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DADOS DO ALUNO

Nome: Esther de Abreu Machado

RU: 3331398 Polo: Tubarão – Santa Catarina

O direito à moradia

Em 1948, com a Declaração Universal dos Direitos Humanos, o acesso à moradia


se tornou um direito humano. Entretanto, especificamente nas épocas mais frias
do ano, há a elaboração de diversas campanhas para pessoas desabrigadas,
havendo assim, uma contradição com o documento histórico. Muito se fala do
sistema capitalista e sua ideia de propriedade privada, onde impera o ponto de
que alguns possuem renda maior que uma porcentagem exuberante da população
mundial, um sistema que prioriza o lucro e ignora o coletivo. Dentro desta
sociedade do capital que acumula muito e também explora, por que não há uma
preocupação em garantir este direito e abrigar essas pessoas?

De acordo com o documentário, a humanidade passou por diversas eras, e em


cada uma delas o conceito de direito foi diferente. Na antiguidade, Ciro, O grande,
decidiu que as pessoas tinham o direito de escolher suas religiões, liberdade para
os escravos, servindo de exemplo para outros povos. Entretanto, não eram
direitos estáveis na sociedade. Desta maneira, acerca do que foi argumentado
sobre o acesso a moradia, todos os anos os municípios elaboram campanhas do
agasalho e preparam abrigos para os sem-teto, nos mostrando que o problema
não é resolvido de forma efetiva, não há políticas públicas adequadas que
permitam resolver a questão. Planejar uma solução nos leva a considerar o
problema como estrutural, e qual é esta estrutura? A capitalista. Em um mundo
onde um grande contingente de pessoas não possuem moradia, sanar o problema
apenas com campanhas ou construção de abrigos não resolverá o dilema. É nítido
que o problema habitacional está concentrado nas camadas mais pobres da
sociedade, esse dado embasa a crítica feita aqui, pois, em um sistema que prefere
cada dia mais aumentar o lucro e concentrá-lo em poucas mãos ao invés de
redistribuí-lo, é resultado de seu próprio modus operandi, sendo assim, extingui-lo
seria a chave.

Os últimos governos tentaram diversas vezes amenizar a situação das pessoas


que não têm e não possuem renda para ter uma moradia. Com programas
habitacionais como: Minha casa verde e amarela, a própria Secretaria nacional da
habitação, o Sistema nacional de habitação e interesse social e o financiamento
pró-moradia, todos eles direcionados à classe média e majoritariamente a
população baixa renda. Os programas têm beneficiado diversas famílias,
entretanto, possuem recursos limitados para atender a demanda nacional. Sendo
assim, o acesso à moradia é um direito universal, mas como os outros direitos
imprescindíveis, apresenta particularidades para ser exercido. No município de

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Capivari de Baixo – SC, há a execução desses programas que podem garantir o
acesso habitacional. Tratando-se de uma cidade pequena, o índice de pessoas
sem-teto é muito baixo, porém retrata o que uma boa gestão de recursos, mesmo
que limitados por ser um território menor, pode equalizar a situação. Políticas
públicas e projetos sempre serão necessários em um sistema que coloca
propositalmente as pessoas nessas situações precárias, sendo assim, lutar por
um sistema melhor e mais humano também é um direito.

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