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2020

PLANO DE GERENCIAMENTO DE RESÍDUOS


DE SERVIÇO DE SAÚDE

POLICLÍNICA
IBIRAPUERA
03/09/2020
PLANO DE GERENCIAMENTO DE
RESÍDUOS DE SERVIÇO DE SAÚDE

SIGLAS

ABNT - Associação Brasileira de Normas Técnicas


ARE – Abrigo de Resíduos Externo
SCIH - Serviço de Controle de Infecção Hospitalar
CIPA - Comissão Interna de Prevenção de Acidentes
CONAMA - Conselho Nacional de Meio Ambiente
EBSERH – Empresa Brasileira de Serviços Hospitalares
EPC - Equipamento de Proteção Coletiva
EPI - Equipamento de Proteção Individual
FISPQ - Ficha de Informação de Segurança de Produtos Químicos
MEAC – Maternidade Escola Assis Chateaubriand
NBR - Norma Brasileira
NR - Norma Regulamentadora
PCMSO – Programa de Controle Médico de Saúde Ocupacional
PGRSS - Plano de Gerenciamento de Resíduos de Serviços de Saúde
PPRA - Programa de Prevenção de Riscos Ambientais
RDC - Resolução de Diretoria Colegiada
RSS - Resíduos de serviços de saúde
USOST – Unidade de Saúde Ocupacional e Segurança do Trabalho

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PLANO DE GERENCIAMENTO DE
RESÍDUOS DE SERVIÇO DE SAÚDE

1. APRESENTAÇÃO

O Plano de Gerenciamento de Resíduos de Serviços de Saúde (PGRSS) foi


concebido com o intuito de apresentar a toda a comunidade do Hospital
Universitário Walter Cantídio, e aos órgãos de controle, como estão
organizadas as políticas de gerenciamento de resíduos gerados pela Unidade
Hospitalar.
Assim, foi criado a Comissão de Elaboração do PGRSS, a qual realizou um
diagnóstico em cada unidade, relatando como são praticadas as ações de
segregação, acondicionamento, armazenamento, coleta, transporte e
destinação final dos resíduos. Esses diagnósticos, bem como as melhorias
necessárias, serviram como base para a construção desse documento.
Portanto, o PGRSS visa não somente relatar a situação atual, mas orientar
sobre as boas práticas necessárias ao desenvolvimento sustentável do órgão
frente à necessidade de tratar adequamente os resíduos gerados, de modo que
a atividade hospitalar tenha o menor impacto possível ao Meio Ambiente.
Como sabemos, os resíduos gerados em Serviços de Saúde são altamente
perigosos devido à possibilidade de contaminação biológica e propagação de
doenças contagiosas no ambiente, o que faria com que mais pessoas
adoecessem, e se difundir-se vetores em proporções incontroláveis. Por isso, é
tão importante segregar e destinar adequadamente os resíduos produzidos
para que possamos conservar o meio em que vivemos.
Desse modo, as informações contidas nesse documento contribuirão para
que todos se familiarizem com a aplicação do PGRSS - desenvolvimento,
implementação e monitoramento, e seja um agente facilitador, permitindo um
gerenciamento de resíduos efetivo.

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2. INTRODUÇÃO

A partir da promulgação da Política Nacional de Resíduos Sólidos, Lei


12.305/2010, foi exigida, dos setores públicos e privados, maior transparência
no gerenciamento de seus resíduos através da elaboração de Planos de
Gerenciamento de Resíduos.
Considerando a quantidade de resíduos gerados pela Clínica Ibirapuera,
que requerem soluções técnicas e ambientalmente seguras de coleta,
tratamento e disposição final. O presente Plano de Gerenciamento de
Resíduos de Serviços de Saúde (PGRSS) pretende contribuir para desenvolver
na comunidade da clínica uma mentalidade voltada para a preservação
ambiental, através da discussão e conscientização em torno dos resíduos
gerados por esta comunidade.

O Plano está estruturado para assim descrever:

a) Os tipos de resíduos: conforme classificação da RDC n.º 306 de


07.12.04 da ANVISA, os resíduos de Serviços de Saúde podem ser
classificados em tipo A (A1, A2, A3, A4 e A5), B, C, D, e E. Assim, após
diagnóstico serão apresentados os tipos de resíduos gerados em cada
unidade.

b) A segregação e acondicionamento: todo o gerenciamento de resíduos


se inicia com a segregação correta dos resíduos, sendo assim, esse
documento padronizará como serão segregados, identificados e
acondicionados os resíduos, de acordo com a legislação vigente, e
práticas desenvolvidas no âmbito do HUWC.

c) A coleta, transporte e destinação final: considerando a


responsabilidade do estabelecimento perante o tratamento e destinação
adequada dos resíduos serão descriminados os fluxos de coleta, e
empresas responsáveis pelo transporte e destinação final dos resíduos.
Assim, o PGRSS visa ainda contribuir para o crescimento sustentável e
a segurança dos colaboradores e toda a sociedade. O plano busca

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principalmente a minimização de resíduos, baseado nos princípios dos 3Rs:
Redução de consumo e desperdício, Reutilização e Reciclagem.
Desse modo, são responsabilidades apontadas no Plano a
racionalização do consumo de material, diminuição da quantidade de resíduos
gerados, incentivo as pessoas para aderirem ao programa de coleta seletiva, e
prevenção e redução dos riscos à saúde e/ou ao meio ambiente.

3. OBJETIVOS

3.1. OBJETIVO GERAL

Minimizar a produção de resíduos gerados no âmbito da Policlínica


Ibirapuera, garantir o manejo seguro dos resíduos gerados, e destinação
adequada, através de gerenciamento eficiente, visando à proteção dos
trabalhadores, a preservação da saúde pública, dos recursos naturais, do meio
ambiente, e pautado no princípio dos 3Rs: Redução de consumo e desperdício,
Reutilização e Reciclagem.

3.2. OBJETIVOS ESPECÍFICOS:

Através da equipe de trabalho que compõem o Plano de Gerenciamento dos


Resíduos da Policlínica Ibirapuera, visa-se:

• informar a comunidade da Policlínica quanto aos procedimentos corretos de


gerenciamento dos RSS e as implicações deste na preservação ambiental;
• minimizar a geração de resíduos na fonte;
• adequar a segregação na origem;
• controlar e reduzir acidentes de trabalho;
• maximizar os programas de reuso e reciclagem;
• incentivar as pessoas para aderirem ao programa de coleta seletiva;
• promover a educação ambiental e sanitária;
• prevenir e reduzir os riscos à saúde e/ou ao meio ambiente
• cumprir a legislação vigente (RDC 306/04 e 222/18, e CONAMA 358/05).

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• garantir que os resíduos gerados tenham uma correta disposição final, além
de armazenamentos intermediários.

4. DADOS SOBRE O ESTABELECIMENTO

 POLICLÍNICA IBIRAPUERA LTDA


 CNPJ: 00.125.683/0001-03
 AV. CONTORNO LESTE, Nº 07, COHATRAC I
 SÃO LUÍS-MA
 CEP: 65053-570

5. TIPOS E QUANTIDADES DE RESÍDUOS GERADOS

5.1 Classificações dos Resíduos por Grupo

Os resíduos do Serviço de Saúde gerados nas dependências do


Hospital, foram caracterizados conforme RDC Nº 222, DE 28 DE MARÇO DE
2018 da ANVISA.

GRUPO A – Resíduos potencialmente infectantes

Resíduos com a possível presença de agentes biológicos que, por suas


características, podem apresentar risco de infecção. Enquadram-se nesse
grupo, dentre outros:

A1

- Culturas e estoques de micro-organismos; resíduos de fabricação de


produtos biológicos, exceto os medicamentos hemoderivados; descarte de
vacinas de microrganismos vivos, atenuados ou inativados; meios de cultura e
instrumentais utilizados para transferência, inoculação ou mistura de culturas;
resíduos de laboratórios de manipulação genética.

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- Resíduos resultantes da atividade de ensino e pesquisa ou atenção à saúde de
indivíduos ou animais, com suspeita ou certeza de contaminação biológica por
agentes classe de risco 4, microrganismos com relevância epidemiológica e risco
de disseminação ou causador de doença emergente que se torne
epidemiologicamente importante ou cujo mecanismo de transmissão seja
desconhecido.

- Bolsas transfusionais contendo sangue ou hemocomponentes rejeitadas por


contaminação ou por má conservação, ou com prazo de validade vencido, e
aquelas oriundas de coleta incompleta.

- Sobras de amostras de laboratório contendo sangue ou líquidos corpóreos,


recipientes e materiais resultantes do processo de assistência à saúde, contendo
sangue ou líquidos corpóreos na forma livre.

A2

- Carcaças, peças anatômicas, vísceras e outros resíduos provenientes de


animais submetidos a processos de experimentação com inoculação de
microrganismos, bem como suas forrações, e os cadáveres de animais suspeitos
de serem portadores de microrganismos de relevância epidemiológica e com risco
de disseminação, que foram submetidos ou não a estudo anatomopatológico ou
confirmação diagnóstica.

A3

Peças anatômicas (membros) do ser humano; produto de fecundação sem sinais


vitais, com peso menor que 500 gramas ou estatura menor que 25 centímetros ou
idade gestacional menor que 20 semanas, que não tenham valor científico ou
legal e não tenha havido requisição pelo paciente ou seus familiares.

A4

- Kits de linhas arteriais, endovenosas e dialisadores, quando descartados.

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- Filtros de ar e gases aspirados de área contaminada; membrana filtrante de
equipamento médico-hospitalar e de pesquisa, entre outros similares.

- Sobras de amostras de laboratório e seus recipientes contendo fezes, urina e


secreções, provenientes de pacientes que não contenham e nem sejam suspeitos
de conter agentes classe de risco 4, e nem apresentem relevância epidemiológica
e risco de disseminação, ou microrganismo causador de doença emergente que
se torne epidemiologicamente importante ou cujo mecanismo de transmissão seja
desconhecido ou com suspeita de contaminação com príons.

- Resíduos de tecido adiposo proveniente de lipoaspiração, lipoescultura ou outro


procedimento de cirurgia plástica que gere este tipo de resíduo.

- Recipientes e materiais resultantes do processo de assistência à saúde, que


não contenha sangue ou líquidos corpóreos na forma livre.

- Peças anatômicas (órgãos e tecidos), incluindo a placenta, e outros resíduos


provenientes de procedimentos cirúrgicos ou de estudos anatomopatológicos ou
de confirmação diagnóstica.

- Cadáveres, carcaças, peças anatômicas, vísceras e outros resíduos


provenientes de animais não submetidos a processos de experimentação com
inoculação de microrganismos.

- Bolsas transfusionais vazias ou com volume residual pós transfusão.

A5

- Órgãos, tecidos e fluidos orgânicos de alta infectividade para príons, de casos


suspeitos ou confirmados, bem como quaisquer materiais resultantes da atenção
à saúde de indivíduos ou animais, suspeitos ou confirmados, e que tiveram
contato com órgãos, tecidos e fluidos de alta infectividade para príons.

- Tecidos de alta infectividade para príons são aqueles assim definidos em


documentos oficiais pelos órgãos sanitários competentes.

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GRUPO B - Resíduos Químicos

Resíduos contendo produtos químicos que apresentam periculosidade à


saúde pública ou ao meio ambiente, dependendo de suas características de
inflamabilidade, corrosividade, reatividade, toxicidade, carcinogenicidade,
teratogenicidade, mutagenicidade e quantidade.

- Produtos farmacêuticos
- Resíduos de saneantes, desinfetantes, desinfestantes; resíduos contendo
metais pesados; reagentes para laboratório, inclusive os recipientes
contaminados por estes.
- Efluentes de processadores de imagem (reveladores e fixadores).
- Efluentes dos equipamentos automatizados utilizados em análises clínicas.
- Demais produtos considerados perigosos: tóxicos, corrosivos, inflamáveis e
reativos.

GRUPO C

Qualquer material que contenha radionuclídeo em quantidade superior aos níveis


de dispensa especificados em norma da CNEN e para os quais a reutilização é
imprópria ou não prevista.

- Enquadra-se neste grupo o rejeito radioativo, proveniente de laboratório de


pesquisa e ensino na área da saúde, laboratório de análise clínica, serviço de
medicina nuclear e radioterapia, segundo Resolução da CNEN e Plano de
Proteção Radiológica aprovado para a instalação radiativa.

GRUPO D

Resíduos Comuns

Resíduos que não apresentam risco biológico, químico ou radiológico à


saúde ou ao meio ambiente, podendo ser equiparados aos resíduos domiciliares.

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- Papel de uso sanitário e fralda, absorventes higiênicos, peças descartáveis de
vestuário, gorros e máscaras descartáveis, resto alimentar de paciente, material
utilizado em antissepsia e hemostasia de venóclises, luvas de procedimentos que
não entraram em contato com sangue ou líquidos corpóreos, equipo de soro,
abaixadores de língua e outros similares não classificados como A1.

- Sobras de alimentos e do preparo de alimentos.


- Resto alimentar de refeitório.
- Resíduos provenientes das áreas administrativas.
- Resíduos de varrição, flores, podas e jardins.
- Resíduos de gesso provenientes de assistência à saúde.
- Forrações de animais de biotérios sem risco biológico associado.
- Resíduos recicláveis sem contaminação biológica, química e radiológica
associada.
- Pelos de animais.

Resíduos recicláveis
- Classifica-se como reciclável os papéis (exceto de uso sanitário), papelões,
plásticos, metal, e vidro.

Resíduos Específicos
São classificados assim, os resíduos comuns gerados por obras ou
reformas (entulhos e restos de materiais, exceto tintas e solventes), madeiras e
outras peças provenientes de móveis, artigos eletrônicos (retirada a bateria) e
mobiliário inutilizado.

GRUPO E

Resíduos Perfurocortantes e Escarificantes

Materiais perfurocortantes ou escarificantes, tais como: lâminas de barbear,


agulhas, escalpes, ampolas de vidro, brocas, limas endodônticas, pontas
diamantadas, lâminas de bisturi, lancetas; tubos capilares; ponteiras de
micropipetas; lâminas e lamínulas; espátulas; e todos os utensílios de vidro

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quebrados no laboratório (pipetas, tubos de coleta sanguínea e placas de Petri) e
outros similares.

5.3 Segregação e acondicionamento dos resíduos


A segregação corresponde à operação de separação dos resíduos e deve
ser feita no momento e local de sua geração, conforme as características físicas,
químicas, biológicas, seu estado físico e riscos envolvidos, acondicionando-os
imediatamente, de acordo com a sua espécie e grupo.

Importância da separação dos resíduos de serviços de saúde:

• impede a contaminação dos resíduos comuns pelos resíduos infectantes;


• redução do volume de resíduos contaminados pelo contato por outros;
• diminui os recursos necessários a adequada coleta, tratamento e
destinação final tanto dos resíduos infectantes como dos resíduos comuns;
• facilita o socorro em caso de acidentes;
• permite melhor identificação dos resíduos perigosos, proporcionando
melhores condições de segurança no trabalho.
Após a segregação dos resíduos, estes serão acondicionados conforme
Grupo e Classificação a que pertencem satisfazendo as exigências da legislação
vigente.

Grupo A – Infectantes.

Os resíduos sólidos pertencentes ao Grupo A, serão acondicionados em


sacos plásticos de cor branca, leitoso, ou saco vermelho de acordo com a
classificação dos resíduos, identificados com simbologia de “substância
infectante”.

Os sacos para acondicionamento dos resíduos do grupo A devem estar


contidos em recipientes de material lavável, resistente à punctura, ruptura e
vazamento, impermeável, com tampa provida de sistema de abertura sem contato
manual, com cantos arredondados. Devem ser resistentes a tombamento e
devem ser respeitados os limites de peso de cada invólucro. Os sacos devem

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estar identificados com a simbologia da substância infectante. Sendo proibido o
esvaziamento dos sacos ou seu reaproveitamento.

Substâncias perigosas (corrosivas, reativas, tóxicas, explosivas e


inflamáveis) - devem ser acondicionados com base nas recomendações
específicas do fabricante para acondicioná-los e descartá-los. Elas se encontram
nas etiquetas de cada produto, ou na FISPQ – Ficha de Informações de
Segurança de Produtos Químicos.

Resíduos sólidos - devem ser acondicionados em recipientes de material


rígido, adequados para cada tipo de substância química, respeitadas as suas
características físico-químicas e seu estado físico, devendo ser identificados de
acordo com suas especificações.

Resíduos líquidos - devem ser acondicionados em recipientes


constituídos de material compatível com o líquido armazenado, resistente, rígido e
estanque, com tampa rosqueada e vedante. Devem ser identificados de acordo
com suas especificações.

O acondicionamento deve observar as exigências de compatibilidade


química dos componentes entre si, assim como de cada resíduo com os materiais
das embalagens, de modo a evitar reação química entre eles, tanto quanto o
enfraquecimento ou deterioração de tal embalagem, ou a possibilidade de que
seu material seja permeável aos componentes do resíduo. Quando os recipientes
de acondicionamento forem constituídos de polietileno de alta densidade - PEAD,
deverá ser observada a compatibilidade entre as substâncias.
Os resíduos que irão ser encaminhados para reciclagem ou
reaproveitamento devem ser acondicionados em recipientes individualizados,
observadas as exigências de compatibilidade química do resíduo com os
materiais das embalagens, de forma a evitar reação química entre seus
componentes e os da embalagem, tanto quanto o enfraquecimento ou
deterioração da mesma.
Não se deve permitir que o material da embalagem seja permeável aos
componentes do resíduo.

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Devem ser acondicionados em recipientes de material rígido, adequados
para cada tipo de substância química, respeitadas as suas características físico-
químicas e seu estado físico, e identificados de acordo com o item 1.3.4 da RDC
ANVISA no 306/04.
As embalagens secundárias, que não entraram em contato com o produto,
devem ser fisicamente descaracterizadas e acondicionadas como resíduo do
grupo D. Devem ser preferencialmente encaminhadas para processo de
reciclagem.
As embalagens primárias, secundárias e os materiais contaminados por
substância química devem ter o mesmo tratamento das substâncias químicas que
as contaminaram.
Os medicamentos e outros produtos químicos vencidos ou deteriorados
deverão ser enviados da unidade ao serviço responsável pela dispensação, e
este deverá encaminhar mediante caracterização e informação de substância,
lote, validade, apresentação e quantidade, conforme formulário próprio, da
Policlínica Ibirapuera para o descarte. Nesta última será realizada conferência e
pesagem dos produtos encaminhados com atesto da listagem enviada, e
armazenamento temporário até a coleta pela empresa contratada.
As lâmpadas fluorescentes usadas devem ser acondicionadas em sua
embalagem original, ou idêntica a esta, e ser depositada em contêiner próprio,
separadamente do restante dos resíduos, para que sejam enviadas para o
processo de descontaminação.
As pilhas, e baterias usadas devem ser devolvidas ao almoxarifado, e este
acondicionará em contêiner específico para estes resíduos, devendo solicitar a
coleta e descarte sempre o depósito atinja 2/3 do volume.
Medicamentos vencidos devem ser segregados, mantidos em sua
embalagem original, e encaminhados para abrigo próprio para resíduos químicos;
as embalagens secundárias que não entraram em contato com as substâncias
químicas, poderão serem encaminhadas para reciclagem, após
descaracterização.

Grupo D – Comuns.

Os resíduos tidos como comuns e que não são provenientes de áreas


endêmicas serão acondicionados em sacos pretos resistentes de modo a evitar

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derramamento durante seu manuseio. Exceto resíduos vegetais, quando
produzidos a partir de podas de árvores serão cortados em tamanho reduzido, ou
provenientes de varrições, poderão ser acondicionados em container metálico
sem uso do saco.
Materiais hospitalares vencidos, e que não foram utilizados, poderão ser
doados as faculdades de enfermagem, fisioterapia, farmácia, química, e outras
que tiverem interesse para fins didáticos, e uso exclusivo para prática em
laboratório/ou sala de aula, sendo vedado o uso em humanos, conforme fluxo de
doação de materiais instituído.
Os materiais médicos hospitalares vencidos que não tiverem demanda
acadêmica, deverão ser descaracterizados, e descartados como resíduo comum.
Somente quando não for possível a sua descaracterização, os resíduos serão
encaminhados para a incineração.
Restos de construção civil, tais como madeiras, forros PVC, pisos,
rebocos, tijolos, entre outros, deverão ser recolhidos e depositados em
container exclusivo, solicitado e instalado próximo ao local de geração dos
resíduos.
Os resíduos recicláveis deverão ser acondicionados em contêiner
específico para cada tipo de material, papelão, papel, plástico, vidro e metal, e
disponibilizados para a coleta seletiva.
Quanto aos bens de caráter permanente, mesmo com o desuso destes,
não podem ser classificados como resíduos, por isso, devem ser
encaminhados para processo de desfazimento por leilão. Para descarte destes
materiais deverá ser seguido o fluxo de desfazimento de bens, conforme anexo
A deste PGRSS.

Grupo E – Perfurocortante.

No acondicionamento dos perfurantes ou cortantes, serão usados


previamente recipiente rígido, estanque, vedado e identificado com inscrição de
“Perfurocortantes” e a inscrição de acordo com a sua contaminação, “Resíduo
Biológico”, se a contaminação for biológica; “Resíduo Tóxico”, se a
contaminação for química e, posteriormente o recipiente será colocado em
saco plástico na cor branca, leitoso.

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O material do recipiente deverá ser de plástico rígido para materiais
químicos, provenientes da manipulação de medicamentos quimioterápicos.

5.3.1 Identificação

Os resíduos serão identificados, com o símbolo da substância


correspondente, e conforme descriminado abaixo:

Os resíduos do grupo A são identificados pelo símbolo de substância infectante, com rótulos de
fundo branco, desenho e contornos pretos.

Os resíduos do grupo B são identificados através do símbolo de risco associado e com


discriminação de substância química e frases de risco.

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Os rejeitos do grupo C são representados pelo símbolo internacional de presença de radiação


ionizante (trifólio de cor magenta) em rótulos de fundo amarelo e contornos pretos, acrescido da
expressão MATERIAL RADIOATIVO.

Resíduos Comuns – Não recicláveis deve ser utilizada a cor cinza ou preta nos recipientes. Caso
não exista processo de segregação para reciclagem, não há exigência para a padronização de cor
destes recipientes.

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Resíduos Comuns – Recicláveis: Os resíduos do grupo D podem ser destinados à reciclagem


ou à reutilização. Quando adotada a reciclagem, sua identificação deve ser feita nos
recipientes e nos abrigos de guarda de recipientes, usando código de cores e suas
correspondentes nomeações, baseadas na Resolução CONAMA no 275/01, e símbolos de tipo
de material reciclável.

Resíduos Perfurocortantes - Os produtos do grupo E são identificados pelo símbolo de


substância infectante, com rótulos de fundo branco, desenho e contornos pretos, acrescido da
inscrição de RESÍDUO PERFUROCORTANTE, indicando o risco que apresenta o resíduo.

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5.3.2 Considerações finais sobre o acondicionamento:
No uso dos sacos plásticos para acondicionamento dos resíduos, devem
ser preenchidos até 2/3 (dois terços) do volume da embalagem, possibilitando
que esta seja amarrada acima do seu conteúdo, de modo a evitar o transbordo
na hora da coleta.
Quando do acondicionamento dos resíduos com quantidade excessiva
de umidade, deve utilizar saco duplo de forma a evitar rompimento da
embalagem.
Os resíduos perfurocortantes devem ser acondicionados em recipientes
resistentes, reforçados e grandes o suficiente para receber o material de uso
diário no local. As agulhas não devem ser destacadas das seringas ou
manuseadas, afim de evitar contaminação e acidentes. Os recipientes não
devem ser sobrecarregados e, quando cheios, têm que ser devidamente
fechados, e ser acondicionados em sacos brancos, leitoso ou laranja, de
acordo com o tipo de resíduo armazenado.
Os resíduos infectantes compostos por membros, fetos, órgãos e tecidos
humanos, serão acondicionados separadamente, em sacos plásticos, de cor
vermelha, com simbologia de “substância infectante”.
Peças anatômicas e produtos de fecundação sem sinais vitais, após
procedimentos de registro, devem ser acondicionados, por espécie, no próprio
local onde se efetuou o ato, em saco branco leitoso, resistente, impermeável e
posteriormente colocado em outro saco com as mesmas características do
primeiro, recebendo a inscrição de “peças anatômicas”, e a identificação do
conteúdo com data de geração, e que por sua vez será mantido em
refrigeração ou formalizados, para disposição final caso não sejam utilizados
para fins científicos ou requisitados pelos seus proprietários.
Os recipientes de acondicionamento existentes nas salas de cirurgia e
nas salas de parto não necessitam de tampa para vedação, devendo os
resíduos serem recolhidos imediatamente após o término dos procedimentos.

5.4 Coleta e transporte interno

Coleta interna

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O transporte interno consiste no translado dos resíduos do local de
geração até o abrigo de contêineres de resíduos, destinados à apresentação
para a coleta externa.
A coleta interna tem que ser planejada com o menor percurso possível,
sempre no mesmo sentido e em horários não coincidentes com a distribuição
de roupas limpas, alimentos e medicamentos, período de visita ou de maior
fluxo de pessoas.
Os resíduos são retirados do local da geração, no mínimo três vezes ao
dia, ou sempre que atingirem dois terços da capacidade volumétrica da lixeira.
Com exceção das caixas de perfurocortantes que devem ser trocadas sempre
que atingirem a marca recomendada pelo fabricante.
Os auxiliares de serviços gerais retiram os sacos, conforme rotina,
depositam no saco hamper do carrinho de limpeza, e levam posteriormente
até a sala de armazenamento temporário, denominado expurgo, da própria
unidade ou mais próxima. As caixas de perfurocortantes, após fechadas
pela equipe de enfermagem, devem ser acondicionadas em saco branco
leitoso, e também levadas para o expurgo.
Em horários pré-estabelecidos, é realizada a coleta dos resíduos dos
expurgos ao abrigo de resíduos para coleta externa. A coleta deve ser
realizada por dois profissionais com jornada diurna de 7h às 19h, e um
profissional com jornada noturna de 19h às 7h, devidamente equipados com
EPI’s próprios para a realização da atividade, sendo no período diurno um
coletor para a coleta de resíduos comuns (grupo D), e outro para a coleta de
resíduos infectantes (Grupos A e E), e químicos (Grupo B), e no período
noturno, devido a redução da frequência e quantidade de coletas, apenas
um profissional coletará todos os tipos de resíduos, em carros de transporte
diferentes para cada tipo de resíduos.
Diariamente, os expurgos são higienizados, conforme programação
de limpeza terminal do setor ou unidade.
As lâmpadas usadas serão transportadas manualmente pelo mesmo
funcionário que realizou a troca e armazenadas em container próprio.
As pilhas e baterias após usadas serão devolvidas a unidade de
almoxarifado, e recolhidas mensalmente para descarte.
Quando a ocorrência de paciente com suspeita de contaminação por
príons, os resíduos infectados serão encaminhados diretamente para o
abrigo externo.
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A coleta deve ser realizada com carros coletores específicos para
cada grupo de resíduos:

Grupo A e E: Contenedor de 600 litros, com tampa, cor branca, com


símbolo e inscrição de “Resíduos Infectantes”.

Grupo B: Contenedor de 360 litros ou 600 litros, com tampa, cor


branca ou laranja, com símbolo e inscrição de “substância tóxica”.

Grupo D: Contenedor de 600 litros, com tampa, cor cinza ou preta,


com símbolo e inscrição de “Resíduos Comuns”.

Outras características dos carros coletores: ser providos de rodas


revestidas de material que impeça ruído; ser provido de tampa basculante; ser
provido de válvula com dreno no fundo para os carros pesados; ter cantos e
arestas arredondados; ser de uso exclusivo para a coleta de resíduos.

Do equipamento de proteção individual – EPI

Na coleta interna é obrigatório o uso do equipamento de proteção


individual – EPI, de acordo com as recomendações da NBR 12810/1993,
devendo conter as características mínimas listadas a seguir:
 uniforme, deve ser composto por calça comprida e camisa com
manga, no mínimo de ¾, de tecido resistente e de cor clara,
específico para o uso do funcionário do serviço, de forma a identificá-
lo de acordo com sua função;
 luvas, devem ser de PVC, impermeáveis, resistentes, de cor clara,
preferencialmente branca, antiderrapante e de cano longo. Só é
admitido o uso da luva flexível, com as mesmas características da
anterior no manuseio dos resíduos do local de geração até o
armazenamento temporário;
 botas, devem ser de PVC, impermeável, resistente, de cor clara,
preferencialmente branca, com cano longo e antiderrapante. Sendo
permitido o uso de sapatos impermeáveis ou botas de cano curto,

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RESÍDUOS DE SERVIÇO DE SAÚDE
com as demais características da primeira, no manuseio dos
resíduos do local de geração até o armazenamento temporário;
 gorro, deve ser de cor branca, e de forma a
proteger os cabelos; máscara, deve ser
respiratória, tipo semifacial e impermeável;
 óculos, deve ter lente panorâmica, incolor, ser de plástico resistente,
com armação em plástico flexível, com proteção lateral e válvulas
para ventilação;
 avental, deve ser de PVC, impermeável e de médio comprimento

Dos cuidados no uso dos EPIs:

 Os EPIs são de uso individuais e não se admite a utilização


comunitária entre os envolvidos no processo de coleta;
 Os EPIs têm que ser lavados e desinfetados diariamente
 No caso de contaminação dos EPIs, estes deverão ser substituídos
imediatamente e encaminhados para lavagem e higienização.

Armazenamento para a coleta externa dos RSS

Os resíduos após coleta interna são depositados em abrigo temporário


para coleta externa pela empresa contratada para o transporte, e destinação
final.
Existem dois abrigos, sendo um para resíduos comuns (grupo D), e
outro para resíduos infectantes (Grupo A). O primeiro contém dois contêineres
de capacidade para 7 M³, e o segundo contém 32 bombonas de capacidade
para 200 litros cada.
Os abrigos são higienizados diariamente, após o recolhimento dos
resíduos, conforme rotina e POP estabelecidos.
Os EPI’s utilizados durante a limpeza dos abrigos, são os mesmos
recomendados para a coleta interna.

POLICLÍNICA IBIRAPUERA Página 21


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RESÍDUOS DE SERVIÇO DE SAÚDE
Coleta e transporte externo dos RSS
A coleta, e o transporte dos resíduos dos grupos A, e D, tem
frequência diária. Já os resíduos dos grupos B e A4, resíduos são
coletados por demanda e agendamento prévio por empresa
transportadora terceirizada, devidamente licenciada, e são encaminhados
para tratamento externo e destinação final.
Para os resíduos especiais, lâmpadas e baterias e pilhas, a coleta é
realizada por demanda.

6. Outras avaliações de riscos

O Mapa de riscos da Policlínica Ibirapuera é elaborado e atualizado


pela Comissão Interna de Prevenção de Acidentes (CIPA) com assessoria da
Unidade de Saúde Ocupacional e Segurança do Trabalho (USOST) e será
disponibilizado nos diversos locais de trabalho. Tais mapas de risco são
predominantemente instalados em pontos estratégicos para facilitar aspectos
de visibilidade aos colaboradores e visitantes do ambiente.
O manuseio dos resíduos envolve risco potencial de acidente,
principalmente para os profissionais que atuam na coleta, no transporte, no
tratamento e na disposição final dos resíduos. O potencial de risco dos RSS
aumenta quando os mesmos são manuseados de forma inadequada ou não
são apropriadamente segregados, acondicionados e descartados,
especialmente em situações que favorecem a penetração de agentes de
risco no organismo. Os principais riscos a que os trabalhadores da
Policlínica Ibirapuera e da empresa de higienização estão sujeitos são:

• RISCO BIOLÓGICO: Considera-se risco biológico considera-se Risco


Biológico a probabilidade da exposição ocupacional a agentes biológicos,
bem como da ocorrência de um evento adverso em virtude da presença
de um agente biológico. Os pré-requisitos necessários para o
desenvolvimento de uma doença infecciosa são: presença do agente
infeccioso; número suficiente do agente; hospedeiro suscetível; porta de
entrada do agente no hospedeiro, que deve estar presente ou ser criada.
Na literatura, há registros de muitos acidentes envolvendo resíduos
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perfurocortantes (criação da porta de entrada) com sangue e outros fluidos
orgânicos (possíveis presença e concentração do agente infectante),
envolvendo tanto o pessoal da atenção à saúde como o da limpeza e
coleta dos resíduos, muitas vezes, com baixa resistência e sem
imunização.

• RISCO FÍSICO: São considerados aqueles em que há a exposição dos


profissionais a agentes físicos como, por exemplo, ruído, vibração,
radiação não ionizante, iluminação deficiente ou excessiva e umidade.

• RISCO QUÍMICO: Consideram-se agentes de risco químico as


substâncias, compostos ou produtos que possam penetrar no organismo
do trabalhador pela via respiratória, nas formas de poeiras, fumos gases,
neblinas, nevoas ou vapores, ou que seja, pela natureza da atividade, de
exposição, possam ter contato ou ser absorvido pelo organismo através
da pele ou por ingestão. Os principais causadores desse risco no
ambiente hospitalar são: quimioterápicos (citostáticos, antineoplásicos,
etc.), amalgamadores, desinfetantes químicos (álcool, glutaraldeido,
hipoclorito de sódio, ácido peracético, clorexidina, etc.) e os gases
medicinais (óxido nitroso e outros). A exposição aos resíduos químicos
perigosos mal acondicionados ou submetidos a tratamento em instalações
inadequadas também é danosa à saúde do trabalhador e da população do
entorno da área de tratamento. O risco químico pode ser minimizado
utilizando-se Equipamentos de Proteção Individuais (EPI) adequados para
o manuseio de produtos químicos, inclusive os desinfetantes, de acordo
com boas práticas a fim de garantir a manutenção da saúde e a
segurança das pessoas, além de evitar impactos ao meio ambiente.

• RISCO ERGONÔMICO: São considerados riscos ergonômicos: esforço


físico, levantamento de peso, postura inadequada, controle rígido de
produtividade, cargas excessivas, que podem resultar em transtornos
músculo-articulares (osteomusculares) diversos, situação de estresse,
trabalhos em período noturno, jornada de trabalho prolongada, monotonia
e repetitividade e imposição de rotina intensa.
PLANO DE GERENCIAMENTO DE
RESÍDUOS DE SERVIÇO DE SAÚDE

No manuseio dos resíduos esse risco é oriundo de esforço repetitivo no


recolhimento e atividades de limpeza e higienização; trabalho na posição
de pé e transporte manual de cargas; para minimizar o risco ergonômico,
são recomendadas as seguintes ações:

a) Organizar o ambiente de trabalho;


b) Planejar a frequência da coleta interna dos resíduos;
c) Promover capacitações permanentes da equipe de limpeza.

• RISCO DE ACIDENTE: Exposição da equipe a agentes mecânicos


perfurocortantes: escalpes, seringas, bisturis e tesouras são,
constantemente, encontrados junto aos lençóis e roupas de centro cirúrgico
nas lavanderias (como não deveriam estar no meio dessas roupas, acabam
causando ferimento nos profissionais de saúde que trabalham no local).
Para minimizar o risco de acidentes, devem ser observadas as seguintes
recomendações:
a) Adquirir equipamentos de proteção individual de qualidade, com
desenhos respeitando a ergonomia e em número suficiente para a
utilização do pessoal da limpeza;

b) Segregar e acondicionar corretamente os resíduos, principalmente os


que podem resultar em danos ao trabalhador que faz a higienização e
coleta;

c) Instalar extintores de incêndio obedecendo ao preconizado pela NR-23


e capacitar a equipe para sua utilização;

d) Realizar manutenção preventiva e corretiva da estrutura física da sala e


do abrigo de resíduos, incluindo instalações hidráulicas e elétricas, dos
recipientes de acondicionamento, do carro de coleta interna e, também,
dos contêineres de armazenamento;
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RESÍDUOS DE SERVIÇO DE SAÚDE
e) Implantar o programa de prevenção de riscos ambientais, de acordo com a
NR9.
Outros riscos são:
• Abrigo de resíduos com espaço físico subdimensionado ou arranjo físico
inadequado;
• Acesso inadequado ao abrigo de resíduos pelo pessoal da coleta
externa, contêineres sem condições de uso;
• Ausência de EPI;

• Agulhas no chão e improvisações diversas na disposição de caixa


coletoras de materiais perfurocortantes.

8. Capacitação

Todos os envolvidos com o manejo dos resíduos em qualquer


etapa, tais como: geração, segregação, acondicionamento, e/ ou
transporte até o armazenamento em abrigo temporário para a coleta
externa, deverão ser capacitados quando do início de suas funções e
periodicamente, sobre os seguintes assuntos:

a) segregação, acondicionamento e transporte dos resíduos;


b) definições, classificação e potencial de risco dos resíduos;
c) sistema de gerenciamento adotado internamente no estabelecimento;
d) formas de reduzir a geração de resíduos;
e) conhecimento das responsabilidades e de tarefas;
f) reconhecimento dos símbolos de identificação das classes de resíduos;
g) conhecimento sobre a utilização dos veículos de coleta;
h) orientações quanto ao uso de Equipamentos de Proteção Individual -
EPIs.

9. Controle de insetos e roedores

O Controle de Insetos e Roedores é realizado semanalmente pela


empresa Contratada para controle de pragas, de acordo com cronograma
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elaborado pela unidade da Policlínica Ibirapuera em conjunto com todos
os setores, para melhor execução do trabalho de dedetização.
As medidas corretivas compreendem a instalação de barreiras
químicas que impeçam o acesso das pragas e a colocação de armadilhas
para captura e identificação das espécies infestantes.
O controle químico, apesar da ênfase maior em ações preventivas,
também está presente com um papel coadjuvante de complementar as
orientações de limpeza e higiene. As medidas preventivas também
compreendem trabalhos de educação das pessoas.

A empresa contratada é responsável pelo recolhimento das


embalagens residuais dos produtos utilizados após a aplicação dos
mesmos, dando destinação final adequada a estes resíduos.

10. Situações de emergência e de acidentes

Na área de saúde ou em qualquer área de atuação os acidentes


podem acontecer, com isso devemos estar cientes dos riscos e dos
procedimentos a serem realizados caso ocorra um acidente com o
manuseio dos materiais, existindo para tanto, fluxogramas e
procedimentos operacionais disponíveis na intranet da instituição.

10.1 Derramamento de material biológico

Quando houver pequeno derramamento de substâncias corporais


ou sangue, incluindo respingos em pisos, paredes ou mobiliários, deve-se
remover a matéria orgânica com papel absorvente ou pano limpo
descartável, remover o excesso com água, ensaboar a superfície com
sabão ou detergente, enxaguar e secar e aplicar desinfetante apropriado
com pano descartável álcool a 70% (para área semicrítica) ou
glucoprotamina (para área crítica). Em mobiliários, aplicar desinfetante em
movimento unidirecional, por três vezes consecutivas.
Quando houver grande derramamento de substâncias corporais ou
sangue, deve-se remover a matéria orgânica com o auxílio de rodo e pá,
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desprezar a matéria orgânica, líquida, no tanque do expurgo ou vaso
sanitário. Caso a matéria orgânica esteja no estado sólido, acondicionar
em saco plástico para resíduos biológicos (branco leitoso), conforme
PGRSS, utilizando EPI apropriado. Depois, continuar procedimento como
o descrito para pequeno derramamento de substâncias corporais ou
sangue.
Há empresa prestadora de serviços contratada para realização de
serviços gerais e limpeza dos ambientes que é responsável pelo
procedimento acima.

10.2 Acidente com material perfurocortante contaminado

Acidentes envolvendo o manuseio, transporte e acondicionamento


de resíduos perfurocortantes devem seguir o fluxo definido e divulgado na
intranet (em anexo).

10.3 Derramamento de material químico

Limpar o local imediatamente, utilizando os equipamentos de


proteção individual adequados, ventilar o local e se o produto for tóxico
evacuar a área. O material contaminado com o resíduo químico utilizado
na limpeza deverá ser descartado como resíduo químico. Caso o acidente
com a substância química atinja a mucosa ocular, não friccionar, lavá-los
imediatamente no lava-olhos com muita água por 15 minutos ou até que a
substância seja totalmente removida. Para os casos que envolver
intercorrências clínicas deverá ser seguido o fluxo (em anexo).
Há empresa prestadora de serviços contratada para realização de
serviços gerais e limpeza dos ambientes que é responsável pelo
procedimento acima.
Caso o acidentado use lentes de contato, retira-las somente após
fazer a lavagem, e em seguida procurar o oftalmologista se possível com o
nome do produto químico que ocasionou o acidente.
Se o acidente for sobre o corpo entrar imediatamente debaixo do
chuveiro de emergência, por no mínimo quinze minutos ou até que a
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substância seja totalmente removida, caso ocorra queimaduras, cobrir o
local e procurar o médico. Proceder da mesma forma caso o material seja
também biológico.

11. Indicadores de execução e avaliação

O monitoramento visa checar e avaliar periodicamente se o PGRSS


está sendo executado conforme o planejado, consolidando as informações
por meio de indicadores e eventualmente elaborando relatórios, de forma
a melhorar a qualidade, eficiência e eficácia, aprimorando a execução e
corrigindo eventuais falhas.
Os resíduos serão quantificados anualmente, conforme
preconizado na RDC nº 306/2004 da ANVISA (Itens 4.2.2 e 4.2.3 do
Regulamento Técnico para o gerenciamento de resíduos de serviços de
saúde), assim como a taxa de acidentes com resíduos perfurocortantes
em profissionais da limpeza.

Assim, serão monitorados, no mínimo, os seguintes indicadores:

1. Taxa de acidentes com resíduos perfurocortantes


2. Variação da geração de resíduos
3. Variação da proporção de resíduos do grupo A
4. Variação da proporção de resíduos do grupo B
5. Variação da proporção de resíduos do grupo C
6. Variação da proporção de resíduos do grupo D
7. Variação da proporção de resíduos do grupo E
8. Variação do percentual de resíduos encaminhados para a reciclagem
9. Pessoas capacitadas em gerenciamento de resíduos
10. Custo com RSS

A ANVISA para facilitar a execução da elaboração dos indicadores sugeriu


a seguinte tabela que consta do modelo 12, na página 94 do Manual de
Gerenciamento de Resíduos de Serviços de Saúde da ANVISA.
PLANO DE GERENCIAMENTO DE
RESÍDUOS DE SERVIÇO DE SAÚDE
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ANEXO A FLUXO DE DESFAZIMENTO DE BENS

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ANEXO B FLUXO DE DESCARTE DE MEDICAMENTOS VENCIDOS

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ANEXO C FLUXO DE DESCARTE DE EXPLANTES

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ANEXO D FLUXO DE DESCARTE DE PILHAS, E BATERIAS

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ANEXO F FLUXO DE CONDUTA DO PROFISSIONAL
VÍTIMA DO ACIDENTE COM MATERIAL BIOLÓGICO OU
PERFUROCORTANTE

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SERVIÇO DE SAÚDE

ANEXO G FLUXO DE INTERCORRÊNCIA CLÍNICA DE PESSOAS, EXCETO PACIENTE, NAS


DEPENDÊNCIAS DO HUWC AO ATENDIMENTO

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PLANO DE GERENCIAMENTO DE RESÍDUOS DE
SERVIÇO DE SAÚDE

ANEXO H FLUXO PARA USO E DESCARTE DE MATERIAL


PERFUROCORTANTE

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