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LAUREN SINGER

Ativista americana, de 28 anos, conhecida por viver uma vida “zero waste”,
isto é, uma vida de “lixo zero” ou “desperdício zero”. Segundo o conceito es-
tabelecido pela ZWIA – Zero Waste International Alliance, “lixo zero” designa
um processo que promove o máximo aproveitamento ou encaminhamento correto de
resíduos recicláveis e orgânicos para que deles resulte o mínimo desperdício
possível, com o objetivo que, no final do ciclo, os materiais não terminem a
sua vida útil em aterros sanitários ou incineradores – contribuindo, desta
forma, para um mundo menos poluído.

Esta “way of life” é bastante exigente e requer muita disciplina, sendo que
nem sempre é fácil conseguir alcançar este tipo de vida, por muito que se
queira – vejamos: há países e zonas onde a reciclagem não é uma opção;
outros há que apesar de disponibilizarem ecopontos, não detêm depois as in-
fraestruturas necessárias para efetivar o processo de reciclagem e, apesar
das pessoas fazerem a separação dos lixos, acaba tudo no mesmo aterro. Para
Lauren, estes problemas poderiam ser resolvidos com o aumento da responsabi-
lização dos produtores – que deviam tratar da reciclagem dos seus próprios
produtos, ou garantir métodos que o permitam fazer, em vez de imputarem essa
responsabilidade à sociedade civil.

Laura tem um site dedicado a estas questões, no qual, através de vídeos e


dicas práticas, ensina e incentiva os seus seguidores a viver uma vida de
desperdício zero. O site - www.trashisfortossers.com - disponibiliza ainda
diversos tipos de produtos naturais que dispensam a utilização de embalagens
ou, cujas embalagens são de fácil decomposição e/ou foram produzidas a pensar
na sua reutilização.
ILUSTRAÇÃO
A ilustração baseou-se na ideia da irresponsabilidade generalizada das empre-
sas que não querem mudar a sua atitude perante um mundo que precisa urgente-
mente que isso aconteça. Preferem, antes sim, manter-se no “status quo” que
lhes permite obter mais lucro a assumir qualquer responsabilidade pelas
emissões de carbono ou lixo que geram.

A personagem masculina, sentada relaxadamente a fumar um cigarro no seu es-


critório (cigarro como elemento figurativo e metafórico para representar a
poluição produzida pela empresa) é observado por uma personagem feminina, de
semblante zangado, que representa a sociedade que já percebeu a necessidade
de mudança da postura individual e coletiva no que à problemática das
questões ambientais diz respeito. Uma sociedade que encontra cada vez mais
apoiantes para a causa, que observa, julga, contesta, protesta e recusa-se a
aceitar todo o tipo de ações de empresas e pessoas que preferem manter-se no
seu próprio conforto, sem se importarem com a implicação das suas ações.

A ilustração foi produzida em seis versões cromáticas – de uma ilustração


para a outra a palete de cores utilizada é mais quente - de forma a mostrar
que, se nada for feito, o aquecimento global vai acabar por nos “assar a
todos”.

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