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Fundação Universidade Federal de Mato Grosso do Sul


Faculdade de Engenharias, Arquitetura e Urbanismo e
Geografia – FAENG
METEOROLOGIA E CLIMATOLOGIA
Prof. Dr. Widinei A. Fernandes

Avaliação de Parâmetros Meteorológicos


Estação meteorológica de observação de superfície de SÃO GABRIEL DO OESTE
– MS

PERÍODO DE ANÁLISE
16 de Maio de 2017 à 15 de Maio de 2018

Gabriel Araujo Silva Marques


Acadêmico de Engenharia Ambiental

Campo Grande – MS
Jun. 2018
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Fundação Universidade Federal de Mato Grosso do Sul


Faculdade de Engenharias, Arquitetura e Urbanismo e
Geografia – FAENG
METEOROLOGIA E CLIMATOLOGIA
Prof. Dr. Widinei A. Fernandes

Avaliação de Parâmetros Meteorológicos


Estação meteorológica de observação de superfície de SÃO GABRIEL DO OESTE
– MS

Trabalho visado a avaliar 364 dias dos


parâmetros meteorológicos da estação
meteorológica de São Gabriel do Oeste, situada
no estado de Mato Grosso do Sul, como parcela
da nota da disciplina de Meteorologia e
Climatologia, do curso de Engenharia Ambiental
da UFMS, ministradas pelo Professor Dr. Widinei
A. Fernandes.

Gabriel Araujo Silva Marques


Acadêmico de Engenharia Ambiental

Campo Grande – MS
Jun. 2018
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APRESENTAÇÃO

A meteorologia é uma das ciências que estudam a atmosfera terrestre, nesse


contexto é responsável pela exploração de fenômenos climáticos e processos
atmosféricos. Tem foco em previsões climáticas, tendo grande contribuição nas
produções agropecuárias, na conservação do ecossistema e na saúde humana.

Para geração de dados expressamente importantes, são necessárias estações


meteorológicas. Uma estação meteorológica automática (EMA) coleta, de minuto
a minuto, as informações meteorológicas (temperatura, umidade, pressão
atmosférica, precipitação, direção e velocidade dos ventos, radiação solar)
representativas da área em que está localizada.

Segundo nota técnica do Instituto Nacional de Meteorologia (INMET), a estação


meteorológica automática (EMA) é um instrumento de coleta automática de
informações ambientais locais (meteorológicas, hidrológicas ou oceânicas), e
inclui quatro subsistemas: coleta de dados, controle e armazenamento, energia
(painel solar e bateria) e comunicação.

Os dados coletados pelas EMAs são enviados automaticamente para a sede do


INMET em Brasília, de hora em hora, onde são efetuadas as validações (através
de um sistema de qualidade) e disponibilizados em tempo real a todos usuários,
de forma aberta e gratuita para toda a sociedade no portal do INMET. Como são
dados internacionalmente utilizados, o horário usual, nos parâmetros coletados,
é em UTC (Tempo Universal Coordenado), também conhecido como tempo civil,
é o fuso horário de referência a partir do qual se calculam todas as outras zonas
horárias do mundo.

Desta maneira, foi escolhido o município de São Gabriel do Oeste, no estado


de Mato Grosso do Sul, como base de dados a ser observada, tendo como
objetivo a avaliação dos parâmetros meteorológicos apresentados pela
estação. São Gabriel do Oeste é um município brasileiro do estado de Mato
Grosso do Sul.
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O fuso horário do estado do Mato Grosso do Sul é igual a UTC-4, ou seja, se o


horário dado é 00:00 do dia 10, o horário local é 20:00 do dia 9, sempre
subtraindo quatro horas do horário dado nos parâmetros meteorológicos.

Dia 16 de dezembro de 2006, foi inaugurada a Estação Meteorológica de


Observação de Superfície Automática ou Plataforma de Coleta de Dados da
cidade de São Gabriel do Oeste, que é composta de uma unidade de memória
central ligada a vários sensores de parâmetros meteorológicos, integra os
valores observados minuto a minuto e os informa automaticamente por hora
para a central do INMET- Instituto Nacional de Meteorologia.
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SUMÁRIO

1. DESCRIÇÃO .................................................................................................6
2. IMAGEM DA ESTAÇÃO ................................................................................7
3. IMAGENS AÉREAS ...................................................................................... 7
4. TEMPERATURA ...........................................................................................9
5. UMIDADE RELATIVA ................................................................................. 10
6. PRESSÃO ATMOSFÉRICA......................................................................... 11
7. RADIAÇÃO ................................................................................................ 12
8. PRECIPITAÇÃO ......................................................................................... 13
9. VENTOS ..................................................................................................... 17
10. ROSA DOS VENTOS .................................................................................. 18
11. DISTRIBUIÇÃO DE VENTOS ...................................................................... 19
12. CONCLUSÃO.............................................................................................. 23
13. BIBLIOGRAFIA........................................................................................... 24
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DESCRIÇÃO DA ESTAÇÃO

Localização
Estação: São Gabriel do Oeste-
A732

Estado: Mato Grosso do Sul - Brasil


Código OMM: 86789
Registro: 23 UTC
Aberta em: 16/12/2006
Latitude: -19.420320º
Longitude: -54.553088º
Altitude: 646 metros

Sensores
Temperatura Instantânea do Ar
Temperatura Máxima do Ar
Temperatura Mínima do Ar
Umidade Relativa Instantânea do Ar
Umidade Relativa Máxima do Ar
Umidade Relativa Mínima do Ar
Temperatura Instantânea do Ponto de Orvalho
Temperatura Máxima do Ponto de Orvalho
Temperatura Mínima do Ponto de Orvalho
Pressão Atmosférica Instantânea do Ar
Pressão Atmosférica Máxima do Ar
Pressão Atmosférica Mínima do Ar
Velocidade Instantânea do Vento
Direção do Vento
Intensidade da Rajada do Vento
Radiação Solar
Precipitação acumulada no período
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Localização aérea da estação:

Figura 1- Imagem aérea da localização exata da estação meteorológica


8

Figura 2- Imagem aérea da posição da estação em relação a cidade de locação

Figura 3-Imagem aérea da localização da estação meteorológica no país


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TEMPERATURA

35,00
30,00
25,00
20,00
TEMPERATURA MÉDIA C°

15,00
10,00
5,00
0,00

DIAS

Figura 4-Gráfico da Média das temperaturas diárias

A Figura 4, mostra que 19 de Julho de 2017 teve o dia mais frio, com
temperatura média de 11,85°C, enquanto 17 de Outubro teve o dia mais
quente, alcançando 28,9°C de temperatura média. Porém os picos de
temperatura foram nos dias 19 de julho com mínima de 2,2°C, e dia 17 de
outubro com temperatura máxima de 36,1°C.

Média de Temperatura Horária


29,0
28,0
27,0
TEMPERATURA °C

26,0
25,0
24,0
23,0
22,0
21,0
20,0
19,0
18,0
17,0
16,0
15,0
0 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 11 12 13 14 15 16 17 18 19 20 21 22 23
inst. 21,7 21,2 20,9 20,5 20,2 19,9 19,7 19,5 19,3 19,1 19,4 20,9 23,1 25,0 26,4 27,2 27,8 28,1 28,0 27,6 27,1 25,7 23,6 22,5
HORÁRIO UTC

Figura 5-Gráfico da média da temperatura horaria

Analisando a figura 5, a partir de 10 UTC ou 6 horas local, a temperatura média


começa a subir, e chega ao seu pico as 17 horas local e a partir das 18 horas
começa a diminuir.
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UMIDADE

120,00
100,00
UMIDADE %

80,00
60,00
40,00
20,00
0,00

DATA

Figura 6- Gráfico referente a média das umidades relativas diárias


A umidade relativa neste período variou entre 25,6% no dia mais seco à
96,87% no dia mais úmido. O mês de setembro caracterizou o período mais
seco entre os meses avaliados em São Gabriel (Figura 6).

Média da Umidade Horária


90,000
80,000
70,000
60,000
UMIDADE %

50,000
40,000
30,000
20,000
10,000
0,000
0 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 11 12 13 14 15 16 17 18 19 20 21 22 23 24
HORÁRIO DO DIA (UTC)

Figura 7- Gráfico referente a média da umidade relativa horária

A Figura 7 permite observar que a umidade relativa tem seu pico nos horários
antecedentes ao amanhecer da região, quando a atmosfera tem maior fração de
vapor d’água e a evaporação é muito baixa, assim, a partir do amanhecer, o sol
começa aparecer, a superfície esquenta, e a umidade diminui gradativamente
até o horário com maior irradiância do sol no dia, por volta de 12h. A correlação
entre os parâmetros de temperatura e umidade relativa é analisada na figura 15
nas páginas a seguir.
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PRESSÃO

PRESSÃO ATMOSFÉRICA DIÁRIA


950,00
945,00
PRESSÃO

940,00
935,00
930,00
925,00
920,00

DATA

Figura 8-Média das pressões diária

Como visto na Figura 8, temos o dia 16 de maio de 2017 como o de menor


pressão, com aproximadamente 932,38 hPa, e 19 de julho de 2017 como o dia
com maior pressão, chegando próximo a 948,14 hPa.

Média da Pressão Horária


943,000
942,000
941,000
940,000
PRESSÃO HPA

939,000
938,000
937,000
936,000
935,000
934,000
933,000
932,000
0 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 11 12 13 14 15 16 17 18 19 20 21 22 23 24 25
HORÁRIO UTC

Figura -Média das pressões horárias

Percebe-se que a pressão atmosférica oscila entre dois máximos (as 9h e as


21h local), e dois mínimos (3h e 15h local), variação comum em região tropical.
Essa oscilação é resultado da atração gravitacional da lua (GALVANI,2014). O
sol também tem influência, mais apesar de ter muito mais massa está muito mais
distante.
12

RADIAÇÃO

Figura 10- gráfico da radiação média diária

No primeiro mês de estudo, o nível de radiação se apresentou mais baixo,


condizendo com o gráfico de temperatura, que também registrou temperaturas
mais baixas, pelo fato do período se passar no inverno.

Figura 11- Gráfico da radiação média Horário

A visualização da Figura 11 permite observar que a radiação permanece nula


nos períodos do dia sem sol, em média entre as 19h às 6h local, e que ela se
eleva ao amanhecer e cai ao entardecer. Podemos ainda notar que há variações
no momento em que a radiação começa a se elevar e quando está quase
zerando, esse fenômeno é presente pois ocorre interferência nos sensores,
talvez por conta das luzes de postes ou até por sensibilidade do sensor ao
perceber os primeiros raios solares.
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PRECIPITAÇÃO

Figura 12-Gráfico da Precipitação diária durante o período

A Figura 12 mostra que o período mais chuvoso é na primavera, até o início do


verão, e que de fato o inverno determina um período seco para região,
mostrando quase um mês sem chuva do final de junho ao fim de julho. Entre
tanto, o dia que foi captado maior precipitação foi 02 de outubro com 69,60 mm
de chuva.

Figura 13-Gráfico da precipitação em relação a pressão diária no período


A Figura 13 permite observar que em momentos antecedentes a chuva a pressão
tende a cair. Sabemos que são vários fatores que interferem na pressão, como
temperatura das massas e rajadas de ventos em diferentes altitudes e
intensidades, porém o gráfico mostra a relação da chegada de nuvens potenciais
de chuva e sua interferência na pressão atmosférica
14

Em latitudes médias o tempo é dominado por uma contínua procissão de


diferentes massas de ar que trazem junto mudanças na pressão atmosférica e
mudanças no tempo. Em geral, o tempo torna-se mais tempestuoso quando a
pressão cai, e bom quando a pressão sobe. A influência do vapor d’água: a maior
presença de vapor d’agua no ar diminui a densidade do ar porque o peso
molecular da água (18kg/mol) é menor que o peso molecular médio do ar (29
Kg/mol). Portanto, em iguais temperaturas e volumes, uma massa de ar mais
úmida exerce menos pressão que uma massa de ar mais seca (MIRANDA,2005).

PESO MOLECULAR: N2 = 28 e O2 = 32 e outros gases; ARN2+O2 ≅ 29 e H2O = 18 Kg/mol.

Mudanças na pressão podem dever-se à advecção de massa de ar ou à


modificação de massa de ar. A modificação de uma massa de ar (mudanças na
temperatura e/ou concentração de vapor d’água) pode ocorrer quando a massa
de ar se desloca sobre diferentes superfícies. Assim fiz um gráfico comparando
a temperatura e pressão, Figura 14.

Pressão em relação a Temperatura


942 30
940
25
938

TEMPERATURA
936
PRESSÃO

20
934
932 15
930
10
928
926 5
20/02/2016 20/03/2016 20/04/2016 DATA20/05/2016 20/06/2016 20/07/2016

Temperatura °C Pressão hPa

Figura 14- Gráfico da pressão em relação a temperatura diária.

Percebe-se em alguns pontos do gráfico que quando a temperatura cai a pressão


também cai, mais em outros pontos esse padrão é desfeito, assim, para
comparações entre pressão e temperatura, os dados de uma estação
meteorológica não são usuais, pois sabemos que a estação meteorológica coleta
dados a nível da superfície onde está alocada, e que para este tipo de análise
são necessários sensores a diferentes tipos de altitude para avaliar os
parâmetros das massas de ar.
15

Figura15-Gráfico de temperatura em relação a umidade relativa média horária

Acima, temos a Figura 15, que mostra a total relação inversa entre a umidade e
a temperatura. Percebe-se que são dados espelhados no gráfico onde um é o
oposto do outro. O momento em que esses parâmetros se tocam é justamente
no amanhecer e anoitecer, ou seja, se a temperatura diminui a umidade aumenta
e vice versa.
16

RADIAÇÃO E TEMPERATURA

Figura 16-Gráfico da Radiação em Relação a temperatura diária

Note que a Figura 16 evidencia um padrão de relação entre os parâmetros,


em que, quando a radiação é alta no dia, geralmente a temperatura tende a ser
alta no dia também, isso é já é previsto já que a radiação solar é responsável
pelo aquecimento da superfície e consequentemente aumento da temperatura.

Figura 17-Gráfico da Radiação em relação a Temperatura horária

Perceba na Figura 17 que, a radiação média horária tem relação diretamente


proporcional a temperatura média horária no período diurno do dia, note que
nestes momentos o gráfico cresce com mesmo comportamento, e ainda, quando
a radiação chega no seu pico a temperatura tende a continuar aumentando, e
após 2 horas, a temperatura chega a seu pico. Desta forma, após o pico da
radiação a temperatura segue um atraso de decaimento com mesmo
comportamento da radiação, porém mais prolongado.
17

VENTOS

Figura 18-Velocidade de ventos, média diária

O dia com maior média de velocidade de ventos é 02 de janeiro de 2018, e de


menor no dia 22 de dezembro de 2017.
18

ROSA DOS VENTOS

Figura 19-Rosa dos ventos produzida com software WRPLOT View


19

Figura20-Gráfico da distribuição da frequência da classe do vento produzida com software WRPLOT View

Por erros os dados obtidos não foram satisfatórios para a total realização da
analise dos ventos da estação de São Gabriel do Oeste.
20
21

CONCLUSÃO

Ocorrentes diferenças na temperatura ou no conteúdo de vapor d’água, ou


ambos, modifica a pressão atmosféricas exercida pelas massas de ar; A
radiação precede a temperatura após seu pico, entre 1 e 2 horas de diferença
na cidade de Costa Rica, ou seja, radiação chega primeiro e o aquecimento
acontece depois.
na pressão atmosférica e drástica baixa da temperatura por alguns dias.
Diante o exposto, concluí que as práticas e métodos adotados são
plenamente realizáveis e suficientemente conclusivas para estudo e avaliação
de parâmetros meteorológicos de um município, permite a discussão e
aprendizado prático de forma didática e completa sobre o conteúdo de
climatologia, levantando argumentos que levam ao descobrimento de novas
técnicas e aprimoramento das existentes.
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BIBLIOGRAFIA

Estação Meteorológica de Observação de Superfície Automática, INMET -


Instituto Nacional de Meteorologia - Brasília-DF.

NOTA TÉCNICA. Rede de Estações Meteorológicas Automáticas do


INMET- Instituto Nacional de Meteorologia - Brasília-DF.

National Oceanic and atmospheric administration. NATIONAL


HURRICANE CENTER. “What is UTC or GMT Time?”. USA.gov.

ANDRADE, J. Energia no Sistema Climático. Departamento de


Géociências, Universidade de Évora – 2011.

GRAÇA C. Apresentação em Tema “Calculo vetorial”. UFSM, Rio Grande


do Sul - 2012.

SILVA. V. M. “Meteorologia e Climatologia” versão digital, Recife- Março de


2006.
GALVANI, E. Climatologia “Pressão atmosférica”, LCB- Departamento de
Geografia, USP. São Paulo, 2014.

RECURSOS

Earth Wind Map community,ronmental website: earth.nullschool.net. -


2016.

Google Earth, Cnes/Spot image- 2016.

WRPlot Rose Plots for Meteorolical Data, Lakes environmental Software-


version 7.0.0-2016.

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