques.
os
De acordo com o autor Viana, “O lote econômico para compra representa a quantidade de material, de tal forma
que os custos de obtenção e manutenção sejam mínimos” (VIANA, 2008).
am
O objetivo é executar as compras nas quantidades certas no momento adequado, para que haja o mínimo
R
custo operacional.
e
2 · D · Cp
ui
LEC =
(Ca + j + p)
G
Onde:
D = Demanda anual em quantidade
Cp = Custo unitário do pedido de compra
Ca = Custo unitário de armazenagem
J = Taxa de juros, por período
P = Preço do item
Outro ponto importante para as provas de Administração de recursos materiais, é conhecer a representação
gráfica do Lote Econômico de Compra (LEC):
174
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título, a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.
z eficácia na utilização dos equipamentos de movi-
mentação e transporte;
z utilização de pessoal qualificado e treinado para
realizar as operações internas;
z maximização do uso do espaço cúbico disponível.
RECEBIMENTO
Fonte: DIAS, M. A. P. Administração de Materiais (p. 75). Atlas.
Edição do Kindle.
CLASSIFICAÇÃO
MOVIMENTAÇÃO
OPERAÇÕES COM ALMOXARIFADO
ARMAZENAGEM
Neste tópico, vamos entender o que é, como fun-
ciona, suas atividades e quais os objetivos do dito
almoxarifado. DISTRIBUIÇÃO
O almoxarifado é um ambiente fundamental em
qualquer organização, é o local onde acontece o rece- Agora que já conhecemos as atividades básicas do
bimento, a classificação, a guarda e, após o requeri- almoxarifado, vamos entender como cada uma con-
mento dos mais diversos setores, a distribuição do tribui para consecução dos objetivos da Administra-
60
material. ção de Materiais.
8-
Se a gestão dos almoxarifados aplicar as boas prá-
48
ticas do mercado, pode significar um grande aumento RECEBIMENTO
6.
na lucratividade da organização. Por essa razão, cada 15
vez mais as empresas se preocupam em aplicar roti-
.
O recebimento é a atividade entre a compra e o
20
nas rigorosas neste setor, na busca da máxima prote- pagamento do fornecedor, sendo de sua responsa-
-4
Importante! 3ª fase:
G
NOÇÕES DE ADMINISTRAÇÃO
Conferência Qualitativa
A pessoa encarregada de um almoxarifado é
chamada de Almoxarife.
4ª fase:
Regularização
Portanto, os almoxarifados deverão ser dimensio-
nados para atender às necessidades das organizações
quanto à guarda provisória dos materiais e ao arranjo 1º Fase: Entrada de Materiais
físico (layout) de suas instalações, com a finalidade de
minimizar os custos operacionais, maximizar a pro- Representa o início do processo de recebimento,
dutividade e permitir um rápido fluxo nos processos tendo como propósito a recepção dos veículos trans-
de recebimento, guarda e expedição. portadores; verificação de dados básicos da entrega e
Segundo Gonçalves, um dos maiores especialistas o encaminhamento para a área de descarga.
nesta disciplina, são três fatores que podem influen- Nesta etapa, a pessoa encarregada assina o docu-
ciar consideravelmente a redução de custos e o mento fiscal (“aceite da nota”) que acompanha o mate-
aumento da produtividade, são eles: rial, apenas para fins de comprovação da entrega (data). 175
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2º Fase: Conferência Quantitativa Desse modo, em busca da eficiência, o sistema
de movimentação e transporte de materiais deve
É o momento de verificar se a quantidade declarada observar algumas regras relacionadas ao fluxo dos
pelo fornecedor na nota fiscal corresponde à quantida- materiais, denominadas leis de movimentação dos
de efetivamente entregue, ou seja, a típica contagem. materiais, são elas:
Exemplificando: é quando a pessoa encarregada
confere o quantitativo real com o que consta na nota z Lei da obediência do fluxo das operações:
fiscal. Por exemplo, se na nota fiscal constar dez caixas
de papel A4, deve ser entregue essa mesma quantidade.
planejar as trajetórias de movimentação, man-
tendo a sequência das operações.
3º Fase: Conferência Qualitativa
z Lei da mínima distância:
É a confrontação das condições técnicas contrata-
das com as consignadas na nota fiscal, examinando os
seguintes itens: maximizar ao máximo as distâncias na movi-
mentação e no transporte.
z características dimensionais (dimensões);
z características específicas (marcas/modelos); z Lei da manipulação mínima:
z restrições de especificação.
evitar a manipulação dos materiais ao longo do
Exemplificando: se na nota fiscal constar que o ciclo de processamento e sempre que possível
papel A4 deve ser ecológico, a pessoa encarregada da utilizar o transporte mecânico e automatizado.
conferência deve atentar para essa característica.
z Lei da máxima utilização dos equipamentos:
4º Fase: Regularização
utilizar ao máximo os equipamentos.
A regularização caracteriza o controle do proces-
so de recebimento, pela confirmação da conferên- z Lei da máxima utilização do espaço disponível:
cia quantitativa e qualitativa, para decidir se aceita
(entrada do material no estoque) ou recusa (devolu- utilizar ao máximo o espaço cúbico disponível.
ção do material ao fornecedor) o material.
60
Exemplificando: se todas as fases anteriores esti- z Lei da segurança e da satisfação:
8-
verem dentro do combinado, a pessoa encarregada
48
aceita o recebimento e encaminha para a descarga no
6.
prevenção da segurança e fadiga dos
almoxarifado. 15
colaboradores.
.
20
CLASSIFICAÇÃO
-4
z Lei da padronização:
ra
térios predeterminados.
usados em diferentes tipos de cargas.
am
parte do gestor, torna-se possível a escolha dos melho- z Lei da máxima utilização da gravidade:
e
m
MOVIMENTAÇÃO
G
Tipos de paleteiras.
Fonte: GONÇALVES, P. S. Administração de Materiais (p. 389).
Empilhadeiras laterais.
Fonte: DIAS, M. A. P. Administração de Materiais (p. 237). Atlas.
60
Essa possibilidade em se deslocar no sentido per-
8-
48
pendicular ao seu eixo, proporciona uma maior liber-
dade de movimento, conferindo uma versatilidade
6.
15
de alta eficiência, tanto para cargas regulares quanto
.
para cargas de grande comprimento.
20
-4
NOÇÕES DE ADMINISTRAÇÃO
Empilhadeira elétrica.
Fonte: DIAS, M. A. P. Administração de Materiais (p. 232). Atlas.
177
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título, a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.
Transportadores de esteira.
Fonte: DIAS, M. A. P. Administração de Materiais (p. 209). Atlas. Carrinhos transportadores.
Fonte: DIAS, M. A. P. Administração de Materiais (p. 230). Atlas.
60
livre, que roda sobre dois trilhos; a viga é dotada de
8-
um carrinho que se movimenta sobre os trilhos.
48
6.
. 15
20
-4
ra
ei
Modelos de carrinhos.
liv
ARMAZENAGEM
os
cargas a curta distância, na região interna do almoxa- de materiais como a atividade de planejamento e
ui
rifado, para separação de pedidos internos. organização das operações, com a finalidade de man-
G
O administrador de materiais, entre as alterna- Nesse critério, analisa-se a frequência de entrada e saí-
tivas expostas pelos especialistas, deve escolher os da dos materiais. Assim, os itens de maior entrada e saída
melhores critérios, que se adequem às características são alocados próximos à entrada/saída do almoxarifado.
do material armazenado pela organização. É o caso de se armazenar os galões de água na entra-
Adentrando nessa escolha, podemos dividir a da e saída do almoxarifado de uma repartição pública,
armazenagem em dois grupos: armazenagem simples devido as frequentes requisições deste material.
e armazenagem complexa. Nesse critério, o espaço cúbico do almoxarifado
Vamos entender a diferença entre esses grupos! não é aproveitado na sua máxima eficiência.
A armazenagem simples abrange os materiais
que, devido a suas características físicas ou químicas, z Armazenagem especial
não demandam cuidados especiais para a guarda.
Por outro lado, a armazenagem complexa envol- É a armazenagem destinada aos materiais que
ve materiais que necessitam de medidas especiais carecem de uma atenção especial, tais como: inflamá-
para a sua guarda. veis, perecíveis, explosivos e perigosos.
É a típica armazenagem complexa!
Não demandam Um bom exemplo de armazenagem complexa é
Simples cuidados
quando se armazena combustíveis (gasolina) em tan-
adicionais
ARMAZENAGEM ques especiais, localizados em áreas afastadas da cir-
60
Carecem de culação com a devida sinalização.
8-
Complexa medidas
Os produtos perecíveis devem ser armazenados
48
especiais
conforme o método FIFO (First In, First Out – ou em
6.
15
português, PEPS – Primeiro a Entrar, Primeiro a sair),
Na tabela abaixo, listamos os aspectos físicos
.
ou então, pelo método derivado FEFO (First Expire,
20
e/ou químicos que justificam uma armazenagem First Out – ou em português, Primeiro que vence, Pri-
-4
� Forma
� Perecibilidade
Como exemplo, podemos citar a armazenagem de
e
m
� Potencial intoxicação
automóveis em pátios da indústria automobilística.
er
lh
NOÇÕES DE ADMINISTRAÇÃO
de materiais adotar um dos critérios abaixo para o Devido à escassez de áreas e o custo de construção
melhor aproveitamento do espaço físico e o aumento de almoxarifados, em determinadas circunstâncias, é
da produtividade: necessário a utilização temporária de áreas externas para
abrigar materiais. Nesses casos, são utilizados ambientes
z Armazenagem por agrupamento cobertos, mas, quando não é possível, a solução do pro-
blema está na utilização de coberturas plásticas.
Também conhecida como armazenagem por É o caso de armazenagem de tijolos em cobertu-
complementariedade, esse critério facilita as tarefas ras PVC nas lojas de materiais de construção.
de arrumação e busca, mas nem sempre permite o
melhor aproveitamento do espaço físico.
Os materiais associados ou compatíveis são aloca- Importante!
dos na mesma seção.
Um exemplo de armazenagem por agrupamento é Essas coberturas plásticas dispensam fundações,
quando armazenamos todos os sobressalentes de uma permitindo a guarda dos materiais ao menor custo
máquina em uma mesma estante. de armazenagem. 179
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Por fim, conhecendo o grupo de material e definin- As prateleiras de aço têm sua durabilidade bem
do os critérios, é o momento de escolher os disposi- maior, porém são mais caras.
tivos (equipamentos) mais adequados para a guarda
dos itens materiais, são eles:
Paletes (Pallets)
60
vertical, através do empilhamento);
8-
economia nos custos de manuseio de materiais;
48
compatibilidade com todos os meios de transportes;
6.
facilita a carga, descarga e distribuição;
podem ser manuseados por uma grande quan-
. 15
20
tidade de equipamentos (paleteiras, empilha-
-4
materiais.
ei
liv
A introdução dos paletes revolucionou a armaze- Fonte: DIAS, M. A. P. Administração de Materiais (p. 179).
am
HOMENS
Arranjo
Físico
(Layout)
MATERIAIS MÁQUINAS
60
tivos a serem alcançados:
8-
48
z assegurar a utilização máxima do espaço;
6.
z proporcionar a mais eficiente movimentação de
materiais;
.15
z propiciar a estocagem mais econômica;
20
básicos abaixo:
de
Containers flexíveis.
os
NOÇÕES DE ADMINISTRAÇÃO
arranjo físico.
z Tipos de embalagens utilizadas no armazenamen-
O arranjo físico (Layout) é o planejamento da área
to: definir os tipos de embalagens que permitam o
física dos almoxarifados. Desse modo, para alcançar a
empilhamento de cargas.
realização eficiente da armazenagem, depende-se de
um bom arranjo físico, que é responsável por deter-
Sintetizamos, no quadro abaixo, alguns elementos
minar o grau de acesso ao material, aos modelos de
que devem ser considerados na definição de um bom
fluxo de material, à melhor utilização da mão de obra
arranjo físico:
e à segurança do pessoal e do armazém.
Atualmente, a definição do arranjo físico não é mais
apenas intuitiva, mas, baseia-se em técnicas de visuali-
zação da movimentação dos materiais no depósito.
Neste sentido, Dias (2010) conceitua arranjo físico
como a disposição física dos homens, máquinas e mate-
riais, da maneira mais adequada ao processo produtivo.
181
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título, a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.
Em ambos os sistemas, é imprescindível um bom
ELEMENTOS QUE DEVEM SER ANALISADOS NA sistema de endereçamento que indique o lugar exato
DEFINIÇÃO DO ARRANJO FÍSICO (LAYOUT) dos itens materiais.
� Quantitativo de material a ser armazenado
DISTRIBUIÇÃO
� Equipamentos de movimentação e armazenagem
a serem utilizados A distribuição é a última atividade da gestão dos
� Tipos de embalagens utilizadas na armazenagem almoxarifados: após o recebimento, a classificação,
� Tempo médio de armazenagem do material a movimentação interna, a armazenagem (guarda),
� Possibilidade de expansão da área do chegou o momento de distribuir o material em esto-
almoxarifado que e/ou o produto acabado para seu cliente final.
� Flexibilidade de alteração do arranjo físico Assim, inferimos, que a finalidade principal da
distribuição é suprir as necessidades de materiais e/
Outro ponto que também deve ser analisado para ou produtos de seus usuários, fazendo-os chegar em
elaboração do projeto perfeito do arranjo físico é a perfeitas condições.
escolha do sistema de estocagem. Para fins didáticos, podemos dividir a atividade de
A literatura especializada apresenta dois sistemas distribuição em dois grupos, vejamos.
principais de estocagem: sistema de estocagem fixa
e sistema de estocagem livre. Distribuição Interna
Vamos entender como funciona cada um desses
sistemas! Como o próprio nome diz, é a distribuição interna
de materiais à organização, para dar continuidade ao
z Sistema de Estocagem Fixa processo produtivo.
Como exemplo, podemos citar a requisição de
No sistema de estocagem fixa as áreas são pre-
determinadas, conforme o tipo de material. Assim, parafusos do setor de produção para o almoxarifado,
somente o material deste tipo poderá ser estocado assim, nesse caso concreto, ocorre distribuição entre
nestes locais. setores (interna).
Na figura abaixo, temos exemplos do sistema de
estocagem fixa. Distribuição Externa
60
Como exemplo de distribuição externa, temos a
8-
entrega do livro (apostila) da Nova Concursos na casa
48
do consumidor final. Percebemos, nesse caso, que o
6.
produto saiu da organização, utilizou um (ou mais)
Prateleira
15
Circulação
.
Subescaninho
(casa do consumidor).
20
Coluna de
escaninhos
Internalizando o conhecimento, temos:
-4
Subescaninho
ra
ei
liv
O
DISTRIBUIÇÃO
de
os
am
Sistema de estocagem.
Fonte: DIAS, M. A. P. Administração de Materiais (p. 192). Atlas.
R
e
m
60
justamente pelo fato do “sumiço” de ferramentas,
TIPOS DE CONVOCAÇÃO; PREPARO DE
8-
equipamentos e pelo atraso na execução da atividade
AMBIENTE E EQUIPAMENTOS
48
ou cumprimento das metas do ambiente de trabalho,
6.
gerando, inclusive, estresse no trabalhador.
A organização também permite liberar uma área
.15
A reunião é o ato e o resultado de reunir (agru-
par, aglutinar ou acumular). Seu conceito habitual
20
física no local, almoxarifado, armários, mesas, etc.
Dentre as principais contribuições que podemos asso- está associado a um grupo de pessoas que se juntam,
-4
z otimização do tempo ou horas trabalhadas; debater e discutir assuntos relativos a um tema cen-
O
z focar na necessidade de espaços e controles neces- tral escolhido. Seu objetivo é definido de acordo com
de
sários dos trabalhadores; o que se espera e pode variar de acordo com as carac-
os
NOÇÕES DE ADMINISTRAÇÃO
16 Aspec Informática. Como a organização do ambiente de trabalho torna o meu dia mais produtivo? Disponível em: https://www.aspec.com.
br/blog/como-a-organizacao-do-ambiente-de-trabalho-torna-o-meu-dia-mais-produtivo/#:~:text=Organize%20seu%20material%20de%20
trabalho,que%20voc%C3%AA%20realmente%20n%C3%A3o%20utiliza. Acesso em: 15 dez. 2022.
17 OnSafety. Organização No Ambiente De Trabalho E Sua Importância. Disponível em: https://onsafety.com.br/a-organizacao-no-ambiente-
-de-trabalho-e-sua-importancia/. Acesso em: 15 dez. 2022 183
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título, a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.
A reunião pode ser de acompanhamento, de ava- Ter um local adequado para realizar a reunião é
liação, informativa, deliberativa, de criação e de trei- essencial para o sucesso da mesma. O ideal é que seja
namento. Vejamos. uma sala preparada para esse tipo de evento.
Uma sala de reunião adequada precisa ser isolada
z De Acompanhamento: têm a finalidade de acom- dos locais com grande circulação de pessoas, evitan-
panhar o desempenho de novos colaboradores do, assim, atrapalhar não somente o andamento da
ou de determinada atividade que se encontra em reunião como também a rotina de trabalho das pes-
desenvolvimento; soas que não estão participando do encontro, mas cir-
z De Avaliação: têm a finalidade avaliar o trabalho culam pelas proximidades.
dos colaboradores com intuito de fornecimento de Materiais de leitura prévia contendo informações
feedback, de modo que sejam identificados pontos para fomentar as discussões, quando necessário,
positivos a serem repetidos e negativos a serem devem ser distribuídos com antecedência para que
evitados, visando a melhoria contínua; os participantes tenham tempo de ler antes da reu-
z Informativas: têm a finalidade comunicar deci- nião. Sempre que possível, documentos desta nature-
sões tomadas, fatos/eventos ocorridos e receber za devem ser enviados via e-mail ou disponibilizados
informações dos colaboradores; aos interessados na intranet empresarial. Materiais
z Deliberativas: visam uma tomada de decisão e impressos, distribuídos durante a reunião, podem ser
têm a finalidade de apresentar um determinado utilizados em casos de apresentar esquemas, tabelas
assunto, que requer um tomada de decisão, com e gráficos, pois, ao contrário de um texto, eles não
objetivo de se obter sugestões de diferentes pontos dependem de muito tempo para serem analisados19.
de vistas e uma solução consensual;
z De Criação: é um tipo de reunião mais informal,
onde os participantes são estimulados a pensar em
conjunto e lançam ideias abertamente sobre um HORA DE PRATICAR!
determinado tema. Geralmente, são utilizadas as
técnicas de brainstorming para se descobrir novas 1. (VUNESP — 2020) Para que exista a economia de
estratégias de trabalho; suprimentos no setor público, é preciso gerir correta-
z De Treinamento: têm a finalidade de orientar e mente os recursos, assim como realizar bem a gestão
treinar colaboradores a respeito de comportamen- logística. Nesse sentido, deve-se atuar na gestão de
to, funcionamento, produto/serviço oferecido e
processos da empresa18. a) licitações, contratos, de compra e venda e avaliação
360º.
60
A organização de uma reunião requisita um plane- b) bens e serviços, de preços e cotações, plataforma e
8-
jamento detalhado, de modo que sejam feitas previsões IoT.
48
na tomada de ações antes, durante e após a reunião. Os c) orçamento, compra e venda, de estoques e inovação
6.
principais responsáveis pelo sucesso de uma reunião tecnológica.
são o planejamento e coordenação da mesma.
15
d) compra, estoque, contratos, plataforma e inovação
.
20
tomar alguma decisão. Porém, quando mal planeja- e) estoques, de bens e serviços, contratos e fornecedores.
das ou conduzidas, consomem tempo dos participan-
ra
tes sem trazer resultados proveitosos. 2. (VUNESP — 2019) No controle de saída, que repre-
ei
liv
Acerca da convocação de pessoas para a realização senta a entrega de materiais do estoque, o almoxarife
de uma reunião, é necessário ter em mente alguns cui-
O
se prepararem para o encontro, ou não se lembrarem. a) realização do pedido de compra e consequente devo-
am
Informações da agenda e pauta devem ser divul- c) realização do pedido de compra e registro da sua
er
data e à hora da reunião, ao tempo de duração, ao d) cotação com 3 fornecedores e consulta da relação de
ui
pauta refere-se aos tópicos que serão abordados, com e) realização da baixa dos materiais no sistema confor-
os respectivos tempos para discussão, participação me requisição.
esperada e objetivo. Além destas informações, podem
ser solicitados dados, documentos e fontes de consul- 3. (VUNESP — 2020) Grandes caixas, normalmente de
ta que podem ser levados ao encontro. Embora, atual- metal, que são utilizadas para o acondicionamento
mente, seja difundido o meio eletrônico para realizar de diversos produtos que serão enviados a um mes-
a convocação, o convite realizado pessoalmente torna mo destino, amplamente utilizadas nos portos e que
a presença do convidado valorizada, demonstrando quando chegam ao destino, são esvaziadas e reutili-
importância da sua participação na reunião. zadas para novas cargas, são denominadas:
18 MARCONDES, J. S. Reunião Empresarial/Corporativa – O que é? Importância e Tipos Reuniões. Disponível em: https://
gestaodesegurancaprivada.com.br/reuniao-corporativa-o-que-e-tipos/#:~:text=Quais%20os%20Tipos%20de%20Reuni%C3%B5es,que%20
se%20encontra%20em%20desenvolvimento. Acesso em: 20 dez. 2022.
19 MARCONDES, J. S. Organização da Reunião – Como Organizar uma Reunião de Trabalho. Disponível em: https://gestaodesegurancaprivada.
184 com.br/organizacao-da-reuniao-trabalho/ Acesso em: 19 dez. 2022
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título, a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.
a) cargas pré-lingadas. 9. (VUNESP — 2020) A evolução do conceito de qualidade
b) contêineres. ao longo do tempo mudou não apenas a visão sobre o
c) tipo especial de unitização. desempenho organizacional, mas também as metodolo-
d) pallet de 4 entradas. gias aplicadas para o alcance desses resultados.
e) cargas paletizadas. Considerando as metodologias relacionadas a Admi-
nistração Científica, TQM (Total Quality Management)
4. (VUNESP — 2022) Assinale a alternativa que permite e Seis Sigma, assinale a alternativa que apresenta à
a adequada relação: “O Almoxarifado é o local desti- qual finalidade estão relacionadas, respectivamente.
nado à (ao) 1 e conservação de 2, em recinto coberto
ou não, adequado à sua 3, tendo a função de destinar a) Eficiência, eficácia e efetividade.
4 onde permanecerá cada item aguardando a neces- b) Eficiência, efetividade e eficácia.
sidade do seu uso, ficando sua(s) 5 e disposição c) Eficácia, eficiência e efetividade.
interna acondicionados à política geral de estoques.” d) Efetividade, eficiência e eficácia.
e) Eficácia, efetividade e eficiência.
a) 1 – guarda; 2 – materiais; 3 – natureza; 4 – espaços;
e 5 – localização. 10. (VUNESP — 2021) O controle do tipo estratégico é
b) 1 – manutenção; 2 – utensílios; 3 – vocação; 4 – tem- aquele que, além de monitorar e avaliar o desempe-
po; e 5 – função. nho da organização para atingir seus objetivos,
c) 1 – processamento; 2 – produtos em elaboração; 3 –
constituição; 4 – recursos; e 5 – atividades. a) focaliza suas áreas do ponto de vista operacional.
d) 1 – avaliação; 2 – produtos em trânsito; 3 – estrutura; b) investe tempo em monitorar o uso interno dos recursos.
4 – contagem; e 5 – política. c) preocupa-se essencialmente com o índice de produti-
e) 1 – elaboração; 2 – produtos elaborados; 3 – compo- vidade dos recursos humanos.
sição química; 4 – recursos; e 5 – norma. d) monitora, também, os fatores externos que impactam
a organização.
5. (VUNESP — 2021) À ordenação contínua de autorida- e) controla o fluxo operacional de entradas e saídas da
des que estabelece os níveis de poder e importância, organização.
de forma que a posição inferior é sempre subordinada
às posições superiores dá- se o nome de 11. (VUNESP — 2020) Na função controle, os balizamen-
tos que proporcionam meios para se determinar o
que se deverá fazer e qual o desempenho a ser aceito
a) aristocracia.
como normal ou desejável se dá por meio
b) autarquia.
60
c) cronologia.
a) do estabelecimento de critérios.
d) oligarquia.
8-
b) da ação coercitiva.
48
e) hierarquia.
c) da ação corretiva.
6.
d) da abrangência do controle.
6. (VUNESP — 2021) Os administradores das rotinas e)
15
do monitoramento dos indicadores de precisão.
.
administrativas devem desempenhar funções que
20
b) Idealizar, treinar, orientar e vivenciar as rotinas. b) uma condição em que a quantidade de informação
O
cas juntamente com a avaliação de cenários futuros e) a mídia através da qual a mensagem viaja.
e
NOÇÕES DE ADMINISTRAÇÃO
60
ou instituição. gridade e existência.
8-
d) consumidores frequentes da empresa ou da instituição.
48
e) visitantes assíduos da empresa ou da instituição. 20. (VUNESP — 2020) O nome dado ao conjunto de pro-
6.
cedimentos para criação e manutenção de ambiente
17. (VUNESP — 2022) Em gestão de documento, o des-
.15
de armazenamento propício à preservação, compreen-
20
pedido do interessado.
c) ato pelo qual a autoridade competente libera à con- c) controle biológico.
os
5 E
a) indicador colocado no lugar de uma unidade de arqui-
vamento ou peça (item) documental para assinalar 6 D
sua remoção temporária.
b) cartão resistente, do tamanho das pastas ou das 7 C
fichas, cuja finalidade é facilitar a busca dos docu-
8 A
mentos e o seu rearquivamento.
c) cartão resistente, do tamanho das pastas ou das 9 A
fichas, cuja finalidade é o controle de entrada de
documentos em setores de arquivos permanentes. 10 D
186
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título, a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.
11 A
12 C
13 A
14 B
15 D
16 B
17 A
18 A
19 C
20 E
ANOTAÇÕES
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8-
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6.
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NOÇÕES DE ADMINISTRAÇÃO
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ANOTAÇÕES
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de um pressuposto lógico e racional que justifique
a desequiparação efetuada, como a existência de
assentos reservados para gestantes, idosos e pes-
soas com deficiência nos transportes coletivos.
60
nada mais é que tratar igualmente os iguais, com os
O caput do art. 5º traz os cinco pilares dos direitos
8-
mesmos direitos e obrigações, e desigualmente os
individuais e coletivos, quais sejam: vida, liberdade,
48
desiguais, na medida de sua desigualdade.
igualdade, segurança e propriedade. Deles decor-
6.
rem todos os demais direitos estruturados nos seus 15
Art. 5º [...]
incisos, como, por exemplo, do direito à vida, decor-
.
II - ninguém será obrigado a fazer ou deixar de
20
A CF, de 1988, adota o critério quantitativo para que somente a lei pode obrigar alguém a fazer ou
os
definir os titulares dos direitos fundamentais, ou seja, deixar de fazer algo. Assim sendo, somente a lei pode
am
a população brasileira — todos aqueles que residem limitar a vontade do indivíduo e obrigá-lo a fazer ou
em território brasileiro. não fazer algo, como, por exemplo, o uso obrigatório
R
ou da igualdade (“todos são iguais perante a lei, sem Ressalta-se que o princípio da legalidade possui
er
distinção de qualquer natureza”). Tal princípio tem, duas facetas, sendo uma delas destinada aos parti-
lh
como fundamento, o fato de que todos nascem e vivem culares e a outra destinada à Administração. A lega-
ui
com os mesmos direitos e obrigações perante o Estado lidade aplicada ao particular difere-se da legalidade
G
brasileiro. São destinatários do princípio da igualdade aplicada à Administração, tendo em vista que ao par-
tanto o legislador como os aplicadores da lei. ticular tudo pode se não proibido por lei. Já em rela-
ção à Administração, seus atos são engessados, sendo
z Igualdade na lei: direcionado ao legislador, de modo assim, somente pode praticar atos dispostos em lei.
a vedar a elaboração de dispositivos que estabeleçam
desigualdades ou privilégio entre as pessoas; Art. 5º [...]
z Igualdade perante a lei: direcionado aos aplica- III - ninguém será submetido a tortura nem a tra-
dores da lei, uma vez que não é possível utilizar tamento desumano ou degradante;
critérios discriminatórios na aplicação da norma,
salvo nos casos em que a própria norma consti- O inciso III decorre do direito à vida, por decor-
tucional estabelece a aplicação desigual. Como rer da violação à integridade humana, tanto física
exemplo, podem-se citar o caso da exclusão de como psicológica. Torturar1 é causar ao indivíduo
mulheres e eclesiásticos do serviço militar obriga- sofrimento físico ou mental como forma de intimida-
tório em tempo de paz, ou os casos de existência ção ou castigo. É, também, utilizar-se de métodos como
1 Conceito em conformidade com o art. 2º, da Convenção Interamericana para Prevenir e Punir a Tortura. 189
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título, a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.
forma de anular a personalidade ou diminuir a capa-
cidade física ou metal, mesmo que sem dor. Assim, a Importante!
CF, de 1988, veda tanto a tortura como qualquer tipo O inciso V prevê a indenização por dano mate-
de tratamento desumano ou degradante. Temos como rial, moral ou à imagem. De acordo com a Súmu-
exemplo prático de tal inciso a Súmula Vinculante nº la nº 37, do Superior Tribunal de Justiça2, esses
11, a qual dispõe sobre o uso de algemas, que, se for de danos são acumuláveis.
forma arbitrária, pode acarretar em tratamento desu-
mano ou degradante.
Art. 5º [...]
Súmula Vinculante nº 11 Só é lícito o uso de alge- VI - é inviolável a liberdade de consciência e de
mas em casos de resistência e de fundado receio de crença, sendo assegurado o livre exercício dos
fuga ou de perigo à integridade física própria ou cultos religiosos e garantida, na forma da lei, a
alheia, por parte do preso ou de terceiros, justifi- proteção aos locais de culto e a suas liturgias;
cada a excepcionalidade por escrito, sob pena de
responsabilidade disciplinar, civil e penal do agente A liberdade de consciência abrange a liberdade
ou da autoridade e de nulidade da prisão ou do ato de consciência em sentido estrito, ou seja, a liber-
processual a que se refere, sem prejuízo da respon- dade de pensamento de foro íntimo em questões não
sabilidade civil do Estado. religiosas, tais como convicções de ordem ideológica
ou filosófica. Abrange, ainda, a liberdade de crença,
Art. 5º [...] isto é, a liberdade de pensamento de foro íntimo em
IV - é livre a manifestação do pensamento, sendo questões de natureza religiosa. Com relação à religião,
vedado o anonimato; o inciso VI assegura tanto a liberdade de crença (foro
íntimo), ou seja, de ter uma religião, como a liberdade
Todas as pessoas possuem direito atinentes à de expressão, isto é, de culto. Além disso, estabelece
liberdade de foro íntimo, ou seja, de ter convicções a liberdade religiosa, ou seja, de mudar de crença ou
religiosas, filosóficas, políticas, entre outras, possuin- religião e de manifestação.
do, portanto, o direito de pensar. Além disso, possuem
direito de expressar livremente esses pensamentos. Art. 5º [...]
VII - é assegurada, nos termos da lei, a prestação
Assim, o direito à expressão do pensamento, que
de assistência religiosa nas entidades civis e
decorre do direito à liberdade de expressão (sendo militares de internação coletiva;
este fundamento do Estado Democrático de Direito),
60
está disciplinado no inciso IV. O inciso VII é decorrência do direito à liberdade de
8-
O pensamento em si é absolutamente livre, por ser crença e culto, de modo a garantir aos internados em
48
uma questão de foro íntimo. O indivíduo pode pen- estabelecimentos prisionais e de saúde o acesso à assis-
6.
sar em que quiser, sem que o Estado possa interferir. tência espiritual e religiosa; contudo, lembre-se de que
No entanto, quando este pensamento é exteriorizado,
15
essa admissão não influi no fato de o Estado ser laico.
.
20
do anonimato, por exemplo. Portanto, ao mesmo tem- vo de crença religiosa ou de convicção filosófi-
ei
liv
po que a Constituição assegura a liberdade de mani- ca ou política, salvo se as invocar para eximir-se
de obrigação legal a todos imposta e recusar-se
O
também, às denúncias. Segundo o STF, é vedado o O inciso VIII traz a chamada escusa de consciência
am
recebimento de denúncias anônimas, contudo, isso ou objeção de consciência. Trata-se do direito de não
cumprir um serviço obrigatório por razões relacionadas
R
Art. 5º [...]
questão religiosa, seja contrária ao serviço militar poderá
ui
60
(imagem-atributo). em casa, como, por exemplo, as cartas, as contas,
8-
os comunicados e avisos comerciais;
48
Art. 5º [...] z A comunicação telegráfica: comunicados mais
6.
XI - a casa é asilo inviolável do indivíduo, ninguém rápidos, que podem ser enviados tanto na forma
nela podendo penetrar sem consentimento do
.15
escrita como pela internet, tais como o telegrama;
20
morador, salvo em caso de flagrante delito ou z A comunicação de dados: comunicação feita por
-4
desastre, ou para prestar socorro, ou, durante meio de rede de computadores, como, por exem-
o dia, por determinação judicial; plo, a compra de produtos online ou homebank;
ra
A inviolabilidade do domicílio está prevista no inci- recebidas por meio de telefone fixo ou móvel.
liv
sitivo traz a regra de que a casa é inviolável e o ingresso Embora não conste do inciso, o sigilo foi estendi-
de
nela deve ser feito com o consentimento do morador. do aos dados telemáticos por meio da Lei nº 9.296,
os
Considera-se casa o lugar, não aberto ao público, em que de 1996. Assim, estão protegidas as mensagens troca-
am
uma pessoa vive ou trabalha. Trata-se, portanto, de um das por meio de Skype, e-mail, WhatsApp, Messenger,
conceito amplo, o qual se refere ao lugar reservado à inti- entre outros.
R
O conceito jurídico de casa está previsto nos §§ 4º e respondência e de comunicação telegráfica são cri-
er
5º, do art. 150, do Código Penal. Vejamos: mes previstos no art. 151, do Código Penal, e na Lei nº
lh
Art. 150 (Código Penal) [...] Cabe consignar, ainda, que a quebra das comuni-
G
60
sigilo da fonte quando necessário ao exercício profis-
sional. Deste modo, por exemplo, nenhum jornalista
8-
Art. 5º [...]
48
poderá ser obrigado a revelar o nome de seu infor-
XVIII - a criação de associações e, na forma da lei,
6.
mante ou a fonte de suas informações. Além disso, seu
silêncio não poderá sofrer qualquer sanção. a de cooperativas independem de autorização,
15
sendo vedada a interferência estatal em seu
.
20
funcionamento;
Art. 5º [...]
-4
termos da lei, nele entrar, permanecer ou dele sair Trata-se da possibilidade de criação de sindicatos sem
liv
60
XXV - no caso de iminente perigo público, a auto-
alheio (dos associados). ridade competente poderá usar de propriedade
8-
48
particular, assegurada ao proprietário indeniza-
Art. 5º [...] ção ulterior, se houver dano;
6.
XXII - é garantido o direito de propriedade; .15
A requisição temporária da propriedade está
20
do no inciso XXII, do art. 5º. Tratam-se dos direitos de o Poder Público, em momentos de calamidade (já
ra
De acordo com o art. 1.228, do Código Civil, o direito bem particular, para assegurar a preservação de direi-
liv
de propriedade consiste na faculdade de usar, gozar e dis- tos mais importantes que a propriedade, tais como a
O
por da coisa, assim como o direito de reavê-la do poder vida e a integridade das pessoas. Por exemplo, no caso
de
de quem quer que, injustamente, a possua ou a detenha. de uma enchente em um determinado local, o Poder
os
Observa-se, no entanto, que, em termos constitu- Público fazer de um imóvel privado, próximo ao local,
cionais, o direito de propriedade é mais amplo que no um hospital de atendimento às vítimas.
am
direito civil, por abranger qualquer direito de conteú- A requisição temporária é uma exceção ao princí-
R
do patrimonial ou econômico, ou seja, tudo aquilo que pio da indenização prévia, uma vez que o pagamento
e
possa ser convertido em dinheiro, alcançando crédi- está condicionado à existência de danos.
er
Art. 5º [...]
ui
XXIII - a propriedade atenderá a sua função nida em lei, desde que trabalhada pela família,
social; não será objeto de penhora para pagamento de
débitos decorrentes de sua atividade produtiva,
O inciso XXIII traz um limite ao direito de pro- dispondo a lei sobre os meios de financiar o seu
priedade. Assim, a utilização de um bem deve ser fei- desenvolvimento;
ta de acordo com a conveniência social da utilização
da coisa, ou seja, atendendo a sua função social. Por- O inciso XXVI disciplina a impenhorabilidade
tanto, o direito do dono deve ajustar-se aos interesses da pequena propriedade rural, por ser esta consi-
da sociedade. derada bem de família e, portanto, insuscetível de
penhora, de modo a ficar a salvo de execuções por
Art. 5º [...] dívidas decorrentes da atividade produtiva. Além
XXIV - a lei estabelecerá o procedimento para disso, a CF, de 1988, estabelece que esta deverá rece-
desapropriação por necessidade ou utilidade ber os recursos previstos em lei que financiem o seu
pública, ou por interesse social, mediante justa desenvolvimento.
e prévia indenização em dinheiro, ressalvados Embora o dispositivo não conceitue pequena pro-
os casos previstos nesta Constituição; priedade rural, o entendimento mais amplo é de que 193
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título, a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.
esta possui área entre 1 (um) e 4 (quatro) módulos fis- Art. 5º [...]
cais, na qual a família trabalha, consistindo, pois, na XXX - é garantido o direito de herança;
sua única fonte de sobrevivência.
O direito de herança, que decorre do direito à
Art. 5º [...] propriedade, está disciplinado no inciso XXX. Trata-
XXVII - aos autores pertence o direito exclusivo -se da modificação da titularidade do bem em decor-
de utilização, publicação ou reprodução de suas rência do falecimento (sucessão hereditária). Assim, o
obras, transmissível aos herdeiros pelo tempo patrimônio do de cujus transmite-se aos seus herdei-
que a lei fixar; ros, os quais se sub-rogam nas relações jurídicas do
falecido, tanto no ativo como no passivo, até os limites
O inciso XXVII disciplina o direito de proprieda- da herança.
de intelectual, ou seja, a proteção legal e o reconheci-
mento de autoria em produções. Existem três tipos de
propriedade intelectual, quais sejam: Importante!
z Propriedade industrial: criações que movimentam O direito de sucessão está regulado no Código
o mercado e são empregadas para manter a competi- Civil.
tividade. Seu foco é voltado para a área empresarial.
São exemplos: as patentes, marcas, desenhos, indica-
ções geográficas, entre outros; Art. 5º [...]
z Direitos autorais: criações artísticas, culturais e XXXI - a sucessão de bens de estrangeiros situa-
científicas, como, por exemplo, as obras intelectuais, dos no País será regulada pela lei brasileira em
literárias e artísticas; benefício do cônjuge ou dos filhos brasileiros, sem-
z Proteção sui generis: são as criações híbridas, isto é, pre que não lhes seja mais favorável a lei pes-
aquelas que se encontram em um estado intermediá- soal do de cujus;
rio entre a propriedade industrial e os direitos auto-
rais. Exemplos: a topografia dos circuitos integrados Ainda com relação ao direito de herança, o inci-
(mask works), a proteção de Cultivares (obtenções so XXXI estabelece a lei que deverá ser aplicada caso a
vegetais ou variedades vegetais) e conhecimentos sucessão envolva bens de estrangeiros situados no Brasil.
tradicionais associados aos recursos genéticos. Assim, a regra é que se aplica a lei brasileira sempre que
esta beneficiar cônjuge ou filho brasileiro. No entanto,
Neste sentido, a CF, de 1988, garante aos autores o caso a lei estrangeira (lei do país do de cujus) seja mais
60
direito exclusivo de utilização, publicação ou repro- benéfica a estas pessoas, ela é que será aplicada.
8-
dução de suas obras, sendo esse direito transmitido
48
aos herdeiros do autor (direitos sucessórios) pelo tem- Art. 5º [...]
6.
po que a lei fixar. XXXII - o Estado promoverá, na forma da lei, a
15
defesa do consumidor;
.
20
Art. 5º [...]
XXVIII - são assegurados, nos termos da lei: O inciso XXXII traz a proteção ao consumidor
-4
obras coletivas e à reprodução da imagem e voz vos. Como consequência, a defesa do consumidor será
ei
humanas, inclusive nas atividades desportivas; promovida por meio do Estado. Vale lembrar que é
liv
econômico das obras que criarem ou de que parti- da como Código de Defesa do Consumidor (CDC), que
de
ciparem aos criadores, aos intérpretes e às respecti- estabelece as regras de proteção ao consumidor.
vas representações sindicais e associativas;
os
am
Art. 5º [...]
O inciso XXVIII também protege a propriedade XXXIII - todos têm direito a receber dos órgãos
R
intelectual. Deste modo, o dispositivo assegura a públicos informações de seu interesse particu-
e
de obra coletiva, além de proteger a reprodução da prestadas no prazo da lei, sob pena de responsa-
lh
imagem e voz humanas. Ainda, assegura o direito de bilidade, ressalvadas aquelas cujo sigilo seja
ui
60
— Mandado de Segurança —, pois as bancas cos-
cussão da decisão de mérito. Exemplo: uma ação de
8-
tumam tentar confundir o candidato, dizendo que paternidade foi julgada procedente após o supos-
48
o remédio constitucional cabível é o habeas data. to pai ter se recusado a realizar o exame de DNA.
6.
Assim, não é possível que, tempos depois, o suposto
15
pai resolva fazer o exame para se eximir da paterni-
.
Art. 5º [...]
20
XXXV - a lei não excluirá da apreciação do Poder dade, pois a decisão não pode ser mais modificada.
-4
ou do controle do Poder Judiciário está disciplina- cesso — e coisa julgada formal — quando impede a
O
O inciso XXXVI é, também, um desdobramento do dos crimes ou pessoas (nos casos concretos).
G
direito à segurança. Trata-se da garantia constitucio- Atenção! Tribunal de exceção não se confunde
nal de que as novas leis não retirem das pessoas os com Justiças especializadas e foro privilegiado.
direitos que elas adquiriram por meio de lei antiga, de
modo que as situações disciplinadas por uma norma Art. 5º [...]
devem continuar protegidas por esta mesmo depois de XXXVIII - é reconhecida a instituição do júri, com a
sua revogação ou substituição por outra em três casos3: organização que lhe der a lei, assegurados:
a) a plenitude de defesa;
b) o sigilo das votações;
z Direito Adquirido: é o direito assegurado à pessoa
c) a soberania dos veredictos;
quando esta cumpriu todos os requisitos para a sua d) a competência para o julgamento dos crimes
concessão pela norma anterior antes de ocorrer a dolosos contra a vida;
alteração legal. Exemplo: uma pessoa completou o
3 Em conformidade com o art. 6º, do Decreto Lei nº 4.657, de 1942 (Lei de Introdução às Normas de Direito Brasileiro). Veja: “A Lei em vigor terá
efeito imediato e geral, respeitados o ato jurídico perfeito, o direito adquirido e a coisa julgada. § 1º Reputa-se ato jurídico perfeito o já consu-
mado segundo a lei vigente ao tempo em que se efetuou. § 2º Consideram-se adquiridos assim os direitos que o seu titular, ou alguém por ale,
possa exercer, como aqueles cujo começo do exercício tenha termo pré-fixo, ou condição pré-estabelecida inalterável, a arbítrio de outrem. § 3º
Chama-se coisa julgada ou caso julgado a decisão judicial de que já não caiba recurso”. 195
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título, a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.
Outro desdobramento do direito à segurança é a criminalizar a conduta de racismo. Além disso, esta-
garantia do julgamento pelo Tribunal do Júri em belece a não concessão de fiança ao racismo (inafian-
crimes dolosos contra a vida, ou seja, homicídio (art. çável) e, ainda, que o ato pode ser julgado a qualquer
121, CP), induzimento, instigação ou auxílio a suicídio tempo, independentemente da data em que foi come-
ou à automutilação (art. 122, CP), infanticídio (art. 123, tido, pois não se sujeita ao decurso do tempo (impres-
CP) e aborto (arts. 124 a 128, CP); contudo, salienta-se critível). Vale lembrar, aqui, que a Lei nº 7.716, de
que lei ordinária poderá ampliar a competência do 1989, é a Lei do Racismo, e a Lei nº 12.288, de 2010,
Tribunal do Júri, não havendo qualquer ofensa quan- estabelece o Estatuto da Igualdade Racial.
to ao disposto na CF.
Trata-se de direito do indivíduo de ser julgado por XLIII - a lei considerará crimes inafiançáveis e
seus pares e, não, por um juízo de critério eminente- insuscetíveis de graça ou anistia a prática da
mente técnico. tortura, o tráfico ilícito de entorpecentes e
drogas afins, o terrorismo e os definidos como
Súmula Vinculante nº 45 A competência consti- crimes hediondos, por eles respondendo os man-
tucional do Tribunal do Júri prevalece sobre o foro dantes, os executores e os que, podendo evitá-los,
por prerrogativa de função estabelecido exclusiva- se omitirem;
mente pela Constituição Estadual.
O inciso XLIII estabelece os crimes em que não
Art. 5º [...] cabe fiança nem perdão, ou seja, graça, indulto e
XXXIX - não há crime sem lei anterior que o defi- anistia. Embora o dispositivo não mencione o indulto,
na, nem pena sem prévia cominação legal; ele também não é cabível nos crimes elencados.
60
concedidas pelo Presidente da República, de modo
ficiar o réu;
8-
a extinguir a punibilidade do agente. Enquanto, na
48
graça, o perdão é concedido de forma individual por
O princípio da irretroatividade da lei penal
6.
meio de decreto e mediante provocação do interes-
mais gravosa está disciplinado no inciso XL. Em ter- 15
sado, no indulto, o perdão é coletivo e concedido por
mos de direito penal, a regra é a lei do tempo do cri-
.
decreto, o qual não possui destinatário certo e inde-
20
me, ou seja, será aplicada a lei do tempo da ação ou pende de provocação. O indulto pode ser total ou par-
-4
caso esta seja mais benéfica ao réu. Exemplo: nova lei Já a anistia é o perdão concedido pelo Congresso
ei
deixa de considerar o fato como crime ou diminui a Nacional, por meio de lei, aos crimes e atos adminis-
liv
A retroatividade da lei penal mais benéfica é abso- condenação e extingue-se totalmente a punibilidade.
de
luta, isto é, ela desconstituirá, inclusive, condenações Cabe destacar que a anistia pode ser concedida pelas
já transitadas em julgado. Exemplo: sujeito que cum-
os
criminis) será colocado em liberdade. É importante mencionar que esses crimes são
e
m
Art. 5º [...]
sória. Ainda, a Lei nº 9.455, de 1997, trata dos crimes
lh
60
refere-se apenas à esfera penal, ou seja, a obrigação -se da exigência de que o cumprimento da pena seja
8-
civil de reparar os danos pode ser estendida aos seus feito de acordo com a natureza do crime, a idade e
48
sucessores até o limite do valor do patrimônio trans- o sexo do apenado. É por essa razão que os adoles-
6.
ferido (herança). centes ficam em estabelecimentos distintos dos adul-
Atenção! Multa é uma espécie de pena (art. 32, CP)
.15
tos, assim como as mulheres permanecem em local
20
e, portanto, não pode ser imposta aos herdeiros. diverso dos homens. Esse dispositivo decorre tanto do
direito à segurança como do direito à vida.
-4
Art. 5º [...]
ra
e adotará, entre outras, as seguintes: XLIX - é assegurado aos presos o respeito à inte-
liv
b) perda de bens;
de
4 Art. 15 (CPM) O tempo de guerra, para os efeitos da aplicação da lei penal militar, começa com a declaração ou o reconhecimento do estado
de guerra, ou com o decreto de mobilização se nele estiver compreendido aquele reconhecimento; e termina quando ordenada a cessação das
hostilidades.
5 Art. 355 Tomar o nacional armas contra o Brasil ou Estado aliado, ou prestar serviço nas forças armadas de nação em guerra contra o Brasil:
Pena - morte, grau máximo; reclusão, de vinte anos, grau mínimo. 197
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título, a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.
(Lei de Execução Penal), estabelece que a penitenciá- O princípio do devido processo legal está disci-
ria de mulheres terá uma seção para gestantes e par- plinado no inciso LIV. Trata-se do desdobramento do
turientes e uma creche para abrigar crianças entre 6 direito à segurança, de modo a garantir que os indi-
(seis) meses e 7 (sete) anos. víduos não sejam presos nem percam seus bens por
atuação arbitrária do poder do Estado. Assim sendo,
Art. 5º [...] deverá existir um processo com todas as etapas pre-
LI - nenhum brasileiro será extraditado, sal- vistas em lei e com todas as garantias constitucionais.
vo o naturalizado, em caso de crime comum, Se tais regras não forem observadas, o processo é pas-
praticado antes da naturalização, ou de com- sível de nulidade.
provado envolvimento em tráfico ilícito de
entorpecentes e drogas afins, na forma da lei; Art. 5º [...]
LV - aos litigantes, em processo judicial ou admi-
A proibição de extradição de brasileiro encon- nistrativo, e aos acusados em geral são assegu-
tra-se disciplinada no inciso LI. Extradição é uma rados o contraditório e ampla defesa, com os
medida de cooperação internacional em que um Esta- meios e recursos a ela inerentes;
do entrega a outro Estado, a pedido deste, indivíduo
que deva responder a processo penal ou cumprir O inciso LV traz o princípio do contraditório e da
pena. De acordo com a Norma Constitucional, o Brasil ampla defesa. Tal princípio objetiva garantir a igual-
não entrega brasileiro para responder processo penal dade das partes de uma relação processual, bem como
ou cumprir pena em outro país. a segurança processual. Assim sendo, a parte contrá-
É possível, no entanto, a entrega de brasileiro natu- ria necessita ser ouvida (audiatur et altera pars), pois
ralizado, ou seja, que tenha adquirido a nacionalidade não podem ser atribuídas a uma parte vantagens de
brasileira por outro motivo que não vinculado ao nasci- que a outra não disponha.
mento (filiação ou local do nascimento), desde que seja Como consequência, as partes têm acesso a tudo
por crime comum e que este tenha sido praticado antes que consta dos autos, como, por exemplo, todas as
de sua naturalização e, portanto, quando o agente tinha provas produzidas pela outra parte, podendo mani-
outra nacionalidade. Também é possível a extradição de festar-se ou não. Além disso, a defesa pode ser exerci-
brasileiro naturalizado por comprovado envolvimento da de forma ampla, como, por exemplo, é possível ao
em tráfico ilícito de entorpecentes e drogas afins, prati- indivíduo optar pela autodefesa (quando permitido)
cado antes ou depois da naturalização. ou pela defesa técnica. Assim, a ampla defesa garan-
te ao agente a possibilidade de se defender sem qual-
Art. 5º [...] quer impedimento aos seus direitos constitucionais.
60
LII - não será concedida extradição de estrangei- Ademais, destaca-se o conteúdo da Súmula Vincu-
8-
ro por crime político ou de opinião; lante nº 14, a qual dispõe sobre o acesso a procedi-
48
mento investigatório por defensor do investigado.
6.
No que se refere à extradição de estrangeiro, o 15
inciso LII veda a entrega por crime político ou de
.
Súmula Vinculante nº 14 É direito do defensor,
20
opinião. Considera-se um crime como político se ele no interesse do representado, ter acesso amplo aos
-4
envolver ações ou omissões que prejudicam os inte- elementos de prova que, já documentados em pro-
ra
resses do país, do governo ou do sistema político. cedimento investigatório realizado por órgão com
ei
O crime político pode ser de dois tipos: próprio e competência de polícia judiciária, digam respeito
liv
Já o crime político impróprio é aquele crime comum Observe que os documentos referentes às diligên-
quando conexo ao crime político, de modo a ter nature- cias em curso não são de apresentação obrigatória,
os
za comum, mas conotação político-ideológica, como, por tendo em vista a possibilidade de frustrá-las.
am
exemplo, a extorsão mediante sequestro para obter fun- Imagine, por exemplo, que em determinada inves-
R
dos para determinado grupo político. Ainda há o crime tigação tenha sido deferida, pelo Poder Judiciário, a
e
de opinião, que é aquele que se configura com o abuso interceptação telefônica de determinado investigado.
m
Art. 5º [...]
LIII - ninguém será processado nem sentencia- Art. 5º [...]
do senão pela autoridade competente; LVI - são inadmissíveis, no processo, as provas
obtidas por meios ilícitos;
O princípio do juiz natural ou do juiz competen-
te encontra-se disciplinado no inciso LIII. Trata-se da A proibição de prova ilícita encontra-se estabele-
garantia de que nenhuma pessoa será processada ou cida no inciso LVI. As provas obtidas de forma ilícita
julgada por uma autoridade especialmente designada são absolutamente nulas, não podendo gerar qual-
para o caso. Deste modo, as regras de competência quer efeito no convencimento do juiz.
devem estar restabelecidas no ordenamento jurídico,
de forma a assegurar que o julgamento seja realizado z Prova ilícita é aquela que viola direito material.
por um juiz independente e imparcial. Exemplos: confissão mediante tortura e intercep-
tação telefônica sem autorização judicial;
Art. 5º [...] z Prova ilegítima é aquela que viola direito proces-
LIV - ninguém será privado da liberdade ou de sual. Exemplo: confissão do acusado em juízo sem
198 seus bens sem o devido processo legal; a presença do advogado.
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título, a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.
O Supremo Tribunal Federal, adequadamente, da pública nos processos relativos aos delitos previs-
adotou, por maioria de votos, a denominada teoria tos na legislação especial, como, por exemplo, nas
fruits of poisonous tree (frutos da árvore envenenada). ações em que se apuram crimes eleitorais.
São nulas tanto as provas produzidas de forma ilícita
como também as derivadas (surgidas em decorrência Art. 5º [...]
da prova ilícita), ainda que obtidas de forma regular. LX - a lei só poderá restringir a publicidade dos
Há contaminação do vício original, com exclusão atos processuais quando a defesa da intimida-
da prova ilícita, bem como de suas derivações. de ou o interesse social o exigirem;
60
zado para se estabelecer a identidade de pessoas ou te militar, definidos em lei;
8-
coisas. Assim, se o indivíduo apresenta documento de
48
identidade civil válido e sem qualquer suspeita funda- Pelo inciso LXI, depreende-se que a liberdade é a
6.
da de falsidade, ele não poderá ser identificado crimi- regra e a prisão é a exceção. Por essa razão, o dispo-
nalmente, ou seja, por meio do processo datiloscópico.
15
sitivo fixa as hipóteses em que o indivíduo será preso.
.
20
O objetivo do dispositivo é evitar o constrangimento Assim, a CF, de 1988, protege os indivíduos da força do
-4
pessoal de pessoas já identificadas civilmente. Estado, uma vez que veda a prisão arbitrária ou abu-
Cumpre esclarecer que a Lei nº 12.037, de 2009,
ra
vem para a identificação civil. Ainda, a regra da não Trata-se de um dos desdobramentos do direito à segu-
identificação criminal não é absoluta e abarca exce-
O
O inciso LIX traz a possibilidade de ação penal priva- durante a fase de investigação, instrução e antes do
lh
da subsidiária à ação penal pública. Assim, nos casos julgamento definitivo, como a prisão em flagrante, a
ui
6 Art. 3º (Lei nº 12.037, de 2009) Embora apresentado documento de identificação, poderá ocorrer identificação criminal quando: I - o docu-
mento apresentar rasura ou tiver indício de falsificação; II - o documento apresentado for insuficiente para identificar cabalmente o indiciado;
III - o indiciado portar documentos de identidade distintos, com informações conflitantes entre si; IV - a identificação criminal for essencial às
investigações policiais, segundo despacho da autoridade judiciária competente, que decidirá de ofício ou mediante representação da autorida-
de policial, do Ministério Público ou da defesa; V - constar de registros policiais o uso de outros nomes ou diferentes qualificações; VI - o esta-
do de conservação ou a distância temporal ou da localidade da expedição do documento apresentado impossibilite a completa identificação dos
caracteres essenciais. Parágrafo único. As cópias dos documentos apresentados deverão ser juntadas aos autos do inquérito, ou outra forma
de investigação, ainda que consideradas insuficientes para identificar o indiciado.
7 Art. 302 (CPP) Considera-se em flagrante delito quem: I -está cometendo a infração penal; II - acaba de cometê-la; III - é perseguido, logo após,
pela autoridade, pelo ofendido ou por qualquer pessoa, em situação que faça presumir ser autor da infração; IV - é encontrado, logo depois, com
instrumentos, armas, objetos ou papéis que façam presumir ser ele autor da infração. 199
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ou se for determinado pelo juiz nos demais casos das Art. 5º [...]
prisões acautelatórias. LXV - a prisão ilegal será imediatamente relaxa-
Observa-se, ainda, que o inciso traz exceções, quais da pela autoridade judiciária;
sejam: transgressão militar ou crime propriamen-
te militar, definido em lei. Quanto às transgressões, O inciso LXV traz mais um dos desdobramentos
estas estão previstas nos regulamentos disciplinares, do direito à segurança ao prever o relaxamento da
tanto das Forças Armadas como das Forças Auxiliares. prisão ilegal. Assim, se o magistrado constatar que a
A elas é aplicado procedimento de apuração especí- prisão foi ilegal, ele deverá colocar o preso em liber-
fico, também garantindo o contraditório e a ampla dade de forma imediata e sem condições. Exemplo: o
defesa. Já os crimes militares encontram-se previstos indivíduo foi preso em flagrante, porém não se enqua-
no Código Penal Militar, porém esse diploma não defi- drava nas hipóteses de flagrância do art. 302, do CPP.
ne quais são os crimes propriamente militares. Relaxa-se prisão ilegal e revoga-se as demais pri-
sões cautelares, uma vez que estas necessitam de
Art. 5º [...] requisitos para serem decretadas e não estão estes
LXII - a prisão de qualquer pessoa e o local onde se presentes. O magistrado deve revogar a prisão ou
encontre serão comunicados imediatamente ao substituí-la por medidas cautelares diversas.
juiz competente e à família do preso ou à pessoa
por ele indicada; Art. 5º [...]
LXVI - ninguém será levado à prisão ou nela
Como a prisão em flagrante é a única modalida- mantido, quando a lei admitir a liberdade provi-
de de prisão acautelatória que não conta com ordem sória, com ou sem fiança;
judicial prévia, visto que é imposta no momento em
que a infração penal é praticada ou em momentos O inciso LXVI reforça que a regra é a liberdade e
após, faz-se necessária sua comunicação imediata ao sua supressão é apenas medida excepcional e somen-
juiz, para que este possa efetuar o controle de legali- te deve ser decretada nos casos em que a norma
dade da prisão. autorizar.
A CF, de 1988, não fixa o prazo da comunicação,
porém o art. 306, do Código de Processo Penal, estabe- Art. 5º [...]
LXVII - não haverá prisão civil por dívida, salvo
lece que a comunicação será imediata e os autos reme-
a do responsável pelo inadimplemento voluntário
tidos em até 24 (vinte e quatro) horas após a prisão.
e inescusável de obrigação alimentícia e a do
Além da comunicação ao juiz, a CF, de 1988, prevê a depositário infiel;
comunicação à família do preso ou pessoa por ele indi-
60
cada, com o escopo não só de dar notícia de seu para-
8-
O inciso LXVII trata da prisão civil por dívida.
deiro, como também de prestar-lhe a assistência devida.
48
Considera-se prisão civil a medida privativa da liber-
6.
dade que não possui caráter de pena e que tem como
Art. 5º [...] 15
finalidade compelir o devedor a satisfazer uma obri-
LXIII - o preso será informado de seus direitos,
.
20
gação. Atualmente, a única hipótese de prisão por
entre os quais o de permanecer calado, sendo-
-4
advogado;
Por se tratar de uma norma constitucional de efi-
ei
60
Além dos militares das Forças Armadas, essa disposição
ção jurídica básica, e direitos individuais homogêneos,
8-
é estendida aos membros das Polícias Militares e dos Cor-
assim entendidos como aqueles decorrentes de origem
48
pos de Bombeiros Militares (art. 42, CF, de 1988).
comum e de atividade ou situação específica da totalida-
6.
No entanto, é cabível o HC se a sanção militar tiver
sido aplicada de forma ilegal por autoridade incompe- de ou de parte dos associados ou membros do impetrante.
15
Trata-se de inovação da CF, de 1988, para a tutela de
.
tente ou em desacordo com as formalidades legais ou
20
além dos limites fixados em lei. direitos coletivos líquidos e certos, também não ampara-
-4
LXIX - conceder-se-á mandado de segurança para jurídica no exercício de atribuições do Poder Público.
liv
proteger direito líquido e certo, não amparado O MS coletivo segue as mesmas regras do individual.
O
responsável pela ilegalidade ou abuso de poder for Congresso Nacional (pelo menos, um deputado ou
autoridade pública ou agente de pessoa jurídi- senador do partido). Para associação, exige-se que ela
os
ca no exercício de atribuições do Poder Público; tenha sido constituída há, pelo menos, um ano.
am
R
mandado de segurança (MS). Se o HC tutela a liber- LXXI - conceder-se-á mandado de injunção sem-
NOÇÕES DE DIREITO CONSTITUCIONAL
m
dade de locomoção e o habeas data, o acesso e a retifi- pre que a falta de norma regulamentadora tor-
er
cação de dados, o MS é cabível para os demais direitos, ne inviável o exercício dos direitos e liberdades
lh
ui
sendo que seu objetivo e alcance é feito por exclusão. constitucionais e das prerrogativas inerentes à
G
Cabe destacar que a lei que disciplina o MS é a Lei nº nacionalidade, à soberania e à cidadania;
12.016, de 2009.
O MS é cabível quando houver direito líquido e O inciso LXXI traz o mandado de injunção (MI),
certo, ou seja, direito que pode ser comprovado de ação constitucional para a tutela dos direitos previs-
plano e que se apresenta de forma manifesta. Deste tos na CF, de 1988, inerentes à nacionalidade, à sobe-
modo, a prova deve ser toda pré-constituída, sendo rania e à cidadania, os quais não podem ser exercidos
que os documentos comprobatórios do direito devem em razão da falta de norma regulamentadora. Portan-
acompanhar a própria petição inicial, salvo se estes to, são pressupostos para o MI:
estiverem em repartição ou em poder de autoridade
que se recuse a fornecê-los por certidão. Consequen- z Existência de um direito constitucionalmente pre-
temente, no MS, não há fase instrutória visto com relação à nacionalidade, soberania e
O MS pode ser de duas espécies: cidadania;
z A não autoaplicabilidade desse direito;
z Mandado de segurança repressivo, cuja ordem z Falta de norma infraconstitucional regulamenta-
de segurança objetiva cessar constrangimento ile- dora que inviabilize o exercício do direito previsto
gal já existente; na CF, de 1988. 201
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Cabe lembrar que a lei que disciplina o MI é a Lei direito político. Ademais, quanto aos estrangeiros, é
nº 13.300, de 2016. possível o ajuizamento da ação popular pelo portu-
A omissão normativa decorrente da não elabora- guês em situação de equiparação com brasileiro.
ção de ato legislativo ou administrativo permite ao Em regra, a ação popular é gratuita. O motivo da
indivíduo, ao Ministério Público e à Defensoria públi- gratuidade é permitir o acesso ao Poder Judiciário de
ca ingressarem com o MI. todos os cidadãos para a defesa dos atos lesivos do
Atualmente, adota-se a Teoria Concretista, ou Poder Público. No entanto, o inciso LXXIII estabele-
seja, o magistrado resolve o caso concreto (sentença ce uma exceção: haverá custas e sucumbência caso
normativa) e não mais comunica o Poder Legislativo o autor ingresse com a ação com má-fé e esta seja
para suprir a omissão. comprovada.
Art. 5º [...]
LXXII - conceder-se-á habeas-data: Importante!
a) para assegurar o conhecimento de informa-
ções relativas à pessoa do impetrante, constan- A má-fé deve ser sempre provada, enquanto a
tes de registros ou bancos de dados de entidades boa-fé é sempre presumida.
governamentais ou de caráter público;
b) para a retificação de dados, quando não se
prefira fazê-lo por processo sigiloso, judicial ou Art. 5º [...]
administrativo; LXXIV - o Estado prestará assistência jurídica
integral e gratuita aos que comprovarem insufi-
O habeas data (HD) é o remédio constitucional ciência de recursos;
para a tutela do direito de informação e de intimida-
de do indivíduo, de modo a garantir ao impetrante O inciso LXXIV garante o acesso à Justiça a todas
o conhecimento de informações pessoais constantes as pessoas. Assim sendo, o Estado brasileiro deve-
de banco de dados de entidades governamentais ou rá prestar a assistência jurídica de forma integral e
abertas ao público, bem como o direito de retificação gratuita àqueles que comprovarem insuficiência de
dessas informações quando errôneas. recursos financeiros. Esse direito instrumentaliza-se
Cumpre salientar que a lei que disciplina o HD é por meio da Defensoria Pública ou por meio do convê-
a Lei nº 9.507, de 1997. Por essa lei, o HD também é nio com a Defensoria Pública/Ordem dos Advogados
cabível no que há registrado no inciso III, art. 7º. Veja: do Brasil através da nomeação de advogado dativo.
60
Art. 7° (Lei nº 9.507, de 1997) [...] Art. 5º [...]
8-
III - para a anotação nos assentamentos do interes- LXXV - o Estado indenizará o condenado por erro
48
sado, de contestação ou explicação sobre dado ver- judiciário, assim como o que ficar preso além do
6.
dadeiro mas justificável e que esteja sob pendência tempo fixado na sentença;
judicial ou amigável.
.15
O inciso LXXV visa evitar abusos por parte do
20
foram negadas pela Administração Pública (entidades Estado nos casos de erro do Poder Judiciário e prisão
ra
ou particular (pessoas jurídicas de direito privado) A responsabilidade civil do Estado será estudada
liv
as informações solicitadas digam respeito ao próprio LXXVI - são gratuitos para os reconhecidamente
pobres, na forma da lei:
am
LXXIII - qualquer cidadão é parte legítima para mento e óbito, a CF, de 1988, assegura que as pessoas
ui
propor ação popular que vise a anular ato lesi- possam ser registradas e possam usufruir dos direitos
G
60
para serem aplicados e exigidos, uma vez que não
nal de Haia, que é o órgão jurídico da Organização das
8-
dependem da existência de qualquer outra norma
Nações Unidas.
48
para produzir efeitos.
6.
Atenção! Não confundir aplicação imediata com a
aplicabilidade da norma constitucional (norma cons-
DOS DIREITOS SOCIAIS .15
20
tuição não excluem outros decorrentes do regime balhistas (art. 7º) e direitos sindicais (arts. 8º a 11).
liv
e dos princípios por ela adotados, ou dos tratados Vejamos cada um deles:
O
60
O inciso IV estabelece a existência de uma remu-
sua condição social neração mínima, justa e suficiente para assegurar ao
8-
48
trabalhador e a sua família uma vida digna. Assim, o
Observa-se que esse dispositivo trata tanto dos salário mínimo deve ter a capacidade de atender às
6.
trabalhadores urbanos como dos rurais e funda-se no 15
necessidades tanto do trabalhador como de sua famí-
princípio da igualdade. Por essa razão, a CF, de 1988, lia. Cumpre mencionar que o valor deve ser fixado
.
20
veda, por exemplo, a diferenciação de salários, o exer- em lei, ou seja, faz-se necessária a edição de lei para a
-4
cício de funções e critério de admissão que tenham fixação do valor do salário mínimo.
ra
como base a idade, o sexo ou o estado civil, entre Vale destacar que o STF entende não ser necessá-
ei
outros. Vejamos as proteções trazidas nele: rio que o percentual de reajuste seja fixado em lei (em
liv
I - relação de emprego protegida contra despedida tema, existem quatro Súmulas Vinculantes importan-
arbitrária ou sem justa causa, nos termos de lei tes, as quais é relevante conhecer:
os
satória, dentre outros direitos; Súmula Vinculante nº 4 Salvo nos casos previs-
R
condições necessárias para a realização do trabalho, gem de servidor público ou de empregado, nem ser
er
60
culada da remuneração, e, excepcionalmente,
de redução temporária do salário por, no máximo, 90
8-
participação na gestão da empresa, conforme defi-
(noventa) dias, sob o fundamento de que se trata de
48
nido em lei;
momento excepcional e que o acordo individual seria
6.
razoável por preservar o vínculo de emprego duran- 15
A participação nos lucros ou resultados, em
te o período, bem como que a atuação do sindicato
.
20
demandaria demora, gerando insegurança jurídica e caráter excepcional, na gestão da empresa encon-
-4
aumentando o risco de desemprego. tra-se prevista no inciso XI. Trata-se de um valor des-
vinculado da remuneração e definido em lei. Esse
ra
Art. 7º [...]
liv
VII - garantia de salário, nunca inferior ao mínimo, lamentado pela Lei nº 10.101, de 2000.
O
Art. 7º [...]
O inciso VII é um desdobramento do inciso IV ao XII - salário-família pago em razão do depen-
os
estabelecer que todo trabalhador tem o direito a rece- dente do trabalhador de baixa renda nos termos
am
Art. 7º [...]
Lei nº 8.213, de 1991, concedido aos trabalhadores que
lh
neração integral ou no valor da aposentadoria; possuem filhos ou equiparados de até 14 anos, ou com
G
60
Art. 7º [...]
XV - repouso semanal remunerado, preferencial- mulher. O dispositivo tem por objetivo proporcionar a
8-
mente aos domingos; efetiva igualdade entre homens e mulheres. Tais regras
48
foram introduzidas pela CLT e tratam de temas como a
6.
O inciso XV garante o descanso do trabalhador. 15
duração e condições de trabalho, a discriminação, o tra-
Trata-se do repouso semanal remunerado, também balho noturno, a proteção à maternidade, entre outros.
.
20
seu trabalho por 24 (vinte e quatro) horas, manten- XXI - aviso prévio proporcional ao tempo de
ei
do-se a remuneração respectiva. Para o descanso e serviço, sendo no mínimo de trinta dias, nos ter-
liv
Art. 7º [...]
XVI - remuneração do serviço extraordinário supe- surpreendido com o seu desligamento e poder pro-
am
rior, no mínimo, em cinquenta por cento à do normal; gramar-se para voltar a enfrentar a concorrência do
R
O pagamento de horas extras encontra-se previsto é proporcional, ou seja, quanto maior o tempo de ser-
m
jornada de trabalho, com o objetivo de evitar abusos por antes do desligamento. O prazo mínimo previsto na
ui
parte do empregador, garante ao trabalhador que os ser- CF, de 1988, é de 30 (trinta) dias.
G
viços prestados que excedam a jornada normal de tra- De acordo com o STF, o inciso XXI é uma norma
balho sejam considerados extraordinários e pagos com constitucional híbrida, uma vez que possui uma parte
o valor de, no mínimo, 50% a mais que o valor normal. de eficácia plena (mínimo de 30 dias) e outra limita-
da (nos termos da lei). Segundo os termos da Lei nº
Art. 7º [...] 12.506, de 2011, a esses 30 dias serão acrescidos três
XVII - gozo de férias anuais remuneradas com, dias por ano de serviço prestado na mesma empresa
pelo menos, um terço a mais do que o salário normal; até o total de 60 dias. Portanto, a duração máxima do
aviso prévio é de 90 dias (30 dias assegurados pela CF,
O inciso XVII estabelece o direito às férias. Tra- de 1988 e outros 60 previstos na lei).
ta-se do descanso anual do trabalhador, que deve ser
remunerado e acrescido de, pelo menos, 1/3 a mais do Art. 7º [...]
que o salário normal. XXII - redução dos riscos inerentes ao trabalho,
por meio de normas de saúde, higiene e segurança;
Art. 7º [...]
XVIII - licença à gestante, sem prejuízo do emprego O inciso XXII traz a obrigação do empregador de pre-
206 e do salário, com a duração de cento e vinte dias; servar a saúde do trabalhador por meio da adoção de
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título, a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.
medidas, quer individuais quer coletivas, que o previ- A proteção em face da automação é assegurada
nam e o protejam dos riscos ambientais do trabalho. no inciso XXVII. Trata-se de um mecanismo de proteção
do trabalhador que perdeu seu posto de trabalho para
Art. 7º [...] a automação, ou seja, pela máquina, de modo que a lei
XXIII - adicional de remuneração para as atividades possa criar meios, tais como cursos e treinamentos, que
penosas, insalubres ou perigosas, na forma da lei; possibilitem sua recolocação no mercado de trabalho.
60
de cinco anos para os trabalhadores urbanos e
rurais, até o limite de dois anos após a extinção
8-
48
Art. 7º [...] do contrato de trabalho;
6.
XXIV - aposentadoria;
15
O inciso XXIX trata da prescrição das verbas tra-
.
A aposentadoria está estabelecida no inciso XXIV, balhistas. O prazo para que o trabalhador ingresse
20
de modo a assegurar ao trabalhador o afastamento de com ação trabalhista é de 2 (dois) anos contados da
-4
suas atividades após o cumprimento dos requisitos extinção do contrato de trabalho. Já com relação aos
ra
previstos em lei, tais como idade e tempo de contri- créditos, a prescrição é de 5 (cinco) anos. Exemplo:
ei
buição, bem como por motivo de incapacidade. trabalhador que exerceu atividade na empresa entre
liv
XXV - assistência gratuita aos filhos e dependen- ação e poderá cobrar os créditos dos últimos 5 anos,
os
tes desde o nascimento até 5 (cinco) anos de ida- ou seja, se ingressou em 2020, poderá pleitear os cré-
de em creches e pré-escolas; ditos de 2015 em diante.
am
O inciso XXV trata da assistência em creche e pré- “prescrição total”, é importante distinguir que pres-
e
dores desde o nascimento até os 5 anos. dentro do contrato de trabalho, tendo como prazo 5
lh
Com a Emenda Constitucional nº 53, de 2006, o pri- anos. Já a prescrição total é aquela que ocorre após o
ui
meiro ano do ensino fundamental passou a ser cursa- fim do contrato de trabalho, ou seja, de 2 anos.
G
60
peração governamental, como, por exemplo, o SENAC entre o Estado e o sindicato. Já a segunda, entre o sin-
8-
e o SENAI, para aprender uma profissão, ou seja, a dicato e o sindicalizado. Portanto, essa liberdade de
48
formação profissional é desenvolvida no ofício. Por associação sindical possui dupla dimensão, de modo
6.
outro lado, estagiário é o estudante que complemen- 15
a assegurar o direito dos trabalhadores em geral de
ta, por meio do trabalho, o ensino do curso que está criarem entidades sindicais, como também a liberda-
.
20
desenvolvendo. Estagiário não é empregado nem está de de aderirem ou não ao sindicato, assim como se
-4
perigoso ou insalubre aos maiores de 16 e menores defender a categoria, não é preciso estar registrado no
liv
de 18 anos, por se tratarem de pessoas em formação. órgão competente (Ministério do Trabalho), bastando o
O
Não há previsão expressa do trabalho penoso zação sindical, em qualquer grau, representativa
aos menores de 18 anos. de categoria profissional ou econômica, na mesma
R
dor com vínculo empregatício permanente e o O inciso II traz o princípio da unicidade sindical,
G
Súmula Vinculante nº 40 A contribuição con- Por fim, o parágrafo único estabelece que essas
federativa de que trata o art. 8º, IV, da Constitui-
regras também são aplicadas aos sindicatos rurais e
ção Federal, só é exigível dos filiados ao sindicato
de pescadores.
respectivo.
Art. 9º É assegurado o direito de greve, competin-
Continuamos com o inciso V, do art. 8º, da CF: do aos trabalhadores decidir sobre a oportunidade
de exercê-lo e sobre os interesses que devam por
60
Art. 8º [...] meio dele defender.
8-
V - ninguém será obrigado a filiar-se ou a man-
48
ter-se filiado a sindicato;
O direito de greve dos trabalhadores encontra-se
6.
assegurado no art. 9º, da CF, de 1988. Inicialmente, há
O inciso V é um desdobramento do direito à liber- 15
de se esclarecer que a expressão “trabalhadores” se
.
dade de associação prevista no art. 5º, da CF, de 1988.
20
VI - é obrigatória a participação dos sindicatos e tem como causa o interesse dos trabalhadores.
ei
função negocial. Assim, com o objetivo de assegurar prestação estatal para que seja exercida.
os
Art. 9º [...]
dos sindicatos nas negociações coletivas. § 1º A lei definirá os serviços ou atividades essen-
R
VII - o aposentado filiado tem direito a votar e § 2º Os abusos cometidos sujeitam os responsáveis
lh
O inciso VII cuida do direito de votar e ser votado No que se refere aos serviços essenciais, tais como
do aposentado filiado à entidade sindical. transporte público, serviços de fornecimento de luz,
água, entre outros, o direito de greve é assegurado, mas
Art. 8º [...] sofre restrições. A lei que disciplina a greve dos traba-
VIII - é vedada a dispensa do empregado sin- lhadores dos serviços essenciais é a Lei nº 7.783, de 1989.
dicalizado a partir do registro da candidatura
a cargo de direção ou representação sindical Art. 10 É assegurada a participação dos trabalha-
e, se eleito, ainda que suplente, até um ano após o dores e empregadores nos colegiados dos órgãos
final do mandato, salvo se cometer falta grave públicos em que seus interesses profissionais ou pre-
nos termos da lei. videnciários sejam objeto de discussão e deliberação.
60
blica Federativa do Brasil. É através da União que
Conforme o § 1º, art. 18, da CF, atualmente Brasí- o país é representado nas relações internacionais.
8-
lia é a capital federal. Trata-se de uma inovação do
48
legislador constituinte de 1988. Conforme preleciona
6.
Os bens da União estão enumerados no art. 20, da
José Afonso da Silva (2017), Brasília tem uma posição 15
Constituição Federal, que compreende:
.
jurídica específica no conceito de cidade, até porque
20
não se enquadra nesse conceito geral pelo fato de não z Terrenos de marinha: são os terrenos situados
-4
ser sede de um Município8. nas margens dos rios e lagoas, até onde haja influ-
ra
as atribuições de soberania do Estado brasileiro. Confor- z Terreno acrescido de marinha: são terrenos
os
me preleciona Pedro Lenza (2020), a União possui “dupla acrescidos de marinha os que se tiverem formado,
personalidade”, assumindo um papel internamente,
am
Federação e detentor de autonomia financeira, admi- marinha (art. 2º, da Lei nº 3.438, de 1941);
e
m
nistrativa e política, e um papel internacionalmente, z Mar territorial: é a faixa de doze milhas náuticas
er
A União representa o Estado brasileiro nas rela- do litoral continental e insular. No Brasil, a costa é
ui
a ela. Rege-se pelo princípio da independência nacio- z Zona contígua: é a faixa do mar que se estende
nal, prevalência dos direitos humanos, autodetermi- das doze às vinte e quatro milhas marítimas, con-
nação dos povos, não intervenção, igualdade entre os tadas a partir das linhas de base que servem para
Estados, defesa da paz, solução pacífica dos conflitos, medir a largura do mar territorial;
repúdio ao terrorismo e ao racismo, cooperação entre z Zona econômica exclusiva: compreende uma
os povos para o progresso da humanidade e concessão faixa que se estende das doze às duzentas milhas
de asilo político (art. 4º, CF, de 1988). marítimas, contadas a partir das linhas de base que
As competências da União estão elencadas no texto servem para medir a largura do mar territorial; é
constitucional, organizadas pelo legislador originário a faixa territorial do Atlântico. O Brasil tem sobe-
com base no chamado princípio da predominância do rania para fins de exploração e aproveitamento,
interesse público pelo particular. Neste sentido, as atri- conservação e gestão dos recursos naturais, vivos
buições de interesse nacional são de competência da ou não vivos, das águas sobrejacentes ao leito do
União, por exemplo: declarar guerra e celebrar paz. mar, do leito do mar e seu subsolo;
8 SILVA, 2017, p. 476.
210 9 LENZA, P. Direito Constitucional Esquematizado. 24ª ed. São Paulo, 2020, p. 497.
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z Plataforma continental: é a faixa de terra do fundo Exemplo: A ilha do Bananal, situada no Estado de
do mar, que vai até 200 m de profundidade, ou seja, Tocantins, considerada a maior ilha fluvial do Brasil,
compreende o leito e o subsolo das áreas submarinas com 25.000 km2.
que se estendem além do seu mar territorial. É uma
importante área de exploração e pesquisa de petró- V - os recursos naturais da plataforma continental
leo (art. 11, da Lei nº 8.617, de 1993). e da zona econômica exclusiva;
VI - o mar territorial;
60
Veja o art. 20, do texto constitucional, que enume- X - as cavidades naturais subterrâneas e os sítios
8-
arqueológicos e pré-históricos;
48
ra os bens da União:
6.
I - os que atualmente lhe pertencem e os que lhe vie- 15
Exemplo: Sítio Arqueológico, Parque Nacional do
Catimbau, localizado no Estado de Pernambuco.
.
rem a ser atribuídos;
20
-4
Exemplo: Ilhas, rios, mar territorial, entre outros, XI - as terras tradicionalmente ocupadas pelos
ra
conforme dispõe a Súmula nº 650, do STF. Exemplo: A terra tradicionalmente ocupada pelos
O
ção ambiental, definidas em lei; vo, foi modificada pela Emenda Constitucional nº 102,
R
de um particular.
ui
Exemplo: As terras devolutas situadas na Amazônia. hídricos para fins de geração de energia elétrica e de
G
60
profissional, obedecido o procedimento fixado na
Constituição;
8-
48
Legislativo Caso o novo Estado seja proveniente de Território
6.
Executivo Judiciário
Assembleia Governador do Tribunais e
15
Federal, os cinco primeiros Desembargadores pode-
rão ser escolhidos dentre juízes de direito de qualquer
.
Legislativa
20
Estado Juízes
parte do País. Em cada Comarca, o primeiro Juiz de
-4
Na forma prevista do inciso VI, do art. 48, da CF, É possível a incorporação, a subdivisão e o des-
O
exemplo, em 1988 o norte do Estado de Goiás foi des- unem com outro nome, perdendo sua personalida-
am
membrado, formando o Estado de Tocantins. de por integrarem um novo Estado. Por exemplo, se
R
§ 3º Os Estados podem incorporar-se entre si, sub- Grande do Sul deixa de existir, ou seja, o Estado
dividir-se ou desmembrar-se para se anexarem a foi dividido em dois ou mais Estados, cada um com
outros, ou formarem novos Estados ou Territórios
personalidades distintas;
Federais, mediante aprovação da população direta-
z Desmembramento: hipótese de separar uma ou
mente interessada, através de plebiscito, e do Con-
gresso Nacional, por lei complementar. mais partes de um Estado sem que este perca sua
identidade. Por exemplo, como ocorreu com o
Estado de Goiás, formando o Estado de Tocantins.
Desse modo, tem-se a seguinte tabela para associação:
Veja os requisitos e procedimentos para a incorpo-
INCORPORA- DESMEMBRA- ração, a subdivisão e o desmembramento do Estado (§
SUBDIVISÃO
ÇÃO MENTO 3º, art. 18, da CF):
Separar uma ou
Fusão Cisão mais partes de
um Estado
212
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Formação de Novos Municípios
2º: PROPOSITURA
1º: PLEBISCITO DE PROJETO DE LEI
Existe, ainda, a autorização constitucional para
COMPLEMENTAR
criação, incorporação, fusão e desmembramento de
Consulta prévias às po- Municípios. Veja os requisitos e procedimentos para
pulações diretamente a incorporação, a subdivisão e o desmembramento de
interessadas (expressão Município (§ 4º, art. 18, da CF):
Caso a população seja
da vontade e da opinião
favorável no plebiscito,
do povo, demonstrada 1° 2°
será proposto projeto de
através de votação)
lei complementar perante Lei Complementar Plebiscito + Estudo de
Atenção! O plebiscito é
qualquer uma das casas viabilidade
condição prévia, caso Aprovação de lei
do Congresso Nacional
não houver aprovação, complementar, fixando Consulta prévia, mediante
não passará para a próxi- o período dentro do qual plebiscito, às populações
poderá ocorrer a criação, dos municípios envolvidos,
ma fase
incorporação, fusão e o após divulgação dos
desmembramento estudos de viabilidade
3º: OITIVA DA 4º: LEI
municipal, apresentados e
ASSEMBLEIA COMPLEMENTAR publicados na forma da lei
60
mos o processo legislativo, mais adiante neste material. A Constituição Federal de 1988 conferiu ao Distrito
8-
Federal natureza de ente federativo autônomo, com
48
MUNICÍPIOS capacidade de auto-organização, autogoverno e auto-
6.
administração, sendo proibida a possibilidade de sub-
No Brasil, não só os Estados-Membros, mas tam-
15
divisão em Municípios (caput, art. 32). Como exemplo
.
20
bém os Municípios têm autonomia política, ou seja, o de autonomia do Distrito Federal, podemos citar sua
-4
nosso pacto federativo é formado pela União, Estados, capacidade para criar a sua lei orgânica, bem como a
Distrito Federal e Municípios. Tal autonomia está pre- capacidade de eleger seu Governador e Vice-Governa-
ra
vista no caput do art. 18, da CF, de 1988, veja. dor, sem interferência da União nas eleições.
ei
liv
República Federativa do Brasil compreende a União, Conforme § 1º, art. 32, da CF, ao Distrito Federal são
de
autônomos, nos termos desta Constituição. aos Estados e Municípios, cumulativamente. Entre-
am
citar a capacidade de normatização, que consiste na do DF, da Polícia Civil, da Polícia Penal, da Polícia Mili-
e
capacidade do Município de elaborar a sua própria lei tar e do Corpo de Bombeiros Militar, ou seja, estes são
er
60
as atribuições de interesse nacional são de competência V - decretar o estado de sítio, o estado de defesa e a
8-
da União (exemplo: declarar guerra e celebrar paz); já as intervenção federal;
48
atribuições de interesse estadual são de competência dos
6.
Estados (exemplo: exploração de serviço de transporte de Exemplo: Em 2018 foi decretada a intervenção fede-
passageiros intermunicipal) e as atribuições de interesse 15
ral no Estado do Rio de Janeiro (Decreto nº 9.288, de
.
20
local, de competência dos Municípios (exemplo: expedi- 2018), uma medida excepcional de natureza militar com
-4
buição a um único ente (exclusiva e privativa), por bem como as de seguros e de previdência privada;
e
m
z Modelo vertical, que atribui a mais de um ente a financeiros em moeda estrangeira, ou seja, são as reser-
ui
competência, por exemplo, é o caso da competên- vas internacionais, denominadas como reservas cam-
G
cia legislativa concorrente da União, do Estado e biais, é como um ativo do Banco Central do Brasil. Assim,
do Distrito Federal prevista no art. 24, da CF. cabe à União optar por vender esses ativos ou não.
60
portes urbanos;
sitivo estabelece que, tendo em vista o equilíbrio do
8-
XXI - estabelecer princípios e diretrizes para o sistema
48
nacional de viação; desenvolvimento e do bem-estar em âmbito nacional,
XXII - executar os serviços de polícia marítima, aero- as leis complementares fixarão normas para a coope-
6.
portuária e de fronteiras; 15
ração entre a União e os Estados, o Distrito Federal e
XXIII - explorar os serviços e instalações nucleares de
.
os Municípios.
20
a) toda atividade nuclear em território nacional nos remete, é a competência para elaborar leis, clas-
O
somente será admitida para fins pacíficos e mediante sificada em competência privativa, concorrente, resi-
de
aprovação do Congresso Nacional; dual e local. São atribuições que tratam da edição de
os
60
XV - emigração e imigração, entrada, extradição e
8-
expulsão de estrangeiros;
48
XVI - organização do sistema nacional de emprego Art. 24 Compete à União, aos Estados e ao Distrito
e condições para o exercício de profissões; Federal legislar concorrentemente sobre:
6.
XVII - organização judiciária, do Ministério Público 15
I - direito tributário, financeiro, penitenciário, eco-
do Distrito Federal e dos Territórios e da Defenso- nômico e urbanístico;
.
20
XIX - sistemas de poupança, captação e garantia da VI - florestas, caça, pesca, fauna, conservação da
poupança popular; natureza, defesa do solo e dos recursos naturais,
O
2: “É inconstitucional a lei ou ato normativo Estadual ou VIII - responsabilidade por dano ao meio ambiente,
Distrital que disponha sobre sistemas de consórcios e sor- ao consumidor, a bens e direitos de valor artístico,
R
pequenas causas;
des e pensões das polícias militares e dos corpos de
G
60
mediante concessão, os serviços locais de gás cana- Governo do Distrito Federal, da polícia civil, da
8-
lizado, na forma da lei, vedada a edição de medida polícia penal, da polícia militar e do corpo de bom-
48
provisória para a sua regulamentação. beiros militar.
6.
§ 3º Os Estados poderão, mediante lei complemen-
tar, instituir regiões metropolitanas, aglomerações 15
z A superveniência de lei federal sobre normas
.
urbanas e microrregiões, constituídas por agrupa-
20
gerais suspende a eficácia da lei estadual, no que
mentos de municípios limítrofes, para integrar a lhe for contrária;
-4
organização, o planejamento e a execução de fun- z Regulamento de Uber (exemplo) deve ser fei-
ra
ções públicas de interesse comum. to através de lei federal, mas quem fiscaliza é o
ei
legislação federal e estadual no que couber. z STF também já considerou que compete aos Muni-
e
de pesca se a atividade econômica pescaria for predo- Tema de Repercussão Geral nº 27213.
lh
30, combinados com o § 2º, art. 24, da CF. Por fim, vejamos algumas Súmulas Vinculantes14
G
60
foi a ocorrida no ano de 2018, quando o ex-Presiden-
afastamento é medida extrema;
8-
te da República Michel Temer decretou a intervenção
z Temporariedade: a intervenção possui duração
48
no Estado do Rio de Janeiro para garantir a segurança
determinada.
6.
pública daquele Estado.
Existem duas espécies de intervenção:
.15
Intervenção Provocada
20
-4
ção é ato privativo do chefe do Poder Executivo. Legislativo ou do Poder Executivo coacto ou
G
Por conseguinte, o ato somente pode ser decretado impedido, ou de requisição do Supremo Tribunal
pelo Presidente da República, nos casos de interven- Federal, se a coação for exercida contra o Poder
ção federal, ou pelo Governador do Estado, nos casos Judiciário;
de intervenção estadual.
Além disso, trata-se de um ato político do Chefe Assim, quando a coação ou impedimento recair
do Poder Executivo, que poderá atuar tanto de forma sobre os Poderes Executivo ou Legislativo, de modo a
discricionária como de forma vinculada, a depender impedir o livre exercício destes Poderes, o Presiden-
do tipo de intervenção. te da República pode decretar a intervenção federal.
Para tanto, faz-se necessário analisar as modalida- Trata-se, portanto, de ato discricionário, pois o coac-
des de intervenção. No que se refere à intervenção to ou impedido solicita a sua decretação.
federal, ela se divide em: Constitui exemplo de intervenção federal pro-
vocada a que ocorreu no Estado de Roraima no ano
Intervenção Espontânea de 2018, quando a pedido da então Governadora de
Roraima, Suely Campos, o então Presidente da Repú-
A intervenção federal espontânea é aquela em blica Michel Temer decretou a intervenção e nomeou
218 que o Presidente da República age de ofício. Esta o Governador eleito como interventor daquele Estado.
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título, a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.
z Por requisição: cabível para a defesa dos Poderes e) aplicação do mínimo exigido da receita resul-
quando o coacto ou impedido é o Poder Judiciário, tante de impostos estaduais, compreendida a
bem como no caso de defesa da ordem ou decisão proveniente de transferências, na manutenção e
judicial. Tais hipóteses decorrem do inciso IV, do desenvolvimento do ensino e nas ações e serviços
art. 34, combinado com a parte final do inciso I, art. públicos de saúde.
36, e do inciso VI, do art. 34, combinado com o inci- [...]
Art. 36 A decretação da intervenção dependerá: […]
so II, art. 36, da CF, de 1988, que assim estabelecem:
III - de provimento, pelo Supremo Tribunal Fede-
ral, de representação do Procurador-Geral da
Art. 34 [...]
República, na hipótese do art. 34, VII, e no caso de
IV - garantir o livre exercício de qualquer dos Pode-
recusa à execução de lei federal;
res nas unidades da Federação; [...]
VI - prover a execução de lei federal, ordem ou
decisão judicial; Os princípios constitucionais sensíveis são assim
denominados por tratarem de assuntos delicados, que,
Art. 36 A decretação da intervenção dependerá: uma vez violados, têm o condão de gerar a intervenção
I - no caso do art. 34, IV, de solicitação do Poder federal. Neste ponto, é importante não confundir os prin-
Legislativo ou do Poder Executivo coacto ou impe- cípios constitucionais sensíveis com as cláusulas pétreas.
dido, ou de requisição do Supremo Tribunal As cláusulas pétreas, que são limitações mate-
Federal, se a coação for exercida contra o riais ao poder de alterar a CF, de 1988, encontram-
Poder Judiciário; -se previstas no § 4º, art. 60, da CF, de 1988. Trata-se
II - no caso de desobediência a ordem ou deci- das matérias que não podem ser alteradas por meio
são judiciária, de requisição do Supremo Tribu- das Emendas Constitucionais, quais sejam: a forma
nal Federal, do Superior Tribunal de Justiça federativa de Estado; o voto direto, secreto, universal
ou do Tribunal Superior Eleitoral; e periódico; a separação dos Poderes e os direitos e
garantias individuais. Tais matérias são consideradas
Assim, no caso da defesa dos Poderes quando a coa- como núcleo intangível da CF, de 1988.
ção ou impedimento recair sobre o Poder Judiciário, o Por outro lado, os princípios constitucionais sensí-
STF requisita ao Presidente da República a decretação veis são limitações circunstanciais ao poder de Emenda
da intervenção federal e, diferentemente do que ocorre Constitucional, visto que, ocorrendo qualquer uma de
na hipótese anterior (provocada por solicitação), no caso suas hipóteses, caberá intervenção federal e, sendo esta
de requisição, o Presidente é obrigado a decretar a inter- decretada, a CF, de 1988, não poderá ser alterada em
venção. Trata-se, portanto, de ato vinculado. razão do estabelecido no § 1º, art. 60, da CF, de 1988, pois
60
Além disso, no caso de desobediência de ordem ou não poderá haver modificação constitucional na vigência
8-
decisão do Poder Judiciário, poderão o STF, STJ e TSE de intervenção federal, estado de sítio e estado de defesa.
48
requisitarem ao Presidente da República a intervenção, No caso de ofensa aos princípios constitucionais sensí-
6.
que obrigatoriamente deve acatar, pois se trata de ato veis, a intervenção é solicitada pelo Procurador-Geral da
vinculado. Assim, se o descumprimento for de norma
15
República (PGR) por meio do ajuizamento de uma Ação
.
20
constitucional, caberá ao STF; se for de norma infracons- Direta de Inconstitucionalidade Interventiva (ADI inter-
-4
titucional, ao STJ, e se for de norma eleitoral, ao TSE. ventiva) no STF. Já no caso de prover a execução de lei
federal, o PGR deverá representar ao STF, que dará provi-
ra
mento à intervenção.
ei
Importante!
liv
quem irá requisitar é o STF e não o TST ou STM, abstrato ou por via de ação, é aquele em que a inconstitu-
am
ma é o pedido da ação.
lh
60
direta interventiva por inconstitucionalidade de lei tes conselhos ser opinativo, ou seja, acatar ou não o
8-
municipal.
48
decidido depende exclusivamente do presidente (ato
discricionário).
6.
No curso de sua tramitação, o deferimento de medida 15
Cumpre esclarecer, ainda, que no caso de a inter-
liminar na ADI interventiva tem como objetivo suspen-
.
venção ser espontânea ou provocada por solicita-
20
der o andamento de processos ou os efeitos de decisões ção, o decreto de intervenção deve ser submetido
-4
judiciais e administrativas que estejam relacionadas a controle político no prazo de 24 horas por parte
à matéria discutida. Quem defere tal efeito é a maioria
ra
absoluta dos membros do STF. No caso de deferimento, o Assembleia Legislativa (Intervenção Estadual). É o
liv
efeito da ação é vinculante e erga omnes. que estabelece o § 1º, do art. 36:
O
2010, o PGR ingressou com uma representação interven- § 1º O decreto de intervenção, que especificará a
tiva em decorrência das denúncias que levaram à defla-
os
STF, ao julgar a ação, entendeu não ser necessária a inter- Assembleia Legislativa do Estado, no prazo de vinte
e
art. 35, da CF, de 1988, que assim estabelece: rá haver a convocação extraordinária no prazo de 24
horas, em conformidade com o § 2º, do art. 36, que
Art. 35 O Estado não intervirá em seus Municípios, assim dispõe:
nem a União nos Municípios localizados em Terri-
tório Federal, exceto quando: § 2º Se não estiver funcionando o Congresso Nacio-
I - deixar de ser paga, sem motivo de força maior, nal ou a Assembleia Legislativa, far-se-á convo-
por dois anos consecutivos, a dívida fundada; cação extraordinária, no mesmo prazo de vinte e
II - não forem prestadas contas devidas, na forma quatro horas.
da lei;
III - não tiver sido aplicado o mínimo exigido da recei-
ta municipal na manutenção e desenvolvimento do
Caso o Poder Legislativo aprove o decreto presi-
ensino e nas ações e serviços públicos de saúde; dencial, seja expedido decreto legislativo de inter-
IV - o Tribunal de Justiça der provimento a repre- venção. Já no caso de rejeição da intervenção pelo
sentação para assegurar a observância de princí- Legislativo, o chefe do Poder Executivo será comuni-
pios indicados na Constituição Estadual, ou para cado para cessar seu decreto imediatamente, sob pena
prover a execução de lei, de ordem ou de decisão de responder por crime de responsabilidade (art. 85,
220 judicial. II, da CF, de 1988).
O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para Guilherme Ramos de Oliveira - 420.156.488-60, vedada, por quaisquer meios e a qualquer
título, a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.
Para os casos de intervenção provocada por Requisitos
requisição, ou seja, requisição do STF para garantir o
livre exercício do Poder Judiciário (IV, art. 34); requi- Como foi dito, além de seguir os princípios da
sição do STF, STJ ou TSE para prover a execução de lei Constituição Federal (CF) e da Constituição Estadual
federal ou decisão judicial (VI, art. 34); representação em questão, uma Lei Orgânica do município deve ser
interventiva por violação de princípio constitucional votada em dois turnos, com um intervalo mínimo de
sensível (VII, art. 34) e provimento do TJ à representa- dez dias, e aprovada por pelo menos dois terços da
ção para assegurar princípio da Constituição Estadual Câmara Municipal.
ou execução de lei, ordem ou decisão judicial (IV, art. Alguns dos requisitos básicos definidos pela CF
35), não haverá o controle político do Poder Legis- são: tempo de mandato, eleições, quantidade de
lativo. Neste sentido, o § 3º, art. 36: vereadores, limite para remuneração, organização
das funções legislativas e fiscalizadoras, entre outras.
§ 3º Nos casos do art. 34, VI e VII, ou do art. 35,
IV, dispensada a apreciação pelo Congresso Nacio- Participação Popular
nal ou pela Assembleia Legislativa, o decreto
limitar-se-á a suspender a execução do ato impug- É possível que a população, uma vez descontente
nado, se essa medida bastar ao restabelecimento com a lei orgânica de seu município, queira exercer o
da normalidade. seu papel na democracia e solicitar alterações ou pro-
por novas leis. Por isso, o próprio artigo 29 da CF, no
Ressalta-se, por fim, que decreto interventivo pode inciso XIII, estabelece essa possibilidade.
ser suficiente para se restabelecer a normalidade, caso Dessa forma, para tanto, é necessário demonstrar
em que não é necessária a nomeação de interventor. interesse de pelo menos 5% do eleitorado municipal,
Cessados os motivos que deram ensejo à intervenção, por meio de assinaturas, e levar o projeto de lei para
os afastados voltarão, salvo no caso de impedimento votação na Câmara.15
legal. É o que estabelece o § 4º, art. 36: Vejamos o que determina o art. 29, da CF:
§ 4º Cessados os motivos da intervenção, as auto- Art. 29 O Município reger-se-á por lei orgânica,
ridades afastadas de seus cargos a estes voltarão, votada em dois turnos, com o interstício mínimo de
salvo impedimento legal. dez dias, e aprovada por dois terços dos membros
da Câmara Municipal, que a promulgará, atendidos
Em síntese: os princípios estabelecidos nesta Constituição, na
Constituição do respectivo Estado e os seguintes
60
Ofensa aos preceitos:
8-
princípios I - eleição do Prefeito, do Vice-Prefeito e dos Verea-
48
constitucionais dores, para mandato de quatro anos, mediante plei-
Espontânea (I, II,
6.
III e V, art. 34)
sensíveis to direto e simultâneo realizado em todo o País;
(VII, art. 34) 15
II - eleição do Prefeito e do Vice-Prefeito realizada
.
Provocada por no primeiro domingo de outubro do ano anterior ao
20
solicitação do Prover a
término do mandato dos que devam suceder, apli-
-4
Provocada, ou assegurar
dependendo de princípio
R
representação
provimento do TJ
Os princípios específicos da Administração Pública
er
à representação
do PGJ estão fundamentados no caput do art. 37 da Constitui-
lh
A Lei Orgânica pode ser comparada a uma “consto- Art. 37 A administração pública direta e indireta
de qualquer dos Poderes da União, dos Estados, do
tuição” do município, ou seja, um conjunto de normas
Distrito Federal e dos Municípios obedecerá aos
de extrema importância para a política e o funciona-
princípios de legalidade, impessoalidade, moralida-
mento daquele local.
de, publicidade e eficiência [...].
Determinada no art. 29, da CF, a Lei Orgânica
Municípal é responsável por regular os aspectos polí-
Vamos à análise de cada um dos princípios expres-
ticos do município, sempre buscando o interesse da
sos no caput dispositivo em comento.
população local. É também um exercício de autono-
No princípio da legalidade o agente público está
mia municipal, em consonância com alguns requisitos
restringido ao que a lei o autoriza a fazer (compe-
estabalecidos da Constituição Federal de 1988.
tência de atuação), ou seja, deve atuar somente den-
tro dos limites estabelecidos em lei, assim, quando o
60
Expressos art. 37 CF, de
8-
1988
48
Ainda, além dos princípios expressos no art. 37 da “L I M P E” � Supremacia do Inte-
Constituição, a Administração Pública também deve
6.
resse Público
observar os da supremacia do interesse público, z Legalidade 15
. � Razoabilidade
princípio da razoabilidade, princípio da propor-
20
z Impessoalidade z Proporcionalidade
cionalidade, princípio da autotutela e princípio da
-4
z Moralidade z Autotutela
segurança jurídica. Essas são as prerrogativas cha- z Publicidade z Segurança Jurídica
ra
Art. 5° [...]
ui
LXXVIII - a todos, no âmbito judicial e administra- agente público, agente político e agente administrati-
G
tivo, são assegurados a razoável duração do pro- vo, pois a troca de uma simples palavra pode mudar
cesso e os meios que garantam a celeridade de sua todo contexto e definição.
tramitação. A utilização da expressão agente público é um
termo genérico, pois abrange a todos que tem vínculo
Referente ao princípio da razoabilidade e pro- com o Estado, inclusive aqueles que têm um vínculo
porcionalidade o agente público quando vai agir temporário e não remunerado.
deve praticar os atos de forma proporcional, para evi- Agentes políticos são os detentores de manda-
tar os excessos, serve de limite para os atos discricio- to eletivo, chamados também de agentes de primeiro
nários. Por exemplo, inciso VII do art. 132 da Lei nº escalão, cargos previstos na CF, de 1988, por exemplo: o
8.112, de 1990, prevê a demissão do servidor público Presidente da República, Senadores, Deputados, Minis-
em caso de ofensa física, em serviço, entretanto no tros do STJ, Membros do Ministério Público etc. Bem
caso das carreiras policiais esse dispositivo deve ser como, os agentes administrativos são aqueles que
analisado com cautela, até pelo fato da necessidade exercem uma atividade sujeita a hierarquia funcional,
do uso de força física em alguns casos, sendo que esta ocupantes dos cargos públicos, empregos públicos e
não é uma regra e deve ser analisada junto ao caso funções públicas na administração direta ou indireta
222 concreto. da Federação. O acesso ao cargo ocorrerá a partir de
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título, a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.
nomeação, concurso público ou designação, cabendo Art. 41 [...]
exercer atividade de forma remunerada e profissional. § 2º Invalidada por sentença judicial a demissão do
José Afonso da Silva (2017) preleciona que, confor- servidor estável, será ele reintegrado, e o eventual
me a Constituição Federal, os agentes administrativos se ocupante da vaga, se estável, reconduzido ao cargo
repartem em dois grupos: servidores públicos e militares. de origem, sem direito a indenização, aproveitado
em outro cargo ou posto em disponibilidade com
remuneração proporcional ao tempo de serviço.
z Servidores públicos
z Empregados públicos: os servidores investidos
Os servidores públicos compreendem outras
em empregos têm regime jurídico de natureza
quatro categorias: 1) Servidores investidos em cargos
trabalhista, ou seja, são regidos pela CLT (Conso-
(estatutário); 2) Servidores públicos investidos em
lidação das Leis do Trabalho). O ingresso também
empregos (empregados públicos); 3) Servidores admi-
é por meio de concurso público, entretanto não
tidos em funções públicas (comissionados); 4) Servido-
adquirem a estabilidade do art. 41 da CF. Ex.: Ban-
res contratados por tempo determinado (temporários). cário da Caixa Econômica Federal;
z Servidores comissionados: os servidores investi-
AGENTES PÚBLICOS dos em funções públicas são os que ocupam cargo
em comissão e são livremente nomeados ou exo-
PARTICULARES
AGENTE AGENTE nerados por autoridade competente (inciso V, art.
EM
POLÍTICO ADMINISTRATIVO 37 da CF). Cabe ressaltar que os ocupantes de car-
COLABORAÇÃO
gos comissionados têm caráter transitório, ou seja,
� Servidores Públi- � Militares � Agentes não gozam de estabilidade;
cos (estatutário) � Emenda Consti- Honoríficos z Servidores temporários: os servidores temporá-
� Empregados Pú- tucional 18, de � Agente rios são contratados por tempo determinado em
blicos (celetista) 1998 Delegado situações excepcionais de interesse público, exer-
� Servidores � Agentes cem função pública remunerada de caráter tem-
Comissionados Credenciados
porário, o vínculo com a administração pública
� Servidores é contratual (contrato de direito público – não de
Temporários
natureza trabalhista). Ex.: Professores, conforme
a Lei nº 8.745, de 1993 que dispõe sobre a con-
z Servidores públicos estatutários: tratação por tempo determinado para atender à
necessidade temporária de excepcional interesse
60
Estão sujeitos ao regime jurídico de direito públi- público.
8-
co, ingresso por meio de concurso público, titulares de
48
cargos efetivos. Ex.: Delegado e Analista. Já os particulares em colaboração são pessoas
6.
O prazo de validade do concurso público será de que transitoriamente prestam serviços para o Estado,
até dois anos, prorrogável uma vez, por igual período
15
vejamos:
.
20
de sobre novos concursados para assumir cargo ou vínculo. Ex.: Mesários eleitorais e Jurado;
O
vidores públicos após três anos de efetivo exercício com um objetivo específico, sendo remunerado
e
(estágio probatório), desde que cumpram os seguin- para executar a atividade determinada. Ex.: Pessoa
NOÇÕES DE DIREITO CONSTITUCIONAL
m
tes requisitos: a) aprovação em concurso público; b) competente para representar o Brasil em deter-
er
60
públicos civis.
8-
Ingresso: Ingresso:
48
FINANÇAS PÚBLICAS
6.
z Voluntário: mediante z Compulsório
aprovação em con- – recrutamento Normas Gerais
.15
20
curso público z Voluntário – curso de
-4
Conforme art. 42 da CF, com base na hierarquia e me o art. 163, através da lei complementar será dis-
ei
posto sobre:
liv
mencionado dispositivo no § 1º dispõe que os milita- z Dívida pública externa e interna, incluída a das
os
res são alistáveis e elegíveis, devendo ser observadas autarquias, fundações e demais entidades contro-
am
Art. 14 [...]
m
I - se contar menos de dez anos de serviço, deverá z Operações de câmbio realizadas por órgãos e enti-
ui
224
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título, a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.
O art. 164, da CF, prevê o banco central como z Dos investimentos das Estatais (empresas em que
responsável por emitir moeda, sendo este proibido a União, direta ou indiretamente, detenha a maio-
de conceder empréstimos ao Tesouro Nacional ou a ria do capital social com direito a voto);
qualquer órgão ou entidade que não seja instituição z Da Seguridade Social, o qual apresenta despesas
financeira. O Banco Central poderá comprar e vender com saúde, previdência e assistência social.
títulos de emissão do Tesouro Nacional, com o obje-
tivo de regular a oferta de moeda ou a taxa de juros. Atenção: conforme entendimento do STF:
As disponibilidades de caixa da União serão depo-
sitadas no Banco Central, enquanto as dos Estados, do Não compromete a autonomia do orçamento
Distrito Federal, dos Municípios e dos órgãos ou enti- da seguridade social [...] a atribuição, à Secre-
dades do Poder Público e das empresas por ele contro- taria da Receita Federal de administração e
ladas, em instituições financeiras oficiais, ressalvados fiscalização da contribuição em causa (ADI
os casos previstos em lei. 1.417, rel. min. Octavio Gallotti, j. 2-8-1999, P, DJ de
23-3-2001).
Orçamentos
O orçamento fiscal e dos investimentos das Esta-
tais tem a função de reduzir desigualdades inter-re-
O orçamento público é a estimativa de receitas e pre-
gionais, segundo critério populacional.
visão de despesas que o governo terá dentro do ano civil. Conforme o § 9º, do art. 165, da CF, cabe à lei com-
O modelo orçamentário de planejamento e gestão está plementar dispor sobre o exercício financeiro, como
previsto no art. 165, da Constituição; as leis de iniciativa a vigência, os prazos, a elaboração e a organização do
do Poder Executivo estabelecerão o plano plurianual, plano plurianual, da lei de diretrizes orçamentárias e
as diretrizes orçamentárias e os orçamentos anuais. da lei orçamentária anual. Pela análise do dispositivo,
É obrigatório ao Poder Executivo publicar relatório resu- traduz-se que não cabe ao Tribunal de Contas de Esta-
mido de execução orçamentária. do membro tratar da matéria por meio ato infracional.
É importante saber que, conforme entendimen-
to do STF, as disponibilidades de caixa dos Estados
membros, dos órgãos ou entidades que os integram e
Dica
das empresas por eles controladas deverão ser depo- “A CF de 1988 é expressa em seu art. 165, § 9º,
sitadas em instituições financeiras oficiais, cabendo, I, no sentido de que cabe à lei complementar de
unicamente, à União Federal, mediante lei de caráter âmbito nacional dispor sobre a elaboração do pla-
nacional, definir as exceções autorizadas pelo art. 164, no plurianual, de modo que é incabível ao Tribunal
§ 3º, da Constituição da República (ADI 2.661 MC, rel. de Contas de Estado-membro tratar da maté-
60
min. Celso de Mello, j. 5-6-2002, P, DJ de 23-8-2002). ria por meio de ato infralegal” (STF. ADI 4.081,
8-
rel. min. Edson Fachin, j. 25-11-2015, P, DJE de
48
4-12-2015).
6.
Plano Plurianual
PPA Planejamento
.15
Cabe também à lei complementar estabelecer as
20
Programação para 4 anos
normas de gestão financeira e patrimonial da admi-
-4
Lei Orçamentária Anual dimentos que serão adotados quando houver impe-
liv
Administração Pública, ou seja, é um planejamento de ceira das programações a que se refere o § 9º deste
NOÇÕES DE DIREITO CONSTITUCIONAL
m
médio prazo que estabelece de forma regionalizada artigo, em montante correspondente a 1,2% (um
er
as metas e diretrizes da Administração Pública. A Lei inteiro e dois décimos por cento) da receita corren-
lh
consonância com a PPA e auxilia na elaboração da Lei os critérios para a execução equitativa da progra-
Orçamentária Anual (LOA), sendo a Lei Orçamentária mação definidos na lei complementar prevista no §
Anual elaborada em harmonia com PPA e LDO, tendo 9º do art. 165.
por finalidade estimar as receitas por um determina- § 12 A garantia de execução de que trata o § 11 des-
do exercício financeiro e fixar as despesas que serão te artigo aplica-se também às programações incluí-
realizadas pelo Governo. Além disso, é um instru- das por todas as emendas de iniciativa de bancada
mento de curto prazo da administração federal que de parlamentares de Estado ou do Distrito Federal,
viabiliza de forma prática as diretrizes que já foram no montante de até 1% (um por cento) da receita
estabelecidas no PPA. corrente líquida realizada no exercício anterior.
Conforme § 5º, do art. 165, da CF, dentro da LOA
encontramos três orçamentos:
No Congresso Nacional, através de uma comissão Importante memorizar que os grifos do inciso VI
mista permanente, será analisado e emitido parecer tratam-se do Princípio da Proibição do Estorno.
sobre os projetos de lei relativos ao plano plurianual,
às diretrizes orçamentárias, ao orçamento anual e aos Art. 167 [...]
créditos adicionais, assim como sobre os planos e pro- VII - a concessão ou utilização de créditos ilimitados;
gramas nacionais, regionais e setoriais previstos na VIII - a utilização, sem autorização legislativa espe-
Constituição. cífica, de recursos dos orçamentos fiscal e da segu-
Compete, ainda, ao Congresso Nacional exercer o ridade social para suprir necessidade ou cobrir
acompanhamento e a fiscalização orçamentária, sem déficit de empresas, fundações e fundos, inclusive
prejuízo da atuação das demais comissões do Con- dos mencionados no art. 165, § 5º;
gresso Nacional e de suas Casas. IX - a instituição de fundos de qualquer natureza,
As emendas serão apresentadas na Comissão mis- sem prévia autorização legislativa.
ta permanente, que sobre elas emitirá parecer, sen- X - a transferência voluntária de recursos e a con-
do apreciadas na forma regimental, pelo Congresso cessão de empréstimos, inclusive por antecipação
Nacional. Assim, somente podem ser aprovadas caso de receita, pelos Governos Federal e Estaduais e
sejam compatíveis com o Plano Plurianual e com a Lei suas instituições financeiras, para pagamento de
de Diretrizes Orçamentárias e desde que indiquem os despesas com pessoal ativo, inativo e pensionista,
recursos necessários, admitidos apenas os provenien- dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios.
tes de anulação de despesa, excluídas as que incidam XI - a utilização dos recursos provenientes das con-
sobre (§ 2º e 3º, art. 166, da CF): tribuições sociais de que trata o art. 195, I, a, e II,
para a realização de despesas distintas do paga-
60
Art. 166 [...] mento de benefícios do regime geral de previdência
social de que trata o art. 201;
8-
a) dotações para pessoal e seus encargos;
48
b) serviço da dívida; XII - na forma estabelecida na lei complementar de
que trata o § 22 do art. 40, a utilização de recur-
6.
c) transferências tributárias constitucionais para
Estados, Municípios e Distrito Federal; ou
.15
sos de regime próprio de previdência social, incluí-
III - sejam relacionadas: dos os valores integrantes dos fundos previstos no
20
a) com a correção de erros ou omissões; ou art. 249, para a realização de despesas distintas
-4
O Presidente da República poderá enviar mensa- despesas necessárias à sua organização e ao seu
liv
nos projetos aos quais se refere esse artigo enquanto XIII - a transferência voluntária de recursos, a con-
de
não iniciada a votação, na Comissão mista, da parte cessão de avais, as garantias e as subvenções pela
União e a concessão de empréstimos e de financia-
os
de previdência social.
er
60
margem de discricionariedade por parte do presi- cargos, empregos e funções ou a alteração de estrutu-
8-
dente da República, os requisitos de imprevisibilida- ra de carreiras, bem como a admissão ou contratação
48
de e urgência (art. 167, § 3º) recebem densificação de pessoal, a qualquer título, pelos órgãos e entidades
6.
normativa da Constituição. Os conteúdos semân- da administração direta ou indireta, inclusive fun-
ticos das expressões “guerra”, “comoção interna” 15
dações instituídas e mantidas pelo Poder Público, se
.
e “calamidade pública” constituem vetores para a
20
houver prévia dotação orçamentária suficiente para
interpretação/aplicação do art. 167, § 3º, c/c o art. atender às projeções de despesa e se houver autoriza-
-4
62, § 1º, I, d, da Constituição. “Guerra”, “comoção ção específica na lei de diretrizes orçamentárias (com
ra
interna” e “calamidade pública” são conceitos que exceção às empresas públicas e às sociedades de eco-
ei
representam realidades ou situações fáticas de nomia mista), conforme art. 169, da CF, de 1988.
liv
dos a prover despesas correntes, que não estão qua- ral, assinale a alternativa que apresenta um crime
e
imprescritível.
er
a) Homicídio doloso.
ui
4. (VUNESP — 2020) Nos termos do artigo 5º, inciso XI, da 9. (VUNESP — 2020) Nos termos da Constituição Fede-
Constituição Brasileira, um guarda municipal pode entrar ral, qualquer cidadão é parte legítima para propor
na casa de um cidadão, sem o seu consentimento, ação popular que vise
60
a) por ordem da autoridade policial de plantão. a) edição de norma regulamentadora, cuja falta torne inviá-
8-
b) em caso de indivíduo procurado pela Justiça, mesmo vel o exercício dos direitos e liberdades constitucionais.
48
à noite. b) assegurar o conhecimento de informações relativas à
6.
c) por suspeita de prática de crime hediondo. pessoa do impetrante, constantes de registros ou ban-
15
d) por requisição do promotor de justiça. cos de dados de entidades governamentais ou de cará-
.
20
além dos atos necessários ao exercício da cidadania, na d) proteção de direito líquido e certo, quando o respon-
ei
liv
forma da lei, são gratuitas as seguintes ações: sável pela ilegalidade ou abuso de poder for autorida-
O
d) ação popular e ação civil pública. ao meio ambiente e ao patrimônio histórico e cultural.
R
6. (VUNESP — 2019) José, funcionário público municipal, ral, assinale a alternativa correta.
er
direito de liberdade e locomoção, por parte de seu chefe a) Todo brasileiro em situação de vulnerabilidade social
ui
G
imediato, que está agindo com abuso de poder, de forma terá direito a uma renda básica familiar, garantida pelo
totalmente ilegal. No caso, e tendo em vista o que dispõe poder público em programa permanente de transferên-
a Constituição Federal, José poderá impetrar cia de renda, cujas normas e requisitos de acesso serão
determinados em lei, observada a legislação fiscal e
a) habeas data. orçamentária.
b) recurso para a sua transferência. b) Todos são iguais perante a lei, sem distinção de qualquer
c) mandado de segurança. natureza, garantindo-se aos brasileiros e aos estrangei-
d) habeas corpus. ros residentes no País a inviolabilidade do direito à vida, à
e) representação junto ao Prefeito. liberdade, à igualdade, à segurança e à propriedade, entre
outros, no termo seguinte: é livre a manifestação do pen-
7. (VUNESP — 2021) Considere que José impetrou um samento, sendo autorizado o anonimato.
Mandado de Segurança com o fim de proteger direi- c) Todo brasileiro em situação de vulnerabilidade social terá
to líquido e certo, mas agora deseja desistir do writ direito a uma renda básica familiar, garantida pelo poder
constitucional. Considerando a situação hipotética e público em programa temporário de transferência de ren-
o entendimento do Supremo Tribunal Federal, é corre- da, cujas normas e requisitos de acesso serão determi-
228 to afirmar que José nados por decretos e regulamentos do Poder Executivo.
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título, a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.
d) Todos são iguais perante a lei, sem distinção de qualquer c) Os Municípios dispõem de competência para legislar
natureza, garantindo-se aos brasileiros e aos estrangei- sobre os seus Regimes Próprios de Previdência, respei-
ros residentes no País a inviolabilidade do direito à vida, tadas as disposições presentes na Constituição Federal.
à liberdade, à igualdade, à segurança e à propriedade, d) A competência para legislar sobre seguridade social é
entre outros, no termo seguinte: é plena a liberdade de concorrente entre União e Estados.
associação para fins lícitos, autorizando-se a de caráter e) A União dispõe de competência privativa para legislar
paramilitar. sobre previdência social.
e) Todo brasileiro, estando ou não em situação de vul-
nerabilidade social, terá direito a uma renda básica 15. (VUNESP — 2022) Acerca das competências legislati-
familiar, garantida pelo poder público em programa vas e administrativas dos entes federados, assinale a
permanente de transferência de renda, cujas normas alternativa correta.
e requisitos de acesso serão determinados em lei.
a) Aos Estados e aos Municípios compete a elaboração de
11. (VUNESP — 2019) Nos termos da Constituição Federal, é normas de alcance metropolitano, de forma comum.
correto afirmar que são, entre outros, direitos sociais: b) À União, aos estados e ao Distrito Federal cabe a com-
petência legislativa concorrente em matéria de direito
previdenciário.
a) transporte, lazer e nacionalidade.
c) Aos estados e ao Distrito Federal incumbe o planeja-
b) alimentação, trabalho e alistamento eleitoral. mento e a promoção da defesa permanente contra as
c) previdência social, saúde e liberdade. calamidades públicas, especialmente as secas e as
d) educação, saúde e inviolabilidade do domicílio. inundações.
e) segurança, proteção à maternidade e moradia. d) À União incumbe a elaboração de normas gerais e, ine-
xistindo tais normas, fica vedado aos estados e ao Dis-
12. (VUNESP — 2021) Considere que o art. 150 da Consti- trito Federal o exercício da competência legislativa plena.
tuição do Estado X vedou aos municípios do respecti-
vo Estado da Federação a possibilidade de alterarem 16. (VUNESP — 2022) A respeito da autonomia dos muni-
a destinação, os fins e os objetivos originários de cípios na ordem constitucional brasileira, é correto
loteamentos definidos como áreas verdes ou institu- afirmar que
cionais. Todavia, o Chefe do Poder Executivo Munici-
pal deseja ir contra ao que preleciona tal dispositivo e a) a sua autonomia envolve a liberdade de criar, por lei
gostaria da opinião do procurador jurídico do municí- própria, tribunais de contas municipais.
pio. Com base na jurisprudência do Supremo Tribunal b) o Município reger-se-á por constituição municipal,
Federal, o procurador jurídico deve afirmar que votada em dois turnos, com o interstício mínimo de
60
30 (trinta) dias.
8-
a) o art. 150 da Constituição do Estado X é constitucio- c) cabe aos municípios o poder de livremente criar, orga-
48
nal, pois a competência privativa para legislar sobre nizar e suprimir distritos.
6.
direito urbanístico é dos Estados. d) a fiscalização dos municípios será exercida pelo Poder
b) a delimitação de competência municipal por meio de
.15
Legislativo Estadual, mediante controle externo.
20
dispositivo da constituição estadual ofende o princípio e) os subsídios do Prefeito, do Vice-Prefeito e dos Secre-
tários Municipais são fixados por lei de iniciativa da
-4
e) a limitação imposta pela norma é constitucional, pois contratar mediante concurso público.
b) de direito público, estando dispensadas do dever de
União e Estados são os únicos entes responsáveis
R
concurso público.
ui
60
das no Banco do Brasil.
8-
e) o Banco Central poderá conceder, direta ou indireta-
48
mente, empréstimos ao Tesouro Nacional.
6.
20. (VUNESP — 2022) De acordo com a Constituição
.15
20
a) à lei ordinária.
b) ao Código Tributário Nacional.
de
c) ao decreto legislativo.
os
d) à resolução.
am
e) à lei complementar.
R
e
9 GABARITO
m
er
lh
1 D
ui
G
2 A
3 C
4 E
5 B
6 D
7 E
8 A
9 E
10 A
230
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título, a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.
A Constituição Federal de 1988 trata da organiza-
ção do Estado brasileiro a partir do seu art. 18, onde
dispõe que “a organização político-administrativa da
República Federativa do Brasil compreende a União, os
NOÇÕES DE DIREITO
Estados, o Distrito Federal e os Municípios, todos autô-
nomos, nos termos desta Constituição.”
Conforme abordado brevemente no início deste
ADMINISTRATIVO material, a teoria criada por Montesquieu determina
a composição e divisão do Estado. Ela objetiva que
cada poder seja independente e harmônico entre si,
como forma de dividir as funções do Estado, entre
poder executivo, poder legislativo e poder judiciário,
NOÇÕES DE DIREITO a esse entendimento chamamos de Teoria da Separa-
ADMINISTRATIVO: CONCEITO DE ção dos Poderes.
ADMINISTRAÇÃO PÚBLICA O poder legislativo tem o poder de fazer emendas,
alterar e revogar leis, já o poder executivo, função de
Segundo José Afonso da Silva (2017), adminis- administrar o Estado, e por fim, o poder judiciário é
tração pública é o conjunto de meios institucionais, quem tem a função jurisdicional, por exemplo, a apli-
financeiros e humanos destinados à execução das cação do Direito em um caso concreto, através de um
decisões políticas1. processo judicial.
A Constituição Federal de 1988 estabeleceu regras Governo pode ser definido como a condução polí-
gerais e preceitos específicos no Capítulo VII do Título tica dos negócios públicos. Desta forma, pode ser
III. São normas que tratam da organização, diretrizes, conceituado como o conjunto de órgãos e de Poderes
remuneração e atuação dos servidores, acesso aos car- que se orientam, organizam-se para fins políticos, de
gos públicos etc. Assim, a seguir passaremos a estudar as comando e direcionamento dos atos de concretização
regras e preceitos específicos da Administração Pública. dos objetivos do Estado. É expressão da soberania
interna do País, sendo conduta independente, mas
DIFERENÇAS ENTRE GOVERNO E política e discricionária.
ADMINISTRAÇÃO Diferentemente do conceito de Administração, que
em sentido formal, é o conjunto de órgãos instituídos
A origem de um Estado pode se dar de forma natural, para consecução dos objetivos de Governo e, em sen-
60
religiosa (Estado criado por Deus), pela força e domínio tido material, é o conjunto de funções necessárias aos
8-
dos mais fortes sobre os mais fracos, pelo agrupamento serviços públicos. Trata-se, pois, de todo o aparelha-
48
de famílias, de forma contratual, de forma derivada: por mento do Estado, a fim de efetivar as políticas públi-
6.
união, quando dois estados soberanos se unem forman- cas, constituindo-se em conduta hierarquizada.
do um só novo estado ou fracionamento, quando um 15
Mais ainda, é importante ressaltar que a Adminis-
.
20
estado se divide em dois novos estados independentes,
tração não pratica atos de Governo, mas sim, atos de
ou de forma atípica, a exemplo do Vaticano e de Israel.
-4
sobre um grande grupo de pessoas (Contrato Social). poderá variar de acordo com a situação.
e
finalidade, o povo e o território. Assim, Dalmo de Abreu com seu vizinho em uma eventual construção irregu-
lh
Dallari apud Lenza (2019, p. 719) define Estado como “a lar, que extrapola o direito de um e invade o direito
ui
ordem jurídica soberana, que tem por fim o bem comum do outro.
G
de um povo situado em determinado território”. Num segundo momento, imagine que você foi fla-
Soberania é o poder político supremo e indepen- grado por uma viatura policial ao avançar um sinal
dente que o Estado detém consistente na capacidade vermelho em alta velocidade.
para editar e reger suas próprias normas e seu orde- Veja que, em que pese caber discussões de defesa
namento jurídico. de direitos em ambos os exemplos, as normas apli-
A finalidade consiste no objetivo maior do Estado cáveis aos casos não são as mesmas. No primeiro
que é o bem comum, conjunto de condições para o exemplo há uma clara igualdade, o que não ocorre no
desenvolvimento integral da pessoa humana. segundo momento.
Povo é o conjunto de indivíduos, em regra, com um Para começar a entender o regime jurídico-ad-
objetivo comum, ligados a um determinado território ministrativo, ou seja, o regime jurídico ao qual se
pelo vínculo da nacionalidade. submete a Administração Pública quando da sua
Território é o espaço físico dentro do qual o Esta- atuação, deveremos entender dois princípios, chama-
do exerce seu poder e sua soberania. Onde o povo se dos pela doutrina em Direito Administrativo de supra
estabelece e se organiza com ânimo de permanência. princípios:
1 SILVA, op. cit, p. 665. 231
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título, a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.
z Supremacia do interesse público;
z Indisponibilidade do interesse público.
Com base na supremacia do interesse público serão criadas prerrogativas para proteger o interesse público
diante do interesse particular. Exemplo: presunção de veracidade e legitimidade dos atos administrativos.
Já a indisponibilidade do interesse público irá impor restrições ao uso da coisa pública, também com intuito
de proteção: inalienabilidade condicionada dos bens públicos.
Importante ressaltar que a Administração Pública nem sempre estará atuando sob este regime jurídico-admi-
nistrativo, apesar de esta ser a regra. Haverá situações em que a Administração Pública estará atuando de igual
para igual com o particular, sujeita a um regime de direito privado. Portanto, dito isso, vamos organizar essa parte
do raciocínio.
Por motivos didáticos, costuma-se dividir as normas cogentes em regras e princípios. Regras são normas
cogentes que traduzem um comando direto, são criadas pelo legislador (portanto, são positivadas), e são utiliza-
das para a solução de casos concretos e específicos.
Os princípios, por sua vez, delimitam os valores fundamentais de um ramo do direito, possuem conteúdo
muito mais abrangente e são considerados mais importantes, dado o seu caráter geral e abstrato. Os princípios
são descobertos pela doutrina, através da análise das regras, retirando os aspectos concretos desta. O legislador,
dessa forma, tem um papel indireto na criação dos princípios.
Apesar das diferenças mencionadas, é indiscutível que os princípios e as regras são normas que apresentam
força cogente máxima. Porém, como os princípios possuem valores fundamentais de um ramo jurídico, são con-
siderados hierarquicamente superiores. Violar uma regra é um erro grave, mas violar um princípio é erro
60
gravíssimo: é cometer ofensa a todo um ordenamento de comandos.
8-
É importante mencionar que não há hierarquia material entre princípios. Os princípios, independentemente
48
da matéria, possuem a mesma relevância jurídica.
6.
Importante: Os princípios, assim como as regras jurídicas, possuem força cogente.
15
Cabe ressaltar também que, caso ocorra conflito entre dois ou mais princípios simultaneamente aplicáveis
.
a um caso concreto, sua solução deverá recorrer ao método da ponderação. Em que pese não haver hierarquia
20
entre princípios, o método da ponderação é o meio pelo qual se faz uma valoração do peso de cada princípio, de
-4
acordo com o caso concreto. Lembre-se: não há prevalência absoluta (hierarquia) de um princípio sobre o
ra
outro.
ei
liv
ADMINISTRAÇÃO PÚBLICA
de
os
São os princípios expressos, previstos no Texto Constitucional, mais especificamente no caput do art. 37. Segun-
am
do o referido dispositivo:
R
Art. 37 A administração pública direta e indireta de qualquer dos Poderes da União, dos Estados, do Distrito Federal
e
m
e dos Municípios obedecerá aos princípios de legalidade, impessoalidade, moralidade, publicidade e eficiên-
er
cia […].
lh
ui
Dica
G
Legalidade
Fruto da própria noção de Estado de Direito, as atividades do gestor público estão submissas à forma da lei. A
legalidade promove maior segurança jurídica para os administrados, na medida em que proíbe que a Adminis-
tração Pública pratique atos abusivos. Ao contrário dos particulares, que podem fazer tudo aquilo que a lei não
proíbe, a Administração só pode realizar o que lhe é expressamente autorizado por lei.
232
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O particular pode fazer tudo que
Legalidade
não houver proibição legal
LEGALIDADE
Administração O agente público só pode fazer o
Pública que a lei autoriza
Impessoalidade
A atividade da Administração Pública deve ser imparcial, de modo que é vedado haver qualquer forma de
tratamento diferenciado entre os administrados. Esse princípio apresenta algumas vertentes que é importante
conhecer:
Princípio da finalidade: há uma forte relação entre a impessoalidade e a finalidade pública, pois quem age
por interesse próprio não condiz com a finalidade do interesse público. A atuação administrativa sempre
tem como fim o interesse público, deste modo, é vedado que se busque o interesse próprio ou de terceiros.
O ato que é praticado com finalidade diversa do interesse público será considerado nulo, constatando-se o
desvio de finalidade;
Vedação à promoção pessoal: as realizações de Administração Pública não podem ser utilizadas como
instrumento para a promoção pessoal dos agentes públicos. A atuação administrativa é realizada em nome
da Administração, sendo vedada a vinculação com a pessoa dos agentes públicos. É importante ressaltar
também que é vedado, na publicidade oficial, constar nomes, símbolos ou imagens que caracterizem a pro-
moção pessoal dos agentes públicos. Esse é o fundamento da chamada “Teoria do Órgão”. Por causa disso,
é vedada a possibilidade do agente público de utilizar os recursos da Administração Pública para fins de
promoção pessoal, conforme aponta o § 1º, do art. 37, da CF, de 1988.
Moralidade
60
A Administração impõe a seus agentes o dever de zelar por uma “boa administração”, buscando atuar com
8-
base nos valores da moral comum, isto é, pela ética, decoro, boa-fé e lealdade. A moralidade não é somente um
48
princípio, mas também requisito de validade dos atos administrativos, ou seja, um ato administrativo imoral é
6.
um ato nulo. 15
É importante também ressaltar que a moralidade administrativa tem conotação objetiva, ou seja, não depende
.
20
Outro importante destaque a ser feito tange a vedação da prática do nepotismo. Sua prática ofende os princí-
ra
por afinidade, até o terceiro grau, inclusive, da autoridade nomeante ou de servidor da mesma pessoa jurídica
de
investido em cargo de direção, chefia ou assessoramento, para o exercício de cargo em comissão ou de confiança
os
ou, ainda, de função gratificada na administração pública direta e indireta em qualquer dos poderes da União, dos
Estados, do Distrito Federal e dos Municípios, compreendido o ajuste mediante designações recíprocas, viola a
am
Constituição Federal.
R
e
m
A vedação da Súmula Vinculante nº 13 não alcança a nomeação a cargos políticos em razão das qualidades
NOÇÕES DE DIREITO ADMINISTRATIVO
er
Publicidade e Eficiência
G
A publicação dos atos da Administração promove maior transparência e garante eficácia erga omnes (para
todos). Trata-se de um requisito de eficácia dos atos administrativos.
Além disso, também diz respeito ao direito fundamental que toda pessoa tem de obter acesso a informações de
seu interesse pelos órgãos estatais, salvo as hipóteses em que esse direito ponha em risco a vida dos particulares
ou o próprio Estado, ou ainda que ponha em risco a vida íntima dos envolvidos.
Em outras palavras, a publicidade (transparência) dos atos administrativos é a regra, porém, há hipóteses em
que a lei poderá estabelecer o sigilo. Vejamos o disposto na Constituição Federal:
Art. 5º […]
XXXIII - todos têm direito a receber dos órgãos públicos informações de seu interesse particular, ou de interesse
coletivo ou geral, que serão prestadas no prazo da lei, sob pena de responsabilidade, ressalvadas aquelas cujo sigilo
seja imprescindível à segurança da sociedade e do Estado;
LX - a lei só poderá restringir a publicidade dos atos processuais quando a defesa da intimidade ou o interesse social
o exigirem; 233
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Transparência
(publicidade)
PUBLICIDADE
DOS ATOS Segurança da Sociedade e
ADMINISTRATIVOS do Estado
Sigilo
Defesa da intimidade ou
interesse social
Eficiência
Implementada pela reforma administrativa promovida pela Emenda Constitucional nº 19, de 1998, a eficiência
traduz-se na tarefa da Administração de alcançar os seus resultados de uma forma célere, promovendo melhor
produtividade e rendimento, evitando gastos desnecessários no exercício de suas funções. A eficiência fez com
que a Administração brasileira adquirisse caráter gerencial, tendo maior preocupação na execução de serviços
com perfeição ao invés de se preocupar com procedimentos e outras burocracias.
Em que pese a adoção da eficiência buscar a produtividade, economicidade e redução dos desperdícios de
dinheiro público, ela não permite à Administração agir fora da lei, ou seja, o princípio da eficiência não se sobre-
põe ao princípio da legalidade.
Os princípios administrativos não se esgotam no âmbito constitucional. Existem outros princípios cuja previ-
são não está disposta na Carta Magna, e sim na legislação infraconstitucional, sendo reconhecidos tanto pela
doutrina como pela jurisprudência. É o caso do disposto no caput do art. 2º, da Lei nº 9.784, de 1999:
Art. 2° A Administração Pública obedecerá, dentre outros, aos princípios da legalidade, finalidade, motivação,
razoabilidade, proporcionalidade, moralidade, ampla defesa, contraditório, segurança jurídica, interesse público e
eficiência.
60
8-
Princípio da Autotutela
48
6.
A autotutela é um dos princípios com maior incidência em provas, e diz respeito ao controle interno que a
15
Administração Pública exerce sobre os seus próprios atos. Isso significa que, havendo algum ato administrativo
.
20
ilícito ou que seja inconveniente e contrário ao interesse público, não é necessária a intervenção judicial para que
a própria Administração anule ou revogue esses atos.
-4
Não havendo necessidade de recorrer ao Poder Judiciário, quis o legislador que a Administração possa, dessa
ra
forma, promover maior celeridade na recomposição da ordem jurídica afetada pelo ato ilícito, e garantir maior
ei
Art. 53 A Administração deve anular seus próprios atos, quando eivados de vício de legalidade, e pode revogá-
os
A distinção feita pelo legislador é bastante oportuna: ele enfatiza a natureza vinculada do ato anulatório, e a
R
discricionariedade do ato revogatório. A Administração pode revogar os atos inconvenientes, mas tem o dever
e
m
As formas de desfazimento dos atos administrativos podem se dar por meio do controle de legalidade ou pelo
lh
controle de mérito. O controle de legalidade é quando se identifica e anula o ato ilegal. Já o controle de mérito
ui
ocorre nas hipóteses de inconveniência e inoportunidade do ato administrativo, o qual poderá suceder a revoga-
G
ção do ato.
É importante destacar que o Poder Judiciário pode realizar o controle de legalidade do ato administrativo,
mediante provocação. Atente-se para o fato de que este só realiza o controle de legalidade (anulação do ato) e não
o controle de mérito.
A autotutela também tem previsão em duas súmulas do Supremo Tribunal Federal: Súmula nº 346 e a Súmula
nº 473:
Súmula nº 346 (STF) A Administração Pública pode declarar a nulidade de seus próprios atos.
Súmula nº 473 (STF) A administração pode anular seus próprios atos, quando eivados de vícios que os tornam
ilegais, porque deles não se originam direitos; ou revogá-los, por motivo de conveniência ou oportunidade, res-
peitados os direitos adquiridos, e ressalvada, em todos os casos, a apreciação judicial.
Dica
Anulação: atos ilegais.
234 Revogação: atos inconvenientes ou inoportunos (neste caso, os atos são válidos).
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Princípio da Motivação privado. A finalidade disposta em lei pode, por exem-
plo, ser justamente a proteção ao interesse público.
Um princípio implícito, também pode constar em Com isso, fica bastante clara a ideia de que todo
algumas questões como “princípio da obrigatória ato, além de ser devidamente motivado, possui um
motivação”. Trata-se de uma técnica de controle dos fim específico, com a devida previsão legal. O desvio
atos administrativos, o qual impõe à Administração o de finalidade ou o desvio de poder são defeitos que
dever de indicar os pressupostos de fato e de direi- tornam nulo o ato praticado pelo Poder Público.
to que justificam a prática daquele ato.
A fundamentação da prática dos atos administra- Princípio da Razoabilidade
tivos será sempre por escrito. Possui previsão no art.
50, da Lei nº 9.784, de 1999: Agir com razoabilidade é decorrência da própria
noção de competência. Todo poder tem suas corres-
Art. 50 Os atos administrativos deverão ser moti- pondentes limitações. O Estado deve realizar suas
vados, com indicação dos fatos e dos fundamentos funções com coerência, equilíbrio e bom senso. Não
jurídicos [...]” basta apenas atender à finalidade prevista na lei, mas
é de igual importância o como ela será atingida. É uma
E também no inciso VII, do parágrafo único, do art. decorrência lógica do princípio da legalidade.
2º, da mesma Lei: Dessa forma, os atos imoderados, abusivos, irracio-
nais e incoerentes, são incompatíveis com o interesse
Art. 2° [...] público, podendo ser anulados pelo Poder Judiciário
Parágrafo único. Nos processos administrativos ou pela própria entidade administrativa que praticou
serão observados, entre outros, os critérios de: tal medida.
[…] Em termos práticos, a razoabilidade (ou falta dela)
VII - indicação dos pressupostos de fato e de direito é mais aparente quando tenta coibir o excesso pelo
que determinarem a decisão. exercício do poder disciplinar ou poder de polícia.
Poder disciplinar traduz-se na prática de atos de con-
A motivação é uma decorrência natural do princí- trole exercidos contra seus próprios agentes, isto é, de
pio da legalidade, pois a prática de um ato administra- destinação interna. Poder de polícia é o conjunto de
tivo fundamentado, mas que não esteja previsto em atos praticados pelo Estado que tem por escopo limi-
lei, seria algo ilógico. tar e condicionar o exercício de direitos individuais e
Convém estabelecer a diferença entre motivo o direito à propriedade privada.
e motivação. Motivo é o ato que autoriza a prática
60
da medida administrativa, portanto, antecede o ato Princípio da Proporcionalidade
8-
administrativo. A motivação, por sua vez, é o fun-
48
damento escrito, de fato ou de direito, que justifica a O princípio da proporcionalidade tem similitudes
6.
prática da referida medida. Exemplo: na hipótese de 15
com o princípio da razoabilidade, sendo implícito
alguém sofrer uma multa por ultrapassar limite de também. Há muitos autores, inclusive, que preferem
.
20
velocidade, a infração é o motivo (ultrapassagem do unir os dois princípios em uma nomenclatura só. De
-4
limite máximo de velocidade); já o documento de noti- fato, a Administração Pública deve atentar-se a exage-
ra
ficação da multa é a motivação. A multa seria, então, o ros no exercício de suas funções. A proporcionalidade
ei
Quanto ao momento correto para sua apresenta- justa medida na prática de atos administrativos. Bus-
O
ção, entende-se que a motivação pode ocorrer simul- ca a proporcionalidade entre os meios utilizados e os
de
taneamente, ou em um instante posterior à prática do fins que a Administração Pública pretende alcançar.
ato (em respeito ao princípio da eficiência). A motiva- Segundo o inciso VI, parágrafo único, art. 2º, da Lei
os
Princípio da Finalidade
imposição de obrigações, restrições e sanções em
lh
ui
Sua previsão encontra-se no inciso II, parágrafo medida superior àquelas estritamente necessárias
G
60
Art. 78 Considera-se poder de polícia atividade da
8-
Deste modo, entendemos que a mudança na inter- administração pública que, limitando ou disciplinan-
48
pretação e orientação da Administração Pública é do direito, interesse ou liberdade, regula a prática de
6.
inevitável, mas não deve prejudicar e ser aplicada em ato ou abstenção de fato, em razão de interesse públi-
casos passados. Nesse sentido, a Lei nº 9.784, de 1999,
.15
co concernente à segurança, à higiene, à ordem, aos
costumes, à disciplina da produção e do mercado, ao
20
no âmbito federal, proíbe a retroatividade da nova
exercício de atividades econômicas dependentes de
-4
Art. 2º (Lei nº 9.784, de 1999) A Administração to sensu do poder de polícia, que não se confunde com
Pública obedecerá, dentre outros, aos princí- as limitações à liberdade e ao direito de propriedade
pios da legalidade, finalidade, motivação, razoa- impostas pelo legislador. Por ser atividade da Admi-
bilidade, proporcionalidade, moralidade, ampla nistração, deve ser exercida respeitando os princípios
defesa, contraditório, segurança jurídica, inte- da razoabilidade e proporcionalidade.
resse público e eficiência. A fundamentação legal é outro aspecto importan-
te do poder de polícia, uma vez que a lei condiciona o
O contraditório refere-se ao direito que o interes- exercício de determinadas atividades à obtenção de
sado possui de se contrapor às alegações feitas pela licenças ou concessões pelo Poder Público. O legisla-
parte contrária. Já a ampla defesa confere o direito dor deve, então, elaborar os requisitos necessários
de se defender por todos os meios e recursos juridica- para o exercício do poder de polícia pelo Estado.
mente válidos. O poder de polícia tem por objeto a imposição de
Esses não são os únicos princípios que regem as limitações à liberdade e propriedade dos particu-
relações da Administração Pública. Porém, escolhemos lares, instituindo condições capazes de compatibilizar
60
Na doutrina, muitos autores costumam definir poder Tudo que praticamos em nossas vidas pode ser
8-
de polícia, utilizando-se a expressão “faculdade que o
48
considerado atos. Mas, para o Direito, os atos são aque-
Estado possui de impor limites...”. Isso quer dizer que les capazes de motivar efeitos jurídicos. E, assim como
6.
não apresenta características de obrigação legal, mas 15
as pessoas na vida privada, a Administração Pública
de uma permissão. A escolha sobre qual método utili-
.
também pratica atos, os quais possuem potencial de
20
zar para o exercício do referido poder, e quando, com- produzir efeitos jurídicos diversos.
-4
pete somente à própria Administração Pública. Para Hely Lopes Meirelles, atos administrativos
ra
licença. A licença é ato administrativo relacionado ao Pública que objetivam adquirir, resguardar, transfe-
liv
poder de polícia, que apresenta previsão legal para a rir, modificar, extinguir e declarar direitos ou impor
O
sua obtenção, tratando-se por isso, de ato vinculado. obrigações aos particulares ou a si própria. Isso signi-
de
Com isso, podemos afirmar que a manifestação do fica que a Administração, antes mesmo de iniciar sua
poder de polícia pode ocorrer mediante a expedição atuação, deve expedir uma declaração que exprime a
os
Administração, ou por meio de atos vinculados, com a Importante frisar o caráter infralegal dos atos
R
O poder de polícia também é em regra indelegá- Administração Pública, seus agentes e órgãos à sobe-
m
rania popular.
dade de quem o exerce, não podendo ser transferido
lh
z Obrigatória, porque representa um dever do agen- O motivo é a circunstância de fato ou de direito que
te público; determina ou autoriza a prática do ato, isso é, a situa-
z Intransferível significa que, de modo geral, a com- ção fática que justifica a realização do ato. Situação
petência é um quesito personalíssimo, não pode de fato é o conjunto de circunstâncias que motivam
60
ser transferido para terceiros; a realização do ato; questões de direito é a previsão
8-
z Irrenunciável, porque o agente público não pode legal que leva à realização do ato.
48
abrir mão de sua competência; O motivo pode ser tanto requisito vinculado como
6.
z Imodificável significa que a competência, uma vez discricionário, dependendo do comando legal impos-
15
estabelecida, não pode sofrer alterações posteriores. to aos agentes. Assim, o motivo será vinculado quando
.
20
z Imprescritível, porque a competência perdura ao a lei expressamente obrigar o agente a agir de um cer-
-4
longo do tempo, ela não caduca; to modo, como na hipótese de lançamento tributário
ra
z Improrrogável significa dizer que se é competente (o fiscal da Receita não tem direito de escolha, se deve
ei
hoje, continuará sendo sempre, exceto por previ- ou não fazer o lançamento).
liv
são legal expressa em sentido contrário. Situação diversa é a do pedido de demissão de ser-
O
No entanto, essas características não vedam a pos- 132, V, da Lei nº 8.112, de 1990), hipótese em que a
sibilidade de delegação, quando prevista em lei. Por autoridade competente tem maior liberdade para
os
isso, pode-se dizer também que a delegabilidade é avaliar se a demissão é realmente ato necessário ou
am
ao disposto no art. 13 da Lei nº 9.784, de 1999: Não se confunde motivo com motivação, essa é a
e
Não podem ser objeto de delegação: justificativa para a realização de determinado ato. O
m
Art. 13 [...]
ções que justificam a expedição do ato, ocorre sem-
ui
II - a decisão de recursos administrativos; pre em momento posterior. Assim, todo o ato tem seu
III - as matérias de competência exclusiva do órgão motivo (Teoria dos Motivos Determinantes), mas nem
ou autoridade. Alguns atos, então, não podem ser sempre é expedido adjunto com a motivação, que
delegados a outras autoridades, principalmente se nada mais é do que a exteriorização dos motivos.
tais atos são de competência exclusiva do agente
público. Finalidade
60
atributos distintos:
A autoexecutoriedade permite que a Administra-
8-
ção Pública possa realizar a execução material de
48
a) presunção de legitimidade e veracidade;
seus atos. A expressão “auto” advém do fato de que
6.
b) imperatividade;
c) exigibilidade; o Poder Público não necessita de autorização judicial
15
para desconstituir a situação irregular e violadora da
.
d) auto executoriedade;
20
Presunção de legitimidade e veracidade. legal, como nos casos de Poder de Polícia; e o caráter
O
Também pode ser denominado presunção de de urgência, a fim de preservar o interesse coletivo.
de
legalidade. Significa que todo ato administrativo Assim, não há necessidade de intervenção judicial
é considerado válido no âmbito jurídico até surgir nas hipóteses de: apreensão de mercadorias contra-
os
prova em contrário. Se, pelo princípio da legalidade, bandeadas, na demolição de construção irregular, na
am
ao Administrador só cabe fazer o que a lei permite, interdição de estabelecimento comercial irregular, entre
R
então, presume-se que o fez respeitando a lei. outros. Todavia, afirmar que a execução independe de
e
Nosso Direito admite duas formas de presunção: manifestação do Judiciário não significa dizer que esca-
m
3 MAZZA, A. Manual de direito administrativo. 8ª Edição. São Paulo: Saraiva, 2018. 239
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finalidade que o Poder Público almeja, existe um ato manifestação de vontade de dois ou mais órgãos
definido em lei. A lei deve sempre estabelecer os tipos diferentes para a sua formação. Enquanto todos os
de atos e suas consequências, promovendo ao particu- órgãos competentes não se manifestarem da for-
lar a garantia de que a Administração Pública não fará ma devida, o ato não estará perfeito;
uso de atos inominados, sem tipificação, que impõe z Atos compostos: é aquele que advém de mani-
obrigações cuja previsão legal não existe. É um atri- festação de apenas um órgão. Porém, para que
buto que deriva do próprio princípio da legalidade. produza efeitos, depende da aprovação, visto,
ou anuência de outro ato, que o homologa, como
Dica condição para a executoriedade daquele ato. Cos-
tuma-se afirmar que o ato posterior é acessório
A tipicidade é uma característica marcante da do anterior, pois a manifestação do segundo ato
expropriação de bens particulares pelo Poder não possui a mesma matéria do primeiro: ele ape-
Público. É o caso de desapropriação administrati- nas complementa a aplicação deste. Exemplo: a
va, hipótese em que o Poder Público tem a prerro- nomeação de servidor público, que deve sempre
gativa de tirar da esfera de alguma pessoa física anteceder a sua aprovação em concurso público.
a titularidade sobre bem imóvel, transformando-o
em bem público. Para tanto, deve realizar um pro- Quanto aos Destinatários
cedimento envolvendo aspectos mais complexos,
como a declaração de utilidade ou necessidade z Atos gerais: são o conjunto de regras de caráter
pública (art. 5º, XXIV, da CF, de 1998), bem como abstrato e impessoal. Seus destinatários são mui-
tos, mas unidos por características em comum, que
a necessidade de prévia indenização ao particular
os faz destinatários do mesmo ato. Para produzi-
que teve seu bem expropriado, em pecúnia (art.
rem seus efeitos, já que externos, devem ser publi-
182, § 3º, da CF, de 1988). cados na imprensa oficial. Exemplos: os editais de
concurso público, as instruções normativas;
DISCRICIONARIEDADE E VINCULAÇÃO z Atos coletivos: são aqueles expedidos a um grupo
definido de destinatários. É o caso, por exemplo,
z Atos vinculados: são aqueles praticados pela de alteração de horário de funcionamento de uma
Administração Pública sem nenhuma liberdade repartição pública. Tal ato, evidentemente, somen-
de atuação. A lei define todas as margens de sua te é do interesse daqueles funcionários. A publici-
conduta. Havendo vício no ato vinculado, pode-se dade é atendida apenas com a comunicação dos
pleitear a sua anulação, pois trata-se de vício de interessados, visto que é um ato interno da Admi-
60
legalidade. É o caso, por exemplo, da concessão de nistração Pública;
8-
aposentadoria para o contribuinte beneficiário; z Atos individuais: são aqueles destinados a ape-
48
z Atos discricionários: a lei também estabelece nas um único destinatário. Exemplo: a promoção
6.
uma série de regras para a prática de um ato, mas de um determinado servidor público. A exigência
15
deixa certo grau de liberdade ao agente público, da publicidade depende somente da comunicação
.
20
que poderá optar por um entre vários caminhos do interessado, não há necessidade de publicação
-4
para a Administração Pública, a solução mais cor- z Atos constitutivos: são aqueles que geram uma
de
reta para sua extinção é a revogação. nova situação jurídica aos destinatários. Pode ser
pela outorga de um novo direito, como permissão
os
Atos administrativos existem dos mais variados z Atos declaratórios: são aqueles que afirmam uma
e
tipos. Para efeitos didáticos, costuma-se dividir e situação já existente, seja de fato ou de direito. Não
m
agrupá-los, formando-se uma verdadeira classificação cria, transfere ou extingue situação jurídica, ape-
er
60
aos servidores que pratiquem condutas irregula-
zir seus efeitos, seja por motivos de perfeição, seja
8-
res, nos termos da lei. São atos punitivos: as mul-
pela ausência de um outro ato administrativo que o
48
tas, as interdições; e a destruição de coisas.
homologue. É o caso, por exemplo, da investidura de
6.
candidato em um cargo público. Tal ato por si só é MOTIVAÇÃO 15
ineficaz, se o candidato não tiver, além de ser apro-
.
20
60
ANULAÇÃO autotutela: a Administração Pública tem competência
8-
para anular e revogar seus atos, sendo descabida a
48
É a extinção de ato administrativo defeituoso, manifestação do Poder Judiciário nos atos adminis-
6.
pois carece de legalidade, podendo ser expedido pela trativos discricionários. A revogação é elaborada pela
15
mesma autoridade que praticou o ato principal.
Administração Pública, ou até mesmo pelo Poder Judi-
.
20
ciário. A anulação deriva do próprio princípio da lega- O ato revocatório é sempre secundário, consti-
-4
lidade e autotutela. Também possui fundamento no tutivo e discricionário. Seu objeto será sempre o ato
administrativo ou a relação jurídica anterior perfei-
ra
nº 473, do STF.
liv
A anulação realizada pela própria Administração atinge somente os atos discricionários: para os atos
O
ocorre mediante a expedição de ato anulatório. Suas vinculados, a medida cabível é a anulação.
de
características principais são: é ato secundário, cons- Por fim, em relação a seus efeitos, a revogação não
titutivo e vinculado. Tanto a Administração como o pode atingir as situações jurídicas do passado. Isso
os
Poder Judiciário podem decretar a anulação de ato significa que a revogação produz efeitos futuros, não
am
prazo definido pelo caput do art. 54 da Lei nº 9.784, lar, que se sentiu prejudicado com a referida medida,
e
a Administração.
er
lh
60
modalidades, que serão vistas com maiores deta- Atente-se a este conceito: servidor público é o
8-
lhes: revogação, anulação, cassação, caducidade e agente contratado pela Administração Pública, direta
48
contraposição. ou indireta, sob o regime estatutário, sendo selecio-
6.
15
nado mediante concurso público, para ocupar cargos
públicos, possuindo vinculação com o Estado de natu-
.
20
60
um empregado público seria absolutamente inadmis- somente no momento da posse.
8-
sível nessas condições. Conforme aludido no art. 7º, da Lei n° 8.112, de
48
1990, a investidura em cargo público ocorrerá com a
6.
REGIME DOS SERVIDORES PÚBLICOS FEDERAIS: posse.
A LEI N° 8.112, DE 1990
.15
20
z Provimento
-4
ciações, todas em âmbito federal. Bastante exigida em comissão, quando o referido cargo não goza de
am
concursos públicos, convém salientar as principais estabilidade, podendo o servidor ser destituído ad
características a respeito do regime dos servidores
R
públicos: do servidor;
m
Dos Cargos Públicos: Conceito, Investidura na mento originário, que não depende de vinculação
lh
Para todos os efeitos legais, o servidor público está O art. 8º, da Lei n° 8.112, de 1990, dispõe sobre as
intrinsecamente ligado à noção de cargo público. Con- formas de provimento em cargos públicos:
forme dispõe o art. 3° do Estatuto dos Servidores, cargo
público é o conjunto de atribuições e responsabilidades Nomeação: trata-se da única forma de provi-
previstas na estrutura organizacional que devem ser mento originário, uma vez que não exige uma
cometidas a um servidor. A expressão “cometida” no relação jurídica prévia do servidor para com o
contexto do artigo de lei refere-se às atribuições e res- Estado. A nomeação depende sempre de pré-
ponsabilidades que são atribuídas ao servidor público via habilitação em concurso público de provas,
em decorrência do cargo público ocupado. Os cargos ou de provas e títulos. Além disso, a nomeação
públicos, acessíveis a todos os brasileiros, são criados poderá ser promovida não somente em caráter
por lei, com denominação própria e vencimento pago efetivo, como também para os cargos de con-
pelos cofres públicos, para provimento em caráter fiança ou em comissão (incisos I e II, dos arts.
244 efetivo ou em comissão. 9º e 10, da Lei nº 8.112, de 1990);
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título, a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.
Promoção: é uma forma de provimento deriva- motivo injusto pode advir de qualquer evento, como
do, haja vista que ela beneficia somente os ser- ter sido erroneamente acusado de ter praticado
vidores que já ingressaram em cargos públicos uma transgressão (falaremos das transgressões em
em caráter efetivo. Os demais requisitos para momento posterior). Carlos, então, resolveu ingres-
o ingresso e o desenvolvimento do servidor na sar com ação em juízo e por meio de decisão judi-
carreira, mediante promoção, serão estabeleci- cial (ou administrativa) conseguiu comprovar que a
dos pela lei que fixar as diretrizes do sistema sua demissão foi injusta, ficando determinada a sua
de carreira na Administração Pública Federal e invalidação. Com isso, ele pode ser reintegrado ao seu
seus regulamentos (parágrafo único, art. 10, da cargo a fim de voltar a desempenhar suas funções na
Lei nº 8.112, de 1990); repartição pública.
Readaptação: é, também, uma forma de pro- É proibida a criação de cargos excessivos pela
vimento derivado, pois trata-se de hipótese Administração Pública, tendo em vista que em toda
de atribuição ao servidor para um cargo com repartição existe um número exato de cargos a serem
funções e responsabilidades distintas e com- ocupados pelos servidores.
patíveis com a limitação que tenha sofrido em Logo, no exemplo apresentado, o cargo perten-
sua capacidade física ou mental, verificada ce originalmente a Carlos. Assim, o servidor Márcio,
em inspeção médica. Assim, por exemplo, um que estava ocupando o lugar de Carlos durante sua
motorista de ônibus que sofre acidente e acaba ausência, deverá ser reconduzido para o seu cargo de
perdendo algum membro essencial para diri- origem ou, não sendo possível, devido à extinção do
gir poderá ser readaptado para executar uma cargo nesse período, poderá ser aproveitado em outro
função similar, mas não idêntica à anterior. Na cargo similar.
hipótese do servidor readaptando se mostrar Não havendo outro cargo similar, Márcio será pos-
completamente inválido para exercer qualquer to em disponibilidade.
cargo, ele será compulsoriamente aposentado; Encontrando-se provido o cargo, o seu eventual ocu-
Reversão: outra forma de provimento deri- pante será reconduzido ao cargo de origem, sem direito
vado, em que temos o retorno à atividade de à indenização ou aproveitado em outro cargo, ou, ain-
um servidor aposentado por invalidez, ou por da, posto em disponibilidade (§ 2º, art. 28, idem).
puro e simples interesse da Administração, A disponibilidade é uma garantia de caráter pro-
desde que (art. 25, do Estatuto dos Servidores tecionista atribuída pela Constituição Federal ao ser-
Públicos): vidor público estável, cuja finalidade é resguardar o
vínculo do servidor com a Administração Pública, de
maneira a não ser excluído dos quadros de pessoal
60
Art. 25 [...]
II - [...] quando seu cargo for declarado desnecessário ou
8-
a) tenha solicitado a reversão; extinto. Durante o período em que o servidor perma-
48
b) a aposentadoria tenha sido voluntária; necer disponível, sua remuneração é mantida.
6.
c) estável quando na atividade; 15
d) a aposentadoria tenha ocorrido nos cinco anos Recondução: por fim, a recondução é a forma
.
20
A reversão far-se-á para o mesmo cargo ou para o estágio probatório relativo a outro cargo, ou
liv
cargo resultante de sua transformação. Em termos de ainda pela reintegração do anterior ocupante
O
remuneração, o servidor que retornar à atividade por (I e II, art. 29, da Lei nº 8.112, de 1990). Uma
de
sentadoria que recebia (§ 4º, art. 25, idem); sas condições, segundo a Súmula n° 22, do STF,
am
mentos compatíveis com os do anteriormente tem prioridade em relação a pôr o servidor em dis-
G
ocupados (art. 30, da Lei nº 8.112, de 1990). Será ponibilidade. Colocar o servidor em disponibilidade
tornado sem efeito o aproveitamento e cassa- é considerada uma última medida, pois o correto é a
da a disponibilidade se o servidor não entrar Administração fazer com que todos os servidores que
em exercício no prazo legal, salvo comprovada contratou estejam efetivamente no exercício de suas
doença por junta médica oficial (art. 32, idem); atividades, de modo a evitar a oneração dos cofres
Reintegração: é a forma de provimento deri- públicos com servidores inativos que continuam a
vado que ocorre pela reinvestidura do servidor receber remuneração e outros benefícios.
estável no cargo anteriormente ocupado, ou
no cargo resultante de sua transformação, na z Vacância
hipótese de sua demissão ser invalidada por
decisão judicial ou administrativa, tendo direi- A Lei nº 8.112, de 1990, também faz menção das
to também ao ressarcimento de todas as vanta- hipóteses de vacância, isto é, são hipóteses em que o
gens (caput, art. 28, Lei nº 8.112, de 1990). servidor deixa o cargo ocupado anteriormente. Essas
situações podem ser de caráter definitivo, como, por
Suponha que, em uma situação anterior, o servi- exemplo, a extinção do cargo público, ou quando
dor Carlos foi demitido por um motivo injusto. Esse ocorre a troca do cargo ocupado pelo servidor. 245
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título, a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.
Art. 33 São formas de vacância dos cargos públicos: III - manutenção da essência das atribuições do
I - exoneração; cargo;
II - demissão; IV - vinculação entre os graus de responsabilidade e
III - promoção; complexidade das atividades;
IV (REVOGADO); V - mesmo nível de escolaridade, especialidade ou
V (REVOGADO); habilitação profissional;
VI - readaptação; VI - compatibilidade entre as atribuições do cargo e
VII - aposentadoria; as finalidades institucionais do órgão ou entidade.
VIII - posse em outro cargo inacumulável;
IX - falecimento. A substituição encontra-se disposta no art. 38, do
Estatuto. Segundo o caput desse dispositivo, os servi-
Observe que algumas das hipóteses de vacância dores investidos em cargo ou função de direção ou
são as mesmas das hipóteses de provimento. Isso chefia e os ocupantes de cargo de Natureza Especial
ocorre porque, como mencionamos, o provimento terão substitutos indicados no regimento interno ou,
derivado dos cargos públicos pressupõe uma relação no caso de omissão, previamente designados pelo
jurídica anterior entre o servidor e a Administração dirigente máximo do órgão ou entidade.
Pública. Nessas hipóteses (readaptação, promoção), o A substituição é uma troca de um servidor por
Poder Público necessita extinguir um cargo público outro, aplicável somente para os cargos de comis-
(uma relação jurídica anterior) para criar um cargo são ou função de direção e chefia, bem como cargos
novo. de Natureza Especial. O servidor substituto indica-
Dessas hipóteses, a que merece maiores escla- do assume, automaticamente, o exercício do cargo,
recimentos é a exoneração. Nas linhas do art. 35, a nos casos de afastamentos, impedimentos legais ou
exoneração de cargo efetivo dar-se-á a pedido do ser- regulamentares do titular, bem como na hipótese de
vidor, ou de ofício. Quando de ofício, a exoneração vacância do cargo.
será realizada quando não satisfeitas as condições do Um direito muito importante do servidor substitu-
estágio probatório; ou ainda quando, tendo tomado to é que ele pode optar, entre o cargo que ocupava
posse, o servidor não entrar em exercício no prazo antes e o cargo que passa a ocupar pela substituição,
estabelecido. pela remuneração mais vantajosa (§ 2º, art. 38). Seria
A remoção é elencada no art. 36, da Lei nº 8.112, injusto o substituto ganhar menos do que recebia
de 1990. Pelo disposto no caput do referido artigo, antes da substituição.
remoção é o deslocamento do servidor, a pedido ou
de ofício, no âmbito do mesmo quadro, com ou sem Das Prerrogativas, dos Direitos, das Vantagens e das
60
mudança de sede. A remoção não é uma forma de pro- Autorizações dos Servidores Públicos
8-
vimento em cargo público.
48
O artigo ainda apresenta algumas modalidades de A prerrogativa é qualquer situação de vantagem
6.
remoção, que podem ser: obtida pela natureza de um cargo ou de uma função. No
15
caso dos agentes públicos, existem algumas prerrogati-
.
20
Art. 36 [...] vas que são comuns para todo e qualquer cargo público,
-4
Parágrafo único. [...] e existem algumas prerrogativas que são mais restritas,
I - de ofício, no interesse da Administração;
ra
III - a pedido, para outra localidade, independente- gos militares e para os cargos de natureza política.
mente do interesse da Administração:
O
c) em virtude de processo seletivo promovido, na pode demitir o servidor estável “porque não quer
G
hipótese em que o número de interessados for supe- mais” trabalhar com ele.
rior ao número de vagas, de acordo com normas Segundo o art. 21, do Estatuto dos Servidores
preestabelecidas pelo órgão ou entidade em que Públicos Civis da União, uma vez que o servidor seja
aqueles estejam lotados. habilitado em concurso público e empossado em car-
go de provimento efetivo adquirirá estabilidade no
A redistribuição é o deslocamento de cargo para serviço público ao completar 2 (dois) anos de efetivo
provimento efetivo, ocupado ou vago no âmbito do exercício.
quadro geral de pessoal, para outro órgão ou entida- Interessante observar que a Constituição Federal
de do mesmo Poder, com prévia apreciação do órgão de 1988 também prevê a prerrogativa de estabilida-
central do SIPEC, segundo o que dispõe o art. 37, do de em seu art. 41. Todavia, os requisitos são distintos:
referido Estatuto, desde que sejam observados os para o Texto Constitucional, o servidor público só
seguintes preceitos: adquire estabilidade após completar 3 (três) anos de
efetivo exercício.
Art. 37 [...] Isso não significa que, uma vez o servidor estando
I - interesse da administração; estável no seu cargo, ele pode fazer o que quiser e não
246 II - equivalência de vencimentos; sofrerá nenhuma punição. A estabilidade não lhe dá
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“carta branca” para agir como bem entender. Por isso, A Lei nº 8.112, de 1990, em seus arts. 40 e 41, elen-
o conteúdo do art. 22, da Lei nº 8.112, de 1990: ca diversos direitos e gratificações aos servidores
públicos, os quais são de grande importância conhe-
Art. 22 O servidor estável só perderá o cargo em cer. Vejamos os principais direitos:
virtude de sentença judicial transitada em julgado
ou de processo administrativo disciplinar no qual z Vencimentos: vencimentos está para o servidor
lhe seja assegurada ampla defesa. assim como o salário está para o empregado. Con-
siste na retribuição pecuniária pelo exercício do
O Texto Constitucional vai um pouco além: ele pre- cargo público, cujo valor é previamente fixado
vê ao todo, quatro modalidades de demissão de servi- em lei. Os vencimentos de cargos efetivos são, em
dor estável. São elas: regra, irredutíveis;
z Remuneração: é mais abrangente. É o vencimen-
z Por sentença judicial transitada em julgado: é to do cargo, somado a todas as outras vantagens
a forma mais demorada para se demitir um servi- pecuniárias estabelecidas em lei. O menor valor
dor, considerando todo o aspecto burocrático exis- pago ao servidor público, independentemente de
tente no processo judicial. O trânsito em julgado da sua vinculação, é o valor do salário mínimo vigen-
sentença somente ocorre quando esgotados todos te (§ 3º, art. 39, da CF, de 1988).
os recursos cabíveis;
z Mediante processo administrativo em que lhe
seja assegurada ampla defesa. As regras referentes Importante!
ao Processo Administrativo Disciplinar (ou PAD)
serão vistas mais adiante; O art. 39, da Constituição Federal, apresenta
z Mediante procedimento de avaliação periódica de algumas regras gerais sobre o regime dos servi-
desempenho, na forma de lei complementar, assegu- dores públicos. Dentre as regras constitucionais,
rada ampla defesa: quem não for aprovado na ava- o § 1º do referido dispositivo prevê que a fixação
liação periódica de desempenho pode ser exonerado dos padrões de vencimento e dos demais com-
de seu cargo público, independentemente de ter com- ponentes do sistema remuneratório observará
pletado o período de efetivo exercício; três aspectos: a natureza, o grau de responsabili-
z Por excesso de gasto com pessoal: as hipóteses 1 dade e a complexidade dos cargos componentes
a 3 estão previstas nos incisos do art. 41. Todavia, de cada carreira; os requisitos para a investidura;
essa última hipótese encontra-se disposta no inciso e também as peculiaridades dos cargos.
60
II, § 3º, art. 169, da CF, de 1988. Sob o aspecto orça-
8-
mentário e financeiro, não pode a Administração
48
Pública realizar gastos superiores àqueles previs- z Regime de subsídios: trata-se de uma forma espe-
6.
tos em seu orçamento anual. Com isso, havendo a cial de remuneração, feita em uma única parcela.
necessidade, é possível, sim, que um servidor está-
.15
O regime de subsídios, previsto no § 4º, art. 39, da
20
vel seja exonerado de seu cargo apenas por moti- CF, de 1988, foi introduzido com a finalidade de
coibir os “supersalários” comumente existentes no
-4
Outra prerrogativa que merece maior destaque é tante ressaltar que recebem por subsídios somen-
ei
a estabilidade, mas não pode ser confundido com a magistrados, ministros de Estado, secretários esta-
O
mesma. A vitaliciedade não é adquirida por qualquer duais, membros do Ministério Público e da Advo-
de
servidor: ela é somente concedida para alguns cargos cacia Pública, entre outros.
os
públicos especiais.
am
60
Art. 83 [...]
8-
O art. 61, do Estatuto dos Servidores Públicos, tam- II - por motivo de afastamento do cônjuge ou
48
bém prevê o pagamento das seguintes gratificações: companheiro;
6.
Art. 61 [...] 15
Trata-se de licença que poderá ser deferida ao ser-
.
I - retribuição pelo exercício de função de direção,
20
III – revogado;
executivo e legislativo. Nesse caso, a licença será por
ei
extraordinário;
Art. 84 [...]
os
VI - adicional noturno;
III - para o serviço militar (art. 85 da Lei 8.112, de
VII - adicional de férias;
am
1990);
VIII - outros, relativos ao local ou à natureza do
IV - para atividade política;
R
trabalho;
e
60
fundem com as licenças já estudadas. Trata-se de ou com o qual coopere dar-se-á com perda total da
8-
hipóteses em que ocorre o afastamento do servidor remuneração.
48
de suas funções por determinação da administração
6.
pública, e, em regra, o servidor receberá sua remu- O afastamento do servidor com a finalidade de
neração integral. A previsão legal está elencada nos 15
participação em programa de pós-graduação stricto
.
arts. 93 e seguintes, da Lei nº 8.666, de 1990. São qua-
20
sensu no país, no interesse da Administração Pública,
tro hipóteses:
-4
z para servir a outro órgão ou entidade; mediante compensação de horário, art. 96-A, da Lei
ei
z para exercício de mandato eletivo; nº 8.112, de 1990. O servidor continuará a receber sua
liv
z para estudos ou missões no exterior; remuneração no período em que estiver cursando sua
O
stricto sensu dentro do País. Para compreender melhor a diferença entre licen-
os
Finalidade é de interesse
m
Diz respeito às ocasiões em que o servidor poderá De modo geral, pode-se dizer que ao servidor é
se ausentar do serviço e não deixará de receber remu- garantido os seguintes benefícios previdenciários:
neração, de acordo com o art. 97, da Lei nº 8.112, de
1990. z Aposentadoria: possui previsão tanto na Cons-
tituição Federal quanto na Lei nº 8.112, de 1990.
Art. 97 Sem qualquer prejuízo, poderá o servidor O Regime Próprio de Previdência dos Servido-
ausentar-se do serviço:
res (RPPS) também sofreu alterações na chama-
I - por 1 (um) dia, para doação de sangue;
da “Reforma da Previdência”, promulgada pela
II - pelo período comprovadamente necessário para
Emenda Constitucional nº 103, de 2019. Com isso,
alistamento ou recadastramento eleitoral, limita-
do, em qualquer caso, a 2 (dois) dias; temos dois textos normativos que, até o presente
III - por 8 (oito) dias consecutivos em razão de: momento, dispõem sobre a aposentadoria.
a) casamento;
b) falecimento do cônjuge, companheiro, pais, À luz da Constituição Federal (art. 40), o servidor
60
madrasta ou padrasto, filhos, enteados, menor sob será aposentado:
8-
guarda ou tutela e irmãos.
48
z Por incapacidade permanente para o trabalho, no
6.
Do Direito de Petição cargo em que estiver investido, quando insuscetível
15
de readaptação. O Texto Constitucional explicita que
.
20
É importante ressaltar que ao servidor é conferido será obrigatória a realização de avaliações periódicas
-4
direito de petição, na forma do art. 104 e seguintes, para verificação da continuidade das condições que
ensejaram a concessão da aposentadoria, na forma
ra
tente para decidi-lo e na sequência encaminhado por ao tempo de contribuição, aos 70 (setenta) anos de
de
intermédio daquela a qual o servidor estiver imedia- idade, ou aos 75 (setenta e cinco) anos de idade, na
tamente subordinado, nos termos do art. 105, da refe- forma da lei complementar nº 152, de 2015. Essa lei
os
Deve ser respeitado o princípio do contraditório e pulsória com proventos proporcionais, sendo apli-
R
da ampla defesa, dando espaço para que tanto o servi- cável aos servidores ocupantes de cargos públicos
e
dor público como o Estado possam impugnar todos os da União, Estados, Municípios, Distrito Federal e
m
pontos do requerimento, apresentar sua defesa técni- suas autarquias e fundações; aos membros do Poder
er
ca escrita e interpor recursos (art. 107, Lei nº 8.666, de Judiciário; aos membros do Ministério Público; e aos
lh
ui
60
bém devido aos dependentes do servidor, cujo
isso, uma leitura da emenda constitucional 103,
8-
valor poderá ser:
de 2019, na íntegra, é altamente recomendada.
48
Art. 229 [...]
6.
15
I - dois terços da remuneração, quando afastado
z Auxílio-natalidade (art. 196): o auxílio-natalida- por motivo de prisão, em flagrante ou preventiva,
.
20
de é devido à servidora por motivo de nascimento determinada pela autoridade competente, enquan-
-4
natimorto;
liv
z Salário-Família (caput e § ° único, do art. 197): tiva, a pena que não determine a perda de cargo.
O
Parágrafo único. [...] atribui, aos mesmos, diversos deveres, com base no
m
de infrações funcionais.
do, de qualquer idade;
G
II - o menor de 21 (vinte e um) anos que, median- Os deveres disciplinados pelo Estatuto Federal
te autorização judicial, viver na companhia e às podem ser divididos de duas formas, quais sejam:
expensas do servidor, ou do inativo; deveres que são relacionados ao comportamento fun-
III - a mãe e o pai sem economia própria. cional (obrigações que devem ser cumpridas pelos
servidores; trata-se do inciso I; das alíneas “a”, “b” e
z Licença para tratamento de saúde (art. 202): “c”, do inciso V, e dos incisos VI, VIII e XII, do art. 116)
essa licença dependente de perícia médica, sem e deveres relativos ao comportamento profissional
prejuízo da remuneração a que fizer jus. O servi- (são aqueles comportamentos inerentes às atividades
dor precisa comprovar que realmente está doente profissionais desempenhadas pelos particulares; são
e não pode trabalhar; os incisos II, III, IV, VII, IX, X e XI, do art. 116).
z Licença à gestante, à adotante e licença-pater- Nos termos do art. 116, da Lei nº 8.112, de 1990:
nidade (art. 207): a licença à gestante/adotante/
paternidade será concedida por prazo não supe- Art. 116 São deveres do servidor:
rior a 120 dias, sem prejuízo da remuneração. I - exercer com zelo e dedicação as atribuições do
Todavia, a servidora gestante poderá prorrogar cargo
esse prazo, desde que o requeira até o final do II - ser leal às instituições a que servir; 251
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título, a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.
III - observar as normas legais e regulamentares; Art. 117 [...]
IV - cumprir as ordens superiores, exceto quando VII - coagir ou aliciar subordinados no sentido de
manifestamente ilegais; filiarem-se a associação profissional ou sindical, ou
V - atender com presteza; a partido político;
a) ao público em geral, prestando as informações
requeridas, ressalvadas as protegidas por sigilo; A liberdade de associação sindical é um direi-
b) à expedição de certidões requeridas para defesa to fundamental previsto pela Constituição Federal.
de direito ou esclarecimento de situações de inte- Sendo assim, é vedado ao servidor utilizar-se de sua
resse pessoal; hierarquia funcional como meio de coagir outros ser-
c) às requisições para a defesa da Fazenda Pública; vidores a se filiados a algum sindicato ou associação.
VI - levar as irregularidades de que tiver ciência
em razão do cargo ao conhecimento da autoridade Art. 117 [...]
superior ou, quando houver suspeita de envolvi- VIII - manter sob sua chefia imediata, em cargo
mento desta, ao conhecimento de outra autoridade ou função de confiança, cônjuge, companheiro ou
competente para apuração; parente até o segundo grau civil;
VII - zelar pela economia do material e a conserva-
ção do patrimônio público; Essa proibição tem o fito de evitar a prática do
VIII - guardar sigilo sobre assunto da repartição; nepotismo e garantir a aplicação da garantia constitu-
IX - manter conduta compatível com a moralidade
cional da impessoalidade administrativa.
administrativa;
X - ser assíduo e pontual ao serviço;
Art. 117 [...]
XI - tratar com urbanidade as pessoas;
IX - valer-se do cargo para lograr proveito pessoal
XII - representar contra ilegalidade, omissão ou
ou de outrem, em detrimento da dignidade da fun-
abuso de poder.
ção pública;
X - participar de gerência ou administração de
Das Proibições sociedade privada, personificada ou não personifi-
cada, exercer o comércio, exceto na qualidade de
O art. 117, da mesma Lei, impõe aos servidores públi- acionista, cotista ou comanditário;
cos diversas proibições. Trata-se de uma matéria que XI - atuar, como procurador ou intermediário, junto a
exige grande capacidade de memorização, ainda que repartições públicas, salvo quando se tratar de benefí-
não necessite de um alongamento muito detalhado. cios previdenciários ou assistenciais de parentes até o
segundo grau, e de cônjuge ou companheiro;
60
Art. 117 Ao servidor é proibido:
É proibido ao servidor exercer a chamada advo-
8-
I - ausentar-se do serviço durante o expediente, sem
cacia administrativa. Essa é uma situação em que o
48
prévia autorização do chefe imediato;
II - retirar, sem prévia anuência da autoridade agente público, aproveitando de sua influência, faz
6.
competente, qualquer documento ou objeto da uso de sua condição de servidor público para benefi-
15
repartição; ciar as pessoas que estiver representando.
.
20
Recusar fé a documentos públicos significa dizer XII - receber propina, comissão, presente ou van-
ei
que o servidor não pode se recusar a receber qual- tagem de qualquer espécie, em razão de suas
liv
niente de órgãos públicos), com a exceção dos casos XIII - aceitar comissão, emprego ou pensão de esta-
de
do estrangeiro;
em que existir suspeita de fraude ou qualquer outra
XIV - praticar usura sob qualquer de suas formas;
os
irregularidade.
am
no recinto da repartição;
XVI - utilizar pessoal ou recursos materiais da
ui
O serviço nas repartições públicas deve ser execu- XVII - cometer a outro servidor atribuições estra-
tado com imparcialidade dos servidores, sendo regra nhas ao cargo que ocupa, exceto em situações de
que seja evitado a exposição de convicções particula- emergência e transitórias;
res (ideologias políticas, religiosas etc.) que possam XVIII - exercer quaisquer atividades que sejam
intervir negativamente no ambiente de trabalho. incompatíveis com o exercício do cargo ou função e
com o horário de trabalho;
Art. 117 [...] XIX - recusar-se a atualizar seus dados cadastrais
VI - cometer a pessoa estranha à repartição, fora quando solicitado.
dos casos previstos em lei, o desempenho de atri-
buição que seja de sua responsabilidade ou de seu Acumulação de Cargo, Emprego e Função Pública
subordinado;
Sobre a acumulação de cargos, emprego e funções
Atribuir serviço à pessoa de repartição, diversa públicas, deve-se salientar que o ordenamento jurí-
responsabilidade fora de sua competência de atuação. dico brasileiro, em regra, proíbe a acumulação de
cargos e empregos públicos. Tal proibição se esten-
252 de, inclusive, para as entidades da Administração
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título, a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.
Indireta. O caput do art. 118, da Lei nº 8.112, de 1990, dolosos ou culposos, que sejam capazes de causar
dispõe no mesmo sentido: Ressalvados os casos pre- danos materiais ao erário (patrimônio público), ou a
vistos na Constituição, é vedada a acumulação terceiros, pelo que dispõe o art. 122, da Lei nº 8.112,
remunerada de cargos públicos. Apesar de o referi- de 1990.
do texto legal dispor sobre agentes públicos no âmbito A responsabilidade penal do servidor tem seu
federal, entendemos que também possa ser aplicado fundamento na apuração de uma conduta criminal,
aos agentes públicos dos Estados, Municípios e Distri- isso é, a hipótese em que o servidor público possa pra-
to Federal. ticar um ilícito penal, ou crime. A responsabilidade
A proibição de acumular cargos estende-se tam- penal é, definitivamente, a mais grave e perigosa, uma
bém a empregos e funções em autarquias, fundações vez que ela pode repercutir nas demais esferas, tanto
públicas, empresas públicas, sociedades de economia pela condenação do servidor condenado, quanto pela
mista da União, do Distrito Federal, dos Estados, dos sua absolvição devido à falta de provas materiais ou
Territórios e dos Município (§ 1º, art. 118). pela negação de sua autoria, sendo essas últimas hipó-
Pela leitura do dispositivo, percebe-se que a pró- teses apenas exceções, segundo aludido pelo art. 123.
pria Constituição Federal dispõe de um rol de casos A responsabilidade administrativa resulta de
excepcionais em que é permitida a acumulação des- ato omissivo ou comissivo praticado pelo servidor
sas funções. Há entendimento praticamente unânime no desempenho de cargo ou função, à luz do art. 124.
de que se trata de um rol taxativo, ou seja, são válidas Consiste na instauração de processo disciplinar,
apenas aquelas hipóteses de acumulação de cargos. motivo pelo qual haverá a verificação da conduta deli-
Assim, as hipóteses de acumulação de cargos cons- tuosa do agente, bem como a aplicação da pena mais
titucionalmente autorizadas são: adequada. Imprescindível reforçar que a aplicação de
qualquer pena ao servidor público pressupõe um pro-
z Dois cargos de professor (“a”, XVI, art. 37); cesso administrativo, sendo assegurado ao acusado
z Um cargo de professor com outro técnico ou cientí- direito ao contraditório e à ampla defesa, sendo obri-
fico (“b”, XVI, art. 37); gatória, inclusive, a presença do advogado em todas
z Dois cargos ou empregos privativos de profissio- as fases do referido processo (Súmula nº 343, do STJ).
nais na área da saúde (“c”, XVI, art. 37); Todavia, tal entendimento vem sofrendo alterações,
z Um cargo de vereador com outro cargo, emprego pois o STF já reconheceu na Súmula Vinculante nº 5
ou função pública (III, art. 38); que a falta de defesa técnica no processo administrati-
z Um cargo de magistrado e outro de magistério (I,
vo disciplinar não é inconstitucional.
parágrafo único, art. 95);
Em relação às penalidades administrativas apli-
z Um cargo de membro do Ministério Público e outro
60
cáveis aos servidores públicos, a Lei nº 8.112, de 1990,
de magistério (“d”, II, § 5º, art. 128).
8-
(art. 127) prevê aplicação das seguintes sanções:
48
Segundo o § 2º, do art. 118, da Lei nº 8.112, de 1990,
6.
z Advertência: é a sanção mais branda, aplicável
a acumulação de cargos, ainda que lícita, fica condicio- 15
por escrito para o servidor que cometer atos como:
nada à comprovação da compatibilidade de horários.
.
20
118).
é reincidente nas faltas puníveis por advertên-
de
por autoridade competente. Nos termos do art. 119, demissão do cargo. A suspensão não poderá ser
am
ao servidor também não será permitida a ocupação aplicada por prazo maior a noventa dias;
z Demissão: trata-se da penalidade mais grave atri-
R
O servidor vinculado ao regime desta Lei que acu- buída ao servidor público, uma vez que tem o con-
m
60
novo concurso e se classifique, não poderá ser investi- Mesmo que a administração pública tenha o dever
8-
do e tomar posse de novo cargo. de responsabilizar os seus servidores públicos pelas
48
Não poderá retornar ao serviço público federal o infrações praticadas de que tiver conhecimento, é
6.
servidor que for demitido ou destituído do cargo em importante observar que essas penalidades devem
15
ser aplicadas a contar da data em que o fato se tornou
comissão por infringência dos incisos I, IV, VIII, X e XI,
.
20
art. 132, (parágrafo único, do art. 137). conhecido. A prescrição da ação disciplinar é regula-
mentada pelo art. 142.
-4
Entende-se por inassiduidade habitual a falta ao ser- II - em 2 (dois) anos, quanto à suspensão;
viço, sem causa justificada, por sessenta dias, interpola-
os
inassiduidade habitual, também será adotado o § 2º Os prazos de prescrição previstos na lei penal
m
procedimento sumário a que se refere o art. 133 [...]. aplicam-se às infrações disciplinares capituladas
er
somente em situações de verificação de acúmulo ilegal processo disciplinar interrompe a prescrição, até a
G
de cargos, inassiduidade habitual e abandono de cargo e decisão final proferida por autoridade competente.
em todos esses casos é cabível e penalidade de demissão. § 4º Interrompido o curso da prescrição, o prazo
E ainda para que se aplique o procedimento sumá- começará a correr a partir do dia em que cessar a
rio é importante que se siga os requisitos apresenta- interrupção.
dos a seguir, indicando a materialidade da infração
administrativa, ou seja, apresentando provas de que o Do Processo Administrativo Disciplinar: Conceito,
fato ocorreu e deve ser julgado. Princípios, Fases e Modalidades
60
é o instrumento destinado a apurar responsabilidade intimadas a depor mediante mandado expedido pelo
do servidor público pela infração praticada no exer-
8-
presidente da comissão, devendo a segunda via, com
48
cício de suas atribuições ou que tenha relação com as o ciente do interessado, ser anexado aos autos. Quem
atribuições do cargo em que se encontre investido.
6.
convoca as testemunhas para colher seus respectivos
Segundo o art. 149, o processo será conduzido por 15
depoimentos, e quem faz toda a colheita de todos os
Comissão composta de três servidores estáveis desig-
.
20
meios de prova, é a Comissão e não a autoridade jul-
nados pela autoridade competente, observado o dis-
gadora que, por sua vez, somente vai atuar no PAD
-4
fica encarregada de realizar um relatório contendo ço sem apresentar uma justificativa válida para tanto.
am
todas as provas colhidas e todos os fatos devidamente Concluída a inquirição das testemunhas, a comis-
investigados. são promoverá o interrogatório do acusado, observa-
R
Ao todo, são três as fases do processo adminis- dos os procedimentos previstos nos arts. 158 e 159.
e
m
I - instauração, com a publicação do ato que cons- promovida a acareação entre eles.
G
60
Esse regime de prerrogativas e sujeições para a
8-
A qualquer tempo poderá ser requerida a revisão
Administração Pública encontra-se expresso em for-
48
do procedimento administrativo, a pedido ou de ofí-
ma de princípios. De acordo com o dispositivo, são
6.
cio, quando se aduzirem fatos novos ou circunstân-
cias suscetíveis de justificar a inocência do punido ou
.15
princípios que regem a Administração Pública direta
e indireta: legalidade, impessoalidade, moralidade,
20
acusado ou seu representante, para que a autoridade da Administração Pública aos mandamentos da lei.
ei
possa realizar um novo julgamento do PAD, porque A legalidade traduz o sentido de que a Administra-
liv
apareceu um fato ou circunstância nova que compro- ção Pública somente pode fazer o que a lei manda ou
O
vem a inocência do requerente. permite, bem como somente pode proibir o que a lei
de
A revisão de que trata este artigo poderá ser requeri- expressamente proíbe.
os
do servidor público, por qualquer pessoa da família, ou dade necessária para o exercício da atividade admi-
ainda em caso de incapacidade mental do servidor públi- nistrativa. Destinado tanto ao administrador como ao
R
co, pelo respectivo curador (§ § 1º e 2º, art. 174). administrado, esse princípio impõe a objetividade e a
e
m
ao requerente, correndo em apenso ao processo original O Princípio da Moralidade diz respeito à moral
lh
60
públicas. A norma infraconstitucional pode conter tais a prioridade na nomeação. Em contrapartida, o candi-
8-
efeitos, estabelecendo critérios diferenciados. Portanto, dato aprovado fora do número de vagas possui mera
48
todos os brasileiros têm acesso a todos os cargos, empre- expectativa de direito à nomeação, devendo subme-
6.
gos e funções desde que a norma não restrinja. ter-se ao juízo de conveniência e oportunidade da
Já para os estrangeiros, a norma constitucional é Administração.
.15
20
de eficácia limitada, ou seja, para que o estrangeiro
-4
geiros têm acesso somente aos cargos, empregos e tal de convocação, aquele aprovado em concurso
ei
público de provas ou de provas e títulos, de para o mesmo cargo enquanto os candidatos aprova-
acordo com a natureza e a complexidade do cargo dos em certame anterior e com prazo de validade não
R
ou emprego, na forma prevista em lei, ressalvadas expirado ainda não foram convocados. Assim, estabe-
e
60
cios, efetivos e comissionados: Por fim, para o exercício da função de confiança,
8-
o pressuposto é que o nomeado já exerça cargo na
48
z Cargo vitalício é aquele com a maior garantia em Administração. Exemplo: um escrevente técnico é
6.
relação à permanência. Trata-se daquele destina- nomeado para a função de assessor do juiz.
15
do a receber o ocupante em caráter permanente,
.
20
nea “a”, inciso I, § 5º, art. 128, da CF, de 1988) e os � Função de confiança: deve ser agente público;
ei
de ministros do Tribunal de Contas (§ 3º, art. 73, CF, � Cargo em confiança: pode ou não ser agente
liv
Art. 37 [...]
z Cargo efetivo é aquele provido por concurso públi- VI - é garantido ao servidor público civil o direito à
am
rão ser demitidos por decisão judicial transitada em O inciso VI decorre do direito à liberdade do art. 5º,
m
julgado, processo administrativo disciplinar ou pro- da CF, de 1988. Lembrem-se: ninguém é obrigado a se
er
com a confiança. Como regra, ele deve ser preenchi- Art. 37 [...]
do preferencialmente por servidores de carreira. VII - o direito de greve será exercido nos termos e
Portanto, para os demais casos (pessoal de fora da nos limites definidos em lei específica;
Administração), a nomeação deve ser exceção.
O direito de greve dos servidores públicos é dife-
Além disso, é importante frisar que a nomeação rente do direito dos demais trabalhadores da inicia-
aos cargos em comissão somente é possível para os tiva privada. Enquanto estes podem interromper
cargos de chefia, direção ou assessoramento. Portan- completamente suas atividades, o servidor público
to, para as atribuições de execução e, não, para as precisa garantir que os serviços sejam mantidos e em
atribuições técnicas e operacionais. Exemplo: cabe a percentual que possa atender à população. Trata-se
nomeação para cargo em comissão de Secretário de da aplicação do princípio da continuidade, uma vez
Transportes, por demandar conhecimento específico que não é possível a interrupção total das atividades
e confiança. Já para o motorista, isso não é cabível, prestadas pela Administração à população por serem
pois, diferentemente do Secretário, sua atribuição é estas essenciais e necessárias à coletividade. Para tan-
meramente operacional e não demanda a relação de to, a Norma Constitucional prevê que os termos e limi-
258 confiança. tes devem ser estabelecidos em lei.
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Ainda não foi elaborada lei para dar aplicabilidade O inciso X trata da remuneração dos servidores
ao inciso VII. Por essa razão, o STF proferiu a seguinte públicos. Cumpre esclarecer, no entanto, que remu-
decisão nos autos do Mandado de Injunção 670-ES: neração é o gênero, do qual salário, vencimentos e
subsídios são espécies. Salário é a contraprestação
STF, MI 670-ES: Mandado de injunção. Garantia pecuniária paga aos empregados públicos, regidos
fundamental (CF, Art. 5º, inciso LXXI). Direito de pela CLT. Vencimento é a modalidade remunerató-
greve dos servidores públicos civis (CF, Art. 37, ria da maioria dos servidores submetidos a regime
inciso VII). Evolução do tema na jurisprudência jurídico estatutário, englobando o vencimento-base e
do Supremo Tribunal Federal (STF). Definição dos as vantagens pecuniárias. Já subsídio é uma parcela
parâmetros de competência constitucional para única, sem qualquer acréscimo, obrigatória para as
apreciação no âmbito da justiça federal e da jus- seguintes categorias:
tiça estadual até a edição da legislação específica
pertinente, nos termos do art. 37, VII, da CF. Em
z Membros de Poder (chefes dos Poderes Executivos,
observância aos ditames da segurança jurídica e à
evolução jurisprudencial na interpretação da omis-
senadores, deputados, vereadores, magistrados),
são legislativa sobre o direito de greve dos servido- detentores de mandato eletivo, Ministros de Esta-
res públicos civis, fixação do prazo de 60 (sessenta) do e Secretários Estaduais e Municipais;
dias para que o Congresso Nacional legisle sobre a z Ministros ou Conselheiros dos Tribunais de Contas;
matéria. Mandado de injunção deferido para deter- z Membros do Ministério Público;
minar a aplicação das Leis 7.701/1988 e 7.783/1989. z Integrantes das carreiras pertencentes à Advocacia
Geral da União, à Procuradoria-Geral da Fazenda
Seguimos com os incisos do art. 37, da CF, de 1988: Nacional, às Procuradorias dos Estados e do Dis-
trito Federal e às Defensorias Públicas da União,
Art. 37 [...] DF e Territórios e Defensorias Públicas Estaduais
VIII - a lei reservará percentual dos cargos e empre- (art. 135, CF);
gos públicos para as pessoas portadoras de defi- z Servidores policiais integrantes da Polícia Fede-
ciência e definirá os critérios de sua admissão; ral, Polícia Rodoviária Federal, Polícia Ferroviária
Federal, Polícias Civis, Polícias Militares e Corpos
O inciso VIII estabelece a reserva de vagas para de Bombeiros Militares.
pessoas com deficiência. Trata-se de uma norma
constitucional de eficácia limitada, ou seja, que depen- Vejamos, a seguir, o texto da Súmula nº 679, do STF:
de da edição de lei infraconstitucional para poder
60
gerar os efeitos. Súmula n° 679 (STF) A fixação de vencimentos dos
8-
Com relação à reserva, cumpre salientar que as servidores públicos não pode ser objeto de conven-
48
atribuições do cargo devem ser compatíveis com a ção coletiva.
6.
deficiência. Ainda, a reserva é de até 20% (vinte por
cento) das vagas oferecidas no concurso, isto é, a CF,
.15
No que se refere à revisão, o dispositivo trata ape-
de 1988, fixou apenas o limite máximo (teto) do núme- nas da revisão geral, ou seja, do reajuste anual genéri-
20
ro a ser reservado. co, que tem por objetivo repor as perdas inflacionárias
-4
O § 1º, art. 37, do Decreto nº 3.298, de 1999, esta- do período, sendo aplicável a todos os servidores. Por-
ra
belece o percentual mínimo de 5% das vagas e, no tanto, não a confunda com reajuste específico, que é
ei
caso de o número obtido ser fracionado, o número de aquele aplicado apenas a alguns cargos ou carreiras
liv
vagas será elevado até o primeiro número inteiro sub- funcionais, com a finalidade de evitar a defasagem
O
temporária de excepcional interesse público; ção direta, autárquica e fundacional, dos membros
e
60
É importante o texto da Súmula Vinculante nº 37,
a) a de dois cargos de professor;
8-
do STF:
b) a de um cargo de professor com outro técni-
48
co ou científico;
6.
Súmula Vinculante nº 37 Não cabe ao Poder Judi-
c) a de dois cargos ou empregos privativos
ciário, que não tem função legislativa, aumentar 15
de profissionais de saúde, com profissões
.
vencimentos de servidores públicos sob fundamen-
20
regulamentadas;
to de isonomia.
-4
Art. 37 [...]
cargos. Como regra, é vedada a acumulação remu-
ei
quaisquer espécies remuneratórias para o efeito nerada de cargos públicos. No entanto, é possível a
O
remunerações encontra-se prevista no inciso XIII. sibilidade de acumular dois cargos de professor
am
Sobre isso, vejamos o texto da Súmula nº 681: (ex.: cargo de professor da rede municipal no perío-
R
monetária.
G
60
beleçam obrigações de pagamento, mantidas as
8-
Art. 37 [...]
condições efetivas da proposta, nos termos da lei, o
48
XVIII - a administração fazendária e seus servi- qual somente permitirá as exigências de qualifica-
6.
dores fiscais terão, dentro de suas áreas de com- ção técnica e econômica indispensáveis à garantia
petência e jurisdição, precedência sobre os demais
.15
do cumprimento das obrigações.
20
tro da estrutura da Administração Pública, esta deverá dade de condições, com cláusulas que estabeleçam
de
dar prioridade para os serviços atinentes à arrecada- obrigações de pagamento, mantidas as condições efe-
os
ção dos tributos, por se tratar dos recursos essenciais tivas da proposta, nos termos da lei, a qual somente
am
das obrigações.
e
Art. 37 [...]
m
XIX - somente por lei específica poderá ser criada NOÇÕES DE DIREITO ADMINISTRATIVO
er
Art. 37 [...]
lh
sa pública, de sociedade de economia mista e dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios,
G
60
do agente.
8-
administrativa é a Lei nº 8.429, de 1992.
48
Art. 37 [...]
6.
§ 3º A lei disciplinará as formas de participação Art. 37 [...]
15
§ 6º As pessoas jurídicas de direito público e
do usuário na administração pública direta e
.
20
I - as reclamações relativas à prestação dos servi- públicos responderão pelos danos que seus
ços públicos em geral, asseguradas a manutenção
ra
serviços;
de
vado o disposto no art. 5º, X e XXXIII; do Estado, o que significa que o Estado é responsável
am
III - a disciplina da representação contra o exercí- civilmente pelos atos praticados por seus agentes ou
R
cio negligente ou abusivo de cargo, emprego ou fun- pelos prestadores de serviço público de forma obje-
e
haja um controle social, de modo a estabelecer meios Portanto, o Estado é responsável quando um de
ui
Art. 37 [...]
§ 10 É vedada a percepção simultânea de pro-
Entende-se por pessoa jurídica de direito privado ventos de aposentadoria decorrentes do art. 40
prestadora de serviços públicos as empresas públicas, ou dos arts. 42 e 142 com a remuneração de car-
sociedades de economia mista e as concessionárias e go, emprego ou função pública, ressalvados os
permissionárias, isto é, aquelas empresas seleciona- cargos acumuláveis na forma desta Constitui-
das por procedimento licitatório para desempenhar ção, os cargos eletivos e os cargos em comissão
serviço público. Por exemplo: serviço de transporte declarados em lei de livre nomeação e exoneração.
público urbano.
O § 10 veda a percepção simultânea de proventos
Art. 37 [...] de aposentadoria com remuneração de cargo, empre-
§ 7º A lei disporá sobre os requisitos e as restri- go ou função pública, ressalvada a hipótese de cargos
ções ao ocupante de cargo ou emprego da adminis-
acumuláveis, na forma da Constituição, cargos eleti-
tração direta e indireta que possibilite o acesso a
informações privilegiadas.
vos e cargos em comissão. Esse dispositivo foi acres-
centado pela Emenda Constitucional nº 20, de 1998,
O § 7º pressupõe a existência de regras éticas de que também resguardou o direito daqueles servidores
60
conduta das autoridades da Administração Pública, aposentados que, até a data da promulgação da Emen-
8-
de modo a tentar minimizar a possibilidade de con- da, retornaram à atividade antes da proibição.
48
flito entre o interesse privado e o dever funcional.
6.
Ainda, objetiva-se a criação de mecanismos, a fim de 15
regulamentar o acesso às informações.
.
Importante!
20
-4
§ 8º A autonomia gerencial, orçamentária e efetivos e aos militares, tanto das Forças Arma-
ei
financeira dos órgãos e entidades da admi- das como das Polícias Militares e Corpos de
liv
direitos, obrigações e responsabilidade dos dirigentes; Há remansosa jurisprudência desta Corte nesse
e
m
O § 8º busca alcançar melhores resultados na mentos nestes tenham ocorrido antes da vigência
ui
Administração Pública por meio da criação de novos da EC 20/1998. [...] o art. 11 da EC 20/1998 possi-
G
60
O § 16 foi acrescido pela Emenda Constitucional nº
37, XI, da CF, já estabelece um teto único.
8-
109, de 2021, e tem como objetivo aprimorar o meca-
48
nismo de participação da sociedade na Administração
Art. 37 [...]
6.
Pública.
§ 13 O servidor público titular de cargo efetivo 15
poderá ser readaptado para exercício de cargo
.
20
Art. 38 Ao servidor público da administração
cujas atribuições e responsabilidades sejam compatí-
direta, autárquica e fundacional, no exercício
-4
disposições:
ei
condição, desde que possua a habilitação e o nível I - tratando-se de mandato eletivo federal, estadual
liv
de escolaridade exigidos para o cargo de destino, ou distrital, ficará afastado de seu cargo, emprego
O
vado que consiste na investidura do servidor em cargo III - investido no mandato de Vereador, havendo
R
a limitação que tenha sofrido em sua capacida- gens de seu cargo, emprego ou função, sem prejuízo
m
de física ou mental verificada em inspeção médica. da remuneração do cargo eletivo, e, não havendo
er
anterior;
ui
exigida, assim como o nível de escolaridade e a equi- o exercício de mandato eletivo, seu tempo de servi-
valência de vencimentos. ço será contado para todos os efeitos legais, exceto
No caso de inexistir cargo vago, o servidor exer- para promoção por merecimento;
cerá suas atribuições como excedente, permanecen- V - na hipótese de ser segurado de regime próprio
do nessa situação até a ocorrência de vaga no cargo de previdência social, permanecerá filiado a esse
compatível. regime, no ente federativo de origem.
60
exerçam as atribuições dos órgãos públicos, ou seja, quanto às regras aplicadas aos servidores públicos.
8-
de agentes públicos. A expressão agente público é Vejamos o que dispõem esses artigos:
48
utilizada como gênero, designando toda e qualquer
6.
pessoa que exerça uma função pública, quer de for- Art. 39 A União, os Estados, o Distrito Federal e os
ma remunerada ou gratuita, quer de natureza política 15
Municípios instituirão conselho de política de admi-
.
20
ou administrativa, quer com investidura definitiva ou nistração e remuneração de pessoal, integrado por
servidores designados pelos respectivos Poderes.
-4
transitória.
Os agentes públicos dividem-se em quatro catego- § 1º A fixação dos padrões de vencimento e dos
ra
observará:
liv
carreira;
II - os requisitos para a investidura;
os
60
Municípios instituirão, no âmbito de sua competên- cionais ao tempo de contribuição, aos 70 (setenta)
8-
cia, regime jurídico único e planos de carreira para anos de idade, ou aos 75 (setenta e cinco) anos de
48
os servidores da administração pública direta, das idade, na forma de lei complementar;
6.
autarquias e das fundações públicas. III - no âmbito da União, aos 62 (sessenta e dois)
15
anos de idade, se mulher, e aos 65 (sessenta e
.
A CF, de 1988, estabelece regras para a fixação dos cinco) anos de idade, se homem, e, no âmbito
20
padrões de vencimento e dos demais componentes do dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios,
-4
sistema remuneratório, que deverá observar: a natu- na idade mínima estabelecida mediante emenda às
ra
dos cargos que compõem cada carreira; os requisitos vados o tempo de contribuição e os demais
liv
lei específica, assim como para o seu aumento, alteração re o § 2º do art. 201 ou superiores ao limite máximo
am
servidores que desempenham atividades semelhantes, aposentadoria serão disciplinadas em lei do res-
er
mas percebem valores muito diferentes. Salienta-se que pectivo ente federativo.
lh
a revisão geral da remuneração dos servidores públicos, § 4º É vedada a adoção de requisitos ou crité-
ui
sem distinção de índices entre civis e militares, será feita. rios diferenciados para concessão de benefícios
G
Com objetivo de garantir o aperfeiçoamento do pro- em regime próprio de previdência social, ressalva-
fissional, o dispositivo estabelece a realização de cursos do o disposto nos §§ 4º-A, 4º-B, 4º-C e 5º.
oficiais como requisito obrigatório para promoção na § 4º-A Poderão ser estabelecidos por lei comple-
carreira, sendo facultada, para tanto, a celebração de mentar do respectivo ente federativo idade e tempo
convênios com os demais entes da federação. de contribuição diferenciados para aposentadoria
de servidores com deficiência, previamente sub-
Outra regra de extrema importância é a que asse-
metidos a avaliação biopsicossocial realizada por
gura ao servidor público civil da Administração Pública
equipe multiprofissional e interdisciplinar.
direta, autárquica e fundacional os direitos previstos
§ 4º-B Poderão ser estabelecidos por lei comple-
nos incisos IV, VII, VIII, IX, XII, XIII, XV, XVI, XVII, mentar do respectivo ente federativo idade e tempo
XVIII, XIX, XX, XXII e XXX, art. 7º, da CF, de 1988, e aos de contribuição diferenciados para aposentadoria
direitos que, nos termos da lei, visem à melhoria de sua de ocupantes do cargo de agente penitenciário, de
condição social e da produtividade e da eficiência no agente socioeducativo ou de policial dos órgãos de
serviço público, em especial o prêmio por produtivida- que tratam o inciso IV do caput do art. 51, o inciso
de e o adicional de desempenho. XIII do caput do art. 52 e os incisos I a IV do caput
266 do art. 144.
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título, a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.
§ 4º-C Poderão ser estabelecidos por lei comple- de entidade fechada de previdência complementar
mentar do respectivo ente federativo idade e tempo ou de entidade aberta de previdência complementar.
de contribuição diferenciados para aposentadoria § 16 Somente mediante sua prévia e expressa opção,
de servidores cujas atividades sejam exercidas com o disposto nos §§ 14 e 15 poderá ser aplicado ao
efetiva exposição a agentes químicos, físicos e bio- servidor que tiver ingressado no serviço público até
lógicos prejudiciais à saúde, ou associação desses a data da publicação do ato de instituição do cor-
agentes, vedada a caracterização por categoria respondente regime de previdência complementar.
profissional ou ocupação. § 17 Todos os valores de remuneração considera-
§ 5º Os ocupantes do cargo de professor terão idade dos para o cálculo do benefício previsto no § 3º
mínima reduzida em 5 (cinco) anos em relação às ida- serão devidamente atualizados, na forma da lei.
des decorrentes da aplicação do disposto no inciso III § 18 Incidirá contribuição sobre os proventos de
do § 1º, desde que comprovem tempo de efetivo exer- aposentadorias e pensões concedidas pelo regime
cício das funções de magistério na educação infantil e de que trata este artigo que superem o limite máxi-
no ensino fundamental e médio fixado em lei comple- mo estabelecido para os benefícios do regime geral
mentar do respectivo ente federativo. de previdência social de que trata o art. 201, com
§ 6º Ressalvadas as aposentadorias decorrentes dos percentual igual ao estabelecido para os servidores
cargos acumuláveis na forma desta Constituição, é titulares de cargos efetivos.
vedada a percepção de mais de uma aposentadoria § 19 Observados critérios a serem estabelecidos em
à conta de regime próprio de previdência social, apli- lei do respectivo ente federativo, o servidor titular
cando-se outras vedações, regras e condições para a de cargo efetivo que tenha completado as exigên-
acumulação de benefícios previdenciários estabeleci- cias para a aposentadoria voluntária e que opte
das no Regime Geral de Previdência Social. por permanecer em atividade poderá fazer jus a um
§ 7º Observado o disposto no § 2º do art. 201, quan- abono de permanência equivalente, no máximo, ao
do se tratar da única fonte de renda formal auferida valor da sua contribuição previdenciária, até com-
pelo dependente, o benefício de pensão por morte pletar a idade para aposentadoria compulsória.
será concedido nos termos de lei do respectivo ente § 20 É vedada a existência de mais de um regime
federativo, a qual tratará de forma diferenciada a próprio de previdência social e de mais de um órgão
hipótese de morte dos servidores de que trata o § ou entidade gestora desse regime em cada ente
4º-B decorrente de agressão sofrida no exercício ou federativo, abrangidos todos os poderes, órgãos e
em razão da função. entidades autárquicas e fundacionais, que serão
§ 8º É assegurado o reajustamento dos benefí- responsáveis pelo seu financiamento, observados
cios para preservar-lhes, em caráter permanente, o os critérios, os parâmetros e a natureza jurídica
valor real, conforme critérios estabelecidos em lei. definidos na lei complementar de que trata o § 22.
60
§ 9º O tempo de contribuição federal, estadual, § 21 (Revogado).
distrital ou municipal será contado para fins
8-
§ 22 Vedada a instituição de novos regimes pró-
de aposentadoria, observado o disposto nos §§ 9º
48
prios de previdência social, lei complementar
e 9º-A do art. 201, e o tempo de serviço correspon-
6.
federal estabelecerá, para os que já existam, nor-
dente será contado para fins de disponibilidade. 15
mas gerais de organização, de funcionamento e de
§ 10 A lei não poderá estabelecer qualquer forma
.
responsabilidade em sua gestão, dispondo, entre
20
§ 11 Aplica-se o limite fixado no art. 37, XI, à soma I - requisitos para sua extinção e consequente
total dos proventos de inatividade, inclusive quando
ra
Social;
liv
públicos, bem como de outras atividades sujeitas II - modelo de arrecadação, de aplicação e de utili-
a contribuição para o regime geral de previdência
O
60
dade, é obrigatória a avaliação especial de desem-
8-
No caso dos professores dos ensinos infantil, fun- penho por comissão instituída para essa finalidade.
48
damental e médio, conta-se com a redução de 5 anos
6.
do requisito etário, ou seja, 60 anos para os homens e Por fim, o art. 41, da CF, de 1988, trata da estabi-
57 anos para as mulheres. Atenção! Essa regra não se
15
lidade, que prevê a regra de que a estabilidade é
.
20
aplica aos professores do ensino superior. adquirida após três anos de efetivo exercício. Tra-
-4
Vejamos o texto da Súmula nº 726, do STF: ta-se de uma garantia constitucional de permanência
ra
da vontade do servidor, em virtude de: o cargo em três hipóteses: sentença judicial transi-
am
Adimplemento de idade limite (aposentadoria co para preenchimento de cargos públicos. Com isso,
lh
compulsória aos 70 ou aos 75 anos de idade, na a pessoa que foi aprovada dentro do número de vagas
ui
60
A Lei nº 9.784, de 29 de janeiro de 1999, estabele-
Finalidade
8-
ce o Processo Administrativo Disciplinar na Adminis- Segurança
Ampla defesa
48
tração Pública Federal. Vamos estudar os principais Jurídica Moralidade
Contraditório Proporcionalidade
Eficiência Motivação
6.
pontos dessa lei e organizar nosso pensamento para Razoabilidade
Interesse Público
entender sem rodeios o que a lei deseja apresentar. Legalidade
. 15
O espectro de atuação é enorme — Administração
20
Perceba o seguinte: a Lei nº 9.784, de 1999, é uma z Legalidade e finalidade: a legalidade é o estrito res-
liv
lei federal e não uma lei nacional, ou seja, sua esfe- peito às autorizações da lei; a finalidade, por outro
O
ra de atribuição não atinge Estados e municípios, lado, é a própria lei. São conceitos semelhantes apli-
de
mas atinge os Poderes Executivo, Legislativo e Judi- cados a situações distintas. A legalidade autoriza
os
ciário quando estes estão realizando suas funções a fazer somente o que a lei permite. Dessa forma, é
am
Art. 1º [...]
e
aos órgãos dos Poderes Legislativo e Judiciá- z Motivação: a motivação pode ser entendida como
lh
administrativa.
G
60
à interposição de recursos, nos processos de que
8-
Estudados todos esses princípios, vamos nos debru- possam resultar sanções e nas situações de litígio;
48
çar sobre os critérios do processo administrativo:
6.
Aqui, há a identificação de 2 momentos distintos. O
15
Art. 2º [...] primeiro ocorrerá ao término da produção de provas
.
20
I - atuação conforme a lei e o Direito; (alegação final). O segundo, posterior à decisão, inter-
-4
Art. 2º [...] mas a própria lei admite que poderão ocorrer exceções.
am
ma objetiva, mas a promoção pessoal será evitada. A A Administração Pública, diferentemente do Judi-
G
máquina pública não pode ser usada como mecanis- ciário, poderá agir de ofício.
mo de promoção pessoal.
Art. 2º [...]
Art. 2º [...] XIII - interpretação da norma administrativa da
IV - atuação segundo padrões éticos de probidade, forma que melhor garanta o atendimento do fim
decoro e boa-fé; público a que se dirige, vedada aplicação retroativa
de nova interpretação.
É possível entender a atuação segundo os padrões
éticos como forma de trabalho que traga facilidades ao A Lei nº 9.784, de 1999, elenca direitos que o admi-
usuário do serviço público. O servidor tem o dever de, nistrado tem perante a Administração, sem prejuízo
dentro da lei, facilitar o exercício dos direitos do cidadão. de outros que lhe sejam assegurados:
60
administrativo. Os legitimados para o PAD (processo
administrativo disciplinar) são os seguintes:
8-
Art. 4º São deveres do administrado perante a Admi-
48
nistração, sem prejuízo de outros previstos em ato
6.
Art. 9º [...]
normativo: 15
I - pessoas físicas ou jurídicas que o iniciem como
I - expor os fatos conforme a verdade;
.
titulares de direitos ou interesses individuais ou no
20
III - não agir de modo temerário; II - aqueles que, sem terem iniciado o processo, têm
IV - prestar as informações que lhe forem solicita-
ra
(a pedido do interessado).
am
R
interesses coletivos
represente;
• Pessoas ou associações —
III - domicílio do requerente ou local para recebi-
interesses coletivos
mento de comunicações;
IV - formulação do pedido, com exposição dos fatos
e de seus fundamentos;
V - data e assinatura do requerente ou de seu
representante.
Parágrafo único. É vedada à Administração a A competência para realizar o PAD é irrenunciável
recusa imotivada de recebimento de documentos, e será exercida pelos órgãos administrativos a que foi
devendo o servidor orientar o interessado quanto atribuída. O órgão administrativo e seu titular pode-
ao suprimento de eventuais falhas. rão, se não houver impedimento legal, delegar parte
da sua competência a outros órgãos ou titulares, mes-
Embora existam requisitos, eles não poderão mo nos casos em que não lhe sejam hierarquicamente
transformar-se em forma de impedir o acesso do subordinados. Essa possibilidade se baseia na conve-
administrado à prestação estatal. Além disso, a for- niência em razão de circunstâncias de índole técnica,
ma dos requisitos é solene, ou seja, por escrito, mas social, econômica, jurídica ou territorial. 271
O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para Guilherme Ramos de Oliveira - 420.156.488-60, vedada, por quaisquer meios e a qualquer
título, a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.
Importante! O reconhecimento de firma não é regra, mas será
exigido quando houver dúvida de autenticidade. Por
Alguns atos não podem ser objeto de delegação
fim, com a clara intenção de trazer celeridade e econo-
(art. 13): edição de atos de caráter normativo;
micidade, a autenticação de documentos exigidos em
decisão de recursos administrativos; matérias de cópia poderá ser feita pelo órgão administrativo.
competência exclusiva do órgão ou autoridade. Guardando similaridade com os demais processos,
o PAD deverá realizar-se em dias úteis, no horário nor-
mal de funcionamento da repartição na qual tramitar
Sendo caso de delegação ou de sua revogação, os
o processo. Caso iniciado, os atos serão concluídos
atos deverão ser publicados no meio oficial. O ato
depois do horário normal, sempre que o adiamento
de delegação deverá pormenorizar as matérias e os
prejudique o curso regular do procedimento ou cause
poderes transferidos, além de os limites da atuação, a
danos ao interessado ou à Administração.
duração e os objetivos da delegação e, ainda, o recurso
Como regra e inexistindo disposição diversa, os
cabível. A delegação poderá apontar ressalva no exer-
atos do órgão ou autoridade responsável pelo proces-
cício da atribuição delegada.
so e dos administrados que dele participem devem
A delegação é ato unilateral e revogável a qual-
ser praticados no prazo de cinco dias, salvo motivo de
quer tempo pela autoridade delegante. Quando deci-
força maior. Havendo motivo, o prazo poderá ser dila-
dir, o delegado deverá mencionar expressamente a
tado até o dobro, alcançando dez dias; todavia, será
delegação; nesse caso, as decisões serão consideradas necessário que se tenha justificação.
tomadas pelo delegado. Será permitida, em caráter
excepcional e por motivos relevantes devidamente Art. 25 Os atos do processo devem realizar-se pre-
justificados, a avocação temporária de competência ferencialmente na sede do órgão, cientificando-se o
atribuída a órgão hierarquicamente inferior. interessado se outro for o local de realização.
Ainda sobre a competência para iniciar o PAD,
deve-se respeitar a máxima que nos informa que não DA COMUNICAÇÃO DOS ATOS
havendo competência legal específica, o processo
administrativo deverá ser iniciado perante a autori- Os atos serão comunicados ao interessado através
dade de menor grau hierárquico para decidir. da intimação. Nesse momento, o administrado será
intimado (“tornado íntimo”) da ciência de decisão ou
DOS IMPEDIMENTOS E DA SUSPEIÇÃO da efetivação de diligências.
Serão objeto de intimação os atos do processo que
Como forma de defender a transparência e a
60
resultem para o interessado em imposição de deveres,
lisura do procedimento, o art. 18 elenca os casos de
8-
ônus, sanções ou restrição ao exercício de direitos e
48
impedimento. atividades e os atos de outra natureza de seu interesse.
6.
Ficam impedidos de atuar no processo adminis- Obrigatoriamente, as intimações deverão conter:
trativo o servidor ou autoridade que tenha interesse .15
direto ou indireto na matéria, que tenha participado Art. 26 [...]
20
servidor que esteja litigando judicial ou administrati- III - Data, hora e local em que deve comparecer;
O
ou fazer-se representar;
companheiro.
V - Informação da continuidade do processo inde-
os
mento deve comunicar o fato à autoridade competen- VI - Indicação dos fatos e fundamentos legais
te, abstendo-se de atuar. Caso não o faça, a omissão
R
pertinentes.
do dever de comunicar o impedimento constitui falta
e
m
60
8-
Art. 31 Quando a matéria do processo envolver Sempre que determinados pontos da lei falarem
48
assunto de interesse geral, o órgão competente sobre a necessidade de intimação, é importantíssimo
6.
poderá, mediante despacho motivado, abrir perío-
lembrar do princípio da instrumentalidade das for-
15
do de consulta pública para manifestação de ter-
mas. Ou seja, a formalidade dos atos administrativos
.
ceiros, antes da decisão do pedido, se não houver
20
físicas ou jurídicas possam examinar os autos, fixan- malismo, ou seja, a forma é um aspecto que é rele-
liv
do-se prazo para oferecimento de alegações escritas. vante e se reveste como elemento de formação do ato
O
§ 2o O comparecimento à consulta pública não con- administrativo, mas deve sofrer moderação.
de
resposta fundamentada, que poderá ser comum a seus atos, mas o rigor na submissão às formas deverá
am
intimação.
m
em matéria relevante, poderão estabelecer outros Parágrafo único. Não sendo atendida a intimação,
G
O processo administrativo poderá ser instruído Sempre que o órgão suprir de ofício uma falta ou
através de audiências públicas. Essas assembleias têm omissão, teremos a aplicação do princípio da oficiosida-
a função de reunir diversos segmentos que possuam de, ou seja, a Administração Pública está agindo de ofício,
interesse no assunto tratado e que desejam obter respos- sem provocação. Essa é uma característica importante
tas sobre pontos de destaque. Todavia, essas respostas, do processo administrativo, pois, quando tratamos do
embora fundamentadas, poderão ser idênticas quando processo judicial, o princípio marcante é a inércia.
tratarem de alegações sobre os mesmos elementos.
Art. 40 Quando dados, atuações ou documentos soli-
Art. 36 Cabe ao interessado a prova dos fatos que citados ao interessado forem necessários à aprecia-
tenha alegado, sem prejuízo do dever atribuído ao ção de pedido formulado, o não atendimento no prazo
órgão competente para a instrução e do disposto no fixado pela Administração para a respectiva apresen-
art. 37 desta Lei. tação implicará arquivamento do processo. 273
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título, a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.
Art. 41 Os interessados serão intimados de prova interesse público, além de oficiosidade. No que se
ou diligência ordenada, com antecedência míni- refere à imposição de medida cautelar, temos que
ma de três dias úteis, mencionando-se data, hora e encontrar a dupla: “fumus boni iuris” e “periculum
local de realização. in mora”;
z Publicidade: o princípio da publicidade tem papel
Os interessados serão avisados três dias antes de importante em todo processo e não poderia ser
eventos relevantes, seja produção de prova ou cum- diferente no processo administrativo regido pela
primento de diligência. Esse prazo é necessário para Lei nº 9.784, de 1999;
que os interessados possam acompanhar os eventos. z Por fim, temos a confirmação da impossibilida-
de de delegar o poder de decidir, ou seja, o órgão
Art. 42 Quando deva ser obrigatoriamente ouvido incompetente deverá confeccionar relatório e
um órgão consultivo, o parecer deverá ser emitido enviar as informações para a autoridade compe-
no prazo máximo de quinze dias, salvo norma espe- tente para exarar a decisão.
cial ou comprovada necessidade de maior prazo.
§ 1º Se um parecer obrigatório e vinculante deixar
DO DEVER DE DECIDIR
de ser emitido no prazo fixado, o processo não terá
seguimento até a respectiva apresentação, respon-
Art. 48 A Administração tem o dever de explicita-
sabilizando-se quem der causa ao atraso.
mente emitir decisão nos processos administrativos
§ 2º Se um parecer obrigatório e não vinculante
e sobre solicitações ou reclamações, em matéria de
deixar de ser emitido no prazo fixado, o proces-
sua competência.
so poderá ter prosseguimento e ser decidido com
Art. 49 Concluída a instrução de processo adminis-
sua dispensa, sem prejuízo da responsabilidade de
trativo, a Administração tem o prazo de até trin-
quem se omitiu no atendimento.
ta dias para decidir, salvo prorrogação por igual
Art. 43 Quando por disposição de ato normativo
período expressamente motivada.
devam ser previamente obtidos laudos técnicos
de órgãos administrativos e estes não cumprirem
o encargo no prazo assinalado, o órgão responsá- A Administração Pública não poderá deixar de
vel pela instrução deverá solicitar laudo técnico de decidir sobre seus processos administrativos, caso fal-
outro órgão dotado de qualificação e capacidade tem informações deverá sanar as faltas, buscar espe-
técnica equivalentes. cialistas e finalmente decidir sobre o tema.
60
que a apresentação do parecer é marco no andamento Art. 50 Os atos administrativos deverão ser
8-
do processo, por isso, a responsabilidade para quem motivados, com indicação dos fatos e dos funda-
48
deixar de apresentá-lo. mentos jurídicos, quando:
6.
Além disso, em função da oficiosidade, a Admi- I - neguem, limitem ou afetem direitos ou interesses;
15
II - imponham ou agravem deveres, encargos ou
nistração Pública não fica adstrita ao órgão, podendo
.
20
sanções;
buscar outro órgão igualmente qualificado para emi-
-4
dias, salvo se outro prazo for legalmente fixado. VI - decorram de reexame de ofício;
de
Art. 45 Em caso de risco iminente, a Administração VII - deixem de aplicar jurisprudência firmada
Pública poderá motivadamente adotar providên- sobre a questão ou discrepem de pareceres, laudos,
os
z Em caso de risco iminente, poderão ser adotadas Anulação: o ato foi anulado e seus efeitos foram
medidas acauteladoras sem a prévia manifestação extintos desde o momento de sua criação;
da outra parte. Neste momento, estamos diante da Revogação: o ato revogado deixa de produ-
conjunção de diversos princípios, a saber: supre- zir efeitos, todavia permanecem os efeitos já
274 macia do interesse público, indisponibilidade do existentes;
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título, a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.
Suspensão: como preleciona o próprio nome, Súmula n° 473 (STF) A administração pode anular
suspende os efeitos de um ato administrativo; seus próprios atos, quando eivados de vícios que os
Convalidação: o ato convalidado possui defei- tornam ilegais, porque deles não se originam direitos;
to, mas esse defeito é sanável e após seu sanea- ou revogá-los, por motivo de conveniência ou oportu-
mento torna-se um ato administrativo perfeito. nidade, respeitados os direitos adquiridos, e ressalva-
da, em todos os casos, a apreciação judicial.
Art. 50 [...]
§ 1º A motivação deve ser explícita, clara e con- Art. 54 O direito da Administração de anular os
gruente, podendo consistir em declaração de atos administrativos de que decorram efeitos favo-
concordância com fundamentos de anteriores pare- ráveis para os destinatários decai em cinco anos,
ceres, informações, decisões ou propostas, que, nes- contados da data em que foram praticados, salvo
te caso, serão parte integrante do ato. comprovada má-fé.
§ 2º Na solução de vários assuntos da mesma natu- § 1º No caso de efeitos patrimoniais contínuos, o
reza, pode ser utilizado meio mecânico que repro- prazo de decadência contar-se-á da percepção do
duza os fundamentos das decisões, desde que não primeiro pagamento.
prejudique direito ou garantia dos interessados. § 2º Considera-se exercício do direito de anular
§ 3º A motivação das decisões de órgãos colegiados qualquer medida de autoridade administrativa que
e comissões ou de decisões orais constará da res- importe impugnação à validade do ato.
pectiva ata ou de termo escrito.
Prazo decadencial, ou seja, um prazo fatal.
DA DESISTÊNCIA E OUTROS CASOS DE
EXTINÇÃO DO PROCESSO Art. 55 Em decisão na qual se evidencie não acarre-
tarem lesão ao interesse público nem prejuízo a ter-
Art. 51 O interessado poderá, mediante manifes- ceiros, os atos que apresentarem defeitos sanáveis
tação escrita, desistir total ou parcialmente do poderão ser convalidados pela própria Administração.
pedido formulado ou, ainda, renunciar a direitos
disponíveis. DO RECURSO ADMINISTRATIVO E DA REVISÃO
§ 1º Havendo vários interessados, a desistência ou
renúncia atinge somente quem a tenha formulado. Art. 56 Das decisões administrativas cabe recurso,
§ 2º A desistência ou renúncia do interessado, con- em face de razões de legalidade e de mérito.
forme o caso, não prejudica o prosseguimento do § 1o O recurso será dirigido à autoridade que proferiu
processo, se a Administração considerar que o inte- a decisão, a qual, se não a reconsiderar no prazo de
resse público assim o exige. cinco dias, o encaminhará à autoridade superior.
60
Art. 52 O órgão competente poderá declarar extin- § 2o Salvo exigência legal, a interposição de recurso
8-
to o processo quando exaurida sua finalidade ou administrativo independe de caução.
48
o objeto da decisão se tornar impossível, inútil ou § 3o Se o recorrente alegar que a decisão adminis-
6.
prejudicado por fato superveniente. trativa contraria enunciado da súmula vinculante,
15
caberá à autoridade prolatora da decisão impugna-
.
20
Novamente, a lei apresenta a influência da oficio- da, se não a reconsiderar, explicitar, antes de enca-
minhar o recurso à autoridade superior, as razões
-4
Art. 53 A Administração deve anular seus próprios administrativo deverá ser recebido pela autoridade
que emitiu a decisão. Nesse momento, haverá a ocor-
am
dade, respeitados os direitos adquiridos. de poderá alterar a decisão proferida, isso mesmo, a
e
53, da Lei nº 9.784, de 1999, devemos revisar os con- Art. 57 O recurso administrativo tramitará no
ui
ceitos de anulação, revogação ou convalidação. máximo por três instâncias administrativas, salvo
G
INTERESSADOS
II - perante órgão incompetente;
Os diretamente envolvidos
III - por quem não seja legitimado;
IV - após exaurida a esfera administrativa.
Organizações ou associações —
direitos coletivos Vamos aproveitar a conformação do art. 63 para
criar um esquema de estudo:
Cidadão ou associação — direito
difuso
Intempestivo
z Direito coletivo: grupo determinado de pessoas
RECURSO NÃO
abarcado por um direito. Ex.: Policiais federais;
CONHECIDO
Órgão incompetente
z Direito difuso: toda a coletividade é impactada
e possui determinado direito. Ex.: Meio ambiente
equilibrado. Parte ilegítima
60
PRAZO LEGAL Interposição 10 dias Art. 63 [...]
§ 2º O não conhecimento do recurso não impede a
8-
Administração de rever de ofício o ato ilegal, desde
48
Decisão do
PRAZO LEGAL Até 30 dias que não ocorrida preclusão administrativa.
6.
recurso
15
PRORROGA- Decisão do O § 2º, do art. 63, merece um destaque nas suas notas
.
20
Igual período
ÇÃO recurso de revisão. A possibilidade de rever seus atos guarda ínti-
-4
recurso não tem efeito suspensivo. artigo puder decorrer gravame à situação do recor-
am
Art. 61 [...] ções na nova decisão não poderão ser ainda mais
ui
60
tem sanções poderão ser revistos, a qualquer tem- vistas em lei, sem prejuízo da ação penal cabível.
po, a pedido ou de ofício, quando surgirem fatos
8-
novos ou circunstâncias relevantes suscetíveis de
48
Dica
justificar a inadequação da sanção aplicada.
6.
Parágrafo único. Da revisão do processo não Para memorizar as sanções do mencionado arti-
15
poderá resultar agravamento da sanção. go, utilize o mnemônico PARIS:
.
20
Ressarcimento
ei
ro dia útil seguinte se o vencimento cair em dia em diferença entre probidade e moralidade? Existe dife-
ui
que não houver expediente ou este for encerrado rença ou são sinônimos?
G
Art. 68 As sanções, a serem aplicadas por auto- Comparando moralidade e probidade, pode-se afir-
ridade competente, terão natureza pecuniária ou mar que como princípios, significam praticamente
consistirão em obrigação de fazer ou de não fazer, a mesma coisa, embora algumas leis façam referên-
assegurado sempre o direito de defesa. cia às duas separadamente, do mesmo modo que 277
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título, a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.
há referência aos princípios da razoabilidade e da da Constituição da República, qual seja, a retroati-
proporcionalidade como princípios diversos, quan- vidade da lei mais benéfica” (REsp 1.353.267; e, em
do este último é apenas um aspecto do primeiro. idêntico sentido, o RMS 37.031).
No entanto, quando se fala em improbidade como
ato ilícito, como infração sancionada pelo orde- SUJEITOS PASSIVOS DO ATO DE IMPROBIDADE
namento jurídico, deixa de haver sinonímia entre
as expressões improbidade e imoralidade, porque Os parágrafos 5º, 6º e 7º descrevem os sujeitos
aquela tem um sentido muito mais amplo e muito passivos do ato de improbidade, que são aqueles que
mais preciso que abrange não só atos desonestos sofrem o ato. São eles:
ou imorais, mas também e principalmente atos ile-
gais. Na lei de improbidade administrativa (Lei nº
z Poderes Executivo, Legislativo e Judiciário,
8.429, de 1992), a lesão à moralidade administrati-
va é apenas uma das inúmeras hipóteses de atos de
bem como a administração direta e indireta, no
improbidade previstas na lei.4 âmbito da União, dos Estados, dos Municípios e
do Distrito Federal;
Em provas, é comum que o examinador traga z Entidade privada que receba subvenção, bene-
fício ou incentivo, fiscal ou creditício, de entes
probidade e moralidade como sinônimos e essa vem
públicos ou governamentais citados acima;
sendo a regra nas provas, mas é importante que
z Entidade privada para cuja criação ou custeio
você saiba essa sutil diferença caso a banca queira
o erário haja concorrido ou concorra no seu
aprofundar.
patrimônio ou receita atual, limitado o ressarci-
mento de prejuízos, nesse caso, à repercussão do
Art. 1º O sistema de responsabilização por atos de
improbidade administrativa tutelará a probidade
ilícito sobre a contribuição dos cofres públicos.
na organização do Estado e no exercício de suas
funções, como forma de assegurar a integrida- § 5º Os atos de improbidade violam a probidade na
de do patrimônio público e social, nos termos organização do Estado e no exercício de suas fun-
desta Lei. ções e a integridade do patrimônio público e social
dos Poderes Executivo, Legislativo e Judiciário,
bem como da administração direta e indireta,
A primeira mudança importante da lei é que os
no âmbito da União, dos Estados, dos Municí-
atos de improbidade passam a depender de uma con- pios e do Distrito Federal.
duta dolosa, ou seja, não é mais admitida a modalida- § 6º Estão sujeitos às sanções desta Lei os atos
de culposa nos atos de improbidade. de improbidade praticados contra o patrimô-
60
O § 2º traz o conceito de dolo. Além disso, é impor- nio de entidade privada que receba subvenção,
tante que você saiba que o dolo aqui descrito é o dolo
8-
benefício ou incentivo, fiscal ou creditício, de entes
48
específico, ou seja, a intenção de alcançar o resultado. públicos ou governamentais, previstos no § 5º deste
6.
Exemplo: um servidor frauda a licitação para benefi- artigo.
ciar um amigo. .15
§ 7º Independentemente de integrar a administra-
ção indireta, estão sujeitos às sanções desta Lei
20
trativa as condutas dolosas tipificadas nos arts. 9º, patrimônio de entidade privada para cuja criação
ra
10 e 11 desta Lei, ressalvados tipos previstos em ou custeio o erário haja concorrido ou concorra no
ei
§ 2º Considera-se dolo a vontade livre e consciente cimento de prejuízos, nesse caso, à repercussão do
O
de alcançar o resultado ilícito tipificado nos arts. ilícito sobre a contribuição dos cofres públicos.
de
competências públicas, sem comprovação de ato dinheiro público, “criação ou custeio o erário haja con-
R
doloso com fim ilícito, afasta a responsabilidade corrido ou concorra no seu patrimônio ou receita”, o
e
por ato de improbidade administrativa. ressarcimento dos prejuízos será limitado à repercus-
m
§ 4º Aplicam-se ao sistema da improbidade disci- são do ilícito sobre a contribuição dos cofres públicos.
er
plinado nesta Lei os princípios constitucionais do Exemplo: uma entidade privada recebe R$
lh
direito administrativo sancionador. 55.000,00 de dinheiro público, então ela poderá plei-
ui
Quando o legislador diz no § 4º que se aplicam ao sarcimento dos prejuízos até o limite de R$ 55.000,00.
sistema de improbidade os princípios constitucionais
do direito administrativo sancionador, quer dizer que § 8º Não configura improbidade a ação ou omis-
serão aplicadas as normas constitucionais relativas ao são decorrente de divergência interpretativa da lei,
direito penal que protejam e beneficiem o réu, como, baseada em jurisprudência, ainda que não pacifi-
por exemplo, a retroatividade da lei mais benéfica. cada, mesmo que não venha a ser posteriormente
Nesse sentido, observe este julgado do Superior prevalecente nas decisões dos órgãos de controle
Tribunal de Justiça sobre o tema direito administra- ou dos tribunais do Poder Judiciário.
tivo sancionador:
No § 8º a lei deixa claro que as divergências inter-
[...] o tema insere-se no âmbito do Direito Adminis- pretativas das leis, baseadas em jurisprudências, não
trativo sancionador e, segundo doutrina e jurispru- configuram ato de improbidade. Se um agente públi-
dência, em razão de sua proximidade com o Direito co, por exemplo, efetua a dispensa de licitação em
Penal, a ele se estende a norma do artigo 5º, XVIII, uma hipótese na qual há divergência jurisprudencial
278 4 DI PIETRO, M. S. Z. Direito Administrativo. 33ª Ed. São Paulo: Atlas, 2020. p. 1041-1042.
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a respeito da possibilidade ou impossibilidade de dis- § 2º As sanções desta Lei não se aplicarão à pes-
pensa, em tal situação não há que se falar em impro- soa jurídica, caso o ato de improbidade adminis-
bidade mesmo que posteriormente a interpretação trativa seja também sancionado como ato lesivo à
prevalente seja contrária ao ato praticado pelo agente. administração pública de que trata a Lei nº 12.846,
Esse dispositivo garante mais segurança jurídica. de 1º de agosto de 2013.
SUJEITOS ATIVOS DO ATO DE IMPROBIDADE O art. 3º traz algumas novidades importantes, pois
dispõe que:
O sujeito ativo é aquele que pratica o ato descrito
na Lei de Improbidade. Segundo dispõe a norma, con- Salvo se,
sidera-se sujeito ativo os agentes políticos, servidores Os sócios, os Não respondem comprovadamente,
cotistas, os pelo ato de houver participação
públicos, aqueles que exercem, ainda que transitoria- diretores e os improbidade e benefícios
mente ou sem remuneração, por eleição, nomeação, colaboradores de que venha a ser diretos, caso em
designação, contratação ou qualquer outra forma de pessoa jurídica de imputado à pessoa que responderão
investidura ou vínculo, mandato, cargo, emprego ou direito privado jurídica nos limites da sua
função. Aqui entra a figura do mesário, do jurado, do participação
estagiário etc.
Além deles, temos como sujeito ativo também Além disso, as sanções trazidas nessa lei não se
aqueles que, mesmo não sendo agentes públicos, aplicarão à pessoa jurídica, caso o ato praticado
induzam ou concorram dolosamente para a prática seja também sancionado como ato lesivo à Admi-
do ato de improbidade. nistração Pública de que trata a Lei Anticorrupção.
Ainda com relação aos agentes políticos, pode-se
Art. 2º Para os efeitos desta Lei, consideram-se agen- citar como exemplos os Chefes do Executivo e seus
te público o agente político, o servidor público e todo auxiliares diretos; membros do Legislativo, mem-
aquele que exerce, ainda que transitoriamente ou sem bros do Judiciário; membros do Ministério Público;
remuneração, por eleição, nomeação, designação, membros dos Tribunais de Contas e representantes
contratação ou qualquer outra forma de investidura diplomáticos.
ou vínculo, mandato, cargo, emprego ou função nas
A Lei nº 14.230, de 2021, incluiu expressamente
entidades referidas no art. 1º desta Lei. (Redação dada
“agente político” como agente público, consolidando
pela Lei nº 14.230, de 2021)
Parágrafo único. No que se refere a recursos de ori- o que a jurisprudência já decidia a respeito da aplica-
gem pública, sujeita-se às sanções previstas nesta ção da Lei de Improbidade aos agentes políticos. Com
relação aos Chefes do Executivo, é importante ficar
60
Lei o particular, pessoa física ou jurídica, que celebra
atento para a exceção quanto ao Presidente da Repú-
8-
com a administração pública convênio, contrato de
48
repasse, contrato de gestão, termo de parceria, termo blica. Veja:
6.
de cooperação ou ajuste administrativo equivalente.
(Incluído pela Lei nº 14.230, de 2021) 15
Ementa: Direito Constitucional. Agravo Regimental
em Petição. Sujeição dos Agentes Políticos a Duplo
.
20
podemos dizer que o conceito trazido na lei trata de Impossibilidade de Extensão do Foro por Prerro-
ra
agentes públicos em sentido amplo e seriam os: gativa de Função à Ação de Improbidade Adminis-
ei
z Todo aquele que exerce, ainda que transitoria- civil pelos atos de improbidade administrati-
os
mente ou sem remuneração, por eleição, nomea- va, quanto à responsabilização político-admi-
ção, designação, contratação ou qualquer outra
am
bra com a Administração Pública convênio, inclusive com a possibilidade de duplo regime sancio-
lh
contrato de repasse, contrato de gestão, termo natório (pela Lei de Improbidade e mediante impea-
ui
de parceria, termo de cooperação ou ajuste chment) e não há foro por prerrogativa de função, ou
G
5 Pet 3240 AgR, Relator(a): Min. TEORI ZAVASCKI, Relator(a) p/ Acórdão: Min. ROBERTO BARROSO, Tribunal Pleno, julgado em 10/05/2018,
ACÓRDÃO ELETRÔNICO DJe-171 DIVULG 21-08-2018 PUBLIC 22-08-2018. 279
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Art. 7º Se houver indícios de ato de improbida- z Art. 10: atos que causam prejuízo ao erário;
de, a autoridade que conhecer dos fatos repre- z Art. 11: atos que atentam contra os princípios da
sentará ao Ministério Público competente, Administração Pública.
para as providências necessárias.
Art. 8º O sucessor ou o herdeiro daquele que cau- O art. 10-A, incluído em 2016, que tratava dos atos
sar dano ao erário ou que se enriquecer ilicitamen-
de improbidade administrativa decorrentes de con-
te estão sujeitos apenas à obrigação de repará-lo
cessão ou aplicação indevida de benefício financeiro
até o limite do valor da herança ou do patrimônio
ou tributário, deixou de existir como espécie de ato
transferido.
Art. 8º-A A responsabilidade sucessória de que e foi incorporado em uma das hipóteses de atos que
trata o art. 8º desta Lei aplica-se também na causam lesão ao erário.
hipótese de alteração contratual, de transfor- Além disso, o rol de hipótese que antes era exem-
mação, de incorporação, de fusão ou de cisão plificativo agora se tornou rol taxativo. O rol exem-
societária. plificativo é aquele que pode ser acrescido por outras
Parágrafo único. Nas hipóteses de fusão e de hipóteses, já o rol taxativo traz uma relação de situa-
incorporação, a responsabilidade da suces- ções restritas às quais não haverá acréscimo.
sora será restrita à obrigação de reparação
integral do dano causado, até o limite do Dos Atos de Improbidade Administrativa que
patrimônio transferido, não lhe sendo apli- Importam Enriquecimento Ilícito
cáveis as demais sanções previstas nesta Lei
decorrentes de atos e de fatos ocorridos antes Com a leitura dos artigos você vai perceber que
da data da fusão ou da incorporação, exceto
nessa espécie existe um enriquecimento, um aumento
no caso de simulação ou de evidente intuito de
patrimonial do agente com a prática dos atos descritos.
fraude, devidamente comprovados.
Observe os verbos: receber, perceber, adquirir,
usar, incorporar, utilizar para conseguir qualquer
A responsabilidade sucessória teve alguns acrés-
tipo de vantagem patrimonial indevida.
cimos. Nas hipóteses de dano ao erário e enriqueci-
mento ilícito, se houver o falecimento do causador
Art. 9º Constitui ato de improbidade administrati-
do dano, o sucessor ou o herdeiro ficam obrigados à
va importando em enriquecimento ilícito auferir,
reparação até o limite do valor da herança ou do patri- mediante a prática de ato doloso, qualquer tipo de
mônio transferido. vantagem patrimonial indevida em razão do exer-
Essa regra já estava prevista no texto anterior da cício de cargo, de mandato, de função, de emprego
Lei de Improbidade. A novidade agora é que a res- ou de atividade nas entidades referidas no art. 1º
60
ponsabilidade sucessória de que trata o art. 8º apli- desta Lei, e notadamente:
8-
ca-se também nas hipóteses de: I - receber, para si ou para outrem, dinheiro, bem
48
móvel ou imóvel, ou qualquer outra vantagem eco-
6.
z alteração contratual; nômica, direta ou indireta, a título de comissão,
15
z transformação; percentagem, gratificação ou presente de quem
.
20
memorizar o conteúdo, já que a maioria das provas de bem público ou o fornecimento de serviço por ente
R
cobra o texto da lei. Sendo assim, atente-se para as estatal por preço inferior ao valor de mercado;
e
Responsabilidade da sucessora será restrita à obriga- terceiros contratados por essas entidades;
ção de reparação integral do dano causado V - receber vantagem econômica de qualquer
natureza, direta ou indireta, para tolerar a explo-
Até o limite do patrimônio transferido ração ou a prática de jogos de azar, de lenocínio, de
Não aplicando as demais sanções decorrentes de narcotráfico, de contrabando, de usura ou de qual-
atos e de fatos ocorridos antes da data da fusão ou quer outra atividade ilícita, ou aceitar promessa de
da incorporação tal vantagem;
Exceto no caso de simulação ou de evidente intuito VI - receber vantagem econômica de qualquer
de fraude, devidamente comprovados natureza, direta ou indireta, para fazer declara-
ção falsa sobre qualquer dado técnico que envolva
obras públicas ou qualquer outro serviço ou sobre
DOS ATOS DE IMPROBIDADE ADMINISTRATIVA quantidade, peso, medida, qualidade ou caracterís-
tica de mercadorias ou bens fornecidos a qualquer
As hipóteses de improbidade administrativa estão das entidades referidas no art. 1º desta Lei;
divididas em três espécies: VII - adquirir, para si ou para outrem, no exercí-
cio de mandato, de cargo, de emprego ou de fun-
280 z Art. 9º: atos que importam enriquecimento ilícito; ção pública, e em razão deles, bens de qualquer
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natureza, decorrentes dos atos descritos no caput V - permitir ou facilitar a aquisição, permuta ou
deste artigo, cujo valor seja desproporcional à evo- locação de bem ou serviço por preço superior ao de
lução do patrimônio ou à renda do agente público, mercado;
assegurada a demonstração pelo agente da licitude VI - realizar operação financeira sem obser-
da origem dessa evolução; vância das normas legais e regulamentares ou
VIII - aceitar emprego, comissão ou exercer aceitar garantia insuficiente ou inidônea;
atividade de consultoria ou assessoramento VII - conceder benefício administrativo ou fis-
para pessoa física ou jurídica que tenha interesse cal sem a observância das formalidades legais
suscetível de ser atingido ou amparado por ação ou regulamentares aplicáveis à espécie;
ou omissão decorrente das atribuições do agente VIII - frustrar a licitude de processo licitató-
público, durante a atividade; rio ou de processo seletivo para celebração de
IX - perceber vantagem econômica para inter- parcerias com entidades sem fins lucrativos, ou
mediar a liberação ou aplicação de verba pública dispensá-los indevidamente, acarretando perda
de qualquer natureza; patrimonial efetiva;
X - receber vantagem econômica de qualquer IX - ordenar ou permitir a realização de despe-
natureza, direta ou indiretamente, para omitir ato sas não autorizadas em lei ou regulamento;
de ofício, providência ou declaração a que esteja X - agir ilicitamente na arrecadação de tributo ou
obrigado; de renda, bem como no que diz respeito à conserva-
XI - incorporar, por qualquer forma, ao seu patri- ção do patrimônio público;
mônio bens, rendas, verbas ou valores integrantes XI - liberar verba pública sem a estrita obser-
do acervo patrimonial das entidades mencionadas vância das normas pertinentes ou influir de
no art. 1° desta lei; qualquer forma para a sua aplicação irregular;
XII - usar, em proveito próprio, bens, rendas, ver- XII - permitir, facilitar ou concorrer para que
bas ou valores integrantes do acervo patrimonial terceiro se enriqueça ilicitamente;
das entidades mencionadas no art. 1° desta lei. XIII - permitir que se utilize, em obra ou serviço
particular, veículos, máquinas, equipamentos ou
Dos Atos de Improbidade Administrativa que Causam material de qualquer natureza, de propriedade ou à
Prejuízo ao Erário disposição de qualquer das entidades mencionadas
no art. 1° desta lei, bem como o trabalho de servi-
Já nos atos que causam prejuízo ao erário, não há dor público, empregados ou terceiros contratados
por essas entidades.
um proveito econômico pelo agente, ocorre um pre-
XIV - celebrar contrato ou outro instrumento
juízo aos cofres públicos. Aqui, o agente vai contri-
que tenha por objeto a prestação de serviços públi-
buir para que outro enriqueça às custas do dinheiro cos por meio da gestão associada sem observar
60
público, deixar de observar alguma exigência previs- as formalidades previstas na lei;
8-
ta em lei, e essa inobservância causa algum prejuízo, XV - celebrar contrato de rateio de consórcio
48
por exemplo: frustrar a licitude de licitação ou proces- público sem suficiente e prévia dotação orça-
6.
so seletivo, acarretando perda patrimonial etc. Perce- mentária, ou sem observar as formalidades
ba que com esse raciocínio não dá para confundir as previstas na lei.
.15
20
tiva que causa lesão ao erário qualquer ação ou valores públicos transferidos pela administração
ei
omissão dolosa, que enseje, efetiva e comprova- pública a entidades privadas mediante celebração
liv
damente, perda patrimonial, desvio, apropriação, de parcerias, sem a observância das formali-
O
para a indevida incorporação ao patrimônio par- ou valores públicos transferidos pela administração
R
ticular, de pessoa física ou jurídica, de bens, de ren- pública a entidade privada mediante celebração de
e
das, de verbas ou de valores integrantes do acervo parcerias, sem a observância das formalidades
m
II - permitir ou concorrer para que pessoa físi- pública com entidades privadas sem a obser-
ui
60
e de legalidade, caracterizada por uma das seguin-
8-
tes condutas: § 1º Nos termos da Convenção das Nações Unidas
48
I - (revogado); (Redação dada pela Lei nº 14.230, de contra a Corrupção, promulgada pelo Decreto nº
2021)
6.
5.687, de 31 de janeiro de 2006, somente have-
II - (revogado); (Redação dada pela Lei nº 14.230, 15
rá improbidade administrativa, na aplica-
de 2021)
.
20
ção deste artigo, quando for comprovado na
III - revelar fato ou circunstância de que tem conduta funcional do agente público o fim de
-4
mamento ou de procedimento licitatório, com haver condutas culposas nos atos de improbidade
e
m
vistas à obtenção de benefício próprio, direto ou administrativa e caberá ao Ministério Público, titu-
er
indireto, ou de terceiros; lar da ação, provar que nas hipóteses descritas nesse
lh
VI - deixar de prestar contas quando esteja obri- artigo o agente tinha a finalidade de obter proveito ou
ui
gado a fazê-lo, desde que disponha das condições benefício indevido para si ou para outra pessoa.
G
60
ao erário ou de enriquecimento ilícito dos agentes. poder público ou de receber benefícios ou incenti-
8-
Se, por exemplo, um agente público deixar de prestar vos fiscais ou creditícios, direta ou indiretamente,
48
contas quando estiver obrigado a fazê-lo, com vistas ainda que por intermédio de pessoa jurídica da
6.
a ocultar irregularidades por ele praticadas, e ficar qual seja sócio majoritário, pelo prazo não supe-
15
provado o dolo da conduta mesmo não havendo um rior a 12 (doze) anos;
.
20
prejuízo ao erário ou enriquecimento, o agente será III - na hipótese do art. 11 desta Lei, pagamento de
-4
Importante!
ta ou indiretamente, ainda que por intermédio de
O
Com relação ao ato de frustrar procedimen- pessoa jurídica da qual seja sócio majoritário, pelo
de
to licitatório, tome cuidado, pois o examinador prazo não superior a 4 (quatro) anos;
os
§ 2º A multa pode ser aumentada até o dobro, se o juiz considerar que, em virtude da situação econômica do
réu, o valor calculado na forma dos incisos I, II e III do caput deste artigo é ineficaz para reprovação e prevenção
do ato de improbidade.
§ 3º Na responsabilização da pessoa jurídica, deverão ser considerados os efeitos econômicos e sociais das sanções,
de modo a viabilizar a manutenção de suas atividades.
No âmbito da Lei de Improbidade, o objetivo desse parágrafo é que, na aplicação das sanções às pessoas jurí-
dicas, deve-se levar em consideração os efeitos econômicos e sociais para não tornar inviável a continuidade das
atividades prestadas pela pessoa jurídica.
Com relação à sanção de proibição de contratar, em regra, será aplicada só no âmbito do ente lesado, por
exemplo, um servidor municipal cometeu um ato de improbidade que gerou lesão ao erário no respectivo Municí-
pio. Sendo assim, a proibição de contratar com o poder público será aplicada somente ao Município onde ocorreu
a lesão.
No entanto, excepcionalmente e por motivos relevantes devidamente justificados, a sanção de proibição de
60
contratar poderá extrapolar o ente público lesado.
8-
Além disso, outro ponto importante acrescido pela Lei nº 14.230, de 2021, é a necessidade de a sanção de
48
proibição de contratação com o poder público constar do Cadastro Nacional de Empresas Inidôneas e Suspensas
6.
(CEIS), observadas as limitações territoriais contidas na decisão judicial. .15
20
§ 5º No caso de atos de menor ofensa aos bens jurídicos tutelados por esta Lei, a sanção limitar-se-á à apli-
-4
cação de multa, sem prejuízo do ressarcimento do dano e da perda dos valores obtidos, quando for o caso,
nos termos do caput deste artigo.
ra
§ 6º Se ocorrer lesão ao patrimônio público, a reparação do dano a que se refere esta Lei deverá deduzir o
ei
ressarcimento ocorrido nas instâncias criminal, civil e administrativa que tiver por objeto os mesmos
liv
fatos.
O
§ 7º As sanções aplicadas a pessoas jurídicas com base nesta Lei e na Lei nº 12.846, de 1º de agosto de 2013, deverão
de
§ 8º A sanção de proibição de contratação com o poder público deverá constar do Cadastro Nacional de
am
Empresas Inidôneas e Suspensas (CEIS) de que trata a Lei nº 12.846, de 1º de agosto de 2013, observadas as
limitações territoriais contidas em decisão judicial, conforme disposto no § 4º deste artigo.
R
§ 9º As sanções previstas neste artigo somente poderão ser executadas após o trânsito em julgado da sen-
e
tença condenatória.
m
§ 10 Para efeitos de contagem do prazo da sanção de suspensão dos direitos políticos, computar-se-á retroa-
er
lh
tivamente o intervalo de tempo entre a decisão colegiada e o trânsito em julgado da sentença condenatória.
ui
G
Conforme dispõe o § 6º, se um agente estiver sendo processado pelo mesmo fato nas três esferas (criminal, civil
e administrativa) e ocorrer lesão ao patrimônio público, a reparação do dano em sede de improbidade adminis-
trativa deverá deduzir o ressarcimento ocorrido nas instâncias referidas.
O § 10 fala sobre a decisão colegiada e o trânsito em julgado da sentença condenatória. A sentença condenató-
ria transitada em julgado é aquela da qual não caiba mais recurso, tornando-se definitiva. Já a decisão colegiada
é a decisão proferida em 2ª instância. Sendo assim, a contagem do prazo da sanção de suspensão dos direitos
políticos será a partir da condenação em 2ª instância.
Importante lembrar, também, que as sanções trazidas no art. 12 só podem ser executadas após o trânsito
em julgado da sentença condenatória que será proferida após o regular processo judicial que garanta contra-
ditório e ampla defesa ao acusado.
Percebe-se que a parte das disposições gerais da lei, o capítulo referente aos atos de improbidade e o capítulo
das penas são os mais cobrados em provas de concursos. É claro que tudo que está previsto na lei pode ser abor-
dado em provas, mas já que esse é um dos tópicos de maior incidência, segue um quadro para facilitar a memori-
zação das sanções previstas na lei.
284
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Quadro Comparativo das Penas
PREJUÍZO AO
ENRIQUECIMENTO ILÍCITO ATENTAM CONTRA
SANÇÃO ERÁRIO
(ART. 9º) PRINCÍPIOS (ART. 11)
(ART. 10)
Perda da função
Sim Sim ---
pública
Multa civil Valor do acréscimo patrimonial Valor do dano Até 24X o valor da remuneração
Proibição de contra-
tar ou receber benefí- Até 14 anos Até 12 anos Até 4 anos
cios fiscais
Importante: ressarcimento integral do dano → aplicável sempre que houver dano efetivo.
DA DECLARAÇÃO DE BENS
Na redação anterior, ou o agente entregava a declaração de bens elaborada por ele mesmo ou poderia de
forma facultativa entregar a cópia da declaração anual de bens apresentada à Delegacia da Receita Federal na
conformidade da legislação do Imposto sobre a Renda e proventos de qualquer natureza.
Na atual redação, o agente deve entregar a declaração anual de bens apresentada à Delegacia da Receita Fede-
ral (Declaração de Imposto de Renda). Tal declaração deve ser atualizada anualmente e na data em que o agente
público deixar o cargo. Se o agente deixar de prestar a declaração ou prestá-la falsa, sofrerá a pena de demissão.
60
Art. 13 A posse e o exercício de agente público ficam condicionados à apresentação de declaração de impos-
8-
48
to de renda e proventos de qualquer natureza, que tenha sido apresentada à Secretaria Especial da Receita Federal
do Brasil, a fim de ser arquivada no serviço de pessoal competente.
6.
§ 1º (Revogado). 15
§ 2º A declaração de bens a que se refere o caput deste artigo será atualizada anualmente e na data em que o
.
20
§ 3º Será apenado com a pena de demissão, sem prejuízo de outras sanções cabíveis, o agente público que se recu-
ra
sar a prestar a declaração dos bens a que se refere o caput deste artigo dentro do prazo determinado ou que
ei
§ 4º (Revogado).
O
de
O procedimento administrativo é realizado internamente com o intuito de investigar o suposto ato praticado
am
por um agente público. O início do processo administrativo pode dar-se de ofício, ou seja, pela própria administra-
R
ção ou mediante representação de qualquer pessoa. Após a representação, a autoridade determinará a apuração
e
dos fatos, observada a legislação que regula o processo administrativo disciplinar aplicável ao agente; se for um
m
agente federal, por exemplo, o procedimento observará a Lei nº 8.112, de 1990. NOÇÕES DE DIREITO ADMINISTRATIVO
er
lh
Já o processo judicial é instaurado no Judiciário mediante petição apresentada pelo Ministério Público, que
ui
é o titular da referida ação, para aplicação das penalidades referidas no art. 12 aos agentes públicos e aos parti-
G
culares que, mesmo não sendo agentes públicos, induzam ou concorram dolosamente para a prática do ato de
improbidade.
São procedimentos independentes; no processo administrativo serão aplicadas as sanções de natureza admi-
nistrativa, podendo inclusive ser aplicada a pena de demissão. O processo administrativo é mais rápido e a decisão
de demissão em âmbito administrativo produz efeitos imediatos em decorrência dos princípios da autoexecuto-
riedade e da presunção de legitimidade dos atos. Sendo assim, a entidade que sofreu a lesão poderá instaurar um
processo administrativo, demitir o agente público e na ação judicial haverá a aplicação das demais penalidades
referidas na lei.
Art. 14 Qualquer pessoa poderá representar à autoridade administrativa competente para que seja instau-
rada investigação destinada a apurar a prática de ato de improbidade.
§ 1º A representação, que será escrita ou reduzida a termo e assinada, conterá a qualificação do repre-
sentante, as informações sobre o fato e sua autoria e a indicação das provas de que tenha conhecimento.
§ 2º A autoridade administrativa rejeitará a representação, em despacho fundamentado, se esta não contiver as for-
malidades estabelecidas no § 1º deste artigo. A rejeição não impede a representação ao Ministério Público, nos
termos do art. 22 desta lei. 285
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§ 3º Atendidos os requisitos da representação, a autoridade determinará a imediata apuração dos fatos, observada
a legislação que regula o processo administrativo disciplinar aplicável ao agente.
Art. 15 A comissão processante dará conhecimento ao Ministério Público e ao Tribunal ou Conselho de Contas da
existência de procedimento administrativo para apurar a prática de ato de improbidade.
Parágrafo único. O Ministério Público ou Tribunal ou Conselho de Contas poderá, a requerimento, designar repre-
sentante para acompanhar o procedimento administrativo.
INDISPONIBILIDADE DE BENS
A indisponibilidade de bens é uma medida cautelar que pode ser requerida antes ou no curso da ação princi-
pal e visa garantir a futura devolução de dinheiro público em caso de condenação. Imagine que um agente público
esteja sendo investigado pela possível prática de ato que gerou enriquecimento ilícito; é possível que o indiciado
acabe com todo o seu patrimônio, transfira para outras pessoas e ao final do processo judicial não seja possível
o ressarcimento aos cofres públicos. Para evitar que isso ocorra, o Ministério Público irá requerer ao juiz essa
medida cautelar para garantir o ressarcimento do prejuízo quando for proferida a decisão transitada em julgado.
Quando essa medida for deferida pelo juiz, o investigado ou indiciado não poderá se desfazer de seus bens.
Tal medida de certa forma “trava” o patrimônio, bloqueia os bens e ele não poderá, por exemplo, vender imóveis,
movimentar aplicações financeiras, valores em conta bancária etc. Foram acrescidos alguns artigos que regula-
mentam de forma mais detalhada a indisponibilidade. Além disso, não existe mais o sequestro de bens na lei.
Art. 16 Na ação por improbidade administrativa poderá ser formulado, em caráter antecedente ou incidente,
pedido de indisponibilidade de bens dos réus, a fim de garantir a integral recomposição do erário ou do acréscimo
patrimonial resultante de enriquecimento ilícito.
§ 1º (Revogado). (Redação dada pela Lei nº 14.230, de 2021)
§ 1º-A O pedido de indisponibilidade de bens a que se refere o caput deste artigo poderá ser formulado indepen-
dentemente da representação de que trata o art. 7º desta Lei.
§ 2º Quando for o caso, o pedido de indisponibilidade de bens a que se refere o caput deste artigo incluirá a inves-
tigação, o exame e o bloqueio de bens, contas bancárias e aplicações financeiras mantidas pelo indiciado
no exterior, nos termos da lei e dos tratados internacionais.
§ 3º O pedido de indisponibilidade de bens a que se refere o caput deste artigo apenas será deferido mediante a
demonstração no caso concreto de perigo de dano irreparável ou de risco ao resultado útil do processo,
desde que o juiz se convença da probabilidade da ocorrência dos atos descritos na petição inicial com fundamento
60
nos respectivos elementos de instrução, após a oitiva do réu em 5 (cinco) dias.
8-
48
Importante ressaltar que agora a lei exige a demonstração de perigo irreparável, antes o Superior Tribunal
6.
de Justiça entendia que o periculum in mora — perigo da demora — era implícito, presumido no referido disposi-
15
tivo. Com as alterações, é preciso demonstrar perigo de dano irreparável ou de risco ao resultado útil do processo.
.
20
Para entender melhor, imagine o seguinte. Um agente público está sendo investigado por, supostamente, ter
-4
incorporado ao seu patrimônio bens, rendas, verbas ou valores integrantes do acervo patrimonial das entidades
mencionadas na lei.
ra
Há fortes indícios da prática do referido ato e no curso da investigação o Ministério Público percebe que o
ei
liv
agente está começando a dilapidar todo o seu patrimônio, gerando o perigo de dano irreparável ou de risco
O
ao resultado útil do processo, uma vez que essa conduta poderia inviabilizar o ressarcimento dos valores
de
indevidamente incorporados. No caso hipotético narrado, se o Ministério Público conseguir convencer o juiz de
que a conduta do investigado gera perigo de dano irreparável (desfazer-se do patrimônio) ou risco ao resultado
os
útil do processo (impossibilitando a futura reparação do dano), a indisponibilidade de bens será deferida.
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§ 4º A indisponibilidade de bens poderá ser decretada sem a oitiva prévia do réu, sempre que o contraditório
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prévio puder comprovadamente frustrar a efetividade da medida ou houver outras circunstâncias que reco-
m
§ 5º Se houver mais de um réu na ação, a somatória dos valores declarados indisponíveis não poderá superar o montante
lh
a sua substituição por caução idônea, por fiança bancária ou por seguro-garantia judicial, a requerimento
do réu, bem como a sua readequação durante a instrução do processo.
§ 7º A indisponibilidade de bens de terceiro dependerá da demonstração da sua efetiva concorrência para
os atos ilícitos apurados ou, quando se tratar de pessoa jurídica, da instauração de incidente de descon-
sideração da personalidade jurídica, a ser processado na forma da lei processual.
§ 8º Aplica-se à indisponibilidade de bens regida por esta Lei, no que for cabível, o regime da tutela provisória de
urgência da Lei nº 13.105, de 16 de março de 2015 (Código de Processo Civil).
§ 9º Da decisão que deferir ou indeferir a medida relativa à indisponibilidade de bens caberá agravo de instru-
mento, nos termos da Lei nº 13.105, de 16 de março de 2015 (Código de Processo Civil).
§ 10 A indisponibilidade recairá sobre bens que assegurem exclusivamente o integral ressarcimento do
dano ao erário, sem incidir sobre os valores a serem eventualmente aplicados a título de multa civil ou
sobre acréscimo patrimonial decorrente de atividade lícita.
§ 11 A ordem de indisponibilidade de bens deverá priorizar veículos de via terrestre, bens imóveis, bens móveis
em geral, semoventes, navios e aeronaves, ações e quotas de sociedades simples e empresárias, pedras e metais
preciosos e, apenas na inexistência desses, o bloqueio de contas bancárias, de forma a garantir a subsistência do
286 acusado e a manutenção da atividade empresária ao longo do processo.
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título, a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.
§ 12 O juiz, ao apreciar o pedido de indisponibilidade de bens do réu a que se refere o caput deste artigo, observará os
efeitos práticos da decisão, vedada a adoção de medida capaz de acarretar prejuízo à prestação de serviços públicos.
§ 13 É vedada a decretação de indisponibilidade da quantia de até 40 (quarenta) salários mínimos depositados
em caderneta de poupança, em outras aplicações financeiras ou em conta corrente.
§ 14 É vedada a decretação de indisponibilidade do bem de família do réu, salvo se comprovado que o imóvel
seja fruto de vantagem patrimonial indevida, conforme descrito no art. 9º desta Lei.
A nova lei trouxe alguns dispositivos que possivelmente vão gerar uma certa discussão entre doutrinadores e
estudiosos do direito administrativo e talvez você já tenha até lido algum artigo a respeito ou ouviu algum profes-
sor falando sobre isso, mas para provas de concursos, fique com o que está previsto na letra da lei. Para facilitar
o entendimento deste tópico, veja o fluxograma que segue:
A indisponibilidade de bens poderá ser decretada sem a oitiva prévia do réu, sempre que o contraditório
prévio puder comprovadamente frustrar a efetividade da medida ou houver outras circunstâncias que recomen-
dem a proteção liminar, não podendo a urgência ser presumida.
A lei, em seu § 11, art. 16, traz uma ordem para que o juiz determine a indisponibilidade dos bens, qual seja:
60
z Veículos de via terrestre;
8-
z Bens imóveis;
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z Bens móveis em geral;
6.
z Semoventes; 15
z Navios e aeronaves;
.
20
z Apenas na inexistência desses, o bloqueio de contas bancárias, de forma a garantir a subsistência do acusado
ei
Além disso, existem hipóteses em que a indisponibilidade de bens será vedada, §§ 13 e 14, do art. 16:
de
z Quantia de até 40 (quarenta) salários mínimos depositados em caderneta de poupança, em outras aplicações
os
z Bem de família do réu, salvo se comprovado que o imóvel seja fruto de vantagem patrimonial indevida.
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PROCESSO JUDICIAL
NOÇÕES DE DIREITO ADMINISTRATIVO
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No texto anterior da Lei nº 8.429, de 1992, tanto o Ministério Público quanto a pessoa jurídica lesada tinham
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legitimidade para dar início à ação judicial de improbidade. Com as alterações trazidas pela Lei nº 14.230, de 2021,
G
Art. 17 A ação para a aplicação das sanções de que trata esta Lei será proposta pelo Ministério Público e seguirá
o procedimento comum previsto na Lei nº 13.105, de 16 de março de 2015 (Código de Processo Civil), salvo o disposto nesta
Lei.
§ 1º (Revogado).
§ 2º (Revogado).
§ 3º (Revogado).
§ 4º (Revogado).
§ 4º-A A ação a que se refere o caput deste artigo deverá ser proposta perante o foro do local onde ocorrer o
dano ou da pessoa jurídica prejudicada.
§ 5º A propositura da ação a que se refere o caput deste artigo prevenirá a competência do juízo para todas as ações
posteriormente intentadas que possuam a mesma causa de pedir ou o mesmo objeto.
§ 6º A petição inicial observará o seguinte:
I - deverá individualizar a conduta do réu e apontar os elementos probatórios mínimos que demonstrem a ocorrên-
cia das hipóteses dos arts. 9º, 10 e 11 desta Lei e de sua autoria, salvo impossibilidade devidamente fundamentada; 287
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título, a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.
II - será instruída com documentos ou justificação que contenham indícios suficientes da veracidade dos fatos e
do dolo imputado ou com razões fundamentadas da impossibilidade de apresentação de qualquer dessas provas,
observada a legislação vigente, inclusive as disposições constantes dos arts. 77 e 80 da Lei nº 13.105, de 16 de março
de 2015 (Código de Processo Civil).
§ 6º-A O Ministério Público poderá requerer as tutelas provisórias adequadas e necessárias, nos termos
dos arts. 294 a 310 da Lei nº 13.105, de 16 de março de 2015 (Código de Processo Civil).
§ 6º-B A petição inicial será rejeitada nos casos do art. 330 da Lei nº 13.105, de 16 de março de 2015 (Código
de Processo Civil), bem como quando não preenchidos os requisitos a que se referem os incisos I e II do § 6º deste
artigo, ou ainda quando manifestamente inexistente o ato de improbidade imputado.
§ 7º Se a petição inicial estiver em devida forma, o juiz mandará autuá-la e ordenará a citação dos reque-
ridos para que a contestem no prazo comum de 30 (trinta) dias, iniciado o prazo na forma do art. 231 da Lei
nº 13.105, de 16 de março de 2015 (Código de Processo Civil).
§ 8º (Revogado). (Redação dada pela Lei nº 14.230, de 2021)
§ 9º (Revogado). (Redação dada pela Lei nº 14.230, de 2021)
§ 9º-A Da decisão que rejeitar questões preliminares suscitadas pelo réu em sua contestação caberá agravo de
instrumento.
§ 10 (Revogado). (Redação dada pela Lei nº 14.230, de 2021)
§ 10-A Havendo a possibilidade de solução consensual, poderão as partes requerer ao juiz a interrupção do
prazo para a contestação, por prazo não superior a 90 (noventa) dias.
§ 10-B Oferecida a contestação e, se for o caso, ouvido o autor, o juiz:
I - procederá ao julgamento conforme o estado do processo, observada a eventual inexistência manifesta do ato de
improbidade;
II - poderá desmembrar o litisconsórcio, com vistas a otimizar a instrução processual.
§ 10-C Após a réplica do Ministério Público, o juiz proferirá decisão na qual indicará com precisão a tipificação do
ato de improbidade administrativa imputável ao réu, sendo-lhe vedado modificar o fato principal e a capitulação
legal apresentada pelo autor.
§ 10-D Para cada ato de improbidade administrativa, deverá necessariamente ser indicado apenas um tipo dentre
aqueles previstos nos arts. 9º, 10 e 11 desta Lei.
§ 10-E Proferida a decisão referida no § 10-C deste artigo, as partes serão intimadas a especificar as provas que
pretendem produzir.
§ 10-F Será nula a decisão de mérito total ou parcial da ação de improbidade administrativa que:
I - condenar o requerido por tipo diverso daquele definido na petição inicial;
II - condenar o requerido sem a produção das provas por ele tempestivamente especificadas.
§ 11 Em qualquer momento do processo, verificada a inexistência do ato de improbidade, o juiz julgará a demanda
60
improcedente.
8-
§ 12 (Revogado). (Redação dada pela Lei nº 14.230, de 2021)
48
§ 13 (Revogado). (Redação dada pela Lei nº 14.230, de 2021)
6.
§ 14 Sem prejuízo da citação dos réus, a pessoa jurídica interessada será intimada para, caso queira, intervir no
15
processo.
.
20
§ 15 Se a imputação envolver a desconsideração de pessoa jurídica, serão observadas as regras previstas nos arts.
-4
133, 134, 135, 136 e 137 da Lei nº 13.105, de 16 de março de 2015 (Código de Processo Civil).
§ 16 A qualquer momento, se o magistrado identificar a existência de ilegalidades ou de irregularidades
ra
administrativas a serem sanadas sem que estejam presentes todos os requisitos para a imposição das
ei
sanções aos agentes incluídos no polo passivo da demanda, poderá, em decisão motivada, converter a
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ação de improbidade administrativa em ação civil pública, regulada pela Lei nº 7.347, de 24 de julho de 1985.
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de
A possibilidade de conversão de ação de improbidade administrativa em ação civil pública é uma forma de
os
§ 17 Da decisão que converter a ação de improbidade em ação civil pública caberá agravo de instrumento.
R
§ 18 Ao réu será assegurado o direito de ser interrogado sobre os fatos de que trata a ação, e a sua recusa ou o
e
m
II - a imposição de ônus da prova ao réu, na forma dos §§ 1º e 2º do art. 373 da Lei nº 13.105, de 16 de março de
G
A Lei nº 14.230, de 2021, trouxe de forma mais detalhada os requisitos para que se possa realizar um acordo de
não persecução civil no âmbito da improbidade administrativa. Trata-se de um acordo celebrado entre o Minis-
tério Público e pessoas físicas ou jurídicas investigadas pela prática de improbidade administrativa com o intuito
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de não prosseguir com a ação caso o acordo seja aceito e homologado pelo Judiciário; entretanto, para a aplicação
desse acordo, devem ser observados alguns requisitos, veja:
Art. 17-B O Ministério Público poderá, conforme as circunstâncias do caso concreto, celebrar acordo de não
persecução civil, desde que dele advenham, ao menos, os seguintes resultados:
I - o integral ressarcimento do dano;
II - a reversão à pessoa jurídica lesada da vantagem indevida obtida, ainda que oriunda de agentes
privados.
§ 1º A celebração do acordo a que se refere o caput deste artigo dependerá, cumulativamente:
I - da oitiva do ente federativo lesado, em momento anterior ou posterior à propositura da ação;
II - de aprovação, no prazo de até 60 (sessenta) dias, pelo órgão do Ministério Público competente para
apreciar as promoções de arquivamento de inquéritos civis, se anterior ao ajuizamento da ação;
III - de homologação judicial, independentemente de o acordo ocorrer antes ou depois do ajuizamento da
ação de improbidade administrativa.
§ 2º Em qualquer caso, a celebração do acordo a que se refere o caput deste artigo considerará a personalidade
do agente, a natureza, as circunstâncias, a gravidade e a repercussão social do ato de improbidade, bem
como as vantagens, para o interesse público, da rápida solução do caso.
§ 3º Para fins de apuração do valor do dano a ser ressarcido, deverá ser realizada a oitiva do Tribunal de
Contas competente, que se manifestará, com indicação dos parâmetros utilizados, no prazo de 90 (noven-
ta) dias.
§ 4º O acordo a que se refere o caput deste artigo poderá ser celebrado no curso da investigação de apuração
do ilícito, no curso da ação de improbidade ou no momento da execução da sentença condenatória.
§ 5º As negociações para a celebração do acordo a que se refere o caput deste artigo ocorrerão entre o Ministério
Público, de um lado, e, de outro, o investigado ou demandado e o seu defensor.
§ 6º O acordo a que se refere o caput deste artigo poderá contemplar a adoção de mecanismos e procedi-
mentos internos de integridade, de auditoria e de incentivo à denúncia de irregularidades e a aplicação
efetiva de códigos de ética e de conduta no âmbito da pessoa jurídica, se for o caso, bem como de outras
medidas em favor do interesse público e de boas práticas administrativas.
§ 7º Em caso de descumprimento do acordo a que se refere o caput deste artigo, o investigado ou o demandado ficará
impedido de celebrar novo acordo pelo prazo de 5 (cinco) anos, contado do conhecimento pelo Ministério Público do
efetivo descumprimento.
60
8-
48
Legitimidade para propor Ministério Público
6.
.15
I - integral ressarcimento do dano
II - reversão à pessoa jurídica lesada
20
propositura de ação
O
de
ajuizamento da ação
e
m
independentemente de acordo
ui
O art. 17-C estabelece que a sentença deverá observar, além dos requisitos previstos no Código de Processo
Civil, também os trazidos na lei. Destaca-se que o § 2º fala sobre a hipótese de litisconsórcio passivo, que ocorre
quando se tem mais de um réu no processo. Nessas circunstâncias, a lei prevê que a condenação ocorrerá no
limite da participação e dos benefícios diretos de cada um, vedada qualquer solidariedade; ou seja, cada réu
responderá pela sua participação ou de acordo com os seus benefícios em decorrência da prática do ato ilícito.
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Art. 17-C A sentença proferida nos processos a que se refere esta Lei deverá, além de observar o disposto no art. 489
da Lei nº 13.105, de 16 de março de 2015 (Código de Processo Civil):
I - indicar de modo preciso os fundamentos que demonstram os elementos a que se referem os arts. 9º, 10 e 11 desta
Lei, que não podem ser presumidos;
II - considerar as consequências práticas da decisão, sempre que decidir com base em valores jurídicos abstratos;
III - considerar os obstáculos e as dificuldades reais do gestor e as exigências das políticas públicas a seu cargo, sem
prejuízo dos direitos dos administrados e das circunstâncias práticas que houverem imposto, limitado ou condicio-
nado a ação do agente;
IV - considerar, para a aplicação das sanções, de forma isolada ou cumulativa:
a) os princípios da proporcionalidade e da razoabilidade;
b) a natureza, a gravidade e o impacto da infração cometida;
c) a extensão do dano causado;
d) o proveito patrimonial obtido pelo agente;
e) as circunstâncias agravantes ou atenuantes;
f) a atuação do agente em minorar os prejuízos e as consequências advindas de sua conduta omissiva ou comissiva;
g) os antecedentes do agente;
V - considerar na aplicação das sanções a dosimetria das sanções relativas ao mesmo fato já aplicadas ao agente;
VI - considerar, na fixação das penas relativamente ao terceiro, quando for o caso, a sua atuação específica, não
admitida a sua responsabilização por ações ou omissões para as quais não tiver concorrido ou das quais não tiver
obtido vantagens patrimoniais indevidas;
VII - indicar, na apuração da ofensa a princípios, critérios objetivos que justifiquem a imposição da sanção.
§ 1º A ilegalidade sem a presença de dolo que a qualifique não configura ato de improbidade.
§ 2º Na hipótese de litisconsórcio passivo, a condenação ocorrerá no limite da participação e dos benefícios diretos,
vedada qualquer solidariedade.
§ 3º Não haverá remessa necessária nas sentenças de que trata esta Lei.
Art. 17-D A ação por improbidade administrativa é repressiva, de caráter sancionatório, destinada à
aplicação de sanções de caráter pessoal previstas nesta Lei, e não constitui ação civil, vedado seu ajuiza-
mento para o controle de legalidade de políticas públicas e para a proteção do patrimônio público e social, do meio
ambiente e de outros interesses difusos, coletivos e individuais homogêneos.
Parágrafo único. Ressalvado o disposto nesta Lei, o controle de legalidade de políticas públicas e a responsabilidade
de agentes públicos, inclusive políticos, entes públicos e governamentais, por danos ao meio ambiente, ao consumi-
dor, a bens e direitos de valor artístico, estético, histórico, turístico e paisagístico, a qualquer outro interesse difuso
ou coletivo, à ordem econômica, à ordem urbanística, à honra e à dignidade de grupos raciais, étnicos ou religiosos
60
e ao patrimônio público e social submetem-se aos termos da Lei nº 7.347, de 24 de julho de 1985.
Art. 18 A sentença que julgar procedente a ação fundada nos arts. 9º e 10 desta Lei condenará ao ressar-
8-
48
cimento dos danos e à perda ou à reversão dos bens e valores ilicitamente adquiridos, conforme o caso, em
favor da pessoa jurídica prejudicada pelo ilícito.
6.
15
§ 1º Se houver necessidade de liquidação do dano, a pessoa jurídica prejudicada procederá a essa determi-
nação e ao ulterior procedimento para cumprimento da sentença referente ao ressarcimento do patrimônio
.
20
§ 2º Caso a pessoa jurídica prejudicada não adote as providências a que se refere o § 1º deste artigo no
prazo de 6 (seis) meses, contado do trânsito em julgado da sentença de procedência da ação, caberá ao
ra
ressarcimento do patrimônio público ou à perda ou à reversão dos bens, sem prejuízo de eventual responsa-
bilização pela omissão verificada.
O
§ 3º Para fins de apuração do valor do ressarcimento, deverão ser descontados os serviços efetivamente prestados.
de
os
mas para isso o réu tem que demonstrar que não pode efetuar todo o pagamento de uma só vez.
R
§ 4º O juiz poderá autorizar o parcelamento, em até 48 (quarenta e oito) parcelas mensais corrigidas moneta-
e
m
riamente, do débito resultante de condenação pela prática de improbidade administrativa se o réu demonstrar
er
Art. 18-A A requerimento do réu, na fase de cumprimento da sentença, o juiz unificará eventuais sanções
ui
aplicadas com outras já impostas em outros processos, tendo em vista a eventual continuidade de ilícito ou a
G
prática de diversas ilicitudes, observado o seguinte: (Incluído pela Lei nº 14.230, de 2021)
I - no caso de continuidade de ilícito, o juiz promoverá a maior sanção aplicada, aumentada de 1/3 (um ter-
ço), ou a soma das penas, o que for mais benéfico ao réu; (Incluído pela Lei nº 14.230, de 2021)
II - no caso de prática de novos atos ilícitos pelo mesmo sujeito, o juiz somará as sanções. (Incluído pela Lei
nº 14.230, de 2021)
Parágrafo único. As sanções de suspensão de direitos políticos e de proibição de contratar ou de receber
incentivos fiscais ou creditícios do poder público observarão o limite máximo de 20 (vinte) anos. (Incluído
pela Lei nº 14.230, de 2021)
O art. 18-A traz a possibilidade de unificação das penas. Após o juiz proferir a sentença judicial transitada em
julgado, da qual não caiba mais recurso, a próxima fase é cumprir o que foi determinado na sentença. Nessa fase
de cumprimento, o juiz unificará, ou seja, vai reunir eventuais sanções aplicadas com outras já impostas em
outros processos da seguinte forma:
z Se houver continuidade de ilícito, o juiz aplica a maior sanção aumentada de 1/3 (um terço), ou soma as
290 penas optando por aquilo que for mais benéfico ao réu;
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z No caso de prática de novos atos ilícitos pelo mesmo sujeito, o juiz somará as sanções.
Importante!
Nas hipóteses do art. 18-A, a suspensão de direitos políticos e a proibição de contratar ou de receber incenti-
vos fiscais observarão o limite máximo de 20 (vinte) anos (parágrafo único, do art. 18-A).
Natureza repressiva,
caráter sancionatório
(art. 17-D)
Importante: não existe mais a defesa preliminar; o requerido já será citado para apresentar a contestação.
60
8-
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As sanções trazidas na Lei de Improbidade Administrativa têm natureza repressiva, de caráter sancionatório.
O único momento em que a lei trata de alguma sanção penal é no art. 19, mas nesse caso a sanção será aplicada
6.
ao denunciante e não ao agente que cometeu ato de improbidade. .15
20
Art. 19 Constitui crime a representação por ato de improbidade contra agente público ou terceiro beneficiário,
-4
Parágrafo único. Além da sanção penal, o denunciante está sujeito a indenizar o denunciado pelos danos materiais,
liv
Art. 20 A perda da função pública e a suspensão dos direitos políticos só se efetivam com o trânsito em julgado da
de
sentença condenatória.
§ 1º A autoridade judicial competente poderá determinar o afastamento do agente público do exercício do
os
cargo, do emprego ou da função, sem prejuízo da remuneração, quando a medida for necessária à instru-
am
Muitas pessoas acham estranho quando se fala que o afastamento do agente público do exercício do cargo,
lh
emprego ou função ocorrerá sem prejuízo da sua remuneração, mas isso ocorre em decorrência da presunção de
ui
inocência. Todos se presumem inocentes até que se prove o contrário por meio do devido processo legal.
G
Portanto, enquanto não houver uma decisão condenatória, não é possível que o servidor seja, desde já, conde-
nado a perder sua remuneração. Esse afastamento ocorrerá quando for necessário para a instrução processual ou
para evitar o cometimento de novos ilícitos. Por não ser uma sanção, deverá ter prazo determinado de até 90 dias,
podendo ser prorrogado mais uma vez por igual prazo. O afastamento não é por 90 dias e sim por até 90 dias,
sendo assim, se o for determinado que o agente se afaste por 60 dias, a prorrogação só poderá ser por mais 60 dias.
A ABSOLVIÇÃO CRIMINAL EM AÇÃO QUE DISCUTA OS MESMOS FATOS, CONFIRMADA POR DECISÃO
COLEGIADA:
Impede o trâmite da ação de improbidade, havendo comunicação com todos os fundamentos de absolvição previs-
tos no CPP
DA PRESCRIÇÃO
A prescrição ocorre quando o decurso do tempo impede que o titular da ação de improbidade possa aplicar a
sanção ao suposto autor do ato de improbidade. Esse instituto existe no direito brasileiro para resguardar a segu-
rança jurídica. Sendo assim, o Estado tem um tempo determinado para poder sancionar os atos de improbidade.
A demora do Estado extingue a possibilidade de punir o suposto autor do ato ímprobo praticado por agentes
60
públicos e particulares.
8-
Se, por exemplo, um agente público comete ato de improbidade que causa prejuízo ao erário, o Ministério
48
Público tem um prazo para ingressar com a ação e efetivar as sanções previstas na lei; passado o prazo, o Estado
6.
não poderá mais responsabilizar o acusado. 15
Importante! Atente-se para este julgado, que trata da imprescritibilidade da ação de ressarcimento ao erário:
.
20
-4
Tese de repercussão geral STF nº 897 São imprescritíveis as ações de ressarcimento ao erário fundadas na prática
ra
Com as alterações da Lei nº 14.230, de 2021, o prazo prescricional passou a ser de 8 (oito) anos em todas as
O
Art. 23 A ação para a aplicação das sanções previstas nesta Lei prescreve em 8 (oito) anos, contados a partir da
os
ocorrência do fato ou, no caso de infrações permanentes, do dia em que cessou a permanência. (Redação dada
am
I - (revogado);
e
II - (revogado);
m
III - (revogado);
er
§ 1º A instauração de inquérito civil ou de processo administrativo para apuração dos ilícitos referidos nesta
lh
Lei suspende o curso do prazo prescricional por, no máximo, 180 (cento e oitenta) dias corridos, recomeçando
ui
a correr após a sua conclusão ou, caso não concluído o processo, esgotado o prazo de suspensão.
G
§ 2º O inquérito civil para apuração do ato de improbidade será concluído no prazo de 365 (trezentos e sessenta e
cinco) dias corridos, prorrogável uma única vez por igual período, mediante ato fundamentado submetido à
revisão da instância competente do órgão ministerial, conforme dispuser a respectiva lei orgânica.
§ 3º Encerrado o prazo previsto no § 2º deste artigo, a ação deverá ser proposta no prazo de 30 (trinta) dias, se não
for caso de arquivamento do inquérito civil.
§ 4º O prazo da prescrição referido no caput deste artigo interrompe-se:
I - pelo ajuizamento da ação de improbidade administrativa;
II - pela publicação da sentença condenatória;
III - pela publicação de decisão ou acórdão de Tribunal de Justiça ou Tribunal Regional Federal que confirma sentença
condenatória ou que reforma sentença de improcedência;
IV - pela publicação de decisão ou acórdão do Superior Tribunal de Justiça que confirma acórdão condenatório ou que
reforma acórdão de improcedência;
V - pela publicação de decisão ou acórdão do Supremo Tribunal Federal que confirma acórdão condenatório ou que
reforma acórdão de improcedência.
6 [Lei 8.429, de 1992, arts. 9 a 11 (1)]. RE 852475/SP, rel. Min. Alexandre de Moraes, red. p/ o ac. Min. Edson Fachin, julgamento em 8.8.2018.
292 (RE-852475)
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título, a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.
§ 5º Interrompida a prescrição, o prazo recomeça a correr do dia da interrupção, pela metade do prazo pre-
visto no caput deste artigo.
§ 6º A suspensão e a interrupção da prescrição produzem efeitos relativamente a todos os que concorreram para a prática
do ato de improbidade.
§ 7º Nos atos de improbidade conexos que sejam objeto do mesmo processo, a suspensão e a interrupção relativas a qual-
quer deles estendem-se aos demais.
§ 8º O juiz ou o tribunal, depois de ouvido o Ministério Público, deverá, de ofício ou a requerimento da parte interessada,
reconhecer a prescrição intercorrente da pretensão sancionadora e decretá-la de imediato, caso, entre os marcos interrup-
tivos referidos no § 4º, transcorra o prazo previsto no § 5º deste artigo.
z Suspensão: após a instauração de inquérito civil ou de processo administrativo, o prazo prescricional suspen-
de por até 180 dias corridos, recomeçando a correr após a sua conclusão ou, caso não concluído o processo,
esgotado o prazo de suspensão;
z Interrupção: após a ocorrência das hipóteses previstas, volta a contar o prazo do zero.
Os conceitos de interrupção e suspensão são trazidos pela doutrina e é importante saber a diferença entre os
institutos para entender o conteúdo.
O § 5º traz uma inovação, que é a prescrição intercorrente. Essa modalidade de prescrição só ocorre depois
da apresentação da ação de improbidade, ou seja, ocorre dentro do processo e será contada pela metade.
Exemplo: um agente praticou um ato de improbidade há 6 anos, o Ministério Público apresenta a ação e no dia
da apresentação o prazo será interrompido. Na interrupção o prazo volta a contar do zero, ou seja, com a apre-
sentação da Ação de Improbidade Administrativa pelo Ministério Público voltaríamos a contar os 8 anos, mas na
prescrição intercorrente do § 5º o prazo volta a ser contado pela metade, ou seja, 4 anos. Podemos dizer então que
o prazo da prescrição intercorrente será de 4 anos.
Outro ponto importante é sobre a possibilidade de o Ministério Público, de ofício, a requerimento de auto-
ridade administrativa ou mediante representação, instaurar inquérito civil ou procedimento investigativo
assemelhado e requisitar a instauração de inquérito policial para apurar os ilícitos.
Percebe-se aqui algumas possibilidades trazidas pela lei para que o Ministério Público possa obter os ele-
mentos necessários para a instauração da ação de improbidade administrativa. E conforme os §§ 2º e 3º, art. 23,
o inquérito civil deve respeitar o prazo de 365 dias, podendo ser prorrogado uma única vez por igual período.
60
8-
48
Importante!
6.
15
O prazo do inquérito civil é de 365 dias corridos, prorrogável uma vez por igual período mediante fundamen-
.
tação, ou seja, 365 + 365. Cuidado com as provas: são 365 dias e não 1 ano.
20
-4
ra
ei
Art. 23-A É dever do poder público oferecer contínua capacitação aos agentes públicos e políticos que atuem com
G
293
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REFERÊNCIAS Já a conduta que define o crime de peculato-furto,
praticada por meio do verbo subtrair, será desclassi-
BRASIL. [Constituição (1988)]. Constituição da ficada para o crime de furto, caso não seja praticada
República Federativa do Brasil de 1988. Brasí- por um funcionário público.
lia, DF: Presidência da República. Disponível em: O Código Penal, em seu art. 327, define o que é fun-
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/constituicao/ cionário público. Vejamos:
constituicao.htm. Acesso em: 26 set. 2022.
CÂMARA DOS DEPUTADOS. Portal da Câmara Art. 327 Considera-se funcionário público, para os
dos Deputados, 2022. Disponível em: https://www. efeitos penais, quem, embora transitoriamente ou
camara.leg.br/. Acesso em: 26 set. 2022. sem remuneração, exerce cargo, emprego ou fun-
CARVALHO FILHO, J. dos S. Manual de Direito ção pública.
Administrativo. 33ª Ed. São Paulo: Atlas, 2019. § 1º Equipara-se a funcionário público quem exerce
CARVALHO, M. Manual de Direito Administrati- cargo, emprego ou função em entidade paraestatal,
vo. 9ª Ed. São Paulo: Juspodivm, 2021. e quem trabalha para empresa prestadora de ser-
CASA CIVIL DA PRESIDÊNCIA DA REPÚBLICA. viço contratada ou conveniada para a execução de
Guia da política de governança pública. Brasília: atividade típica da Administração Pública.
Casa Civil da Presidência da República, 2018. § 2º A pena será aumentada da terça parte quan-
CASTRO JÚNIOR, R. de. Manual de Direito Admi- do os autores dos crimes previstos neste Capítu-
lo forem ocupantes de cargos em comissão ou de
nistrativo. 1ª Ed. São Paulo: Juspodivm, 2021.
função de direção ou assessoramento de órgão da
DI PIETRO, M. S. Z. Direito administrativo. 33ª Ed.
administração direta, sociedade de economia mis-
São Paulo: Atlas, 2020.
ta, empresa pública ou fundação instituída pelo
MEIRELLES, H. L. Direito Administrativo Brasi- poder público.
leiro. 44ª Ed. Salvador: Juspodivm, 2020.
MELLO, C. A. B. Curso de Direito Administrativo.
34ª Ed. São Paulo: Juspodivm, 2019.
Importante!
PLANALTO. Portal da Legislação, 2022. Disponí-
vel em: http://www4.planalto.gov.br/legislacao/. Para o Direito Penal, funcionário público é aquele
Acesso em: 26 set. 2022. que, embora transitoriamente ou sem remune-
SENADO FEDERAL. Senado Federal, 2022. Dispo- ração, exerce cargo, emprego ou função pública.
nível em: https://www12.senado.leg.br/hpsenado. Como é possível de se observar, o conceito de
Acesso em: 26 set. 2022. funcionário público é bastante amplo. No § 1º,
art. 327, o Código Penal equipara a funcionário
60
público quem exerce cargo, emprego ou função
8-
em entidade paraestatal, e quem trabalha para
48
CRIMES PRATICADOS POR empresa prestadora de serviço contratada ou
6.
FUNCIONÁRIOS PÚBLICOS CONTRA A 15
conveniada para a execução de atividade típica
.
da Administração Pública.
20
Nos crimes contra a Administração Pública, o bem tura e número certo, junto à administração direta;
jurídico genericamente tutelado é a moralidade ou z Emprego público, por sua vez, é a função pública
os
Tratam-se de crimes próprios, que exigem uma (por exemplo, diarista que presta serviço de faxi-
R
condição especial do sujeito ativo: ser funcionário na em uma repartição pública). Assim, obtém-se
e
Os crimes praticados por funcionário público con- sendo todo aquele que não se classifica como cargo
er
cados contra a Administração Pública por indivíduo realiza os fins próprios do Estado (por exemplo,
que se encontra investido em uma função pública. São perito judicial, estagiário do Ministério Público ou
divididos em funcionais próprios, ou puros, e funcio- da Defensoria Pública ou de qualquer outro órgão
nais impróprios, ou impuros. público, juiz de direito, Presidente da Repúbli-
Os crimes funcionais próprios são aqueles que ca, Governador de Estado, escreventes, Prefeitos,
serão atípicos caso não sejam praticados por funcio- vereadores, faxineiros do fórum etc.).
nários públicos. Segundo a doutrina, neste caso, ocor-
rerá uma hipótese de atipicidade absoluta. Além dos dispositivos legais, é importante termos
Os crimes funcionais impróprios são aqueles que ciência de alguns julgados que estabelecem que são
serão desclassificados para outras infrações penais considerados funcionários públicos para fins penais:
caso não sejam praticados por funcionários públicos.
Segundo a doutrina, neste caso, ocorrerá uma hipóte- z Diretor de organização social;7
se de atipicidade relativa. z Administrador de Loteria;8
7 STF. 1ª Turma. HC 138484/DF, Rel. Min. Marco Aurélio, julgado em 11/9/2018 (Info 915).
294 8 STJ. 5ª Turma. AREsp 679.651/RJ, Rel. Min. Joel Ilan Paciornik, julgado em 11/09/2018.
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z Advogados dativos;9 Pena - reclusão, de dois a doze anos, e multa.
z Médico de hospital particular credenciado/conve- § 1º Aplica-se a mesma pena, se o funcionário públi-
niado ao SUS;10 co, embora não tendo a posse do dinheiro, valor
z Estagiário de órgão ou entidade públicos.11 ou bem, o subtrai, ou concorre para que seja
subtraído, em proveito próprio ou alheio, valen-
Nestes termos, não são considerados funcionários do-se de facilidade que lhe proporciona a qua-
lidade de funcionário.
públicos para fins penais os depositários judiciais.12
No § 2º, do art. 327, o Código Penal apresenta uma
causa de aumento de pena aplicável a todos os crimes O crime de peculato, previsto no art. 312, do CP, é
praticados por funcionário público contra a adminis- dividido doutrinariamente da seguinte forma:
tração em geral. Observe:
A pena será aumentada de 1/3 (terça parte) quan- z Peculato próprio:
do os autores dos crimes praticados por funcionário
público contra a administração em geral forem ocu- Peculato-apropriação;
pantes de cargos em comissão ou de função de direção Peculato-desvio.
ou assessoramento de órgão da administração direta,
sociedade de economia mista, empresa pública ou z Peculato impróprio:
fundação instituída pelo poder público.
É importante saber que a pena não será aumen- Peculato-furto.
tada caso o funcionário público ocupe cargo em
comissão ou função de direção ou assessoramento em z Peculato culposo;
autarquias, por falta de previsão legal. Lembre-se de z Peculato mediante erro de outrem (peculato
que o nosso ordenamento jurídico não admite a ana- estelionato).
logia para prejudicar o agente.
Não podemos deixar de tratar do concurso de pes- O peculato-apropriação configurar-se-á quando
soas nos crimes funcionais. o funcionário público se apropriar de dinheiro, valor
Os crimes funcionais são crimes próprios, à medi- ou qualquer outro bem móvel, público ou particular,
da que o autor deve ser funcionário público e, em de que tem a posse em razão do cargo; por exemplo,
regra, não podem serem praticados por qualquer pes- vereador que se apropria de bens (aparelho de celu-
soa. Todavia, admitem a participação e a coautoria, lar, notebook) do qual tem posse em razão do cargo
bem como a autoria mediata. (eletivo) que ocupa.
Os crimes funcionais são próprios, porém admi- É muito importante que você fique atento, em rela-
60
tem a coautoria de particular, sendo possível que este ção ao peculato-apropriação, ao seguinte:
8-
venha a ser responsabilizado por delito funcional
48
contra a Administração Pública, desde que pratique a z Para que se configure, é necessário que o agente
6.
infração penal em concurso com funcionário público tenha a posse do bem em razão do seu cargo;
15
e que tenha conhecimento desta qualidade. z O bem pode ser público ou particular (imagine um
.
20
ação, prevista nos arts. 29 e 30, do CP, segundo a qual uma delegacia de polícia);
z O sujeito passivo é a Administração Pública; con-
ra
Vamos exemplificar: José, funcionário público, convi- também será sujeito passivo do delito.
O
para praticar o crime, já que havia ficado com a chave dinheiro, valor ou qualquer outro bem móvel, públi-
am
agentes vão ao local e subtraem o computador. diversa ao bem que está sob sua responsabilidade;
e
No exemplo apresentado, tanto José quanto Jonas esse desvio será necessariamente em proveito próprio
m
concurso de pessoas e a condição de caráter pessoal (ser algumas posições jurisprudenciais em sentido con-
ui
G
funcionário público) comunica-se aos demais agentes (é trário), para que se configure o peculato-desvio, é
necessário que eles conheçam a condição). necessário que o bem seja desviado para integrar o
Vejamos agora cada um dos crimes funcionais: patrimônio do próprio funcionário público ou de ter-
ceiros, não se configurando o tipo penal caso ocorra
Peculato mero desvio de finalidade.
Uma parte minoritária da doutrina defende que,
Art. 312 Apropriar-se o funcionário público de para que se configure o peculato-desvio, não é neces-
dinheiro, valor ou qualquer outro bem móvel, sária a intenção de assenhoramento (apoderar-se) por
público ou particular, de que tem a posse em parte do funcionário público, podendo se configurar
razão do cargo, ou desviá-lo, em proveito pró- com o mero uso irregular da coisa pública, em provei-
prio ou alheio: to próprio ou alheio.
9 STJ. 5ª Turma. HC 264.459- SP, Rel. Min. Reynaldo Soares da Fonseca, julgado em 10/3/2016 (Info 579).
10 STJ. 5ª Turma. AgRg no REsp 1101423/RS, Rel. Min. Marco Aurélio Bellizze, julgado em 06/11/2012.
11 STJ. 6ª Turma. REsp 1303748/AC, Rel. Min. Sebastião Reis Júnior, julgado em 25/06/2012.
12 STJ. 6ª Turma. HC 402949-SP, Rel. Min. Maria Thereza de Assis Moura, julgado em 13/03/2018 (Info 623). 295
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Com base no que foi exposto acima, é importante que é ladrão, ingresse na repartição para surru-
mencionar que o peculato de uso, em regra, é conside- piar os bens);
rado figura atípica. z Para que se configure o peculato-furto, é necessá-
Segundo Cleber Masson, o uso momentâneo de coi- rio que o ato seja doloso;
sa infungível, sem a intenção de incorporá-la ao patri- z A qualidade de funcionário público deve acarretar
mônio pessoal ou de terceiro, seguido da sua integral alguma facilidade para a subtração da coisa. Caso
restituição a quem de direito, é atípico. não haja facilidade, o agente responderá por furto
É necessário sabermos o que significa infungível. normalmente.
O art. 85, do CC, dispõe que são fungíveis os móveis
que podem substituir-se por outros da mesma espécie, Vamos trazer dois exemplos:
qualidade e quantidade. Exemplo 1: Carlos é funcionário público. Certo
O Código Civil não define os bens infungíveis, dia, na hora de sair, valendo-se do fato de estar sozi-
mas podemos compreender que são os bens que não nho na repartição, Carlos subtrai um notebook do
podem ser substituídos por outros da mesma espécie, órgão público. Está certamente configurado o crime
quantidade e qualidade. de peculato-furto, já que a condição de funcionário
É importante mencionar que é necessário, para público de Carlos foi uma facilidade para que ele sub-
que não seja típica a conduta do peculato de uso, que traísse o bem.
o bem seja infungível e não consumível, a exemplo de Exemplo 2: Michele é funcionária pública de Tri-
um carro oficial ou de um computador. bunal Federal. Certo dia, ao passar em frente a uma
Caso o bem seja fungível e consumível, a exemplo escola que se encontra próxima a sua casa, Michele
do dinheiro, a conduta será típica. percebe que o vigilante esqueceu a porta dos fundos
Se a conduta relacionada ao peculato de uso for aberta, estando próximo um aparelho celular da esco-
praticada por Prefeito, o fato será típico, independen- la. Michele entra pela porta e subtrai o aparelho. Não
temente da natureza do bem, por expressa previsão há que se falar em peculato-furto, já que a qualidade
legal no inciso II, art. 1º, do Decreto-Lei nº 201, de 1967. de funcionária pública de Michele em nada contri-
buiu para a prática da subtração, podendo qualquer
pessoa, na mesma situação, praticar a conduta deli-
Importante! tuosa apresentada pelo exemplo. Michele responderá
pelo crime de furto.
O administrador que desconta valores da folha de Observe que:
pagamento dos servidores públicos para quita-
ção de empréstimo consignado e não os repassa z Admite a modalidade tentada, já que se trata de
60
à instituição financeira pratica peculato-desvio, crime plurissubsistente (atos múltiplos, ou seja, o
8-
sendo desnecessária a demonstração de obten- autor entra no local, o autor subtrai a coisa);
48
ção de proveito próprio ou alheio, bastando a z O bem subtraído pode ser público ou particular;
6.
mera vontade de realizar o núcleo do tipo.13 Deste z O sujeito passivo é a administração pública. Caso
15
modo, podemos constatar que basta a destina- o bem seja particular, também será sujeito passivo
.
20
ção diversa daquela que deveria ter o bem para da infração penal o dono do bem;
-4
valor ou bem, subtrai-lo ou, concorre para que ele seja Pena - detenção, de três meses a um ano.
am
facilidade proporcionada pela qualidade de funcionário. O peculato culposo, previsto no § 2º, art. 312, con-
e
O peculato-furto pode ser praticado de duas figura-se quando o funcionário público concorre cul-
m
z Concorrendo para que seja subtraído o dinheiro, co que prevê expressamente a possibilidade de ser
valor ou bem. cometido na modalidade culposa.
No peculato culposo, o funcionário público não
É importante mencionar que: tem intenção em praticar o crime, contudo, por culpa,
acaba concorrendo para a subtração da coisa.
z Para que se configure este crime, é necessário que Neste sentido, Damásio ensina que no peculato
o funcionário público não tenha a posse da coisa; culposo podem ocorrer as seguintes situações:
z O primeiro é o verbo “subtrair”, que é o fato de o bem
ser arrebatado pelo próprio funcionário público; z Um funcionário, por culpa, concorre para que
z O segundo é o verbo “concorrer”, que significa outro funcionário cometa peculato (caput ou § 1º);
induzir, instigar ou auxiliar uma outra pessoa a z Um funcionário, por culpa, concorre para que
realizar a subtração (por exemplo, o funcionário outro funcionário ou um particular cometam o
público distrai os demais para que o seu amigo, fato;
13 APn 814-DF, Rel. Min. Mauro Campbell Marques, Rel. Acd. Min. João Otávio de Noronha, Corte Especial, por maioria, julgado em 06/11/2019,
296 DJe 04/02/2020.
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z Um funcionário, por culpa, concorre para que um z O funcionário público deve receber a coisa em
particular cometa o fato (furto etc.). razão do cargo que exerce;
z O sujeito passivo é a Administração Pública. Caso
Vejamos: José, agente de polícia legislativa, esque- o bem seja particular, também será sujeito passivo
ce, por omissão, já que queria assistir a um jogo de o dono do bem;
futebol, de trancar uma porta da Câmara Legislativa z Parte da doutrina entende que se a pessoa for
do Distrito Federal, ao qual somente ele tem acesso. induzida a erro, configurar-se-á o crime de estelio-
No ambiente em que a porta se encontra, há vários nato, previsto no art. 171, do CP, sendo necessário,
objetos de valor considerável para o Poder Legislativo para caracterização do crime de peculato median-
distrital. Simba, também policial legislativo, aprovei- te erro de outrem, que a vítima entregue a coisa
tando-se do fato de a porta estar aberta, ingressa no por erro próprio.
local e subtrai uma câmera fotográfica.
Neste exemplo, José poderá ser responsabiliza- Inserção de Dados Falsos em Sistemas de
do criminalmente pelo crime de peculato culposo, já Informação
que concorreu culposamente para o crime de outrem
(peculato-furto de Simba). O agente foi omisso ao dei- O crime de inserção de dados falsos em sistemas
xar de trancar a porta, fator que contribuiu para a de informação está previsto no art. 313-A, do CP:
prática da subtração.
Art. 313-A Inserir ou facilitar, o funcionário autori-
Art. 312 […] zado, a inserção de dados falsos, alterar ou excluir
§ 3º No caso do parágrafo anterior, a reparação do indevidamente dados corretos nos sistemas infor-
dano, se precede à sentença irrecorrível, extingue a matizados ou bancos de dados da Administração
punibilidade; se lhe é posterior, reduz de metade a Pública com o fim de obter vantagem indevida para
pena imposta. si ou para outrem ou para causar dano:
Pena – reclusão, de 2 (dois) a 12 (doze) anos, e
Sobre o peculato culposo, é importante saber que o multa.
§ 3º, do art. 312, do CP, dispõe que:
Dica
z Se a reparação do dano resultante do peculato cul-
poso ocorrer antes de a sentença transitar em jul- “Inserção de dados falsos em sistemas de
gado, extingue a punibilidade; informação” é também chamado de peculato
z Se a reparação do dano resultante do peculato cul- eletrônico.
60
poso ocorrer após a sentença transitar em julgado,
8-
a pena será reduzida da metade. Sujeito ativo é apenas o funcionário público autoriza-
48
do a inserir ou excluir dados do sistema. Outros funcio-
6.
Art. 313 Apropriar-se de dinheiro ou qualquer uti- nários que não dispõem desta competência respondem
lidade que, no exercício do cargo, recebeu por erro
.15
pelo crime do art. 313-B, do CP. Trata-se de crime próprio.
20
Pena - reclusão, de um a quatro anos, e multa. dados pelo funcionário competente, para obter vantagem
para si ou para outrem, caracteriza o delito em análise,
ra
O peculato mediante erro de outrem está previsto sendo que o estelionato, por ser um crime menos grave,
ei
é absorvido.
liv
que, no exercício do cargo, recebeu por erro de outrem. as condutas descritas no tipo penal sejam praticadas
de
Parte da doutrina chama esta modalidade de por funcionário público autorizado a operar os sistemas
os
ção, apropriando-se do mesmo. O terceiro que induz o descreve vários verbos que podem ser praticados
e
m
O elemento subjetivo do tipo é o dolo específico, que consiste no fim de obter vantagem indevida para si ou
para outrem ou causar dano à Administração Pública ou a uma terceira pessoa.
Sem esta finalidade de obter vantagem ou causar dano, haverá o crime do art. 313-B, do CP.
O crime consuma-se com a conduta, independentemente do resultado. Trata-se de crime formal, que se carac-
teriza ainda que a vantagem ou o dano almejado não se verifique.
Admite-se a tentativa na hipótese de o agente ser surpreendido antes de ultimar a conduta, por exemplo, agen-
te é flagrado quando iniciava a supressão dos dados corretos.
O crime de modificação ou alteração não autorizada de sistemas de informação está previsto no art. 313-B, do
Código Penal.
Art. 313-B Modificar ou alterar, o funcionário, sistema de informações ou programa de informática sem
autorização ou solicitação de autoridade competente:
Pena – detenção, de 3 (três) meses a 2 (dois) anos, e multa.
Parágrafo único. As penas são aumentadas de um terço até a metade se da modificação ou alteração resulta
dano para a Administração Pública ou para o administrado.
Trata-se de crime próprio, sendo praticado somente por funcionário público, qualquer que seja a sua função,
estando autorizado ou não a manipular sistemas de informações ou programas de informática.
A consumação deste crime se dá com a modificação ou alteração não autorizada do sistema. Não é necessário
um especial fim de agir.
Caso o funcionário público seja autorizado ou pratique a conduta por solicitação da autoridade competente,
o fato será atípico.
A pena deste crime será aumentada de 1/3 (um terço) até metade caso da modificação ou alteração resulte
60
dano para a Administração Pública ou para o administrado.
8-
Fique atento às diferenças entre os tipos penais do crime de inserção de dados falsos em sistemas de informa-
48
ção e do crime de modificação ou alteração não autorizada de sistemas de informação:
6.
INSERÇÃO DE DADOS FALSOS EM SISTEMAS DE
15
MODIFICAÇÃO OU ALTERAÇÃO NÃO AUTORIZADA
.
20
Deve ser praticado por funcionário autorizado Não exige dolo específico
liv
causar dano
de
os
Art. 314 Extraviar livro oficial ou qualquer documento, de que tem a guarda em razão do cargo; sonegá-lo ou inuti-
er
Pena - reclusão, de um a quatro anos, se o fato não constitui crime mais grave.
ui
G
Os núcleos do tipo são os verbos extraviar (fazer desaparecer), sonegar (não apresentar) e inutilizar (tornar
imprestável).
Sobre este crime, é importante que você saiba:
z Trata-se de crime subsidiário (o crime fica absorvido quando o fato constitui crime mais grave), respondendo
por ele, o funcionário público, apenas se não se configurar crime mais grave;
z Não admite a modalidade culposa;
z Admite tentativa;
z O extravio, a sonegação e inutilização podem ser parciais ou totais.
Sujeito ativo é apenas o funcionário público responsável pela guarda do livro oficial ou documento. Se a con-
duta for praticada por outro funcionário público, o crime será o previsto no art. 337, do CP. Caso seja praticado
por advogado ou procurador, que inutiliza documento ou objeto do processo, o enquadramento será no art. 356,
do CP.
298 O delito em estudo é subsidiário, pois só será aplicado se não houver outro crime mais grave.
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título, a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.
Assim, o funcionário público que recebe dinheiro qualquer represália por parte do funcionário público,
para destruir livro ou documento responderá apenas pode ou não pagar a vantagem indevida.
pelo crime de corrupção passiva, que é mais grave. Vamos exemplificar: funcionário público, agen-
Por fim, quando se tratar de livros ou documentos te de trânsito, exige de particular a quantia de R$
relativos a tributos, o funcionário que tinha a guar- 2.000,00 para que libere o seu veículo, sob pena de
da e praticou uma das condutas acima responderá levá-lo indevidamente ao pátio do Detran.
pelo crime do inciso I, art. 3º, da Lei nº 8.137, de 1990, A vantagem indevida, segundo posicionamento
quando o fato acarretar pagamento indevido ou ine- majoritário, não necessita ser patrimonial, podendo
xato de tributo. ser qualquer outra vantagem.
É importante mencionar que a concussão ocorrerá
Emprego Irregular de Verbas ou Rendas Públicas em razão da função do agente público, não se exigindo
que o fato seja praticado no efetivo desempenho das
Art. 315 Dar às verbas ou rendas públicas aplica- atribuições do cargo. Sendo assim, este crime pode ser
ção diversa da estabelecida em lei: cometido por funcionário público de férias e, segundo
Pena - detenção, de um a três meses, ou multa. a doutrina dominante, nomeado, mas não empossado
(antes de assumir).
Este crime não se aplica ao Prefeito Municipal, res- A violência ou grave ameaça (morte, prisão) não
pondendo este pelo crime previsto em lei específica, o são elementos integrantes do crime de concussão.
Decreto nº 201, de 1967. Se o funcionário público exigir o pagamento de
Exige que o emprego irregular aconteça em bene- vantagem indevida, mediante violência ou grave
fício da própria Administração Pública, contrariando ameaça, estará cometendo o crime de extorsão, pre-
a legislação, não podendo o agente desviar as verbas visto no art. 158, do Código Penal.
ou rendas em benefício próprio, sob pena de respon- Sobre a concussão, é importante que você conheça
der por outro crime. as seguintes informações, frequentemente cobradas
Vamos exemplificar: a Câmara Legislativa do em prova:
Município XYZ aprova a utilização de um milhão de
reais para construção de uma passarela. A autoridade z Não pode ser praticada na modalidade culposa;
pública competente utiliza a verba mencionada para z Trata-se de crime formal, que se consuma com a
a construção de uma escola. prática da exigência, sendo o recebimento da van-
Pronto, configurou-se o crime de emprego irregu- tagem mero exaurimento do crime;
lar de verbas ou rendas públicas. O agente deu às ver- z O particular, de quem se exigiu a vantagem inde-
60
bas públicas destinação diversa daquela estabelecida vida, é sujeito passivo secundário deste crime. A
8-
em lei.
Administração Pública é o sujeito passivo primário;
48
Observe que a destinação da verba ocorreu no inte-
z Em regra, não admite a tentativa, salvo quando for
6.
resse da administração, já que, caso se dê em benefí-
cio próprio, o agente responderá por outro crime.
15
possível fracionar o iter criminis, a exemplo da con-
cussão praticada mediante carta endereçada à vítima;
.
20
pessoa.
liv
60
cobrança, que é feita de forma vexatória, humilhante, pria ou imprópria, antecedente ou subsequente:
8-
ou gravosa, vale dizer, com a imposição de medidas
48
totalmente desnecessárias. z Própria: quando o funcionário público pratica os
6.
Neste caso, o crime consuma-se com a simples verbos do tipo penal para praticar ato ilícito (por
cobrança vexatória ou gravosa, independentemente
.15
exemplo, oficial de justiça recebe dinheiro para
20
Admite-se a tentativa quando a cobrança vexató- z Imprópria: quando o funcionário público pratica
ria ou gravosa é realizada por escrito, mas, por cir- os verbos do tipo penal para praticar ato lícito (por
ra
cobrá-lo, coloca uma faixa enorme na entrada da rua, indevida para prolatar sentença absolutória);
am
com a seguinte frase escrita: “Márcio, deixe de ser z Subsequente: quando a vantagem indevida é
R
irresponsável e pague os dez mil reais que você deve entregue ao funcionário público depois de sua
e
No exemplo, José cobrou imposto devido, fazendo processo até levá-lo à prescrição, o juiz solicita
er
uso de meio vexatório, não autorizado por lei, confi- vantagem indevida ao réu).
lh
ui
Sobre o excesso de exação, é importante mencionar: Observe que a corrupção passiva pode ser direita
ou indireta:
z Não admite a modalidade culposa, pois a expres-
são “que sabe” é dolo direto, e a expressão “devia z Direta: quando é o próprio funcionário público
saber” é dolo eventual; que solicita, recebe ou aceita promessa de vanta-
z Admite a tentativa quando for possível fracionar o gem indevida;
iter criminis, a exemplo do excesso de exação prati- z Indireta: quando uma interposta pessoa, em con-
cado mediante carta endereçada à vítima. luio com o funcionário público, solicita, recebe
ou aceita promessa de vantagem indevida. Nesse
Art. 316 […] caso, tanto o “testa de ferro” quanto o funcionário
§ 2º Se o funcionário desvia, em proveito próprio ou público responderão por corrupção passiva.
de outrem, o que recebeu indevidamente para reco-
lher aos cofres públicos: Entende a doutrina majoritária que o mero presen-
Pena - reclusão, de dois a doze anos, e multa. te recebido pelo funcionário público, por gratidão ou
amizade (por exemplo, uma lembrancinha de natal)
300 não configura o crime de corrupção passiva.
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título, a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.
A vantagem indevida, segundo posicionamento majoritário, não necessita ser patrimonial, podendo ser qual-
quer outra vantagem.
Sobre a corrupção passiva, leve em consideração que:
É importante realizar um breve paralelo com o crime de corrupção ativa, que será estudado no tópico dos crimes
cometidos por particulares contra a administração em geral, que é aquela em que o particular oferece ou promete van-
tagem indevida a funcionário público.
Atenção! Na corrupção passiva, o particular que paga a vantagem indevida solicitada pelo funcionário públi-
co não pratica crime algum, por falta de tipicidade penal.
O crime de corrupção, seja ativa ou passiva, é unilateral e formal — são independentes em si. A comprovação de
um dos crimes não pressupõe a do outro.
A corrupção passiva possui uma forma privilegiada.
Observe que na corrupção passiva privilegiada o agente pratica a conduta não com a finalidade de conseguir
alguma vantagem indevida, mas sim com a finalidade de ceder a pedido ou influência de outro.
Trata-se de crime material e consuma-se quando o funcionário pratica, deixa de praticar ou retarda o ato de
ofício.
60
Por outro lado, a pena da corrupção passiva será aumentada de 1/3 (um terço) se, em consequência da van-
8-
tagem ou promessa, o funcionário retarda ou deixa de praticar qualquer ato de ofício ou o pratica infringindo
48
dever funcional.
6.
Art. 317 […]
.15
20
§ 1º A pena é aumentada de um terço, se, em consequência da vantagem ou promessa, o funcionário retarda ou
deixa de praticar qualquer ato de ofício ou o pratica infringindo dever funcional.
-4
ra
ei
Importante!
liv
O
Não seja surpreendido por pegadinhas em prova: a corrupção passiva e a concussão diferenciam-se nos
de
� Concussão: exigir.
am
R
e
Art. 318 Facilitar, com infração de dever funcional, a prática de contrabando ou descaminho (art. 334):
Pena - reclusão, de 3 (três) a 8 (oito) anos, e multa.
Configurar-se-á quando o funcionário público facilitar, com infração de dever funcional, a prática de contra-
bando ou descaminho.
Contrabando é a exportação ou a importação do território nacional de uma mercadoria proibida.
Descaminho é a exportação ou importação do território nacional de uma mercadoria lícita, mas mediante sone-
gação dos direitos ou impostos devidos.
O núcleo do tipo é o verbo facilitar, que significa viabilizar, tornar mais simples o contrabando ou descaminho.
O elemento subjetivo é o dolo que pode ser direto ou eventual.
Relembrando:
z Dolo direto (determinado): ocorre quando o agente prevê determinado resultado, dirigindo sua conduta na
busca de realizar esse mesmo resultado;
z Dolo eventual: o agente prevê pluralidade de resultados, porém dirige sua conduta na realização de um deles.
Quer um resultado, mas aceita o outro resultado. 301
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Observa-se que o crime se consuma com a primeira conduta que facilita o contrabando ou descaminho, ainda
que não haja efetivamente a entrada ou saída da mercadoria do território nacional.
Trata-se de crime formal, pois se consuma com a conduta, independentemente da ocorrência do contrabando
ou descaminho.
Admite-se a tentativa quando o agente se empenha para realizar a conduta de facilitar o contrabando ou des-
caminho, mas é surpreendido antes de concluí-la.
É possível extrair da leitura do tipo penal que o crime será praticado pelo funcionário público que tem o dever
funcional de evitar a prática dos crimes de contrabando e descaminho.
A doutrina dominante entende que, caso o funcionário público não tenha o dever funcional de evitar a prática
do contrabando ou descaminho, responderá como partícipe do crime de contrabando ou do crime de descaminho.
Sobre este crime, é pertinente saber:
z Pode ser praticado de forma comissiva (quando o funcionário indica uma forma de o contrabandista des-
viar-se da fiscalização), ou omissiva (quando o funcionário, ciente de que há produto de descaminho em um
compartimento, não o inspeciona, liberando as mercadorias);
z Não admite a modalidade culposa;
z É crime formal, que se consuma com a facilitação, independente ou não de o agente conseguir praticar o con-
trabando ou o descaminho;
z Admite a tentativa somente na forma comissiva, quando o funcionário público indica o método de se desviar
da fiscalização, mas outro servidor impede o desvio;
z A competência é da Justiça Federal.
Prevaricação
Art. 319 Retardar ou deixar de praticar, indevidamente, ato de ofício, ou praticá-lo contra disposição expressa de lei,
para satisfazer interesse ou sentimento pessoal:
Pena - detenção, de três meses a um ano, e multa.
60
A prevaricação própria configurar-se-á quando o funcionário público retardar ou deixar de praticar, indevidamen-
8-
te, ato de ofício, ou praticá-lo contra disposição expressa de lei, para satisfazer interesse ou sentimento pessoal.
48
O crime em estudo não se confunde com a corrupção passiva privilegiada, em que o agente age ou deixa de
6.
agir cedendo a pedido ou influência de outrem.
15
Na prevaricação não existe esse pedido ou influência. O agente toma a iniciativa de agir ou se omitir para satisfazer
.
20
interesse ou sentimento pessoal. Assim, se um fiscal flagra um desconhecido cometendo irregularidade e deixa de
autuá-lo em razão de insistentes pedidos deste, há corrupção passiva privilegiada, mas, se o fiscal deixa de autuar por-
-4
O crime de prevaricação exige um fim específico de agir: satisfazer interesse ou sentimento pessoal. Não con-
fundir com o crime de corrupção passiva privilegiada (estudado anteriormente). Vejamos a tabela a seguir para
R
Praticar, deixar de praticar ou retardar ato de ofício Retardar ou deixar de praticar ato de ofício
G
Você pode entender interesse ou sentimento pessoal de diversas formas: vingança, compaixão, ódio, amizade,
preguiça, entre outros.
Dica
Sobre a prevaricação, leve para a sua prova:
� Não admite a forma culposa;
� Pode ser praticado de forma omissiva (retardar ou deixar de praticar) ou comissiva (praticar);
� Admite tentativa apenas quando praticado de forma comissiva.
Tentativa na prevaricação:
� Retardar ou deixar de praticar, indevidamente, ato de ofício: não admite tentativa;
302 � Praticar ato de ofício contra disposição expressa de lei: admite tentativa.
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Art. 319-A Deixar o Diretor de Penitenciária e/ou agente público, de cumprir seu dever de vedar ao preso o
acesso a aparelho telefônico, de rádio ou similar, que permita a comunicação com outros presos ou com o
ambiente externo:
Pena: detenção, de 3 (três) meses a 1 (um) ano.
A prevaricação imprópria configurar-se-á quando o diretor de penitenciária e/ou agente público deixar de
cumprir seu dever de vedar ao preso o acesso a aparelho telefônico, de rádio ou similar, que permita a comunica-
ção com outros presos ou com o ambiente externo.
Trata-se de crime próprio, só podendo ser praticado pelo diretor de penitenciária ou pelo funcionário público
que tem o dever funcional de impedir que o preso tenha acesso a aparelho de comunicação com outros presos ou
com o ambiente externo.
Sobre a prevaricação imprópria, é importante ressaltar:
Condescendência Criminosa
Art. 320 Deixar o funcionário, por indulgência, de responsabilizar subordinado que cometeu infração no exer-
cício do cargo ou, quando lhe falte competência, não levar o fato ao conhecimento da autoridade competente:
Pena - detenção, de quinze dias a um mês, ou multa.
z Quando o funcionário público, por indulgência, deixa de responsabilizar o subordinado que cometeu infração
no exercício do cargo;
z Quando o funcionário público, que não é competente para responsabilizar aquele que cometeu infração no
exercício do cargo, por indulgência, não levar o fato ao conhecimento da autoridade competente.
A doutrina majoritária entende que o crime de condescendência criminosa só pode ser praticado por superior
hierárquico, que dolosamente, se omite. O funcionário que foi beneficiado não responde pelo delito em tela.
Você pode entender indulgência como compaixão, pena, piedade, clemência.
60
Há um requisito que deve ser cumprido para a prática da condescendência criminosa: uma infração funcional (que
8-
pode ser uma violação administrativa ou penal) praticada por subordinado no exercício das atribuições do seu cargo.
48
A consumação dá-se quando o superior toma conhecimento da infração e não providencia imediatamente a
6.
responsabilização do infrator ou não comunica o fato à autoridade competente. 15
Sobre a condescendência criminosa, fique atento:
.
20
-4
Como é possível observar, os crimes de corrupção passiva privilegiada, prevaricação e condescendência crimi-
O
CORRUPÇÃO PASSIVA
PREVARICAÇÃO CONDESCENDÊNCIA CRIMINOSA
am
PRIVILEGIADA
R
O agente deixa de praticar ato de ofí- O agente deixa de praticar ato de O agente deixa de praticar ato de ofí-
e
cio cedendo a pedido ou influência ofício para satisfazer sentimento ou cio (responsabilizar o subalterno) por
m
Advocacia Administrativa
O crime de advocacia administrativa, previsto no art. 321, do Código Penal, pode ser praticado na modalidade
simples ou qualificada.
Art. 321 Patrocinar, direta ou indiretamente, interesse privado perante a administração pública, valendo-se da
qualidade de funcionário
Pena - detenção, de um a três meses, ou multa
Parágrafo único. Se o interesse é ilegítimo:
Pena - detenção, de três meses a um ano, além da multa.
Modalidade simples: configura-se quando o funcionário público patrocinar, direta ou indiretamente, interes-
se privado perante a Administração Pública, valendo-se da qualidade de funcionário.
É necessário que a condição de funcionário público proporcione alguma facilidade ao sujeito ativo, que patro-
cina interesse de terceiro, pessoa privada; caso não haja facilidade alguma proporcionada pelo cargo, o fato será
atípico.
303
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O agente pode praticar este crime de diversas Art. 323 Abandonar cargo público, fora dos casos
maneiras, como, por exemplo, fazendo uma petição, permitidos em lei:
solicitando um benefício. Pena - detenção, de quinze dias a um mês, ou multa.
Modalidade qualificada: o crime de advocacia § 1º Se do fato resulta prejuízo público:
administrativa será qualificado caso o interesse pri- Pena - detenção, de três meses a um ano, e multa.
vado seja ilegítimo. § 2º Se o fato ocorre em lugar compreendido na fai-
xa de fronteira:
Pena - detenção, de um a três anos, e multa.
z Forma simples: interesse privado legítimo;
z Forma qualificada: interesse privado ilegítimo.
A conduta típica é: abandonar cargo público, fora
dos casos permitidos em lei.
Sobre a advocacia administrativa, fique atento em
O nome do crime é abandono de função, porém,
sua prova:
o tipo penal fala em abandono de cargo público. É
importante que você saiba que o conceito de função
z Não admite a modalidade culposa;
pública é mais amplo que o de cargo público (não há
z É crime formal, que se consuma com a conduta,
cargo sem função, mas há função sem cargo).
não se exigindo que se atinja o interesse privado
Sendo assim, não haverá crime se ocorrer mero
pleiteado;
abandono de função pública (apesar do nome) ou de
z Segundo doutrina majoritária, admite tentativa
emprego público, mas tão somente no caso de aban-
quando for possível se fracionar o iter criminis;
dono de cargo público (não se admite a analogia in
z É desnecessário que o fato ocorra na própria repar-
malam partem).
tição em que trabalha o agente. Este pode usar da
Trata-se de um crime de mão própria, ou seja, só
sua qualidade de funcionário para pleitear favores
pode ser praticado pelo funcionário público ocupante
em qualquer esfera da Administração.
do cargo que foi abandonado. Este abandono deve ser
por tempo juridicamente relevante.
Violência Arbitrária De acordo com posicionamento doutrinário majo-
ritário, as hipóteses de greve não configuram este tipo
Art. 322 Praticar violência, no exercício de função
penal.
ou a pretexto de exercê-la.
As hipóteses em que o agente abandona o cargo
Pena - detenção, de seis meses a três anos, além da
pena correspondente à violência.
público, admitidas em lei, não configuram o crime de
abandono de função.
O crime de abandono de função tem circunstân-
Este delito encontrava divergência quanto a sua apli-
60
cias que o qualificam:
cação, tendo em vista as edições realizadas pela Lei de
8-
Abuso de Autoridade (Lei nº 13.869, de 2019). Esta discus-
48
são não mais possui fundamento, sendo que esta lei não z Se o fato resulta prejuízo público;
6.
tipificou o crime de violência arbitrária. Sendo assim, o z Se o fato ocorre em lugar compreendido na faixa
de fronteira. 15
delito ainda esse encontra em vigor.
.
20
função pública, não havendo a exigência de que seja Cabe destacar qualificadora do § 2º no que diz res-
peito à faixa de fronteira. Essa qualificadora é uma
ra
tes pontos:
O fundamento desta qualificadora é a proteção à
os
z A violência arbitrária não admite a forma culposa, soberania nacional que, nas fronteiras, torna-se mais
am
z Admite tentativa;
vante, apesar de o Código Penal não fixar prazo deter-
e
administrado contra o qual é praticada a violência minado. Entende a doutrina que o prazo será fixado
er
público.
ui
304
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Exercício Funcional Ilegalmente Antecipado ou II - se utiliza, indevidamente, do acesso restrito.
Prolongado § 2º Se da ação ou omissão resulta dano à Adminis-
tração Pública ou a outrem:
Este crime está previsto no art. 324, do CP. Pena – reclusão, de 2 (dois) a 6 (seis) anos, e multa.
Art. 324 Entrar no exercício de função pública Este delito irá se configurar quando o agente públi-
antes de satisfeitas as exigências legais, ou conti- co revelar fato de que tem ciência em razão do cargo
nuar a exercê-la, sem autorização, depois de saber e que deva permanecer em segredo, ou facilitar-lhe a
oficialmente que foi exonerado, removido, substi- revelação.
tuído ou suspenso: Este crime pode ser praticado de duas formas:
Pena - detenção, de quinze dias a um mês, ou multa.
z Revelar fato de que tem ciência em razão do cargo
Tutela-se a Administração Pública, no tocante ao e que deva permanecer em segredo;
seu normal funcionamento, pois o exercício ilegal de z Facilitar a revelação de fato de que tem ciência em
função pública afeta a prestação de serviços públicos. razão do cargo e que deva permanecer em segredo.
Conduta típica: entrar no exercício de função
pública antes de satisfeitas as exigências legais, ou É importante mencionar que o agente toma conhe-
continuar a exercê-la, sem autorização, depois de cimento do fato em relação ao qual deve permanecer
saber oficialmente que foi exonerado, removido, em segredo em razão do cargo que ocupa, não se exi-
substituído ou suspenso: gindo que tenha sido no efetivo desempenho das atri-
Este crime pode ser praticado de duas formas: buições do cargo.
Logo, o crime pode ser praticado no caso de o
z Entrar no exercício de função pública antes de agente tomar conhecimento do fato durante período
satisfeitas as exigências legais; de licença, mas em razão do cargo.
z Continuar a exercer a função pública, sem autori- O Código Penal apresenta duas formas equipara-
zação, depois de saber oficialmente que foi exone- das do crime de violação de sigilo funcional. Observe:
rado, removido, substituído ou suspenso. É exigido Incorrerá nas mesmas penas o funcionário público
que o funcionário público tenha sido oficialmente que:
comunicado sobre sua exoneração, remoção, subs-
tituição ou suspensão. Neste aspecto, ressalta-se z Permite ou facilita, mediante atribuição, forneci-
que o crime é instantâneo e prescinde de habitua- mento e empréstimo de senha ou qualquer outra
lidade da conduta para sua consumação. forma, o acesso de pessoas não autorizadas a siste-
60
mas de informações ou banco de dados da Admi-
8-
Observe que o exercício funcional ilegalmente nistração Pública;
48
antecipado ou prolongado somente pode ser prati- z Utiliza-se, indevidamente, do acesso restrito.
6.
cado por funcionário público já nomeado, mas ainda
sem ter cumprido todas as exigências legais (1ª parte), 15
Forma qualificada: se da ação ou omissão resulta
.
20
ou então pelo indivíduo que era funcionário público, dano à Administração Pública ou a outrem.
porém deixou de sê-lo em razão de ter sido oficial-
-4
ma culposa;
de atuação pessoal ou de conduta infungível, pois z Em regra, não admite tentativa, salvo casos excep-
O
somente pode ser cometido pela pessoa expressamen- cionais, a exemplo de ser praticado na forma escrita.
de
z Não admite a forma culposa; Art. 326 Devassar o sigilo de proposta de concor-
lh
de devassá-lo:
G
60
b) o regime jurídico administrativo justifica a interpreta- b) imperatividade.
8-
ção da legislação nacional de maneira mais favorável c) presunção de legalidade.
48
aos interesses dos órgãos públicos, por representa- d) autoexecutoriedade.
6.
rem estes a materialização dos interesses comuns da e) presunção de veracidade.
15
sociedade.
.
20
c) o chamado interesse público primário confunde-se 8. (VUNESP — 2020) Um ato administrativo que passou
-4
com a vontade dos órgãos administrativos de Estado, por todas as etapas do seu processo de formação,
ao passo que o chamado interesse público secundá- mas sujeito à condição ou termo, segundo a doutrina
ra
b) perfeito e ineficaz.
brasileiro, considerando o viés neoliberalizante da c) válido e imperfeito.
os
na ordem jurídica brasileira, a existência de prerro- 9. (VUNESP — 2019) A respeito da revogação e invalida-
m
gativas especiais ao Poder Público, sendo essa uma ção do ato administrativo, é correto afirmar que
er
60
a) servidor público … pessoa física ou jurídica …
nização do Estado e no exercício de suas funções e a
definitivamente
8-
integridade do patrimônio público e social dos Pode-
48
b) órgão público … pessoa física ou jurídica …
res Executivo, Legislativo e Judiciário, bem como da
definitivamente
6.
administração direta e indireta, no âmbito da União,
15
c) agente público … pessoa física … definitiva ou
dos Estados, dos Municípios e do Distrito Federal.
.
transitoriamente
20
d) agente público … pessoa jurídica … definitivamente c) configura improbidade a ação ou omissão decorrente
-4
e) órgão público … pessoa jurídica … transitoriamente de divergência interpretativa da lei, baseada em juris-
prudência ainda não pacificada que não venha a ser
ra
pessoas por tempo determinado no setor público é de controle ou dos tribunais do Poder Judiciário.
d) os sócios, os cotistas, os diretores e os colaboradores de
O
a “necessidade temporária de excepcional interesse e) o sucessor ou o herdeiro daquele que causar dano ao
am
público”. Em termos específicos, essa necessidade erário ou que se enriquecer ilicitamente estão sujeitos
à obrigação de repará-lo integralmente independente-
R
14 B
19. (VUNESP — 2020) Em caso de prática de ato de impro-
bidade por agente público, a Lei Federal no 8.429/92 15 B
60
prevê perda da função pública e a suspensão dos
8-
direitos políticos, que só se efetivam com 16 D
48
6.
17 D
a) o trânsito em julgado da sentença condenatória. 15
b) a prolação da sentença condenatória. 18 A
.
20
c) o recebimento da denúncia.
-4
20 B
ei
liv
que
er
lh
LEGISLAÇÃO ESPECIAL
nente, essencial à função jurisdicional do Estado,
incumbindo-lhe, como expressão e instrumento do
regime democrático, fundamentalmente, a orien-
tação jurídica, a promoção dos direitos humanos
e a defesa, em todos os graus, judicial e extrajudi-
cial, dos direitos individuais e coletivos, de forma
LEI COMPLEMENTAR ESTADUAL Nº integral e gratuita, aos necessitados, assim con-
988, DE 2006, E SUAS ALTERAÇÕES siderados na forma do inciso LXXIV do art. 5º da
Constituição Federal.
POSTERIORES
INTRODUÇÃO Perceba que o artigo acima é mais completo do
que o citado no início do material, além de tratar da
O material a seguir aborda a Lei Complementar nº Defensoria Pública como um todo, não se restringin-
988, de 2006, a qual organiza a Defensoria Pública do do à da União. Nesse sentido, se afirmar que a DPESP
Estado de São Paulo (DPESP) e institui o Regime Jurídico possui todas as incumbências listadas nesse art. 1º, a
da Carreira de Defensor Público do Estado de São Paulo. afirmativa estará correta. Todavia, não se pode con-
Inicialmente, destaca-se a dupla função da presen- siderar correta a afirmativa que trouxer o art. 2º, da
te lei: organizar a DPESP e instituir o Regime Jurídico LC nº 988, de 2006, e indicá-lo como incumbência da
da Carreira de Defensores Púbicos do Estado de São Defensoria Pública (sem o “do Estado”).
Paulo. Note que o regime jurídico a ser instituído é Portanto, se a questão se referir à DPESP, poderá
apenas para os Defensores Públicos, não envolve os utilizar o art. 2º, desta lei, ou o art. 1º, da LC nº 80, de
servidores da defensoria pública. 1994. Contudo, não pode se referir à Defensoria Públi-
Lado outro, a Deliberação CSDP nº 111, de 2009, ca nos termos do art. 2º, da lei ora estudada (LC nº 988,
a qual será estudada em material próprio, refere-se de 2006).
apenas aos servidores (Oficial e Agente) da DPESP. Em
que pese tais informações não serem alvo de questão, Art. 3º A Defensoria Pública do Estado, no desem-
é importante que o aluno saiba que um diploma nor- penho de suas funções, terá como fundamentos de
mativo se refere a uma carreira, enquanto o outro se atuação a prevenção dos conflitos e a constru-
60
refere a carreiras diferentes, para que melhor enten- ção de uma sociedade livre, justa e solidária,
8-
da os conteúdos e não gere dúvidas por achar que a a erradicação da pobreza e da marginalida-
48
deliberação e a presente lei estão em contradição. de, e a redução das desigualdades sociais e
6.
Mas atenção: a parte da organização da DPESP regionais.
atinge aos servidores, somente o regime jurídico .15
estabelecido é que não. Portanto, os Títulos I e II são
20
DISPOSIÇÕES INICIAIS
liv
jurídica integral e gratuita, individual e cole- perigo. Na constituição Federal tem-se fundamentos e
am
tiva, judicial e extrajudicial, dos necessitados, objetivos listados no Título dos Princípios Fundamen-
R
assim considerados na forma da lei. tais. Mas o que a presente lei trata como fundamen-
e
O aluno atento irá, imediatamente, perceber que como objetivos fundamentais da República Federati-
er
prevista na Lei Complementar Federal nº 80, de 1994. Nesse sentido, a banca pode afirmar que são “obje-
ui
60
atualização legislativa; uma porque são praticamente iguais, outra porque as
8-
V - prestar atendimento interdisciplinar; da LC nº 80, de 1994, abarcam, também, a DPESP.
48
VI - promover: O que o aluno não pode confundir é o rol de atri-
6.
a) a mediação e conciliação extrajudicial entre as buições com os fundamentos, princípios, objetivos e
partes em conflito de interesses; 15
afins. Mas quanto às duas leis citadas, se estiver nos
.
b) a tutela dos direitos humanos em qualquer grau
20
de jurisdição, inclusive perante os sistemas global e termos de uma delas, 99,99% de chance de ser a afir-
-4
I - a informação;
d) a tutela individual e coletiva dos interesses e II - a qualidade na execução das funções;
de
g) ação civil pública para tutela de interesse difuso, § 1° - O direito previsto no inciso I deste artigo con-
er
dades civis que tenham dentre as suas finalidades a I - o horário de funcionamento dos órgãos da Defen-
G
60
Art. 7º À Defensoria Pública do Estado são asse-
8-
guradas autonomia funcional e administrativa Então serão apenas 4 órgãos para estudar? Não! A
48
e a iniciativa de sua proposta orçamentária,
presente lei traz que a DPESP compreende os 4 órgãos
6.
dentro dos limites estabelecidos na lei de diretrizes
orçamentárias, e subordinação ao disposto no arti-
.15
acima, porém cada um deles é composto por vários
outros órgão internos, os quais serão analisados em
20
go 99, § 2º, da Constituição Federal, cabendo-lhe
seções separadas.
-4
especialmente:
I - praticar atos próprios de gestão;
ra
da carreira de Defensor Público e dos serviços Art. 11 São órgãos da administração superior
O
vimento derivado;
m
Estado;
V - editar atos de aposentadoria, exoneração e
er
60
XVI - editar atos de disponibilidade de membros e
exatamente o que fez.
8-
servidores da Defensoria Pública do Estado, ouvido
48
o Conselho Superior;
Dica
6.
XVII - determinar correições extraordinárias;
15
XVIII - determinar a instauração de processo admi-
Isso merece extrema atenção do aluno, dado
.
nistrativo ou de sindicância;
20
gerais a todas as DPEs, a questão estará corre- XX - requisitar exames, perícias, vistorias, certi-
ei
ta. Entretanto, se indicar que deseja os requisi- dões, informações, diligências, processos, docu-
liv
dos seus membros, de modo que o Governador do artigo 89 desta lei complementar;
e
m
Estado pode escolher qualquer um da lista tríplice, XXIII - aplicar as penalidades previstas nesta lei,
er
não se vinculando ao mais votado pela instituição. No exceto no caso de demissão e cassação de aposen-
lh
Governador do Estado;
vo, o que só ocorre para Defensor Público Geral Fede-
G
60
3º Os membros eleitos do Conselho Superior terão nove conselheiros, logo, necessita-se de pelo menos 5
8-
mandato de 2 (dois) anos, vedada a reeleição membros (maioria absoluta) presentes para iniciar a
48
para período imediatamente subsequente. deliberação. A deliberação em si é feita por maioria
6.
simples dos votos dos presentes; se estiverem pre-
O Conselho Superior é órgão de extrema importân- 15
sentes o quórum mínimo de instalação, 5 membros, a
.
20
cia na estrutura da instituição, sendo o órgão máximo deliberação será tomada por 3 votos.
de deliberação. São membros natos o Defensor Públi-
-4
Geral do Estado, o Terceiro Subefensor Público Geral I - elaborar seu regimento interno e as normas
ei
Sobre os membros natos, uma pegadinha em pro- do Defensor Público-Geral do Estado, observadas
as disposições desta lei complementar;
os
nato, não terá direito a voto nas deliberações. Já o V - elaborar lista sêxtupla, dentre os integrantes da
lh
Defensor Público Geral do Estado, além do voto como classe mais elevada da carreira, para o cargo de
ui
O mandato para os membros eleitos será de dois ou servidor da Defensoria Pública do Estado, res-
salvada a hipótese do artigo 150, inciso V, desta lei
anos, vedada a recondução. Destaca-se que o § 3º se
complementar;
refere aos membros eleitos e não aos membros natos, VIII - aprovar a lista de antiguidade dos Defenso-
cuidado com pegadinhas. res Públicos e decidir sobre as reclamações a ela
concernentes;
Art. 29 O Conselho Superior reunir-se-á ordinaria- IX - vetado;
mente uma vez por semana, em dia previamente X - requisitar ao Corregedor-Geral os relatórios de
estabelecido, e, extraordinariamente, quando correições ordinárias ou extraordinárias;
convocado pelo seu Presidente ou por propos- XI - recomendar correições extraordinárias;
ta de ao menos 5 (cinco) de seus membros. XII - recomendar ao Defensor Público-Geral do
§ 1º As deliberações do Conselho Superior serão Estado a instauração de processo administrativo
tomadas por maioria simples de votos, presen- disciplinar em face de integrantes da carreira de
te a maioria absoluta de seus membros. Defensor Público; 313
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título, a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.
XIII - representar à Corregedoria-Geral visando à Art. 32 A Corregedoria-Geral é órgão da adminis-
instauração de sindicância envolvendo Defensor tração superior da Defensoria Pública do Estado
Público; encarregado da orientação e fiscalização da
XIV - decidir, por voto da maioria absoluta de seus atividade funcional e da conduta pública dos
membros, a partir dos relatórios enviados pela Cor- membros da instituição, bem como da regulari-
regedoria Geral e pela Escola de Defensoria Públi- dade do serviço.
ca, sobre a avaliação de estágio probatório dos Art. 33 O Defensor Público do Estado Corregedor-
membros da Defensoria Pública do Estado, subme- -Geral será nomeado pelo Governador do Estado,
tendo a decisão à homologação do Defensor Públi- observado o disposto no artigo 31, inciso V, des-
co-Geral do Estado; ta lei complementar, para mandato de 2 (dois)
XV - decidir, por voto de 2/3 (dois terços) de seus anos, permitida 1 (uma) recondução.
membros, sobre a representação ao Governador do
Estado visando à destituição do Defensor Público- A presente lei estipula que a Corregedoria-Geral é
-Geral do Estado, nos termos do disposto no pará- órgão de orientação e fiscalização das atividades fun-
grafo único do artigo 14 desta lei complementar; cionais e das condutas dos membros da defensoria. O
XVI - decidir, por voto de 2/3 (dois terços) de seus órgão será chefiado pelo Defensor Público do Estado
membros, sobre proposta do Defensor Públi- Corregedor-Geral, o qual é nomeado pelo Governador
co-Geral do Estado visando à destituição do do Estado.
Corregedor-Geral;
É muito comum em provas a alteração de autori-
XVII - deliberar sobre a abertura e organização
dades para nomear outras. No caso acima a banca ten-
de concurso de ingresso na carreira de Defensor
tará ludibriar o candidato afirmando que o Defensor
Público, observado o disposto no artigo 90 desta lei
complementar;
Público Geral do Estado nomeará o Defensor Público
XVIII - sugerir ao Defensor Público-Geral do Estado do Estado Corregedor-Geral, o que estará incorreto.
a edição de recomendações aos órgãos da Defenso-
ria Pública do Estado para o desempenho de suas Art. 34 Compete ao Defensor Público do Estado
funções e a adoção de medidas convenientes ao Corregedor-Geral:
aprimoramento dos serviços; I - realizar a fiscalização:
XIX - aprovar o plano anual de atuação da Defenso- a) das atividades funcionais dos Defensores
ria Pública do Estado, garantida a ampla participa- Públicos, por meio de correições ordinárias e
ção popular, em especial de representantes de todos extraordinárias;
os conselhos estaduais, municipais e comunitários, b) da regularidade do serviço, por meio de
de entidades, organizações não-governamentais e inspeções;
II - instaurar e instruir processos administrativos
60
movimentos populares, através da realização de
conferências estaduais e regionais, observado o disciplinares em face de Defensores Públicos, enca-
8-
minhando-os, com parecer conclusivo, ao Defensor
48
regimento interno;
XX - fixar, ouvida a Escola da Defensoria Pública, Público-Geral do Estado;
6.
III - representar ao Defensor Público-Geral do Esta-
rotinas para atuação dos Defensores Públicos; 15
do visando ao afastamento provisório de membro
XXI - opinar sobre a criação e extinção dos cargos
.
20
da carreira da Defensoria Pública do Estado e de da carreira que figure como sindicado ou indiciado,
-4
seus serviços auxiliares, bem como sobre a fixação nos termos do artigo 189 desta lei complementar;
IV - acompanhar o estágio probatório dos Defen-
ra
XXIII - fixar o número de estagiários para as ati- as condições do estágio probatório, assegurada a
os
XXIV - selecionar estagiários e fixar o valor de sua VII - estabelecer os meios de coleta dos dados que
e
bolsa de estudos;
forma de preenchimento e encaminhamento;
er
XXVI - aprovar a proposta orçamentária da Defen- atuação, esclarecimentos sobre os dados forneci-
G
60
lista tríplice organizada pelo Conselho Estadual acesso a todos os locais e documentos necessá-
8-
de Defesa dos Direitos da Pessoa Humana - CON- rios à verificação da reclamação.
48
DEPE, para mandato de 2 (dois) anos, permi-
6.
tida uma recondução, respeitado o mesmo As competências da Ouvidoria-Geral estão elenca-
procedimento.
.15
das acima. Novamente se trata de um rol importan-
§ 1º Caso o Governador do Estado não efetive a te para o estudo, mas dentro das possibilidades de
20
que se seguirem ao recebimento da lista tríplice, sobre a Ouvidoria-Geral e Ouvidor-Geral devem ser
ra
ma lista.
z Dos Órgãos de Administração
O
para mandato de dois anos e possibilidade de recon- atribuições institucionais da Defensoria Pública.
dução. Um detalhe peculiar é que a lista tríplice será
elaborada pelo CONDEPE, fugindo um pouco da regra
LEGISLAÇÃO ESPECIAL
60
Os defensores públicos correspondem aos órgãos
8-
de execução e são assim denominados por serem os Não é prudente ignorar nenhum rol de compe-
48
competentes para realizar a atividade fim da institui- tências em leis que organizam uma instituição, moti-
ção, exercer a capacidade postulatória, ingressar com
6.
vo pelo qual se traz a leitura das competências dos
ações, propor defesa de direitos, entre outros. 15
núcleos especializados, sem, contudo, que o aluno
.
São os executores das atribuições da DPESP, aque-
20
3 - infância e juventude;
internas dos órgãos auxiliares referidos no artigo
G
60
ressados os seguintes requisitos, dentre outros: Art. 100 O Defensor Público que for removido terá
exercício na nova unidade de classificação desde a
8-
I - ser brasileiro;
48
II - ser bacharel em direito; data da publicação do correspondente ato.
§ 1º Em caso de remoção para Município diverso
6.
III - estar em dia com as obrigações militares;
IV - estar no gozo dos direitos políticos; 15
daquele onde se encontrar em exercício, o Defensor
Público deverá assumir suas novas funções no pra-
.
V - contar, na data do pedido de inscrição, 2
20
(dois) anos, no mínimo, de prática profissional zo de 8 (oito) dias, contados da data de publicação
-4
do correspondente ato.
na área jurídica, devidamente comprovada;
ra
dentes criminais incompatíveis com o exercício das Assinado o termo de posse, o defensor terá 10 dias
liv
VII - não possuir condenação em órgão de classe, lotação inicial. Caso decorram os 10 dias sem a entra-
de
60
cento) dos cargos de Defensor Público existen- II - assumir o exercício de outro cargo de provimen-
8-
tes em cada um dos níveis em que se distribui a to efetivo, salvo se permitida a acumulação.
48
carreira.
6.
Art. 115 A antiguidade será apurada pelo tempo de As questões que abordam o tema da vacância
efetivo exercício na classe. 15
cobram a literalidade das hipóteses que geram vacân-
.
20
cia de cargos. Vacância é tornar o cargo vago, o que
Anualmente, 15% dos cargos de Defensor Público
-4
Art. 123 Reintegração é o reingresso do Defen- III - licença por doença em pessoa da família;
sor Público no cargo anteriormente ocupado, em
R
60
Art. 144 A Defensora Pública, quando adotar crian-
O prazo máximo de licença para tratamento de
8-
ça de até 7 (sete) anos de idade, terá direito a
saúde é de 4 anos. Caso, após os 4 anos afastados, o
48
licença de 120 (cento e vinte) dias, com vencimentos
membro não retorne, será submetido à perícia para
6.
e demais vantagens de seu cargo, a partir da expe-
ser aposentado por invalidez. Todavia, na hipótese de 15
dição do termo de guarda para fim de adoção ou do
se constatar o impedimento ao exercício da função,
.
termo de adoção.
20
mas não se justificar a invalidez, poderá a licença ser § 1º A licença de que trata este artigo será também
-4
co adotante.
ei
Art. 138 Será concedida aos membros da Defenso- § 2º Ocorrendo a cessação da guarda, o fato deve-
liv
ria Pública do Estado licença por doença em pessoa rá ser imediatamente comunicado à autoridade
O
I - com retribuição pecuniária total, no perío- mente de uma vasta gama de instituições públicas, que,
er
II - com redução de 1/3 (um terço) da retribui- Por que a expressão “de até 7 (sete) anos de idade”
ui
ção pecuniária, no período que exceder 1 (um) está cortada no art. 144? Porque o STF já decidiu pela
G
mês e não ultrapassar 3 (três) meses; inconstitucionalidade de se limitar idade para a licen-
III - com redução de 2/3 (dois terços) da retri-
ça adotante e de atribuir critérios distintos. Portanto,
buição pecuniária, no período que exceder 3
LEGISLAÇÃO ESPECIAL
60
tos, além de o tempo afastado não contar para quais-
quer fins. Não é direito subjetivo do defensor, é uma
8-
Das Garantias e Prerrogativas
48
possibilidade, um poder discricionário da administra-
ção pública em conceder ou não a licença.
6.
Art. 160 São garantias dos membros da Defenso-
15
ria Pública do Estado:
.
Art. 156 A apuração do tempo de serviço do Defen- I - independência funcional no desempenho de suas
20
para todos os efeitos legais, o período em que Art. 161 Os Defensores Públicos, após o estágio
de
o Defensor Público estiver afastado do serviço probatório, não podem ser demitidos senão por
em virtude de: sentença judicial ou decisão exarada em proces-
os
VI - licença-prêmio por assiduidade; prerrogativas dos membros da DPESP, que serão lista-
ui
VIII - licença, quando acidentado no exercício de A norma do art. 161 não é novidade para o aluno,
suas funções ou acometido de doença profissional; pois, após serem aprovados no estágio probatório e
IX - faltas abonadas e faltas justificadas em razão adquirirem a estabilidade, em regra, os servidores
de moléstia ou outro motivo relevante, até o máxi- públicos só podem ser demitidos por sentença judicial
mo de 6 (seis) por ano, não excedendo a 1 (uma) ou decisão em processo administrativo.
por mês;
X - missão ou estudo no interesse da Defensoria
Art. 162 São prerrogativas dos membros da
Pública do Estado, no país ou no exterior;
Defensoria Pública do Estado, além daquelas
XI - participação em congressos e outros certames definidas na legislação federal:
científicos de interesse da instituição; I - usar vestes talares e as insígnias privativas da
XII - outros períodos previstos em lei. Defensoria Pública;
II - examinar, em qualquer órgão da administração
A apuração de tempo de efetivo exercício é impor- pública estadual, autos de processos findos ou em
tante para vários fatores, como estágio probatório, andamento, mesmo sem procuração, quando não
direito a licenças, entre outros, motivo pelo qual a pre- estejam sujeitos a sigilo, assegurada a obtenção de
320 sente lei expressa como se dará a contagem de tempo. cópias, podendo, ainda, tomar apontamentos;
O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para Guilherme Ramos de Oliveira - 420.156.488-60, vedada, por quaisquer meios e a qualquer
título, a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.
III - manifestar-se em autos administrativos por V - participar dos atos judiciais, quando necessária
meio de cota; a sua presença;
IV - requisitar, a quaisquer órgãos públicos esta- VI - esgotar as medidas e recursos cabíveis na defe-
duais, exames, certidões, cópias reprográficas, perí- sa dos interesses do necessitado assistido, inclusive
cias, vistorias, diligências, processos, documentos, promover a revisão criminal e a ação rescisória;
informações, esclarecimentos e demais providên- VII - zelar pelo prestígio da Justiça, por suas prerro-
cias necessárias ao exercício de suas atribuições, gativas e pela dignidade de suas funções;
podendo acompanhar as diligências requeridas; VIII - zelar pelo respeito aos membros da Defenso-
V - solicitar, quando necessário, o auxílio e a cola- ria Pública do Estado e do Ministério Público, aos
boração das autoridades públicas para o desempe- magistrados e aos advogados;
nho de suas funções; IX - tratar com urbanidade as partes, testemunhas
VI - atuar na defesa de interesses ou direitos indivi- e auxiliares da Justiça;
duais, difusos, coletivos ou individuais homogêneos, X - declarar-se suspeito ou impedido, nos termos da
em processo administrativo, independentemente de lei;
mandato, ressalvados os casos para os quais a lei XI - manter conduta compatível com o exercício das
exija poderes especiais; funções;
VII - deixar de patrocinar ação, quando manifesta- XII - residir, se titular, no Município onde exerce
mente incabível ou inconveniente aos interesses da suas funções, salvo autorização expressa do Defen-
parte sob seu patrocínio, comunicando ao Defensor sor Público-Geral do Estado, em caso de justificada
Público superior imediato as razões do seu pro- e relevante razão;
ceder, podendo este, se discordar fundamentada- XIII - resguardar o sigilo sobre o conteúdo de docu-
mente das razões apresentadas, propor a ação ou mentos ou informações obtidas em razão do cargo
designar outro Defensor Público para que o faça; ou função e que, por força de lei, tenham caráter
VIII - ter o mesmo tratamento reservado aos demais sigiloso;
titulares dos cargos atinentes às funções essenciais XIV - comparecer, em horário normal de expedien-
à justiça;
te, ao local onde exerce suas funções;
IX - agir, em juízo ou fora dele, com isenção de emo-
XV - exercer permanente fiscalização sobre os ser-
lumentos, taxas e custas do foro judicial e extraju-
vidores subordinados;
dicial, no exercício de suas funções;
XVI - representar ao Defensor Público-Geral do
X - dispor, em tribunais, fóruns e demais locais de
Estado e ao Corregedor-Geral sobre irregularida-
funcionamento de órgãos judiciários, em estabe-
des que dificultem ou impeçam o desempenho de
lecimentos penais, nos destinados à internação
suas funções;
de adolescentes e em delegacias de polícia, de ins-
XVII - prestar as informações solicitadas pelos
talações condignas e compatíveis com o exercício
60
órgãos da administração superior da Defensoria
de suas funções, especialmente no que respeita ao
Pública do Estado;
8-
atendimento público;
48
XI - possuir carteira de identidade funcional, emi- XVIII - zelar pelo recolhimento ou promover a
cobrança de honorários advocatícios, sempre que
6.
tida pela Instituição, conforme modelo aprovado
pelo Conselho Superior; 15
o necessitado for vencedor da demanda ou houver
arbitramento judicial, bem como de quaisquer des-
.
XII - ter acesso amplo e irrestrito a todas as depen-
20
dências de estabelecimentos penais, de internação pesas adiantadas pelo Fundo de Assistência Judi-
-4
ao acolhimento de pessoas, independente de prévio XIX - observar fielmente o plano anual de atuação,
ei
car-se com tais pessoas, mesmo sem procuração, XX - encaminhar relatório de suas atividades,
O
Frisa-se a necessidade de o aluno atentar-se para XXI - zelar pela guarda e boa aplicação dos bens e
os
Dos Deveres, Proibições e Impedimentos dos fundir com as proibições listadas no próximo artigo.
lh
Defensores Públicos
memorização de rol.
G
I - prestar aos necessitados atendimento de quali- cício de cargo público, aos membros da Defensoria
dade, tratando-os com urbanidade e respeito, nos Pública do Estado é vedado:
termos do artigo 6º desta lei complementar; I - exercer a advocacia fora das atribuições
II - racionalizar, simplificar e desburocratizar os institucionais;
procedimentos, evitando solicitar aos usuários II - requerer, advogar ou praticar, em juízo ou fora
documentos ou diligências prescindíveis à presta- dele, atos que de qualquer forma colidam com as
ção do serviço; funções inerentes ao seu cargo, ou com os preceitos
III - atender aos necessitados, nos dias e horários éticos de sua profissão;
previamente estabelecidos e divulgados, salvo nos III - receber em nome próprio, a qualquer título e
casos urgentes; sob qualquer pretexto, honorários, percentagens ou
IV - desempenhar com zelo e presteza, dentro dos custas processuais, em razão de suas atribuições;
prazos, os serviços a seu cargo e os que, na forma IV - exercer a administração ou participar de atos
da lei, lhes sejam atribuídos pelos órgãos da admi- de gestão de sociedade ou associação, quando
nistração superior; incompatível com o exercício de suas funções; 321
O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para Guilherme Ramos de Oliveira - 420.156.488-60, vedada, por quaisquer meios e a qualquer
título, a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.
V - valer-se da qualidade de Defensor Público para DO REGIME DISCIPLINAR
obter vantagem pessoal;
VI - exercer cargo ou função fora dos casos autori- Da Fiscalização da Atividade Funcional e dos
zados em lei. Serviços
Acima tem-se o rol de proibições impostas aos Art. 168 A atividade funcional dos Defensores
membros da DPESP. Artigos como os do presente capí- Públicos está sujeita a:
tulo e do capítulo anterior são de memorização, não I - fiscalização permanente;
havendo maiores detalhes a serem expostos. II - correição ordinária;
Entretanto, reforça-se a necessidade de o aluno III - correição extraordinária.
conseguir diferenciar o rol de deveres com o de proi- Parágrafo único. Qualquer pessoa poderá repre-
bições, pois apenas identificar que a afirmativa está sentar ao Corregedor-Geral sobre abusos, erros,
na lei pode não ser o suficiente. Como o rol de proi- omissões ou conduta incompatível dos membros da
bições é menor, é estratégico focar nele, de modo que Defensoria Pública do Estado.
será suficiente para o aluno conseguir a diferenciar
um do outro. A administração pública em geral está sujeita à fis-
calização, controle e correição; o mesmo ocorre com a
Art. 166 Ao membro da Defensoria Pública do DPESP. As representações ao Corregedor-Geral podem
Estado é defeso exercer suas funções em pro- ser realizadas por qualquer pessoa.
cesso ou procedimento: Destaca-se que “qualquer pessoa” é expressão
I - em que seja parte ou, de qualquer forma, ampla e não pode ser substituída por “qualquer cida-
interessado;
dão”, pois tal alteração torna a questão incorreta.
II - em que haja atuado como representante da par-
Cidadão é a pessoa que goza de direitos políticos, ou
te, perito, juiz, membro do Ministério Público, auto-
ridade policial, escrivão de polícia, serventuário da seja, todo cidadão é pessoa, mas nem toda pessoa é
justiça ou prestado depoimento como testemunha; um cidadão.
III - em que for interessado cônjuge ou companhei-
ro, parente consanguíneo, civil ou afim em linha Das Penalidades
reta ou colateral, até o terceiro grau;
IV - em que haja postulado como advogado de qual- Art. 177 Os membros da Defensoria Pública
quer das pessoas mencionadas no inciso anterior; do Estado são passíveis das seguintes sanções
V - em que qualquer das pessoas mencionadas no disciplinares:
60
inciso III deste artigo funcione ou haja funcionado I - advertência;
8-
como magistrado, membro do Ministério Público, II - censura;
48
autoridade policial, escrivão de polícia ou serven- III - remoção compulsória, quando a falta pra-
6.
tuário da justiça; ticada, pela sua gravidade e repercussão, tornar
VI - em que houver dado à parte contrária parecer 15
incompatível a permanência do faltoso no órgão de
.
escrito sobre o objeto da demanda;
20
atuação de sua lotação;
VII - em outras hipóteses previstas em lei. IV - suspensão por até 90 (noventa) dias;
-4
neo, civil ou afim em linha reta ou colateral até o cional de pequena gravidade.
er
Os deveres e proibições são impostos a qualquer vier a praticar outra infração disciplinar que o tor-
G
situação, dizem respeito à atuação em geral do mem- ne passível da mesma pena ou se a gravidade da
bro da DPESP. Os impedimentos são situações objeti- infração justificar, desde logo, a aplicação da pena
vas que impedem a atuação do defensor público em de censura.
determinado processo e procedimento, ou seja, apli-
cam-se apenas ao processo em que ocorra uma das A pena de advertência será aplicada por escrito e
hipóteses acima. o aluno precisa ater-se a essa afirmação, pois em algu-
Sempre que legislações tratam de parentesco é mas legislações essa espécie de sanção é aplicada de
necessário atentar-se ao grau exposto. No caso dos forma oral. Portanto, as bancas exploram se a adver-
impedimentos, alcançam até o terceiro grau. Impor- tência é aplicada de forma escrita ou verbal, sendo
tante frisar que primos são parentes de quarto grau, para os defensores públicos aplicadas por escrito.
logo, não geram impedimento. Censura como sanção disciplinar não possui o
É muito comum as bancas utilizarem primos como mesmo significado que o aluno vê no dia a dia, como
exemplos na prova, devido ao fato de que, pelo sen- uma vedação prévia à liberdade de expressão. Aqui é
so comum, primos seriam parentes próximos, porém uma sanção análoga à repreensão, termo mais comum
322 juridicamente falando são parentes de quarto grau. em dispositivos legais que tratam sobre penalidade.
O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para Guilherme Ramos de Oliveira - 420.156.488-60, vedada, por quaisquer meios e a qualquer
título, a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.
Nesse sentido, censura é uma sanção mais grave 1. do dia em que a falta for cometida;
que a advertência, é repreender o defensor após o 2. do dia em que haja cessado a continuação ou per-
cometimento de alguma infração disciplinar. manência, nas faltas continuadas ou permanentes.
§ 2º Interrompem o prazo da prescrição:
Art. 181 A pena de suspensão será aplicada no caso 1 - a expedição de portaria que instaura sindicância
de: e a que instaura processo administrativo;
I - infrator que, já punido com censura, vier a prati- 2 - a prolação de decisão que importe aplicação de
car outra infração disciplinar que o torne passível sanção disciplinar.
da mesma sanção ou se a gravidade da infração jus- Art. 185 As decisões referentes à imposição de
tificar, desde logo, a aplicação da pena suspensiva; sanção disciplinar, com menção dos fatos que lhe
II - violação de proibições e impedimentos previstos deram causa, constarão do prontuário do Defensor
nos artigos 165 e 166 desta lei complementar, res- Público.
salvado o disposto em seu artigo 183, incisos II e III. Parágrafo único. Decorridos 5 (cinco) anos da
imposição de sanção disciplinar, sem cometimento
A suspensão será aplicada ao defensor já punido de nova infração, não mais poderá ela ser consi-
com censura e que vier a praticar nova infração, ou derada em prejuízo do Defensor Público, inclusive
seja, é reincidente. para efeito de reincidência.
Aplica-se a sanção de suspensão no caso de o defen-
sor realizar condutas que estejam previstas nos arts. As sanções administrativas estão sujeitas ao prazo
165 e 166, da lei em estudo. Tais artigos prescrevem as prescricional, prazo esse muito comum em provas de
proibições e impedimentos, portanto, caso o defensor concursos. As condutas passíveis de sanções de adver-
viole alguma das proibições ou impedimentos, será tência, remoção compulsória e censura prescrevem
sancionado com suspensão de até 90 dias. em dois anos. As demais sanções prescrevem em 5
anos.
Art. 182 A penalidade de cassação de disponibi- Se a conduta se enquadrar, também, a um tipo
lidade ou de aposentadoria será aplicada se o penal, o prazo prescricional será o mesmo do tipo
Defensor Público houver praticado, quando em ati- penal, nos termos do art. 109, do Código Penal, desde
vidade, falta passível de pena de demissão. que a prescrição penal seja superior a 5 anos.
Art. 183 A pena de demissão será aplicada ao
membro da Defensoria Pública do Estado nos casos Do Procedimento Disciplinar
de:
I - prática de conduta tipificada como infração Art. 187 A apuração das infrações disciplinares
penal incompatível com o exercício do cargo;
60
será feita mediante:
II - prática das condutas previstas nos artigo
8-
I - processo administrativo sumário, quan-
165 e 166 desta lei complementar, quando a
48
do cabíveis as penas de advertência, censura e
infração se der mediante o exercício irregular
6.
suspensão;
da advocacia; 15
II - processo administrativo ordinário, quando
III - abandono do cargo;
.
cabíveis as penas de cassação de disponibilidade ou
20
autoria.
cargo, dentre outras, as infrações penais pratica-
de
importem lesão aos cofres públicos e dilapidação A sindicância é a apuração dos fatos, possui cará-
ter investigatório que visa angariar elementos sobre
am
tadoria são as mesmas, pois a cassação nada mais é infrações punidas com advertência, censura e suspen-
lh
do que aplicar a pena de demissão a um fato cometi- são, e o ordinário, para as faltas passíveis de demissão
ui
porém, se praticados durante o exercício irregular da dias, sem prejuízo dos vencimentos.
advocacia, ensejarão a pena de demissão.
Art. 194 A sindicância será processada na Cor-
Art. 184 Extingue-se a punibilidade pela prescrição: regedoria-Geral da Defensoria Pública do Estado e
I - da falta sujeita às penas de advertência, cen- terá como sindicante o Corregedor-Geral.
sura e remoção compulsória, em 2 (dois) anos; § 1º O Corregedor-Geral poderá delegar as funções
II - da falta sujeita à pena de suspensão, demissão de sindicante a um ou mais de seus Corregedores-
e cassação de disponibilidade e de aposenta- -Auxiliares.
doria, em 5 (cinco) anos; § 2º Figurando como sindicado o Defensor Público-
III - da falta prevista em lei como infração -Geral do Estado ou o Corregedor-Geral, a sindicân-
penal, no prazo de prescrição em abstrato da cia será processada perante o Conselho Superior,
pena criminal, se for superior a 5 (cinco) anos. tendo como sindicante um dos Conselheiros com
§ 1º A prescrição começa a correr: direito a voto, escolhido mediante sorteio. 323
O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para Guilherme Ramos de Oliveira - 420.156.488-60, vedada, por quaisquer meios e a qualquer
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§ 3º Da instalação dos trabalhos lavrar-se-á ata Art. 221 Concluídas as diligências, o indiciado ou
resumida. seu advogado será intimado para, em 7 (sete) dias,
§ 4º A sindicância terá caráter reservado e oferecer alegações finais por escrito, assegura-
deverá estar concluída dentro de 30 (trinta) da vista dos autos fora da Corregedoria pelo mes-
dias, a contar da instalação dos trabalhos, mo prazo, mediante registro da carga.
prorrogáveis por igual prazo, mediante despa-
cho fundamentado do sindicante.
O processo administrativo ordinário é mais rigo-
roso do que o sumário, mais lento, com mais testemu-
A sindicância, procedimento prévio de investi- nhas, pois visa à aplicação de sanções mais graves.
gação, possui limite de 30 dias para ser concluída,
Serão 8 testemunhas para cada parte, o prazo para
com possibilidade de prorrogação por mais 30 dias,
alegações finais será de 7 dias, por escrito, e a duração
mediante despacho fundamentado do sindicante (o
do processo será de 120 dias, prorrogáveis por igual
que realiza ou preside a sindicância).
período. Neste ponto a banca irá explorar as diferen-
Art. 199 O processo administrativo sumário, ças entre o ordinário e sumário, quais sejam, o núme-
para aplicação das sanções disciplinares indicadas ro de testemunhas e a duração total do processo.
no artigo 177, incisos I a IV, desta lei complementar,
será instaurado por despacho motivado do Corre- Art. 226 O recurso será interposto pelo indiciado
gedor-Geral, que o conduzirá. ou por seu advogado, no prazo de 10 (dez) dias,
Art. 200 A portaria de instauração deverá conter contados da intimação da decisão, mediante petição
a qualificação do indiciado, a exposição dos fatos dirigida ao Presidente do Conselho Superior, deven-
imputados e a indicação das normas infringidas, do conter, desde logo, as razões do recorrente. [...]
sendo instruída com a sindicância, se houver, ou Art. 229 Admitir-se-á, a qualquer tempo, a revisão
com os elementos de prova existentes. de punição disciplinar de que não caiba mais recur-
Art. 201 Compromissado o secretário e efetiva- so ou pedido de reconsideração, sempre que forem
da a autuação da portaria e dos documentos que alegados fatos novos, circunstâncias ainda não
a acompanharem, o Corregedor-Geral deliberará apreciadas ou vícios insanáveis de procedimento
sobre a realização de provas e diligências neces- capazes de justificar, respectivamente, redução ou
sárias à comprovação dos fatos e da autoria, bem anulação da respectiva penalidade.
como designará data para a audiência de instrução
§ 1º A simples alegação da injustiça da decisão não
em que serão ouvidos o indiciado e as testemu-
será considerada como fundamento para a revisão.
nhas arroladas pela acusação e pela defesa, até o
§ 2º Não será admitida a reiteração de pedido pelo
máximo de 3 (três) para cada uma. [...]
Art. 208 Concluída a instrução, o indiciado ou seu mesmo fundamento.
60
procurador terá 7 (sete) dias para apresentar
Das decisões nos processos administrativos, cabem
8-
alegações finais por escrito. [...]
48
Art. 210 O processo deverá ser concluído em 90 recursos administrativos no prazo de 10 dias, os quais
(noventa) dias, prorrogáveis por até igual prazo. serão apresentados ao Presidente do Conselho Supe-
6.
rior da DPESP. .15
O processo administrativo, sumário ou ordinário, O pedido de revisão ocorre após esgotados os
20
inicia-se por meio de portaria que conterá a qualifi- recursos e aplicada a sanção. Poderá ser admitido a
-4
cação do indiciado, a exposição dos fatos e as normas qualquer tempo após o fim do processo, porém possui
ra
violadas. Essa característica é comum aos processos, como requisito o surgimento de novos fatos que pos-
ei
mas a banca certamente focará nas diferenças entre o sam alterar a decisão emanada anteriormente. Devem
liv
No processo sumário cada uma das partes pode- justifica a abertura da revisão.
de
rá arrolar até 3 testemunhas cada. Após a instrução a A revisão decorre da autotutela da administração
defesa poderá apresentar alegações finais, por escrito,
os
para apuração de infrações sujeitas às penas de de ser cobrada em prova, por ser uma das principais
lh
60
mentar nº 80, de 1994. Não havia nesta lei, ora estudada,
8-
O art. 1º define a Defensoria Pública e cita suas atri- em seu texto original, os objetivos listados acima.
48
buições gerais, sendo de memorização obrigatória do
6.
aluno, principalmente de todas as suas incumbências.
Dois pontos podem ser abordados pelas bancas Importante!
.15
para confundirem os candidatos. O primeiro é a pro-
20
moção dos direitos humanos e a defesa em procedi- Por se tratar dos objetivos da Defensoria Públi-
-4
mentos judiciais e extrajudiciais, em que a banca ca, o aluno deve memorizar todos os quatro
ra
certamente tentará ludibriar o candidato afirmando incisos acima, pois é o típico dispositivo cobra-
ei
que a defesa será apenas em procedimentos judiciais, do em provas de concursos. Percebe-se que os
liv
O segundo diz respeito à defesa dos direitos cole- tos Humanos (I) e ao Estado Democrático (II), de
de
tivos e individuais, em que a banca excluirá o indi- modo que o inciso III decorre do I, assim como o
os
ção que não ocorre com a Defensoria Pública pela sua Art. 4º São funções institucionais da Defensoria
e
ca aos necessitados.
sa dos necessitados, em todos os graus;
lh
ui
60
pela autoridade policial, quando o preso não cons-
§ 6º A capacidade postulatória do Defensor
8-
tituir advogado;
Público decorre exclusivamente de sua nomea-
48
XV - patrocinar ação penal privada e a subsi-
diária da pública; ção e posse no cargo público.
6.
§ 7º Aos membros da Defensoria Pública é garantido
XVI - exercer a curadoria especial nos casos previs- 15
sentar-se no mesmo plano do Ministério Público. [...]
tos em lei;
.
20
direitos e garantias fundamentais; art. 4º. A assistência judicial e gratuita aos necessi-
tados é previsão constitucional, sendo a Defensoria
O
federais, estaduais e municipais afetos às funções Ocorre que os defensores públicos não precisam
er
institucionais da Defensoria Pública, respeitadas as ser inscritos na OAB, pois advogado e defensor públi-
lh
60
estáveis da Carreira e maiores de 35 (trinta União para exercício de suas atribuições em órgão
8-
e cinco) anos, escolhidos em lista tríplice for- de atuação diverso do de sua lotação ou, em caráter
48
mada pelo voto direto, secreto, plurinominal excepcional, perante Juízos, Tribunais ou Ofícios
6.
e obrigatório de seus membros, após a apro- diferentes dos estabelecidos para cada categoria;
vação de seu nome pela maioria absoluta dos
.15
XVI - requisitar de qualquer autoridade pública e de
seus agentes, certidões, exames, perícias, vistorias,
20
membros do Senado Federal, para mandato de
2 (dois) anos, permitida uma recondução, pre- diligências, processos, documentos, informações,
-4
para ocupar tal posto é necessário que o defensor seja XIX - requisitar força policial para assegurar a
estável e possua a idade mínima de 35 anos. incolumidade física dos membros da Defensoria
R
A DPU forma lista tríplice por votação secreta dos Pública da União, quando estes se encontrarem
e
m
seus membros, de modo que o Presidente da Repúbli- ameaçados em razão do desempenho de suas atri-
er
se vinculando ao mais votado pela instituição. Após XX - apresentar plano de atuação da Defensoria
ui
a indicação, haverá a sabatina pelo Senado Federal Pública da União ao Conselho Superior.
G
a idade mínima de 35 anos e o quórum de maioria determinações. Alguns casos podem ser filtrados, mas
absoluta. Para a idade a banca provavelmente usará a outros são de estudo obrigatório, como as competên-
idade de 21 anos para confundir o candidato. Quanto cias do Defensor Público-Geral Federal, por ser a auto-
ao quórum, afirmará que necessita apenas da maio- ridade máxima do órgão.
ria simples ou relativa do Senado, o que em ambos os O Defensor Público-Geral Federal será membro
casos estará incorreto. nato do Conselho Superior da DPU, enquanto estiver
O mandato de Defensor Público-Geral Federal tem na função de autoridade máxima do órgão. Outra
duração de dois anos, com possibilidade de prorro- competência que merece destaque é submeter a cria-
gação por igual período. Contudo, essa prorrogação ção ou alteração do Regimento Interno da DPU ao
depende de nova aprovação pelo Senado Federal. Conselho Superior. Note que não é competência do
Defensor-Geral alterar ou criar, de modo que apenas
Art. 8º São atribuições do Defensor Público-Ge- submete ao Conselho Superior, cabendo a este reali-
ral, dentre outras: zar a alteração por meio de deliberação. 327
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título, a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.
Do Conselho Superior da Defensoria Pública da IV - aprovar a lista de antiguidade dos membros
União da Defensoria Pública da União e decidir sobre as
reclamações a ela concernentes;
Art. 9º A composição do Conselho Superior da V - recomendar ao Defensor Público-Geral a ins-
Defensoria Pública da União deve incluir obrigato- tauração de processo disciplinar contra membros e
riamente o Defensor Público-Geral Federal, o servidores da Defensoria Pública da União;
Subdefensor Público-Geral Federal e o Correge- VI - conhecer e julgar recurso contra decisão em
dor-Geral Federal, como membros natos, e, em processo administrativo disciplinar;
sua maioria, representantes estáveis da Carreira, 2 VII - decidir sobre pedido de revisão de proces-
(dois) por categoria, eleitos pelo voto direto, pluri- so administrativo disciplinar;
nominal, obrigatório e secreto de todos os integran- VIII - decidir acerca da remoção voluntária dos
tes da Carreira. integrantes da carreira da Defensoria Pública da
União;
IX - decidir sobre a avaliação do estágio probatório
O Conselho Superior é o principal órgão de delibe- dos membros da Defensoria Pública da União, sub-
ração, motivo pelo qual o seu estudo é tão importante metendo sua decisão à homologação do Defensor
quanto o do Defensor Público-Geral Federal. Público-Geral;
São três membros natos, ou seja, de participa- X - decidir acerca da destituição do Corregedor-Ge-
ção obrigatória, quais sejam: Defensor Público-Ge- ral, por voto de dois terços de seus membros, asse-
ral Federal, o Subdefensor Público-Geral Federal e o gurada ampla defesa;
Corregedor-Geral Federal. Esta é a informação mais XI - deliberar sobre a organização de concurso para
importante do artigo acima que o aluno precisa ingresso na carreira e designar os representantes
memorizar, os membros natos do Conselho Superior. da Defensoria Pública da União que integrarão a
Comissão de Concurso;
§ 1º O Conselho Superior é presidido pelo Defen- XII - organizar os concursos para provimento dos
sor Público-Geral, que, além do seu voto de cargos da Carreira de Defensor Público Federal e
membro, tem o de qualidade, exceto em maté- editar os respectivos regulamentos;
ria de remoção e promoção, sendo as delibera- XIII - recomendar correições extraordinárias;
XIV - indicar os 6 (seis) nomes dos membros da
ções tomadas por maioria de votos.
classe mais elevada da Carreira para que o
§ 2º As eleições serão realizadas em conformi-
Presidente da República nomeie, dentre esses,
dade com as instruções baixadas pelo Defensor
o Subdefensor Público-Geral Federal e o Corre-
Público-Geral.
gedor-Geral Federal da Defensoria Pública da
§ 3º Os membros do Conselho Superior são eleitos
União;
60
para mandato de dois anos, mediante voto nomi-
XV - editar as normas regulamentando a eleição
8-
nal, direto e secreto.
para Defensor Público-Geral Federal.
48
§ 4º São elegíveis os Defensores Públicos Federais
Parágrafo único. As decisões do Conselho Supe-
6.
que não estejam afastados da Carreira, para man-
rior serão motivadas e publicadas, salvo as
dato de 2 (dois) anos, permitida 1 (uma) reeleição. 15
hipóteses legais de sigilo.
.
§ 5º São suplentes dos membros eleitos de que trata
20
suplente. Superior.
É regra geral da Administração Pública motivar e
de
O Conselho Superior da DPU é presidido pelo publicar os seus atos, de modo que o sigilo é exceção
os
Defensor Público-Geral Federal, o que é lógico, já que e aplicado apenas nas hipóteses em que a lei permite.
am
União
ção, pois dará seu voto como membro e, em caso de
m
er
sobre remoção e promoção. Via de regra, as delibe- funcional e da conduta dos membros e dos servido-
G
rações são tomadas por maioria simples dos votos. res da Defensoria Pública da União.
Atenção para o quórum de deliberação, que é de Art. 12 A Corregedoria-Geral da Defensoria Públi-
maioria simples. A banca pode tentar ludibriar o can- ca da União é exercida pelo Corregedor-Geral,
didato afirmando ser de maioria absoluta, o que será indicado dentre os integrantes da classe mais
incorreto. elevada da carreira pelo Conselho Superior e
nomeado pelo Presidente da República para
Art. 10 Ao Conselho Superior da Defensoria mandato de dois anos.
Pública da União compete: Parágrafo único. O Corregedor-Geral poderá ser
I - exercer o poder normativo no âmbito da destituído, antes do término do mandato, por pro-
Defensoria Pública da União; posta do Defensor Público-Geral, pelo voto de dois
II - opinar, por solicitação do Defensor Público-Ge- terços dos membros do Conselho Superior, assegu-
ral, sobre matéria pertinente à autonomia fun- rada ampla defesa.
cional e administrativa da Defensoria Pública
da União; A Corregedoria-Geral da DPU é órgão de fiscaliza-
III - elaborar lista tríplice destinada à promo- ção das atividades funcionais e da conduta dos mem-
328 ção por merecimento; bros e dos servidores da DPU.
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título, a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.
O Corregedor-Geral é indicado pelo Conselho Supe- Dica
rior e nomeado pelo Presidente da República para
mandato de dois anos, não havendo previsão expres- A Justiça Militar, a Justiça do Trabalho e a
sa de recondução. Não haverá aprovação pelo Senado Justiça Eleitoral são denominadas de “justiça
Federal neste caso. Apenas para a escolha do Defensor especial”. Portanto, caso a banca tente dificul-
Público-Geral Federal é necessária a aprovação por tar, afirmando que a DPU atua tanto na justiça
maioria absoluta, muita atenção nessa diferenciação. comum quanto na especial, a afirmativa estará
correta.
Art. 13 À Corregedoria-Geral da Defensoria Públi- Contudo, se afirmar que atua apenas na justiça
ca da União compete: comum, estará incorreta a questão.
I - realizar correições e inspeções funcionais;
II - sugerir ao Defensor Público-Geral o afasta-
Art. 15 Os órgãos de atuação da Defensoria Públi-
mento de Defensor Público que esteja sendo
ca da União em cada Estado, no Distrito Federal
submetido a correição, sindicância ou processo
e nos Territórios serão dirigidos por Defensor
administrativo disciplinar, quando cabível;
Público-Chefe, designado pelo Defensor Publico-
III - propor, fundamentadamente, ao Conselho
-Geral, dentre os integrantes da carreira.
Superior a suspensão do estágio probatório de
Parágrafo único. Ao Defensor Publico-Chefe,
membros da Defensoria Pública da União;
IV - receber e processar as representações contra sem prejuízo de suas funções institucionais,
os membros da Defensoria Pública da União, enca- compete, especialmente:
minhando-as, com parecer, ao Conselho Superior; I - coordenar as atividades desenvolvidas pelos
V - apresentar ao Defensor Público-Geral, em janei- Defensores Públicos Federais que atuem em sua
ro de cada ano, relatório das atividades desenvolvi- área de competência;
das no ano anterior; II - sugerir ao Defensor Publico-Geral providências
VI - propor a instauração de processo disciplinar para o aperfeiçoamento das atividades institucio-
contra membros da Defensoria Pública da União e nais em sua área de competência;
seus servidores; III - deferir ao membro da Defensoria Pública da
VII - acompanhar o estágio probatório dos mem- União sob sua coordenação direitos e vantagens
bros da Defensoria Pública da União; legalmente autorizados, por expressa delegação de
VIII - propor a exoneração de membros da Defenso- competência do Defensor Publico-Geral;
ria Pública da União que não cumprirem as condi- IV - solicitar providências correlacionais ao Defen-
ções do estágio probatório. sor Publico-Geral, em sua área de competência;
V - remeter, semestralmente, ao Corregedor-Geral,
Mais um rol de competências para o aluno se aten- relatório das atividades na sua área de competência.
60
tar, com destaque para a realização de inspeções e
8-
correições. Destaca-se a necessidade de não confundir O chefe máximo da DPU é o Defensor Público-Ge-
48
as competências do Corregedor-Geral com as compe- ral Federal, porém, em cada Unidade da Federação
6.
tências do Conselho Superior e do Defensor Público- haverá o Defensor Público Chefe, o qual coordena-
-Geral Federal.
.15
rá a área de sua competência. Muito cuidado para,
20
Da Defensoria Pública da União nos Estados, no Chefe (máxima autoridade da DPU no Estado) com o
Distrito Federal e nos Territórios Defensor Público-Geral Federal (máxima autoridade
ra
nacional da DPU).
ei
liv
às Justiças Federal, do Trabalho, Eleitoral, Militar, da União deve primar pela descentralização, e
de
Tribunais Superiores e instâncias administrativas sua atuação deve incluir atendimento interdiscipli-
os
e do Distrito Federal, para que estas, em seu nome, O direito à assistência jurídica gratuita é de todos,
e
Complementar.
nacional, motivo pelo qual realiza convênios com as
G
60
rio federal reservar instalações seguras e adequa- prova. Portanto, memorize da forma que está no art.
8-
das aos seus trabalhos, franquear acesso a todas 26.
48
as dependências do estabelecimento independen-
6.
temente de prévio agendamento, fornecer apoio Dica 15
administrativo, prestar todas as informações soli-
.
20
citadas, assegurar o acesso à documentação dos Muita atenção quanto à forma que os concursos
-4
presos e internos, aos quais não poderá, sob funda- serão realizados nos âmbitos das defensorias.
mento algum, negar o direito de entrevista com os A presente lei trata dos concursos para Mem-
ra
aos órgãos de execução e são assim denominados por Já os concursos para servidores da DPESP,
serem os competentes para realizar a atividade fim da Agente e Oficial podem ser de provas ou provas
os
sar com ações, propor defesa de direitos, entre outros. É importante que o aluno se atente a essa
R
conforme já dito alhures, não são profissões idênticas. co para ingresso na carreira da Defensoria Pública
ui
60
IV - a estabilidade; Art. 45 São deveres dos membros da Defensoria
8-
Pública da União:
48
O art. 43 trata das garantias dos membros da DPU I - residir na localidade onde exercem suas funções;
6.
e é um rol simples de ser memorizado, porém o aluno II - desempenhar, com zelo e presteza, os serviços
precisa se atentar para não o confundir com as prer- a seu cargo;
.15
20
rogativas dos membros da DPU, que serão listadas no III - representar ao Defensor Publico-Geral sobre as
irregularidades de que tiver ciência, em razão do
-4
próximo artigo.
cargo;
ra
Art. 44 São prerrogativas dos membros da Defen- IV - prestar informações aos órgãos de administra-
ei
ga dos autos com vista, intimação pessoal em qualquer V - atender ao expediente forense e participar
de
processo e grau de jurisdição ou instância administrati- dos atos judiciais, quando for obrigatória a sua
os
imediata comunicação ao Defensor Publico-Geral; VII - interpor os recursos cabíveis para qualquer
e
III - ser recolhido a prisão especial ou a sala espe- instância ou Tribunal e promover revisão criminal,
m
60
VII - em outras hipóteses previstas em lei. membros, para mandato de 2 (dois) anos, permitida
Art. 48 Os membros da Defensoria Pública da
8-
uma recondução.
48
União não podem participar de comissão, banca
de concurso, ou qualquer decisão, quando o julga-
6.
A autoridade máxima da DPE é o Defensor Públi-
mento ou votação disser respeito a seu cônjuge ou 15
co Geral, nomeado pelo Governador do Estado para
companheiro, ou parente consanguíneo ou afim em
.
mandato de 2 anos, permitida uma prorrogação. No
20
linha reta ou colateral, até o terceiro grau. âmbito estadual não há aprovação pelo legislativo,
-4
Os deveres e proibições são impostos a qualquer que compõem a lista tríplice. A idade mínima também
ei
necessário se atentar ao grau exposto. No caso dos � Defensor Público Chefe —> Chefe do núcleo
e
Federação;
logo, não geram impedimento.
lh
60
atividades, que conterá também as medidas pro- de importância, a presente lei perde apenas para a Lei
8-
postas aos órgãos competentes e a descrição dos Complementar Estadual nº 988, de 2006, a qual insti-
48
resultados obtidos; tui a organização da Defensoria Pública do Estado de
6.
IV - participar, com direito a voz, do Conselho Supe-
São Paulo. 15
rior da Defensoria Pública do Estado;
.
V - promover atividades de intercâmbio com a
20
sociedade civil;
-4
interessados;
VII - contribuir para a disseminação das formas de
de
Defensoria Pública;
VIII - manter contato permanente com os vários ria Pública do Estado de São Paulo.
R
órgãos da Defensoria Pública do Estado, estimu- Trata-se de uma lei pequena, sem maiores com-
e
lando-os a atuar em permanente sintonia com os plexidades, o que facilita o estudo por parte do aluno.
m
60
pectiva classe, devido à aquisição de competências Art. 7º No período de estágio probatório, o servi-
8-
adicionais às exigidas para o ingresso no cargo de dor será submetido à avaliação especial de desem-
48
que é titular; penho, verificando-se a sua aptidão e capacidade
VII - estágio probatório: os 3 (três) primeiros
6.
para o exercício das atribuições inerentes ao cargo
anos de efetivo exercício nos cargos das clas- 15
que ocupa, por intermédio dos seguintes critérios:
ses a que se referem os incisos I e II do artigo 1º
.
I - assiduidade;
20
IV - produtividade;
rize o número de referências e graus que os cargos
ei
V - responsabilidade.
liv
possuem, embora seja de simples aprendizado. Cita-se Art. 8º Decorridos 30 (trinta) meses do período
O
o art. 3º para que o aluno entenda a promoção e a pro- de estágio probatório, o responsável pela área de
gressão na carreira, o que também está citado no Ato
de
A progressão acontecerá nos graus da mesma refe- 30 (trinta) dias, relatório circunstanciado sobre a
am
padrão remuneratório, passa do padrão 1, grau 6 (por ções complementares para referendar a proposta
lh
exemplo), para a referência 2, grau 1, altera-se a referên- de que trata o “caput” deste artigo.
ui
cia, é vertical. Pode ocorrer de o vencimento na referên- § 2º No caso de ter sido proposta a exoneração,
G
cia 1, grau 6 ser maior do que o da referência 2, grau 1. a Comissão Técnica abrirá prazo de 10 (dez) dias
Nessas situações a promoção ocorrerá para a referência para o exercício do direito de defesa do interessa-
2 e para o grau que corresponda ao vencimento imedia- do, e decidirá pelo voto da maioria absoluta de seus
tamente superior ao recebido antes da promoção. membros.
Pode parecer um pouco confuso, mas se o alu- § 3º A Comissão Técnica encaminhará ao Defensor
no souber que a progressão é horizontal e dá-se na Público-Geral do Estado, para decisão final, propos-
mudança de grau dentro da referência, e que promo- ta de confirmação ou de exoneração do servidor.
ção é vertical e há alteração na referência, já acerta § 4º Os atos de confirmação ou de exoneração deve-
90% das questões sobre o tema. rão ser publicados pela autoridade competente até
Quanto ao estágio probatório, o aluno perceberá o penúltimo dia do estágio probatório.
que a presente lei diz 3 anos, mas outro diploma nor-
mativo do edital traz “36 meses”, o que pode causar Os critérios de avaliação para o estágio probatório
estranheza. 36 meses e três anos correspondem ao constam em mais de uma lei do edital, o que refor-
mesmo período, de modo que esse não será o erro de ça a necessidade de memorizar os 5: assiduidade;
uma questão ou pegadinha. Ambas as expressões, se disciplina; capacidade de iniciativa; produtividade e
334 aparecerem na prova, estarão corretas. responsabilidade.
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Seis meses antes de encerrado o estágio probatório,
o responsável pelo RH da DPESP enviará à Comissão DELIBERAÇÃO CSDP Nº 111, DE 9 DE
Técnica o relatório de conduta do servidor, sugerin- JANEIRO DE 2009, E ALTERAÇÕES
do a confirmação ou exoneração. O RH envia apenas
uma proposta fundamentada, não é o setor que deter- A Deliberação CSDP nº 111, de 2009, dispõe sobre
minará a exoneração ou confirmação do servidor. o Regimento Interno dos servidores públicos da
Se confirmado no cargo (aprovado no estágio pro- Defensoria Pública do Estado de São Paulo.
batório), o servidor fará jus a uma progressão auto- Por não ser considerado um “Estatuto dos servido-
mática. Frisa-se que será progressão automática após res da DPSP”, esse Regimento não disciplina sobre os
o probatório; excelente questão para a banca afirmar mesmos assuntos do Estatuto dos Servidores Públicos
que haverá promoção após a confirmação, o que esta- de São Paulo quanto à sua forma, mas seu conteúdo
rá incorreto. (sua matéria) é similar. Isso porque as matérias a
seguir encontram-se dispostas em várias legislações
Art. 14 Os cargos de direção, bem como as funções distintas em diferentes âmbitos da Federação. Por
de gerência e supervisão previstos nesta lei comple- isso, faremos menção tanto à Constituição Federal, de
mentar comportam substituição, desde que o perío- 1988, como à Lei Federal nº 8.112, de 1990 (regime dos
do de afastamento seja igual ou superior a 15 servidores públicos civis da União), e também da Lei
(quinze) dias. Estadual nº 10.261, de 1968 (Estatuto dos Servidores
§ 1º Durante o tempo em que exercer a substitui- Públicos de São Paulo) quando for necessário.
ção, o servidor fará jus à diferença entre o valor Dada a multiplicidade de leis, em âmbitos dife-
do padrão ou referência do cargo de que é titular, rentes da Federação, é comum o candidato questio-
acrescido dos adicionais por tempo de serviço e nar qual lei deve utilizar para responder questões de
sexta-parte dos vencimentos, se for o caso, e o valor provas. Primeiramente, é importante ressaltar que lei
da referência do cargo em comissão, acrescido das federal não se sobrepõe a lei estadual e vice-versa. O
mesmas vantagens. Estatuto dos Servidores Públicos da União é aplicável,
§ 2º Quando se tratar das funções previstas no arti- sim, ao regime jurídico dos servidores estaduais, des-
go 13 desta lei complementar, o servidor fará jus de que não apresente conteúdo incompatível com o
ao valor da gratificação “pro labore” fixada para a seu regime jurídico.
função substituída, durante o tempo que a desempe-
nhar, observado o disposto no “caput” deste artigo.
Importante!
60
Os cargos efetivos são apenas os de Agente e Ofi-
Complementando o parágrafo anterior, durante a
8-
cial de Defensoria, conforme visto no início da lei. Os
prova, o candidato deve se ater ao que a pergunta
48
demais cargos comissionados são cargos de direção, é
diz. A grande maioria das questões delineiam a
6.
sobre eles que o artigo acima trata.
Informação de suma importância para a prova é
15
legislação que deve ser utilizada para responder
à questão. Procure por expressões como “nos
.
20
incorreto, pois superior a 15 dias é de 16 em diante. ve que cada um dos incisos desse artigo apresenta
R
o limite de 25% (vinte e cinco por cento) do total z os direitos, as atribuições, os deveres, as vedações
ui
de servidores de cada uma das classes previstas nos e os impedimentos aplicáveis aos servidores da
G
60
Mesmo que o Regimento Interno não faça uma
8-
distinção, entende-se ser importante tratar sobre Art. 20 O provimento dos cargos comissionados do
48
quadro de apoio da Defensoria atenderá a critérios
essas duas formas de nomeação para cargos públicos.
6.
objetivos relacionados à capacidade técnica dos
Sendo elas: em caráter efetivo, para os cargos estru- 15
interessados, sendo vedada a nomeação de cônjuge,
turados em carreira; ou em comissão, para os cargos
.
companheiro, ou parente, em linha reta, colateral
20
comissionados, de livre provimento e exoneração. ou por afinidade, até o 3º grau, inclusive, membros
-4
Vamos tratar primeiro dos cargos em comissão. da Instituição que exerçam cargo em comissão ou
ra
Eles estão inseridos no grupo das “funções de confian- função de confiança do Defensor Público-Geral.
ei
ça”. Seu aspecto mais característico é o fato de que o Parágrafo único. Para cumprimento do disposto
liv
seu ingresso para esse tipo de cargo não necessita de no caput a Coordenadoria Geral de Administra-
O
aprovação em concurso público. Por isso, costuma- ção deverá manter um banco de currículos, a cujo
de
mos dizer que os cargos comissionados são cargos “de acesso, para inclusão, deve ser conferida ampla
publicidade.
os
por livre nomeação da autoridade competente. Sig- A nomeação para cargo de provimento efetivo,
R
60
ciais, a juízo da autoridade competente.
empresa especializada para realização do certame
8-
Já empossado, o servidor público deve entrar em
caberão à Coordenadoria Geral de Administração.
48
efetivo exercício. Entrar em efetivo exercício signifi-
6.
ca, basicamente, que o servidor público deve “sentar
O concurso público será de provas ou de provas 15
na cadeira” e começar a exercer as atribuições de seu
e títulos, podendo ser realizado em duas etapas con-
.
20
cargo. Assim como na posse, o servidor também possui
forme dispuseram a lei e o regulamento do respectivo prazo para entrar em efetivo exercício. Caso ele não
-4
Plano de Carreira. O concurso público tem por esco- comece a exercer suas atribuições no prazo demarca-
ra
po, justamente, classificar os candidatos de modo que do, será automaticamente exonerado do cargo.
ei
número de interessados, aqueles que estão mais aptos Da Formação Continuada: Estágio Probatório e
O
excelência na prestação de serviços públicos: ela não Os servidores públicos não adquirem a estabilida-
am
pode contratar qualquer pessoa para trabalhar para de assim que começam a exercer suas funções. Antes
ela, devendo escolher somente o “melhor dos melho- disso, ele passa por alguns períodos, os quais são
R
res”. Por isso, o concurso público possui etapas elimi- constantemente avaliados em aspectos como o com-
e
m
natórias (que retiram os candidatos que não passam portamento pessoal e a efetividade na prestação de
er
em um exame), e etapas classificatórias (que separa serviços. Essas avaliações são essenciais não apenas
lh
os candidatos aprovados baseado nas notas que cada para a aquisição de sua estabilidade no cargo, mas as
ui
um obteve nas provas). suas notas finais também servirão de critério para a
G
60
mentos e capacitações obrigatórias e a alteração
8-
Dispõe o referido artigo que o servidor nomeado de atribuições, consoante decisão da Comissão
48
para cargo de provimento efetivo ficará sujeito a está- Técnica.
6.
gio probatório, durante o período de 36 meses (ou 3 § 4º A Comissão Técnica poderá sugerir a reclas-
anos), sendo observado o atendimento dos requisitos
15
sificação do funcionário público em estágio proba-
.
20
do servidor estão previstos nos incisos do parágrafo 1º algum dos critérios poderá ser considerada sana-
ei
do mesmo artigo. São, de modo geral, a assiduidade, da, aproveitando-se o estágio probatório, caso seja
liv
a pontualidade, a produtividade, a disciplina; entre suficiente a aplicação das medidas elencadas nos
O
uma Comissão criada especialmente para esse fim, em Uma vez aprovado nas avaliações do estágio pro-
am
conjunto com o Departamento de Recursos Humanos. batório, o servidor que ingressa no seu cargo inicial,
Essa Comissão será constituída pelo ato do Defensor finalmente adquire estabilidade. Porém, ele deve con-
R
Público-Geral do Estado, e as suas principais atribui- tinuar exercendo suas atribuições com proeza e efi-
e
m
ções estão previstas nos incisos do art. 24: ciência, sob o risco de perder a manutenção de sua
er
Art. 24 O período de estágio probatório será acom- único “empecilho” do servidor da Defensoria Pública:
ui
60
penho o sistema de avaliação do estágio probatório
(reversão);
8-
previsto no Capítulo IV - Regulamentação do Está-
z o retorno de servidor ao serviço público em decor-
48
gio Probatório, naquilo que couber.
rência de decisão administrativa definitiva ou
6.
§ 1º A avaliação continuada referida neste capítulo
pautar-se-á em atribuição de notas em escala cres- .15
sentença judicial transitada em julgado, com res-
cente, do pior ao melhor desempenho, de 0 (zero) a sarcimento de prejuízos resultantes do afastamen-
20
ção periódica.
§ 3º A avaliação inferior a 50 (cinqüenta) pontos benefício não é aplicável aos servidores ocupantes de
os
na média das provas demandará reorientação, cargo comissionado pelo fato de que os cargos comis-
am
readaptação, submissão a treinamentos e capaci- sionados são todos isolados, ou seja, não estão postos
tações obrigatórias e a alteração de atribuições,
R
Conselho Superior da Defensoria Pública. legislação federal acabou alterando o regime jurídico
ui
§ 5º A avaliação nos moldes do § 3º em algum dos dos servidores públicos no âmbito federal, e o refe-
G
critérios poderá ser considerada sanada, caso seja rido Estatuto (Lei nº 8.112, de 1990) não prevê mais
suficiente a aplicação das medidas elencadas nos as hipóteses de acesso e transferência, por serem
parágrafos 3º e 4º deste artigo.
consideradas inconstitucionais. Entendemos que as
LEGISLAÇÃO ESPECIAL
Art. 33 A progressão será realizada anualmente, Art. 36 A promoção permitirá a passagem da refe-
mediante processo de avaliação de desempenho rência 1 para a referência 2 dos quadros remune-
previsto no capítulo anterior, até o limite de 20% ratórios dos servidores integrantes das classes
(vinte por cento) do total de servidores de cada previstas nos incisos I e II do artigo 1º da Lei Com-
plementar nº 1.050, de 24 de junho de 2008.
uma das classes previstas nos incisos I e II do
artigo 1º da Lei Complementar nº 1.050, de 24 de
60
junho de 2008.
O art. 37, por sua vez, trata do valor do vencimento
8-
nos casos de promoção. Vejamos:
48
Observe que o texto do dispositivo faz referência
6.
Art. 37 Quando o valor do vencimento do grau “A”
a uma quantidade limite de servidores candidatos à 15
da referência subseqüente for inferior àquele ante-
.
progressão. Isso porque, para evitar um grande cres-
20
riormente percebido, o enquadramento far-se-á no
cimento dos cargos de graus superiores, apenas um grau com valor imediatamente superior.
-4
Oficial de Defensoria Pública e de Agente de Defen- Assim como na progressão, a promoção também
ei
soria Pública podem progredir na carreira a cada necessita do cumprimento de alguns requisitos míni-
liv
34. Note que há a presença de critérios distintos, como Art. 38 São requisitos para fins de promoção:
am
o tempo em efetivo exercício (critério temporal), e a I - contar, no mínimo, 3 (três) anos de efetivo exer-
cício em um mesmo cargo pertencente às classes
R
(mérito).
m
I - cumprido o interstício mínimo de 3 (três) anos III - ser aprovado em avaliação teórica ou práti-
de efetivo exercício no padrão da classe em que seu ca para aferir a aquisição de competências neces-
cargo estiver enquadrado; sárias ao exercício de suas funções na referência
II - obtido avaliação mínima de 50% (cinquenta por superior;
cento) em pelo menos 3 (três) processos anuais de IV - possuir diploma de:
avaliação periódica de desempenho; a) graduação em curso de nível superior relativo à
III - obtido avaliação mínima de 50% (cinquen- sua área de atuação, para os integrantes da classe
ta por cento) em prova teórica ou prova teórica e de Oficial de Defensoria Pública;
prática elaborada pelo Departamento de Recursos b) pós-graduação “stricto” ou “lato sensu”, mestra-
Humanos da Coordenadoria Geral de Administra- do ou doutorado relativo à sua área de atuação,
ção da Defensoria Pública ou entidade conveniada. para os integrantes da classe de Agente de Defen-
soria Pública.
Parágrafo único. Os cursos a que se referem as alí-
O critério referente ao tempo mínimo em efetivo neas “a” e “b” do inciso IV deste artigo e os demais
exercício é denominado de interstício. Segundo o critérios relativos ao processo de promoção serão
inciso I do citado artigo, o interstício para a progres- estabelecidos por resolução da Coordenadoria
340 são é de 3 anos. Geral de Administração.
O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para Guilherme Ramos de Oliveira - 420.156.488-60, vedada, por quaisquer meios e a qualquer
título, a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.
Observe que os critérios para a apuração da pro- 3) Mediante procedimento de avaliação perió-
moção são um pouco mais rigorosos do que para a dica de desempenho, na forma de lei complemen-
progressão. Isso porque, para fins de promoção, além tar, assegurada ampla defesa: quem não for
do interstício de 3 anos, ele deve demonstrar ter aprovado na avaliação periódica de desempenho
recebido nota igual ou superior à média dos ocu- será exonerado de seu cargo, independentemente
pantes de mesmo padrão em sua classe nas 3 (três) de ter completado o período de efetivo exercício.
últimas avaliações de desempenho; ser aprovado 4) Por excesso de gasto com pessoal: as hipó-
na prova teórica e prática oferecida para demons- teses 1 a 3 estão previstas nos incisos do artigo 41.
trar ter as qualidades necessárias para exercício da Todavia, essa última hipótese encontra-se dispos-
nova função; e apresentar um diploma de gradua- tas no artigo 169, § 3º, II da CF/1988. Sob o aspecto
ção em curso de nível superior, ou de pós graduação orçamentário e financeiro, não pode a Adminis-
lato ou stricto sensu, mestrado ou doutorado rela- tração Pública realizar gastos superiores a aque-
tivo à sua área de atuação. les previstos em seu orçamento anual. Com isso,
havendo a necessidade, é possível, sim, que um ser-
DOS DIREITOS, DEVERES, VEDAÇÕES E vidor estável seja exonerado de seu cargo, apenas
IMPEDIMENTOS por motivos de “balancear” as contas públicas.
Pelo regime estatutário, os servidores públicos Sobre os demais direitos e vantagens, o Regimento
possuem uma grande gama de direitos, prerrogati- Interno costuma dividi-los quanto a sua economicida-
vas, benefícios, vantagens e autorizações, que tornam de. Existem vantagens de natureza pecuniária (que
seu regime jurídico único. Por ora, passemos a ver afetam quanto o servidor ganha), e os de natureza não
os principais direitos e vantagens aplicáveis aos servi- pecuniária. Vamos tratar, primeiro, das vantagens de
dores da Defensoria Pública, iniciando a matéria com natureza pecuniária.
uma análise geral sobre as prerrogativas.
Prerrogativa é qualquer situação de vantagem
Das Vantagens Pecuniárias
obtida pela natureza de um cargo ou de uma função.
No caso dos agentes públicos, existem algumas prer-
rogativas que são comuns para todo e qualquer cargo Das vantagens pecuniárias, devemos estabelecer
público, como também existem algumas prerroga- algumas noções gerais primeiro. Por ora, o candidato
tivas que são mais restritas, exclusivas apenas para deve saber que existem diferentes formas de remu-
determinados cargos. Geralmente, essas prerroga- nerar os servidores públicos. A forma de remune-
tivas mais exclusivas são aplicáveis nos cargos mili- ração mais comum é feita mediante a percepção de
tares e nos cargos de natureza política. A principal vencimentos, mas existem outras, como a parcela
60
prerrogativa aplicada a todos os servidores públicos única denominada subsídios. Apesar de o Regimento
8-
diz respeito à estabilidade. Interno não mencionar de forma específica, entende-
48
A estabilidade é a condição que o servidor público -se que a remuneração dos servidores da Defensoria
6.
atinge após completar alguns requisitos. O seu princi- Pública é paga pelo sistema de vencimentos.
15
pal efeito é que, uma vez estável no cargo, o servidor Vencimento é a retribuição pecuniária mensal
.
20
público não pode ser demitido por razões de conve- devida ao servidor, correspondente ao padrão fixado
-4
niência ou oportunidade pela Administração. Nesse em lei. O vencimento está para o servidor assim como
viés, ela não pode demitir o servidor estável “porque
ra
celetista.
Segundo o Regimento Interno, o servidor habili-
liv
público ao completar 36 meses (3 anos) de efetivo do cargo, acrescido das vantagens permanentes ou
os
exercício. Uma vez encerrado o seu período de estágio temporárias estabelecidas em Lei. O vencimento do
cargo efetivo, acrescido das vantagens de caráter
am
estável no seu cargo pode fazer o que quiser, sem ordem constitucional.
e
m
sofrer punição. A estabilidade não lhe dá “carta bran- Em relação as vantagens econômicas, o Regimen-
er
ca” para agir como bem entender. De modo que, o to Interno apenas faz uma menção a esses benefícios
lh
servidor estável ainda pode ser afastado do serviço nos incisos do art. 4º, sem dar maiores explicações. Por
ui
público, com consequente perda do cargo. ora, é importante o candidato conhecer os principais
G
De acordo com o art. 41 da CF, essas hipóteses são benefícios pela leitura do dispositivo na sua íntegra:
as seguintes:
Art. 4° O servidor da Defensoria Pública do Estado
LEGISLAÇÃO ESPECIAL
1) Por sentença judicial transitada em julga- fará jus às seguintes vantagens pecuniárias:
do: é a forma mais demorada para se demitir um I - adicional por tempo de serviço, de que trata o
servidor, considerando todo o aspecto burocrático artigo 129 da Constituição do Estado, que será cal-
existente no processo judicial. O trânsito em julga- culado à razão de 5% (cinco por cento) por qüin-
do da sentença somente ocorre quando esgotados
qüênio de serviço sobre o valor do vencimento,
todos os recursos cabíveis.
observado o disposto no inciso XVI do artigo 115
2) Mediante processo administrativo em que
lhe seja assegurada ampla defesa. A aplicação da mesma Constituição;
da demissão deve advir de um processo em que se II - sexta-parte;
apura a conduta do servidor transgressor, dando III - salário família;
oportunidade para o mesmo se defender da acusa- IV - décimo terceiro salário;
ção. As regras mais específicas do Processo Admi- V - acréscimo de 1/3 (um terço) das férias;
nistrativo Disciplinar (ou PAD) serão vistas mais VI - ajuda de custo;
adiante. VII - diária; 341
O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para Guilherme Ramos de Oliveira - 420.156.488-60, vedada, por quaisquer meios e a qualquer
título, a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.
VIII - gratificação “pro labore” a que se refere o arti- Art. 5º São asseguradas ao servidor da Defenso-
go 13 da lei complementar nº 1.050, de 24 de junho ria Pública do Estado as seguintes vantagens não
de 2008; - pecuniárias
IX - outras previstas em lei ou instituídas por nor- I - férias;
ma regulamentar editada pelo Conselho Superior II - licença para tratamento de saúde;
da Defensoria Pública. III - licença por doença em pessoa da família;
IV - licença por casamento;
De modo geral, podemos agrupar todos esses V - licença por luto;
benefícios e vantagens econômicas em quatro cate- VI - licença-maternidade, licença-adoção e licença
gorias distintas: indenizações, auxílios, gratificações paternidade;
e adicionais. VII - licença-prêmio por assiduidade;
VIII - licença para tratar de interesses particulares;
As indenizações são as vantagens pecuniárias
IX - licença para assistência ao filho portador de
concedidas ao servidor público, pelo fato que este
deficiência física, sensorial ou mental;
deve arcar com despesas inesperadas advindas de
X - outras previstas em lei ou em norma regulamen-
uma possível mudança de local de trabalho. Assim, as tar editada pelo Conselho Superior da Defensoria
indenizações são pagas como forma de recompensar Pública.
o servidor pelas despesas que ele teve com transpor- Parágrafo único. O disposto no inciso VIII, não se
te, hospedagem, alimentação, etc. O Regimento Inter- aplica aos servidores ocupantes, exclusivamente,
no faz menção a duas indenizações: ajuda de custo e de cargo em comissão.
diárias.
A ajuda de custo corresponde às despesas de insta- Novamente, percebe-se que o Regimento Interno
lação do servidor que, no interesse do serviço, passa a não se dedica a detalhar todos esses benefícios. Por
ter exercício em nova sede com mudança de domicílio isso, faremos uma análise mais geral das principais
em caráter permanente. A ajuda de custo destina-se a vantagens não econômicas, tendo por início: as férias.
compensar o servidor pelas despesas realizadas com De acordo com a escala organizada pelos dirigen-
seu transporte e sua família, compreendendo passa- tes do setor que cuida do regime de pessoal, todo ser-
gens, bagagens e bens pessoais. As diárias, por sua vidor público civil tem direito a um período de férias
vez, são as despesas pagas pelo deslocamento de ser- na proporção de trinta dias consecutivos ao ano.
vidor para exercício de suas funções em outra locali- O instituto das férias é praticamente o mesmo dos
dade, mas de forma temporária (há previsão de seu empregados celetistas. Para cada 12 meses de traba-
retorno). lho, o servidor tem direito a um período de descanso
Os auxílios são similares às indenizações. Para correspondente há trinta dias.
60
tanto, conduzem as vantagens econômicas concedi- O funcionário não pode desfrutar, por ano, mais
8-
das para, como o seu próprio nome aduz, auxiliar o de dois períodos de férias, salvo por absoluta neces-
48
servidor estadual a prover o seu sustento e o sustento sidade de serviço devidamente justificada. Não pode,
6.
de sua família. A grande diferença dos auxílios para as por exemplo, o servidor pular um período de descan-
15
indenizações é a presença da questão social: os auxí- so para, depois, gozar de 60 dias de férias no ano sub-
.
20
lios são concedidos como uma forma de garantir aos sequente. Mas, como vimos, é uma regra que admite
-4
Defensoria Pública cuja base de cálculo depende da que mais costumam cair em questões de prova.
O
quantidade de filhos que ele possui. O servidor que adoecer ou contrair qualquer tipo
de
As gratificações, por sua vez, são vantagens eco- de moléstia que o impossibilite de exercer suas fun-
nômicas concedidas aos servidores públicos pelo ções tem direito a solicitar licença para cuidar de
os
exercício normal das funções inerentes de seu cargo, sua própria saúde, tal como prevê o inciso II. Para
am
ou ainda pelo exercício de outras funções que não tanto, o servidor deverá comprovar que contraiu a
R
fazem parte do espectro de atribuições seu cargo. É mencionada doença ou moléstia. Essa comprova-
e
o caso, por exemplo, da gratificação por exercício de ção é feita mediante inspeção médica realizada pela
m
cargo de direção, chefia e assessoramento; ou ain- própria Junta Médica Oficial ligada à sua repartição
er
gerentes e supervisores das unidades administrativas, lhar, mas continua recebendo sua remuneração de
tal como previsto no art. 13 da Lei Complementar nº forma integral. Não se pode “culpá-lo” por ter con-
1.050, de 2008. traído determinada doença. Por isso, ele tem direito a
Os adicionais devidos aos servidores públicos esta- continuar recebendo sua remuneração.
duais são bem parecidos com os adicionais devidos Ao mencionar a licença por doença em pessoa
aos empregados, nos termos da legislação trabalhista. da família, o Regimento Interno não estabelece o que
O único adicional previsto no mencionado dispositivo ele considera como “pessoa da família” para fins de
é o adicional por tempo de serviço calculado à razão concessão da licença. Para tanto, utilizaremos a legis-
de 5% (cinco por cento) para cada cinco anos de tem- lação federal, a qual considera como pessoa da famí-
po de serviço, sobre o valor do vencimento. lia: o cônjuge ou companheiro, padrasto ou madrasta,
ascendente, descendente, enteado e colateral consan-
Das Vantagens Não Pecuniárias guíneo ou afim até o segundo grau civil.
Da mesma forma que ocorre com a licença ante-
As vantagens dos servidores públicos não são ape- rior, para a concessão da licença por motivo de doen-
nas pecuniárias, pois existem as vantagens de nature- ça em pessoa da família deve também ser realizada
342 za não pecuniária. Vejamos o que dispõe o art. 5º: inspeção médica.
O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para Guilherme Ramos de Oliveira - 420.156.488-60, vedada, por quaisquer meios e a qualquer
título, a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.
Essa inspeção é realizada pela Junta Médica Oficial. E para que serve um regime disciplinar? De
É também uma licença concedida sem prejuízo dos forma mais objetiva, é esse o regime encarregado de
vencimentos do servidor, o que significa que ele deixa aplicar a disciplina no serviço público. Significa que
de trabalhar, mas continua ganhando a sua remune- tanto a Administração Pública, como toda a socieda-
ração. A licença somente será deferida se a assistência de, espera dos servidores públicos uma conduta impe-
direta do servidor for indispensável e não puder ser cável: eles devem sempre agir segundo o interesse
prestada simultaneamente ao exercício do cargo. público, evitando a prática de atos que causem algu-
As licenças para casamento e luto são autoex- ma vantagem indevida, ou que ensejam no desvio de
plicativas: correspondem a um período concedido ao finalidade. Lembre-se: um dos princípios basilares da
servidor para que ele possa aproveitar a sua comu- Administração Pública, com previsão no caput do art.
nhão com seu cônjuge, ou então para lamentar o fale- 37 da Constituição Federal de 1988 é o princípio da
cimento de um parente próximo. moralidade.
A licença-maternidade é concedida para a ser- Assim, o regime disciplinar possui diversas finali-
vidora gestante. O prazo de duração dessa licença dades, tais como: a) determinar os padrões mínimos
deve ser grande o suficiente para a realização de de ética, moral, respeito e boa-fé a seus servidores, b)
ambas as finalidades. A legislação federal determina determinar o que o servidor deve e não deve fazer,
um prazo mínimo de 120 dias, sem prejuízo em sua enquanto no exercício de suas atribuições, e c) aplicar
remuneração. a sanção disciplinar cabível, quando o servidor não
Do mesmo modo, também será concedida licença age segundo os padrões mínimos de ética, ou quando
à adotante, para a servidora que adotar ou obtiver deixa de praticar um dever indispensável, ou ainda
guarda judicial de criança até 1 (um) ano de idade. O quando pratica uma conduta considerada proibida.
prazo de concessão, segundo a legislação federal, é Os servidores públicos, dada a sua grande impor-
de 90 dias, sem prejuízo de sua remuneração. Já nos tância para as funções de Governo, possuem uma
casos de adoção ou guarda judicial de criança com grande gama de deveres e de vedações, isso é, de con-
mais de 1 (um) ano de idade, o prazo é reduzido para dutas que ele deve fazer, e de condutas que ele está
30 dias, de acordo com o parágrafo único do art. 210 proibido de fazer. O Regimento Interno busca tratar
da Lei nº 8.112, de 1990. desses temas, dispondo primeiro do rol de deveres a
Também será concedida licença-paternidade serem seguidos por todos os servidores da Defensoria
para que o servidor possa passar um tempo com seu/ Pública.
sua filho/a. O seu prazo, contudo, não pode ser tão lon- Esse rol de deveres está previsto nos incisos do art.
go: segundo a legislação federal, a duração da licença- 14 e conduz uma grande lista de deveres. De maneira
-paternidade será de 5 dias consecutivos. que, sua memorização pode ser feita de forma mais
60
A licença-prêmio é prevista pelo inciso VII do eficiente pela leitura do artigo na íntegra:
8-
art. 5º do Regimento Interno. Trata-se de uma licença
48
concedida a cada cinco anos ininterruptos de efetivos Art. 14 Constituem deveres do servidor da
6.
serviços prestados na unidade administrativa onde o Defensoria Pública do Estado, além de outros
15
servidor trabalha. O servidor fará jus a 3 meses de decorrentes das normas e princípios constitucio-
.
20
remuneração integral do cargo e função que exercia. I – desempenhar, com zelo e eficiência, as atribuições
Nesse viés, representa uma licença diferenciada, pois do cargo ou função de que seja titular, bem como os
ra
ininterruptos.
josa para o bem comum e para o interesse público;
Os períodos de licença prêmio já adquiridos e não
os
dos em pecúnia e revertidos em favor de seus benefi- IV - prestar aos usuários do serviço público aten-
R
Por fim, a licença para tratar de interesses par- urbanidade, respeito, disponibilidade e atenção,
m
até 3 anos consecutivos, sendo vedada a sua interrup- tinção de raça, sexo, nacionalidade, cor, idade,
G
ção, exceto se for feita por interesse da administração. religião, orientação sexual, posição social, dentre
O aspecto mais importante e que costuma ser cons- outras;
tantemente cobrado em questões de prova é que ela V - racionalizar, simplificar e desburocratizar os
LEGISLAÇÃO ESPECIAL
não pode ser concedida para o servidor que ainda procedimentos, evitando solicitar aos usuários
cumpre período de estágio probatório. O servidor documentos ou diligências prescindíveis à presta-
tem que ser estável para requerer a licença. ção do serviço;
VI - representar aos órgãos competentes contra
o uso indevido de bens e serviços afetos à Admi-
Dos Deveres, Vedações e Impedimentos
nistração Pública e comunicar imediatamente a
seus superiores todo ato que contrarie o interesse
O regime jurídico dos servidores públicos não público;
apresenta somente vantagens (prerrogativas). Já men- VII - ser assíduo ao serviço;
cionamos que o servidor estável não tem “carta bran- VIII - atender às convocações dos órgãos da Admi-
ca” para fazer o que bem entender, e a principal razão nistração Superior;
disso é justamente o fato de que, o tempo todo, essas IX - apresentar-se ao trabalho com vestimentas
pessoas são amplamente fiscalizadas por um rigoroso compatíveis com seu cargo, fazendo uso de unifor-
regime disciplinar. me quando exigido pela Instituição; 343
O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para Guilherme Ramos de Oliveira - 420.156.488-60, vedada, por quaisquer meios e a qualquer
título, a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.
X - manter limpo e em perfeita ordem o local de tra- VIII - desviar recursos humanos e materiais da
balho, seguindo os métodos de organização e distri- Defensoria Pública do Estado para fins particulares;
buição definidos pela Instituição; IX - fazer uso de informações privilegiadas obtidas
XI - cumprir, de acordo com as normas de serviço e no âmbito interno de seu serviço, em benefício pró-
as ordens e instruções superiores, as tarefas de seu prio, de parentes, de amigos ou de terceiros
cargo ou função; X - apresentar-se ao serviço embriagado ou sob
XII - facilitar a fiscalização dos atos ou serviços por influência de substâncias entorpecentes ilícitas;
quem de direito; XI - deixar qualquer pessoa, sem motivo justo, à
XIII - estudar a legislação pertinente à sua área de espera de solução na Unidade em que exerça suas
atuação, em especial no tocante à estrutura admi- funções, permitindo qualquer espécie de atraso na
nistrativa e organizacional da Defensoria Pública e prestação do serviço;
das atividades desempenhadas pelos membros da XII - ausentar-se injustificadamente de seu local de
Instituição; trabalho.
XIV - evitar desperdícios, adotar o padrão de econo- XIII - atribuir a outrem erro próprio;
mia e zelar pela guarda e boa aplicação dos bens e XIV - cometer assédio sexual ou moral;
recursos que lhe forem confiados; XV - submeter usuário, servidor público, membros
XV - resguardar o sigilo sobre o conteúdo de docu- ou estagiários a situação humilhante;
mentos ou informações obtidas em razão do cargo XVI - manter sob subordinação hierárquica cônju-
ou função; ge, companheiro ou parente em linha reta, colateral
XVI - comunicar imediatamente à Coordenadoria ou afim, até o terceiro grau;
XVII - indicar ou favorecer contratação, para cargo
Geral de Administração o fato de manter participa-
em provimento comissionado ou função derivada
ção societária em entidade civil ou comercial que
de terceirização, cônjuge, companheiro ou parente,
pretenda estabelecer relações comerciais com a
em linha reta, colateral ou afim, até o terceiro grau;
Defensoria Pública;
XVIII - retirar da repartição pública, sem estar
XVII - exercer suas funções com exclusividade na
legalmente autorizado, qualquer documento, livro
Defensoria Pública do Estado, salvo nos casos de
ou bem pertencente ao patrimônio público;
acumulação de cargo previstos em lei.
XIX - deixar de zelar pelo patrimônio e documenta-
XVIII - exercer permanente fiscalização sobre os
ção sob sua responsabilidade;
servidores subordinados.
XX - desacatar ou afrontar, por atos ou palavras,
Parágrafo único. É permitido ao servidor o exer- pessoas com que se relacione em razão do cargo ou
cício não remunerado de encargo de mandatário, função;
desde que não implique a prática de atos de comér- XXI - recusar-se, imotivadamente, a desempenhar as
cio, advocacia ou outros incompatíveis com o exer- funções institucionais para as quais foi designado;
60
cício do cargo ou função, nos termos da lei. XXII - participar da gerência ou administração de
8-
entidade civil ou comercial, ressalvadas as hipóte-
48
As vedações (ou proibições), por sua vez, se tra- ses legais;
6.
duzem em condutas que o servidor não pode, em XXIII - exercer comércio entre os companheiros de
hipótese nenhuma, praticar durante o exercício de serviço;
. 15
20
que prejudicam e maculam a imagem e a boa repu- a) salário ou qualquer outra remuneração de fonte
tação não apenas do servidor em si, mas também da privada que esteja em desacordo com a lei ou que
ra
Defensoria Pública como um todo. não tenha sido informada à Defensoria Pública do
ei
Estado;
liv
III - ser conivente com erro ou infração a este um rol de impedimentos para os servidores da Defen-
G
Regimento ou ao Código de Ética de sua categoria soria Pública. Impedimentos são condutas negativas,
profissional; assim como as vedações. A diferença é que a vedação
IV - usar de artifícios para procrastinar ou difi- tem por fundamento uma conduta antiética, contrária
cultar o exercício regular de direito por qualquer à moral e ao decoro que se espera de um funcionário
pessoa; público (critérios objetivos). Os impedimentos, por
V - perseguir, prejudicar ou favorecer usuários, sua vez, são restrições que dizem respeito a pró-
membros, estagiários ou servidores públicos da pria pessoa do servidor, que não pode exercer suas
Defensoria Pública do Estado por motivos de ordem funções normalmente devido a circunstâncias de
pessoal; parentesco e afinidade (critérios subjetivos).
VI - pleitear, provocar, sugerir ou receber ajuda Todos os impedimentos estão previstos nos incisos
financeira, gratificação, prêmio, comissão, doação do art. 16:
ou vantagem, para si, familiares ou outra pessoa,
com vistas a cumprir sua missão ou influenciar Art. 16 Ao servidor da Defensoria Pública do Esta-
outro servidor para o mesmo fim; do é defeso exercer suas funções em processo ou
VII - alterar ou deturpar o teor de documentos procedimento:
344 públicos; I - em que seja parte ou, de qualquer forma, interessado;
O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para Guilherme Ramos de Oliveira - 420.156.488-60, vedada, por quaisquer meios e a qualquer
título, a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.
II - em que tenha atuado anteriormente em defesa A censura é outra sanção branda aplicável quan-
dos interesses da parte, ou tenha desempenhado do o servidor infrator for reincidente de alguma falta
qualquer função fora dos quadros da Defensoria; punível com a sanção de advertência, ou na prática de
III - em que for interessado cônjuge ou companhei- alguma infração mais severa que justifique a aplica-
ro, parente consangüíneo, civil ou afim em linha ção de imediato da censura. Também deve ser aplicá-
reta ou colateral até o terceiro grau; vel por escrito.
IV - em que haja postulado como advogado de quais-
quer das pessoas mencionadas no inciso anterior; Art. 43 A pena de censura será aplicada, por
V - em que qualquer das pessoas indicadas no inci- escrito, ao infrator que, já punido com advertência,
so III tenha funcionado ou haja funcionado naquele vier a praticar outra infração disciplinar que o tor-
expediente; ne passível da mesma pena ou se a gravidade da
infração justificar, desde logo, a aplicação da pena
VI - em que houver dado à parte interessada pare-
de censura.
cer escrito sobre o objeto dos autos;
VII - em outras hipóteses previstas em lei.
A pena de suspensão consiste no afastamento do
Parágrafo único. Os servidores, quando se declara-
servidor infrator de seu cargo, mas de forma tempo-
rem impedidos, deverão comunicar imediatamente
rária. Ela costuma ser aplicada quando o servidor é
o fato, com a motivação adequada, ao superior ime-
reincidente em uma das transgressões puníveis com a
diato, que determinará a substituição a fim de não
pena de censura, ou se a gravidade da infração justifi-
ocasionar prejuízos ao serviço público ou às partes
car a sua aplicação de imediato.
interessadas.
Por ser um afastamento temporário, a suspensão
possui prazo de duração. Embora o Regimento Inter-
Outro aspecto relevante e distinto do impedimento no não disponha desse prazo, entende-se que a pena
é o fato de que o próprio servidor pode declarar seu de suspensão não pode ser superior a 90 dias, pois
impedimento para realizar seus atos normalmente. A esse é o prazo máximo da pena de suspensão na legis-
comunicação de seu impedimento deve ser feita a seu lação federal.
superior hierárquico, o qual deve informar a substi- O que o Regimento Interno dispõe é que a pena de
tuição adequada do servidor, de modo a não causar suspensão não pode ter início durante o período de
prejuízos ao feito. férias ou de licença do servidor, pois esses são perío-
dos em que o funcionário continua recebendo, mesmo
Das Sanções Disciplinares que não esteja trabalhando.
60
caso de:
de uma das proibições previstas em Lei, ao servidor I - infrator que, já punido com censura, vier a prati-
8-
será aplicada as seguintes sanções (ou penas) disci- car outra infração disciplinar que o torne passível
48
plinares, na forma do art. 40: da mesma sanção ou se a gravidade da infração jus-
6.
tificar, desde logo, a aplicação da pena suspensiva;
15
Art. 40 Os servidores da Defensoria Pública II - violação de proibições e impedimentos na
.
20
do Estado são passíveis das seguintes sanções Lei 988, de 09 de janeiro de 2006 e no presente
-4
disciplinares: Regimento.
Parágrafo único. Enquanto perdurar, a suspensão
ra
I - advertência;
acarretará a perda dos direitos e vantagens decor-
ei
II - censura;
rentes do exercício do cargo, não podendo ter início
liv
Para aplicar as penas disciplinares, devem ser dor infrator de seu cargo, mas de forma permanente.
am
levados em conta: a natureza e a gravidade da infra- Por causa disso, a pena de demissão somente será
R
ção; os danos ao serviço; e os antecedentes do infra- aplicada quando ocorrer as seguintes transgressões,
e
60
conforme dispõe a Súmula nº 21, também do STF: configura automaticamente, não havendo necessida-
8-
de de sua investigação (não pairam dúvidas quanto a
48
Funcionário em estágio probatório não pode ser sua existência).
6.
exonerado nem demitido sem inquérito ou sem as Enquanto corre o processo disciplinar, seja por sin-
formalidades legais de apuração de sua capacidade. 15
dicância ou por processo ordinário, o servidor pode-
.
20
Veremos as principais características do Proces- a sua presença pode prejudicar a apuração dos
so Disciplinar dispostas nesse Regimento Interno. A fatos. O afastamento preventivo é disciplinado pelo
ra
autoridade dentro da DPESP que tiver ciência de irre- art. 55, que dispõe que o servidor poderá ser suspenso
ei
liv
gularidades no serviço público é obrigada a promo- de seu serviço pelo prazo máximo de 60 dias, sem pre-
ver a sua apuração imediata, mediante sindicância ou
O
Guarde bem esse conceito: o Processo Adminis- Art. 55 Durante a sindicância ou processo admi-
os
trativo Disciplinar (PAD) é o instrumento destinado a nistrativo, o Defensor Público-Geral do Estado, por
am
Da Sindicância
(sessenta) dias, podendo, excepcionalmente,
G
60
instaurada em momento anterior.
8-
O processo disciplinar é dividido em três fases:
48
I) a fase de instauração, com a publicação do ato Das Atribuições Gerais
que constituir a comissão; II) a fase de instrução,
6.
que compreende a produção de provas, a defesa do 15
Art. 6º São atribuições comuns a todos os servido-
.
acusado, e o relatório de todas as provas que foram res da Defensoria Pública do Estado, sem prejuízo
20
colhidas; e III) a fase de julgamento, em que temos daquelas decorrentes do regime geral do servidor
-4
O PAD ordinário é coordenado também pela I- observar o conteúdo das deliberações do Con-
ei
Comissão Processante, que fica encarregada de colher selho Superior da Defensoria Pública do Estado,
liv
deverá ser promovida a citação do acusado, para que III- observar os prazos legais, os normativos e os
R
este possa apresentar sua defesa, bem como o reque- estabelecidos pelos superiores hierárquicos;
e
rimento de provas a serem produzidas. Esse é o início IV- realizar atividades e diligências externas,
m
da fase de instrução do PAD, pois essa é a etapa em quando necessário, a critério dos seus superiores
er
que temos a produção de provas, como a acareação de hierárquicos, e conduzir os veículos da frota da
lh
mento pessoal do acusado, entre outros meios de pro- V- elaborar relatórios, tabelas, gráficos e demons-
G
60
sua competência; 2014)
e) Operar equipamentos diversos, como micro-
8-
v) Auxiliar nas tarefas administrativas, na ausên-
48
computador, terminal de vídeo, fax, máquina de cia ou impedimento de servidores classificados na
datilografia, máquina calculadora, máquina foto-
6.
área respectiva.
copiadora e outros; 15
x)Transportar documentos, processos e material
f) Operar os sistemas de indicação e pagamento de
.
de trabalho, bem como conduzir a viatura quan-
20
Administração Superior; (Redação dada pela Deli- y) Auxiliar o Diretor Regional, de acordo com as
liv
malotes postais e outros documentos de sua área riais, bem como os atestados de fornecimento dos
G
de trabalho, de acordo com as diretrizes da Admi- serviços e entrega e recebimento dos produtos
nistração Superior; (Redação dada pela Delibera- contratados;
ção CSDP nº 306, de 14 de novembro de 2014) b) Auxiliar o Defensor Público Coordenador Regio-
i) Informar ao público sobre o andamento de pro- nal e Auxiliar, bem como o Diretor Regional, na
cessos judiciais, processos administrativos, docu-
fiscalização da execução dos serviços efetuados em
mentos e outros assuntos de interesse do usuário,
virtude da execução de contratos e convênios em
verificando o assunto e a possibilidade de aten-
vigor na circunscrição da unidade; (Redação dada
dimento ou encaminhamento a outra área de
atuação; pela Deliberação CSDP nº 306, de 14 de novembro
j) Assegurar a exatidão e o fluxo normal de ofícios, de 2014)
certidões, laudos, documentos, atestados, informa- c) Elaborar escalas de férias, licenças, afastamen-
ções, circulares, processos judiciais e outros textos tos, mantendo o respectivo registro sob a super-
oficiais de interesse da Instituição; visão do Diretor Regional, nos termos das escalas
k) Prestar informações sobre processos judiciais aprovadas pelo Coordenador Regional ou Auxiliar
em que oficie órgão de execução da Defensoria e das diretrizes estabelecidas pela Administração
Pública do Estado e sobre expedientes relacionados Superior; (Redação dada pela Deliberação CSDP nº
348 com a rotina de trabalho; 306, de 14 de novembro de 2014)
O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para Guilherme Ramos de Oliveira - 420.156.488-60, vedada, por quaisquer meios e a qualquer
título, a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.
d) Efetuar vigilância, orientação e utilização e o r) Transportar documentos e material de trabalho,
controle do patrimônio e materiais de consumo bem como conduzir a viatura quando necessário
disponibilizados para a execução dos serviços, para o exercício de suas atribuições. (Redação inse-
mantendo arquivos atualizados de inventário patri- rida pela Deliberação CSDP nº 306, de 14 de novem-
monial e dispêndios de insumos, de acordo com as bro de 2014)
diretrizes da Administração Superior e em auxí- Parágrafo único – Para os fins do disposto da alínea
lio e sob a supervisão do Diretor Regional; (Reda- “g” do inciso I, deverá o Coordenador Regional ou
ção dada pela Deliberação CSDP nº 306, de 14 de Auxiliar informar aos Cartórios judiciais e outros
novembro de 2014) órgãos pertinentes a identificação dos servidores
e) Efetuar compras com utilização da verba de autorizados para retirada dos autos e documen-
adiantamento da Unidade, em conformidade com tos. (Redação inserida pela Deliberação CSDP nº
as orientações do Defensor Coordenador; 306, de 14 de novembro de 2014)
f) Providenciar o registro, a movimentação e a Art. 9º Os Oficiais de Atendimento e Administrati-
tramitação de processos relativos ao expedien- vos da Defensoria Pública desempenham suas fun-
te administrativo da unidade, fazendo as devidas ções sob a supervisão e orientação dos Diretores
anotações, lavrando termos, certidões, extraindo Regionais e Coordenadores Regional e Auxiliares,
fotocópias, elaborando cálculos de pequena com- observando as diretrizes emanadas da Adminis-
plexidade e praticando demais atos correlatos; tração Superior. (Redação dada pela Deliberação
g) Controlar mediante registro os expedientes CSDP nº 306, de 14 de novembro de 2014)
relativos à prestação de contas de verba de adian- § 1º Os Oficiais de Defensoria Pública devem auxi-
tamento, pedidos de diárias e de indenização de liar os Diretores Regionais no exercício de suas
transporte, contratos e convênios relativos à uni- atribuições, elaborando relatórios periódicos da
dade e ocorrências a eles relacionadas, inventário Secretária ou Cartório sob sua responsabilidade,
patrimonial, movimentação de processos adminis- devendo zelar pela boa gestão dos recursos dis-
trativos, solicitações de materiais e equipamentos e poníveis e informar àquele sobre eventuais irre-
manutenções a eles relacionados, pedidos de supor- gularidades ou necessidade de intervenção para
te de ativos de informática ou redes, agenda de resguardo ou melhoria da infraestrutura da uni-
eventos institucionais da unidade e de contatos de dade e do atendimento prestado. (Redação inserida
membros e servidores da unidade, da Administra-
pela Deliberação CSDP nº 306, de 14 de novembro
ção Superior e autoridades comumente contatadas,
de 2014)
contatos realizados à unidade, avisos institucio-
§ 2º O Coordenador Regional formulará, median-
nais, entrada e saída de materiais do almoxarifado,
te proposta do Diretor Regional, plano de divisão
quilometragem das viaturas, gastos da unidade, e
60
detalhada das atividades dos Oficiais classificados
demais comunicações, correspondências, malotes
8-
nas unidades a ele vinculadas, que poderá prever
postais e documentos de interesse em sua área de
48
a especialização do Oficial de Defensoria em atri-
trabalho, de acordo com as diretrizes dos órgãos da
6.
buições específicas de sua área de trabalho, ou, em
Administração Superior; (Redação dada pela Deli- 15
caráter excepcional, contemplar atribuição de área
beração CSDP nº 306, de 14 de novembro de 2014)
.
20
diversa. (Redação inserida pela Deliberação CSDP
h) Receber, efetuar e transferir ligações telefônicas
nº 306, de 14 de novembro de 2014)
-4
Unidade;
dade. (Redação inserida pela Deliberação CSDP nº
O
j) Pesquisar informações necessárias ao cumpri- de afastamento igual ou superior a quinze dias e
mento da rotina administrativa da Unidade, prepa- mediante prévia autorização da Coordenadoria
R
ladora, máquina fotocopiadora entre outros; § 5º Durante o tempo em que exercer a substitui-
G
l) Auxiliar na organização de eventos e solenidades ção, o servidor fará jus à diferença entre o valor
da Unidade; do padrão ou referência do cargo de que é titular
m)Auxiliar nos serviços de copa; (Redação dada e o valor da referência do cargo em comissão, nos
LEGISLAÇÃO ESPECIAL
pela Deliberação CSDP nº 306, de 14 de novembro termos do artigo 14 da Lei Complementar Estadual
de 2014) nº 1.050, de 24 de junho de 2008. (Redação inserida
n) Redigir e digitar textos oficiais, tais como certi- pela Deliberação CSDP nº 306, de 14 de novembro
dões e atestados, de acordo com os modelos previa- de 2014)
mente definidos; § 6º Os Servidores auxiliarão os Defensores Públi-
o) Proceder à conferência numérica de documentos, cos nos plantões judiciários, na Conferência
processos, materiais e equipamentos recebidos e de Estadual, nas Pré-Conferências Regionais, nas
responsabilidade do respectivo órgão; audiências públicas, nos cursos e demais eventos
p) Registrar e manter atualizados atos e decisões institucionais que ocorram fora da jornada regular
oficiais para consulta e divulgação; de trabalho, dentro da circunscrição judiciária em
q) Auxiliar nas tarefas de atendimento, na ausência que está situada sua Unidade. (Redação inserida
ou impedimento de servidores classificados na área pela Deliberação CSDP nº 306, de 14 de novembro
respectiva; de 2014); 349
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título, a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.
Das Atribuições do Agente de Defensoria Pública Art. 13 Os Agentes de Defensoria Pública desem-
penham suas funções sob a supervisão e orienta-
Art. 10 Os Agentes de Defensoria Pública devem ção dos Coordenadores Regionais ou superiores
executar tarefas compatíveis com sua área de hierárquicos, observando diretrizes emanadas dos
conhecimento, e auxiliar na elaboração e execução atos normativos que estabelecem as rotinas de sua
de estudos, planos e projetos da Instituição, a partir atuação, resguardada a sua independência técnica,
de objetivos previamente definidos. que se limita à sua área específica de atuação.
Art. 11 São atribuições gerais do Agente de Defen-
soria Pública:
a) Atuar no gerenciamento e participar da execu-
ção do plano de metas e prioridades da Defensoria
Pública; (Redação dada pela Deliberação CSDP nº
ATO NORMATIVO DPG Nº 55, DE 20 DE
306, de 14 de novembro de 2014) OUTUBRO DE 2011
b) Interpretar documentos, segundo sua área de
especialização, para atender as necessidades do O Ato Normativo nº 55, de 2011, elaborado pelo
serviço; Subdefensor Público-Geral do Estado é o instrumento
c)Efetuar vistorias, perícias técnicas, laudos peri- normativo que institui a Política de Uso de Recursos
ciais, formulação de quesitos, informações e pare- de Tecnologia da Informação e Comunicação (TIC).
ceres sobre matérias específicas, a serem feitos A importância em analisar os dispositivos desse
a partir da estratégia apresentada pelo Defensor Ato Normativo justifica-se pelo fato de que o Governo
Público, assegurada a eleição do procedimento téc- brasileiro vem se adaptando, de modo que passou a
nico mais adequado; (Redação dada pela Delibera- englobar as ferramentas de tecnologia da informação
ção CSDP nº 306, de 14 de novembro de 2014) para sua utilização no exercício de tarefas diárias.
d) Atender ao público e aos membros da instituição; Essa nova faceta do Estado brasileiro é denominada
e) Elaborar relatórios gerenciais e estatísticos das
de Governo Digital (ou e-Government), e se carac-
respectivas áreas. (Redação inserida pela Delibera-
teriza pela sistematização de documentos, dados
ção CSDP nº 306, de 14 de novembro de 2014);
e outras informações úteis, situadas em um portal
Art. 12 Os Agentes de Defensoria desempenharão
suas atividades nas seguintes áreas de atuação:
digital com diversas ramificações; e a facilidade de
I- apoio à atividade-meio, para o desempenho de acesso desses documentos e dados pela popula-
atribuições relacionadas ao suporte de atividades ção, os quais devem ser publicados (sentido de tornar
administrativas; público), em páginas de internet e apps de telefones
II- apoio à atividade-fim, para o desempenho de celulares.
60
atribuições ligadas ao atendimento ao público, por Ao que tange o assunto dos meios de tecnolo-
8-
meio de pareceres, relatórios, estudos científicos de gia da informação voltados à Defensoria Pública do
48
casos e apresentação de projetos ligados à presta- Estado de São Paulo, considerando a sua importante
6.
ção de assistência jurídica. função dentro da sociedade, qual seja, de amparar
III – psicologia e serviço social, para o desempe-
.15
juridicamente as pessoas mais necessitadas e que
nho de atribuições relacionadas à prestação do não possuem recursos financeiros para contratar um
20
à atuação como assistente técnico; (Redação dada sua adaptação para utilizar meios de alta tecnologia
ra
pela Deliberação CSDP nº 306, de 14 de novembro deve trazer diferentes benefícios para essa população
ei
habitacional;
am
relacionadas às políticas de comunicação social da Informação (ou CTI). Esse é o órgão responsável
er
e assessoria de imprensa da Instituição; (Reda- por todo o processo de implementação dos recursos
lh
ção dada pela Deliberação CSDP nº 306, de 14 de tecnológicos para facilitar a atuação da Defensoria de
ui
VI- tecnologia de informação, para desempenho de Esse processo de implementação é bastante complexo,
atribuições relacionadas às políticas de desenvolvi- e envolve diversas atribuições.
mento, suporte, manutenção de sistemas e seguran- Nesse sentido, o texto do art. 2º, apresenta todas
ça da informação; as atribuições do CTI e, também, todas as atividades
VII- contabilidade, para desempenho de funções envolvidas nesse processo. Observe o texto legal:
relacionadas à elaboração de cálculos, análise de
balanços, demonstrativos de resultados e gestão Art. 2º Cabe à Coordenadoria de Tecnologia da
orçamentária da Instituição; Informação (CTI), órgão responsável pelos proces-
§ 1º Poderá o Defensor Público-Geral do Estado sos de informatização e gestão de recursos tecnoló-
estabelecer outras áreas de atuação, bem como gicos da Defensoria Pública do Estado, as seguintes
detalhar as atribuições, rotinas e procedimentos de medidas:
atuação dos Agentes de Defensoria Pública. I – Assegurar o uso adequado dos recursos de tec-
§ 2º Os editais dos concursos de ingresso para o nologia da informação e comunicação;
provimento de cargos de Agente de Defensoria II – Assegurar a privacidade e a confidencialidade
Pública estabelecerão os requisitos para o ingresso de informações e dados de uso institucional dos
350 na carreira, em cada área de atuação. órgãos da Defensoria Pública do Estado;
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título, a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.
III – Garantir a integração e a interoperabilidade Dica
entre os sistemas e aplicações institucionais;
IV – Garantir a disponibilidade dos sistemas, apli- Um ponto que já caiu em questões de prova diz
cações institucionais e dos recursos de tecnologia respeito à aquisição de recursos de TIC. Segun-
da informação e comunicação – TIC; do o texto do art. 4°, a aquisição desses recursos
V – Prover serviços de acesso à internet, median- fica a cargo da Coordenadoria Geral de Adminis-
te a subcontratação de serviços de rede e de
tração, sendo precedida de parecer técnico da
telecomunicações;
VI – Conceder, configurar e administrar as con-
Coordenadoria de Tecnologia da Informação
tas de e-mail institucional, bem como fixar limites contendo os motivos que justificam a necessi-
de espaço disponível aos usuários habilitados, de dade da aquisição.
modo a garantir as condições de bom desempenho
do sistema; DO USO DOS RECURSOS TECNOLÓGICOS
VI – Elaborar plano estratégico de informatização,
VII – Sugerir a aquisição de programas (softwa- Do Uso Próprio e Impróprio
res) de uso institucional, bem como promover seu
desenvolvimento;
O Ato Normativo dedica seu Capítulo III para deter-
VIII – Prover a manutenção de banco de dados
minar como esses recursos tecnológicos serão utiliza-
sobre as atividades da instituição;
IX – Prover capacitação e suporte para Defensores dos, destacando a forma correta de sua utilização e as
Públicos, Servidores e Estagiários com relação ao hipóteses consideradas de uso impróprio, bem como
uso de recursos de TIC, à administração de dispositi- especificar como cada tipo de recurso de TIC será uti-
vos de segurança e à responsabilidade pelo bom fun- lizado pelos usuários da DPSP.
cionamento de equipamentos e aplicações de rede; Em relação ao uso adequado e próprio, o caput do
X – Divulgar amplamente a política de uso de recur- art. 5º é claro ao dispor que os recursos de TIC são de
sos de TIC, com auxílio da Coordenadoria de Comu- uso exclusivo para a execução de atividades de inte-
nicação Social. resse da Defensoria Pública do Estado.
Pela leitura do dispositivo citado, nota-se que o Art. 5º Os recursos de TIC destinados aos usuários
processo de implementação de recursos tecnológi- são de uso exclusivo para a execução de atividades
cos é complexo, envolvendo etapas de planejamento, de interesse da Defensoria Pública do Estado.
direção, execução e avaliação. Há todo um sistema § 1º A instalação de recursos de informática que
operante por trás da implementação desses recursos necessitam de conexão em rede deve ser previa-
tecnológicos, os quais devem ser financiados pelo CIT. mente autorizada pela Coordenadoria de Tecnolo-
60
Cabe à Coordenadoria dispor sobre a forma de uti- gia de Informação.
8-
lização desses recursos tecnológicos pelos usuários, § 2º Não será integrado à rede nenhum recurso de
48
para que as páginas de internet e os aplicativos de tecnologia da informação de uso particular, exceto
6.
telefone celular não fiquem inutilizáveis ou fora do ar em casos excepcionais, previamente autorizados
15
pelo tráfego excessivo de usuários. Por isso, a Coor- pela Coordenadoria de Tecnologia da Informação
.
20
O Ato Normativo dedica alguns dispositivos para soal e intransferível, sendo de responsabilidade do
de
elencar direitos concedidos aos usuários dessas fer- usuário mantê-los em segurança.
ramentas tecnológicas da DPSP. A denominação
os
quer outra pessoa que possua vínculo com a Defenso- nadoria de Tecnologia da Informação os acessos
e
ria Pública do Estado e que manuseiam esses recursos físico e lógico a ativos de redes – tais como servido-
m
usuários poderão realizar durante o usufruto desses Assim, entende-se que a utilização dos recursos
G
res, Estagiários, prestadores de serviços, fornece- atividades que não envolvem a realização das tarefas
dores ou qualquer pessoa, física ou jurídica, com essenciais da Defensoria Pública são consideradas de
vínculo oficial com a Defensoria Pública do Estado:
uso impróprio dos recursos tecnológicos.
I – Garantir o uso adequado de recursos de TIC sob
Como forma de exemplificar o que se caracteri-
sua guarda, observando as regras e procedimentos
previamente definidos; za como uso impróprio, o art. 6º apresenta em seus
II – Zelar pela integridade dos recursos de TIC sob incisos algumas condutas que os usuários não podem
sua responsabilidade, resguardado o auxílio e aces- realizar:
so a orientações pela Coordenadoria de Tecnologia
de Informação – CTI; Art. 6º São considerados usos impróprios:
III – Informar à Coordenadoria de Tecnologia de I - Invasão de privacidade: acessar arquivos de
Informação sobre eventuais necessidades de inter- outros usuários sem a devida autorização;
venções técnicas, para reparos ou configurações, II - Utilização indevida de códigos de acesso e/ou
visando à boa gestão dos recursos. senhas de outros usuários; 351
O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para Guilherme Ramos de Oliveira - 420.156.488-60, vedada, por quaisquer meios e a qualquer
título, a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.
III - Desrespeito às leis de direito autoral e proprie- Do Uso do Correio Eletrônico
dade intelectual, como instalação, uso e difusão de
softwares e produtos não licenciados; Correio eletrônico é o termo formal para desig-
IV - Desenvolvimento e distribuição de programas nar o sistema de encaminhamento de mensagens via
prejudiciais à operação de redes e de computadores e-mail.
individuais; Segundo o caput do art. 9º, a utilização de correio
V - Tentativa de burlar o sistema de segurança de eletrônico é permitida para todos os Defensores Públi-
computadores para os quais o usuário não possua cos servidores, os quais poderão solicitar a obtenção
autorização de acesso; de um endereço próprio de e-mail para a CTI. É evi-
VI - Alteração ou destruição não autorizada de dente que a utilização desse e-mail deve ser feita ape-
dados, arquivos ou programas;
nas para fins institucionais, sendo vedado utilizá-lo
VII - Acesso a sites com conteúdo pornográfico,
para finalidades particulares.
jogos, bate-papo, apostas e assemelhados;
VIII - Uso de ferramentas P2P – peer to peer (exem-
Art. 9º Todo Defensor Público e Servidor têm direi-
plos: kazaa, Morpheus, Emule, etc.);
to a acessar os serviços de e-mail, podendo solicitá-
IX - Uso de programas de mensageria instantânea
-los à CTI através do suporte ao usuário.
(IM – Instant Messengers. Exemplo: Microsoft Ins-
§ 1º Os recursos de TIC são monitorados pela CTI,
tant Messenger) não homologados/autorizados
mantendo-se inviolável o conteúdo das mensagens
pela Coordenadoria de Tecnologia da Informação.
de correio eletrônico, exceto em casos de requisição
Parágrafo único. O uso impróprio dos serviços pelo
judicial.
usuário implicará no cancelamento do ato pratica- § 2º O endereço de email corporativo da Defenso-
do, independente de aviso ou notificação. ria Pública é de uso exclusivamente institucional,
sendo vedada a sua utilização em sistemas de cor-
Todas as condutas que ensejam a obtenção de rentes, em redes sociais e em fóruns eletrônicos de
informações sigilosas e confidenciais são considera- assuntos diversos daqueles do interesse da Defen-
das de uso impróprio, visando sua tipificação como soria Pública.
crime. A pessoa que utiliza dos recursos tecnológicos § 3º O limite máximo de tamanho de arquivo, para
da DPSP para praticar esse tipo de conduta ilícita está envio e recebimento por e-mail, é de 4 MB (quatro
sujeita à aplicação de sanção, com base na Lei Geral mega bytes), salvo necessidade comprovada da fun-
de Proteção de Dados (Lei nº 13.709, de 2018). ção desempenhada pelo Defensor Público ou Servi-
Destarte, a utilização de programas de mensagens dor, submetida à análise da CTI.
§ 4º Em consideração aos limites do sistema de
instantâneas, de programas via conexão P2P, e a sites
mensageria eletrônica, a CTI deverá definir o limi-
60
de conteúdo impróprio não é permitida aos usuários
te de armazenamento de dados das caixas postais,
8-
desses recursos tecnológicos. Aqui, o vício do ato está visando ao bom funcionamento do sistema.
48
no fato de que ele é praticado apenas para fins pes- § 5º Em caso de dúvida sobre a origem do reme-
6.
soais dos usuários (desvio de finalidade), o que é abso- tente ou confiabilidade do arquivo a CTI deverá ser
lutamente incompatível com o exercício da função consultada.
.15
20
com, cpl, crt, csc, dll, dot, drv, eml, exe, fon, hlp, hta,
ei
te perigosas ou maliciosas.
forma correta de utilização das páginas de internet ou
am
Prodesp, preservadas a privacidade e a confiden- fones celulares está disciplinada no art. 10. O caput
ui
60
condição de igualdade de oportunidade, na vida
8-
A Lei nº 12.288, de 2010 institui o Estatuto da Igual- econômica, social, política e cultural do País será
48
dade Racial. De início, o art. 1º da lei estabelece os promovida, prioritariamente, por meio de:
6.
principais objetivos que justificam a sua elaboração, I - inclusão nas políticas públicas de desenvolvi-
bem como introduz alguns conceitos gerais que facili-
.15
mento econômico e social;
II - adoção de medidas, programas e políticas de
20
tarão a compreensão da matéria.
A elaboração do referido Estatuto serve para aten- ação afirmativa;
-4
der, ao todo, três finalidades: a) garantir à população III - modificação das estruturas institucionais do
ra
dos direitos étnicos individuais, coletivos e difusos VI - estímulo, apoio e fortalecimento de iniciativas
lh
Parágrafo único. Para efeito deste Estatuto, às desigualdades étnicas, inclusive mediante a
considera-se: implementação de incentivos e critérios de condi-
I - discriminação racial ou étnico-racial: toda
LEGISLAÇÃO ESPECIAL
60
identidade nacional brasileira. É sob essa ótica que
devemos analisar os direitos e garantias fundamentais mação do SUS no que tange à coleta, ao processa-
8-
mento e à análise dos dados desagregados por cor,
48
expostos nesse Estatuto, que não são contrários ao Tex-
to Constitucional, mas suplementares, de forma a tor- etnia e gênero;
6.
nar a proteção da população negra mais eficiente. III - o fomento à realização de estudos e pesquisas
15
sobre racismo e saúde da população negra;
.
Ao todo, a Lei expõe sobre seis categorias distin-
20
econômicos destinados à redução do risco de doenças tais, no saneamento básico, na segurança alimen-
e
Art. 6o O direito à saúde da população negra será Da Educação, da Cultura, do Esporte e do Lazer
ui
60
vidades de incentivo à educação para a comunidade
negra não é uma tarefa exclusiva do Governo Federal. fundamental se distingue das demais porque todas as
8-
garantias analisadas anteriormente sempre determi-
48
As instituições privadas podem, por exemplo, instalar
navam uma ação positiva do Poder Público (obrigação
6.
suas próprias unidades escolares, ou institutos de pes-
quisa e aperfeiçoamento de conhecimentos específi-
.15
de fazer). É por isso que o Estatuto utiliza expressões
como “incentivar” ou “fomentar”.
20
cos. Assim, o art. 14 do Estatuto prevê a possibilidade
do Poder Público realizar convênios e outros instru- Por outro lado, a liberdade de consciência e crença
-4
mentos de cooperação e parceria com a iniciativa religiosa exigem abstenções (obrigação de não fazer)
ra
privada para desenvolver atividades voltadas para a do Poder Público. Assim, o Estatuto não impõe uma
ei
Art. 14 O poder público estimulará e apoiará ações inviolável a liberdade de consciência e de crença, sen-
de
socioeducacionais realizadas por entidades do do assegurado o livre exercício dos cultos religiosos e
os
movimento negro que desenvolvam atividades vol- garantida, na forma da lei, a proteção aos locais de cul-
am
Em relação à cultura, o Estatuto impõe ao Poder diretrizes nos incisos do art. 24:
lh
Nesse ponto, o Estatuto busca garantir à popula- Mesmo que o mercado de trabalho seja predo-
ção negra o acesso às terras campestres (propriedade minantemente privado, não podendo sofrer grande
rural), bem como o acesso à morada adequada (pro- controle pelas entidades públicas, é imprescindível
priedade urbana). Assim, não importa se a comunida- garantir uma igualdade de oportunidades nesse mer-
de negra se encontra em região metropolitana ou em cado para a população negra discriminada. A igualda-
de de oportunidades será lograda mediante a adoção
zonas rurais, o Estatuto busca garantir o acesso à pro-
de políticas e programas de formação profissional, de
priedade privada para essas pessoas poderem morar
emprego e de geração de renda voltados para a popu-
e aproveitar seu solo.
lação negra. É isso o que dispõe o texto do parágrafo
Para incentivar o desenvolvimento das atividades
primeiro do art. 39:
produtivas da população negra no campo, o Poder
Público promoverá ações para viabilizar e ampliar o
Art. 39 O poder público promoverá ações que asse-
seu acesso ao financiamento agrícola. O art. 29 men-
gurem a igualdade de oportunidades no merca-
ciona a Assistência Técnico Rural: do de trabalho para a população negra, inclusive
mediante a implementação de medidas visando à
Art. 29 Serão assegurados à população negra a promoção da igualdade nas contratações do setor
assistência técnica rural, a simplificação do acesso público e o incentivo à adoção de medidas similares
60
ao crédito agrícola e o fortalecimento da infraes- nas empresas e organizações privadas.
8-
trutura de logística para a comercialização da § 1º A igualdade de oportunidades será lograda
48
produção. mediante a adoção de políticas e programas
6.
de formação profissional, de emprego e de
15
Em relação ao acesso à morada, dispõe o art. 36 geração de renda voltados para a população
.
20
nal de Habitação de Interesse Social (SNHIS), e que § 2º As ações visando a promover a igualdade de
oportunidades na esfera da administração pública
ra
população negra.
§ 3º O poder público estimulará, por meio de
de
privado.
governamentais realizadas no âmbito do Sistema
am
60
pessoas com deficiência foram encaradas de quatro
8-
modos diferentes, conforme cada período temporal. A NOÇÕES SOBRE O DIREITO DA PESSOA COM
48
primeira fase foi a de intolerância em relação às pes- DEFICIÊNCIA
6.
soas com deficiência, pois simbolizavam a impureza, 15
o pecado, ou, até mesmo, o castigo divino. A segun- A Lei nº 13.146, de 2015 é dividida em duas par-
.
20
da foi a fase marcada pela invisibilidade das pessoas tes: geral e especial. A parte geral tem, como base, os
-4
com deficiência. Dela, decorreu a terceira fase, mar- princípios da Convenção sobre os Direitos das Pes-
soas com Deficiência, disciplinando, além desses, os
ra
inserida.
LEI Nº 13.146, DE
Até mesmo a forma de se referir a estas pessoas é
R
2015
fruto de uma construção histórica. A partir de 1993,
e
m
Parte Geral
pessoas com deficiência. Parte Especial
G
z Os impedimentos nas funções e nas estruturas do corpo; Trata-se, aqui, da possibilidade de adaptar deter-
z Os fatores socioambientais, psicológicos e pessoais; minado produto ou serviço às necessidades da pessoa
z A limitação no desempenho de atividades e a com deficiência, para que possa exercê-lo de forma
restrição de participação. autônoma.
60
O parágrafo segundo, por sua vez, estabelece que Art. 3° [...]
8-
compete ao Poder Executivo a criação dos instrumen- IV - Barreiras: qualquer entrave, obstáculo, ati-
48
tos normativos para a verificação da deficiência. tude ou comportamento que limite ou impeça a
6.
participação social da pessoa, bem como o gozo,
15
a fruição e o exercício de seus direitos à acessibi-
.
Importante
20
Poder Legislativo.
sificadas em:
ei
60
em razão da deficiência como:
ou seu traslado não provoque alterações substan-
8-
ciais nesses elementos, tais como semáforos, pos-
48
Art. 4° [...]
tes de sinalização e similares, terminais e pontos
6.
§ 1° Considera-se discriminação em razão da defi-
de acesso coletivo às telecomunicações, fontes de
água, lixeiras, toldos, marquises, bancos, quiosques
.15
ciência toda forma de distinção, restrição ou exclu-
20
e quaisquer outros de natureza análoga. são, por ação ou omissão, que tenha o propósito ou
-4
IX - Pessoa com mobilidade reduzida: aque- o efeito de prejudicar, impedir ou anular o reconhe-
la que tenha, por qualquer motivo, dificuldade de cimento ou o exercício dos direitos e das liberdades
ra
Serviço de Acolhimento do Sistema Único de Assis- de tecnologias assistivas, tanto pelo próprio Estado,
R
ciais da comunidade, com estruturas adequadas, Para facilitar na fixação desse conceito, vamos
m
Distinção
As residências inclusivas têm caráter de assis- Restrição
tência para aquelas pessoas com deficiência que são Exclusão
dependentes, porém não possuem vínculos familiares
capazes de lhes dar suporte.
Ação Omissão
Art. 3° [...]
XI - Moradia para a vida independente da pes-
soa com deficiência: moradia com estruturas
adequadas capazes de proporcionar serviços de Impedir, prejudicar ou anular o reconhecimento
apoio coletivos e individualizados que respeitem e ou o exercício dos direitos e das liberdades
ampliem o grau de autonomia de jovens e adultos fundamentais de pessoa com deficiência.
com deficiência. 359
O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para Guilherme Ramos de Oliveira - 420.156.488-60, vedada, por quaisquer meios e a qualquer
título, a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.
Importante esclarecer que a igualdade trazida z Disponibilização de recursos, tanto humanos
pela Lei nº 13.146, de 2015 não é impositiva, ou seja, quanto tecnológicos, que garantam atendimento
as ações afirmativas constante da Lei não são obriga- em igualdade de condições com as demais pessoas;
tórias às pessoas com deficiência, pois, se elas não qui- z Disponibilização de pontos de parada, estações e
serem se beneficiar dos direitos elencados, não serão terminais acessíveis de transporte coletivo de pas-
obrigadas. Por exemplo: a pessoa com deficiência não sageiros e garantia de segurança no embarque e
é obrigada a se inscrever para as vagas reservadas, no desembarque;
podendo concorrer às vagas de ampla concorrência z Acesso a informações e disponibilização de recur-
se assim desejar. sos de comunicação acessíveis;
O artigo 5º, por vez, trata da proteção da pessoa z Recebimento de restituição de imposto de renda;
com deficiência, de modo a afastar toda forma de z Tramitação processual e procedimentos judiciais e
tortura ou outro mecanismo de redução da dignida- administrativos em que for parte ou interessada,
de da pessoa humana ao assegurar a proteção contra em todos os atos e diligências.
negligência, discriminação, exploração, violência, tor-
tura, crueldade, opressão e tratamento desumano ou Com exceção da restituição de imposto de renda e
degradante. Seu parágrafo único traz um importante da tramitação processual prioritária, todos os demais
conceito: especialmente vulneráveis. Considerando itens relativos ao atendimento prioritário são exten-
que a pessoa com deficiência já é vulnerável e, por sivos ao acompanhante da pessoa com deficiência
esta razão, merece a proteção especial, maior deve ser ou ao seu atendente pessoal. Como consequência, o
a proteção das crianças, adolescentes, mulheres e acompanhante tem direito à preferência de atendi-
idosos quando estes possuem deficiência. mento, ao socorro, entre outros.
Importante é, também, o artigo 6º da Lei, que con-
cedeu às pessoas com deficiência plena capacidade DOS DIREITOS FUNDAMENTAIS
para o exercício de seus direitos, inclusive para:
Os arts. 10 ao 78 traçam os direitos das pessoas com
z Casar ou constituir união estável; deficiência. São eles que estudaremos neste momento.
z Exercer direitos sexuais e reprodutivos; Veja-os a seguir:
z Exercer o direito de decidir sobre o número de
filhos e de ter acesso a informações adequadas z Direitos Fundamentais
sobre reprodução e planejamento familiar;
z Conservar sua fertilidade, sendo proibida a esteri- Vida;
lização compulsória; Habitação e Reabilitação;
60
z Exercer o direito à família e à convivência familiar Saúde;
8-
e comunitária; Educação;
48
z Exercer o direito à guarda, à tutela, à curatela e à Moradia;
6.
adoção, como adotante ou adotando, em igualdade Trabalho;
de oportunidades com as demais pessoas. Assistente Social;15
.
20
Previdência Social;
Cultura, esporte, turismo e lazer;
-4
Dica Transporte;
ra
cável a todas as pessoas. Em decorrência dele, podem de lutar pela sua vida, competindo ao Estado o dever
ui
comunicar às autoridades qualquer tipo de ameaça de adotar toda e qualquer medida para assegurar seu
G
O direito à habilitação e reabilitação está discipli- O direito à saúde encontra-se estabelecido nos
nado nos arts. 14 ao 17, dizendo respeito à garantia de arts. 18 a 26. Trata-se de um direito universal, pois
se adotar medidas que promovam a recuperação física, estabelece garantias às pessoas de modo geral, estan-
cognitiva e psicológica, bem como a proteção, à reabili- do, também, arrolado na Constituição Federal como
tação e a reinserção social das pessoas com deficiência. um direito social.
Salienta-se que o direito à saúde da pessoa com
Art. 14 O processo de habilitação e de reabilitação deficiência contempla o acesso a um atendimento
é um direito da pessoa com deficiência.
integral, ou seja, em todos os níveis de complexidade,
Parágrafo único. O processo de habilitação e de
reabilitação tem por objetivo o desenvolvimento seja de caráter preventivo ou para fins de tratamen-
de potencialidades, talentos, habilidades e aptidões to, sem qualquer discriminação ou custos adicionais,
físicas, cognitivas, sensoriais, psicossociais, atitudi- com direito ao acompanhante, em ambientes acessí-
nais, profissionais e artísticas que contribuam para veis, sem se submeter a qualquer tipo de discrimina-
a conquista da autonomia da pessoa com deficiên- ção ou violência, estabelecendo, portanto, o acesso
cia e de sua participação social em igualdade de igualitário.
condições e oportunidades com as demais pessoas.
Art. 15 O processo mencionado no art. 14 desta Lei
Art. 18 É assegurada atenção integral à saúde da
baseia-se em avaliação multidisciplinar das neces-
pessoa com deficiência em todos os níveis de com-
sidades, habilidades e potencialidades de cada pes-
soa, observadas as seguintes diretrizes: plexidade, por intermédio do SUS, garantido acesso
I - diagnóstico e intervenção precoces; universal e igualitário.
II - adoção de medidas para compensar perda ou § 1º É assegurada a participação da pessoa com
limitação funcional, buscando o desenvolvimento deficiência na elaboração das políticas de saúde a
de aptidões; ela destinadas.
III - atuação permanente, integrada e articulada de § 2º É assegurado atendimento segundo normas
políticas públicas que possibilitem a plena partici- éticas e técnicas, que regulamentarão a atuação
pação social da pessoa com deficiência; dos profissionais de saúde e contemplarão aspec-
IV - oferta de rede de serviços articulados, com tos relacionados aos direitos e às especificidades da
atuação intersetorial, nos diferentes níveis de com- pessoa com deficiência, incluindo temas como sua
plexidade, para atender às necessidades específicas dignidade e autonomia.
da pessoa com deficiência; § 3º Aos profissionais que prestam assistência à
V - prestação de serviços próximo ao domicílio da pessoa com deficiência, especialmente em serviços
60
pessoa com deficiência, inclusive na zona rural, de habilitação e de reabilitação, deve ser garantida
respeitadas a organização das Redes de Atenção à
8-
capacitação inicial e continuada.
Saúde (RAS) nos territórios locais e as normas do
48
§ 4º As ações e os serviços de saúde pública desti-
Sistema Único de Saúde (SUS).
6.
nados à pessoa com deficiência devem assegurar:
Art. 16 Nos programas e serviços de habilitação e de rea- 15
bilitação para a pessoa com deficiência, são garantidos: I - diagnóstico e intervenção precoces, realizados
.
por equipe multidisciplinar;
20
materiais e equipamentos adequados e apoio técni- III - atendimento domiciliar multidisciplinar, trata-
O
Art. 17 Os serviços do SUS e do Suas deverão pro- VI - respeito à especificidade, à identidade de gêne-
mover ações articuladas para garantir à pessoa
R
60
ponsável pelo tratamento justificá-la por escrito. negligência e discriminação.
8-
Art. 28 Incumbe ao poder público assegurar, criar,
§ 2º Na ocorrência da impossibilidade prevista no
48
desenvolver, implementar, incentivar, acompanhar
§ 1º deste artigo, o órgão ou a instituição de saúde
6.
e avaliar:
deve adotar as providências cabíveis para suprir 15
I - sistema educacional inclusivo em todos os níveis
a ausência do acompanhante ou do atendente
.
e modalidades, bem como o aprendizado ao longo
20
pessoal.
de toda a vida;
-4
Art. 23 São vedadas todas as formas de discrimi- II - aprimoramento dos sistemas educacionais,
ra
nação contra a pessoa com deficiência, inclusive visando a garantir condições de acesso, perma-
ei
por meio de cobrança de valores diferenciados por nência, participação e aprendizagem, por meio da
liv
por meio de recursos de tecnologia assistiva e de demais serviços e adaptações razoáveis, para aten-
R
todas as formas de comunicação previstas no inci- der às características dos estudantes com deficiên-
e
Art. 25 Os espaços dos serviços de saúde, tanto condições de igualdade, promovendo a conquista e
er
60
etapas e níveis de ensino; panhada, ou em moradia para a vida independente
8-
XVII - oferta de profissionais de apoio escolar; da pessoa com deficiência, ou, ainda, em residência
48
XVIII - articulação intersetorial na implementação inclusiva.
6.
de políticas públicas. § 1º O poder público adotará programas e ações
§ 1º Às instituições privadas, de qualquer nível e 15
estratégicas para apoiar a criação e a manutenção
.
modalidade de ensino, aplica-se obrigatoriamente
20
com deficiência.
XII, XIII, XIV, XV, XVI, XVII e XVIII do caput deste
§ 2º A proteção integral na modalidade de residên-
ra
determinações.
bilidade, com vínculos familiares fragilizados ou
de
I - os tradutores e intérpretes da Libras atuantes na subsidiados com recursos públicos, a pessoa com
educação básica devem, no mínimo, possuir ensi- deficiência ou o seu responsável goza de priorida-
R
II - os tradutores e intérpretes da Libras, quando I - reserva de, no mínimo, 3% (três por cento)
lh
direcionados à tarefa de interpretar nas salas de das unidades habitacionais para pessoa com
ui
Art. 29 (VETADO).
unidades habitacionais no piso térreo e de acessibi-
Art. 30 Nos processos seletivos para ingresso e per-
lidade ou de adaptação razoável nos demais pisos;
manência nos cursos oferecidos pelas instituições
IV - disponibilização de equipamentos urbanos
de ensino superior e de educação profissional e tec-
comunitários acessíveis;
nológica, públicas e privadas, devem ser adotadas
as seguintes medidas: V - elaboração de especificações técnicas no projeto
I - atendimento preferencial à pessoa com deficiên- que permitam a instalação de elevadores.
cia nas dependências das Instituições de Ensino § 1º O direito à prioridade, previsto no caput deste
Superior (IES) e nos serviços; artigo, será reconhecido à pessoa com deficiência
II - disponibilização de formulário de inscrição de beneficiária apenas uma vez.
exames com campos específicos para que o candi- § 2º Nos programas habitacionais públicos, os cri-
dato com deficiência informe os recursos de acessi- térios de financiamento devem ser compatíveis com
bilidade e de tecnologia assistiva necessários para os rendimentos da pessoa com deficiência ou de sua
sua participação; família. 363
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título, a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.
§ 3º Caso não haja pessoa com deficiência interes- São seus objetivos: habilitar e reabilitar as pessoas
sada nas unidades habitacionais reservadas por com deficiência; reintegrá-las à vida comunitária;
força do disposto no inciso I do caput deste artigo, garantir um benefício mensal àqueles que não têm
as unidades não utilizadas serão disponibilizadas meios de prover a sua manutenção (hipossuficiente).
às demais pessoas. Veja os artigos em sua literalidade:
Art. 33 Ao poder público compete:
I - adotar as providências necessárias para o cum- Art. 39 Os serviços, os programas, os projetos e os
primento do disposto nos arts. 31 e 32 desta Lei; e benefícios no âmbito da política pública de assis-
II - divulgar, para os agentes interessados e benefi- tência social à pessoa com deficiência e sua família
ciários, a política habitacional prevista nas legisla- têm como objetivo a garantia da segurança de ren-
ções federal, estaduais, distrital e municipais, com da, da acolhida, da habilitação e da reabilitação, do
ênfase nos dispositivos sobre acessibilidade. desenvolvimento da autonomia e da convivência
familiar e comunitária, para a promoção do acesso
Do Direito ao Trabalho
a direitos e da plena participação social.
§ 1º A assistência social à pessoa com deficiên-
O direito ao trabalho, disciplinado nos arts. 34 cia, nos termos do caput deste artigo, deve
e 35, tem, como característica, o fato de ser incluso. envolver conjunto articulado de serviços do
Como consequência, permite-se que a pessoa com âmbito da Proteção Social Básica e da Prote-
deficiência tenha efetiva liberdade de escolha quanto ção Social Especial, ofertados pelo Suas, para
à profissão ou ao trabalho que deseja desempenhar. a garantia de seguranças fundamentais no enfren-
tamento de situações de vulnerabilidade e de risco,
Disposições Gerais por fragilização de vínculos e ameaça ou violação
de direitos.
Art. 34 A pessoa com deficiência tem direito ao tra- § 2º Os serviços socioassistenciais destina-
balho de sua livre escolha e aceitação, em ambiente dos à pessoa com deficiência em situação de
acessível e inclusivo, em igualdade de oportunida- dependência deverão contar com cuidadores
des com as demais pessoas. sociais para prestar-lhe cuidados básicos e
§ 1º As pessoas jurídicas de direito público, privado instrumentais.
ou de qualquer natureza são obrigadas a garantir Art. 40 É assegurado à pessoa com deficiência que
ambientes de trabalho acessíveis e inclusivos. não possua meios para prover sua subsistência
§ 2º A pessoa com deficiência tem direito, em igual- nem de tê-la provida por sua família o benefício
dade de oportunidades com as demais pessoas, a mensal de 1 (um) salário-mínimo, nos termos da
condições justas e favoráveis de trabalho, incluindo Lei nº 8.742, de 7 de dezembro de 1993.
60
igual remuneração por trabalho de igual valor.
8-
§ 3º É vedada restrição ao trabalho da pessoa com Do Direito à Previdência Social
48
deficiência e qualquer discriminação em razão
6.
de sua condição, inclusive nas etapas de recruta- O direito à previdência social, também integran-
mento, seleção, contratação, admissão, exames 15
te do subsistema da Seguridade Social, encontra-se
.
admissional e periódico, permanência no emprego,
20
previsto no art. 41. Trata de garantir à pessoa com
ascensão profissional e reabilitação profissional, deficiência segurada do Regime Geral de Previdência
-4
bem como exigência de aptidão plena. Social (RGPS) o direito à aposentadoria nos termos
ra
capacitação.
Art. 35 É finalidade primordial das políticas públi- 142, de 8 de maio de 2013.
e
m
60
observado o disposto em regulamento. de acessibilidade emitida pelo gestor público res-
8-
§ 1º Os espaços e assentos a que se refere este arti- ponsável pela prestação do serviço.
48
go devem ser distribuídos pelo recinto em locais Art. 47 Em todas as áreas de estacionamento aber-
6.
diversos, de boa visibilidade, em todos os setores, to ao público, de uso público ou privado de uso
próximos aos corredores, devidamente sinalizados,
.15
coletivo e em vias públicas, devem ser reservadas
20
evitando-se áreas segregadas de público e obstru- vagas próximas aos acessos de circulação de pedes-
tres, devidamente sinalizadas, para veículos que
-4
§ 2º No caso de não haver comprovada procura metimento de mobilidade, desde que devidamente
ei
nalmente, ser ocupados por pessoas sem deficiência § 1º As vagas a que se refere o caput deste arti-
O
ou que não tenham mobilidade reduzida, observa- go devem equivaler a 2% (dois por cento) do total,
de
acessibilidade.
modação de, no mínimo, 1 (um) acompanhante da
R
deve haver, obrigatoriamente, rotas de fuga e saí- § 3º A utilização indevida das vagas de que trata
G
das de emergência acessíveis, conforme padrões este artigo sujeita os infratores às sanções previs-
das normas de acessibilidade, a fim de permitir tas no inciso XX do art. 181 da Lei nº 9.503, de 23
a saída segura da pessoa com deficiência ou com de setembro de 1997 (Código de Trânsito Brasilei-
LEGISLAÇÃO ESPECIAL
60
embreagem. ou à Assistência Judiciária Gratuita, nos termos da
8-
48
lei, tanto em sede policial quanto judicial, devendo
6.
o tratamento ser específico e humanizado (art. 28);
15
z Possibilitou ao juiz o decreto de prisão preventiva
.
LEI MARIA DA PENHA (LEI Nº do agressor quando houver riscos à integridade
20
ximação e do contato;
de
recomendação feita ao Brasil pela Comissão de Direi- Vamos, então, analisar os pontos mais relevantes
lh
ui
VIOLÊNCIA DOMÉSTICA E FAMILIAR CONTRA A Veja que a incidência da Lei Maria da Penha inde-
MULHER pende da orientação sexual dos envolvidos, ou seja,
também numa relação homoafetiva feminina, haverá
Art. 5º Para os efeitos desta Lei, configura violên- a aplicação dos dispositivos da Lei nº 11.340, de 2006.
cia doméstica e familiar contra a mulher qual- Em relações homoafetivas masculinas não há previ-
quer ação ou omissão baseada no gênero que são de incidência da Lei Maria da Penha.
60
lhe cause morte, lesão, sofrimento físico, sexual Vale ressaltar que o homem pode ser vítima de vio-
8-
ou psicológico e dano moral ou patrimonial: lência doméstica e familiar, porém, não será aplicada
48
I - no âmbito da unidade doméstica, compreen- a lei Maria da Penha.
6.
dida como o espaço de convívio permanente de 15
pessoas, com ou sem vínculo familiar, inclusive as Art. 6º A violência doméstica e familiar contra a
.
20
consideram aparentados, unidos por laços natu- Conforme o art. 6º, a violência doméstica e fami-
ei
rais, por afinidade ou por vontade expressa; liar contra a mulher constitui uma das formas de vio-
liv
De acordo com o art. 5º, a lei não visa a tratar de ta com algumas das formas de violência doméstica e
e
cia contra a mulher ocorrida no âmbito da unidade inclui a expressão “entre outras”, o que deixa claro que
lh
doméstica, no âmbito da família, ou ainda em qual- se trata de uma lista exemplificativa, podendo existir
ui
quer relação íntima de afeto. outras hipóteses, mesmo que não previstas nos incisos.
G
rida nos termos do art. 5º da lei. Assim, no caso de, I - a violência física, entendida como qualquer con-
por exemplo, ex-namorado que agride a mulher por duta que ofenda sua integridade ou saúde corporal;
causa do fim do namoro, incide a Lei Maria da Penha. II - a violência psicológica, entendida como
Entretanto, se a violência ocorreu por motivo que qualquer conduta que lhe cause dano emocional e
não envolva o término do relacionamento não inci- diminuição da autoestima ou que lhe prejudique
dem os dispositivos da Lei Maria da Penha. Ou seja, e perturbe o pleno desenvolvimento ou que vise
degradar ou controlar suas ações, comportamen-
para que se dê a aplicação da Lei nº 11.340, de 2006,
tos, crenças e decisões, mediante ameaça, constran-
devem estar presentes os seguintes pressupostos de
gimento, humilhação, manipulação, isolamento,
forma cumulativa: vigilância constante, perseguição contumaz, insul-
to, chantagem, violação de sua intimidade, ridicu-
z vítima mulher; larização, exploração e limitação do direito de ir e
z violência praticada nos termos do art. 5º, da Lei nº vir ou qualquer outro meio que lhe cause prejuízo à
11.340, de 2006. saúde psicológica e à autodeterminação; 367
O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para Guilherme Ramos de Oliveira - 420.156.488-60, vedada, por quaisquer meios e a qualquer
título, a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.
III - a violência sexual, entendida como qualquer z Violência Moral
conduta que a constranja a presenciar, a manter
ou a participar de relação sexual não desejada, Qualquer conduta que configure calúnia, difama-
mediante intimidação, ameaça, coação ou uso da ção ou injúria. Exemplos: rebaixar a vítima por meio
força; que a induza a comercializar ou a utilizar, de de xingamentos que atinjam sua índole, tentar man-
qualquer modo, a sua sexualidade, que a impeça de char a reputação, expor a vida íntima etc.
usar qualquer método contraceptivo ou que a force
ao matrimônio, à gravidez, ao aborto ou à prosti- DA ASSISTÊNCIA À MULHER EM SITUAÇÃO DE
tuição, mediante coação, chantagem, suborno ou VIOLÊNCIA DOMÉSTICA E FAMILIAR
manipulação; ou que limite ou anule o exercício de
seus direitos sexuais e reprodutivos;
Das Medidas Integradas de Prevenção
IV - a violência patrimonial, entendida como
qualquer conduta que configure retenção, subtra-
Art. 8º A política pública que visa coibir a violên-
ção, destruição parcial ou total de seus objetos, ins-
cia doméstica e familiar contra a mulher far-se-á
trumentos de trabalho, documentos pessoais, bens,
por meio de um conjunto articulado de ações da
valores e direitos ou recursos econômicos, incluin-
União, dos Estados, do Distrito Federal e dos
do os destinados a satisfazer suas necessidades;
Municípios e de ações não-governamentais,
V - a violência moral, entendida como qualquer
tendo por diretrizes:
conduta que configure calúnia, difamação ou I - a integração operacional do Poder Judiciário, do
injúria. Ministério Público e da Defensoria Pública com as
áreas de segurança pública, assistência social, saú-
Dica de, educação, trabalho e habitação;
II - a promoção de estudos e pesquisas, estatísticas
Em relação às formas de violência, previstas no e outras informações relevantes, com a perspectiva
art. 7º, vale uma leitura mais cuidadosa, uma de gênero e de raça ou etnia, concernentes às cau-
vez que a banca pode exigir a letra da lei. sas, às conseqüências e à freqüência da violência
doméstica e familiar contra a mulher, para a siste-
Veja abaixo as cinco formas de violência domés- matização de dados, a serem unificados nacional-
tica e familiar contra a mulher, acompanhados de mente, e a avaliação periódica dos resultados das
alguns exemplos. medidas adotadas;
III - o respeito, nos meios de comunicação social,
60
z Violência Física: dos valores éticos e sociais da pessoa e da família,
8-
de forma a coibir os papéis estereotipados que legi-
48
Qualquer conduta que ofenda a integridade ou timem ou exacerbem a violência doméstica e fami-
6.
a saúde corporal da mulher. Exemplos: tapas, socos, liar, de acordo com o estabelecido no inciso III do
15
art. 1º , no inciso IV do art. 3º e no inciso IV do art.
espancamento, atirar objetos, apertar os braços,
.
20
z Violência Psicológica
liv
prejuízo à saúde psicológica. Exemplos: ameaças, instrumentos de proteção aos direitos humanos
am
lação, isolamento (proibir de sair de casa ou de falar VI - a celebração de convênios, protocolos, ajus-
e
com outras pessoas, inclusive com parentes), vigilân- tes, termos ou outros instrumentos de promoção
m
60
I - acesso prioritário à remoção quando servido- de monitoramento eletrônico, por exemplo).
8-
ra pública, integrante da administração direta ou Por fim, vale ressaltar que os parágrafos 7º e 8º,
48
indireta; incluídos na Lei Maria da Penha em 2019, garantem
6.
II - manutenção do vínculo trabalhista, quando a prioridade na matrícula ou na transferência esco-
15
necessário o afastamento do local de trabalho, por lar dos dependentes da vítima que estejam na educa-
.
20
60
Os órgãos da Administração direta e as entida-
realizou uma live sobre Inclusão da Pessoa com Defi-
8-
des da Administração indireta deverão capaci-
ciência. Durante a apresentação, citou o art. 4o da Lei
48
tar seus servidores para o cumprimento deste
Federal no 13.146/2015, que dispõe: “Toda pessoa com
6.
decreto.
15
deficiência tem direito à igualdade de oportunidades
.
com as demais pessoas e não sofrerá nenhuma espécie
20
60
a) formação continuada de professores, em educação De acordo com o artigo 39 (§ 2º) da referida lei, os
8-
especial, através de cursos gratuitos de pós-gradua- serviços socioassistenciais destinados à pessoa com
48
ção sobre as diferentes deficiências. deficiência em situação de dependência deverão con-
6.
b) projeto pedagógico que institucionalize o atendimen- tar com 15
to educacional apartado para deficientes, promoven-
.
20
c) recursos adequados.
como segunda língua.
ei
d) profissionais experientes.
liv
da pessoa com deficiência, nos moldes da Lei nº b) se deve submeter à adoção de processo de tomada
er
60
públicos de saúde seja tratado sem discriminação. e) à Convenção Americana de Direitos Humanos.
8-
d) entre os objetivos da Política Nacional de Saúde Inte-
48
gral da População Negra está a melhoria da qualida- 15. (VUNESP — 2019) Ainda que recente, não se pode
6.
de dos sistemas de informação do SUS no que tange negar a importância da Lei Maria da Penha, um meca-
à coleta, ao processamento e à análise dos dados
15
nismo para garantir a proteção da mulher nos casos
.
20
desagregados por cor, etnia e gênero. de violência doméstica. As mulheres fazem parte de
-4
e) apesar da não inclusão da temática saúde da Popu- um dos grupos sociais que sofrem com a discrimina-
lação Negra nos processos de formação política das ção por ser considerado minoritário e frágil, sendo esta
ra
lideranças de movimentos sociais para o exercício uma forma de violência. Conforme prevê o art. 3º da Lei
ei
liv
da participação e controle social no SUS, trata-se de Maria da Penha, Lei nº 11.340/06, serão asseguradas
objetivo implícito na Política Nacional de Saúde Inte-
O
12. (VUNESP — 2021) O Estatuto da Igualdade Racial esporte, ao lazer, ao trabalho, à cidadania, à liberdade,
am
a) dignidade.
m
a) incentivar o desenvolvimento das atividades produti- 16. (VUNESP — 2022) Para efeito de configuração de vio-
vas e de lazer no campo. lência doméstica, de acordo com a Lei no 11.340/2006
b) assegurar a assistência técnica rural e estimular a (Lei “Maria da Penha”), assinale a alternativa que cor-
melhoria da infraestrutura de moradia. retamente conceitua uma unidade doméstica.
c) promover a educação e incentivar a orientação profis-
sional agrícola para os trabalhadores. a) Comunidade formada por indivíduos que são ou se
d) o Estado, vez que reconhecida a propriedade definiti- consideram aparentados, unidos por laços naturais.
va, emitir aos remanescentes das comunidades dos b) Qualquer relação íntima de afeto, na qual o agressor
quilombos que estejam ocupando suas terras os títu- conviva ou tenha convivido com a ofendida, indepen-
los respectivos. dentemente de coabitação.
e) instituir políticas públicas e privadas voltadas para o c) O espaço de convívio permanente de pessoas, exigin-
desenvolvimento sustentável dos remanescentes das do- se para a caracterização a presença de familiar.
comunidades dos quilombos, respeitando as suas
tradições.
372
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d) Comunidade formada por indivíduos que são ou se 20. (VUNESP — 2019) A violência doméstica contra a
consideram aparentados, unidos por afinidade ou por mulher ainda faz parte de uma realidade que assom-
vontade expressa. bra o público feminino, violando os seus direitos, nos
e) O espaço de convívio permanente de pessoas, com diversos países, nas diferentes idades, etnias e estra-
ou sem vínculo familiar, inclusive as esporadicamente tos sociais. No Brasil, a Lei nº 11.340/2006, também
agregadas. conhecida como Lei Maria da Penha, emerge como
uma possibilidade jurídica para resguardar os direi-
17. (VUNESP — 2022) A Lei Maria da Penha, além de um tos desse segmento. Conforme expressa art. 28 da
instrumento jurídico para se punir os agressores, Lei Maria da Penha, é garantido a toda mulher em
estabelece em seu texto o conceito de todos os tipos situação de violência doméstica e familiar o acesso
de violência doméstica e familiar; insere a criação de aos serviços de Defensoria Pública ou de Assistência
políticas públicas de prevenção, assistência e pro- Judiciária Gratuita, nos termos da lei, em sede policial
teção às vítimas; prevê a instituição de Juizados de e judicial, mediante atendimento específico e
Violência Doméstica e Familiar contra a Mulher; insti-
tui as medidas protetivas de urgência; e, ainda, a pro- a) competente.
moção de programas educacionais com perspectiva b) solidário.
de gênero, raça e etnia, entre outras propostas. Todos c) justo.
esses dispositivos intensificam uma rede de enfren- d) equilibrado.
tamento à violência doméstica e familiar contra a e) humanizado.
mulher. Determina o artigo 8o dessa Lei a integração
operacional do Poder Judiciário, do Ministério Público 9 GABARITO
e da Defensoria Pública com as áreas de segurança
pública, assistência social, saúde, educação, trabalho
e 1 D
a) renda. 2 C
b) comunicação. 3 D
c) cultura.
d) tecnologia. 4 D
e) habitação.
5 E
18. (VUNESP — 2019) Nos termos do que reza a Lei Maria 6 C
60
da Penha, nos casos de violência doméstica e familiar
8-
contra a mulher, é vedada, expressamente, a aplica- 7 A
48
ção, entre outras, de penas
6.
8 B
a) de cesta básica.
15
9 E
.
20
b) de privação de liberdade.
-4
e) de reclusão. 11 D
ei
liv
12 D
O
14 A
a) é direito da mulher em situação de violência domés-
am
capacitados.
er
17 E
b) verificada a existência de risco atual ou iminente à vida
lh
18 A
G
60
8-
48
6.
.15
20
-4
ra
ei
liv
O
de
os
am
R
e
m
er
lh
ui
G
374
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publicidade e eficiência, com a consequente melhoria
dos serviços prestados à sociedade.
Nesta 3ª edição, você perceberá muitas mudanças
significativas tanto na formatação dos documentos
oficiais, quanto na formulação dos aspectos da lingua-
REDAÇÃO OFICIAL gem e das normas estruturais
E o que é Redação Oficial na concepção dos organi-
zadores desse trabalho? Veja a resposta que foi dada
por eles a essa pergunta:
REDAÇÃO OFICIAL Em uma frase, pode-se dizer que redação oficial é a
maneira pela qual o Poder Público redige comunica-
DOCUMENTOS OFICIAIS, TIPOS, COMPOSIÇÃO ções oficiais e atos normativos. [...] interessa-nos tratá-
E ESTRUTURA. ASPECTOS GERAIS DA REDAÇÃO -la do ponto de vista da administração pública federal.1
OFICIAL. CORRESPONDÊNCIA OFICIAL:
DEFINIÇÃO, FORMALIDADE E PADRONIZAÇÃO; Agora, para nós que lidamos com o conteúdo para
IMPESSOALIDADE, LINGUAGEM DOS ATOS E concursos públicos, quais são as principais características
COMUNICAÇÕES OFICIAIS (OFÍCIO, E-MAIL, normativas cobradas nas provas destes?
MENSAGEM), CONCISÃO E CLAREZA, EDITORAÇÃO Perceba que os três motivos principais da preocu-
DE TEXTOS (
pação da elaboração do Manual e de suas revisões são
a modernização, a atualização e a eficiência. A passa-
Manual de Redação da Presidência da República – 3ª
gem do tempo por si só já pediria essas revisões, haja
Edição, Revista, Atualizada e Ampliada
vista a consequente evolução da linguagem e da socie-
dade por que passamos.
Sabe-se da importância de se trabalhar o conteú-
É justamente esse o ponto que originou a partici-
do de Redação Oficial, já que o tema está presente
pação desse assunto nos concursos públicos. Afinal,
em muitos dos editais de concursos federais. A fonte
para quem vai trabalhar no setor público é realmente
de pesquisa básica é a 3ª edição de 29 de dezembro
importante saber comunicar-se com habilidade e usar
de 2018 revista, atualizada e ampliada do Manual de
os meios adequados para isso se o que se propõe é um
Redação Oficial da Presidência da República (MRPR).
serviço eficiente para a sociedade.
Por isso, ao estudar redação oficial, lembre-se de
Retrospectiva Histórica
60
que você deve saber as características da linguagem
8-
da redação oficial, a formatação e a estrutura das
Em 11 de janeiro de 1991, o Presidente da Repúbli-
48
ca autorizou a criação de uma comissão, presidida pelo redações, especialmente a do padrão ofício, quem
6.
Ministro do Supremo Tribunal Federal Gilmar Ferreira envia determinadas correspondências, quem as rece-
15
be e qual é a finalidade de cada uma delas.
Mendes, para rever, atualizar, uniformizar e simplificar
.
20
as normas de redação de atos e comunicações oficiais. Nosso objetivo é tornar esse assunto num ponto
-4
Depois de 9 meses, foi apresentada a primeira edição do bem simples e objetivo a ser estudado.
Manual de Redação Oficial da Presidência da República.
ra
ei
Esse Manual foi dividido em duas partes: a primei- z Notas do Prefácio de Gilmar Mendes2
liv
essenciais, padronizava a diagramação dos expedientes, É com grande entusiasmo que recebo a incumbência de
exibia modelos, simplificava os fechos que vinham sen- prefaciar a terceira edição do Manual de Redação da
os
do utilizados desde 1937, suprimia arcaísmos e apresen- Presidência da República, vinte e sete anos após presidir
am
tava uma súmula gramatical aplicada à redação oficial; a Comissão encarregada da primeira edição desta obra.
R
ocupava-se da elaboração e redação dos atos normati- A primeira revisão ocorreu em 2002, motivada pelas
m
Depois de 10 anos do lançamento da 1ª edição, foi A partir de 2003, foram publicadas sessenta emen-
ui
Segundo o apresentador dessa nova edição, Pedro nistração pública no Brasil. Pretende-se, pois, que a
Parente, Chefe da Casa Civil da Presidência da Repú- terceira edição do Manual de Redação da Presidên-
blica do Governo de Fernando Henrique Cardoso, cia República possa refletir as evoluções ocorridas
esperava-se que essa nova edição do Manual contri- nas últimas duas décadas, repetindo o legado de
buísse, tal qual a primeira, para a consolidação de êxito deixado pelas edições anteriores na constru-
uma cultura administrativa de profissionalização dos ção de uma cultura administrativa profissional e
servidores públicos e de respeito aos princípios consti- obediente às normas da Constituição da República.
tucionais da legalidade, impessoalidade, moralidade, Gilmar Ferreira Mendes
1 BRASIL. Presidência da República. Casa Civil. Manual de Redação da Presidência da República. 3. ed., rev., atual. e ampl. Brasília: Presidência
da República, 2018, p. 16.
2 BRASIL, 2018, p. 12. 375
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título, a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.
Antes de adentrarmos ao estudo do Manual em si, Serviço, Seção); o que se comunica é sempre algum
apresentamos algumas definições as quais é impor- assunto relativo às atribuições do órgão que comuni-
tante ter em mente: ca; e o destinatário dessa comunicação é o público,
uma instituição privada ou outro órgão ou entidade
z Lei: sua função, em uma sociedade, é controlar os com- pública, do Poder Executivo ou dos outros Poderes.
portamentos e ações dos indivíduos de acordo com os Além disso, deve-se considerar a intenção do emis-
princípios daquela sociedade. No âmbito do Direito, a sor e a finalidade do documento, para que o texto
lei é uma regra tornada obrigatória pela força coerciti- esteja adequado à situação comunicativa.
va do poder legislativo ou de autoridade legítima, que A necessidade de empregar determinado nível de
constitui os direitos e deveres numa comunidade; linguagem nos atos e nos expedientes oficiais decorre,
z Decreto: uma ordem emanada de uma autoridade de um lado, do próprio caráter público desses atos e
superior ou órgão (civil, militar, leigo ou eclesiástico) comunicações; de outro, de sua finalidade. Os atos ofi-
que determina o cumprimento de uma resolução; ciais, aqui entendidos como atos de caráter normativo,
z Estatuto: um regulamento, que determina ou esta- ou estabelecem regras para a conduta dos cidadãos,
belece a norma. Lei orgânica ou regulamento espe- ou regulam o funcionamento dos órgãos e entidades
cial de um Estado, associação, confraria, companhia, públicos, o que só é alcançado se, em sua elaboração, for
irmandade ou qualquer corpo coletivo em geral; empregada a linguagem adequada. O mesmo se dá com
z Portaria: documento de ato administrativo de os expedientes oficiais, cuja finalidade precípua é a de
qualquer autoridade pública, que contém instru- informar com clareza e objetividade.
ções acerca da aplicação de leis ou regulamentos,
recomendações de caráter geral, normas de execu- O que é Redação Oficial
ção de serviço, nomeações, demissões, punições, ou
qualquer outra determinação da sua competência; Em uma frase, pode-se dizer que redação oficial é
z Resolução: norma jurídica destinada a disciplinar a maneira pela qual o Poder Público redige comunica-
assuntos do interesse interno do Congresso Nacio- ções oficiais e atos normativos. Neste Manual, interes-
nal, no caso do Brasil;3 sa-nos tratá-la do ponto de vista do Serviço Público.
z Sentença: a decisão, a resolução ou a solução dada A redação oficial não é necessariamente árida e
por uma autoridade a toda e qualquer questão contrária à evolução da língua. É que sua finalidade
submetida à sua jurisdição; básica — comunicar com objetividade e máxima cla-
z Termo: delimita o prazo, assinalando seu início reza — impõe certos parâmetros ao uso que se faz da
e/ou fim. O termo será certo quando o prazo for língua, de maneira diversa daquele da literatura, do
determinado por um acontecimento certo; legal texto jornalístico, da correspondência particular etc.
60
quando fixado por lei; e convencional quando esti- Apresentadas essas características fundamentais
8-
pulado pelas partes;4 da redação oficial, passemos à análise pormenorizada
48
z Certidão: documento dotado de fé pública, que de cada um de seus atributos.
6.
informa a existência ou não de atos registrados,
averbados ou prenotados no Cartório. Para as cer-
15
Atributos da Redação Oficial
.
20
impõe prazo de validade de 30 (trinta) dias, e pode A redação oficial deve caracterizar-se por:
ser expedida de forma impressa ou digital.5
ra
z clareza e precisão;
ei
liv
z concisão;
proporcionar um maior contato do leitor com o texto.
de
z coesão e coerência;
z impessoalidade;
os
z [...]
e
z Clareza e Precisão
er
necessários:
G
3 CONCEITOS. Legislação - UFSC, [s.d.]. Disponível em: https://legislacao.ufsc.br/conceitos/. Acesso em: 31 mar. 2022.
4 TERMO. Dicionário Jurídico. DireitoNet, 2009. Disponível em: https://www.direitonet.com.br/dicionario/exibir/785/Termo. Acesso em: 31 mar.
2022.
5 AFINAL de contas, o que é uma certidão? 1º Ofício de Registro de Imóveis, [s.d.]. Disponível em: http://www.1rgirecife.com.br/2021/08/12/afi-
nal-de-contas-o-que-e-uma-certidao/. Acesso em: 31 mar. 2022.
376 6 BRASIL, 2018, p. 15-48.
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título, a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.
ato normativo não seja entendido pelos cidadãos. O isso, é fundamental que o redator saiba de antemão qual
princípio constitucional da publicidade não se esgota é a ideia principal e quais são as secundárias.
na mera publicação do texto, estendendo-se, ainda, à Procure perceber certa hierarquia de ideias que
necessidade de que o texto seja claro. existe em todo texto de alguma complexidade: as
Para a obtenção de clareza, sugere-se: fundamentais e as secundárias. Essas últimas podem
esclarecer o sentido daquelas, detalhá-las, exemplifi-
Utilizar palavras e expressões simples, em seu cá-las; mas existem também ideias secundárias que
sentido comum, salvo quando o texto versar não acrescentam informação alguma ao texto, nem
sobre assunto técnico, hipótese em que se utili- têm maior relação com as fundamentais, podendo,
zará nomenclatura própria da área; por isso, ser dispensadas, o que também proporciona-
Usar frases curtas, bem estruturadas; apresen- rá mais objetividade ao texto.
tar as orações na ordem direta e evitar inter- A objetividade conduz o leitor ao contato mais
calações excessivas. Em certas ocasiões, para direto com o assunto e com as informações, sem sub-
evitar ambiguidade, sugere-se a adoção da terfúgios, sem excessos de palavras e de ideias. É erra-
ordem inversa da oração; do supor que a objetividade suprime a delicadeza de
Buscar a uniformidade do tempo verbal em expressão ou torna o texto rude e grosseiro.
todo o texto;
Não utilizar regionalismos e neologismos; z Concisão
Pontuar adequadamente o texto;
Explicitar o significado da sigla na primeira A concisão é antes uma qualidade do que uma carac-
referência a ela; terística do texto oficial. Conciso é o texto que consegue
Utilizar palavras e expressões em outro idioma transmitir o máximo de informações com o mínimo de
apenas quando indispensáveis, em razão de palavras. Não se deve de forma alguma entendê-la como
serem designações ou expressões de uso já con- economia de pensamento, isto é, não se deve eliminar
sagrado ou de não terem exata tradução. Nesse passagens substanciais do texto com o único objetivo
caso, grafe-as em itálico, conforme orientações de reduzi-lo em tamanho. Trata-se, exclusivamente, de
do subitem 10.2 do Manual. excluir palavras inúteis, redundâncias e passagens que
nada acrescentem ao que já foi dito.
Precisão Detalhes irrelevantes são dispensáveis: o texto
deve evitar caracterizações e comentários supérfluos,
O atributo da precisão complementa a clareza e adjetivos e advérbios inúteis, além de uma subordina-
caracteriza-se por: ção excessiva. A seguir, um exemplo de período mal
60
construído, prolixo:
8-
Articulação da linguagem comum ou técnica
48
para a perfeita compreensão da ideia veicula- Apurado, com impressionante agilidade e precisão,
6.
da no texto; naquela tarde de 2009, o resultado da consulta à
15
população acriana, verificou-se que a esmagado-
Manifestação do pensamento ou da ideia com
.
20
ra e ampla maioria da população daquele distan-
as mesmas palavras, evitando o emprego de
te estado manifestou-se pela efusiva e indubitável
-4
É indispensável, também, a releitura de todo o tex- que a ela seria melhor regressar ao quarto fuso,
de
to redigido. A ocorrência, em textos oficiais, de trechos estando cinco horas a menos que em Greenwich.
obscuros provém principalmente da falta da releitura,
os
desconhecido por terceiros. O domínio que adquirimos nante, esmagadora, ampla, inconformada, indignada),
e
cia profissional, muitas vezes, faz com que os tomemos tudo em texto oficial, que deve primar pela impes-
lh
como de conhecimento geral, o que nem sempre é ver- soalidade. Eliminados os excessos, o período ganha
ui
tos atrasados”, diz a máxima. Evite, pois, o atraso, com a nova hora legal vinculada ao terceiro fuso, a
sua indesejável repercussão no texto redigido. maioria da população do Acre demonstrou que a
A clareza e a precisão não são atributos que se ela seria melhor regressar ao quarto fuso, estando
atinjam por si sós: elas dependem estritamente das cinco horas menos que em Greenwich.
demais características da redação oficial, apresen-
tadas a seguir. z Coesão e Coerência
É a colocação de um item lexical no lugar de Não há lugar na redação oficial para impressões
outro(s) ou no lugar de uma oração. Exemplos: pessoais, como as que, por exemplo, constam de uma
O Presidente assinou o acordo. O Chefe do Poder carta a um amigo, ou de um artigo assinado de jor-
Executivo federal propôs reduzir as alíquotas. nal, ou mesmo de um texto literário. A redação oficial
O ofício está pronto. O documento trata da exone- deve ser isenta da interferência da individualidade de
ração do servidor. quem a elabora. A concisão, a clareza, a objetividade
Os governadores decidiram acatar a decisão. Em e a formalidade de que nos valemos para elaborar os
seguida, os prefeitos fizeram o mesmo. expedientes oficiais contribuem, ainda, para que seja
alcançada a necessária impessoalidade.
Elipse z Formalidade e Padronização
60
Consiste na omissão de um termo recuperável pelo As comunicações administrativas devem ser sem-
8-
contexto. Exemplo: pre formais, isto é, obedecer a certas regras de forma
48
O decreto regulamenta os casos gerais; a portaria, (BRASIL, 2015). Isso é válido tanto para as comunicações
6.
os particulares. (Na segunda oração, houve a omissão feitas em meio eletrônico (por exemplo, o e-mail, o docu-
do verbo “regulamenta”). 15
mento gerado no SEI!7, o documento em html etc.), quan-
.
20
to para os eventuais documentos impressos.
É imperativa, ainda, certa formalidade de trata-
-4
Dica
mento. Não se trata somente do correto emprego deste
ra
Outra estratégia para proporcionar coesão e coe- ou daquele pronome de tratamento para uma autori-
ei
rência ao texto é utilizar conjunção para estabele- dade de certo nível, mais do que isso: a formalidade
liv
cer ligação entre orações, períodos ou parágrafos. diz respeito à civilidade no próprio enfoque dado ao
O
tificou o interesse de seu Governo pelo assunto. necessária uniformidade das comunicações. Ora, se
am
z Impessoalidade
belecimento desse padrão, uma das metas deste Manual,
e
m
a administração pública proceda de modo a não privi- ria a impressão, e a correta diagramação do texto são
legiar ou prejudicar ninguém, de que o seu norte seja, indispensáveis para a padronização. Consulte o Capítulo
sempre, o interesse público; o segundo, a abstração da II do Manual, “As comunicações oficiais”, a respeito de
pessoalidade dos atos administrativos, pois, apesar de a normas específicas para cada tipo de expediente.
ação administrativa ser exercida por intermédio de seus Em razão de seu caráter público e de sua finalidade,
servidores, é resultado tão-somente da vontade estatal. os atos normativos e os expedientes oficiais requerem
A redação oficial é elaborada sempre em nome do o uso do padrão culto do idioma, que acata os precei-
serviço público e sempre em atendimento ao interes- tos da gramática formal e emprega um léxico compar-
se geral dos cidadãos. Sendo assim, os assuntos obje- tilhado pelo conjunto dos usuários da língua. O uso do
tos dos expedientes oficiais não devem ser tratados de padrão culto é, portanto, imprescindível na redação
outra forma que não a estritamente impessoal. oficial por estar definido como padrão para tal ativi-
Percebe-se, assim, que o tratamento impessoal dade, sendo importante evitar as diferenças lexicais,
que deve ser dado aos assuntos que constam das morfológicas ou sintáticas, regionais, os modismos
comunicações oficiais decorre: vocabulares e as particularidades linguísticas.
378 7 O Sistema Eletrônico de Informações é uma ferramenta de gestão de documentos.
O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para Guilherme Ramos de Oliveira - 420.156.488-60, vedada, por quaisquer meios e a qualquer
título, a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.
Recomendações:
Pode-se concluir que não existe propriamente um padrão oficial de linguagem, o que há é o uso da norma padrão nos
atos e nas comunicações oficiais. É claro que haverá preferência pelo uso de determinadas expressões, ou será obedecida
certa tradição no emprego das formas sintáticas, mas isso não implica, necessariamente, que se consagre a utilização de
uma forma de linguagem burocrática. O jargão burocrático, como todo jargão, deve ser evitado, pois terá sempre sua
compreensão limitada.
Introdução
A redação das comunicações oficiais deve, antes de tudo, seguir os preceitos explicitados no Capítulo I, “Aspec-
tos gerais da redação oficial”. Além disso, há características específicas de cada tipo de expediente, que serão
tratadas em detalhe neste capítulo. Antes de passarmos à sua análise, vejamos outros aspectos comuns a quase
todas as modalidades de comunicação oficial.
Pronomes de Tratamento
Tradicionalmente, o emprego dos pronomes de tratamento adota a segunda pessoa do plural, de maneira
indireta, para referenciar atributos da pessoa à qual se dirige. Na redação oficial, é necessário atenção para o uso
dos pronomes de tratamento em três momentos distintos: no endereçamento, no vocativo e no corpo do texto. No
vocativo, o autor dirige-se ao destinatário no início do documento. No corpo do texto, pode-se empregar os pro-
nomes de tratamento em sua forma abreviada ou por extenso. O endereçamento é o texto utilizado no envelope
que contém a correspondência oficial.
A seguir, alguns exemplos de utilização de pronomes de tratamento no texto oficial:
60
TRATAMENTO NO
AUTORIDADE ENDEREÇAMENTO VOCATIVO ABREVIATURA
8-
CORPO DO TEXTO
48
Excelentíssimo
6.
Presidente da A Sua Excelência o
Senhor Presidente Vossa Excelência
15 Não se usa
República Senhor
da República
.
20
Excelentíssimo
-4
Nacional
liv
Excelentíssimo
O
nal Federal
am
A Sua Excelência o
Ministro de Estado Senhor Ministro Vossa Excelência V. Exa.
er
Senhor
lh
Secretário-Executivo
ui
de Ministério e demais
G
Os exemplos da tabela são meramente exemplificativos. A profusão de normas estabelecendo hipóteses de trata-
mento por meio do pronome “Vossa Excelência” para categorias específicas tornou inviável arrolar todas as hipóteses.
z Signatário
Na identificação do signatário, depois do nome do cargo, é possível utilizar os termos interino e substituto,
60
conforme situações a seguir: interino é aquele nomeado para ocupar transitoriamente cargo público durante a
8-
vacância; substituto é aquele designado para exercer as atribuições de cargo público vago ou no caso de afasta-
48
mento e impedimentos legais ou regulamentares do titular. Esses termos devem ser utilizados depois do nome do
6.
cargo, sem hífen, sem vírgula e em minúsculo. 15
Exemplos:
.
20
-4
Diretor-Geral interino;
ra
Secretário-Executivo substituto.
ei
liv
Na identificação do signatário, o cargo ocupado por pessoa do sexo feminino deve ser flexionado no gênero
os
feminino.
am
Secretária-Executiva interina;
e
m
Técnica Administrativa;
er
Coordenadora Administrativa.
lh
ui
Importante!
Nomes compostos com elemento de ligação preposicionado ficam sem hífen: general de exército, general de
brigada, tenente-brigadeiro do ar, capitão de mar e guerra.
Cargos que denotam hierarquia dentro de uma empresa: diretor-presidente, diretor-adjunto, editor-chefe,
380 sócio-gerente, diretor-executivo;
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título, a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.
Cargos formados por numerais: primeiro-mi- Até a segunda edição deste Manual, havia três tipos
nistro, primeira-dama; de expedientes que se diferenciavam antes pela finali-
Cargos formados com os prefixos “ex” ou dade do que pela forma: o ofício, o aviso e o memoran-
“vice”: ex-diretor, vice-coordenador. do. Com o objetivo de uniformizá-los, deve-se adotar
nomenclatura e diagramação únicas, que sigam o que
O novo Acordo Ortográfico tornou opcional o uso de chamamos de padrão ofício.
iniciais maiúsculas em palavras usadas reverencialmente, A distinção básica anterior entre os três era:
por exemplo para cargos e títulos (exemplo: o Presidente
francês ou o presidente francês). Porém, em palavras com z Aviso: era expedido exclusivamente por Ministros
hífen, após se optar pelo uso da maiúscula ou da minúscu- de Estado, para autoridades de mesma hierarquia;
la, deve-se manter a escolha para a grafia de todos os ele- z Ofício: era expedido para e pelas demais autoridades;
mentos hifenizados: pode-se escrever “Vice-Presidente” ou z Memorando: era expedido entre unidades admi-
“vice-presidente”, mas não “Vice-presidente”. nistrativas de um mesmo órgão.
z Vocativo
Nesta nova edição ficou abolida aquela distinção e
passou-se a utilizar o termo ofício nas três hipóteses.
O vocativo é uma invocação ao destinatário. Nas
A seguir, será apresentada a estrutura do padrão
comunicações oficiais, o vocativo será sempre seguido
ofício, de acordo com a ordem com que cada elemento
de vírgula.
aparece no documento oficial.
Em comunicações dirigidas aos Chefes de Poder, uti-
liza-se a expressão Excelentíssimo Senhor ou Excelen-
tíssima Senhora e o cargo respectivo, seguidos de vírgula. Partes do Documento no Padrão Ofício
Exemplos:
z Cabeçalho: o cabeçalho é utilizado apenas na pri-
Excelentíssimo Senhor Presidente da República, meira página do documento, centralizado na área
Excelentíssimo Senhor Presidente do Congres- determinada pela formatação (ver subitem “5.2
so Nacional, Formatação e apresentação” do Manual).
Excelentíssimo Senhor Presidente do Supremo
Tribunal Federal, No cabeçalho deverão constar os seguintes elementos:
60
cores. O uso de marca da instituição deve ser
Exemplos: evitado na correspondência oficial para não se
8-
48
sobrepor ao Brasão de Armas da República;
Senhora Beneficiária, Nome do órgão principal;
6.
Senhor Contribuinte, 15
Nomes dos órgãos secundários, quando
.
necessários, da maior para a menor hierarquia;
20
Exemplos:
O
de
Senhora Senadora,
Senhor Juiz,
os
Senhora Ministra,
am
R
Exemplos:
ui
G
Senhora [Nome],
Prezado Senhor, [Nome do órgão]
[Secretaria/Diretoria]
[Departamento/Setor/Entidade]
Lembre-se: em comunicações oficiais, está abolido o
REDAÇÃO OFICIAL
8 O desenho oficial atualizado do Brasão de Armas da República pode ser localizado no sítio eletrônico da Presidência da República, na seção
Símbolos Nacionais. Disponível em: https://www.gov.br/planalto/pt-br/conheca-a-presidencia/acervo/simbolos-nacionais/brasao-da-republi-
ca. No caso de documento a ser impresso, exclusivamente quando o signatário for o Presidente da República, Ministro de Estado ou a autori-
dade máxima de autarquia, será utilizado timbre em relevo branco, nos termos do disposto no Decreto nº 80.739, de 14 de novembro de 1977. 381
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título, a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.
Os documentos oficiais devem ser identificados da Quando o tratamento destinado ao receptor for
seguinte maneira: Vossa Senhoria, o endereçamento a ser empregado é
“Ao Senhor” ou “À Senhora”. Ressalte-se que não se
Nome do documento: tipo de expediente por utiliza a expressão “A Sua Senhoria o Senhor” ou “A
extenso, com todas as letras maiúsculas; Sua Senhoria a Senhora”.
Indicação de numeração: abreviatura da Exemplos:
palavra “número”, padronizada como Nº;
Informações do documento: número, ano A Sua Excelência o Senhor
(com quatro dígitos) e siglas usuais do setor que [Nome]
expede o documento, da menor para a maior Ministro de Estado da Justiça
hierarquia, separados por barra (/); Esplanada dos Ministérios Bloco T
Alinhamento: à margem esquerda da página. 70064-900 Brasília/DF
60
Alinhamento: o texto da data deve ser alinha- se que define o conteúdo do documento, segui-
8-
do à margem direita da página. da de dois-pontos;
48
Descrição do assunto: a frase que descreve o
conteúdo do documento deve ser escrita com
6.
Exemplo:
Brasília, 2 de fevereiro de 2018. 15
inicial maiúscula, não se deve utilizar verbos
e sugere-se utilizar de quatro a cinco palavras;
.
20
Primeira linha: informação de localidade/logra- O texto do documento oficial deve seguir a seguin-
G
60
mento, redigido apenas com as iniciais maiús-
8-
Alinhamento: justificado; culas. As preposições que liguem as palavras do
48
Espaçamento entre linhas: simples; cargo devem ser grafadas em minúsculas;
6.
Parágrafos: Alinhamento: a identificação do signatário
15
deve ser centralizada na página.
Espaçamento entre parágrafos: de 6 pontos após
.
20
cada parágrafo;
-4
Recuo de parágrafo: 2,5 cm de distância da mar- Para evitar equívocos, recomenda-se não dei-
xar a assinatura em página isolada do expediente.
ra
gem esquerda;
Transfira para essa página ao menos a última frase
ei
Wingdings.
lh
NOME
ui
Dica
G
Tipo do documento + número do documento + ano do documento (com 4 dígitos) + palavras-chaves do conteúdo
Exemplo: Ofício 123_2018_relatório produtividade anual
Seguem exemplos de Ofício:
60
8-
48
6.
.15
20
-4
ra
ei
liv
O
de
os
am
R
e
m
er
lh
ui
G
384
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REDAÇÃO OFICIAL
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Tipos de Documentos
Os documentos oficiais podem ser identificados de acordo com algumas possíveis variações:
[NOME DO EXPEDIENTE] + CIRCULAR: quando um órgão envia o mesmo expediente para mais de um
órgão receptor. A sigla na epígrafe será apenas do órgão remetente;
[NOME DO EXPEDIENTE] + CONJUNTO: quando mais de um órgão envia, conjuntamente, o mesmo expediente
para um único órgão receptor. As siglas dos órgãos remetentes constarão na epígrafe;
[NOME DO EXPEDIENTE] + CONJUNTO CIRCULAR: quando mais de um órgão envia, conjuntamente, o
mesmo expediente para mais de um órgão receptor. As siglas dos órgãos remetentes constarão na epígrafe.
Exemplos:
Nos expedientes circulares, por haver mais de um receptor, o órgão remetente poderá inserir no rodapé as siglas
ou nomes dos órgãos que receberão o expediente.
z Exposição de Motivos
60
8-
Forma e estrutura
48
6.
As exposições de motivos devem, obrigatoriamente: 15
Apontar, na introdução: o problema que demanda a adoção da medida ou do ato normativo proposto; ou infor-
.
20
Indicar, no desenvolvimento: a razão de aquela medida ou de aquele ato normativo ser o ideal para se solucio-
nar o problema e as eventuais alternativas existentes para equacioná-lo; ou fornecer mais detalhes sobre o assunto
ra
Na conclusão: novamente, propor a medida a ser tomada ou o ato normativo a ser editado para solucionar o
liv
As Exposições de Motivos que encaminham proposições normativas devem seguir o prescrito no Decreto nº 9.191,
de
de 1º de novembro de 2017. Em síntese, elas devem ser instruídas com parecer jurídico e parecer de mérito que permi-
os
O atendimento dos requisitos do Decreto nº 9.191, de 2017, nas exposições de motivos que proponham a edição
de ato normativo, tem como propósito:
R
e
m
Ensejar avaliação das diversas causas do problema e dos efeitos que podem ter a adoção da medida ou a
lh
edição do ato, em consonância com as questões que devem ser analisadas na elaboração de proposições
ui
A exposição de motivos é a principal modalidade de comunicação dirigida ao Presidente da República pelos ministros.
Além disso, pode, em certos casos, ser encaminhada cópia ao Congresso Nacional ou ao Poder Judiciário.
Exemplo de exposição de motivos:
388
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título, a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.
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8-
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6.
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REDAÇÃO OFICIAL
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8-
48
6.
.15
20
-4
ra
ei
liv
O
de
os
O Sistema de Geração e Tramitação de Documentos Oficiais (Sidof) é a ferramenta eletrônica utilizada para a
e
elaboração, a redação, a alteração, o controle, a tramitação, a administração e a gerência das exposições de moti-
m
vos com as propostas de atos a serem encaminhadas pelos Ministérios à Presidência da República.
er
Ao se utilizar o Sidof, a assinatura, o nome e o cargo do signatário, apresentados no exemplo do assunto Forma
lh
e Estrutura, são substituídos pela assinatura eletrônica que informa o nome do ministro que assinou a exposição
ui
G
z Mensagem
A Mensagem é o instrumento de comunicação oficial entre os Chefes dos Poderes Públicos, notadamente as
mensagens enviadas pelo Chefe do Poder Executivo ao Poder Legislativo para informar sobre fato da adminis-
tração pública; para expor o plano de governo por ocasião da abertura de sessão legislativa; para submeter ao
Congresso Nacional matérias que dependem de deliberação de suas Casas; para apresentar veto; enfim, fazer
comunicações do que seja de interesse dos Poderes Públicos e da Nação.
Minuta de mensagem pode ser encaminhada pelos ministérios à Presidência da República, a cujas assessorias
caberá a redação final.
As mensagens mais usuais do Poder Executivo ao Congresso Nacional têm as seguintes finalidades:
60
(magistrados dos tribunais superiores, ministros gra no Diário Oficial da União, ao contrário das
8-
do Tribunal de Contas da União, presidentes e demais mensagens, cuja publicação se restrin-
48
diretores do Banco Central, Procurador-Geral da ge à notícia do seu envio ao Poder Legislativo;
6.
República, chefes de missão diplomática, direto- Outras mensagens remetidas ao Legislativo:
15
res e conselheiros de agências etc.) têm em vista
.
20
que a Constituição, incisos III e IV, do caput, do Apreciação de intervenção federal (Constituição, §
-4
art. 52, atribui àquela Casa do Congresso Nacional 2º, art. 36);
Encaminhamento de atos internacionais que acar-
ra
O curriculum vitae do indicado, assinado, com a ção, inciso I, caput, do art. 49);
Pedido de estabelecimento de alíquotas aplicáveis
O
rem do país por mais de 15 dias: trata-se de Pedido de autorização para operações financeiras
e
cortesia, quando a ausência é por prazo inferior dor-Geral da República (Constituição, inciso XI, art.
a 15 dias, faz uma comunicação a cada Casa do 52, e § 2º, art. 128);
Congresso, enviando-lhes mensagens idênticas; Pedido de autorização para declarar guerra e
Encaminhamento de atos de concessão e de decretar mobilização nacional (Constituição, inciso
renovação de concessão de emissoras de rádio XIX, art. 84);
REDAÇÃO OFICIAL
e TV: a obrigação de submeter tais atos à aprecia- Pedido de autorização ou referendo para celebrar
ção do Congresso Nacional consta no inciso XII do a paz (Constituição, inciso XX, art. 84);
caput do art. 49 da Constituição. Somente produ- Justificativa para decretação do estado de defesa
zirão efeitos legais a outorga ou a renovação da ou de sua prorrogação (Constituição, § 4º, art. 136);
concessão após deliberação do Congresso Nacio- Pedido de autorização para decretar o estado de
nal (Constituição, § 3º, art. 223). Descabe pedir na sítio (Constituição, art. 137);
mensagem a urgência prevista na Constituição, Relato das medidas praticadas na vigência do estado
art. 64, uma vez que o § 1º, do art. 223, já define de sítio ou de defesa (Constituição, parágrafo único, art.
o prazo da tramitação. Além do ato de outorga 141);
ou renovação, acompanha a mensagem o corres-
pondente processo administrativo; 391
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título, a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.
Proposta de modificação de projetos de leis que compreendem plano plurianual, diretrizes orçamentárias,
orçamentos anuais e créditos adicionais (Constituição, § 5º, art. 166);
Pedido de autorização para utilizar recursos que ficarem sem despesas correspondentes, em decorrência de
veto, emenda ou rejeição do projeto de lei orçamentária anual (Constituição, § 8º, art. 166);
Pedido de autorização para alienar ou conceder terras públicas com área superior a 2.500 ha (Constituição, §
1º, art. 188).
Forma e estrutura
As mensagens contêm:
Brasão: timbre em relevo branco;
Identificação do expediente: MENSAGEM Nº, alinhada à margem esquerda, no início do texto;
Vocativo: alinhado à margem esquerda, de acordo com o pronome de tratamento e o cargo do destinatário,
com o recuo de parágrafo dado ao texto;
Texto: iniciado a 2 cm do vocativo;
Local e data: posicionados a 2 cm do final do texto, alinhados à margem direita.
A mensagem, como os demais atos assinados pelo Presidente da República, não traz identificação de seu sig-
natário. Exemplo de mensagem:
60
8-
48
6.
.15
20
-4
ra
ei
liv
O
de
os
am
R
e
m
er
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ui
G
392
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título, a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.
z Correio eletrônico (e-mail) Exemplos:
Senhor Coordenador,
A utilização do e-mail para a comunicação tornou-se Prezada Senhora,
prática comum, não só em âmbito privado, mas tam-
bém na administração pública. O termo e-mail pode ser Fecho: Atenciosamente é o fecho padrão em
empregado com três sentidos. Dependendo do contex- comunicações oficiais. Com o uso do e-mail, populari-
to, pode significar gênero textual, endereço eletrônico zou-se o uso de abreviações como “Att.”, e de outros
ou sistema de transmissão de mensagem eletrônica. fechos, como “Abraços”, “Saudações”, que, apesar de
Como gênero textual, o e-mail pode ser conside- amplamente usados, não são fechos oficiais e, portan-
rado um documento oficial, assim como o ofício. Por- to, não devem ser utilizados em e-mails profissionais.
tanto, deve-se evitar o uso de linguagem incompatível O correio eletrônico, em algumas situações, aceita
com uma comunicação oficial. uma saudação inicial e um fecho menos formal. No
Como endereço eletrônico utilizado pelos servido- entanto, a linguagem do texto dos correios eletrônicos
res públicos, o e-mail deve ser oficial, utilizando-se a deve ser formal, como a que se usaria em qualquer
extensão “.gov.br”, por exemplo. outro documento oficial.
Como sistema de transmissão de mensagens ele- Bloco de texto da assinatura: sugere-se que todas
trônicas, por seu baixo custo e celeridade, transfor- as instituições da administração pública adotem um
mou-se na principal forma de envio e recebimento de padrão de texto de assinatura. A assinatura do e-mail
documentos na administração pública. deve conter o nome completo, o cargo, a unidade, o
órgão e o telefone do remetente.
Valor documental Exemplo:
60
mento, será obrigatório a repetição do ato por meio trazer informações mínimas sobre o conteúdo do anexo.
8-
documento físico assinado ou por meio eletrônico Antes de enviar um anexo, é preciso avaliar se ele
48
reconhecido pela ICP-Brasil. é realmente indispensável e se seria possível colocá-lo
6.
Salvo lei específica, não é dado ao ente público 15
no corpo do correio eletrônico.
impor a aceitação de documento eletrônico que não Deve-se evitar o tamanho excessivo e o reencami-
.
20
Um dos atrativos de comunicação por correio os arquivos devem, necessariamente, ser enviados,
O
eletrônico é sua flexibilidade. Assim, não interes- em formato que possa ser editado.
de
Campo “Assunto”: o assunto deve ser o mais claro Sempre que necessário, deve-se utilizar recurso
R
e específico possível, relacionado ao conteúdo global de confirmação de leitura. Caso não esteja disponível,
e
da mensagem. Assim, quem irá receber a mensagem deve constar da mensagem pedido de confirmação de
m
recebimento;
lh
envia poderá, posteriormente, localizar a mensagem Apesar da imensa lista de fontes disponíveis nos
ui
Deve-se assegurar que o assunto reflita claramen- fonte, tamanho e cor dos documentos oficiais: Calibri
te o conteúdo completo da mensagem para que não ou Carlito, tamanho 12, cor preta;
pareça, ao receptor, que se trata de mensagem não Fundo ou papéis de parede eletrônicos não devem
solicitada/lixo eletrônico. Em vez de “Reunião”, um ser utilizados, pois não são apropriados para mensa-
assunto mais preciso seria “Agendamento de reunião gens profissionais, além de sobrecarregar o tamanho
REDAÇÃO OFICIAL
Ata
Ata é o resumo escrito dos fatos e decisões de uma assembleia, sessão ou reunião para um determinado fim.
Geralmente, as atas são transcritas à mão pelo secretário, em livro próprio, que deve conter um termo de aber-
tura e um termo de encerramento, assinados pela autoridade máxima da entidade ou por quem receber daquela
autoridade delegação de poderes para tanto; esta também deverá numerar e rubricar todas as folhas do livro.
Como a ata é um documento de valor jurídico, deve ser lavrada de tal forma, que nada lhe poderá ser acrescen-
tado ou modificado. Se houver engano, o secretário escreverá a expressão “digo”, retificando o pensamento. Se o
engano for notado no final da ata, escrever-se-á a expressão — “Em tempo: Onde se lê..., leia-se...”.
Nas atas, os números devem ser escritos por extenso, evitando-se também as abreviações. As atas são redigi-
das sem se deixarem espaços ou parágrafos, a fim de se evitarem acréscimos.
O tempo verbal preferencialmente utilizado na ata é o pretérito perfeito do indicativo.
Quanto à assinatura, deverão fazê-lo todas as pessoas presentes ou, quando deliberado, apenas o presidente
e o secretário.
Permite-se também a transcrição da ata em folhas digitadas, desde que as mesmas sejam convenientemente
arquivadas, impossibilitando fraude.
Em casos muito especiais, usam-se formulários já impressos, como os das seções eleitorais.
Exemplo de ata:
60
Comércio de Peças 24 horas Ltda.
8-
48
DATA/HORA E LOCAL - Aos vinte de abril de 2.002, às dez horas, na sede da sociedade, na rua Esmeralda nº 280,
6.
Bairro Pedralina, em Pedra Azul, em (nome do Estado), CEP 30.220.060; PRESENÇA – sócios representando mais de
15
¾ do capital social; COMPOSIÇÃO DA MESA – FULANO DE TAL, presidente e BELTRANO DE TAL, secretário; PUBLI-
.
20
CAÇÕES – anúncio de convocação, no (órgão oficial do Estado) e no (jornal de grande circulação), nas edições de
-4
10, 11 e 12 do corrente mês, às fls ... e.., respectivamente; ORDEM DO DIA - tomar as contas dos administradores e
deliberar sobre o balanço patrimonial e o de resultado econômico; DELIBERAÇÕES – após a leitura dos documentos
ra
mencionados na ordem do dia, que foram colocados à disposição de todos os sócios, trinta dias antes, conforme
ei
recibo, postos em discussão e votação, foram aprovados sem reservas e restrições; ENCERRAMENTO E APROVAÇÃO
liv
DA ATA. Terminados os trabalhos, inexistindo qualquer outra manifestação, lavrou-se a presente ata que, lida, foi
O
Beltrano de Tal, Sicrano de Tal, Fulano de Tal, Malandro de Tal, Enrolando de Tal,
am
Atestado
lh
ui
É o documento firmado por uma pessoa favor de outra, atestando a verdade a respeito de determinado fato.
G
z Como fazer
O atestado, geralmente, é fornecido por alguém que exerce posição de cargo superior ou igual ao da pessoa
que está pedindo o atestado;
O papel do atestado deve conter carimbo ou timbre da entidade que o expede;
O atestado costuma ser escrito em atendimento à solicitação do interessado.
Atestamos para os devidos fins que o Sr. Adelmiro Floresta, residente nesta cidade na Rua
Fagundes Sobrinho, 123, Bairro Sobradinho, é pessoa de bons antecedentes, nada constando em nossos
arquivos, até a presente data, que venha a desabonar sua conduta.
Roberto Dagoberto
Roberto Dagoberto
Escrivão de Polícia da 17ª DP
60
Circular
8-
48
Circular é o meio de correspondência pelo qual alguém se dirige, ao mesmo tempo, a várias repartições ou
6.
pessoas. Portanto, é uma correspondência multidirecional. Na circular, não consta destinatário, pois ela não é
unidirecional e o endereçamento vai no envelope.
.15
20
-4
ra
Entre os dias X e Y o setor de estacionamento da Acme Com. Ltda. passará por obras de re-
lh
forma estrutural, de modo a melhorar o serviço prestado aos funcionários. Durante este período o local estará
ui
interditado sendo liberado o uso do pátio dos fundos para guarda dos veículos.
G
Atenciosamente,
REDAÇÃO OFICIAL
Fulano de Tal
Fulano de Tal
Diretor-Geral de Negócios
395
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título, a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.
Declaração
É um documento que se assemelha ao atestado, mas que não deve ser expedido por órgãos públicos. É um
documento em que se manifesta uma opinião, conceito, resolução ou observação.
Compõe-se de
Título: DECLARAÇÃO;
Texto: nome do declarante — identificação pessoal ou profissional (ou ambas), residência, domicílio, fina-
lidade e exposição de assunto;
Local e data;
Assinatura (e identificação do signatário).
DECLARAÇÃO
Declaro, para os devidos fins, que Mulher Maravilha, brasileira, solteira, amazonense, natural do mu-
nicípio de Itacoatiara, nascida em 28 de fevereiro de 1986, filha de Batman e de Super Girl, trabalhou na Liga
da Justiça no período de 1999 a 2006, exercendo com correção, responsabilidade e competência a função de
heroína para a qual está devidamente qualificada, conforme currículo anexo.
ClarkKent
60
8-
_____________________
48
Super Homem
6.
.15
20
-4
ra
Requerimento
ei
liv
É o instrumento utilizado para os mais diferentes tipos de solicitações às autoridades ou órgãos públicos.
O
Compõe-se de:
de
os
z Exposição e solicitação;
z Pedido de deferimento;
R
z Local e data;
e
m
z Assinatura.
er
lh
A seguir, apresentamos um modelo, que pode ser adaptado para os diferentes casos.
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título, a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.
EXCELENTÍSSIMO SENHOR PRESIDENTE DA REPÚBLICA,
9 - 40/1
A Com FOCO Virtual, representada pelo Sr. João Paulo Silva, Gerente Comercial, vem, mui respeitosa-
mente, requerer a Vossa Excelência que se digne declará-la de utilidade pública federal, na conformidade da
Lei nº 91, de 28 de agosto de 1935 e Decreto nº 50.517, de 02 de maio de 1961, para o que, anexa ao presente,
os documentos exigidos pela lei.
60
Importante!
8-
Necessariamente não é obrigatória a assinatura do presidente nos requerimentos apresentados como mode-
48
lo, podendo fazê-lo os seus prepostos, desde que devidamente credenciados.
6.
.15
20
Relatório
-4
É a modalidade de comunicação pela qual se faz a narração ou descrição, ordenada e mais ou menos minucio-
ra
ei
Compõe-se de
O
de
z Fecho;
e
z Local e data;
m
REDAÇÃO OFICIAL
397
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título, a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.
RELATÓRIO DO CURSO DE INTELIGÊNCIA POLICIAL NO COMBATE AO NARCOTRÁFICO
60
Chile Armando Muñoz Moreno; o representante da Venezuela, Nino Gonzalez Suarez; além desta signatá-
8-
ria.
48
Nos discursos de encerramento, foi destacada a importância de se fortalecer o Centro de Coor-
6.
denação e Capacitação Policial do MERCOSUL, para que se realizem os eventos de capacitação conti-
15
nuada das forças de segurança e/ou policiais, enviando participantes, o que criará uma rede integrada de
.
pessoas, o que certamente reforçará o efetivo para o combate ao crime organizado nos nossos países.
20
ei
liv
398
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Parecer
É a forma de comunicação pela qual um especialista emite uma opinião fundamentada sobre determinado
assunto. É composto por:
z vocativo;
z identificação do especialista;
z introdução: apresentação do assunto;
z texto: exposição de opinião e seu fundamento;
z local e data;
z assinatura (e identificação do signatário).
Senhor Juiz,
Nomeado Perito na ação número 001/1.01.0000000-0, em que são partes Engênio Da Silva Civil,
como Autor, e Réunaldo Culpaldo, como Réu, venho trazer aos autos o Laudo Pericial produzido.
Introdução
A Perícia buscou identificar as características físicas e o valor de locação para o imóvel em ques-
tão, situado a Rua Xavante Xexeu, 999, no bairro Xaxambu, na cidade de Caxumba Paulista.
Vistoria
A vistoria ao imóvel objeto desta ação foi realizada no dia 31 de março, às 9h, na presença do Réu
e dos procuradores das partes, Dr. Causídico Leal e Dr. Jurisprudêncio Legal.
Na ocasião, foram examinadas as construções, avaliando-se o estado de conservação, e foram
tomadas medidas para identificar as áreas construídas com registro fotográfico e croqui do imóvel.
60
O terreno tem dimensões de 12m x 32m e área de 384m2. Verificou-se que existem duas constru-
8-
ções (identificadas nesse Laudo como Casa A e Casa B). Pode-se dizer que são duas construções, pois são indepen-
48
dentes, embora compartilhem parte de área coberta (área de serviço). A construção principal (Casa A) tem 106,40
6.
m2 no total, sendo 63,00m2 referentes ao projeto original (fls. 28 dos autos em apenso — referentes à ação número
15
1000000000-1), com acréscimos posteriores. A outra construção (Casa B) tem 31,20m2. A área total construída é
.
de 137,60m2, aproximando-se da área apontada pela Prefeitura Municipal a fls. 25 dos mesmos autos em apenso.
20
Concluindo esse laudo pericial, ressalto as principais questões abordadas: (a) no terreno da ma-
-4
trícula MA 8875H (Anexo I) existe uma área construída de 137,60m2 composta por duas casas, uma em madeira e
ra
outra em alvenaria (Fotografias 1 e 2, Tabela 1); e (b) o valor de locativo mensal adequado para essas construções
ei
Respeitosamente,
os
am
Profissional
er
lh
Engenheiro Civil
ui
G
Para iniciarmos este assunto, é muito importante mencionar que o Decreto 9.758, de 11 de abril de 2019, não alte-
rou o Manual de Redação da Presidência da República. O Decreto dispõe sobre a forma de tratamento empregada na
comunicação, oral ou escrita, com agentes públicos da administração pública federal direta e indireta, e sobre a forma de
endereçamento de comunicações escritas a eles dirigidas. Isso significa que serão novas regras aplicadas às redações oficiais
realizadas a partir dessa data apenas entre os agentes do Poder Executivo Federal.
Comunicações destinadas aos outros poderes permanecem segundo o Manual estudado. Logo, o menciona-
do Decreto só implicará alteração em provas de concurso caso o edital traga orientações que orientem sobre
as mudanças pertinentes a esse decreto, indicando claramente que serão cobradas as legislações correlatas ou
especificando o Decreto nº 9.758, de 11 de abril de 2019. Do contrário, valem unicamente as determinações que
estão no Manual.
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Tendo esclarecido isso, vamos à mudança em si. Observa-se que as alterações se aplicam claramente às formas
de emprego dos pronomes de tratamento.
Dispõe sobre a forma de tratamento e de endereçamento nas comunicações com agentes públicos da administração
pública federal.
O PRESIDENTE DA REPÚBLICA, no uso da atribuição que lhe confere o art. 84, caput, inciso VI, alínea “a”, da Cons-
tituição, DECRETA:
60
Pronome de Tratamento Adequado
Art. 2º O único pronome de tratamento utilizado na comunicação com agentes públicos federais é “senhor”,
8-
48
independentemente do nível hierárquico, da natureza do cargo ou da função ou da ocasião.
Parágrafo único. O pronome de tratamento é flexionado para o feminino e para o plural.
6.
15
Formas de Tratamento Vedadas
.
20
Art. 3º É vedado na comunicação com agentes públicos federais o uso das formas de tratamento, ainda que
-4
abreviadas:
ra
II - Vossa Senhoria;
liv
IV - doutor;
V - ilustre ou ilustríssimo;
de
VI - digno ou digníssimo; e
os
VII - respeitável.
am
§ 1º O agente público federal que exigir o uso dos pronomes de tratamento de que trata o caput, mediante
invocação de normas especiais referentes ao cargo ou carreira, deverá tratar o interlocutor do mesmo modo.
R
§ 2º É vedado negar a realização de ato administrativo ou admoestar o interlocutor nos autos do expediente caso haja
e
m
Endereçamento de Comunicações
ui
Art. 4º O endereçamento das comunicações dirigidas a agentes públicos federais não conterá pronome de tratamen-
G
Vigência
Art. 5º Este Decreto entra em vigor em 1º de maio de 2019.
Brasília, 11 de abril de 2019; 198º da Independência e 131º da República.
JAIR MESSIAS BOLSONARO
RESUMO
Para finalizarmos nossos estudos sobre redação oficial, apresentamos um resumo dos pontos vistos até aqui.
Acompanhe:
400
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Características da Linguagem
z Referências e vocativos
Excelência: altas autoridades do governo (dica: aqueles em quem votamos — exceção: vereador), mem-
bros do júri. Vocativo: Senhor + cargo, / Excelentíssimo Senhor + cargo, (aos Chefes de Poder);
Senhoria: pessoas públicas e particulares. Vocativo: Senhor + nome da pessoa;
Magnificência: reitores de universidade. Vocativo: Magnífico Reitor,
Não se usa mais: Digníssimo (DD.), Ilustríssimo (Il.mo ou Ilmo.)
60
z Atenciosamente: para autoridades de mesma hierarquia ou de hierarquia inferior;
8-
z Termos em que pede deferimento: requerimento.
48
6.
Obs.: com exceção das comunicações dirigidas a autoridades estrangeiras. .15
20
(cabeçalho)
os
am
Local e data
m
er
lh
Destinatário
ui
G
Assunto
Vocativo
REDAÇÃO OFICIAL
Corpo do texto
Fecho
Identificação do signatário
(rodapé)
401
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título, a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.
REFERÊNCIAS secundárias que não acrescentam informação algu-
ma ao texto, nem têm maior relação com as funda-
AFINAL de contas, o que é uma certidão? 1º Ofí- mentais, podendo, por isso, ser dispensadas. O leitor
cio de Registro de Imóveis, [s.d.]. Disponível em: deve ser conduzido ao contato mais direto com o
http://www.1rgirecife.com.br/2021/08/12/afinal-de- assunto e com as informações, sem subterfúgios,
-contas-o-que-e-uma-certidao/. Acesso em: 31 mar. sem excessos de palavras e de ideias.
2022.
BRASIL. Presidência da República. Decreto nº (Manual de Redação da Presidência da República. Adaptado)
8.539, de 8 de outubro de 2015. Dispõe sobre o uso
do meio eletrônico para a realização do processo As informações dizem respeito à seguinte caracterís-
administrativo no âmbito dos órgãos e das entida- tica da redação oficial:
des da administração pública federal direta, autár-
quica e fundacional. Disponível em: http://www. a) padronização.
planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2015-2018/2015/ b) impessoalidade.
Decreto/D8539.htm. Acesso em: 31 mar. 2022. c) formalidade.
______. Decreto nº 9.758, de 11 de abril de 2019. d) objetividade.
Dispõe sobre a forma de tratamento e de endere- e) coesão.
çamento nas comunicações com agentes públicos
da administração pública federal. Disponível em: 3. (VUNESP — 2022) De acordo com a 3a edição do Manual
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_ato2019- de Redação da Presidência da República, os documen-
2022/2019/decreto/D9758.htm. Acesso em: 31 mar. tos para os quais se passou a adotar uma só nomencla-
2022. tura e diagramação, seguindo o padrão ofício, são:
______. Casa Civil. Manual de Redação da Presi-
dência da República. 3. ed., rev., atual. e ampl. a) ofício, carta e comunicado.
Brasília: Presidência da República, 2018. b) memorando, carta e aviso.
CONCEITOS. Legislação - UFSC, [s.d.]. Disponível c) ofício, memorando e aviso.
em: https://legislacao.ufsc.br/conceitos/. Acesso d) aviso, ofício e mensagem.
em: 31 mar. 2022. e) mensagem, carta e comunicado.
GOVERNO DO PARÁ. Manual do processo admi-
nistrativo eletrônico - PAE da Secretaria de 4. (VUNESP — 2021) Dentre as características da reda-
Estado de Administração – SEAD / PA. Belém: ção oficial encontram- se
Secretaria de Estado de Administração, 2019.
60
SANTOS, I. G. dos. Manual de Redação de Docu- a) a coerência, a subjetividade e a individualidade.
8-
mentos. Salvador: Universidade Federal da Bahia, b) a informalidade, o uso do padrão culto da língua e a
48
2005. objetividade.
6.
TERMO. Dicionário Jurídico. DireitoNet, 2009. Dis- c) a clareza, a impessoalidade e a concisão.
ponível em: https://www.direitonet.com.br/dicio-
15
d) a concisão, a pessoalidade e a formalidade.
.
20
documentos oficiais:
ei
HORA DE PRATICAR!
liv
O
b) padronização e criatividade.
cial é a impessoalidade, devidamente exemplificada c) linguagem informal e tratamento cerimonioso.
os
admirável do perfil dos candidatos aprovados no últi- 6. (VUNESP — 2020) De acordo com o Manual de Reda-
m
60
ela estará suspensa, conforme memorando enviado
a) Vossa Excelência, a Ministra, está reunida com auto-
a todos os departamentos. Aguardamos, portanto, o
8-
ridades estrangeiras.
48
momento adequado para novamente solicitar a aber-
b) Sua Excelência, a Ministra, está reunida com autori-
tura do processo seletivo.
6.
dades estrangeiras.
c) Vossa Excelência, o Ministro, está reunido com auto-
.15
, ABC Secretário de Educação
20
ridades estrangeiras.
-4
dades estrangeiras.
liv
a) Abraço
O
b) Atenciosamente
9. (VUNESP — 2021) Instituições como a Organização
de
c) Respeitosamente
das Nações Unidas e outras vêm enfatizando a neces-
d) Sem mais para o momento
os
são escritos
orientação, normas escritas internas, placas e outros.
ui
G
a) em itálico.
Dentre as alternativas, promove-se a não discriminação b) com hífen.
de gênero ao se substituir, nos textos, por exemplo: c) com a primeira letra em maiúsculo.
d) com letras minúsculas.
a) “o chefe do setor” por “a chefia do setor”. e) em negrito.
REDAÇÃO OFICIAL
60
c) 4 pontos após cada parágrafo. 9 GABARITO
8-
d) 2 pontos após cada parágrafo.
48
e) 0 pontos após cada parágrafo.
6.
1 D
15
17. (VUNESP — 2020) De acordo com o Manual de Reda-
.
2 D
20
4 C
ei
liv
a) à direita.
5 A
O
b) centralizado.
de
c) opcional. 6 C
d) à esquerda.
os
e) justificado. 7 A
am
8 B
R
10 B
lh
ui
14 B
19. (VUNESP — 2022) Um exemplo de texto encaminhado
a uma autoridade pública, dentro dos padrões de for- 15 D
malidade, padronização e impessoalidade, é:
16 A
a) Realizamos a análise dos resultados das avaliações, 17 E
conforme solicitado por Vossa Senhoria, e disponibi-
lizamos o relatório detalhado a este Setor. 18 B
b) O grupo de funcionário considerou a avaliação deles
nada a ver, porque sentiram que faltou empatia na 19 A
organização dos questionários profissionais. 20 A
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