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Projetos e
Relatórios de Pesquisa
em Ad.ministraçâo
2n ed ição
.I
PUC Minas - PC
11 111 I 11111111111
02011789 '-. , ~''""'
SÃO PAULO
EDITORA ATLAS S.:A-. -- --1998
. .,
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SUMÁRIO
APRESENTAÇÃO, 9
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS, 87
BIBLIOGRAFIA, 89
APRESENTAÇÃO
A AUTORA
...
i '•,
....
1
DELIMITANDO O TRABALHO
CIENTÍFICO
Não que intuiÇão, sentimento e sensações não estejam presentes. Eles estão.
Afinal, como nos ensinou Jung, eles são nossas funções psíquicas básicas. Mas
o que predomina é a busca da racionalidade.
Como distinguir essa forma de se ter acesso ao conhecimento das outras
formas? Não é tarefa fácil, mas existem algumas características que vêm em
nosso auxílio. Popper (1972) enfatizou· a questão da falseabilidade. Urna con-
clusão científica é aquela passível de refutação. Outra característica levantada
pelos estudiosos é a consistência. Um trabalho científico tem de resistir à fal-
seabilidade apontada por Popper. Tem também ele ser coerente. Pode discutir
as ambigüidades, as contradições, as incoerências de seu objeto de estudo,
mas sua dicussão tem de ter coerência, obedecer a certa lqgica. Igualmente,
não se imagina um trabalho científico que não seja a revelação de um estudo
profundo. Aqui, não vale surfar. Características como essas conformam o rigor
metodológico, na busca incessante de lidar corretamente com a subjetividade
elo pesquisador. E rhais: um trabalho científico tem de ser aceito como tal pela
comunidade científica. Ela o legitima, portanto.
Ciência é também uma construção que revela nossas suposições acerca
do que se está construindo. Para Burrel e Morgan (1979), temos quatro tipos de
suposições: ontológicas, epistemológicas, da natureza humana e metodológicas.
Suposições ontológicas são aquelas que dizem respeito à própria essên-
cia dos fenômenos sob investigação. Suposições epistemológicas estão referi-
elas ao conhecimento, a como ele pode ser trransmitido. Pode o conhecimento
ser transmitido de forma tangível,- concreta, mais objetiva? Ou pode sê-lo de
forma mais espiritual, mais transcendental, mais subjetiva, mais baseada na ex-
periência pessoal? Suposições relativas à natureza humana dizem respeito à
visão que se tem do Homem. É ele produto do ambiente? Ou é seu produtor?
As· suposições ontológicas, epistemológicas e da natureza humana têm
implicações diretas de ordem metodológica, vale dizer, encaminham o pesqui-
sador na direção dessa ou daquela metodologia. ·
•
..
1.3 FORMALIZAÇÃO DA PESQUISA CffiNTÍFICA
., .:·
No que concerne à formalizaçãf>, a pesquisa científica tem uma fase
antecedente e outra consolidaclora. A fase antecedente revela-se no projeto de
pesquisa; a consolicladora, no relatório.
Qualquer pesquisa para ser desenvolvida necessita de um projeto, e
bem-feito, que a oriente. Ele pode não garantir o sucesso da investigação, mas
sua inadequação, ou sua ausência, certamente, garantem o ins~cesso.
Um projeto é, em última instância, uma carta de intenções. Se é assim,
deve definir com clareza o problema motivador da investigação, o referencial
teórico que a suportará e a metodologia a ser empregada. Também não pode
..
deixar de apresentar o cronograma da pesquisa, bem como a bibliografia.
Todos esses elementos estarão presentes novamente no relatório da pes-
quisa, relatados na maneira como foram efetivamente trabalhados e utilizados.
Aqui, já não se trata de uma carta de intenções, do verbo no futuro; ant6S, do
relato do realizado, do verbo no pretérito. Aos elementos c(t!e fizeram parte do
projeto serão adicionados os resultados e conclusões a que. a investigação per-
mitiu chegar, bem como sugestões para outras pesquisas sobre o mesmo tema.
16 PROJETOS I! Rl..'l.ATÓRIOS I)F. PllSQlllSA EM· ADM1N1SrRI\ÇÃO
Ii
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2
COMEÇO DO PROJETO D E
..
PESQUISA
MODELO
(FOLHA DE ROSTO)
•
SUMÁRIO
O PROBLEMA
1.1 Introdução
1.2 Objetivos (final e intermediários)
1.3 Questões a serem respondidas (se for o caso)
1.4 Hipóteses,.ou suposições (se for o caso)
1.5 Delimitação do estudo
1.6 Relevância do estudo
1.7 Definição dos termos (se fór o caso)
2 REFERENCIAL TEÓRICO
2.1
2.2 ,: I •
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18 PROJI"I'OS lliU!L.ATÓRIOS Dll PESQUISA t:M ADMINIS'I'RAÇÀO ·
2.3
2.4
etc.
3 METODOLOGIA
3.1 Tipo de pesquisa
3.2 Universo e amostra (se for o caso)
3.3 Seleção dos sujeitos (se for o caso)
3.4 Coleta de dados
3.5 Tratamento dos dados
3.6 Limitações do método
4 CRONOGRAMA
5 BIBLIOGRAFIA
BANCO DE VAREJO
por
Março de 1992
2.3 SUMÁRIO
SUMÁRIO
O PROBLEMA
1.1 Introdução ...................................................................................... ,: ...............v . 3
I
20 PHOJETOS E HELAT<)!UOS DE PESQUISA EM A()MINISTilAÇÀq
2 REFERENCIAL TEÓRICO
2.1 Abordagens à questão do poder ...................................................................... 11
, 2.2 Conflito ................................... ........................ .'......................................... ........ 12
2.3 Fontes e instrumentos de poder ..................................................................... 14 .
2.4 Razões para a tendência pluralista ....... ....................................................... ... 19
2.5 O behaviorismo ...... ~................... ..................................................................... 29
2.6 A Escola de Relações Humanas,....... ............. ................................................ 30
2.7 A sociologia da burocracia ...................................... ........................................ 31
2.8 A teoria de Likert ............................................................................................. 33
2.9 Apreciação critica .................... ........ ................................................................ 37
3 METODOLOGIA
3.1 Tipo de pesquisa .......... ......................... ................ ..................., ...................... 41
3.2 Universo e amostra ............... ...... .. .................................................................. 43
3.3 Cole~a de dados .............................................................................................. 45
3.4 Tratamento dos dados ........ ..... .. ...................... ................................................ 48
3.5 Limitaçães do método ..................... ............................................................ .... 51
o Tema:
Cultura organizacional
Problema:
Como a dimensão sitnhólica permeia as relações de trabalho na Método
Engenharia?
24 I'HO.JETOS E RELATÓRIOS DE, PESQUISA EM ADMINISTRAÇÃO
o Tema:
.
·•
Marketíng de Sen;iço
Problemas :
a . Há congntência' ent1'e as expectativas e as percepções dos usuários
do Seruiço de Cardiologia do Hospital Miguel Couto quanto à qua-
lidade dos serviços prestados? Se há congruência, o que a explica?
Se não há, o que explica a ausência?
b. No âmbito da prestação de _,;en;iços de i1~jormática e telecomu.nica-
çôes por parte do Sen;iço de Recursos da l1~jormação - Seri~f- da
Petrobrás, existe d~ferença entre os fatores que levam o cliente a
class~ficar o encon~ro ele serviço corno satis.fatÓ1'io ou insati~fatório
e os fatores que o p1-estaclor julga que levam o cliente a tal sati~fa
ção? (Jorge Manoel Teixeira Carneiro)
o Tema:
Ensino de AdministraçâO Pública
Problemas:
a. Os cursos de pó. .;-graduaçáo em administração pública, existentes
no Brasil, atendem quantitativa e q~talitativamente à demanda do
1nercado? •
b. Qual a relação da formaçào em ad1ninistração pública e r:;ficácia
na prática gerencial dos gerentes da Petrobrás?
o Tema :
Acide·ntes de trabalho
Problemas :
a . Como reduzir o índice de acidentes de trabalho na construção civil?
1· I
h . Em que ?'amo da indústria há a ocorrência do maior índice de aci-
I
I
.J I dentes de trabalho? A que se pode atribuir tal índice?
I' c. Qual a i1~jluência dos programas de qualidade total na redução
li dos acidentes de trabalho?
I I i!
o Tema:
Franchising
Problemas:
a . Co·mo o mercado brasileiro tem-se comportado em relação ã estra-
tégia dofranchising?
h. Por que o nzercado brasileiro se terrz mostrado atraente para a prá-
tica do-.franchising?
- ---------~
- -~--=----
o Tema:
\ios Autonomia universitária
I
-:a-
Problemas:
a?
a. Quais ações universitárias podem indicar autonomia das univer-
:a - _,·idades em relaçâo ao E,·tado?
Va h. Qual o grau de autonomia dtíts univet.~idadesfederais hmsileims?
a c. Como avaliar o grau de autonomia das univers!dades?
'o ,. ' '
,0:·
d . A autonomia das unidades da universidade em relaçãO a todtít a
I
~-
'· 7t.niver.~·idade depende da autonomia da universidade em relação
ao Estado? Se depende ou nâO, em que medida isso se dá?
e. Universidades .fimdacionctis têm mais o_u têm menos autonomia
que 1miversidades a11.tárqu.icas?
I
I f Universidades federais têm mais ou têm menos autonomia que as
t estaduais?
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b
\ 2.6 OBJETIVO FINAL E OBJETIVOS INTERMEDIÁRIOS
~
Se o problema é uma questão a investigar, objetivo é um resultado a
I
alcançar. O objetivo final, se alcançado, dá resposta ao problema. Objetivos
intermediários são metas ele cujo atingimento depende o alcance elo objetivo
final. Objetivos elevem ser redigidos com o verbo no infinitivo. Veja os exem-
\ plos fornecidos por Lenise Vasconcelos Loureiro e por Dourival ele Souza Car-
\ valho Júnior, respectivamente:
o Problema:
O baixo nível de compra de. seguros por pessoas fí..o;;icas no Brasil, compa- ·
· rativa1nente à realidade internacional, é decorrente da qferta inadequada do
produto ampliado, ou do pode?' aquisitü;o do consurnid01-?
Objetivo final:
Identificar até que ponto o baixo nível de compra de seguros por pessoas
físicas no B1'asil decorre da C!ferta inadép.1.ada do produto ampliado, ou dopo-
der aquisitivo do consumidor. ·
Objetivos intermediários: ;· .
Verificar a cartelização do ~ercado e s-l relação entre os grandes
grupos e bancos.
..
·
..
•·
26 PROJETOS E RELATÓRIOS DE PESQUISA EM 1\DMINISTRi\ÇAO
Objetivo final:
Apresentar a consolidação de r~flexôes sobre as po.'~'·íveis conseqüências,
para a administração no Brasil, das r~ferências utilizadas por nossos autore~· .
-~
Objetivos intermediários :
Levantar as nacionalidades das referências utilizadas por autores brasileiros
de aná·lise_prganizacional. ·
Levantar as principais razões que levârn esses autores â utilização do tipo de
r~{erencial indicado e, dessa forma, explicar tal uso .
.,
o Problema:
É possível u1n fonnato alternativo ao tradicional currículo dos curso.~ de
graduação em Admirtistraçâo? Quais suas características?
· o Problema:
Como ampliar o volume ele carga destinado às Estações Aduaneiras Inte-
riores-r-:A.DI's - para conferência e desembaraço, objetivando descongestionar
·, ~···
COMEÇO DO 1'1\Q)ETO DE PESQU!Si\ 27
·--
; Questões a serem respondidas:
i'e Que são };AIJJ's?
li-
O que .fundamentmt. a criação das EADI'.~ e cor-no vem ocorrendo sua insta-
laçá() ao longo dos últimos anos.? · . i
E'ltào as EADI's dez,idamente preparadas em térmos de pe..;soal, instalações,
equipamentos e cultura, pam desempenhar a_,,. atividades de cm~jerência e
desembaraço de cargas?
Existem fatores internos e exte1'nos à Secretaria da Receita Federal- SRF -,
responsqveis pelo impedimento e d~ficultaçào do aumento do volume de car-
ga conferida e desembaraçada nas i''ADI's? Em caso positivo, quais são?
Cmno se dá o processo de cor~ferência e desembaraço de carga nos países
ditos do Primeim Mundo?
.. .
É possível aproveitar a experiência desses países, estendendo-a a realidade
brasileira? ·~-
~ ·
Um lembrete: se a opção for pela formulação de q~1eStões , em vez ele
sê-lo pela formulação de objetivos intermediários, não se esqueça de fazer, tal
como faria com estes, a correlação das questões com os modos pelos quais
você conseguirá respondê-las. pito de outra maneira, é útil correlacionar ques-
tões com coleta e tqtamento dos dados ..
Este capítulo apresento~ o modelo sugerido para a estruturação do pro-
jeto de pesqüisa, esclareceu como deve ser a folha de · rosto, procurou deixar
claro que índice e sumário não são sinônimos, .sugeriu que na introdução do
projeto você formule o problema sob a forma dtl pergunta e buscou esclarecer
o que é um problema ele pesquisa científica, apresentando vários exemplos . O
capítulo também tratou de conceituar o que é objetivo final e alertar qúe ele é
alcançado via atingimento de objetivos intermediários, bem como esclareceu
que a formulação destes últimos pode ser substituída pela formalização de ques-
tões a serem respondidas .
J:
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I
I
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3
DO PROBLEMA AO REFERENCIAL
T.E ÓRICO I
I
o Problema:
Até ·que ponto o desejo de aceitação pelo grupo social influencia o indi-
víduo na compra de produtos de informática?
Suposição:
O desejo de aceitação pelo grupo social atua comofonte motivadora signi-
.ficativa pam o indivíduo, na compra de produtos de informática .
o Problema:
Corno os· mecanismos de controle existentes afetam a autonomia das em-
presas estatais no Brasil? ·
Suposição:
Os mecanismos de controle afetam a autonomia das empresas estatais
ao não lhes permitir condiçôes de funcionamento semelhantes às do setor priva-
do, condicionando a liberdade defixarem seus o~jetivos e os meios para atingi-
los. Os contmles possuem predominante caráter processualista, desvinculado de
análises de desempenho, atuando sem coordenaçãO entre si e favorecendo opa-
ralelismo e a superposição. A falta de um modelo de planejamento que englobe
o conjunto das empresas estatais e preserve suas espec~ficidades contribui para
estimular intervenções governamentais freqüentes, praticadas a título de con-
trole, que as deixam vulneráveis a imposições circunstanciais.
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30 PROJETOS E RELATÓRIOS DE PESQUISA EM ADMINISTRAÇÃO
o Problema: ..
Que in8tnimento poderá permitir avaliar a ~ficácia do F~mdo de Desen-
1Jolvirnento de Pmgrama.•; Cooperativos ou Comunitários de Infra-estruturas Ru-
rais?
Delimitação do estudo:
Entre as inúr[Íeras variáveis que podem ret.Jf!lar o grau. de e_ficácia do Ji'un-
dec, o estudo estará ci1'c1mscrito, fundamentalmente, àquelas que traduzem a
qualidade de vida da população, inclusive quanto ao aspecto de aperfeiçoa-
mento da vida comunitaria. Desse modo, será dada ênfase a variáveis concer-
nentes à i1~fn;t-estm.tura econômica e social, hem como às relacionadas ao apoio
institucional, esporte e laze1·. Entre as primeiras são ·aqui destacadas: escolas,
postos de saúde, abastecimento de água, sistema de esgoto, vias de transporte e
comtf.nicaçâo.
o Problema: · ...
.~
o Problema:
Qual é o grau de autonomia política do Banco Central do Paraguai ent
relaçãO ao Ministério da Fazenda?
Relevância do estudo:
O Paraguai, como outros pcdses da AmérJca Latina, encontra-se em}Jro-
cesso de transição demoaática . Resulta daí que, provavelmente, dentro de pouco
. tempo necessitará formular uma nova Constituição. Nesta de1Jerá ser d~finida a
função do Banco Central dentro do contexto administrativo do país, de modo a
assegurar ao Banco maior independência política.
32 I'I{O.JETOS E I{ELi\T(JRIOS DE PESQliiSi\ EM i\DMINISTRi\ÇÃO
o Problema:
Até que ponto o Brasil caminha para um modelo liberal de relaciona-
mento entre civis e militares no que concerne às pren-ogativas concedidas a es-
tes zí.ltirnos?
Relevância do estudo:
Qualquer decisàO a ser tmnada na área de d~fesa necessita ser coere.n te
com o modelo militar que a sociedade vier a escolher por meio de seus represen-
tantes, pois somente assim haverá adequada alocÇI.çâo de recursos materiais e
humanos no}Jue diz respeito a su.a efetividade.
Ao estu.darmos até que ponto as Forças Armadas brasileiras estão cami-
nhando paz-a o módelo liberal, estaremos contribuindo para a ident~ficaçâo das
possíveis contradiçôes inerentes ao p1:ocesso, hem corno para o ap1-endizado de
seu controle, uma vez que o processo:çlecisório a ser desencadeado politicamen-
te para acentu.ar. ,(;u reverter aquele modelo deverá considerar nãO só a. história,
como também a situação confuntu.ral e estrutural das Forças Armadas.
Hoje, aparentemente, as instituiç6es militares brasileiras parecem desen-
volver políticas de d~fesa desvinculadas de qualquer política nacional1nais wn-
pla, até porque esta está sendo r~j'or:;111 dada . No entanto, a ident~(ica~r.i.() i/(J ..;u-
minbo que está sendo percorrido atualmente pelas Forças Arrnadas e de sz t.as
contradiçôés poderá oferecer subsídios para u.rn pmcesso decisório que implante
ou. acelere u.m nour). ?nodelo lep,itimamente escolhido, sem riscos de contratem-
pos institucionais pe7-ip,osos à ordem democrática e aos an.,;eios da sociedade.
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DO PROBLElvL\ AO HEI'ERENCIAL TEÓRICO 33
o Título do projeto:
Con:·; umo hec{ônico e comportamento de lazer
Definição de termos :
Símbolo - termo genérico para todas as situações nas .érais a experiência
é intennediada, em vez de direta; na qual ttm o~jeto, ação, palavra, figura ou
comportamento complexo são compreendidos não apenas pelos significados 1'es-
tritos·a si mesrnos, mas também po1' outras idéia. .; ou sentimentos.
Lazer - co1~junto de ocupações às quais o indivíduo pode entregar-se de
livre vontade, seja pata repousar, divértir-se, 1'ec1'ear-se, entreter-se ot<, ainda,
para desenvolver::~;ua i~fonnação ou fonnaçãó desinteressadas, ou sua partici-
pação voluntária, ou sua lii;re c&pacidade criadora . '
Consumo hedônico - r~fere-se a fantasias, lembranças, sentimentos,
emoções, vividos pelo .çonsumido1' em sua relação com os produtos.
Dimensões subjetivas do lazer - estados mentais ou. experiências psi-
cológicas que parecem ~star presentes ern todas as atividades percebidas como
lazer.
o Título do projeto:
Sistemas de i~f'ormações automatizados: uma análise crítica sobre sua
~ficácia
· Definição de t~rmos:
Eficacia- capacidade de consecuçãO de um o~jetivo determinado. Nes-
te sentido, não admite gradaçãO. Os . .;istemas serão ou não e.ficazes.
·· Eficiência - medida de avaliação de desempenho dos pmcessos exect t.-
\ados nos sistemqs. Admite, portanto, gradações, à medida que os sistemas po-
.derão ser mais, àu menos r:ficientes.
Processamento eletrônico de dados - co~jzmto de metodologias, téc-
.nicas e aplicações de I~fcmnática voltadas para a .automatização de procedi-
mentos e operações organizacionais qu.e tenha1?1. pá1· principal caracterí...;;tica a
repetição constante dos processos. ·
Banco de dados- coleÇão abrangente, organizada e inter-relacionada
de dados armazenados em 7/.m meio físico, com o of~jetivo de evitar ou minimi-
zar duplicidade de i1~{rmnação e otimizàr a e,{icácia de seu tratamento, pe1wi-
tindo o acesso, por ·meio de uma grande z;ariedad<Ç. de formas, a 1t.ma grande
variedade de it~fonnaçô'es .
Inteligência artificial - cm~junto de técnicas de programação que p re-
tende simular no computador a capacidade humana de raciocínio, de realizar
i·1~{erências e de decidir sohre situaçàes estruturadas e não estn.t.turadas.
•
a. na mídia eletrônica;
b. em livros, periódicos, teses, dissertações, relatórios de pesquisa .e
outros materiais escritos;
c. cbm outras pessoas.
bio procurar fontes primanas e evitar traduções, sempre que possível. Fonte
primária é, como o nome diz, a primeira fonte, aquela que pode desencadear
outras .
É útil fazer o levantamento do acervo sobre o assunto, disponível na
mídia eletrônica e nas bibliotecas. Selecionar as obras que, a priori, parecem
pertinente's. Ler o sumário ou o resumo dessasi.obras para abandonar as que
não agregarão valor à solução do problema. Ler também a bibliografia, as no-
tas ele rodapé e as notas e comebtários que podeni. oferecer indicações ele
outras obras . Igualmente, ler-lhes ;o índic~ ou o ahstract e selecioná-las. Fa,?-er
leitura exploratória das obras que restaram. Abandonar mais algm:nas, se fd o
caso . Ler com profundidade as obras que já sofreram as filtragens anteriores .
Fazer anotações, referericiando nçime e sobrepome do autor, nome ~'a obra,
local, editora, ano da publicaçãq~· mimem da·. pág.ina de que foi tr~),scrita a
informaçã.o , Se a anotação. é a transcrição ele algum trecho da 'obra, colocá-la
entre aspas, para mais tarde lembrar que aquelas palavras foram ditas por outra
pessoa que não você. _Tambén): é importante, importantíssimo, registrar con-
clusões pessoais .
Entrevistas com especialistas, professores e outros profissionais da área,
ou não, bem como com colegas e amigos com interesses comuns, podem, ser
ele extrema valia na construção elo referencial teórico. Pessoas familiarizadas
com o tema podem aprofundar as discussõe~;--polemizar. Pessoas não familia-
rizadas podem fazer as chamadas "perguntas inocentes ", não raro provocado-
ras ele retlexão .
Na construção do referencial teórico, é interessante levantar o que já foi
publicado a respeito do que está sendo objeto de sua investigação, apresen-
tando várias posiçõe~. teóricas . É bom lembrar que tal apresentação não signifi-
ca fazer o resumo ele várias obras . As vá.rias posições teóricas não clevem;ser
apenas relatadas de forma resumida; antes, devem ser analisadas e confronta-
das . Lacunas que você tenha percebido nesses trabalhos, isto é, pontos frágeis
· ou não discutidos, bem como conclusões com as quais você concorda ou di~
corda, devem ser mencionadas e justificadas. É instigante dialogar (por escrito,
é claro) com os autores apresentados. A argumentação direcionada para o pro-
blema eleve ser construída com profundidade, coerência, clareza e elegâ.ncia .
O uso parcimonioso de metáforas, ele histórias ou de poesias para ilus-
trar determinada idéia é interessante. Elas têm o-mérito de quebrar um pouco
a aridez da linguagem científica e de tor~r mais facilmente inteligível pontos
que queremos destacar. Weick (1995), pbr exemplo, ao discutir a que,stão do
sensemaleing nas organizações, cita poemas ele Pablo Neruda.
Quanto aos adjetivos, esqueça-os de modo geral. Em vez de escrever,
por exempio, "Como diria o grande Weber... ", escreva apenas: "Como diria
Weber... "
.... .
..
.
36 PROJETOS E RELATÓRI OS DE I'ESQLHSA EM ADMINISTRAÇÃO
•
. ]~ ~ue estamos f~lanclo de re~àção, vale aqui outra dica. Desde a pri-
r:1et~a pagma de seu projeto e, postenormente, de seu relatório, evite parágra-
fos-Jumbo, aq:1eles que, quando o leitor lê a última palavra, já se esqueceu do
que se trata, tao grande ele é. Você me dirá que já leH Bourdieu & Passeron ê
que eles, como outros autores, fazem parágrafos ele mais de uma página. É
yerdacle . Mas lembre-~e: autores como esses são deuses do Olimpo, formula-
d~res ele grandes teonas . Concessões estéticas têm de lhes ser feitas . Mas nós ...
Nos somos vis mortais. Temos de conquistar nossos leitores, por muitas vias.
Voltemos ao referencial teÓrico. O capítulo deve ser dividido em se-
ções, cada uma .com seu título . No sumário deste livro, você tem um exemplo .
~a abert~Ira capttl'llar, os títulos devem vir em destaque no alto da página, isto
e,. em carxa alta (letras maiúsculas), normalmente, em negrito. Não é estético
gnfar as palavras de um título, nem colocar-lhe um ponto ao final. Nos subtí-
I tu~os, .dê um destaq.ue ~iferente. Por exemplo: use l~tra maiúscula apenas na
li pnmetra letra da . pnmetra palavra, ou nas letras it)iciá~s de todas as palavras.
i',\· Mantenha o negnto . Use sua criatividade de modo c. ajudar à leitor.
,,,.
~a
Se você utilizar números e letras para destacar .subtítulos, lembre-se do
\:1 que recomendam Gobbes et al. no Manual de redaçào Atlas (1994): após dl
\i'
;l! números cardinais e as letras maiúscli1as ou minúsc~ias, usa-se ponto (exem-
plo: 1. , B., f.) e depois de números romanos e ordihais ele não deve ser ·usado
w
,,i'',,• (exemplo : II, 3°, 1"} ··
;
:·;
f. Na redação, não abuse de transcrição de citações. Citação é menção de
w
I·' uma informação colhida em o.utro autor. Pode ser parafraseada ou transcrita.
Seja parcimonioso com transcrições, para va}orizá-las . Também não faça cita- ·
ções para apoiar uma idéia, se não tiver certeza da linha ele raciocínio ou ideo-
lógica do autor. Igualmente, não cite uma fonte •le s.eguncla mão, fazendo de
conta que leu o original.
Se a transcrição tiver até-t~ês linhas, fica esteticamente bonito apresen-
tá-la dentro do próprio parágrafo, mas não se esqueça de colocar as aspas.
Caso a transcrição comece con1 letra minúscula, depois das aspas finais cole-
ca-se ponto; caso comece com maiúsculas , as aspas finais é que vêem depois
elo ponto . Se a transcrição tiver mais de três linhas, mude de linha, mude o
espaço (por exemplo, de 2 para 1) e comece a escrever um pouco mais para a
direita, tomando como referência a margem esquerda. O uso de aspa~ faetllta-
tivo , no entanto, parece desnecessário, uma vez que já há o destaque grátlco.
Observe que, ao fazer a transcrição, você deve informar a seu leitor o número
da página da obra ele onde o trecho foi tirado. Veja o d:emplo-de (a) Maria
Helena Silva Costa Sleutjes, (q) o de Luis Felipe Chateaubriand B'áracho Ferrei-
rinha Amador e (c) o ele Isao 'Iamamoto, todos diferentes entre si:
'• .
•
38 PROJETOS E I(ELi\TÓ RIOS DE !'ESQUIS/\ EM ADMINISTRAÇÃO
:- O nome elo autor, o an(') da obra e a página podem vir escritos no texto
como nos exemplos fornecidos. Mas pode ser usado também um sistema nu-
mérico. As citações são seqüencialmente numeradas . Os números devem vir
entre parênteses, entre colchetes ou um pouco acima da linha do texto. Por
exemplo:
Motta, P .. (1989)
Motta, F. (1992)
.
Se, no. · rodapé, você está;:méncionando uma obra pela primeira vez,
ponha a referência bibliográfica completa. Nas citações subseqüentes ela mes-
ma obra., você pode üsar as expressões ibidem ou id. (na mesma obra), idem
ou id (igual à ante-ríor), opus citatum ou op. cit. (obra citada). Uma ressalva,
porém: não podem aparecer obras diferentes 'elo mesmo autor, intercaladas com
aquela primeira mencionada. Se aparecer, você tem ele recomeçar com a refe-
rência. Por exemplo:
...
-.
........... ~.. ·. '-..
.... . ,,-·. . ..,,
~ .··
:·
•••..
.~.;
. . . ...
·. · -~ ~~·..:•
•
~
40 : PROJETOS E RELATÓRIOS DE PESQUISA EM ADMINISTRAÇÃO
• I
possível da parte do texto na qual são citados e dev~m ter numeração arátii4
seqüencial. A numeração de tàbela, todavia, é uma; a de figura, outra. Figuras,
conforme a ABNT (NBR 10719/1989), são imagens visuais, como mapas , foto-
grafias, desenhos, esquemas, diagramas. Tabelas combinam palavras e núme-
ros . À numeração, segue-se o título da ilustração, colocado abaixo dela se for
figura e acima se for tabela. Veja os exemplos fornecidos por João Paulo Vieira
Tinoco e por José Roberto Gomes da Silva, respectivamente:
Interesses pessoais
e motivações
Necessidades da
gerência e usuários
Interações
I
Observações
sobre pessoal
Situações novas
fluxo de controle
fluxo de dados
.~
..•
DO I'ROBLEI'v!A AO 1\EFERENCIAL TEÓHICO 41
10/14 3 9
15/19 4 .: 18
20/24 6 20
25/29 7 . 16
30/39 19 19
40 + 61 18
É possível que uma tabela inteira não caiba em uma página. Nesse caso,
continue na página seguinte, porém há um detalhe a cumprir: não ponha qual-
quer traço horizontal no local em que a tabela for interrompida; escreva a pa-
l~vra continua. Na página seguinte, coloque a palavra cont·inuação, repita o
•
título e continue a tabela .
Uma dica: não escreva "na tabela acima (ou abaixo)" se não tiver certe-
{ia da localização porque, diagr~mado.o texto, tal tabela (ou tal flgura) pode .
·não estar acima (ou abaixo). Para evitar confusões, mencione o número da
tabela ou da figura. Assir1-1: "Co11fonne pode ser visualizado na Tabela 7. .." Re-
p·are que, ao referir-me no texto à tabela (ou à figura), escrevo com inicial
maiúscula.
Se a tabela ou a figura for de outro autor que não você, escreva abaixo
a pala.vra Fonte e faça a referência.
É possível que você faça uso de alíneas no texto . Q trecho q u e as an-
.,tecede deve terminar com dois-pontos; elas devem ser brdenadas por letras
minúsculas seguidas de ponto; cada alínea deve começar com letra minúscula
e terminar com ponto-e-vírgula, exceção feita à última que·ganha um ponto, e
· a segunda linha e seguintes da alínea devem ·começar ~ób a primeira letra da
matéria da alínea. Assim:
.
·;
•
a. você pode usar expressões como passim, seq., em vez de seu cor-
respondente em português: aqui e ali (passim) e seguinte (seq.);
b . ao escrever alguma palavra ·estrangeira, faça-o em itálico, caso ·es-
teja usando letra non'nal, ou use negrito, .ou sublinhe. Não utilize
aspas. Reserve-as para a transcrição de citações;
c. números cardinais até nove devem vir escritos por extenso; a par-
tir cLaí, em algarismos .
d. jan1~is comece uma frase com números, a não ser que sejam es-
critt;>s por extenso;
e . números na ordem de milhar que se refiram a ui:lidades devem vir
· separados por pontos. Exemplo: R$ 7.000,00; 5.000 candidatos;
1.000 kg. No entanto, quando esse número indicar ano, não se
usa o ponto. Exemplo: 1997;
f. quando quiser indicar século, use algarismos romanos . Por exem-
plo: h\tamos no Umiar do século XXI;
g. escreva com minúsculas, nomes derivados . Exemplos: A premissa
weberiana,_;~; nào'.sâo pouca.~ as críticas ao ke_ynesianismo; discu-
te-se, entâo, a geometria euclidiana;
h . "bloque" os parágrafos, isto é, dê um espaço maior entre a última
linha ele um parágrafo e a primeira ele outro. Esta disposição eles-
cansa a vista elo leitC?!i . .'
. '
i. evite palavras inteiras com maiúsculas no meio do texto, ou e.m
negrito, ou sublinhada, como forma de :chamar a atenção do lei-
tor. Esta deve ser aguçada pelo conteúdo do texto, mais do que
pela forma;
j. evite o uso de parênteses, que cansam o leitor;
L evite o uso da expressão etc., porque nela cabe tudo e seu traba-
lho perde ..n,i1,\ito d~ precisão perseguida; se usar, não lhe ponha
vírgula antes;
m. cuidado com as palavras onde e através. A primeira eleve ser usa-
da quando referir-se a local; a segunda, quando significar "atra-
vessar", não sendo, portanto, sinônimo de "por meio de" .
.·;·
i·
....
•
.
'•
•.
4 ,.
COMEÇANDO A DEFINIR A
METODOLOGIA
. '·:
O leitor deve ser informado sobre o tipo de -pesquisa que será realiza-
d a, sua conceituação e justificativa à luz da investigação específica.
Há várias taxionomias de tipos de pesquisa, conforme os critérios utili-
f:\ados pelos autores. Aqui, proponho dois critérios· básicos:
..
a . exploratória; ·.
b. descritiva;
c. explicativa;
d . metodológica;
e. aplicada;
f. intervencionista.
. a . pesquisa·de campo;
b. pesqu,isa de laboratório;
.
.·
CÕMEÇANDO A DEFINIR A METODOLOGIA 45
c. telematizada;
d. documental;
e. bibliográfica;
f. experimental; .·
g. ex postfacto;
h. particlpante;
i. ·pesquisa-ação;
j. estudo de caso .
•
.·.
.
uso de computacl,or e de telecomunicações. Pesquisas na. Internet são um exem-
plo .
-
Investigação doct1mental é a reálizada em documentos conservados no
interior de órgãos públicos e privados de qualquer natureza, ou com pessoas:
registros, anais, regulamentos, circulares, ofícios, memorandos, balancetes, co-
municações informais, filmes, microfilmes, fotografias, vídeo-tape, informações
em disquete, diários, cartas pessoais e outros. O livro editado pela Fundação
Getúlio Vargas e pela Siciliano em 1995 sobre a vida de Getúlio Vargas é, ba-
_,sicamente, apoiado em pesquisa documental, notadamente, o diário de Vargas .
l(_\.J- 1.~ Pesquisa bibliográfica é o estudo sistematizado desenvolvido com base
r
'eÍ11 material publicado em livros, revista~, jornais, redes eletrônicas, isto
é, ma-
terial acessível ao público em. geral. Fornece instrumental analítico para qual-
quer outro tipo de pesquisa, mas também pode esgotat~e em si mesma. O
\ material ' publicado pode sc;.r fonte primária ou secundária.! Por exemplo: o li-
\ vro Princípios de administn;tçào cient(fica, ele Freclerick W. Taylor, publicad?
pela Editora Atlas, é fonte primária se 'cotejado com obras 'de outros autores
l que descrevem ou .analisam tais princípios. Estas, por sua vez, são fontes se-
! .cundárias. O material publicado pode também ser fonte de primeira ou de
\ segunda mão. Por exemplo: se David. Bohn escreveu um àrtigo, ele é fofl:t~
\ 1Jrimária. No entanto, se esse artigo aparece na rede eletrônica editado, isto é,
.t ~om cortes e alterações, é fonte de segunda mão. .
" Pesquisa experimegtal é investigação empírica rla qual o pesquisador
manipula e controla variáveis independente$ e observa as variações que tal
manipulação .e controle produzem em variáveis dependentes. Variável é um
valor que pode ser dado por quantidade, qualidade, característica, magnitude,
variando em cada caso individual. Exemplo: na expressão sociedade glohaliza-
da, globalizada é a variável do conceito soCiedade. Variável independente é
aquela que inl1uencia, determina ou afeta a dependente. É conhecida, aparece
antes, é o antecedente . Variável dependente é q.quela que vai ser afetada
pela independente. É descoberta, é o conseqüente. A pesquisa experimental
permite observar e analisar um fenômeno, sob condições determinadas. O
estudo de Elton Mayo, em Ha'Ythorne,' é um bom exemplo de pesquisa ex-
perimental no campo. Todavia, também se pode fazer investigação experi-
mental no laboratório.
- - - --- ----- ---
•.
..
COMloÇANDO A DEFINIR A METODOI.CX;IA 47
.. . ...
Investigação ex post facto refere-se a uni. fato já ocorrido . Aplica-se quan-
do o pesquisador não pod~ ~ontrolar ou manipulai· variáveis, seja porque su as
manifestaÇões já ocorrei:am, seja porque as variáveis não são éontroláveis. A
impossibilidade de 'manipulação e controle elas variáveis distiFi"gue, então, a
pesquisa experimental da ex postfacto. .
A pesquisa participante não se esgota na figura dÓ pesquisador. Dela
tomam parte pessoas implicadas no problema sob _investigação, fazendo com
que a fronteira pesquisador/pesquisado, ao contrárío do que ocorre na pes-
quisa tradicional, seja tênue.
Pesquisa-ação é um tipo particular de pesquisa partici~nte que supõe
intervenção participativa na realidade social. Quanto aos fins· é, · portanto, in-
tervencionista.
Estudo de caso é o cir.c~nscríto a uma ou poucas unidades, entendidas
essas como uma pessoa, umá família, ·uiú produto, uma er:npresa, uin órgão
público, uma comunidade ou mesmo um país . Te1,1l. caráter de profundidade-h=
detalhamento . Pode ou não ser realizado no c.ampo.
Uma observação: os tipos de pesquisa :comG você, certamente, já perce-
beu, não são mutuaÍ11ente excludentes. Po{ exemplo: uma pesquisa pode ser,
ao mesmo tempo, bibliográfica, documental;..:de campo e estudo de caso .
•
Veja os exemplos de Letícia Silva de Oliveira Freitás e de Luís Alexan-
.- dre Grubits de Paula Pessoa:
- .o Problema: .. ---
.,.,......
11 •
1, ..
..
'·.J ' .
o Problema:
Tendo em vista a análise da geração de emprego direto e indireto, quais
•• as metodologias de halançô social atualmente utilizadas?
.f
Tipo de pesquisa:
...
•: Considerando-se o critério de class~ficaçàO de pesquisa proposto por Vér-
gam (7990), quanto aos fins e quanto aos meios, ten1-se: ·
o · Título do projeto:
Adoção de prop1'iedades municipais por empres.as- o caso da Praia d&
Çopacabana
Universo e amostra:
O universo da pesquisa estan:t referido aos grupos diretamente envolvi-
dos na formulação, implementação e análise da adoção de propriedades muni-
cipais por empresas, alé1n de USU.Ú1'iOS. Com relação a estes, O tipo de ·arnostra-
.:em utilizada será a e/trat~ficada rtão proporcional, que parece ser a mais ade-
quada no presente cas.o. ;.
o Título do projeto:
Sistema alternativo e sistema convencional de ensino: uma análise de
custo-eficiência
-.
- ''"~ - '-..
i
·-··~"' ....., ....
• .,. ;(
Universo e amostra :
No Município de Porto Alegre, no período 7985/1988, formn implanta-
dos 19 Centros Integ~-ados de EducaçáO Municipal- C1FMs- sendo cinco espe-
ciais, isto é, dedicados ao atendi1nento escolar de crianças excepcionais. Dos 14
restantes, três estão localizados em Vila Restinga, onde é alta a concentração
da população de baixa renda. Pttra compor a amostra aleatória simples da pes-
quisa, selecionou-se o CIEM Lany]o...-é Ribeiro Alves, localizado· naquela Vila.
No Município do Rio de .Janeiro, a proposta de construção de 500 Cen-
tms Integrados de Edtt.caçáo Pública- CIEPs ~, ·náo foi alcançar;la. Segundo da-
dos da Unicarnp (7989), bá 124 CIE'Ps ern.fll.itaionarnento. Desses, somente o do
bairro da Ca.tete permanece com a proposta original. Assim, ele foi selecionado
para co1np01- a amostra.
. .
Para a-cif'mparaçào com as escritas c<Jnvencionaís, buscaram-se aquelas
que apresimta~.;;sem alguma proposta em conúun coni o. . -· CIF;Ps!CLhMs. No Rio de
'Janeiro, existem três dessa;· e...-colas, a saber:· Lúcia Miguel Pereira, em Sào Ccm-
rado, Gold(,t Meir, na Barra d<f TUuca, e Edmundo Bittencourt, em Sào ·cri_,,._
tc')vâo. Escolheu-se esta última, ·qué atende à populaçáo do conjunto babitacio:.
J~al Mendes de Morais, para também compor a atnostra.
Por inexistir proposta semelhante no Município de Porto Alegre, optou-se •
P.
por investigar, tamhé:m no Rio de .Janeiro, a b\·cola Municipal Lúcia Miguel Pe-
reira, que atende a alunos da rcwela da Rocinha. l
I'
(1980, p. 93)
I
. ;
.. '
o Título:
Cu.ltu.ra da qualidade e qú'alidade .de vida: as percepçôés dos tnthalha-
dores inseridos em programas de qualidade
COMEÇANDO A DEFINI!\ A METODOI.O<;JA 51
_· o Título:
h~fonnaçào corrtjYlt.tadm-izada: resistêr.tcia, recuperaçâO e disseminaçào
l)
i-
Seleção elos sujeitos.:
Os S1f:feitos da pesquisa serão os técnicos em i1?fimnática e os.fimcioná1:ios
nâó especialistas em i1~{ormática, pe1'tencentes à Diretoria de Ad~inistraçào e
ao ~entro de 1~/(mnaçáo Cientffica e Tecnológica da Hmdaçáo o.:.:waldo Cruz.
.'; .
fi
....
' .
.•
5,
TERM~NAND·o O PROJETO DE
:PESQUISA
..
..:·
..
Conceitos relativos à coleta ·e ao tratamento dos daélos assim como os
lemb'retes sobre as limitações que qualquer ·método possui, sdo
aqui apresen-
tados. O capítulo inclui regras de indica2ão 0a bibliografia consultada e dos
anexos. Sugestõ.~s adicionais são também oferecidas.
i: I
i! I
- - -- - ~----
"
..
TERMINANDO O PROj.ETO DE PESQUISA 53
alternativas apreseqtadas . ym qúestipnário não deve ter mais do que r.:ês tipos
'çte questões, para não confundir o 'respondente. Por exemplo: um grupo de
pergunta5 que o levem a atr~buir grau, outro que·o leve a marcar sim ou não,
outro que o leve a ordenar tópicos. O ideal é um·lÍnico tipo, mas às vezes isso
é limitador. O questionário também precisa ter um número de questões que
5!eja adequado 'à obtenção da resposta ...ao problema: que se busca, mas que
pãc> canse o responclente. O questionário pode ser · enviado pelos Correios,
por alguém que se disponha a fazê-lo ou pode ser apresentado na mídia ele-
trônic;a. Mas lembre-se: não é fácil a obtenção de questionários respondidos .
Se vÓcê quer tê-los ele volta em núri1ero que seja significativo, trate de acom-
panhar sua aplicação. Telefone para as pessoas, passe telegrama, use o e-mail,
enfim, faça algo que provoque o maior.retorno possível. ·
O formulário é ummeio-termó entre questionário e entrevistà. É apresen- ~
taclo por escrito, como no questionário; ri1âs é você quem assinala ~s respostas
que o .respondente dá oralmente. Como se faz no censo do IBGE, por exemplo.:
A entrevista ~ · um procedimento no qual você faz perguntas a alguém
que, oralmente, lhe i·esponde~ A presença física ele ambos é necessária no mo-
•
mento ela entrevista, mas se você dispõe ele mídia interativn, ela se torna dis-
pensável. A entrevista pode ser infõrmal, focalizada ou pqr pautas/Entrevista
informal ou aberta é quase uma "conversa jogada. fora", mas tem um objetivo
específico: · coletar os dado; de que voG:ê ne<::çssitaJ~trevista focalizada tam-
bém é tão· pouco estruturada quanto a informal, porém já aí você não pode
deixar qué seu entrevistado návegue pelas ondas ele múltiplos mares; antes,
apenas um assunto clev~ ser focalizado . Na entrevista por pauta, o entrevista-
dor agenda vários pontos para serem explora,dos com o entrevistado. Tem maior
profundidade. Você pode gravar a entrevista, se o entrevistado permitir, ou
fazer anotações . De qual,quer forma, depois ele transcrevê-la, apresente a trans-
crição ao entrevistado, pà.ra que a confirme ou ·faça as alterações que julgar ne-
cessárias. Esse comportamento não só é gentil, como evita muitos dissabores.
Técnicas interativas são úteis em pesquisa participante, mas lembre-se
ele elencar as conclusões elo grupo e a ele apre:s entar, para que as aprove.
Cada um dos procedimentos aqui relacionados apresenta vantagens e
desvantagens, não ele modo absoluto, mas relativamente a seu problema ele
investigação. É este que lhe dirá qual o procedimento mais pertinente como,
ele resto, qual o tipo ele pesquisa mais adequado. Observe;· portanto, que to-
dos os itens ele um projeto ele pesquisa estão intimamente relacionados . Para
fins didáticos, pode-se separá-los, mas eles elevem .formar um todo integrado.
Há quem realize grupos ele foco, antes ele redigir um roteiro de entre-
vista ou um questionário. Trata-se ele um grupo reduzido ele pessoas com as
quais o pesquisador discute sobre ~ problema a ser investigado, ele modo a
obter mais informações sobre ele, dar-lhe um foco, um afunilamento, bem como
uma direção ao conteúdo dos instrumentos ele coleta de dados. É bastante útil.
o Título: !.·
1\'
\\\\
·~ ·.
.... ~.·
TJ;;)(M!Ni\NDO O PROJETO DE l'ESQli!Si\ 55
e 1990. ~-· .· · · · .·
I
I
.c. Pe:5qu.isa de ·campo, com entrevistas semi-:estru.tu)-adas com os ocu-
P4ntes dos cargos indicados na seçào Seleçâo dos Sti:J'eitos, hem
!
I
.! comq com q1testioná1'ios aplicados Uos semidqrespúblicos, selecio-
nados de acordo .t;om (; espec{ficado na seção Universo e Amostra.
Para efeito cte mini1nizaçâo de.tempo, os questionários poderão ser
aplicados na Escola de Seruiços Ptl.blicos que congrega, constante-
mente, grande ariwstra de servid01'es.
o Título :
..
..
Estudo das atitudes do:'>.formandos da PUC-RiB em relaçãO à tecnologia
c;oleta de dados:
Na pesquisa bihliop,r{lfica, buscar-se-ào f:!Studos sobre atitudes, aprendi-
zado,· rnu.danças e relação entre pessoas e tecnologia. Serão pesquisado.,· livros,
periódicos, te.~es e dissertaçàes. Como resultado dessa pesquisa, espera-se uina
compreensão 'maior dofenôme,no da relaçãO ent1'e o homem e a tecnologia,.bem
como a geraçâo de um quadro de 1'~ferência para o leva·n tamento no cçtmpo.
No campo, serão realizadas entrevistas semi-estruturadas com os estu-
dantes selecionados, de .forma que de cada 11m deles possa ohte1' as seguintes
ir~j(mnaçôes:
·~
·,·
..
56 PROJETOS E llELATÓHIOS DE I'ES()li!SA .EM AlJMINISTlli'.ÇÃO
·l
. I
·.·· '
..
,·
• TE!ÜvllNANDO O PROJETO DE l'ESC)lllSA 57
menta é adequado aos propósitos elo projeto .: Objetivos são alcançados com a
coleta, o tratamento e, posteriormente, com a ,interpretação dos dados; portan-
to, não se eleve esquecer ele fazer a correlctção entre o~jetivos e formas de
atingi-los. · ·
Os dados podem ser tratados de forn1~ qu antitat;va, isto é, u'tilizando-se
procedimentos estatísticos, como o teste de hipóteses. Há dois grandes grupos
de testes estatísticos: paramétricas e não paramétricas. Entre os paramétricas,
é possível destacar: an:ilise de ~a!jância, c01:relação, teste t de Stuclent, qui-qua-
drado, regressão,:.proporção. Testes não paramétricas incluem: Mann-Whitney,
Kruskall-Wallis, Wilcoxon.
Os dados ~~1 mbéni podem ser tràtaclos de forma qu alitati~a .como, por
exemplo, codificando-os, 'apr~~·entando-os d~ forma mais. ~struturada e anali-
: s~mclo- os. Existem outras estratégias. Éni ·:verdade, elas são muito variadas e
escolher ~\ apropriada é tarefa elo pesquisador. · :.
·. É possível tratar os dados quantitativa e qualitaüvamente no mesmo es-
, tudo .. Por exemplo, pode-se usar eSk'J-t'ÍStica descritiva para apoiar uma inter-
l·,t pretaç~to dita subjetiva ou p~1ra desentacleá-la .
if
.j A seguir, você tem exemplos de trata1~1ento não estatístico, oferecidos
por Claudio Gurgel e Paulo Durval Branco, respectivamente:
o Problemá:
Como ahordc7r os objetiz.ios ele eficiêrzcia e eficácia na admiJ:zistraçàO pú-
blica brasileira?
. ' .-i
...·.
~ ~-
.
~·
•'.I • ,'
~~ -~_,.··__· . .
':· :.·· .
:.-; ·
,"".
'·•
.
relacionam e constituem um processo totalizcmte. O ·mét<i(Jó escolhidp é, pois, o
dialético. .
.
Ro;;taTenws trabalhando com as feis da 1midade.-~ e luta dos contTários, das
tran.~foT1naç6es q llctntitativas etn qualitativas, .do de:~enz(~lvimento prog1-essivo
(1·wgaçâo da nep,açâo). 1:\turemos trabalhando ·com as categol'ias de fen6meno
e essência, conteúdo efonnu, necessidade e causalidade, :·causa e efeito, possibi-
lidade e Tealidade, sing1 dar e 1l.ni1Je7~'>al. Esta1'ernos trabalhando com os concei-
tos de contradiçáO antagtmica e nâO antagônica, dmninância e hegemonia e,
principalmente, com o conceito .fitndamental de totalidade.
Destacauws o conceit<; de totalidade, ou seja, a visúo de que tudo é pw-te
de um todo e com este se relr,[ciona, em movimentos contrários. Este destaque tem
a ver com o fato de que, como disse Lu/:c.ács/9 é o ponto de vista da totalidade que
distingue a dialética. Antes, jâ diss~ra Lênin50 que a totalidade é a essência da
dialética, de certo modo repeti·ndo aji-ase de Hegel11 de que "a verdade é o todo".
O tratcunenêo dos dados pel·o método dictlético tem d{ficuldades e 1'iscos.
Entre as d~fict ildades está a própria complexidcrde que lhe/ d{i con.,·istêncics, mas
que também exige do pescp1isadnr maior rigor. Entre o.y riscos, conta-se ~t ten- I.
dência a sitnplificações, principabnente ao deszHo mecanicista, qu.e às vezes {,j011,-
.fiinde dialética com ab_ordagens positivistas.· Entretanto, ~nao há o melho1;..,-'·em
ousadia. Tampouco existe ousad{ú se~n risco.
o Problema:
. ..
.. .
Até que ponto os programá.~ de· treinamento e desenvolvimento c~j'erecidos
pelas empTeSaS têm-se iJoltadÓ para a formaçc(O e O ape7feiçoctnzento de gestoreS
capazes de responder às detnct;1.das hqje pr)stas pelo ambiente de negócios?
Tratamento ds)s clado.s: ·
Ao se discutir a escoiha·c{e_71Jna metodologia de pesquisa, éfimdamental
ter etn mente 6 qt w sepreter~c.tr:J:pesqt tisar, e o que se espem descobrir e aprender
C< mt a pe.wp t:ísc.t, Perisêtr nessas questôes condr1z, necessaricm·tente, à necessidade
de e.xplicitaçâo do pantdigma qúe se escolhe para blhar o 1nundo. Segundo Bog-
dan e Tc~ylor (1975), pode-séf'ctlar em dtt.as principais escolas de pensamento no
cenário da ciência social: a positivista e a fenomenológica, as quais apresentam
pontos de vista próp1'ios e levam à escolha . .. . .
de d{j'erentes ~netodologias de pesquisa.
Pc.tra o fenomenologi~·t~~ aprit:tcipal preocupaçâo é entender o ctúnpm--
tarnento humano, â pc.ntir cia próp1'ia pessoa. Ne.~.;;e sent,iâo, pr~JCU1'Cl examinar
como o tnund<; . é uividrJ e. c,o·h lidera a rerilidade como aqui li) ,que as pessoas
imaginam que seja. · i; . .... : '·
Hín .fz~nçào da natw~~zá do pY~~~nie proh1~·~1za e da uis.do de fnundo corn
a qual o a11.tor destl? trabalho se idetÍt~j'ica, a escolha se volta para uma aborda-
gem fenomenolôgica, a qual priz:ilegia procedim.entos ;1ualitativos de pesquisa .
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/I'EHMTNAN DO O PHOJETO DE I'ES<)UTSA 59
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•
••
60 PROJETOS E RELATÓHlOS DE PESQUISA EM ADMINISTIV\ÇÀO
..
volume de negócios do país, chega-.~ e, , ao final, com 'amostrei comparativamente
peqvtena. Maior volume d,e dados au,mentarid tanto a precisãO, quanto a confia-
bilidade estatística, já que essas grandezas, apesar de inversamente proporcjo-
li nais entre _. ,.i, são diretamente proporcionais ao tamanho da amostra.
Sob1'e o tratamento dos dados, as limitações estãO n~feridas às restriç6es
impostas pelo modelo de aju.ste de retornos e às do modelo de regressão linear.
A grande limitação do aj,uste de retornos a ser utilizado no desenvolvi-
mento desse projeto é que ele nãô leva em consideração o fator risco. Jbbotson,
mencionado por Leal (1990), desenvolveu 1_1.m modelo mais abrangente, com
ajuste ao risco, mas que se mostrou inadequado· ao caso brasileiro, tanto pelo
pequeno porte do mercado, quanto pela~' coz~tl.ições inflacionárias da economia
brasileira. •
O modelo de regressãO linear simplés·apresenta comq principal limitação
o problema da multicolinearidade. C01~{orme dizem. Worinacott e Wonnacott
(1985), o co~ficiente torna-se nâó co1~{iável quando os valores obtidos para X
são próximos, ou. s~ja, qua.ndo o regressor ~no caso, o volumé de negócios, tem
pequena variação. Outro ponto é que ó a]uste da reta é pouc({ resistente aos
cutliers. Todavia, isto não chega a construir uma grande cf.~ficuldade, pois é
possível contorná-la, utilizando o método dos mínimos quadrados ponderados.
o Título do projeto:
Responsabilidade sociaL da e?npnssa pública.:· a Pe§robrás e o ambiente
',li!'.
il
I
Limitações do método :
.I
A metodologia escolhic.~fl para a futu.ra pesquisa apresenta as seguintes
dificuldades
. . e limitações
,. qua·nto à coleta e tratamento
. dos dados:
..
cw
O . método é;tará' lin:titado pela seleçâO dos atores para as entrevis-
tas, tendo em vista a impossibilidade de seren1 entrevistados todos
os gerentes e líderf!S cmnt:(-nit~rios envolvidos com o as.\~unto.
Outro fator limit~rit; está r~lacionado C//O tamct1~) da Petrobrás.
Sua distrlbt;tiçâo ~:>pacial em várias unidades d~(_,;ultará q obten-
çâO de i1~{or.rrtaç6f!S a respeito .do assunto. · ·.·· ·; . ~ . . .
Um terceiro .fator. l,imitado'r diz respeito à pesquisa doal"rnental,
dado.qtte prete1'Úie'11ws ieva11.tar dqcu.mentos internos em órgãos go-
verncúnentais e nà Petrobrá.\·. Antecipttmos eve17tu.ais d~ficuldades
em ámseguir autorizaçct,o pa1;cttcmto. ,·; .·• ··:,~' .. , ...
Um quc;~rto fator diz respeito ao tratamentó dó:,- ~lqdos pelo método
. dialétiCo, devido e.t sua complexa aplicdçào, ineié1·tte a sua consis-
"'II il
';Í \
I·
tência teórica. Sua· útilizaçào eiige,·c apacidadé _de abstraçâofren-
te ao o~jeto a .. -~er pesquisado, fundan;,.entúl para a compreensão
.dos .fe1?.Ótr.~{!,!'UJtiá ·se7'em analisados, q'11.e requd do pesquisador
' .,
... -~
"-'·
. ' I t~
•\ . ··~· .:-
~· ·; ~:. ~
TER MINA~DQ O PROJ ETO DE PESQUISA 61
'
grande rigor itca,dêmico. Portanff?,,a/ragilidade a que se exp6e esse
trabalho está n!lacionada à Pr{ssibilidade de negação do próprio
método dialético, escolhido, em função de. desvios po~·itivistas, na
abordagem dos probtémas a serem pesqtt:~sado.\· . Todavia, mesmo
diant~ das limi~ayjes n~ferenciadas, consideramos s·e~ o método
mais apropriado pmra alcançar o' o~jettoo fina l da pesquisa . .
. .:... ·
·' ··
li!
5.4, CRONOGRAMA
i .
o Título:
•
· Gestão dempcrática no semiço público_: Q caso Fiocn1.~
C::ronograma:
A pesquisa desenvo.luer-se-á em. sei;\. etaP.as há.~icas distribuídas em 12
meses de trabalho, conto segue:
MESES
..
Etapas 1 2 3 4 5 6 7; 8 9 10 11 12
1-ª Etapa X X X X
2-ª Etapa X X X
3-ª Etapa X X
4-ª Etapa X X
5-ª Etapa X X
6ª Etapa X X X
_,:-,, ~~ "-......
::.
,.
,.,'??'
.';_:
62
.
PROJETOS E RELATÓRIOS DE PESQUISA EM "ADMINISTRAÇÀO •
.~, ·•
, · o .Ttulo :
: EducaçàO n(J trabalho: 1'etendo talentos na organização
Cronograma:
PREVISÃO
ATIVIDADE
INÍCIO TÉRMINO
1. Aprovação do projeto ' :
2-1-97 28-2-97
1.1 Entrega do projeto ao orientador ·
1.2 Aceitação pelo orientador
1.3 Aceitação pela comissão examinadora
f,,
I ~-
i 2. Coleta de dados . ' 1-3-97 30-6:97 . L
2.1 Pesquisa bibliográfica e documental í
I
I
'
2.5 Entrevistas ~ I!
. 3. Tratamento dos dados •
3.1 Análise dos dados bibliográfico:; e documentais
1-7-97 31-8~97
f:
3.2 Análise dos dados de campo
('
i I'
~
3.3 Comparação dos resultados -~ j
I
l
I
I
: 4 . Redação e aprovação da dissertação
4.1 Redação da versão prelimit'l~t ..
4.2 Aceitação pelo orientad.or · ··
1-9-97 30-12-97,
.• .
:!, '
i
II·
~
4.3 · Aceitação pela comissão examinadora ·
4.4 Aceitação da versão ·final ; . . - •
4 .5 Encaminhamento à comissã9 examinadora
4.6 Apresentação/julgamento da dissertação
'
.• .
5.5 BffiLIOGRAFIA
Você pode optar por apresentar somente referências l::ilbliográficas, so-
mente bibliografia, ou ambas . .: . · ~
Referências bibliográficas são a lista das obras citadas no text~, às ~ezes
apresentadas com algum tipo de comentário. Podern vir no final do projeto ou
no final de cada capítulo ·e; ~esses casos, com esse título (r~ferências biblio-
gráficas); ou podem vir ern partes, . nas notas de rodapé, ~eni. qu::tkFier título.
.
Se vierem no final do projeto, ou..no final de cada capítulo, você pode.apre-
sentá-las, pelo menos, de duas maneiras, cj.ependentes da forma pela qual você
redigiu o texto.. Assim, se no textç) .Foi utilizada numeração, em vez de ano da
obra, nas referências bibliográfic~s você deve aprésentar ~lista dos autores na
rpesma ordem da numé'raçãd apresentada no texto, colocando a numera~:ãq.
Exemplo:
. ·~
. - - -· -·---------· ~ ---
~ .· -~ _'· :.-~
TERMINANDO O I'HO.JETO DE PESQUISA 63
No texto :
"
Alertar o pesqu.isad9rpq.ra a importância de sefazer ciência com
consciência é o:propósito de Morin .1 . ·
-
MORIN, Ed{?ard. Ciência com consciência . Rio de Janeiro : Bertrmq.d
Brasil, ·.1996. . •
•
YIN, Rohert K. Case study research: design and rnethods . 2 . ed . Lon- ' '11
dres : Sage, .1994. .
Você reparou o que aconteceu quando apresentei uma obra e .Çt refe-
rência não coube em uma só linha? É isso . Ao se mudar de linha, a primeira
.
lt:ttra da segunda linha çleve vir abaixo da terceira. letra da primeira linha. O
• ., . .~ . t -.... ,
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~i:~~-~·-
·- -~-.........: -~:•. ·~
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..
·
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,. . TERMINANDO O PllO.JETO DE I'ESQlJISA 65
5.6 ANEXOS
.·'
De';re vir êm anexo tudç:>. aquilo que você julgar elucidado r para a com-
preensão do estudo. Por exemplo: cõ"p·ia .elos questionários, dos roteiros de
entrevistas, de algum documento interessante, cálculos interrpediários estatísti-
. cos e outros~ No entanto, eq1bora tenha a função de enriquecer, clarificar; exem-
plificai, con~firmar poJ;Itos apresentados no textó, anexo é alguma coisa que o
leitor constllta, ou não. Assim, se· algo é fundamental para o entendimento do
estudo,. _deve vir qp corpo dq tr2:balho, não anexo .
Ariexos sã~ indicadoS. p~r ietra~, seguiqàs do. título. Por exemplo·; · •
...
, Anexo•.,A~_Contrato rÚ teletrabal/.?o da Paris Crnnputrjltion
~· ; ,4nexciB ....:··Questionário aplicado
...
.·<f " . . .. . •
,~·~:· ': . .
·'~: 5. 7 TRA"AMENTO VERBAL NA REDAÇÃO E NUMERAÇÃO DAS
PÁGINAS
•
Você pode optar por usar a .terceira pessoa do singular, que é a forma
mais tradicional, uma ·vez que está associada à idéia de neutralidade contida
na correntê de pensamento posltivista, tão largamente, aceito . Pode usar a pri-
meira pessoa do plmal, um tom majestático. Pode também utilizar a primeira
.: }.
..
llilllllllllllllllllllllllllllllllllllllllll
:-·::::-:
-=-~ ·::--. -: -::·: :.
-~ : -:.~ -.:~ . ................... ~~v~-~-~.~~~~
pessoa do singular, f\erti tão usada, m~s fortemente sugerida por aquele~ que
.o enfatizam o fato de que na pesquisa está toda a histÓria de vida do pesqúisa-
dor~ logo, ele dever assumir isso na redação. O que você não pode é misturar
as pessoas verbais . Escolha uma e· seja coerente todo o tempo.
Você pode també_.n1 ·optar por usar o verbo no tempo p~ssado ou no
presente . Exemplo: Rm 1930, Vatgas assumiu o poder. Ou, se preferir: Rm 1930,
Va1gas assume o poder. Não deve misturar os ten1pos; escolha um, portanto.
Ainda aqui, a coerência é requisito de adequâda' redação. ~
Quanto à numeração das páginas, a regra está detlnida pela ABNT (NBR
: 10719/ 1989). As páginas devem ser mímeradas seqüencialmente em · algaris-
~- mos arábiCos colocados nç:> can,to superior direito da folha . A numeração come-
ça na Introdução, mas, por elegância, omite-se o número 1. Também por ele-
, gância omite-se a numeraçãO. n?' p:â~ina em que começa um capítulo.
,,~~
' ! '
Verificar se estão coerentes entre si. f':Junca é demais ~nfàtizar que todas as par-
tes do projeto e, posteriormente, do relatRrio ·referente ao projeto desenvolvido
devem estar intimamente articuladas, imbricadas, 'como uma teia. Não se pode,
por exemplo, levantar o referencial teórico, guardá-lo numa gaveta, depois cons-
truir o questionário para coleta de ;dados dissoÇiaC:io' daq~el~ referencial.,
,,j Por outro lado, para qu.\=! você não se perca em discussões que, embora
até podendo ser relevantes, não conduzirão à resposta do problema, é de sig-
'!
nificativa u:tilidade durante toda a .formulação' do projeto e do relatório escre-
1.1
ver em um papel o problem:{'deserÍcadeador da pesquisa e tê-lo sempre a sua
frente . Funcionará como um ' f~trol, que ilumina o caminho para os navios .
I
i · Un'1-alerta:· forma e conteúdo são- ambos- relevantes. Uma bela forma
com conteúdo míope não da~·á· refe.;,ância ao estudo. Por outro lado, é neces-
sária uma forma adequada, coerente,, c;onsistente, esteticamente bonita, para
que o conteúdo seja mais facilmente transmitido e "comprado" pelo leitor.
O p~pjeto é de re$ponsabilidade do autor. Este lhe dará q "tom", o que
significa dizer que -dec:idirá se deve construir um projeto "agdado" ou consis-
tente, superficial ou :de :prohu;1didade. Decidirá, portanto, :o nível de sua rele-
vâ.ncia . No entanto, isso não quer dizer ,. que se. deva tratar de grandes ques-
tões , necessariamente .' <;!} esco.r:o pode ser pequeno, mas deve: ser bem cuida-
do, acrescentando &.1guJ11a coisã ao acervo existente, seja em te.rmos de abor-
dagem ou qe conteúdo. · ·
·' <t
O P<?eta D . Mallock alertou-nos um dia:
. ·l
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.. ··~~ . , ~
-
' ·..
.,
~ ..·.·
TERMINANDO O PROJETO DE I'ESC)tiiSA 67
; · ·~ •\
•.
Se você não puder ser uma á.rvqre frondosa
No ~lto de uma mo.ntanha '
I Seja um pequeno arbusto na beira do rio
ri
Mas seja o 1}1elhor arb~1sto.que você puder ser.
I
'I
Parodiando o poeta, o projeto não. precisa ser uma árvore no topo de
. .. . . '
\i uma montanha; pode ser uni. arbusto na beint do rio. Mas deve ~er o melhor
arbusto possível. ' · ··
Este capítulo pr6curoú· enfatizar a coleta e o tratamento dos dados, apre-
sentando vários instrumentos para a· coleta de dados .no campo e esclarecendo
I' que os dadps coletados "podem ser tratados de forma quantitativa ou qualitati-
i\ ' · ':'a ou de atnbas as formas. Procura ~sclarecer que quaJquer método tem seus
i
I
· Úmites e que voe~ deverá exriicitar ~uais os que você identifica em se1.1 t-raba-
I lho. Um exemplo de cronagt"ama é ..descrito,
-· bem como vários ·a lertas referen-
~
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~L~'::'.!;;:
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.· 6
O RELATÓRIO. D~: PESQUISA · ~·
. . . : . . ~
~. -~ . .
Relató/lo é o relato dp
qt!e çlesencac,leoiJ a pesquis~~, da forma· pela-qual .
ela foi realizada, dos 'resultadÇs. obtidos, da's conclusões a que se chegou e qas
~çomendações e sugestões q'ne P. §esquisador faz a outros . · ·
f
• :, · Neste capítulo, serão ~bordidas as que'stpes não privilegiadas no proje-
· ··~ ,. • • J ..
'tb, como, por exemplo, as folhas que antecedem o relatório ;proprian}ente dij:o
· e aquelas próprias do relatório . São consideradas folhas precedentes: a cap~, a
,.. ~folha de rosto , a página de agradecimentos, a apresentação, o resumo, a iis"b
•de símbolos e abreviaturas, a lista de ~lu~trações e o sumário, nesta ordem.
· Questões próprias do relatório incluem a introdução, a det1nição do problema
objeto da investigação, a metodologia empregada, o referencial teórico, os re-
sultados, as l"conclusões e 2t$ sug~stões para uma nova agenda de pesquisa.
Seguem-se-lhe as referênda's bibliográficas, a bibliografia e os anexos .
' .
A capa, a folha de rosto, o sumário, o problema, a metodologia, o refe-
rencial teórico foram objeto de exame no capítulo referente ao projeto da pesC.
quisa. Vambs revisitar o sumário e·ver agora os outros itens.,
6.1 AGRADECIMENTOS
Ninguém faz um trabalho sem ajuda -de· alguém. Assim, cabe · agradecer
a quem prestou ajuda relevante à realizaÇão d4J' pe.squisa. É uma página orien-
tada, sobretudo, pelo coração. ' _ · · .;·::, ·.: !.
~. ;l' . ;:. :,~: ·~ '· .
Há quem, antes da página que t'égistra os agradedr:n entos, introduz a . ~~
que dedica o trabalho a alguém, como fiz ro,··t~ livro . ·-" ·" ·:·
• . . ! .l ·r ·' .
-~· . .. . ' :f. .
~
:
. ,.:.;
.,
6.2
,-' -- .
APRESENTAÇAO
• t :
·· ~ ;r
·i
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:
·..;
··; ·. • •
..
;.
.;·.J
Apre$entaÇã~ e a parte antece'de~t;ê 'a o relatório ~topria~1ente dito·, que .f
1
, .
àp~e$enta ao leitor o trabalho realizado. Faí~~,do que o niotivou, qual S<;U o~je-
. ... .. ·. t ' '. ,:::·
~ ·:·:
, . ,~.:.
.:
..
·:
.'
'O HEL~TÓHIO DA PESQUISA 69
._j I. \ ,: ,~ .
tivo e como ·está organizado, vale dizer, fala" do que, basicamente, contém cada
capítt~lo .
Veja o exemplo fornecidq por Celso d e .Oliveira Bello Cavalcanti e
por AlbeFto.:Tror:\e: :. : ,·
::;,;
- ..
'~-~.. "'·~ ~.
·..••,:
!,_-:·
.....
,:.
70 PROJETOS E RELATÓHIOS DE PES()U! Si\ EM i\DMINISTRi\ÇÀO
.
.
~ O estudr/ está estn.ttúfado em nove capítulos. No Canítulo 1, .~·áo anresen-
~ . r . r
factos , o problema que desencadeou o estudo, sua delimitação, a · metodologia
ren~pref;.ada e () contexto (./1f;e oTiginou o surgimento das organizações virtuais.
O Capítulo 2 ãpn!senta as características e prerrtissas das organizações
· bumcráticas, enquanto o Capítulo 3 aborda os mesmos ·aspectos em relação às
~
m:qanizaçôés uirtuais.
··.~ . . . .
.· •
:
~
.
· . No Capítulo 4 é discrttida a muc(ança de paradigma oconi.da entre a
..
Revolução Industrial e a sociedade da i1~{ormação.
O Capítulo 5 inicia a descrição dos impactos causados pelo teletrabalho
nas organizaçôes b1troc1·áticas. Analisa os .impaCtos psicológicos no teletrabalba-
dor, a rnelhorla de sua qualidade de .vida, bem como o.•.- impactos do teletrabalho
' li
na sóciedade.
No Capítulo 6, sâO ahordada.\ as questôés dó controle organizacional na
m:qanizaçâo virtual, a 1·elàçáo entre tecnologia e estrutura cnp,anizacional e a
tendência à descentralizaÇúf.o a par:tir da implan:aç.po do teletrabalho. ·
O Capit1t.lo 7 disc11.te as co·J1seqúências do dist-anr.;iamentofísico dos inem-
hms da m:qanização vi1·tuczl na m:qanização i1~jÓrmal·e na d~fusào e 7nanuten-
çúo da cultura o1·ganizacional. Também registra as restrlçhes nasftrrrnas de co-
municação que .o;w:qem _nesse tipo de orgcmizaç{io. :
Já no Capítulo R,' osjogos .de poder, ·uma metáfora da m:qanização c_omo·
sist:e,ma políÚco, e o proces·so decisório na organização sâo abordados.
. .
O último capítulo é dedicado às conclusôes do estudo e à apresentaç{iq
de sugest6es pm•a .fii.turas pesquisas. • · · .~
6.3 · RESUMO
Resumo é um itep1 que sumariza o relatório,' enfatizando objetivo, me-
todologia, ,resultados e conclusões . ·Deve ser escrito em uma seqüência de fra-
ses, não de tópicos. A lingu~gerp eleve ser bem clara, de modo que o .leitor
tenha adequada idéia elo qt_(e se trata. C~nteúdo e ..linguagem devem atrair o
leitor para o relatório. Segündo a ABNT (NB-88/ 1987), deve cçmter no máximo
500 palavras . . ·· • ~
É recom~nclado que' o i·es~uno também ~ej(l ~presenta0o em uma .língua
estrangeira. É comu;~1 que ~ seja ein ingl_ê s . Veja o~ · ~xemplos ele Douríval de
Souza Carvalho Júnior : ~ ele Y~~ç~ C:ónsuei() Cintra:;i ·
•. .. i ·~
o Título do relatório :
I' • .~ • -
Utilizaçâo ·'de referencial estrcú;.geii·o :na produ.ção Cientffiât em. admi-
nistraçúo
. no 13rctsil '- ..... . : l '
.,• · ~. ., . ~:
- :::~ :
'·
.,,
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;,
'f ,.
..
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'! ~
.•.
-
,
::.··.
...
; ...
·\o :·:....
l·~~:
.. .i ~~;.:· . . ,
m t!EJ.i\TORIO DA l'ESQlllSII 71
\'•
Resumo: ~
The stucf:J; h_as the propose to vér~jji in what e.xtension the cientUi'c hmzi-
lian organ.izatúmal ana~vsis is S1t.stained !~v forein rejàences, pm·ticulct7y hy
american r~{erences, .the reasons and consequences c!{ this utilization . The as-
smnption is that the hihliography r~{erences utifized hy an author constitues one
C?{the .;,upports C?{his arg1mzents, and the cient!f'ic pmdttction and the admirtis-
tmtivr:pmctice are not dissocia,ted fhnn cult1ire. The cientific production pu.-
hlished in five years hy hrazilift7~ autbors was ana~vsed and: those authors ccm-
sulted. The rejtections ahoftt the consequences c?f the actual procedures sent to
the conclusion that an own adn~inistration has not heen developed in Brazil.
o Título do relatÓrio:
O papel do e.xecutiw financeiro na clrganizaçào moderna
Resumo : ..
O o~jetivo cleste estudo e.xplordtôrio. ~gerar alf!.uni COizhecimf!hto so!?Te o
papel dos e.xecutivosfin'a:nceiros 1W contexto das organizaçôés modenzas, to·m a-
das do ponto de vi..,·ta. bt>lístico.
U-;ualmente considerados ."contadoms de tostôes " 11.m tanto hitot'ados, o
estudo pretende verifiátT se estas opini6e~ sâo de.fàto aplicáveis ao pe1:fll do ge-
rente financeiro . O estudo inclui uma descriçâo do estado da arte em variados
campos da ciência, que constitui seu pano de.fit.ndo .
Os 1·esultados mostram um momento de transiçào, coerente com a mu-
dança de pa1·adigmas que está ocon·endo na teoria das cnp,a1zizaç6es. Também
revela alguns prohletnas, tais como a d~ficuldade de cmnunicaçáo e um pe1:{il
tradicional ir~fluenciandofoTtemente a atitude dos e.xecutivosfinanceiros.
A!?stract:
Tbe nutirt ol~jec.tive c!{this e:xjJÜJratory study isto provide some knowle(~f!,e
on thefinance e.xecutive's role, framec.l in 'the conte.xt C?{modern organizations,
wn.sidered fro:rn the bolistic viewpoirzt .
•
) ,.
,~t:
·•'
-~ ·
•
~ .
·. Common~v 1'egardedl as "bean cot/.ntr!rs", somezohat "narrow-minded"
• e.x?_cutives, the stúc.(v aúns to vei-({V ({ those beliej.Ç cwe applicable to the finaifce
[lutnager\ prqfile. It comprises a ·state of the art portmit on ua1"ious science.fields,
which constittt.tes the hac!?.grott.ndfrw the developtnent qj'the present resem-ch.
17.w results show a 1notrient q{ transition, which is coherent with the theo-
'Y (~f r mp,anizations' current chcmge (~{paradigms. 1l1e:/ also show some pro-
hlerns lihe poor comnmnication s!:?.ills and a stnmg traditional prqfile influen-
cing tbefinancial e.xecutíve's attít11.de.
,•
Se você 'achar pertinente, inclua uma lista conf os. símbolos e as abre-
viaturas utilizadas no corpo do trabalho, com seus respectivos significados,
como no exemplo fornecido por Aq.uHes c!~ Andrade Pereira: t/} ' • . •
. ~-~
o Título elo rela'tório: '.
Também, se conside1~ar petii~efit~; faça m:ria listrt das t~bel~s e das figu-
ras ap~e,s~ntacbs no texto, sepa!?:C\~11ent~,:·m~,ord~.fi{ el~1;que apar~cem rio texto
. ·. 1\ ' . ..' . . : •~· .. •' . ., .
-:. ·..f:t .· ,-·· '· • .io: .:·~. ~r :""-
..
• .·J••
..'
-~
•· .. ...
.
.
O l<E!.ATÔIUO DA l'ESC)lJlSA 73
., . ·li · ·..
e COl'i;J. a indicaÇão ela página na qual podem ser encontradas . Veja o exemplo
... .
de José Roberto Gomes da Silva:
. ' . : ··.
Lista de figuras:
·:.:'.·
- '"·.to:;- .. .
., ·~ ~
[;·
.
, .. ..
-'"''.
.. .. ~
~" . ~-
.. ~
,. Sumário:
7 OPROBLEMA
1.1 Intmduçâo ..... .:............. :...... ... ..... .. .......... ...... .... ... ..... ..... ... ... ... .... ...:.. ·
o •
1.4 Delimitação do estudo ..... :... .. ..:.. .. .:........ o... o... . .. . oo.... o.. o. o... ... 00 •• •• 00 00
.1 .6 Dej1niçào dos termos ...... o...• .............. •oo. oooooo·· ··· · ··o······ ·· · .. ··
0 •••• • • -. . ......
2 Mh'TODOLOGIA
2. 1 História pessoal e metodqlogia .... ...........
•
• 2.2 Tipo de pesquisa ......... . o. .. . . o.. .... . .. . . .. ... ..... ........... o.. .. .. .... ...... .......... ..
00 . . . ..... . . : .. . ... . ........ .. .. . . 00 . . . 00 . ..
00
2.3 Coleta cte·dados ........ .:.. ·: ........ ....... .... .. 0 •• • :o . ... .. ....... oo . .... .. .... ......... .. oo .•, .
2 04 Lim.itaç6es do m.rí.t~)do 00 ooo Oo....•.. ... ... o... o..... . .... ... .. . .. . . .. .. ·o · · ·· oOo··· 0 000000000 0
e
5.2 Pei>cptisa-tt.Ção p~:,·cpiisa partic_ipante oo. o... . ooooo. o••• •:. : .•..•. .. ..•.•• . '·· .... .. .
5o .i. Camctei-t,·ticas da pesq1 (.isa-çtÇdo ....... ..... .. .. o.. , ..... o. . o.. o•. . .. . .. .••• -~ .... .. . .
5.4 Breve descÍ-içúo do t?:iétódo oooo : oooooooo oo; .. oooo oo ,.oooo'.:oo ...·oo ...... . , oo .. oooo :oooo oo .. :
5. 5 Rxernplos d~ aplü;dtçqó .do método n?,).'pesqt,l.isa eri(administraçáO ..
6 HJSi,ó~A bfML ;::>···: ; { :/ ' ',' ·~. .
6.! D~(iniç~tO ·.: ·· · ·· ··O:··:·· ·~· · : ·o ·· · · ···· o ····;· ....... :V ..:·.... o..... :.'. . ... •• : . oo . . oo •• o:;····· oo •oo
6,.2 Irriportancta. da ht_stona rwal ........... ,.,.:·.-·oo·· ··· ·· ··.;· ·o::o... oo ... . ..... ·.. oooo•: oo ..
6i.{\ Papel. da ent.revistà, do entretJ.istador e çto entfe.vi:~tado .... .... ..... ...:... .
~:4.~~(Brei/e· descriÇão do método .. .0:,. 00·:~: 00 : - :. . . . . . . , _ . . . :·, 00 00 00 . , 00 00 00 00. 00 00 00 . . . 00 00 00 00 00 00 . . .
. ~ .
.·
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...·. · ... ... :, .; ·... , ·:
'· .
• '··~. \~~· ;;~~-'
..
-~ ~.: :,
1. ••
·-~ '; .;
. ....
\ . . ·.· ,. .
.-! ~
• 7.1 Definiçào ... ..... .'.. ...... ...... .. ... ...... ..·: ...... .... ...... .... ... :. ::,::...... .... ........... .. .. 101
: · 7.2 C~ractérí..,ticas da grounded-theory~.. ...... ........... :.... ,.. .. ...... .. ............... .101
] .3 Breve descriÇão do mé(odo ........ .... ...... ....... ...... ........ ... ....... ..... ....... ... : 106
7.4 l!,xempl.os de aplic(;tçào do método nap~squ.isa em administraçâó ·:·. 115
.. ·. ', . ~ . .:
8 RELACIONAMENTO DÓS METÓDOS.AOS·PAJiwiGMAS PARA
··: PESQUISA EM ADM!NfSTRAÇAO
•· . . .
8 .1 ·Por qu.e re!adonar ·métodos a paradigmas para pesquisa ..... ..... .... .. 729
.
8.2 MétodÓ etnográ:fico .. ........' .... .. ... ......
. .
·............ .. .... ... ... .': .. .. .. ..... :,.. .. .. .. .. .. .. .. 130
~: ~ ~~i~~-:~~~f.~.:::: :·::::.:.: : :::': ::: ::::/:: :::::::: :::::: : ::::::: :::~:::::: :~: : :~·~ :::: ::: : ::::: ~~~~
' 8.5 Grounded theory .. .L;:·: ...... !:.. .. ...... ;... '.' .. .... .. .. .. .. .. .. ........... .. ~c .. .... .......... : .. 135 I
!
: 8 .6 Class~fic?tçào dos métodos segundo ·sua predominâncict em.
determinado pamdigma. -~:.... ....... ·-· ...
.: ....... ............ ........ ........ . :· ....
., ...... ... 140
I
9 CONÇLUSÕES E SUGESTÕJ;S
;· . .. ,: ,•
j
9 . 7 Conclusões .... .. .......... :.. ........... .. .. ...... ... ...... ..... .. ·........ .... .. ............ .. .. ... .142 1
9.2 NoiJa agenda de pesquisa ..... ...... ... ...... .. .... .... ...'.. ... ....... ,.... .. ... ... ........ 145
lO REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS .... .... ..... :... .......•.'... :.. .. :... ...... ....... ..... .. .. ... 148
.11 BIBLIOGRArlA ..... ..... .... ....... ..... .. ...... .... :.... ~ ..... .... ...... ..... .... ..... ......... ..... ... 158
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6. 7 INTRODUÇÃO
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Aqui começa o relatório propri~nie'nte dito e os lembretes são pratica- I
mente iguais aos feitos para o projeto, porém há de se cuidar que o tamanho
seja maior e o conteúdo mais elaborado . Vale lel'nbrar que é aqui também que
começa a numeração das páginas do relatório .
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6.8 DESENVOLVIMENTO
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seções . Recursos como caixa alta (letras maiúsculas), negrito, grifo, itálico es-
• tão à çlisposição de sua imaginaç.ão. Mas leni.bre-se: jamais se separa t1m título
elo que lhe segue, vale dizer, você não deve colocar o título na última linha ele
uma página e começar o texto na página seguinte.
Há quem opte por títulos tradicionais e outros, por criativos, sob a ale-
gação de que eles dão toque diferenciado ao trabalho. É verdade, mas é preci-
so ter cuidado para que não desviem o le itor do qu e será tratado. Afinal, Jítu-
los elevem sintetizar uma redação.
O clesenvolvim~nto inclui referencial teórico, coleta e tratame'nto elos
dados, resultados e COJ;J.clusões do estudo e sugestões recomendações para e
novos estudos. No que concerne à coleta e ao tratamento dos dados; vale aqui
mencionar que eH1 pesquisas ditas qualitativas, clificiln1ente eles sâ_o aborda-
.
elos sep;radamente; antes, formam. um
. conjunto. ·
Uma dica pai·a ajudar seu leitor: antes de começar um capítulo, faça
'
uma pequeno. introdução esclar~cep.do sQbre o que vai ser tratado. Ao _ter-
•
miná-Jo, faça um pequeno resumo, lembr~nclo o que fÓi discutido . Você r~pa
rou q~re isto íbi feito neste livro? ·
6.9 RESULTADOS
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Esta qíwstão apresentou , um 1;"esultado hem definido, ou seja, a maioria
ahsolu.ta, cerca de 72% do.:. executivos financeiros dr;ts empre:ças acreditarn que
suas fo.rojeçàes serctO ve1'~(i_cadas na prática, nu.irj"períodq entre um mês (41%
das 1~e..ÇpostasJ e 'três meses (31 %) . R''ta tendência é muito represén,tativa do con-
texto econômiéo brasileim) -ou S,fl.[a, terulo· e~i .~ i).isiG!r as alta:,- taxas· de i1J:fláÇâó
com as quais os executivos conz:Ji.!jem e sua ohrigàção de gerenciar o capital cb--
culante cZe s,ua.~ empresa~·, ele-'._conseguem projetar suas variáveis do .fluxo de
caixt~ coni ·~m·t bom gra1 t r./e' c;erieza nu.m período niétximo de trj_,. meses.
• : z,·to .sign~fic'a que o h01iizoi'll:fl ~te plcm~famento é extremamente estreito e,
notqàcunente, ••f!SSa visào·de tiÍ.rtíS;,,·imo prazo é:qu.e dificulta as empresa;.'· a, efe-
tivmnente, se prog1'amcwem com ·a devida antecedênciapara implernentarem
...-eus i1rmos .jJr(~jetos. 6s tlem~tis itens ,tiveram percentzlcús haixos de respostas,
comh · 78%1: dr-Js executivos açreditando quê. as prrdeçôes ocon-erào próximas à
realidade entre \eis meses e iú~·t ano; 3% citc!ndo outros períodos e 791;':ú tilizan-
do 1.i1.n hori:zonte ·(te previsiÊ;,ilidade aindr:c meiior, ou srç_ja, 75 dias.Apenas a
tüutr} de ilust1~aÇâo, vale a pena mencionar as empresas que, .entre as pesquisa-
. . ... . .. ·'
das, se encon'tram neste último gh1po: Petrobr-ás, Cia. Suzano de Papel e Celulo-
-
se, Cia. Petroqu.írnica de Ccmta{w'i e Cresal Exportadm-a.
Deixam, aqui, ele ser transcritos todos os ~·esult<1dos apresentados por
Maria Angélica, porque ocupariam üm número enorme de páginas . Mas você
•
já percebeu que, para cada uma das qi..lestÇ>es çlo questionário que aplicou, ela
apresentou os resultados obtidos e os comentou.
Vale faze1', contudo, uma ressálva importante. Esta não é a única manei-
ra de se apresentar resultados . Eles podem também diluir-se nos capítulos em
geral, se o que se apresenta são resultados de nossa reflexão. É o '!aso, por
exemplo, d~ pesquisa bibliográfica 9-u · clocu!11entaLnão quantitativa ou daque-
la qu e se u tiliza elo método dialético-ou elo hern).enêutico, sem ir a campo. J:Iá
situações também em que o autor apresentá' n;~u ltados obtidos no campo e os
faz acompanhar de suas próprias ret1exões te0; iéas. S~ voei. for às bibliotecds,
ficai·á extremamente enriquecido com a mu ltiplicidade ele possibilidades que
se 11-ie oferece. Por enquanto, veja o exemplo fornecido por Mario Couto Soa-
res Pinto: ·
o Título do relatór~o:
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6.10 CONCLUSÕES
sível é aquela segundo 4 'qual tiO rei de Portúgal era mqis 'au'tlacioso que C'J de··
E.s panha porque
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. nada na afinúativa
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contida na desenvolvimento a ela corid1,1.z. . . ,;
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.. • é o resultado pe u'ina 1:ehexão ·$.U·~, ..:-'l'p.ão ele out-ra ~ pessoo:''É li1a
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.,~1?\ii;Çâó ao ace~.v:o existente. · · ·· · ·: ·. ..;:: ·· :;: ~ ·
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em mais de um paradigma defnonstr.a aquilo que Max Weber ensinou: nàó exis-
tem Npos puros 11a realidade social. Cabe, porem, mencionar que, até onde as
infm-maçôés coletada:, permitimm perceber, o paradigma do cérebro humano
nãO esteve presente. ·. -
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6 .11· SUGESTÕES E RECOMENDAÇÕES
o Título do relatório :
... ..
A cultu7'd b7'asileint revelada no ban-acào de uma ·escola. de sarrtba - o
. o o . • . ~·
Uma leitura psicarzalíticct de" Macunaíma permite que se .diga cju.e a pere:;
sonagJnn 'oscila e1itre r! P1~incípi_ó Çle Praze7' e o Princípio de Realidade/propostos·
p or r1:eud. D,e.fcJ7'~na -~·imilar, e.~·sa serta tct1nbém uma analogia frutff~ra para rJ
. (!:/tudo de zúita (!.scola de scmtha . Prjde-se i11(erir que a escola atzla no Princípio
de Prazer q-u ando vista sob a ótica de set;,,. oh_je~i.vosfestivos; jâ o PrinJípio de
Realidade marca todas as suas atividades produtivas k mercadf!lôgicas. Esse as-
pecto dual poderia até ser e1~(ocado sob o çdntraste ent1;e barracúo e Íp;f.adra .
Sua i·rzteressante dinâmica orp,aniz'ctcional, que engloba quadra, bar-
racàO e alas tct1~~bém apresenta éx:celente 11;w terial a se7' desvelado à luz da rela-
ção entre centi·alizaçào versus ;clescentn:4 ii;;.çâo> f:!tn tmu.;J. pesqtjisa rrÍaJs apm-
fundada sohr{' u.s átractet;[sticccs 'do qu& · f/Jc~ Mcitt'Çt (1990) cha1na de cç:'ltrutur6f
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O llELATÓlliO DA I'ESC)UISA 81
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Sugest?e.s: , .
Urn trct6aÚ1o de pe.~cH/.iSü1tunca s~- ~sgtJta 'ern .~i inesrnr/;·Àlém de procu-
rar,responder a Úrn questionamento, abr~ e.'ip;aço para outros estudos.
: • A presente dissertótçãO não'.fbge à ~1~[}a. As li1njtações impostas ao pes-
quisador impediram a exploraÇão de outras· dirrúmsàé.; relevantes ao objeto de
'estudo. Algumas.lacuna:' se ctpresentaram;·)tzas não puderant ser preenchidas.
Nesse contexto, v;slu·mbrani~se alp,tlma~\· sugestôespara.futuraspesqrf.isas,
conforme descritas a seguir: •·
•..r
• o clima de sati~fação e realizaçã..o. no trabalho, perce8ido no dis-
curso dos ocupqntes das _fimções-c'hâves seria tarnbérn ;encontrado
caso a pesquisa abrp:JJgesse todos os participantes do barracão?
• Seria possível çorrobo7'ar o niodelo proposto por GiJ.erreiro Ramos
soh1'e a diversidade_ dos desenhos sociais a pêzrtir de pesquisas em
organizaçôes nâo conúencionais, coino, por exemplo, o circo, as
torcidas organizadas, as assoc~açôés de morad01'es e os círculos de
candomBlé?
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Estou certa de que muitas outras dicas e informações poderiam ter sido
dadas e não o foram. Estou certa também que outra poderia ter sido a.aborda-
. gem d? tema. É assim mesmo. Conhecimento é construção e construção. é pro-
cessq que admite múltiplos conteúdos e variados enfoques . ArbitrariP,mente,
escolhi o meu . Certamente; outras p·e ssoas escolherão o ·9eu e suscitarão novas
aiscussões ..É a efervescência de possibilidades que dá _vida aos en:preendi-
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mentos humanos .
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Alberto Trope ..... :... .: .. ..... .. ... .:.... :~. : .·.. ...... ::... ........................ .. ... ~:\: ................... IAG/PUC-Rio
Andrea Ferraris'Pignataro ......... :.... ........ ....... .. ,... ,.,..... ............... , ............... ... ... EBAP/ FGV
Aquile~ de Andrade Pereira ..... ..... .... ·.· .... .. ........................ .......... ............ ...... . EBAP / FGV
Artur i:liiz Santana Mdreira ..... .. ...... :.. ............ :..... ... ...... ... ... ..... .. ...... ... ............ EBAP /FGV
Celso d~· Oliveira Belio Cavalcanti .......... .;.... ............ ............ ........ :................ EBAP/FGV
Cíntia de Melo Moraes ............. .. .. .. ... .. ...... ... ....... ..... .. .. ... ........ ... .......... ...... ..... IAG/ PUC-Rio
Cla.ucli~ Gurgel ... ............... .... ......... ........ .... .. .. .... .... ... .................. ..... ............... EBAP/ FGV
Darci Vicente de Souza. ... .... ... ......... :.: ............................ ... ..... .. ... ....... ...... .... .. EBAP/FGV
Denize. Alves ...... .... ... .'...... ..... .. ........ .:,:........ ,....................... :.. ... .:.......... ... .... .... IAG/PUC-Rio
Dicléia. Barroso Vargas ... ........ :.... ..... .................... .... ,..... .....: .... ....... .. .. :..... .. .... EBAP/FGV
Douriv:;,1l de Souza Conrvalho .................... ..... ...... .. .......... :..... ....... ....... .. ..... .... JAG/PUC-Rio
Eliseo ·nua.rte
. . Flores ... :. ... ..........................................: ... ......... .... .......... ... .. .... ... EBAP/ FGV
Fernandà· Cruz Perrone Ka.sina.r .. ........ ....... ............... :.... .. ... .......... ......... .... ... . IAG/PUC-Rio
Flavio Murilo OliveÍ~ de Gou~êa .. :...... :............... :.·. ~ . .'.. ................ ... ..; .......... EBAP/FGV
Florys F:íbia 'A. Pereira· ...... ......... ........ .... ... ...... .... ....... ..... ...... .. .... .......... ... .. .... EBAP/FGV
Geraldo. Gonçalyes Júnio!' ....... ,:...... .. : .. ... .......... .... ..... ..................... ........ .. ... .:. iAG/ PUC-Rio
Ha.seQclever Silva 1\lla.rtinelli ..... ... _. .... :.. ..... .. ....... .. .. ... _.'........ ..... .. ..... .. ... :...... ... .. EBAP/ FGV
Hélio Arthur Irigara.y ....... .. .. .. ........ ... ............ ,........... .'.......... ... ........... ::....... .. ... IAG/PUC-Rio
Isao lamamoto ... ,. .' .......... ....... ......... . .' .. .... ..... ::..... ... .... ... ... ... ....... ...... .' ....... ........ IAG/ PUC-Rio
Iva.nildo Iza.ias de Ma.cêclo .... ........ .. ...... ....... .......... .................. :.. .......... ...... .... EBAP /FGV
Jamil Moysés Filho .. ... .... .......... ...... ....... ... ... .:.... .. .. ..... ............... .... ... ......... .. ..... EBAP/ FGV
.João Paulo Vieira Tinoco :............ .:.............. .'........... ... .. :······· .......... , ......... ....... IAG/ PUC-Rio
Jorge Luiz Cantarelli Sahione ...... ......... .. .:...:... .. ... ... .. :.... .. .. ..... ... .. ....... ....... .... . EBAP/ FGV
Jorge ]Vlanoel Teixe ira tarneiro ... ;... ....... ~ ... ........ ~ .............. ..... .... ... .... ......... ..... IAG/ PUC-Rio
José Mauro Bita.relli Martins ........ :: ... .... :... ... ..:.. ....... ..... ... .. ......... .................... EBAP!FGV
Lenise Vasconcelos Loureiro .. ......,.... ... .... ...... ... ..... ...... ..... .... .... .. ... ............ .... . IAG/ PUC-Rio
Letícia. Silva. ele Oliveira Freitas .. .... ...... ............ .. .... ........ .... :-........ .. ...... .......... . EBAP / FGV
Luis Alexandre Grubits ele Pa~;tl::t ~essoa ............. .. .. .......... ... .... ........ ... ... ........ IAG/ PUC-Rio
Luis Felipe Chateaubria.ncl Ba.racho Fene~rinha. Amador .. .... ..... :...... ............ EBAP/FGV
Marcelo Pomeraniec Carpilovsky ................... ... ......................................... ... IAG/PUC-Rio
Maria Angélica Oliveira Luqueze ............. :..... ........ ....... ....... .......... .. ... ... .... .... IAG/ PUC-Rio
.M aria Gloria. Marques S. Mata. .......................... . .. ............ .......... .... ...... ..... ... ..... . EBAP/ FGV
••
86 PROJETOS E RELATÓRIOS DE P!lSQliiSA EM i\DMINISTRAÇÃO
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·•
Ma~ia Helena Silva Costa Hentfes ............ ..... ................ :....... ...... ............. .. .. ... EBAPi FGV
Mario Couto Soares Pinto ..... :.. ... ............. ...... ............. ................... ......... ...... .. IAG/PUC-Rio
Mário Mello Mattos .. ............. .' .......... .......................................................... ~~ .. IAG/PUC-Rio
Milton Xavier de Carvalho F'nho .................................................................... EBAP/FGV
Paulo Durvàl Branco .......... ,,.,! .......................................................................
IAG/PUC-Rio
Pedro Lins Palmeira Filho ... ..::.. ......................... .. .. ., .. ......................... .. .... :.. ... IAG/PUC-Rio
Renaud Barbosa da Silva .. .'.. :.~......................... .. ...... .'.... .............. , ................... EBAP/FGV
Sady M~nteiro Júnior ...... :......(L .......... :......................................................... EBAP/FGV
Sandra de. Barros Oliveira Cut1;in! ....... .'............................ :: .. .. .·..... .. .~ ........ ...... IAG/PUC-Rio,
Sandr;:t Regina da Rocha Pinto .. .................. :.................................................. IAG/PUC-Rio
Ursula Wetzel Brandão dos :S:intos .... ...... .... :.. ........ ...... ... .. ....... .. .................. . IAG/PUC-Rio
Vera Lúcia de Almeida Corrêa .. . ~.............................................. .".'................... EBAP/FGV
Yara Consuelo Cintra .......... .... ·.............. .................... ,............... ................ ..., ... IAG/PUC-Rio
Walter Facó Bezerra ......... ... ..........., .......................: ........... :............................ EBAP/FGV
Washington Pinto da Silva: ... : .... .... :.. ........ .. ... ......... :... , .... :.. .... :....................... IAG/PUC-Rio
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