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RESUMO
ABSTRACT
It aims to verify the correlation detection of climate change, dependent on weather extremes
indices of air temperature in the Amazônia Ocidental and analyze their relationships with the
anomalies of sea surface temperature (SST) in the regions of North Atlantic Tropical Index (TNAI),
South Atlantic Tropical index (TSAI) and regions of the Pacific Ocean Niño 1 +2, 3 +4 3 and 4. We
used a series of indices of air temperature of 36 grid points in the Amazônia Ocidental, in the period
1970-2001, from reanalysis project ERA-40 from the European Centre for Medium-Range Weather
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Encontro
Internacional
da
Governança
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Água
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Água
e
Mudanças
Climáticas
Forecasts (ECMWF), and indices of SST anomalies on the site of the NCEP (National Centers for
Environmental Prediction). We conducted correlation (Pearson correlation coefficient) between the
SST anomalies and the average annual rates of air temperature. Correlations between indices of air
temperature and SST anomalies in the Atlantic and Pacific oceans demonstrated the strong
influence of SST anomalies from both Oceans on the studied region, thus strengthening, studies
show that the performance of ENSO and the dipole Atlantic as a major influence on the climate of
the Amazônia Ocidental.
RESUMEN
Palabras clave: Temperatura superficial del mar; La variabilidad del clima; Índices.
INTRODUÇÃO
OBJETIVO
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Encontro
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e
Mudanças
Climáticas
A alta variabilidade climática na Amazônia resulta em eventos de completa inundação da
bacia amazônica a secas severas (por exemplo, a ocorrida no ano de 2005 e estudada por
Marengo et al. (2008)). Com isso, torna-se imprescindível pesquisar as correlações dos índices de
extremos climáticos para a Amazônia Ocidental, uma vez que os mesmos podem ser utilizados
como indicadores para prevenir ou mitigar desastres. Este artigo tem como objetivo estudar a
influência das anomalias da Temperatura da Superfície do Mar- TSM do Atlântico e do Pacífico nos
anos de 1970 a 2001 sobre o regime de índices de extremos climáticos, dependentes da temperatura
do ar na Amazônia Ocidental.
METODOLOGIA
Figura 1. Distribuição espacial dos pontos de grade na Amazônia Ocidental e sua localização no Brasil.
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Climáticas
Tabela 1. Coordenadas geográficas dos pontos de grade na Amazônia Ocidental.
Pontos de grade Longitude (graus) Latitude (graus) Pontos de grade Longitude (graus) Latitude (graus)
1 -60 0 19 -72,5 -10
2 -62,5 0 20 -60 2,5
3 -65 0 21 -62,5 2,5
4 -67,5 0 22 -65 2,5
5 -70 0 23 -57,5 -2,5
6 -60 5 24 -60 -2,5
7 -57,5 -5 25 -62,5 -2,5
8 -60 -5 26 -65 -2,5
9 -62,5 -5 27 -67,5 -2,5
10 -65 -5 28 -70 -2,5
11 -67,5 -5 29 -60 -7,5
12 -70 -5 30 -62,5 -7,5
13 -72,5 -5 31 -65 -7,5
14 -60 -10 32 -67,5 -7,5
15 -62,5 -10 33 -70 -7,5
16 -65 -10 34 -72,5 -7,5
17 -67,5 -10 35 -60 -12,5
18 -70 -10 36 -62,5 -12,5
Tabela 2. Índices climáticos dependentes da temperatura do ar, com suas definições e unidades.
TXx Máxima da temperatura máxima Valor máximo mensal da temperatura máxima diária °C
TNn Mínima da temperatura mínima Valor mínimo mensal da temperatura mínima diária °C
(2)
Foram adotados três níveis de significância, ou seja, 90% que corresponde a valores de
1,69≤t<2,04, 95% com valores de 2,04≤ t <2,75 e 99% correspondendo a t≥2,75.
MARCO TEÓRICO
Uma das mais significativas consequências do aquecimento global poderá ser um aumento na
magnitude e frequência dos extremos de precipitação através do acréscimo dos níveis de umidade
na atmosfera e/ou atividades convectivas de grande escala (SHOURASENI e ROBERT, 2004).
A TSM é um dos fatores com grande influência sobre o clima da área estudada, sendo assim,
o comportamento dos Oceanos Pacífico e Atlântico é de relevante importância para o clima.
Segundo Münnich e Neelin (2005) grande parte da variabilidade do Atlântico tropical é atribuída ao
El Niño Oscilação Sul-ENSO.
O desmatamento e as mudanças no uso da terra, como resultado das atividades humanas na
Amazônia e na bacia do rio Prata, aumentaram rapidamente nas recentes décadas e há evidências de
que estas ações modificam as características termodinâmicas da baixa atmosfera (MARENGO,
2006). Estas mudanças são consequências de influência mútua entre o clima, hidrologia, vegetação
e o gerenciamento dos recursos hídricos.
A possibilidade de influências do Atlântico tropical na precipitação da Amazônia foi destaque
após o evento severo de seca em 2005 (MARENGO et al., 2008; ZENG et al., 2008). Este evento de
seca foi um dos piores dos últimos 100 anos, que afetou rios afluentes do Amazonas, como o
Solimões e Madeira no sul da Amazônia (MARENGO et al., 2008).
Estudos recentes apontam que o aquecimento global trará impactos potencialmente
catastróficos para a Amazônia, ao passo que a manutenção da floresta amazônica oferece uma das
opções mais valiosas e de baixo custo para mitigar as mudanças climáticas (FEARNSIDE 2009).
Ademais, a água reciclada pela floresta fornece parte da chuva que mantém as condições climáticas
apropriadas para floresta tropical, especialmente durante a estação seca (FEARNSIDE 2009;
YOON e ZENG 2010).
RESULTADOS E DISCUSSÃO
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Mudanças
Climáticas
Por meio do padrão espacial obtido das correlações é possível notar os principais sistemas
térmicos que atuam na Amazônia Ocidental e a presença ou não da influência do Oceano Atlântico
e Pacífico. Os tons claros (cinzas) representam as correlações negativas (positivas).
O índice TXx (°C) é positivamente correlacionado com as regiões do Pacífico, Figura 2(a),
(b), (c) e (d), na parte leste e este. Na Amazônia Ocidental a ocorrência de eventos de El Niño tende
a ocasionar aumentos nas temperaturas máximas e mínimas e a ocorrência de eventos de La Niña
tende a provocar efeitos inversos.
Adicionalmente, Schneider et al. (2006) encontraram que o desflorestamento da Amazônia
levaria a um aumento da variabilidade do ENSO e um aquecimento médio anual no Pacífico
equatorial leste. Esse aumento da variabilidade do ENSO estaria relacionado com um aumento da
temperatura da superfície na região desflorestada que levaria a mudanças no padrão de vento
próximo à superfície, que se estenderiam até o Pacífico e Atlântico e afetaria o vento superficial
sobre o oceano, com anomalias de oeste no Pacífico leste. O índice TXx correlaciona-se
positivamente apresentando significância estatística com as regiões do Pacífico, Tabela 3.
(b)
(a)
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Climáticas
(c) (d)
Figura 2. Correlação do índice TXx com: (a) Niño 1+2; (b) Niño 3; (c) Niño 3+4 e (d) Niño 4, para a Amazônia
Ocidental, período 1970-2001.
Tabela 3. Correlações que apresentam significância estatística do índice TXx com as TSM do
oceano Pacífico, período de 1970 a 2001, Amazônia Ocidental.
TXx TXx
Long. Lat. TXx Niño1+2 Long. Lat. TXx Niño3 Long. Lat. Niño3+4 Long. Lat. Niño4
-65 0 0,33* -67,5 0 0,32* -67,5 0 0,32* -67,5 0 0,35*
-60 -5 0,46*** -70 0 0,34* -70 0 0,42** -60 -5 0,44**
-62,5 -5 0,46*** -60 -5 0,47*** -60 -5 0,42** -72,5 -5 0,39**
-72,5 -5 0,35** -62,5 -5 0,39** -72,5 -5 0,33* -67,5 -10 0,37**
-60 -10 0,31* -60 2,5 0,34* -60 2,5 0,32* -57,5 -2,5 0,30*
-62,5 -10 0,34* -65 2,5 0,47*** -65 2,5 0,43** -60 -2,5 0,43**
-65 -10 0,42** -57,5 -2,5 0,39** -57,5 -2,5 0,35** -62,5 -2,5 0,44**
-67,5 -10 0,30* -60 -2,5 0,48*** -60 -2,5 0,47*** -70 -2,5 0,33*
-65 2,5 0,53*** -62,5 -2,5 0,37** -62,5 -2,5 0,36** -60 -12,5 0,41**
-57,5 -2,5 0,45**
-60 -2,5 0,48***
-62,5 -2,5 0,39**
-60 -7,5 0,35**
-65 -7,5 0,40**
-67,5 -7,5 0,46***
Legenda: Valores críticos para o Teste t de Student: * t ≥1,69 90% de confiabilidade; ** t ≥2,04 95% de confiabilidade;
*** t ≥2,75 99% de confiabilidade.
Observa-se, Figura 3(a), que na medida em que o índice TXx vai deixando de se
correlacionar com as regiões do Pacífico, a TXx passam a se correlacionar fortemente com o TNAI,
apresentando significâncias superiores a 90%, Tabela 4. O TSAI apresenta pouca influência no
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Climáticas
comportamento do índice TXx, Figura 3(b). Estes resultados concordam com os encontrados por
Silva Júnior (2010) para a Amazônia Ocidental.
(a) (b)
Figura 3. Correlação do índice TXx com: (a) TNAI e (b) TSAI; para a Amazônia Ocidental, período 1970-2001.
Tabela 4. Correlações que apresentam significância estatística do índice TXx com as TSM do
oceano Atlântico, período de 1970 a 2001, Amazônia Ocidental.
Long. Lat. TXx TNAI Long. Lat. TXx TNAI Long. Lat. TXx TNAI Long. Lat. TXx TNAI
-63 0 0,62*** -72,5 -10 0,48*** -65 -5 0,60*** -70 -2,5 0,65***
-65 0 0,71*** -62,5 2,5 0,66*** -67,5 -5 0,48*** -60 -7,5 0,70***
-68 0 0,57*** -65 2,5 0,69*** -70 -5 0,63*** -63 -7,5 0,60***
-70 0 0,35** -57,5 -2,5 0,50*** -60 -10 0,56*** -65 -7,5 0,62***
-60 5 0,79*** -60 -2,5 0,41** -62,5 -10 0,55*** -68 -7,5 0,58***
-58 -5 0,62*** -62,5 -2,5 0,73*** -65 -10 0,60*** -70 -7,5 0,57***
-60 -5 0,63*** -65 -2,5 0,64*** -67,5 -10 0,72*** -73 -7,5 0,46***
-63 -5 0,69*** -67,5 -2,5 0,47*** -70 -10 0,37** -60 -12,5 0,37**
Long. Lat. TXx TSAI
-65 -10 0,32*
Legenda: Valores críticos para o Teste t de Student: * t ≥1,69 90% de confiabilidade; ** t ≥2,04 95% de confiabilidade;
*** t ≥2,75 99% de confiabilidade.
A Figura 4(a), (b), (c) e (d) evidencia a influência positiva do aquecimento das águas do
Pacífico sobre as TNn em eventos de El Niño e a redução em eventos de La Niña. O índice TNn é
fortemente correlacionado com todas as anomalias da TSM do Pacífico, apresentando significância
estatística de 99% em quase todas as células, Tabela 5.
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Climáticas
(a) (b)
(c) (d)
Figura 4. Correlação TNn com: (a) Niño 1+2 (b) Niño 3 (c) Niño 3+4 (d) Niño 4; para a Amazônia Ocidental, período
1970-2001.
Tabela 5. Correlações que apresentam significância estatística do índice TNn com as TSM do
oceano Pacífico, período de 1970 a 2001, Amazônia Ocidental.
Long. Lat. TNn Niño1+2 Long. Lat. TNn Niño1+2 Long. Lat. TNn Niño3 Long. Lat. TNn Niño3
-60 0 0,33* -70 -10 0,30* -60 0 0,39** -60 2,5 0,54***
-62,5 0 0,43** -60 2,5 0,48*** -62,5 0 0,43** -62,5 2,5 0,43**
-65 0 0,61*** -62,5 2,5 0,43** -65 0 0,55*** -65 2,5 0,59***
-67,5 0 0,61*** -65 2,5 0,61*** -67,5 0 0,53*** -57,5 -2,5 0,52***
-70 0 0,51*** -57,5 -2,5 0,58*** -70 0 0,50*** -60 -2,5 0,60***
-60 5 0,35** -60 -2,5 0,61*** -57,5 -5 0,39* -62,5 -2,5 0,51***
-57,5 -5 0,48*** -62,5 -2,5 0,50*** -60 -5 0,57*** -65 -2,5 0,57***
-60 -5 0,60*** -65 -2,5 0,63*** -62,5 -5 0,52*** -67,5 -2,5 0,58***
-62,5 -5 0,60*** -67,5 -2,5 0,64*** -65 -5 0,52*** -70 -2,5 0,59***
-65 -5 0,62*** -70 -2,5 0,59*** -67,5 -5 0,53*** -60 -7,5 0,59***
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Governança
da
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e
Mudanças
Climáticas
-67,5 -5 0,60*** -60 -7,5 0,66*** -70 -5 0,58*** -62,5 -7,5 0,48***
-70 -5 0,60*** -62,5 -7,5 0,58*** -72,5 -5 0,60*** -65 -7,5 0,55***
-72,5 -5 0,51*** -65 -7,5 0,66*** -60 -10 0,41** -67,5 -7,5 0,59***
-60 -10 0,46*** -67,5 -7,5 0,62*** -62,5 -10 0,40** -70 -7,5 0,41**
-62,5 -10 0,49*** -70 -7,5 0,40** -65 -10 0,48*** -72,5 -7,5 0,44**
-65 -10 0,54*** -72,5 -7,5 0,45*** -67,5 -10 0,52*** -60 -12,5 0,31*
-67,5 -10 0,50*** -62,5 -12,5 0,31* -70 -10 0,33*
-70 -10 0,30
Long. Lat. TNn Niño3+4 Long. Lat. TNn Niño3+4 Long. Lat. TNn Niño4 Long. Lat. TNn Niño4
-60 0 0,39** -60 2,5 0,53*** -60 0 0,35** -62,5 2,5 0,48***
-62,5 0 0,43** -62,5 2,5 0,44*** -62,5 0 0,46*** -65 2,5 0,53***
-65 0 0,53*** -65 2,5 0,54*** -65 0 0,51*** -57,5 -2,5 0,47***
-67,5 0 0,49*** -57,5 -2,5 0,51*** -67,5 0 0,45*** -60 -2,5 0,50***
-70 0 0,48*** -60 -2,5 0,57*** -70 0 0,48*** -62,5 -2,5 0,48***
-57,5 -5 0,33* -62,5 -2,5 0,50*** -57,5 -5 0,31* -65 -2,5 0,50***
-60 -5 0,55*** -65 -2,5 0,54*** -60 -5 0,51*** -67,5 -2,5 0,52***
-62,5 -5 0,45*** -67,5 -2,5 0,55*** -62,5 -5 0,36** -70 -2,5 0,50***
-65 -5 0,46*** -70 -2,5 0,55*** -65 -5 0,42** -60 -7,5 0,41**
-67,5 -5 0,49*** -60 -7,5 0,50*** -67,5 -5 0,42** -62,5 -7,5 0,34**
-70 -5 0,54*** -62,5 -7,5 0,41** -70 -5 0,46*** -65 -7,5 0,38***
-72,5 -5 0,67*** -65 -7,5 0,47*** -72,5 -5 0,64*** -67,5 -7,5 0,47***
-60 -10 0,33* -67,5 -7,5 0,57*** -67,5 -10 0,39** -70 -7,5 0,37**
-62,5 -10 0,33* -70 -7,5 0,44*** -70 -10 0,30* -72,5 -7,5 0,33*
-65 -10 0,41** -72,5 -7,5 0,42** -60 2,5 0,47***
-67,5 -10 0,51*** -60 -12,5 0,30*
-70 -10 0,37**
Legenda: Valores críticos para o Teste t de Student: * t ≥1,69 90% de confiabilidade; ** t ≥2,04 95% de confiabilidade;
*** t ≥2,75 99% de confiabilidade.
O índice TNn está melhor correlacionado de forma positiva com as anomalias do Atlântico
Norte, Figura 5(a) e com as anomalias dos Atlântico Sul apresenta fraca correlação, Figura 5(b). O
aumento da TNn é um forte indicador de aquecimento. A Tabela 6 apresenta as correlações com
significância estatística do TNAI e TSAI com o índice TNn.
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Climáticas
(a) (b)
Figura 5. Correlação do índice TNn com: (a) TNAI (b) TSAI; para a Amazônia Ocidental, período 1970-2001.
Tabela 6. Correlações que apresentam significância estatística do índice TNn com as TSM do
oceano Atlântico, período de 1970 a 2001, Amazônia Ocidental.
Long. Lat. TNn TNAI Long. Lat. TNn TNAI Long. Lat. TNn TNAI
-60 0 0,29* -65 -5 0,52*** -65 -2,5 0,43**
-62,5 0 0,63*** -67,5 -5 0,47*** -67,5 -2,5 0,64***
-65 0 0,61*** -70 -5 0,36** -70 -2,5 0,48***
-67,5 0 0,59*** -60 -10 0,41** -60 -7,5 0,63***
-70 0 0,57*** -62,5 2,5 0,59*** -62,5 -7,5 0,46***
-60 5 0,68*** -65 2,5 0,68*** -65 -7,5 0,38**
-57,5 -5 0,66*** -57,5 -2,5 0,52*** -67,5 -7,5 0,35**
-60 -5 0,50*** -60 -2,5 0,37**
-62,5 -5 0,32* -62,5 -2,5 0,48***
Long. Lat. TNn TSAI Long. Lat. TNn TSAI
-60 5 0,41** -70 -10 -0,36**
Legenda: Valores críticos para o Teste t de Student: * t ≥1,69 90% de confiabilidade; ** t ≥2,04 95% de confiabilidade;
*** t ≥2,75 99% de confiabilidade.
O comportamento da Temperatura máxima das máximas, TXx (°C), Figura 6(a) para a
Amazônia Ocidental durante o período 1970-2001 exibe um aquecimento sistemático na Amazônia
Ocidental, detectando tendências positivas na amplitude térmica máxima em nível anual. Este
aquecimento pode se dar por causa de fatores naturais ou fatores antropogênicos (ex.: ilha de calor e
o efeito de urbanização das grandes cidades, ou a uma combinação dos dois). Observa-se uma
grande variabilidade interanual, com aumentos na amplitude térmica durante as grandes secas que
afetaram a Amazônia Ocidental durante 1980, 1983, 1991 e 1998, provocando aumento das
queimadas e graves impactos à população, com as mais graves associadas ao El Niño (MARENGO
et al., 2006).
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Para a temperatura mínima das mínimas, TNn, (Figura 6b) observa-se que os valores mais
elevados ocorreram em anos de evento El Niño (1982/83; 1987; 1992/93 e 1997/98), enquanto, os
menores, com exceção do ano de 1981, foram verificados em ano de La Niña (1974/75; 1985; 1989
e 1999). Entretanto, ao longo da série é verificado um decaimento de 0,45oC, em 30 anos,
possivelmente devido a efeitos locais, como, por exemplo, o desmatamento, pois a retirada da
vegetação pode levar a uma diminuição da evapotranspiração. Com isto a atmosfera pode ficar mais
seca facilitando a perda para o espaço exterior da radiação de onda longa. Se por um lado, o
desmatamento pode levar a uma diminuição das temperaturas mínimas (Figura 6b), por outro lado,
também pode produzir um aumento das temperaturas máximas (Figura 6a).
Com respeito às
modificações de temperatura para a Amazônia, segundo Nobre (2001), nota-se que a projeção de
aumento de temperatura global segue a mesma tendência de aumento de temperatura à superfície
devido ao desmatamento.
(a) (b)
Figura 6. Tendências dos índices de temperatura média mensal do ar (°C) na Amazônia Ocidental (a) TXx e (b) TNn,
período 1970-2001.
CONCLUSÃO
AGRADECIMENTOS
REFERÊNCIAS
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