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Concurso UFSM/2009

Cargo ARQUIVISTA

Profa. Clara kurtz e Neiva Pavezi 1

ORGANIZADORES:

Clara Kurtz
Neiva Pavezi

Santa Maria
2009.
Concurso UFSM/2009
Cargo ARQUIVISTA

Profa. Clara kurtz e Neiva Pavezi 2

SUMÁRIO

1 OS ARQUIVOS, A INFORMAÇÃO ARQUIVÍSTICA E A ARQUIVOLOGIA 03


1.1 Histórico 03
1.2 Conceitos 03
1.3 Funções 04
1.4 Classificação dos arquivos 05
1.5 Classificação dos documentos arquivísticos 05
2 PLANEJAMENTO E ADMINISTRAÇÃO DE SISTEMAS DE ARQUIVOS EM AMBIENTES ORGANIZACIONAIS 06
2.1 Diagnóstico de arquivo corrente e intermediário 06
2.2 Protocolo 07
2.3 Reprodução de documentos 08
3 FUNDAMENTOS, PRINCÍPIOS E TEORIAS ARQUIVÍSTICAS 08
3.1 Correntes e tendências arquivísticas 08
3.2 Princípios arquivísticos 09
3.3 Teoria das 3 idades ou ciclo vital dos documentos 09
4 GESTÃO DOCUMENTAL 09
4.1 Gestão sistêmica de documentos 09
4.2 Funções arquivísticas 09
4.2.1 Avaliação 10
4.2.2 Conservação 11
4.2.3 Classificação 15
4.2.4 Descrição 16
4.2.4.1 Normas de descrição arquivística 17
4.2.5 Difusão 18
5 NOÇÕES DE PALEOGRAFIA E DIPLOMÁTICA 19
6 O ARQUIVISTA 20
6.1 Formação e atuação profissional 20
7 GERENCIAMENTO ELETRÔNICO DE DOCUMENTOS 21
BIBLIOGRAFIA CONSULTADA 21
TERMINOLOGIA ARQUIVÍSTICA 22
LEGISLAÇÃO ARQUIVÍSTICA 24
PROVAS DE CONCURSOS PÚBLICOS 41
SITES DE ARQUIVOLOGIA 77
BIBLIOGRAFIA RECOMENDADA 77
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1 OS ARQUIVOS, A INFORMAÇÃO A necessidade cada vez maior de informações, o aumento dos
cursos de graduação e o crescimento da investigação teórica e
ARQUIVÍSTICA E A ARQUIVOLOGIA prática impulsionaram o desenvolvimento da Arquivologia nos
últimos vinte anos. A Arquivologia, em processo contínuo de
evolução, libertou-se do conceito tradicional de se conceber
arquivos, apenas ligado à noção de documentos, passando a
1.1 HISTÓRICO valorizar o conteúdo da informação dos documentos. Preocupa-se
com princípios, métodos e técnicas de produção, organização,
a) ARQUIVO armazenamento e utilização dos arquivos, tratando-os desde a
sua origem at[e o destino final.
Os arquivos existem desde que o homem resolveu registrar
suas relações como manifestação da atividade humana. Ao 1.2 CONCEITOS
registrar, o homem estava documentando para o presente e para
a informação das gerações vindouras. Registrar é comunicar e a a) ARQUIVO
comunicação é intrínseca ao ser humano. Segundo LODOLINI
(1993), a própria vida em sociedade não existiria sem arquivos. Palavra derivada do grego – arché – denominação do palácio dos
Os arquivos mais antigos datam de 3.600 a.C. e foram registrados e, depois, archeion, significando o local de depósito e
encontrados em templos e palácios de Civilizações da guarda de documentos.
Antigüidade. Há ainda, no latim, a palavra – archivum – que traduziria o lugar
Desde o momento em que o ser humano teve conhecimento onde os documentos eram guardados – e que para muitos seria a
do mundo que o rodeava, elaborou e preservou documentos úteis raiz etimológica de arquivo.
ao funcionamento de sua vida econômica, política, administrativa, O termo archivalía é derivado de archivabilia, que significa
social e religiosa. Os arquivos constituem a memória das ”coisas arquiváveis” ou “coisas de arquivo”.
instituições e das pessoas. Eles existem desde o momento em
que o homem decidiu fixar, por escrito, suas relações como ser Dentre os principais conceitos de arquivo, destacam-se:
social. A criação dos documentos foi uma necessidade para o Conselho Internacional de Arquivos (CIA): “conjunto de
registro da memória, exercício do poder e reconhecimento de documentos, seja qual for sua data, sua forma e o suporte
direitos. material, produzidos e recebidos, por qualquer pessoa, física ou
Os arquivos evoluíram ao longo da história e seu moral, ou por qualquer organismo público ou privado no exercício
desenvolvimento ocorreu paralelamente à evolução da sociedade. de sua atividade, conservados por seus criadores ou sucessores
Mesmo com o aprimoramento da escrita e dos suportes, em todas para suas próprias necessidades ou transmitidos a instituições de
as civilizações há informações que são transmitidas pela arquivos”. (Manual de Arquivística, 1995, p.32).
oralidade. Lei 8.159, de 08 de janeiro de 1991: “conjuntos de documentos
É muito difícil compor e unificar a evolução histórica dos produzidos e recebidos por órgãos públicos, instituições de
arquivos, pois cada país apresenta características peculiares de caráter público e entidades privadas, em decorrência do exercício
desenvolvimento. de atividades específicas, bem como por pessoa física, qualquer
Poucos estudiosos escreveram sobre a história dos arquivos. que seja o suporte da informação ou a natureza dos documentos”.
Eugênio Casanova retratou a realidade italiana no seu livro Luis Carlos Lopes (2000): “1. Acervos compostos por
“Manual de Arquivologia”, Adolf Brenneke, através do informações orgânicas originais, contidas em documentos
“Archivkunde”, dá maior destaque para os arquivos da Europa registrados em suporte convencional ou em suportes que
central, Ernest Posner aborda os arquivos europeus na obra permitam a gravação eletrônica, mensurável pela ordem binária
“Arquivos do Velho Mundo” e Jean Favier fala dos arquivos da (bits); 2. Produzidos ou recebidos por pessoa física ou jurídica,
França no seu interessante “Les Archives”. decorrentes do desenvolvimento de suas atividades, sejam elas
A história dos arquivos evoca a evolução do suporte da de caráter administrativo, técnico, artístico ou científico,
escrita, desde a pedra, tabletes de argila, tabuinhas de madeiras, independentemente de suas idades e valores intrínsecos.” (p.33).
papiro, pergaminho até o papel e documentos digitais. Dicionário de Terminologia Arquivística (2005):
O estudo é fundamentado na periodização histórica dos Arquivo 1- é o conjunto de documentos produzidos e acumulados
arquivos que SANDRI (1968) apresentou no VI Congresso por uma entidade coletiva, pública ou privada, pessoa ou família,
Internacional dos Arquivos, em Madri, descrita a seguir como: no desempenho de suas atividades, independentemente da
- época dos arquivos de palácio, natureza do suporte. 2- instituição ou serviço que tem por
- época da documentação dos notários, finalidade a custódia, o processamento técnico, a conservação e o
- época dos documentos de arquivos como arma política, acesso a documentos. 3- instalações onde funcionam arquivos e
- época dos arquivos como laboratórios para a pesquisa 4- móvel destinado à guarda de documentos.
histórica,
- época do universalismo arquivístico. Para uma melhor compreensão, são analisados os elementos
característicos para a significação de arquivos:
b) ARQUIVOLOGIA - Unicidade (no conjunto): cada documento assume um lugar
único na estrutura documental do conjunto (indissolúvel) ao qual
Com o incessante progresso da ciëncia e da tecnologia, pertence;
acumulou-se o saber e a experiência, e conseqüentemente houve - Organicidade (no relacionamento com os outros documentos):
o crescimento da massa documental em proporções geométricas. pela interdependência entre os documentos e suas relações com
Foi necessária a aplicação de métodos para tornar manejável a o contexto de produção;
documentação. - Originalidade (na exclusividade de produção ou acumulação):
A Arquivologia partiu de práticas experimentadas e estabeleceu- os arquivos são formados por informações específicas dos seus
se como uma disciplina particular. Ela iniciou ligada à paleografia acumuladores e retratam as atividades dos mesmos;
e diplomática, com as quais mantém estreita ligação até e hoje. - Naturalidade (na acumulação): a formação e o crescimento da
A Arquivologia moderna surgiu concomitantemente na Alemanha, documentação origina-se naturalmente, no curso das atividades;
França e Holanda em meados do século XIX. Os arquivistas - Imparcialidade (em sua criação): pela qual os documentos
holandeses Muller, Feith e Fruin, entre outros, ajudaram a firmar seriam, na essência, portadores da verdade;
as bases de uma nova concepção de arquivos, alicerçada em - Autenticidade (nos procedimentos): os documentos são
práticas experimentadas, dando a fundamentação teórica no que autênticos porque são criados dentro de procedimentos regulares
tange aos conceitos, princípios e métodos.
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estabelecidos, tendo-se em mente a necessidade de se agir por A função básica dos arquivos é dar acesso às informações
meio deles. contidas nos documentos. Para que se alcance esse objetivo é
necessário considerar todos os princípios, normas e técnicas que
b) ARQUIVOLOGIA regem as funções de gestão dos arquivos tais como: a criação, a
aquisição, a classificação, a avaliação, a descrição, a
A Arquivologia, também conhecida como arquivística, de conservação e a comunicação ao usuário.
acordo com o Dicionário de Terminologia Arquivística (1996, p.5), É em torno dos valores e do ciclo de vida dos documentos
é uma “disciplina que tem por objeto o conhecimento da natureza que existem as chamadas funções arquivísticas, que devem ser
dos arquivos e das teorias, métodos e técnicas a serem tratadas de modo a envolver o conjunto dos princípios, dos
observadas na sua constituição, organização, desenvolvimento e métodos e das operações que se aplicam à organização e ao
utilização”. tratamento dos arquivos. Conforme ROUSSEAU e COUTURE
Segundo DELSALLE (1998), a Arquivologia é a ciência que (1998, p.265), existem sete funções a considerar: produção,
estuda os princípios e os métodos empregados na conservação avaliação, aquisição, conservação, classificação, descrição e
dos documentos de arquivo, permitindo assegurar direitos, difusão dos arquivos.
interesses e a memória das pessoas físicas e jurídicas. A produção refere-se ao ato de elaborar documentos em
Para BELLOTTO (2002), a Arquivologia é uma disciplina que se razão das atividades específicas de um órgão. Os documentos
ocupa da teoria, da metodologia e da prática relativa aos arquivos, nascem do cumprimento dos objetivos para os quais um órgão foi
bem como se ocupa da sua natureza, de suas funções e da criado. Na produção de documentos, feita por qualquer pessoa
especificidade de seus documentos/informações. física ou jurídica, o arquivo se forma mediante o exercício da
atividade própria dessa entidade, que dá lugar ao trâmite de
c) INFORMAÇÃO ARQUIVÍSTICA diversos assuntos, se materializando em forma de documento.
A avaliação deve ser vista como uma das operações
Desde 1996, busca-se m modelo explicativo das metodológicas a serviço do conhecimento científico e da
características da informação arquivística. Aqui, reproduzimos informação social. Ao se avaliar, definem-se os prazos dos
este, tal como está publicado na revista Archives (1998): documentos nos arquivos corrente, intermediário e permanente.
1. A natureza das informações arquivísticas é específica; Esta função permite um funcionamento eficiente do sistema de
trata-se de informações registradas em suporte definido, informação - arquivo, ressaltando que os valores primários e
acumuladas por um indivíduo ou por um organismo que secundários dos documentos estão relacionados com seu ciclo
é, ao mesmo tempo, produtor e receptor; vital.
2. A primeira característica da informação arquivística é a A aquisição, por sua vez, refere-se à ação formal em que se
sua natureza orgânica, isto é, sua relação umbilical com funda a transmissão de propriedade de documentos de arquivo.
o produtor; Em relação à conservação, esta objetiva estender a vida útil
3. A segunda característica é sua originalidade, logo, a sua dos materiais, dando a cada suporte o tratamento mais adequado,
unicidade; de acordo com suas características, visando estender ao máximo
4. A terceira característica é a sua capacidade de ser o seu tempo de vida. Essa função arquivística será melhor
avaliada em termos de idade e de utilização; explorada no capítulo 3, sendo explicitamente abordada a
5. A primeira particularidade da informação arquivística é a conservação de fotografias.
natureza limitada dos seus suportes – convencionais ou A classificação consiste em "agrupar hierarquicamente os
eletrônicos; documentos de um fundo mediante a reunião de classes, de
6. A segunda particularidade refere-se à noção de acordo com os princípios da proveniência e ordem original"
acumulação das informações – produzidas ou recebidas (MUNDET, 1994, p. 239). Segundo SCHELLENBERG (1974), há
– por um indivíduo ou um organismo, desde que sejam três elementos principais a serem considerados na classificação:
informações capazes de ter significação;  A ação ou função: reflete as funções do órgão que gerou o
7. A terceira particularidade refere-se às atividades documento, sendo usada com referência a todas as
geradoras que podem ser administrativas, técnicas ou responsabilidades atribuídas a um órgão a fim de atingir os
científicas; amplos objetivos para os quais foi criado;
8. A quarta particularidade refere-se ao fato da informação  A estrutura: reflete a estrutura orgânica (linha e staff) da entidade
arquivística ser a primeira forma tomada por uma que é determinada pelos objetivos ou funções a que se destina;
informação registrada, quando da sua criação.  O assunto: resulta da análise do conteúdo dos documentos, isto é,
A envergadura da informação arquivística é considerável. Não é os assuntos que são tratados.
fácil determinar as fronteiras de sua abrangência e aplicação. A A classificação utiliza-se de um quadro ou esquema para
informação arquivística está presente no universo das sistematizar cada fundo em suas classes ou séries. Este quadro
organizações e mesmo dentro dos esforços individuais de de classificação "reflete as funções que geram a criação e
trabalho, do passado aos nossos dias. Ela é artificial, tratando dos recepção de documentos" (ROBERGE apud MUNDET,1994).
registros que os homens produziram e que continuam a produzir Desse modo, a classificação está ligada à idéia de separar ou
em função de suas atividades, desde as primeiras civilizações. Ela dividir um conjunto de elementos, onde se estabelecem
é a base de todo o universo informacional. classes/grupos que irão refletir num quadro de classificação.
Pode-se conceber dois ciclos da informação orgânica e registrada: No que se refere à descrição, esta consiste em elaborar uma
o do tempo histórico geral e o ciclo de vida aplicado a cada caso, representação cuidadosa de uma unidade de descrição e de suas
em conformidade com o princípio do respeito aos fundos que partes componentes, por meio da extração, análise e organização
permite identificar as fontes produtoras, no sentido arquivístico do de qualquer informação que sirva para identificar o acervo
termo. Trata-se, portanto, de compreender e tratar as informações arquivístico e explicar o seu contexto, bem como o sistema de
produzidas desde a época dos manuscritos até a era dos arquivo que o produziu. De acordo com LOPES (2000), o primeiro
documentos informáticos. nível da descrição é alcançado no processo de classificação, o
segundo se desenvolve na avaliação e o terceiro ocorre nos
1.3 FUNÇÕES arquivos permanentes. O processo descritivo culmina com a
produção de um instrumento de pesquisa e a função de descrição
Os arquivos refletem as atividades administrativas e são será tema especificamente abordado no subcapítulo 2.2.1 deste
indispensáveis para dar continuidade e consistência às suas trabalho.
ações. Caracterizam-se, a posteriori, como fonte histórica, de A última função arquivística, a difusão, torna os documentos
acordo com o seu valor. acessíveis e promove sua consulta mediante publicações,
exposições, conferências, serviços educativos e outras atividades.
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É considerada função básica das instituições arquivísticas. A 1.5 CLASSIFICAÇÃO DOS DOCUMENTOS
difusão é conseqüência natural e depende inteiramente do ARQUIVÍSTICOS
processo de descrição.
 Quanto ao gênero

1.4 CLASSIFICAÇÃO DOS ARQUIVOS a) Textuais - quando seu enfoque é baseado em linguagem
escrita.
 Quanto à extensão de sua atuação b) Audiovisuais - quando são feitos de material especial e
registram som e imagem.
a) Setorial - são aqueles estabelecidos junto aos órgãos c) Cartográficos - quando reproduz em escalas menores uma
operacionais, cumprindo funções de arquivo corrente; área geográfica.
b) Geral ou central - são os que se destinam a receber os d) Iconográficos - quando seu enfoque concentra-se em figuras e
documentos correntes provenientes dos diversos órgãos que imagens.
integram a estrutura de uma instituição, centralizando,
portanto, as atividades de arquivo corrente.  Quanto à espécie

 Quanto aos estágios de sua evolução (freqüência de Termos de atos oficiais e outros documentos
uso) (Definições extraídas de MACHADO, H. C.; CAMARGO, A. M.
(1996)).
a) Corrente (1ª idade) - são os arquivos constituídos de Acórdão _ Decisão proferida por tribunal, em grau de recurso.
documentos que estão sendo usados constantemente pela Alvará _ Documento por meio do qual a administração pública
Administração, que estejam em circulação. São conservados autoriza ou licencia o exercício de uma atividade, de um direito ou
nos escritórios ou nas repartições que os receberam e os prática de algum ato. Também se chama alvará a autorização
produziram ou em dependências próximas de fácil acesso. judicial para a prática de algum ato.
b) Intermediário (2ª idade) - são os arquivos formados por Anteprojeto _ Trabalho preliminar para a redação de um projeto.
documentos que NÃO se encontram mais em circulação, mas cujo Esboço de um plano, de um projeto.
serviço pode ainda ser solicitado, seja para tratar de assuntos Ata _ Documento contendo registro expositivo, tanto de fatos
correlatos, seja para retomar um problema novamente focalizado. ocorridos, como de deliberações tomadas durante reuniões
A propriedade dos documentos desses arquivos é da
formais.
administração que os criou, porém o uso é comum aos criadores e
ao pessoal da administração de arquivos. A permanência dos Atestado _ Declaração de autoridade competente, afirmando ou
documentos nesses arquivos é transitória. negando o que é do conhecimento oficial do signatário.
c) Permanente (3ª idade) - são os arquivos constituídos de Aviso _ Correspondência usada nos ministérios militares, do
documentos que deixaram de ter valor administrativo e que se oficial superior para o subordinado. Na área civil, é
conservam em razão de seu valor histórico ou documental e correspondência trocada entre ministérios ou entre dirigentes de
que constituem os meios de conhecer o passado e sua órgãos subordinados à Presidência da República.
evolução. Estes são os arquivos propriamente ditos. Boletim _ Publicação periódica, em geral de pequeno formato,
destinada a divulgar matéria de interesse das instituições.
 Quanto à entidade mantenedora (Agência Criadora) Certidão _ Documento extraído de registros públicos originais por
quem tenha autoridade para fazê-lo, ou o expediente em que no
a) Arquivos Públicos - formado por documentos originados de serviço público se dá fé acerca de algo constante de seus
órgãos federais, estaduais, distritais ou municipais, assentamentos.
acumulados em decorrência das funções executivas, Certificado _ Ato escrito em que se afirma um fato. Certificar
legislativas e judiciárias. Em relação ao princípio da significa "dar por certo".
acessibilidade, há dois sentidos de documentação pública: Circular _ Documento enviado simultaneamente, com o mesmo
- documentos que pertencem ao âmbito governamental cujo teor, a vários destinatários.
acesso é aberto ao público. Ex.: arquivos nacionais e arquivos Contrato _ Acordo em que pessoas ou instituições se obrigam a
públicos estaduais e municipais; dar, fazer ou deixar de fazer alguma coisa.
- documentos que pertencem ao âmbito do Estado, mas não há Convenção _ Documento utilizado para regular direitos e deveres
liberalização do acesso. Ex.: arquivos da administração direta, bilaterais ou para oficializar ajustes entre partes.
arquivos de autarquias. Convênio _ pacto firmado entre instituições. O mesmo que ajuste.
b) Arquivos Privados - constituídos por documentos resultantes Decisão _ Documento em que se registra a resolução aprovada
das atividades de pessoas físicas formado por documentos de por órgão colegiado.
instituições comerciais, organizacionais, familiares ou pessoais. Declaração _ Documento em que alguém, sob responsabilidade,
Ex.: arquivos eclesiásticos, hospitalares, empresariais, de consigna um fato ou manifesta opinião ou conceito.
associações, de famílias, entre outros. Decreto _ Ato pelo qual o Poder Executivo (federal, estadual ou
municipal) baixa regulamento para o cumprimento de leis, faz
 Quanto a Natureza dos Documentos nomeações, promoções etc.
Decreto legislativo _ Ato do Poder Legislativo (federal, estadual
a) Arquivo Especial – aquele que tem sob sua guarda ou municipal) baixado para atender a imperativos constitucionais
documentos de formas físicas diversas (fotografias, discos, no que se refere a atribuições que lhe são privativas.
fitas, microformas, etc.) e que, por esta razão, merece Distrato _ Desfazimento de contrato.
tratamento especial não apenas ao que se refere ao seu Edital _ Aviso ao público em geral ou a grupos de interessados,
armazenamento, como também ao registro, acondicionamento, destinado a ampla divulgação por meio da imprensa, chamando a
controle, conservação, etc.; atenção para um ato ou fato administrativo.
b) Arquivo Especializado - é o que tem sob sua custódia os Estatuto _ Conjunto de normas orgânicas relativas a entidades
documentos resultantes da experiência humana, num campo públicas ou privadas, a corporações ou associações de classe.
específico, independentemente da forma física que Exposição de motivos _ Documento em que autoridades
apresentam. Ex: arquivos médicos ou hospitalares, arquivos de sugerem a seus superiores decisões a respeito de assunto sobre
imprensa, arquivos de engenharia. o qual fazem relato circunstanciado.
Inquérito administrativo _ Processo para apurar
responsabilidade de servidores apontados como faltosos
(processo administrativo disciplinar).
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Laudo _ Parecer, por escrito, de arbitradores ou peritos (médicos,
engenheiros e outros técnicos) depois de relatar minuciosamente  Quanto à natureza do assunto
os exames a que procedem e as condições a que chegaram.
Lei _ Norma baixada pelo Poder Legislativo. Expediente que a) ostensivos: é dada aos documentos cuja divulgação não
consubstancia a expressão da vontade do governo, ditada pelos prejudica a administração.
representantes do povo no Poder Legislativo. É submetida à b) sigilosos: aqueles documentos que devam ser de conhecimento
sanção do chefe do Poder Executivo. restrito e requerem medidas especiais de salvaguarda para sua
Mandado _ Ordem escrita expedida por autoridade judicial ou custódia e divulgação. Segundo a necessidade de sigilo, existem
administrativa, para cumprimento de alguma diligência. O quatro graus: ultra-secreto, secreto, confidencial e reservado.
mandado judicial é o mais conhecido e dele há diversos tipos: de (veja DECRETO Nº 4.553, DE 27 DE DEZEMBRO DE 2002)
citação, de prisão, de busca e apreensão etc.
Manifesto _ Exposição pública de programa político, religioso ou
diplomático, elaborada por autoridades, corporações etc.
Manual _ Obra de formato cômodo que reúne disposições de
trabalho, diretrizes, decisões, métodos e rotinas de uma unidade 2 PLANEJAMENTO E ADMINISTRAÇÃO DE
administrativa ou de determinada função.
Medida provisória _ Ato expedido pelo presidente da República,
SISTEMAS DE ARQUIVOS EM AMBIENTES
com força de lei, nos casos de relevância e urgência, o qual, ORGANIZACIONAIS
submetido ao Congresso Nacional, poderá ser convertido ou não
em lei, no prazo de trinta dias a partir da publicação. 2.1 DIAGNÓSTICOS DE ARQUIVOS CORRENTES E
Memorando _ Correspondência interna de breve tramitação e INTERMEDIÁRIOS
pequeno formato.
Memorial _ Requerimento coletivo ou petição individual, em que a Se arquivo é o conjunto de documentos recebidos e
parte expõe circunstanciadamente seu direito, justificando a produzidos por uma entidade, seja ela pública ou privada, no
pretensão. decorrer de suas atividades, está claro que sem o conhecimento
Mensagem _ Comunicação ou correspondência entre os dessa entidade (estrutura e alterações, objetivo e funcionamento)
representantes dos poderes do Estado, especialmente enviadas ao seria bastante difícil compreender e avaliar o verdadeiro
Poder Legislativo, para proposição de medidas que devem ser
significado de sua documentação. O diagnóstico é uma
consubstanciadas em lei.
constatação dos pontos de atrito, de falhas ou lacunas existentes
Minuta _ Esboço ou rascunho de qualquer ato, contrato ou
correspondência, a ser revisto e aprovado por outrem, antes de se no complexo administrativo, visando a formulação de um plano
tornar definitivo. arquivístico que tenha em conta tanto as disposições legais como
Moção _ Meio pelo qual se propõe algo numa assembléia (moção de as necessidades da instituição a que pretende servir.
simpatia, desagravo, aplauso etc.).
Monografia _ Estudo exaustivo sobre determinado assunto, a) Levantamento de dados: O levantamento deve ter início pelo
elaborado usualmente em forma de relatório. exame dos estatutos, organogramas, regimentos,
Nota _ Comunicação entre ministros ou entre autoridades em geral. regulamentos, normas e demais documentos constitutivos da
Designa também registro ou serviço de notariado. instituição mantenedora do arquivo e ser complementado pela
Notificação _ Documento pelo qual se dá a conhecer um preceito a coleta de dados de informações sobre a sua documentação.
alguém, pessoa física ou jurídica, para a prática ou não de um ato. Assim sendo, é preciso analisar o gênero, as espécies mais
Ofício _ Instrumento oficial de comunicação entre autoridades ou freqüentes, os modelos e formulários em uso, volume e estado
destas com entidades públicas ou particulares. de conservação do acervo, arranjo e classificação dos
Ordem do dia _ Relação de matérias escolhidas para tratamento em documentos, métodos de arquivamento adotados, existência de
sessão daquela data.
registros e protocolos, média de arquivamentos diários, controle
Ordem de serviço _ Ato de competência de autoridade
de empréstimo de documentos, processos adotados para
administrativa, de acordo com a forma privativa estabelecida na
instituição, contendo decisões, instruções etc. conservação e reprodução de documentos, existência de
Parecer _ Opinião técnica, dada com a finalidade de servir de base à normas de arquivo, manuais, códigos de classificação, etc.
decisão sobre caso relacionado com o fato apreciado (administrativo, Além dessas informações devem ser acrescentados dados e
jurídico, técnico ou científico). referências sobre o pessoal encarregado do arquivo (número de
Pauta _ Relação das datas e dos feitos a julgar ou discutir em pessoas, nível de escolaridade, formação profissional), o
reuniões oficiais. equipamento (quantidade, modelo, estado de conservação), a
Petição _ O mesmo que requerimento. localização física (extensão da área ocupada, condições de
Portaria _ Ato de competência de autoridade administrativa, de iluminação, umidade, estado de conservação das instalações,
acordo com a forma privativa estabelecida na instituição, contendo proteção contra incêndio, etc.).
decisões, instruções etc.
Processo _ Documento que, uma vez autuado, passa a receber b) Análise dos dados coletados: de posse de todos os dados
informações, pareceres e despachos que a ele se incorporam, no coletados na fase anterior será possível analisar objetivamente
decurso de uma ação administrativa ou judiciária. a real situação dos serviços de arquivo e fazer seu diagnóstico
Provisão _ Documento oficial com a finalidade de conferir autoridade para formular e propor as alterações e medidas mais
a uma pessoa, de autorizar o exercício de um cargo, de uma
adequadas a cada caso, no sistema a ser implantado.
profissão, ou de expedir instruções.
Regimento _ Conjunto de normas descritivas do funcionamento de
um órgão incluindo finalidades, estrutura organizacional, c) Planejamento: elaboração de um plano arquivístico para
competências e atribuições, além de suas ligações com outros órgãos alcançar os objetivos pretendidos. Deve-se considerar: (1) a
ou entidades. posição do arquivo na instituição (recomenda-se que seja a
Regulamento _ Ato oficial em que se explica o modo e a forma de mais elevada possível, tendo em vista que irá atender a
executar uma lei. Conjunto de normas cujo fim é esclarecer um texto setores e funcionários de diferentes níveis de autoridade), (2)
legal, facilitando-lhe a execução. centralização (além da reunião da documentação em um único
Relatório _ Exposição circunstanciada de ocorrência, da execução de local, também a concentração de todas as atividades de
atividades ou do funcionamento de uma instituição. controle) ou descentralização (centralização das atividades de
Requerimento _ Documento escrito por particular ou servidor público, controle e descentralização dos arquivos // descentralização
solicitando o atendimento de uma pretensão qualquer. das atividades de controle e dos arquivos) e coordenação dos
Requisição _ Ato em que uma autoridade administrativa pede serviços de arquivo (para os sistemas descentralizados é
oficialmente alguma coisa ou a execução de determinada ação. imprescindível a criação de uma Coordenação Central,
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tecnicamente planejada, que exercerá funções normativas, Todos os papéis que entram numa instituição precisam
orientadoras e controladoras. Tem por atribuições: prestar receber um tratamento adequado. Uns são encaminhados
assistência técnica aos arquivos setoriais, estabelecer e fazer diretamente aos destinatários por se tratar de correspondências
cumprir normas gerais de trabalho, determinar normas particulares; outros são registrados e tem sua tramitação
específicas de operação, promover a organização ou controlada e existem, ainda, aqueles que são meramente
reorganização dos arquivos setoriais, quando necessário; entregues aos destinatários por não merecerem registro, embora
treinar e orientar pessoal, promover reuniões periódicas para contenham uma informação e que após terem tomado
exame, debate e instruções sobre assunto de interesse do conhecimento do seu teor podem até mesmo, ser eliminados.
sistema de arquivos.), (3) escolha de métodos de arquivamento Os documentos registrados e que tramitaram, após terem
adequados (alfabético dicionário ou enciclopédico, numérico, cumprido suas finalidades, são arquivados. Muitos aguardam
cronológico, geográfico, etc.), (4) estabelecimento de normas decisões e prazos nos Arquivos. A cada documento registrado
de funcionamento (referentes ao arquivo e ao protocolo que num sistema de protocolo, deverá corresponder uma classificação
depois de aplicadas e aprovadas na fase de implantação irão por assunto, sob a qual esse documento será arquivado no
integrar o Manual de Arquivo da instituição juntamente com momento adequado. Essa classificação é colocada no documento
modelos e formulários, rotinas, códigos de assuntos e índices), e na ficha de protocolo. No espaço correspondente ao destino,
(5) recursos humanos (preparação de pessoal especializado deverá ser anotada a tramitação do documento desde o momento
nas técnicas de arquivo), (6) escolha das instalações e de sua saída do serviço de protocolo, até o seu arquivamento.
equipamentos (condições físicas, extensão da área), (7) Desse modo, quando uma pessoa deseja saber algo a respeito do
constituição de arquivo intermediário e permanente (mesmo andamento d de um documento, basta verificar na ficha do
depois do acervo documental passar por fases de análise, protocolo seu andamento. Se a carga estiver para o arquivo, se
avaliação e seleção rigorosas, deve ser preservado, seja para saberá sob qual notação ele estará arquivado.
fins administrativos e fiscais, seja por exigências legais, ou Não podemos pré-determinar rotinas e procedimentos, nem
ainda por questões históricas), (8) recursos financeiros Nem sequer tentar impô-los à qualquer administração, porém,
sempre os responsáveis pelos serviços públicos ou dirigentes apresentaremos um modelo no qual o Arquivista poderá se basear
de empresas compreendem a importância dos arquivos e para desenvolver o Sistema de sua instituição:
admitem despesas concernentes a tais serviços. Torna-se
necessário, então, uma campanha de esclarecimento no a) quanto ao recebimento
sentido de sensibilizá-los por meio de um projeto de arquivo a
ser dividido em três partes: síntese da situação real
encontrada, análise e diagnóstico da situação, o plano 1- recebe a correspondência
propriamente dito, contendo prescrições, recomendações e
procedimentos a serem adotados. 2- separa a correspondência de serviço da particular
d) Implantação e acompanhamento. Manuais de arquivo:
Deve ser precedida por uma campanha de sensibilização que 3- distribui a correspondência particular
atinja a todos os níveis hierárquicos envolvidos. Treinamento
de pessoal operacional e usuários do serviço de arquivo. 4- separa a correspondência de serviço de caráter
Acompanhamento constante a atento das normas implantadas ostensivo, da de caráter sigiloso
a fim de corrigir e adaptar quaisquer impropriedades, falhas ou
omissões que venham a ocorrer, Elaborar o Manual de Arquivo
(procedimentos e instruções que irão garantir o funcionamento 5- encaminha a correspondência sigilosa aos respectivos
eficiente e uniforme do arquivo e a continuidade do trabalho destinatários
através dos tempos).
6- abre a correspondência ostensiva
2.2. PROTOCOLO
7- toma conhecimento da correspondência pela leitura,
O Decreto nº 83.785, de 30 de julho de 1979, no item 4 da verificando a existência de antecedentes
letra B do art. 1º, recomenda “suprimir a obrigatoriedade da
tramitação de documentos e processos por protocolos gerais ou
órgãos centrais de simples registro ou distribuição. Os assuntos 8- requisita ao Arquivo os antecedentes
serão, sempre que possível, diretamente encaminhados ao setor
competente para estudá-los ou resolvê-los, o qual fornecerá, se 9- interpreta e classifica a correspondência de acordo com
for o caso, recibo de protocolo”. a classificação adotada
De acordo com a interpretação do próprio ministro Hélio
Beltrão, a expressão “obrigatoriedade” foi colocada na lei para
10- apõe carimbo de protocolo – datador, sempre que
acabar com protocolos que não funcionam. A expressão “sempre
possível no canto superior direito do documento
que possível” inserida no Decreto, dá ao Arquivista, e só a ele, o
poder de decidir o que é melhor para o órgão.
O que é melhor para o órgão – diz o arquivista – é um 11- numera, no espaço a isso destinado no carimbo, e anota
protocolo perfeitamente organizado em substituição daquele que nos espaços próprios, a 1ª distribuição e o código
foi extinto por não funcionar. Os assuntos que forem
encaminhados diretamente ao setor competente o serão através 12- elabora o resumo do assunto a ser lançado na ficha de
do protocolo dinâmico que recupera a informação em poucos protocolo (ou livro, ou banco de dados)
minutos e saberá dizer ao próximo ao usuário, com quem está,
naquele momento, o papel que foi encaminhado por ele, sem
recibos, sem má fé, sem burocratização – simplesmente 13- encaminha os papéis ao serviço de registro e
organização consciente e técnica. movimentação
Num sistema de arquivos correntes, não podemos dissociar
os serviços de recebimento, registro, controle, tramitação e b) quanto ao registro e movimentação (funciona como
expedição de correspondência (protocolo) dos serviços de um centro de distribuição e redistribuição)
arquivamento e empréstimo de documentos (arquivo).
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14- prepara a ficha de protocolo (2 vias) anotando o nº do necessariamente em suas dimensões. A reprodução de
protocolo, data de entrada, procedência, espécie, documentos tem por finalidade a preservação por substituição e a
número e data do documento, código e resumo do duplicação de originais em suportes informáticos constitui um
assunto, 1ª distribuição elemento básico nas políticas de difusão e aumento dos usuários.
A duplicação de determinadas séries o documentos de arquivo
15- anexa a 2ª via da ficha ao documento, encaminhando-o pode ser pela utilização das tradicionais microformas ou pela
ao seu destino digitalização.
Quanto a vantagens e desvantagens dessas mídias, podem-se
deduzir algumas conclusões:
16- inscreve os dados constantes da Ficha de Protocolo nas 1- a superior durabilidade do microfilme em relação ao suporte
fichas dos fichários de Procedência e assunto, ótico;
rearquivando-as em seguida (este é o procedimento 2- a superior dinamicidade de acesso dos suportes magnéticos
manual. No caso de utilizar um software de na transmissão automática de imagens.
gerenciamento esse processo se dá automaticamente.) O microfilme deve ser utilizado como suporte de conservação e
o suporte digital, como meio de gestão e acesso.
17- arquiva as fichas de protocolo em ordem numérica (caso
seja utilizado um livro, atualizar o respectivo índice) Processos reprográficos
a) DIGITALIZAÇÃO DE DOCUMENTOS
18- recebe dos vários setores, os documentos a serem O arquivamento de documentos sob a forma de imagens digitais
redistribuídos, anota nas respectivas fichas, o novo é uma das mais eficientes ferramentas de gestão da atualidade, pois
destino associa a agilidade dos processos à inviolabilidade das informações.
Um parque de equipamentos para digitalização de documentos
19- encaminha os documentos aos respectivos destinos deve ser constituído de scanners de alta performance, operados por
equipes treinadas no tratamento dos mais variados tipos de
documentos.
c) quanto à expedição A área de tratamento de documentos históricos deve contar com
restauradores e infra-estrutura completa para manipulação de acervos
cujo estado de conservação não permitam tratamento em operações
20- recebe a correspondência para expedição já assinada seriadas.
Todos os processos devem cumprir rigoroso controle de
21- verifica se não faltam folhas ou anexos qualidade, não só impedindo a perda de qualidade das imagens
resultantes, assim como melhorando-as através de tratamento de
filtragem e limpeza.
22- numera e completa a data, no original e nas cópias Por meio da tecnologia de digitalização é possível gerenciar
eletronicamente as informações de textos e documentos,
23- prepara as sobrecartas e insere os originais para serem armazenando-as através dos recursos da informática, o que
expedidos permite a multiusuários a pesquisa, localização e disponibilização
das informações em tempo real.
O processo consiste na captação de imagens contidas em
24- procede à selagem da correspondência a ser documentos ou microfilmes por meio de scanners, elaboração de
encaminhada aos correios e providencia a sua remessa índice sistemático no software de gerenciamento de documentos
e informações desenvolvido para arquivo e armazenamento em
25- encaminha, por outros meios, a correspondência que disco rígido e/ou mídias óticas e magnéticas. É possível a
deva ser entregue diretamente digitalização de qualquer espécie de documento: desenhos de
engenharia de grandes formatos, cheques, fotos e arquivos
diversos.
26- encaminha ao arquivamento, as cópias acompanhadas
São muitas as aplicações e vantagens da digitalização,
da correspondência que lhes deu origem
principalmente, a drástica redução do trânsito de documentos em
papel dentro da empresa. As imagens podem ser acessadas de
d) quanto ao arquivamento forma muito mais rápida e prática, em um sistema de
multiusuários. É possível ainda sua transmissão via Internet,
27- recebe a correspondência a ser arquivada modem, ou impressão em papel, integrando a empresa que a
utiliza e agilizando as atividades dos funcionários e usuários do
sistema, proporcionando redução de custos e aumentos
28- verifica a classificação atribuída no ato do recebimento, expressivos de produtividade.
ratificando-a ou retificando-a
b) MICROFILMAGEM
29- classifica a correspondência expedida, anotando o A microfilmagem é um sistema de gerenciamento e
código preservação de informações, mediante a captação das imagens
de documentos por processo fotográfico. O microfilme reduz
drasticamente o volume dos arquivos, sendo um meio de
30- preenche as folhas de referência, no caso do documento armazenamento mais racional e prático, proporcionando acesso
exigir mais de uma classificação eficiente, rápido, limpo e seguro às informações arquivadas, e a
baixo custo.
31- encaminha as cópias de acordo com as diretrizes O Brasil possui legislação federal específica, que autoriza a
estabelecidas. atividade de microfilmagem no país, estabelecendo que o
microfilme reproduz os mesmos efeitos legais dos documentos
originais, podendo estes ser eliminados após a microfilmagem.
Podem ser microfilmados desde pequenos documentos até
2.3 REPRODUÇÃO DE DOCUMENTOS grandes formatos, como desenhos de engenharia. O processo de
Segundo o DTA (1996), reprodução é a cópia exata de um microfilmagem é composto das atividades de desenvolvimento do
documento no conteúdo e no aspecto formal, mas não projeto micrográfico, preparação e ordenação dos documentos,
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microfilmagem, processamento (revelação), controle de qualidade, fundamentos científicos rigorosos, abrindo a porta à improvisação.
revisão, duplicação, indexação e elaboração de índice sistemático Esta corrente defende que seu interesse profissional difere totalmente
no software de gerenciamento de documentos e informações. do desenvolvido pelo arquivista que trabalha em arquivos históricos.
O microfilme cópia se destina ao manuseio diário, ao passo Esta corrente espelha a tradição pragmática do mundo anglofônico da
que o original tem por finalidade garantir a integridade e América do Norte, onde a burocracia oficial e privada são bastante
preservação das informações. diferentes no resto do planeta. Identificada por uma preocupação
centrada sobre os arquivos ativos e semi-ativos, no tratamento dos
arquivos administrativos, especialmente empresariais.
Etapas de microfilmagem:
A arquivística integrada é a única a propor a transformação da
a) Preparação: classificação dos documentos a serem arquivística em uma disciplina científica., preocupada com o ciclo
microfilmados, sua seleção, ordenação, restauração e indexação completo de vida dos documentos. Está aberta a pesquisa, à
dos mesmos, verificação de possíveis danos. redefinição de conceitos e metodologias. Nasceu e se desenvolveu no
b) Microfilmagem: os documentos são microfilmados em Canadá, na Universidade de Quebec, sendo uma arquivística
microfilmadoras com numerador eletrônico dentro do campo universitária. São seus representantes: Carol Couture, Jean-Yves
focal e marcador de blips para facilitar uma futura digitalização; Rousseau e Jacques Ducharme.

c) Processamento: Os filmes originais são submetidos aos 3.2- PRINCÍPIOS ARQUIVÍSTICOS


processos de revelação, fixação, lavagem e secagem.
Princípio do Respeito aos fundos ou proveniência - O
princípio da proveniência teve origem com o método de trabalho
d) Revisão: Todos os filmes, tanto os originais quanto as cópias, elaborado pelo historiador francês Natalis do Wailly (1805-1886),
serão conferidos fotograma por fotograma, sendo fornecido um revelando-se muito mais que um simples modo de fazer. Desde o
laudo técnico da mesma. século XIX, este princípio vem sendo considerado como fundamental
na arquivística e universalmente aceito como base teórica e prática
e) Controle de qualidade: realização de todos os testes de para a organização de arquivos.
controle, assegurando totalmente a qualidade dos filmes O “respeito aos fundos ou proveniência” consiste em manter juntos,
sem misturá-los a outros, os arquivos provenientes de uma
gerados.
administração, de uma instituição ou de uma pessoa física ou jurídica
(fundo de arquivo dessa administração, instituição ou pessoa).
f) Armazenamento: Os microfilmes serão acondicionados em (DUCHEIN, 1986) Isto se justifica porque os arquivos são
caixas próprias para microfilmes e devidamente indexadas. considerados como produto natural da atividade do organismo que os
gerou. Cabe acrescentar que a existência das informações
arquivísticas só se justifica na medida em que pertencem a um
Microfilmadoras conjunto, e que os documentos de arquivo possuem caráter utilitário,
a) Planetárias: os documentos e o filme ficam fixos. Depende do sendo este aparente, se conservados em seus lugares, dentro do
operador e conseqüentemente A produtividade dependerá da sua conjunto. Segundo o DBTA ( 2005), o princípio da proveniência “ é o
habilidade. princípio básico da arquivologia segundo o qual o arquivo produzido
b) Rotativas: possuem um tracionador responsável pelo transporte por uma entidade coletiva, pessoa ou família não deve ser misturado
até o seu interior. A vantagem desse sistema é que, para aos de outras entidades produtoras. Também chamado de respeito
documento de tamanho padrão, os custos reduzem aos fundos.
significativamente.
Princípio do respeito à ordem original – é o princípio segundo
o qual o arquivo deveria conservar o arranjo dado pela entidade
coletiva, pessoa ou família que o produziu.

Princípio da territorialidade - conceito derivado do princípio da


3 FUNDAMENTOS, PRINCÍPIOS E TEORIAS proveniência e segundo o qual os arquivos deveriam ser conservados
ARQUIVÍSTICAS em serviços de arquivo do território no qual foram produzidos,
excetuados os documentos elaborados pelas representações
diplomáticas ou resultantes de operações militares.

3.1 CORRENTES E TENDÊNCIAS ARQUIVÍSTICAS 3.3- TEORIA DAS TRÊS IDADES OU CICLO VITAL
A arquivística atual trabalha com a existência de três correntes DOS DOCUMENTOS
de pensamento arquivístico: a arquivística tradicional, o records
manegement e a arquívistica integrada. Sucessivas fases por que passam os documentos de um
Estes três grupos estão representados quase por todo a parte do arquivo, da sua produção à guarda permanente ou eliminação.(DBTA,
mundo atual. A primeira, tradicional, exerce uma hegemonia 2005)
internacional no plano teórico e prático. A segunda, norte-americana, A teoria das três idades é a sistematização do ciclo vital dos
tem uma hegemonia prática local no que concerne ao tratamento dos documentos de arquivo. Este ciclo compreende três idades que,
arquivos administrativos, especialmente, os empresariais. A terceira, desde o ponto de vista da administração, seriam a dos documentos
integrada, canadense, consiste em um fenômeno especial e particular. ativos, a dos semi-ativos e a dos inativos. Embora a denominação
A fragmentação do pensamento arquivístico é um problema mais difundida é a que correspondem aos usos desses documentos:
internacional. A ausência de metodologia e de concepções bem correntes, ou de gestão, ou setoriais; intermediários ou semi-
estabelecidas e utilizadas de modo regular são recorrentes em escala correntes; e permanentes ou históricos. Alguns teóricos vêem, no
mundial. entanto, uma idade a mais: a dos arquivos centrais, onde se juntariam,
As correntes da arquivística ainda não encontraram um equilíbrio ainda em idade corrente, os documentos originados dos setores.
entre o senso comum e a reflexão científica para se tormar uma A primeira idade ou período de atividade refere-
disciplina do conhecimento. se ao período no qual os documentos formam os arquivos correntes,
A arquivistica tradicional, mais ligada aos arquivos definitivos, indispensáveis a manutenção das atividades de uma administração,
recusa-se a questionar a origem, isto é, a criação, a utilização devendo permanecer o mais próximo possível dos usuários. Os
administrativa, técnica e jurídica dos arquivos, dos documentos documentos que se encontram neste fase devem ser conservados
recolhidos aos arquivos definitivos. Esta atitude resulta na crença para responder aos objetivos de sua criação, considerando que
generalizada de que estas questões não são parte da profissão. Élio possuem valor primário.
Lodolini e Antonia Heredia são autores que defendem esta corrente. A passagem dos documentos da primeira idade para a segunda
O records management consiste em um conjunto de regras idade denomina-se transferência e indica o fim de sua vigência. No
práticas, por vezes muito eficazes, mas que não possuem período de semi-atividade (arquivos intermediários), os documentos
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são conservados por motivos administrativos, legais ou financeiros, uso que apresentam para a administração que os gerou e para a
isto é, ainda são detentores de valor primário, mas não mais são sociedade.
utilizados para assegurar as atividades quotidianas da administração. Os primeiros atos legais destinados a disciplinar a avaliação
Da segunda idade arquivística para a terceira, a passagem de documentos no serviço público datam do final do século
denomina-se recolhimento. E os documentos passam a retenção passado, em países da Europa, nos Estados Unidos e no Canadá.
permanente. Nesse período, os documentos deixam de ter valor No Brasil, a preocupação com a avaliação de documentos
previsível para a organização que os produziu. Passando a ter valor públicos não é recente, mas o primeiro passo para sua
de testemunho (valor secundário). regulamentação ocorreu efetivamente com a lei federal nº 8.159,
de 8 de janeiro de 1991, que em seu artigo 9º dispõe que “a
eliminação de documentos produzidos por instituições públicas e
de caráter público será realizada mediante autorização de
instituição arquivística pública, na sua específica esfera de
4 GESTÃO DOCUMENTAL competência”.
Estudos vêm sendo realizados no setor público e privados,
com o objetivo de estabelecer critérios e parâmetros para a
4.1 GESTÃO SISTÊMICA DE DOCUMENTOS avaliação documental, já desde a década de 1970. O Arquivo
Nacional publicou em 1985, manual técnico sob o título
A gestão de documentos apresenta-se como uma atividade
Orientação para avaliação e arquivamento intermediário em
permanente e essencial para a vida econômica, política,
administrativa, científica e cultural de um país, na medida em que arquivos públicos, do qual constam diretrizes gerais para a
garante o controle da produção, bem como a utilização e a destinação realização da avaliação e para a elaboração de tabelas de
adequadas dos documentos, assegurando a preservação daqueles temporalidade. Em 1986, iniciaram-se as primeiras atividades de
considerados de valor permanente. avaliação dos acervos de caráter intermediário sob a guarda da
Gestão de documentos, segundo o Dicionário Brasileiro de então Divisão de Pré-Arquivo do Arquivo Nacional, desta vez com
Terminologia Arquivística (2005), é o conjunto de procedimentos e a preocupação de estabelecer prazos de guarda com vista à
operações técnicas referentes à produção, tramitação, uso, avaliação eliminação e, conseqüentemente, à redução do volume
e arquivamento de documentos em fase corrente e intermediária, documental e racionalização do espaço físico.
visando sua eliminação ou recolhimento. Também chamada de A metodologia adotada à época envolveu pesquisas na
administração de documentos. legislação que regula a prescrição de documentos administrativos,
Os objetivos da gestão de documentos são: assegurar a e entrevistas com historiadores e servidores responsáveis pela
produção, administração, manutenção e destinação dos documentos; execução das atividades nos órgãos públicos, que forneceram as
garantir que a informação esteja disponível quando e onde seja informações relativas aos valores primário e secundário dos
necessária; avaliar a documentação de acordo com seus valores documentos, isto é, ao seu potencial de uso para fins
estabelecendo o destino da mesma em tabelas de temporalidade.;
administrativos e de pesquisa, respectivamente.
assegurar a eliminação dos documentos que não apresentam valor
Com a instalação do Conselho Nacional de Arquivos (CONARQ), em
primário e secundário; contribuir para o acesso e preservação dos
novembro de 1994, foi criada, dentre outras, a Câmara Técnica de
documentos de guarda permanente, por seu valor histórico; assegurar
Avaliação de Documentos (Ctad) para dar suporte às atividades do
o uso da micrográfica, processamento automatizado de dados e
conselho. Sua primeira tarefa foi analisar e discutir a tabela de
outras técnicas avançadas de gestão de documentos.
temporalidade elaborada pelo grupo de trabalho Arquivo
As fases da gestão de documentos são: a produção que
Nacional/SEPLAN, com o objetivo de torná-la aplicável também aos
consiste no ato de elaborar documentos em razão das atividades
documentos produzidos pelos órgãos públicos nas esferas estadual e
específicas de cada órgão ou setor; a utilização que corresponde ao
municipal, servindo como orientação a todos os órgãos participantes
fluxo percorrido pelos documentos, necessário ao cumprimento de sua
do Sistema Nacional de Arquivos (SINAR).
função administrativa, assim como a sua guarda após cessar seu
trâmite e a destinação que envolve as atividades de análise, seleção
e fixação de prazos de guarda, ou seja, implica decidir quais os INSTRUMENTOS DE DESTINAÇÃO (TTD e Lista de
documentos a serem eliminados e quais serão preservados Eliminação)
permanentemente.
Destinação: Decisão, com base na avaliação, quanto ao
encaminhamento de documentos para guarda permanente,
4.2 FUNÇÕES ARQUIVÍSTICAS descarte ou eliminação. É o recolhimento, análise, avaliação,
seleção e eliminação de documentos.
Retomando o que já dissemos no item 1.3 FUNÇÕES: É em
torno dos valores e do ciclo de vida dos documentos que existem a) Tabela de Temporalidade A tabela de temporalidade é um
as chamadas funções arquivísticas, que devem ser tratadas de instrumento arquivístico resultante de avaliação, que tem por objetivos
modo a envolver o conjunto dos princípios, dos métodos e das definir prazos de guarda e destinação de documentos, com vista a
operações que se aplicam à organização e ao tratamento dos garantir o acesso à informação a quantos dela necessitem. Sua
arquivos. Conforme ROUSSEAU e COUTURE (1998, p.265), estrutura básica deve necessariamente contemplar os conjuntos
existem sete funções a considerar: produção, avaliação, documentais produzidos e recebidos por uma instituição no exercício
aquisição, conservação, classificação, descrição e difusão dos de suas atividades, os prazos de guarda nas fases corrente e
arquivos. intermediária, a destinação final - eliminação ou guarda permanente,
Serão detalhadas a seguir as funções de avaliação, além de um campo para observações necessárias à sua compreensão
e aplicação.
conservação, classificação, descrição e difusão.
Posteriormente, esta deverá ser encaminhada à instituição
arquivística pública para aprovação e divulgação, por meio de ato
legal que lhe confira legitimidade.
4.2.1 Avaliação
METODOLOGIA PARA ELABORAÇÃO DA TABELA DE
Verificação do valor probatório ou informativo dos TEMPORALIDADE DOCUMENTAL – TTD
documentos e estabelecimento dos prazos de vida dos
documentos. A avaliação constitui-se em atividade essencial do ciclo Para a elaboração da tabela de temporalidade há que se
de vida documental arquivístico, na medida em que define quais observar os princípios da teoria das três idades, que define
documentos serão preservados para fins administrativos ou de parâmetros gerais para arquivamento e destinação dos documentos
pesquisa e em que momento poderá ser eliminado ou destinado aos de arquivo.
arquivos intermediário e permanente, segundo o valor e o potencial de
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O processo de avaliação deve considerar a função pela qual foi 3. providenciar a divulgação da tabela aprovada, por intermédio
criado o documento, identificando os valores a ele atribuídos (primário de ato legal a ser publicado na imprensa oficial ou, na
ou secundário), segundo o seu potencial de uso. inexistência desta, em outro veículo de divulgação local.
O valor primário refere-se ao uso administrativo para o órgão, Para que a tabela seja aplicada com êxito, será necessário
razão primeira da criação do documento, o que pressupõe o promover o treinamento dos responsáveis pela execução das
estabelecimento de prazos de guarda ou retenção anteriores à atividades arquivísticas do órgão. Além da aplicação da tabela,
eliminação ou ao recolhimento para guarda permanente. Relaciona-
estes serão encarregados de analisar e propor as atualizações
se, portanto, ao período de utilidade do documento para o
necessárias ao aprimoramento das atividades de avaliação.
cumprimento dos fins administrativos, legais ou fiscais.
O valor secundário refere-se ao uso para outros fins que não
aqueles para os quais os documentos foram criados, podendo ser: b) Lista de Eliminação - é a relação específica de documentos
a) Probatório - quando comprova a existência, o funcionamento e que serão eliminados de uma única vez e que tem que ser
as ações da instituição; aprovada pela autoridade competente.
b) Informativo - quando contém informações essenciais sobre
matérias com que a organização lida, para fins de estudo ou Critérios que regulam a eliminação de documentos
pesquisa (Schellenberg, 1994, p. 152-154). a) Documentos cujos textos estejam reproduzidos em outros ou
A metodologia de elaboração da tabela de temporalidade que tenham sido impressos em sua totalidade.
fundamenta-se nas funções e atividades desempenhadas pelos b) Cópias cujos originais tenham sido conservados.
órgãos públicos, tomando-se por base o conteúdo da informação c) Documentos cujos elementos essenciais estejam reproduzidos
contida nos documentos, pois somente desta maneira é possível em outros.
realizar a análise e seleção documental com racionalidade e d) Documentos de pura formalidade.
segurança. Documentos que se tornem obsoletos
Os órgãos, ao adotar a tabela, devem designar uma
Comissão Permanente de Avaliação que terá a responsabilidade
de proceder às adaptações, orientar sua aplicação, dirimir
possíveis dúvidas, orientar o processo de seleção dos 4.2.2 Conservação
documentos e proceder à revisão periódica no que se refere aos
documentos relativos às atividades-meios. Deverá, ainda, O termo preservação é muito popular e grandemente discutido e
promover a avaliação dos documentos relativos às atividades-fim, pode ser definido como a preocupação que devemos ter para com os
complementando a tabela básica e submetendo-a à aprovação da suportes materiais da informação, sua coleção, processamento e
disponibilidade para os usuários.
instituição arquivística pública.
O homem sempre registrou seus feitos, seus sentimentos,
vitórias e derrotas e usou os mais diversos materiais: as paredes das
A Comissão Permanente de Avaliação compor-se-á de: cavernas, a argila, a madeira, o papiro, o pergaminho, o papel e hoje,
 arquivista ou responsável pela guarda da documentação; os materiais magnéticos.
 servidores das unidades organizacionais às quais se referem A preservação tem como finalidade máxima manter a integridade
os documentos a serem destinados, com profundo da informação contida em um determinado suporte. Preserva-se tudo
conhecimento das atividades desempenhadas; aquilo que se traduz como patrimônio de uma nação, tudo o que
 historiador ligado à área de pesquisa de que trata o acervo; revela sua origem e sua história.
 profissional da área jurídica, responsável pela análise do valor A preservação de acervos é uma área do conhecimento que
legal dos documentos; passou por modificações significativas nos últimos trinta anos. Até a
década de 1970 prevaleciam os procedimentos realizados por
 profissionais ligados ao campo de conhecimento de que trata o
restauradores cujo enfoque era o tratamento unitário do documento,
acervo objeto da avaliação (economista, sociólogo, engenheiro,
muitas vezes, de forma empírica e artesanal.
médico e outros); Nas últimas décadas ocorreu uma mudança radical nos
 outros profissionais que possam colaborar com as atividades procedimentos, determinada pelo crescimento vertiginoso dos acervos
da comissão. aliado a inúmeros problemas físicos e químicos dos suportes da
informação. A busca de soluções para os problemas da preservação
Competirá à comissão designar grupo de trabalho está cada vez mais baseada em conhecimentos tecnológicos e
responsável pela execução dos procedimentos metodológicos científicos e em ações gerenciais voltadas para o desenvolvimento de
descritos a seguir: políticas de preservação.
1. levantamento de dados relativos às funções e atividades Um dos marcos dessa mudança foi a enchente ocorrida em
desenvolvidas na área de administração geral, bem como Florença, em 1966, quando meio milhão de livros e manuscritos da
naquelas específicas do órgão (atividades-fim); Biblioteca Nazionale ficaram encharcados de água e lama. Com o
2. definição dos conjuntos documentais; apoio da UNESCO, foi realizada uma operação internacional reunindo
3. entrevistas com servidores responsáveis pelo planejamento e de restauradores e encadernadores para resgatar e recuperar aquele
execução das atividades às quais se referem os conjuntos patrimônio da humanidade. Os profissionais foram obrigados a
documentais definidos, obtendo informações referentes à vigência, desenvolver técnicas de tratamentos emergenciais para danos
à legislação que regula as atividades e os prazos de prescrição, à causados pela água.
existência de outras fontes recapitulativas, à freqüência de uso dos Mas foi a constatação, a partir dos anos 60, dos problemas
documentos, e aos prazos de precaução, cuja necessidade é detectados no papel fabricado a partir da segunda metade do século
ditada pelas práticas administrativas; XIX, que provocou a grande mudança conceitual de preservação.
4. levantamento de informações sobre linhas de pesquisa; A partir de 1850, com o início da produção industrial do papel
5. processamento das informações e preenchimento dos campos da utilizando como matéria-prima a celulose da madeira, resultou em um
tabela; papel ácido, de baixa qualidade e pouca resistência e,
6. encaminhamento da proposta à Comissão Permanente de conseqüentemente, a produção de livros e documentos amarelados,
Avaliação para apreciação dos prazos de guarda e destinação. frágeis e quebradiços, em poucos anos.
Cessados os trabalhos, a Comissão Permanente de O papel , ainda, é o material mais barato e mais utilizado como
veículo da informação, encontrado em forma de livro, documentos,
Avaliação deverá:
mapas, cartas, etc. Este material inventado pelos chineses e
1. analisar a proposta, procedendo alterações ou aprovando-a na
produzido industrialmente é propenso a perder sua força quando
íntegra; arquivado por muito tempo, devido a sua composição química e às
2. encaminhar a tabela à instituição arquivística pública na sua condições ambientais onde se encontra armazenado.
respectiva esfera de competência para aprovação; A preservação abrange todas as ações que possibilitem a
garantia da integridade das informações e dos significados de um bem
cultural, através de sua gestão e proteção.
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A conservação consiste na observação, estudo e controle das Fichário vertical: aqueles em que as fichas são guardadas em
causas de degradação dos bens culturais, levando à doação de posição vertical, uma atrás das outras, geralmente separadas por
medidas preventivas, minimização ou supressão da deterioração do guias.
acervo.
Em relação aos equipamentos de arquivo devem ser
NECESSIDADE DE CONSERVAÇÃO observados:
a) não usar equipamentos planejados para outros fins;
A partir do momento em que é criado, qualquer documento, o b) procurar obter equipamentos conversíveis e flexíveis;
livro ou trabalho de arte sofre um processo constante de c) o equipamento deve proteger ao máximo os documentos.
envelhecimento. Esta transformação física e química normal é devida, d) evitar armários e estantes de madeira, dando preferência aos
principalmente, ao oxigênio contido na atmosfera; umidade,
de aço.
temperatura, radiações de infravermelho e ultravioleta e, pelos
e) arquivos horizontais ou verticais devem ser escolhidos de
componentes químicos usados na fabricação do papel. A aceleração
dessas transformações físicas e químicas podem ocorrer por uma acordo com o material a ser arquivado
mudança (aumento ou diminuição) em qualquer dos fatores
mencionados e pode se tornar muito séria. EMBALAGEM DE PROTEÇÃO
O excesso de umidade produz manchas e causa apodrecimento,
formação de bolor e corrosão metálica; as tintas ferrogálicas tornam- As folhas devem ter um alinhamento correto e as capas devem
se corrosivas; a cola perde sua adesão. Ambientes secos causam ser de dimensão igual ou maior que as folhas.
forte encolhimento no papel, papiro e couro. Esta situação torna-se Em processos administrativos e judiciais findos, a costura significa
drástica se as condições ambientais não forem rigidamente a sua inviolabilidade além de garantir a segurança dos
controladas para minimizar outros fatores de deterioração, tais como: documentos.
microorganismos, insetos, parasitas, poeira e poluição do ar. Os documentos encadernados devem ser colocados nas
Depósitos negligenciados são rapidamente infestados por traças, prateleiras em posição vertical sem comprimir uns aos outros,
cupins, ratos e baratas. O ambiente do depósito causa também
dentro de armários fechados.
grandes danos quando as prateleiras são de madeira ou de metal
enferrujado e quando há pouca ventilação e proteção contra fogo nos
Documentos avulsos devem ser guardados com a proteção de
espaços de depósitos, que não são limpos regularmente. envelopes ou capas de papel cartão (com as laterais fechadas).
Há também o problema dos danos causados pelo próprio Mapas, desenho e gravuras são guardados individualmente em
homem, muitos dos quais podem ser evitados. Danos acidentais são envelopes que atendem à sua dimensão, sem dobrar, enrolar ou
resultados do manuseio desnecessário, do empacotamento e seccionar.
transporte inadequados, do vandalismo, restauração imprópria, do Documentos frágeis são grudados em filmes de poliéster,
hábito da alimentação nos locais de guarda de documentos. encapsulados.
O principal objetivo da conservação é o de estender a vida útil As caixas de arquivo devem ser livres de acidez, funcionais, leves,
dos materiais dando aos mesmos o tratamento certo, no lugar certo, termoestáveis, porosas, ausentes de perfuração e largura não
na hora certa e na maneira certa. superior a 15cm.
O estudo e o controle das principais fontes de degradação do Para material de maiores dimensões a guarda horizontal em
papel são o foco central de preservação. Podemos considerá-la como caixas ou mapotecas é a mais aconselhada.
uma série de medidas preventivas contra fatores internos ou externos Deve-se evitar o arquivamento permanente em classificadores
de degradação do papel, com a finalidade de evitar o alastramento e a com prendedores metálicos fixos. As pastas suspensas são
disseminação de seus efeitos danosos.
utilizadas sem restrição em arquivos correntes.
A permanência e durabilidade de livros e documentos está
diretamente relacionada às condições ambientais em que esses
materiais estão sendo guardados. Há uma estreita relação entre a AGENTES DE DETERIORAÇÃO
longevidade e/ou durabilidade do papel e as condições ambientais do (fonte: LOPES, Maria Aparecida. Preservação de acervos em
acervo. bibliotecas universitárias: proposta de um modelo para implantação
de uma divisão. Dissertação de mestrado. UESP: Marília, 2002)
ARMAZENAGEM - MATERIAL PERMANENTE As causas da deterioração do papel podem ser divididas
em fatores intrínsecos (inerentes à natureza das matérias-primas
Armário de aço: é um móvel fechado, usado para guardar do papel e de sua estrutura físico-química) e fatores extrínsecos
documentos sigilosos, ou volumes encadernados. (ocorrem a partir de fatores físicos e químicos ambientais onde
Arquivo:móvel de aço ou madeira, com duas, três, quatro ou mais estão armazenados os papéis, e dos fatores circunstanciais
gavetas ou gabinetes de diversas dimensões, onde são causados por incêndios, inundações, terremotos e guerras e dos
guardados os documentos agentes biológicos).
Arquivo de fole: é um arquivo de transição entre o arquivo
vertical e o horizontal. Os documentos eram guardados a) AGENTES FÍSICOS
horizontalmente, em pastas com subdivisões, e carregados
verticalmente.  Luminosidade - a luz, quando controlada, exerce uma ação
Arquivos horizontais antigos: pombal (em forma de germicida sobre alguns microorganismos e é nociva para
escaninhos), sargento (tubos metálicos usados pelo exército em alguns insetos. A luz em excesso acelera a deterioração dos
campanha) materiais de bibliotecas e arquivos, tornando os papéis
Box: pequeno fichário que se coloca nas mesas. É usado para quebradiços e sem resistência. A luz também provoca
lembretes. esmaecimento ou a mudança da cor das tintas, alterando a
Caixa de transferência: caixa de aço ou papelão, usada legibilidade e/ou a aparência dos documentos e das
especialmente nos arquivos permanentes. fotografias, obras de arte e encadernações. A luz tem uma
Estante: móvel aberto, com prateleiras, utilizado nos arquivos ação fotossensitiva branqueadora sobre os papéis de boa
permanentes, onde são colocadas as caixas de transferência. qualidade e produz amarelecimento e escurecimento naqueles
Modernamente, é utilizada para arquivos correntes, empregando- em cuja composição figura a lignina. Causa danos
se pastas suspensas laterais. irreversíveis, pois os efeitos danosos são cumulativos. A
Fichário: é um móvel de aço próprio para fichas, com uma, duas, radiação ultravioleta (UV) é considerada uma das mais
três ou quatro gavetas, ou conjugado com gavetas para fichas e danosas. Em razão dos altos níveis de energia UV emitidos, as
documentos. fontes mais danosas de luz são o sol, o vapor de mercúrio e a
Fichário horizontal: aqueles em que as fichas são guardadas em iluminação fluorescente e, em último lugar, a incandescente.
posição horizontal, uma sobre as outras, fixadas por bastões
metálicos presos às gavetas.
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 Temperatura – No caso especial da celulose, testes artificiais necessidade de registrar seu avanço técnico e cultural, e é
de envelhecimento indicam que cada aumento de 5°C quase ainda indispensável para a criação de registros e para
dobra a taxa de deterioração, mesmo na ausência de luz, atividades relacionadas aos interesses de vida diária. Para
poluentes ou outros fatores. As variações bruscas de escrever nos papiros os egípcios usavam uma tinta à base de
temperatura são muito danosas aos documentos, pois fuligem e óleo ou goma, onde era acondicionado um pouco de
acarretam expansão e distensão das fibras do papel, tornando- vinagre com a finalidade de espantar os insetos.Na Idade
os menos duráveis. De modo geral, quanto mais baixa a Média, para escrever sobre pergaminho e papel, usavam-se
temperatura, maior será a vida do papel. Nos climas tropicais a também, tintas que provinham de galhas dissolvidas em vitríolo;
temperatura entre 21° - 23°C combinada com uma umidade estas tintas, excessivamente ácidas, com o passar do tempo
relativa de 50%, mais ou menos, é considerada a melhor para corroem o pergaminho e o papel. Os romanos fabricavam tinta
a conservação do papel. utilizando a secreção escura de alguns moluscos como as
sibas. As tintas ferrogálicas, ou de ferro, são comercialmente
 Umidade – Sendo higroscópicos, os papéis absorvem umidade
denominadas de permanentes por serem insolúveis em água.
ficando sujeitos ao desenvolvimento de fungos e bactérias,
No entanto, são de grande instabilidade química, tornando-se
além de acelerar o processo de acidificação do papel. Quando
motivo de um dos maiores danos que sofre a documentação
a UR do ar é mantida em torno de 45% a maioria dos
escrita com esse tipo de tinta. As tintas empregadas sobre
microorganismos e dos corpos reprodutores não encontrarão
papel apresentam problemas delicados e exigem da parte do
condições favoráveis a seu desenvolvimento e acabarão
restaurador conhecimento de suas propriedades e grande
morrendo. Por outro lado, o ar por demais seco (- 40% UR) é
habilidade no seu manuseio. As cores podem ser
prejudicial aos documentos, tornando-os secos e quebradiços.
irremediavelmente atingidas pelos produtos químicos
Entre os fatores físicos, é a de maior prejuízo aos documentos.
empregados na restauração.
b) AGENTES QUÍMICOS
São considerados agentes químicos os fatores internos
c) AGENTES BIOLÓGICOS
próprios da fabricação do papel que provocam a sua destruição
Agentes biológicos como os microorganismos, os insetos, os
(lignina, colas ácidas, alúmen e, nos papéis coloridos, o uso de
roedores e o homem são responsáveis por grandes estragos nos
tinta), e os fatores externos como a poluição atmosférica, a poeira
materiais bibliográficos e arquivísticos.
e as tintas para escrever ou imprimir.
 Microorganismos
 Acidez do Papel – A acidez é um agente químico causado A poeira é considerada um veículo para os microorganismos, os
tanto por elementos internos decorrentes de manufatura, como quais são formados por dois grandes grupos: fungos, bactérias e
externos, pela exposição a meios ácidos. O ácido destrói as seus esporos. Estando sempre presente no ar e na superfície dos
colas usadas na fixação das fibras vegetais. Destruindo essas livros e documentos, os esporos começam a se desenvolver, ao
colas as fibras ricas em celulose absorvem água, o que leva o encontrarem ambiente propício, isto é, temperatura acima de 30°C
papel a deteriorar-se. Os ácidos finalmente destroem as e umidade relativa acima de 60%.
próprias moléculas de celulose. A acidez provoca no papel o Fungos – Também conhecidos por “mofo” dividem-se de acordo
aparecimento de manchas escuras, amarelecimento, cheiro com sua especificidade em celulolíticos (destruidores de celulose) e
ácido, deixando o papel frágil. Os papéis brasileiros proteolíticos (destruidores de proteínas). O mofo crescerá sobre
apresentam um índice de acidez elevado (pH 5 em média) e, qualquer material orgânico “hospedeiro” que ofereça nutrientes
portanto uma permanência duvidosa. Somemos ao elevado apropriados, incluindo o papel, adesivos, couro, poeira e sujidades
índice de acidez, o efeito das altas temperaturas predominante fuliginosas. Uns provocam a descoloração das tintas, outros, com
nos países tropicais e subtropicais e uma variação da umidade seus pigmentos de várias cores, determinam alterações
relativa, teremos um quadro bastante desfavorável na cromáticas (manchas roxas, negras, marrons, amarelas, verdes,
conservação de documentos em papel. etc.).
 Poluição Atmosférica – A atmosfera pode ser considerada Bactérias – das que vivem nos livros há as que se alimentam da
um grande recipiente onde, permanentemente, são lançados celulose do papel (celulosíticas), algumas das substâncias
sólidos, líquidos e gases capazes de comprometer a colantes e outras substâncias de origem animal (bactérias
integridade dos acervos documentais. Dentre os poluentes putrefacientes e que produzem a liquefação do pergaminho).
mais agressivos estão a poeira e os gases tóxicos, devido à Esses organismos apresentam secreções que degradam a
queima de combustíveis. celulose e provocam manchas de várias cores e intensidade.
a) Gases - Esses gases são: o dióxido de enxofre, o  Insetos
dióxido de nitrogênio e o sulfito de hidrogênio que se O material de bibliotecas e arquivos é atrativo para insetos e
originam, além da queima de combustíveis e dos roedores, pois, além da celulose do papel, encontram proteínas e
derivados de petróleo, de produtos químicos das carboidratos, colas, couro e outras substâncias orgânicas para se
indústrias. O ozônio, gerado pela interação da luz solar alimentarem. O ataque de insetos tem provocado graves danos a
e do dióxido de nitrogênio expelido pela queima de arquivos e bibliotecas, destruindo coleções e documentos
gasolina dos veículos, também é responsável pela preciosos. Os insetos bibliófagos se subdividem em duas
oxidação da celulose usada na fabricação do papel. categorias: a) insetos roedores de superfície, que atacam
b) Poeira - Considerada como agente químico, a poeira é documentos externamente (baratas, traças, piolho de livro); b)
formada por pequenas partículas sólidas, compostas de insetos roedores internos, que atacam o interior dos volumes
esporos de microorganismos, carvão, fragmentos (cupins e brocas). Os principais insetos são:
metálicos e outros. A poeira causa danos físicos devido  Anobideos (brocas ou carunchos): Atacam em sua fase
ao efeito abrasivo que provoca nos papéis e, por ser larvária. Sua presença é denunciada pela poeira que deixa nas
higroscópica, a poeira mantém sobre os materiais uma estantes, originária do material cavado. A fêmea fecundada
quantidade maior de umidade, e sendo ácidas, as deposita seus ovos em algum cantinho na capa dos livros ou
partículas de poeira transmitem acidez ao papel. A na borda das páginas. Logo depois de eclodirem, as larvas
contaminação biológica provocada pela poeira se dá em procuram o interior do volume, geralmente roendo os cantos
função de esta trazer em sua composição esporos de próximos à lombada. Nos livros muito infestados, a destruição
microorganismos, os quais, em contato com o papel, é total.
muitas vezes encontram condições climáticas
 Thysanura (traça): prefere os lugares escuros e úmidos.
adequadas para o seu desenvolvimento.
Atacam a superfície dos papéis, instalam-se nos cantos de
 Tintas - a tinta é um dos compostos mais importantes na
paredes e livros e entram em atividade à noite. Permanecem
documentação. Foi e é usada para escrever em papéis,
meses sem comer, hibernando.
pergaminhos e materiais similares, desde que o homem sentiu
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 Blatta orientalis (barata): é atraída por restos de alimentos, condicionado simples, umidificador, desumidificador, sistema de
papel e as colas das encadernações. Produz excrementos que ar condicionado central com sistema de filtragem);
mancham os papéis. Seu ataque se dá na superfície das c) usar ventilação natural ou forçada como recurso para o controle
folhas, deixando marcas que lembram ranhuras ou trilhas simultâneo da umidade e da temperatura. A medida da umidade
disformes. ambiental é realizada por higrômetros, higrógrafos e psicrômetros.
A medida simultânea da temperatura e umidade podem ser feitas
 Corrodentia (Piolho de livros): Alimentam-se de fungos
com termohigrômetro e termo-higrógrafos.;
encontrados no papel e sobrevivem entre as páginas dos
d) Checar constantemente o telhado do edifício, para evitar
livros. Um grande número desses insetos pode causar danos
surpresas desagradáveis com goteiras;
aos documentos e encadernações, provocando orifícios muito
e) manter em bom estado de conservação as instalações
pequenos.
hidráulicas do edifício;
 Térmita (Cupim): Alimenta-se principalmente de celulose por f) orientar o pessoal de limpeza para a sensibilidade dos
isso, além dos documentos, ataca as estantes e armários de documentos à umidade, evitando o uso de água e panos
madeira. Para formar novas colônias penetram nas madeiras dos molhados e dando preferência ao aspirador de pó;
móveis, forros, batentes das portas e janelas. Em bibliotecas e g) verificar com freqüência as portas e janelas que dão para o
arquivos, além da madeira atacam os livros formando galerias. O exterior, checando possíveis infiltrações de água;
ataque dos cupins ocorre de forma tão rápida que, quando se h) checar os arredores do edifício, para verificar a presença de
percebe, o material já está todo destruído. poças de água, jardins com regagem diária;
i) em caso de ambientes muito úmidos, procurar forçar a
 Roedores ventilação do ar, através da abertura de janelas, portas, ou
Além da ação direta sobre o material documental, os mesmo a colocação de ventiladores;
roedores podem atacar o revestimento isolante dos condutores j) evitar ao máximo o armazenamento de papéis e materiais
elétricos, favorecendo a instalação de sinistros. Devido à rapidez orgânicos em lugares úmidos e sem ventilação;
com que os ratos se proliferam podem provocar até a destruição k) se os documentos não podem ficar armazenados em ambientes
total dos documentos. totalmente sem luz, diminuir sua exposição à luz, e estas devem
ser incandescentes ou fluorescentes filtradas;
 Homem l) as janelas devem ser cobertas por cortinas, painéis, persianas
Assume a forma de depredador de acervos, pois acaba ou filtros que ajudam a controlar a radiação UV dos raios solares;
destruindo-os, pela falta de cuidados no manuseio, vandalismo, e m) as clarabóias devem ser cobertas ou então pintadas com
até furto. A falta de cuidados no manuseio contribui para a dióxido de titânio ou pigmentos brancos de zinco, que refletem a
desestruturação física dos documentos. O uso de marcadores de luz e absorvem a radiação UV;
páginas confeccionados com papéis ácidos; o ouso de clipes e n) para os depósitos, uma iluminação de 50 lux é suficiente e para
grampos metálicos; umedecer o dedo na saliva para virar as as salas de leitura, recomenda-se uma iluminação d 100 lux com
páginas; comer enquanto manuseia documentos; dobrar o canto filtro.
das páginas; dobrar os cotovelos sobre o livro aberto durante a
leitura; arrancar páginas; recortar ilustrações; fazer anotações e Agentes Químicos
até rabiscar, são alguns exemplos da ação destrutiva do homem. a) usar aspirador de pó para retirar a poeira;
d) AGENTES CIRCUNSTANCIAIS b) limpar as caixas-arquivo e o exterior dos volumes antes do
Os problemas coma água podem ser de causa natural manuseio, evitando assim, que a sujeira seja transferida para o
(enchentes provocadas por rios ou fortes tempestades) ou interior;
acidental (rompimento de canalizações, quebra de telhas, c) orientar o pessoal responsável pela limpeza sobre a
obstrução de calhas de escoamento pluvial, além de combate a importância de utilizarem máscaras, luvas e avental;
incêndios). O fogo pode causar danos irreparáveis, pois, mesmo d) fazer a limpeza dos documentos com um pincel ou escova
que o acervo seja salvo, ficará coberto de fuligem, fragilizado pela macia, com movimentos do centro para as bordas;
exposição ao calor elevado e com excesso de umidade provocado e) usar panos de pó distintos para as estantes e caixas-arquivo;
pela água usada para apagar o incêndio. f) limpar as capas dos livros com flanelas limpas;
PROGRAMA DE CONSERVAÇÃO PREVENTIVA g) iniciar a limpeza das estantes pelas prateleiras do alto,
seguindo até as de baixo;
MEDIDAS PREVENTIVAS h) fazer a limpeza de livros com os volumes firmemente fechados,
As medidas de preservação dizem respeito, principalmente, à evitando assim, que a poeira penetre entre as páginas;
prevenção de danos através de controle ambiental, limpeza, i) usar, na limpeza, pincéis e escovas lavados regularmente com
armazenamento e manuseio adequados e de intensificação da água e sabão, e deixados para secar naturalmente;
segurança. As ações preventivas, quando bem planejadas, além j) usar filtros para remover os contaminantes gasosos e as
de trazerem benefícios para o estado de conservação dos partículas, no controle do ar;
documentos, revertem, a longo e médio prazo, em economia para k) cuidar para que as aberturas de entrada do ar fiquem longe de
a biblioteca ou arquivo. Tais medidas implicam em providências fontes de poluição pesada, como os escapamentos de veículos;
simples e pouco onerosas, tais como limpeza diária orientada, l) armazenar os materiais de bibliotecas e arquivos em caixas e
conscientização dos usuários e funcionários quanto ao manuseio envelopes de qualidade que vêm ajudar a protegê-los dos
adequado e colocação correta dos documentos nas estantes, poluentes.
prevenção contra furto, incêndio e inundações e controle de
luminosidade. Agentes Biológicos
Para a construção de um arquivo, o ideal é um local elevado, a) controle ambiental e limpeza dos documentos;
com o mínimo de umidade, em área isolada, com previsão de b) quando ocorrer infecção por microorganismos procurar a
ampliação futura e precaução contra o fogo. O material a ser assistência de um microbiológico para identificar os organismos,
empregado, tanto quanto isso seja possível, deve se não- os fatores que levaram ao desenvolvimento e orientar sobre
inflamável, utilizando-se pedra, ferro, concreto e vidro. medidas necessárias para combater e parar os danos;
c) recomendações para inibir o surgimento dos fungos
Agentes físicos d) manter a UR em níveis constantes e moderados, nunca
a) procurar manter a temperatura estável de 21°C ou menos, e exceder de 55%;
umidade relativa do ar entre 30% e 50%; e) manter temperatura constante e abaixo de 21°C;
b) ter a orientação de um engenheiro de controle ambiental com f) as estantes e a parte superior dos livros deverão ser aspiradas
experiência, na escolha dos equipamentos a serem instalados (ar ou limpas com panos magnéticos.
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g) não colocar plantas vivas nas áreas de armazenagem ou uso equipamento utilizados devem ser de baixo custo e de fácil
do acervo, já que a terra é uma grande fonte de fungos; aquisição.
h) se for possível instalar um sistema de filtragem de partículas de
múltiplo estágio no prédio ou na área de armazenagem; TRANSPORTE
i) vistoriar cuidadosamente os materiais recebidos, evitando Quando for necessário transportar documentos para outro
incorporar ao acervo material contaminado; local, alguns cuidados essenciais à preservação da sua
integridade física devem ser observados:
Manuseio adequado dos documentos
Funcionários devem ser treinados para proteger e preservar os
documentos. Os usuários devem observar regras básicas no a) os pacotes devem ser acondicionados em grandes
manuseio dos documentos: caixas, evitando a utilização de cordas para amarrá-los;
a) lavar as mãos antes e depois do manuseio dos papéis; b) as caixas arquivo devem ser lacradas e manuseadas e
b) não fumar, beber u comer nas salas de consulta e demais acomodadas com cuidado para não rasgar ou amassar;
áreas de armazenamento e tratamento de acervos;
c) não expor docs à luz solar; c) Não realizar a mudança em dias de chuva;
d) não reproduzir docs frágeis em copiadoras eletrostáticas;
e) não apoiar os cotovelos sobre os documentos;
d) Utilizar veículo fechado para garantir a segurança do
f) não fazer marcações com canetas ou lápis;
material;
g)não usar marcadores de páginas fabricadas com papel ácido;
h) não folhear rapidamente, sem cuidado, molhando os dedos e
pregueando as folhas; e) orientar os carregadores em relação à disposição das
i) não cortar, dobrar, marcar ou rasgar os documentos; caixas no veículo e no local de destino;
k) não extrair folhas ou trocar a sua ordenação;
l) não usar fitas adesivas ou prendedores metálicos.
4.2.3- Classificação
PRINCIPAIS OPERAÇÕES DE CONSERVAÇÃO Classificação constitui uma seqüência de operações que, de
acordo com as diferentes estruturas, funções e atividades da
1- Desinfestação entidade produtora, visam a distribuir os documentos de um
O método de combate aos insetos mais eficiente é a fumigação. A arquivo.
substância química a ser empregada nesse processo deve passar Ordenação é a disposição dos documentos de uma série, a partir
por testes de garantia da integridade do papel e da tinta sob sua de elemento convencionado para sua recuperação.
ação. Existem câmaras especiais para fumigação. O processo Tipologia documental – é o estudo dos tipos documentais.
consiste em introduzir os documentos na câmara, onde se faz o Tipo documental – configuração que assume uma espécie
vácuo, aplica-se o produto químico e submete-se os documentos documental de acordo com a atividade que a gerou.
à ação do fumigante pelo prazo de 48 a 72 horas, Ex: relatório de estágio
aproximadamente. Em seguida, repete-se o vácuo, insufla-se o ar Espécie + atividade
e retiram-se os documentos. Com a fumigação os insetos, em Suporte – material sobre o qual as informações são registradas.
qualquer fase de desenvolvimento, são completamente Ex; papel, Disquete
destruídos. Quando não existem câmaras apropriadas pode-se Função – atuação administrativa, cujo desenvolvimento implica
fazer a fumigação na própria área de armazenamento, na produção de tipos documentais. Ação própria ou natural de um
calafetando-a e introduzindo o gás por meio de mangueiras, sob a órgão. Conjunto de competências homogêneas que delimitam
proteção de máscaras. cada um dos grandes campos de atuação administrativa ou dos
2- Limpeza poderes públicos.
Em países desenvolvidos há instalações especiais para a Estrutura organizacional – representação dos órgãos de uma
operação de limpeza, que é a fase posterior à fumigação. Na falta instituição/entidade.
dessas instalações usa-se um pano macio, uma escova ou um Assunto – matéria de que se trata. Interpretação do conteúdo de
aspirador de pó. um documento.
3- Planificação
Consiste em colocar os documentos em bandejas de aço A classificação se fundamenta basicamente na interpretação do
inoxidável, expondo-os à ação do ar com forte porcentagem de documento. Para isso é indispensável conhecer o funcionamento e as
umidade (90 a 95%) durante uma hora, em uma câmara de atividades desenvolvidas pelos órgãos que recebem e produzem
umidificação. Em seguida, são planificados com a utilização de documentos remetidos ao arquivo.
prensa de ferro, folha por folha, em máquinas elétricas. Para Outro fator que contribui é a maneira pela qual o documento será
documentos em estado de fragilidade, recomenda-se o emprego solicitado.
de prensa manual sob pressão moderada, sempre protegidos com A classificação é a base de uma eficiente gestão de documentos.
folhas de tecido fino e entre papel absorvente. Todos os demais aspectos de um programa de controle de
4- Restauração de documentos documentos dependem da classificação.
A explosão de documentos advinda do processo de globalização
A restauração exige um conhecimento profundo dos papéis e
a partir do século XX e os avanços tecnológicos exigiram meios mais
tintas empregados. Vários são os métodos existentes. O ideal é
eficientes de recuperação de documentos.
aquele que aumenta a resistência do papel ao envelhecimento
natural, e às agressões externas do meio ambiente – mofo, OS MÉTODOS DE CLASSIFICAÇÃO, PROPOSTOS POR
pragas, gases, manuseio – sem que advenha prejuízo quanto à SCHELLENBERG A USADOS ATÉ HOJE SÃO:
legibilidade e flexibilidade, e sem que aumente o volume e o peso.
Nos métodos mais comuns aplica-se uma película protetora em 1- o Funcional – baseado na ação a que os documentos se
um dos lados do papel, por meio de solução vaporizadora, referem. Os documentos são agrupados de acordo com as funções e
imersão ou de processos de laminação e silking. Essa película atividades do órgão produtor. A relação documentos/atividade surge
não deve impedir a passagem dos raios ultravioletas ou na produção documental. A classificação funcional implica na criação
infravermelhos. O processo deve ser fácil e tão elástico que de um Plano, onde as classes e demais subdivisões são
permita o tratamento dos documentos antigos como modernos, hierarquizadas, prevendo pastas ou caixas para cada função,
seja qual for o seu estado de conservação. A matéria-prima e o atividade, atos e operações relativas a pessoas, entidade e lugares. A
menor unidade do Plano de Classificação corresponde à tipologia
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documental (espécie +função do documentos). Na elaboração de um a) INSPEÇÃO: consiste no exame do(s) documento(s) para
sistema de classificação baseado na análise das funções, atividades e verificar se o(s) mesmo(s) se destina(m) realmente ao
ações, deve-se observar: a) que as classes sejam definidas, numa arquivamento, se possui(em) anexo(s) e se a classificação
base a posteriori e não a priori. As classes devem ser fixadas à atribuída será mantida ou alterada.
medida que a experiência ateste a necessidade. b) a consistência
quanto aos níveis de subdivisão de um sistema de classificação; c) o b) ORDENAÇÃO: consiste na reunião dos documentos
estabelecimentos de cabeçalhos distintos para atividades auxiliares – classificados sob um mesmo assunto. A ordenação tem por
meio e para as atividades substantivas – fim. objetivo agilizar o arquivamento, minimizando a
possibilidade de erros. Além disso, estando ordenados
2- o Estrutural – baseado na estrutura organizativa do órgão adequadamente, será possível manter reunidos todos os
produtor, ou seja, no organograma. Cada classe ou subdivisão documentos referentes a um mesmo assunto, organizando-
corresponde a uma unidade( setor, gerência, divisão, etc). geralmente os previamente para o arquivamento.
a acumulação dos documentos se dá nas unidades administrativas Após a ordenação, os documentos classificados sob o mesmo
onde cessou a tramitação, onde o problema do qual trata o documento código formarão dossiês acondicionados em capas apropriadas com
foi resolvido. A falta de estabilidade das estruturas ou uma reforma prendedores plásticos, com exceção dos processos e volumes. Os
administrativa inutiliza todo o Plano de classificação ao alterar o nome dados referentes ao seu conteúdo (código, assunto e, se for o caso,
das unidades. nome de pessoa, órgão, firma ou lugar) serão registrados na capa de
forma a facilitar sua identificação. Os dossiês, processos e volumes
3. por Assuntos – onde o arranjo é baseado no assunto de que serão arquivados em pastas suspensas ou em caixas, de acordo com
tratam os documentos. É comparado ao sistema de classificação das suas dimensões.
bibliotecas. Requer habilidade e predisposição para pensar em Esta operação possibilita:
categorias abstratas, avaliar relações complexas de maneira a - racionalizar o arquivamento, uma vez que numa mesma pasta
delimitar cada série/classe. O mais conhecido é o sistema Decimal de poderão ser arquivados vários dossiês correspondentes ao mesmo
Dewey, que divide o saber humano em dez classes, cada uma dessas grupo ou subclasse, diminuindo, assim, o número de pastas.
divide-se em dez subclasses, que por sua vez subdividem-se em mais Exemplo:
dez subclasses e assim sucessivamente. Por ser muito aprimorado, Pasta: 061 - PRODUÇÃO EDITORIAL
não é aconselhado para ser aplicado com vantagem em arquivos. Dossiês: 061.1 EDITORAÇÃO. PROGRAMAÇÃO VISUAL
061.2 DISTRIBUIÇÃO. PROMOÇÃO. DIVULGAÇÃO
A classificação deve ser realizada por servidores treinados, de - organizar internamente cada pasta, separando os documentos
acordo com as seguintes operações. referentes a cada pessoa, órgão, firma ou lugar, sempre que a
a) ESTUDO: consiste na leitura de cada documento, a fim de verificar
quantidade de documentos justificar e desde que relativos a um
sob que assunto deverá ser classificado e quais as referências
mesmo assunto.
cruzadas que lhe corresponderão. A referência cruzada é um
mecanismo adotado quando o conteúdo do documento se refere a Exemplo:
dois ou mais assuntos. Pasta: 021.2 - EXAMES DE SELEÇÃO
b) CODIFICAÇÃO: consiste na atribuição do código correspondente Dossiês: Será criado um dossiê para cada tipo de exame e título
ao assunto de que trata o documento. de concurso, ordenados alfabeticamente.

ROTINAS CORRESPONDENTES ÀS OPERAÇÕES c) ARQUIVAMENTO: consiste na guarda do documento no


local devido (pasta suspensa, prateleira, caixa), de
DE CLASSIFICAÇÃO
acordo com a classificação dada. Nesta fase deve-se ter
1. Receber o documento para classificação;
2. Ler o documento, identificando o assunto principal e o(s) muita atenção, pois um documento arquivado
secundário(s) de acordo com seu conteúdo; erroneamente poderá ficar perdido, sem possibilidades
3. Localizar o(s) assunto(s) no Código de classificação de de recuperação quando solicitado posteriormente.
documentos de arquivo, utilizando o índice, quando necessário;
4. Anotar o código na primeira folha do documento;
5. Preencher a(s) folha(s) de referência (ver item 2.2), para os
assuntos secundários. 4.2.4 Descrição
OBS: Quando o documento possuir anexo(s), este(s) deverá(ão)
receber a anotação do(s) código(s) correspondente(s). Segundo o DBTA,2005, descrição é “o conjunto de
procedimentos que leva em conta os elementos formais e de conteúdo
PLANOS OU QUADROS DE CLASSIFICAÇÃO dos documentos para elaboração de instrumentos de pesquisa.”
Plano de classificação constituem esquema de distribuição de A descrição é tarefa típica dos arquivos permanentes, embora, no viés
documentos em classes, de acordo com métodos de arquivamento da arquivística integrada, procedimentos integrados capazes de dar
específicos, elaborado a partir do estudo das estruturas e funções de conta de uma visão mais integral das informações pode-se afirmar
uma instituição e da análise do arquivo por ela produzido . que a descrição inicia junto com a classificação e a avaliação.
A descrição é vista como um resultado do conjunto geral de
(DBTA,2005) procedimentos que começa no diagnóstico e continua ao longo das
O Plano de classificação é o resultado da classificação como a idades, ganhando maior detalhamento e complexidade nos arquivos
ordenação intelectual e física dos acervos, baseada numa proposta de permanentes, servindo de “elo suficiente e necessário entre a
hierarquização das informações referentes aos documentos. A indagação do pesquisador e sua solução, tornada possível pelos
classificação consiste em uma tentativa de representação ideológica chamados instrumentos de pesquisa.” (Bellottto,2004)
das informações contidas nos documentos. O processo de descrição consiste na elaboração de instrumentos
de pesquisa que possibilitem a identificação, o rastreamento, a
ORDENAÇÃO DE DOCUMENTOS localização e a utilização dos dados.
Ordenação é uma operação que consiste em unir documentos ou
unidades de um conjunto relacionado uns aos outros de acordo com INSTRUMENTOS DE DESCRIÇÃO
uma ordem previamente estabelecida. A ordenação arquivística se faz
a partir de um dos elementos: data, número, nome de pessoas, lugar
ou assunto. Daí, termos os métodos de arquivamento: cronológico,
O processo descritivo culmina na produção de instrumentos de
numérico, alfabético, geográfico e por assuntos. pesquisa cujo principal objetivo é divulgar é orientar o pesquisador
na consulta ao documento.
Uma vez classificado e tramitado, o documento deverá ser arquivado,
obedecendo às seguintes operações: a) Guia: É o instrumento de pesquisa mais genérico, pois se
propõe a informar sobre a totalidade dos fundos existentes no
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arquivo. Sua finalidade é informar sobre o histórico, natureza, a A organização das regras reflete uma estrutura com uma
estrutura, o período de tempo, a quantidade de cada fundo. série de elementos, que se agrupam em sete áreas de
b) Inventário sumário: Trata-se de instrumento do tipo informação: área de identificação, área de contexto, área de
arrolamento, cuja organização deve refletir o arranjo adotado conteúdo e estrutura, área de condições de acesso e uso, área de
para a disposição do fundo, ou parte dele, como uma série, por documentação relacionada, área de notas e área de controle de
exemplo. Sua finalidade é descrever a composição do fundo – descrição.
ou parte dele, pela enumeração de suas unidades de
arquivamento, sumariamente descritas – e ao mesmo tempo ISAAR(CPF)
prover o arquivo de um instrumento preliminar de busca para É a norma internacional para registros de autoridade
cada fundo. Deve ser o primeiro instrumento de pesquisa a ser arquivísticos de organismos, pessoas ou famílias, que podem ser
elaborado tanto para os fundos de arquivos públicos quanto identificadas como produtores de documentos de arquivo nas
para os dos arquivos privados. Deve ser precedido de uma descrições. Está estruturada em três áreas: 1- área de controle de
introdução contendo informações sobre os seguintes autoridade (códigos de identificação, tipo e registro de autoridade
elementos: modalidade de incorporação do fundo no arquivo; arquivística, entrada de autoridade, entradas paralelas, termos
breve notícia histórica da instituição, a pessoa ou a família da não aceitos, e entradas de autoridades não aceitas); 2- área de
qual o fundo é proveniente; explicação sobre o modo de informação (organismos, pessoas e famílias) e 3- área de notas
consulta do inventário. Inventário Analítico: Instrumento de (do arquivista, regras e convenções e data)
pesquisa no qual as unidades de arquivamento de um fundo,
ou de uma de suas divisões são identificadas e descritas NOBRADE
pormenorizadamente. Sua finalidade é propiciar ao usuário um
A NORMA BRASILEIRA DE DESCRIÇÃO - Nobrade trata-
conhecimento individualizado das unidades de arquivamento, se da norma nacional que estabelece as diretivas para a descrição de
através da descrição minuciosa de seu conteúdo. documentos arquivísticos em conformidade com a Norma Geral
c) Catálogo: Instrumento de pesquisa elaborada segundo um Internacional de Descrição Arquivística - ISAD(G). Foi elaborada pela
critério temático, cronológico, onomástico ou geográfico, Câmara Técnica de Normalização da Descrição Arquivística - CNTDA,
incluindo todos os documentos, pertencentes a um ou a mais órgão do CONARQ.
fundos, descritos de forma sumária ou pormenorizada. Sua
finalidade é agrupar os documentos que versem sobre um ÂMBITO E OBJETIVOS DA NOBRADE
mesmo assunto, ou que tenham sido produzidos num dado Esta norma estabelece diretivas para a descrição no Brasil
período de tempo, ou que digam respeito à determinada de documentos arquivísticos, compatíveis com as normas
pessoa, ou a lugares específicos existentes num ou mais internacionais em vigor ISAD(G) e ISAAR(CPF) e tem em vista facilitar
fundos. o acesso e o intercâmbio de informações em âmbito nacional e
d) Repertório: instrumento de pesquisa que descreve internacional.
pormenorizadamente documentos previamente selecionados, Normas para descrição de documentos arquivísticos visam garantir
pertencentes a um ou mais fundos, segundo um critério descrições consistentes, apropriadas e auto-explicativas. A
padronização da descrição, além de possibilitar maior qualidade ao
temático, cronológico, onomástico ou geográfico. Neste tipo de
trabalho técnico, contribui para a economia dos recursos aplicados e
instrumento está presente um juízo de valor que determina ou
para a otimização das informações recuperadas. Ao mesmo tempo
não a inclusão de determinado documento. Sua elaboração só que influem, não no trabalho técnico realizado pelas entidades
se justifica em casos específicos, quando há intenção de custodiadoras, habilitam o pesquisador ao uso mais ágil de
ressaltar documentos individuais relevantes. instrumentos de pesquisa que estruturam a informação de maneira
e) Índice: é uma lista sistemática, pormenorizada, dos elementos mais semelhante.
do conteúdo de um documento ou grupo de documentos, Assim como as normas internacionais ISAD(G) e
disposta em uma determinada ordem para indicar sua ISAAR(CPF) demandam normas nacionais, a norma brasileira advoga
localização no texto. Sua finalidade é remeter rapidamente o a padronização de procedimentos em sistemas de arquivos e/ou em
leitor ao contexto onde se acha inserido o termo indexado e entidades custodiadoras. Da mesma maneira que aquelas normas
apresenta-se de duas formas: como obra independente ou internacionais, esta norma também não preceitua nenhum modelo de
como parte integrante da obra indexada. Não há índice estruturação da informação em sistemas de descrição automatizados
cumulativo. Cada volume apresenta o seu, que usualmente são ou manuais, buscando interferir o mínimo possível na forma final das
de nomes e de assuntos, numa só ordem alfabética. No caso descrições. Cabe a cada entidade custodiadora e a seus profissionais
de indexação de ilustrações, as normas técnicas utilizam o a decisão acerca dos recursos utilizados para a descrição, bem como
o formato final de seus instrumentos de pesquisa, sendo apenas
termo tabela e não índice de ilustrações. Indexação: Processo
imprescindível a presença dos elementos de descrição obrigatórios.
pelo qual se relacionam da forma sistemática descritores ou
Embora a norma tenha sido pensada para utilização em
palavras-chave que permitem a recuperação posterior do sistemas de descrição automatizados ou não, as vantagens de seu
conteúdo de documentos e informações. uso são potencializadas nos primeiros. O respeito a esta norma em
f) Tabela de Equivalência (concordância): instrumento de sistemas manuais pode facilitar posterior passagem dos dados para
pesquisa que mostra a equivalência entre antigas notações e sistemas automatizados. Para intercâmbio nacional ou internacional
as novas adotadas. de dados, ainda que o uso da norma não seja suficiente, constitui
requisito fundamental. Esta norma tem como pressupostos básicos o
4.2.4.1 Normas de descrição arquivística princípio do respeito aos fundos e a descrição multinível.
São conseqüências lógicas desses pressupostos:
ISAD(g) a- a descrição do fundo deve ser feita em níveis;
A ISAD(G) é uma norma de descrição aprovada pelo b- a descrição deve partir do nível mais geral para o particular;
Conselho Internacional de Arquivos, em 2000, cuja tradução na c- a descrição deve obedecer às regras da descrição multinível.
terminologia brasileira, consagrou-se como Norma Geral
Considera-se a existência de seis principais níveis de
Internacional de Descrição Arquivística. A ISAD(G) é um conjunto descrição, a saber: entidade custodiadora (nível 0), fundo ou coleção
de regras gerais de descrição que tem os seguintes objetivos: - 7 (nível 1), seção (nível 2), série (nível 3), dossiê ou processo (nível 4)
assegurar a formulação de descrições compatíveis, apropriadas e e item (nível 5). São admitidos como níveis intermediários a
explícitas, ou seja, que se expliquem por si mesmas; - facilitar a subunidade custodiadora (nível 0,5), a subseção (nível 2,5) e a
recuperação e o intercâmbio de informação sobre a subsérie (nível 3,5). Graficamente, o Apêndice 1 mostra como se
documentação; permitir o compartilhamento de dados de estruturam os níveis 1 a 5.
autoridade e possibilitar a integração da descrição de diferentes Nem todos os níveis precisam ser implementados: o nível 0 é útil para
arquivos em um sistema de informação unificado. descrições gerais da totalidade do acervo de uma entidade
custodiadora; o nível 0,5 só cabe quando a entidade custodiadora
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dispõe de subunidades administrativas que custodiam acervos e dão Vivemos, hoje, em tensão permanente, com a sociedade
acesso a eles em diferentes endereços; os demais níveis serão criticando o Estado pela “má” gestão da “coisa pública”, ou seja, pela
utilizados de acordo com a estrutura de arranjo do fundo/coleção. incapacidade do Estado em atender às demandas de serviços sociais,
Cabe observar, porém, que o nível 5 só existe em função do nível 4; dentre os quais estão inseridos os arquivos públicos, gestores de
melhor dizendo, só existem itens caso integrem dossiês/processos. políticas públicas.
A razão política e social do arquivo é prejudicada pelos
Quanto à descrição multinível, esta norma adota princípios mecanismos burocráticos que: 1) considera os arquivos importantes,
expressos como regras na ISAD(G), quais sejam: mas a ação sobre eles nem sempre é urgente, podendo esperar por
DESCRIÇÃO DO GERAL PARA O PARTICULAR – com o objetivo de outro momento e 2) como questão de interesse nacional, os
representar o contexto e a estrutura hierárquica do fundo e suas governantes não tomaram consciência do papel do arquivo, como
partes componentes; órgão que exige soluções complexas para problemas complexos,
INFORMAÇÃO RELEVANTE PARA O NÍVEL DE DESCRIÇÃO - com como são o gerenciamento e a preservação das informações.
o objetivo de representar com rigor o contexto e o conteúdo da Durante séculos, foram produzidos uma numerosa e importante
unidade de descrição; documentação relativa a diversos aspectos da vida cotidiana do
RELAÇÃO ENTRE DESCRIÇÕES – com o objetivo de explicitar a homem e das instituições nascimento, pagamentos de impostos,
posição da unidade de descrição na hierarquia; processos de compra e venda, contratos, etc). O interesse nessa
NÃO REPETIÇÃO DA INFORMAÇÃO - com o objetivo de evitar documentação radicava, até bem pouco tempo, ao que opinavam e
redundância de informação em descrições hierarquicamente observavam os historiadores e investigadores. No entanto, é
relacionadas. necessário abrir esse apaixonante mundo dos arquivos e tornar mais
compreensível o estudo da História, para que não seja considerada
ISDF – Norma Internacional para descrição de funções algo distante, onde se movem uns personagens famosos e uns feitos
determinados que nada dizem ao cidadão. Isto implica em mostrar os
Esta norma dá diretrizes para a preparação de arquivos como um lugar onde se conserva a memória de nossos
descrições de funções de entidades coletivas associadas à antepassados, sem a qual não seria possível compreender a realidade
produção e manutenção de arquivos. O termo “função” é usado da sociedade contemporânea, ou seja, compreender melhor as
para incluir não somente funções, mas também qualquer uma das mudanças históricas e sócio-culturais que se produziram na sociedade
em que vivemos.
subdivisões de uma função, tais como subfunção, procedimento
Na tentativa de socializar o trabalho dos Arquivos, muitas
operacional, atividade, tarefa, transação ou outro termo de uso
administrações têm empreendido campanhas de sensibilização da
internacional, nacional ou local. A norma pode ser usada para população com a realização de exposições, concursos, doações e
descrever uma função ou qualquer de suas subdivisões. atividades de visitação às suas dependências e que, freqüentemente,
A análise das funções de entidades coletivas é os resultados não correspondem aos objetivos esperados, pois os
importante como base para muitas atividades de arquivamento. recursos operacionais, ou seja, o pessoal , os equipamentos e,
Funções são reconhecidas, geralmente, como mais estáveis que principalmente, a organização e descrição do acervo não possibilitam
estruturas, que são frequentemente mescladas ou transferidas um entendimento da história como parte da vida da população.
quando ocorre reestruturação. Em conseqüência disso, funções “No mundo globalizado, onde o tempo atropela e exige o “hoje e
são apropriadas para servir como: agora” e não deixa espaço para a revisão do feito, é extremamente
- uma base para o arranjo, classificação e descrição; importante acudir a memória e a tudo que ajude a resgatar-la.”
- uma base para a avaliação de documentos; (RAMOS, .....) O homem necessita identificar-se, reconhecer seu
- uma ferramenta para a recuperação e análise de documentos. fazer, explicá-lo, pertencer a algo ou alguém. Essa necessidade de
Descrição de funções e atividades podem ser usadas: “pertença” se estabelece quando o homem consegue manter viva a
a- para descrever funções como unidades em um memória e isto, muitas vezes, se sustenta nos documentos.
sistema de descrição arquivístico; Por isso, o arquivista deve sair do campo da atividade
administrativa, ou seja, selecionar e identificar massas documentais
b- para controlar a criação o uso de pontos de acesso
acumuladas durante anos, fruto do descaso ou desconhecimento de
em descrições arquivísticas; administradores “bem intencionados”, que continuam a produzir mais
c- para documentar relações entre diferentes funções e e mais documentos, em suas reformas administrativas, sem lembrar
entre essas funções e as entidades coletivas que as que, tão importante quanto implementar reformas e programas é
exerceram e os documentos que geraram. buscar, nas experiências passadas a base para a solução dos
Descrições de funções devem complementar e problemas da sociedade.
suplementar descrições de documentos criadas em conformidade É de competência do arquivista mostrar o verdadeiro sentido da
à ISAD(G) e registros de autoridade elaborados de acordo com a organicidade dos arquivos, integrando cidadãos e patrimônio
ISAAR(CPF). A guarda da informação sobre funções separada documental. Como lembrar Bellesse e Gak, “é preciso ir além da
das descrições dos documentos e dos registros de autoridade apresentação (organização dos arquivos). É importante que nos
significa menos repetição de informação e permite a construção libertemos do paradigma tecnicista/administrativo” e partir em direção
de sistemas flexíveis de descrição arquivística. a uma nova jornada social: promover a interlocução entre os arquivos
e a sociedade.
Tendo em vista a grande atração dos recursos tecnológicos
resultantes do uso do computador, os gestores públicos e políticos
4.2.5 Difusão têm dificuldade de estabelecer correlação entre suas necessidades de
informação com a existência de um serviço de arquivo ágil e eficaz e,
SERVIÇOS DE REFERÊNCIA por isso, grandes investimentos são realizados com a aquisição de
O serviço de referência é o conjunto de atividades destinadas a equipamentos e softwares que, rapidamente, se constatam
orientar o usuário quanto aos documentos relativos ao tema de seu incompatíveis com os propósitos para os quais foram adquiridos.
interesse, aos instrumentos de pesquisa disponíveis e às condições Muito embora o esforço dos arquivistas na conscientização dos
de acesso e de reprodução. administradores, através de um trabalho diário e constante sobre o
mundo dos arquivos é, segundo Alberch, “evidente a necessidade de
elaborar um plano estratégico de promoção da imagem do arquivo e,
DIFUSÃO DA INFORMAÇÃO para conseguir este objetivo é vital contar, em primeiro lugar, com
Os arquivos públicos, além de conservarem a documentação uma identidade institucional plenamente consolidada”. (Alberch i
produzida pelas organizações no cumprimento de suas funções, Fugueras, 2000)
representam uma fonte de poder do Estado, na medida em que este Um fator que dificulta a atuação e a consolidação da imagem
disponibiliza a informação de acordo com as políticas públicas institucional do arquivo é a vinculação dos serviços de arquivo a área
estabelecidas. Nem sempre as políticas públicas representam os da história e da cultura, que leva a “uma leitura parcial da função
interesses públicos, em virtude das ideologias, utopias, valores e arquivística”, relacionando os arquivos, por um lado, essencialmente
objetivos sociais e que, em alguns momentos da história, ficam a uma prática histórica, elitista e erudita e, por outro, colocando-o nas
distantes dos valores da sociedade. últimas posições na agenda política em que os arquivos representam
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o último escalão dos interesses culturais, onde “maior rentabilidade de fotos relativos ao município, que se encontram no Arquivo Público
imagem e prestígio social” é dado aos museus, bibliotecas, teatros, acompanhado de documentos, materiais e peças que mostram a
etc. cultura atual dos Açores. A experiência mostra uma dimensão mais
Isso nos leva a reiterar a idéia expressa nos manuais de ampla do arquivo, pois colabora para que o cidadão daquele município
arquivística que os arquivos devem estabelecer-se como um serviço encontre na história preservada, sua herança cultural e o testemunho
vital, de caráter transversal e interdepartamental, a órgãos social de sua identidade e memória de seu povo.
hierarquicamente superiores, como as gerências, presidência, O governo como elemento produtor e detentor do patrimônio
secretarias gerais, para que possa desempenhar um papel de histórico é também elemento essencial na relação documento de
liderança na gestão documental, exercendo sua competência em arquivo e sociedade. Em pesquisa realizada por Castanho (1998), fica
todos os âmbitos da organização. claro que “a postura dos dirigentes governamentais revela um
Algumas instituições públicas e privadas, graças ao dinamismo descompromisso com investimentos no Arquivo, trazendo desestímulo
dos profissionais em seu labor diário de conscientização do papel do àqueles que desenvolvem tarefas específicas” agravado pelo fato de,
arquivo e do reconhecimento como espaço de poder que o arquivo a cada nova gestão, novas propostas serem implementadas e que
representa para as administrações, vêm estabelecendo novos não reflete a continuidade para a preservação do acervo.
paradigmas no posicionamento e organização dos seus serviços de Conhecedores do potencial informativo que se encontra em
arquivo. nossos arquivos, o que fazer para que nossos dirigentes percebam
Podemos citar os benefícios conseguidos pelo Arquivo Nacional que o estabelecimento de políticas arquivísticas, bem planejadas e
com sua transferência para a Chefia da Casa Civil, a partir de 2000, estáveis, ao serem contabilizadas, se convertem em capital
depois de décadas vinculado ao Ministério da Justiça, que não informativo?
possibilitava a comunicação com os demais órgãos da administração A resposta a esse questionamento, que nos fizemos quase
federal. diariamente, começa por uma mudança de atitude, buscando, através
O trabalho dos profissionais tem motivado o aparecimento de da adoção de programas de educação patrimonial uma articulação e
situações novas, como o município de Canoas do Rio Grande do Sul comprometimento da sociedade civil.
que, com a implantação de um Projeto de Organização dos Arquivos, A definição clara da identidade do arquivo só se consolida
parte integrante de um grande programa de Modernização através de um processo de reflexão sobre o trabalho que realiza, os
Administrativa do Município, aprovou, em dezembro de 2003, a lei de recursos que dispõe e o conhecimento de seus usuários reais e
criação do Arquivo Público Municipal, subordinado diretamente a potenciais. A elaboração de um plano de treinamento e motivação do
Secretaria de Governo, contando em sua estrutura com serviços de pessoal acarreta uma melhoria na comunicação e nas políticas de
Arquivo Geral, Arquivo Permanente e Preservação, incluindo as qualidade dos produtos oferecidos pelo Arquivo.
atividades de gestão da documentação produzida pelos diferentes Neste sentido, é interessante destacar o reconhecimento
órgãos da administração municipal, de conservação preventiva, com alcançado pelo Arquivo Histórico de Porto Alegre “Moisés Velhinho”
definição de padrões para preservação pela microfilmagem e difusão que atendendo aos anseios da população aprovadas no Orçamento
cultural e educativa. O Serviço de Arquivo Histórico, subordinado à Participativo, adquiriu identidade institucional, como lugar específico
Secretaria da Cultura, existente na estrutura administrativa até de armazenamento e guarda de artefatos da memória coletiva da
dezembro passado, mesmo sem fazer o recolhimento da cidade, com documentos que podem servir para diferentes olhares e
documentação produzida pelo município, sempre buscou um inter- leituras do passado, a partir da adoção de ações propostas pela
relacionamento com a sociedade, através da realização de exposições Coordenação de Memória Cultural da Secretaria Municipal de Cultura,
em datas significativas, publicações que contam a história dos bairros expressas no documento “A memória numa cidade democrática”, de
e das ruas do município, participação mensal no Programa de 1995. O Orçamento Participativo é um programa do governo
Comunidade Solidária, onde é mostrado um pouco da história da municipal de Porto Alegre, pelo qual a população discute e aprova as
Cidade de Canoas. Além disso, o município definiu, também, um ações nas quais o orçamento do município deve ser gasto,
espaço para instalação do Arquivo, em prédio situado junto a anualmente. E Porto Alegre tem demonstrado que decidindo sobre “o
Administração Central, que compreende um complexo histórico orçamento do município, as populações de muitas regiões da periferia
administrativo do Município, possibilitando a criação de uma têm explicitado, através das escolhas que realizam a sua “fome de
identidade institucional, como casa da memória e informação. pão e de beleza” (Frei Beto, 1991), referindo-se às necessidades
Essa mudança de paradigma é reflexo da exigência da artísticas e intelectuais que todas as pessoas possuem, pois a vida
sociedade de informação em transformar a informação em precisa ir além do pão, para existir dignamente” (Bergamaschi e
conhecimento. Daí, porque os arquivistas e administradores devem se Stephanou, 2000). Pelo Orçamento Participativo, o Arquivo Histórico
preparar para dar maior visibilidade ao conteúdo dos fundos conseguiu restaurar dois casarões do século XIX e que, hoje, abrigam
documentais, possibilitando que a crescente diversidade de tipologias o setor administrativo, com salas de consulta, laboratório de
e suportes documentais sejam inseridos no acervo e disponibilizados restauração, sala de higienização e descrição de documentos, um
a seus usuários que buscam, cada vez mais, informações que auditório, que é disponibilizado a comunidade para atividades
expliquem as mudanças históricas, sociais e culturais do mundo em culturais. Para o acervo, foi construído um prédio anexo, com todas as
que vivem e não mostre somente “o desenvolvimento de uma história características necessárias para sua preservação. Além disso, em
oficialista e institucional, usualmente a margem das reivindicações e parceria com a Faculdade de Educação da Universidade Federal do
necessidades de cidadania”. (Alberch Fugueras, 2000) Rio Grande do Sul, o Arquivo Histórico desenvolve, desde 1998,
A práxis comum de que a política de acesso seja estabelecida programas de Educação Patrimonial como:
para atender o pesquisador “erudito”, havendo algumas restrições 1- Projeto PAPEL ANTIGO & PAPEL VELHO – que busca
com relação ao usuário comum, que busca o arquivo para satisfazer fomentar a valorização do patrimônio documental mantido
necessidades e curiosidades pessoais, tem mudado, na maioria dos pelo Arquivo, entendendo a documentação como um
arquivos, a partir da democratização, com as organizações sociais importante suporte da memória coletiva. É destinado a
ocupando cada vez mais um espaço nas decisões sobre políticas alunos de 1ª a 4ª série do ensino fundamental e inicia com
públicas. O arquivo, além de cumprir as funções precípuas de uma viagem ao século XVIII, quando uma artesã, demonstra
recolher, tratar, conservar, difundir e tornar acessível a consulta tem o processo de fabricação do papel a partir de trapos, dando
ainda a função de servir ao cidadão comum e aos futuros cidadãos, no uma idéia da tecnologia utilizada nos processos de
sentido de conhecer sua herança cultural e sua identidade, preservar reciclagem do papel nos dias de hoje. Em seguida, as
o patrimônio histórico como também acessar o conhecimento de crianças percorrem o Arquivo, acompanhados por um dos
maneira lúdica, por meio de atividades culturais e educativas que se mais temíveis predadores do papel, a Broca, representada
constituem na chamada função cultural ou social. por uma atriz, que apesar de esfomeada, descobre com as
Para Alberch, a idéia de oferecer serviços dirigidos a todos os crianças, os métodos de preservação do acervo, conhece
públicos é um erro e a segmentação dos usuários é a única saída importantes registros históricos da cidade e também
viável. Para isso, o arquivo público deve oferecer atividades dirigidas documentos eletrônicos que fazem parte do mundo
tanto a um público geral como também planificar adequadamente a contemporâneo como suportes da memória.
oferta e dirigir as ações a usuários específicos. Um exemplo que pode
ser citado é o Programa de Arquivo Público do Estado de Santa 2- Projeto VIVO TOQUE - dirigida a estudantes de 5ª a 7ª
Catarina, que leva aos municípios do Estado, com forte colonização séries, da rede pública municipal, tem como enfoque a
açoriana, na semana do Município, uma exposição com documentos e interpretação do documento histórico. Os estudantes
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começam conhecendo os casarões do século XIX, os O arquivista hoje não pode esquecer que vive e atua
diversos serviços, o acervo, os cuidados com os profissionalmente na chamada “era da informação”, na qual as
documentos e a sala de pesquisa, quando são, tecnologias da informação e da comunicação têm presença
subitamente, surpreendidos pelo Detetive Coruja, que está marcante. Os novos suportes documentais com os quais terá de
investigando um fato da história de Porto Alegre, até hoje lidar exigem conhecimento, competência, métodos e meios de
não elucidado: o incêndio do Mercado Público, em 1912. produção,utilização e conservação física especiais. São fatores
Como são muitas as pistas, o detetive Coruja, que se
novos, sobre os quais arquivistas passam agora a ser instruídos e
considera o melhor de Porto Alegre, converte os estudantes
treinados, não obstante correrem o risco de, em virtude dos
em seus auxiliares e inicia uma aventura investigativa pelos
meandros do Arquivo. Para potencializar a participação dos vertiginoso crescimento das possibilidades da eletrônica nas
alunos e dar apoio ao professor, são enviadas sugestões áreas documentais, nunca conseguirem abarcar a plenitude
preparatórias para serem trabalhadas em aula. Ao final da desses conhecimentos tão mutáveis e dependentes de
oficina, os estudantes discutem sobre as semelhanças de equipamentos tão rapidamente tornados obsoletos.
procedimentos da investigação detetivesca com a A informática entendida como a “técnica que permite a
historiográfica e, a partir do conhecimento de documentos produção e o tratamento acelerado da informação por meio de
que contam um fato da história da cidade, conseguem operações eletrônicas e mecânicas”, tem hoje nos arquivos
compreender melhor o contexto histórico do início do século marcada presença. As tecnologias aumentaram muito a
XX. capacidade da sociedade de gerar, reunir, recuperar, examinar e
utilizar dados com objetivos os mais variados, apresentando ainda
3- Projeto SENSIBILIZAÇÃO PARA A VIDA NO ÂMBITO
HUMANO, CULTURAL E AMBIENTAL - recentemente a vantagem de possibilitar o acesso à informação a distância e de
criado, aborda questões da vida natural e do patrimônio nos ajudar a eliminar dados/informações redundantes, supérfluas,
material e imaterial. Numa interessante interface entre meio irrelevantes.
ambiente e artes, as crianças são estimuladas a vivências O documento em meio informático permite a densidade
lúdicas em que a natureza e a cultura são valorizadas. máxima da informação em um mínimo de suporte, do qual a
Como o Arquivo tem uma localização privilegiada, entre mensagem, naturalmente, terá de passar por reconstrução legível
rochas e plantas e árvores, o projeto é apresentado pelo por máquina para ser entendida. Entretanto, dentro da
personagem “Rochinha”, um ser mutante e morador peculiaridade do documento arquivístico, os especialistas
naquele espaço, proporciona momentos únicos em que a chamam a atenção dos arquivistas para o fato de que todo o
magia e o encantamento despertam para o cuidado e processamento que se dê à informação arquivística não pode se
respeito a todos os bens da humanidade. afastar dos princípios teóricos básicos da arquivística, refletindo
Estes projetos têm demonstrado à comunidade portoalegrense sempre o princípio da proveniência e a organicidade da
que pode e deve usufruir daquele espaço público, oportunizando informação interna dos fundos. Isto, mesmo em se admitindo a já
experiências de participação na elaboração de narrativas e reinvenção não centralização material e formal dos documentos, tal como se
de valores e significados da cidade a partir do acervo sob sua apresentavam anteriormente na forma tradicional da organização
responsabilidade. A cada ano, novos grupos têm se agregado ao arquivística. Nesta, campeava o suporte papel, a informação
Arquivo, que dispõe de auditório para realização de eventos, reuniões formalmente padronizada e a obediência estrita e material ao
e discussões sobre os interesses da comunidade a serem princípio da proveniência. Ora, a informática vem mudar
reivindicados no próximo Orçamento Participativo. Nos últimos meses, sensivelmente essas verdades, porque separa a informação do
grupos da chamada “Melhor Idade” buscam o Arquivo, não só para suporte reconhecível, já que este é um sistema informático. Trata-
visitas, mas com o propósito de resgatar documentos e fatos vividos, se, portanto, de documentos virtuais, e assim devem ser
que se encontram adormecidos na memória pessoal e coletiva. compreendidos e tratados.
Preservam-se documentos por sua capacidade de servir
como prova (evidential value) ou como testemunho (informational
value). Neste sentido, os arquivistas devem ter bem claro como é
preciso localizar, de imediato seus documentos, a procedência e a
5 NOÇÕES DE PALEOGRAFIA E estrutura, funções e atividades do produtor nele refletidas. Só isso
confere a eles autenticidade, no primeiro caso, e fidedignidade,
DIPLOMÁTICA no segundo.
No entanto, ainda é inconsistente nosso conhecimento
quanto à evidência desses elementos nos documentos em
Recomendamos a leitura das seguintes obras: suporte eletrônico. Será que questões como imparcialidade,
BERWANGER, Ana Regina, LEAL, João Eurípedes Franklin. Noções fidedignidade, autenticidade, natureza, unicidade, inter-relações
de paleografia e diplomática. 3ed.rev.ampl. Santa Maria: Editora da orgânicas são, atualmente, facilmente detectáveis nos sistemas
UFSM, 2008. eletrônicos? Têm surgido problemas jurídicos em vários países
em torno dessas questões aguardando-se os caminhos e
BELLOTTO. Heloisa Liberalli. Arquivos permanentes: tratamento soluções, que certamente passarão pela área do direito.
documental. P. 45 a 63.
Quando se fala no arquivista no século XXI, esperando
DURANTI, Luciana. dele que se apodere das novas tecnologias para um eficiente
desempenho de seu trabalho, não se deve esquecer que não é
GUIMARÃES, José Augusto Chaves, NASCIMENTO, Lucia Maria possível prescindir daquelas qualidades esperadas de tal
Barbosa do, FURLANETO NETO, Mário. Aspectos jurídicos e profissional, em qualquer situação, tempo e lugar – com ou sem
diplomáticos de documentos eletrônicos. São Paulo: Associação dos
tecnologia. Alguns especialistas assim as têm arrolado:
Arquivistas de São Paulo, 2005.
- capacidade de análise e síntese, juntamente com uma
aptidão particular para esclarecer situações complexas e ir ao
essencial,
- habilidade de formular claramente suas idéias, tanto na
forma escrita quanto na verbal,
6 O ARQUIVISTA - capacidade de julgamento seguro,
- aptidão para tomar decisões sobre questões ligadas à
memória da sociedade,
O ARQUIVISTA NA SOCIEDADE CONTEMPORÂNEA - abertura às novas tecnologias da informação,
- bom senso para tomar resoluções,
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- adaptação à realidade, às condições de seu tempo e XII- desenvolvimento de estudos sobre documentos culturalmente
lugar. importantes.
Como se tudo isso fosse ainda insuficiente, fala-se ainda Art. 3° - São atribuições dos Técnicos de Arquivo:
nas qualidades de adaptabilidade, pragmatismo, curiosidade I- recebimento, registro e distribuição dos documentos, bem como
intelectual, rigor, método, continuidade, capacidade de controle de sua movimentação;
compreensão e de escuta relativamente ao produtor, ao II- classificação, arranjo, descrição e execução de demais tarefas
pesquisador e ao cidadão. A verdade é que o arquivista, ademais necessárias à guarda e conservação dos documentos, assim
de toda essa qualificação de cunho pessoal, deverá ainda estar como prestação de informações relativas aos mesmos;
capacitado profissionalmente para intervir em toda a cadeia do III- preparação de documentos de arquivos para microfilmagem e
tratamento documental, qualquer que seja o suporte. A conservação e utilização do microfone;
respeitabilidade de que é revestido o seu trabalho virá da IV- preparação de documentos de arquivo para processamento
segurança com que atue no seu métier. eletrônico de dados.
Na verdade, o desafio da credibilidade de ver respondido Art. 4º- O exercício das profissões de Arquivista e de Técnico de
com um grande esforço de comunicação, de aperfeiçoamento, de Arquivo, depende de registro na Delegacia Regional do Trabalho
reciclagem, paralelamente ao entendimento da evolução das do Ministério do Trabalho.
práticas profissionais, das técnicas que não cessam de se Art. 5°- Não será permitido o exercício das profissões de
renovar, dos conhecimentos, das competências, dos Arquivista e de Técnico de Arquivo aos concluintes de cursos
procedimentos. Deve haver um diálogo constante entre a resumidos, simplificados ou intensivos, de férias, por
concepção que o arquivista tem do arquivo e a forma pela qual a correspondência ou avulsos.
sociedade expressa suas necessidades. Art. 6º- O exercício da profissão de Técnico de Arquivo, com as
atribuições previstas no Art. 3º, com dispensa de exigência
constante do art. 1º, item IlI, será permitido, nos termos previstos
LEI N° 6.546, DE 04.07.78 no regulamento desta Lei, enquanto o Poder Executivo não
D.O.U. DE 05.07.78 dispuser em contrário.
Art. 7° - Está Lei será regulamentada no prazo de noventa dias, a
Dispõe Sobre a Regulamentação das Profissões de Arquivista e contar de sua vigência.
de Técnico de Arquivo. Art. 8° - Esta Lei entrará em vigor na data de sua publicação.
Art. 1º - O exercício das profissões de Arquivista e de Técnico de Art. 9º- Revogam-se as disposições em contrário.
Arquivo, com as atribuições estabelecidas nesta Lei, só será
permitido: DECRETO Nº 82.590, DE 06 DE NOVEMBRO DE 1978.
I- aos diplomados no Brasil por curso superior de Arquivologia,
reconhecido na forma da lei;
II- aos diplomados no exterior por cursos superiores de Regulamenta a Lei nº 6.546, de 4 de julho de 1978, que dispõe
Arquivologia, cujos diplomas sejam revalidados no Brasil na forma sobre a regulamentação das profissões de Arquivista e de técnico
da lei; de Arquivo.
III- aos Técnicos de Arquivo portadores de certificados de
conclusão de ensino de 2º grau;
IV- aos que, embora não habilitados nos termos dos itens
anteriores, contem, pelo menos, cinco anos ininterruptos de
atividade ou dez intercalados, na data de início da vigência desta 7 GERENCIAMENTO ELETRÔNICO DE
Lei, nos campos profissionais da Arquivologia ou da Técnica de DOCUMENTOS
Arquivo;
V- aos portadores de certificado de conclusão de curso de 2° grau O GED surgiu como uma divisão da tecnologia da informação e
que recebam treinamento específico em técnicas de arquivo em visa, principalmente proceder a gestão dos documentos, sendo,
curso ministrado por entidades credenciadas pelo Conselho portanto a somatória de todas as tecnologias e produtos para
Federal de mão-de-obra, do Ministério do Trabalho, com carga gerenciar as informações de forma eletrônica.
horária mínima de 1.110 hs. nas disciplinas específicas. A primeira versão de GED baseava-se na digitalização de
documentos em papel e também em microfilme. A essa tecnologia
Art. 2° - São atribuições dos Arquivistas:
deu-se o nome de DI (Document Imaging) ou Gerenciamento de
I - planejamento, organização e direção de serviços de Arquivo; Imagens de Documentos. A DI agiliza o processo de consulta, bem
II- planejamento, orientação e acompanhamento do processo como a distribuição de documentos, utilizando programas de
documental e informativo; gerenciamento, empregando equipamentos específicos para a
III- planejamento, orientação e direção das atividades de captação, armazenamento, visualização, distribuição e impressão das
identificação das espécies documentais e participação imagens dos documentos.
planejamento de novos documentos e controle de multicópias; Com o crescimento da quantidade de documentos gerados em
IV- planejamento, organização e direção de serviços ou centro de meio eletrônico nos escritórios, surgem as ferramentas para gerenciá-
documentação e informação constituídos de acervos arquivísticos los. Essas ferramentas constituem a tecnologia DM (Document
e mistos; Management), ou gerenciamento de documentos digitais. A DM
V- planejamento, organização e direção de serviços de possibilita o controle, a localização, atualização e mesmo a
microfilmagem aplicada aos arquivos; rastreabilidade das alterações nos documentos, podendo ser feito,
VI- orientação do planejamento da automação aplicada aos também, o controle do acesso físico aos documentos. Os mesmos
arquivos; ainda podem ser submetidos a localizadores lógicos através de
VII- orientação quanto à classificação, arranjo e descrição de indexação.
O Workflow é uma tecnologia que foi desenvolvida na década de
documentos;
90 e possibilita automatizar processos de negócios, garantindo o
VIII - orientação da avaliação e seleção de documentos, para fins
acompanhamento das atividades, aumentando a produtividade com
de preservação; objetividade e segurança. Em outras palavras é o controle do ‘fluxo de
IX- promoção de medidas necessárias à conservação de trabalho’,o qual coordena e dá suporte aos processos, que podem ser
documentos; executados por um ou mais sistemas de computadores, por um ou
X- elaboração de pareceres e trabalhos de complexidade sobre mais agentes humanos, ou, então combinações destes.
assuntos arquivísticos; O COLD (computer output to laser disc) é um ‘gerenciamento
XI- assessoramento aos trabalhos de pesquisa científica ou corporativo de relatórios’ ou seja, é o processo de capturar dados de
técnico-administrativa; arquivos eletrônicos, armazenando-os. O uso mais comum de COLD é
com documentos já arquivados eletronicamente, e não permite
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modificações de conteúdos. As informações textuais extraídas dos Arquivamento _ 1 Seqüência de operações intelectuais e físicas
documentos de COLD podem ser usadas para indexação e posterior que visam à guarda ordenada de documentos. Ver também
localização dos dados. Por exemplo, arquivando-se e-mails de uma arranjo, método de arquivamento e sistema de arquivamento. 2
empresa, mais tarde pode-se pesquisar por alguns dados do texto Ação pela qual uma autoridade determina a guarda de um
desses documentos. documento, cessada a sua tramitação.
As aplicações de GED vão desde a preservação de acervos de Arquivista _ Profissional de nível superior, com formação em
documentos históricos até o fluxo de processos em órgãos públicos e
arquivologia ou experiência reconhecida pelo Estado.
privados.
Arquivo _ 1 Conjunto de documentos produzidos e acumulados
Vantagens do uso de GED: por uma entidade coletiva, pública ou privada, pessoa ou família,
- O acesso ao conteúdo pode ser feito a distância; no desempenho de suas atividades, independentemente da
- Agiliza a difusão de informações ao longo da cadeia produtiva; natureza do suporte. Ver também fundo. 2 Instituição ou serviço
- Economia de espaço físico; que tem por finalidade a custódia, o processamento técnico, a
- Preservação indireta dos originais pela redução de manuseio; conservação e o acesso(1) a documentos. 3 Instalações onde
- Proporciona a preservação da informação em várias mídias; funcionam arquivos(2).
- A digitalização preserva tons e cores dos originais; 4 Móvel destinado à guarda de documentos.
- Facilita a disseminação de informações via web; Arquivo corrente _ 1 Conjunto de documentos, em tramitação ou
- Praticidade de cópias de segurança, sem grandes custos; não, que, pelo seu valor primário, é objeto de consultas freqüentes
- Redução de custos com cópias impressas, já que os documentos pela entidade que o produziu, a quem compete a sua
podem ser distribuídos em redes; administração. 2 Arquivo(2) responsável pelo arquivo corrente(1).
- Evita extravio de documentos. arquivo intermediário - 1 Conjunto de documentos originários de
arquivos correntes(2), com uso pouco freqüente, que aguarda
Desvantagens do uso de GED: destinação.
- Podem ocorrer problemas com a obtenção das imagens,
2 Arquivo(2) responsável pelo arquivo intermediário(1). Também
armazenamento ou recuperação;
- Deve-se levar em conta também o custo com equipamentos
chamado pré-arquivo. Depósito(1) de arquivos intermediários(1). 1
especializados, aplicativos e mão-de-obra; Conjunto de documentos preservados em caráter definitivo em
- A rápida obsolescência das mídias eletrônicas; função de seu valor. 2 Arquivo(2) responsável pelo arquivo
- As cópias digitais de documentos não têm, por si só, nenhum permanente(1)). Também chamado arquivo histórico.
valor legal. arquivo público - 1 Arquivo(1) de entidade coletiva pública,
A necessidade de segurança, atualmente se deve principalmente independentemente de seu âmbito de ação e do sistema de
à abertura comercial da Internet. Os principais problemas de governo do país.
segurança de dados em meio eletrônico são: sigilo, 2 Arquivo(2) integrante da administração pública.
autenticidade, integridade. Podem ser instalados equipamentos e Arquivo setorial _ 1 Arquivo(1) de um setor ou serviço de uma
mecanismos para segurança física e lógica (contra acidentes e administração. 2 Arquivo(2) responsável pelo arquivo setorial(1);
contra pessoas mal intencionadas). O mecanismo mais existindo um arquivo central, estará a ele tecnicamente
conhecido é a criptografia. subordinado.
Arquivologia - Disciplina que estuda as funções do arquivo(2) e
os princípios e técnicas a serem observados na produção,
organização, guarda, preservação e utilização dos arquivos(1).
BIBLIOGRAFIA CONSULTADA Também chamada arquivística.
Arranjo _ Seqüência de operações intelectuais e físicas que
ALBERCH i FUGUERAS, Ramón. Ampliación del uso social de los visam à organização dos documentos de um arquivo(1) ou
archivos, estratégias y perspectivas. In: Seminário Internacional de coleção, de acordo com um plano ou quadro previamente
Arquivos de Tradição Ibérica. Rio de Janeiro, 2000.
estabelecido. Ver também método de arquivamento, nível de
BELLOTTO, Heloisa L. Arquivos permanentes: tratamento
arranjo, quadro de arranjo e sistema de
documental. 2.ed. rev.e ampl. Rio de Janeiro:FGV, 2004.
BERCOFF, Maria Graciela. Funciones del Archivo Público y su misión arranjo..
de informar. autoridade - Forma normalizada de entrada de entidade coletiva,
BERGAMASCHI, Maria Aparecida e STEPHANOU, Maria. Vivo pessoa, família, assunto ou nome geográfico em instrumentos de
Toque: memória e história no Arquivo. Programa de Educação pesquisa. Ver também catálogo de autoridade, controle de
Patrimonial. Porto Alegre: Faculdade de Educação-UFRGS, 2000. autoridade e registro de autoridade.
BERWANGER, Ana Regina, LEAL, João Eurípedes Franklin. Noções Avaliação _ Processo de análise de documentos de arquivo(1),
de paleografia e diplomática. 3ed.rev.ampl. Santa Maria: Editora da que estabelece os prazos de guarda e a destinação, de acordo
UFSM, 2008. com os valores que lhes são atribuídos. Ver também comissão de
CASTANHO, Denise Molon. avaliação.
DICCIONARIO BRASILEIRO DE TERMINOLOGÍA ARQUIVÍSTICA. Catálogo - Instrumento de pesquisa organizado segundo critérios
São Paulo: Associação dos Arquivistas Brasileiros. Núcleo Regional temáticos, cronológicos, onomásticos ou toponímicos, reunindo a
de São Paulo: Secretaria Estadual de Cultura, 1996. descrição individualizada de documentos pertencentes a um ou
LOZANO LEAL, Faustino. El archivo, un centro vivo y abierto a la mais fundos, de forma sumária ou analítica
actividad escolar: propuesta didáctica. Toledo Conserjería de Ciclo vital dos documentos _ Sucessivas fases por que passam
Educación y Cultura. 1996.
os documentos de um arquivo(1), da sua produção à guarda
ROSSEAU,J e COUTURE,C. Os fundamentos da disciplina
arquivística. Tradução Magda de Figueiredo. Lisboa:Publicações Don permanente ou eliminação. Ver também teoria das três idades.
Quixote. 1998. Classificação _ 1 Organização dos documentos de um arquivo(1)
ou coleção, de acordo com um plano de classificação, código de
classificação ou quadro de arranjo. 2 Análise e identificação do
conteúdo de documentos, seleção da categoria de assunto sob a
qual sejam recuperados, podendo-se-lhes atribuir códigos. 3
Atribuição a documentos, ou às informações neles contidas, de
TERMINOLOGIA ARQUIVÍSTICA
graus de sigilo, conforme legislação específica. Também chamada
BRASIL. Arquivo Nacional. Dicionário brasileiro de terminologia
arquivística. Rio de Janeiro: Arquivo Nacional, 2005. classificação de segurança. Ver também desclassificação,
documento classificado e documento sigiloso.
Acervo _Documentos de uma entidade produtora ou de uma Conservação - Promoção da preservação e da restauração dos
entidade custodiadora documentos
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Desapensação - Separação de documento ou processo juntado avaliação e arquivamento(1, 2) de documentos em fase corrente e
por apensação. intermediária, visando sua eliminação ou recolhimento(1, 2).
Descrição - Conjunto de procedimentos que leva em conta os Também chamado administração de documentos.
elementos formais e de conteúdo dos documentos Grupo _ Num plano de classificação ou código de classificação, a
para elaboração de instrumentos de pesquisa. Ver também nível subdivisão da subclasse. Processo pelo qual documentos ou
de descrição e unidade de descrição. informações são representados por termos, palavraschave ou
Destinação - Decisão, com base na avaliação, quanto ao descritores, propiciando a recuperação da informação.
encaminhamento de documentos para guarda permanente, Informação - Elemento referencial, noção, idéia ou mensagem
descarte ou eliminação. Ver também plano de destinação e tabela contidos num documento.
de temporalidade. instrumento de pesquisa- Meio que permite a identificação,
Diplomática - Disciplina que tem como objeto o estudo da localização ou consulta a documentos ou a informações neles
estrutura formal e da autenticidade dos documentos. contidas. Expressão normalmente empregada em arquivos
Documentação - 1 Conjunto de documentos. 2 Ato ou serviço de permanentes(2). Ver também catálogo, guia, índice, inventário,
coleta, processamento técnico e disseminação de informações e listagem descritiva do acervo, repertório e tabela de equivalência.
documentos. integridade arquivística - Objetivo decorrente do princípio da
documento audiovisual - Gênero documental integrado por proveniência que consiste em resguardar um fundo de misturas
documentos que contêm imagens, fixas ou em movimento, e com outros, de parcelamentos e de eliminações indiscriminadas.
registros sonoros, como filmes(2) e fitas videomagnéticas. Ver Também chamado integridade do fundo.
também documento filmográfico, documento iconográfico e item documental - 1 Menor unidade documental,
documento sonoro. intelectualmente indivisível, integrante de dossiês ou processos. 2
documento cartográfico - Gênero documental integrado por Unidade documental fisicamente indivisível. Também chamada
documentos que contêm representações gráficas da superfície peça.
terrestre ou de corpos celestes e desenhos técnicos, como Metadados - Dados estruturados e codificados, que descrevem e
mapas, plantas, perfis e fotografias aéreas. permitem acessar, gerenciar, compreender e/ou preservar outros
documento classificado - 1 Documento submetido a algum dados ao longo do tempo.
código ou sistema de classificação(1, 2). 2 Documento ao qual foi Negativo - Imagem fotográfica formada quando se impressiona
atribuído grau de sigilo. diretamente uma chapa ou um filme(1), em que os tons claros e
documento digital - Documento codificado em dígitos binários, escuros do objeto aparecem invertidos.
acessível por meio de sistema computacional. Ver também Organicidade - Relação natural entre documentos de um
documento eletrônico. arquivo(1) em decorrência das atividades da entidade produtora.
documento eletrônico – Gênero documental integrado por Paleografia - Disciplina que estuda a escrita manuscrita antiga,
documentos em meio eletrônico ou somente acessíveis por suas formas e variações através do tempo.
equipamentos eletrônicos, como cartões perfurados, disquetes e patrimônio arquivístico - Conjunto dos arquivos(1) de valor
documentos digitais. permanente, públicos ou privados, existentes no âmbito de uma
documento especial - Documento em linguagem não-textual, em nação, de um estado ou de um município.
suporte não convencional, ou, no caso de papel, em formato e pertinência territorial - Conceito oposto ao de princípio da
dimensões excepcionais, que exige procedimentos específicos proveniência e segundo o qual documentos ou arquivos(1)
para seu processamento técnico, guarda e preservação, e cujo deveriam ser transferidos para a custódia de arquivos(2) com
acesso depende, na maioria das vezes, de intermediação jurisdição arquivística sobre o território ao qual se reporta o seu
tecnológica. conteúdo, sem levar em conta o lugar em que foram produzidos.
documento filmográfico - Gênero documental integrado por plano de classificação - Esquema de distribuição de documentos
documentos que contêm imagens em movimento, com ou sem em classes, de acordo com métodos de arquivamento específicos,
som, como filmes(2) e fitas videomagnéticas. Também chamado elaborado a partir do estudo das estruturas e funções de uma
documento cinematográfico. instituição e da análise do arquivo(1) por ela produzido. Expressão
documento fotográfico - Fotografia em positivo ou negativo. geralmente adotada em arquivos correntes. Ver também código
documento iconográfico - Gênero documental integrado por de classificação.
documentos que contêm imagens fixas, impressas, desenhadas plano de destinação - Esquema no qual se fixa a destinação dos
ou fotografadas, como fotografias e gravuras. documentos.
Eliminação - Destruição de documentos que, na avaliação, foram plano de emergência - Parte de plano de proteção civil aplicada
considerados sem valor permanente. Também chamada expurgo aos arquivos(1, 3), que estabelece medidas preventivas e de
de documentos. emergência em caso de sinistros. Também chamada plano de
espécie documental - Divisão de gênero documental que reúne controle de desastre ou plano de desastre.
tipos documentais por seu formato. São exemplos de espécies prazo de eliminação - Prazo fixado em tabela de temporalidade
documentais ata, carta, decreto, disco, filme(2), folheto, fotografia, ao fim do qual os documentos não considerados de valor
memorando, ofício, planta, relatório. permanente deverão ser eliminados.
Fotografia - Imagem produzida pela ação da luz sobre película prazo de guarda - Prazo, definido na tabela de temporalidade e
coberta por emulsão fotossensível, revelada baseado em estimativas de uso, em que documentos deverão ser
e fixada por meio de reagentes químicos. mantidos no arquivo corrente(2) ou no arquivo intermediário(2), ao
Fundo - Conjunto de documentos de uma mesma proveniência. fim do qual a destinação é efetivada. Também chamado período
Termo que equivale a arquivo(1). de retenção ou prazo de retenção.
Genero documental - Reunião de espécies documentais que se Prescrição - Extinção de prazos para a aquisição ou perda de
assemelham por seus caracteres essenciais, particularmente o direitos contidos nos documentos.
suporte e o formato, e que exigem processamento técnico Preservação - Prevenção da deterioração e danos em
específico e, por vezes, mediação técnica para acesso(1), como documentos, por meio de adequado controle ambiental e/ou
documentos audiovisuais, documentos bibliográficos, documentos tratamento físico e/ou químico.
cartográficos, documentos eletrônicos, documentos filmográficos, princípio da pertinência - Princípio segundo o qual os
documentos iconográficos, documentos micrográficos, documentos deveriam ser reclassificados por assunto sem ter em
documentos textuais. conta a proveniência e a classificação (1, 2) original. Também
gestão da informação - Administração do uso e circulação da chamado princípio temático.
informação, com base na teoria ou ciência da informação. princípio da proveniência - Princípio básico da arquivologia
gestão de documentos - Conjunto de procedimentos e segundo o qual o arquivo(1) produzido por uma entidade coletiva,
operações técnicas referentes à produção, tramitação, uso,
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pessoa ou família não deve ser misturado aos de outras entidades teoria das três idades - Teoria segundo a qual os arquivos(1)
produtoras. Também chamado princípio do respeito aos fundos. são considerados arquivos correntes, intermediários ou
princípio da reversibilidade - Princípio segundo o qual todo permanentes, de acordo com a freqüência de uso por suas
procedimento ou tratamento empreendido em arquivos(1) pode entidades produtoras e a identificação de seus valores primário e
ser revertido, se necessário. secundário. Ver também ciclo vital dos documentos.
princípio do respeito à ordem original - Princípio segundo o tipo documental - Divisão de espécie documental que reúne
qual o arquivo(1) deveria conservar o arranjo dado pela entidade documentos por suas características comuns no que diz respeito
coletiva, pessoa ou família que o produziu. à fórmula diplomática, natureza de conteúdo ou técnica do
Procedência - Termo em geral empregado para designar a registro. São exemplos de tipos documentais cartas precatórias,
origem mais imediata do arquivo(1), quando se trata de entrada cartas régias, cartas-patentes, decretos sem número, decretos-
de documentos efetuada por entidade diversa daquela que o leis, decretos legislativos, daguerreótipos, litogravuras, serigrafias,
gerou. Conceito distinto do de proveniência. xilogravuras.
processamento técnico - Expressão utilizada para indicar as Transferência - Passagem de documentos do arquivo corrente(2)
atividades de identificação, classificação (1, 2), arranjo, descrição para o arquivo intermediário(2).
e conservação de arquivos(1). Também chamado processamento unidade de arquivamento - Documento(s) tomado(s) por base,
arquivístico, tratamento arquivístico ou tratamento técnico. para fins de classificação(1), arranjo, armazenamento(1) e
Protocolo - Serviço encarregado do recebimento, registro, notação. Ver também dossiê e processo.
classificação(2), distribuição, controle da tramitação e expedição unidade de descrição - 1 Documento(s) que constitui(em) base
de documentos. Ver também arquivo corrente(2) e unidade para uma descrição específica. 2 Representação escrita de
protocolizadora. documento(s).
Proveniência - Termo que serve para indicar a entidade coletiva, unidade de instalação - Unidade básica de notação,
pessoa ou família produtora de arquivo(1). Ver também entidade armazenamento e descrição das unidades de arquivamento. São
produtora e princípio da proveniência. unidades de instalação mais comuns caixas, maços, livros, rolos,
quadro de arranjo - Esquema estabelecido para o arranjo dos pastas.
documentos de um arquivo(1), a partir do estudo das estruturas,
funções ou atividades da entidade produtora e da análise do
acervo. Expressão adotada em arquivos permanentes(2). LEGISLAÇÃO ARQUIVÍSTICA
qualidade arquivística - Propriedades físico-químicas dos
suportes que permitem a conservação indefinida dos documentos,
observadas as condições adequadas de acondicionamento, Apresentamos a seguir um resumo de todas as Resoluções
armazenamento e climatização. do CONARQ, destinando-se a serem aplicadas aos
Recolhimento - 1 Entrada de documentos públicos em arquivos
permanentes(2), com competência formalmente estabelecida. 2 membros natos e/ou conveniados ao Sistema
Operação pela qual um conjunto de documentos passa do arquivo Nacional de Arquivos - SINAR.
intermediário(2) para o arquivo permanente(2).
Reprodução - Processo de produção de cópia de um documento
Resolução nº 1, de 18 de outubro de 1995
no conteúdo e na forma, mas não necessariamente em suas
Dispõe sobre a necessidade da adoção de planos e ou códigos de
dimensões.
classificação de documentos nos arquivos correntes, que
Reprografia - Conjunto dos processos e técnicas de duplicação e
considerem a natureza dos assuntos resultantes de suas
reprodução de documentos que não recorrem à impressão, tais
atividades e funções. (D.O.U. - 24/10/1995)
como fotocópia, processo eletrostático, termografia e
microfilmagem.
Resolução nº 2, de 18 de outubro de 1995
Restauração - Conjunto de procedimentos específicos para
Dispõe sobre as medidas a serem observadas na transferência ou
recuperação e reforço de documentos deteriorados e danificados.
no recolhimento de acervos documentais para instituições
Série - Subdivisão do quadro de arranjo que corresponde a uma
arquivísticas públicas.
seqüência de documentos relativos a uma mesma função,
(D.O.U. - 24/10/1995)
atividade, tipo documental ou assunto.
serviço educativo - 1 Conjunto de atividades pedagógicas
Resolução nº 3, de 26 de dezembro de 1995
realizadas com o objetivo de divulgar o acervo e iniciar o público
Dispõe sobre o Programa de Assistência Técnica do Conselho
na sua utilização. 2 Unidade administrativa encarregada do
Nacional de Arquivos.
serviço de referência(1).
(D.O.U. - 28/12/1995)
sistema de arquivamento - Conjunto de rotinas, procedimentos e
métodos de arquivamento compatíveis entre si, tendo em vista a
Resolução nº 4, de 28 de março de 1996
organização e a preservação de documentos ou arquivos(1), bem
Dispõe sobre o Código de Classificação de Documentos de
como o acesso(1) às informações neles contidas.
Arquivo para a Administração Pública: Atividades-Meio, a ser
sistema de arquivos - Conjunto de arquivos(2) que,
adotado como um modelo para os arquivos correntes dos órgãos
independentemente da posição que ocupam nas respectivas
e entidades integrantes do Sistema Nacional de Arquivos -
estruturas administrativas, funcionam de modo integrado e
SINAR., e aprova os prazos de guarda e a destinação de
articulado na persecução de objetivos comuns.
documentos estabelecidos na Tabela Básica de Temporalidade e
sistema de arranjo - Conjunto de procedimentos técnicos
Destinação de Documentos de Arquivo Relativos às Atividades-
combinados que norteiam a organização dos documentos, tendo
Meio da Administração Pública.
em vista a recuperação da informação de um ou mais fundos e/ou
(D.O.U. - 30/06/1996). Revogada pela Resolução nº 14/2001.
coleções.
sistema de gestão de documentos - Conjunto de procedimentos
Resolução nº 5, de 30 de setembro de 1996
e operações técnicas cuja interação permite a eficiência e a
Dispõe sobre a publicação de editais para Eliminação de
eficácia na produção, tramitação, uso, avaliação, arquivamento e
Documentos nos Diários Oficiais da União, Distrito Federal,
destinação de documentos.
Estados e Municípios.
sistema de recuperação da informação - Conjunto de
(D.O.U. - 11/10/1996
procedimentos, normalmente automatizados, pelos quais
referências ou dados contidos em documentos são indexados e
Resolução nº 6, de 15 de maio de 1997
armazenados de maneira tal que possam ser recuperados em
Dispõe sobre diretrizes quanto à terceirização de serviços
resposta a questões específicas.
arquivísticos públicos.
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(D.O.U. - 23/05/1997 Boletim Interno do Conselho Nacional de Arquivos - CONARQ.

Resolução nº 7, de 20 de maio de 1997 Resolução nº 17, de 25 de julho de 2003


Dispõe sobre os procedimentos para a eliminação de documentos Dispõe sobre os procedimentos relativos à declaração de
no âmbito dos órgãos e entidades integrantes do Poder Público. interesse público e social de arquivos privados de pessoas físicas
(D.O.U. - 23/05/1997 ou jurídicas que contenham documentos relevantes para a
história, a cultura e o desenvolvimento nacional.
Resolução nº 8, de 20 de maio de 1997
Aprova ad referendum do Plenário do CONARQ no Código de Resolução nº 18, de 28 de julho de 2003
Classificação de Documentos de Arquivo para a Administração Dispõe sobre os arquivos públicos que integram o acervo das
Pública: Atividades-Meio e a Tabela de Temporalidade e agências reguladoras, das empresas em processo de
Destinação de Documentos de Arquivo Relativos às Atividades- desestatização, das empresas desestatizadas, das
Meio da Administração Pública. concessionárias, permissionárias e autorizatárias de serviços
(D.O.U. - 23/05/1997). Revogada pela Resolução nº 14/2001 públicos, e das pessoas jurídicas de direito privado.
Revogada pela Resolução nº 19 de 28 de outubro de 2003.
Resolução nº 9, de 1º de julho de 1997
Publica Regimento Interno aprovado pelo Plenário do Conselho Resolução nº19, de 28 de outubro de 2003
Nacional de Arquivos - CONARQ. Dispõe sobre os documentos públicos que integram o acervo das
(D.O.U. - 18/07/1997). Revogada pela Resolução nº 15/2002 de empresas em processo de desestatização e das pessoas jurídicas
15 de fevereiro de 2002, do Conarq, substituída pela Portaria de direito privado sucessoras de empresas públicas.
nº 05 da Casa Civil da Presidência da República.
Resolução nº 20, de 16 de julho de 2004
Resolução nº 10, de 6 de dezembro de 1999 Dispõe sobre a inserção dos documentos digitais em programas
Dispõe sobre a adoção de símbolos ISO nas sinaléticas a serem de gestão arquivística de documentos dos órgãos e entidades
utilizadas no processo de microfilmagem de documentos integrantes do Sistema Nacional de Arquivos.
arquivísticos.
(D.O.U. 22/12/1999) Resolução nº 21, de 4 de agosto de 2004
Dispõe sobre o uso da subclasse 080 - Pessoal Militar do Código
Resolução nº 11, de 7 de dezembro de 1999 de Classificação de Documentos de Arquivo para a Administração
Dispõe sobre os arquivos públicos que integram o acervo das Pública: Atividades - Meio e da Tabela Básica de Temporalidade e
agências reguladoras, das empresas em processo de Destinação de Documentos de Arquivo Relativos às Atividades-
desestatização, das empresas desestatizadas, das Meio da Administração Pública, aprovados pela Resolução nº 14,
concessionárias, permissionárias e autorizatárias de serviços de 24 de outubro de 2001, Conselho Nacional de Arquivos-
públicos, e das pessoas jurídicas de direito privado. CONARQ.
(D.O.U. 11/01/2000). Revogada pela Resolução nº 18, de 28 de
julho de 2003. Resolução nº 22, de 30 de junho de 2005
Dispõe sobre as diretrizes para a avaliação de documentos em
Resolução nº 12, de 7 de dezembro de 1999 instituições de saúde.
Dispõe sobre os procedimentos relativos à declaração de
interesse público e social de arquivos privados de pessoas físicas Resolução nº 23, de 16 de junho de 2006
ou jurídicas que contenham documentos relevantes para a Dispõe sobre a adoção do Dicionário Brasileiro de Terminologia
história, a cultura e o desenvolvimento nacional. Arquivística pelos órgãos e entidades integrantes do Sistema
(D.O.U. 31/01/2000). Revogada pela Resolução nº 17, de 25 de Nacional de Arquivos - SINAR.
julho de 2003
Resolução nº 24, de 3 de agosto de 2006
Resolução nº 13, de 9 de fevereiro de 2001 Estabelece diretrizes para a transferência e recolhimento de
Dispõe sobre a implantação de uma política municipal de documentos arquivísticos digitais para instituições arquivísticas
arquivos, sobre a construção de arquivos e de websites de públicas.
instituições arquivísticas.
(D.O.U, 26/02/2001) Resolução nº 25, de 27 de abril de 2007
Dispõe sobre a adoção do Modelo de Requisitos para Sistemas
Resolução nº 14, de 24 de outubro de 2001 Informatizados de Gestão Arquivística de Documentos - e-ARQ
Aprova a versão revisada e ampliada da Resolução nº 4, de 28 de Brasil pelos órgãos e entidades integrantes do Sistema Nacional
março de 1996, que dispõe sobre o Código de Classificação de de Arquivos - SINAR.
Documentos de Arquivo para a Administração Pública: Atividades-
Meio, a ser adotado como modelo para os arquivos correntes dos Resolução nº. 26, de 06 de maio de 2008
órgãos e entidades integrantes do Sistema Nacional de Arquivos Estabelece diretrizes básicas de gestão de documentos a serem
(SINAR), e os prazos de guarda e a destinação de documentos adotadas nos arquivos do Poder Judiciário.
estabelecidos na Tabela Básica de Temporalidade e Destinação
de Documentos de Arquivo Relativos as Atividades-Meio da Resolução nº. 27, de 16 de junho de 2008
Administração Pública. Dispõe sobre o dever do Poder Público, no âmbito dos Estados,
(D.O.U, 08/02/2002). Revoga Resolução nº 4/1996 e nº 8/1997. do Distrito Federal e dos Municípios, de criar e manter Arquivos
Públicos, na sua específica esfera de competência, para promover
Resolução nº 15, de 15 de fevereiro de 2002 a gestão, a guarda e a preservação de documentos arquivísticos e
Revoga a Resolução nº 09, de 1 de julho de 1997, do CONARQ, a disseminação das informações neles contidas.
substituída pela Portaria nº 05, da Casa Civil da Presidência da
República, de 7 de fevereiro de 2002, que dispõe sobre o Resolução nº 28, de 17 de fevereiro de 2009
regimento interno do Conselho Nacional de Arquivos (CONARQ) Dispõe sobre a adoção da Norma Brasileira de Descrição
(D.O.U, de 06/03/2002). Revoga a Resolução nº 9/1997. Arquivística - NOBRADE pelos órgãos e entidades integrantes do
Sistema Nacional de Arquivos - SINAR, institui o Cadastro
Resolução nº 16, de 23 de julho de 2003 Nacional de Entidades Custodiadoras de Acervos Arquivísticos e
Dispõe sobre as diretrizes a serem adotadas para criação do estabelece a obrigatoriedade da adoção do Código de Entidades
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Custodiadoras de Acervos Arquivísticos - CODEARQ. § 2º - A cessação de atividade de instituições públicas e de
caráter público implica o recolhimento de sua documentação à
instituição arquivística pública ou a sua transferência à instituição
APRESENTAMOS NA ÍNTEGRA, A LEGISLAÇÃO QUE sucessora.
CONSIDERAMOS MAIS PERTINENTE AO PROGRAMA DO Art. 8º - Os documentos públicos são identificados como
CONCURSO: correntes, intermediários e permanentes.
§ 1º - Consideram-se documentos correntes aqueles em curso ou
Lei nº 8159, de 8 de janeiro de 1991 que, mesmo sem movimentação, constituam objeto de consultas
Decreto nº 4 553, de 27 de dezembro de 2002 freqüentes.
Lei nº 5 433, de 8 de maio de 1998 § 2º - Consideram-se documentos intermediários aqueles que,
Decreto nº 1 799, de 30 de janeiro de 1996 não sendo de uso corrente nos órgãos produtores, por razões de
Lei nº 7 347, de 24 de julho de 1985
interesse administrativo, aguardam a sua eliminação ou
Lei nº 9 507, de 12 de novembro de 1997
recolhimento para guarda permanente.
Decreto nº 2910, de 29 de dezembro de 1998
Resolução nº 4, de 28 de março de 1996 § 3º Consideram-se permanentes os conjuntos de documentos de
Resolução nº 14, de 24 de outubro de 2001 valor histórico, probatório e informativo que devem ser
Resolução nº 5, de 30 de setembro de 1996 definitivamente preservados.
Resolução nº 19, de 28 de outubro de 2003 Art. 9º - A eliminação de documentos produzidos por instituições
Resolução nº 20, 10 de julho de 2001 públicas e de caráter público será realizada mediante autorização
Resolução nº 25, de 27 de abril de 2007 da instituição arquivística pública, na sua específica esfera de
Resolução nº 28, de 17 de fevereiro de 2009 competência.
Art. 10 - Os documentos de valor permanente são inalienáveis e
____________________________________________________ imprescritíveis.

LEI Nº 8.159, DE 08 DE JANEIRO DE 1991 CAPÍTULO III


DOS ARQUIVOS PRIVADOS
Dispõe sobre a política nacional de arquivos públicos e Art. 11 - Consideram-se arquivos privados os conjuntos de
privados e dá outras providências. documentos produzidos ou recebidos por pessoas físicas ou
O PRESIDENTE DA REPÚBLICA jurídicas, em decorrência de suas atividades.
Faço saber que o Congresso Nacional decreta e eu sanciono a Art. 12 - Os arquivos privados podem ser identificados pelo Poder
seguinte Lei: Público como de interesse público e social, desde que sejam
CAPÍTULO I considerados como conjuntos de fontes relevantes para a história
DISPOSIÇÕES GERAIS e desenvolvimento científico nacional.
Art. 1º - É dever do Poder Público a gestão documental e a Art. 13 - Os arquivos privados identificados como de interesse
proteção especial a documentos de arquivos, como instrumento público e social não poderão ser alienados com dispersão ou
de apoio à administração, à cultura, ao desenvolvimento científico perda da unidade documental, nem transferidos para o exterior.
e como elementos de prova e informação. Parágrafo único - Na alienação desses arquivos o Poder Público
Art. 2º - Consideram-se arquivos, para os fins desta Lei, os exercerá preferência na aquisição.
conjuntos de documentos produzidos e recebidos por órgãos Art. 14 - O acesso aos documentos de arquivos privados
públicos, instituições de caráter público e entidades privadas, em identificados como de interesse público e social poderá ser
decorrência do exercício de atividades específicas, bem como por franqueado mediante autorização de seu proprietário ou
pessoa física, qualquer que seja o suporte da informação ou a possuidor.
natureza dos documentos.
Art. 3º - Considera-se gestão de documentos o conjunto de Art. 15 - Os arquivos privados identificados como de interesse
procedimentos e operações técnicas referentes à sua produção, público e social poderão ser depositados a título revogável, ou
tramitação, uso, avaliação e arquivamento em fase corrente e doados a instituições arquivísticas públicas.
intermediária, visando a sua eliminação ou recolhimento para Art. 16 - Os registros civis de arquivos de entidades religiosas
guarda permanente. produzidos anteriormente à vigência do Código Civil ficam
Art. 4º - Todos têm direito a receber dos órgãos públicos identificados como de interesse público e social.
informações de seu interesse particular ou de interesse coletivo
ou geral, contidas em documentos de arquivos que serão CAPÍTULO IV
prestadas no prazo da lei, sob pena de responsabilidade, DA ORGANIZAÇÃO E ADMINISTRAÇÃO DE INSTITUIÇÕES
ressalvadas aquelas cujo sigilo seja imprescindível à segurança ARQUIVÍSTICAS PÚBLICAS
da sociedade e do Estado, bem como à inviolabilidade da Art. 17 - A administração da documentação pública ou de caráter
intimidade, da vida privada, da honra e da imagem das pessoas. público compete às instituições arquivísticas federais, estaduais,
Art. 5º - A administração pública franqueará a consulta aos do Distrito Federal e municipais.
documentos públicos na forma da Lei. § 1° - São arquivos Federais o Arquivo Nacional do Poder
Art. 6º - Fica resguardado o direito de indenização pelo dano Executivo, e os arquivos do Poder Legislativo e do Poder
material ou moral decorrente da violação do sigilo, sem prejuízo Judiciário. São considerados, também, do Poder Executivo os
das ações penal, civil e administrativa. arquivos do Ministério da Marinha, do Ministério das Relações
Exteriores, do Ministério do Exército e do Ministério da
CAPÍTULO II Aeronáutica.
DOS ARQUIVOS PÚBLICOS § 2° - São Arquivos Estaduais o arquivo do Poder Executivo, o
Art. 7º - Os arquivos públicos são os conjuntos de documentos arquivo do Poder Legislativo e o arquivo do Poder Judiciário.
produzidos e recebidos, no exercício de suas atividades, por § 3° - São Arquivos do Distrito Federal o arquivo do Poder
órgãos públicos de âmbito federal, estadual, do Distrito Federal e Executivo, o arquivo do Poder Legislativo e o arquivo do Poder
municipal em decorrência de suas funções administrativas, Judiciário.
legislativas e judiciárias. § 4° - São Arquivos Municipais o arquivo do Poder Executivo e o
§ 1º - São também públicos os conjuntos de documentos arquivo do Poder Legislativo.
produzidos e recebidos por instituições de caráter público, por § 5° - Os arquivos públicos dos Territórios são organizados de
entidades privadas encarregadas da gestão de serviços públicos acordo com sua estrutura político-jurídica.
no exercício de suas atividades. Art. 18 - Compete ao Arquivo Nacional a gestão e o recolhimento
dos documentos produzidos e recebidos pelo Poder Executivo
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Federal, bem como preservar e facultar o acesso aos documentos Dispõe sobre a salvaguarda de dados, informações, documentos
sob sua guarda, e acompanhar e implementar a política nacional e materiais sigilosos de interesse da segurança da sociedade e do
de arquivos. Estado, no âmbito da Administração Pública Federal, e dá outras
Parágrafo único - Para o pleno exercício de suas funções, o providências.
Arquivo Nacional poderá criar unidades regionais. O PRESIDENTE DA REPÚBLICA, no uso da atribuição que lhe
Art. 19 - Competem aos arquivos do Poder Legislativo Federal a confere o art. 84, incisos IV e VI, alínea "a", da Constituição, e
gestão e o recolhimento dos documentos produzidos e recebidos tendo em vista o disposto no art. 23 da Lei nº 8.159, de 8 de
pelo Poder Legislativo Federal no exercício de suas funções, bem janeiro de 1991,
como preservar e facultar o acesso aos documentos sob sua
guarda. DECRETA:
Art. 20 - Competem aos arquivos do Poder Judiciário Federal a CAPÍTULO I
gestão e o recolhimento dos documentos produzidos e recebidos DAS DISPOSIÇÕES PRELIMINARES
pelo Poder Judiciário Federal no exercício de suas funções, Art. 1º Este Decreto disciplina a salvaguarda de dados,
tramitados em juízo e oriundos de cartórios e secretarias, bem informações, documentos e materiais sigilosos, bem como das
como preservar e facultar o acesso aos documentos sob sua áreas e instalações onde tramitam.
guarda. Art. 2º São considerados originariamente sigilosos, e serão como
Art. 21 - Legislação Estadual, do Distrito Federal e municipal tal classificado, dados ou informações cujo conhecimento irrestrito
definirá os critérios de organização e vinculação dos arquivos ou divulgação possa acarretar qualquer risco à segurança da
estaduais e municipais, bem como a gestão e o acesso aos sociedade e do Estado, bem como aqueles necessários ao
documentos, observado o disposto na Constituição Federal, e resguardo da inviolabilidade da intimidade da vida privada, da
nesta Lei. honra e da imagem das pessoas.
Parágrafo único. O acesso a dados ou informações sigilosos é
CAPÍTULO V restrito e condicionado à necessidade de conhecer.
DO ACESSO E DO SIGILO DOS DOCUMENTOS PÚBLICOS Art. 3º A produção, manuseio, consulta, transmissão, manutenção
Art. 22 - É assegurado o direito de acesso pleno aos documentos e guarda de dados ou informações sigilosos observarão medidas
públicos. especiais de segurança.
Art. 23 - Decreto fixará as categorias de sigilo que deverão ser Parágrafo único. Toda autoridade responsável pelo trato de dados
obedecidas pelos órgãos públicos na classificação dos ou informações sigilosos providenciará para que o pessoal sob
documentos por eles produzidos. suas ordens conheça integralmente as medidas de segurança
§ 1° - Os documentos cuja divulgação ponha em risco a estabelecidas, zelando pelo seu fiel cumprimento.
segurança da sociedade e do Estado, bem como aqueles Art. 4º Para os efeitos deste Decreto, são estabelecidos os
necessários ao resguardo da inviolabilidade da intimidade, da vida seguintes conceitos e definições:
privada, da honra e da imagem das pessoas são originalmente I - autenticidade: asseveração de que o dado ou informação são
sigilosos. verdadeiros e fidedignos tanto na origem quanto no destino;
§ 2° - O acesso aos documentos sigilosos referentes à segurança II - classificação: atribuição, pela autoridade competente, de grau
da sociedade e do Estado será restrito por um prazo máximo de de sigilo a dado, informação, documento, material, área ou
30 (trinta) anos, a contar da data de sua produção, podendo esse instalação;
prazo ser prorrogado, por uma única vez, por igual período. III - comprometimento: perda de segurança resultante do acesso
§ 3° - O acesso aos documentos sigilosos referentes à honra e a não-autorizado;
imagem das pessoas será restrito por um prazo máximo de 100 IV - credencial de segurança: certificado, concedido por
(cem) anos, a contar da data de sua produção. autoridade competente, que habilita determinada pessoa a ter
Art. 24 - Poderá o Poder Judiciário, em qualquer instância, acesso a dados ou informações em diferentes graus de sigilo;
determinar a exibição reservada de qualquer documento sigiloso, V - desclassificação: cancelamento, pela autoridade competente
sempre que indispensável à defesa de direito próprio ou ou pelo transcurso de prazo, da classificação, tornando ostensivos
esclarecimento de situação pessoal da parte. dados ou informações;
Parágrafo único - Nenhuma norma de organização administrativa VI - disponibilidade: facilidade de recuperação ou acessibilidade
será interpretada de modo a, por qualquer forma, restringir o de dados e informações;
disposto neste artigo. VII - grau de sigilo: gradação atribuída a dados, informações, área
ou instalação considerados sigilosos em decorrência de sua
DISPOSIÇÕES FINAIS natureza ou conteúdo;
Art. 25 - Ficará sujeito à responsabilidade penal, civil e VIII - integridade: incolumidade de dados ou informações na
administrativa, na forma da legislação em vigor, aquele que origem, no trânsito ou no destino;
desfigurar ou destruir documentos de valor permanente ou IX - investigação para credenciamento: averiguação sobre a
considerado como de interesse público e social. existência dos requisitos indispensáveis para concessão de
Art. 26 - Fica criado o Conselho Nacional de Arquivos - credencial de segurança;
CONARQ , órgão vinculado ao Arquivo Nacional, que definirá a X - legitimidade: asseveração de que o emissor e o receptor de
política nacional de arquivos, como órgão central de um Sistema dados ou informações são legítimos e fidedignos tanto na origem
Nacional de Arquivos - SINAR. quanto no destino;
§ 1° - O Conselho Nacional de Arquivos será presidido pelo XI - marcação: aposição de marca assinalando o grau de sigilo;
Diretor-Geral do Arquivo Nacional e integrado por representantes XII - medidas especiais de segurança: medidas destinadas a garantir
de instituições arquivísticas e acadêmicas, públicas e privadas. sigilo, inviolabilidade, integridade, autenticidade, legitimidade e
§ 2° - A estrutura e funcionamento do Conselho criado neste disponibilidade de dados e informações sigilosos. Também objetivam
artigo serão estabelecidos em regulamento. prevenir, detectar, anular e registrar ameaças reais ou potenciais a
Art. 27 - Esta Lei entra em vigor na data de sua publicação. esses dados e informações;
Art. 28 - Revogam-se as disposições em contrário. XIII - necessidade de conhecer: condições pessoais, inerentes ao
Brasília, em 08 de janeiro de 1991; 170° da Independência e 103° efetivo exercício de cargo, função, emprego ou atividade,
da República. indispensável para que uma pessoa possuidora de credencial de
segurança, tenha acesso a dados ou informações sigilosos;
XIV - ostensivo: sem classificação, cujo acesso pode ser
DECRETO Nº 4.553, DE 27 DE DEZEMBRO DE 2002. franqueado;
XV - reclassificação: alteração, pela autoridade competente, da
classificação de dado, informação, área ou instalação sigilosa;
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XVI - sigilo: segredo; de conhecimento restrito a pessoas hierarquicamente superior competente para dispor sobre o
credenciadas; proteção contra revelação não-autorizada; assunto, respeitados os interesses da segurança da sociedade e
XVII - visita: pessoa cuja entrada foi admitida, em caráter do Estado, alterá-la ou cancelá-la, por meio de expediente hábil
excepcional, em área sigilosa. de reclassificação ou desclassificação dirigido ao detentor da
CAPÍTULO II custódia do dado ou informação sigilosos.
DO SIGILO E DA SEGURANÇA Parágrafo único. Na reclassificação, o prazo de duração reinicia-
Seção I se a partir da data da formalização da nova classificação.
Da Classificação Segundo o Grau de Sigilo Art. 10. A desclassificação de dados ou informações nos graus
Art. 5º Os dados ou informações sigilosos serão classificados em secreto, confidencial e reservado será automática após
ultra-secretos, secretos, confidenciais e reservados, em razão do transcorridos os prazos previstos nos incisos II, III e IV do art. 7º,
seu teor ou dos seus elementos intrínsecos. salvo no caso de renovação, quando então a desclassificação
§ 1º São passíveis de classificação como ultra-secretos, dentre ocorrerá ao final de seu termo.
outros, dados ou informações referentes à soberania e à Art. 11. Dados ou informações sigilosos de guarda permanente
integridade territorial nacionais, a planos e operações militares, às que forem objeto de desclassificação serão encaminhados à
relações internacionais do País, a projetos de pesquisa e instituição arquivística pública competente, ou ao arquivo
desenvolvimento científico e tecnológico de interesse da defesa permanente do órgão público, entidade pública ou instituição de
nacional e a programas econômicos, cujo conhecimento não- caráter público, para fins de organização, preservação e acesso.
autorizado possa acarretar dano excepcionalmente grave à Parágrafo único. Consideram-se de guarda permanente os dados
segurança da sociedade e do Estado. ou informações de valor histórico, probatório e informativo que
§ 2º São passíveis de classificação como secretos, dentre outros, devam ser definitivamente preservados.
dados ou informações referentes a sistemas, instalações, programas, Art. 12. A indicação da reclassificação ou da desclassificação de
projetos, planos ou operações de interesse da defesa nacional, a dados ou informações sigilosos deverá constar das capas, se
assuntos diplomáticos e de inteligência e a planos ou detalhes, houver, e da primeira página.
programas ou instalações estratégicos, cujo conhecimento não-
autorizado possa acarretar dano grave à segurança da sociedade e do CAPÍTULO III
Estado. DA GESTÃO DE DADOS OU INFORMAÇÕES SIGILOSOS
§ 3º São passíveis de classificação como confidenciais dados ou Seção I
informações que, no interesse do Poder Executivo e das partes, Dos Procedimentos para Classificação de Documentos
devam ser de conhecimento restrito e cuja revelação não- Art. 13. As páginas, os parágrafos, as seções, as partes
autorizada possa frustrar seus objetivos ou acarretar dano à componentes ou os anexos de um documento sigiloso podem
segurança da sociedade e do Estado. merecer diferentes classificações, mas ao documento, no seu
§ 4º São passíveis de classificação como reservados dados ou todo, será atribuído o grau de sigilo mais elevado, conferido a
informações cuja revelação não-autorizada possa comprometer quaisquer de suas partes.
planos, operações ou objetivos neles previstos ou referidos. Art. 14. A classificação de um grupo de documentos que formem
Art. 6º A classificação no grau ultra-secreto é de competência das um conjunto deve ser a mesma atribuída ao documento
seguintes autoridades: classificado com o mais alto grau de sigilo.
I - Presidente da República; Art. 15. A publicação dos atos sigilosos, se for o caso, limitar-se-á
II - Vice-Presidente da República; aos seus respectivos números, datas de expedição e ementas,
III - Ministros de Estado e equiparados; e redigidas de modo a não comprometer o sigilo.
IV - Comandantes da Marinha, do Exército e da Aeronáutica. Art. 16. Os mapas, planos-relevo, cartas e fotocartas baseados
Parágrafo único. Além das autoridades estabelecidas no caput, em fotografias aéreas ou em seus negativos serão classificados
podem atribuir grau de sigilo: em razão dos detalhes que revelem e não da classificação
I - secreto, as autoridades que exerçam funções de direção, atribuída às fotografias ou negativos que lhes deram origem ou
comando ou chefia; e das diretrizes baixadas para obtê-las.
II - confidencial e reservado, os servidores civis e militares, de Art. 17. Poderão ser elaborados extratos de documentos
acordo com regulamentação específica de cada Ministério ou sigilosos, para sua divulgação ou execução, mediante
órgão da Presidência da República. consentimento expresso:
Art. 7º Os prazos de duração da classificação a que se refere este I - da autoridade classificadora, para documentos ultra-secretos;
Decreto vigoram a partir da data de produção do dado ou II - da autoridade classificadora ou autoridade hierarquicamente
informação e são os seguintes: superior competente para dispor sobre o assunto, para
I - ultra-secreto: máximo de cinqüenta anos; documentos secretos; e
II - secreto: máximo de trinta anos; III - da autoridade classificadora, destinatária ou autoridade
III - confidencial: máximo de vinte anos; e hierarquicamente superior competente para dispor sobre o
IV - reservado: máximo de dez anos. assunto, para documentos confidenciais e reservados, exceto
§ 1º O prazo de duração da classificação ultra-secreto poderá ser quando expressamente vedado no próprio documento.
renovado indefinidamente, de acordo com o interesse da Parágrafo único. Aos extratos de que trata este artigo serão
segurança da sociedade e do Estado. atribuídos graus de sigilo iguais ou inferiores àqueles atribuídos
§ 2º Também considerando o interesse da segurança da aos documentos que lhes deram origem, salvo quando elaborados
sociedade e do Estado, poderá a autoridade responsável pela para fins de divulgação.
classificação nos graus secreto, confidencial e reservado, ou Seção II
autoridade hierarquicamente superior competente para dispor Do Documento Sigiloso Controlado
sobre o assunto, renovar o prazo de duração, uma única vez, por Art. 18. Documento Sigiloso Controlado (DSC) é aquele que, por
período nunca superior aos prescritos no caput. sua importância, requer medidas adicionais de controle, incluindo:
I - identificação dos destinatários em protocolo e recibo próprios,
Seção II quando da difusão;
Da Reclassificação e da Desclassificação II - lavratura de termo de custódia e registro em protocolo
Art. 8º Dados ou informações classificados no grau de sigilo ultra- específico;
secreto somente poderão ser reclassificados ou desclassificados, III - lavratura anual de termo de inventário, pelo órgão ou entidade
mediante decisão da autoridade responsável pela sua expedidores e pelo órgão ou entidade receptores; e
classificação. IV - lavratura de termo de transferência, sempre que se proceder
Art. 9º Para os graus secreto, confidencial e reservado, poderá a à transferência de sua custódia ou guarda.
autoridade responsável pela classificação ou autoridade
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Parágrafo único. O termo de inventário e o termo de transferência I - verificar a integridade e registrar, se for o caso, indícios de
serão elaborados de acordo com os modelos constantes dos violação ou de qualquer irregularidade na correspondência
Anexos I e II deste Decreto e ficarão sob a guarda de um órgão de recebida, dando ciência do fato ao seu superior hierárquico e ao
controle. destinatário, o qual informará imediatamente ao remetente; e
Art. 19. O documento ultra-secreto é, por sua natureza, considerado II - proceder ao registro do documento e ao controle de sua
DSC, desde sua classificação ou reclassificação. tramitação.
Parágrafo único. A critério da autoridade classificadora ou Art. 28. O envelope interno só será aberto pelo destinatário, seu
autoridade hierarquicamente superior competente para dispor representante autorizado ou autoridade competente
sobre o assunto, o disposto no caput pode-se aplicar aos demais hierarquicamente superior.
graus de sigilo. Parágrafo único. Envelopes contendo a marca pessoal só poderão
Seção III ser abertos pelo próprio destinatário.
Da Marcação Art. 29. O destinatário de documento sigiloso comunicará
Art. 20. A marcação, ou indicação do grau de sigilo, deverá ser imediatamente ao remetente qualquer indício de violação ou
feita em todas as páginas do documento e nas capas, se houver. adulteração do documento.
§ 1º As páginas serão numeradas seguidamente, devendo cada Art. 30. Os documentos sigilosos serão mantidos ou guardados
uma conter, também, indicação do total de páginas que compõem em condições especiais de segurança, conforme regulamento.
o documento. § 1º Para a guarda de documentos ultra-secretos e secretos é
§ 2º O DSC também expressará, nas capas, se houver, e em obrigatório o uso de cofre forte ou estrutura que ofereça
todas as suas páginas, a expressão "Documento Sigiloso segurança equivalente ou superior.
Controlado (DSC)" e o respectivo número de controle. § 2º Na impossibilidade de se adotar o disposto no § 1º, os
Art. 21. A marcação em extratos de documentos, rascunhos, documentos ultra-secretos deverão ser mantidos sob guarda
esboços e desenhos sigilosos obedecerá ao prescrito no art. 20. armada.
Art. 22. A indicação do grau de sigilo em mapas, fotocartas, Art. 31. Os agentes responsáveis pela guarda ou custódia de
cartas, fotografias, ou em quaisquer outras imagens sigilosas documentos sigilosos os transmitirão a seus substitutos,
obedecerá às normas complementares adotadas pelos órgãos e devidamente conferidos, quando da passagem ou transferência
entidades da Administração Pública. de responsabilidade.
Art. 23. Os meios de armazenamento de dados ou informações Parágrafo único. Aplica-se o disposto neste artigo aos
sigilosos serão marcados com a classificação devida em local responsáveis pela guarda ou custódia de material sigiloso.
adequado.
Parágrafo único. Consideram-se meios de armazenamento Seção VI
documentos tradicionais, discos e fitas sonoros, magnéticos ou Da Reprodução
ópticos e qualquer outro meio capaz de armazenar dados e Art. 32. A reprodução do todo ou de parte de documento sigiloso
informações. terá o mesmo grau de sigilo do documento original.
§ 1º A reprodução total ou parcial de documentos sigilosos
Seção IV controlados condiciona-se à autorização expressa da autoridade
Da Expedição e da Comunicação de Documentos Sigilosos classificadora ou autoridade hierarquicamente superior
Art. 24. Os documentos sigilosos em suas expedição e tramitação competente para dispor sobre o assunto.
obedecerão às seguintes prescrições: § 2º Eventuais cópias decorrentes de documentos sigilosos serão
I - serão acondicionados em envelopes duplos; autenticadas pelo chefe da Comissão a que se refere o art. 35
II - no envelope externo não constará qualquer indicação do grau deste Decreto, no âmbito dos órgãos e entidades públicas ou
de sigilo ou do teor do documento; instituições de caráter público.
III - no envelope interno serão apostos o destinatário e o grau de § 3º Serão fornecidas certidões de documentos sigilosos que não
sigilo do documento, de modo a serem identificados logo que puderem ser reproduzidos devido a seu estado de conservação,
removido o envelope externo; desde que necessário como prova em juízo.
IV - o envelope interno será fechado, lacrado e expedido mediante Art. 33. O responsável pela produção ou reprodução de
recibo, que indicará, necessariamente, remetente, destinatário e documentos sigilosos deverá providenciar a eliminação de notas
número ou outro indicativo que identifique o documento; e manuscritas, tipos, clichês, carbonos, provas ou qualquer outro
V - sempre que o assunto for considerado de interesse exclusivo recurso, que possam dar origem a cópia não-autorizada do todo
do destinatário, será inscrita a palavra pessoal no envelope ou parte.
contendo o documento sigiloso. Art. 34. Sempre que a preparação, impressão ou, se for o caso,
Art. 25. A expedição, condução e entrega de documento ultra- reprodução de documento sigiloso for efetuada em tipografias,
secreto, em princípio, será efetuada pessoalmente, por agente impressoras, oficinas gráficas ou similar, essa operação deverá
público autorizado, sendo vedada a sua postagem. ser acompanhada por pessoa oficialmente designada, que será
Parágrafo único. A comunicação de assunto ultra-secreto de outra responsável pela garantia do sigilo durante a confecção do
forma que não a prescrita no caput só será permitida documento, observado o disposto no art. 33.
excepcionalmente e em casos extremos, que requeiram
tramitação e solução imediatas, em atendimento ao princípio da Seção VII
oportunidade e considerados os interesses da segurança da Da Avaliação, da Preservação e da Eliminação
sociedade e do Estado. Art. 35. As entidades e órgãos públicos constituirão Comissão
Art. 26. A expedição de documento secreto, confidencial ou Permanente de Avaliação de Documentos Sigilosos (CPADS),
reservado poderá ser feita mediante serviço postal, com opção de com as seguintes atribuições:
registro, mensageiro oficialmente designado, sistema de I - analisar e avaliar periodicamente a documentação sigilosa
encomendas ou, se for o caso, mala diplomática. produzida e acumulada no âmbito de sua atuação;
Parágrafo único. A comunicação dos assuntos de que trata este II - propor, à autoridade responsável pela classificação ou
artigo poderá ser feita por outros meios, desde que sejam usados autoridade hierarquicamente superior competente para dispor
recursos de criptografia compatíveis com o grau de sigilo do sobre o assunto, renovação dos prazos a que se refere o art. 7º;
documento, conforme previsto no art. 42. III - propor, à autoridade responsável pela classificação ou
autoridade hierarquicamente superior competente para dispor
Seção V sobre o assunto, alteração ou cancelamento da classificação
Do Registro, da Tramitação e da Guarda sigilosa, em conformidade com o disposto no art. 9º deste
Art. 27. Cabe aos responsáveis pelo recebimento de documentos Decreto;
sigilosos:
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IV - determinar o destino final da documentação tornada inviolabilidade, à integridade, à autenticidade, à legitimidade e à
ostensiva, selecionando os documentos para guarda permanente; disponibilidade de dados ou informações criptografados; e
e V - identificação de indícios de violação ou interceptação ou de
V - autorizar o acesso a documentos sigilosos, em atendimento ao irregularidades na transmissão ou recebimento de dados e
disposto no art. 39. informações criptografados.
Parágrafo único. Para o perfeito cumprimento de suas atribuições Parágrafo único. Os dados e informações sigilosos, constantes de
e responsabilidades, a CPADS poderá ser subdividida em documento produzido em meio eletrônico, serão assinados e
subcomissões. criptografados mediante o uso de certificados digitais emitidos
Art. 36. Os documentos permanentes de valor histórico, pela Infra-Estrutura de Chaves Públicas Brasileira (ICP-Brasil).
probatório e informativo não podem ser desfigurados ou Art. 45. Os equipamentos e sistemas utilizados para a produção
destruídos, sob pena de responsabilidade penal, civil e de documentos com grau de sigilo ultra-secreto só poderão estar
administrativa, nos termos da legislação em vigor. ligados a redes de computadores seguras, e que sejam física e
logicamente isoladas de qualquer outra.
CAPÍTULO IV Art. 46. A destruição de dados sigilosos deve ser feita por método
DO ACESSO que sobrescreva as informações armazenadas. Se não estiver ao
Art. 37. O acesso a dados ou informações sigilosos em órgãos e alcance do órgão a destruição lógica, deverá ser providenciada a
entidades públicos e instituições de caráter público é admitido: destruição física por incineração dos dispositivos de
I - ao agente público, no exercício de cargo, função, emprego ou armazenamento.
atividade pública, que tenham necessidade de conhecê-los; e Art. 47. Os equipamentos e sistemas utilizados para a produção
II - ao cidadão, naquilo que diga respeito à sua pessoa, ao seu de documentos com grau de sigilo secreto, confidencial e
interesse particular ou do interesse coletivo ou geral, mediante reservado só poderão integrar redes de computadores que
requerimento ao órgão ou entidade competente. possuam sistemas de criptografia e segurança adequados a
§ 1º Todo aquele que tiver conhecimento, nos termos deste proteção dos documentos.
Decreto, de assuntos sigilosos fica sujeito às sanções Art. 48. O armazenamento de documentos sigilosos, sempre que
administrativas, civis e penais decorrentes da eventual divulgação possível, deve ser feito em mídias removíveis que podem ser
dos mesmos. guardadas com maior facilidade.
§ 2º Os dados ou informações sigilosos exigem que os
procedimentos ou processos que vierem a instruir também CAPÍTULO VI
passem a ter grau de sigilo idêntico. DAS ÁREAS E INSTALAÇÕES SIGILOSAS
§ 3º Serão liberados à consulta pública os documentos que Art. 49. A classificação de áreas e instalações será feita em razão
contenham informações pessoais, desde que previamente dos dados ou informações sigilosos que contenham ou que no
autorizada pelo titular ou por seus herdeiros. seu interior sejam produzidos ou tratados, em conformidade com
Art. 38. O acesso a dados ou informações sigilosos, ressalvado o o art. 5º.
previsto no inciso II do artigo anterior, é condicionado à emissão Art. 50. Aos titulares dos órgãos e entidades públicos e das
de credencial de segurança no correspondente grau de sigilo, que instituições de caráter público caberá a adoção de medidas que
pode ser limitada no tempo. visem à definição, demarcação, sinalização, segurança e
Parágrafo único. A credencial de segurança de que trata o caput autorização de acesso às áreas sigilosas sob sua
deste artigo classifica-se nas categorias de ultra-secreto, secreto, responsabilidade.
confidencial e reservado. Art. 51. O acesso de visitas a áreas e instalações sigilosas será
Art. 39. O acesso a qualquer documento sigiloso resultante de disciplinado por meio de instruções especiais dos órgãos,
acordos ou contratos com outros países atenderá às normas e entidades ou instituições interessados.
recomendações de sigilo constantes destes instrumentos. Parágrafo único. Para efeito deste artigo, não é considerado visita
Art. 40. A negativa de autorização de acesso deverá ser justificada. o agente público ou o particular que oficialmente execute atividade
CAPÍTULO V pública diretamente vinculada à elaboração de estudo ou trabalho
DOS SISTEMAS DE INFORMAÇÃO considerado sigiloso no interesse da segurança da sociedade e do
Art. 41. A comunicação de dados e informações sigilosos por Estado.
meio de sistemas de informação será feita em conformidade com
o disposto nos arts. 25 e 26. CAPÍTULO VII
Art. 42. Ressalvado o disposto no parágrafo único do art. 44, os DO MATERIAL SIGILOSO
programas, aplicativos, sistemas e equipamentos de criptografia Seção I
para uso oficial no âmbito da União são considerados sigilosos e Das Generalidades
deverão, antecipadamente, ser submetidos à certificação de Art. 52. O titular de órgão ou entidade pública, responsável por
conformidade da Secretaria Executiva do Conselho de Defesa projeto ou programa de pesquisa, que julgar conveniente manter
Nacional. sigilo sobre determinado material ou suas partes, em decorrência
Art. 43. Entende-se como oficial o uso de código, cifra ou sistema de aperfeiçoamento, prova, produção ou aquisição, deverá
de criptografia no âmbito de órgãos e entidades públicos e providenciar para que lhe seja atribuído o grau de sigilo
instituições de caráter público. adequado.
Parágrafo único. É vedada a utilização para outro fim que não Parágrafo único. Aplica-se o disposto neste artigo ao titular de
seja em razão do serviço. órgão ou entidade públicos ou de instituições de caráter público
Art. 44. Aplicam-se aos programas, aplicativos, sistemas e encarregada da fiscalização e do controle de atividades de
equipamentos de criptografia todas as medidas de segurança entidade privada, para fins de produção ou exportação de material
previstas neste Decreto para os documentos sigilosos controlados de interesse da Defesa Nacional.
e os seguintes procedimentos: Art. 53. Os titulares de órgãos ou entidades públicos
I - realização de vistorias periódicas, com a finalidade de encarregados da preparação de planos, pesquisas e trabalhos de
assegurar uma perfeita execução das operações criptográficas; aperfeiçoamento ou de novo projeto, prova, produção, aquisição,
II - manutenção de inventários completos e atualizados do armazenagem ou emprego de material sigiloso são responsáveis
material de criptografia existente; pela expedição das instruções adicionais que se tornarem
III - designação de sistemas criptográficos adequados a cada necessárias à salvaguarda dos assuntos com eles relacionados.
destinatário; Art. 54. Todos os modelos, protótipos, moldes, máquinas e outros
IV - comunicação, ao superior hierárquico ou à autoridade materiais similares considerados sigilosos e que sejam objeto de
competente, de qualquer anormalidade relativa ao sigilo, à contrato de qualquer natureza, como empréstimo, cessão,
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arrendamento ou locação, serão adequadamente marcados para Art. 63. Os agentes responsáveis pela custódia de documentos e
indicar o seu grau de sigilo. materiais e pela segurança de áreas, instalações ou sistemas de
Art. 55. Dados ou informações sigilosos concernentes a informação de natureza sigilosa sujeitam-se às normas referentes
programas técnicos ou aperfeiçoamento de material somente ao sigilo profissional, em razão do ofício, e ao seu código de ética
serão fornecidos aos que, por suas funções oficiais ou contratuais, específico, sem prejuízo de sanções penais.
a eles devam ter acesso.
Parágrafo único. Os órgãos e entidades públicos controlarão e Art. 64. Os órgãos e entidades públicos e instituições de caráter
coordenarão o fornecimento às pessoas físicas e jurídicas público promoverão o treinamento, a capacitação, a reciclagem e
interessadas os dados e informações necessários ao o aperfeiçoamento de pessoal que desempenhe atividades
desenvolvimento de programas. inerentes à salvaguarda de documentos, materiais, áreas,
Seção II instalações e sistemas de informação de natureza sigilosa.
Do Transporte Art. 65. Toda e qualquer pessoa que tome conhecimento de
Art. 56. A definição do meio de transporte a ser utilizado para documento sigiloso, nos termos deste Decreto fica, automaticamente,
deslocamento de material sigiloso é responsabilidade do detentor responsável pela preservação do seu sigilo.
da custódia e deverá considerar o respectivo grau de sigilo. Art. 66. Na classificação dos documentos será utilizado, sempre
§ 1º O material sigiloso poderá ser transportado por empresas que possível, o critério menos restritivo possível.
para tal fim contratadas. Art. 67. A critério dos órgãos e entidades do Poder Executivo
§ 2º As medidas necessárias para a segurança do material Federal serão expedidas instruções complementares, que
transportado serão estabelecidas em entendimentos prévios, por detalharão os procedimentos necessários à plena execução deste
meio de cláusulas contratuais específicas, e serão de Decreto.
responsabilidade da empresa contratada. Art. 68. Este Decreto entra em vigor após quarenta e cinco dias
Art. 57. Sempre que possível, os materiais sigilosos serão da data de sua publicação.
tratados segundo os critérios indicados para a expedição de Art. 69. Ficam revogados os Decretos nºs 2.134, de 24 de janeiro
documentos sigilosos. de 1997, 2.910, de 29 de dezembro de 1998, e 4.497, de 4 de
Art. 58. A critério da autoridade competente, poderão ser dezembro de 2002.
empregados guardas armados, civis ou militares, para o Brasília, 27 de dezembro de 2002; 181º da Independência e 114º
transporte de material sigiloso. da República.

CAPÍTULO VIII
LEI Nº 5.433, de 8 de maio de 1968
DOS CONTRATOS
Art. 59. A celebração de contrato cujo objeto seja sigiloso, ou que
Regula a microfilmagem de documentos oficiais e dá outras
sua execução implique a divulgação de desenhos, plantas,
providências.
materiais, dados ou informações de natureza sigilosa, obedecerá
O Presidente da República.
aos seguintes requisitos:
Faço saber que o Congresso Nacional decreta e eu sanciono a
I - o conhecimento da minuta de contrato estará condicionado à
seguinte Lei:
assinatura de termo de compromisso de manutenção de sigilo
Art. 1° É autorizada, em todo o território nacional, a
pelos interessados na contratação; e
microfilmagem de documentos particulares e oficiais arquivados,
II - o estabelecimento de cláusulas prevendo a:
estes de órgãos federais, estaduais e municipais.
a) possibilidade de alteração do contrato para inclusão de cláusula
§ 1°. Os microfilmes de que trata esta Lei, assim como as
de segurança não estipulada por ocasião da sua assinatura;
certidões, os traslados e as cópias fotográficas obtidas
b) obrigação de o contratado manter o sigilo relativo ao objeto
diretamente dos filmes produzirão os mesmos efeitos em juízos
contratado, bem como à sua execução;
ou fora dele.
c) obrigação de o contratado adotar as medidas de segurança
§ 2°. Os documentos microfilmados poderão, a critério da
adequadas, no âmbito das atividades sob seu controle, para a
autoridade competente, ser eliminados por incineração, destruição
manutenção do sigilo relativo ao objeto contratado;
mecânica ou por outro processo adequado que assegure a sua
d) identificação, para fins de concessão de credencial de
desintegração.
segurança, das pessoas que, em nome do contratado, terão
§ 3°. A incineração dos documentos microfilmados ou sua
acesso a material, dados e informações sigilosos; e
transferência para outro local far-se-á mediante lavratura de
e) responsabilidade do contratado pela segurança do objeto
termo, por autoridade competente, em livro próprio.
subcontratado, no todo ou em parte.
§ 4°. Os filmes negativos resultantes de microfilmagem ficarão
Art. 60. Aos órgãos e entidades públicos, bem como às
arquivados na repartição detentora do arquivo, vedada sua saída
instituições de caráter público, a que os contratantes estejam
sob qualquer pretexto.
vinculados, cabe providenciar para que seus fiscais ou
§ 5°. A eliminação ou transferência para outro local dos
representantes adotem as medidas necessárias para a segurança
documentos microfilmados far-se-á mediante lavratura de termo
dos documentos ou materiais sigilosos em poder dos contratados
em livro próprio pela autoridade competente.
ou subcontratados, ou em curso de fabricação em suas § 6°. Os originais dos documentos ainda em trânsito, microfilmados
instalações. não poderão ser eliminados antes de ser arquivados.
§7° Quando houver conveniência, ou por medida de segurança,
CAPÍTULO IX poderão excepcionalmente ser microfilmados documentos ainda
DAS DISPOSIÇÕES FINAIS não arquivados desde que autorizados por autoridade
Art. 61. O disposto neste Decreto aplica-se a material, área, competente.
instalação e sistema de informação cujo sigilo seja imprescindível Art. 2°. Os documentos de valor histórico não deverão ser
à segurança da sociedade e do Estado. eliminados, podendo ser arquivados em local diverso da
Art. 62. Os órgãos e entidades públicos e instituições de caráter repartição detentora dos mesmos.
público exigirão termo de compromisso de manutenção de sigilo Art. 3°. O Poder Executivo regulamentará, no prazo de 90
dos seus servidores, funcionários e empregados que direta ou (noventa) dias, a presente Lei, indicando as autoridades
indiretamente tenham acesso a dados ou informações sigilosos. competentes, nas esferas federais, estaduais e municipais para a
Parágrafo único. Os agentes de que trata o caput deste artigo autenticação de traslados e certidões originais de microfilmagem
comprometem-se a, após o desligamento, não revelar ou divulgar de documentos oficiais.
dados ou informações sigilosos dos quais tiverem conhecimento §1°. O decreto de regulamentação determinará, igualmente, quais os
no exercício de cargo, função ou emprego público. cartórios e órgãos públicos capacitados para efetuarem a
microfilmagem de documentos particulares bem como os requisitos
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que a microfilmagem realizada, por aqueles cartórios e órgãos I - identificação do detentor dos documentos a serem
públicos devem preencher para serem autenticados, a fim de microfilmados;
produzirem efeitos jurídicos em juízos ou fora dele, quer os II - número do microfilme, se for o caso;
microfilmes, quer os seus traslados e certidões originarias. III - local e a data da microfilmagem;
§2°. Prescreverá também o decreto as condições que os cartórios IV - registro no Ministério da Justiça;
competentes terão de cumprir para autenticação de reproduções V - ordenação, identificação e resumo da série de documentos a
realizados por particulares, para produzir efeitos jurídicos com a serem microfilmados;
terceiros. VI - menção, quando for o caso, de que a série de documentos a
Art. 4°. É dispensável o reconhecimento da firma da autoridade serem microfilmados é continuação da série contida em microfilme
que autenticar os documentos oficiais arquivados, para efeito de anterior;
microfilmagem e os traslados e certidões originais de microfilmes. VII - identificação do equipamento utilizado, da unidade filmada e
Art. 5°. Esta lei entra em vigor na data de sua publicação. do grau de redução;
Art. 6°. Revogam-se as disposições em contrário. VIII - nome por extenso, qualificação funcional, se for o caso, e
Brasília, 8 de maio de 1968; 147° da Independência e 80° da assinatura do detentor dos documentos a serem microfilmados;
República. IX - nome por extenso, qualificação funcional e assinatura do
responsável pela unidade, cartório ou empresa executora da
Decreto nº 1.799, de 30 de janeiro de 1996 microfilmagem.
Art. 8° No final da microfilmagem de cada série será sempre
Regulamenta a Lei n° 5433, de 8 de maio de 1968, que regula reproduzida a imagem de encerramento, imediatamente após o
a microfilmagem de documentos oficiais, e dá outras último documento, com os seguintes elementos:
providências. I - identificação do detentor dos documentos microfilmados;
O Presidente da República, no uso das atribuições que lhe II - informações complementares relativas ao item V do artigo 6
confere o art. 84, inciso IV, da Constituição e tendo em vista o deste Decreto;
disposto no art. 3° da Lei n° 5.433, de 8 de maio de 1968 III - termo de encerramento atestando a fiel observância às
Decreta: disposições do presente Decreto;
Art.1. A microfilmagem, em todo território nacional, autorizada IV - menção, quando for o caso, de que a série de documentos
pela Lei nº 5.433, de 8 de maio de 1968, abrange a dos microfilmados continua em microfilme posterior;
documentos oficiais ou públicos, de qualquer espécie e em V - nome por extenso, qualificação funcional e assinatura do
qualquer suporte, produzidos e recebidos pelos órgãos dos responsável pela unidade, cartório ou empresa executora da
Poderes Executivo, Judiciário e Legislativo, da Administração microfilmagem.
Indireta, da União, dos Estados, do Distrito Federal e dos Art. 9° Os documentos da mesma série ou seqüência,
Municípios, bem como a dos documentos particulares ou eventualmente omitidos quando da microfilmagem, ou aqueles
privados, de pessoas físicas ou jurídicas. cujas imagens não apresentarem legibilidade, por falha de
Art. 2°. A emissão de cópias, traslados e certidões extraídas de operação ou por problema técnico, serão reproduzidos
microfilmes, bem assim a autenticação desses documentos, para posteriormente, não sendo permitido corte ou inserção no filme
que possam produzir efeitos legais, em juízo ou fora dele, é original.
regulada por este Decreto. § 1° A microfilmagem destes documentos será precedida de uma
Art. 3°. Entende-se por microfilme, para fins deste Decreto, o imagem de observação, com os seguintes elementos:
resultado do processo de reprodução em filme, de documentos, a) identificação do microfilme, local e data;
dados e imagens, por meios fotográficos ou eletrônicos, em b) descrição das irregularidades constatadas;
diferentes graus de redução. c) nome por extenso, qualificação funcional e assinatura do
Art. 4°. A microfilmagem será feita em equipamentos que responsável pela unidade, cartório ou empresa executora da
garantam a fiel reprodução das informações, sendo permitida a microfilmagem.
utilização de qualquer microforma. § 2° É obrigatório fazer indexação remissiva para recuperar as
Parágrafo único. Em se tratando da utilização de microfichas, informações e assegurar a localização dos documentos.
além dos procedimentos previstos neste Decreto, tanto a original § 3° Caso a complementação não satisfaça os padrões de
como a cópia terão, na sua parte superior, área reservada a qualidade exigidos, a microfilmagem dessa série de documentos
titulação, a identificação e a numeração seqüencial legíveis com a deverá ser repetida integralmente.
vista desarmada, bem como fotogramas destinados à indexação. Art. 10°. Para o processamento dos filmes serão utilizados
Art. 5°. A microfilmagem, de qualquer espécie, será feita sempre equipamentos e técnicas que assegurem ao filme alto poder de
em filme original, com o mínimo de 180 linhas por milímetro de definição, densidade uniforme e durabilidade.
definição, garantida a segurança e qualidade de imagem e de Art. 11. Os documentos, em tramitação ou em estudo, poderão, a
reprodução. critério da autoridade competente, ser microfilmados, não sendo
§ 1°. Será obrigatória, para efeito de segurança, a extração de permitida a sua eliminação até a definição de sua destinação final.
filme cópia, do filme original. Art. 12. A eliminação de documentos, após a microfilmagem, dar-
§ 2°. Fica vedada a utilização de filmes atualizáveis de qualquer se-á por meios que garantam sua inutilização, sendo a mesma
tipo, tanto para a confecção do original como para a extração de precedida de lavratura de termo próprio e após a revisão e a
cópias. extração de filme cópia.
§ 3°. O armazenamento do filme original deverá ser feito em local Parágrafo único. A eliminação de documentos oficiais ou públicos
diferente do seu filme cópia. só deverá ocorrer se a mesma estiver prevista na tabela de
Art. 6°. Na microfilmagem poderá ser utilizado qualquer grau de temporalidade do órgão, aprovada pela autoridade competente na
redução, garantida a legibilidade e a qualidade de reprodução. esfera de atuação do mesmo e respeitado o disposto no art. 9° da
Parágrafo único. Quando se tratar de original cujo tamanho Lei n° 8.159, de 8 de janeiro de 1991.
ultrapasse a dimensão máxima do campo fotográfico do Art. 13. Os documentos oficiais ou públicos, com valor de guarda
equipamento em uso, a microfilmagem poderá ser feita por permanente, não poderão ser eliminados após a microfilmagem,
etapas, sendo obrigatória a repetição de uma parte da imagem devendo ser recolhidos ao arquivo público de sua esfera de
anterior na imagem subseqüente, de modo que se possa atuação ou preservados pelo próprio órgão detentor.
identificar, por superposição, a continuidade entre as seções Art. 14. Os traslados, as certidões e as cópias em papel ou em
adjacentes microfilmadas. filme de documentos microfilmados, para produzirem efeitos
Art. 7º. Na microfilmagem de documentos cada série será sempre legais em juízo ou fora dele, terão que ser autenticados pela
precedida de imagem autoridade competente detentora do filme original.
de abertura, com os seguintes elementos:
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§ 1° Em se tratando de cópia em filme, extraída de microfilmes de também ser propostas por autarquia, empresa pública, fundação,
documentos privados, deverá ser emitido termo próprio, no qual sociedade de economia mista ou por associação que:
deverá constar que o filme que o acompanha é cópia fiel do filme l - esteja constituída há pelo menos um ano, nos termos da lei civil;
original, cuja autenticação far-se-á nos cartórios que satisfizerem II - inclua, entre suas finalidades institucionais, a proteção ao meio-
os requisitos especificados no artigo seguinte. ambiente, ao consumidor, ao patrimônio artístico, estético, histórico,
§ 2° Em se tratando de cópia em papel, extraída de microfilmes de turístico e paisagístico (VETADO]. (...]
Brasília, em 24 de julho de 1985;
documentos privados, a autenticação far-se-á por meio de
164º da Independência e 97º da República.
carimbo aposto, em cada folha, nos cartórios que satisfizerem os
JOSÉ SARNEY
requisitos especificados no artigo seguinte. Fernando Lyra
§ 3° A cópia em papel, de que trata o parágrafo anterior, poderá
ser extraída utilizando-se qualquer meio de reprodução, desde
LEI Nº 9.507, de 12 de novembro de 1997
que seja assegurada a sua fidelidade e qualidade de leitura.
Art. 15. A microfilmagem de documentos poderá ser feita por Regula o direito de acesso a informações e disciplina o rito
empresas e cartórios habilitados nos termos deste Decreto. processual do habeas data.
Parágrafo único. Para exercer a atividade de microfilmagem de O PRESIDENTE DA REPÚBLICA
documentos, as empresas e cartórios, a que se refere este artigo, Faço saber o Congresso Nacional decreta e eu sanciono a
além da legislação a que estão sujeitos, deverão requerer registro seguinte Lei:
no Ministério da Justiça e sujeitar-se à fiscalização que por este Art. 1º (VETADO)
será exercida quanto ao cumprimento do disposto no presente Parágrafo único. Considera-se de caráter público todo registro ou
Decreto. banco de dados contendo informações que sejam ou que possam ser
Art. 16 As empresas e os cartórios, que se dedicarem à transmitidas a terceiros ou que não sejam de uso privativo do órgão
microfilmagem de documentos de terceiros, fornecerão, ou entidade produtora ou depositária das informações.
obrigatoriamente, um documento de garantia, declarando: Art. 2º O requerimento será apresentado ao órgão ou entidade
I - que a microfilmagem foi executada de acordo com o disposto neste depositária do registro ou banco de dados e será deferido ou
Decreto; indeferido no prazo de quarenta e oito horas.
II - que se responsabilizam pelo padrão de qualidade do serviço Parágrafo único. A decisão será comunicada ao requerente em
executado; vinte e quatro horas.
III - que o usuário passa a ser responsável pelo manuseio e Art. 3º Ao deferir o pedido, o depositário do registro ou do banco
conservação das microformas. de dados marcará dia e hora para que o requerente tome
Art. 17. Os microfilmes e filmes cópia, produzidos no exterior, conhecimento das informações.
somente terão valor Parágrafo único. (VETADO)
legal, em juízo ou fora dele, quando: Art. 4º. Constatada a inexatidão de qualquer dado a seu respeito,
I - autenticados por autoridade estrangeira competente; o interessado, em petição acompanhada de documentos
II - tiverem reconhecida pela autoridade consular brasileira a firma da comprobatórios, poderá requerer sua retificação.
autoridade estrangeira que os houver autenticado; § 1º. Feira a retificação em, no máximo, dez dias após a entrada
III - forem acompanhados de tradução oficial. do requerimento, a entidade ou órgão depositário do registro ou da
Art. 18. Os microfilmes originais e os filmes cópia resultantes da informação dará ciência ao interessado.
microfilmagem de documentos sujeitos à fiscalização, ou necessários § 2º. Ainda que não se constate a inexatidão do dado, se o
à prestação de contas, deverão ser mantidos pelos prazos de interessado apresentar explicação ou contestação sobre o mesmo,
prescrição a que estariam sujeitos os seus respectivos originais. justificando possível pendência sobre o fato objeto do dado, tal
Art. 19. As infrações, às normas deste Decreto, por parte dos explicação será anotada no cadastro do interessado.
cartórios e empresas registrados no Ministério da Justiça sujeitarão o Art. 5º -(VETADO)
infrator, observada a gravidade do fato, às penalidades de advertência Art. 6º - (VETADO)
ou suspensão do registro, sem prejuízo das sanções penais e civis Art. 7º. Conceder-se-á habeas data:
cabíveis. I - para assegurar o conhecimento de informações relativas à
Parágrafo único. No caso de reincidência por falta grave, o registro pessoa do impetrante, constantes de registro ou banco de dados de
será cassado definitivamente. entidades governamentais ou de caráter público;
Art. 20. O Ministério da Justiça expedirá as instruções que se fizerem II - para a retificação de dados, quando não se prefira fazê-lo por
necessárias ao cumprimento deste Decreto. processo sigiloso, judicial ou administrativo;
Art. 21. Revoga-se o decreto n° 64.398, de 24 de abril de 1969. III - para a anotação nos assentamentos do interessado, de
Art. 22. Este Decreto entra em vigor na data de sua publicação. contestação ou explicação sobre dado verdadeiro mas justificável e
que esteja sob pendência judicial ou amigável.
_______________________________________________________ Art. 8º. A petição inicial, que deverá preencher os requisitos dos
arts. 282 a 285 do Código de Processo Civil, será apresentada em
LEI Nº 7.347, DE 24 DE JULHO DE 1985 duas vias, e os documentos que instruírem a primeira serão
reproduzidos por cópia na segunda.
Disciplina a ação civil pública de Parágrafo único. A petição inicial deverá ser instruída com prova.
responsabilidade por danos causados ao meio- I - da recusa ao acesso às informações ou do decurso de mais
de dez dias sem decisão;
ambiente, ao consumidor, a bens e direitos de
II - da recusa em fazer-se a retificação ou do decurso de mais de
valor artístico, estético, histórico, turístico e quinze dias, sem decisão; ou
paisagístico (vetado) e dá outras providências. III - da recusa em fazer-se a anotação a que se refere o § 2º do
O PRESIDENTE DA REPÚBLICA , faço saber que o Congresso art. 4º ou do decurso de mais de quinze dias sem decisão.
Nacional decreta e eu sanciono a seguinte Lei: Art. 9º. Ao despachar a inicial, o juiz ordenará que se notifique o
Art. 1º Regem-se pelas disposições desta Lei, sem prejuízo da coator do conteúdo da petição, entregando-lhe a segunda via
ação popular, as ações de responsabilidade por danos causados: apresentada pelo impetrante, com as cópias dos documentos, a fim de
(...) que, no prazo de dez dias, preste as informações que julgar
lll - a bens e direitos de valor artístico, estético, histórico, turístico necessárias.
e paisagístico; (...) Art. 10. A inicial será desde logo indeferida, quando não for o
Art. 4º Poderá ser ajuizada ação cautelar para os fins desta Lei, caso de habeas data, ou se lhe faltar algum dos requisitos previstos
objetivando, inclusive, evitar o dano ao meio-ambiente, ao nesta Lei.
consumidor, aos bens e direitos de valor artístico, estético, histórico, Parágrafo único. Do despacho de indeferimento caberá recurso
turístico e paisagístico (vetado). (...) previsto no art. 15.
Art. 5º A ação principal e a cautelar poderão ser propostas pelo Art. 11. Feita a notificação, o serventuário em cujo cartório corra
Ministério Público, pela União, pelos Estados e Municípios. Poderão o feito, juntará aos autos cópia autêntica do ofício endereçado ao
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coator, bem como a prova da sua entrega a este ou da recusa, seja de Estabelece normas para a salvaguarda de documentos, materiais,
recebê-lo, seja de dar recibo. áreas, comunicações e sistemas de informação de natureza
Art. 12. Findo o prazo a que se refere o art. 9º, e ouvido o sigilosa, e dá outras providências.
representante do Ministério Público dentro de cinco dias, os autos O PRESIDENTE DA REPÚBLICA, no uso das atribuições que lhe
serão conclusos ao juiz para decisão a ser proferida em cinco dias. confere o art. 84, inciso IV, da Constituição, e tendo em vista o
Art. 13. Na decisão, se julgar procedente o pedido, o juiz marcará disposto na Lei nº 8.159, de 8 de janeiro de 1991,
data e horário para que o coator: DECRETA:
I - apresente ao impetrante as informações a seu respeito, CAPÍTULO I
constantes de registros ou bancos de dados, ou DAS DISPOSIÇÕES GERAIS
II - apresente em juízo a prova da retificação ou da anotação feita Art. 1o As medidas de segurança relativas a documentos produzidos,
nos assentamentos do impetrante. em qualquer suporte, materiais, áreas, comunicações e sistemas de
Art. 14. A decisão será comunicada ao coator, por correio, com informação de natureza sigilosa, que digam respeito à garantia da
aviso de recebimento, ou por telegrama, radiograma ou telefonema, sociedade e do Estado, serão aplicadas em conformidade com o
conforme o requerer o impetrante. disposto neste Decreto.
Parágrafo único. Os originais, no caso de transmissão telegráfica, Art. 2o Para os fins deste Decreto, consideram-se, no que couber, as
radiofônica ou telefônica deverão ser apresentados à agência definições constantes do Decreto no 2.134, de 24 de janeiro de 1997,
expedidora, com a firma do juiz devidamente reconhecida. e as seguintes:
Art. 15. Da sentença que conceder ou negar o habeas data cabe I - documento sigiloso controlado - DSC: aquele que requer medidas
apelação. adicionais de controle;
Parágrafo único. Quando a sentença conceder o habeas data, o II - material sigiloso: toda matéria, substância ou artefato que, por sua
recurso terá efeito meramente devolutivo. natureza, deva ser de conhecimento restrito;
Art. 16. Quando o habeas data for concedido e o Presidente do III - área sigilosa: aquela onde documentos, materiais, comunicações
Tribunal ao qual competir o conhecimento do recurso ordenar ao juiz a e sistemas de informação sigilosos são tratados, manuseados,
suspensão da execução da sentença, desse seu ato caberá agravo transmitidos ou guardados e que, portanto, requer medidas especiais
para o Tribunal a que presida. de segurança e permissão de acesso;
Art. 17. Nos casos de competência do Supremo Tribunal Federal IV - comunicação sigilosa: aquela que contém dados, informações
e dos demais Tribunais caberá ao relator a instrução do processo. e/ou conhecimentos sigilosos;
Art. 18. O pedido de habeas data poderá ser renovado se a V - meio de comunicação sigilosa: aquele no qual se transmitem
decisão denegatória não lhe houver apreciado o mérito. dados, informações e/ou conhecimentos sigilosos e requer
Art. 19. Os processos de habeas data terão prioridade sobre dispositivos de criptografia;
todos os atos judiciais exceto habeas-corpus e mandado de VI - necessidade de conhecer: condição inerente ao efetivo exercício
segurança. Na instância superior, deverão ser levados a julgamento de cargo, função ou atividade, indispensável para que uma pessoa,
na primeira sessão que se seguir a data em que, feita a distribuição, possuidora de credencial de segurança adequada, tenha acesso a
forem conclusos ao relator. assunto sigiloso;
Parágrafo único. O prazo para a conclusão não poderá exceder VII - credencial de segurança: certificado, em diferentes graus de
de vinte e quatro horas, a contar da distribuição. sigilo, concedido por autoridade competente, que habilita uma pessoa
Art. 20. O julgamento do habeas data compete: a ter acesso a assunto sigiloso;
I - originariamente: VIII - investigação para credenciamento: investigação prévia com o
a) ao Supremo Tribunal Federal, contra atos do Presidente da objetivo de verificar os requisitos indispensáveis para que uma pessoa
República, das Mesas da Câmara dos Deputados e do Senado receba credencial de segurança;
Federal, do Tribunal de Contas da União, do Procurador-Geral da IX - comprometimento: perda de segurança resultante do
República e do próprio Supremo Tribunal Federal, conhecimento de assunto sigiloso por pessoa não autorizada;
b) ao Superior Tribunal de Justiça, contra atos de Ministro de X - visita: pessoa cuja entrada foi admitida, em caráter excepcional,
Estado ou do próprio Tribunal; em área sigilosa;
c) aos Tribunais Regionais Federais contra atos do próprio XI - produto criptográfico: denominação genérica atribuída a
Tribunal ou de juiz federal; hardware, software, firmware, ou a qualquer combinação deles, que
d) a juiz federal, contra ato de autoridade federal, executados os contenha um módulo criptográfico, como também a atribuída a serviço
casos de competência dos tribunais federais; que empregue recursos criptográficos;
e) a tribunais estaduais, segundo o disposto na Constituição do XII - sistema de cifra: aquele à base de métodos lógicos, sigilosos e
Estado; controlados por chaves, para tratamento de dados e informações, o
f) a juiz estadual, nos demais casos; qual torna a escrita ininteligível, de forma a impedir ou dificultar o seu
II - em grau de recurso: conhecimento por pessoa não autorizada;
a) ao Supremo Tribunal Federal, quando a decisão denegatória XIII - sistema de código: aquele que torna o dado ou a informação
for proferida em única instância pelos Tribunais Superiores; incompreensível, pela substituição de bits, caracteres ou blocos de
b) ao Superior Tribunal de Justiça, quando a decisão for proferida caracteres por códigos, contidos em um "livro código";
em única instância pelos Tribunais Regionais Federais; XIV - sistema de informação: conjunto de meios de comunicação,
c) aos Tribunais Regionais Federais, quando a decisão for computadores e redes de computadores, assim como dados e
proferida por juiz federal; informações que podem ser armazenados, processados, recuperados
d) aos Tribunais Estaduais e ao do Distrito Federal e Territórios, ou transmitidos por serviços de telecomunicações, inclusive
conforme dispuserem a respectiva Constituição e a lei que organizar a programas, especificações e procedimentos para sua operação, uso e
Justiça do Distrito Federal; manutenção;
III - mediante recurso extraordinário ao Supremo Tribunal XV - eliminação: destruição de documentos que, na avaliação, foram
Federal, nos casos previstos na Constituição. considerados sem valor para guarda permanente.
Art. 21. São gratuitos o procedimento administrativo para acesso CAPÍTULO II
a informações e retificação de dados e para anotação de justificação, DA GESTÃO DOS DOCUMENTOS SIGILOSOS
bem como a ação de habeas data. SEÇÃO I
Art. 22. Esta Lei entra em vigor na data de sua publicação. Dos Procedimentos para Classificação
Art. 23. Revogam-se as disposições em contrário. Art. 3o A classificação de documentos é realizada em conformidade
Brasília, 12 de novembro de 1997; 176º da Independência e 109º com as disposições do Capítulo III do Decreto n o 2.134, de 1997,
da República. observadas as normas deste Capítulo.
FERNANDO HENRIQUE CARDOSO Iris Rezende Art. 4o As páginas, os parágrafos, as seções, as partes componentes
Diário Oficial da União, de 13 de novembro de 1997. ou os anexos de um documento podem merecer diferentes
classificações, mas ao documento, no seu todo, será atribuído o grau
de sigilo mais elevado.
Art. 5o A classificação de um grupo de documentos que formem um
DECRETO Nº 2.910, DE 29 DE DEZEMBRO DE 1998.
conjunto deve ser a mesma do documento de mais alta classificação
que eles contenham.
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o
Art. 6 Os expedientes de remessa serão classificados de acordo com Parágrafo único. Consideram-se meios de armazenamento, para
o mais elevado grau de sigilo dos documentos que encaminham. efeito deste artigo, os discos sonoros e ópticos, fitas e discos
Art. 7o Os mapas, planos-relevo, cartas e fotocartas baseados em magnéticos e demais meios de armazenamento de dados.
fotografias aéreas ou em seus negativos serão classificados em razão Art. 20. A indicação do grau de sigilo em mapas, cartas e fotocartas
dos detalhes que revelem e não da classificação atribuída às será logo acima do título e na parte inferior dos mesmos, sem prejuízo
fotografias ou negativos que lhes deram origem. das imagens registradas.
Parágrafo único. A classificação da fotografia aérea será determinada Art. 21. A indicação da reclassificação ou da desclassificação de
em razão do que retrate e não da classificação das diretrizes baixadas documentos sigilosos deverá constar da capa, se houver, e da
para obtê-la. primeira página do documento, mediante aposição de carimbo, de
Art. 8o A publicação de decreto sigiloso limitar-se-á ao seu respectivo forma que não prejudique os dados, informações ou conhecimentos
número, ao ano de expedição e à sua ementa, redigida de modo a registrados.
não comprometer o sigilo. SEÇÃO IV
Art. 9o Poderão ser elaborados extratos de documentos sigilosos, para Da Expedição e da Comunicação
sua divulgação ou execução, mediante consentimento expresso: Art. 22. Na expedição e tramitação dos documentos ultra-secretos e
I - da autoridade classificadora, para documentos ultra-secretos; secretos serão observadas as seguintes prescrições:
II - da autoridade classificadora ou autoridade hierarquicamente I - os documentos a expedir serão acondicionados em envelopes
superior, para documentos secretos; duplos;
III - da autoridade destinatária, para documentos confidenciais e II - o envelope externo conterá apenas o nome ou a função do
reservados, exceto quando expressamente vedado no próprio destinatário e seu endereço, sem qualquer anotação que indique o
documento. grau de sigilo do conteúdo;
Parágrafo único. Aos extratos de que trata este artigo serão atribuídos III - no envelope interno serão inscritos o nome e a função do
graus de sigilo iguais ou inferiores àqueles atribuídos aos documentos destinatário, seu endereço e, claramente indicado, o grau de sigilo do
que lhes deram origem. documento, de modo a ser visto logo que removido o envelope
SEÇÃO II externo;
Do Documento Sigiloso Controlado - DSC IV - o envelope interno será lacrado, após receber o documento, e a
Art. 10. O documento sigiloso controlado requer as seguintes medidas sua expedição se fará acompanhada de um recibo;
adicionais: V - o recibo destinado ao controle da expedição e custódia dos
I - lavratura anual de termo de inventário, pelo órgão ou entidade documentos ultra-secretos e secretos conterá, necessariamente,
expedidora e pelo órgão ou entidade receptora; indicações sobre o remetente, o destinatário e o número ou outro
II - lavratura de termo de transferência sempre que se proceder à indicativo que identifique o documento;
transferência de sua guarda. VI - é vedada a expedição de documento ultra-secreto pelo correio;
Parágrafo único. O Termo de Inventário e o Termo de Transferência VII - a comunicação de assunto ultra-secreto, em princípio, será
serão elaborados de acordo com os modelos constantes dos Anexos I efetuada por contato pessoal do agente público credenciado;
e II deste Decreto e ficarão sob a guarda de um órgão de controle. VIII - a comunicação de assunto ultra-secreto por meios elétricos ou
Art. 11. O documento ultra-secreto é, por sua natureza, considerado eletrônicos só será permitida em casos extremos e que requeiram
documento sigiloso controlado. tramitação e solução imediatas, atendendo ao princípio da
Parágrafo único. Os documentos secretos, os confidenciais e os oportunidade.
reservados poderão, a critério da autoridade classificadora, ser IX - a expedição de documento secreto poderá ser feita por meio de
considerados documentos sigilosos controlados. mensageiro, oficialmente designado pelo correio, desde que
Art. 12. O documento sigiloso controlado terá registrada na capa, se registrada, por meio de sistema de encomendas ou, se for o caso, por
houver, e em todas as suas páginas, a expressão "documento sigiloso meio de mala diplomática.
controlado" e o número de controle. Parágrafo único. Os documentos ultra-secretos e/ou secretos
SEÇÃO III expedidos por meio elétrico ou eletrônico serão obrigatoriamente
Das Indicações do Grau de Sigilo, criptografados, em sistema de cifra de alta confiabilidade.
da Reclassificação e da Desclassificação Art. 23. Os documentos confidenciais e reservados serão expedidos
Art. 13. A indicação do grau de sigilo de um documento deverá em um único envelope, no qual será marcada, na face anterior e no
constar de todas as suas páginas, observadas as seguintes verso, a classificação correspondente.
formalidades: § 1o A critério da autoridade competente, aplicam-se à expedição dos
I - a indicação será centralizada no alto e no pé de cada página, documentos confidenciais e reservados as medidas de segurança
preferencialmente em cor contrastante com a do documento; previstas no artigo anterior.
II - as páginas serão numeradas seguidamente, devendo cada uma § 2o Os documentos confidenciais e reservados serão expedidos por
conter, também, indicação sobre o total de páginas que compõem o meio de mensageiros autorizados ou pelo correio, desde que
documento. registrados, obedecidas, neste caso, as prescrições dos incisos I, II e
Art. 14. Os esboços e desenhos sigilosos terão registrados seu grau III do artigo anterior.
de sigilo em local que possibilite sua reprodução em todas as cópias. § 3o Os documentos confidenciais poderão ser expedidos por meio
Art. 15. A indicação do sigilo de negativos, fotografias e imagens elétrico ou eletrônico, desde que criptografados.
digitais sigilosas observará o disposto no artigo anterior. § 4o Os documentos reservados poderão ser expedidos por meio
Parágrafo único. Os negativos de que trata este artigo, cuja falta de elétrico ou eletrônico, podendo ser criptografados a critério da
espaço impossibilite a indicação de sigilo, serão utilizados em autoridade competente.
condições que garantam a sua segurança e guardados em recipientes Art. 24. Será inscrita a palavra "pessoal", precedendo a indicação do
que exibam a classificação correspondente à do conteúdo. grau de sigilo, no envelope contendo o documento sigiloso, sempre
Art. 16. Fotografias e reproduções de negativos sem legenda terão que o mesmo for considerado do interesse exclusivo do destinatário.
registrados seus respectivos graus de sigilo no seu verso, bem como Art. 25. Em todos os casos serão adotadas providências que permitam
nas respectivas embalagens. o máximo de segurança na expedição de documentos sigilosos.
Art. 17. Os negativos em rolos contínuos, relativos a reconhecimentos SEÇÃO V
e a levantamentos aerofotogramétricos, terão indicado, no princípio e Do Registro, da Tramitação e da Guarda
no fim de cada rolo, o grau de sigilo correspondente. Art. 26. Aos responsáveis pelo recebimento de documentos sigilosos
Art. 18. As microformas e os filmes cinematográficos sigilosos serão incumbe:
acondicionados de modo tecnicamente seguro, devendo as I - verificar e registrar, se for o caso, indícios de violação ou de
embalagens exibir o grau de sigilo correspondente ao do conteúdo. qualquer irregularidade na correspondência recebida, dando ciência
Parágrafo único. A indicação do grau de sigilo em filmes do fato ao destinatário, o qual informará ao remetente;
cinematográficos será registrada, também, nas imagens de início e fim II - assinar e datar o respectivo recibo, se for o caso;
dos mesmos. III - proceder ao registro do documento e ao controle de sua
Art. 19. Os meios de armazenamento de dados, informações e/ou tramitação.
conhecimentos sigilosos serão marcados com a classificação devida Art. 27. O envelope interno somente será aberto pelo destinatário ou
em local adequado. por seu representante autorizado.
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Art. 28. O destinatário de documento sigiloso comunicará ao Art. 42. O titular de órgão ou entidade do Poder Executivo Federal
remetente qualquer indício de violação do documento, tais como detentora de material criptográfico designará um responsável pela
rasuras, irregularidades de impressão ou de paginação. segurança criptográfica, com atribuições específicas, o qual firmará
Art. 29. Os documentos sigilosos serão guardados em condições termo de responsabilidade.
especiais de segurança. Art. 43. Aplicam-se aos materiais criptográficos e aos sistemas de
§ 1o Para a guarda de documentos ultra-secretos é obrigatório, no cifras e códigos todas as medidas de segurança previstas neste
mínimo, o uso de cofre com segredo de três combinações ou material Decreto para os documentos sigilosos controlados e os seguintes
que ofereça segurança equivalente ou superior. procedimentos:
§ 2o Na impossibilidade de se adotar o disposto no parágrafo anterior, I - realização de vistorias periódicas em todos os materiais
os documentos ultra-secretos deverão ser mantidos sob guarda criptográficos, com a finalidade de assegurar uma perfeita execução
armada. das operações criptográficas;
§ 3o Para a guarda de documentos secretos é recomendada a adoção II - manutenção de inventários completos e atualizados do material
de medidas de segurança idênticas às que se referem os parágrafos criptográfico existente;
anteriores. III - designação de sistemas criptográficos adequados para cada
SEÇÃO VI destinatário;
Da Reprodução IV - comunicação à autoridade mencionada no caput do artigo
Art. 30. A reprodução do todo ou de parte de documento sigiloso terá anterior de qualquer anormalidade relativa à atribuição de grau de
o mesmo grau de sigilo do documento original. sigilo a documento criptografado, ou indício de violação ou
Art. 31. A reprodução total ou parcial de documentos sigilosos irregularidade na transmissão ou recebimento da informação
controlados dependerá de autorização do órgão de controle e os criptografada.
demais poderão ser reproduzidos nas condições estabelecidas no CAPÍTULO IV
Capítulo V do Decreto n.º 2.134, de 1997, e no art. 9o deste Decreto. DAS ÁREAS SIGILOSAS
Art. 32. O responsável pela preparação, impressão ou reprodução de Art. 44. Aos titulares dos órgãos e entidades do Poder Executivo
documentos sigilosos deverá destruir notas manuscritas, tipos, Federal caberá a adoção de medidas que visem à definição,
clichês, carbonos, provas ou quaisquer outros elementos que possam classificação, demarcação, sinalização, segurança e autorização de
dar origem à cópia não autorizada do todo ou parte. acesso às áreas sigilosas sob sua responsabilidade.
Art. 33. Sempre que a preparação, a impressão ou, se for o caso, a Art. 45. A admissão de visitas em áreas sigilosas será regulada por
reprodução de documento sigiloso for efetuada em tipografias, meio de instruções especiais dos órgãos ou entidades interessados.
impressoras ou oficinas gráficas, deverá essa operação ser Parágrafo único. Para efeito deste artigo, não é considerado visita o
acompanhada por pessoa oficialmente designada, que será agente público ou o particular que oficialmente execute atividade
responsável pela garantia do sigilo, durante a confecção do pública diretamente vinculada à elaboração de estudo ou trabalho
documento, observado o disposto no artigo anterior. considerado sigiloso.
SEÇÃO VII CAPÍTULO V
Da Preservação e da Eliminação DO MATERIAL SIGILOSO
Art. 34. As Comissões Permanentes de Avaliação de Documentos, SEÇÃO I
constituídas em conformidade com o art. 2 o do Decreto no 2.182, de 20 Disposições Gerais
de março de 1997, terão a responsabilidade de orientar e realizar o Art. 46. O titular de órgão ou entidade pública responsável por
processo de análise, avaliação e seleção da documentação tornada programa de pesquisa ou por projeto que julgar conveniente manter
ostensiva, que tenha sido produzida e acumulada no seu âmbito de sigilo sobre determinado material ou suas partes, em decorrência de
atuação, tendo em vista a identificação dos documentos para guarda aperfeiçoamento, prova, produção ou aquisição, deverá providenciar
permanente e a eliminação dos destituídos de valor. para que a ele seja atribuído o grau de sigilo adequado.
Art. 35. A eliminação de documentos sujeitar-se-á às normas Parágrafo único. Aplica-se o disposto neste artigo ao titular de órgão
estabelecidas pelo Conselho Nacional de Arquivos - CONARQ, que ou entidade pública encarregada da fiscalização e do controle de
disponham sobre os procedimentos para a eliminação de documentos atividades de entidade privada, para fins de produção e/ou exportação
no âmbito dos órgãos e entidades integrantes do Poder Público. de material de interesse da defesa nacional.
Parágrafo único. Não poderão ser eliminados os documentos sigilosos Art. 47. Os titulares de órgãos ou entidades públicos e de empresas
de valor permanente. privadas encarregadas da preparação de planos, pesquisas e
CAPÍTULO III trabalhos de aperfeiçoamento ou de novo projeto, prova, produção,
DA SEGURANÇA DAS COMUNICAÇÕES E DOS SISTEMAS DE aquisição, armazenagem ou emprego de material sigiloso são
INFORMAÇÃO responsáveis pela expedição das instruções adicionais que se
SEÇÃO I tornarem necessárias à salvaguarda dos assuntos com eles
Da Criptografia relacionados.
Art. 36. As normas gerais para a implementação das ações Art. 48. As empresas privadas que desenvolvam pesquisas ou
necessárias à segurança das comunicações e dos sistemas de projetos de interesse nacional que contenham materiais sigilosos
informação dos órgãos do Governo Federal serão baixadas pela deverão providenciar a sua classificação de forma adequada,
Secretaria-Geral do Conselho de Defesa Nacional, com vista a mediante entendimentos com o órgão ou entidade pública a que
padronizar critérios e procedimentos. estiverem ligadas, para efeito daquelas pesquisas ou projetos.
Art. 37. As normas particulares decorrentes da estrutura e do Art. 49. Todos os modelos, protótipos, moldes, máquinas e outros
funcionamento dos órgãos do Poder Executivo serão baixadas pelos materiais similares considerados sigilosos e que sejam objeto de
respectivos ministros de Estado ou chefes de órgãos da Presidência contrato de qualquer natureza, como empréstimo, cessão,
da República. arrendamento ou locação, serão adequadamente marcados para
Art. 38. As tecnologias empregadas na segurança dos sistemas de indicar o seu grau de sigilo.
informação governamentais são reconhecidas como sigilosas. Art. 50. Dados e informações sigilosos concernentes a programas
Art. 39. Os aplicativos de criptografia são considerados de uso civil e técnicos ou aperfeiçoamentos de material só serão fornecidos aos
militar. A sua comercialização e o seu uso pelos órgãos do Governo que, por suas funções oficiais ou contratuais, a eles devam ter acesso.
Federal sujeitar-se-ão às normas gerais baixadas pela Secretaria- § 1o Em nenhuma hipótese, os dados e informações serão controlados
Geral do Conselho de Defesa Nacional. ou coordenados por pessoa jurídica de direito privado.
Art. 40. O uso e a comercialização no País de produtos voltados para § 2o Os órgãos da Presidência da República e os Ministérios
a segurança das comunicações e dos sistemas de informação que se controlarão e coordenarão o fornecimento dos dados e informações
utilizem de recursos criptográficos, quando destinados aos órgãos do necessários ao desenvolvimento dos programas às pessoas físicas e
Governo Federal, estão condicionados a certificação de conformidade jurídicas interessadas.
da Secretaria-Geral do Conselho de Defesa Nacional. SEÇÃO II
Art. 41. É vedado o uso de qualquer código, sistema de cifra ou Do Transporte
dispositivo cifrado por órgão oficial, que não seja em razão do serviço. Art. 51. A definição do meio de transporte a ser utilizado para
SEÇÃO II deslocamento de material sigiloso é de responsabilidade do detentor
Da Segurança e do Controle Criptográfico da sua custódia que deverá considerar o grau de sigilo atribuído ao
respectivo material.
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Parágrafo único. O material sigiloso poderá ser transportado por (nome, função e matrícula)
empresas para tal fim contratadas, que providenciarão as medidas documentos sigilosos controlados, produzidos e recebidos pelo
necessárias para a segurança do material estabelecidas em ______________________________________, então
entendimentos prévios, as quais estarão contidas em cláusulas (nome do órgão)
específicas. sob a custódia do primeiro, constante do inventário n o ____ / _____,
Art. 52. Se o seu tamanho e quantidade permitirem, os materiais anexo ao presente Termo de Transferência, os
sigilosos poderão ser tratados do mesmo modo indicado para a quais, nesta data, passam para a custódia do segundo.
expedição de documentos sigilosos. Cumpridas as formalidades exigidas e conferidas todas as peças
Art. 53. A critério da autoridade competente, poderão ser empregados constantes do Inventário, foram as mesmas julgadas conforme (ou
guardas armados, civis ou militares, no transporte de material sigiloso. com as seguintes alterações), sendo, para constar, lavrado o presente
CAPÍTULO VI Termo de Transferência, em 3 (três) vias, assinadas e datadas pelo
DOS CONTRATOS substituído e pelo substituto.
Art. 54. A celebração de contrato cujo objeto seja sigiloso, ou que sua ________________________, ______de ____________ de 199___
execução implique na divulgação de desenhos, plantas, materiais,
dados ou informações de natureza sigilosa, obedecerá aos seguintes
requisitos: (nome, função e matrícula do substituído)
I - o conhecimento da minuta de contrato estará condicionado à
assinatura de termo de compromisso de manutenção de sigilo pelos (nome, função e matrícula do substituto)
interessados na contratação;
II - o estabelecimento de cláusulas prevendo: ___________________________________________
a) a alteração do contrato, para inclusão de cláusula de segurança
não estipulada por ocasião da sua assinatura; ARQUIVO NACIONAL
b) a obrigação de o contratado manter o sigilo relativo ao objeto CONSELHO NACIONAL DE ARQUIVOS
contratado, bem como à sua execução;
c) a obrigação de o contratado adotar as medidas de segurança RESOLUÇÃO Nº 4, DE 28 DE MARÇO DE 1996
adequadas, no âmbito das atividades sob seu controle, para a
manutenção do sigilo relativo ao objeto contratado; REVOGADA PELA RESOLUÇÃO nº 14 / 2001
d) a identificação, para fins de concessão de credencial de segurança, Dispõe sobre o Código de Classificação de Documentos de
das pessoas que, em nome do contratado, terão acesso a material, Arquivo para a Administração Pública: Atividades-Meio, a ser
dados e informações sigilosos; adotado como um modelo para os arquivos correntes dos órgãos
e) a responsabilidade do contratado pela segurança do objeto e entidades integrantes do Sistema Nacional de Arquivos -
subcontratado, no todo ou em parte. SINAR., e aprova os prazos de guarda e a destinação de
Parágrafo único. Aos órgãos da Presidência da República e aos documentos estabelecidos na Tabela Básica de Temporalidade e
Ministérios cabe providenciar para que seus fiscais ou representantes Destinação de Documentos de Arquivo Relativos às Atividades-
adotem as medidas necessárias para a segurança dos documentos Meio da Administração Pública.
e/ou materiais sigilosos em poder dos seus contratados ou O Presidente do Conselho Nacional de Arquivos - CONARQ, no uso
subcontratados, ou em curso de fabricação em suas instalações. de suas atribuições previstas no item VII, do art. 17, de seu Regimento
CAPÍTULO VII Interno, de conformidade com deliberação do Plenário, em sua 4ª
DAS DISPOSIÇÕES FINAIS reunião ordinária, realizada nos dias 14 e 15 de dezembro de 1995 e
Art. 55. Os agentes públicos responsáveis pela custódia de Considerando que a Resolução nº 1, de 18 de outubro de 1995, do
documentos, materiais, áreas, comunicações e sistemas de CONARQ, dispõe sobre a necessidade de adoção de planos e/ou
informação de natureza sigilosa estão sujeitos às regras referentes ao códigos de classificação de documentos nos arquivos correntes, que
sigilo profissional, em razão do ofício, e ao seu código de ética considerem a natureza dos assuntos resultantes de suas atividades e
específico. funções;
Art. 56. Os órgãos e entidades do Poder Executivo Federal Considerando que a redução da massa documental é indispensável
promoverão o treinamento, a capacitação, a reciclagem e o para agilizar a recuperação de informações, garantir a preservação de
aperfeiçoamento de seus servidores que desempenhem atividades documentos de valor permanente e racionalizar a produção
inerentes à salvaguarda de documentos, materiais, áreas, documental; e
comunicações e sistemas de informação de natureza sigilosa. Considerando que a avaliação e a destinação de documentos permite
Art. 57. A critério dos órgãos e entidades do Poder Executivo Federal a conquista de espaços físicos e redução de custos operacionais,
serão expedidas instruções complementares que detalharão os
procedimentos necessários à plena execução deste Decreto. RESOLVE:
Art. 58. Este Decreto entra em vigor na data de sua publicação. Art. 1º - Aprovar o anexo Código de Classificação de Documentos de
Brasília, 29 de dezembro de 1998; 177o da Independência e 110o da Arquivo para a Administração Pública: Atividades-Meio, como um
República. modelo a ser adotado nos órgãos e entidades integrantes do Sistema
FERNANDO HENRIQUE CARDOSO Nacional de Arquivos - SINAR.
Renan Calheiros ,Mauro César Rodrigues Pereira, Zenildo de Lucena, § 1° - Caberá aos órgãos e entidades que adotarem o Código
Luiz Felipe Lampreia, Pedro Malan, Lélio Viana Lôbo proceder ao desenvolvimento das classes relativas às suas atividades
Benedito Onofre Bezerra Leonel (Diário Oficial da União, de 30 específicas ou atividades-fim.
de dezembro de 1998) § 2° - Caberá ao CONARQ, por intermédio de sua Câmara Técnica
de Classificação de Documentos, proceder à atualização deste
ANEXO II Código.
TERMO DE TRANSFERÊNCIA DE GUARDA DE DOCUMENTOS Art. 2º - Aprovar os prazos de guarda e a destinação de documentos
SIGILOSOS CONTROLADOS No______ / _____ estabelecidos na anexa Tabela Básica de Temporalidade e
Aos _____________ dias do mês de ____________ do ano de mil Destinação de Documentos de Arquivo Relativos às Atividades-Meio
novecentos e noventa e _________, em cumprimento da Administração Pública.
ao disposto no art. 10 do Decreto n o __________, de ______, de § 1º - Caberá aos órgãos e entidades que adotarem a Tabela
__________ de _______, reuniram-se no proceder às adaptações necessárias para sua correta aplicação aos
_______________________________________________ conjuntos documentais produzidos e recebidos em decorrência de
(local) suas atividades, mantendo-se os prazos de guarda e a destinação
O nela definidos.
Sr.______________________________________________________ § 2º - Caberá, ainda, aos órgãos e entidades que adotarem a
__________________ , substituído, Tabela estabelecer os prazos de guarda e a destinação de
(nome, função e matrícula) documentos relativos às suas atividades específicas ou atividades-fim.
e o Sr. § 3° - Caberá ao CONARQ, por intermédio de sua Câmara Técnica
________________________________________________________ de Avaliação de Documentos, proceder à atualização desta Tabela.
_____ , substituto, para conferir os
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Art. 3º - A eliminação de documentos produzidos por instituições § 3º - Caberá ao CONARQ, por intermédio de câmara técnica
públicas e de caráter público será realizada mediante autorização da específica, proceder à atualização periódica desta Tabela.
instituição arquivística pública, na sua específica esfera de Art. 3º - A eliminação de documentos produzidos por instituições
competência, conforme determina o art. 9º da Lei nº 8.159, de 8 de públicas e de caráter público será realizada mediante autorização
janeiro de 1991, que dispõe sobre a política nacional de arquivos da instituição arquivística pública, na sua específica esfera de
públicos e privados. competência, conforme determina o art. 9º da Lei nº 8.159, de 8
Art. 4º - O CONARQ poderá subsidiar, os órgãos e entidades
de janeiro de 1991, que dispõe sobre a política nacional de
integrantes do SINAR, na elaboração, análise e aplicação de códigos
arquivos públicos e privados, e de acordo com a Resolução nº 7,
e/ou planos de classificação de documentos em fase corrente, bem
como na elaboração, análise e aplicação de tabelas de temporalidade de 20 de maio de 1997, do CONARQ, que dispõe sobre os
de documentos. procedimentos para a eliminação de documentos no âmbito dos
JAIME ANTUNES DA SILVA órgãos e entidades integrantes do Poder Público.
Diário Oficial da União, de 29.03.1996 Art. 4º - O Código de Classificação de Documentos de Arquivo
para a Administração Pública e a Tabela Básica de
_______________________________________________ Temporalidade e Destinação de Documentos de que trata esta
Resolução constitui-se numa publicação editada pelo CONARQ
CASA CIVIL em outubro de 2001, intitulada Classificação, Temporalidade e
Secretaria Executiva Destinação de Documentos de Arquivo Relativos às Atividades-
Arquivo Nacional meio da Administração Pública.
Conselho Nacional de Arquivos Art. 5º - Esta Resolução entra em vigor na data de sua
publicação.
RESOLUÇÃO Nº 14, DE 24 DE OUTUBRO DE 2001 Art. 6º - Ficam revogadas a Resolução nº 4, de 28 de março de
1996, e a Resolução nº 8, de 20 de maio de 1997, do CONARQ.
Aprova a versão revisada e ampliada da Resolução nº 4, de 28
de março de 1996, que dispõe sobre o Código de ________________________________________________
Classificação de Documentos de Arquivo para a
Administração Pública: Atividades-Meio, a ser adotado como ARQUIVO NACIONAL
modelo para os arquivos correntes dos órgãos e entidades CONSELHO NACIONAL DE ARQUIVOS
integrantes do Sistema Nacional de Arquivos (SINAR), e os RESOLUÇÃO Nº 5, DE 30 DE SETEMBRO DE 1996
prazos de guarda e a destinação de documentos
estabelecidos na Tabela Básica de Temporalidade e Dispõe sobre a publicação de editais para Eliminação de
Documentos nos Diários Oficiais da União, Distrito Federal,
Destinação de Documentos de Arquivo Relativos as
Estados e Municípios.
Atividades-Meio da Administração Pública. O Presidente do Conselho Nacional de Arquivos-CONARQ, no
O PRESIDENTE DO CONSELHO NACIONAL DE ARQUIVOS - uso de suas atribuições previstas no item VII, do art. 17, de seu
CONARQ, no uso de suas atribuições previstas no item VII, do art. Regimento Interno, de conformidade com deliberação do Plenário, em
17, de seu Regimento Interno e, sua 6ª reunião ordinária realizada nos dias 22 e 23 de agosto de 1996
Considerando a necessidade de se atualizar o Código de e,
Classificação de Documentos de Arquivo para a Administração Considerando o disposto na alínea C, do parágrafo único, do art.
Pública: Atividades-Meio e a Tabela Básica de Temporalidade e 5º, do Anexo ao Decreto nº 96.671, de 9 de setembro de 1988;
Destinação de Documentos de Arquivo Relativos às Atividades- Considerando o disposto no item 3 da Tabela Básica de
Meio da Administração Pública, aprovados pela Resolução nº 4, Temporalidade e Destinação de Documentos de Arquivo Relativos às
de 28 de março de 1996, do CONARQ, publicada no Suplemento Atividades-Meio da Administração Pública, aprovada pela Resolução
nº 62, do DOU de 29 de março de 1996, e alterados pela nº 4, de 28 de março de 1996, deste Conselho;
Resolução nº 8, de 20 de maio de 1997, do CONARQ, publicada Considerando as recomendações contidas na NBR - 10.519, da
no DOU, de 23 de maio de 1997, resolve : Associação Brasileira de Normas Técnicas - ABNT, sobre Critérios de
Art. 1º - APROVAR a versão revista e ampliada do Código de Avaliação de Documentos de Arquivo,
RESOLVE:
Classificação de Documentos de Arquivo para a Administração
Art. 1º- Os órgãos e entidades integrantes do Poder Público farão
Pública : Atividades-Meio, como um modelo a ser adotado nos
publicar nos Diários Oficiais da União, do Distrito Federal, dos Estados
órgãos e entidades integrantes do Sistema Nacional de Arquivos - e Municípios, correspondentes ao seu âmbito de atuação, os editais
SINAR. para eliminação de documentos, decorrentes da aplicação de suas
§ 1º - Caberá aos órgãos e entidades que adotarem o Código Tabelas de Temporalidade, observado o disposto no art. 9º da Lei
proceder ao desenvolvimento das classes relativas às suas 8.159, de 08 de janeiro de 1991.
atividades específicas ou atividades-fim, as quais deverão ser Parágrafo único - Os editais referidos neste artigo serão
aprovadas pela instituição arquivística pública na sua específica publicados em outro veículo de divulgação local quando a
esfera de competência. administração pública municipal não editar Diário Oficial.
§ 2º - Caberá ao CONARQ, por intermédio de câmara técnica Art. 2º - Os editais para eliminação de documentos deverão
específica, proceder à atualização periódica deste Código. consignar um prazo de 30 a 45 dias para possíveis manifestações ou,
quando for o caso, possibilitar às partes interessadas requererem, a
Art. 2º - Aprovar os prazos de guarda e a destinação dos suas expensas, o desentranhamento de documentos ou cópias de
documentos estabelecidos na versão revista e ampliada da peças de processos.
Tabela Básica de Temporalidade e Destinação de Documentos de
Arquivos Relativos às Atividades-Meio da Administração Pública. JAIME ANTUNES DA SILVA
Diário Oficial da União - nº 198 -11.10.1996
§ 1 - Caberá aos órgãos e entidades que adotarem a Tabela
proceder às adaptações necessárias para sua correta aplicação
aos conjuntos documentais produzidos e recebidos em ________________________________________________________
decorrência de suas atividades, mantendo-se os prazos de guarda
e a destinação nela definidos. CASA CIVIL
§ 2º - Caberá, ainda, aos órgãos e entidades que adotarem a Secretaria Executiva Arquivo Nacional
Tabela estabelecer os prazos de guarda e a destinação dos Conselho Nacional de Arquivos
documentos relativos às suas atividades específicas ou
atividades-fim, os quais deverão ser aprovados pela instituição RESOLUÇÃO Nº 19, DE 28 DE OUTUBRO DE 2003
arquivística pública na sua específica esfera de competência.
Concurso UFSM/2009
Cargo ARQUIVISTA

Profa. Clara kurtz e Neiva Pavezi 39


Dispõe sobre os documentos públicos que integram Art. 7º - Fica revogada a Resolução nº 18, de 28 de julho de 2003.
o acervo das empresas em processo de desestatização e das JAIME ANTUNES DA SILVA
pessoas jurídicas de direito privado sucessoras de empresas Presidente do CONARQ
públicas. [Diário Oficial da União, de 29 de outubro de 2003, Seção 1]

O PRESIDENTE DO CONSELHO NACIONAL DE ARQUIVOS – ANEXO


CONARQ, no uso de suas atribuições previstas no inciso IX do FORMULÁRIO PARA CADASTRAMENTO DE DOCUMENTOS
art. 23, de seu Regimento Interno, aprovado pela Portaria nº 5, da PÚBLICOS DE VALOR PERMANENTE
Casa Civil da Presidência da República, de 7 de fevereiro de
2002, de conformidade com a deliberação do Plenário, em sua 30º 1- IDENTIFICAÇÃO DA INSTITUIÇÃO
reunião ordinária, realizada em 20 de maio de 2003, 1.1 - Nome/sigla:
Considerando o disposto na Lei nº 8.159, de 8 de janeiro de 1991, 1.2 - Natureza:
que dispõe sobre a política nacional de arquivos públicos e 1.3 - Endereço:
privados e dá outras providências; 1.4 - Telefones/ fax:
Considerando a necessidade de estabelecer instruções 1.5 - Homepage/ e-mail:
complementares para a execução do Decreto nº 4.073, de 3 de 1.6 - Legislação principal (constituição, organização e
janeiro de 2002 , em conformidade com seu art. 17, com relação funcionamento):
aos documentos públicos que integram o acervo arquivístico das
empresas em processo de desestatização e das pessoas jurídicas 2- IDENTIFICAÇÃO DE ACERVOS TEXTUAIS
de direito privado sucessoras de empresas públicas, Documentos manuscritos e datilografados/ digitados
RESOLVE: 2.1- Unidade responsável pela preservação
Art. 1º - Esta Resolução aplica-se às empresas em processo de Nome/ sigla:
desestatização e às pessoas jurídicas de direito privado Telefone/ fax/ e-mail:
sucessoras de empresas públicas, detentoras de documentos 2.2- Mensuração (unidades, metros lineares ou cúbicos):
públicos. 2.3- Datas-limite (ano do documento mais antigo e do mais
Art. 2º - Para os fins desta Resolução, considera-se: recente):
I – Documento público de valor permanente: documento que deve 2.4 -Estágio de tratamento:
ser preservado pelo seu valor histórico, probatório e informativo, ( ) identificado ( ) organizado parcialmente ( ) organizado
estabelecido em tabela de temporalidade elaborada pelas totalmente ( ) sem organização
entidades mencionadas no art. 1º, ou, na sua ausência, de 2.5- Formas de organização/ ordenação:
conformidade com as normas emanadas pelo CONARQ; ( ) alfabética ( ) por assunto ( ) numérica ( ) cronológica ( )
II – Gestão de documentos: conjunto de procedimentos e numérico-cronológica ( ) alfa-numérica ( ) por espécie ( ) por
operações técnicas referentes à produção, à tramitação, à procedência ( ) geográfica ( ) outros
avaliação, ao uso e ao arquivamento de documentos; 2.6- Instrumentos de recuperação da informação:
III - Preservação de documentos: tratamento de acervos ( ) listagem ( ) catálogo ( ) fichário ( ) inventário ( ) outros
documentais que permita a prevenção da deterioração física dos 2.7- Conteúdo (tipos documentais e principais assuntos relativos
documentos, com vistas à recuperação da informação. às atividades-fim e atividades-meio):
Art. 3º- As pessoas jurídicas referidas no art. 1º desta Resolução, 2.8- Estado de conservação (indicação de danos causados por
detentoras de documentos públicos, devem garantir a sua poeira, umidade, insetos, microorganismos, acondicionamento
preservação e acesso, proceder à identificação, classificação e inadequado, papel quebradiço, entre outros):
avaliação do acervo, de conformidade com as normas emanadas
pelo CONARQ, e recolher os documentos públicos de valor 3- IDENTIFICAÇÃO DE ACERVOS ESPECIAIS
permanente à instituição arquivística pública na sua específica 3.1- Documentos Iconográficos (indicação da existência de
esfera de competência. ampliações, negativos e contatos fotográficos, diapositivos e
I - os documentos públicos de valor permanente serão recolhidos desenhos, registrando sua mensuração, datas-limite, conteúdo e
ao Arquivo Nacional ou à instituição arquivística de âmbito estado de conservação):
estadual, do Distrito Federal ou municipal, conforme dispõe o art. 3.2- Documentos Filmográficos (indicação da existência de filmes
17 do Decreto nº 4.073, de 2002; e fitas videomagnéticas, registrando sua mensuração, datas-
II – os procedimentos relativos ao recolhimento de que trata o limite, conteúdo e estado de conservação):
inciso anterior deverão obedecer ao disposto no Decreto nº 4.073,
de 2002 e na Instrução Normativa do Arquivo Nacional nº 1, de 18 3.3- Documentos Sonoros (indicação da existência de discos e
de abril de 1997, ou à legislação específica de âmbito estadual, do fitas audiomagnéticas em rolo e cassete, registrando sua
Distrito Federal ou municipal; mensuração, datas-limite, conteúdo e estado de conservação):
III – os documentos públicos de valor permanente poderão ficar 3.4 -Documentos Cartográficos (indicação da existência de mapas
sob a guarda das entidades mencionadas no artigo 1º enquanto e plantas, registrando sua mensuração, datas-limite, conteúdo e
necessários ao desempenho de suas atividades, desde que estado de conservação):
garantido o atendimento às seguintes condições:
a - preservação e acesso aos documentos, conforme legislação e 4-DADOS COMPLEMENTARES SOBRE OS ACERVOS
regulamentação aplicável; TEXTUAIS E ESPECIAIS
b - fornecimento anual, às instituições arquivísticas públicas e às 4.1- Origem (indicação do(s) agente(s) produtor(es), registrando a
agências reguladoras, das informações cadastrais básicas, ocorrência de incorporação de acervos de outras instituições, em
conforme modelo padrão anexo a esta Resolução; especial no que tange ao processo de desestatização do setor
Art. 5º - Com fundamento no art. 10 da Lei nº 8.159, de 1991, que público):
determina serem inalienáveis e imprescritíveis os documentos 4.2 - Mudança de suporte (indicação de conjuntos documentais
públicos de valor permanente, o disposto nesta Resolução aplica- microfilmados e/ou digitalizados, registrando os objetivos do
se, também, às pessoas jurídicas de direito privado mencionadas procedimento adotado):
no art. 1º, detentoras desses documentos, por sucederem 4.3 - Acesso (indicação da existência de conjuntos documentais
empresas públicas em decorrência de licitação, ainda que os de acesso restrito, justificando em termos de estado de
respectivos editais não hajam incluído item ou cláusula específica conservação, condições de organização, grau de sigilo ou
sobre a destinação daqueles documentos. informações pessoais):
Art. 6º - Esta Resolução entra em vigor na data de sua 4.4 - Observações:
publicação.
Concurso UFSM/2009
Cargo ARQUIVISTA

Profa. Clara kurtz e Neiva Pavezi 40


§1º – Os requisitos funcionais referem-se a: registro e captura,
RESOLUÇÃO Nº 20 , DE 16 DE JULHO DE 2004 classificação, tramitação, avaliação e destinação, recuperação da
informação, acesso e segurança, armazenamento e preservação.
Dispõe sobre a inserção dos documentos §2º – Os requisitos não funcionais referem-se a: utilização de padrões
digitais em programas de gestão arquivística abertos, independência de fornecedor, integração com sistemas
de documentos dos órgãos e entidades legados, conformidade com a legislação e os padrões de
integrantes do Sistema Nacional de Arquivos. interoperabilidade do governo, atendimento a usuários internos e
externos, facilidade de utilização e desempenho.
O PRESIDENTE DO CONSELHO NACIONAL DE ARQUIVOS - §3º – Os metadados são informações estruturadas e codificadas que
CONARQ, no uso de suas atribuições previstas no item no inciso IX descrevem e permitem gerenciar, compreender, preservar e acessar
do art. 23, de seu Regimento Interno, aprovado pela Portaria nº 5, da os documentos digitais ao longo do tempo. Os metadados referem-se
Casa Civil da Presidência da República, de 7 de fevereiro de 2002, de a: identificação e contexto documental (identificador único, instituição
conformidade com a deliberação do Plenário, em sua 34ª reunião produtora, nomes, assunto, datas, local, código de classificação,
ordinária, realizada em 6 de julho de 2004, tipologia documental, temporalidade, destinação, versão, documentos
Considerando que é dever do Poder Público a gestão documental, a relacionados, idioma e indexação), segurança (categoria de sigilo,
proteção especial aos documentos de arquivo e as providências para informações sobre criptografia, assinatura digital e outras marcas
franquear aos cidadãos as informações contidas na documentação digitais), contexto tecnológico (formato de arquivo, tamanho de
governamental; arquivo, dependências de hardware e software, tipos de mídias,
Considerando que o Conselho Nacional de Arquivos tem por algoritmos de compressão) e localização física do documento.
finalidade definir a política nacional de arquivos públicos e privados e Art. 4º - Os profissionais de arquivo e as instituições arquivísticas
exercer orientação normativa visando à gestão documental e à devem participar da concepção, do projeto, da implantação e do
proteção especial aos documentos de arquivo, independente da forma gerenciamento dos sistemas eletrônicos de gestão de documentos, a
ou do suporte em que a informação está registrada; fim de garantir o cumprimento dos requisitos e metadados previstos
Considerando que a organização dos arquivos e o gerenciamento das no artigo 3º.
informações neles contidas se constituem em instrumento de eficácia Art. 5º – A avaliação e a destinação dos documentos arquivísticos
administrativa, contribuindo para a modernização da administração digitais devem obedecer aos procedimentos e critérios previstos na
pública; Lei nº 8.159, de 8 de janeiro de 1991, e às Resoluções do CONARQ,
Considerando que a gestão arquivística de documentos, independente nº 5, de 30 de setembro de 1996, nº 7, de 20 de maio de 1997, e nº
da forma ou do suporte adotados, tem por objetivo garantir a 14, de 24 de outubro de 2001.
produção, a manutenção, a preservação de documentos arquivísticos Parágrafo único – A eliminação de documentos arquivísticos
fidedignos, autênticos e compreensíveis, e o acesso a estes; submetidos a processo de digitalização só deverá ocorrer se estiver
Considerando que as organizações públicas e privadas e os cidadãos prevista na tabela de temporalidade do órgão ou entidade, aprovada
vêm cada vez mais produzindo documentos arquivísticos pela autoridade competente na sua esfera de atuação e respeitado o
exclusivamente em formato digital e que governos, organizações e disposto no art. 9º da Lei nº 8.159, de 8 de janeiro de 1991.
cidadãos dependem do documento digital como fonte de prova e Art. 6º - Esta Resolução entra em vigor na data de sua publicação.
informação, e garantia de direitos; AAAAAAaJAIME ANTUNES DA SILVA
Considerando que os documentos digitais são suscetíveis à Diário Oficial da União de 19 de julho de 2004
degradação física e à obsolescência tecnológica de hardware,
software e formatos, as quais podem colocar em risco o patrimônio quando for o caso, possibilitar às partes interessadas requererem, a
arquivístico digital; suas expensas, o desentranhamento de documentos ou cópias de
Considerando que somente com a participação ativa das instituições e peças de processos.
profissionais de arquivo no processo de gestão arquivística serão
assegurados a preservação de longo prazo de documentos em JAIME ANTUNES DA SILVA
formato digital e o acesso contínuo a esses documentos; Diário Oficial da União - nº 198 -11.10.1996
RESOLVE:
Art. 1º – Os órgãos e entidades integrantes do Sistema Nacional de _____________________________________________________
Arquivos deverão identificar, dentre as informações e os documentos
produzidos, recebidos ou armazenados em meio digital, aqueles CONSELHO NACIONAL DE ARQUIVOS
considerados arquivísticos para que sejam contemplados pelo
programa de gestão arquivística de documentos. RESOLUÇÃO Nº. 25, DE 27 DE ABRIL DE 2007
§1º – Considera-se documento arquivístico como a informação
registrada, independente da forma ou do suporte, produzida e
Dispõe sobre a adoção do Modelo de Requisitos para
recebida no decorrer das atividades de um órgão, entidade ou pessoa,
Sistemas Informatizados de Gestão Arquivística de
dotada de organicidade e que possui elementos constitutivos
suficientes para servir de prova dessas atividades. Documentos - e-ARQ Brasil pelos órgãos e entidades
§2º - Considera-se documento arquivístico digital o documento integrantes do Sistema Nacional de Arquivos - SINAR.
arquivístico codificado em dígitos binários, produzido, tramitado e O PRESIDENTE DO CONSELHO NACIONAL DE
armazenado por sistema computacional. São exemplos de ARQUIVOS - CONARQ, no uso de suas atribuições, previstas no
documentos arquivísticos digitais: planilhas eletrônicas, mensagens de item IX do art. 23 de seu Regimento Interno, aprovado pela
correio eletrônico, sítios na internet, bases de dados e também textos, Portaria nº. 5, da Casa Civil da Presidência da República, de 7 de
imagens fixas, imagens em movimento e gravações sonoras, dentre fevereiro de 2002, e de conformidade com a deliberação do
outras possibilidades, em formato digital. Plenário em sua 43ª reunião ordinária, realizada no dia 04 de
§3º – Considera-se gestão arquivística de documentos o conjunto de dezembro de 2006, e
procedimentos e operações técnicas referentes à produção, Considerando que o Conselho Nacional de Arquivos tem por
tramitação, uso, avaliação e arquivamento de documentos em fase finalidade definir a política nacional de arquivos públicos e
corrente e intermediária, visando a sua eliminação ou recolhimento privados e exercer orientação normativa visando à gestão
para guarda permanente. documental e à proteção especial aos documentos de arquivo,
Art. 2º - Um programa de gestão arquivística de documentos é independente da forma ou do suporte em que a informação está
aplicável independente da forma ou do suporte, em ambientes
registrada;
convencionais, digitais ou híbridos em que as informações são
produzidas e armazenadas.
Considerando que a gestão arquivística de documentos,
Art. 3º - A gestão arquivística de documentos digitais deverá prever a independente da forma ou do suporte adotados, tem por objetivo
implantação de um sistema eletrônico de gestão arquivística de garantir a produção, a manutenção, a preservação de documentos
documentos, que adotará requisitos funcionais, requisitos não arquivísticos confiáveis, autênticos e compreensíveis, bem como o
funcionais e metadados estabelecidos pelo Conselho Nacional de acesso a estes;
Arquivos, que visam garantir a integridade e a acessibilidade de longo Considerando que as organizações públicas e privadas e os
prazo dos documentos arquivísticos. cidadãos vêm cada vez mais produzindo documentos
Concurso UFSM/2009
Cargo ARQUIVISTA

Profa. Clara kurtz e Neiva Pavezi 41


arquivísticos exclusivamente em formato digital e que governos, RESOLUÇÃO Nº 28, DE 17 DE FEVEREIRO DE 2009
organizações e cidadãos dependem do documento digital como
fonte de prova e informação, bem como de garantia de direitos; O PRESIDENTE DO CONSELHO NACIONAL DE
Considerando que o artigo 3º da Resolução do CONARQ nº ARQUIVOS - CONARQ, no uso de suas atribuições, previstas no
20, de 16 de julho de 2004, prevê a implantação de um sistema item IX do art. 23 de seu Regimento Interno, aprovado pela
informatizado de gestão arquivística de documentos, com a Portaria nº. 5, da Casa Civil da Presidência da República, de 7 de
especificação de requisitos e de metadados para garantir a fevereiro de 2002, e de conformidade com a deliberação do
integridade e a acessibilidade de longo prazo dos documentos Plenário em sua 42ª reunião plenária do CONARQ, realizada no
arquivísticos; dia 1º de agosto de 2006 e,
RESOLVE: Considerando que o Conselho Nacional de Arquivos tem
Art. 1º Recomendar aos órgãos e entidades integrantes do por finalidade definir a política nacional de arquivos públicos e
Sistema Nacional de Arquivos - SINAR a adoção do Modelo de privados, conforme a lei nº 8.159, de 8 de janeiro de 1991, e
Requisitos para Sistemas Informatizados de Gestão Arquivística exercer orientação normativa visando à gestão documental e à
de Documentos - e-ARQ Brasil, Versão 1.0, aprovado na 43ª proteção especial aos documentos de arquivo, independente da
reunião plenária do CONARQ, realizada no dia 4 de dezembro de forma ou do suporte em que a informação está registrada;
2006, de que trata esta Resolução, disponibilizada em pdf na Considerando que a descrição arquivística é uma atividade
página web do CONARQ, www.conarq.arquivonacional.gov.br. fundamental para a recuperação e acesso às informações
§1º Considera-se gestão arquivística de documentos o contidas nos documentos;
conjunto de procedimentos e operações técnicas referentes à Considerando que para garantir que a descrição de documentos
produção, tramitação, uso, avaliação e arquivamento de arquivísticos seja consistente, apropriada e auto-explicativa é
documentos em fase corrente e intermediária, visando a sua indispensável a adoção de normas específicas para esse fim;
eliminação ou recolhimento para guarda permanente. Considerando que a padronização da descrição contribui
§2º Consideram-se requisitos o conjunto de condições a para que as entidades custodiadoras de acervos arquivísticos
serem cumpridas pela organização produtora/recebedora de realizem, com eficácia, o tratamento técnico dos acervos
documentos, pelo sistema de gestão arquivística e pelos próprios documentais, proporcionando economia dos recursos disponíveis,
documentos a fim de garantir a sua confiabilidade e autenticidade, otimizando a recuperação das informações, além de viabilizar um
bem como seu acesso. intercâmbio eficaz entre as diversas instituições arquivísticas; e
§3º Considera-se sistema informatizado de gestão Considerando que a normalização da descrição amplia o
arquivística de documentos o sistema desenvolvido para produzir, potencial dos instrumentos de pesquisa, simplificando o acesso e
receber, armazenar, dar acesso e destinar documentos sua utilização pelos usuários, uma vez que estrutura as
arquivísticos em ambiente eletrônico. informações de maneira padronizada, resolve:
Art. 2º O e-ARQ Brasil tem por objetivo orientar a Art. 1º Recomendar aos órgãos e entidades integrantes do
implantação da gestão arquivística de documentos, fornecer Sistema Nacional de Arquivos - SINAR a adoção da Norma
especificações técnicas e funcionais, bem como metadados para Brasileira de Descrição Arquivística - NOBRADE, aprovada na 42ª
orientar a aquisição e/ou desenvolvimento de sistemas reunião plenária do CONARQ, realizada no dia 1º de agosto de
informatizados, independentes da plataforma tecnológica em que 2006, disponibilizada em pdf no sítio web do CONARQ,
forem desenvolvidos e/ou implantados, referidos no parágrafo 3º www.conarq.arquivonacional.gov.br e publicada pelo CONARQ
do art. 3º da Resolução nº 20, de 16 de julho de 2004. em 2006.
Parágrafo único. Os metadados mencionados no caput Art. 2º A NOBRADE estabelece, no Brasil, diretivas para a
desse artigo serão incluídos na próxima versão. descrição de documentos arquivísticos, compatíveis com as
Art. 3º O e-ARQ Brasil é aplicável para os sistemas que normas internacionais, visando à padronização de procedimentos
produzem e mantém somente documentos digitais ou para em sistemas de arquivos e/ou em entidades custodiadoras e a
sistemas que compreendem documentos digitais e convencionais facilitação do acesso e do intercâmbio de informações em âmbito
ao mesmo tempo. nacional e internacional.
§1º Para documentos convencionais o sistema inclui Art. 3º Para aplicabilidade da NOBRADE será adotado o
apenas o registro das referências nos metadados. Código de Entidades Custodiadoras de Acervos Arquivísticos -
§2º Para documentos digitais, o sistema inclui os próprios CODEARQ, que tem como finalidade identificar de forma
documentos. inequívoca cada instituição.
Art. 4º O CONARQ, por intermédio de sua Câmara Técnica Art. 4º A inscrição da instituição no Cadastro Nacional de
de Documentos Eletrônicos, poderá subsidiar os órgãos e Entidades Custodiadoras de Acervos Arquivísticos deverá ser
entidades integrantes do SINAR na aplicação do e-ARQ Brasil. solicitada ao Conselho Nacional de Arquivos - CONARQ, para
Art. 5º Caberá ao CONARQ, por intermédio de sua Câmara cada ponto de acesso, que o disponibilizará no sítio do Conselho.
Técnica de Documentos Eletrônicos, proceder à atualização Parágrafo único - O Cadastro Nacional de Entidades
periódica do e-ARQ Brasil. Custodiadoras de Acervos Arquivísticos visa permitir o acesso às
Art. 6º Esta Resolução entra em vigor na data de sua informações sobre a missão institucional dessas entidades, seu
publicação. acervo e contatos.
JAIME ANTUNES DA SILVA Art. 5º O CODEARQ deve estar presente em todos os
Presidente do CONARQ níveis de descrição, conjugado com os demais elementos que
[Publicado no Diário Oficial da União, Edição nº 81, de 27 de abril compõem o código de referência das unidades de descrição.
de 2007 - Seção 1] Art. 6º O CODEARQ só será fornecido às entidades
custodiadoras que permitam acesso de seu acervo ao público em
Dispõe sobre a adoção da Norma Brasileira de Descrição geral, ainda que sob restrições.
Arquivística - NOBRADE pelos órgãos e entidades Art. 7º Esta Resolução entra em vigor na data de sua
integrantes do Sistema Nacional de Arquivos - SINAR, institui publicação.
o Cadastro Nacional de Entidades Custodiadoras de Acervos JAIME ANTUNES DA SILVA
Arquivísticos e estabelece a obrigatoriedade da adoção do Presidente do CONARQ
Código de Entidades Custodiadoras de Acervos [Publicado no Diário Oficial da União, Edição nº 35, de 19 de
Arquivísticos - CODEARQ. fevereiro de 2009 - Seção 1]

CONSELHO NACIONAL DE ARQUIVOS


PROVAS DE CONCURSOS PÚBLICOS
Concurso UFSM/2009
Cargo ARQUIVISTA

Profa. Clara kurtz e Neiva Pavezi 42


TESTE 1 31) Protocolos são livros de registro de documentos que foram
recebidos e / ou expedidos.
Em relação aos conceitos de Arquivologia, classifique os itens 32) Um conjunto de documentos de uma pessoa sem relação
abaixo em certo ou errado: orgânica formam um arquivo pessoal.
1) Tabela de Temporalidade é instrumento criado após a etapa da 33) Legado é uma doação feita de última vontade.
avaliação que demonstra os prazos de permanência dos 34) Guia pe o elemento de identificação das unidades de
documentos em arquivo corrente e intermediário, a destinação do arquivamento constituída de numero, letras, ou combinações de
documento, ou seja, eliminação ou guarda permanente, data números e letras que permite sua localização.
provável de eliminação, e outras informações referentes do 35) Circular e Memorando são correspondências internas, enquanto
documento, assim como o código e título do mesmo. ofícios e cartas são externas.
2) A Lista de Eliminação é um documento que indica quais os 36) Os documentos que provem como a instituição foi organizada e
documentos serão eliminados de uma vez, as datas de de como funciona, assim como os que respondem a questões
permanência do documento e natureza do que será eliminado, técnicas relativas às operações da organização devem ser
bem como sua quantidade. mantidos para guarda permanente.
3) Quando os documentos judiciais são enviados para o Arquivo 37) A tabela de concordância é um instrumento de pesquisa que
Central, serão guardados em caixas segundo o método vertical, compara as antigas notações com as novas adotadas.
ficando assim um atrás do outro. 38) A luz do dia é uma necessidade das áreas de armazenamento,
4) A eliminação de documentos será feita por incineração (método pis reduz o processo de desaparecimento das tintas e fortalece
mais adotado) doação para bibliotecas e museus pó por venda, as fibras do papel.
através de leilões. 39) O índice adequado de umidade ideal nos arquivos deve situar
5) O arquivo corrente é composto exclusivamente por documentos entre 45 % e 58%.
que estão em circulação. 40) Quanto à natureza, os arquivos podem ser do tipo gerais ou
6) O arquivo de 3ª idade ou permanente pode ser composto por especializados.
documentos que serão armazenados para guarda permanente, 41) Arquivos Especializados são aqueles cujo documento é feito de
que não poderão ser eliminados, ou por documentos que serão material especial, como por exemplo: fitas, fotografias, CDs,
posteriormente eliminados pela destruição , doação ou venda. microfilmes, slides e outros.
7) Um processo em trâmite estará armazenado em arquivo ativo. 42) Arquivos Técnicos são aqueles cujo conteúdo trata de assunto
8) Um processo que recebeu sentença em 1ª instância, durante o especifico, independentemente do material que são feitos, como
prazo de recurso, será armazenado em arquivo inativo. por exemplo: arquivo médico, de engenharia e outros.
9) O ato de levar documentos dos arquivos de 1ª e 2ª idades para o 43) Um arquivo composto por Cds é um exemplo de arquivo do tipo
de 3ª idade denomina-se recebimento. especial.
10) Todo documento audiovisual será arquivado no Arquivo Especial. 44) Um arquivo da Faculdade de Enfermagem Ana Nery é um
11) Todo cartaz é um documento iconográfico. arquivo do tipo especializado.
12) Os memorandos e atas são exemplos de documentos textuais. 45) Quanto à finalidade, os arquivos podem ser do tipo funcional ou
13) Os documentos audiovisuais exigem cuidados especiais de cultural.
conservação e higienização. 46) Os arquivos funcionais servem à Administração.
14) Os documentos do tipo permanentes permanecem por tempo 47) Os arquivos culturais que servem à Cultura são os de 3ª idade.
indeterminado na empresa por serem vitais ao funcionamento da 48) Arquivos de primeira e segunda idade são do tipo funcionais.
mesma. 49) Arquivos de primeira idade são arquivos constituídos de
15) Os Arquivos Fraqueados são compostos por documentos de documentos que estão sendo utilizados constantemente pela
caráter irrestrito. Administração, ou seja, que se encontram em circulação.
16) Todo Arquivo Público possui acesso irrestrito. 50) Um arquivo é dito audiovisual quando é feito de material especial
17) O Arquivo Restrito é de uso exclusivo do Ministério das Relações e registra som e imagem.
Exteriores e por pessoas por ele credenciadas. 51) Os documentos podem ser classificados quanto ao gênero em
18) O Arquivo Especializado pode conter documentos feitos de textuais, audiovisuais,cartográficos e iconográficos.
material especial. 52) Cartazes, gravuras e pôsteres exemplificam documentos do tipo
19) No Arquivo Movimento ficam armazenados documentos que iconográfico.
possuem criação recente, sendo muito utilizado pela 53) Um documento pessoal composto por fotografias tiradas por
Administração de Arquivos. satélite da área da Amazônia é do tipo audiovisual.
20) O Arquivo Histórico é composto por documentos que não 54) Um documento é conceituado como cartográfico quando
possuem valor e são mantidos para fins culturais e históricos. reproduz em escala menor uma área geográfica.
21) Os documentos de um arquivo devem ser provas de transações 55) Um arquivo privado é formado por documentos de instituições
passadas e devem possuir caráter orgânico ou administrativo. comerciais, organizacionais, familiares ou pessoais.
22) Os documentos arquivos em pastas suspensas utilizam o método 56) Plantas e maquetes são documentos que pertencem aos
de arquivamento horizontal. arquivos de terceira aos arquivos de terceira idade ou históricos.
23) Quando os processos são armazenados em caixas estão 57) Os arquivos públicos são formados por documentos oriundos de
utilizando o método de arquivamento vertical. órgãos federais, estaduais, distritais ou municipais.
24) Recolhimento é o ato de levar documentos para o Arquivo 58) O Arquivo Nacional do Chile é um exemplo de arquivo do tipo
Permanente. público federal.
25) Análise é atividade desenvolvida nos Arquivos em que se verifica 59) O Arquivo da Família Real exemplifica um arquivo do tipo
o valor do documento para a empresa. monárquico público.
26) A seleção é a atividade desenvolvida nos Arquivos, cuja 60) No arquivo não existe interdependência de documentos.
finalidade é definir o destino final dos documentos. 61) . A avaliação do material na biblioteca é feita por peças isoladas,
27) O processo de guarda de documentos em um arquivo recebe o baseada no estado físico do material.
nome de arquivamento, podendo ser horizontal ou vertical. 62) . Na biblioteca, os documentos são únicos ou em quantidade
28) A passagem de um documento de arquivo corrente para arquivo limitada.
intermediário é chamada transferência e para permanente de 63) . O conteúdo do arquivo é composto por materiais impressos,
recolhimento. audiovisuais ou cartográficos produzidos em exercícios de
29) O método ciclo, que todo documento passa em uma empresa, função.
consiste na transferência dos documentos do Arquivo Corrente 64) . O arquivo tem finalidades funcionais ou culturais.
para o Intermediário e posteriormente, se julgados de valor, 65) Acondicionamento é a embalagem e a guarda de documentos de
recolhidos para o Arquivo Permanente. arquivo de forma apropriada a sua preservação.
30) Descrição é o processo intelectual de sintetizar elementos 66) Os documentos devem ser colocados nas prateleiras apoiados
formais e conteúdo textual de unidades de arquivamento, nas paredes para preservar a encadernação.
adequando – o ao instrumento de pesquisa que se tem vista 67) Encapsulação é o processo de restauração no qual se envolve o
produzir. documento nas duas faces, com uma folha de papel de seda e
outra de acetato de celulose, colocando-se numa prensa
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hidráulica, sob pressão média de 7 a 8Kg/cm e temperatura entre 01. Na etapa de análise dos dados coletados são verificados se os
145ºC e 155ºC. dados coletados na fase de levantamento de dados estão de
68) A ventilação deve ser mantida constante, sem interrupção. acordo com a realidade operacional da organização.
69) Todos os documentos devem ser colocados nas prateleiras na 02. Corrente ou primeira idade são os arquivos constituídos de
posição vertical, com exceção dos livros muito grandes, pesados documentos que estão sendo usados constantemente pela
e estruturalmente fracos ou danificados. administração. Intermediário ou segunda idade são os arquivos
70) Somente nas áreas acima de 600m², devem ser adotadas portas que deixaram de ter valor para a administração.
corta-fogo. 03. Os arquivos do tipo audiovisuais são feitos de material especial e
71) Repografia é o processo de reprodução em filme de documentos, seu enfoque é em figuras e imagens.
dados e imagens por meios fotográficos ou eletrônicos, em 04. Não será permitido o exercício das profissões de Arquivista e de
diferentes graus de redução. Técnico de Arquivo aos concluintes de cursos resumidos,
72) Os documentos microfilmados são de guarda permanente, não simplificados ou intensivos, de férias, por correspondência ou
podem ser eliminados. avulsos.
73) Os documentos em tramitação ou em estudo não poderão ser 05. O catálogo e o Índice são instrumentos de pesquisa dos arquivos.
microfilmados e nem será permitida a sua eliminação até a 06. Cabe aos responsáveis pelo recebimento de documentos
definição de sua destinação final. sigilosos: verificar a integridade e registrar, se for o caso, indícios
74) Nas microfilmadoras rotativas os documentos e o filme de violação ou de qualquer irregularidade na correspondência
permanecem fixos, o que não acontece com as planetárias, que recebida, dando ciência do fato ao seu superior hierárquico e ao
possuem um tracionador responsável pelo transporte dos destinatário, o qual informará imediatamente ao remetente; e
documentos até o seu interior. proceder ao registro do documento e ao controle de sua
75) GED é um sistema de gerenciamento eletrônico de documentos tramitação.
que utiliza o armazenamento eletrônico de arquivos e com isso 07. Classificação é a atribuição, pela autoridade competente, de grau
oferece as seguintes vantagens: previne quanto à perda de de sigilo a dado, informação, documento, material, área ou
documento; diminui o espaço de armazenamento; torna o instalação.
processo de gerenciamento mais fácil; disponibiliza suas 08. A classificação dos arquivos quanto à natureza se divide em
informações para todos, por meio de CD, DVD, rede, Internet; e especiais quando se trata de assunto específico e especializado
garante a durabilidade das suas informações. quando cujo documento é feito de material especial.
76) Segundo a Lei nº 5.433, de 8 de maio de 1968 é incorreto 09. O deslocamento de um documento do arquivo intermediário para
afirmar: o permanente chama-se transferência, que pode ser permanente
a) Os microfilmes de que trata esta Lei, assim como as certidões, os (intervalos irregulares) ou periódica (intervalos determinados).
translados e as cópias fotográfica obtidas diretamente dos filmes 10. É dever do Poder Público a gestão de documentos e a proteção
produzirão os mesmos efeitos em juízos fora dele. especial a documentos de arquivos, como instrumento de apoio à
b) È indispensável o reconhecimento da firma da autoridade que administração, à cultura, ao desenvolvimento científico e como
autenticar os documentos oficiais arquivados, para efeito de elementos de prova e informação.
microfilmagem e os translados e certidões originais de microfilmes. 11. Os documentos da mesma série ou seqüência, eventualmente
c) Os originais dos documentos ainda em trânsito, microfilmados omitidos quando da microfilmagem, ou aqueles cujas imagens
poderão ser eliminados antes de ser arquivados. não apresentarem legibilidade, por falha de operação ou por
d) È autorizada, em todo o território nacional, a microfilmagem de problema técnico, serão reproduzidos posteriormente, sendo
documentos particulares e oficiais arquivados, estes de órgãos permitido corte ou inserção no filme original.
federias, estaduais e municipais. 12. A restauração é uma atividade que exige dos profissionais grande
e) O decreto de regulamentação determinará, igualmente, quais os paciência, mas não precisa se ter muita habilidade já que é difícil
cartórios e órgãos públicos capacitados para efetuarem a a formação de um restaurador.
microfilmagem de documentos particulares bem como os requisitos 13. O órgão vinculado ao arquivo Nacional é o Conselho Nacional de
que a microfilmagem realizada, por aqueles cartórios e órgãos Arquivística (CONARQ) que define qual a política nacional de
públicos devem preencher para serem autenticados , a fim de arquivos.
produzirem efeitos jurídicos em juízos ou fora dele, quer os 14. Os traslados, as certidões e as cópias em papel ou em filme de
microfilmes, quer os seus translados e certidões originais. documentos microfilmados, para produzirem efeitos legais em
77) Com relação ao Art. 3º do Decreto nº 4.553 de 27 de agosto de juízo ou fora dele, terão que ser autenticados pela autoridade
Dezembro de 2002 pode-se afirmar que os documentos oficiais competente detentora do filme cópia.
obedecerão normas de segurança. 15. A expedição de documento secreto, confidencial ou reservado
78) Segundo o Art. 17 do Decreto nº 4.553 poderão ser elaborados poderá ser feita mediante serviço postal, com opção de registro,
extratos de documentos sigilosos, para sua divulgação ou mensageiro oficialmente designado, sistema de encomendas ou,
execução mediante consentimento expresso da autoridade se for o caso, mala diplomática.
hierarquicamente superior competente para documentos ultra- 16. Toda e qualquer pessoa que tome conhecimento de documento
secretos. sigiloso fica automaticamente responsável pela preservação de
79) No Art. 28 do Decreto nº 4.553 fica expresso que o envelope seu sigilo.
interno de documentos sigilosos só será aberto pelo destinatário, 17. A expedição, condução e entrega de documento ultra-secreto
seu representante autorizado ou autoridade competente poderá ser feita por um Office-boy ou outro funcionário de
hierarquicamente superior. confiança disponível.
80) O Art. 33 trata sobre o responsável pela produção ou reprodução 18. Os arquivos públicos são os conjuntos de documentos
de documentos sigilosos bem como da sua responsabilidade em produzidos e recebidos, no exercício de suas atividades, por
providenciar a eliminação de notas manuscritos, tipos, clichês, órgãos públicos de âmbito federal, estadual, do Distrito Federal e
carbonos, provas ou qualquer outro recurso, que possam dar municipal em decorrência de suas funções administrativas,
origem a cópia não – autorizada do todo ou parte. legislativas e judiciárias.
81) O acesso a qualquer documento sigiloso resultante de acordos 19. Os arquivos são classificados quanto à sua abrangência,
ou contratos com outros países atenderá às normas e freqüência de uso, quanto ao seu acesso, sua finalidade, sua
recomendações de sigilo constantes destes instrumentos, natureza e ainda quanto à Agência Criadora.
segundo o Art. 37 do Decreto nº 4.553 de 27 de Dezembro de 20. O acesso a dados ou informações sigilosos é condicionado à
2002. emissão de credencial de segurança no correspondente grau de
sigilo, que pode ser limitada no tempo.
21. A microfilmagem dos documentos será precedida de uma
imagem de observação, com os seguintes elementos:
identificação do microfilme, local e data; descrição das
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irregularidades constatadas; nome por extenso, qualificação
funcional e assinatura do responsável pela unidade, cartório ou
empresa executora da microfilmagem.
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22. Documentos cujos textos estejam reproduzidos em outros ou que recebidos por órgãos públicos, instituições de caráter público e
tenham sido impressos em sua totalidade; cópias cujos originais entidades privadas, em decorrência do exercício de atividades
tenham sido conservados; documentos cujos elementos específicas, bem como por pessoa física, qualquer que seja o
essenciais estejam reproduzidos em outros; documentos de pura suporte da informação ou a natureza dos documentos.
formalidade, documentos que se tornem obsoletos. Estes são os 41. A indicação do grau de sigilo em mapas, fotocartas, cartas,
critérios que regulam a eliminação de documentos. fotografias, ou em quaisquer outras imagens sigilosas não
23. O Decreto nº 4.553 dispõe sobre a salvaguarda de dados, obedecerá às normas complementares adotadas pelos órgãos e
informações, documentos e materiais sigilosos de interesse da entidades da administração Pública.
segurança da sociedade e do estado, no âmbito da 42. O documento ultra-secreto é, por sua natureza considerado DSC,
Administração Pública Estadual e dá outras providências. desde sua classificação ou reclassificação.
24. O prazo de classificação nos graus secreto, confidencial e 43. O exercício das profissões de arquivista e de técnico de arquivo,
reservado poderá ser renovado mais de uma vez pela autoridade depende de registro na Delegacia Regional do Trabalho do
responsável pela classificação ou autoridade hierarquicamente Ministério do Trabalho.
superior. 44. As microfilmadoras planetárias possuem um tracionador
25. Sempre que possível, os materiais sigilosos serão tratados responsável pelo transporte até o seu interior. A vantagem desse
segundo os critérios indicados para a expedição de documentos sistema é que, para documento de tamanho padrão, os custos
sigilosos. A critério da autoridade competente, poderão ser reduzem significativamente e nas planetárias os documentos e o
empregados guardas armados, civis ou militares, para o filme ficam fixos, dependendo do operador e conseqüentemente
transporte de material sigiloso. a produtividade dependerá de sua habilidade.
26. A Lei nº 5.433, de 8 de maio de 1968 que regula a microfilmagem 45. Competem aos arquivos do Poder Legislativo Estadual a gestão e
é regulamentada pelo Decreto nº 1.799, de 30 de janeiro de o recolhimento dos documentos produzidos e recebidos pelo
1996. Poder Legislativo Estadual no exercício de suas funções, bem
27. Destinação é o conjunto de ações relacionadas aos documentos como preservar e facultar o acesso aos documentos sob sua
do arquivo permanente. guarda.
28. Sempre que a preparação, impressão ou, se for o caso, 46. O acesso de visitas a áreas e instalações sigilosas será
reprodução de documento sigiloso for efetuada em tipografias, disciplinado por meio de instruções especiais dos órgãos,
impressoras, oficinas gráficas ou similar, essa operação deverá entidades ou instituições interessados.
ser acompanhada por pessoa oficialmente designada, que será 47. Dados ou informações classificados no grau de sigilo ultra-
responsável pela garantia do sigilo durante a confecção do secreto somente poderão ser reclassificados ou desclassificados,
documento. mediante decisão da autoridade responsável pela sua
29. A destruição de dados sigilosos deve ser feita por método que classificação.
sobrescreva as informações armazenadas. Se não estiver ao 48. A poluição atmosférica é uma das principais causas da
alcance do órgão a destruição lógica, deverá ser providenciada a degradação química.
destruição física por incineração dos dispositivos de 49. O acesso a dados ou informações sigilosos em órgãos e
armazenamento. entidades públicos e instituições de caráter público é admitido ao
30. Os tipos de Documentos de Arquivo são classificados quanto ao agente público, no exercício de cargo, função, emprego ou
gênero, quanto à espécie e quanto à finalidade. atividade pública, que tenham necessidade de conhecê-los; e ao
31. Os equipamentos e sistemas utilizados para a produção de cidadão, naquilo que diga respeito à sua pessoa, ao seu
documentos com grau de sigilo secreto, confidencial e reservado interesse particular ou do interesse coletivo ou geral, mediante
só poderão integrar redes de computadores que possuam requerimento ao órgão ou entidade competente.
sistemas de criptografia e segurança adequados a proteção dos 50. Caberá aos órgãos e entidades que adotarem a Tabela de
documentos. Temporalidade estabelecer os prazos de guarda e a destinação
32. Necessidade de conhecer é a condição pessoal inerente ao dos documentos relativos às suas atividades específicas ou
efetivo exercício de cargo função, emprego ou atividade, atividades-fim, os quais deverão ser aprovados pela instituição
indispensável para que uma pessoa possuidora de credencial de arquivística pública na sua específica esfera de competência.
segurança, tenha acesso a dados ou informações sigilosos. 51. Enquanto grau de sigilo é a gradação atribuída a dados,
33. Enquanto classificação é o processo físico de arrumar e ordenar informações, área ou instalação considerados sigilosos em
os documentos no arquivo, arranjo é o ato lógico de separação e decorrência de sua natureza ou conteúdo, sigilo é o segredo; de
ordenação dos documentos segundo um determinado critério e conhecimento restrito a pessoas credenciadas; proteção contra
uma seqüência pré-determinada. revelação não-autorizada.
34. Não é necessário o reconhecimento da firma da autoridade que 52. A classificação de áreas e instalações será feita em razão do seu
autenticar os documentos oficiais arquivados, para efeito de espaço físico.
microfilmagem e os traslados e certidões originais de microfilmes. 53. São passíveis de classificação como ultra-secretos, dentre
35. Não é autorizada, em todo o território nacional, a microfilmagem outros, dados ou informações referentes a sistemas, instalações,
de documentos particulares e oficiais arquivados, estes órgãos programas, projetos, planos ou operações de interesse da defesa
federais, estaduais e municipais. nacional, a assuntos diplomáticos e de inteligência e a planos ou
36. O profissional formado pelo 2º grau técnico, que recebeu detalhes, programas ou instalações estratégicos, cujo
treinamento específico em técnicas de arquivo em curso conhecimento não-autorizado possa acarretar dano
ministrado por entidades credenciadas pelo Conselho Federal de excepcionalmente grave à segurança da sociedade e do Estado.
Mão-de-Obra, do Ministério do Trabalho, com carga mínima de 54. O Brasil possui legislação federal específica, que autoriza as
1.100 horas, ou os que embora não possuam o certificado de atividades de microfilmagem no país, estabelecendo que o
conclusão de 2º grau contenham pelo menos, cinco anos microfilme reproduz os mesmos efeitos legais dos documentos
ininterruptos de atividades ou dez intercalados, nos campos originais, podendo estes, serem eliminados após a
profissionais da Arquivologia ou da Técnica de Arquivo são microfilmagem.
denominados Arquivistas. 55. Os prazos de duração máxima da classificação para ultra-
37. Aos titulares dos órgãos e entidades públicos e das instituições secreto, secreto, confidencial e reservado são respectivamente:
de caráter público caberá a adoção de medidas que visem à quarenta, trinta, vinte e dez anos.
definição, demarcação, sinalização, segurança e autorização de 56. Não existe problema em fumar ao manusear documentos.
acesso às áreas sigilosas sob sua responsabilidade. 57. Quando se tratar de original cujo tamanho ultrapasse a dimensão
38. Os documentos permanentes de valor histórico, probatório e máxima do campo fotográfico do equipamento em uso, a
informativo não podem ser desfigurados ou destruídos, sob pena microfilmagem poderá ser feita por etapas, sendo obrigatória a
de responsabilidade penal, civil e administrativa, nos termos da repetição de uma parte da imagem anterior na imagem
legislação em vigor. subseqüente, de modo que se possa identificar, por
39. Os contratos de trabalho serão guardados durante um prazo superposição, a continuidade entre as seções adjacentes
indeterminado. microfilmadas.
40. Consideram-se arquivos, para os fins da Lei nº 8.159, de 8 de 58. A preservação de documentos é um conjunto de procedimentos
janeiro de 1991, os conjuntos de documentos produzidos e técnicos que visa manter a integridade do acervo.
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59. O conceito de informação global apareceu quando o socialismo 78. O museu é o órgão de documentação
perdeu seu espaço para o capitalismo. 79. O museu é o órgão de documentação que reúne documentos
60. A reprodução do todo ou de parte de documento sigiloso terá o para preservação dos mesmos em decorrência de seus fins
mesmo grau de sigilo do documento original. A reprodução total históricos.
ou parcial de documentos sigilosos controlados condiciona-se à 80. Os órgãos e entidades públicos e instituições de caráter público
autorização expressa da autoridade hierarquicamente superior promoverão o treinamento, a capacitação, a reciclagem e o
competente para dispor sobre o assunto. aperfeiçoamento de pessoal que desempenhe atividades
61. O Código De Classificação De Documentos De Arquivo Para A inerentes à salvaguarda de documentos, materiais, áreas,
Administração Pública e a Tabela de Temporalidade e instalações e sistemas de informação de natureza sigilosa.
Destinação de Documentos de que trata a Resolução nº 14 de 24 81. Para exercer a atividade de microfilmagem de documentos, as
de outubro de 2001 constitui-se numa publicação editada pelo empresas e cartórios, a que se refere o decreto 1.799, além da
Arquivo Nacional, intitulada Classificação, Temporalidade e legislação a que estão sujeitos, deverão requerer registro no
Destinação de Documentos de Arquivo Relativos às Atividades- Ministério da Justiça e sujeitar-se à fiscalização que por este será
meio da Administração Pública. exercida quanto ao cumprimento do disposto no presente
62. O prazo de duração da classificação ultra-secreto poderá ser Decreto.
renovado indefinidamente de acordo com o interesse da 82. Poderão ser elaborados extratos de documentos sigilosos, para
segurança da sociedade e do Estado. sua divulgação ou execução, mediante consentimento expresso:
63. Medidas especiais de segurança são as medidas destinadas a da autoridade classificadora, para documentos ultra-secretos; da
garantir sigilo, inviolabilidade, integridade, autenticidade, autoridade classificadora ou autoridade hierarquicamente
legitimidade e disponibilidade de dados e informações sigilosos. superior competente para dispor sobre o assunto, para
Também objetivam prevenir, detectar, anular e registrar ameaças documentos secretos; e da autoridade classificadora, destinatária
reais ou potenciais a esses dados e informações. ou autoridade hierarquicamente superior competente para dispor
64. Os titulares de órgãos ou entidades públicos encarregados da sobre o assunto, para documentos confidenciais e reservados,
preparação de planos, pesquisas e trabalhos de aperfeiçoamento exceto quando expressamente vedado no próprio documento.
ou de novo projeto, prova, produção, aquisição, armazenagem ou 83. Poderá o Poder Judiciário, em qualquer instância, determinar a
emprego de material sigiloso são responsáveis pela expedição exibição reservada de qualquer documento sigiloso, sempre que
das instruções adicionais que se tornarem necessárias à indispensável à defesa de direito próprio ou esclarecimento de
salvaguarda dos assuntos com eles relacionados. situação pessoal da parte.
65. O acesso aos documentos sigilosos referentes à honra e a 84. Os filmes negativos resultantes de microfilmagem ficarão
imagem das pessoas será restrito por um prazo máximo de 50 arquivados na repartição detentora do arquivo, vedada sua saída
(cinqüenta) anos, a contar da data de sua produção. sob qualquer pretexto.
66. São atribuições dos Arquivistas: recebimento, registro e 85. Dados ou informações sigilosos concernentes a programas
distribuição dos documentos, bem como controle de sua técnicos ou aperfeiçoamento de material somente serão
movimentação; classificação, arranjo, descrição e execução de fornecidos aos que, por suas funções oficiais ou contratuais, a
demais tarefas necessárias à guarda e conservação dos eles devam ter acesso.
documentos, assim como prestação de informações relativas aos 86. A microfilmagem, de qualquer espécie, será feita sempre em
mesmos; preparação de documentos de arquivos para filme original, com o mínimo de 180 linhas por milímetro de
microfilmagem e conservação e utilização do microfone; definição, garantida a segurança e qualidade de imagem e de
preparação de documentos de arquivo para processamento reprodução. Será obrigatória, para efeito de segurança, a
eletrônico de dados. extração de filme cópia, do original e fica vedada a utilização de
67. Os equipamentos e sistemas utilizados para a produção de filmes atualizáveis de qualquer tipo, tanto para a confecção do
documentos com grau de sigilo ultra-secreto só poderão estar original como para a extração de cópias. Com relação ao
ligados a redes de computadores seguras, e que sejam física e armazenamento o filme original deverá ser guardado em local
logicamente isoladas de qualquer outra. diferente do seu filme cópia.
68. Na microfilmagem poderá ser utilizado qualquer grau de redução, 87. . A definição do meio de transporte a ser utilizado para
mas não é garantida a legibilidade e a qualidade de reprodução. deslocamento de material sigiloso é responsabilidade do detentor
69. Os elementos de destinação são a Tabela de Temporalidade e a da custódia e deverá considerar o respectivo grau de sigilo. O
Lista de Eliminação. material sigiloso poderá ser transportado por empresas para tal
70. No período de análise durante as atividades do arquivo fim contratadas. As medidas necessárias para a segurança do
permanente é realizado o estudo dos documentos recebidos e no material transportado serão estabelecidas em entendimentos
período de avaliação é verificado o valor probatório ou informativo prévios, por meio de cláusulas contratuais específicas, e serão de
dos documentos e são estabelecidos os prazos de vida dos responsabilidade da empresa contratada.
documentos. 88. As páginas, os parágrafos, as seções, as partes componentes ou
71. Na classificação dos documentos será utilizado, sempre que os anexos de um documento sigiloso podem merecer diferentes
possível, o critério mais restritivo possível. classificações.
72. Lista de Eliminação é o elemento de destinação que determina os 89. São atribuições dos Arquivistas: planejamento, organização e
prazos de permanência dos documentos nos arquivos correntes direção de serviços de Arquivo; planejamento, orientação e
e/ou intermediário ou que deverão ser recolhidos para o arquivo acompanhamento do processo documental e informativo;
permanente, estabelecendo critérios para microfilmagem ou planejamento, orientação e direção das atividades de
eliminação. identificação das espécies documentais e participação
73. Entre os agentes físicos que danificam documentos estão a planejamento de novos documentos e controle de multicópias;
luminosidade, a temperatura e a umidade e entre os agentes planejamento, organização e direção de serviços ou centro de
químicos as tintas, a poluição atmosférica e a acidez do papel. documentação e informação constituídos de acervos arquivísticos
74. Para o grau ultra-secreto, poderá a autoridade responsável pela e mistos; planejamento, organização e direção de serviços de
classificação ou autoridade hierarquicamente superior microfilmagem aplicada aos arquivos; orientação do
competente para dispor sobre o assunto, respeitados os planejamento da automação aplicada aos arquivos; orientação
interesses da segurança da sociedade e do Estado, alterá-la ou quanto à classificação, arranjo e descrição de documentos;
cancelá-la, por meio de expediente hábil de reclassificação ou orientação da avaliação e seleção de documentos, para fins de
desclassificação dirigido ao detentor da custódia do dado ou preservação; promoção de medidas necessárias à conservação
informação sigilosos. de documentos; elaboração de pareceres e trabalhos de
75. A microfilmagem de documentos poderá ser feita por empresas e complexidade sobre assuntos arquivísticos; assessoramento aos
cartórios habilitados nos termos do Decreto nº 1.799, de 30 de trabalhos de pesquisa científica ou técnico-administrativa;
janeiro de 1996. desenvolvimento de estudos sobre documentos culturalmente
76. 76.A negativa de autorização de acesso não precisará ser importantes.
justificada. 90. A microfilmagem será feita em equipamentos que não garantem a
77. Documento Sigiloso Controlado (DSC) é aquele que, por sua fiel reprodução das informações, sendo permitida a utilização de
importância, requer medidas adicionais de controle. qualquer microforma.
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91. Os órgãos e entidades públicos e instituições de caráter público 109. Consideram-se arquivos privados os conjuntos de documentos
exigirão termo de compromisso de manutenção de sigilo dos produzidos ou recebidos por pessoas físicas ou jurídicas, em
seus servidores, funcionários e empregados que direta ou decorrência de suas atividades.
indiretamente tenham acesso a dados ou informações sigilosos. 110. A indicação da classificação de dados ou informações sigilosos
92. A classificação dos documentos quanto à Agência Criadora se deverá constar das capas, se houver, e da primeira página.
divide em Público e Privado. 111. A publicação dos atos sigilosos, se for o caso, limitar-se-á aos
93. Aos órgãos e entidades públicos, bem como às instituições de seus respectivos números, datas de expedição e ementas,
caráter público, a que os contratantes estejam vinculados, cabe redigidas de modo a não comprometer o sigilo.
providenciar para que seus fiscais ou representantes adotem as 112. O titular de órgão ou entidade pública, responsável por projeto ou
medidas necessárias para a segurança dos documentos ou programa de pesquisa, que julgar conveniente manter sigilo sobre
materiais sigilosos em poder dos contratados ou subcontratados, determinado material ou suas partes, em decorrência de
ou em curso de fabricação em suas instalações. aperfeiçoamento, prova, produção ou aquisição, deverá
94. Dados ou informações sigilosos de guarda permanente que forem providenciar para que lhe seja atribuído o grau de sigilo
objeto de desclassificação serão encaminhados à instituição adequado.
arquivística pública competente, ou ao arquivo permanente do 113. O armazenamento de documentos sigilosos, sempre que
órgão público, entidade pública ou instituição de caráter público, possível, não deve ser feito em mídias removíveis.
para fins de organização, preservação e acesso. 114. Durante a etapa de Revisão da microfilmagem serão realizados
95. O decreto de regulamentação determinará, igualmente, quais os todos os testes de controle, assegurando totalmente a qualidade
cartórios e órgãos públicos capacitados para efetuarem a dos filmes gerados.
microfilmagem de documentos particulares bem como os 115. Os mapas, planos-relevo, cartas e fotocartas baseados em
requisitos que a microfilmagem realizada, por aqueles cartórios e fotografias aéreas ou em seus negativos serão classificados em
órgãos públicos devem preencher para serem autenticados, a fim razão da classificação atribuída às fotografias ou negativos que
de produzirem efeitos jurídicos em juízos ou fora dele, quer os lhes deram origem ou das diretrizes baixadas para obtê-las.
microfilmes, quer os seus traslados e certidões originárias. 116. A microfilmagem será feita em equipamentos que garantam a fiel
96. O responsável pela produção ou reprodução de documentos reprodução das informações, sendo permitida a utilização de
sigilosos deverá permanecer de posso de notas manuscritas, qualquer microforma. Em se tratando da utilização de
tipos, clichês, carbonos, provas ou qualquer outro recurso, que microfichas, tanto a original como a cópia terão, na sua parte
possam dar origem a cópia não-autorizada do todo ou parte. superior, área reservada a titulação, a identificação e a
97. Documentos tradicionais, discos e fitas sonoras serão marcados numeração seqüencial legíveis com a vista desarmada, bem
com a classificação devida em local adequado. como fotogramas destinados à indexação.
98. Os agentes responsáveis pela custódia de documentos e
materiais e pela segurança de áreas, instalações ou sistemas de Gabarito
informação de natureza sigilosa sujeitam-se às normas referentes 01. C 02. E 03. E 04. C 05. C 06. C 07. C
ao sigilo profissional, em razão do ofício, e ao seu código de ética 08. E 09. E 10. C 11. E 12. E 13. E 14. E
específico, sem prejuízo de sanções penais. 15. C 16. C 17. E 18. C 19. C 20. C 21. C
99. A classificação de um grupo de documentos que formem um 22. C 23. E 24. E 25. C 26. C 27. C 28. C
conjunto deve ser a mesma atribuída ao documento classificado 29. C 30. E 31. C 32. C 33. E 34. C 35. E
com o mais alto grau de sigilo. 36. E 37. C 38. C 39. C 40. C 41. E 42. C
100. Os dados ou informações sigilosos serão classificados em ultra- 43. C 44. E 45. E 46. C 47. C 48. C 48. C
secretos, secretos, confidenciais e reservados, em razão do 50. C 51. C 52. E 53. E 54. C 55. E 56. E
material que forem produzidos. 57. C 58. C 59. C 60. C 61. E 62. C 63. C
101. As infrações, às normas do Decreto 1.799, por parte dos cartórios 64. C 65. E 66. E 67. C 68. E 69. C 70. C
e empresas registrados no Ministério da Justiça sujeitarão o 71. E 72. E 73. C 74. E 75. C 76. E 77. C
infrator, observada a gravidade do fato, às penalidades de 78. C 79. C 80. C 81. C 82. C 83. C 84. C
advertência ou suspensão do registro, sem prejuízo das sanções 85. C 86. C 87. C 88. C 89. C 90. E 91. C
penais e civis cabíveis. No caso de reincidência por falta grave, o 92. E 93. C 94. C 95. C 96. E 97. C 98. C
registro será temporariamente cassado.] 99. C 100. C 101. E 102. E 103. C 104. E 105. C
102. A eliminação de documentos produzidos por instituições públicas 106. E 107. E 108. E 109. C 110. E 111. C 112. C
e de caráter público será realizada mediante autorização da 113. E 114. E 115. E 116. C
CONARQ, na sua específica esfera de competência.
103. São considerados originariamente sigilosos, e serão como tal
classificados, dados ou informações cujo conhecimento irrestrito TESTE 3
ou divulgação possa acarretar qualquer risco à segurança da
sociedade e do Estado, bem como aqueles necessários ao Prova MPU 2004 Cargo Arquivologista
resguardo da inviolabilidade da intimidade da vida privada, da
honra e da imagem das pessoas. 41. Considerando a polissemia do termo arquivo, assinale qual
104. Os agentes exteriores que danificam os documentos são dos das assertivas abaixo não corresponde a uma de suas definições.
tipos físicos, químicos, biológicos, ambientais e humanos. a) Conjunto de documentos colecionados por pessoas físicas ou
105. A marcação, ou indicação do grau de sigilo deverá ser feita em jurídicas, públicas ou privadas, ao longo de sua existência.
todas as páginas do documento e nas capas, se houver. As b) Acumulação ordenada de documentos criados por uma instituição
páginas serão numeradas seguidamente, devendo cada uma ou pessoa no curso de sua atividade e preservados para a
conter, também, indicação do total de páginas que compõem o consecução de seus objetivos políticos, legais e culturais.
documento. O DSC também expressará, nas capas, se houver, e c) Documentos produzidos ou usados no curso de um ato
em todas as suas páginas, a expressão "Documento Sigiloso administrativo ou executivo de que são parte constituinte.
Controlado (DSC)" e o respectivo número de controle. d) Entidade administrativa responsável pela custódia, pelo tratamento
106. Atestado é o documento que atesta que algo aconteceu de documental e pela utilização dos arquivos.
acordo com o que já se encontrava registrado em outro e) Edifício onde são guardados os arquivos.
documento, emanado de autoridade pública.
107. Entende-se como oficial o uso de código, cifra ou sistema de 42. Corpo de conceitos e métodos, originalmente desenvolvidos
digitação no âmbito de órgãos e entidades públicos e instituições nos séculos XVII e XVIII, com o objetivo de provar a autenticidade
de caráter público. É vedada a utilização para outro fim que não e a fidedignidade dos documentos.
seja em razão do serviço. Essa definição corresponde ao conceito de:
108. A classificação no grau secreto é de competência das seguintes a) paleografia. b) sigilografia. c) arquivologia.
autoridades: Presidente da República; Vice-Presidente da b) filologia. e)diplomática.
República; Ministros de Estado e equiparados; e Comandantes
da Marinha, do Exército e da Aeronáutica.
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43. Assinale a opção que não se caracteriza como atividade de 50. Dependendo do aspecto sob o qual os arquivos são
gestão de documentos: estudados, eles podem ser classificados segundo:
a) Inspeção b) Avaliação c) Destinação a) as entidades mantenedoras.
d) Descrição e) Eliminação b) a tipologia documental.
c) os estágios de sua evolução.
44. O Sistema de Gestão de Documentos de Arquivo – SIGA, d) a extensão de sua atuação.
criado pelo Decreto nº 4.915, de dezembro de 2003, tem por e) a natureza dos documentos.
finalidade:
I) disseminar normas relativas à gestão de documentos de 51. Entre as atividades apresentadas a seguir, assinale aquela
arquivo. que não corresponde a uma atividade desenvolvida nos serviços
II) racionalizar a produção da documentação arquivística de protocolo:
pública. a) Registro b) Avaliação c) Autuação
III) racionalizar e reduzir os custos operacionais e de d) Expedição e) Recebimento
armazenagem da documentação arquivística pública.
IV) preservar o patrimônio documental arquivístico da 52. Conforme consta na obra Arquivo: teoria e prática, de
administração pública federal. Marilena Leite Paes, receber de vários setores documentos a
A quantidade de itens corretos é igual a: serem redistribuídos é uma rotina característica de:
a) 0. b) 1. c) 2. a) protocolo. b) arquivo corrente.
d) 3. e) 4. c) arquivo intermediário. d) arquivo permanente.
e) sala de consulta.
45. O levantamento da produção documental é realizado pelas
organizações interessadas em obter dados sobre os documentos 53. Observe o quadro abaixo:
produzidos por suas unidades e permite diagnosticar problemas
existentes na gestão de documentos. Assim sendo, as
informações relacionadas a seguir são fundamentais para a
definição de um quadro geral, exceto:
a) produtor do documento.
b) trâmite cumprido pelo documento.
c) localização de vias e cópias.
d) quantificação do acervo.
e) freqüência de uso.

46. Das atividades abaixo, assinale a que não se caracteriza como


atividade de arquivo corrente.
a) Análise b) Ordenação c) Descrição
d) Arquivamento e) Empréstimo

47. Os documentos de segunda idade são aqueles:


a) que retratam a origem da entidade, o seu procedimento e o seu
funcionamento.
b) que se conservam junto aos órgãos produtores em razão da
freqüência com que são consultados.
c) que aguardam em depósito de armazenamento temporário sua
destinação final. De acordo com a obra Arquivo: teoria e prática, de Marilena Leite
d) que exigem medidas especiais de proteção quanto à sua guarda e Paes, a forma de ordenação adotada no exemplo acima
acesso ao público. corresponde à:
e) reunidos de acordo com um critério de arranjo preestabelecido. a) duplex . b) enciclopédica. c) alfabética.
48. Tendo em vista a gestão dos arquivos correntes, julgue os d) dicionária e) decimal.
itens apresentados:
I) São aqueles cujos documentos encontram-se em curso ou 54. Nas operações de destinação propostas por T. R.
que, mesmo sem movimentação, são objeto de consultas Schellenberg, na obra Arquivos Modernos, não consta:
freqüentes. a) a doação. b) a destruição.
II) Seus documentos apresentam valor primário e secundário, c) a microfilmagem. d) a transferência.
podendo ser, o valor secundário, probatório ou informativo. e) o recolhimento.
III) Seus documentos não estão sujeitos a empréstimo,
devendo ser copiados quando do pedido de informação. 55. T. R. Schellenberg, em sua obra Arquivos Modernos, elabora
IV) Os documentos de natureza ostensiva deverão ser abertos várias recomendações a serem consideradas quando da
e analisados, os de natureza sigilosa serão encaminhados aos avaliação documental. Assinale a opção que não corresponde a
chefes de serviço. uma recomendação do autor:
A quantidade de itens corretos é igual a: a) Os padrões para a avaliação não devem ser encarados como
a) 0 . b) 1. c) 2. absolutos ou finais.
d) 3 . e) 4. b) O arquivista deve avaliar o acervo em partes, baseando- se nas
unidades administrativas do órgão, separadamente.
49. Com relação ao Código de Classificação de Documentos de c) O arquivista deve aplicar os padrões de avaliação com moderação
Arquivo da Resolução nº 14 do Conselho Nacional de Arquivos – e bom senso. Não deve conservar nem demais nem de menos.
CONARQ é incorreto afirmar que: d) Na avaliação de documentos sobre assuntos que não domine o
a) o modelo de código adotado baseia-se no sistema decimal de arquivista deverá buscar o auxílio de especialistas na área.
classificação. e) O arquivista pode usar diferentes critérios na avaliação de
b) os assuntos correspondem a funções, atividades, espécies e tipos documentos de diferentes períodos históricos.
documentais.
c) os códigos numéricos refletem a hierarquia funcional do órgão, 56. Quanto ao prazo precaucional utilizado para a definição de
partindo-se do geral para o particular. prazos de guarda de documentos de arquivo, é correto afirmar
d) os grupos e subgrupos correspondem às divisões mais genéricas que:
do código. a) se relaciona ao valor secundário.
e) as classes são representadas por um número inteiro composto de b) ocorre durante a vigência do documento.
três algarismos. c) se cumpre no arquivo corrente.
d) pressupõe a garantia de direitos.
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e) se define durante a tramitação. 64. A norma geral internacional de descrição arquivística – ISAD
contém regras gerais para descrição que podem ser aplicadas
57. Assinale a opção incorreta. independentemente da forma ou do suporte dos documentos.
a) Escritura é um documento diplomático, testemunhal, de Assinale qual das assertivas abaixo não se configura como
assentamento, notarial. objetivo do processo de descrição.
b) Instrução normativa é um documento diplomático dispositivo a) Assegurar a criação de descrições consistentes, apropriadas e
normativo. auto-explicativas.
c) Edital é um documento não-diplomático, de convocação, b) Facilitar a recuperação e a troca de informação sobre documentos
informativo. arquivísticos.
d) Norma é um documento não-diplomático, informativo. c) Possibilitar a elaboração de catálogos e inventários eletrônicos.
e) Ofício é um documento diplomático, informativo. d) Possibilitar o compartilhamento de dados de autoridade.
e) Possibilitar a integração de descrições de diferentes arquivos num
58. Com relação à análise diplomática dos documentos de sistema unificado de informação.
arquivo é correto afirmar que :
a) o conjunto de elementos internos é o que dá ao documento o 65. Estão relacionados, a seguir, os elementos essenciais de um
aspecto que corresponde à sua função. programa descritivo. Assinale o que não se caracteriza como tal.
b) a estrutura física de um documento é um elemento interno a) Deve-se traçar o programa descritivo de modo que se preste
considerado na análise diplomática. informação imediata sobre todos os documentos do repositório.
c) na perspectiva diplomática os documentos normativos podem ser b) Deve-se traçar o programa descritivo de modo que forneça a
de assentamento ou de ajuste. informação necessária sobre os documentos.
d) os documentos enunciativos são opinativos e visam fundamentar c) Deve-se traçar um programa descritivo que facilite o uso dos
uma resolução. documentos.
e) os caracteres internos relacionam-se à forma, ao formato e ao d) Deve-se traçar o programa descritivo de modo que se forneça
gênero. informação pormenorizada dos documentos.
e) Os meios de busca preparados no curso do programa descritivo
59. O processo que consiste na ordenação dos documentos em devem ser facilmente acessíveis aos consulentes.
fundos, na ordenação das séries dentro dos fundos e, se
necessário, dos itens documentais dentro das séries é 66. Com relação aos guias de arquivo é incorreto afirmar que:
a) a catalogação. b) o arranjo. a) um guia de arquivo deve conter uma descrição sumária dos fundos
c) a análise. d) a avaliação. que compõem seu acervo.
e) a descrição. b) um guia de arquivo deve conter indicação dos instrumentos de
pesquisa de que dispõe.
60. Para efeito da aplicação da ISAD, nível de descrição é : c) um guia de arquivo deve conter dados sobre localização e
a) a posição da unidade de descrição na hierarquia do fundo. funcionamento do arquivo.
b) o código que pode ser utilizado para pesquisar, identificar e d) o guia é, preferencialmente, o primeiro instrumento de pesquisa a
localizar uma descrição. ser produzido por um arquivo.
c) o termo mais amplo que abrange qualquer descrição arquivística. e) o guia de arquivo deve abordar conjuntos documentais já
d) a representação de uma unidade de descrição e de suas partes organizados e acessíveis ao público.
componentes.
e) a subdivisão de um fundo, compreendendo um conjunto de 67. O instrumento de pesquisa em que a descrição exaustiva ou
documentos relacionados entre si. parcial de um fundo, ou de uma ou mais de suas subdivisões,
toma por base a peça documental, respeitada ou não a ordem de
61. Com relação à operação de arranjo, é incorreto afirmar que: classificação é o:
a) se resume na ordenação dos conjuntos documentais a) catálogo. b) inventário. c) guia.
remanescentes das eliminações. d) repertório. e) índice.
b) a ordenação adotada no arranjo pode ser temática, cronológica ou
geográfica. 68. Ao organizar um acervo, o arquivista pode selecionar
c) o princípio do respeito aos fundos é o norteador da sistemática de documentos referentes a um tema que julga importante, para
arranjo. descrever pormenorizadamente. O instrumento de pesquisa
d) é uma operação, ao mesmo tempo, intelectual e material. resultante dessa descrição chama-se:
e) o processo do arranjo se inicia a partir do recolhimento. a) inventário analítico . b) inventário sumário.
c) índice. d) repertório.
62. Um programa de gestão de documentos eficiente prevê a e) guia.
gestão dos acervos e dos recursos nela empregados. Isso
implica planejar a distribuição prévia das áreas de depósito, 69. Entre os serviços educativos oferecidos à sociedade pelos
indicando a utilização atual e futura dos espaços disponíveis. arquivos públicos, inclue(m)-se:
Conforme o Dicionário de Terminologia Arquivística da I) o atendimento a alunos isolados ou a grupos.
Associação dos Arquivistas de São Paulo, esse planejamento II) a divulgação de reproduções de documentos e publicações.
consubstancia-se no plano de: III) as exposições de originais no recinto do arquivo.
a) destinação. b) arquivamento. IV) a aula prática com a adoção de documentos.
c) armazenamento. d) classificação. A quantidade de itens certos é igual a:
e) descrição. a) 0. b) 1. c) 2. d) 3. e) 4.

63. Quanto aos instrumentos de pesquisa utilizados nos 70. O Sistema Nacional de Arquivos – SINAR tem como uma de
arquivos, assinale a opção incorreta. suas competências:
a) O inventário é o instrumento que descreve conjuntos ou unidades a) promover a elaboração do cadastro nacional de arquivos públicos e
documentais na ordem em que foram arranjados. privados, bem como desenvolver atividades censitárias referentes
b) No catálogo a descrição exaustiva ou parcial de um fundo toma por a arquivos.
base a série documental. b) recomendar providências para a apuração e a reparação de atos
c) O guia de arquivo tem por finalidade oferecer informações básicas lesivos à política nacional de arquivos públicos e privados.
sobre um ou mais arquivos e seus fundos. c) implementar a racionalização das atividades arquivísticas, de forma
d) Um inventário pode contemplar um fundo inteiro, uma série, parte a garantir a integridade do ciclo documental.
dela ou mesmo uma unidade de arquivamento. d) estimular programas de gestão e de preservação de documentos
e) O repertório é um instrumento de pesquisa que seleciona públicos de âmbito federal, estadual, do Distrito Federal e
documentos pertencentes a um ou mais fundos e os descreve municipal.
minuciosamente. e) zelar pelo cumprimento dos dispositivos constitucionais e legais
que norteiam o funcionamento e o acesso aos arquivos públicos.
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arquivísticas. Conforme disposto no referido documento, a
71. São membros conselheiros do Conselho Nacional de concepção do website deve prever sua utilidade para usuários
Arquivos – CONARQ, exceto, das seguintes áreas:
a) dois representantes do SINAR. I) atendimento ao cidadão.
b) um representante do Arquivo Nacional. II) educação.
c) dois representantes dos arquivos públicos estaduais e do Distrito III) usuário interno.
Federal. IV) pesquisa científica.
d) um representante das instituições mantenedoras de curso superior A quantidade de itens certos é igual a
de arquivologia. a) 0. b) 1. c) 2. d) 3. e) 4.
e) três representantes de instituições que congreguem profissionais
que atuem nas áreas de ensino, pesquisa, preservação ou acesso 77. A partir de 1º de janeiro de 2001, os atos normativos de
a fontes documentais. competência dos órgãos do Poder Executivo passaram a ser
recebidos na Casa Civil da Presidência da República, por meio
72. Na entrada de acervos arquivísticos no Arquivo Nacional, por eletrônico. A transmissão desses documentos, assinados
meio de transferência ou recolhimento, caberá ao órgão detentor eletronicamente pela autoridade competente, deve ser feita por
do acervo: sistema que lhes garanta:
a) compor grupo de trabalho, para orientar as atividades inerentes à I) a autenticidade.
transferência e recolhimento. II) a integridade.
b) elaborar termo de transferência ou de recolhimento do acervo a ser III) a retratabilidade.
transferido ou recolhido. IV) a recusabilidade.
c) elaborar a listagem descritiva. A quantidade de itens certos é igual a:
d) programar o período de transferência ou de recolhimento. a) 0. b) 1. c) 2. d) 3. e) 4.
e) elaborar relatório e parecer técnico sobre a organização do acervo.
78. Entre as atividades de conservação, assinale a que
73. De acordo com a Resolução nº 19 do Conselho Nacional de corresponde à utilização de agentes químicos para a destruição
Arquivos – CONARQ, as pessoas jurídicas de direito privado de insetos e microorganismos que causam danos aos
sucessoras de empresas públicas, detentoras de documentos documentos.
públicos devem garantir a sua preservação e acesso, procedendo a) Laminação b) Umidificação c) Higienização
às seguintes atividades arquivísticas: d) Desacidificação e) Fumigação
I) identificação.
II) avaliação. 79. Os materiais fotográficos, para uma conservação adequada,
III) acondicionamento. devem estar em contato com invólucros de boa qualidade. Tendo
IV) restauração. em vista os padrões de qualidade, julgue os itens abaixo.
A quantidade de itens certos é igual a: I) As embalagens plásticas devem ser de poliéster, polietileno
a) 0. b) 1. c) 2. d) 3. e) 4. de alta densidade e polipropileno.
II) Os papéis usados para o acondicionamento devem ser
74. De acordo com a legislação vigente, na microfilmagem de neutros, com pH próximo ao 7,0.
documentos cada série será sempre precedida de imagem de III) O mobiliário deve ser de aço. Não devem ser usados móveis
abertura, com os seguintes elementos: ou prateleiras de madeira.
I) registro da empresa no Ministério da Indústria e do IV) A área de armazenamento deve ser climatizada. Paredes,
Comércio. pisos e tetos devem ter acabamento inerte.
II) ordenação, identificação e resumo da série de documentos A quantidade de itens certos é igual a:
a serem microfilmados. a) 0. b) 1. c) 2. d) 3. e) 4.
III) identificação do equipamento utilizado, da unidade filmada e
do grau de redução. 80. Assinale a assertiva correta com relação à conservação e
IV) informações sobre o estado de conservação dos preservação adequada dos acervos arquivísticos.
documentos originais. a) Um meio simples e seguro de destruir a infestação por insetos é
O número de itens certos é igual a: submeter o material a congelamento.
a) 0. b) 1. c) 2. d) 3. e) 4. b) Os extintores de incêndio devem empregar substâncias líquidas e
ser instalados em locais bem visíveis.
75. De acordo com a Resolução nº 10 do Conselho Nacional de c) Os documentos textuais, em suporte papel, devem ser guardados
Arquivos – CONARQ baseada na ISO 9878/1990, assinale qual na posição horizontal, em estantes e em ambientes bem
dos símbolos utilizados na microfilmagem de documentos ventilados.
arquivísticos corresponde à informação original ilegível. d) Os documentos atacados pelo mofo devem ser expostos ao sol
para secagem e depois aspirados.
e) Na identificação das caixas, devem ser usadas etiquetas auto-
adesivas e tintas hidrográficas.

Gabarito
41. A 42. E 43. D
44. E 45. C 46. C
47. C 48. B 49. D
50. B 51. B 52. A
53. B 54. A 55. B
56. D 57. E 58. D
59. B 60. A 61. B
62. C 63. B 64. C
65. D 66. E 67. A
68. D 69. E 70. C
71. A 72. C 73. E
74. C 75. A 76. D
77. C 78. E 79. E
80. A

76. Em dezembro de 2002, o Arquivo Nacional divulgou diretrizes TESTE 04


gerais para a construção de websites de instituições PROVA FURNAS - 2005
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21. O instrumento de pesquisa que possui uma relação metódica de
documentos pertencentes a um ou mais fundos. que são descritos de A) duplex
forma sumária ou detalhada, denomina-se: B) soundex
A) Guia C) variadex
B) Índice D) por assunto
C) Catálogo E) alfanumérico
D) Indexação
E) Repertório 30. O conjunto de documentos reunidos por processo de acumulação
ao longo das atividades de pessoas físicas ou jurídicas, públicas ou
22. O sistema mais adequado ao tratamento de processos é o: privadas, e conservados em decorrência de seu valor, denomina-se:

A) Dígito-terminal A) inventário
B) Geográfico B) arquivo
C) Alfabético C) depósito
D) Unitermo D) arranjo
E) Numérico E) maço

23. Entre as causas intrínsecas que deterioram o papel, encontra-se 31. Q grupo de documentos, pastas ou dossiês, reunidos por se
a: relacionarem uma atividade específica, denomina-se:

A) ar A) Ordenação
B) Luz B) processo
C)Lignina C) Índice
D) umidade D) fundo
E) poluição E) Série

24. Considerando o arquivamento geográfico, por Estado, a alternativa 32. Dentre os documentos relacionados. aqueles que devem ter
que virá primeiro no método de alfabetação: guarda permanente são:

A) Amazonas - Manaus - A. Barros A) pedidos de férias


B) Paraná - Curitiba - Adão Barros B) minutas de reuniões
C) Paraná - Apucarana - Abdul Barros C) convite\ para eventos
D) Paraná - Arapongas - Alfredo Barros D) relatórios da instituição
E) Amazonas - Itacoatiara - Albeno Barros E) contratos de manutenção

25. Em preservação a tecnologia que reproduz e torna acessíveis 33. A tecnologia que utiliza armazenagem, armazenagem,
materiais de pesquisa desconhecidos ou em desuso em seu local de transmissão e recuperação em sistemas computadorizados, chama-
origem, denomina-se: se:

A) restauração A) Descontextualização
B) inforrnática B) sistematizaçáo
C) Radiod i fusão C) workstation
D) Masterização D) Digitalização
E) mcrofilrnagern E) Microforma

26. Para tornar o papel impermeabilizado, deve-se proceder a etapa 34. Na avaliação de documentos deve-se levar em consideração,
de: primeiramente, o seguinte valor:

A) reencolagem A) Classificatório
B) Entelamento B) Metodológico
C) Obturação C) informativo
D) Secagem D) probatório
E) Enxerto E) secundário

35. A elaboração de um plano de arquivo requer que, primeiramente,


27. No método enciclopédico, os assuntos são grupados sob títulos se conheça a seguinte variável:
gerais. A alternativa que inicia o fichamento é:
A) armazenagem documental
B) estrutura organizacional
A) livros C) jurisdição arquivística
B) periódicos D) tipologia documental
C) Impressão E) coordenação central
D) exposições
E) Publicações 36. A m ã o g m a tarefa típica dos arquivos classificados como:
28. O conjunto de procedimentos e operações técnicas que permite a A) administrativos
tramitação, uso, avaliação e destinação de documentos é conhecido B) intermediários
como sistema de: C) permanentes
D) correntes
A) protocolo eletrônico E) setoriais
B) informação gerencial
C) preservação de documentos 37. O aumento da resistência contra a deterioração do papel, e que o
D) Gerenciamento arquivístico torna mais flexível e durável à ação de insetos e mofos, é conseguido
E) Gerenciamento de informação pelo processo de:
29. O método que se divide em classes e parte do gênero para a A) laminação
espécie e, em seguida, para os pormenores, denomina-se: B) climatização
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C) higienização a) Estabelecer a origem, diretrizes e normas de todas as instruções
D) umidificação originadas pela organização.
E) Magnificação b) Estabelecer a finalidade do uso de cada formulário.
c) Definir a origem documentada de cada processo.
d) Estabelecer as diretrizes e princípios legais de cada operação.
38. A unidade de controle de extensão dos arquivos, tomando-se por e) Estabelecer normas e procedimentos orientados de todas as
base o espaço ocupado pelos documentos nas estantes, denomina- comunicações de caráter normativo.
se:
25. Considere as seguintes alternativas com relação ao arranjo físico
A) metro quadrado em estudos de layout.
B) Metro linear I – O layout em corredor incentiva as relações de grupo.
C) metro cúbico II – O layout em corredor economiza o espaço perdido na distribuição
D) côvado das salas.
E) jarda III – O layout em espaço aberto não prevê espaço perdido na
distribuição das salas.
39. A saliência que fica na parte superior da guia é denominada: IV – O layout em espaço aberto é encontrado em grandes áreas, com
grande concentração de pessoas.
A) guia divisória V – O layout panorâmico é diferente da simples colocação de
B) projeção divisórias.
C) notação Quais estão corretas?
D) jaqueta a) Apenas a I, a II e a III.
E) ilhó b) Apenas a I, a IV e a V.
c) Apenas a II, a III e a IV.
d) Apenas a II, a III e a V.
40. A eliminação de documentos em papel, através da imersão em e) Apenas a III, a IV e a V.
líquido, é feita pelo seguinte processo:
27. Um bom serviço de microfilmagem pressupõe, em primeiro lugar,
A) alienação a) Instalações adequadas para arquivamento da documentação.
B) incineração b) Um estudo de viabilidade econômica.
C) maceração c) A contratação de serviços de terceiros.
D) encapsulação d) A execução de todas as fases da microfilmagem.
E) fragmentação e) A organização arquivística dos documentos.

28. A elaboração de um projeto de arquivos divide-se em três partes.


TESTE 05 Considerando os seguintes passos, identifique quais partes compõe o
CÂMARA MUNICIPAL DE VEREADORES projeto de arquivos:
DE SANTA MARIA – 2003 I – Uma síntese da situação real.
II – Uma análise e um diagnóstico da situação.
21. Schellenberg propôs a Teoria das Três Idades que, III – O organograma e o fluxograma de trabalho.
modernamente, modernamente tem sido usada para avaliação IV – Uma campanha de sensibilização para o uso correto do arquivo.
documental. Segundo esta teoria, os Arquivos dividem-se em V – A redação do plano, propriamente dito.
a) principais, intermediários e históricos Quais estão corretas?
b) ativos, inativos e permanentes a) Apenas a I, a II e a III
c) correntes, inativos e históricos b) Apenas a I, a II e a V.
d) correntes, intermediários e permanentes c) Apenas a I, a III e a IV.
e) correntes, permanentes e históricos d) Apenas a II, a IV e a V.
e) Apenas a III, a IV e a V.
22. Lodolini formulou uma proposta de Quatro Idades, segundo as
quais os arquivos devem ser divididos em 29. O Sistema Nacional de Arquivos, de 1994, que dispõe sobre a
a) correntes, arquivos de depósito, pré-arquivos e pós-arquivos. política nacional de arquivos públicos e privados, estabelece a
b) correntes, arquivos administrativos, pré-arquivos e arquivos. ordenação da malha arquivística pública do país. Os arquivos
c) Correntes, arquivos de depósito, pré-arquivos e pós-arquivos municipais, referidos nessa legislação, incluem os arquivos do:
d) Ativos, inativos, arquivos de depósito e pós-arquivos. a) Poder Executivo e Poder Judiciário.
e) Ativos, inativos, arquivos administrativos e pré-arquivos. b) Poder Legislativo e Secretarias.
c) Poder Judiciário e Poder Legislativo.
23. Com base na idéia da gestão da informática, os teóricos da d) Poder Executivo e Secretarias.
arquivística tradicional foram reinterpretados por outros autores. A e) Poder Executivo e Poder Legislativo.
partir daí, foi proposta uma releitura em dois graus.
Considere os seguintes fatores e identifique os graus 30. Os documentos diplomáticos são de natureza
I – Entender os fundos como acervos acumulados por uma entidade, a) Universal, que estabelecem as relações jurídicas entre a parte e o
co documentos de valores primários e secundários. todo.
II – Obedecer à ordem original, considerando a classificação original b) Estritamente jurídica, que refletem, no ato escrito,as relações
aceitável. políticas, legais, sociais e administrativas entre o Estado e os
III – Considerar o ciclo de vida dos documentos. cidadãos.
IV – Considerar a existência da idade intermediária dos documentos. c) Administrativa, que atentam para a semelhança do procedimento
V – Discutir o período da atividade, definindo prazos para os administrativo.
documentos. d) Jurídica, que observam a unidade de procedência dos documentos.
Quais estão corretas? e) Orgânico-funcional da instituição geradora.
a) Apenas a I e a II.
b) Apenas a II e a V. 31. O princípio norteador da fixação de fundos de arquivos é:
c) Apenas a III e a IV. a) O orgânico-estrutural.
d) Apenas a III e a V. b) A justaposição de documentos de determinado fundo.
e) Apenas a IV e a V. c) A análise das atividades-fim da entidade-objeto de sua pesquisa.
d) O conjunto das funçõs que justificam a existência do departamento
24. O objetivo de um manual de normas é que lhe equivale.
e) A identidade dos diferentes tipos documentais.
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32. A Tabela de Temporalidade oferece várias indicações. 39. Na tipologia documental, genericamente identificada como atos e
Considerando as seguintes indicações, quais são pertinentes a essa outros documentos normativos incluem-se:
tabela? a) Acordos, convênios e estatutos.
I – A unidade a que se refere. b) Acordos, processos e instruções.
II – A área responsável pelo documento. c) Contratos, despachos e convênios.
III – O destino de cada tipo de documento, após o prazo indicado. d) Portarias, despachos e processos.
IV – A localização física do documento. e) Editais, manuais e ordens de serviço.
V – Cada série documental gerada.
Quais estão corretas? 40. O Código de Classificação de Documentos de Arquivo para a
a) Apenas a I, a II e a III. Administração Pública, editado pela Resolução n.º 4/96, do Conselho
b) Apenas a I, a III e a V. Nacional de Arquivos, é um instrumento de trabalho relativo às
c) Apenas a II, a III e a IV. atividades-meio. Possui duas classes comuns a todos os seus órgãos.
d) Apenas a II, a IV e a V. São elas:
e) Apenas a III, a IV e a V. a) Administração Geral e Material.
b) Organização e Funcionamento e Assuntos Diversos.
33. Entende-se por documento ostensivo o c) Assuntos de Pessoal e Comunicação.
a) Documento reservado. d) Administração Geral e Diversos.
b) Documento liberado de classificação de segurança. e) Organização e Funcionamento e Patrimônio.
c) Documento sigiloso.
d) Documento sem qualquer restrição de acesso. 41. A Lei n.º 6.546, de 4 de julho de 1978, estabelece como uma das
e) Documento ultra-secreto. atribuições do Arquivista:
a) A preparação de documentos de arquivo para processamento
34. As massas documentais acumuladas são acervos compostos por eletrônico de dados.
documentos que compõe as chamados b) O recebimento, o registro e a distribuição dos documentos, bem
a) arquivos setoriais. como o controle de sua movimentação.
b) arquivos históricos. c) O assessoramento aos trabalhadores de pesquisa científica ou
c) arquivos mortos. técnico-administrativa.
d) arquivos correntes. d) A preparação de documentos de arquivos para microfilmagem e a
e) arquivos pré-históricos. conservação e utilização do microfilme.
e) A classificação, o arranjo, a descrição e a execução do processo
35. Considerando as seguintes classificações, indique as que são de guarda e de conservação dos documentos, assim como a
mais comumente utilizadas no Brasil. prestação de informações relativas a estes.
I – possibilidade de eliminação de documentos.
II – inúmeros assuntos e dossiês fragmentários. 42. O papel dos arquivos estaduais, junto aos municípios, é de
III – Ordem numérico-cronológica, geográfica ou nominal. estimular a organicidade dos acervos locais, permitindo à comunidade
IV – critérios científicos definidos pelo classificador. o acesso a uma informação global. Para que exista organicidade são
V – ordem cronológica de recebimento e envio de espécies fundamentais:
documentais. a) A coordenação e o levantamento dos arquivos no âmbito
Quais estão corretas? municipal.
a) Apenas a I, a II e a III. b) A localização e o levantamento sistemático dos acervos no âmbito
b) Apenas a I, a IV e a V. municipal.
c) Apenas a II,a III e a IV. c) A capacitação técnica e o estabelecimento de relações verticais
d) Apenas a II, a III e a V. com os municípios.
e) Apenas a III, a IV e a V. d) A localização e a coordenação dos acervos do município.
e) A capacidade técnica e o levantamento metodológico dos acervos
36. De acordo com a NBR-10.519/88 – Critérios de Avaliação de municipais.
Documentos de Arquivo,é no Arquivo corrente que se efetiva a
aplicação de critérios de avaliação para destinguir não só os 43. O crescente desenvolvimento das Tecnologias da Informação,
documentos de eventual valor, como aqueles que det~em valor aplicadas aos arquivos, requer do profissional arquivista uma especial
informativo probatório. Esta avaliação, segundo a mesma norma, é atenção a três aspectos. Identifique-os abaixo:
realizada a partir da I – A busca de informações em uma única base de dados.
a) Teoria das Quatro Idades II – O uso restrito do meio eletrônico para a difusão de informações.
b) Prévia seleção dos documentos. III – A necessidade de adoção de normas e padrões intercambiáveis.
c) Operação de passagem de documentos. IV – A importância dos sistemas de correio eletrônico.
d) Listagem dos documentos de arquivo intermediário. V – O uso do meio eletrônico para a descrição arquivística.
e) Teoria das Três Idades. Quais estão corretas?
37. A NBR-10.519/88 – Critérios para Avaliação de Documentos de a) I, II e III.
Arquivo, ao referir-se à valoração dos documentos, menciona o valor b) I, III e V.
administrativo e o valor histórico. Uma das questões a ser formulada c) II, III e IV.
em relação ao valor histórico dos documentos é se eles d) II, IV e V.
a) Apresentam relações relevantes sobre o tema abordado. e) III, IV e V.
b) São originais.
c) Referem-se às diretrizes da instituição. 44. Por correspondência oficial entende-se aquela
d) Encontram-se em estado de conservação satisfatório. a) Que trata de assunto de serviço ou de interesse específico das
e) Apresentam lacunas suscetíveis de comprometer sua atividades de uma instituição.
compreensão. b) De interesse pessoal de servidores de uma instituição.
c) Recebida e enviada entre órgãos da mesma instituição.
38. Schellenberg, ao referir-se aos valores dos documentos públicos d) Trocada entre uma instuituição e outras entidades públicas e
modernos, identifica valores primários e secundários. Os valores privadas.
secundários de documentos oficiais são analisados em relação a dois e) Trocadas entre instituições públicas e pessoas físicas.
aspectos, como:
a) Valores probatórios e históricos. 45. Segundo Heloísa Bellotto, a avaliação de documentos públicos de
b) Valores probatórios e informativos. Terceira Idade Envolve dois aspectos fundamentais: o valor e a idade
c) Valores históricos e administrativos. do documento. Sobre a idade do documento é possível afirmar que
d) Valores administrativos e informativos. ela deve ser fixada:
e) Valores administrativos e probatórios. a) em mais de 30 anos da data de criação.
b) em até 25 anos após a data de criação.
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c) em 25 ou 30 anos após a data de criação.
d) entre 20 e 25 anos da data de criação. 28. Considere as seguintes finalidades:
e) a critério de cada instituição. I – Desenvolver uma coleção permanente das mais importantes
gravações de música, literatura, entrevistas e assuntos públicos.
II – Fiscalizar o cumprimento dos direitos autorais de músicos,
TESTE 06 produtores e arranjadores.
TVE-RS III – Produzir gravações de interesse do público em geral.
IV – Cadastrar músicos e compositores relacionados ao seu acervo.
21. Considere as seguintes características: V – Preservar e colocar as gravações ao alcance dos interessados e
I – autenticidade. do público em geral.
II – estruturabilidade. Quais destas finalidades são pertinentes a uma fonoteca?
III – unicidade. a) Apenas a I e a III.
IV – atualidade. b) Apenas a I e a II.
V – Organicidade. c) Apenas a II e a IV.
Quais destas são características dos registros documentais d) Apenas a III e a V.
arquivísticos? e) Apenas a I e a V.
a) Apenas a I, a II e a III.
b) Apenas a II e a III. 29. Considere as seguintes especificações:
c) Apenas a I, a III e a V. I – Números-limite que demarcam os registros gravados.
d) Apenas a II, a IV, e a V. II – Título.
e) Apenas a I, a II e a V. III – Data da gravação.
IV – Assunto.
22. Considere os Seguintes tipos de sistemas: V – Tempo de duração dos registros gravados.
I – Sistema de classificação e codificação de documentos. Quais são especificações técnicas para fins de arquivamento de fitas
II – Sistema de controle do ciclo de vida de documentos. audiomagnéticas?
III – Sistema de descrição de documentos. a) Apenas a II, a III e a IV.
IV – Sistema de transferência remota de documentos. b) Apenas a I, a III e a V.
V – Sistema de acesso a documentos eletrônicos. c) Apenas a I, a IV e a V.
Em um arquivo, o processo de gestão de documentos implica em d) Apenas a III, a IV e a V.
quais destes sistemas? e) Apenas a I, a II e a III.
a) Apenas o I, o III e o IV.
b) Apenas o II, o IV e o V. 31. Por digitalização entende-se:
c) Apenas o I, o IV e o V. a) a captura de uma imagem em um sistema digital.
d) Apenas o I, o II e o III. b) o processamento de uma imagem em um sistema analógico.
e) E Apenas o I, o II e o V. c) a captura de uma imagem em um sistema analógico.
d) a representação de uma imagem em um sistema digital.
24. O hipertexto consiste: e) a representação de uma imagem em um sistema analógico.
a) num conjunto de documentos digitais primários e/ou secundários
disponíveis apenas através da Internet. 37. As obras ou fontes de referência são ferramentas da pesquisa
b) numa coleção de documentos organizados cronologicamente e documental. São consideradas obras de referência:
relacionados através de links que facilitam a consulta. a) bibliografias, guias turísticos e revistas.
c) num conjunto ordenado de texto, imagem e som, disponíveis b) livros, enciclopédias e teses.
através de mídias óticas. c) dicionários, enciclopédias e guias.
d) num sistema multimídia com documentos em texto encadeados d) dissertações, folhetos e repertórios.
eletronicamente. e) anuários, dicionáios e livros.
e) em relacionar documentos primários e/ou secundários através de
nós, estabelecendo conexões ou links que possibilitam navegar 38. A operação pela qual se escolhem os termos mais apropriados
pelas informações. para descrever o conteúdo de um documento é conhecida como:
a) recuperação.
25. O resumo permite diminuir, sensivelmente, o volume de b) registro.
informações primárias e destacar aspectos que interessam ao usuário. c) catalogação.
A leitura de um resumo deve permitir a ele: d) indexação.
a) estabelecer vínculos com outros documentos similares e e) desseminação.
estabelecer a autoria do documento original.
b) determinar se é necessário consultar o documento original e
estabelecer vínculos com outros documentos similares.
c) estabelecer a autoria e/ou co-autoria do documento e dispensar a
consulta ao documento original.
d) conhecer com precisão o documento e determinar se é necessário
consultar o documento original.
e) dispensar a consulta ao documento original e estabelecer sua TESTE 07
autoria e/ou co-autoria. ASSEMBLÉIA LEGISLATIVA DO ESTADO
DO RIOGRANDE DO SUL – 2004
26. A utilização de software de compressão ou compactação de dados
justifica-se, especialmente no caso de 21. A evolução histórica dos arquivos divide-se em quatro períodos, a
a) armazenamento de imagens. saber:
b) adoção de hipertexto. a) Arquivos de Palácio = Idade Antiga; Arquivos Cartulários (trésor dês
c) armazenamento de sons. chartes) = Idade Média; Arquivos de Estado = século AVI a XIX.; e
d) adoção de multimídia. Arquivos Nacionais = a partir do século XIX.
e) armazenamento de textos. b) Arquivos Imperiais = Idade Antiga; Arquivos de Corte = Idade
Média; Arquivos Reais = Idade Contemporânea; e Arquivos Nacionais
27. Num arquivo fotográfico, os contatos representam: = Idade Moderna.
a) negativos ampliados. c) Arquivos Eclesiásticos = Idade Antiga; Arquivos de Corte = Idade
b) fotografias ampliadas em papel. Média; Arquivos de Estado = século XVI a XIX; e Arquivos Nacionais =
c) cópias, não ampliadas, do negativo, em papel. Idade Contemporânea.
d) fotografias ampliadas em negativo.
e) slides em preto e branco.
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d) Arquivos Imperiais = Idade Antiga; Arquivos Religiosos = Idade a) Tratar a informação a partir de seu nascimento até seu destino final,
Média; Arquivos de Estado = Idade Moderna; e Arquivos Nacionais = ou seja, tratar de dar acesso às informações.
Pós-Modernidade. b) Instituir programas de classificação sistêmicos e integrados.
f) Arquivos Históricos = Idade Antiga; Arquivos Eclesiásticos = Idade c) Estabelecer programas de descrição arquivística vinculados à
Média; Arquivos Cartulários = Renascimento; e Arquivos organização do acervo.
Científicos = Idade Moderna. d) Tratar de forma dicotômica os acervos documentais correntes e
permanentes.
22. Todas as afirmativas apresentadas abaixo, a respeito de sistema e) Propor a aplicação do princípio da proveniência para organização
de arquivos estão corretas, EXCETO uma, assinale-a. dos acervos.
a) Um sistema de arquivos configura-se como o conjunto de
atividades articuladas através de uma rede de centros e serviços 29. A visão da arquivística integrada defende uma classificação que
técnicos para estruturar a transferência, o recolhimento, o depósito, gere a formação de dossiês, uma vez que esta:
o arranjo, a descrição e os serviços de documentos. a) estabelece uma ordem comum aos documentos em função do
b) A importância dos sistemas de arquivos estabelece-se pela método aplicado, introduzindo à formação de sistemas integrados.
aplicação dessa estrutura na racionalização arquivística, sejam b) reduz o volume de informações dispersas em diferentes setores da
eles nacionais, municipais, de instituições estatais ou de empresas organização, facilitando a visão global do acervo arquivístico
privadas. produzido no interior de cada setor.
c) Theodore Schellenberg, ao referir-se a sistemas de arquivos, c) permite a concentração de informações arquivísticas no interior da
relaciona-os aos tipos modernos de arquivamento, tais como o administração, sendo possível, assim, estabelecer sistemas
sistema numérico, o alfabético etc. integrados de informação.
d) Denomina-se sistema de arquivos o conjunto de ações e funções d) permite que seja possível reunir informações sobre o conjunto de
para o recolhimento do acervo dependente de acordo com a documentos que, embora estejam fisicamente separados, estarão,
classificação adotada na sua origem. intelectualmente, ordenados e codificados do mesmo modo.
e) Sistema de arquivos é o conjunto de arquivos de uma mesma e) codifica os assuntos decorrentes de uma determinada atividade em
esfera governamental ou de uma mesma entidade privada, as unidades orgânicas de informação institucional.
quais, independentemente da posição que ocupam nas respectivas
estruturas administrativas, funcionam de modo integrado e 30. A que autor se atribui a formulação da proposta “às quatro idades”
articulado na consecução de objetivos comuns. no ciclo vital dos documentos?
a) Élio Lodolini
23. O levantamento da situação arquivística nas estruturas de um b) Carol Couture.
estado ou governo, realizado através de estudos e pesquisas c) Antonia Heredia.
abrangentes das políticas arquivísticas nele aplicadas, denomina-se: d) Heloísa Liberalli Bellotto.
a) estudo de caso. e) Theodore Schellenberg.
b) visão maximalista.
c) projeto sistêmico de arquivos. 31. O arquivo cumpre a finalidade da própria existência quando sua
d) visão epistemológica. organização está direcionada para uma teoria e uma metodologia
e) políticas de gestão. adequadas. Os princípios que estão na raiz dessas teorias e
metodologia na organização dos arquivos são os de:
24. O estudo e a observação, através de pesquisas, dos problemas a) ordem original, respects des fonds e proveniência.
cotidianos da prática arquivística nas organizações, na busca de b) organicidade, proveniência e ordem original.
soluções para os problemas detectados em função de suas c) respects des fonds, procedência, territorialidade e unicidade.
especificidades, são chamados de: d) territorialidade, proveniência, indivisibilidade e cumulatividade.
a) visão minimalista de arquivos. e) proveniência, organicidade, unicidade, indivisibilidade e
b) projeto de arquivos. cumulatividade.
c) análise e diagnóstico arquivístico.
d) visão sistêmica de arquivos. 32. A teoria das três idades é a sistematização do ciclo vital dos
e) estudo abrangente de arquivos. documentos de arquivo, do qual fazem parte as idades corrente,
intermediária e permanente. A primeira idade citada corresponde a:
25. Qual dos significados das diferentes siglas de organismos a) produção e À avaliação dos acervos documentais.
arquivísticos nacionais e internacionais, abaixo relacionados, não está b) indexação, à digitalização e à difusão das informações.
correto? c) indexação, ao registro e à elaboração de instrumentos de
a) CIA – Conselho Internacional de Arquivos. destinação.
b) CONARQ – Conselho Nacional de Arquivistas. d) ordenação, à classificação, à avaliação, à descrição e à difusão da
c) RAMP – Programa para a Gestão de Documentos e Arquivos. informação.
d) ALA – Associação Latino-Americana de Arquivos. e) produção, ao registro, ao controle, à tramitação e à classificação de
e) IASA – Associação Internacional de Arquivos Sonoros. documentos.

26. Segundo T. R. Schellenberg, os elementos que devem ser 33. O princípio da proveniência define-se como o princípio arquivístico
considerados na classificação dos documentos são as ações a que fundamental, segundo o qual:
estes se referem, a estrutura orgânica da dependência que os produz a) os arquivos de uma mesma proveniência não devem ser
e os assuntos sobre os quais versam. De acordo com esses misturados com os de outra proveniência e devem ser conservados
elementos, estabelecem-se três sistemas de classificação, quais segundo sua ordem original.
sejam: b) os documentos relativos à administração não podem ser misturados
a) Classificação orgânica estrutural, Classificação por assunto e com os documentos de valor histórico.
classificação sistêmica. c) os arquivos administrativos devem implementar uma organização
b) Classificação por assunto, classificação geográfica e classificação lógica baseada na classificação original dos documentos.
indexada. d) os documentos administrativos não podem ser organizados de
c) Classificação funcional, classificação orgânica e classificação acordo com a classificação adotada nos acervos permanentes.
geográfica, e) os acervos arquivísticos devem ser organizados seguindo apenas
d) Classificação funcional, classificação orgânica e classificação sua ordem original.
estrutural.
e) Classificação funcional, classificação orgânica e classificação por 34. O princípio da procedência territorial estipula que os arquivos:
matérias. a) permanentes devem ser conservados nas instituições arquivísticas
nacionais.
28. A proposta de uma Arquivística Integrada, defendida por b) estatais não podem, de forma alguma, ser objeto de doação ou
Rousseau e Couture, pretende, basicamente: venda a outros países, nem de permuta.
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c) devem ser transferidos a instituições arquivísticas de guarda 42. No livro Arquivo: teoria e prática, Marilena Leite Paes divide os
permanente, independentemente de sua origem. arquivos, em face das características das organizações que os
d) devem ser conservados nos serviços de arquivo do território em produzem, em:
que foram produzidos. a) federais, estaduais e municipais.
e) devem ser recolhidos às instituições delegadas pelo Estado, caso b) públicos, privados e de famílias ou pessoas.
exista a extinção de um outro estado federado. c) federais, estaduais, municipais e particulares.
d) públicos, institucionais, comerciais e de famílias ou pessoas.
35. Assinale a alternativa cuja relação está INCORRETA: e) públicos, privados, comerciais, centralizados e de famílias ou
a) Records management = Arquivística Americana = pessoas.
Theodore Schellenberg.
b) Arquivística Integrada = arquivística canadense = Carol Couture e 43. A partir da promulgação da Lei n.º 8.159/91, o órgão que passou a
Jean-Yves Rousseau. definir a política nacional de arquivos no Brasil é:
c) Teoria das três idades = arquivística francesa = Michel Duchein. a) a Associação dos Arquivistas Brasileiros.
d) Princípio da Proveniência = arquivística francesa = Natalis de b) o Conselho Nacional de Arquivos.
Wailly. c) o Arquivo Nacional.
e) Princípio da ordem original = provenienzprinzip = Estado da d) o Fórum Nacional de Arquivos Municipais.
Prússia. e) a Associação Brasileira das Ciências da Informação.

36. A Revolução Francesa, no que diz respeito aos arquivos, 44. A Norma ISAD (G) estabelece que, para o intercâmbio
formalizou, pela primeira vez, o propósito: internacional da informação descritiva, consideram-se essenciais
a) da guarda e difusão dos arquivos permanentes. apenas os seguintes elementos:
b) da garantia da manutenção dos acervos imperiais nos locais de a) dados de identificação, produtor, código de referência, abrangência
origem. e conteúdos e notas.
c) da implantação de programas de sistematização orgânica dos b) abrangência e conteúdo, organização, acesso, idioma e condições
arquivos. de reprodução.
d) do acesso aos arquivos para a generalidade da população. c) código de referência, título, produtor, tipologia documental,
e) do estabelecimento do sigilo documental para os documentos valoração e nível de descrição.
confidenciais. d) valoração, seleção e eliminação, organização, acesso, idioma e
condições de reprodução.
37. A criação de um órgão nacional denominado Arquivo Nacional, e) código de referência, título, produtor, data, extensão da unidade de
especificamente criado e vocacionado para a superintendência dos descrição e nível de descrição.
arquivos, foi uma medida importante instituída:
a) pela arquivística canadense. 45. A organização de arquivos, como qualquer outro setor de uma
b) pela Revolução Francesa. instituição, pressupõe o desenvolvimento de várias etapas de
c) pela comunidade arquivística internacional. trabalho. Essas etapas são:
d) no período pós II Guerra Mundial. a) centralização/descentralização, implementação do sistema e
e) em face da implementação de Sistemas de Arquivos no Brasil. acompanhamento.
b) levantamento de dados, planejamento, implementação e controle.
38. Assinale a afirmativa INCORRETA: c) arranjo, descrição, conservação e difusão da informação.
a) segundo Aurelio Tanodi, as funções da Diplomática são trÊs: d) levantamento de dados, análise dos dados coletados,
crítica, jurídica e classificadora. planejamento, implementação e acompanhamento.
b) a palavra ‘hieróglifo’ vem do grego hieros = sagrado e glyphein = e) registro, controle, tramitação, acompanhamento, classificação e
gravar, assim, pode-se concluir que ‘hieróglifo’ significa ‘escrita indexação.
sagrada’.
c) a Paleografia é uma parte da Diplomática que,pelo aspecto da letre, 46. As regras da Norma Internacional de Descrição Arquivística –
estuda os documentos contemporâneos, investigando seus caracteres ISAD(G) estrutura-se em sete áreas de informação descritiva, quais
externos através do estudo genético dos suportes. sejam:
d) a escrita embrionária caracteriza-se por fazer uso de figuras ou a) identificação, contexto, conteúdo e estrutura, acesso e utilização,
desenhos de animais, formas geométricas, pinturas e ilustrações de documentação associada, notas e controle da descrição.
objetos. b) código de referência, identificação, contexto, acesso, notas,
e) a palavra ‘escrita’, etimologicamente, vem do latim, do verbo avaliação e controle da descrição.
scribere = traçar caracteres, escrever, fazer letras. c) identificação, fundo, nível de descrição, produtor, organização,
contexto e ponto de acesso.
39. A profissão de Arquivista foi regulamentada pela: d) identificação, produtor, procedência, ponto de acesso, nível de
a) Lei n.º 5. 344, de 8 de maio de 1968. descrição, valoração e descrição arquivística.
b) Lei n.º 6.546, de 4 de junho de 1978. e) código de referência, conteúdo e estrutura, acesso e utilização,
c) Lei n.º 8.159, de 8 de janeiro de 1991. documentação associada, notas, controle da descrição e avaliação.
d) Lei n.º 8.394, de 30 de dezembro de 1991.
e) Lei n.º 9.507, de 12 de novembro de 1997. 47. A lei que regulamenta a profissão de Arquivista estabelece as
atribuições abaixo relacionadas, EXCETO:
40. De acordo dom o gênero, os documentos podem ser: a) planejamento, organização e direção de serviços de arquivos.
a) correntes, intermediário se permanentes. b) planejamento, orientação e acompanhamento do processo
b) eletrônicos, cartográficos e de imagem e gráficos. documental e informativo.
c) escritos ou textuais, cartográficos, especiais e especializados. c) planejamento, orientação e direção das atividades de identificação
d) de registro, de imagem e gráficos, manuscritos e cartográficos. das espécies documentais e participação no planejamento de novos
e) escritos ou textuais, cartográficos, iconográficos, filmográficos, documentos e no controle de multicópias.
sonoros, micrográficos e informáticos. d) planejamento, organização e direção de serviços ou de centros de
documentação e informação constituídos de acervos arquivísticos
41. Qual das leis abaixo citadas dispõe sobre a política nacional de mistos.
arquivos públicos e privados no Brasil? e) planejamento e preparação de documentos de arquivo para
a) Lei n.º 5. 344, de 8 de maio de 1968. processamento eletrônico de dados e microfilmagem.
b) Lei n.º 6.546, de 4 de junho de 1978.
c) Lei n.º 8.159, de 8 de janeiro de 1991. 48. Através da Diplomática, estabelecem-se as diferenças entre
d) Lei n.º 8.394, de 30 de dezembro de 1991. espécie e função e, principalmente, entende-se Tipologia Documental
e) Lei n.º 9.507, de 12 de novembro de 1997. como:
a) a documentação de ordem sigilosa.
b) classificação de espécies documentais.
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c) espécie documental somada a função. b) a avaliação é o processo de análise e identificação dos valores dos
d) natureza do documento somada ao assunto. documentos de arquivo, com vista à sua seleção e destinação final.
e) conteúdo documental acrescentado ao tipo documental. c) arquivo permanente é o conjunto de documentos custodiados em
caráter definitivo, em função de seu valor histórico.
49. Alguns autores afirmam que o termo ‘arquivo’ teria surgido na: d) recolhimento é a entrada de documentos para guarda permanente
a) Roma Antiga, com a denominação latina de archeion, entendida em instituições arquivísticas públicas ou privadas, após processo de
como local de guarda dos documentos do palácio e dos títulos da avaliação.
nobreza. e) transferência é a passagem de documentos de um arquivo corrente
b) Antiga Grécia, como a denominação de arché, atribuída ao palácio para um arquivo permanente, onde aguardarão sua eliminação.
dos magistrados, evoluindo para archeion, local de guarda e depósito
dos documentos. 55. Os pressupostos éticos, aprovados pelo Conselho Internacional de
c) época dos arquivos dos cartulários, com a denominação de trésor Arquivos, regem a atividade profissional dos arquivistas. Qual dos
des chartes, entendida como depósito de documentação pressupostos abaixo citados se contrapõe ao exercício da profissão?
correspondente à posse de terras. a) Os Arquivistas mantém a integralidade dos arquivos, garantindo,
d) época do Império Romano, com a denominação de archeion, assim, eu possam se constituir testemunho permanente e digno de fé
entendida como local de guarda da documentação da corte real. do passado.
e) Idade Antiga, com a denominação de archeion, palavra de origem b) Os Arquivistas servem aos interesses dos segmentos privados da
latina, que, no sentido antigo, significava arquivo do clero e do sociedade e evitam tirar de sua posição vantagens para eles mesmos
império. ou para quem quer que seja.
c) Os Arquivistas tratam, selecionam e mantém os arquivos em seu
50. No Decreto n.º 1.799/96, que regulamenta a Lei n.º 5.433/68, a contexto histórico, jurídico e administrativo, respeitando, portanto, sua
qual regula a microfilmagem é entendida como: proveniência, preservando-os e tornando, assim, manifestas suas
a) o processo de reprodução, em filme, de documentos, dados e inter-relações originais.
imagens por meio fotográfico ou eletrônico, em diferentes graus de d) Os Arquivistas preservam a autenticidade dos documentos pelos
redução. trabalhos de tratamento, conservação e pesquisa.
b) o processo de reprodução de documentos, através da revelação, e) Os Arquivistas facilitam o acesso aos arquivos ao maior número
fixação, lavagem e secagem de filmes. possível de usuários, oferecendo seus serviços a todos com
c) o processo de revisão, classificação filmagem e revelação de imparcialidade.
documentos.
d) o processo técnico, através do qual a reprodução de documentos 56. A gestão de documentos estabelecida em lei é definida como:
precisa seguir os procedimentos de revelação, fixação, lavagem e a) o registro da criação ou reprodução de informação, seja qual for o
secagem. suporte utilizado.
e) a classificação, a filmagem e a reprodução fotográfica de b) a operação arquivística que cobre a totalidade do ciclo de vida dos
documentos, independentemente do gênero ou da natureza. documentos em suas idades corrente e permanente.
c) o conjunto procedimentos e operações técnicas referentes à
51. Dentre as afirmativas abaixo, relacionadas à microfilmagem, qual produção, à tramitação, ao uso, à avaliação e ao arquivamento de
delas está INCORRETA? documentos em suas fases corrente e intermediária, visando à sua
a) a microfilmagem, de qualquer espécie, deverá ser feita sempre em eliminação ou ao seu recolhimento para guarda permanente.
filmes original, com o mínimo de 180 linhas por milímetros de d) o processo de elaboração e produção, coleção e classificação e
definição, garantida a segurança e a qualidade de imagem e de difusão e utilização de informações contidas em documentos de
reprodução. qualquer natureza.
b) a microfilmagem deverá ser feita em equipamentos que garantam a e) o registro configurado por documentos oficialmente escritos sobre
fiel reprodução das informações, sendo permitida a utilização de os fatos ou as ocorrências de ordem administrativa.
qualquer microforma.
c) o armazenamento do filme original deverá ser feito em local 57 Um documento eletrônico arquivístico ‘que transmitido de maneira
diferente do filme cópia. segura, cujo status de transmissão pode ser determinado, que é
d) na microfilmagem, poderá ser utilizado qualquer grau de redução, preservado de maneira segura e cuja proveniência pode ser
garantida a legibilidade e a qualidade de reprodução. verificada’ é considerado:
e) na microfilmagem de documentos, em cada série, sempre será a) autêntico.
dispensada a imagem de abertura. b) fidedigno.
c) completo.
52. O planejamento e a execução de um adequado programa de d) recebido.
descrição nos arquivos permanentes permite, essencialmente, o e) copiado.
acesso às informações através dos:
a) instrumentos de destinação. 58. Uma adequada política de avaliação documental permite,
b) códigos de classificação. essencialmente, a:
c) instrumentos de pesquisa. a) melhor aplicação de sistemas de classificação documental,
d) projetos de implementação de sistemas. apropriada aos métodos de arquivamento e elaboração de
e) programas de qualidade total. instrumentos de descrição.
b) redução da massa documental, a eficiência administrativa, a
53. O Decreto n.º 4.553/02, discutido, em passado recente,pelos racionalização da produção, do fluxo de documentos e do espaço
diferentes segmentos da sociedade brasileira, no que diz respeito aos físico, o incremento à pesquisa e a agilidade na recuperação da
documentos sigilosos de interesse da segurança da sociedade e do informação.
Estado, no âmbito da Administração Pública Federal, alterou-se, na c) prática de eliminação periódica de documentos, a prévia análise
sua essência, das tipologias documentais e a determinação da estrutura dos fundos
a) a categorização da documentação sigilosa. documentais.
b) a classificação dos graus de sigilo dos documentos. d) recuperação dos documentos e informações administrativas, além
c) a denominação dos graus de sigilo dos documentos. da liberação de espaço físico e aplicação da Norma ISAD(G).
d) os prazos de duração da classificação dos graus de sigilo dos e) elaboração de planos de destinação e a informatização do processo
documentos. de recolhimento, conservação e preservação de documentos.
e) os graus de classificação de sigilo dos documentos.
59. Quais são os requisitos que garantem a fidedignidade de um
54. Assinale a afirmativa INCORRETA: documento eletrônico num Sistema de Gerenciamento Arquivístico de
a) arquivo público é o conjunto de documentos acumulados em Documentos Eletrônicos?
decorrência das funções executivas, legislativas e judiciais no âmbito a) Implantar controle de acesso aos usuários e controlar a tramitação
federal, estadual e municipal. dos documentos.
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b) Estabelecer rotinas de cópias de segurança e estabelecer normas jurídica em decorrência do desenvolvimento de suas atividades,
de preservação digital. independentemente de suas idades e valores intrínsecos.
c) Proteger documentos de intervenções não autorizadas e controlar a II – A acumulação ordenada dos documentos textuais criados por uma
tramitação dos documentos. instituição ou pessoa, no curso de sua atividade, e preservados para
d) Implantar controle de acesso aos usuários e estabelecer e controlar consecução de seus objetivos.
procedimentos de criação de documentos. III – Acervos compostos por informações orgânicas originais contidas
e) Estabelecer trilhas de auditoria que rasteiam a circulação do em documentos registrados em suportes convencionais ou não
documento e identificar as redes de comunicação. convencionais, produzidos ou recebidos por pessoa física ou jurídica
decorrentes do desenvolvimento de suas atividades, sejam eles de
60. Quais são os agentes biológicos que estão diretamente ligados à caráter administrativo, técnico ou científico.
deterioração de acervos arquivísticos? IV – Conjunto de documentos que, independentemente da natureza
a) Insetos, roedores (brocas, baratas, cupins) e fungos. ou do suporte, são reunidos por aquisição e acumulação ao longo das
b) Luz solar, iluminação, fungos, radiação e aspectos ambientais. atividades das pessoas físicas, públicas ou privadas.
c) Radiação, temperatura, refrigeração, restauração e qualidade do ar. Das afirmativas acima, estão corretas:
d) Acidez, alcalinidade e fatores ambientais e orgânicos. a) II, III e IV.
e) Fatores ambientais, intervenções impróprias, produtos químicos, b) II e IV.
furtos e vandalismo. c) I e IV.
d) I e II.
TESTE 08 e) apenas a III.
MINISTÉRIO PÚBLICO DO ESTADO DO RIO GRANDE DO SUL /
PROCURADORIA GERAL DE JUSTIÇA – 1999 9. Marque V para verdadeiro e F para falso.
( ) Os arquivistas devem cooperar na seleção de documentos a
5. Sobre ética profissional podemos afirmar que: serem conservados ou eliminados, tendo em mente a mudança de
I – Os Códigos de Ética regulam a ação profissional dentro de um interesses históricos e a necessidade de se preservar a memória da
contexto histórico e social. atividade da pessoa ou instituição que produziu os documentos.
II – A definição de um Código de Ética tem por finalidade sensibilizar ( ) O primeiro dever do arquivista é manter a integridade dos fundos a
novos membros da profissão sobre regras de conduta e inspirar ao ele confiados, respeitando os direitos e interesses legítimos dos
público confiança na profissão. proprietários e das pessoas citadas nos documentos.
III – Um Código de Ética destina-se a oferecer um quadro de conduta ( ) Na criação de instrumentos de pesquisa ou de outros
aos membros da profissão aplicando-se a soluções específicas de instrumentos como thesaurus, os arquivistas devem manter a
problemas particulares. subjetividade tanto quanto possível.
IV – O ato ético profissional tem a mesma estrutura de qualquer ação ( ) Os arquivistas devem cuidar para a privacidade institucional ou
moral, ou seja, tem o aspecto normativo e factual. pessoal, tanto quanto a segurança nacional, sejam protegidos sem
V – É permitido ao arquivista divulgar informações sobre documentos destruir a informação, especialmente no caso de registros magnéticos
sigilosos que estejam sob sua guarda. onde as adulterações são práticas comuns.
Das afirmativas acima, estão incorretas: a) F, V, F, V.
a) apenas I, II e IV. b) F, F, V, F.
b) apenas I e II. c) F, V, V, F.
c) apenas III, IV e V. d) V, F, V, F.
d) apenas II e V. e) V, F, F, V.
e) apenas II, III e IV.
10. Dentro do gênero de documentos escritos, a correspondência
6. Os arquivistas devem evitar que os documento com restrições de merece tratamento especial por se constituir numa parte considerável
acesso sejam retirados do conjunto que forma o dossiê para que não dos acervos arquivísticos. Em geral, a correspondência:
ocorram distorções no julgamento histórico, mesmo que isso implique a) se constitui de material de fácil tratamento dentro dos arquivos.
na restrição de uso de todo o acervo. Esta afirmativa corresponde ao b) é considerada parte do processo administrativo porque as ações e
princípio básico da teoria arquivística: atos administrativos são desencadeados por seu intermédio.
a) do ciclo de vida dos documentos. c) quando encaminhada ao setor de protocolo deve ser aberta e
b) da proveniência. registrada mesmo que contenha identificação de oficial e reservada.
c) da ordem original. d) quanto ao seu destino e procedência, classifica-se como oficial,
d) do valor do documento. reservada e particular.
e) da avaliação. e) a classificação de ostensiva é dada aos documentos cuja
divulgação prejudica a administração.
7. Analisando as seguintes afirmações:
I – Considera-se documento todo e qualquer suporte a que possa ser 11. De acordo com as atribuições dos arquivistas, considerando o que
atribuída a existência de um conteúdo informacional. dispõe a Lei n.º 6.546, de 4 de julho de 1978, assinale a alternativa
II – Centro de documentação é um conjunto de serviços onde uma incorreta:
documentação geral ou especializada, completa ou parcial, é a) planejamento, organização e direção de serviços de arquivo.
organizada metodologicamente para coloca-la a disposição dos b) orientação da avaliação e seleção de documentos, para fins de
interessados. preservação.
III – No Brasil, o termo documentação e suas variantes, a partir da c) assessoramento aos trabalhos de pesquisa científica ou técnica-
influência norte-americana, foi substituída pela expressão Ciência da administrativa.
Informação para designar uma profissão que trata de adaptar-se a d) orientação quanto à classificação, arranjo e descrição de
novos conceitos e novas demandas. documentos.
IV – Na Descrição das informações arquivísticas são considerados os e) preparação de documentos de arquivos para processamento
conjuntos documentais para fins de catalogação. eletrônico de dados.
Pode-se considerar:
a) apenas a III é verdadeira. 13. É incorreto afirmar com relação a Política Nacional de Arquivos:
b) apenas a II é verdadeira. a) O Conselho Nacional de Arquivos (CONARQ), órgão vinculado ao
c) apenas I e II são verdadeiras. Arquivo Nacional e presidido pelo seu Diretor Geral, tem por finalidade
d) apenas III e IV são verdadeiras. definir a Política Nacional de Arquivos Públicos e Privados, exercendo
e) apenas I, III e IV são verdadeiras. orientação normativa visando a gestão documental e a proteção
especial dos documentos de arquivo.
8. Considerando a moderna arquivística, podemos definir arquivo b)Compete ao Conselho Nacional de Arquivos (CONARQ) estimular a
como: integração e a modernização dos arquivos públicos e privados dando
I – Conjunto de informações orgânicas contidas em documentos apoio técnico e administrativo ao Arquivo Nacional.
registrados em suporte convencional produzido por pessoa física ou
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c) O Sistema Nacional de Arquivos (SINAR), criado pelo Decreto n.º e) Os arquivos intermediários consistem em depósitos, onde os
82.308 de 25 de setembro de 1978 e, de acordo com o art. 26 da Lei documentos foram acumulados e que já não são mais necessários às
8.159/91, tem por finalidade implementar a política nacional de atividades dos organismos administrativos e técnicos da uma
arquivos públicos e privados visando a gestão, preservação e acesso instituição e só podem ser consultados por representantes da
aos documentos de arquivo. administração que os transferiu.
d) As pessoas físicas e jurídicas de direito privado, detentoras de
arquivos poderão integrar o Sistema nacional de Arquivos, mediante 18. Um dos pontos cruciais da teoria arquivística é o princípio da
convênio com o órgão central do Sistema. proveniência. Não constitui critério para identificação do organismo
e) Para implementação da Política Nacional de Arquivos públicos e ao produtor de fundos:
funcionamento do SINAR, o CONARQ constituirá câmaras técnicas e a) possuir um nome e uma existência jurídica próprias resultente de
Comissões Especiais, formadas por especialistas e/ou pelos membros um ato (lei, decreto, portaria) preciso e datado.
do mesmo. b) possuir atribuições específicas e estáveis legitimadas por um texto
com valor legal ou regulamentar.
14. A implantação de um bom serviço de microfilmagem pressupõe, c) ter uma posição no seio da hierarquia administrativa, definida com
em primeiro lugar: exatidão através do ato que lhe deu origem.
a) estudo da viabilidade econômica de acordo com a disponibilidade d) ter um chefe responsável, com poder de decisão correspondente ao
financeira da instituição. seu nível hierárquico, e sua organização interna deve ser conhecida e
b) construção de instalações adequadas para o arquivamento da fixada num organograma.
documentação. e) ter um sistema de arranjo baseado na ordem original do registro, o
c) um quadro de pessoal para a implantação do serviço. qual, na sua essência, reflete a organização do corpo administrativo
d) organização arquivística dos documentos e o estabelecimento de que o produziu.
um criterioso programa de avaliação e seleção.
e) contratação de serviços de terceiros para realizar todas as fases da 19. A aplicação e a manutenção da Tabela de Temporalidade é o
microfilmagem, processamento e duplicação. único modo conhecido para o gerenciamento técnico-científico das
informações em arquivos. Uma das alternativas não constitui
15. Considere as seguintes afirmativas sobre a reprodução de vantagem de sua aplicação.
documentos: a) livre acesso à pesquisa.
I – Os documentos oficiais ou públicos, com valor permanente, b) redução da massa documental dos arquivos com a conseqüente
poderão ser eliminados após a microfilmagem, desde que se faça uma liberação de espaços e redução de peso.
cópia do filme original e seja guardado sob as condições ideais de c) aumento do índice de recuperação e conservação.
preservação. d) garantia das condições de preservação e conservação da
II – Quanto a aspectos relativos à segurança e durabilidade, além do documentação de valor permanente.
mobiliário adequado, as películas de microfilme exigem ambiente e) orientação no processo de produção documental, bem como no
climatizado onde a temperatura seja mantida entre 18 e 21ºC e a emprego de suportes para registro da informação.
umidade relativa do ar entre 40 e 50%.
III – As cópias de microfilme são reconhecidos como substitutos 20. Sobre a avaliação de documentos, podemos afirmar que:
legalmente aceitos para documentos originais, assim como a a) os objetivos da avaliação e seleção de documentos de um acervo,
reprodução digital da imagem é também aceitável enquanto substituto entre outros, são a racionalização dos arquivos e o fornecimento de
legal para o original. subsídios à fixação de prazos para a guarda ou eliminação, baseando-
IV – Cabe ao arquivista preocupar-se com a conservação física dos se no estado físico do documento.
documentos informáticos devido à complexidade dos sistemas b) a avaliação é vista como um problema dos arquivos correntes e
produzidos por uma tecnologia em constante evolução. intermediários; portanto para avaliar é preciso conhecer a estrutura da
Das afirmativas acima está(ão) correta(s): organização, suas competências e funções de cada unidade.
a) apenas a II e a IV. c) o ideal é que a avaliação se processe antes do recolhimento aos
b) apenas a I e a II. arquivos intermediários, sendo indispensável que este processo
c) a I, a II e a IV. avaliativo ocorra por meio de profissionais envolvidos no processo de
d) somente a II. gestão documental.
e) todas. d) as tabelas de temporalidade devem ser elaboradas por unidades
que tenham atribuições específicas e quando devidamente elaboradas
16. O conjunto de arquivos de uma mesma esfera governamental ou dispensam atualizações.
de uma entidade pública ou privada que, independente da posição e) o processo avaliativo deve ser realizado nos arquivos correntes. Os
que ocupam nas respectivas estruturas administrativas, funcionam de documentos são avaliados individualmente, considerando sua
modo integrado e articulado na consecução de objetivos técnicos originalidade e unicidade da informação registrada.
comuns denomina-se:
a) programa de gestão de documentos. 21. Instrumento de destinação aprovado pela autoridade competente,
b) sistema de arquivos. que determina prazos para a transferência, recolhimento, eliminação e
c) administração de documentos. reprodução de documentos denomina-se:
d) instrumentos de pesquisa. a) tabela de equivalência.
e) serviço de referência. b) lista de eliminação.
c) tabela de temporalidade.
17. Com relação à teoria das três idades, uma das alternativas está d) lista de referência.
incorreta: e) plano de classificação.
a) Segundo o Dicionário Brasileiro de Terminologia Arquivística, o
conjunto de medidas e rotinas visando à racionalização e eficiência na 22. Com relação às atividades de descrição, uma das alternativas está
criação, tramitação, classificação, uso primário e avaliação de incorreta:
arquivos denomina-se gestão de documentos. a) As atividades de descrição e publicação completam as atividades
b) Os registros documentais, no mundo contemporâneo, se de um arquivo permanente, visando tornar acessível o acervo e
caracterizam pela imparcialidade, autenticidade, naturalidade, inter- divulgar o conteúdo dos documentos.
relacionamento e a unicidade. b) A publicação de documentos pelos arquivos públicos tem como
c) Denominam-se arquivos correntes, aqueles acervos montados nos finalidade imediata preservar seu acervo preservando-o do manuseio
setores de trabalho, em decorrência das funções e atividades e do desgaste natural do papel.
exercidas e da necessidade de mantê-los no local por razões c) As atuais Normas Internacionais de Descrição de Documentos
administrativas. (ISAD-G) são fundamentais para o desenvolvimento arquivístico. Sua
d) A essência do princípio de “respeito aos fundos” é que os arquivos aplicação vai permitir que se possa trocar informações num mundo
devem estabelecer o arranjo de seus documentos de acordo com um interligado por redes eletrônicas possibilitando o acesso global às
plano previamente estabelecido, objetivando a conservação dos informações do domínio público.
mesmos.
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d) Obra de referência, publicada ou não, que identifica, localiza, acesso ficam com mídia eletrônica e documentos com alto índice de
resume ou transcreve, em diferentes graus e amplitudes, fundos, acesso ficam em mídia micrográfica.
grupos, séries, etc., existentes no arquivo permanente, com a e) O emprego de tecnologias eletrônicas como o GED, só se justifica
finalidade de controle e acesso ao acervo, denomina-se instrumento para informações estratégicas com alto índice de acesso e valor
de pesquisa. informacional para a organização.
e) a elaboração de instrumentos de descrição analítica deve preceder
a de descrição sumária. 28. O papel é o suporte da informação mais utilizado até o final deste
século. Uma das alternativas está incorreta em relação ao papel.
23. Coloque ‘C’ para certo e ‘E’ para errado: a) A má qualidade dos papéis utilizados, na atualidade, é, em grande
( ) Entende-se por classificação, a ordenação intelectual e física de parte, responsável pela perda de nossa memória cultural.
acervos, baseada numa proposta de hierarquização das informações b) Inventado pelos chineses, por volta do ano 100 d.C., o princípio de
referentes aos mesmos, portanto a classificação antecede a fabricação do papel continua o mesmo até hoje.
ordenação de documentos. c) O papel é constituído por fibras de celulose que, durante o
( ) Em órgãos públicos, a classificação deverá considerar apenas o processamento, são retiradas para obter uma polpa química,
assunto dos documentos, quando se trata de massas documentais branqueada por agentes oxidantes.
acumuladas. d) O eucalipto, que é um grande produtor de celulose, tem um
( ) A classificação e a avaliação têm o objetivo de manter o controle crescimento rápido, mas o pinho apresenta uma qualidade superior,
sobre os acervos, impedindo que eles cresçam de mais, possibilitando com fibras mais longas e resistentes.
o acesso rápido às informações; para isso estas atividades não devem e) A umidade relativa do ar e a temperatura muito altas são agentes
ocorrer de forma integrada. agressores do papel, pois possibilitam a proliferação e o ataque de
( ) O primeiro nível de descrição é alcançado no processo de insetos e microorganismos.
classificação; o segundo nível se desenvolve na avaliação; o terceiro,
com maior detalhamento, e complexidade nos arquivos permanentes. 29. Marque ‘V’ para verdadeiro e ‘F’ para falso.
( ) A transferência e o recolhimento de documentos são feitos em ( ) A ação direta da luz provoca a deterioração dos documentos por
razão da freqüência de uso e da conservação dos mesmos. alteração físico-químicas das fibras do papel.
A seqüência correta é: ( ) Os raios ultravioleta (de 300 a 400 nm) provocam a degradação
a) C, E, E, C, C. da celulose.
b) E, E, C, C, E. ( ) O Ozônio é um agente oxidante que atua nos materiais orgânicos,
c) C, E, E, C, E. como o papel, e facilita a sua preservação.
d) C, E, C, E, C. ( ) Os microorganismos presentes no pó aderem aos materiais
e) C, E, C, C, E. orgânicos e, por isso, não encontram condições para seu
desenvolvimento.
24. Considere as seguintes afirmativas sobre tecnologias da A seqüência correta é:
informação. a) V, V, F, F.
I. A diferença entre discos WORM (write-once read many) e o CD- b) V, F, F, V.
ROM (compact disc – read oly memory) é que o primeiro é elaborado c) F, V, F, V.
pelo usuário e o segundo por um editor ou interessado pela d) F, V, F, F.
comercialização de seus serviços. e) V, F, V, F.
II. CD-ROM tem sido descrito como um meio de publicação eletrônica,
pode ser lido milhares de vezes sem degradar e as informações 30. O edifício de arquivos deve:
podem ser mudadas e adulteradas. a) pro questões de segurança, ter no mínimo três andares, contando
III. Disco óptico foi uma das primeiras tecnologias a tornar prática a com instalações subterrâneas.
reprodução digital de imagens, sendo necessário a cada 5 ou 10 anos b) contar com espaços amplos, maiores de 200 m², para as salas de
recopiar por causa da obsolescência da tecnologia. depósito, sempre prevendo a expansão do acervo.
IV. A tecnologia de reprodução digital de imagem é vista por muitos c) possuir espaços com capacidade suficiente para instalar áreas
como substituto para o microfilme, levando em consideração distintas como: guarda, descrição, consulta, desinfestação, etc.
custo/qualidade e expectativa de vida. d) apresentar características climato-ambientais que permitam boa
Das afirmativas acima estão corretas: aeração, isolamento térmico, insolação e possibilidade de sistemas de
a) a I, a III e a IV. climatização e de suporte de carga.
b) a I, a II e a IV. e) apresentar áreas específicas para depósito de documentos onde o
c) a II, a III e a IV. acesso é livre e a limpeza periódica.
d) a II, e a III.
e) todas estão corretas. 31. Todo programa de conservação deve buscar a conjugação dos
recursos da arquivística com a tecnologia para preservar o acervo
25. Com relação a tecnologia WORM é incorreto afirmar que: ameaçado de destruição. Qual dos recursos de tecnologia que atende
a) os discos WORM designam discos ópticos cujo processo de à preservação com duas finalidades distintas: salvaguarda e
gravação é físico, havendo alteração de sua superfície. substituição?
b) os discos WORM são passíveis de ilimitadas gravações e leituras. a) Digitalização.
c) conceitualmente, a expressão WORM também aplica-se a CDs. b) Congelamento.
d) um disco WORM de 12 polegadas numca poderá ser lido em dive c) Microfilmagem.
de CD-ROM. d) Fumigação.
e) o disco WORM é a mídia preferida para uso em aplicações das e) Laminação.
informações de valor permanente.
32. A preservação de acervos documentais vem sendo objeto de
27. Uma das alternativas está incorreta em relação a fatores estudo de dirigentes, arquivistas e conservadores. Com relação a
decorrentes da utilização do Gerenciamento Eletrônico de preservação, pode-se afirmar que:
Documentos (GED). I. A criação de um programa de preservação é, na maioria das
a) A constante evolução das mídias implica em futuras migrações instituições, dificultada pela carência de pessoal capacitado, de
entre elas, para assegurar a legibilidade e preservação do acervo. equipamentos e pelo desconhecimento do valor do acervo por parte
b) As mídias eletrônicas não são as mais apropriadas para o dos dirigentes.
armazenamento a longo prazo. II. Atividades como preservação, microfilmagem, restauração, que
c) As mídias tradicionais (papel, microfilme) não permitem acesso empregam métodos e técnicas diferentes, devem ser planejadas de
simultâneo, múltiplos índices, disponibilização remota, facilidade de maneira interligada e devem constituir um mesmo programa de
backup, favorecendo soluções eletrônicas. preservação.
d) O gerenciamento do acervo documental implica na utilização de III. Os danos sofridos em muitas coleções ou conjuntos documentais,
soluções híbridas: documentos com valor legal e/ou histórico ficam em que se encontram em bibliotecas e arquivos, poderiam ser evitados ou
papel, documentos com longo prazo de retenção e baixo índice de
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minorados se estas instituições implementassem um programa de
conservação.
IV. Um programa de preservação implica no conhecimento dos
materiais usados como suporte e registro, o comportamento desses
materiais e o tratamento recebido durante sua utilização.
Marque a alternativa correta em relação às afirmativas acima:
a) I e II estão corretas.
b) I, II e IV estão corretas.
c) II e III estão corretas.
d) I e IV estão corretas.
e) Todas estão corretas.
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TESTE 9
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TESTE10
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GABARITO PRELIMINAR

01- A 02- A 03- B 04- D 05- E 06- D 07- B 08- D 09-C 10- C 11- C 12- B 13- A 14- C 15- E
16- A 17- B 18- D 19- A 20- C 21- C 22- D 23- B 24- A 25- E 26- C 27- A 28- C 29- E 30- B
31- B 32- E 33- A 34- E 35- D 36- D 37- E 38- D 39- C 40- A 41- D 42- B 43- E 44- B 45- C
46- A 47- E 48- C 49- B 50- A
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