Escolar Documentos
Profissional Documentos
Cultura Documentos
Língua Portuguesa:
1. Estruturas lógicas.
2. Lógica de argumentação.
3. Diagramas lógicos.
4. Teoria de conjuntos: conjuntos numéricos, números naturais, inteiros, racionais e
reais.
5. Relações, Equações de 1º e 2º graus, sistemas.
6. Inequações do 1º e do 2º grau.
7. Funções do 1º grau e do 2º grau e sua representação gráfica.
8. Matrizes e Determinantes.
9. Sistemas Lineares.
10. Análise Combinatória.
11. Geometria espacial.
12. Geometria de sólidos.
2- AOCP
(Milton Santos)
É pelo menos insólita a insistência dos nossos círculos oficiais em querer separar, de modo
absoluto, o que é político do que não é. Assim, toda a ação sindical, toda reclamação da igreja,
em suma, todo movimento social, ao postular mudanças, é criticado como inadequado e até
mesmo hostil à democracia, já que não lhe cabe fazer o que chamam de política. Ao contrário, as
atividades dos lobbies e as exigências de reforma do Estado feitas pelas empresas não são tidas
como atividades políticas. Essa parcialidade é tanto mais gritante quando todos sabemos que o
essencial na produção da política do Estado tem como atores principais as grandes empresas,
cabendo aos políticos propriamente ditos e ao aparelho do Estado um papel de figurantes
secundários, quando não de meros porta– vozes.
3- AOCP
4- AOCP
A) No primeiro período do texto, o autor cria, por meio do paralelismo, uma associação entre a
época em que sentávamos ao redor das fogueiras para tratar daquilo que é real e a época em
que sentamos em frente à televisão para viver o imaginário.
B) A simplicidade das narrativas contrapõe-se àquilo que há de fundamental nas histórias, uma
vez que nem sempre o narrador é fácil de ser identificado no texto.
5- AOCP
Antigamente a vida era outra aqui neste lugar onde o rio, dando areia, cobra-d’água inocente, e
indo ao mar, dividia o campo em que os filhos de portugueses e da escravatura pisaram.
Couro de pé roçando pele de flor. Mangas engordando, bambuzais rebentando vento, uma
lagoa, um lago, um laguinho, amendoeiras, pés de jamelão e o bosque de Eucaliptos. Tudo isso
do lado de lá. Do lado de cá, os morrinhos, casarões mal-assombrados, as hortas de Portugal
Pequeno e boiada pra lá e pra cá na paz de quem não sabe da morte.
Em diagonal, os braços do rio, desprendidos lá pela Taquara, cortavam o campo: o direito ao
meio; o esquerdo, que hoje separa os Apês das casas e sobre o qual está a ponte por onde escoa
o tráfego da principal rua do bairro, na parte de baixo. E, como o bom braço ao rio volta, o rio
A) irônica.
B) simbólica.
C) pejorativa.
D) objetiva.
E) humorística.
6- AOCP
Aqueles foram bons tempos, mas que não se repetiram – ao menos, não com a mesma
intensidade –, embora, de toda forma, Gregor ganhasse o suficiente para arcar sozinho com as
necessidades domésticas. À medida que tudo isso foi se tornando costumeiro, a surpresa e a
alegria inicial arrefeceram e, assim, Gregor entregava o dinheiro com prazer espontâneo e a
família, de bom grado, recebia. Apenas a irmã permanecia mais próxima e afetuosa e, como ela,
ao contrário de Gregor, era amante da música e sabia tocar violino com muita graça, ele tinha
Todos esses pensamentos, agora inúteis, fervilhavam em sua cabeça, enquanto ele escutava
as conversas, colado à porta. De vez em quando o cansaço obrigava-o a desligar-se, apoiando
pesadamente a cabeça na porta, mas logo recuperava a prontidão, pois sabia que qualquer ruído
era ouvido na sala e fazia com que todos se calassem. “Novamente aprontando alguma coisa”,
dizia o pai instantes depois, certamente olhando para a porta. Passado algum tempo, eles
continuavam a trocar palavras entre si.
Na conversa sobre as finanças da família, o pai redundava nas explicações – seja porque há
tempos não se ocupava disso, seja porque a mãe tinha dificuldades para entender –, e Gregor,
com satisfação, tomou conhecimento de que, a despeito da desgraça que haviam sofrido, restava-
lhes algum capital, que, se não era muito, ao menos tinha crescido nos últimos anos por conta
dos rendimentos de juros acumulados. Além disso, o dinheiro que Gregor entregava (retinha
apenas uma pequeníssima parte) não era gasto integralmente, e pouco a pouco ampliava o
montante economizado. De onde estava, ele aprovou, com a cabeça, o procedimento, contente
com a inesperada provisão feita pelo pai. Era verdade que aquele dinheiro poderia ter
paulatinamente saldado a dívida que o pai tinha com seu patrão, livrando-o daquele
constrangimento. Não obstante, ele julgou que pai havia procedido corretamente.
(KAFKA, Franz. A Metamorfose. Trad. Lourival Holt Albuquerque. São Paulo: Abril, 2010, p.40-
41)
Considerando o modo como as ideias foram estruturadas no texto, pode-se compreender
como os fatos são apresentados ao leitor através do narrador. Nota-se uma sequência na
qual:
7- AOCP
Variação linguística – a língua em movimento
A variação linguística é um fenômeno que acontece com a língua e pode ser compreendida
através das variações históricas e regionais. Em um mesmo país, com um único idioma oficial, a
língua pode sofrer diversas alterações feitas por seus falantes. Como não é um sistema fechado
e imutável, a língua portuguesa ganha diferentes nuances. O português que é falado no Nordeste
do Brasil pode ser diferente do português falado no Sul do país. Claro que um idioma nos une,
mas as variações podem ser consideráveis.
(Disponível: http://www.portugues.com.br/redacao/variacao-linguistica-linguamovimento.html.
Acesso em 20/01/2015)
Em “Os diferentes falares devem ser considerados como variações” (2º§), o emprego do
termo em destaque gerou um efeito expressivo à medida que sugere a seguinte
interpretação
8- AOCP
E continua mudando?
Sim. E precisa continuar mudando se os professores quiserem ajudar os alunos do século 21 a
aprender. Alguns acham que a pedagogia vai mudar automaticamente, assim que os "nativos
digitais" se tornarem professores. Eu discordo. Há pressões forçando os professores novos a
adotar métodos antigos. Nós precisamos fazer um grande esforço de mudança. Primeiro, mudar
a forma como nós ensinamos – nossas pedagogias. Depois, mudar a tecnologia que nos dá
suporte.Finalmente, mudar o que nós ensinamos – nosso currículo – para estarmos em acordo
com o contexto e as necessidades do século 21.
A) O gênero entrevista é marcado pelo caráter dialógico, em que uma das partes orienta o
desenvolvimento do texto a partir de perguntas, por isso, como notamos no texto, nesse gênero
predominam as sequências injuntivas e narrativas.
B) Na resposta à primeira pergunta, Marc Prensky explica dois importantes conceitos, nomeados
de forma metafórica com palavras presentes no campo semântico dos estudos geográficos.
D) Para que haja uma transformação na educação, para o entrevistado, é necessário que
estejamos tentos às demandas no nosso século e, para isso, é fundamental que o currículo
esteja de acordo com essas necessidades em um trabalho contínuo de conciliação com antigos
métodos de ensino.
9. AOCP
Oi, Chico!
Clarice Lispector
Oh, Chico Buarque, pois não é que recebi uma carta de uma cidade do Rio Grande do Sul,
Santa Maria, a respeito de você e de mim? É o seguinte: a moça me lê num jornal de Porto Alegre.
E, muito jovem, diz que sente grande afinidade comigo, que eu escrevo exatamente como ela
sente. Mas que sua maior afinidade comigo vem do fato de eu ter escrito sobre você, Chico. Diz:
"Eu, como você, tenho uma inclinação enorme por ele. Achava eu que esta inclinação (que é
motivo de troça de meus amigos) era um pouco de infantilismo meu, talvez uma regressão à
infância, mas lendo seus bilhetes descobri que não, que a razão é justamente conforme suas
palavras: ser ele altamente gostável e possuir candura. Você também tem candura, que se
percebe ao ler uma só linha sua." Ela, Chico, não entendeu que você não é meu ídolo; eu não
tenho ídolos. Você para mim é um rapaz de ouro, cheio de talento e bondade. Inclusive fico
simplesmente feliz em ouvir quinhentas vezes em seguida "A banda", e um dia desse dancei com
um de meus filhos. Mas é só, meu caro amigo. [...] Olhe, moça simpática, sua carta é um amor, e
tenho certeza de que Chico ia gostar de você, é impossível não. Pois se Chico tem candura, e
A) ele pertence ao gênero carta do leitor, uma vez que a moça de Santa Maria é leitora de
Clarice Lispector e escreve uma carta para ela.
B) nele predomina a função referencial da linguagem, centrada no assunto, como pode ser
comprovado pelo fato de ter sido produzido por uma escritora de literatura.
C) tanto a moça de Santa Maria quanto Clarice têm uma inclinação idolátrica por Chico Buarque.
D) ele possui três interlocutores, sendo dois explícitos: Chico Buarque e a moça de Santa Maria.
E) a moça de Santa Maria diz se identificar com Clarice porque ambas possuem candura.
10. AOCP
Somos estimulados a sonhar, a buscar objetivos e a nos orientar em direção ao que desejamos.
Às vezes, o problema é que não sabemos o que queremos. É o que tenho observado em muitas
pessoas, até em mim mesma. A dúvida aparece quando terminamos uma etapa, como concluir
alguns estudos ou finalizar um trabalho. Também surge quando estamos cansados de uma
determinada situação, quando temos de nos reinventar devido às circunstâncias ou quando nos
deparamos com um fracasso ou um contratempo. [...] Um pequeno exercício de reflexão pode nos
ajudar a recuperar sonhos e a definir objetivos que nos animem. Vejamos algumas dicas práticas.
[...] Quando não sabemos o que queremos ou não temos um sonho claro, podemos fazer várias
coisas. Por um lado, podemos recuperar sonhos do passado como forma de inspiração. A
adolescência é uma época muito frutífera de ideias. Valeria a pena lembrar do que gostávamos
ou o que nos animava. O objetivo não é realizar os sonhos ao pé da letra. Talvez tenham ficado
um pouco desatualizados ou, simplesmente, sejam impossíveis de alcançar, como se queríamos
ser astronautas e agora temos 40 anos. Os velhos sonhos atuam como faróis, não são cartas de
navegação, daí a importância de recuperá-los. Retomando o exemplo anterior do astronauta,
obtemos informações sobre nós mesmos. Com esse exercício simples, lembramos que
gostávamos de aventuras ou de estudar as estrelas. Dessa forma, podemos nos matricular em
um curso de astronomia, comprar um telescópio ou acessar os recursos da NASA para conhecer
mais a respeito. E você, o que gostava de fazer quando era mais jovem? O que pode extrair
daquilo?
Outra forma de nos orientarmos é pensar naquilo que não queremos. Talvez este exercício não
seja tão atraente quanto imaginar a si mesmo no futuro, mas é um passo válido. O que eu quero
parar de fazer? Pode ser no âmbito pessoal ou profissional, como evitar me irritar por alguma
coisa, não continuar neste trabalho ou manter uma amizade.
Quando estamos em uma dúvida profunda sobre o que fazer ou quais são nossos sonhos, temos
outra opção: refletir sobre com quem gostaríamos de parecer, mesmo que seja um personagem
de ficção. Mais uma vez, isso funciona como farol, mas volta a nos dar pistas sobre nós mesmos.
Com este exercício, podemos tirar conclusões que nos ajudem a aterrissar na realidade e a definir
objetivos concretos.
A) Em, “Primeiro, não devemos confundir nossos sonhos com fantasias.”, o termo em destaque
contribui para a ordenação do texto.
C) Em “[...] o problema é que não sabemos o que queremos.”, o termo em destaque se refere à
ação de buscar objetivos, mencionada no período anterior, a qual é vista pela autora como algo
negativo.
D) Em “Talvez este exercício não seja tão atraente [...]”, o termo em destaque retoma a
informação “pensar naquilo que não queremos”.
E) Em “Mais uma vez, isso funciona como farol [...]”, o termo em destaque faz referência ao
excerto “[...] refletir sobre com quem gostaríamos de parecer [...]”.
1. C
2. C
3. C
4. C
5. B
6. D
7. C
8. B
9. D
10. C
Alternativa
Envelhecer é chato, mas consolemo‐ nos: a alternativa é pior. Ninguém que eu conheça morreu
e voltou para contar como é estar morto, mas o consenso geral é que existir é muito melhor do
que não existir. Há dúvidas, claro. Muitos acreditam que com a morte se vai desta vida para outra
melhor, inclusive mais barata, além de eterna. Só descobriremos quando chegarmos lá. Enquanto
isso vamos envelhecendo com a dignidade possível, sem nenhuma vontade de experimentar a
alternativa.
Mas há casos em que a alternativa para as coisas como estão é conhecida. Já passamos pela
alternativa e sabemos muito bem como ela é. Por exemplo: a alternativa de um país sem políticos,
ou com políticos cerceados por um poder mais alto e armado. Tivemos vinte anos desta alternativa
e quem tem saudade dela precisa ser constantemente lembrado de como foi. Não havia
corrupção? Havia, sim, não havia era investigação pra valer. Havia prepotência, havia censura à
imprensa, havia a Presidência passando de general para general sem consulta popular, repressão
criminosa à divergência, uma política econômica subserviente a um “milagre” econômico
enganador. Quem viveu naquele tempo lembra que as ordens do dia nos quartéis eram lidas e
divulgadas como éditos papais para orientar os fiéis sobre o “pensamento militar”, que decidia
nossas vidas.
Ao contrário da morte, de uma ditadura se volta, preferencialmente com uma lição aprendida.
E, para garantir‐ se que a alternativa não se repita, é preciso cuidar para não desmoralizar demais
a política e os políticos, que seja. Melhor uma democracia imperfeita do que uma ordem falsa,
mas incontestável. Da próxima vez que desesperar dos nossos políticos, portanto, e que alguma
notícia de Brasília lhe enojar, ou você concluir que o país estaria melhor sem esses dirigentes e
representantes que só representam seus interesses, e seus bolsos, respire fundo e pense na
alternativa.
Sequer pensar que a alternativa seria preferível – como tem gente pensando – equivale a um
suicídio cívico. Para mudar isso aí, prefira a vida – e o voto.
A) informativo
B) narrativo
C) descritivo
E) argumentativo
2- AOCP
DOCE
Lembrasse antes quanto tempo gastaria na beira do fogão mexendo o doce de abóbora e Maria
talvez nem tivesse começado. Mas não é assim que funciona, a coisa vem de trás pra frente:
primeiro o gosto no fundo da lembrança, na garganta, daí a saliva na língua. Depois, o cheiro de
algo que nem recordava parece que está aqui, dentro das narinas. Os ingredientes, todos
comprados, a panela na mão. Só na hora de mexer o doce é que a gente lembra, com esse misto
de cansaço e tristeza, que o doce é feito de mexer o doce. É feito do braço girando, girando, o
outro braço solto escorado na anca, o peso do corpo passando da perna de cá pra de lá.
O doce já começado é doce inteiro na imaginação, não tem volta. E Maria nunca foi de voltar
atrás, mesmo com o que era bom só na primeira mordida e depois deixava um retrogosto amargo
– na boca ou no jeito de olhar. Maria que nem puxa-puxa, presa às escolhas e caminhos e ao que
por vezes não foi tão escolha quanto foi acaso.
Bem que às vezes queria ser pássaro solto, escolher caminhos. A cozinha fica pequena da falta
que voar livre faz, as paredes suam. Tudo o que é sonho vai evaporando do seu corpo, a pele fica
grossa, dura. O açúcar carameliza angústias. E Maria pensa se não seria melhor ter virado
cambalhota por sobre um ou outro acontecimento, em vez de vivê-los todinhos.
O marido mesmo. Ela cansava de topar com ele encostado no sofá, vendo TV. Ia de um canal
para o outro, como se não estivesse ali. Queria que estivesse. Que contasse uma bobagem que
aconteceu no trabalho ou na rua, que atentasse ao gosto novo no doce que ela fez, “cê colocou
coco?”, “que cheiro diferente, que foi que cê botou aí?”, qualquer coisa. Qualquer coisa que fizesse
com que os dois parecessem vivos, que parecessem ligados, nem que pelo diferente do hoje no
doce sempre igual.
Tomasse uma atitude agora, talvez a coisa toda desembrulhasse diferente. Ela botaria uma
roupa bonita e dançaria pela casa, pintaria a cara toda faceira e vibrante e mostraria para ele que
ainda era mulher, poxa vida, ainda sou bem mulher! [...]
Também podia ir embora, pegar as meninas e as próprias coisas e voltar para a casa da mãe.
Ou podia queimar esse doce, derrubar panela, fazer escândalo. Pedir tenência, uma mudança,
alguma coisa que mostrasse que ainda estava viva, viva! Vibrante como esse corde-laranja
borbulhando na panela. [...]
PRETTI, Thays. A mulher que ri. São Paulo: Editora Patuá, 2019.
B) A partir de argumentos, como o fato de o marido não dar a devida atenção à Maria, defende-
se a tese de que ela está infeliz no casamento.
3- AOCP
A) “Como todos sentem ou pressentem, vivemos hoje uma grave e profunda crise, que se
manifesta em todos os setores da vida social e, portanto, na língua também”;
B) “Não há dúvida de que todos os seres humanos têm direito à cultura, mas é incerto que a
visita a museus seja a melhor maneira de garantir-lhes essa participação”;
C) “O ato de escrever é distinto do ato de falar. Sem dúvida, o grau de distanciamento se mede
pela natureza da elocução”;
E) “Telel Hamã era uma cidade em ascensão durante a Idade do Bronze. Ela estava localizada
próxima ao mar Morto, no Oriente Médio, e era dez vezes maior que Jerusalém na época”.
Um livro didático mostra o seguinte texto: “O sangue é um tecido formado por dois
componentes: o plasma e as células sanguíneas. O volume total do sangue é de,
aproximadamente, 5 dm3 nos homens e 4,5 dm3 nas mulheres. Existem três tipos de células
sanguíneas: glóbulos vermelhos, glóbulos brancos e plaquetas.”
O tipo de texto a que pertence esse segmento é:
A) descrição técnica;
B) narrativa didática;
C) exposição histórica;
D) notícia jornalística;
E) argumentação científica.
5- AOCP
Nos enunciados abaixo, pode-se observar a presença de diferentes tipologias textuais como
base dos gêneros materializados nas sequências enunciativas. Numere os parênteses conforme
o código de cada tipologia.
( ) 1 - --- Não; é casada. --- Com quem? --- Com um estancieiro do Rio grande. --- Chama-se? ---
Ele? Fonseca, ela, Maria Cora. --- O marido não veio com ela? --- Está no Rio Grande. (ASSIS,
Machado de Assis.Maria Cora.)
( ) 2 - Ao acertar os seis números na loteria, Paulo foi para casa, entrou calado no quarto e
dormiu.
( ) 3 - Incorpore em sua vida quatro sentimentos positivos: a compaixão, a generosidade, a
alegria e o otimismo.
( ) 4 - No meu ponto de vista, a mulher ideal deve ter como características físicas o cabelo liso,
pele macia, olhos claros, nariz fino. Ser amiga, compreensiva e, acima de tudo, ser fiel. (ALVES,
André, Escola. Estadual Pereira Barreto. Texto adaptado.)
( ) 5 - As palavras mal empregadas podem ter efeitos mais negativos do que os traumas físicos.
B) 1 - 3 - 2 - 4 - 5.
C) 2 - 1 - 4 - 5 - 3.
D) 4 - 3 - 2 - 5 - 1.
6- AOCP
TEXTO
LÍNGUA
A) I.
C) III.
D) I e III.
7- AOCP
B) O primeiro parágrafo estrutura-se por meio de linguagem injuntiva, pois pretende convencer o
leitor de que a restauração do Forte de Coimbra é imprescindível para a memória da arquitetura
de Mato Grosso do Sul.
C) A seleção vocabular do título e dos três parágrafos compõe organização textual, com
introdução, desenvolvimento e conclusão, que apresenta opinião acerca da relevância entre
patrimônio, cultura e arquitetura.
D) Os três parágrafos são informativos e compõem um texto cujo título sintetiza a intenção de
instruir de forma simples e objetiva.
8- AOCP
O Cavalo Descontente
Era uma vez um cavalo que, em pleno inverno, desejava o regresso da primavera. De fato, ainda
que agora descansasse tranquilamente no estábulo, via-se obrigado a comer palha seca.
- Ah, como sinto saudades de comer a erva fresca que nasce na primavera! dizia o pobre animal.
A primavera chegou e o cavalo teve sua erva fresca, mas começou a trabalhar bastante porque
era época da colheita.
- Quando chegará o verão? Já estou farto de passar o dia inteiro puxando o arado! lamentava-se
o cavalo.
Chegou o verão, mas o trabalho aumentou e o calor tornou-se muito forte.
- Oh, o outono! Estou ansioso pela chegada do outono! Dizia mais uma vez o cavalo, convencido
de que naquela estação terminariam seus males.
Mas no outono teve que carregar lenha para que seu dono estivesse preparado para enfrentar o
inverno. E o cavalo não parava de queixar-se e de sofrer.
Quando o inverno chegou novamente, e o cavalo pode finalmente descansar, compreendeu que
tinha sido fantasioso tentar fugir do momento presente e refugiar-se na quimera do futuro.
Esta não é a melhor forma de encarar a realidade da vida e do trabalho.
A) Injuntivo.
B) Descritivo.
C) Narrativo.
D) Expositivo.
9. AOCP
Visto que seres humanos passam a maior parte de suas vidas em ambientes fechados, não nos
surpreende o fato de que determinadas características do espaço construído têm um impacto
significativo em nosso comportamento psíquico. Condições de iluminação, de escala e proporção
assim como os materiais e suas texturas são características espaciais que emitem informações
para nossos sentidos, afetando a maneira como nos relacionamos com o espaço, produzindo um
sem fim de sensações e reações.
No entanto, pessoas foram sendo empilhadas em caixas para servir um sistema de produção em
massa destinado a alimentar uma sociedade faminta pelo consumismo. De fato, o empilhamento,
ou verticalização, é um fenômeno que surgiu em resposta à Revolução Industrial e ao
consequente aumento exponencial das pessoas que, em busca de ofertas de emprego,
começaram a abarrotar cidades completamente despreparadas para absorver tal contingente
humano. As unidades habitacionais se tornaram mais compactas para que os edifícios pudessem
acomodar um número cada vez maior de habitantes.
Por outro lado, determinadas características espaciais provocam ansiedade, outras estimulam
uma sensação de equilíbrio e serenidade. Acontece que nem sempre somos conscientes de
nossas reações e acabamos agindo sem saber porquê. Irving Weiner, professor de psicologia
ambiental do Massasoit Community College de Middleborough, Massachusetts, afirma que
“muitas dessas características ambientais não podem ser vistas ou apreendidas por nossos
sentidos, mas, ainda assim, são capazes de influenciar diretamente o nosso comportamento ou
humor”.
A) narrativo.
B) argumentativo.
C) injuntivo.
D) subjetivo.
E) dialogado.
10. AOCP
TEXTO 1
A CRIAÇÃO DO MUNDO
(Revista e diminuída)
do cérebro
separando a geografia o
mar da terra
TEXTO 2
.Com base na tipologia textual e tendo em vista a estrutura e a finalidade textual, o Texto
2 classifica-se como, predominantemente,
A) narrativo.
B) injuntivo.
D) descritivo.
E) explicativo.
1. E
2. E
3. E
4. A
5. C
6. D
7. D
8. C
9. B
10. C
Christophe Honoré
Capítulo I
Pra mim, se eles me chamassem de Marcelo também tava bom, só que eles têm essa mania,
já estou com mais de dez anos mas não adianta. Se acostumaram. Querem ser bonzinhos comigo.
Ou rir da minha cara. Sei lá, uma mistura danada de boas intenções que deve me deixar
incrivelmente legal aos olhos deles.
Marcelinho. Até que eu gosto. Fico mais diferenciado dos meus três irmãos. Dá pra perceber
muito bem que eu sou o irmão mais moço, o caçulinha, o “queridinho da vovó”, como diz a vovó.
Três irmãos.
Grandes, mas grandes pra valer. Tipo caras que saíram do colégio há décadas. Só que os três
continuam morando lá em casa.
Tristão: 21.
Leo: 19.
Pedrinho: 17. Não teve erro. Tipo relógio. Um filho de dois em dois anos, sempre em fevereiro.
Pinta fevereiro, paf, filho!
Quando pergunto a minha mãe por que razão exatamente eu cheguei com:
(17 - 2)
- 10
cinco anos de atraso, ela olha pra mim como se eu estivesse querendo que ela me explicasse
a existência do mundo. Em geral ela faz uma festinha na minha bochecha com uma das mãos e
Eu não me preocupo, mas sei lá, quando me dizem esse tipo de coisa fico todo arrepiado, a
impressão que eu tenho é de que estão me escondendo um segredo de Estado.
É por isso que em geral não tenho coragem de insistir. Fico pensando que se eles, os meus
pais, resolveram esperar cinco anos, a explicação só pode ser uma coisa bem ruim. Mas deixa
pra lá, o que importa é que afinal eles se decidiram. Se não tivessem se decidido eu ia continuar
sei lá onde, esperando que alguém se lembrasse de mim pra poder sair. [....]
Adaptado de: HONORÉ, Chistophe. Bem perto de Leo. Tradução de Heloisa Jahn. São Paulo:
Companhia das Letras, 1998. p. 7-8.
C) “Fico pensando que se eles, os meus pais, resolveram esperar cinco anos, a explicação só
pode ser uma coisa bem ruim.”.
E) “Quando pergunto a minha mãe por que razão exatamente eu cheguei com cinco anos de
atraso, ela olha pra mim como se eu estivesse querendo que ela me explicasse a existência do
mundo.”.
2. AOCP
Adaptado de https://www.revistapazes.com/o-ultimo-baobaconheca-a-lenda-africana-sobre-o-
renascimento-da-esperanca/
Em relação à linguagem empregada no texto, é correto afirmar que
D) a função da linguagem do texto é emotiva, já que se usa a primeira pessoa para que o
narrador conte sua história.
3. AOCP
São Paulo – Eu sou apaixonada por talentos e pela força que os jovens têm em desbravar
novos caminhos, trazendo mudanças e inovação ao mercado de trabalho.
Todos os anos a Cia de Talentos se empenha em coletar dados na ‘Pesquisa Carreira dos
Sonhos’, em que conversamos com milhares de jovens da América Latina para compreender suas
necessidades e então levar essas questões às empresas para que se organizem novamente. A
pesquisa desse ano, com a participação de mais de 75 mil jovens profissionais do Brasil, constatou
o que há algum tempo vem sendo anunciado.
O mercado está começando a investir em construir times diversos nas empresas, aproveitando
o que cada geração, gênero e vivência social têm de diferente, construindo visões estratégicas
mais amplas, e dentro desse olhar, estão também os jovens talentos. Sendo assim, suas
necessidades deixaram de ser regalias e estão se transformando em visões estratégicas das
empresas, que buscam reter esses talentos em seus times.
As revoluções que os jovens trazem vão afetar o mercado de trabalho. Vocês têm muito a
contribuir, mas é necessário fazer uma revolução gentil. Tudo o que hoje vocês criticam foi
construído com muito empenho pelos profissionais das gerações anteriores. Tragam inovação,
boas ideias, questões construtivas para que o novo mostre que o antigo precisa mudar, mas não
se apeguem à ideia de que são os únicos que conhecem o caminho e que precisam derrubar tudo
que foi construído.
Paciência. Esse valor não representa submissão e nem conformismo, muito menos
comodismo. Paciência é inteligência emocional. Construam novos caminhos com humildade. Se
permitam aprender com os profissionais mais experientes e não se percam em julgamentos.
Disponível em:https://exame.abril.com.br/carreira/fundadora-da-cia-de-talentos-escreve-esta-
carta-as-novas-geracoes/ . Acesso em: 22 out. 2019
1. Variação geográfica.
2. Variação histórica.
3. Variação social.
( ) São exemplos: Vossa Mercê – você; Em boa hora – embora, expressões que foram
mudando ao longo do tempo.
A) 2 - 1 - 3.
B) 3 - 2 -1.
C) 1 - 3 - 2.
D) 2 - 3 -1.
4. AOCP
I- Assim como “aipim”, “macaxeira” e “mandioca”, esta também é uma marca linguística que
pode denotar regionalismo.
II- Diferentemente das expressões “aipim”, “macaxeira” e “mandioca”, esta não pode ser
considerada uma marca linguística de regionalismo.
III- Toda a frase poderia ser substituída por “Essa ramagem aí?”, sem o prejuízo do efeito de
sentido pretendido no texto em questão.
IV- A frase denota a expressão de surpresa da personagem ao descobrir que “esse toco” se
tratava da mesma planta a qual mencionara no primeiro quadrinho.
A) I, IV.
B) II.
C) I.
D) I, III, IV.
E) I, III.
5. AOCP
Há uma lenda oriental que conta a história de um homem que se tornou viúvo há muitos
anos e só precisava cuidar de suas duas filhas.
As duas garotas eram muito peculiares, inteligentes e sempre muito ansiosas para aprender.
Elas continuamente sobrecarregaram seu pai com perguntas para satisfazer seu desejo de
conhecimento. Às vezes o pai sabia responder às suas perguntas de alguma maneira, às vezes
achava difícil encontrar uma resposta apropriada para as duas garotas.
Como ele podia ver o quanto inquietas eram suas filhas, decidiu enviá-las em um feriado para
viver com um velho sábio que vivia no topo de uma montanha e aprender com ele. Este homem
sábio era capaz de responder a todas as perguntas que as meninas lhe perguntassem, sem
dúvida.
As duas irmãs, no entanto, decidiram testar o sábio de uma maneira maliciosa, para medir
sua verdadeira sabedoria. Certa noite, começaram as duas a inventar um plano: fazer ao sábio
uma pergunta que ele não poderia responder.
“Como podemos atrair o sábio para a armadilha? Que pergunta podemos lhe fazer que ele
não será capaz de responder? ”A irmã mais nova perguntou à irmã mais velha.
“Espere aqui, eu vou te mostrar imediatamente”, respondeu a mais velha das duas.
A irmã mais velha foi para a floresta e voltou dentro de uma hora. Ela segurava a saia como
uma bolsa e guardava algo nela. “O que você tem aí?”, Perguntou a irmã mais nova.
A irmã mais velha colocou a mão na saia e mostrou à menina uma linda borboleta azul.
“Ela é tão linda”! O que você vai fazer com isso?
A) usa-se uma linguagem informal, por se tratar basicamente de diálogos no decorrer do texto.
B) a utilização da 1ª pessoa do plural (nós), em “Portanto, nunca devemos culpar ninguém pelas
coisas que dão errado em nossas próprias vidas.”, é o que torna a linguagem do texto mais
pessoal e informal.
C) o texto possui uma linguagem simples, apresentando poucos desvios à Norma Culta da
Língua Portuguesa.
D) a utilização de aspas nas falas dos personagens é uma característica da variação informal da
linguagem.
São Paulo – Eu sou apaixonada por talentos e pela força que os jovens têm em desbravar
novos caminhos, trazendo mudanças e inovação ao mercado de trabalho.
Todos os anos a Cia de Talentos se empenha em coletar dados na ‘Pesquisa Carreira dos
Sonhos’, em que conversamos com milhares de jovens da América Latina para compreender suas
necessidades e então levar essas questões às empresas para que se organizem novamente. A
pesquisa desse ano, com a participação de mais de 75 mil jovens profissionais do Brasil, constatou
o que há algum tempo vem sendo anunciado.
As novas gerações desejam um ambiente de trabalho flexível, em que podem confiar em
seus gestores, jornadas de trabalho remotas, transparência da alta liderança sobre o financeiro e
sobre as ações das empresas, além de mais oportunidades de desenvolvimento e, principalmente,
de mais tempo para viverem suas vidas pessoais. Esses não são desejos apenas dos jovens.
Profissionais de todas as idades estão em busca de uma vida mais saudável, não é mesmo?
O mercado está começando a investir em construir times diversos nas empresas,
aproveitando o que cada geração, gênero e vivência social têm de diferente, construindo visões
estratégicas mais amplas, e dentro desse olhar, estão também os jovens talentos. Sendo assim,
suas necessidades deixaram de ser regalias e estão se transformando em visões estratégicas
das empresas, que buscam reter esses talentos em seus times.
As revoluções que os jovens trazem vão afetar o mercado de trabalho. Vocês têm muito a
contribuir, mas é necessário fazer uma revolução gentil. Tudo o que hoje vocês criticam foi
construído com muito empenho pelos profissionais das gerações anteriores. Tragam inovação,
boas ideias, questões construtivas para que o novo mostre que o antigo precisa mudar, mas não
se apeguem à ideia de que são os únicos que conhecem o caminho e que precisam derrubar tudo
que foi construído.
Paciência. Esse valor não representa submissão e nem conformismo, muito menos
comodismo. Paciência é inteligência emocional. Construam novos caminhos com humildade. Se
permitam aprender com os profissionais mais experientes e não se percam em julgamentos.
Pois é, o segredo está em diferentes gerações colaborarem para construírem o novo em
parceria, oferecendo o que cada uma tem de melhor e dessa forma agilizarem as mudanças
necessárias para que a experiência e a inovação caminhem juntas, resultando em progresso.
Dessa forma, todos ganham.
1. Variação geográfica.
2. Variação histórica.
3. Variação social.
( ) É percebida segundo os grupos (ou classes) envolvidos, tal como uma conversa entre
um orador jurídico e um morador de rua.
( ) São exemplos: Vossa Mercê – você; Em boa hora – embora, expressões que foram
mudando ao longo do tempo.
A) 2 – 1 – 3.
B) 3 – 2 – 1.
C) 1 – 3 – 2.
D) 2 – 3 – 1.
7. AOCP
Clara Braga
Mas, uma coisa me preocupou em relação a algumas pessoas com quem conversei nos
últimos dias. Não foi uma ou duas, foram algumas várias pessoas que compartilharam do mesmo
pensamento. Todas disseram que decidiram ter um cachorro ou um gato para ver se levavam jeito
para serem pais e, então, decidirem se teriam ou não filhos humanos!
Lembrei-me do dia que minha cadelinha chegou em casa: coloquei água, ração, deixei um
brinquedinho à disposição e fui trabalhar. Então, lembrei-me de quando meu filho chegou: choro
de 3 em 3 horas, peito rachado por causa da amamentação, pacotes e mais pacotes de fraldas e,
para sair de casa, parecia que estávamos de mudança. Lembrei-me das cólicas que minha cadela
nunca teve, das febres altas e viroses que ela nunca experimentou, dos quilos de roupas golfadas
que nunca precisei lavar dela e dos banhos que são apenas semanais e não diários!
A gente ama os pets como se fossem filhos, eles são da família, aparecem nas fotos de natal,
têm seu próprio book, dormem na nossa cama, estão sempre do nosso lado, se ficam doentes, a
gente sofre, mas mesmo doentes não dão o trabalho que uma criança dá!
Comparar as situações é injusto até com o pet, já que ele também não sabe se está preparado
para a chegada de um mini humano. Só o pet sabe o que é ter seu rabo puxado constantemente,
ver seu pote de água sendo virado, ver brinquedos espalhados no chão e não poder brincar, enfim,
aposto que eles também têm suas dúvidas!
E sabe quem mais tem dúvida? Quem já é pai e mãe, pois eles sabem que tudo que funcionou
com um pode não funcionar com o segundo, então bate o pânico de novo! Ou seja, nada se
compara a ter um filho, nem ter um filho!
Verdade seja dita, nós nunca estamos preparados, contudo damos um jeito. Depois de um dia
difícil, segurar seu filho no colo, ganhar um beijo e um sorriso, faz você entender todo o resto. Não
te faz esquecer, não te deixa menos cansado, não faz você levantar e sair cantando e dançando
como se estivesse em um musical, mas faz você entender, principalmente se junto você tiver seu
pet pronto para também ganhar e dar carinho para todo mundo.
C) formal, já que há o uso de termos rebuscados e complexos, que não se aproximam da fala do
dia a dia das pessoas.
D) informal, tendo em vista que se aproxima muito da fala cotidiana da maioria das pessoas.
8. AOCP
Ruth Manus
Tá certo que eu sou mais uma dentre uma espécie chamada “professor”, que semi morre
todo final de ano. Mas do sofrimento dos professores ninguém duvida. Estamos até um pouco
na moda, vira e mexe aparecem posts fofos a nosso respeito, com ursinhos, imagens de pôr do
sol e tudo mais.
Tento ser durona com meus alunos, mando parar com o mimimi do fim do semestre, mas
acabo sempre admitindo, ainda que não conte para eles, que os coitadinhos estão mesmo
lascados.
Eu me lembro bem: segundo ano da faculdade, prova oral de processo civil e previdenciário
no mesmo dia. Fatídico dia em que o termo “gastrite” saiu das bulas de remédios e foi parar na
minha barriga pela primeira vez.
Gastrite, torcicolo, enxaqueca, dor nas costas, aftas, espinhas monstruosas. Universitário em
época de prova é o sonho de toda farmácia e o pesadelo de todo plano de saúde.
Homens não fazem a barba, mulheres não depilam a perna. Suspeito, às vezes, que até do
banho eles acabem esquecendo. Mas em nome do conhecimento, tá tudo liberado.
Universitários no fim do ano ficam completamente xaropes. Erram o dia da prova, estudam
a matéria errada, vão fazer exame de matéria na qual passaram direito, esquecem caneta,
esquecem a mochila, esquecem o nome do professor, quando não esquecem o próprio nome.
E entre novembro e dezembro, quando chego para dar aula antes das 8 da manhã ou ainda
estou na faculdade depois das 22 (pois é…), tenho a sensação de estar em um episódio de The
Walking Dead. Alunos com aspecto moribundo perambulam pelos corredores como se não
houvesse esperança, pensando seriamente em devorar cérebros de professores para ver se
facilita na hora da prova.
E não podemos esquecer da interminável angústia das faltas. “Professor, o sistema está
marcando 26 faltas, mas eu juuuuuro que só faltei 3 vezes. Não sei o que houve.”. Clássico.
Esses sistemas são mesmo uns canalhas.
Mas dentre os surtados, o Prêmio Nobel do Surto Acadêmico vai para os que vão defender
o TCC. Esses já nem se recordam que existe um negócio chamado “vida”. Passam na frente da
banca de jornal e já têm dor de barriga só de pensar na palavra “banca”. O vocabulário se
resume a: capa dura, capítulo, rodapé, orientador, espiral e pânico. Não tem água com açúcar,
suco de maracujá ou calmante que resolva. O único remédio para essa dor é um composto de
8 letras: a + p + r + o + v + a + d + o. Mas, falando sério, não é fácil mesmo. Tem que ter
muita força de vontade e compromisso. Provas, trabalhos, fichamentos, estágio, emprego,
trânsito, ônibus, metrô, chuvaradas no fim da tarde, correria para evitar atrasos, chororô para
justificar atrasos. Tem um ou outro fanfarrão, mas a maioria dá duro mesmo.
Tem conta pra pagar; casa para arrumar; relatório para entregar; filho para cuidar. Desses
alunos que têm filho, por sinal, sou fã incondicional.
Não vou dizer para vocês que quando se formarem melhora. Seria mentira. As
responsabilidades crescem em uma proporção bem incompatível com a progressão do salário;
as horas de sono não aumentam e ainda tem uma pós, um mestrado e um futuro te esperando.
Mas posso dizer: vale a pena. Segurem a onda, força na peruca, inspira, respira, não pira. Já
já o Natal tá aí. E uma hora o diploma também chega. Talvez vocês já não tenham cabelos, as
unhas estejam completamente roídas, as olheiras tenham cor de berinjela e a miopia alcance 8
graus em cada olho, mas acreditem gatinhos, vocês chegam lá. Palavra de quem chegou (com
algum cabelo, alguns dentes e alguma sanidade, até que se prove o contrário )
Fonte: http://vida-estilo.estadao.com.br/blogs/ruth-manus/universitarios-em-fim-de-semestre-
sobreviventes/
E) O texto apresenta linguagem denotativa, a qual preza pela norma culta padrão, sem desvios
gramaticais e sem linguagem figurada.
9. AOCP
Oi, Chico!
Clarice Lispector
Oh, Chico Buarque, pois não é que recebi uma carta de uma cidade do Rio Grande do Sul,
Santa Maria, a respeito de você e de mim? É o seguinte: a moça me lê num jornal de Porto Alegre.
E, muito jovem, diz que sente grande afinidade comigo, que eu escrevo exatamente como ela
sente. Mas que sua maior afinidade comigo vem do fato de eu ter escrito sobre você, Chico. Diz:
"Eu, como você, tenho uma inclinação enorme por ele. Achava eu que esta inclinação (que é
motivo de troça de meus amigos) era um pouco de infantilismo meu, talvez uma regressão à
infância, mas lendo seus bilhetes descobri que não, que a razão é justamente conforme suas
palavras: ser ele altamente gostável e possuir candura. Você também tem candura, que se
percebe ao ler uma só linha sua." Ela, Chico, não entendeu que você não é meu ídolo; eu não
tenho ídolos. Você para mim é um rapaz de ouro, cheio de talento e bondade. Inclusive fico
simplesmente feliz em ouvir quinhentas vezes em seguida "A banda", e um dia desse dancei com
um de meus filhos. Mas é só, meu caro amigo. [...] Olhe, moça simpática, sua carta é um amor, e
tenho certeza de que Chico ia gostar de você, é impossível não. Pois se Chico tem candura, e
você acha que também tenho, você, minha amiguinha, é mil vezes mais cândida do que nós.
Mando-lhe um beijo e tenho certeza de que Chico lhe manda outro beijo ― não, não desmaie. [...]
Sobre o excerto “Achava eu que esta inclinação (que é motivo de troça de meus amigos)
era um pouco de infantilismo meu [...]”, assinale a alternativa correta.
D) Os parênteses poderiam ser suprimidos sem que isso causasse mudança sintática ou
semântica ao excerto.
10. AOCP
Clara Braga
Observei que ultimamente o termo “pais de pets” tem se popularizado e eu acho isso muito
legal! Eu mesma me considero mãe de pet, tenho uma cadelinha linda, que é uma companheira
da família, principalmente do meu filho.
Mas, uma coisa me preocupou em relação a algumas pessoas com quem conversei nos
últimos dias. Não foi uma ou duas, foram algumas várias pessoas que compartilharam do mesmo
pensamento. Todas disseram que decidiram ter um cachorro ou um gato para ver se levavam jeito
para serem pais e, então, decidirem se teriam ou não filhos humanos!
A gente ama os pets como se fossem filhos, eles são da família, aparecem nas fotos de natal,
têm seu próprio book, dormem na nossa cama, estão sempre do nosso lado, se ficam doentes, a
gente sofre, mas mesmo doentes não dão o trabalho que uma criança dá!
Comparar as situações é injusto até com o pet, já que ele também não sabe se está preparado
para a chegada de um mini humano. Só o pet sabe o que é ter seu rabo puxado constantemente,
ver seu pote de água sendo virado, ver brinquedos espalhados no chão e não poder brincar, enfim,
aposto que eles também têm suas dúvidas!
E sabe quem mais tem dúvida? Quem já é pai e mãe, pois eles sabem que tudo que funcionou
com um pode não funcionar com o segundo, então bate o pânico de novo! Ou seja, nada se
compara a ter um filho, nem ter um filho!
Verdade seja dita, nós nunca estamos preparados, contudo damos um jeito. Depois de um dia
difícil, segurar seu filho no colo, ganhar um beijo e um sorriso, faz você entender todo o resto. Não
te faz esquecer, não te deixa menos cansado, não faz você levantar e sair cantando e dançando
como se estivesse em um musical, mas faz você entender, principalmente se junto você tiver seu
pet pronto para também ganhar e dar carinho para todo mundo.
A) é um relato, já que a autora conta sua experiência com filhos e animais de estimação.
B) é uma crônica, na qual se parte de um tema banal, ter um pet, para propor uma reflexão
sobre o comportamento dos pais em relação à comparação entre ter um filho e ter animais de
estimação.
C) é um artigo de opinião, visto que a função do texto é persuadir os leitores a aceitarem que
filhos e pets não devem ser tratados da mesma maneira.
1. A
2. E
3. B
4. D
5. C
6. B
7. A
8. C
9. C
10. B
1. AOCP
Oi, Chico!
Clarice Lispector
Oh, Chico Buarque, pois não é que recebi uma carta de uma cidade do Rio Grande do Sul,
Santa Maria, a respeito de você e de mim? É o seguinte: a moça me lê num jornal de Porto Alegre.
E, muito jovem, diz que sente grande afinidade comigo, que eu escrevo exatamente como ela
sente. Mas que sua maior afinidade comigo vem do fato de eu ter escrito sobre você, Chico. Diz:
"Eu, como você, tenho uma inclinação enorme por ele. Achava eu que esta inclinação (que é
motivo de troça de meus amigos) era um pouco de infantilismo meu, talvez uma regressão à
infância, mas lendo seus bilhetes descobri que não, que a razão é justamente conforme suas
palavras: ser ele altamente gostável e possuir candura. Você também tem candura, que se
percebe ao ler uma só linha sua." Ela, Chico, não entendeu que você não é meu ídolo; eu não
tenho ídolos. Você para mim é um rapaz de ouro, cheio de talento e bondade. Inclusive fico
simplesmente feliz em ouvir quinhentas vezes em seguida "A banda", e um dia desse dancei com
um de meus filhos. Mas é só, meu caro amigo. [...] Olhe, moça simpática, sua carta é um amor, e
tenho certeza de que Chico ia gostar de você, é impossível não. Pois se Chico tem candura, e
você acha que também tenho, você, minha amiguinha, é mil vezes mais cândida do que nós.
Mando-lhe um beijo e tenho certeza de que Chico lhe manda outro beijo ― não, não desmaie. [...]
A) ele pertence ao gênero carta do leitor, uma vez que a moça de Santa Maria é leitora de
Clarice Lispector e escreve uma carta para ela.
B) nele predomina a função referencial da linguagem, centrada no assunto, como pode ser
comprovado pelo fato de ter sido produzido por uma escritora de literatura.
C) tanto a moça de Santa Maria quanto Clarice têm uma inclinação idolátrica por Chico Buarque.
E) a moça de Santa Maria diz se identificar com Clarice porque ambas possuem candura.
2. AOCP
Texto I
Texto II
O Bicho,
Vi ontem um bicho
Na imundície do pátio
Texto III
No Brasil, medidas restritivas de liberdades individuais, tais como: quarentena, isolamento social,
adoção de protocolos sanitários; e, até mesmo fechamento de fronteiras, foram autorizadas pela
Lei 13.979/2020 e passaram a ser exigidas por meio de regras, editadas em todo o país, pelas
A Declaração Universal do Direitos do Homem, em seu artigo 3°, reconhece que: “todo indivíduo
tem direito à vida, à liberdade e à segurança pessoal”; e, no art. 25°. 1, prevê que “toda a pessoa
tem direito a um nível de vida suficiente para lhe assegurar e à sua família a saúde e o bem-estar,
principalmente quanto à alimentação
[...]”.
Por sua vez, o Pacto Internacional sobre Direitos Econômicos, Sociais e Culturais das Nações
Unidas, de 1966, estabelece, em seu art. 11, o “direito de todos de usufruir de um padrão de vida
adequado para si mesmo e sua família, incluindo moradia, vestuário e alimentação adequados, e
à melhoria contínua das condições de vida”.
Não é por outro motivo que o Protocolo de San Salvador reconhece expressamente, no seu art.
12, o direito à alimentação e o relaciona com a produção, abastecimento e distribuição de
alimentos.
Por fim, o direito à alimentação adequada foi detalhado no Comentário Geral nº 12 do Comitê de
Direitos Econômicos, Sociais e Culturais do Alto Comissariado de Direitos Humanos da ONU, de
1999 [...].
O abastecimento de alimentos impacta muito mais que nossa dieta. A produção de alimentos traz
inegáveis consequências para o meio ambiente, gera reflexos nas concentrações populacionais
e afeta movimentos migratórios de natureza econômica. No entanto, as pessoas têm o direito a
ter alimentos saudáveis e culturalmente adequados, produzidos e distribuídos por métodos
sustentáveis, bem como o direito de definir seus próprios sistemas alimentares, o que é chamado
de "soberania alimentar".
O problema é tão sério que, provocado pelo Conselho Federal da O.A.B., na ADPF 672/DF, o
Supremo Tribunal Federal, por intermédio do ministro Alexandre de Moraes, se posicionou [...] e,
ao fim, concedeu-se parcialmente a medida cautelar para:
A decisão reputou constitucional a adoção de medidas restritivas de liberdades por parte de entes
federativos subnacionais, da mesma forma que se reconheceu a competência comum destes para
a organização do abastecimento alimentar.
[...] Por fim, mesmo que a pandemia da Covid-19 faça com que o estado democrático de direito
seja testado ao limite de suas instituições, a constituição ainda se mostra capaz de unir a
sociedade e incentivar a colaboração mútua, de todos, não só para proteger o direito à saúde,
mas também para assegurar a alimentação adequada.
C) referencial, uma vez que se dedica a informar o leitor, sobretudo, com relação ao direito à
alimentação adequada no cenário pandêmico.
D) emotiva, já que o autor evidencia sua visão sobre o direito à alimentação adequada.
E) fática, pois se centra na comunicação entre autor e leitor, principal interessado em termos de
conhecimento sobre direitos constitucionais.
A)
B) Tenho Tanto Sentimento Tenho tanto sentimento Que é frequente persuadir-me De que sou
sentimental, Mas reconheço, ao medir-me, Que tudo isso é pensamento, Que não senti afinal.
(...)
D)
4. AOCP
5. AOCP
Gregório de Matos Guerra: o Boca do Inferno
Gregório de Matos Guerra nasceu em Salvador (BA) e morreu em Recife (PE). Estudou
no colégio dos jesuítas e formou-se em Direito em Coimbra (Portugal). Recebeu o apelido
de Boca do Inferno, graças a sua irreverente obra satírica. Gregório de Matos firmou-se
como o primeiro poeta brasileiro: cultivou a poesia lírica, satírica, erótica e religiosa. O que
se conhece de sua obra é fruto de inúmeras pesquisas, pois Gregório não publicou seus
poemas em vida. Por essa razão, há dúvidas quanto à autenticidade de muitos textos que
lhe são atribuídos.
A) metalinguística.
B) emotiva.
C) referencial.
D) fática.
E) conativa.
6. AOCP
Gregório de Matos Guerra: o Boca do Inferno
Gregório de Matos Guerra nasceu em Salvador (BA) e morreu em Recife (PE). Estudou
no colégio dos jesuítas e formou-se em Direito em Coimbra (Portugal). Recebeu o apelido
de Boca do Inferno, graças a sua irreverente obra satírica. Gregório de Matos firmou-se
como o primeiro poeta brasileiro: cultivou a poesia lírica, satírica, erótica e religiosa. O que
se conhece de sua obra é fruto de inúmeras pesquisas, pois Gregório não publicou seus
poemas em vida. Por essa razão, há dúvidas quanto à autenticidade de muitos textos que
lhe são atribuídos.
B) O objetivo é o de influenciar, convencer o receptor de alguma coisa por meio de uma ordem.
A) Emotiva, marcada pela comoção ao tratar de um tema delicado como a exploração sexual
infantil.
No início dos anos 80, a humanidade teve que se adequar às novas posturas em nome de um
mercado globalizado. Agora, acomoda-se aos critérios do mundo digitalizado para não se excluir
da dança orquestrada pelos artífices da vida virtual. São regras e comportamentos assentados
sem plebiscitos ou referendos. [...]
No modus vivendi da pressa e do estresse, enquanto marco da nova era, abre-se o leque para
temáticas que vão desde os meandros da informática até a implantação de chips em humanos,
sem embargo das nuvens que acondicionam informações digitais.
Quanto ao Texto IV, no que diz respeito aos elementos da comunicação e às funções da
linguagem, assinale a alternativa correta.
B) A função emotiva não está presente no texto, pois, para isso ocorrer, ele deveria estar escrito
na 1ª pessoa do singular
E) No texto, predomina a função apelativa, pois há diversas marcas linguísticas que comprovam
que o propósito comunicativo do texto é convencer o leitor.
9. AOCP
Médicos do Reino Unido recomendam cuidar
de plantas para tratar depressão
Cuidar de uma horta, por menor que ela seja, às vezes não é tão simples. É preciso escolher
o local certo, a quantidade exata de adubo, tomar cuidado para não regar demais e por aí vai.
Mas (com o perdão do trocadilho) pode render bons frutos: as plantas que você cultiva no sítio,
no jardim ou mesmo no seu apartamento podem ajudar no tratamento da depressão.
Recentemente, a revista Fast Company mostrou que médicos do Cornbrook Medical
Practice, uma clínica médica em Manchester, no Reino Unido, começaram a sugerir a prática da
jardinagem para pacientes que sofrem de depressão e ansiedade. A recomendação vem da ideia
de que o contato com a natureza (mesmo que seja apenas um vaso de planta), pode fazer bem à
saúde.
Na clínica Cornbrook, há um jardim que os pacientes podem frequentar e, ainda, convidar
amigos e familiares para ajudar a plantar ervas como a hortelã e a erva-cidreira. O projeto é uma
parceria com a ONG Sow the City (algo como “Semeie a Cidade”, em português), que trabalha
em conjunto com hospitais, escolas, prefeituras e empresas para desenvolver ações como jardins
comunitários, pesquisas sobre agricultura urbana, iniciativas sustentáveis, entre outras.
Ecoterapia
Trocar remédios por sementes parece uma novidade, mas a Sow the City já desenvolve
projetos na área da saúde há alguns anos. É o caso do programa “Hospital Beds”, que construiu
canteiros na área externa de um hospital de Manchester para pacientes com doenças mentais. O
objetivo é aumentar o tempo ao ar livre deles e estimular a socialização. “Há evidências de que
pessoas socialmente isoladas têm piores resultados no tratamento”, disse à Fast Company Jon
Ross, diretor da ONG.
Ao realizar uma ação, a Soy the City trabalha em conjunto com os médicos para definir qual
tipo de terapia será o mais adequado para o lugar. Depois, os profissionais recebem treinamento
O excerto “Mas (com o perdão do trocadilho) pode render bons frutos [...]” revela a
utilização de uma função da linguagem que prioriza
D) o emissor, visto que a expressão utilizada demonstra a opinião do autor sobre a jardinagem.
10. AOCP
Aplicativo detecta problemas de visão em
É nisso que aposta o aplicativo CRADLE (berço, em inglês, mas também a sigla para
“detector de leucocoria assistido por computador”), ou White Eye Detector, desenvolvido por
pesquisadores americanos. Chama-se de “leucocoria” um tipo de reflexo anormal na pupila,
comumente detectado em crianças. O que os criadores da ideia acreditam é que fotos de celular
podem ser uma forma simples de se captar sinais do tipo – e diagnosticar problemas de visão
logo no começo da vida. [...] Um artigo científico inédito que avaliou o seu funcionamento e eficácia
foi publicado na revista Science Advances na última quarta-feira (2).
Assim como fotos com flash às vezes deixam quem posa de olhos vermelhos, doenças na
vista (como retinoblastoma ou catarata, por exemplo) fazem os bebês saírem na foto com a pupila
esbranquiçada. […] Sabendo que olhos esbranquiçados indicam problemas na visão, o algoritmo
busca, então, detectar pixels de cor branca nas imagens. Quando os tais pixels aparecem na
região da foto onde estão os olhos dos pequenos, a inteligência artificial acusa a chance de
doenças na vista.
[…] Ainda que o aplicativo ofereça uma análise refinada, os pesquisadores destacam que
o seu trabalho não substitui um diagnóstico médico de verdade. A ferramenta serviria mais como
um ponto de partida: um teste preliminar que indica que algo não está como deveria, e precisa
ser alvo de uma avaliação profissional.
Com base no texto de apoio, informe se é verdadeiro (V) ou falso (F) o que se afirma a
seguir e assinale a alternativa que apresenta a sequência correta.
A) F – V – V.
B) V – F – V.
C) V – V – V.
D) V – F – F.
1.D
2. C
3. A
4. D
5. C
6. E
7. C
8. C
9. B
10. B
1. AOCP
Tatiana Pronin
Uma alegria contagiante pode se transformar em tristeza profunda em um piscar de olhos porque
alguém "pisou na bola". O amor intenso vira ódio profundo, porque a atitude foi interpretada como
traição; o sentimento sai de controle e se traduz em gritos, palavrões e até socos. E, então, bate
uma culpa enorme e o medo de ser abandonado, como sempre. Dá vontade de se cortar, de beber
e até de morrer, porque a dor, o vazio e a raiva de si mesmo são insuportáveis. As emoções e
comportamentos exaltados podem dar uma ideia do que vive alguém com transtorno de
personalidade borderline (ou "limítrofe").
Reconhecido como um dos transtornos mais lesivos, leva a episódios de automutilação, abuso de
substâncias e agressões físicas. Além disso, cerca de 10% dos pacientes cometem suicídio. Além
da montanha-russa emocional e da dificuldade em controlar os impulsos, o borderline tende a
enxergar a si mesmo e aos outros na base do "tudo ou nada", o que torna as relações familiares,
amorosas, de amizade e até mesmo a com o médico ou terapeuta extremamente desgastantes.
Ainda que seja inteligente, talentoso e brilhante no que faz, reage como uma criança ao se
relacionar com os outros e com as próprias emoções — o que os psicanalistas chamam de "ego
imaturo". Em muitos casos, o transtorno fica camuflado entre outros, como o bipolar, a depressão
e o uso abusivo de álcool, remédios e drogas ilícitas.
De forma resumida, um transtorno de personalidade pode ser descrito como um jeito de ser, de
sentir, se perceber e se relacionar com os outros que foge do padrão considerado "normal" ou
saudável. Ou seja, causa sofrimento para a própria pessoa e/ou para os outros. Enquadrar um
indivíduo em uma categoria não é fácil — cada pessoa é um universo, com características
próprias. [...]
O paciente borderline sofre os períodos de instabilidade mais intensos no início da vida adulta. Há
situações de crise, ou maior descontrole, que podem até resultar em internações porque o
paciente coloca sua própria vida ou a dos outros em risco. Por volta dos 40 ou 50 anos, a maioria
dos "borders" melhora bastante, probabilidade que aumenta se o paciente se engaja no
tratamento. [...]
A personalidade envolve não só aspectos herdados, mas também aprendidos, por isso a melhora
é possível, ainda que seja difícil de acreditar no início. Se a psicoterapia é importante para ajudar
o bipolar a identificar uma virada e evitar perdas, no transtorno de personalidade ela é o carro-
chefe do tratamento. [...]
Ainda em relação ao trecho “Esses últimos costumam ser até solicitados pelos pacientes,
mas devem ser evitados ao máximo, porque podem afrouxar o controle dos impulsos,
assim como o álcool, além de causarem dependência.”, os verbos destacados retomam a
expressão “Esses últimos” e fazem referência a ela por meio de
C) coesão por anáfora, em que se usa um elemento para anunciar outro, ainda não mencionado
no texto.
D) coesão por catáfora, em que se usa um elemento para recuperar outro, já mencionado no
texto.
2. AOCP
Ética Profissional: o que é e qual a sua importância
A ética profissional é um dos critérios mais valorizados no mercado de trabalho. Ter uma boa
conduta no ambiente de trabalho pode ser o passaporte para uma carreira de sucesso. Mas afinal,
o que define uma boa ética profissional e qual sua importância? Acompanhe!
A vida em sociedade, que preza e respeita o bem-estar do outro, requer alguns comportamentos
que estão associados à conduta ética de cada indivíduo. A ética profissional é composta pelos
padrões e valores da sociedade e do ambiente de trabalho que a pessoa convive.
No meio corporativo, a ética profissional traz maior produtividade e integração dos colaboradores
e, para o profissional, ela agrega credibilidade, confiança e respeito ao trabalho.
Contudo, há ainda muitas dúvidas acerca do que é ética, por isso, antes de falar sobre ética
profissional, é importante entender um pouco sobre o que é ética e qual é a diferença entre ética
e moral. Confira:
O que é ética?
A palavra Ética é derivada do grego e apresenta uma transliteração de duas grafias distintas,
êthos que significa “hábito”, “costumes” e ethos que significa “morada”, “abrigo protetor”.
Dessa raiz semântica, podemos definir ética como uma estrutura global, que representa a casa,
feita de paredes, vigas e alicerces que representam os costumes. Assim, se esses costumes se
perderem, a estrutura enfraquece e a casa é destruída.
Embora “ética” e “moral” sejam palavras usadas, muitas vezes, de maneira similar, ambas
possuem significados distintos. A moral é regida por leis, regras, padrões e normas que são
adquiridos por meio da educação, do âmbito social, familiar e cultural, ou seja, algo que vem de
fora para dentro.
Para o filósofo alemão Hegel, a moral apresenta duas vertentes, a moral subjetiva associada ao
cumprimento de dever por vontade e a moral objetiva que é a obediência de leis e normas
impostas pelo meio.
No entanto, ética e moral caminham juntas, uma vez que a moral se submete a um valor ético.
Dessa forma, uma ética individual, quando enraizada na sociedade, passa a ter um valor social
que é instituído como uma lei moral.
Além da experiência e autonomia em sua área de atuação, o profissional que apresenta uma
conduta ética conquista mais respeito, credibilidade, confiança e reconhecimento de seus
superiores e de seus colegas de trabalho.
A conduta ética também contribui para o andamento dos processos internos, aumento de
produtividade, realização de metas e a melhora dos relacionamentos interpessoais e do clima
organizacional.
Quando profissionais prezam por valores e princípios éticos como gentileza, temperança, amizade
e paciência, existem bons relacionamentos, mais autonomia, satisfação, proatividade e inovação.
Para isso, é conveniente que se tenha um código de conduta ética, para orientar o comportamento
de seus colaboradores de acordo com as normas e postura da organização.
[...]
Cultivar a ética profissional no ambiente de trabalho traz benefícios e vantagens a todos, uma vez
que ela proporciona crescimento a todos os envolvidos.
A) metonímia.
B) perífrase.
C) hipérbole.
D) símile.
E) catacrese.
3. AOCP
O texto a seguir refere-se à questão.
Somos estimulados a sonhar, a buscar objetivos e a nos orientar em direção ao que desejamos.
Às vezes, o problema é que não sabemos o que queremos. É o que tenho observado em muitas
pessoas, até em mim mesma. A dúvida aparece quando terminamos uma etapa, como concluir
alguns estudos ou finalizar um trabalho. Também surge quando estamos cansados de uma
determinada situação, quando temos de nos reinventar devido às circunstâncias ou quando nos
deparamos com um fracasso ou um contratempo. [...] Um pequeno exercício de reflexão pode nos
ajudar a recuperar sonhos e a definir objetivos que nos animem. Vejamos algumas dicas práticas.
Primeiro, não devemos confundir nossos sonhos com fantasias. Um sonho é um projeto que
nos anima, como estudar algo novo, comprar um carro ou ter um filho. Pode ser mais ou menos
ambicioso, mas nos impulsiona a nos esforçar para conseguir realizá-lo. Já uma fantasia é algo
que vive em nossa mente, que gostamos de imaginar, mas que, no fundo, sabemos que nunca
vamos dedicar muita energia para alcançá-lo. [...] Dar a volta ao mundo, viver nas ilhas
paradisíacas do Pacífico ou se tornar diretor de cinema em Hollywood poderiam ser alguns
exemplos. Aprender a diferenciar os sonhos das fantasias nos faz ser honestos conosco mesmos
e nos alivia da pressão de conseguir estas últimas, das quais, insistimos, não necessitamos.
[...] Quando não sabemos o que queremos ou não temos um sonho claro, podemos fazer várias
coisas. Por um lado, podemos recuperar sonhos do passado como forma de inspiração. A
A) Comparação e metáfora.
B) Metáfora e comparação.
C) Analogia e metonímia.
D) Metáfora e símile.
E) Símile e comparação.
Visto que seres humanos passam a maior parte de suas vidas em ambientes fechados, não nos
surpreende o fato de que determinadas características do espaço construído têm um impacto
significativo em nosso comportamento psíquico. Condições de iluminação, de escala e proporção
assim como os materiais e suas texturas são características espaciais que emitem informações
para nossos sentidos, afetando a maneira como nos relacionamos com o espaço, produzindo um
sem fim de sensações e reações.
No entanto, pessoas foram sendo empilhadas em caixas para servir um sistema de produção em
massa destinado a alimentar uma sociedade faminta pelo consumismo. De fato, o empilhamento,
ou verticalização, é um fenômeno que surgiu em resposta à Revolução Industrial e ao
consequente aumento exponencial das pessoas que, em busca de ofertas de emprego,
começaram a abarrotar cidades completamente despreparadas para absorver tal contingente
humano. As unidades habitacionais se tornaram mais compactas para que os edifícios pudessem
acomodar um número cada vez maior de habitantes.
“As características dos espaços que projetamos são capazes de induzir determinados tipos de
comportamento nas pessoas”, diz a psicóloga ambiental e designer de interiores Migette Kaup.
Por exemplo, projetos que incorporam noções de equilíbrio, proporção, simetria e ritmo são
capazes de provocar uma sensação de tranquilidade e harmonia. As cores, por sua vez, também
são capazes de provocar sensações de conforto ou estimular a comunicação entre as pessoas.
A luz é um universo em si e depende muito da tipologia de espaço de que estamos falando. Uma
luz suave sugere um espaço mais introspectivo, enquanto uma luz mais intensa caracteriza um
espaço mais extrovertido. Para a psicóloga, a iluminação natural abundante é um excelente
estímulo à produtividade e ao bem estar físico e mental das pessoas.
Por outro lado, determinadas características espaciais provocam ansiedade, outras estimulam
uma sensação de equilíbrio e serenidade. Acontece que nem sempre somos conscientes de
nossas reações e acabamos agindo sem saber porquê. Irving Weiner, professor de psicologia
ambiental do Massasoit Community College de Middleborough, Massachusetts, afirma que
“muitas dessas características ambientais não podem ser vistas ou apreendidas por nossos
sentidos, mas, ainda assim, são capazes de influenciar diretamente o nosso comportamento ou
humor”.
A) eufemismo.
B) hipérbole.
C) antítese.
D) personificação.
E) onomatopeia.
5. AOCP
Como Criamos Significados Na Linguagem Cotidiana?
Lilian Ferrari
É comum, nos dias atuais, ouvirmos expressões como “maratonar um seriado”, “combater fake
news” ou “bloquear um contato no WhatsApp”. E embora não tenhamos nenhuma dificuldade em
produzir ou compreender essas expressões, nem sempre nos damos conta de que esses usos,
como tantos outros em nossa linguagem cotidiana, não são literais, mas sim metafóricos. Isso
porque tudo o que nos foi ensinado sobre metáforas faz com que pensemos que só é possível
encontrá-las em textos elaborados, produzidos por especialistas que têm uma habilidade especial
no manejo da linguagem, tais como escritores, poetas e afins.
Mas como são esses processos de pensamento? Por que, afinal de contas, temos a habilidade
de pensar metaforicamente? A resposta é relativamente simples, e tem a ver com o fato de que
temos que lidar com ideias que não fazem parte de nossa experiência corporal mais direta. Se
No caso do tempo, uma das possibilidades é pensar no tempo como se fosse espaço, e mais
especificamente, como se fosse um local. Nesse caso, assim como podemos falar que estamos
em um determinado lugar (ex. “Estamos na praça”), podemos nos referir a um período de tempo
usando a mesma ideia de local (ex. “Estamos na primavera”). [...]
B) o tempo é algo tangível, já que sentimos seus efeitos no nosso corpo quando envelhecemos.
Clarice Lispector
Oh, Chico Buarque, pois não é que recebi uma carta de uma cidade do Rio Grande do Sul,
Santa Maria, a respeito de você e de mim? É o seguinte: a moça me lê num jornal de Porto Alegre.
E, muito jovem, diz que sente grande afinidade comigo, que eu escrevo exatamente como ela
sente. Mas que sua maior afinidade comigo vem do fato de eu ter escrito sobre você, Chico. Diz:
"Eu, como você, tenho uma inclinação enorme por ele. Achava eu que esta inclinação (que é
motivo de troça de meus amigos) era um pouco de infantilismo meu, talvez uma regressão à
infância, mas lendo seus bilhetes descobri que não, que a razão é justamente conforme suas
palavras: ser ele altamente gostável e possuir candura. Você também tem candura, que se
percebe ao ler uma só linha sua." Ela, Chico, não entendeu que você não é meu ídolo; eu não
tenho ídolos. Você para mim é um rapaz de ouro, cheio de talento e bondade. Inclusive fico
simplesmente feliz em ouvir quinhentas vezes em seguida "A banda", e um dia desse dancei com
um de meus filhos. Mas é só, meu caro amigo. [...] Olhe, moça simpática, sua carta é um amor, e
tenho certeza de que Chico ia gostar de você, é impossível não. Pois se Chico tem candura, e
você acha que também tenho, você, minha amiguinha, é mil vezes mais cândida do que nós.
Mando-lhe um beijo e tenho certeza de que Chico lhe manda outro beijo ― não, não desmaie. [...]
Qual é a figura de linguagem presente nos excertos “Inclusive fico simplesmente feliz em
ouvir quinhentas vezes em seguida ‘A banda’ [...]” e “[...] você, minha amiguinha, é mil
vezes mais cândida do que nós.”?
A) Hipérbole.
B) Eufemismo.
C) Metáfora.
D) Pleonasmo.
7. AOCP
Somos estimulados a sonhar, a buscar objetivos e a nos orientar em direção ao que desejamos.
Às vezes, o problema é que não sabemos o que queremos. É o que tenho observado em muitas
pessoas, até em mim mesma. A dúvida aparece quando terminamos uma etapa, como concluir
alguns estudos ou finalizar um trabalho. Também surge quando estamos cansados de uma
determinada situação, quando temos de nos reinventar devido às circunstâncias ou quando nos
deparamos com um fracasso ou um contratempo. [...] Um pequeno exercício de reflexão pode nos
ajudar a recuperar sonhos e a definir objetivos que nos animem. Vejamos algumas dicas práticas.
Primeiro, não devemos confundir nossos sonhos com fantasias. Um sonho é um projeto que
nos anima, como estudar algo novo, comprar um carro ou ter um filho. Pode ser mais ou menos
ambicioso, mas nos impulsiona a nos esforçar para conseguir realizá-lo. Já uma fantasia é algo
que vive em nossa mente, que gostamos de imaginar, mas que, no fundo, sabemos que nunca
vamos dedicar muita energia para alcançá-lo. [...] Dar a volta ao mundo, viver nas ilhas
paradisíacas do Pacífico ou se tornar diretor de cinema em Hollywood poderiam ser alguns
exemplos. Aprender a diferenciar os sonhos das fantasias nos faz ser honestos conosco mesmos
e nos alivia da pressão de conseguir estas últimas, das quais, insistimos, não necessitamos.
[...] Quando não sabemos o que queremos ou não temos um sonho claro, podemos fazer várias
coisas. Por um lado, podemos recuperar sonhos do passado como forma de inspiração. A
adolescência é uma época muito frutífera de ideias. Valeria a pena lembrar do que gostávamos
ou o que nos animava. O objetivo não é realizar os sonhos ao pé da letra. Talvez tenham ficado
um pouco desatualizados ou, simplesmente, sejam impossíveis de alcançar, como se queríamos
ser astronautas e agora temos 40 anos. Os velhos sonhos atuam como faróis, não são cartas de
navegação, daí a importância de recuperá-los. Retomando o exemplo anterior do astronauta,
obtemos informações sobre nós mesmos. Com esse exercício simples, lembramos que
gostávamos de aventuras ou de estudar as estrelas. Dessa forma, podemos nos matricular em
um curso de astronomia, comprar um telescópio ou acessar os recursos da NASA para conhecer
mais a respeito. E você, o que gostava de fazer quando era mais jovem? O que pode extrair
daquilo?
Outra forma de nos orientarmos é pensar naquilo que não queremos. Talvez este exercício não
seja tão atraente quanto imaginar a si mesmo no futuro, mas é um passo válido. O que eu quero
parar de fazer? Pode ser no âmbito pessoal ou profissional, como evitar me irritar por alguma
coisa, não continuar neste trabalho ou manter uma amizade.
Quais são as figuras de linguagem presentes nos excertos “Os velhos sonhos atuam
como faróis [...]” e “[os velhos sonhos] não são cartas de navegação [...]”,
respectivamente?
A) Comparação e metáfora.
B) Metáfora e comparação.
C) Analogia e metonímia.
D) Metáfora e símile.
E) Símile e comparação.
8. AOCP
Consumo Consciente
Helio Mattar
A adoção de processos sustentáveis é uma questão não de escolha, mas de sobrevivência. Não
desta ou daquela empresa, mas da vida de todos os indivíduos do planeta. Portanto, é
imprescindível que os valores da sustentabilidade sejam incorporados a marcas, bens, serviços e
aos pequenos atos do cotidiano. Pesquisas realizadas ao longo de dez anos de trabalho para
conscientizar a população das formas mais racionais e sustentáveis de consumir comprovam que
quem investe em sustentabilidade ganha também na preferência do consumidor. Afinal, 65% dos
chamados formadores de opinião discutem o comportamento ético socioambiental de empresas,
assim como 41% da população brasileira, segundo a Pesquisa Responsabilidade Social das
As empresas obviamente precisam de lucros, mas os interesses empresariais devem ir muito além
da esfera monetária e focar, principalmente, uma sociedade melhor para todos. E cada membro
dessa sociedade sustentável deve necessariamente superar o consumismo para assentar bases
mais no durável e menos no descartável, mais no virtual e menos no físico, mais no público ou no
compartilhado e menos no individual, mais no uso que na posse, mais no renovável que no fóssil,
mais na cooperação que na competição.
As corporações e a propaganda podem contribuir fortemente como indutoras desse novo estilo
de vida ao estimular a imaginação e a projeção de um futuro sustentável e desejável e ao investir
em meios para alcançar esse futuro: inovação de processos, de produtos e de comportamentos,
reforço de novos valores da sustentabilidade e articulação, pressão, parceria por novas políticas
públicas para novos projetos, com variados e novos agentes.
Hoje, as mudanças já vêm ocorrendo e, com um atributo muito simples, é possível acelerar na
direção da sustentabilidade: comunicação clara e transparente. Do rótulo à campanha na TV. O
consumidor precisa de informações sobre os impactos ambientais e sociais de seu consumo para
que possa exercer escolhas conscientes. Dando informação confiável, a corporação não só
destaca seu produto e melhora a cadeia produtiva, mas também aumenta o protagonismo do
consumidor. Mostra respeito por ele e diz "você é nosso parceiro rumo à sociedade sustentável".
Essa é a arma mais eficaz a ser posta a serviço da sociedade. Quanto mais marcas e agências
de publicidade o fizerem, mais contribuirão para uma vida melhor para todos, hoje e no futuro.
Helio Mattar, 63, PhD em engenharia industrial, é diretor-presidente do Instituto Akatu, ONG que
trabalha há dez anos pelo consumo consciente.
Analise o período que segue. “Essa é a arma mais eficaz a ser posta a serviço da
sociedade.”. Sobre esse período, informe se é verdadeiro (V) ou falso (F) o que se afirma
a seguir e assinale a alternativa com a sequência correta.
( ) Para entendimento de tal período, os termos empregados devem ser lidos em sentido
denotativo. ( ) O autor propõe ao leitor uma leitura metafórica do período. ( ) Há uma
comparação entre uma “arma”, combativa, e uma suposta ação sustentável e
transparente por parte de empresas. ( ) O termo “arma”, nesse trecho, é lido como
recurso, meio, expediente de ação. ( ) Por seu teor altamente letal, o termo “arma”, nesse
trecho, subjaz um sentido negativo.
A) V – V – V – F – F.
C) F – V – V – V – F.
D) V – F – F – V – V.
E) F – V – V – F – F.
9. AOCP
Vivemos tempos frenéticos. A cada década que passa o modo de vida de 10 anos atrás
parece ficar mais distante: 10 anos viraram 30, e logo teremos a sensação de ter se passado
50 anos a cada 5. E o mundo infantil foi atingido em cheio por essas mudanças: já não se
educa (ou brinca, alimenta, veste, entretêm, cuida, consola, protege, ampara e satisfaz)
crianças como antigamente!
O iPad, por exemplo, já é companheiro imprescindível nas refeições de milhares de
crianças. Em muitas casas a(s) TV(s) fica(m) ligada(s) o tempo todo na programação infantil
– naqueles canais cujo volume aumenta consideravelmente durante os comerciais –
mesmo quando elas estão comendo com o iPad à mesa.
Muitas e muitas crianças têm atividades extracurriculares pelo menos três vezes por
semana, algumas somam mais de 50 horas semanais de atividades, entre escola, cursos,
esportes e reforços escolares.
Existe em quase todas as casas uma profusão de brinquedos, aparelhos, recursos e
pessoas disponíveis o tempo todo para garantir que a criança “aprenda coisas” e não
“morra de tédio”. As préescolas têm o mesmo método de ensino dos cursos pré-
vestibulares.
Tudo está sendo feito para que, no final, possamos ocupar, aproveitar, espremer, sugar,
potencializar, otimizar e, finalmente, capitalizar todo o tempo disponível para impor às
nossas crianças uma preparação praticamente militar, visando seu “sucesso”. O ar nas
casas onde essa preocupação é latente chega a ser denso, tamanha a pressão que as
crianças sofrem por desenvolver uma boa competitividade. Porém, o excesso de estímulos
sonoros, visuais, físicos e informativos impedem que a criança organize seus pensamentos
e atitudes, de verdade: fica tudo muito confuso e nebuloso, e as próprias informações se
misturam fazendo com que a criança mal saiba descrever o que acabou de ouvir, ver ou
fazer
Além disso, aptidões que devem ser estimuladas estão sendo deixadas de lado: Crianças
não sabem conversar. Não olham nos olhos de seus interlocutores. Não conseguem focar
(Fonte: http://www.saudecuriosa.com.br/estamos-enlouquecendo-nossas-criancas-
estimulos-demais-concentracao-de-menos/)
Nas frases: “Vivemos tempos frenéticos”, “Precisamos pausar”, entre outras, podemos
observar qual figura de linguagem?
A) Silepse de pessoa.
B) Perífrase.
C) Elipse.
D) Pleonasmo.
E) Eufemismo.
Observar galáxias distantes nos ajuda a montar o quebra-cabeça do Universo: quanto mais longe
enxergamos, mais ao passado voltamos
Seria legal se pudéssemos passar um filminho revelando a história das galáxias e ver também
como era a Via Láctea no passado. Mas, como não podemos, temos que observar as galáxias
distantes e tentar montar o quebra-cabeça de como esses astros fantásticos evoluem.
O telescópio espacial Hubble é peça-chave para desvendar essa história. Com ele, conseguimos
captar a luz com mais nitidez, já que ela não sofre interferência da atmosfera, mas mesmo assim
temos que deixá-lo aberto por muito tempo para obter a luz fraquinha das galáxias distantes.
Em 1995, o ex-diretor do Hubble, Bob Williams, fez a primeira imagem das profundezas do
Universo exatamente assim. A equipe do Hubble escolheu uma região do céu sem nenhuma
estrela brilhante por perto para garantir que não interferisse na imagem das galáxias de fundo. E
deixou o Hubble aberto durante dez dias captando a luz da mesma região. Uma região do céu
que parecia totalmente vazia mostrou uma imagem incrível cravejada de galáxias.
O Universo é como se fosse uma “máquina do tempo”: quanto mais longe enxergamos, mais ao
passado voltamos. Se vemos uma galáxia a 1 bilhão de anos-luz de nós, significa que a sua luz
levou 1 bilhão de anos atravessando o espaço para chegar até aqui. Ou seja, estamos vendo a
galáxia como ela era há 1 bilhão de anos, no passado, e não como ela é agora.
Desde a imagem histórica feita pelo Hubble, já tivemos muitas outras das profundezas do
Universo. E elas revelam que as galáxias mais longínquas parecem bem pequenas por causa da
distância, como era de se esperar, mas descobrimos também que elas são realmente menores e
não possuem formatos bem definidos. Isso significa que elas crescem e se transformam com o
tempo.
A galáxia mais distante já observada é a GN-z11, que está a 13,4 bilhões de anos-luz de nós! Ou
seja, estamos vendo como ela era quando o Universo tinha apenas 400 milhões de anos. Ela fica
na constelação de Ursa Maior e parece um pontinho vermelho na imagem do Hubble.
Essas galáxias muito distantes estão se afastando aceleradamente de nós, por isso vemos sua
luz sempre mais avermelhada do que deveria ser. Porém, nem os olhos humanos nem o Hubble
conseguem captar o extremo da luz vermelha que precisamos obter para ver mais além.
No trecho "Uma região do céu que parecia totalmente vazia mostrou uma imagem incrível
cravejada de galáxias”, do Texto 1, utiliza-se a figura de linguagem
A) comparação.
B) metonímia.
C) metáfora.
D) sinestesia.
E) sinédoque.
1. A
2. D
3. A
4. D
5. A
6. A
7. A
8. C
9. C
10. C
Quando o sol parte e ficamos entretidos ao redor da fogueira ou de frente à telinha, passamos
a uma dimensão em que é tênue a fronteira entre o real e o imaginário, o território dos mitos, as
sutis engrenagens do nosso modelo social. Esse ritual repete-se há pelo menos 50 mil anos. E,
como é da natureza do que é fundamental, histórias são simples. Todas têm começo, meio e fim;
personagens e protagonistas; um cenário e um tempo. E mais: toda trama possui um narrador,
alguém que escolhe que causo contar, onde o enredo começa e onde termina, o que entra e o
que sai. Esse narrador nem sempre é visível, não há como apontar o autor de um mito ou do que
entendemos como senso comum.
Repetimos a balela do descobrimento da América sem pensar que aqui já viviam pessoas antes
da invasão europeia. Se o uso da linguagem amplifica a capacidade de colaboração, histórias
determinam e influenciam o comportamento social. Se repetimos a narrativa de opressão,
perpetuamos sua essência.
A habilidade narrativa determina quem tem voz. A tensão entre grupos em disputa pela narrativa
é tão velha quanto a linguagem. Religiões e impérios sempre espalharam suas falas e disputaram
a atenção. Identificar essas narrativas e a quem servem é o caminho para delimitar quem nos fala
e inferir o que nos isola ou ajuda a colaborar.
Não existe narrador isento. Por mais cuidadoso que seja, cada um carrega seu conjunto de
valores e é perpassado pelos julgamentos e assunções que vêm com a cultura do grupo. Mesmo
que não tenha mensagem específica, o contador de histórias sempre parte de sua visão de
mundo.
https://vidasimples.co/conviver/guerra-de-narrativas/
Em relação às regras de acentuação gráfica da Língua Portuguesa, assinale a alternativa
incorreta.
A) O verbo “ter” é acentuado, no trecho “Todas têm começo”, para concordar com o sujeito que
está na terceira pessoa do plural.
B) No trecho “alguém que escolhe que causo contar”, a palavra acentuada em destaque recebe
acento, pois é uma palavra oxítona terminada em “em”.
C) A palavra “já” é acentuada no trecho “aqui já viviam”, pois é um monossílabo tônico terminado
em “a”.
2- AOCP
Deixar de dizer que ama um amigo, não poder abraçar quem se gosta, esconder seus sentimentos
e não poder chorar. Para muitos meninos, essas são algumas das regras não escritas das
masculinidades. Nascido dos debates sobre gênero, o conceito de masculinidades abarca as
regras sociais delimitadas aos homens para que eles construam sua maneira de agir consigo,
com o outro e com a sociedade. Muito cedo se aprende que a pena para quem não seguir um
código estrito, que define a masculinidade, é ser visto como “menos homem”, associado à
feminilidade, e, assim, estar vulnerável à violência e ao bullying dos pares.
“A maneira como os garotos são criados faz com que aprendam a esconder os sentimentos por
trás de uma máscara de masculinidade” afirma o psicólogo americano William Pollack no
documentário “A Máscara em Que Você Vive” (2015). Disponível atualmente na Netflix, o filme
introduz o debate sobre masculinidades de maneira acessível, mostrando como essa construção
rígida do que é ser homem impacta a vida, a educação e a saúde de meninos. “Os homens têm
dificuldade de expressar aquilo que sentem. Em geral, isso se dá por meio da violência: quando
está triste, com raiva, quando sente medo ou insegurança, em todos esses aspectos, a violência
é uma fuga muito grande. Temos uma dificuldade de entender os sentimentos e de lidar com eles
de maneira não violenta”, explica Caio César Santos, professor de Geografia, youtuber e
pesquisador de masculinidades desde 2015.
( ) O uso do acento gráfico no trecho “Os homens têm dificuldade” justifica-se pela mesma razão
do que o uso na palavra “também”, ou seja, são oxítonas terminadas em “em”.
A) V, F, F, V.
B) F, V, V, V.
C) V, V, V, F.
D) F, F, F, F.
3- AOCP
“Os jovens rapazes ________ muita energia porque comem muito _______.”
“Não adianta! Eles ______ que estão fazendo tudo corretamente, porém, o __________ nunca
fica pronto no prazo pedido.”
4- AOCP
Segundo Cereja & Cochar (2009, p.73), Ortografa “[...] é o conjunto de regras
estabelecidas pela gramática normativa que ensina a grafa correta das palavras.” Isto
posto, leia atentamente as alternativas abaixo e assinale a incorreta:
5- AOCP
Com base na leitura atenta de trechos do texto a seguir, responda a questão a seguir.
14 de JUNHO ...Está chovendo. Eu não posso ir catar papel. O dia que chove eu sou mendiga.
Já ando mesmo trapuda e suja. Já uso uniforme dos indigentes. E hoje é sábado. Os favelados
são considerados mendigos. Vou aproveitar a deixa. A Vera não vai sair comigo porque está
chovendo. (...) Ageitei um guarda-chuva velho que achei no lixo e saí. Fui no Frigorifico, ganhei
uns ossos. Já serve. Faço sopa. Já que a barriga não fica vazia, tentei viver com ar. Comecei
desmaiar. Então resolvi trabalhar porque eu não quero desistir da vida.
Quero ver como é que eu vou morrer. Ninguem deve alimentar a ideia de suicidio. Mas hoje
em dia os que vivem até chegar a hora da morte, é um heroi. Porque quem não é forte desanima.
Ref. JESUS, Carolina Maria. Quarto de Despejo, diário de uma favelada. São Paulo, Editora
Ática, 2001 [1960], 8ª Edição, pg. 55-56.
Leia atentamente as alternativas abaixo e assinale a alternativa de acordo com as regras
gramaticais da Língua Portuguesa que possui a justificativa incorreta.
A) O trecho “Já uso uniforme dos indigentes. E hoje é sábado. Os favelados são considerados
mendigos. Vou aproveitar a deixa.” é composto por quatro períodos simples.
C) No trecho “Ela não quiz abrir o embrulho perto das colegas” a palavra destacada não está
grafada de acordo com a regra ortográfica da Língua Portuguesa.
D) No trecho “Mas hoje em dia os que vivem até chegar a hora da morte, é um heroi.” os termos
destacados apresentam um erro de concordância verbal, pois o verbo “ser” não está flexionado
corretamente com o seu sujeito “os”.
Para responder à questão, leia com atenção partes do artigo escrito por Luciana Alvarez
sobre a educação a distância.
As formas como a tecnologia deve ser usada na educação básica atiçam polêmicas que
parecem longe de terminar. Recentemente, o Conselho Nacional de Educação estudou uma
proposta para estabelecer um limite da carga horária da etapa do ensino médio que poderia ser
oferecida a distância (EAD). [...]
Betina von Staa, responsável pelo CensoEad.Br da Associação Brasileira de Educação a
Distância (Abed), é uma das vozes a criticar com veemência esse tipo de regulamentação. “No
ensino médio, os alunos têm de estar juntos, na escola, aprendendo a dialogar. Iniciativas para
estudar de casa só devem ser cogitadas em casos de necessidade absoluta e para alunos mais
velhos, do EJA (educação de jovens e adultos)”, afirma. Ela, contudo, é uma entusiasta do uso da
tecnologia na escola. “O modelo que precisamos adotar é o híbrido, usando o suporte que faça
sentido para cada ação, sem tentar separar o que é presencial e o que é a distância.”
Segundo Betina, o limite legal para cursos presenciais, que podem oferecer no máximo 20%
da carga horária em EAD, foi extremamente prejudicial para o ensino presencial, que acabou
estagnado. Ela teme que o ensino médio siga pelo mesmo caminho. [...]
“Tecnologia educacional a gente usa de acordo com a situação, caso a caso. Não se pode
colocar todo mundo na frente de uma tela, porque não funciona. Mas tampouco existe um número
mágico do quanto de estudo pode ser feito em casa”, diz Betina. [...] Mas, se o objetivo é apenas
decorar conceitos e regras, basta um aplicativo e o estudante pode ficar em casa mesmo, ironiza.
“Mas não é isso que a gente quer”, diz em seguida. [...] Em compensação, um projeto colaborativo
de geografa pode ganhar mais diversidade se, por meio da tecnologia, envolver estudantes de
várias partes do país.
I. No trecho “No ensino médio, os alunos têm de estar juntos, na escola, aprendendo a
dialogar.”, a acentuação do verbo destacado tem a função de indicar que ele está no plural,
concordando com o sujeito composto pelos núcleos “ensino médio” e “escola”.
II. No trecho “o limite legal para cursos presenciais, que podem oferecer no máximo 20% da
carga horária em EAD,” a expressão destacada é classificada como Oração Subordinada
Adjetiva Explicativa.
III. No trecho “foi extremamente prejudicial para o ensino presencial”, a expressão destacada é
classificada sintaticamente como Objeto Indireto.
IV. No trecho “se, por meio da tecnologia, envolver estudantes de várias partes do país.”, o
termo destacado é uma Conjunção Subordinativa Condicional.
7- AOCP
Adaptado
A terceira edição da pesquisa Nossa Escola em (Re)Construção ouviu estudantes dos ensinos
fundamental e médio e mostrou que 64% deles "consideram importante" ter psicólogo na escola
para atendê-los.
Os jovens querem profissionais de psicologia na escola "tanto no apoio para lidar com
sentimentos, quanto para orientar sobre o que venham a fazer no futuro".
"Há uma preocupação entre os alunos de que as escolas apoiem no desenho do futuro deles",
destaca Tatiana Klix, diretora da Porvir, uma plataforma que produz conteúdos de apoio a
educadores, que também esteve à frente da pesquisa.
A atuação permanente de psicólogos nas escolas está prevista em projeto de lei (PL) aprovado
pelo Congresso Nacional.
A pesquisa ouviu 258.680 estudantes, de 11 a 21 anos, de todo o Brasil. A maior participação
na pesquisa foi de estudantes da Região Sudeste (63,5%). A maioria passou a maior parte da
vida escolar em escolas públicas (93,4%), tinha de 15 a 17 anos (58%), é formada de meninas
(52%) e se define de cor parda (42%).
Fonte: https://www.metrojornal.com.br/foco/2019/11/30/maioriaestudantes-psicologo-
escolas.html
Assinale a alternativa em que todas as palavras estão acentuadas corretamente.
8- AOCP
9. AOCP
Muito se fala das desigualdades do país ou de como isso afeta nossa educação. Estudos têm
apontado para as diversas desigualdades na educação brasileira, tais como entre os setores mais
pobres e os mais ricos, entre a população branca e a população negra ou a indígena. Também
não podemos esquecer as desigualdades socioespaciais, expressas pelo contraste entre as
zonas rural e urbana e entre as regiões norte e nordeste e as demais regiões do país e, até
mesmo, as que ocorrem dentro de uma mesma cidade ou região e muitas vezes não constam nos
indicadores educacionais nacionais.
Nesta semana, visitei algumas comunidades ribeirinhas na Amazônia. Situadas ao longo dos
rios Sucunduri e Acari, elas vivem em um quase completo estado de isolamento, rompido apenas
quando uma pequena construção de madeira indica que ali funciona uma sala de aula. No entanto,
até meados de abril, data da minha visita, o ano letivo ainda não tinha começado por lá. Ou seja,
os alunos do ensino fundamental 1 e da educação de jovens e adultos (EJA) já perderam
praticamente dois meses de aula este ano.
O esquecimento dessas populações isoladas faz com que muitas vezes elas não sejam
contempladas por políticas públicas que atuam junto a outras minorias (como os quilombolas ou
A) Em “[...] O sucesso alcançado por essas iniciativas parece mostrar que existem caminhos
possíveis [...]”, o verbo “parece” deve ser flexionado no plural, já que ele concorda com o termo
“iniciativas”. Assim, ficaria: “[...] O sucesso alcançado por essas iniciativas parecem mostrar que
existem caminhos possíveis [...]”.
B) Em “[...] existem caminhos possíveis para superar o isolamento de comunidades [...]”, o verbo
“existem” pode ficar no singular, já que não há sujeito explícito. Assim, a frase ficaria: “[...] existe
caminhos possíveis para superar o isolamento de comunidades [...]”.
C) Em “[...] a única ajuda que elas recebem vem de projetos de organizações da sociedade civil.
[...]”, o verbo “vem” deveria receber acento circunflexo, indicando o plural, uma vez que ele deve
concordar com o pronome “elas”. Assim, a frase ficaria: “[...] a única ajuda que elas recebem
vêm de projetos de organizações da sociedade civil. [...]”.
D) Em “[...] o ano letivo ainda não tinha começado por lá [...]”, o verbo “tinha” pode ser trocado
por “havia” sem prejuízo de sentido. Assim, ficaria: “[...] o ano letivo ainda não havia começado
por lá [...]”.
E) Em “[...] Muito se fala das desigualdades do país [...]”, o verbo “fala” pode ser flexionado no
plural, concordando com o termo “desigualdades”. Assim, ficaria: “[...] Muito se falam das
desigualdades do país [...]”.
Uma extensa pesquisa publicada nesta quarta-feira, 21/05/2014, ressaltou que perder
peso oferece benefícios a longo prazo à saúde cardiovascular independentemente da idade
ou sexo do indivíduo. Além disso, pela primeira vez um estudo mostrou que emagrecer
surte esse efeito positivo mesmo se uma pessoa continua com excesso de peso – como,
por exemplo, se ela deixa de ter obesidade e passa a apresentar sobrepeso.
Os resultados também mostraram que quanto mais tempo uma pessoa vive com excesso
de gordura acumulada no corpo, maior o seu risco de sofrer problemas associados à
função cardiovascular, como hipertensão e diabetes tipo 2.
O estudo, publicado na revista The Lancet Diabetes & Endocrinology, se baseou nos
dados de cerca de 1.200 britânicos que participaram de uma pesquisa nacional. Eles foram
acompanhados desde o nascimento, em março de 1946, e durante mais de 60 anos.
“Nosso estudo é único porque acompanhou as pessoas durante muito tempo, o que nos
permitiu observar o real efeito da perda de peso e redução da gordura corporal”, diz John
Deanfield, pesquisador da Universidade College London, na Grã-Bretanha, e coordenador
da pesquisa. “Nossos resultados apoiam estratégias de saúde pública e mudanças no
estilo de vida que ajudam indivíduos que estão acima do peso a emagrecer em qualquer
idade.”
Acupuntura
Uma pesquisa, publicada no fim de 2013, mostrou que a acupuntura auricular, que se
baseia na ideia de que a orelha representa todas as partes do corpo humano, pode ser
aliada na perda de peso. O estudo selecionou 91 pessoas com sobrepeso e as dividiu em
Sono reparador
Não são poucas as pesquisas científicas que comprovam que um sono ruim e o excesso
de peso andam juntos. Um estudo americano, publicado em 2013, concluiu que a privação
do sono tem efeito duplo no cérebro: estimular a região que controla a motivação para
comer diante de um alimento gorduroso e reduzir a atividade na área responsável por medir
as consequências de uma ação e tomar decisões de forma racional. Em outras palavras, o
cérebro de quem dorme mal tem mais vontade de consumir batata frita e não consegue
rejeitar esse tipo de comida. Outra pesquisa mostrou que uma má noite de sono, além de
aumentar o cansaço (o que diminui as chances de uma pessoa trocar o sofá pelo exercício),
reduz o potencial de queima calórica do organismo.
Adaptado de http://veja.abril.com.br/noticia/saude/perder-peso-em-qualquer-idade-faz-
bem-ao-coracao
A) Também – artérias.
B) Consequência – estratégia.
C) Cérebro – saúde.
D) Público – sofá.
E) Função – britânicos.
1. D
2. A
3. D
4. C
5. B
6. C
7. E
8. D
9. D
10. B
1. AOCP
Inaugurada em 12 de outubro de 1931, a estátua foi erguida com auxílio da população. Neste
"Quer Que Eu Desenhe?", conheça o passado de um dos maiores símbolos do país.
12 out. 2021
Há 90 anos, era inaugurada uma das Sete Maravilhas do Mundo Moderno. Em 12 de outubro de
1931, peregrinos do mundo inteiro se dirigiram para onde hoje é o Parque Nacional da Tijuca, no
Rio de Janeiro, e viram, pela primeira vez, o monumento do Cristo Redentor.
A estátua começou a ser idealizada em meados do século 19, quando o padre francês Pierre
Marie Boss exercia suas atividades em uma igreja com vista para o Monte Corcovado. A ideia
de erguer um monumento religioso foi resgatada em 1888 pela princesa Isabel.
Após a assinatura da Lei Áurea, abolicionistas sugeriram homenagear a princesa com uma
escultura no alto do Corcovado. Paroquiana do padre Boss e apelidada de “redentora”, ela
negou a proposta e sugeriu uma imagem do Sagrado Coração de Jesus, para ela o verdadeiro
redentor.
O Cristo é feito de concreto armado, revestido com pedra-sabão. Sua construção engajou a
população tanto na arrecadação de fundos quanto no processo de montagem dos mosaicos que
o constituem. E assim nasceu um dos maiores símbolos do país.
A) O advérbio de tempo “enfim” expressa a conclusão à qual chega a personagem que fala no
último quadrinho: embora negue, a outra personagem julga as pessoas.
B) A conjunção final “enfim” expressa a conclusão à qual chega a personagem que fala no último
quadrinho: embora negue, a outra personagem julga as pessoas.
C) O advérbio de modo “enfim” expressa a conclusão à qual chega a personagem que fala no
último quadrinho: embora negue, a outra personagem julga as pessoas.
D) O advérbio de tempo “enfim” expressa a conclusão à qual chega a personagem que fala no
último quadrinho: todos os seres humanos julgam uns aos outros.
3. AOCP
Tatiana Pronin
Uma alegria contagiante pode se transformar em tristeza profunda em um piscar de olhos porque
alguém "pisou na bola". O amor intenso vira ódio profundo, porque a atitude foi interpretada como
traição; o sentimento sai de controle e se traduz em gritos, palavrões e até socos. E, então, bate
uma culpa enorme e o medo de ser abandonado, como sempre. Dá vontade de se cortar, de beber
e até de morrer, porque a dor, o vazio e a raiva de si mesmo são insuportáveis. As emoções e
comportamentos exaltados podem dar uma ideia do que vive alguém com transtorno de
personalidade borderline (ou "limítrofe").
Reconhecido como um dos transtornos mais lesivos, leva a episódios de automutilação, abuso de
substâncias e agressões físicas. Além disso, cerca de 10% dos pacientes cometem suicídio. Além
da montanha-russa emocional e da dificuldade em controlar os impulsos, o borderline tende a
enxergar a si mesmo e aos outros na base do "tudo ou nada", o que torna as relações familiares,
amorosas, de amizade e até mesmo a com o médico ou terapeuta extremamente desgastantes.
Ainda que seja inteligente, talentoso e brilhante no que faz, reage como uma criança ao se
relacionar com os outros e com as próprias emoções — o que os psicanalistas chamam de "ego
imaturo". Em muitos casos, o transtorno fica camuflado entre outros, como o bipolar, a depressão
e o uso abusivo de álcool, remédios e drogas ilícitas.
De forma resumida, um transtorno de personalidade pode ser descrito como um jeito de ser, de
sentir, se perceber e se relacionar com os outros que foge do padrão considerado "normal" ou
saudável. Ou seja, causa sofrimento para a própria pessoa e/ou para os outros. Enquadrar um
indivíduo em uma categoria não é fácil — cada pessoa é um universo, com características
próprias. [...]
O paciente borderline sofre os períodos de instabilidade mais intensos no início da vida adulta. Há
situações de crise, ou maior descontrole, que podem até resultar em internações porque o
paciente coloca sua própria vida ou a dos outros em risco. Por volta dos 40 ou 50 anos, a maioria
dos "borders" melhora bastante, probabilidade que aumenta se o paciente se engaja no
tratamento. [...]
A) o verbo “são” em destaque tem como sujeito os elementos “os sintomas depressivos, a
agressividade e o perfeccionismo exagerado”.
4. AOCP
Como Criamos Significados Na Linguagem Cotidiana?
Lilian Ferrari
É comum, nos dias atuais, ouvirmos expressões como “maratonar um seriado”, “combater fake
news” ou “bloquear um contato no WhatsApp”. E embora não tenhamos nenhuma dificuldade em
produzir ou compreender essas expressões, nem sempre nos damos conta de que esses usos,
como tantos outros em nossa linguagem cotidiana, não são literais, mas sim metafóricos. Isso
porque tudo o que nos foi ensinado sobre metáforas faz com que pensemos que só é possível
encontrá-las em textos elaborados, produzidos por especialistas que têm uma habilidade especial
no manejo da linguagem, tais como escritores, poetas e afins.
No caso do tempo, uma das possibilidades é pensar no tempo como se fosse espaço, e mais
especificamente, como se fosse um local. Nesse caso, assim como podemos falar que estamos
em um determinado lugar (ex. “Estamos na praça”), podemos nos referir a um período de tempo
usando a mesma ideia de local (ex. “Estamos na primavera”). [...]
Você é encarregado de conduzir uma reunião com quatro diretores de filiais da sua empresa: a
Srª A., o Sr. B., a Srª C. e o Sr. D. Dirigindo-se à sala de reuniões, você é saída, ainda no corredor,
por um de seus assessores, com quem trava o seguinte diálogo:
Adentrando a sala, você avista, já acomodados e preparados, a Srª A., o Sr. B., a Srª C. e o Sr.
D. Confuso, você interpela discretamente o assessor:
— Por que você disse alguns que dos diretores anteriores chegado se todos eles já chegaram?
— Tudo o que eu disse foi que alguns dos diretores chegados chegados. A Srª A. e o Sr. B são
alguns dos diretores e eles chegaram. Portanto, eu falei a verdade.
C) O adjetivo “humana” poderia ser substituído por “dos seres humanos” sem que isso alterasse
o sentido do excerto.
E) Em “uma adaptação humana”, as três palavras concordam em gênero, mas não em número.
6. AOCP
Como Criamos Significados Na Linguagem Cotidiana?
Lilian Ferrari
É comum, nos dias atuais, ouvirmos expressões como “maratonar um seriado”, “combater fake
news” ou “bloquear um contato no WhatsApp”. E embora não tenhamos nenhuma dificuldade em
produzir ou compreender essas expressões, nem sempre nos damos conta de que esses usos,
como tantos outros em nossa linguagem cotidiana, não são literais, mas sim metafóricos. Isso
porque tudo o que nos foi ensinado sobre metáforas faz com que pensemos que só é possível
encontrá-las em textos elaborados, produzidos por especialistas que têm uma habilidade especial
no manejo da linguagem, tais como escritores, poetas e afins.
No caso do tempo, uma das possibilidades é pensar no tempo como se fosse espaço, e mais
especificamente, como se fosse um local. Nesse caso, assim como podemos falar que estamos
em um determinado lugar (ex. “Estamos na praça”), podemos nos referir a um período de tempo
usando a mesma ideia de local (ex. “Estamos na primavera”). [...]
Em relação ao excerto “Mas como são esses processos de pensamento? Por que, afinal
de contas, temos a habilidade de pensar metaforicamente?”, assinale a alternativa
correta.
B) A expressão “afinal de contas” está inadequada. A forma adequada é “ao final das contas”.
C) As perguntas são feitas com vistas ao recebimento de uma resposta dos leitores.
Somos estimulados a sonhar, a buscar objetivos e a nos orientar em direção ao que desejamos.
Às vezes, o problema é que não sabemos o que queremos. É o que tenho observado em muitas
pessoas, até em mim mesma. A dúvida aparece quando terminamos uma etapa, como concluir
alguns estudos ou finalizar um trabalho. Também surge quando estamos cansados de uma
determinada situação, quando temos de nos reinventar devido às circunstâncias ou quando nos
deparamos com um fracasso ou um contratempo. [...] Um pequeno exercício de reflexão pode nos
ajudar a recuperar sonhos e a definir objetivos que nos animem. Vejamos algumas dicas práticas.
Primeiro, não devemos confundir nossos sonhos com fantasias. Um sonho é um projeto que
nos anima, como estudar algo novo, comprar um carro ou ter um filho. Pode ser mais ou menos
ambicioso, mas nos impulsiona a nos esforçar para conseguir realizá-lo. Já uma fantasia é algo
que vive em nossa mente, que gostamos de imaginar, mas que, no fundo, sabemos que nunca
vamos dedicar muita energia para alcançá-lo. [...] Dar a volta ao mundo, viver nas ilhas
paradisíacas do Pacífico ou se tornar diretor de cinema em Hollywood poderiam ser alguns
exemplos. Aprender a diferenciar os sonhos das fantasias nos faz ser honestos conosco mesmos
e nos alivia da pressão de conseguir estas últimas, das quais, insistimos, não necessitamos.
[...] Quando não sabemos o que queremos ou não temos um sonho claro, podemos fazer várias
coisas. Por um lado, podemos recuperar sonhos do passado como forma de inspiração. A
adolescência é uma época muito frutífera de ideias. Valeria a pena lembrar do que gostávamos
ou o que nos animava. O objetivo não é realizar os sonhos ao pé da letra. Talvez tenham ficado
um pouco desatualizados ou, simplesmente, sejam impossíveis de alcançar, como se queríamos
ser astronautas e agora temos 40 anos. Os velhos sonhos atuam como faróis, não são cartas de
navegação, daí a importância de recuperá-los. Retomando o exemplo anterior do astronauta,
obtemos informações sobre nós mesmos. Com esse exercício simples, lembramos que
gostávamos de aventuras ou de estudar as estrelas. Dessa forma, podemos nos matricular em
um curso de astronomia, comprar um telescópio ou acessar os recursos da NASA para conhecer
mais a respeito. E você, o que gostava de fazer quando era mais jovem? O que pode extrair
daquilo?
Outra forma de nos orientarmos é pensar naquilo que não queremos. Talvez este exercício não
seja tão atraente quanto imaginar a si mesmo no futuro, mas é um passo válido. O que eu quero
parar de fazer? Pode ser no âmbito pessoal ou profissional, como evitar me irritar por alguma
coisa, não continuar neste trabalho ou manter uma amizade.
Quando estamos em uma dúvida profunda sobre o que fazer ou quais são nossos sonhos,
temos outra opção: refletir sobre com quem gostaríamos de parecer, mesmo que seja um
A) Em “Às vezes, o problema é que não sabemos o que queremos.”, a expressão em destaque é
um advérbio de frequência.
D) Em “Os velhos sonhos atuam como faróis, não são cartas de navegação, daí a importância
de recuperá-los.”, a expressão em destaque atua como uma conjunção consecutiva.
E) Em “Talvez este exercício não seja tão atraente quanto imaginar a si mesmo no futuro [...]”, a
expressão em destaque tem caráter interjetivo.
8. AOCP
Borderline: o transtorno que faz pessoas irem
do "céu ao inferno" em horas
Tatiana Pronin
Uma alegria contagiante pode se transformar em tristeza profunda em um piscar de olhos porque
alguém "pisou na bola". O amor intenso vira ódio profundo, porque a atitude foi interpretada como
traição; o sentimento sai de controle e se traduz em gritos, palavrões e até socos. E, então, bate
uma culpa enorme e o medo de ser abandonado, como sempre. Dá vontade de se cortar, de beber
e até de morrer, porque a dor, o vazio e a raiva de si mesmo são insuportáveis. As emoções e
comportamentos exaltados podem dar uma ideia do que vive alguém com transtorno de
personalidade borderline (ou "limítrofe").
Reconhecido como um dos transtornos mais lesivos, leva a episódios de automutilação, abuso
de substâncias e agressões físicas. Além disso, cerca de 10% dos pacientes cometem suicídio.
Além da montanha-russa emocional e da dificuldade em controlar os impulsos, o borderline tende
A) o verbo “são” em destaque tem como sujeito os elementos “os sintomas depressivos, a
agressividade e o perfeccionismo exagerado”.
9. AOCP
BELEZA
A beleza está nos olhos da dona Maria Francisca. Há alguns dias, ela não estava tão bela.
Deitada na maca, com suplemento de oxigênio em suas narinas, sua fala ainda cansada e
intercortada, buscava me deixar feliz dizendo que estava melhorando. Mesmo no seu pior
dia, olhava-me com seus marejados e dizia: só um pouco de falta de ar. Em alguns dias,
por preceitos que ultrapassam qualquer lógica natural da vida, ela melhorou. Respirava
agora por conta própria. Enchia o peito e agora dizia com fôlego: estou ótima, graças ao
B) O adjetivo “belas”, em “Mais belas”, duas vezes utilizado no texto, remete ao mesmo
referente.
C) O termo “beleza” é um adjetivo algumas vezes expresso no texto e que se refere a uma
característica própria da dona Maria Francisca.
D) Todos os recursos utilizados no texto para se referir à dona Maria Francisca se apresentaram
em forma de nominalização.
E) Em “Enchia o peito e agora dizia com fôlego: estou ótima, graças ao senhor e a Deus!”,
apesar de as pessoas verbais serem diferentes (terceira pessoa, terceira pessoa e primeira
pessoa respectivamente), trata-se do mesmo referente, ou seja, da dona Maria Francisca.
Quando o orçamento está curto, conversar com frequência sobre o assunto é uma boa
saída para você sentir que está no controle da situação
Mesmo quando as finanças vão bem, dinheiro é o principal motivo de briga entre casais.
Se as contas andam apertadas, então, o terreno é propício para que ambos descontem suas
ansiedades um no outro. Mas, com um pouquinho de esforço, dá pra lidar com essa parte
chata da vida a dois e barrar as brigas antes mesmo que elas comecem. Em primeiro lugar,
é importante que o casal fale a mesma língua quando se trata de dinheiro (na próxima
página, montamos um teste para vocês avaliarem se estão mesmo alinhados). Pesquisa
mundial feita recentemente mostrou que 72% dos casais se preocupam com os gastos do
parceiro. Se um se sacrifica para economizar, e o outro torra a grana, problemas à vista.
Quando o orçamento está curto, conversar com frequência sobre o assunto é uma boa
saída para você sentir que está no controle da situação. Só fique esperto para bater este
papo no momento certo. “Nunca tente conversar se você estiver muito estressado com
suas contas”, sugere o consultor financeiro Jill Gianola. Em vez disso, procure uma hora
em que os dois estejam calmos e sem distração.
É importante que o casal esteja alinhado nas decisões de com o quê gastar, como
economizar e quanto investir. Se apenas um exerce controle sobre as finanças, o outro
pode acabar se sentindo excluído e impotente. É bacana que vocês decidam juntos quem
paga o quê – e como. A renda de vocês é unificada ou cada um tem sua conta separada no
banco? Vocês consultam um ao outro antes de fazer uma aquisição que comprometa o
orçamento da casa? Quem é o responsável pelas contas? Se vocês estão se entendendo
do jeito que está, ótimo. Mas, de qualquer forma, a regra de ouro pra não rolar estresse é
não esconder do parceiro nenhum tipo de gasto.
Brigas sobre dinheiro são um dos principais motivos que levam um casal ao divórcio. Se
você e seu companheiro não conseguem falar sobre o assunto sem que isso vire um pé de
guerra, e isso está colocando seu relacionamento em risco, pense em procurar ajuda. Um
consultor financeiro pode dar dicas de como administrar as finanças, enquanto uma terapia
de casal pode ajudar os dois a resolverem certas diferenças. O segredo é conversar, ter
comprometimento e não culpar o outro por fatores que estão fora de seu controle.
Pensamento positivo: se vocês souberem lidar com problemas financeiros, isso significa
que terão jogo de cintura para enfrentar outras situações difíceis – e sairão dessa
fortalecidos.
Em “isso significa que terão jogo de cintura para enfrentar outras situações difíceis...”,
morfologicamente, as palavras em destaque são, respectivamente,
A) pronome, substantivo
B) conjunção, adjetivo.
C) numeral, substantivo.
D) pronome, adjetivo.
E) adjetivo, pronome.
1. B
2. A
3. B
4. A
5. C
6. D
7. D
8. B
9. E
10. D
A) F – V – F – F – V.
B) V – V – F – V – F.
C) V – F – V – F – V.
D) F – F – V – V – F.
E) F – V – F – V – V.
Somos estimulados a sonhar, a buscar objetivos e a nos orientar em direção ao que desejamos.
Às vezes, o problema é que não sabemos o que queremos. É o que tenho observado em muitas
pessoas, até em mim mesma. A dúvida aparece quando terminamos uma etapa, como concluir
alguns estudos ou finalizar um trabalho. Também surge quando estamos cansados de uma
determinada situação, quando temos de nos reinventar devido às circunstâncias ou quando nos
deparamos com um fracasso ou um contratempo. [...] Um pequeno exercício de reflexão pode nos
ajudar a recuperar sonhos e a definir objetivos que nos animem. Vejamos algumas dicas práticas.
Primeiro, não devemos confundir nossos sonhos com fantasias. Um sonho é um projeto que
nos anima, como estudar algo novo, comprar um carro ou ter um filho. Pode ser mais ou menos
ambicioso, mas nos impulsiona a nos esforçar para conseguir realizá-lo. Já uma fantasia é algo
que vive em nossa mente, que gostamos de imaginar, mas que, no fundo, sabemos que nunca
vamos dedicar muita energia para alcançá-lo. [...] Dar a volta ao mundo, viver nas ilhas
paradisíacas do Pacífico ou se tornar diretor de cinema em Hollywood poderiam ser alguns
exemplos. Aprender a diferenciar os sonhos das fantasias nos faz ser honestos conosco mesmos
e nos alivia da pressão de conseguir estas últimas, das quais, insistimos, não necessitamos.
[...] Quando não sabemos o que queremos ou não temos um sonho claro, podemos fazer várias
coisas. Por um lado, podemos recuperar sonhos do passado como forma de inspiração. A
adolescência é uma época muito frutífera de ideias. Valeria a pena lembrar do que gostávamos
ou o que nos animava. O objetivo não é realizar os sonhos ao pé da letra. Talvez tenham ficado
um pouco desatualizados ou, simplesmente, sejam impossíveis de alcançar, como se queríamos
ser astronautas e agora temos 40 anos. Os velhos sonhos atuam como faróis, não são cartas de
navegação, daí a importância de recuperá-los. Retomando o exemplo anterior do astronauta,
obtemos informações sobre nós mesmos. Com esse exercício simples, lembramos que
gostávamos de aventuras ou de estudar as estrelas. Dessa forma, podemos nos matricular em
um curso de astronomia, comprar um telescópio ou acessar os recursos da NASA para conhecer
mais a respeito. E você, o que gostava de fazer quando era mais jovem? O que pode extrair
daquilo?
Outra forma de nos orientarmos é pensar naquilo que não queremos. Talvez este exercício não
seja tão atraente quanto imaginar a si mesmo no futuro, mas é um passo válido. O que eu quero
parar de fazer? Pode ser no âmbito pessoal ou profissional, como evitar me irritar por alguma
coisa, não continuar neste trabalho ou manter uma amizade.
Quando estamos em uma dúvida profunda sobre o que fazer ou quais são nossos sonhos,
temos outra opção: refletir sobre com quem gostaríamos de parecer, mesmo que seja um
Assinale a alternativa em que os verbos em destaque NÃO formam uma locução verbal.
D) “Aprender a diferenciar os sonhos das fantasias nos faz ser honestos conosco mesmos [...]”.
3. AOCP
Texto I
O Bicho,
Vi ontem um bicho
Na imundície do pátio
Texto III
No Brasil, medidas restritivas de liberdades individuais, tais como: quarentena, isolamento social,
adoção de protocolos sanitários; e, até mesmo fechamento de fronteiras, foram autorizadas pela
Lei 13.979/2020 e passaram a ser exigidas por meio de regras, editadas em todo o país, pelas
várias esferas de governo. Tais medidas têm o potencial de colocar em risco a continuidade do
abastecimento de alimentos no país.
A Declaração Universal do Direitos do Homem, em seu artigo 3°, reconhece que: “todo indivíduo
tem direito à vida, à liberdade e à segurança pessoal”; e, no art. 25°. 1, prevê que “toda a pessoa
tem direito a um nível de vida suficiente para lhe assegurar e à sua família a saúde e o bem-estar,
principalmente quanto à alimentação
[...]”.
Por sua vez, o Pacto Internacional sobre Direitos Econômicos, Sociais e Culturais das Nações
Unidas, de 1966, estabelece, em seu art. 11, o “direito de todos de usufruir de um padrão de vida
adequado para si mesmo e sua família, incluindo moradia, vestuário e alimentação adequados, e
à melhoria contínua das condições de vida”.
Não é por outro motivo que o Protocolo de San Salvador reconhece expressamente, no seu art.
12, o direito à alimentação e o relaciona com a produção, abastecimento e distribuição de
alimentos.
Por fim, o direito à alimentação adequada foi detalhado no Comentário Geral nº 12 do Comitê de
Direitos Econômicos, Sociais e Culturais do Alto Comissariado de Direitos Humanos da ONU, de
1999 [...].
O abastecimento de alimentos impacta muito mais que nossa dieta. A produção de alimentos traz
inegáveis consequências para o meio ambiente, gera reflexos nas concentrações populacionais
O problema é tão sério que, provocado pelo Conselho Federal da O.A.B., na ADPF 672/DF, o
Supremo Tribunal Federal, por intermédio do ministro Alexandre de Moraes, se posicionou [...] e,
ao fim, concedeu-se parcialmente a medida cautelar para:
A decisão reputou constitucional a adoção de medidas restritivas de liberdades por parte de entes
federativos subnacionais, da mesma forma que se reconheceu a competência comum destes para
a organização do abastecimento alimentar.
[...] Por fim, mesmo que a pandemia da Covid-19 faça com que o estado democrático de direito
seja testado ao limite de suas instituições, a constituição ainda se mostra capaz de unir a
sociedade e incentivar a colaboração mútua, de todos, não só para proteger o direito à saúde,
mas também para assegurar a alimentação adequada.
Leia os excertos que seguem, extraídos do texto III, e analise as respectivas reescritas
propostas para eles.
III. “[...] toda a pessoa tem direito a um nível de vida suficiente [...]”.- “[...] toda a pessoa
têm direito a um nível de vida suficiente [...]”.
IV. “Por fim, o direito à alimentação adequada foi detalhado no Comentário Geral nº 12 [...]”.-
“Por fim, no Comentário Geral nº 12, detalhou-se o direito à alimentação adequada [...]”.
A) I e II.
B) III e IV.
C) II e III.
D) I e IV.
E) II e IV.
4. AOCP
O hábito de cultivar plantas em jardins dentro e fora de casa cresceu durante os meses de
pandemia de covid-19. As espécies escolhidas são as mais variadas, indo de flores a ervas
aromáticas, de plantas ornamentais a árvores frutíferas. Entretanto, além de tornarem os
ambientes mais bonitos e os pratos mais aromáticos, as plantas possuem características químicas
que podem fazer com que sejam tóxicas para pessoas e animais.
Segundo afirma a Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz), no Brasil, a cada dez casos de intoxicação
por plantas, seis ocorrem em crianças com menos de 10 anos de idade, mas as vítimas de
envenenamento por plantas não são apenas crianças. Animais domésticos, adultos e até mesmo
Conhecer quais são as espécies potencialmente venenosas deve ser o primeiro passo para
prevenção de intoxicações. Ainda segundo a Fiocruz, as campeãs de acidentes no Brasil são
comigo-ninguém-pode, bico-de-papagaio, espirradeira, taioba-brava, tinhorão, chapéu-de-
Napoleão, coroa-de-Cristo, saia-branca etc. Saber identificar essas plantas é essencial no caso
de um acidente. A Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa) e a Fiocruz possuem
informação sobre a identificação dessas plantas em seus sites.
Para a prevenção e para a resposta aos acidentes também é importante conhecer quais são as
reações causadas pelo contato com plantas venenosas. As respostas do organismo ao contato
com as substâncias venenosas são diversas e podem depender de fatores como a idade e
tamanho do paciente, questões de saúde (como a presença de alergias) e o tempo e via de
exposição ao agente tóxico.
• Nível 1: pertencem ao nível 1 as plantas que causam apenas uma reação alérgica na pele,
(vermelhidão, coceira, bolhas etc.);
• Nível 2a: estão as espécies que, por meio do contato de sua seiva com as mucosas, incluindo a
boca, ocasionam dor e irritação. O quadro pode se agravar, com a presença de problemas
respiratórios;
• Nível 2b: engloba as plantas que possuem oxalato de cálcio em sua seiva. Elas são responsáveis
por causar reações tardias nos rins, náuseas, vômitos e diarreias (pertence a esse grupo, por
exemplo, a campeã de intoxicações comigo-ninguém-pode);
• Nível 3: nesse nível estão as espécies que, se ingeridas, causam reações moderadas, como
náusea, vômito e diarreia, mas não oferecem risco de vida;
• Nível 4: aquelas que podem levar à morte. Sua ingestão pode afetar os rins, o coração, o fígado
e o cérebro e requer atendimento médico imediato.
B) No trecho “As espécies escolhidas são as mais variadas, indo de flores a ervas aromáticas
[...]”, há uma oração reduzida com valor adjetivo.
D) Na oração “Em caso de acidentes com plantas, contate o centro de intoxicações mais
próximo.”, o termo em destaque é um adjunto adverbial que indica lugar.
5. AOCP
Entrevista com Maria Silvia Bolguese e Ricardo Moreno
Maria Silvia Bolguese – Em relação à psicanálise, quero destacar que a depressão pode ser
compreendida considerando-se um espectro que vai desde os estados depressivos considerados
normais, ou seja, reações de recolhimento do sujeito frente a dificuldades da vida, por um lado,
ou angústias e desequilíbrios advindos de instabilidades internas; até as manifestações
melancólicas graves, que impedem, inibem as possibilidades do existir.
Ricardo Moreno – Depressão é uma doença que tem como base uma disfunção química do
cérebro, ou seja, os sistemas de neurotransmissão são comprometidos. Ela se caracteriza por
uma série de sinais e sintomas. Ela tende a recorrer ao longo da vida e tem uma série de prejuízos
em vários níveis. Depressão não é tristeza, não é uma reação emocional a um evento qualquer.
Ricardo Moreno – Não. Isso é uma coisa que se fala há muito tempo, principalmente algumas
vertentes interpretativas, mas a depressão não pode ser causada por fatores sociais. O que nós
sabemos das causas da depressão: primeiro, há uma causa genética – 40% dos pacientes com
depressão têm um fator genético envolvido. Mas não é somente o componente genético, tem de
haver um componente psicossocial e psicológico. O que se sabe é que indivíduos que têm
predisposição a ter depressão, quando submetidos a estresse, físico ou psicológico, podem ou
não desenvolver a doença, dependendo da vulnerabilidade genética que eles têm e a capacidade
psicológica de lidar com o estresse.
Assinale a alternativa correta sobre o excerto “Isso é uma coisa que se fala há muito
tempo [...]”.
C) A expressão “há muito tempo” poderia ser substituída por “muito tempo atraz”, sem que isso
infringisse qualquer norma gramatical.
E) A utilização do verbo “fala” no presente do indicativo sinaliza uma ação que ocorre
simultaneamente ao momento em que o entrevistado profere sua resposta.
6. AOCP
Bauman: Para que a utopia renasça é preciso confiar no potencial humano
Dennis de Oliveira
Zygmunt Bauman é um dos pensadores contemporâneos que mais têm produzido obras que
refletem os tempos contemporâneos. Nascido na Polônia em 1925, o sociólogo tem um histórico
de vida que passa pela ocupação nazista durante a Segunda Guerra Mundial, pela ativa militância
em prol da construção do socialismo no seu país sob a direta influência da extinta União Soviética
e pela crise e desmoronamento do regime socialista. Atualmente, vive na Inglaterra, em tempo de
grande mobilidade de populações na Europa. Professor emérito de sociologia da Universidade de
Leeds, Bauman propõe o conceito de “modernidade líquida” para definir o presente, em vez do já
batido termo “pós-modernidade”, que, segundo ele, virou mais um qualificativo ideológico.
Zygmunt Bauman – Para que a utopia nasça, é preciso duas condições. A primeira é a forte
sensação (ainda que difusa e inarticulada) de que o mundo não está funcionando adequadamente
e deve ter seus fundamentos revistos para que se reajuste. A segunda condição é a existência de
uma confiança no potencial humano à altura da tarefa de reformar o mundo, a crença de que “nós,
seres humanos, podemos fazê-lo”, crença esta articulada com a racionalidade capaz de perceber
o que está errado com o mundo, saber o que precisa ser modificado, quais são os pontos
problemáticos, e ter força e coragem para extirpá-los. Em suma, potencializar a força do mundo
para o atendimento das necessidades humanas existentes ou que possam vir a existir.
A) Ele estabelece concordância com o núcleo do sujeito “um dos pensadores contemporâneos”.
B) Ele está conjugado no modo subjuntivo, indicando a incerteza do autor quanto ao número
exato de obras escritas por Bauman.
C) Ele integra uma oração sem sujeito, como em “Tem um cachorro muito bravo no quintal do
vizinho”.
D) Ele está sendo utilizado com o mesmo sentido que em “João tem muitos livros em sua casa”.
E) Ele faz parte de uma locução verbal, indicando uma ação contínua que se prolonga até o
presente.
‘Plano contra crise hídrica é como seguro: para não usar’, diz secretário
http://g1.globo.com/sao-paulo/noticia/2015/11/ governo-de-sp-apresenta-plano-contra-
crise-hidrica-com-5-meses-de -atraso.html. Acesso em: 09 dez. 2015.
Em “[...] Isso quer dizer que, mesmo se você estiver fazendo tudo isso e o nível dos
reservatórios continuar caindo, aí seria necessário acionar o nível de emergência [...]” os
verbos em destaque estão
8. AOCP
Vivemos tempos frenéticos. A cada década que passa o modo de vida de 10 anos atrás
parece ficar mais distante: 10 anos viraram 30, e logo teremos a sensação de ter se passado
50 anos a cada 5. E o mundo infantil foi atingido em cheio por essas mudanças: já não se
educa (ou brinca, alimenta, veste, entretêm, cuida, consola, protege, ampara e satisfaz)
crianças como antigamente!
O iPad, por exemplo, já é companheiro imprescindível nas refeições de milhares de
crianças. Em muitas casas a(s) TV(s) fica(m) ligada(s) o tempo todo na programação infantil
9. AOCP
As populações ribeirinhas são povos que vivem nas beiras dos rios e geralmente são
extremamente pobres. As atividades desempenhadas são o artesanato e a agricultura e muitos
povos sobreviviam e sobrevivem da pesca artesanal, da caça, do roçado e do extrativismo. Por
conta dos aspectos geográficos do país, é na Amazônia que está a maior parte dessa população.
Além das populações nativas, somam-se a esta categoria descendentes de migrantes do
Nordeste do país.
Na segunda metade do século XIX, muitos nordestinos deixaram sua terra natal e seguiram
para a Amazônia atrás dos empregos oferecidos nas empresas que atuavam no ciclo da extração
do látex das árvores conhecidas como seringueiras.. A ausência de políticas públicas que
tratassem da desmobilização desse contingente de trabalhadores fez com que eles se
espalhassem ao longo dos rios da floresta amazônica.
Por residirem em um ambiente onde a força da natureza se faz presente, os ribeirinhos
aprenderam a viver em um meio repleto de limitações e desafios impostos pelo rio e pela floresta.
As casas, em sua maioria, são de palafita, feitas em madeira sobre troncos e pilares. Esse tipo de
construção também é usado para deixar as casas “mais altas” para evitar que sejam invadidas
pelas águas durante as enchentes.
É no rio que os ribeirinhos executam uma das principais atividades que lhes proporciona fonte
de renda e de sobrevivência: a pesca. A plantação de milho e mandioca, a produção de farinha e
a coleta da castanha e do açaí também ocupam lugar de destaque nas atividades agrícolas das
comunidades ribeirinhas. As relações comerciais são praticadas, na maioria das vezes, sob a
forma de escambo entre comunidades vizinhas e, quando há excedente, este é vendido no centro
urbano mais próximo.
(Texto adaptado de
<http://basilio.fundaj.gov.br/pesquisaescolar/index.php?option=com_content&id=1053:ribeirinhos
>)
Assinale a alternativa em que o verbo em destaque está flexionado no pretérito perfeito do modo
indicativo.
A) “[...] As populações ribeirinhas são povos que vivem nas beiras dos rios [...]”
D) “[...] Por residirem em um ambiente onde a força da natureza se faz presente, os ribeirinhos
aprenderam a viver em um meio repleto de limitações.[...]”
Leia o texto a seguir e a partir de seus conhecimentos sobre gêneros textuais e tipologias
textuais, responda à questão.
1)
2) Pizza Italiana
1. E
2. D
3. D
4. B
5. A
6. E
7. D
8. B
9. E
10. C
Texto
No Brasil, entre o “pode” e o “não pode”, encontramos um “jeito”, ou seja, uma forma de
conciliar todos os interesses, criando uma relação aceitável entre o solicitante, o funcionário-
autoridade e a lei universal. Geralmente, isso se dá quando as motivações profundas de ambas
as partes são conhecidas; ou imediatamente, quando ambos descobrem um elo em comum banal
(torcer pelo mesmo time) ou especial (um amigo comum, uma instituição pela qual ambos
passaram ou o fato de se ter nascido na mesma cidade). A verdade é que a invocação da relação
pessoal, da regionalidade, do gosto, da religião e de outros fatores externos àquela situação
poderá provocar uma resolução satisfatória ou menos injusta. Essa é a forma típica do “jeitinho”.
Uma de suas primeiras regras é não usar o argumento igualmente autoritário, o que também pode
ocorrer, mas que leva a um reforço da má vontade do funcionário. De fato, quando se deseja
utilizar o argumento da autoridade contra o funcionário, o jeitinho é um ato de força que no Brasil
é conhecido como o “Sabe com quem está falando?”, em que não se busca uma igualdade
simpática ou uma relação contínua com o agente da lei atrás do balcão, mas uma hierarquização
inapelável entre o usuário e o atendente. De modo que, diante do “não pode” do funcionário,
encontra-se um “não pode do não pode” feito pela invocação do “Sabe com quem você está
falando?”. De qualquer modo, um jeito foi dado. “Jeitinho” e “Você sabe com quem está falando?”
são os dois polos de uma mesma situação. Um é um modo harmonioso de resolver a disputa; o
outro, um modo conflituoso e direto de realizar a mesma coisa. O “jeitinho” tem muito de cantada,
de harmonização de interesses opostos, tal como quando uma mulher encontra um homem e
ambos, interessados num encontro romântico, devem discutir a forma que o encontro deverá
assumir. O “Sabe com quem está falando?”, por seu lado, afirma um estilo em que a autoridade
é reafirmada , mas com a indicação de que o sistema é escalonado e não tem uma finalidade
muito certa ou precisa. Há sempre outra autoridade, ainda mais alta, a quem se poderá recorrer.
E assim as cartas são lançadas.
Em “Há sempre outra autoridade, ainda mais alta,”, o emprego do singular na forma
verbal em destaque deve-se:
2- AOCP
A) O porteiro deixou claro, ao abordar os jovens, os incômodos que eles estavam causando.
3- AOCP
Texto
(Dalton Trevisan)
Dario vinha apressado, guarda-chuva no braço esquerdo e, assim que dobrou a esquina,
diminuiu o passo até parar, encostando-se à parede de uma casa. Por ela escorregando, sentou-
se na calçada, ainda úmida de chuva, e descansou na pedra o cachimbo.
Dois ou três passantes rodearam-no e indagaram se não se sentia bem. Dario abriu a boca,
moveu os lábios, não se ouviu resposta. O senhor gordo, de branco, sugeriu que devia sofrer de
ataque.
Ele reclina-se mais um pouco, estendido agora na calçada, e o cachimbo tinha apagado. O
rapaz de bigode pediu aos outros que se afastassem e o deixassem respirar. Abre-lhe o paletó, o
colarinho, a gravata e a cinta. Quando lhe tiram os sapatos, Dario rouqueja feio, bolhas de espuma
surgiram no canto da boca.
A velhinha de cabeça grisalha grita que ele está morrendo. Um grupo o arrasta para o táxi da
esquina. Já no carro a metade do corpo, protesta o motorista: quem pagaria a corrida? Concordam
chamar a ambulância. Dario conduzido de volta e recostado à parede - não tem os sapatos nem
o alfinete de pérola na gravata.
Alguém informa da farmácia na outra rua. Não carregam Dario além da esquina; a farmácia é
no fim do quarteirão e, além do mais, muito peso. É largado na porta de uma peixaria. Enxame de
moscas lhe cobre o rosto, sem que faça um gesto para espantá-las.
Ocupado o café próximo pelas pessoas que apreciam o incidente e, agora, comendo e
bebendo, gozam as delícias da noite. Dario em sossego e torto no degrau da peixaria, sem o
relógio de pulso.
Um terceiro sugere lhe examinem os papéis, retirados - com vários objetos - de seus bolsos e
alinhados sobre a camisa branca. Ficam sabendo do nome, idade; sinal de nascença. O endereço
na carteira é de outra cidade.
Registra-se correria de uns duzentos curiosos que, a essa hora, ocupam toda a rua e as
calçadas: era a polícia. O carro negro investe a multidão. Várias pessoas tropeçam no corpo de
Dario, pisoteado dezessete vezes.
O guarda aproxima-se do cadáver, não pode identificá- lo — os bolsos vazios. Resta na mão
esquerda a aliança de ouro, que ele próprio quando vivo - só destacava molhando no sabonete.
A polícia decide chamar o rabecão.
A última boca repete — Ele morreu, ele morreu. A gente começa a se dispersar. Dario levou
duas horas para morrer, ninguém acreditava estivesse no fim. Agora, aos que alcançam vê-lo,
todo o ar de um defunto.
Um senhor piedoso dobra o paletó de Dario para lhe apoiar a cabeça. Cruza as mãos no peito.
Não consegue fechar olho nem boca, onde a espuma sumiu. Apenas um homem morto e a
multidão se espalha, as mesas do café ficam vazias. Na janela alguns moradores com almofadas
para descansar os cotovelos.
Um menino de cor e descalço veio com uma vela, que acende ao lado do cadáver. Parece
morto há muitos anos, quase o retrato de um morto desbotado pela chuva.
Fecham-se uma a uma as janelas. Três horas depois, lá está Dario à espera do rabecão. A
cabeça agora na pedra, sem o paletó. E o dedo sem a aliança. O toco de vela apaga-se às
primeiras gotas da chuva, que volta a cair.
“Apenas um homem morto e a multidão se espalha, as mesas do café ficam vazias.” (12°§)
4- AOCP
A) somente I
B) somente II
C) I e II
D) nenhuma
I. É necessário calma.
A) somente I
B) somente II
C) I e II
D) nenhuma
6- AOCP
Texto
Crise de Identidade
Foi na semana passada. No Leblon. Como todo mundo sabe — será que ainda sabe? —, o
Leblon não é a minha praia. Sou copacabanense. Pra mim, o Leblon fica além-fronteiras. Sou
sempre um visitante em suas ruas. Olho para o bairro com olhos de turista, admirado com suas
madames que almoçam fora, com os que se divertem na Rua Dias Ferreira e, principalmente, com
a crença da quase totalidade de seus moradores de que o pão e o presunto foram inventados no
Talho Capixaba. Nunca estou no Leblon por acaso. Dessa vez, estava indo ao dentista. Mas mudei
de assunto e estou perdendo o fio da meada. Como estava dizendo, foi na semana passada. No
Leblon. la ao dentista. Mal pisei na calçada do quarteirão a que me dirigia quando, na outra
esquina, uma senhora me acenou. Bonita, cabelos brancos, esguia, bem vestida, ela veio se
aproximando. Abriu um sorriso. Me conquistou. Já bem perto, abriu os braços. Parecia uma fã.
Correspondi, dei-lhe um abraço e ela gritou entusiasmada: “Artur da Távola!”
Passei 23 anos ininterruptos escrevendo uma coluna que, em alguns momentos, era publicada
três vezes por semana. Faz oito meses que parei. E já estão me confundindo com Artur da Távola?
Será que colunista afastado é colunista morto? Será que oito meses fora do jornal é tempo
bastante para deixar de habitar a lista de colunistas que o leitor tem na cabeça? Outro dia mesmo,
dessa vez em Copacabana, em meio a compras num mercado de produtos hortifrutigranjeiros,
outra velhinha se aproximou. Disse que me lia sempre (ela não se deu conta de que eu não estava
escrevendo), que se identificava com as minhas histórias, e que minha coluna era a primeira coisa
que buscava no jornal às sextas-feiras. Bem que eu tentei dizer que nunca escrevi às sextas, mas
ela me interrompeu e acrescentou que gostava sobretudo quando eu falava do Botafogo. Ela
gostava mesmo de outro Arthur, o Dapieve. Deixei-a na ilusão de que tinha se encontrado com o
ídolo. Pra que discutir com madame? E, depois, pensa bem, é muita ingenuidade da leitora
imaginar que o Dapieve estaria fazendo compras num mercado de produtos hortifrutigranjeiros.
Talvez não tenha sido a minha ausência o motivo do esquecimento do leitor. Nesses 23 anos,
por mais assíduo que tenha sido nas páginas do jornal, sempre fui confundido com o Zuenir, o
Veríssimo, o Arnaldo... só não me lembro de terem me confundido com a Cora. E olha que eu
também já tive os meus gatos. Talvez a culpa seja minha e eu nunca tenha conseguido criar, nos
meus textos, uma personalidade que levasse o leitor a me identificar nas ruas.
Deve acontecer algo assim com a minha voz também. De vez em quando, pego um táxi e,
logo após dizer ao motorista meu destino, ele me responde com alegria: “O senhor é o Cony, não
é? Ouço o senhor todo dia na CBN”. Eu confirmo e vou em frente. Ainda não desisti do plano de
andar com uns livros do Cony na mochila para dar edições autografadas aos motoristas da cidade.
Só não decidi ainda se eu mesmo autografo ou peço pro Cony autografar.
As vezes, desconfio que tenha transferido essa crise de identidade para os que me cercam.
É muito comum encontrar algum admirador que me conhece da televisão. “Não deixo de ver o
senhor no programa da Andréa Beltrão.” Ou “o senhor não está mais no programa da Maria
Padilha?” Adianta eu dizer que o programa é da Maria Beltrão?
Isso tudo é pra dizer que, antes que me esqueçam definitivamente, retomo esta coluna, agora
só aos domingos, na esperança de um dia o leitor me identificar, saber que eu sou eu. É fácil. Não
falo de gatos, não torço pelo Botafogo, não vejo a confusão em Ipanema da minha janela, não
analiso a conjuntura política, nunca escrevi um livro de mistério. Sou o outro, aquele outro, aquele
que fala de amenidades, pega no pé do prefeito, vê novelas... lembra? Aquele que organiza a
eleição da Mala do Ano, já fez o concurso do Zum de Besouro e teve uma ou duas brigas com o
Caetano. Ainda não lembrou? Então esquece tudo isso. Eu prefiro ser identificado como aquele
que tem muita honra em estar em página próxima aos textos do Zuenir, do Veríssimo, do Nelson
Motta, do Cacá, da Cora, do Dapieve, dos Arnaldos, do Agualusa... São muitos colunistas
talentosos. Sou só mais um. Aquele com menos talento, o que todo mundo confunde com os
outros, mas que não cabe em si de satisfação em ter a oportunidade de voltar a se encontrar
semanalmente com o leitor. Crônica é diálogo. Não,basta eu escrever. Tem que ter você aí do
outro lado para ler. É um prazer reencontrá-lo.
(Artur Xexéo)
“Passei 23 anos ininterruptos escrevendo uma coluna que, em alguns momentos, era publicada
três vezes por semana. Faz oito meses que parei. E já estão me confundindo com Artur da Távola?
Não que essa confusão não seja envaidecedora. Sempre fui fã dos textos do Távola. Mas ele já
não está entre nós há oito anos! Prefiro não ter o talento do mestre, mas continuar vivo. Vivo, pelo
menos, eu posso continuar tentando alcançar o seu estilo."
Assinale a opção cuja concordância verbal seja equivalente a que aparece em “Faz oito
meses que parei”:
7- AOCP
8- AOCP
“Passei 23 anos ininterruptos escrevendo uma coluna que, em alguns momentos, era publicada
três vezes por semana. Faz oito meses que parei. E já estão me confundindo com Artur da Távola?
Não que essa confusão não seja envaidecedora. Sempre fui fã dos textos do Távola. Mas ele já
não está entre nós há oito anos! Prefiro não ter o talento do mestre, mas continuar vivo. Vivo, pelo
menos, eu posso continuar tentando alcançar o seu estilo. ”
Assinale a opção cuja concordância verbal seja equivalente a que aparece em “Faz oito
meses que parei”:
9. AOCP
Texto 1
Segundo o Ministério da Saúde, nos últimos cinco anos, quase 60 mil casos de
internações por automedicação foram registrados no Brasil.
B) Em “[...] vocês vão ver que todos os medicamentos, eles podem ter efeitos adversos [...]”, o
verbo em destaque está flexionado no futuro do presente do modo indicativo.
E) Em “[...]O estudante Stuart Figueredo, por exemplo, [...] compra os medicamentos sem receita
médica para tratar a doença [...]”, o verbo em destaque deveria estar no plural para concordar
com o sujeito “medicamentos”.
10. AOCP
Ferreira Gullar
Por isso mesmo exaltam o movimento antimanicomial, que se opõe à internação dos
doentes mentais. Segundo eles, os pacientes são metidos em hospitais psiquiátricos
porque a família quer se ver livre deles. Só pode fazer tal afirmação quem nunca teve que
conviver com um doente mental e, por isso, ignora o tormento que tal situação pode
implicar.
Nada mais doloroso para uma mãe ou um pai do que ter de admitir que seu filho é
esquizofrênico e ser, por isso, obrigado a interná-lo. Há certamente pais que se negam a
fazê-lo, mas ao custo de ser por ele agredido ou vê-lo por fim à própria vida, jogando-se da
janela do apartamento.
Como aquelas pessoas não enfrentam tais situações, inventam que os hospitais
psiquiátricos, ainda hoje, são locais de tortura. Ignoram que as clínicas atuais, em sua
maioria, graças aos remédios neuroléticos, nada têm dos manicômios do passado.
Tanto isso é verdade que, das dezenas de pacientes que trabalharam no ateliê do Centro
Psiquiátrico, apenas quatro ou cinco criaram obras de arte. Deve-se reconhecer, também,
que conforme a personalidade de cada um seu estado mental compõe a expressão estética
que produz.
No tal programa de TV, alguém afirmou que, graças a Nise da Silveira, o tratamento
psiquiátrico tornou-se o que é hoje. Não é verdade, isso se deve à invenção dos remédios
neurolépticos que possibilitam o controle do surto psíquico.
Não pretendo com esses argumentos diminuir a extraordinária contribuição dada pela
médica Nise da Silveira ao tratamento dos doentes mentais no Brasil. Fui amigo dela e
acompanhei de perto, juntamente com Mário Pedrosa, o seu trabalho no Centro
Psiquiátrico Nacional.
Uma das qualidades dela era o seu afeto pelas pessoas e particularmente pelo doente
mental. Eis um exemplo: como o Natal se aproximava, ela perguntou aos pacientes o que
queriam de presente. Emygdio respondeu: um guarda-chuva.
Como dentro do hospital naturalmente não chovia, ela concluiu que ele queria ir embora
para casa. E era. Ela providenciou para que levasse consigo tinta e tela, a fim de que não
parasse de pintar.
Ele se foi, mas, passado algum tempo, alguém toca a campainha do gabinete da médica.
Ela abre a porta, era o Emygdio, de paletó, gravata e maleta na mão. “Voltei para continuar
pintando, porque lá em casa não dava pé.” E ficou pintando ali até completar 80 anos,
quando, por lei, teve que deixar o hospital e ir para um abrigo de idosos, onde morreu anos
depois.
E) Obedecem-se aos critérios determinados por lei sobre a organização do hospital psiquiátrico.
1. A
2. B
3. C
4. B
5. C
6. C
7. A
8. C
9. A
10. A
Aqueles foram bons tempos, mas que não se repetiram – ao menos, não com a mesma
intensidade –, embora, de toda forma, Gregor ganhasse o suficiente para arcar sozinho com as
necessidades domésticas. À medida que tudo isso foi se tornando costumeiro, a surpresa e a
alegria inicial arrefeceram e, assim, Gregor entregava o dinheiro com prazer espontâneo e a
família, de bom grado, recebia. Apenas a irmã permanecia mais próxima e afetuosa e, como ela,
ao contrário de Gregor, era amante da música e sabia tocar violino com muita graça, ele tinha
planos de enviá-la para o Conservatório no ano seguinte, sem importar-se com os gastos extras
que isso acarretaria. Em conversas com a irmã, nos curtos períodos em que ficava sem viajar,
sempre mencionava o projeto (que ela considerava lindo, mas impossível de se concretizar),
enquanto os pais demonstravam não aprovar nem um pouco a ideia. Contudo, Gregor pensava
muito seriamente nisso e pretendia anunciá-lo solenemente na noite de Natal.
Todos esses pensamentos, agora inúteis, fervilhavam em sua cabeça, enquanto ele escutava
as conversas, colado à porta. De vez em quando o cansaço obrigava-o a desligar-se, apoiando
pesadamente a cabeça na porta, mas logo recuperava a prontidão, pois sabia que qualquer ruído
era ouvido na sala e fazia com que todos se calassem. “Novamente aprontando alguma coisa”,
dizia o pai instantes depois, certamente olhando para a porta. Passado algum tempo, eles
continuavam a trocar palavras entre si.
Na conversa sobre as finanças da família, o pai redundava nas explicações – seja porque há
tempos não se ocupava disso, seja porque a mãe tinha dificuldades para entender –, e Gregor,
com satisfação, tomou conhecimento de que, a despeito da desgraça que haviam sofrido, restava-
lhes algum capital, que, se não era muito, ao menos tinha crescido nos últimos anos por conta
dos rendimentos de juros acumulados. Além disso, o dinheiro que Gregor entregava (retinha
apenas uma pequeníssima parte) não era gasto integralmente, e pouco a pouco ampliava o
montante economizado. De onde estava, ele aprovou, com a cabeça, o procedimento, contente
com a inesperada provisão feita pelo pai. Era verdade que aquele dinheiro poderia ter
paulatinamente saldado a dívida que o pai tinha com seu patrão, livrando-o daquele
constrangimento. Não obstante, ele julgou que pai havia procedido corretamente.
(KAFKA, Franz. A Metamorfose. Trad. Lourival Holt Albuquerque. São Paulo: Abril, 2010, p.40-
41)
O pronome destacado, em “a despeito da desgraça que haviam sofrido, restava-lhes
algum capital” (3º§), foi empregado em função:
2- AOCP
O susto de reencontrar alguém que não vemos há anos é o impacto do tempo. O desmanche
alheio incomoda? Claro que não, apenas o nosso refletido na hipótese de estarmos também
daquele jeito. Há momentos nos quais o salto para o abismo do fim parece mais dramático:
especialmente entre 35 e 55. (...)
Agatha Christie deu um lindo argumento para todos nós que envelhecemos. Na sua
Autobiografia, narra que a solução de um casamento feliz está em imitar o segundo casamento
da autora: contrair núpcias com um arqueólogo (no caso, Max Mallowan), pois, quanto mais
velha ela ficava, mais o marido se apaixonava. Talvez o mesmo indicativo para homens e
mulheres estivesse na busca de geriatras, restauradores, historiadores, egiptólogos ou, no
limite, tanatologistas.
Envelhecer é complexo, a opção é mais desafiadora. O célebre historiador israelense Yuval
Harari prevê que a geração alpha (nascidos no século em curso) chegará, no mínimo, a 120
anos se obtiver cuidados básicos. O Brasil envelhece demograficamente e nós poderíamos ser
chamados de vanguarda do novo processo. Dizem que Nelson Rodrigues aconselhava aos
jovens que envelhecessem, como o melhor indicador do caminho a seguir. Não precisamos do
conselho pois o tempo é ceifador inevitável. (...)
Como em toda peça teatral, o descer das cortinas pode ser a deixa para um aplauso caloroso ou
um silêncio constrangedor, quando não vaia estrondosa. É sabedoria que o tempo ensina, ao
retirar nossa certeza com o processo de aprendizado. Hoje começa mais um dia e mais uma
etapa possível. Hoje é um dia diferente de todos. Você, tendo 16 ou 76, será mais velho amanhã
e terá um dia a menos de vida. Hoje é o dia. Jovens, velhos e adjacentes: é preciso ter
esperança.
Leia com atenção o trecho “O Brasil envelhece demograficamente e nós poderíamos ser
chamados de vanguarda do novo processo” e, de acordo com a Gramática Normativa da Língua
Portuguesa, assinale a alternativa que preencha correta e respectivamente as lacunas do
excerto abaixo.
3- AOCP
Texto I Há algum tempo, venho estudando as piadas, com ênfase em sua constituição
linguística. Por isso, embora a afirmação a seguir possa parecer surpreendente, creio que posso
garantir que se trata de uma verdade quase banal: as piadas fornecem simultaneamente um dos
melhores retratos dos valores e problemas de uma sociedade, por um lado, e uma coleção de
fatos e dados impressionantes para quem quer saber o que é e como funciona uma língua, por
outro. Se se quiser descobrir os problemas com os quais uma sociedade se debate, uma
coleção de piadas fornecerá excelente pista: sexualidade, etnia/raça e outras diferenças,
instituições (igreja, escola, casamento, política), morte, tudo isso está sempre presente nas
piadas que circulam anonimamente e que são ouvidas e contadas por todo mundo em todo o
mundo.[...]
Mas as piadas também podem servir de suporte empírico para uma teoria mais aprofundada e
sofisticada de como funciona uma língua, especialmente porque se trata de um corpus que,
além de expor traços do que nela é sistemático (gramatical) e, paradoxalmente, “desarrumado”,
contribui para deixar muito claro que uma língua funciona sempre em relação a um contexto
culturalmente relevante e que cada texto requer uma relação com outros textos. [...] A
conclusão óbvia é que uma língua não é como nos ensinaram: clara e relacionada diretamente a
um fato ou situação que ela representa como um espelho. Praticamente cada segmento da
língua deriva para outro sentido, presta-se a outra interpretação, por razões variadas. Pelo
menos, é o que as piadas mostram. E elas não são poucas. Ou, no mínimo, nós as ouvimos
muitas vezes. (POSSENTI, Sírio. O humor e a língua. Ciência Hoje. Rio de Janeiro, SBPC,
v.30, n.176, out. 2001)
No trecho “Se se quiser descobrir os problemas com os quais uma sociedade se debate, uma
coleção de piadas fornecerá excelente pista:”, a preposição em destaque ocorre em função de
uma exigência de regência. Dentre as frases abaixo, assinale aquela em se verifica um ERRO
no emprego do termo regido em destaque.
4- AOCP
Para responder a questão , leia com atenção a tira abaixo de “Hagar, o Horrível” do
cartunista Dik Browne.
De acordo com a leitura atenta da tira acima e com a Gramática Normativa da Língua
Portuguesa, analise as afirmativas abaixo e assinale a alternativa correta.
5- AOCP
Se na regência verbal o termo regente é o verbo, na regência nominal é o nome, seja ele
substantivo, adjetivo ou advérbio. Considerando a variedade padrão da língua, assinale a
alternativa INCORRETA.
6- AOCP
Nas línguas, a regência verbal ocorre quando o termo regente é um verbo (Cereja & Cochar,
2009). Entretanto, há verbos que admitem mais de uma regência. Considerando-se a variedade
padrão da língua, assinale a alternativa CORRETA.
C) Visou ao alvo e atirou (VTI/OI) // Aquele homem sem escrúpulos só visava uma posição de
destaque. (VTD/ OD)
E) A mãe agradava ao flho choroso. (VTI/OI) // Suas palavras agradaram o público. (VTD/OD)
7- AOCP
Texto I
Para dar uma ideia de como um conceito pode ser metafórico e estruturar uma atividade
cotidiana, comecemos pelo conceito de DISCUSSÃO e pela metáfora conceitual DISCUSSÃO É
GUERRA. Essa metáfora está presente em nossa linguagem cotidiana numa grande variedade
de expressões:
É importante perceber que não somente falamos sobre discussão em termos de guerra.
Podemos realmente ganhar ou perder uma discussão. Vemos as pessoas com quem discutimos
como um adversário. Atacamos suas posições e defendemos as nossas. Planejamos e usamos
estratégias. Se achamos uma posição indefensável, podemos abandoná-la e colocar-nos numa
linha de ataque. Muitas das coisas que fazemos numa discussão são parcialmente estruturadas
pelo conceito de guerra.
Em “Vemos as pessoas com quem discutimos como um adversário” (6º§), nota-se uma
adequação de regência verbal em relação à norma. Desse modo, assinale a alternativa em
que, na reescritura, NÃO se registra tal adequação.
10. AOCP
Mas uma pesquisa publicada no Journal of Consumer Research sugere que todas essas
pessoas que acham que se sentiriam constrangidas jantando ou indo ao cinema sozinhas
podem estar erradas. Estaríamos simplesmente perdendo a oportunidade de fazer uma
atividade legal por medo.
Mas a boa notícia (além do fato de que essa preocupação não tem nada a ver) é que
existem formas de fazer as pessoas se sentirem mais confortáveis ao realizar uma atividade
hedônica sozinhas. A pesquisa apontou que pessoas se sentiam menos desconfortáveis
em estar sozinhas em um café, por exemplo, se estivessem lendo um livro – o que dá a
ilusão de um propósito a elas.
Isso soa bobo, convenhamos, até para quem tem medo de ser visto sozinho. Afinal, por
que outra pessoa se importaria com alguém sem companhia em um café/jantar/cinema? E
por que o livro ou o jornal ou a revista [...] magicamente protegeria desse julgamento? [...]
Então na última parte da pesquisa, os cientistas tentaram entender melhor esse
mecanismo. Estudantes foram separados em pequenos grupos, ou sozinhos, e foram
encarregados de visitar uma galeria de arte por 10 minutos.
Agora os cientistas querem analisar a recepção de pessoas que veem outras sozinhas.
Será que o julgamento realmente acontece?
Adaptado de:<http://revistagalileu.globo.com/Life-Hacks/noticia/2015/07/por-que-voce-tambem-
deve-ir-ao-cinema-e-outros-programas-
sozinho.htmlutm_source=facebook&utm_medium=social&utm_campaign=post>. Acesso em: 17
out. 2016.
C) Em “[...] dar uma nota para a experiência [...]”, a expressão destacada pode ser substituída
por “à”, sem causar prejuízo gramatical ou semântico ao excerto.
E) Em “[...] as voltadas ao prazer e à diversão [...]”, justifica-se o emprego da crase, pois o termo
destacado funciona como objeto indireto do verbo apresentado anteriormente.
1. A
2. C
3. B
4. B
5. C
6. A
7. C
8. E
9. A
10. C
Tatiana Pronin
Uma alegria contagiante pode se transformar em tristeza profunda em um piscar de olhos porque
alguém "pisou na bola". O amor intenso vira ódio profundo, porque a atitude foi interpretada como
traição; o sentimento sai de controle e se traduz em gritos, palavrões e até socos. E, então, bate
uma culpa enorme e o medo de ser abandonado, como sempre. Dá vontade de se cortar, de beber
e até de morrer, porque a dor, o vazio e a raiva de si mesmo são insuportáveis. As emoções e
comportamentos exaltados podem dar uma ideia do que vive alguém com transtorno de
personalidade borderline (ou "limítrofe").
Reconhecido como um dos transtornos mais lesivos, leva a episódios de automutilação, abuso de
substâncias e agressões físicas. Além disso, cerca de 10% dos pacientes cometem suicídio. Além
da montanha-russa emocional e da dificuldade em controlar os impulsos, o borderline tende a
enxergar a si mesmo e aos outros na base do "tudo ou nada", o que torna as relações familiares,
amorosas, de amizade e até mesmo a com o médico ou terapeuta extremamente desgastantes.
Ainda que seja inteligente, talentoso e brilhante no que faz, reage como uma criança ao se
relacionar com os outros e com as próprias emoções — o que os psicanalistas chamam de "ego
imaturo". Em muitos casos, o transtorno fica camuflado entre outros, como o bipolar, a depressão
e o uso abusivo de álcool, remédios e drogas ilícitas.
De forma resumida, um transtorno de personalidade pode ser descrito como um jeito de ser, de
sentir, se perceber e se relacionar com os outros que foge do padrão considerado "normal" ou
saudável. Ou seja, causa sofrimento para a própria pessoa e/ou para os outros. Enquadrar um
indivíduo em uma categoria não é fácil — cada pessoa é um universo, com características
próprias. [...]
O diagnóstico é bem mais frequente entre as mulheres, mas estudos sugerem que a incidência
seja igual em ambos os sexos. O que acontece é que elas tendem a pedir mais socorro, enquanto
O paciente borderline sofre os períodos de instabilidade mais intensos no início da vida adulta. Há
situações de crise, ou maior descontrole, que podem até resultar em internações porque o
paciente coloca sua própria vida ou a dos outros em risco. Por volta dos 40 ou 50 anos, a maioria
dos "borders" melhora bastante, probabilidade que aumenta se o paciente se engaja no
tratamento. [...]
A) Apenas I.
B) Apenas II.
C) Apenas I e II.
D) Apenas II e III.
E) I, II e III.
2. AOCP
A SUA SUPERDESENVOLVIDA HABILIDADE DE LER MENTES
Você é encarregado de conduzir uma reunião com quatro diretores de filiais da sua empresa: a
Srª A., o Sr. B., a Srª C. e o Sr. D. Dirigindo-se à sala de reuniões, você é saída, ainda no corredor,
por um de seus assessores, com quem trava o seguinte diálogo:
Adentrando a sala, você avista, já acomodados e preparados, a Srª A., o Sr. B., a Srª C. e o Sr.
D. Confuso, você interpela discretamente o assessor:
— Por que você disse alguns que dos diretores anteriores chegado se todos eles já chegaram?
— Tudo o que eu disse foi que alguns dos diretores chegados chegados. A Srª A. e o Sr. B são
alguns dos diretores e eles chegaram. Portanto, eu falei a verdade.
A respeito dos itens destacados em “Por que você disse que alguns dos diretores haviam
chegado se todos eles já chegaram?”, assinale a alternativa correta.
E) “Que” poderia ser substituído por “quando” sem que isso alterasse o sentido do excerto.
Somos estimulados a sonhar, a buscar objetivos e a nos orientar em direção ao que desejamos.
Às vezes, o problema é que não sabemos o que queremos. É o que tenho observado em muitas
pessoas, até em mim mesma. A dúvida aparece quando terminamos uma etapa, como concluir
alguns estudos ou finalizar um trabalho. Também surge quando estamos cansados de uma
determinada situação, quando temos de nos reinventar devido às circunstâncias ou quando nos
deparamos com um fracasso ou um contratempo. [...] Um pequeno exercício de reflexão pode nos
ajudar a recuperar sonhos e a definir objetivos que nos animem. Vejamos algumas dicas práticas.
Primeiro, não devemos confundir nossos sonhos com fantasias. Um sonho é um projeto que
nos anima, como estudar algo novo, comprar um carro ou ter um filho. Pode ser mais ou menos
ambicioso, mas nos impulsiona a nos esforçar para conseguir realizá-lo. Já uma fantasia é algo
que vive em nossa mente, que gostamos de imaginar, mas que, no fundo, sabemos que nunca
vamos dedicar muita energia para alcançá-lo. [...] Dar a volta ao mundo, viver nas ilhas
paradisíacas do Pacífico ou se tornar diretor de cinema em Hollywood poderiam ser alguns
exemplos. Aprender a diferenciar os sonhos das fantasias nos faz ser honestos conosco mesmos
e nos alivia da pressão de conseguir estas últimas, das quais, insistimos, não necessitamos.
[...] Quando não sabemos o que queremos ou não temos um sonho claro, podemos fazer várias
coisas. Por um lado, podemos recuperar sonhos do passado como forma de inspiração. A
adolescência é uma época muito frutífera de ideias. Valeria a pena lembrar do que gostávamos
ou o que nos animava. O objetivo não é realizar os sonhos ao pé da letra. Talvez tenham ficado
um pouco desatualizados ou, simplesmente, sejam impossíveis de alcançar, como se queríamos
ser astronautas e agora temos 40 anos. Os velhos sonhos atuam como faróis, não são cartas de
navegação, daí a importância de recuperá-los. Retomando o exemplo anterior do astronauta,
obtemos informações sobre nós mesmos. Com esse exercício simples, lembramos que
gostávamos de aventuras ou de estudar as estrelas. Dessa forma, podemos nos matricular em
um curso de astronomia, comprar um telescópio ou acessar os recursos da NASA para conhecer
mais a respeito. E você, o que gostava de fazer quando era mais jovem? O que pode extrair
daquilo?
Outra forma de nos orientarmos é pensar naquilo que não queremos. Talvez este exercício não
seja tão atraente quanto imaginar a si mesmo no futuro, mas é um passo válido. O que eu quero
parar de fazer? Pode ser no âmbito pessoal ou profissional, como evitar me irritar por alguma
coisa, não continuar neste trabalho ou manter uma amizade.
Quando estamos em uma dúvida profunda sobre o que fazer ou quais são nossos sonhos,
temos outra opção: refletir sobre com quem gostaríamos de parecer, mesmo que seja um
A) Em, “Primeiro, não devemos confundir nossos sonhos com fantasias.”, o termo em destaque
contribui para a ordenação do texto.
B) Em “Já uma fantasia é algo que vive em nossa mente [...]”, o termo em destaque sinaliza um
contraste entre sonho e fantasia.
C) Em “[...] o problema é que não sabemos o que queremos.”, o termo em destaque se refere à
ação de buscar objetivos, mencionada no período anterior, a qual é vista pela autora como algo
negativo.
D) Em “Talvez este exercício não seja tão atraente [...]”, o termo em destaque retoma a
informação “pensar naquilo que não queremos”.
E) Em “Mais uma vez, isso funciona como farol [...]”, o termo em destaque faz referência ao
excerto “[...] refletir sobre com quem gostaríamos de parecer [...]”.
4. AOCP
Maria Silvia Bolguese – Em relação à psicanálise, quero destacar que a depressão pode ser
compreendida considerando-se um espectro que vai desde os estados depressivos considerados
normais, ou seja, reações de recolhimento do sujeito frente a dificuldades da vida, por um lado,
ou angústias e desequilíbrios advindos de instabilidades internas; até as manifestações
melancólicas graves, que impedem, inibem as possibilidades do existir.
Maria Silvia Bolguese – Sujeitos deprimidos e medicados são os sujeitos conformados à lógica
dominante, que visam apenas a partir de si mesmos corrigir seu mal-estar. A passividade
contemporânea em relação às condições sociais e políticas é decorrência dessa ideologia da
culpabilização e responsabilização dos sujeitos. Claro está que os estados depressivos graves e
melancólicos devem ser tratados pelo que produzem de sofrimento a seus portadores, mas não
se pode deixar de considerar em nenhum caso as condições de vida a que esses mesmos sujeitos
estão submetidos.
Ricardo Moreno – Depressão é uma doença que tem como base uma disfunção química do
cérebro, ou seja, os sistemas de neurotransmissão são comprometidos. Ela se caracteriza por
uma série de sinais e sintomas. Ela tende a recorrer ao longo da vida e tem uma série de prejuízos
em vários níveis. Depressão não é tristeza, não é uma reação emocional a um evento qualquer.
Ricardo Moreno – Não. Isso é uma coisa que se fala há muito tempo, principalmente algumas
vertentes interpretativas, mas a depressão não pode ser causada por fatores sociais. O que nós
sabemos das causas da depressão: primeiro, há uma causa genética – 40% dos pacientes com
depressão têm um fator genético envolvido. Mas não é somente o componente genético, tem de
haver um componente psicossocial e psicológico. O que se sabe é que indivíduos que têm
predisposição a ter depressão, quando submetidos a estresse, físico ou psicológico, podem ou
não desenvolver a doença, dependendo da vulnerabilidade genética que eles têm e a capacidade
psicológica de lidar com o estresse.
A) Por que a depressão pode ser considerada um sintoma social? (A depressão pode ser
considerada um sintoma social por que?).
B) Por que a depressão pode ser considerada um sintoma social? (Por que a depressão pode se
considerar um sintoma social?).
C) Sob o ponto de vista da psiquiatria, o que é a depressão? (Pelo viés da psiquiatria, qual é a
definição de depressão?).
E) A depressão pode ser motivada por fatores sociais? (É possível que a depressão seja
consequência de fatores individuais?).
5. AOCP
Wilker Sousa
Ao longo de três horas, os jornalistas Marcela Sitônio, Jô Mazarollo e Gonzaga Rodrigues (da
imprensa local) juntamente com o jornalista e escritor mineiro Zuenir Ventura analisaram os
impactos das tecnologias recentes no cotidiano do jornalista e em que medida suscitam novas
maneiras de se pensar e de se fazer jornalismo. Ao final do debate, Zuenir Ventura concedeu
entrevista à CULT, leia a seguir.
Zuenir Ventura – Eu acho tudo isso melhor do que não escrever e melhor do que não ler,
mesmo sabendo da precariedade do texto. É melhor porque você se habitua a ler e amanhã lerá
outras coisas. Recentemente, li sobre o episódio de um jovem que mal sabia escrever e começou
a ficar isolado de sua turma porque todo mundo se comunicava via e-mail. Ele ficou desesperado
e aprendeu a escrever para passar e-mails para os colegas da turma. Então, é melhor assim do
que se não houvesse nada. Mas é claro que isso não pode ser um processo pernicioso, ou seja,
a gente não pode reduzir o mundo a 140 toques. Tem coisa que pode ser escrita em 140 toques,
outras não. Eu também acho que a grande reportagem não é necessariamente uma reportagem
grande, mas apenas há assuntos que necessitam de mais espaço, de mais tempo, de mais
apuração, ou seja, a diferença de uma matéria está em como foi feita a pesquisa, a apuração, o
trabalho com o texto. Por que as matérias de jornalismo literário são melhores? Porque se tem
mais tempo para trabalhar, mais espaço e isso exige uma qualidade maior na feitura do texto.
C) Em “[...] esse foi o tema do debate Cena Contemporânea [...]”, o referente do item em
destaque é a expressão “Cena Contemporânea”.
D) O referente do item destacado em “Ele ficou desesperado e aprendeu a escrever [...]” não é
explicitado no texto.
E) Em “Então, é melhor assim do que se não houvesse nada.”, o item destacado tem o mesmo
sentido que em “Saí de casa e só então me lembrei de que não tinha trancado a porta.”.
6. AOCP
Bauman: Para que a utopia renasça é preciso confiar no potencial humano
Dennis de Oliveira
Zygmunt Bauman é um dos pensadores contemporâneos que mais têm produzido obras que
refletem os tempos contemporâneos. Nascido na Polônia em 1925, o sociólogo tem um histórico
de vida que passa pela ocupação nazista durante a Segunda Guerra Mundial, pela ativa militância
em prol da construção do socialismo no seu país sob a direta influência da extinta União Soviética
e pela crise e desmoronamento do regime socialista. Atualmente, vive na Inglaterra, em tempo de
grande mobilidade de populações na Europa. Professor emérito de sociologia da Universidade de
Leeds, Bauman propõe o conceito de “modernidade líquida” para definir o presente, em vez do já
batido termo “pós-modernidade”, que, segundo ele, virou mais um qualificativo ideológico.
Zygmunt Bauman – Para que a utopia nasça, é preciso duas condições. A primeira é a forte
sensação (ainda que difusa e inarticulada) de que o mundo não está funcionando adequadamente
e deve ter seus fundamentos revistos para que se reajuste. A segunda condição é a existência de
uma confiança no potencial humano à altura da tarefa de reformar o mundo, a crença de que “nós,
seres humanos, podemos fazê-lo”, crença esta articulada com a racionalidade capaz de perceber
o que está errado com o mundo, saber o que precisa ser modificado, quais são os pontos
problemáticos, e ter força e coragem para extirpá-los. Em suma, potencializar a força do mundo
para o atendimento das necessidades humanas existentes ou que possam vir a existir.
B) A expressão “em suma” é utilizada para adicionar um novo argumento ao parágrafo, podendo
ser substituída por “além disso”.
C) Em “[...] quais são os pontos problemáticos, e ter força e coragem para extirpá-los [...]”, o
pronome átono retoma a expressão em destaque, podendo ser substituído adequadamente por
“eles”.
D) Em “[...] a crença de que ‘nós, seres humanos, podemos fazê-lo’, crença esta articulada com
a racionalidade [...]”, o pronome em destaque poderia ser substituído por “a qual”, sem que isso
causasse prejuízo sintático ou semântico ao período.
7. AOCP
Borderline: o transtorno que faz pessoas irem
do "céu ao inferno" em horas
Tatiana Pronin
Uma alegria contagiante pode se transformar em tristeza profunda em um piscar de olhos porque
alguém "pisou na bola". O amor intenso vira ódio profundo, porque a atitude foi interpretada como
traição; o sentimento sai de controle e se traduz em gritos, palavrões e até socos. E, então, bate
uma culpa enorme e o medo de ser abandonado, como sempre. Dá vontade de se cortar, de beber
e até de morrer, porque a dor, o vazio e a raiva de si mesmo são insuportáveis. As emoções e
comportamentos exaltados podem dar uma ideia do que vive alguém com transtorno de
personalidade borderline (ou "limítrofe").
Reconhecido como um dos transtornos mais lesivos, leva a episódios de automutilação, abuso
de substâncias e agressões físicas. Além disso, cerca de 10% dos pacientes cometem suicídio.
Além da montanha-russa emocional e da dificuldade em controlar os impulsos, o borderline tende
a enxergar a si mesmo e aos outros na base do "tudo ou nada", o que torna as relações familiares,
amorosas, de amizade e até mesmo a com o médico ou terapeuta extremamente desgastantes.
Muitos comportamentos do "border" (apelido usado pelos especialistas) lembram os de um jovem
rebelde sem tolerância à frustração. Mas, enquanto um adolescente problemático pode melhorar
com o tempo ou depois de uma boa terapia, o adulto com o transtorno parece alguém cujo lado
afetivo não amadurece nunca.
Ainda que seja inteligente, talentoso e brilhante no que faz, reage como uma criança ao se
relacionar com os outros e com as próprias emoções — o que os psicanalistas chamam de "ego
imaturo". Em muitos casos, o transtorno fica camuflado entre outros, como o bipolar, a depressão
e o uso abusivo de álcool, remédios e drogas ilícitas.
De forma resumida, um transtorno de personalidade pode ser descrito como um jeito de ser, de
sentir, se perceber e se relacionar com os outros que foge do padrão considerado "normal" ou
saudável. Ou seja, causa sofrimento para a própria pessoa e/ou para os outros. Enquadrar um
indivíduo em uma categoria não é fácil — cada pessoa é um universo, com características
próprias. [...]
O diagnóstico é bem mais frequente entre as mulheres, mas estudos sugerem que a incidência
seja igual em ambos os sexos. O que acontece é que elas tendem a pedir mais socorro, enquanto
os homens são mais propensos a se meter em encrencas, ir para a cadeira ou até morrer mais
precocemente por causa de comportamentos de risco. Quase sempre o transtorno é identificado
em adultos jovens e os sintomas tendem a se tornar atenuados com o passar da idade.
Transtornos de personalidade são diferentes de transtornos mentais (como depressão,
ansiedade, transtorno bipolar, psicose etc.), embora seja difícil para leigos e desafiante até para
especialistas fazer essa distinção, já que sobreposições ou comorbidades (existência de duas ou
mais condições ao mesmo tempo) são muito frequentes. Não é raro que o borderline desenvolva
transtorno bipolar, depressão, transtornos alimentares (em especial a bulimia), estresse pós-
B) zeugma, em que se oculta um termo, independente de ter sido mencionado antes ou não.
C) coesão por anáfora, em que se usa um elemento para anunciar outro, ainda não mencionado
no texto.
D) coesão por catáfora, em que se usa um elemento para recuperar outro, já mencionado no
texto.
Gregório de Matos Guerra nasceu em Salvador (BA) e morreu em Recife (PE). Estudou
no colégio dos jesuítas e formou-se em Direito em Coimbra (Portugal). Recebeu o apelido
de Boca do Inferno, graças a sua irreverente obra satírica. Gregório de Matos firmou-se
como o primeiro poeta brasileiro: cultivou a poesia lírica, satírica, erótica e religiosa. O que
se conhece de sua obra é fruto de inúmeras pesquisas, pois Gregório não publicou seus
poemas em vida. Por essa razão, há dúvidas quanto à autenticidade de muitos textos que
lhe são atribuídos.
9. AOCP
A) Para que um texto tenha o seu sentido completo, ou seja, transmita a mensagem pretendida,
não é necessário que ele esteja coerente, basta ser coeso.
B) A coerência trata da conexão formal e harmoniosa entre partes do texto, permite a sequência
lógico-semântica e a progressão do texto.
E) Fragmentos de textos que falam de assuntos diferentes, e que não se relacionam entre si,
acabam tornando o texto coerente.
10. AOCP
Sedentarismo é a maior causa de problemas de saúde no Brasil
São Paulo - Após uma semana de divulgação da Pesquisa Nacional de Saúde (PNS) 2013,
organizada pelo IBGE, especialistas afirmam que os dados mais preocupantes são reflexos
de um mal que é cada vez mais comum entre os brasileiros: o sedentarismo.
“Há um risco iminente para a saúde pública, uma vez que a falta de atividades físicas
agrava o cenário de doenças crônicas e cardiovasculares no país. Essa realidade é
alarmante”, avaliou.
Com isso, dois grupos foram identificados: um de pessoas ativas, que praticam mais de
150 minutos de exercícios por semana, e o outro de pessoas insuficientemente ativas, que
praticam menos do que isso.
“O governo tem que incentivar a prática de atividade física por meio de ações que
estimulem a população, começando pelas crianças nas escolas, onde, por exemplo, a
disciplina de educação física já não é mais obrigatória em alguns estados.”
“Temos que mudar alguns paradigmas, senão esses dados só irão justificar o aumento
das doenças crônicas daqui a dez anos”.
Como solução, o médico é enfático em propor atividades simples, como dar 10 mil
passos por dia.
“As pessoas precisam entender que se elas derem 10 mil passos por dia, elas deixam de
ser sedentárias. Se ficassem mais ativas no trabalho ou optassem por uma caminhada em
família, ajudaria muito a sair dessa condição”, recomendou.
Para a nutricionista Desiree Coelho, a pesquisa não registrou muitas novidades sobre o
comportamento nutricional da população, e o sedentarismo e a falta de informação sobre
hábitos saudáveis se destacaram como os pilares para a mudança de hábitos.
“Em um país com oferta de grande variedade de frutas, há um consumo muito baixo
desses alimentos; e ainda há o desconhecimento do brasileiro em relação a sua própria
saúde”, avaliou Desiree.
“É preciso atrair a atenção das pessoas para esses temas, que podem impactar a
expectativa de vida da população e a mudança para uma vida mais saudável e ativa”,
concluiu.
Fonte: http://exame.abril.com.br/brasil/noticias/sedentarismo-e-a-maior-causa-de-
problemas-de-saude-no-brasil
A) a “Magliocca”.
B) à “pesquisa”.
E) à “física”.
1. D
2. C
3. C
4. C
5. A
6. A
7. A
8. B
9. D
10. D
Pessoa que já serviu na polícia secreta de Londres e de New York tem anunciado nos nossos
diários que oferece os seus préstimos para descobrir coisas furtadas ou perdidas. Não publica o
nome; prova de que é realmente um ex-secreta* inglês ou americano. A primeira ideia do ex-
secreta local seria imprimir o nome, com indicação da residência. Não há ofício que não traga
louros, e os louros fizeram-se para os olhos dos homens. Não tenho perdido nada, nem por furto,
nem por outra via; deixo de recorrer aos préstimos do anunciante, mas aproveito esta coluna para
recomendá-los aos meus amigos e leitores.
Pois que a fortuna trouxe às nossas plagas um perfeito conhecedor do ofício, erro é não
aproveitá-lo. Não se perdem somente objetos: perdem-se também vidas, nem sempre se sabe
quem é que as leva. Ora, conquanto não se achem as vidas perdidas, importa conhecer as causas
da perda, quando escapam à ação da lei ou da autoridade. Não foi assassínio, mas suicídio, o
dessa Ambrosina Cananeia, que deixou a vida esta semana. Era uma pobre mulher trabalhadeira,
com dois filhos adolescentes e mãe valetudinária**; morava nos fundos de uma estalagem da rua
da Providência. O filho era empregado, a filha aprendia a fazer flores... Não sei se te lembras do
acontecimento: tais são os casos de sangue destes dias que é natural vir o fastio e ir-se a
memória. Pois fica lembrado.
A causa do suicídio não foi a pobreza, ainda que a pessoa fosse pobre. Nem desprezo de
homem, nem ciúmes. A carta deixada dizia em começo: “Vou dar-te a última prova de amizade...
É impossível mais tolerar a vida por tua causa; deixando eu de existir, você deixa de sofrer.” Você
é uma mocinha de dezesseis anos, vizinha, dizem que bonita, amiga da morta. Segundo a carta,
a mocinha era castigada por motivo daquela afeição, tudo de mistura com um casamento que lhe
queriam impor.
O que é único, é esta amiga que se mata para que a outra não padeça. A outra era diariamente
espancada, quase todos os vizinhos o sabiam pelos gritos e pelo pranto da vítima − “tudo por
causa da nova amizade”. Não podendo atalhar o mal da amiga, Ambrosina buscou um veneno,
meteu no seio as cartas da amiga e acabou com a vida em cinco minutos. “Adeus, Matilde; recebe
o meu último suspiro”.
Os tempos, desde a antiguidade, têm ouvido suspiros desses, mas não são últimos. Que a
morte de uma trouxesse a da outra, voluntária e terrível, não seria comum, mas confirmaria a
amizade. As afeições grandes podem não suportar a viuvez. Quem eu quisera ouvir sobre isto era
(Adaptado de: ASSIS, Machado de. Crônicas escolhidas. São Paulo: Companhia das Letras,
2013)
Em Ora, conquanto não se achem as vidas perdidas, importa conhecer as causas da perda,
quando escapam à ação da lei ou da autoridade. (2° parágrafo), a oração sublinhada expressa,
em relação à oração que a sucede, ideia de
A) proporção.
B) concessão.
C) condição.
D) consequência.
E) causa.
2. AOCP
Em um planeta em aquecimento, o calor se revela uma espécie de nova prova de fogo para os
atletas. É o que aponta um estudo inédito produzido pelo Observatório do Clima, que coletou
dados de pesquisas sobre o tema ao redor do mundo.
Nosso corpo funciona de forma diferente de acordo com as mudanças no habitat. Como explica
o estudo do Observatório do Clima, a temperatura central do corpo em repouso é de 37 °C e
aumenta para 38,5 °C a 75% de esforço durante o exercício. Esse valor não aumenta devido aos
mecanismos de termorregulação, sem os quais a temperatura central do organismo subiria 1°C a
cada cinco minutos de exercício intenso.
Nesse sentido, o calor excessivo prejudica o corpo de duas formas: facilitando a desidratação
em condições de baixa umidade relativa do ar e impedindo que o corpo dissipe calor em condições
de alta umidade relativa. Nos dois casos, no limite o corpo entra em choque, incapaz de regular a
temperatura interna, um quadro que pode ser fatal a um atleta.
Nosso corpo funciona de forma diferente de acordo com as mudanças no habitat. (2° parágrafo)
Sem prejuízo para a correção e a lógica, o segmento sublinhado acima pode ser substituído por
A) como
B) devido
C) consoante
D) apesar de
E) em relação
3. AOCP
A ideia de que as redes sociais são uma espécie de "ágora moderna", onde existem discussões
mais flexíveis e pluralistas, não passa de uma fantasia. A internet não cria debate. Ela cria
trincheiras entre exércitos inimigos.
A ideia de que as redes sociais são uma espécie de "ágora moderna", onde existem discussões
mais flexíveis e pluralistas ... (último parágrafo)
O elemento sublinhado na frase acima exerce a mesma função sintática que o sublinhado em:
4. AOCP
A maioria das pessoas pensa que vai se aposentar cedo e desfrutar da vida, mas um estudo
sugere que estamos fadados a nos aposentar cada vez mais tarde se quisermos manter um
padrão de vida razoável.
Em 2009, pesquisadores publicaram um estudo na revista Lancet e afirmaram que metade das
pessoas nascidas após o ano 2000 vai viver mais de 100 anos e três quartos vão comemorar seus
75 anos.
Até 2007 acreditávamos que a expectativa de vida das pessoas não passaria de 85 anos. Foi
quando os japoneses ultrapassaram a expectativa para 86 anos. Na verdade, a expectativa de
O que agora vai promover uma sobrevida mais longa e com mais qualidade será a mudança de
hábitos. A Dinamarca era em 1950 um dos países com a mais longa expectativa de vida. Porém,
em 1980 havia despencado para a 20a posição, devido ao tabagismo.
O controle da ingestão de sal e açúcar, e a redução dos vícios como cigarro e álcool, além de
atividade física, vão determinar uma nova onda do aumento de expectativa de vida. A própria
qualidade de vida, medida por anos de saúde plena, deve mudar para melhor nas próximas
décadas.
O próximo problema a ser enfrentado é a falta de dinheiro para as últimas décadas de vida:
estamos nos aposentando muito cedo e o que juntamos não será o suficiente. Precisamos guardar
10% do salário anual e nos aposentar aos 80 anos para que a independência econômica
acompanhe a independência física na aposentadoria.
... estamos fadados a nos aposentar cada vez mais tarde se quisermos manter um padrão de vida
razoável. (1° parágrafo)
Sem prejuízo da correção e da coerência, o segmento sublinhado acima pode ser substituído
por
A) caso queiramos
B) na hipótese de quisemos
C) como queríamos
E) apesar de querermos
5. AOCP
A maioria das pessoas pensa que vai se aposentar cedo e desfrutar da vida, mas um estudo
sugere que estamos fadados a nos aposentar cada vez mais tarde se quisermos manter um
padrão de vida razoável.
Em 2009, pesquisadores publicaram um estudo na revista Lancet e afirmaram que metade das
pessoas nascidas após o ano 2000 vai viver mais de 100 anos e três quartos vão comemorar seus
75 anos.
Até 2007 acreditávamos que a expectativa de vida das pessoas não passaria de 85 anos. Foi
quando os japoneses ultrapassaram a expectativa para 86 anos. Na verdade, a expectativa de
vida nos países desenvolvidos sobe linearmente desde 1840, indicando que ainda não atingimos
um limite para o tempo de vida máximo para um ser humano.
O que agora vai promover uma sobrevida mais longa e com mais qualidade será a mudança de
hábitos. A Dinamarca era em 1950 um dos países com a mais longa expectativa de vida. Porém,
em 1980 havia despencado para a 20a posição, devido ao tabagismo.
O controle da ingestão de sal e açúcar, e a redução dos vícios como cigarro e álcool, além de
atividade física, vão determinar uma nova onda do aumento de expectativa de vida. A própria
qualidade de vida, medida por anos de saúde plena, deve mudar para melhor nas próximas
décadas.
O próximo problema a ser enfrentado é a falta de dinheiro para as últimas décadas de vida:
estamos nos aposentando muito cedo e o que juntamos não será o suficiente. Precisamos guardar
10% do salário anual e nos aposentar aos 80 anos para que a independência econômica
acompanhe a independência física na aposentadoria.
Sem prejuízo da correção e do sentido, e sem que nenhuma outra modificação seja feita na frase,
o elemento sublinhado acima pode ser substituído por
A) Ainda que
B) Porquanto
C) Embora
D) No entanto
E) Visto que
6. AOCP
B)... a atual redução das chuvas se encaixa / no padrão de ciclos observado na Amazônia no
último século.
D)... a região pode estar começando um novo ciclo de 10% a 15% a menos de chuva, / assim
como aconteceu no início do século XX.
E)... que se trata de variações médias ao longo de três décadas, e não de ano a ano, / quando o
comportamento pode ser bem diferente.
7. AOCP
O cerrado, vegetação seca que cobre o estado de Goiás, é considerado o segundo maior bioma
brasileiro. Ao viajar pelo estado, chama a atenção quando se vê em um pasto imenso, lá no meio,
O conceito de indústria cultural foi criado por Adorno e Horkheimer, dois dos principais
integrantes da Escola de Frankfurt. Em seu livro de 1947, Dialética do esclarecimento, eles
conceberam o conceito a fim de pensar a questão da cultura no capitalismo recente. Na época,
estavam impactados pela experiência no país cuja indústria cultural era a mais avançada, os
Estados Unidos, local onde os dois pensadores alemães refugiaram-se durante a Segunda
Guerra.
Segundo os autores, a cultura contemporânea estaria submetida ao poder do capital,
constituindo-se num sistema que englobaria o rádio, o cinema, as revistas e outros meios − como
a televisão, a novidade daquele momento −, que tenderia a conferir a todos os produtos culturais
um formato semelhante, padronizado, num mundo em que tudo se transformava em mercadoria
descartável, até mesmo a arte, que assim se desqualificaria como tal. Surgiria uma cultura de
massas que não precisaria mais se apresentar como arte, pois seria caracterizada como um
negócio de produção em série de mercadorias culturais de baixa qualidade. Não que a cultura de
massa fosse necessariamente igual para todos os estratos sociais; haveria tipos diferentes de
produtos de massa para cada nível socioeconômico, conforme indicações de pesquisas de
mercado. O controle sobre os consumidores seria mediado pela diversão, cuja repetição de
fórmulas faria dela um prolongamento do trabalho no capitalismo tardio.
Muito já se polemizou acerca dessa análise, que tenderia a estreitar demais o campo de
possibilidades de mudança em sociedades compostas por consumidores supostamente
resignados. O próprio Adorno chegou a matizá-la depois. Mas o conceito passou a ser muito
utilizado, até mesmo por quem diverge de sua formulação original. Poucos hoje discordariam de
que o mundo todo passa pelo "filtro da indústria cultural", no sentido de que se pode constatar a
existência de uma vasta produção de mercadorias culturais por setores especializados da
indústria.
Feita a constatação da amplitude alcançada pela indústria cultural contemporânea, são várias
as possibilidades de interpretá-la. Há estudos que enfatizam o caráter alienante das consciências
imposto pela lógica capitalista no âmbito da cultura, a difundir padrões culturais hegemônicos.
Outros frisam o aspecto da recepção do espectador, que poderia interpretar criativamente − e não
de modo resignado − as mensagens que lhe seriam passadas, ademais, de modo não unívoco,
mas com multiplicidades possíveis de sentido.
(RIDENTI, Marcelo. Indústria cultural: da era do rádio à era da informática no Brasil. In:
Agenda brasileira. São Paulo: Cia das Letras, 2011, p. 292 a 301)
Considerando-se o contexto, mantêm-se a correção e o sentido original substituindo-se
9. AOCP
O texto a seguir refere-se à questão.
Oi, Chico!
Clarice Lispector
Oh, Chico Buarque, pois não é que recebi uma carta de uma cidade do Rio Grande do Sul,
Santa Maria, a respeito de você e de mim? É o seguinte: a moça me lê num jornal de Porto Alegre.
E, muito jovem, diz que sente grande afinidade comigo, que eu escrevo exatamente como ela
sente. Mas que sua maior afinidade comigo vem do fato de eu ter escrito sobre você, Chico. Diz:
"Eu, como você, tenho uma inclinação enorme por ele. Achava eu que esta inclinação (que é
motivo de troça de meus amigos) era um pouco de infantilismo meu, talvez uma regressão à
infância, mas lendo seus bilhetes descobri que não, que a razão é justamente conforme suas
palavras: ser ele altamente gostável e possuir candura. Você também tem candura, que se
percebe ao ler uma só linha sua." Ela, Chico, não entendeu que você não é meu ídolo; eu não
tenho ídolos. Você para mim é um rapaz de ouro, cheio de talento e bondade. Inclusive fico
simplesmente feliz em ouvir quinhentas vezes em seguida "A banda", e um dia desse dancei com
um de meus filhos. Mas é só, meu caro amigo. [...] Olhe, moça simpática, sua carta é um amor, e
tenho certeza de que Chico ia gostar de você, é impossível não. Pois se Chico tem candura, e
você acha que também tenho, você, minha amiguinha, é mil vezes mais cândida do que nós.
Mando-lhe um beijo e tenho certeza de que Chico lhe manda outro beijo ― não, não desmaie. [...]
B“Ela, Chico, não entendeu que você não é meu ídolo [...]”.
E“Pois se Chico tem candura, e você acha que também tenho, você, minha amiguinha, é mil
vezes mais cândida do que nós.”.
10. AOCP
Somos estimulados a sonhar, a buscar objetivos e a nos orientar em direção ao que desejamos.
Às vezes, o problema é que não sabemos o que queremos. É o que tenho observado em muitas
pessoas, até em mim mesma. A dúvida aparece quando terminamos uma etapa, como concluir
alguns estudos ou finalizar um trabalho. Também surge quando estamos cansados de uma
determinada situação, quando temos de nos reinventar devido às circunstâncias ou quando nos
deparamos com um fracasso ou um contratempo. [...] Um pequeno exercício de reflexão pode nos
ajudar a recuperar sonhos e a definir objetivos que nos animem. Vejamos algumas dicas práticas.
Primeiro, não devemos confundir nossos sonhos com fantasias. Um sonho é um projeto que
nos anima, como estudar algo novo, comprar um carro ou ter um filho. Pode ser mais ou menos
ambicioso, mas nos impulsiona a nos esforçar para conseguir realizá-lo. Já uma fantasia é algo
que vive em nossa mente, que gostamos de imaginar, mas que, no fundo, sabemos que nunca
vamos dedicar muita energia para alcançá-lo. [...] Dar a volta ao mundo, viver nas ilhas
paradisíacas do Pacífico ou se tornar diretor de cinema em Hollywood poderiam ser alguns
exemplos. Aprender a diferenciar os sonhos das fantasias nos faz ser honestos conosco mesmos
e nos alivia da pressão de conseguir estas últimas, das quais, insistimos, não necessitamos.
Outra forma de nos orientarmos é pensar naquilo que não queremos. Talvez este exercício não
seja tão atraente quanto imaginar a si mesmo no futuro, mas é um passo válido. O que eu quero
parar de fazer? Pode ser no âmbito pessoal ou profissional, como evitar me irritar por alguma
coisa, não continuar neste trabalho ou manter uma amizade.
Quando estamos em uma dúvida profunda sobre o que fazer ou quais são nossos sonhos, temos
outra opção: refletir sobre com quem gostaríamos de parecer, mesmo que seja um personagem
de ficção. Mais uma vez, isso funciona como farol, mas volta a nos dar pistas sobre nós mesmos.
Com este exercício, podemos tirar conclusões que nos ajudem a aterrissar na realidade e a definir
objetivos concretos.
B) O uso frequente da primeira pessoa do plural contribui para o alto grau de formalidade do
texto.
C) As perguntas feitas no texto estabelecem um diálogo com o leitor, com o fim de fazê-lo refletir
e buscar respostas para os questionamentos propostos.
E) O texto é construído majoritariamente por períodos simples, com o intuito de tornar a leitura
mais fluida e de fácil compreensão.
1. B
2. C
3. C
4. A
5. D
6. A
7. C
8. C
9. E
10. C
Aqueles foram bons tempos, mas que não se repetiram – ao menos, não com a mesma
intensidade –, embora, de toda forma, Gregor ganhasse o suficiente para arcar sozinho com as
necessidades domésticas. À medida que tudo isso foi se tornando costumeiro, a surpresa e a
alegria inicial arrefeceram e, assim, Gregor entregava o dinheiro com prazer espontâneo e a
família, de bom grado, recebia. Apenas a irmã permanecia mais próxima e afetuosa e, como ela,
ao contrário de Gregor, era amante da música e sabia tocar violino com muita graça, ele tinha
planos de enviá-la para o Conservatório no ano seguinte, sem importar-se com os gastos extras
que isso acarretaria. Em conversas com a irmã, nos curtos períodos em que ficava sem viajar,
sempre mencionava o projeto (que ela considerava lindo, mas impossível de se concretizar),
enquanto os pais demonstravam não aprovar nem um pouco a ideia. Contudo, Gregor pensava
muito seriamente nisso e pretendia anunciá-lo solenemente na noite de Natal.
Todos esses pensamentos, agora inúteis, fervilhavam em sua cabeça, enquanto ele escutava
as conversas, colado à porta. De vez em quando o cansaço obrigava-o a desligar-se, apoiando
pesadamente a cabeça na porta, mas logo recuperava a prontidão, pois sabia que qualquer ruído
era ouvido na sala e fazia com que todos se calassem. “Novamente aprontando alguma coisa”,
dizia o pai instantes depois, certamente olhando para a porta. Passado algum tempo, eles
continuavam a trocar palavras entre si.
Na conversa sobre as finanças da família, o pai redundava nas explicações – seja porque há
tempos não se ocupava disso, seja porque a mãe tinha dificuldades para entender –, e Gregor,
com satisfação, tomou conhecimento de que, a despeito da desgraça que haviam sofrido, restava-
lhes algum capital, que, se não era muito, ao menos tinha crescido nos últimos anos por conta
dos rendimentos de juros acumulados. Além disso, o dinheiro que Gregor entregava (retinha
apenas uma pequeníssima parte) não era gasto integralmente, e pouco a pouco ampliava o
montante economizado. De onde estava, ele aprovou, com a cabeça, o procedimento, contente
com a inesperada provisão feita pelo pai. Era verdade que aquele dinheiro poderia ter
paulatinamente saldado a dívida que o pai tinha com seu patrão, livrando-o daquele
constrangimento. Não obstante, ele julgou que pai havia procedido corretamente.
(KAFKA, Franz. A Metamorfose. Trad. Lourival Holt Albuquerque. São Paulo: Abril, 2010, p.40-
41)
Na passagem “De onde estava, ele aprovou, com a cabeça, o procedimento, contente com
a inesperada provisão feita pelo pai.” (3º§), ao se observar o emprego das vírgulas antes e
depois da expressão em destaque, conclui-se que foram usadas para:
2- AOCP
Minhas
maturidade
(Mario Prata)
É o que o homem pensa durante anos, enquanto envelhece. Já está perto dos 50 e a
pergunta ainda martela. Um dia ele vai amadurecer.
Quando um homem descobre que não é necessário escovar os dentes com tanta rapidez,
tenha certeza, ele virou um homem maduro. Só sendo mesmo muito imaturo para escovar os
dentes com tanta pressa.
E o amarrar do sapato pode ser mais tranquilo, arrumandose uma posição menos incômoda,
acertando as pontas.
[...]
Não sente culpa de nada. Mas, se sente, sofre como nunca. Mas já é capaz de assistir à
sessão da tarde sem a culpa a lhe desviar a atenção.
Nada como a maturidade para perceber que os intelectuais de esquerda estão, fnalmente,
acabando. Restam uns cinco.
Muda muito de opinião. Essa coisa de ter sempre a mesma opinião, ele já foi assim.
[...]
Se ninguém segurar, é capaz do homem maduro fcar com mania de apagar as luzes da casa.
A maturidade faz com que ele não possa mais fazer algumas coisas. Se pega pensando: sou
um homem maduro. Um homem maduro não pode fazer isso.
Depois de um tempo, percebe que está começando é a sentir inveja dos imaturos.
Será que os imaturos são mais felizes?, pensa, enquanto começa a escovar os dentes
depressa, mais depressa, mais depressa ainda.
3- AOCP
Segundo o Instituto Nacional de Câncer (Inca), o câncer de mama é a segunda neoplasia mais
comum em todo o mundo, com 1,7 milhões de casos. A estimativa é que para o biênio 2018-2019,
somente no Brasil, 60 mil novos casos entre mulheres sejam confirmados para cada ano — um
risco estimado de 57 casos a cada 100 mil brasileiras. “Fatores genético hereditários são
responsáveis por até 10% desses casos de câncer de mama. Os comportamentais e ambientais,
como alimentação e atividade física, respondem por até 30% dos casos”, enfatiza Carina
Hechenberger.[...]
Segundo Miguel Bortolini, ainda não é uma realidade a realização de exercícios regulares com
mulheres com câncer no Estado do Acre, apesar de ser fundamental. “Para evitar o câncer de
mama, é necessário realizar de 150 a 300 minutos de exercícios moderados por semana ou de
75 a 150 minutos de exercícios vigorosos por semana”, recomenda. “Além disso, é bom realizar
duas sessões por semana de exercícios resistidos, como musculação; não se deve esperar a
doença se podemos preveni-la.”
(Fonte: UFAC)
B) [...] para o biênio 2018-2019, somente no Brasil, 60 mil novos casos entre mulheres sejam
confirmados para cada ano.
C) Para evitar o câncer de mama, é necessário realizar de 150 a 300 minutos de exercícios
moderados[...].
4- AOCP
Liberada ontem por decisão do Supremo Tribunal Federal (STF), que reconheceu a legalidade
de passeatas sobre drogas como livre manifestação do pensamento - e não apologia ao crime -
, a Marcha da Maconha estará presente na Marcha Nacional da Liberdade, passeata que deve
reunir milhares de pessoas em 40 cidades do País no sábado. Em São Paulo, a partir das 14h, o
A) somente I
B) somente II
C) I e II
D) Nenhuma
5- AOCP
Os dias lindos (Carlos Drummond de Andrade) [...] Acontece em abril nessa curva do mês
que descamba para a segunda metade. Os boletins meteorológicos não se lembraram de
anunciá-lo em linguagem especial. Nenhuma autoridade, munida de organismo publicitário, tirou
partido do acontecimento. Discretos, silenciosos, chegaram os dias lindos. E aboliram, sem
providências drásticas, o estatuto do calor. A temperatura ficou amena, conduzindo à revisão do
vestuário. Protege-se um tudo-nada o corpo, que vivia por aí exposto e suado, bufando contra
os excessos da natureza. Sob esse mínimo de agasalho, a pele contente recebe a visita dos
dias lindos. A cor. Redescobrimos o azul-correto, o azul azul, que há meses se despedaçara
em manchas cinzentas no branco sujo do espaço. O azul reconstituiu-se na luz filtrada,
decantada, que lava também os matizes empobrecidos das coisas naturais e das fábricas. A cor
é mais cor, na pureza deste ar que ousa desafiar os vapores, emanações e fuligens da era
tecnológica. E o raio de sol benevolente, pousando no objeto, tem alguma coisa de carícia. O
ar. Ficou mais leve, ou nós é que nos tornamos menos pesadões, movendo-nos com
desembaraço, quando, antes, andar era uma tarefa dividida entre o sacrifício e o tédio? Tornou-
se quase voluptuoso andar pelo gosto de andar, captando os sinais inconfundíveis da presença
de dias lindos. Foi certamente num dia como este que Cecília Meireles escreveu: “A doçura
maior da vida flui na luz do sol, quando se está em silêncio. Até os urubus são belos, no largo
círculo dos dias sossegados.” Porque a primeira consequência da combinação de azul e leveza
A presença das aspas, no último parágrafo do texto, é mais bem justificada por:
6- AOCP
7- AOCP
Texto
O amor acaba
O amor acaba. Numa esquina, por exemplo, num domingo de lua nova, depois de teatro e
silêncio; acaba em cafés engordurados, diferentes dos parques de ouro onde começou a pulsar;
de repente, ao meio do cigarro que ele atira de raiva contra um automóvel ou que ela esmaga
no cinzeiro repleto, polvilhando de cinzas o escarlate das unhas; na acidez da aurora tropical,
depois duma noite votada à alegria póstuma, que não veio; e acaba o amor no desenlace das
mãos no cinema, como tentáculos saciados, e elas se movimentam no escuro como dois polvos
de solidão; como se as mãos soubessem antes que o amor tinha acabado; na insônia dos
braços luminosos do relógio; e acaba o amor nas sorveterias diante do colorido iceberg, entre
frisos de alumínio e espelhos monótonos; e no olhar do cavaleiro errante que passou pela
pensão; às vezes acaba o amor nos braços torturados de Jesus, filho crucificado de todas as
mulheres; mecanicamente, no elevador, como se lhe faltasse energia; no andar diferente da
irmã dentro de casa o amor pode acabar; na epifania da pretensão ridícula dos bigodes; nas
ligas, nas cintas, nos brincos e nas silabadas femininas; quando a alma se habitua às províncias
empoeiradas da Ásia, onde o amor pode ser outra coisa, o amor pode acabar; na compulsão da
simplicidade simplesmente; no sábado, depois de três goles mornos de gim à beira da piscina;
no filho tantas vezes semeado, às vezes vingado por alguns dias, mas que não floresceu,
abrindo parágrafos de ódio inexplicável entre o pólen e o gineceu de duas flores; em
apartamentos refrigerados, atapetados, aturdidos de delicadezas, onde há mais encanto que
desejo; e o amor acaba na poeira que vertem os crepúsculos, caindo imperceptível no beijo de ir
e vir; em salas esmaltadas com sangue, suor e desespero; nos roteiros do tédio para o tédio, na
barca, no trem, no ônibus, ida e volta de nada para nada; em cavernas de sala e quarto
conjugados o amor se eriça e acaba; no inferno o amor não começa; na usura o amor se
dissolve; em Brasília o amor pode virar pó; no Rio, frivolidade; em Belo Horizonte, remorso; em
São Paulo, dinheiro; uma carta que chegou depois, o amor acaba; uma carta que chegou antes,
e o amor acaba; na descontrolada fantasia da libido; às vezes acaba na mesma música que
começou, com o mesmo drinque, diante dos mesmos cisnes; e muitas vezes acaba em ouro e
diamante, dispersado entre astros; e acaba nas encruzilhadas de Paris, Londres, Nova Iorque;
no coração que se dilata e quebra, e o médico sentencia imprestável para o amor; e acaba no
longo périplo, tocando em todos os portos, até se desfazer em mares gelados; e acaba depois
que se viu a bruma que veste o mundo; na janela que se abre, na janela que se fecha; às vezes
não acaba e é simplesmente esquecido como um espelho de bolsa, que continua reverberando
sem razão até que alguém, humilde, o carregue consigo; às vezes o amor acaba como se fora
melhor nunca ter existido; mas pode acabar com doçura e esperança; uma palavra, muda ou
articulada, e acaba o amor; na verdade; o álcool; de manhã, de tarde, de noite; na floração
excessiva da primavera; no abuso do verão; na dissonância do outono; no conforto do inverno;
A pontuação, no texto, cumpre um papel expressivo e delimita sua estrutura sintática. Nesse
sentido, é correto afirmar que o texto apresenta:
8- AOCP
A) somente I.
C) I e II.
D) nenhuma.
9. AOCP
Somos estimulados a sonhar, a buscar objetivos e a nos orientar em direção ao que desejamos.
Às vezes, o problema é que não sabemos o que queremos. É o que tenho observado em muitas
pessoas, até em mim mesma. A dúvida aparece quando terminamos uma etapa, como concluir
alguns estudos ou finalizar um trabalho. Também surge quando estamos cansados de uma
determinada situação, quando temos de nos reinventar devido às circunstâncias ou quando nos
deparamos com um fracasso ou um contratempo. [...] Um pequeno exercício de reflexão pode nos
ajudar a recuperar sonhos e a definir objetivos que nos animem. Vejamos algumas dicas práticas.
Primeiro, não devemos confundir nossos sonhos com fantasias. Um sonho é um projeto que
nos anima, como estudar algo novo, comprar um carro ou ter um filho. Pode ser mais ou menos
ambicioso, mas nos impulsiona a nos esforçar para conseguir realizá-lo. Já uma fantasia é algo
que vive em nossa mente, que gostamos de imaginar, mas que, no fundo, sabemos que nunca
vamos dedicar muita energia para alcançá-lo. [...] Dar a volta ao mundo, viver nas ilhas
paradisíacas do Pacífico ou se tornar diretor de cinema em Hollywood poderiam ser alguns
exemplos. Aprender a diferenciar os sonhos das fantasias nos faz ser honestos conosco mesmos
e nos alivia da pressão de conseguir estas últimas, das quais, insistimos, não necessitamos.
[...] Quando não sabemos o que queremos ou não temos um sonho claro, podemos fazer várias
coisas. Por um lado, podemos recuperar sonhos do passado como forma de inspiração. A
adolescência é uma época muito frutífera de ideias. Valeria a pena lembrar do que gostávamos
ou o que nos animava. O objetivo não é realizar os sonhos ao pé da letra. Talvez tenham ficado
um pouco desatualizados ou, simplesmente, sejam impossíveis de alcançar, como se queríamos
ser astronautas e agora temos 40 anos. Os velhos sonhos atuam como faróis, não são cartas de
navegação, daí a importância de recuperá-los. Retomando o exemplo anterior do astronauta,
obtemos informações sobre nós mesmos. Com esse exercício simples, lembramos que
gostávamos de aventuras ou de estudar as estrelas. Dessa forma, podemos nos matricular em
um curso de astronomia, comprar um telescópio ou acessar os recursos da NASA para conhecer
Outra forma de nos orientarmos é pensar naquilo que não queremos. Talvez este exercício não
seja tão atraente quanto imaginar a si mesmo no futuro, mas é um passo válido. O que eu quero
parar de fazer? Pode ser no âmbito pessoal ou profissional, como evitar me irritar por alguma
coisa, não continuar neste trabalho ou manter uma amizade.
Quando estamos em uma dúvida profunda sobre o que fazer ou quais são nossos sonhos,
temos outra opção: refletir sobre com quem gostaríamos de parecer, mesmo que seja um
personagem de ficção. Mais uma vez, isso funciona como farol, mas volta a nos dar pistas sobre
nós mesmos. Com este exercício, podemos tirar conclusões que nos ajudem a aterrissar na
realidade e a definir objetivos concretos.
A) Em “Pode ser mais ou menos ambicioso, mas nos impulsiona [...]”, a vírgula separa uma
oração principal de uma oração subordinada.
B) Em “Já uma fantasia é algo que vive em nossa mente, que gostamos de imaginar [...]”, a
vírgula poderia ser omitida sem que isso causasse prejuízo sintático ao excerto.
D) Em “Somos estimulados a sonhar, a buscar objetivos [...]”, a vírgula separa duas orações de
mesmo estatuto sintático.
E) Em “[...] nos alivia da pressão de conseguir estas últimas, das quais [...] não necessitamos.”, a
vírgula indica que a oração adjetiva é restritiva, não explicativa.
As populações ribeirinhas são povos que vivem nas beiras dos rios e geralmente são
extremamente pobres. As atividades desempenhadas são o artesanato e a agricultura e muitos
povos sobreviviam e sobrevivem da pesca artesanal, da caça, do roçado e do extrativismo. Por
conta dos aspectos geográficos do país, é na Amazônia que está a maior parte dessa população.
Além das populações nativas, somam-se a esta categoria descendentes de migrantes do
Nordeste do país.
Na segunda metade do século XIX, muitos nordestinos deixaram sua terra natal e seguiram
para a Amazônia atrás dos empregos oferecidos nas empresas que atuavam no ciclo da extração
do látex das árvores conhecidas como seringueiras.. A ausência de políticas públicas que
tratassem da desmobilização desse contingente de trabalhadores fez com que eles se
espalhassem ao longo dos rios da floresta amazônica.
Por residirem em um ambiente onde a força da natureza se faz presente, os ribeirinhos
aprenderam a viver em um meio repleto de limitações e desafios impostos pelo rio e pela floresta.
As casas, em sua maioria, são de palafita, feitas em madeira sobre troncos e pilares. Esse tipo de
construção também é usado para deixar as casas “mais altas” para evitar que sejam invadidas
pelas águas durante as enchentes.
É no rio que os ribeirinhos executam uma das principais atividades que lhes proporciona fonte
de renda e de sobrevivência: a pesca. A plantação de milho e mandioca, a produção de farinha e
a coleta da castanha e do açaí também ocupam lugar de destaque nas atividades agrícolas das
comunidades ribeirinhas. As relações comerciais são praticadas, na maioria das vezes, sob a
forma de escambo entre comunidades vizinhas e, quando há excedente, este é vendido no centro
urbano mais próximo.
A relação diferenciada com a natureza faz dos ribeirinhos grandes detentores de
conhecimentos sobre aspectos da fauna e da flora da floresta; o uso de plantas medicinais; o ritmo
e o caminho das águas; os sons da mata; as épocas da terra. Esse convívio alimenta a cultura e
os saberes transmitidos de pai para filho, contudo as comunidades ribeirinhas convivem com o
isolamento econômico e social.
Como afirmam os moradores, viver na condição ribeirinha requer espírito de comunhão e
solidariedade. Nas comunidades ribeirinhas, convive-se com o isolamento econômico e social,
sempre à margem de uma série de políticas públicas e mecanismos de controle da qualidade de
vida. Como os ribeirinhos contam com poucos serviços públicos, eles sofrem com doenças, falta
de educação e de assistência social.
O Decreto nº 6.040, de 07 de fevereiro de 2007, reconheceu a existência dos povos e
comunidades tradicionais, dentre os quais estão os ribeirinhos, instituindo uma política nacional
voltada para as necessidades específicas desses povos, a Política Nacional de Desenvolvimento
dos Povos e Comunidades Tradicionais (PNPCT).
(Texto adaptado de
<http://basilio.fundaj.gov.br/pesquisaescolar/index.php?option=com_content&id=1053:ribeirinhos
>)
Assinale a alternativa correta.
C) Em “[...] A relação diferenciada com a natureza faz dos ribeirinhos grandes detentores de
conhecimentos sobre aspectos da fauna e da flora da floresta; o uso de plantas medicinais; o
ritmo e o caminho das águas; os sons da mata; as épocas da terra.[...]”, o sinal de ponto e
vírgula é utilizado para acrescentar um aposto explicativo ao termo “fauna e flora da floresta”.
D) Em “[...] As casas, em sua maioria, são de palafita, feitas em madeira sobre troncos e pilares.
Esse tipo de construção também é usado para deixar as casas ‘mais altas’ [...]”, o termo “mais
altas” está entre aspas para marcar um discurso direto.
E) Em “[...] Na segunda metade do século XIX, muitos nordestinos deixaram sua terra natal e
seguiram para a Amazônia atrás dos empregos [...]”, a vírgula é utilizada para isolar um adjunto
adverbial.
1. B
2. E
3. A
4. A
5. A
6. A
7. D
8. D
9. D
10. E
Leia o texto.
Marcela
Gastei trinta dias para ir do Rocio Grande ao coração de Marcela, não já cavalgando o corcel do
cego desejo, mas o asno da paciência, a um tempo manhoso e teimoso. (…)
Teve duas fases a nossa paixão, ou ligação, ou qualquer outro nome, que eu de nomes não curo;
teve a fase consular e a fase imperial. Na primeira, que foi curta, regemos o Xavier e eu, sem que
ele jamais acreditasse dividir comigo o governo de Roma; mas, quando a credulidade não pôde
resistir à evidência, o Xavier depôs as insígnias, e eu concentrei todos os poderes na minha mão:
foi a fase cesariana. Era o meu universo; mas, ai triste! não o era de graça. Foi-me preciso coligir
dinheiro, multiplicá-lo, inventá-lo. Primeiro explorei as larguezas de meu pai; ele dava-me tudo o
que lhe pedia, sem repreensão, sem demora, sem frieza; dizia a todos que eu era rapaz e que ele
o fora também. Mas a tal extremo chegou o abuso, que ele restringiu um pouco as franquezas,
depois mais, depois mais. Então recorri a minha mãe, e induzi-a a desviar alguma cousa (sic),
que me dava às escondidas. Era pouco; lancei mão de um recurso último: entrei a sacar sobre a
herança de meu pai, a assinar obrigações, que devia resgatar um dia com usura. Machado de
Assis.
A) A frase “Teve duas fases a nossa paixão” está na ordem indireta: (predicado + sujeito).
B) Na frase: “não o era de graça”, em seu contexto, o pronome “o” refere-se diretamente ao
amor de Marcela, retronando essa palavra.
C) Na frase: “ele dava-me tudo o que lhe pedia”, há exemplo claro de que o sujeito precisa
concordar com seu objeto.
D) Na frase: “e induzi-a a desviar alguma cousa (sic), que me dava às escondidas”, a palavra
“que” é um elemento coesivo com valor de causa.
2. AOCP
B) Pronome reflexivo.
C) Partícula apassivadora.
3. AOCP
Texto CG1A1-I
Angel Pino. Violência, educação e sociedade: um olhar sobre o Brasil contemporâneo. In:
Educ. Soc., Campinas, v. 28, n. 100, p. 763-785, out./2007 (com adaptações).
Com relação aos aspectos linguísticos do texto CG1A1-I, julgue os itens a seguir.
I No quarto período do primeiro parágrafo, tanto o trecho “que reduz tudo a um único princípio
explicativo” quanto o trecho “que vê a realidade como feita unicamente de elementos
antagônicos e irreconciliáveis” consistem em orações explicativas.
II Caso o trecho “É a razão que” (segundo período do segundo parágrafo) fosse substituído por
A razão, seria mantida a correção gramatical do texto.
III No trecho “É, pois, o caráter aparentemente absurdo dessa dramaturgia que confere à
violência o status de irracionalidade”, o termo “que” é uma forma pronominal cujo referente é
“dramaturgia”.
IV No trecho “O que mais espanta na violência, quando ela é razão de espanto, é a sua
dramaturgia, a exposição da crueldade ao estado puro”, o termo “que” introduz oração adverbial
comparativa.
A) I e II.
B) I e III.
C) III e IV.
D) I, II e IV.
Leia o texto.
(…) era um zunzum crescente; uma aglomeração tumultuosa de machos e fêmeas. Uns, após
outros, lavavam a cara, incomodamente, debaixo do fio de água que escorria da altura de uns
cinco palmos. O chão inundava-se. As mulheres precisavam já prender as saias entre as coxas
para não as molhar; via-se-lhes a tostada nudez dos braços e do pescoço, que elas despiam,
suspendendo o cabelo todo para o alto do casco; os homens, esses não se preocupavam em não
molhar o pelo, ao contrário metiam a cabeça bem debaixo da água e esfregavam com força as
ventas e as barbas, fossando e fungando contra as palmas das mãos. As portas das latrinas não
descansavam, era um subir e fechar a cada instante, um entrar e sair sem tréguas. Não se
demoravam lá dentro e vinham ainda amarrando as calças ou as saias; as crianças não se davam
ao trabalho de lá ir, despachavam-se ali mesmo no capinzal dos fundos, por trás da estalagem ou
no recanto das hortas.
A) V • F • V • F • V
B) V • F • F • V • V
C) F • V • V • F • V
D) F • V • F • V • F
E) F • F • V • V • F
I. A primeira ocorrência do termo “que” retoma a palavra “águas” (linha 8), estabelecendo uma
relação de restrição.
II. A primeira ocorrência do termo “que” trata-se de um conector e introduz uma condição em
relação à informação antecedente.
III. A segunda ocorrência do termo “que” retoma a palavra “imensidão” (linha 9), estabelecendo
uma relação de explicação.
IV. A segunda ocorrência do termo “que” caracteriza-se por indicar uma advertência que pode ser
ignorada.
V. O termo “que”, em ambas as ocorrências, é um elemento referencial que retoma os nomes que
o antecedem.
A) II e V, apenas.
B) IV e V, apenas.
C) III, IV e V, apenas.
D) I, II e III, apenas.
E) I, III e V, apenas.
Outro dia fui a São Paulo e resolvi voltar à noite, uma noite de vento sul e chuva, tanto lá
como aqui. Quando vinha para casa, de táxi, encontrei um amigo e o trouxe até Copacabana; e
contei a ele que lá em cima, além das nuvens, estava um luar lindo, de lua cheia; e que as nuvens
feias que cobriam a cidade eram, vistas de cima, enluaradas, colchões de sonho, alvas, uma
paisagem irreal.
Depois que o meu amigo desceu do carro, o chofer aproveitou um sinal fechado para voltar-
se para mim:
- O senhor vai me desculpar, eu estava aqui a ouvir sua conversa. Mas tem mesmo luar lá
em cima?
Confirmei: sim, acima da nossa noite preta , enlamaçada e torpe havia uma outra – pura,
perfeita e linda .
Ele chegou a por a cabeça fora do carro para olhar o céu fechado de chuva. Depois continuou
guiando mais lentamente. Não sei se sonhava em ser aviador ou pensava em outra coisa.
E, quando saltei e paguei a corrida, ele me disse uma “boa noite” e um “muito obrigado ao
senhor” tão sinceros, tão veementes como se eu lhe tivesse feito um presente de rei.
(BRAGA, Rubem. A outra noite. In: PARA gostar de ler: crônicas. São Paulo: Ática, 1979.)
A palavra destacada em “... e que as nuvens feias que cobriam a cidade eram...” exerce a
função sintática de:
A) adjunto adnominal
B) complemento nominal
C) objeto direto
7. AOCP
Torne-se um lago!
O velho mestre pediu a um jovem triste que colocasse uma mão cheia de sal em um copo d'água
e bebesse.
O Mestre sorriu e pediu ao jovem que pegasse outra mão cheia de sal e levasse a um lago.
Os dois caminharam em silêncio e o jovem jogou o sal no lago, então o Mestre disse:
- Qual é o gosto?
- A dor na vida de uma pessoa é inevitável. Mas, o sabor da dor depende de onde a colocamos.
Então, quando você sofrer, a única coisa que você deve fazer é aumentar a percepção das coisas
boas que você tem na vida.
http://espacovidaeplenitude.com.br/encantamento-cura_para_as_dores_da_alma/
No trecho, "...é aumentar a percepção das coisas boas QUE você tem na vida." A palavra
destacada, no contexto em que está empregada, é classificada gramaticalmente como:
D) Pronome Relativo.
8. AOCP
Texto CG1A1-I
Prática já adotada pela população de países asiáticos para se proteger de doenças respiratórias
transmitidas principalmente no inverno, o uso de máscaras se mostrou um instrumento eficaz na
prevenção ao novo coronavírus; no entanto, crianças pequenas não devem usá-las. Especialistas
lembram que, para quem tem menos de dois anos de idade, o uso de máscara facial pode dificultar
a respiração e até aumentar o risco de asfixia.
“O sufocamento é o principal risco. Não somente crianças menores de dois anos, mas também
crianças com doenças pulmonares, como asmáticos em crise, ou crianças com distúrbios
neurológicos não devem usar máscaras”, afirmam infectologistas.
C) em ambas as ocorrências, pode, sem prejuízo da correção gramatical do texto, ser deslocado
para imediatamente após a forma verbal, escrevendo-se, respectivamente, proteger-se e
mostrou-se.
D) em ambas as ocorrências, pode ser suprimido sem prejuízo dos sentidos e da correção
gramatical do texto.
Nesta quinta-feira, dia 9, ____14h, a Secretaria da Família (Pró-família) faz a doação de mais de
50 produtos, entre bonecas de panos e naninhas (travesseirinhos), ____ integrantes do Clube de
Mãe da Hermann Barthel, na Associação de Moradores da Rua Hermann Barthel, no bairro Velha
Central.
A confecção das bonecas de pano contou com a participação de idosas assistidas pela Pró-
família, incluindo integrantes de Clubes de Mães e voluntárias da comunidade. Além de ajudar
quem precisa de atenção, tem como objetivo também de resgatar ____ tradição cultural da
confecção de bonecas de pano, que foram feitas totalmente com materiais recicláveis doados por
empresas parceiras. [...]
Em: "...que foram feitas totalmente com materiais recicláveis doados por empresas parceiras.",
as palavras destacadas são, respectivamente:
A) Conjunção - verbo.
B) Advérbio - advérbio.
E) Substantivo - verbo.
10. AOCP
Texto I
Um alerta contemporâneo
O planeta nunca foi o mesmo. Ao longo do tempo, temos passado ao largo dessa questão, como
se ela não nos importasse para entendermos melhor onde estamos. E o que enfrentamos, a cada
momento, para existir. Um simples dado ignorado sobre o planeta pode nos revelar alguma coisa
fundamental sobre nós mesmos. Talvez esse simples dado, sobre a existência do que não
conhecemos, nos explique o que não conseguimos explicar até agora.
Quando nossos erros se concluem antes de um desastre final, nossos parceiros deixam para lá,
esperam que desvendemos o fracasso de nossas más ideias. Outro dia, um daqueles príncipes
do Oriente Médio ofereceu ao Brasil fazer parte da Opep, a organização dos países exportadores
de petróleo. Deve ter feito o convite porque quase ninguém mais quer saber da Opep, por causa
das novas fontes de energia. Ninguém está mais a fim de gastar fortunas na exploração de
petróleo, quando o mundo desenvolve e já usa novas fontes limpas de energia, como a eólica e
a solar.
O novo coronavírus é um sinal desse confronto entre o que foi vantagem no passado e hoje não
é mais. É uma formação natural de um mundo que ainda não conhecemos, equivalente ao que
foi a Gripe Espanhola, no final da Primeira Guerra Mundial. Um alerta contemporâneo.
No dia 11 de novembro de 1918, era assinado o tratado de paz que encerrava a Grande Guerra.
Com mais de 16 milhões de vítimas e histórias de arrepiar qualquer um de tanta violência e
crueldade, essa guerra seria responsável por um número de mortes que acabou sendo pequeno
Segundo historiadores da época, apesar do nome da epidemia, o vírus tinha sido trazido da costa
leste americana para a Europa, pelos combatentes dos Estados Unidos, que haviam entrado na
guerra em abril de 1918. Da Europa, os navios americanos e os de seus aliados o levaram para
o resto do mundo, chegando ao Rio de Janeiro no mês de setembro daquele ano, num navio
britânico que deixou aqui a gripe que não era gripe espalhada entre as meninas da Praça Mauá.
E elas a transmitiram ao resto da cidade, onde a epidemia atingiu 600 mil habitantes, mais da
metade da população. Como no caso do coronavírus, os que praticavam viagens transcontinentais
eram os responsáveis por espalhar o vírus fatal pelo mundo afora.
Em “nos chamar a atenção para o que deve estar errado” (segundo parágrafo), o pronome
relativo em destaque funciona como sujeito da oração que inicia. Exerce essa mesma função
sintática o que em:
1. A
2. A
3. A
4. B
5. E
6. D
7. D
8. C
9. C
10. A
1 - AOCP
2 - AOCP
A) 12 – 15.
B) 14 – 13.
C) 13 – 11.
D) 13 – 13.
E) 13 – 12.
3 - AOCP
Instrução: A questão refere-se ao texto abaixo. Os destaques ao longo texto estão citados
na questão.
A) Apenas I.
B) Apenas III.
C) Apenas I e III.
D) Apenas II e III.
E) I, II e III.
4 - AOCP
A) Seis.
C) Oito.
D) Nove.
E) Dez.
5 - AOCP
(BRIGUET, Paulo. Nossa Senhora dos Ateus: 100 crônicas de Paulo Briguet. 1ª ed.
Campinas, SP: Editora Sétimo Selo, 2021.)
Considere as afirmativas a seguir como verdadeiras (V) ou falsas (F).
( ) Os vocábulos normal, simples e rotineiro (1º parágrafo) exercem a função de modificar o
mesmo substantivo na mesma oração. ( ) As expressões pão com manteiga e arroz com feijão
estão relacionadas à ideia de algo normal, comum, cotidiano. ( ) São identificados diferentes
exemplos de encontros consonantais nas palavras sonho, preto e tornou. ( ) As palavras manhã,
também e excepcional possuem o mesmo acento tônico. ( ) As palavras sobressaltos, horas e
honesto são exemplos da falta de correspondência entre número de fonemas e de letras.
A sequência correta, de preenchimento das lacunas, é:
A) F – V – F – V – V
B) V – V – F – F – F
C) F – F – V – V – F
E) F – V – F – F – V
6 - AOCP
Como ter uma rotina mais leve e equilibrada mesmo em trabalhos corridos e intensos.
A saúde mental no trabalho está diretamente relacionada com a qualidade de vida das pessoas.
Engana-se quem acredita que é possível separar profissional do pessoal, afinal, somos um ser
por inteiro, que não se divide em partes.
Por isso, criar uma atmosfera de bem-estar no trabalho é primordial para ter uma vida mais leve
e feliz em todos os âmbitos. E por isso trouxemos dicas super práticas para você começar a mudar
a sua forma de trabalhar. Acompanhe.
A saúde mental no trabalho pode e precisa começar a ser trabalhada a partir da sua visão de
mundo. O autoconhecimento é, sem dúvidas, um ingrediente importantíssimo para garantir o bem-
estar. Para tanto, veja as dicas que trouxemos:
O primeiro passo para garantir o bem-estar no trabalho é justamente reconhecer os seus limites.
Muitas pessoas acreditam que conhecer os limites é necessário para fazer de tudo para
ultrapassá-los, mas esta ideia pode ser prejudicial para a saúde mental. Afinal, você estará a todo
momento criando uma visão de que nunca é o suficiente, e que todos os limites precisam ser o
tempo todo ultrapassados. E quando ultrapassados, criarão outros. E isso tudo pode levar ao que
chamamos de esgotamento psicológico. É claro que não queremos dizer que você deve
simplesmente parar de se desenvolver, mas sim, que você deve respeitar a si mesmo. Não queira,
para ontem, evoluções que necessitam de tempo. Além disso, não se compare com outras
Não adianta cair no erro de simplesmente listar tudo o que precisa ser feito sem nenhum tipo
de critério. Isso apenas criará uma atmosfera de “muita coisa pra fazer” e é possível que a
procrastinação surja. Portanto, a melhor maneira de vencer uma lista de tarefas é criando algo
mais inteligente, onde você separa as suas atividades por prioridade, por exemplo. Intercale
tarefas exaustivas com leves, para criar um fluxo de trabalho que não leve a exaustão. Além disso,
conheça profundamente os seus prazos e trabalhe considerando-os.
Um dos grandes erros cometidos por muitas pessoas é o de não saber dizer “não”. Assim, vão
aceitando demandas em cima de demandas, sem se darem conta de que podem estar se
sobrecarregando cada vez mais. Sendo assim, sempre que você se deparar com uma atividade
que você sabe que ultrapassa limites (lembra deles?), negue. Não tenha medo de negar! Negar
uma atividade que sabemos que não daremos conta é muito mais ético do que aceitar e entregar
algo mal feito. Pense nisso.
Muitas pessoas possuem o hábito de guardar tudo para si, sejam frustrações ou vitórias. No
caso das frustrações, isso pode ser muito prejudicial e atrapalhar a saúde mental no trabalho. Por
conta disso, procure sempre falar abertamente sobre o que houve de errado e o que precisa ser
melhorado. Não guarde para si as suas dores, e converse de maneira respeitosa sobre novas
alternativas. Isso aliviará o seu peso mental e proporcionará bem-estar no trabalho.
O bem-estar no trabalho pode ser trabalhado com o auxílio de uma boa equipe. Entenda a
importância de delegar funções e usufruir dos pontos fortes de cada um, antes de simplesmente
querer “abraçar o mundo”. Ninguém é capaz de fazer tudo sozinho. Saiba respeitar seus limites e
use o trabalho em equipe como um meio de fortalecer os resultados. Assim, todos crescem e se
desenvolvem juntos.
Disponível em https://noticiasconcursos.com.br/saude/saude-mental-no-trabalho/
B) 8 letras e 7 fonemas.
C) 8 letras e 6 fonemas.
D) 8 letras e 9 fonemas.
E) 8 letras e 10 fonemas.
7 - AOCP
A) 4.
C) 6.
D) 7.
E) 8.
8 - AOCP
Instrução: A questão refere-se ao texto abaixo. O destaque ao longo do texto está citado
na questão.
A) Nas palavras baixo, sexual, próximo e exemplo, a letra “x” representa diferentes fonemas.
C) Em sexual, há mais fonemas do que letras, já que o “x” representa dois sons.
9. AOCP
Muito se fala das desigualdades do país ou de como isso afeta nossa educação. Estudos têm
apontado para as diversas desigualdades na educação brasileira, tais como entre os setores mais
pobres e os mais ricos, entre a população branca e a população negra ou a indígena. Também
não podemos esquecer as desigualdades socioespaciais, expressas pelo contraste entre as
zonas rural e urbana e entre as regiões norte e nordeste e as demais regiões do país e, até
mesmo, as que ocorrem dentro de uma mesma cidade ou região e muitas vezes não constam nos
indicadores educacionais nacionais.
Nesta semana, visitei algumas comunidades ribeirinhas na Amazônia. Situadas ao longo dos
rios Sucunduri e Acari, elas vivem em um quase completo estado de isolamento, rompido apenas
quando uma pequena construção de madeira indica que ali funciona uma sala de aula. No entanto,
até meados de abril, data da minha visita, o ano letivo ainda não tinha começado por lá. Ou seja,
os alunos do ensino fundamental 1 e da educação de jovens e adultos (EJA) já perderam
praticamente dois meses de aula este ano.
O esquecimento dessas populações isoladas faz com que muitas vezes elas não sejam
contempladas por políticas públicas que atuam junto a outras minorias (como os quilombolas ou
indígenas). Frequentemente, a única ajuda que elas recebem vem de projetos de organizações
da sociedade civil. Este é o caso do projeto Doutores das Águas. Criado em 2011, ele tem o
objetivo de realizar mutirões de saúde e educação para as pessoas que vivem em pequenos
núcleos na floresta amazônica. Para os Doutores, uma das melhores formas de preservar a
Amazônia e garantir a sua sustentabilidade é proporcionar condições para que as comunidades
que habitam a região possam viver na floresta com mais recursos e mais dignidade. O trabalho
se dá por meio da construção de laços de confiança alcançados pela escuta, respeito e
continuidade das ações do projeto.
O sucesso alcançado por essa iniciativa parece mostrar que existem caminhos possíveis para
superar o isolamento de comunidades tidas como invisíveis. No entanto, não podemos nos
conformar com ações feitas apenas pela sociedade civil. A defesa de uma educação de qualidade
para todos implica alcançar os meios para que esses programas sejam combinados a políticas
públicas, caminhando para um país menos desigual.
A) Comunidades.
B) Confiança.
C) Ganham.
D) Isolamento.
E) Sociedade.
1. E
2. E
3. C
4. D
5. A
6. A
7. C
8. E
9. A
10. B
B) Desempenhar.
C) Totalmente.
D) Inadequada.
E) Demandam.
2 - AOCP
A) Horizontalmente.
B) Mundial.
C) Americano.
D) Destaque.
E) Cientistas.
3 - AOCP
A) Sobrecarga.
B) Repetir.
C) Papelada.
D) Castigo.
E) Dentição.
4 - AOCP
A) barulhentos (I.03).
B) indignação (I.06).
C) barbeiro (I.09).
D) brasileiro (l.19).
E) fabricantes (I.23).
C) socioecológica – composição.
D) AIDS – sigla.
6 - AOCP
A) Girassol.
B) Imperícia.
C) Perda.
D) Beija-flor.
E) Desabamento.
7 - AOCP
8 - AOCP
A) Prefixal.
B) Sufixal.
C) Imprópria.
D) Parassintética.
E) Regressiva.
9. AOCP
Somos estimulados a sonhar, a buscar objetivos e a nos orientar em direção ao que desejamos.
Às vezes, o problema é que não sabemos o que queremos. É o que tenho observado em muitas
pessoas, até em mim mesma. A dúvida aparece quando terminamos uma etapa, como concluir
alguns estudos ou finalizar um trabalho. Também surge quando estamos cansados de uma
determinada situação, quando temos de nos reinventar devido às circunstâncias ou quando nos
deparamos com um fracasso ou um contratempo. [...] Um pequeno exercício de reflexão pode nos
ajudar a recuperar sonhos e a definir objetivos que nos animem. Vejamos algumas dicas práticas.
Primeiro, não devemos confundir nossos sonhos com fantasias. Um sonho é um projeto que
nos anima, como estudar algo novo, comprar um carro ou ter um filho. Pode ser mais ou menos
ambicioso, mas nos impulsiona a nos esforçar para conseguir realizá-lo. Já uma fantasia é algo
que vive em nossa mente, que gostamos de imaginar, mas que, no fundo, sabemos que nunca
vamos dedicar muita energia para alcançá-lo. [...] Dar a volta ao mundo, viver nas ilhas
paradisíacas do Pacífico ou se tornar diretor de cinema em Hollywood poderiam ser alguns
[...] Quando não sabemos o que queremos ou não temos um sonho claro, podemos fazer várias
coisas. Por um lado, podemos recuperar sonhos do passado como forma de inspiração. A
adolescência é uma época muito frutífera de ideias. Valeria a pena lembrar do que gostávamos
ou o que nos animava. O objetivo não é realizar os sonhos ao pé da letra. Talvez tenham ficado
um pouco desatualizados ou, simplesmente, sejam impossíveis de alcançar, como se queríamos
ser astronautas e agora temos 40 anos. Os velhos sonhos atuam como faróis, não são cartas de
navegação, daí a importância de recuperá-los. Retomando o exemplo anterior do astronauta,
obtemos informações sobre nós mesmos. Com esse exercício simples, lembramos que
gostávamos de aventuras ou de estudar as estrelas. Dessa forma, podemos nos matricular em
um curso de astronomia, comprar um telescópio ou acessar os recursos da NASA para conhecer
mais a respeito. E você, o que gostava de fazer quando era mais jovem? O que pode extrair
daquilo?
Outra forma de nos orientarmos é pensar naquilo que não queremos. Talvez este exercício não
seja tão atraente quanto imaginar a si mesmo no futuro, mas é um passo válido. O que eu quero
parar de fazer? Pode ser no âmbito pessoal ou profissional, como evitar me irritar por alguma
coisa, não continuar neste trabalho ou manter uma amizade.
Quando estamos em uma dúvida profunda sobre o que fazer ou quais são nossos sonhos,
temos outra opção: refletir sobre com quem gostaríamos de parecer, mesmo que seja um
personagem de ficção. Mais uma vez, isso funciona como farol, mas volta a nos dar pistas sobre
nós mesmos. Com este exercício, podemos tirar conclusões que nos ajudem a aterrissar na
realidade e a definir objetivos concretos.
10. AOCP
20 ANOS SEM DIANA: MORTE DA PRINCESA DEIXOU MUNDO DE LUTO E ABALOU A MONARQUIA
Lady Di morreu no dia 31 de agosto de 1997 em um trágico acidente de carro; apesar de não ter direito ao
título de nobreza em razão de seu divórcio do príncipe Charles, britânicos exigiram uma homenagem à
altura daquela que foi o símbolo de uma geração
No dia 31 de agosto de 1997, a princesa Diana morreu em um acidente de trânsito em Paris. Durante uma
semana, até o funeral acompanhado por uma multidão, o Reino Unido passou por um momento de luto sem
precedentes que estremeceu a monarquia.
Divorciada há um ano do príncipe Charles, a mulher de 36 anos e seu namorado, o produtor de cinema
egípcio Dodi Al-Fayed, foram perseguidos durante todo o verão no Mediterrâneo pelos paparazzi.
No dia 30 de agosto, o casal chegou durante a tarde a Paris e foi jantar no Ritz, um hotel de luxo na Praça
Vendôme, antes de tentar deixar o local de modo discreto por volta da meia-noite em um Mercedes.
Perseguido por fotógrafos que estavam em uma motocicleta, o automóvel entrou em alta velocidade em um
túnel e bateu em uma pilastra de cimento.
Diana foi retirada pelas equipes de emergência do Mercedes destruído. Dodi Al-Fayed e o motorista, que
segundo a investigação tinha um nível elevado de álcool no sangue, morreram na hora. O segurança ficou
gravemente ferido. Sete fotógrafos foram detidos. No dia seguinte, as fotos do acidente foram vendidas
para revistas por US$ 1 milhão. A princesa, que sofreu uma grave hemorragia interna, foi transportada para
o hospital Pitié-Salpêtrière. Às 4h, foi declarada morta. O embaixador da França ligou para os assistentes
da rainha Elizabeth II em Balmoral, na Escócia, onde o duque de Edimburgo, o príncipe Charles e seus filhos,
os príncipes William, então com 15 anos, e Harry, de 12, passavam o verão.
“PRINCESA DO POVO”
O Reino Unido acordou de luto. Sem conter as lágrimas, centenas de londrinos começaram a depositar
flores diante dos Palácios de Buckingham e Kensington, a residência da princesa. Com a voz embargada pela
emoção, o então primeiro-ministro, o trabalhista Tony Blair, prestou uma homenagem à "princesa do povo".
O mundo inteiro expressou consternação com a morte. O presidente americano, Bill Clinton, disse que
estava "profundamente entristecido". Na Índia, madre Teresa rezou por Diana. Michael Jackson,
"consternado", cancelou um show na Bélgica.
Os paparazzi foram os primeiros acusados. O irmão de Diana, Charles Spencer, culpou os tablóides, que
segundo ele tinham "sangue nas mãos". Criticada, a imprensa popular elevou Diana ao patamar de ícone.
"Nasceu lady. Depois foi nossa princesa. A morte fez dela uma santa", escreveu o Daily Mirror. O fervor
popular era cada vez maior [...]
MONARQUIA
A organização do funeral foi um quebra-cabeças. Desde seu divórcio, Lady Di não tinha mais direito ao
título de alteza real ou a uma cerimônia nacional. Mas os britânicos exigiam uma homenagem à altura de
sua "rainha dos corações".
O descontentamento da opinião pública aumentava à medida que se prolongava o silêncio da família real,
que permaneceu entrincheirada em Balmoral. Furiosos com a ausência de uma bandeira a meio mastro no
Palácio de Buckingham, os jornais exigiam um discurso da rainha aos súditos. "A família real nos abandonou",
criticou o jornal The Sun.
1. D
2. D
3. A
4. C
5. B
6. B
7. D
8. C
9. C
10. C
1. AOCP
Consumo Consciente
Helio Mattar
A adoção de processos sustentáveis é uma questão não de escolha, mas de sobrevivência. Não
desta ou daquela empresa, mas da vida de todos os indivíduos do planeta. Portanto, é
imprescindível que os valores da sustentabilidade sejam incorporados a marcas, bens, serviços e
aos pequenos atos do cotidiano. Pesquisas realizadas ao longo de dez anos de trabalho para
conscientizar a população das formas mais racionais e sustentáveis de consumir comprovam que
quem investe em sustentabilidade ganha também na preferência do consumidor. Afinal, 65% dos
chamados formadores de opinião discutem o comportamento ético socioambiental de empresas,
assim como 41% da população brasileira, segundo a Pesquisa Responsabilidade Social das
Empresas - Percepção do Consumidor Brasileiro, realizada pelo Instituto Akatu e pelo Instituto
Ethos, em dezembro de 2010. Hoje, dois em cada cinco brasileiros já topam pagar um pouco mais
por uma marca que seja mais sustentável.
As empresas obviamente precisam de lucros, mas os interesses empresariais devem ir muito além
da esfera monetária e focar, principalmente, uma sociedade melhor para todos. E cada membro
dessa sociedade sustentável deve necessariamente superar o consumismo para assentar bases
mais no durável e menos no descartável, mais no virtual e menos no físico, mais no público ou no
compartilhado e menos no individual, mais no uso que na posse, mais no renovável que no fóssil,
mais na cooperação que na competição.
As corporações e a propaganda podem contribuir fortemente como indutoras desse novo estilo
de vida ao estimular a imaginação e a projeção de um futuro sustentável e desejável e ao investir
em meios para alcançar esse futuro: inovação de processos, de produtos e de comportamentos,
reforço de novos valores da sustentabilidade e articulação, pressão, parceria por novas políticas
públicas para novos projetos, com variados e novos agentes.
Hoje, as mudanças já vêm ocorrendo e, com um atributo muito simples, é possível acelerar na
direção da sustentabilidade: comunicação clara e transparente. Do rótulo à campanha na TV. O
consumidor precisa de informações sobre os impactos ambientais e sociais de seu consumo para
que possa exercer escolhas conscientes. Dando informação confiável, a corporação não só
destaca seu produto e melhora a cadeia produtiva, mas também aumenta o protagonismo do
consumidor. Mostra respeito por ele e diz "você é nosso parceiro rumo à sociedade sustentável".
Essa é a arma mais eficaz a ser posta a serviço da sociedade. Quanto mais marcas e agências
de publicidade o fizerem, mais contribuirão para uma vida melhor para todos, hoje e no futuro.
No período “Mostra respeito por ele e diz ‘você é nosso parceiro rumo à sociedade
sustentável.’”, o acento indicativo de crase foi empregado porque
A) houve a junção da preposição “a”, que rege “rumo”, com o artigo “a”, que acompanha o
substantivo feminino “sociedade”.
B) houve a fusão da preposição “a”, que rege o verbo “dizer”, com o artigo “a”, que acompanha o
substantivo feminino “sociedade”.
C) ocorreu a junção do pronome oblíquo “a”, com o artigo “a”, que acompanha o substantivo
feminino “sociedade”.
D) o trecho “à sociedade sustentável” corresponde a uma locução adverbial formada por palavra
feminina.
2. AOCP
Somos solidários?
Disponível em:
<https://www.correiodopovo.com.br/blogs/juremirmachado/somos-solid%C3%A1rios-1.392893> .
Acesso em: 25 jan. 2020.
Em “Refletia: eu teria levado aquele homem à pousada se fosse eu a estar de carro e ele a
procurar uma saída para a bobagem em que se metera?”, ocorre a crase pois
B) a locução “teria levado” exige um complemento que apresenta a preposição “a”. Além disso, é
seguida de palavra feminina, “pousada”.
3. AOCP
Esqueça sua data de nascimento: é a idade
biológica que diz quantos anos você realmente
tem
Não é difícil conhecer alguém com a mesma idade que a sua, mas comportamentos totalmente
diferentes. Seja em relação ao jeito de ser, de pensar ou de cuidar do corpo, às vezes parece
muito claro que, apesar de terem nascido no mesmo ano, muitas pessoas parecem ter idades
completamente distintas.
A novidade é que, agora, talvez essa impressão passe a ser um fato. Pesquisadores
americanos, ingleses e suecos do King’s College, em Londres, afirmam que a idade biológica é
um dado mais útil do que a data de nascimento de uma pessoa.
Eles chamam de idade biológica um conjunto de fatores usados para determinar quantos
anos alguém realmente tem. Cientificamente, pode-se descobrir o ritmo de envelhecimento de um
indivíduo, o risco do desenvolvimento de doenças (principalmente as neurológicas) e até
estabelecer a “juventude” de um órgão a ser doado. Para saber tudo isso, só é necessária uma
amostra de sangue.
“Há uma marca de envelhecimento saudável que é comum a todos os nossos tecidos e parece
ser uma previsão para uma variedade de coisas, incluindo a longevidade e comprometimento
cognitivo. Parece que, depois de 40 anos, você pode usar isso como um guia para estabelecer
quão bem uma pessoa está envelhecendo”, disse à BBC o professor Jamie Timmons.
Foi feita uma pesquisa com um grupo de homens que foram acompanhados durante duas
décadas, até os 70 anos. Os responsáveis pelo estudo conseguiram distinguir os que estavam
envelhecendo normalmente e os que tinham uma probabilidade até 45% maior de morrerem.
Uma das constatações que mais chama atenção nesta pesquisa é a afirmação dos
pesquisadores de que saúde e idade não estão diretamente ligadas. O sedentarismo, por
exemplo, pode fazer muito mal à saúde, mas não necessariamente tem a ver com o
envelhecimento do organismo. O mais importante para avaliar a saúde de alguém é observar a
combinação entre seu estilo de vida e sua idade biológica.
Ainda não foram descobertas formas de retardar o envelhecimento, mas o objetivo da pesquisa
é mais focado em alertar e prevenir contra doenças que podem ser tratadas de forma muito mais
rápida e eficiente em pacientes que já demonstrem ter pré-disposição para o desenvolvimento
delas, como Alzheimer e câncer.
Disponível em:<https://br.vidaestilo.yahoo.com/post/129226924080/
esque%C3%A7a-sua-data-de-nascimento-%C3%A9-a-idade>. Aces-
so em: 26 mar. 2016.
Considerando o excerto “[...] disse à BBC o professor Jamie Timmons.”, assinale a alternativa
correta em relação ao uso da crase.
B) O sinal indicativo de crase foi utilizado de maneira incorreta, pois o verbo “dizer” não admite
preposição.
C) O sinal indicativo de crase foi utilizado de maneira correta, pois sempre ocorre crase antes de
sigla.
D) O sinal indicativo de crase foi utilizado de maneira correta, visto que indica a contratação da
preposição “a”, exigida pelo verbo “dizer”, e do artigo “a” que antecede uma palavra feminina.
E) O sinal indicativo de crase foi utilizado de maneira incorreta, visto que não se admite crase
antes de sigla.
4. AOCP
Então você que é o Henrique? Ah, mas é uma criança ainda. Meu filho fala muito de você, ele
lê o que você escreve. Mas sente-se! Você gosta de ouvir sobre essas coisas de antigamente,
não é? Caso raro, menino. A gente já não tem mais com quem falar, a não ser com os outros
velhos. Só que os velhos vão morrendo, e com eles vão morrendo as histórias que eles tinham
para contar. Olha, do meu tempo já são poucos por aqui. Da minha família mesmo, eu sou o
último, não tenho mais irmão, cunhado, nada. Só na semana passada eu fui a dois enterros. Um
foi o do velho Bubi. Esse você não deve ter conhecido. Era alfaiate, foi casado com uma prima
minha. E a gente vai a esses enterros e fica pensando que dali a pouco pode ser a nossa vez.
Mas faz parte, não é? É assim que a vida funciona e a gente só pode aceitar.
Agora, muita coisa mudou também. A cidade já é outra, nem se compara com a da minha
época. As coisas caminhavam mais devagar naquele tempo. Hoje é essa correria toda, ninguém
mais consegue sossegar. Mudou muita coisa, muitos costumes que a gente tinha foram ficando
para trás. Olha, é preciso que se diga também que havia mais respeito. Eu vejo pelos meus
próprios netos, quanta diferença no jeito que eles tratam os pais deles! Se deixar, são eles que
governam a casa. Consegue ver aquele quadro ali na parede? Papai e mamãe… Eu ainda tinha
que pedir bênção a eles. A gente fazia as refeições juntos todos os dias, e sempre no mesmo
horário. Hoje é cada um para um lado, uma coisa estranha, sabe? Parece que as coisas mudam
e a gente não se adapta. E vai a gente tentar falar algo… Ninguém ouve, olham para você como
se tivessem muita pena da sua velhice.
Aqui para cima tem um colégio. Cinco horas da tarde, eles saem em bando. A gente até evita
estar na rua nesse horário. Por que você pensa que eles se preocupam com a gente? Só falta
eles nos derrubarem, de tão rápido que eles andam. As calçadas são estreitas e, se a gente
encontrar uma turma caminhando na nossa direção, quem você acha que precisa descer, eles ou
nós, os velhos? É a gente… Nem parece que um dia eles também vão ficar velhos como a gente.
A verdade é que as pessoas estão se afastando, não estão se importando mais umas com as
outras. Nem os vizinhos a gente conhece mais. Faz mais de um mês que chegou vizinho novo na
casa que era do Seu Erico e até agora a gente não sabe quem é que foi morar lá. A Isolda veio
com umas histórias de a gente ir lá fazer amizade, mas eu falei para ela que essa gente vive em
outro mundo, outros valores, e é capaz até de pensarem mal da gente se a gente for lá.
Mas você deve achar que eu só sei reclamar, não é? Tem coisa boa também, claro que tem.
Hoje as pessoas já não sofrem como na nossa época. Ali faltava tudo, a gente não tinha nem
igreja para ir no domingo, imagine só. O padre aparecia uma vez a cada dois meses e olhe lá. E
viajar para o centro? Só de carroça, e não tinha asfalto, não tinha nada. Se chovia, a estrada
virava um lamaçal e a gente tinha que voltar. Isso mudou, hoje está melhor. Hoje tem todas essas
tecnologias aí, é mais fácil tratar doença também. Olha, se eu vivesse no tempo do meu pai, acho
que não teria chegado tão longe assim, porque ali não tinha os remédios que eles precisavam,
né? Só que também tem essa questão da segurança, que hoje a gente não tem quase nenhuma.
A gente tem até medo que alguém entre aqui em casa. São dois velhos, o que a gente vai poder
fazer contra o ladrão?
Mas vamos sentar e tomar um café, a Isolda já preparou. Tem cuque, lá da festa da igreja. Se
você viesse ontem, teria encontrado meu filho, ele quem trouxe. Depois quero te mostrar o álbum
B) Eu vejo pelos meus próprios netos, quanta diferença no jeito que eles tratam às tias deles!
D) São dois velhos, o que a gente vai poder fazer contra à criminalidade?
6. AOCP
20 ANOS SEM DIANA: MORTE DA PRINCESA DEIXOU MUNDO DE LUTO E ABALOU A MONARQUIA
Lady Di morreu no dia 31 de agosto de 1997 em um trágico acidente de carro; apesar de não ter direito ao
título de nobreza em razão de seu divórcio do príncipe Charles, britânicos exigiram uma homenagem à
altura daquela que foi o símbolo de uma geração
No dia 31 de agosto de 1997, a princesa Diana morreu em um acidente de trânsito em Paris. Durante uma
semana, até o funeral acompanhado por uma multidão, o Reino Unido passou por um momento de luto sem
precedentes que estremeceu a monarquia.
Divorciada há um ano do príncipe Charles, a mulher de 36 anos e seu namorado, o produtor de cinema
egípcio Dodi Al-Fayed, foram perseguidos durante todo o verão no Mediterrâneo pelos paparazzi.
No dia 30 de agosto, o casal chegou durante a tarde a Paris e foi jantar no Ritz, um hotel de luxo na Praça
Vendôme, antes de tentar deixar o local de modo discreto por volta da meia-noite em um Mercedes.
Perseguido por fotógrafos que estavam em uma motocicleta, o automóvel entrou em alta velocidade em um
túnel e bateu em uma pilastra de cimento.
Diana foi retirada pelas equipes de emergência do Mercedes destruído. Dodi Al-Fayed e o motorista, que
segundo a investigação tinha um nível elevado de álcool no sangue, morreram na hora. O segurança ficou
gravemente ferido. Sete fotógrafos foram detidos. No dia seguinte, as fotos do acidente foram vendidas
para revistas por US$ 1 milhão. A princesa, que sofreu uma grave hemorragia interna, foi transportada para
o hospital Pitié-Salpêtrière. Às 4h, foi declarada morta. O embaixador da França ligou para os assistentes
da rainha Elizabeth II em Balmoral, na Escócia, onde o duque de Edimburgo, o príncipe Charles e seus filhos,
os príncipes William, então com 15 anos, e Harry, de 12, passavam o verão.
MONARQUIA
A organização do funeral foi um quebra-cabeças. Desde seu divórcio, Lady Di não tinha mais direito ao
título de alteza real ou a uma cerimônia nacional. Mas os britânicos exigiam uma homenagem à altura de
sua "rainha dos corações".
O descontentamento da opinião pública aumentava à medida que se prolongava o silêncio da família real,
que permaneceu entrincheirada em Balmoral. Furiosos com a ausência de uma bandeira a meio mastro no
Palácio de Buckingham, os jornais exigiam um discurso da rainha aos súditos. "A família real nos abandonou",
criticou o jornal The Sun.
"Ferida", Elizabeth II se resignou a prestar uma homenagem a uma nora que nunca desejou, em uma
mensagem exibida na 5 Agente Técnico Forense televisão - a segunda em 45 anos de reinado -, antes de se
inclinar publicamente diante do caixão. ”Se os Windsor não aprenderem a lição, não vão apenas enterrar
Diana, mas também o seu futuro", advertiu o jornal The Guardian.
Uma pesquisa publicada na época mostrava que um em cada quatro britânicos se declarava a favor da
abolição da monarquia. No dia seguinte, quase um milhão de pessoas acompanharam o cortejo fúnebre em
silêncio, interrompido apenas pelo choro dos presentes e pelo som dos sinos.
Cabisbaixos, William e Harry caminharam atrás do caixão, ao lado do príncipe Charles, do duque de
Edimburgo, o príncipe Philip, e do conde Spencer, diante dos olhares de 2,5 bilhões telespectadores ao
redor do mundo. Na abadia de Westminster, 2 mil convidados, entre eles Hillary Clinton, Tony Blair, Luciano
Pavarotti, Margaret Thatcher e Tom Cruise, assistiram à cerimônia. Elton John interpretou a canção "Candle
in the Wind", com uma alteração na letra para homenagear Diana.
Durante a tarde, a princesa foi sepultada em uma cerimônia privada em Althorp, noroeste de Londres.
Desde então, descansa em um túmulo em uma ilha que foi a residência de sua família.
A) No primeiro fragmento, a crase se justifica tendo em vista a fusão da preposição “a”, exigida
pelo substantivo, com o artigo feminino “a” antes de “princesa do povo”. No segundo, a crase
ocorre por tratar-se de locução conjuntiva.
B) No primeiro fragmento, a crase se justifica tendo em vista a fusão da preposição “a”, exigida
pelo verbo, com o artigo feminino “a” antes de “princesa do povo”. No segundo, a crase ocorre
para atender à regência do verbo “aumentava”.
D) Nos dois fragmentos, a crase se justifica tendo em vista a fusão da preposição “a”, exigida
pelos verbos, com o artigo feminino “a” antes de “princesa do povo” e de “medida”.
7. AOCP
Cuidar de uma horta, por menor que ela seja, às vezes não é tão simples. É preciso escolher
o local certo, a quantidade exata de adubo, tomar cuidado para não regar demais e por aí vai.
Mas (com o perdão do trocadilho) pode render bons frutos: as plantas que você cultiva no sítio,
no jardim ou mesmo no seu apartamento podem ajudar no tratamento da depressão.
Recentemente, a revista Fast Company mostrou que médicos do Cornbrook Medical
Practice, uma clínica médica em Manchester, no Reino Unido, começaram a sugerir a prática da
jardinagem para pacientes que sofrem de depressão e ansiedade. A recomendação vem da ideia
de que o contato com a natureza (mesmo que seja apenas um vaso de planta), pode fazer bem à
saúde.
Na clínica Cornbrook, há um jardim que os pacientes podem frequentar e, ainda, convidar
amigos e familiares para ajudar a plantar ervas como a hortelã e a erva-cidreira. O projeto é uma
parceria com a ONG Sow the City (algo como “Semeie a Cidade”, em português), que trabalha
em conjunto com hospitais, escolas, prefeituras e empresas para desenvolver ações como jardins
comunitários, pesquisas sobre agricultura urbana, iniciativas sustentáveis, entre outras.
Ecoterapia
Trocar remédios por sementes parece uma novidade, mas a Sow the City já desenvolve
projetos na área da saúde há alguns anos. É o caso do programa “Hospital Beds”, que construiu
canteiros na área externa de um hospital de Manchester para pacientes com doenças mentais. O
objetivo é aumentar o tempo ao ar livre deles e estimular a socialização. “Há evidências de que
pessoas socialmente isoladas têm piores resultados no tratamento”, disse à Fast Company Jon
Ross, diretor da ONG.
A) incentivar.
B) encorajar.
C) promover.
D) levar.
8. AOCP
Aplicativo detecta problemas de visão em
É nisso que aposta o aplicativo CRADLE (berço, em inglês, mas também a sigla para
“detector de leucocoria assistido por computador”), ou White Eye Detector, desenvolvido por
pesquisadores americanos. Chama-se de “leucocoria” um tipo de reflexo anormal na pupila,
comumente detectado em crianças. O que os criadores da ideia acreditam é que fotos de celular
podem ser uma forma simples de se captar sinais do tipo – e diagnosticar problemas de visão
logo no começo da vida. [...] Um artigo científico inédito que avaliou o seu funcionamento e eficácia
foi publicado na revista Science Advances na última quarta-feira (2).
Assim como fotos com flash às vezes deixam quem posa de olhos vermelhos, doenças na
vista (como retinoblastoma ou catarata, por exemplo) fazem os bebês saírem na foto com a pupila
esbranquiçada. […] Sabendo que olhos esbranquiçados indicam problemas na visão, o algoritmo
busca, então, detectar pixels de cor branca nas imagens. Quando os tais pixels aparecem na
região da foto onde estão os olhos dos pequenos, a inteligência artificial acusa a chance de
doenças na vista.
[…] Ainda que o aplicativo ofereça uma análise refinada, os pesquisadores destacam que
o seu trabalho não substitui um diagnóstico médico de verdade. A ferramenta serviria mais como
um ponto de partida: um teste preliminar que indica que algo não está como deveria, e precisa
ser alvo de uma avaliação profissional.
A) os celulares.
B) essa aparelhagem.
C) tecnologias.
D) a tecnologia.
9. AOCP
Ferreira Gullar
Por isso mesmo exaltam o movimento antimanicomial, que se opõe à internação dos
doentes mentais. Segundo eles, os pacientes são metidos em hospitais psiquiátricos
porque a família quer se ver livre deles. Só pode fazer tal afirmação quem nunca teve que
conviver com um doente mental e, por isso, ignora o tormento que tal situação pode
implicar.
Nada mais doloroso para uma mãe ou um pai do que ter de admitir que seu filho é
esquizofrênico e ser, por isso, obrigado a interná-lo. Há certamente pais que se negam a
fazê-lo, mas ao custo de ser por ele agredido ou vê-lo por fim à própria vida, jogando-se da
janela do apartamento.
Trata-se, graças a Nise, de uma ocupação que lhe dá prazer e, por mantê-lo ocupado,
alivia-lhe as tensões psíquicas. Quando o doente é, apesar de louco, um artista talentoso,
como Emygdio de Barros ou Arthur Bispo do Rosário, realiza-se artisticamente e encontra
assim um modo de ser feliz.
Tanto isso é verdade que, das dezenas de pacientes que trabalharam no ateliê do Centro
Psiquiátrico, apenas quatro ou cinco criaram obras de arte. Deve-se reconhecer, também,
que conforme a personalidade de cada um seu estado mental compõe a expressão estética
que produz.
No tal programa de TV, alguém afirmou que, graças a Nise da Silveira, o tratamento
psiquiátrico tornou-se o que é hoje. Não é verdade, isso se deve à invenção dos remédios
neurolépticos que possibilitam o controle do surto psíquico.
Não pretendo com esses argumentos diminuir a extraordinária contribuição dada pela
médica Nise da Silveira ao tratamento dos doentes mentais no Brasil. Fui amigo dela e
acompanhei de perto, juntamente com Mário Pedrosa, o seu trabalho no Centro
Psiquiátrico Nacional.
Uma das qualidades dela era o seu afeto pelas pessoas e particularmente pelo doente
mental. Eis um exemplo: como o Natal se aproximava, ela perguntou aos pacientes o que
queriam de presente. Emygdio respondeu: um guarda-chuva.
Ele se foi, mas, passado algum tempo, alguém toca a campainha do gabinete da médica.
Ela abre a porta, era o Emygdio, de paletó, gravata e maleta na mão. “Voltei para continuar
pintando, porque lá em casa não dava pé.” E ficou pintando ali até completar 80 anos,
quando, por lei, teve que deixar o hospital e ir para um abrigo de idosos, onde morreu anos
depois.
10. AOCP
A tese de Bilton era de que, como existem pesquisas indicando que o uso de celular junto ao
ouvido pode causar câncer de cérebro, seria lógico supor que usar o mesmo tipo de tecnologia
junto a outras partes do corpo, como os olhos ou a pele, também não seria seguro. Três dias
depois de publicar a coluna, no entanto, o jornal se viu constrangido a fazer uma retratação
registrando o seguinte:
Essa nota de retificação [...] gera uma questão espinhosa: como o jornalista do Times pôde
se enganar tanto? A resposta é instrutiva e nos ensina algo sobre como a mídia em geral tende a
tratar questões de risco à saúde.
A primeira coisa a notar é que, em princípio, não faz sequer sentido imaginar que celulares
possam causar câncer: as ondas eletromagnéticas que usam para transmitir e receber sinal não
têm energia suficiente para penetrar no núcleo das células e alterar seu DNA: de fato, os raios do
Sol são mais potentes (e perigosos). Mas, até aí, seguro morreu de velho, e diversos grupos de
pesquisadores se dedicaram a estudar o assunto.
Trata-se de uma atitude que costuma ser interpretada, no meio, como sinal de “saudável
senso crítico”. Mas a verdade é que, sem analisar os detalhes técnicos e evitando dar o devido
peso ao mérito próprio de cada afirmação, desconfiar de tudo é uma atitude tão ingênua quanto
acreditar em tudo. [...]
Para finalizar, uma notícia que não vi ninguém dando com destaque aqui no Brasil: um estudo
realizado na Nova Zelândia, divulgado em fevereiro, encontrou uma relação entre o uso de celular
Fonte: http://revistagalileu.globo.com/blogs/olhar-cetico/noticia/2015/03/celulares-causam-
cancer-uma-analise-sobre-como-mi-dia-trata-questoes-de-risco-saude.html
D) O trecho está entre colchetes porque se trata de uma oração adjetiva reduzida de infinitivo.
E) O trecho está entre colchetes porque se trata de uma inserção feita pelo autor do texto, não
sendo, portanto, parte da citação.
1. A
2. B
3. D
4. C
5. C
6. A
7. D
8. D
9. E
10. E
Considere as proposições:
2. AOCP
A) V – F – V.
C) F – F – V.
D) F – V – F.
E) V – V – V.
3. AOCP
4. AOCP
• ao somarmos o peso de Paulo com o peso de Wilson, obtemos o triplo do peso de Ana;
• a soma dos pesos de Paulo, Tânia, Ana, Gustavo e Wilson é igual a 385 kg.
5. AOCP
Considere a proposição composta “Bento e Francisco são amigos ou Luciana e Maria são
amigas” e assinale a alternativa que apresenta a negação dessa proposição composta.
C) “Bento e Francisco não são amigos e Luciana e Maria não são amigas.”
E) “Luciana e Francisco não são amigos ou Bento e Maria não são amigos.”
7. AOCP
8. AOCP
B) “3 > 1 ou 2 ≠ 3”.
D) “3 > 1 e 2 ≠ 3”.
9. AOCP
10. AOCP
Douglas tem o triplo da idade de Nayara, que é dois anos mais nova que Carlos. Douglas
é 8 anos mais velho que Carlos. Quantos anos cada um possui?
1. D
2. E
3. C
4. E
5. C
6. E
7. A
8. D
9. C
10. A
Um artigo sobre a vida eclesiástica trazia em seu texto três afirmações em sequência: - Os
religiosos levam uma vida sóbria e isenta de preocupações com a família; - A vida sóbria e
isenta de preocupações com a família a torna apta para trabalhos intelectuais; - A aptidão para
trabalhos intelectuais torna essa vida própria ao ensino.
A conclusão lógica que o artigo deve tirar dessas premissas é:
2. AOCP
A)
C)
D)
E)
Nenhum brasileiro é fijiano (nascido nas Ilhas Fiji). Todos os fijianos nasceram em uma ilha. Do
ponto de vista da lógica, decorre apenas dessas afirmações que
4. AOCP
Hugo, José e Luiz são trigêmeos e, quando os três saem juntos, obedecem as seguintes regras:
5. AOCP
Assumindo que as premissas dos argumentos a seguir são verdadeiras, analise os itens quanto
à sua validade ou não:
I. Toda criança é estudante. Existe estudante que joga futebol. Logo, toda criança joga futebol.
II. Se Bruna é professora, então Bruna não pratica esportes. Bruna pratica esporte. Logo, Bruna
não é professora.
III. Todo jornalista apresenta um telejornal a noite. André é um jornalista. Portanto, André
apresenta um telejornal a noite.
A) o argumento I é válido.
Das alternativas a seguir, a única que contém uma afirmação que pode ser tomada como
conclusão para se ter, juntamente com as três premissas apresentadas, um argumento válido é:
B) Carlos não é auditor fiscal, Vânia é auditora fiscal, e Roberto não é juiz.
D) Carlos é auditor fiscal, Vânia não é auditora fiscal e Roberto não é juiz.
7. AOCP
D) Premissa: é possível que Marília ganhe a eleição para presidente do grêmio estudantil da
escola.
8. AOCP
Uma pessoa representa por meio de um diagrama lógico estes versos, conforme abaixo.
A) João amava Maria que amava Lili que amava Teresa que amava Raimundo
B) Joaquim amava Teresa e Maria que amava Lili que amava Maria. João era amado por Lili e
amava Raimundo
C) João amava Teresa e Maria que amava Lili que amava Teresa e Joaquim que amava
Raimundo que, como Teresa, não amava ninguém
D) João amava Maria que amava Raimundo que amava Lili que amava Joaquim que amava
Teresa que não amava ninguém
9. AOCP
De acordo com a Polícia Militar, quatro coletivos foram atacados. Em um dos incêndios, os
bandidos deixaram um bilhete reivindicando melhorias em presídio da Grande BH.
B) indutivo forte.
C) indutivo fraco.
D) lógico dedutivo.
10. AOCP
Dados os argumentos,
b) Geraldo é hospitaleiro.
c) Geraldo é alagoano.
b) Geraldo é alagoano.
c) Geraldo é hospitaleiro.
A) I, apenas.
B) II, apenas.
C) I e III, apenas.
D) II e III, apenas.
E) I, II e III.
1. E
2. D
3. E
4. A
5. D
6. B
7. A
8. C
9. B
10. B
Quatro funcionários, Adão, Beto, César e Davi, não necessariamente nessa ordem, atuam como
promotor, assistente de promotor, procurador e subprocurador. Esses funcionários atuam no
Ministério Público em andares diferentes do prédio: 1º andar, 2º andar, 3º andar e 4º andar, não
necessariamente na ordem em que os nomes foram apresentados. Sabe-se que:
• César atua como promotor, mas não no 3º andar e nem no 4º andar; • Beto atua como
procurador no 3º andar; • Davi não atua no 1º andar e não atua como assistente de promotor; •
O funcionário que atua como assistente de promotor atua no 1º andar.
Nessas condições, assinale a alternativa correta.
2. AOCP
Bruno, Caio e Felipe foram convidados a participar da venda de uma “Ação entre Amigos”.
Alguns números de um bloco já estavam vendidos, mas eles não verificaram quantos ainda
restavam. Bruno então fez a seguinte proposta: “Eu vendo 1/4 dos números, Caio vende 1/3 do
que restar e, finalmente, Felipe vende os números restantes”. Felipe retrucou: “Não é justo! Eu
vendo 1/3 dos números, Bruno vende a metade do que restar e, finalmente, Caio vende os
números restantes”. Nessas condições, analise as assertivas e assinale a alternativa que aponta
as corretas.
I. Na proposta de Felipe, todos venderão a mesma quantidade de números. II. Na proposta de
Felipe, Bruno venderá mais números do que Caio. III. Na proposta de Bruno, Felipe venderá o
dobro de números vendidos por Caio. IV. Na proposta de Bruno, ele e Caio venderão a mesma
quantidade de números.
A) Apenas I e III.
C) Apenas I e IV.
3. AOCP
Considere como verdadeira a seguinte proposição condicional: “Se a idade de Maria é menor ou
igual a 27 anos, então a idade de Joaquim é maior que 43 anos”. Dessa forma, é correto afirmar
que,
A) se a idade de Joaquim é maior ou igual a 43 anos, então a idade de Maria é menor que 27
anos.
B) se a idade de Maria é maior que 27 anos, então a idade de Joaquim é maior ou igual a 43
anos.
C) se a idade de Joaquim é menor que 43 anos, então a idade de Maria é maior ou igual a 27
anos.
D) se a idade de Maria é menor que 27 anos, então a idade de Joaquim é maior ou igual a 43
anos.
E) se a idade de Joaquim é menor ou igual a 43 anos, então a idade de Maria é maior que 27
anos.
4. AOCP
Assinale a alternativa que apresenta a negação da proposição: “Ana é casada e Junior não é
solteiro”.
5. AOCP
Se não é verdade que, se o carro é um Fiesta, então sua cor não é azul, é correto afirmar que
6. AOCP
Considere a seguinte proposição: “Se Luiza passar no concurso, então ela não irá morar em
outra cidade”. Assinale a alternativa que apresenta a proposição composta equivalente.
A) “Se Luiza não passar no concurso, então ela não irá morar em outra cidade”.
E) “Se Luiza for morar em outra cidade, então ela não passou no concurso”.
7. AOCP
Afirmar que “João joga futebol na sexta feira ou João joga futebol no sábado e no domingo” é
equivalente a afirmar, por definição de equivalência de proposições, que
B) “João não joga futebol na sexta-feira ou no domingo e João joga futebol na sexta-feira ou no
sábado”.
C) “João joga futebol na sexta-feira ou no domingo e João não joga futebol na sextafeira ou no
sábado”.
D) “João joga futebol na sexta-feira e no domingo se, e somente se, João joga futebol na sexta-
feira ou no sábado”
8. AOCP
A contrapositiva da condicional “Se não chove, então ocorre o jogo de futebol no parque” será
dada por
9. AOCP
Uma reunião familiar reuniu 15 pessoas de uma mesma família. Leia as afirmativas a
seguir, referentes às pessoas reunidas, e marque a CORRETA. Pelo menos
10. AOCP
Observe as premissas
__________________________
1. A
2. E
3. E
4. E
5. A
6. E
7. A
8. B
9. C
10. C
1 - AOCP
a) 140
b) 945
c) 2 380
d) 3 780
e) 57 120
2 - AOCP
a) 135.
b) 126.
c) 118.
d) 114.
3 - AOCP
Uma pesquisa com três marcas concorrentes de refrigerantes, A, B e C, mostrou que 60%
das pessoas entrevistadas gostam de A, 50% gostam de B, 57% gostam de C, 35% gostam
de A e C, 18% gostam de A e B, 24% gostam de B e C, 2% gostam das três marcas e o
restante das pessoas não gosta de nenhuma das três.
Sorteando-se aleatoriamente uma dessas pessoas entrevistadas, a probabilidade de que
ela goste de uma única marca de refrigerante ou não goste de marca alguma é de
a) 16%.
b) 17%.
c) 20%.
d) 25%.
e) 27%.
4 - AOCP
a) 835.
b) 855.
c) 915.
d) 925.
e) 945.
Numa turma de 31 alunos da EPCAR, foi aplicada uma Prova de Matemática valendo 10
pontos no dia em que 2 alunos estavam ausentes. Na prova, constavam questões
subjetivas: a primeira, sobre conjuntos; a segunda, sobre funções e a terceira, sobre
geometria plana. Sabe-se que dos alunos presentes » nenhum tirou zero; » 11 acertaram a
segunda e a terceira questões; » 15 acertaram a questão sobre conjuntos; » 1 aluno acertou
somente a parte de geometria plana, » e 7 alunos acertaram apenas a questão sobre
funções.
É correto afirmar que o número de alunos com grau máximo igual a 10 foi
a) 4
b) 5
c) 6
d) 7
6 - AOCP
7 - AOCP
Em uma pesquisa de opinião, foram obtidos estes dados: » 40% dos entrevistados lêem o
jornal A. » 55% dos entrevistados lêem o jornal B. » 35% dos entrevistados lêem o jornal C.
» 12% dos entrevistados lêem os jornais A e B. » 15% dos entrevistados lêem os jornais A e
C. » 19% dos entrevistados lêem os jornais B e C. » 7% dos entrevistados lêem os três
jornais. » 135 pessoas entrevistadas não lêem nenhum dos três jornais.
a) 1200
b) 1500
c) 1250
d) 1350
8 - AOCP
a) 31
b) 37
c) 47
d) 51
9. AOCP
1 - FUNDATEC
Dentre as expressões abaixo, a única que NÃO é possível de se obter um resultado numérico é:
A) 2100 .
B) 10 .
C) 5/0,0000001.
E) 1001 .
10. AOCP
1. B
2. C
3. E
4. E
5. B
6. E
7. B
8. C
9. D
10. E
1- AOCP
A) 12.
B) 7.
C) 15.
D) 29.
2- AOCP
A) m = (n+5) / 7
B) m = (n+1) / 7
C) m = (n+5) / 5
D) m = (n+1) / 5
I. Uma função é injetora se cada elemento do domínio da função possui uma imagem diferente
no contradomínio.
II. Uma função é sobrejetora se cada elemento do contradomínio for imagem de um elemento do
domínio da função.
III. Uma função não pode ser injetora e sobrejetora simultaneamente.
IV. O contradomínio de uma função numérica sempre será um conjunto numérico maior que o
domínio da mesma: por exemplo, se o domínio de uma função for os números naturais, o
contradomínio será, no mínimo, o conjunto dos números inteiros.
4- AOCP
Um restaurante opera com duas modalidades de preços. Cobra R$ 5,00 cada 100 gramas
de comida, e oferece também a cobrança de valor fixo de R$ 25,00 para “comer à
vontade” (sem pesagem e quantidade livre de comida consumida). Assinale a partir de
qual quantidade de comida é preferível a segunda opção.
A) 125 gramas
B) 250 gramas
D) 1000 gramas
5- AOCP
D) A constante real a, não -nula, é a taxa de variação da função, sendo a mesma para qualquer
que seja o intervalo considerado.
6- AOCP
Se o produto de um número x pelo seu antecessor é igual a 56, então a soma entre os
inversos dos possíveis valores de x é igual a:
A) -1
B) 1/56
C) 1
D) - 1/56
Uma granja identificou que seu custo com a criação das galinhas obedecia a função C = 3 +
10,50x. Assim, qual deve ser o valor mínimo cobrado por 150 galinhas, para que não haja
prejuízo?
8- AOCP
x2 - 2x - 8 = 0
D) Nenhuma solução.
Seja k um número real, onde k > 0, tal que esse número k seja a raiz positiva da equação
do segundo grau x2 – 2x – 4 = 0, é correto afirmar que
10. AOCP
Considere que para determinar o valor do salário bruto mensal de um trabalhador, sem
descontos, deve-se multiplicar a quantidade de horas semanais trabalhadas por 4,5 e, em
seguida, multiplicar o resultado por 35. Dessa forma, se um trabalhador teve seu salário
bruto mensal determinado em R$ 3.150,00, então a quantidade de horas semanais que ele
trabalhou nesse mês é igual a
A) 20.
B) 18.
C) 22.
D) 14.
E) 16.
1. C
2. D
3. B
4. C
5. C
6. D
7. D
8. C
9. C
10. A
1. AOCP
Lista de Símbolos
Conector “e”
Conector “ou”
Conector “ou” exclusivo
Conector “Se...então...”
Conector “Se e somente se”
Negação de uma proposição
Se x = 10 é uma das raízes da equação x2 + bx + 1 = 0 , então o valor de “b” será:
A) -101/10
B) -10/101
C) -1/101
D) 10/101
E) 101/10
2. AOCP
Em uma função quadrática chamamos de "zeros da função" os valores de x nos quais o gráfico
corta o eixo das abscissas. Qual das alternativas abaixo indica os zeros da função F(x) = 3x² +
6x - 9?
A) ( 3; -1)
B) ( - 3; -2)
D) ( - 3; 1 )
E) ( - 2; 1 )
3. AOCP
O valor de f(12) é:
A) 7
B) 8
C) 9
D) 10
E) 11
A)]0, 2]
B)]1, 4]
C) [2, + ∞[
D)]1, 2]
E)]1, + ∞[
5. AOCP
A) f(x) = - x² + 2x + 8.
C) f(x) = x² + 2x + 4.
D) f(x) = - x² + 4x - 8.
E) f(x) = x² + 8x + 4.
6. AOCP
A figura abaixo mostra uma circunferência de equação (x – 6)² + (y – 3)² = 25 e uma parábola
que passa pelos pontos A, B e C, sendo este o ponto de maior ordenada da circunferência. A
equação da parábola é:
A) y = –0,5x² + 6x – 10
B) y = – x² + 12x – 20
C) y = x² – 12x – 20
D) y = –0,5x² + 12x – 10
E) y = –0,5x² – 8x – 10
A figura abaixo representa parte do gráfico da função f(x) = M · x/x + N com M e N reais:
O valor de f(12) é:
A) 7
B) 8
C) 9
D) 10
E) 11
A) x ≥ -12
B) x ≤ -12
C) x ≥ 12
D) x ≤ 12
E) x ≥ 4
9. AOCP
Em uma função quadrática chamamos de "zeros da função" os valores de x nos quais o gráfico
corta o eixo das abscissas. Qual das alternativas abaixo indica os zeros da função F(x) = 3x² +
6x - 9?
A) ( - 3; - 2 )
B) ( - 3; 1 )
C) ( 2; - 1 )
D) ( - 2; 1 )
E) ( 3; - 1 )
A) y = 0
B) y = 4
C) y = 7
D) y = 3
1. A
2. D
3. B
4. S
5. A
6. A
7. B
8. B
9. B
10. B
A) 3.
B) 5.
C) 7.
D) -4,6.
2 - AOCP
A) 1/3
B) 1/2
C) 103/13
D) 13/3
E) 10/3
A imagem da função de 2º grau y = C(x) = 2x2 - 180x + 9000 representa o custo de manutenção
de x horas de trabalho de uma equipe de agentes de combate a endemias é
A) ℝ.
B) {y ∈ ℝ, y ≥ 4950}.
C) {y ∈ ℝ, y ≥ 9000}.
D) {y ∈ ℝ, y < 4950}.
E) {x ∈ ℝ, x ≥ 4500}.
4 - AOCP
A) 12.
B) 15.
C) 20.
D) 24.
5 - AOCP
Analise o gráfico a seguir e assinale a alternativa que demonstra a função geratriz correta para o
gráfico.
A) -3x + 8
B) 3x –8
C) -3x –8
D) 3x + 8
E) 3x² + 8
Determine o par ordenado do ponto mínimo de uma função quadrática definida por f(x) = x² + 3x
–4.
A) {2/3 , 4/25}
B) {-3/2 , - 25/4}
C) {1/2 , 3/4}
D) {-3/4 , -1/2}
E) {-5/6 , -7/9}
7 - AOCP
Lista de símbolos:
→ Condicional
↔️ Bicondicional
∧ Conector “e”
∨ Conector “ou”
∨ Conector “ou” exclusivo
¬ Negação da proposição
Nas alternativas a seguir, o gráfico que pode representar a função de segundo grau f(x) = x2 bx
+ 1 para b> 0 é:
A)
C)
D)
8 - FUNDATEC
Uma escola da rede particular de ensino doou 380 livros para uma biblioteca municipal de
um determinado bairro. Se essa escola tivesse doado 37 livros a menos para essa
biblioteca, sobrariam 357 livros para doar a uma segunda biblioteca municipal, localizada
em outro bairro. Dessa forma, o total de livros que a escola possuía, antes de fazer a
doação para a primeira biblioteca municipal, era igual a
A) 1.000 livros.
B) 900 livros.
C) 800 livros.
D) 700 livros.
E) 600 livros.
10. AOCP
Lucas possui 12 anos de idade, e seu pai 51. Daqui a quantos anos a idade do pai será o
quádruplo da idade de seu filho?
A) 1
B) 5
C) 7
D) 12
E) 15
1. B
2. D
3. B
4. A
5. D
6. B
7. E
8. D
9. D
10. A
Os 9 números 1, 4, 7, 10, 13, 16, 19, 22, 25 são colocados, sem repetição, em uma tabela (matriz)
3 x 3, isto é, com 3 linhas e 3 colunas, de modo que a soma dos números de cada coluna seja
sempre a mesma.
Essa soma dos elementos de cada coluna, que é sempre a mesma, é igual a
A) 37.
B) 38.
C) 39.
D) 40.
E) 41.
2. AOCP
Assinalar a alternativa que apresenta uma matriz que possui o seu determinante igual a 0:
A)
B)
D)
3. AOCP
A) 12
B) 10
C) 8
D) 6
E) 4
A) 0
B) 3
C) 5
D) 8
5. AOCP
A)
B)
C)
E)
6. AOCP
A) 0
B) 15
C) 30
D) 42
Certo país é dividido em 5 regiões cujas áreas (em km²) e respectivas densidades demográficas
(hab/km²) são representadas pelas matrizes M e N, nessa ordem:
A) M · N
B) M + N
C) Mt · N
D) M · Nt
E) Nt · M
8. AOCP
Uma matriz C3x4 é resultado do produto da matriz A3x2 pela matriz Bmxn, ou seja, C = A x B.
Marque entre as alternativas abaixo a única que, por conta do número de ordem, pode ser a
matriz B.
A) B3x4
B) B4x2
C) B2x3
E) B2x4
9. AOCP
A) −2√2
B) −3√2
C) −4√2
D) 3 − 2√2
E) 1 + 4√2
10. AOCP
Dada a matriz A = (aij) 4x3 e B = (bij) 3x4 em que aij = 3i + j e bij = i+j /4 determine log2/5 (a12 +
b23).
A) 2
B) 1/2
C) -2
E) 1/3
1. C
2. C
3. C
4. D
5. C
6. C
7. D
8. E
9. C
10. C
A) x=8 e y=-2.
B) x=8 e y=2.
C) x=-8 e y=2.
D) x=-8 e y=-2.
2. AOCP
A) 29
B) 70
C) 169
D) 408
3. AOCP
Assinalar a alternativa que apresenta os valores de x e y que satisfazem o sistema linear abaixo:
A) x=26 e y=44.
B) x=24 e y=47.
C) x=26 e y=47.
D) x=24 e y=44.
E) x=44 e y=26.
4. AOCP
Um banco tem agências em três regiões do país. Em cada região, trabalha-se com a
comercialização de três segmentos: seguros (X), previdência (Y) e consórcios (Z). Cada
equação linear que compõe o sistema abaixo representa a capacidade de uma regional produzir
valor agregado para o banco, em cada segmento de atuação (lado esquerdo das equações),
visando ao alcance das metas de lucro operacional em milhares de reais (lado direito das
equações).
De acordo com esses dados, verifica-se que a contribuição de um dado segmento que atinge
exatamente a meta de sua região é de
5. AOCP
6. AOCP
A) (5;10)
B) (10;10)
C) (1;2)
D) (10;20)
7. AOCP
A) B = 5 e C = 2.
B) B = -3 e C = -6.
C) B = 2 e C = -10.
D) B = 7 e C = 10.
8. AOCP
A)
B)
C)
D)
9. AOCP
Lista de símbolos:
⟹Condicional
⟺Bicondicional
∨ Conector “ou”
¬ Negação da proposição
A) 8.
B) 9.
C) 10.
D) 11.
E) 12.
10. AOCP
Uma empresa fornece um estacionamento para seus funcionários que possui 50 vagas para
carros e 20 para motos. Fábio chegou ao trabalho de moto às 9h e havia 64 veículos no
estacionamento. Sabendo que havia um total de 222 pneus nos veículos estacionados, a
quantidade de vagas disponíveis para carros e motos, respectivamente, que restará após Fábio
estacionar seu veículo será de:
A) 47 e 17.
B) 3 e 2.
C) 47 e 18.
E) 4 e 2.
1. A
2. D
3. B
4. A
5. D
6. D
7. A
8. A
9. A
10. B
Em uma festa com 30 convidados, em que todos irão participar de um jogo de adivinhação, e
cada grupo tem a mesma quantidade de componentes, quantas possibilidades de formação de
grupo existem, se devem existir, pelo menos, dois grupos?
A) 8.
B) 7.
C) 6.
D) 5.
E) 3.
2 - AOCP
Daniela tem uma floricultura na cidade onde mora e, para que consiga controlar seu estoque,
pediu para que seus funcionários organizassem as flores em colunas e linhas, conforme figura
abaixo:
A) 20.
C) 78.
D) 84.
E) 91.
3 - AOCP
A) 14.
B) 20.
C) 24.
D) 28.
E) 35.
4 - AOCP
Considerando que, em uma escola, trabalham 60 professoras, das quais 36 têm especialização,
qual é a probabilidade de escolher, ao acaso, uma professora que não tenha especialização?
A) 36%.
B) 38%.
D) 42%.
E) 44%.
5 - AOCP
A) 150.
B) 180.
C) 320.
D) 540.
E) 625.
6 - AOCP
Em uma farmácia municipal, quatro funcionários organizam 150 caixas de medicamentos para
distribuir para a população de baixa renda. Considerando as mesmas condições de trabalho,
para organizar 375 caixas de medicamentos, a quantidade de funcionários necessária seria
igual a:
A) 6.
B) 7.
D) 9.
E) 10.
7 - AOCP
Em uma loja de uma cidade turística, há oito enfeites de geladeira diferentes. De quantas
maneiras diferentes uma moça pode escolher três enfeites para presentear sua mãe?
A) 56.
B) 60.
C) 64.
D) 66.
E) 72.
8 - AOCP
Para realizar o cadastro das famílias que necessitam de atendimento odontológico gratuito, foi
realizada uma reunião na associação comunitária de um determinado bairro. Considerando que
todos os lugares foram ocupados, que há 25 fileiras e que cada fileira é composta por 9
cadeiras, o número total de pessoas sentadas corresponde a:
A) 50.
B) 100.
D) 175.
E) 225.
9. AOCP
A) 17 ou 24.
B) 18 ou 25.
C) 19 ou 26.
D) 20 ou 27.
E) 21 ou 28.
10. AOCP
Em um escritório, estão disponíveis cinco cargos distintos que devem ser atribuídos a
cinco diferentes pessoas. Se para cada pessoa pode ser atribuído apenas um cargo,
então o número total de maneiras de atribuir esses cargos a essas pessoas será igual a
A) 240.
B) 120.
D) 60.
E) 150.
1. B
2. E
3. E
4. C
5. B
6. E
7. A
8. E
9. C
10. B
Considerando que uma esfera amarela tenha o raio medindo 10 cm e uma esfera azul, 1 cm,
pode-se afirmar que o volume da esfera amarela é ______ vezes maior que o volume da esfera
azul. Utilize o valor de π = 3,14.
Assinale a alternativa que preenche corretamente a lacuna do trecho acima.
A) 2
B) 5
C) 10
D) 100
E) 1.000
2 - AOCP
Qual o volume de um cilindro circular reto, em cm³, cujo diâmetro é de 12 cm e altura de 15 cm?
(utilizar π = 3,14)
A) 565,2.
B) 1130,4.
C) 1695,6.
D) 2260,8.
3 - AOCP
Qual o volume de um cilindro circular reto, em cm³, cujo diâmetro é de 12 cm e altura de 15 cm?
(utilizar π= 3,14)
A) 565,2.
B) 1130,4.
C) 1695,6.
D) 2260,8.
E) 2826.
4 - AOCP
A embalagem de um chocolate tem formato triangular, conforme figura abaixo. A base da caixa
é um triângulo equilátero com as seguintes medidas: o lado de 6 cm e altura de 30 cm. A
capacidade da caixa, em cm³, é de:
A) 440√3.
C) 180√3.
D) 90√3.
E) 45√3.
5 - AOCP
Maria adquiriu uma piscina no formato de um cilindro reto com 1,20 metros de profundidade e 6
metros de diâmetro. Sabe-se que para encher 1m³ são necessários 1.000 litros de água, sendo
assim, quantos litros de água serão necessários para encher 75% da capacidade total dessa
piscina? (Considere π = 3)
A) 8.100 litros.
B) 12.600 litros.
C) 16.200 litros.
D) 24.300 litros.
E) 32.400 litros.
6 - AOCP
Lista de símbolos:
➝ Condicional
↔ Bicondicional
∨ Conector “ou”
∨ Conector “ou” exclusivo
~ Negação da proposição
A) 9π.
B) 27π.
C) 81π.
D) 108π.
E) 216π.
7 - AOCP
Lista de símbolos:
⟹Condicional
⟺Bicondicional
∧ Conector “e”
∨ Conector “ou”
¬ Negação da proposição
Para que seu volume seja 126 cm³, então a altura “x” deve ser:
A) 7.
B) 9.
C) 10.
D) 12.
E) 15.
8 - AOCP
Uma pirâmide reta, cunhada em madeira maciça, tem volume de 750 centímetros cúbicos, base
quadrada, e altura de 10 centímetros. A medida das arestas de base dessa pirâmide,
comparada com a medida da altura, corresponde a fração:
A) 5/4
B) 4/3
C) 3/2
E) 2/5
9. AOCP
Diariamente um morador adiciona cloro à água da piscina de sua casa, que sempre está
totalmente cheia de água, baseado na seguinte proporção: são 250 ml de cloro para cada
2 m3 de água na piscina. Se a piscina desse morador possui o formato de uma
paralelepípedo reto-retângulo e suas medidas internas são iguais a 12 m de largura, 20 m
de comprimento e profundidade de 1,8 m, então a quantidade de litros de cloro que esse
morador deverá adicionar à água da piscina totalmente cheia da sua casa, diariamente,
será igual a
A) 78 litros.
B) 70 litros.
C) 62 litros.
D) 54 litros.
E) 46 litros.
10. AOCP
A) 0,9 litros.
B) 9 litros.
D) 900 litros.
E) 9.000 litros.
1. E
2. C
3. C
4. B
5. D
6. D
7. B
8. C
9. D
10. B
Maria quer inovar em sua loja de embalagens e decidiu vender caixas com diferentes formatos.
Nas imagens apresentadas estão as planificações dessas caixas.
Quais serão os sólidos geométricos que Maria obterá a partir dessas planificações?
2. AOCP
Alguns objetos, durante a sua fabricação, necessitam passar por um processo de resfriamento.
Para que isso ocorra, uma fábrica utiliza um tanque de resfriamento como mostrado na figura.
a) O nível subiria 0,2 cm, fazendo a água ficar com 20,2 cm de altura.
3. AOCP
Uma das Sete Maravilhas do Mundo Moderno é o Templo de Kukulkán, localizado na cidade de
Chichén Itzá, no México. Geometricamente, esse templo pode ser representado por um tronco
reto de pirâmide de base quadrada. As quantidades de cada tipo de figura plana que formam esse
tronco de pirâmide são:
A) 2 quadrados e 4 retângulos.
4. AOCP
Constantemente nos deparamos com sólidos geométricos no dia a dia. Entre os sólidos
geométricos, estão aqueles conhecidos como poliedros, que possuem faces formadas por
polígonos. Dos sólidos geométricos seguintes, todos eles são poliedros, exceto:
B) Cubo
C) Pirâmide
D) Cone
5. AOCP
Um contêiner comum, ou seja, em formato de paralelepípedo retângulo, é um equipamento
bastante utilizado para o transporte de cargas. Devido a sua grande exposição às mudanças
climáticas, frequentemente ele passa por manutenções. Em uma empresa de transporte, um
contêiner possui altura de 2,5 metros, comprimento de 6 metros e largura de 2,4 metros. Devido
ao longo tempo de uso desse equipamento, ele precisará passar por uma manutenção em que
toda a sua área externa será lixada e pintada novamente. Para fazer o orçamento desse serviço,
é necessário calcular a área total do contêiner, que é de:
A) 65,6 m³
B) 70,8 m³
C) 71,2 m³
D) 75,4 m³
E) 78,0 m³
6. AOCP
7. AOCP
Uma fábrica de cosméticos produz frascos de perfumes semanalmente para atender as demandas
da região. Na busca por inovação e economia, a fábrica decidiu implantar novos frascos para os
perfumes produzidos por ela. Para isso, ela decidiu investir em frascos que possuem o formato
cilíndrico, com raio igual a 4 cm e altura igual a 7 cm, sabendo que cada centímetro quadrado de
embalagem custa R$ 0,25. Além disso, a fábrica gasta R$ 2 para cada 6 mL de perfume no frasco.
Supondo que o frasco tenha todo o seu volume ocupado e sabendo que esse perfume é vendido
diretamente pela fábrica pelo valor de R$ 299,90, o lucro obtido em cada frasco de perfume será
de: (use π = 3)
A) R$ 112,00
B) R$ 178,25
C) R$ 121,65
D) R$ 187,90
E) R$ 239,45
8. AOCP
Na decoração de uma casa, foi colocado um pequeno aquário que possui formato de um cubo,
cuja soma das arestas é igual a 180 cm. Sabendo que esse ambiente será planejado de tal forma
que exista um espaço no armário correspondente à capacidade do aquário, e supondo que a
espessura do vidro seja desprezível, o volume do aquário em litros será igual a:
A) 3,2 L
B) 3,4 L
C) 3,5 L
D) 4,3 L
E) 4,5 L
9. AOCP
Das alternativas seguintes, escolha aquela que não representa um corpo redondo.
B) cone
C) cilindro
D) circulo
E) tronco de cone
10. AOCP
Sobre os sólidos geométricos, julgue as afirmativas a seguir como verdadeiras ou falsas:
1. A
2. C
3. C
4. D
5. B
6. D
7. C
8. B
9. D
10. C
“Em meados do Século XVIII, com a inversão de posições das principais capitanias, o Pará passou
a ser a "cabeça" do Estado do Grão-Pará e Maranhão. Esse processo foi acompanhado pela
transferência de sede da nova unidade administrativa, dependente de Lisboa, da cidade de São
Luís para a de Belém, e pela posse de Francisco Xavier de Mendonça Furtado como governador
e capitão-general. Iniciava-se, assim, uma fase de retomada da colonização amazônica.”
C) a redefinição dos limites entre os territórios portugueses e espanhóis, com base em princípios
étnicos e linguísticos adotados no Tratado de Madri.
D) o cancelamento das leis de liberdade dos índios defendidas pelos jesuítas em 1755, mediante
as quais reivindicavam o controle exclusivo sobre os indígenas.
E) a determinação de que todos os índios que viviam nas vilas, cidades e aldeias coloniais
deviam ser excluídos dos “Corpos de Milícias”, para evitar armar possíveis rebeldes.
A catarinense Anita Garibaldi entrou para a história quando, ao lado de seu marido, Giuseppe
Garibaldi participou de um dos momentos mais marcantes da história do Brasil, que foi:
A) A Revolução Farroupilha.
B) A Revolta da Vacina.
3. AOCP
O rei Dom João III concedeu as terras para nobres de sua confiança. Cada Capitão Donatário
era considerado a autoridade máxima, ficando responsável por povoar, administrar, proteger o
território, fundar vilas e desenvolver a economia local. Por sua parte, a Coroa Portuguesa não
dava nenhuma ajuda financeira aos donatários para esse empreendimento. Os donatários, por
outro lado, possuíam alguns privilégios jurídicos e fiscais como: I - escravizar indígenas, negros,
camponeses e indigentes. II - cobrar tributos e doar lotes de terra não cultivados (sesmarias). III
- explorar a região e usufruir de todos seus recursos naturais (donde uma porcentagem
pertencia à coroa), desde animais, madeira e minérios. Está correto o que se afirma em:
A) I e II, apenas.
B) I e III, apenas.
C) II e III, apenas.
D) I, II e III.
“Apareceu, no sertão do Norte, um indivíduo, que se diz chamar Antônio Conselheiro e que
exerce grande influência no espírito das classes populares. Deixou crescer a barba e os
cabelos, veste uma túnica de algodão e alimenta-se, tenuemente, sendo quase uma múmia.
Acompanhado de duas professas, vive a rezar terços e ladainhas e a pregar e dar conselhos às
multidões, que reúne onde lhes permitem os párocos.” — Descrição da Folhinha Laemmert, de
1877, reproduzida por Euclides da Cunha em Os Sertões, 1902. O texto acima fala sobre o líder
de uma comunidade que formava, no final do século XIX, uma irmandade religiosa e chegou a
reunir uma população flutuante, de, aproximadamente, 25 mil habitantes e 5.200 casas, no
sertão baiano. Essa comunidade foi, definitivamente, arrasada pelas tropas do Exército
Brasileiro, em 1897. Estamos nos referindo a:
C) Comunidade de Canudos.
D) Comunidade de Contestados.
E) Comunidade de Palmares.
5. AOCP
Há 55 anos, o Brasil sofreu um golpe militar que durou 21 anos e provocou a morte e/ou o
desaparecimento de, aproximadamente, 423 pessoas (entre 1964 e 1985), além do
massacre de 8 mil indígenas, conforme o Relatório Final da Comissão da Verdade.
Mediante o exposto, marque V para as afirmativas verdadeiras e F para as falsas.
A) V, F, V.
B) F, F, V.
C) V, V, F.
D) F, V, F.
6. AOCP
Há 55 anos, o Brasil sofreu um golpe militar que durou 21 anos e provocou a morte e/ou o
desaparecimento de, aproximadamente, 423 pessoas (entre 1964 e 1985), além do massacre
de 8 mil indígenas, conforme o Relatório Final da Comissão da Verdade. Mediante o
exposto, marque V para as afirmativas verdadeiras e F para as falsas.
( ) A Ditadura Militar no Brasil iniciou-se com o golpe militar de 31 de março de 1964, ocasionando
o afastamento do Presidente da República, João Goulart, e, tomando o poder, o Marechal Castelo
Branco.
( ) Foi estabelecido o AI-1, contendo 11 artigos, permitindo ao governo militar o poder de modificar
a Constituição, anular mandatos legislativos, interromper direitos políticos por dez anos, além de
poder demitir, colocar em disponibilidade ou aposentar compulsoriamente qualquer pessoa que
fosse contra a segurança do país, além de determinar eleições indiretas para a Presidência da
República.
( ) Em 1969, a Junta Militar escolheu o novo presidente: o general Emílio Garrastazu Medici. Seu
governo é considerado o mais maleável e democrático do período, conhecido como “anos de
chumbo”. A repressão à luta armada diminui e a política de censura é colocada em execução de
A) V, F, V.
B) F, F, V.
C) V, V, F.
D) F, V, F.
7. AOCP
A) F, F, V.
C) V, V, V.
D) F, V, F.
8. AOCP
Esse movimento de Ideias de tornar o Brasil independente, livre da dominação portuguesa, foi
ganhando força e adeptos. Entre essas pessoas estava Joaquim José da Silva Xavier –
Tiradentes. Esse movimento de ideias ficou conhecido como:
A) Independência.
B) Inconfidência Mineira.
C) Abolição.
D) Imigração.
9. AOCP
A) em Pernambuco.
B) no Amazonas.
C) no Rio de Janeiro.
D) no Espírito Santo.
Três monarcas governaram Portugal durante o século XVIII. O longo reinado de Dom João V
cobriu a primeira metade do século, durante a qual fluíram grandes riquezas para Lisboa, vindas
dos territórios brasileiros, a ‘vaca leiteira’ de Portugal, como tão pitorescamente descreveu o
professor Charles Boxer o papel da América Portuguesa nesse período. Em 1750 Dom João V
foi sucedido por seu filho Dom José I, cujo reinado se assinalou pela longa predominância do
Marques de Pombal nos assuntos de Estado e pelo reinado da devota, e mais tarde louca, Dona
Maria I, que sucedeu ao seu pai em 1777.
(Kenneth Maxwell. Marques de Pombal: paradoxo do Iluminismo)
A partir da leitura do texto e tendo em conta a relação entre a política de Marques de Pombal e o
Brasil, assinale a alternativa que apresente a grande riqueza que fluía para Portugal levada do
território brasileiro, bem como uma medida da administração pombalina com impacto na
exploração de tal riqueza:
11. AOCP
Em 1/9/1969, há exatos 50 anos, nos chamados anos de chumbo, o jornal Folha de São Paulo
estampava em manchete de primeira página:
Com trombose cerebral, Costa e Silva se afasta
O jornal acrescentava: Pouco antes das 22 horas deste domingo 31/8, a Agência Nacional
informou o país, em cadeia de rádio e televisão que o presidente Arthur da Costa e Silva,
acometido de trombose cerebral, está temporariamente impedido de chefiar o governo.
Reunido no Rio de Janeiro, o Alto Comando das Forças Armadas editou o Ato Institucional No.
12, que teve por efeito:
B) o Alto Comando das Forças Armadas assumiu a presidência do Brasil e a exerceu até o
término do mandato de Costa e Silva, rompendo a institucionalidade garantida pela Constituição
de 1967 então em vigência;
C) foi empossado na presidência o General Ernesto Geisel, que revogou o AI-5 assim que
assumiu;
D) foi formada uma junta militar que assumiu interinamente, rompeu a constitucionalidade do
próprio regime e impediu a posse do vice-presidente Pedro Aleixo, tendo em 30/10/1969
transferido a presidência para o General Garrastazu Médici;
E) a revogação de todos os atos discricionários e a instituição de uma lei de anistia ampla geral
e irrestrita, deflagrando a abertura política.
12. AOCP
Após várias décadas, a chamada República Velha mostrava sinais de desgaste, o que levou a
um cenário de instabilidade política, social e econômica. Para tratar de um quadro sensível, o
último presidente brasileiro da República Velha lançou a Lei Aníbal de Toledo, também
conhecida como Lei Celerada.
Assinale a alternativa correta sobre a mencionada lei:
A) foi estabelecida no governo de Artur Bernardes e permitiu uma intervenção nos estados que
não o apoiaram nas eleições;
C) foi estabelecida no governo de Washington Luís e criou a Caixa de Estabilização para sanear
a moeda nacional;
13. AOCP
O texto descreve o clima político que antecedeu a Revolta da Vacina. Diante da crise, o
presidente Rodrigues Alves
E) pediu ajuda dos governos estaduais, no que ficou conhecido como Convênio de Taubaté.
A charge é uma leitura crítica e bem humorada de qual episódio da história do Brasil?
15. AOCP
C) a produção aurífera nas Minas Gerais foi resultado do processo de investigação no interior do
continente promovido por exploradores do Rio de Janeiro ligados à corte. Após instalada a rede
mineradora em Ouro Preto e em Mariana, a produção era escoada pela estrada real Ouro Preto-
Petrópolis.
E) a exploração do ouro no interior do continente, no início do século XVIII, fez com que a
capitania do Rio de Janeiro, visando a controlar a arrecadação de tributos provenientes da
mineração, incorporasse os territórios de São Paulo, de Minas Gerais e de Mato Grosso à sua
jurisdição até a década de 1860, quando esses territórios se tornaram independentes
novamente.
A partir da segunda metade do século XIX, parte da sociedade portuguesa passou a repudiar o
comércio e a mão de obra utilizados pela elite brasileira. Acerca dessa questão assinale a
alternativa correta.
B) A supressão do tráfico de mão de obra africana no Brasil foi ocasionada pela mudança de
paradigma propiciado pela promulgação da Constituição de 1824, que dava aos brasileiros
opção para escolher se optariam ou não pelo uso de escravos africanos, tornando o comércio
de escravos como atividade ilegal no Velho Mundo.
E) A ligação de Portugal com a Inglaterra remonta às décadas iniciais do século XIX, quando a
esquadra inglesa acompanhou o monarca português, D. João VI, até o Rio de Janeiro,
permitindo que se mantivesse a unidade territorial do império ultramarino português mesmo
diante do assédio do exército de Napoleão Bonaparte, sendo que a repulsa à figura do açoriano
traficante de escravos deve-se à influência inglesa, que buscava a hegemonia do comércio de
escravos em escala mundial.
Aconteceu no dia 22 de novembro de 1910, foi uma revolta militar em que soldados da Marinha
realizaram um motim e tomaram o controle de dois encouraçados que estavam atracados no litoral
do Rio de Janeiro. O estopim da revolta foi a insatisfação dos soldados alistados com uma punição
a que eram submetidos. Trata-se da:
A) Revolta Armada.
B) Revolta do Mangue.
C) Revolta da Chibata.
D) Revolta da Vacina.
18. AOCP
A História do Brasil é, ao contrário do que muitos pensam, repleta de eventos marcados por
revoltas sociais de massa avassaladoras, nas quais destacam-se o papel repressivo do estado
brasileiro desde sua origem. Leia o trecho a seguir:
Todo esse quadro, apesar de desarticulado, chegaria a produzir alguns frutos. Em 1839, os
revoltosos conseguiram tomar a vila de Caxias e lá instituíram um governo provisório,
decretando o fim da Guarda Nacional e expulsando indivíduos de origem portuguesa. Esse
último fato revelaria dois importantes vieses do movimento. Primeiro, a presença ainda forte de
ideias geradas durante os conflitos que se travaram contra tropas fiéis à coroa portuguesa
durante o processo de independência, que levavam a maior parte da população a repudiar a
presença dos antigos colonizadores. Em segundo lugar, o caráter sertanejo da revolta, que
procurava “limpar” o sertão da presença das elites que herdaram as antigas estruturas
latifundiárias que tiveram início na posse de terras por colonos portugueses.
20. AOCP
No dia 15 de novembro de 1889, o Brasil passou por uma grande mudança na sua estrutura
política e governamental, que marcou a história do país. A transformação política que demarca o
período apresentou novos efeitos e se relaciona com um contexto mundial específico, que
impactou não só o exercício do Estado, mas também as relações de trabalho, raciais e culturais.
Sabendo dessas informações, assinale a alternativa correta que representa o que foi esse fato
na História do Brasil e seus principais efeitos.
21. AOCP
Num 1° momento da nossa história que, de acordo com os livros didáticos, começa com a
chegada dos europeus, os índios da colônia são cordiais e amigáveis: carregam o pau-brasil em
troca de bugigangas e miçangas, ajudam os portugueses a construir fortes e casas (...) ensinam
os brancos a sobreviver e conhecer a nova terra. Logo em seguida, entretanto, os índios
começam a atrapalhar a colonização (...) De cordiais, os índios passam a ser traiçoeiros. A
colonização exige, por sua vez, trabalho, e o índio é mão-de-obra utilizada em toda a colônia (...)
A escravidão negra surge e os livros ensinam que o índio não era afeto ao trabalho: "eram
preguiçosos".
Essa forma simplificada de ver o índio, presente em muitos livros didáticos, demonstra, por
vezes, a
D) existência de várias culturas entre os povos indígenas, pois há os bons e maus selvagens.
E) contribuição dos índios bons que deixaram seus traços culturais para as gerações atuais.
A “Nova República” representa uma nova fase da história política brasileira, marcada pela
confiança da sociedade em restabelecer a democracia plena e recuperar a economia e o padrão
de vida dos brasileiros. Em 1989, vários candidatos concorreram nas primeiras eleições diretas
para a Presidência da República, após os anos de ditadura militar, sendo eleito Presidente:
B) José Sarney.
D) Itamar Franco.
23. AOCP
O texto a seguir aborda uma das principais características da formação cultural brasileira.
Considere-o e marque a alternativa que indica o termo que preenche CORRETAMENTE a
lacuna.
“Os fenômenos de ____________, no Brasil, são contemporâneos dos primeiros contatos do
europeu com os indígenas. Degredados, náufragos, marinheiros, aventureiros e traficantes
portugueses, espanhóis e franceses, mesmo antes da colonização efetiva do Brasil, que se
iniciou em 1532, tiveram relações com as mulheres indígenas, dando início ao longo processo
de mestiçagem que até hoje se efetua no nosso país”.
(Revista de História, nº 48).
A) Compartimentação.
B) Fragmentação.
C) Miscigenação.
24. AOCP
O período da ditadura militar no Brasil vai de 1964 a 1985, sendo seu primeiro presidente o
Marechal Humberto de Alencar Castelo Branco, indicado pela junta militar que governara o país
na primeira quinzena após o golpe.
Sobre o seu período presidencial, analise as afirmativas abaixo, assinalando as ações realizadas
durante a sua gestão.
I. O Congresso Nacional foi convocado para a promulgação de nova Constituição, elaborada pelo
Poder Executivo.
II. Foi criado o bipartidarismo, sistema em que apenas dois partidos foram autorizados a funcionar
oficialmente: Movimento Democrático Brasileiro e Aliança Renovadora Nacional.
III. No transcorrer desse período, houve forte contestação popular, culminando com a passeata
dos “Cem Mil”, promovida pela União Nacional dos Estudantes no estado do Rio de Janeiro.
IV. Foi criado o Serviço Nacional de Informações (SNI) que funcionaria como uma polícia política.
A) I, II, III e IV
C) Apenas II e III.
D) Apenas I, II e IV.
O governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva está aplicando vultuosos investimentos
financeiros nas obras do PAC. Esta sigla significa:
26. AOCP
A) As forças que assumiram o poder em 1964 tinham como prioridade econômica o crescimento
acelerado. Para concretizar esse objetivo, optaram pelo modelo baseado em concentração de
renda, criação de amplo crédito ao consumidor e abertura da economia brasileira, incentivando
as exportações e os investimentos estrangeiros.
C) Após o Golpe de 1964, Getúlio Vargas tornou-se o primeiro presidente da República Militar.
D) O Governo Médici foi responsável pelo advento do chamado “milagre” econômico brasileiro:
crescimento da economia do país em ritmo bastante acelerado.
27. AOCP
Foi a mais longa Guerra Civil Brasileira. Promovida pelos estancieiros, criadores de gado gaúchos,
classe dominante no Rio Grande do Sul, que pretendiam separarse politicamente do Brasil.
Esse movimento teve também causas econômicas: o principal produto da região, o charque,
comercializado no mercado interno, foi taxado de forma elevada, o que facilitou a concorrência do
charque platino, privilegiado por baixas taxas alfandegárias.
B) Revolução de 1930
C) Guerra do Contestado
D) Revolução Praieira
E) Revolução Farroupilha
28. AOCP
B) Recife, Pernambuco.
C) Antilhas holandesas.
E) Salvador, Bahia.
29. AOCP
Em 1903, o Acre foi o último grande território a ser anexado ao Brasil. Por meio de um tratado
firmado entre Brasil e Bolívia, as terras que já eram ocupadas por brasileiros havia pouco mais
de duas décadas tornaram-se brasileiras. Migrantes nordestinos, fugidos de uma forte seca
ocorrida em 1887, haviam se instalado na região (antes boliviana) para explorar as seringueiras
nativas. (Adaptado do Almanaque Abril - Há 110 anos o Brasil incorporava o Acre.)
O acordo que garantiu a anexação do Acre foi o Tratado de:
A) São Francisco.
B) Madri.
C) Verdun.
D) Latrão.
E) Petrópolis.
Foi um fenômeno político que marcou a República Velha no Brasil, cuja característica principal
era o controle das elites locais sobre as eleições e voto de cabresto. Aafirmação refere-se ao:
A) escravismo.
B) coronelismo.
C) tenentismo.
D) messianismo.
E) cangaço.
31. AOCP
A) José Sarney.
B) Itamar Franco.
C) Tancredo Neves.
33. AOCP
O poeta Wesley Correia sintetiza no poema “Memória a sangue” as dores dos irmãos escravizados
e apresenta, em “sangue coletivo dessas memórias” (v.9), as diferentes formas de resistência
negra à condição que lhe fora imposta pelo branco dominador, entre os séculos XV ao XIX. Na
História do Brasil, é possível identificar algumas formas de resistência negra, como a:
C) ação dos chamados irmãos da senzala, grupos que, no contexto da luta abolicionista,
invadiam as fazendas, libertando os escravos e aterrorizando as famílias dos senhores.
D ) Revolta dos Malês, em que negros islamizados propunham uma aliança com os brancos
baianos para libertar o Brasil de Portugal e estabelecer um regime republicano.
34. AOCP
(Fonte: GASPARI, Elio. A ditadura escancarada. São Paulo: Companhia das Letras, 2002, p.
207-8. Adaptado)
A) do protecionismo imperial, que permitiu o Brasil viver seu primeiro surto industrial, durante a
chamada Era Mauá.
B) da construção da indústria de base no país, durante a Era Vargas, garantida pela abertura do
mercado brasileiro ao capital estrangeiro.
C) da política fiscal dos primeiros governos republicanos, que permitiu o início do processo
industrial brasileiro, no final do século XIX.
D) do crescimento econômico causado pelo Plano Real no início da Nova República, que
associou modernização e políticas sociais a partir da implantação do Estado de Bem Estar
Social.
E) do Milagre Econômico durante o regime Militar, período de rápido crescim ento favorecido
pela recuperação da capacidade financeira do Estado e pela estabilidade monetária.
35. AOCP
B) A Anistia de 1979 foi usada, pelo Governo Militar, como uma forma de pedir perdão pelas
torturas e outros crimes cometidos desde 1964.
C) A Lei da Anistia, de 1979, permitiu a volta de vários brasileiros que foram exilados, o que
possibilitou que muitos deles entrassem na justiça para pedir indenização ao governo militar.
D) Durante a Ditadura Militar, a Anistia de 1979 possibilitou que todos os que foram julgados
criminosos tivessem o perdão de suas penas e crimes, gerando medo na população por causa
da libertação dos presos.
E) A Lei da Anistia, de 1979, conforme a representação da charge anterior, mostra que, até os
que haviam morrido na luta pela democracia, teriam seus atos perdoados, porém, os militares
também não seriam julgados pelas torturas e crimes cometidos.
36. AOCP
Getúlio Dorneles Vargas governou o Brasil entre 1930 a 1945. Sobre as fases em que Vargas
governou o Brasil, é correto afirmar que:
B) entre 1932 e 1934, Vargas promoveu eleições diretas no Brasil para todos os cargos da
Democracia Nacional.
C) entre 1930 e 1932, ocorreu o governo provisório, que visava garantir a democracia no Brasil
e, assim, evitar a ameaça fascista no Brasil.
D) entre 1937 e 1945, ocorreu o Estado Novo, no qual Vargas governou mediante a alegação de
um golpe tramado contra a democracia brasileira, o plano Cohen.
E) Vargas, entre 1930 e 1937, promoveu reformas trabalhistas que, além de garantir os direitos
dos trabalhadores, garantiu o controle das classes trabalhadoras baseado no trabalhismo
alemão.
37. AOCP
Leia com atenção o texto sobre República Velha (1889-1930) e, em seguida, assinale a alternativa
correta sobre esse período.
A) A República Velha foi marcada, politicamente, pelo Voto de Cabresto, que consistia no voto
livre apenas para os homens.
E) A Política do Café com Leite garantia a manutenção do poder político nacional entre os
estados de São Paulo e Minas Gerais, sendo contestado na Região Nordeste pelos bandos de
Cangaceiros, sendo o de Lampião o mais famoso.
38. AOCP
O nível de crescimento econômico extraordinário do Brasil, de 1970 a 1973, fez com que o
período ficasse conhecido popularmente como “milagre econômico”. Um dos aspectos que
caracterizam esse período brasileiro é o fato de que houve
C) democratização da política
E) controle da hiperinflação.
A foto, a seguir, traz Jânio Quadros, eleito presidente do Brasil, em 1960, segurando uma
vassoura.
O uso da vassoura como símbolo tinha como finalidade aliar a campanha eleitoral de Jânio
Leia os textos.
Texto I
Texto II
Uma constante durante a vigência da escravidão no Brasil foi a equiparação do corpo do cativo
ao dos animais. Em face disso, era usada constantemente a mutilação, algumas vezes por
castigo, com o ferro em brasa, ou pelo corte da orelha do fujão, outras vezes como símbolo de
propriedade. Além disso, não se pode esquecer as marcas de instrumentos de tortura, como o
tronco, os açoites, os sinais de queimaduras. Raramente um escravo não apresentava uma das
marcas de violação no seu corpo.
41. AOCP
Dentre as dificuldades observadas na substituição da mão de obra escrava pela mão de obra
assalariada de imigrantes no Brasil, a partir da segunda metade do século XIX, estava:
ASSINALE A ALTERNATIVA INCORRETA
B) as condições de moradia em que eram instalados os colonos nas fazendas: casas de pau-a-
pique, de chão batido, algumas vezes, em antigas senzalas;
D) a falta de estrutura de transportes para conduzir os imigrantes de seus países de origem para
o Brasil;
E) o costume dos fazendeiros com o trabalho escravo, que os levava a ver os colonos como
indisciplinados e a reclamarem das frequentes deserções.
42. AOCP
43. AOCP
No tempo em que o negro era escravo E o branco era senhor Tanta coisa se escondia Assim
como angu quente no tacho Tem sempre carne por debaixo O negro dava duro e tudo se
escondia Um valor noutro valor
(Sérgio Ricardo)
Este verso se reporta à sociedade brasileira constituída de senhores e escravos que existiu no
Brasil até a abolição da escravatura em 1888. Nele o autor denuncia que os valores
socioculturais dos negros eram ocultados para dar vida aos valores da sociedade “branca”.
EM RELAÇÃO À HISTÓRIA DO BRASIL, O PENSAMENTO DO POETA:
A) não procede porque os negros não tinham valores próprios para que os valores brancos
pudessem esconder diferenças;
B) não tem sentido, pois se tratava de uma sociedade bem definida que não tinha nada a
ocultar: de um lado o senhor e do outro o escravo;
C) expõe uma organização social montada sobre relações que escondiam desigualdades,
construída para satisfazer os interesses e valores de uma sociedade “branca”, onde o escravo, à
disposição de seu senhor era explorado das mais diversas formas;
E) só encontra veracidade nas atitudes dos escravos, porque eles tinham o que ocultar, pois
frequentemente, para se vingarem de seus senhores, agiam fazendo serviços mal feitos, às
vezes se rebelando e até fugindo para se organizarem em quilombos.
“(...) O candidato a salvador chamava-se Fernando Collor e era governador de Alagoas. (...)
pretendia ganhar as eleições batendo duro em Sarney e liderando uma cruzada moralizadora
contra o empreguismo e as distorções salariais do funcionalismo público (...) – os ‘marajás’,
como ele dizia. (...) muita gente se encantou com sua panaceia: ia modernizar o país, acabar
com a corrupção e botar o funcionalismo para trabalhar. (...)”
SCHWARCZ, Lilia M.; STARLING Heloisa M. Brasil: uma biografia. São Paulo: Companhia das
Letras, 2015, p. 491.
Para grande parte dos eleitores que elegeram Fernando Collor, de acordo com o texto, ele era
indicado para ser presidente porque
A) era muito jovem, e sustentava sua juventude na coragem de não ter medo de bater forte em
José Sarney, o presidente da República.
C) representava o Nordeste e, sendo nordestino, era conhecedor de seus problemas, por isso
com capacidade de solucioná-los.
45. AOCP
O ano de 1968 foi marcado por diversos movimentos de protestos de diferentes grupos sociais
em diversos países. Na França, as frases escritas nos muros e nos cartazes espalhados por
Paris marcaram os protestos de estudantes e operários. Dentre elas, pode-se citar: “É proibido
proibir”; “A mercadoria é o ópio do povo”; “O agressor não é aquele que se revolta, mas aquele
que reprime”.
No Brasil, o ano de 1968 foi caracterizado por
D) manifestações como a “Passeata dos Cem mil”, em que estudantes, religiosos, artistas,
caminharam pelas ruas do centro do Rio de Janeiro, em defesa da ditadura do proletariado,
motivadas pelas reformas trabalhistas recém-implementadas.
46. AOCP
Assinale a alternativa que apresenta uma causa INCORRETA para a expansão cafeeira no
sudeste brasileiro no final do século XIX e na primeira metade do século XX.
A) Crise em importantes regiões produtoras de café, como Haiti, Ceilão (atual Sri Lanka) e Java,
na Indonésia.
C) Mercado externo favorável, que contava com o crescimento do consumo na Europa e nos
Estados Unidos.
47. AOCP
D) Queria a extinção gradual da mão-de-obra escrava, uma vez que aspirava à abolição total da
escravidão.
48. AOCP
49. AOCP
O coronelismo se fez presente nas relações políticas alagoanas do século XX. A sua atuação
contribuiu para:
50. AOCP
A) extinguiram todos os partidos políticos por dez anos, impedindo o debate sobre a democracia.
51. AOCP
A luta pelas eleições diretas foi importante para mudar politicamente o Brasil, depois da
existência dos governos militares. Essa luta:
52. AOCP
B) a presença permanente de partidos liberais sem ligações com ideias nacionais e dominados
pelos grandes agricultores.
53. AOCP
Os 15 primeiros anos do Governo Vargas (1930–1945), assim como os quase quatro seguintes
(1951–1954) foram profundamente marcantes para o Brasil. Para entender esses governos,
contamos com trabalhos de fôlego de vários pesquisadores que detalharam fatos marcantes
I. O primeiro Vargas pode ser associado ao momento em que ele tomou o poder pelo
movimento de 1930, que depôs o presidente Washington Luís e pôs fim à política do café com
leite.
II. O segundo Vargas pode ser associado ao momento em que ele foi eleito indiretamente pela
Constituição de 1934, a qual trouxe direitos trabalhistas, algo inédito na história brasileira.
III. O terceiro Vargas pode ser associado ao momento em que ele, inspirado pela Revolução
Russa de 1917, decretou um regime autoritário conhecido como Estado Novo.
IV. O quarto Vargas pode ser associado ao período em que ele se afastou da política nacional
em decorrência de sua deposição após a derrota do Brasil na II Guerra Mundial.
V. O quinto Vargas pode ser associado ao momento em que ele foi eleito democraticamente e
terminou seu mandato e sua vida com o suicídio.
A) I, III e V, apenas.
B) II, IV e V, apenas
C) I e II, apenas.
D) I, II e V, apenas
54. AOCP
Em 15 de novembro de 1889, foi instaurada a República no Brasil, sistema que perdura até os
dias atuais. Esse sistema é dividido em diferentes períodos históricos, dentre os quais:
República Oligárquica, Era Vargas e Ditadura Militar. Relacione as afirmativas com os seus
respectivos períodos históricos.
1. República Oligárquica
2. Era Vargas
3. Ditadura Militar
( ) Período marcado por fraudes eleitorais, voto de cabresto, coronelismo e hegemonia política
de São Paulo e Minas Gerais.
( ) Época marcada pelos atos institucionais. O AI-5 proibiu as manifestações contra o governo.
CIÊNCIAS HUMANAS E SUAS TECNOLOGIAS 21
( ) Ocorreu a revolta denominada Intentona Comunista, liderada pela Aliança Nacional
Libertadora (ANL).
( ) Nesse período, foram realizadas construções consideradas faraônicas, como a ponte Rio-
Niterói, Usina Hidrelétrica de Itaipu e Rodovia Transamazônica.
A) 1 - 3 - 2 - 1 - 2 - 3 - 1
B) 1 - 3 - 2 - 2 - 2 - 3 - 1
C) 2 - 3 - 2 - 3 - 2 - 3 - 3
D) 3 - 3 - 2 - 1 - 2 - 3 - 1
E) 1 - 3 - 2 - 2 - 3 - 3 - 2
55. AOCP
B) agiu de maneira conciliatória com todos os grupos políticos (movimento operário Aliança
Nacional Libertadora, Integralistas, movimento Feminista, Tenentes), incorporando no poder
esses diversos segmentos, bem como conferindo direito de voto às mulheres em 1932.
1. B 20. D 39. A
2. A 21. C 40. C
3. C 22. A 41. D
4. C 23. C 42. D
5. C 24. D 43. C
6. C 25. E 44. B
7. B 26. C 45. B
8. B 27. E 46. B
9. C 28. D 47. D
10. A 29. E 48. E
11. D 30. B 49. E
12. E 31. C 50. C
13. B 32. A 51. C
14. B 33. C 52. D
15. B 34. E 53. D
16. C 35. E 54. B
17. C 36. D 55. D
18. A 37. C
19. C 38. B
Em São Roque do Canaã existem quatro bacias hidrográficas principais que estão citadas entre
os itens abaixo. Analise cada um deles classificando-os como certo (C) ou errado (E).
(__)Bacia Hidrográfica do Rio Santa Júlia e Bacia Hidrográfica do Rio Mutum ou Boapaba.
(__)Bacia Hidrográfica do Rio Triunfo e Bacia Hidrográfica do Rio Santa Maria do Rio Doce.
(__)Bacia Hidrográfica do Rio Jucu e Bacia Hidrográfica do Rio São Francisco.
(__)Bacia Hidrográfica do Rio Beneventes e Bacia Hidrográfica do Rio Paraíba.
No que diz respeito à denominação destas bacias, assinale a alternativa que corresponde
sequência CORRETA.
A) E, E, C, C.
B) C, E, E, E.
C) E, C, C, E.
D) C, E, C, E.
E) C, C, E, E.
2. AOCP
A) Rio Doce.
B) Caparaó.
D) Metropolitana.
E) Centro-Oeste.
3. AOCP
A) organicismo
B) agronegócio
C) ruralismo
D) frutinegócio
E) hidronegócio
4. AOCP
O estado do Espírito Santo tem suas riquezas naturais representadas principalmente por um dos
seis grandes biomas brasileiros e, entre estes seis, podemos citar outro que não se encontra
neste estado, mas que tem grande relevância para o país, pois é considerado o maior bioma
brasileiro e desperta as atenções mundiais por se tratar de uma região com papel fundamental
para o equilíbrio do meio ambiente, mas também é alvo constante de ações destrutivas. Dois
dos itens abaixo citam os nomes destes biomas.
5. AOCP
De acordo com informações históricas o nome do município de São Roque do Canaã foi
escolhido com base em fatores culturais, geográficos e sociais que alcançavam lugar de
destaque à época. Qual a alternativa que descreve corretamente estes fatores?
B) De acordo com a cultura da época o nome da cidade era determinado exclusivamente pelo
governante local que, neste caso, escolheu o nome de São Roque por considera-lo seu santo
protetor e acrescentou o "Canaã" por ter sido também ele quem nomeou o Vale do Canaã.
D) A cultura religiosa predominante entre os habitantes e a ocorrência de uma grande peste que
assolou a região determinaram a escolha pelo nome de São Roque, considerado protetor contra
a peste. Para se diferenciar de outras cidades que já possuíam este nome acrescentou-se o
"Canaã", em homenagem ao Vale do Canaã.
6. AOCP
Apesar de ter como principal atividade econômica a agricultura, São Roque do Canaã também
tem expressão econômica na indústria, destacando-se em três setores. Qual a alternativa que
cita corretamente as atividades industriais exercidas neste município?
7. AOCP
B).os aldeamentos existentes, que estavam sob a proteção do jesuíta José de Anchieta, de um
lado, e as tropas de Mem de Sá vindas da capitania da Bahia, a qual Espírito Santo estava
subordinado, de outro.
E).a combativa presença indígena na região, composta em parte por aimorés, de um lado, e os
esforços portugueses em defesa do assentamento criado por Vasco Fernandes Coutinho,
donatário da Capitania do Espírito Santo, de outro.
8. AOCP
A) Energia eólica.
B) Energia mecânica.
C) Energia térmica.
D) Energia solar.
E) Energia hidráulica.
9. AOCP
De acordo com informações históricas o nome do município de São Roque do Canaã foi
escolhido com base em fatores culturais, geográficos e sociais que alcançavam lugar de
destaque à época. Qual a alternativa que descreve corretamente estes fatores?
A) A cultura religiosa predominante entre os habitantes e a ocorrência de uma grande peste que
assolou a região determinaram a escolha pelo nome de São Roque, considerado protetor contra
a peste. Para se diferenciar de outras cidades que já possuíam este nome acrescentou-se o
"Canaã", em homenagem ao Vale do Canaã.
B) De acordo com a cultura da época o nome da cidade era determinado exclusivamente pelo
governante local que, neste caso, escolheu o nome de São Roque por considera-lo seu santo
protetor e acrescentou o "Canaã" por ter sido também ele quem nomeou o Vale do Canaã.
D) De acordo com a cultura da época o nome da cidade era determinado exclusivamente pelo
governante local que, neste caso, escolheu o nome de São Roque por considera-lo seu santo
protetor. Para se diferenciar de outras cidades que já possuíam este nome acrescentou-se o
"Canaã", em homenagem ao Vale do Canaã.
10. AOCP
A) Centro-Oeste.
B) Noroeste.
C) Metropolitana.
D) Caparaó.
E) Rio Doce.
11. AOCP
I.Piraque-Açu e Taquaruçu.
III.Piabas e Itapira.
12. AOCP
B).a ampla cobiça gerada pela descoberta de ouro no Rio Doce por Antonio Rodrigues Arzão,
fato que atraiu milhares de aventureiros já estabelecidos na colônia ou vindos de Portugal, que
desembarcaram no Espírito Santo sem autorização oficial.
C).o propósito de assegurar à população branca locais seguros para se refugiar de ataques
indígenas, uma vez que os botocudos, antropófagos, se alimentavam de colonos apreendidos
quando escasseavam outras fontes.
D).as constantes ameaças de invasão desse território e de outras extensões litorâneas por
exploradores e corsários estrangeiros, exemplificadas pelas investidas de ingleses, como
Thomas Cavendish, e holandeses, como Koin Handerson.
13. AOCP
B).a regulamentação da capitania junto a Coroa Portuguesa, que recebe esse nome em razão
do protagonismo da Igreja na região.
C).a ação pacificadora de tribos selvagens, catequizadas sem resistência por religiosos
opositores à Guerra Justa, como José de Anchieta, recentemente canonizado.
D).o pioneirismo na execução de atividades mineradoras, por meio da ocupação das margens
do Rio Doce em parceria com bandeirantes vindos de Minas Gerais.
E).a atividade agrícola e pecuária, desempenhada com mão de obra indígena, e a participação
na fundação de aldeamentos, vilas e arraiais.
14. AOCP
O monumento mais popular do Estado do Espírito Santo, fundado pelo frade espanhol, Frei Pedro
Palácios, é:
B) A Cruz do Papa.
Acerca dos aspectos geográficos do Estado do Espírito Santo, leia e analise os itens abaixo:
Item I - O Pico da Bandeira é o ponto mais alto do Estado do Espírito Santo, localizado na Serra
do Caparaó, na divisa com Minas Gerais.
Item III - Atualmente, o Estado do Espírito Santo possui mais de doze milhões de habitantes. A
maior parte da população se concentra na região sul do Estado.
16. AOCP
“Embora tenham sido dizimados pelas doenças trazidas pelos europeus e pela violência, os
índios constituíram a grande maioria da população da capitania nos dois primeiros séculos de
sua história. Foram eles que realizaram praticamente todo o trabalho nos primeiros tempos: nas
roças, nos engenhos, no transporte, nas atividades domésticas... Foram eles ainda os guias dos
portugueses nas expedições ao “sertão”, os guerreiros nos combates contra os invasores
europeus e contra os índios inimigos. O pequeno contingente de colonos que aqui se fixou só
sobreviveu graças ao trabalho dos índios; trabalho livre inicialmente, sob a forma de escambo,
executado em troca dos preciosos produtos trazidos pelos europeus: instrumentos de trabalho,
como machados, facas, anzóis, e objetos de adorno. Mas logo foi introduzida a escravidão, pois,
B) além dos escravos, a população indígena incluía os habitantes das aldeias dirigidas pelos
jesuítas e mais algumas outras, de índios aliados ou submetidos aos portugueses.
C) a população indígena incluía os habitantes das aldeias dirigidas pelos jesuítas e outras. O
aldeamento começou na década de 1550, com a aldeia da Conceição (na Serra) e assim
surgiram Guarapari, Reritiba e Reis Magos.
D) a importância dessas aldeias para o povoamento do Espírito Santo é evidenciada pelo fato
de que, ao final do século XVIII, havia apenas cinco vilas na capitania, e três delas eram
originárias de aldeamentos dos jesuítas: Guarapari, Benevente (Reritiba) e Nova Almeida (Reis
Magos)
E) a força da presença indígena foi assegurada pelo governo Tupinambá da capitania no século
XVIII. Nesse período foi forte a miscigenação com os europeus, e se consolidou pela força do
governo a cultura indígena no estado.
Responder
17. AOCP
“Até meados do século passado [XIX], a Província não passou de mera divisão administrativa.
Não pesava na balança econômica nacional, não tinha densidade demográfica capaz de eleger
ou prestigiar um líder que a fizesse presente na trama administrativa do Império.” (L. Os italianos
no Estado do Espírito Santo. Rio de Janeiro: Editora Artenova S. A. 1974. p. 27)
B) que a segunda empreitada de colonização veio em 1847, cerca de trinta anos depois, com a
criação da Colônia Imperial de Santa Isabel, demarcada às margens da Estrada do Rubim e do
rio Jucu, a oeste do antigo núcleo dos açorianos. Para essa colônia foram enviados 165 colonos
alemães, procedentes do Hunsrück, na Renânia.
C) que em 1856, foi fundada a Colônia Imperial de Santa Leopoldina (inicialmente com o nome
de Santa Maria), às margens do rio Santa Maria da Vitória, cuja foz se dá junto à ilha da capital.
A colônia, que se tornou uma das maiores do Brasil imperial, foi ocupada inicialmente por suíços
e alemães que estavam descontentes com o regime de parceria nas fazendas de café paulistas.
D) que até 1861, as colônias do Espírito Santo recebiam imigrantes de diversas nacionalidades.
Santa Leopoldina passou a ser o principal foco de atração. Os camponeses procedentes dos
antigos Estados alemães chegavam em maior número, além dos austríacos, holandeses,
luxemburgueses e os pomeranos, estes a partir de 1859.
18. AOCP
www.es.gov.br/historia/povo-capixaba
A) Augusto Ruschi.
B) Conde D'Eu.
C) Aristides Guaraná.
D) Chico Mendes.
19. AOCP
Um grupo de turistas vai visitar alguns municípios do Espírito Santo. Eles vão sair de Vila Velha
para Cachoeiro de Itapemirim.
Considerando o mapa do Espírito Santo e a rosa dos ventos, eles percorrerão as direções:
A) nordeste – sudoeste.
C) norte – sul.
D) sudeste – noroeste.
E) sudoeste – nordeste.
20. AOCP
A) as inúmeras viagens através dos 800 quilômetros do rio Doce e de seus afluentes, à procura
de ouro e pedras preciosas em todo o seu litoral foram, certamente, as causadoras do
surgimento do povoado Linhares.
B) a partir de 1573, com o anúncio da descoberta de ouro e esmeraldas, o afluxo às minas foi
tão intenso que, pôr volta de 1710, foi determinada a suspensão dos trabalhos e o fechamento
de todos os caminhos destinados à exploração.
C) o propósito governamental do século XIX de incentivar a navegação através do Rio Doce não
obteve o êxito esperado, devido às dificuldades que o rio apresentava e aos constantes ataques
dos índios botocudos.
D) em 1827, foi concedida uma légua de terras em quadra para o patrimônio da Câmara
Municipal e, cinco anos depois, foi demarcada a freguesia de Nossa Senhora da Conceição de
Linhares, elevada a município em 1833.
21. AOCP
O município de Fundão integra uma área de estrutura urbana interligada em torno de Vitória,
capital do estado do Espírito Santo, da qual também fazem parte as cidades de Serra, Vila
Velha, Cariacica, Guarapari e Viana. A esta aglomeração damos no nome de:
A) União de cidades.
B) Capitais adjacentes.
C) Região metropolitana.
D) Região urbana.
E) Perímetro urbano.
22. AOCP
Uma proposta adicional à reforma da previdência chamada de PEC Paralela, permitiu que
estados e municípios adotem integralmente as regras da união, caso seja aprovado pelo
legislativo local. Recentemente a Assembleia Legislativa do Espírito Santo aprovou o Projeto de
Lei Complementar (PLC) 59/2019 que permiti a alteração do percentual de contribuição
previdenciária de servidores estaduais. A alteração feita foi de:
B) 14% para 8%
C) 8% para 14%
D) 8% para 11%
23. AOCP
C) Escola da Ciência-Física.
24. AOCP
A Lei Orgânica de uma cidade trata de vários aspectos inerentes ao poder administrativo,
legislativo e a seus servidores. Entre as vedações que esta lei impõe ao município de Fundão
NÂO está:
A) Outorgar isenções e anistias fiscais, ou permitir a remissão de dívidas, sem interesse público
justificado, sob pena de nulidade do ato
25. AOCP
A cidade de Fundão tem como principal atração turística as praias do distrito de Praia Grande,
mas se engana quem pensa que esta é a única atração deste município. A área rural da cidade
também tem seus atrativos. De acordo com informações que constam na página do município
um dos destaques é:
A) O Mosteiro Budista
B) A Cachoeira de Fundão.
D) A culinária.
E) A ferrovia.
26. AOCP
Em reportagem de 11/02/2020 o site a gazeta informa que o Espírito Santo fará parte de uma
comissão, junto com outro cinco estados, para tentar formular um acordo sobre a distribuição
dos royalties de petróleo. Hoje os entes produtores recebem um valor maior que os outros, mas
um processo no STF vai determinar a distribuição igualitária os recursos provenientes da
exploração do pré-sal. Mas o que é royalties?
D) É uma quantia que é paga por alguém ao proprietário pelo direito de usar, explorar ou
comercializar um produto, obra, terreno, etc.
E) É uma idenização paga a todas as famílias que reside na região onde é feita a exploração de
algum produto.
27. AOCP
Entre os pricipais destaques da econômia de Fundão está a agricultura, com especial atenção
para um produto do qual, segundo informa a prefeitura deste município, são produzidas cerca de
70 toneladas por ano. Tamanha é a sua importância que foi fundada uma cooperativa para
proficionalizar o negócio, garantindo renda e trabalho para as famílias produtoras. Este produto
é:
A) O granito.
B) A cachaça.
C) O feijão.
D) O mamão.
E) O mel.
28. AOCP
D) A BR-262 e a BR-101.
29. AOCP
O Art. 71 da Lei Orgânica do município de Fundão diz que: São estáveis, após (__________) de
efetivo exercício, os servidores nomeados em virtude de concurso público.
A) Três anos.
B) Cinco anos.
C) Três meses.
D) Um ano.
E) Dois anos.
30. AOCP
A) O Porto de Ubu.
C) O Porto de Tubarão.
31. AOCP
32. AOCP
Em relação aos aspectos do município de São Roque do Canaã, assinale a alternativa incorreta:
A) O nome São Roque do Canaã foi adotado em homenagem ao Vale do Canaã e, para
diferenciar-se de outras cidades que possuem o nome de São Roque.
33. AOCP
A principal atividade econômica de São Roque do Canaã é a agricultura com o cultivo do café,
produzido em grande escala e base da economia, de hortifrutigranjeiros e o cultivo de cana-de-
açúcar, matéria prima necessária à fabricação de aguardente e destinada à produção de
cachaça, produzida em 31 alambiques, que formam a:
C) Rota da Cachaça.
34. AOCP
A história do Espirito Santo teve início com o desembarque de Vasco Coutinho, na atual Prainha
de Vila Velha, onde fundou o primeiro povoamento, no ano de:
A) 1515.
C) 1535.
D) 1545.
E) 1555.
35. AOCP
São Senadores eleitos que representam o estado do Espirito Santo no Senado Federal,
atualmente:
Assinale (V) para as afirmações verdadeiras e (F) para as falsas e em seguida assinale a
alternativa que apresenta a ordem correta de cima para baixo:
A) F-V-F.
B) V-V-V.
C) F-F-V.
D) V-V-F.
E) F-V-V.
Espírito Santo tem 4.016.356 habitantes em 2017, estima IBGE. Quase metade da população do
estado vive nos municípios da Grande Vitória. Serra é a cidade mais populosa com mais de 500
mil habitantes. (Fonte: g1.globo.com >acesso em 08 de janeiro de 2018)
B) A cada dez anos, coordena uma força-tarefa importantíssima para a análise da população
brasileira: o censo demográfico.
D) Foi apenas no governo de Washington Luís, em 1926, que efetivamente foi criado o IBGE.
37. AOCP
Analise o trecho referente ao estado do Espírito Santo e assinale a alternativa que completa
corretamente a lacuna:
Seu território compreende duas regiões naturais distintas: o litoral - que se estende por 400 km -
e o planalto. Ao longo da costa Atlântica encontra-se uma faixa de planície que representa 40%
da área total do Estado, e à medida que se penetra em direção ao interior, o planalto dá origem a
uma região serrana, com altitudes superiores a 1.000 metros, onde se eleva a Serra do Caparaó
ou da Chibata. Nesta região encontra-se o _________, com 2.890 metros de altura, o terceiro
mais alto do País e o mais alto do Estado.
A) Pedra da Mina.
C) Pico do Calçado.
D) Pico da Neblina.
E) Pico da Bandeira.
38. AOCP
A) Águas Verdes.
B) Águas Mansas.
D) Águas Claras.
E) Águias Claras.
De acordo com dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), acerca dos
aspectos relacionados ao trabalho e rendimento do Município de Baixo Guandu (ES), é
adequado afirmar que:
C) No ano de 2017, no Município de Baixo Guandu (ES), o salário médio mensal dos
trabalhadores formais era de 1.7 salários mínimos.
D) Em 2017, considerando domicílios com rendimentos mensais de até meio salário mínimo por
pessoa, o Município de Baixo Guandu (ES) tinha 25.7% da população nessas condições.
40. AOCP
A) Os solos predominantes em Baixo Guandu (ES) são: latossolo vermelho, distrófico, com
fertilidade baixa e acidez acentuada, pH em torno de 8,0.
B) Em Baixo Guandu (ES), a cobertura vegetal é composta por pequenos fragmentos da mata
atlântica, pampas e resquícios de restingas.
C) A vegetação predominante em Baixo Guandu (ES) é a brachiaria que vem nos últimos anos
sendo recuperada com um melhor manejo contribuindo assim para aumento da degradação do
mesmo.
41. AOCP
A) O Município é constituído de 3 distritos sendo Alto Mutum Preto, Ibituba e Vila Nova de
Pantanal.
42. AOCP
Os meios de comunicação vêm noticiando sobre ondas de muito calor no Estado do Espírito
Santo, isso se deve basicamente ao:
B) Crescimento Vegetativo.
O Estado do Espírito Santo se destaca atualmente por ser um dos maiores exportadores do
país, principalmente de:
A) Celulose.
B) Açúcar.
C) Mármore.
D) Borracha.
44. AOCP
“Segundo o ‘Atlas dos Municípios da Mata Atlântica’ (dados gerados pela Fundação SOS Mata
Atlântica e pelo Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais – INPE), o município que mais
desmatou no Espírito Santo entre 2000 e 2014, foi ________________, com 431 hectares de
supressão de vegetação nativa; já o município de ________________ foi quem mais conservou
o bioma no estado, com 42,1% de vegetação natural comparado com a área original.” Assinale a
alternativa que completa correta e sequencialmente a afirmativa anterior.
A) Cariacica / Piúma
B) Colatina / Guaçuí
C) Aracruz / Guarapari
D) Linhares / Sooretama
A) Queixada.
B) Limoeiro.
C) Sumidouro.
D) São Miguel.
E) Boa Vista.
46. AOCP
A) Japonesa / trigo.
B) Inglesa / açúcar.
C) Italiana / café.
D) Asiática / trigo.
E) Alemã / milho.
A) Montanha.
B) Itapemirim.
C) Guarapari.
D) Pinheiros.
E) Colatina.
48. AOCP
Os gentílicos, também chamados, quando adjetivos, adjetivos pátrios, são uma classe de
palavras que designam um indivíduo de acordo com o seu local de nascimento. Segundo o
IBGE, quem nasce no município de Marilândia-ES é:
A) Marilandindo.
B) Marilando.
C) Marilez.
D) Marilandense.
E) Marilandino.
D) A inauguração do 1º Grupo Escolar “Professor Jair Neves”, onde funciona hoje a Escola de 1º
Grau Escolar “Izabel Netto”.
E) A primeira missa pelo padre Sandro Antônio Marssigalia, iniciando-se as atividades sociais e
econômicas.
50. AOCP
51. AOCP
C) Lagoa Bonita.
D) Lagoa Piabanha.
E) Lagoa Urubu.
52. AOCP
“Mesmo sendo uma das primeiras capitanias brasileiras, colonizada por Vasco Fernandes
Coutinho em 1535, e considerada a melhor e mais abastada capitania brasileira pelo
Governador Geral Tomé de Souza, a história capixaba é marcada por altos e baixos, e existem
períodos inteiros que ainda não foram desbravados por historiadores por falta de fontes. Os
primeiros séculos de colonização ainda são obscuros, sendo mais conhecidos os
acontecimentos dos séculos XVIII e XIX”. (MACHADO, L. A Importância da história do Espírito
Santo para a formação da identidade capixaba. Comunicação científica no V CONCEFOR,
2018, p. 1)
A) o local escolhido para o início da colonização foi a estratégica Ilha de Santo Antônio,
inicialmente chamada de Vila Nova.
C) mesmo antes da independência a capitania era povoada por diversos povos europeus, uma
característica do povo capixaba.
D) a capitania no século XVII não conseguiu resistir as diversas investidas dos Holandeses,
tendo sido conquistada em 1652.
E) a capitania foi fundida com as Minas Gerais no chamado “Ciclo de Ouro”, como uma tentativa
da metrópole de aumentar o controle sobre a região das minas.
53. AOCP
Por ocasião da emancipação política do município que hoje é chamado de Ibiraçu, o lugar recebeu
o nome de:
A) Ribeirão.
B) Passo Fundo.
C) Vila Gigante.
D) Vargem Grande.
E) Vila Guaraná.
Vila Velha é o município mais antigo do Espírito Santo. Considera-se que sua fundação ocorreu
em 23 de maio de 1535. Apesar da data de fundação, o município foi oficialmente criado em
novembro de 1896. Em 1896, deixou de ser município e em julho de 1947 foi reestabelecida
como município.
A) Colonial.
B) Pré-descobrimento.
C) Imperial.
D) Republicano.
E) Regencial.
55. AOCP
A maior bacia hidrográfica do estado do Espírito Santo, com cerca de 83.400 km², é a bacia do
rio:
A) Paraíba do Sul.
B) Jequitinhonha.
C) São Francisco.
E) Xingu.
1. E 26.D 51. C
2. E 27.E 52. B
3. B 28.C 53. E
4. B 29.E 54. A
5. D 30.B 55. D
6. A 31.B
7. E 32.D
8. B 33. C
9. A 34. C
10.A 35. D
11.D 36. E
12.D 37. E
13.E 38. D
14.A 39. C
15.C 40. D
16.E 41. D
17.A 42. C
18.A 43. C
19.A 44. D
20.E 45. D
21.C 46. C
22.A 47. E
23.C 48. D
24.C 49. C
25.B 50. E