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Beatriz Balbino
Geovanna Antunes
Jamile Garibe
Luisa Fernandes
Maria Fernanda Doniani
Nataly Ammar
Rafaela Diniz
Raffaella Ferreira
Sofia Picolo
“Cidade de Deus”
São Paulo
2022
Beatriz Balbino - 32088043
Geovanna Antunes - 32089546
Jamile Garibe - 32094981
Luisa Fernandes - 32088221
Maria Fernanda Doniani - 32094493
Nataly Ammar - 32067331
Rafaela Diniz - 32086474
Raffaella Ferreira - 32071191
Sofia Picolo - 32087136
São Paulo
2022
Sumário
1. Introdução 4
2. Histórico de vida e histórico do sofrimento psíquico e descrição psicodinâmica 4
3. Hipótese sobre os fatores desencadeadores do sofrimento psíquico 6
4. Conflito atual 7
5. Hipótese Diagnóstica 7
5.1 Diagnóstico categórico (DSM-V) 7
5.2 Diagnóstico psicodinâmico 9
5.3 Articulação teórica psicodinâmica 11
5.4 Diagnóstico diferencial 11
6. Referências bibliográficas 13
1. Introdução
O trabalho em questão visa a análise da personagem Zé Pequeno, do filme clássico
brasileiro "Cidade de Deus" (2002). A obra é narrada a partir da voz de Buscapé, um jovem
preto e periférico que é apaixonado por fotografia. A trama se passa na Cidade de Deus, favela
carioca conhecida por ser um dos locais mais violentos do Rio de Janeiro, afastada da capital,
um lugar sem luz, sem asfalto e “onde não chega cartão postal”. As histórias das personagens
vão sendo contadas enquanto a realidade dos moradores da favela é mostrada, em um contexto
de violência, pobreza e crime. O protagonista apresenta sua paixão por fotografia e demonstra
o modo como seu talento o tirou do mundo em que estava inserido, iniciando uma carreira de
fotógrafo no jornal. Nessa comunidade, Zé Pequeno é uma figura de destaque por impor medo
e respeito nos moradores a partir da violência e criminalidade.
4. Conflito atual
As relações de Zé se mostram frágeis, afinal ele não tem nada para oferecer ao outro,
que não seja superficial. Todas as suas relações são permeadas pelo poder soberano que o
mesmo busca exercer sob todos a sua volta. Tal atitude se torna uma maneira de mascarar a
sensação de vazio interno vivido pela personagem. Existe uma necessidade de grandeza e
reconhecimento, suas habilidades sociais são restritas pela autoridade.
Zé Pequeno viveu um recorte precário e violento da realidade brasileira, foi abandonado
pelo âmbito familiar e social, e desvalorizado em sua infância, e carrega sequelas do descaso
que viveu, que configuram o conflito atual experimentado por ele.
5. Hipótese Diagnóstica
Existe um desejo por conexão nas relações para o narcisista maligno, porém, essas
relações são muito frágeis devido ao sentimento de falta do que oferecer que o próprio
indivíduo sente. Configura-se então, um conflito que consiste na vontade de se relacionar, mas
com a necessidade de ser admirado completamente. A narrativa de grandiosidade alivia e
mascara o vazio. Já na perversão de personalidade antissocial não existe preocupação nenhuma
com o outro, nem mesmo conflitos entre o desejo de se conectar e a agressividade humana.
6. Referências bibliográficas
CIDADE DE DEUS. Direção: Fernando Meirelles e Kátia Lund. Produção: Andrea Barata
Ribeiro e Maurício Andrade Ramos. Brasil: O2 Filmes, Globo Filmes e Videofilmes, 2002.
EY, Henry; BERNARD, Paul; BRISSET, Charles. Manual de psiquiatria. In: Manual de
psiquiatria. 1981. p. 1257-1257.
FREUD, Sigmund. O futuro de uma ilusão: O mal-estar na civilização e outros trabalhos. In:
O futuro de uma ilusão: o mal-estar na civilização e outros trabalhos. 1931. p. 324-324.
WINNICOTT, Donald Woods. Privação e Delinquência. São Paulo: Martins Fontes, 1987.