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UNIDADE 3 PRÓTESE OCULAR

Noções sobre confecção!


Alguns autores relatam a importância de se esperar de quinze a vinte dias após a cirurgia
para iniciar o tratamento protético; a cavidade pode sofrer diminuição, com redução dos
fórnices. É importante observar a tonicidade das pálpebras, principalmente da inferior, para
que não haja problemas com a retenção da prótese. Na avaliação para a moldagem, o
ocularista já deve fazer sua própria estimativa quanto a possíveis intercorrências,
apresentando sempre as considerações anatômicas e fisiológicas.

Varela e Cavalcante (1964) afirmam que o sucesso da prótese está na reprodução da íris,
que deve ser o mais semelhante e natural possível, sendo ela quem apresenta a cor dos
olhos; a ideia é que se tenha uma cópia fiel da íris do olho contralateral.

Vale a pena ressaltar a importância de se medir o Diâmetro Horizontal Visível da Íris


(DHVI), que varia de 11 mm a 14 mm, e de observar os detalhes que apresenta a íris do
olho contralateral do paciente, para que a reprodução seja um sucesso.

Prótese Real
A prótese fabricada para uso segue, basicamente, o mesmo passo a passo com as
mudanças das resinas. Diferentemente da prótese ilustrativa, na qual se usam as resinas
autopolimerizáveis com ação química rápida, sem precisar de cozimento, na 13 UNIDADE
Materiais e Equipamentos para Confecção da Prótese Ocular prótese não ilustrativa usa-se
a resina acrílica termopolimerizável, cujo processo é todo realizado em panela
termopolimerizadora para cozimento ou panela normal por 40 minutos.

Há, também, a necessidade de moldagem da cavidade orbitária com alginato e a moldagem


na cera já com a íris, como primeira prova para se observar a movimentação e centralização
da pupila.

A prótese não ilustrativa leva algumas horas para ser construída, pois, além de ser um
processo totalmente artesanal, requer atenção para as riquezas de detalhes que são
característicos de cada paciente.

Os procedimentos citados a seguir não são realizados na prótese ilustrativa por não serem
para uso, e sim apenas para conhecimento dos alunos.
Moldagem
Para a moldagem, é necessária uma seringa de 20 ml, com um moldador na ponta feito
com a resina acrílica e o alginato. Materiais utilizados na moldagem da prótese ocular.

Materiais utilizados:

• Seringa de 20 ml;

• Molde de acrílico;

• Um copo com água (para colocar o alginato depois de moldado);

• Graal de borracha para manipular o alginato.

• Moldagem na cera – Materiais utilizados na confecção do molde em cera da prótese


ocular. Disponível em:

• Primeira prova da moldagem em cera esculpida e com a íris.


Materiais utilizados

• Cera escultura em bloco;

• Gesso pedra tipo II;

• Mufla;

• Vaselina para isolar a mufla;

• Espátula n. 7 para modelar a cera; 14 15 • Íris pintada;

• Lã acrílica para a caracterização dos vasos.

Os demais passos são os mesmos que os da prótese ilustrativa, como a pintura da íris,
caracterização, esclera, cristalização, polimento e outros.

Caracterização da Esclera
Para a caracterização da esclera, é necessário que ela esteja bem polida e uniforme. No
próximo passo, colocamos a esclera apoiada na mufla utilizada no processo anterior para
visualizar melhor a esclera. A partir daí, começa a caracterização; com a lã vermelha,
puxam-se fios para caracterizar os vasos que são colados com a resina líquida. Esperamos a
secagem para iniciar o processo de cristalização da prótese toda.

Materiais utilizados

• Lã vermelha/azul (se necessário); • Resina líquida auto; • Mufla (para apoiar a peça); •
Pote dappen; • Pincel n. 000.

Cristalização da Prótese
Na cristalização da prótese, o processo é o mesmo da cristalização da íris, contamos com a
polimerização da mistura das resinas em pó e líquida e o manuseio, fazendo a bolinha;
isolamos a mufla com cel-lac, colocamos a peça na mufla, espalhamos a resina (bolinha),
cobrindo a esclera, fechamos a mufla e levamos à prensa. Após a secagem, abrimos a
mufla, retiramos a prótese, retiramos o excesso de resina, lixamos com lixa d’água e, por
fim, fazemos o polimento com a pedra-pomes, água e politriz, e como acabamento polimos
com pasta de dente branca.

Materiais utilizados

• Resina acrílica autopolimerizável incolor; • Resina Auto-TDV-líquido acrílico


autopolimerizável; • Motor chicote; • Broca de corte cruzado (maxcut); • Pedra-pomes; •
Pasta de dente branca (para polimento); • Mufla; • Cel-lac (isolante); • Pote dappen; •
Espátula n. 36.

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