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BELÉM
2017
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BELÉM
2017
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Sumário
1. INTRODUÇÃO.................................................................................................... 4
2. OBJETIVOS ....................................................................................................... 9
3. METODOLOGIA ............................................................................................... 10
4. RESULTADOS ................................................................................................. 12
5. DISCUSSÃO .................................................................................................... 13
6. CONCLUSÃO ................................................................................................... 20
REFERÊNCIAS ....................................................................................................... 21
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1. INTRODUÇÃO
Figura 1.2. Diagrama de funcionamento dos nociceptores. Fonte: GOLAN et al., 2009 – adaptado.
Figura 1.3. Gráfico de 1ª e 2ª Dor, demonstrando bloqueio de fibras Aδ e C. Fonte: GOLAN et al.,
2009
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Figura 1.4. Disposição dos nervos de transmissão da dor. Fonte: GOLAN et al., 2009
anestesia são periféricos – NaV 1,8 e NaV 1,9 –, sendo um terceiro envolvido com o
sistema nervoso simpático – NaV 1,7. A droga possui maior afinidade com o canal de
𝑁𝑎+ em seu estado aberto, o que ocorre no estado de despolarização do canal. Em
altas concentrações, a Lidocaína pode provocar o rompimento da membrana celular,
semelhante ao efeito de “detergente”, o que pode causar lesões neurais irreversíveis
(LAURETTI, 2008).
Figura 1.5. Canal de 𝑁𝑎+ e sua ligação com anestésico local (AL). Fonte: GOLAN et al. 2009 –
adaptado.
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2. OBJETIVOS
3. METODOLOGIA
Concentração = 2% (título)
Título (m/v) – relação de proporcionalidade
2 (g) --------------------------- 100 (ml)
X (g) --------------------------- 0,1 (ml)
2 × 0,1 = 100 × 𝑥
𝑥 = 0,002, o que equivale à 2 mg
• Jaleco;
• Cronômetro;
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4. RESULTADOS
5. DISCUSSÃO
Figura 5.2. Relação entre difusão transmembrana e equilíbrio iônico. Os anestésicos locais (AL)
moderadamente hidrofóbicos são os agentes mais efetivos: (1) O AL neutro sofre adsorção sobre o
lado extracelular da membrana celular neuronal; (2) o AL difunde-se através da membrana celular
para o lado citoplasmático; (3) o AL difunde-se e liga-se a seu sítio de ligação sobre o canal de sódio
regulado por voltagem; (4) uma vez ligado, o AL pode passar de sua forma neutra para a protonada
através de ligação e liberação de prótons. Fonte: GOLAN et al. 2009 – adaptado.
que possa ser utilizado como antiarrítmico, é necessário que o especialista possua
conhecimento de dois pré-requisitos básicos: o mecanismo que está causando a
disritmia, de forma que possa ser uma desordem no estímulo (alterações de
automatismo), uma desordem na condução (alterações do dromotropismo) e
alterações mistas entre os dois; além de conhecimento do mecanismo de ação e
efeitos da droga – bem como suas contraindicações (DE CARVALHO, 1982).
Figura 5.3. Esquema estrutural do canal de 𝑁𝑎+ . Fonte: KATZUNG E TREVOR, 2017
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A Lidocaína é de fácil absorção pelos tecidos (RANG & DALE, 2017). Dessa
forma, a grande atuação da droga é a inibição de transmissão de potenciais de ação,
de forma que haja uma variabilidade imensa de aplicações, sendo elas viáveis,
dependendo do caso que se queira utilizar cada forma médica da droga.
Dependendo da forma de administração da droga, a fase de absorção é
ignorada, em casos em que o fármaco tiver caído diretamente na circulação ou caso
seja aplicado em locais periféricos ou de uso tópico. No caso da prática, ocorre a
infusão da droga em nervos periféricos, de forma que seja, somente, uma aplicação
para inibição de movimento. Sua meia-vida é de 1 hora – sem vaso constritores – e
pacientes cardiopatas possuem uma diminuição nos níveis de depuração corporal
total e distribuição. A dosagem deve ser diminuída, nesses casos, para diminuição
dos níveis de concentração, afim de se evitar aumento nos níveis de toxicidade
(KATZUNG E TREVOR, 2017).
A Lidocaína, na prática, atua com bloqueio de nervos periféricos, sendo um
bloqueio nervoso grande, que envolve o plexo braquial – injetado por via percutânea.
Nesse caso, a quantidade a ser injetada é muito maior do que a necessária, pois
existem muitas camadas até que se atinja o sítio-alvo a ser inibido e há uma retirada
de grande parte da droga pela circulação. A escolha do fármaco anestésico irá
depender, justamente, do tempo de duração do efeito desejado (GOLAN et al., 2009).
No caso de pacientes que apresentem insuficiência renal, a depuração
plasmática é extremamente reduzida; enquanto o volume de distribuição, é
aumentado – nesses casos, a meia-vida de eliminação pode se encontrar aumentada
em três vezes ou mais. Quadros de doenças renais não apresentam alteração nos
níveis de distribuição da droga (KATZUNG E TREVOR, 2017).
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Figura 5.2.1. Esquema da relação Droga x Receptor. Fonte: DO VALE, 1994 – adaptado.
Figura 5.2.2. Esquema de anatomia do nervo periférico. Os anestésicos locais (AL) são injetados ou
aplicados fora do epineuro do nervo periférico (a bainha mais externa de tecido conjuntivo contendo
vasos sanguíneos, tecido adiposo, fibroblastos e mastócitos). As moléculas de AL devem atravessar
o epineuro para alcançar o perineuro, outra membrana epitelial, que organiza as fibras nervosas em
fascículos. O perineuro é a camada mais difícil para penetração dos anestésicos locais, devido à
presença de junções firmes entre suas células. Fonte: GOLAN et al., 2009.
Os anestésicos locais vão se ligar aos canais de 𝑁𝑎+em cada diferente estado
conformacional que eles se apresentarem (em repouso, fechados, abertos e
inativados), com diferentes graus de afinidade. No caso da Lidocaína, ela possui maior
afinidade com o estado fechado, aberto e inativado, sendo esse conceito denominado
de hipótese do receptor modulado. A atividade do anestésico local é muito mais do
que, somente, a oclusão dos canais, mas também a inibição funcional deles. Dessa
forma, não haverá mudança de conformação no canal de 𝑁𝑎+, não disparando as
mudanças necessárias para a transmissão do impulso nervoso, cessando a atividade
responsiva. Para retornar ao seu estado normal, o fármaco deve deixar o sítio de
ligação com o canal, possibilitando seu retorno ao estado de repouso, sendo mais
lenta essa ocorrência do que a inibição do canal (GOLAN et al., 2009).
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Figura 5.2.3. Mecanismo de ação da Lidocaína. O canal de sódio pode estar na forma aberta (A),
fechada (F) ou inativada (I). Fonte: CARVALHO, 1994 – adaptado.
6. CONCLUSÃO
REFERÊNCIAS
1. De Carvalho ET. Antiarrítmicos. Rev. Med. (Puebla). 1982; 64(2):35–8.
2. Hume JR, Grant AO. Agentes usados em arritmia cardíaca. 224-48 p. in
Katzung BG, Trevor AJ. Farmacologia - Básica e Clínica. 2017. 1216 p.
3. Carvalho J. Farmacologia dos Anestésicos Locais. 1994; 75–82.
4. Lauretti GR. Mecanismos envolvidos na analgesia da lidocaína por via
venosa Mecanismos Envolvidos na Analgesia da Lidocaína por Via
Venosa. Rev. Bras. Anestesiol. 2008; 58(3):280–6.
5. Schulman JM, Strichartz GR. Farmacologia dos anestésicos locais. 131-45
p. in Golan DE, Tashjian AH, Armstrong EJ, Armstrong AW. Príncipios da
Farmacologia. 2009. 882 p.
6. Do Vale NB. Princípios de Farmacodinâmica de Drogas Anestésicas. Rev.
Bras. Anestesiol. 1994; 44(1): 13–23.
7. Rang H, Ritter J, Flower R, Henderson G. Rang & Dale: Farmacologia. Vol. 1.
Elsevier; 2016.
8. Lidocaína [Internet]. Disponível em: https://pt.wikipedia.org/wiki/Lidocaína
9. Plexo Braquial [Internet]. Disponível em:
https://pt.wikipedia.org/wiki/Plexo_braquial