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OU: COLAGEM
SOBRE QUATRO ANOS DE EXPERIÊNCIA OPERATIVA NO HOSPITAL
GERAL DE FORTALEZA.
• APRESENTAÇÃO – PAG. 4
• APRESENTAÇÃO
No título já está explÍcito o objetivo maior desta obra: fazer um relato sobre quatro
anos de experiência com a técnica do Grupo Operativo nos Serviços de Nefrologia,
Cirurgia e Pediatria do Hospital Geral de Fortaleza HGF. Contudo, o mesmo título também
indica mais um duplo sentido: primeiro, o didático. Ou seja, num “abecedário” restrito
procura-se mostrar os conceitos básicos para teorização, projeção, execução e avaliação
de atividades em grupos operativos. Com isso, sobretudo busca-se uma didática
facilitadora do processo de multiplicação da experiência. O segundo sentido relaciona-se
ao termo “colagem”. Esse termo indica que este trabalho é apenas um “ajuntamento”, uma
coletânea de escritos que foram elaborados em tempos e com finalidades diversas.
Portanto, não há uma intenção de “fechamento”, pois, como mais uma expressão de uma
experiência acumulativa em grupo operativo, esta é uma obra em aberto que poderá sofrer
modificações, acréscimos, ou mesmo retirada de alguns dos seus termos constituintes.
Dado os pressupostos acima, este trabalho deve ser lido da maneira a seguir.
Primeiro, fazer uma leitura panorâmica das definições contidas nos quatro itens gerais
ABCD. Depois considerar item a item.
O item “A” contém dois textos teóricos: o primeiro “Introdução ao modelo teórico do
grupo operativo” é uma síntese de toda a teoria pichoniana do grupo operativo. É
importante considerar que os termos dessa síntese permeia todos os outros textos da
apostila. Isso é feito tanto de um modo altamente explÍcito, como acontece no texto VIII:
“Experiência de grupo operativo com pacientes e familiares do serviço de hemodiálise do
Hospital Geral de Fortaleza”, onde se constitui no próprio arcabouço teórico do relato.
Como implicitamente, isso ocorre em alguns dos documentos apresentados no item VI:
“Medidas do cotidiano: relatórios, cartas-convite e solicitações, roteiros e programações”. O
segundo texto: “Sete questões que devem ser consideradas para que seja melhor
implantada, desenvolvida e avaliada uma experiência de grupo operativo num hospital
geral”, se propõe a dar uma resposta satisfatória a sete das principais questões que
sempre emergem no cotidiano de um grupo operativo, quais sejam: por que é necessário
um trabalho interdisciplinar na área hospitalar? O que é um projeto? Num grupo operativo
deve-se trabalhar com diretividade ou não diretividade? Quais as diferenças e/ou
semelhanças entre o grupo operativo e um grupo de tarefa qualquer? Por que o grupo
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Para encerrar, deve-se estar atento ao que diz o também psicanalista argentino José
Bleger: “Cada grupo escreve sua própria história, e deve ser respeitado em suas
características particulares”. Desse modo, o esquema acima apresentado seria mais um
modelo esclarecedor do que um instrumento, uma “receita” para condução de um Grupo
Operativo.
II. SETE QUESTÕES QUE DEVEM SER CONSIDERADAS PARA QUE SEJA
MELHOR IMPLANTADO, DESENVOLVIDO E AVALIADO UMA
EXPERIÊNCIA DE GRUPO OPERATIVO NUM HOSPITAL GERAL.
• Ético. A ética, enquanto um modelo de busca para aquilo que os filósofos chamam de
“meta mais elevada da vida humana”, encontra-se atualmente fundamentada no termo
consenso. Ou seja, num senso comum obtido através de um acordo entre diferenças:
inter-pessoal, inter-funcional, inter-grupal, inter-disciplinar.
• Estético. A diferença (interprofissional) é o que engendra sempre o novo e o
inesperado. Daí, a possibilidade de se agregar mais prazer, dando beleza ao trabalho
de saúde no meio hospitalar.
implica em preceituar que a condução terapêutica seja a mais neutra e a menos diretiva
possível, devendo então o profissional limitar-se, quase que exclusivamente, a interpretar e
a assinalar sobre o discurso do analisando.
Uma outra crítica relativa à sua idéia de projeto pode ser formulada em relação a
uma atribuição de abrangência para o termo tarefa que ele propõe.
Pichon-Rivière procurou elaborar uma teoria integrativa para o processo de
resolução da tarefa baseado numa metodologia interdisciplinar que inclui os postulados da
Psicologia Topológica de Kurt Lewin, da Razão Crítica e Dialética de Jean Paul Sartre, e
do Psicodrama de Jacob Levy Moreno.
1. Da topologia lewiniana, o princípio da contemporaneidade foi absorvido na idéia do
aqui-agora como expressão da horizontalidade dos processos grupais;
2. A proposição dialética de Sartre foi absorvida de dois modos: um é específico e diz
respeito à idéia de que é uma necessidade o que impulsiona o grupo. Quanto a isso,
observa-se que Pichon-Rivière ampliou o conceito sartreano de necessidade - além
dos fatores sócio-econômicos, incluiu os fatores chamados de subjetivos, como
desejos e ansiedades. Também com isso, ele rejeitou a idéia de instinto em Freud e a
substituiu pela necessidade que, segundo ele, permite uma adequada expressão para
a dinâmica social; o outro modo é global, pois a lógica dialética foi globalmente
absorvida no modelo de mudanças construído por Pichon-Rivière, e definido em três
etapas: pré-tarefa, tarefa e projeto.
3. O conceito psicodramático de espontaneidade está implicitamente referido à idéia de
projeto como a busca da autonomia do ser. Isso, do ponto de vista ontológico, implica
num estado de ser espontâneo e criativo.
Desses três postulados, o único que foi explicitamente absorvido por Pichon em seu
conceito de tarefa foi o primeiro - A noção de que o aqui-agora abrange toda a tarefa
grupal, que implica na regra de coordenação: “respeitar o emergente do grupo”, e que
determina a supracitada diretriz: “O profissional deve limitar-se a interpretar e a assinalar
sobre o discurso da grupalidade”.
De acordo com esse modelo, a função do coordenador não pode ser propositiva.
Quer dizer: ele não pode agir ativamente para que as coisas aconteçam no grupo.
Contudo, deve-se considerar que Pichon-Rivière, ao incluir em seu Grupo
Operativo um modelo para se avaliar o ‘acontecer grupal’, objetivamente deu as
condições necessárias para que sua técnica fosse utilizada sem essa visão restritiva.
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Esse modelo, que implica numa postura pró-ativa do coordenador, foi chamado por ele de
Esquema do Cone Invertido, e inclui sete critérios de avaliação: identificação, pertença,
comunicação, cooperação, pertinência, aprendizagem e tele.
É um modelo que também, tanto está implicitamente referido à historicidade
referida na teoria sartreana (especialmente no critério de cooperação), como através do
critério télico, explicitamente se vincula ao sentido teleológico (utópico) da criação
moreniana.
Moreno, em sua utopia, foi fortemente influenciado pelo hassidismo - uma seita
judia que apregoa o encontro com Deus através de uma dinamização da grupalidade de
crentes por meio de lideranças santas e justas (o tzadik), e então propôs a criação de
uma utópica comunidade sociométrica. Para isso apresentou a Sociometria como o
instrumento para implementar esse modelo comunitário; e desenvolveu o Psicodrama
(drama em grego significa: ação) como o instrumento para ativar a espontaneidade e
criatividade grupal.
A proposição de Sartre implica em diretividade – a cooperação só prevalece sobre
o conflito se houver um mediador, que torna-se assim o direcionador (o líder) das
atividades grupais. Esse mediador tanto pode ser encarnado na figura de um líder
pessoal, como também pode ser expresso num estatuto de permanência (num
“juramento”, segundo a linguagem sartreana) para o grupo, sendo pois esse estatuto o
que se chama de projeto, e é isso o que consideramos no nosso trabalho com grupos
operativos.
Para os metodólogos, a adoção de um Projeto significa estabilidade para um grupo.
Isto é, em termos metodológicos para se reconhecer à transformação grupal é necessário
manter alguns aspectos constantes que determinarão o enquadramento. Estas constantes
do enquadramento (incluídas num Projeto de Trabalho) são determinadas pela duração
total do grupo, o número de elementos, a freqüência de encontros, o espaço físico, o
tempo de duração de cada encontro, a tarefa específica etc. Depois de definidas as
constantes, o grupo é considerado a única variável.
Deve-se ressalvar que esse olhar metodológico pode ser complementado pelos
esquemas elaborados por Sartre, Pichon-Rivière e Max Pagés sobre o desenvolvimento
grupal, pelos quais essa estabilidade pode ter dois desdobramentos: um positivo, em que a
estabilidade permanente seria alcançada através de um projeto de autogestão que
surgisse através de um compromisso (“juramento”) democrático e espontâneo mantido,
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do processo terapêutico, daí que a condução terapêutica deve ser a mais neutra e a
menos diretiva possível, devendo então o profissional limitar-se, quase que
exclusivamente, a interpretar e a assinalar sobre o discurso do analisando.
Por esse postulado, Pichon articulou o que seria a regra básica de coordenação de
um Grupo Operativo: “O coordenador deve limitar-se a interpretar e a assinalar sobre o
discurso (a operatividade) da grupalidade”. Desse modo, sua função não poderia ser nem
propositiva nem cooperativa. Quer dizer: ele, individual ou grupalmente, não pode agir
ativamente para que as coisas aconteçam.
Contudo, deve-se ainda considerar que Pichon-Rivière, ao incluir em seu Grupo
Operativo um modelo para se avaliar o ‘acontecer grupal’, objetivamente deu as condições
necessárias para que sua técnica fosse utilizada sem essa visão restritiva. Esse modelo
implica numa postura pró-ativa do coordenador pois, entre os sete itens relacionados como
critério de avaliação, inclui a comunicação, a cooperação e a aprendizagem.
Encerro ilustrando esse “potencial” pró-ativo, mostrando um exemplo de nossa
prática. No projeto de Grupo Operativo do HGF esses três últimos itens são “traduzidos”
por algumas diretrizes para um coordenador: (1º) Elo de ligação entre os componentes da
equipe técnica; (2º) Preparação e divulgação para realização das atividades; (3º) Direção
das reuniões operativas; (4º) Registro dos acontecimentos grupais; (5º) Junto do
supervisor ou orientador de tarefa, planejamento cotidiano.
da equipe se dará através de três papéis: (1) Supervisor, exercida por Francisco
Danúzio de Macêdo Carneiro, médico-psiquiatra; (2) Coordenador, exercida por Ana
Maria Filizola, assistente social; (3) Orientadores de tarefas especiais, exercidas
pelos seguintes especialistas com respectivas áreas de orientação: Augusto
Guimarães, médico, orientador em nefrologia; Jane Eyre Azevedo, psicóloga,
orientadora em psicologia; Suely Freitas, enfermeira, orientadora em enfermagem.
6. Funcionamento
• As reuniões do GO serão realizadas mensalmente. Dia: última quinta-feira de cada
mês. Horário: 10:00 às 11:00 horas. Local: sala de aula do setor de Raio X.
• As reuniões da equipe operativa serão trimestrais. Preferencialmente no mês de
dezembro (para avaliação e planejamento anual); e nos meses de março, junho e
setembro.
• A previsão é de uma reunião semestral com a participação de somente pacientes e
familiares.
7. Metodologia
• Por ser a planificação inerente ao método, a coordenação terá uma atuação
explicitamente diretiva, e operacionalizará diversos tipos de tarefas:
♦ Encontros para estabelecimento de ajuda interpessoal.
♦ Seminários e exposições para transmissão de informações relevantes à
hemodiálise.
♦ Oficinas para aprendizagem de alternativas (alimentação, por exemplo) que
facilitem a convivência com o problema etc.
♦ Jogos dramáticos para, através de uma convivência social alegre e afetiva,
incrementar a capacidade do paciente para administrar sua problemática.
8. Conclusão
• As atividades em Grupo se inserem na perspectiva de um vida saudável para o
hemodialisado, permitindo-lhe conviver de maneira espontânea e criativa com sua
patologia.
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8. Conclusão
• As atividades em Grupo Operativo se inserem na perspectiva de uma melhor
qualidade de vida para o paciente que necessita de cirurgia oncológica. Insere-se
também na perspectiva de que ele, junto de seus familiares, possa administrar
com mais espontaneidade e maior criatividade o seu cotidiano de uma pessoa
necessitada dessa terapêutica cirúrgica.
3. Objetivo Geral
♦ Favorecer a participação e a integração dos acompanhantes durante o período de
hospitalização, oportunizando um espaço para troca de informações, para
discussões sobre os problemas gerados pela internação, para esclarecimentos de
dúvidas, e para desenvolvimento de atitudes e conhecimentos relacionados à
prevenção, manutenção e promoção da saúde infantil.
4. Objetivos Específicos
♦ Responder aos questionamentos sobre os problemas relacionados à doença e ao
tratamento da criança.
♦ Esclarecer sobre os direitos e obrigações, bem como o bom cumprimento das
normas hospitalares.
♦ Desenvolver um programa de educação em saúde de acordo com as expectativas
dos acompanhantes e do serviço.
♦ Desenvolver atividades a fim de melhorar o relacionamento entre acompanhante
e criança, acompanhante e acompanhante, acompanhante e profissionais.
♦ Contribuir para o processo de qualificação dos profissionais da área de pediatria,
aperfeiçoando a suas habilidades para manejar e resolver as situações conflituosas
determinadas pela presença do familiar durante o internamento infantil.
♦ Estimular a integração entre os membros da equipe operativa, e propiciar um espaço
interdisciplinar para eficientizar as ações que desenvolvem como profissionais na
área de saúde.
5. Estrutura
♦ Estruturalmente, o GO será uma unidade com duas dimensões: a primeira engloba
todos os componentes, e é o grupo formado pelos acompanhantes e por uma equipe
técnica multidisciplinar; a segunda inclui somente a equipe técnica.
♦ A equipe técnica denomina-se de operativa; pois, através de uma ação
interdisciplinar e planificada, coordena as tarefas do GO. Neste momento do projeto,
a operatividade da equipe se dará através de três papéis: (1) Supervisão: Exercida
por Francisco Danúzio de Macêdo Carneiro, médico-psiquiatra; (2) Coordenação:
Exercida por Elizabete Silveira Aguiar, enfermeira; (3) Orientadores de Tarefas
Especiais: Exercidas pelos seguintes especialistas: Ângela Maria Vasconcelos Brito,
médica-pediatra; Liduína Maria Damasceno Rocha, terapeuta ocupacional; Regina
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1º RELATÓRIOS
(1) Relatório de reunião de grupo operativo
(2) Relatório de reunião de supervisão com equipe operativa
(3) Relatório de workshop com as equipes operativas
componentes das três equipes técnicas - o workshop começou com atraso, isto é,
às 8:25 horas. Ou seja, dez minutos além dos 15 minutos que é considerado um
tempo de atraso tolerável para esse tipo de evento. Esse problema determinou um
outro: ou seja, para compensar o tempo perdido inicialmente, os trabalhos foram
encerrados por volta de 11:30 horas; 2) No final dos trabalhos não foi definida uma
função de secretaria. Essa função seria necessária para anotar, permitindo uma
melhor sistematização de todas as sugestões e deliberações.
G - Conclusão
• Pelo que foi exposto, e considerando uma impressão subjetiva ao final das
atividades, considero que o 1o Workshop foi globalmente positivo, e dele,
certamente, bons resultados serão alcançados.
2º CARTAS-CONVITE E SOLICITAÇÕES
3º ROTEIROS E PROGRAMAÇÕES
1ª Atividades Definidas na Reunião de Planejamento no Grupo da Pediatria em Outubro
de 2001
2ª Temas e Programação Sugerida pelos Participantes do Grupo da Oncologia na
Reunião de 12/11
3ª Programação do II Workshop das Equipes Operativas do HGF
4ª Grade com Tarefas Desenvolvidas pelo Grupo da Pediatria no Período Julho-Dezembro
de 2000
5ª Quatro Jogos de Apresentação Utilizados nos Grupos
6ª Relação de 12 perguntas formuladas pelos pacientes e familiares do Grupo da
Nefrologia
7ª Roteiro Para o Observador das Atividades em Grupo Operativo
8ª Roteiro para Auto-Avaliação de Pacientes e Familiares do Grupo da Nefrologia em
Setembro de 1999
9ª Roteiro com Vinte Depoimentos de Pacientes, Familiares e Profissionais sobre os
Grupos Operativos
mental/Incremento da
consciência
corporal/integração
grupal
Palestra: crescimento e Promoção da saúde Psiquiatria e Médico-
desenvolvimento infantil física e mental Residente em
Pediatria
Palestra: infecções na infância Prevenção Médico-Residente
em Pediatria
Oficina: confecção de bijouterias Habilitação Voluntário
conhecer mais de perto o paciente e sua doença, e pessoal porque percebi que vale
a pena viver, apesar da doença”.
16. George Vanderlei Pinheiro Silva, médico-residente em pediatria – “GO: boa iniciativa
com objetivo de tentar diminuir a ansiedade das mães durante o internamento de
seus filhos”.
17. Ana Maria Filizola, assistente social – “O GO é um excelente veículo de
humanização e integração entre a equipe de saúde e os pacientes”.
18. Deurismar, auxiliar de enfermagem da pediatria - “Melhorou o relacionamento do
acompanhante com o profissional médico”.
19. Regina, assistente social – “O GO promoveu junto aos acompanhantes momentos
de lazer, reflexão, descontração, tornando o ambiente mais salutar”
20. Sueli, enfermeira da hemodiálise – “O GO representa uma grande melhoria na
qualidade da assistência ao renal crônico”.
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esses, que são especialistas de múltiplas áreas da saúde (medicina, enfermagem, serviço
social, terapia ocupacional e psicologia), assumem papéis operativos que variam, conforme
a formação do especialista e o seu grupo de atuação, mas estão intimamente vinculados
às suas especialidades – os papéis atualmente definidos são os de supervisor,
coordenador e orientador de tarefa especifica. RESULTADOS: Aprendizado da prática
interdisciplinar, treinamento da capacidade de planejamento, aumento da satisfação dos
profissionais, melhoria da qualidade de vida e incremento da saúde dos pacientes.
estruturasse uma teoria e desenvolvesse uma técnica para grupos operativos. Essa
técnica, que inicialmente foi aplicada no campo da psiquiatria, mostrou-se bastante fértil
em suas possibilidades de aplicações, e hoje é utilizada na coordenação de grupos em
diversas áreas de trabalho: terapêutica, pedagógica, organizacional etc.
Entre as aplicações terapêuticas, além da clínica psiquiátrica, as experiências já se
multiplicam por diversas outras clínicas médicas: nefrologia, endocrinologia, oncologia etc.
Na maioria dessas experiências, o público alvo são pacientes portadores de doenças
crônicas, debilitantes, tais como os que atendemos no nosso Serviço de Hemodiálise.
A teoria da técnica do GO é algo complexa, pois envolve postulados de múltiplas
escolas: tanto da psiquiatria, enquanto especialidade médica fundamentada na
psicopatologia, como da psicologia, enquanto ciência da “alma” e da normalidade
comportamental do ser humano. Em relação a isso, deve-se apenas dizer que o esquema
referencial teórico de Pichon-Rivière inclui os conhecimentos da Psicanálise de Sigmund
Freud (Austria, 1856. Inglaterra, 1939), da Gestaltpsychologie de Kurt Lewin (Alemanha,
1890. EUA, 1947), e da Sociometria de Jacob Levy Moreno (Romenia, 1892. EUA, 1974).
Todos esses conhecimentos são sintetizados, e apresentados conforme uma lógica
pertinente à concepção dialética de Jean Paul Sartre (França, 1905-1980) para o
desenvolvimento grupal.
Contudo, pode-se resumir todos os postulados teóricos dizendo-se que as
características básicas de um GO são a planificação e a interdisciplinaridade. Essas duas
características serão, a seguir, comentadas e enriquecidas por conceitos, dados históricos
e elementos da prática cotidiana no nosso grupo.
2.1. A planificação de um GO
A planificação, no sentido dado por Pichon-Rivière, significa que o grupo funciona
explicitamente centrado numa tarefa planejada, cuja realização constitui a sua razão de
ser.
No nosso grupo, a planificação foi materializada num projeto de trabalho cuja
discussão com aprovação e aceitação de seus termos, constituiu-se na primeira tarefa
grupal – essa tarefa foi desenvolvida numa reunião realizada em fevereiro de 1998
contando com a participação de um grupo composto por seis técnicos e oito pacientes com
familiares.
O projeto aprovado foi elaborado a partir de sugestões dos membros da equipe
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técnica, e seu modelo foi copiado de outros projetos de GO com pacientes crônicos. O
arcabouço desse modelo é formado pelos seguintes itens: (1) Introdução; (2) Identificação;
(3) Objetivo Geral; (4) Objetivos Específicos; (5) Estrutura; (6) Funcionamento.
A introdução consta de um sumário teórico sobre a teoria e a técnica do GO. Na
identificação estão os termos que dão referência institucional ao projeto – ou seja, um GO
formado por uma equipe técnica de coordenação, e por um conjunto de familiares e
pacientes portadores de insuficiência renal crônica. A equipe será composta com os
seguintes técnicos do hospital: um médico nefrologista, um médico psiquiatra, uma
enfermeira, uma assistente social, uma psicóloga, uma nutricionista. Foram convidados
todos os familiares e pacientes que estão em atendimento no programa de hemodiálise do
HGF. As reuniões acontecerão sempre na última quinta-feira de cada mês, entre 10:00 e
11:30 horas, na sala de reuniões do Setor de RX do hospital.
Quanto aos outros quatro itens do projeto, quais sejam: objetivo geral, objetivos
específicos, estrutura e funcionamento, vamos apresentá-los como comentários práticos ao
delineamento feito por Pichon-Rivière da teoria do GO.
Isto é, comentaremos com exemplos da nossa prática, os três parâmetros utilizados
para se entender o traçado da planificação num GO: (1) Os níveis da tarefa; (2) Os
momentos dinâmicos do desenvolvimento grupal; (3) Os fenômenos usados como critérios
de avaliação do desenvolvimento grupal.
2.1.1. Os níveis da tarefa
A realização de uma tarefa num GO comporta dois níveis: explícito e implícito.
(1o) O nível explícito está representado pelo trabalho produtivo (como resultante e
resultado da própria planificação) cuja realização constitui a razão de ser do grupo - por
exemplo, produção material, aprendizagem, cura, lazer etc. (2o) O nível implícito consiste
na totalidade das operações mentais que os membros do grupo, conjuntamente, devem
realizar para constituir, manter e desenvolver a sua grupalidade em torno da tarefa
explícita.
No nosso caso, o nível explícito refere-se aos objetivos gerais e específicos
definidos para serem alcançados. O objetivo geral seria o de melhor preparar os
pacientes do serviço de hemodiálise para enfrentarem as dificuldades que, relativas ao
campo psico-social, são inerentes ao tratamento hemodialítico, contribuindo assim para
um bom êxito da terapia nefrológica global.
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Quanto aos objetivos específicos, esses seriam: (1o) Favorecer ao grupo expor
seus questionamentos e dúvidas; (2o) Transmitir informações sobre a doença e os
métodos terapêuticos; (3o) Estimular a mudança de hábitos que favoreçam a melhoria de
vida do paciente; (4o) Incentivar a participação dos familiares no tratamento do seu
paciente; (5o) Sensibilizar para o transplante renal.
Para atingir os seus objetivos, o grupo realizaria em suas reuniões regulares
tarefas do tipo: exposições didáticas, depoimentos e debates, oficinas para treinamento
de habilidades, jogos dramáticos, atividades festivas e religiosas.
Em relação ao nível implícito, há um postulado bastante citado pelos teóricos
do GO: “o GO tem propósitos, problemas, recursos e conflitos que devem ser estudados e
atendidos pelo grupo mesmo, à medida que vão aparecendo”. Ou seja, cada grupo
trabalha com características específicas e engendra sua própria história. Mesmo
considerando esse postulado, iniciamos os trabalhos sabendo que alguns fenômenos,
que ocorrem implicitamente, são comuns a toda grupalidade. Também sabíamos que eles
conferem eficiência ao desenvolvimento da tarefa explícita. Entre esses fenômenos,
citamos:
• O grupo funciona como continente para a verbalização e resolução de
conflitos, associados ou não com a doença.
• O diagnóstico homogeneiza o grupo de pacientes e familiares. Isso permite a
emergência de mecanismos do tipo “solidariedade na desgraça” –
compreendido como um mecanismo de identificação projetiva que facilita a
empatia, que provoca intimidades, e que incrementa a troca de experiências e
da aprendizagem.
• Também com isso ocorre uma rápida percepção de que o grupo é também
uma fonte de conhecimentos práticos a serem explorados. Daí, o
aconselhamento e a ajuda mútua logo se estabelecerem entre os
participantes.
• A presença, e a interação com a equipe de técnica de coordenação é, por si
mesma, um fator efetivo no alívio da ansiedade pela doença.
• O estabelecimento de um clima de confiança, com postura participativa e
democrática, certamente contribui para o aperfeiçoamento humano, tornando
os pacientes mais ativos e integrados em seu contexto psico-social.
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No tocante à apreciação subjetiva das atividades, essa foi bastante positiva. Nessa
rubrica foi feita a seguinte solicitação: através de uma palavra, defina como você se sente
quando participa das reuniões do GO. Nas respostas verifica-se que, dos dez que
responderam, sete disseram que se sentem “muito bem”, e os demais disseram que se
sentem “contente”, “feliz”, “a vontade”.
2.1.2. Momentos dinâmicos do desenvolvimento grupal
Um GO desenvolve-se em três momentos: pré-tarefa, tarefa e projeto. (1o) Na pré-
tarefa se evidenciam condutas (ansiedades) indicativas de resistências às mudanças. Essas
ansiedades, quando não convenientemente superadas, impedem o desenvolvimento da
tarefa e inviabiliza a própria existência grupal; (2o) Na tarefa, o grupo, ao mesmo tempo que
elabora e supera essas ansiedades, faz a abordagem planificada do objeto de
conhecimento, ou seja, realiza o produto grupal. (3o) O projeto surge assim como inerente à
tarefa. Conscientemente, dá-se quando todos os membros do grupo têm conhecimento de
que pertencem a uma grupalidade específica, com objetivos também específicos. O projeto
se concretiza na elaboração, geralmente por escrito, de um plano de trabalho.
Ha um notável detalhe no funcionamento de nosso GO: ele se desdobra em três
conjuntos. Quais sejam: o grupo globalmente considerado - esse é formado por um conjunto
de técnicos coordenadores e um conjunto de pacientes e familiares coordenados; o
subgrupo de técnicos; o subgrupo de pacientes e familiares.
No planejamento anual de 1999, definimos um cronograma de atividades
diferenciadas para cada um desses conjuntos: para o grupo global, as reuniões
continuariam a ser realizadas conforme o projeto original, ou seja, nas últimas quintas feiras
de cada mês. Para o grupo de coordenação, seriam realizadas reuniões (a título de
supervisão) a cada trimestre. Para o grupo de familiares e pacientes ficou definido a
realização de reuniões semestrais.
Ao tempo que escrevemos este artigo, dezembro de 1999, verificamos que todas as
reuniões globais e de supervisão foram realizadas neste ano. Contudo, mesmo tendo
havido, por parte de alguns personagens, uma tentativa nesse sentido, o grupo de pacientes
e familiares ainda não conseguiu se articular para realizar uma tarefa autonomamente.
Desse modo, falando das etapas do desenvolvimento grupal, pode-se,
empiricamente, afirmar que o grupo globalmente considerado está plenamente na fase de
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de hemodiálise? Elas têm dado oportunidade para você colocar e esclarecer suas dúvidas
sobre o tratamento?
Ainda em relação à aprendizagem, sem que fosse explicitamente solicitado, dois
dos respondentes da pesquisa justificaram com o fato de estarem aprendendo o por que
estavam contentes e se sentido bem com o GO. Eles escreveram: “Sinto-me contente, por
que aprendi coisas úteis”, “Sinto-me bem, aprendo muitas coisas”.
Quanto aos outros dois fenômenos restantes – pertinência e tele, serão comentados
do seguinte modo: como avaliação da pertinência, serão explicadas as indagações acima
mencionadas. O tele será vinculado à apreciação subjetiva contida na pesquisa, a qual
também já foi apresentada anteriormente.
As indagações foram feitas durante uma reunião que tinha como tarefa a exposição
sobre os procedimentos adotados pelo Sistema Único de Saúde SUS-Fortaleza para
viabilizar um transplante renal. Foram formuladas mais de vinte perguntas, dessas
destacamos as seguintes: Fazer transplante é seguro? O que é preciso para se realizar
um transplante? Por que o organismo não aceita o orgão transplantado? A maioria dos
transplantes são bem sucedidos? Se o rim for rejeitado, o que acontece com o paciente?
Quanto tempo uma pessoa fica com saúde após um transplante? É possível parar de
tomar os remédios após o transplante? Uma pessoa com seu próprio rim pode comer todo
tipo de comida, por que a mesma coisa não acontece com alguém com um rim
transplantado?
Observar que as indagações, em si, já são apropriadas, portanto são pertinentes às
atividades do grupo. Contudo, chama-nos ainda a atenção a sofisticação de sua lógica,
isso exigiu, por parte do orientador nefrológico, conhecimentos altamente especializados
para respondê-las de maneira conveniente. Assim, podemos avaliar como alto o grau de
pertinência em nosso GO.
Num grupo, o fenômeno tele, como fator matemático, pode ser objetivamente
captado através de um Teste Sociométrico. No entanto, sua íntima relação com a
afetividade permite que, nesse mesmo grupo, possa-se avaliar o seu nível por analogia à
qualidade das manifestações afetivas grupal. Dessa maneira, pode-se afirmar que uma
afetividade positiva indica (numa avaliação subjetiva) um alto nível de desenvolvimento do
tele.
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2.2. A interdisciplinaridade no GO
A Interdisciplinaridade de um GO se efetiva na formação de grupos heterogêneos,
nos quais cada membro traz para a grupalidade o seu conjunto de conhecimentos,
experiências e afetos, havendo assim uma diferenciação de papéis com enriquecimento
da tarefa grupal.
Pode-se afirmar que o nosso GO é globalmente heterogêneo, pois reúne as três
principais categorias de papéis sociais que estão presentes numa qualquer instituição
médica, quais sejam: técnicos, pacientes e familiares. Ademais, entre cada uma dessas
categorias observa-se que há bastante heterogeneidade – mesmo entre os pacientes,
onde a doença homogeneiza o conjunto, verifica-se que há diversidade com a presença
de sexo masculino e feminino, de idades diferenciadas (adolescente, adultos e idosos), e
de amplo nível educacional.
No entanto, é no conjunto de técnicos onde se efetiva com máxima intensidade a
heterogeneidade. Como é isso o que permite um máximo de interdisciplinaridade em
nosso espaço grupal, então, este capítulo será dedicado especificamente à construção da
interdisciplinaridade na equipe técnica.
Antes de continuar comentando com exemplos da prática o delineamento teórico
feito por Pichon-Rivière, achamos necessário apresentar algumas proposições que fazem
da interdisciplinaridade não só uma prática cotidiana, mas uma questão de princípio para
o nosso GO. Essas proposições foram inicialmente apresentadas num seminário
hospitalar onde a pauta das discussões incluía o trabalho de GO com pacientes
cronificados, e foram denominadas de “Cinco argumentos que demonstram a
necessidade de se implantar um trabalho interdisciplinar no espaço hospitalar”. Os
argumentos são:
1. Ontológico - “Ontologia: estudo do ser”. O hospital deve considerar o ser humano
(paciente-cliente) como uma unidade tridimensional: biológica, psicológica e
social.
2. Teleológico - “Teleologia: estudo das finalidades”. A finalidade do hospital é o
restabelecimento da saúde desse ser humano. O termo saúde só pode se
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técnica, por sugestão feita pelo próprio supervisor, buscou-se uma ação de moderação,
(“dar tempo ao tempo”) para que o conflito fosse melhor solucionado. Com isso, num
espaço de três meses, pelo menos três reuniões especificas foram realizadas para reflexão
e deliberação sobre o ocorrido.
Finalmente, na reunião de supervisão ocorrida em março de 1999, em que, com
exceção da referida orientadora que se recusou a comparecer, estavam presentes os
demais membros da equipe, a questão foi “fechada” com uma constatação - precedendo
problemas relacionados à idiossincrasias de personalidade e de conduta funcional tanto da
orientadora como do supervisor, havia algo com maior importância para explicar o conflito
no grupo: uma duplicidade de papéis. Essa estava representada no fato de que junto da
referida orientadora havia uma outra profissional exercendo a mesma função de sua
especialidade no GO. Entre outros detalhes, presumimos que foi isso o que determinou a
sua ausência no encontro anterior, não tendo ela comparecido (a mesma coisa já havia
ocorrido em oportunidades anteriores) por que supôs que a outra colega de especialidade
estaria presente e lhe representando na reunião. Mas isso não aconteceu, e como
nenhuma das duas estava presente, ela não tomou conhecimento de todas as
deliberações adotadas, daí a desinformação que gerou o “ruído” comunicacional, levando
ao conflito grupal.
Dado essa constatação, e considerando o fato de que a orientadora estava se
recusando a comparecer às reuniões do GO que foram realizadas para solucionar o
conflito, então ficou decidido que ela não mais faria parte da equipe técnica, que então, de
um modo conveniente, passou a ter em cada uma das especialidades somente um
profissional orientador.
Analisar o papel de sabotador é ainda mais delicado do que analisar o papel de
bode expiatório. Ambos implicam em intenso conflito grupal, somente que no caso do
sabotador, além dos componentes internos, geralmente o fator conflitual é determinado por
forças externas ao grupo. Sendo assim, antes de se analisar o processo desencadeado
pela presença de tal função num GO como o nosso, seria necessário fazer uma
consistente análise histórica sobre o do por que essas forças externas estariam
interessadas em boicotar as atividades do grupo. Isso, entendemos, demandaria um
esforço analítico sobre os interesses políticos e econômico-sociais que sempre são os
fundamentos determinantes de situações semelhantes.
59
São aqueles papéis que o grupo formaliza durante o planejamento de suas tarefas.
A escola de psicologia social liderada por Pichon-Rivière só define duas modalidades de
papéis: coordenador e observador da dinâmica grupal.
O coordenador tem dupla função: aglutinar o grupo e fazê-lo agir, otimamente, em
torno da tarefa. O observador geralmente não é participativo. Sua função consiste em
recolher todo material verbal e não verbal, com o objetivo de ‘realimentar’ o coordenador
facilitando a utilização das suas técnicas de condução.
Além desses papéis formais, a plasticidade da técnica do GO tem permitido que,
dependendo de necessidades circunstanciais, haja modificações e outras funções sejam
formalizadas. No nosso GO, não formalizamos o papel de observador, mas formalizamos os
papéis de supervisor e orientador de atividades especializadas.
O supervisor trabalha mais diretamente vinculado à equipe técnica. Sua função
também é dupla: reflexão e ação. Reflete com o grupo sobre as relações que os seus
integrantes estabelecem entre si, e com a tarefa prescrita; e age como um regulador das
ansiedades que surgem na realização da tarefa e, em conseqüência, como facilitador do
posicionamento e da decisão grupal. Os orientadores de tarefa têm, como a denominação
indica, a orientação de trabalhos profissionais específicos. Assim, no nosso grupo, há os
orientadores nas áreas de nefrologia, enfermagem, nutrição e psicologia.
3. Conclusão
Nossa conclusão é sumária e, como semelhante à do projeto de trabalho, também
é uma mensagem de esperança, isto é, os trabalhos de nosso GO se inserem na
perspectivas de uma vida saudável para o hemodialisado, permitindo-lhe administrar com
plena espontaneidade e criatividade a sua patologia.
Bibliografia
• ALMANAQUE ABRIL 95. São Paulo: Editora Abril,1995
• ARNOLD, W; EYSENCK, H. J & MEILI, R. - Dicionário de psicologia. São Paulo:
Loyola, 1994.
• BLEGER, J. - Grupos Operativos no ensino. In: “Temas de Psicologia”. São Paulo:
Martins Fontes, 1981.
• Botega, Neury J. (Org.)- Serviços de saúde mental no hospital geral. Campinas, SP:
Papirus, 1995.
61
SECRETARIA DA SAÚDE
SOCIAL DO PACIENTE • G.O. UNIDADE COM DUAS DIMENSÕES: (1 ) O G.O. FORMADA PELOS A
Teresinha Alves Barbosa, 58 anos, paciente renal crônica hemodialisada Bernadete Pereira, 44 anos, mãe-acompanhante - "No G.O. a gente diz o Jeane Maria Barros Alves, 43 anos, familiar de paciente - "O G.O.
"Acho o G.O. bom. É um divertimento bom". que sente". é importante porque se tornou um elo entre paciente, médico e familiares"
Jane Eyre Azevedo, psicóloga - "O G.O. nos possibilita o exercício concreto Elisabete Aguiar, enfermeira pediátrica - "O G.O. preencheu um vazio Francisco de Assis Costa, cirurgião geral - "G.O. aprendendo a conviver
do compromisso coletivo com a democracia, o respeito, o desenvolvimento da enorme que existia na pediatria" com a doença, sem medo.
escuta e, sobretudo, o acreditar nas potencialidades humanas"
Michelle Santiago Montenegro, estudante e estagiária de serviço social - Ilvana Lima Verde, enfermeira cirúrgica - "Participar do G.O. tem me
proporcionado um crescimento tanto profissional como pessoal. Profissional no
Antônio Augusto, médico nefrologista - "O G.O. alcança a assistência "O G.O. é mágico!" sentido de conhecer mais de perto o paciente e sua doença, e pessoal porque
completa a um paciente renal crônico.". percebi que vale a pena viver, apesar da doença".
George Vanderlei Pinheiro Silva, médico-residente em pediatria - "G.O.
Ana Maria Filizola, assistente social - "O G.O. proporcionou-me uma visão uma boa iniciativa com objetivo de tentar diminuir a ansiedade das mães Maria de Fátima Gomes, assistente social - "O G.O. está atingindo os seus
smp (85) 265.1483
mais ampla do outro, e teve como resultante um maior respeito e compreensão dos durante o internamento de seus filhos objetivos, com os profissionais, pacientes e familiares se encontrando e sendo
problemas vivenciados pelos pacientes". mais felizes".
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• SOBRE O ORGANIZADOR
• Francisco Danúzio de Macêdo Carneiro
• Médico, formado pela Universidade Federal do Ceará (1975-1981).
• Especialização em Psiquiatria pela Residência Médica do Hospital de Saúde Mental de
Messejana (1982-1983).
• Especialização em Psicodrama pela Federação Brasileira de Psicodrama (1979-1983).
• Mestre em Saúde Pública pela Universidade Estadual do Ceará (1994-1997).
• Professor da disciplina “Dinâmica Grupal e Relações Humanas”, no Curso de Psicologia
da Universidade de Fortaleza (1987-1990).
• Professor da disciplina “Grupoterapia”, na Residência Médica do Hospital de Saúde
Mental de Messejana (1984-1993).
• Professor da disciplina “Sociometria”, no Curso de Especialização em Psicodrama do
Instituto do Homem de Fortaleza (1994-1999).
• Médico-Psiquiatra e Supervisor do Grupo Operativo com Pacientes do Serviço de
Hemodiálise do Hospital Geral de Fortaleza (1996-1999)
• Endereço Comercial: Condomínio Clinics, Rua Coronel Linhares, 1741, Aldeota, CEP
60170-241, sala 304, fone (085) 224.8767, Fortaleza-Ce. E-Mail:
danuziomc@secrel.com.br
********************
73
Sobre o Autor
•O Teste Sociométrico
http://www.terra.com.br/virtualbooks/freebook/didaticos/O_Teste_Sociometrico.ht
m
Com este trabalho completa-se uma trilogia. Primeiro, publicamos a obra intitulada de Grupo:
Esquema Estrutural e Dinâmica Grupal; segundo, e num simultâneo momento, publicamos a
obra Dinâmica Grupal: Conceituação, História, Classificação e Campos de Aplicação. Agora,
estamos publicando este Apresentação do Teste Sociométrico.