Faculdade de Tecnologia de São Paulo – FATEC-SP 1

Departamento de Edifícios
Disciplina: Estruturas I - Profº Nagib
NBR 6118 – Força Cortante

FORÇA CORTANTE – CISALHAMENTO

1 – Verificação da tensão na biela

Vsd ≤ Vrd2

(força cortante última relativa à ruína das bielas comprimidas do concreto)

Vrd2 = 0,27 αv2 . fcd . b . d

𝑓𝑐𝑘
𝛼𝑣2 = ⌈1 − ⌉ 𝑘𝑁/𝑐𝑚2
25

2 – Cálculo da armadura transversal

Vsd ≤ Vrd3 = Vc + Vsw

sendo

Vrd3 = força cortante resistente de cálculo, relativa à ruína por tração diagonal

Vc = parcela de força cortante absorvida pelo concreto

Vsw = parcela de força cortante absorvida pela armadura transversal

Considera-se Vrd3 = Vsd portanto Vsw = Vsd - Vc

𝑓𝑐𝑡𝑘,𝑖𝑛𝑓
𝑉𝑐 = 0,6 ∙ 𝑓𝑐𝑡𝑑 ∙ 𝑏 ∙ 𝑑 𝑓𝑐𝑡𝑑 =
𝛾𝑐

𝑓𝑐𝑡𝑘,𝑖𝑛𝑓 = 0,7 ∙ 𝑓𝑐𝑡𝑚

2/3
sendo { 𝑓𝑐𝑡𝑚 = 0,3 ∙ 𝑓𝑐𝑘
2/3
𝑓𝑐𝑡𝑘,𝑖𝑛𝑓 = 0,21 ∙ 𝑓𝑐𝑘
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Para γc = 1,4
2
3
0,21∙𝑓𝑐𝑘 2/3
𝑉𝑐 = 0,6 ∙ [ ] ∙ 𝑏 ∙ 𝑑 = 0,09 ∙ 𝑓𝑐𝑘 ∙ 𝑏 ∙ 𝑑 (fck em MPA)
1,4

2/3
1. Se 𝑉𝑠𝑑 ≤ 𝑉𝑐 → considerar 𝑉𝑐 = 0,09 ∙ 𝑓𝑐𝑘 ∙ 𝑏 ∙ 𝑑 (fck em MPa);
2. Se 𝑉𝑠𝑑 = 𝑉𝑟𝑑2 → redução = 0;
𝑉𝑟𝑑2−𝑉𝑠𝑑
3. Se 𝑉𝑐 < 𝑉𝑠𝑑 < 𝑉𝑟𝑑2 → 𝑉𝑐 = 𝑉𝑐 × [ ]
𝑉𝑟𝑑2−𝑉𝑐

𝜌𝑠𝑤 = taxa de armadura transversal

𝐴𝑠𝑤 𝑏 = 𝑙𝑎𝑟𝑔𝑢𝑟𝑎 𝑑𝑎 𝑣𝑖𝑔𝑎

𝜌𝑠𝑤 = {
𝑠 ∙ 𝑏 𝑠 = 𝑒𝑠𝑝𝑎ç𝑎𝑚𝑒𝑛𝑡𝑜 𝑒𝑛𝑡𝑟𝑒 𝑒𝑠𝑡𝑟𝑖𝑏𝑜𝑠

𝐴𝑠𝑤
𝑉𝑠𝑤 = [ ] ∙ 0,9 ∙ 𝑑 ∙ 𝑓𝑦𝑑 ∙ (sin 𝛼 + cos 𝛼) 𝛼 = 90°
𝑠

𝑉𝑠𝑤 = 𝜌𝑠𝑤 ∙ 𝑏 ∙ 0,9 ∙ 𝑑 ∙ 𝑓𝑦𝑑 (para aço CA-50/CA-60 → 𝑓𝑦𝑑 = 43,5 𝑘𝑁⁄ 2 )
𝑐𝑚

𝑉𝑠𝑤 1,11 ∙ 𝑉𝑠𝑤

𝜌𝑠𝑤 = =
0,9 ∙ 𝑏 ∙ 𝑑 ∙ 𝑓𝑦𝑑 𝑏. 𝑑 ∙ 𝑓𝑦𝑑

1,11 × 100 × 𝑉𝑠𝑤 111 ∙ 𝑉𝑠𝑤

𝜌𝑠𝑤 = = (%)
𝑏 ∙ 𝑑 ∙ 𝑓𝑦𝑑 𝑏 ∙ 𝑑 ∙ 𝑓𝑦𝑑

 Armadura transversal mínima

𝐴𝑠𝑤 𝑓𝑐𝑡𝑚
𝜌𝑠𝑤 = ≥ 0,2
𝑏 ∙ 𝑠 ∙ sin 𝛼 𝑓𝑦𝑤𝑘

2/3
𝑓𝑐𝑡𝑚 = 0,3 ∙ 𝑓𝑐𝑘
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Valores de ρ sw min (%) para aço CA50

C20 C25 C30 C35 C40 C50
0,0884 0,1026 0,1159 0,1284 0,1403 0,1628

3 – Força cortante relativa à taxa mínima

𝑉𝑠𝑑 𝑚𝑖𝑛 = 𝑉𝑠𝑤 𝑚𝑖𝑛 + 𝑉𝑐

𝑉𝑠𝑤 𝑚𝑖𝑛 = 𝜌𝑠𝑤 𝑚𝑖𝑛 ∙ 0,9 ∙ 𝑏 ∙ 𝑑 ∙ 𝑓𝑦𝑤𝑑

4 – Detalhamento

5 mm ≤ Øt ≤ b/10 → diâmetro do estribo

𝑉𝑠𝑑 ≤ 0,67 ∙ 𝑉𝑟𝑑2 → 𝑠𝑚𝑎𝑥 = 0,6𝑑 ≤ 30𝑐𝑚

𝐸𝑠𝑝𝑎ç𝑎𝑚𝑒𝑛𝑡𝑜 𝑒𝑛𝑡𝑟𝑒 𝑒𝑠𝑡𝑟𝑖𝑏𝑜𝑠 { } → 𝑠𝑚𝑖𝑛 = 7𝑐𝑚
𝑉𝑠𝑑 > 0,67 ∙ 𝑉𝑟𝑑2 → 𝑠𝑚𝑎𝑥 = 0,3𝑑 ≤ 20𝑐𝑚