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Em clima de muita nostalgia e para falar de música, chamamos dois DJs que marcaram a
época, o DJ Shampoo e o DJ Poeck. Além deles, a jornalista Ana Laura Cartaxo e a advogada Publicidade
Mayara Utiyama para compartilhar relatos de como era fazer parte do público.
Roblêdo Borges, mais conhecido como DJ Shampoo, conta que possui uma carreira há 28
anos. Ele começou a tocar nas festas junto ao DJ Poeck, amigo de infância de Shampoo. O
interesse do profissional surgiu devido ao amor pela música e os bons eventos que ocorriam
em Brasília. Os dois se aventuravam em meio ao agito da cidade e lembram que, na época, o
público aproveitava os lazeres noturnos da capital para dançar, conhecer novas pessoas e
frequentar as boates pra ouvir algum artista.
Já Poeck assume que, aos poucos, se apaixonou pelas noitadas ao acompanhar os DJs mais
experientes na área e que, antes de tocar em lugares como Fashion Club e Farol, começou a
tocar em eventos com Shampoo para atrair o pessoal e arrecadar fundos para adquirir novos
equipamentos.
Com quase duas décadas de experiência na profissão, ambos relembraram a ansiedade que
se espalhou pela região do plano piloto com a inauguração, quase que simultânea, da Fashion
Club e do Café Cancun, localizados no Liberty Mall; do Basic Club e Sétima Arte Café, na 413
da Asa Sul; do Dom Taco Café, na 309 Sul e do Dom Taco Fiesta e Farol, no Píer 21.
As festividades começavam com um bar durante o dia e abriam as boates pela noite, onde
grandes artistas eram trazidos como atração. Com isso, o Distrito Federal chegou a ser
referência em diversão noturna que, apesar de possuir um público muito exigente que gosta de
novidades a todo momento, sempre conseguiu manter a essência fortemente lembrada pela
população. E nada melhor do que saber sobre essas experiencias direto da fonte:
Ana Laura, de 36 anos, contou que era frequentadora assídua das matinês. Naquele período,
esse era o entretenimento mais badalado da cidade. Então, como os locais eram fechados e
dedicados à música, dançar como se não houvesse o amanhã era sempre o objetivo.
A jornalista também conta que fez vários amigos ao longo do tempo ao ir nessas festas e que,
inclusive, a sua melhor amiga de hoje foi um maravilhoso brinde que recebeu após as noites
no Fashion Club.
Ao ser questionada sobre as diferenças que sentiu com o passar dos anos, Ana respondeu:
“Primeiro, acho que envelheci”, brincou. Em seguida, disse que não tem mais a mesma
animação que possuía na juventude. “Hoje, prefiro programas mais tranquilos, com poucos
amigos, com o meu marido. E aí, uma vez ou outra, uma festa ou um show de algum artista
que eu goste”, completou.
Para Mayara, o sentimento de frequentar as matinês era de euforia! Ela tinha 13 anos quando
começou a ir às festas aos sábados à tarde e, assim, também descobriu o mundo da música
eletrônica. A advogada conta que os momentos antes dos eventos eram os mais divertidos.
Ela se arrumava com as amigas para ir curtir e, mesmo com o sol quente, festejava até.
Mayara também citou na entrevista a primeira vez que conseguiu sair para a noitada: “Tive que
convencer meus pais e foi um trabalhão. Quando consegui, fui cedo garantir o convite. Pensei
em uma roupa massa e fui com as amigas da época. Foi super legal, me senti uma jovem
moderna”.
Agora, fica a pergunta: e você, como se divertia nas noites de Brasília nos anos 2000?
Fonte: Júlia Marques | Visite Brasília
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