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1 – Apresentação e explicação sintética dos 2 conceitos escolhidos pelo

estudante

Capítulo 5:
- Elasticidade preço da oferta
- Elasticidade procura-preço cruzada
- Elasticidade procura-rendimento

Conceito de Elasticidade:

Imagine um determinado evento que provoque o aumento do preço da


gasolina nos Estados Unidos: uma guerra no Oriente Médio que
interrompe o fornecimento mundial de petróleo; uma expansão da
economia chinesa que provoque o aumento da procura mundial de
petróleo; um novo imposto sobre a gasolina aprovado pelo Congresso.
Como os consumidores reagiriam a esse aumento? Em quanto o
consumo da gasolina seria reduzido? – Elasticidade

Um aumento de 10% no preço da gasolina, reduz o consumo em


aproximadamente 2,5%, após um ano, e cerca de 6%, após cinco anos.

Conceito de Elasticidade da Procura:


A elasticidade-preço da procura mede o quanto a quantidade procurada reage a
uma mudança no preço:

 Procura elástica: quantidade procurada responde substancialmente a


mudanças no preço (ex.: bens de luxo)

 Procura inelástica (rígida): quantidade procurada responde pouco a


mudanças no preço (ex.: bens de alimentação)
Determinantes da Elasticidade-Preço da Procura

 Disponibilidade de substitutos próximos: Bens com substitutos próximos tendem a ter


procura mais elástica porque é mais fácil para os consumidores trocá-los por outros (ex.:
manteiga vs margarina)

 Bens necessários versus bens supérfluos: Os bens necessários tendem a ter procura
inelástica, enquanto a procura por bens de luxo (ou supérfluos) tende a ser elástica
(consulta médica vs iate)

 Definição do mercado: Mercados definidos de forma restrita (ex.: gelados) tendem a ter
procura mais elástica do que mercados definidos de forma ampla (ex.: alimentos), uma vez
que é mais fácil encontrar substitutos para bens definidos de maneira restrita

 Horizonte de tempo: Os bens tendem a apresentar procura mais elástica em horizontes de


tempo mais longos (ex.: gasolina)

OUTRAS ELASTICIDADES DA PROCURA

Além da elasticidade-preço da procura, os economistas usam outras elasticidades para descrever o


comportamento dos compradores num mercado:

 A elasticidade rendimento da procura:

 A elasticidade-preço cruzada da procura:


ELASTICIDADE PROCURA-RENDIMENTO
Com base no valor das elasticidades da procura-rendimento os bens
podem ser classificados do seguinte modo:

 BEM INFERIOR - Se a elasticidade-rendimento for menor do que


zero (ηY <0)

 BEM NORMAL - Se a elasticidade-rendimento for maior que zero


(ηY > 0)

 BEM SUPERIOR - Se a elasticidade-rendimento for maior que um


(ηY > 1) o bem diz-se superior ou de luxo, dado que a procura
destes bens aumenta mais rapidamente do que o rendimento. Por
exemplo, se a elasticidade rendimento pela procura de carros for
de 2, um aumento do rendimento de 10% levar· a um aumento de
20% na procura de automóveis. Contudo, dada esta elasticidade
elevada (procura elástica), uma diminuição do rendimento
disponível pode levar a uma acentuada diminuição nas vendas de
automóveis.

 BEM NECESS£RIO - Se a elasticidade-rendimento for maior que


zero e menor que um (0< ηY < 1) o bem diz-se necessário, como
são os bens alimentares, tal como sugere a lei de Engels. Por
exemplo, se a elasticidade procura-preço por bens alimentares for
de 0,5, um aumento de 10% no rendimento disponível resultar·
num aumento destes bens de apenas 5%
Importa sublinhar que a classificação dos bens em inferiores, normais,
superiores ou necessários não tem qualquer relação com as suas
qualidades substanciais, mas traduz o comportamento do
consumidor em relação com o nível do seu rendimento.

Assim, um bem pode ser classificado de inferior para determinado


consumidor ou grupo de consumidores e normal para outro ou outros
consumidores, dependendo, entre outros: do seu nível de rendimento, q
dos seus gostos ou preferências, q do seu status ou ponto de referência,
que influenciam o seu comportamento quanto ao consumo de
determinados bens

EXEMPLO

Pode analisar-se, com um exemplo, a relação entre o nível de


rendimento e classificação dos bens em normais, inferiores e superiores.
Considerem-se os valores do quadro seguinte, para o rendimento e para
o consumo do bem X (mota de água):

Utilizando o conceito de elasticidade-rendimento, pode analisar-se para


que faixas de rendimento o bem X é um bem inferior, um bem
necessário ou um bem superior.

Considerando os primeiros acréscimos de Y e X, tem-se:


Como a elasticidade rendimento È ηY = 2, considerando as primeiras
faixas do rendimento, o bem È considerado superior.

Do mesmo modo, quando o nível de rendimento do consumidor se eleva


de 1 200 para 1 600 a quantidade consumida aumenta de 10 para 15,
tem-se que:

o bem continua a ser um bem superior.

Quando o nível de rendimento do consumidor aumenta de 1600 para


2000 e a quantidade consumida do bem X, aumenta de 15 para 18,
tem-se que:

Como a elasticidade-rendimento nesta faixa é menor que um, o bem È


considerado normal.

Mas quando o nível de rendimento aumenta para 2800, a quantidade


consumida desce para 19, tem-se a seguinte elasticidade:
Dado que, nesta faixa de rendimento, a elasticidade-rendimento È
negativa, o bem é considerado inferior, pois a sua procura diminui
quando o rendimento sobe.

ELASTICIDADE CRUZADA DA PROCURA

A variação do preço de um determinado bem pode afetar a quantidade


procurada de outros bens. Para se obter esses efeitos utiliza-se o que È
denominado por elasticidade-cruzada.

Este conceito traduz-se no rácio da variação percentual na quantidade


procurada de um determinado bem devido a 1% da variação do preço
de outro bem, ceteris paribus.

Este conceito de elasticidade-cruzada, permite-nos classificar os bens


como: q Substitutos, q Complementares, ou independentes.

Diferentemente da elasticidade-preço da procura, onde tomamos o valor


da elasticidade em números absolutos, na elasticidade cruzada È
importante considerar os valores, positivos ou negativos, a fim de
podermos estabelecer a relação entre os bens que queremos relacionar.

A elasticidade-cruzada pode ser positiva, negativa ou nula: q È positiva


para os bens substitutos, q È negativa para os bens complementares e q
È nula para os bens independentes.

BENS SUBSTITUTOS

Com efeito, se X e Y s„o dois bens substitutos, se o preÁo de X sobe, o


consumidor tende a comprar mais do bem substituto de X. Como as
duas vari·veis consideradas na elasticidadecruzada sobem, o seu sinal È
positivo. As variaÁıes dos preÁos de um bem e as quantidades do outro,
ceteris paribus, variam no mesmo sentido, pelo que a elasticidade-
cruzada destes bens È positiva.

A medida que o preÁo de Y vai crescendo a quantidade de X vai subindo,


pelo que a elasticidade cruzada dos dois bens substitutos È positiva

BENS COMPLEMENTARES

Ao contr·rio, quando dois bens s„o complementares, a sua elasticidade


cruzada È negativa, pois a subida do preÁo de um dos bens tem como
efeito o decrÈscimo da quantidade procurada do outro bem
complementar. … o caso, por exemplo, de computadores e impressoras.
Se o preÁo dos computadores diminui a quantidade procurada de
impressoras tende a subir. As variaÁıes dos preÁos de um bem e as
quantidades do outro, ceteris paribus, variam em sentido inverso, pelo
que a elasticidade-cruzada destes bens È negativa.
Se o preÁo de Y diminuir de Py1 para Py2 a quantidade de X sobe de X1
para X2 , pelo que a elasticidade cruzada dos dois bens complementares
È negativa

BENS INDEPENDENTES

Se a elasticidadecruzada da procura for zero, significa que os bens X e Y


s„o independentes, ou seja, a variaÁ„o do preÁo de um deles, por
exemplo do bem Y, n„o afeta a quantidade procurada de X, o que
evidencia que os bens n„o s„o relacionados.

Qualquer que seja a variaÁ„o do preÁo do bem Y, a quantidade


procurada de X mantÈm-se constante, ceteris paribus
2 – Aplicação dos dois conceitos ao estudo de um setor/mercado específico
escolhido pelo estudante, com reflexão crítica sobre

2.1 - A relevância dos conceitos para a tomada de decisão empresarial

2.2 - A disponibilidade ou não da informação quantitativa e/ou qualitativa

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