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ATIVIDADE 8 – INCERTEZAS

1. Leia página 23 do Sumário Executivo do PBMC

a) Classifique os tipos de incertezas que forma mencionada no texto, de acordo com


a classificação: incerteza epistêmica, estocástica ou de fator humano (slide 27).

Primeira incerteza mencionada no PBMC: “[...] Incerteza sobre os cenários de


emissões: as emissões globais de GEE são difíceis de prever, em virtude da
complexidade de fatores socioeconômicos, como demografia, composição das fontes
de geração de energia, atividades da terra e do próprio curso de desenvolvimento
humano em termos globais.” – Classificação: Incerteza de Fator Humano.

Segunda incerteza mencionada no PBMC: “[...] Incerteza sobre a variabilidade natural


do sistema climático: os processos físicos e químicos da atmosfera global são de
natureza caótica, de forma que o clima pode ser sensível às mudanças mínimas
(variações não lineares) que são difíceis de serem mensurados, tanto nos dados
observacionais como nos resultados dos modelos.” – Classificação: Incerteza caótica.

Terceira incerteza mencionada no PBMC: “[...] Incerteza dos modelos: a capacidade


de modelar o sistema climático global é um grande desafio para a comunidade
científica, sendo fatores limitantes a representação ainda incompleta de processos
como o balanço de carbono global e regional, o papel dos aerossóis no balanço de
energia global, a representação dos ciclos biogeoquímicos e fatores antrópicos como
desmatamento e queimadas (as nuvens também são importantes fontes de incerteza
nos modelos climáticos [GT1 6]).” – Classificação: Incerteza Epistêmica.

b) Indique qual é o caminho/procedimento para quantificar ou para diminuir as


fontes de incertezas citadas no texto.

Um procedimento significativo para diminuir as fontes de incertezas citadas no texto


seria utilizar mais variáveis para testar a hipótese que está sendo trabalhada, sempre
buscando máximo de informações possíveis sobre o problema que está sendo
observado. Além disso, nas previsões probabilísticas é necessário indicar o que
sabemos e o que não sabemos sobre o problema em questão, considerando a margem
de erro e/ou o intervalo de confiança.
2. Considere a figura SEF.6 (pág.21) do Sumário Executivo do PBMC, e o texto
correspondente

a) Dê um exemplo de projeção de alta confiabilidade para mudanças na precipitação,


e um exemplo de baixa confiabilidade.

Um exemplo de projeção de alta confiabilidade para mudanças na precipitação na


figura SEF.6 está nos níveis de precipitações na Caatinga nos períodos de 2011 à 2040,
2041 à 2070 e 2071 à 2100, que apontam uma diminuição significativa de precipitação.
Em 2100 a figura mostra que os níveis de precipitação poderão chegar á pelo menos -
40% no verão (DJF) e a -50% no inverno (JJA).

Com relação ao exemplo de baixa confiabilidade para mudanças na precipitação, na


mesma figura é possível citar as previsões dos níveis de precipitação na Mata Atlântica
(NE), para os mesmo anos. De acordo com a figura, até 2100 os níveis de precipitação
podem chegar a pelo menos -30% no verão (DJF), e a -39% no inverno (JJA).

b) Todas as projeções apresentadas indicam um aumento de temperatura. Dê dois


exemplos de margens de erro de aumento de temperatura, em diferentes regiões,
épocas ou períodos.

3. Leia o Manual da Incerteza, e reformule as frases abaixo seguindo as orientações


para melhorar a comunicação de incertezas

a) “Apesar de não podemos afirmar nada com 100% de certeza, é altamente provável
que as mudanças observadas no clima são causadas principalmente por atividades
humanas”.

“Existem grandes evidências que apontam que as mudanças climáticas são resultados
de atividades humanas”.

b) “No Brasil, há poucos estudos realizados in situ sobre o nível do mar, o que
aumenta a incerteza nas projeções. Estimativas in situ encontradas na literatura são:
Recife (1946-1987): 5,4 cm/déc; Belém (1948-1987): 3,5 cm/déc; Cananeia-SP (1954-
1990): 4,0 cm/déc; Santos-SP (1944-1989): 1,1 cm/déc. A tendência de aumento do
nível do mar na costa brasileira é corroborada por dados de satélite, medidas in situ
e resultados de modelos.”

“No Brasil o aumento do nível do mar na costa brasileira vai aumentar. Nos munícipios
de Recife (entre 1946 a 1987), Belém (entre 1948 a 1987), Cananeia (entre 1954 a
1992) e Santos (entre 1944 a 1989), os níveis do mar aumentarão (em cm/década)
pelo menos 5,4; 3,5; 4,0 e 1,1; respectivamente. Sendo que esta tendência pode ter
uma melhor projeção se forem aderidas mais medidas in situ, dados de satélites e
resultados de modelos”.

c) “Há probabilidade de 80% de que o número de eventos extremos de precipitação


em São Paulo aumente, mas os impactos sobre a cidade não podem ser claramente
determinados, pois dependem de possíveis medidas de prevenção a serem adotadas
pelo poder público.”

“Os eventos extremos de níveis de precipitação em São Paulo podem aumentar em


pelo menos 80%. Com isto, para determinar da melhor maneira possível os impactos
que poderão ocorrer na cidade, será necessária a adoção de medidas de prevenção
pelo poder público.”

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