Um estudo descobriu um canal de magma quente que flui horizontalmente abaixo da Turquia, permitindo vulcões no interior longe dos limites tectónicos. Análises geoquímicas e sísmicas mostraram que o magma vem do Rifte da África Oriental e demorou cerca de 11 milhões de anos para chegar à Turquia, viajando a 24 cm/ano. Esta descoberta obriga os cientistas a repensar como o material vulcânico pode viajar longas distâncias em canais estreitos.
Um estudo descobriu um canal de magma quente que flui horizontalmente abaixo da Turquia, permitindo vulcões no interior longe dos limites tectónicos. Análises geoquímicas e sísmicas mostraram que o magma vem do Rifte da África Oriental e demorou cerca de 11 milhões de anos para chegar à Turquia, viajando a 24 cm/ano. Esta descoberta obriga os cientistas a repensar como o material vulcânico pode viajar longas distâncias em canais estreitos.
Um estudo descobriu um canal de magma quente que flui horizontalmente abaixo da Turquia, permitindo vulcões no interior longe dos limites tectónicos. Análises geoquímicas e sísmicas mostraram que o magma vem do Rifte da África Oriental e demorou cerca de 11 milhões de anos para chegar à Turquia, viajando a 24 cm/ano. Esta descoberta obriga os cientistas a repensar como o material vulcânico pode viajar longas distâncias em canais estreitos.
JOHN WREFORD, SOPA IMAGES / LIGHTROCKET / GETTY IMAGES
Kemeny, Richard; National
Geographic;“ A surpreendente origem dos vulcões na Turquia”
A Turquia localiza-se na placa Anatólia, circundada por outras 3 placas maiores,
sendo uma das zonas mais sísmicas do planeta, mas existe algo especial nesta zona, vulcões no interior, longe dos limites tectónicos onde é usual acontecer. Uma equipa de investigadores pensa ter encontrado a razão para tal fenómeno. Descobriram a partir de pistas sísmicas e geoquímicas, através da análise de 117 amostras basálticas, evidências de um canal de rocha fundida, que flui horizontalmente imediatamente de baixo da placa anatólica. Concluíram que este magma é mais quente e move-se mais depressa, permitindo manter-se mais perto da superfície, promovendo o vulcanismo. Localizou-se a origem deste fluido a partir da análise de isótopos químicos e descobriu-se que oriunda do Rifte da África Oriental, que impulsiona o canal de magma horizontal, sem arrefecer enquanto viaja sob a crosta, mas que para manter este calor deve viajar cerca de 24 centímetros por ano, significando que demorou pouco menos de 11 milhões a chegar à Anatólia. Como ao certo o canal apareceu ainda não se sabe, mas poderá ser explorado em trabalhos futuros. Esta descoberta está ainda a obrigar os cientistas a repensar até quão longe o material de uma coluna ascende e consegue desencadear erupções vulcânicas. Pensa-se que as plumas irradiem como um disco quando alcançam a superfície, no entanto este novo estudo sugere que também podem dispersar-se ao longo de estreitos canais, a uma elevada velocidade e percorrendo longas distâncias. O que poderá explicar alguma atividade vulcânica misteriosa do passado, mas também pode ser impulsionador de novos estudos de vulcanismo noutros planetas, como Vénus, que não apresenta placas tectónicas, mas apresenta alguma atividade semelhante à das plumas. Teresa Oliveira 10B