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EVOCAÇÃO HISTÓRICA DA BATALHA DE MONTES CLAROS NO SEU 357.

º ANIVERSÁRIO

Excelentíssimas Senhoras e Excelentíssimos Senhores

Estimados Alunos em representação das escolas do Alentejo

Estamos em plena Terra Alentejana, no Terreiro do Campo da Batalha de Montes Claros, que
aqui se travou a 17 de Junho de 1665.

Faz hoje 357 anos, em que, neste local, decorreu a mais importante batalha da nossa História
de Portugal, desde a sua origem até ao momento presente.

Um exército de um poderoso invasor estrangeiro foi aqui derrotado pelas forças nacionais de
uma nação mais pequena, mas de gente valorosa que se soube unir, cerrar fileiras e combater
o inimigo invasor, com todas as suas forças, disciplina e querer.

Aqui chegaram as tropas de Trás-os-Montes, trazidas por D. Luís Álvares de Távora; a artilharia
do Conde da Ericeira; as cavalarias da Beira, do Minho e de Lisboa, vindas com Pedro Jaques de
Magalhães, Pedro César de Menezes, Diniz de Melo e Castro e Simão de Vasconcelos e Sousa;
aqui estiveram os terços do Algarve, da Beira, da Armada, de Cascais (que é a terra das minhas
gentes); aqui se lhes juntaram os nossos aliados franceses, alemães, italianos e ingleses; e na
primeira linha os valentes terços do Alentejo e os seus auxiliares.

Todas estas armas combinadas, sob o comando do Marquês de Marialva, capitão-general do


Reino, auxiliado pelo conde de Shönberg, Chefe do estado-maior, articularam-se em batalha
para enfrentarem e vencerem o exército de um império poderoso e maior que pretendia
retirar aos Portugueses, como Nação e Estado antigos, o que para eles era de primordial
importância: a sua Independência, a Soberania sobre todo o seu Território Nacional, um rei
português, aclamado em Dezembro de 1640 e legitimamente sufragado pelo povo nas cortes
de Lisboa.

A Batalha de Montes Claros, que foi dura e sangrenta, teve um papel inquestionável e decisivo
na afirmação de Portugal como Nação una e Estado independente no Mundo.

Relembrar o esforço patriótico, não só do Povo Alentejano, cujo território foi o que maiores
agruras sofreu na guerra da Aclamação, mas também de todo o Povo Português, é um dever
nacional cuja recordação esperemos que sirva de estímulo aos mais novos para que não
deixem adormecer as suas consciências, se unam para combater os tiranos e opressores,
fortaleçam o amor à Pátria Portuguesa e a honrem como fizeram aqueles que a serviram e
combateram neste terreiro na Batalha de Montes Claros.

Vivam os Portugueses

Viva Portugal

José Paulo Berger, Chefe do Gabinete de Estudos Arqueológicos da Engenharia Militar

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