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UNIVERSIDADE FEDERAL DE SANTA CATARINA

PROGRAMA DE PÓS-GRADUAÇÃO EM ENGENHARIA DE PRODUÇÃO

ANEXO D

DIAGNÓSTICO ERGONÔMICO EM UMA INDÚSTRIA DE CHICOTE


AUTOMOTIVO: ESTUDO DE CASO DE RACKS ESTACIONÁRIOS E EMBALGEM

CABEÇALHO, constando:
- Título do Projeto de Pesquisa
- Número de Inscrição (É o número obtido quando da inscrição pelo site)
- Área de Concentração
- Orientador Pretendido

TÍTULO
− Indicar um título para o Projeto que represente a proposta de forma precisa.

1 APRESENTAÇÃO DO PROBLEMA

− Formular o problema de pesquisa de maneira clara e objetiva e apresentar a justificativa da importância da


proposta, sob o ponto de vista de pesquisa.

2 OBJETIVOS

− Apresentar os objetivos que, não obrigatoriamente, podem ser divididos em geral e específicos.

3 ADERÊNCIA COM O PPGEP E COM A ÁREA DE CONCENTRAÇÃO

− Apresentar, brevemente, a aderência do Projeto de Pesquisa com um dos temas de interesse apresentados
no Anexo A, com o PPGEP e com a área de concentração escolhida.

4 REFERENCIAL TEÓRICO

− Apresentar a base teórica envolvida na proposta de pesquisa, advindo de citação seletiva e qualificada.

5 MÉTODOS ADOTADOS

− Apresentar os procedimentos metodológicos que deverão ser adotados no desenvolvimento da proposta de


pesquisa.

6 RESULTADOS ESPERADOS

− Apresentar os resultados esperados da pesquisa de forma clara e objetiva.

7 CRONOGRAMA DE EXECUÇÃO
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− Apresentar objetivamente a cronologia do plano de atividades do Mestrado ou do Doutorado.

REFERÊNCIAS
− Listar as referências citadas para a elaboração do Projeto de Pesquisa, descrevendo-as com base na norma
ABNT NBR 6023. Observar que não se trata, ainda, das referências da dissertação ou da tese, que será
desenvolvida.

Observações importantes:
- A estrutura de seções apresentada neste documento é obrigatória.
- Não acrescentar anexos e apêndices no Projeto de Pesquisa.
- O texto não poderá ultrapassar de 10 páginas (incluídas as referências).
- O Projeto deve ser formatado em papel A4, margens (superior, inferior, direita e esquerda) de 2,0 cm, com fonte
Times New Roman ou Spranq eco sans(*), tamanho 12, espaçamento simples.
- O template das próximas páginas é fornecido para facilitar a redação do projeto.

(*) A fonte Spranq eco sans é uma fonte ecológica, que consome menos tinta, e pode ser obtida gratuitamente em
https://www.1001fonts.com/spranq-eco-sans-font.html.
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Modelo de formatação do Projeto de Pesquisa – Edital Mestrado e Doutorado

DIAGNÓSTICO ERGONÔMICO EM UMA INDÚSTRIA DE


CHICOTE AUTOMOTIVO: ESTUDO DE CASO DE RACKS
ESTACIONÁRIOS E EMBALGEM
Número de Inscrição: 20240003717

ÁREA DE CONCENTRAÇÃO: ERGONOMIA


Orientador Pretendido: Lizandra Garcia Lupi Vergara

1. Introdução

A engenharia de produção, historicamente voltada para a indústria, tem suas raízes no século
XIX, com pioneiros notáveis como Frederick Winslow Taylor, os Gilbreth, Henry Gantt e
Harrington Emerson. Taylor é frequentemente associado à administração científica, mas é
importante ressaltar que outros, como o casal Gilbreth, ofereceram abordagens críticas ao
modelo taylorista, enxergando o ser humano como mais do que apenas uma peça de uma
máquina.

Contudo, foi no contexto do Fordismo e dos desafios econômicos do Japão que Taiichi Ohno e
Eiji Toyoda desenvolveram o sistema de produção da Toyota (TPS), posteriormente globalmente
conhecido como Lean Manufacturing. O principal objetivo desse sistema era aumentar a
produtividade, realizando mais com menos recursos e eliminando desperdícios ao longo da
cadeia de valor. A situação específica do Japão na época desempenhou um papel fundamental
nesse desenvolvimento.

Com a crescente competição do mercado atual, empresas de todos os setores buscam


constantemente melhorias e inovações para se manterem lucrativas e destacarem-se entre seus
concorrentes. No entanto, é frequente que a saúde e o bem-estar dos colaboradores sejam
negligenciados, mesmo quando as atividades diárias podem representar riscos para sua saúde. A
ergonomia emergiu como uma disciplina vital no século XX, reconhecida por sua importância na
garantia da saúde e segurança dos trabalhadores, ao mesmo tempo em que contribui para o
aumento da produtividade e a melhoria da qualidade de vida no trabalho.

Nesse cenário, o objetivo deste trabalho é conduzir uma análise específica das operações e riscos
ergonômicos em dois postos de uma indústria especializada na produção de chicotes
automotivos, com um foco claro na proposição de soluções que promovam melhorias nos postos
de trabalho. A intenção do artigo é fornecer um diagnóstico sobre as condições ergonômicas de
dois postos de trabalho que compõem a linha, e propor ações de engenharia visando aumentar a
segurança dos postos e consequentemente, sua produtividade, e qualidade, estando em sintonia
com a cultura da empresa que prioriza o "Cuidado com as nossas pessoas". Os objetivos
específicos compreendem a preocupação com a saúde dos trabalhadores, a análise das operações,
o levantamento dos riscos ergonômicos, a exploração das operações através da utilização do
software de análise de risco (HUMANTECH) aliado com o método Occupational Repetitive
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Actions (OCRA) e software de simulação de cenários (JACK), a investigação e formulação de


soluções, com a subsequente proposição de sua implementação na linha de produção, o que
inclui a comparação dos resultados alcançados. Adicionalmente, o artigo propõe examinar de que
forma ambientes de trabalho mais ergonômicos impactam os indicadores e o bem-estar dos
operadores, através da aplicação de ferramentas de melhoria contínua, como grupos focais,
softwares de análise e simulação de cenários.

2 Fundamentação Teórica

2.1 Ergonomia: conceitos e definições

A ergonomia, originada durante a Segunda Guerra Mundial, surgiu da colaboração de


profissionais de diversas áreas, como engenheiros, médicos e antropólogos, que se uniram para
abordar questões relacionadas ao uso de equipamentos militares complexos. Essa colaboração
resultou em avanços significativos que, de acordo com Dul (2004), culminaram em seu
reconhecimento como ergonomia somente em 1949 e 1950, durante reuniões na Inglaterra
envolvendo diversos cientistas e pesquisadores. Esses avanços posteriormente beneficiaram
várias empresas, dando origem a essa disciplina.

Segundo Iida e Guimarães (2016), o campo de atuação da ergonomia é vasto e abrange diversas
atividades ao longo do processo de trabalho. Isso inclui: a) planejamento e projeto, que ocorrem
antes da execução da tarefa; b) acompanhamento, avaliação e correção durante a realização da
atividade; c) análise posterior dos resultados obtidos. Esses esforços são essenciais para garantir
que o trabalho alcance os resultados desejados.

De acordo com Iida (2005), a ergonomia evoluiu ao longo de quatro fases (Tabela 1):
Tabela 1 – Evolução da Ergonomia em Quatro Fases:

Fonte: Iida, 2005.

A Associação Brasileira de Ergonomia - ABERGO foi fundada em 1983 e define a ergonomia


como o estudo das interações das pessoas com a tecnologia, a organização e o ambiente, visando
ações e projetos que melhorem a segurança, o conforto, o bem-estar e a eficácia das atividades
humanas (ABERGO, 2023).

A Organização Mundial de Saúde (1948) define saúde como “um estado de completo bem-estar
físico, mental e social e não somente ausência de afecções e enfermidades”. Direito social,
inerente à condição de cidadania, que deve ser assegurado sem distinção de raça, de religião,
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ideologia política ou condição socioeconômica, a saúde é assim apresentada como um valor


coletivo, um bem de todos.
2.2 SUBSISTEMA MUSCULAR

De acordo com Iida e Guimarães (2016), o corpo humano é uma máquina complexa composta
por vários órgãos que funcionam em conjunto, formando quatro subsistemas. O sistema nervoso
coordena esses subsistemas, que incluem o sensorial (olhos, ouvidos e receptores cutâneos), o
nervoso central (cérebro e medula espinhal), e o osteomuscular (ossos, músculos e tendões)
(Figura 1).
Figura 1 – Principais subsistemas do organismo humano

Fonte: Lehto e Buck, 2008.

Conforme Iida (2005), a fadiga muscular se deve à falta de irrigação sanguínea, o que impede a
entrega adequada de oxigênio e nutrientes aos músculos. Isso resulta na acumulação de
substâncias como ácido lático, potássio, calor, dióxido de carbono e água. Quanto mais intensa a
contração muscular, maior a deficiência na irrigação sanguínea, levando a dores intensas.
Portanto, é essencial permitir períodos de descanso para a recuperação da função muscular.

Um músculo só tem dois estados: contraído e relaxado. E a cada movimento, tem-se


envolvimento de pelo menos dois músculos antagônicos, que agem coordenadamente (Figura 2).
(IIDA, 2005).
Figura 2 – Os músculos funcionam sempre aos pares opostos entre si. Enquanto um se contrai, o seu antagônico se
distende / Durante uma contração muscular, os filamentos de miosina e actina deslizam para dentro dos filamentos
de miosina, como se fossem minúsculos pistões, reduzindo o comprimento do sarcômero.
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Fonte: Iida e Buarque, 2016.

Na figura 2, vemos dois filamentos, um de actina e outro de miosina. Durante a contração


muscular, a actina desliza para dentro da miosina, encurtando os sarcômeros e criando uma
barreira que prejudica a passagem de nutrientes, como oxigênio e glicogênio, fornecidos pelo
sistema circulatório. Isso estrangula os capilares, dificultando o fluxo sanguíneo e causando
fadiga muscular. Para restaurar a circulação, é necessário contrair e relaxar o músculo
repetidamente, funcionando como um sistema de bombeamento hidráulico. Os ossos maiores se
conectam entre si, através das articulações e movimentados pelos músculos do sistema
osteomuscular, o corpo humano trabalha com três tipos de alavancas demonstradas na Figura 3
(IIDA, 2005).
Figura 3 – No corpo humano existem três tipos de alavancas.

Fonte: Iida e Buarque, 2016.

 Alavanca interfixa: ideal para transmitir velocidade com pouca força, onde o apoio está
entre a força resistência; (IIDA, 2005)

 Alavanca interpotente: movimentos rápidos com sacrifício da força; a força situa-se


entre o apoio e a resistência; (IIDA, 2005)

 Alavanca inter-resistente: movimentos com forças, mas com deficiência de velocidade, a


resistência permanece entre o ponto de apoio e a força. (IIDA, 2005)

Fisioterapeutas, educadores físicos e médicos contam com uma compreensão completa dos
subsistemas muscular e osteomuscular para diagnosticar e remediar limitações de movimento,
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problemas posturais e lesões musculares. Assim, compreender como esses sistemas operam é
fundamental para entender como o corpo humano se envolve nas atividades diárias, mantendo a
postura correta e executando movimentos e a partir desse entendimento auxilia os engenheiros
no desenvolvimento de postos de trabalhos (IIDA, 2005).

2.3 LINHA DE PRODUÇÃO: TRABALHO SEQUENCIAL

De acordo com Askin e Stamdridge (1993), o propósito da manufatura é gerar lucro para a
sociedade através da produção desejada, esteticamente agradável, com um ambiente seguro,
acessível economicamente, confiável e de alta qualidade.

A produção em massa envolve a fabricação em larga escala de produtos altamente padronizados.


Um exemplo ilustrativo desse modelo de produção pode ser encontrado na indústria
automobilística, onde as montadoras concentram-se na produção de chassis que podem ser
personalizados com diferentes carrocerias, motores e acessórios, criando uma variedade de
produtos sob a perspectiva do cliente, mas altamente padronizados do ponto de vista da produção
(TUBINO, 2009)

No entanto, ao longo dos anos, o conceito de produção em massa passou por transformações
significativas, especialmente com a introdução do Lean Manufacturing pela Toyota. Essa
abordagem busca fazer mais com menos, reduzindo o desperdício e aumentando a eficiência da
fábrica em comparação aos sistemas convencionais. Ao contrário do sistema Fordista, o Lean
Manufacturing treina os operadores para desempenharem diversas tarefas, aumentando sua
versatilidade. Além disso, utiliza um layout flexível e não linear que permite um equilíbrio mais
eficiente das operações (TUBINO, 2009).

Na Figura 4, ilustra-se um exemplo de fluxo contínuo conhecido como sistema one-piece flow
(fluxo contínuo de uma peça). Nesse sistema, o material passa pelo processo A e segue
imediatamente para o processo B, que por sua vez direciona o produto para o processo C, onde a
produção é concluída. O destaque desse método é a eliminação do estoque intermediário, criando
um fluxo contínuo de produção. Isso não apenas aumenta a eficiência da produção, mas também
torna os colaboradores mais produtivos (ALMEIDA, 2022).
Figura 4 – Fluxo contínuo

Fonte: Almeida, 2022.

2.4 POSTURAS ESTÁTICAS E DIN MICAS ADOTADAS PARA TRABALHOS


MANUAIS

A biomecânica ocupacional desempenha um papel fundamental no contexto do trabalho manual,


pois é por meio dela que se realizam análises e avaliações das posturas, movimentos e esforços
envolvidos na execução de tarefas específicas. Esse enfoque possibilita a identificação de
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potenciais riscos de lesões musculoesqueléticas. A Figura 5 ilustra as situações de trabalho


dinâmico, estático e em repouso (IIDA, 2005).
Figura 5 – O músculo opera em condições desfavoráveis de irrigação sanguínea durante o trabalho estático, com a
demanda superando o suprimento, enquanto há equilíbrio entre a demanda e o suprimento nas condições de repouso
ou trabalho dinâmico.

Fonte: Lehmann, 1960.

Em situações de trabalho dinâmico, como atividades que envolvem movimento constante, ocorre
um equilíbrio entre a demanda de energia e nutrientes pelo corpo (demanda) e a capacidade do
corpo de fornecer esses recursos (suprimento). Isso resulta em uma maior oferta de oxigênio e
nutrientes aos músculos, o que, por sua vez, aumenta a resistência à fadiga, permitindo que os
trabalhadores desempenhem suas funções de maneira mais eficaz. Por outro lado, em atividades
de trabalho estático, onde os trabalhadores precisam manter uma postura fixa por longos
períodos, a irrigação sanguínea pode se tornar deficiente, o que significa que o corpo está
exigindo mais recursos do que está recebendo (a demanda supera o suprimento). Isso pode levar
a uma série de problemas, incluindo fadiga muscular, desconforto e, potencialmente, lesões
ocupacionais. Atividades manuais repetitivas e posturas inadequadas podem causar desgaste no
corpo, destacando a importância da análise biomecânica ocupacional para minimizar impactos
negativos. Essa abordagem ajuda a identificar limites físicos dos trabalhadores, garantindo que a
carga de trabalho esteja alinhada com suas capacidades, especialmente em tarefas que envolvem
esforço físico em condições desfavoráveis (IIDA, 2005).

2.5 ANTROPOMETRIA: MEDIDAS E APLICAÇÕES

A antropometria lida com as dimensões e proporções do corpo humano, e ao projetar postos de


trabalho, é crucial reconhecer a individualidade das pessoas. Uma cadeira que seja confortável
para um indivíduo médio pode não ser adequada para alguém mais alto ou mais baixo. Portanto,
cadeiras com ajuste de altura são ideais para a adaptação. Inicialmente, a antropometria se
concentrava em determinar medidas médias da população, como peso e estatura, mas tornou-se
mais complexa, considerando também a variação dessas medidas e os alcances dos movimentos.
Hoje, fatores como etnia, idade, alimentação e saúde são levados em conta, levando à produção
de produtos adaptáveis para atender a diversos usuários (DUL, 2004).

A antropometria se divide em três classificações, apresentadas na tabela 2.


Tabela 2 – As três classificações da antropometria.
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Fonte: Iida, 2005.

Observa-se que a antropometria funcional e a antropometria dinâmica apresentam valores


distintos em suas análises. Enquanto a primeira considera ações de forma isolada, levando em
conta diferentes partes do corpo em movimentos diversos, a segunda analisa as ações de forma
conjunta, reconhecendo a interdependência de cada membro, como o movimento do braço
afetando o movimento do ombro. A escolha entre antropometria estática e dinâmica depende das
características funcionais de cada posto de trabalho, especialmente em situações que envolvem
diversos movimentos realizados simultaneamente (IIDA, 2005).

2.6 POSTO DE TRABALHO

Ao projetar um posto de trabalho, a altura desempenha um papel crucial para garantir o conforto
e a saúde dos trabalhadores. A altura inadequada pode resultar em dores nas costas e no pescoço,
seja por um posto muito alto, que faz com que os ombros se elevem, ou por um posto muito
baixo, que sobrecarrega as costas devido à curvatura do tronco. Portanto, é fundamental que a
altura da mesa de trabalho seja adequada às medidas dos operadores ou ajustável para atender a
diferentes usuários (KROMMER E GRANDJEAN, 2005).

Além disso, um posto de trabalho mal projetado pode afetar não apenas a saúde física, mas
também a saúde mental dos colaboradores, levando à fadiga, dores musculares e estresse. Para
evitar esses impactos negativos, é necessário considerar as dimensões médias dos colaboradores
ao projetar o ambiente de trabalho, criando um espaço ergonomicamente correto (KROMMER E
GRANDJEAN, 2005).

Outras considerações importantes incluem a altura de pega, a utilização de mesas inclinadas e a


linha de visão em relação à posição da cabeça. A altura de pega inadequada pode resultar em
dores musculares, mesas inclinadas oferecem benefícios posturais, mas com o risco de objetos
caírem, e a linha de visão deve ser respeitada para manter uma postura saudável. Portanto, a
integração desses fatores é essencial para garantir que o ambiente de trabalho promova a saúde, o
conforto e a produtividade dos trabalhadores (HILL E KROEMER, 1986).

2.7 ANÁLISE ERGONÔMICA: FERRAMENTAS DE ANÁLISE E SOFTWARE

O estudo da ergonomia baseia-se na teoria de sistemas, que define um sistema como um conjunto
de elementos interconectados com procedimentos específicos e um objetivo comum. Identificar e
descrever esses sistemas é crucial para resolver problemas ergonômicos (IIDA, 2005).

Moraes e Mont'Alvão (2000) descrevem a intervenção ergonômica em três fases (Tabela 3):
Tabela 3 – Fases da intervenção ergonômica
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Fonte: Moraes e Mont’Alvão, 2000.

Uma técnica eficaz para coletar informações de um grande número de pessoas é o uso de
questionários, mas para garantir a eficiência, é essencial que as perguntas sejam facilmente
compreensíveis para os respondentes. Em ambientes industriais com muitos colaboradores, os
grupos focais se apresentam como uma técnica interessante, consistindo em entrevistas
realizadas de forma coletiva, envolvendo de seis a dez pessoas cuidadosamente selecionadas para
representar o público-alvo e dispostas a colaborar. Os grupos focais podem ser combinados com
outras técnicas, como entrevistas individuais e questionários (IIDA, 2005).

Uma ferramenta crucial na avaliação semiquantitativa é o Método Occupational Repetitive


Actions (OCRA), que é obrigatório pelas normas internacionais ISO 11228-3 e europeia EN
1005. O OCRA analisa os esforços repetitivos dos membros superiores, levando em conta
diversos fatores, incluindo repetitividade, força, postura, ausência de períodos de recuperação e
outros elementos adicionais, como precisão, movimentos bruscos, tipo de pega, uso de luvas,
temperaturas extremas e vibrações. O resultado do OCRA é classificado em um dos cinco níveis
de risco, identificados por faixas de cores, cada um com recomendações específicas (IIDA, 2005)
(Tabela 1).
Tabela 1 – O índice OCRA é classificado em cinco níveis de risco, com as respectivas recomendações

Fonte: Occhipinti e Colombini, 2007.

Na era da Indústria 4.0, a aplicação de ferramentas ergonômicas desempenha um papel crucial na


otimização dos processos de produção. A teoria de sistemas, a análise de risco com o OCRA e a
coleta de dados por meio de questionários e grupos focais são abordagens fundamentais na
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avaliação das condições de trabalho. No entanto, a simulação se destaca como uma ferramenta
inovadora, especialmente em um cenário de alta automação e complexidade (SLACK et al.,
1997). Ela modela sistemas de produção de forma dinâmica, permitindo análise de cenários e
tomada de decisões informadas (PIDD, 1992). A integração da simulação com as abordagens
tradicionais de ergonomia visa melhorar não apenas a eficiência dos processos, mas também as
condições de trabalho, refletindo o compromisso da Indústria 4.0 em criar ambientes seguros e
produtivos para os colaboradores, impulsionando o sucesso das organizações (HOLLOCKS,
1992).

2. Formatação geral

Este texto apresenta apenas o corpo do Projeto.


O Projeto completo não deve exceder 10 páginas, incluindo as Referências. As margens devem
ser estas: esquerda e superior de 2 cm e direita e inferior de 2 cm. O tamanho de página deve ser
A4, impreterivelmente.
O Projeto deve ser escrito no formato do Programa Microsoft Word 2003, ou superior. Se você
está lendo este documento, significa que você possui a versão adequada do Programa.
Na sequência, passo a passo, serão especificados os detalhes da formatação.

3. Títulos das sessões

Os títulos das sessões do trabalho devem ser posicionados à esquerda, em negrito, numerados
com algarismos arábicos (1, 2, 3, etc.) e somente com a primeira inicial maiúscula. Deve-se
utilizar texto com fonte Times New Roman ou Spranq eco sans, tamanho 12, em negrito. Não
coloque ponto final nos títulos.

3.1. Subtítulos das sessões

Os subtítulos das sessões do trabalho devem ser posicionados à esquerda, em negrito, numerados
com algarismos arábicos em subtítulos (1.1, 1.2, 1.3, etc.) e somente com a primeira inicial
maiúscula. Deve-se utilizar texto com fonte Times New Roman ou Spranq eco sans, tamanho 12,
em negrito.

4. Corpo do texto

O corpo do texto deve iniciar imediatamente abaixo do título ou subtítulo das sessões. O corpo
de texto utiliza fonteTimes New Roman ou Spranq eco sans, tamanho 12, justificado à direita e à
esquerda, com espaçamento simples entre as linhas. O corpo de texto também utiliza um
espaçamento de 6 pontos depois de cada parágrafo, exatamente como este parágrafo.
Os itens (seções) obrigatórios para o Projeto de Pesquisa, conforme o Anexo F do Edital, são:
Título, Apresentação do Problema, Objetivos, Aderência com o PPGEP e com a área de
concentração, Referencial Teórico, Métodos Adotados e Referências.

5. Formatação de tabelas e figuras

As tabelas e figuras devem possuir títulos (cabeçalhos) localizados na parte superior antecedidos
da palavra que o designa (tabela, figura, esquema, fluxograma, imagem, etc.), seguidos do
número de ordem de ocorrência no texto, em algarismos arábicos e travessão, que serve para
separação do título.
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O título da tabela deve indicar a natureza e abrangência geográfica e temporal dos dados
numéricos, não deve conter abreviações, apenas descrição por extenso de forma clara e objetiva.
As fontes consultadas são obrigatórias, mesmo que sejam de produção do próprio autor. Devem
estar localizadas na parte inferior, contendo notas e outras informações necessárias à sua
compreensão (caso aplicável).
Esses objetos, bem como seus respectivos títulos e fontes consultadas, devem ser centralizados
na página, utilizando a fonte Times New Roman ou Spranq eco sans, tamanho 10.

6. Citações e formatação das Referências

A citação de autores ao longo do texto é feita em letras minúsculas, enquanto a citação de autores
entre parêntese ao final do parágrafo deve ser feita em letras maiúsculas.
Para as Referências, ao final do Projeto, deve-se utilizar texto com fonte Times New Roman ou
Spranq eco sans, tamanho 10, separadas entre si por um espaço simples em branco, prevendo 6
pontos depois de cada Referência, exatamente conforme aparece nas referências aleatórias
incluídas a seguir. Diferentemente deste exemplo ilustrativo, somente autores usados no texto
devem ser citados nas Referências e as Referências devem conter todos os autores citados no
texto.
As Referências devem aparecer em ordem alfabética e não devem ser numeradas, segundo a
ABNT NBR 6023. Todas as Referências citadas no texto do Projeto, e apenas estas, devem ser
incluídas ao final, na seção Referências.

Referências

As Referências são alinhadas somente à margem esquerda do texto e de forma a identificar o


documento, separadas por espaços simples. Exemplos:
OTT, M. B. Tendências Ideológicas no Ensino de Primeiro Grau. Porto Alegre: UFRGS, 1983. 214 p. Tese
(Doutorado) – Programa de Pós-Graduação em Educação, Faculdade de Educação, Universidade Federal do Rio
Grande do Sul, Porto Alegre, 1983.
MELLO, L. M. A Onda Maldita: como nasceu a Fluminense FM. Niterói: Arte & Ofício, 1992. Disponível em:
http://www.actech.com.br/aondamaldita/ creditos.html Acesso em: 13 out. 1997.
SCHWARTZMAN, S. Como a Universidade Está se Pensando? In: PEREIRA, Antonio Gomes (Org.). Para Onde
Vai a Universidade Brasileira? Fortaleza: UFC, 1983. P. 29-45.
SAVIANI, D. A Universidade e a Problemática da Educação e Cultura. Educação Brasileira, Brasília, v. 1, n. 3, p.
35-58, 1979.

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