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Homenagens
Em 1936, a Academia Norte-Riograndense de Letras dedicou-lhe a poltrona XX, como
reconhecimento à sua obra.
Em 1951, foi feita uma lápide, tendo como epitáfio versos extraídos de seu poema Ao Pé
do Túmulo: "Longe da mágoa, enfim no céu repousa/Quem sofreu muito e quem amou
demais.”
Horto, outros poemas e ressonâncias. [obra reunida], Natal: EDUFRN, 2009, 270p.
MANUSCRITOS
AUTA DE SOUZA - POEMAS ESCOLHIDOS
À minha avó
Minh’alma vai cantar, alma sagrada!
Raio de sol dos meus primeiros dias...
Gota de luz nas regiões sombrias
De minha vida triste e amargurada.
Agonia do Coração
(A Maria Carolina de Vasconcellos)
Ao Cair da Noite
(A Maria Emília Loureiro)
Caminho do Sertão
(A meu irmão João Cancio)
Cantai
(A Edwiges de Sá Pereira)
Expatriai a saudade,
- O espinho do coração -
Cantai a felicidade
De uma existência em botão.
Cantando
(A meu irmão Henrique)
Suspensa voando
Como um Querubim
Que passa cantando
Pelo Azul sem fim.
No céu, se anoitece,
Ninguém vê o sol...
Mas, que importa? A prece
É um rouxinol.
Se espalha no lábio!
Sem gosto de fel,
O doce ressaibo
De um favo de mel.
De um favo tão doce
Como o teu olhar,
Pois nele encarnou-se
Mimosa, a brilhar...