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MAIS UM REC DE QUIMICA SAINDO????

Funções Inorgânicas – Ácidos, Bases, Sais e Óxidos


Primeiramente, aprendamos o Número de Oxidação (NOX), utilizado para designar nomenclaturas:
NOX é a carga (seja negativa, seja positiva) que um elemento assume ao realizar uma ligação química, seja ela qual for
(covalente, iônica e metálica). Exemplos: NOX da água (H2O): O oxigênio realizou uma ligação covalente com cada átomo de
hidrogênio, ficando com a carga -2, já cada hidrogênio ficará com carga +1, porque o oxigênio é o mais eletronegativo na ligação.
NOX do CO2: cada oxigênio realiza duas ligações com o carbono, ficando cada um com um NOX de -2 e o carbono com carga +4 (o
oxigênio é mais eletronegativo que o carbono, então “puxa” mais os elétrons)
REGRAS PARA CÁLCULOS DE NOX!!!
 Regra 1: O NOX do hidrogênio sempre será +1, exceto se for um hidreto (substâncias nas quais o hidrogênio é o mais
eletronegativo), já que o H vai puxar o elétron do outro elemento, e ficando com carga -1. Exemplo: NaH (Na: +1, H: -1).
 Regra 2: O NOX do oxigênio sempre será -2. Exceções: se for um peróxido (fórmula geral: E2O2, sendo E qualquer
elemento e O² o oxigênio duas vezes, exemplo: H2O2. O NOX do O fica 1-), e se for um superóxido (fórmula geral E2O4,
sendo E qualquer elemento e O4 o oxigênio 4 vezes). Exemplos: Li2O4. O NOX do O ficará -0,5.
Estrutura do peróxido: São compostos binários (dois elementos) em que o oxigênio é o mais eletronegativo, adquirindo
a estrutura: E-O-O-E. O oxigênio puxa o elétron do E, assim como o outro oxigênio puxa o elétron do outro E, em virtude
da eletronegatividade. Entretanto, a ligação entre os dois oxigênios acaba sendo apolar, já que os dois puxam na mesma
força, sendo chamada de “ligação covalente apolar”. Portanto, como somente houve um oxigênio puxando um elétron
de um elemento e outro oxigênio puxando outro elétron de um elemento, o NOX do oxigênio fica -1, já que houve
literalmente um par compartilhado entre os dois oxigênios.
Estrutura do superóxido: São compostos binários (dois elementos) em que o oxigênio é o mais eletronegativo, adquirindo
a estrutura: E-O-O-O-O-E. Os dois oxigênios “da ponta” puxam elétron do E, adquirindo NOX de -1, entretanto, para
calcular o NOX do oxigênio da estrutura toda, deve-se realizar uma média entre todos os NOX do elemento, portanto
fica: (-1 - 1 + 0 + 0)/4 (os dois oxigênios do meio ficam com NOX 0 já que só realizou ligação apolar), resultando em NOX
= -0,5.
 Regra 3: Serve para os elementos representativos. Grupo par = NOX par, grupo ímpar = NOX ímpar (no geral).
FAMÍLIAS: 1A 2A 3A 4A 5A 6A 7A
NOX: +1 +2 +1* +2, -2 +1, -1 +2, -2 +1, -1
NOX: +3 +4, -4 +3, -3 +4, -4 +3, -3
+5, -5 +6, -6 +5, -5
+7, -7
* Ocorre pelo efeito do par inerte, observado em átomos pesados.

 Regra 4: Sempre que houver substância simples (formada somente por um elemento) seu NOX será O. Exemplos: H²,
O², N³, Fe. Logicamente a regra deixa de existir caso se trate de um íon.
 Regra 5: A soma dos NOX dos constituintes será igual a carga do respectivo composto. Exemplos: CO² (sabe-se que a
carga do O será -2 pela regra 2, portanto, 2*(-2) = -4, e, como a carga do composto é 0, então a carga do carbono precisa
ser +4 para anulá-la), H²SO4 (o NOX do oxigênio é -2, pela regra 2, e o NOX do hidrogênio é +1, pela regra 1, portanto:
2*1 = 2 (os 2 hidrogênios), 4*(-2) = -8 (os 4 oxigênios). Como a carga do composto é 0, o NOX do enxofre precisa ser +6
para anular a carga: 2 + 6 – 8 = 0) e CO32- (o NOX do oxigênio é 2- pela regra 2, portanto, por serem três oxigênios, eles
possuem, ao todo, carga = -6. Qual o NOX do carbono para que resulte em -2? Precisa ser +4, porque ai fica: -6 + 4 = -2).
EXTRA: NOX DOS ELEMENTOS DE TRANSIÇÃO (decorar mesmo): Cu -> +1 (cuproso)/+2 (cúprico), Au -> +1 (auroso)/ +3
(áurico), Co -> +2/ +3, Zn -> +2, Ag -> +1, Ni -> +2/ +3, Mn (principais) -> +2/ +4/ +7, Sn -> +2 (estanoso)/ +4 (estânico), Pb
-> +2 (plumboso)/ +4 (plúmbico), Pt -> +2/ +4, Fe -> +2/ +3, Cr -> +2/ +3.

IONIZAÇÃO: COMPOSTOS COVALENTES

DISSOCIAÇÃO: COMPOSTOS IÔNICOS


FUNÇÕES INORGÂNICAS: ÁCIDOS – OS MAIS IMPORTANTES! (sem menosprezar os outros né)
Conceito de Arrhenius: são espécies químicas que liberam H+ em solução aquosa. Esses íons são chamados de
hidrônio. A liberação desses íons é chamada de ionização. Representação: HCl(aq) -> H+(aq) e Cl-(aq). De outra forma,
poderia representar por: HCl(aq) + H2O(l) -> H3O+(aq) e Cl-(aq). H³O é outra forma de escrever o íon hidrônio. Em
virtude dessa ionização, liberando íons hidrônios, fica com ph < 7.
Classificação dos ácidos:
1) Quanto à presença de oxigênio: Hidrácidos: são os ácidos sem oxigênio. Exemplos: HCl, HBr, HI, HF, HCN, H2S.
Oxiácidos: são os ácidos com oxigênio. Exemplos: H2SO4, HNO3, H2CO3, H2SO3.
2) Quanto à quantidade de íons H+: 1 íon H+: Monoácido ou monoprótico (HCl), 2 íons H+: Diácido ou diprótico
(H2SO4), 3 íons H+: Triácido ou triprótico (H3PO4) e 4 íons H+: Tetrácido ou tetraprótico (H4P2O7). Outra classificação é
que quando o ácido possui mais de um íon H+ eles podem sofrer mais de uma ionização, chamados de poliácidos.
3) Quanto à força dos ácidos: seria a facilidade de se ionizar, isto é, de liberar íon H+ em fase aquosa.
3.1) Hidrácidos: Fortes: HI > HBr > HCl. Moderado: HF (em virtude da diferença de eletronegatividade, eles são difíceis
de se separar, mas é MUITO corrosivo, não podendo ser armazenado em vidro!). Fracos: H2S, HCN, HNC. (decoreba)
3.2) Oxiácidos: Esse faz mais sentido. Calcula-se a diferença entre a quantidade de oxigênio e de hidrogênio do ácido.
Se resultar em um número maior/igual a dois, é um ácido forte. Se resultar em um número menor/igual a um, é fraco.
Isso acontece porque, quando se tem mais oxigênio do que hidrogênio no composto, esses oxigênios se tornam grupos
muito “eletroatratores” (atraem muitos elétrons), fazendo com que enfraqueça as ligações dos hidrogênios ionizáveis
com os respectivos oxigênios (no caso os hidrogênios ionizáveis sempre estão ligados a oxigênios). Já que os oxigênios
estão ligados somente ao átomo central do composto, facilita a liberar íon H+ na solução aquosa. Exemplos: Fortes:
HNO3 (3-1 = 2), HClO4 (4-1 = 3). Fracos: H2CO3 (3-2=1), HBrO2 (2-1=1).
3.3) Valor de KA (constante de acidez): Quanto maior for o KA, maior será a força ácida do composto (como calcular
eu não entendi nada, se quiserem pesquisar ai se sintam a vontade, mas acho que usa até logaritmo).
3.4) Grau de ionização: definido pela quantidade de moléculas que se ionizarão, medida em porcentagem. Se o valor
for < 5%, o ácido é fraco. Se for 5% < x < 50%, o ácido é moderado. Se for x > 50%, o ácido é forte.
Nomenclatura dos ácidos:
1) Hidrácidos: é bem fácil. Basicamente o nome é: (ácido) + parte do elemento formador (logicamente o hidrogênio
não entra) + ídrico. Exemplos: HCl = ácido clorídrico, H2S = ácido sulfídrico, HBr = ácido bromídrico, HNC = ácido
isocianídrico, HF = ácido fluorídrico, HI = ácido iodídrico, HCN = ácido cianídrico (o nome do composto “CN” é cianeto)
2) Oxiácidos: relacionado com o NOX do átomo central. Basicamente o nome é: (ácido) + prefiro (hipo/per, só aparece
em alguns casos) + parte do átomo central + sufixo (ico -> NOX alto/oso -> NOX baixo).
RELAÇÃO NOX/PREFIRO E SUFIXO
FAMÍLIAS 3A 4A 5A 6A 7A
PREFIXO +1 -> HIPO +2 -> HIPO +1 -> HIPO, +7 -> PER
SUFIXO +1 -> OSO +2 -> OSO +1, +3 -> OSO +2, +4 -> OSO +1, +3 -> OSO
+3 -> ICO +4 -> ICO +5 -> ICO +6 -> ICO +5, +7 -> ICO
* O NOX sempre será positivo porque o O sempre será o mais eletronegativo.
* Os prefixos servem para diferenciar quando há dois sufixos iguais (acontecem, portanto, nas famílias 5A, 6A, 7A). O hipo vem quando há dois
NOX com sufixo OSO, sendo que o menor receberá hipo. O per vem quando há dois NOX com sufixo ICO, sendo que o maior receberá per.
Exemplos:
H3PO4 -> NOX = +5, portanto ácido FOSFÓRICO, HClO4 -> NOX = +7, portanto ácido PERCLÓRICO, HClO3 -> NOX = +5,
portanto ácido CLÓRICO, HClO2 -> NOX = +3, portanto ácido CLOROSO, HClO -> NOX = +1, portanto ácido
HIPOCLOROSO, HBrO4 -> NOX = +7, portanto ácido PERBRÔMICO, HBrO -> NOX = +1, portanto ácido HIPOBROMOSO
HIO4 -> NOX = +7, portanto ácido PERIÓDICO, HNO2 -> NOX = +3, portanto ácido NITROSO

FUNÇÕES INORGÂNICAS: BASES


Conceito de Arrhenius: são compostos que liberam íons OH- em soluções aquosas. O íon pode ser chamado de
hidroxila, hidroxila ou oxidrila. Exemplos: NaOH -> Na+ + OH-, Ca(OH)2 -> Ca2+ + 2OH-
Classificações das bases:
1) Quanto ao número de OH-: Uma hidroxila: monobase (NaOH), duas hidroxilas: dibase (Ca(OH)2), três hidroxilas:
tribase (Fe(OH)3) e quatro hidroxilas: tetrabase (Pb(OH)4). E se houver mais de uma hidroxila pode chamar de polibase.
2) Força das bases: facilidade de liberar íons hidroxilas. Fortes: todas as bases com elementos da família 1A e 2A, com
exceção do Mg(OH)2 e Be(OH)2. Exemplos = NaOH, LiOH, KOH, Ca(OH)2. Essas exceções acontecem porque esses dois
elementos são muito eletronegativos em comparação com os demais elementos da família 1A e 2A e, portanto, não
possuem facilidade em liberar íons hidroxila. Agora, tudo que sobrou é base fraca. Exemplos: Fe(OH)2, Cu(OH)2.
Nomenclatura das bases:
1) Elementos que possuem um NOX possível: Seguem: Hidróxido de + nome do elemento formador. Exemplos: NaOH
(hidróxido de sódio), LiOH (hidróxido de lítio), AgOH (hidróxido de prata) e Zn(OH)2 (hidróxido de zinco)
2) Elementos que possuem mais de um NOX possível:
2.1) Pode deixar EXPLÍCITO no nome: Hidróxido de + nome do elemento formador + NOX em algarismo romano.
Exemplos: Fe(OH)2 (hidróxido de ferro II), Fe(OH)3 (hidróxido de ferro III), Pb(OH)2 (hidróxido de chumbo II), Pb(OH)4
(hidróxido de chumbo IV), Cu(OH)2 (hidróxido de cobre II) e CuOH (hidróxido de cobre I)
2.2) Pode deixar IMPLÍCITO no nome: Hidróxido + parte do elemento formador + sufixo ico (maior NOX) ou oso (menor
NOX). Exemplos: Fe(OH)2 (Hidróxido ferroso), Fe(OH)3 (hidróxido férrico), Pb(OH)2 (hidróxido plumboso), Pb(OH)4
(hidróxido plúmbico), Cu(OH)2 (hidróxido cúprico) e CuOH (hidróxido cuproso).

REAÇÕES DE NEUTRALIZAÇÃO ENTRE ÁCIDOS E BASES – FORMAÇÃO DOS SAIS


Reação de neutralização: são reações ocorridas entre um ácido e uma base que forma um SAL (sendo que o cátion da
base se liga ao ânion do ácido, chamado de “dupla troca”) e ÁGUA (formada pelo cátion do ácido + ânion da base).
Exemplo: HCl + NaOH -> NaCl + H2O (o Cl do ácido se liga ao Na da base e o H do ácido se liga ao OH da base).
Classificações das neutralizações:
1) Neutralizações totais: não sobra nada! O número de H+ e de OH- são iguais, portanto, não precisa ficar um deles no
sal, gerando um sal neutro. Exemplos: NaCl, KBr, Al2(SO4)3
2) Neutralizações parciais: sobra íon hidrônio ou íon hidroxila. Se sobrar íon hidrônio (H+) será chamado de
“hidrogenossal” ou “sal ácido”, como é o caso do NaHCO3 (bicarbonato de sódio). Já, se sobrar íon hidroxila (OH-), será
chamado de “hidroxissal” ou “sal básico”, como é o caso do Ca(OH)Cl.
De modo resumido, o sal é basicamente o que
* O mais comum é de neutralização total.
sobrou da neutralização (depois da água)
Equações de neutralizações (totais):
A geometria está Aqui no cantinho mesmo p/
desse jeito para economizar. Reações de
FINS DIDÁTICOS, neutralização parcial com sal
para FACILITAR a ácido:
visualização da
REAÇÃO!
E se o número de íon H+ não for igual ao número de íon OH-?? Balanceia! Exemplos:
O exercício
vai te
informar se
a
neutralizaçã Segue a mesma lógica, forma
o é total ou a água e o que sobrar vira sal.
não. Reações com sal básico:
NOMENCLATURA DOS SAIS!!!!
Primeiro vem o nome do ÂNION e depois o do CÁTION: Nome do ânion vindo do ácido de origem (depende do ácido!)
+ nome do cátion vindo da base de origem (mesmo nome que o cátion tinha na base). Tabelinha de sufixo do ânion:
TERMINAÇÃO DO ÁCIDO TERMINAÇÃO DO ÂNION DO SAL
* Hidrácido: ácido que não contém oxigênio.
-ídrico (hidrácido)* -eto
-oso (oxiácido)* -ito * Oxiácido: ácido que contém oxigênio.
-ico (oxiácido)* -ato
Basicamente: se não tiver oxigênio no ácido de origem, -eto. Se tiver, analisa o NOX do ácido, oso = -ito, ico = -ato.
Uma observação é que, se o ácido possuir prefixo per/hipo, ele se mantém no sal.
Exemplo 1: NaCl -> Veio de NaOH + HCl. O nome do cátion (Na) se mantém, e analisamos o ânion (Cl). Já que veio de
um ácido SEM oxigênio (terminação –ídrico), o sal possuíra a terminação –eto. Portanto, clorETO de sódio.
Exemplo 2: K2SO4 -> Tem oxigênio, então faz o NOX. Obteve-se o NOX = 6, então só pode ser ácido sulfúrICO. Olhando
a tabela, vê que, se o oxiácido terminou em –ico, virará –ato. Portanto, sulfATO de potássio.
Exemplo 3: CaCO3 -> Tem oxigênio, então faz o NOX. Obteve-se que o NOX = 4, então só pode ter vindo do ácido
carbônICO. Olhando a tabela, terminação –ico vira –ato. Portanto, carbonATO de cálcio. Na letra D, um passarinho disse que
Agora um deverzinho né, já dei muito exemplo. Faça esse ai, tem resposta no final. halogênio à direita vale sempre -1.

a) ZnCl2 -> c) Fe(NO3)3 ->

b) PbSO3 -> d) NiBr2 ->

Respostas: cloreto de zinco, sulfito de chumbo II ou sulfito plumboso, nitrato de ferro III ou nitrato férrico e brometo de níquel II ou brometo niqueloso.
Mais exemplos:

Se houver íon hidrônio/íon hidroxila no sal:

-Com íon hidrônio: Exemplo: KHSO4: Bissulfato de potássio, hidrogenossulfato


de potássio ou sulfato ácido de potássio. NaHCO3: Bicarbonato de sódio,
hidrogenocarbonato de sódio ou carbonato ácido de sódio.

-Com íon hidroxila: Exemplo: Ca(OH)Cl: Hidroxicloreto de cálcio, cloreto básico


de cálcio.

Sais hidratados: os sais normalmente não possuem ÁGUA na fórmula e são chamados de sais anidros. Entretanto, em
alguns casos, aparecem sais com água os envolvendo, chamados de sais HIDRATADOS. Exemplo: CuSO4 . 10 H2O. O
nome do sal se mantém, então fica Sulfato de Cobre II, e adiciona a parte da água, ficando Sulfato de Cobre II deca-
hidratado (prefixo de 10 é deca). Outro exemplo é NaCl . 5 H2O. O nome do sal se mantém, então cloreto de sódio, e
adiciona a parte da água, ficando Cloreto de sódio penta-hidratado (prefixo de 5 é penta).
*A massa molar desses compostos fica como deveria ser mesmo. No primeiro exemplo, pegaria a massa do sulfato de cobre II e
somaria com 10 vezes a massa da água, e no segundo pegaria a massa do NaCl e somava com 5 massas da água.

FUNÇÕES INORGÂNICAS – ÓXIDOS (a última graças a deus)


Óxidos: são compostos binários, em que o oxigênio é o MAIS eletronegativo. Então, não existe óxido entre O e F.
Forma geral: ExOy, em que E = elemento formador/caracterizador, X = índice do elemento formador, O = oxigênio e y
= índice do oxigênio. Exemplos = CO2, H2O, CO, H2O2, SO3 e N2O5.
Caracterizações dos óxidos:

1) Classificação geral:
1.1) Óxidos covalentes: óxidos formados por ametal + oxigênio. Exemplos: CO2, H2O, CO.
1.2) Óxidos iônicos: óxidos formados por metal + oxigênio. Exemplos: Na2O, CaO, Fe2O3.
2) Tipos de óxidos: (são muitos, nem sei para que tem tantos)
2.1) Ácidos ou anidridos: são derivados de oxiácidos. Teoricamente eles sofrem desidratação. Em termos fáceis, você
pega um ácido e subtrai água dele. H2SO4 – H2O = (o hidrogênio se anula e retira um oxigênio, sobrando SO3) SO3. Vale
lembrar também que o NOX do ametal vai ser +4, +5 ou +6. Repare nos exemplos que isso vai ser aplicado: CO2 (NOX
= +4), SO3 (NOX = +6), SO2 (NOX = +4), N2O5 (NOX = +5). Esses óxidos se comportam como ácido, então sempre que se
reagirem com água formarão um ÁCIDO, como é o caso do CO2 + H2O, formando H2CO3, da chuva ácida (ph < 5,5).
Quando se emite muitos óxidos ácidos, a chuva que já é ácida fica mais ainda, uma vez que reage com a água, formando
o ácido e causando prejuízos em diversas áreas. Outra característica desse grupo é que, quando reage com uma base,
forma um sal e água. Exemplo do SO3 + Ca(OH)2, que forma CaSO4 + H2O. Também ocorre formação de sal se reagir
um anidrido (óxido ácido) com um óxido básico (será visto jaja, queta ai): SO2 + MgO -> MgSO3 (NÃO forma água).
2.2) Básicos: formados normalmente por elementos da família 1A ou 2A, isto é, um óxido iônico com NOX = +1 ou +2.
Assim como os anidridos, possuem comportamento básico e se reagirem com água formarão uma BASE: CaO + H2O -
> Ca(OH)2. Seguindo a lógica, se pegar um óxido básico e reagir com um ácido, formará um SAL + ÁGUA: MgO + H2SO4
-> MgSO4 + H2O. E lembra que se um óxido ácido reagir com um básico forma um sal (somente sal)? Logicamente isso
vai se aplicar aqui né, mas vou pegar outro exemplo porque é muita cara de pau: Na2O + CO2 -> Na2CO3. Bom... agora
falemos sobre o que cai. A chuva ácida causa prejuízos no solo, já que deixa o solo ácido (jura?). Então, para corrigir
isso, é necessário adicionar um óxido BÁSICO para corrigir (aumentar) o ph do solo, processo conhecido como
CALAGEM (chamado assim porque usa a cal normalmente). Existem duas, a cal virgem (que é somente o óxido de
cálcio, portanto CaO) e a cal hidratada (que hidratou ela, colocando água obviamente, formando Ca(OH)2).
2.3) Anfóteros: são óxidos no meio do caminho, comportam-se tanto como ácidos quanto como básicos (dependem
do caráter do meio). Exemplo completinho do ZnO: se ele se reagir com o NaOH (reação: ZnO + 2NaOH) forma um sal
um tanto quanto estranho: Na2ZnO2, e mais a água. Porém, se ele se reagir com o HCl (reação: ZnO + 2HCl) forma o
sal ZnCl2 e mais a água. Vê que na primeira ele se comportou como um ácido, mas na segunda se comportou como
uma base. Essa doideira toda se chama anfoterismo. Outros óxidos anfóteros são: Al2O3 e Cr2O5.
2.4) Neutros: não reagem com a água! São 4: H2O (jura?), NO, CO e N2O. Achei a frase “água no convi’n’te” na internet
para decorar mas achei bem besta, as vezes ajuda em algo ai. Características de cada um: o NO é formado em
tempestades de muitos raios, participando do processo de formação do radical livre (acho que é elétron doido que
saiu, mas não entendi muito não) e do ciclo do nitrogênio. Já o CO é extremamente tóxico e pode matar por asfixia,
formando o carboxihemoglobina. Isso acontece, por exemplo, quando faz uma fogueira no quarto para se aquecer e
acabam morrendo asfixiados pelo CO. Esse óxido é produto de uma combustão incompleta, proveniente da queima
de hidrocarbonetos. O último é o N2O, caracterizado pelo seu caráter anestésico (o famoso “gás do riso”, utilizado
muito na odontologia, e ele também potencializa a combustão.
2.5) Mistos (duplos ou salinos): eles são formados por dois óxidos diferentes com os mesmos elementos químicos,
possuindo a estrutura: E3O4 e o NOX do elemento formador = 8/3 (lembra que o NOX é a média). Exemplo: Fe3O4 ->
Fe2O3 + FeO. Exemplificando que o NOX será 8/3, observe que o NOX do Fe no Fe2O3 é +3, e no FeO é +2. Faz a média:
(2*3 + 1*2)/3 = 8/3. Isso funciona em todos os óxidos mistos! Exemplo do Pb3O4 -> PbO2 + PbO. Como vê, tá faltando
um O e um Pb, então se utiliza dois mols de PbO. NOX do 1º Pb = +4 e do 2º = +2. Média = (1*4 + 2*2)/3 = 8/3.
2.6) Peróxidos: já expliquei, vai ao resumo de NOX que tem lá. Extra: aplicação do H2O2: possui ação bactericida pela
enzima catalase, que decompõe em H2O e O2, matando bactéria anaeróbias.
2.7) Superóxidos: já expliquei, vai ao resumo de NOX que tem lá. Extra: K2O4, utilizado nas máscaras dos bombeiros,
já que ele neutraliza o CO2 (formando K2CO3) e ainda produz 3/2 de O2.
Nomenclatura dos óxidos:
1) Óxido covalente: Segue a estrutura: Prefixo (quantidade de oxigênio do óxido: mono, di, tri, tetr...) + óxido de +
Prefixo (quantidade do elemento formador: mono (omitido), di, tri, tetr...) + nome do elemento formador. Exemplos:
SO3 -> trióxido de enxofre, N2O -> monóxido de dinitrogênio (ou óxido nitroso), N2O5 -> pentóxido de dinitrogênio.
2) Óxido iônico:
2.1) Elemento formador com 1 NOX: como só tem uma possibilidade, não usa prefixo: Óxido de + Nome do elemento
formador. K2O -> óxido de potássio, Al2O3 -> óxido de alumínio, Na2O -> óxido de sódio, ZnO -> óxido de zinco.
2.2) Elemento formador com mais de um NOX: deixa NOX explícito em algarismo romano (fica óxido de + nome do
elemento formador + NOX) ou deixa-o implícito em forma de sufixo, sendo –ico para o maior NOX e –oso para o menor
NOX. Exemplos: CuO: óxido de cobre II ou óxido cúprico (NOX = +2), PbO: óxido de chumbo II ou óxido plumboso (NOX
= +2), SnO: óxido de estanho II ou óxido estanoso (NOX = +2) e Fe2O3: óxido de ferro III ou óxido férrico (NOX = +3).

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