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Ricardo André de Oliveira

Disciplina: Raciocínio Lógico (GR96002-00672)

Os tópicos abordados na Lógica Proposicional e na Lógica de Predicados são


fundamentais na Computação, pois fornecem bases para representação do
conhecimento, resolução de problemas e permitem que tomadas de decisão sejam
eficazes e inteligentes.

Os principais conceitos abordados na Lógica Proposicional, como: proposição,


operadores lógicos, fórmulas, argumentos, tabela-verdade, métodos para provar que
um argumento é válido, dedução natural, etc. são incorporados quando aprofundamos
os conhecimentos na Lógica de Predicados, que traz uma complexidade adicional
quando aborda-se quantificadores e enunciados categóricos.

Como você simboliza um argumento quantificado e prova que ele é válido ?

Para isso, organize sua solução a partir do enunciado do argumento quantificado a


seguir. Lembre-se, consulte sempre o material disponibilizado, principalmente os
materiais de enunciado categórico quando for simbolizar argumentos. E, consulte as
regras conhecidas no método de dedução natural para facilitar a elaboração da
estratégia no momento de construção da demonstração! Agora, mãos na massa! :-)

Frank Underwood é político, se e somente se, é inteligente. Todos que não são
honestos, não são inteligentes. Frank Underwood não é honesto. Portanto, alguém
não é político.

Utilize a notação:

P(x) para "x é político"

H(x) para "x é honesto"

I(x) para "x é inteligente"

f - Frank Underwood

Agora, convidamos você a responder ao Desafio proposto até o final da semana 5.


Sua resposta precisa atender aos seguintes critérios:

Verificar os predicados e nomes próprios do argumento;


Montar o argumento distinguindo as hipóteses e conclusão;
Construir a demonstração aplicando o método de dedução natural.
Para simbolizar o argumento e provar sua validade usando a lógica de predicados e o
método de dedução natural, primeiro, devemos representar os predicados e nomes
próprios do argumento:

 P(x): "x é político"


 H(x): "x é honesto"
 I(x): "x é inteligente"
 f: Frank Underwood

Agora, vamos analisar o argumento e distinguir as hipóteses e a conclusão:


Hipóteses:

1. Frank Underwood é político: P(f)


2. Se alguém não é honesto, então não é inteligente: ∀x (¬H(x) → ¬I(x))
3. Frank Underwood não é honesto: ¬H(f)

Conclusão:
4. Alguém não é político: ∃x ¬P(x)

Agora, vamos construir a demonstração usando o método de dedução natural. A ideia


é mostrar que, sob as hipóteses dadas, a conclusão segue logicamente.

1. P(f) (Hipótese)
2. ¬H(f) (Hipótese)
3. ∀x (¬H(x) → ¬I(x)) (Hipótese)
4. ¬H(f) → ¬I(f) (Universalização em 3)
5. ¬I(f) (Modus Ponens em 2 e 4)
6. ∃x ¬P(x) (Conclusão não desejada, que contraria o que queremos provar)
7. ¬P(f) (Suposição para uma demonstração por redução ao absurdo)

Agora, estamos em uma demonstração por redução ao absurdo, onde assumimos


temporariamente o oposto da nossa conclusão e tentamos chegar a uma contradição.

1. H(f) (Hipótese)
2. P(f) ∧ H(f) (Conjunção de 1 e 8)
3. ¬P(f) → (P(f) ∧ H(f)) (Implicação em 7)
4. P(f) ∧ H(f) (Modus Ponens em 7 e 10)

Agora, temos uma contradição entre a linha 11 e a linha 2. Isso significa que a
suposição de ¬P(f) levou a uma contradição, portanto, nossa suposição de ¬P(f) deve
estar errada.

1. ¬¬P(f) (Negação da suposição em 7)


2. ∃x ¬P(x) (Introdução do existencial em 12)

Agora, mostramos que sob as hipóteses dadas, chegamos à conclusão desejada ∃x


¬P(x) por meio de uma demonstração por redução ao absurdo. Portanto, o argumento
é válido, e a conclusão é correta: alguém não é político.

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