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6.

Instituto Teológico Quadrangular


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Capacitação de Postulantes
5.
04

SECRETARIA GERAL DE EDUCAÇÃO E CULTURA


2023
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IGREJA DO EVANGELHO QUADRANGULAR


Adm. Pr. Mario de Oliveira

SGEC - Secretaria Geral de Educação e Cultura

CAPACITAÇÃO DE POSTULANTES

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Supervisão
Pr. Erivelton Tavares

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Elaboração
Jocélia Tavares
Regina Carneiro

Revisão
Gracy Kelly Tenório
Regina Carneiro

Projeto Gráfico
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6.
Helen Carla Evaristo Castilho

Diagramação
Mayumi Brito
83

Imagens
Depositphotos, Freepik, Unsplash, Imagens da internet

Produção
5.

SGEC – Secretaria Geral de Educação e Cultura da


Igreja do Evangelho Quadrangular
Rua Conselheiro Nébias, 1122 – Campos Elíseos
São Paulo/SP – Fone: (11) 3226-3131
04

1ª Edição - 2020
2ª Edição - Janeiro/2023 |2.000 exemplares

ISBN: 978-65-88402-35-1

Proibida a reprodução total ou parcial desta obra sem a permissão


escrita dos autores, por quaisquer meios a não ser em citações breves,
com indicação da fonte. A violação dos direitos dos autores (Lei
n.9.610/98) é crime estabelecido pelo artigo 184 do código penal.
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APRESENTAÇÃO Prezado (a) Aluno(a)!

Este livro (ou “livro digital”) é um resumo, compilação de variadas e confiáveis


fontes de pesquisas, tais como: livros e documentos históricos de EVANGELHO
QUADRANGULAR, DECLARAÇÃO DE FÉ, ADMINISTRAÇÃO DA IGREJA, IGREJA LOCAL,

4
CÉLULAS/GRUPOS PEQUENOS, ÉTICA, CIDADANIA, PANORAMA BÍBLICO, DOUTRINAS
BÍBLICAS, ATUALIDADES: Conhecimentos Gerais, REDAÇÃO: Produção de Texto, além

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de conteúdo do ESTATUTO DA IEQ no Brasil, e outros materiais já em uso nas UETPs

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em seus diversos cursos oferecidos: ITQs - CURSO LIVRE EM TEOLOGIA (Básico: 1º


ano, Médio: 2º e 3º anos), MQTIs e outros.
Esclarecemos que este material não exclui o estudo sistemático do conteúdo

37
essencial exigido para os postulantes às categorias de OBREIRO CREDENCIADO,
ASPIRANTE AO MINISTÉRIO e MINISTRO – nosso propósito é atualizar, completar, e
ampliar o conhecimento já adquirido e em constante uso no dia a dia do Ministério
8
Quadrangular, em qualquer instância do exercício de sua liderança.
6.
Deus lhe abençoe,

Bons estudos!
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Pastor Erivelton Tavares


Secretário Geral de Educação e Cultura
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SUMÁRIO

CAPÍTULO 1 - EVANGELHO QUADRANGULAR 11

CAPÍTULO 2 - DECLARAÇÃO DE FÉ 41

CAPÍTULO 3 - ADMINISTRAÇÃO DA IGREJA - IGREJA LOCAL & CÉLULAS


(GRUPOS PEQUENOS) 45

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CAPÍTULO 4 - ÉTICA 89

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CAPÍTULO 5 -CIDADANIA 109
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CAPÍTULO 6 -PANORAMA BÍBLICO & DOUTRINAS BÍBLICAS


(RESUMIDOS)

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125

CAPÍTULO 7 - ATUALIDADES: CONHECIMENTOS GERAIS 261


8
CAPÍTULO 8 - LÍNGUA PORTUGUESA: REDAÇÃO 263
6.
CAPÍTULO 9 - INDICAÇÃO DE LEITURA (ORIENTAÇÕES) 273

CAPÍTULO 10 - AGENDA 275


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CAPÍTULO 11 - TEXTO COMPLEMENTAR 277

REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS 283


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PLANO DE ESTUDO DA DISCIPLINA


EMENTA
Programa da Disciplina

I. Evangelho Quadrangular
II. Declaração de Fé
III. Administração da Igreja, Igreja Local, Células/Grupos Pequenos
IV. Ética

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V. Cidadania
VI. Panorama Bíblico & Doutrinas Bíblicas (Resumidos)

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VII. Atualidade: Conhecimentos Gerais


VIII. Redação: Produção de Textos

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CAPÍTULO 1 EVANGELHO QUADRANGULAR

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Evangelho Quadrangular

1. Introdução
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O Evangelho Quadrangular nasceu no
6.
coração de Deus e chegou até nós por meio
de uma mulher desbravadora e corajosa, cuja
vida foi dedicada ao ministério e à pregação
83

da Palavra de Deus e dos ensinamentos de


Jesus Cristo.
Aimée* Semple McPherson ouviu a
revelação do Senhor e a passou a todos
5.

quantos pôde alcançar ao longo de sua


existência. Ela foi a fundadora da Igreja
Internacional do Evangelho Quadrangular nos
04

EUA e responsável pela disseminação dessa


mensagem a inúmeras nações. Uma mulher
ousada, que jamais desistiu de seu chamado,
ao qual cumpria com enorme garra, dedicação
Aimée Semple McPherson (1890–1944)
e determinação.

Aimée significa “a amada”. Tem origem no francês aimée, particípio passado do


verbo aimer, que quer dizer “amar”, portanto aimée significa “a amada”. Quanto à
escrita, podem aparecer as formas Aimée, Aimee(inglês) e Aimê.

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2. Igreja do Evangelho Quadrangular: Origem e História


Em fins de julho de 1922, Aimée Semple McPherson recebeu de Deus a visão
que transformaria sua vida e traria para nós o Evangelho Quadrangular. Foi durante
sua última campanha de reavivamento nos Estados Unidos na cidade Oakland, na
Califórnia. A tenda estava superlotada na ocasião e, na plataforma, encontravam-
se pastores de várias denominações evangélicas. O tema abordado foi “A Visão de
Ezequiel” (Ez 1) e, enquanto pregava, Aimée vislumbrou o que ela chamou de “radiante
visão celestial”. Sua alma e o seu coração vibraram com o que Deus estava fazendo
naquele lugar de adoração. Segundo suas palavras:

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“Nas nuvens do céu – que se enrolavam e desenrolavam em

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flamejante glória – Ezequiel contemplara o Ser, cuja glória nenhum


mortal pode descrever. Enquanto olhava para aquela revelação
maravilhosa do Onipotente, percebeu quatro rostos. Os rostos

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de homem, de leão, de boi e de águia. Estes quatro rostos foram
comparados, por nós, às quatro fases do Evangelho de Jesus Cristo”.
[…] A tenda inteira foi envolvida, estremecendo! Era como se cada
8
alma entrasse em harmonia com a música celestial. Fiquei ali, quieta
e atenta, agarrando o púlpito, tremendo de espanto e alegria; depois,
6.
exclamei:
“Olhe, olhe, é o E-V-A-N-G-E-L-H-O Q-U-A-D-R-A-N-G-U-L-A-R!’”
83

Naquele momento, nascia a Igreja do Evangelho Quadrangular, a qual se


estabeleceria anos depois na cidade de Los Angeles, onde foi construída a sede
internacional, o Angelus Temple.
5.

3. As Doutrinas Cardinais
Doutrina, como já foi visto, é um conjunto de princípios que servem de base e
04

ensino cujos fundamentos encontram-se na Bíblia Sagrada e de onde foi extraída a


Declaração de Fé da Igreja do Evangelho Quadrangular. Quatro são os pontos ou
doutrinas cardinais da IEQ, utilizados na causa do evangelismo no mundo e para a
pregação deste Evangelho:

Jesus, o Salvador, veio em forma de homem para nos ensinar o caminho


SALVAÇÃO

de volta para Deus. Através de seu sacrifício na cruz, Ele salvou toda a
humanidade do pecado, redimindo o homem de sua iniquidade.

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ESPÍRITO SANTO
BATISMO COM O
Jesus, o Batizador com o Espírito Santo, enviou-nos o Espírito de Deus para
ser o Consolador e aquele que convence “o mundo do pecado, da justiça e do
juízo” (Jo 16.7-8). E não só por isso, mas para que tenhamos poder de fazer as
mesmas obras que Ele fez e fazê-las ainda maiores. (Jo 14.12).

Jesus, o Grande Médico, veio para curar as feridas, sarar as enfermidades,


libertar os cativos e, por meio de suas “pisaduras”, nós somos sarados (Is
CURA DIVINA

53.5). Da mesma forma que Ele curou no passado, Jesus cura hoje através

4
de nós, pois ele curou no passado, Jesus cura hoje através de nós, pois

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Ele disse que os que cressem imporiam as mãos sobre os enfermos e os

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curariam (Mc 16.18).

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SEGUNDA VINDA
DO REI JESUS

Jesus, o Rei que há de vir, voltará para buscar a Sua Igreja para que, onde
Ele estiver, nós também estejamos (Jo 14.3) Essa é uma promessa que traz
esperança a todo que O aguarda e diz: “Ora vem, Senhor Jesus” (Ap 22.20).
8
6.

4. Quadrangular: A Mensagem
A Mensagem Quadrangular não foi criada por Aimée, fundadora da Igreja do
83

Evangelho Quadrangular. Ela, na verdade, remonta aos dias do Antigo Testamento.


Raymond Cox escreveu:


5.

“Você pode hesitar em chamar Isaías de pregador Quadrangular,


mas o profeta era certamente um arauto do Evangelho Quadrangular!
Isaías profetizou sobre Jesus Cristo como Salvador e Operador de
Curas: ‘Mas, ele foi traspassado pelas nossas transgressões, e moído
04

pelas nossas iniquidades; o castigo que nos traz a paz estava sobre ele
e pelas suas pisaduras somos sarados’ (Is 53.5). O Novo Testamento
aplica, justamente, esta profecia a Jesus, como Salvador e Operador de
Curas (cf. 1Pe 2.24). Isaías também predisse os fenômenos de Atos 2.4
e o Batismo no Espírito Santo: ‘Pelo que por lábios gaguejantes e por
língua estranha falará o Senhor a este povo’” (Is 28.11).

Isaías predisse ainda a vinda do Rei: ‘Eis que o Senhor Deus virá com poder, e o seu
braço dominará; eis que o seu galardão está com Ele, e diante dEle a sua recompensa’
(Is 40.10). Como essa promessa se assemelha às palavras do próprio Jesus: ‘E eis que

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venho sem demora, e comigo está o galardão’ (Ap 22.12)!” (Evangelho Quadrangular,
nova edição).
É maravilhoso ver o cumprimento das profecias do Antigo Testamento no Novo.
Isto faz resplandecer ainda mais o Evangelho de Cristo.
A mensagem Quadrangular, portanto, não é moderna, nova, recente, pois muito
antes do nascimento de Jesus já se profetizava que Ele viria como aquEle que salva,
batiza, cura e voltará como Rei.

5. “Quadrangular”: A Bíblia e a Palavra

4
Quando Deus deu as ordens para a

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construção do tabernáculo, a expressão
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“Evangelho Quadrangular” surgiu na


revelação dada à Aimée Semple McPherson
naquela pregação em Oakland, Califórnia.
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Porém, a palavra “quadrangular” remonta,
biblicamente, ao livro de Êxodo no Antigo
Testamento, mais especificamente na
descrição do altar do sacrifício, do altar de
incenso e do peitoral do sumo sacerdote.
6.

A Revelação e a Palavra

6. Cristo: A Palavra Viva


83

A presença de Jesus nas Sagradas Escritura é inegável, mas Ele não está apenas
presente, Ele é a Palavra de Deus viva e eterna. Jesus falou sobre si mesmo: “Antes que
Abraão existisse, eu sou” (Jo 8.58). Cristo compartilhava a companhia de Deus “antes
5.

que houvesse mundo” (Jo 17.5).


A Bíblia apresenta Jesus como sendo Deus-homem, ou seja, Ele é verdadeiramente
Deus e verdadeiramente homem. “Estas duas naturezas completas e perfeitas se
04

unem na sua pessoa”.

7. Quadrangular: Lema, Símbolo e Emblemas


7.1 O LEMA
Lema é sinônimo de divisa. É uma sentença que simboliza uma ideia, um sentimento
pessoal ou uma norma. A IEQ também, como em outras instituições, possui um lema
bíblico que resume a nossa fé, o qual se encontra em Hebreus 13.8:
“Jesus Cristo é o mesmo ontem, e hoje, e eternamente.”

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7.2 A BANDEIRA
Na Bíblia, encontramos muitas citações sobre bandeiras,
chamadas de “estandartes”. O salmista Davi faz menção a
elas, como podemos conferir nos Salmos:
60.4 – “Deste um estandarte aos que te temem, para o
arvorarem no alto, por causa da verdade”.
20.5 - “Nós nos alegraremos pela tua salvação, e em
nome do nosso Deus arvoraremos pendões”.

4
Além desses salmos, podemos conferir a importância da

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bandeira para Deus quando vemos que um de Seus nomes

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compostos é Jeová-Nissi, o qual significa que “O Senhor é


minha bandeira” (Ex 17.15). Bandeira Quandrangular

A bandeira é um símbolo de vitória, de confiança, de amor daqueles que a


8 37
levantam com orgulho e entusiasmo.
Ela representa uma nação, uma
corporação, um partido, entre outras
coisas. Para os quadrangulares, ela
representa sua fé na mensagem
6.
inspirada por Deus e no Senhor Jesus,
que salva, batiza com o Espírito Santo,
cura e breve voltará como o grande Rei.
83

Ainda podemos observar que o número 4 representa os 4 Evangelhos que repousam


sobre a Cruz e a Bíblia aberta, confirmando assim, que a doutrina está fundamentada na
Palavra de Deus. Já as franjas que rodeiam toda a bandeira representam os mandamentos
do Senhor e a nossa obediência à Sua Palavra como também a ordem da Grande
5.

Comissão. Em 1930, Aimée Semple McPherson percebeu que havia a necessidade de


criar um estandarte que pudesse simbolizar a plenitude do Evangelho Quadrangular, em
substituição à bandeira cristã que usava na época. Não que está última perdesse seu
04

significado, mas para que a mensagem Quadrangular fosse representada com mais força.

7.3 O BRASÃO
Segundo o dicionário Aurélio, a palavra brasão significa: “conjunto de peças,
figuras e ornamentos dispostos no campo do escudo ou fora dele, e que representam
as armas de uma nação, um soberano, família, cor, cidade e etc.”. O brasão da IEQ
possui quase o mesmo significado, pois ele pode representar a nação Quadrangular,
o soberano Cristo, a família de Deus, as cores da nossa bandeira, a cidade eterna – a
Nova Jerusalém etc. Ele é, portanto, usado para simbolizar a nossa fé.
Esse brasão, no Brasil, é formado por um quadrado branco, tendo sobre ele

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uma Bíblia aberta, sustentando, no centro da Bíblia, o número 4 na cor amarelo-
ouro. O quadrado tem, em seus lados, os quatro rostos da visão de Ezequiel, assim
posicionados:
1- O rosto de homem, para cima e na cor vermelho-
carmesim;
2- O rosto de leão, à direita e na cor amarelo-ouro;
3- O rosto de boi, à esquerda e na cor azul-celeste;
4- O rosto de águia, para baixo e na cor púrpura.

4
7.4 OS EMBLEMAS

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Emblema é sinônimo da palavra símbolo e


serve para representar ou substituir alguma coisa
abstrata ou ausente (Dic. Aurélio). Por isso quando

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desejamos falar, especificamente, de uma das
fases do ministério de Jesus Cristo, utilizamos os
emblemas da cruz, da pomba, do cálice e da coroa.
Estes simbolizam, respectivamente, a salvação,
8
o batismo com o Espírito Santo, a cura divina e a
segunda vinda de Cristo como Rei.
6.

8. Quadrangular: Hino Oficial


83

A fundadora da IEQ, Aimée Semple McPherson, era também compositora, sendo


responsável pela criação de inúmeros hinos constantes na coleção chamada “Cânticos
de Batalha do Evangelho Quadrangular”. Vários foram os títulos compostos por Aimée,
mas o principal deles é, com certeza, o Hino Oficial da Igreja do Evangelho Quadrangular.
5.

A tradução para o português foi feita por um dos pastores no início da obra no Brasil.

O HINO OFICIAL DA IGREJA DO EVANGELHO QUADRANGULAR


04

Aimée Semple McPherson

I.
Eia, salvos, avançai Nada de temer,
Vamos firmes batalhar, Prontos para vencer.
Vai conosco o General, Nosso bom Jesus.
Ele nos dará vitória pela Cruz!

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Coro
Avante, pois e sem parar,
O Evangelho anunciai,
O Evangelho Quadrangular
De Deus o nosso eterno Pai;
Pois Cristo salva o pecador
Para que seja um bom cristão
Cura também a sua dor,

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Qualquer doença e aflição;

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Com seu poder quer batizar

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Do céu virá para nos levar,


E com Ele nós havemos sempre de reinar!
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II.
Vamos templos levantar
Por todo o Brasil
6.
A pregar, sem descansar
Nosso Rei gentil!
Vamos missionários ser
83

Todos, todos nós


Transmitindo com prazer,
5.

De Deus a voz!

Aimée Semple Mcpherson: Vida & Obra


04

1. Aimée: Do Nascimento à Conversão


Uma pequena fazenda próxima a Ingersoll em Ontário, Canadá, foi o berço da
menina Aimée Kennedy. Ela nasceu no dia 9 de outubro de 1890, sendo a única filha
de James e Minnie Kennedy. Foi nesse lugar em que ela viveu sua infância e mocidade.
Durante o período de sua adolescência, Aimée frequentou a Igreja Metodista e
gostava de participar das apresentações teatrais que eram produzidas ali. Porém,

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seu interesse e gosto por outras atividades – cinema, patinação no gelo, romances e
bailes – acabaram afastando-a dos caminhos do Senhor. No colégio, fascinou-se pela
teoria da evolução de Darwin, passando a duvidar de suas crenças e até de Deus.
Viveu momentos de muita angústia neste período, pois magoara sua mãe com sua
descrença. Ela tinha a idade de dezessete anos na época.
Uma noite, em seu quarto, Aimée ajoelhou-se, levantou seus braços e clamou:
“Oh, Deus, se há um Deus, revele-se a mim”. Ela estava determinada em sair daquele
marasmo de dúvidas e incertezas no qual que se encontrava.
A resposta do Senhor começou a vir no dia seguinte quando, passando no centro da

4
cidade ao lado de seu pai, ela reparou em uma placa colocada na frente de um grande
salão e que anunciava cultos de avivamento pentecostal. Isso chamou sua atenção

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e, juntamente com seu pai, Aimée foi à reunião da noite seguinte. No princípio, ela

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imaginou que encontraria um cenário propício à zombaria, mas a mensagem trazida


pelo jovem Robert Semple, baseada em Atos 2.38, a impactou tremendamente. Ela viu
e reconheceu seus pecados naquele momento.
8 37
AIMÉE: Matrimônio e Ministério
Aimée Kennedy tornou-se a Sra. Robert
Semple ao casar-se com Robert Semple no dia
6.
22 de agosto de 1908. Ambos iniciaram um
ministério conjunto de evangelização.
Depois de algum tempo, a jovem senhora
83

Semple sofreu um acidente que causou uma


grave fratura em um de seus pés. As dores eram
muito fortes e, durante uma conferência, decidiu
voltar para casa para descansar. Deus, no
5.

entanto, compeliu-a a voltar e receber a oração


de cura pelo conferencista, Reverendo Durham.
Ela, então, voltou ao salão de culto e foi curada
milagrosamente. Ela sentiu que o Senhor lhe
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estava direcionando para um ministério de cura


divina, pois viveu inúmeros milagres em sua vida
e na vida de outros que receberam sua oração.

Algum tempo depois, seu marido sentiu que eles estavam sendo direcionados por
Deus para irem à China como missionários. Durante sua estada naquele país, os dois
foram acometidos pela malária, a qual resultou na morte de Robert Semple. Aimée
decidiu voltar aos Estados Unidos, levando consigo sua filha recém-nascida. Seu nome
era Roberta em homenagem ao pai.

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A solidão dos anos que se seguiram e o desejo de que sua filha tivesse um lar levou
a casar-se novamente. Desta vez, seu esposo chamava-se Harold Stewart McPherson,
com quem teve outro filho, Rolf Kennedy McPherson.
Algo, porém, começou a incomodar Aimée, pois ela tinha cessado de pregar
para cuidar exclusivamente da família. Ela sentia que Deus continuava a falar em seu
coração, admoestando-a a voltar ao seu ministério. Isso fez com que ela acabasse
numa forte depressão. Sua saúde foi se tornando cada vez mais debilitada. Passou
por várias cirurgias, sempre clamando e esperando que Deus a curasse. O que vinha
em resposta à sua mente, no entanto, era: “Tu irás? Pregarás a Palavra?”. Sua luta
entre fazer a vontade de Deus e cuidar de sua família continuou até que ela quase

4
chegou à morte. Numa madrugada, enquanto estava no leito de um hospital entre
a vida e a morte, ela ouviu novamente a voz do Senhor que dizia: “Agora, tu irás?”.

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Naquele instante, ela reuniu todas as suas forças e respondeu: “Sim, Senhor. Eu irei.”
Sua resposta em obediência ao novo chamado de Deus para sua vida devolveu-lhe a
saúde e ela entendeu que não se pode fugir à vontade do Senhor. A partir dali, não

2. Aimée: Campanhas e Viagens


8 37
cessou mais de pregar o evangelho poderoso de Cristo.

Aimée retomou seu ministério e realizou inúmeras campanhas na América e em


6.
outras partes do mundo. A seguir, você conhecerá detalhes dessas campanhas.
Em 28 de fevereiro de 1912, Aimée casou-se com Harold McPherson. Depois
de certo tempo de casamento. McPherson decidiu-se pelo mundo dos negócios e
83

abandonou sua esposa.


CANADÁ – Essa foi a 1ª campanha evangelística realizada por Aimée Semple
McPherson. Ela aconteceu em 1915 na cidade de Mount Forest, no Canadá, em um
pequeno salão, Nas duas primeiras noites, no entanto, o número de pessoas a assistir
5.

ao culto foi bastante reduzido, decepcionando, de certa forma, a evangelista. O fato,


porém, não a impediu e, antes do culto na terceira noite, ela pegou uma cadeira e a
levou a uma esquina próxima ao salão. Em seguida, subiu nessa cadeira, fechou os
04

olhos e ergueu os braços numa oração silenciosa.


Ao ouvir vozes, abriu seus olhos e reparou que um grande número de pessoas
estava ao seu redor, comentando sua atitude. Ela desceu, então, da cadeira, pegou-a
e saiu correndo gritando: “Depressa, venham comigo”. Curiosos, todos a seguiram.
Aimée pediu ao porteiro que fechasse a porta do salão e não deixasse ninguém sair,
mas isso não teria nem sido necessário, pois ninguém quis sair antes que terminasse
a pregação. No dia seguinte, o local ficou pequeno ante ao grande número de pessoas
que compareceu ao culto. A solução foi realizar os trabalhos em uma área gramada
que ficava atrás do salão. Muitas conversões aconteceram ali depois disso.
Com uma oferta recebida depois de uns dias naquele lugar, Aimée foi até uma

19
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cidade vizinha e comprou uma tenda de lona. O que ela não esperava era que o
vendedor desonesto lhe teria vendido uma tenda rasgada e cheia de mofo. Ela somente
descobriu ao tentar montá-la. Isso teria desanimado qualquer pessoa, menos Aimée.
Ao ver o estado da tenda, ela decidiu limpá-la e consertá-la para poder montar o que
chamou de sua “Catedral de Lona”.
À noite, o culto iniciou-se dentro da tenda. Num determinado momento, porém,
o vento forte que começou a bater contra ela, fez com que se rasgasse de novo. Ao
perceber que ela cairia sobre o povo, Aimée ordenou que a tenda se mantivesse em
pé até o final da reunião. A tenda prendeu-se a um prego e permaneceu como estava
permitindo que a evangelista continuasse seu trabalho até o fim. No dia seguinte, ela

4
e algumas senhoras que se propuseram a ajudar remendaram toda a tenda.

-7
O cansaço daquele dia exaustivo quase a impediram de pregar a noite. Ela havia

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decidido descansar, mas, ao ajoelhar-se para orar em casa, sua Bíblia caiu aberta em
Mateus 16.25: “Qualquer que procurar salvar sua vida, perdê-la-á, e qualquer que
perder a sua vida por amor de mim, esse achá-la-á.” Ela entendeu o recado de Deus e,

37
ao voltar à tenda para fazer o culto, suas forças foram renovadas e dezoito fazendeiros
aceitaram a Jesus naquela noite. A partir desse dia ela nunca mais permitiu que o
cansaço ou agruras a impedisse de fazer a obra do Senhor.
8
AS VIAGENS TRANSCONTINENTAIS (1918) – Aimée iniciou um período de viagens
transcontinentais, e usava para isso seu carro, o qual era pintado com letras douradas
6.
que formavam a frase “Carro do Evangelho e Jesus Voltará, prepare-se!”
Sempre acompanhada por sua mãe, filhos e sua secretária, ela percorreu 6.400km
pregando, curando e libertando. Sua viagem não foi fácil, pois teve de enfrentar
83

inúmeros obstáculos e intempéries naturais pelo caminho.


Incansável, Aimée dirigiu-se à Tulsa, uma cidade do estado de Oklahoma. No
caminho, ela foi avisada que todas as igrejas daquela cidade estavam fechadas devido
5.

a uma epidemia de gripe, mas Deus a constrangeu a continua a viagem. Ao chegar lá,
tudo estava resolvido e as igrejas reabertas.
Como consta na apostila do Evangelho Quadrangular do ITQ de 2002:


04

“Entre 1918 e 1923, Irmã McPherson atravessou os Estados Unidos


oito vezes, realizando 38 campanhas evangelísticas nos maiores
auditórios do país. Esses auditórios tinham capacidade de 3.000 a
16.000 pessoas sentadas, e muitas chegaram para receber a salvação
e a cura em Jesus e para serem batizadas com o Espírito Santo”.

Aimée Semple McPherson sempre exerceu seu chamado com grande paixão
pelas almas. Por onde ela passava, milhares de pessoas se convertiam, outras milhares
eram curadas e libertadas, mas ela não se preocupava apenas em pregar a salvação

20
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e a cura. O batismo com o Espírito Santo também fazia parte de suas prio ridades e
sempre separava um tempo após os cultos para ministrá-lo. Ela sabia que todos os
que recebiam esse batismo teriam poder para vencer todas as barreiras e permanecer
firmes na Palavra de Deus.

3. Aimée: A Visão de Ezequiel


Aimée se encontrava na cidade Oakland - Califórnia, pregando como era de
seu costume em uma tenda de lona que comportava 8.000 pessoas. O número de
assistentes, no entanto, era bem maior, pois uma multidão a assistia do lado de fora.

4
O texto usado era Ezequiel 1.1-28. Nele o profeta descreve a visão de um ser de
quatro rostos, semelhante ao homem, porém como pés de bezerro.

-7
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Vejamos, um a um, os rostos e os ministérios que representam.

37
Rosto de Homem – foi por um homem que veio o pecado
ao mundo e, para Deus, aprouve trazer a redenção por meio de
outro homem, este, porém, puro e sem pecado, à semelhança
do cordeiro oferecido como sacrifício por Israel e que deveria ser
8
sem mancha, sem mácula.
6.

Rosto de Leão – o leão é símbolo de força e poder. Jesus


tinha em si o poder do Espírito Santo e, quando subiu aos céus,
enviou este mesmo Espírito para revestir os salvos, a fim de que
83

eles pudessem dar sequência ao seu ministério. Sem o poder


do Espírito Santo, o homem não tem força em si mesmo para
vencer as hostes malignas, para pregar o Evangelho do Reino ou
5.

fazer as obras que Jesus fez e ordenou que fizéssemos.

Rosto de Boi – o boi, em geral, é símbolo de um animal forte


04

e capaz de remover grandes fardos. Mas, ele é considerado,


também, como servil. A figura do boi nos mostra o ministério
de Jesus como Servo, como aquele que tira o peso de nossos
ombros, nos cura e nos liberta das dores e enfermidades.

Rosto de Águia – a águia é considerada a rainha dos céus


e nela podemos contemplar a figura de Jesus como o grande
Rei. Como ela se renova em determinado período de sua vida
e volta revestida de nova vida, de forma majestosa, assim Jesus
ressuscitou e voltará em glória e majestade para buscar sua Igreja.

21
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4. Aimée: O Fim do Ministério e Morte


Aimée Semple McPherson dedicou grande parte de sua vida à obra de Deus. Pregou
incansavelmente e, mesmo com alguns sérios problemas de saúde, ela permaneceu
firme em sua luta pelas almas, pelas quais nutria uma paixão inesgotável. Sua alegria
era estar diante de uma congregação proclamando o evangelho de Jesus e a mensagem
perfeita de que Ele salva, batiza com o Espírito Santo, cura e breve voltará como Rei.
Mesmo fazendo tudo o que fez, Aimée sempre dizia que, se fosse homem, poderia
ter feito ainda mais pela causa de Cristo. Ela amava a Deus com todas as forças de
seu coração. Prova disso é que, mesmo com a saúde debilitada, Aimée fez seu último

4
sermão no auditório cívico de Oakland, cidade na qual havia recebido a mensagem

-7
Quadrangular 22 anos antes. No dia 26 de setembro de 1944, sua pregação, como

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sempre, foi repleta de emoção e da virtude do Espírito Santo, contagiando a grande


multidão que a assistia. Ao terminar o culto, ela se dirigiu ao hotel em que estava
hospedada para descansar e não mais acordou.

37
No dia seguinte, em 27 de setembro de 1944, seu filho Rolf encontrou Aimée já
morta em sua cama. Ali terminou seu ministério – um ministério que, até hoje, serve
como exemplo e inspiração a todos que abraçaram, com ela, a causa de Cristo, que é
8
“pregar o evangelho a toda criatura” (Mc 16.15).
A frase célebre dessa grande mulher de Deus é a de que: “O sol não se porá sobre
6.

a Bandeira Quadrangular”.
83

A Igreja nos Estados Unidos


5.

1. O Angelus Temple
04

Aimée sempre foi uma mulher


de muita fé e garra. Em 1922, ela
recebeu de Deus a “mensagem
Quadrangular” e, no mesmo ano e
apenas com a quantia de cinco mil
dólares, ela adquiriu um terreno
na cidade de Los Angeles, no qual
construiu a sede internacional da
Igreja do Evangelho Quadrangular. Angelus Temple - Los Angeles - CA
Esse templo foi chamado de Angelus
Temple (O Templo dos Anjos) e consagrado no primeiro dia de janeiro de 1923.

22
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O Angelus Temple tinha a capacidade para abrigar mais de cinco mil pessoas, no
qual Aimée realizava vinte e um cultos semanais, levando milhares de almas à salvação
e ao batismo nas águas.

LINHA DE TEMPO: DAS PRIMEIRAS ATIVIDADES DA FUNDADORA ATÉ HOJE

ANO MÊS ATIVIDADES

1910 NOV Aimée Semple McPherson volta de uma missão na China viúva
(20 anos) e mãe.

4
OUT Aimée começa uma cruzada de evangelismo viajando de carro.
1918

-7
Aimée estabelece Los Angeles como sua base.

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DEZ
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1921 As orações de Aimée a Deus levam a muitas curas milagrosas,


AGO verificadas e testificadas por um relatório da American Medical
Association.

1923
JAN

FEV
8 37
A primeira Igreja Quadrangular, Angelus Temple, abre suas
portas em Los Angeles e Iogo realiza cultos em cinco idiomas.

O primeiro Instituto Bíblico Quadrangular (hoje conhecido como


Life Pacific College) é aberto para preparar homens e mulheres e
6.
enviá-los como ministros do Evangelho.

Os primeiros Kickstarts da Igreja Quadrangular em Long Beach,


OUT
Califórnia.
83

Aimée se torna a primeira mulher a possuir uma grande estação


de rádio para pregar o evangelho.
1924 FEV
Os primeiros missionários da Quadrangular são enviados à India
para alcançar pessoas que nunca ouviram falar de Jesus.
5.

1927 DEZ Depois que a Quadrangular abriu 100 igrejas pelo mundo, são
tomadas medidas para estruturar o que se tornaria a Igreja
Internacional do Evangelho Quadrangular (ICFG).
04

1928 Abertura do comissário do Angelus Temple que alimentaria


AGO e vestiria mais de 1,5 milhão de pessoas durante a Grande
Depressão.

Avanço rápido de No mundo, a Quadrangular tem mais e 8,8 milhões e membros


hoje em mais de 90.000 igrejas espalhadas por 146 nações.

A Nação Quadrangular é grata pelos homens e mulheres que lideraram o


movimento, incluindo os presidentes da igreja nos EUA:
1º) Aimée Semple McPherson (1923-1944)
2º) Rolf K. McPherson (1944-1988)
23
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3º) John Holland (1988-1997)
4º) Harold Helms (1997) (1998, provisório)
5º) Paul Risser (1998-2004)
6º) Jared Roth (2004, provisório)
7º) Jack Hayford (2004-2009)
8º) Glenn Burris Jr. (2009 até 31/08/2020) e
9º) Randy Remington (atual)

4
A Igreja no Brasil

-7
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1. Os Fundadores da Igreja no Brasil

37
Dois missionários uniram-
se com o objetivo de pregar o
Evangelho Quadrangular no Brasil:
os pastores Harold Edwin Williams,
8
auxiliado por Jesus Hermírio
Vasquez Ramos.
6.

Harold Edwin Williams nasceu


em 27 de novembro de 1913
na cidade de Hollywood – EUA.
83

Primeira Tenda da Cruzada no Brasil, montada no Cambuci -


São Paulo Devido à proximidade dos estúdios
cinematográficos e à influência da
própria cidade, ele chegou a fazer alguns papéis em filmes de faroeste.
5.

Frequentador do Angelus Temple, juntamente com sua família, conheceu ali Mary
Elizabeth, com quem se casou em 27 de maior de 1939.
Ela seria, posteriormente, sua grande companheira e
ajudadora na obra em território brasileiro.
04

Harold Williams conheceu o Pr. Jesus Hermírio


Vasquez Ramos, o qual era profundo conhecedor dos
hábitos e costumes latino-americanos.
Após algum tempo juntos, ambos decidiram vir para
o Brasil. O Pr. Harold sabia que isso poderia trazer-lhe
problemas, pois sua decisão era contrária às ordens
de seus superiores. Mas, o chamado do Senhor falou
mais alto em seu coração e, em maio de 1946, os dois
pastores atravessaram a fronteira, chegando à cidade
de Porto Velho – Rondônia. Após passarem por várias Harold Edwim Williams (1913 - 2002)

24
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cidades, chegaram à cidade de São Paulo, mas não sentiram que ali seria um bom local
para iniciar seu trabalho evangelístico. Foram, então, a Poços de Caldas – MG, onde o
Pr. Harold dedicou grande parte do tempo aprendendo a língua portuguesa. Em julho
de 1946, a Igreja Internacional decidiu nomear o Pr. Harold Williams para o ministério
no Brasil.
De posse da nomeação, ele continuou seu trabalho missionário e, em 1950, foi
para a cidade de São João da Boa Vista, interior de São Paulo, onde fundou a Igreja do
Evangelho Quadrangular, inicialmente denominada Igreja Evangélica do Brasil.
Jesus Hermírio Vasquez Ramos (peruano). Hermírio Vasquez formou-se pastor em

4
Lima no Peru. Nascido no município de Huaillacayán, naquele mesmo país, converteu-
se aos 14 anos ao assistir um culto em uma praça pública. O batismo com o Espírito

-7
Santo viria dois anos depois sobre ele, momento em que também sentiu que o Senhor

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o chamava para o ministério.


Como visto na biografia de Harold Williams, a obra na Bolívia não foi adiante e este

37
acompanhou Hermírio Vasquez em seu retorno ao Brasil em 1946. Eles permaneceram
juntos até 1948, quando o missionário Williams foi para São João da Boa Vista. Em
1950, Vasquez também foi para aquela cidade, onde foi fundada a Igreja do Evangelho
Quadrangular. Após a ida de Harold Williams para são Paulo em 1953 a fim de realizar
8
campanhas evangelísticas, o Pr. Hermírio ficou responsável pela igreja em São João da
Boa Vista.
6.

2. O Início da Obra no Brasil e a Igreja em São João da Boa


Vista
83

A história desses dois homens de Deus mudou a história do Brasil em termos


religiosos. Harold Williams e Hermírio Vasquez foram desbravadores de um novo
5.

território para a entrada do Evangelho Quadrangular e do avivamento pentecostal em


nosso país.
Depois de passarem algum tempo em Poços de Caldas, eles foram para a cidade
04

de São João da Boa Vista, onde, em 15 de novembro de 1951, fundaram a “Igreja


Evangélica do Brasil”, que era um ramo autônomo da Igreja Internacional do Evangelho
Quadrangular, por seguirem sua doutrina básica. O nome atual – Igreja do Evangelho
Quadrangular passou a ser usado em janeiro de 1958, após decisão tomada na
Convenção Nacional realizada pouco antes.
Oportunamente, foi organizada a primeira diretoria e registrados os primeiro
estatutos nos moldes dos estatutos da quadrangular americana. A primeira diretoria
foi composta por Harold Williams como presidente, Dr. Syr de Oliveira Martins como
vice, e D. Mary Williams acumulando as funções de secretária e tesoureira.
São João da Boa vista foi, na realidade, o princípio de uma grande obra evangelística

25
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que alcançaria, anos mais tarde, todos os estados brasileiros. Em 2010, o número de
igrejas no Brasil alcançou o número de 7.931, com mais de 2.500.000 membros ativos.
Nesse ano, também, o rol de membros do ministério chegou a 28.171 (dados oficiais
fornecidos pelo Departamento de Cadastro do Conselho Nacional de Diretores da IEQ,
em abril de 2010).

2.1 QUADRANGULAR: NA PRAÇA OLAVO BILAC


O missionário Harold Williams mudou-
se para São Paulo a fim de assumir a

4
primeira Igreja da “Cruzada Nacional
de Evangelização” (nome dado ao

-7
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departamento evangelístico da IEQ e pelo
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qual a igreja ficou, também, conhecida). Ela


teve início com a “Tenda Número Um” e,

37
em 1954, passou para um salão alugado
na Rua Brigadeiro Galvão nº. 713.
IEQ Olavo Bilac - São Paulo
Em 1957, o Pr. Williams adquiriu um
terreno na Praça Olavo Bilac nº. 90, no qual seria construída a primeira Sede Nacional
8
da Igreja do Evangelho Quadrangular no Brasil. Sua pedra fundamental foi lançada em
1966 e, dois anos mais tarde (1968), a Igreja foi inaugurada pelo Rev. George Russel
6.

Faulkner, que era o pastor titular e, também, o quarto Presidente do Conselho Nacional
de Diretores da IEQ.
83

IEQ - UMA IGREJA MISSIONÁRIA: NO BRASIL E NO MUNDO


A Igreja do Evangelho Quadrangular é essencialmente missionária. Desde Aimée,
a pregação da Palavra do Senhor a povos não alcançados tem sido prioritária no
5.

coração dos homens e mulheres de Deus em todo mundo. No Brasil, isso não foi e
nem é diferente.
A chegada do Rev. Harold Williams foi marcada pela sede do missionário em
04

ganhar almas e levá-las aos pés de Cristo. No início, todos os esforços se concentraram
na evangelização do Brasil, mas, hoje, há diversos missionários brasileiros exercendo
seus ministérios dentro do país e em outras nações, os quais têm sido enviados e
cuidados pela SGM – Secretaria Geral de Missões do CND.

26
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Primeira Doutrina Cardinal

1. Salvação: O maior Empreendimento de Deus


“E em nenhum outro há salvação, porque também debaixo do céu nenhum outro
nome há, dado entre os homens, pelo qual devamos ser salvos” (Atos 4.12).
A salvação consiste em obter o perdão de todos os pecados por meio da aceitação

4
do Senhor Jesus Cristo, conforme consta em João 3.16 “Porque Deus amou o mundo
de tal maneira que deu seu Filho unigênito, para que todo aquele que nele crê não

-7
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pereça, mas tenha a vida eterna.”, e João 1.12 “Mas, a todos quanto o receberam, deu-
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lhes o poder de serem feitos filhos de Deus, aos que creem no seu nome.”
A primeira fase do evangelho de Cristo dentro das doutrinas da IEQ mostra,

37
portanto, Jesus Cristo, o Salvador. O único que pode oferecer ao perdido uma legítima
esperança. Ele mesmo afirmou que era, ou melhor, é o “caminho, a verdade e a vida”
e que ninguém tem condições de “chegar ao Pai” a não ser por Ele (Jo 14.5). Ele é “a
porta” do aprisco das ovelhas (Jo 10.7) e a salvação oferecida por Jesus aos homens
8
representa o maior projeto de Deus em toda a história da criação.
6.

1.1 A SALVAÇÃO ATRAVÉS DA BÍBLIA


As Sagradas Escrituras são a fonte de todos os ensinamentos necessários à
83

humanidade a respeito de Deus e da pessoa de Jesus Cristo. Em todas as suas páginas,


de forma explícita ou implícita, encontramos passagens que tratam de Jesus e de Sua
obra redentora. Ele estava no início, como está no meio e no fim.
A doutrina da Salvação pode ser encontrada em inúmeras passagens, tais como:
5.

Isaías 7.14, Atos 4.12, Lucas 19.10 e 24.7, entre tantas outras.

1.2 QUEM DEVE SER SALVO


04

O homem é quem necessita de salvação, pois... “aquele que não nascer de novo,
não pode ver o reino de Deus” (Jo 3.3). Este “nascer de novo” implica não em voltar ao
ventre da mãe, dúvida levantada por Nicodemos a quem Jesus disse essas palavras,
mas em crer que Jesus morreu e ressuscitou, confessando ao mundo sua fé (Rm 10.9).
Ao fazer isso, o ser humano alcança a salvação e já nenhuma condenação lhe é imposta
(Rm 8.1), pois seu nome passa a constar no Livro da Vida (Ap 20.15).

1.3 A SALVAÇÃO NA DECLARAÇÃO DE FÉ

27
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A Declaração de Fé da IEQ foi escrita por Aimée Semple McPherson e disse o
seguinte a respeito da Salvação:

Salvação pela Graça


“Cremos que a salvação dos pecadores é inteiramente pela graça, que não temos
justiça alguma ou bondade em nós mesmos, por onde procurar o divino amparo,
havendo de nos lançarmos, portanto, à inabalável misericórdia e amor daquele que
nos comprou e nos lavou no seu próprio sangue, clamando os méritos e a justiça de
Cristo, o Salvador, firmados na sua Palavra e aceitando o livre dom de seu amor e

4
perdão.”

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2. Representação de Jesus
O EVANGELHO DE LUCAS

37
Cada um dos quatro evangelhos apresenta Jesus sob
um determinado aspecto. Lucas fala do Filho do Homem,
cujo ministério era voltado para a salvação. Essa expressão
8
aparece 19 vezes nesse livro, o qual apresenta a história de
Jesus sob o ponto de vista, em certos momentos, diferente
6.
dos demais evangelhos.
Segundo consta na apostila escrita anteriormente
para o ITQ, esse evangelho era direcionado aos gregos
83

essa visão do Homem Jesus era facilmente entendida por


eles devido à sua própria busca constante em “melhorar o
homem”.
• Lucas é o Único que registra a Infância de Jesus
5.

O evangelista coloca Jesus como a “semente da mulher” (Gn 3.15).


• Lucas apresenta a genealogia de Jesus de forma decrescente até chegar
a Adão.
04

Outro fator da humanidade de Cristo está no fato de possuir uma genealogia.


Somente os homens possuem uma descendência (se refere àqueles que vierem depois
de uma determinada pessoa, isto é, a prole, representando esse conjunto, aparecem
os filhos, netos, bisnetos, e assim sucessivamente) ou uma ascendência (diz respeito
à linha de gerações anteriores a uma determinada pessoa ou a uma determinada
família. Nesse sentido trata-se da origem, ou seja, ascendentes relacionados aos pais,
avós e bisavós).
• Lucas mostra Jesus crescendo de forma natural.
“E crescia Jesus em sabedoria, e em estatura, e em graça para com Deus

28
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e os homens” (Lc 2.52). O fato de Jesus ser Filho de Deus não o impediu
de crescer como qualquer humano.
• Lucas registra a visita de Jesus a Jerusalém (Lc 2.49).
Sua intenção era mostrar o conhecimento de Cristo a respeito de Sua missão
desde a infância. Com 12 anos Jesus já sabia o porquê de estar na terra e mostrava
sua responsabilidade em aplicar-se no estudo das Escrituras e na obediência ao Pai.

3. Simbologia da Primeira Doutrina

4
A CRUZ

-7
No estudo da Tipologia, vemos muitos

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símbolos estabelecidos por Deus que prefiguram


algo que aconteceria no futuro. Muitos deles se
referem a Jesus Cristo, como os objetos, cores e
forma do tabernáculo, por exemplo.
A cruz também foi prefigurada no altar de
37
sacrifício (Ex 27.1) e na serpente no deserto (Nm
8
21.9), a qual foi levantada para que todos que
olhassem para ela não morressem. Jesus também
6.
foi levantado na cruz (Jo 3.14-15) a fim de que
“todo aquele que nele crê não pereça, mas tenha
a vida eterna”.
83

A cruz é, na doutrina Quadrangular, como em todas as doutrinas cristãs, o símbolo


da salvação da humanidade, pois foi usada como altar para o sacrifício de Cristo em
nosso favor.
5.

A cruz é apenas um símbolo. Há em muitos lugares uma veneração sobre a cruz


devido à falta de discernimento de quem a usa ou adora. Se formos analisar mais
profundamente, ela era feia, mal feita e, depois da morte de Cristo, totalmente suja,
ensanguentada. Mas não é dessa forma que a vemos muitas vezes, hoje em dia. A
04

cruz é feita, geralmente, de metais grande parte preciosos, como ouro ou prata, e não
de madeira, sendo, normalmente esculpida de forma glamourosa, requintada. A cruz,
hoje, é ostentada como se fosse ela a responsável pela nossa salvação. Só que ela foi
apenas o palco onde a trama foi encenada. Não é a cruz que nos salva, mas quem
foi morto sobre ela. Jesus, e não a cruz é quem recebe a adoração, pois foi Ele quem
sofreu e morreu para nos trazer o milagre da salvação. O poder da cruz não está nela
mesmo, mas naquilo que ela representa.

29
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4. A Cor Simbólica na Bandeira

O vermelho possui diversas particularidades e significados. Ela pode tanto


simbolizar a paixão humana, o amor ardente, a vida (pois, no sangue está a vida), como
pode representar a morte.
Essa cor, de acordo com os estudiosos sobre a influência das cores no ser humano,
tem a capacidade de atrair para si todos os olhares, pois ela exerce um enorme fascínio

4
sobre os homens.

-7
Para os cristãos, a cor vermelha esta inexoravelmente ligada ao sangue de

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Cristo derramado na cruz do Calvário. Ela nos faz lembrar que Jesus verteu todo o
Seu sangue precioso para nos redimir de
nossos pecados. Para ela, somos atraídos
8 37
e entendemos a grandeza do sacrifício de
Jesus por nós.
Assim, na bandeira Quadrangular,
o vermelho encontra-se em primeiro
lugar, isto é, ela está na primeira faixa
6.
de baixo para cima.
83

Segunda Doutrina Cardinal


5.

1. Batismo com o Espírito Santo


Importância do Batismo com o Espírito Santo
04

Jesus ordenou aos discípulos que esperassem em Jerusalém até que fossem
“revestidos de poder” (Lc 24.49). Mas por quê? Qual a importância deles buscarem
essa experiência?
Podemos começar a entender isso ao ler Marcos 16.17: “E estes sinais seguirão
aos que crerem: Em nome de Jesus expulsarão os demônios; falarão novas línguas;
pegarão nas serpentes; e, se beberem alguma coisa mortífera, não lhes fará dano
algum; e porão as mãos sobre os enfermos, e os curarão”.

30
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1.1 O BATISMO COM O ESPÍRITO SANTO É PARA TODOS
No livro de Hebreus (13.8), encontramos que “Jesus Cristo é o mesmo, ontem, e
hoje, e eternamente”. Esse texto, que é o lema da IEQ, mostra que Jesus não mudou
e nem mudará. Ele permanece batizando com o Espírito Santo e continuará fazendo
isso até Sua volta, do mesmo jeito que continua sendo o Salvador e aquEle que cura.
Mas resta a pergunta: Para quem é esse batismo? Quem é merecedor de receber
esse precioso presente de Deus?

1.2 O ESPÍRITO SANTO É PARA OS SALVOS.

4
Pedro confirma isso em Atos 2.38-39: “E disse-lhes Pedro: Arrependei-vos, e

-7
cada um de vós seja batizado em nome de Jesus Cristo, para perdão dos pecados;

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e recebereis o dom do Espírito Santo; porque a promessa vos diz respeito a vós, a
vossos filhos, e a todos os que estão longe, a tantos quantos Deus nosso Senhor
chamar”. Nesse texto de Atos, pode-se perceber que a promessa do batismo com

37
o Espírito Santo, assim como em Joel, está estendida a todos os crentes. Em ambos
os textos, vemos que ela foi direcionada primeiramente aos judeus (“a vós, a vossos
filhos”) e, depois, a todos os que viessem a crer (“e a todos os que estão longe, a tantos
8
quantos Deus nosso Senhor chamar”). Não há quem, entre os salvos, esteja fora dessa
promessa.
6.

1.3 A SEGUNDA DOUTRINA ATRAVÉS DA BÍBLIA


O Espírito Santo não é privilégio apenas dos salvos em Cristo Jesus. No Antigo
83

Testamento, encontramos vários profetas e homens de Deus que foram cheios desse
Espírito a fim de levar mensagens do Senhor ou serem usados por ele na operação
de inúmeros milagres. A diferença é que, antes de Cristo, somente alguns poucos
5.

eram escolhidos por Deus para exercer esse ministério de poder e, depois de Cristo,
a promessa se estende a todos os que creem.
Veja alguns versículos que tratam do poder do Espírito Santo manifesto entre os
homens antes e depois de Jesus:
04

1Sm 10.6 “E o Espírito Santo se apoderará de ti, e profetizarás com eles, e tornar-
te-ás outro homem”. Samuel falou essas palavras a Saul antes de enviá-lo a Gilgal.
2Cr 15.1 “Então veio Espírito de Deus sobre Azarias, filho de Odede”. Isso aconteceu
para que Azarias levasse a mensagem de Deus ao Rei Asa.

1.4 PECADO CONTRA O ESPÍRITO SANTO


“E, se qualquer disser alguma palavra contra o Filho do Homem, ser-lhe-á
perdoado; mas, se alguém falar contra o Espírito Santo, não lhe será perdoado,
nem neste século nem no futuro” (Mt 12.32).

31
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“Qualquer, porém, que blasfemar contra o Espírito Santo, nunca obterá perdão,
mas será réu do eterno juízo” (Mc 3.29; Lc 12.10)
Esses versículos mostram bem as consequências reais e definidas para aqueles
que pecam contra o Espírito Santo. É o único pecado onde não há perdão. Quem
recebe o batismo com o Espírito Santo recebe com Ele grandes responsabilidades.

1.5 PARA OS INCRÉDULOS


Estes podem blasfemar contra a pessoa do Espírito Santo (Mt 12.31-32) e resistir
ao seu poder (At 7.51). Como pode ser visto em todos os evangelhos, os fariseus eram

4
insensíveis à obra que o Espírito Santo fazia através de Jesus. Eram “incircuncisos de
coração e ouvido” e atribuíam ao diabo essa obra (Mt 12.24). Isso se caracteriza em

-7
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negar o poder de Deus manifesto em Seu Filho e pelo qual Jesus operava todos os
milagres citados nas Escrituras. Os fariseus desafiavam abertamente ao Senhor e
desrespeitavam ao Espírito da Graça (Hb 10.29). Isso trazia sobre eles condenação

37
irremediável.

2. Representação de Jesus
8
JESUS TIPIFICADO NO ROSTO DE LEÃO
6.

O segundo rosto visto por Ezequiel foi o de um leão,


o qual tipifica Jesus Cristo como aquEle que Batiza com o
Espírito Santo.
83

Da mesma forma como o Salvador, que veio como


homem, possui características humanas, o Batizador com
o Espírito Santo, que se assemelha com o leão, possui
inúmeras características deste que é considerado o rei dos
5.

animais.

O EVANGELHO DE JOÃO
04

O Evangelho de João apresenta Jesus Cristo como o Filho de Deus (Jo 1.34; 3.18;
5.25; 9.35; 20.31; etc.). Em vários outros versículos, você encontrará essa apresentação
de Jesus, pois o apóstolo João testificou inúmeras vezes que Ele é, verdadeiramente, o
Filho de Deus.
Esse evangelho foi direcionado a todos os crentes, independente de raça, língua,
tribo ou espaço temporal, pois alcançou também nossos dias. Ele mostra a natureza
divina de Cristo, enquanto os demais enfocam a origem e natureza humana de Jesus.

32
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3. Simbologia
A POMBA

A pomba possui características que


a tornam símbolo de brandura, doçura,
amabilidade, inocência, suavidade, paz,
pureza e paciência.
Esse símbolo está ligado, de certa forma

4
aos frutos do Espírito, citados em Gálatas 5.22,
e que são: amor, gozo, paz, longanimidade,

-7
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benignidade, bondade, fé, mansidão,


temperança.
Para nós quadrangulares, a relação entre
a pomba e o Espírito Santo não está firmada
apenas no simbolismo colocado acima, mas
37
no fato dela ter sido citada diretamente nos evangelhos como a forma tomada pelo
Espírito Santo ao descer sobre Jesus, logo após seu batismo nas águas com João Batista
8
(Mt 3.16; Mc 1.10; Lc 3.22; Jo 1.32) .
6.

4. Na Bandeira: A Cor Simbólica


83
5.

A segunda faixa da Bandeira Quadrangular é a amarela, ou ouro, a qual simboliza


o fogo do Espírito Santo (outro símbolo bastante usado e que denota poder, entre
outras coisas). Essa cor encontra-se em segundo lugar, assim como a doutrina cardinal,
04

porque o Batismo com o Espírito Santo deve ser buscado com fervor por todos os que
recebem a salvação.
É através do poder espiritual desse
batismo que o crente é edificado e
fortalecido em todas as áreas de sua vida.
O amarelo é também um sinal
de atenção utilizado muito nos
cruzamentos de ruas e avenidas das
cidades de médio e grande porte.
Ele indica que é preciso estar atento

33
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ao tráfego e que há um perigo iminente de se cruzar uma linha de risco e que pode
acarretar em sérios problemas, como acidentes, ferimentos e, até, morte.
No nível espiritual, isso pode acarretar desde entristecer o Espírito Santo à morte
espiritual, ao afastamento total de Deus e de Sua vontade.

Terceira Doutrina Cardinal

4
1. A Cura Provida na Expiação de Cristo

-7
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Jesus é aquele de quem Isaías falou no cap. 53 de seu livro. Seu ministério de cura
está muito bem descrito nos versículos 4 e 5: “Verdadeiramente ele tomou sobre si as

37
nossas enfermidades, e as nossas dores levou sobre si; e nós o reputávamos por aflito,
ferido de Deus, e oprimido. Mas ele foi ferido por causa das nossas transgressões, e
moído por causa das nossas iniqüidades; o castigo que nos traz a paz estava sobre
ele, e pelas suas pisaduras fomos sarados” (grifos da autora).
8
Nesses versículos, podemos ver com clareza que Jesus trouxe ao homem duas
6.
coisas essenciais e que foram perdidas no Éden; a salvação e a cura. O pecado de
Adão não causou apenas o afastamento da humanidade para com Deus, mas também
a condenou às doenças. A enfermidade entrou na vida de Adão e de todos os homens
como maldição, como castigo por sua desobediência (leia Dt 28), vindo com ela a morte.
83

1.1 A CURA E A NATUREZA DE DEUS


A cura também faz parte da natureza de Deus. Veja o que o Dr. Raymond Cox diz
5.

a esse respeito:

“ “A Bíblia revela que a cura é uma expressão da natureza de Deus!


04

O AT, na aliança de cura em Êxodo 15.26, chega ao seu ponto alto com
a revelação divina feita pelo próprio Senhor: ‘Eu sou o Senhor que te
sara’. A cura divina é incluída aqui no nome de Deus e o que está em
Seu nome está em Sua natureza! ‘Eu sou o Senhor que te sara’ constitui
uma revelação de que curar faz parte da natureza de Deus, que nosso
Senhor é o Deus que cura!” (Evangelho Quadrangular, pág.146).

34
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1.2 COMO TOMAR POSSE DA CURA

Para se alcançar qualquer coisa do Senhor – e nisto inclui-se tanto a cura quanto
a outras necessidades humanas – é preciso “tomar posse da bênção de Deus”. Para
isso, a fé no poder de Deus e na oração feita a Ele é imprescindível.
“Ora, sem fé é impossível agradar-lhe; porque é necessário que aquele que se aproxima
de Deus creia que ele existe, e que é galardoador dos que o buscam” (Hb 11.6).
Sendo assim, o crente deve estar atento às promessas feitas por Jesus e aos
inúmeros exemplos de cura encontrados nas Escrituras.

4
Leia, em sua Bíblia, algumas dessas promessas: Jo 14.13-14; Mc 11.24; 9.23.

-7
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1.3 A CURA NA DECLARAÇÃO DE FÉ

37
Cremos que a Cura Divina é uma manifestação do poder do Senhor Jesus Cristo,
para curar os enfermos e os aflitos, em resposta à oração sincera, que Ele, sendo o
mesmo ontem, hoje e para sempre, jamais mudou, mas é ainda, um auxílio plenamente
8
suficiente na hora da dor, capaz de saciar as necessidades, vivificar o corpo, a alma e o
espírito a uma novidade de vida, em resposta à fé daqueles que oram com submissão
6.
à sua vontade divina e soberana.
83

2. Representação de Jesus
5.

Na Doutrina Quadrangular, em relação à cura


divina, quanto às quatro faces da visão bíblica
quadrangular, Jesus é tipificado no rosto de BOI.
O terceiro rosto da visão de Ezequiel era o
04

Rosto de Boi, o qual simbolizava Jesus Cristo como


o Médico Divino ou Aquele que Cura.
Características do Boi e sua semelhança com
as de Jesus:

• Proveito (tudo no boi se aproveita) e o mesmo acontece com Jesus;


• Mansidão e humildade;

35
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• Vida no campo;
• Tranquilidade x vigilância;
• Fidelidade, obediência, submissão, persistência e paciência.

O Evangelho de Marcos
Marcos, em seu evangelho, apresenta Jesus como Servo de Deus, “porque o Filho
do homem também não veio para ser servido, mas para servir e dar a sua vida em
resgate de muitos” (Mc 10.45).

4
O Evangelho de Marcos foi escrito, especialmente, para os romanos, os quais eram
muito rígidos em relação à obediência, devido a sua tradição militar.

-7
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Mesmo diante do que Lhe sucederia, Jesus mostrou que o mais importante para
Ele era fazer a vontade do Pai. Angustiado de forma terrível em sua alma, chegou a
pedir que Deus afastasse dele aquele “cálice”, mas, logo em seguida, disse “não seja,

37
porém, o que eu quero, mas o que tu queres” (Mc 14.36).

3. Simbologia
8
O CÁLICE
6.
O cálice lembra, de certa forma, um
recipiente onde se colocam certos remédios a
serem dados aos doentes. Em sentido figurado,
ele designa o conteúdo posto nele, quer seja
83

amargo ou doce. Certamente para Jesus, o


conteúdo por Ele bebido foi extremamente
amargo, como um fel. Mas, Ele precisava bebê-lo
5.

até o fim, independentemente de Sua vontade,


depois cumpriria os desígnios de Deus.
O cálice, portanto, é um símbolo do
sofrimento de Jesus no Calvário e Sua dor era
04

tão intensa enquanto orava ao Pai antes de ser traído que seu suor transformou-se
em sangue. Leia esse episódio no texto de Lucas 22.44: “E, posto em agonia, orava
mais intensamente. E o seu suor tornou-se grandes gotas de sangue, que corriam até
o chão”. (Hematidrose - Também chamado hematohidrose ou hemidrose ou suor de
sangue. Do grego haima/haimatos αἷμα, αἵματος, sangue; hidrōs’ ἱδρώς sangue) é uma
condição muito rara em que um humano sua sangue).

36
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4. A Cor simbólica na Bandeira

A terceira faixa da Bandeira


Quadrangular é a azul, que simboliza a
cura divina. Tanto a faixa da bandeira
quanto a doutrina estão em terceiro
lugar porque é um benefício dado ao

4
homem para sua vida terrena e, para que
a cura aconteça, o batismo com o Espírito

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Santo precisa já ter sido derramado sobre


aquele que impõe as mãos sobre o doente
para curá-lo. São necessárias duas coisas para a realização dos milagres: o nome de

37
Jesus e o poder do Espírito Santo. Sem eles, o homem está derramado diante das
dores e enfermidades.
O azul, como o verde, é uma cor predominante na natureza. Ela está no céu de
onde vem a cura e todas as bênçãos de Deus sobre nós. Essa cor, apesar de também
8
ser associada ao frio e à tristeza ou depressão, representa o amor divino que nos traz
6.
esperança e nos faz lembrar a grandeza da generosidade e misericórdia do Senhor.
83

Quarta Doutrina Cardinal


5.

1. A Segunda Vinda: Jesus Cristo – O Rei que há de Vir


“Regozijemo-nos, e alegremo-nos, e demos-lhe glória; porque vindas são as bodas do
04

Cordeiro, e já a sua esposa se aprontou. E foi-lhe dado que se vestisse de linho fino,
puro e resplandecente; porque o linho fino são as justiças dos santos” (Ap 19.7-8).
A igreja em todo o mundo aguarda ansiosa por esse dia glorioso das Bodas do
Cordeiro. Em todos os lugares do globo, fiéis compreendem a importância desse
encontro da noiva com seu amado noivo, Jesus.
De acordo com a mensagem quadrangular, esse dia marcará o início do quarto
aspecto do ministério de Cristo, como Rei que há de vir. Mas, quando isso ocorrerá?
Como poderemos ter certeza de estarmos preparados para esse dia? Quem participará
das Bodas? Quem ficará de fora?

37
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1.1 A PROMESSA DE SUA VOLTA
A quarta doutrina cardinal da IEQ trata, portanto, desse acontecimento futuro e
apresenta Jesus como o Rei que há de vir. Como Aquele que voltará para buscar Sua
igreja e acrescenta que Ele o fará em “breve”. Essa é a fé que enche o coração dos fiéis
que clamam a cada dia “Maranata”, como diz nas Escrituras: “Ora vem, Senhor Jesus!”.

1.2 A ESCRITURA PREDIZ A NOVA VINDA


A Palavra de Deus é a fonte de todas as coisas necessárias à vida do homem. Nela,
encontramos refrigério na luta, sabedoria, entendimento, esperança, paz e muito mais.

4
Todas as doutrinas cardinais da IEQ foram extraídas das Escrituras e, através delas,
podemos ter a certeza de não estarmos sós em tempo algum e que, muito breve, os

-7
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acontecimentos previstos sobre a volta de Jesus desencadearão mudanças radicais no


mundo e naqueles que subirem ao encontro dEle nos ares ou ficarão para viver sob o
domínio do Anticristo.

1.3 O ARREBATAMENTO DA IGREJA


37
A Bíblia declara que o arrebatamento da Igreja ocorrerá em segredo, ou seja,
8
apenas os salvos ouvirão o soar das trombetas e verão a Cristo. Os demais não poderão
ver ou participar desse glorioso evento, pois, não creram ou não perseveraram em
6.

sua fé no Senhor. O próprio Jesus deixou isso bem claro ao anunciar em Apocalipse
16.15: “Eis que venho como ladrão. Bem aventurado aquele que vigia, e guarda as suas
roupas”, ou seja, suas vestes brancas pelo sangue do Cordeiro.
83

1.4 DE QUE MANEIRA JESUS VIRÁ?


A 2ª Vinda de Jesus abrange duas fases diferenciadas:
5.

- A 1ª Fase da 2ª Vinda (Ele virá para buscar Sua Igreja.): Essa fase da volta de
Jesus será exclusivamente para os salvos. Ele virá de forma invisível, contudo,
somente aqueles que forem chamados pelas trombetas o verão, pois, subirão
04

ao seu encontro nos ares (1Ts 4.17).


- A 2ª Fase da 2ª Vinda (Ele virá com a Sua Igreja.): Nessa fase, “todo o olho
verá, até os mesmos que o traspassaram; e todas as tribos da terra lamentarão
sobre ele” (Ap 1.7). Cristo virá publicamente após os sete anos da Grande
Tribulação. Segundo Mateus 24.29-30, “logo depois da aflição daqueles dias,
o sol escurecerá, e a lua não dará a sua luz, e as estrelas cairão do céu, e as
potências dos céus serão abaladas. Então aparecerá no céu o sinal do Filho do
homem, e todas as tribos da terra se lamentarão, e verão o Filho do homem,
vindo sobre as nuvens do céu, com poder e grande glória”. A Igreja de Cristo virá
com ele nessa hora para, como “sacerdotes de Deus e de Cristo” reinar ao seu
lado no Milênio (Ap 20.6).
38
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2. Representação de Jesus
JESUS TIPIFICADO NO ROSTO DE ÁGUIA
O 4º rosto visto por Ezequiel foi o rosto de
ÁGUIA, o qual representa Jesus Cristo como o Rei
que há de vir.
É interessante meditar sobre essa comparação
entre a águia e Cristo em Sua 2ª Vinda. Ela é
considerada, em todo mundo, como sendo um

4
símbolo de nobreza devido à algumas de suas
características, como altivez, força e vigor. A águia é,

-7
portanto, símbolo de autoridade e de poder, sendo,

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por isso, emblema de várias nações, incluindo Judá.


Sua própria aparência traz em quem a vê um sentimento de que ela está acima de todas
as aves do céu, do mesmo modo que Jesus está acima de todos. Ela reina soberana

2.1 A Águia nas Escrituras


8 37
nas alturas e Cristo virá nas nuvens para ser soberano sobre todas as nações da terra.

As Escrituras possuem diversos versículos que falam sobre a águia e suas


6.
características. Leia, em sua Bíblia, as seguintes referências: Dt 32.11-12a; Jó 9.26;
39.27 e Jeremias 48.40.
83

O EVANGELHO DE MATEUS
Mateus apresenta Jesus Cristo como o futuro Rei. Ao ser questionado por Pilatos
sobre se Ele era o “Rei dos Judeus”, Jesus respondeu: “Tu o dizes” (Mt 27.11). Nessa
5.

resposta, Ele estava falando sobre Seu reinado eterno e não um reinado terreno, pois,
sabia que estava indo para a morte.
O Evangelho de Mateus foi escrito para os Hebreus, pois, eles há muito esperavam
pela vida do Messias.
04

3. Simbologia
A COROA
A coroa é o símbolo da 2ª Vinda, onde Cristo voltará como o Grande Rei. Ela é um
objeto importante em qualquer reino. Ela é um símbolo que indica realeza, sabedoria,
dignidade e existem vários tipos, como: do imperador, do rei, do atleta, do membro
da nobreza (conde, duque, barão), dos cavaleiros reais, dos campeões em jogos, dos
heróis. Cada uma delas representa algo que indica que aquele que a recebe é digno
de honra sob algum aspecto específico. Quando coroamos alguém, estamos lhe
39
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prestando a mais alta honraria e este é considerado um dos gestos mais nobres do
homem.
A coroa (de espinhos) que Jesus recebeu, no entanto, não foi lhe dada por Seus
méritos ou por honra, mas por escárnio e afronta daqueles que coroaram. Essa coroa,
depois de estudos realizados sobre o sudário, era provavelmente, feita em forma
de capacete e muitos indicam que ela possuía espinhos tirados de uma espécie de
jujubeira, os quais eram agudos e cortantes e provocavam feridas profundas e cruéis.
A coroa da cruz não pertencia ao Senhor, mas deveria ter sido posta sobre a
cabeça de todos os homens. Jesus, no entanto, escolheu usá-la em nosso lugar. Ele

4
escolheu sofrer as dores que deveriam ser nossas e ter Seu sangue derramado para
nos dar a coroa da vida (Tg 1.12) em lugar da coroa da morte. Ele promete aos que

-7
amam a Sua vinda “a coroa da justiça” (2 Tm 4.7-8), pois, quando o Senhor vier, os fiéis

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alcançarão a “incorruptível coroa de glória” (1 Pe 5.4).


Quando Cristo vier sobre as nuvens para buscar Sua noiva, Ele voltará “sobre a

37
sua cabeça uma coroa de ouro” (Ap 14.14), a coroa do verdadeiro e único Rei dos reis
e Senhor dos senhores. Ela será magnífica, muito mais do que qualquer outra sobre
a terra e que tenha ornado a cabeça do mais digno dos reis terrenos. Nela, haverá
um grande número de “diademas” (Ap 19.12), jóias extremamente preciosas, porém,
8
jamais vistas por homem algum.
6.

4. A Cor simbólica na Bandeira


83

A 4ª doutrina cardinal da IEQ


está simbolizada em sua Bandeira pela cor
5.

púrpura (ou roxa), a qual tipifica Jesus como


o Rei que há de vir. Essa cor encontra-se em
1º lugar, de cima para baixo, na Bandeira.
04

Essa cor, em toda história, vem sendo


associada sempre com a realeza, pois, as
roupas e tecidos nesse tom eram muito
raros e caríssimos, tornando-se, por isso,
acessíveis somente às família ricas e nobres.
Leia e medite em alguns versículos que falam sobre a cor púrpura: Lucas 16.19 e
João 19.2.

40
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CAPÍTULO 2 DECLARAÇÃO DE FÉ

4
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Declaração de Fé

37
A DECLARAÇÃO DE FÉ da IEQ foi compilada por sua fundadora Aimée Semple
McPherson, em 25 (vinte e cinco) tópicos, a saber:
8
( Atenção: Segue, abaixo, um resumo da nossa DECLARAÇÃO DE FÉ. )
6.

As SAGRADAS ESCRITURAS – Cremos que a Bíblia é inspirada por


1.
DEUS. 2 Tm 3.16-17.
83

A DIVINDADE ETERNA, TRINDADE - Cremos em um DEUS Trino: Pai,


2.
Filho e ESPÍRITO SANTO. 1 Jo 5.7.
5.

A QUEDA DO HOMEM - Cremos que o homem foi criado à imagem


3. de DEUS, mas pela sua própria desobediência voluntária, caiu do
estado de perfeição. Rm 5.12.
04

A REDENÇÃO DO HOMEM - Cremos que, sendo nós ainda pecadores,


4. CRISTO morreu por nós, assinando o perdão de todos aqueles que
haveriam de nele crer. Jo 3.16.

EXPIAÇÃO E SALVAÇÃO PELA GRAÇA - Cremos na obra expiatória


de CRISTO consumada na Cruz, e que, pela mesma, os pecados e suas
5. conseqüências são extintos. Cremos que não temos justiça própria e
precisamos ir a DEUS e suplicar-lhe a justiça de CRISTO, e só assim
alcançaremos plena Salvação, que se efetua pela fé, pela graça, sem as
obras da lei. Rm 5.21; 8.1; Gl 3.13, 1Tm 2.6(...).

41
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ARREPENDIMENTO E ACEITAÇÃO - Cremos que, pelo sincero


6. arrependimento e a verdadeira aceitação de CRISTO, somos justificados
diante de DEUS. 1 Jo 2.9.

O NOVO NASCIMENTO - Cremos que a transformação do coração e


7. da vida, na conversão é uma mudança real. Jo 3.3; 2Co 5.17.

A VIDA CRISTÃ DIÁRIA - Cremos que é desejo de DEUS que nos


8.

4
santifiquemos diariamente, crescendo constantemente na fé. Hb 6.1.

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BATISMO - Cremos que o batismo nas águas é um sinal externo de


9. uma obra interna. O batismo por imersão é o ato que simboliza a
conversão. Rm 6.4; Mt 28.1; 1Co 11.28.

10.
8 37
SANTA CEIA – Cremos na comemoração da Ceia do Senhor pelo uso
simbólico do pão e do suco da videira. O suco de uva representa o
sangue de CRISTO, e a selagem do Novo Pacto com esse sangue. Este
pacto é considerado um testamento que JESUS selou com seu sangue.
6.
Lc 22.20 O pão representa o corpo de CRISTO que foi partido por nós.
1Co 11.23-32.
83

CONSAGRAÇÃO DE CRIANÇAS – Cremos na necessidade dos pais,


11. num ato de compromisso com a educação cristã de seus filhos,
dedicarem-nos ao Senhor. Mt 18.1-4; Mc 9.36.
5.

BATISMO COM O ESPÍRITO SANTO - Cremos no Batismo com o ESPÍRITO


SANTO para revestir o cristão com poder; e que seu recebimento é da
12. mesma maneira que nos dias apostólicos. At 2.4; 38 e 39.
04

A VIDA CHEIA DO ESPÍRITO - Cremos que é a vontade de DEUS que


13. vivamos no Espírito diariamente. Gl 5.16.

OS DONS DO ESPÍRITO - Cremos que o ESPÍRITO SANTO tem diversos


dons a serem concedidos à Igreja crente e fiel ao Senhor JESUS CRISTO,
14. e há também diversidade no Ministério e na operação dos mesmos
dons com o propósito de um fim proveitoso e útil. 1Co 12.1-11.

42
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O FRUTO DO ESPÍRITO – Deu-nos o Senhor do Seu Espírito e os dons


espirituais para capacitar-nos a produzir o fruto de real qualidade
cristã e que o apóstolo Paulo assim relacionou: amor, alegria, paz,
15. longanimidade, mansidão, bondade, benignidade, fé, temperança;
deve ser manifesto, cultivado e cuidadosamente guardado como
adorno resultante de uma vida cheia do Espírito e evidência constante,
eloqüente e irrefutável disso. Gl 5.22.

MODERAÇÃO - Cremos que a experiência e o proceder diário do

4
16. cristão jamais devam levá-lo a extremos e fanatismos. Fl 4.5.

-7
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CURA DIVINA - Cremos que a cura divina é o poder de CRISTO para


17. curar os enfermos em resposta à oração da fé. Tg 5.14-16; Mc 16.18.

18. 37
A SEGUNDA VINDA DE CRISTO - Cremos que a Segunda Vinda de
CRISTO é pessoal e iminente. Jo 14.18, 1Ts 4.16-17.
8
6.
A RELAÇÃO COM A IGREJA - Cremos ser nosso dever sagrado nos
19. identificarmos com o Corpo de CRISTO visível. At 16.5; Hb 10.24-25.
83

O GOVERNO CIVIL - Cremos que os governantes devam ser respeitados


20. em todos os tempos, exceto somente nas coisas contrárias à vontade
de DEUS. Rm 13.1-5.
5.

O JUÍZO FINAL - Cremos que todos deverão comparecer perante o


21. trono de julgamento de DEUS para receber a vida eterna ou morte
eterna. 2Co 5.10; Mt 13.41-43.
04

CÉU - Cremos que o céu é a habitação indescritivelmente gloriosa do


DEUS vivo; e que, para lá foi o Senhor a fim de preparar um lugar para
22. Seus filhos; que, para essa cidade quadrangular, cujo construtor e
realizador é DEUS. Jo 14.2; 1Co 2.9.

INFERNO - Cremos que o inferno é um lugar de tormento eterno para


23. todos que rejeitam a salvação em CRISTO. Mt 25.41; Ap 20.10,15.

43
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EVANGELISMO - Cremos que ganhar almas é a responsabilidade mais


24. importante da Igreja. Mc 16.15-18; Jo 4.35-37.

DÍZIMOS E OFERTAS - Cremos que o método de DEUS para o sustento


25. e expansão de sua obra é através dos dízimos e ofertas voluntárias. Ml
3.10; Lc 6.38; 2Co 9.7.

A IGREJA DO EVANGELHO QUADRANGULAR, uma corporação interdenominacional

4
em espírito, evangélica na mensagem, internacional no projeto, composta pela união
dos fiéis que se congregam para promoção da causa do evangelismo no mundo e

-7
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para a pregação do Evangelho Quadrangular do Reino de JESUS Salvador, Batizador,


Médico e Rei que Voltará, tem os seus fundamentos doutrinários na Bíblia Sagrada, de
onde se extraiu sua DECLARAÇÃO DE FÉ.
Detalhando o caput do artigo 6º:

37
A IEQ é interdenominacional em espírito, ou seja, não conhece barreiras
espirituais para com os que professam o nome do Senhor JESUS CRISTO
8
como seu Salvador e Senhor. Somos todos irmãos. A Igreja de CRISTO é
um só corpo.
6.

• A IEQ é evangélica na mensagem, ou seja, a mensagem da IEQ é o


Evangelho (Boas Novas), proclamado tanto no Antigo como no Novo
Testamento e que tem por finalidade a salvação do ser humano. Em cada
83

página do Evangelho o amor de DEUS é revelado através de JESUS CRISTO,


prefigurado em muitas delas.
• A IEQ é internacional no projeto, ou seja, não conhece barreiras de
nacionalismos quanto aos objetivos da Igreja. Sua mensagem é para
5.

todos os povos (Mc 16.15).


04

44
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CAPÍTULO 3 ADMINISTRAÇÃO DA IGREJA


IGREJA LOCAL & CÉLULAS (GRUPOS PEQUENOS)

4
-7
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Administração Eclesiástica

1. O Que é?
8 37
O que difere as Organizações Religiosas das empresas ordinárias (lucro) são
6.
os objetivos finais. As organizações têm como base de conduta a Palavra de Deus,
a conduta administrativa deve ser impecável para não prejudicar objetivos maiores
(expansão do Reino de Deus pela pregação do Evangelho).
83

Administração é uma ciência humana que obedece às regras do Direito; é um


processo de tomar, realizar e alcançar ações para atingir determinados fins. A igreja
é um organismo vivo e dinâmico com prioridades: compromisso com Cristo, com o
Corpo de Cristo e com o mundo; de mantenedor Cristo; não vive aparte deste mundo.
5.

Alguns líderes religiosos não entendem que as Organizações Religiosas devem ser
constituídas no âmbito jurídico, com direitos e deveres públicos (todas as esferas),
de mesmas obrigações das empresas ordinárias, com CNPJ, Estatuto. O Novo CCB de
04

2003 alterou as Igrejas como Organizações Religiosas com Personalidade Jurídica de


Direito Privado, mantendo a obrigação de adaptar seu estatuto social aos princípios
gerais da eticidade, submetendo à legislação vigente das entidades associativas sem
fins lucrativos. Um preceito constitucional já se aplicava as igrejas (art.44), e no art. 5°
(cláusula pétrea) há segurança jurídica mantendo-a estrutura de Associação, de dupla
natureza (espiritual e social).

ADMINISTRAÇÃO DA IGREJA é...


um conjunto de princípios, normas e funções que tem como finalidade coordenar
todos os fatores para a obtenção dos melhores resultados.

45
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As atividades dos pastores e obreiros da IEQ são espirituais e administrativas, com
87% de autonomia nas igrejas locais em gerir recursos obtidos; grande responsabilidade
para os líderes (aplicação recursos), que é dividida por diretorias que alivia a carga. Por
isso, os Pastores devem estar preparados para gestão de acordo com a Legislação
Brasileira.

O PROCESSO DA ADMINISTRAÇÃO
O processo de administração em sentido amplo consiste em planejamento,
organização e liderança. Essas habilidades são ferramentas do bom
administrador. Entretanto, no que se refere a igreja cristã, esse processo não

4
impede a necessária operação do ESPÍRITO SANTO que deve sempre ser consultado

-7
em primeiro lugar, antes de qualquer planejamento, pois Ele é o maior interessado

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no crescimento do Reino de DEUS na terra.

1.1 PRINCÍPIOS PARA UM BOM ADMINISTRADOR

37
Saber utilizar princípios, técnicas e ferramentas administrativas; decidir e
solucionar problemas; saber lidar com pessoas; ter visão sistêmica e global da
estrutura da organização; ser proativo, ousado e criativo; ser um bom líder; gerir com
8
responsabilidade e profissionalismo.
6.

1.2 CONTRIBUIÇÃO DE HENRI FAYOL


Desenvolvimento e abordagem da Gestão Administrativa; identificação das
83

funções administrativas como planejar, organizar, liderar, coordenar e controlar.

1.3 PRINCÍPIOS GERAIS DA ADMINISTRAÇÃO (POR HENRI FAYOL)


5.

Divisão de trabalho com especialização nas tarefas; autoridade e responsabilidade,


com obediência; disciplina com obediência; unidade de comando; unidade de direção;
subordinação do particular ao geral; remuneração do pessoal; centralização de
autoridade; cadeia escalar (hierarquia); equidade; estabilidade e duração num cargo;
04

iniciativa; espírito de equipe.

OS TRÊS TIPOS DE GOVERNO ECLESIÁSTICO:


1. Congregacional (igreja se reúne em assembleias para questões cotidianas ex:
Batista e os Congregacionais);
2. Presbiterial (assembleia de presbíteros, anciãos, ordem crescente de conselhos,
conselho formado por ministros docentes-pastores e ministros leigos-presbíteros);
3. Episcopal (ministros principais são os bispos, depois os presbíteros e diáconos,
com Colégio Episcopal, ex. Igrejas Católica e Ortodoxa).

46
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2. Direitos e Deveres das Organizações Religiosas e do


Clero
A Constituição Brasileira traz em seu capítulo I os Direitos e Deveres Individuais e
Coletivos em seu art. 5°, no art. 150 há imunidade tributária às Organizações Religiosas,
desde que estiverem dentro de seus parâmetros, observando a Lei 5.172/66 e Decreto
Federal 1.041/94 (s/IR). Isenção para determinados tributos oriundos de dízimos,
ofertas e doações; sobre IR a isenção é automática, mas obrigadas a Declaração de
Imposto de Renda de PJ; isentas de IPTU; aproveitar créditos de ICMS. É importante
entender a igreja no contexto estabelecido pelos órgãos públicos. PJ é regida pelo

4
NCCB art.40, podendo ser de Direito Público ou Privado (Particular/Público); PJ de
Direito Privado Particular: fundação, associação, sociedade, organização religiosa,

-7
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partidos políticos. Existem as empresas seculares e, sem fins lucrativos (religiosas,


filantrópicas, fundações) sem ganhos ou dividendos. Pessoas físicas das organizações
religiosas não são isentos de tributos.

37
3. História da Administração Eclesiástica na IEQ
A IEQ é uma Organização religiosa legal sem fins e lucrativos, fundada no Brasil em
8
15/11/1951 (mesma data registrada no CNPJ) sob n°62.955.505/0001-67, o Estatuto
6.
registrado em cartório (SP). Os primeiros 50 anos eram mais administração por normas
internas do que princípios contábeis. O processo de informatização chegou no ano
de 2000, permitindo a digitalização das informações. A ênfase nas normas internas
causava um desequilíbrio na administração e contabilidade. Em 2001 foi um marco
83

na administração eclesiástica da IEQ: o Rev. Carlos Andreotti assume gestão, e após


fiscalização da Receita Federal (12 meses), reformula a administração para ajustar
a legislação vigente (Reforma Administrativa), depois do programa básico vieram às
secretarias.
5.

4. Visão Geral da Igreja do Evangelho Quadrangular


04

A estrutura da Administração Quadrangular está estruturada em três níveis


hierárquicos:
1º Administração Superior e Geral composta pelo Conselho Nacional de Diretores
através das Secretarias Gerais;
2º Administração Intermediária composta pelo Conselho Estadual de Diretores e
3º Administração de Base composta pelo Conselho Diretor Local que exercem
sua atividade de forma integrada e harmônica, e se expressam no trabalho de
planejar, coordenar, executar e controlar de forma subordinada.

47
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Secretarias: Geral de Administração e Finanças, de Ação Social, de Educação


e Cultura, de Missões, de Comunicação, de Disciplina Eclesiástica, de
Coordenadorias e Diaconato e de Cidadania.

Abaixo dos Conselhos Nacional e Estaduais estão as Regiões e Campos Missionários.


O Conselho Nacional de Diretores é órgão superior da IEQ de funções legislativas,
deliberativas e administrativas, nos limites do Estatuto e composto por 13 membros
(Presidente; 1°, 2°, 3° e 4ª vice-presidente; 1º, 2°, 3° e 4º secretário, 1°tesoureiro,
2°tesoureiro, 3°tesoureiro, 4ºtesoureiro), que são eleitos pela Convenção Nacional

4
para mandatos de 4 anos.

-7
Presidentes de Grupos Missionários têm que apresentar relatórios mensais de

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acordo com a SGAF. Compete ao Conselho Diretor Local a fiscalização do registro dos
bens da Igreja, providenciando sua regularização e registro em nome da corporação.

37
Aprofundando a Visão da Estrutura Administrativa da IEQ
8
6.
Administração de Base da IEQ acontece no âmbito da Igreja Local, forma-se com
cristãos convertidos, batizados nas águas por imersão em nome do Pai, Filho e Espírito
Santo, adotando a Declaração de Fé da instituição. Práticas da IEQ: adoração à Deus,
testemunho cristão, pregação da Palavra, apoio, serviço e amor ao próximo; exercício dos
83

dons e Ministérios do Espírito; evangelização do mundo dentro da realidade em que vive.

Conselho Diretor Local:


5.

É exigência do Conselho Nacional, cadastramento também; formado entre membros da


igreja, maiores de idade; constitui o presidente e vice, secretário, tesoureiro, diretor de
diáconos, diretor de patrimônio.
04

Grupos Missionários:

Regulamentado pelo Regimento Interno e Estatuto, por meio das Secretarias; desenvolve
atividades leigas da igreja primando pelo espiritual; órgãos auxiliares da igreja sujeitos a
aprovação do Conselho Diretor Local de cada igreja.

Departamentos:

São regulamentados pela Secretaria Geral de Coordenadorias de Grupos, que são:


Diaconato, CHOMNEQ – Coordenadoria de Homens e Mulheres de Negócio da IEQ,
CONFIPIEQ – Coordenadoria dos Filhos de Pastores da IEQ.
Outros departamentos são comuns às Igrejas Locais, ainda que não regulamentados

48
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explicitamente no Estatuto e no Regimento Interno. Contudo, quando necessários,


tendem a se tornar oficiais.

Agências de Evangelização:

Todos os trabalhos da igreja para seu crescimento e expansão do Evangelho; são as


congregações, células, pontos de pregações, grupos de estudos...

4
Tipos de Igrejas Locais

-7
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A Igreja Local (IEQ) sob três formas:

1. Igreja Sede Regional:

37
Centraliza a administração regional, geralmente tem como seu Pastor Titular o
Superintendente Regional ou Diretor de Campo, deve possuir seu CNPJ;
8
2. Igrejas inscritas no CNPJ:
6.

Vinculadas à Matriz, devendo obedecer a preceitos legais, tributárias e administrativas,


em 2009 eram 4.234 filiais;
83

3. Obras Novas:

Igrejas em fase de implementação, vinculadas à sede, congregações ainda sem CNPJ;


deixam de ser quando há 1 ano prestam relatórios, com 50 batizados por imersão,
5.

10 batizados com Espírito Santo, dispõe de grupos missionários, aprovação pelo CDL,
dispõe de terreno próprio, assinatura dos membros, encaminhar ao superintendente, o
CED encaminha o pedido ao CND.
04

1. Direitos e Deveres Administrativos das Igrejas Locais


Seus DIREITOS são os mesmos garantidos por Lei à Organização. O CND e os
Conselhos Estaduais ou Supervisões são assistidos por advogados e estes podem
também atender as filiais em situações legais. As Igrejas Locais da IEQ administram
87% dos recursos obtidos e repassam 13% para a Região ou Campo Missionário,
Conselhos ou supervisões Estaduais e conselho Nacional.
Seus DEVERES (Recursos Financeiros & Patrimônio) são de prover a manutenção
através das arrecadações, inclusive sustento pastoral; aquisição patrimônio.

49
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Regiões Eclesiásticas e Campos Missionários

Regiões/Campos

São administrados pelos Superintendentes Regionais / Diretores de Campos Missionários,


nomeados pelo CND, órgãos internos da IEQ, não possuindo personalidade jurídica, atos
administrativos centrados na Sede.

4
Campos Missionários

São constituídos de 1 a 10 igrejas ou Obras Novas, sendo administrado por um Diretor de

-7
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Campo e as Regiões Eclesiásticas são constituídas por mais de 10 Igrejas ou Obras Novas.

Coordenadorias e Diretorias Regionais

37
São departamentos para organizar e implementar a visão da Coordenadoria Nacional
em sua Região/Campo Missionário, lideradas por Coordenadores ou Diretores Regionais,
representados pelo Coordenador Nacional e estão subordinados ao Coordenador Estadual.
8
6.
Igrejas Locais, subordinadas às Regiões e Campos, têm diversos deveres, a saber:

Direitos e Deveres da Administração Regional:

As atribuições perante o Conselho Nacional e Conselho/Supervisão Estadual: representar


83

estes conselhos, visitar igrejas, receber doações, tomar parte reuniões, orientar pastores,
dar posse a pastores nomeados pelo CND, encaminhar pedidos, indicar igrejas e obras
novas, organizar e manter atualizado cadastro, manter em dia a contabilidade, receber
5.

documentos financeiros, entregar e receber relatórios, cópias para remessa órgãos,


convocar reuniões (mensal que visa cumprir programações, trimestral de liderança para
manter unidade da igreja, dos Coordenadores e Diretores).
04

Supervisões / Conselhos Estaduais

O Conselho Estadual de Diretores é um órgão administrativo executivo


subordinado à Convenção Estadual, Estatuto, CND; constituído pelo critério de
proporcionalidade das igrejas e obras novas com limite máximo de 13 conselheiros;
eleitos pela Convenção Estadual por maioria absoluta.
Secretarias Estaduais atuam de forma cooperativa com Secretarias Gerais do

50
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CND; são elas: de Administração e Finanças, de Ação Social (situação emergenciais),
de Educação e Cultura (promove, incentiva, implementa o sistema de Educação
Quadrangular, aplica material didático, orienta depto de educação, aprendizagem
diferentes níveis), de Missões (gerenciar, abertura, elaborar e fomentar campanhas,
realizar conferências missionárias), de Comunicação, de Coordenadoria e Diaconato,
de Cidadania (receber denúncia contra diretrizes e orientação normativa, programas
políticos da igreja, promover eventos, criar fundos para manutenção e execução
de projetos, repassar mensalmente à Secretaria Geral de Cidadania a contribuição
acordada com a Estadual).

4
Direitos e Deveres da Administração Estadual:

-7
Conhecer e aplicar planeja mento nacional e perspectiva das Secretarias, decidir sobre

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organização e criação de Regiões Eclesiástica, aprovar organização de Igrejas locais,


solicitar ao CND registros e certificados das igrejas, aprovar e planejar metas, nomear
comissão de disciplina, intervir em Campos Missionários ou Regiões Eclesiásticas, convocar

37
reuniões, manter cadastro do Ministério e geral das Igrejas, apoiar e respaldar trabalhos
das Secretarias, apreciar relatórios, resolver situações problema emergências e de greves,
presidente ir reuniões CND, enviar mensal relatório financeiro aos Superintendentes
Regionais e Diretores de Campo.
8
6.

Conselho Nacional de Diretores


83

É o órgão máximo da administração da IEQ, não é o poder máximo (que é exercido


pela Convenção Nacional), funções por meio das Secretarias Gerais.
5.

Secretaria Geral de Administração e Finanças:

Desenvolve atividades administrativas de caráter financeiro


04

e burocrático da Administração Geral, tendo como estrutura


básica os seguintes departamentos: Financeiro, Controladoria,
Contabilidade, Cadastro e Documentações, Informática, Recursos
Humanos, Jurídico e de Patrimônio. Atribuições: manter um técnico
em contabilidade com formação acadêmica e experiência; proceder
e executar escrituração contábil, receber relatórios mensais das
igrejas, manter arquivo, prestar relatório, manter Presidente CND
atualizado, convocar seus membros , entre outras.

51
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Secretaria Geral de Ação Social:

Compõe-se dos departamentos de Coordenação Social,


do Fundo Social, e do Fundo de Emergência, com a
responsabilidade de desenvolver e executar programas de
assistência social da igreja para os membros do Ministério,
igrejas locais e demais instituições da Corporação.

Secretaria Geral de Educação e Cultura

Tem como responsabilidade: planejar, executar, fiscalizar,

4
avaliar e atualizar programas educacionais e culturais bíblicos;
elaborar currículos, capacitação docente, promover pesquisa,

-7
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ganhar almas para Cristo, desenvolver conhecimento bíblico,


formar ministros, promover atualização ministerial; compõe-
se dos departamentos de Educação Bíblica Quadrangular, de

37
Educação Teológica Quadrangular, de Cultura, de Edição e
Publicação, ITQ, MQTI, CTMQ, enfim, cultural de todas as esferas, Estadual de Educação
Teológica Pastoral, Diretorias.
8
Secretaria Geral de Missões
6.
Tem como responsabilidade elaborar, desenvolver, gerenciar,
promover, pesquisar, divulgar atividades missionárias;
compõe-se de: Secretarias Estaduais de Missões,
Departamento de Missões Internacionais, Coordenadoria de
83

Impactos Missionários e Centro de Treinamento Missionário


Quadrangular.
5.

Secretaria Geral de Comunicação

É o órgão responsável por controlar e produzir o material de


04

comunicação em geral e por administrar o complexo da mídia


Quadrangular.

Secretaria Geral de Disciplina Eclesiástica

É responsável por administrar com justiça e ética a aplicação da


disciplina aos membros do Ministério da Igreja, de acordo com
as diretrizes estatutárias da IEQ.

52
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Secretaria de Coordenadorias e Diaconato

É responsável por programar o crescimento espiritual dos membros


da Corporação nos Grupos Missionários, Diaconatos, CHOMNEQ
e CONFIPIEQ, através das Coordenadorias Nacionais e Estaduais,
tendo em vista o exercício das atividades de apoio, programação
de Congressos Nacionais e Estaduais para ter efeito na Igreja Local,
conforme disposições estatutárias.

Secretaria Nacional de Cidadania

4
Tem como responsabilidade implantar, desenvolver e coordenar

-7
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programas referentes à doutrina social e política da Igreja.
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37
Direitos e Deveres da Administração Nacional:

Convocar e presidir reuniões, assinar credenciais, representar a igreja em juízo, assinar compra
e venda, assinar cheques em conjunto com o 1° tesoureiro, visitar obras, delegar poderes a
8
membros do CND, elaborar diretrizes da agenda anual para edificação dos cristãos.
6.

Gestão da Igreja Local


83

1. Finanças
5.

A gestão da Igreja Local na IEQ se reveste Para maiores detalhes a


de grande importância pelas seguintes razões, a respeito do C.N.D., suas
04

saber: Secretarias e demais órgãos


• Ingresso na carreira ministerial; competentes, acessar:

• Atividades administrativas (rotineiras www.portalieqbrasil.com.br.


da instituição).

Movimento Financeiro Mensal – Entradas

As receitas são basicamente OFERTAS e DÍZIMOS, e há isenção de IR sobre estas; quaisquer


outras são tributadas. Para se evitar erros, o CND determina a contratação de contadores
para Regiões/ Campos Missionários, Conselhos / Supervisões Estaduais e CND (desde 2001).

53
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Entradas são:

Sujeitas às taxas estatutárias (dízimos, ofertas gerais, ofertas especiais, congregações,


outras entradas); de departamentos (ofertas de Escola Bíblica, dos Grupos Missionários); a
Oferta de Missões (3º domingo) e repassadas integralmente aos órgãos e departamentos
superiores (neste caso à SGM); entradas diversas não sujeitas à taxação (juros de
poupança/aplicações, venda de imóveis, venda de móveis e utensílios, venda de veículos,
doação recebida do CND e do CED e da Região/ Igrejas, empréstimos do CND/CED/de
terceiros, recuperação de despesas, documentos de entradas).

Registro de Entradas:

4
Relatório Estatístico e Financeiro do Culto (REFC) e do Culto das Congregações (RCC),

-7
Relatório mensal de entradas e saídas do DEBQ, extrato de popança/aplicações, recibo

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de venda de imóveis ou de móveis e utensílios ou veículos, comprovante de doação,


comprovante de empréstimo.

Saídas Mensais:
8 37
Gastos realizados para manutenção e expansão para sustento pastoral (e auxiliares e
obreiros), oferta aos pastores itinerantes, gasto com formação de obreiros, IRPF sobre
sustento, mão-de-obra terceirizada e seus IRRF/IRRF/ PIS/COFINS/CSLL/ISS, INSS/FGTS/
6.
IRRF/PIS dos funcionários, aluguel da casa pastoral, impostos e taxas, programas de
TV e rádio, materiais de manutenção, construção, compra/prestação de imóveis ou
edificações, despesas com material de construção, cartório, assistência sócial, devolução
de empréstimos, taxa estatutária de à Administração Regional / Estadual/Nacional (4%
83

cada), taxa 1% CND do fundo social, oferta de missões entre outros.

Documentação das Saídas:


5.

Recibos diversos (de sustento pastoral, de ajuda de superintendente/Diretor de Campo,


de viagem, de contribuições para organizar eventos, para elaborar material didático),
impressos fiscais, NF série A1, Cupom Fiscal identificado, recibo de depósitos bancários,
boletos de cobranças – todos são documentos padronizados da Secretaria Geral de
04

Administração e Finanças (art. 92), mantendo um técnico contábil para proceder e


executar a escrituração contábil, receber relatórios mensais. No art. 137, compete aos
CEDs receber relatórios das igrejas, obras novas, regiões ou campos, devidamente
assinados pelo contador da região, após a contabilização da movimentação financeira de
cada entidade do sistema geral de administração e finanças; através dos Superintendentes
Regionais ou Diretores de Campos, acompanhados dos respectivos comprovantes de
depósito bancário, referentes às taxas; art. 143, o Superintendente Regional e o Diretor
de Campo têm atribuições: receber documentos financeiros, juntas aos mesmos a
documentação da região, entregar documentos ao contador da região, receber relatórios
emitidos e assinados pelo contador. Quanto ao Regimento Interno e a Contabilização que
normatizam a contabilização ver os artigos 60 (III),246(I), 251(I-III) e 255 (parágrafo 1º).

54
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Taxas Estatutárias:

Estas estão subdivididas em três grupos de acordo com as


obrigações internas:

1º Entradas sujeitas às taxas estatutárias devida aos órgãos superiores da


Administração Regional, Estadual, Nacional (4% ao Conselho Nacional de
Diretores; 4% ao CED; 4% às Regiões/Campos Missionários; e 1% ao Fundo
Social);
2º Entradas de departamentos sujeitos às taxas estatutárias devido aos
respectivos órgãos superiores (10% das ofertas da escola bíblica remetidas

4
à diretoria; 15% das ofertas dos Grupos Missionários remetidos à sua
Coordenadoria; ofertas da CHOMNEQ onde 4% à Coordenadoria Regional,

-7
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3% à Estadual, 3% à Nacional);
3º Entradas repassadas integralmente aos órgãos e departamentos
superiores do 3°Domingo (50% para a Secretaria Estadual de Missões e

37
50% para a Secretaria Geral de Missões); entradas diversas não sujeitas à
taxação. A Secretaria Geral de Administração e Finanças estabelece normas
padronizando lançamentos contábeis, com exigência de legalidade em
8
NF’s (dados completos), atendendo determinação federal, normalidade e
usualidade, resguardando a entidade e seus administradores
6.

2. Cadastros
83

O primeiro cadastro de responsabilidade da Igreja Local diz respeito a ela própria


e deve sempre estar atualizado junto ao CND bastando isto para que as informações
estejam atualizadas em todos os níveis administrativos.Cadastros que devem ser
5.

mantidos devidamente atualizados:


1. Canais de Comunicação
(localização de Igrejas para pessoas
04

interessadas em participar da
mesma, sanções de órgãos públicos
caso esteja em lugar diferente do
CNPJ, receber correspondências,
fone e e-mail para contatos);
2. Dados estatísticos: membros
ativos, se possui templo próprio, cultos realizados por mês, frequência média da
Igreja Local, membros batizados, departamentos ativos que possui;
3. Cadastro da Membresia;
4. Dados Patrimoniais por meio do Diretor de Patrimônio (registro físico na

55
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Igreja Local, virtual no Sistema Geral de Gestão) e do Contador (registro na
contabilidade);
5. Agências de Evangelização: congregações, células/grupos pequenos,
santuários.

3. Patrimônio Imóvel
Sua aquisição pode trazer independência

4
(livrar-se do ônus do aluguel) e é condição para
obter CNPJ de acordo com o Estatuto.

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Há de se ter cautelas jurídicas na aquisição


de imóveis: situação perante o Registro
Imobiliário, obter título aquisitivo ou certidão da

37
matrícula, se existe ônus sobre o imóvel, atuais
titulares do imóvel, dados do imóvel, situação do
IPTU, situação do vendedor, certidões forenses,
Imóveis
certidões de protestos de títulos, outros.
8
Lavratura de documentos
6.

Em nome da IEQ, sob CNPJ da matriz, o Pastor deve manter cópia dos mesmos na Igreja Local,
remetendo os originais ao CND (responsável pela guarda).
83

Alienação de imóveis

Somente com autorização do CND.


5.

Construção e Reformas

Dentro dos requisitos legais.


04

A construção

Pode ser feita mediante contratação de mão de obra especializada ou por mutirão. A
documentação do imóvel só é assegurada mediante Registro do Imóvel, com averbação.

Registro Patrimonial:

As cópias da documentação referente a esse tipo de registro devem ser mantidas na Igreja
Local, Regiões/Campos Missionários, Conselhos/Supervisões Estaduais e ao CND cabe manter
os documentos originais.

56
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A aquisição e alienação de bens móveis da Igreja Local

São realizadas pela diretoria da Igreja, sem a necessidade de autorização de instâncias


superiores, exceto nas situações onde a aquisição seja de bens de valores significativos,
exigindo financiamento externo.

OUTROS BENS
As doações de bens são práticas comuns à igreja por sua Membresia e devem ser
devidamente registradas (Recibo de Doação).

4
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Gestão da Igreja Local / Gestão de Pessoas

A IEQ movimenta diariamente um


número muito grande de pessoas e
8
órgãos da administração do Ministério:
37
mais de 2.500.000 de membros; mais de
6.
38.326 pastores (2020); mais de 126.000
diáconos; mais de 997 funcionários em
regime CLT; 63.400 líderes leigos; mais
de 12.672 igrejas; mais de 688 Regiões
83

Eclesiásticas, e um Conselho Nacional de


Diretores . Igreja
5.

Para maiores detalhes e obtenção de dados atualizados a respeito, acessar (SGAF


e/ou CRM) www.portalieqbrasil.com.br.
04

O Ministério Quadrangular possui 3 categorias ministeriais, a saber:

1º OBREIRO CREDENCIADO (4 anos até pleitear a ascensão);

2º ASPIRANTE AO MINISTÉRIO (2 anos até pleitear a ascensão);

(Como categoria máxima do Ministério Quadrangular


3º MINISTRO
podem pleitear cargos nos CND e CEDs.)

57
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Carreira Ministerial: O ingresso/reingresso no Ministério Quadrangular se dá
na categoria de Obreiro Credenciado. Obreiros e aspirantes ao Ministério podem
pleitear a ascensão na Carreira Ministerial. Seja nesta ou naquela situação, os
candidatos (postulantes) devem se submeter ao processo seletivo que são geridos
pelas Comissões de Relações Ministeriais anualmente em cada estado, através do
seguinte rito: 1) inscrição do postulante; 2) entrevistas regionais; 3) avaliação escrita; 4)
documentação obrigatória e 5) apresentação de Obreiros e Aspirantes/Consagração
dos Ministros que ocorre na Convenção Estadual onde a presença do postulante é
obrigatória sob pena de ter o processo indeferido.
Comissão de Relações Ministeriais: sua função é gerir a admissão/readmissão/

4
ascensão na carreira ministerial (processo seletivo); nomeada pelo Conselhos/
Supervisões Estaduais e obedece cronograma da SGAF (pelo menos, 90 dias antes da

-7
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Convenção Estadual).
São atribuições desta Comissão: elaborar cronograma (diretrizes da SGAF);
definir local das avaliações; divulgar informações: data/local da Convenção Estadual,

37
apresentação do candidato, critérios de avaliação, como adquirir o material (postulante);
fornecer informações básicas sobre a documentação obrigatória; elaborar kit avaliação;
gerenciar processo; remeter ao CND documentos dos candidatos aprovados; informar
8
aos candidatos o resultado; organizar cerimônia de apresentação dos Obreiros e
Aspirantes e a Consagração dos Ministros.
6.
Os Obreiros Credenciados quando nomeados pelo CND como Auxiliares do
Pastor ou Pastores Auxiliares em Tempo Integral não fazem parte do Ministério Oficial,
porém, suas nomeações e tempo de ministério contribuem para a sua as censão na
83

Carreira Ministerial.
Documentação do Membro do Ministério: Para se gozar de plenos direitos no
exercício de suas funções (Igreja e âmbito secular) os membros do Ministério precisam
estar de posse dos documentos básicos emitidos pelo Conselho Nacional de Diretores:
5.

CREDENCIAL (validada de acordo com categoria);


04

(emissão anual, exceto Obreiros Auxiliares de


NOMEAÇÕES
Tempo parcial).

Voluntários: membros não pertencentes ao quadro ministerial, sem vínculos,


salvo em questões espirituais e membresia; devem preencher o termo de adesão ao
serviço voluntário (caráter preventivo).
Empregados (CLT) e Prestadores de Serviço: Igreja Local fica obrigada a cumprir
as obrigações legais: declaração da RAIS; livros trabalhistas; folha de pagamento; GRPS;
GFIP; GPS; recibo de pagamento de salários, de férias e 13°; ficha de salário família;

58
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FGTS; PIS; seguro desemprego; quadro de horário de trabalho; carteira profissional
atualizada; vale transporte e refeição; prova de entrega do CAGED; contrato/impostos
sobre prestadores de serviço.

1. Membresia Quadrangular
É constituída por aqueles que
aceitam Cristo como Senhor e Salvador;
confessam arrependimento dos pecados,
mostrando evidências de possuir

4
genuína experiência de novo nascimento;
batizados nas águas por imersão, em

-7
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nome do Pai, do Filho e do Espírito Santo;


aceitam viver as doutrinas, regulamentos
e tradições da igreja, e solicitam seu

37
registro no livro de membros da Igreja.
Membros da Igreja
Sistema Nacional de Gestão da
Igreja Local (desde 2010) contempla todas as atividades realizadas na administração
local e pode ser usado por Igrejas Locais de todas as dimensões (via internet e por
8
meio de credenciais personalizadas, cadastradas pelos Pastores Titulares ao sistema
6.
(confidencialidade dos cadastros de membros da Igreja Local).
Cadastro Físico são as fichas cadastrais que ficam na Igreja Local, úteis para digitar
informações no sistema e devem conter: nome, foto, sexo, cor, tipo sanguíneo, endereço,
filiação, fones, RG e CPF, profissão, nascimento, estado civil, data e local do batismo,
83

pastor oficiante, origem religiosa, vota no município.


Cadastro Virtual receberá informações do Cadastro Físico através do Sistema de
Gestão da Igreja Local. Este cadastramento é simples e rápido, alimentado com os
5.

dados dos membros da Igreja. Com as informações no sistema realizam-se inúmeras


atividades, tais como: 1. Eventos; 2. Agendas; 3. Administração financeira; 4. Cadastros
(pastor titular, membresia, agências de evangelização, controle de dízimos, Igreja Local,
04

patrimônio, liderança, Ministério Oficial, Cultos); 5. Relações Ministeriais (processo


seletivo); 6. Emissões (etiquetas, solicitações, correspondências, atas); 7. Relatórios
(membros, dizimistas, aniversariantes, faixa etária, patrimônio, liderança).

2. Livros, Impressos e Documentos Oficiais da Igreja

Eles seguem um padrão básico: Termo de Abertura e Encerramento; Folhas


numeradas e tipografadas; Rubrica de uso do pastor em todas as páginas; Modelos
fornecidos pelos órgãos oficiais da instituição, impressos ou eletrônicos.
Os Livros Oficiais são: 1) Livro Caixa; 2) Livro de Registro do Patrimônio; 3) Livro de Rol

59
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dos Membros; 4) Livro de Registro de
Casamento; 5) Livro de Registro de
Apresentação de Crianças e 6) Livro
de Atas (ata é o registro resumido,
de valor legal, por escrito, dos fatos e
decisões de uma reunião, realizada
para uma finalidade determinada,
e que devem ser lavradas pelo
secretário em livro próprio mantido
na igreja.

4
Os Livros Fiscais são emitidos
Livros de registro
pelo contador e por meio da

-7
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Secretaria Nacional de Contabilização: Livro Razão; Livro Diário; Livros Trabalhistas (de
Registro de Empregados e de Inspeção do Trabalho). Os atos administrativos precisam
estar obrigatoriamente apoiados em documentos hábeis e revestidos de legalidade.

3. Atividades Gerais da Igreja


8 37
A Igreja Local possui uma gama enorme de outras atividades ligadas ao seu dia a dia
e também as ações que desenvolve na comunidade. Destacam-se:
6.

As reuniões do CDL realizam-se, ordinariamente, a cada três meses por convocação


do Presidente (com sete dias de antecedência mínima) para assuntos como: aprovar
ingresso de membros transferidos; aprovar exclusão de membros; aprovar relatórios
83

mensais da igreja; aprovar prebendas e salários dos funcionários; nomear Comissões


Permanentes (de Patrimônio; de Eventos e Comemorações, de Construção, para
Assuntos Ministeriais).
Assembleia Anual: A Assembleia Geral Ordinária da Igreja Local é realizada
5.

anualmente e convocada pelo Pastor Titular, presidente nato da Assembleia, com


antecedência de 15 dias para eleger para período seguinte os membros do CDL; aprovar
relatórios anuais da igreja; tratar de venda ou permuta de propriedade.
04

Convenções: As Convenções Estaduais têm funções legislativas e deliberativas,


podem ser ordinárias (anualmente) e extraordinárias (em qualquer tempo), são da
competência dos Conselhos Estaduais. São membros natos da Convenção Estadual
com direito à voz e voto: os Ministros, Aspirantes e Obreiros Credenciados Titulares,
Coordenadores e Secretários Estaduais e Diretores do ITQ e MQTI, auxiliares de
tempo integral. São membros natos da Convenção Nacional com direito à voz e voto:
os Ministros, Aspirantes e Obreiros Credenciados Titulares nomeados como Pastores
Titulares pelo CND.

60
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4. Informações Administrativas Complementares -


Relações Ministeriais

O candidato ao ingresso, reingresso, ou ascensão na Carreira Ministerial recebe


a designação POSTULANTE, habilitando-se a somente uma nova categoria (são três, e
não existe tempo máximo); a documentação, nomeação e credencial são entregues
posteriormente. Existem as nomeações que são solicitadas exclusivamente pela
Superintendência Regional/ Direção de Campo, não sendo possível outro meio de
obtê-las. O ingresso/reingresso no Ministério Quadrangular se dá na categoria Obreiro

4
Credenciado. Obreiro Credenciado e Aspirante ao Ministério podem pleitear a ascensão
na Carreira Ministerial submetendo ao processo seletivo.

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A Comissão de Relações Ministeriais é responsável por gerir o processo de


admissão, readmissão e ascensão na carreira ministerial; nomeadas pelos Conselhos/
Supervisões Estaduais. Suas atribuições são: elaborar cronograma de atividades de

37
acordo com diretrizes da SGAF, definir locais onde serão realizadas as avaliações, divulgar
informações básicas do processo de postulante no estado (data e local da Convenção
Estadual, procedimento para apresentação do candidato, critérios de avaliação,
resultado, organizar cerimônia de apresentação de obreiros credenciados e aspirantes
8
e consagração dos Ministros).
6.
Requisitos pessoais dos Postulantes: (É um caminho de seis anos desde o ingresso
até a categoria máxima do Ministério Quadrangular.)
1. Ente social (brasileiro ou naturalizado, +18 anos, estado civil regular);
83

2. Vida cristã (convicção da vocação, vida exemplar, ser batizado nas águas e
com o Espírito Santo, confissão pública, dedicação, comparecer às reuniões, ser
ético, comprovar idoneidade);
5.

3. Conhecimentos bíblicos;
4. Aprovação no processo seletivo;
5. Documentos pessoais em ordem;
04

6. Certidões cíveis e forenses;


7. Indicação pelo Pastor Titular.
Etapas do Processo: inscrição do postulante, entrevistas regionais, avaliação escrita,
documentação para ingresso.

5. Base Legal da Igreja do Evangelho Quadrangular

O Estatuto e Regimento Interno são peças importantes para o registro nacional.


Estatuto é um conjunto de normas jurídicas acordadas pelos sócios ou fundadores,

61
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que regulamenta o funcionamento de uma pessoa jurídica, de natureza constitutiva,
estática. As organizações religiosas precisam de Estatuto para ter personalidade jurídica,
autonomia eclesiástica, CNPJ e segurança quanto aos desvios doutrinários. Regimento
Interno é um conjunto de regras estabelecidas por um grupo para regulamentar o seu
funcionamento, norma interna, sem caráter de lei, minucioso, detalhado, não precisa
ser registrado, mas goza de valor jurídico.
Declaração de Fé: (credo) Sagradas Escrituras, A Divindade Eterna, A Queda do
Homem, O Plano de Redenção, Salvação pela Graça, Arrependimento e Aceitação, O
Novo Nascimento, Vida Cristã Diária, Batismo, Santa Ceia, Consagração de Crianças, O
Batismo no Espírito Santo, A Vida Cheia do Espírito Santo, Os Dons do Espírito Santo,

4
O Fruto do Espírito, Moderação, Cura Divina, A Segunda Vinda de Cristo, Relações para
com a Igreja, Governo, O Juízo Final, O Céu, O Inferno, Evangelismo, Dízimos e Ofertas.

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6. Sistema Nacional de Gestão Administrativa

37
6.1 SECRETARIA GERAL DE ADMINISTRAÇÃO E FINANÇAS
Gestão dos Cadastros das Entidades e Ministério Oficial:
gestão dos cadastros nacionais e do Ministério Quadrangular é
8
de exclusividade do Conselho Nacional de Diretores. Veja quem é
responsável por qual parte dos cadastrais começando pela base:
6.

1. Membros do Ministério (atualizam dados pessoais);


2. Administração Local (Pastores Titulares atualizam/
83

consultam dados dos membros);


3. Administração Regional (atualização/manutenção dos dados ministeriais,
disponibilizado no sistema nacional da SGAF;
5.

4. Administração Estadual (semelhante a um membro do ministério, o que


muda é atualizar e consultar dados dos membros do ministério vinculados ao
Estado onde estão nomeados como pastor titular;
04

5. Administração Nacional (consolida informações mandadas por todos níveis


administrativos inferiores).
Gestão dos Cadastros das Lideranças: quando líderes exercem funções junto
ao exercício do ministério oficial, a gestão dos dados é compartilhada com o CND;
quando tais líderes são leigos a gestão é exercida pela administração ao qual está
vinculado, cabendo ao CND apenas a guarda dos dados.
Gestão de Membresia: nomeações solicitadas pela Superintendência Regional/
Direção de campo; ingresso/reingresso se dá pela categoria de Obreiro Credenciado;
Obreiros Credenciado e Aspirante ao Ministério podem pleitear a ascensão na Carreira
Ministerial; é exclusiva da administração Local; o sistema é único de contabilidade,

62
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opera pela internet, o que permite o acesso as informações em tempo real; acesso ao
sistema mediante cadastramento (exclusiva CND).
Administração Geral: tem como suas responsabilidades gerir informações
financeiras e cadastrais por meio do sistema contábil e do sistema de cadastros.

6.2 SISTEMA CONTÁBIL DA IEQ


Características do Sistema Contábil: é único, opera em ambiente WEB (internet),
no momento que o contador digita a movimentação ela já pode ser consultada pelo
CND; relatório com base nos dados contábeis.

4
Cadastros do SGAF: cadastro geral do Ministério Quadrangular e cadastro geral

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das entidades.

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37
Plantando Igrejas 8
1. Plantio De Igrejas
6.

Evangelismo acontece quando


levamos Cristo a um indivíduo podendo
este guardá-lo ou anunciar a outros, é
83

ovelha gerando ovelha. Plantio de Igrejas


é levar Cristo a indivíduos em uma
área definida de relacionamentos que
se fortalecerão em uma comunidade
5.

provendo o ensino da Palavra, com


oração e comunhão, são igrejas gerando
igrejas, expansão do Reino de Deus.
04

Jesus determinou (Mt 28.19-20) para


irmos fazer discípulos, batizar, ensinar,
evangelizar. Igreja Primitiva instalava-se
para fortalecer e manter a fé dos novos Plantação de igreja
convertidos e, continuar a propagação do Evangelho. A Igreja Local são como postos
avançados do Evangelho.
Exemplos e Modelo Quadrangulares: Evangelismo e implantação de novas igrejas.
IEQ se multiplica por células (Pará), Obras Novas.

63
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2. Teologia Bíblica do Plantio de Igreja


Sinagogas: local de leitura das Escrituras dos judeus; criadas após o cativeiro
Babilônico de Israel (responsável propagar Reino de Deus); exerciam papel semelhante
ao da Igreja Local; forte influência na sociedade. Igreja de Antioquia foi uma central de
plantio de igrejas.
A obra que Deus deu a Paulo e Barnabé: levar o Evangelho aos gentios. Onde
passava Paulo plantava nova igreja. O plantio de igrejas na IEQ é conhecido como
Obras Novas, são 50% das Igrejas Locais.

4
A Estratégia Paulina: At 13.1,2; At 14.26-28; 1Co 3.6-9; 9:7, 10 e 11; Rm 15.20;

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15.19; 1Co 3.10; 4:15.

PLANTIO DE IGREJAS NA IGREJA DO EVANGELHO QUADRANGULAR

37
Há alguns modelos de plantio de Igrejas e o principal deles é conhecido como
Obra Nova, que compões cerca de 50 das Igrejas Locais.
Na prática as Obras Novas são Igrejas Locais na fase inicial de plantio e elas se
8
estruturam quando atingem um certo grau de maturidade traduzida nos resultados
6.
alcançados são oficializadas.
Outra parte delas surge a partir de algum modelo de Agências de Evangelização,
isto é, a partir de uma congregação, ponto de pregação, célula ou outra modalidade.
83

Critérios Bíblicos para Plantio de Igrejas devem ser:


5.

1º) definido pelo poder e desejo de Deus em salvar vidas: baseado em quatro
áreas que são converter perdidos, organização em igrejas locais, promover/
treinar líderes, fomentar independência espiritual; ensinar que a igreja é a
comunidade dos remidos, atual, não tem fronteiras, testemunho acompanhada
04

das Escrituras, missão de glorificar a Deus;


2º) definido pela fidelidade às Sagradas Escrituras (1Ts 1.5);
3º) uma ação definida pela sua Proclamação do Evangelho.

64
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3. Contextualização
Ser sensível e capaz de levar o Evangelho de acordo os elementos culturais,
sociais, raciais dos ouvintes para uma pregação eficiente que traga resultados práticos
espirituais na vida deles; compreensão cultural do povo receptor. A Bíblia está repleta
de exemplos; considera a música, alimentos, hábitos, habitação, vestes, e fatores
envolvendo determinada comunidade, valoriza estes pontos de contato levando Cristo
universalmente.
Erros/Riscos:

4
1. Perigo Político (nominalismo, sincretismo, não propaga Cristo e sim
religiosidade);

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2. Perigo Pragmático (nuances de cultura matriarcal, valoriza mais metodologia


que conteúdo e contextualizado);
3. Perigo Sociológico (cadeia de soluções humanistas, esquece teologia bíblica).

37
Pressupostos Bíblicos (contextualização) em Rm 1.18-27: Deus é soberano, dono
de toda a glória; pecado separa o homem de Deus; homem é um construtor de
ídolos; mensagem de Paulo remete à um Deus verdadeiro e não um aceitável.
8
Modelos Bíblicos Contextualizados: a mensagem não deve ser diluída
em seu conteúdo; o público alvo, cultura, língua, são fatores determinantes para
6.
levar o Evangelho; simbologias usadas para a relevância do Evangelho; Evangelho
explicado a partir de si mesmo; o alvo é levar Cristo ao conhecimento do homem; a
contextualização leva o Evangelho de forma clara e inteligível e seu resultado deve
ser o arrependimento do pecado e sincera conversão. Contextualizando, Pedro fora
83

enviado aos circuncidados (judeus) e Paulo aos incircuncisos (gentios), para levarem
o Evangelho. Critérios Bíblicos (comunicar o Evangelho): base em princípios bíblicos
inegociáveis; realizar a partir da observação e avaliação da exposição; rejeição do
5.

Evangelho vista como confronto cultural e não má contextualização; apresentar o


Evangelho a partir da Bíblia para a cultura, e não o contrário.
04

Princípios e Estratégias para Plantio de Igrejas

Ao edificar a igreja no poder do Espírito Santo não pode ignorar os princípios de


Deus. Devemos abraçar os princípios de crescimento que Deus colocou na sua criação.
Se a Igreja Local é um posto avançado para expansão do Evangelho, então urge
que tais locais sejam saudáveis e prontos para realizar a sua tarefa, ou seja, depois de
plantada, esta igreja precisa se desenvolver adequadamente e de forma saudável.
Modelo é um conjunto de conceitos com os quais uma igreja alcançou sucesso,
significa imitar e, Princípio o que é válido para todas as igrejas, universalmente, significa
65
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deduzir e aplicar respeitando cada caso.
Marcas de qualidade de uma igreja:
liderança capacitadora, ministério
orientado pelos dons; espiritualidade
contagiante; estruturas funcionais;
culto inspirador; grupos familiares;
evangelização orientada pelas
necessidades; relacionamentos marcados
pelo amor fraternal. Nenhuma marca de
crescimento pode faltar.

4
Estratégia
Princípios da natureza:

-7
interdependência; multiplicação; transformação de energia; efeitos múltiplos; simbiose;

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funcionalidade. Passos para a ação:


1. Fortalecer a motivação espiritual;

37
2. Descobrir os fatores mínimos e colocar objetivos qualitativos;
3. Identificar os empecilhos;
4. Por em prática princípios da natureza;
8
5. Aproveitar pontos fortes da igreja;
6.
6. Implantar material baseado em princípios da natureza;
7. Acompanhar o processo e concentrar-se em novos fatores mínimos;
8. Reproduzir vida.
83

Desenvolvimento Natural da Igreja: O crescimento em número de igrejas é uma


realidade na Quadrangular, ainda que a maioria dos pastores desconheça a expressão
“plantio de igrejas” como forma de referir à implantação de novas igrejas.
5.

Princípios da Natureza não só nos ensinam agir, mas muito mais a reagir de forma
criativa para estimular o crescimento da igreja. Esses princípios são: 1) Interdependência,
2) Multiplicação; 3) Transformação de energia; 4) Efeitos múltiplos; 5) Simbiose e 6)
Funcionalidade.
04

Os Passos para a Ação são: 1) Fortalecer a motivação espiritual; 2) Descobrir os


fatores mínimos e colocar objetivos qualitativos; 3) Identificar os empecilhos; 4) Colocar
em prática os princípios da natureza; 5) Aproveitar os pontos fortes da igreja; 6) Implantar
material baseado em princípios de natureza; 7) Acompanhar o processo concentrar-se
em novos fatores mínimo e 8) Reproduzir vida. Se a igreja tem saúde mais ou mais tarde
vai reproduzir-se.

Vide Estatuto ou livro de ADMINISTRAÇÃO ECLESIÁSTICA – ITQ Curso Livre em


Teologia, para detalhamento.

66
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Células e Grupos Pequenos

1. Célula
O nome célula é usado em virtude de seu
crescimento ser similar ao das células de um corpo
humano. Todos os tecidos de um ser vivo são
formados por células. Para se dividir, a célula passa

4
por diversas fases, até que com a divisão se forma

-7
outra célula, idêntica à primeira, e assim se dá a

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multiplicação.
Uma criança cresce pela multiplicação
constante das células de seu corpo. A falta de

37
crescimento indica que alguma coisa está errada
e necessita de correção. Assim uma Igreja também
deve ter crescimento pela multiplicação rápida de
8
suas células e só parar de crescer quando estiver
madura e pronta para as bodas do Cordeiro, no Célula
6.
arrebatamento.

2. Grupo Pequeno
83

O Grupo Pequeno é o ambiente mais propício para o desenvolvimento de


relacionamentos significativos e profundos e para a expressão da comunhão cristã
(“koinonia” na língua grega). É na convivência de um grupo pequeno que a mutualidade
5.

cristã de fato aparece e temos a oportunidade de crescer espiritualmente.


Os exemplos bíblicos de grupos pequenos são inúmeros: Os núcleos familiares;
a divisão sugerida por Jetro para a boa administração e atendimento adequado às
04

pessoas (Êxodo 18); Jesus se utilizou do pequeno grupo para formar seus discípulos
(Marcos 3.14) e a Igreja primitiva funcionava à base dos pequenos grupos (Atos 2.46;
20.20; Romanos 16.5).

2.1 BASE BÍBLICA


Existem vários nomes que podem ser dados a este ministério, tais como: Grupos
Pequenos, Grupos de Vida, Células, Grupos Familiares, Igreja nos Lares, o certo é
que este trabalho está conquistando o mundo. Um modelo ainda mais recente que
tem surgido é o MDA (Método de Discipulado Apostólico) ou (Meu Discípulo Amado).

67
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Este método combina as células com um sistema de micro-células em que todos os
membros são cuidados e treinados um a um.

2.2 TEXTOS BÍBLICOS:


Atos 2.46 “... Diariamente perseveravam unânimes no templo, partiam pão de casa
em casa, e tomavam suas refeições com alegria e singeleza de coração”. Romanos 16.5
“... Saudai igualmente a igreja que se reúne na casa deles.” Rm 16.10; 16.11; 1Co 16.19;
Cl 4.15.
A Bíblia ensina que os apóstolos organizavam as igrejas em grandes reuniões com

4
as multidões e nos lares dos irmãos.

-7
Muitas igrejas têm procurado implantar sem sucesso as células, devido alguns

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pontos fundamentais que não são observados, como por exemplo: Há Igrejas com
Células e Igrejas em Células. Qual a diferença?

IGREJAS COM CÉLULAS

É um dos programas da Igreja

É opcional
8 37 IGREJAS EM CÉLULAS

É o programa da Igreja

Todos os membros participam


6.
O pastor apoia, mas não se envolve O pastor está totalmente envolvido

A ênfase é receber bênçãos A ênfase é ser uma bênçãos

A ênfase é fazer convertido A ênfase é fazer discipulos


83

A supervisão é superficial A supervisão é cerrada, forte

O membro pode se envolver em Para se envolver em qualquer ministério


ministérios sem frequentar as células tem que se envolver na célula
5.

3. Os Cinco Objetivos da Célula


04

Comunhão: Desenvolvimento de vida partilhada, alvos comuns e


1. aliança mútua entre todos os membros.

Edificação: A célula oferece o ambiente para o crescimento espiritual,


2. aprendizado prático e disciplina em amor.

Evangelismo: A célula é o lugar onde inseríamos novos membros. É


3. onde alimentamos, guardamos e suprimos os novos irmãos.

68
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Serviço: Cada crente um ministro e cada casa uma igreja. Cada um recebeu
4. um dom e na célula os dons são exercitados para o serviço mútuo.

Consolidação: Acompanhamento fazendo os primeiros passos no


5. discipulado, firmando bem a fé e a convicção de salvação.

4. Funções Das Células


4.1 EVANGELISMO E INTEGRAÇÃO

4
• Quantas pessoas já aceitaram Jesus e que não se firmaram na fé? O

-7
problema é que não foram integradas às igrejas.

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• As Células são uma grande ponte de integração dentro da igreja. A


pessoa não será mais um mero número na igreja, porque ela conhecerá

37
intimamente as pessoas das células, será conhecida pelo seu discipulador.
• O segredo de integrar alguém na igreja local é cultivar um relacionamento


de amizade profunda.
8
“... E partiu Barnabé para Tarso à procura de Saulo; Tendo-o
encontrado, levou-o para Antioquia. E por todo ano se reuniram
6.
naquela Igreja e ensinaram numerosa multidão. Em Antioquia foram
os discípulos chamados pela primeira vez de cristãos” At 11:25-26.
83

4.2 PASTOREAMENTO & DISCIPULADO


• É da vontade de Deus que todas suas ovelhas sejam cuidadas. Em uma
igreja baseada em grupos ou células isto pode acontecer.
5.

• Deus vai nos cobrar seriamente como cuidamos das Suas ovelhas. Cada
alma é de eterno valor. Isso não é brincadeira.
• Deus não vai confiar novas pessoas em nossas mãos se não estivermos
04

cuidando daquelas que ele já confiou.

4.3 COMUNHÃO
Quando uma igreja consegue alcançar uma unidade, a Bíblia diz que Deus encontra


o espaço que Ele precisa para salvar muitas pessoas.
“... Diariamente perseveravam unânimes no templo, partiam o pão
de casa em casa e tomavam suas refeições com alegria e singeleza de
coração, louvando a Deus e contando com a simpatia de todo o povo,
enquanto isso acrescentava-lhes o Senhor, dia a dia, os que iam sendo
salvos” Atos 2.46, 47.
69
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4.4 UNIDADE VERDADEIRA
Princípios de se tornar UM. At 2.46.
...perseveraram... = compromisso e seriedade com o plano de Deus;
...unânimes = que é do mesmo sentimento;
· ...no tempo, e de casa em casa...
...alegria... = prazer e gozo na unidade. (Nem sempre nossa carne achará bom
sacrificar o nosso tempo e os nossos planos pessoais para cultivar a unidade, mas o
plano de Deus é que façamos isso com alegria).

4
...e singeleza... = Simplicidade de visão! Temos que deixar de ser complicados.

-7
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4.5 TREINAMENTO DE LÍDERES


• Uma igreja baseada em células produz muitos líderes de qualidade.

37
• A liderança é ensinada na prática nas atividades das células.
• Acompanha fortemente se os novos convertidos estão participando dos
cursos que a igreja oferece.
8
4.6 CRESCIMENTO E MULTIPLICAÇÃO
6.

• Uma função muito importante é a multiplicação das células. As células


não se dividem elas se multiplicam.
• As células nunca poderão ficar muito grandes, para que haja sempre uma
83

atmosfera de família.
5.

A Importância da Igreja Local


04

1. Introdução
• A visão de Deus é que busquemos o Seu Reino em
primeiro lugar (Mt 6.33). Mas qual é o contexto em
que nos devemos buscar o Reino de Deus?
• É fácil dizer que estou buscando o Reino de Deus em
primeiro lugar. Mas na prática, como posso fazer
isso? Jesus disse: Eu edificarei a minha Igreja (Mt
16.18) e em outra ocasião Ele disse: Quem comigo
não ajunta espalha (Mt 12.30). Em outras palavras

70
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o Reino de Deus se manifesta e é centralizado na igreja do Senhor Jesus.

1.1 A IGREJA LOCAL É O CORAÇÃO DO REINO DE DEUS


• Se verdadeiramente estou buscando o Reino de Deus, devo estar envolvido
no trabalho de edificar com Jesus sua igreja aqui na terra.
• Mas, como a igreja de Jesus aqui na terra é edificada? Através da igreja
local!
• Se eu não estiver edificando a igreja local não estarei edificando o Reino
de Deus aqui na terra.

4
• O apóstolo João, em Apocalipse 1.10-11, ouviu a voz do Senhor Jesus por

-7
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trás dele. Mas quando virou para ver o Senhor Jesus, primeiramente ele
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viu sete candeeiros de ouro (Ap 1.12) e só depois viu o Senhor Jesus (Ap
1.13). Os sete candeeiros são as igrejas, as sete igrejas locais (Ap 1.20).
Onde estava Jesus? No meio dos sete Candeeiros, no meio das igrejas

37
locais. É impressionante a importância que Deus põe na igreja local.

1.2 AS CÉLULAS SÃO O CORAÇÃO DA IGREJA LOCAL


8
• As células que funcionam nas casas são o coração da igreja local.
6.

• As células produzem o crescimento e a multiplicação da igreja local, por


isso devem ser o ministério da igreja e não um dos ministérios da igreja
local.
83

2. Passos para o Sucesso na Visão


5.

Nos cultos, nas casas com as células e em qualquer lugar


GANHAR
através do evangelismo pessoal.
04

Nós consolidamos através do discipulado um a um. Nós


CONSOLIDAR
edificamos os nossos membros através das células e nas
reuniões da igreja local.

DISCIPULAR Escola Bíblica, Escola de Discípulos e Escola de Líderes.

O nosso foco é produzir discípulos maduros e líderes


ENVIAR
eficientes, para isto damos toda a liberdade para o
crescimento na igreja local.

71
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3. Consolidação do Novo Convertido

A pessoa que aceita a Jesus receberá um contato 24h, e


CONTATO 24H neste contato será marcado o dia e a hora para começar
o curso Discipulado Inicial.

DISCIPULADO UM A UM Começar o discipulado inicial.

4
BATISMO
0 Alvo do discipulado inicial é levar o novo convertido a
tomar a decisão de se batizar.

-7
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O novo convertido precisa se tornar um discípulo


ESCOLA DE DISCÍPULO
maduro e para isto deve fazer a Escola de Discípulos.

ESCOLA BÍBLICA
Palavra de Deus.
8 37
O discípulo precisa se aprofundar no conhecimento da

Não basta ser um discípulo maduro, ele precisa


ESCOLA DE LÍDERES
aprender a servir na casa de Deus com os seus dons.
6.
83

As Pessoas de uma Célula


5.

Dentro da estrutura de células existem algumas pessoas fundamentais. Elas


desempenham funções básicas e imprescindíveis para o funcionamento da célula.
LÍDER: O líder de Célula é a figura-chave dentro da estrutura de células. Ele não
04

precisa de um alto nível cultural ou intelectual e tampouco um mestre nas Escrituras,


também não precisa ser um pregador eloquente. Todavia, deve apresentar as seguintes
características:

SER CHEIO DO Isso vai gerar vida na célula e fazer frutificar seu trabalho. Uma
ESPÍRITO SANTO vida de oração íntima e diária com Deus e com sua Palavra.

Quem não apreendeu a se submeter, também não pode liderar.


SER SUBMISSO Não podemos tolerar pessoas arrogantes, soberbas e que
promovem divisões na liderança.

72
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Isso significa disposto aprender com qualquer um, sem se julgar


doutor em coisa alguma. Líderes que se julgam conhecedores
SER ENSINÁVEL
de tudo e nunca participam de reuniões de treinamento devem
ser afastados, pois não estão guiados pelo Espírito de Cristo.

O líder, como homem de Deus, deve andar na luz e não ocultar


coisa alguma de seu caráter. Ele também deve manter um nível
SER de transparência total para com aqueles que estão em um nível
TRANSPARENTE
acima do que o seu, isto é, seu Supervisor e os Pastores de sua

4
Igreja.

-7
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Se na sua transparência percebemos algo errado, ele deve ser


SER TRATÁVEL
suficientemente aberto para permitir ser tratado e corrigido.

SER FRUTÍFERO
37
O líder precisa ser forjado no trabalho de ganhar almas. Ele
precisa provar que não é estéril espiritualmente, mas que ama o
perdido e está disposto a alcançá-lo a qualquer custo. É preciso
se multiplicar como líder gerando outros líderes.
8
6.

1. O Futuro Líder (Líder em Treinamento)


O futuro líder é um líder em treinamento, com um potencial diagnosticado pelo
o líder. Todo futuro líder deverá ser um Líder de Célula depois da multiplicação. Todo
83

o trabalho feito pelo líder deverá ser feito junto com o seu futuro líder.

ANFITRIÃO:
5.

É aquele que recebe os irmãos em sua casa com disposição e amor, para o bom
funcionamento de uma célula. É imprescindível que o anfitrião esteja presente na sua
casa na hora da reunião.
04

SUPERVISOR:

Ele supervisiona uma quantidade x de células, de acordo com sua capacidade e


disponibilidade de tempo, e tem a função de supervisionar as células. Ele promove o
fortalecimento das células e estimula seus líderes a realizarem com qualidade o trabalho
da célula.

PASTOR:

O pastor é responsável por uma quantidade x de Supervisores e suas respectivas


células. Ele se reúne uma vez por semana com eles, em grupo e, individualmente quando
necessário.

73
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Uma Célula Forte

Uma célula não é forte por acaso, ela precisa ter alguns pontos fundamentais para
sua saúde e crescimento, tais como:
• Um Líder forte: É aquele que
prioriza seu momento diário com
Deus, deve haver oração, jejum

4
e leitura/estudo da Palavra de
Deus.

-7
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• Um grupo mobilizado para o


serviço: Quando todos estão
envolvidos de forma efetiva na

37
célula haverá crescimento. Em
uma célula forte todo o trabalho é feito em grupo.
• Alvos claros de multiplicação: Alvos claramente definidos e uma atuação
bem sucedida da célula formam um elo fortíssimo.
8
• Prática da Visão que cada crente pode tornar-se um líder: Uma célula
6.
forte tem um ou mais líderes em treinamento. Seu líder foca seu trabalho
na produção de líderes.
• Evangelismo: Uma célula que não leva visitante vai definhar no decorrer
83

do tempo.
• Visitas: Se as pessoas vão à célula e não recebem uma visita dentro das
próximas 48 horas dificilmente voltarão.
5.

• Multiplicação: O maior e mais evidente sinal de saúde de uma célula é o


seu crescimento que gera a multiplicação. Há uma relação direta entre a
saúde e a fecundidade da célula.
04

1. Mandamentos que Protegem as Células


Cada líder é um guardião da visão celular, se desejamos manter a saúde da célula
precisamos zelar por alguns valores inegociáveis.

As células são a base da Igreja

A célula não é uma parte da vida da igreja e nem pode ser confundida como um ministério
da igreja. A célula é igreja, quando ela existe realmente em uma Igreja todas as outras
estruturas tornam-se desnecessárias devido aos frutos produzidos pela visão celular.

74
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A célula deve ter a visão de ganhar os perdidos

A célula que não possui a visão de ganhar os perdidos irá fracassar. Sem a visão de
ganhar vidas para Jesus, a célula perde a razão de existir.

A célula deve se multiplicar

A célula deverá fazer tudo que estiver a seu alcance para alcançar a multiplicação. Se
for preciso ela deve trocar de anfitrião, mudar de casa ou até mesmo de líder, caso não
funcione, a célula deverá ser remanejada para outra célula. O resultado de uma célula que
não se multiplica é a estagnação. A frequência diminui, pois não há vida compartilhada.

4
A reunião torna-se parecida com o culto da Igreja, já não há apascentamento adequado
e os membros ficam acomodados.

-7
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A célula se reúne semanalmente

37
Toda célula deve se reunir uma vez por semana para renovar os compromissos, buscar
alcançar os alvos e ter supridas suas necessidades no corpo de Cristo.
8
Toda liderança está debaixo de cobertura e Supervisão

Não existem líderes independentes na visão celular. Todos devem prestar contas a outro
6.
líder, no nível acima de autoridade. O bom líder é um bom liderado.

2. Benefícios da Visão Celular


83

Veja os benefícios da visão celular:


5.

Lideranças reais irão surgir

O líder na visão da Igreja em célula tem uma história que fará dele um líder de verdade
e não de título. O líder não será um líder artificial, os frutos de seu ministério provarão
04

naturalmente sua liderança.

Facilita a mobilização na Igreja

É impressionante o poder mobilizador de uma igreja em célula. A mobilização é rápida


eficiente para a realização de qualquer atividade em uma estrutura celular.

Produz crescimento numérico

O crescimento vem através do trabalho dos membros, os quais, na célula, se tornam


responsáveis pelo crescimento da Igreja.

75
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Leva cada crente a funcionar

Esta visão celular é um novo modelo de Igreja e gera um novo tipo de crente. Não mais
um mero consumidor espiritual no Shopping da Igreja, mas um produtor útil e frutífero
na família de Deus.

Um lugar para os dons

Os dons são um grande instrumento para edificação e o crescimento da Igreja. A célula


é o melhor lugar para a manifestação dos dons do Espírito.

4
Gera apascentamento

-7
Todo novo convertido é como uma criança, e como tal necessita de alguns cuidados

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fundamentais. Toda criança precisa de cinco (5) coisas: alimento, proteção, ensino,
disciplina e amor. E esses cuidados não podem ser dados de maneira massificada, mas
sim, individualmente, nas células.

Estabelece vínculos de amizade sólidos


8 37
A amizade é a melhor isca para pescarmos vidas para Jesus. Podemos dizer que a Igreja
é uma grande rede e os vínculos são os nós da rede. Quando esta rede tem seus nós
firmes e bem ligados, os peixes são naturalmente presos.
6.

A Vida de um Líder Multiplicador de Células


83
5.

1. Introdução
Um Líder de Célula não se torna um multiplicador por acaso, todos aqueles que
têm alcançado sucesso na multiplicação de sua célula são líderes que possuem uma
04

vida cristã vitoriosa.

1.1 A VIDA PESSOAL DO LÍDER


MULTIPLICADOR DE CÉLULAS
Ninguém segue um fracassado, por
isso não basta o líder de célula ser uma
bênção na igreja, sua vida pessoal tem
que ser vitoriosa. A vida pessoal envolve as
seguintes áreas: estudo, trabalho, família,
casamento, namoro etc. Se nestas áreas
o líder não for vitorioso terá dificuldades Líder de célula

76
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em levar sua célula para a multiplicação anual. Se alguém não sabe governar a própria
casa, como cuidará da Igreja de Deus? 1Tm 3.5.

1.2 A VIDA DEVOCIONAL DO LÍDER MULTIPLICADOR DE CÉLULAS


A obra de Deus é feita da maneira de Deus. Se o poder de Deus não fluir em nós,
não teremos êxito na nossa célula. O líder que deseja ver sua célula se multiplicando
terá que cultivar hábitos espirituais fundamentais para o sucesso de sua liderança, tais
como: A oração diária, leitura e estudo da
Palavra de Deus e jejum semanal.

4
A leitura de bons livros é edificante.
Todos os líderes de Deus nesta terra que

-7
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alcançaram êxito em seus ministérios


observaram este alicerce da vida cristã,
que é a vida a sós com Deus. ‘‘Ele (Jesus),

37
porém, se retirava para lugares solitários
e orava. ‘‘Lc 5.16. Devocional
8
1.3 A VIDA SEMANAL DO LÍDER MULTIPLICADOR DE CÉLULAS
A multiplicação de uma célula está diretamente ligada à forma como o líder vive
6.

a sua semana. Se o líder não se comunica com os membros da célula antes do dia
da reunião da célula, diminui em muito a probabilidade desta célula se multiplicar. O
relacionamento é muito mais importante do que qualquer atividade que vise fazer a
83

célula crescer. Aproveite para se relacionar com os membros da sua célula em todas
as oportunidades, tais como: antes e depois dos cultos, se puder use o telefone para
aprofundar relacionamentos e procurar integrar os membros a algumas atividades
de sua vida. Barnabé e Saulo, cumprida sua missão, voltaram de Jerusalém, levando
5.

também consigo a João, apelidado de Marcos. At 12.25.

1.4 A VIDA MINISTERIAL DO LÍDER MULTIPLICADOR DE CÉLULA


04

O líder multiplicador não olha para o seu trabalho como um cargo confiado a ele,
ele sabe que liderar uma célula é um precioso ministério dado por Deus. Quando o líder
trata o seu trabalho como Ministério, isto é, uma oportunidade de contribuir para o
crescimento do Reino de Deus e servir ao Deus Vivo, ele se torna um líder multiplicador.
Para o líder multiplicador, o seu trabalho na liderança da célula é realizado com zelo
e determinação, isto é, faz o seu melhor para Deus, SEMPRE. Portanto, meus amados
irmãos, sede firmes, inabaláveis e sempre abundantes na obra do Senhor, sabendo
que, no Senhor, o vosso trabalho não é vão. 1Co 15.58.

77
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2. Qualidades de um Líder Multiplicador de Células


2.1 HABILIDADE DE APRENDER COM ERROS
O maior erro que alguém pode cometer em sua vida é temer continuamente
cometer um. É verdade que os erros doem, mas você não aprenderá, a menos que
os cometa. Muitos líderes não conseguem multiplicar suas células em função de não
saberem lidar com os erros. Quem não comete erros não progride. Como líder você
cometerá inúmeros erros.
Você sabia?

4
Que Abraham Lincoln faliu duas vezes como empresário e foi derrotado em seis
eleições estaduais e nacionais antes de se tornar o presidente dos EUA?

-7
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Mas apenas lembre-se de que erros servem de ajuda, não de obstáculo. Quando
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os erros acontecerem, admita-os imediatamente, aprenda com eles e vá em frente.


Exemplo: Pedro andando por sobre a água. Mt 14.27-31.

37
• Nunca menospreze o apóstolo Pedro por causa de sua dúvida, pelo menos
ele estava disposto a tentar. Admiro mais a pessoa que tentou e falhou do
que aquela que ficou sentada no barco.
• Líderes Multiplicadores de células estão sempre dispostos a andar sobre
8
as águas.
6.

2.2 EMPENHO EM FAZER COM ZELO


Os líderes Multiplicadores de Células trabalham arduamente e o sucesso vem
83

naturalmente. A palavra “zelo” no grego significa: “rapidez em resolver o assunto,


assumir problemas, qualidade de quem é trabalhador, contrário de preguiça”.
O zelo antecede o sucesso. Deus chama o Seu povo para fazer o melhor.
5.

Procura apresentar-se a Deus aprovado, como obreiro que não tem o que se envergonhar
e que maneja bem a Palavra da verdade. 2Tm 2.15.
04

2.3 INSPIRAÇÃO X TRANSPIRAÇÃO


Thomas Alva Edison disse certa vez que um gênio é 99% transpiração e 1%
inspiração. Você está disposto a prosseguir apesar dos fracassos em sua vida? O sucesso
está conectado com a ação. Pessoas de sucesso continuam se movendo. Elas cometem
erros e não param. Líderes de células bem sucedidos continuam a fazer as coisas que
eles sabem que devem fazer. Por meio da prática sua liderança é aperfeiçoada.

2.4 DISPOSIÇÃO PARA AGIR


Simplesmente faça, não apenas idealize, simplesmente faça, não dê desculpas,

78
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simplesmente faça. Esta pequena frase distingue líderes eficientes daqueles que
incessantemente ficam patinando no mesmo lugar, e nunca vão para lugar algum.
Todo trabalho árduo traz proveito, mas o só falar leva à pobreza. Pv14.23.
Vá em frente! Faça acontecer! acorde cedo, descubra o problema e resolva-o. O
desafio maior de um líder é traduzir a intenção em ação.
Líderes eficientes fazem o que não gostam de fazer. Eles se esforçam a si mesmos
para que o trabalho seja feito, fazendo aquele telefonema extra, orando diariamente
pelo os membros da célula e separando o tempo para sua vida devocional. Eles
colocam fé em suas orações.

4
3. Influenciando para Multiplicar sua Célula

-7
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O Líder multiplicador de células precisa ter a capacidade de influenciar os


membros de sua célula para juntos atingirem os alvos estabelecidos, pois, sem uma

37
influência forte, a célula não produzirá o esperado. Seguem, abaixo, quatro formas do
líder exercer uma poderosa influência sobre os membros de sua célula.
8
3.1 SENDO TRANSPARENTE
Um Líder Multiplicador de células é aquele que manifestará sempre uma
6.
transparência equilibrada com os membros de sua célula. Se eu tentar utilizar
estratégias e táticas humanas visando que as pessoas façam o que quero, sem mostrar-
lhe uma transparência equilibrada, não serei bem sucedido.
83

AVALIANDO A TRANSPARÊNCIA:
• Trato bem pessoas de quem não posso obter ganho algum?
• Admito erros rapidamente sem ter que ser pressionado pelos membros
5.

de minha célula?
• Quando tenho algo a dizer sobre alguém da célula, falo para ela ou sobre ela?
04

3.2 SENDO CUIDADOSO


Um Líder Multiplicador de células cuida bem dos membros de sua célula. A sua
relação com os membros de sua célula vai além das cobranças naturais de quem
lidera, ele deixa claro sua real preocupação no sucesso dos membros de sua célula, em
todas as áreas de sua vida. Se desejar tornar-se um multiplicador de células, comece
a cuidar bem de todos que estão sob sua liderança.

3.3 ACREDITANDO NAS PESSOAS


Um Líder multiplicador de células acredita sempre nas pessoas mesmo antes que

79
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elas alcancem o sucesso no seu trabalho. O líder deve enfatizar os pontos fortes e
animar sempre quando os erros aparecerem. Uma forma de melhorar a autoestima
de sua célula é criando situações que alcancem pequenos sucessos e pouco a pouco
levando-os a um futuro bem sucedido.

4. Sendo um Bom Ouvinte


Um Líder Multiplicador de Células não menospreza as opiniões dos membros de
sua célula. Ele está sempre aberto e pronto para ouvir, pois com isto o líder demonstra
respeito, aprofunda relacionamentos e a possibilidade de novas ideias aumenta.

4
5. Fatores que Influenciam a Multiplicação da Célula

-7
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5.1 Um Trilho de Crescimento


O líder que deseja ver sua célula se multiplicar deve providenciar, se sua igreja

37
não tem, um trilho de crescimento para o novo convertido. O novo convertido precisa
saber para onde está sendo conduzido. Sem um alvo definido, ele vai se perder no
seu crescimento espiritual e dificilmente vai se tornar um líder ou um cristão maduro
e produtivo.
8
6.
6. Os Estágios da Multiplicação da Célula
A multiplicação é um princípio bíblico. Em Gn 1.28, a primeira ordenança que
Deus deu ao homem foi: “Sede Fecundos multiplicai-vos, enchei a terra e sujeitai-a”.
83

Vemos o cumprimento desta ordem em Êx1.7 “Mas os filhos de Israel foram fecundos, e
aumentaram muito e se multiplicaram, e grandemente se fortaleceram”.
“... E Quanto mais os egípcios os afligiam, tanto mais se multiplicavam e tanto mais
5.

se espalhavam”. Ex 1.12

6.1 OS ESTÁGIOS DE MULTIPLICAÇÃO


04

APRENDIZADO

Nos primeiros meses, o envolvimento entre os membros das células não é muito profundo.
Nesse primeiro período tudo é novidade. Também é um momento de conhecimento dos
membros da célula e não devera haver muita cobrança sobre os novos convertidos. O
estímulo para que eles se envolvam na obra do Senhor tem que ser feito com carinho e
sabedoria, pois tudo é muito novo.

80
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AMOR

A segunda fase pela qual as células passam é o amor. Cada um tem que começar a perceber
que a sua célula é a sua família da igreja, isto é, a sua família espiritual, onde recebe atenção,
amor e as suas necessidades são supridas pelos membros desta sua família.

DEFINIR A PARTICIPAÇÃO DE CADA UM

Neste terceiro estágio, o grupo se torna mais forte e disposto a alcançar o objetivo de se
multiplicar. Cada participante do grupo deve desenvolver um senso de responsabilidade
individual, sendo capaz de dizer sinceramente: Esse é o grupo ao qual faço parte. Agora,

4
os membros têm tarefas específicas. Uns lideram o louvor, outros são responsáveis em
chegar mais cedo e organizar a casa junto com o anfitrião, outros ficam responsáveis em

-7
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buscar os mais novos da célula, enfim, definir a parte de cada um.
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PRODUTIVIDADE

37
Agora temos este maravilhoso estágio de produtividade. Finalmente após os estágios
anteriores, as células alcançam seu período mais produtivo. Agora os membros se amam
mais e confiam uns nos outros, e já estarão prontos para dar muitos frutos e alcançarem
o crescimento numérico da célula, pois neste estágio as células estarão a todo vapor
8
empenhada em ganhar cada vez mais almas para Jesus.
6.

MULTIPLICAÇÃO

Durante o quarto estágio o LÍDER EM TREINAMENTO estará pronto para assumir a sua
83

célula e se tornará sem dúvida um líder produtivo.

O líder junto com o Supervisor de células tem que explicar para sua célula, que
a multiplicação não faz com que os relacionamentos acabem. Teremos sempre
5.

oportunidades de mantermos os relacionamentos porque, a partir da multiplicação, o


líder pode se tornar um Supervisor de células.
04

7. A Importância de Estabelecer Alvos


Se você estiver mirando em nada, certamente vai acertar em nada.

7.1 LÍDERES MULTIPLICADORES E OS ALVOS


Os líderes que estão multiplicando anualmente sua célula são aqueles que
exercem sua liderança orientada por alvos. Quando isso não acontece, o trabalho
e o processo de crescimento serão lentos. Alvos claramente definidos e o sucesso
da célula formam um elo fortíssimo. Alvos proporcionam direção e garantem que as
prioridades sejam levadas a sério.

81
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7.2 OS ALVOS E A MULTIPLICAÇÃO
Um alvo que toda célula se esforça para atingir é uma data prevista para a
multiplicação. Líderes de células que conhecem seu alvo quando o seu grupo irá gerar
um novo grupo, multiplicam os seus grupos de maneira regular e com maior eficiência
que os líderes que não conhecem seus próprios alvos.

Paul Young Choo disse: O requisito número um para uma célula crescer realmente
é estabelecer alvos.

4
7.3 PRINCÍPIOS PARA ESTABELECER ALVOS

-7
Os alvos para serem alcançados devem obedecer aos seguintes princípios:

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1º Estabeleças alvos específicos;


2º Sonhe com estes alvos;
3º Anuncie estes alvos para a Igreja;

37
4º Faça os preparativos para alcançar os alvos.
8
7.4 A REUNIÃO DA CÉLULA E OS ALVOS
6.
Muitas Células estão falhando em seus sistemas de trabalho porque não oferecem
aos seus discípulos um alvo claro e não se lembram dele constantemente.
Se sua célula não tem um alvo então a reunião da célula será apenas uma bela
83

reunião de confraternização. O alvo é uma imagem retida na sua mente de como as


coisas poderiam ou deveriam ser no futuro.
5.

ILUSTRAÇÃO: Dois vendedores de sapatos foram enviados por sua empresa para
África. Ambos observaram que eram muito pouco os que ali calçavam sapatos.
Um telefonou para empresa e disse: Nossa companhia não tem futuro aqui. Não
há mercado para o nosso produto. Ninguém usa sapatos aqui. O outro disse à
04

empresa: Temos uma mina de ouro aqui. Todos precisam de sapatos.

8. O Líder e a Saúde da Célula que Multiplica


Em uma Célula saudável, com toda certeza haverá crescimento e multiplicação e
veremos nesta passagem de Mc 2:1-12, uma célula que manifestou qualidades que
somente onde há saúde crescimento e multiplicação podem se manifestar. Então o
que vem a ser uma célula com saúde?

82
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8.1 UMA CÉLULA SAUDÁVEL É BASEADA EM RELACIONAMENTOS
(V.3) “...Alguns foram ter com ele,
conduzindo um paralítico, levado por quatro
homens”.
• O que teria acontecido se aquele
paralíticos não tivesse irmãos
de verdade? Ele estava estirado
num leito. Não tinha como se
locomover e nem com chegar

4
onde Jesus estava. Mas ele Relacionamento
não estava sozinho. Na célula

-7
havia verdadeiros amigos, os relacionamentos aconteciam e a vida era

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compartilhada.
• Quanta gente vive sozinha, achando que sobreviverá sem ajuda das

37
pessoas, e acabam se frustrando. Ter relacionamentos é muito importante.
Por isso valorize a sua célula.
8
8.2 UMA CÉLULA SAUDÁVEL É ONDE HÁ UM AMBIENTE DE FÉ
(V.5) “...Vendo-lhes a fé Jesus disse ao paralítico”.
6.

• Observe que Jesus não viu a fé do paralítico, mas a fé dos seus amigos da
célula. Que tipo de amigos você tem? Os amigos podem ser “parteiros” ou
“coveiros”. Sabemos que parteiros ajudam crianças a nascer, enquanto
83

coveiros, as enterram.
• Que bom que aquele paralítico estava numa célula e que os seus amigos
acreditavam na possibilidade de mudança.
5.

• É muito difícil andar com pessoas que não acreditam em nossos sonhos.
• O que faz de uma célula um lugar extraordinário, não é o lanche, não é o
sofá da casa. O que faz da célula um lugar maravilhoso é o ambiente de fé.
04

8.3 UMA CÉLULA SAUDÁVEL É UMA CÉLULA ONDE AS PESSOAS ENXERGAM


SOLUÇÕES PARA OS PROBLEMAS
(V4) “...E não podendo se aproximar dele, por causa da multidão descobriram
o telhado no ponto correspondente ao que ele ao que ele estava e, fazendo uma
abertura, baixaram o leito em que jazia o doente”.
• Eles poderiam ter dito para o doente: É companheiro, vai ficar pra próxima.
Todas as portas estão fechadas por uma grande multidão. Mas eles não
desistiram. Os membros da célula precisam aprender que fazemos parte
da solução e não dos problemas.

83
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• Dizem que um amigo falou para o outro: Vou caçar na mata. E outro respon
deu: Mas se aparecer uma onça na sua frente? Eu darei um tiro nela e a
matarei. Se a espingarda falhar? Bem eu subo numa árvore. Mas se não
tiver árvore por perto? Eu corro. Mas se fores para um precipício? Irritado,
o amigo perguntou ainda: Afinal, você é meu amigo, ou amigo da onça?

8.4 UMA CÉLULA SAUDÁVEL É AQUELA QUE LEVA AS PESSOAS PARA JESUS
• Uma das maiores evidências de que essa célula era uma célula saudável
é que ela tinha pessoas que faziam de tudo para levar as pessoas a Jesus.

4
• Todo o trabalho só será válido se no final alguém for colocado na presença
do Mestre.

-7
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• Esta célula cumpriu seu papel na vida de alguém, e quanto a sua célula?
O que você tem feito por sua célula?
Toda a igreja está empenhada nesta
8 37
visão de crescimento. A Visão Celular é
dinâmica, simples de ser realizada. Não parte
de uma visão doutrinária ou denominacional,
este é um modelo de evangelização que traz
crescimento, multiplicação e envolvimento
6.
real e consistente com a Igreja local.
Seu objetivo é que cada membro de Igreja
Célula seja integrado ao corpo e seja um discípulo do
83

Senhor Jesus, um líder treinado e capacitado


para levar pessoas a conhecer a Cristo. Assim, estamos cumprindo um dos principais
chamados de Jesus para sua igreja. “Portanto ide, fazei discípulos de todas as nações,
batizando-os em nome do Pai, e do Filho, e do Espírito Santo.” (Mt 28.19)
5.

Todos os envolvidos na visão celular têm este foco, ganhar vidas e prepará-
las para viver o verdadeiro Evangelho e a certeza de que Jesus salva, batiza com o
Espírito Santo, cura e em breve voltará. Entendemos que esta é uma estratégia que
04

gera resultados positivos quando bem aplicada. Todos podem e devem participar,
experimentar e ver o crescimento reconhecendo que de fato Deus é o dono da obra
e digno de toda glória devida ao Seu Santo Nome. “De modo que, nem o que planta é
alguma coisa, nem o que rega, mas Deus, que dá o crescimento.” (1Co 3.7)
Com a visão implantada, toda a igreja está sendo restaurada. Começando de sua
estrutura de cultos, seus grupos missionários e suas atividades que ganham impacto.
Cada atividade é extremamente importante para o bom funcionamento de uma igreja
como parte fundamental do Corpo de Cristo.

84
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Igreja Local

1. Como surgiu a Igreja?


A palavra em grego é EKKLESIA, e significa reunião de um povo por convocação, ou
na melhor tradução, uma assembleia de santos chamados para fora. A palavra deriva
ainda do verbo grego EKKALEO e designa os cidadãos do Reino de DEUS (Ef 2.19).
Para alguns teólogos a IGREJA surgiu em Atos 1.8, mas na verdade ela surgiu em

4
Mateus 16.19 “sobre esta pedra edificarei a minha igreja”.

-7
A igreja nasceu do lado ferido de CRISTO como a humanidade nasceu do lado

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ferido de Adão.

A palavra em si pode, - IGREJA LOCAL - Mt 18.16-17; At 15.4


ainda, significar:

37
- IGREJA UNIVERSAL - Mt 16.18; At 20.28; Ef 2.21-22
8
No dois casos acima, o termo se refere ao CORPO DE CRISTO, e não a uma
construção.
6.

2. Sete Pontos Sobre a Igreja...


83

1- A IGREJA DEVE SER SEPARADA DO MUNDO (2 Co 6.16-18)

A Igreja deve ser santa. Devemos rejeitar o modismo, o “isto não tem nada a ver”, ou seja,
não devemos deixar que o mundo entre na Igreja.
5.

2- A IGREJA É O CORPO DE CRISTO (1 Co 6.16-16)

Como corpo de CRISTO, a Igreja deve se manter fiel e pura, mas nunca esquecer quem é o
04

Cabeça deste corpo – JESUS CRISTO. (Cl 1.18; Ef 1.22).

3- A IGREJA É A NOIVA DE CRISTO (2 Co 11.2)

Como estamos vivendo a era destinada à Igreja, sabemos que o ESPÍRITO SANTO está
moldando, preparando e adornando esta noiva para um casamento. Então, vamos nos
preparar para que num futuro bem próximo nos tornemos a esposa, com a volta do nosso
Senhor. (Ap 19.7).

85
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4- A IGREJA É UMA COMUNHÃO ESPIRITUAL (2Co 13.14; Fp 2.1)

O termo aqui referido é KOINONIA e significa exatamente estarmos juntos em comunhão


uns com os outros, sem acepção de pessoas, sem grupinhos e sem pessoas privilegiadas.

5- A IGREJA É UM MINISTÉRIO (Rm 12.6; 1Co 1.7)2.1)

Não foi aos anjos que foi ordenada a pregação do Evangelho, mas à Igreja, e o termo grego
para isto é DIAKONIA.

4
6- A IGREJA É UM EXÉRCITO (Ef 6.17)

-7
Quando existe uma guerra, o exército se prepara e luta com toda a sua força para vencer.

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Nestes últimos tempos, temos observado que a Igreja de CRISTO está se preparando mais
para ir a uma festa do que realmente para guerrear. Isto é culpa dos pastores e professores
que não têm se empenhado como deveriam, e em alguns casos, dos soldados (membros).

37
Temos, ainda, visto em nossas escolas bíblicas e seminário que os nossos líderes precisam
ter mais compromisso com o Reino.
8
7- A IGREJA É A COLUNA E O FUNDAMENTO DA VERDADE (1Tm 3.15)

Você, Pastor, é a Igreja, portanto, tenha seus olhos sempre voltados para CRISTO.
6.

3. Reflita e Comente...
83

a) Quando rei da Inglaterra, na Idade Média, ordenou que todos os cristãos


fossem queimados vivos, seu Conselheiro Chefe lhe disse:
“A Igreja de CRISTO é como uma bigorna, quanto mais se bate, mais ela
se fortalece.”
5.

b) VOLTAIRE, um grande escritor e gnóstico francês, disse em sua época que


o cristianismo iria se dissolver no máximo em 100 anos, e não sobraria nem
memória da Bíblia. Cento e vinte e cinco anos após sua morte, a Sociedade
04

Bíblica de Genebra estava usando suas prensas para produzir mais de um


milhão de exemplares da Bíblia Sagrada e sua casa era usada como depósito
para todas essas Bíblias.

3.1 AS 14 CARACTERÍSTICAS DE UM PASTOR SÃO...


1º Irrepreensível;
2º Marido de uma só mulher; 3º Vigilante;
4º Sóbrio;
5º Honesto;
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6º Hospitaleiro;
7º Apto para ensinar;
8º Não dado ao vinho;
9º Não espancador, mas moderado;
10º Inimigo de contendas;
11º Não ganancioso;
12º Que governe bem a sua casa;
13º Não neófito;

4
14º Que tenha bom testemunho dos que estão de fora.

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6.
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5.
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5.
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CAPÍTULO 4 ÉTICA

4
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Ética Cristã

1. Introdução
8 37
Ética é definida como sendo um conjunto de
6.
valores morais que estabelecem as diretrizes que
regulamentam a vida da humanidade em sociedade.
A ética está presente em todas as decisões que
83

o homem toma nas diferentes áreas de sua vida.


Cada escolha ou decisão do homem é influenciada
por aquilo que ele crê ser certo ou errado. Então,
ao tomar determinada decisão, o homem age em
5.

conformidade com a ética em que acredita, ou


contra ela. Até aquelas pessoas que nem mesmo
entendem a composição de seus princípios éticos,
são influenciadas por tais princípios.
04

Os fundamentos da ética cristã podem ser vistos do começo ao fim das Escrituras


Sagradas. A Bíblia revela explicitamente o padrão moral de Deus. Um exemplo desse
padrão pode ser encontrado de forma sintetizada nos Dez Mandamentos: Antigo
Testamento (Êx 20.2-17) e no Sermão da Montanha: Novo Testamento (Mt 5-7). Não
podemos também nos esquecer que precisamos falar de ética numa perspectiva cristã,
objetivando alcançar não apenas a mente do homem, transmitindo-lhe informação e
promovendo discussão, mas, muito mais que isso, levarmos esse homem à reflexão, e
a uma tomada de postura ética que seja bíblica e cristã no enfrentamento da inversão
de valores morais como percebemos na sociedade em que vivemos. Como dizia o
pedagogo Howard Hendricks, “ensinando para transformar vidas”!

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2. Ética Cristã: Conceituando


A palavra ética é de origem grega “ethos”, e significa modo de ser, caráter,
comportamento. Dentro do estudo da ética temos uma vertente que enfatiza a moral,
palavra está derivada do latim mos, mores = costume, que segundo o Dicionário Larousse,
significa, dentre outras coisas, regras de conduta que regem uma sociedade; conjunto
de princípios e valores que regem as normas sociais; princípios da honestidade e do
pudor; moralidade. Baseado no significado da palavra ética, com ênfase na moral, a
conceituaremos assim:

4
Ética é conjunto de valores ou princípios que norteiam a vida cultural de um povo.

-7
Acrescentando ao conceito acima a variável cristã, podemos conceituar Ética Cristã

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como segue:
Ética Cristã é o conjunto de valores e princípios estabelecidos nas Sagradas Escrituras
que norteiam a vida do povo de Deus.

• Para fins
37
Ética (secular) – “conjunto de normas e preceitos valorativos, cuja missão é orientar o
indivíduo, em particular, e a sociedade, como um todo, a trabalhar pelo bem comum”
8
pedagógicos, o conceito apresentado acima, apenas
acrescentando o étimo da palavra ética: no grego, ética é “ethos”, que
6.

significa “costume”, “disposição”, “hábito”. Assim, o Dicionário de Filosofia


de Nicola Abbagnano define ética com brevidade: a ciência da conduta;
• Não é possível falar de ética e não falar de moral, já que ambos os conceitos
83

são intimamente correlatos, precisamos aqui também conceituar moral.


Moral, do latim morales, refere-se, “ao comportamento das pessoas e às
reações dos indivíduos que compõem uma sociedade em relação às regras
5.

estabelecidas pela ética”;


• Ética (com inicial maiúscula) é a ciência que estuda o comportamento
humano ideal; ética (com inicial minúscula) corresponde ao próprio
comportamento ideal em sociedade; e moral corresponde à reação
04

individual de cada membro da sociedade em relação ao que está


como padrão ideal. Os que seguem os valores éticos da sociedade são
considerados sujeitos morais, e aqueles que vivem de modo transgressor
aos padrões éticos são chamados de imorais.

Ética Cristã “é a ciência que tem por objetivo orientar não apenas o cristão, mas
também o não cristão, quanto às reivindicações da Bíblia Sagrada acerca de sua
conduta pessoal, familiar e pública”:

90
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• Champlin diz que “A ética cristã normal e ortodoxa é uma forma de ética
absoluta”, cujo pressuposto básico é que “os princípios morais alicerçam-
se sobre padrões imutáveis, que não se alteram em face de situações ou
de indivíduos”;
• Mas os valores absolutos da ética cristã são absolutos porque repousam
sobre a revelação de Deus nas Escrituras Sagradas. “Portanto, a ética cristã
não se modifica e nem se relativiza. Desse modo, a ética cristã não pode ser
desassociada da moral e dos bons costumes preconizados nas doutrinas
bíblicas”;

4
• A ética cristã, portanto, é sujeita às doutrinas bíblicas, jamais o inverso.
“A doutrina bíblica gera bons costumes, mas bons costumes não geram

-7
boa doutrina. Igrejas há que têm um somatório imenso de bons costumes,

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mas quase nada de doutrina. Seus membros naufragam com facilidade


por não terem o lastro espiritual da Palavra” (Pr. Antônio Gilberto, decano
da educação cristã no Brasil).

para todos os homens em todo mundo;


8 37
Assim, os três princípios básicos da Ética Cristã são:
1º A ética cristã é UNIVERSAL, ou seja, os valores que ela apregoa são válidos

2º A ética cristã é SUPRACULTURAL, isto é, está acima das culturas locais,


6.
podendo até mesmo ajustá-las ou transformá-las, para que elas se adequem
aos valores cristãos (por exemplo, culturas onde a idolatria, poligamia, pedofilia
ou violência contra a mulher são praticados e algumas vezes até reconhecidos e
assegurados por políticas ou costumes locais);
83

3º A ética cristã é ATEMPORAL, ou seja, não tem prazo de validade. Aquilo que
o Evangelho apresenta como regra de fé e prática deve ser obedecida em todo
mundo e em todo tempo. A ética cristã traz os marcos antigos que não podem
5.

ser removidos. (Pv 22.28; 2Ts 3.6).

3. Tipos de Éticas
04

A literatura classifica e organiza os diferentes tipos de éticas com base no princípio


orientador de cada um. Há basicamente três categorias apontadas como principais, das
quais outras subcategorias são derivadas. São elas:
1º Éticas humanísticas: As éticas humanísticas partem do princípio de que o
homem é o centro de todas as coisas. Existem várias formas de ética humanística.
Há aquelas que objetivam a experiência, ou seja, o correto é a ação e o errado é
a inércia, como no existencialismo. Desde que o homem esteja agindo, qualquer
experiência pode se tornar válida e justificável.
2º Há também aquelas éticas humanísticas que elegem como o padrão moral
aceitável aquele que se concentra no bem maior para a sociedade. Isso significa
91
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que aquilo que for bom para a maioria das pessoas, então deve ser tido como
correto. O utilitarismo é um exemplo desse tipo de ética.
3º Há ainda aquelas éticas que priorizam o prazer individual. Elas são fortemente
marcadas por uma tendência egoísta. Tudo é válido desde que o prazer, a
satisfação e a felicidade particular sejam alcançados. O hedonismo, e seus
derivados, individualismo e materialismo, são exemplos dessa forma de ética.
4º Éticas naturalísticas: são éticas que se fundamentam nas leis da natureza.
A ética naturalística diz que aquilo que é natural é correto e bom.
5º Éticas religiosas: são éticas alicerçadas naquilo que cada religião acredita

4
ser moralmente correto segundo a visão que possuem acerca do que é bom,
favorável e agradável diante de uma divindade.

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A ética cristã é classificada dentro dessa categoria de alternativa ética, mas


obviamente ela não é a única. Existem muitas éticas religiosas não cristãs que pregam

37
seus padrões éticos de acordo com a crença em seus deuses.
Para os cristãos, qualquer forma de ética que não esteja fundamentada nas
Escrituras é falha, inapropriada e deve ser rejeitada.
8
3.1 ÉTICA CRISTÃ: FUNDAMENTOS
6.

O principal fundamento da ética


cristã é a Palavra de Deus, a Bíblia sagrada.
Neste sentido, é preciso considerar que
83

a Bíblia é a Palavra inspirada, inerrante


e infalível de Deus. Romper com estes
pressupostos – como fizeram os teólogos
liberais e/ou ecumênicos – é romper
5.

também a noção dos valores absolutos


A Bíblia é o que norteio os valores e principios do Cristão
expressos na Bíblia Sagrada. Ou seja,
recusar que a Bíblia é a Palavra de Deus inerrante é recusar que ela tenha a última
04

palavra em matéria de conduta moral para o ser humano. A Bíblia é a nossa regra de fé
e prática – Sola Scriptura.
A Bíblia é o nosso ponto de referência para distinguirmos o certo e o errado, isto é,
o que convém e o que não convém (1Co 10.23), e assim separarmos o santo do profano
(Lv 10.10). Alan Pallister destaca: “uma ética fundamentada na Lei de Deus e no ensino
de Cristo é manifestamente uma opção melhor e mais racional, do que uma ética que
pretende se fundamentar no iluminismo ou em filosofias mais recentes”.
Embora a Bíblia tenha a supremacia em matéria de ética cristã, não descartamos
um apoio secundário em outras fontes legítimas. Além da Bíblia, o papel da tradição
eclesiástica, das leis humanas e dos bons costumes, sendo que todas estas outras

92
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fontes de conhecimento e orientação só estão legitimadas enquanto em consonância
com a Palavra de Deus. Sobretudo por razões apologéticas, ou seja, na defesa da fé e
dos valores cristãos, precisamos nos munir de múltiplos conhecimentos para darmos a
razão de nossa fé aos que nos inquirirem sobre questões éticas:


“Não basta dizer, por exemplo, que o aborto é uma prática
condenável. É necessário que nos especializemos no assunto, visando
conhecer-lhe todas as implicações. Dessa forma, teremos um firme
embasamento para justificar as demandas da Palavra de Deus quanto

4
à santidade da vida humana. (…) Se não formos razoáveis e lógicos,
jamais seremos ouvidos por um mundo relativizado, incrédulo,

-7
exigente e inamistoso” (Claudionor de Andrade).

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Assim sendo, é bom que sejamos tradicionais sem sermos tradicionalistas; legais

37
sem sermos legalistas. Tanto a tradição da igreja histórica, especialmente via Credos
religiosos, como as leis seculares, especialmente naquilo que pretende assegurar o
direito e a proteção aos bons costumes, podem ser apoios para o cristão explicar e
aplicar os valores da Palavra de Deus em nossos dias.
8
Há muitos questionamentos feitos pelo homem moderno cujas respostas não
6.
estão dadas direta e objetivamente na Bíblia, mas a partir do bom senso e de uma
apreciação razoável da opinião de homens e mulheres de Deus que viveram no
passado além de um profundo conhecimento das leis e dos costumes de um povo,
podemos apresentar soluções adequadas aos dilemas da sociedade.
83

Por exemplo, a Bíblia não diz nada sobre pesquisa com células tronco, nem sobre
pleitos eleitorais, nem sobre ideologia de gênero ou sobre o consumo de drogas. Mas
certamente o conhecimento dos princípios e doutrinas bíblicas, aliado a uma leitura
5.

profunda destas demandas da sociedade em nosso tempo, poderão munir o cristão


para “responder com mansidão e temor a qualquer que vos pedir a razão da esperança
que há em vós” (1Pe 3.15).
04

3.2 ÉTICA CRISTÃ: PRINCÍPIOS


Os princípios da ética cristã são extraídos
das Escrituras Sagradas. A Bíblia é a infalível e
inerrante Palavra de Deus, ou seja, o próprio
Deus se revelou nas Escrituras. Por isso ela
é totalmente inspirada e possui autoridade
plena para exortar, corrigir, ensinar e guiar o
homem num modo de vida de acordo com a
vontade do Senhor. A Palavra de Deus e os princípios da ética cristã

93
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A ética cristã e a existência de Deus e sua revelação à humanidade

A ética cristã se fundamenta na realidade da existência de um único Deus. Esse único e


verdadeiro Deus subsiste nas pessoas do Pai, do Filho e do Espírito Santo. Ele é santo
e imutável, criador de todas as coisas. Ele criou o homem como um ser moralmente
responsável, e lhe revelou o padrão moral que o agrada.
Essa revelação de Deus à humanidade ocorre de diversas formas. Ele se revela através
das obras da criação. Tudo o que foi criado por Ele aponta para os seus atributos divinos.
O próprio homem foi criado à imagem e semelhança de Deus. Isso significa que apesar
do pecado ter deformado essa imagem, em sua consciência o homem ainda carrega os
reflexos do padrão moral exigido pelo Criador.

4
Mas é através das Escrituras que Deus se revelou de forma especial à humanidade. Tudo
isto torna o homem indesculpável. Ele jamais poderá argumentar que quebrou o padrão

-7
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ético exigido por Deus devido à ignorância ou desconhecimento.

A ética cristã e o estado caído do homem

37
A ética cristã reconhece que o homem falhou em obedecer a Deus. Ele quebrou sua
lei moral, assumindo uma posição de total rebelião contra o Criador. Dessa forma, o
homem não se encontra mais num estado moralmente neutro. Sua natureza é caída e
inclinada ao mal.
8
Todas as suas decisões naturais são influenciadas pelo pecado. Por isto ele não pode,
6.
naturalmente, desejar, amar e cumprir aquilo é espiritualmente bom diante de Deus.
Ao contrário, sua ética natural sempre está fundamentada em propósitos egoístas que
contrariam a vontade de Deus.
83

A ética cristã e a obra da redenção

A ética cristã se baseia no fato de que Deus providenciou uma solução para o problema
do pecado. Ele enviou seu próprio Filho ao mundo para resgatar o homem morto em
5.

seus delitos e pecados.


Então o Espírito Santo aplica a obra da redenção no homem. Através da regeneração,
o homem é feito nova criatura. Ele é ressuscitado de seu estado de morte espiritual
04

para uma vida de comunhão e paz com Deus. Então mediante a fé no unigênito Filho
de Deus, o homem é habilitado a viver uma vida que agrada ao Senhor. Tudo isso indica
que é impossível o homem natural adotar a ética cristã. Somente aqueles que foram
regenerados é que são capacitados pelo Espírito Santo a cumprir os princípios morais
que agradam a Deus.

3.3 ÉTICA CRISTÃ: FONTE


Tratando-se simplesmente de ética (moral) podemos extrair das Escrituras que os
valores inatos dos seres humanos advêm da bênção do homem ter sido criado a imagem
e semelhança de Deus. É a Imago Dei (imagem de Deus) implantada no homem por
ocasião da criação. “E criou Deus o homem à sua imagem; à imagem de Deus o criou;
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macho e fêmea os criou” Gn 1.27. (e Gn 2.7). Essa imagem de Deus mesmo deteriorada
por causa do pecado, ainda conserva no homem a consciência do que é certo e do que é
errado, do bem e do mal, conforme explicado por Paulo quando escreveu aos Romanos,
mostrando o estado pecaminoso do homem diante de Deus. “os quais mostram a
obra da lei escrita no seu coração, testificando juntamente a sua consciência e os seus
pensamentos, quer acusando-os, quer defendendo-os” (Rm 2.15).
Para o povo de Deus, além do reflexo da Imago Dei nele, ele tem uma regra de fé
e prática, ou melhor, um código de ética dado pelo próprio Deus através das Sagradas
Escrituras. Esse código ético é encontrado tanto nas Escrituras do Antigo como na do
Novo Testamento. “Toda Escritura divinamente inspirada é proveitosa para ensinar, para

4
redarguir, para corrigir, para instruir em justiça, para que o homem de Deus seja perfeito
e perfeitamente instruído para toda boa obra” (2 Tm 3.16,17).

-7
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O Espírito Santo foi dado ao crente em Cristo para ajudá-lo a cumprir o código de
ética de Deus para o Seu povo (Jo 14.26; Gl 5.22).

3.4 ÉTICA CRISTÃ: BASES BÍBLICAS


8 37
A ética cristã tem elementos distintivos em relação a outros sistemas. O teólogo
Emil Brunner declarou que a ética cristã é a ciência da conduta humana que se
determina pela conduta divina. Os fundamentos da ética cristã encontram-se nas
6.
Escrituras do Antigo e do Novo Testamento, entendidas como a revelação especial de
Deus aos seres humanos.
A ética é importante para a vida diária do cristão. A cada momento precisamos
tomar decisões que afetam a outros e a nós mesmos. A ética cristã ajuda as pessoas a
83

encarar seus valores e deveres de uma perspectiva correta, a perspectiva de Deus. Ela
mostra ao ser humano o quanto está distante dos alvos de Deus para a sua vida, mas
o ajuda a progredir em direção esse ideal.
5.

Se fosse possível declarar em uma só sentença a totalidade do dever social e


moral do ser humano, poderíamos fazê-lo com as palavras de Jesus: “Amarás o Senhor
teu Deus de todo o teu coração, de toda a tua alma e de todo o teu entendimento... e
04

amarás o teu próximo como a ti mesmo” (Mt 22, 37 e 39).

4. A Ética do Antigo Testamento


4.1 O CARÁTER ÉTICO DE DEUS
A religião dos judeus é descrita como “monoteísmo ético”. O Antigo Testamento
fala da existência de um único Deus, o criador e Senhor de todas as coisas. Esse Deus
é pessoal e tem um caráter positivo, não negativo ou neutro. Esse caráter se revela
em seus atributos morais. Deus é Santo (Lv 11. 45; Sl 99.9), justo (Sl 11.7; 145.17),
verdadeiro (Sl 119, 160; Is 45, 19), misericordioso (Sl 103.8; Is 55.7), fiel (Dt 7.9; Sl 33.4).

95
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4.2 A NATUREZA MORAL DO HOMEM
A Escritura afirma que Deus criou o ser humano à sua semelhança (Gn 1,26- 27).
Isso significa que o homem partilha, ainda que de modo limitado, do caráter moral de
seu Criador. Embora o pecado tenha distorcido essa imagem divina no ser humano,
não a destruiu totalmente. Deus requer uma conduta ética das Suas criaturas: “Sede
santos porque eu sou santo” (Lv 19.2; 20.26).

4.3 A LEI DE DEUS


A lei expressa o desejo que Deus tem de que as Suas criaturas vivam vidas de

4
integridade. Há três tipos de leis no Antigo Testamento: cerimoniais, civis e morais.
Todas visavam disciplinar o relacionamento das pessoas com Deus e com o seu

-7
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próximo. A lei inculca valores como a solidariedade, o altruísmo, a humildade, a


veracidade, sempre visando o bem-estar do indivíduo, da família e da coletividade.

4.4 OS DEZ MANDAMENTOS


A grande síntese da moralidade bíblica está37
expressa nos Dez Mandamentos (Ex 20.1-17; Dt 5.6-
8
21). As chamadas “duas tábuas da lei” mostram os
deveres das pessoas para com Deus e para com o
6.

seu próximo. O Reformador João Calvino falava nos


três usos da Lei: judicial, civil e santificador. Todas as
confissões de fé reformadas dão grande destaque à
83

exposição dos Dez Mandamentos.


Moisés e as Tábuas da Lei (Gustave Doré,
1832 - 1883)
4.5 A CONTRIBUIÇÃO DOS PROFETAS
5.

Alguns dos preceitos éticos mais nobres do Antigo Testamento são encontrados
nos livros dos Profetas, especialmente Isaías, Oséias, Amós e Miquéias. Sua ênfase
está não só na ética individual, mas social. Eles mostram a incoerência de cultuar a
04

Deus e oferecer-lhe sacrifícios, sem todavia ter um relacionamento de integridade


com o semelhante. (Isaías 1.10-17; 5.7 e 20; 10 1-2; 33.15; Oséias 4.1-2; 6.6; 10.12;
Amós 5.12-15, 21-24; Miquéias 6.6-8).
A lei dada por Deus ao povo de Israel divide-se em três partes: a lei cerimonial, a
lei civil e a lei moral.
• A lei cerimonial cumpriu-se totalmente em Cristo não sendo obrigado ao
cristão obedecê-la, pois Cristo já fez isso por nós na cruz.
• A lei civil foi dada por Deus para disciplinar o relacionamento entre os
israelitas no que se refere ao viver numa sociedade agropecuária, inclusive
é ela hoje uma das fontes do direito nas sociedades evoluídas.

96
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• A lei moral, sintetizada no Decálogo (os Dez Mandamentos), é o grande
código de ética do Antigo Testamento.

No Decálogo (Dez Mandamentos) temos mandamentos éticos que tratam do


relacionamento do homem com Deus (os quatro primeiros) e mandamentos que
disciplinam o relacionamento ético entre os seres humanos (os seis seguintes) (Dt
5.7-21). Esse código de ética era tão importante aos olhos de Deus, pois revelava a
Sua vontade, que Ele determinou que os pais o transmitissem aos seus filhos. “E estas
palavras que hoje te ordeno estarão no teu coração; e as intimarás a teus filhos e delas

4
falarás assentado em tua casa, e andando pelo caminho, e deitando-te, e levantando-te”
(Dt 6.6,7). Ainda a relevância desse código de ética era tal para o povo de Deus do

-7
passado que a transgressão de alguns de seus mandamentos implicava na pena de

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morte para o transgressor.

5. A Ética do Novo Testamento

37
A ética do Novo Testamento não contrasta com a do Antigo, mas nele se fundamenta.
Jesus e os Apóstolos desenvolvem e aprofundam princípios e temas que já estavam
8
presentes nas Escrituras Hebraicas, dando também algumas ênfases novas.
• Quanto à ética de Jesus, é ilustrada pela sua vida e nos Seus ensinos.
6.

O tema central da mensagem de Jesus é o conceito do “reino de Deus”.


Esse reino expressa uma nova realidade em que a vontade de Deus é
reconhecida e aceita em todas as áreas. Jesus não apenas ensinou os
83

valores do reino, mas os exemplificou com a vida e o Seu próprio exemplo.


• O Sermão da Montanha - uma das melhores sínteses da ética de Jesus
está contida no Sermão da Montanha (Mt caps. 5 a 7). Os seus discípulos
(os Filhos do Reino) devem caracterizar-se pela humildade, mansidão,
5.

misericórdia, integridade, busca da justiça e da paz, pelo perdão, pela


veracidade, pela generosidade e acima de tudo pelo amor. A moralidade
deve ser tanto externa como interna (sentimentos, intenções): Mt 5.28. A
04

fonte do mal está no coração: Mc 7.21-23.


• Quanto à vontade de Deus, Jesus acentua que a vontade ou o propósito
de Deus é o valor supremo. Vemos isso, por exemplo, em Mt 19.3-6. O
maior pecado do ser humano é o amor próprio, o egocentrismo (Lc 12.13-
21; 17.33). Daí a ênfase nos dois grandes mandamentos que sintetizam
toda a lei: Mt 22.37-40. Outro princípio importante é a famosa “regra de
ouro”: Mt 7.12.
• Quanto à ética de Paulo, Paulo baseia toda a sua ética na realidade
da redenção em Cristo. Sua expressão característica é “em Cristo” (2Co
5.17; Gl 2.20; 3.28; Fp 4.1). Somente por estar em Cristo e viver em Cristo,

97
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profundamente unido a Ele pela fé, o cristão pode agora viver uma nova
vida, dinamizado pelo Espírito de Cristo. Todavia, o cristão não alcançou
ainda a plenitude, que virá com a consumação de todas as coisas. Ele vive
entre dois tempos: o “já” e o “ainda não”.
Tipicamente em suas cartas, depois de expor a obra redentora de Deus por meio
de Cristo, Paulo apresenta uma série de implicações dessa redenção para a vida diária
do crente em todos os aspectos (Rm 12.1-2; Ef 4.1)
Entre os motivos que devem impulsionar as pessoas em sua conduta está a
imitação de Cristo (Rm 15.5; Gl 2.20; Ef 5.1-2; Fp 2.5). Outro motivo fundamental é

4
o amor (Rm 12.9-10; 1Co 13.1-13; 16.14; Gl 5.6). O viver ético é sempre o fruto do
Espírito (Gl 5.22-23).

-7
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Na sua argumentação ética, Paulo dá ênfase ao bem-estar da comunidade, o
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corpo de Cristo (Rm 12.5; 1Co 10.17; 12.13 e 27; Ef 4.25; Gl 3.28). Ao mesmo tempo,
ele valoriza o indivíduo, o irmão por quem Cristo morreu (Rm 14.15; 1Co 8.11; 1Ts 4.6;

37
Rm 16)
Acima de tudo, o crente deve viver para Deus, de modo digno dele, para o seu
inteiro agrado: Rm 14.8; 2Co 5.15; Fp 1. 27; Cl 1.10; 1Ts 2.12; Tt 2.12.
8
A lei moral não caducou, ela é também o código moral do Novo Testamento, ela
foi ratificada por Cristo em sua totalidade, com exceção do mandamento da guarda
6.
do sábado que Ele, como Senhor e Deus, mudou para o domingo, o primeiro dia da
semana, que foi o dia da Sua ressurreição. O Senhor mudou o dia, mas não mudou
o princípio do sábado, que é: do tempo semanal que Deus nos deu, um dia seja
reservado para adoração e descanso.
83

Junto com a lei moral temos o sermão do monte proferido por Jesus no início do
seu ministério e as instruções constantes das epístolas do Novo Testamento. Leia o
sermão do monte que se encontra nos Evangelhos de Mateus (cap. 5) e de Lucas (cap.
5.

6.20-49). Equivocadamente um segmento evangélico expressivo ensina que o sermão


do monte não é um código de ética para o cristão e sim para os participantes do reino
milenar. O Mestre foi claro e enfático em mostrar que aquilo que Ele proferiu naquela
ocasião era para observância da Sua Igreja em todas as épocas. (Mt 7.24-27).
04

5.1 A ÉTICA NOS EVANGELHOS


No Sermão da Montanha, encontramos as regras básicas do Reino de Deus,
trazidas por Jesus Cristo. A ética do Sermão do Monte e das demais partes do evangelho
é tão elevada, que nem mesmo a maioria dos cristãos a têm levado à prática.
Exemplos:
• A justiça do cristão deve exceder a dos escribas e fariseus (Mt 5.20);
• Quem somente olhar para uma mulher, pensando em adulterar com ela,

98
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já adulterou (Mt 5.28);
• Só é permitido o divórcio se o cônjuge praticar infidelidade. Outro motivo
não tem respaldo nas normas de Cristo (Mt 5.32;19.9);
• O falar deve ser sim, sim; não, não. O que disso passa é de procedência
maligna (Mt 5.37);
• O certo é amar os inimigos, bendizer os que nos maldizem, fazer bem aos
que nos odeiam e orar pelos que nos maltratam (Mt 5.44);
• Cristo manda que sejamos perfeitos como é nosso Pai que está nos céus
(Mt 5.48);

4
• Não se deve julgar os outros (Mt 7.1);

-7
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• Só devemos fazer aos homens o que queremos que eles nos façam (Mt
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7.12);
• Se o irmão pecar contra nós, devemos perdoar sempre – até 70 x 7 (Mt

37
18.22);
• É para dar a César o que é de César e a Deus o que é de Deus (Mt 22.21);
• Quando o cristão der um banquete (casamento, festa de 15 anos, etc.)
8
não deve convidar os amigos, os irmãos, os parentes, os vizinhos ricos,
mas “os pobres, os mancos e cegos”(Lc 14.12-13).
6.

5.2 A ÉTICA NAS EPÍSTOLAS


• Fazer tudo para a glória de Deus
83

(1Co 10.31);
• Fazer tudo em nome de Jesus,
dando graças a Deus (Cl 3.17);
5.

• Fazer de todo o coração, como ao


Senhor (Cl 3.23);
• Fazer o que é lícito e conveniente
04

diante de Deus (1Co 10.23);


• Não dar escândalo ao mais fraco Apóstolo Paulo de Tarso - Valentin de Boulogne
(1591 - 1632)
(1Co 8.9-13);
• Não fazer nada em caso de dúvida (Rm 14.23);
• Lembrar que vamos dar contas a Deus de todas as nossas obras (Rm
14.11,12; Ec 11.9).
• Evitar a aparência do mal (1Ts 5.22).

99
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6. Questões Éticas à Luz da Bíblia


Daremos, aqui, uma síntese de algumas questões éticas, com algumas respostas
indicadas por certas correntes de pensamento.
O fundamento ético para os cristãos é a Palavra de Deus, faz-se necessário que
essa seja interpretada apropriadamente, a fim de evitar excessos e pressupostos
a priori. Toda Escritura é divinamente inspirada, é Palavra de Deus (2Tm 3.16), mas
nem todos os textos têm o mesmo valor revelacional. Jesus é a chave-hermenêutica
das Escrituras, Ele mesmo afirmou que essas serão compreendidas a partir dEle (Lc
24.32). A utilização indevida de passagens bíblicas, algumas delas sem fundamento

4
doutrinário, e em alguns casos descontextualizadas, pode resultar em posicionamentos

-7
éticos que não se sustentam biblicamente. Em 1Co 10.1-13, por exemplo, Paulo faz

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um contraponto entre a ética que é cristã – a maneira como os cristãos devem viver – e
a ética daqueles que se apartaram de Deus. O Apóstolo faz a diferença entre “nós” – os
cristãos que devemos viver a partir da Palavra – e “eles” – os israelitas que seguiram

37
seus próprios caminhos, e não atentaram para a orientação divina. Semelhantemente,
nós os cristãos devemos ser sal da terra e luz do mundo (Mt 5.13-16), vivermos como
cidadãos dos céus e súditos do reino de Cristo (Mt 5-7). A ética que é cristã impõe mais
responsabilidade sobre aqueles que seguem a Cristo, considerando que nossa justiça
8
deve exceder a dos escribas e fariseus (Mt 5.20).
6.
Seguem, abaixo, algumas características da pós-modernidade e o posicionamento
bíblico quanto algumas questões bíblicas:
83

6.1 A NEGAÇÃO DOS ABSOLUTOS


“Os pós-modernos questionam o conceito de verdade universal. Eles olham
para além da razão e dão guarida a meios não racionais de conhecimento, dando
5.

às emoções […] uma posição privilegiada” (Grenz). “Os pós-modernistas são céticos,
senão ressentidos, com relação a valores morais absolutos” (Nancy). Eis por que a
Bíblia Sagrada faz-se tão necessária à raça humana, pois é um livro que trata com
valores absolutos, pois absoluto Ele é (Dt 32.4; Sl 31.5; Jo 14.6; 17.17; Jo 16.13).
04

6.2 A RELATIVIZAÇÃO DOS VALORES


Há quem defenda que valores éticos e morais sejam relativos ao tempo, lugar,
cultura ou há um grupo. Ensinam que nada é certo e nada pode ser considerado errado.
Tudo depende da subjetividade do momento. O relativismo “é uma concepção filosófica
segundo a qual nada é definitivamente certo nem absoluto” (Claudionor Andrade). No
relativismo não há uma fonte transcendente de verdade moral, e podemos construir
nossa própria ética e moralidade. Todo princípio é reduzido a uma preferência pessoal.
Em contraste, os cristãos acreditam em um Deus que tem falado, que revelou um padrão
absoluto e imutável de certo e errado, na Sua Palavra (Êx 20.1-17), baseado, em última
100
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instância, em Seu próprio caráter santo (Lv 11.45; 20.26; 1Pe 1.16).

6.3 A INVERSÃO DE VALORES


Entende-se por inversão de valores, a negação ou substituição dos valores
absolutos conforme descritos na Palavra de Deus, por valores temporais, relativistas
e circunstanciais, que são facilmente ajustáveis às épocas em que estão inseridos.
O profeta Isaías reprovou severamente a inversão de valores (Is 5.20). Paulo disse
que os homens pagãos “[…] mudaram a verdade de Deus em mentira […]” (Rm 1.25).
Enquanto o mundo tem os seus valores deturpados pelos formadores de opinião que

4
utilizam a escrita, televisiva e a internet para disseminarem suas ideias, nós cristãos,
no entanto, fomos chamados para fazer a diferença, como sal da terra e luz do mundo

-7
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(Mt 5.13,14). Nosso formador de opinião é o Espírito da Verdade que nos guia em toda
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a verdade, que é a Sua Palavra (Jo 16.13; 17.15).

7. A Ética na Igreja

37
É do conhecimento de todos que a Igreja, tanto na sua expressão universal como
na sua expressão local, desde que esta última tenha sido estabelecida de acordo com
8
o padrão neotestamentário, é uma instituição divina. O padrão ético determinado por
Deus para aqueles que professam o nome de Jesus é altíssimo. “Porque vos digo que, se
6.

a vossa justiça não exceder a dos escribas e fariseus, de modo nenhum entrareis no Reino dos
céus” (Mt 5.20). A ética na Igreja envolve os relacionamentos do homem com Deus, com
os seus irmãos na fé, e com os outros que não professam a fé cristã.
83

8. A Ética Praticada pela Igreja


5.

Há um comportamento ético e objetivo a ser seguido pelo povo de Deus, que


compreende padrões morais e espirituais. A igreja é a família de Deus, e como modelo
familiar, cada um de seus membros possui responsabilidades específicas. Vejamos qual
deve ser a atitude de cada membro:
04

Quanto aos idosos...

“Os velhos que sejam sóbrios, graves, prudentes, são os na fé, na caridade e
na paciência. As mulheres idosas, semelhantemente que sejam sérias no seu viver,
como convém a santas, não caluniadoras, não dadas a muito vinho, mestras do
bem” (Tt 2.2,3).
A igreja primitiva seguia a cultura patriarcal, na qual aos idosos era dispensado
extremo respeito, por sua experiência de vida, sabedoria e conduta. Nestes versículos,
Paulo postula a grande responsabilidade que compete aos idosos.
Para dar exemplo aos mais jovens, eles devem primar pela moderação, equilíbrio,
101
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dignidade, dedicação a Deus, não acusar a ninguém injustamente, nem ser escravo de
coisa alguma, ser mestres do correto proceder cristão, tanto na igreja, quanto em suas
casas. Devem usar a autoridade que lhes foi outorgada pela idade, para ensinar, nunca
para caluniar.

Quanto aos jovens...

“Exorta semelhantemente os jovens a que sejam moderados” (Tt 2.6).


A juventude é uma fase marcada por atitudes imaturas, inconseqüentes, e às vezes,
irreverentes. O jovem cristão deve, contudo, conscientizar-se de que ele faz parte da

4
família de Deus e deve obedecer aos ensinamentos cristãos, não para agradar ao pastor,
mas a Deus. Para alcançar tal intento, ele conta com o Espírito Santo, que gera em seu

-7
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interior o fruto do espírito. Como cristão, ele tem um padrão moral a ser seguido, o que
deve fazê-lo com seriedade e sensatez, colocando em prática o autocontrole, para que
em sua vida, dê um autêntico testemunho de Cristo.

37
“Exorta os servos a que se sujeitem a seu senhor e em tudo agradem, não contra-
dizendo” (Tt 2.9).
Em nossos dias, esse versículo refere-se ao relacionamento entre empregados
8
e empregadores, onde o empregado cristão é instruído a seguir certo padrão de
conduta. O crente deve executar seu trabalho secular, como se o fizesse para Deus,
6.
desempenhando suas tarefas com alegria, obediência, zelo e fidelidade. Deve atender
às ordens de seus superiores sem contradizê-los ou questioná-los, desde que não firam
seus princípios éticos cristãos. Tal atitude mostra a larga diferença entre o empregado
cristão e o que não é. Agir assim glorifica o nome do Senhor e faz declinar qualquer
83

acusação contra o povo de Deus.

Quanto ao relacionamento do crente com Deus...


5.

O crente tem um relacionamento íntimo com Deus através de Jesus Cristo. Ele é
identificado como um filho adotivo de Deus. Como filho o cristão deve viver uma vida
ética no que se refere à obediência incondicional a vontade do Pai Celeste.
04

“Se me amardes, guardareis os meus mandamentos” Jo 14.15.


Nessa relação, a comunhão com Deus tem papel preponderante. Deus é santo e
exige que aqueles que se relacionam com Ele vivam uma vida de santidade, ou melhor,
viva uma vida ética que Lhe agrade. “Andarão dois juntos, se não estiverem de acordo?”
Am 3.3. Qualquer coisa que não seja eticamente correta aos olhos de Deus atrapalha a
nossa comunhão com Ele, atrapalha a nossa vida cristã.
“Todavia, o fundamento de Deus fica firme, tendo este selo: O Senhor conhece os
que são seus, e qualquer que profere o nome de Cristo aparte-se da iniqüidade”
(2 Tm 2.19; 1Pe 1.15,16).

102
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Quanto ao relacionamento do crente com os seus irmãos na fé...

A Bíblia Sagrada revela que os crentes em Cristo fazem parte da família de Deus.
Deus é o Pai dessa família (Ef 2.19). Os crentes são identificados ainda como irmãos em
Cristo (Mt 23.8). A nota dominante no relacionamento ético entre os cristãos é o amor,
ágape (o amor de Deus derramado pelo Espírito Santo no coração do cristão).
“E a esperança não traz confusão, porquanto o amor de Deus está derramado
em nosso coração pelo Espírito Santo que nos foi dado” (Rm 5.5).
O mandamento de “amai-vos uns aos outros” é um dos mandamentos mais repetido
pelo Senhor Jesus no Evangelho de João.

4
“Um novo mandamento vos dou: Que vos ameis uns aos outros; como eu vos

-7
amei a vós, que também vós uns aos outros vos ameis” (Jo 13.34; 15.12; 15.17).

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Os apóstolos Paulo, Pedro e João enfatizaram esse mandamento (Rm 12.10; 1Pe
1.22; 3.8; 1Jo 3.11,23; 4.7; 2Jo 5). Quem ama, disse Paulo, não faz mal ao seu próximo.
(Rm 13.10).

37
Quanto ao relacionamento dos crentes com os não crentes...

A orientação ética da Palavra de Deus disciplina o relacionamento do crente com


8
o não crente, mesmo eles sendo identificados como ímpios aos olhos de Deus, como
6.
estando mortos em seus delitos e pecados, e como sendo inimigos de Deus, senão
vejamos:
“Então, enquanto temos tempo, façamos o bem a todos, mas principalmente aos
domésticos da fé” (Gl 6.10).
83

“Admoesto-te, pois, antes de tudo, que se façam deprecações, orações, intercessões


e ações de graças por todos os homens, pelos reis e por todos os que estão em eminência,
para que tenhamos uma vida quieta e sossegada, em toda a piedade e honestidade”
5.

(1Tm 2.1,2; Rm 13.1; Tt 3.1,2).


As mulheres crentes, por exemplo, são orientadas pelo código de ética bíblico a
serem submissas aos seus respectivos maridos mesmos sendo eles descrentes.
04

“Semelhantemente, vós, mulheres, sede sujeitas ao vosso próprio marido, para


que também, se algum não obedece à palavra, pelo procedimento de sua mulher seja
ganho sem palavra, considerando a vossa vida casta, em temor” (1Pe 3.1,2; 1Co 7.13).

103
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A Ética do Líder Cristão Segundo a Bíblia

O líder cristão deve adotar o comportamento ético de em todo tempo comunicar as


verdades bíblicas, ter uma conduta irrepreensível em seu dia-a-dia. Deve ainda lembrar-
se que é “… o exemplo dos fi éis…”(1Tm 4.12), atentando para os seguintes aspectos:
A palavra do líder deve ser coerente com a Palavra de Deus
“Tu, porém, fala o que convém à sã doutrina” (Tt 2.1). Neste versículo, Paulo dirigiu-se

4
diretamente a Tito, insistindo que esse tenha sempre o propósito de transmitir a saudável
palavra de Deus, contrastando com as heresias que surgiam tenazmente naquela época.

-7
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Em nossos dias não é diferente, não são poucas as heresias de um pseudo-evangelho


totalmente estranho à genuína Palavra de Deus. O líder cristão, segundo o conselho
de Paulo, deve preocupar-se seriamente em pastorear genuinamente seu rebanho,

37
oferecendo-lhe um alimento saudável, que os edifi que e que os imunize contra doutrinas
heréticas.
O comportamento do líder deve refletir o modelo bíblico
8
“Em tudo, te dá por exemplo de boas obras… para que o adversário se envergonhe,
não tendo nenhum mal que dizer de nós” (Tt 2.7,8). Tito é admoestado a primar por
6.
ser exemplo. Ele deveria ter um comportamento padrão, capaz de impactar a igreja,
infl uenciando-a a ‘reproduzir’ sua conduta. Sabe-se que, em geral, o líder exerce forte
infl uência sobre seus liderados, por isso deve preocupar-se em sempre dar exemplos
que coadunem com as Escrituras, levando uma vida reta, irrepreensível e não receba
83

nenhuma acusação dos opositores.


A autoridade do líder deve estar fundamentada nas escrituras
5.

“Fala disto, e exorta, e repreende com toda a autoridade. Ninguém te despreze”


(Tt 2.15). O líder cristão possui autoridade que lhe foi constituída por Deus. Ele deve
acreditar nessa autoridade e dela fazer uso. O versículo acima dá a entender que a ‘fala’
do líder deve estar permeada de verdades bíblicas. Seja pregando, aconselhando ou em
04

conversas descontraídas, ele deve em todo tempo e, com muita convicção, comunicar o
que diz a palavra de Deus, mantendo-se distante da impiedade e dos desejos mundanos.
Usar a autoridade que lhe foi concedida e ter convicção do que fala, é fundamental para
que o líder não seja desprezado pelos liderados.

104
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A Ética Cristã como Resposta

1. Graça de Deus
Imerecidamente fomos alcançados pela Graça de Deus, o que transformou por
completo nossas vidas. Nosso encontro com Cristo trouxe implicações éticas quanto ao
nosso novo proceder. Após o benefício da graça, somos impelidos a comunicar o amor
de Deus, agir piedosamente, ansiar pela vinda de Cristo e praticar boas obras. Vejamos:

4
-7
1. A graça nos conclama a abandonar a impiedade

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“Ensinando-nos que, renunciando à impiedade e às concupiscências mundanas, vivamos


neste presente século sóbria, justa e piamente” (Tt 2.12).
A graça de Deus é o que nos impulsiona a uma vida de retidão. Ela nos ensina a buscarmos

37
a santificação, para que compartilhemos do caráter moral de Cristo, sem o qual, não
alcançaremos o céu. Tudo o que fazemos aqui, surte efeito em nossa vida eterna. A vida
cristã deve ser vivida com seriedade, autocontrole, santificação, justiça e sob o domínio do
8
Espírito Santo. A moralidade divina deve estar registrada em nossa alma e ser refletida em
nossa vida diária, tanto para com Deus, como para com os homens, dentro da igreja, ou
6.
fora dela.

2. A graça nos leva a uma expectativa da volta de Cristo


83

“Aguardando a bem-aventurada esperança e o aparecimento da glória do grande Deus


e nosso Senhor Jesus Cristo” (Tt 2.13).
A espera por Cristo nos faz vislumbrar a dimensão eterna de nossa existência. Ela nos
conclama a uma vida santa e piedosa neste mundo. O encontro que teremos com Cristo
5.

é algo glorioso e não se compara a nada que conhecemos. Nossa imaginação não é capaz
de conceber o esplendor do futuro que Deus tem nos preparado, pois “as coisas que o
olho não viu, e o ouvido não ouviu, e não subiram ao coração do homem são as que Deus
04

preparou para os que o amam” (1Co 2.9).

3. A graça nos conduz à prática de boas obras

“O qual se deu a si mesmo por nós, para nos remir de toda iniqüidade e purificar para si
um povo seu especial, zeloso de boas obras” (Tt 2.14).
Pertencemos a Cristo e fomos por Ele escolhidos. É glorioso ser especial para Deus, mas
isto nos acarreta uma grande responsabilidade, que é a prática de boas obras. Como novas
criaturas, somos moldados conforme a natureza de Cristo, que nos leva a sermos santos,
gentis e altruístas. Essas são atitudes que revelam que temos o amor de Deus em nós, pois
a Sua graça e salvação exigem que procedamos assim. Os atos piedosos que praticamos

105
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são o fruto do Espírito Santo em nós.


Assim, os padrões éticos estabelecidos na Bíblia nos trazem edificação moral e espiritual. Ao
praticarmos esses padrões tornamo-nos verdadeiros exemplos de boas obras, obedecendo
ao mandamento bíblico (1Tm 4.12b). Somos enfaticamente instruídos a buscarmos uma
vida santa e pura, bem como uma conduta irrepreensível. Com excelência nos orientam
basear nossa fé, quais devem ser nossas práticas, e o que devemos comunicar. Assim,
esforcemo-nos por viver como “um povo seu especial, zeloso de boas obras” (Tt 2.14b).

4
2. Ética Cristã: Aplicação

-7
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É verdade que a Bíblia não é um tipo de lista exaustiva que se refere diretamente
e explicitamente a todas as situações de nosso cotidiano. Porém, de modo geral, ela

37
fornece de forma clara e suficiente tudo o que precisamos saber para viver nossa vida
diante de Deus e do próximo. Então, a ética cristã expõe os padrões absolutos das
Escrituras e os aplicam as mais diversas situações de nossas vidas.
8
O padrão ético não cristão do mundo, seja qual for a alternativa ética adotada,
sempre será falho e pecaminoso. Às vezes diante de uma atrocidade alguém pode
6.
dizer que faltou a ética. No entanto, isto nunca será verdade.
Todas as decisões que o homem toma se enquadram numa forma ética. Foi dessa
forma que até mesmo os eventos mais tenebrosos de nossa História foram justificados
por quem os cometeu. Foi assim com o nazismo e os demais casos de genocídio. As
83

grandes guerras também foram fundamentadas em alguma alternativa ética.


Atos como a defesa do aborto, eutanásia e ideologias que procuram deturpar a
instituição familiar, também seguem princípios de formas éticas não cristãs, sejam
5.

elas humanísticas ou naturalísticas. Essas formas éticas facilmente introduzem seus


valores egoístas, individualistas, materialistas e relativistas na sociedade.
Por isto os verdadeiros cristãos rejeitam todas essas alternativas éticas, e
04

enxergam na ética cristã o conjunto dos valores morais exigidos por Deus aos homens,
independentemente de sua cultura ou época. Esses valores são imutáveis e absolutos.
Mas deve ficar claro que é a ética cristã não é algo que concede ao homem uma
forma de salvação ou justificação própria. A ética cristã é aplicada na vida do cristão
como uma forma de gratidão. Ele foi salvo pela graça mediante a fé em Jesus Cristo, e
agora deseja viver sua vida com uma conduta que agrada a Deus (Colossenses 3:1-6).

106
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Chamados para Viver Eticamente

Em 1Co 10.1-13, o apóstolo Paulo ressalta a morte de milhares de judeus no


deserto durante a fuga do Egito em virtude dos muitos pecados praticados de modo
contumaz por aquela geração incorrigível. Paulo destaca os seguintes pecados: cobiça
(v.6), idolatria (v. 7), prostituição (v. 8), tentar a Cristo (v. 9), e murmuração (v. 10). O que
merece destaque é que aquela trágica experiência da geração desobediente de Israel
está posta para nós “em figura” (v. 6), ou “como figuras, e estão escritas para aviso nosso,

4
para quem já são chegados os fins dos séculos” (v. 11). Ou seja, o que Israel padeceu

-7
por não viver a ética estabelecida por Deus é um aviso de Deus para nós hoje que, a

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exemplo deles, padeceremos se não atentarmos para os valores do Reino de Deus.

A ética cristã ao mesmo tempo em que reprova a cobiça às

COBIÇA

37
posses alheias (Ex 20.17; Rm 13.9), também defende a proteção
ao bem alheio (Dt 19.14); ao mesmo tempo em que condena a
cobiça do que é mau, ordena a busca do que é bom (3 Jo 11).
8
A ética cristã não suporta a visão religiosa pluralista, nem pactua
6.
com o ecumenismo. A teoria de que “tudo é Deus” (panteísmo),
“todos os caminhos levam a Deus” (politeísmo) ou que “somos
todos irmãos” (ecumenismo) deve ser rechaçada, visto que
IDOLATRIA somente Deus é digno de ser adorado, e que Jesus Cristo é o
83

caminho, a verdade e a vida, excluindo qualquer possibilidade


do homem chegar-se a Deus por outros meios (Jo 14.6; At 4.12).
Idolatria foi um dos pecados mais recorrentes no antigo Israel,
e a razão de muitas vezes ter sido punido por Deus, inclusive
5.

com o exílio e e constantes invasões estrangeiras.

A ética cristã é inimiga das relações sexuais libertinas, que não


04

se limitam ao leito conjugal que deve ser honrado. “Os que se


dão a prostituição, Deus os julgará” (Hb 13.4). Visto que vivemos
dias semelhantes aos de Noé e de Ló (Lc 17.26-28), em que
os clamores pela liberação sexual se multiplicam em toda
PROSTITUIÇÃO terra, e práticas perversas têm sido cada vez mais frequentes
(bestialismo, homossexualismo, pedofilia, etc.), a igreja precisa
erguer a voz e levantar a bandeira dos bons costumes judaico-
cristãos: virgindade até o casamento, pureza entre solteiros,
respeito ao corpo como templo e morada do Espírito,
casamento heterossexual e monogâmico. A Igreja deve ser o
sal que preserva da corrupção e traz o bom sabor, e também
deve ser a luz que dissipa as trevas da imoralidade! (Mt 5.13, 14)

107
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O que significa tentar a Deus ou tentar a Cristo? ‘Tentar o


Senhor’ é experimentar até que ponto se pode abusar da
paciência de Deus antes de incorrer em seu julgamento (Dt
TENTAR A 6.16). Abusar da paciência de Deus revela uma falta de temor
CRISTO no coração do homem, mas a ética cristã é justamente pautada
pelo temor e a reverência a Deus! Logo, são imorais aqueles
que vivem tentando ao Senhor com seus pecados reiterados e
a obstinação do coração.

O significado de murmuração aqui se refere à falta de ética

4
que provoca maledicência, inveja e calúnias contra o próximo,
e ainda provoca a ira de Deus. A ética cristã rege que sejamos

-7
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agradecidos a Deus em toda e qualquer situação (Cl 3.15; ITS


MURMURAÇÃO 5.18), e que não falemos mal de nosso próximo (Tg 4.11). Logo,
mal utilizar a língua para “incendiar um bosque” (Tg 3.5) é ferir ao
mesmo tempo os dois mandamentos em que se resume toda a

37
Lei: amar a Deus e ao próximo (LC 10.27). Que nossas palavras
sejam sempre agradáveis, nunca usando de ira e maldizer,
dando glórias a Deus em toda situação e comunicando palavras
de vida aos que nos ouvirem (SI 19.14; Cl 4.6).
8
6.
A sociedade contemporânea, regida pela natureza pecaminosa, está envolvida em
uma confusão ética, uma verdadeira torre de Babel (Gn.1.1). Cada um segue seu rumo,
de acordo com aquilo que acha que é melhor, ninguém se entende (Jz 21.25). Nós,
83

porém, não devemos nos apartar das Sagradas Escrituras, pois elas nos farão sábios
para a salvação, e nos conduzirão à santificação (2Tm 3.14-17), atentando para os sadios
princípios interpretativos, tendo Cristo com a chave-hermenêutica. Nunca foi fácil ser
um cristão autêntico, e, nestes últimos dias serão dias ainda mais difíceis. Diante dos
5.

desafios atuais, precisamos, com base na Palavra de Deus, defender os valores éticos,
morais e os bons costumes contidos na Palavra de Deus.
04

108
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CAPÍTULO 5 CIDADANIA

4
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Conceitos Fundamentais

1. De Política
8 37
Em todo o processo histórico, o convênio
6.
entre estado e religião tem tido relevante papel
na formação das diversas sociedades desde os
primeiros processos civilizatórios aos mais recentes
83

eventos políticos. É quase impossível dissociar de


eventos como o surgimento e desaparecimento
dos grandes impérios da antiguidade, as incursões
das cruzadas no Oriente, o domínio da igreja nas Política: a ciência de governar
5.

estruturas feudais da Idade Média, a criação da


Igreja Anglicana como meio de satisfazer os interesses de Henrique VIII na Inglaterra ou
mesmo os eventos de 11 de setembro de 2002, o convênio entre religião e poder.
04

No Antigo Testamento, a estátua de Nabucodonosor é um exemplo clássico do


amalgama existente entre a religião e poder. As histórias da Bíblia estão carregadas de
eventos relacionados com a interatividade entre política e religião.

2. O Cristão e a Sociedade
Sabemos que o poder do maligno opera no mundo usando todas as ferramentas
possíveis para isso. A igreja de Cristo, para cumprir com os propósitos estabelecidos
na Palavra também precisa estar atenta às ferramentas disponíveis agindo com
discernimento e entendo o mover do Espírito Santo e o tempo em que estamos vivendo.
No passado por ignorância a igreja de um modo geral rotulou e amaldiçoou o avanço
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tecnológico e algumas áreas na sociedade dentre elas a política, o que acarretou a
colocação de qualquer um dentro do poder legislativo.
Hoje em dia os cristãos tem se unido em um propósito de reerguer a história
política do nosso país, buscando mais conhecimento e entendimento nas leis e normas
constitucionais, deixando então de ser “ignorantes” e se unindo uns com os outros
para eleger nossos candidatos cristãos com base nos princípios da palavra para uma
transformação abençoada por parte da igreja para a sociedade.

A cidadania é o conjunto de direitos e deveres exercidos por um indivíduo que vive


em sociedade, no que se refere ao seu poder e grau de intervenção no usufruto de

4
seus espaços e na sua posição em poder nele intervir e transformá-lo.

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A expressão da cidadania frequentemente está associada ao campo do Direito, em


que existe uma série de legislações voltadas para os direitos e deveres que o cidadão
possui. Entre os deveres, destaca-se o voto eleitoral (que também é um direito), o zelo

37
pelo espaço e o cumprimento das leis. Entre os direitos, destaca-se o de ir e vir, bem
como o de ter acesso à saúde, moradia, alimentação e educação.
O conceito de cidadania está relacionado à nacionalidade do indivíduo, isto é, à
8
legalidade de sua permanência em um determinado território administrado por um
Estado Nacional. Fala-se, por exemplo, de cidadania brasileira, cidadania portuguesa e
6.
cidadania americana.
Em casos de descumprimento aos deveres, o indivíduo poderá ter parte de sua
cidadania caçada, a exemplo de presidiários que possuem o direito de votar vetado,
83

entre outras limitações impostas pela lei penal.


Como conceito podemos adotar também a já conhecida definição de “política”
como a arte de bem governar a “polis” (estado). Como disciplina é tida como o ramo
da filosofia que trata da relação entre poder, e mando, e obediência, em todas as suas
5.

implicações morais.

3. De Civismo (Cidadania)
04

Refere-se ao conjunto de atitudes e valores patrióticos que se espera encontrar no


indivíduo componente da polis (cidade, estado).

4. De Teologia Política
Teologia política é um ramo da filosofia política e da teologia que investiga os
meios nos quais os conceitos teológicos ou os pensamentos dos discursos influenciam
a política, a sociedade, a economia e a cultura.
Investiga a conexão entre política e religião buscando orientação bíblica e espiritual
para o exercício da cidadania.
110
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5. Importância
A cultura do mundo ocidental se arvora sobre o tripé do direito romano, da política
dos gregos e da moral judaica. Tanto nas sociedades mais primitivas quanto as nações
mais desenvolvidas pode-se observar a junção entre as leis ou princípios normativos e a
religião. É esta conjunção que faz com que seja indispensável o exame de uma teologia
política.
Como proposta cívica, encontramos na revelação o grande interesse de Deus em
ser o Soberano de um estado teocrático onde a cidadania forneça as bases para uma
sociedade de adoradores.

4
Uma cidadania norteada pela moral bíblica proporciona ao cidadão piedoso

-7
segurança contra a ação dos malfeitores, louvores para os piedosos, satisfação da

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vontade de Deus e silêncio dos insensatos.


Como mensagem evangélica a teologia política propõe uma cidadania que manifeste

37
todo interesse da comunidade dos crentes em realizar o ideal de Deus para a felicidade
coletiva de seus filhos.

6. Mas afinal, o que é ser cidadão?


8
Ser cidadão é compor-se a uma sociedade.
6.

O homem é um ser essencialmente social que


se encontra inserido em um conjunto de redes
sociais mais amplas (família, amigos, vizinhos,
83

etc.) na qual adquire sua identidade enquanto


ser humano e os meios fundamentais para a sua
sobrevivência.
5.

Ser cidadão é ter consciência de que é um


sujeito de direitos. Direitos à vida, à liberdade,
Cidadãos e Sociedade
à propriedade, à igualdade, enfim, direitos civis,
políticos e sociais. Entretanto, cidadania pressupõe também deveres. O cidadão tem que
04

ser consciente das suas responsabilidades enquanto parte integrante de um grande e


complexo organismo que é a coletividade e, para que alcancemos o bom funcionamento,
todos têm que dar sua parcela de contribuição. Somente assim se chega ao objetivo
final, coletivo: a justiça em seu sentido mais amplo, ou seja, o bem comum.
A cidadania expressa um conjunto de direitos que dá a pessoa a possibilidade de
participar ativamente da vida e do governo do seu povo. Quem não tem esse direito
está à margem ou excluído da vida social e da tomada de decisões.

111
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Vínculo Histórico

1. Introdução
A estreita relação entre o Poder e a religião tem sido um fato que se perde nos
primórdios da civilização.
No mundo antigo parece que o casamento entre governo e religião favorecia tanto

4
o estabelecimento como a manutenção dos sistemas imperiais.
É no teísmo que repousa a crença de que Deus se interessa pelos homens e por

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tudo que se relaciona à vida destes.


Pela Bíblia somos ensinados que Deus é o grande agente por detrás do governo
humano. Os relatos bíblicos da queda de Lúcifer e seus seguidores servem como

37
evidência da existência de um estado legal, em que, pela sublevação destes, pelo menos
três importantes fatores precisam ser considerados: houve uma tentativa de golpe;
houve uma reação deste estado; houve uma sentença judicial em que os sublevados
foram condenados. Podemos ver com isso nos textos bíblicos pesquisados a relação
8
dos fatos com a política pela presença de conceitos como “trono”, “rei”, “nação”, “reino
6.
de nosso Deus”, etc.
O governo soberano de Deus sobre o universo repousa no fato da criação, se
estendendo aos domínios das instituições humanas conforme a palavra de Paulo
na epístola de Romanos 13:1. Portanto, toda a autoridade civil, militar ou política em
83

qualquer esfera de atividade, possui um poder delegado por Deus.

2. A Questão Dispensacional
5.

A este período, em que Deus exercia Seu governo com base na sua Palavra revelada,
chamamos “dispensações”.
04

As dispensações são SETE:

A DISPENSAÇÃO DA Período que começa com a criação de Adão e vai até


INOCÊNCIA: a queda deste.

A DISPENSAÇÃO DA Período que começa com a queda do homem e se


CONSCIÊNCIA: estende até o dilúvio.

A DISPENSAÇÃO DO Período que começa a se organizar aldeamentos


GOVERNO HUMANO: com a vida em sociedade.

112
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DISPENSAÇÃO PATRIARCAL: Período que começa com o chamado de Abraão.

Período que começou com a entrega da lei a Moisés


DISPENSAÇÃO DA LEI:
no Sinai se estendeu até a crucificação de Cristo.

DISPENSAÇÃO DA É a dispensação que estamos vivendo desde a


GRAÇA: crucificação de Cristo.

DISPENSAÇÃO DO MILÊNIO: Esta será implantada por ocasião da vinda de Cristo.

4
-7
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A BÍBLIA E A QUESTÃO DA AUTORIDADE


Alguns conceitos relacionados a questão de autoridade:


37
Poder – possibilidade realizar alguma coisa.
Contrato – acordo estabelecido entre os melhores da sociedade
para viverem juntos.
8
Lei – conjunto de regras que emana da autoridade soberana.
6.
• Responsabilidade – dever de responder pelas ações pessoais e
coletivas.
• Autoridade – Direito de se exercer o poder.
83

A questão de autoridade tem nos ensinos da Bíblia, fundamental importância. Deus


é a autoridade absoluta, isto é, tem todo o direito de exercer poder sobre o universo
5.

por ter sido seu criador. Deus é soberano, o que significa que possui o direito supremo.
É na submissão aos representantes da lei (nossos superiores) que se opera o bem
comum e coloca o individuo sob o favor da autoridade suprema.
04

113
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A Política no Antigo Testamento

1. Introdução
De forma concisa podemos listar alguns exemplos em que o poder e a religião
caminharam com os laços estreitados no decurso da história:
• O duplo ofício de Melquisedeque. Este era rei em Salém e sacerdote do

4
Deus altíssimo.
• A disposição de faraó em sujeitar-se a um estado de dependência

-7
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em relação a orientação de José em face à revelação de Deus e sua


subseqüência ascensão, de prisioneiro a governador do Egito.
• O enfrentamento entre Moisés e Faraó marcado por eventos miraculosos.

37
A extensa pauta de assuntos rituais e legais tratados por Deus com Moisés
no Sinai, dando assim, base a todo sistema constitucional de Israel como
nação independente. Estes são alguns dos exemplos do interesse de Deus
8
em interferir diretamente ou por intermédio de seu povo na política
secular como meio de alcançar seus desígnios eternos.
6.

2. Panorama Político – Da Criação da Terra Até o Período


Intertestamentário
83

A política como nos já vimos existia antes da existência do homem. Mas já no jardim
do Éden com a desobediência do homem resultou na total cisão entre ele e Deus. Essa
cisão foi total de forma que todo o conhecimento de que se dispunha fora aniquilado.
5.

A partir de então, o homem mergulhou na ignorância, dependendo de si mesmo na


busca do conhecimento e, carente de ajuda externa (Deus) terá que se organizar para
sobreviver. É neste contexto que surgirão as primeiras organizações políticas no cenário
04

humano.
• Ezequiel 28 descreve a existência de um sistema político já no universo
pré- adâmico.
• Jó fala sobre o exercício da soberania de Deus desde os primórdios do
universo.
• A primeira cidade foi fundada por Caim durante a dispensação da
consciência.
• A ausência de leis e de instituições políticas produziu uma sociedade
perversa cuja maldade levou Deus destruí-la com o dilúvio.

114
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• Na sociedade patriarcal a autoridade civil religiosa era exercida pelo
patriarca e tinha como unidade básica a família.
• José o sonhador, que independente das circunstâncias se manteve íntegro
e obteve sucesso, e no tempo de escassez tinha ate para doar, vender e
se manter durante anos. Devido sua honestidade sustentou nações por 7
anos.
• No deserto Moisés figura como grande líder, Arão como seu auxiliar
imediato e, no decorrer do drama, novas funções vão surgindo e instituições
criadas. Através de Jetro, sogro de Moisés surge o primeiro tribunal e com

4
Josué e Calebe as primeiras vocações para o serviço militar.
• Em Canaã, Israel se instala, as doze tribos recém chegadas organizam uma

-7
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federação onde selam um compromisso de manter uma unidade religiosa.
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No entanto, apesar de todos se reunirem em torno do mesmo Josué havia


organizado um sistema político formado por líderes, conselheiros, juízes

37
e oficiais. Este estado, contudo, não vigorou.
• O último grande Juiz de Israel foi Samuel e o povo querendo uma política
mais consistente e unidade nacional pede a ele um rei.
8
• Com Saul a autoridade do rei ainda se limita à função militar. A Nação
não alterou muito o quadro político, e a confederação continuou sem um
6.
governo central mantendo, cada tribo, sua autonomia administrativa.
• Com Davi, a monarquia realizou o sonho Israelita de um governo central
e Israel prosperou.
83

• Salomão foi o rei que mais se dedicou às alianças diplomáticas, modernizou


seu exército, fortaleceu relações diplomáticas com grandes nações,
solidificou a unidade nacional. Definitivamente a antiga liga tribal dava
lugar a um estado dinástico com todas as instituições civis organizadas,
5.

mas, com a sua morte o reino se dividiu.


• As tribos divididas foram levadas para o cativeiro: tribo do norte levada
pelos Assírios e a tribo de Judá levada por Nabucodonosor para a Babilônia;
04

• O período intertestamentário é o período que começa com o fim da


atividade profética do Antigo Testamento e se estende até a composição
do primeiro livro do Novo Testamento.
• Os acontecimentos políticos ocorridos no período intertestamentário
serviram para desenvolver o contexto político e cultural que mais tarde
favoreceu a pregação do evangelho no mundo gentílico.

115
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3. Contribuições Deixadas Pelos Gregos


• A língua: o grego tornou-se uma língua
universal e, nos dias de Jesus, quase
toda população do mundo civilizado se
comunicava através dela. Tornou-se o
vernáculo do império romano.
• A Filosofia: também deu sua contribuição
para o advento do Cristo quando
enfraqueceu as antigas religiões do mundo

4
gentílico, sobretudo a grega.

-7
• Elementos da Mitologia: idéias como a

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imortalidade da alma, de premiação ou


punição após a morte como recompensa
pelos atos praticados em vida, mulheres

37
virtuosas, grávidas de deuses e heróis
semideuses, gerados dessas relações, da
mitologia grega, fizeram com que o mundo
8
gentílico, familiarizados com estas crenças Zeus - mitologia Grega

compreendesse melhor o Evangelho.


6.

A Política do Novo Testamento


83
5.

Uma revolta liderada por Judas Macabeus levou os judeus a uma independência que
durou ate o quadro político da Palestina ser redesenhado com a chegada de Pompeu,
inaugurando, deste modo, a dominação romana na Palestina.
04

O cenário político mundial nos dias do Novo Testamento, com exceção de


alguma porção remota do Oriente estava totalmente sob o domínio dos romanos que
conquistavam as cidades circunvizinhas por meio de acordos ou guerras.
A participação dos romanos na preparação do mundo para receber a Cristo foi
essencialmente política.
Os benefícios que os romanos trouxeram para a pregação do Evangelho não
favoreceram apenas os palestinos, o mundo todo pode receber as Boas Novas com
rapidez e eficácia pelas condições que Roma lhes dava e cujos fatores principais
enumeramos.

116
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• A Legislação Romana:

A Lei da adoção que dava ao individuo o direito de ser adotado tornando-o conseqüentemente
herdeiro legitimo do pai adotivo é usado por Paulo para explicar aos romanos a condição
que o crente adquire em relação a Deus quando se converte. Liberdade religiosa que os
súditos do império gozavam.

• A Pax (Paz) Romana:

Roma aniquilou as cidades-estados e os pequenos reinos. Com isso, Roma varreu do


Mundo Antigo as guerras e disputas entre nações. O mundo tornou-se pacifico e deu

4
liberdade de movimento em torno de todo o Mar Mediterrâneo.

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• As Estradas:

Grandes centros comerciais eram encontrados por todo o mundo e o deslocamento de

37
caravanas de mercadores, tropas do exército e viajantes diversos exigiram de Roma a
construção de Estradas.
8
6.
O Cenário Político da Palestina nos Dias de Jesus
83

O império Romano havia agregado inúmeras cidades e pequenos reinos sob quem
impôs seu domínio e soberania. O vasto território era administrado por uma estrutura
política do tipo provincial. Cada reino ou nação conquistada tornava-se uma província
5.

romana.
Em 63 a.C. quando o general Pompeu tomou posse de Palestina, transformou-a
numa província romana anexada à Síria.
04

Os romanos sempre permitiram que as nações conquistadas mantivessem certa


soberania podendo praticar livremente sua religião e até manter um sistema econômico
independente cunhando sua própria moeda.
Tudo na vida de Cristo foi exemplar. Nasceu num lar exemplar onde tanto Maria
quanto José davam pelos seus atos, evidências de que a virtude fazia deles agentes
dignos de oferecer um berço para vinda do messias. A cidadania estava entre estas
virtudes.
Jesus pagou impostos e, ensinou com isto, entre outras verdades, que seus discípulos
não deveriam sonegá-los a fim de não serem causa de desapontamento, afinal, Ele era
um cumpridor da Lei e, não pagar impostos seria o mesmo que burlar a lei. Este ato era,

117
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igualmente, um ato de cidadania.
Paulo nos ensina da epistola de Romanos 13:1-7 que a submissão às autoridades
civis também constitui um dever cristão. Bem como nas demais epístolas, até mesmo
em Apocalipse, o autor descreve no final do livro a polis ideal, a cidade eterna, a nova
Jerusalém.

Organização Política do Brasil

4
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A palavra política denomina a arte ou ciência da organização direção e administração


de nações ou Estados. Nos regimes democráticos, a ciência da política é a atividade dos
cidadãos que se ocupam dos assuntos públicos com seu voto ou com sua militância.

política é: ciência do governo dos Estados.


8 37
O termo política é derivado do grego antigo politeia que indicava todos os
procedimentos relativos a polis (cidade ou estado). Na realidade a melhor definição de

O exercício do poder político pode ser administrado por diversos modos de poder
baseando-se nos meios em que o ativo se utiliza do poder para determinar a reação da
6.

massa passiva. Podemos distingui-los em três categorias principais:


• Poder econômico: baseia-se na utilização da posse de certos bens,
necessários ou considerados como necessários. Numa situação de
83

necessidade, para controlar aqueles que não o possuem, ou empregados


na realização de um trabalho.
• Poder ideológico: Se vale da influência que as ideias de uma pessoa
5.

investida de autoridade tem sobre o comportamento dos demais.


• Poder político: Baseia-se na posse de instrumentos com os quais se exerce
a força física, o que não significa que ele seja exercido pelo uso da força.
04

O sistema governamental brasileiro é de uma República Federal Presidencialista


de regime democrático-representativo, ou seja, uma forma de governo na qual um
representante (presidente) é escolhido pelo povo acumulado as funções de chefe de
Estado e de Chefe de Governo, seu cargo é eleito e temporário, dividido em mandatos
de 4 anos (direito a um mandato e uma reeleição).
O centro do poder político brasileiro se concentra na cidade de Brasília e é
composto pelo Palácio do Planalto (executivo), Supremo Tribunal Federal (judiciário) e
Congresso Nacional (legislativo). O parlamento brasileiro é bicameral, ou seja, a Câmara
dos Deputados e Senado.
O Estado brasileiro é uma federação, pois é composto de entidades subnacionais ou

118
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estados dotados de autonomia política garantida pela Constituição Federal e do poder
de promulgar suas próprias constituições. Atualmente o Brasil é dividido administrativa
e politicamente em 27 unidades federativas, sendo 26 estados e um distrito federal,
possuindo cerca de 190 milhões de habitantes.

O Estado brasileiro é dividido em três


esferas de poder:
• Poder Executivo

4
• Poder Legislativo

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• Poder Judiciário

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Congresso Nacional

Ao chefe do poder executivo cabe:




37
Nomear e exonerar os Ministros de Estado.
8
Sancionar, promulgar e fazer publicar as leis, bem como expedir decretos
e regulamentos para sua fiel execução.
6.

• Vetar projetos de lei, total ou parcialmente, ou solicitar sua consideração


ao Congresso Nacional.
• Manter relações com países estrangeiros e acreditar seus representantes
83

diplomáticos.
• Decretar o estado de defesa, o estado de sitio e a intervenção federal, nos
termos da constituição.
5.

• E muitos outros atos que lhe são outorgados pela constituição.

OS PRINCIPAIS ORGÃOS DO PODER EXECUTIVO SÃO:


04

• Presidente da República
• Vice-Presidência da República
• Ministérios de Estado
• Defensoria Pública da União

119
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O Papel da Igreja na Política

Sacerdotes, profetas ligados à política não é um fato novo. Desde os primórdios do


povo israelita esta prática já era comum. Alguns exemplos: José, Moisés, Samuel, Isaías
e Daniel.
Na atualidade, parlamentares evangélicos representam o povo de Cristo na cúpula
política do Estado Brasileiro, visando não só trabalhar políticas públicas que traduzam o

4
bem da sociedade, como também, defendendo e garantindo a continuidade dos ideais
de Cristo através da Igreja brasileira.

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A IGREJA DO EVANGELHO QUADRANGULAR, através da Secretaria Geral de


Cidadania e do Conselho Nacional de Diretores, tem trabalhado e desenvolvido o Projeto
Político de Cidadania da Igreja, precisamos promovê-lo e nos comprometermos com

37
este projeto, pois política não é pecado. Pv 29.2
Na doutrina sociopolítica da IEQ, segundo os princípios da Palavra de Deus a Igreja
é contrária: ao divórcio sem fundamento; ao casamento de pessoas do mesmo sexo e
8
homossexualismo; ao aborto; a exploração de criança e adolescente; a legalização da
profissão de prostitutas; a discriminação (raça, cor, credo): a corrupção e impunidade:
6.
a opressão aos menos favorecidos (impostos e taxas abusivas); vícios; fechamento de
igrejas e prisões de pastores (lei do silêncio).
A IEQ é a favor: do direito da cidadania-conscientização do povo; direito à educação
83

religiosa com plena liberdade de expressão; assistência social; direito à ocupação da


mídia pela igreja (liberdade de imprensa); ética e decência nos meios de comunicação;
meio ambiente; amparo aos necessitados; saúde e moradia com infraestrutura; trabalho
justo e estável.
5.

A IEQ foi a primeira igreja evangélica a ter, por escrito, a doutrina sociopolítica
segundo a visão da Igreja.
04

Teologia Política Prática

A igreja tem o poder e a autoridade para abençoar o país, o estado e o município


através da oração e atuação. Nossa atitude faz a diferença!
Qual deve ser a postura do cristão diante das questões públicas? O que a Bíblia
Sagrada nos diz?

120
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“Exorto-te, pois antes de tudo, que se façam súplicas, orações, intercessões e
ações de graça por todos os homens. Pelos governantes e todos os que em posição
de autoridade, para que vivamos uma vida calma e tranqüila, em piedade e
honestidade. Isto é bom e agradável diante de nosso Salvador, o qual deseja que
todos os homens sejam salvos e cheguem ao pleno conhecimento da verdade”. (1 Tm
2.1-4)
O poder através da submissão e da obediência é um mandamento de Deus.
Note o que a palavra te diz sobre este assunto:
Todos devem sujeitar-se às autoridades governamentais, pois não há autoridade

4
que não venha de Deus; as autoridades que existem foram por ele estabelecidas.
Portanto, aquele que se rebela contra a autoridade está se colocando contra o que

-7
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Deus instituiu, e aqueles que assim procedem trazem condenação sobre si mesmos.
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Pois os governantes não devem ser temidos, a não ser pelos que praticam o mal.
Você quer viver livre do medo da autoridade? Pratique o bem, e ela o enaltecerá. Pois

37
é serva de Deus para o seu bem. Mas se você praticar o mal, tenha medo, pois ela
não porta a espada sem motivo. É serva de Deus, agente da justiça para punir quem
pratica o mal. Portanto, é necessário que sejamos submissos às autoridades, não
apenas por causa da possibilidade de uma punição, mas também por questão de
8
consciência. É por isso também que vocês pagam imposto, pois as autoridades estão
a serviço de Deus, sempre dedicadas a esse trabalho. Dêem a cada um o que lhe é
6.
devido: Se imposto, imposto; se tributo, tributo; se temor, temor; se honra, honra.”
(Rm. 13.1-7)

Política na Igreja
83
5.

“O maior castigo para quem não gosta de política é ser governado pelos que
gostam”. Arnold Toynbee historiador inglês.
04

“O pior analfabeto é o analfabeto político. Ele não ouve, não fala nem participa
dos acontecimentos políticos.”

Ele não sabe que o custo de vida, o preço do feijão, do peixe, da farinha, do aluguel,
do sapato e do remédio depende das decisões políticas.
A igreja evangélica tem-se inserido, cada vez mais, no campo político, conquistando
uma crescente representação nos poderes públicos, participando efetivamente da
definição da agenda política em todos os níveis.
Mesmo assim a igreja evangélica brasileira tem se dividido em relação à participação
no processo eleitoral e político do país. Parte dos nossos irmãos ainda mantém o

121
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pensamento (paradigma) de que política não é uma atividade compatível com a postura
e a fé cristã.
Constituindo assim, verdadeiro desafio para a igreja evangélica, principalmente a
brasileira, para construir uma consciência política saudável que a leve a uma militância
eficiente.
Outro grande desafio para igreja brasileira é fazê-la ter consciência que no sistema
político representativo como o nosso, votar é dar anuência para que representantes
ajam em nosso nome. Nossos
representantes políticos devem ser

4
também representantes da nossa fé,
da nossa ética, do nosso pensamento e

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comprometido com os valores do Reino

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de Deus.
Hoje como cristãos conscientes da
responsabilidade de sermos melhores

Igreja e Política
8 37
cidadãos do que aqueles que não
conhecem a Palavra de Deus precisamos
assumir nossa posição como sal da terra
e luz do mundo.
6.

Politica Não é Pecado


83

Política não é pecado, se você se permitir vivê-la conforme os princípios da Palavra de


5.

Deus, porém se a pessoa se corromper por causa do dinheiro ou do poder, certamente


estarão pecando, pois a Palavra de Deus diz que o amor ao dinheiro é a raíz de todo mal.
Pecado é a corrupção a desonestidade, a roubalheira e as ações contra o povo.
04

“Não é a política que corrompe o homem, mas é o homem que corrompe a política”.
POLÍTICA é a arte de gerenciar os povos.

DICAS
• Política não é para escravizar, mas para ajudar.
• Política não é pecado, pecado é corrupção, roubo e opressão.
• Política é para ajudar pessoas.
• Política visa o bem estar da sociedade.

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• Os políticos cristãos devem ser honestos e comprometidos com


bem estar da sociedade.
• Os políticos cristãos devem ter a vocação para o serviço.
• Os políticos cristãos devem ser comprometidos com os valores
de Deus.

LEIS QUE VISAM PREJUDICAR A IGREJA:

4
• Lei Ambiental: limita o volume do som das Igrejas em média, a 60
decibéis;

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• Estatuto da Cidade: restringe a construção de templos às áreas centrais;


• Projeto nº 1.154/03: Proíbe a veiculação de programas em que o teor
seja considerado preconceito religioso. Se aprovado, será considerado


37
crime pregar sobre idolatria, feitiçaria e rituais satânicos. Será proibido
que mensagens sobre essas práticas sejam veiculadas no rádio, televisão,
jornais e internet. A verdade sobre esses atos contrários à Palavra de
Deus, não poderá mais ser mostrada.
8
Quanto aos cultos: Cultos somente com portas fechadas (Reforma
6.
Constitucional), Pastores que pregarem sobre dízimos e ofertas,
dependendo do número de reclamações, serão presos.
• Projeto de Lei que permite casamento de pessoas do mesmo
83

sexo (estendendo a elas os mesmos direitos previstos na lei para


casamentos heterossexuais) e a lei da homofobia; Estabelecer um
dia oficial do “orgulho gay” em todas as cidades brasileiras; Movimentos
LGBTS
5.

• Projetos conflitantes com os principais cristãos tramitam no


Congresso e refletem na pauta oficial do país criado por setores da
mídia;
04

• Lei contrária à família: legalização da prostituição como profissão e


a legalização o uso de drogas, Leis contrárias à vida: Descriminalização
do aborto instituindo assim a legalização do aborto provocado e a pena
de morte.
Todas essas leis estão parando na bancada evangélica.

123
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Perfil de um Político Cristão

Uma nação é feliz quando Deus governa e tem como representante alguém que
tem a mente de CRISTO. Então esta nação é abençoada e, como fruto desse governo,
ela prospera na saúde, na educação, no bem-estar econômico, no conhecimento, na
liberdade de ir e vir, de pensamento e de fé, tornando-se uma referência a ser seguida.
A legítima atuação política é abençoar seguindo o perfil do Mestre: “Eu vim para que

4
tenham vida e a tenham em abundância”. (Jo.10:10)
1º Deve ser um irmão na fé (Dt.17.15);

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2º Não deve buscar o poder em benefício próprio (Dt.17.16); 3º Não deve


retroceder na fé (Dt.17.16);
4º Dever ser um servo de Deus, exemplo de caráter, ética e moralidade (Dt.17.17);

37
5º Deve ser um servo de Deus que não busca riquezas pessoais (Dt.17.17);
6º Deve ser alguém que cumpre os mandamentos de Deus (Dt.17.18,19);
8
7º Deve ser homem de Deus que não pode se ensoberbecer no poder (Dt.17.20).
6.
83
5.
04

124
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CAPÍTULO 6 PANORAMA BÍBLICO & DOUTRINAS


BÍBLICAS (RESUMIDOS)

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Panorama Bíblico

1. Introdução
8 37
O Panorama Bíblico é uma forma
6.
de ver a Bíblia de modo geral através dos
acontecimentos mais importantes nela
relatados. Os livros da Bíblia norteiam estes
83

acontecimentos e se baseiam neles.


Estudaremos a Bíblia de forma
panorâmica, isto é, resumidamente, para
que nossos olhos se abram e possamos
5.

compreender mais ainda os grandes Bíblia


acontecimentos na história da criação, do
povo Hebreu, do Reino de Israel (unido e dividido), da vida de Jesus, dos apóstolos e
04

muito mais.
Oséias 4:6 “Meu povo perece por falta de conhecimento…”
A origem da palavra Bíblia vem do grego “biblos” que significa livrinhos, que é
o plural de biblion que significa “livrinho”, ou seja a Bíblia é um conjunto de vários
livrinhos agrupados como se fosse um só.
A Bíblia foi escrita em um período de 1500 anos por mais de 40 autores diferentes.
A Bíblia é composta por 66 Livros no total.
O Antigo Testamento contem 39 livros e o Novo Testamento contem 27 livros.
O Antigo Testamento foi escrito em hebraico, mas algumas porções do texto

125
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foram escritas em aramaico.
O Novo Testamento foi escrito todo em grego.

2. A Bíblia: Sua Estrutura


A Bíblia foi organizada em 9 grupos, Estes grupos de livros são categorizados pela
tipologia dos livros e não pela ordem cronológica.
O Antigo Testamento é composto de 39 livros e fala da primeira Aliança que foi
feita por Deus com a humanidade através da lei. A fé cristã se baseia nesta primeira

4
aliança para entender o plano de salvação em Jesus que nos deu a nova Aliança através
de seu sangue.

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O Antigo Testamento é organizado em 5(cinco) grupos de livros, que são:

1. Pentateuco

Deuteronômio.

2. Livros Históricos
8 37
É composto pelos cinco primeiros livros da Bíblia: Gênesis, Êxodo, Levítico, Números e

Este grupo de livros é composto por 12 (doze) livros que relatam toda a história de Israel,
6.

desde a entrada até a conquista da terra prometida: Josué, Juízes, Rute, 1 e 2 Samuel, 1 e 2
Reis, 1 e 2 Crônicas, Esdras, Neemias e Ester.
83

3. Livros Poéticos

É composto por 5 livros, sendo estes escritos em forma de cânticos ou literatura poética
hebraica: Jó, Salmos, Provérbios, Eclesiastes e Cantares.
5.

4. Profetas Maiores:

São 5 (cinco) livros que relatam a história dos profetas que mais profetizaram na história de
04

Israel: Isaías, Jeremias Lamentações, Ezequiel e Daniel.


Não são maiores por serem mais importantes ou algo assim, mas são maiores por terem
mais conteúdo escrito.

5. Profetas Menores

É composto por 12 (doze) livros e é o último grupo de livros do Antigo Testamento: Oséias,
Joel, Amós, Obadias, Jonas, Miquéias, Naum, Habacuque, Sofonias, Ageu, Zacarias e
Malaquias.
É nominado por Profetas menores, não por terem menos importância (todos tem a mesma
importância), mas isso se deve pelo fato de terem um pequeno volume literário.

126
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GÊNESIS
No princípio criou Deus o céu e a terra. ( 1.1)
Gênesis significa “princípio”. Ele se dedica a relatar a criação de Deus, contudo todo
o Antigo Testamento contorna este fato. A ciência declara idades longínquas para o início
de tudo, servindo para confirmar e engrandecer o poder criador de Deus. Não podemos
datar o tempo da criação, pois o tempo de Deus não é o mesmo do homem (2 Pedro
3.8), mas o certo é que Deus é eterno e Criador de todas as coisas (Salmos 90.1-4).
Gênesis conta a história dos patriarcas e toda a Bíblia continua citando o nome

4
deles. Os principais patriarcas foram Abraão, Isaque e Jacó. Também José do Egito foi

-7
importante para o povo de Israel. Este período marcou a formação da fé. Tudo o que

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eles criam foi transmitido pelas gerações para seus filhos e filhos de seus filhos. Os
nomes dos doze filhos de Jacó deram nome ás famílias ou tribos de Israel.

ÊXODO
37
E disse o Senhor: Tenho visto atentamente a aflição do meu povo, que está no
8
Egito... por isso, desci para livrá-lo da mão dos egípcios, e para fazê-lo subir
daquela terra, a uma terra boa e larga, a uma terra que mana leite e mel; ( 3.7,8)
6.

Êxodo vem do grego, significando “sair”, e foi assim chamado porque registra a
saída de Israel do Egito. A idéia central do livro é a redenção pelo sangue. Vemos aqui
Israel se tornando uma grande nação. Os descendentes dos patriarcas foram para o
83

Egito a convite de José filho de Israel que era governador durante um tempo de fome
em Canaã. Viveram lá por aproximadamente 430 anos.
Moisés, cujo nome significa ―tirado das águas, é a figura central de Êxodo. Ele é
5.

o profeta hebreu que liderou os israelitas em sua saída do Egito. Através de eventos
variados e de encontros face a face com Deus, Moisés recebeu a revelação daquelas
coisas que Deus desejava que ele soubesse. Assim, através do processo de inspiração
do Espírito Santo, Moisés comunicou ao povo hebreu, tanto na forma oral como na
04

escrita, esta informação que lhe foi revelada.


O livro de Êxodo registra o nascimento de Israel como nação, a entrega da Lei ao
povo e a origem da adoração ritual entre os israelitas.

LEVÍTICO
E disse Moisés a Arão: Isto é o que o Senhor falou, dizendo: Serei santificado
naqueles que se chegarem a mim, e serei glorificado diante de todo o povo. (10.3)
Chama-se Levítico pelo fato de ser um registro de leis referentes aos levitas e seu
127
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serviço. O livro tem esse título em honra a Levi, cujo nome significa “juntado”.
Após caminharem três meses pelo deserto do Sinai, o povo de Israel chega ao
pé do Monte Sinai. Permanecem parados durante algum tempo recebendo as leis
e orientações de Deus. Desde Êxodo 19 e por todo o livro de Levítico, encontramos
Deus comunicando-se com eles, através de Moisés. O livro de Êxodo terminou com o
levantamento do Tabernáculo, construído segundo os padrões que Deus dera a Moisés.
O livro de Levítico é um livro sobre a santidade de Deus e as exigências para
a comunhão com Ele. Em Levítico conhecemos o Deus Santificador, o Deus que
deseja conduzir-nos ao que há de melhor e mais aceitável no culto, na saúde, no

4
relacionamento interpessoal. A santidade descreve o caráter de Deus e o código de
conduta do cristão.

-7
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O capítulo 23 registra as sete festas que o povo de Israel tinha de celebrar ao
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Senhor, não para o próprio prazer deles, mas em adoração a Deus. Todas chamam a
atenção para a grandeza Deus agindo em Seus padrões dispensacionais.

NÚMEROS
8 37
Conforme ao mandado do Senhor, pela mão de Moisés, foram contados cada qual
segundo o seu ministério, e segundo o seu cargo; assim foram contados por ele,
6.
como o Senhor ordenara a Moisés. (4.49)
O livro de Números tem este título porque trata do registro dos dois censos de
Israel antes de entrar em Canaã. O livro começa com o povo se preparando para
83

a jornada à terra prometida. O plano de Deus era que em poucas semanas eles
chegassem à terra de Canaã. Moisés, por ordem de Deus conta todo o povo (600.000
homens) e os organiza para aquela caminhada.
5.

Espias são enviados à Terra Prometida


e depois de 40 dias retornam com o
relatório. Ao ouvir o relatório o povo de
Israel se esqueceu do poder e do cuidado
04

de Deus e por isso não deu ouvido a Josué e


Calebe, dando ouvido aos outros 10 espias
e murmuram contra Deus. Como castigo
Deus os faz peregrinar em torno de Cades
Barnéia, por aproximadamente 38 anos,
caminhando sem chegar a lugar nenhum, Os dozes espias
até que aquela geração adulta (maiores de 20 anos) incrédula morresse e seus filhos,
numa nova geração, entrassem na posse da terra de Canaã.
A história da peregrinação do povo de Israel resume-se em quase quarenta anos
de fraqueza, fracasso, reclamações e desobediência.

128
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DEUTERONÔMIO
E te lembrarás de todo o caminho, pelo qual o Senhor teu Deus te guiou no deserto
estes quarenta anos, para te humilhar, e te provar, para saber o que estava no teu
coração, se guardarias os seus mandamentos, ou não. (8.2)
Deuteronômio significa “repetição da lei”. É essencialmente um discurso de
Moisés a Israel, no qual ele repassa a história do povo de maneira fiel, apresentando
os acontecimentos à luz da glória de Deus. Moisés cumpriu a sua missão. Conduziu
Israel do Egito ad fronteiras da Terra Prometida. Agora que o tempo de sua partida

4
chegou, ele resume perante a nova geração, numa série de discursos, a história
passada de Israel, e nesse resumo baseia as admoestações e exortações que tornam

-7
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Deuteronômio um grande sermão exortativo para Israel. Exorta a recordar o amor


de Jeová para com eles durante as jornadas no deserto, para que pudessem estar
seguros da continuação do seu cuidado quando entrassem em Canaã. Admoesta-os

37
a observar a lei a fim de prosperarem. Lembra-lhes as suas apostasias e rebeliões
passadas e os adverte das conseqüências da desobediência futura. A mensagem de
Deuteronômio pode resumir-se em três exortações: Recorda! Obedecer! Cuidado!
8
JOSUÉ
6.

Todo o lugar que pisar a planta do vosso pé, vo-lo tenho dado, como eu disse a
Moisés. (1.3)
83

Josué significa “Jeová Salvador”, o mesmo nome na língua grega para Jesus. É um
livro de conquistas e vitórias militares. O Livro cobre cerca de vinte anos da história
de Israel sob a liderança de Josué, assistente e sucessor de Moisés, a quem coube
guiar Israel ao país de Canaã, a Terra Prometida. A entrada naqueles territórios iniciou-
5.

se com a passagem do Jordão, fato de grande significação histórica, porque com ela
inaugurava-se um período decisivo para a constituição da futura nação israelita.
Cada inimigo de Israel era desbaratado pelo poder de Deus manifesto no exército
04

israelita. Apesar de algumas derrotas causadas pela falta de fé do povo de Israel, o tema
geral do livro é a tomada da terra que Deus havia dado mais para isso era necessário
expulsar os inimigos dela.
Este livro compara-se ao de Efésios no Novo Testamento, pois a terra de Canaã
fala dos “lugares celestiais”, essa abençoada esfera na qual os crentes são introduzidos
“em Cristo”.

129
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JUÍZES
Naqueles dias não havia rei em Israel; porém cada um fazia o que parecia reto aos
seus olhos. (21.25)
Juízes é um triste contrapondo ao livro
de Josué. Josué é o livro da vitória; Juízes,
o livro do fracasso. Ele trata do período de
uma sucessão de juízes que sucederam
Josué como governadores de Israel. Seu

4
tema principal é o fracasso de Israel em
tomar posse de toda a terra.

-7
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O livro de Juízes apresenta Deus como


o Senhor da história. Como tal, Deus
Sansão, um dos juízes de Israel (Cena do Filme Sansão)
empregou povos estrangeiros para testar

37
a lealdade de Israel a Deus e para punir a idolatria. Por isso esses inimigos, vez por
vez, subjugavam e venceram Israel. Quando o povo de Deus se arrependia e clamava
a Deus por auxílio, Deus fazia o que estava em seu coração levantava libertadores
para salvar seu povo. A salvação é o alvo para o qual Deus dirigia e dirige a história. O
8
primeiro dos Juízes foi Josué e o último foi Samuel, o sacerdote e profeta. Os livros que
6.
contam as histórias deste período são: Josué, Juízes e 1 Samuel.
O último versículo de Juízes, apresentado acima, enfatiza a ingrata independência
de Israel naqueles dias. Cada pessoa fazia o que parecia certo a seus próprios olhos.
Um espírito de insubmissão à autoridade impede nossa prosperidade espiritual.
83

RUTE
5.

Disse, porém, Rute: Não me instes para que te abandone, e deixe de seguir-te;
porque aonde quer que tu fores irei eu, e onde quer que pousares, ali pousarei eu; o
teu povo é o meu povo, o teu Deus é o meu Deus; (1.16)
04

O livro recebe o nome de uma de suas personagens principais: uma jovem de


Moabe, bisavó de Davi e ancestral de Jesus. O nome pode significar tanto “satisfeita”
quanto “beleza”; ambos parecem muito apropriados.
O livro de Rute foi escrito no período dos Juízes, é animador como a luz de uma
brilhante jóia cintilando na escuridão.
Elimeleque e Noemi, num período de fome em Belém, mudam-se com seus filhos
Malon e Quilion para Moabe. Morrem Elimeleque e Noemi, viúva, casa seus dois filhos
com mulheres moabitas, Órfã e Rute.
Após 10 anos, seus dois filhos também morrem e Noemi decide retornar para sua

130
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terra, oferecendo liberdade às noras. Órfã, com tristeza se despede e fi ca em Moabe,
mas Rute que havia adotado Noemi como sua família e o Deus de Noemi como o seu
Deus, retornam a Israel.
Neste livro destaca-se a graça familiar pelo resgate de Boaz. Mas, também, a graça
universal, pois Boaz é neto da prostituta cananita Raabe e Rute é Moabita.

1 SAMUEL

4
Porém o Senhor disse a Samuel: Não atentes para a sua aparência, nem para a
grandeza da sua estatura, porque o tenho rejeitado; porque o Senhor não vê como

-7
vê o homem, pois o homem vê o que está diante dos olhos, porém o Senhor olha

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para o coração. (16.7)


O livro de Samuel é um livro de transição. É o registro da passagem do governo de

37
Israel por juízes ao governo por reis, e da passagem do governo de Deus, o Rei invisível
que fez com que Israel fosse diferente das outras nações – ao governo de um rei visível
que o tornou igual às outras nações.
Samuel é o primeiro dos vários profetas levantados por deus devido ao grave
8
fracasso do sacerdócio. Os sacerdotes se sucediam, os profetas não; eles eram
chamados estrita e pessoalmente por Deus.
6.

O livro de 1 Samuel começa narrando a história de um fracassado pai, o sacerdote


e juiz Eli. Samuel vem como uma resposta de oração, onde Deus atende aos pedidos
de sua mãe Ana.
83

Israel decide trocar o governo de Deus por um humano rei visível e escolhe a
monarquia. Saul homem vistoso e carismático é escolhido como o primeiro rei de
Israel. Posteriormente é rejeitado por Deus devido a três grandes pecados.
5.

2 SAMUEL
04

O Deus de Israel falou, a Rocha de Israel me disse: ‘Quem governa o povo com
justiça, quem o governa com o temor de Deus. (23.3)
O livro descreve o reinado de Davi levantado apenas para o trono de Judá
inicialmente, reinando em Hebrom por sete anos a meio; depois, também, sobre as
outras tribos de Israel por mais trinta e três anos. Ele é uma figura de Cristo sob o
aspecto de todas as nações ao redor de Israel.
2 Samuel é o livro que conta a história de Davi, seus sucessos e fracassos. Davi
é o personagem central de toda a narrativa. Davi derrota com sucesso os inimigos
de Israel, e inicia-se um período de estabilidade e prosperidade. Os primeiros 10

131
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capítulos contam as vitórias de Davi contra os seus inimigos. Mas este livro também
nos relata o maior pecado de Davi e as consequências deste seu pecado. Apesar do
arrependimento de Davi depois de confrontado com o profeta Natã, as consequências
da sua ação são declaradas com todas as letras.
Os cristãos devem respeitar os que Deus escolheu para serem líderes de seu
povo. Davi mostrou respeito por Saul porque ele era o ungido do Senhor.

1 REIS

4
Bendito seja o Senhor, que deu repouso ao seu povo Israel, segundo tudo o

-7
que disse; nem uma só palavra caiu de todas as suas boas palavras que falou pelo

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ministério de Moisés, seu servo. (8.56)


1 Reis começa com o reinado de Salomão sobre Israel, uma figura do glorioso
reinado do Senhor Jesus em seu milenar estado de paz e prosperidade e não sob a
ótica de suas poderosas conquistas.

37
Salomão substitui seu pai, Davi, no trono e durante 40 anos reinou sobre Israel. A
princípio tudo estava indo muito bem até que o poder, o luxo e as riquezas lhe subiram
8
à cabeça, e daí surgiram muitos e difíceis problemas. Aumentou em muito a carga
de impostos para fazer frente aos seus gastos e sufocou o povo. Para agradar suas
6.

mulheres estrangeiras construiu altares pagãos e se entregou à idolatria. Ao morrer


Salomão, seu filho Roboão assume o trono e por aumentar ainda mais os impostos,
num clima de revolta, as doze tribos separam-se dividindo o reino em dois. O reino do
83

norte, sob a liderança de Efraim, entrega seu trono a Jeroboão e o reino do sul, com
Judá e Benjamim, mantém o trono com Roboão.
A história dos reis conta sobre o cativeiro do povo de Deus quando em 722 a.C. o
5.

reino do norte foi levado cativo para a Assíria e em 587 o reino do sul foi levado para a
Babilônia. Os livros que falam deste período são: 2 Samuel, 1 e 2 Reis e 1 e 2 Crônicas.
04

2 REIS

E os filhos de Israel fizeram secretamente coisas que não eram retas, contra
o Senhor seu Deus; e edificaram altos em todas as suas cidades, desde a torre dos
atalaias até à cidade fortificada. (17.9)
Este livro continua a história dos dois reinos divididos, com o profeta Eliseu
substituindo Elias como testemunha da verdade e graça divinas. Outros profetas
também testemunharam e sofreram por causa de sua fidelidade. O livro de reis
destaca o ministério dos profetas, enquanto o livro de Crônicas enfatiza o serviço dos
sacerdotes e levitas.

132
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Em 2 Reis, a dependência de outros deuses levou à morte tanto indivíduos como
nações. Se nossa segurança repousa em nossa própria riqueza ou poderio militar,
estamos confiando numa casa construída sobre a areia (Mateus 7.26).
Novamente, nenhum rei crente é achado em Israel (as dez tribos), mesmo com
o profeta Eliseu. O aprofundamento de Israel no mal causou a invasão da terra pelo
rei da Assíria, que os retirou de seu país como escravos. Deste de então, as dez tribos
de Israel têm sido perdidas de visitas, e apenas Deus sabe onde encontrá-las e como
trazê-las de volta à terra deles, como ainda fará no futuro. Judá permaneceu na terra
por algum tempo. O reinado de Ezequias e Joás, dois reis piedosos, se distingue em
meio à decadência geral do povo. Contudo, ambos terminaram de forma terrível: Judá

4
sucumbiu ao domínio babilônico e foi levado cativo.

-7
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1 CRÔNICAS

37
Ó Senhor, por amor de teu servo, e segundo o teu coração, fizeste toda esta
grandeza, para fazer notória todas estas grandes coisas. (17.19)
1 Crônicas começa por uma retrospectiva genealógica provando que Deus
8
escolheu, separou e os guardou. Começa com Adão, passando por Noé, Sem, Abraão,
Jacó, Judá, Davi, Salomão, etc... Esdras é sacerdote e como tal tem seus olhares voltados
6.
aos aspectos eclesiásticos e espirituais da vida de Davi, como também com tudo o
que se relaciona ao primeiro templo, embora já estivessem vivendo a realidade do
segundo templo, recém construído.
83

Este livro resume os caminhos da graça divina para com Israel principalmente
quanto ao reinado de Davi, o homem segundo o coração de Deus. Os dois livros de
Crônicas são por isso parecidos com Deuteronômio, pois são recapitulações da graça
de Deus. O reino de Saul nem sequer é mencionado, apenas seu triste fim na batalha.
5.

Saul é o típico homem carnal que não pode receber ou exemplificar a graça de
Deus. Davi é uma figura de Cristo, em quem esta graça é admiravelmente manifesta.
Nenhuma menção é feita sobre os sete anos e meio que Davi reinou em Hebrom; mas
04

apenas seu reinado em Israel, porque a graça de Deus abrange todo o Seu povo, e não
somente uma parte.

2 CRÔNICAS

E se o meu povo, que se chama pelo meu nome, se humilhar, e orar, e buscar
a minha face e se converter dos seus maus caminhos, então eu ouvirei dos céus, e
perdoarei os seus pecados, e sararei a sua terra. (7.14)
O maravilhoso resumo dos caminhos de Deus acera dos reis de Israel continua

133
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neste livro. A grandiosidade do reinado de Salomão é vista aqui tipificando o reino do
Senhor Jesus na paz da glória milenar. Nada é dito sobre os muitos casamentos de
Salomão com mulheres ímpias e o fato de ter sido influenciado por delas, nem o seu
consequente abandono da vereda de obediência a Deus.
2 Crônicas fala da importância do culto e da obediência. O cronista avaliou os
reis de Judá, não por suas realizações seculares, mas com base em sua fidelidade
a Deus, principalmente naquilo que se evidenciava no apoio ao culto no templo. O
veredicto do cronista em relação a esses reis lembra aos cristãos de hoje que nossa
vida também será julgada um dia.

4
ESDRAS

-7
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Porque somos servos; porém na nossa servidão não nos desamparou o nosso
Deus; antes estendeu sobre nós a sua benignidade perante os reis da Pérsia, para

37
que nos desse vida, para levantarmos a casa do nosso Deus, e para restaurarmos
as suas assolações; e para que nos desse uma parede de proteção em Judá e em
Jerusalém. (9.9)
8
O livro de Esdras, cujo nome provavelmente
significa ―O Senhor tem ajudado, deriva o seu
6.
título do personagem principal.
A ideia predominante do livro de Esdras
é a restauração e é um relato da obra divina
83

de restauração: o retorno do primeiro grupo


de judeus, liderados por Zorobabel (2:2),
para Jerusalém com o objeto de reconstruir
o templo. Isso aconteceu mediante ordem de
5.

Ciro, rei da Pérsia, porque naquele tempo os


medos e pérsios haviam conquistado o império
babilônico.
Esdras lendo as leis - Ilustração de Gustave
04

Doré (1832–1883) O livro de Esdras é um testemunho


extraordinário da fidelidade do Senhor ao seu
povo. O sacerdote e escriba Esdras descreve os acontecimentos que levaram os judeus
a retornarem do cativeiro na Babilônia, bem como as experiências desanimadoras
daquela pequena comunidade no universo árduo pós-invasão da Terra Prometida.
Por meio de cada experiência, Deus provou ser fiel; afinal, com a liderança de
Esdras e Zorobabel, o Altíssimo cumpriu suas promessas anunciadas por seus
profetas, trazendo da Babilônia o seu povo, que reconstruiria o templo em Jerusalém,
e renovando a esperança de que o reino davídico seria restaurado.

134
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NEEMIAS

Disse-lhes mais: Ide, comei as gorduras, e bebei as doçuras, e enviai porções


aos que não têm nada preparado para si; porque este dia é consagrado ao nosso
Senhor; portanto não vos entristeçais; porque a alegria do Senhor é a vossa força.
(8.10)
Neemias, cujo nome significa “o Senhor conforta”, escreve a história de sua ligação
com o grupo de judeus cativos que voltaram do exílio para Jerusalém. Ele veio à
Jerusalém. Ele veio à Jerusalém cerca de treze anos depois de Esdras, comovido pelas

4
notícias que recebera da decadente condição da cidade. O Senhor concedeu-lhe graça
aos olhos de Artaxerxes, rei da Pérsia, a quem servia como copeiro. Ele conseguiu

-7
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autorização para reconstruir os muros de Jerusalém.


O livro de Neemias é uma das mais impressionantes histórias bíblicas da
determinação de um homem em cumprir uma tarefa importante. É o penúltimo livro

37
histórico do Antigo Testamento e descreve o trabalho de Neemias em motivar o povo
em Jerusalém a reconstruir as muralhas que protegiam a cidade contra invasões de
inimigos. O livro mostra, também, a preocupação de Neemias em proteger o povo
8
contra outra ameaça ainda maior, pois agiu para eliminar do meio dos judeus as más
influências que os corrompiam.
6.
Depois de reconstruir o muro de Jerusalém e efetuar muitas reformas gerais entre
o povo, humildemente deu glória a Deus por tudo o que tinha realizado. A lição principal
que ensina a sua vida é que oração e perseverança vencem todos os obstáculos.
83

ESTER
5.

Pois, se você ficar calada nesta hora, socorro e livramento surgirão de outra
parte para os judeus, mas você e a família de seu pai morrerão. Quem sabe se não
foi para um momento como este que você chegou à posição de rainha? (4.14)
04

Livro de Ester tem uma peculidade que o distingue de qualquer outro livro da Bíblia:
não contem uma única menção ao nome de Deus, nem tampouco há referências a lei
ou à religião judaica. Apesar de não se mencionar o nome de Deus, há abundantes
sinais de que ele estivesse operando e cuidando de seu povo.
O livro de Ester leva o nome de sua personagem principal, uma judia chamada
Hadassa (“murta”), mas que foi renomeada Ester (“uma estrela”). Um nome
provavelmente escolhido como um reconhecimento de sua beleza, após tornar-se
rainha. A história pertence cronologicamente ao período entre o retorno de Zorobabel
e Esdras, ou seja, entre o sexto e o sétimo capítulo de Esdras. Alguns estudiosos
sugerem que o rei Assuero a que se refere, é identificado como Xerxes.

135
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A própria Ester nos faz lembrar a beleza que Deus vê em Seu povo, apesar dos seus
fracassos e afastamento. Mardoqueu é uma figura de Cristo, primeiro por proteger um
rei gentil daqueles que planejavam sua morte; e também por engrandecer cada vez mais
entre os gentios e isso depois de ter decretado a sua morte, junto com a de seu povo.

Havia um homem na terra de Uz, cujo nome era Jó; e era este homem íntegro,
reto e temente a Deus e desviava-se do mal. (1.1)

4
O livro de Jó trata de um dos maiores mistérios – o do sofrimento. A pergunta

-7
que ressoa por todo o livro é: por que sofrem os justos? Jó, um homem descrito como

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perfeito, é despojado da riqueza, dos filhos e da saúde.


O livro de Jó contém o relato de um

37
homem íntegro que permaneceu fiel mesmo
em meio a duras provações. A experiência
de Jó nos convida a refletir sobre perguntas
difíceis a respeito das causas do sofrimento,
8
a fragilidade da existência humana e os
motivos para crer em Deus mesmo quando
6.
a vida parece injusta.
O livro de Jó é poético e tem sido Quadro “Jó e seus amigos”, de Ilya Yefimovich Repin,
1869.
reconhecido por sua espetacular linguagem.
83

Pelas evidências, Jó viveu na mesma época que Abraão. Apesar de ser o homem
mais justo na terra, Deus permitiu-lhe sofrer intensamente nas mãos de Satanás.
5.

SALMOS

Os céus proclamam a glória de Deus, e o firmamento anuncia as obras das suas


04

mãos. (19.1)
O Livro de Salmos é uma compilação de diversas coleções antigas de cânticos
e poesias próprias para o uso tanto no culto congregacional quanto para a devoção
particular.
Em algumas coleções, os compiladores antigos reuniram a maior parte dos
maravilhosos cânticos de Davi. Em outras, eles coletaram salmos de uma variedade
de autores, como Moisés, Asafe, Hemã, os filhos de Corá, Salomão, Etã e Jedutum.
Muitos são de fonte desconhecida. Os estudiosos judeus os chamam de ―salmos
órfãos. Os Salmos eram o hinário de Israel para muitos rituais e cerimônias. Eram
veículos de expressão do povo através de uma gama de experiências que os tornava

136
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aptos a apresentar os sentimentos e pedidos ao Senhor em termos significativos e
intensos. Foram escritos como reações sinceras diante de Deus, ao experimentarem
as inúmeras alegrias, tristezas e provações da vida.
Os Salmos contêm mais do que cânticos para o templo e hinos de louvor. Ele inclui
alegrias, lamentações, orações pessoais e patrióticas, petições, meditações, instruções
e tributos em acrósticos sobre temas nobres.

PROVÉRBIOS

4
Se o sábio der ouvidos, aumentará seu conhecimento, e quem tem

-7
discernimento obterá orientação para compreender provérbios e parábolas,

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ditados e enigmas dos sábios. (1.5,6)


De acordo com 1 Reis 4.32, Salomão proferiu 3.000 provérbios e 1.005 cânticos.
Ele escreveu a maior parte dos provérbios coletados neste livro. A divisão que vai de

37
1.1 — 9.18 é atribuída a ele, bem como as divisões de 10.1 — 22.16 e 25.1 — 29.27,
embora os provérbios nesta última divisão tenham sido selecionados da coleção de
Salomão pelos escribas do rei Ezequias (25.1). Nada sabemos sobre Agur, autor do
8
capítulo 30, ou de Lemuel, autor do capítulo 31.
O tema central deste livro é a sabedoria de forma prática, não apenas para viver
6.
uma boa vida, mas para viver no temor do Senhor. Todos os provérbios apresentados
neste livro objetivam gerar homens saudáveis e redimidos, bem sucedidos na vida,
segundo o projeto de Deus para nós.
83

Os princípios de vida são divinamente inspirados e apresentados sob a forma de


ditados, que por contraste ou comparação relatam as experiências características e o
caminhar do sábio e do tolo, do justo e do preguiçoso, do bom e do mau, do insensato,
da mulher virtuosa, etc.
5.

Ensinos específicos incluem instruções sobre a insensatez, o pecado, a bondade, a


riqueza, a pobreza, a língua, o orgulho, a humildade, a vingança, a preguiça, a amizade
e a família.
04

Seu pensamento ou tema unificador é: ― O temor do SENHOR é o princípio da


sabedoria (9.10), aparecendo de outra maneira como: ― O temor do SENHOR é o
principio da ciência (1.7).

ECLESIASTES

E olhei eu para todas as obras que fizeram as minhas mãos, como também
para o trabalho que eu, trabalhando, tinha feito, e eis que tudo era vaidade e
aflição de espírito, e que proveito nenhum havia debaixo do sol. (2.11)

137
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Eclesiastes (“o pregador”) é geralmente creditado a Salomão, escrito em sua
velhice. O tom pessimista que impregna o livro talvez seja um efeito do estado espiritual
de Salomão na época. Embora não mencionado em 1 Reis, Salomão provavelmente
recuperou a consciência antes de morrer, arrependeu-se e voltou-se para Deus.
Eclesiastes 1.1 parece ser uma referência a Salomão: ―Palavra do pregador, filho de
Davi, rei em Jerusalém. Alusões à sabedoria de Salomão (1.16), à riqueza (2.8), aos
servos (2.8), aos prazeres (2.3) e a atividade de edificação estão espalhadas por todo
o livro.
No decorrer de todo este livro o autor está mais interessado pelo significado
da vida do que pelos seus problemas. Como um filósofo, ele se põe de lado para

4
indagar o porquê da vida. Eclesiastes é o primeiro livro da Bíblia a fazer uma pausa e
refletir filosoficamente no significado da própria vida à luz das aparentes futilidades

-7
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defrontadas por todos.

CANTARES
8
(1.12)
O título no texto hebraico é ―Cântico dos
37
Enquanto o rei está assentado à sua mesa, o meu nardo exala o seu perfume.
6.
Cânticos de Salomão, o que pode significar
um cântico composto por Salomão, para ele
ou a respeito dele. E trata sobre a comunhão
pessoal com o Senhor Jesus. Como sua
83

linguagem é altamente figurativa, tem de


ser interpretado com bastante sobriedade e
cuidado.
5.

O profundo deleite da noiva ao


O Rei Salomão
contemplar as belezas e glórias do Noivo é
uma linda alegoria da conseqüente felicidade de Israel no Senhor Jesus quando trazida
de volta à sua terra e restaurada aos privilégios permanentes do milênio.
04

Sendo um livro que tem por propósito ensinar aos leitores como viver uma vida
feliz e boa, é natural que a Bíblia tenha algo a dizer nessa área. Cântico dos Cânticos
celebra a alegria e a paixão do amor matrimonial, como boas dádivas de Deus. O amor
mútuo entre o homem e a mulher em Cântico dos Cânticos é uma reafirmação do
amor entre o primeiro homem e a primeira mulher. Desse modo, ele dá testemunho
do triunfo dos propósitos graciosos de Deus para a criação, apesar do pecado humano.
Da mesma forma, esse amor fiel é uma bela representação do amor de Deus por seu
povo e de sua dedicação a ele.

138
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ISAÍAS

Quão formosos são, sobre os montes, os pés do que anuncia as boas novas, que
faz ouvir a paz, do que anuncia o bem, que faz ouvir a salvação, do que diz a Sião:
O teu Deus reina! (52.7)
O primeiro versículo deste livro coloca Isaías, o filho de Amoz, como o seu autor. O
nome ― Isaias significa ― O SENHOR é salvação. A visão e a profecia são reivindicadas
quatro vezes por Isaías; seu nome é mencionado mais doze vezes no livro. Seu nome
também aparece doze vezes em 2 Reis e quatro vezes em 2 Crônicas.

4
O Livro de Isaías é citado diretamente no Novo Testamento 21 vezes sendo

-7
atribuído em cada caso ao profeta Isaías. Embora haja semelhanças no vocabulário,

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muitos estudiosos dividem o livro em duas partes acreditando serem de autores


diferentes.

JEREMIAS
37
Achando-se as tuas palavras, logo as comi, e a tua palavra foi para mim o gozo
8
e alegria do meu coração; porque pelo teu nome sou chamado, ó Senhor Deus dos
Exércitos. (15.16)
6.

Jeremias ( “Jeová exalta”) tem sido


apelidado de o profeta chorão. Chamado
por Deus em tenra idade, ele profetizou por
83

cerca de quarenta anos durante os reinados


de Josias, Joaquim, Jeoacaz e Zedequias e
também no cativeiro de Judá e Jerusalém. Ele
5.

descendia de uma família de sacerdote, mas


como João Batista, era mais um profeta que
propriamente um sacerdote.
O Profeta Jeremias
Jeremias começou seu ministério (com
04

cerca de 20 anos de idade) no reinado do bom rei Josias, com quem o profeta mantinha
relações cordiais. Depois da morte de Josias a oposição ao profeta ganhou ímpeto.
Ele escapou por pouco à prisão, foi proibido de ir ao templo, e teve de comissionar
Baruque, seu secretário, para anunciar suas profecias. O rei Joaquim destruiu as
profecias escritas de Jeremias (que foram depois, reescritas)
A vida pessoal desse profeta é mais conhecida do que a de qualquer outro profeta
do Antigo Testamento porque ele nos deixou muitas marcas de seus pensamentos,
preocupações e frustrações.
Jeremias recebeu a ordem de não se casar ou ter filhos para ilustrar a sua
mensagem: o julgamento era iminente, e a próxima geração seria exterminada.
139
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LAMENTAÇÕES DE JEREMIAS

Não vos comove isto a todos vós que passais pelo caminho? Atendei, e vede, se
há dor como a minha dor, que veio sobre mim, com que o Senhor me afligiu, no dia
do furor da sua ira. (1.12)
Este é um livro que demonstra uma profunda compaixão, escrito após o cativeiro
de Judá e a cidade de Jerusalém ter sido reduzido à desolação. Contudo, a própria
linguagem do profeta testemunha a terna preocupação do Senhor pelo Seu povo em
todas as suas aflições.

4
O autor não é mencionado, mas tradições que vêm de muito antes de Cristo

-7
sustentam que Jeremias o tenha escrito. Existem muitas semelhanças entre os textos

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de Lamentações e Jeremias. O autor do livro a exemplo do profeta fora testemunha


ocular da queda de Jerusalém e manifestava grande comoção em suas orações a Deus.
Lamentações diz que não há nenhum lugar como a nossa pátria, especialmente

37
quando esta deixa de existir. O livro mostra a face honesta da oração no meio da
tragédia. Lamentações dá ao povo de Deus a liberdade de questionar e, mesmo assim,
de experimentar sua presença. Ele mostra que o caminho da esperança é pavimentado
8
com honestidade e questionamentos misturados com louvor. A fé cresce no meio da
crise, quando o povo de Deus leva seus problemas a ele.
6.

EZEQUIEL
83

E eis que tu és para eles como uma canção de amores, de quem tem voz suave,
e que bem tange; porque ouvem as tuas palavras, mas não as põem por obra.
(33.32)
5.

Ezequiel (“Deus é Fortaleza”), assim como Jeremias, também era um sacerdote,


mas profetizou fora da terra de Israel, no cativeiro. Ele profetizou primeiro contra
Israel e Judá, descrevendo a escravidão, o sofrimento e a humilhação deles de maneira
04

bastante alegórica.
Ezequiel, filho de Buzi, o sacerdote (1.3). Embora essa identificação tenha
sido questionada, parece não haver razão válida para se duvidar disso. Ele era,
provavelmente.
Ele foi treinado para o sacerdócio durante o reinado de Joaquim, foi deportado
para a Babilônia (1.1;33.21; 40.1) em 597 a.C. e estabeleceu-se em Tel–Abibe, situada
no canal do rio Quebar, perto de Nipur (1.1). Seu ministério coincidiu brevemente ao
de Jeremias.
Ezequiel antes mesmo de iniciar seu ministério sacerdotal em Judá, foi levado
aos 30 anos para a Babilônia, na segunda leva de exilados, em 597 a.C. Durante a 1º

140
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parte do seu ministério na Babilônia (592 a 586 a.C.) Ezequiel procurou mostrar aos
exilados seus pecados como causa de estarem ali na Babilônia. Prepara-lhes para a
breve destruição da cidade de Jerusalém e do templo, que viria como manifestação do
juízo de Deus.
Quando Jerusalém é sitiada, Ezequiel passa à segunda etapa do seu ministério e
anuncia o juízo de Deus, vindo também sobre os inimigos de Judá.
Sua terceira e última etapa ministerial têm ênfase sobre o futuro de Israel.

DANIEL

4
-7
Falou Daniel, dizendo: Seja bendito o nome de Deus de eternidade a eternidade,

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porque dele são a sabedoria e a força; E ele muda os tempos e as estações; ele
remove os reis e estabelece os reis; ele dá sabedoria aos sábios e conhecimento aos
entendidos. Ele revela o profundo e o escondido; conhece o que está em trevas, e
com ele mora a luz. (2.20-22)
Daniel (“Deus é Juiz”) também profetizou
no cativeiro. Ele conquistou um lugar de
8
honra e respeito entre os gentios através
37
de sua simples e inabalável fé no Deus
6.
vivo, resultante de uma vida de constante
piedade, de uma conduta sábia e prudente,
sem comprometer a verdade.
83

Daniel foi deportado, enquanto A Resposta de Daniel ao Rei - Briton Rivière (1840
- 1920)
adolescente, no ano de 606 a.C., para a
Babilônia, onde viveu mais de sessenta anos. Possivelmente fosse de uma família de
classe alta de Jerusalém. Isaias e Ezequias (Is 39.7) haviam profetizado a deportação para
5.

a Babilônia dos descendentes da família real. Inicialmente, Daniel serviu como estagiário
na corte de Nabucodonosor. Mais tarde, tornou-se conselheiro de reis estrangeiros.
Daniel foi levado com alguns jovens importantes e nobres de Judá para a Babilônia,
04

na ocasião do primeiro cerco de Nabucodonosor ao reino de Judá, no ano 606 a.C.


Nestes 70 anos de cativeiro para os judeus, e de vida profética para Daniel, ele assistiu
a ascensão e a queda de grandes impérios, sendo este o tema de suas mensagens, as
quais revelam a soberania de Deus sobre as nações e antecipam muito do calendário
histórico de reinos gentios, que Deus lhe mostrou.
A história de Daniel começa aos 16 anos, quando ele chega cativo na Babilônia. No
ano seguinte, Nabucodonosor tem um sonho e somente Daniel consegue interpretá-o.
Por causa da interpretação deste sonho Daniel é colocado como governador da
Província da Babilônia.
A importância de Daniel como profeta foi confirmada por Jesus em Mateus 24.15.

141
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OSÉIAS

Converte-te, ó Israel, ao SENHOR teu Deus; porque pelos teus pecados tens
caído. Tomai convosco palavras, e convertei-vos ao Senhor; dizei-lhe: Tira toda a
iniqüidade, e aceita o que é bom; e ofereceremos como novilhos os sacrifícios dos
nossos lábios. (14.1,2)
Oséias cujo nome significa ―salvação ou ―libertação, era filho de Beeri, foi
escolhido por Deus pra levar sua mensagem a seu povo através do seu casamento
com uma mulher que seria infiel a ele, experimentando assim a dor da traição. O

4
primeiro capítulo é um breve resumo das ações de Deus com Judá e Israel (também
chamada neste livro de “Efraim”, pois foi esta tribo que conduziu Israel a rebelião).

-7
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O livro de Oséias diz respeito primariamente ao reino setentrional de Israel, de dez


tribos (também chamado de Efraim, segundo o nome de sua tribo dominante, nomes
estes que são usados de forma intercambiável no livro). Quando Oséias começou a

37
profetizar, durante o reinado do Rei Jeroboão, Israel gozava de prosperidade material.
Mas o povo rejeitara o conhecimento sobre Deus.
Suas práticas iníquas incluíam derramamento de sangue, roubo, fornicação,
8
adultério e a veneração de Baal e dos ídolos-bezerros. (2:8, 13; e 4:2, 13, 14; e 10:5)
Depois da morte do Rei Jeroboão a prosperidade cessou, e passaram a prevalecer
6.
condições assustadoras, marcadas por inquietação e assassinatos políticos. (2
Rs14:29;15:30) O fiel Oséias também profetizou em meio a tais circunstâncias.
Deus usa a mensagem do profeta através de sua trágica história familiar: Oséias
83

casa-se com Gômer. Ele a ama intensamente, mas ela o trai, foge, prostitui-se e se
torna escrava (Oséias 1 e 2). Oséias, contudo, continua a amá-la e a perdoá-la e a
compra (Os 3).
5.

JOEL

E o Senhor levantará a sua voz diante do seu exército; porque muitíssimo


04

grande é o seu arraial; porque poderoso é, executando a sua palavra; porque o dia
do Senhor é grande e mui terrível, e quem o poderá suportar? (2.11)
O nome Joel significa, Jeová é Deus. Este é um nome muito comum em Israel, e
Joel, o profeta, é especificado como o filho de Petuel. Nada é conhecido a respeito dele
ou das circunstâncias de sua vida. Provavelmente ele viveu em Judá e profetizou em
Jerusalém.
A terra acabara de ser assolada por uma praga de gafanhotos que devorara toda
a plantação, promovendo fome, seca e desemprego. Morriam o povo e os animais. O
desespero era incomparável. Esta é a ocasião em que o profeta se levanta em nome do
Senhor anunciando-lhes que a praga era juízo imediato ao estado de pecado e indiferença
142
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do povo para com Deus. Era também símbolo do juízo final, do “Dia do Senhor”.
Há aqui, também, uma visão completa e complexa, pois o Dia do Senhor é
profeticamente um dia escatológico, mas naquela hora é o dia da praga de gafanhotos
e o dia da invasão babilônica, dia este em que o Senhor, em escala menor, manifestaria
o Seu juízo.

AMÓS

Naquele dia tornarei a levantar o tabernáculo caído de Davi, e repararei as

4
suas brchas, e tornarei a levantar as suas ruínas, e o edificarei como nos dias da

-7
antiguidade; (9.11)

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Amós, cujo nome significa ―Aquele que suporta o jugo. Não era um homem da côrte,
como Isaías, nem sacerdote, como Jeremias. Ganhava a vida cuidando do rebanho e das
figueiras bravas (1.1; 7.14,15). Não se sabe se era dono dos rebanhos e dos figueirais ou

37
se trabalhava como empregado. Sua perícia com as palavras e o alcance notadamente
amplo de seus conhecimentos históricos e cosmológicos, em geral, excluem a hipótese
de ser um camponês iletrado. Embora morasse em Judá, foi enviado para proclamar o
8
juízo divino contra o Reino do Norte (Israel). É provável que tenha ministrado a maior
parte do tempo em Betel (7.10-13), principal santuário religioso de Israel, onde as
6.
camadas sociais superiores do Reino do Norte adoravam.
Amós profetizou durante os reinados de Uzias, de Judá (792-740 a.C.), e Jeroboão 2
de Israel (793-753 a.C.).
83

Esta profecia, como todas as outras profecias, termina com a vitória de Deus sobre
o mal e com a restauração final de Judá e Israel pelo poder e graça e verdade. Portanto a
excelência deste livro está em nos mostrar que Deus deve julgar calma e decididamente
os nossos próprios caminhos como os dos outros também e que o desejo do coração
5.

do Senhor é restaurar todos a Si mesmo.


04

OBADIAS

Se te elevares como águia, e puseres o teu ninho entre as estrelas, dali te


derrubarei, diz o Senhor. (1.4)
O profeta é conhecido somente como Obadias, ―Servo/adorador de Jeová. Nome
muito comum. Não é mencionado o nome de seu pai nem o local do seu nascimento.
As relações entre Israel e Edom foram marcadas pela inimizade, inveja e ciúmes. O
rancor começou quando os dois irmãos gêmeos Esaú e Jacó se dividiram em disputa.
Os descendentes de Esaú, consequentemente, se estabeleceram numa área
chamada Edom, situada ao sul do mar Morto, enquanto os descendentes de Jacó

143
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continuaram em direção à Terra Prometida, habitaram em Canaã e se tornaram o
povo de Israel. Com o passar dos anos numerosos conflitos se desenvolveram entre os
edomitas e os israelitas. Essa amarga rivalidade forma o fundo histórico da profecia de
Obadias.
Jerusalém é invadida, queimada, destruída e assolada pelos babilônicos. Nesta
invasão os babilônicos contam com a inesperada ajuda do pequeno vizinho de Judá, o
inimigo reino de Edom. Edom presenciou o cerco e ajudou a invasão (v.11), alegrando-se
com isso (v.12), colaborando na pilhagem (v.13 e 14) e na entrega dos fugitivos (Salmos
137.7 e Lamentações 4.21). Judá, desolado, angustiado, triste e arruinado. Enquanto
isto, em Edom, havia alegria, júbilo, orgulho, festa e sensação de vitória.

4
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JONAS

Quando a minha vida já se apagava, eu me lembrei de ti, Senhor, e a minha


8 37
oração subiu a ti, ao teu santo templo. ( 2.7)
O nome de Jonas significa ―pomba
ou ―pombo. Quanto ao caráter, ele é
representado como obstinado, irritado,
mal-humorado, impaciente e por seu
6.
hábito de viver somente com seu clã.
Politicamente, é obvio que ele era um
amante leal de Israel e um patriota
comprometido. Religiosamente, ele
83

professava um temor ao Senhor como


Jonas e o Grande Peixe Deus do céu, o Criador do mar e da
terra. Mas sua primeira desobediência
5.

intencional, sua posterior e relutante obediência e a sua ira sobre a misericórdia aos
ninivitas revelam óbvias incoerências na aplicação da sua fé. A história termina sem
indicar como Jonas respondeu à exortação e à lição objetiva de Deus. Nos dias de
Jeroboão II havia paz e prosperidade política em Israel. Israel se expandia e não se sentia
04

ainda ameaçado pela Assíria, que era o grande império mundial, e um inimigo potencial
de todas as pequenas nações. Jonas era profeta de Deus em Israel e falava bastante da
misericórdia de Deus (2 Rs. 14.25-27).
Chegou o momento de Deus testar a visão que Jonas tinha desta misericórdia e o
envia a pregar arrependimento em Nínive capital da Assíria que ficava a aproximadamente
1.300 km ao oriente.
Pregar arrependimento aos temidos e odiados assírios era uma difícil missão, pois,
Jonas sabe que, se Deus poupar Nínive, então aquela cidade estará livre para saquear e
roubar Israel novamente, mas se eles não se arrependessem Deus os destruiria.

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MIQUÉIAS

E irão muitas nações, e dirão: Vinde, e subamos ao monte do Senhor, e à casa


do Deus de Jacó, para que nos ensine os seus caminhos, e andemos pelas suas
veredas; porque de Sião sairá a lei, e de Jerusalém a palavra do Senhor. (4.2)
Seu nome significa “quem é como Jeová?”. Nasceu em Moresete-Gate (1.14), um
vilarejo que ficava cerca de 40 km de Jerusalém, no sopé das montanhas de Judá. Tudo
indica que Miquéias era homem do campo, talvez lavrador. Sua mensagem de juízo é
dirigida às vilas e cidades de sua região (1.10-16). Aliás, Isaías e Miquéias se completam.

4
“Um é aristocrata, confidente do rei e estadista; enquanto o outro é camponês lavrador,
cujas visitas à capital confirmavam notícias ouvidas casa”.

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O profeta Miquéias clamou por justiça social no reino de Judá. Esse profeta pregou
ao povo simples de Judá. Miquéias, também, era um homem humilde, do povo.
Quando Miquéias profetizou em Judá, os camponeses e moradores das vilas de

37
Judá, viviam tempos de tormento frequente por parte dos exércitos inimigos, por causa
da exploração pelos ricos e da opressão dos governantes e dos falsos profetas.
Idolatria, prostituição, religiosidade hipócrita e, sobretudo opressão aos pobres por
8
graves injustiças sociais promovidas pelos líderes políticos e religiosos, são alguns dos
graves pecados condenados por Miquéias em sua palavra profética.
6.

NAUM
83

O Senhor é tardio em irar-se, mas grande em poder, e ao culpado não tem por
inocente; o Senhor tem o seu caminho na tormenta e na tempestade, e as nuvens
são o pó dos seus pés. (1.3)
5.

O livro contém a visão de Naum (1.1), cujo nome significa ―confortador ou ―cheio
de conforto. Pouco se sabe a respeito dele, apenas que sua cidade natal era (Elcós),
mesmo assim sua localização é incerta.
04

Ele profetizou a Judá durante os reinados de Manassés, Amom e Josias. Seus


contemporâneos foram Sofonias, Habacuque e Jeremias.
Cerca de cem anos se passaram desde que os ninivitas se converteram pela
pregação de Jonas. Mas eles não transmitiram aos seus filhos o conhecimento do Deus
verdadeiro e o povo rapidamente retorna às suas práticas cruéis e pagãs.
Naum é, então, levantado por Deus com uma mensagem clara e objetiva que
anunciava o fim de Nínive. Ele dirige-se a Nínive e apresenta a sentença proveniente do
tribunal do Senhor.

145
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HABACUQUE

Ele parou, e a terra tremeu; olhou, e fez estremecer as nações. Montes antigos
se desmancharam; colinas antiquíssimas se desfizeram. Os caminhos dele são
eternos. (3.6)
Habacuque significa ―abraço amoroso. Pouco se sabe a respeito dele a não ser que
era da época de Jeremias e também homem de fé vigorosa, profundamente arraigada
nas tradições religiosas de Israel.

4
Habacuque viveu durante um dos períodos mais críticos de Judá. Seu país havia
caído do auge das reformas de Josias para as profundezas do tratamento violento de

-7
seus cidadãos, medidas opressoras contra o necessitado e a ruína do sistema legal. O

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mundo localizado ao redor de Judá estava em guerra, com a Babilônia levantando-se


em ascensão sobre a Assíria e Egito. A ameaça de invasão do Norte foi adicionado à
desordem interna de Judá.

37
Habacuque reconhece que Deus mede a terra e tudo o que há nela: Ele irá humilhar
as nações , dissipar as montanhas (as altas autoridades) – mesmo as que homens
pensam que são perpétuas, e fará com que os montes (autoridade menores) se curvem.
8
6.
SOFONIAS

O Senhor teu Deus, o poderoso, está no meio de ti, ele salvará; ele se deleitará
83

em ti com alegria; calar-se-á por seu amor, regozijar-se-á em ti com júbilo. (3.17)
Sofonias significa ―O Senhor escondeu, foi um profeta de Judá. Ele se identificou
melhor do que qualquer outro dos profetas menores, remontando sua linhagem quatro
gerações até Ezequias, um bom rei que levou o povo de volta a Deus durante o tempo
5.

do profeta Isaías. Sofonias profetizou no reinado de Josias.


As condições religiosas do reino de Judá deterioraram-se de modo marcante após a
morte do rei Ezequias. Os judeus cada vez mais se inclinavam para a adoção de costumes
04

assírios, que então exerciam grande influência cultural sobre a Palestina. As práticas
religiosas degeneradas, anteriores à grande reforma religiosa de Josias, transparecem,
com certos detalhes, no trecho de 2 Reis 23.4-20.
Sofonias se levanta num dos períodos mais negros da história de Judá. Israel, ao
norte, havia sido dizimado pela Assíria por causa de seus pecados, há quase 100 anos
Isaías e Miquéias já havia se calado há 70 anos. Mas nada fizera o reino de Judá demover-
se de seus maus caminhos E a situação ficou ainda mais difícil por causa de seus dois
últimos reis, Manassés e Amom. Idolatria, sincretismo religioso, sacrifícios infantis a
Moloque, prostituição, opressão aos pobres, falsos profetas e sacerdotes ladrões eram
algumas das realidades do momento histórico em que Sofonias profetizou.

146
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Toda esta situação se refletiu na mais dura e objetiva profecia de juízo dos profetas
menores, a de Sofonias. Sofonias anuncia a vinda do Dia do Senhor (1.7,14; 2.2). Dia de
juízo, de angústia e desolação. Este “dia do Senhor” seria o dia da invasão babilônica,
mas será também o dia do Juízo final.
O juízo do Senhor não virá apenas sobre o seu povo, mas estender-se-á aos vizinhos
pagãos também.
Sofonias conclui sua mensagem profetizando a restauração futura de Israel. O
remanescente voltará a Sião.

4
AGEU

-7
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Porque assim diz o Senhor dos Exércitos: Ainda uma vez, daqui a pouco, farei
tremer os céus e a terra, o mar e a terra seca; E farei tremer todas as nações, e virão

37
coisas preciosas de todas as nações, e encherei esta casa de glória, diz o Senhor dos
Exércitos. (2.6,7)
Ageu, cujo nome significa “festivo” ou “minha festa”, foi a primeira voz profética a se
ouvir depois do exílio babilônico. Ele foi contemporâneo de Zacarias e seu ministério
8
foi o de conclamar o povo à reconstrução do templo, cujo término vinha sendo adiado.
6.
Ageu provavelmente retornara a Jerusalém vindo da Babilônia com Zorobabel. A
primeira leva do povo de Deus que volta do cativeiro, sob o comando do governador
Zorobabel e do sumo sacerdote Josué, contava apenas com cerca de 42 mil homens.
Eram pobres e logo que iniciaram a reconstrução do templo, sofreram oposição dos
83

samaritanos. Com isto um desânimo completo tomou conta dos judeus. Voltaram-se,
então, para os seus interesses pessoais, em plantar, colher e construir suas próprias
casas. Investiram nestas coisas por um período de 14 anos. Por isto Deus levanta o
5.

profeta Ageu para falar ao povo e aos líderes do povo que era tempo de reconstruir
totalmente o templo do Senhor.
Ageu nos convoca a empreender grandes coisas pelo Senhor. Egoísmo vazio e
medo de fracasso não devem impedir a ação do povo de Deus. Nossos atos revelarão
04

se Deus é ou não a prioridade de nossa vida. Se não honrarmos a Deus naquilo que
fizermos, não seremos bem-sucedidos, não importa o quanto nos esforcemos. Deus
providencia para seu povo líderes como Zorobabel para assisti-lo no serviço que lhe
é prestado.

ZACARIAS

E acontecerá naquele dia que farei de Jerusalém uma pedra pesada para todos
os povos; todos os que a carregarem certamente serão despedaçados; e ajuntar-se-á

147
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contra ela todo o povo da terra. (12.3)
Zacarias (“Javé se lembra”) escreveu ao mesmo tempo em que Ageu, mas sua
mensagem centra-se na cidade de Jerusalém. Ele adverte o povo o descontentamento
de Deus com os pais deles.
Inicialmente Zacarias prega ao povo a necessidade de reconstruir o templo. Ele os
está advertindo, mas ao mesmo tempo restaurando confiança própria e esperança. O
povo se sentia fraco, impotente e desamparado. Zacarias tem algumas visões que falam
do pecado de Israel, suas derrotas, mas também da esperança, da restauração da nação,
de seu papel mundial, do Messias que haveria de vir e da justiça de Deus que seria

4
sobre todas as nações. Através do livro de Zacarias, podemos ver que o Senhor possui o
controle de todas as coisas e tudo acontece pela Sua vontade ativa ou permissiva. Nosso

-7
Deus é soberano e Ele tem um plano para tudo, inclusive para nossas vidas.

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MALAQUIAS

37
Depois aqueles que temiam ao Senhor conversaram uns com os outros, e o
Senhor os ouviu com atenção. Foi escrito um livro como memorial na sua presença
8
acerca dos que temiam ao Senhor e honravam o seu nome. (3.16)
Malaquias (“Meu mensageiro”) expõe a miserável situação de indiferença dos judeus
6.
que voltaram do cativeiro. A empolgação do povo rapidamente se deteriorou em total
desinteresse aos clamores de Deus.
Tanto os profetas quanto os sacerdotes eram chamados mensageiros do Senhor.
83

Este livro é uma profunda súplica divina, na qual Ele condena o repulsivo desprezo do
povo por Sua palavra, expresso de várias formas.
Malaquias é levantado e põe-se ao lado de Neemias naquele momento terrível do
5.

povo de Deus. Ele exorta o povo, mas ele é constantemente questionado pelo povo.
Começa sua mensagem atacando a irreverência do povo contra Deus, o que no fim
explicava em grande parte tudo o que estava acontecendo. A seguir os sacerdotes
são duramente reprovados por sua falta de reverência, pelas suas ofertas defeituosas,
04

que os tornavam desprezíveis, bem como suas ofertas. O sacerdócio era relaxado e
esquecido da aliança de Levi.
Suas exortações, então, dirigem-se à nação, como um todo, em especial por causa
dos divórcios fáceis e casamentos com estrangeiras. O povo não cria mais no justo
juízo de Deus e em seu caráter santo e reto, afrouxando na vida moral e invejando os
idólatras que prosperavam.
Deus lhes responde assegurando-lhes sua presença, poder e ação. O Messias
virá em breve, precedido por um mensageiro, e quando este dia chegar quem poderá
resistir à purificadora justiça?

148
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3. Novo Testamento
O Novo Testamento é formado por 4 (quatro) grupos de livros que são:
1 – Evangelhos: É composto por 4 (quatro) livros que narram a passagem de
Jesus na terra, desde o seu nascimento, obra, ministério, redenção até a sua
acessão aos céus: Mateus, Marcos, Lucas e João.
2 – Histórico: É composto por apenas um livro que conta a história dos
apóstolos e instituição da primeira igreja cristã na terra, a igreja primitiva: Atos
dos apóstolos.

4
3 – Epístolas ou Cartas: São Cartas escritas pelos apóstolos e direcionadas às

-7
igrejas de várias cidades, nações e continentes da terra.

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São um total de 21 (vinte uma) cartas, sendo 13 (treze) escritas pelo apóstolo
Paulo e 8 escritas por autores diversos.

37
Sendo as primeiras 13 (treze) do apóstolo Paulo: Romanos, 1 e 2 Coríntios,
Gálatas, Efésios, Filipenses, Colossenses,1 e 2 Tessalonicenses, 1 e 2 Timóteo,
Tito, Filemom.
Na sequência vem as outras 8 (oito) que são de autores diversos: Hebreus, Tiago,
8
1 e 2 Pedro, 1,2 e 3 João e Judas.
6.
4 – Profético: Este grupo é composto por penas um livro que traz toda a
revelação dos últimos acontecimentos da igreja aqui na terra: Apocalipse.
83

MATEUS

Tomai sobre vós o meu jugo, e aprendei de mim, que sou manso e humilde de
5.

coração; e achareis descanso para as vossas


almas. Porque o meu jugo é suave, e o meu fardo
e leve. (11.29,30)
04

Mateus (“Dom de Deus”), o primeiro livro do


Novo Testamento, tinha de necessariamente ser
escrito do ponto de vista judeu e preserva uma
admirável continuidade com o Velho Testamento.
Mateus (também chamado Levi), um dos
doze apóstolos. Sem dúvida era judeu e também
publicano a serviço de Roma. Quando foi chamado
por Jesus, deixou tudo e o seguiu. Preparou um
grande banquete para Cristo, ao qual o Mestre
compareceu, apesar de os publicanos serem Mateus e o Anjo - Caravaggio (1571- 1610)
desprezados.
149
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O tema central deste evangelho é Jesus, o Rei Messias. Mateus, escrevendo aos
judeus e conhecendo as suas grandes esperanças, apresenta Jesus como o único que
cumpre as Escrituras do Antigo Testamento com relação ao Messias.
Ele é o filho de Davi. Sua genealogia real é dada no capítulo 1. Nos capítulos de 5
a 7, no Sermão do Monte, temos o manifesto do Rei contendo leis do reino de Deus.
Mateus descreve Jesus como um leão e o mostra como Rei: o Rei dos reis.

MARCOS

4
Pois nem mesmo o Filho do homem veio para ser servido, mas para servir e dar a
sua vida em resgate por muitos. (10.45)

-7
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Marcos (“defesa”), descreve Jesus como servo. Escrito para os romanos, não
contém genealogia. Por quê? Ninguém está interessado na genealogia de um servo.
Achamos mais milagres aqui do que em outro Evangelho. Os romanos se interessavam

37
pouco por palavras, mas muito por ação. Marcos o apresenta como um boi, símbolo
de servo – o que veio para ser filho do homem tornando-se Ele próprio servo. Dentre
os quatro Evangelhos, Marcos é o relato mais conciso do “princípio do evangelho de
Jesus Cristo, Filho de Deus” (1.1). Embora o autor não se identifique pelo nome no livro
8
(o mesmo ocorre nos demais Evangelhos), o testemunho primitivo e unânime da igreja
6.
é que João Marcos foi quem o escreveu.
Teve a oportunidade ímpar de colaborar no ministério de três apóstolos: Paulo,
Barnabé e Pedro. Escreveu-o em Roma e destinou-o aos crentes de Roma.
83

A ênfase especial de Marcos é no poder sobre-humano de Jesus, ao demonstrar


sua deidade por seus milagres. Omite o Sermão do Monte e a maioria dos longos
discursos de Cristo. Preferencialmente narra o que Jesus fez, e não o que disse.
A tradição afirma que Marcos foi companheiro de Pedro, razão por que esse livro é
5.

chamado “O evangelho de Pedro” por alguns escritores antigos. É geralmente aceito que
Pedro tenha proporcionado ou sugerido grande parte do material encontrado no livro.
04

LUCAS

E ele lhes disse: Por que estais perturbados, e por que sobem tais pensamentos
aos vossos corações? Vede as minhas mãos e os meus pés, que sou eu mesmo;
apalpai-me e vede, pois um espírito não tem carne nem ossos, como vedes que eu
tenho. (24.38,39)
Lucas (“uma luz”) é o único gentil conhecido encarregado de escrever um livro das
Escrituras. Cristo é aqui belamente apresentado como o “Filho do Homem”, e cada parte
do livro é estruturada para demonstrar a realidade e perfeição de Sua humanidade.

150
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Lucas mostra Jesus como o homem perfeito. Escrito aos gregos, sua genealogia
vai até Adão, o primeiro homem, em vez de Abraão. Como homem perfeito, vemo-
lo constantemente em oração e os anjos servindo-o. Lucas mostra sua humanidade
descrevendo-o como homem. Jesus foi como nós, tentado de todas as maneiras, e
mesmo assim não cedeu à tentação. Ele foi perfeito.
Lucas, o “médico amado” também é o autor de Atos. Embora o autor não se
identifique pelo nome em nenhum dos dois, o testemunho unânime do cristianismo
primitivo e as evidências internas indicam a autoria de Lucas nos dois casos.
O Espírito Santo o moveu a escrever a Teófilo (cujo nome significa “aquele que

4
ama a Deus”) a fim de suprir a necessidade da igreja gentia de um relato completo do
começo do cristianismo.

-7
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A obra tem duas partes: nascimento, vida, ministério, morte, ressurreição e
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ascensão de Jesus e o derramamento do Espírito em Jerusalém e o desenvolvimento


subseqüente da igreja primitiva.

JOÃO
8 37
E o Verbo se fez carne, e habitou entre nós, e vimos a sua glória, como a glória do
6.
unigênito do Pai, cheio de graça e de verdade. (1.14)
João (“Javé é Doador gracioso”) é um Evangelho singular em sua glória majestosa.
Aqui, o Senhor Jesus é mostrado como próprio Criador, o eterno, primogênito Filho de
Deus, enviado para revelar plenamente a glória do Pai.
83

João relata Jesus como Filho de Deus. Foi escrito para todos os que hão de crer com
o propósito de levar os homens a Cristo. Tudo neste Evangelho ilustra e demonstra seu
relacionamento com Deus. Os versículos iniciais nos transportam ao princípio.
5.

João o descreve como uma águia, o Filho de Deus, o Divino que viveu acima das
circunstâncias. Todos os escritores dos Evangelhos o retratam de um ponto de vista
diferente, mas cada escritor o apresenta como o Senhor de todos nós.
04

O Evangelho Segundo João é ímpar entre os quatro Evangelhos. Relata muitos fatos
do ministério de Jesus na Judéia e em Jerusalém que não se acham nos Sinóticos, e
revela mais fundo o mistério da sua pessoa. O autor identifica-se indiretamente como “o
discípulo a quem Jesus amava”.
João foi um dos doze apóstolos originais de Cristo e também um dos três mais
chegados a Ele (Pedro, Tiago e João).
O Evangelho segundo João continua sendo para a igreja uma grandiosa exposição
teológica da “Verdade”, personalizada em Jesus Cristo.

151
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ATOS

E os apóstolos davam, com grande poder, testemunho da ressurreição do Senhor


Jesus, e em todos eles havia abundante graça. (4.33)
O livro de Atos contém a história do estabelecimento e desenvolvimento da igreja
cristã, e da proclamação do Evangelho ao mundo então conhecido, de acordo com o
mandamento de Cristo e pelo poder de seu Espírito.
Atos, assim como o Evangelho segundo Lucas, é endereçado a um homem chamado

4
“Teófilo”. O Espírito Santo inspirou Lucas a escrever a Teófilo a fim de suprir a igreja da
necessidade de um relato completo dos primórdios do cristianismo. O primeiro tratado

-7
foi seu Evangelho a respeito da vida de Jesus, e o segundo foi seu relato, em Atos, sobre

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o derramamento do Espírito em Jerusalém e sobre o crescimento da igreja primitiva.


Torna-se claro que Lucas era um escritor habilidoso, um historiador consciente e um
teólogo inspirado.

de Jerusalém até Roma.


8 37
Atos abrange, de modo seletivo, os primeiros trinta anos da história da igreja. Como
historiador eclesiástico, Lucas descreve em Atos a propagação do evangelho, partindo

Lucas descreve com habilidade a relevância de várias experiências e eventos dos


primeiros anos da igreja.
6.

ROMANOS
83

Sendo justificados gratuitamente pela sua graça, pela redenção que há em Cristo
Jesus. (3.24)
5.

Romanos (“Os fortes”) apresenta as verdades existentes desde a fundação do


cristianismo. Neste livro, Deus é o Soberano Juiz, absoluto em justiça, Aquele que
descobre e expõe o pecado de toda a humanidade, não aceita nenhuma justificativa
e não admite o mal mesmo em nível mínimo, para que todo o mundo seja condenável
04

diante de Deus (3.19).


A epístola aos Romanos é uma resposta completa, lógica e inspirada à grande
pergunta dos séculos: “como pode o homem ser justificado para com Deus?”
Romanos é um livro formidável porque firma e fundamenta a alma, encorajando-a
à pratica de toda virtude piedosa.

152
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1 CORÍNTIOS

Nós, porém, pregamos a Cristo crucificado, o qual, de fato, é escândalo para os


judeus e loucura para os gentios mas para os que foram chamados, tanto judeus
como gregos, Cristo é o poder de Deus e a sabedoria de Deus. (1.23,24)
1 Coríntios (Corinto significa
“satisfeito”) é uma epístola escrita para
corrigir as desordens toleradas em
Corinto pela igreja primitiva, mostrando

4
princípios sólidos e práticos de governo e
ordem da igreja, muito necessários para

-7
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a Igreja de Deus em todo o mundo. Estes


princípios são aplicáveis à Igreja de Deus
em qualquer lugar do mundo em que ela

(1591-1632)
8 37 esteja, como nos mostram os capítulos
1.2; 4.17; 11.16 e 14.33-37. Esta epístola
Paulo escrevendo suas epístolas - Valentin de Boulogne trata dos problemas que uma igreja
experimenta quando seus membros
continuam “carnais” (3.1-3) e não se separam de uma vez dos incrédulos a seu redor
6.
(2Co 6.17). São problemas como espírito de divisão (1.10-13; 11.17-22), tolerância de
pecados como incesto (5.1-13), imoralidade sexual em geral (6.12- 20), ação judicial entre
os cristãos (6.1-11), idéias humanistas a respeito da verdade apostólica (15) e conflitos
a respeito da liberdade cristã (8–10). Paulo também instrui os coríntios a respeito do
83

celibato e do casamento (7), do culto público, inclusive a ceia do Senhor (11–14) e da


oferta para os santos de Jerusalém (16.1-4).
I Coríntios é um livro valioso para encorajar e a consideração por cada membro do
5.

corpo de Cristo , a fim de fortalecer o testemunho coletivo.

2 CORÍNTIOS
04

Porque Deus, que disse que das trevas resplandecesse a luz, é quem resplandeceu
em nossos corações, para iluminação do conhecimento da glória de Deus, na face de
Jesus Cristo (4.6).
Enquanto 1 Coríntios lida com a ordem na igreja, 2 Coríntios trata sobre a ministração,
a manifestação na vida prática e também sobre a presença do Espírito Santo na igreja.
O próprio Paulo é exemplo de trabalho abnegado, gastando-se e sendo gasto por
amor aos santos de Deus.
Paulo estava um tanto preocupado quanto à maneira como a igreja de Corinto

153
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receberia sua primeira carta. Querendo saber como teriam recebido suas repreensões,
ele mandou Tito, e talvez Timóteo, a Corinto para verificar o resultado da epístola.
Durante a sua terceira viagem missionária em Filipos, Tito o informou de que a maioria
da igreja havia recebido a carta com bom espírito.
Mas alguns duvidaram dos seus motivos e chegaram mesmo a negar o seu
apostolado, dizendo que ele não tinha as credenciais necessárias a um apóstolo. Talvez
pensassem assim porque ele não pertencera ao grupo original dos doze.
De todas as epístolas, II Coríntios é a mais pessoal. É uma revelação de seu coração,
de seus sentimentos mais íntimos e de seus motivos mais profundos.

4
Tendo em mente que II Coríntios é a defesa pessoal do ministério de Paulo,
resumiremos o seu tema da seguinte maneira: o ministério de Paulo, seus motivos,

-7
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sacrifícios, responsabilidades e eficiência.
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GÁLATAS
37
Quanto a mim, que eu jamais me glorie, a não ser na cruz de nosso Senhor Jesus
8
Cristo, por meio da qual o mundo foi crucificado para mim, e eu para o mundo. (6.14)
6.
Escrito para as igrejas da região da Galácia, Gálatas é uma séria advertência contra
a doutrina maligna pela qual as obras da lei seriam o padrão para o andar e a conduta
do crente. Embora salvos pela graça através da fé, eles haviam acrescentado a lei como
o princípio que conservaria a salvação deles, e tal mistura é abominável a Deus, o Deus
83

de toda a graça.
Esta epístola demonstra que o crente já não está debaixo da lei, mas é salvo pela fé
somente. Para a liberdade foi que Cristo nos libertou (5.1). A lei é a parte da Palavra de
5.

Deus que se encontra nos primeiros cinco livros de Moisés (Gênesis a Deuteronômio) e
servia de orientação para todos os aspectos da vida de Israel.
A questão se os gentios deviam guardar a Lei de Moisés foi resolvida no concílio de
Jerusalém. A decisão foi que os gentios eram justificados pela fé sem as obras da Lei.
04

Paulo escreveu esta epístola, cujo tema é: a justificação e a santificação, não pelas
obras da Lei, mas, sim, pela fé.

EFÉSIOS

Bendito o Deus e Pai de nosso Senhor Jesus Cristo, o qual nos abençoou com
todas as bênçãos espirituais nos lugares celestiais em Cristo; (1.3)
Efésios (Éfeso significa “desejo”) é uma epístola sem nenhuma reprovação. Ela

154
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declara, de modo amplo, os grandes
conselhos de Deus acerca dos santos
na atual dispensação da graça, as atuais
“bênçãos espirituais nos lugares celestiais
em Cristo” que possuem e a posição
deles “em Cristo Jesus”, visto que os “fez
assentar nos lugares celestiais”.
Paulo dedicou a vida a ensinar aos
gentios que eles podiam ser cristãos sem
se tornar prosélitos dos judeus. Em geral,

4
Ruínas de Éfeso - Turquia
isso desagradava a estes, porquanto, na
sua concepção, a lei mosaica obrigava a todos, e tinham fortes preconceitos contra os

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gentios incircuncisos que se atreviam a se ter na conta de discípulos do Messias judeu.


O propósito imediato de Paulo ao escrever Efésios está implícito em 1.15-17. Em
oração, ele anseia que seus leitores cresçam na fé, no amor, na sabedoria e na revelação

Jesus Cristo.

FILIPENSES
8 37
do Pai da glória. Paulo almeja profundamente que vivam uma vida digna do Senhor
6.

Mais do que isso, considero tudo como perda, comparado com a suprema
grandeza do conhecimento de Cristo Jesus, meu Senhor, por cuja causa perdi todas as
coisas. Eu as considero como esterco para poder ganhar a Cristo. (3.8)
83

Filipenses (“Amantes de cavalos”) é uma encorajadora epístola pastoral. Foi escrita


a uma igreja afligida pela pobreza, mas que mantinha uma sincera afeição por Paulo
desde que foi fundada onze anos antes. A epístola apresenta a vida cristã genuína como
5.

se fosse uma pista de corridas que leva à glória de Deus. O próprio Paulo é exemplo
disso, e embora estivesse na prisão, o seu gozo, que é ao mesmo tempo vibrante e
sereno, permeia todo livro.
04

A epístola aos Filipenses foi chamada “o mais doce dos escritos de Paulo” e a “mais
formosa de todas as cartas de Paulo em que expõe o seu próprio coração e onde em
cada sentença brilha um amor mais tenro do que o de uma mulher.”
O capítulo 2 contém uma magnífica declaração da grandeza da humilhação voluntária
do Senhor Jesus, que da mais alta glória desceu até as profundezas do sofrimento e
morte na cruz.
A alegria do Senhor é a vossa força. A palavra alegria ou regozijo aparece
freqüentemente nesta epístola. Paulo parece estar rindo alto nesta carta, de tanta
alegria. Ele é o apóstolo do regozijo. Sublinhe em Filipenses as palavras “alegria”, “alegro-
me”. “Alegrai-vos” é a exortação de Paulo.

155
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Quebramos um mandamento quando não nos regozijamos, porque a alegria
expulsa a discórdia. É socorro no meio da tribulação. “A alegria é um pássaro; deixe-a
voar livremente para que o seu canto seja ouvido por todos os homens.” Os pecadores
são atraídos a Jesus pela alegria dos crentes.

COLOSSENSES

Revesti-vos, pois, como eleitos de Deus, santos e amados, de entranhas de


misericórdia, de benignidade, humildade, mansidão, longanimidade; Suportando-vos

4
uns aos outros, e perdoando-vos uns aos outros, se alguém tiver queixa contra outro;
assim como Cristo vos perdoou, assim fazei vós também. (3.12,13)

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Colossenses (“monstruosidades”) tem muito em comum com Efésios. Mas este


livro, contudo, não apresenta os santos como “assentados nos lugares celestiais”, mas
antes os considera como peregrinos andando no deserto deste mundo. No entanto, a

37
provisão para a jornada vem do céu, e a plenitude desta provisão é belamente vista na
Pessoa de Cristo.
A razão pela qual foi escrita a epístola aos Colossenses foi a introdução de doutrinas
errôneas na igreja.
8
A heresia havia surgido na igreja de Colossos, desencaminhando os crentes novos
6.

com o culto dos anjos (2.18) e a extinta observância do cerimonial judaico (2.16,21). Essa
heresia era uma mistura das religiões judaica, grega e oriental, uma espécie de culto de
“pensamento esotérico” que chamavam de filosofia (2.8). Isso provocou uma declaração
83

de Paulo quanto à verdade da soberania absoluta de Cristo. Esta carta é um retrato fiel
de Cristo em toda a sua glória e dignidade.
Cristo é tudo em todos. O erro dos Colossenses consistia exatamente neste ponto,
5.

de não se apegarem ao Senhor. Cristo é o primeiro na natureza, na Igreja, na ressurreição,


na ascensão e na glorificação. Ele é o único Mediador, Salvador e Fonte da Vida.
04

1 TESSALONICENSES

Por isso também damos, sem cessar, graças a Deus, pois, havendo recebido de
nós a palavra da pregação de Deus, a recebestes, não como palavra de homens, mas
(segundo é, na verdade), como palavra de Deus, a qual também opera em vós, os que
crestes. (2.13)
1 Tessalonicenses (“vitória sobre a falsidade”) foi a primeira epístola de Paulo do
ponto de vista cronológico. Ela está repleta de ânimo, energia e calor. É uma epístola
caracteristicamente pastoral, e foi escrita à “igreja dos tessalonicenses”, portanto
exemplificando o verdadeiro cuidado pastoral, não apenas dedicado a indivíduos, mas

156
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à Igreja de Deus num todo.
A primeira leitura desta epístola revelará a existência de um tema que supera todos
os demais: a segunda vinda do Senhor. Paulo trata desta verdade mais no aspecto
prático do que doutrinário, aplicando-a diretamente à atitude e à vida do crente.
A segunda vinda do Senhor Jesus Cristo é a verdade que Paulo está apresentando
nas duas cartas aos tessalonicenses e, se não reconhecermos isto, estaremos errando
o alvo. As duas epístolas contêm vinte diferentes referências à vinda do Senhor. Esta é
a esperança da igreja. Ela é mencionada no final de cada capítulo: “... para aguardardes
dos céus o seu Filho” (1.10); “na presença de nosso Senhor Jesus em sua vinda” (2.19); “na

4
vinda de nosso Senhor Jesus, com todos os seus santos” (3.13); “arrebatados juntamente
com eles, entre nuvens, para o encontro do Senhor nos ares” (4.17); e no último capítulo:

-7
“e o vosso espírito, alma e corpo sejam conservados íntegros e irrepreensíveis na vinda

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de nosso Senhor Jesus Cristo” (5.23).


Assim, pode-se resumir o tema desta epístola da seguinte maneira: a vinda do

37
Senhor com relação ao ânimo, consolo, vigilância e santificação do crente.

2 TESSALONICENSES
8
E o próprio nosso Senhor Jesus Cristo e nosso Deus e Pai, que nos amou, e em
6.
graça nos deu uma eterna consolação e boa esperança, Console os vossos corações, e
vos confirme em toda a boa palavra e obra. (2.16,17)
2 Tessalonicenses, como 2 Tessalonicenses, também é pastoral e trata daquelas
83

influências sutis que ameaçavam roubar desta jovem igreja a sua viçosa e ardente
afeição pelo Senhor, a robustez de sua fé e sua paciência diante das perseguições.
Esta é a segunda epístola sobre a “bendita esperança na segunda vinda de nosso
5.

Senhor Jesus Cristo”. Os tessalonicenses olham para o futuro. Paulo fala-lhes do que
ocupa o primeiro lugar em seus pensamentos. A primeira carta diz: “Ele certamente vai
voltar”. A segunda carta diz: “Trabalhem e esperem até que ele venha”.
A segunda vinda de Cristo é mencionada 318 vezes em 260 capítulos do Novo
04

Testamento. Por aí vemos a importância desse assunto. Lemos as profecias do Antigo


Testamento com o mais vivo interesse, a fim de inteirar-nos da primeira vinda de nosso
Senhor a este mundo. Devemos ter o mesmo interesse em descobrir o que o Novo
Testamento ensina quanto à sua segunda vinda “em grande poder e glória”.
Ele disse que voltaria. São estas as suas palavras: “E, quando eu for e vos preparar
lugar, voltarei” (Jo 14.3). Ele queria que seus discípulos entendessem que a sua segunda
vinda seria tão literal como a sua partida.

157
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1 TIMÓTEO

E, sem dúvida alguma, grande é o mistério da piedade: Deus se manifestou


em carne, foi justificado no Espírito, visto dos anjos, pregado aos gentios, crido no
mundo, recebido acima na glória. (3.16)
1 Timóteo (“Honra a Deus”) é um livro
escrito para uma pessoa, um jovem por
quem Paulo tinha um profundo amor.
Sendo de natureza tímida e retraída,

4
mas dotado por Deus, ele necessitava
ser estimulado a reavivar o senso de

-7
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responsabilidade em relação a uma


atitude adequada “na casa de Deus, que
é a igreja do Deus vivo”. O seu ministério

Paulo e Timóteo

37
lhe fora confiado por amor ao bem-estar
da Igreja, o corpo de Cristo.
1 e 2 Timóteo e Tito são três epístolas pastorais escritas a ministros responsáveis
8
por igrejas importantes, em vez de serem dirigidas às próprias igrejas. Tanto Timóteo
como Tito receberam instruções explícitas para pastorear o rebanho e cuidar das igrejas
6.
depois da partida de Paulo, que ele sabia estar próxima (2 Tm 4.6-8). A Timóteo tinha
sido confiado o governo e a supervisão de Éfeso e, a Tito, a de Creta.
Paulo instruiu Timóteo a tratar com severidade os falsos mestres, a dirigir o culto
83

público, a escolher os oficiais da igreja e a trabalhar com todos os grupos da igreja. Mas,
acima de tudo, devia viver uma vida de exemplo para todos.
As instruções escritas neste livro são úteis para nos ensinar sobre a conduta e a
vigilância individual devidas à Igreja de Deus.
5.

2 TIMÓTEO
04

Portanto, não se envergonhe de testemunhar do Senhor, nem de mim, que sou


prisioneiro dele, mas suporte comigo os sofrimentos pelo evangelho, segundo o poder
de Deus, (1.8)
2 Timóteo também trata da responsabilidade pessoal com a Igreja. Esta é a última
epístola de Paulo, que a escreveu na prisão, sabendo estar prestes a morrer por causa
de seu testemunho do Senhor. Aqui ele não fala mais da “casa de Deus”, e sim de uma
“grande casa” (2.20)
No capítulo 1, Paulo assegura a Timóteo o seu incessante amor e orações, e exorta-o
a nunca transigir na fidelidade ao evangelho, a guardar com diligência a verdade e a

158
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seguir o seu exemplo. No capítulo 2, Paulo incumbe seu filho espiritual a preservar a
fé, transmitindo suas verdades a homens fiéis que, por sua vez, ensinarão a outros
(2.2). Admoesta o jovem pastor a sofrer as aflições como bom soldado (2.3), a servir a
Deus com diligência e a manejar corretamente a palavra da verdade (2.15), a separar-
se daqueles que se desviam da verdade apostólica (2.18), a manter-se puro (2.22) e a
trabalhar com paciência como mestre (2.23-26).
No capítulo seguinte, Paulo declara a Timóteo que o mal e a apostasia aumentarão
(3.1-9), porém, ele precisa permanecer sempre, e em tudo, leal às Escrituras (3.10-17).
No capítulo final, Paulo incumbe Timóteo de pregar a Palavra e de cumprir todos

4
os deveres do seu ministério (4.1-5). Termina, informando a Timóteo sobre os seus
assuntos pessoais, quando ele já encarava a morte, e chamando o jovem pastor a vir

-7
logo ao seu encontro (4.6-21).

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TITO

37
Fiel é a palavra, e isto quero que deveras afirmes, para que os que crêem em
Deus procurem aplicar-se às boas obras; estas coisas são boas e proveitosas aos
8
homens. (3.8)
Tito era grego; acompanhou Paulo a Jerusalém; contra sua circuncisão esse apóstolo
6.
se manifestou firmemente (Gl 2.3-5). Foi um dos convertidos de Paulo (Tt 1.4).
Paulo tinha deixado Tito na ilha de Creta com instruções para que ele colocasse
em ordem certas coisas naquelas igrejas. Explicitamente, Tito tinha que completar a
83

indicação de presbíteros nessas igrejas (1.5). Paulo relacionou as qualificações de


presbíteros para que Tito pudesse ajudar os cristãos dessas congregações a escolher
homens capazes de fazerem este trabalho.
Algum tempo depois, Paulo escreveu esta carta a Tito, incumbindo-o de completar
5.

a tarefa em Creta que os dois haviam começado juntos. É provável que Paulo tivesse
mandado a carta pelas mãos de Zenas e Apolo, que passaram por Creta em viagem
(3.13). Tito tinha como responsabilidade a organização de uma verdadeira igreja de
04

Cristo, e fazer um apelo a igreja para ser fiel a Cristo.

FILEMOM

Seu amor me tem dado grande alegria e consolação, porque você, irmão, tem
reanimado o coração dos santos. (1.7)
Filemom (“Amoroso”) não é, no sentido exato da palavra, uma epístola escrita para um
indivíduo, pois outras pessoas são mencionadas na saudação: a irmã Áfia, que talvez fosse
esposa de Filemom; e um irmão, Arquipo, chamado de “nosso companheiro”, um homem
vocacionado por Deus para o ministério (Cl 4.17) e também a igreja que se reunia na casa
159
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de Filemom.
O amor cristão e o perdão são realçados nessa carta. Ele revela o poder do
evangelho para ganhar um ladrão e escravo foragido e para mudar o modo de pensar
do seu senhor. É uma epístola de “Cristianismo aplicado a um manual de serviço social”.
Apesar de escrita de forma bastante pessoal, o assunto desta epístola era de interesse
para toda a igreja. Nesta carta Paulo intercede junto a Filemom, destacado membro
da igreja de Colossos, a favor de um escravo foragido, de nome Onésimo, que roubara
uma quantia do seu senhor e fugira para Roma.

4
HEBREUS

-7
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Quanto mais o sangue de Cristo, que pelo Espírito eterno se ofereceu a si mesmo
imaculado a Deus, purificará as vossas consciências das obras mortas, para servirdes
ao Deus vivo? (9.14)

37
O livro de Hebreus (que significa “viajante”) não faz menção de seu autor (embora
sem dúvida alguma seja Paulo), começa com Deus e mostra que a revelação do Novo
Testamento é consistente com a do Antigo Testamento, apesar de haver grandes
contrastes.
8
A Epístola aos Hebreus é uma leitura fundamental para todos os cristãos. Nela
6.
o autor faz uma rica exposição acerca da superioridade de Cristo. Certamente todos
aqueles que almejam crescer cada vez mais no conhecimento da Palavra de Deus deve
ler essa carta.
83

De fato, as profecias, os símbolos e a tipificação dos personagens encontram seu


maravilhoso cumprimento na pessoa do Filho de Deus, que agora fala desde os céus.
O Filho é o Criador e o Sustentador de todas as coisas. A Sua eterna divindade e a
genuína Humanidade estão clara e cuidadosamente declaradas. Cada revelação parcial
5.

da mente de Deus no Antigo Testamento encontra nEle seu total cumprimento.

TIAGO
04

Mas a sabedoria que do alto vem é, primeiramente pura, depois pacífica,


moderada, tratável, cheia de misericórdia e de bons frutos, sem parcialidade, e sem
hipocrisia. (3.17)
Tiago (a designação grega do nome Jacó) não se dirige à Igreja, mas “às doze tribos
que andam dispersas”. Portanto, evidentemente, o tema deste livro é o cristianismo
primitivo sob a perspectiva dos crentes judeus. Eles ainda não haviam se separado das
sinagogas judaicas (2.2), como o livro de Hebreus mais tarde recomendaria.
A lei de Cristo para a vida diária encontra-se na palavra “praticantes”. “Tornai-vos,

160
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pois, praticantes da palavra, e não somente ouvintes” (1.22).
O autor da carta é, sem dúvida, Tiago, irmão de nosso Senhor. Pode bem ser
chamado o apóstolo prático. Ele defende eficiência e coerência na vida e na conduta.
Há três homens com o nome de Tiago no Novo Testamento – o filho de Zebedeu, o
filho de Alfeu, e Tiago, o maior, irmão de nosso Senhor. Tiago refere-se duas vezes ao
seu próprio irmão Jesus e o faz do modo mais reverente. Apesar de conhecê-lo muito
bem, não há intimidade, porque o chama Senhor e Cristo. Associa o irmão com Deus,
de modo a sugerir igualdade com o Todo Poderoso. Se Jesus não fosse Deus, isso seria
blasfêmia.

4
1 PEDRO

-7
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Bendito seja o Deus e Pai de nosso Senhor Jesus Cristo que, segundo a sua
grande misericórdia, nos gerou de novo para uma viva esperança, pela ressurreição

37
de Jesus Cristo dentre os mortos, (1.3)
1 Pedro (“pedra”) também é endereçada
aos cristãos judeus, dispersos na Ásia Menor,
mas não está ligada ao judaísmo. Antes, eram
8
cristãos que estavam separados e sofrendo,
6.
eram forasteiros e peregrinos em mais de um
sentido. Eles eram um povo que não seria
contado entre as nações (Nm 23.9), algo que
nunca antes tinha sido verdadeiro a respeito da
83

nação de Israel.
Esta epístola nos oferece uma ilustração
esplêndida de como Pedro cumpriu a missão
5.

Apóstolo Pedro - Sir Peter Paul Rubens (1577 –


1640) que lhe foi dada pelo Senhor.
Este livro é fácil de ser entendido; sua mensagem vigorosa e inspiradora produz um
saudável temor a Deus, incitando os filhos de Deus a andarem em sujeição ao Senhor.
04

2 PEDRO

Visto como o seu divino poder nos deu tudo o que diz respeito à vida e piedade, pelo
conhecimento daquele que nos chamou pela sua glória e virtude; (1.3)
2 Pedro é a provisão de Deus face à espantosa corrupção e declarada rebeldia
da cristandade à autoridade do Senhor Jesus e ao governo do Pai. Os falsos mestres
não somente desprezariam, mas sistematicamente iriam arruinar cada princípio
verdadeiro do governo de Deus. Será que isso isenta os piedosos da responsabilidade
de obedecer a Deus?

161
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A primeira carta tinha por fim consolar; a segunda tem o propósito de advertir.
Na primeira carta, Pedro procura encorajar os crentes que estavam sofrendo terríveis
perseguições de fora. Na segunda carta, avisa do perigo dentro da igreja. Os crentes
precisam mais de coragem moral do que física. É nosso dever praticar o que é reto em
todas as circunstâncias, sem condições e sem hesitação.
Pedro, avisando-os dos perigos de dentro, exorta-os a crescer na graça e no
conhecimento de Cristo (3.18).

1 JOÃO

4
E sabemos que já o Filho de Deus é vindo, e nos deu entendimento para que

-7
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conheçamos ao Verdadeiro; e no que é verdadeiro estamos, isto é, em seu Filho Jesus


Cristo. Este é o verdadeiro Deus e a vida eterna. (5.20)
1 João trata belamente sobre a grande verdade da vida eterna que habita o crente,

37
essa vida que é a própria natureza de Deus, a qual foi perfeitamente manifesta na
bendita Pessoa de Seu Filho. Se desejarmos aprender mais sobre as características da
vida de Deus, é só observar a história do Senhor Jesus na terra e vê-la brilhando com
todo fulgor.
8
Desde o princípio 1 João tem sido reconhecida como carta circular do apóstolo
6.
João às igrejas das cercanias de Éfeso. Seu objetivo é dar ênfase aos pontos essenciais
do evangelho e avisar contra heresias incipientes que, mais tarde, produziram uma
forma corrupta e paganizada de cristianismo.
83

A palavra “conhecer” e seus derivados aparecem muitas vezes nesse livro tornando
uma realidade viva e absoluto no coração dos crentes.
5.

2 JOÃO

Todo aquele que não permanece no ensino de Cristo, mas vai além dele, não tem
04

Deus; quem permanece no ensino tem o Pai e também o Filho. (1.9)


2 João é a única epístola em toda a Escritura dirigida a uma mulher. 1 João
estabeleceu os abençoados princípios da verdade (ou luz) e do amor revelados na
pessoa do Filho de Deus. Mas nesta epístola o apóstolo enfatiza a verdade como
instrumento necessário para que todos se mantenham fiéis, até mesmo uma mulher
bondosa e compassiva.
Esta epístola é um bom exemplo da correspondência particular de João. Foi
dirigida a uma senhora cristã desconhecida. É o único livro da Bíblia endereçado a
uma mulher. A palavra “verdade” encontra-se cinco vezes nessa epístola de apenas
treze versículos. É a sua palavra-chave “amor” aparece quatro vezes. Verdade e amor

162
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são inseparáveis. Precisamos submeter todos os ensinos à prova das Escrituras por
causa da verdade (v. 2). Examine sua experiência pela Palavra de Deus, mas nunca
examine a Palavra de Deus por sua experiência.
A verdade de que João fala é do alto, a verdade como se encontra em Jesus Cristo.
Devemos andar na verdade e não somente admirá-la. Aí então amaremos uns aos
outros (v. 5). Esse amor não está sujeito a mudanças. O amor de Cristo nos constrange
(2 Co 5.14). A prova do nosso amor está em nosso andar. E o amor é este: que andemos
segundo os seus mandamentos (v. 6).

4
3 JOÃO

-7
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Amado, não sigas o mal, mas o bem. Quem faz o bem é de Deus; mas quem faz o mal
não tem visto a Deus. (1.11)
3 João novamente tem muito a dizer sobre verdade e amor, mas aqui o amor é

37
apresentado como o parceiro inseparável da verdade. Outro tipo de mal tinha surgido:
um irmão que aparentemente agia de acordo com a verdade, mas estava expulsando
algumas pessoas da assembléia — inclusive impedindo que aquela igreja recebesse o
próprio apóstolo João.
8
João escreveu esta carta ao seu generoso e afetuoso amigo Gaio, o tipo do obreiro
6.
cristão autêntico que dedicou seus bens e seu talento ao Senhor. Sua bolsa e sua
porta estavam sempre abertas para os outros. Tudo o que ele tinha pertencia a Cristo.
Cristo era para ele o “Caminho”, e no seu viver diário procurava mostrar esse precioso
83

caminho a outros. Homens como ele, aqui e ali, através dos anos, não só têm mantido
a igreja viva num mundo hostil, mas têm mantido o fogo do amor de Cristo aceso no
meio do povo de Deus quando tudo parece escuro.
Gaio era conhecido por sua afetuosa hospitalidade. João recomenda que ele
5.

continue a acolher os pregadores itinerantes, apesar da forte oposição de um oficial


da igreja autoritário e orgulhoso, de nome Diótrefes. A hospitalidade é manifestação
de amor cristão.
04

Você pode ser um Gaio, ajudando a obra do reino, ou um Diótrefes, atrapalhando a


causa. Que coisa esplêndida é ser rico e poderoso e, à semelhança de Gaio e Demétrio,
colocar todos os seus dons e talentos aos pés de Jesus!

JUDAS

Amados, embora estivesse muito ansioso por lhes escrever acerca da salvação que
compartilhamos, senti que era necessário escrever-lhes insistindo que batalhassem
pela fé uma vez por todas confiada aos santos. (1.3)

163
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Judas (“louvor”), embora desejoso de escrever, jamais tivera a intenção de escrever
o que havia escrito. Sem dúvida, teria sido muito mais agradável para ele falar sobre a
salvação comum, mas Deus, que lhe dera o desejo de escrever, já tinha decidido que
a mensagem de Judas seria uma das mais sérias e intensas exortações, e isto, a fim de
que os santos lutassem seriamente pela fé.
Judas era irmão de Jesus e conhecia Pedro. Eles andaram com o Mestre e sem
dúvida conversaram depois da sua partida. Evidentemente pensavam de modo muito
parecido sobre os grandes problemas dos seus dias. A Segunda Carta de Pedro e a de
Judas se parecem muito nas idéias e na forma. Ambas tratam dos perigos que estão
ameaçando as doutrinas da igreja.

4
Certas pessoas “perigosas” haviam se unido à igreja. Não estavam fora, mas

-7
dentro da igreja. Haviam penetrado nela dissimuladamente. Mas que igreja não tem

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pessoas assim hoje? Estão conosco, mas não são nossas. Cristo irá julgar esses maus
elementos como fez com os anjos decaídos.

37
Esses intrusos começaram a ensinar o erro na igreja (v. 3-4). O fermento do mal
estava agindo entre os dirigentes.
Em contraste com esses maus indivíduos, encontramos os verdadeiros seguidores
da fé, erguendo bem alto a cruz de Cristo (v. 20-23).
8
O tema pode resumir-se da seguinte maneira: é dever obedecer à verdade e evitar
6.
comunhão com os seus inimigos.

APOCALIPSE
83

Eu, Jesus, enviei o meu anjo, para vos testificar estas coisas nas igrejas. Eu sou a raiz
e a geração de Davi, a resplandecente estrela da manhã. (22.16)
5.

Apocalipse, escrito pelo apóstolo João, é um resumo profético dos caminhos de


Deus com a humanidade. Uma história
que começou em Gênesis de forma
pura e simples agora acaba em grandes
04

complicações devidas à culpa acumulada


e obstinada desordem da raça humana.
Apocalipse é o único livro de profecia
do Novo Testamento. É o único livro da
biblioteca divina que promete, de modo
especial, uma bênção aos que o lêem e
ouvem. “Bem-aventurados aqueles que
lêem”, é o que o Livro do Apocalipse Apóstolo João
diz de si mesmo. Porém, depois de ler
os primeiros capítulos sobre as igrejas e os últimos capítulos que descrevem o céu,

164
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poucos de nós lemos muito mais deste livro.
Apocalipse apresenta um Cristo glorioso, reinando. Os Evangelhos apresentam-
no como Salvador, que veio para levar a maldição do pecado; mas neste livro não
vemos nenhuma humilhação. De certo modo, Apocalipse é o livro mais notável de
todo o cânon sagrado. Fala do reino de Cristo na terra que Satanás deseja controlar.
Fala da vitória completa e eterna de Cristo sobre Satanás. Descreve a sua derrota e
castigo, primeiro por mil anos e, depois, para sempre. Fala mais da condenação final
de Satanás do que qualquer outro livro. Não é de admirar, portanto, que Satanás não
queira que os homens o leiam.

4
4. Cristo em Cada Livro da Bíblia

-7
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Em Gênesis, JESUS é o Cordeiro no altar de Abraão;


Em Êxodo, é o cordeiro da Páscoa;

37
Em Levítico, Ele é o sumo sacerdote;
Em Números, Ele é a nuvem durante o dia e a coluna de fogo durante a
noite;
8
Em Deuteronômio, Ele é a cidade de nosso refúgio;
Em Josué, Ele é o tecido vermelho na janela de Raabe;
6.

Em Juízes, Ele é o nosso Juiz;


Em Rute Ele é o nosso parente redentor;
Em 1 e 2 Samuel, Ele é o nosso profeta confiável;
83

Nos livros de Reis e Crônicas, é o nosso soberano;


Em Esdras, Ele é o nosso escriba fiel;
5.

Em Neemias, é o reconstrutor de tudo que está destruído;


Em Ester, Ele é Mordecai assentado fielmente no portão;
Em Jó, Ele é o nosso redentor que vive para sempre;
04

Em Salmos, Ele é o meu pastor e nada me faltará;


Em Provérbios e Eclesiastes, Ele é nossa sabedoria;
Em Cantares, Ele é o belo noivo;
Em Isaías, Ele é o servo sofredor;
Em Jeremias e Lamentações, JESUS é o profeta que chora;
Em Ezequiel, Ele é o maravilhoso homem de quatro faces;
Em Daniel, Ele é o quarto homem na fornalha;
Em Oséias, Ele é o amor sempre fiel;

165
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Em Joel, Ele nos batiza com o ESPÍRITO SANTO e com fogo;
Em Amós, Ele leva nossos fardos;
Em Obadias, o nosso salvador;
Em Jonas, Ele é o grande missionário que leva ao mundo a palavra de DEUS;
Em Miquéias, Ele é o mensageiro dos pés formosos;
Em Naum, Ele é o vingador;
Em Habacuque, Ele é a sentinela orando sempre pelo reavivamento;
Em Sofonias, Ele é o Senhor poderoso para salvar;

4
Em Ageu, Ele é o restaurador de nossa herança perdida;

-7
Em Zacarias, é a nossa fonte;

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Em Malaquias, Ele é o filho da justiça com a cura em suas asas;


Em Mateus, Ele é o Cristo o Filho do DEUS Vivo;

37
Em Marcos, Ele é o operador de milagres;
Em Lucas, Ele é o filho do homem;
Em João, Ele é a porta pela qual todos devem passar;
8
Em Atos, é a luz brilhante que aparece a Saulo no caminho de Damasco;
6.
Em Romanos, é a nossa justificação;
Em Coríntios, é nossa ressurreição e o que leva os nossos pecados;
Em Gálatas, Ele nos redime da lei;
83

Em Efésios, Ele é nossa riqueza insondável;


Em Filipenses, Ele supre todas as nossas necessidades;
5.

Em Colossenses, Ele é a plenitude do DEUS encarnado;


Em Tessalonicenses, Ele é o nosso Rei que virá;
Em Timóteo, Ele é o nosso mediador entre DEUS e os homens;
04

Em Tito, Ele é nossa bendita esperança;


Em Filemom, Ele é o amigo mais chegado que um irmão;
Em Hebreus, Ele é o sangue do pacto eterno;
Em Tiago, Ele é o Senhor que cura o doente;
Em Pedro, Ele é o pastor principal;
Nos livros de João, é JESUS que tem a ternura do amor;
Em Judas, Ele é o Senhor que vem com milhares de santos;
E em Apocalipse, a igreja é conclamada a levantar os olhos, pois é chegada
sua redenção.
166
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5. O Antigo Testamento e Seus Personagens Principais


Esta é uma relação de mais de 70 personagens cuja história combinada, forma a
história do Antigo Testamento.

01. DEUS 12. Calebe 22. Reis de Israel (19)


02. Satanás 13. Josué 23. Reis de Judá (20)
03. Adão 14. Os Juízes (15) 24. Profetas (17)
04. Noé 15. Rute (Moabita, 25. Nabucodonosor (Rei da Babilônia)

4
05. Abraão bisavó de Davi) 26. Ciro (Rei dos Medos e Persas)
16. Samuel

-7
06. Isaque 27. Zorobabel (um dos líderes

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07. Jacó 17. Saul de Israel na volta do cativeiro)

08. José 18. Davi 28. Esdras (Sacerdote)

37
09. Faraó 19. Salomão 29. Neemias (Governador)

10. Moisés 20. Elias 30. Ester (Judia que se casou


21. Eliseu com Assuero, rei dos persas.)
11. Arão
8
6. O Novo Testamento e Seus Personagens Principais
6.

Esta é uma relação de 10 personagens entre outros que fazem a história do Novo
Testamento. São eles:
83

01. João Batista 06. Paulo


02. JESUS CRISTO 07. Tiago (irmão
de JESUS)
5.

03. Os Doze Discípulos


de JESUS 08. Lucas
04. Estevão 09. Barnabé
04

05. Filipe 10. Apolo


Jesus na série The Chosen

Se você souber estudar estes nomes na ordem cronológica em que eles estão
registrados, você estará contando não somente a história do povo judeu, mas a história
da humanidade criada por DEUS e para DEUS.

167
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Doutrinas Bíblicas

1. Introdução

O Cristianismo é a maior religião


do mundo, com cerca de 2,1 bilhões de
seguidores em todo mundo. Tendo sua
doutrina baseada nos ensinamentos de

4
Jesus Cristo e na Palavra de Deus, que

-7
viveu na Terra Santa há 2.000 mil anos

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atrás. Cristianismo, a maior religião do


mundo, centrada em Deus e Jesus Cristo.
A palavra Cristo significa ungido. Cristo não

37
A Doutrina cristã é baseada na Bíblia
é o sobrenome de YESHUA. Jesus Cristo é
o Ungido de Deus Pai, que veio a este mundo, cumpriu as leis e profecias do Antigo
Testamento, morreu na cruz, ressuscitou dos mortos fisicamente e realizou muitos
8
milagres que foram registrados nos Evangelhos por testemunhas oculares. Jesus
Cristo é Divino em natureza, bem como humano. Ele tem duas naturezas e é digno de
6.
adoração oração e estudo de Seus ensinos ou doutrinas.

2. Doutrina: O Termo
83

Doutrina é o conjunto de ensinamentos. Devemos entender que o ensinamento


cristão deve ser baseado nos ensinamentos bíblicos, sobretudo os de Jesus Cristo, o
Messias, segundo nossa fé.
5.

Doutrina é definida como um conjunto de princípios que servem de base a um


sistema, que pode ser literário, filosófico, político e religioso. Está sempre relcionado a
conduta, disciplina, a qualquer coisa que seja objeto de ensino, e pode ser propagada
de várias maneiras, através de pregações, opinião de pessoas conhecidas, estudos
04

teológicos, ensinamentos bíblicos, textos de obras, e até mesmo através da escola


bíblica que é uma forma de doutrinar a igreja.

3. Doutrina: Origem
Doutrina no grego διδασκαλια [didaskalia] (Substantivo feminino). O ato de
ensinar; ensino. Aquilo que é ensinado: doutrina, instrução. Esse termo aparece 21
vezes no Novo Testamento.
No latim, encontramos o termo doctrina, ensinamento ou conjunto de
ensinamentos, de doctor, aquele que ensina, de docere, ensinar.

168
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No Antigo Testamento, nos livros de Deuteronômio 32.2 e Provérbios 4.2 e 9.9,
o termo leqach é usado pelos autores e tem como principais significados ensino e
ensinamento. Já em Isaías 42.4, o termo towarh, ou torá, é usado para designar uma lei,
instrução ou orientação divina. Já no Novo Testamento, o termo didache é utilizado em
Marcos 1.22, Lucas 4.32, Atos 2.42 e Romanos 6.17 e significa ensino, ou doutrina mais
especificamente.
O Messias, Jesus, foi encarregado de ensinar a verdade sobre o caminho da
salvação, bem como fizeram os apóstolos, anos após sua morte. Em Hebreus 6.1 o
termo logos também foi escrito com um conceito de doutrina por palavra. O termo
logos foi apresentado pelo pensador grego Heráclito para indicar a razão divina, o plano

4
divino para a humanidade.

-7
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A Doutrina Cristã

1. Introdução
8 37
As dúvidas frequentes dos líderes de uma igreja são sobre a doutrina cristã a
6.
ser seguida, a ser pregada aos seus fiéis. Pastores, bispos, apóstolos, reverendos ou
qualquer outro líder de uma igreja evangélica precisam ter bem claro qual a doutrina
da igreja. Isso não se faz da noite para o dia e, é um trabalho que não tem um limite
de tempo para ser abordado, pois muitos assuntos, muitos assuntos, muitos temas
83

precisam ser estudados de forma sistemática.


Para que um ministério possa dizer-se cristão deve seguir os princípios básicos
ensinados por Jesus Cristo. Em algumas passagens bíblicas podemos encontrar as
5.

principais características da doutrina cristã.


Em 1 Timóteo 4.6, lemos que o ministro deve ser nutrido na fé e na doutrina.
Esse capítulo é um ótimo trecho para quem deseja fugir das falsas doutrinas.
04

Ao ler Atos 2.42, podemos entender que o cristão deve perseverar na doutrina
ensinada pelos apóstolos, referindo-se, principalmente, á comunhão dos irmãos e o
amor fraternal.

2. Doutrina e Dogma: Diferença


Doutrina é a revelação de verdade como se encontra nas Escrituras; dogma é a
declaração do homem acerca da verdade quando apresentada em um credo.
Esperamos confiadamente que a teologia ou doutrina encontre o lugar que
merece no pensamento e na educação de religiosa de todo ser.
169
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Para um ser imortal, a verdade acerta de Deus, do destino humano e da caminha
para a vida eterna, nunca pode ser de pouca importância.
Todos os homens que raciocinam devem tomar em consideração essas coisas.
São perguntas tão antigas quanto à própria raça humana e só podem ser esquecidas
quando a raça houver submergido na idiotice ou houver perdido a imagem de Deus.
Assim como o homem pensa no seu coração, assim ele é. Toda a existência do homem
gira em torno do que pensa, especialmente do que pensa acerta de Deus.

3. O Valor da Doutrina

4
3.1 O CONHECIMENTO (DOUTRINÁRIO) SUPRE A NECESSIDADE DE HAVER UMA

-7
DECLARAÇÃO AUTORITÁRIA E SISTEMÁTICA SOBRE A VERDADE.

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Há uma tendência em certos meios de não somente procurar diminuir o valor


de ensinos doutrinários como também de dispensá-los completamente como sendo

37
desnecessários e inúteis. Porém, enquanto os homens cogitam sobre os problemas da
sua existência, sentirão a necessidade de uma opinião final e sistemática sobre esses
problemas. A doutrina sempre será necessária enquanto os homens perguntarem:
“De onde vim? quem sou eu? e para onde vou?”
8
Muitas vezes se ouve esta expressão: “não importa o que a pessoa crê uma vez que
6.
faça o bem.” essa opinião dispensa a doutrina por julgá-la de nenhuma importância em
relação à vida. Mas todas as pessoas têm uma teologia, queiram ou não reconhecê-
lo; os atos do homem são fruto de sua crença. Por exemplo, quão grande diferença
haveria no comportamento da tripulação um navio que estivesse ciente de que viajava
83

em diferença haveria no comportamento da tripulação um navio que navegasse à


mercê das ondas e sem rumo certo. A vida humana é uma viagem do “tempo” para
a eternidade, e é de grande importância a pessoa saber que essa viagem não tem
significado ou rumo certo, ou rumo certo, ou que a viagem planejada pelo seu Criador
5.

e dirigida por ele para um destino celestial.

3.2 O CONHECIMENTO DOUTRINÁRIO É ESSENCIAL PARA O PLENO


04

DESENVOLVIMENTO DO CARÁTER CRISTÃO.


As crenças firmes produzem caráter firme; bem definidas produzem também
convicções bem definidas. Naturalmente, a crença doutrinaria da pessoa não é sua
religião, assim como a espinha dorsal do seu organismo não é a sua personalidade.
Mas assim como uma boa espinha dorsal é parte essencial do corpo, assim um sistema
definido de crença é um aparte essencial da religião.
[...] francês unitário fez a seguinte declaração: “A pureza de coração e de vida
importa mais do que a opinião correta.” A essa declaração outro pregador francês
respondeu: “A cura também é, mais importante que o remédio, mas sem o remédio
não haverá cura!” Sem duvida é mais importante viver a vida cristã do quer apenas
170
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conhecer as doutrinas cristãs; porem pode haver experiência cristã enquanto não
houver conhecimentos das doutrinas cristãs.

3.3 O CONHECIMENTO DOUTRINÁRIO É UM BALUARTE CONTRA O ERRO. (MT


22.29; GL 1.6-9; 2TM 4.2-4.)
Diz-se com razão, que as estrelas surgiram antes da biologia, e que Deus existiu
antes da botânica, e que a vida existia antes da biologia, e que Deus existia antes
da teologia. Isto é verdade. Mas os homens em sua ignorância conceberam ideias
supersticiosas acerca das estrelas, e o resultado foi a pseudociência da astrologia. Os

4
homens conceberam falsas ideias acerca das plantas, atribuindo-lhes virtudes que não
possuíram, e o resultado foi a feitiçaria. O homem na sua cegueira formou conceitos

-7
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errôneos acerca de Deus e o resultado foi o paganismo com suas superstições e
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corrupção.
Porem surgiu à astronomia com seus princípios verdadeiros acerca dos corpos

37
celestes e dessa maneira expôs os erros da astrologia. Surgiu a botânica com a verdade
sobre a vida vegetal e dessa forma banidos os erros da feitiçaria. Da mesma maneira
as doutrinas bíblicas expurgaram as falsas ideias acerca de Deus e de seus caminhos.
8
“Que ninguém creia que erro doutrinário seja um mal de pouca importância”
declarou D. C. Hodge, teólogo de renome. “Nenhum caminho para a perdição jamais
6.
se encheu de tanta gente como o da fase doutrina. O erro é uma capa da consciência,
e uma venda para os olhos.”
83

3.4 O CONHECIMENTO DOUTRINÁRIO É UMA PARTE NECESSÁRIA DO


EQUIPAMENTO DE QUEM ENSINA A PALAVRA DE DEUS.
Quando uma remessa de
5.

mercadorias chega a uma cassa comercial,


essas mercadorias são desempacotadas,
devidamente registradas, e colocadas
em seus devidos lugares nas prateleiras
04

para serem vendidas. Essa uma ilustração


mostra que sistemático é por as doutrinas
em ordem. A Bíblia obedece a um tema
central. Mas existem muitas verdades
relacionadas com o tema principal que se
encontram nos diversos livros da Bíblia.
Assim sucede que, para adquirir um
conhecimento satisfatório das doutrinas,
Ensino da Palavra
e para poder entregá-los a outrem, devem-
se combinar-se as relacionadas ao assunto e organizá-las em tópicos e subtópicos.

171
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3. A Classificação da Doutrina
A teologia inclui muitos departamentos:

1. A teologia exegética

(Exegética vem da palavra grega que significa “sacar” ou “extrair” a verdade) procura
descobrir o verdadeiro significado das Escrituras. Um conhecimento das línguas originais
nas quais foram escritas as Escrituras pertence a este departamento da teologia.

4
2. A teologia histórica

Traça a historia do desenvolvimento da interpretação doutrinaria, e envolve o estudo da

-7
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historia da igreja.

3. A teologia dogmática

4. A teologia bíblica
8 37
É o estudo das verdades fundamentais da fé como se nos apresentam nos credos da igreja.

Traça o progresso da verdade através dos diversos livros da Bíblia, e descreve a maneira
6.
como determinado assunto foi tratado nas diversas seções da Bíblia; no livro Atos, nas
Epístolas, e no Apocalipse. E verificar-se-ia o que Cristo, Paulo, Pedro ou João disseram
acerca do assunto. Enfim, descobrir o que cada livro ou seção das Escrituras ensinou
concernente ás doutrinas de Deus, de Cristo, da expiação, da salvação entre outras.
83

5. Na teologia sistemática
5.

Agrupam-se os ensinos bíblicos concernentes a Deus e ao homem, e aos relacionados à


natureza e à obra de Cristo como Doutrina de Cristo.
04

A matéria contida no presente estudo é uma combinação de teologia bíblica e


sistemática.

4. Objetivos
O principal objetivo da Doutrina Bíblica é aprofundar o nosso conhecimento
de Deus (Os 6.3). Se não tivermos uma experiência de salvação e pessoal, como
haveremos de colocar-nos a Seu serviço? (1Sm 3.7). O Israel do Antigo Testamento
caiu na apostasia por não conhecer a Jeová. Através do profeta Oséias, lamenta o
amoroso Senhor: “O meu povo foi destruído, porque lhe faltou o conhecimento “ (4.6).

172
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De igual modo, visa a Doutrina Bíblica à perfeição moral e espiritual do ser humano.
Escrevendo ao jovem pastor Timóteo, o apóstolo Paulo é mais do que claro: (2 Tm
3.17). Ideal inatingível? Se contarmos apenas com as nossas próprias forças, jamais
atingiremos semelhante padrão. No entanto, se nos entregarmos à graça de Nosso
Senhor, nossa vereda refulgirá de tal forma que viremos a resplandecer como os
astros no firmamento (Pv 4.18; Dn 12.3).

Doutrinas e Costumes
Doutrina não são costumes. Todos nós já ouvimos essa frase. No entanto,

4
a boa doutrina, quando corretamente interpretada, gera costumes bons e
sadios. Consequentemente, um povo que ignora as verdades bíblicas com

-7
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facilidade assimilará os costumes do Egito e de Canaã (Lv 18.3). Foi o que


ocorreu com os israelitas durante a peregrinação no deserto, imitaram os
egípcios; na terra prometida, os cananeus. Eis porque somos instados a não

37
amar o mundo (1 Jo 2.15).
Por conseguinte, quanto mais doutrinados forem os crentes, mais os seus
costumes conformar-se-ão à Palavra de Deus. Não podemos dissociar os bons
costumes da doutrina. Como aqueles dependem desta, logo: a boa doutrina
8
gera, necessariamente, os bons costumes
6.

5. NECESSIDADE
83

Há cristãos que, menosprezando a Doutrina Bíblica, alegam: O importante não é


a teoria; e sim, a prática. Entretanto, quem disse que a doutrina bíblica é meramente
teórica? Ela é a vontade de Deus. E, como tal, deve ser posta em prática. Veja o que diz
5.

o Senhor em (Dt 6.6-9)


Vejamos porque a doutrina bíblica é necessária.
• A Doutrina Bíblica proporciona-nos a salvação em Cristo: Paulo instrui ao
04

seu jovem filho na fé em (1 Tm 4.16);


• A Doutrina Bíblica santifica-nos: Em sua oração sacerdotal, refere-se o
Cristo ao poder santificador da Palavra de Deus; veja (Jo 17.14-17);
• A Doutrina Bíblica torna-nos sábios: Timóteo instruído por sua mãe,
Eunice, e por sua avó Lóide, veio tornar-se um dos maiores obreiros do
Novo Testamento. Jovem, ainda, veio ele a ser considerado um sábio,
conforme lhe escreve Paulo em (2 Tm 3.15).
Enfim, é a doutrina bíblica imprescindível para o nosso crescimento na vida cristã.
Sua necessidade pode ser constatada tanto coletiva quanto individualmente.

173
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6. A Doutrina Bíblica e o Serviço Cristão


• Na Evangelização: Na divulgação do evangelho, acha-se implícito o ensino
da doutrina bíblica, conforme podemos deduzir da Grande Comissão que
nos confiou o Senhor (Mt 28.19,20).
• Na instrução dos Santos: Paulo jamais se mostrou descuidado quanto
à doutrinação da Igreja de Cristo. Em Trôade, ministrou aos irmãos até
altas horas (At 20.7,8). Nem o acidente com o jovem Êutico diminuiu no
seu coração o ardor doutrinário.

4
• Na Defesa da santíssima fé: Somente poderemos defender a santíssima fé
se nos dedicarmos com afinco ao estudo da doutrina bíblica (1 Pe 3.15).

-7
Está você preparado para defender e a apresentar as razões da esperança

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que temos em Cristo?

As Escrituras
8 37
1. Introdução
6.

Por milênios Deus se revelou ao homem através de suas obras, isto é, a Criação
(Rm 1.20; SI 19.1-9). Porém, segundo o seu propósito, chegou o tempo em que Ele
83

desejava alcançar o homem com uma revelação maior, o que o fez de forma dupla:
• Através da Bíblia – a Palavra Escrita, e
• Através de Jesus Cristo – a Palavra Viva (Jo 1.1).
5.

Esta dupla revelação é muito especial e tornou-se necessária devido à queda do


homem.


04

Segundo Angus-Green “as Sagradas Escrituras constituem o livro


mais notável jamais visto no mundo. São de alta antiguidade. Contém
o registro de acontecimentos do mais profundo interesse. A história
da sua influência é a história da civilização. Os melhores homens e os
maiores sábios têm testemunhado de seu poder como instrumento
de iluminação e santidade, e, visto que foram preparadas por homens
que ‘falaram iluminados da parte de Deus, movidos pelo Espírito
Santo’ a fim de revelar o ‘único Deus verdadeiro e Jesus Cristo a quem
Ele enviou’, elas possuem por isso os mais fortes direitos à nossa
consideração atenciosa e reverente”.

174
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Desse modo, o estudo das Escrituras se impõe como o principal meio do homem
natural vir a conhecer a Deus e a sua vontade para com a sua vida, e do crente conhecer
o propósito santificador de Deus para si e para todos os salvos. A necessidade de
estudo das Escrituras está implícita em Sl 119.130, Is 34.16, 2 Tm 2.15 e 1 Pe 3.15.
Esses versículos nos conduzem a dois pontos de suma importância:

1.1 POR QUE DEVEMOS ESTUDAR A BÍBLIA?


• Ela é o manual do crente na
vida cristã e no trabalho do

4
Senhor. Sendo a Bíblia o livro-
texto do cristão, é imperioso

-7
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que este saiba manejá-la bem
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para o eficiente desempenho


de sua missão (2 Tm 2.15).

37
• Ela alimenta nossas almas
(Jr 15.16; Mt 4.4; 1 Pe 2.2).
Não há dúvida que o estudo
Estudo da Palavra
da Bíblia Sagrada nutre e dá
8
crescimento espiritual ao crente. Ela é tão indispensável à alma, como
o pão é ao corpo. Nas passagens citadas, ela é comparada ao alimento
6.

diário, porém este só nutre o corpo quando é absorvido pelo organismo.


O texto de 1 Pe 2.2 fala do intenso apetite do recém-nascido, e assim deve
ser o nosso apetite pela Palavra de Deus. Bom apetite pela Bíblia é sinal de
83

saúde espiritual.
• Ela é o instrumento que o Espírito Santo usa (Ef 6.17). Se em nós houver
abundância da Palavra de Deus, o Espírito Santo terá um instrumento com
5.

o qual pode operar. É preciso, pois meditar nela (Js 1.8, Sl 1.2). É preciso
deixar que a Palavra domine todas as esferas da nossa vida, nossos
pensamentos e nosso coração, moldando todo o nosso viver diário. Em
suma: mister se faz ficarmos literalmente saturados da Palavra de Deus.
04

• Na vida cristã diária, e no trabalho do Senhor em geral, o Espírito Santo


só nos lembrará do texto bíblico preciso se o conhecermos (Jo 14.26).
Ninguém terá possibilidade de lembrar algo que não sabe, portanto o
Espírito Santo quer não somente encher o crente, mas também encontrar
nele um instrumento com que operar a Palavra de Deus.
• Ela enriquece espiritualmente a vida do salvo (Sl 119.72). Essas riquezas
vêm primeiramente pela revelação do Espírito Santo (Ef 1.17). A pessoa
que procurar entender a Bíblia somente através da percepção intelectual,
muito cedo desistirá disso. Só o Espírito de Deus conhece as coisas de
Deus (1Co 2.10).

175
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2. Terminologia

Palavra derivada de biblion, “rolo” ou “livro” (Lc 4.17), significa


Bíblia
“livros”.

Termo usado no N.T. para os livros sagrados do A.T., que eram


considerados inspirados por Deus (2 Tm 3.16; 2 Pe 1.20-21).
Escritura(s)
Também é usado no N.T. com referência a outras porções do
N.T. (2 Pe 3.16).

4
Palavra de Usada em relação a ambos os testamentos em sua forma escrita

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(Mt 15.6; Jo 10.35; Hb 4.12).
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Deus

3. Atitudes em Relação à Bíblia

Racionalismo
37
Nega a possibilidade de qualquer revelação sobrenatural.
8
• A Bíblia é um produto da igreja; por isso a Bíblia não é a
autoridade única ou final.
6.

Misticismo A experiência pessoal tem a mesma autoridade da Bíblia.


83

Neo-ortodoxia A Bíblia é uma testemunha falível da revelação de Deus na


Palavra, Cristo.
5.

A Bíblia e os escritos do líder ou fundador de cada seita


Seitas possuem igual autoridade.
04

Ortodoxia A Bíblia é a nossa única base de autoridade.

4. Canonicidade
4.1 O QUE É O CÂNON DA BÍBLIA?
A palavra “cânon” significa régua, e em relação à Bíblia, significa a regra usada
para determinar se certo livro podia ser medido satisfatoriamente de acordo com um
padrão.

176
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É simplesmente a coleção de livros, que sob a direção de Deus, foi reunida como
regra de fé para o povo de Deus.
• Os Princípios da Canonicidade dos Livros do N.T.
• Apostolicidade. O livro foi escrito ou influenciado por algum apóstolo?
• Conteúdo. O seu caráter espiritual é suficiente?
• Universalidade. Foi amplamente aceito pela Igreja?
• Inspiração. O livro oferecia prova interna de inspiração?

4
4.2 CONSIDERAÇÕES FUNDAMENTAIS

-7
• A Bíblia é auto-autenticável e os concílios eclesiásticos só reconheceram

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(não atribuíram) a autoridade inerente nos próprios livros.


• Deus guiou os concílios de modo que o cânon fosse reconhecido.

4.3 O CÂNON DO ANTIGO TESTAMENTO


• 37
Alguns afirmam que todos os livros do cânon do A.T. foram reunidos e
8
reconhecidos sob a liderança de Esdras (quinto século a.C).
• O N.T. se refere ao A.T. como Escritura. Em Mt 23.35, a expressão de Jesus
6.

equivaleria a dizer hoje “de Gênesis a Malaquias” (cf. Mt 21.42; 22.29).


• O Sínodo de Jamnia (90 A.D.) foi uma reunião de rabinos judeus que
reconheceu os livros do A.T., embora houvesse alguns que questionassem
83

Ester, Eclesiastes e Cantares de Salomão.

4.4 A FORMAÇÃO DO CÂNON DO NOVO TESTAMENTO


5.

• O período dos apóstolos. Eles


reivindicaram autoridade para seus
escritos (1 Ts 5.27; Cl 4.16).
04

• O período pós-apostólico. Todos os


livros foram reconhecidos exceto
Hebreus, 2 Pedro, 2 e 3 João.
• O Concílio de Cartago, no ano 397,
reconheceu como canônicos os 2
livros do N.T.

Rolo da Torá, a primeira parte da Bíblia


hebraica e parte do cânone bíblico

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5. Divisões Gerais da Bíblia

ANTIGO TESTAMENTO NOVO TESTAMENTO


• Livros históricos – de Gênesis a • Evangelhos – de Mateus a João.
Ester; • História da Igreja – Atos.
• Livros poéticos – de Jó a • Epístolas – de Romanos a Judas.
Cantares de Salomão;
• Profecia – Apocalipse.
• Livros proféticos – de Isaías a

4
Malaquias.

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6. A Inspiração Divina das Escrituras

37
O que diferencia a Bíblia de todos os demais livros do mundo é a sua inspiração
divina. “Toda Escritura é inspirada por Deus e útil para o ensino, para a repreensão,
para a correção, para a educação na justiça” (2 Tm 3.16). “…porque nunca jamais
qualquer profecia foi dada por vontade humana, entretanto homens santos falaram
8
da parte de Deus, movidos pelo Espirito Santo” (2 Pe 1.21). “Na verdade, há um espírito
no homem, e o sopro do Todo-poderoso o faz entendido” (Jó 32.8).
6.

O Que é Inspiração Divina?


Inspiração divina é a influência sobrenatural do Espírito Santo como um sopro
83

sobre os escritores da Bíblia, capacitando-os a receber e transmitir a mensagem


divina sem mistura de erro.
5.

A própria Bíblia reivindica para si a inspiração de Deus, pois a expressão “Assim diz
o Senhor”, – carimbo de autenticidade divina – ocorre mais de 2.600 vezes nos seus
66 livros, além de outras expressões equivalentes. Foi o Espírito de Deus quem falou
através dos escritores da Bíblia (Ez 11.5; 2 Cr 20.15, 24.20).
04

6.1 FALSAS TEORIAS QUANTO À INSPIRAÇÃO DAS ESCRITURAS


Quanto à inspiração da Bíblia há várias teorias falsas, que o aluno não deve ignorar,
dentre as quais se destacam as seguintes:
• A teoria da inspiração natural humana. Essa teoria ensina que a Bíblia foi
escrita por homens dotados de inteligência e força intelectual especiais,
como Luís de Camões, Rui Barbosa, e inúmeros outros. Esta é a forma que
encontraram para negar o sobrenatural do texto sagrado.
• A teoria da inspiração divina comum. Essa teoria ensina que a inspiração
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dos escritores da Bíblia é a mesma que hoje nos vem quando oramos,
pregamos, cantamos, ensinamos, andamos em comunhão com Deus etc.
Isto é errado, porque a inspiração comum que o Espírito Santo hoje nos
concede, admite gradação, isto é, pode se manifestar em maior ou menor
intensidade, ao passo que a inspiração dos escritores da Bíblia não admite
graus. O escritor era ou não inspirado. E mais, a inspiração comum pode
ser permanente, ao passo que a dos escritores da Bíblia era temporária.
• A teoria da inspiração parcial. Ensina que partes da Bíblia são inspiradas,
outras não. Ensina que a Bíblia não é a Palavra de Deus, mas que ela
apenas contém a Palavra de Deus. Evidentemente essa teoria não vem

4
de encontro com a declaração de Paulo, segundo a qual “toda Escritura é
inspirada por Deus…”

-7
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• A teoria do ditado verbal. Ensina que a inspiração da Bíblia é só quanto às


palavras, não deixando lugar para a atividade e estilo do escritor, que é
patente em cada livro. Lucas, por exemplo, fez cuidadosa investigação de


fatos conhecidos (Lc 1.4).

37
A teoria da inspiração das ideias. Essa teoria ensina que Deus inspirou
as ideias da Bíblia, mas não as suas palavras; estas ficaram a cargo dos
escritores.
8
6.

6.2 A TEORIA CORRETA QUANTO À INSPIRAÇÃO DAS ESCRITURAS


A teoria correta da inspiração da Bíblia é chamada Teoria da Inspiração Plenária
ou Verbal. Ela ensina que todas as partes da Bíblia são igualmente inspiradas; que
83

os escritores não funcionaram como máquinas inconscientes; que houve cooperação


vital e contínua entre eles e o Espírito de Deus que os capacitava. Afirma que homens
santos de Deus escreveram a Bíblia com palavras de seu vocabulário, porém, sob a
5.

influência poderosa do Espírito Santo, de sorte que o que eles escreveram foi a Palavra
de Deus. Ensina que a inspiração plenária cessou ao ser escrito o último livro do Novo
Testamento, e que depois disso, nem os mesmos escritores bíblicos, nem qualquer
outro servo de Deus, pode ser chamado inspirado no mesmo sentido.
04

7. Harmonia e Unidade das Escrituras


A existência da Bíblia até aos nossos dias só pode ser explicada como um milagre
singular. Ha nela 66 livros, escritos por cerca de 40 escritores, cobrindo um período de
16 séculos. Esses homens, na maior parte dos casos não se conheceram. Viveram em
lugares distantes de três continentes, escrevendo em duas línguas principais. Devido
a estas distâncias, em muitos casos, os autores nada sabiam sobre o que já havia
sido escrito. Muitas vezes um escritor iniciava um assunto, e séculos depois outro o

179
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completava com tanta riqueza de detalhes, que somente um livro vindo de Deus podia
ser assim. Uma obra humana em tais circunstâncias seria uma babel indecifrável!
Se a Bíblia fosse um livro puramente humano, sua composição seria inexplicável.
Suponhamos que 40 dos melhores escritores atuais do Brasil, providos de todos os
meios necessários, fossem isolados uns dos outros, em situações diferentes, cada um
com a missão de escrever uma obra sua. Se no final reuníssemos todas as obras,
jamais teríamos um conjunto uniforme. Seria a pior miscelânea. Pois bem, imagine
isto acontecendo nos antigos tempos em que a velha Bíblia foi escrita! A confusão
seria muito maior! Não havia meios de comunicação, meios materiais, enfim, havia
dificuldades de toda sorte. Imagine-se o que seria a Bíblia se não fosse a mão de Deus!

4
Se alguma falha for encontrada na Bíblia, será sempre humana, como tradução

-7
mal feita, grafia inexata, interpretação forçada, má compreensão de quem a estuda,

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falsa aplicação dos sentidos do texto, etc. Portanto, quando encontrarmos na Bíblia um
trecho discrepante, não pensemos logo que é erro. Saibamos refletir como Agostinho,
que disse: “Num caso assim, deve haver erro do copista, tradução mal feita do original,

37
ou então, sou eu mesmo que não consigo entender…”
A perfeita harmonia da Bíblia é, para a mente humilde e sincera, uma prova
incontestável da origem divina da mesma. É uma prova que uma única Mente via tudo
e guiava seus escritores.
8
Suponhamos que na cidade onde moramos, um edifício fosse construído com
6.

pedras a serem preparadas em várias partes do Brasil. Chegadas as pedras, ao


serem colocadas, encaixavam-se perfeitamente na construção, satisfazendo todos
os detalhes e requisitos da planta. Que diria o aluno se tal fato acontecesse? Que
83

apenas um arquiteto dirigira os operários nas diversas pedreiras, dando minuciosas


instruções a cada um. É o caso da Bíblia – O Templo da Verdade de Deus. As “pedras”
foram preparadas em tempos e lugares os mais remotos, mas ao serem postas juntas,
combinaram-se perfeitamente, porque atrás de cada elemento humano estava em
5.

operação a Mente infinita de Deus.

7.1 ALGUNS PORMENORES DESSA HARMONIA


04

OS ESCRITORES

Foram homens de todas as atividades da vida humana, daí a diversidade de estilos


encontrados na Bíblia. Exemplos: Moisés foi príncipe e legislador; Josué foi um grande
comandante; Davi e Salomão, reis e poetas; Isaías, estadista e profeta; Daniel, ministro
de estado; Zacarias e Jeremias, sacerdotes e profetas; Amós era um homem do campo
e vaqueiro. Pedro, Tiago e João, pescadores; Mateus, funcionário público; Paulo, teólogo
e erudito, e assim por diante. Apesar de toda essa diversidade, quando examinamos
os escritos desses homens, sob tantos estilos diferentes, verificamos que os mesmos
completam-se, tratando de um só assunto! O produto de suas penas não são muitos livros,
mas UM só livro, poderoso e coerente.

180
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AS CONDIÇÕES

Também não houve uniformidade de condições na composição dos livros da Bíblia.


Moisés escreveu o Pentateuco nas solitárias paragens do deserto. Jeremias, nas trevas e
sujidade duma masmorra. Davi, nas verdes colinas dos campos. Paulo escreveu muitas
das suas epístolas nas prisões. João, no exílio, na ilha de Patmos. Apesar de tantas e
diferentes condições, a mensagem da Bíblia é sempre uniforme. O pensamento de Deus
corre uniforme e progressivo através dela, como um rio, que brotando de sua nascente,
vai avolumando suas águas até tornar-se caudaloso. A mensagem da Bíblia tem essa
continuidade maravilhosa!

4
AS CIRCUNSTÂNCIAS

-7
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As circunstâncias em que os 66 livros da Bíblia foram escritos também foram as mais
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diversas. Davi, por exemplo, escreveu partes de seu trabalho no calor das batalhas;
Salomão, na calma e na paz de um palácio. Há profetas que escreveram em meio a
profunda tristeza, ao passo que Josué escreveu durante a alegria da vitória. Apesar

37
dessa pluralidade de condições, a Bíblia apresenta um só sistema de doutrinas, uma
só mensagem de amor, um só meio de salvação. De Gênesis a Apocalipse há uma só
revelação, um só pensamento, um só propósito.
8
8. Provas da Inspiração Divina das Escrituras
6.

Ainda que aceitemos a harmonia e unidade da Bíblia como uma das mais
contundentes provas de que a Bíblia é divinamente inspirada, achamos necessário
darmos outras provas dessa natureza.
83

8.1 JESUS APROVOU A BÍBLIA


5.

Inúmeras pessoas sabem quem é Jesus; creem que Ele fez milagres; creem em
Sua ressurreição e ascensão, mas não creem na Bíblia! Tais pessoas precisam saber a
posição de Jesus quanto à Bíblia. Devem saber que Ele a leu (Lc 4.16-20); ensinou (Lc
24.27); chamou-a “a Palavra de Deus” (Mc 7.13), e a cumpriu (Lc 24.44).
04

A última referência (Lc 24.44) é muito maravilhosa, porque aí Jesus põe sua
aprovação em todas as Escrituras do Antigo Testamento, pois “Lei, Salmos e Profetas”
eram as três divisões da Bíblia nos dias em que o Novo Testamento ainda estava sendo
formado.
Jesus também afirmou que as Escrituras são a verdade (Jo 17.17). Ele viveu
e procedeu de acordo com elas (Lc 18.31). Declarou que o escritor Davi falou pelo
Espírito Santo (Mc 12.35-36). No deserto, ao derrotar o inimigo, fê-lo com a Palavra de
Deus (Mt 4.4-10).

181
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8.2 O TESTEMUNHO DO ESPÍRITO SANTO NO INTERIOR DO CRENTE
Em cada pessoa que aceita a Jesus como Salvador, o Espírito Santo põe na alma a
certeza quanto à autoria da Bíblia. Em João 7.17, o Senhor Jesus mostra como podemos
ter dentro de nós o testemunho do Espírito Santo quanto à autoria divina da Bíblia:
“Se alguém quiser fazer a vontade de Deus…” Assim como o Espírito Santo testifica no
crente que este é filho de Deus (Rm. 8.16), testifica também que a Bíblia é a mensagem
de Deus para este mesmo filho.

8.3 O CUMPRIMENTO FIEL DA BÍBLIA

4
O Antigo Testamento é um livro de profecias (Mt 11.13). O Novo Testamento em
grande parte também o é. Referimo-nos aqui, evidentemente, às profecias no sentido

-7
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preditivo, divididas em duas classes, conforme se acha no Antigo Testamento: as literais


e as expressas por tipos e símbolos, como há inúmeras no Tabernáculo (Hb 10.1).
Inúmeras profecias da Bíblia se cumpriram no passado, em sentido parcial ou

37
total. Inúmeras outras se cumprem em nossos dias, e muitas outras se cumprirão
daqui para frente. As profecias sobre o Messias, por exemplo, proferidas séculos antes
de seu nascimento, cumpriram-se literalmente com toda precisão quanto ao tempo,
8
local e outros detalhes (Gn 49.10; SI 22; Is 7.14; Is 53; Dn 9.24-26; Mq 5.2; Zc 9.9 etc.).
Outro ponto saliente nas profecias é o caso da nação israelita. A Bíblia prediz
6.
sua dispersão, retorno, restauração e progresso material e espiritual. Exemplos: Lv
26.14,32,33; Dt 4.25-27; 28.15,64; Is 60.9; 61.6, 66.8; Jr 23.3; 30.3; Ez 11.17; Ez 37.
O cumprimento contínuo das profecias da Bíblia é uma prova de sua origem divina.
83

O que Deus disse, sucederá (Jr 1.12).

8.4 A INFLUÊNCIA DA BÍBLIA NAS PESSOAS E NAÇÕES


5.

O mundo hoje é melhor devido à influência da Bíblia. Mesmo os próprios inimigos


da Bíblia admitem que nenhum outro livro, em toda a história da humanidade, teve
influência tão benéfica quanto o Livro Santo. Eles reconhecem o seu efeito sadio na
04

civilização. Nenhum outro livro tem poder de influenciar e transformar beneficamente


não só os indivíduos, mas nações inteiras, conduzindo-os a Deus.
Disse o Dr. F. B. Meyer, famoso comentador devocional da Bíblia: “O melhor
argumento em favor da Bíblia, é o caráter que ela forma”.

8.5 A BÍBLIA É SEMPRE NOVA E INESGOTÁVEL


O tempo não afeta a Bíblia. Ela é o livro mais antigo do mundo, e ao mesmo tempo
o mais moderno. Em mais de 20 séculos (a época depois de Cristo), o homem não tem
conseguido melhorá-lo. Se a Bíblia fosse de origem humana, é claro que em 20 séculos
ela já estaria desatualizada. Uma vez que o homem moderno se gaba de tanto saber,

182
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era de se esperar que já tivesse produzido um livro melhor. Para o salvo, isto é uma
evidência da Bíblia como a Palavra imutável de Deus!

8.6 A BÍBLIA É FAMILIAR A CADA POVO OU INDIVÍDUO EM QUALQUER LUGAR


No mundo inteiro qualquer crente ao ler a Bíblia recebe sua mensagem como
se fosse escrita diretamente para si. Nenhum crente tem a Bíblia como um livro
alheio, estrangeiro, como acontece com os demais livros traduzidos. Todas as raças
consideram a Bíblia como possessão sua. Nós a recebemos como ‘nossa’. Isso acontece
em qualquer país aonde ela chegar. Isto prova que ela procede de Deus – o Pai de

4
todos!

-7
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8.7 A BÍBLIA É SUPERIOR A TODOS OS LIVROS


É muito interessante comparar, em alguns pontos, os ensinos da Bíblia com os de
Zoroastro, Buda, Confúcio Sócrates, Sólon, Marco Aurélio e outros autores pagãos. Os

pontos serão destacados:




37
ensinos da Bíblia superam os desses homens em todos os pontos imagináveis. Só três

A Bíblia contém mais verdade que todos os demais livros juntos.


8
A Bíblia só contém verdade. Se há mentiras
6.
na Bíblia, não são dela, apenas foram
registradas.
• A Bíblia é um livro imparcial, isto é, a Bíblia
não oculta as fraquezas e pecados dos que
83

protagonizaram a história que ela registra.


• A Bíblia é o único livro no mundo que oferece
provas objetivas de ser a Palavra de Deus.
5.

Somente a Bíblia fornece provas reais de ser


divinamente inspirada.
• A Bíblia é a única Escritura sagrada que
04

oferece salvação eterna como um Dom totalmente gratuito da graça e da


misericórdia de Deus.
• Somente a Bíblia apresenta o mais realístico ponto de vista sobre a
natureza humana, tem o poder de convencer as pessoas de seus pecados
e a habilidade de transformar a natureza humana.
• Somente a Bíblia oferece uma solução realística e permanente para o
problema do mal e do pecado humano.
• A Bíblia é o livro mais traduzido, mais comprado, mais memorizado e o
mais perseguido em toda a história.

183
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• Somente a Bíblia tem resistido a dois mil anos de intenso escrutínio pelos
seus críticos, não apenas sobrevivendo aos ataques, mas prosperando e
tendo a sua credibilidade fortalecida por tais críticas.
• A Bíblia tem moldado a história das civilizações mais do que qualquer
outro livro. A Bíblia tem tido mais influência no mundo do que qualquer
outro livro.
• Somente a Bíblia tem uma Pessoa específica (centrada em Cristo) como
assunto em cada um de seus 66 livros, detalhando a vida dessa Pessoa
através de profecias e tipos, por um período de 400 – 1.500 anos antes

4
dela nascer.
• Somente a Bíblia proclama a ressurreição de sua figura central (Jesus

-7
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Cristo), provada na história.
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Deus

1. Introdução
8 37
6.

Não obstante ser um livro que


trata essencialmente de Deus e do seu
relacionamento com o homem, a Bíblia
83

não tem como objetivo maior provar a


existência de Deus. A existência de Deus
é um fato indiscutível, portanto pacífico,
no decorrer de toda a narrativa bíblica.
5.

Assim como a Bíblia, a sã teologia


não se propõe a dissecar o Ser de
Deus, mas apresentá-lo ao nível da
04

compreensão do homem. Evidentemente, Deus como um Ser eterno, onisciente,


onipresente, onipotente e santo, não pode ser aquilatado em sua plenitude pelo
homem, cuja capacidade é limitadíssima em si mesma. Se a Bíblia diz que os céus, nem
o céu dos céus podem conter a Deus (1Rs 8.27), como a nossa ínfima compreensão
seria capaz de aquilatá-lo? Comece onde começar, nossa pesquisa quanto à Pessoa
de Deus será consumada sempre que nos virmos diante da declaração de Jesus à
mulher samaritana “Deus é espírito…” (Jo 4.24).
Diante dessa declaração de Jesus, concluímos não somente quão magnífico e
ilimitado é Deus, mas também quão insignificante e resumida em si mesma é a nossa
capacidade para explicar o Ser de Deus.

184
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2. A Existência de Deus
Aqueles que se dão ao estudo comparativo das religiões são unânimes em
testemunhar que a crença na existência de Deus é de natureza praticamente universal.
Essa crença acha-se arraigada até entre as nações e tribos menos civilizadas da
terra. Contudo, isto não quer dizer que não exista aqui e ali indivíduos que negam
completamente a existência de Deus, como nos revela a Escritura: um Ser supremo
e pessoal, existente por si mesmo, consciente e de infinita perfeição, que faz todas as
coisas de acordo com um plano pré-determinado. Outros creem na existência de Deus,
porém não como a Bíblia ensina, o que se constitui noutra forma de negação de Sua

4
existência. A forma de negação da existência de Deus é muito variada através da História.

-7
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2.1 PROVAS BÍBLICAS DA EXISTÊNCIA DE DEUS


Na primeira página da Bíblia encontramos a inequívoca declaração: “No

37
princípio… DEUS… (Gn 1.1). Ainda que a teologia tenha a existência de Deus como
fato fundamental, e plenamente razoável e independente da fé, não se propõe a
demonstrá-la por meio de argumentos lógicos. A Bíblia não é nenhum diário de Deus,
reunindo todas as indagações da mente humana sobre Ele. Há nela, sim, o suficiente
8
à mente finita do homem limitado. A pessoa que para provar a existência de Deus, vai
além do que a Bíblia diz, do que a criação testifica, do que o Espírito Santo e a Bíblia
6.

revelam, pode levar o inquiridor a resultados inúteis ou desnecessários. Inúteis, se o


investigador não crê. Ele “busca” a Deus apenas por curiosidade, especulação e até
falsa pretensão. Desnecessários porque se tenta forçar uma pessoa que não tem fé, a
83

crer em Deus apenas por meio de argumentos lógicos. Ora, esse tipo de fé é apenas
de conveniência, não honra a Deus, uma vez que não vem por Ele. É fé humana que
não alcança a revelação divina.
5.

2.2 FÉ NA REVELAÇÃO BÍBLICA


O cristão temente a Deus aceita por fé a verdade da sua existência, segundo a
revelação contida na Bíblia. Não se trata de fé cega, mas de fé que se baseia nas
04

Escrituras (Hb 11.6). A Bíblia não só revela Deus como Criador de todas as coisas (Gn
1.1), mas também como o sustentador de todas as coisas (Mt 6.26; Lc 12.24; Hb 1.3),
e como o dirigente dos destinos de indivíduos e nações (SI 22.28). A Bíblia afirma
que Deus fez todas as coisas segundo o conselho de sua vontade (Ef 1.11), revelando
assim a realização gradual de seu grande e eterno propósito de redenção.

2.3 DEUS SE REVELA


A revelação de Deus segundo a Bíblia é a base da nossa fé em sua existência. Por
sua vez, nossa fé é edificada quando de coração aceitamos o conteúdo da Bíblia como

185
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inspirada por DEUS, a qual enfaticamente mostra que:
• Deus se revela através da sua doutrina (Jo 7.17);
• Deus se dá a conhecer àqueles que O buscam (Os 6.3);
• Deus se manifestou ao mundo na pessoa de seu Filho Jesus Cristo ( 2Co
5.19).
3. Evidências Racionais da Existência de Deus
No transcurso dos tempos, filósofos
e pensadores têm buscado na teologia

4
argumentos racionais sobre a existência de
Deus. Alguns desses argumentos vêm de

-7
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Platão e Aristóteles, filósofos gregos que


viveram mais de trezentos anos antes de
Cristo. Outros argumentos foram formulados

37
nos tempos modernos, pelos estudiosos da
filosofia e da religião. Desses argumentos,
vamos mencionar aqui os mais comuns.
8
3.1 O ARGUMENTO ONTOLÓGICO
6.

O argumento ontológico tem sido apresentado sob diversas formas, por diferentes
pensadores. Em sua mais refinada forma, foi apresentado por Anselmo, teólogo e
filósofo agostiniano, de origem italiana. Seu argumento é que o homem tem imanente
83

em si a ideia de um ser absolutamente perfeito, por conseguinte deve existir um Ser


absolutamente perfeito. Este argumento admite que exista na mente do próprio homem
o conhecimento básico da existência de Deus, posto lá pelo próprio Criador.
5.

3.2 O ARGUMENTO COSMOLÓGICO


Este argumento tem sido apresentado de várias formas. Em geral, encerra a
ideia de que tudo o que existe no mundo deve ter uma causa primária, ou razão de
04

ser. Emanuel Kant, filósofo alemão, indicou que se tudo aquilo que existe tem uma
razão de existir, isto deve ter um ponto de origem em Deus. Assim sendo, deve haver
um Agente único que equilibra e harmoniza em si todas as coisas.

3.3 O ARGUMENTO TELEOLÓGICO


Este argumento é praticamente uma extensão do anterior. Ele mostra que
o mundo, ao ser considerado sob qualquer aspecto, revela inteligência, ordem e
propósito, denotando assim a existência de um ser sumamente sábio. Por exemplo,
o homem para viver, consome o ar, do qual retira todo o oxigênio, resultando disso o

186
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dióxido de carbono, que será utilizado na produção do oxigênio, que por sua vez será
novamente consumido pelo homem.

3.4 O ARGUMENTO MORAL


Este, como os outros argumentos, também tem diversas formas de expressão.
Kant partiu do raciocínio que deduz a existência de um Supremo Legislador e Juiz, com
absoluto direito de governar e corrigir o homem. Esse filósofo era da opinião de que
este argumento era superior a todos os demais. No seu intuito de provar a existência
de Deus, ele recorria a este argumento. A teologia moderna utiliza este argumento

4
afirmando que o reconhecimento por parte do homem de um bem supremo, e do seu
anseio por uma moral superior, indicam a existência de um Deus que pode converter

-7
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esse ideal em realidade.
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3.5 O ARGUMENTO HISTÓRICO

37
A exposição principal deste argumento é a seguinte: entre todos os povos e tribos
da terra é comum a evidência de que o homem é um ser religioso em potencial. Sendo
universal este fenômeno, isso deve ser parte constituinte da natureza do homem. E se
8
a natureza do homem tende à prática religiosa, isto só encontra explicação num Ser
superior, que originou tal natureza que sempre indica ao homem um ser superior. É
6.
aqui que milhões, por ignorarem o único e verdadeiro Deus, praticam as religiões mais
estranhas e deturpadas. É o anseio da alma na busca do Criador que ela ignora, por
ter dEle se afastado, conforme Rm 1.20-23.
83

Considerando no seu todo, esses argumentos racionais, o cristão fiel e temente


a Deus logo conclui que não necessita deles. Nossa convicção cristã e experimental
da existência de Deus não depende deles, pois pela fé já aceitamos o que a Bíblia diz
sobre o assunto. Noutras palavras: o salvo tem um fundamento firme e um testemunho
5.

maior. O fundamento é o da fé; o testemunho é o do Espírito Santo e o da Escritura.

4. A Personalidade de Deus
04

O ensino de que Deus é um Ser pessoal, é uma verdade contrária ao ensino do


panteísmo, o qual ensina que Deus é tudo e tudo é Deus; que Deus é o universo e que
o universo é Deus; que Deus existe à parte daquilo que se alega ser sua criação.

4.1 O QUE SE ENTENDE POR PERSONALIDADE


Pode-se definir personalidade como existência dotada de autoconsciência e do
poder de autodeterminação. Não se deve confundir personalidade com corporalidade,
ou existência do corpo material composto por cabeça, tronco e membros, tratando-
se do homem. Corretamente definida, a personalidade abrange as propriedades e

187
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qualidades coletivas que caracterizam a existência pessoal e a distingue da existência
impessoal e da vida animal. A personalidade, portanto, representa a soma total das
características necessárias para descrever o que é um ser pessoal.

4.2 O QUE A BÍBLIA ENSINA SOBRE A PERSONALIDADE DE DEUS


O nome é uma das mais fortes evidências da personalidade de um ser. Um dos
nomes mais importantes, pelos quais Deus se tem feito conhecer no seu relacionamento
com o homem, é “Jeová”. Foi por esse nome, e suas várias combinações, que Ele se
revelou ao homem nos dias do Antigo Testamento. Tudo que significa para nós o nome

4
de Jesus, significava “Jeová” para o antigo Israel.
“Eloim” é o Deus de todas as coisas, enquanto que “Jeová” é o mesmo DEUS, em

-7
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relação à aliança com aqueles que por Ele foram criados. Jeová, pois, significa o Ser
único, eterno e imutável, que é, e que há de vir. É o Deus de Israel e o Deus daqueles
que são remidos; pelo que agora “em Cristo” podemos dizer: “Jeová é o nosso Deus”.

4.3 TÍTULOS PELOS QUAIS DEUS É CONHECIDO


37
O nome “Jeová”, combinado com outras palavras, forma os compostos (hebraicos)
deste nome santo, como se segue:
8
6.
1- Eu Sou (Ex 3.14)
2- Jeová-Jiré = O Senhor proverá (Gn 22.13-14);
3- Jeová-Nissi = O Senhor é nossa bandeira (Ex 17.15);
83

4- Jeová-Rafá = O Senhor que sara (Ex 15.26);


5- Jeová-Shalom = O Senhor nossa paz (Jz 6.24);
6- Jeová-Raá = O Senhor é o meu pastor (SI 23.1);
5.

7- Jeová-Tisidiquênu = Senhor justiça nossa (Jr 23.6);


8- Jeová-Sabaote = Senhor dos Exércitos (1Sm 1.3);
9- Jeová-Shamá = O Senhor está presente (Ez 48.35);
04

10- Jeová-Eliom = Senhor Altíssimo (SI 97.9);


11- Jeová-Mikadiskim = O Senhor que vos santifica (Ex 31.13).
O Novo Testamento, por sua vez, o chama “Theos” = Deus, “Kurios” = Senhor, e
“Pater” = Pai.

4.4 PRONOMES PESSOAIS PARA DEUS


A personalidade de Deus pode ser provada não só pelo que Ele é, mas também:
• Pelos pronomes pessoais que O identificam: Tu e Te (Jo 17.3); Ele e Lhe (SI

188
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116.1-2).
• Pelas características e propriedades de personalidade que lhe são
atribuídas, como sejam: Tristeza (Gn 6.6); Zelo (Dt 6.15); Ira (1 Rs 14.9);
Ódio (Pv 6.16); Amor (Ap 3.19).
Pelas relações que Ele mantém com o universo e com o homem, como Criador de
tudo (Gn 1.1):
• Como Benfeitor de todas as vidas (Mt 10.29-30);
• Como Governador e Dominador das atividades humanas (Rm 8.28);

4
• Como Pai de seus filhos espirituais (Gl 3.26);
• Como Preservador de tudo (Hb 1.3).

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5. A Natureza de Deus

37
Como pode aquilo que é finito compreender e expressar aquilo que é infinito? O
próprio povo escolhido procurou representar e descrever Deus a seus semelhantes,
quando na sua fraqueza fizeram ídolos de metal, coisa que ainda hoje é feito pelo
homem (Ex 32.4; Rm. 1.24-25).
8
Deus pode ser revelado e crido, de acordo com a medida da nossa fé, porém não
6.
pode ser analisado num tubo de ensaio de um laboratório, para ser dissecado por
quem quer que seja. Diz o Catecismo de Westmister “Deus é espírito, infinito, eterno, e
imutável em seu ser, sabedoria, poder, santidade, justiça, bondade e verdade”.
83

A despeito da infinitude de Deus, há determinadas coisas que podemos saber a


respeito dele, pois Ele se revela com o auxílio das Escrituras e da operação do Espírito
Santo. Deus pode ser aquilatado (ainda que parcialmente) através dos seus atributos
naturais e morais.
5.

5.1 ATRIBUTOS NATURAIS DE DEUS


Dentre os muitos atributos naturais de Deus, vamos destacar apenas os seguintes:
04

VIDA

A vida de Deus está intimamente ligada ao próprio fato da existência de Deus. Há coisas
que existem e não têm vida, é o caso do Pão de Açúcar, na cidade do Rio de Janeiro, os
Alpes Suíços, a Cordilheira dos Andes, o Monte Everest, ou as grandes rochas de Gibraltar.
Mas Deus não só existe, Ele é vivo; Ele possui vida. Ou melhor, Ele é a própria vida (Jo
5.26). DEle, nEle, por Ele e para Ele emanam tudo e todos os seres criados, animados ou
inanimados (Dt 5.26; 1 Sm 17.36; 2 Rs 19.4; Sl 84.2; SI 115.1-7; Jr 10.10-16; Jr 23.36; Dn 6.20;
Os 1.10; Mt 16.16; At 14.15; 1Ts 1.9; 1 Tm 3.15; 4.10).

189
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ESPIRITUALIDADE

Deus é o perfeito espírito com personalidade plena. Ele pensa, sente e fala, podendo assim
ter comunhão direta com suas criaturas, feitas à sua imagem. Sendo espírito, Deus não está
sujeito às limitações as quais estão sujeitas as criaturas dotadas de corpo físico. Sua pessoa
não se compõe de nenhum elemento material, e portanto não está sujeito às condições
de existência natural. Não pode ser visto com os olhos naturais, nem apreendido pelos
sentimentos naturais.

O ENSINO

4
De que Deus é espírito não implica que Deus tenha existência indefinida e irreal, pois Jesus

-7
se referiu à “forma de Deus” (Jo 5.37; Fp 2.6). Portanto, Deus é uma pessoa real, mas de

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natureza tão infinita que não se pode apreendê-lo plenamente pelo conhecimento humano,
nem tampouco se pode descrevê-lo em linguagem humana, inclusive por causa da queda
do homem e seus nocivos efeitos na totalidade do homem: espírito, alma e corpo.

ETERNIDADE
37
Deus existe por si mesmo, eternamente, isto é, não tem princípio nem fim de dias.
8
Eternidade se aplica ao que transcende a todas as limitações temporais. Disse o Dr. Orr
6.
que o tempo tem relação estrita com o mundo dos objetos. Assim entendido, Deus enche
o tempo; está em cada partícula dele, porém sua eternidade não é a mesma coisa que
existir limitado pelo tempo. Nossa vida está dividida em passado, presente e futuro; porém
na vida de Deus o passado e o futuro formam um eterno presente. Ele é o eterno “EU SOU”
83

(Ex 3.13-14; Jo. 8.58). Sua eternidade pode definir-se com aquela perfeição divina por meio
da qual Ele se eleva sobre as limitações temporais. Quando pensarmos na pessoa de Deus
e sua eternidade, pensemos nesses moldes.
5.

IMUTABILIDADE

A erosão deforma a terra, a ferrugem consome o ferro, o cupim destrói a madeira, a traça
consome o livro, o uso desgasta o ouro, mas o Deus da Bíblia, sobre o qual o tempo e o
04

espaço não exercem influência, é um Deus eterno e imutável. Ele é o “Pai das luzes, em
quem não pode existir variação, ou sombra de mudança” (Tg 1.17).

ONISCIÊNCIA

O Deus da Bíblia é não só um ser pessoal, existente por si mesmo, eterno e imutável, Ele
é também o Deus perfeito em ciência e sabedoria. Isaías disse que o entendimento de
Deus não se pode medir (Is 40.28). Ele não só possui a perfeita sabedoria, Ele mesmo é o
manancial da sabedoria. (SI 147.5; Rm 11.33).

190
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ONIPOTENTE

A palavra “onipotente” é um derivado de dois termos latinos, “omnis” e “potentia”, que


juntos significam “todo poder.” Esse atributo aplicado a Deus, mostra que o seu poder é
ilimitado; que Ele tem poder de fazer qualquer coisa que queira, segundo a sua perfeição
(Gn 18.14; Jó 42.2; SI 93.4; SI 115.3; Jr 32.17).

ONIPRESENÇA

Por sua onipresença, é que Deus está em todos os lugares. Ele age em todos os lugares e
possui pleno conhecimento de tudo quanto ocorre em todos os lugares.

4
-7
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Nos tópicos anteriores abordamos os sete atributos naturais de DEUS, abaixo
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abordaremos alguns dos seus atributos morais, ou seja, atributos através dos quais
Deus comunica determinadas verdades a seu povo, levando-o a uma plena identificação
com Ele.

5.2 ATRIBUTOS MORAIS DE DEUS


8 37
Dentre os muitos atributos morais de Deus, vamos abordar alguns, analisados a
seguir.
6.

VERACIDADE

A veracidade é um dos múltiplos aspectos da perfeição de Deus. Isto é, Deus é ao mesmo


83

tempo, veraz e perfeito. “Deus não é homem para que minta” (Nm 23.19). A mentira é
incompatível com a natureza divina. Por isto, devemos ter sempre em mente, que quando
estamos tratando com Deus, estamos tratando com um Ser verdadeiro e disposto a
cumprir as suas santas e boas palavras (Jr 1.12). Por isso devemos por nEle toda a nossa
5.

confiança (SI 125.1), na certeza de que Ele estabelecerá o nosso direito e nos conduzirá
a toda a verdade.
04

FIDELIDADE

A fidelidade é outro atributo moral de Deus. Por ele entendemos que Deus é fiel, pois
cumpre todas as promessas feitas a seu povo. Ao profeta Jeremias, em tempos remotos,
Ele mesmo disse: “…eu velo sobre a minha palavra para a cumprir” (Jr 1.12). Ver também Dt
7.9; 32.4; Sl 117.2; 145.13; 1Co 1.9.
• A fidelidade de Deus é de extrema importância para o seu povo. Constitui para o crente
a base de sua confiança nEle, o fundamento de sua esperança e a causa do seu gozo.
Pela fidelidade de Deus, as leis naturais se mantêm inalteradas, as suas promessas
continuam a se cumprir, os santos continuam protegidos, pecadores arrependidos são
convertidos, os salvos serão arrebatados, os ímpios serão condenados, Satanás será
banido da terra, e novos céus e nova terra serão estabelecidos.

191
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CONSELHO

O conselho de Deus é o seu plano eterno em relação ao mundo material e espiritual, visível
e invisível, abrangendo todos os seus eternos propósitos e decretos, inclusive a Criação e
a Redenção, levando em conta a livre escolha e atuação do homem (Is 40.13-14; Ef 1.11).
• É limitadíssima a compreensão do homem quanto ao eterno conselho (propósito)
divino, mas aprouve a Deus revelar ao homem o seu plano, ainda que em parte. O
conselho, ou propósito divino, abrange não só os efeitos, mas também as causas; não
apenas os fins que devem ser atingidos, mas igualmente os meios necessários para a
sua consecução.
• Quanto à sua aplicação, o conselho de Deus afeta:

4
1) a todas as coisas em geral (Is 14.26-27; 46.10-11; Dn 4.25);

-7
2) às coisas em particular, como por exemplo: a permanência do universo

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material, os negócios das nações, o período da vida humana, o tempo da


morte do homem, e as ações humanas, sejam elas boas ou más (Gn 50.20;
Sl 119.89-91; Jó 14.5-14; Ec 3.2; At 17.26; Ef 2.10);

37
3) às coisas espirituais, tais como: a salvação do homem, o reino de Cristo,
e a obra de Deus nos crentes e por meio dele (1Co 2.7; Ef. 3.10; Sl 2.6-8; Mt
25.34; Fp 2.12-13).
8
6.
SANTIDADE

A santidade de Deus é a soma de todos os seus atributos morais, e expressa a majestade


de sua natureza. É o atributo moral enfático de Deus. Se é que existe qualquer diferença em
83

grau de importância entre os seus atributos morais, a santidade de Deus ocupa o primeiro
lugar. Nas visões que Deus concedeu aos seus santos nos dias do Antigo Testamento, e na
explanação da doutrina bíblica do Novo, o que mais se salienta é a santidade divina. Deus
se revela na sua Palavra como O Santo.
5.

Por cerca de trinta vezes o profeta Isaías se refere a Jeová chamando-o “O Santo”,
declarando em conclusão o significado daquelas visões que mais o impressionaram. Deus
deseja ser conhecido essencialmente em sua santidade, pois esse é o atributo pelo qual
Ele é glorificado por excelência. Deus é santo. Esta é a suprema declaração das Escrituras.
04

6. A Trindade de Deus
A doutrina da Trindade é um dos grandes mistérios da fé cristã. Em suas “Confissões”,
indaga Santo Agostinho:“Quem compreende a Trindade Onipotente? E quem fala dela
ainda que não a compreenda? É rara a pessoa que ao falar da Santíssima Trindade saiba
o que diz. Contendem e discutem. E, contudo, ninguém contempla esta visão sem ter
paz interior”.
As Escrituras ensinam que Deus é um, e que além dele não existe outro Deus.
Contudo, a unidade divina é uma unidade composta de três pessoas distintas e divinas,
192
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que são: Deus Pai, Deus Filho e Deus Espírito Santo. Não se trata de três deuses, mas
de três pessoas num só Deus. Os três cooperam unidos e num mesmo propósito, de
maneira que no pleno sentido da palavra, são um. O Pai cria, o Filho redime, e o Espírito
Santo santifica; e, no entanto, em cada uma dessas operações os três estão presentes.

6.1 O QUE A BÍBLIA ENSINA SOBRE A TRINDADE


Após trazer todas as coisas à existência, por meio de um simples e poderoso “HAJA”,
e querendo formar o homem, disse Deus: “FAÇAMOS o homem à NOSSA imagem,
conforme a NOSSA semelhança” (Gn 1.26). A respeito do homem após a queda, disse

4
também Deus: “Eis que o homem se tornou como UM DE NÓS” (Gn 2.22). No relato bíblico
sobre a confusão das línguas em Babel, lemos ainda Deus dizendo: “Vinde, DESÇAMOS e

-7
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CONFUNDAMOS ali a sua linguagem” (Gn 11.7). Na visão de Isaías, quando Deus ratificou
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o seu chamamento, lemos que Deus perguntou ao profeta: “A quem enviarei, e quem há
de ir por NÓS?” (Is 6.8).

37
Foi a propósito que pusemos em grifo os verbos e pronomes pessoais e possessivos
que indicam a pluralidade de pessoas nas passagens citadas, como: façamos, nossa,
nós, desçamos e confundamos, para mostrar que em todos os casos bíblicos citados,
mais de uma Pessoa, portanto a Trindade, se fizeram presentes. Estas são as primeiras
8
evidências da doutrina trinitária na Bíblia. No Novo Testamento encontramos um maior
número de provas que ratificam o ensino bíblico sobre a Trindade, como por exemplo:
6.

Mt 3.16-17; 28.19; 1Co 12.4-6; 2Co 13.13; Ef 4.4-6; 1Pe 1.2; Jd 20-21; Ap 1.4-5.
Tanto no Antigo como no Novo Testamento, títulos divinos são atribuídos
distintamente às três Pessoas da Trindade.
83

A respeito do Pai: “Eu sou o Senhor teu Deus, que te tirei da terra do Egito, da casa
da servidão” (Êx 20.2).
A respeito do Filho: “Respondeu-lhe Tomé: Senhor meu e Deus meu!” (Jo 20.28). A
5.

respeito do Espírito Santo: “Então disse Pedro: Ananias, por que encheu Satanás o teu
coração, para que mentisses ao Espírito Santo, reservando parte do valor do campo?
Não mentiste aos homens, mas a Deus” (At 5.3-4).
04

6.2 ATRIBUTOS DA TRINDADE


Cada Pessoa da Trindade é descrita na Bíblia, como tendo os seguintes atributos

ATRIBUTOS O PAI O FILHO O ESPÍRITO


SANTO

Onipresença Jr 23:24 Ef 1:20-23 Sl 139:7

Onipotência Gn 17:1 Ap 1:8 Rm 15:19

Oniciência At 15:18 Jo 21:17 1Co 2:10

193
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Capacidade de criar Gn 1:1 Jo 1:3 Jó 33:4

Eternidade Rm 16:26 Ap 22:13 Hb 9:14

Santidade Ap 4:8 At 3:14 1Jo 2:20

Santificador Jo 10:36 Hb 2:11 1Pe 1:2

Fonte de Vida Eterna Rm 6:23 Jo 10:28 Gl 6:8

Inspirador dos Profetas Hb 1:1 2 Co 13:3 Mc 13:11

Supridor de ministros à Jr 3:15 Ef 4:11 At 20:28

4
Igreja

Salvador 2Ts 2:13 Tt 3:4-6 1Pe 1:2

-7
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Os Anjos

1. Introdução
8 37
6.

Razoável é que haja uma escala ascendente da


vida, desde o homem subindo para Deus, tanto como
há uma escala descendente da vida, do homem para
83

baixo. Uma contemplação da vastidão e da maravilha


deste universo pode bem levantar a pergunta:
É o homem a única criatura que “tem uma mente
apreciar e contemplar este favor de Deus” e para
5.

louvá-Lo por isso? Sem a Bíblia seriamos deixados


em cega conjetura, mais, nela, temos clara revelação
de uma ordem de seres acima do homem, de ordens
04

e graus existentes e ascendentes, chamados anjos.


Estátua de Anjo em Roma- Itália

2. A Natureza dos Anjos


SÃO SERES CRIADOS:

No Sl 148.1-5 os anjos estão entre as entidades exortadas a louvarem o Senhor


na base que “Ele mandou e eles foram criados”. Que os anjos foram seres criados
está bem provado em Cl 1.16, que diz: “Porque nEle foram criados todas as coisas,
nos céus e sobre a terra, visíveis e invisíveis, quer sejam tronos ou domínios ou
principados ou potestades”.

194
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ELES SÃO ESPÍRITOS PUROS:

Não queremos dizer aqui que todos os anjos são sem pecado; porque, como
veremos mais tarde, alguns são maus. O que queremos dizer é que a natureza dos
anjos é espírito não misturado com materialidade. Os anjos não possuem corpos
como parte do seu ser, mesmo que ainda assumam corpos para a execução de
certos propósitos de Deus, como em Gn 19. Afirmamos que os anjos são espíritos
puros porque, em Hb 1.14, são chamados espíritos.

ELES CONSTITUEM UMA ORDEM DE CRIATURAS MAIS ELEVADAS QUE O HOMEM:

4
Do homem se diz que ele foi feito “um pouco menor do que os anjos” (Hebreus

-7
2.7). Dos anjos se diz serem maiores do que o homem em poder (2 Pe 2.11). O

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seu poder superior está implicado também em Mt 26.53; 28.2; 2Ts 1.7. Contudo,
os anjos são servos ministrantes dos crentes (Hb 1.14) e pelos crentes serão
julgados (1Co 6.3). Este último fato parecia indicar que o homem, ainda que agora

37
inferior em natureza aos anjos será depois, no seu estado glorificado, como um
troféu da graça redentora de Deus, exaltado com Cristo bem acima dos anjos (Ef
1.20,21; Fp 2.6-9).
8
ELES NÃO TÊM SEXO:
6.

Mt 22.30 declara-se que os anjos não casam, o que os prova sem sexo. “Filhos
de Deus” em Gn 6.2 não são anjos, mas descendentes de Sete: os verdadeiros
adoradores de Deus, como diferençados dos descendentes de Caim.
83

ELES SÃO IMORTAIS:

Jd 6 declara que os anjos não podem morrer, o que significa que eles não podem
5.

cessar de existir.

3. Classes de Anjos
04

Os anjos consistem em anjos eleitos e anjos decaídos. As seguintes passagens


aludem a estas duas classes e as seguintes: “Conjuro-te diante de Deus e do Senhor
Jesus Cristo e dos anjos eleitos que, sem prejuízo algum guardes estas coisas, nada
fazendo por parcialidade” (1Tm 5.21). “Deus não poupou os anjos quando eles
pecaram, mas os lançou no inferno, entregou-os às cadeias da escuridão, fi cando
reservados para o juízo” (2Pe 2.4). “Mas aos anjos que não guardaram seu principado,
mas deixaram sua própria habitação, reservou debaixo da escuridão e em prisões
eternas até ao juízo daquele grande dia” (Jd 6). Os anjos eleitos são aqueles a quem
Deus escolheu para conservar em santidade. Os outros, permitiu que caíssem, e para
eles não se proveu nenhuma redenção ou possibilidade de escape.
195
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OS ANJOS NÃO SÃO PARA SEREM LOUVADOS


“E quando ouvi e vi, prostrei-me ante os pés do anjo que me mostrava estas
coisas, para o adorar: e ele disse-me: “Olha não faças tal, porque eu sou
conservo teu e de teus irmãos os profetas e dos que guardam as palavras deste
livro. Adora a Deus” (Ap 22.8,9). Isto está também condenado em Cl 2.18.

4. O Emprego dos Anjos

4
De Anjos Santos
• Eles louvam ao Senhor e cumprem os Seus mandamentos. Sl 103.20; 148.2.

-7
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• Eles regozijam-se com a salvação dos homens. Lc 15.7,10


• Eles ministram aos herdeiros da salvação. Hb 1.14; 1Rs 19.5-8; Dn 6.22; Sl
34.7; 91.11,12; At 12.8-11.


37
Eles são mensageiros de Deus aos homens. Gn 19.1-13; Nm 23.25; Mt 1.20;
2.13,19,20; Lc 1.11-13-19; At 8.26; 10.3-6; 27.23,24.
Eles executam o propósito de Deus. 2Sm 24.16; 2Rs 19.25; 2Cr 32.21; Sl
8
35.5,6; Mt 13.41,42; 13.49,50; 24.31; At 12.23; Ap 7.1,2; 9.15; 15.1.
6.
• Eles deram a Lei. At 7.53; Gl 3.19; Hb 2.2.
• Eles ministraram a Cristo. Mt 4.11; Lc 22.43.
• Eles acompanharão Cristo na Sua segunda vinda. Mt 25.31,32; 2Ts 1.7,8.
83

• Eles estão presentes nos cultos da igreja. 1Co 11.10.


• Eles têm grande interesse na verdade divina e aprendem por meio da
igreja. 1Pe 1.12; Ef 3.10.
5.

5. Dos Anjos Maus


Basta dizer aqui que os espíritos ou anjos maus combatem contra Deus e Seus
04

santos. Vê-se isto em Ef 6:12 e na possessão demoníaca nos primeiros tempos do


Novo Testamento.

196
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O Homem

1. Introdução
A Palavra Antropologia significa estudo do
homem é uma composição Grega formada de :
ANTROPOS = Homem e LOGOS = Estudo

4
A Antropologia estuda a história natural do
homem, é a ciência que estudo ohomem.

-7
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Há várias ciências que se preocupam em
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estudar o homem, dentre elas:


• A Antropologia Científica que tem

37
como objetivo estudar o homem
por suas características físicas.
• A Antropologia Religiosa entende que o homem não é apenas um ser
8
vivo (animal, vegetal, biologia), mas que o homem é um ser Espiritual, é
assim deve ser estudado de forma física-espiritual, o que chamamos de
6.
Antropologia Religiosa.

2. A Origem do Homem
83

O homem desde a antiguidade vem se preocupando com suas origens, por


exemplo:
• Como nasceu o primeiro homem.
5.

• O homem seria uma evolução do macaco.


• O homem teria vindo de um outro planeta.
Uma outra coisa que a ciência procura descobrir são as características diferentes
04

do homem: altura, a cor da pele, o cabelo e as diversidades de línguas.


E procurando respostas para todas estas perguntas, surgiram muitas teorias,
onde muitos acreditavam que seus antepassados foram deuses diversos, uns com
características totalmente diferentes dos outros, isto explica o porquê que muitos
povos adoravam tantos deuses estranhos na antiguidade: os egípcios, os babilônicos,
os filisteus, os gregos e os etíopes.
Dos povos antigos somente os hebreus não adoravam nenhum animal ou astro
celeste, eles eram o povo de Jeová, por possuírem um único Deus, invisível, soberano,
e criador de tudo, inclusive do homem.

197
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4. Teorias da Origem do Homem


4.1 O EVOLUCIONISMO BIOLÓGICO
O Homem é uma raça que evoluiu de organismos unicelulares para o seu estado,
mas elevado por meio de uma série de transformações biológicas ocorridas a milhões
de anos, onde muitos acreditam que o ser humano tinha vida marítima, uma pequena
célula, que deu origem a uma outra forma de vida, e com o passar dos anos, foi
tomando nova forma de vida até chegar ao homem.
Outros antropólogos acreditam que o homem tem sua origem em um macaco

4
antropoide atualmente em existência, que ao longo de milhões de anos evoluiu
mudando de forma até chegar ao seu estado mais elevado que o homem, o que

-7
segundo eles, explica a existência do homem das cavernas, que seria uma das fases

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da evolução do homem.
O evolucionismo apresenta o homem como um ser que evoluiu de ordem inferior

37
no mundo animal. Ensina que essa evolução resultou de sucessivas alterações nas
formas materiais, devido às forças latentes que existem na matéria.
Mas entre as diversas teorias sugeridas pelos antropólogos evolucionistas,
nenhuma delas possui comprovação aceita pela maioria dos estudiosos da
8
antropologia, existem sim muitos casos isolados, mas que não oferecem nada de real,
6.
e além disso não há descobertas científicas ou arqueológicas para dar sustentação a
qualquer dessas teorias.
Do ponto de vista teológico, a Bíblia é totalmente contrária a teoria do evolucionismo
tanto animal como vegetal, o texto de Gn 1.26-27, e 2.7-21-23, é muito clara em afirmar
83

que o homem é fruto da criação de Deus, e de forma alguma seria uma evolução de
uma outra espécie, em Gn 3.19 “o próprio Deus afirma: Do suor do teu rosto comerás
o teu pão, até que tornes a terra, porque dela foste tomado pois és pó, e ao pó
5.

tornarás”,e mais o apóstolo Paulo afirma que a carne do homem é diferente da carne
de animais (1Co 15.39).
04

4.2 O CRIACIONISMO BÍBLICO


As Escrituras Sagradas descrevem em Gn 1-26 e 27 , e 2.7 21 a 23, a criação do
homem, onde o primeiro homem Adão que no hebraico Âdam, significa avermelhado,
ou aquele que foi feito de adamah (terra) e que tem a pele da cor de edom (vermelho),
por causa do dam (sangue).
Não podemos entender que o homem seja apenas uma criação de Deus, o
homem é mais que uma criatura, pois existe entre o homem e Deus uma relação mais
profunda, mais significativa, o homem foi criado para viver numa situação familiar com
Deus, numa íntima comunhão.

198
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4.3 UM CONSELHO CELESTE NA CRIAÇÃO DO HOMEM
Quando Deus criou o homem de acordo com Gn 1.26-27, aconteceu uma reunião
celeste, um conselho no céu, para determinar a criação do ser humano, talvez para
cuidar de detalhes da criação, como seria o homem física e espiritualmente, a bíblia
descreve a palavra FAÇAMOS, o que comprova a realização deste conselho celeste, e
podemos chegar a algumas conclusões:
Esta reunião definiu: a criação, a estrutura física, a estrutura espiritual e os objetivos
de Deus para com o homem.

4
4.4 A CRIAÇÃO DO HOMEM DIFERE DAS OUTRAS CRIAÇÕES

-7
Quando Deus criou os animas, os peixes as

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estrelas, o sol e a lua, Deus utilizou o verbo, a


palavra para criar tudo no universo infinito e na
terra, exemplo: E disse Deus haja luz. E disse Deus
haja um firmamento no meio das águas. E Disse
Deus haja luminares no firmamento do céu (Gn
1.3, 7, 14). Na criação do homem, Deus utilizou-se
8 37
de material já existente para fazer o corpo físico,
e na parte espiritual soprou em suas narinas, e o
6.
homem tornou-se alma vivente (Gn 2.7).
O homem é criado do barro

4.5 O HOMEM FOI CRIADO SUPERIOR AOS OUTROS SERES VIVOS


83

Quando Deus criou o homem, ele já havia criado todos os outros seres vivos, as
plantas, os peixes, os animais, e por isso Deus fez o homem superior a tudo o que
existia até então, e os deu ao homem, e disse dominai sobre os peixes do mar, sobre
5.

todas as aves do céu, e sobre todos os animais que se arrastam sobre a terra. Gênesis
1:28, o homem desde a sua criação já era superior a tudo na terra , entre o homem e
as demais criaturas existiam uma grande diferença, o homem possuía um nível muito
elevado intelectual, moral e religioso. Gênesis 1.31, 2:19-20, Salmo 8.4 a 8.
04

4.6 AS FUNÇÕES DO SER HUMANO

INSTINTOS NATURAIS PECADO

O desejo de dominar Gn 1:28b, Sl 8:6-8 Soberba da vida

O sexo Gn 1:28a, 2:24 Depravação total

O desejo de se alimentar Gn 1:29, 3:6 Excesso, glutonaria

O desejo estético Gn 29a, 3:6 Cobiça dos olhos

199
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Todos os instintos básicos, que fazem parte da natureza humana, são meios
pelos quais o homem é capaz de cumprir as suas funções de maneira natural, sem
que as mesmas pesassem sobre ele como fardo. Deus colocou esses desejos no
homem para que não houvesse necessidade de que as pessoas cumprissem as suas
funções maquinalmente, sem que isto proporcionasse certo prazer. Pelo motivo de
proporcionarem prazer, estes desejos, embora não sendo errados em si, podem ser
desvirtuados e corrompidos. É importante notar que as tentações de Eva no paraíso,
não ocorreram porque ela teve qualquer maldade, mas o diabo a tentou naquilo que
ela desejava naturalmente.

4
FUNÇÃO REFERÊNCIAS

-7
Dominar a Criação Gn 1:27-28, Sl 8:4-8, Hb 2:5-9

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Multiplicar-se e povoar a Terra Gn 1:28, 2:24, 9:1-7

Alimentar-se Gn 1:29, 9:3-4

Trabalhar, cultivar e guardar o jardim

Obedecer a Deus
8 37 Gn 2:15

Gn 2:16-17

O homem tinha que se multiplicar, para povoar a terra a fim de dominá-la. É


6.
importante observar que devia dominar a terra, mas não como se fosse o seu dono.
Porque toda a terra pertence ao Senhor (Lv 25.23, Sl 24.1, 1 Co 10.26). O homem não
é “dono” da criação, e sim, “MORDOMO DE DEUS”, com a função de tomar conta das
obras das suas mãos.
83

4.7 A NATUREZA DO HOMEM SEGUNDO A BÍBLIA


Gn 1.26-27 declara: “E disse Deus:
5.

Façamos o homem à nossa imagem,


conforme a nossa semelhança; e domine
sobre os peixes do mar, e sobre as aves
04

dos céus, e sobre o gado, e sobre toda a


terra, e sobre todo o réptil que se move
sobre a terra. E criou Deus o homem à
sua imagem; à imagem de Deus o criou;
homem e mulher os criou.”
Estes versos indicam que há algo que
difere a humanidade de todo o resto da
criação. Os seres humanos foram criados
para ter um relacionamento com Deus
e, por isto, Deus nos criou com aspectos
materiais e imateriais. Os aspectos
200
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materiais são, obviamente, aqueles que são tangíveis: o corpo físico, órgãos, etc. e
somente existem enquanto a pessoa estiver viva. Os aspectos imateriais são aqueles
intangíveis: alma, espírito, intelecto, vontade, consciência, etc. Estas características
existem além da duração da vida da pessoa.
Todos os seres humanos possuem uma parte material e outra imaterial em sua
existência. O aspecto material tem suas características evidentes no corpo físico, e a
parte imaterial se divide em duas: alma e espírito.
O mesmo Deus da paz vos santifique em tudo; e o vosso espírito, alma e corpo sejam
conservados íntegros e irrepreensíveis na vinda de nosso Senhor Jesus Cristo. (1Ts 5.23)

4
Porque a palavra de Deus é viva, e eficaz, e mais cortante do que qualquer espada de
dois gumes, e penetra até ao ponto de dividir alma e espírito, juntas e medulas, e é apta

-7
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para discernir os pensamentos e propósitos do coração. (Hb 4.12)
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Assim, as partes que compõem o ser humano são:

CORPO

Composição material
8 ALMA

Mente

Vontade
37 ESPÍRITO

Consciência

Templo do Espírito Intuição


6.
Emoções

5. As Funções do Corpo
83

A parte física do homem é totalmente material, como a palavra diz é apenas corpo,
foi feito do barro, e para o barro voltará (Ec 12.7), não necessita de julgamento de
5.

Deus, pois o corpo, não tem poder de decisão dentro do homem, ele apenas executa
as decisões da alma, o corpo não tem vida após a morte, e serve apenas para esta vida,
dentro desse mundo.
04

Quando Deus criou o homem, ele já o fez com instintos, capacitando-o para realizar
os desejos divinos para o qual foi criado, e este instinto, Deus colocou no homem, ele
já nasce com esta capacidade, é uma herança, um dom divino, alguns estão no corpo,
e outros na alma e no espírito.
Através do corpo humano o homem pode:
• Se alimentar fisicamente • Se reproduzir
• Se movimentar • Trabalhar (Cultivar o Jardim do Éden)
• Ouvir • Dominar (Dominai sobre os animais
• Enxergar da terra)

201
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As Funções da Alma

1. Introdução
A alma possui relação com a parte material do
homem (corpo) e a parte espiritual (Espírito), é como o
meio termo.

4
A alma dentro do corpo é a personalidade do
homem (intelecto, emoções e vontade), é a sua

-7
capacidade de pensar, decidir, sem a alma o corpo não

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vive, pois é a alma que dá qualidade de vida ao corpo, é


a alma que planeja, pensa, dá ordens ao corpo para se
movimentar, falar, ouvir, etc.

37
Alma

2. As Funções da Alma Dentro do Corpo


8
• Amor • Ira
• Arrependimento • Organizar
6.

• Comandar o corpo • Pensar


• Consciência • Perseverança
83

• Decidir • Tristeza
• Fé

3. As Funções do Espírito
5.

O espírito dentro do corpo humano é a relação do homem com a vida espiritual,


entendendo que o homem não é apenas corpo, matéria, mas também possui relação
04

com o mundo espiritual.


Quando Deus criou o homem ele o fez do pó da terra, e soprou sobre o corpo de
barro, e este sopro produziu alma vivente, assim entendemos que a junção do corpo
mais espírito (sopro de Deus) produziu a alma vivente, assim o homem possui uma
triunidade, corpo, alma e espírito. (Is 57.16)
O corpo humano como já escrevemos, foi feito por Deus do pó da terra, porém o
Espírito, não foi feito, mas Deus deu de si ao homem, o sopro de Deus no homem, foi
como um verdadeiro presente, Deus permitiu ao homem ter em si parte do Criador,
tanto é que quando o corpo morre, este sopro de vida, o espírito volta ao Criador (Ec
12.7).

202
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Sendo o Espírito a relação espiritual dentro do corpo humano, as funções do
espírito dentro do homem é dar a ele a direção de Deus para a vida do homem, é o
espírito que mostra a vontade de Deus na vida humana, na verdade o espírito busca
orientar a alma para que tome decisões dentro da vontade de Deus, um exemplo
disso está em Sl 43.5, onde o salmista mostra o espírito alertando a alma, e dando
conselhos a mesma para permanecer fiel a Deus, neste caso não podemos falar que
é o corpo que fala a alma, pois o corpo é apenas lugar de morada da alma, mas sim o
espírito.

4
3.1 O HOMEM CRIADO À IMAGEM DE DEUS
O termo “imagem de Deus” relacionado ao homem, fala da indelével constituição

-7
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do homem como um ser racional moralmente responsável por seus atos. A imagem
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natural de Deus gravada no homem consiste em parte dos seguintes elementos: o


poder de movimento próprio e consciente, a razão, a vontade e a liberdade. Neste

37
particular, é bom que se diga algo quanto à distinção entre os homens e os animais.
O primeiro ponto que serve de distinção entre o homem, como imagem de
Deus, e os animais irracionais, é a consciência própria. O homem tem o dom de fixar
em si mesmo o pensamento, e isto o faz consciente de sua própria personalidade.
8
A faculdade que ele tem de proferir o pronome EU, abre um abismo intransponível
entre ele e os animais. Nenhum animal jamais pronunciou EU, e a razão é que eles não
6.

têm consciência própria. (Langston, Esboço de Teologia Sistemática).

3.2 COMO IMAGEM DE DEUS QUE O HOMEM É, ELE AINDA SE DISTINGUE DOS
83

IRRACIONAIS:
• Pelo poder de pensar em coisas abstratas;
5.

• Pela lei moral que se evidencia no seu comportamento em busca de uma


perfeição maior;
• Pela capacidade de fixar um alvo maior a ser alcançado no tempo e na
eternidade;
04

• Pela natureza religiosa que em potencial existe em cada ser humano;


• Pela consciência da intensidade da vida humana;
• Pela multiplicidade das atividades humanas, que conjuntas visam o bem
comum daqueles que as envolvem.

3.3 O HOMEM, SEMELHANÇA DE DEUS


Dizer que o homem foi criado “à semelhança de Deus” não é a mesma coisa que
dizer que o homem foi criado exata e absolutamente igual a Deus. Não! Primeiro,

203
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porque o homem foi feito corpo visível e palpável, enquanto “Deus é espírito” (Jo.
4.24). Segundo, porque homem algum pode alcançar e se tornar detentor em si
mesmo da absoluta perfeição do Todo-poderoso. Pergunta o patriarca Jó: “Porventura
desvendarás os arcanos de Deus ou penetrarás até à perfeição do Todo Poderoso?”
(Jo 11.7). Apesar de toda a limitação do homem, como ser criado, ele foi criado na
semelhança de Deus em duplo aspecto.

Semelhança natural

Intelectualmente o homem se parece com Deus, porque se não houvesse


conformidade de estrutura mental, seria impossível a comunicação de um com

4
o outro, e o homem não poderia receber a revelação de Deus. O fato de Deus se
manifestar ao homem prova que o homem pode receber e compreender esta

-7
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manifestação. O homem é uma pessoa, assim como Deus é uma pessoa, se bem
que numa esfera infinitamente superior, e a semelhança entre um e outro se acha
no espírito, naquilo que o homem é e na sua natureza pessoal. “Assim sendo, a

37
semelhança natural entre Deus e o homem perdura sempre, porque o homem
não poderá jamais deixar de ser uma pessoa como Deus o é” (Langston).

Semelhança moral
8
Essa semelhança consiste nas qualidades morais que fazem parte do caráter do
6.
homem. Ec 7.29 diz “Deus fez o homem reto…”. Isto quer dizer que o homem foi
criado dotado de relativa perfeição. Todas as suas tendências eram boas. Todos
os sentimentos do seu coração inclinavam-se para Deus, e nisto consistia a sua
semelhança moral com o Criador. Contudo, tendo dado lugar ao pecado, comendo
83

da árvore do conhecimento do bem e do mal, o homem ficou condicionado e


escravizado ao mal. A semelhança entre o homem e Deus sofreu dano com a
queda do homem, e foi com o objetivo de restaurá-la que Cristo morreu na cruz.
Hoje, graças a isto, milhões de filhos de Deus em toda a terra possuem uma nova
5.

identidade com aquEle que os criou.

A semelhança entre o homem e Deus é sugerida em outras, tais como:


04

• Uma semelhança triuna: o homem sendo um ser tríplice, e Deus sendo um


ser triuno, (1Ts 5.23);
• Uma semelhança que inclui a imagem pessoal, pois tanto Deus como o
homem possuem personalidade (Ex 3.13-14);
Semelhança envolvendo existência interminável, como a que Deus dotou o homem
(Mt 25.46).

204
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O Homem foi criado justo Deus é justo

O Homem foi obediente Deus vela pela sua palavra para que se
cumpra

O Homem foi criado sem pecado Deus é santo

O Homem foi criado em amor Deus é amor

O Homem foi criado misericordioso Deus é misericordioso

O Homem foi criado com a capacidade

4
Deus nos dá o seu perdão
de perdoar

-7
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4. O Destino do Homem

37
Não poucos textos do Antigo Testamento giram em torno da questão do destino
do homem. Pela forma singular com que homem foi formado, e por aquilo que as
Escrituras mostram a esse respeito, a conclusão a que chegamos é que o homem,
desde a sua criação, foi destinado a viver eternamente. Porém, até que o homem
8
tenha acesso à vida eterna, ele foi também destinado a viver aqui no mundo, para
amar ao próximo, para dominar a criação, e para o louvor de Deus.
6.

4.1 DESTINADO A VIVER NO MUNDO


83

Gn 2.7 diz “formou o Senhor Deus ao homem do pó da terra, e lhe soprou nas
narinas o fôlego da vida, e o homem passou a ser alma vivente”, isto é, Deus fez o
homem não somente como um corpo com alma, com vida; Deus o fez “vida” mesmo.
O homem está destinado a viver e não a desaparecer com a morte física. Por mais
5.

catastrófica que a morte física pareça ao homem, a Bíblia mostra que Deus o criou
como um “ser sempre vivo”.
04

4.2 DESTINADO A AMAR O PRÓXIMO


Deus fez os animais e em seguida
formou o homem. Contudo, viu Deus
que o homem, dada a sua origem divina,
não possuía nenhuma afinidade com
os animais. É interessante que Deus
não forçou Adão a exercitar amor pelos
animais. Diante disso, viu Deus que não
era bom que o homem estivesse só, pelo
que lhe fez uma ajudadora idônea, alguém Amar o próximo

205
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com quem ele pudesse partilhar todos os momentos da vida (Gn 2.18). A Bíblia nos
mostra, que deste então, é perfeitamente do agrado de Deus que o homem viva preso
aos seus semelhantes pelos laços fraternos do amor.

4.3 DESTINADO PARA DOMINAR A CRIAÇÃO


Ao formar o homem, Deus fê-lo partícipe do seu plano governativo do universo;
este é o ensino implícito em Gn 1.27-30: “Criou Deus, pois, o homem à sua imagem, à
imagem de Deus o criou; homem e mulher os criou. E Deus os abençoou, e lhes disse: Sede
fecundos, multiplicai-vos, enchei a terra e sujeitai-a; dominai sobre os peixes do mar, sobre

4
as aves dos céus, e sobre todo animal que rasteja pela terra. E disse Deus ainda: Eis que
vos tenho dado todas as ervas que dão semente e se acham na superfície de toda a terra,

-7
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e todas as árvores em que há fruto que dê semente; isso vos será para mantimento. E a
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todos os animais da terra e a todas as aves dos céus e a todos os répteis da terra, em que
há fôlego de vida, toda erva verde lhes será para mantimento. E assim se fez”.

37
O homem foi destinado a exercer domínio sobre a terra, os mares e o espaço, e isto
é o que ele tem feito. A Amazônia, por mais selvagem que seja, não tem sido obstáculo
capaz de fazer o homem recuar na sua sede de conquista, seja abrindo estradas ou
explorando as suas riquezas naturais e minerais. Os mares, por mais profundos que
8
pareçam, têm sido estudados pelo homem. O espaço, na sua infinitude, tem sido a
causa de arrojados estudos do homem, e de grandes conquistas nestes últimos anos.
6.

4.4 DESTINADO PARA O LOUVOR A DEUS


83

O salmista Davi, que no Sl 8 mostra a superioridade do homem sobre os seres


criados na terra, vai mais além para mostrar que o mesmo homem foi destinado por
Deus para o seu louvor: “Contudo, pouco
menor o fizeste do que os anjos, e de glória e
5.

de honra o coroaste. Fazes com que ele tenha


domínio sobre as obras das tuas mãos; tudo
puseste debaixo de seus pés: todas as ovelhas
04

e bois, assim como os animais do campo, as


aves dos céus, e os peixes do mar, e tudo o
que passa pelas veredas dos mares. Ó Senhor,
Senhor nosso, quão admirável é o teu nome
sobre toda a terra!” (SI 8.5-9).
Adorando o Senhor O Sl 148 mostra como o homem
junta-se em coro às demais criaturas para
elevar louvor a Deus; isso em todos os povos. Os homens, tão diversos e tantas vezes
separados, podem ser unidos no louvor a Jeová.
Evidentemente o homem, face à sua pecaminosidade, não tem sido capaz de viver

206
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na sua plenitude, vocação para a qual Deus o destinou; porém, graças ao propósito
e poder da obra realizada por Jesus Cristo na cruz, o homem pode ter restaurada
em seu ser a imagem de Deus, que o fará varão perfeito e perfeitamente cônscio do
privilégio que goza no cumprimento do plano de Deus no mundo e na eternidade.

5. Provação e Queda do Homem


A liberdade do homem incluía necessariamente o poder de escolher ou recusar o

4
bem e o mal. Tem havido dúvidas quanto a ter o homem escolhido o mal sabendo que

-7
era mal. Mas não pode haver dúvida que o homem pudesse tomar o mal por bem. Ele

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não era infalível, portanto estava sujeito ao pecado.

37
5.1 A PROVAÇÃO DO HOMEM
A provação, através da qual Deus provou os nossos primeiros pais, não tinha como
propósito tentá-los e induzi-los inevitavelmente à queda. Ela tinha uma finalidade
didática, que em suma visava conduzir o homem a uma maior perfeição, tornando-o
8
apto para se tornar coparticipante das realizações de Deus na terra.
6.
A admoestação de Deus, no sentido de que o homem não comesse do fruto da
árvore do conhecimento do bem e do mal (Gn 2.17), não tinha propósito simplesmente
proibitivo; visava, sobretudo, testar a capacidade de obediência do homem, e promover
o seu crescimento espiritual e moral.
83

Nenhuma autoridade de bom senso estabeleceria leis tendo em mente que elas
seriam quebradas, mas sim obedecidas, contribuindo desta forma para o progresso
comum da sociedade que governa.
5.

Se os eletrodomésticos, ou qualquer outro aparelho, não chegam ao mercado


antes de serem rigorosamente testados por técnicos competentes, não poderia ser
diferente com o homem, obra de Deus e coroa da criação.
04

5.2 A QUEDA DO HOMEM


Não obstante imperfeito, quando comparado com a absoluta perfeição de Deus,
o homem não estava predestinado à queda e à destruição. Ele caiu como resultado da
escolha que fez ao desobedecer a orientação divina. A queda não era a única saída.
Ele poderia ter obedecido a Deus, e assim ser confirmado em obediência, mas não o
fez, de sorte que, quando de livre e espontânea comeu o fruto proibido, descobriu que
Deus não é cúmplice do pecado do homem.

207
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5.3 PASSOS PARA A QUEDA
O primeiro indício da queda de Eva está no fato dela ter se deixado convencer
por Satanás. Ela foi abrindo o coração a ponto de aceitar a insinuação do adversário,
e desejar tornar-se igual a Deus. Estas atitudes precederam os cinco passos da queda
registrados no capítulo 3 de Gênesis:
• Olhou – “Vendo a mulher que a árvore era boa para se comer, agradável
aos olhos…” (v.6).
• Desejou – “…árvore desejável para dar entendimento…” (v.6).
• Tomou – “…tomou do fruto…” (v.6).

4
• Comeu – “…comeu… e ele comeu” (v.6).

-7
• Morreu – “…no dia em que dela comeres, certamente morrerás” (Gn. 2.17).

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A expressão “morrerás” usada no


texto bíblico, fala tanto da parte espiritual

37
quanto da física. Em ambos os sentidos,
esta palavra fala da maneira em que se
encontra o homem desde a sua queda.
Dentre as consequências da queda do
8
homem, as mais conhecidas são:
• Medo e fuga: Gn 3.10.
6.

• A maldição da serpente: Gn
3.14-15.
• Os incômodos da gravidez Adão e Eva expulsos do paraíso
83

e do parto da mulher e sua


submissão a seu marido: Gn 3.16.
• A maldição da terra: Gn 3.17-18.
5.

• O sofrimento do homem na aquisição do pão de cada dia, e a sua redução


ao pó através da morte física: Gn 3.17-19.
• O conhecimento do bem e do mal: Gn 3.22.
04

• A expulsão do Jardim do Éden: Gn 3.22.


• A obstrução do caminho que dava acesso à árvore da vida: Gn 3.24.
• A Morte espiritual: Rm. 5.12.
• Perda da semelhança moral com Deus.
• Incompatibilidade com a vontade de Deus: Rm 8.7-8.
• Escravidão ao pecado e ao diabo: Jo 8.34-44.
• Existência física reduzida: Gn 6.3.
• Corrupção dos poderes do homem.
• Sujeição às enfermidades.
208
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O Pecado

HAMARTIOLOGIA é o estudo da natureza e das consequências do pecado

1. O Que é o Pecado
• O Novo Testamento Descreve o Pecado como:

4
• Errar o alvo
• Dívida (Mt 6.12)

-7
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• Desordem
• Desobediência (Hb 4.2 ;Lc 8.18)

37
• Transgressão: Ir além do limite. (Rm 4.15 ; 1Jo 3.4)
• Queda
• Derrota (Rm 11.12)
8
A Condição Pecaminosa em que Nasce o Homem (Pecado Original – Rm 3.23)
• O pecado de Adão e Eva (Gn 2.16-17; 3.4-6).
6.

• O pecado de Satanás (Is 14.12-14; Ez 28.11-16).


• A hereditariedade do pecado (Rm 5.12-18).
83

1.1 OS DOIS MAIORES MANDAMENTOS E OS DOIS MAIORES PECADOS.


Mestre, qual é o grande mandamento na Lei? Respondeu-lhe Jesus: Amarás
5.

o Senhor, teu Deus, de todo o teu coração, de toda a tua alma e de todo o teu
entendimento. Este é o grande e primeiro mandamento. O segundo, semelhante a
este, é: Amarás o teu próximo como a ti mesmo. Destes dois mandamentos dependem
toda a Lei e os Profetas. (Mt 22.36-40)
04

Se estes são os dois maiores mandamentos, então, por inferência, os dois maiores
pecados são a falta de amor a Deus e a falta de amor ao próximo.

1.2 DUAS CATEGORIAS BÁSICAS DE PECADO


• Na igreja há uma boa percepção dos pecados contra Deus (impiedade), e
quase nenhuma percepção dos pecados contra o próximo (injustiça).
• No mundo é o contrário; uma boa percepção dos pecados sociais e quase
nenhuma percepção dos pecados contra Deus.

209
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1.3 O PECADO CONTRA A LEI
A percepção do pecado está muito ligada à questão da lei. Paulo disse que “onde
não há lei, também não há transgressão” (Rm 4.15). Ele quer dizer que sem lei o pecado
não é visível ou contado.

1.4 A ENTRADA E A PERMANÊNCIA DO PECADO NO MUNDO


Em Romanos 5.12, lemos que o pecado entrou no mundo através da transgressão
de Adão.

4
• Talvez pelo fato de Eva estar sob a tutela de Adão.
• Talvez pelo fato de Eva ter sido enganada pelo diabo, enquanto Adão

-7
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pecou conscientemente.
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• E Adão não foi iludido, mas a mulher, sendo enganada, caiu em


transgressão. (1 Tm 2.14)

37
O pecado não é permanente porque Deus vai purificar o mundo. Jesus é o
“Cordeiro de Deus que tira o pecado do mundo”.

2. A Natureza do Pecado
8
6.

Alguns dizem que o pecado é ruim porque traz más consequências existenciais
ao homem. Assim, a santidade torna-se recomendável porque é mais saudável e não
porque é isso que o homem deve a Deus.
83

Segundo a Bíblia, o pecado não é...

Oriundo do corpo físico do homem


5.

Desde o tempo de Agostinho uma parte da igreja tem entendido que o nosso
corpo é essencialmente mau. Existem duas provas de que isso não é verdade:
1- Somos convocados a apresentar nossos corpos como sacrifício vivo,
04

santo e agradável a Deus (Rm 12.1).


2- O nosso corpo é o templo do Espírito Santo (1 C o 6.19).

Oriundo de fraquezas e limitações

Muitos cristãos rejeitam as limitações da sua humanidade como se fosse pecado.


Jesus não apenas se sujeitou à fragilidade humana como foi crucificado em
fraqueza.

Segundo a Bíblia, o pecado é um ato de rebelião contra Deus, caracterizado por:

210
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Voluntariedade:

Adão pecou por livre e espontânea vontade. Apesar da depravação total, o homem
ainda tem condições de resistir À tentação. Deus disse a Caim, um ser humano
caído: “Se procederes bem, não é certo que serás aceito? Se, todavia, procederes
mal, eis que o pecado jaz à porta; o seu desejo será contra ti, mas a ti cumpre
dominá-lo”. (Gn 4.7)
Se coube a Caim dominar o pecado, não fazer isso implica uma rebelião voluntária.

Conhecimento:

4
Adão soube precisamente qual era a vontade de Deus em relação à árvore do

-7
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conhecimento do bem e do mal. Quando comeu sabia que estava desobedecendo
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a Deus.

Incredulidade:

37
Fazia parte da tentação contra Eva levá-la a duvidar da veracidade da Palavra de
Deus. Eva está sendo levada a pecar contra um Deus pessoal. Não se trata apenas
8
de um sentimento de consciência. Assim, o julgamento também será pessoal (Ap
20.12).
6.

Culpa:

Adão e Eva fugiram da presença de Deus e tentaram cobrir sua nudez. Na vida
83

cristã essa fuga pode implicar o ativismo, onde o cristão tenta esconder-se de
Deus por seu envolvimento na obra (jardim) de Deus.
5.

Uma força escravizante:

O pecado é muito mais do que um ato; torna-se um poder escravizante na vida


do homem. Replicou-lhes Jesus: Em verdade, em verda de vos digo: todo o que
04

comete pecado é escravo do pecado. (Jo 8.34).

Um estado de depravação:

O pecado é também um estado de depravação. Todos os seres humanos, desde


Adão, exceto Jesus, nasceram em pecado. Eu nasci na iniquidade, e em pecado
me concebeu minha mãe. (Sl 51.5).

211
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3. Três Conceitos Bíblicos de Atos Pecaminosos


E, passando o SENHOR por diante dele, clamou: SENHOR, SENHOR Deus compassivo,
clemente e longânimo e grande em misericórdia e fidelidade; que guarda a misericórdia em
mil gerações, que perdoa a iniquidade, a transgressão e o pecado, ainda que não inocenta
o culpado, e visita a iniquidade dos pais nos filhos e nos filhos dos filhos, até à terceira e
quarta geração! (Ex 34.6-7)

Iniquidade:

4
A ideia básica contida nessa palavra é PERVERSIDADE. Iniquidade é deixar Deus por
algo menor do que ele. Deus oferece a vida, mas o homem, na sua perversidade,

-7
prefere a morte.

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Transgressão:

37
Sugere o ato de ultrapassar uma linha ou uma proibição. Davi confessou a sua
transgressão a Deus, no caso do seu adultério com Bate-Seba.

Pecado:
8
6.
Entendemos que tem a ver com a falha em atingir o alvo de Deus. A ideia básica
da palavra é vista em Jz 20.16: “Entre todo este povo havia setecentos homens
escolhidos, canhotos, os quais atiravam com a funda uma pedra num cabelo e
não erravam”. A frase “não erravam” significa “não pecavam”.
83

4. As Consequências do Pecado Contra Deus


5.

O Pai: Desgosto por ver a criação arruinada – Gn 6.5-7.


O Filho: Encarnado, sujeito à fraqueza humana e entregue à morte por nós,
pecadores – Is 53.6-10.
04

“mas o Senhor fez cair sobre Ele a iniquidade de nós todos”. A parte mais
profunda do impacto do pecado sobre Jesus foi a alteração de seu convívio com o
Pai. João descreva esta alteração falando da glória a que renunciou (Jo 17.5).
O Espírito Santo: convivência sofredora na Igreja – Ef 4.30-32.
O impacto do pecado sobre o Espírito Santo começa a ser revelado a partir
de Gn 6.3.
• No Antigo Testamento, a presença do Espírito Santo na vida de alguém
era uma realidade contingente. Vinha sobre poucas pessoas e permanecia
menos ainda.

212
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• No Novo Testamento, as coisas mudam. Mesmo diante do pecado, o
Espírito santo permanece na vida do cristão.

5. As Consequências do Pecado Sobre a Humanidade

Adão e Eva:

• Morte espiritual e física – Gn 2.17.


• Vergonha – Gn 3.7-8.

4
• Medo – Gn 3.10.

-7
• Julgamento – Gn 3.11-24.

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• Separação de Deus – Gn 3.23-24.


• Dificuldades no relacionamento conjugal – Gn 3.16-17.

Humanidade:


37
Inimizade, ódio e homicídio – Gn 4.5-8.
8
• Juízo do dilúvio – Gn 6.1-13.
6.

• Início da discriminação contra as mulheres – 1Tm 2.14

As consequências do pecado sobre o ser humano são incontáveis. Consideraremos


83

as mais óbvias.
A perda da glória de Deus e a separação dEle. “Porque todos pecaram e destituídos
estão da glória de Deus” (Rm 3.23).
5.

Por causa do pecado o relacionamento do homem para com Deus foi mudado de
amigo para adversário.
Podemos ver a separação sobre três aspectos:
04

1- Separação física/temporal:

Temporal porque de vez em quando Deus se fazia presente entre os pecadores


– Nm 14.13-14. Inclui a expulsão de Adão e Eva da presença do Senhor. (Gn 3.24)

2- Separação espiritual/temporal:

Temporal porque Deus também arranjava meios de reconciliação espiritual,


através do sistema de sacrifícios. (Is 59.2).

213
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3- Separação física/espiritual/permanente:

Este é o aspecto mais terrível. Se o homem não aceitar a oferta de reconciliação


oferecida por Deus em Jesus Cristo ele será afastado permanentemente da
presença de Deus.

Outras consequências do pecado são: morte, vergonha e sofrimento.

6. Depravação Total

4
A doutrina da depravação total do ser humano ensina que não há sequer um

-7
aspecto da natureza humana que não tenha sido afetado negativamente pelo

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pecado. Há, com certeza, pessoas que são mais éticas do que outras, mas todas são
completamente prejudicadas pelo pecado.

7. Escravidão
37
O ser humano está escravizado pelo pecado. Sem a graça de Deus, o máximo que
8
pode fazer é escolher seus pecados, nunca se livrar deles. (Rm 7.14-15).
6.

8. As Consequências do Pecado Sobre a Criação


• Terra infrutífera, Maldita – Gn
83

3:17-19
• Sujeita à vaidade – Rm 8:20-22
Além disso, há o terrível julgamento
5.

que Deus trouxe contra a criação, na


ocasião do dilúvio.
Terminando sua carta aos Romanos,
04

Paulo escreveu: E o Deus de paz em breve


esmagará a Satanás debaixo dos vossos
pés. A graça de nosso Senhor Jesus Cristo Dilúvio - Ivan Konstantinovich Aivazovskii (1817 -
seja convosco (Rm 16.20). 1900)

214
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O Senhor Jesus Cristo

1. Introdução
Toda a discussão cristológica parte da
resposta que se dá a pergunta do próprio
Cristo: “Quem diz o povo ser o filho do
homem?” E da crença na declaração bíblica:

4
“... o verbo era Deus”.

-7
A revelação acerca de Cristo não nos

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vem por canais humanos e naturais; é


produto da revelação divina através de
vidas transformadas pelo Espírito Santo. (Mt
16:17).

37
2. O Ensino Bíblico Sobre a Humanidade de Cristo
8 Jesus partindo o pão

“Jesus era o filho do homem, conforme Ele mesmo se proclamou”. É nessa


6.
qualidade que Ele se identifica com toda a raça humana. Para Ele convergem todas
as linhas de nossa comum humanidade.
“Cristo pertence à raça e dela participa, nascido de mulher, vivendo dentro
83

da linhagem humana, sujeito as condições humanas e fazendo parte integral da


história do mundo”.

2.1 . A HUMANIDADE DE CRISTO NA BÍBLIA


5.

• PELA SUA ASCENDÊNCIA


1. Ele (quanto ao corpo) nasceu de mulher (Gl 4.4; Mt 1.18; 2.11 12.47; Jô 2.1;
Hb 10.5).
04

2. Ele veio da descendência humana de Davi (Rm 1.3; At 13. 22,23; Lc 1.31-33;
Mt 1.1).
• POR SEU CRESCIMENTO E DESENVOLVIMENTO NATURAIS
Jesus Cristo estava sujeito as Leis comuns do desenvolvimento humano e
do crescimento gradativo em sabedoria e estatura (Lc 2.40, 46, 52; Hb 5.8).
• POR SUA APARÊNCIA PESSOAL
Jesus Cristo tinha a aparência de homem, e ocasionalmente confundiram-
no com outros homens (Jo 4.9).

215
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• POR SUA NATUREZA HUMANA COMPLETA
1. Ele possuía corpo físico (Mt 26.12).
2. Ele possuía alma racional (Mt 26.38).
3. Ele possuía espírito humano (Lc 23.46).
• PELAS SUAS LIMITAÇÕES HUMANAS SEM PECADO
1. Ele era sujeito ao cansaço corporal (Jo 4.6).
2. Ele era sujeito à necessidade de sono (Mt 8.24).
3. Ele era sujeito à fome (Mt 21.18).

4
4. Ele era sujeito à sede (Jo 19.28).

-7
5. Ele era sujeito ao sofrimento e à dor físicos (Lc 22.44).

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6. Ele em sua vida corporal, tinha a capacidade para morrer (1 Co 15.3).


7. Ele tinha a capacidade para crescer em conhecimento (Lc 2.52).

37
8. Ele tinha capacidade para adquirir conhecimento mediante a observação
(Mc 11.13).
9. Ele tinha capacidade para se limitar em seu conhecimento (Mc 13.32).
8
10. Ele dependia da oração para ter poder (Mc 1.35)
11. Ele dependia da unção do Espírito Santo para manifestar poder (At 10.38;
6.

Is 61.1-2).
• PELOS NOMES QUE LHE FORAM DADOS, POR ELE MESMO OU POR OUTROS.
83

1. Jesus (Mt 1.21).


2. Filho do homem (Lc 19.10).
3. Jesus, o Nazareno (At 2.22).
5.

4. O profeta (Mt 21.11).


5. O carpinteiro (Mc 6.3).
6. Cristo Jesus, homem (1Tm 2.5).
04

• PELO RELACIONAMENTO HUMANO QUE ELE MANTINHA COM DEUS


Jesus Cristo chamou o Pai de “Meu Deus”, e “Meu Pai”, tomando assim o
lugar e assumindo o caráter de homem (Mc 15.34; Jo 20.17).
• PELAS SUAS TENTAÇÕES
Cristo foi tentado como nós em todas as coisas, mas nunca pecou (Hb 4.15).
• PELA SUA VIDA SEM PECADO
É preciso ressaltar que Jesus Cristo, embora humano, estava livre da
depravação moral provocada pela queda (Hb 4.15; 7.26; 2 Co 5.21) e de

216
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qualquer transgressão pessoal. Ele foi um ser humano sui generis, quer
dizer, único no gênero.
Portanto, segundo a Bíblia, não pode haver dúvida de que Cristo era de natureza
humana, como nós, mas com a diferença que Ele não tinha a natureza corrupta que
nós temos, nem praticou qualquer pecado em toda a sua vida.

3. A Divindade de Jesus Cristo


Um dos pontos salientes da Doutrina Cristológica consiste na afirmativa segundo

4
a qual Jesus Cristo tinha uma dupla natureza, o que o fazia tanto homem na sua
essência, como Deus.

-7
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Apesar disto, não poucas vezes, ao longo dos séculos, têm se levantado contra
esta verdade, e principalmente, contra a divindade do salvador.

37
3.1 FALSOS CONCEITOS QUANTO A DIVINDADE DE CRISTO
Dentre os muitos falsos conceitos quanto à divindade de Jesus Cristo, surgidos a
esses séculos de história do cristianismo, se destacam os seguintes:

8
O ARIANISMO – Este considerava a Cristo como o mais elevado dos seres
6.
criados, enquanto negava a sua divindade.
• O EBIONISMO – Este negava a divindade de Cristo, considerando-o como
um simples homem.
83

• O DOCETISMO – Este negava a realidade do corpo de Cristo, julgando que


sua natureza não podia estar à carne, que segundo o sistema, é inerente
má.
• O APOLINARIANISMO – este admitia que Cristo tinha apenas duas partes
5.

humanas, negando que Ele tivesse alma humana.


• O NESTORIANISMO – este negava a união das duas naturezas – humana e
divina em Cristo, fazendo dele duas pessoas.
04

3.2 A DIVINDADE DE CRISTO NAS ESCRITURAS


A divindade de Cristo está revelada nas Escrituras Sagradas. Isto é claramente
percebido, atentando-se para os seguintes testemunhos das escrituras:
• CRISTO É DEUS (Jo 1.1). “No princípio era o verbo, e o verbo era Deus”.
• CRISTO É TODO PODEROSO: Mt 28.18; Ap 1.8;
• CRISTO É ETERNO: Jo 8.58; 1.18; 6.57; 8.19; 10.30,38;
• CRISTO É CRIADOR: Jo 1.3,10; Cl 1.16; Hb 1.1, 2

217
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3.3 O TESTEMUNHO DOS APÓSTOLOS ACERCA DE CRISTO
Por fim temos o testemunho daqueles
que conviveram com Cristo e ficaram
encarregados de testemunhar de toda a
verdade. Para os apóstolos, Jesus Cristo é
divino. Os escritos do novo testamento não
deixam nenhuma dúvida a esse respeito.
Basta ver textos como Jo 1.1; Rm 9.5; Tt 2.13;
Hb 1.8; 1Jo 5.20.

4
Negar que Cristo tenha a natureza em
igualdade com o Pai, é ignorar totalmente

-7
A incredulidade de Tomé - Caravaggio (1571- 1610) o testemunho claro da palavra de Deus ou

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não crer no ensino das escrituras.


Cristo não possuía só a natureza humana, mas também a divina (Jo 1.14).

3.4 JESUS E SEUS ATRIBUTOS DIVINOS



37
JESUS É ONIPOTENTE (Lc 4.35,36,41). Ele tem poder sobre os demônios
8
(Mc 8.16; 10.1), tem poder sobre as doenças (Mc 10.8) e tem poder para
guardar (Mt 28.18; Ap 1.18).
6.

• JESUS É ONISCIENTE (Jo 21; 17). Jesus sabe tudo.


• JESUS É ONIPRESENTE (Ef 1.20-25), Ele está presente em todo lugar.
• JESUS É IMUTÁVEL (Ml 3.6; Hb 13.8; Hb 1.12).
83

• JESUS É ETERNO (Cl 1.17; Jo 1.1; Mq 5.2; Is 9.6).


• JESUS É ADORADO (Ap 7.9-12; Mt 4.10; Mt 28.9-17; 14.33; 15.25; Lc 24.52;
Hb 1.6).
5.

3.5 A CONSCIÊNCIA DE CRISTO DA SUA DIVINDADE


04

O próprio Cristo tinha consciência da sua divindade. Ele mesmo se iguala ao Pai
na vida (Jo 5.26), na honra (Jo 5.23), na glória (Jo 17.5), na eternidade (Jo 8.58), no nome
(Jo 8.24), na fórmula batismal (Mt 28.19).
Ele declara sua união com o Pai (Jo 5.18; 10.33,38). O próprio Cristo sabia da sua
natureza divina.

3.6 AS PRERROGATIVAS DIVINAS DE CRISTO


Jesus exerce atribuições que só cabem a divindade. Ele tem autoridade para
perdoar pecados (Mc 2.10), para alterar a Lei de Deus (Mt 5.21ss), tem autoridade
sobre o sábado (Mc 2.28), sobre a vida dos homens (Mt 16.24-26), e tem poder para
218
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salvar os homens dos seus pecados (Mt 1.21; Jo 8.34-36). Porque Ele pode todas estas
coisas? Ele é Deus.

4. Os Estados e os Ofícios de Cristo


4.1 OS ESTADOS DE CRISTO
A Cristologia descreve a pessoa de Cristo com um personagem que passou
por dois estados: um de humilhação e outro de exaltação. Esses dois estados foram
referidos na profecia (Is 52.13,14; 531-3,11,12), e confirmados nos escritos do novo

4
testamento (Fl 2.6-11; 1Pe 1.11).

-7
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4.2 O ESTADO DE HUMILHAÇÃO DE CRISTO


O estado de humilhação da pessoa de Cristo ocorreu no fato da encarnação e na
vida terrena até a morte.



37
O verbo preexistente se fez homem (Jo 1.1,14).
Na encarnação Cristo humilhou-se (Jo 17.5; Fl 2.6-8; 2Co 8.9).
8
Ele foi sujeito às leis físicas e humanas (Lc 2.52; Gl 4.4).
• Como ser humano, Ele que é a Segunda pessoa da santíssima trindade,
6.
passou a ser, em tudo, dependente da Terceira pessoa, o Espírito Santo;
Vejamos:
• Ele foi gerado pelo Espírito Santo (Lc 1.34,35).
83

• Ungido pelo Espírito Santo (Mt 3.16).


• Conduzido à tentação pelo Espírito Santo (Mt 4.1).
• Levado a cruz pelo Espírito Santo (Hb 9.14).
5.

• Foi ressuscitado pelo Espírito Santo (Rm 8.11).


• Foi fortalecido pelo Espírito Santo para realizar as obras (Mt 12.28; At
1.2; 10.38).
04

• Foi isto que aconteceu. Ele, voluntariamente, assumiu a condição de


humano para sofrer com os homens nesse período de humilhação (Jo
10.17,18).

4.3 O ESTADO DA EXALTAÇÃO DE CRISTO


Pela ressurreição e ascensão, Cristo passou para o estado de exaltação. Voltou
àquela glória que Ele tinha antes da encarnação (At 7.55; Jo 17.5; Fl 2.9-11). Neste
estado, Cristo assentou-se à destra de Deus, na glória que tinha antes da encarnação,
e passou a exercer todos os atributos divinos.

219
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Os dois estados de Cristo refletem
os dois estados da vida do crente: o
de humilhação neste mundo, e o de
exaltação na vida futura.
Cristo participou da humilhação
humana para que os crentes participem
da sua glória divina, mas sempre nesta
ordem: primeiro a humilhação, depois a
Jesus exaltado
glória (Hb 2.10; 1Pe 1.4,11). Primeiro as
aflições, por fim a glória incomparável (Rm 8.18).

4
-7
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4.4 OS OFÍCIOS DE CRISTO
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No antigo testamento havia três ofícios ou funções fundamentais na vida do povo


de Deus: o de Profeta, o de Sacerdote e o de Rei. De modo geral, por estes ofícios,

37
o povo ouvia a Deus (através do Profeta), fazia-se representar diante de Deus (pelo
Sacerdote), e tinha o governo político (do Rei).
Em Cristo, os três ofícios foram reunidos, e Ele mesmo é o Profeta, o Sacerdote e
8
o Rei.
Assim Ele é um mediador completo e perfeito (1Tm 2.4).
6.

CRISTO COMO PROFETA


O trabalho do profeta no Antigo testamento era falar em nome de Deus. Ele
83

interpretava os atos e os planos de Deus para os homens e orientava o povo nos


caminhos traçados por Deus. Ele era o
representante de Deus para o povo.
5.

Cristo foi o verdadeiro profeta, anunciado


desde Moisés (Dt 18.15). Os que creram em
Jesus Cristo reconhecem ser Ele o profeta
04

que havia de vir ao mundo (Jo 6.14; At 3.22).


Ele revelou Deus e a sua vontade, (Hb 1.3).
Sua revelação do Pai é final na história da
humanidade.
Jesus falava para o povo

CRISTO COMO SACERDOTE


No antigo testamento o sacerdote era uma pessoa divinamente escolhida e
consagrada para representar os homens diante de Deus e oferecer dons e sacrifícios
que assegurassem o favor divino, e ainda para interceder pelo povo (Hb 5.4; 8.3). Mas
o serviço era feito com imperfeição, quer pela fraqueza do sacerdote, quer pelo tipo

220
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de sacrifício que era oferecido.
Cristo realizou um sacrifício perfeito (Hb 10.12-14), isto é o seu trabalho sacrificial
foi consumado, historicamente na cruz.
O trabalho de intercessão Ele sempre realizou quando esteve na terra (Jo 17.ss).
Depois que Ele ofereceu o seu sacrifício, é que Ele passou a exercer, especificamente,
esse ministério de intercessão (Hb 7.25; 9.24).

CRISTO COMO REI

4
Os profetas do antigo testamento falaram de um Rei que viria da casa de Davi,
para governar Israel e as nações, com justiça, paz e prosperidade (Is 11.1-9).

-7
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O Anjo disse a Maria que Jesus seria esse Rei (Lc 1.32,33).
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Cristo mesmo afirmou que Ele era o Rei prometido (Jo 18.36,37).
Depois da sua ressurreição, Ele declarou seu poder sobre todas as coisas (Mt

37
28.18). Na sua ascensão, Ele foi coroado e entronizado como Rei (Sl 24.6-10; Ef 1.20-
22; Ap 3.21).
Jesus Cristo é Rei, e já está reinando, porém não ainda de modo visível, nem de
8
modo pleno, mas um dia Cristo estará reinando a vista de todo o mundo (Ap 11.15;
19.16).
6.

5. A Obra Sacrificial de Cristo


83

Dentro do ofício sacerdotal de Cristo


está a sua obra sacrificial. Qual o significado
da morte de Cristo? O que de fato aconteceu
quando o filho de Deus morreu?
5.

5.1 DESTAQUES BÍBLICOS DA MORTE DE


CRISTO
04

Na obra sacrificial de Cristo foi pago


um preço para libertação do pecado, a honra de Deus foi atendida, o amor divino
foi demonstrado, a lei de Deus se tornou efetiva em sua punição de morte aos
transgressores e com isto cessou a punição da lei para aqueles que recebem a justiça
que vem de Cristo, (Gl 3.13).

5.2 A MORTE DE CRISTO FOI SUBSTITUTIVA


Cristo não morreu por seus próprios pecados, pois não tinha pecado (Jo 8.46; 1Pe
2.22; Hb 4.15).

221
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A Bíblia diz que Ele morreu pelos pecados dos outros (Is 53.5,6; 2Co 5.14,15,21;
1Pe 2.24). Portanto, isso mostra que sua morte foi substitutiva ou vicária.

5.3 A MORTE DE CRISTO FOI PROPICIATÓRIA


Na Bíblia, Deus apresenta-se às vezes como um Deus irado com o homem, por
causa do pecado (Jo 3.36; Rm 1.18; 5.9; 1Ts 1.10; Ap 6.17).
O sacrifício de Cristo é revelado como o meio de reconciliação entre Deus e o
homem (Rm 5.10; 2Co 5.19, 20; Cl 1.20).

4
6. A Vitória de Cristo

-7
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A morte de Cristo não teria o significado redentivo que tem se não fosse a sua
ressurreição e ascensão. A vitória de Cristo sobre a morte, através da ressurreição, e

37
sobre as limitações da existência humana pela ascensão, confirma a sua posição de
glória, a validade da sua obra sacrificial em prol dos pecadores e proporciona aos seus
discípulos uma esperança de glória futura.
8
7. A Ressurreição de Cristo
6.

7.1 A NATUREZA DA RESSURREIÇÃO DE CRISTO


Cristo ressuscitou em corpo, e não apenas em espírito ou na lembrança dos seus
discípulos.
83

Foi uma ressurreição única, diferente de qualquer outra que tenha havido antes,
pois aquele corpo tinha propriedades diferentes de qualquer outro, e não estava mais
sujeito a morte, nem as leis desta criação.
5.

Não foi simplesmente o voltar a vida do corpo que foi sepultado, mas o surgimento
de um novo corpo, para uma vida de ordem diferente (Mt 28.1-9; 16-20; Mc 16.1-18; Lc
24.1-49; Jo 20.1-21; At 2.31, 32; 1Co 15.3-20).
04

7.2 A IMPORTÂNCIA DA RESSURREIÇÃO DE CRISTO


A ressurreição de Cristo testifica da sua divindade (Rm 1.4), proclama a sua vitória
sobre o pecado (Hb 9.28), sobre os poderes das trevas (Ef 1.20,21) e sobre a morte (2
Tm 1:10); assegura a eficácia da sua obra redentora (Rm 4.25; 8.33,34; 1 Pe 1.3; 1 Co
15.15-19); evidencia a realidade do seu reino futuro; mostra-se como as “Primícias”
da colheita futura, que é a ressurreição dos crentes, o princípio da nova criação (1 Co
15.20-26; 2 Co 5.17; 2 Pe 3.13; Ap 21.22).

222
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7.3 A ASCENSÃO DE CRISTO
A ascensão proclama o triunfo e a
glorificação de Cristo (1Pe 3.22).
Ela sinaliza a sua coroação, de glória e
de honra (Hb 2.9), a sua exaltação máxima
(Fl 2.9).
A ascensão de Cristo também estabelece
as condições sob as quais a Igreja é chamada
para servir: sob um Senhor que se acha

4
exaltado como cabeça na terra e no céu (Ef A ascensão - Domingos Sequeira (1768–1837)
1.20-23).

-7
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Ela dá a Igreja certeza de que Cristo, como sumo-sacerdote, levou a humanidade


até a presença de Deus, e de lá intercede por nós (Hb 4.14-16; 7.25; 9.24; 1Jo 21).
A ascensão garante o domínio futuro e final de Cristo em Glória, pois ela evidencia
sua autoridade sobre o universo (1 Co 15:25).

37
Do céu, Cristo comanda a história, até que se proclame que “o reino do mundo
passou a ser de nosso Senhor e do seu Cristo, e Ele reinará pelos séculos dos séculos”
(Ap 11.15). Amém!
8
A doutrina cristológica, mostra a beleza, e tudo quanto temos hoje e no futuro.
6.

Pelo seu cumprimento, Cristo é a nossa glória eterna. Aleluia! Amém!


83

A Expiação
5.

1. Introdução
Expiação é a tradução da palavra
04

hebraica kippur, que significa “cobrir com


um preço”.
As Sagradas Escrituras revelam vários
atributos de Deus que o enaltecem como o
Redentor da raça humana (Jó 19.25; Is 41.14;
Is 47.4; 63.16): Deus é amor (1 Jo 4.8,16), é
bom (Sl 34.8; 106.1), e sua misericórdia dura
para sempre (Dt 4.31; Sl 111.4). O plano
divino para a salvação da humanidade foi
plenamente cumprido no sacrifício inocente, Jesus no Getsêmani

223
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amoroso e vicário de nosso Senhor Jesus Cristo (Jo 1.29; Gl 4.4,5). Nesta oportunidade,
estudaremos a doutrina da expiação, um valioso aspecto da redenção da humanidade
operada por Jesus.

2. A Expiação no Antigo Testamento


O termo expiação está relacionado a outras duas palavras teológicas: sacrifício e
propiciação. Estas palavras, tanto no Antigo quanto em o Novo Testamento, apontam
para a obra redentora de nosso Senhor Jesus (Rm 3.25; Hb 2.17; 10.1-14; 1Jo 2.2; 4.10).

4
A expiação tipificada. Os sacrifícios no Antigo Testamento eram rituais de
caráter profético, que apontavam para o perfeito sacrifício de Cristo, “o Cordeiro de

-7
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Deus, que tira o pecado do mundo” (Jo 1.29; Hb 10.1-18).
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A natureza dos sacrifícios no Antigo Testamento. De acordo com a Bíblia de


Estudo de Aplicação Pessoal, havia cinco tipos de sacrifícios:


37
Holocaustos (Lv 1). Tinha o propósito de expiar os pecados em geral;
Oferta de manjares (Lv 2). Demonstrava honra e respeito a Deus em
adoração;
8
Sacrifício pacífico (Lv 3). Expressava gratidão a Deus, pela paz e comunhão
com Ele;
6.

• Oferta pelo pecado (Lv 4). Visava expurgar o pecado cometido,


involuntariamente, ou por ignorância e;
• Oferta pela culpa (Lv 5). Tinha o propósito expurgar os pecados cometidos
83

contra Deus e as outras pessoas.


Os sacrifícios do Antigo Testamento cumpriram-se plenamente em Jesus. Ele foi
a oferta pelas nossas culpas (Is 53.10; 2Co 5.21); a oblação pelos nossos pecados (Hb
5.

9.11-15), e o sacrifício pela nossa paz (Ef 5.2; Jo 6.53,56; Lv 7.15).


Os sacrifícios do Antigo Testamento cumpriram-se plenamente em Jesus.
04

3. O Alcance da Expiação no Antigo Testamento


3.1 OS SACRIFÍCIOS DA ANTIGA ALIANÇA “COBRIAM” O PECADO.
Os sacrifícios praticados no Antigo Pacto, embora aproximassem o adorador de
Deus pela mediação de um sacerdote, somente cobriam o pecado. A justiça divina,
que reclamava a reparação imediata do pecado cometido, era satisfeita apenas
temporariamente. Porque, segundo a Bíblia, “é impossível que o sangue dos touros
e dos bodes tire pecados” (Hb 10.4), uma vez que “o sangue dos touros e bodes e a
cinza de uma novilha, esparzida sobre os imundos”, os santificavam, apenas “quanto
à purificação da carne”. Somente o sangue de Cristo, purifica a “consciência das obras

224
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mortas” do pecado (Hb 9.13,14).

3.2 OS SACRIFÍCIOS DA ANTIGA ALIANÇA ERAM IMPERFEITOS.


Essa imperfeição se justifica pelos seguintes motivos:
a) eram sacrifícios contínuos e repetitivos (Hb 10.1-3,11);
b) eram ineficazes, ineficientes (Hb 10.4-10);
c) purificavam apenas o exterior (Hb 9.13);
d) os mediadores, ou seja, os sacerdotes também eram imperfeitos (Hb 7.27,28);

4
e por fim,

-7
e) tais sacrifícios caducaram com o advento da Nova Aliança (Hb 8.13; 9.15).

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Os sacrifícios da Antiga Aliança eram imperfeitos, ineficazes e ineficientes (Hb


10.4-10).

4. O Sentido da Expiação em o Novo Testamento


4.1 A NECESSIDADE DA EXPIAÇÃO
8 37
A expiação foi necessária por dois grandes motivos:
6.

A santidade de Deus

Deus é tão puro e santo, que não pode olhar diretamente para o pecador, sob
pena de fazer recair sobre ele sua ira e seu juízo (Hc 1.13).
83

A pecaminosidade do homem
5.

O pecado interrompeu de tal modo o relacionamento do homem com Deus,


que sua santa ira exigiu a condenação imediata do pecador. Assim, para evitar
a iminente e definitiva morte espiritual do ser humano, um sacrifício animal e
cruento fora requerido. “Sem derramamento de sangue não há remissão” (Hb
04

9.22).

4.2 O SIGNIFICADO DA EXPIAÇÃO PELA MORTE DE CRISTO


A expiação pela morte de Cristo tem alcance infinitamente maior e mais profundo
que os sacrifícios de animais no Antigo Pacto. O sangue daqueles animais cobria
provisoriamente o pecado (Sl 51.9; Is 38.17; Mq 7.19). Mas, em o Novo Testamento,
mediante o derramamento do sangue de Cristo, o pecado foi quitado, perdoado,
tirado (Hb 9.26,28). A morte do Senhor foi:

225
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Propiciatória

Propiciar significa “tornar propício, favorável”, também tem o sentido de “juntar”,


“reconciliar”, conforme lemos em 1Jo 2.2: “E ele é a propiciação pelos nossos
pecados e não somente pelos nossos, mas também pelos de todo o mundo” (Rm
3.23-26; Hb 2.17).

Substitutiva

Significa que Jesus morreu no lugar de toda a humanidade. Ele foi o substituto
perfeito para todos os que buscam o perdão de Deus (Is 53.4-6; 1Pe 2.24).

4
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Redentora

Jesus satisfez todas as condições exigidas pela justiça divina a fim de nos redimir.
Sua morte vicária foi o preço da nossa redenção (Jo 1.14; 1 Co 1.30; Hb 10.5; 1 Pe

Ef 1.13).

Reconciliadora
8 37
1.18,19; Cl 2.14); razão pela qual somos sua propriedade particular (1 Co 6.19,20;
6.
Reconciliar é reatar uma amizade, ou conciliá-la outra vez. Em razão do pecado, o
homem tornou-se inimigo de Deus. Não há outra maneira de reconciliar-se com
Ele, ao não ser através da morte expiatória de Cristo Jesus, nosso Senhor (Rm
5.10; 2Co 5.18,19; Cl 1.21).
83

Triunfante
5.

A morte de Cristo foi um triunfo contra o Diabo, o pecado, e a própria morte (1Co
15.55-57; Cl 2.15; 1Jo 3.8). Glória a Jesus!

4.3 A NECESSIDADE DA EXPIAÇÃO SE DEVE A DOIS FATOS


04

Deus é santo e não poder contemplar o pecado; o pecado interrompeu de tal


modo o relacionamento do homem com Deus, que sua santa ira exigiu a condenação.

5. O Alcance da Expiação em o Novo Testamento


5.1 A MORTE DE CRISTO TEM EFEITO RETROATIVO
No Antigo Testamento os sacrifícios eram imperfeitos. Segundo alguns renomados
teólogos, a morte de Cristo é retroativa em seus efeitos, sendo desta maneira válida
para todo aquele que confiou em Deus para o perdão dos pecados sob a primeira

226
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aliança. Isto quer dizer que os crentes do Antigo Pacto foram salvos por antecipação do
sacrifício de Cristo, conforme Hb 9.15: “E, por isso, é Mediador de um novo testamento,
para que, intervindo a morte para remissão das transgressões que havia debaixo do
primeiro testamento, os chamados recebam a promessa da herança eterna”. Rm
3.25. Esse aspecto da expiação não tem sido bem entendido por muitos que estudam
esse tema, entretanto, é profundamente esclarecedor quanto ao alcance da salvação
efetuada por Jesus.

5.2 A EXPIAÇÃO NO PRESENTE

4
A salvação em Cristo contempla o passado, o presente e o futuro: “Na verdade, na
verdade vos digo que quem ouve a minha palavra e crê naquele que me enviou tem a

-7
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vida eterna e não entrará em condenação, mas passou da morte para a vida” (Jo 5.24;
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2Co 6.2; Hb 3.15). Aqui vemos a perfeita segurança da redenção de Deus, através de
nosso Senhor Jesus Cristo. Se uma pessoa “ouve” (no presente) a palavra, e “crê” (no

37
presente) em Deus, que enviou Jesus, “tem a vida eterna” (no presente); e mais: “não
entrará em condenação” (no futuro); mas “passou” (tempo passado) “da morte para a
vida”.
8
5.3 O ASPECTO FUTURO DA EXPIAÇÃO
6.
O crente em Jesus já foi regenerado, justificado e santificado. Mas ainda lhe falta
o último estágio da plena salvação em Cristo, que é a glorificação. A Bíblia afirma que
esperamos a adoção, isto é, a redenção do nosso corpo (Rm 8.23).
83

Quando ocorrer a glorificação, atingiremos, em fim, a estatura de “varão perfeito”


(Ef 4.13).
A morte de Cristo é retroativa em seus efeitos, sendo válida para todos aqueles
5.

que confiaram, confiam e confiarão no sacrifício salvífico de Jesus.


A redenção da humanidade decorre da graça, misericórdia, e amor de Deus.
A mente humana, limitada e falível, jamais poderá aquilatar o valor da salvação em
Cristo. Jesus, por seu próprio sangue, entrou uma vez no santuário, e efetuou uma
04

eterna redenção (Hb 9.12). “Quem crer e for batizado será salvo; mas quem não crer
será condenado” (Mc 16.16).
Ninguém que leia as Escrituras de modo perceptivo pode fugir à realidade de que
o sacrifício está no âmago da redenção, tanto no Antigo Testamento quanto no Novo
Testamento. A figura de um cordeiro ou cabrito sacrificado como parte do drama da
salvação e da redenção remonta à Páscoa (Ex 12.1-13). Deus veria o sangue aspergido
e ‘passaria por cima’ daqueles que eram protegidos por sua marca. Quando o crente
do Antigo Testamento colocava as mãos no sacrifício, o significado era muito mais que
identificação (isto é: ‘Meu sacrifício’). Era um substituto sacrificial (isto é: ‘Sacrifico isto
em meu lugar’).

227
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Os termos ‘propiciação’ e ‘expiação’ relacionam-se estreitamente com o conceito
de sacrifício e procuram informar o efeito do sacrifício de Cristo. No Antigo Testamento,
refletem kipper e seus derivados; no Novo, hilaskomai e seus derivados. Os dois grupos
de palavras significam ‘aplacar’, ‘pacificar’ ou ‘conciliar’ (isto é, propiciar) e ‘encobrir com
um preço’ ou ‘fazer expiação por’ (a fim de remover pecado ou ofensa da presença de
alguém: expiar). Às vezes a decisão de escolher um significado em preferência a outro
tem mais a ver com a posição teológica que com o significado básico da palavra. [...]”.

4
A Salvação

-7
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1. Introdução
A doutrina da salvação, chamada
de Soteriologia, ocupa-se do estudo
do plano salvífico (Ef 1.3-14), da obra
8
de Cristo (Rm 3.24-26), e da aplicação
37
da salvação ao homem (Ef 2.8-10),
6.
de acordo com a Escritura. O termo
procede do grego sōtēria, traduzido por
“salvação”, “libertação” e “preservação”.
Nos textos de Lc 1.69,71 e Hb 11.7,
83

o vocábulo é usado com o sentido


de “livrar ou preservar de um perigo Salvação
eminente”. A palavra equivalente usada no Antigo Testamento é yeshû‘â (o nome Jesus
5.

no grego, procede desse termo hebraico, Mt 1.21), isto é, “salvação”, “livramento”. O


termo hebraico é usado, em Gn 49.18, como referência à salvação do Senhor (ver Dt
32.15; 1Sm 12.1), e, em Ez 37.23, com o significado de “livrar” dos pecados. Portanto,
salvação, quer no Antigo ou Novo Testamento, significa libertação, livramento ou
04

preservação de um perigo eminente.


Afirma Matthew Henry que a nossa “salvação é tão bem projetada, tão bem
harmonizada, que Deus pode ter misericórdia dos pobres pecadores e estar em paz
com eles, sem nenhum prejuízo de sua verdade e justiça”. Quem há de contestar o
irmão Henry? Certo teólogo, aliás, chegou a declarar que o Plano de Salvação é tão
eterno quanto o próprio Deus.

228
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SALVA
SALVAÇÃ
VAÇÃO
ESPÍRITO
PAI - FILHO
SANTO
Eleição
Convencendo do
Predestinação
o, da justiça
pecado,
Chamamento
e do juízo

4
HOMEM
Conversão

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Arrependimento

2. O Que é a Salvação
2.1 DEFINIÇÃO ETIMOLÓGICA
8 37
Na língua original do Novo Testamento, a palavra sōtēria, além de salvação, traz as
6.
seguintes significações: “libertação de um perigo eminente. Livramento do poder e da
maldição do pecado. Restituição do homem à plena comunhão com Deus” (Dicionário
Teológico).
83

2.2 DEFINIÇÃO TEOLÓGICA


Doutrina segundo a qual, Deus, em seu insondável amor, ofereceu o seu Unigênito
5.

para salvar pela graça, por intermédio da fé, os que o aceitam como o único e suficiente
Salvador (Ef 2.8-10). A salvação é amorosamente i clusiva; contempla a humanidade
por inteiro, visto que todos nós, em Adão, caímos no pecado pela transgressão da Lei
de Deus; logo: todos precisaram ser resgatados por Cristo. Ler Rm 5.12,17,18; Gl 4.4,5;
04

Is 43.27.

3. A Graça de Deus na Salvação do Homem


Agostinho realça a doutrina da graça divina: “A graça de Deus não encontra homens
aptos para a salvação, mas torna-os aptos a recebê-la”. Nesta admirável definição,
temos a essência do que é e do que representa a graça de Deus.
3.1 DEFINIÇÕES
Definição etimológica: Tanto a palavra hebraica hessed, quanto a grega charis,

229
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trazem a ideia de favor imerecido. Esta é a mais universal e clássica definição de graça.
Definição teológica: A graça, portanto, é o favor imerecido que Deus,
gratuitamente, concede à raça humana, capacitando-nos a compreender, a aceitar e a
usufruir, de imediato, das bênçãos do Plano de Salvação (Ef 2.8,9).

3.2 OBJETIVOS DA GRAÇA DE DEUS


A graça tem por objetivos:
1- salvar o homem da condenação do pecado; e

4
2- restringir a ação deste, levando o ser humano a viver nas regiões celestiais em
Cristo Jesus (Rm 5.2; Ef 2.8). A graça é operada mediante a fé.

-7
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4. A Presciência de Deus

37
“Presciência é o aspecto da onisciência relacionado com o fato de Deus conhecer
todos os eventos e possibilidades futuros”.
Este atributo divino não interfere nas decisões do homem, nem do seu livre
arbítrio.
8
As ações do homem não são permitidas ou impedidas simplesmente porque são
6.
previamente conhecidas por Deus: At 2.23; 26.5; Rm 3.25; 8.29; 11.2; 1 Pe 1. 2,20; 2
Pe 3.17.
83

5. A Iniciativa de Deus na Salvação


Deus é quem toma a iniciativa na salvação das pessoas.
5.

A necessidade desta iniciativa vem do fato do homem estar morto espiritualmente


e não poder operar a sua própria salvação (Ef 2. 1-3, 5, 6).
O pecador, sem a graça de Deus (1Co 2.14; 2Co 4.4; Ef 4.18). Por isso, Deus toma
a iniciativa na salvação do homem.
04

6. Eleição e Predestinação
Conforme Efésios 1.4,5, a eleição (v.4) precede a predestinação (v.5) que, embora
infinita e insondável, não é a salvação em si. A predestinação é “para a salvação” (2 Ts
2.13), a fim de sermos filhos de adoção (Ef 1.5).

6.1 ELEIÇÃO (EF 1.4,5)


Antes mesmo de o Universo ter sido criado, nós já havíamos sido eleitos por Deus

230
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para usufruir plenamente da salvação. Leia também 1Pe 1.1,2.

6.2 PREDESTINAÇÃO.
O apóstolo afirma que fomos não somente eleitos, mas igualmente predestinados
à vida eterna (Ef 1.5).
Isto não significa, porém, que Deus tenha amado apenas uma parte da raça
humana; amou-a por completo. Pois a promessa do Salvador foi feita em primeiro lugar
a Adão — o pai de todas as famílias da Terra e representante de toda a humanidade
(Gn 3.15). Portanto, basta o homem receber a Cristo para desfrutar, de imediato, dos

4
benefícios da eleição e da predestinação. Em sua presciência, Deus elegeu, em seu
Filho, aqueles que, aceitando o Evangelho, experimentam o milagre da regeneração.

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7. Arrependimento

37
7.1 EXIGÊNCIA DO ARREPENDIMENTO NA SALVAÇÃO
Arrependimento é o primeiro passo que se requer na salvação. Sem ele não há
salvação. Os profetas do antigo testamento pregaram o arrependimento, implícito na
8
ideia da salvação, como uma exigência básica de Deus para o livramento do povo (Dt
30.10; Jr 8.6; Ez 18.30).
6.
Arrependimento foi também o ponto alto na pregação de João, o Batista, como
exigência do Reino de Deus (Mt 3.2; Mc 1.15).
Jesus seguiu a mesma linha de pregação do precursor, requerendo o
83

arrependimento dos homens para a entrada no Reino de Deus (Mt 4.17; Lc 13.3-5).
O mesmo fez os apóstolos (Mc 6.12; At 2.38; 3.19; 20.21; 26.20). O arrependimento
é uma ordem de Deus para todos os homens e em todos os lugares (At 17.30).
5.

7.2 SIGNIFICADO DE ARREPENDIMENTO


O arrependimento (gr. Metanoia) é essencialmente uma mudança na mente em
04

relação ao pecado e a Deus.


O arrependimento envolve uma completa mudança de pensamento sobre o
pecado e a percepção da necessidade de um salvador.
Esses são os passos que levam o homem ao arrependimento operado por Deus:
• Reconhecimento do pecado (Sl 51.3,7)
• Tristeza pelo pecado (Sl 51.1,2; 2 Co 7.9,10).
• Abandono do pecado (1 Jo 3.9).
A pessoa arrependida quer fazer a vontade de Deus. Decide deixar o pecado e
seguir a cristo.
231
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8. Fé em Jesus Cristo
8.1 A EXIGÊNCIA DA FÉ PARA A SALVAÇÃO
Junto com a exigência do
arrependimento para a salvação vem a
fé em Cristo. A fé é o elemento essencial
na salvação cristã. É por meio dela que
a graça divina opera em nós. É pela fé
em cristo que somos salvos (At 16.31;
Ef 2.8; Rm 5.1).

4
Paulo resume sua exortação aos

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cristãos da Galácia dizendo que “em

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Cristo Jesus nem a circuncisão nem a Fé salvadora


incircuncisão vale coisa alguma; mas sim
a fé que opera pelo amor” (Gl 5.6). A fé é básica no plano redentivo de Deus.

8.2 CONCEITO DE FÉ SALVADORA


8 37
A fé salvadora [do gr. Pistenõ; do lat. Salvadore] isto é, proveniente da proclamação
do evangelho, esta fé leva-nos a receber a Cristo como nosso único e sufiiente salvador
6.
(Jo 3.16).
A fé salvadora só há de nascer no coração humano através da pregação do
evangelho (Rm 10.13-17). Sem a mensagem da cruz, não pode haver fé salvadora.
83

8.3 CONVERSÃO
SIGNIFICADO DE CONVERSÃO E SUA RELAÇÃO COM ARREPENDIMENTO E FÉ
5.

Deus requer a conversão dos pecadores para que sejam perdoados e salvos (Is
55.7; Jr 18.11; Mt 18.3; At 3.19), como também exige arrependimento e fé (At 2.38;
16.31). A conversão está intimamente associada ao arrependimento e a fé, mas destes
04

pode ser distinguida. Num sentido mais geral, conversão inclui o arrependimento e a
fé (At 3.19; At 2.38; At 16.31).

9. Composição da Salvação
UNIÃO COM CRISTO
Em Cristo é o lugar onde se opera a salvação. Os homens estão em Cristo ou fora
de Cristo, e por isso, salvos ou perdidos. Paulo declara que “Se alguém está em Cristo
nova criatura é” (2Co 5.17). Recebemos todas as bênçãos espirituais como resultados
de estarmos “em Cristo” (Ef 1.3-14).

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Em Rm 6.1ss, o apóstolo explica que o segredo da salvação efetiva na vida, capaz
de produzir santificação e libertação, é a nossa união com Cristo, da qual o batismo é
um sinal exterior.
Em Jo 15.1ss, também está claro que a única maneira de se viver à vida cristã é na
união com Cristo. Este é o ensino uniforme do novo testamento.
No arrependimento, fé e conversão, o pecador é levado até Cristo e único a ele
pelo Espírito Santo.

10. A Regeneração

4
Neste tópico, entraremos a ver por que a regeneração é tão importante à união

-7
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do ser humano com Deus. Vejamos, pois, o que é a regeneração?

37
10.1 DEFINIÇÃO ETIMOLÓGICA
A palavra regeneração significa gerar de novo, nascer outra vez.
8
10.2 DEFINIÇÃO TEOLÓGICA
A regeneração é a obra fundamental e instantânea de Deus que concede
6.

gratuitamente ao pecador uma nova vida espiritual através dos méritos de Cristo. É a
natureza divina operando no crente por intermédio da ação do Espírito Santo (2 Pe
1.1-5).
83

10.3 A NECESSIDADE DA REGENERAÇÃO


É necessária para se entrar no céu (Jo 3.3); para se resistir ao pecado (1 Jo 3.9);
5.

para se ter uma vida de retidão (1 Jo 2.29).

11. A Justificação
04

11.1 DEFINIÇÃO ETIMOLÓGICA


A palavra justificação é oriunda do hebraico tsādēq e do grego dikaios. Significa,
declarar justo pelos méritos de Cristo.

11.2 DEFINIÇÃO TEOLÓGICA


Justificação é um termo forense e traz esta rica conotação: declarar alguém justo,
como se este jamais houvera cometido quaisquer iniquidades. Logo: é mais do que
absolvição; é colocar o pecador arrependido no lugar de justo.

233
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11.3 BENEFÍCIOS DA JUSTIFICAÇÃO
Estes são alguns dos benefícios da justificação: um novo relacionamento com a Lei
(At 13.39); um novo relacionamento com Deus (Rm 5.1,9); uma nova concepção sobre
a própria culpa (Rm 8.33); uma nova perspectiva quanto ao futuro (Tt 3.7).

12. A Adoção
Antes de aceitarmos a Cristo, éramos apenas criaturas; agora, coerdeiros de Cristo
Jesus com pleno acesso a todas as bênçãos que, nEle, reservou-nos o Pai Celeste (Ef

4
1.13; 1Co 3.21). A adoção, portanto, é uma das mais belas e confortadoras doutrinas
da Bíblia.

-7
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12.1 DEFINIÇÃO ETIMOLÓGICA


A palavra adoção, considerada literalmente, significa colocar na posição de filho.

12.2 DEFINIÇÃO TEOLÓGICA


8 37
No Novo Testamento, o vocábulo descreve o ato pelo qual Deus recebe, como
filho, alguém que, legal e espiritualmente, não desfruta do direito de tê-lo como Pai. A
6.
partir desse momento, passa esse alguém, mediante o sacrifício de Cristo no Calvário,
a desfrutar de todos os privilégios que Deus preparou àqueles que aceitam a Cristo
como único e suficiente Salvador. O termo adoção encontra-se apenas nas epístolas
paulinas (Rm 8.15,23; 9.4; Gl 4.5; Ef 1.5).
83

12.3 OS PRIVILÉGIOS DA ADOÇÃO


Adotado por Deus, o crente é considerado como filho do Pai Celeste (1Jo 3.2);
5.

como irmão de Jesus (Hb 2.11); como herdeiro dos céus (Rm 8.17). De igual modo,
é libertado do medo (Rm 8.15) e desfruta de segurança e certeza de vida eterna (Gl
4.5,6).
04

13. A Santificação
A doutrina da santificação é uma das mais negligenciadas de nosso púlpito. Apesar
disso, sua validade e reivindicações continuam tão eloquentes hoje como nos tempos
bíblicos. O que é, todavia, a santificação?

13.1 DEFINIÇÃO ETIMOLÓGICA


A palavra santificação, nos seus dois principais termos das Escrituras (qōdesh, no
A.T., e hagiazō, no N.T.), significa: separação do mundo e consagração a Deus.

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13.2 DEFINIÇÃO TEOLÓGICA
Tendo por base a graça divina, a santificação leva o crente a separar-se do mundo,
de sua filosofia de vida e de suas vis concupiscências, a fim de consagrar-se totalmente
a Deus e ao serviço de seu Reino.

13.3 A SANTIFICAÇÃO É UM PROCESSO


Se a regeneração é um ato instantâneo, a santificação é um processo, através do
qual o homem, continuamente, torna-se, pela ação do Espírito Santo, mais parecido
com Deus (Pv 4.18; Fp 3.12-14; 2 Co 3.18).

4
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13.4 OS PROPÓSITOS DA SANTIFICAÇÃO
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Levar o homem a identificar-se com o seu Criador (Lv 19.2; Gl 2.19) e constranger
o homem a dedicar-se ao serviço de Deus (Êx 19.6).

13.5 OS MEIOS DA SANTIFICAÇÃO


37
Estes são os meios através dos quais Deus opera, em nós, a santificação: a Palavra
8
(Jo 17.17); o sangue de Jesus (Hb 13.12); o Espírito Santo (2Ts 2.13); a fé em Deus (At
26.18).
6.

14. Glorificação
83

A salvação na vida do indivíduo opera-se em etapas diferentes. Ela tem um começo,


um desenvolvimento e uma consumação. No começo da salvação destacamos o
arrependimento, a fé, a conversão à união com Cristo, à regeneração e a justificação.
Os três últimos são atos exclusivos de Deus na vida de quem se arrepende, crê e
5.

se converte a Cristo. No desenvolvimento da salvação temos a santificação. Na


consumação, está a glorificação. É na glorificação que o crente pode experimentar a
plenitude da salvação. Portanto, a salvação tem um tempo passado, outro presente e
outro futuro. O conteúdo maior da experiência da salvação está no futuro (Rm 8.24;
04

13.11; 1 Pe 1.3-5; 2.1, 2; 1 Jo 3.2).

O Significado Da Glorificação
O termo glorificação aqui é empregado para designar tudo àquilo que está
incluído na salvação futura, a partir da morte física, mas especialmente
seguindo-se a volta de Cristo. Alguns textos ressaltam essa glória que será dos
salvos (Rm 5. 2; 8.18; 2 Co 4.17; Cl 1.27; 1 Pe 1.4-9). As experiências de aflições
do crente no mundo presente são amenizadas com a esperança de Glória no
mundo vindouro.

235
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14.1 ASPECTOS DA GLORIFICAÇÃO
Não sabemos tudo que está incluído na glorificação. Mas a Bíblia nos revela alguns
aspectos dessa glória.

NOVO CORPO

Na ressurreição os crentes terão um novo corpo, corpo glorificado, isto é,


adaptado as condições de existência do mundo vindouro (Lc 20.35, 36; Rm 8.23;
1Co 15.51ss; Fl 3.21). Aquele corpo não estará mais sujeito as condições ou as leis
desta criação, mas será corpo espiritual, quer dizer, regido por leis do espírito, da

4
nova criação, tal qual o corpo ressurreto de Jesus.

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NOVA HABITAÇÃO COM DEUS

Novo céu e nova terra, nova Jerusalém, são expressões bíblicas que indicam uma
nova habitação para os remidos do Senhor (Fl 3.20; Hb 11.16; 2 Pe 3.13; Ap 21.1-

37
4). Se o pecado arruinou a morada de Deus com os homens aqui na terra, na
redenção Deus proveu uma nova terra, nova morada, onde Deus estará com os
homens.
8
NOVA COMUNHÃO COM DEUS
6.

Nossa relação com o Pai e com o Filho neste mundo é pela fé. Estamos ausentes
do Senhor (2 Co 5.6).Nossos privilégios de filhos de Deus são ainda precários (1
Jo 3.2; Rm 8.23, 26), mas na glorificação teremos uma aproximação perfeita com
83

Deus e com Jesus Cristo (2 Co 5.6-8; 1 Jo 3.2; Ap 21.3,4; 22.4). A promessa para o
final é que veremos a sua face; e nas suas frontes estará o seu nome (Ap 22. 4).
5.

LIBERTAÇÃO PLENA DO PECADO

Na justificação o crente é libertado da culpa e do castigo do pecado; na regeneração


e na santificação a libertação é do poder do pecado na vida; na glorificação a
04

libertação é não só das consequências e do poder do pecado, mas também da


presença do pecado, e de modo completo. O pecado não mais existirá na alma
nem no mundo dos salvos e não mais interferirá na relação com Deus e com o
próximo. Os salvos são normalmente perfeitos (Hb 12.23; 2 Pe 1.4; Ap 21.27).
Uma nova sociedade surgirá dos remidos de Cristo. Desta forma, a salvação
estará consumada.

Portanto, a salvação tem um caráter essencialmente escatológico. As experiências


de salvação desfrutadas no tempo presente são apenas indícios e antecipação parcial
das bênçãos futuras. A fé e a esperança são agora as virtudes cristãs que ligam o
crente do conteúdo escatológico da salvação. O amor é a consequência prática da fé

236
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e da esperança (Gl 5.6; 1Tm 1.5; 2 Pe 1.5-7).
Na visão escatológica da salvação, o crente encontra sentido e encorajamento
para a sua vida cristã terrena.
Como é maravilhoso experimentar a salvação em Cristo Jesus! Todavia, o melhor
está por vir. Quando Ele voltar para buscar a sua Igreja, haveremos de experimentar
a salvação em toda a sua plenitude. Conforme ensina o apóstolo Paulo, os salvos
seremos transformados num abrir e fechar de olhos ante o toque da última trombeta.
E, assim, estaremos para sempre com o Senhor.

4
O Espírito Santo

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1. Introdução

como Pessoa, com sua própria individualidade (2


8
Co 3.17,18; Hb 9.14; 1 Pe 1.2). Ele é uma Pessoa
37
Através da Bíblia, o Espírito Santo é revelado

divina como o Pai e o Filho (5.3,4). O Espírito Santo


6.
não é mera influência ou poder e nem uma energia
de Deus como afirmam os Testemunhas de Jeová.
Ele tem atributos pessoais e faculdade de amar e de
83

deleitar-se na comunhão. Foi enviado pelo Pai para


levar os crentes à íntima presença e comunhão
com Jesus (Jo 14.16-18,26). À luz destas verdades,
devemos tratá-lo como pessoa, que é, e considerá-
5.

lo Deus vivo e infinito em nossas vidas, digno da


Pomba, representando o Espírito Santo
nossa adoração, amor e dedicação (Mc 1.11).

2. A Pessoa e a Obra do Espírito Santo


04

2.1 QUEM É O ESPÍRITO SANTO?


• O Espírito Santo é o agente da salvação.
• O Espírito Santo é o agente da santificação.
• O Espírito Santo reveste os crentes para o serviço do Senhor.
• O Espírito implanta os crentes no corpo místico de Cristo, que é sua Igreja.

237
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2.2 SEU TRABALHO
• Ele convence, faz nascer de novo e habita no crente (Jo 16.7-11; 3.3-6; 14.16,17).
• Ele influencia, purifica e liberta (Rm 8.8-11: 2 Ts 2.13-17: Rm 8.1-4).
• Ele capacita para o testemunho (At 1.8; Jo 1.12,33).
• Ele edifica, inspira para adoração e envia (Ef 2.20-22; Fp 3.3; At 13.2-4).

“ “(...)O Espírito de Deus nos guia para a revelação da verdade se


nós assim o permitirmos. Se tivermos o desejo de dar frutos, então

4
devemos deixá-lo que nos guie porque Ele nos conduzirá até a
verdade. Se deixarmos o Espírito ser o nosso consolador e guia, isso

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nos ajudará quando estivermos passando pelos momentos difíceis de
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nossas vidas” (Moody).

2.3 A DOUTRINA DO ESPÍRITO SANTO

37
A pneumatologia é o estudo da pessoa, obra e ministério do Espírito Santo. O
termo vem de pneuma (gr. “ar”, “vento”, “espírito”), cognato do verbo pnéo, “respirar”,
“soprar”, “inspirar”.
8
Há teólogos, frios na fé, modernistas e irreverentes que, menosprezando o Espírito
6.

Santo, afirmam que Ele é tão somente uma força, ou poder, que emana de Deus.
Todavia, o Consolador é a Terceira Pessoa da Trindade. Sim. Ele é uma pessoa em
toda a sua plenitude, pois ensina, guia, consola e fala (Jo 14.26; 16.13; At 21.11). Como
83

pessoa, o Espírito Santo chama-se a Si mesmo “Eu” (At 10.19.20).

2.4 O ESPÍRITO SANTO NO ANTIGO E NOVO TESTAMENTO


5.

O Espírito Santo está presente em toda a Bíblia. Na criação, no planejamento e na


construção do universo (Gn 1.2; Sl 104.30). Ele também atuou na formação do homem
(Jó 33.4). E agiu por intermédio dos juízes, reis, sacerdotes e profetas (2 Sm 23.2; Mq 3.8).
04

O Espírito Santo fez-se presente, ainda, no nascimento e na vida terrena de


Jesus (Lc 1.35; 4.1) . Ele Inspirou, capacitou e guiou os autores do Novo Testamento a
registrar, fidedignamente, os principais episódios do ministério de Cristo (Lc 1.1-4; Jo
21.25). Sua atuação em Atos dos Apóstolos é tão marcante, que o livro é conhecido
também como os “Atos do Espírito Santo”.

2.5 O ESPÍRITO SANTO NA ATUALIDADE


No Dia de Pentecostes, o Espírito Santo foi derramado sobre a Igreja (At 2.2),
enchendo a todos aqueles crentes e batizando-os, tal como prometera o Senhor (Lc
24.49; At 1.5). Após o Pentecostes, os discípulos passaram a pregar e a evangelizar

238
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vigorosa e eficazmente, alcançando Israel e as nações gentias sem impedimento algum
(At 28.31).
Busquemos o poder do alto; mantenhamos acesa a chama pentecostal.
O autêntico pentecostes leva o crente a evangelizar com poder e dinamismo, a orar
e a contribuir para a obra missionária. Precisamos do Espírito atuando poderosamente
em nosso meio. Caso contrário, corremos o risco de compactuar com o mundo (Rm
12.2; 1Jo 2.15). Laodiceia tornou-se intragável, porque havia se tornado espiritualmente
morna (Ap 3.15b). Busquemos, pois, o poder do alto, e lancemo-nos à conquista do
mundo para Cristo no poder do Espírito Santo (At 1.8).

4
3. A Aseidade do Espírito Santo

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3.1 A ASEIDADE E EXISTÊNCIA DO ESPÍRITO SANTO


A palavra aseidade advém do latim aseitatis e serve para designar o atributo divino,

37
segundo o qual Deus existe por si próprio. Assim como o Pai e o Filho, o Espírito Santo
é auto existente. Ou seja: não depende de nada fora de si para existir. Ele sempre
existiu; é um ser “incausado”; “não teve princípio de dias, nem fim de existência” (Hb
7.3). De eternidade a eternidade, o Espírito Santo é Deus.
8
O autor da Epístola aos Hebreus apresenta o Consolador como “o Espírito eterno”
6.
(9.14). Ele tem existência própria. Mas isso não significa que esteja separado da
Trindade. O Pai, o Filho e o próprio Espírito Santo, embora distintos como pessoas,
constituem a mesma essência indivisível e eterna da divindade.
83

3.2 ATRIBUTOS INCOMUNICÁVEIS DO ESPÍRITO SANTO


O Espírito Santo possui todos os atributos divinos. Em primeiro lugar, Ele é imutável.
Sua essência e caráter não podem ser alterados. A imutabilidade, por conseguinte, é
5.

um atributo que pertence exclusivamente á divindade (Rm 1.23; Hb 1.11).


• Onipresença. Ele está presente em todos os lugares ao mesmo tempo. Não
podemos fugir à sua presença (Sl 139.7). Como ê bom saber que podemos
04

contar com a sua companhia em todo o tempo.


• Onisciência. O Espírito Santo tudo sabe e tudo conhece. Ele nos sonda e
nos prova quanto às intenções de nosso coração (1 Co 2.10). Ninguém
pode mentir àquEle que sabe toda a verdade. Lembra-se de Ananias e
Safira? Nada escapa ao conhecimento do Espírito Santo. Sua compreensão
é infinita. Ele tudo sabe e nada ignora (Sl 139.2.11,13).
• Onipotência. Ele é Deus. Não há impossíveis para o Espírito Santo. O
homem é limitado, mas o Consolador tudo pode fazer. Ele sustenta todas
as coisas (Hb 1.3). E o maior milagre que Ele opera no homem é o do novo
nascimento (Jo 3.3).

239
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Assim como o Pai e o Filho, o Espírito Santo é autoexistente. Os seus atributos
incomunicáveis confirmam sua aseidade.

4. A Natureza do Espírito Santo


Sua Deidade
Sua divindade é demonstrada através dos seguintes fatos: As Escrituras Sagradas
lhe conferem atributos divinos, tantos Naturais quanto Morais.
Ele é eterno, onipresente, onipotente e onisciente (Hb 9.14; Sl 139.7-10; Lc

4
1.35; 1Co 2.10-11). As Escrituras lhe atribuem operações divinas, tais como: criação,
regeneração e ressurreição (Gn1.2; Jó 33.4; Jn 3.5-8; Rm 8.11). Ele está no mesmo nível

-7
de divindade e exaltação que o Pai e o Filho, possuindo a mesma natureza e essência

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que Eles (1Co 10.4-6; 2Co 13.14; Mt 28.19; Ap 1.4).

5. A Personalidade do Espírito Santo


5.1 O ESPÍRITO SANTO TEM PERSONALIDADE
37
Você sabe o que é personalidade? De acordo com o pastor Antonio Gilberto,
8
“é o conjunto de atributos de várias categorias que caracterizam uma pessoa”. As
Escrituras mostram com clareza e simplicidade que o Espírito Santo é uma pessoa.
6.

Suas ações evidenciam esta verdade. Ele ensina (Jo 14.26), testifica (Jo 15.26), guia
(Rm 8.14) e intercede por nós (Rm 8.26). Ele possui qualidades intelectivas: “Mas Deus
no-las revelou pelo seu Espírito; porque o Espírito penetra todas as coisas, ainda as
83

profundezas de Deus” (1Co 2.10,11). De acordo com Ron Rhodes, a palavra grega
para penetrar significa “investigar profundamente”. No versículo 11, a Palavra de Deus
afirma que o Espírito Santo “sabe” os pensamentos de Deus.
5.

5.2 O ESPÍRITO SANTO TEM EMOÇÕES


E não entristeçais o Espírito Santo de Deus, no qual estais selados para o Dia
04

da redenção” (Ef 4.30). Sim, o Espírito se entristece ante a desobediência consciente,


crescente e contínua do homem para com Deus (Is 63.10). E a tristeza é algo que
somente uma pessoa pode experimentar. Quando pecamos, entristecemos o divino
Consolador que em nós habita. Deixemos de lado, pois, tudo que possa entristecê-lo
(Ef 4.25-29).

5.3 O ESPÍRITO SANTO TEM VONTADE


“Mas um só e o mesmo Espírito opera todas essas coisas, repartindo
particularmente a cada um como quer” (1 Co 12.11). O texto bíblico mostra a vontade e
a soberania do Espírito Santo. Segundo Ron Rhodes, a palavra grega bouletai, traduzida

240
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por “querer”, refere-se à decisão proveniente da vontade, após deliberação prévia,
caracterizando o exercício volitivo de uma pessoa.
Precisamos conhecer melhor o Espírito Santo, pela nossa total e continua rendição
e comunhão com Ele para entendermos devidamente suas manifestações. Ele não é
um mero símbolo ou uma energia celestial. É a Terceira Pessoa da Santíssima Trindade.
Ele é Deus. Como Igreja de Cristo, mantenhamos a comunhão com o Espírito Santo, o
Espírito de santidade e de vida, a fim de preservar os ensinos e os valores bíblicos que
fundamentam a fé pentecostal.

4
5.4 SEUS SÍMBOLOS
As Escrituras usam vários símbolos para representar o Espírito Santo, com

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propósito de nos ajudar a compreender melhor sua pessoa e obra. Neste estudo os
mais comuns são:

37
Vento (Ez 37.9; Jo 3.8; 20.22; At 2.2)

Tal como o vento, o Espírito atua imprevisível e invisivelmente, porém são


percebidos seus efeitos. O Espírito é soberano, invisível e inescrutável. Ele contém
vida em si próprio.
8
6.
Pomba (Lc 3.22)

Representa amor, graça, pureza, simplicidade e a inocência. Manifestando assim


a sua santidade.
83

Óleo e Azeite (Lc 4.18; At 10.38; Ex 27.20-21; 1Sm 16.13; Zc 4.2-6; 11b 1.9)

O óleo era usado para ungir sacerdotes, reis e profetas. O Espírito nos unge com
5.

poder para o serviço do Senhor. O azeite era utilizado para fornecer energia as
lamparinas antigamente, Ele nos ilumina e glorifica a Cristo por meio das nossas
obras, nos possibilitando viver nas luzes, como filhos de Deus. O Espírito Santo é
a fonte de renovação constante do óleo divino. A unção do Espírito traz alegria.
04

Fogo (At 2.3,4; Lc 3.16-17)

O Espírito Santo queima tudo dentro de nós que não está em conformidade com
a vontade de Deus, bem como julga as nossas atitudes.

Águas Vivas (Jo 7.37-39; Jo 4.14; Is 44.3)

O Espírito Santo produz vida onde antes havia terra seca. É o mesmo Espírito que
produz uma vida frutífera e derrama bênçãos sem medida sobre a vida do crente fiel.

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Selo (Ef 1.13; 4.30; 2Co 1.22)

O selo com o Espírito Santo é nossa marca de que somos agora propriedades de
Deus e nos dá a segurança da sua fidelidade e cuidado. O gado, e até mesmo os
escravos, eram marcados com um selo pelos seus donos. Deus colocou em nós
o Seu Espírito a fim de marcarnos como sua propriedade exclusiva e particular.

6. O Batismo no Espírito Santo


Batismo no Espírito Santo é uma experiência de se receber um revestimento

4
de poder (Lc 24.49), um batismo com fogo (Mt 3.11), onde a pessoa é preenchida, e
envolvida com a glória de Deus. O batismo no Espírito significa a plenitude do Espírito

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possuindo a plenitude do homem.


Os propósitos do batismo no
Espírito Santo são capacitar os crentes
para realizarem grandes obras em
nome de Jesus (Jo 14.12,16-18; Jo
16.14), dando a eles a capacidade para
testemunhar de forma eficaz sobre o
8
Evangelho (At 1.8); Por meio do batismo
37
6.
recebemos a identidade de filhos de
Deus, herdeiros e coerdeiros com Cristo
(Ef 1.13), pois em nós opera e habita o
mesmo espírito que operou e habitou Batismo no Espírito
83

em Cristo. Quando somos batizados no Espírito Santo, nos tornamos mais sensíveis
contra o pecado (Jo 16.8), procuramos viver uma vida que glorifica a Cristo (Jo 16.13-
14; At 4.33); estamos habilitados a sermos usados pelo Espírito para entregarmos
mensagens proféticas e que edificam a igreja (At 2.4-17; 1 Co 14.2, 15), recebemos
5.

visões da parte do Espírito (Ap 1.19-20) e manifestações de dons espirituais (1Co 12.4-
10); Por fim adquirimos maior desejo de orar e de interceder (At 2.21-42; Rm 8.26), nos
aproximando assim de Deus e tempo maiores intimidades com aquele que é santo.
04

6.1 QUEM PODE RECEBER O BATISMO?


• Os que professam a fé em Jesus Cristo (Jo 14.12-17; At 2.38-4;
• Os que buscam c obedecem a Deus (At 5.32);
• Os que se consagram e se dedicam a Ele (2 Tm 2.21);
• Os que desejam ardentemente esta bênção (Jo 7.37-39);
• Os que pedem a Deus em oração (Lc 11.13; Rm 8.14-17).

242
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6.2 POR QUE DEVO SER BATIZADO?
• Mais sensibilidade contra o pecado (Jo 16.8);
• Uma vida que glorifica a Cristo (Jo 16.13-14; At 4.33);
• Mensagens proféticas e louvores (At 2.4-17; 1 Co 14.2, 15);
• Visões da parte do Espírito (Ap 1.19-20);
• Manifestação de dons espirituais (1 Co 12.4-10);
• Maior desejo de orar e interceder (At 2.21-42; Rm 8.26).
Todos nós precisamos ser cheios do Espírito Santo. Nós somos uma geração

4
profética que não pode abrir mão da unção do Espírito para fazermos o bem, curar
todos os oprimidos do diabo e anunciar o evangelho de Cristo. Somos ungidos para

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vencer as hostes de Satanás e nunca para sermos vítimas de seus ardis.

7. Os Dons Espirituais
8 37
A Bíblia fala do “dom do Espírito Santo” (At 2.38; 10.45) e dos “dons do Espírito
Santo”. A palavra “dom” refere-se à experiência de ser batizado no Espírito. Nesse caso,
o Espírito Santo é a dádiva divina. O termo “dons” refere-se à liberação de capacidades
sobrenaturais de Deus na vida do cristão.
6.
Os dons espirituais são manifestações do poder de Deus através de seus servos,
levando-os a conhecer, falar ou realizar coisas que naturalmente não lhes seria possível.
83

7.1 POR QUE DEVEMOS CONHECER OS DONS DO ESPÍRITO?


• Porque é uma mensagem importante dentro da Bíblia;
• Porque Deus declara que não quer que sejamos ignorantes quanto ao
5.

assunto (1Co 12.2);


• Porque evidenciam a unidade do Corpo, a Igreja (Rm 12.5; Ef 4.1-3);
• Porque eles servem para aperfeiçoar os crentes (Ef 4.12a);Porque
04

aparelham os crentes para o serviço cristão (Ef 4.12b);


• Porque os dons são o instrumento de Deus operando na vida de cada
cristão, visando à edificação do corpo espiritual, a Igreja (1Pe 2.9; Ef 4.16);
• Porque a cada crente, Deus concede um dom (1Co 12.7: “cada um “) que o
capacita a dar a sua contribuição peculiar ao Reino de Deus.

243
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8. A Diversidade de Dons Ministeriais


Por causa da ênfase que se tem dado à lista de dons que aparece em 1Co 12,
há uma tendência comum de se pensar que só existem nove dons espirituais. Mas
veremos que há no Novo Testamento referência a outros dons concedidos pelo
Espírito Santo. No quadro abaixo listaremos os dons no geral, sejam ministeriais ou
manifestações espirituais na igreja. Mas, logo após, trataremos detalhadamente dos
dons espirituais de 1Co 12.

RELAÇÃO DOS DONS NO NOVO TESTAMENTO

4
REFERÊNCIA
DONS ESPIRITUAIS

-7
BÍBLICA

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Profetizar, ministrar, ensinar, exortar, contribuir, presidir,


Rm 12:6-8
exercer misericórdia.

1 Co 7:7-11

1 Co 12:8-10
Celibato

37
Palavra de sabedoria, palavra de conhecimento, fé, dons
de curar, operações de milagres, profecia, discernimento
8
de espíritos, variedades de línguas, interpretaão de línguas.
6.
Apóstolos, profetas, mestres, operadores de milagres,
1 Co 12:28
dons de curar, socorros, governar, variedade de línguas.

Ef 4:11-14 Apóstolos, profetas, evagelistas, pastores e mestres.


83

1 Pe 4:11 Falar (ensinar), servir ou administrar.

Em 1Co 12.8-10, o apóstolo Paulo apresenta uma diversidade de dons que o


5.

Espírito Santo concede aos crentes. Nesta passagem, ele não descreve as características
desses dons, mas noutros trechos das Escrituras há ensinos sobre os mesmos.
04

Palavra de Sabedoria (At 6.3; 1Co 12.8; 13.2,9,12)

É uma enunciação do Espírito Santo aplicando a Palavra de Deus, ou sua sabedoria,


a uma determinada situação.
Exemplos: Estevão (At 6.10) e Tiago (At 15.13-21).

Palavra de Conhecimento (At 10.47,48; 13.2; 15.7-11; 1Co 12.8; 13.2,9,12; 14.25)

É uma enunciação do Espírito Santo revelando conhecimento a respeito de


pessoas, circunstâncias ou verdades bíblicas.
Exemplos: Pedro (At 5.9,10).

244
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Fé (Mt 21.21,22; Mc 9.23,24; 11.22,24; Lc 17.6; At 3.1 -8; 6.5-8; 1Co 12.9; 13.2;
Tg 5.14,15)

É a fé sobrenatural comunicada pelo Espírito Santo, capacitando o homem a crer


em Deus, para a realização de milagres.
Exemplos: Um centurião (Mt 8.5-13); uma mulher enferma (Mt 9.20-22); dois cegos
(Mt 9.27-29); uma mulher Cananéia (Mt 15.22-28); um leproso (Lc 17.11-19).

Cura (Mt 4.23,24; 8.16; 10.1,8; Jo 6.2; At 4.30; 5.15.16; 19.11.12: 1Co 12.9.28,30)

É a restauração da saúde de alguém por meios sobrenaturais divinos.

4
Exemplos: As curas realizadas por Jesus e pelos apóstolos.

-7
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Operação de Milagres (Mc 3.15; Lc 4.40,41;Jo 7.3; 10.25,32; At 2.22,43; 8.6,7;


Rm 15.19; 1Co 12.10,29; Gl 3.5)

37
Exemplos: Os milagres de Jesus e os milagres dos apóstolos.

Profecia (Lc 12.12; At 2.17.18; 1Co 12.10; 13.9; 14.1-32; 11-4.1 I: 1Ts 5.20.21;
2Pe 1.20.21; 1Jo 4.1-3)
8
É a capacidade momentânea e especial para transmitir mensagem, advertência,
6.
exortação ou revelação da parte de Deus sob o impulso do Espírito Santo.
Exemplos: Isabel (Lc 1.40-45): Maria (Lc I 46-55); Zacarias (Lc 1.67-79); Pedro (At
2.14-40; 4.8-12); doze homens de Éfeso (At 19.6); quatro filhas de Felipe (At 21.9);
Ágabo (At 21.10,11).
83

Discernimento de espíritos (1Co 12.10; 14.29)

É a capacidade especial para julgar, se profecias e outras enunciações


5.

sobrenaturais provêm do Espírito Santo.


Exemplos: Pedro (At 8.18-24); Paulo (At 13.8-12 e 16.16-18).
04

Falar noutras línguas (1Co 12.10,28,30: 13.1: 14.1-40)

É um dom que permite ao crente expressar-se, sob a influência direta do Espírito


Santo, numa língua que não aprendeu e nem conhece.
Exemplos: Os discípulos (At 2.4-11); Cornélio e sua família (At 10.44, 45; 11.17); os
crentes de Éfeso (At 19.2-7); Paulo (1Co 14.6, 15,18).

Interpretação de línguas (1Co 12,10,30; 14.5, 13.26-28)

É a capacidade especial para interpretar o que é falado em línguas estranhas,


pelo Espírito.

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A Igreja

1. O Que é a Igreja?
Igreja. Vemos esta palavra por toda a parte.
Algumas pessoas usam “igreja” para descrever um
belo edifício no centro de uma praça proeminente.
Outros a usam para descrever uma organização

4
religiosa mundial, completa com regiões, distritos
e dioceses. As definições confusas de igreja, em

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nosso tempo, muitas vezes vedam o significado


original desta palavra quando aplicada, no Novo Povo de Deus louvando
Testamento, ao povo de Deus. Neste artigo,

2. Igreja: O que Significa?


8 37
examinaremos brevemente o significado de “igreja” na Bíblia.

Igreja é um edifício construído com blocos e cimento? Não. É um edifício construído


6.
com pedras vivas. “Também vós mesmos, como pedras que vivem, sois edificados casa
espiritual para serdes sacerdócio santo, a fim de oferecerdes sacrifícios espirituais
agradáveis a Deus por intermédio de Jesus Cristo” (1Pe 2.5). Estas pedras vivas são
chamadas santos e são membros da família de Deus: “Assim, já não sois estrangeiros e
83

peregrinos, mas concidadãos dos santos, e sois da família de Deus, edificados sobre o
fundamento dos apóstolos e profetas, sendo ele mesmo, Cristo Jesus, a pedra angular;
no qual todo o edifício, bem ajustado, cresce para santuário dedicado ao Senhor, no
5.

qual também vós juntamente estais sendo edificados para habitação de Deus no
Espírito” (Ef 2.19-22).
A palavra grega traduzida como “igreja” significa, literalmente, “chamado para fora”
e assim refere-se a um grupo de pessoas chamadas para saírem do pecado no mundo
04

e servirem ao Senhor. A igreja não é nenhum tipo de instituição ou objeto impessoal. É


um corpo constituído de componentes vivos. Como um organismo vivo, a igreja pode
sentir medo (At 5.11), pode orar (At 12.5) e pode falar (Mt 18.17). Pessoas que são
chamadas para saírem do pecado não continuam participando do mal no mundo,
porque elas estão santificadas ou separadas do pecado (estude João 17.14-23; Cl 1.13;
1Pe 2.9; 1Jo 4.5-6). Deus chama o povo para deixar o mal deste mundo através da
mensagem do evangelho (2Ts 2.13-14). Aqueles que são convertidos verdadeiramente
a Cristo são chamados santos (1Co 1.2; Cl 1.1-2).
Entender o conceito bíblico de igreja como um corpo de pessoas chamadas para
fora do pecado, para serem santos, ajuda-nos a apreciar a riqueza da descrição de

246
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Paulo da “igreja de Deus, a qual ele comprou com o seu próprio sangue” (At 20.28).
Jesus não morreu para comprar terra e edifícios, nem para estabelecer alguma
instituição. Ele morreu para comprar as almas dos homens e mulheres que estavam
mortos no pecado, mas que agora têm salvação e esperança de vida eterna (Rm 5.8;
1Co 6.19-20).

2.1 A IGREJA UNIVERSAL E A IGREJA LOCAL


Algumas vezes a Bíblia usa a palavra “igreja” no sentido universal, isto é, para falar
de todo o povo que pertence a Cristo, não importa de onde ele possa ser. Jesus falou da

4
igreja deste modo: “Também eu te digo que tu és Pedro, e sobre esta pedra edificarei
a minha igreja, e as portas do inferno não prevalecerão contra ela” (Mt 16.18). Ele não

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está falando apenas de uma congregação local, nem está falando de uma organização
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ou instituição mundial. Ele está falando de pessoas, pedras vivas, construídas sobre
Jesus Cristo, a fundação sólida. Paulo falou da igreja, neste mesmo sentido universal,

37
quando escreveu: “...Cristo é o cabeça da Igreja, sendo este mesmo o salvador do
corpo” (Ef 5.23). Jesus é o cabeça sobre todos aqueles que o servem, todos aqueles
lavados e purificados de seus pecados (Ef 5.26).
Frequentemente, a palavra “igreja” é usada para descrever uma congregação local
8
ou assembleia de santos. Note uns poucos exemplos: “…à igreja de Deus que está em
Corinto, aos santificados em Cristo Jesus, chamados para ser santos…” (1Co 1.2); “E,
6.

se ele não os atender, dize-o à igreja; e, se recusar ouvir também a igreja, considera-o
como gentio e publicano” (Mt 18.17); “...saudai igualmente a igreja que se reúne na
casa deles” (Rm 16.5). Igrejas locais são o resultado da pregação do evangelho. Quando
83

as pessoas obedecem a palavra e se tornam cristãs, elas começam a reunir-se com


outros irmãos na fé.

3. A Igreja: Organismo, Não Organização


5.

A igreja é uma organização? Muitas pessoas têm a noção errada de que a igreja é
uma organização ou instituição, independente do povo que compõe a igreja. Este não
04

é o conceito bíblico de igreja. Jesus não morreu para estabelecer uma instituição, mas
para salvar o povo do pecado (At 20.28; 1Co 6.20). Jesus e o Pai não habitam numa
organização, mas no povo que os obedece (Jo 14.15, 23).
Em vez de falar de uma organização, a Bíblia descreve a igreja como um corpo
composto de membros vivos (Rm 12.4-5; 1Co 12.12-27; Cl 1.18,24; Ef 5.23). Estes
membros do corpo são “blocos” ou “pedras” usados na construção da igreja (1Pe 2.5;
1Co 3.10-15).
Muitas pessoas sugerem que a “igreja universal” é constituída de todas as
congregações locais no mundo. Isto não é um conceito bíblico. Uma igreja local consiste
de cristãos que se reúnem num determinado lugar. Eles podem ser identificados e

247
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contados (Rm 16.14,15; 1Co 16.19; Cl 4.15). A igreja universal consiste de todos os
discípulos de Cristo em todo o mundo. Nenhum homem é capaz de identificar e contar
todos os membros deste corpo universal. Tentativas de contar todos os verdadeiros
cristãos em uma nação ou no mundo ilustram a ignorância e a vaidade dos homens.
Somente Deus pode contar e identificar seus “primogênitos arrolados nos céus” (Hb
12.23).

3.1 A IGREJA COMO ORGANIZAÇÃO E COMO ORGANISMO


A Igreja como organização é talvez o primeiro contato que alguém tenha da

4
Eclesiologia.
Ao anjo da igreja em Éfeso escreve: Estas coisas diz aquele que conserva na mão

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direita as sete estrelas e que anda no meio dos sete candeeiros de ouro: (Ap 2.1)
A segunda perspectiva da Eclesiologia é da igreja como organismo, que aparece
em vários trechos das Escrituras.

o deu à igreja, (Ef 1.22)


8
3.2 COMO ORGANISMO A IGREJA É INVISÍVEL:
37
E pôs todas as coisas debaixo dos pés e, para ser o cabeça sobre todas as coisas,
6.
• Como organismo a Igreja é a união mística de todos aqueles que são
salvos
• em Jesus Cristo.
83

• Como organização a igreja é local e humana. Como organismo é universal


e divina.
• Como organização a igreja é uma criação humana.
5.

• Como organismo ele é uma criação de Deus e todos os membros têm as


características filiais.
• Como organização é temporária. Como organismo é perpétua.
04

• A igreja como organização é o andaime que precisamos para levantar a


estrutura da igreja como organismo. Quando a construção estiver pronta
o andaime será desmanchado.
• Como organização é imperfeita, mas como organismo é perfeita.
• A perfeição da igreja como organismo não significa que ela já alcançou a
maturidade, mas que está a caminho.
E ele mesmo concedeu uns para apóstolos, outros para profetas, outros para evangelistas
e outros para pastores e mestres, com vistas ao aperfeiçoamento dos santos para o
desempenho do seu serviço, para a edificação do corpo de Cristo, até que todos cheguemos
à unidade da fé e do pleno conhecimento do Filho de Deus, à perfeita varonilidade, à medida
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da estatura da plenitude de Cristo, para que não mais sejamos como meninos, agitados
de um lado para outro e levados ao redor por todo vento de doutrina, pela artimanha
dos homens, pela astúcia com que induzem ao erro. Mas, seguindo a verdade em amor,
cresçamos em tudo naquele que é a cabeça, Cristo, de quem todo o corpo, bem ajustado e
consolidado pelo auxílio de toda junta, segundo a justa cooperação de cada parte, efetua o
seu próprio aumento para a edificação de si mesmo em amor. (Ef 4.11-16)

3.3 DESCRIÇÕES BÍBLICAS DA IGREJA QUE PERTENCE A JESUS


A Bíblia não usa um nome exclusivo para a igreja. É errado, portanto, insistirmos

4
num único nome que todas as igrejas fiéis tenham que usar. Muitas passagens falam
simplesmente da igreja, algumas vezes identificando o local (cidade ou casa) onde

-7
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o grupo de cristãos se reunia. Portanto, podemos nos referir à igreja simplesmente
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como “a igreja” (At 8.1; 9.31; Rm 16.1).


Frequentemente, as descrições da igreja no Novo Testamento mostram a relação

37
que existe entre o Senhor e sua igreja. A igreja pertence a Deus, e é, muitas vezes,
chamada “a igreja de Deus” (At 20:28; 1Co 1.2; 10.32; Gl 1.13; 1Tm 3.5,15). Jesus
derramou seu sangue para comprar a igreja. Portanto, Paulo falou de “igrejas de
Cristo” (Rm 16.16) e Jesus falou de sua própria igreja (Mt 16.18). O povo de Deus pode
8
ser corretamente descrito como a “igreja dos primogênitos arrolados nos céus” (Hb
12.23).
6.

3.4 CONSIDEREMOS O SIGNIFICADO DE DESCRIÇÕES BÍBLICAS COMUNS DA


IGREJA
83

• O Corpo de Cristo (Cl 1.24; Ef 1.22-23; 4.12). Assim como o corpo humano
não pode sobreviver separado da cabeça, não podemos viver sem nosso
cabeça, Jesus Cristo (Ef 5.23; Cl 1.18). Discípulos de Jesus são membros do
5.

corpo (Rm 12.4-5; 1Co 12.12-27; Ef 3.6; 4.16; 5.30).


• O Reino de Deus ou Reino dos Céus (Mt 3.2; 4.17; Lc 4.43; At 8.12; 19.8; 20.25;
28.23,31). A ideia de reino ressalta a posição de autoridade do rei (veja
04

1Co 4.20; Hb 1.8; 12.28-29; Mt 28.18-20; Ap 12.10). O reino de Cristo não é


deste mundo (Jo 18.36). Em vez de ser uma entidade política e mundana, a
igreja é um reino espiritual assentado no caráter santo de Deus. Podemos
entrar no reino somente quando formos transformados espiritualmente
(Cl 1.13). Como servos do Rei, temos que desenvolver as características
espirituais de nosso Senhor (Tg 2.5), incluindo sua humildade, inocência
(Mc 10.14-15) e santidade (1Co 6.9-10; Gl 5.19-21).
• A Casa de Deus (1Tm 3.15) não é um edifício material, mas o santuário e a
habitação do Senhor (Ef 2.21-22). É um edifício espiritual (1Pe 2.5).
• O Rebanho de Deus (At 20.28). Jesus é o bom pastor que deu sua vida pelas

249
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ovelhas (Jo 10.11). As ovelhas ouvem sua voz e o seguem para receber a
vida eterna (Jo 10.27-28).

4. As Ordenanças da Igreja
No sentido lato, uma ordenança é meramente um mandamento e qualquer
mandamento é uma ordenança; mas a usança comum de hoje limita o termo
ordenança da prosa religiosa a formas e cerimônias especiais que pertencem à igreja
e são observadas sob sua jurisdição. Neste sentido só achamos duas ordenanças da

4
igreja na Bíblia. São:

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4.1 BATISMO
O batismo, que é a imersão em água de um

37
penitente crente em nome da Trindade ou de Cristo
por autoridade própria e para o fim de mostrar a
morte do crente para o pecado e a ressurreição
para andar em novidade de vida, foi o rito inicial
8
das igrejas do Novo Testamento. Ninguém foi
recebido sem este rito. Diz Paulo que é o modo
6.

porque crentes se fazem parte do corpo de Cristo,


a igreja (1Co 1213). Batismo nas águas
83

4.2 A CEIA DO SENHOR


A ceia do Senhor é o memorial instituído por
Cristo em que Suas igrejas são mandadas mostrar
5.

Sua morte pelo emprego de pão ázimo e vinho.


Como com o batismo, consideração ulterior virá
num capítulo inteiramente devotado a ele.
04

Elementos da ceia

5. A Missão da Igreja
As finalidades espirituais da Igreja são...

Glorificar a Deus:

O fim principal do homem é glorificar a Deus e gozá-lo para sempre. E nos


predestinou para sermos filhos de adoção por Jesus Cristo, para si mesmo,
segundo o beneplácito de sua vontade, para o louvor da glória da sua graça, a
qual nos deu gratuitamente no Amado. (Ef 1.5-6)

250
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Para edificar a si própria:

Paulo nos diz que Deus deu à Igreja apóstolos, profetas, evangelistas, pastores e
mestres “com vistas ao aperfeiçoamento dos santos para o desempenho do seu
serviço, para a edificação do corpo de Cristo, até que todos cheguemos à unidade
da fé e do pleno conhecimento do Filho de Deus...” (Ef 4.11-16).

Purificar a si própria:

Cristo deu a si mesmo pela Igreja: “a fim de santificá-la, tendo-a purificado com a


lavagem da água, pela palavra, para apresentá-la a si mesmo igreja gloriosa, sem

4
mácula, nem ruga, nem qualquer coisa semelhante, mas santa e irrepreensível.”
(Ef 5.26-27)

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Educar seus membros:

37
Portanto ide, fazei discípulos de todas as nações, batizando-os em nome do Pai,
e do Filho, e do Espírito Santo. (Mt 28.19).

Evangelizar o mundo:
8
A grande comissão manda que a Igreja vá por todo o mundo e pregue o Evangelho.
6.

(Mc 16.15).

Restringir o mal no mundo:


83

Os crentes são o sal da terra e a luz do mundo. Por sua influência e testemunho,
eles detêm o progresso da iniquidade (2Ts 2.6-7). Deus retém o juízo por causa
da presença dos santos entre os maus.
5.

Promover o bem estar no mundo:

Então, enquanto temos oportunidade, façamos bem a todos, mas principalmente


04

aos da família da fé (Gl 6.10). Concernente a Jesus de Nazaré, como Deus o ungiu
com o Espírito Santo e com poder; o qual andou por toda parte, fazendo o bem
e curando a todos os oprimidos do Diabo, porque Deus era com ele (At. 10.38).

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As Últimas Coisas

1. Introdução
Escatologia significa “Doutrina das Últimas Coisas” e, portanto, tem como escopo
o estudo das profecias concernentes ao fim desta era e a volta de Cristo.

2. A Segunda Vinda de Cristo

4
-7
2.1 SUA REALIDADE

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Já no tempo dos apóstolos a segunda


vinda de Cristo era negada (2 Pe 3.4), e
ainda hoje encontramos pessoas que
negam a realidade desta doutrina. Por isso
é necessário demonstrar, pelas Escrituras, a
sua realidade. Ela é estabelecida por vários
testemunhos bíblicos:
8 37
1- Pelo Testemunho dos Profetas (Zc
6.
Cristo nos céus
14.3-5; Ml 3.1; Ez 21.26,27).
2- Pelo Testemunho de João Batista. (Lc 3.3-6). 3- Pelo Testemunho de Cristo (Jo
14.2,3).
83

4- Pelo Testemunho dos Anjos (At 1 11).


5- Pelo Testemunho dos Apóstolos (Mc 13.26; Lc 21.27; 1 Jo 3.1-3; Tg 5.7; 1 Pe
1.7,13; 1 Ts 4.13-18; Hb 9 27).
5.

2.2 A NATUREZA DA SEGUNDA VINDA


NÃO É ESPIRITUAL:
04

• Como a vinda do Espírito Santo no Pentecostes.


• Como na conversão do pecador.
• Como na conversão do mundo, pela expansão do cristianismo (Lc 18.8;
2Ts 2.13-12; 1Tm 4.1; Lc 17.26-30).

É LITERAL:
• Pessoal e Corporal: A parousia indica presença pessoal (At 1.11). A palavra
parousia é usada nas seguintes passagens: (Mt 24.3,27,37,39; 1Co 1 8;15.23;

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1 Ts 2.19; 1 Ts 3.13;4.15; 5.23); e nas seguintes passagens referindo-se a
homens: (1 Co 16.17; Fp 2.12; 2 Co 10.10)
• Visível: A apokalupsis indica a visibilidade da vinda do Senhor (Ap 1.7,9-
11; Mt 24.26,27,30). O termo apokalupsis é usado nas seguintes passagens:
(Rm 8.19; 2 Ts 1.7; 1 Pe 1.7,13; 4.13) Obs.: O termo epiphaneia (aparição,
manifestação) é usado tanto para o primeiro advento (2Tm 1.10), como
para o segundo (2Ts 2.8; 1Tm 6.14; 2Tm 4.1,8; Tt 2.13).
• É Súbita: Ap 22.7,12,20; Mt 24.27
• É Iminente, do ponto de vista profético: Tt 2.13; Hb 9.28; 1Ts 1.9,10; Rm

4
13.11
• É Próxima, do ponto de vista histórico: Lc 21.28; Mt 16.3; 24.33; 24.3

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• Em duas Fases (Sf.2:3).


A primeira fase: O arrebatamento da igreja, nos ares (1 Ts 4.16,17; Jo 14.3); a
parousia.

1 Ts 3.11; Zc 14.4,5; Jd14). 37


A segunda fase: A revelação ao mundo, na terra (2 Ts 1.7-9;2.7,8; Cl 3.4; Ap 1.7;

A seguir uma comparação entre os dois eventos.


8
6.
ARREBATAMENTO SEGUNDA VINDA

Os santos arrebatados vão ao céu; Os santos vêm a terra;

Acontecimento iminente sem sinais; Seguem sinais, inclusive a tribulação;


83

A terra não é julgada; A terra é julgada;

Não mencionado no A.T.; Predito várias vezes no A.T.;


5.

Envolve apenas cristãos; Afeta todos os homens;

Nenhuma referência à Satanás; Satanás é amarrado;


04

Cristo vem para os Seus; Cristo vem com os Seus;

Ele vem nos ares; Ele vem à terra;

Somente os Seus o veem; Todo olho O verá;

Começa a Tribulação. Começa o Milênio.

Pré-Tribulacional: A primeira fase (Ap.3:10).


Pré-Milenista: A primeira e segunda fase (2 Tm.2:12).

253
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Os Sinais Precedentes da Segunda Vinda
Sinais nos Céus (Lc 21.25a).
Sinais na Terra (Lc 21.25b; Mt 19.28;24.6-8).
• Terremotos (Mt 24.7)
• Pestes (Mt 24.7)
• Guerras e fome (Mt 24.7).
• Progresso científico (Dn 12.4; Na 2.4).
• Apostasia (1 Tm 4.1; 2 Tm 4.1-4; 2 Pe 2.1,2).

4
• Tempos difíceis (2 Tm 3.1-5; Tg 5.1-8).

-7
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3. A Tribulação
Imediatamente após o arrebatamento da igreja inicia-se um período de tempo, na
terra, que a Bíblia chama de tribulação.

3.1 TIPOS DE TRIBULAÇÃO


8 37
Os teólogos se dividem em três diferentes correntes:
6.

Mid-Tribulacionistas:

Os defensores desta opinião acreditam que a igreja vai passar pela primeira
metade da tribulação, e será arrebatada no meio (mid) dos dois períodos de três
83

anos e meio cada. Seus defensores citam At 14.22 para fundamentar esta opinião.
5.

Pós-Tribulacionistas:

Estes acreditam que a igreja passará por todo o período da tribulação, e será
arrebatada apenas após a tribulação, por ocasião da segunda vinda de Cristo.
04

Eles não distinguem a segunda vinda em duas fases.

Pré-Tribulacionistas:

Os defensores desta doutrina acreditam que a igreja não passará pela tribulação,
pois será arrebatada antes que ela se inicie (Ap 3.10; Rm 5.9; 1Ts 1.10; 5.9).

3.2 O PERÍODO DA TRIBULAÇÃO


Segundo as Escrituras o período da tribulação é de sete anos, um período que
será abreviado por causa dos eleitos (Mt 24.22).

254
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IDENTIFICADO COM A 70ª SEMANA
A tribulação é também chamada de septuagésima semana de Daniel. Deus revelou
a Daniel que 70 semanas de anos (Ez 4.5,6; Gn 29.27; Lv 25.8; Dn 9.2,24) estavam
determinada sobre Israel. Essas 70 semanas inciaram-se com a volta de Neemias e com
a reconstrução dos muros e da cidade de Jerusalém (Dn 9.25; Ne 2.1-8). O sacrifício
de Cristo na cruz ocorreu depois da 69 semana (Dn 9.25), bem como a destruição
de Jerusalém em 70 d.C. A última semana, ou seja a septuagésima, mencionada em
Dn 9.27, ainda não se cumpriu, demonstrando que há uma quebra na sucessão das
semanas, por um período de tempo indeterminado, entre a 69 e a 70 semana, período
este reservado para os gentios (Lc 21.24).

4
-7
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DIVIDIDO EM DOIS PERÍODOS:
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Esta última semana divide-se em dois períodos de três anos e meio cada um.
• Anos: A expressão “um tempo, tempos e metade de um tempo” (Dn 7.25;


37
12.7; Ap 12.14) se refere a “um ano, dois anos e metade de um ano”, o que
equivale a “três anos e meio”.
Meses: Este período de três anos e meio equivale ao período de “quarenta
8
e dois meses” mencionado na Bíblia (Ap 11.2; 13.5).
• Dias: O mesmo período também identificado na Bíblia por dias: “1.260
6.

dias” (Ap 11.3; 12.6; Dn 12.11,12).

3.3 A PRIMEIRA METADE DA TRIBULAÇÃO:


83

• Aliança de Israel com o Anticristo (Dn 9.27; Jo 5.43; Is 28.14-18).


• As duas testemunhas (Ap 11.3).
5.

3.4 A SEGUNDA METADE DA TRIBULAÇÃO


Chamada de grande tribulação ou angústia de Jacó (Mt 24.21,...).
04

• Perseguição aos judeus (Ap 11:2; 12.6,14).


• Perseguição aos convertidos (Ap 7.13,14).
• A besta política, o Anticristo (Ap 13.1-10).
• A besta religiosa, o Falso Profeta (Ap 13.11-18)
• Os 144.000 judeus (Ap 7.4-8;14.1-5).
• Abominação desoladora (Dn 9.27;12.11; Mt 24 15; Ap 13 14,15; 2Ts 2.9).

255
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4. O Milênio
Depois da tribulação Cristo voltará à terra com Seus santos e inaugurará o reino
milenial (Ap.20:2-7). A palavra millennium vem do latim mille e annus que significa mil
anos. O termo grego usado na Bíblia é chiliasm (quiliasmo).

4.1 TEORIAS SOBRE O MILÊNIO

Amilenistas:

4
Os que defendem esta posição não creem na literalidade do reino milenial. Para
eles o milênio é uma realidade puramente espiritual, que se estende do primeiro

-7
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advento ao segundo advento de Cristo, período este que já se completou quase


2.000 anos, e que culminará na grande tribulação para restauração da igreja e o
progresso do testemunho do evangelho.

Pós-Milenistas:
8 37
Tal como os amilenistas, os pós-milenistas colocam a segunda vinda e o
arrebatamento da igreja depois do milênio e da tribulação. eles identificam a
tribulação com a revolta de Gogue e Magogue (Ap.20:8,9). Os pós-milenistas
6.
acreditam que a história avança em direção à cristianização do mundo pela igreja,
e que haverá um milênio futuro de duração indeterminada.

Pré-Milenistas:
83

Para estes o milênio é futuro e literal de mil anos na terra, que vem precedido pela
tribulação, e é posterior a segunda vinda. Há dois tipos de pré-milenismo, a saber:
1- Pré-Milenismo Histórico: Colocam o milênio depois da tribulação, mas
5.

creem que a tribulação será um período breve e indeterminado de aflição.


2- Pré-Milenismo Dispensacionalista: Estes vinculam a tribulação à 70
semana de Daniel, e, assim, baseado nela, consideram a sua duração por
04

um período de sete anos.

4.2 A NATUREZA DO MILÊNIO


• Cristo Reinará (Zc 14.9).
• Davi Reinará (Ez.34.23,24;37:24).
• Os Crentes Reinarão (Dn 7.18).
• Haverá Justiça (Is 32.1; Sl 66.3).
• Haverá Conhecimento de Deus (Is 11.9; Jr 31.34).

256
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• Haverá Paz (Is 2.4;9.6,7)
• Haverá Prosperidade (Is 35.1,2; 51.3; Am 9.13).
• Haverá Longevidade de Vida (Is 65.20; 33.24).

5. As Ressurreições
Ensinada pelo Antigo Testamento: (Jó 19.25-27; Sl 16.9-11; 17.15; Is 26.19; Os
13.14; ...).
Ensinada pelo Novo Testamento: (Jo 5.21,28,29; 1Pe 1.3; At 26.8,22,23; 23:6-8;

4
Jo 6.39,40,44,54;...).

-7
A Natureza da Ressurreição: - Universal (Jo 5.28,29) - Dupla (Dn.12.2; Ap 20.4,5).

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a) A primeira ressurreição: Em cinco etapas:

1º Cristo: as primícias (1Co 15:23a; Mt 27:52,53).

15:23b; 1Ts 4:13-15).


37
2º Igreja: pré-tribulacionista (talvez representada por Enoque Hb 11:5;1Co

3º Duas testemunhas: mid-tribulacionista (Ap 11:11).


8
4º Mártires da grande tribulação e santos do Antigo Testamento: pós-
6.
tribulacionista (Dn 12.1;...).
5º Salvos do milênio: pós-milenista.
83

b) A segunda ressurreição (Jo 5 29b; Ap 20.5a,12-14).

Características do Corpo Ressuscitado


• Do Crente:
5.

- Identificado com o corpo sepultado (Jó 19.25-27; Lc 24.31; At 7.55,56)


- Semelhante ao de Cristo (1Jo 3.2).
- Real (Lc 24.39).
04

- Livre de limitações terrenas (Jo 20.19).


• Do Incrédulo: Mortal e corrupto (Mt 5.29; 10.28; Ap 20 12,13; 21.8; Gl
6.7,8).

6. Os Julgamentos
6.1 O JUIZ
• Deus (Rm 1.32).

257
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• Cristo (Rm 2.16; 14.10-12).
• Os Santos como Auxiliares (Sl 149.9; Ap 2.26; 3.21; 1 Co 6.2,3).

6.2 NATUREZA DO JULGAMENTO


• Bema = Tribunal (1 Co 4.5; Ap 22.12).
• Israel (Sl 50.1-7; Is 1.2,24,26).
• Gentios (Sl 9.7,8;96.12,13; Zc 14.1,2).
• Besta e Falso Profeta (Ap 19.20).

4
• Anjos (Mt 25.41; 1 Co 6.3).

-7
• Satanás (Ap 20.10).

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• Juízo Final = Trono branco (Ap 20 5a,11; At 24.14; Jo 5.29).

6.3 A CRIAÇÃO DOS NOVOS CÉUS E TERRA

37
“Porque, eis que eu crio novos céus e nova terra; e não haverá mais lembrança
das coisas passadas, nem mais se recordarão.” (Is 65.17)
8
Deus irá desfazer todo o universo, através de uma bola de fogo, mas irá proteger
6.
os seus com o poder de Sua mão, e irá criar novos Céus e nova Terra.
“Mas o dia do Senhor virá como o ladrão de noite; no qual os céus passarão
com grande estrondo, e os elementos, ardendo, se desfarão, e a terra, e as obras
que nela há, se queimarão. (11) Havendo, pois, de perecer todas estas coisas,
83

que pessoas vos convém ser em santo trato, e piedade, (12) aguardando, e
apressando-vos para a vinda do dia de Deus, em que os céus, em fogo se desfarão,
e os elementos, ardendo, se fundirão? (13) Mas nós, segundo a sua promessa,
5.

aguardamos novos céus e nova terra, em que habita a justiça.” (2 Pe 3.10-13)


“E vi um novo céu, e uma nova terra. Porque já o primeiro céu e a primeira
terra passaram, e o mar já não existe.” (Ap 21.1)
04

Estes novos Céus e Terra serão absolutamente livres do pecado e de toda sua
maldição:
“Porque, como os novos céus, e a nova terra, que hei de fazer, estarão diante
da minha face, diz o SENHOR, assim também há de estar a vossa posteridade e o
vosso nome.” (Is 66.22)
“Mas nós, segundo a sua promessa, aguardamos novos céus e nova terra, em
que habita a justiça.” (2 Pe 3.13)

258
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6.4 A NOVA JERUSALÉM
“Porque esperava a cidade que tem
fundamentos, da qual o artífice e construtor
é Deus...(16) Mas agora desejam uma melhor,
isto é, a celestial. Por isso também Deus não
se envergonha deles, de se chamar seu Deus,
porque já lhes preparou uma cidade.” (Hb
11.10,16)
Nova Jerusalém
A Jerusalém celestial já estará pairando sobre

4
a Jerusalém terrestre durante o milênio e será morada de Cristo e de Seus remidos,
enquanto estarão governando sobre a Terra:

-7
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“E levou-me em espírito a um grande e alto monte, e mostrou-me a grande
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cidade, a santa Jerusalém, que de Deus descia do céu.” (Ap 21.10)


“E as nações dos salvos andarão à sua luz; e os reis da terra trarão para ela a

37
sua glória e honra.” (Ap 21.24)

6.5 E ESTA MESMA CIDADE SERÁ MORADA ETERNA DOS SALVOS


8
“E ouvi uma grande voz do céu, que dizia: Eis aqui o tabernáculo de Deus com
os homens, pois com eles habitará, e eles serão o seu povo, e o mesmo Deus estará
6.

com eles, e será o seu Deus.” (Ap 21.3)

6.6 A SANTA CIDADE SERÁ IMENSA


83

“E a cidade estava situada em quadrado; e o seu comprimento era tanto


como a sua largura. E mediu a cidade com a cana até doze mil estádios; e o seu
comprimento, largura e altura eram iguais.” (Ap 21.16)
5.

6.7 A ETERNIDADE (A SITUAÇÃO FINAL DO UNIVERSO)


04

A Eternidade se iniciará com Cristo após ter vencido a todos os inimigos, sendo o
último a morte, entregará o Reino Eterno ao Pai:
“Depois virá o fim, quando tiver entregado o reino a Deus, ao Pai, e quando
houver aniquilado todo o império, e toda a potestade e força. (25) Porque convém
que reine até que haja posto a todos os inimigos debaixo de seus pés. (26) Ora,
o último inimigo que há de ser aniquilado é a morte. (27) Porque todas as coisas
sujeitou debaixo de seus pés. Mas, quando diz que todas as coisas lhe estão
sujeitas, claro está que se excetua aquele que lhe sujeitou todas as coisas. (28)
E, quando todas as coisas lhe estiverem sujeitas, então também o mesmo Filho
se sujeitará àquele que todas as coisas lhe sujeitou, para que Deus seja tudo em
todos.” (1Co 15.24-28)

259
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No Reino os salvos estarão em completo e perpétuo gozo e sentirão indescritível
felicidade eternamente:
“E Deus limpará de seus olhos toda a lágrima; e não haverá mais morte, nem pranto,
nem clamor, nem dor; porque já as primeiras coisas são passadas.” (Ap 21.4).

HAVERÁ COMPLETA COMUNHÃO COM CRISTO:


“E quando eu for, e vos preparar lugar, virei outra vez, e vos levarei para mim
mesmo, para que onde eu estiver estejais vós também.” (Jo 14.3)

4
“E verão o seu rosto, e nas suas testas estará o seu nome.” (Ap 22.4)

-7
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HAVERÁ PLENO CONHECIMENTO DE TODAS AS COISAS:


“Amados, agora somos filhos de Deus, e ainda não é manifestado o que
havemos de ser. Mas sabemos que, quando ele se manifestar, seremos semelhantes

37
a ele; porque assim como é o veremos.” (1 Jo 3.2)
“Porque agora vemos por espelho em enigma, mas então veremos face a face; agora
conheço em parte, mas então conhecerei como também sou conhecido.” (1 Co 13.12)
8
6.
HAVERÁ COMPLETA GLÓRIA:
“Porque a nossa leve e momentânea tribulação produz para nós um peso
eterno de glória mui excelente;” (2 Co 4.17)
83

NÃO HAVERÁ MALDIÇÃO:


“E ali nunca mais haverá maldição contra alguém...” (Ap 22.3a )
5.

OS SALVOS SERVIRÃO A DEUS:


“... e nela estará o trono de Deus e do Cordeiro, e os seus servos o servirão.” (Ap 22.3b)
04

260
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CAPÍTULO 7 ATUALIDADES:
CONHECIMENTOS GERAIS

4
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Atualidades e Conhecimentos Gerais

1. Introdução
8 37
Esta parte da prova é a junção de
6.
diversas ciências: História, Geografia,
Ciências Políticas, Ciências da Religião,
Relações Internacionais e Economia.
83

Na área de Conhecimentos Gerais,


a leitura diária de jornais e revistas é
boa fonte de estudo, mas também é
primordial um bom conhecimento das
5.

matérias citadas acima. Vivemos hoje


numa sociedade onde as transformações e a circulação de informações ocorrem de
maneira muito rápida. Por isso, o constante acompanhamento do cotidiano aliado ao
04

estudo histórico pode ajudar muito o postulante na hora da prova e, também, em sua
futura vida ministerial.
O ideal é que o candidato direcione seus estudos analisando o contexto atual da
sociedade brasileira nos aspectos políticos, econômicos, sociais e religiosos, ligando-os
ao contexto internacional e aos principais fatos ocorridos nos períodos históricos do
Brasil. As questões de Conhecimentos Gerais envolvem a compreensão de questões
relacionadas a temas atuais, culturais e raciocínio lógico, avaliando a compreensão de
questões contemporâneas, a capacidade de interpretação dentro de um contexto global
e social, o raciocínio lógico, crítico e analítico.

261
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2. Conteúdo
Atualidades:
a) Economia Brasileira Contemporânea: desafios;
b) População e Saúde;
c) Política e Sociedade;
d) Meio Ambiente;
e) Ciência & Fé;

4
f) Religiões, sincretismo

-7
g) Geopolítica (Américas, Europa, Ásia e Oceania);

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h) Política Internacional: Alianças & Conflitos


i) Violência

3. Competências
8 37
a) Compreender questões contemporâneas sobre temas relacionados à
atualidade, situando-se dentro de um contexto global, social e religioso;
6.

b) Desenvolver a capacidade de formulação do pensamento lógico com vistas à


postura crítica, questionadora e criativa diante de problemas novos, discutindo e
externalizando com firmeza e determinação suas ideias.
83

HABILIDADES
Revelar a compreensão das questões contemporâneas, estabelecendo relações
5.

dentro de um contexto histórico, social e religioso;


04

262
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CAPÍTULO 8 LÍNGUA PORTUGUESA:


PROVA DE REDAÇÃO

4
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Produção de Textos

1. Introdução
8 37
A prova de REDAÇÃO sempre causa
6.
certo medo e também apreensão nas
pessoas. Algumas dizem que sabem
falar, mas não sabem escrever. O certo é
que devemos estar sempre preparados
83

para esta que pode estar presente em


um concurso, seleção para emprego ou
vestibular.
5.

A Redação é um instrumento de
avaliação da capacidade de “pensar por escrito” sobre determinado assunto; portanto,
se faz necessário demonstrar boa capacidade de leitura e organização das idéias no
04

texto. Na avaliação da Redação, serão observados os seguintes critérios:


a. Nível de textualidade: organização, unidade, coerência e coesão, clareza e
concisão;
b. Nível da correção linguística: sintaxe da regência, da concordância e de
colocação, flexão verbal, pontuação e sistema ortográfico vigente (transição
reforma antiga e atual).
Enfim... a Prova de Redação exigirá de você a produção de um texto em prosa (não
poesia), do tipo dissertativo, sobre um tema de ordem bíblico-teológico. Os aspectos
a serem avaliados relacionam-se às “competências” que você deve ter desenvolvido
durante os anos de escolaridade e estar utilizando no exercício de suas atividades

263
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profissional e ministerial.
Nessa redação, VOCÊ deverá desenvolver o tema proposto no cabeçalho da
Prova de Redação, texto esse apoiado em elementos bíblico-teológicos consistentes e
estruturados de forma coerente e coesa, uma unidade textual, redigida de acordo com
a norma padrão da Língua Portuguesa.

2. Confira as Orientações que se Seguem:

4
1) Leia com atenção o TEMA proposto. Não corra o risco de receber uma nota
baixa por se afastar do tema/assunto;

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2) Planejar ajuda a desenvolver o raciocínio. Defina sua ideia central, seu


objetivo;
3) Não comece com períodos longos, exponha logo suas idéias. Não use

37
expressões como “eu acho”, “eu penso” ou “quem sabe”, que mostram dúvidas
em seus argumentos;
4) Seja claro: evite usar palavras difíceis que possam prejudicar a compreensão
8
de seu texto. Tenha em mente que sua redação deve se destacar pela unidade,
clareza, coerência e concisão;
6.

5) Seja simples: não use palavras de cuja grafia você não tenha certeza. Em
dissertações, não use gírias, elas não fazem parte da norma culta da Língua
Portuguesa.
83

6) Dê um título à sua redação. Você já leu um livro sem título? você já assistiu a
um filme que não tinha um título?
7) Ainda quanto ao título – Evite o uso das aspas (“...”) ; não pule linhas entre o
5.

título e o início do texto; evite escrever o título de forma resumida ou abreviada;


não há pontuação no título, exceto se for uma citação, pergunta, exclamação...;
centralizar o título na folha oficial de redação; por questão de ênfase, usam-se
iniciais maiúsculas ao escrever o título; não escreva as palavras TÍTULO: ..., FIM!
04

ou CONCLUSÃO: ... para indicar aquilo que óbvio.


8) Evite usar letra de forma, que dificulta a distinção entre maiúsculas e minúsculas
- admite-se a de imprensa desde que haja um destaque para as maiúsculas.
Uma boa grafia e limpeza são essenciais. Não se esqueça dos pingos nos “i”: não
vale usar bolinhas no lugar deles. Lembre-se que a ilegibilidade constitui um dos
motivos de anulação da redação;
9) Não se admitem gírias ou linguagem coloquial – a norma culta da língua é
expressão adequada à produção de um texto.
10) Um quesito muito importante no processo de avaliação é a correção

264
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gramatical. Ao elaborar sua redação, tenha em mente que a correção de
linguagem é fundamental, uma vez que deve ser conservado o padrão da norma
culta da língua, por isso ortografia (grafia e acentuação), pontuação (vírgula,
ponto, ponto final, exclamação,...), morfossintaxe (concordância, regência e
colocação) entram na composição da nota total atribuída ao candidato;
11) Os critérios de anulação da prova de redação são: letra ilegível; fuga do tema;
redação a lápis, presença de rasuras e aplicação de corretivo; uso de número
inferior de palavras, linhas estabelecidas na instrução da prova; redação em
versos; uso de forma de expressão diferente da solicitada (narração ou descrição
ao invés da dissertação); apresentar impropérios, desenhos ou outras formas

4
propositais de anulação; apresentar total desconhecimento bíblico-teológico.

-7
12) As redações serão corrigidas por uma banca com experiência em correção

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– trata-se de um grupo bastante estável, afinado com os critérios de avaliação


definidos pela SGEC, para aplicá-los de modo homogêneo a partir de uma grade/
escala de correção previamente definida pela banca para atribuição dos pontos.

37
13) O candidato deve atentar para que, diferentemente de concursos seculares,
a nota de conteúdo da prova de redação levará em conta o conhecimento e
a correção das informações bíblico-teológicas registradas pelo no corpo da
8
redação. Assim, o preparo dos analistas que compõem a banca busca a precisão
dos critérios e tem como objetivo minimizar eventuais diferenças de julgamento
6.
também quanto à forma.
Não há fórmulas “mágicas” para se fazer uma boa redação. O exercício contínuo,
aliado à prática da leitura de bons autores e à reflexão são indispensáveis para a criação
83

de textos.

3. As Partes de uma Redação são...


5.

3.1 INTRODUÇÃO (INÍCIO, COMEÇO)


Podemos começar uma redação fazendo uma afirmação, uma declaração, uma
descrição, uma pergunta, e de muitas outras maneiras. O que se deve guardar é que
04

uma INTRODUÇÃO serve para lançar o assunto, delimitar o assunto, chamar a atenção
do leitor para o assunto que vamos desenvolver.
Uma INTRODUÇÃO não deve ser muito longa para não desmotivar o leitor/ analista.
Se a redação for definida por linhas, 30 linhas, por exemplo, aconselha-se a que o aluno/
postulante use de quatro a seis linhas para a parte introdutória.

EVITE OS SEGUINTES DEFEITOS:


• Iniciar uma ideia geral, mas que não se relaciona com a segunda parte da
redação (desenvolvimento);

265
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• Iniciar com DIGRESSÕES (= desvio do assunto ou tema), logo, o início dever
ser curto;
• Iniciar com as mesmas palavras do título;
• Iniciar aproveitando o título, com se este fosse um elemento da primeira
frase;
• Iniciar com chavões.

Exemplos desses defeitos:

4
- Bem, eu acho que / penso que /...
- Desde os primórdios da Civilização Grega...

-7
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- Não é nada fácil falar a respeito de...


- Um dos problemas mais discutidos na atualidade...

3.2 DESENVOLVIMENTO (MEIO, CORPO)


37
A parte substancial e decisiva de uma redação é o seu DESENVOLVIMENTO. É nela
8
que o postulante tem a oportunidade de colocar um conteúdo razoável, lógico. Se
o desenvolvimento da redação é sua parte mais importante, deverá ocupar o maior
6.
número de linhas. Supondo-se uma redação de 30 linhas, a redação deverá destinar
aproximadamente de 14 a 18 linhas para o corpo ou desenvolvimento da mesma.
83

EVITE OS SEGUINTES DEFEITOS:


• Pormenores, divagações, repetições, exemplos excessivos de tal sorte a
não sobrar espaço para a CONCLUSÃO.
5.

3.3 CONCLUSÃO (FECHO, FINAL)


Assim como a introdução, o FIM deverá ocupar uma pequena parte do texto. Se a
04

redação está planejada para trinta (30) linhas, a parte da CONCLUSÃO deve ter quatro
(04) a seis (06) linhas.
Na CONCLUSÃO, nossas ideias propõem uma SOLUÇÃO. O ponto de vista do escritor,
apesar de ter aparecido nas outras partes, adquire maior destaque na conclusão. Se
alguém introduz um ASSUNTO, desenvolve-o brilhantemente, mas não coloca uma
CONCLUSÃO a altura: o leitor/analista se sentirá ‘‘no a”.

EVITE OS SEGUINTES DEFEITOS:


• Não finalizar (é o principal defeito)

266
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• Avisar que vai concluir, utilizando expressões como “Em resumo...” ou
“Concluindo...”

4. Que Tipo de Texto Devo Produzir para a Prova de


Redação?

VOCÊ deverá produzir um texto dissertativo. A DISSERTAÇÃO é uma exposição,


discussão ou interpretação de uma determinada ideia. Pressupõe um exame crítico
do tema/assunto, lógica, raciocínio, clareza, coerência, objetividade na exposição, um

4
planejamento de trabalho e uma habilidade de expressão.

-7
5. Então, como Devo me Preparar para a Prova de

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Redação?

37
1) Leia jornais e revistas porque os temas sociais e atuais associados aos temas
bíblico-teológicos têm predominado. A leitura, também, ajuda a aumentar o
vocabulário. Faça da leitura um hábito;
2) Faça com mais assiduidade sua leitura bíblica, buscando sempre produzir
8
comentários escritos do texto ou passagem lidos. Associe tais textos a conteúdos
6.
atuais, buscando expor suas ideias objetivamente com o uso argumentos
coerentes;
3) Passe a registrar o conteúdo das pregações da igreja. Elas são fontes de
informação e ajudam a ter uma visão mais ampla da realidade tanto espiritual
83

quanto terrena;
4) Fique atento a outros tipos de texto, como histórias em quadrinhos, ilustrações
e letras de música, hinos e corinhos – com certeza haverá idéias interessantes
5.

que poderão ser aproveitadas;


5) Não tenha medo de expor sua opinião no texto. O que importa é como VOCÊ
a expressa e como faz a argumentação;
04

6) Sempre que puder, expresse suas opiniões por escrito e peça a alguém para
ler e comentar o que VOCÊ escreveu. Seja receptivo à crítica.

6. E a Reforma Ortográfica?
O Novo Acordo Ortográfico, em vigor desde janeiro de 2009, gerou várias discussões
entre gramáticos, escritores e professores de Língua Portuguesa. Segundo o Ministério
de Educação, a medida veio facilitar o processo de intercâmbio cultural e científico
entre os países que falam Português e ampliar a divulgação do idioma e da literatura
portuguesa.

267
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Dentre os aspectos positivos apontados pela nova reforma ortográfica, destacavam-
se ainda:
• Redução dos custos de produção e adaptação de livros;
• Facilitação na aprendizagem da língua pelos estrangeiros;
• Simplificação de algumas regras ortográficas.
Aspectos Negativos:
• Todos que já possuíam interiorizadas as normas gramaticais, tiveram de
aprender as novas regras;

4
• Surgimento de dúvidas;
• Adaptação de documentos e publicações.

-7
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7. Período de Adaptação

37
Mesmo entrando em vigor em janeiro de 2009, no Brasil os falantes do idioma
tiveram até o início de 2016 para se adaptarem à nova escrita. Nesse período, as duas
normas ortográficas poderiam ser usadas e aceitas como corretas nos exames escolares,
8
vestibulares, concursos públicos e demais meios escritos. Em Portugal, cerca de 1,6%
das palavras foram alteradas. No Brasil, apenas 0,5%.
6.

8. Reforma na Escrita
83

Por fim, é importante destacar que a proposta do acordo é meramente ortográfica.


Assim, restringe-se à língua escrita, não afetando aspectos da língua falada. Além disso,
a reforma não eliminou todas as diferenças ortográficas existentes entre o português
brasileiro e o europeu.
5.

Desde então, estamos registrando a nossa produção escrita em Língua Portuguesa


conforme a nova Reforma Ortográfica vigente. Não diferentemente, o postulante à
Convenção Estadual deverá usar a ortografia vigente em sua Prova de Redação, e será
04

avaliado de acordo.
Atualize-se, então, quanto à reforma ortográfica vigente, e produza um bom texto em
língua portuguesa com o tema / assunto proposto na Prova de Redação e no respectivo
cabeçalho da Folha Oficial de Redação.
VOCÊ pode tirar suas dúvidas sobre o Acordo Ortográfico da Língua Portuguesa,
consultando a nova ortografia das palavras que foram alteradas, por intermédio do
CONVERSOR ORTOGRÁFICO, que mostra e explica como a palavra deve ser escrita, de
acordo. Esse conversor está disponível para download no site www.brasil.gov.br.

268
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Veja a seguir lista das palavras bastante usadas que sofreram alteração com o
ACORDO ORTOGRÁFICO:

4
-7
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8 37
6.
83
5.
04

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MODELO DA Folha Oficial da PROVA DE REDAÇÃO – ENAQ 2018 - Pratique.
FRENTE...

IGREJA DO EVANGELHO QUADRANGULAR

ESCOLA DE SABEDORIA

SECRETARIA GERAL DE EDUCAÇÃO E CULTURA – SGEC

Secretarias Estaduais de Educação e Cultura – SEECs

4
1ª PARTE - REDAÇÃO ( Produção de Texto ) - Questão subjetiva, que visa avaliar a

-7
capacidade de expressão escrita do(a) postulante com base no TEMA proposto.

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Prezado(a) postulante,
PROPOSTA DE REDAÇÃO

37
Leia, com atenção, a lâmina e o texto que se seguem, pois eles o(a) ajudarão em sua
REDAÇÃO.
8
OS BENEFÍCIOS DA IGREJA EM CÉLULAS O conceito de igreja como Povo de Deus está
intimamente ligado ao conceito de Igreja como a Família
6.
A EXPERIÊNCIA DO CRISTIANISMO DO
de Deus (Ef 3.14,15). Como Povo Escolhido de Deus, fomos
NOVO TESTAMENTO
adotados em Sua família, a igreja. A célula realça essa
A igreja A alegria A igreja verdade pelo simples fato de reunir-se nas casas. “Aquilo
como a como o como o que poderia ser transmitido pela ideia da família de Deus
83

família de corpo de povo de já tinha, de fato, começado a existir na comunidade cristã


Deus Cristo Deus primitiva através das igrejas nas casas.”
5.

INSTRUÇÕES GERAIS
• Escreva sua REDAÇÃO com caneta de tinta azul ou preta, de forma clara e legível.
• Caso utilize letra de forma ou imprensa, destaque as iniciais maiúsculas.
04

• Na FOLHA OFICIAL DE REDAÇÃO, utilize apenas o espaço a ela destinado.


• Será atribuída pontuação ZERO à REDAÇÃO que:
- não se atenha ao tema proposto;
- esteja escrita a lápis, ainda que parcialmente;
- apresente texto incompreensível ou letra ilegível;
- esteja escrita em verso.

Boa Prova!

270
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Prezado(a) postulante,
Preencha os espaços com seus dados, e não se esqueça de assinar ao lado.

Nº. da Identidade Nome completo do(a) Postulante ( letra de forma )

1ª PARTE – REDAÇÃO ( produção de texto ) Categoria Pretendida:

Prezado(a) postulante,

4
Com base em seus conhecimentos e na leitura do livro A Colheita, de Joel Comiskey, em es- pecial no Cap.
5: Os Benefícios da Igreja em Células, produza um texto Dissertativo com, no mínimo, 80(oitenta) palavras,
considerando as seguintes perguntas: Por que é tão importante para Deus ter uma família? Por que os Grupos Pequenos

-7
(Células) atendem a essa necessidade principalmente no mundo emque vivemos hoje? Por que no passado e hoje, os

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Grupos Pequenos foram e são tão bem sucedidos nessepropósito de Deus para Sua Igreja?

DÊ UM TÍTULO À SUA REDAÇÃO

8 37
6.
83
5.
04

Analista da redação: Data da Correção: / / 2020

271
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04
5.
83
6.
8 37
-7
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4
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CAPÍTULO 9 INDICAÇÃO DE LEITURA (OBRIGATÓRIA)

4
-7
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A cada ano, a Secretaria Geral de Educação e Cultura – SGEC, em consonância com a

37
visão da IEQ para o ano em vigência, define um livro/título de expressão para incorporar
o conteúdo das provas de múltipla escolha e de redação.
O postulante deverá ler o livro indicado com bastante atenção procurando registrar
8
as passagens mais importantes e significativas, bem como relacioná-las com a visão de
trabalho da IEQ em todo território nacional.
6.

Dicas:
1) Organize-se mais rápido possível para a leitura do livro referendado, a fim
de que possa concluí-la sem atropelo até a época da prova. E como organizar o
83

tempo de leitura? Se você reservar de meia hora a uma hora por dia, conseguirá
ler tranquilamente todo o livro até a realização da prova.
2) É interessante também, na medida do possível, não interromper a leitura no
5.

meio dos capítulos. A fragmentação excessiva pode comprometer o aproveitamento


dos conteúdos. E pode ocorrer de, durante o tempo da leitura, você entusiasmar-
se muito com o tema e continuar lendo o texto para além do tempo programado.
É uma atitude válida, desde que não interfira muito no programa de estudos que
04

estabeleceu e que implica o tempo reservado aos outros conteúdos.


3) Estabeleça e cumpra metas.
4) Leia todo o texto, procurando ter uma visão geral do assunto principal.
Crie o hábito da leitura e o gosto por ela. Quando passamos a gostar de algo,
compreendemos melhor seu funcionamento. Nesse caso, as palavras tornam-se
familiares a nós mesmos. Não se deixe levar pela falsa impressão de que ler não
faz diferença.
5) Leia, leia bem, leia profundamente, ou seja, leia o texto, pelo menos, duas vezes,
pois a primeira impressão pode ser falsa. É preciso paciência para ler outras

273
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vezes. A primeira leitura deve ser do tipo ‘informativa’, isto é, você deverá buscar
as palavras mais importantes de cada parágrafo que constituem as palavras-
chave do texto em torno das quais as outras se organizam para dar significação
e produzirem sentido. Já na segunda leitura, do tipo ‘interpretativa’, você deverá
compreender, analisar e sintetizar as informações do texto.
6) Leia o texto com perspicácia (observando os detalhes), sutileza nas entrelinhas.
Realize uma nova leitura, desta vez sublinhando as palavras desconhecidas do
texto.
7) Seja curioso, utilize um dicionário e encontre o significado das palavras que

4
você sublinhou no texto.
8) Procure estabelecer quais foram as opiniões expostas pelo autor, definindo o

-7
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tema e a mensagem. O autor defende ideias e você deve percebê-las.
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9) Enfim, para chegar ao nível recomendável da compreensão, faça resumo,


que é uma explicação ou uma nova apresentação do texto, seguindo as ideias

37
do autor, mas sem copiar fielmente as palavras dele. Comece sublinhando as
ideias principais, selecione as palavras-chave que identificar no texto e parta
para o resumo. Atente-se ao fato de que resumir não é copiar partes, mas sim
fazer uma indicação, com suas próprias palavras, das ideias básicas do que
8
estava escrito em cada capítulo. Também inclua a sua participação com um
comentário sobre o texto. Você deve pensar sobre as qualidades e defeitos da
6.

produção, justificando o porquê. Depois de encontrar as ideias ou palavras


básicas de cada capítulo, faça o esqueleto do texto como um todo, em tópicos ou
em pequenas frases. Você pode usar setinhas, canetas coloridas para diferenciar
83

as palavras do seu esquema, ou outros recursos.


Depois de ler bastante e treinar muito, VOCÊ estará pronto para interpretar as
questões da prova e apto para produzir um bom texto (redação).
5.

Prepare-se.
04

274
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CAPÍTULO 10 AGENDA

4
-7
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Programe-se.

37
(Espaço reservado para VOCÊ fazer suas anotações sobre a AGENDA da Comissão
de Relações Ministeriais do seu estado quanto às datas e documentos necessários ao
8
seu ingresso, reingresso ou progressão no Ministério Quadrangular.)
6.
83
5.
04

275
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04
5.
83
6.
8 37
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CAPÍTULO 11 TEXTO COMPLEMENTAR

4
-7
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quanto aos MEMBROS DA CORPORAÇÃO:


37
Veja, a seguir, trecho extraído do Estatuto da Igreja do Evangelho Quadrangular

TÍTULO VI – Dos Membros da Corporação


8
6.
CAPÍTULO I – DA ADMISSÃO
Artigo 16 – A igreja do Evangelho Quadrangular pode aceitar como membro,
aquele que:
83

1. Aceitar ao Senhor Jesus Cristo como seu Salvador pessoal;


2. Confessar arrependimento de seus pecados, mostrando evidências
de possuir genuína experiência de novo nascimento;
5.

3. Ser batizado nas águas, por imersão, em nome do Pai, do Filho e


do Espírito santo;
4. Aceitar e viver as doutrinas, regulamentos e tradições da Igreja;
04

5. Solicitar o seu registro no livro de membros da Igreja.

Artigo 17 – Pode também ser aceito, como membro da Igreja do Evangelho


Quadrangular; pessoa egressa de outra Corporação religiosa, que declare aceitar
como seus os princípios doutrinários da igreja, nos termos dos incisos III, IV e V
do artigo anterior.
§1º O egresso é recebido como membro por carta de transferência,
após aprovação pelo Conselho Diretor Local.
§2º Não possuindo carta de transferência, a pessoa é aceita por
apresentação de irmãos idôneos, por aclamação, após aprovação
277
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pelo Conselho Diretor Local.

CAPÍTULO II – DOS DEVERES


Artigo 18 – São deveres do membro da Igreja do Evangelho Quadrangular no
Brasil:
1. Participar de sua assembleia geral;
2. Participar de seus cultos e reuniões;
3. Apoiar financeiramente a Igreja;

4
4. Defender intelectualmente a sua fé;

-7
5. Ser leal e ético para com a Igreja;

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6. Sujeitar-se a sua hierarquia;


7. Sujeitar-se a sua disciplina eclesiástica.

CAPÍTULO III – DOS DIREITOS


37
Artigo 19 – São direitos do membro da Igreja do Evangelho Quadrangular no
Brasil:
8
6.
1. Receber assistência pastoral;
2. Solicitar arbitragem pastoral em questão litigiosa entre irmãos;
3. Apresentar, quando ofendido por um irmão, queixa formal a quem
83

de direito;
4. Recorrer à instância superior em grau de recurso.
5.

CAPÍTULO IV – DOS PRIVILÉGIOS


Artigo 20 – São privilégios do membro da Igreja do Evangelho Quadrangular no
Brasil:
04

1. Participar de reuniões de grupos e departamentos;


2. Representar a Igreja, por delegação;
3. Votar e ser votado em assembleia geral;
4. O acesso a carreira ministerial;
5. Ocupar cargos nas atividades leigas na Igreja.

CAPÍTULO V – DA EXCLUSÃO
Artigo 21 – A exclusão de membro da Igreja do evangelho Quadrangular ocorre:

278
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1. Por decisão, de ofício ou a requerimento, do Conselho Diretor
Local;
2. Por abandono da Igreja;
3. Por transferência para outra corporação religiosa;
4. A pedido formal do interessado.

CAPÍTULO VI – DA READMISSÃO
Artigo 22 – A readmissão de membro da Igreja do Evangelho Quadrangular ocorre:

4
1. Por decisão do conselho Diretor Local, a requerimento, aos que se
afastarem nos termos inciso VI do artigo anterior;

-7
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2. Por acatamento de recurso, pela instância superior.

37
TÍTULO VII – Do Ministério
CAPÍTULO I – DA COMPOSIÇÃO
Artigo 23 – O ministério da Igreja do Evangelho Quadrangular no Brasil é composto
8
por três categorias eclesiásticas: Ministros, Aspirantes e obreiros Credenciados,
6.
estes últimos quando nomeados pelo Conselho Nacional de Diretores como
Pastores titulares.
§1º Dentro das categorias ministeriais oficiais, são reconhecidas as
vocações e Ministérios específicos, com as devidas credenciais e
83

nomeações expedidas pelo Conselho Nacional de Diretores, com


direito à promoção no Ministério.
§2º Os Ministros, Aspirantes e Obreiros Credenciados são nomeados,
5.

anualmente, como Pastores titulares das Igrejas Locais, através de


instrumentos próprios, pelo Conselho Nacional de Diretores.
§3º Os Obreiros Credenciados exercendo a função de auxiliares de
04

Pastor recebem nomeação emitida pelos Conselhos Estaduais de


Diretores.
§4º Os Obreiros Credenciados na função de Pastor auxiliar, em tempo
integral, são nomeados pelo Conselho Estadual de Diretores.

SEÇÃO I – DOS REQUISITOS PARA O EXERCÍCIO


Artigo 24 – São requeridos dos membros do Ministério:
1. Ser membro da Igreja do Evangelho Quadrangular;
2. Convicção de sua vocação;

279
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3. Vida cristã exemplar;
4. Idade mínima de vinte e um anos ou ser emancipado;
5. Conhecimentos bíblicos, teológicos e intelectuais devidamente
comprovados pelas instituições oficiais de educação da Igreja. Os
diplomados por instituições de educação de outras denominações
devem submeter-se a curso de doutrinas da corporação;
6. Batismo com o Espírito Santo, nas águas, por imersão, em nome
do Pai, do Filho e do Espírito santo;
7. Confissão pública e convicta dos postulados da Bíblia sagrada e

4
da Declaração de Fé;

-7
8. Dedicação diligente ao cumprimento de seus deveres, com

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obediência ao Estatuto e regimentos internos;


9. Comparecimento às Convenções acatando as suas resoluções;

37
10. Comparecimento às reuniões gerais de liderança, devidamente
convocadas por quem de direito;
11. Não faltar com a ética devida aos colegas de Ministério, sejam
antecessores ou sucessores;
8
12. Comprovação, através de documentação hábil, de sua
6.
idoneidade.
Artigo 25 – Os estrangeiros em situação irregular de permanência no país não
são admitidos em nenhuma categoria do Ministério.
83

Artigo 26 – Os clérigos oriundos de outras corporações religiosas podem ser


admitidos no Ministério da Igreja do Evangelho Quadrangular, desde que tenham
o seu processo de admissão aprovado pelo Conselho Nacional de Diretores,
Conselhos Estaduais ou Convenções, na forma do Artigo 24.
5.

SEÇÃO II – DISPOSIÇÕES GERAIS


04

Artigo 27 – Os membros do Ministério da Igreja do Evangelho Quadrangular,


quando nomeados como Pastores titulares ou auxiliares na Igreja Local, exercem
o Ministério em caráter itinerante, estando, sujeitos a transferência de igreja ou
mesmo região, em todo território nacional.
§1º Os membros do Ministério são nomeados pelo Conselho
Nacional de Diretores para o exercício de duas atividades religiosas,
por vocação subjetiva ao chamado divino, sem nenhum vinculo
empregatício.
§2º Os membros do Ministério podem receber prebendas das
Igrejas Locais ou Obras Novas onde exerçam suas atividades

280
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religiosas, a critério do Conselho Diretor Local e, quando a serviço
da Administração Geral ou Intermediária da Corporação, recebem-
nas dos respectivos ór gãos administrativos.
§3º Após os setenta anos de idade, os membros do Ministério
podem ficar em disponibilidade, a pedido, tendo a faculdade de
receber ajuda de custo do Fundo Social Estadual, conforme, os
critérios estabelecidos pelo respectivo Fundo.

SUBSEÇÃO I – DA ATIVIDADE MINISTERIAL ITINERANTE

4
Artigo 28 – Atividade itinerante é exercida por membros de quaisquer das
categorias do Ministério, que atuem nas Igrejas Locais ou a serviço da Secretaria

-7
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Geral de Missões, como conferencistas, evangelistas avivalistas.


§1º A Secretaria Geral de Missões cadastrará os membros do
Ministério itinerante, com o objetivo de credenciá-los para

37
ministérios específicos e fornecer subsídios e recomendações às
Igrejas interessadas no seu trabalho.
§2º são requerido dos membros do ministério que exercem o
8
ministério Itinerante , além do disposto no artigo 24, também:
1. Pautar-se rigorosamente dentro da ética ministerial na relação
6.

com a Igreja Local, com o pastor titular e quanto a sua conduta


pessoal;
2. Prestar relatório mensal e pagamento de taxa de sua atividade
83

ministerial à Secretaria Geral de Missões, na forma como


estabelecem os regulamentos complementares;
3. Participar das Convenções Nacionais e Estaduais, com direito
5.

a voz e voto, tornando-se efetiva a inscrição somente após a


comprovação do cumprimento de suas obrigações e relatórios para
com a Secretaria Geral de Missões .
04

§3º O membro do ministério Itinerante tem direito à promoção


como preceitua o §1 do artigo 23.

SUBSEÇÃO MINISTÉRIO II – DO ESTADO CIVIL DOS MEMBROS DO


Artigo 29 – A Igreja do Evangelho Quadrangular, com fundamento nos princípios
sagrados da palavra de Deus, não aceita como situação normal para os membros
do Ministério, o divórcio e a separação de fato ou de direito.
§1º Aqueles que ingressarem originalmente no Ministério, mesmo
tendo contraído novo matrimonio, podem ser aceitos, observados
os requisitos dos artigos 24, 25 e26.

281
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§2º O membro do Ministério que, de fato ou de direito, venha a
se separar de seu cônjuge e contraia novas relações de natureza
conjugal, imediatamente seja suspenso de suas funções até que o
fato seja examinado e julgado pelos órgãos de disciplina eclesiástica
que decidem caso a caso, na forma estabelecida neste Estatuto, no
Capítulo ‘’Da disciplina Eclesiástica‘’.
§3º Em caso de separação, de fato ou de direito, do membro do
Ministério, em razão de adultério ou outra infidelidade conjugal, a
Comissão Julgadora de Disciplina Eclesiástica somente julga o feito
após o exame do processo, cumpridos os procedimentos e prazos

4
para oitiva de testemunhas e defesa do acusado.

-7
§4º O membro do Ministério, submetido a processo disciplinar,

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provando não ter dado causa a sua separação conjugal, é absolvido,


podendo contrair novo matrimônio, após expressa autorização do
Conselho Nacional de Diretores.

37
§5º O membro do Ministério condenado pela Comissão Julgadora,
em qualquer instância, cuja decisão tenha transitado em julgado,
é excluído do Ministério e proibido de usar o púlpito da igreja em
8
todo território nacional. – Pena igual sofre o membro do Ministério
que contraia matrimônio com pessoa divorciada, sem autorização
6.
do Conselho Nacional de Diretores.
§6º O Conselho Nacional de Diretores e os Conselhos Estaduais de
Diretores, antes de iniciar processo ou sindicância, nomeiam uma
83

Comissão Especial para Assuntos Conjugais, composta de cinco (5)


membros de vida conjugal proba e consagrada, com a finalidade de
apoiar, orientar e ajudar os cônjuges membros do Ministério que
estejam sofrendo crise conjugal, envidando esforços de natureza
5.

espiritual, psicológica ou jurídica, tentando, por todos os meio,


recuperação do casamento e a solidificação no Ministério.
§7º O membro do Ministério que tiver pretensão a segunda núpcias
04

deve submetê-la à apreciação e deliberação do Conselho Nacional


de Diretores, que analisa caso a caso.
§8º A Igreja do Evangelho Quadrangular não reconhece a união
conjugal de pessoas do mesmo sexo.
§9º O membro do Ministério da Igreja do Evangelho Quadrangular,
quando solteiro, é submetido às mesma comissão disciplinares.

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REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

ABBAGNANO, Nicola. Dicionário de Filosofia, 5 ed. vers. e ampl., Martins Fontes


ANDRADE, Claudionor de. As novas fronteiras da ética cristã, RJ: CPAD BAPTISTA,
Douglas. Valores cristãos: enfrentando as questões morais de nosso tempo, CPAD

D’PALMA, Anthony. Comentário bíblico pentecostal (French Arrington e Roger Stronstad,


eds.), 4ª ed., CPAD

4
ERGSTÉN, E. Teologia Sistemática. 4.ed., RJ: CPAD. 2005. GILBERTO, Antônio. Manual
da Escola Dominical, 3ª ed., RJ: CPAD HORTON, S. M. A Doutrina do Espírito Santo.

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4.ed., RJ: CPAD, 1995.

HORTON, S. M. et all. Teologia Sistemática: Uma Perspectiva Pentecostal. 10.ed., RJ:


CPAD, 2006.

37
HORTON, S. Teologia Sistemática. RJ: CPAD, 1996.

OLIVEIRA, R. As grandes doutrinas da Bíblia. 7.ed., RJ: CPAD, 2003


8
PALLISTER, Alan. Ética Cristã hoje: vivendo um Cristianismo coerente em uma sociedade
em mudança rápida, Shedd Publicações
6.

R.N. Champlin. Dicionário de Bíblia, Teologia e Filosofia, Hagnos


83

Este livro foi compilado e organizado a partir de textos TRANSCRITOS ou ADAPTADOS


dos livros utilizados no Curso Livre em Teologia - ITQ, livros de referência e outros
selecionados, além de sites confiáveis da Internet (Portal Quadrangular, por exemplo).
5.

WEBGRAFIA

Site da Igreja Internacional do Evangelho Quadrangular. Disponível em http://www.


04

foursquare.org
Site do Departamento Histórico da Igreja do Evangelho Quadrangular. Disponível
em: http://www.quadrangularbrasil.com.br
Site da Secretaria Geral de Educação e Cultura. Disponível em
Site da Secretaria Geral de Missões do Conselho Nacional de Diretores da IEQ no
Brasil. Disponível em: http://www.ieqmissões.org.br
Outros sites pesquisados:
http://ieqcameta.blogspot.com
http://pt.wikipedia.org/.../Igreja_do_Evangelho_Quadrangular
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http://www.brasil.gov.br
http://www.ctmq.com.br/
http://www.informequadrangular.com.br/portal
http://www.palavraprudente.com.br
http://www.portaldalinguaportuguesa.org/?action=acordo-historia
http://www.portaligrejaquadrangular.com.br http://www.sgaf.org.br

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