CENTRO DE ENSINO SUPERIOR MORGANA POTRICH EIRELI

FACULDADE MORGANA POTRICH – FAMP

Curso de fisioterapia

ESTÉR RESENDE TONÉL

A UTILIZAÇÃO DA MIGROGALVANOPUNTURA PARA O TRATAMENTO DE

ESTRIAS ALBAS: UM RELATO DE CASO.

MINEIROS – GO
2022
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A utilização da migrogalvanopuntura para o tratamento de estrias albas: um relato de

caso.

TONEL, Estér Resende ¹

PIRES, Vanessa Martin Coelho²

VALADÃO, Geovana Borges Fusco²

1
Discente do curso de fisioterapia, estagiários de ginecologia e obstetrícia e dermato funcional I da Faculdade
Morgana Potrich – FAMP, Mineiros - GO

2
Docentes do curso de fisioterapia, supervisores do estágio de ginecologia e obstetrícia e dermato funcional I da
Faculdade Morgana Potrich – FAMP, Mineiros – GO

RESUMO

Introdução: As estrias são alterações atróficas, acometidas na camada dérmica da

pele, sendo caracterizadas por lesão no tecido conjuntivo resultante do estiramento
das fibras de colágeno e elastina. Apresentam um problema comum e desagradável
tanto em mulheres quanto em homens saudáveis. Objetivo: Descrever a
experiência acadêmica em campo de estágio de Ginecologia e obstetrícia e Dermato
funcional I na clínica escola de fisioterapia de um paciente com queixas de estrias
em região de abdômen. Método: foi realizado avaliação física com ficha padrão da
clínica escola e coletado imagens pré e pós tratamento. Foram realizadas 11
sessões utilizando a microgalvanopuntura com o aparelho Striat com duração de
50m cada. Resultados: o tratamento da microgalvanopuntura mostrou-se
satisfatório mostrando resultados na coloração e aumento da elasticidade da pele.

Palavras Chaves: Estrias atróficas, corrente galvânica, fisioterapia

ABSTRACT

Relato de caso desenvolvido na Clínica Escola de Fisioterapia da FAMP, Faculdade Morgana Potrich –
Mineiros (GO), Brasil.
Rua 15 nº40, esquina com a 6º Avenida, Centro
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Introduction: Stretch marks are atrophic alterations, affected in the dermal layer of
the skin, and are characterized by injury to the connective tissue resulting from the
stretching of collagen and elastin fibers. They present a common and tolerant
problem in both healthy women and men. Objective: To describe the academic
experience in the field of Gynecology and Obstetrics and Functional Dermatology I in
the physiotherapy school clinic of a patient with complaints of stretch marks in the
abdomen region. Method: a physical assessment was carried out using a standard
form from the school clinic and pre and post treatment images were collected. Eleven
sessions were performed using microgalvanopuncture with the Striat apparatus,
lasting 50m each. Results: The microgalvanopuncture treatment showed results
showing color and increased skin elasticity.

Keywords: Atophic striae, galvanic current, physiotherapy

Introdução
A pele é formada por duas camadas chamadas de epiderme a mais
superficial e derme. A epiderme é recoberta por epitélio queratinizado, uma camada
de células que migram para cima vinda da derme subjacente e morrem quando
atingem a superfície. Essas células são continuamente geradas e substituídas. A
derme é a camada da pele, composta por fibras de colágeno e de elastina e por uma
matriz extracelular, que colaboram para a força e elasticidade da pele. As fibras de
colágeno atribuem à pele sua força e as fibras de elastina propiciam elasticidade. A
rede de colágeno e elastina determina as características físicas da pele. (SANTOS e
OGATA, 2012)

O processo de regeneração da pele pode ser dividido em 3 fases: a primeira

fase ou fase inflamatória, é uma reação defensiva, restrita à área que sofreu a
agressão, serve para destruir ou mobilizar o agressor para depois reorganizar o
tecido, começa no exato momento da lesão até 48 a 72h após. A segunda fase ou
fase proliferativa caracteriza-se pela remoção dos restos celulares e pela separação
temporária do tecido formado durante o estágio anterior. Por fim a terceira fase ou
fase de remodelação, é uma resposta a longo prazo ao ferimento, o processo de
remodelamento da ferida implica no equilíbrio entre a síntese e a degradação de
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colágeno e redução da vascularização e da infiltração de células inflamatórias, até

que se atinja a maturação. (PONTE, 2013)

As estrias são alterações atróficas, acometidas na camada dérmica da pele,

sendo caracterizadas por lesão no tecido conjuntivo resultante do estiramento das
fibras de colágeno e elastina. São caractecterizadas por um aspecto linear e se
organizam de forma perpendicular às linhas de clivagem da pele (FIGUEIREDO
et.al, 2013)
Surgem em razão de alterações na fibra de colágeno e elastina que são
responsáveis pela sustentação e elasticidade da pele. Seu aparecimento podem
ocorrer por vários fatores como a puberdade com o crescimento acelerado, aumento
de peso repentino, gravidez (FERRERA et al, 2020)
Segundo Rebonato et.al 2012, a estria rubra é descrita como a inicial , e
apresenta linfócitos, monócitos e neutrófilos ao redor dos vasos sanguíneos, um
incremento nas células mesenquimais e fibroblastos ativos, que evidenciam uma
fase inflamatória. Com a evolução da mesma são denominadas estrias albas ou
atróficas crônicas pela coloração clara que apresentam. Nessa fase as fibras
colágenas estão diminuídas ou ausentes com perda de tensão e turgor.
As fases de evolução das estrias podem ser interpretadas através de sua
coloração. Inicialmente, as estrias são eritematosas devido à vasodilatação
associada ao processo inflamatório da derme. Por serem de coloração rósea é
denominada rubra. Mais tarde, elas se tornam hipopigmentadas e fibróticas sendo
denominadas estrias albas. (FERREIRA et al, 2016)

Entre os meios utilizados na fisioterapia Dermato Funcional para o tratamento

de estrias está o uso da corrente galvânica através da técnica de
microgalvanopuntura. A corrente galvânica utilizada na microgalvanopuntura é
definida como uma corrente contínua, filtrada e unidirecional, por apresentar ação de
nível superficial e conseguir manter o tempo de propagação da polaridade.
(CAMPOS et.al 2021)

A galvanopuntura é uma técnica que utiliza a corrente galvânica juntamente

com uma agulha no polo negativo, com o objetivo de atenuar o aspecto da pele
estriada. Caracteriza-se por um método invasivo, mas a agulha atinge apenas a
superfície de pele sem aprofundar-se. Com um eletrodo do tipo caneta são
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realizadas micropunturas subepidérmicas, diagonal à pele, de forma superficial

sobre toda a extensão da estria. (SANTOS e OGATA, 2012)

Ainda segundo SANTOS e OAGATA os estímulos provocados na derme

ocasionam uma elevação na quantidade de fibroblastos jovens, uma
neovascularização e um retorno da sensibilidade dolorosa, tendo como
consequência um processo de reparação tecidual e o fechamento das estrias,
causando uma grande melhora no aspecto da pele, por meio de um processo de
reparação. Este processo inflamatório será absorvido em um período de tempo
variável, ocorrendo na média de 2 a 7 dias, estando a paciente apta a realizar uma
nova sessão após esse período.

Metodologia

Trata-se de um relato de caso, paciente F.S.M do sexo masculino, 23 anos de

idade. O objetivo desse relato é descrever a experiência acadêmica em campo de
estágio de ginecologia e obstetrícia e Dermato funcional I na clínica escola de
fisioterapia, com paciente que relata de queixas de estrias em região de abdômen.

Foi realizada avaliação fisioterapêutica por meio de imagens e ficha de

avaliação padrão. A conduta de intervenção utilizada foi o uso da
microgalvanopuntura, com aparelho Striat da IBRAMED. Foram realizadas 11
sessões com duração de 50m cada.

Trata-se de um relato de caso onde foram selecionados artigos por meio das
bases de dados utilizando o Portal regional da BVS e os seguintes descritores em
ciência da saúde (DeCS) e os operadores booleanos AND, OR e AND NOT.

Resultados

No presente relato o qual paciente F.S.M, sexo masculino, 23 anos,

apresentou estrias do tipo rubras em região de abdômen. Foi realizada avaliação por
imagens no início e ao fim do tratamento.

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Foram realizadas 11 sessões de microgalvanoterapia, onde foi realizada a

assepsia com álcool 70% no local de aplicação em seguida, posicionado a placa de
eletrodo de superfície esponjosa e úmida em região contraria ao lado de aplicação,
assim fechando o circuito. A modulação utilizada do aparelho foi de 100
microampéres, e com um eletrodo ativo do tipo caneta conectado a uma agulha do
tipo eletrolifting são realizadas micropunturas subepidérmicas, diagonal à pele, de
forma superficial sobre toda a extensão da estria permanência de 2s da agulha na
pele.

Após as 11 sessões realizadas pode-se observar uma melhora significativa

nas estrias, tanto em coloração quanto em aspecto e elasticidade da pele, como
pode-se observar nas imagens a seguir:

Figura 1: antes x depois

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Discussão

Foi selecionado um paciente do sexo masculino, saudável, com idade de 23

anos, portador de estrias atróficas albas em região de abdômen, com surgimento em
2015 por conta da obesidade.

Galdino (2010) realizou uma pesquisa experimental, verificando o uso da

corrente galvânica no tratamento de estrias. As estrias estavam localizadas em
região lombossacra, foi realizada uma comparação onde no hemicorpo direito foi
utilizada a corrente microgalvânica ligada e no esquerdo foi utilizado o aparelho
desligado. O aparelho foi modulado com a amperagem de 100 microamperes, foram
introduzidas de forma paralela às estrias, punturadas de 3 a 4 centímetros,
permanecendo a agulha por 3 segundos. No hemicorpo esquerdo foi realizada a
punturação com o aparelho desligado, sem passar nenhum tipo de corrente, foram
realizadas 10 sessões, 1 vez na semana ao fim do tratamento notaram que antes do
tratamento a imagem apresentava aspecto inestético, apresentando estrias
esbranquiçadas bem evidenciadas. Após o tratamento, apresentou melhoria no seu
aspecto visual e estético na região tratada, principalmente no hemicorpo direito onde
foi feito o tratamento com o aparelho ligado, observando a diminuição do diâmetro e
redução da depressão das estrias. Quanto ao hemicorpo esquerdo onde foi
realizado o tratamento com o aparelho desligado obteve-se uma melhora porém não
tão satisfatória como a do hemicorpo direito.

Rebonato et.al (2012) em seu estudo utilizou a microcorrente galvânica em

estrias atróficas. O protocolo utilizado foi a microgalvanopuntura aplicada por meio
da técnica de punturação linear, com um total de 10 sessões em região de glúteo.
Inicialmente foi utilizada a modulação de 50 microamperes, seguindo com a
punturação com 100 microamperes, realizadas com uma angulação de 45º de
inclinação da agulha em relação à pele, finalizada com a intensidade de 150
microamperes com a agulha formando uma angulação de 90º. Ao fim obteve uma
melhora significativa nos quadros observados, relacionada à coloração da pele,
alteração no trofismo do tecido e redução de comprimento e espessura.

Bitencourt (2007) concorda que dentre as técnicas de aplicação da

microcorrrente galvânica para o tratamento de estria, a microgalvanupuntura é o

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método mais comumente escolhido entre os fisioterapeutas, por ter a capacidade de

transmitir a corrente até as camadas da derme estimulando o tecido, a fim de
promover a proliferação celular, neovascularização, produção de colágeno, retorno
da sensibilidade dolorosa e consequente a melhoria do aspecto da pele.
Em um estudo realizado por Costa et.al (2018) por meio de um estudo clinico
quase experimental relatou a eficácia da corrente galvânica/eletrolifiting na melhora
da aparência e da sensibilidade de estrias albas, com uma amostra de seis
voluntárias do sexo feminino que apresentavam estrias albas na região glútea.
Foram realizados registros fotográficos para realizar a comparação Foi modulada a
intensidade da corrente em 150 microamperes nas duas primeiras aplicações e a
intensidade de 100 microampères foi aplicada nas quatro aplicações subsequentes.
De acordo com os autores, foi constatado que a corrente galvânica/Eletrolifting é
efetiva, melhorando visualmente o aspecto da estria alba e estatisticamente, a
sensibilidade tátil e dolorosa, além de ter sido considerado um tratamento
satisfatório por parte das participantes. Não foi relatado por nenhuma participante
nenhum efeito adverso.

Estes achados corroboram com o presente estudo de relato de caso,

sugerindo assim que o uso da microcorrente galvânica tem um resultado satisfatório
no tratamento de estrias.

Conclusão

Através deste relato de caso pode-se concluir que com a utilização da

microgalvanopuntura obteve-se um resultado satisfatório no tratamento de estrias
albas.

Referencias

DOS SANTOS FERREIRA, Geisenely Vieira. EFEITOS DA CORRENTE

MICROGALVÂNICA E DA MICRODERMOABRASÃO PARA TRATAMENTO DE
ESTRIAS ATRÓFICAS: REVISÃO DE LITERATURA. Revista Eletrônica da
Faculdade de Ceres, v. 9, n. 1, 2020.

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Santos MS, Ogata G. O uso da galvanopuntura no tratamento das estrias atróficas:

uma revisão bibliográfica [Internet]. Portal Biocursos. 2012. 13 p.
CAMPOS, Catarina Ohanna de Moura et al. A eficácia da corrente galvânica através
da técnica de microgalvanopuntura no tratamento de estrias: uma revisão de
literatura. 2021.

PONTE, Maria Glesilene. Recursos fisioterapêuticos utilizados no tratamento das

estrias: uma revisão de literatura. Caderno de ciências biológicas e da saúde, v.
2, 2013.

Rebonato TA, Deon KC, Fornazari LP, Barp S. Aplicação de microgalvanopuntura

em estrias cutâneas albas. Revista Inspirar. 2012;4(6): 1-6

Galdino AP, Dias KM, Caixeta A. Análise comparativa do efeito da corrente

microgalvânica: estudo de caso no tratamento de estrias atróficas [Internet]. Rev
Saúde CESUC. 2010;1(1): 10p. Disponível em:
http://www.portalcatalao.com/painel_clientes/cesuc/painel/arquivos/upload/temp/
f923213848 cfff2cb7b242bd57160200.pdf

BITENCOURT, Shanna et al. Tratamento de estrias albas com galvanopuntura:

benéfico para a estética, estresse oxidativo e perfil lipídico. 2007.

Costa PH, Silva FS. Efetividade da corrente galvânica / eletrolifting no tratamento de

estrias albas na região glútea. Rev Interdisciplinar Ciências Médicas. 2018.

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