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Aula 03
Amostragem
Gabarito: “D”.
3. (FGV / TCE AM – 2021)
Ao determinar a extensão de um teste de auditoria, o auditor pode empregar técnicas de
amostragem. Existem fatores que influenciam o tamanho da amostra, provocando efeitos
diversos.
Um aumento na taxa esperada de desvio da população a ser testada é um fator cujo efeito é:
a) aumento do tamanho da amostra para testes de controles;
b) redução do tamanho da amostra para testes de controles;
c) redução do tamanho da amostra para testes de detalhes;
d) negligenciável para testes de controles;
e) negligenciável para testes de detalhes.
Comentários
A taxa esperada de desvio é um fator que possui relação direta com o tamanho da amostra.
Basta raciocinarmos da seguinte maneira: quanto maior a taxa de desvio que o auditor espera
encontrar, mais segurança ele precisa, ou seja, ele tem que se precaver, aumentando também
o tamanho da amostra. Raciocínio semelhante podemos adotar para a distorção esperada.
Veja que, no caso da questão, nem precisamos considerar se o aumento da taxa esperada de
desvio é um fator que influencia o tamanho da amostra no contexto dos testes de controles ou
dos testes de detalhes. A única assertiva que traz a relação direta de maneira correta é a letra
A. De qualquer maneira, é bom sabermos que, segundo NBC TA 530, a taxa esperada de desvio
influencia o tamanho da amostra no contexto dos testes de controle (o que é lógico, uma vez
que se trata da taxa de desvio dos controles).
Gabarito: “A”.
4. (FGV / SEFAZ ES – 2021)
Assinale a opção que indica o fator levado em consideração pelo auditor na determinação do
tamanho da amostra em testes de controle e o efeito no tamanho da amostra, mantendo os
outros fatores iguais.
a) Aumento na extensão na qual a avaliação de risco do auditor leva em consideração os
controles relevantes: redução.
b) Aumento no nível de segurança desejado do auditor de que a taxa tolerável de desvio não
seja excedida pela taxa real de desvio na população: redução.
c) Aumento na taxa tolerável de desvio: aumento.
d) Aumento na quantidade de unidades de amostragem na população: aumento.
e) Aumento na taxa esperada de desvio da população a ser testada: aumento.
Comentários
Questão interessante por cobrar um assunto, de certa forma, “batido”, de um jeito diferente.
Temos que assinalar a assertiva que apresenta a relação correta entre um determinado fator e
seu efeito sobre o tamanho da amostra. Vamos analisar cada uma.
A: ERRADA. Um aumento da avaliação de risco feita pelo auditor traz a necessidade de um nível
maior de segurança, daí a relação direta com o tamanho da amostra. Logo, quando temos um
aumento na extensão na qual a avaliação de risco do auditor leva em consideração os controles
relevantes, temos também um aumento do tamanho da amostra.
B: ERRADA. Um aumento do nível de segurança desejado (seja lá do que for) traz a necessidade
óbvia do aumento da amostra. Trata-se de fatores com relação direta. Logo, quando temos um
aumento no nível de segurança desejado do auditor de que a taxa tolerável de desvio não seja
excedida pela taxa real de desvio na população, temos também um aumento do tamanho da
amostra.
C: ERRADA. Um aumento na taxa tolerável de desvio, ou seja, na taxa de desvio que o auditor
está disposto a aceitar, faz com que o auditor possa se dar ao luxo de reduzir o tamanho da
amostra. Logo, quando temos um aumento na taxa tolerável de desvio, temos também a
consequente redução do tamanho da amostra.
D: ERRADA. A quantidade de unidades de amostragem tem efeito negligenciável sobre o
tamanho da amostra. Segundo as normas, temos que raciocinar que, para populações grandes,
um aumento na quantidade de unidades de amostragem tem pouco ou nenhum efeito sobre
o tamanho da amostra.
E: CORRETA. Um aumento da taxa esperada de desvio traz a necessidade de um nível maior de
segurança, daí a relação direta com o tamanho da amostra. Logo, quando temos um aumento
na taxa esperada de desvio, temos também um aumento do tamanho da amostra.
Gabarito: “E”.
5. (FGV / IMBEL – 2021)
Ao considerar as características da população da qual a amostra será extraída, o auditor pode
determinar que a estratificação é apropriada. Com relação à estratificação, analise as
afirmativas a seguir.
I. A eficiência da auditoria pode ser melhorada se o auditor estratificar a população, dividindo-
a em subpopulações distintas que tenham características diferentes.
II. O objetivo da estratificação é o de reduzir a variabilidade dos itens de cada estrato e permitir
que o tamanho da amostra seja reduzido sem aumentar o risco de amostragem.
III. Os resultados dos procedimentos de auditoria aplicados a uma amostra de itens dentro de
um estrato podem ser projetados para os itens que não compõem esse estrato.
Está correto o que se afirma em
a) I, somente.
b) II, somente.
c) III, somente.
d) I e II, somente.
e) I, II e III.
Comentários
Vamos analisar cada item que versa sobre a estratificação.
Item I: ERRADO. De fato, a eficiência da auditoria pode ser melhorada com o uso da
estratificação. Ocorre que ela (a estratificação) consiste em dividir a população em
subpopulações com características homogêneas (ou semelhantes).
Item II: CERTO. Esse é, exatamente, o objetivo da estratificação.
Item III. ERRADO. Os resultados dos procedimentos de auditoria aplicados a uma amostra de
itens dentro de um estrato só podem ser projetados para os itens que compõem esse próprio
estrato. Não é possível, portanto, projetar os resultados da amostra de um determinado
estrato para itens de outros estratos.
Gabarito: “B”.
6. (FGV / IMBEL – Auditor – 2021)
O auditor utiliza, para selecionar amostras, um método que consiste na divisão da quantidade
de unidades de amostragem na população pelo tamanho da amostra, de modo a estabelecer
um intervalo de amostragem. O auditor utiliza o método de seleção
a) por unidade monetária.
b) ao acaso.
c) aleatória.
d) sistemática.
e) de bloco.
Comentários
Seleção sistemática é aquela em que a quantidade de unidades de amostragem na população
é dividida pelo tamanho da amostra para dar um intervalo de amostragem como, por exemplo,
50, e após determinar um ponto de início dentro das primeiras 50, toda 50ª unidade de
amostragem seguinte é selecionada.
Gabarito: “D”.
7. (FGV / CM Salvador – Analista Legislativo – Controladoria – 2018)
Na execução de trabalhos de auditoria, quando há muitos dados e transações a serem
examinados, é muito comum a seleção de uma amostra para exame.
A seleção procedida de forma que sempre haja um intervalo constante entre cada item
selecionado, seja seleção direta na população ou por estratos, é denominada amostragem:
a) aleatória;
b) casual;
c) intencional;
d) randômica;
e) sistemática.
Comentários
São 05 os métodos de seleção da amostra trazidos pela NBC TA 530. Vamos relembrar o
esquema apresentado em nossa aula:
Assinale a opção que indica o critério que deve ser adotado na decisão quanto ao uso de
abordagem de amostragem estatística ou não estatística no processo de auditoria de uma
entidade.
a) O julgamento do auditor.
b) A experiência do auditor.
c) O tamanho da amostra.
d) A representatividade da amostra.
e) O nível de risco de amostragem que a empresa auditada oferece.
Comentários
Como vimos, a decisão quanto ao uso de abordagem de amostragem estatística ou não
estatística é uma questão de julgamento do auditor, não sendo o tamanho da amostra um
critério válido para distinguir entre as abordagens estatísticas e não estatísticas.
Gabarito: “A”.
9. (FGV - TCM SP – Ag. Fiscalização – Administração – 2015)
Na determinação da extensão dos testes de auditoria, em geral, o auditor emprega técnicas de
amostragem, porém essas apresentam alguns riscos. Acerca dos riscos de amostragem, avalie
as afirmativas a seguir.
I) O nível do risco de amostragem que o auditor está disposto a aceitar dos resultados afeta o
tamanho da amostra.
II) O auditor está sujeito aos riscos de amostragem tanto nos testes substantivos quanto nos
testes de observância.
III) Os riscos de superavaliação de confiabilidade e o risco de aceitação incorreta afetam a
eficiência da auditoria, pois em geral conduzem o auditor a realizar trabalhos adicionais.
IV) Os riscos de subavaliação da confiabilidade e o risco de rejeição incorreta afetam a eficácia
da auditoria e têm mais probabilidade de conduzir a uma conclusão errônea.
É correto o que se afirma em:
a) somente I e II;
b) somente II e III;
c) somente III e IV;
d) somente I, II e IV;
e) I, II, III e IV.
Comentários
Como vimos ao longo da aula, o nível de risco de amostragem que o auditor está disposto a
aceitar afeta a tamanha da amostra exigida (item I correto). Quanto menor o risco que o auditor
está disposto a aceitar, maior deve ser o tamanho da amostra – item A10 da NBC TA 530.
Ao definir o risco de amostragem, a NBC TA 530 apresenta tipos de conclusões errôneas a que
o auditor pode chegar, tanto nos testes de controles (equivalentes aos testes de observância)
quanto nos testes de detalhes (espécie do gênero testes substantivos). Portanto, o item II está
correto. Vejamos o que diz a norma:
Risco de amostragem é o risco de que a conclusão do auditor, com base em amostra, pudesse
ser diferente se toda a população fosse sujeita ao mesmo procedimento de auditoria. O risco
de amostragem pode levar a dois tipos de conclusões errôneas:
(a) no caso de teste de controles, em que os controles são considerados mais eficazes do que
realmente são ou no caso de teste de detalhes, em que não seja identificada distorção
relevante, quando, na verdade, ela existe. O auditor está preocupado com esse tipo de
conclusão errônea porque ela afeta a eficácia da auditoria e é provável que leve a uma opinião
de auditoria não apropriada.
(b) no caso de teste de controles, em que os controles são considerados menos eficazes do que
realmente são ou no caso de teste de detalhes, em que seja identificada distorção relevante,
quando, na verdade, ela não existe. Esse tipo de conclusão errônea afeta a eficiência da
auditoria porque ela normalmente levaria a um trabalho adicional para estabelecer que as
conclusões iniciais estavam incorretas.
De acordo com trecho acima destacado (alínea “b”), no caso em que a confiabilidade dos
controle é subavaliada (controles considerados menos eficazes do que realmente são), é
afetada a eficiência da auditoria, o que leva a necessidade de trabalhos adicionais. Item III,
portanto, errado. O item diz que a superavaliação (e não subavaliação) da confiabilidade dos
controles afeta a eficiência da auditoria.
Na realidade, o item se baseou praticamente na literalidade de norma já revogada (NBC T
11.11). Vejamos:
11.11.2.6. Risco de Amostragem
[...]
11.11.2.6.3. O risco de subavaliação da confiabilidade e o risco de rejeição incorreta afetam
a eficiência da auditoria, visto que, normalmente, conduziriam o auditor a realizar trabalhos
adicionais, o que estabeleceria que as conclusões iniciais eram incorretas. O risco
de superavaliação da confiabilidade e o risco de aceitação incorreta afetam a eficácia da
auditoria e têm mais probabilidade de conduzir a uma conclusão errônea sobre determinados
controles, saldos de contas ou classe de transações do que o risco de subavaliação da
confiabilidade ou o risco de rejeição incorreta.[,,,] [NBC T 11.11][grifo nosso]
O item IV também se baseou no trecho acima destacado, de maneira que está incorreto (a
subavaliação da confiabilidade e o risco de rejeição incorreta afetam a eficiência – e não a
eficácia – da auditoria).
Gabarito: “A”.
10. (FGV / CGE MA – Auditor do Estado – 2014)
As alternativas a seguir apresentam exemplos de método utilizado pelo auditor para selecionar
amostras, à exceção de uma. Assinale-a.
a) Seleção por intervalo.
b) Seleção aleatória.
c) Seleção sistemática.
d) Seleção ao acaso.
e) Seleção de bloco.
Comentários
São 05 os métodos de seleção da amostra trazidos pela NBC TA 530. Veja mais uma vez:
A única assertiva que não consta no rol acima apresentado é a letra A (seleção por intervalo).
Gabarito: “A”.
11. (FGV / DPE RJ – Técnico Superior Especializado – Ciências Contábeis – 2014)
Os meios à disposição do auditor para a seleção de itens em um teste de auditoria são:
(a) seleção de todos os itens (exame de 100%);
(b) seleção de itens específicos; e
(c) amostragem de auditoria.
Com relação ao procedimento de amostragem, analise as afirmativas a seguir:
I. A amostragem em trabalhos de auditoria pode ser aplicada usando tanto a abordagem de
amostragem não estatística como a estatística.
II. Amostragens aleatórias simples, estratificadas e por conglomerados são métodos de seleção
probabilísticos.
III Quando as características da população são de fácil mensuração, o apropriado é fazer uma
amostragem probabilística.
IV. Os maiores valores de uma população sempre devem ser analisados, mesmo quando se
utilize uma amostragem estatística.
Está(ão) correta(s) somente a(s) afirmativa(s)
a) I
b) I e II
c) II e III
d) III e IV
e) I, III e IV
Comentários
Item I. CORRETO. Vimos (e revimos) que a amostragem em auditoria pode ser aplicada tanto
por meio de abordagem estatística quanto não estatística.
Item II. CORRETO. A doutrina nos ensina que são exatamente esses 3 (amostras aleatórias
simples, estratificadas e por conglomerados) os principais tipos de amostragem
probabilística (ou estatística). Vimos, ao longo da aula, que o objetivo da estratificação é
reduzir a variabilidade dos itens de cada estrato, o que é feito pela divisão da população em
subpopulações com características homogêneas.
Podemos dizer que a amostragem por conglomerados lembra um pouco o processo de
estratificação, uma vez que em ambos os casos a população é dividida em grupos semelhantes.
A amostragem por Conglomerado apresenta as seguintes características: os elementos da
população são agrupados em conjuntos semelhantes, mas internamente heterogêneos
(características distintas); as amostras são obtidas por conglomerados que a compõem; após a
seleção de conglomerados, todos os elementos são examinados. Segue figura para ilustrar a
amostragem por conglomerado:
Item III. INCORRETO. Nesse caso (características da população de fácil mensuração), NÃO se
recomenda o uso da amostragem, mas sim a seleção de todos os itens (ou censo).
Item IV. INCORRETO. Na amostragem estatística, os itens são selecionados de forma aleatória,
o que não garante que os maiores valores serão necessariamente testados.
Gabarito: “B”.
12. (FGV / ALBA – Auditor – 2014)
Uma seleção da amostra em que a quantidade de unidades de amostragem na população é
dividida pelo tamanho da amostra, para dar um intervalo de amostragem, é conhecida como
seleção
a) aleatória.
b) por unidade monetária.
c) sistemática.
d) ao acaso.
e) de bloco.
Comentários
Vimos que a amostragem sistemática é aquela em que a quantidade de unidades de
amostragem na população é dividida pelo tamanho da amostra para dar um intervalo de
amostragem como, por exemplo, 50, e após determinar um ponto de início dentro das
primeiras 50, toda 50ª unidade de amostragem seguinte é selecionada.
Gabarito: “C”.
13. (FGV/ ISS Recife – Auditor Tesouro Municipal – 2014)
A respeito de uma amostra de auditoria, analise as afirmativas a seguir.
I. Ao definir uma amostra de auditoria, o auditor deve considerar a finalidade do procedimento
de auditoria e as características da população da qual será retirada a amostra.
II. O auditor deve selecionar itens para a amostragem de forma que cada unidade de
amostragem da população tenha a mesma chance de ser selecionada.
III. Ao definir uma amostra de auditoria, o auditor deve considerar os fins específicos a serem
alcançados e a combinação de procedimentos de auditoria que devem alcançar esses fins.
Assinale:
a) se somente a afirmativa I estiver correta.
b) se somente as afirmativas I e II estiverem corretas.
c) se somente as afirmativas II e III estiverem corretas.
d) se somente as afirmativas I e III estiverem corretas.
e) se todas as afirmativas estiverem correta.
Comentários
Item I. CORRETO. De acordo com a NBC TA 530, “Ao definir uma amostra de auditoria, o auditor
deve considerar a finalidade do procedimento de auditoria e as características da população
da qual será retirada a amostra”.
Item II. CORRETO. É exatamente isso o que prevê a NBC TA 530 (item 8).
Item III. CORRETO. Nos termos da NBC TA 530, ao definir uma amostra de auditoria, o auditor
deve considerar os fins específicos a serem alcançados e a combinação de procedimentos de
auditoria que devem alcançar esses fins. A consideração da natureza da evidência de auditoria
desejada e as eventuais condições de desvio ou distorção ou outras características relacionadas
com essa evidência de auditoria ajudam o auditor a definir o que constitui desvio ou distorção
e qual população usar para a amostragem. Ao cumprir com as exigências do item 8 da NBC TA
500, quando definir a amostragem em auditoria, o auditor executa os procedimentos de
auditoria para obter evidência de que a população da qual a amostra de auditoria foi extraída
está completa.
Gabarito: “E”.
14. (FGV / Pref. Recife – ACI – Finanças Públicas – 2014)
A respeito da amostragem de auditoria, analise os itens a seguir.
I. O nível de risco de amostragem que o auditor está disposto a aceitar afeta o tamanho exigido
da amostra.
II. Quanto menor o risco que o auditor está disposto a aceitar, menor deve ser o tamanho da
amostra.
III. Ao definir uma amostra de auditoria, o auditor deve considerar a finalidade do
procedimento de auditoria e as características da população da qual será retirada a amostra.
IV. O auditor deve selecionar itens para a amostragem, de forma que cada unidade de
amostragem da população tenha a mesma chance de ser selecionada.
Assinale:
a) se somente os itens I, II e III estiverem corretos.
Gabarito: “A”.
16. (FCC / ALAP – 2020)
Em uma grande empresa, ocorreu a suspeita de existência de erro na contabilização dos saldos
das contas. Um auditor desta empresa é incumbido de analisar as contas que constam de uma
lista em ordem crescente de seu respectivo código. Ele decide realizar este trabalho por
amostragem, sorteando um código entre os 10 primeiros da lista, e, então, analisar toda conta
referente ao décimo código na lista a partir do primeiro selecionado. Nesse caso, é adotado
pelo auditor, o tipo de uma Amostragem denominado
a) por julgamento.
b) por conglomerados.
c) determinística.
d) sistemática.
e) em dois estágios.
Comentários
O método de amostragem em que se utiliza um intervalo constante entre cada item
selecionado (10, no caso do nosso enunciado), é o método de seleção sistemática.
Nos termos da NBC TA 530, seleção sistemática é aquela em que a quantidade de unidades de
amostragem na população é dividida pelo tamanho da amostra para dar um intervalo de
amostragem como, por exemplo, 50, e após determinar um ponto de início dentro das
primeiras 50, toda 50ª unidade de amostragem seguinte é selecionada. Embora o ponto de
início possa ser determinado ao acaso, é mais provável que a amostra seja realmente aleatória
se ela for determinada pelo uso de um gerador computadorizado de números aleatórios ou de
tabelas de números aleatórios. Ao usar uma seleção sistemática, o auditor precisaria
determinar que as unidades de amostragem da população não estão estruturadas de modo
que o intervalo de amostragem corresponda a um padrão em particular da população.
Já de acordo com a revogada NBC T 11.11, seleção sistemática ou por intervalo é aquela em
que a seleção de itens é procedida de maneira que haja sempre um intervalo constante entre
cada item selecionado, seja a seleção feita diretamente da população a ser testada, ou por
estratos dentro da população. Ao considerar a seleção sistemática, o auditor deve observar as
seguintes normas para assegurar uma amostra, realmente, representativa da população: a)
que o primeiro item seja escolhido ao acaso; b) que os itens da população não estejam
ordenados de modo a prejudicar a casualidade de sua escolha.
Comparando as normas atual (NBC TA 530) e antiga (NBC T 11.11), vemos que elas são
semelhantes, no sentido de que se deve adotar um intervalo constante entre cada item
selecionado. Há, no entanto, algumas diferenças. A norma em vigor determina como o
intervalo de amostragem é obtido (divide-se a quantidade de unidades de amostragem pelo
tamanho da amostra – fato não mencionado pelo enunciado), ao passo que a norma antiga
não menciona a forma de chegar ao intervalo. A norma atual diz que o primeiro item pode ser
A NBC TA 530 nos ensina que, se o procedimento de auditoria não for aplicável ao item
selecionado, o auditor deve executar o procedimento em um item que substitua o
anteriormente selecionado – esse é o chamado procedimento em item de substituição.
Um exemplo de quando é necessário executar o procedimento em item de substituição é
quando um cheque cancelado é selecionado durante teste de evidência de autorização de
pagamento (nesse cenário, o auditor busca algum “problema”, ou desvio, no processo de
cancelamento do cheque). Se, no entanto, o auditor ficar satisfeito, concluindo que o cheque
foi cancelado de forma apropriada de modo a não constituir desvio, um item escolhido de
maneira apropriada para substituí-lo é examinado.
Gabarito: “B”.
18. (FCC / SEFAZ BA – Finanças e Controle – 2019)
Conforme estabelece a NBC TA 530, “o objetivo do auditor, ao usar a amostragem em auditoria,
é o de proporcionar uma base razoável para o auditor concluir quanto à população da qual a
amostra é selecionada”. A adoção do critério de amostragem pressupõe, por parte do auditor,
a definição da amostra, a determinação do seu tamanho e a seleção dos itens para teste. De
acordo com a referida NBC,
a) o auditor deve selecionar itens para a amostragem de forma que cada unidade de
amostragem da população tenha a mesma chance de ser selecionada.
b) ao definir uma amostra de auditoria, o auditor deve flexibilizar a finalidade do procedimento
de auditoria bem como relevar as características negativas da população da qual será retirada
a amostra.
c) cabe à entidade a ser auditada definir o tamanho da amostra, tendo por base os motivos
que determinaram a realização da auditoria.
d) o auditor e a administração da entidade devem selecionar, conjuntamente, itens para a
amostragem de forma que cada unidade de amostragem da população tenha uma maior ou
menor chance de ser selecionada.
e) norteado pelos princípios da neutralidade e da imparcialidade, o auditor, ao definir uma
amostra de auditoria, deve relativizar a finalidade do procedimento de auditoria de modo a
suavizar eventuais resultados indesejados.
Comentários
Questão exige conhecimento de diferentes passagens da NBC TA 530. Vamos avaliar cada
assertiva:
A: CERTA. É exatamente isso o que prevê a norma. Na amostragem em auditoria, cada unidade
da população (denominada unidade “de amostragem”) deve ter a mesma chance de ser
selecionada. Percebam que essa é a definição universal de amostragem, não importa se
estamos diante da amostragem estatística ou não estatística. Ocorre que, na amostragem
estatística, cada unidade tem um probabilidade conhecida de ser selecionada (é um método
“científico”). Já na amostragem não estatística, o auditor utiliza seu julgamento, sendo
Letra D: seleção aleatória é aquela aplicada por meio de geradores de números aleatórios
como, por exemplo, tabelas de números aleatórios.
Gabarito: “E”.
20. (FCC / SEFAZ BA – Finanças e Controle – 2019)
A avaliação do resultado de uma amostragem em auditoria é um procedimento essencial a ser
realizado pelo auditor. De acordo com a NBC TA 530,
a) o auditor deve avaliar se o uso de amostragem de auditoria forneceu uma base razoável para
conclusões sobre a população que foi testada ou, se preferir, pode transferir este ônus para
uma auditoria interna paralela, promovida pela entidade auditada, que deverá efetuar essa
avaliação em prazo contratualmente estabelecido.
b) caso o auditor conclua que a amostragem de auditoria não forneceu uma base razoável para
conclusões sobre a população que foi testada, ele deve comunicar esse fato à administração
da entidade auditada, para que ela determine, em prazo contratualmente previsto, os
procedimentos substitutivos a serem adotados, se assim o desejar.
c) a entidade auditada, por meio de auditoria interna paralela realizada às suas próprias
expensas, deve avaliar os resultados da amostra, em prazo contratualmente estabelecido,
antes de autorizar o prosseguimento aos demais trabalhos de auditoria.
d) caso o auditor conclua que a amostragem de auditoria não forneceu uma base razoável para
conclusões sobre a população que foi testada, ele pode solicitar que a administração investigue
as distorções identificadas e o potencial para distorções adicionais, e faça quaisquer ajustes
necessários.
e) caso o auditor conclua que a amostragem de auditoria não forneceu uma base razoável para
conclusões sobre a população que foi testada, ele deve abandonar a utilização do critério de
amostragem imediatamente.
Comentários
No contexto da avaliação de resultados, cabe ao auditor avaliar tanto o resultado da amostra
(propriamente) quanto se o uso da amostragem forneceu base razoável para conclusões sobre
a população que foi testada.
Se o auditor conclui que a amostragem de auditoria não forneceu uma base razoável para
conclusões sobre a população que foi testada, o auditor pode: (i) solicitar que a administração
investigue as distorções identificadas e o potencial para distorções adicionais e faça quaisquer
ajustes necessários; ou (ii) ajustar a natureza, época e extensão desses procedimentos
adicionais de auditoria para melhor alcançar a segurança exigida. Por exemplo, no caso de
testes de controles, o auditor pode aumentar o tamanho da amostra, testar um controle
alternativo ou modificar os respectivos procedimentos substantivos.
A assertiva que reflete o posicionamento acima, previsto na NBC TA 530, é a letra D. Vejamos
as demais:
A: ERRADA. O auditor não pode transferir esse ônus, como propõe a assertiva.
I. no caso de teste de controles, esses controles serem considerados mais eficazes do que
realmente são.
II. no caso de teste de detalhes, não ser identificada distorção relevante, quando, na verdade,
ela existe.
III. no caso de teste de controles, esses controles serem considerados menos eficazes do que
realmente são.
IV. no caso de teste de detalhes, ser identificada distorção relevante, quando, na verdade, ela
não existe.
Está correto o que se afirma em
a) III e IV, apenas.
b) I e II, apenas.
c) II e III, apenas.
d) I e IV, apenas.
e) I, II, III e IV.
Comentários
Ao apresentar o risco de amostragem, a NBC TA 530 estabelece alguns tipos de conclusões
errôneas a que o auditor pode chegar, tanto no contexto dos testes de controle quanto no
contexto dos testes de detalhes (espécie dos testes substantivos). São elas:
a) no caso de teste de controles, em que os controles são considerados mais eficazes do que
realmente são ou no caso de teste de detalhes, em que não seja identificada distorção
relevante, quando, na verdade, ela existe.
b) no caso de teste de controles, em que os controles são considerados menos eficazes do
que realmente são ou no caso de teste de detalhes, em que seja identificada distorção
relevante, quando, na verdade, ela não existe.
Em outros termos, no contexto dos testes de controle, a conclusão errônea pode se dar ao
considerar os controles mais ou menos eficazes do que realmente são. Já no contexto dos
testes de detalhes (ou substantivos), pode-se considerar tanto que não há distorção (quando
elas, na verdade, existem) quanto que há distorção (quando, na verdade, elas não existem).
Todos os itens, portanto, estão corretos.
Gabarito: “E”.
23. (FCC / ISS São José do Rio Preto – 2019)
Sendo impossível averiguar todos os lançamentos que compõem um determinado saldo
contábil, torna-se possível
a) ignorar o saldo contábil.
b) deixar de emitir o parecer de auditoria.
c) deixar de divulgar as demonstrações contábeis.
b) ao acaso, Seleção sistemática, Seleção aleatória e Seleção com base em valor (amostragem
de unidade monetária).
c) com base em valor (amostragem de unidade monetária), Seleção aleatória, Seleção
sistemática e Seleção ao acaso.
d) aleatória, Seleção ao acaso, Seleção com base em valor (amostragem de unidade monetária)
e Seleção sistemática.
e) aleatória, Seleção sistemática, Seleção ao acaso e Seleção com base em valor (amostragem
de unidade monetária).
Comentários
Vamos relembrar o esquema apresentado em nossa aula:
Apenas com o esquema acima, podemos cravar o gabarito letra E. Vamos recordar que a
própria NBC TA 530 diz que principais métodos para selecionar amostras correspondem ao uso
de seleção aleatória, seleção sistemática e seleção ao acaso. Vejamos na íntegra o que diz a
norma sobre os métodos de seleção de amostra:
(a) Seleção aleatória (aplicada por meio de geradores de números aleatórios como, por
exemplo, tabelas de números aleatórios).
(b) Seleção sistemática, em que a quantidade de unidades de amostragem na população é
dividida pelo tamanho da amostra para dar um intervalo de amostragem como, por exemplo,
50, e após determinar um ponto de início dentro das primeiras 50, toda 50ª unidade de
amostragem seguinte é selecionada. Embora o ponto de início possa ser determinado ao acaso,
é mais provável que a amostra seja realmente aleatória se ela for determinada pelo uso de um
gerador computadorizado de números aleatórios ou de tabelas de números aleatórios. Ao usar
uma seleção sistemática, o auditor precisaria determinar que as unidades de amostragem da
população não estão estruturadas de modo que o intervalo de amostragem corresponda a um
padrão em particular da população.
(c) Amostragem de unidade monetária é um tipo de seleção com base em valores (conforme
descrito no Apêndice 1), na qual o tamanho, a seleção e a avaliação da amostra resultam em
uma conclusão em valores monetários.
(d) Seleção ao acaso, na qual o auditor seleciona a amostra sem seguir uma técnica
estruturada. Embora nenhuma técnica estruturada seja usada, o auditor, ainda assim, evitaria
qualquer tendenciosidade ou previsibilidade consciente (por exemplo, evitar itens difíceis de
localizar ou escolher ou evitar sempre os primeiros ou os últimos lançamentos de uma página)
e, desse modo, procuraria se assegurar de que todos os itens da população têm uma mesma
chance de seleção. A seleção ao acaso não é apropriada quando se usar a amostragem
estatística.
(e) Seleção de bloco envolve a seleção de um ou mais blocos de itens contíguos da população.
A seleção de bloco geralmente não pode ser usada em amostragem de auditoria porque a
maioria das populações está estruturada de modo que esses itens em sequência podem ter
características semelhantes entre si, mas características diferentes de outros itens de outros
lugares da população. Embora, em algumas circunstâncias, possa ser apropriado que um
procedimento de auditoria examine um bloco de itens, ela raramente seria uma técnica de
seleção de amostra apropriada quando o auditor pretende obter inferências válidas sobre toda
a população com base na amostra.
Gabarito: “E”.
25. (FCC – MPE PE / Analista Ministerial – Auditoria – 2018)
Ponderando a impossibilidade de analisar todos os documentos de todos os processos de
aposentadoria em um determinado ano, a seção de controle interno optou por conduzir
investigação pormenorizada de apenas parte dos processos. Nesse caso,
a) tal opção viola a missão institucional do controle interno, que deve analisar a legalidade de
todos os atos praticados pela administração.
b) é possível que se realize tal amostra, desde que seus resultados não sirvam de base para
conclusão a respeito da população da qual ela é selecionada.
c) para que se empregue a amostragem, é necessário considerar a finalidade do procedimento
de auditoria e as características da população da qual será retirada a amostra.
d) houve equívoco no emprego da amostragem, pois tanto o exercício quanto o tipo de ato são
ambos determinados.
e) a amostragem é aceita, embora não exista norma específica de auditoria acerca do
procedimento.
Comentários
O enunciado afirma que não é possível analisar 100% dos itens da população (todos os
documentos de todos os processos de aposentadoria) e não traz situações nas quais a
amostragem não é indicada. Logo, é perfeitamente possível aplicar a amostragem. Em regra, a
amostragem serve de base para conclusão a respeito da população da qual ela é selecionada.
Sabemos que existem normas específicas a respeito da Amostragem em Auditoria,
notadamente a NBC TA 530.
De acordo com a NBC TA 530, “Ao definir uma amostra de auditoria, o auditor deve considerar
a finalidade do procedimento de auditoria e as características da população da qual será
retirada a amostra”.
Gabarito: “C”.
26. (FCC - Auditor Fiscal de Tributos I (São Luís) /Abrangência Geral - 2018)
A Receita Federal do Brasil e a Secretaria Municipal de Fazenda, hipoteticamente, celebram
convênio para compartilhamento de informações sujeitas a sigilo fiscal da declaração anual de
imposto de renda. Sob os termos do convênio, é obrigatória a solicitação individualizada e
motivada do dado a que se deseja ter acesso e haverá custo para sua disponibilização, uma vez
que o serviço que assegura os termos do convênio é prestado com exclusividade pelo Serpro,
de acordo com tabela de preços por ele praticada. Após o levantamento da base de dados de
lançamentos fiscais do ITBI dos últimos cinco anos junto ao sistema da Secretaria de Fazenda,
a Municipalidade avalia a possibilidade de confrontar tais registros com os imóveis declarados
anualmente pelos proprietários à Fazenda Federal. Os custos de obtenção e análise de todos
os dados do IRPF, entretanto, pareceram proibitivos.
Na circunstância narrada,
a) não é possível adotar a técnica conhecida como amostragem, uma vez que ela se destina a
situações em que é inviável obter os dados de todas as ocorrências investigadas.
b) é possível adotar a técnica conhecida como amostragem, que somente deve ser empregada,
entretanto, por meio que garanta a absoluta aleatoriedade do grupo de registros que será
analisado.
c) é possível adotar a técnica conhecida como amostragem, que pode ser empregada por meio
da escolha dos registros a serem analisados, a partir da experiência dos fiscais.
d) embora possível, é contraindicada a adoção da técnica conhecida como amostragem, pois
não há como garantir a aleatoriedade do grupo de registros que será analisado.
e) embora possível, é contraindicada a adoção da técnica conhecida como amostragem, pois
não há outras informações disponíveis, indispensáveis para a formação da amostra.
Comentários
Questão típica em que o enunciado é gigante, sendo trazidas diversas informações pouco (ou
nada) relevantes para se chegar ao gabarito. Nesse caso específico, precisamos nos ater
somente à última frase do enunciado, qual seja: “Os custos de obtenção e análise de todos os
dados do IRPF, entretanto, pareceram proibitivos”. Ora, se os custos para análise de todos os
dados (população) são proibitivos, o auditor pode (deve) aplicar a técnica da amostragem. Isso
é perfeitamente possível e recomendado. Com isso eliminamos as assertivas A, D e E.
A chave da questão aqui é sabermos que, além da amostragem estatística, existe também a
chamada amostragem não estatística. No processo de amostragem, é fundamental que todas
as unidades de amostragem tenham a mesma chance de ser selecionadas (de acordo com a
definição de amostragem presente no item 5 da NBC TA 530). O ponto de atenção aqui é que
Comentários
Mais uma questão com enunciado enorme, contendo diversas informações pouco (ou nada)
relevantes para se chegar ao gabarito. Segundo a NBC TA 530, “Amostragem em auditoria é a
aplicação de procedimentos de auditoria em menos de 100% dos itens de população relevante
para fins de auditoria, de maneira que todas as unidades de amostragem tenham a mesma
chance de serem selecionadas para proporcionar uma base razoável que possibilite o auditor
concluir sobre toda a população”. [Item 5, NBC TA 530]
Somente com essa definição você chegaria à alternativa correta (ou mais coerente). O
enunciado sugere que foram retiradas amostras dos saldos de cada um dos municípios
analisados. Cabe ressaltar que, acima de tudo, o uso de amostragem é uma questão de
julgamento profissional. Nesse contexto, o auditor pode utilizar uma amostragem estatística
ou não estatísticas.
Nesse tipo de questão, cabe observar se estão presente uma ou mais condições em que não se
recomenda utilizar a amostragem. Vamos relembrar:
Não estando tais condições presentes, não há qualquer impedimento ao uso da técnica de
amostragem.
Gabarito: “A”.
28. (FCC – Auditor Fiscal/ SEFAZ GO – 2018)
Considere a seguinte situação hipotética:
Determinado Estado da Federação mantém programa de Cidadania Fiscal por meio do qual a
emissão de notas e cupons fiscais pode ser feita com a inclusão do número de CPF do
consumidor final. Após cadastro no programa, é possível que esses contribuintes diretos
obtenham descontos no imposto sobre a propriedade de veículos automotores – IPVA devido.
Em auditoria interna da base de dados de resgates de pontos na forma de descontos no IPVA,
realizou-se um teste para apurar a distância geográfica entre os estabelecimentos em que
foram realizadas as compras dos bens e serviços de onde se originou a pontuação resgatada, o
endereço registrado no cadastro do programa e o domicílio do proprietário constante da
anotação no Departamento Estadual de Trânsito. O objetivo pretendido era indicar possíveis
erros, fraudes ou simulações.
Após inspeção gráfica dos dados, o auditor promoveu a exclusão de uma série de observações
que, a seu juízo, não poderiam estar corretas. Ao fim, chegou-se a uma relação de pessoas
jurídicas como emissoras de documentação fiscal com afastamento geográfico suspeito entre
sede e local de utilização dos pontos derivados.
Sobre o caso e considerando a amostragem em auditoria, é correto afirmar.
a) Pode-se dizer que se trata de uma aplicação do método aleatório de seleção de amostra.
b) Se o auditor desejar aumentar o risco amostragem, deve diminuir o tamanho da amostra.
c) Não é objetivo da auditoria interna assessorar a administração da entidade no trabalho de
prevenção de fraudes e erros.
d) As normas não permitem a exclusão dos chamados valores aberrantes (outliers), pois, sem
a integralidade do espaço amostral, as conclusões são tendenciosas.
e) Embora tecnicamente correto, tal trabalho nunca poderia subsidiar uma campanha de
auditoria dirigida.
Comentários
Questão começa com uma narrativa que é praticamente irrelevante para a resolução da
questão. Vamos avaliar as assertivas:
Letra A: ERRADA. Segundo a NBC TA 530, seleção aleatória é aquela aplicada por meio de
geradores de números aleatórios como, por exemplo, tabelas de números aleatórios. A
questão não traz informações suficientes para garantir isso.
Letra B: CORRETA. Estamos diante da relação inversa entre o tamanho da amostra e o risco
de amostragem (vista acima). O examinador aqui foi maldoso, pois apesar de manter a relação
inversa, alterou o “sentido” dos fatores da afirmação. Percebam:
-- Original da norma: quanto menor o risco que o auditor está disposto a aceitar, maior deve
ser o tamanho da amostra;
-- Assertiva: se o auditor desejar aumentar o risco amostragem, deve diminuir o tamanho da
amostra
Ora, fica difícil supor que um auditor desejaria aumentar o risco de amostragem. Independente
disso, a relação inversa foi preservada, daí a correção da assertiva. Reparem que mais uma vez
não era preciso ler o enunciado para chegar a essa conclusão e, por consequência, ao gabarito
da questão.
Letra C: ERRADA. Esse é um dos principais objetivos da auditoria interna, segundo a NBC TI 01.
Vejam que não era preciso ler o enunciado para eliminar esta alternativa.
Letra D: ERRADA. Esses são os chamados “pontos fora da curva”. Não há, nas normas de
auditoria, óbices (impedimentos) para tal exclusão. Podemos considerar, em termos
estatísticos, que essa eliminação é uma boa prática. Reparem que mais uma vez o enunciado é
de pouca valia.
Letra E: ERRADA. A forma como foi conduzido o trabalho poderia subsidiar qualquer tipo de
auditoria.
Gabarito: “B”.
29. (FCC – DPE AM / Analista Ciências Contábeis – 2018)
Risco de amostragem pode ser definido como
a) o risco de que a conclusão do auditor seja errônea por empregar inadequadamente a técnica
de circularização.
b) o risco de que a conclusão do auditor tenha sido tomada sujeitando toda a população ao
mesmo procedimento de auditoria.
c) o risco de que a conclusão do auditor, com base em amostra, pudesse ser igual se toda a
população fosse sujeita ao mesmo procedimento de auditoria.
d) o risco de que a conclusão do auditor, com base em amostra, pudesse ser diferente se toda
a população fosse sujeita ao mesmo procedimento de auditoria.
e) a distorção ou o desvio que é comprovadamente não representativo de distorção ou desvio
em uma população.
Comentários
De acordo com a NBC TA 530, o Risco de amostragem é o risco de que a conclusão do auditor,
com base em amostra, pudesse ser diferente se toda a população fosse sujeita ao mesmo
procedimento de auditoria. Gabarito então é a letra D.
As letras A, B e C fazem confusão com a definição acima. A letra E traz o conceito de Anomalia.
Gabarito: “D”.
30. (FCC – TRT 11ª Região / Analista Judiciário – Contabilidade – 2017)
Considere as afirmativas abaixo sobre amostragem em auditoria.
I. Amostragem de auditoria é a aplicação de procedimentos de auditoria sobre uma parte da
totalidade dos itens que compõem o saldo de uma conta ou classe de transações.
II. Ao usar o método de amostragem estatística, ou não, deve ser projetada e selecionada uma
amostra que possa proporcionar evidência de auditoria suficiente e apropriada.
III. A amostra selecionada pelo auditor deve ter uma relação direta com o volume de transações
realizadas, como também com os efeitos da avaliação patrimonial e financeira e o resultado
por ela obtido no período.
Está correto o que se afirma em:
a) I e III, apenas.
b) II e III, apenas.
c) I, II e III.
d) I e II, apenas.
e) III, apenas.
Comentários
Item I – Correto. Está bem de acordo com a definição de Amostragem em Auditoria que vimos
anteriormente. (Aplicação de procedimentos em menos de 100% dos itens de população
relevante, de maneira que todas as unidades de amostragem tenham a mesma chance de
serem selecionadas para proporcionar uma base razoável que possibilite o auditor concluir
sobre toda a população – NBC TA 530 item 5). É bem verdade que o item é a literalidade da
definição de amostragem prevista na norma antiga (NBC T 11.11). Vejam que os conceitos são
bem semelhantes.
Item II – Correto, nos exatos termos do item 11.11.1.6 da norma antiga (NBC T 11.11). Podemos
entender como correto mesmo sob a ótica das norma atuais, senão vejamos:
De acordo com a NBC TA 500, “o auditor, ao efetuar a seleção de itens para obtenção de
evidência de auditoria apropriada e suficiente, dispõe dos seguintes meios:
(a) seleção de todos os itens (exame de 100% - também chamada de procedimento censitário);
(b) seleção de itens específicos; e
(c) amostragem de auditoria”.
Ora, pelo exposto, a amostragem (que pode ser estatística ou não estatística) é um meio para
obtenção de evidências apropriadas e suficientes.
Item III – Correto, também nos exatos termos do item 11.11.2.1.1 da norma antiga (NBC T
11.11). Essa já fica difícil de ser respaldada por trechos das normas hoje vigentes.
Reparem como é comum, infelizmente, questões de auditoria trazerem trechos de normas
revogadas. A NBC T 11.11 foi revogada pela NBC TA 200 – Objetivos Gerais do Auditor. Não
estamos aqui para brigar com a banca, meus amigos!
Gabarito: “C”.
Comentários
Como comentado ao longo da aula, seleção sistemática é aquela em que a quantidade de
unidades de amostragem na população é dividida pelo tamanho da amostra para dar um
intervalo de amostragem como, por exemplo, 50, e após determinar um ponto de início dentro
das primeiras 50, toda 50ª unidade de amostragem seguinte é selecionada.
Gabarito: “D”.
e) O tamanho da amostra deve ser determinado pela aplicação de fórmula estatística, não
cabendo o exercício de julgamento profissional, pois esse procedimento seria subjetivo.
Comentários
Analisando cada assertiva:
A: ERRADA. O processo de dividir uma população em subpopulações, cada uma sendo um
grupo de unidades de amostragem com características semelhantes (geralmente valor
monetário), é denominado estratificação. Seleção com base consiste, basicamente, em
identificar a unidade de amostragem como unidades monetárias individuais que compõem a
população.
B: ERRADA. Essa é a seleção ao caso.
C: CERTA. As 2 abordagens (estatística e não estatística) são plenamente válidas em auditoria.
D: ERRADA. O tamanho da amostra é afetado pelo nível de risco de amostragem que o auditor
está disposto a aceitar.
E: ERRADA. Nem sempre isso é verdade! Por vezes, o auditor utiliza a abordagem não
estatística.
Gabarito: “C”.
36. (CESPE / SEFAZ SE – 2022)
À divisão de uma população em subpopulações que constituam grupos de unidade de
amostragem com características similares denomina-se
a) amostra.
b) amostragem em auditoria.
c) amostragem estatística.
d) estratificação.
e) subpopulação.
Comentários
Estratificação é o processo de dividir uma população em subpopulações, cada uma sendo um
grupo de unidades de amostragem com características semelhantes (geralmente valor
monetário).
Gabarito: “D”.
37. (CESPE / DPDF – 2022)
Com relação aos procedimentos de auditoria, julgue o item que se segue.
A estratificação da população consiste em sua divisão em grupos com características
semelhantes, e pode ser utilizada pelo auditor como estratégia para a redução do tamanho da
amostra.
Comentários
Estratificação é o processo de dividir uma população em subpopulações, cada uma sendo um
grupo de unidades de amostragem com características semelhantes (geralmente valor
monetário).
O objetivo da estratificação é o de reduzir a variabilidade dos itens de cada estrato e, portanto,
permitir que o tamanho da amostra seja reduzido sem aumentar o risco de amostragem.
Item, portanto, certo.
Gabarito: “CERTO”.
38. (CESPE / PGE RJ – 2022)
Considerando a busca pela eficiência e eficácia dos trabalhos da auditoria, julgue o item.
A amostra por estratificação é usada quando o exame de itens de valor apresenta grande
variabilidade.
Comentários
Como vimos, o objetivo da estratificação é o de reduzir a variabilidade dos itens de cada
estrato e, portanto, permitir que o tamanho da amostra seja reduzido sem aumentar o risco
de amostragem.
Adicionalmente, vimos que a estratificação é usualmente utilizada juntamente com a seleção
com base em valor. Segundo a NBC TA 530, na execução dos testes de detalhes, a população é
geralmente estratificada por valor monetário. Isso permite que o trabalho maior de auditoria
possa ser direcionado para os itens de valor maior, uma vez que esses itens podem conter
maior potencial de distorção em termos de superavaliação.
Gabarito: “CERTO”.
39. (CESPE / PGE RJ – 2022)
Considerando a busca pela eficiência e eficácia dos trabalhos da auditoria, julgue o item.
A auditoria deve auditar todos os processos da organização.
Comentários
Em auditoria, há diferentes meios para selecionar itens, testá-los, e obter evidência apropriada
e suficiente. A seleção de todos os itens é um desses meios, havendo outros igualmente válidos
(amostragem, por exemplo). Logo, não se pode dizer que a auditoria deve (sempre) auditar
todos os processos da organização.
Como vimos, ao efetuar a seleção de itens para obtenção de evidência de auditoria apropriada
e suficiente, dispõe dos seguintes meios:
(a) seleção de todos os itens (exame de 100% - também chamada de procedimento censitário);
(b) seleção de itens específicos; e
(c) amostragem de auditoria.
Gabarito: “ERRADO”.
40. (CESPE / PGE RJ – 2022)
Considerando a busca pela eficiência e eficácia dos trabalhos da auditoria, julgue o item.
Nos testes de amostragem, o objeto de estudo cresce linearmente com o tamanho da
população.
Comentários
Ao dizer que o objeto de estudo, ou seja, a amostra e seu tamanho, cresce linearmente com o
tamanho da população, o examinador sugere que há uma relação direta entre a quantidade de
unidades de amostragem da população e o tamanho da amostra. Como vimos, isso não é
verdade.
Há, de fato, uma relação, ou efeito, negligenciável entre a quantidade de unidades de
amostragem e o tamanho da amostra.
É que para populações grandes, o tamanho real da população (e, por consequência, da
quantidade de unidades de amostragem) tem pouco efeito, se houver, no tamanho da
amostra. Já para pequenas populações, a amostragem de auditoria pode nem ser o meio mais
eficiente para se obter evidência de auditoria.
Gabarito: “ERRADO”.
41. (CESPE / Apex Brasil – 2021)
De acordo com as Normas Brasileiras de Contabilidade, o método de seleção da amostra em
que a quantidade de unidades de amostragem na população é dividida pelo tamanho da
amostra, com vistas a estabelecer um intervalo de amostragem que servirá de guia para a
seleção dos componentes da amostra, a partir de um ponto de início que pode ser determinado
ao acaso, denomina-se
a) seleção ao acaso.
b) seleção de bloco.
c) seleção por meio de estratificação.
d) seleção sistemática.
Comentários
Seleção sistemática é aquele em que a quantidade de unidades de amostragem na população
é dividida pelo tamanho da amostra para dar um intervalo de amostragem como, por exemplo,
50, e após determinar um ponto de início dentro das primeiras 50, toda 50ª unidade de
amostragem seguinte é selecionada. Embora o ponto de início possa ser determinado ao acaso,
é mais provável que a amostra seja realmente aleatória se ela for determinada pelo uso de um
gerador computadorizado de números aleatórios ou de tabelas de números aleatórios.
Gabarito: “D”.
42. (CESPE / SEFAZ CE – 2021)
Como vimos, em relação aos testes de detalhes, a distorção projetada mais a distorção
anômala, quando houver, é a melhor estimativa do auditor de distorção na população.
Distorção na população = distorção projetada + distorção anômala
O item inverte a expressão acima, ao dizer que a distorção anômala é igual a distorção na
população mais a distorção projetada.
Gabarito: “Errado”.
45. (CESPE / SEFAZ CE – 2021)
Considerando a Norma Técnica para Amostragem de Auditoria, julgue o item a seguir.
Na avaliação do resultado da amostragem de auditoria, para os testes de controles, uma taxa
de desvio da amostra inesperadamente alta pode levar a um aumento no risco identificado de
distorção relevante.
Comentários
No contexto da avaliação do resultado, especificamente em relação aos testes de controle,
uma taxa de desvio da amostra inesperadamente alta pode levar a um aumento no risco
identificado de distorção relevante, a menos que sejam obtidas evidências adicionais de
auditoria que comprovem a avaliação inicial.
Gabarito: “Certo”.
46. (CESPE / SEFAZ CE – 2021)
Considerando a Norma Técnica para Amostragem de Auditoria, julgue o item a seguir.
A eficiência da auditoria pode ser melhorada se o auditor estratificar a população dividindo-a
em subpopulações distintas que tenham característica similares, sendo a população, na
execução dos testes de detalhes, estratificada sempre pelo valor monetário, pois isso permite
que o trabalho de auditoria possa ser direcionado para os itens de maior valor, uma vez que
esses podem conter maior potencial de distorção em termos de superavaliação.
Comentários
Questão quase correta, não fosse a expressão “SEMPRE”. No próprio conceito de
estratificação, aprendemos que a população é subdividida em populações de características
semelhantes, GERALMENTE valor monetário.
Ademais, o Apêndice 1 da NBC TA 530 estatui que, na execução dos testes de detalhes, a
população é geralmente estratificada por valor monetário. Isso permite que o trabalho maior
de auditoria possa ser direcionado para os itens de valor maior, uma vez que esses itens podem
conter maior potencial de distorção em termos de superavaliação.
Na sequência, a própria NBC TA 530 apresenta uma forma alternativa de se estratificar a
população, como é o caso da idade (prazo de vencimento mais curto ou mais longo) dos saldos
de provisão para créditos de liquidação duvidosa. Vejamos:
Da mesma forma, a população pode ser estratificada de acordo com uma característica
específica que indica maior risco de distorção como, por exemplo, no teste da provisão para
créditos de liquidação duvidosa na avaliação de contas a receber, os saldos podem ser
estratificados por idade.
Gabarito: “Errado”.
47. (CESPE / SEFAZ AL – 2021)
Julgue o item que se seguem, a respeito das normas brasileiras de contabilidade de auditoria.
Ao identificar distorção em amostra de dados de determinado grupo patrimonial, o auditor,
para classificar essa distorção como anomalia, deverá obter alto nível de certeza de que o
conjunto de dados não é representativo para a população avaliada.
Comentários
Segundo a NBC TA 530, em circunstâncias extremamente raras, quando o auditor considera
que uma distorção ou um desvio descobertos na amostra são anomalias, o auditor deve obter
um alto grau de certeza de que essa distorção ou esse desvio não sejam representativos da
população.
Gabarito: “Certo”.
48. (CESPE / SEFAZ AL – 2021)
Julgue o item que se seguem, a respeito das normas brasileiras de contabilidade de auditoria.
O auditor determina a distorção tolerável da amostra de auditoria em cada grupo patrimonial;
assim, a distorção tolerável de um grupo patrimonial poderá ter valor maior do que o da
materialidade na execução da auditoria avaliada como um todo.
Comentários
A distorção tolerável pode ter o mesmo valor ou valor menor do que o da materialidade na
execução da auditoria.
Gabarito: “Errado”.
49. (CESPE / SEFAZ AL – 2021)
Julgue o item que se seguem, a respeito das normas brasileiras de contabilidade de auditoria.
Para testes de controles, é necessária projeção explícita dos desvios de amostra, porque a taxa
projetada para a amostra é distinta daquela estabelecida para a população como um todo.
Comentários
Para os testes de detalhes, o auditor deve projetar, para a população, as distorções
encontradas na amostra.
Já para os testes de controles, não é necessária qualquer projeção explícita dos desvios, uma
vez que a taxa de desvio da amostra também é a taxa de desvio projetada para a população
como um todo.
Gabarito: “Errado”.
50. (CESPE / TCE-RJ – 2021)
No que se refere ao plano de auditoria baseado no risco, julgue os itens subsequentes.
Para que o auditor possa estabelecer o tamanho da amostra necessária à redução do risco, ele
pode valer-se da amostragem não estatística com vistas a avaliar com precisão a probabilidade
de erro.
Comentários
A amostragem em auditoria pode utilizar 02 (dois) tipos de abordagens: a estatística (ou
probabilística) e a não estatística (ou não probabilística).
Amostragem estatística é que prevê seleção aleatória dos itens que compõem a amostra e uso
da teoria das probabilidades para avaliar os seus resultados.
Amostragem não estatística é aquela que não prevê os elementos mencionados acima (seleção
aleatório de itens e uso da teoria das probabilidades), em que o auditor utiliza o seu julgamento
para seleção dos itens que irão compor a amostra.
Nesse sentido, a abordagem de amostragem em que o auditor pode avaliar com precisão (de
maneira “científica”) a probabilidade de erro é a estatística (ao invés da não estatística, como
afirma o enunciado).
Gabarito: “ERRADO”.
51. (CESPE / CODEVASF – 2021)
Determinado auditor, durante a fase de planejamento da auditoria, determinou como erro
tolerável distorções de até 0,5% por contas, desde que não superiores a 1% por grupo de
contas. A tabela a seguir mostra a composição do ativo circulante da empresa auditada.
Caso o auditor tenha suspeita de uma distorção dos registros contábeis de um dos fundos de
investimentos que represente 5% do total das aplicações financeiras, será adequado ele
realizar uma amostragem casual dos fundos que compõem a conta aplicações de curto de
prazo.
Comentários
A suspeita da distorção relacionada a 01 (um) fundo de investimento, sozinho, representa 5%
do total das aplicações financeiras (curto e longo prazo). Nesse sentido, não faria sentido
aplicar uma amostragem apenas na conta aplicações de curto prazo. Não há elementos no
enunciado que nos façam crer que essa á uma estratégia adequada.
As normas hoje em vigor trazem a chamada seleção ao acaso, que é aquela em que o auditor
seleciona os itens da amostra sem seguir uma técnica estruturada. As normas revogadas
mencionam a seleção casual, que é feita a critério do auditor, baseada em sua experiência
profissional.
Gabarito: “ERRADO”.
52. (CESPE / CODEVASF – 2021)
Determinado auditor, durante a fase de planejamento da auditoria, determinou como erro
tolerável distorções de até 0,5% por contas, desde que não superiores a 1% por grupo de
contas. A tabela a seguir mostra a composição do ativo circulante da empresa auditada.
Caso o auditor encontre um desfalque de R$ 240.000 no caixa, não será possível afirmar que
esse desfalque está dentro do erro esperado.
Comentários
O enunciado afirma que o erro tolerável é de 0,5% por contas.
No caso da conta caixa, portanto, o erro tolerável é de 25.000 (5.000.000 x 0,005 = 25.000).
O desfalque encontrado, no valor de R$ 240.000, não está dentro do erro tolerável. Portanto,
de fato, não seria possível afirmar que o desfalque está dentro do erro tolerável.
A questão afirma que não é possível afirmar que o desfalque está dentro do erro esperado.
Ora, a questão não fornece nenhum dado sobre o erro esperado, de maneira que não se pode
afirmar que o desfalque está dentro dessa variável (erro esperado). Afinal, nem sabemos qual
o valor do erro esperado.
Não se pode confundir os conceitos de erro tolerável e esperado. Vamos relembrar os
ensinamentos da já revogada NBC T 11.11:
Erro tolerável é o erro máximo na população que o auditor está disposto a aceitar e, ainda
assim, concluir que o resultado da amostra atingiu o objetivo da auditoria. O erro tolerável é
considerado durante o estágio de planejamento e, para os testes substantivos, está relacionado
com o julgamento do auditor sobre relevância. Quanto menor o erro tolerável, maior deve ser
o tamanho da amostra.
Erro esperado é o erro que o auditor espera encontrar.
Gabarito: “CERTO”.
53. (CESPE / CODEVASF – 2021)
Determinado auditor, durante a fase de planejamento da auditoria, determinou como erro
tolerável distorções de até 0,5% por contas, desde que não superiores a 1% por grupo de
contas. A tabela a seguir mostra a composição do ativo circulante da empresa auditada.
Considere que, na situação em apreço, o auditor, depois de ter realizado inspeção em uma
amostra dos estoques, tenha admitido, incorretamente, que o saldo da conta estava
relevantemente distorcido, o qual efetivamente não estava. Nesse caso, o auditor incorreu no
risco de amostragem de rejeição incorreta.
Comentários
Na situação em tela, o auditor concluiu que um saldo estava distorcido, quando – na realidade
– não estava. Esse é, de fato, o risco de rejeição incorreta. O risco de rejeição incorreta significa
que, em primeiro momento, ao utilizar a amostra, o auditor conclui que um saldo de contas
está relevantemente distorcido, quando na verdade não está. Em outros termos, o auditor
rejeitou a amostra incorretamente (considerou que ali havia distorções relevantes, quando elas
não existiam).
O outro tipo de risco de amostragem, o risco de aceitação incorreta, significa que o auditor
aceitou, inicialmente, a amostra, ou seja, não encontrou distorção relevante no saldo de
contas, quando na verdade havia distorção.
Gabarito: “CERTO”.
54. (CESPE / SEFAZ DF – 2020)
Com relação a planos, procedimentos e amostragem de auditoria, julgue o item a seguir.
O risco de amostragem em auditoria está associado ao desvio não representativo do desvio
existente em uma população.
Comentários
Risco de amostragem é o risco de que a conclusão do auditor, com base em amostra, seja
diferente da conclusão a que o auditor chegaria caso toda a população fosse sujeita ao mesmo
procedimento
Gabarito: “ERRADO”.
55. (CESPE / SEFAZ AL – 2020)
Situação hipotética: Determinado auditor, após realizar conferência de cálculos, concluiu que
o saldo da conta de estoques estava relevantemente distorcido, embora o saldo não estivesse
efetivamente nessa condição.
Assertiva: Nesse caso, o auditor incorreu no risco de aceitação incorreta.
Comentários
Risco de aceitação incorreta é aquele em que o auditor aceita, inicialmente, o resultado da
amostra (ou seja, conclui que um saldo de contas não está relevantemente distorcido), quando
– na realidade – existe distorção relevante.
A situação trazida pelo item se refere ao risco de rejeição incorreta.
Gabarito: “ERRADO”.
56. (CESPE / SEFAZ AL – 2020)
A adoção de amostragem em auditoria implica a admissão da existência de diferentes tipos de
erros; nos testes de observância, o erro tolerável é o erro monetário máximo no saldo de uma
conta.
Comentários
Nos testes de observância, que são aqueles que buscam evidências em relação ao efetivo
funcionamento dos controles internos, o erro tolerável está associado à taxa máxima de desvio
de um procedimento de controle estabelecido que o auditor está disposto a aceitar, baseado
na avaliação preliminar de risco de controle.
O erro monetário máximo, a que o item se refere, é o erro tolerável no contexto dos testes
substantivos (e não dos testes de observância).
Gabarito: “ERRADO”.
57. (CESPE / SEFAZ RS – 2019)
Em auditoria, o tamanho da amostra é influenciado por vários fatores, mas deve possibilitar
que o auditor faça inferências sobre toda a população. Entre esses fatores, aquele que
possibilita reduzir o tamanho da amostra é o aumento
a) na taxa tolerável de desvio.
b) na taxa esperada de desvio da população a ser testada.
c) na quantidade de unidades de amostragem na população.
d) na extensão dos riscos de controle, incluídos os controles considerados relevantes na
avaliação de riscos do auditor.
e) no nível de segurança, conforme o qual a taxa tolerável de desvio não seja excedida pela
taxa real de desvio na população.
Comentários
Questão trata dos fatores que alteram o tamanho da amostra. Nesse tipo de questão, temos
que ficar atentos a qual o efeito provocado na amostra quando determinado fator é alterado,
ou seja, se ele possui relação direta ou inversa com seu tamanho.
Os apêndices 2 e 3 da NBC TA 530 trazem quadros que resumem a influência desses fatores no
tamanho da amostra. Veja:
Avaliação de
Avaliação do risco
riscos considera
Direta de distorção Direta
os controles
relevante
relevantes
Taxa tolerável de
Inversa Distorção tolerável Inversa
desvio
Valor da distorção
Taxa esperada de
Direta que o auditor Direta
desvios
espera encontrar
Letra B: se a taxa esperada de desvio aumenta, sinal de que o auditor precisa se precaver
aumentando o tamanho da amostra (relação é direta).
Letra C: esse é um fator que possui efeito negligenciável em relação ao tamanho da amostra,
tanto para testes de controle quanto para testes de detalhes.
Letra D: quanto mais segurança o auditor pretende obter da efetividade operacional dos
controles, maior deve ser o tamanho da amostra.
Letra E: quanto maior for o nível de segurança esperado de que os resultados da amostra sejam
de fato indicativos com relação à incidência real de desvio na população, maior deve ser o
tamanho da amostra.
Gabarito: “A”.
58. (CESPE / CGE CE – Auditor de Controle Interno – 2019)
Considerando o uso de amostragem na realização de testes de controle, o fator que, mantidos
todos os demais constantes, acarreta redução do tamanho necessário da amostra a ser
realizada é o aumento
a) da extensão na qual a avaliação de risco do auditor leva em consideração os controles
relevantes.
b) da taxa esperada de desvio da população a ser testada.
c) do nível de segurança desejado pelo auditor de que a taxa real de desvio na população não
exceda a taxa tolerável.
d) da quantidade de unidades de amostragem em populações grandes.
e) da taxa tolerável de desvio definida pelo auditor.
Comentários
O enunciado pede um fator que possua relação inversa com o tamanho da amostra (“fator
que...acarreta redução do tamanho da amostra...é o aumento do”). Os Apêndices da NBC TA
530 separam a influência de diversos fatores na aplicação dos testes de controles e dos testes
de detalhes. Para analisar questões desse tipo, basta compreender o efeito de cada fator em
relação ao tamanho da amostra (podemos, em termos práticos, até mesmo desconsiderar se
estamos diante de testes de controles ou testes de detalhes).
Analisando cada assertiva:
Letra A: se a avaliação de risco (basta se prender a essa expressão) é aumentada, o auditor tem
que se precaver, aumentando também o tamanho da amostra (relação direta).
Letra B: se a taxa esperada de desvio aumenta (espera-se mais desvios), sinal de que o auditor
precisa se resguardar, aumentando o tamanho da amostra (relação é direta).
Letra C: quanto mais segurança o auditor pretende obter (qualquer que seja), maior deve ser
o tamanho da amostra (relação direta).
Letra D: esse é um fator que possui efeito negligenciável em relação ao tamanho da amostra,
tanto para testes de controle quanto para testes de detalhes.
Letra E: se o auditor aumenta a taxa tolerável de desvio (que é taxa de desvio dos
procedimentos de controles internos que o auditor define como máxima), ele pode reduzir o
tamanho da amostra. Nesse cenário, o auditor está – de alguma maneira – tolerando maiores
níveis de desvios – o que justificaria uma amostra menor.
Gabarito: “E”.
59. (CESPE / CGE CE – Auditor de Controle Interno – 2019)
Ao dividir um conjunto de registros contábeis em diferentes grupos de unidades com
características semelhantes, o auditor independente estará utilizando o procedimento de
a) população.
b) anomalia.
c) estratificação.
d) unidade de amostragem.
e) distorção tolerável.
Comentários
Questão bem tranquila que traz no enunciado o processo de estratificação. Vejamos mais uma
vez:
Estratificação: É o processo de dividir uma população em subpopulações, cada uma sendo um
grupo de unidades de amostragem com características semelhantes (geralmente valor
monetário).
Gabarito: “C”.
60. (CESPE – Perito Criminal da Polícia Federal/Área 1/ Ciências Contábeis - 2018)
Julgue os itens a seguir, relativos aos trabalhos de auditoria e perícia.
Na definição do tamanho da amostra que o auditor utilizará para formar sua opinião sobre as
demonstrações contábeis da auditada, quanto maior for o valor da distorção esperada na
população analisada, maior deverá ser o tamanho da amostra.
Comentários
O tamanho da amostra selecionada pelo auditor deve ter uma relação direta com o valor da
distorção esperada (ou “distorção que o auditor espera encontrar”) nas transações realizadas
pela entidade. Assim, quanto maior for o valor da distorção esperada na população analisada,
maior deverá ser o tamanho da amostra. A fundamentação para tal entendimento está
expressa no Apêndice 3 da NBC TA 530.
Gabarito: “CERTO”.
61. (CESPE – Analista Judiciário (STM)/Contabilidade/Apoio Especializado – 2018)
Acerca do controle interno no setor público federal, da auditoria interna e seus papéis de
trabalho, julgue o item a seguir.
A amostragem não probabilística, apesar de não permitir tratamento estatístico, pode ser
utilizada em uma auditoria, propiciando a generalização dos resultados obtidos.
Comentários
A primeira parte da questão “a amostragem não probabilística, apesar de não permitir
tratamento estatístico, pode ser utilizada em uma auditoria” está correta e de acordo com o
que preveem as normas técnicas de Auditoria, especialmente a NBC TA 530.
A amostragem em auditoria pode ser estatística (o que pressupõe seleção aleatória e uso da
teoria das probabilidades para a avaliação dos resultados) e não estatística. Pela amostragem
estatística, os itens da amostra são selecionados de modo que cada unidade de amostragem
tenha uma probabilidade conhecida e diferente de zero de ser selecionada. Pela amostragem
não estatística, o julgamento é usado para selecionar os itens da amostra.
Já a parte final (“propiciando a generalização dos resultados obtidos”) está errada. Apesar de
tal entendimento não estar previsto de forma expressa na NBC TA 530, ele encontra respaldo
em posicionamentos doutrinários e em normas de auditoria governamental. O CESPE vem
adotando tal posicionamento de forma reiterada.
Observem o que diz a IN SFC nº 01/2001:
A principal característica do método de amostragem não-probabilístico é que este se baseia,
principalmente, na experiência do servidor, sendo assim, a aplicação de tratamento estatístico
a seus resultados se torna inviável, bem como a generalização dos resultados obtidos através
da amostra para a população.
Gabarito: “ERRADO”.
62. (CESPE– Analista Judiciário (TRE BA)/Contabilidade/ Administrativa - 2010)
Acerca de objetivos, técnicas e procedimentos de auditoria, julgue o próximo item.
É recomendável o emprego da amostragem estatística quando os itens da população
apresentarem características heterogêneas.
Comentários
Há um erro sutil na questão, uma vez que a amostragem estatística é utilizada quando os itens
da população apresentam características HOMOGÊNEAS. Crepaldi, em sua obra, na versão
digital, “Auditoria Contábil: teoria e prática. 10ª ed. São Paulo: Atlas, 2016, p.111/195”
explicita que:
“Amostragem estatística é aquela em que a amostra é selecionada cientificamente com a
finalidade de que os resultados obtidos possam ser estendidos ao conjunto de acordo com a
teoria da probabilidade ou as regras estatísticas. O emprego de amostragem estatística é
recomendável quando os itens da população apresentam características homogêneas.”
[Grifos nossos]
Gabarito: “ERRADO”.
63. (CESPE – Auditor (FUB) – 2013)
Julgue o item seguinte, relativo à amostragem estatística.
O exame de todos os documentos ou operações pode ser desejável e adequado quando esses
documentos ou operações forem poucos e de valor unitário elevado, ou, também, quando
houver risco relevante e outros meios não oferecerem evidência de auditoria apropriada e
suficiente.
Comentários
Ao efetuar a seleção de itens para obtenção de evidência de auditoria apropriada e suficiente,
dispõe dos seguintes meios:
(a) seleção de todos os itens (exame de 100% - também chamada de procedimento censitário);
(b) seleção de itens específicos; e
(c) amostragem de auditoria.
De acordo com a NBC TA 500 – Evidência de Auditoria, a seleção de todos os itens pode ser
apropriada quando, por exemplo:
- A população constitui um número pequeno de itens de grande valor;
- Há um risco significativo e outros meios não fornecem evidência de auditoria apropriada e
suficiente; ou
- A natureza repetitiva de um cálculo ou outro processo executado automaticamente por
sistema de informação torna um exame de 100% eficiente quanto aos custos.
Gabarito: “CERTO”.
64. (CESPE – Auditor (FUB) – 2013)
Julgue o item seguinte, relativo à amostragem estatística.
No caso de um auditor se deparar com grandes populações, deverá aumentar
proporcionalmente o tamanho da amostra, para assegurar o mesmo grau de confiança que
alcançaria no caso de uma população pequena.
Comentários
De acordo com a NBC TA 530, “para populações grandes, o tamanho real da população tem
pouco efeito, se houver, no tamanho da amostra.” Ainda, de acordo com os Apêndices 2 e 3 do
normativo mencionado, tanto para os testes de controle quanto para os testes de detalhes a
quantidade de unidades de amostragem da população tem efeito negligenciável em relação ao
tamanho da amostra.
Gabarito: “ERRADO”.
65. (CESPE – Auditor de Controle Externo (TCE-PA)/Administração/ Fiscalização – 2016)
Com relação aos instrumentos de fiscalização da auditoria bem como ao seu planejamento e à
sua execução, julgue o item seguinte.
A amostragem estatística, por permitir a generalização de evidências encontradas pelo auditor
a partir de uma amostra da população examinada, é especialmente recomendada a situações
em que os itens objetos do trabalho apresentam características marcadamente distintas.
Comentários
A amostragem estatística é recomendada a situações cujos itens objetos do trabalho
apresentam características homogêneas (ou semelhantes) – e não “distintas”, como diz o
enunciado.
Segundo a NBC TA 530, “amostragem em auditoria é a aplicação de procedimentos de auditoria
em menos de 100% dos itens de população relevante para fins de auditoria, de maneira que
todas as unidades de amostragem tenham a mesma chance de serem selecionadas para
proporcionar uma base razoável que possibilite o auditor concluir sobre toda a população”.
Crepaldi explicita que:
“Amostragem estatística é aquela em que a amostra é selecionada cientificamente com a
finalidade de que os resultados obtidos possam ser estendidos ao conjunto de acordo com a
teoria da probabilidade ou regras estatísticas. O emprego de amostragem estatística é
recomendável quando os itens da população apresentam características homogêneas”.
[Auditoria Contábil: teoria e prática. 10ª ed. São Paulo: Atlas, 2016, p.110] [Grifo nosso]
Gabarito: “ERRADO”.
66. (CESPE – Auditor de Controle Externo (TCE-PA)/Administração/ Administrativa – 2016)
Com relação ao planejamento da auditoria, julgue o item subsequente.
A importância da amostragem estatística aplicada à auditoria reside no fato de que a amostra
examinada é selecionada cientificamente, o que implica dizer que os resultados obtidos são
considerados válidos para a população, isto é, para o conjunto dos dados existentes. O método
permite, assim, limitar a extensão dos testes realizados.
Comentários
Assertiva está alinhada com a NBC TA 530, bem como com o posicionamento doutrinário que
acabamos de ver na questão anterior.
Segundo o normativo mencionado, “amostragem em auditoria é a aplicação de procedimentos
de auditoria em menos de 100% dos itens de população relevante para fins de auditoria, de
maneira que todas as unidades de amostragem tenham a mesma chance de serem
selecionadas para proporcionar uma base razoável que possibilite o auditor concluir sobre toda
a população”.
Crepaldi explicita que:
“Amostragem estatística é aquela em que a amostra é selecionada cientificamente com a
finalidade de que os resultados obtidos possam ser estendidos ao conjunto de acordo com a
FATOR EFEITO NO
TAMANHO DA
AMOSTRA
Gabarito: “ERRADO”.
69. (CESPE / TCU – Auditor Federal de Controle Externo – 2013)
No que concerne ao planejamento da auditoria, julgue o item seguinte.
Recomenda-se o emprego de amostragem estatística na auditoria, exceto em casos de amostra
extensa, difícil mensuração das características da população e desnecessidade de alta precisão.
Comentários
Assertiva diz que a amostragem (estatística) é recomendada, EXCETO em casos de: amostra
extensa; difícil mensuração das características da população; e desnecessidade de alta
precisão. Em outras palavras, a assertiva diz que nesses casos não se recomenda amostragem.
De acordo com a IN SFC nº 01/2001, existem casos onde não se recomenda a utilização de
amostragem, tais como:
a) quando a população é considerada muito pequena e a sua amostra fica relativamente
grande;
b) quando as características da população são de fácil mensuração, mesmo que a população
não seja pequena; e
c) quando há necessidade de alta precisão recomenda-se fazer censo, que nada mais é do que
o exame da totalidade da população.
Pelo exposto, vê-se que a assertiva erra ao dizer que não se deve usar amostragem quando há
difícil mensuração das características da população (temos o contrário, ou seja, não se deve
usar amostragem quando há facilidade de mensuração das características da população), bem
como diante da desnecessidade de alta precisão (mais uma vez temos o contrário, ou seja, não
se deve usar amostragem quando se exige alta precisão).
Gabarito: “ERRADO”.
70. (VUNESP / ISS GUARULHOS – 2019)
São características da amostragem estatística:
(A) seleção da amostra a critério do auditor.
(B) inexistência de risco de amostragem.
(C) seleção da amostra com base no conhecimento da empresa a ser auditada.
(D) uso da teoria de probabilidades para avaliar os resultados.
(E) seu uso é indicado quando a população a ser auditada é pequena.
Comentários
Comentários: questão bem tranquila. De acordo com a NBC TA 530, Amostragem estatística é
a abordagem à amostragem com as seguintes características:
(a) seleção aleatória dos itens da amostra; e
(b) o uso da teoria das probabilidades para avaliar os resultados das amostras, incluindo a
mensuração do risco de amostragem.
Gabarito: “D”.
71. (VUNESP / TJ SP – Contador Judiciário – 2019)
A respeito do uso de amostras para a realização dos trabalhos de auditoria, assinale a
alternativa correta.
a) A utilização de amostras nos trabalhos de auditoria não é autorizada pelas normas brasileiras
de auditoria por comprometer a imparcialidade que deve orientar os trabalhos do auditor.
b) Ao determinar a extensão de um teste de auditoria ou um método de seleção de itens a
serem testados, não poderão ser empregadas técnicas de amostragem.
c) A utilização de amostragem estatística deve ser evitada nos trabalhos de auditoria por não
permitir segurança suficiente a respeito dos seus achados.
d) Ao usar método de amostragem, estatística ou não, deve ser projetada e selecionada uma
amostra que possa proporcionar evidência de auditoria suficiente e apropriada.
e) Amostra e população são conceitos sinônimos em matéria de procedimentos de auditoria
com base em estatísticas.
Comentários
Analisando cada assertiva:
A: errada. Vimos que a amostragem é plenamente autorizada pelas normas brasileiras de
contabilidade.
c) Risco não resultante da amostragem é o risco de que o auditor chegue a uma conclusão certa
por qualquer outra razão que não seja relacionada ao risco de materialidade.
d) Amostragem estatística é o único procedimento utilizado pelo auditor a fim de selecionar
itens para teste.
e) ao se usar a amostragem em auditoria, o auditor deseja proporcionar uma base razoável
para concluir quanto ao universo selecionado do qual a amostra perfaz o total do item.
Comentários
A: CORRETA. Essa é exatamente a definição de População prevista na NBC TA 530.
B: ERRADA. Amostragem envolve aplicação de procedimentos EM MENOS DE 100% dos itens
da população.
C: ERRADA. O Risco não resultante de amostragem é o risco de que o auditor chegue a uma
conclusão ERRÔNEA por qualquer outra razão que não seja relacionada ao risco de
amostragem.
D: ERRADA. Atentem-se para isso: amostragem estatística não é a única utilizada pelo auditor
para selecionar itens a serem testados. Há ainda a amostragem não estatística.
E: ERRADA. Alternativa mal escrita, talvez de forma proposital para induzi-lo ao erro. De acordo
com a NBC TA 530, o objetivo do auditor, ao usar a amostragem em auditoria, é o de
proporcionar uma base razoável para o auditor concluir quanto à população da qual a
amostra é selecionada.
Gabarito: “A”.
75. (VUNESP / TJ SP – Contador Judiciário – 2015)
Quando a auditoria é feita por amostragem, se o método utilizado para essa amostragem é a
seleção sistemática, então a seleção de itens é
a) por meio da seleção de um ou mais blocos contíguos da população.
b) de tal forma que assegure que todos tenham idêntica probabilidade de serem selecionados.
c) a critério do auditor, com base em sua experiência.
d) com base em valores monetários.
e) procedida de tal maneira que haja sempre um intervalo constante entre cada item
selecionado.
Comentários
A seleção sistemática é aquela em que a quantidade de unidades de amostragem na população
é dividida pelo tamanho da amostra para dar um intervalo de amostragem como, por exemplo,
50, e após determinar um ponto de início dentro das primeiras 50, toda 50ª unidade de
amostragem seguinte é selecionada.
Portanto, nesse método podemos dizer que há um intervalo constante entre cada item
selecionado.
Gabarito: “E”.
76. (VUNESP/ CGM SP – Auditor Municipal de Controle Interno – 2015)
A distorção ou o desvio que é comprovadamente não representativo de distorção ou desvio
em uma população denomina-se
a) amostragem estatística.
b) unidade de amostragem.
c) estratificação.
d) taxa tolerável de desvio.
e) anomalia.
Comentários
De acordo com a NBC TA 530:
Anomalia é a distorção ou o desvio que é comprovadamente não representativo de distorção
ou desvio em uma população.
A norma complementa:
Em circunstâncias extremamente raras, quando o auditor considera que uma distorção ou um
desvio descobertos na amostra são anomalias, o auditor deve obter um alto grau de certeza
de que essa distorção ou esse desvio não sejam representativos da população. O auditor deve
obter esse grau de certeza mediante a execução de procedimentos adicionais de auditoria, para
obter evidência de auditoria apropriada e suficiente de que a distorção ou o desvio não afetam
o restante da população.
Gabarito: “E”.
77. (VUNESP/ Pref. São José Rio Preto – Auditor Fiscal – 2014)
Em relação à amostragem na auditoria, é correto afirmar que
a) a amostragem deve ser sempre efetuada com números aleatórios, para evitar que o auditor
utilize critérios próprios para a seleção dos itens a serem auditados.
b) quanto maior o nível de distorção tolerável aceito nos testes substantivos, maior deve ser o
tamanho da amostra, para que a eficácia e a eficiência do trabalho do auditor sejam
alcançadas.
c) na determinação do tamanho da amostra, um nível de confiança de 95% indica que em
noventa e cinco (95) vezes o resultado será impreciso e em cinco (5) vezes, o resultado será
preciso.
d) o risco da amostragem é o risco de que a conclusão atingida com base na amostra seja igual
ao da conclusão que seria obtida com base no exame da população como um todo.
e) a combinação de uma amostragem estratificada para os itens de maior valor nos
procedimentos (testes) substantivos combinada com a amostragem aleatória para os itens de
menor valor é geralmente um procedimento eficaz, pois permite uma cobertura maior em
termos de valor e um tamanho de amostra menor.
Comentários
Questãozinha bem difícil, que acaba saindo mais facilmente por eliminação. Vejamos cada uma
das assertivas:
A: ERRADA. Já vimos que a amostragem em auditoria pode ser estatística (o que pressupõe
seleção aleatória e uso da teoria das probabilidades para a avaliação dos resultados, incluindo
a mensuração dos riscos de amostragem) e não estatística. Pela amostragem estatística, os
itens da amostra são selecionados de modo que cada unidade de amostragem tenha uma
probabilidade conhecida e diferente de zero de ser selecionada. Pela amostragem não
estatística, o julgamento é usado para selecionar os itens da amostra.
B: ERRADA. Assertiva trata dos fatores que alteram o tamanho da amostra. Nesse tipo de
questão, temos que ficar atentos qual efeito provocado na amostra quando determinado fator
é alterado, ou seja, se ele tem uma relação direta ou inversa, quando comparado ao seu
tamanho.
Os apêndices 2 e 3 da NBC TA 530 trazem quadros que resumem a influência desses fatores no
tamanho da amostra. Compilamos no esquema a seguir as informações mais importantes a
esse respeito.
Avaliação de
Avaliação do risco
riscos considera
Direta de distorção Direta
os controles
relevante
relevantes
Taxa tolerável de
Inversa Distorção tolerável Inversa
desvio
Valor da distorção
Taxa esperada de
Direta que o auditor Direta
desvios
espera encontrar
Comentários:
Pela leitura e interpretação da NBC TA 530, depreende-se que há uma relação inversa entre o
risco de amostragem que o auditor está disposto a aceitar e o tamanho da amostra.
Com isso em mente, teríamos 02 gabaritos possíveis (letras A e B).
Ocorre que a banca privilegiou a literalidade da norma que, em seu item A10 prevê que “O
nível de risco de amostragem que o auditor está disposto a aceitar afeta o tamanho da amostra
exigido. Quanto menor o risco que o auditor está disposto a aceitar, maior deve ser o
tamanho da amostra”.
Tomando por base a literalidade do item acima descrito, nosso gabarito só pode ser a letra A.
Gabarito: “A”.
81. (AOCP / ISS Cariacica – 2020)
Quando um auditor realiza uma seleção com base em valores em que o tamanho, a seleção e
a avaliação da amostra resultam em uma conclusão em valores monetários, esse método de
seleção de amostra é denominado
(A) amostragem de unidade monetária.
(B) seleção sistemática.
(C) seleção aleatória.
(D) seleção de bloco
Comentários:
Enunciado traz o caso de amostragem de unidade monetária, conforme previsto no Apêndice
4 da NBC TA 530. Vamos relembrar:
Gabarito: “A”.
Controle de Qualidade
Como as normas relativas ao controle de qualidade (NBC PA 01 – nova redação e NBC TA 220 R3)
sofreram modificações importantes no final de 2021, as questões aqui comentadas estão baseadas
em versões anteriores. Essas versões anteriores servem de balizador do que pode vir a aparecer com
base nas versões atualmente em vigor.
82. (FGV / IMBEL – Auditor – 2021)
De acordo com a NBC TA 220 (R2) - Controle de Qualidade da Auditoria de Demonstrações
Contábeis, assinale a afirmativa correta.
a) O revisor de controle de qualidade do trabalho de auditoria externa é um sócio ou outro
profissional da firma que faz parte da equipe de trabalho.
b) O quadro técnico compreende os sócios, os auditores independentes que atuam no trabalho
e os auditores internos da entidade, que fornecem assistência direta ao auditor independente.
c) A equipe de trabalho inclui os sócios, os auditores independentes que atuam no trabalho, os
especialistas externos e os consultores contratados.
d) O sócio encarregado do trabalho divide com os auditores externos a responsabilidade pela
qualidade dos trabalhos de auditoria para os quais foi designado.
e) A pessoa externa qualificada é a pessoa que não pertence ao quadro técnico da firma, com
a competência e a habilidade que o habilitariam para a atuar como sócio encarregado do
trabalho.
Comentários
Questão versa sobre algumas definições presentes na NBC TA 220. Vejamos o comentário de
cada assertiva:
Letra A: ERRADA. O revisor do controle de qualidade não pode, em nenhuma hipótese, fazer
parte da equipe de trabalho.
Letra B: ERRADA. Quadro técnico não inclui os sócios.
Letra C: ERRADA. A equipe de trabalho os sócios e o quadro técnico envolvidos no trabalho e
quaisquer pessoas contratadas para executar procedimentos do trabalho. Isso exclui
especialistas externos contratados pela firma ou por firma da mesma rede. Pessoas
contratadas para função de consulto também não fazem parte da equipe de trabalho.
Letra D: ERRADA. Sócio encarregado do trabalho é o sócio ou outra pessoa na firma
responsável pelo trabalho e sua execução, e pelo relatório que é emitido em nome da firma.
O sócio encarregado do trabalho não divide a responsabilidade pela qualidade dos trabalhos
com o auditor. Segundo a NBC TA 220, o sócio encarregado do trabalho deve assumir a
responsabilidade pela qualidade de todos os trabalhos de auditoria para os quais foi
designado.
Letra E: CORRETA. É exatamente isso o que preveem as normas de auditoria. Segundo a NBC
TA 220, pessoa externa qualificada é uma pessoa não pertencente ao quadro técnico da firma
com competência e habilidade que poderia atuar como sócio encarregado do trabalho, por
exemplo, um sócio de outra firma, cujos membros podem realizar auditoria de informações
contábeis históricas, ou de uma organização que fornece serviços relevantes de controle de
qualidade.
As definições previstas nas versões atuais da NBC PA 01 e da NBC TA 220 praticamente não
diferem das versões anteriores. Destacamos que não há mais previsão expressa para o termo
“pessoa externa qualificada” e que o termo antes denominado “quadro técnico”, agora se
chama “quadro de empregados”.
Gabarito: “E”.
83. (FGV / ISS Paulínia – 2021)
De acordo com a NBC TA 220 (R2) - Controle de Qualidade da Auditoria de Demonstrações
Contábeis, o objetivo do auditor é implementar procedimentos de controle de qualidade no
nível do trabalho que forneçam ao auditor segurança razoável de que
a) as demonstrações contábeis como um todo não apresentam distorções, sejam elas causadas
por fraude ou erro.
b) a opinião a respeito das demonstrações contábeis é realizada exclusivamente com base em
conclusões obtidas por meio das evidências de auditoria.
c) a entidade auditada apresenta viabilidade futura e a administração conduz os negócios da
entidade com eficiência.
d) a auditoria está de acordo com as normas técnicas e com as exigências legais e regulatórias
aplicáveis e os relatórios emitidos pelo auditor são apropriados, nas circunstâncias.
e) o trabalho do auditor é conduzido com integridade, objetividade, competência,
confidencialidade, zelo e conduta profissional.
Comentários
O objetivo do auditor no contexto do controle de qualidade da auditoria, previsto na versão
anterior da NBC TA 220 – a versão denominada R2, praticamente não difere do objetivo do
auditor no contexto da gestão da qualidade, previsto na versão atual da NBC TA 220 –
denominada R3. Vejamos:
Versão antiga (R2):
6. O objetivo do auditor é implementar procedimentos de controle de qualidade no nível do
trabalho que forneçam ao auditor segurança razoável de que:
(a) a auditoria está de acordo com normas técnicas e com as exigências legais e regulatórias
aplicáveis; e
(b) os relatórios emitidos pelo auditor são apropriados nas circunstâncias.
Versão atual (R3):
11. O objetivo do auditor é gerir a qualidade no nível do trabalho para obter segurança
razoável de que a qualidade foi alcançada de modo que:
(a) o auditor cumpriu com as suas responsabilidades e conduziu a auditoria, de acordo com as
normas profissionais e com os requisitos legais e regulatórios aplicáveis; e
(b) o relatório do auditor emitido é apropriado nas circunstâncias.
Gabarito: “D”
(b) discutir com o sócio do trabalho e, se aplicável, outros membros da equipe de trabalho,
assuntos significativos e julgamentos significativos feitos no planejamento, na execução e na
elaboração do relatório referente ao trabalho;
(c) (...) revisar a documentação do trabalho selecionada relacionada com julgamentos
significativos feitos pela equipe de trabalho (...)
(g) revisar:
(i) para auditoria de demonstrações contábeis, as demonstrações contábeis e o respectivo
relatório do auditor sobre estas, incluindo, se aplicável, a descrição dos principais assuntos de
auditoria (...)
Gabarito: “D”.
85. (FGV / Pref. Recife – ACI – Finanças Públicas – 2014)
O sistema de controle de qualidade inclui políticas e procedimentos que tratam dos seguintes
elementos:
I. responsabilidades da liderança pela qualidade na firma;
II. exigências éticas relevantes;
III. aceitação e continuidade de relacionamentos com clientes e trabalhos específicos;
IV. recursos humanos;
V. execução do trabalho.
Assinale:
a) se somente os elementos III e V estiverem corretos.
b) se somente os elementos I e II estiverem corretos.
c) se somente os elementos II, III e IV estiverem corretos.
d) se somente os elementos III, IV e V estiverem corretos.
e) se todos os elementos estiverem corretos.
Comentários
Como vimos, a firma deve estabelecer e manter um sistema de controle de qualidade que
inclua políticas e procedimentos que tratam dos seguintes elementos:
(a) responsabilidades da liderança pela qualidade na firma;
(b) exigências éticas relevantes;
(c) aceitação e continuidade do relacionamento com clientes e de trabalhos específicos;
(d) recursos humanos;
(e) execução do trabalho;
(f) monitoramento.
Letra A. ERRADA. Pessoa externa qualificada é uma pessoa de fora da firma (não pertencente
a seu quadro técnico) com competência e habilidade que poderia atuar como sócio
encarregado do trabalho, por exemplo, um sócio de outra firma, cujos membros podem
realizar auditoria de informações contábeis históricas, ou de uma organização que fornece
serviços relevantes de controle de qualidade. (NBC TA 220, item 7) (Grifos nossos).
Letra B. ERRADA. A periodicidade mínima é anual (e não semestral). Veja:
Pelo menos uma vez por ano, a firma deve obter confirmação por escrito do cumprimento de
suas políticas e procedimentos sobre independência de todo o pessoal da firma, que precisa
ser independente por exigências éticas relevantes. (NBC PA 01 - Controle de qualidade para
firmas de auditores independentes, item 24).
Letra C. ERRADA. O período de custódia (ou retenção) da documentação de auditoria é não
inferior a (ou seja, no mínimo) cinco anos (e não quatro) a contar da data do relatório.
Letra D. CORRETA. Essa foi exatamente a definição de equipe de trabalho apresentada na aula.
Letra E. ERRADA. Como vimos, a firma deve estabelecer políticas e procedimentos para exigir,
para auditorias de demonstrações contábeis de entidades listadas, a rotatividade do sócio do
trabalho e dos indivíduos responsáveis pela revisão do controle de qualidade do trabalho e,
quando aplicável, de outras pessoas sujeitas a requisitos de rotatividade, após período
especificado em conformidade com exigências éticas relevantes.
Antes da atualização da NBC PA 01, efetuada pela NBC 03, previa-se rodízio do pessoal chave
do trabalho após o período de 5 anos. Atualmente, o tema é tratado nas normas que versam
sobre a Independência, que preveem a rotação do pessoal chave após 7 anos cumulativos (não
necessariamente seguidos).
Apesar de haver pequenas diferenças na terminologia, entendemos que a questão segue válida
com base nas versões atualizadas das normas. Reiteramos que não há mais previsão expressa
quanto à definição de “pessoa externa qualificada”. O período de guarda da documentação
segue o mesmo e a previsão para rotatividade dos membros chave da equipe (sócio
encarregado do trabalho, revisor do controle de qualidade etc.) segue a mesma.
Gabarito: “D”.
88. (CESPE / PGE PE – 2019)
Acerca de auditoria em órgãos públicos, julgue o item subsequente.
A análise do processo de monitoramento de determinada firma de auditoria, com o objetivo
de avaliar se tal processo fornece segurança razoável da efetividade do sistema de controle, é
responsabilidade de entidades de supervisão.
Comentários
De forma resumida, o monitoramento é um importante processo que avalia continuamente o
sistema de controle de qualidade da firma. O monitoramento é de responsabilidade da própria
firma de auditoria, e não de entidades de supervisão.
Vejamos o que diz a versão anterior NBC PA 01:
b) pessoa especialmente designada pela empresa auditada e com a devida qualificação técnica.
c) sócio da empresa de auditoria ou pelo auditor chefe da equipe que realizou a auditoria.
d) sócio ou outro profissional da firma de auditoria, ou pessoa externa qualificada, ou equipe
formada por essas pessoas, nenhuma delas envolvida na auditoria.
e) profissional de contabilidade devidamente qualificado e certificado e que não tenha
participado ou interagido de qualquer forma com os trabalhos de auditoria, ainda que
integrante da empresa auditada.
Comentários
A Revisão do Controle de Qualidade é feita pelo “revisor do controle de qualidade”, que pode
ser sócio ou outro profissional da firma, uma pessoa externa adequadamente qualificada, ou
uma equipe composta por essas pessoas, nenhuma delas fazendo parte da equipe de
trabalho. A revisão aplica-se somente a entidades listadas (com ações negociadas em bolsa de
valores) ou outros trabalhos para os quais a firma tenha determinado essa necessidade.
Segundo a NBC PA 01 (versão anterior):
Revisor de controle de qualidade do trabalho é o sócio, ou outro profissional da firma, uma
pessoa externa adequadamente qualificada, ou uma equipe composta por essas pessoas,
nenhuma delas fazendo parte da equipe de trabalho, com experiência e autoridade suficientes
e apropriadas para avaliar objetivamente os julgamentos relevantes feitos pela equipe de
trabalho e as conclusões obtidas para elaboração do relatório. [Grifos não constantes no
original]
Portanto, alternativa correta é D.
Gabarito: “D”.
91. (CESPE / TCU – Auditor Federal de Controle Externo – 2015)
Julgue o item subsecutivo, referente aos principais grupos de usuários das demonstrações
contábeis bem como às responsabilidades a elas relacionadas.
No exercício de suas atividades de auditoria, o auditor independente, usuário interno da
informação contábil, deve pautar-se pelos seguintes princípios éticos: integridade,
objetividade, impessoalidade, competência e zelo profissional, confidencialidade e
comportamento profissional.
Comentários
Há dois erros nessa questão. Preliminarmente, o auditor independente é usuário externo da
informação contábil. Os usuários internos da informação contábil são: sócios, administração,
contador da empresa, empregados em geral e acionistas. O outro erro é que impessoalidade
não é princípio ético, mas princípio da administração pública. Segundo item A17, da NBC TA
200(R1), “os princípios fundamentais de ética profissional relevantes para o auditor quando da
condução de auditoria de demonstrações contábeis estão implícitos no Código de Ética
Profissional do Contabilista e na NBC PA 01, que trata do controle de qualidade. Esses princípios
estão em linha com os princípios do Código de Ética do IFAC, cujo cumprimento é exigido dos
auditores. Esses princípios são:”
(a) Integridade;
(b) Objetividade;
(c) Competência e zelo profissional;
(d) Confidencialidade; e
(e) Comportamento (ou conduta) profissional.
Gabarito: “ERRADO”.
92. (CESPE – Auditor de Controle Externo (TCE-PA)/Ciências Contábeis /Fiscalização – 2016)
De acordo com as Normas Técnicas de Auditoria (NBC TA) estabelecidas pelo Conselho Federal
de Contabilidade (CFC), julgue o item a seguir.
São princípios inerentes ao trabalho de asseguração do auditor a integridade, a objetividade,
o sigilo e o comportamento profissional.
Comentários
Esses princípios estão em conformidade com as normas de auditoria. Segundo item A17, da
NBC TA 200(R1), “os princípios fundamentais de ética profissional relevantes para o auditor
quando da condução de auditoria de demonstrações contábeis estão implícitos no Código de
Ética Profissional do Contabilista e na NBC PA 01, que trata do controle de qualidade. Esses
princípios estão em linha com os princípios do Código de Ética do IFAC, cujo cumprimento é
exigido dos auditores. Esses princípios são:
(a) Integridade;
(b) Objetividade;
(c) Competência e zelo profissional;
(d) Confidencialidade; e
qualidade (feita por outro sócio ou pessoa externa). Para reforçar nosso gabarito, vejamos o
que diz a NBC PA 01:
48. A firma deve estabelecer um processo de monitoramento para fornecer segurança razoável
de que as políticas e os procedimentos relacionados com o sistema de controle de qualidade
são relevantes, adequados e estão operando de maneira efetiva. Esse processo deve:
(a) incluir a contínua consideração e avaliação do sistema de controle de qualidade da firma,
incluindo, de modo cíclico, a inspeção de, pelo menos, um trabalho concluído para cada sócio
encarregado de trabalho;
(b) requerer que a responsabilidade pelo processo de monitoramento seja atribuída a um ou
mais sócios, ou a outras pessoas com experiência e autoridade suficientes e apropriadas na
firma para assumir essa responsabilidade; e
(c) requerer que as pessoas que executam o trabalho ou a revisão do controle de qualidade do
trabalho não estejam envolvidas na inspeção desses trabalhos.
Letras B e C: INCORRETAS (polêmica à vista). Há previsão expressa para as situações de ambas
as assertivas. Vejamos o que diz o item 21 da NBC PA 01:
21. A firma deve estabelecer políticas e procedimentos para fornecer segurança razoável de
que a firma, seu pessoal e, quando aplicável, outras pessoas sujeitas a requisitos de
independência (incluindo pessoal de firma da mesma rede) mantêm a independência requerida
por exigências éticas relevantes. Essas políticas e procedimentos devem permitir à firma:
(a) comunicar seus requisitos de independência a seu pessoal e, quando aplicável, às outras
pessoas sujeitas a elas; e
(b) identificar e avaliar circunstâncias e relações que criam ameaças à independência, e tomar
as medidas apropriadas para eliminá-las ou reduzi-las a um nível aceitável, mediante a
aplicação de salvaguardas ou, se considerado apropriado, retirar-se do trabalho, quando esta
retirada é permitida por lei ou regulamentação.
A banca pode ter considerado as assertivas incorretas, uma vez que o enunciado pergunta
sobre os deveres do responsável pela execução do monitoramento e o item 21 (exposto acima)
fala sobre a responsabilidade da firma (de maneira geral).
Letra D: INCORRETA (mais polêmica à vista). Há previsão expressa para esse tipo de medida
disciplinar (item 51 da NBC PA 01 – abaixo transcrito).
51. As recomendações para que sejam tomadas medidas apropriadas em relação às
deficiências observadas devem incluir uma ou mais das seguintes recomendações:
(...)
(d) medida disciplinar contra aqueles que deixaram de cumprir as políticas e procedimentos da
firma, especialmente os reincidentes.
Podemos entender que a banca considerou a assertiva errada pois é dito que DEVE (verbo do
enunciado) ser aplicado esse tipo de medida, quando a norma menciona tão somente uma
RECOMENDAÇÃO.
Letra E: INCORRETA (mais polêmica!). Mais uma vez há previsão expressa na norma (item 55
da NBC PA 01) para o que diz a assertiva. Vejamos:
55. A firma deve estabelecer políticas e procedimentos projetados para fornecer segurança
razoável de que a firma trate de maneira apropriada as:
(a) reclamações e alegações de que o trabalho realizado pela firma não está de acordo com as
normas técnicas e exigências regulatórias e legais aplicáveis (...).
Mais uma vez, em um exercício de imaginação, podemos crer que a banca considerou a
assertiva errada por não estar tal determinação prevista no rol de responsabilidades do
responsável pela execução do monitoramento, mas sim da firma (de maneira geral).
Entendemos que essa questão tem pouca aplicabilidade no contexto normativo atual.
Gabarito: “A”.
94. (CESPE – Polícia Científica PE – Perito Criminal/Ciências Contábeis – 2016)
O revisor do controle de qualidade do trabalho da auditoria deve, para o trabalho de auditoria
realizado, documentar
a) procedimentos exigidos pelas políticas da firma sobre o controle de qualidade.
b) as conclusões sobre o cumprimento dos requisitos de independência.
c) as conclusões acerca da aceitação e continuidade de relacionamentos com clientes.
d) a natureza e o alcance das consultas, bem como as conclusões delas resultantes.
e) assuntos referentes ao cumprimento das exigências éticas relevantes.
Comentários
De acordo com a NBC TA 220 (R2), item 25, o revisor do controle de qualidade do trabalho
deve documentar, para o trabalho de auditoria revisado, que:
(a) os procedimentos exigidos pelas políticas da firma sobre revisão do controle de qualidade
do trabalho foram realizados;
(b) a revisão do controle de qualidade do trabalho foi concluída na data ou antes da data do
relatório; e
(c) o revisor não tomou conhecimento de assuntos não resolvidos que poderiam levar o revisor
a acreditar que os julgamentos importantes feitos pela equipe de trabalho e as conclusões
obtidas não eram apropriados.
Pelo exposto, especialmente o trecho sublinhado acima, percebe-se que o gabarito é a letra A.
As demais assertivas fazem parte do rol de itens que o auditor (e não o revisor do controle de
qualidade – como questionado pelo enunciado) deve incluir na documentação de auditoria,
também nos termos da NBC TA 220 (R2). Vejamos:
24. O auditor deve incluir na documentação de auditoria, conforme NBC TA 230 –
Documentação de Auditoria:
(a) assuntos identificados referentes ao cumprimento das exigências éticas relevantes e como
foram resolvidos;
(b) conclusões sobre o cumprimento dos requisitos de independência, que se aplicam ao
trabalho de auditoria, e quaisquer discussões relevantes com a firma que suportam essas
conclusões;
(c) conclusões obtidas com relação à aceitação e continuidade de relacionamentos com clientes
e trabalhos de auditoria;
(d) a natureza e o alcance das consultas, e as conclusões delas resultantes, feitas no curso do
trabalho de auditoria.
As versões normativas mais atuais não trazem essas passagens de forma expressa. Sobre o
tema, vejamos os ensinamentos da NBC PA 02:
O revisor de qualidade do trabalho deve determinar que a documentação da revisão de
qualidade do trabalho é suficiente para permitir ao auditor experiente, sem nenhuma conexão
anterior com o trabalho, entender a natureza, a época e a extensão dos procedimentos
executados pelo revisor de qualidade do trabalho e, quando aplicável, pelos indivíduos que
auxiliaram o revisor, e as conclusões obtidas na realização da revisão. O revisor de qualidade
do trabalho também deve determinar que a documentação da revisão de qualidade do trabalho
inclua:
(a) os nomes do revisor de qualidade do trabalho e dos indivíduos que auxiliaram na revisão de
qualidade do trabalho;
(b) uma identificação da documentação do trabalho revisada;
(c) a base para a determinação do revisor de qualidade do trabalho, de acordo com o item 27;
(d) as notificações requeridas; e
(e) a data da conclusão da revisão de qualidade do trabalho.
Gabarito: “A”.
95. (FCC / ISS Manaus – 2019)
Acerca da NBC PA 11, que regula a “revisão externa de qualidade pelos pares”, é correto
afirmar que:
(A) O auditor somente pode atuar como revisor caso não tenha executado trabalhos de
auditoria independente nos últimos 2 anos anteriores ao da revisão que pretende fazer.
(B) É vedado ao revisor comunicar e discutir os resultados da revisão com a administração do
revisado.
(C) Aplica-se exclusivamente ao auditor com registro na CVM.
(D) O revisado é o auditor contratado para realização dos trabalhos de revisão.
(E) São estimuladas as revisões recíprocas entre auditores independentes (pessoas físicas e
jurídicas).
Comentários:
Por decorrência da previsão expressa do item 4 da NBC PA 11, nosso gabarito é a letra C: Veja:
4. Esta Norma aplica-se, exclusivamente, ao Auditor com registro na Comissão de Valores
Mobiliários (CVM).
Comentário das demais alternativas:
(A) O auditor somente pode atuar como revisor caso não tenha executado trabalhos de
auditoria independente nos últimos 2 anos anteriores ao da revisão que pretende fazer. Existe,
na realidade, uma vedação ao trabalho como Revisor, no caso do auditor não ter participado
de nenhum trabalho de auditoria independente nos últimos 2 anos.
(B) É vedado ao revisor comunicar e discutir os resultados da revisão com a administração do
revisado. Essa comunicação é uma das responsabilidades do auditor-revisor. Veja:
28. O auditor-revisor tem as seguintes responsabilidades:
(a) organizar, planejar e conduzir os trabalhos de revisão;
(b) supervisionar o trabalho desenvolvido pelos membros da equipe;
(c) comunicar e discutir os resultados da revisão com a administração do auditor-revisado;
(d) elaborar o relatório de revisão e a carta de recomendações, quando for o caso;
(e) apresentar o relatório, a carta de recomendações e a cópia do questionário ao CRE;
(f) dar esclarecimentos ou participar de reunião com o CRE, quando requerido; e
(g) guardar por 7 (sete) anos toda a documentação referente aos trabalhos de revisão. [Grifos
não constantes no original]
(D) O revisado é o auditor contratado para realização dos trabalhos de revisão. O correto seria
dizer “revisor”.
(E) São estimuladas as revisões recíprocas entre auditores independentes (pessoas físicas e
jurídicas). Há vedação expressa na NBC PA 11. Veja:
24. São vedadas as revisões recíprocas entre auditores independentes (pessoas físicas e
jurídicas). Eventuais exceções devem ser submetidas à aprovação do CRE – Comitê
Administrador da Revisão Externa. [Grifos não constantes no original]
Gabarito: “C”.
96. (FCC / ISS Manaus – 2019)
Neste trabalho estabeleceu-se uma proposta de um prazo “ótimo” para o regime de rodízio
mandatório de firmas de auditoria no Brasil. Esta é uma questão de especial interesse para
reguladores de mercado, dada a escassez de estudos nessa linha, além de ter impactos sobre
toda discussão acerca da adoção da regra (…).
Gabarito: “A”.
97. (FCC – Analista (DPE RS)/Contabilidade - 2017)
Em uma palestra sobre normas vigentes de auditoria emanadas pelo Conselho Federal de
Contabilidade acerca do Auditor Independente, foram abordados os seguintes itens:
responsabilidades da liderança pela qualidade na firma, exigências éticas relevantes, aceitação
e continuidade do relacionamento com clientes e de trabalhos específicos, recursos humanos,
execução do trabalho e monitoramento. Nos termos da NBC PA 01, esses itens representam
elementos tratados por políticas e procedimentos inclusos em
a) um sistema de controle de qualidade.
b) um projeto de auditoria independente.
c) uma sistemática de controle interno e externo.
d) um conjunto de medidas voltadas à evidenciação de atos auditados.
e) uma política de transparência fiscal.
Comentários
Questão trata dos elementos do sistema de controle de qualidade. De acordo com o item 16
da NBC PA 01:
16. A firma deve estabelecer e manter um sistema de controle de qualidade que inclua políticas
e procedimentos que tratam dos seguintes elementos:
(a) responsabilidades da liderança pela qualidade na firma;
(b) exigências éticas relevantes;
(c) aceitação e continuidade do relacionamento com clientes e de trabalhos específicos;
(d) recursos humanos;
(e) execução do trabalho;
(f) monitoramento.
O enunciado apresenta os elementos acima, o que nos faz chegar ao gabarito letra A.
As versões atuais das normas apresentam 8 (e não apenas 6) componentes do sistema de
gestão de qualidade. São eles:
(a) processo de avaliação de riscos da firma;142 (b) governança e liderança; (c) requisitos éticos
relevantes; (d) aceitação e continuidade de relações com clientes e trabalhos específicos; (e)
execução do trabalho; (f) recursos; (g) informações e comunicações; e (h) processo de
monitoramento e correção.
Gabarito: “A”.
Perícia Contábil
matéria a ser periciada. São considerados procedimentos periciais contábeis pela NBC TP 01
(R1):
A) Vistoria, indagação, avaliação, testabilidade e verificação.
B) Exame, vistoria, indagação, arbitramento e certificação.
C) Verificação, inquirição, arbitramento, certificação e vistoria.
D) Inquirição, arbitramento, certificação, exame e avaliação.
E) Certificação, avaliação, indagação, verificação e exame.
Comentários:
Os procedimentos periciais contábeis visam fundamentar o laudo pericial contábil e o parecer
pericial contábil e abrangem, total ou parcialmente, segundo a natureza e a complexidade da
matéria, exame, vistoria, indagação, investigação, arbitramento, mensuração, avaliação,
certificação e testabilidade.
Pelo exposto, o gabarito é a letra B. As demais assertivas incluem procedimentos não previstos
nas normas, como é o caso da verificação e da inquirição.
Gabarito: “B”.
100. (CESPE – DPDF – 2022)
Julgue o item a seguir, relativo aos trabalhos de auditoria e perícia contábil.
O perito-contador assistente deve ser indicado pelo perito-contador nomeado, indicado ou
contratado para a perícia, e deve auxiliar o perito-contador na execução dos trabalhos.
Comentários:
Perito assistente técnico é o contador ou órgão técnico ou científico indicado e contratado pela
parte em perícias contábeis.
Gabarito: “ERRADO”.
101. (CESPE – AUDITOR FISCAL/SEFAZ RS – 2019)
João, contador em situação regular no Conselho Regional de Contabilidade de sua jurisdição,
emitiu, após ter sido intimado pelo Poder Judiciário, laudo e parecer técnico-contábil para
subsidiar a solução de um litígio.
Nesse caso, João realizou atividade de
a) auditoria independente.
b) auditoria interna.
c) auditoria operacional.
d) consultoria financeira.
e) perícia contábil.
Comentários:
Questão trata das diferenças entre auditoria interna, externa e perícia contábil. Aqui, você deve
ficar atento às palavras: “Poder Judiciário” e “solução de um litígio”, além de observar os
instrumentos utilizados “laudo” e “parecer técnico-contábil”. Veja o mapa mental a seguir:
Gabarito: “E”.
102. (CESPE / Analista (SERPRO)/Perícia em Cálculo Judicial – 2013)
Acerca da função da perícia no processo judicial, bem como seus campos de conhecimento,
julgue o item a seguir.
A perícia contábil, um campo de conhecimento da perícia, fornece informações sobre o
patrimônio das pessoas físicas e jurídicas.
Comentários:
Segundo a NBC TP 01, “a perícia contábil constitui o conjunto de procedimentos técnicos e
científicos destinados a levar à instância decisória elementos de prova necessários a subsidiar
à justa solução do litígio, mediante laudo pericial contábil, e ou parecer pericial contábil, em
conformidade com as normas jurídicas e profissionais, e a legislação específica no que for
pertinente”. A Perícia Contábil é uma ramificação da Contabilidade, utiliza-se das mesmas
técnicas empregadas por essa Ciência de forma genérica. Portanto, ela fornece, assim como a
Contabilidade, informações sobre o patrimônio das entidades físicas e jurídicas.
Gabarito: “CERTO”.
103. (FCC / ISS Manaus - 2019)
A equipe técnica incumbida de realizar trabalho de perícia contábil
a) não deve empregar o trabalho de terceiros.
b) pode empregar o trabalho de terceiros, desde que conste expressamente do termo de
diligência, com responsabilização dos terceiros pela parcela do trabalho que produzirem.
c) pode empregar o trabalho de terceiros, que devem ser supervisionados e orientados pelo
perito, que se responsabiliza pela parcela do trabalho que produzirem.
d) pode empregar o trabalho de terceiros, desde que conste expressamente do laudo pericial
contábil, com responsabilização dos terceiros pela parcela do trabalho que produzirem.
e) não pode empregar o trabalho de terceiros, declaração que deve constar expressamente do
parecer pericial contábil.
Comentários:
Antes da revisão, ocorrida em março de 2020, a NBC TP 01 dispunha que “a execução da
perícia, quando incluir a utilização de equipe técnica, deve ser realizada sob a orientação e
supervisão do perito do juízo, que assume a responsabilidade pelos trabalhos, devendo
assegurar-se de que as pessoas contratadas sejam profissionais e legalmente capacitadas à
execução”. Isso significa que a equipe técnica pode empregar trabalho de terceiros (“pessoas
contratadas”), desde que sob a orientação e supervisão do perito do juízo – que assume a
responsabilidade pelos trabalhos.
Após a revisão, a norma dispõe – sem sentido semelhante – que “quando a perícia exigir o
trabalho de terceiros (equipe de apoio, trabalho de especialistas ou profissionais de outras
áreas de conhecimento), o planejamento deve prever a orientação e a supervisão do perito
nomeado, que responde pelos trabalhos por eles executados”.
Frise-se que a expressão “perito nomeado” substituiu “perito do juízo”.
Gabarito: “C”.
104. (FCC / SEFAZ GO - 2018)
São motivos que podem ensejar a suspeição do perito do juízo:
I. ser devedor, mesmo que ainda não esteja em mora, a uma das partes.
II. motivo íntimo.
III. ter aconselhado parte envolvida, ainda que acerca de objeto diverso do posto em discussão
no litígio.
IV. ser herdeiro presuntivo do cônjuge de uma das partes.
Está correto o que se afirma APENAS em
a) I e III.
b) II e IV.
c) I e II.
d) III e IV.
e) I e IV.
Comentários:
Antes da revisão, ocorrida em março de 2020, a NBC PP 01 tratava os casos de suspeição e
impedimento separadamente. Atualmente, após a revisão, a norma dispõe sobre os casos de
impedimento profissional (que engloba tanto a suspeição quanto o impedimento legal) de
forma indiscriminada.
Vamos analisar os itens à luz das versões anterior e atual da NBC PP 01.
Item I – para se enquadrar em caso de impedimento legal, o devedor (ou credor) deve estar
em mora com qualquer das partes. Item, portanto, está incorreto.
Item II – as 2 versões da norma preveem que o perito PODE declarar-se suspeito por motivo
de foro íntimo. Item, portanto, está correto.
Item III – para se enquadrar em caso de impedimento legal, o aconselhamento deve ser
relacionado ao objeto da discussão. Item, portanto, incorreto.
Item IV – ser herdeiro presuntivo ou donatário de alguma das partes ou dos seus cônjuges é
caso de impedimento legal (na versão anterior, era caso específico de suspeição). Item,
portanto, está certo.
Gabarito: “B”.
105. (FCC / ISS São Luís - 2018)
Acerca dos procedimentos em perícia contábil e suas definições, no que se refere às normas
vigentes de auditoria,
a) indagação é a busca de informações mediante entrevista com conhecedores do objeto ou
fato relacionado à perícia.
b) arbitramento é o ato de atestar a informação trazida ao laudo pericial contábil pelo perito-
contador, conferindo-lhe caráter de autenticidade pela fé pública atribuída a este profissional.
c) mensuração é a determinação de valores ou a solução de controvérsia por critério técnico.
d) certificação é a pesquisa que busca trazer ao laudo pericial contábil ou parecer pericial
contábil o que está oculto por quaisquer circunstâncias.
e) investigação é o ato de qualificação e quantificação física de coisas, bens, direitos e
obrigações
Comentários:
Questão trata dos procedimentos de perícia contábil. Vejamos o esquema que resume as
principais informações a esse respeito:
Vejam que o enunciado menciona trabalhos de avaliação requeridos pelo Judiciário (instância
decisória). Logo, nosso gabarito só pode ser a letra C (perícia contábil).
A perícia e a auditoria se distinguem por vários fatores, notadamente por possuírem objetivos
distintos. Enquanto o objetivo da auditoria é aumentar o grau de confiança nas demonstrações
contábeis mediante a expressão de uma opinião pelo auditor sobre se as demonstrações
contábeis foram elaboradas de acordo com a estrutura aplicável, a perícia serve a uma época,
a um questionamento específico, com o objetivo de levantar elementos de prova e esclarecer
uma controvérsia instaurada, um litígio ou constatar um fato.
Gabarito: “C”.
107. (AOCP / ITEP RN – 2018)
Para fundamentar as conclusões que serão levadas ao laudo pericial contábil ou parecer
pericial contábil, serão considerados alguns procedimentos, conforme a NBC T 13 – da Perícia
Contábil.
Assinale a alternativa que se refere corretamente aos procedimentos da Perícia Contábil.
a) Vistoria, observação, certificação, exame, investigação, estimação e previsão.
b) Indagação, fiscalização, exame, vistoria, arbitramento, previsão, pesquisa, aferição e
avaliação.
c) Investigação, estimação, indagação, mensuração, avaliação e certificação.
d) Exame, vistoria, indagação, investigação, arbitramento, mensuração, avaliação e
certificação.
e) Arbitramento, pesquisa, apreciação, previsão, arbitramento, mensuração, avaliação e
estimação.
Comentários:
Questão trata dos procedimentos adotados pelo perito. Segundo a versão anterior da NBC TP
01 (antes da revisão, ocorrida em março de 2020), os procedimentos periciais contábeis visam
fundamentar o laudo pericial contábil e o parecer técnico-contábil e abrangem, total ou
parcialmente, segundo a natureza e a complexidade da matéria: exame, vistoria, indagação,
investigação, arbitramento, mensuração, avaliação e certificação.
Após atualização, a NBC TP 01 prevê os mesmos procedimentos antes mencionados e mais a
chamada testabilidade.
Gabarito: “D”.
108. (FUNDATEC / ISS Porto Alegre– 2019)
As Normas Brasileiras de Contabilidade (NBC) definem os conceitos e normas acerca da
Auditoria Contábil e da Perícia Contábil, restando claro do exame das referidas normas a
distinção entre uma coisa e outra. Em relação a tais diferenças, analise as assertivas abaixo:
I. A auditoria contábil é uma técnica contábil que consiste na verificação e fidedignidade dos
dados contidos nas demonstrações contábeis por meio do exame minucioso dos registros da
contabilidade e dos documentos que a eles deram origem.
II. A perícia contábil constitui o conjunto de procedimentos técnico-científicos destinados a
levar à instância decisória elementos de prova necessários a subsidiar a justa solução do litígio
ou constatação de fato.
III. Enquanto a auditoria apresenta seu resultado expressando uma opinião por meio do
relatório de auditoria, o perito apresenta o resultado da perícia com um laudo pericial contábil
ou parecer técnico-contábil.
Quais estão corretas?
a) Apenas I.
b) Apenas II.
c) Apenas III.
d) Apenas I e II.
e) I, II e III.
Comentários:
Vamos analisar cada item:
Item I – CORRETO. Sabemos que o objetivo geral da auditoria é aumentar o grau de confiança
(ou fidedignidade) dos usuários nas demonstrações contábeis. Isso é feito por meio da
expressão de uma opinião pelo auditor sobre se as demonstrações foram elaboradas de acordo
com a estrutura aplicável. Essa opinião refletirá todos os minuciosos exames que a auditoria
faz sobre os registros contábeis e sua documentação de suporte.
II – CORRETO. Item traz, praticamente, a literalidade do conceito da perícia contábil.
III – CORRETO. A opinião da auditoria é expressa por meio do relatório, enquanto o resultado
da perícia é expresso por meio de um laudo pericial ou parecer técnico-contábil.
Gabarito: “E”.